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Introdução
UNI
FACULD
DE
PROGRAMA
REVISÃO DO RESU
PREVENÇÃO DE QU
CULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E
ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
RAMA DE PÓS
-
GRADUAÇÃO EM ENFERMA
ALLYNE FORTES VITOR
RESULTADO DE ENFERMAGEM COMPORT
E QUEDAS: ANÁLISE
DE CONCEITO E VAL
ESPECIALISTAS
FORTALEZA
2010
1
GIA E
RMAGEM
ORTAMENTO DE
VALIDAÇÃO POR
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Introdução
2
ALLYNE FORTES VITOR
REVISÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM COMPORTAMENTO DE
PREVENÇÃO DE QUEDAS: ANÁLISE DE CONCEITO E VALIDAÇÃO POR
ESPECIALISTAS
Tese submetida ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem, da
Faculdade de Farmácia, Odontologia e
Enfermagem da Universidade Federal do
Ceará para obtenção do título de Doutor
em Enfermagem.
Área de Concentração: Enfermagem na
Promoção da Saúde
Linha de Pesquisa: Tecnologia de
Enfermagem na Promoção de Saúde
Orientadora: Prof.
a
Dr.
a
Thelma Leite de
Araujo
FORTALEZA
2010
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Introdução
3
Vitor, Allyne Vitor
Revisão do resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas:
análise de conceito e validação por especialistas/ Allyne Fortes Vitor. Fortaleza:
UFC / FFOE, 2010.
210 f.: il.; 31 cm.
Orientadora: Profa. Dra.Thelma Leite de Araujo
Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia,
Odontologia e Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2010.
1. Acidentes por Quedas. 2. Estudos de Validação. 3. Avaliação de Enfermagem.
4. Prevenção - Tese. I. Araujo, Thelma Leite de. II. Universidade Federal do Ceará,
Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Programa de Pós-Graduação
em Enfermagem. III. Título
CDU 610.73
Introdução
4
ALLYNE FORTES VITOR
REVISÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM COMPORTAMENTO DE
PREVENÇÃO DE QUEDAS: ANÁLISE DE CONCEITO E VALIDAÇÃO POR
ESPECIALISTAS
Tese submetida ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem, da
Faculdade de Farmácia, Odontologia e
Enfermagem da Universidade Federal do
Ceará para obtenção do título de Doutor
em Enfermagem.
Área de Concentração: Enfermagem na
Promoção da Saúde
Linha de Pesquisa: Tecnologia de
Enfermagem na Promoção de Saúde
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Prof.
a
Dr.
a
Thelma Leite de Araujo
Universidade Federal do Ceará
_________________________________________________
Prof.
a
Dr.
a
Maria Vilaní Cavalcante Guedes
Universidade Estadual do Ceará
_________________________________________________
Prof.
a
Dr.
a
Lucia de Fátima da Silva
Universidade Estadual do Ceará
_________________________________________________
Prof.
a
Dr.
a
Viviane Martins da Silva
Universidade Federal do Ceará
_________________________________________________
Prof.
a
Dr.
a
Maria Josefina da Silva
Universidade Federal do Ceará
Introdução
5
Este estudo contou com apoio
financeiro do Conselho
Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico, sob o
processo n
o
141203/2008-0.
Introdução
6
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Ao meu Deus, por ter enviado meu senhor, único e suficiente salvador, Jesus
Cristo. Obrigada por ter morrido a minha morte para que eu pudesse viver a
Tua vida, em abundância.
“Teus olhos revelam que eu
Nada posso esconder
Que não sou nada sem Ti,
Oh! Fiel Senhor
Tudo Tu sabes de mim
Quando sondas o meu coração
Eis que tudo podes ver bem dentro de mim
Leva minha vida a uma só verdade
Pois quando me sondas
Nada posso ocultar
Sei que a Tua fidelidade
Leva minha vida mais além
Do que eu posso imaginar
Sei e não posso negar
Que os Teus olhos sobre mim
Me enchem da Tua paz.”
(Ronaldo Bezerra/ Carlinho Félix)
Introdução
7
A
A
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s
s
Ao meu amado esposo Rodrigo, pelo amor verdadeiro, pela amizade
sincera, pela companhia leal, pelas palavras de incentivo e pelo silêncio
cheio de compreensão, por ser exatamente quem é. Esta vitória é
igualmente sua.
Aos meus pais, Hilda e Antonio Fortes, pelo cuidado, amor, por todo o
zelo, pelas orientações para a vida, por terem acreditado em mim quando
nem eu mesma acreditava. A vocês, meu amor e gratidão.
Ao Flávio, Fabrícia, Beatriz, Pedro e Gabriel, por tornarem minha vida
mais bela. Vocês sempre serão parte de mim.
Aos meus sogros Rozendo e Antonia, por terem me acolhido como
filha, pelo apoio sincero, pelas valiosas conversas, pelas orações e pela
amizade. Vocês são muito amados.
A Lídia e Simone, pelo carinho, pelo cuidado e pela amizade. Não há
distância que diminua meu amor por vocês.
Aos meus queridos familiares. Cada um, ao seu modo, me apoiou de
forma especial para mais esta conquista.
Aos amigos mais chegados que irmãos da igreja Betesda Aldeota,
pelo apoio, amor e atenção. Meu coração tem um lugar especial para
cada um.
À Prof.
a
Dr.
a
Thelma Leite de Araujo, pelo acolhimento, pela
confiança, por cada orientação valiosa para esta pesquisa e para minha
vida! Obrigada por ter tornado esta jornada leve e prazerosa. Meu eterno
carinho, respeito e gratidão.
Ao Prof. Dr. Marcos Venícios de Oliveira Lopes, por seus ensinamentos
e por ter me apresentado o fascinante e desafiador mundo da pesquisa.
Meu reconhecimento e admiração.
Às Prof.
as
Dr.
as
Maria Vilaní Cavalcante Guedes, Lucia de Fatima da
Silva, Maria Josefina da Silva, Maria Célia de Freitas e Francisca Elisângela
Teixeira Lima, pela disponibilidade e pelas sugestões primorosas ao
refinamento deste trabalho.
Introdução
8
À Prof.
a
Dr.
a
Viviane Martins da Silva, por seu acolhimento, suas
sugestões sempre pertinentes, por ser um exemplo de determinação,
criatividade, sabedoria e profissionalismo. Minha admiração e afeto.
À Prof.
a
Dr.
a
Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira, por seu apoio na
conquista do meu sonho, por sua amizade e pelo exemplo de ética e
generosidade.
Aos professores Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, em especial à Prof.
a
Dr.
a
Emilia Campos de
Carvalho, pelo breve, porém, precioso período de convivência. Aprendi
muito!
A Aline Santos, Flávia Monteiro, Renata de Melo, Alice Costa, Railka
Oliveira, Célida Juliana, Rafaella Moreira, Tahissa Cavalcante, Nirla Guedes,
Beatriz Amorim, Sacha Nogueira, Andréa Barbosa, Filipe Alves e Daniel
Chaves. Obrigada por terem compartilhado os desafios e as vitórias desta
caminhada. Contem comigo, sempre!
Aos professores do Departamento de Enfermagem da Universidade
Federal do Ceará, pelos ensinamentos, pelas oportunidades e por todo o
incentivo que recebi durante esses dez anos de convivência.
Aos funcionários do Departamento de Enfermagem da Universidade
Federal do Ceará pelo acolhimento e disponibilidade. Vocês foram
fundamentais a esta conquista.
Aos especialistas que gentilmente doaram parte de seu tempo à
concretização deste estudo e que diligentemente executaram suas
apreciações. Minha admiração.
Aos participantes do projeto Ações de Cuidado em Saúde
Cardiovascular da Universidade Federal do Ceará, pelo apoio fundamental
à execução deste trabalho e pelas valiosas discussões em cada reunião.
Introdução
9
RESUMO
VITOR, A.F. Revisão do resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de
Quedas: análise de conceito e validação por especialistas (tese). Fortaleza:
Universidade Federal do Ceará, 2010. 210 f.
Verificamos a necessidade de construção e avaliação de definições constitutivas e
operacionais para os resultados de enfermagem existentes, como no caso do
Comportamento de Prevenção de Quedas, com o uso do devido rigor científico, com
a finalidade de prover instrumentos cientificamente fundamentados, amplos e
criteriosos para avaliação do estado de saúde. Observamos quanto a isto, que a
avaliação correta do risco de quedas no paciente fornece um substrato essencial e
adequado ao melhor planejamento do cuidado preventivo. Portanto, torna-se
imperativo desenvolver parâmetros para a mensuração do risco de quedas
especificamente no âmbito hospitalar, visto ser um importante indicador sobre a
qualidade da assistência. Nossa hipótese fundamentou-se em que o resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas, pertencente a uma
classificação que se propõe a ser de âmbito internacional como a NOC, ao ser
destinado a um ambiente específico como o hospital, poderia apresentar diferença
entre os indicadores sugeridos e aqueles encontrados na literatura e avaliados por
especialistas, o que resultaria na reformulação e identificação de novos aspectos
referentes ao estado de saúde do paciente a serem avaliados e os quais poderão
contribuir para a incorporação de especificidades deste ambiente no cuidado ao
indivíduo. O objetivo geral foi revisar o resultado de enfermagem Comportamento de
Prevenção de Quedas referente ao diagnóstico de enfermagem Risco de Quedas,
para pacientes no contexto de uma internação hospitalar. Estudo metodológico
aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa e realizado no período de abril de 2009 a
junho de 2010. As definições constitutivas e operacionais foram anteriormente
construídas mediante método de pesquisa integrativa e análise do conceito
“quedas”, realizada com base no modelo proposto por Walker e Avant e com o uso
de sete critérios da psicometria: Comportamental, Simplicidade, Clareza, Precisão,
Tipicidade, Amplitude. Posteriormente, as definições construídas foram submetidas
à validação por especialistas em duas fases, analisadas com uso dos sete critérios
da psicometria. Os especialistas foram selecionados conforme os critérios de
Fehring adaptados para o estudo. Submetemos 28 indicadores à validação por
especialistas, dos quais, 18 pertencem à última edição da NOC, cinco indicadores
novos, três variáveis confundidoras e dois indicadores de edições anteriores.
