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Joel Ferreira Santiago Junior
Avaliação da influência de diferentes materiais oclusais na confecção de próteses
fixas implantossuportadas unitárias com diferentes diâmetros dos implantes
osseointegrados. Estudo pelo método dos elementos finitos tridimensionais
Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia do Câmpus
de Araçatuba - UNESP, para a obtenção do título de Mestre em
Odontologia - Área de Concentração em Implantodontia.
Orientador: Prof. Adj. Eduardo Piza Pellizzer
Co-Orientador: Prof. Ass. Dr. Fellippo Ramos Verri
ARAÇATUBA SP
2010
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Catalogação na Publicação (CIP)
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação FOA / UNESP
Santiago Junior, Joel Ferreira.
S235a Avaliação da influência de diferentes materiais oclusais na
confecção de próteses fixas implantossuportadas unitárias com
diferentes diâmetros dos implantes osseointegrados. Estudo pelo
método dos elementos finitos tridimensionais / Joel Ferreira
Santiago Junior. - Araçatuba: [s.n.], 2010
187 f. : il. ; tab. + 1 CD-ROM
Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Odontologia, Araçatuba, 2010
Orientador: Prof. Adj. Eduardo Piza Pellizzer
Co-orientador: Prof. Ass. Dr. Fellippo Ramos Verri
1. Implante dentário 2. Prótese dentária fixada por implante
3. Biomecânica
Black D3
CDD 617.69
Dados Curriculares
Dados Curriculares
Joel Ferreira Santiago Junior
Nascimento
30/11/1985, Piraju/SP
Filiação
Joel Ferreira Santiago
Ester de Campos Santiago
2004/2007
Graduação em Odontologia
Faculdade de Odontologia de Bauru Universidade de São
Paulo
2008/2010
Obtenção dos créditos referentes ao Curso de Pós -
Graduação em Odontologia, área de Implantodontia, em
nível de Mestrado - Faculdade de Odontologia de
Araçatuba UNESP.
Dedicatória
Dedicatória
Deus
Por uma etapa concluída
Sonho concretizado…
Pelos desafios…
Pelos pais que ensinaram a conquistar oportunidades
Meu irmão
Família.
Bem - aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Salmos 128.1.
Dedicatória
Aos meus pais
Ao meu pai, Joel Ferreira Santiago, pelo carinho, pelo apoio, pelas oportunidades
e, principalmente, pelos princípios de trabalho, esforço e dignidade.
A minha mãe, Ester de Campos Santiago, pelo caráter, por direcionar-me, mostrar-
me o caminho espiritual, pela humildade, por todo apoio, sempre.
Pais que não tiveram oportunidades, ensinaram-me o caminho para conquistá-las.
Dedico esta Dissertação
Agradecimentos Especiais
Agradecimentos Especiais
Agradecimentos Especiais
Orientador
Ao meu orientador, Prof. Adj. Eduardo Piza Pellizzer, agradeço pelo
direcionamento ensinando-me uma linha de pesquisa, por encaminhar minha
formação e pela oportunidade de desenvolver este trabalho.
Seu apoio irrestrito tem permitido meu crescimento profissional e pessoal.
Muito obrigado por acreditar em mim e pelas múltiplas lições de respeito,
ética, competência, dedicação, caráter.
Co-orientador
Ao meu co-orientador, Prof. Ass. Dr. Fellippo Ramos Verri, agradeço pela
amizade, por todo apoio sempre. Agradeço pelos conselhos, pela oportunidade de
poder aprender. Expresso sincera admiração.
"O grande líder é aquele que está disposto a desenvolver as pessoas até o ponto em que elas
eventualmente o ultrapassem em seu conhecimento e habilidade."
(Fred A. Manske)
Agradecimentos Especiais
Meu Irmão,
Agradeço ao meu irmão, Eliel de Campos Santiago, e sua esposa, Maria
Ângela de Oliveira Santiago, pelo carinho e apoio, em todos os momentos.
Meu irmão, por incentivar, por acreditar, por aconselhar. Por ensinar a busca
pelo conhecimento, o desejo de superação, a persistência.
Por mostrar o valor do caminho espiritual (...) sem seu apoio, mesmo que
distante, não teria sido possível. Sem seu direcionamento espiritual e o incentivo
constante para os estudos, desde a infância, não teria concluído esta etapa tão
importante para mim.
Somente a graduação blica era um sonho, a pós-graduação em uma
instituição de respeito, e distinta na área de Implantodontia passava além de minhas
expectativas, distante da minha realidade (...) anseios (...). Esta conquista tem um
brinde muito especial; depois de tantas dificuldades, espero poder retribuir o apoio!
Agradecimentos Especiais
A Isabella de Campos de Oliveira Santiago, o que dizer desta sobrinha
muito maravilhosa? Deus irá abençoá-la muito! Com certeza irei comemorar muitas
de suas conquistas!
A Isadora de Campos de Oliveira Santiago também muito especial para
mim. Tenho certeza de que um futuro brilhante a aguarda!
Ao tio Elias Ferreira Santiago pela demonstração de coragem, força e
caráter, pela indicação dos caminhos do conhecimento, por ser um pilar espiritual na
família.
Aos primos Tales Verdum Santiago e Yara Verdum Santiago apesar dos
poucos momentos, admiro muito vocês, tenho certeza de que conquistarão todos os
teus sonhos.
Aos meus tios Paulo Ferreira Santiago, Eliseu, Orlando, Alexandre, Urias
e Daniel, minhas tias Edna, Sara, Abigail e Isabel meus agradecimentos pela
estima e consideração.
A tia Dina agradeço o carinho, admiro-te muito, vossa dedicação, esforço, a
capacidade para transformar e conquistar.
A minha prima Michele sou grato por todo apoio, amizade pelos momentos
tão bons compartilhados, tenho certeza de que, em seus caminhos, muitas
oportunidades surgirão. Eu agradeço muito pelos momentos em que esteve ao lado
de meus pais, durante esta etapa.
Aos meus tios Alcides, Jamil, Jobe, minhas tias Rute, Derci, Maria, Neli,
Helena, Shirley serei eternamente grato pelo carinho e apoio recebido.
Agradecimentos Especiais
Aos primos Elizeu, Elisângela, Herbert, Débora, Lucas, Kléber,
Richardson, Franciele, Paulo pelas orações e sempre demonstração contínuas de
confiança.
Agradecimentos Especiais
Mestres Pós-Graduação,
Meus agradecimentos especiais para o Prof. Adj. Marcelo Coelho Goiato,
Chefe de Departamento, pelo carinho e amizade desde o início em que cheguei à
FOA-UNESP, pelas oportunidades e pelo exemplo, como pesquisador.
Meus agradecimentos especiais para o Prof. Titular Humberto Gennari Filho,
pelo exemplo de professor, educador, orientador. Meus sinceros agradecimentos
pelos conselhos, sempre.
Meus agradecimentos especiais para o Prof. Dr. Paulo Renato Junqueira
Zuim, pela oportunidade de poder aprender, conselhos e oportunidades.
Meus agradecimentos especiais para o Prof.Dr. Stefan Fiuza de Carvalho
Dekon, pela amizade, desde o início, pelos ensinamentos preciosos em
Implantodontia.
Meus agradecimentos especiais para a Professora Drª. Maria Cristina
Rosifini Alves Rezende por todas as oportunidades, pela amizade sincera, pelos
inúmeros conselhos, pelo apoio constante.
Meus agradecimentos especiais para o Professor Dr. José Vitor Quinelli
Mazaro e Professora Drª. Daniela Micheline dos Santos pelas oportunidades, pela
amizade sincera.
Agradecimentos Especiais
Meus agradecimentos especiais para o Prof.tit. Michel Saad Neto pelos
conselhos, pelo carinho, pela amizade, pela oportunidade de poder aprender sempre
um pouco mais espiritual, científica e clinicamente.
Meus agradecimentos especiais para o Prof.titular Paulo rgio Perri de
Carvalho, um professor que dispensa comentários sobre o perfil acadêmico,
científico e clínico. Agradeço pela formação dentro da FOB-USP e, aqui na FOA
UNESP, por todas as oportunidades, conselhos, possibilidades de crescimento
pessoal.
Meus agradecimentos especiais para o Prof. Dr. Alcides Gonini Júnior, pela
prontidão na aceitação deste convite e, pelo enriquecimento do mesmo.
Meus agradecimentos especiais ao Prof. Dr. Estevão Tomomitsu Kimpara e
Professora Drª. Paula Carolina de Paiva Komori e, pelo enriquecimento do mesmo.
Meus agradecimentos especiais para a Professora Drª. Alessandra
Marcondes Aranega, Chefe de departamento Clínica Integrada e Cirurgia, por todo
apoio, perspectivas acadêmicas e conselhos.
Meus agradecimentos especiais para o Prof.Dr. Idelmo Rangel Garcia- Jr e
Prof. Dr. Osvaldo Magro Filho pela boa vontade que conduziram minha formação
neste curso de Mestrado, muito obrigado pela compreensão em todos os momentos
de dificuldade.
Meus agradecimentos especiais para o Prof.Dr. Wilson Roberto Pói pelo
apoio em cada momento deste curso.
Agradecimentos Especiais
Mestres -Graduação,
Meus agradecimentos especiais para o Prof. Dr. Carlos Ferreira dos Santos
pela oportunidade concedida de pertencer a uma família muito importante (PET-
FOB). O crescimento que o PET (Programa de Ensino Tutorial 2005-2007)
proporcionou foi muito importante para mim. Agradeço pelo exemplo de ética,
caráter, determinação. Um exemplo a ser seguido por nós ex-petianos.
Meus agradecimentos especiais a Profª.Drª. Maria Lúcia Rubo de Rezende,
orientadora de monografia; ``Sucesso em Longo prazo de Implantes
osseointegrados em maxilas fissuradas - 2007``, pelo desenvolvimento de uma
paixão; Implantodontia. Meus sinceros agradecimentos.
Meus agradecimentos especiais ao Prof. Dr. Renato de Freitas pela
oportunidade de aprender em sua clínica durante a graduação.
Meus agradecimentos especiais para o Professor Dr. Paulo Afonso Silveira
Francisconi pela amizade, por todo apoio durante a graduação, pelo exemplo de
simplicidade e boa vontade.
Meus agradecimentos especiais para a Professora Tit. Marília Afonso
Rabelo Buzalaf pela oportunidade de iniciação no caminho das pesquisas.
Agradecimentos Especiais
Amigos,
Meus agradecimentos especiais para Andressa Sharllene Carneiro da Silva
por ser uma pessoa muito especial para mim. Por todo carinho com que me brindou
nos últimos anos. Minha sincera admiração, meu muito obrigado!
Meus agradecimentos especiais para minha amiga Mariane Miyashiro por
todos os momentos de incentivo. Seu apoio constante sempre foi imprescindível
para mim.
Meus agradecimentos especiais para Vitor Faria Munhoz, Éder P.
Razabone, Mestranda Carolina Ortigosa Cunha, Mestranda Bruna Stucchi
Centurion, Hugo Alberto Vidotti, Agnes Assao, Maria Fernanda, Marcelo Lupion
Poleti pela amizade desde graduação.
Meus agradecimentos especiais para os amigos de infância Bruno Spadim
Gervázio, Marco Antônio, Rafael Sanches e Diego, pela amizade e convivência
durante vários anos.
Meus agradecimentos especiais à Mestranda Ellen Cristina Gaetti-Jardim
pela amizade, pelos momentos, conselhos.
Meus agradecimentos especiais à Mestranda Pâmela Letícia dos Santos por
todo apoio, sempre.
Meus agradecimentos especiais para o mestrando Bruno Machado de
Carvalho pelos ensinamentos e amizade.
Meus agradecimentos especiais ao Mestrando Daniel Augusto de Faria
Almeida, pela convivência harmoniosa e amizade.
Agradecimentos Especiais
Meus agradecimentos especiais à Doutoranda Rosse Mary Fálcon
Antenucci, pelo carinho, pelo apoio.
Meus agradecimentos especiais à Doutoranda Sandra Lúcia Danta de
Moraes, uma pessoa maravilhosa, a quem devo tanto apreço e apoio.
Meus agradecimentos especiais à secretária do Departamento de Cirurgia e
Clínica Integrada, Cleide Lemes da Silva, pelo apoio constante, pela amizade
sincera.
Agradecimentos
Agradecimentos
Agradeço à Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP, na pessoa do
Diretor, Prof. Dr. Pedro Felício Bernabé Estrada pela oportunidade em realizar o
Mestrado em Implantodontia.
Agradeço à Faculdade de Odontologia de Bauru USP, na pessoa do Diretor,
Prof. Dr. Luiz Fernando Pegoraro pela oportunidade de formar-me Cirurgião
Dentista.
Aos professores que ministraram disciplinas na pós-graduação, departamento
de Prótese Dentária e Cirurgia e Clínica Integrada, pela amizade e conhecimento.
Aos funcionários da Pós Graduação da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba- UNESP, representados aqui por Diogo Luís Reatto, por toda atenção
sempre!
Aos funcionários da Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
UNESP, aqui representados pela Ana Cláudia Martins Grieger Manzatti, por toda
atenção e consideração!
Aos cnicos de laboratório do Departamento de Materiais Odontológicos e
Prótese, Jander de Carvalho Inácio, Ana Marcelina, Eduardo Rodrigues, Sergio
Augusto, a secretária Maria Lucia Bordan, e ao secretário Washington pela
amizade e boa convivência!
Aos funcionários do Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada
FOA/UNESP: Odair, Tina, Dirce, Gilmar, Bernadete, Eliseide, Meire, Maria,
Katsuko, João pelo carinho e amizade, sempre!
Agradecimentos
À meus colegas de pós-graduação Marcelo S. Abla, Carlos Alberto
Fugiwara, Ellen Ramon Esper, Roberto M Hayacibara pela convivência agradável
e pelos ensinamentos. Meu muito obrigado.
À meus colegas de pós graduação Amália Moreno, Thais, Aldiéris, Marcela,
Liziane, Douglas, Paula, Bianca Tonella, Renato Ferraço, pela amizade sincera,
apoio sempre!
À meus colegas de pós graduação Igor, Lamis, Rodolfo, Abrao,
Fernando, Heloísa, Jônatas, Pedro, Leonardo, Gabriel, Elisa, Cassiano, Walter,
Franscilei, Jéssica e Talita agradeço pela convivência harmoniosa sempre, pelas
palavras de apoio!
Ao Prof Dr. Jorge Vicente Lopes da Silva e Prof. Dr. Pedro Yoshito
Noritomi, do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer que atuaram no
desenvolvimento da parte experimental deste trabalho. Meu muito obrigado.
À FAPESP - Processo 2008/02040-1 pelo financiamento desta pesquisa e
pelo apoio financeiro no caráter de bolsa de Mestrado.
À Conexão Sistemas de Prótese Ltda., pelo apoio no desenvolvimento
deste projeto.
Àqueles que contribuíram ou participaram direta ou indiretamente da
elaboração deste trabalho.
Epígrafe
Epígrafe
Pedras no Caminho
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo…
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
Se tornar um autor da própria história…
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
Um oásis no recôndito da sua alma…
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “Não”!!!
É ter segurança para receber uma crítica,
Mesmo que injusta…
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo
(autor desconhecido)
Realizando coisas justas, tornamo-nos justos, realizando coisas moderadas, tornamo-nos
moderados, fazendo coisas corajosas, tornamo-nos corajosos.
Aristóteles
Resumo Geral
Resumo Geral
Santiago-Junior, JF. Avaliação da influência de diferentes materiais oclusais na
confecção de próteses fixas implantossuportadas unitárias com diferentes diâmetros
dos implantes osseointegrados. Estudo pelo método dos elementos finitos
tridimensionais [dissertação]. Araçatuba: Faculdade de Odontologia de Araçatuba,
Universidade Estadual Paulista; 2010.
Resumo Geral
A literatura científica ainda é escassa em relação à influência de diferentes materiais
na confecção de próteses fixas implantossuportadas unitárias em relação aos
diferentes diâmetros dos implantes osseointegrados na distribuição das tensões; as
suas manifestações e repercussões na prática clínica ainda não estão totalmente
esclarecidas, sendo a fundamentação científica indispensável. Assim, o objetivo
desta dissertação foi avaliar a influência do material de revestimento oclusal na
confecção de prótese fixa implantossuportada unitária com diferentes diâmetros de
implantes osseointegrados. Para o estudo foram elaborados 08 modelos,
representando cada qual uma secção de osso mandibular (osso esponjoso e
cortical), com a presença apenas de um implante (Conexão Master Screw, Sistemas
de Próteses, São Paulo, Brasil) do tipo hexágono externo de 3.75 mm x 10 mm (4
modelos) e de 5.00 mm x 10 mm (4 modelos) com coroas de porcelana feldspática,
ou de resina acrílica, ou de resina composta ou coroa liga de NiCr. Para confecção
dos modelos foram utilizados os programas de desenho assistido: Rhinoceros® 3D
4.0 (NURBS Modeling for Windows, EUA) e SolidWorks® 2006 (SolidWorks Corp,
Massachusetts, USA). Os desenhos tridimensionais foram exportados para o
Resumo Geral
programa de elementos finitos NEI Nastran® 9.0 (Noran Engineering, Inc, EUA),
para geração da malha, aplicação da carga e análise. Os resultados foram
visualizados através dos mapas de tensão von Mises de cada modelo proposto, a
fim de avaliar as variações individuais da distribuição das tensões no implante e na
coroa; no osso os resultados foram visualizados através dos mapas de tensão
máxima principal. Na carga axial (200 N), o osso cortical não mostrou grandes
diferenças entre todos os modelos e o osso trabecular sofreu um aumento das
tensões por tração, com a diminuição do diâmetro do implante. Para cargas não-
axiais (100 N), o osso cortical sofreu aumento significativo das tensões por tração no
sentido de aplicação da carga, quando se diminuiu o diâmetro do implante. O osso
trabecular mostrou essa mesma tendência, embora mais discreta. Concluiu-se que
não houve diferenças no tecido ósseo pela variação do material oclusal; o material
de cobertura oclusal o interfere na distribuição de tensões nos tecidos de suporte
da prótese implantossuportada unitária. O uso de implantes de largo diâmetro
auxiliam na transmissão das cargas oclusais para o tecido ósseo, diminuindo
principalmente as tensões sob aplicação de cargas não-axiais.
