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TATIANA DE FREITAS BARBOSA
Fluorose dentária e concentração de flúor nas
unhas de crianças residentes em diferentes
áreas fluoretadas
ARAÇATUBA SP
2010
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Tatiana de Freitas Barbosa
TATIANA DE FREITAS BARBOSA
Fluorose dentária e concentração de flúor nas
unhas de crianças residentes em diferentes
áreas fluoretadas
ARAÇATUBA SP
2010
Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia
da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”, Campus de Araçatuba, para obtenção do título
de “Mestre em Odontologia Preventiva e Social”.
Orientadora: Profa. Dra. Suzely Adas Saliba Moimaz
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Tatiana de Freitas Barbosa
DADOS CURRICULARES
TATIANA DE FREITAS BARBOSA
NASCIMENTO: 30/06/1981 Campinas-SP
FILIAÇÃO: Vanderci Antonio
Moisés de Freitas Barbosa Neto
2002/2007: Curso de Graduação em Odontologia
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP.
2008/2010: Curso de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social
Nível de Mestrado
Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP.
Tatiana de Freitas Barbosa
Dedicatória
A vida só pode ser compreendida
olhando-se para trás; mas só pode ser
vivida, olhando-se para frente.
(Soren Kierkergaard)
Tatiana de Freitas Barbosa
A Deus, pai todo poderoso, a quem sempre recorri com suplicas nos
momentos difíceis e agradecimentos nos momentos de alegria. Graças a Ele
esta minha jornada tornou-se possível...
Salmo 90
Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente,
dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu confio.
É ele quem te livrará do laço do caçador, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com suas plumas, sob suas asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade
te será um escudo de proteção.
Tu não temerás os terrores noturnos, nem a flecha que voa à luz do dia,
nem a peste que se propaga nas trevas, nem o mal que grassa ao meio-dia.
Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita, tu não serás atingido.
Porém verás com teus próprios olhos, contemplarás o castigo dos pecadores,
porque o Senhor é teu refúgio. Escolheste, por asilo, o Altíssimo.
Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda,
porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra.
Sobre serpente e víbora andarás, calcarás aos pés o leão e o dragão.
Pois que se uniu a mim, eu o livrarei; e o protegerei, pois conhece o meu nome.
Quando me invocar, eu o atenderei; na tribulação estarei com ele. Hei de livrá-lo
e o cobrirei de glória.
Será favorecido de longos dias, e mostrar-lhe-ei a minha salvação.
Tatiana de Freitas Barbosa
A minha mãe Vanderci Antonio (Vanda), razão da minha vida, que me
ensinou com muito amor, carinho, paciência e sabedoria os verdadeiros
valores da vida. Obrigada por permitir que eu viesse ao mundo e por me
oferecer toda a estrutura necessária para que conseguisse alcançar meus
objetivos. Sem você nada seria possível em minha vida, e se pudesse dar seu
nome a esta obra, certamente o faria. Jamais conseguirei expressar o
quanto é importante em minha vida e o quanto a amo, minha querida mãe!
Mãe é o amigo mais verdadeiro que temos quando a dificuldade dura e
repentinamente cai sobre nós; quando a adversidade toma o lugar da
prosperidade; quando os amigos que se alegram conosco nos bons momentos nos
abandonam; quando os problemas complicam-se ao nosso redor, ela ainda estará
junto de nós, e se esforçará através de seus doces preceitos e conselhos para
dissipar as nuvens de escuridão, e fazer com que a paz volte aos nossos corações.
(Washington Irving)
Tatiana de Freitas Barbosa
Aos meus irmãos, Luciana e Marcelo de Freitas Barbosa, que mesmo
distantes, sei que sempre torceram muito por mim da mesma forma como
sempre torci por eles. Vocês fazem parte do que tenho de mais importante
em minha vida. Desculpem-me pela ausência em vários momentos de suas
vidas desde minha entrada na universidade, mas saibam que nunca me
esqueci de vocês e que sempre estiveram e estarão em meu coração!
Obrigada pelo apoio e compreensão, meus queridos e amados irmãos.
Eu agora sei bem que os melhores brinquedos são os irmãos. Brinquedos vivos,
que dão e recebem, que nos fazem crescer e crescem também pelas nossas mãos.
Que se transformam depois em grandes amigos para toda a vida, em companhia
sempre presente de uma maneira ou de outra, em refúgio e estímulo. Em algo que
fica quando se perde tudo aquilo a que nos conduziu a nossa loucura, quando se
perde o que o tempo nos vai levando.
(Paulo Geraldo)
Tatiana de Freitas Barbosa
Ao meu namorado, Leandro F. Uemura, por tudo o que sempre fez por mim
com muito amor e carinho. Com você aprendi a amar e à você entreguei
pela primeira vez o meu coração. Com sua alegria e seu carisma
contagiante passei a encarar a vida com mais felicidade e otimismo. Que
nosso amor seja capaz de superar todas as dificuldades e desafios que
encontrarmos em nossas vidas, pois nada pode destruir um amor verdadeiro.
Obrigada por tudo e por estar sempre ao meu lado, meu amor!
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por
alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre
eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que
nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se
encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de
ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente:
O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o
deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.
Carlos Drummond de Andrade
Tatiana de Freitas Barbosa
Agradecimentos
Especiais
Muitas das coisas mais importantes do
mundo foram conseguidas por pessoas
que continuaram tentando quando
parecia não haver mais nenhuma
esperança de sucesso.
(Dale Carnegie)
Tatiana de Freitas Barbosa
A Professora Suzely Adas Saliba Moimaz, minha orientadora e vice-
coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva
e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP. Um grande
exemplo de liderança e de pesquisadora, sempre muito dedicada à Saúde
Coletiva. Obrigada pelos momentos de compreensão, companheirismo e
amizade. Agradeço pela oportunidade de receber sua orientação, pelos
seus ensinamentos e, principalmente, pela convivência tão especial.
A Professora Nemre Adas Saliba, pelo exemplo de vida ao construir e manter
o Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP. Minha primeira
orientadora de iniciação científica na graduação, que com sua
determinação, apoio, carinho e amor contribuiu para minha formação
pessoal e profissional. Obrigada por cada momento de convívio e
dedicação!
A Professora Cléa Adas Saliba Garbin, docente e coordenadora do
Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP, por seu carinho especial,
pelo acolhimento e por ter proporcionado condições para o
desenvolvimento do meu trabalho. Obrigada pelas palavras de conforto e
otimismo nos momentos necessários e por acreditar em mim.
Ao Professor Orlando Saliba, pela inesgotável paciência e constante
disposição em ajudar com suas análises estatísticas e pelo seu exemplo de
vida. Sua presença é fundamental neste departamento. Obrigada!
A Professora Tânia Adas Saliba Rovida, por seu carinho especial e momentos
de atenção que, mesmo em pouco tempo de convívio, possibilitaram uma
aproximação envolvendo amizade e respeito. Agradeço por suas palavras e
pela confiança a mim depositada. Obrigada!
Tatiana de Freitas Barbosa
Ao Professor Renato Moreira Arcieri, pela contribuição para minha formação
profissional e pessoal. Obrigada por sua dedicação e exemplo de vida!
A Professora Ana Paula Dossi, pela agradável convivência e exemplo de
determinação. Suas palavras de apoio e carinho com certeza contribuíram
muito nesta minha caminhada. Muito obrigada!
Ao Professor Ronald J. Martins, pelos momentos de amizade e ensinamentos.
Obrigada por sempre ter torcido por mim nesta minha caminhada.
A Profa. Doris Hissako Sumida, pelo carinho inesgotável e dedicação como
pesquisadora. Obrigada por contribuir em minha formação pessoal e
profissional com sua sabedoria e serenidade.
A Dona Neusa, a quem agradeço pela agradável companhia no laboratório
e em vários outros momentos. Obrigada pelos momentos de amizade, pela
ajuda e preocupação que sempre teve comigo. Sua presença foi
fundamental para que minha caminhada fosse mais agradável.
Ao Nilton por transformar o departamento em um ambiente mais alegre,
com sua espontaneidade e otimismo, sempre se preocupando com os
alunos e tornando a convivência entre todos mais agradável. Obrigada!
A Valderez, pela amizade compartilhada, paciência nos momentos de
correria e pela convivência gratificante por todo esse percurso. Obrigada!
A Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, nas pessoas do Diretor
Prof. Dr. Pedro Felício Estrada Bernabé e Vice-Diretora Profª Drª Ana Maria
Pires Soubhia.
Tatiana de Freitas Barbosa
Aos funcionários da Seção de Pós-Graduação da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba - UNESP, Valéria Queiroz Marcondes Zagatto e
Inácio Mendes.
À Marina Midori Sakamoto Hawagoe, diretora acadêmica, Diogo Reatto e
todos os funcionários da sessão acadêmica, obrigada pela dedicação!
À Izamar da Silva Freitas, bibliotecária chefe e aos funcionários da Biblioteca
da Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP, Ana Claudia Grieger
Manzatti, Ivone Rosa de Lima Munhoz, Maria Cláudia de Castro Benez, Luzia
Anderlini, Ana Paula Rimoli de Oliveira, Luis Cláudio Sedlacek e Cláudio
Hideo Matsumoto, pelas orientações e disposição em me ajudar sempre!
A Professora Marília Afonso Rabelo Buzalaf, por ter me recebido em seu
departamento, oferecendo-me ensinamentos necessários para a realização
desta pesquisa. Obrigada pela dedicação e auxílio!
A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)
que me concedeu uma bolsa durante a realização deste Mestrado,
contribuindo, assim, para a viabilização deste trabalho. Deixo aqui meu
profundo agradecimento.
Às crianças que participaram deste trabalho, que muito gentilmente
colaboraram com este estudo. Obrigada! Sem a ajuda de vocês, este
trabalho não seria completo!
Um homem terá pelo menos dado a partida para a descoberta do sentido da vida
humana quando começar a plantar árvores frondosas sob as quais sabe muito
bem que jamais se sentará.
(D. Elton Trueblood)
Tatiana de Freitas Barbosa
Agradecimentos
O estudo em geral, a busca da verdade e
da beleza são domínios em que nos é
consentido ficar crianças toda a vida.
(Albert Einstein)
Tatiana de Freitas Barbosa
Ao João Francisco Donda Domingues, meu fiel amigo e responsável por
despertar em mim durante a graduação o interesse pelas atividades do
departamento. Mais do que um amigo, para mim um irmão que encontrei
em minha trajetória e me ensinou a ver o mundo com outros olhos. Obrigada
por tudo, jamais o esquecerei! Fique com Deus...
A Joseane Cristina Teixeira, por quem tenho uma amizade muito sólida e
sincera. Seja qual for o momento, sempre estarei ao seu lado, oferecendo
meu ombro amigo com muito carinho, respeito e dedicação. Obrigada!
A Thaís Jaqueline, minha amiga irmã que foi muito importante para mim
nesta fase da minha vida e a quem também sou grata por esta conquista.
Obrigada pelos conselhos, apoio, momentos de alegria e confiança em
nossa amizade. Foi muito gratificante poder caminhar com você!
A Patrícia e Márcia, a quem sempre depositei total confiança e que me
trataram com muito carinho e respeito. Obrigada pelos momentos de
dedicação, amizade, e confiança. Saiba que para mim vocês foram mais
do que amigas, foram como irmãs! Muito obrigada por tudo!
Aos meus amigos de turma do Mestrado, Thaís e Fernando e ao doutorando
Luiz Fernando, obrigada pelo carinho e ajuda dedicados a mim! Aprendi
muito com cada um de vocês e jamais os esquecerei. Obrigada!
Aos meus colegas da Pós-Graduação, Daniela Coelho, Daniela Pereira,
Kléryson, Márcio, Najara, Diego, Sérgio, Ana Carolina, Carlos, Marco Aurélio,
Milene, Renata, Fabiano, obrigada pela alegre convivência, pelo apoio,
pelas dicas, enfim por terem sempre estendido a mão quando precisei.
Aos estagiários, Thamiris, Larissa, Guilherme e Samuel, que estão ou já
passaram pelo laboratório (Nepesco), pela presença e apoio nos trabalhos
laboratoriais e agradáveis momentos de companheirismo.
Tatiana de Freitas Barbosa
Aos meus queridos amigos da graduação, Anésio, Carolina, Cleide, Rodrigo,
Everton, Ana Paula, Daniela, Marissol, Marcelle, pelos momentos de alegria e
tristeza superados juntos, longe de nossas famílias. Mesmo seguindo rumos
diferentes, nosso carinho e amizade devem continuar inalterados.
Aos meus queridos amigos de Campinas, Camila, Heidi, Paula, Ricardo,
Rodrigo, Gilberto, Marco, Thiago, Dr.Lupércio, por terem participado de
momentos tão especiais e únicos da minha vida, sempre com muita alegria,
confiança, respeito e amor. Obrigada por tudo!
A toda minha família (avó Silene, tios, tias, primos, primas, meu cunhado
Renato) por sempre torcerem por mim e por compreenderem quando não
pude estar por perto. Obrigada pelo apoio e confiança depositada em mim!
Ao meu sogro, Carlos T. Uemura, a quem tenho como um verdadeiro pai, por
ter me ajudado sempre que precisei e por me tratar com grande respeito,
carinho e confiança. Obrigada por acreditar em mim! Agradeço também a
todos de sua família que me receberam como parte dela.
A minha afilhada Beatriz e seus pais, Izabel Cristina e Alisson, por me
receberem como parte da família e por sempre acreditarem em mim com
respeito e carinho. Obrigada pela confiança e pelo apoio!
A Denise e Sueli, que me receberam de braços abertos em minha chegada
à Araçatuba. Obrigada por toda a dedicação, carinho e amparo!
A vida é como uma viagem no mar da história, com frequência enevoada e
tempestuosa, uma viagem na qual perscrutamos os astros que nos indicam a rota.
As verdadeiras estrelas da nossa vida são as pessoas que souberam viver com
rectidão. Elas são luzes de esperança.”
(Bento XVI)
Tatiana de Freitas Barbosa
Resumo
A coisa mais indispensável a um homem
é reconhecer o uso que deve fazer do seu
próprio conhecimento.
(Platão)
Tatiana de Freitas Barbosa
Barbosa TF. Fluorose dentária e concentração de flúor nas unhas de
crianças residentes em diferentes áreas fluoretadas. [dissertação].
Araçatuba: Universidade Estadual Paulista; 2010.
Resumo
A fluoretação das águas de abastecimento público tem ocasionado
significante redução na prevalência da cárie em diferentes populações,
entretanto, a exposição ao flúor pelo uso de diferentes métodos tem trazido
preocupações quanto ao aumento na prevalência de fluorose dentária. Por
isso, estudos sobre os fatores de risco associados à fluorose são necessários,
além do acompanhamento contínuo e efetivo da exposição ao flúor, por
diferentes meios, incluindo mais recentemente os marcadores biológicos
para esse íon, como a unha, que também reflete o nível de exposição crônica,
desde que um indivíduo tenha uma ingestão de flúor relativamente
constante. Assim, objetivou-se analisar o teor de fluoreto das águas de
abastecimento público em diferentes áreas de um município, uma
abastecida por poços profundos e outra pela estação de tratamento de água
(ETA), e verificar se os teores de fluoretos encontrados refletem diferenças
nas concentrações de flúor observadas nas unhas das crianças de 12 anos e
na prevalência de fluorose dentária. Para isso, foram selecionados 43 pontos
para coleta de amostras de água, abrangendo as 17 fontes de abastecimento
existente no município. A população de estudo foi constituída por 60
crianças, de 12 anos de idade, nascidas e moradoras permanentes nas duas
áreas de estudo, seguindo os critérios de inclusão, sendo uma com excesso e
outra sem excesso de flúor nas águas de abastecimento público. As
amostras de água, coletadas mensalmente nos pontos previamente
estabelecidos, foram analisadas em duplicata no período de janeiro a
dezembro de 2009, utilizando-se um analisador de íons acoplado a um
eletrodo específico para flúor. Coletas e análise do flúor nas unhas das
crianças foram realizadas, utilizando-se a técnica da microdifusão facilitada
por HMDS. Para verificação da fluorose dentária foi utilizado o índice de
DEAN modificado. Do total das amostras de água analisadas, (n=512), 44%
(n=224) apresentaram teores adequados e 56% (n=288) inadequados, tendo-
se 10% (n=49) abaixo e 46% (n=239) acima do recomendado. Considerando
apenas as regiões abastecidas por poços profundos e pela ETA, os valores
médios de flúor observados foram de 1,08 ± 0.04 e de 0,71 ± 0.07 (mgF/L)
respectivamente. Na região sem excesso de flúor a maioria dos participantes,
43% (n=13), não apresentou fluorose, enquanto 17% (n=5) tiveram grau
questionável, 23% (n=7) muito leve e 17% (n=5) leve. Já na região com
excesso, 13% (n=4) não apresentaram fluorose; 13% (n=4) grau questionável,
33% (n=10) muito leve, e a maioria, 40% (n=12) leve. Em nenhum dos
grupos foram registrados fluorose moderada e severa. Nas regiões sem
excesso de flúor nas águas a concentração média encontrada nas unhas das
crianças foi de 2,24 mgF/Kg enquanto na região com excesso foi de 2,67
Tatiana de Freitas Barbosa
mgF/Kg, não sendo a diferença estatisticamente significante (p>0,05). Os
teores de flúor das regiões abastecidas por poços profundos foram superiores
aos das águas da região abastecida pela estação de tratamento de água.