Consideramos o título Comportamento de Prevenção de Quedas apropriado para
avaliar as condutas do indivíduo para prevenir quedas e, portanto, recomendamos
sua manutenção como rótulo de resultado de enfermagem NOC; apreciamos como
adequada sua inserção no Domínio 4/ Classe T. Dezessete dos 18 indicadores da
última edição da NOC foram considerados de conteúdo válido exceto, Prende
pequenos tapetes e aqueles relativos às variáveis confundidoras os quais foram
excluídos. A partir disso, 20 indicadores mostraram conteúdo apropriado para avaliar
as condutas preventivas de quedas no ambiente hospitalar. Consideramos que a
hipótese apontada neste estudo foi confirmada, uma vez que identificamos diferença
entre os indicadores NOC e os levantados na literatura e entre estes e os apreciados
pelos especialistas para a avaliação do comportamento de prevenção de quedas no
cenário hospitalar. Referente ao produto final da proposta de revisão do resultado de
enfermagem NOC Comportamento de Prevenção de Quedas, destacamos os
benefícios de implementá-lo na prática, para a gestão do risco de quedas no
Introdução
10
ambiente hospitalar de modo a evitar o desenvolvimento do agravo e de sua
complicações.
Palavras-chave: Enfermagem; Acidentes por Quedas; Prevenção; Estudos de
Validação; Avaliação em Enfermagem.
Introdução
11
ABSTRACT
VITOR, A.F. Review the nursing outcome Behavior for Falls Prevention: concept
analysis and validation by experts (thesis). Fortaleza: Federal University of
Ceará, 2010. 210 l.
The construction and evaluation of constitutive and operational definitions for the
nursing outcomes, such as the Behavior for Falls Prevention, by the use of scientific
rigor, are increasingly required. The correct assessment of the risk of falls in the
patient provides a suitable and essential substrate to improve the plan of preventive
care. Therefore, the development of parameters to measure the risk of falls,
specifically in the hospital setting is essential, because it is an important indicator of
the quality of care. Our hypothesis was based on this: the nursing outcome Behavior
for Falls Prevention, as a component of a international classification as the NOC,
when destined for a specific environment such as the hospital, could present
difference between its indicators and those suggested by the literature and evaluated
by experts, resulting the reformulation and identification of new issues concerning the
patient’s health status, which may contribute to the incorporation of specific
properties of hospital to the care. The general objective was to review the nursing
outcome Behavior for Falls Prevention, concerning the nursing diagnosis Risk of falls
for patients within a hospital. Methodological study approved by the Ethics
Committee on Research and developed from April 2009 to June 2010. The
constitutive and operational definitions were previously constructed by integrative
research method and analysis of the concept "falls", by Walker and Avant model and
by the use of seven criteria of psychometrics: Behavioral, Simplicity, Clearness,
Accuracy, Authenticity and Ampleness. Subsequently, the constructed definitions
were evaluated by experts into two phases. Experts were selected according to
Fehring criteria, adapted for the study. We were submit 28 indicators to the content
validation, of which 18 belong to the latest issue of NOC, five were new indicators,
three were confounding variables and two were indicators of previous editions. Thus,
we consider the behavior under the Prevention of Falls appropriate to evaluate the
individual conduct to prevent falls and, therefore, recommend its preserve as a label
of the NOC result; we were appreciate its inclusion in the Domain 4 / Class T as
appropriate. Seventeen of eighteen indicators of the latest NOC issue were
considered valid about the content except, Holds small rugs and those related to
confounding variables, which were excluded. Therefore, 20 indicators were
presented appropriate content to evaluate the behaviors of prevention of falls in
hospital. We believe that the hypothesis of this research was confirmed because we
identify the difference between NOC indicators and those identified in the literature
and between them and those assessed by experts. Referring to the final product of
the proposed review of the NOC nursing outcome Behavior Prevention of Falls, we
emphasize the benefits of its implementing in the nursing practice, to manage the risk
of falls in hospitals, to prevent the development of this adverse event and its
complications.
Keywords: Nursing; Accidental falls; Prevention; Validation studies; Nursing
assessment.
Introdução
12
RESUMEN
Vitor, A.F. Revisión del resultado de enfermería Conducta de Prevención de Caídas:
análisis de concepto y la validación por expertos (tesis). Fortaleza: Universidad
Federal de Ceará, 2010. 210 f.
La construcción y evaluación de las definiciones de los resultados de enfermería,
como el comportamiento Conducta de Prevención de Caídas, por uso del rigor
científico, son cada vez más necesario. La evaluación correcta del riesgo de caídas
en el paciente proporciona un sustrato adecuado y esencial para mejorar el plan de
la atención preventiva. Así, el desarrollo de parámetros para medir el riesgo de
caídas, especialmente en el ámbito hospitalario es fundamental, porque es un
indicador importante de la calidad de la atención. Nuestra hipótesis era: el resultado
de enfermería Conducta de Prevención de Caídas, componente de una clasificación
internacional, cuando es específico a un entorno como el hospital, podría presentar
diferencia entre sus indicadores y los sugeridos por la literatura y evaluados por
expertos, lo que resulta la reformulación y la identificación de nuevas cuestiones
relativas al estado de salud del paciente, y contribuir a la incorporación de aspectos
del hospital para el cuidado. El objetivo general era revisar el resultado de
enfermería Conducta de Prevención de Caídas, sobre El diagnóstico de enfermería
Riesgo de caídas para los pacientes en un hospital. Estudio metodológico aprobado
por el Comité de Ética en Investigación y desarrollado abril 2009 a junio 2010. Las
definiciones elaboradas anteriormente por el método del análisis del concepto de
"caídas", por el modelo Walker y Avant y por siete criterios de la psicometría:
Comportamiento, Sencillez, Claridad, Exactitud, Autenticidad y Amplitud. Después,
las definiciones elaboradas fueron evaluados por expertos en dos fases. Los
expertos fueron seleccionados según criterios de Fehring, adaptado para el estudio.
Nos sometemos 28 indicadores a la validación de contenido, de los cuales 18
pertenecen a la última edición NOC, cinco nuevos indicadores, tres fueron las
variables de confusión, y los otros dos, indicadores de las ediciones anteriores. Así,
consideramos que Conducta de Prevención de Caídas son adecuados para evaluar
el comportamiento individual para prevenir caídas y, por lo tanto, se recomienda su
conservación como una etiqueta del resultado NOC, insertado en el dominio 4 /
Clase T, según corresponda. Diecisiete de dieciocho indicadores de la última edición
NOC se consideraron validados sobre el contenido excepto, Sostiene pequeñas
alfombras y las relacionadas con las variables de confusión, que fueron excluidos.
Por lo tanto, 20 indicadores, presentaron un contenido apropiado para evaluar lãs
conductas de prevención de caídas en el hospital. Creemos que la hipótesis de esta
investigación se confirmó porque nos identificamos la diferencia entre los
indicadores NOC y los identificados en la literatura y entre éstos y las evaluadas por
expertos. En relación con el producto final de la revisión propuesta Del Conducta de
Prevención de Caídas, hacemos hincapié en los beneficios de su aplicación en la
práctica de enfermería, para gestionar el riesgo de caídas en los hospitales, para
prevenir el desarrollo de este acontecimiento adverso y su complicaciones.
Palabras clave: Enfermería; Caídas accidentales; Prevención; Estudios de
validación, Evaluación de enfermería.
Introdução
13
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Estrutura geral da taxonomia NOC 12
Figura 2 Esquema explicativo do referencial metodológico adota
na pesquisa. Fortaleza, 2010.
22
Figura 3 Componentes da revisão integrativa da literatura 28
Figura 4 Esquema explicativo do referencial metodológico
respectivo a cada fase da pesquisa. Fortaleza, 2010.
34
Figura 5 Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base
de Dados Cinahl. Fortaleza, 2010.
40
Figura 6 Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base
de Dados Pubmed. Fortaleza, 2010.
41
Figura 7 Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base
de Dados Lilacs. Fortaleza, 2010.