Palavras-chave: Implante dentário. Prótese dentária fixada por implante.
Biomecânica.
Abstract
Santiago-Junior, JF. Evaluation of the influence of different materials oclusal in the
making of fixed prostheses implant-supported unitary with different diameters of the
implants osseointegrated. A three-dimensional Finite Element Analysis [dissertation].
Araçatuba: UNESP - São Paulo State University; 2010.
Abstract
The scientific literature is still scarce about the influence of different veneering
materials used in fabricating superstructures for implant-retained fixed prostheses in
relation to different implant diameters on stress distribution, and the manifestations
and implications in clinical practice were not clarified. The aim of this dissertation was
to evaluate the influence of occlusal material for single implant-supported fixed
prostheses with different implant diameters. For this study were simulated 8 models,
representing a section of the mandibular bone (trabecular and cortical bone) with a
single external hexagonal implant (Master Screw, Conexão Sistema de Prótese ltda.,
Sao Paulo, Brazil) of 3.75 x 10 mm (4 models) and 5.00 mm x10 mm (4 models) with
a crown with different occlusal materials: feldspathic porcelain crowns, or acrylic resin
or composite resin crown or NiCr alloy. The models were designed using computer-
aided design softwares : Rhinoceros® 3D 4.0 (NURBS Modeling for Windows, USA)
and SolidWorks® 2006 (SolidWorks Corp., Massachusetts, USA). The three-
dimensional designs were exported to the finite element program NEI Nastran® 9.0
(Noran Engineering, Inc, USA) for mesh generation, load application and analysis.
The results were visualized through von Mises stress maps of each model, to assess
individual variations of the stress distribution on the implant and crown; bone results
Abstract
were visualized through maps of maximum principal stress. In axial loading (200 N),
cortical bone showed no significant differences in all models,on the trabecular bone
the tensile stress increased, with regular implant diameter. For non-axial loads (100
N), the cortical bone, the tensile stress increased significantly on the side common
the load application, when it reduced the implant diameter; in the trabecular bone
showed seemed stress patterns, although more discreetly. It was concluded that
there was no difference in bone tissue by different occlusal material, the veneering
material does not interfere with the stress distributions on supporting structures of the
implant-supported prostheses. The wide diameter implants relieve in the transferred
of occlusal loads on the bone, mainly by reducing the stress on non-axial loads.
Key words: Dental Implantation. Dental Prosthesis, Implant-Supported.
Biomechanics.
Listas e Sumário
Listas e Sumário
Listas de figuras
Lista de Figuras
Capítulo 1
Figura 1-
Corte Mapa Geral (Axial) Coroa NiCr/Impl-5.00
54
Figura 2 -
Corte Mapa Geral (Axial) Coroa Porc/Impl-5.00
54
Figura 3 -
Corte Mapa Geral (Axial) Coroa RC/Impl-5.00
55
Figura 4 -
Corte Mapa Geral (Axial) Coroa RA/Impl-5.00
55
Figura 5 -
Corte Mapa Geral (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-5.00
56
Figura 6 -
Corte Mapa Geral (Oblíq) Coroa Porc/Impl-5.00
56
Figura 7 -
Corte Mapa Geral (Oblíq) Coroa RC/Impl-5.00
57
Figura 8 -
Corte Mapa Geral (Oblíq) Coroa RA/Impl-5.00
57
Figura 9 -
Corte Coroa (Axial) Coroa NiCr/Impl-5.00
59
Figura 10-
Corte Coroa (Axial) Coroa Porc/Impl-5.00
59
Figura 11 -
Corte Coroa (Axial) Coroa RC/Impl-5.00
60
Figura 12 -
Corte Coroa (Axial) Coroa RA/Impl-5.00
60
Figura 13 -
Corte Coroa (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-5.00
61
Figura 14 -
Corte Coroa (Oblíq) Coroa Porc/Impl-5.00
61
Figura 15 -
Corte Coroa (Oblíq) Coroa RC/Impl-5.00
62
Figura 16 -
Corte Coroa (Oblíq) Coroa RA/Impl-5.00
62
Figura 17 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa NiCr/Impl-5.00
64
Figura 18 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa Porc/Impl-5.00
64
Figura 19 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa RC/Impl-5.00
65
Figura 20 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa RA/Impl-5.00
65
Figura 21 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa NiCr/Impl-5.00
66
Listas de figuras
Figura 22 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa Porc/Impl-5.00
66
Figura 23 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa RC/Impl-5.00
67
Figura 24 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa RA/Impl-5.00
67
Figura 25 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-5.00
68
Figura 26 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa Porc/Impl-5.00
68
Figura 27 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa RC/Impl-5.00
69
Figura 28 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa RA/Impl-5.00
69
Figura 29 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-5.00
70
Figura 30 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa Porc/Impl-5.00
70
Figura 31 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa RC/Impl-5.00
71
Figura 32 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa RA/Impl-5.00
71
Figura 33 -
Osso trabecular (Axial) Coroa NiCr/Impl-5.00
73
Figura 34 -
Osso trabecular (Axial) Coroa Porc/Impl-5.00
73
Figura 35 -
Osso trabecular (Axial) Coroa RC/Impl-5.00
74
Figura 36 -
Osso trabecular (Axial) Coroa RA/Impl-5.00
74
Figura 37 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-5.00
75
Figura 38 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa Porc/Impl-5.00
75
Figura 39 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa RC/Impl-5.00
76
Figura 40 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa RA/Impl-5.00
76
Listas de figuras
Capítulo 2
Figura 1 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa NiCr/Impl-3.75
102
Figura 2 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa Porc/Impl-3.75
102
Figura 3 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa RC/Impl-3.75
103
Figura 4 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa RA/Impl-3.75
103
Figura 5 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa NiCr/Impl-3.75
104
Figura 6 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa Porc/Impl-3.75
104
Figura 7 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa RC/Impl-3.75
105
Figura 8 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa RA/Impl-3.75
105
Figura 9 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa NiCr/Impl-5.00
106
Figura 10 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa Porc/Impl-5.00
106
Figura 11 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa RC/Impl-5.00
107
Figura 12 -
Osso Cort Sup (Axial) Coroa RA/Impl-5.00
107
Figura 13 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa NiCr/Impl-5.00
108
Figura 14 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa Porc/Impl-5.00
108
Figura 15 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa RC/Impl-5.00
109
Figura 16 -
Osso Cort Inf (Axial) Coroa RA/Impl-5.00
109
Figura 17 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-3.75
112
Figura 18 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa Porc/Impl-3.75
112
Figura 19 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa RC/Impl-3.75
113
Figura 20 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa RA/Impl-3.75
113
Figura 21 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-3.75
114
Figura 22 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa Porc/Impl-3.75
114
Figura 23 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa RC/Impl-3.75
115
Listas de figuras
Figura 24 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa RA/Impl-3.75
115
Figura 25 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-5.00
116
Figura 26 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa Porc/Impl-5.00
116
Figura 27 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa RC/Impl-5.00
117
Figura 28 -
Osso Cort Sup (Oblíq) Coroa RA/Impl-5.00
117
Figura 29 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-5.00
118
Figura 30 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa Porc/Impl-5.00
118
Figura 31 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa RC/Impl-5.00
119
Figura 32 -
Osso Cort Inf (Oblíq) Coroa RA/Impl-5.00
119
Figura 33 -
Osso trabecular (Axial) Coroa NiCr/Impl-3.75
122
Figura 34 -
Osso trabecular (Axial) Coroa Porc/Impl-3.75
122
Figura 35 -
Osso trabecular (Axial) Coroa RC/Impl-3.75
123
Figura 36 -
Osso trabecular (Axial) Coroa RA/Impl-3.75
123
Figura 37 -
Osso trabecular (Axial) Coroa NiCr/Impl-5.00
124
Figura 38 -
Osso trabecular (Axial) Coroa Porc/Impl-5.00
124
Figura 39 -
Osso trabecular (Axial) Coroa RC/Impl-5.00
125
Figura 40 -
Osso trabecular (Axial) Coroa RA/Impl-5.00
125
Figura 41 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-3.75
127
Figura 42 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa Porc/Impl-3.75
127
Figura 43 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa RC/Impl-3.75
128
Figura 44 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa RA/Impl-3.75
128
Figura 45 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa NiCr/Impl-5.00
129
Figura 46 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa Porc/Impl-5.00
129
Figura 47 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa RC/Impl-5.00
130
Figura 48 -
Osso trabecular (Oblíq) Coroa RA/Impl-5.00
130
Listas de figuras
Anexo A
Figura 1 -
Posicionamento do dente artificial com ajuda do
paralelômetro
146
Figura 2 -
Resina acrílica incolor (Ortoclass, Artigos
Odontológicos Clássico.
147
Figura 3 -
Bloco de resina acrílica com dente artificial
inserido
147
Figura 4 -
Coroa do dente artificial digitalizada
148
Figura 5 -
Coroa gerada no programa Rhinoceros 3D
148
Figura 6 -
Coroa finalizada com 10° de inclinação das
cúspides
149
Figura 7A -
Vista oclusal da coroa parafusada
151
Figura 7B -
Imagem interna da coroa: Estrutura metálica
(NiCr) e espessura da Porcelana
151
Figura 8A -
Implante e coroa conectados
152
Figura 8B -
Ossos trabecular e cortical.
152
Figura 8C
Implante e coroa inseridos no osso
152
Figura 9 -
Malha de elementos finitos. Aplicação de carga
oblíqua.
155
Figura 10 -
Malha de elementos finitos. Aplicação de carga
axial
156
Listas de figuras
Anexo E
Figura 1 -
Osso Cort/Esp. (Axial) Coroa NiCr
3.75
178
Figura 2 -
Osso Cort/Esp. (Axial) Coroa Porc/NiCr
3.75
178
Figura 3 -
Osso Cort/Esp. (Axial) Coroa RC/NiCr
3.75
179
Figura 4 -
Osso Cort/Esp. (Axial) Coroa RA/NiCr
3.75
179
Figura 5 -
Osso Cort/Esp. (Axial) Coroa NiCr
5.00
180
Figura 6 -
Osso Cort/Esp. (Axial) Coroa Porc/NiCr
5.00
180
Figura 7 -
Osso Cort/Esp. (Axial) Coroa RC/NiCr
5.00
181
Figura 8 -
Osso Cort/Esp. (Axial) Coroa RA/NiCr
5.00
181
Figura 9 -
Osso Cort/Esp. (Oblíq) Coroa NiCr
3.75
183
Figura 10 -
Osso Cort/Esp. (Oblíq) Coroa Porc/NiCr
3.75
183
Figura 11 -
Osso Cort/Esp. (Oblíq) Coroa RC/NiCr
3.75
184
Figura 12 -
Osso Cort/Esp. (Oblíq) Coroa RA/NiCr
3.75
184
Figura 13-
Osso Cort/Esp. (Oblíq) Coroa NiCr
5.00
185
Figura 14 -
Osso Cort/Esp. (Oblíq) Coroa Porc/NiCr
5.00
185
Figura 15 -
Osso Cort/Esp. (Oblíq) Coroa RC/NiCr
5.00
186
Figura 16 -
Osso Cort/Esp. (Oblíq) Coroa RA/NiCr
5.00
186
Lista de Tabelas
Lista de Tabelas
Capítulo 1
Tabela 1 -
Especificações dos modelos................................
48
Tabela 2 -
Propriedades dos Materiais.................................
51
Capítulo 2
Tabela 1 -
Especificações dos modelos...............................
95
Tabela 2 -
Propriedades dos Materiais................................
99
Lista de Abreviaturas e Siglas
Lista de Abreviaturas e Siglas
MEF
-
Método dos Elementos Finitos
MPa
-
Mega Pascal
GPa
-
Giga Pascal
3 D
-
Tridimensional
2 D
-
Bidimensional
N
-
Newton
mm
-
Milímetros
µm
-
Micrômetro
Impl
-
Implante
Porc
-
Porcelana
RC
-
Resina Composta
RA
-
Resina Acrílica
Oblíq
-
Oblíqua
Cort/Esp
-
Cortical/Esponjoso
Sumário
Sumário
1 INTRODUÇÃO GERAL
38
2 CAPÍTULO 1 - Avaliação da influência do material de
revestimento oclusal na distribuição de tensões em próteses
implantossuportadas. Estudo através do método dos
elementos finitos tridimensionais.
43
2.1 RESUMO
44
2.2 INTRODUÇÃO
45
2.3 PROPOSIÇÃO
47
2.4 MATERIAIS E MÉTODO
48
2.5 RESULTADO
52
2.6 DISCUSSÃO
77
2.7 CONCLUSÃO
83
2.8 REFERÊNCIAS
84
3 CAPÍTULO 2 Alise da tensão óssea com diferentes
diâmetros e materiais oclusais das próteses unitárias sobre
implantes. Estudo pelo método dos elementos finitos
tridimensionais.
89
3.1 RESUMO
90
3.2 INTRODUÇÃO
91
3.3 PROPOSIÇÃO
94
3.4 MATERIAIS E MÉTODO
95
3.5 RESULTADO
100
3.6 DISCUSSÃO
131
3.7 CONCLUSÕES
135
3.8 REFERÊNCIAS
136
ANEXOS
142
38
1. Introdução Geral
39
1. Introdução Geral
1 Introdução Geral *
Os implantes osseointegrados têm sido utilizados satisfatoriamente na
reabilitação do paciente parcial ou totalmente edêntulo, desde que foi comprovada a
interação biológica entre o osso vivo e o titânio, considerada como uma conexão
estrutural e funcional entre o tecido ósseo normal e o implante em função.
(Branemark et al. 1969)
1
No entanto, é fato concebido que a biomecânica de uma prótese
implantossuportada é qualitativamente diferente daquela suportada por dente natural
(Kim et al. 2004)
2
. A diferença principal é causada pela presença do ligamento
periodontal circundando o dente natural, que tem a capacidade de absorver a tensão
e permitir pequenos movimentos; já os implantes não têm essa capacidade, devido à
interface implante/osso rígida (Gross et al. 2008)
3
. A possibilidade de se transferir
sobrecarga ao implante, e deste ao osso circundante, pode acabar ultrapassando o
limite fisiológico e provocar falha nas reabilitações ou, até mesmo, perda da
osseointegração (Wang et al. 2002)
4
. Portanto, é essencial aperfeiçoar a distribuição
da carga mastigatória por meio das próteses e destas para os implantes e o osso
suporte.
A biomecânica em Implantodontia busca entender os princípios para que o
implante seja capaz de receber, distribuir e dissipar as tensões oriundas da
mastigação; preservando a osseointegração, haja visto que, diferentemente do
elemento dentário que possui a capacidade de intrusão no alvéolo de 25-100 µm
(verticalmente) e de 56-108 µm (vestíbulo-lingual), o implante dentário possui a
liberdade de intrusão de 3-5 µm e de 10-50 µm, respectivamente (Gross et al.
2008)
3
.
*Listas de referências da Introdução Geral em Anexo D
40
1. Introdução Geral
Um fator chave para o sucesso ou falha dos implantes dentários é a maneira
pela qual a tensão é transferida ao osso circundante: a otimização da força
mastigatória é relevante, pois uma sobrecarga no sistema, ao ultrapassar o limiar
fisiológico de tolerância (individual), pode ocasionar falhas ou perdas nas
reabilitações.
Os fatores biomecânicos desempenham importante papel para a longevidade
dos implantes dentários. Dentre eles, o diâmetro, o comprimento do implante, a
geometria da prótese, o componente protético, o material de revestimento oclusal
são fatores críticos para a longevidade e estabilidade da prótese
implantossuportada. (Ciftçi & Canay 2000
5
; Papavasiliou et al. 1996
6
, Stegaroiu et al.
