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utilizado pelo homem. Como exemplo, pode-se citar a agricultura, que foi sem dúvida, um
marco no desenvolvimento humano, possibilitando, num primeiro momento, a produção de
alimentos, retirando o homem da condição de coletor-caçador, passando a produtor do seu
próprio alimento, deixando de ser nômade e isso sem dúvida, foi muito importante para o seu
desenvolvimento. (SENAR, Março de 2001).
Os problemas relacionados às variações ambientais, como limitações dos
solos, deficiência hídrica, competição com outras ervas, erosão, bem como a racionalização
do trabalho no cultivo, levaram à busca do aprimoramento tecnológico, que até hoje se faz
necessário através da pesquisa agropecuária.
O solo é a base de sustentação da produção dos ecossistemas. Nele, as
cadeias alimentares se estabelecem num ciclo de nutrientes e energia que se inicia pela
produção vegetal, sucedida de herbívoros, carnívoros e decompositores que, por sua vez,
realimentam as plantas, disponibilizando sais minerais e compostos simples. A energia solar
abastece as plantas para reiniciar a cadeia.
Sendo formado por partículas de diferentes tamanhos, como argila, areia,
silte; o solo é um importante subsistema dos ecossistemas, estes materiais que o formam,
adquirem a forma de poros, por onde percolam a água, os sais minerais etc. São compostos
por minerais, matéria orgânica e organismos vivos, numa interação construída ao longo de
milhares de anos a partir das rochas, sedimentos e materiais orgânicos, além da temperatura e
da umidade, no processo de formação – intemperismo – os organismos vivos, o relevo e o
tempo também participaram.
O solo é o reservatório de água, nutrientes e organismos que participam do
processo de absorção e nutrição de plantas; sua degradação reflete na queda da produção de
biomassa, tendo, portanto, um valor inestimável para a população atual e futura.
Sua perda significa muito mais que a perda do valor econômico dos fatores
de produção que o representa, mas, a perda da possibilidade de alimentação de uma população
crescente. A degradação do solo, seja pela erosão, seja pelo esgotamento da reserva de
nutrientes ou de água, significa a quebra da cadeia alimentar.
A erosão constitui um conjunto de processos de degradação do relevo
terrestre. Este tende a modificar-se sob a ação dos agentes do modelado, que são o conjunto
dos processos de desgaste provocados pelos agentes externos (onde se destacam os agentes
climáticos) que denominamos de erosão (o desgaste e a degradação das rochas e solos pela
ação da água é a forma mais comum de erosão). (BERTONI; NETO, 1999, p. 228).