Houve diferença na prevalência de fluorose dentária entre as crianças das
regiões com e sem excesso de flúor, entretanto, a concentração de flúor nas
unhas não mostrou diferença estatisticamente significante.
Palavras-Chave: Unhas. Flúor. Fluorose dentária. Fluoretação.
Tatiana de Freitas Barbosa
Abstract
Existem apenas duas maneiras de ver a
vida. Uma é pensar que não existem
milagres e a outra é que tudo é um
milagre.
(Albert Einstein)
Tatiana de Freitas Barbosa
Barbosa TF. Dental fluorosis and fluoride concentration in the nails in
children resident in different fluoride areas.[dissertation]. Araçatuba: UNESP
São Paulo State University; 2010.
Abstract
The fluoridation of public water supply has caused a significant reduction in
the prevalence of caries in different populations, however, exposure to
fluoride by using different methods has brought concerns about the
increasing prevalence of dental fluorosis. Therefore, studies on the risk
factors associated with fluorosis are needed, besides the efficient and
continuous monitoring of fluoride exposure by various means, including
most recently the biological markers for this ion, such as fingernail, that also
reflects the level of chronic exposure, as long as an individual has a
relatively constant intake of fluoride. The objective was to analyze the
fluoride content of public water supply in different areas of a district, one
served by deep wells and one by the water treatment station (WTS), and
check if the levels of fluoride found reflect differences in the concentrations
of fluoride observed in nails of 12 years old children and the prevalence of
dental fluorosis. For this, 43 points were selected to collect water samples,
covering the 17 existing sources of supply in the municipality. The study
population consisted of 60 children, 12 years old, born and permanent
residents in both areas of study, following the inclusion criteria, one with
and one without too much fluoride excess in public water supply. Water
samples collected monthly in points previously established, were analyzed in
duplicate in the period from January to December of 2009, using an ion
analyzer coupled to a specific electrode for fluoride. Sampling and analysis of
fluoride in children nails were done, using the technique of facilitated
microdiffusion HMDS. For verification of dental fluorosis we used the
modified DEAN index .Of the total samples studied (n=512), 44% (n=224)
had adequate levels and 56% (n =288) inadequate levels, and 10% (n=49)
lower levels and 46% (n=239) higher levels than recommended. Considering
only the regions supplied by deep wells and by the WTS, the mean levels of
fluoride observed were 1.08 ± 0.04 and 0.71 ± 0.07 (mgF/L) respectively. In
the region without too much fluoride most participants, 43% (n=13) had no
fluorosis, while 17% (n=5) had questionable levels, 23% (n=7) Very light and
17% (n=5) light. In the region with high levels, 13% (n=4) had no fluorosis,
13% (n=4) had questionable levels, 33% (n=10) very mild levels, and most,
40% (n=12) had mild levels. None of the groups were found having moderate
and severe fluorosis. In areas free of excess fluoride in the water the average
concentration found in fingernails of children was 2.24 mgF/kg while in the
areas with excess, it was 2.67 mgF/kg, the difference was not statistically
significant (p>0.05).
Tatiana de Freitas Barbosa
The fluoride contents of the regions supplied by deep wells were higher than
the waters of the region treated by water treatment plant. There were
differences in the prevalence of dental fluorosis among children from areas
with and without excess fluoride, however, the fluoride concentration in
nails was not statistically significant.
Keywords: Nails. Fluoride. Dental fluorosis. Fluoridation.
Tatiana de Freitas Barbosa
Lista de tabelas,
figuras e abreviaturas
Uma vida é uma obra de arte. Não há
poema mais belo que viver em plenitude.
(Georges Clemenceau)
Tatiana de Freitas Barbosa
Lista de Tabelas
Capítulo 1
Capítulo 2
Tabela 1 - Dados relativos à média, teores mínimo e máximo de
flúor, desvio-padrão e coeficiente de variação encontrado nas águas
de abastecimento público de diferentes fontes do município.
Birigui-SP. 2010.
Tabela 2 - Distribuição dos valores numéricos e percentuais das 60
crianças examinadas, de 12 anos de idade, segundo a presença ou
não de fluorose e a região de abastecimento de água. Birigui-SP.
2010.
48
71
Tatiana de Freitas Barbosa
Lista de Figuras
Capítulo 1
Figura 1 - Distribuição porcentual das amostras, quanto à
classificação nas águas de abastecimento público. Birigui-SP.
2010.
46
Figura 2 - Distribuição porcentual das amostras quanto às
concentrações de flúor nas águas de abastecimento público -
ETA. Birigui-SP. 2010.
46
Figura 3 - Distribuição das amostras quanto às concentrações
de flúor nos poços profundos Áqua Pérola e Matéria. Birigui-SP.
2010.
47
Figura 4 - Distribuição das amostras quanto às concentrações
de flúor nos poços semi-artesianos. Birigui-SP. 2010.
47
Figura 5 - Distribuição das amostras quanto às concentrações
de flúor em outras fontes, com mistura de água de
abastecimento público no município. Birigui-SP. 2010.
48
Tatiana de Freitas Barbosa
Capítulo 2
Figura 6: Distribuição porcentual das crianças, de acordo com
os graus de fluorose, nas regiões sem excesso de flúor na água.
Birigui-SP. 2010.
70
Figura 7: Distribuição porcentual das crianças, de acordo com
os graus de fluorose, nas regiões com excesso de flúor na água.
Birigui-SP. 2010.
70
Figura 8: Concentração média de F (mgF/Kg) nas unhas das
crianças examinadas e erro padrão, segundo o grau de fluorose
e a região com e sem excesso de flúor na água. Birigui-SP. 2010.
71
Figura 9: Variação das concentrações de flúor (mgF/Kg) das
unhas das crianças examinadas nas regiões com e sem excesso
de flúor nas águas. Birigui-SP. 2010.
72
Tatiana de Freitas Barbosa
Lista de Abreviaturas
CAPES: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
DAEB: Departamento de Água e Esgoto de Birigui
DRS II: Departamento Regional de Saúde II
ETA: Estação de Tratamento de Água
FOA: Faculdade de Odontologia de Araçatuba
HMDS: Hexametildisiloxano
mgF/Kg: miligrama de íon flúor por kilograma
mgF/L: miligrama de íon flúor por litro
mV: milivolts
NEPESCO: Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva
ppm: partes por milhão
SP: São Paulo
TISAB: Total Ionic Strenght Adjustor Buffer
ug F/g: microgramas de íon flúor por grama
ug F/ml: microgramas de íon flúor por mililitro
UNESP: Universidade Estadual Paulista
WHO: World Health Organization
Tatiana de Freitas Barbosa
Sumário
1 Introdução Geral 28
2 Proposição Geral 34
3 Capítulo 1: Fluoretação das águas de abastecimento público em
um município com diferentes fontes.
3.1 Resumo 36
3.2 Abstract 37
3.3 Introdução 38
3.4 Metodologia 41
3.5 Resultados 44
3.6 Discussão 48
3.7 Conclusão 51
3.8 Referências 52
4 Capítulo 2: Fluorose dentária e concentração de flúor nas unhas
de crianças residentes em diferentes áreas fluoretadas.
4.1 Resumo 57
4.2 Abstract 58
4.3 Introdução 59
4.4 Metodologia 61
4.5 Resultados 68
4.6. Discussão 72
4.7 Conclusão 78
4.8 Referências 79
Anexos 84
Tatiana de Freitas Barbosa
27
1 Introdução Geral
“Nossa maior glória não reside no fato
de nunca cairmos, mas sim em
levantarmo-nos sempre depois de cada
queda.
(Confúcio)
Tatiana de Freitas Barbosa
28
1 Introdução Geral
*
Atualmente, vários são os métodos a base de fluoretos utilizados para
o controle da cárie dentária, sendo a fluoretação das águas de abastecimento
público reconhecida como uma das dez melhores medidas de saúde pública
do mundo
8
.
No Brasil, a introdução da fluoretação das águas de abastecimento
público teve início em 1953, sendo Baixo Guandu, no Espírito Santo, a
primeira cidade a receber este benefício. Na ocasião, o serviço de
abastecimento era operado pela Fundação Serviços Especiais em Saúde
Pública (SESP) do Ministério da Saúde
19,21.
A partir de 1974, a fluoretação
das águas de abastecimento público tornou-se obrigatória no Brasil, com a
aprovação da Lei Federal 6.050 de 24 de maio de 1974, regulamentada
pelo Decreto Federal 76.872 de 22 de dezembro de 1975
6
, em municípios
que tenham Estação de Tratamento de água (ETA).
Apesar do comprovado efeito preventivo da fluoretação das águas, nos
últimos anos, com o emprego de diferentes métodos sistêmico e tópico de
flúor, tem havido uma preocupação maior por parte dos pesquisadores com
o aumento da fluorose dentária, nas comunidades com e sem água
fluoretada, principalmente pela ingestão total de flúor através da dieta e da
escovação por crianças na idade de risco para fluorose dentária. Tem-se
relatado que a maior contribuição é dada por dentifrício fluoretado
1,13
.
* As referências estão no anexo A.
Normatização segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT.
Tatiana de Freitas Barbosa
29
A água fluoretada provavelmente tem um impacto maior na
prevalência da fluorose indiretamente, por ser usada na industrialização de
leites em e outros alimentos e bebidas infantis
7
. Nas bebidas, tais como
sucos, refrigerantes e chás entre outras, as concentrações de flúor refletem
aquelas encontradas na água usada para seu preparo
11
. Estudos realizados
por Dean et al.
9
possibilitaram concluir que à medida que o teor de íon flúor
naturalmente existente na água aumenta a partir de 0,01 mgF/l, o número
de dentes atacados pela cárie diminui. Quando o teor ultrapassa 1 mgF/l, os
dentes começam a apresentar sinais de fluorose, os quais aumentam
progressivamente com o aumento do teor de fluoreto.
O primeiro estudos de fluorose dentária no Brasil foi realizado por
Saliba e Uchôa
23
na cidade de Pereira BarretoSP, onde o concentração de
flúor na água era de 20 ppm. Das 442 crianças examinadas, apenas 21%
estavam livres de fluorose. A partir daí, outros estudos foram
realizados
4,10,14,15,21,25
.
Mecanismos que viabilizam a adequada concentração do íon flúor na
água tornam-se indispensáveis para que a medida exerça maior impacto na
prevenção e controle da cárie, sem aumentar a prevalência de fluorose
dental
16,22
. No entanto, deve-se considerar que a água fluoretada não é mais
a única fonte de exposição sistêmica coletiva ao fluoreto, como era até a
década de 70, mesmo no Brasil
17
.
Segundo Burt
7
, se a ingestão de flúor for necessária (por exemplo,
água fluoretada) ou inevitável (escovação com dentifrício fluoretado,
bochechos), uma dose entre 0,05 mgF/dia/kg e 0,07 mgF/dia/kg peso
corporal deveria ser respeitada como limiar. Esse valor tem sido considerado
Tatiana de Freitas Barbosa
30
como dose limite de uma fluorose dental clinicamente aceitável do ponto de
vista estético, embora nunca tenha sido testado experimentalmente.
Vários são os parâmetros biológicos que podem estar alterados como
conseqüência da interação entre o agente químico e o organismo; entretanto,
a determinação quantitativa destes parâmetros usados como indicadores
biológicos ou biomarcadores, é possível se existir correlação com a
intensidade da exposição e/ou o efeito biológico da substância
2
. Dessa
forma, os biomarcadores podem ser utilizados na confirmação de
diagnósticos de intoxicação aguda ou crônica; avaliação da efetividade de
tratamento e do prognóstico de casos individuais. Podem ainda serem
usados na monitorização, para confirmar a exposição individual ou de uma
população a uma determinada substância química e avaliar o risco, quando
comparados com uma referência apropriada
28
.
Sabe-se que o nível de exposição crônica ao longo de um período de
anos é melhor avaliado por meio de concentrações de flúor no tecido ósseo,
mas este é raramente realizado por razões óbvias
27
. A concentração de flúor
na unha também reflete o nível de exposição crônica, desde que um
indivíduo tenha uma ingestão de flúor relativamente constante, o que ocorre
quando se ingere águas de poços profundos com flúor natural. Amostras de
unhas são facilmente obtidas, sendo este um método aceito pelos doadores.
Estudos que envolvam biomarcadores para estimar-se o risco à fluorose
dentária são de grande importância, considerando-se todos os fatores de
risco para o desenvolvimento da fluorose dentária.
O município que foi alvo desse estudo está inserido em uma região de
clima subtropical úmido, onde o consumo de líquidos é elevado e
Tatiana de Freitas Barbosa
31
consequentemente um maior risco de desenvolvimento de fluorose dentária
principalmente em crianças que residem em áreas com concentração de
flúor na água acima do recomendado para a região. Com 110.911
habitantes
12
, Birigui possui dois poços profundos oriundos do Aquífero
Guarani compondo sua rede de abastecimento, com água fluoretada nas
concentrações acima de 1,0 mgF/l. Além disso, o município conta ainda com
poços semi-artesianos em seu sistema de abastecimento, e água tratada pela
Estação de Tratamento de Água controlada pelo DAEB (Departamento de
Água e Esgoto de Birigui), onde é realizada a fluoretação artificial por meio
da adição do ácido fluorssilícico.
A presença de poços profundos abastecendo algumas regiões do
município certamente é um fator preocupante quanto aos riscos de
desenvolvimento de fluorose dentária na população local. Dessa forma,
torna-se necessária a manutenção de teores ótimos de fluoretos às águas de
abastecimento público, sendo indicado o heterocontrole por inúmeros
pesquisadores para que se alcance o máximo benefício do método,
importante para garantir que o objetivo da fluoretação seja atingido
3,20,22,26
.
A Portaria 1.469 de 29 de dezembro de 2000 determina que o controle
do teor de flúor na saída da estação deve ser realizado diariamente
5
, no
entanto, diversos estudos envolvendo o heterocontrole das águas de
abastecimento público de municípios brasileiros mostram resultados que
classificam os teores de flúor com significante inadequação e variabilidade,
não oferecendo o benefício preventivo desejado, ou expondo a população ao
risco da fluorose dental
3,20,22,24
. A Secretaria de Saúde de Birigui e a
Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP) solicitaram junto ao
Tatiana de Freitas Barbosa
32
Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP) um estudo sobre
prevalência de fluorose dentária, considerando a existência de fontes de
água de poços profundos com flúor natural acima do recomendado. Desta
forma, o enfoque do presente estudo visa contemplar esta solicitação.
Este trabalho está dividido em dois capítulos, sendo:
Capítulo 1 Fluoretação das águas de abastecimento público em um
município com diferentes fontes”.
Capítulo 2 Fluorose dentária e concentração de flúor nas unhas de
crianças residentes em diferentes áreas fluoretadas”.
Tatiana de Freitas Barbosa
33
2 Proposição Geral
Se eu soubesse que o mundo terminaria
amanhã, hoje ainda plantaria uma
árvore.
(Martin Luther King)
Tatiana de Freitas Barbosa
34
2 Proposição Geral
O presente estudo teve como objetivo analisar o teor de fluoreto das
águas de abastecimento público de um município com diferentes fontes,
averiguando se os teores adicionados encontram-se dentro dos parâmetros
recomendados e se concentrações de fluoreto entre 0,71 e 1,08 mgF/L
refletem diferenças nas concentrações de flúor observadas nas unhas das
crianças de 12 anos e na prevalência de fluorose dentária.
Tatiana de Freitas Barbosa
35
3 Capítulo 1
Fluoretação das águas de abastecimento
público em um município com diferentes
fontes.