42
Figura 8 Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base
de Dados Dedalus. Fortaleza, 2010.
43
Figura 9 Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base
de Dados Cochrane. Fortaleza, 2010.
44
Figura 10 Diagrama do processo de seleção final dos estudos.
Fortaleza, 2010.
45
Introdução
14
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Lista de resultados de enfermagem propostos para o
diagnóstico de enfermagem Risco de Quedas
15
Quadro 2 Apresentação do resultado de enfermagem
Comportamento de Prevenção de Quedas e seus
indicadores
15
Quadro 3 Sistema de pontuação de especialistas do modelo de
validação de conteúdo da Fehring
29
Quadro 4 Classificação dos níveis de evidência para a
caracterização dos estudos.
47
Quadro 5 Correspondência entre os fatores de risco para quedas
identificados na literatura, os indicadores referentes ao
resultado de enfermagem NOC Comportamento de
prevenção de quedas e os fatores de risco do
diagnóstico de enfermagem Risco de quedas.
Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
52
Quadro 6 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Adaptação da
altura de cadeiras” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
55
Quadro 7 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso adequado de
banquinhos e escadas” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
56
Quadro 8 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de barras de
segurança para as mãos” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
56
Quadro 9 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Adaptação da
altura da cama” identificadas na literatura de acordo
57
Introdução
15
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Quadro 10 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Colocação de
corrimãos conforme a necessidade” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
58
Quadro 11 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Eliminação de
água derramada, manchas brilhantes e acúmulo de
objetos no chão” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
58
Quadro 12 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Proporcionar
iluminação adequada” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
59
Quadro 13 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso correto de
mecanismos auxiliares” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
60
Quadro 14 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de
precauções ao tomar medicamentos que aumentam o
risco de quedas” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
61
Quadro 15 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Providência para
remoção de neve e gelo de superfícies usadas por
pedestres” identificadas na literatura de acordo com
referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
62
Quadro 16 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Provisão de auxílio
pessoal” identificadas na literatura de acordo com
62
Introdução
16
referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Quadro 17 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de sapatos
amarrados e do tamanho adequado” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
63
Quadro 18 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de tapetinhos
de borracha na banheira/chuveiro” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
64
Quadro 19 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de
procedimento seguro de transferência” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
64
Quadro 20 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de recursos
de correção da visão” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
64
Quadro 21 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso correto do
sistema de alarme” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
65
Quadro 22 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao novo indicador NOC “Controle da
continência/incontinência urinária/intestinal”
identificadas na literatura de acordo com referência e
base de dados. Fortaleza, 2010.
65
Quadro 23 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao novo indicador NOC “Controle do
medo de cair” identificadas na literatura de acordo com
67
Introdução
17
referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Quadro 24 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao novo indicador NOC “Controle do
peso” identificadas na literatura de acordo com
referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
68
Quadro 25 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao novo indicador NOC “Uso de
roupas do tamanho adequado” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
69
Quadro 26 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao novo indicador NOC “Uso correto
de recursos de correção auditiva” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
70
Quadro 27 Definições encontradas na literatura para o termo
“queda”. Fortaleza, 2010.
74
Quadro 28 Atributos do conceito “queda” identificados na literatura.
Fortaleza, 2010.
75
Quadro 29 Características encontradas na literatura que retratam o
que não se configura como queda. Fortaleza, 2010.
79
Quadro 30 Antecedentes de “queda” identificados na literatura.
Fortaleza, 2010.
82
Quadro 31 Consequentes de “queda” identificados na literatura.
Fortaleza, 2010.
85
Quadro 32 Referências empíricas para o Comportamento de
Prevenção de Quedas. Fortaleza, 2010.
88
Quadro 33 Indicadores e definições constitutivas construídas para
o resultado de enfermagem Comportamento de
Prevenção de Quedas. Fortaleza, 2010.
90
Quadro 34 Quadro 33 Adaptação do sistema de pontuação de
especialistas do modelo de validação de conteúdo da
Fehring (1994).
93
Quadro 35 Escore dos especialistas da etapa 2 segundo os 97
Introdução
18
critérios adaptados do sistema de pontuação proposto
por Fehring (1994). Fortaleza, 2010.
Quadro 36 Avaliação da inserção do Resultado de enfermagem
revisado na taxonomia NOC. Fortaleza, 2010.
99
Quadro 37 Avaliação da definição do Resultado de enfermagem
revisado. Fortaleza, 2010.
101
Quadro 38 Escore dos especialistas da etapa 3 segundo os
critérios adaptados do sistema de pontuação proposto
por Fehring (1994). Fortaleza, 2010.
108
Quadro 39 Produto final da revisão do resultado de enfermagem
NOC Comportamento para Prevenção de Quedas.
Fortaleza, 2010.
127
Introdução
19
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Distribuição das publicações, segundo a força de
evidência estabelecida por Melnyk, Fineout-Overholt
(2005) e o delineamento do estudo, Fortaleza, 2010.
48
Tabela 2 Distribuição dos artigos conforme o país, ano de
publicação, área, sujeitos, foco do estudo, cenário,
fatores de risco para quedas e periódico. Fortaleza,
2010.
49
Tabela 3 Dados referentes ao perfil dos especialistas da etapa 2
da pesquisa (n = 22). Fortaleza, 2010.
97
Tabela 4 Índice de concordância dos especialistas quanto à
aderência dos indicadores em relação aos critérios
Comportamental, Simplicidade, Clareza, Precisão,
Tipicidade, Amplitude, Relevância. Fortaleza, 2010.
102
Tabela 5 Índice de concordância dos especialistas quanto à
aderência das definições constitutivas em relação aos
critérios Comportamental, Simplicidade, Clareza,
Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância. Fortaleza,
2010.
103
Tabela 6 Dados referentes ao perfil dos especialistas da etapa 3
da pesquisa (n = 16). Fortaleza, 2010.
108
Tabela 7 Índice de concordância dos especialistas quanto à
aderência das definições/magnitudes operacionais em
relação aos critérios Comportamental, Simplicidade,
Clareza, Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância.
Fortaleza, 2010.
110
Introdução
20
SUMÁRIO
1 Introdução 19
1.1 O risco de quedas – conceituação e contextualização 19
1.2 O risco de quedas e a promoção da saúde no ambiente hospitalar 20
1.3 A assistência de enfermagem na prevenção de quedas no
ambiente hospitalar
24
1.4 O risco de quedas e o processo de enfermagem 25
1.5 Operacionalização de instrumentos para medida do estado de
saúde
34
1.6 Justificativa, proposta e hipótese da pesquisa 35
2 Objetivos 38
3 Referencial Metodológico 39
3.1 Modelo de validação proposto por Hoskins (1989) 41
3.2 Modelo de análise de conceito proposto por Walker e Avant (2005) 41
3.3 Critérios de seleção de especialistas referentes ao Modelo de
validação de conteúdo diagnóstico (FEHRING, 1994)
46
3.4 Psicometria (PASQUALI, 1999) 47
4 Desenvolvimento do estudo 53
4.1 Descrição geral do estudo 53
4.2 Etapa 1 - Análise de conceito 54
4.3 Etapa 2 - Validação das definições constitutivas por especialistas e
refinamento do resultado de enfermagem
110
4.4 Etapa 3- Construção e validação por especialistas das definições e
magnitudes operacionais
123
5 Conclusão 153
Referências 157
Apêndices 172
Anexo 209
Introdução
1.1 O risco de quedas
O presente estudo
pessoas
internadas em a
recuperação da saúde
medicamentosa
adotada.
percebemos,
tanto a do
neoplasias e doenças agu
operatórias, força dimi
nuíd
prejudicado, entre outros)
quedas. Tais condições,
este tipo de evento adve
tratamentos diversos,
com
tranquilizantes e
analgés
urgência urinária,
alteraçõ
equilíbrio da pessoa (
NAZ
fatores ambientais inerent
mobília e dos equipamen
que
pessoas em tratamen
de sofrer queda (
VITOR;
Exemplo disso foi
por doença aguda,
no qu
oxigenação, as
náuseas
respostas como dor agud
são
possivelmente associá
2000).
O nosso
interesse
estudos relativos ao
paci
processo de enfermagem
especialização
em unidad
utilizarmos
o modelo de
posteriormente, as
etapa
1 Introdução
– conceituação e contextualização
studo tem por objeto o
risco de quedas
, e
em ambiente hospitalar
, em virtude da
pró
aúde
, à mudança de ambiente
ou me
otada.
Com relação aos fatores fisiopato
a doença de base (anemias, artrite, do
s agudas em geral)
como seus consequ
ente
nuída, mobilidade prejudicada, neuropatia, v
utros) podem agir como fatores
predisponente
por si somente, tornam-se
fatores de risco
advers
o. Não obstante,
os medicamentos
como os agentes ansiolíticos, anti
-
hiperte
algésicos
, são pa
ssíveis de promover hipo
terações no estado ment
al
, que também pode
NAZARKO
, 2006).
Somados a esses, aind
erentes ao hospital, como o quarto não familia
amentos, a altura da cama,
o que corrobo
ra
tamento
no ambiente hospitalar
apresentam
OR;
LOPES; ARAUJO, 2010).
encontrado em um estudo realizado
em p
no qual
as mais denotativas
respostas huma
seas
e o processo de mobilidade restrito.