1998
7
)
A íntima relação da interface implante/osso, uma conexão rígida, sem
movimentos relativos do osso e titânio, permite a transferência da força mastigatória
do implante para o osso; na ausência de fibrose, permite que a tensão seja
transmitida de modo uniforme. (Skalak et al. 1983)
8
No início da década de 80, acreditou-se que o desenho e o material de
revestimento oclusal influenciavam o carregamento dos implantes e a deformação
óssea ao redor. Assim, com o intuito de transmitir menor tensão ao tecido ósseo,
postulou-se que a utilização de próteses confeccionadas com um material oclusal de
resina poderia contribuir mais significativamente para dissipar forças oriundas da
mastigação. A utilização de resina acrílica seria uma estratégia para agir como um
amortecedor de forças de impacto, que no sistema implante/osso não existe outra
estrutura que permita isso. (Skalak et al. 1983)
8
O estudo dos materiais de revestimento oclusal é tão importante quanto o
planejamento do número de implantes (Benzing et al. 1995)
9
, isso ocorre porque a
41
1. Introdução Geral
natureza da magnitude da carga necessária para causar a falha de um implante é
desconhecida; então é indispensável que uma força funcional seja transmitida para o
osso. A distribuição das tensões está diretamente relacionada com o módulo de
elasticidade do material de revestimento; por exemplo, quanto mais rígido ele for,
maior a transferência de tensão para o osso. (Ciftçi & Canay 2000)
5
A literatura cita as resinas acrílicas, material com maior resiliência, como
material com maior capacidade de absorver e dissipar energia, apresentando a
estética, resistência, embebição e durabilidade como desvantagens. (Carlsson et
al.2009
10
; Ciftçi & Canay 2000
5
) As resinas compostas seriam materiais mais
promissores com relação à resistência, apresentando maior módulo de elasticidade
que as resinas acrílicas e, consequentemente, menor possibilidade de fratura
durante a mastigação. As resinas modificadas com partículas de vidro parecem ser
materiais promissores para o futuro próximo, que apresentam maior resiliência
que as cerâmicas; no entanto apresentam maior dureza que as resinas acrílicas. A
porcelana transfere maior parte da força recebida para a infraestrutura, devido ao
alto módulo de elasticidade, possibilitando maior resistência ao desgaste, maior
durabilidade, melhor estética (Ciftçi & Canay 2000)
5
. As coroas totais metálicas
podem ser consideradas semelhantes a cerâmicas (ouro), podendo ser mais rígidas
e atuam como uma unidade rígida, conduzindo a propagação mais rápida do
impulso de uma força para o osso; (Gracis et al.1991
11
; Stegaroiu et al.2004
12
), sua
utilização pode ser considerada inapropriada (Ciftçi & Canay 2000)
5
A qualidade óssea também é considerada um fator de sucesso para o
implante, ou seja, áreas com pobre qualidade óssea associadas a sobrecargas
podem permitir maiores índices de falhas do implante dentário (Kim et al.2004)
2
.
Desta forma, foi proposto, na literatura, um protocolo para se aumentar a densidade
42
1. Introdução Geral
óssea, controlando-se o carregamento do implante e utilizando-se, inicialmente,
materiais resinosos para o revestimento oclusal (Misch et al.1999)
13
.
Outro aspecto importante na distribuição de tensões em implantes diz respeito
ao seu diâmetro. O aumento da área de interface implante/osso diminui a tensão
formada no osso adjacente à aplicação de carga. Desse modo, em regiões com
baixa qualidade e com disponibilidade óssea, o aumento do diâmetro seria uma
indicação importante. (Bahat et al. 1996
14
; Aparício et al. 1998
15
; Petrie & Willians
2005
16
)
Uma base científica para a seleção de materiais de revestimento de próteses
sobre implante é muito importante para o clínico. A literatura é escassa em estudos
que avaliem a influência do material de revestimento de próteses implantos-
suportadas e, a ação dos mesmos em implantes com diferentes diâmetros, análise
importante para promover futuros planejamentos e o desenvolvimento ou
aprimoramento de materiais oclusais, utilizados em implantodontia.
Pesquisas que avaliem a distribuição de tensões no osso, com diferentes
materiais oclusais de próteses implantossuportadas, ainda são escassas, tornando-
se indispensável compreender se um material de revestimento oclusal poderia
atenuar e melhorar a distribuição de tensões. Não menos importante, também,
constitui - se o estudo das estruturas internas da prótese sobre implante, quando se
analisa o comportamento de cada estrutura presente nesses modelos experimentais.
43
2. Capítulo 1
44
2. Capítulo 1
Avaliação da influência do material de revestimento oclusal na distribuição de
tensões em próteses implantossuportadas. Estudo através do método dos
elementos finitos tridimensionais.
2.1 Resumo
Proposta: existem diversos materiais de cobertura oclusal para próteses fixas sobre
implante. No entanto, ainda não existe um consenso entre os pesquisadores em
relação ao melhor material de cobertura para que menor tensão seja transmitida ao
implante e estruturas de suporte. Assim, este estudo avaliou a influência do material
de cobertura oclusal em próteses fixas unitárias sobre implante, pelo método dos
elementos finitos 3-D. Materiais e método: foram confeccionados 4 modelos, com
auxílio dos programas de desenho assistido Rhinoceros 4.0 e SolidWorks 2006,
além do programa InVesalius (CTI, São Paulo, Brasil). Cada modelo constituído por
um bloco de osso mandibular com um implante de hexágono externo de 5.0 x 10
mm, variando-se o material de cobertura entre NiCr, porcelana, resina composta,
resina acrílica. Carga axial de 200 N e oblíqua de 100 N foram aplicadas.
Resultados: o modelo (B) com cobertura em porcelana apresentou menor
transmissão de tensão para a infraestrutura de NiCr, seguido pela resina composta e
resina acrílica. A transmissão de tensão para o implante foi semelhante entre todos
os modelos. Conclusão: apesar das pequenas variações obtidas, conclui-se que,
nas condições do estudo, o diferenças significantes na distribuição de tensões
ao implante e estruturas de suporte.
Palavras-Chave: Implante dentário. Prótese dentária fixada por implante.
Biomecânica.
45
2. Capítulo 1
2.2 Introdução
*
A Implantodontia é uma especialidade que atingiu grande previsibilidade n as
últimas décadas. Os estudos recentes têm revelado a melhoria substancial da
qualidade de vida de milhares de pacientes parcial e totalmente edêntulos
reabilitados com implantes. Existem inúmeros critérios biológicos e biomecânicos
que atuam para aprimorar a longevidade, sucesso e previsibilidade da técnica de
reabilitação com implantes osseointegrados.
1-9
Atualmente, para uma melhor reabilitação, indica-se o planejamento reverso,
onde a técnica cirúrgica e o tratamento protético posterior, que são passos
fundamentais para o êxito da reabilitação com implantes osseointegráveis, são
planejados previamente à colocação dos implantes. Para tanto, é necessário um
conhecimento cada vez maior da biomecânica dos implantes dentários.
10-13
A biomecânica dos implantes dentários busca explicar os princípios
mecânicos e biológicos envolvidos nas próteses sobre implante para que o implante
seja capaz de receber, distribuir e dissipar as tensões oriundas da mastigação
preservando a osseointegração, haja visto que, diferentemente do elemento
dentário, que possui a capacidade de intrusão no alvéolo de 25-100 µm
(verticalmente) e, 56-108 µm (vestíbulo-lingual), o implante dentário possui a
liberdade de intrusão de apenas 3-5 µm axialmente e de 10-50 µm lateralmente.
14,15
Portanto, a otimização da distribuição das forças, para que o limiar fisiológico de
tolerância óssea seja respeitado,
16
é essencial para a durabilidade do tratamento
reabilitador.
Os fatores que podem interferir na previsibilidade do tratamento podem ser
considerados em várias situações: na etapa cirúrgica (estabilidade primária e
*O Artigo está colocado nas normas da Clinical Implant Dentistry and Related Research
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação-FOA/UNESP
46
2. Capítulo 1
técnica), no tecido ósseo (qualidade e quantidade óssea, condições para a
osseointegração), no implante (macro-geometria, micro-geometria, dimensões) e,
finalmente nas condições de oclusão/mecânica (material oclusal, forças mecânicas e
desenho protético).
7,17
O desenho da prótese sobre implante e o material de revestimento oclusal
influenciam no carregamento e na deformação óssea ao redor do implante.
11
Mas
ainda não existe um consenso entre o melhor material para superfície oclusal em
prótese implantossuportada unitária. Alguns autores acreditam que as resinas
dissipariam melhor as tensões
5,10,18-20
; no entanto, uma série de estudos
demonstraram não haver diferença na utilização entre uma resina ou material
cerâmico.
21-24,29
Por outro lado, alguns autores acreditam que a porcelana
apresentar-se-ia como principal material de escolha para reabilitação.
25-31
Assim, uma base científica para seleção do material de revestimento das
próteses sobre implante é muito importante para o clínico, a fim de orientar futuros
planejamentos e o desenvolvimento e/ou aprimoramento de materiais oclusais
usados em Implantodontia.
47
2. Capítulo 1
2.3 Proposição
O propósito deste estudo foi avaliar, pelo método dos elementos finitos
tridimensionais, a influência do material de revestimento oclusal, em próteses
implantossuportadas unitárias, na distribuição das tensões sob aplicação de cargas
axiais e oblíquas.
48
2. Capítulo 1
2.4 Materiais e Método
Para este estudo foram confeccionados 4 modelos tridimensionais (Tabela 1),
representados por uma secção de osso mandibular com um implante e uma coroa
sobre implante. As dimensões do bloco do osso foram 25.46 mm de altura, 13.81
mm de largura e 13.25 mm de espessura, composto por osso trabecular no centro
circundado por 1 mm de osso cortical, da região do segundo molar mandibular,
simulando um osso tipo III.
33
Tabela 1 - Especificações dos modelos
Modelo
Descrição
A
Implante unitário de 5.00 x 10 mm com coroa total NiCr
B
Implante unitário de 5.00 x 10 mm com coroa em infraestrutura (NiCr) com
cobertura estética de porcelana feldspática
C
Implante unitário de 5.00 x 10 mm com coroa em infraestrutura metálica (NiCr)
com cobertura estética em resina composta
D
Implante unitário de 5.00 x 10 mm com coroa em infraestrutura metálica (NiCr)
com cobertura estética em resina acrílica
O osso (trabecular e cortical) foi obtido a partir da recomposição de uma
Tomografia Computadorizada da secção transversal na região de molar; transferida
ao programa InVesalius (CenPRA, São Paulo, Brasil). A partir da imagem
bidimensional da tomografia, o programa InVesalius permite criar modelos virtuais
tridimensionais. Posteriormente, o modelo foi exportado ao programa Rhinoceros
®
*Detalhamento e ilustrações da metodologia (Anexo A)
49
2. Capítulo 1
3D 4.0 (NURBS Modeling for Windows, EUA) para modelagem final das superfícies
envolvidas no estudo.
A geometria de um implante rosqueável, hexágono externo de 5.00 x 10 mm
(Conexão Master Screw, Sistemas de Próteses, São Paulo, Brasil) foi utilizada como
referência para a elaboração do modelo do implante, bem como dos componentes
utilizados na infraestrutura. Este foi desenhado e simplificado virtualmente usando o
programa de desenho assistido SolidWorks
®
2006 (SolidWorks Corp,
Massachusetts, USA).
A coroa parafusada do tipo UCLA foi simulada com 4 diferentes materiais de
revestimento oclusal: uma coroa total de NiCr, uma coroa com uma infraestrutura de
Níquel-Cromo e porcelana feldspática
35
, um modelo com a infraestrutura de de NiCr
e Resina Composta e, uma coroa com infraestrutura de NiCr com resina acrílica. A
montagem da coroa com infraestrutura metálica e o implante foram realizados no
programa SolidWorks
®
, para sua posterior inserção na porção óssea.
A superfície externa da coroa foi obtida a partir de um dente artificial, um
segundo molar mandibular, obtido de um manequim odontológico experimental
(Odonfix, Ind. Com. Mat. Odont. Ltda., Brasil), o qual foi digitalizado por meio de um
scanner de superfície (Roland DG, São Paulo, Brasil). A imagem tridimensional
digitalizada foi exportada ao programa Rhinoceros
®
3D 4.0 para realização do
detalhamento das superfícies, bem como a montagem final dos modelos inserindo o
conjunto implante e infraestrutura como coroa no bloco ósseo. Após essa
montagem, os conjuntos foram exportados para o programa FEMAP
®
10, que é um
programa para pré e pós-processamento de modelos de elementos finitos, que
permite importação de geometrias, geração de malhas, configuração de
propriedades mecânicas e modelos de materiais e simular comportamento físico.
50
2. Capítulo 1
Assim, iniciou-se a geração das malhas de elementos finitos para análise.
Inicialmente foram incorporadas as propriedades mecânicas correspondentes a cada
material. A saber, módulo de Young e coeficiente de Poisson, que foram determinados a
partir de valores obtidos na literatura, como mostrados na Tabela 2. Todos os materiais
foram considerados isotrópicos, lineares e homogêneos.
Definidas as propriedades mecânicas dos materiais envolvidos, foram
geradas as malhas de elementos finitos para cada estrutura envolvida no estudo.
Para isso, utilizou-se o elemento sólido tetraédrico parabólico padrão do FEMAP 10,
já que as estruturas simuladas eram sólidas.
O modelo foi definido estabelecendo as condições de contorno, restrição e
carregamento que mais aproximasse de uma situação clínica real. Assim, como o
comportamento do fenômeno observado ficou dentro do campo da linearidade,
apesar de ser uma estrutura altamente complexa e, portanto a análise realizada foi
do tipo linear. O bloco de osso foi fixado nos três planos do espaço, nas faces
cortadas (laterais), sendo que a base ficou livre ou suspensa. Todas as superfícies
de contato entre as estruturas do estudo foram simuladas por contato colado, ou
seja, contato onde se impede que ocorra penetração, deslizamento ou afastamento
entre as superfícies envolvidas. A única exceção, para se aproximar de uma
situação clínica real, foi o contato entre a infraestrutura e o implante, que foi
simulado do tipo justaposto. O carregamento total foi de 200 N em direção axial,
realizado em 4 pequenas áreas de superfície, fracionados em 50 N em cada área,
normal à superfície das vertentes triturantes, em cada cúspide.
35
O carregamento
oblíquo foi de 100 N, feito através da supressão das cargas sobre as cúspides
vestibulares, numa tentativa de aproximação de situação clínica real.
51
2. Capítulo 1
Finalizadas todas as configurações do problema matemático, a análise foi
gerada no programa FEMAP 10 e exportada para resolução no núcleo de solução do
programa de elementos finitos NEiNastran
®
9.0 (Noran Engineering, Inc., EUA), para
obtenção dos resultados. Após cálculo dos resultados, estes foram exportados
novamente ao programa FEMAP 10 para visualização gráfica dos mapas de tensão
e/ou deslocamento. Os resultados obtidos foram visualizados por meio de mapas de
tensão de von Misses e Tensão Máxima Principal para indicar os níveis e padrões
da concentração de tensão.
Todo o processamento dos modelos, incluindo a análise, foram executados
em uma estação de trabalho da Sun (Sun Microsystems Inc., São Paulo, Brasil) com
as seguintes características: Processador Opteron 64, AMD duplo núcleo, 4 GB de
memória RAM, 250GB de HD.
Tabela 2 - Propriedades dos Materiais
Estruturas
Módulo de
Elasticidade
(E) (GPa)
Coeficiente de
Poisson
(v)
Referências
Osso Trabecular
1.37
0.30
Sertgoz et al.1997
27
Osso Cortical
13.7
0.30
Sertgoz et al.1997
27
Titânio
110.0
0.35
Stegaroiu et al.1998
28
Liga NiCr
206.0
0.33
Anusavice & Hojjatie 1987
34
Porcelana Feldspática
82.8
0.35
Papavasiliou et al1996
21
Resina Acrílica
2.4
0.35
Stegaroiu et al.1998
28
Resina Composta
16.6
0.24
Stegaroiu et al.1998
28
52
2. Capítulo 1
2.5 Resultado
Os resultados obtidos neste estudo foram plotados em mapas de tensão de
von Mises e tensão máxima principal, ambos com unidades em Mega-Pascal (MPa).
Algumas estruturas foram plotadas separadamente para melhor visualização dos
resultados.
Mapa Geral
Os mapas gerais de tensão de von Mises apresentaram valores de tensão
máxima na região da superfície de carregamento. Em um corte sagital observou-se
que na aplicação da carga axial (figuras 1, 2, 3 e 4) os modelos apresentaram
tensões mais baixas quando comparados com a aplicação da carga oblíqua (figuras
5, 6, 7 e 8) no lado lingual (lado de aplicação da carga oblíqua). Essas tensões se
localizaram na interface material restaurador/infraestrutura, interface
infraestrutura/implante, pescoço e rosca do parafuso da coroa, plataforma do
implante, até a primeira e/ou segunda rosca do implante. Já na aplicação das cargas
oblíquas (figuras 5, 6, 7 e 8) observou-se que as tensões localizaram-se nas
mesmas regiões, com concentração maior próxima à interface
implante/infraestrutura do lado da aplicação da carga (lado lingual).
Observou-se que as maiores áreas de concentração de tensões localizaram-
se na interface implante/infraestrutura e na primeira e/ou segunda rosca dos
implantes. Analisando-se comparativamente observou-se que o modelo com
cobertura em porcelana apresentou menor transmissão de tensão para a
infraestrutura NiCr seguido pela resina composta e resina acrílica, o que pode ser
53
2. Capítulo 1
verificado, pela observação da extensão da faixa de valor 3.125 MPa 4.688 MPa.