#
#
Normatização segundo a Revista de Odontologia da Unesp
Tatiana de Freitas Barbosa
36
3.1 Resumo
A manutenção dos teores do íon flúor nas águas de abastecimento público
dentro dos parâmetros de adequação torna-se indispensável para que a
medida exerça maior impacto na prevenção e controle da cárie, sem
aumentar a prevalência de fluorose dentária. Dessa forma, é necessário um
rigoroso controle do processo, evitando-se os efeitos indesejados com teores
acima do recomendado, bem como evitando teores abaixo do recomendado
que não oferecem o máximo benefício. O objetivo deste trabalho foi analisar o
teor de flúor nas águas de abastecimento público do município de Birigui,
SP, com diferentes fontes de abastecimento, averiguando se os teores
adicionados encontram-se dentro dos parâmetros recomendados. As
amostras foram coletadas mensalmente em pontos previamente
estabelecidos, após o conhecimento da rede de distribuição de água e
identificação da quantidade e localização de fontes de abastecimento e de
estação de tratamento de água. As análises foram realizadas em duplicata no
período de janeiro a dezembro de 2009, no laboratório NEPESCO - da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP, utilizando-se um
analisador de íons acoplado a um eletrodo específico para flúor. Do total das
amostras (n=512), 44% (n=224) apresentaram teores adequados e 56%
(n=288) inadequados, tendo-se 10% (n=49) abaixo e 46% (n=239) acima do
recomendado. Houve diferença nos resultados quando comparados os
resultados das análises de diferentes fontes de abastecimento. O teor de
flúor das águas de abastecimento público do município foi classificado como
inadequado, não oferecendo o benefício desejado, ou expondo a população ao
risco da fluorose dental.
Palavras-chave: Fluoretação. Flúor. Saúde bucal.
Tatiana de Freitas Barbosa
37
3.2 Abstract
Maintaining the levels of fluoride ion in public water supply within the
parameters of adequacy it becomes essential so the measure carries a
greater impact on caries prevention and control, without increasing the
prevalence of dental fluorosis. Thus, it is necessary a rigorous control of the
process, avoiding the undesired effects at levels above recommended levels,
as well as avoiding levels below the recommended that do not offer the
highest benefit. The aim of this study was to analyze the content of fluoride
in public water supply in the city of Birigui, SP, with different sources of
supply, checking if the fluoride levels are within the recommended. The
samples were collected monthly from points previously established, with the
knowledge of the distribution network of water and identifying the amount
and location of supply sources and water treatment plant. Analyses were
performed in duplicate in the period from January to December of 2009, in
the laboratory - NEPESCO - of the School of Dentistry of Araçatuba -
UNESP, using an ion analyzer coupled to a specific electrode for fluoride. Of
the total samples (n=512), 44% (n=224) had adequate levels and 56%
(n=288) inadequate levels, 10% (n=49) lower levels and 46% (n=239) showed
levels above the recommended. There were differences in results when
comparing the results of analysis of different sources. The concentration of
fluoride in public water supply in the city was classified as inadequate not
offering the desired benefit, or exposing the population to the risk of dental
fluorosis.
Keywords: Fluoridation. Fluoride. Oral health.
Tatiana de Freitas Barbosa
38
3.3 Introdução
A descoberta das propriedades benéficas do flúor se constituiu em um
dos principais marcos da odontologia, possibilitando o desenvolvimento de
medidas eficazes de prevenção e controle da cárie dentária, doença
caracterizada pela desmineralização da porção inorgânica e pela destruição
da substância orgânica do dente.
1
Com a introdução do flúor como fator de
prevenção à cárie dentária, observa-se, em grande parte da população
mundial, uma diminuição na prevalência de cárie.
2
No Brasil, a adição de flúor nas águas de abastecimento público teve
início em 1953, sendo Baixo Guandu, no Espírito Santo, a primeira cidade a
ter suas águas fluoretadas e o serviço de abastecimento operado pela
Fundação Serviços Especiais em Saúde Pública (SESP) do Ministério da
Saúde.
3
No entanto, apenas na década de 70 é que a fluoretação passou a
ser mais efetiva com a aprovação da Lei Federal 6.050 em 1975, a qual
determinou a obrigatoriedade da fluoretação em sistemas de abastecimento
público quando existir estação de tratamento.
4
Para se estabelecer o teor de flúor nas águas de consumo, o Ministério
de Estado da Saúde emitiu no ano de 2004 a Portaria nº 518, a qual
estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e
vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade, além de outras providências.
5
Segundo a SABESP (Companhia
de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o teor de flúor na água é
definido de acordo com o clima e a temperatura de cada região, pois isso
afeta o consumo médio diário de água por pessoa.
6
Para o Estado de o
Tatiana de Freitas Barbosa
39
Paulo, a Resolução SS - 250/95 estabelece uma concentração ideal de íon
fluoreto na água destinada ao consumo humano de 0,7 mgF/L,
considerando as temperaturas da região, estando dentro do padrão de
potabilidade, as águas que estiverem na faixa de 0,6 - 0,8 mgF/L .
7
O Brasil ainda apresenta uma deficiência séria no conhecimento do
potencial hídrico de seus aqüíferos, seu grau de exploração e a qualidade
das suas águas além dos estudos regionais serem escassos e encontrarem-se
defasados.
8
Dessa forma, faz-se necessário estudos que também envolvam o
heterocontrole das águas de abastecimento público, o qual consiste no
controle e análise periódica da fluoretação por parte de instituição distinta
daquela responsável pelo tratamento e abastecimento de água
9
. Muitos
municípios de pequeno e médio porte encontram dificuldades em obter
informações sobre o teor de fluoretos presente na água de abastecimento
fornecida à população, em função da falta de infra-estrutura laboratorial e
técnica para a realização de análises periódicas.
10
O município de Birigui apresenta o íon flúor agregado artificialmente
pelo Departamento de Água e Esgoto de Birigui (DAEB) através da adição do
ácido fluorssilícico em suas águas de abastecimento público, em
concentrações em torno de 0,7 mgF/L, e também, compondo este sistema de
abastecimento, dois poços profundos com flúor natural em excesso oriundos
do aqüífero Guarani, contendo água também para abastecimento em
concentrações acima de 1,0mgF/L. Além disso, o sistema de abastecimento
do município possui outras fontes, sendo: sete poços semi-artesianos, três
fontes com mistura de água da ETA com poço profundo, duas fontes com
mistura de água de poço profundo com poço semi-artesiano e três outras
Tatiana de Freitas Barbosa
40
fontes das quais a população também se abastece, localizadas em
propriedades particulares. A Secretaria de Saúde de Birigui e do Estado de
Saúde de São Paulo (SES-SP), solicitaram junto ao Programa de Pós-
Graduação em Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia
de Araçatuba (UNESP) um parecer a respeito da interferência dos altos
teores de flúor na saúde bucal de suas crianças. Desta forma, o enfoque do
presente estudo visa contemplar esta solicitação, tendo como objetivo
analisar o teor de fluoreto das águas de abastecimento público de um
município com diferentes fontes, averiguando se os teores adicionados
encontram-se dentro dos parâmetros recomendados.
Tatiana de Freitas Barbosa
41
3.5 Metodologia
Trata-se de um estudo longitudinal, no qual foram realizadas análises
durante o período de janeiro a dezembro de 2009 nas águas de
abastecimento público do município de Birigui. Este, está localizado na
região Noroeste do Estado de São Paulo, e pertencente ao Departamento
Regional de Saúde II (DRS II). A adição de flúor nas águas de abastecimento
público desde o início do período do estudo deve-se à adição do ácido
fluorssilícico, segundo informações fornecidas pelos responsáveis pelo
abastecimento público. Para a realização do trabalho, inicialmente foram
estabelecidas parcerias com a prefeitura e estação de tratamento de água,
bem como reuniões com secretário da saúde, coordenador de saúde bucal e
responsável pelo abastecimento público de água do município.
O município possui diversas fontes de abastecimento público, sendo
formado por águas provenientes diretamente de: uma estação de tratamento
de água (ETA), dois poços profundos, sete poços semi-artesianos, três fontes
com mistura de água da ETA com poço profundo, duas fontes com mistura
de água de poço profundo com poço semi-artesiano e três outras fontes, das
quais a população também se abastece, localizadas em propriedades
particulares.
Determinação dos pontos de coleta de amostras de água
Os pontos de coleta foram estabelecidos após o conhecimento da rede de
distribuição de água e identificação da quantidade e localização das fontes
Tatiana de Freitas Barbosa
42
de abastecimento e de estações de tratamento de água (ETA). Com base no
mapeamento da rede de distribuição de água do município, foram
determinados 3 pontos de coletas para cada fonte de abastecimento de água
ou ETA existente de maneira que as amostras coletadas fossem
representativas de todas as fontes e áreas cobertas pelo sistema do
município. Apenas em casos de coleta de água em fontes alternativas e em
poço semi-artesiano de curta área de abrangência, a coleta foi realizada em
um único ponto. Para facilitar o acesso ao local e evitar perdas de amostra,
definiu-se que os pontos de coleta seriam locais públicos, tais como escolas,
praças e estabelecimento comerciais.
Coleta de amostras de água
A coleta das amostras foi realizada utilizando-se frascos de polietileno
de 30 ml previamente descontaminados com água deionizada, e identificados
com etiquetas com o local do ponto de coleta, data e nome do coletador. As
amostras foram coletadas uma vez ao mês em dias úteis nos pontos
previamente estabelecidos e analisadas mensalmente em duplicata no
período de janeiro a dezembro de 2009, no laboratório do NEPESCO da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP, totalizando 43 pontos a
serem analisados por mês. As amostras foram analisadas pela equipe
técnica até 7 dias após a coleta.
Análise de flúor
A análise da concentração de flúor nas amostras foi realizada
utilizando-se um analisador de íons (Orion modelo 710-A; Orion Research
Inc., Estados Unidos) acoplado a um eletrodo específico (Orion modelo 9609;
Orion Research Inc., Estados Unidos) para flúor. A calibração do
equipamento foi realizada em triplicata, com a finalidade de reduzir a
margem de erro, levandose em consideração os valores esperados para as
Tatiana de Freitas Barbosa
43
amostras com padrões variando de 0,1 a 2,0 mgF/l. Para tanto, utilizaram-
se diluições a partir de uma solução padrão de fluoretos a 100 mg/L (Orion,
940907). De cada um destes padrões foi coletado um volume de 1 ml,
posteriormente acrescido de 1 ml de “Total Ionic Strenght Adjustor Buffer”
(TISAB II); um tampão de ajuste de pH, força iônica e descomplexante, muito
utilizado nas análises de flúor
2
. Os valores obtidos nas leituras das amostras
em duplicata, também adicionadas de TISAB II (proporção 1:1), foram
repassados para uma planilha eletrônica no programa Microsoft Excel,
sendo transformados de mV para mgF/L.
As concentrações de flúor nas amostras de água foram classificadas de
acordo com a média de temperatura anual em torno de 28
0
C. Dessa forma,
teores entre 0,6 e 0,8 mgF/l foram considerados adequados, enquanto
amostras com concentrações acima ou abaixo destes valores foram
consideradas inadequadas
10
.
Análise dos dados
Os dados foram processados em planilha eletrônica no programa
Microsoft Excel, sendo transformados de mV para mgF/L e analisados por
estatística descritiva.
Tatiana de Freitas Barbosa
44
3.6 Resultados
No período de janeiro a dezembro de 2009 foram realizadas
mensalmente 43 análises de coleta de água do município estudado em
duplicata, sendo 516 o número total de amostras analisadas. A figura 1
apresenta o porcentual das amostras do município classificadas como
adequadas, acima e abaixo do recomendado de acordo com o teor de flúor
apresentado nas águas de abastecimento público. Analisando-se a
distribuição das amostras originadas da ETA quanto às concentrações de
flúor (figura 2), pode-se observar uma maior taxa de adequação quando
comparadas às amostras dos poços profundos Áqua Pérola e Matéria (figura
3), no qual o número de amostras acima do recomendado é de 96%. Os
poços semi-artesianos apresentam resultados com vários teores de flúor, no
entanto, 53% das amostras encontram-se dentro dos padrões considerados
como adequados (figura 4). Na figura 5 pode-se verificar a distribuição das
amostras quanto à concentração de flúor em outras fontes de abastecimento
do município, considerando-se misturas entre água originada da ETA e
poços profundos, e água de poços profundos com poços semi-artesianos.
Os dados relativos à média de concentração de flúor nas fontes
estudadas, bem como os teores mínimo e máximo encontrados, desvio-
padrão e coeficiente de variação, encontram-se descritos na tabela 1.
Tatiana de Freitas Barbosa
45
44%
46%
10%
Adequadas
Abaixo do recomendado
Acima do recomendado
Figura 1 - Distribuição percentual das amostras de água do município de
Birigui de acordo com as concentrações de flúor. Araçatuba, 2010.
75%
25%
0,55-084 mgF/l
0,85-1,04 mgF/l
Figura 2 - Distribuição percentual das amostras de água do município de
Birigui, da região abastecida pela ETA, de acordo com as concentrações de
flúor. Araçatuba, 2010.
Tatiana de Freitas Barbosa
46
4%
96%
0,85-1,04 mgF/l
1,05-1,24 mgF/l
Figura 3 - Distribuição percentual das amostras de água do município de
Birigui, da região abastecida por poços profundos, de acordo com as
concentrações de flúor. Araçatuba, 2010.
53%
3%
3%
5%
7%
29%
<0,15 mgF/l
0,35-0,54 mgF/l
0,55-084 mgF/l
0,85-1,04 mgF/l
1,05-1,24 mgF/l
>1,24 mgF/l
Figura 4 - Distribuição percentual das amostras de água do município de
Birigui, da região abastecida por poços semi-artesianos, de acordo com as
concentrações de flúor. Araçatuba, 2010.
Tatiana de Freitas Barbosa
47
1%
23%
23%
53%
0,35-0,54 mgF/l
0,55-084 mgF/l
0,85-1,04 mgF/l
1,05-1,24 mgF/l
Figura 5 - Distribuição percentual das amostras de água do município de
Birigui da região abastecida por outras fontes, com mistura de água, de
acordo com as concentrações de flúor. Araçatuba, 2010.
Tabela 1- Dados relativos à média, valores mínimo e máximo de flúor,
desvio-padrão e coeficiente de variação encontrado nas águas de
abastecimento público de diferentes fontes do município de Birigui.
Araçatuba-SP. 2010.
Fonte
Teor mínimo e
máximo (mgF/L)
Média
DP
Coeficiente de variação
ETA
0,55 - 0,92
0,76
0,10
13,16 %
Poço profundo
0,79 - 1,18
1,10
0,05
4,58 %
Poço semi-artesiano
0,04 - 1,40
0,81
0,23
28,40 %
Mistura de água de fontes
0,52 - 1,24
0,87
0,16
18,39 %
Fontes alternativas
0,06 0,15
0,10
0,28
29,03 %
Tatiana de Freitas Barbosa
48
3.7 Discussão
De acordo com Ahokas et al.
12
, os possíveis fatores de risco associados à
fluorose dentária incluem: residir em região abastecida por água fluoretada,
uso de suplementos de flúor, nível de flúor no dentifrício, idade precoce de
início da escovação com dentifrício, alta freqüência de escovação com
dentifrício/ingestão de dentifrício, desmame precoce, uso prolongado de
fórmulas infantis. Por isso, estudos sobre a ingestão de fluoretos são
necessários para um adequado monitoramento da fluorose dentária nestas
comunidades. Em um estudo realizado em Baixo Guandu, a prevalência de
cárie dos residentes permanentes mostrou-se menor que no restante da
população brasileira, tendo-se o índice CPOD 82% menor que antes do início
da fluoretação, 52 anos, podendo-se comprovar que adição de flúor à
água de abastecimento público foi uma importante aliada para melhoria da
saúde bucal dos habitantes deste município.
13
O município alvo de nosso estudo está inserido em uma região de clima
subtropical úmido, onde o consumo de líquidos é elevado e
consequentemente um maior risco de desenvolvimento de fluorose dentária
principalmente em crianças que residem em áreas com concentração de
flúor na água acima do recomendado para a região. Com 110.911
habitantes
14
, Birigui possui um sistema complexo com dois poços profundos
oriundos do Aquífero Guarani compondo sua rede de abastecimento, com
água fluoretada nas concentrações acima de 1,0 mgF/L. Além disso, o
município conta ainda com poços semi-artesianos em seu sistema de
abastecimento, e água distribuída pela Estação de Tratamento de Água
Tatiana de Freitas Barbosa
49
controlada pelo DAEB (Departamento de Água e Esgoto de Birigui), onde é
realizada a fluoretação artificial através da adição do ácido fluorssilícico.
A manutenção de teores ótimos de fluoretos às águas de abastecimento
público é indicada por inúmeros pesquisadores para que se alcance o
máximo benefício do método, sendo o heterocontrole muito importante para
alertar e garantir que o objetivo da fluoretação seja atingido. A Portaria
1.469 de 29 de dezembro de 2000 determina que o controle do teor de flúor
na saída da estação deve ser realizado diariamente.
15
Em um estudo
realizado em Lages-SC, verificou-se que, após doze meses de heterocontrole,
45,8% das amostras de água coletada apresentaram teores inadequados de
flúor.
16
Com resultados mais marcantes, o estudo de Silva et al. constatou
que apenas 4,3% das amostras analisadas apresentou concentrações de
flúor com valores considerados como aceitáveis, considerando o
heterocontrole realizado nas águas de três cidades no Piauí-Brasil durante
12 meses
17
.
