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módulo de elasticidade e coeficiente de Poisson, das partes basal, central e topo
(Tabela 3). Observaram que a resistência à compressão é, em geral, três vezes
menor que a resistência à tração. A resistência média foi de 29,48 MPa,
aumentando da base para o topo. O valor máximo da tensão ocorreu na parte do
topo, sendo igual a 34,52 MPa para o corpo-de-prova sem nó e de 29,62 MPa com
nó. Na base, este valor caiu para 25,27 MPa no corpo-de-prova com nó e 28,36 MPa
sem nó. A média do módulo de elasticidade longitudinal às fibras foi de 12,58 GPa,
variando de 9,00 GPa na base a 15,80 GPa na região do topo, ambos em corpos-
de-prova com nó. O coeficiente de Poisson médio obtido no ensaio de resistência à
compressão foi de 0,34.
Tabela 3 – Resistência do bambu inteiro à compressão, módulo de elasticidade e coeficiente
de Poisson em diversas partes do colmo
Resistência à
compressão
Módulo
elasticidade-E
Coef.
Parte do
bambu
σ
t
(MPa)
(GPa) Poisson µ
Base sem nó 28,36 14,65 0,27
Base com nó 25,27 9,00 0,56
Centro sem nó 31,77 12,25 0,36
Centro com nó 28,36 12,15 0,18
Topo sem nó 25,27 11,65 0,36
Topo com nó 31,77 15,80 0,33
Valor médio 29,48 12,58 0,34
Variação 25,27-34,52 9,00-16,80 0,18-0,56
Fonte: Ghavami e Marinho (2005)
Beraldo (1987) encontrou valores de 55 MPa e 65 MPa para amostras
cilíndricas das espécies Phyllostachys sp e Phyllostachys purpuratta, resultado que,
segundo Pereira e Beraldo (2007), apesar de muito variável, em função das
espécies estudadas pelos diferentes autores, são muito superiores ao concreto
convencional, da ordem de 15 a 20 MPa.
Testes de compressão em amostras de seção retangular apresentaram,
conforme Pereira e Beraldo (2007), uma resistência à compressão situada na faixa
de 20 a 120 MPa e o módulo de elasticidade variou entre 2,6 e 20 GPa, ambas as
resistências determinadas conforme a espécie e teor de umidade e região do colmo
analisada. Apresenta-se, na Figura 13, a relação da resistência à compressão com a
espécie de bambu e posição do teste no colmo.