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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
LUCIANE ALVAREZ BORDINI DO AMARAL
DESENVOLVIMENTO DE UM SIMULADOR MAMOGRÁFICO
FLEXÍVEL COM MICROCALCIFICAÇÕES SIMULADAS
MOGI DAS CRUZES, SP
2010
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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
LUCIANE ALVAREZ BORDINI DO AMARAL
DESENVOLVIMENTO DE UM SIMULADOR MAMOGRÁFICO
FLEXÍVEL COM MICROCALCIFICAÇÕES SIMULADAS
Dissertação apresentada à Comissão
de pós-graduação da Universidade de
Mogi das Cruzes para obtenção do
título de mestre em Engenharia
Biomédica.
Área de Concentração:
Processamento de Sinais e Imagens.
Profª Orientadora: Dra. Silvia C. M. Rodrigues
MOGI DAS CRUZES, SP
2010
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FINANCIAMENTO
F
ICHA
C
ATALOGRÁFICA
Universidade de Mogi das Cruzes - Biblioteca Central
Amaral, Luciane Alvarez Bordini do
Desenvolvimento de um simulador mamográfico
flexível com microcalcificações simuladas / Luciane
Alvarez Bordini do Amaral. – 2010.
53 f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) -
Universidade de Mogi das Cruzes, 2010
Área de concentração: Processamento de Sinais e
Imagens Médicas
Orientador: Profª. Drª. Silvia Cristina Martini
Rodrigues
1. Mamas - Simulador 2. Densidade mamária 3.
Mamografia 4. Microcalcificação 5. BIRADS I.
Rodrigues, Silvia Cristina Martini
CDD 616.0754
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, que me permitiu a oportunidade da vida e do conhecimento.
AGRADECIMENTOS
Ao meu filho Pedro, saiba que por você decidi recomeçar e entendi que nunca é tarde para
aprender, sempre vale a pena lutar e a grande força que está dentro de nós nos move ao
caminho da felicidade.
À minha mãe Consuelo que sempre me apoiou em todos os momentos de minha vida.
Ao meu pai Bordini (in memorian) que apostou em minha capacidade e que com certeza foi
meu maior fã.
Ao meu marido Marcelo Eduardo por seu companheirismo, compreensão e amor. Muito
obrigada por querer fazer parte de minha vida.
À minha orientadora Profª Silvia Cristina Martini Rodrigues, pelas orientações precisas em
todos os momentos solicitados, pela dedicação, amizade, força, e ser um grande exemplo à
todas as mulheres.
À Profª Rosane Tondo por ter me direcionado ao mestrado.
Ao Prof. Almir Inacio da Nobrega pela ajuda no processo de obtenção das imagens.
Aos meus queridos amigos, Andréia Miranda de Lima Rodrigues, Ivan Teodoro Costa, Meire
Luci da Silva por me apoiarem sempre.
A CAPES pelo apoio financeiro.
RESUMO
Os simuladores mamográficos flexíveis desenvolvidos foram produzidos utilizando-se
diferentes materiais orgânicos (colágeno, água e lipídio). A quantidade de colágeno e lipídio
adicionados foi determinada pelas proporções dos tecidos (adiposos e fibroglandulares) a
serem estabelecidos (25, 50, 75%). Inseriu-se microcalcificações nos simuladores de
diferentes tamanhos utilizando-se carbonato de cálcio (conchas de ostras). As imagens
foram obtidas utilizando-se o mamógrafo Senographe 2000D GE, sendo 12 imagens. Os
simuladores foram colocados na bandeja do mamógrafo um de cada vez sobre a placa de
acrílico quadriculada. Utilizou-se o software de processamento de imagens IMAGE J, para
seleção da área de interesse. Nessas áreas foram observadas o deslocamento de
microcalcificações isoladas e agrupadas. Conclui-se que microcalcificações quando colocadas
em regiões de maior concentração de tecidos fibroglandulares e mais próximas da região
central interna do simulador se deslocaram em sentido horizontal para a direita e as colocadas
na região central externa se deslocaram em sentido horizontal à esquerda, aproximadamente
0,3 cm. Microcalcificações colocadas na região superior esquerda do simulador se deslocaram
em sentido noroeste do material. Tanto as microcalcificações quanto os agrupamentos
colocados nos simuladores de maior quantidade de tecidos adiposos se deslocaram uma
distância maior que os colocados nos simuladores com maior tecidos fibroglandulares, essas
estruturas se deslocaram aproximadamente 1 cm.
Palavras-Chave: Simulador de Mama, Densidade Mamária, Mamografia, Microcalcificação,
BI-RADS.
ABSTRACT
The phantoms were developed flexible mammograms produced using different organic
materials (collagen, water and lipid). The amount of collagen and lipid added was determined
by the proportions of tissues (adipose and glandular) to be established (25, 50, 75%). Inserted
microcalcifications in phantom of different sizes using calcium carbonate (oyster shell). The
images were obtained using the GE Senographe 2000D, with 12 images. The phantoms were
placed in a tray of mammography at a time on the board of acrylic checkered. We used the
software image processing IMAGE J, for selecting the area of interest. These areas were
observed displacement of isolated and clustered microcalcifications. We conclude that
microcalcifications when placed in regions of higher concentration of fibroglandular tissue
and closer to the central internal phantom moved horizontally to the right and placed in the
central outer moved horizontally to the left, approximately 0.3 cm. Microcalcifications placed
in the upper left of the mortgage were displaced in the northwest of the material. Both groups
microcalcifications and placed in the phantom of larger amount of fat tissue have traveled a
greater distance than those serving in phantom more fibroglandular tissues, these structures
have moved about 1 cm.
Keywords: Breast Phantom, Breast Density, Mammography, Microcalcification, BIRADS.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: estrutura da mama: a) visão lateral, b) visão frontal da mama. ................................ 14
Figura 2: Classificação das densidades das mamas - (a) padrão I, (b) padrão II, (c) padrão III,
(d) padrão IV. ........................................................................................................................... 16
Figura 3: Simulador de Hoevel (1987): (a) e (d) contorno da pele; (b) parte interior da
mama;(c) abertura para inserção de objetos para simular anomalias e (e) mamilo. ................. 18
Figura 4: Simulador Gel-Based Jacobson (1993a): (a) mistura gel e (b) cavidades ............. 19
Figura 5: Biópsia estereotática por agulha - Jacobson (1993b): (a) agulha e (b) cavidade ...... 20
Figura 6: Simulador desenvolvido por Quinn et al (1997). ...................................................... 21
Figura 7: Simulador de mama desenvolvido por Nelson et al (1996): ..................................... 23
Figura 8: Simulador de Torso e Mamas desenvolvidos por Nelson et al (1996): .................... 23
Figura 9: Recipiente de sinterização (solidificação) de polímero e à esquerda duas amostras do
simulador. ................................................................................................................................. 24
Figura 10: Simulador de Grable et al: (a) a porção exterior que simula pele humana (b)
preenchimento do simulador produzido com água e agar; (c) seringa para injeção do
INTRALIPID™; e (d) Lesões simuladas. ................................................................................ 26
Figura 11: Vista lateral do simulador da mama desenvolvido com gordura de porco. ............ 27
Figura 12: Visão seccional transversal do simulador de mama com estruturas anatômicas
incorporadas.............................................................................................................................. 28
Figura 13: Visão seccional transversal do simulador de mama com estruturas patológicas
simuladas: ................................................................................................................................. 28
Figura 14: Imagem do simulador Accreditation. ...................................................................... 29
Figura 15: Simulador Rachel .................................................................................................... 30
Figura 16: Mistura Básica com: (a) Meia hora de cozimento (b) Quatro horas de cozimento. 37
Figura 17: Placa quadriculada de acrílico................................................................................. 37
Figura 18: Pó de ostra para Simulação de Microcalcificações. ................................................ 38
Figura 19: Simulador com microcalcificações sobre placa de acrílico. ................................... 38
Figura 20: a) Meia parte da mistura básica e meia de óleo, b) Mistura dentro do látex na
bandeja do mamógrafo. ............................................................................................................ 39
Figura 21: Imagem radiográfica do simulador com 50% fibroglandular e 50% adiposo, sem
compressão, com placa de acrílico quadriculada e microcalcificações simuladas. .................. 40
Figura 22: Imagem radiográfica da área do simulador (50/50) sem compressão marcada em
vermelho. .................................................................................................................................. 41
Figura 23 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de
Microcalcificações com simulador (50/50) sem compressão. .................................................. 41
Figura 24: Imagem radiográfica do simulador (50/50) com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e 4 cm de espessura. ...................................................................................... 42
Figura 25: Imagem radiográfica da área do simulador (50/50) marcada em vermelho com 4
cm de espessura. ....................................................................................................................... 42
Figura 26 Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de
Microcalcificações com simulador (50/50) com 4 cm de espessura. ....................................... 43
Figura 27: Imagem radiográfica do simulador (50/50) com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e 3 cm de espessura. ...................................................................................... 43
Figura 28: Imagem radiográfica da área do simulador (50/50) marcada em vermelho com 3
cm de espessura. ....................................................................................................................... 44
Figura 29 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de
Microcalcificações com simulador (50/50) com 3 cm de espessura. ....................................... 44
Figura 30: Imagem radiográfica do simulador (50/50) com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e 2 cm de espessura. ...................................................................................... 45
Figura 31: Imagem radiográfica da área do simulador (50/50) marcada em vermelho com 2
cm de espessura. ....................................................................................................................... 45
Figura 32 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de
Microcalcificações com simulador (50/50) com 2 cm de espessura. ....................................... 46
Figura 33: Imagem radiográfica do simulador (75/25), com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e sem compressão. ......................................................................................... 47
Figura 34: Imagem radiográfica da área do simulador (75/25) marcada em vermelho sem
compressão. .............................................................................................................................. 47
Figura 35 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de
Microcalcificações com simulador (75/25) sem compressão. .................................................. 48
Figura 36: Imagem radiográfica do simulador (75/25) com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e 4 cm de espessura. ...................................................................................... 48
Figura 37: Imagem radiográfica da área do simulador (75/25) marcada em vermelho com 4
cm de espessura. ....................................................................................................................... 49
Figura 38 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de
Microcalcificações com simulador (75/25) com 4 cm de espessura. ....................................... 49
Figura 39: Imagem radiográfica do simulador (75/25) com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e 3 cm de espessura. ...................................................................................... 50
Figura 40: Imagem radiográfica da área do simulador (75/25) marcada em vermelho com 3
cm de espessura. ....................................................................................................................... 50
Figura 41 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de
Microcalcificações com simulador (75/25) com 3 cm de espessura. ....................................... 51
Figura 42: Imagem radiográfica do simulador (75/25) com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e 2 cm de espessura. ...................................................................................... 51
Figura 43: Imagem radiográfica da área do simulador (75/25) marcada em vermelho com 2
cm de espessura. ....................................................................................................................... 52
Figura 44 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de
Microcalcificações com simulador (75/25) com 2 cm de espessura. ....................................... 52
Figura 45: Imagem radiográfica do simulador (25/75) com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e sem compressão. ......................................................................................... 53
Figura 46: Imagem radiográfica da área do simulador (25/75) marcada em vermelho sem
compressão. .............................................................................................................................. 54
Figura 47 - Localização de Agrupamento de Microcalcificações simuladas utilizando o
simulador (25/75) sem compressão. ......................................................................................... 54
Figura 48: Imagem radiográfica do simulador (25/75) com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e 4 cm de espessura. ...................................................................................... 55
Figura 49: Imagem radiográfica da área do simulador (25/75) marcada em vermelho com 4
cm de espessura. ....................................................................................................................... 55
Figura 50 - Localização de Agrupamento de Microcalcificações simuladas utilizando o
simulador (25/75) com compressão de 4 cm. ........................................................................... 56
Figura 51: Imagem radiográfica do simulador (25/75) com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e 3 cm de espessura. ...................................................................................... 56
Figura 52: Imagem radiográfica da área do simulador (25/75) marcada em vermelho com 3
cm de espessura. ....................................................................................................................... 57
Figura 53 - Localização de Agrupamento de Microcalcificações simuladas utilizando o
simulador (25/75) com compressão de 3 cm. ........................................................................... 57
Figura 54: Imagem radiográfica do simulador (25/75) com microcalcificações simuladas,
placa de acrílico e 2 cm de espessura. ...................................................................................... 58
Figura 55: Imagem radiográfica da área do simulador (25/75) marcada em vermelho com 2
cm de espessura. ....................................................................................................................... 58
Figura 56 - Localização de Agrupamento de Microcalcificações simuladas utilizando o
simulador (25/75) com compressão de 2 cm. ........................................................................... 59
Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11
1.1 Justificativa ..................................................................................................................... 12
1.2 Objetivo .......................................................................................................................... 13
1.3 Organização do Trabalho................................................................................................ 13
2 CONCEITOS TEÓRICOS ............................................................................................... 14
2.1 Anatomia da mama e tipos de tecidos mamários ........................................................... 14
2.2 Classificação da mama ................................................................................................... 15
3 ESTADO DA ARTE ........................................................................................................ 17
3.1 Simulador de Hoevel - U.S. Patent 4.655.716 - De 07 de abril de 1987. .................. 17
3.2 Simulador Gel-Based ................................................................................................. 18
3.3 Simulador de Jacobson - U.S. Patent 5.273.435 - De 28 de dezembro de 1993. ....... 20
3.4 Simulador de Quinn et al. (1997) ............................................................................... 21
3.5 Simulador de Nelson et al. - U.S. Patent 5.805.665 - De 08 de setembro de 1996. .. 22
3.6 Simulador de Homolka et al. (2002) .......................................................................... 24
3.7 Simulador de Grable et al.- U.S. Patent 6675035 - De 06 de janeiro de 2004. ......... 25
3.8 Simulador de Fiel Filho et al. (2007) ......................................................................... 26
3.9 Simulador de Sarvazyan et al. U.S. Patent 7419376 - De 02 set. de 2008. ............... 28
3.10 Simulador Accreditation (1987) ................................................................................... 29
3.11 Simulador Rachel - 23 de julho de 1999 .................................................................... 30
3.12 Conclusões do Estado da Arte ................................................................................... 31
4 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 32
4.1.1Simulação do material orgânico e fibroglandular......................................................... 32
4.1.1.1 Mistura Básica .......................................................................................................... 33
4.1.1.2 Simuladores com diferentes densidades ................................................................... 33
4.2 Simulação das Microcalcificações.................................................................................. 34
4.3 Placa quadriculada para localização das Microcalcificações ......................................... 35
4.4 Aquisição das Imagens Radiográficas ............................................................................ 35
4.5 Avaliação ........................................................................................................................ 36
4.5.1 Material Flexível Desenvolvido .................................................................................. 36
4.5.2 Visualização das Microcalcificações ........................................................................... 36
5 RESULTADOS ................................................................................................................ 37
5.1 Imagens obtidas do simulador com 50% Fibroglandular e 50% Adiposo ..................... 40
5.2 Imagens obtidas do simulador com 75% Fibroglandular e 25% Adiposo ..................... 46
5.3 Imagens obtidas do simulador com 25% Fibroglandular e 75% Adiposo ..................... 52
6 CONCLUSÕES E DISCUSSÃO ..................................................................................... 60
6.1 Trabalhos Futuros ........................................................................................................... 61
Referências .......................................................................................................................... 62
11
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, as estimativas para o ano de 2010 são de 49.240 novos casos de câncer de
mama (INCA, 2010).
A descoberta precoce do câncer mamário aumenta muito as chances de um tratamento
bem sucedido. Um dos fatores que dificultam o tratamento é o estágio avançado em que a doença
é descoberta. A maioria dos casos de câncer de mama, no Brasil, é diagnosticada em estágios
avançados, diminuindo as chances de sobrevida das pacientes e comprometendo os resultados do
tratamento. A detecção precoce é o meio mais eficaz para a redução da mortalidade por esta
neoplasia através da identificação e do tratamento dos cânceres em estágios mais precoces.
O exame mamográfico é realizado em um aparelho denominado mamógrafo. Consiste no
exame radiológico dos tecidos moles das mamas e é considerado um dos mais importantes
procedimentos para o rastreio do câncer de mama ainda impalpável, ou seja, do câncer em sua
fase inicial, quanto mais bem localizado e menor for o tumor na hora do diagnóstico e do
tratamento, maior será a probabilidade de cura. É o método mais eficaz de diagnóstico para a
detecção de qualquer anomalia da mama e a estratégia mais eficiente na redução da taxa de
mortalidade das pacientes.
As microcalcificações são anomalias que estão fortemente ligadas ao câncer de mama,
mas devido ao seu tamanho reduzido (aproximadamente 0,5 mm de diâmetro), sua visualização é
extremamente difícil e exige grande experiência do médico radiologista.
As microcalcificações são achados comuns e são as menores estruturas que podem ser
identificadas e detectadas em mamografias de rastreamento. Sua ocorrência é um sinal
extremamente importante, principalmente porque podem constituir a única alteração radiológica
visível na mamografia e podem ser os sinais mais precoces de malignidade dentro do tecido
mamário.
Os mamógrafos possuem um dispositivo de compressão usado para comprimir a mama
reduzindo as doses de raios X e possibilitando a uniformização dos tecidos para que todo o tecido
mamário seja estudado, além de manter a mama imóvel para diminuir artefatos de movimento
que em imagens mamográficas se apresentam principalmente como listras ou regiões embaçadas
(INCA, 2010).
12
A mamografia produz imagens detalhadas com alta resolução espacial da estrutura interna
da mama para possibilitar bons resultados diagnósticos. A qualidade da mamografia depende de
padrões mamográficos, padrões rígidos e pré-estabelecidos, e para que isso seja possível são
necessários testes que assegurem a qualidade da imagem em mamografia. Todos os materiais e
equipamentos utilizados devem estar adequados, e o pessoal envolvido no processo de obtenção
da imagem deve estar preparado. Porém para que isto aconteça é necessário realizar um conjunto
de testes que assegure a qualidade de imagem em mamografia. Estes testes têm como base os
requisitos técnicos da mamografia estabelecidos na Portaria 453/98, ANVISA/ Ministério da
Saúde (MS), "Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico",
e na experiência de grupos que realizam o controle de qualidade de equipamentos para
mamografia. Cada componente na formação da imagem mamográfica é indispensável para uma
boa visualização da imagem, desde o posicionamento do paciente até a qualidade do
negatoscópio. A qualidade da imagem em mamografia deve ser avaliada usando-se um simulador
radiográfico de mama, similar ao adotado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, que simula uma
mama comprimida entre 4 e 5 cm e que possui no interior estruturas que simulam imagens
radiograficamente semelhantes às estruturas normais e anormais presentes na mama
(microcalcificações, fibras, discos de baixo contraste e massas tumorais).
1.1 Justificativa
Os simuladores existentes não possibilitam a compressão, pois são armazenados em
invólucros de acrílico e também não variam as porcentagens de tecidos. Os simuladores
desenvolvidos contribuem para o ensino de posicionamento, compressão e controle de imagens
mamográficas complementando o simulador “Rachel”. São simuladores de fácil reprodutibilidade
manuseio e conservação.
13
1.2 Objetivo
Desenvolver um simulador de mama utilizando diferentes materiais orgânicos (gordura e
tecido fibroglandular) que possibilitem variações entre a porcentagem de tecido fibroglandular e
adiposo permitindo a compressão mamária e a inserção de materiais que simulem
microcalcificações para verificação do deslocamento dos mesmos.
1.3 Organização do Trabalho
Além desta introdução a dissertação divide-se em mais 5 capítulos. Os capítulos
consistem em:
Capítulo 2 Conceitos Teóricos;
Capítulo 3 Estado da Arte;
Capítulo 4 Materiais e Métodos;
Capítulo 5 Resultados;
Capítulo 6 Conclusão e Discussão;
Referências Bibliográficas.
14
2 CONCEITOS TEÓRICOS
2.1 Anatomia da mama e tipos de tecidos mamários
As glândulas mamárias estão localizadas nas paredes anterolaterais do tórax, entre a
segunda costela, até a sexta ou sétima costela, e da borda lateral do esterno até a axila
(BONTRAGER, 1999). Apresentam variações em relação à forma, ao peso e ao tamanho de uma
mulher para outra e, inclusive, na mesma mulher dependendo de sua idade e da influência de
hormônios. Geralmente, a espessura da mama comprimida varia entre 20 e 100 mm sendo o valor
médio de 45 mm dependendo do tipo de população.
O tecido mamário pode ser de três tipos: glandular, fibroso e adiposo. Os elementos
glandulares ou lóbulos mamários (em mero de 12 a 20) ocupam a parte profunda da mama. O
tecido fibroso envolve e apóia os lobos e as estruturas glandulares. As extensões que formam as
faixas de tecido fibroso são conhecidas como ligamentos de Cooper (ou suspensores) da mama e
sua função é dar suporte às glândulas mamárias. A gordura é disposta em duas camadas de
tamanhos variáveis, a camada adiposa subcutânea e a retromamária (BONTRAGER, 1999),
Figura 1.
(a) (b)
Figura 1: estrutura da mama: a) visão lateral, b) visão frontal da mama.
Fonte: (Brandão, 2008)
15
A anatomia radiológica da mama se relaciona com o formato, a idade da mulher e a
quantidade de gordura e tecido glandular. A influência de hormônios provoca mudanças na
densidade mamária. Assim as mulheres mais jovens apresentam mamas com maior quantidade de
tecido glandular, tornando esses órgãos mais densos e firmes. Quando se aproximam da
menopausa, o tecido mamário atrofia-se sendo substituído progressivamente por tecido adiposo,
até se tornarem na fase pós-menopausa quase que exclusivamente de tecido adiposo e resquícios
de tecido glandular. Essas mudanças proporcionam uma nítida diferença entre as densidades
radiológicas das mamas da mulher jovem e da mulher na pós-menopausa.
Segundo Fiel Filho (2007) a compressão é necessária para diminuir a espessura das
mamas e para que as estruturas mamárias fiquem mais próximas do filme o que é fundamental
para a qualidade da imagem mamográfica, pois magnifica as estruturas possibilitando uma
melhor visualização dos detalhes existentes na mama.
2.2 Classificação da mama
Segundo o ACR (American College of Radiology) e BI-RAD (Breast Imaging Report and
Data System) as mamas são classificadas em quatro padrões de densidade, baseado numa
descrição do tipo de tecido mamário, sendo:
Padrão de densidade I, quando as mamas são praticamente gordurosas;
Padrão de densidade II, com tecidos fibroglandulares bem esparsos;
Padrão de densidade III, com mamas heterogeneamente densas;
Padrão de densidade IV, com mamas extremamente densas.
A Figura 2 ilustra a classificação das imagens da mama nos quatro padrões de densidade
de tecido mamário, sendo: (Figura (a) mama padrão de densidade I, (b) mama padrão de
densidade II, (c) mama padrão de densidade III, (d) mama padrão de densidade IV).
16
(a) (b) (c) (d)
Figura 2: Classificação das densidades das mamas - (a) padrão I, (b) padrão II, (c) padrão III, (d) padrão IV.
Fonte: (BI-RAD 2010)
17
3 ESTADO DA ARTE
Simuladores mamográficos foram desenvolvidos com diversos materiais e propósitos
diferentes tanto para controle de qualidade de imagens radiográficas, como para o ensino e
exercício da prática mamográfica.
Alguns destes modelos de simuladores estão citados na literatura e são descritos a seguir:
3.1 Simulador de Hoevel - U.S. Patent 4.655.716 - De 07 de abril de
1987.
O simulador criado por Hoevel (1987) foi projetado para que equipes médicas possam
treinar estudantes a interpretar mamografias e avaliar a qualidade do sistema de imagens
radiológicas. Os contornos da mama foram moldados para representarem uma mama média
ligeiramente comprimida em posição crânio caudal (CC) para exames mamográficos.
A Figura 3 ilustra o modelo de simulador produzido com resina epóxi (White et al, 1977),
um material não biológico, que simula as propriedades radiográficas dos tecidos biológicos da
mama. O tecido externo da mama pele (a) e mamilo (d) e (e) na Figura 3 foram produzidos com
resina epóxi. A parte interna do simulador (b) na Figura 3 foi produzida com um tecido
equivalente ao tecido mamário, com epóxi modelado com uma massa homogênea com 50% de
água, aproximadamente 50% de tecido glandular e 50% de tecido adiposo. Sendo que este
simulador não permite compressão.
Através de aberturas no simulador (c) representadas na Figura 3 são inseridas
aleatoriamente microcalcificações e anormalidades associadas com doenças e câncer de mama.
18
Figura 3: Simulador de Hoevel (1987): (a) e (d) contorno da pele; (b) parte interior da mama;(c) abertura para
inserção de objetos para simular anomalias e (e) mamilo.
Três materiais foram selecionados para representar as calcificações da mama: silício,
alumínio e safira branca. Fragmentos de silício foram utilizados para se obter uma representação
efetiva das calcificações. Fios ultrafinos de alumínio foram utilizados para representar
calcificações do tipo linear. Utilizaram-se esferas de safira branca industrializadas para
representar pequenas calcificações puntiformes.
O objetivo do projeto era mostrar detalhes das estruturas finas das fibras. Fibras na mama
são representadas pelo contraste de densidade entre as estruturas glandulares e o tecido adiposo.
Para isso foi utilizada resina epóxi para representar as fibras musculares produzindo um baixo
contraste radiológico. Os cistos na mama foram produzidos com resina epóxi contendo água em
seu interior.
O tecido simula as propriedades radiográficas, tais como atenuação e absorção e a imagem
radiográfica é similar a uma mama real.
3.2 Simulador Gel-Based
Jacobson (1993a) desenvolveu um simulador com resina epóxi projetado por (WHITE et
al. 1977 ). O autor explica que o custo dos materiais para o desenvolvimento de simuladores
radiográficos comerciais é bastante elevado.Ele utilizou géis baseados em água como material
alternativo para simular o tecido humano representado na Figura 3.
19
Usou-se uma mistura (gel) utilizando-se três ingredientes primários: proteína (pó de
gelatina, semelhante à gelatina comercial, é derivada de tecido conjuntivo de animal (colágeno),
água e lipídio (óleo de milho).
O autor preparou o gel diluindo 90% de gelatina seca em 10% de água por
aproximadamente 30 minutos. Para simular os lipídios (predominante em animais), utilizou óleo
de milho, bem como os 62,5% de gel para simular a fibra glandular e 37,5% de lipídio para
simular a fibra adiposa. Essa proporção pode ser variada de acordo com o tecido a ser simulado.
Em seguida, adicionou-se um conservante aos ingredientes que foram cozidos a uma
temperatura de 80 ºC durante 3 a 4 horas. O gel resultante foi colocado em um molde até que a
mistura alcançasse 35ºC e então o óleo foi adicionado e permaneceu em suspensão uniforme no
gel. O Simulador tem a forma de uma mama comprimida com espessura de 5 cm.
Cilindros foram inseridos no interior do simulador antes do resfriamento criando
cavidades para possibilitar a inserção de misturas alternativas para simular anomalias. Dentro
destas cavidades foram inseridas misturas alternativas tais como iodo, bário, lipídio e carbono
simulando anomalias, Figura 4.
Figura 4: Simulador Gel-Based Jacobson (1993a): (a) mistura gel e (b) cavidades
Fonte: (Jacobson, 1993)
20
3.3 Simulador de Jacobson - U.S. Patent 5.273.435 - De 28 de
dezembro de 1993.
O simulador desenvolvido por Jacobson (1993b) também foi utilizado como treinamento
de especialistas para a realização de biópsia estereotática por agulha, Figura 5. O material
permitia a aspiração por agulha, cuja resistência da agulha no simulador a base de gel foi
comparada com o tecido de mama de cadáver.
Figura 5: Biópsia estereotática por agulha - Jacobson (1993b): (a) agulha e (b) cavidade
Fonte: (Jacobson, 1993)
O simulador foi usado para formação da imagem e o objeto de interesse foi identificado e
marcado. A localização estereotática funcionou inserindo-se a agulha e guiando-a para o centro
do tumor. Se a agulha foi devidamente inserida o corante líquido pode ser aspirado da cavidade
com a biópsia por agulha. O corante pode ser detectado e transferido da agulha para um tubo.
Cada cavidade pode ser utilizada uma vez e quando todos os líquidos fossem aspirados o
simulador era descartado.
Este simulador pode ser utilizado por radiologistas para validar os sistemas de formação
de imagens e para a prática de procedimentos invasivos.
21
3.4 Simulador de Quinn et al. (1997)
Quinn et al. (1997) construíram um simulador para treinamento de estudantes de radiologia
no ensino da colocação da agulha estereotática, procedimento que rastreia uma lesão suspeita
clinicamente impalpável por ser visualmente opaca. Assim, os alunos poderiam treinar quantas
vezes fossem necessárias para adquirir confiança e competência.
A Figura 6 ilustra o simulador que representa as características e consistências normais do
tecido mamário. Ele foi composto por uma massa cozida contendo farinha de trigo, sal, creme
tártaro e água, ou seja, os componentes foram de baixo custo, universalmente disponíveis e de
fácil manuseio. A massa foi colocada em um filme plástico para sua utilização e pode ser
armazenada em um refrigerador doméstico.
Figura 6: Simulador desenvolvido por Quinn et al (1997).
Fonte: (Quinn, 1997)
22
Os autores concluíram que a construção do simulador pode ajudar na localização
estereotática de lesões mamárias ocultas. A disponibilidade deste simulador permitiu que
radiologistas obtivessem competência numa técnica radiológica considerada clinicamente
significativa.
3.5 Simulador de Nelson et al. - U.S. Patent 5.805.665 - De 08 de
setembro de 1996.
Nelson et al. (1996) descrevem a construção de um simulador antropomórfico de
mamografia que inclui a forma de um torso de mulher e contém um par de simuladores de mama
para treinar estudantes de radiologia na prática adequada de exposição radiográfica.
Os simuladores de mama podem ser substancialmente semelhantes ou variar de tamanho,
densidade, compressibilidade e elasticidade. Eles podem ser retirados do cinto preso ao torso
superior do simulador para serem utilizados separadamente ou substituídos por outros
simuladores. O simulador de torso superior contém aparatos que simulam a costela e o músculo
peitoral que dão às imagens geradas uma aparência realista.
Os simuladores contêm em seu interior uma espuma ou esponja que pode ser banhada por
um material líquido. Outros materiais líquidos, sólidos e/ou em pó podem ser injetados na
esponja (interior dos simuladores) através de uma seringa para simular tumores.
A Figura 7 representa o material desenvolvido por Nelson et al. (1996) sendo (a) quido
composto por óleo sintético, orgânico, vegetal e óleo derivado de animais, (b) material sólido
formado por gel, gelatina, gordura sólida, esponja, borracha, de aço, alumínio, de cobre,
bolas de algodão, fibras de plástico e silicone, (c) material em contendo farinha, talco, açúcar,
amido de milho, cereais e finas esferas de plástico e (d) parede do tórax.
23
Figura 7: Simulador de mama desenvolvido por Nelson et al (1996):
(a) esponja banhada com material líquido; (b) materiais sólidos; (c) tecido que simula a pele; (d) tecido que simula a
parede do tórax da paciente.
A cabeça e os braços no simulador de torso foram desenvolvidos de forma a facilitar o
correto posicionamento mamográfico. Por fim, o simulador possibilitou o treinamento de
radiologistas fornecendo uma oportunidade realística para a prática da compressão e técnicas de
correto posicionamento do paciente e da exposição radiográfica adequada.
A Figura 8 representa o simulador desenvolvido por Nelson et al. (1996) sendo: (a)
representa o simulador de mama inserido a um cinto (b) e (c) torso superior feminino.
Figura 8: Simulador de Torso e Mamas desenvolvidos por Nelson et al (1996):
(a) simulador de mama; (b) cinto para afixar o simulador de mama ao torso; e (c) simulador de torso feminino.
24
3.6 Simulador de Homolka et al. (2002)
Homolka et al. (2002) produziram um simulador baseado em polímero em pó (polietileno,
polipropileno, poliestireno ou poliuretano) que foram organizados em rias combinações para
obter atenuação semelhante as dos raios X para diferentes tecidos, simulando os diversos
processos existentes para aquisição de imagens médicas descritas por (WOODART e WHITE,
1977).
Para produzir o simulador, o autor utilizou o processo de sinterização, ou seja, misturou os
componentes e solidificou-os a vácuo para evitar a formação de bolhas de ar. A viscosidade foi
controlada através da variação de temperatura e dosagem da quantidade de polímero.
O de polímero foi colocado em um recipiente cilíndrico fechado com uma tampa de
aço pesado utilizando um êmbolo para moldar peças sólidas e homogêneas. Recipientes de
tamanhos diferentes foram utilizados para moldar peças cilíndricas com diâmetros variando entre
2,5 e 10 cm e altura entre 5,5 a 32 cm (Figura 9).
Figura 9: Recipiente de sinterização (solidificação) de polímero e à esquerda duas amostras do simulador.
Fonte: (Homolka, 2002)
O processo de sinterização foi de aproximadamente trinta minutos para as amostras
menores e dez horas para as maiores. Foi utilizado um forno de aquecimento com temperatura
variando entre 120 a 150 °C. Durante o processo de sinterização, o volume da amostra foi
25
reduzido para cerca da metade do seu volume inicial. As superfícies internas dos recipientes
foram revestidas com Teflon para evitar aderência das amostras sinterizadas. A sinterização de
misturas de polímeros em pó mostrou ser um material viável para a produção de simuladores com
características necessárias para o processamento de imagens ou uso de dosimetria, tais como:
atenuação de fóton, densidade, expansão térmica, entre outros.
Esse simulador foi desenvolvido para aplicações em radiografia e tomografia
computadorizada para controle de qualidade de imagens.
3.7 Simulador de Grable et al.- U.S. Patent 6675035 - De 06 de janeiro
de 2004.
Grable et al. (2004) apresentou um simulador que imita uma mama não comprimida para
estudos de controle de qualidade e de processamento de imagens de ressonância magnética. Um
dos objetivos da construção deste simulador de mama foi a durabilidade com o passar do tempo
sem alteração de suas características ópticas.
Na Figura 10 pode-se encontrar: (a) a porção exterior que simula pele humana e foi
produzida com poliuretano de cor âmbar. O material de poliuretano foi adicionado à água
destilada e misturado para se manter uma característica viscosa para fácil manuseio do material.
(b) os materiais que preenchem o interior do simulador e foram produzidos com água e agar que
apresentam transparência óptica, características de absorção e comprimentos de onda semelhantes
aos da mama humana. Agar é um polissacarídeo (derivado de carboidrato) encontrado em
algumas algas vermelhas. O agar conserva as características do gel em temperatura ambiente
enquanto a gelatina se torna líquida. A Figura 10 (c) representa lesões simuladas com o
INTRALIPID™ e foram injetadas através de uma seringa (c) em uma posição conhecida dentro
do simulador (d).
Em processamento de imagens médicas, a substância INTRALIPID™ costuma simular a
absorção óptica e as características do tecido da mama. Entretanto, o uso do INTRALIPID
como preenchimento de simuladores foi pouco utilizado. O INTRALIPID™ geralmente foi
injetado diretamente na veia de um paciente como fonte de energia quando necessitam de
nutrição adicional.
26
Esse material foi capaz de simular lesões mamárias e foi composto por gotículas lipídicas
formada por óleo de soja, lecitina, glicerina e água. A mistura foi fervida por aproximadamente
15 minutos e então foi cuidadosamente despejada no molde que simulasse a pele.
Figura 10: Simulador de Grable et al: (a) a porção exterior que simula pele humana (b) preenchimento do simulador
produzido com água e agar; (c) seringa para injeção do INTRALIPID™; e (d) Lesões simuladas.
Um dispositivo de imagem óptica médica e um dispositivo de ressonância magnética
possibilitaram uma fácil comparação entre as imagens do simulador com imagens in vivo.
3.8 Simulador de Fiel Filho et al. (2007)
Fiel Filho et al. (2007) construiu um simulador de mama cujo objetivo foi quantificar as
imagens mamográficas em função da compressão de diversas espessuras de mamas simuladas.
Utilizando um material que quando aplicada à força de compressão a densidade
radiográfica permaneceu com uma deformação muito semelhante à apresentada pela mama real.
Foram testadas gorduras de três áreas diferentes de porco: lombar, mamária e da região interna da
barriga. O simulador do tecido da mama foi feito com a gordura de porco cortada em pedaços de
aproximadamente 0,5 x 0,5 x 0,5cm e embaladas em preservativo masculino (Figura 11),
formando uma massa parecida com o formato da mama com base circular de diâmetro de
aproximadamente 9 cm e altura de 6 cm.
27
Figura 11: Vista lateral do simulador da mama desenvolvido com gordura de porco.
A gordura da parte interna da barriga do porco cortada em pedaços apresentou deformação
25% maior com a mesma compressão quando comparada com os pedaços de gordura das regiões
mamária e lombar do porco. Em decorrência da maior deformação, essa gordura foi considerada a
mais adequada.
Com base nos resultados da análise feita nas radiografias obtidas com a gordura de porco
concluiu-se que à medida que a espessura do material radiografado aumentava, ou seja, diminuía-
se a compressão, o mero de microcalcificações visíveis reduzia-se. Verificou-se que existia
uma correlação linear de 0,86 entre a espessura da mama simulada e o número médio de
microcalcificações por área.
Neste estudo foi comprovado que com o aumento da espessura do simulador radiografado
dificuldades em visualizar pequenas microcalcificações, principalmente se a densidade delas
for muito próxima da densidade do material radiografado. A redução da nitidez da imagem dos
pontos de microcalcificações pode ter sido conseqüência da radiação espalhada. Na visualização
das imagens mamográficas isso representa um aumento da probabilidade da não visualização de
pequenas microcalcificações nas mamas.
28
3.9 Simulador de Sarvazyan et al. U.S. Patent 7419376 - De 02 set. de
2008.
Um simulador de mama foi desenvolvido por Sarvazyan et al. (2008), que está
representado na Figura 12: (a) silicone em gel que simula os tecidos da mama incluindo nódulos
linfáticos, (b) músculo peitoral, (c) costelas e (d) mamilo.
Figura 12: Visão seccional transversal do simulador de mama com estruturas anatômicas incorporadas
(a) nódulos linfáticos; (b) músculo peitoral; (c) costela; e (d) mamilo
Este simulador continha estruturas patológicas da mama produzidas com componentes de
diferentes tipos de silicone em gel e que foram inseridas em locais anatomicamente apropriados
(Figura 13) para simular: (a) cistos, (b) carcinoma medular, (c) carcinoma ductal, (d) carcinoma
infiltrado, (e) carcinomas lobular e (f) fibroadenoma. Toda essa estrutura foi envolvida por um
tecido de fibra sintética simulando a pele, silicone transparente e finalizado com uma camada
adicional desenvolvida com extrato de borracha.
Figura 13: Visão seccional transversal do simulador de mama com estruturas patológicas simuladas:
(a) cisto; (b) carcinoma medular; (c) carcinoma ductal; (d) carcinoma infiltrado;
(e) carcinoma lobular e (f) fibroadenoma.
29
O objetivo do autor foi criar um simulador que representasse com precisão as
propriedades dos tecidos da mama para serem utilizados em treinamento médico durante exames
clínicos visando melhorar suas habilidades clínicas em descobrir irregularidades dos tecidos por
palpação.
3.10 Simulador Accreditation (1987)
O simulador Accreditation foi utilizado em estudos para detectação das estruturas em
função do posicionamento radiográfico. É indicado pelo American College of Radiology (ACR) e
pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) para controle de
qualidade de imagens (DESTOUET et al., 2005).
O simulador consiste em um bloco de acrílico de 9,8 x 10,6 cm, que simula uma mama
comprimida de 4,2 cm e composta por tecidos adiposos e glandulares. Possui 16 objetos de teste
incrustados que simulam microcalcificações, fibras e massas tumorais com espessuras variando
de 0,16 a 0,54 mm a 1,56 mm e 0,25 a 2 mm, respectivamente, Figura 14.
Figura 14: Imagem do simulador Accreditation.
30
3.11 Simulador Rachel - 23 de julho de 1999
O simulador antropomórfico “Rachel” (Anthropomorphic Breast Phanton RMI 169
Gammex),YAFFE (1999), foi construído para simular uma mama com espessura de 5 cm,
composta de 50% de tecido adiposo e 50% de tecido fibroglandular, podendo variar as espessuras
típicas das mamas, (Figura 15).
Figura 15: Simulador Rachel
Este simulador é um instrumento de teste que produz uma imagem com contraste e
detalhes encontrados em mamografia. Ele pode ser usado para avaliação de parâmetros em
processamento de imagens, tanto no mamógrafo convencional como para o mamógrafo digital.
31
3.12 Conclusões do Estado da Arte
Os simuladores mamográficos existentes permitem usos diversos, tais como:
(i) Treinar estudantes de radiologia a interpretar mamografias;
(ii) Avaliar a qualidade do sistema de imagens radiológicas;
(iii) Validar sistemas de formação de imagem;
(iv) Prática de procedimentos invasivos;
(v) Simular com precisão as propriedades dos tecidos da mama para serem utilizados
em treinamento médico durante exames clínicos visando melhorar suas habilidades
clínicas em descobrir irregularidades dos tecidos por palpação.
Contudo, esses requisitos para o uso pleno dos simuladores não está disponível em um
único simulador, pois cada simulador se destina a determinado propósito.
O simulador Rachel comumente utilizado e alguns citados na literatura não permitem
compressão, pois não é possível retirá-lo da caixa de lucite devido as suas características ficando
restrito ao controle de qualidade de imagens.
Portanto, o desenvolvimento de um simulador de mama utilizando diferentes materiais
orgânicos (gordura e tecido fibroglandular) que possibilitem variações entre a porcentagem de
tecido glandular e adiposo permitindo a compressão mamária e a inserção de materiais que
simulem microcalcificações é de grande interesse tanto para avaliação da qualidade da imagem
como para estudos direcionados às microcalcificações.
32
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Desenvolvimento do Simulador
Foram desenvolvidos três simuladores flexíveis para representar mamas com diferentes
porcentagens de tecido adiposo e fibroglandular (25 % tecido fibroglandular com 75 % tecido
adiposo, 50 % tecido fibroglandular com 50 % de tecido adiposo e 75 % de tecido fibroglandular
com 25 % de tecido adiposo). Em seguida, foram inseridas estruturas de tamanhos diferentes de
carbonato de cálcio simulando as microcalcificações.
Estas diferentes porcentagens representam mamas classificadas em quatro padrões de
densidade segundo o ACR (American College of Radiology) e o protocolo BI-RADS (Breast
Imaging Report and Data System) sendo:
25% de tecido fibroglandular e 75% de tecido adiposo; ( mama padrão I e II).
50% de tecido fibroglandular e 50% de tecido adiposo; ( mama padrão III ).
75% de tecido fibroglandular e 25% de tecido adiposo; (mama padrão IV).
Os padrões I e II foram agrupados em um simulador.
4.1.1Simulação do material orgânico e fibroglandular
O simulador foi produzido com colágeno, água e lipídio (óleo de milho) (JACOBSON,
1993a). A quantidade de colágeno e de óleo adicionada foi determinada pelas proporções a serem
estabelecidas (25, 50, 75 %).
O tecido humano foi simulado usando três ingredientes primários (WOODART and
WHITE, 1986):
proteína (colágeno);
água;
lipídios (óleo de milho).
33
4.1.1.1 Mistura Básica
Foi utilizado aproximadamente para a construção dos três simuladores 1,5 kg de colágeno
seco em hidrolisado, que foi derivado do tecido conjuntivo de couro animal. A mistura básica
foi constituída de colágeno e de água. Essa proporção foi estabelecida utilizando-se 1,5 kg de
colágeno para 3 xícaras de água ( JACOBSON, 1993a). Essa mistura foi colocada em um
recipiente de alumínio e cozida a uma temperatura de aproximadamente 100 °C por cerca de 5
horas. O resultado final foi uma mistura muito parecida a um gel.
4.1.1.2 Simuladores com diferentes densidades
Para se obter os três simuladores com diferentes tipos de densidades foram utilizadas
quantidades desiguais da mistura básica e do lipídio (óleo de milho). O tecido adiposo foi
simulado usando óleo de milho. Foram utilizados aproximadamente 1,5 kg do de colágeno,
pois este material foi suficiente para se estabelecer as diferenças entre os tecidos (adiposos e
fibrosos), nas imagens mamográficas obtidas utilizando os simuladores.
Depois de resfriado, o gel foi colocado em um recipiente de látex flexível simulando o
formato das mamas.
A mistura existente nos diferentes simuladores foi agitada para uniformização do
conteúdo existente em cada invólucro.
Os três tipos de simuladores foram compostos por:
50% Fibroglandular e 50% Adiposo.
Para produzir um simulador que fosse semelhante a uma mama com 50% de tecido
glandular e 50% adiposo, a massa básica que resultou em 1 kg depois de cozida, foi dividida ao
meio e a uma parte acrescentou-se o mesmo valor em peso de óleo, ou seja, 500 g de mistura
básica e 500 g de óleo.
34
25%Fibroglandular e 75% Adiposo
Para o desenvolvimento do simulador que reproduz 25% de tecido glandular e 75%
adiposo, foi retirado ¼ do restante da mistura básica e adicionado ¾ desse montante de óleo de
milho (250 g de mistura básica e 750 de óleo de milho).
75% Fibroglandular e 25% Adiposo
Para se produzir um simulador que representasse 75% de tecido glandular e 25% adiposo,
foi utilizado o restante (3/4 da metade) da massa básica e adicionado ¼ dessa metade de óleo de
milho (750 g de mistura básica e 250 g de óleo de milho).
4.2 Simulação das Microcalcificações
Para a simulação das microcalcificações foi utilizado carbonato de cálcio (conchas de
ostras) de vários tamanhos que foram posicionados nos tecidos fibroglandular e adiposo,
possibilitando a verificação da quantidade, formato e deslocamento das microcalcificações.
Para isso foram utilizadas conchas de ostras que são materiais calcificados.
Esses materiais foram limpos, escovados para a retirada de impurezas e secos por vários
dias até a retirada de sua umidade. Em seguida, as conchas foram trituradas com raladores de
diversos tamanhos, permitindo a variação do tamanho das microcalcificações simuladas.
As microcalcificações de diversos tamanhos foram inseridas em três regiões dos
simuladores de mama utilizando-se uma seringa de 10 ml com agulha de 30G (0,30 mm).
Essas regiões foram divididas em: superior à esquerda, região central interna e externa, pois
são áreas mais preocupantes.
35
4.3 Placa quadriculada para localização das Microcalcificações
Para a localização das microcalcificações foi construída uma placa quadriculada
utilizando acrílico com 0,5 cm de espessura nas dimensões de 30 x20 cm. Na parte superior da
placa de acrílico foram colocados fios de aço com espessura de 0,036 mm, 22 dispostos na
horizontal e 14 na vertical formando espaços de 1 por 1 cm.
4.4 Aquisição das Imagens Radiográficas
As imagens foram obtidas utilizando-se o mamógrafo Senographe 2000D GE do Hospital
e Maternidade Santa Catarina, São Paulo.
Foram feitas 12 radiografias utilizando-se os três simuladores de mama com porcentagens
diferentes de tecido adiposo e fibroglandular, sendo 4 de cada simulador.
Os procedimentos para aquisição das imagens estão descritos a seguir:
1) A placa de acrílico quadriculada foi posicionada sobre o cassete do mamógrafo sempre
na mesma posição para todas as imagens.
2) Nos simuladores foram inseridas microcalcificações (pó de ostra) em locais aleatórios.
3) Em seguida foram obtidas imagens utilizando-se valores de quilovoltagem e
miliamperagem como na prática clínica para os três simuladores, esses valores foram
estabelecidos automaticamente pelo próprio mamógrafo variando em:
Quilovoltagem - 25 a 28 kVp;
Miliamperagem aproximadamente 75 mAs.
4) A primeira exposição radiográfica dos três simuladores foi feita para saber as exatas
localizações das microcalcificações. Nestas exposições todos os 3 simuladores foram
manipulados para ficarem com 5 cm de espessura. Neste procedimento não foi utilizado à
compressão do simulador, pois o objetivo era definir a localização das microcalcificações antes
da compressão.
5) Os simuladores foram colocados na bandeja do mamógrafo, um a um, e foram feitas
exposições com compressão. As imagens foram obtidas dos simuladores com 5, 4, 3 e 2 cm de
espessura.
36
6) Nos três simuladores de mamas desenvolvidos foram feitos os mesmos procedimentos
de inserção, compressão e radiografia do simulador sobre a placa de acrílico desenvolvida.
Os simuladores mamográficos depois de prontos permitiram a manipulação dos mesmos,
moldando-os em diferentes espessuras manualmente ou através da compressão.
4.5 Avaliação
4.5.1 Material Flexível Desenvolvido
Não foi necessário estabelecer os valores das densidades óticas nas imagens
radiografadas, pois utilizou-se um mamógrafo digital que verificava automaticamente a espessura
do material a ser radiografado. Assim os valores de kVp e mAs foram os utilizados na prática
clínica.
Não foi necessário fazer a verificação da confiabilidade do material simulado com o
material humano, pois WOODARD (1986) já fez essa comprovação.
4.5.2 Visualização das Microcalcificações
As microcalcificações foram observadas nas 12 imagens, sendo 4 de cada simulador.
Primeiramente fez-se a imagem sem compressão para saber a exata localização das
microcalcificações. As comparações foram feitas entre as imagens sem compressão (5 cm) e com
espessuras de 4, 3 e 2 cm. Analisou-se a visualização de algumas microcalcificações dependendo
do seu tamanho e também se houve deslocamento das mesmas. Para isso utilizou-se um software
de processamento de imagens gratuito, IMAGE J.
37
5 RESULTADOS
Utilizando-se a mistura básica constituída de colágeno e água com aproximadamente 1,5
kg de colágeno e 3 xícaras de água, que foram misturadas por cerca de 20 minutos e em seguida
cozida a uma temperatura de aproximadamente 100º C por cerca de 5 horas, Figura 17 a e b.
(a) (b)
Figura 16: Mistura Básica com: (a) Meia hora de cozimento (b) Quatro horas de cozimento.
A Figura 17 representa a placa de acrílico quadriculada construída para exata localização
das microcalcificações.
Figura 17: Placa quadriculada de acrílico.
38
A Figura 18 apresenta o de ostra usado para simular estruturas parecidas com
microcalcificações. Essas estruturas apresentam diferentes tamanhos, pois as conchas foram
trituradas com raladores de diversos tamanhos.
Figura 18: Pó de ostra para Simulação de Microcalcificações.
Após o procedimento de trituração inseriu-se com uma seringa de 10 ml com agulha de
calibre 30G (0,30 mm) as microcalcificações de diversos tamanhos em lugares aleatórios dos
simuladores de mama, Figura 19.
Figura 19: Simulador com microcalcificações sobre placa de acrílico.
39
Depois da mistura básica resfriada separou-se a metade da massa em duas partes.
Utilizando-se uma parte adicionou-se 500g de óleo (Figura 21a), essa mistura foi colocada em um
recipiente de látex flexível e lacrada, em seguida foram colocados sobre a placa de acrílico
quadriculada e da bandeja do mamógrafo, de acordo com a Figura 21b.
a) (b)
Figura 20: a) Meia parte da mistura básica e meia de óleo, b) Mistura dentro do látex na bandeja do mamógrafo.
O resultado da mistura básica foi uma massa muito parecida com a textura gel, este
mesmo procedimento foi utilizado para o desenvolvimento dos três simuladores, com diferentes
proporções.
Foram desenvolvidos três simuladores que representassem mamas com:
25 de tecido fibroglandular e 75% de tecido adiposo;
75 % de tecido fibroglandular e 25% de tecido adiposo;
50 % de tecido fibroglandular e 50 % de tecido adiposo.
Para obtenção das imagens foram utilizados os três simuladores conforme o item 4.4 e
inseridas nos três simuladores microcalcificações com pó de ostra através de uma seringa.
Os simuladores foram posicionados sobre a placa de acrílico e em seguida radiografados,
sem compressão para se conhecer a exata localização das microcalcificações.
Em seguida, foram feitas radiografias com compressão e sem alterações manuais tanto nos
simuladores como na placa de acrílico. Sendo 4 imagens de cada simulador, totalizando 12
imagens.
40
5.1 Imagens obtidas do simulador com 50% Fibroglandular e 50%
Adiposo
Foram obtidas 4 imagens utilizando o simulador 50% adiposo e 50% fibroglandular. Neste
simulador as microcalcificações foram inseridas na região central externa, mais próxima ao
mamógrafo.
Imagem sem compressão
A Figura 21 foi obtida utilizando-se o simulador com 50% fibroglandular e 50% adiposo,
com microcalcificações, placa de acrílico e sem compressão, ou seja, 5 cm de espessura.
Figura 21: Imagem radiográfica do simulador com 50% fibroglandular e 50% adiposo, sem compressão, com placa
de acrílico quadriculada e microcalcificações simuladas.
Na Figura 21 pode-se observar no centro da imagem um eixo em amarelo marcando na
horizontal as letras A, B, C, D, E... e no eixo vertical os valores 1, 2, 3, 4 etc. Essas medidas
serviram para orientação dos quadrantes observados. A área marcada em vermelho representa os
quadrantes A10 - A13 a C10 - C13. O mamógrafo está posicionado do lado esquerdo da imagem.
1
2
3
4
.
A B C D .E ...
Mamógrafo
Dobras do látex
41
A Figura 22 apresenta a área marcada em vermelho da Figura 21. A imagem foi obtida
utilizando-se o software IMAGE J.
Figura 22: Imagem radiográfica da área do simulador (50/50) sem compressão marcada em vermelho.
Observou-se na Figura 22 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
23:
A
B
C
Área (posição)
A10
A11
A12
A13
B10
B11
B12
B13
C10
C11
C12
C13
Quantidade de
Microcalcificação
3
0
2
3
0
0
2
1
0
1
1
1
Agrupamento de
Microcalcificações
x
x
x
x
Figura 23 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de Microcalcificações com
simulador (50/50) sem compressão.
Imagem com 4 cm de espessura
A Figura 24 foi obtida comprimindo-se o mesmo simulador em 1 cm, deixando-o com
espessura de 4 cm.
A10
A13
C10
C13
42
Figura 24: Imagem radiográfica do simulador (50/50) com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e 4 cm de
espessura.
Utilizando-se o software IMAGE J, obteve-se a Figura 25 representando a área
selecionada em vermelho da Figura 24.
Figura 25: Imagem radiográfica da área do simulador (50/50) marcada em vermelho com 4 cm de espessura.
1
2
3
4
.
A B C D .E ...
Mamógrafo
A10
C10
A13
C13
43
Observou-se na Figura 25 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
26:
A
B
C
Área (posição)
A10
A11
A12
A13
B10
B11
B12
B13
C10
C11
C12
C13
Quantidade de
Microcalcificação
1
0
1
0
0
0
2
1
0
0
2
0
Agrupamento de
Microcalcificações
x
x
x
Figura 26 Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de Microcalcificações com
simulador (50/50) com 4 cm de espessura.
Imagem com 3 cm de espessura
A Figura 27 foi obtida com o mesmo simulador com compressão de 2 cm, ou seja,
espessura total de 3 cm.
Figura 27: Imagem radiográfica do simulador (50/50) com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e 3 cm de
espessura.
A B C D .E ...
1
2
3
4
.
Mamógrafo
44
A Figura 28 representa a mesma área selecionada através do programa IMAGE J.
Figura 28: Imagem radiográfica da área do simulador (50/50) marcada em vermelho com 3 cm de espessura.
Observou-se na Figura 28 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
29:
A
B
C
Área (posição)
A10
A11
A12
A13
B10
B11
B12
B13
C10
C11
C12
C13
Quantidade de
Microcalcificação
2
0
0
0
1
0
2
1
0
0
2
0
Agrupamento de
Microcalcificações
x
x
x
Figura 29 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de Microcalcificações com
simulador (50/50) com 3 cm de espessura.
Imagem com 2 cm de espessura
A Figura 30 foi obtida comprimindo-se o simulador que passou a ter 2 cm de espessura.
45
Figura 30: Imagem radiográfica do simulador (50/50) com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e 2 cm de
espessura.
A Figura 31 representa a área em vermelho selecionada através do programa IMAGE J.
Figura 31: Imagem radiográfica da área do simulador (50/50) marcada em vermelho com 2 cm de
espessura.
A B C D .E ...
1
2
3
4
.
Mamógrafo
46
Observou-se na Figura 32 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
32:
A
B
C
Área (posição)
A10
A11
A12
A13
B10
B11
B12
B13
C10
C11
C12
C13
Quantidade de
Microcalcificação
1
1
1
0
0
0
2
1
0
0
2
0
Agrupamento de
Microcalcificações
x
Figura 32 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de Microcalcificações com
simulador (50/50) com 2 cm de espessura.
5.2 Imagens obtidas do simulador com 75% Fibroglandular e 25%
Adiposo
Os mesmos procedimentos adotados anteriormente foram usados para a obtenção das
imagens com o simulador de 75% fibroglandular e 25% adiposo. As microcalcificações
simuladas foram inseridas na região central interna do mamógrafo.
Imagem sem compressão
A Figura 33 foi obtida utilizando-se o simulador com microcalcificações simuladas, placa
de acrílico e sem compressão.
47
Figura 33: Imagem radiográfica do simulador (75/25), com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e sem
compressão.
Captura de uma pequena área da imagem radiográfica do simulador sem compressão e
placa de acrílico utilizando o programa de imagem IMAGE J, (Figura 34). A área marcada em
vermelho representa os quadrantes I 09 I 12 a K 09 K 12.
Figura 34: Imagem radiográfica da área do simulador (75/25) marcada em vermelho sem compressão.
1
2
3
4
.
A B C D .E ...
Mamógrafo
48
Observou-se na Figura 34 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
35:
I
J
K
Área (posição)
I 09
I 10
I 11
I 12
J 09
J 10
J 11
J 12
K 09
K10
K11
K12
Quantidade de
Microcalcificação
0
0
1
1
0
2
4
5
0
1
1
*
Agrupamento de
Microcalcificações
x
x
Figura 35 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de Microcalcificações com
simulador (75/25) sem compressão.
* Microcalcificações observadas, porém não quantificadas.
Imagem com 4 cm de espessura
A Figura 36 foi obtida comprimindo-se o simulador (75/25) atingindo-se a espessura de 4
cm.
Figura 36: Imagem radiográfica do simulador (75/25) com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e 4 cm de
espessura.
1
2
3
4
.
A B C D .E ...
Mamógrafo
49
Seleção da área em vermelho da Figura 36 como software IMAGE J, (Figura 37).
Figura 37: Imagem radiográfica da área do simulador (75/25) marcada em vermelho com 4 cm de espessura.
Observou-se na Figura 37 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
38:
I
J
K
Área (posição)
I 09
I 10
I 11
I 12
J 09
J 10
J 11
J 12
K 09
K10
K11
K12
Quantidade de
Microcalcificação
0
0
0
0
0
0
3
3
0
3
2
*
Agrupamento de
Microcalcificações
x
Figura 38 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de Microcalcificações com
simulador (75/25) com 4 cm de espessura.
* Microcalcificações observadas, porém não quantificadas.
Imagem com 3 cm de espessura
A Figura 39 foi obtida com o simulador (75/25) comprimido atingindo a espessura de 3
cm.
50
Figura 39: Imagem radiográfica do simulador (75/25) com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e 3 cm de
espessura.
A Figura 40 representa a em vermelho da Figura 39 selecionada através do programa
IMAGE J.
Figura 40: Imagem radiográfica da área do simulador (75/25) marcada em vermelho com 3 cm de espessura.
1
2
3
4
.
A B C D .E ...
Mamógrafo
51
Observou-se na Figura 40 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
41:
I
J
K
Área (posição)
I 09
I 10
I 11
I 12
J 09
J10
J11
J12
K09
K10
K11
K12
Quantidade de
Microcalcificação
0
0
2
2
0
2
3
2
0
0
0
*
Agrupamento de
Microcalcificações
x
Figura 41 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de Microcalcificações com
simulador (75/25) com 3 cm de espessura.
* Microcalcificações observadas, porém não quantificadas.
Imagem com 2 cm de espessura
A Figura 42 foi obtida com as microcalcificações inseridas no simulador utilizando-se
seringa e agulha. Simulador comprimido, atingindo a espessura de 2 cm.
Figura 42: Imagem radiográfica do simulador (75/25) com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e 2 cm de
espessura.
1
2
3
4
.
A B C D .E ...
Mamógrafo
52
A Figura 43 representa a área selecionada através do programa IMAGE J.
Figura 43: Imagem radiográfica da área do simulador (75/25) marcada em vermelho com 2 cm de espessura.
Observou-se na Figura 43 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
44:
I
J
K
Área (posição)
I 09
I 10
I 11
I12
J09
J10
J11
J12
K09
K10
K11
K12
Quantidade de
Microcalcificação
0
0
2
1
2
0
2
1
1
3
1
1
Agrupamento de
Microcalcificações
x
x
Figura 44 - Localização de algumas Microcalcificações Simuladas e de Agrupamento de Microcalcificações com
simulador (75/25) com 2 cm de espessura.
5.3 Imagens obtidas do simulador com 25% Fibroglandular e 75%
Adiposo
Os mesmos procedimentos adotados anteriormente são apresentados utilizando-se o
simulador composto por 25% fibroglandular e 75% adiposo.
Sem compressão
53
A Figura 45 foi obtida com simulador (25/75), microcalcificações simuladas, placa de
acrílico e sem compressão.
Figura 45: Imagem radiográfica do simulador (25/75) com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e sem
compressão.
Seleção da área da imagem radiográfica do simulador sem compressão e placa de acrílico
utilizando o programa de imagem IMAGE J, (Figura 46). A área marcada em vermelho representa
os quadrantes C07 - C10 a E07 - E10.
1
2
3
4
.
A B C D .E ...
Mamógrafo
54
Figura 46: Imagem radiográfica da área do simulador (25/75) marcada em vermelho sem compressão.
Observou-se na Figura 46 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
47:
C
D
E
Área (posição)
C07
C08
C09
C10
D07
D08
D09
D10
E07
E08
E09
E10
Quantidade de
Microcalcificação
0
0
0
0
0
1
0
0
1
1
0
0
Agrupamento de
Microcalcificações
x
x
x
x
Figura 47 - Localização de Agrupamento de Microcalcificações simuladas utilizando o simulador (25/75) sem
compressão.
Imagem com 4 cm de espessura
A Figura 48 foi obtida utilizando-se o simulador (25/75) comprimido, atingindo a
espessura de 4 cm.
55
Figura 48: Imagem radiográfica do simulador (25/75) com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e 4 cm de
espessura.
A Figura 49 representa a mesma área selecionada através do programa IMAGE J, com
compressões até que o simulador atingisse respectivamente uma espessura de 4 cm.