No presente estudo, com os resultados obtidos pode-se observar que
46% das amostras de água analisadas nestes 12 meses de acompanhamento
encontram-se acima do recomendado (figura 1). No entanto, deve-se
considerar a presença dos poços profundos na região, bem como a mistura
destes com poços semi-artesianos. Foram selecionados três pontos de coleta
de água para cada uma das 17 fontes de abastecimento analisadas
mensalmente no município, no entanto, apenas um poço semi-artesiano e as
três fontes alternativas tiveram um ponto de coleta cada, devido ao fato de
não abrangerem uma grande área de abastecimento à população. Nos poços
profundos, Áqua Pérola e Matéria (figura 3), pode-se verificar um maior
Tatiana de Freitas Barbosa
50
percentual de amostras com teores acima do recomendado ao comparar-se
os resultados com as análises das águas das Estações de Tratamento de
água (figura 2), tendo-se nesta uma taxa de adequação de 75%, próxima aos
resultados encontrados em um estudo realizado nas águas originadas da
ETA em Campo Grande (MS).
18
Deve-se considerar a presença de três fontes
alternativas localizadas em propriedades particulares no município, das
quais a população também se abastece, no entanto, análises realizadas
demonstram apenas valores entre 0,06 e 0,15mgF/L encontrado nas
mesmas.
Alguns aspectos requerem atenção quando da implementação do
sistema de fluoretação das águas, como, por exemplo, a concentração
natural de flúor na água a ser consumida e a vigilância sobre o sistema
artificial de fluoretação.
18
De acordo com os resultados encontrados no
presente estudo, bem como relatos da literatura, pode-se afirmar que é
considerável o número de municípios que não controlam a fluoretação das
águas de abastecimento público de forma adequada, sendo comprovada a
necessidade da correção e monitoramento de todo o processo, considerando-
se principalmente os teores de flúor encontrado em cada uma das fontes de
abastecimento existente no município. Em Birigui, tratando-se de um
sistema de distribuição de água complexo formado por diferentes fontes,
torna-se mais difícil este controle e monitoramento dos teores de flúor nas
águas de consumo da população, comparando-se com regiões de sistema
único. No entanto, é necessário que providências sejam tomadas pelos
responsáveis a fim de obter-se concentrações de flúor dentro dos parâmetros
recomendados por todo o município.
Tatiana de Freitas Barbosa
51
3.8 Conclusão
A grande maioria das amostras está adequada, com exceção dos poços
profundos.
Tatiana de Freitas Barbosa
52
3.9 Referências
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Interamericana; 1979.
2. Pinto VG. Saúde Bucal Coletiva. São Paulo: Santos; 2008.
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Tatiana de Freitas Barbosa
53
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concentrations. Public Health Rep. 1957; 72(6):491-3.
12. Ahokas JT, Demos L, Donohue DC, Killalea S, McNeil L, Rix CJ.
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fluoride supplements.Melbourne: National Health and Medical Research
Council;1999.
Tatiana de Freitas Barbosa
54
13. Saliba NA, Casotti CA, Tiano AVP. Dental caries of lifetime residents
in Baixo Guandu, Brazil, fluoridated since 1953. J Public Health Dent.
2008;68(2):119-21.
14. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. [citado 2010
jan. 27]. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1
15. Brasil. Fundação Nacional de Saúde. Portaria nº.1.469, de 29 de
dezembro de 2.000. Aprova o controle e vigilância da qualidade da água
para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Brasília (DF), 2001
[citado 2009 jan. 28]. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/portaria_1469.pdf
16. Toassi RFC, Kuhnen M, Cislaghi GA, Bernardo JR. Heterocontrole da
fluoretação da água de abastecimento público de Lages, Santa Catarina,
Brasil. Ciênc Saúde Colet. 2007;12(3):727-32.
17. Silva JS, Val CM, Costa JN, Moura MS, Silva TAE, Sampaio FC.
Heterocontrole da fluoretação das águas em três cidades no Piauí, Brasil.
Cad Saúde Pública. 2007;23(5):1083-8.
Tatiana de Freitas Barbosa
55
18. Bellé BLL, Lacerda VR, Carli AD, Azfalon EJ, Pereira PZ. Análise da
fluoretação da água de abastecimento público da zona urbana do
município de Campo Grande (MS). Ciênc Saúde Colet. 2009;14(4):1261-6
Tatiana de Freitas Barbosa
56
4 Capítulo 2
Fluorose dentária e concentração de flúor nas
unhas de crianças residentes em diferentes
áreas fluoretadas.
#
#
Normatização segundo a Revista Journal of Applied Oral Science
Tatiana de Freitas Barbosa
57
4.1 Resumo
Estudos sobre a ingestão de fluoretos são necessários para um adequado
monitoramento da fluorose dentária. O presente estudo tem como objetivo
verificar se concentrações de fluoretos de aproximadamente 0.71 e 1.08
mgF/L na água refletem diferenças nas concentrações de flúor observadas
nas unhas de crianças de 12 anos e na prevalência de fluorose dentária. O
estudo compreendeu 60 crianças de regiões com e sem excesso de flúor nas
águas de abastecimento público, seguindo os critérios de inclusão: residir na
mesma região desde o nascimento e não consumir água mineral ou de outra
fonte, desde a primeira infância. Foi utilizado o índice de DEAN modificado,
de acordo com o manual da OMS. Amostras das unhas das crianças foram
analisadas por difusão facilitada por hexametildisiloxano. Os teores médios
de flúor observados foram de 1,08 ± 0.04 e de 0,71 ± 0.07 (mgF/L) nas
regiões com e sem excesso respectivamente. Na região sem excesso de flúor a
maioria dos participantes, 43% (n=13), não apresentou fluorose, enquanto
17% (n=5) apresentaram grau questionável, 23% (n=7) muito leve e 17%
(n=5) leve. na região com excesso, 13% (n=4) não apresentaram fluorose;
13% (n=4) apresentaram grau questionável, enquanto 33%(n=10) muito leve.
A maioria, 40% (n=12) apresentou grau leve. Em nenhum dos grupos foram
registrados fluorose moderada e severa. Nas regiões sem excesso de F a
concentração média encontrada nas unhas das crianças foi de 2,24 mgF/Kg
enquanto na região com excesso foi de 2,67 mgF/Kg. A variação entre as
concentrações de flúor nas unhas dos voluntários das duas regiões, quando
comparadas, não foi estatisticamente significante (p>0,05). Houve diferença
estatisticamente significante quanto à concentração de flúor nas águas de
consumo (p<0.05) e a prevalência de fluorose (p<0.0068). Conclui-se que
houve diferença na prevalência de fluorose dentária entre as crianças das
duas regiões, entretanto, a concentração e flúor nas unhas não mostrou
diferença significante.
Palavras-chave: Unhas. Flúor. Fluorose dentária. Fluoretação.
Tatiana de Freitas Barbosa
58
4.2 Abstract
Studies on the ingestion of fluoride are necessary for an adequate monitoring
of dental fluorosis. This study aims to determine concentrations of fluoride of
about 0.71 and 1.08 mgF/L in water reflect differences in fluoride
concentrations observed in nails of children 12 years and the prevalence of
dental fluorosis. The study comprised 60 children in areas with and without
excess fluoride in public water supply, with inclusion criteria: living in the
same area since birth and does not consume mineral water or from another
source, from early childhood. The index of DEAN modified according to the
WHO handbook. Nail samples from children were analyzed by facilitated
diffusion hexamethyldisiloxane. The average levels of fluoride observed were
1.08 ± 0.04 and 0.71 ± 0.07 (mgF/L) in regions with and without excess
respectively. In the region without too much fluoride most participants, 42%
(n=13) had no fluorosis, while 16% (n=5) showed a questionable degree, 23%
(n=7) very mild, 16% (n=5) mild. In the region with over 13% (n=4) had no
fluorosis, 13% (n=4) had questionable degree, while 33% (n=10) very mild.
The majority, 40% (n=12) showed mild. In none of the groups were recorded
moderate and severe fluorosis. In areas without excess F average
concentration found in fingernails of children was 2.24 mgF/kg while in the
overweight was 2.67 mgF/kg. The variation between the concentrations of
fluoride in the nails of volunteers from both regions, when compared, was
not statistically significant (p>0.05). Statistically significant differences in the
concentrations of fluoride in drinking water (p<0.05) and the prevalence of
fluorosis (p<0.0068). It is concluded that there was no difference in the
prevalence of dental fluorosis among children in both regions, however, the
fluoride concentration and the nails showed no significant difference.
Keywords: Nails. Fluoride. Dental fluorosis. Fluoridation.
Tatiana de Freitas Barbosa
59
4.3 Introdução
Apesar do comprovado efeito preventivo da fluoretação das águas, nos
últimos anos tem havido uma preocupação crescente com o aumento da
fluorose dentária tanto nas comunidades com água fluoretada, como
naquelas onde não existe fluoretação, levando inúmeros pesquisadores a
investigarem a etiologia desta ingestão crônica de flúor
11
. A fluorose dental é
uma deficiência na mineralização do esmalte devida à ingestão diária de
fluoreto durante o desenvolvimento dental
2
cujo comprometimento estético
depende da dose a que a criança é submetida
14
. Manchas castanhas podem
aparecer em virtude da absorção de substâncias presentes na dieta. Nas
formas mais graves, pode ocorrer, após a erupção, o desprendimento de
porções do esmalte
7
. Nas últimas décadas, o aumento da fluorose dental
pode ser observado tanto em cidades contendo ou não água fluoretada. Isso
se deve ao amplo uso de outras formas de fluoreto
6
.
Os possíveis fatores de risco associados à fluorose dentária incluem:
residir em região abastecida por água fluoretada, uso de suplementos de
flúor, nível de flúor no dentifrício, idade precoce de início da escovação com
dentifrício, alta freqüência de escovação com dentifrício/ingestão de
dentifrício, desmame precoce, uso prolongado de fórmulas infantis. Por isso,
estudos sobre a ingestão de fluoretos são necessários para um adequado
monitoramento da fluorose dentária
1
.
Os estudos dos efeitos das substâncias químicas sobre a saúde
possibilitam avaliar o risco da população exposta e constitui o primeiro
passo na fixação de normas ambientais para um contaminante químico
Tatiana de Freitas Barbosa
60
presente num meio
3
. Dessa forma, biomarcadores podem ser utilizados no
diagnóstico clínico para confirmações de intoxicação aguda ou crônica, entre
outros
25
. A concentração de flúor na unha também reflete ao nível de
exposição crônica, desde que um indivíduo tenha uma ingestão de flúor
relativamente constante. Além disso, as unhas têm uma vantagem clara
sobre outros biomarcadores, considerando que podem ser facilmente obtidas
de uma forma não invasiva, sem oposição a partir de praticamente todos os
doadores
26
. Portanto, pesquisas que envolvam biomarcadores para estimar-
se o risco à fluorose dentária são de grande importância, considerando-se os
resultados de estudos envolvendo o heterocontrole das águas de
abastecimento público de municípios brasileiros, os quais classificam os
teores de flúor com significante inadequação e variabilidade, não oferecendo
o benefício preventivo desejado, ou expondo a população ao risco da fluorose
dental
13, 20, 22
.
Sendo a fluorose dental uma doença diretamente relacionada com a
concentração de flúor encontrada nas águas de abastecimento e tratando-se
de saúde pública, o objetivo deste estudo foi verificar se concentrações de
fluoretos de aproximadamente 0.71 e 1.08 mgF/L refletem diferenças nas
concentrações de flúor observadas nas unhas das crianças de 12 anos e na
prevalência de fluorose dentária.
Tatiana de Freitas Barbosa
61
4.4 Metodologia
Este estudo, caracterizado como um estudo epidemiológico
observacional transversal, foi realizado em um município do estado de São
Paulo, Brasil, no ano de 2009, após aprovação do Comitê de Ética da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista
(Anexo B). Apenas as crianças cujos pais assinaram um consentimento livre
esclarecido (Anexo E) e concordaram em participar da pesquisa foram
selecionadas.
População e amostragem:
O grupo de estudo foi composto por crianças selecionadas de escolas
públicas do município, sob autorização da dirigente da delegacia de
educação, tendo-se registros dos nomes das crianças de 12 anos de idade e
seus respectivos endereços. Dessa forma, foi definida a área de origem de
cada criança, sendo estas divididas em dois grupos: as que residem nas
áreas com excesso de flúor e as que residem nas áreas sem excesso de flúor
nas águas de abastecimento público. Foram encaminhados os
consentimentos aos pais ou responsáveis e um questionário estruturado
(Anexo F), previamente validado, através do qual foram esclarecidas
informações como data de nascimento, local de nascimento, endereço atual e
mudanças de endereço. Assim, apenas as crianças que moravam em Birigui
desde o nascimento e sempre moraram em endereços abastecidos pela
mesma fonte de água foram selecionadas para o estudo. Não foram incluídas
Tatiana de Freitas Barbosa
62
as crianças que ingerem água mineral desde a primeira infância,
selecionando-se apenas aquelas que sempre consumiram água originada da
rede. Também foram solicitadas informações a respeito do consumo de
dentifrícios fluoretados, no entanto todos os responsáveis afirmaram que as
crianças fazem uso do mesmo, não sendo este um critério de exclusão para a
pesquisa. Após a análise da água das residências das crianças, foram
excluídas aquelas que residem em regiões com variação nos teores de flúor
na água de consumo. Considerando os critérios de inclusão no estudo, cada
grupo foi composto por uma amostra de 30 escolares, sendo incluídas 60
crianças de 12 anos de idade das escolas públicas do município.
Avaliação da concentração de flúor na água:
O laboratório do Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva (NEPESCO) da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba Unesp realiza o heterocontrole das
águas de abastecimento público dos municípios pertencentes ao
Departamento Regional de Saúde II desde novembro de 2004, sendo possível
uma avaliação e acompanhamento da concentração de flúor encontrada nas
águas de abastecimento público de todas as fontes de abastecimento do
município estudado.
Coleta das amostras de água:
Para evitar que as crianças selecionadas em um determinado grupo
fossem classificadas erroneamente de acordo com o bairro onde residem e
Tatiana de Freitas Barbosa
63
sua respectiva fonte de abastecimento, frascos para a coleta de água foram
entregues aos participantes com a instrução para coleta de água (Anexo G),
para que amostras da torneira de suas residências fossem coletadas, e
enviadas para análise no laboratório do NEPESCO. Amostras das torneiras
das escolas também foram coletadas para análise, garantindo que as
crianças consumam água de mesma fonte nas escolas.
Análise de flúor na água:
As amostras de água foram analisadas no prazo máximo de 7 dias.
Para isso, foi utilizado um analisador de íons (Orion modelo 710-A; Orion
Research Inc., Estados Unidos) acoplado a um eletrodo específico (Orion
modelo 9609; Orion Research Inc., Estados Unidos) para flúor. A calibração
do equipamento foi realizada em triplicata, com a finalidade de reduzir a
margem de erro, levandose em consideração os valores esperados para as
amostras com padrões variando de 0,1 a 2,0 mgF/l. Para tanto utilizou-se
diluições a partir de uma solução padrão de fluoretos a 100 mg/L (Orion,
940907). De cada um destes padrões foi coletado um volume de 1 ml,
posteriormente acrescido de 1 ml de “Total Ionic Strenght Adjustor Buffer”
(TISAB II); um tampão de ajuste de pH, força iônica e descomplexante, muito
utilizado nas análises de flúor
18
.
Os valores obtidos nas leituras das amostras em duplicata, também
adicionadas de TISAB II (proporção 1:1), foram repassados para uma
planilha eletrônica no programa Microsoft Excel, sendo transformados de mV
para mgF/L.
Tatiana de Freitas Barbosa
64
As concentrações de flúor nas amostras de água foram classificadas de
acordo com a média de temperatura anual. Dessa forma, teores entre 0,6 e
0,8 mgF/L foram considerados adequados, enquanto amostras com
concentrações acima ou abaixo destes valores forma consideradas
inadequadas
5
.
Exame clínico:
O diagnóstico de fluorose dos dentes foi realizado por meio de exames
nas arcadas dentárias superiores e inferiores das crianças que participaram
do estudo. Uma equipe formada por 1 examinador e 1 anotador, treinada e
calibrada (Kappa intra-examinador = 0,95) realizou todos os exames. Os
dados referentes à fluorose dentária foram registrados conforme códigos e
critérios do índice de DEAN modificado, o qual classifica a fluorose dentária
em categorias, e é preconizado pela Organização Mundial de Saúde
27
. Para o
estabelecimento da prevalência da fluorose dentária, o qual baseia-se no
registro e classificação dos dois dentes homólogos mais afetados, foram
seguidas as seis categorias (0 a 5): “normal”, “questionável”, “muito leve”,
“leve”, “moderada” e “severa”. Os exames foram realizados nas próprias
instituições de ensino, sob luz natural, com auxílio de espelhos bucais
planos e gazes, previamente esterilizados, sendo utilizadas cadeiras e
carteiras escolares.