Em
aguda, déficit no autocuidado e mobilidade
ssociáveis à queda
(LOPES; ARAUJO,
1999
esse por esse assunto surgiu
notadamente
paciente portador de doença cardiovascula
agem
, anteriormente desenvolvidos
no decor
nidade de terapia intensiva e
de
mestrado em
lo de adaptação de Roy
(FORTES; SILVA;
etapas do
processo de enfermagem,
par
21
, evento
comum em
própria condição de
u mesmo d
a terapia
opatológicos,
conforme
e, doença vasculares,
entes (condições pós
-
atia, vertigem, equilíbrio
onentes
à ocorrência de
e risco expressivos para
ntos empregados
para
ipertensivos, diuréticos,
r hipotensão,
vertigem,
pode
m comprometer o
, ainda enfatizamos os
familiar, a disposição da
ra nossa
opinião de
ntam
risco considerável
em pessoas internadas
humanas
foram a baixa
Em
outra publicação,
idade física prejudicada
999
; LOPES; ARAUJO,
ente
em decorrência de
ascular sob a ótica do
decorrer dos
cursos de
do em
enfermagem. Ao
LVA; LOPES, 2006)
e,
para
investigação e
Introdução
22
levantamento dos diagnósticos de enfermagem, identificamos o Risco de Quedas de
maneira significativa (FORTES, 2007).
Nesse sentido, a queda pode ser definida como uma situação na qual o
indivíduo vai para o chão ou para um nível mais baixo de superfície, tal como escada
ou mobília, não como resultado de um evento intrínseco maior (por exemplo, uma
síncope), que pode ocorrer de igual forma em pessoas jovens e saudáveis (MARIN;
BOURIE; SAFRAN, 2000).
As quedas representam um problema para o paciente, pois quem sofre tal
episódio passa a enfrentar insegurança em diversos níveis, em relação à
capacidade de realizar atividades de maneira autônoma (SHARAF; IBRAHIM, 2008).
Além disso, são preocupantes para o sistema de saúde, porquanto compõem uma
das maiores categorias de incidentes em pacientes internados. Com referência ao
indivíduo internado, a queda pode ocasionar-lhe danos físicos, como escoriações,
fraturas ou luxações, agravando seu estado de saúde e prolongando seu período de
internação (ROCHA; MARZIALE, 2001).
Como recomendam Siqueira et al. (2007), a queda não deve ser
negligenciada, pois, ao se reduzir sua ocorrência, diminui-se o risco de lesões e de
danos diretos e indiretos ao paciente. Conforme sugerem os autores, os
profissionais de saúde devem ser orientados quanto à sua prevenção, com vistas a
educar o indivíduo e a família sobre sua ocorrência. Espera-se, assim, obter o
controle dos possíveis fatores predisponentes. De acordo com Lange (2005), as
quedas têm sido percebidas como um significativo tema de investigação em saúde,
estimulando pesquisadores de países diversos a identificar os principais fatores de
risco, incidência e consequências.
1.2 O risco de quedas e a promoção da saúde no ambiente hospitalar
Ações de promoção e proteção da saúde e de prevenção de doenças são
fundamentais para a reorientação dos modelos assistenciais. A redução dos riscos à
saúde é uma das estratégias de articulação transversal que objetiva a melhoria na
qualidade de vida (BUSS, 2003). Nesse âmbito, a redução do risco de quedas está
associada à promoção da saúde mediante a criação de ambientes favoráveis, como
uma das cinco áreas de atuação contidas na Carta de Ottawa, referente à Primeira
Conferência Internacional sobre promoção da saúde. Constam nesse documento as
estratégias para a promoção da saúde no nível primário de prevenção, as quais não
Introdução
23
devem ser voltadas para determinada condição de doença, mas destinadas a
aumentar a saúde e o bem-estar gerais (OPAS, 2007a).
Dentro da esfera da segurança do paciente, as quedas podem se tornar uma
barreira significativa para que o hospital seja percebido como um ambiente favorável
à promoção da saúde, ao derivar atrasos na recuperação, longos períodos de
imobilidade e de desconforto desnecessários (LIEBER; ROMANO-LIEBER, 2003).
Referente a isso, a Carta de Ottawa é clara ao apontar os fatores ambientais quer
como favorecedores quer como prejudiciais à saúde, pois constituem um dos
componentes da base para capacitar todas as pessoas a desenvolver
completamente seu potencial de saúde. Por isso, as ações de promoção da saúde
devem ter por objetivo, mediante a defesa da saúde, fazer com que as condições
ambientais sejam cada vez mais favoráveis ao indivíduo, inclusive no cenário
hospitalar, o que inclui a gestão do risco de quedas.
Conforme a Declaração de Adelaide, derivada da Segunda Conferência
Internacional sobre Promoção da Saúde, as políticas saudáveis foram o cerne desse
encontro, e o principal propósito de tais políticas é a criação de um ambiente
favorável para as pessoas poderem ter vidas saudáveis. Na ocasião, identificaram-
se quatro áreas prioritárias para promover ações imediatas em políticas públicas
saudáveis, entre elas, a criação de espaços denominados ambientes saudáveis
(OPAS, 2007b).
Nesse sentido, a Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 77, de 17 de julho
de 2001, define que as operadoras de planos privados de assistência à saúde
executem programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças para
seus beneficiários. Essa iniciativa desenvolvida pela Agência Nacional de Saúde tem
levado as instituições de saúde à discussão do tema, organização de seminários,
capacitação de equipe multidisciplinar, apropriação de conceitos epidemiológicos,
adoção de protocolos clínicos e ao planejamento de programas específicos para a
segurança do paciente (BRASIL, 2007).
O desenvolvimento de programas de promoção da saúde e prevenção de
riscos e doenças tem como objetivo a mudança do modelo assistencial vigente no
sistema de saúde e a melhoria da qualidade de vida dos seus beneficiários, haja
vista grande parte desses agravos que acometem a população ser passível de
prevenção. Nessa direção, as instituições de saúde devem se tornar um ambiente
de produção de ações de saúde nos territórios da promoção, proteção, recuperação
Introdução
24
e reabilitação da saúde dos indivíduos, com o estabelecimento de vínculo entre
profissional de saúde e beneficiários. Devem desenvolver também a co-
corresponsabilidade do cidadão num sentido amplo, incluindo sua participação na
reivindicação, proposições e acompanhamento da promoção de ambientes seguros
e comportamentos saudáveis relacionados à prevenção de acidentes (BRASIL,
2007).
A Declaração de Adelaide destaca também a gestão ambiental como meio de
proteger a saúde humana dos efeitos adversos diretos e indiretos de fatores
biológicos, químicos e físicos, mediante a identificação e controle dos fatores de
risco. No processo de criação de ambientes favoráveis à saúde, sob o conceito
ampliado e positivo de saúde e de afirmação da qualidade de vida, novas práticas de
saúde são incentivadas e novas definições sobre ambientes saudáveis são
formuladas, como o novo enfoque de risco e de prevenção (OPAS, 2007b).
No entanto, o tema ainda é pouco discutido fora dos limites da saúde
comunitária, mesmo sabendo-se que a promoção da saúde deve ser alcançada nos
mais diversos cenários. Nesse prisma e como mostra a literatura, alguns estudos
criticam a percepção de risco permeada por ações voltadas especificamente para os
fatores intrínsecos à doença, as quais atribuem menos valor ao cenário hospitalar e
às condições individuais e ambientais da prevenção em saúde. Ao mesmo tempo,
recomendam o desenvolvimento de mais pesquisas sobre prevenção de quedas nos
hospitais, inclusive as que avaliam a opinião, o envolvimento e adesão dos
pacientes acerca das ações de enfermagem aplicadas nesse âmbito (VASSALLO et
al., 2004; COOPER; NOLT, 2007).
Certos estudos (BULAT et al., 2008a; BULAT et al., 2008b; BULAT et al.,
2008c) ainda abordam a temática sob um ponto de vista tradicional, ao traçar
diretrizes relacionadas tão somente ao controle medicamentoso de pacientes, e ao
utilizar apenas uma abordagem médico-preventivista para gerenciar as quedas, o
que não condiz com o conceito positivo de saúde, por ignorar as dimensões social e
ambiental da saúde (NAIDOO, WILLS, 2000; LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2007).
O conceito de risco permanece como um caminho de justaposição e de
debate, ao mencionar estudos ambientais (COHEN, 2007; POLK; GREEN, 2007;
GREEN; SLADE, 2001). Para a identificação dos fatores de risco, existem
determinadas estratégias. Entre elas, é possível destacar a avaliação de fatores
psicológicos, equipamentos, calçados, organização estrutural das enfermarias,
Introdução
25
corredores; avaliação dos efeitos dos medicamentos, da capacidade de
deambulação, de transferência e de autocuidado do paciente. Além disso, o nível do
risco de quedas foi avaliado em diversas pesquisas (VASSALO et al., 2004;
MARTORELLO; SWANSON, 2006; SCHWENDIMANN et al., 2006; HENDRIKS et
al., 2008).