(figuras 2 e 6)
54
2. Capítulo 1
FIGURA 1 Corte Mapa Geral (Axial) Coroa NiCr/Implante-5.0 mm
FIGURA 2 Corte Mapa Geral (Axial) Coroa Porcelana/Implante-5.0 mm
55
2. Capítulo 1
FIGURA 3 Corte Mapa Geral (Axial) Coroa Resina Composta/Implante-5.0 mm
FIGURA 4 Corte Mapa Geral (Axial) Coroa Resina Acrílica/Implante-5.0 mm
56
2. Capítulo 1
FIGURA 5 Corte Mapa Geral (Oblíqua) Coroa NiCr/Implante-5.0 mm
FIGURA 6 Corte Mapa Geral (Oblíqua) Coroa Porcelana/Implante-5.0 mm
57
2. Capítulo 1
FIGURA 7 Corte Mapa Geral (Oblíqua) Coroa Resina Composta/Implante-5.0 mm
FIGURA 8 Corte Mapa Geral (Oblíqua) Coroa Resina Acrílica/Implante-5.0 mm
58
2. Capítulo 1
Coroa
Na aplicação das cargas axial e oblíqua (Figuras 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e
16) as mais altas tensões, sem considerar a região de carregamento que
naturalmente concentra a maior parte da tensão, concentraram-se na interface
infraestrutura (NiCr) e implante para os 4 modelos. O padrão de distribuição de
tensões foi semelhante para as duas aplicações de carga.
Os modelos que apresentaram coroa com revestimento em porcelana
apresentaram menor concentração de tensões na interface implante/coroa (Figuras
10 e 14). Observa-se ainda baixa concentração de tensões no material de
revestimento e na interface porcelana/infraestrutura metálica.
Os modelos com coroa total em NiCr (figuras 9 e 13) apresentaram maiores
concentrações de tensão próximo à interface implante/coroa, enquanto os demais
também apresentaram área de concentração na região de interface estrutura
metálica/material de revestimento oclusal. Os modelos com resina acrílica (figuras
12 e 16) apresentaram maiores concentrações de tensão na interface infraestrutura
metálica/material restaurador quando comparados aos demais modelos em ambas
as aplicações de carga.
59
2. Capítulo 1
FIGURA 9 Corte Coroa (Axial) Coroa total NiCr-5.0 mm
FIGURA 10 Corte Coroa (Axial) Coroa Porcelana/NiCr-5.0 mm
60
2. Capítulo 1
FIGURA 11 Corte Coroa (Axial) Coroa Resina Composta/NiCr-5.0 mm
FIGURA 12 Corte Coroa (Axial) Coroa Resina Acrílica /NiCr-5.0 mm
61
2. Capítulo 1
FIGURA 13 Corte Coroa (Oblíqua) Coroa NiCr-5.0 mm
FIGURA 14 Corte Coroa (Oblíqua) Coroa Porcelana/NiCr-5.0 mm
62
2. Capítulo 1
FIGURA 15 Corte Coroa (Oblíqua) Coroa Resina Composta/NiCr-5.0 mm
FIGURA 16 Corte Coroa (Oblíqua) Coroa Resina Acrílica/NiCr-5.0 mm
63
2. Capítulo 1
Tensão Máxima Principal
Osso Cortical
Para o carregamento axial, as figuras 17, 18, 19 e 20 (vista superior) e figuras
21, 22, 23 e 24 (vista inferior) ilustram os mapas de tensão máxima principal do osso
cortical dos modelos estudados. Nestas figuras é possível observar que as áreas de
concentração de tensões se localizaram próximas à interface osso/implante, sendo
compressivas na região superior (ver franjas de valor -4.875 MPa -0.375 MPa) e
de tração na região inferior (ver franjas de valor 0.75 MPa 12 MPa).
Para o carregamento oblíquo, as figuras 25, 26, 27, 28 (vista superior) e
figuras 29, 30, 31, 32 (vista inferior) demonstram que as áreas de concentração de
tensões são semelhantes e se localizam nas mesmas áreas.
Analisando comparativamente todos modelos, o modelo com coroa de NiCr
(figuras 21 e 29) apresentou menor área de concentração de tensão na região
inferior (tensões de tração), para as duas aplicações de carga (ver franjas de valor
1.063 MPa-5 MPa - figura 29). Além disso, os modelos que apresentaram cobertura
oclusal de porcelana, resina composta e resina acrílica (figuras 22, 23, 24, 30, 31 e
32) mostraram concentrações de tensão no trajeto da interface osso cortical/osso
trabecular se extendendo por uma região mais distante da região de interface
osso/implante (ver franjas de valor 0.625 MPa 5 MPa - figuras 30,31 e 32) Os
modelos (porcelana, resina composta, resina acrílica) não apresentaram diferenças
significativas na distribuição de tensões entre si.
64
2. Capítulo 1
FIGURA 17 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa total NiCr-5.0 mm
FIGURA 18 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa Porcelana/NiCr-5.0 mm
65
2. Capítulo 1
FIGURA 19 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa Resina Composta/NiCr-5.0 mm
FIGURA 20 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa Resina Acrílica/NiCr -5.0 mm
66
2. Capítulo 1
FIGURA 21 Corte Osso Cortical Inferior (Axial) Coroa/NiCr-5.0 mm
FIGURA 22 Corte Osso Cortical Inferior (Axial) Coroa Porcelana/NiCr-5.0 mm
67
2. Capítulo 1
FIGURA 23 Corte Osso Cortical Inferior (Axial) Coroa Resina Composta/NiCr-5.0 mm
FIGURA 24 Corte Osso Cortical Inferior (Axial) Coroa Resina Acrílica/NiCr-5.0 mm
68
2. Capítulo 1
FIGURA 25 Corte Osso Cortical Superior (Oblíqua) Coroa total NiCr-5.0 mm
FIGURA 26 Corte Osso Cortical Superior (Obliqua) Coroa Porcelana/NiCr-5.0 mm
69
2. Capítulo 1
FIGURA 27 Corte Osso Cortical Superior (Obliqua) Coroa RC/NiCr-5.0 mm
FIGURA 28 Corte Osso Cortical Superior (Obliqua) Coroa RA/NiCr-5.0 mm
70
2. Capítulo 1
FIGURA 29 Corte Osso Cortical Inferior (Obliqua) Coroa total NiCr-5.0 mm
FIGURA 30 Corte Osso Cortical Inferior (Obliqua) Coroa Porcelana/NiCr-5.0 mm
71
2. Capítulo 1
FIGURA 31 Corte Osso Cortical Inferior (Obliqua) Coroa RC/NiCr 5.0mm
FIGURA 32 Corte Osso Cortical Inferior (Obliquo) Coroa RA/NiCr 5.0mm
72
2. Capítulo 1
Osso trabecular
Os mapas de tensão do osso trabecular estão representados nas figuras 33,
34, 35 e 36 (carga axial) e figuras 37, 38, 39 e 40 (carga oblíqua). A área de máxima
tensão de compressão, em todos os modelos (axial), localizou-se no ápice do
implante (ver franja de valor -0.5 MPa -0.125 MPa).
Analisando-se comparativamente todos os modelos, em ambas as aplicações
de carga, observou-se que o modelo coroa NiCr (figuras 33 e figuras 37) apresentou
menor área de concentração de tensões compressivas no ápice do implante (ver
franjas de valor -0.5 MPa -0.125 MPa). Porém, as tensões de tração se
distribuíram por uma maior área ao redor do implante quando comparado aos
demais modelos (ver franja de valor 0.25 MPa 1.125 MPa figura 33). Em todos
os modelos, as tensões de tração se distribuíram de forma semelhante ao redor do
implante em direção lingual e vestibular.
73
2. Capítulo 1
FIGURA 33 Corte Osso trabecular (Axial) Coroa total NiCr-5.0mm
FIGURA 34 Corte Osso trabecular (Axial) Coroa Porcelana/NiCr-5.0mm
74
2. Capítulo 1
FIGURA 35 Corte Osso trabecular (Axial) Coroa RC/NiCr-5.0 mm
FIGURA 36 Corte Osso trabecular (Axial) Coroa RA/NiCr-5.0 mm
75
2. Capítulo 1
FIGURA 37 Corte Osso trabecular (Oblíquo) Coroa total NiCr-5.0 mm
FIGURA 38 Corte Osso trabecular (Oblíquo) Coroa Porcelana/NiCr-5.0 mm
/
76
2. Capítulo 1
FIGURA 39 Corte Osso trabecular (Oblíquo) Coroa RC/NiCr-5.0 mm
FIGURA 40 Corte Osso trabecular (Oblíquo) Coroa RA/NiCr-5.0 mm
77
2. Capítulo 1
2.6 Discussão
A utilização da análise de tensões von Mises permite a identificação de um
valor de tensão a partir de uma força aplicada. A utilização de tensão máxima
principal é mais compatível com o estudo da interface implante-osso, que essa
avaliação permite definir riscos locais de fracasso do osso fisiológico e de possível
ativação de reabsorção óssea.
8
A análise da tensão máxima principal pode ser
interpretada analisando-se regiões que apresentam tensão de tração (valores de
tensão positivos) e tensões de compressão (valores de tensão negativos).
Independentemente do tipo de tensão analisada, quando a análise é do tipo linear,
pressupõe-se que as deformações estarão dentro do limite de deformação
reversível, ou seja, dentro do limite de proporcionalidade do material envolvido no
estudo. Análises não lineares envolvem deformações plásticas.
Falhas mecânicas de implantes podem ser atribuídas a diversos fatores de
sobrecarregamento destes, como forças não verticais, falta de suporte ósseo em
volume e densidade, pequeno número de implante suportando uma prótese e
incorreta angulação de implantes no osso.
7,9
O estudo do aperfeiçoamento dessas
condições mecânicas é essencial para a evolução e aprimoramento da
Implantodontia. Neste estudo, como o intuito foi avaliar apenas o material de
cobertura oclusal, volume e quantidade ósseos, bem como a angulação do implante
e o seu número, por ser uma prótese unitária, foram ideais. O único fator de risco do
estudo foi o uso de cargas oblíquas.
A carga oblíqua aplicada justifica-se pelo fato de aproximar-se da realidade
clínica, uma vez que a carga combinada (força axial e oblíqua) representa a maioria
dos movimentos mastigatórios de abertura e fechamento e lateroprotrusivos durante
78
2. Capítulo 1
a mastigação funcional.
1
A carga mastigatória axial simulada, neste estudo, foi de
200 N, representando uma média registrada em pacientes com próteses sobre
implantes.
35
Na aplicação da carga oblíqua, optou-se por 100 N, aplicados em 2
regiões nas cúspides linguais do segundo molar inferior, que, durante movimentos
laterais, as vertentes linguais das cúspides linguais dos dentes superiores
posteriores contactam as vertentes vestibulares das spides linguais dos dentes
inferiores posteriores, quando estamos diante de uma oclusão do tipo função em
grupo.
Analisando-se o corte sagital dos mapas gerais de von Mises, observou-se
maior tendência à concentração de tensão na interface infraestrutura metálica-
implante, sendo a mesma propagada através do parafuso até a primeira ou segunda
rosca do implante, como relatado por Çehreli et al.
4
Existe ainda concentração de
tensões na interface material restaurador/infraestrutura metálica, principalmente
quando o módulo de elasticidade dos dois materiais é bem divergente (resina
acrílica/NiCr), estando de acordo com Stegaroiu et al.
28
Nesse sentido, os resultados
obtidos neste estudo estão em conformidade com a literatura.
Diferenças muito significativas na distribuição de tensões de von Mises não
foram encontradas entre os modelos estudados. Porém, o modelo com coroa total
em Porcelana apresentou menor concentração de tensões na interface
infraestrutura/material restaurador, sendo seguido do modelo em resina composta e
em resina acrílica. Isso provavelmente se deve ao fato de que a diferença do módulo
de elasticidade dos materiais oclusais não são capazes de alterar significativamente
a distribuição de tensões conforme relatado por Bassit et al.
29
, no osso e em
infraestruturas.
79
2. Capítulo 1
O mesmo ocorreu na interface entre implante e estrutura óssea, quando da
análise de tensão máxima principal. Esses dados colaboram com pesquisas que
comprovaram, por diferentes metodologias, como elementos finitos
21,27,28,30
e strain-
gauge
22,23,29,31
a não existência de diferenças relevantes na utilização de próteses
implantossuportadas de resinas ou de porcelana. Além disso, quando houve alguma
diferença, esta chega a ser da ordem de 0.5 MPa, o que pode ser considerado
desprezível diante dos limites fisiológicos do osso cortical e trabecular.
Um outro fator é que o tipo de modelo é muito variável entre os estudos
citados.
10,11,18,20,22,23,28,30,31
Alguns estudos utilizaram próteses fixas de 3 elementos,
10,23,28,30
o que poderia alterar o resultado, levando-se em consideração a existência
de um pôntico.
Semelhante ao nosso modelos, outros estudos avaliaram implantes
unitários.
18,20,22,31
Nossos resultados estão acordo com Soumeire & Dejou et al.
22
e
Stegaroiu et al.
31
que observaram não existir diferença entre os diferentes materiais
oclusais utilizados no carregamento de um único implante. No entanto, nosso
resultado é divergentes dos demais como Skalak et al.
18
, Skalak et al.
9
e Gracis et
al.
20
, que julgam a resina acrílica melhor opção para distribuição de tensões no osso,
esses estudos, porém utilizaram a metodologia de strain gauge para a realização
dos testes.
Empregando-se a mesma metodologia utilizada neste estudo, Papavasiliou et
al.
21
observaram, em implante IMZ (Interpore International, Irvine, Calif.), a não
existência de diferença na distribuição de tensões entre resina acrílica e porcelana
feldspática, concluindo que as maiores condições de micro-fratura óssea foram
cargas oblíquas, a magnitude da carga oclusal e a ausência de cortical óssea. Da
mesma forma, Juodzbalys et al.
5
, observaram em Implante Osteofix Dental Implant
80
2. Capítulo 1
System (Oulu, Finlândia) a não existência de diferença de distribuição de tensões
entre resina modificada e porcelana, quando submetidos a cargas estáticas,
concordando em parte com este estudo. No entanto, no carregamento dinâmico, a
resina modificada apresentou redução das tensões de 6,5%. Ainda é importante
ressaltar que nos estudos de Papavasiliou et al.
21
e Juodzbaly et al.
5
utilizou-se, para
análise o critério de von Mises apenas, não sendo o tipo de análise mais indicada
para o osso, considerando ser um material viscoelástico, que requer análise através
de tensão máxima principal.
8
Os resultados observados por Wang et al.
30
mostraram (implante Sulzer
Calcitek, Carlsbad, CA) a não existência de melhoria na distribuição de tensões em
coroas com diferentes materiais de revestimento (Ouro, Porcelana, Resina), esse
resultado concorda em parte com nossos estudos, que o autor também realizou
análise de implantes esplintados.
Ainda em relação ao osso, as tensões foram mais altas para o osso cortical e
estiveram localizadas nas primeiras roscas do implante. A cortical óssea possui
módulo de elasticidade cerca de 7 a 10 vezes maior que o osso trabecular e, quando
submetida a forças transversais, atua como fulcro
17
, concentrando as maiores
tensões, em comparação ao osso trabecular. Nesse sentido, um consenso na
literatura sobre essa concentração,
17,21
o que não foi diferente neste estudo.
Em todos os modelos de osso cortical, as áreas de tensão de compressão -2
MPa - -0.25 MPa (carregamento oblíquo) e tração 0.75 MPa 12 MPa
(carregamento axial) foram baixas e os valores estiveram dentro dos limites
fisiológicos descritos na literatura de resistência máxima do osso cortical humano de
140 - 170 MPa em compressão e, de 72 - 76 MPa em tração,
21
sendo que o limite
elástico seria aproximadamente 60 MPa. Em todos os modelos (carregamento
81
2. Capítulo 1
oblíquo) de osso trabeculado as área de tensão de compressão estiveram no valor
de -1 MPa -0.141 MPa e, as áreas de tensão de tração estiveram no valor de 0.25
MPa 1 MPa, estando de acordo com a faixa de valor de 22 a 28 MPa.
21
Assim,
teoricamente, os dados deste estudo não sobrecarregariam de maneira danosa os
limites de deformação linear dos materiais envolvidos e, clinicamente.
O efeito protetor da resina acrílica foi estabelecido teoricamente por Skalak et
al.
18
e por Skalak et al.
19
, clinicamente por Misch et al.
32
e em experimentos in vitro
por por Gracis et al.
20
não foi observado neste estudo. Entretanto, resultados
semelhantes aos observados neste estudo foram descritos pela literatura recente.
2,21,22,27-29
Assim, postula-se que o “efeito protetor” possa ser mais consequência do
próprio desgaste da resina acrílica, que é muito mais intenso do que o da porcelana,
e que, de certa forma, compensaria uma deficiência de ajuste oclusal.
10
Além disso,
Juodzbaly et al.
5
acreditam que a espessura do material restaurador utilizado não
seria capaz de imprimir redução na força de impacto oclusal, em comparação com o
volume e a dureza da infraestrutura e implante. E, que, devido ao desgaste
acentuado, poderia se desenvolver uma mastigação não funcional (patológica), em
longo prazo, sendo, portanto, a reabilitação com resina mais prejudicial que a
reabilitação com porcelana.
10
Clinicamente, a cerâmica pode ser considerada como principal material
oclusal de eleição, pois apresenta vantagens perante outros materiais (polímeros)
tais como estética, facilidade de higienização, maior resistência à fratura e
durabilidade.
13,21,22
Estudos longitudinais
24,25,26
e de revisão de literatura
2,13,15,24
suportam a afimação de que a cerâmica seria material de primeira escolha nas
reabilitações orais.
82
2. Capítulo 1
Apesar de não existir neste estudo diferenças significativas entre utilizar
porcelana, resina acrílica ou composta, extrapolando clinicamente, se houver
contatos prematuros por deficiência de ajuste oclusal do profissional, principalmente
nos movimentos lateroprotrusivos, a resina, material com maior resiliência, permitirá
desgastes, entretanto a porcelana não permite o mesmo, que é um material com
maior resistência e maior dureza, assim poderá transmitir uma força acima do limiar
fisiológico tolerado pelo osso. Portanto, um ajuste oclusal adequado pelo profissional
é importante para garantir resultados mais duradouros para a reabilitação.
83
2. Capítulo 1
2.7 Conclusão
Com base na metodologia utilizada e nas condições do estudo foi possível
concluir que:
Não houve diferenças significantes na distribuição de tensões ao implante e
estruturas suporte, variando-se o material de cobertura oclusal,
independentemente do sentido de aplicação da carga mastigatória.
84
2. Capítulo 1
2.8 Referências:
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comparative study examining the effect of implant diameter, implant shape, and
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85
2. Capítulo 1
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2. Capítulo 1
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2. Capítulo 1
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89
2. Capítulo 2
Capítulo 2
90
2. Capítulo 2
Análise da tensão óssea com diferentes diâmetros e materiais oclusais das
próteses unitárias sobre implantes. Estudo pelo método dos elementos finitos
tridimensionais
3.1 Resumo
Proposta: o objetivo deste estudo foi avaliar a distribuição das tensões no tecido
ósseo em prótese unitária com implantes de largo diâmetro e convencional, com
diferentes materiais oclusais da coroa, por meio do método dos elementos finitos 3-
D. Materiais e método: foram confeccionados 8 modelos, compostos por um bloco
ósseo, com implante de diâmetros 3.75 e 5.0mm e coroa implantossuportada com
diferente material oclusal: resina composta, resina acrílica, porcelana e coroa total
NiCr. Foi aplicada uma carga axial (200N) e oblíqua (100N). Resultados: Na carga
axial, o osso cortical não mostrou grandes diferenças entre todos os modelos e o
osso trabecular sofreu um aumento das tensões de tração, com a diminuição do
diâmetro do implante. Para cargas não-axiais, o osso cortical sofreu aumento
significativo das tensões de tração do mesmo lado da aplicação da carga quando se
diminuiu o diâmetro do implante. O osso trabecular mostrou essa mesma tendência,
embora mais discreta. Não houve diferenças no tecido ósseo pela variação do
material oclusal. Conclusão: o material de cobertura oclusal não interfere na
distribuição de tensões nos tecidos de suporte da prótese implantossuportada
unitária. O uso de implantes de largo diâmetro auxilia na transmissão das cargas
oclusais para o tecido ósseo, diminuindo principalmente as tensões sob aplicação de
cargas não-axiais.
Palavras-Chave: Implante dentário. Prótese dentária fixada por implante.
Biomecânica.
91
2. Capítulo 2
3.2 Introdução
*
Os fatores biomecânicos desempenham importante papel para a longevidade
dos implantes osseointegráveis.
1-5
As complicações mecânicas mais frequentes
relatadas dizem respeito a fraturas de parafusos das próteses, fraturas de peças
intermediárias, fratura de material estético ou da infraestrutura.
6
Para o sucesso da
Implantodontia é necessário não apenas previsibilidade no tratamento, mas também
aperfeiçoar a distribuição de tensões no conjunto prótese/implante/osso.
Os relatos a fim de se estabelecer fundamentos científicos para análise
biomecânica do funcionamento do implante dentário vêm sendo intensificados, uma
vez que a transferência da carga à interface osso-implante depende de alguns
fatores, tais como: tipo de carga, propriedades do material do implante e da prótese,
qualidade e quantidade de osso circundante, geometria do implante (comprimento,
diâmetro e forma) e característica da superfície do implante.
7-17
É aceito que a
intensidade da força mastigatória pode levar a uma sobrecarga do implante se for
ultrapassado o limiar fisiológico ósseo de tolerância (individual), podendo ocasionar
falhas nas reabilitações ou perdas dos implantes osseointegrados.
18,19
De qualquer
forma, o material de cobertura oclusal recebe força mastigatória e a transmite para o
implante e osso de sustentação.
Entende-se que não existe um consenso sobre o melhor material de
revestimento oclusal para distribuição de tensões.
19,20,21
Alguns pesquisadores
sustentam a capacidade do efeito de redução do impacto de forças, quando da
utilização de resinas modificadas ou acrílicas.
22,23,24
Alguns estudos apontam não
existirem diferenças significantes em modelos com diferentes materiais oclusais
(porcelanas, resinas).
15,21
Estudos utilizando a metodologia de strain-gauge
*O Artigo está colocado nas normas da revista The International Journal of Oral & Maxillofacial Implants
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação-FOA/UNESP
92
2. Capítulo 2
avaliaram diferentes materiais oclusais, não se observando diferença na distribuição
de tensão em coroas feitas de resina ou porcelana.
15,25
Outro aspecto importante na distribuição de tensões em implantes diz respeito
ao seu diâmetro. Em regiões onde existe espessura óssea suficiente, áreas pobres
em qualidade óssea (osso tipo IV) e em imediata instalação após cirurgia de
extração de um implante fraturado, a indicação de um implante de largo diâmetro é
precisa.
26
A literatura aponta que o melhor benefício biomecânico para esses
implantes seria a distribuição de tensões mais eficientes.
9,26,27-31
Outro ponto importante diz respeito à deformação do material. Quando a
deformação é colocada em um eixo horizontal e a tensão aplicada é colocada em
um eixo vertical; essa relação permite obter a flexibilidade do material ou módulo de
elasticidade. Quanto menor a força aplicada no osso, menor será a
microdeformação e, portanto, uma forma de diminuir esse processo é aumentar a
área funcional da interface osso implante
32
. Assim, a dissipação de tensões é
otimizada com o aumento do seu diâmetro.
Entende-se que a magnitude e a localização da concentração de tensões é
um ponto-chave para a longevidade dos implantes osseointegráveis. Portanto,
aperfeiçoar o carregamento, principalmente considerando-se que a maior
concentração de tensões ocorre na interface implante/pilar protético, é essencial. De
acordo com o princípio de Saint Vernant´s, se forem aplicadas cargas concentradas
em um modelo, os elementos na vizinhança imediata dos pontos de aplicação das
cargas estarão submetidos a tensões muito elevadas, enquanto os outros elementos
próximos da extremidade praticamente não serão afetados pelas cargas. Portanto,
pode-se observar aumento de concentração de tensões até a junção
93
2. Capítulo 2
implante/infraestrutura e isso pode aumentar a magnitude de tensão na região,
podendo causar perda óssea.
33
Do ponto de vista metodológico, o Método dos Elementos Finitos 3D (MEF-
3D) tem se mostrado como uma ferramenta eficaz para examinar os
comportamentos de carregamentos em próteses implantossuportadas, e osso peri-
implantar.
29,34
Diante do exposto, apesar das pesquisas que apresentam análise
biomecânica em Implantodontia serem de grande relevância, pois aperfeiçoam a
técnica de reabilitação com implantes, a literatura ainda é escassa em estudos que
avaliam a influência do material de composição de próteses implantossuportadas
unitárias com diferentes diâmetros de implantes osseointegráveis, sendo importante
essa análise para orientar futuros planejamentos e o desenvolvimento ou
aprimoramento de materiais na reabilitação com próteses implantossuportadas.
94
2. Capítulo 2
3.3 Proposição
O propósito deste estudo foi avaliar a influência de diferentes materiais de
cobertura oclusal na confecção de próteses fixas implantossuportadas unitárias, com
diferentes diâmetros de implantes osseointegráveis, na distribuição de tensões no
tecido ósseo, sob aplicação de cargas axiais e oblíquas, pelo método dos elementos
finitos tridimensionais.
95
2. Capítulo 2
3.4 Materiais e Método
Para este estudo foram confeccionados 8 modelos tridimensionais (Tabela 1),
representados por uma secção de osso mandibular com um implante e uma coroa
sobre implante. O bloco de osso, com 25,46 mm de altura, 13,81 mm de largura e
13,25 mm de espessura, é composto por osso trabecular, no centro, circundado por
1 mm de osso cortical, da região do segundo molar mandibular, simulando um osso
tipo III.
35
Tabela 1 - Especificações dos modelos
Modelo
Descrição
A
Implante unitário de 3.75 x 10 mm com coroa total NiCr
B
Implante unitário de 3.75 x 10 mm com coroa em infraestrutura de NiCr e com
cobertura estética em porcelana feldspática
C
Implante unitário de 3.75 x 10 mm com coroa em infraestrutura metálica (NiCr)
com cobertura estética em resina composta
D
Implante unitário de 3.75 x 10 mm com coroa em infraestrutura metálica (NiCr)
com cobertura estética em resina acrílica
E
Implante unitário de 5.00 x 10 mm com coroa total NiCr
F
Implante unitário de 5.00 x 10 mm com coroa em infraestrutura de NiCr e com
cobertura estética em porcelana feldspática
G
Implante unitário de 5.00 x 10 mm com coroa em infraestrutura metálica (NiCr)
com cobertura estética em resina composta
H
Implante unitário de 5.00 x 10 mm com coroa em infraestrutura metálica (NiCr)
com cobertura estética em resina acrílica
96
2. Capítulo 2
O osso (trabecular e cortical) foi obtido a partir da recomposição de uma
tomografia computadorizada da secção transversal na região de molar; transferida
ao programa InVesalius (CenPRA, São Paulo, Brasil). A partir da imagem
bidimensional da tomografia, o programa InVesalius permite criar modelos virtuais
tridimensionais. Posteriormente, o modelo foi exportado ao programa Rhinoceros
®
3D 4.0 (NURBS Modeling for Windows, EUA) para modelagem final das superfícies
envolvidas no estudo.
A geometria de dois implantes rosqueáveis, hexágono externo de 5.00 x 10
mm e hexágono externo de 3.75 x 10 mm (Conexão Master Screw, Sistemas de
Próteses, São Paulo, Brasil) foi utilizada como referência para a elaboração dos
modelos de implante, bem como dos componentes utilizados na infraestrutura. Estes
foram desenhados e simplificados virtualmente usando o programa de desenho
assistido SolidWorks
®
2006 (SolidWorks Corp, Massachusetts, USA).
A coroa parafusada do tipo UCLA foi simulada com 4 diferentes materiais de
revestimento oclusal: uma coroa total de NiCr, uma coroa com uma infraestrutura de
Níquel-Cromo e porcelana feldspática
36
, um modelo com a infraestrutura de de NiCr
e Resina Composta e, uma coroa com infraestrutura de NiCr com resina acrílica. A
montagem da coroa com infraestrutura metálica e o implante foram realizados no
programa SolidWorks
®
, para sua posterior inserção na porção óssea.
A superfície externa da coroa foi obtida a partir de um dente artificial, um
segundo molar mandibular, obtido de um manequim odontológico experimental
(Odonfix, Ind. Com. Mat. Odont. Ltda., Brasil), o qual foi digitalizado por meio de um
scanner de superfície (Roland DG, São Paulo, Brasil). A imagem tridimensional
digitalizada foi exportada ao programa Rhinoceros
®
3D 4.0 para realização do
detalhamento das superfícies, bem como para a montagem final dos modelos,
97
2. Capítulo 2
inserindo o conjunto implante e pilar protético como coroa no bloco ósseo. Após
essa montagem, os conjuntos foram exportados para o programa FEMAP
®
10, um
programa para pré e pós-processamento de modelos de elementos finitos, que
permite importação de geometrias, geração de malhas, configuração de
propriedades mecânicas e modelos de materiais e simulação de comportamento
físico.
Assim, iniciou-se a geração das malhas de elementos finitos para análise.
Inicialmente foram incorporadas as propriedades mecânicas correspondentes a cada
material, a saber, módulo de Young e coeficiente de Poisson, determinados a partir de
valores obtidos na literatura, como mostrados na Tabela 2. Todos os materiais foram
considerados isotrópicos, lineares e homogêneos.
Definidas as propriedades mecânicas dos materiais envolvidos, foram
geradas as malhas de elementos finitos para cada estrutura envolvida no estudo.
Para isso, utilizou-se o elemento sólido tetraédrico parabólico padrão do FEMAP 10,
já que as estruturas simuladas eram sólidas.
O modelo foi definido estabelecendo-se as condições de contorno, restrição e
carregamento que mais se aproximassem de uma situação clínica real. Assim, como
o comportamento do fenômeno observado ficou dentro do campo da linearidade,
apesar de ser uma estrutura altamente complexa, a análise realizada, portanto, foi
do tipo linear. O bloco de osso foi fixado nos três planos do espaço, nas faces
cortadas (laterais), tendo a base ficado livre ou suspensa. Todas as superfícies de
contato entre as estruturas do estudo foram simuladas por contato colado, ou seja,
contato onde se impede que ocorra penetração, deslizamento ou afastamento entre
as superfícies envolvidas. A única exceção, para se aproximar de uma situação
clínica real, foi o contato entre o pilar protético e o implante, simulado do tipo
98
2. Capítulo 2
justaposto. O carregamento total foi de 200N
36
em direção axial, realizado em 4
pequenas áreas de superfície, fracionados em 50N em cada área, normal à
superfície das vertentes triturantes, em cada cúspide. O carregamento oblíquo foi de
100 N, feito através da supressão das cargas sobre as cúspides vestibulares, numa
tentativa de aproximação de situação clínica real.
Finalizadas todas as configurações do problema matemático, a análise foi
gerada no programa FEMAP 10 e exportada para resolução no núcleo de solução do
programa de elementos finitos NEiNastran
®
9.0 (Noran Engineering, Inc., EUA), para
obtenção dos resultados. Após cálculo dos resultados, estes foram exportados
novamente ao programa FEMAP 10 para visualização gráfica dos mapas de tensão
e/ou deslocamento.Os resultados obtidos foram visualizados por meio de mapas de
tensáo de von Misses e Tensão Máxima Principal para indicar os níveis e padrões
da concentração de tensão.
Todo o processamento dos modelos, incluindo a análise, foi executado em
uma estação de trabalho da Sun (Sun Microsystems Inc., São Paulo, Brasil) com as
seguintes características: Processador Opteron 64, AMD duplo núcleo, 4 GB de
memória RAM, 250GB de HD.
99
2. Capítulo 2
Tabela 2 - Propriedades dos Materiais
Estruturas
Módulo de
Elasticidade
(E) (GPa)
Coeficiente
de Poisson
(v)
Referências
Osso Trabecular
1.37
0.30
Sertgoz et al.
16
Osso Cortical
13.7
0.30
Sertgoz et al.
16
Titânio
110.0
0.35
Stegaroiu et al.
13
Liga NiCr
206.0
0.33
Hojjatie & Anusavice
37
Porcelana
Feldspática
82.8
0.35
Papavasiliou et al
14
Resina Acrílica
2.4
0.35
Stegaroiu et al.
13
Resina Composta
16.6
0.24
Stegaroiu et al.
13
100
2. Capítulo 2
3.5 Resultado
Os resultados obtidos neste estudo foram plotados em mapas de tensão de
máxima principal, com unidades em Mega-Pascal (MPa). Algumas estruturas foram
plotadas individualmente para melhor visualização dos resultados.
Tensão máxima principal
Osso Cortical
Força Axial
As figuras 1, 2, 3, 4 (corte osso cortical vista superior Implante de 3.75mm),
5, 6, 7, 8 (corte osso cortical vista inferior implante de 3.75mm), 9, 10, 11, 12 (corte
osso cortical vista superior implante de 5.00mm), 13, 14, 15 e 16 (corte osso
cortical vista inferior implante de 5.00mm) ilustram os mapas de tensão máxima
principal do osso cortical para aplicação de força axial.
Em todos os modelos, observa-se que as áreas de concentração de tensões
se localizaram próximas à interface osso/implante, sendo de compressão (valores
negativos) na região superior e de tração (valores positivos) na região inferior.
Verificou-se que o aumento do diâmetro (3.75mm / 5.00mm) foi o fator mais
favorável para dissipação de tensões. As tensões de compressão (figuras 1-4,9-12)
apresentam um padrão de distribuição muito semelhante -6 MPa - -0.375 MPa, nos
101
2. Capítulo 2
modelos de implantes estudados. As tensões de tração (figuras 5-8,13-16)
demonstram melhor padrão de distribuição de tensões nos implantes de largo
diâmetro, no valor de 0.75 MPa 12 MPa.
Analisando-se comparativamente os diferentes materiais de revestimento
oclusal, observou-se não existirem diferenças significativas. O modelo coroa total
NiCr (implante 3.75-figura 5) apresentou discreta maior concentração de tensões, no
valor de 0.75 MPa 12 MPa, quando comparada com os demais modelos de
mesmo diâmetro (figuras 6,7 e 8). Os demais modelos não apresentaram diferenças
significativas na distribuição de tensões (porcelana, resina composta, resina
acrílica).
102
2. Capítulo 2
FIGURA 1 Coroa Osso Cortical Sup (axial)- Coroa total NiCr3.75 mm
FIGURA 2 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa Porcelana/NiCr3.75 mm
103
2. Capítulo 2
FIGURA 3 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa RC/NiCr3.75 mm
FIGURA 4 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa RA/NiCr3.75 mm
104
2. Capítulo 2
FIGURA 5 Corte Osso Cortical Inferior (Axial) Coroa NiCr 3.75mm
FIGURA 6 Corte Osso Cortical Inferior (Axial) Coroa Porcelana/NiCr3.75 mm
105
2. Capítulo 2
FIGURA 7 Corte Osso Cortical Inferior (Axial) Coroa RC/NiCr3.75 mm
FIGURA 8 Corte Osso Cortical Inferior (Axial) Coroa RA/NiCr3.75 mm
106
2. Capítulo 2
FIGURA 9 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa total NiCr-5.0 mm
FIGURA 10 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa Porcelana/NiCr-5.0 mm
107
2. Capítulo 2
FIGURA 11 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa RC/NiCr-5.0 mm
FIGURA 12 Corte Osso Cortical Superior (Axial) Coroa RA/NiCr-5.0 mm
108
2. Capítulo 2
FIGURA 13 Corte Osso Cortical Inferior (Axial)Coroa total NiCr-5.0 mm
FIGURA 14 Corte Osso Cortical Inferior (Axial)Coroa Porcelana/NiCr-5.0 mm
109
2. Capítulo 2
FIGURA 15 Corte Osso Cortical Inferior (Axial) Coroa RC/NiCr-5.0 mm
FIGURA 16 Corte Osso Cortical Inferior (Axial) Coroa RA/ NiCr-5.0 mm
110
2. Capítulo 2
Força Oblíqua
As figuras 17, 18, 19, 20 (corte osso cortical vista superior Implante de 3.75
mm), 21, 22, 23, 24 (corte osso cortical vista inferior implante de 3.75 mm), 25, 26,
27, 28 (corte osso cortical vista superior implante de 5.00mm), 29, 30, 31 e 32
(corte osso cortical vista inferior implante de 5.00mm) ilustram os mapas de tensão
máxima principal do osso cortical, para aplicação de força axial.
Em todos os modelos, observa-se que as áreas de concentração de tensões
se localizaram próximas à interface osso/implante e áreas de cortical adjacente que
circundam o implante, sendo de compressão (valores negativos) na região superior
e de tração (valores positivos) na região inferior.
Na aplicação de carga oblíqua, também se observou que o aumento do
diâmetro (3.75mm / 5.00mm) foi o fator mais favorável para dissipação de tensões. A
força de compressão localizou-se mais concentrada, no valor de -2 MPa - -0.25MPa,
nos modelos A,B,C e D (figuras 17-20), quando estes são comparados aos modelos
E,F,G e H (figuras 25-28). As tensões de tração demonstraram melhor padrão de
distribuição de tensões nos implantes de largo diâmetro.
Analisando-se comparativamente os diferentes materiais de revestimento
oclusal, observou-se não existirem diferenças significativas em todos os modelos
submetidos à carga oblíqua. O modelo coroa total NiCr (implante 3.75-figura 17 e
21) apresentou discreta maior área de concentração de tensões, no valor de -2 MPa
- 0.25 MPa (força compressiva) e de 0.625 MPa - 5 MPa (força de tração), quando
comparado com os demais modelos de mesmo diâmetro. Os demais modelos não
111
2. Capítulo 2
apresentaram diferenças significativas, na distribuição de tensões (porcelana, resina
composta e resina acrílica).
112
2. Capítulo 2
FIGURA 17 Corte Osso Cortical Superior (Obliqua) Coroa total NiCr - 3.75mm
FIGURA 18 Corte Osso Cortical Superior (Oblíquo) Coroa Porcelana/NiCr - 3.75mm
113
2. Capítulo 2
FIGURA 19 Corte Osso Cortical Superior (Oblíquo) Coroa RC/NiCr - 3.75mm
FIGURA 20 Corte Osso Cortical Superior (Oblíquo) Coroa RA/NiCr - 3.75mm
114
2. Capítulo 2
FIGURA 21 Corte Osso Cortical Inferior (Oblíquo) Coroa total NiCr - 3.75mm
FIGURA 22 Corte Osso Cortical Inferior (Oblíquo) Coroa Porcelana/NiCr - 3.75mm
115
2. Capítulo 2
FIGURA 23 Corte Osso Cortical Inferior (Oblíquo) Coroa RC/NiCr - 3.75mm
FIGURA 24 Corte Osso Cortical Inferior (Oblíquo) Coroa RA/NiCr - 3.75mm
116
2. Capítulo 2
FIGURA 25 Corte Osso Cortical Superior (Oblíqua) Coroa total NiCr - 5.0mm
FIGURA 26 Corte Osso Cortical Superior (Obliquo) Coroa Porcelana / NiCr - 5.0mm
117
2. Capítulo 2
FIGURA 27 Corte Osso Cortical Superior (Obliquo) Coroa RC / NiCr - 5.0mm
FIGURA 28 Corte Osso Cortical Superior (Obliquo) Coroa RA/NiCr - 5.0mm
118
2. Capítulo 2
FIGURA 29 Corte Osso Cortical Inferior (Obliquo) Coroa total NiCr - 5.0mm
FIGURA 30 Corte Osso Cortical Inferior (Obliquo) Coroa Porcelana / NiCr - 5.0mm
119
2. Capítulo 2
FIGURA 31 Corte Osso Cortical Inferior (Obliquo) Coroa RC / NiCr - 5.0mm
FIGURA 32 Corte Osso Cortical Inferior (Obliquo) Coroa Resina Acr / NiCr - 5.0mm
120
2. Capítulo 2
Osso trabecular
Força Axial
Observa-se que as áreas de concentração de tensões se localizaram
próximas à interface osso/implante, sendo de compressão (valores negativos), no
ápice e, de tração (valores positivos), ao redor do implante
As figuras 33, 34, 35 e 36 (Implante de 3.75mm) e as figuras 37, 38, 39 e 40
(Implante de 5.00mm) ilustram os mapas de tensão máxima principal do osso
trabecular para aplicação de força axial. A área de máxima tensão de compressão,
em todos os modelos, localizou-se no ápice do implante (ver franja de valor -1 MPa
-0.125 MPa para o implante de 3.75mm); e franja de valor -1 MPa -0.125 MPa
para o implante de 5.0mm.
Analisando-se comparativamente todos os modelos, em ambas as aplicações
de carga verificou-se que o modelo de implante largo diâmetro (5.0mm) com coroa
total NiCr (figura 37) apresentou menor área de concentração de tensões
compressivas no ápice do implante (ver franjas de valor -0.344 MPa -0.00938
MPa). Não se observaram diferenças significativas com relação aos demais
materiais utilizados.
As tensões de tração se distribuíram por uma maior área ao redor dos
implante de largo diâmetro quando comparadas ao modelo de diâmetro regular (ver
franja de valor 0.313 MPa 1.188 MPa).
121
2. Capítulo 2
Em todos os modelos, as tensões de tração se distribuíram de forma
semelhante ao redor do implante ocorrendo no entanto, em menor intensidade, nos
implantes de maior diâmetro (figuras 37,38,39 e 40).
122
2. Capítulo 2
FIGURA 33 Corte Osso Trabecular (Axial) Coroa total NiCr - 3.75mm
FIGURA 34 Corte Osso trabecular (Axial) Coroa Porcelana/ NiCr - 3.75mm
123
2. Capítulo 2
FIGURA 35 Corte Osso Trabecular (Axial) Coroa RC/NiCr - 3.75mm
FIGURA 36 Corte Osso Trabecular (Axial) Coroa RA/NiCr - 3.75mm
124
2. Capítulo 2
FIGURA 37 Corte Osso trabecular (Axial) Coroa total NiCr- 5.00mm
FIGURA 38 Corte Osso trabecular (Axial) Coroa Porcelana/NiCr- 5.0mm
125
2. Capítulo 2
FIGURA 39 Corte Osso trabecular (Axial) Coroa RC/NiCr- 5.0mm
FIGURA 40 Corte Osso trabecular (Axial) Coroa RA/NiCr- 5.0mm
126
2. Capítulo 2
Osso trabecular
Força Oblíqua
Para aplicação de carga oblíqua, observou-se que as áreas de concentração
de tensões localizaram-se próximas à interface osso/implante, sendo de compressão
(valores negativos) no ápice, e tração (valores positivos), ao redor do implante
As figuras 41, 42, 43 e 44 (Implante de 3.75mm) e as figuras 45, 46, 47 e 48
(Implante de 5.00mm) ilustram os mapas de tensão máxima principal do osso
trabecular para aplicação de força oblíqua. A área de máxima tensão de
compressão, em todos os modelos, localizou-se no ápice do implante (ver franja de
valor -1 MPa -0.0625 MPa).
Analisando-se comparativamente todos os modelos, em ambas as aplicações
de carga constatou-se que o modelo de implante largo diâmetro (5.0mm) com coroa
total NiCr (figura 45) apresentou menor área de concentração de tensões
compressivas no ápice do implante (ver franjas de valor -1 MPa -0.0625 MPa). Não
se observaram diferenças significativas com relação aos demais materiais utilizados.
As tensões de tração se distribuíram em área semelhante para todos os
modelos ao redor dos implantes, sendo consideradas de maior intensidade nos
implantes regulares (figuras 41, 42, 43 e 44 - ver franja de valor 0.25 MPa 1.5
MPa). Os implantes de largo diâmetro apresentaram menor concentração de
tensões de tração (figuras 45, 46, 47 e 48); ver franjas de valor 0.25MPa -
0.719MPa.
127
2. Capítulo 2
FIGURA 41 Corte Osso Trabecular (Obliquo) Coroa total NiCr 3.75mm -
FIGURA 42 Corte Osso Trabecular (Oblíquo) Coroa Porcelana/NiCr-3.75mm
128
2. Capítulo 2
FIGURA 43 Corte Osso Trabecular (Oblíquo) Coroa RC/NiCr-3.75mm
FIGURA 44 Corte Osso Trabecular (Oblíquo) Coroa RA/NiCr-3.75mm
129
2. Capítulo 2
FIGURA 45 Corte Osso trabecular (Oblíquo) Coroa total NiCr-5.00mm
/
FIGURA 46 Corte Osso trabecular (Oblíquo) Coroa Porcelana/NiCr-5.00mm
130
2. Capítulo 2
FIGURA 47 Corte Osso trabecular (Oblíquo) Coroa RC/NiCr-5.00mm
FIGURA 48 Corte Osso trabecular (Oblíquo) Coroa RA/NiCr-5.00mm
*Em anexo E Figuras - Corte Geral Osso Cortical/Trabecular -
131
2. Capítulo 2
3.6 Discussão
Segundo alguns estudos, o desenho
14
e o material de revestimento oclusal
influenciam no carregamento dos implantes e na deformação óssea ao seu redor.
3,13,14,
Apesar de a porcelana ser amplamente aceita para o revestimento oclusal e
conferir excelente resultado estético,
4,5
a resina acrílica parece ser mais eficiente
que a porcelana, em termos de redução das forças de impacto, possivelmente
devido ao menor módulo de elasticidade (quanto mais resiliente o material
teoricamente maior quantidade de tensão será dissipada).
3,22-24
Entende-se que a
influência exercida pelo material de revestimento na transmissão de tensões é
importante, pois o comportamento do osso, na região peri-implantar, também está
relacionado à magnitude e concentração de tensão transmitida ao implante,
14
ou
seja, se forças oclusais incidirem e se não houver dissipação das mesmas, poder-
se-á romper com a osseointegração. Apesar destes fatores, constatou-se neste
estudo que não existiu diferença significante na distribuição de tensões no tecido
ósseo entre os diferentes materiais oclusais analisados.
Observouse em relação ao osso cortical que as tensões foram mais altas
quando comparadas ao osso trabecular, para todos os modelos analisados, e
estiveram concentradas nas primeiras roscas e na interface osso cortical/implante,
conforme observado em outros estudos.
1,8,13,14,38
Como a cortical óssea possui
módulo de elasticidade maior que o osso trabecular, quando submetida a forças
transversais, esta cortical atua como fulcro do sistema (momento de flexão),
concentrando as maiores tensões em comparação ao osso trabecular, indicando que
o osso peri-implantar pode ser mais susceptível a perda óssea, de acordo com
alguns estudos.
39,40
132
2. Capítulo 2
A transmissão das tensões do implante para o osso ocorre através da
interface de contato e está relacionada com a rigidez dos materiais envolvidos.
Entende-se que quanto mais íntima a relação do osso com o implante, melhor será
esta distribuição
23
e que, dependendo da tensão transmitida ao osso, podem ocorrer
micro-deformações patológicas.
20
Nos modelos estudados, a distribuição de tensões
esteve dentro dos limites fisiológicos de resistência da cortical óssea humana de 140
MPa a 170 MPa de compressão e 72 MPa a 76 MPa em tração.
14
Para todos os
modelos estudados, os níveis de tensão máxima principal no osso foram
consistentes com a situação de compatibilidade óssea em resistir ao carregamento.
Além disso, cabe ressaltar que este estudo é linear, e, portanto, deformações
reversíveis são propostas para a análise da situação clínica. Neste trabalho,
utilizaram-se força axial (200N) e força oblíqua (100N), com o intuito de se aproximar
de uma condição natural do ciclo mastigatório, semelhante a outros estudos
36
. Estas
forças, clinicamente, estão em conformidade com forças fisiológicas e, portanto,
reforçam a citação feita anteriormente.
Osso é considerado um material relativamente friável e, portanto, quando
estirado além de seu limite elástico, poderá fraturar-se. Para este tipo de análise, a
interpretação dos resultados é mais coerente quando realizada através da tensão
máxima principal (tensão de tração e compressão), que um nível razoável de
tração ou compressão, embora a tensão total (somatório de tensões) não seja alta,
pode pôr em falha todo o sistema. Portanto, o osso poderá ter maior possibilidade
de falha quando a tensão de tração for igual ou superior à máxima tensão de tração,
ou quando a tensão de compressão for maior ou igual à máxima tensão de
compressão do osso.
31
Este é o motivo, portanto, de não se utilizarem tensões de
von Mises, que são mais coerentes para análises de materiais dúcteis.
133
2. Capítulo 2
Como mencionado, neste estudo não se observaram diferenças
expressivas na distribuição de tensões no osso quando a variável foi o material
oclusal. Tais constatações estão em acordo com estudos que utilizaram a mesma
metodologia e não encontraram diferenças significantes.
8,14,20
Pôde-se ainda
confrontar diferentes materiais oclusais em implantes de diâmetro regular (3.75mm)
e largo diâmetro (5.00mm), não se observando diferenças significativas entre os
materiais oclusais estudados (coroa NiCr, porcelana, resina acrílica e resina
composta); o que leva ao raciocínio de que o aumento do diâmetro do implante é
mais interessante do ponto de vista da distribuição de cargas oclusais ao osso de
suporte, do que o material de recobrimento da coroa protética.
Esta melhoria da distribuição de tensão com o aumento do diâmetro do
implante pode ser observada quando analisamos os modelos no carregamento axial
(cortical inferior força de tração) e no carregamento oblíquo (cortical inferior - força
de tração). Isto se encontra respaldado em uma série de ensaios que comprovaram
ser o aumento do diâmetro um fator relevante para dissipação de
tensões.
9,10,11,29,30,31
Os resultados obtidos para o osso trabecular mostraram baixos níveis de
tensões, quando comparados com os do osso cortical. Este dado está de acordo
com estudos científicos,
14,31,34
que relataram menor concentração no osso
trabeculado apical. A combinação de baixa qualidade óssea e sobrecarga oclusal
são consideradas fatores críticos para o sucesso do implante, pois, na ausência de
cortical óssea, existiria maior carregamento desta região, conforme relatado em
metodologia semelhante por Wang et al.
20
e Papavasiliou et al.
14
Considerando que o aumento do diâmetro foi mais relevante para a melhoria
da distribuição de tensões do que os diferentes materiais oclusais envolvidos, este
134
2. Capítulo 2
achado pode dar indícios para o uso de porcelana como material oclusal de escolha
quando se considera um implante 100 % osseointegrado, haja visto que a maior
rigidez deste material não influenciou nos resultados. No entanto, a maior resistência
conferida pela porcelana (módulo de elasticidade maior) exige um ajuste oclusal
minucioso, para que não ocorra sobrecarga prematura nos implantes, principalmente
em movimentos látero-protrusivos, os quais seriam atenuados com a utilização de
resina, pois esta poderia se desgastar mais facilmente que a porcelana. Cabe
ressaltar os efeitos deletérios que um ponto de contato prematuro pode ocasionar
em uma oclusão sadia, o que deve ser sempre evitado.
4
Dessa forma, levando em consideração todos os dados obtidos, o maior
benefício observado, com relação à distribuição de tensões, está na possibilidade de
se utilizarem implantes com maior diâmetro, quando a realidade clínica permitir.
Portanto, um planejamento reverso e um exame tomográfico minucioso são
essenciais para o sucesso do tratamento, independentemente da escolha do
material de recobrimento protético.
135
2. Capítulo 2
3.7 Conclusões
Com base na metodologia empregada e nas condições do estudo, foi possível
concluir que:
1. O material de cobertura oclusal não interfere na distribuição de tensões
nos tecidos de suporte da prótese implantossuportada unitária.
2. O uso de implantes de largo diâmetro auxilia na transmissão das cargas
oclusais para o tecido ósseo, diminuindo principalmente as tensões sob
aplicação de cargas não-axiais.
136
2. Capítulo 2
3.8 Referências
1. Rangert BO, Jemt T, Jorneus L. Force and moments on Branemark Implants.
Int J Oral Maxillofac Implants. 1989;4:241-247.
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bone: single-unite implant prostheses veneered with porcelain or a new
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137
2. Capítulo 2
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dimensional finite element analysis. Clin Oral Implants Res. 2005;16:486-494.