Tatiana de Freitas Barbosa
65
Coleta das amostras de unha:
Os voluntários foram instruídos através de visitas às escolas e contatos
telefônicos, para não cortarem suas unhas e evitarem esmaltes, os quais
podem conter flúor
26
, cerca de 2 semanas antes da coleta. Apenas as unhas
dos polegares dos pés das crianças foram coletadas, considerando serem
biomarcadores de exposição ao flúor mais adequado do que as unhas das
mãos
9
.
As unhas das crianças foram aparadas, seguindo a preferência dos
voluntários, com tesouras ou cortadores de unha, sendo estes limpos com
álcool a 70% entre uma criança e outra, e as amostras armazenadas
separadamente em frascos plásticos previamente descontaminados e
identificados. As amostras coletadas foram encaminhadas ao laboratório do
NEPESCO da FOA/UNESP.
Análise de flúor nas unhas:
As amostras de unha foram limpas com auxílio de um Lecron e água
deionizada, tendo-se as sujeiras maiores removidas. Em seguida, com auxílio
de uma escova interdental e água deionizada, as unhas foram limpas e
armazenadas em frascos de polietileno (J10) identificados contendo água
deionizada, sendo tampados e levados a um aparelho de ultra-som por 10
minutos. As unhas foram despejadas sobre uma peneira plástica
descontaminada e novamente armazenadas em frascos de polietileno
identificados, sendo estes levados sem tampas à uma estufa por 3 horas a
Tatiana de Freitas Barbosa
66
60
0
C para secagem. Depois de secas, as amostras foram pesadas e
armazenadas nos frascos tampados para serem posteriormente analisadas.
Para se determinar a concentração de fluoreto nestas unhas, foi utilizada a
técnica da microdifusão facilitada por HMDS (hexametildisiloxano), descrita por
Taves
23
, sendo a concentração de flúor determinada utilizando-se um eletrodo
específico (Modelo 9409BN: Orion Research, Cambridge, MA, USA) e um micro-
eletrodo de referência de calomelano (Accumet, 13-620-79: Fischer Scientific,
Pittsburgh, PN, USA) acoplados a um analisador de íons (Orion Research,
modelo EA940). Os aparelhos foram previamente calibrados com padrões que
sofreram difusão como as amostras, contendo concentrações de flúor
conhecidas (0,25 a 10,00 µgF/mL), preparadas em triplicata por diluição
seriada de um estoque-padrão contendo 100 µgF/mL (Orion 940907). Padrões
não difundidos, com a mesma concentração de flúor que os padrões que
sofreram difusão, foram preparados usando-se as mesmas soluções. As placas
com as amostras foram colocadas em uma mesa agitadora horizontal para
agitação a uma velocidade de 85 rpm, durante a noite (no mínimo 12 horas e,
no máximo, 15 horas).
As leituras em milivolts (mV) foram transferidas para uma planilha
(Programa Excel Microsoft®) e os valores convertidos para µg de flúor. A
concentração de F nas amostras de unha (μgF/g ou ppm = partes por milhão)
foi obtida dividindo-se μg F encontrado pelo peso de unha (g).
Tatiana de Freitas Barbosa
67
Análise estatística:
Todos os resultados foram processados no programa Bio Estat 5.0,
utilizando-se o teste Mann-Whitney para a análise dos dados referentes à
fluorose e concentração de flúor nas amostras de unha das crianças, e nas
águas de abastecimento das residências dos mesmos, considerando os dois
grupos estudados.
Tatiana de Freitas Barbosa
68
4.5 Resultados
Os teores de flúor (média ± DP) observados nas águas que abastecem a
residência dos participantes do estudo foram de 1,08 ± 0.04 e de 0,71 ± 0.07
nas regiões com e sem excesso de F, respectivamente. De acordo com o
demonstrado na figura 6, nas regiões abastecidas por água sem excesso de
flúor, a maioria dos participantes, 60% (n=18), não apresentou fluorose.
Para isso, foram consideradas sem fluorose dentária as crianças com “grau
0” e “grau 1” de fluorose dentária. na região com teores de flúor acima do
recomendado, a maioria, 40% (n=12) apresentou grau leve (figura 7). Em
nenhum dos grupos foram registrados fluorose moderada e severa. Fotos dos
dentes das crianças participantes do estudo com fluorose dentária podem
ser observadas em anexo.
Na tabela 2 pode ser observada a distribuição dos valores numéricos e
percentuais das 60 crianças examinadas, segundo a presença ou não de
fluorose nas duas regiões do estudo. Foi verificada uma diferença
estatisticamente significante na concentração de flúor entre as amostras de
água das duas regiões estudadas (p<0,05) e também nos graus de fluorose
(p<0.0068).
Na figura 8 pode-se observar a concentração média de F (mgF/Kg)
encontrada nas unhas das crianças examinadas e o erro padrão, segundo o
grau de fluorose e a região estudada. A variação entre as concentrações de
flúor nas unhas dos voluntários das duas regiões, quando comparadas, pode
ser observada na figura 9. No entanto, esta diferença não foi
estatisticamente significante (p>0,05).
Tatiana de Freitas Barbosa
69
Grau 0
Grau 1
Grau 2
Grau 3
Figura 6 - Distribuição percentual das crianças do município de Birigui, de
acordo com os graus de fluorose, nas regiões sem excesso de flúor na água.
Araçatuba, 2010.
Grau 0
Grau 1
Grau 2
Grau 3
Figura 7 - Distribuição percentual das crianças do município de Birigui, de
acordo com os graus de fluorose, nas regiões com excesso de flúor na água.
Araçatuba, 2010.
43%
17%
23%
17%
13%
13%
33%
40%
Tatiana de Freitas Barbosa
70
Tabela 2 - Distribuição dos valores numéricos e percentuais das 60 crianças
de 12 anos de idade examinadas no município de Birigui, segundo a
presença de fluorose e a região de abastecimento de água. Araçatuba, 2010.
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
Sem fluorose Muito leve Leve
Grau de fluorose
[F] nas unhas (mgF/Kg)
Com excesso de flúor
Sem excesso de flúor
Figura 8 - Concentração média de F
-
(mgF/Kg) nas unhas das crianças
examinadas no município de Birigui e erro padrão, segundo o grau de
fluorose e a região com e sem excesso de flúor na água. Araçatuba, 2010.
Fluorose
Ausência
Presença
Total
n
%
n
n
%
%
Região de abastecimento
Com excesso de flúor
Sem excesso de flúor
Total
22
73
100
27
100
60
30
8
57
34
43
26
12
18
40
30
60
100
Tatiana de Freitas Barbosa
71
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Voluntários
[F] nas unhas
Com excesso de for
Sem excesso de for
Figura 9 - Variação das concentrações de flúor (mgF/Kg) das unhas das
crianças do município de Birigui, examinadas nas regiões com e sem excesso
de flúor nas águas de abastecimento público. Araçatuba, 2010.
Tatiana de Freitas Barbosa
72
4.6 Discussão
O município de Birigui, SP, Brasil, possui dois poços profundos
oriundos do Aquífero Guarani compondo sua rede de abastecimento, com
água fluoretada naturalmente nas concentrações acima de 1,0 mgF/L. O
município conta ainda com poços semi-artesianos em seu sistema de
abastecimento, constituindo um sistema complexo, pois sua água também é
tratada pela Estação de Tratamento de Água controlada pelo DAEB
(Departamento de Água e Esgoto de Birigui), onde é realizada a fluoretação
artificial através da adição do ácido fluorssilícico. Dessa forma, pode-se
considerar que o município compreende duas áreas distintas que constituem
o abastecimento de água, sendo uma com excesso e outra sem excesso de
flúor, considerando a temperatura ambiental e, portanto, aceitando como
adequados valores com o mínimo de 0,6 mgF/L e o máximo de 0,8 mgF/L
5
.
O sistema abastece a população total do município de
aproximadamente 110.911 habitantes
12
. Devido a esta complexidade no
sistema de abastecimento do município, torna-se necessário a confirmação
dos teores de flúor encontrado nas residências, uma vez verificado se o
mesmo corresponde ao esperado de acordo com a fonte de abastecimento da
região. Este procedimento deve-se ao fato de algumas crianças residirem em
áreas localizadas entre regiões que recebem água originada de poços
profundos e regiões que recebem água artificialmente fluoretada pela estação
de tratamento. Dessa forma, dependendo da pressão de água ela pode ser
abastecida por uma ou outra fonte, sendo estas crianças também excluídas
durante a seleção devido à variação dos teores de flúor na água de consumo.
Tatiana de Freitas Barbosa
73
A análise das águas das escolas justifica-se uma vez que as crianças
selecionadas para o estudo devem consumir água de mesma fonte pelo
maior período possível.
A fluoretação das águas de abastecimento público tornou-se
obrigatória no Brasil em 1974, quando a lei n 6.050 tornou obrigatória esta
medida em todas as cidades que disporem de estações de tratamento
4
,
porém, no país existem 3.202 distritos brasileiros abastecidos com flúor
adicionado na água distribuída à população, sendo que em 5.428 distritos
esta medida não se aplica
3
. Diversos estudos têm sido realizados
relacionando a água fluoretada com a ocorrência da fluorose dentária ou
com o emprego de biomarcadores de exposição ao flúor, tais como a urina
8,17
e a unha
10,26
. No entanto, dados que relacionem diretamente a fluorose
dentária com outros biomarcadores recentes ainda são carentes na
literatura. Estudos sobre o aumento da prevalência de fluorose dentária nas
últimas décadas, tanto em cidades contendo ou não água fluoretada, são de
grande importância, considerando-se o amplo uso de diversas formas de
fluoreto
7
.
De acordo com Ahokas et al.
1
, os possíveis fatores de risco associados
à fluorose dentária incluem: residir em região abastecida por água
otimamente fluoretada, uso de suplementos de flúor, nível de flúor no
dentifrício, idade precoce de início da escovação com dentifrício, alta
freqüência de escovação com dentifrício/ingestão de dentifrício, desmame
precoce, uso prolongado de fórmulas infantis. Por isso, estudos sobre a
ingestão de fluoretos são necessários para um adequado monitoramento da
fluorose dentária nas comunidades. A idade de 10 a 12 anos permite estimar
Tatiana de Freitas Barbosa
74
na história passada, a dose responsável de exposição ao flúor
7
, fato este que
justifica a faixa etária de 12 anos utilizada nesta população.
A figura 6, mostra a forma muito leve de fluorose como predominante
nas regiões com concentrações sem excesso de flúor (23%), sendo estes
resultados semelhantes a outros estudos encontrados na literatura em locais
com teores adequados de fluoreto nas águas de abastecimento
9
. De acordo
com o observado na tabela 1, a porcentagem de escolares com fluorose na
região sem excesso de flúor (40%) é maior do que a encontrada em um
estudo envolvendo municípios com diferentes concentrações de flúor de duas
regiões de condições climáticas distintas, no qual duas cidades de clima
subtropical e tropical com teores ótimos de flúor apresentaram uma
prevalência de fluorose dentária de 7,7% e 22,3%, respectivamente
15
. um
estudo realizado em Piracicaba, constatou que 72% dos participantes
apresentavam fluorose, superando o encontrado no presente estudo
16
.
As ocorrências de fluorose dentária mesmo em regiões com teores de
flúor considerados adequados
5
podem decorrer da ingestão de fluoretos
através de outras fontes disponíveis à população além da água fluoretada,
no entanto, em regiões com teores de flúor nas águas de abastecimento
público acima do preconizado, tais ocorrências podem ser atribuídas
principalmente às inadequações nos limites de flúor na água, considerando
o recomendado para cada região de acordo com a média de temperatura
ambiental. Um estudo envolvendo análise de fluoreto em oito municípios da
região noroeste do estado de São Paulo durante 36 meses relatou que 77,4%
das amostras apresentaram teores adequados
20
, enquanto em Bauru foi
Tatiana de Freitas Barbosa
75
verificado que cerca de 85% das amostras analisadas em um período de um
ano foram classificadas como aceitáveis
19
.
Nos dois estudos foi verificada uma considerável variação nos teores
de fluoretos adicionado às águas de consumo, evidenciando-se a importância
da vigilância para que se tenha o efeito preventivo desejado, bem como
evitar-se a exposição da população ao risco da fluorose dental. Na região
estudada com excesso de flúor na água de abastecimento (figura 7) a forma
leve de fluorose dentária foi as mais freqüente (40%), sendo observado um
aumento de 33% no número de escolares acometidos pela fluorose em
comparação aos dados da outra região (tabela 2).
Ao relacionar-se os dados de fluorose dental com a concentração de
flúor encontrada nas unhas das crianças participantes do estudo, podemos
verificar uma concentração média de flúor maior nas unhas das crianças
moradoras nas regiões com excesso de flúor no grau muito leve (figura 8).
Sampaio et al.
21
examinaram a severidade da fluorose dentária em crianças
residentes em diferentes regiões abastecidas com água naturalmente
fluoretada, nos teores de 0,1; 1,6 e 2,3 mgF/L. No entanto, as mesmas
crianças haviam sido examinadas em outro estudo, com relação à
concentração de flúor nas unhas
25
. Não foi observado diferença
estatisticamente significante na concentração média de flúor das unhas de
crianças que apresentaram grau 1, 2, 3 e 4 de fluorose dentária
21
. Segundo
a Organização Mundial de Saúde e a classificação dada aos biomarcadores
de exposição ao flúor, as unhas são consideradas marcadores recentes, uma
vez que refletem exposições crônicas e subcrônicas, enquanto os dentes são
Tatiana de Freitas Barbosa
76
classificados como marcadores históricos, sendo utilizados para o
monitoramento da exposição crônica, apenas
28
.
Nas regiões sem excesso de F a concentração média encontrada nas
unhas das crianças participantes do estudo foi de 2,24mgF/Kg, enquanto na
região com excesso foi de 2,67 mgF/Kg. Embora a concentração de flúor na
água tenha sido a variável sobre a diferença de concentração de flúor
encontrada nas unhas das crianças das duas regiões, esta diferença não foi
estatisticamente significante (p>0,05). Dessa forma, deve-se considerar a
ingestão de fluoretos por outras fontes, principalmente pela dieta e por
dentifrícios fluoretados.
A variação das concentrações de flúor (mgF/Kg) nas unhas das
crianças examinadas nas regiões com e sem excesso de flúor nas águas de
abastecimento público pode ser observada na figura 9. Em um estudo
realizado por R. Fukushima et al.
10
, ao considerar-se os voluntários com
faixa etária de até 20 anos de idade e moradores de uma região com 1,68
mgF/L nas águas de abastecimento, a concentração média de flúor
encontrada nas unhas dos pés foi de 5,15 mgF/Kg. Esta diferença com os
resultados apresentados pode ser atribuída à concentração média de flúor
encontrada nas águas destas regiões com teores de flúor acima do
considerado como adequado sendo de 1,08 ± 0.04 no presente estudo. Isto
indica que as unhas são bons preditores da exposição ao flúor quando os
níveis de ingestão são mais elevados.
Tratando-se de um sistema de abastecimento complexo, autoridades
competentes do município de Birigui devem encontrar alternativas que levem
à adequação dos níveis de flúor das águas que abastecem a população.
Tatiana de Freitas Barbosa
77
Uchôa e Saliba
24
relataram a presença de fluorose dentária em escolares de
Pereira Barreto, SP, Brasil, que estiveram expostos à água de abastecimento
público com teores de flúor variando entre 1,5 e 17,5 mgF/L. Observaram
que a água com elevado teor de flúor era proveniente de três poços
profundos. Dessa forma, foi recomendada a construção de uma Estação de
Tratamento, possibilitando a mistura da água com excesso de flúor com a
água do rio Tietê, de maneira que a água a ser fornecida à população
apresente taxas de fluoretos de acordo com as recomendações técnicas,
trazendo o benefício da prevenção da cárie dental e evitando a fluorose
dentária.
Estudos envolvendo prevalência de fluorose dentária em regiões
fluoretadas e não fluoretadas são frequentemente encontrados na literatura,
no entanto, dificilmente estes dados são relacionados com análise de
biomarcadores de flúor. Além disso, as regiões com excesso de flúor devem
ser mais exploradas, considerando-se os resultados obtidos no presente
estudo e a carência destes dados na literatura.
Tatiana de Freitas Barbosa
78
4.7 Conclusão
Houve diferença na prevalência de fluorose dentária entre as crianças
das duas regiões, entretanto, a concentração e flúor nas unhas não mostrou
diferença estatisticamente significante.
Tatiana de Freitas Barbosa
79
4.8 Referências
1. Ahokas JT, Demos L, Donohue DC, Killalea S, McNeil L, Rix CJ. Review of
water fluoridation and a fluoride intake from Discretionary fluoride
supplements. Melbourne: National Health and Medical Research
Council;1999.