Em um estudo experimental para o desenvolvimento de um programa de
prevenção de quedas, levantaram-se questionamentos sobre a qualidade do
cuidado no ambiente hospitalar e as atitudes dos profissionais a esse respeito.
Consoante este estudo concluiu, as principais ações empregadas poderiam ser
assim sintetizadas: identificar primeiramente o risco de quedas do paciente e o nível
em que se encontra e, em sequência, rever as condições ambientais como
qualidade de calçados, distância das campainhas, altura das camas, artefatos para
auxiliar o andar, disposição do banheiro, condizente com parte do conceito de
gestão ambiental (MAHONEY et al., 2007).
Uma das maiores limitações apontadas pela literatura vigente é a dificuldade
em incorporar a série de medidas necessárias ao controle dos fatores de risco de
quedas à rotina de cuidado. Isso talvez seja agravado pela constatação segundo a
qual, na maioria das vezes, o paciente não é ativo no processo decisório sobre o
controle desses fatores de risco. Determinado estudo admite a falha do seu
programa de prevenção de quedas, mesmo previsivelmente eficaz, pois não
conseguiu reduzir a taxa de quedas. Segundo reconhece, poderia de fato ter
obtido sucesso se tivesse considerado o nível de risco de quedas de cada paciente
especificamente e, por conseguinte, aplicado as ações do programa de forma
individual (ELLEY et al., 2008).
Ademais, algumas das pesquisas são restritas a pacientes pertencentes a
grupos de risco de quedas bem conhecidos, como idosos e cadeirantes. Contudo,
outros grupos de pacientes merecem também atenção diligente quanto à segurança.
Um exemplo disso é o resultado de uma pesquisa sobre as prioridades relatadas por
pacientes portadores de doenças agudas em internação hospitalar, o qual
demonstrou que, para a grande maioria deles, os eventos adversos, incluindo as
lesões por quedas, mostraram-se uma preocupação expressiva. Para tais
indivíduos, reduzir o risco de quedas e de outros eventos adversos no ambiente
hospitalar significa reduzir consideravelmente os riscos de desenvolvimento de
outras condições de doença. Conforme tal pesquisa concluiu, incorporar as
Introdução
26
prioridades dos pacientes nas decisões clínicas para a prevenção de acidentes no
ambiente hospitalar possibilita maximizar os benefícios do plano terapêutico, ao
considerá-las como condições essenciais do cuidado centrado no paciente,
promovendo um comportamento de prevenção de quedas ativo por parte do
paciente (TINETTI et al., 2008).
Porquanto a saúde pode ser influenciada pela interação de fatores ambientais
e pessoais, o hospital pode ser identificado como um ambiente capaz de promover
saúde, desde que favoreça de fato, nos mais diversos aspectos, a saúde de quem
usufrui dele (OPAS, 2007b; OPAS, 2007c).
Assim, para prevenir acidentes por quedas em pacientes internados,
conforme foi possível consolidar a partir deste apanhado preliminar da literatura, é
necessário transpor as estratégias de adequação medicamentosa, o combate à
doença de base ou as medidas arquitetônicas, mas especialmente avaliar e intervir
quanto aos comportamentos de prevenção de quedas incorporados e executados
pelo próprio usuário do serviço de saúde.
1.3 A assistência de enfermagem na prevenção de quedas no ambiente
hospitalar
No ambiente hospitalar, conforme ressaltado por Tack, Ulrich, Kehr (1987), as
quedas de pacientes podem acarretar ceticismo com relação à qualidade do serviço
de enfermagem e à responsabilidade do profissional. Estudos expressam a
necessidade de conquista da autonomia por parte dos enfermeiros quanto às ações
de gestão de risco e prevenção de quedas, ao concordarem que o hospital pode se
tornar um ambiente favorável à saúde do paciente desde que tais profissionais
desenvolvam maior capacidade para a tomada de decisão sobre a segurança do
paciente (HENDRIKS et al., 2008; VASSALO et al., 2004; COOPER; NOLT, 2007).
Como asseveram certos estudiosos, o enfermeiro se insere na criação de ambientes
favoráveis à saúde quando ajusta seus próprios comportamentos e atitudes à saúde
do ambiente, atuando como cidadão ativo e, consequentemente, como profissional
responsável (NAIDOO, WILLS, 2000; HANCOCK, 2007).
Conforme é possível entender, as estratégias de enfermagem relacionadas à
gestão de risco e prevenção de quedas no ambiente hospitalar referentes a qualquer
tipo de ação deveriam ser essencialmente provenientes do conceito de promoção da
saúde a partir de um ambiente favorável, como protetor da saúde, para incentivarem
Introdução
27
a busca pelo estar-melhor de cada paciente. Portanto, para o cenário hospitalar
tornar-se um ambiente favorável à promoção da saúde, é indispensável ser um local
onde o paciente desfrute do direito de participar das decisões sobre sua saúde,
como bem ressalta a Declaração de Adelaide (OPAS, 2007b). Afinal, as pessoas
não podem alcançar completamente seu potencial de estar-melhor se não forem
capazes de controlar os fatores determinantes da sua saúde.
Para que os gastos, injúrias e danos indesejáveis aos pacientes e
profissionais sejam evitados, medidas preventivas por parte da enfermagem
precisam ser adotadas a curto prazo, na tentativa de reverter esse processo. Porém,
na adoção de procedimentos que possam eliminar ou diminuir o risco de um
determinado indivíduo para quedas, faz-se necessário o conhecimento prévio de
quais indivíduos são mais propensos e possuem maior chance (MARIN; BOURIE;
SAFRAN, 2000). Essa asseveração requer da enfermagem a operacionalização de
seu trabalho quanto ao método, ao pessoal e instrumentos necessários para efetivar
a avaliação dos indivíduos sobre os riscos e o nível dos riscos que apresentam, e
delinear e executar as medidas de prevenção de quedas. Concernente a este
processo de organização do trabalho da enfermagem, temos a sistematização da
assistência de enfermagem e, em destaque, o processo de enfermagem como um
instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de enfermagem e a
documentação da prática profissional.
1.4 O risco de quedas e o processo de enfermagem
Ao relacionar o objeto de estudo à linguagem da sistematização da
assistência, sobretudo ao processo de enfermagem, destacamos o diagnóstico de
enfermagem Risco de Quedas, definido como a suscetibilidade para quedas que
podem causar dano físico (NANDA-I, 2010). Conforme a mesma fonte, os fatores de
risco referentes a esse diagnóstico são divididos em: fatores de risco em adultos
(fatores gerais); fisiológicos; cognitivos; ambientais; medicações; fatores de risco em
crianças.
No estudo elaborado durante o mestrado, observamos maior frequência dos
fatores de risco desse diagnóstico entre os fisiológicos (Presença de Doença Aguda
89,5%, e Presença de Doença Vascular 71,9%). Tal achado leva-nos a sugerir
que o Risco de Quedas no grupo avaliado estava mais relacionado à presença de
Introdução
28
problemas inerentes à condição da doença cardiovascular do que a outros fatores,
como idade e sexo (FORTES, 2007).
Com vistas a dar continuidade ao que foi analisado e proposto no trabalho
anteriormente desenvolvido, surgiu o interesse em examinarmos os diagnósticos de
enfermagem, os fatores relacionados e os fatores de risco mais frequentes na
população dos pacientes com angina instável Assim, a partir do estudo de Fortes
(2007), é possível concluir o seguinte:
Entre os diagnósticos de enfermagem mais expressivos enfatizamos: Risco
de Quedas (87%); Dor Aguda (82,5%); Padrão do Sono Perturbado (57,9%);
Intolerância à Atividade (49,1%); Estilo de Vida Sedentário (28,1%); Controle
Ineficaz do Regime Terapêutico (26,3%); e Constipação (24,6%), em ordem de
frequência percentual;
Quanto à condição clínica, os pacientes com hipertensão arterial (HA)
apresentaram sete vezes mais chance de desenvolver o diagnóstico de enfermagem
Risco de Quedas;
Tal diagnóstico foi o mais comum e ocasionado pelos fatores de risco mais
frequentes identificados na pesquisa: Presença de Doença Aguda (89,5%); Uso de
Medicação Anti-hipertensiva (80,7%); Presença de Doença Vascular (71,9%); Uso
de Medicação Inibidora da ECA (68,4%); Dificuldades Visuais (64,9%); Insônia ou
Falta de Sono (63,2%). Dos 41 fatores de risco, 25 estavam diretamente
relacionados ao Risco de Quedas, inclusive todos os identificados acima do P75, ou
seja, os mais expressivos;
Um dos fatores relacionados mais frequentes, Desequilíbrio entre a Oferta e a
Demanda de Oxigênio, presente em 45,6% dos pacientes, pode estar clinicamente
relacionado ao Risco de Quedas;
Adicionalmente, 26,3% do total de participantes da pesquisa relataram
ocorrência anterior de quedas, dado expressivo se o somarmos às condições
descritas e ao Risco de Quedas percebido naquela ocasião;
Além disso, o diagnóstico Risco de Quedas foi o que apresentou o maior
número de associações estatisticamente fortes com fatores relacionados / de risco
(FORTES, 2007).
Assim, selecionamos para compor o objeto de estudo, o processo de
enfermagem pela familiaridade com este método de sistematização da assistência
de enfermagem e pelo fato de reconhecermos que ele contempla as etapas de
Introdução
29
pesquisa a serem desenvolvidas no estudo. Nesse ensejo, o processo de
enfermagem é didaticamente descrito, de forma sequencial, em cinco etapas:
investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e resultados (CARPENITO-
MOYET, 2007). De antemão, é fundamental esclarecer que, na prática efetiva, essas
etapas podem se encontrar entrelaçadas, haja vista serem produtos do pensamento,
que é dinâmico por natureza e que deve ser crítico e criativo.
Ao revermos historicamente a evolução do processo de enfermagem, torna-se
claro o interesse em desenvolver diferentes recursos metodológicos com vistas a
oferecer, progressivamente, melhor assistência à saúde da população, na busca da
sua qualidade de vida. Prova disso é o progresso da prática, aliado ao
aprimoramento do conhecimento científico próprio no decorrer dos anos, desde
Florence Nightingale até as mais recentes tecnologias de cuidado empregadas.
Nesse contexto, o processo de enfermagem insere-se como ferramenta
conceituada, reconhecida e amplamente aplicada na sistematização do cuidado
humano. Tem o intuito de promover a ação humanizada, dirigida a resultados, além
de impulsionar o profissional à constante avaliação da sua prática (ALFARO-
LEFÈVRE, 2005). Outro aspecto deste método descrito por Garcia e Nóbrega
(2000), e emancipatório, é a possibilidade de, por meio dele, o profissional
identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer como sua clientela
responde aos problemas de saúde ou aos processos vitais, e determinar que
aspectos dessas respostas exigem uma intervenção.
Ao estimular e, ao mesmo tempo, exigir habilidades do profissional, sempre
fundamentadas em seu julgamento clínico, o processo de enfermagem organiza e
fundamenta a assistência. O enfermeiro tem, então, a capacidade de decidir que
ações devem ser executadas, bem como a forma de implementá-las e quais
resultados devem ser esperados.
Ao entender que a pesquisa em enfermagem pode trazer benefícios factuais à
prática da profissão, emerge uma linha promissora de avanço nesse âmbito
(NAPOLEÃO, 2005), pois, como se acredita, isso motiva maior atenção direcionada
a cada uma das etapas do processo de enfermagem, com vistas,
fundamentalmente, a gerar um conhecimento empreendedor e a possibilidade de
aplicá-lo, de fato, no cotidiano do profissional que o produz.
A etapa de avaliação, foco deste estudo, situa-se sobreposta às etapas de
planejamento e implementação na organização teórica do processo de enfermagem,
Introdução
30
e tem por fim o seguinte: monitorar o estado de saúde do paciente, tanto basal como
em resposta a uma intervenção de enfermagem; determinar o alcance dos
resultados pretendidos e fundamentar decisões quanto às mudanças necessárias a
serem adotadas (ALFARO-LEFÈVRE, 2005).
Em relação a essa etapa do processo de enfermagem, uma linguagem
específica, denominada de resultados de enfermagem, foi desenvolvida na metade
da década de 1960, quando Aydelotte utilizou mudanças nas características
comportamentais e físicas dos pacientes para avaliar a eficiência dos sistemas de
prestação de atendimento de enfermagem. Desde então, outras medidas de
avaliação dos resultados foram desenvolvidas e testadas, entre elas a Nursing
Outcomes Classification (NOC), que teve como ponto de partida o trabalho
desenvolvido, a partir da década de 1970, nos Estados Unidos, pela NANDA
(JOHNSON; MAAS; MOORHEAD, 2004).
Entretanto, estudos observam uma tendência geral no Brasil de maior
concentração de pesquisas sobre a taxonomia NANDA-I, como linguagem de
enfermagem, e essa mesma constatação se repete no referente aos estudos de
validação e revisão de componentes das taxonomias utilizadas no processo de
enfermagem. Ou seja, ainda sobressai a preferência dos pesquisadores em
desenvolver trabalhos sobre os componentes dos diagnósticos de enfermagem, em
detrimento das demais etapas do processo de enfermagem e suas respectivas
taxonomias. Ademais, tais autores concordam sobre as lacunas evidenciadas e
apontam para a necessidade de maior conhecimento e compreensão dos elementos
do processo de enfermagem que dão base às classificações, para sua utilização na
prática, na pesquisa e no ensino, sobretudo com referência aos outros componentes
da taxonomia NANDA, NIC e NOC (SILVA et al., 2006; CHAVES; CARVALHO;
ROSSI, 2008).
Esta necessidade atual de pesquisas acerca do processo de enfermagem e
dos sistemas de classificação motiva o desenvolvimento de trabalhos referentes a
cada um dos elementos do processo, haja vista as classificações existentes
contemporâneas ao surgimento do próprio processo de enfermagem. “Classificar”,
portanto, pode ser entendido como um exercício e um desafio conceitual. Os
sistemas de classificação são conhecimentos estruturados, nos quais os elementos
substantivos de uma disciplina ou subdisciplina são organizados em grupos ou
classes, com base em suas similaridades (NÓBREGA; GUTIÉRREZ, 2000). Os
Introdução
31
sistemas de classificação visam, além de padronizar uma linguagem própria da
enfermagem, facilitar codificações para viabilizar a descrição e a documentação do
cuidado (NAPOLEÃO, 2005).
Ao se pronunciarem sobre o assunto, Nóbrega e Gutiérrez (2000) evidenciam
o fato de que existem na enfermagem sistemas de classificação relacionados com
algumas etapas do processo, como, por exemplo: diagnóstico de enfermagem
North American Nursing Diagnoses Association (NANDA); intervenções de
enfermagem – Nursing Intervention Classification (NIC); e resultados de enfermagem
Nursing Outcomes Classification (NOC). Quanto a isso, Johnson, Maas e
Moorhead (2004) defendem, especialmente, o uso de uma classificação de
resultados de enfermagem, pela oportunidade de tornar visível o impacto dos seus
cuidados. De outra forma, confiar tão-somente em informações e avaliações de
outros profissionais usurpa do enfermeiro a possibilidade de inserir-se efetivamente
no processo decisório sobre o cuidado ao paciente e o respaldo legal que a
mensuração das suas ações lhe permite.
Os resultados de enfermagem têm ainda as seguintes vantagens: oferecem
contribuições para o aprimoramento de uma linguagem comum para a profissão;
fornecem um conjunto uniforme de dados de enfermagem que fundamentam
decisões; estabelecem medidas, definições e classificações padronizadas para o
sistema de prestação de cuidados; favorecem uma avaliação da qualidade dos
cuidados de enfermagem; avaliam a eficiência geral da atuação da enfermagem;
estimulam e analisam inovações na área; permitem a participação de cuidados
interdisciplinares; além de contribuírem para o desenvolvimento de conhecimentos
(JOHNSON; MAAS; MOORHEAD, 2004).
Em especial, a NOC é um complemento às taxonomias NANDA-I e NIC, ao
trazer a linguagem da sistematização da assistência de enfermagem para a etapa de
avaliação do processo de enfermagem (MOORHEAD; JOHNSON; MAAS, 2005).
Com vistas a facilitar a percepção do que seja um resultado NOC, a estrutura geral
dessa taxonomia é apresentada na figura a seguir.
Introdução
Figura 1 -
Estrutura geral d
O crescente intere
necessidade de avaliar
uma exigência do sistem
elevados envolvidos
nos c
Essa classificação é
Fisiológica;
Saúde Psicos
Percebida; Saúde F
amilia
classes, a saber: Manu
Mobilidade;
Autocuidado
Resposta Imunológica;
Re
Resposta Terapêutica
;
Psicológico;
Adaptação Ps
de Saúde;
Crenças de S
Segurança;
Saúde e Qua
Cuidado;
Estado do Cuida
Bem-Estar da Família;
Comunitária (
MOORHEAD
Desse modo, a NO
nome identificador, uma d
estados de cada paciente
pontos do tipo Likert,
pa
desenvolvimento do result
desejável) a cinco (nível m
opções para a demonstra
percepção do paciente, de
Nível Mais
Abstrato
Níve
Intermed
Alto d
abstra
7 domínios
31 classe
geral da taxonomia NOC.
Fonte: MOORHEAD
interesse na utilização da NOC
na prática
a qualidade do cuidado prestado aos clie
istema de saúde em decorrência
dos custo
nos cuidados
(GARBIN et al., 2009).
ação é contemplada em
sete dom
ínios: Saúde
sicossocial
; Conhecimento de Saúde /
Comp
amiliar e Saúde Comunitária.
