78
estrutura quanto ao quadrado), foram excluídos desta análise por apresentarem muitas
discordâncias entre os autores estudados. Segundo GAFFNEY et al. (2006), em Pleurodira, o
pterigóide forma uma folha muito fina, medialmente ao processo troclear pterigóide, que se
estende ventralmente abaixo do nível do resto do pterigóide. Esta estrutura é denominada
flanco pterigóide por GAFFNEY et al. (2006), e FRANÇA & LANGER (2006) e asa
pterigóide por BROIN & WERNER (1998) e FUENTE (2003).
BROIN & WERNER (1998), consideram que Bothremydidae e Araripemys não
apresentam esta estrutura, enquanto GAFFNEY et al. (2006) afirmam que a estrutura é
presente em todos os táxons de Pleurodira, e que sua suposta ausência resulta de má
preservação. FUENTE (2003) consideram que apenas Erymnochelynae e Podocnemidinae
apresentam a estrutura, portanto sendo ausente em Notoemys, Chelidae, Araripemys,
Pelomedusidae, Bothremydidae, Brasilemys, Hamadachelys e Portezueloemys. FRANÇA &
LANGER (2006) consideram que a flanco pterigóide não sobrepõe a parte antero-medial do
processo troclear pterigóide em Araripemys, Bothremydidae, Brasilemys, Chelidae,
Pelomedusidae, e Portezueloemys.
Além disso, também não foram empregados os caracteres 31 e 32, utilizados por
FUENTE (2003), por não serem informativos no contexto desta análise.
A matriz de dados apresenta 61 caracteres morfológicos e os táxons Notoemys,
Chelidae, Araripemys, Pelomedusidae, Bothremydidae, Brasilemys, Hamadachelys,
Portezueloemys, Podocnemididae, Bauruemys elegans, Roxochelys wanderleyi, Cambaremys
langertoni, “Podocnemis” brasiliensis, e considerações sobre o novo morfótipo descrito neste
trabalho e uma carapaça descrita por ARID & VIZOTTO (1966), sendo Notoemys e Chelidae
empregados como grupos externos (Tabela 2).
A codificação dos caracteres foi realizada utilizando-se os estudos de MEYLAN
(1996), FUENTE (2003), FRANÇA & LANGER (2006) e ROMANO & AZEVEDO (2006)
para Notoemys, Chelidae, Araripemys, Pelomedusidae, Bothremydidae, Brasilemys,
Hamadachelys, Portezueloemys, Erymnochelyinae, e Podocnemidinae; de SUÁREZ (1969),
KISCHLAT (1994), FRANÇA & LANGER (2006), e ROMANO & AZEVEDO (2006) para
Bauruemys elegans; de PRICE (1953) e FRANÇA & LANGER (2006) para Roxochelys
wanderleyi; de FRANÇA & LANGER (2005, 2006) para Cambaremys langertoni; de
STAESCHE (1937), PRICE (1953), KISCHLAT (1994) e ARID & VIZOTTO (1966) para
“Podocnemis” brasiliensis; e observações diretas do novo morfótipo descrito.
A seguir apresentam-se os caracteres empregados: