Capitulo 2 - Revisão da Literatura 21
na aplicação da mistura do gás de proteção para soldagem, dada às dificuldades
quando da escolha do gás, devido à falta de informações detalhadas, sobre as suas
características operacionais, (TESKE, 2006).
O argônio é o mais utilizado que o hélio, por propiciar um arco mais estável.
Estudos de DILLENBECK & CASTAGNO apud RODRIGUES (2005), mostram que,
dentre todos os gases de proteção, o argônio, além de ser o mais disponível no
mercado, tem demonstrado ser um excelente gás, devido ao seu baixo potencial de
ionização. Entretanto quando utilizado na soldagem de chapas de aço, isto causa
uma redução de tensão gerando baixa energia no arco, resultando em menor
penetração e no aparecimento de mordeduras.
O CO
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é um dos gases mais utilizados tanto no processo GMAW como no
FCAW. Quando aquecido em altas temperaturas, se dissocia, formando CO, que é
mais estável que o CO
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, o que implica num efeito oxidante forte, MACHADO (1996).
O CO
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comparativamente com o hélio e o argônio, tem uma maior penetração de
parede lateral e admite velocidades de soldagens mais elevadas, gerando um arco
de maior densidade de energia de soldagem, (BAUNÉ apud RODRIGUES, 2005).
Com o gás CO
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tem-se baixo custo de soldagem, baixa quantidade de calor
irradiado, melhor relação profundidade/largura da solda e o menor nível de
hidrogênio difusível no metal do cordão de solda. Entretanto possui a desvantagem
de gerar maior quantidade de respingos quando comparado às misturas ricas em
argônio, (RODRIGUES, 2005). Nesta pesquisa, associando a utilização do CO
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puro
com arame rutílico OK Tubrod 71 Ultra fabricado pela ESAB, obteve-se cordões de
solda com baixo nível de respingos, confirmando assim, o que informa as
especificações técnica daquele fabricante, justificando com isso a utilização do gás
CO
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puro, o que contribuiu decisivamente para reduzir os custos da soldagem
utilizada nesse trabalho.
Como visto na literatura pesquisada há vantagens da utilização de misturas de
gases pelos ganhos técnicos que esse emprego proporciona, mas como foi
comentado por MODENESI e SILVA apud TESKE (2006); no Brasil, o elevado custo
de alguns gases usados na obtenção dessas misturas, em um mercado pequeno,
tem dificultado o desenvolvimento de pesquisas que possam viabilizar
comercialmente misturas complexas, capazes de satisfazer fabricantes e usuários.