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15. Stegaroiu R, Khraisat A, Nomura S, Miyakawa O. Influence of superstructure
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138
2. Capítulo 2
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prostheses. Int J Oral Maxillofac implants. 2002;17:17-23.
22. Skalak R. Aspects of biomechanical considerations. In: Branemark PI, Zarb
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139
2. Capítulo 2
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140
2. Capítulo 2
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39. Koca OL, Eskitascioglu G, Usumez A. Three-dimensional finite-element
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141
2. Capítulo 2
placed in the maxillary posterior region of the sinus floor. J Prosthet Dent.
2005;93:38-44.
40. Rodríguez-Ciurana X, Vela-Nebot X, Segalà-Torres M, Rodado-Alonso C,
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abutment configurations. Int J Periodontics Restorative Dent. 2009;29:479-
487.
Anexo A
142
Anexo A
Anexo A
143
ANEXO A - Detalhamento da Metodologia
Método dos elementos finitos
O Método dos Elementos Finitos é uma análise matemática que consiste na
subdivisão de um meio contínuo em pequenos elementos, mantendo as mesmas
propriedades do meio original. Apresenta suas origens registradas no final do século
XVIII quando Gauss propôs a utilização de funções para a resolução de problemas
matemáticos (Lotti et al. 2006).
Com o advento da computação no final da década de 50, cálculos mais
complexos puderam ser executados. Sua formulação surge em 1955 por Argysris e
Kelsey e por Turner, Clough, Martins e Topp (1956) propondo um método de análise
estrutural (desenvolvimento de Projeto de aeronaves para Boing) e, na década
seguinte chamariam de Método dos Elementos finitos (Lotti et al. 2006). Assim o
computador digital e a era da engenharia aeronáutica são os responsáveis pelo
surgimento desta metodologia (Soriano 2003; Lotti et al. 2006).
De uma forma geral, este método é utilizado para se estudar protótipos antes
de sua confecção. Então, inicialmente o protótipo é desenhado (SolidWorks
Corporation, USA AutoCAD, Autodesk USA), posteriormente após simplificações
que o necessárias, a estrutura criada será subdividida em elementos que mantém
as propriedades de quem os originou, em um programa específico de MEF (Patran e
Nastran - MSC Sofware, USA / Cosmos SolidWorks Corporation, USA). Estes
elementos são unidos entre si através de pontos denominados ``nós``, originando a
Anexo A
144
malha ou uma rede. Consequentemente, aplicação de uma força neste sistema gera
uma reação denominada tensão. (Lottie et al. 2006).
Softwares utilizados
Solidworks
O SolidWorks é um modelador lido paramétrico 3D que permite a
construção de modelos tridimensionais muito próximos da realidade. Possui uma
serie de ferramentas, que permitem o desenvolvimento de peças e sua montagem,
além de diversas funções como permitir o trabalho com chapas, moldes, estruturas
metálicas e superfícies.
Rhinoceros
O Rhinoceros 3D é um software de modelagem tridimensional baseado na
tecnologia NURBS; que trabalha modelando lidos a partir de superfícies
complexas. Um dos aspectos mais interessantes do programa, é a vasta gama de
opções de importação e exportação de que dispõe. A grande quantidade de
formatos disponíveis permite que o Rhinoceros atue como um "conversor",
preenchendo lacunas entre diferentes softwares utilizados no processo de
desenvolvimento de um projeto. Além disso, apresenta um eficiente conjunto de
ferramentas para reparo de arquivos de outras extensões.
Invesalius
InVesalius é um software para área de saúde, que a partir de imagens em
duas dimensões (2 D) obtidas em equipamentos de tomografia computadorizada ou
ressonância magnética, permite recompor modelos virtuais em três dimensões (3D).
Anexo A
145
Confecção dos modelos
Coroa
A coroa foi desenhada a partir de um dente artificial, segundo molar
mandibular, obtido de um manequim odontológico experimental. O qual foi inserido
em sentido vertical até o nível da coroa, em um molde retangular de silicone, com
ajuda de um delineador Bio-Art B 2 (Equipamentos Odontológicos Ltda, Brasil), para
man-lo no eixo axial (Figura 1).
Posteriormente, o molde foi preenchido com resina acrílica autopolimerizável
incolor (Ortoclass, Artigos Odontológicos Clássico, São Paulo, Brasil) (Figura 2),
Obtendo-se um bloco de resina incolor com o dente artificial exposto a partir da
coroa (Figura 3), a qual foi digitalizada por meio de um scanner 3D MDX-20. Após a
digitalização da coroa (Figura 4); o modelo 3D foi gerado pelo programa de desenho
assistido Rhinoceros
®
3D 4.0 (Figura 5) para modelagem das estruturas, sendo
alguns detalhes refinados no programa SolidWorks
®
2006. Houve a necessidade de
realizar uma leve simplificação da geometria na região oclusal, a fim de padronizar
os detalhes anatômicos. A coroa parafusada do tipo UCLA, foi simulada com
inclinação de cúspides (10°) (Figuras 6); o tipo do material simulado da coroa foi
uma liga de Níquel-Cromo (NiCr) com Porcelana feldspática (Figura 8A), resina
composta, resina acrílica, e uma coroa total de NiCr. A espessura da porcelana e da
estrutura metálica da coroa (Figura 7B) foram desenhadas no programa Rhinoceros
®
3D 4.0. A região cervical da coroa foi refinada a fim de ser conectada ao
intermediário do implante (UCLA), após a sua confecção. As medidas da coroa do
dente molar foram baseadas na literatura.
Anexo A
146
Foram escolhidas 4 coroas diferentes a fim de poder analisar diferentes
materiais oclusais no efeito da distribuição de tensões no osso/coroa/implante.
Buscou-se também materiais que apresentassem propriedades físicas diferentes a
fim de se avaliar a viabilidade de polímeros com baixo módulo de elasticidade.
FIGURA 1 - Posicionamento do dente artificial com ajuda do paralelômetro
Anexo A
147
FIGURA 2 - Resina acrílica incolor (Ortoclass, Artigos Odontológicos Clássico)
FIGURA 3 - Bloco de resina acrílica com dente artificial inserido
Anexo A
148
FIGURA 4 - Coroa do dente artificial digitalizada
FIGURA 5 - Coroa gerada no programa Rhinoceros 3D.
Anexo A
149
FIGURA 6 - Coroa finalizada com 10° de inclinação das cúspides.
Implante
Foi utilizado como referência um implante tipo Master Screw (Conexão,
Sistemas de Próteses, São Paulo, Brasil), de forma rosqueável, hexágono externo
com 10 mm de comprimento e 3.75 mm de diâmetro, e um implante hexágono
externo de 5.0mm x 10mm. Para a simplificação do modelo do implante,
intermediário e parafuso utilizou-se o programa de desenho assistido SolidWorks
®
2006.
Após a simplificação do modelo do implante, este foi exportado para o
programa Rhinoceros
®
3D 4.0 para ser conectado as coroas do molar (Figura 8A). O
conjunto foi exportado ao programa SolidWorks
®
2006 para sua inserção na porção
óssea (Figura 8C).
A
Anexo A
150
Osso trabecular e cortical
O osso (trabecular e cortical) foi obtido a partir da recomposição de uma
Tomografia Computadorizada da seção transversal na região de molar; transferida
ao programa Invesalius (CenPRA, São Paulo, Brasil), que gerou uma mandíbula em
formato tridimensional e posteriormente ao programa Rhinoceros
®
3D 4.0 o qual fez
a conversão e edição no formato adequado para que a geometria possa ser inserida
no pre-processador FEMAP (ferramenta incorporada ao NeiNastran
®
para edição de
modelos), para a análise de elementos finitos CAD.
As dimensões do bloco do osso gerado foram 25,46 mm de altura, 13,81 mm
de largura e 13,25 mm de espessura (Figura 8B), composto por osso trabecular no
centro circundado por 1 mm de osso cortical da região do segundo molar
mandibular.
Anexo A
151
FIGURA 7 - Vista oclusal da coroa parafusada (A); Imagem interna da coroa:
estrutura metálica (NiCr) e espessura da Porcelana (B).
A
A
B
A
Anexo A
152
FIGURA 8 - Implante e coroa conectados (A); Ossos trabecular e cortical (B);
Implante e coroa inseridos no osso (C).
B
A
A
C
A
Anexo A
153
Desenvolvimento dos modelos de elementos finitos
Após a confecção dos modelos, deu-se início a fase de exportação dos
mesmos para o programa de elementos finitos NEiNastran
®
9.0 (Noran Engineering,
Inc., EUA), no qual foram modelados geometricamente, sendo necessárias
pequenas correções sobre a geometria original as quais dificultariam a geração de
uma malha de qualidade.
Foram utilizadas as ferramentas de correção automática, disponíveis no
FEMAP
®
, para resolver problemas de sobreposição de pontos, bem como
superfícies abertas por falha de precisão. Corrigido o modelo geométrico, iniciou-se
a geração do modelo de elementos finitos para análise. Primeiro foram incorporadas
as propriedades mecânicas correspondentes a cada material, tais como dulo de
Young e coeficiente de Poisson, que foram determinados de valores obtidos na literatura
(Hojjatie & Anusavice 1987; Sertgoz et al.1997; Stegaroiu et al.1998; Ciftçi & Canay 2000)
Todos os materiais foram considerados isotrópicos, lineares e homogêneos.
Material homogêneo: as propriedades dos materiais são as mesmas em qualquer
ponto do elemento estrutural.
Material isotrópico: as propriedades dos materiais são as mesmas em todas as
direções em um mesmo ponto do elemento estrutural.
Material linearmente elástico: as deformações da estrutura são diretamente
proporcionais às forças aplicadas.
Definidas as propriedades mecânicas dos materiais envolvidos, foi realizado o
processo de geração da malha de elementos finitos (Figuras 9 e 10). Para isso,
utilizou-se o elemento sólido tetraédrico parabólico, que se caracteriza
geometricamente como uma pirâmide de base triangular, com um nó em cada.
Anexo A
154
vértice e um ao centro de cada aresta, totalizando 10 nós por elemento. A baixa
distorção dos elementos de uma malha tetraédrica é uma característica intrínseca
das propriedades geométricas desse tipo de elemento, mas também depende de um
controle de malha adequado. O controle da malha é realizado de modo que se
assemelha a uma malha adequada para representar fenômenos físicos envolvidos e
que seja possível gerar.
O modelo foi definido estabelecendo as condições de vínculo ou restrição e
carga para a análise dos resultados em função da solicitação imposta. O bloco de
osso foi fixado nos três eixos nas faces cortadas (laterais) e a base livre ou
suspensa. O implante foi fixado por contato colado ao osso cortical e trabecular; os
demais elementos também foram fixados por contato colado. Nesta análise o
contato é chamado de colado, pois impede que ocorra penetração, deslizamento ou
afastamento entre as superfícies envolvidas.
O carregamento total foi de 100 N nodal; em direção oblíqua realizado em 2
pontos, fracionados em 50 N em cada ponto (Figura 9), perpendicular as vertentes
internas, sendo proporcional a inclinação das vertentes das cúspides mesio-
vestibular e disto-vestibular, das coroas do segundo molar mandibular.
Posteriormente, aplicou-se uma carga axial de 200N em 4 pontos (50 N) nas
vertentes internas da coroa do segundo molar mandibular (Figura 9 e 10).
Configuradas as condições de contorno foi necessário configurar as
condições da análise a ser realizada. Por se tratar de uma estrutura complexa,
algumas análises preliminares foram necessárias para determinar a natureza do
comportamento mecânico do conjunto; posteriormente concluiu-se que havia
possibilidade de utilizar análise do tipo linear. Finalizadas as configurações da
análise foi executado o núcleo de solução NEiNastran
®
9.0, gerando os resultados.
Anexo A
155
A análise foi executada em uma estação de trabalho (Sun Microsystems Inc.,
São Paulo, Brasil) com as seguintes características: Opteron 64, AMD duplo núcleo,
4 GB de memória RAM, 250GB de HD, usando o programa de elementos finitos NEi
Nastran
®
9.0. Os resultados foram visualizados por meio de mapas de tensão de von
Misses e Tensão Máxima Principal para indicar os níveis e padrões da concentração
de tensão.
FIGURA 9 - Malha de elementos finitos. Aplicação de carga oblíqua.
50 N
50 N
Anexo A
156
FIGURA 10 - Malha de elementos finitos. Aplicação de carga axial.
50 N
50 N
50
N
50 N
Anexo A
157
Referências;
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Soriano HL. São Paulo: Edusp; 2003.
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Prosthodont. 1997;10:19-27.
4. Stegaroiu R, Kusakari H, Nishiyama H, Miyakama O. Influence of prosthesis
material on stress distribution in bone and implant: a 3-dimensional finite
element analysis. Int J Oral Maxillofac Implants.1998;13:781-790.
5. Ciftçi Y, Canay S. The effect of veneering materials on stress distribution in
implant supported fixed prosthetic restorations. Int J Oral Maxillofac
Implants. 2000;3:275-280.
6. Anusavice KJ, Hojjatie B. Stress distribution in metal-ceramic crowns with a
facial porcelain margin. J Dent Res. 1987;66:1493-1498
158
Anexo B
159
Anexo B
Anexo B Normas da revista selecionada par a publicação do Capítulo 1.
Clinical Implant Dentistry and Related Research
Edited by:
William Becker and Lars Sennerby
Print ISSN: 1523-0899
Online ISSN: 1708-8208
Frequency: Quarterly
Current Volume: 12 / 2010
ISI Journal Citation Reports® Ranking: 2009: Dentistry, Oral Surgery &
Medicine: 9 / 64
Impact Factor: 2.452
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160
Anexo B
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which section(s), with a word count where relevant.
The journal title, volume/issue number and year of publication in which the
article appeared, and the page numbers of the article.
The title, editor(s)/author(s), price, print run, publication date and publisher of
the publication in which you wish to reprint the Journal material.
If the material is being edited or amended in any way, a copy of the final
material as it will appear in your publication.
Contact details for yourself, including a postal address.
At present, the response time for permission requests processed outside of
Rightslink is around 20 working days. We are continuing to make every effort to
improve our response times.
Permissions Department
John Wiley & Sons Ltd.
The Atrium, Southern Gate, Chichester
West Sussex, PO19 8SQ
Fax: +44 (0) 1243 770620
or
Permissions Department
John Wiley & Sons Inc.
111 River Street MS 4-02
Hoboken, NJ07030-5774
Fax: (201) 748-6008
162
Anexo B
MANUSCRIPT PREPARATION and SUBMISSION
Manuscripts should be submitted electronically via the online submission site
http://mc.manuscriptcentral.com/cid. The use of an online submission and peer
review site enables immediate distribution of manuscripts and consequentially
speeds up the review process. It also allows authors to track the status of their own
manuscripts. Complete instructions for submitting a paper is available online and
below.
Getting Started
• Launch your web browser (supported browsers include Internet Explorer 6 or
higher, or 7.2, Safari 1.2.4, or Firefox 1.0.4) and go to the journal's online Submission
Site: http://mc.manuscriptcentral.com/cid
Log-in or click the "Create Account" option if you are a first-time user.
If you are creating a new account. - After clicking on "Create Account", enter your
name and e-mail information and click "Next". Your e-mail information is very
important. - Enter your institution and address information as appropriate, and then
click "Next." - Enter a user ID and password of your choice (we recommend using
your e-mail address as your user ID), and then select your area of expertise. Click
"Finish". If you have an account, but have forgotten your log in details, go to
Password Help on the journals online submission system
http://mc.manuscriptcentral.com/cid and enter your email address. The system will
send you an automatic user ID and a new temporary password.
• Log-in and select "Author Center"
Submitting Your Manuscript
• After you have logged in, click the "Submit a Manuscript" link in the menu bar.
Enter data and answer questions as appropriate. You may copy and paste directly
from your manuscript and you may upload your pre-prepared covering letter.
Click the "Next" button on each screen to save your work and advance to the next
screen.
You are required to upload your files. - Click on the "Browse" button and locate the
file on your computer. - Select the designation of each file in the drop down next to
the Browse button. - When you have selected all files you wish to upload, click the
"Upload Files" button.
Review your submission (in HTML and PDF format) before sending to the Journal.
Click the "Submit" button when you are finished reviewing.
Title Page (first page): The title page must include all authors' full names, highest
163
Anexo B
degrees, and academic affiliations. A corresponding author must be designated, with
name, address, telephone and fax numbers, and e-mail address. Abstract (second
page): A structured abstract of 150-200 words must be provided; should stand alone
as an accurate summary of the paper; and should include statements of problem,
method of study, results, and conclusions. Footnotes and references are not used in
the abstract.
References: References must be listed, double-spaced, in consecutive numerical
order (the order of citation in the manuscript, not alphabetically). All references must
be cited in text or tables by superscript numbers. References to journal articles must
include: (1) author(s) name(s) with initials (list all authors up to six; otherwise, list
three authors followed by et al.); (2) article title; (3) journal title as abbreviated in
Index Medicus; (4) year of publication; (5) volume number; and (6) opening and
closing page numbers. (e.g., Scherer W, Boylan R, Bhatt S. Vital bleaching agents
and oral antiseptic: effect on anaerobic bacteria. J Esthet Dent 1992; 4:82-85.)