Em seguida
Manutenção da
Energia;
Crescimento e
idado
; Cardiopulmonar; Eliminação;
Líquid
Regulagem Metabólica
; Neurocognitiva;
Di
;
Integridade Tissular;
Função Sens
ção Psi
cológica; Autocontrole;
Interação Socia
de Saúde
; Conhecimento de Saúde;
Con
e Qualidade de Vida
;
Estado dos Sintomas
Cuidador da Família
; Estado de Saúde do
M
Paternidade; Bem-Estar Comunitário;
Pr
HEAD
et al., 2008).
a NOC atualmente contém
385
resultados e
uma definição, um conjunto
de indicadores q
ciente, cuidador, família ou comunidade; um
para medida
,
e uma bibliografia selecion
resultado. Esse tipo de escala é
pontuado de
ível mais desejável) e, segundo os autores, o
onstração da variabilidade no estado, no com
te, descritos pelos resultados NOC (
MOORHE
Nível
termediário
Alto de
bstração
Nível
Intermediário
de Abstração
Nível Baixo
de Abstração
1 classes
385
resultados
Indicadores
para cada
resultado
32
et al., 2008.
ática clínica deve
-se à
os clientes, além
de ser
custos cada vez mais
Saúde Funcional;
Saúde
Comport
amento; Saúde
uida
, é dividida em 31
to e Desenvolvimento
;
Líquidos e Eletrólitos
;
Digestão e Nutrição;
Sensorial
; Bem-Estar
Social
; Comportamento
Controle de Riscos e
mas
; Satisfação com o
Membro da Família
;
Proteção da S
aúde
os e cada um inclui um
ores que descrevem os
e; uma escala de cinco
lecionada, utilizada no
do de
um (nível menos
ores, oferece suficientes
o comportamento ou na
ORHEAD
et al., 2008).
Nível
Empírico
Definições
constitutivas e
operacionais
para cada
indicador
Introdução
33
Os indicadores de cada resultado visam auxiliar o enfermeiro a definir o
estado de saúde do paciente e podem ser considerados como resultados mais
específicos, menos abstratos. Podem funcionar como resultados intermediários
numa via crítica ou plano de cuidados padronizados. Um sinônimo para essa
definição é destacado pelo Ministério da Saúde, ao ilustrar que os indicadores de
resultado apontam o quanto o usuário do serviço conseguiu resolver seu problema,
após certo período de tempo (BRASIL, 2007b).
Assim, as pontuações da escala Likert sobre um resultado NOC são
respectivas a cada indicador, as quais o somadas e estimam o estado de saúde
do paciente, basal ou derivado de uma intervenção de enfermagem (MOORHEAD et
al., 2005). Contudo, por si somente os indicadores desses resultados não são
suficientes para estimar as reais condições de saúde do paciente de maneira
fidedigna, haja vista serem pontuados conforme a percepção de cada avaliador que
esteja examinando ou observando o indivíduo.
Deste modo, e com a finalidade de uniformizar as notas atribuídas por mais
de um avaliador sobre o estado de saúde de um mesmo paciente, é recomendada a
construção de definições constitutivas e operacionais, também conhecidas como
“atividades de medida dos resultados”, para cada um dos indicadores do resultado
de enfermagem a se adotar.
Pela definição mais elementar, o vocábulo “definir” significa delimitar,
demarcar; indicar com exatidão; determinar; diferenciar; definir os elementos de um
composto. E a palavra “operacional” é descrita como relativa a uma operação ou
procedimento e diz respeito ao valor de um conhecimento, ou de uma técnica, pelos
resultados que permitam obter (TREVISAN, 2007).
A definição constitutiva oferece uma variável ou conceito com significado
conotativo (abstrato, compreensivo, teórico), estabelecido por intermédio da análise
de conceito, derivação de conceito ou síntese de conceito (BURNS; GROVE, 1995).
Grant; Kinney (1991) citam que a definição operacional descreve o que será medido
e como será feito, aumenta a fidedignidade e validade dos dados, facilita a
reprodução da pesquisa e proporciona ao pesquisador relatar novos achados.
Ademais, o procedimento explicita de forma mais objetiva o que vai ser medido ou
observado.
Introdução
34
Ao procedermos, então, à leitura preliminar na busca pelo resultado mais
pertinente para avaliar o Risco de Quedas, constatamos 26 resultados sugeridos
pela NOC, conforme apresentado a seguir.
Risco de quedas
Definição: Aumento da susceptibilidade a quedas que podem causar dano
físico
Resultado
Definição
1.
Andar
Capacidade para caminhar de um lugar a outro
independentemente, com ou sem mecanismos de
ajuda
2.
Quedas
Número de quedas no passado
3.
Cognição
Capacidade para executar os processos mentais
completos
4.
Comportamento de compe
nsação visual
Ações pessoais para compensar a alteração visual
5.
Comportamento de prevenção de quedas
Ações pessoais do indivíduo ou do cuidador para
minimizar fatores de risco passíveis de precipitar
quedas
6.
Conhecimento: prevenção de quedas
Grau da compre
ensão transmitida sobre a prevenção
de quedas
7.
Conhecimento: segurança infantil
Grau de compreensão transmitida sobre a segurança
dos cuidados de uma criança de um ano até os 17
anos de idade
8.
Controle das convulsões
Ações pessoais para reduzir ou minimiza
r a aparição
dos episódios de convulsões
9.
Controle do risco
Ações pessoais para prevenir, eliminar ou reduzir as
ameaças modificáveis para a saúde
10.
Cuidado dos filhos: segurança física do lactente e
do pré-escolar
Ações dos pais para evitar lesões físicas
de uma
criança desde o nascimento até os dois anos de idade
11.
Cuidado dos filhos: segurança física na primeira
infância e segunda infância
Ações dos pais para evitar a lesão física de uma
criança de três até os 11 anos de idade
12.
Detecção do risco
Ações para
identificar as ameaças
contra a saúde
pessoal
13.
Equilíbrio
Capacidade para manter o equilíbrio do corpo
14.
Estado da função sensorial
Grau de um indivíduo perceber corretamente
a
estimulação cutânea, sons, propiocepção, gosto e
olfato e imagens visuais
15.
Esta
do de recuperação posterior ao procedimento
Grau em que o indivíduo volta à
sua função basal
depois de procedimentos que requerem anestesia ou
sedação
16.
Estado neurológico: controle motor central
Capacidade do sistema nervoso central e periférico
para receber, processar e responder aos estímulos
externos e internos
17.
Estado nutricional
Capacidade pela qual os nutrientes podem cobrir as
necessidades metabólicas
18.
Função sensitiva: auditiva
Grau em que se ouvem os sons corretamente
19.
Função sensitiva: visão
Grau
em que se percebem ou v
e
em corretamente as
imagens visuais
20.
Mobilidade
Capacid
ade para mover
-
se com resolução,
independentemente, com ou sem mecanismo de ajuda
21.
Movimento coordenado
Capacidade dos músculos para trabalhar juntos
voluntariamente com propósitos de movimento
22.
Nível de dor
Intensidade da dor referida ou
manifestada
Introdução
35
23.
Nível de glicemia
Magnitude
n
a qual se
manifestam
os níveis de glicose
no plasma e na urina dentro de uma faixa normal
24.
Realização de transferência
Capacidade
de mudar a localização
corporal,
independentemente com ou sem mecanismo de ajuda
25.
Resistência
Capacidade para manter a atividade
26.
Severidade da lesão física
Gravidade das lesões secundárias a acidentes e
traumatismos
Quadro 1 - Lista de resultados de enfermagem propostos para o diagnóstico de
enfermagem Risco de Quedas. Fonte: MOORHEAD et al., 2008.
Por o ter sido identificado um resultado que avaliasse de forma específica
o Risco de Quedas no paciente, optamos por selecionar o resultado considerado
mais aproximado Comportamento de Prevenção de Quedas (MOORHEAD et al.,
2008). Tal resultado pertence ao domínio Conhecimento de Saúde e
Comportamento, referente a resultados que descrevem atitudes, compreensão e
ações com respeito à saúde e à doença. A classe que o contém, Controle de Riscos
e Segurança, é caracterizada por resultados que delineiam o estado de segurança
de um indivíduo e/ou ações para evitar, limitar ou controlar ameaças identificáveis à
saúde. Entre as 17 escalas Likert adotadas na taxonomia NOC, o resultado
Comportamento de Prevenção de Quedas é avaliado pela escala seis, a qual mede
o nível de adequação de resultados relacionados ao desempenho e à segurança do
paciente e possui parâmetros desde “nunca demonstrado” a “sempre demonstrado”
(MOORHEAD et al., 2008).
Concernente às características anteriormente descritas, o resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas foi desenvolvido para avaliar
ações pessoais do indivíduo ou do cuidador para minimizar fatores de risco
passíveis de precipitar quedas. Por isso, achamos por bem adotar esse resultado de
enfermagem para avaliar o Risco de Quedas do indivíduo internado em ambiente
hospitalar (MOORHEAD et al., 2008).
Comportamento de Prevenção de Quedas
Domínio: Conhecimento e Comportamento de Saúde
Class
e: Controle de Riscos e Segurança
Escala: Nunca demonstrado a sempre demonstrado
Definição: Ações do indivíduo ou do cuidador familiar para minimizar fatores de risco que podem precipitar
quedas
1.
Uso correto de mecanismos auxiliares
2.
Provisão de auxílio
pessoal
Introdução
36
3.
Colocação de barreiras para prevenir quedas
4.
Colocação de corrimãos conforme a necessidade
5.