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Oral Biol Med.2002;13(2):155-70.
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aos agentes químicos ambientais. Rev Bras epidemiol.2003;6(2):158-70.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Lei Federal n
o
6050, de 24 de maio de 1974.
Dispõe sobre a obrigatoriedade da fluoretação das águas em sistema de
abastecimento. Diário Oficial da União, 27 jul.1975.
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o
635, de 26 de dezembro de 1975.
Aprova normas e padrões, a seguir, sobre a fluoretação da água dos sistemas
públicos de abastecimento, destinada ao consumo humano. Diário Oficial da
União, 30 jan. 1976.
Tatiana de Freitas Barbosa
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prevalence of esthetic problems resulting from dental fluorosis. J Public
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para profissionais de saúde. São Paulo: Editora Santos; 1994.
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children exposed to fluoride toothpaste and to different water fluoride levels
in a tropical area of Brazil. Braz Dent J.2008;19(3):214-8.
9. Frazão P, Peverari AC, Forni TI, Mota AG, Costa LR. Fluorose dentária:
comparação de dois estudos de prevalência. Cad Saúde
Publica.2004;20(4):1050-8.
10. Fukushima R, Rigolizzo DS, Maia LP, Sampaio FC, Lauris IR, Buzalaf
MAR. Environmental and individual factors associated with nail fluoride
concentration. Caries Res.2009;43(2):147-54.
11. Gonçalves LD, Maia LC. Fluorose dentária: uma abordagem a nível de
saúde pública. Rev Flum Saúde Col.1998;5:15-32.
12. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades@ [citado 2010 jan.
27]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1
Tatiana de Freitas Barbosa
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13. Lima FG, Lund RG, Justino LM, Demarco FF, Del Pino FAB, Ferreira R.
Vinte e quatro meses de heterocontrole da fluoretação das águas de
abastecimento público de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad Saúde
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dentifrício. Rev Saúde Pública.2001:35(6):576-8.
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brasileiras com e sem água artificialmente fluoretada. R Fac Odontol Porto
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fluorose pela exposição a flúor pela água e dentifrício. Rev Saúde
Pública.2002;36(6):752-4.
17. Penman AD, Brackin BT, Embrey R. Outhbreak of acut fluoride
poisoning caused by a fluoride overfeed, Mississipi, 1993. Public Health
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18. Pinto, VG. Prevenção da cárie Dental. In: Saúde Bucal: odontologia social
e preventiva. 3.ed. São Paulo: Santos;1992.
Tatiana de Freitas Barbosa
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19. Ramires I, Maia LP, Rigolizzo DS, Lauris JRP, Buzalaf MAR.
Heterocontrole da fluoretação da água de abastecimento público de Bauru,
SP, Brasil. Rev. Saúde Pública.2006;40(5):883-9.
20. Saliba NA, Moimaz SAS, Saliba O, Barbosa TF. Fluoride content
monitoring of the public water supply of the Northwest area of the state of
São Paulo, Brazil: 36-month analysis. Rev. Odonto Ciênc. 2009;24(4):372-6.
21. Sampaio FC, Whitford GM, Arneberg P, von der Fehr FR. Validation of
fingernail fluoride as a biomarker for dental fluorosis. Caries Res.
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22. Silva JS, Val CM, Costa JN, Moura MS, SIilva TAE, Sampaio FC.
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24. Uchoa HW, Saliba NA. Prevalência de fluorose dental na cidade de
Pereira Barreto. Bol Serv Odontol Sanit.1970;6(3):11-6.
25. Whitford GM, Sampaio FC, Arneberg P, von der Fehr FR. Fingernail
fluoride: a method for monitoring fluoride exposure. Caries Res.1999;
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Tatiana de Freitas Barbosa
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Manual de instruções. 4 a ed. São Paulo: Santos, 1999.
28. World Health Organization. Fluoride in drinking water, Geneva: IWA;
2006.
Tatiana de Freitas Barbosa
84
Anexos
Por vezes sentimos que aquilo que
fazemos não é senão uma gota de água
no mar. Mas o mar seria menor se lhe
faltasse uma gota.
(Madre Teresa de Calcuta)
Tatiana de Freitas Barbosa
85
Anexo - A
Referências Bibliográficas
Introdução Geral
Tatiana de Freitas Barbosa
86
Referências da Introdução Geral
1. Almeida BS, Cardoso VES, Buzalaf MAR. Fluoride ingestionfrom
toothpaste and diet in 1-3-year-old Brazilin children. Community Dent.
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2. Amorim LCA. Os biomarcadores e sua aplicação na avaliação da
exposição aos agentes químicos ambientais. Rev Bras
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3. Bellé BLL, Lacerda VR, Carli AD, Azfalon EJ, Pereira PZ. Análise da
fluoretação da água de abastecimento público da zona urbana do
município de Campo Grande (MS).Ciênc Saúde Colet.2009;14(4):1261-6
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fluorose dentária em crianças de Marinópolis, São Paulo. Cad Saúde
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para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Brasília (DF), 2001
[citado 2009 jan. 28]. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/portaria_1469.pdf
Tatiana de Freitas Barbosa
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6. Brasil. Ministério da Saúde. Lei Federal n
o
6050, de 24 de maio de
1974. Dispõe sobre a obrigatoriedade da fluoretação das águas em
sistema de abastecimento. Diário Oficial da União, 27 jul.1975.
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9. Dean HT, Arnold Junior FA, Elvove E. Domestic water and dental
caries, V. additional studies of the relation of fluoride domestic waters to
dental caries experience in 4425 white children aged 12-14 years, of 13
cities in 4 states. Public Health Rep 1942; 57:1157-1179
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dentária: comparação de dois estudos de prevalência. Cad. Saúde
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11. Heilman JR, Kiristy MC, Levy SM, Wefel JS. Assessing fluoride levels
of carbonated soft drinks.1999;130(11):1593-9.
12. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. [citado 2010
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http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1
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13. Lima YBO , Cury JA. Ingestão de flúor por crianças através da água e
dentifrício. Rev. Saúde públic.2001;35(6):576-81.
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da fluorose pela exposição a flúor pela água e dentifrício. Rev Saúde
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16. Narvai PC. Cárie dentária e flúor: uma relação do século XX. Ciênc.
Saúde Coletiva.2000;52:381-92.
17. Paiva, S.M.; Lima, Y.B.O.; Cury, J.A. Fluoride intake by Brazilian
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19. Pinto VG. Prevenção da cárie Dental. In: Saúde Bucal: Odontologia
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Tatiana de Freitas Barbosa
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20. Ramires I, Maia LP, Rigolizzo DS, Lauris JRP, Buzalaf, MAR.
Heterocontrole da fluoretação da água de abastecimento público em
Bauru, SP, Brasil. Ver Saúde Publica.2006;40(5):883-9.
21. Saliba NA, Garbin CAS, Casotti CA, Presta AA. Fluorose dentária na
população de Baixo Guandu, Brazil, após 50 anos de fluoretação da água:
comparação com a cidade de Itarana. Cadernos Saúde
Coletiva.2007;1:27-38.
22. Saliba NA, Moimaz SAS, Saliba O, Barbosa TF. Fluoride content
monitoring of the public water supply of the Northwest area of the state of
São Paulo, Brazil: 36-month analysis. Rev Odonto Ciênc.2009;24(4):372-
6.
23. Saliba, N. A.; Uchôa, H. W. Prevalência da fluorose dental na cidade
de Pereira Barreto. Boletim do Serviço de Odontologia Sanitária da
Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.1970;5(3).
24. Silva JS, Val CM, Costa JN, Moura MS, Silva TAE, Sampaio FC.
Heterocontrole da fluoretação das águas em três cidades no Piauí, Brasil.
Cad Saúde Pública.2007;23(5):1083-8.
25. Silva PSB, Arcieri RM, Moimaz SAS, Tanaka H. Autopercepçäo de
fluorose em escolares de 11 e 12 anos: Pereira Barreto, SP 1999 . Rev
paul Odontol.2001;23(4):26-8.
Tatiana de Freitas Barbosa
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26. Toassi RFC, Kuhnen M, Cislaghi GA, Bernardo Jr. External control of
fluoride levels in the public water supply in Lages, Santa Catarina State,
Brazil. Ciência Saúde Coletiva.2007;12(3):727-32.
27. Whitford GM: Monitoring fluoride exposure with fingernail clippings.
Schweiz Monatsschr Zahnmed.2005;115(8):68589.
28. World Health Organization (WHO). Fluorides and oral health. WHO.
Technical report series 846. Geneva: WHO, 1994. 37p.
Tatiana de Freitas Barbosa
91
Anexo - B
Parecer de aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba UNESP
Tatiana de Freitas Barbosa
92
Tatiana de Freitas Barbosa
93
Anexo - C
Normas para Publicação Revista de
Odontologia da UNESP
Tatiana de Freitas Barbosa
94
Missão: Publicar artigos científicos inéditos de pesquisa básica e aplicada,
de divulgação e de revisão de literatura que constituam os avanços do
conhecimento científico na área de Odontologia.
Itens Exigidos para Apresentação dos Artigos
Enviar texto impresso em duas cópias e uma versão em disquete de 3 ½ ou
CD-ROM, incluindo as ilustrações. Todos os trabalhos que relatam
experimentos realizados em seres humanos devem vir acompanhados do
protocolo de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, da
Instituição do autor ou da Instituição onde os sujeitos da pesquisa foram
recrutados, conforme Resolução 196/96 e suas complementares do
Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Em pesquisas
envolvendo experimentação animal, é necessário que o protocolo tenha sido
aprovado pelo Comitê de Pesquisa em Animais da Instituição do autor ou
que na pesquisa esteja explícito que está de acordo com a legislação
internacional de uso de animais de laboratório em pesquisa.
Deve-se evitar o uso de iniciais, nome e número de registro de pacientes. O
uso de qualquer designação em tabelas, figuras ou fotografias que
identifique o indivíduo não é permitido, a não ser que o paciente expresse
seu consentimento por escrito.
Todos os textos deverão vir acompanhados de “Declaração de
Responsabilidade” e “Transferência de Direitos Autorais”, assinados pelo(s)
autor(es).
Preparação e Apresentação dos Artigos
O texto, incluindo resumo, “abstract”, tabelas e/ou gráficos e referências,
deverá estar digitado com as seguintes configurações: formato “Word for
Windows”, fonte “Times New Roman”, tamanho 12, espaço duplo, margens
laterais de 3 cm, superior e inferior com 2,5 cm e papel tamanho A4 e conter
um total de 20 laudas, incluindo as figuras, tabelas e referências. Todas as
páginas deverão estar numeradas a partir da página de identificação.
Revisão da Literatura
as revisões de literatura deverão ter como base assuntos atuais, de
relevância para os pesquisadores;
Tatiana de Freitas Barbosa
95
a revisão deverá conter registros corretos, abrangendo um determinado
período de tempo que demonstre a evolução do tema estudado até os tempos
atuais;
deverá conter informações, com base em literatura, delimitando o período
analisado (por exemplo: 1980 a 2007) e as bases de dados consultadas (por
exemplo: PubMed, Lilacs, BBO, etc), selecionando-se o maior número de
informações relevantes ao tema estudado;
deverá conter uma introdução objetiva que justifique a importância do
estudo, tendo ao final a proposição;
o capítulo revisão deverá ser exposto de maneira seqüencial mostrando o
desenvolvimento de uma fase em particular de um determinado material ou
técnica, etc;. Além disso, deverá ser apresentado em tópicos, de acordo com
os aspectos abordados (por exemplo: propriedades físico/mecânicas,
biológicas, etc);
a discussão também deverá ser feita em forma de tópicos, incluindo, no
final de cada tópico, uma opinião conclusiva dos autores a respeito do
aspecto discutido;
as conclusões deverão apresentadas em forma de itens, claras, objetivas e
de acordo com a proposição.
Página de Identificação
A página de identificação deverá conter as seguintes informações:
• título em português e inglês de forma clara e concisa;
• nome por extenso dos autores, com destaque para o sobrenome e na
ordem a ser publicado, contendo nome do departamento e da instituição aos
quais são afiliados;
trabalho baseado em dissertação ou tese, monografia, iniciação científica,
com indicação da instituição onde foi apresentado;
• endereço principal para correspondência e e-mail do autor responsável pelo
artigo.
Resumo e “Abstract”
Os originais deverão conter RESUMO e “ABSTRACT” precedendo o texto, no
idioma do artigo, com o máximo de 250 palavras, em um único parágrafo,
ressaltando-se objetivo, material e método, resultado e conclusão.
Tatiana de Freitas Barbosa
96
Palavras-chave/Keywords
Indicar, em número de 3 a 6, identificando o conteúdo do artigo, devendo ser
mencionadas logo após o RESUMO e o “ABSTRACT”. Para determiná-las em
português ou inglês, consultar o DeCS - Descritores em Ciências da Saúde
publicado pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em
Ciências da Saúde
BIREME e disponível no endereço (http://www.bireme.br) . Não
encontrando no DeCS, outras fontes poderão ser utilizadas tais como:
“Descritores em Odontologia”, “Index to Dental Literature”, “Medical Subject
Headings” (MeSH)
Texto
O texto deverá apresentar introdução, desenvolvimento (material e método,
resultado, discussão), conclusão e referências.
Introdução: deverá apresentar claramente o assunto e o objetivo do estudo,
citando somente literatura relevante ao tema. Comparações mais
detalhadas de trabalhos prévios e conclusões do estudo deverão ser
incluídas no capítulo “Discussão”.
Material e método: deverá ser apresentado com detalhes suficientes para
confirmar as observações, incluindo critérios para o controle das variáveis,
padronização do experimento, total das amostras e planejamento estatístico.
Resultado: o relato dos resultados deverá ser preciso e breve, seguindo a
ordem descrita no material e método. Os resultados deverão ser
apresentados em forma de tabelas ou gráficos. Descrever os resultados mais
significativos validados pelos dados e o valor de significância estabelecido, no
caso de ter sido feita inferência.
Discussão: os resultados deverão ser discutidos em relação a achados
relevantes em confronto com os da literatura. Limitações na metodologia
deverão ser indicadas, bem como implicações em pesquisas futuras. Novas
hipóteses e recomendações clínicas ou sugestões poderão ser apresentadas.
Conclusão: deverá ser clara, concisa e responder aos objetivos do estudo.
Agradecimento: quando houver este item, deverá ser reservado para citação
de pessoas e/ou instituições que tenham contribuído de forma relevante
para a elaboração da pesquisa. Quando houver apoio financeiro à pesquisa,
Tatiana de Freitas Barbosa
97
dever-se-á agradecer à agência financiadora, indicando o seu nome e
número do processo.
Referências: ordenadas pelo sobrenome dos autores na mesma seqüência
em que aparecem no texto, com numeração.
Deverão seguir o Uniform requirements for manuscripts submitted to
biomedical journal Vancouver, JAMA, 1997; 277: 927-34. Disponível no
site: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html. Os títulos
dos periódicos deverão ser referidos de forma abreviada, de acordo com o
Index Medicus/Base de Dados MEDLINE, sem negrito, itálico ou grifo.
Referências a comunicação pessoal, trabalhos em andamento e submetidos
à publicação não deverão constar da listagem de referências. Quando
essenciais, essas citações deverão ser registradas no rodapé da página do
texto onde são mencionadas. A exatidão das referências constantes da
listagem e a correta citação no texto são de responsabilidade do(s) autor(es)
do artigo. Citar apenas as referências relevantes ao estudo.
Exemplos:
- Livro
Brunetti RF, Montenegro FLB. Odontogeriatria: noções de interesse clínico.
São Paulo: Artes Médicas; 2002. 481 p.
- Capítulo de livro
Torres CRG. Mecanismo de ação dos agentes clareadores. In: Torres CRG,
Borges AB, Kubo CH, Gonçalves SEP, Araújo RM, Celaschi S, et al.
Clareamento dental com fontes híbridas LED/Laser. Taubaté: Evidência
Visual; 2004. p. 7-11.
- Editor(es) ou compilador(es) como autor(es) de livros
Gold MR, Siegal JE, Russell LB, Weintein MC, editors. Cost-effectiveness in
health and medicine. Oxford, England: Oxford University Press; 1997. p.
214-21.
- Organização ou Sociedade como autor de livro
American Dental Association. Guide to dental materials and devices. 7th ed.
Chicago: American Dental Association; 1974. p. 223-9.
Tatiana de Freitas Barbosa
98
- Documentos legais
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução 79 de 28 de agosto de 2000. DO 169 de 31/08/2000. p. 1415-
537.
- Monografia, Dissertação e Tese
Peruchi CMS. Avaliação da efetividade de corte de diferentes aparelhos de
abrasão a ar e o efeito da inalação das partículas de óxido de alumínio [Tese
de Doutorado]. Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP; 2003.
- Em formato eletrônico
Dias MC. Avaliação informatizada dos estabelecimentos de assistência
odontológica. [Tese online]. Araçatuba: Universidade Estadual Paulista; 2002
[citado em 2004 Mar 8]. Disponível em:
http://www.biblioteca.unesp.br/bibliotecadigital/document/get.php/690/di
as_mc_me_araca.pdf.
- Artigo de Periódico
Hetem S; Scapinelli CJA. Efeitos da ciclosfamida sobre o desenvolvimento do
germe dental “in vitro”. Rev Odontol UNESP. 2003; 32 (2): 145-54.
- Volume com suplemento, número especial:
Almilhatti J; Giampaolo ET; Magnani R; Ribeiro RDA; Vergani CE.
Evaluation of shear bond strength of dental porcelain to Co-Cr and Ni-Cr
alloys. [abstract 1176]. J Dent Res. 2002; 81 (special issue): A-165. Kim CK,
Choi, JK, Cho KS, Choi SH. Effect of calicum sulfate on the healing of
periodontal intrabony defects. Int Dent J. 1998; 48 (Suppl 1): 330 7. Boyne
PJ. Application of bone morphogenic proteins in the treatment of clinical oral
and maxillofacial osseous defects. J Bone Joint Surg. 2001; 83A (Suppl 1;
Part 2): 146-50.
- Organização ou Sociedade como autor de artigo
American Academy of Periodontology. Epidemiology of periodontal disease
(position paper). J Periodontol. 1996; 67: 935-45.
OBS: Caso o periódico referenciado possua paginação contínua em seus
fascículos, o mês e o número do fascículo poderão ser omitidos: Pilo R;
Cardash HS. In vivo retrospective study of cement thickness under crowns. J
Prosthet Dent. 1998; 79: 621-5.
Tatiana de Freitas Barbosa
99
- Trabalho apresentado em eventos
Tedesco AD, Vargas E, Regalado DF, Fulgencio R. Avaliação da profundidade
de polimerização das resinas compostas condensáveis. In: Anais da 16a.
Reunião da Socidade Brasileira de Pesquisa Odontológica SBPqO; 1999
set. 8-11; Águas de São Pedro (SP). São Paulo: SBPqO; 1999. p. 87.
OBS: Publicações e/ou documentos com até seis autores, citam-se todos;
acima de seis autores, citam-se os seis primeiros seguidos da expressão “et
al.”
Citações no texto:
- usar sistema numérico, com numeração única e consecutiva, em
algarismos arábicos, na forma sobrescrita;
- números seqüenciais - separar por hífen; números aleatórios - separar por
vírgula;
- citar nome do autor seguido do número da referência somente quando
estritamente necessário.
Exemplos:
• No Brasil, Tamaki et al.97 indicaram essa linha de pesquisa avaliando
fichas clínicas de pacientes desdentados totais.
A limitação dos movimentos laterais da mandíbula poderia estar associada
a dor muscular, restrições intracapsulares ou osteoartrose6,66.
Tabelas e Quadros: deverão ser auto-explicativos e numerados
consecutivamente com algarismos arábicos na ordem em que forem citados
no texto e deverão conter um título breve. A legenda será colocada na parte
superior dos mesmos. As notas explicativas deverão ser colocadas no rodapé.
Se a tabela e o quadro forem extraídos de outros trabalhos, deverá ser
mencionada a fonte de origem.
Figuras: as ilustrações (fotografias, desenhos, gráficos, mapas, etc.) são
consideradas figuras, as quais deverão ser limitadas ao mínimo
indispensável e numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na
ordem em que foram citadas no texto.
Deverão ser suficientemente claras para permitirem a sua reprodução em
8,2 cm (largura da coluna do texto) ou 17,2 cm (largura da página). Deverão
ser apresentadas com suas legendas em folhas separadas e numeradas em
Tatiana de Freitas Barbosa
100
seqüência com algarismos arábicos. As fotografias deverão ser elaboradas
em preto e branco, ou em tons de cinza e/ou digitalizadas em formato TIF ou
JPG com 300 dpi. Os gráficos, desenhos, etc. deverão se apresentar em
arquivos separados e não inseridos no texto do word. Não serão publicadas
fotos coloridas, a não ser em casos de absoluta necessidade e a critério da
Comissão Editorial, sendo custeadas pelos autores. Deverão ser identificadas
a lápis no verso, e conter número e sentido da figura. As legendas deverão
ser colocadas na parte inferior das ilustrações. Deverão ser indicados no
texto os locais em que aparecerão as figuras, numeradas consecutivamente
em algarismos arábicos, com suas legendas iniciadas pelo termo FIGURA. Se
houver figuras extraídas de outros trabalhos, deverão ser mencionadas as
fontes de origem.
Notas de rodapé: deverão ser indicadas por asteriscos e restritas ao mínimo
indispensável.
Abreviaturas, Siglas e Unidades de Medida: para unidades de medida,
deverão ser utilizadas as unidades legais do Sistema Internacional de
Medidas. Nomes de medicamentos e materiais registrados, bem como
produtos comerciais, deverão aparecer em notas de rodapé; o texto deverá
conter somente nomes genéricos.
Avaliação dos originais pela Comissão Editorial
Os artigos encaminhados à Revista serão primeiramente analisados pela
Comissão Editorial nos seus aspectos gerais e normativos. Havendo alguma
irregularidade, serão devolvidos aos autores para correção; não havendo,
serão encaminhados aos membros do Conselho de Editores e Consultores
Científicos “Ad hoc”, capacitados e especializados nas áreas
de odontologia e do conteúdo, os quais, após a avaliação, irão decidir sobre a
sua aceitação. Os pareceres dos consultores serão encaminhados aos
respectivos autores para eventuais correções.
Os artigos que não se enquadrarem nessas normas serão devolvidos aos
autores, havendo a possibilidade de serem solicitadas adaptações que
poderão ser encaminhadas via correio.
Tatiana de Freitas Barbosa
101
Os originais submetidos à análise receberão um número de protocolo, sem
nenhuma identificação dos autores, e enviados a dois consultores
selecionados dentro da especialidade. Somente serão aceitos para publicação
após parecer favorável. Casos omissos nestas normas serão resolvidos pela
Comissão Editorial.
Os artigos deverão ser enviados para:
Profa. Dra. Eunice Teresinha Giampaolo
Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese
Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
Rua Humaitá, 1680 - Caixa Postal 331
14801-903 Araraquara - SP, Brasil
Fone: (16) 3301-6410
CHECKLIST PARA AUTORES
1. Carta de submissão
2. Declaração de Responsabilidade e Transferências de Direitos Autorais
assinada por todos os autores
3. Certificado de Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa
4. Duas cópias do artigo, figuras e tabelas
5. Nome dos autores, instituições e endereço para correspondência
6. Título do artigo em inglês/português
7. Manuscrito em espaço duplo, Times New Roman, tamanho 12, papel A4
8. Palavras-chave/Keywords de acordo com o DeCS
9. Referências de acordo com o estilo Vancouver e em espaço duplo
10. Tabelas, Quadros, Figuras, com respectivas legendas, em folhas
separadas e no final do artigo
11. Disquete 3 ½ ou CD-ROM com o arquivo em Word
ANEXOS
Declaração de Responsabilidade
Declaro(amos) que o artigo intitulado ______(TÍTULO ARTIGO)_______,
enviado à REVISTA DE ODONTOLOGIA DA UNESP, é um trabalho de
pesquisa original, e o seu conteúdo não está sendo considerado para
publicação em outras revistas, seja no formato impresso ou eletrônico,
Tatiana de Freitas Barbosa
102
reservando-se os direitos autorais do mesmo para a referida revista. A versão
final do trabalho foi lida e aprovada por todos os autores. Certifico(amos) que
participei(amos) suficientemente do trabalho para tornar pública minha
(nossa) responsabilidade pelo seu conteúdo.
Datar e assinar
____/ ____/ _____ __________________________________________
Observações: Os co-autores, juntamente com o autor principal, devem
assinar a declaração de responsabilidade acima, configurando, também, a
mesma concordância dos autores do texto enviado e de sua publicação se
aceito pela REVISTA DE ODONTOLOGIA DA UNESP.
Transferência de Direitos Autorais
____(NOMES AUTORES)_____, autor(es) do trabalho intitulado _____(TÍTULO
ARTIGO)_____, submetido à apreciação da REVISTA DE ODONTOLOGIA DA
UNESP, concordo(amos) que os direitos autorais a ele referente(s) tornar-se-
ão propriedade exclusiva da mesma, sendo vedada qualquer reprodução
total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impressa,
sem que a prévia e necessária autorização seja solicitada e obtida por escrito
junto à Comissão
Editorial da Revista. Datar e assinar
____/ ____/ _____ __________________________________________
Tatiana de Freitas Barbosa
103
Anexo - D
Normas para Publicação
Revista Journal of Applied Oral Science
Tatiana de Freitas Barbosa
104
ISSN 1678-7757 versão impressa
ISSN 1678-7765 versão on-line
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
*Objetivo e política
*Forma e preparação dos manuscritos
*Envio de manuscritos
Objetivo e política
1 SCOPE
O Journal of Applied Oral Science está empenhada na publicação dos
avanços científicos e tecnológicos alcançados pela comunidade odontológica,
de acordo com os indicadores de qualidade e revisada material, com o
objetivo de garantir a sua aceitação a nível local, regional, nacional e
internacional. O principal objetivo do The Journal of Applied Oral Science é
publicar os resultados de investigações originais, bem como convidados
relatórios do caso e convidou opiniões no campo da Odontologia e áreas
afins.
2 Orientações Gerais
2.1 Os trabalhos enviados para publicação devem ser originais e da
apresentação simultânea a outro periódico, nacional ou internacional, não é
permitido. O Journal of Applied Oral Science é manter os direitos autorais de
todos os trabalhos publicados, incluindo traduções, permitindo ainda
reprodução futuro como uma transcrição, desde que a fonte seja
mencionada.
2.2 Apenas papers escritos no idioma Inglês serão aceitas, e os autores são
inteiramente responsáveis pelos textos, citações e referências.
2.3 O Journal of Applied Oral Science tem o direito de submeter todos os
manuscritos para o Conselho Editorial, que está plenamente autorizado a
Tatiana de Freitas Barbosa
105
estabelecer a conveniência de sua aceitação, ou devolvê-los aos autores com
sugestões para alterações no texto e / ou para a adaptação às as normas
editoriais da revista. Neste caso, o manuscrito será reavaliado pelo Editor-
Chefe e Corpo Editorial.
2.4 Os conceitos declarou, em artigos publicados são de responsabilidade
dos autores e não refletem necessariamente a opinião do Editor-Chefe e
Corpo Editorial.
2.5 As datas de recebimento do documento original e sua aceitação será
indicado na ocasião de sua publicação.
2.6 Cada autor receberá um exemplar do jornal. Cópias adicionais podem
ser fornecidas a pedido e deve ser paga pelos autores.
2.7 Dependendo dos recursos financeiros do Journal of Applied Oral
Science, ou os autores, ilustrações coloridas serão publicadas a critério do
Editor-Chefe.
3 Critérios de Revisão
3.1 Os trabalhos serão avaliados primeiramente quanto apresentação de
acordo com as instruções para os autores. Os trabalhos não estiverem em
conformidade com as instruções que serão rejeitados e devolvidos aos
autores sem ser examinado pelos árbitros.
3.2 Manuscritos de acordo com as instruções que serão apreciados em seu
mérito e métodos científicos, pelo menos, dois árbitros de diferentes
instituições de que os autores, além do Editor-Chefe. Quando a revisão do
original é necessário, o manuscrito será devolvido ao autor correspondente
para modificação. A nova versão com modificações serão re-apresentados
pelos autores, e que será reavaliada pelo Editor-Chefe e Corpo Editorial.
3.3 O Editor-Chefe decidirá sobre a aceitação do manuscrito, e pode devolvê-
lo aos autores para revisão e alterações necessárias no texto e / ou
ilustrações. Neste caso, os autores serão obrigados a re-apresentar uma
versão revista, com as modificações ou explicações adequadas. A versão
revista será revista pelo Editor-Chefe e Corpo Editorial.
3.4 Após aprovação do mérito científico, os trabalhos serão analisados
Tatiana de Freitas Barbosa
106
quanto ao uso adequado da gramática Inglês (revisão técnica) e as
estatísticas. Se os manuscritos são ainda considerados inadequados, serão
devolvidos aos autores para revisão.
3.5 Autores e árbitros serão mantidos em anonimato durante o processo de
revisão.
3.6 conteúdo do manuscrito são de responsabilidade dos autores e não
refletem a opinião do Editor-Chefe ou Conselho Editorial.
4 Prova
4.1 Provas finais serão enviadas ao autor correspondente por correio
electrónico em formato pdf, para aprovação final.
4.2 Aprovação de provas finais pelo autor correspondente deverá ser
devolvido com correções, se necessário, no prazo de 72 horas.
4.3 Se não retornar dentro de 72 horas, o Editor-Chefe considerará a
presente versão final, e não permitirá alterações posteriores. Correções nas
provas deve ser restrito a pequenos erros que não modificam o conteúdo do
manuscrito. correcções Major implicará que o manuscrito deve entrar no
processo de revisão novamente.
4.4 Inclusão de novos autores não é permitido nesta fase do processo de
publicação.
Forma e preparação dos manuscritos
1 Apresentação dos Manuscritos
1.1 Estrutura do manuscrito
- Capa (deve ser apresentado como arquivo suplementar através do sistema
de submissão on-line), que deverá conter apenas:
- Título do manuscrito em Inglês.
- Os nomes dos autores na ordem direta, com seus respectivos graus e
filiações em Inglês. Correspondência entre Internacional e graus brasileira
podem ser obtidas na nossa página web: www.fob.usp.br / jaos.
Tatiana de Freitas Barbosa
107
- Endereço completo do autor correspondente, o endereço para quem as
correspondências devem ser endereçadas, incluindo fax e telefone, bem
como e-mail.
1.2 Texto
- Título do trabalho e subtítulo, se necessário, em Inglês.
- Resumo: deve comportar no máximo 300 palavras, destacando uma
pequena introdução, objetivo, material e métodos, resultados e conclusões.
- Palavras-chave: (palavras ou expressões que identifiquem o conteúdo do
manuscrito). Os autores são referidos na lista de assuntos do Medicus
"lndex" e DeCS (Descritores em Ciências da Saúde disponível em
http://decs.bvs.br/). Os autores devem usar "períodos" para separar as
palavras-chave, que deve ter a primeira letra da primeira palavra em
maiúsculas. Ex: Os implantes dentários. prótese fixa. Fotoelasticidade.
- Introdução: resumo do raciocínio e da proposta do estudo, apenas as
referências adequadas. Deve indicar claramente a hipótese do estudo.
- Material e Métodos: o material e os métodos são apresentadas com detalhe
suficiente para permitir a confirmação dos resultados. Inclua cidade, estado
e país de todos os fabricantes logo após a primeira aparição dos produtos,
reagentes e equipamentos. Métodos publicados devem ser referenciados e
discutidos brevemente, exceto se as modificações foram feitas. Indique os
métodos estatísticos utilizados, se aplicável. Por favor, consulte o item 3 para
princípios éticos e registro de ensaios clínicos.
- Resultados: apresenta os resultados em uma seqüência lógica no texto,
tabelas e ilustrações. Os dados contidos em tabelas e figuras não devem ser
repetidos no texto, e apenas as conclusões importantes devem ser
destacados.
- Discussão: deve enfatizar os aspectos novos e importantes do estudo e as
conclusões resultantes. Quaisquer dados ou informações mencionadas na
introdução ou resultados não devem ser repetidos. Achados de outros
estudos importantes devem ser relatados. Os autores devem apontar as
implicações de suas descobertas, assim como suas limitações.
- Conclusão(s): se houver.
Tatiana de Freitas Barbosa
108
- Agradecimentos (quando apropriado). Reconhecer aqueles que
contribuíram para o trabalho. Especifique patrocinadores, prêmios, bolsas e
bolsas com nomes e respectivos números de identificação.
- Referências (consulte o item 2.3)
2 Normalização técnica
O manuscrito deve ser digitado da seguinte forma: espaçamento 1,5, em
fonte Arial 11 pt, com margens de 3 cm em cada lado, numa página A4,
somando mais de 15 páginas, incluindo as ilustrações (gráficos, fotografias,
tabelas, etc) . Os autores devem manter uma cópia do manuscrito para
eventuais solicitações.
2.1 ilustrações e tabelas
2.1.1 As ilustrações (fotografias, gráficos, desenhos, gráficos, etc),
considerados como figuras, devem ser limitadas ao mínimo possível e devem
ser enviados em arquivos separados, numeradas consecutivamente com
números arábicos segundo a ordem em que aparecem no texto.
2.1.2 As fotografias deverão ser enviadas em cores originais e digitalizados
em. Jpg, tif ou gif com 10cm de largura e pelo menos 300dpi. Estas
ilustrações devem ser fornecidas em arquivos complementares e não inserido
no documento Word.
2.1.3 As legendas correspondentes valores devem ser claras, concisas e
localizadas ao final do texto como uma lista separada precedida pelo número
correspondente.
2.1.4 As tabelas devem ser logicamente organizadas, numeradas
consecutivamente com números arábicos. A legenda deve ser colocada no
topo das tabelas. As tabelas devem ser abertas nas laterais direita e
esquerda.
2.1.5 As notas devem ser indicadas por asteriscos e restritas ao mínimo
possível.
Tatiana de Freitas Barbosa
109
2.2 A citação dos autores
A citação dos autores no texto pode ser feita de duas maneiras:
1) Apenas numérica: ... e interferir com o sistema de bactérias e de tecido
3,4,7-10. As referências devem ser citadas em ordem crescente numérica
dentro do parágrafo.
2) ou alfanumérica
-Um autor - Silva23 (1986)
-Dois autores - Silva e Carvalho25 (1987)
-Três autores - Ferreira, Silva e Martins27 (1987)
-Mais de três autores Silva, et al.28 (1988) caracteres de pontuação, tais
como "tempo" e "vírgulas" deve ser colocado após a citação numérica dos
autores. Ex: Ferreira38.
2.3 Referências
As referências devem seguir os requisitos uniformes para manuscritos
submetidos a Periódicos Biomédicos - Vancouver disponível em:
http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html.
2.3.1 Todas as referências devem ser citadas no texto. Eles devem ser
ordenados alfabeticamente pelo sobrenome do autor e numeradas em ordem
crescente de acordo. A ordem de citação no texto deve seguir estes números.
As abreviaturas dos títulos dos periódicos internacionais citados deverão
seguir o Index Medicus / MEDLINE.
2.3.2 Comunicações pessoais e dados não publicados sem data de
publicação não devem ser incluídos na lista de referência.
2.3.3 Resumos, monografias, dissertações e teses não serão aceitos como
referências.
2.3.4 Os nomes dos autores deverão ser citados até 6 autores, no caso de
haver mais autores, os seis primeiros autores devem ser citados, seguido da
expressão ", et al.", Que deve ser seguido por período " e não deve ser escrito
em itálico. Ex: Uhl et al.
2.3.5 No máximo 30 referências podem ser citadas, com exceção de
comentários de convidados pelo Editor-Chefe. Exemplos de referências: Livro
Melberg JR, LW Ripa, GS Leske. Flúor em odontologia preventiva: teoria e
Tatiana de Freitas Barbosa
110
aplicações clínicas. Chicago: Quintessence, 1983. Capítulo de livro
RMH Verbeeck. Minerais em esmalte e dentina. Em editores: Driessens FCM,
Woltgens JHM. Dente e desenvolvimento de cárie. Boca Raton: CRC Press,
1986. p.95-152.
Artigos publicados em periódicos Wenzel A, Fejerskov O. validade do
diagnóstico de lesões de cárie questionável em superfícies oclusais de
terceiros molares. Res cárie. 1992;
26:188-93.
Artigos com mais de 6 autores. Os primeiros seis autores são citados,
seguidos pela expressão ", et al."
Parkin DM, Clayton D, RJ Preto, Masuyer E, HP Friedl, Ivanov E, et al.
Infância - leucemia na Europa depois de Chernobyl: 5 anos de seguimento.
Br J Cancer. 1996; 73:1006-12. Artigos sem os nomes dos autores. Ver a
natureza através da lente de género. Science. 1993; 260:428-9.
Volume com suplemento e Emissão / ou Especial
CL Davisdson. Avanços em cimentos de ionômero de vidro. J Appl Oral Sci.
2006, 14 (Questão sp.) :3-9. Toda a questão Update Dental. Guildford 1991;
18 (1). Os autores são inteiramente responsáveis pela veracidade das
referências.
3 Princípios Éticos e registro de ensaios clínicos
3.1 Procedimentos experimentais em animais e humanos
O Journal of Applied Oral Science reafirma os princípios incorporados na
Declaração Helsinky e insiste em que todas as pesquisas envolvendo seres
humanos, no caso de publicação nesta revista, ser conduzido em
conformidade com esses princípios e outros especificados no respectivas
comissões de ética dos autores instituição. No caso dos experimentos com
animais, como os princípios éticos devem ser seguidos. Quando os
procedimentos cirúrgicos em animais foram utilizados, os autores deverão
apresentar, na seção Material e Métodos, prova de que a dose de uma
substância apropriada era suficiente para produzir anestesia durante todo o
Tatiana de Freitas Barbosa
111
procedimento cirúrgico. Todos os experimentos realizados em humanos ou
animais deve acompanhar uma descrição, na seção Material e Métodos, que
o estudo foi aprovado pelo respectivo Comitê de Ética da filiação dos autores
e fornecer o número da aprovação do protocolo. O editor-chefe eo Conselho
Editorial reservam o direito de recusar manuscritos que não mostram
evidências claras de que os métodos utilizados não eram adequados para
experimentos em seres humanos ou animais.
3.2 Registro de Ensaios Clínicos - Número Internacional Standard
controlada Randomized Trial ISRCTN
O Journal of Applied Oral Science apoia as políticas da Organização Mundial
de Saúde (OMS) e pelo Comitê Internacional de Editores de Periódicos
Médicos (ICMJE) para o registro dos ensaios clínicos. A revista reconhece a
importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de
estudos clínicos com acesso aberto. Portanto, o Journal of Applied Oral
Science publicará apenas os ensaios clínicos que tenham recebido
previamente um número de identificação, o ISRCTN, validados pelos critérios
estabelecidos pela OMS e ICMJE. A OMS define ensaios clínicos como
"qualquer estudo de pesquisa que prospectivamente designa participantes
humanos ou grupos de seres humanos para uma ou mais intervenções
relacionadas à saúde para avaliar os efeitos na saúde. Intervenções incluem
mas não estão limitados às drogas, pilhas e outros produtos biológicos,
procedimentos cirúrgicos, procedimentos radiológicos, aparelhos,
tratamentos comportamentais, mudanças no processo de cuidado, cuidados
preventivos",etc.
Para registrar um ensaio clínico, acesse um dos seguintes endereços:
Cadastre-se no Clinicaltrials.govURL:http://prsinfo.clinicaltrials.gov/
Cadastre-se no número de teste padrão internacional randomizado
controlado (ISRCTN)
Tatiana de Freitas Barbosa
112
URL: http://www.controlled-trials.com/
4 Mais perguntas serão resolvidos pelo CONSELHO Editor-Chefe e editorial
Envio de manuscritos
Uma submissão
1.1 Os artigos devem ser submetidos através do seguinte endereço
http://www.scielo.br/jaos
1.2 O autor correspondente deve manter o arquivo original em formato
Word, bem como as ilustrações (quando aplicável).
1.3 O arquivo contendo o manuscrito original principais devem ser
apresentados sem identificação dos autores e afiliações. A capa deve ser
apresentado como arquivo suplementar contendo os nomes dos autores,
afiliações e endereço para correspondência.
1.4 As figuras devem ser apresentados como arquivos suplementares de
acordo com as especificações do item 2.1 quanto à forma e preparação de
manuscritos.
1,5 As tabelas devem ser preparadas em formato Word e inseridos após as
referências no final do arquivo do Word original.
1.6 O formulário de apresentação, assinada por todos os autores, deve ser
apresentado como arquivo suplementar contendo o seguinte texto:
Ao assinar o Formulário de Apresentação, os autores:
Transferência de Direitos Autorais: Em caso de publicação do manuscrito
acima mencionadas, nós, os autores, a transferência para o Journal of
Applied Oral Science todos os direitos e interesses do manuscrito. Este
documento aplica-se a traduções e qualquer apresentação prévia do
conteúdo do manuscrito que foi aceite, mas ainda não publicado. Se alguma
modificação ocorrer após a apresentação do autor, um documento com de
acordo de todos os autores é que devem ser mantidas pelo Editor-Chefe.
Exclusão dos autores podem ser aceites por seu pedido próprio.
Tatiana de Freitas Barbosa
113
Responsabilidades dos autores:
Declaramos que:
O conteúdo é original e não é constituída de plágio ou fraude;
O trabalho não está sob consideração ou serão submetidos a outro
periódico, até a decisão final é emitido por esta revista;
Tenho efetivamente contribuíram para este trabalho e estou familiarizado
com o seu conteúdo; Eu li a versão final e assumir a responsabilidade pelo
seu conteúdo. Eu entendo que se a obra, ou parte dela, é considerado
deficiente ou uma fraude, eu tomo a responsabilidade partilhada com os
outros autores.
Lançamento de conflito de interesses:
Todas as minhas afiliações corporativas ou institucionais e todas as fontes
de apoio financeiro a esta pesquisa sejam devidamente reconhecidos, exceto
quando mencionado em uma carta separada. Certifico que não têm qualquer
interesse comercial ou associado que representa um conflito de interesses na
relação com o manuscrito submetido.
NOME COMPLETO:_____________ ASSINATURA:_________________ DATA :____
1.7 Para mais informações sobre o sistema de submissão on-line, consulte o
tutorial para autores disponível em: http://www.scielo.br/jaos
[Home] [Sobre esta revista] [Corpo editorial] [Assinaturas]
-------------------------------------------------- ------------------------------
Todo o conteúdo da revista, exceto onde indicado em contrário, está
licenciado sob uma Licença Creative Commons
Serviço de Biblioteca e Documentação
Alameda Octávio Pinheiro Brisola, 9-75 17012-901 Bauru SP
Tel.: 55 14 3235-8373 [email protected]
Tatiana de Freitas Barbosa
114
Anexo - E
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Tatiana de Freitas Barbosa
115
Faculdade de Odontologia Campus de Araçatuba-UNESP
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SOCIAL
DADOS SOBRE O PROJETO DE PESQUISA
“CONCENTRAÇÃO DE FLÚOR NAS UNHAS DE CRIANÇAS RESIDENTES EM DIFERENTES
ÁREAS FLUORETADAS NO MUNICÍPIO DE BIRIGUI SP.”
Prezado(a) Senhor (a),
O Programa de Pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba está realizando a pesquisa sobre a concentração de flúor. Água dos bebedouros dos pátios das escolas
também será coletada para análise laboratorial. Serão coletadas amostras das unhas apenas dos dedos dos pés da
criança, sendo a tesoura desinfetada com álcool a 70%. Todo o material coletado será conduzido ao laboratório
do Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva NEPESCO da FOA/UNESP, onde seanalisada a quantidade de
flúor presente nas amostras de água e unha das crianças residentes em diferentes áreas fluoretadas no município
de Birigui SP. Para participarem do estudo, as crianças devem estar na faixa etária de 12 anos de idade e
residirem nas proximidades da escola. Com a finalidade de conferir a concentração de flúor presente nas águas
que abastece a residência das crianças, serão coletadas pequenas quantidades de água das residências dos
mesmos, sendo estas amostras armazenadas em frascos plásticos fornecidos pelo pesquisador e devolvidas para
que sejam analisadas pela equipe técnica. Durante o projeto, será verificada a ocorrência de fluorose dentária por
uma equipe devidamente treinada e calibrada, tendo-se os exames realizados sob luz natural com a utilização de
espelhos bucais planos, previamente esterilizados, nos mesmos dias de coleta das unhas. Além disso, será
entregue para cada um dos voluntários um questionário estruturado, através do qual serão solicitadas
informações sobre hábitos de higiene bucal, condições de saúde bucal e geral e consumo de produtos fluoretados
pelas crianças. Todos os gastos com materiais envolvidos no estudo ficarão por conta do pesquisador. O exame
será realizado na própria escola, com toda a técnica, segurança e higiene, conforme normas da Organização
Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, não apresentando riscos e nem desconforto para quem será
examinado. Esclarecemos que a participação do seu (sua) filho (a) nesse estudo depende de sua autorização por
escrito e da vontade da criança em participar. Além disso, fica claro que o paciente ou seu responsável legal,
pode a qualquer momento retirar seu consentimento livre e esclarecido e deixar de participar do estudo alvo da
pesquisa.
Atenciosamente,
________________________________ _________________________________
Profª Dra. Suzely Adas Saliba Moimaz Tatiana de Freitas Barbosa
Orientadora do Projeto Pós-Graduanda responsável
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Após ter sido informado(a) sobre as características da pesquisa “Concentração de flúor nas unhas de
crianças residentes em diferentes áreas fluoretadas no município de Birigui SP.”, através de uma detalhada
carta de informação devidamente explicada pelos profissionais, estando ciente dos procedimentos a serem
realizados e não restando quaisquer dúvidas, AUTORIZO a participação de:
Nome do Aluno(a):_________________________________________________
Birigui, ______ de _______________ de 2009.
________________________________ __________________________________
Nome do pai/mãe ou responsável Assinatura do pai/mãe ou responsável
Tatiana de Freitas Barbosa
116
Anexo - F
Instrumento utilizado para Coleta de Dados
Tatiana de Freitas Barbosa
117
Faculdade de Odontologia Campus de Araçatuba-UNESP
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SOCIAL
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Nome do voluntário: ______________________________________________________________________
1. Local do nascimento de seu filho(a):
( ) Birigui - SP ( ) Outro município ________________________
2. Seu filho(a) tem problemas de saúde (gastrointestinal, ósseo, renal ou outros )?
( ) sim - Qual? _______________________ ( ) não
3. Seu filho(a) está fazendo uso de algum medicamento?
( ) sim - Qual? _______________________ ( ) não
4. Desde que ano seu filho(a) mora em Birigui?
________________
5. Desde que ano seu filho(a) estuda nesta escola?
________________
6.Qual o endereço completo da casa onde seu filho(a) mora?
Rua____________________________, nº_____ Bairro:_____________________ CEP: ______________
7. Desde que ano ele(a) vive neste mesmo endereço, ou em outra rua, neste mesmo bairro?
_______________
8. Em casa, qual o tipo de água que seu filho(a) consome (atualmente)? Assinalar abaixo.
( ) água mineral galão ( ) água originada da rede torneira ( ) água mineral e da rede
9. Até os 3 anos de idade, qual o tipo de água que seu filho(a) consumia? Assinalar abaixo.
( ) água mineral galão ( ) água originada da rede torneira ( ) água mineral e da rede
10. Em casa e/ou escola, seu filho(a) realiza a higienização bucal com o uso de pasta de dente?
( ) sim ( ) não
11. Caso a higienização seja feita com uso de pasta de dente, esta contém flúor?
( ) sim ( ) não ( ) não sabe
12. Seu filho faz uso de “pasta de dente infantil” ?
( ) sim ( ) não
13. Já fez aplicação de flúor profissional?
( ) sim Qual a última vez? ________________________________________________ ( ) não
14. Data de nascimento da criança:____/____/____
Telefones para contato com o responsável: _______________________________
________________________________ __________________________________
Nome do pai/mãe ou responsável Assinatura do pai/mãe ou responsável
Tatiana de Freitas Barbosa
118
Anexo - G
Instruções para Coleta da Água
Tatiana de Freitas Barbosa
119
Faculdade de Odontologia Campus de Araçatuba-UNESP
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SOCIAL
INSTRUÇÕES PARA COLETA DA ÁGUA
Deverão ser coletadas amostras de água da torneira da casa nos frascos
entregues pelo pesquisador.
A água deve ser coletada diretamente nos frascos fornecidos, não
devendo-se utilizar outros recipientes.
Para coletar a água, deve-se deixar escorrer a água da torneira por 1
minuto. Em seguida, lave a parte interna do frasco, enxaguando-o com a
mesma água por 03 vezes.
Complete o frasco com a água da torneira após o último enxague e feche o
frasco corretamente para que não derrame.
Entregar os frascos com a água na escola para a professora.
Tatiana de Freitas Barbosa
120
Anexo - H
Figuras
Tatiana de Freitas Barbosa
121
Figura 13: Vista frontal dos dentes de
criança de 12 anos participante do estudo
acometida por fluorose. Birigui-SP, 2010.
Figura 12: Detalhe dos dentes superiores
de criança de 12 anos participante do
estudo acometida por fluorose. Birigui-SP,
2010.
Figura 10: Detalhe dos dentes superiores
de criança de 12 anos participante do
estudo acometida por fluorose. Birigui-SP,
2010.
Figura 15: Vista latertal dos dentes de
criança de 12 anos participante do estudo
acometida por fluorose. Birigui-SP, 2010.
Figura 11: Vista frontal dos dentes de
criança de 12 anos participante do estudo
acometida por fluorose. Birigui-SP, 2010.
Figura 14: Vista lateral dos dentes de
criança de 12 anos participante do estudo
acometida por fluorose. Birigui-SP, 2010.
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