Figura 23: Imagem radiográfica da área do simulador (25/75) marcada em vermelho com 4 cm de espessura.
1
2
3
4
.
A B C D .E ...
Mamógrafo
56
Observou-se na Figura 49 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
50:
C
D
E
Área (posição)
C07
C08
C09
C10
D07
D08
D09
D10
E07
E08
E09
E10
Quantidade de
Microcalcificação
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
Agrupamento de
Microcalcificações
x
x
x
x
Figura 50 - Localização de Agrupamento de Microcalcificações simuladas utilizando o simulador (25/75) com
compressão de 4 cm.
Imagem com 3 cm de espessura
A Figura 51 foi obtida com o simulador de (25/75), com microcalcificações inseridas e
espessura de 3 cm.
Figura 51: Imagem radiográfica do simulador (25/75) com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e 3 cm de
espessura.
1
2
3
4
.
A B C D .E ...
Mamógrafo
57
A Figura 52 representa a mesma área selecionada através do programa IMAGE J, com
compressões até que o simulador atingisse respectivamente uma espessura de 3 cm.
Figura 52: Imagem radiográfica da área do simulador (25/75) marcada em vermelho com 3 cm de espessura.
Observou-se na Figura 52 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
53:
C
D
E
Área (posição)
C07
C08
C09
C10
D07
D08
D09
D10
E07
E08
E09
E10
Quantidade de
Microcalcificação
0
2
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
Agrupamento de
Microcalcificações
x
x
x
Figura 53 - Localização de Agrupamento de Microcalcificações simuladas utilizando o simulador (25/75) com
compressão de 3 cm.
A Figura 53 foi obtida com as microcalcificações inseridas no simulador utilizando-se
seringa e agulha. Simulador comprimido, atingindo a espessura de 2 cm.
58
Imagem com 3 cm de espessura
Figura 54: Imagem radiográfica do simulador (25/75) com microcalcificações simuladas, placa de acrílico e 2 cm de
espessura.
A Figura 55 representa a área em vermelho da Figura 54 selecionada pelo programa
IMAGE.
Figura 55: Imagem radiográfica da área do simulador (25/75) marcada em vermelho com 2 cm de espessura.
1
2
3
4
.
A B C D .E ...
Mamógrafo
59
Observou-se na Figura 55 áreas e agrupamentos de microcalcificações nas regiões, Figura
56:
C
D
E
Área (posição)
C07
C08
C09
C10
D07
D08
D09
D10
E07
E08
E09
E10
Quantidade de
Microcalcificação
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
Agrupamento de
Microcalcificações
X
X
X
Figura 55 - Localização de Agrupamento de Microcalcificações simuladas utilizando o simulador (25/75) com
compressão de 2 cm.
60
6 CONCLUSÕES E DISCUSSÃO
Os simuladores mamográficos desenvolvidos atendem requisitos importantes não
submetendo a paciente à exposição dos raios X, possibilitando também inserção e
posicionamento das microcalcificações simuladas em diferentes locais do simulador, e em
seguida avaliar o deslocamento destas dependendo do tipo de tecido mamário e da compressão
utilizada, pois é extremamente importante quando se faz a biópsia. O diferencial destes modelos
desenvolvidos é poder realizar a compressão mamária permitindo simular diferentes densidades
anatômicas variando os tecidos adiposos e fibroglandulares, o que não acontece com o simulador
antropomórfico “Rachel”, que é revestido por uma placa de lucite e as estruturas são fixas.
Referente aos simuladores 50/50 observou-se que a mistura se apresentou de forma
homogênea e as microcalcificações inseridas pouco se deslocaram. O agrupamento que estava
nos quadrantes A 12-13 e B 12 13 se deslocou para o A13. As três microcalcificações que
estavam situadas no quadrante A10 na imagem sem compressão, uma permaneceu no mesmo
quadrante, mas duas se deslocaram para o quadrante a esquerda de A10. Isto também aconteceu
com as 3 microcalcificações do quadrante A13.
Nos simuladores 75/25, observou-se que as microcalcificações se deslocaram em sentido
horizontal para a direita em comparação entre a imagem sem compressão e a com 2 cm de
espessura. A microcalcificação que estava no quadrante D08 mais próxima da região com tecido
adiposo (sem compressão) se deslocou uma distancia maior que as outras quando se observou a
mesma na imagem de 2 cm de espessura. O agrupamento de microcalcificações que se encontrava
nos quadrantes I 11-12 se deslocou muito parecido com o que aconteceu nos simuladores de
50/50, aproximadamente 0,33cm.
As estruturas existentes nos simuladores com 25/75, ou seja, ¾ de óleo foram os que mais
se deslocaram. As microcalcificações simuladas ficaram na região superior esquerda do
simulador mais próximas do mamógrafo. As microcalcificações existentes nos quadrantes D07,
D08 e E08 se deslocaram no sentido noroeste do simulador. A microcalcificação existente no
quadrante E07, não foi localizada. Os agrupamentos também se deslocaram no sentido noroeste
do simulador, aproximadamente 1 cm, em direção a região de maior quantidade de tecido
adiposo.
61
Conclui-se que microcalcificações quando colocadas em regiões de maior concentração de
tecidos fibroglandulares e mais próximas da região central interna do simulador se deslocam em
sentido horizontal para a direita e as colocadas na região central externa se deslocam em sentido
horizontal à esquerda. Microcalcificações colocadas na região superior esquerda do simulador se
deslocam em sentido noroeste do material. Tanto as microcalcificações quanto os agrupamentos
colocados no simulador de 25/75 se deslocaram uma distancia maior que os colocados nos
simuladores com mais tecido fibroglandular.
Os simuladores mamográficos depois de prontos permitiram a manipulação dos mesmos,
moldando-os em diferentes espessuras.
As dobras existentes no látex não foram possíveis de serem retiradas, pois a quantidade de
óleo deixou o látex muito deformado. Essas dobras puderam ser vistas nas imagens radiográficas.
Os simuladores também apresentm como vantagesn o baixo custo dos materiais, a fácil
reprodutibilidade e o possível manuseio.
6.1 Trabalhos Futuros
Como sugestões para futuros trabalhos:
Estabelecer comparações entre essas 12 imagens simuladas com imagens reais.
Utilizar softwares automático de processamentos de imagens para detecção de
microcalcificações.
Fazer comparações entre resultados de CAD e especialistas da área com as imagens
obtidas.
62
REFERÊNCIAS
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Janeiro:Guanabara Koogan, 1999.
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http://www.playmagem.com.br/conhecendo_a_mama.pdf > :Acesso em: 13/01/08, 11:51.
DESTOUET, J.M.; BASSETT, L.W.; YAFFE, M.J.; BUTTER, P.F.; WILCOX, P.A. The
ACR’S. Mammography Accreditation Program: Ten Years of Experience Since MQSA. Journal
of the American College of Radiology, v.2, n. 7, p. 585-594, July, 2005
FIEL FILHO A, RODRIGUES S.C.M. Quantificação da Influência da Compressão Mamária
na Qualidade da imagem mamográfica. Dissertação de Mestrado, Engenharia Biomédica,
Universidade de Mogi das Cruzes, 2007.
GRABLE, RJ;PONDER S;GARDER S; JACKEWICZ P,PORTER J; US Patent 6675035 -
Phantom for optical and magnetic resonance imaging quality control. Jan, 2004.
HOEVEL, M., US Patent 4655716 - Contoured mammography phantom with skin. Jul, 1987.
HOMOLKA, P.; NOWOTNY, R. Production of phantom materials using polymer powder
sintering under vacuum. Physical Medical Biology, v.47, p. N47N52. Jan, 2002.
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INCA Instituto Nacional do Câncer-Ministério da Saúde. Disponível em:
<http://www2.inca.gov.br/wps/connect/tiposdecancer/site/home/mama> Acesso em março 2010.
JACOBSON D.R. Gel-Based Phantoms for Diagnostic Radiology. Radiation Protection
Dosimetry. v. 49, n. 1/3, p. 199-200, 1993a.
JACOBSON, D.R. A Phantom for Stereotactic Needle Biopsy. Radiation Protection Dosimetry.
v. 49, n. 1/3, p. 197-198, 1993b.
63
NELSON, R.S; ZACH, R. D. Anthropomorphic mammography phantoms, U.S. Pat. No.
5,805,665 (9-08-98). Appl. No. 08-667923. 1996.
OLIVEIRA, L. C. G., Estimativa do kerma no Ar na Superfície de Entrada em Exames
Mamográficos, Dissertação de Mestrado, Departamento de Engenharia, Universidade do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
QUINN, A.D; SMIDDY, P.F, DUGGAN, M.J; MURPHY, J.; MOLLY, M.Technical report: A
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1997.
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YAFFE, "Rachel" - The Anthropomorphic Breast Phantom.
Disponível: http://www.sunnybrook.utoronto.ca/~yaffe/rachel.html Acesso em: 05/11/2010
WHITE D.R.; MARTIN, R.J.; DARLISON, R. Epoxy Resin Based Tissue Substitutes. Br J.
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WOODARD D, H. O and WHITE D.R. The composition of body tissues. Br. J. Radiol. v.59, p.
1209-1219, Dez, 1986.
Livros Grátis
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