References to books should include: (1) author(s) name(s) with initials; (2) title of
chapter (if applicable); (3) editor(s) name(s) with initials; (4) title of book and edition;
(5) place of publication; (6) publisher; (7) year of publication; and (8) opening and
closing page numbers. (e.g., Wright JM, Taylor PP. Infections of the oral cavity. In:
Nelson JD, ed. Current therapy in pediatric infectious disease-2. Philadelphia: BC
Decker, 1988:23 27.) The author is responsible for the accuracy and completeness of
the references and for their correct citation.
Tables: Each table should be typed on a separate sheet of paper with its caption.
Each table should contain all necessary information in order that it may stand alone,
independent of text, and no table should contain data that could be included in the
text in several sentences.
Illustration Preparation: Submit one set of original illustrations in electronic form
only. Do not send glossy prints or images embedded in word processing files. Color
photographs must be saved in CMYK as TIF or JPG files at 300dpi at 5inches
(12.5cm) in width. Black and white photographs must be saved in greyscale as TIF
files at 300dpi at 5 inches (12.5cm) in width. Line drawings can be prepared in
Microsoft Word, PowerPoint, or Adobe Illustrator but without embedded images from
other sources. Existing line drawings must be scanned at 1200dpi at a minimum of
12.5cm (5in) in width and saved as EPS files (flow charts must not exceed 7 inches
[18cm] in width). Clinical Implant Dentistry and Related Research is a full color
publication.
Permissions: Illustrations, tables, etc. that have previously appeared elsewhere
must be submitted with a legal release from the holder of their copyrights, usually the
publisher. The author is responsible for obtaining all necessary permissions.
Conflict of Interest: Authors are required to disclose any possible conflict of interest.
164
Anexo B
These include financial (for example patent, ownership, stock ownership,
consultancies, speaker's fee). Author's conflict of interest (or information specifying
the absence of conflicts of interest) will be published under a separate heading
entitled Disclosure.
Source of Funding: Authors are required to specify the source of funding for their
research when submitting a paper. Suppliers of materials should be named and their
location (town, state/county, country) included. The information will be disclosed in
the published article.
Ethical Approvals: All studies using human or animal subjects should include an
explicit statement in the Material and Methods section identifying the review and
ethics committee approval for each study, if applicable. Editors reserve the right to
reject papers if there is doubt as to whether appropriate procedures have been used.
Copyright Assignment : Authors submitting a paper do so on the understanding
that the work and its essential substance have not been published before and is not
being considered for publication elsewhere.
The Contributor assigns to Wiley-Blackwell, during the full term of copyright and any
extensions or renewals, all copyright in and to the Contribution, and all rights therein,
including but not limited to the right to publish, republish, transmit, sell, distribute and
otherwise use the Contribution in whole or in part in electronic and print editions of
the Journal and in derivative works throughout the world, in all languages and in all
media of expression now known or later developed, and to license or permit others to
do so.
Upon acceptance of a paper, authors are required to the Copyright Transfer
Agreement and submit it to the editorial office.
Proofs and Reprints: Page proofs are sent to the corresponding author for
proofreading text, tables, legends, and references. Important factual changes and
printer errors are the only allowable corrections. Extensive changes should be
avoided as they delay publication of the article. Reprint prices and order forms will
accompany proofs. Orders should be returned to the publisher at the time proofs are
returned. Each lead author will receive a free PDF of their article.
Early View Publication Prior to Print: Clinical Implant Dentistry and Related
Research is covered by Wiley-Blackwell's Early View service. Early View articles are
complete full-text articles published online in advance of their publication in a printed
issue. Early View articles are complete and final. They have been fully reviewed,
revised and edited for publication, and the authors' final corrections have been
incorporated. Because they are in final form, no changes can be made after online
publication. The nature of Early View articles means that they do not yet have
volume, issue or page numbers, so Early View articles cannot be cited in the
traditional way. They are therefore given a Digital Object Identifier (DOI), which
allows the article to be cited and tracked before it is allocated to an issue. After print
165
Anexo B
publication, the DOI remains valid and can continue to be used to cite and access the
article.
NEW: Online production tracking is now available for your article through
Wiley-Blackwell's Author Services. Author Services enables authors to track their
article - once it has been accepted - through the production process to publication
online and in print. Authors can check the status of their articles online and choose to
receive automated e-mails at key stages of production. The author will receive an e-
mail with a unique link that enables them to register and have their article
automatically added to the system. Please ensure that a complete e-mail address is
provided when submitting the manuscript. Visit
http://authorservices.wiley.com/bauthor/ for more details on online production
tracking and for a wealth of resources including FAQs and tips on article preparation,
submission and more.
166
Anexo C
167
Anexo C
Anexo C Normas da revista selecionada par a publicação do Capítulo 2.
Submit manuscripts via JOMI’s online submission service:
www.manuscriptmanager.com/jomi. Manuscripts should be uploaded as a PC Word
(doc) file with tables and figures preferably embedded at the end of the document.
No paper version is required.
Acceptable material. Original articles are con-sidered for publication on the
condition they have not been published or submitted for publication elsewhere
(except at the discretion of the editors). Articles concerned with reports of
basic or clinical research, clinical applications of implant research and technology,
proceedings of pertinent symposia or conferences, quality re-view papers, and
matters of education related to the implant field are invited.
Number of authors. Authors listed in the byline should be limited to four. Secondary
contributors can be acknowledged at the end of the article.
(Special circumstances will be considered by the editorial chairman.)
Review/editing of manuscripts. Manuscripts will be reviewed by the editorial
chairman and will be subjected to blind review by the appropriate section editor and
editorial staff consultants with expertise in the field that the article encom-
passes. The publisher reserves the right to edit accepted manuscripts to fit the space
avail- able and to ensure conciseness, clarity, and stylistic consistency, subject to the
author’s final approval.
168
Anexo C
Adherence to guidelines. Manuscripts that are not prepared in accordance with
these guidelines will be returned to the author before review.
MANUSCRIPT PREPARATION
The journal will follow as much as possible the recommendations of the International
Committee of Medical Journal Editors (Vancouver Group) in regard to preparation of
manuscripts and authorship (Uniform requirements for manuscripts submitted to
biomedical journals. Ann Intern Med 1997;126:3647). See http://www.icmje.org
•Manuscripts should be double-spaced with at least a one-inch margin all around.
Number all pages. Do not include author names as headers or footers on each page.
•Title page. Page 1 should include the title of the article and the name, degrees, title,
professional affiliation, and full address of all authors. Phone, fax, and e-mail address
must also be provided for the corresponding author, who will be assumed to be the
first listed author unless otherwise noted. If the
paper was presented before an organized group, the name of the organization,
location, and date should be included.
Abstract/key words. Page 2 of the manu- script should include the article title, a
maximum 300-word abstract, and a list of key words not to exceed 6. Abstracts for
basic and clinical research articles must be structured with the following sections: (1)
Purpose, (2) Materials and Methods, (3) Results, and (4) Conclusions. Abstracts for
all other types of articles (ie, literature reviews, clinical reports, technologies, and
case reports) should not exceed 250 words and need not be structured.
•Introduction. Summarize the rationale and purpose of the study, giving only
pertinent references. Clearly state the working hypothesis.
•Materials and Methods. Present materials and methods in sufficient detail to allow
confirmation of the observations. Published methods should be referenced and
169
Anexo C
discussed only briefly, unless modifications have been made. Indicate the statistical
methods used, if applicable.
•Results. Present results in a logical se quence in the text, tables, and illustrations.
Do not repeat in the text all the data in the ta- bles or illustrations; emphasize only
important observations.
•Discussion. Emphasize the new and important aspects of the study and the
conclusions that follow from them. Do not repeat in detail data or other material given
in the Introduction or Results section. Relate observations to other relevant studies
and point out the implications of the findings and their limitations.
•Conclusions. Link the conclusions with the goals of the study but avoid unqualified
statements and conclusions not adequately supported by the data. In particular,
authors should avoid making statements on economic benefits and costs unless their
manuscript includes the appropriate economic data and analyses. Avoid claiming
priority and alluding to work that has not been completed. State new hypotheses
when warranted, but clearly label them as such.
•Acknowledgments. Acknowledge persons who have made substantive
contributions to the study. Specify grant or other financial support, citing the name of
the supporting organization and grant number.
•Abbreviations. The full term for which an abbreviation stands should precede its
first use in the text unless it is a standard unit of measurement.
•Trade names. Generic terms are to be used whenever possible, but trade names
and manufacturer name, city, state, and country should be included parenthetically at
first mention.
•Numbers. Per SI convention, authors are requested to use decimal points rather
than commas for fractional numbers.
170
Anexo C
REFERENCES
•All references must be cited in the text, numbered in order of appearance.
•The reference list should appear at the end of the article in numeric sequence.
Do not include unpublished data or personal communications in the reference list.
Cite such references parenthetically in thetext and include a date.
Avoid using abstracts as references.
•Provide complete information for each reference, including names of all authors
(up to six). If the reference is to part of a book, also include title of the chapter and
names of the book’s editor(s).
Journal reference style:
1. Johansson C, Albrektsson T. Integration of screw implants in the rabbit: A 1-year
follow-up of removal torque of titanium implants. Int J Oral Maxillofac Implants
1987;2:6975.
Book reference style:
1. Skalak R. Aspects of biomechanical considerations. In: Brånemark P-l, Zarb GA,
Albrektsson T (eds). Tissue-lntegrated Prostheses: Osseointegration in Clinical
Dentistry. Chicago:Quintessence, 1985:117128.
ILLUSTRATIONS AND TABLES
All illustrations and tables should be numbered and cited in the text in order of
appearance.
•Illustrations and tables should be embedded in a PC Word document.
•All illustrations and tables should be grouped at the end of the text.
•Original slides or high-resolution images must be sent to the Publisher’s office upon
acceptance of the article.
•Note that article acceptance is pending receipt of acceptable original art.
171
Anexo C
MANDATORY SUBMISSION FORM
The Mandatory Submission Form (accessible at www.quintpub.com) must be signed
by all authors and faxed to the JOMI Manuscript
Editor (630-736-3634).
PERMISSIONS AND WAIVERS
•Permission of author and publisher must be obtained for the direct use of material
(text,photos, drawings) under copyright that does not belong to the author.
•Waivers must be obtained for photographs showing persons. When such waivers
are not supplied, faces will be masked to prevent
identification.
•Permissions and waivers should be faxed along with the Mandatory Submission
Form to the JOMI Manuscript Editor (630-736-3634).
REPRINTS
If reprints are desired, they may be ordered from the publisher. Authors receive a
discount of 40% on quantities of 100 or 200 reprints.
172
Anexo D
173
Anexo D
ANEXO D Referências Bibliográficas da Introdução Geral
1. Brånemark PI, Adell R, Breine U, Hansson BO, Lindström J, Ohlsson A. Intra-
osseous anchorage of dental prostheses. I. Experimental studies. Scand J
Plast Reconstr Surg. 1969;3:81-100.
2. Kim Y, Oh TJ, Misch CE, Wang HL.Occlusal considerations in implant therapy:
clinical guidelines with biomechanical rationale. Clin Oral Implants Res.
2005;16:26-35.
3. Gross MD. Occlusion in implant dentistry. A review of the literature of
prosthetic determinants and current concepts. Aust Dent J. 2008;53:S60-S68.
4. Wang TM, Leu LJ, Wang J, Lin LD. Effects of prosthesis materials and
prosthesis splinting on peri-implant bone stress around implants in poor-
quality bone: a numeric analysis. Int J Oral Maxillofac Implants. 2002;17:231-
237.
5. Ciftçi Y, Canay S. The effect of veneering materials on stress distribution in
implant supported fixed prosthetic restorations. Int J Oral Maxillofac Implants
2000;3:275-280.
6. Papavasiliou G, Kamposiora P, Bayne S, Felton DA. Three dimensional finite
element analysis of stress distribution around single tooth implants as a
function of bony support prosthesis type, and loading during function. J
Prosthet Dent. 1996;76:633-640.
174
Anexo D
7. Stegaroiu R, Kusakari H, Nishiyama H, Miyakama O. Influence of prosthesis
material on stress distribution in bone and implant: a 3-dimensional finite
element analysis. Int J Oral Maxillofac Implants.1998;13:781-790.
8. Skalak R. Biomechanical considerations in osseointegrated prostheses. J
Prosthet Dent.1983;49:843-848.
9. Benzing UR, Gall H, Weber H. Biomechanical aspects of two different implant-
prosthetic concepts for edentulous maxillae. Int J Oral Maxillofac Implants
1995;102:188-98.
10. Carlsson GE. Dental occlusion: modern concepts and their application in
implant prosthodontics. Odontology. 2009;97:8-17.
11. Gracis SE, Nicholls JI, Chalupnik JD, Yuodelis RA. Shock-absorbing behavior
of five restorative materials used on implants. Int J Prosthodontics 1991;4:
282-291.
12. Stegaroiu R, Khraisat A, Nomura S, Miyakawa O. Influence of superstructure
materials on strain around an implant under 2 loading conditions: a technical
investigation. Int J Oral Maxillofac Implants 2004;19:735-742.
13. Misch CE. Progressive bone loading. In: Misch CE, editor. Contemporany
Implant Dentistry, 2
nd
ed. St. Louis: Mosby;1999:595-608.
14. Bahat O, Handelsman M. Use of wide implants and double implants in the
posterior jaw: a clinical report. . Int J Oral Maxillofac Implants 1996;11:379-
386.
15. Aparício C, Orozco P. Use of 5mm diameter implants: periotest values related
to a clinical and radiographic evalution. Clin Oral Implants Res.1998;9:398-
406.
175
Anexo D
16. Petrie C, Williams JL. Comparative evaluation of implant designs: Influence of
diameter, length, and taper on strains in the alveolar crest. A three
dimensional finite element analysis. Clin Oral Implants Res. 2005;16:486-494.
176
Anexo E
177
Anexo E
ANEXO E Figuras Osso Cortical/trabecular
Tensão Máxima principal
Força Axial
As Figuras 1, 2, 3 e 4 ilustram os mapas de tensão máxima principal do osso
cortical/trabeculado (axial) dos modelos para implantes de 3.75mm. As figuras 5, 6,
7 e 8 ilustram os mapas de tensão máxima principal do osso cortical/trabeculado
(axial) dos modelos para implantes de 5.00mm.
Nestas figuras observa - se que as áreas de concentração de tensões para o
osso cortical se localizaram próximas à face proximal do implante e na primeira
rosca do implante. Com relação ao osso trabeculado observou-se que para todos
os modelos as concentrações de tensões acompanharam a interface rosca/osso e,
apresentaram maior concentração de compressão na região apical do implante.
Houve melhor distribuição de tensões de compressão para os implantes de largo
diâmetro (cortical óssea), além de melhor distribuição de tensões de tração (osso
trabeculado).
178
Anexo E
FIGURA 1 Corte Geral Osso (Axial) Coroa total NiCr-3.75mm
FIGURA 2 Corte Geral Osso (Axial) Coroa Porcelana/NiCr-3.75mm
179
Anexo E
FIGURA 3 Corte Geral Osso (Axial) Coroa Resina Composta/NiCr-3.75mm
FIGURA 4 Corte Geral Osso (Axial) Coroa Resina Acrílica/NiCr-3.75mm
180
Anexo E
FIGURA 5 Corte Geral Osso (Axial) Coroa total NiCr-5.00mm
FIGURA 6 Corte Geral Osso (Axial) Coroa Porcelana/NiCr-5.00mm
181
Anexo E
FIGURA 7 Corte Geral Osso (Axial) Coroa Resina Composta/NiCr-5.00mm
FIGURA 8 Corte Geral Osso (Axial) Coroa Resina Acrílica/NiCr-5.00mm
182
Anexo E
Força Oblíqua
As Figuras 9, 10, 11 e 12 ilustram os mapas de tensão máxima principal do
osso cortical/trabeculado (carga oblíqua) dos modelos para implantes de 3.75mm.
As figuras 13, 14, 15 e 16 ilustram os mapas de tensão máxima principal do osso
cortical/trabeculado (carga oblíqua) dos modelos para implantes de 5.00mm.
Nestas figuras observa - se que as áreas de concentração de tensões para o
osso cortical se localizaram próximas à face proximal do implante e na primeira
rosca do implante. Com relação ao osso trabeculado observou-se que para todos
os modelos as concentrações de tensões acompanharam a interface rosca/osso e,
apresentaram maior concentração na região apical do implante.
Houve melhor distribuição de tensões de compressão para os implantes de
largo diâmetro (cortical óssea), além de melhor distribuição de tensões de tração
(osso trabeculado).
183
Anexo E
FIGURA 9 Corte Geral Osso (Oblíquo) Coroa total NiCr-3.75mm
FIGURA 10 Corte Geral Osso (Oblíquo) Coroa Porcelana/NiCr-3.75mm
184
Anexo E
FIGURA 11 Corte Geral Osso (Oblíquo) Coroa Resina Composta/NiCr-3.75mm
FIGURA 12 Corte Geral Osso (Oblíquo) Coroa Resina Acrílica/NiCr-3.75mm
185
Anexo E
FIGURA 13 Corte Geral Osso (Oblíquo) Coroa total NiCr-5.00mm
FIGURA 14 Corte Geral Osso (Oblíquo) Coroa Porcelana/NiCr-5.00mm
186
Anexo E
FIGURA 15 Corte Geral Osso (Oblíquo) Coroa Res. Composta/NiCr-5.00mm
FIGURA 16 Corte Geral Osso (Oblíquo) Coroa Res. Acrílica/NiCr-5.00mm
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