Eliminação de
água derramada,
manchas brilhantes e acúmulo de objetos no chão
6.
Prender pequenos tapetes
7.
Providência para remoção de neve e gelo de superfí
cies usadas por pedestres
8.
Uso adequado de banquinhos e escadas
9.
Uso de sapatos amarrados e do tamanho adequado
10.
Adaptação da altura do vaso sanitário conforme a necessidade
11.
Adaptação da altura das cadeiras conforme
necessário
12.
Adaptação da altura da cama
conforme
a necessidade
13.
Uso de tapetinhos de borracha na banheira/chuveiro
14.
Uso de barras de segurança para as mãos
15.
Controle da agitação e inquietação
16.
Uso de precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de quedas
17.
Uso de recursos de correção da
visão
18.
Uso de procedimento seguro de transferência
19.
Uso de iluminação adequada
Quadro 2 - Apresentação do resultado de enfermagem Comportamento de
Prevenção de Quedas e seus indicadores. Fonte: MOORHEAD et al., 2008.
1.5 Operacionalização de instrumentos para medida do estado de saúde
A operacionalização de um sistema de linguagem, seja este referente a
diagnósticos, intervenções ou resultados, pode contribuir para a construção de um
raciocínio clínico mais acurado, além de facilitar a comunicação entre os
profissionais e permitir o desenvolvimento da enfermagem (SILVA, 2007).
Em face do aspecto dinâmico da NOC, com a admissão de novos resultados,
torna-se imprescindível a validação de tais resultados, a fim de examinar sua
aplicabilidade em diferentes situações. Não obstante a NOC esteja em sua última
fase de desenvolvimento, passou a ser utilizada apenas recentemente no ensino e
na prática clínica, sobretudo no Brasil. Sua adoção em pesquisas tem ocorrido
algum tempo, com o objetivo fundamental de fornecer meios para facilitar seu uso,
como é o caso dos estudos de validação. A classificação prossegue em avaliação,
desenvolvimento e refinamento, na medida em que novos resultados surgem e
outros necessitam de reformulações (GARBIN et al., 2009).
Introdução
37
Especificamente nesse estudo, a proposta de revisar o resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas intenciona oferecer um
instrumento cientificamente fundamentado, mais amplo e criterioso, que oriente a
avaliação do estado de saúde do paciente com Risco de Quedas e, por conseguinte,
as ações de enfermagem.
A revisão de instrumentos torna-se continuamente necessária, pois aumenta
a possibilidade de oferecer ferramentas mais atuais, amplas e confiáveis para a
avaliação do estado de saúde do paciente por parte do enfermeiro (CHAVES, 2008).
No caso das quedas, estudos como este viabilizam uma avaliação correta do risco
de sua ocorrência no paciente, fornecendo dessa forma um substrato essencial e
adequado ao melhor planejamento do cuidado preventivo.
Refinar um elemento dos sistemas de classificação de enfermagem é
submetê-lo a um processo de aperfeiçoamento, como fenômeno teórico consistente,
de forma a torná-lo representativo da condição apresentada pelo paciente
(NÓBREGA, GUTIÉRREZ, 2000).
1.6 Justificativa, proposta e hipótese da pesquisa
Ao analisarmos outros estudos recentes acerca da temática, verificamos que
grande parte das investigações levantadas em base de dados tem como foco a
avaliação da ocorrência de quedas propriamente ditas ou intervenções de prevenção
de quedas, com referência a idosos. Entretanto, como sabemos, pessoas de todas
as idades têm algum risco para a ocorrência de queda, notadamente quando estão
internadas em um ambiente pouco familiar, impessoal e fragmentado, como muitas
vezes um hospital é percebido (CECILIO, 1997). Por levarmos em conta os aspectos
citados sobre o risco de quedas e a necessidade de realização de estudos sobre
avaliação dos riscos para esse evento, decidimos que nossa pesquisa abrangeria os
riscos e comportamento de prevenção de quedas em pacientes sob atendimento
hospitalar.
Por considerarmos a queda como possível agravante ao quadro do paciente
ou como agente causador de outras condições de morbidade, decidimos revisar o
resultado de enfermagem Comportamento para Prevenção de Quedas para uma
população ampla, como as pessoas internadas em hospital. Contudo, sobre o
assunto, não localizamos pesquisas que aliassem a linguagem NOC à avaliação do
Introdução
38
grau de Risco de Quedas em pacientes no ambiente hospitalar. Tal fato acentuou
ainda mais a pretensão de explorar essas duas temáticas em uma mesma pesquisa.
Para evitar os gastos, agravos e danos indesejáveis tanto aos indivíduos
internados como ao sistema de saúde, medidas preventivas precisam ser adotadas,
na tentativa de reverter esse processo. Assim, justificamos a realização deste estudo
também na necessidade de desenvolver instrumentos destinados a avaliar o risco
dos pacientes para a formulação de medidas preventivas e a urgência de construção
e aprimoramento de indicadores e suas definições, capazes de avaliar a qualidade
da assistência de enfermagem.
Em síntese, alguns pontos despertaram o interesse por desenvolver uma
pesquisa desse gênero:
A frequência expressiva do diagnóstico de enfermagem Risco de Quedas
em pacientes internados e as prováveis consequências desse problema para o
indivíduo e serviço;
A necessidade de desenvolver parâmetros para a mensuração do risco de
quedas no âmbito hospitalar, pois este é um importante indicador quanto à qualidade
da assistência (ONA, 2006);
A lacuna bibliográfica observada acerca de pesquisas na área da
enfermagem que abordem, ao mesmo tempo, o risco de quedas e a sistematização
da prática de enfermagem na população internada em hospitais;
A urgência de construção e avaliação de definições constitutivas e
operacionais para os resultados de enfermagem existentes, como no caso do
Comportamento de Prevenção de Quedas, com o uso do devido rigor científico, com
a finalidade de prover instrumentos cientificamente fundamentados, amplos e
criteriosos para avaliação do estado de saúde.
Assim, este trabalho se propõe a revisar o resultado de enfermagem NOC
Comportamento de Prevenção de Quedas, além de construir e avaliar a
aplicabilidade de definições constitutivas e operacionais de seus indicadores
destinados a avaliar o risco de quedas em pacientes internados em âmbito
hospitalar.
Por conseguinte, a tese fundamenta-se na seguinte hipótese:
O resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas,
pertencente a uma classificação que se propõe a ser de âmbito internacional, como
a NOC, ao ser destinado ao paciente em um ambiente específico como o hospital,
Introdução
39
poderá apresentar diferença entre os indicadores sugeridos e aqueles encontrados
na literatura e avaliados por especialistas, o que resultará na reformulação e
identificação de novos aspectos referentes ao estado de saúde do paciente, a serem
avaliados, e os quais poderão contribuir para a incorporação de especificidades
deste ambiente no cuidado ao indivíduo.
Introdução
Revisar o resultad
Quedas
referente ao diagn
contexto de uma internação
2 Objetivos
Objetivos
sultado de enfermagem Comportamento d
diagnóstico
de enfermagem Risco de Quedas
nação hospitalar
.
40
nto de Prevenção de
uedas
em pacientes no
Introdução
Como o
processo c
emprego de um modelo q
produto
desenvolvido, ve
contemplaria o objetivo
metodológicos descritos n
taxonomias de enfermage
de conceito; o Modelo de
o
clínico e de validação
por análise de conceito,
de Fehring, no qual se o
diagnóstico (
CHAVES, CA
Conforme percebem
componentes
dos sistem
2004; PILEGGI, 2007
; C
validação,
conjugados ou
função da população estud
Desse modo,
para
Comportamento de Pr
metodológico
que conjugo
Avant (2005),
do modelo
psicometria
(PASQUALI, 1
3 Referencial Me
Referencial Metodológico
sso científi
co de revisão de instrumentos requ
delo que fundamente a construção, refinamen
do, verificamos
que o emprego de mode
tivo de nosso estudo.
Ao investigar
mos o
ritos na literatura
, utilizados para validação
de
magem,
identificamos: o Modelo de Walker
e
lo de Gordon e
Sweeney, subsidiado pelo mé
ção
de
diagnóstico diferencial; o Modelo de H
validação por especialistas
e validação c
l se observa a validação de conteúdo e va
S, CARVALHO, ROSSI
, 2008).
rcebemos, alguns trabalhos desenvolvidos s
istemas de linguagem de enfermagem
(
SEN
; CHAVES, 2008
) fizeram uso de
mais d
os ou não, na sua totalidade ou em parte
estudada e das características do próprio dia
para orientar
o refinamento do resultado
e Prevenção de Qu
edas,
empregamos
onjugou elemen
tos do modelo de Hoskins (1
odelo de validação de conteúdo
de Fehr
ALI, 1999)
, conforme consta a seguir.
ial Metodológico
41
s requer a apropriação e
namento e avaliação do
modelo
s de validação
os os
vários modelos
de
componentes das
e
Avant para análise
lo método ret
rospectivo,
o de Hoskins
, composto
ção clínica
; e o Modelo
e validação clínica d
e
dos sobre validação de
SENA
, 2001; MELO,
ais de um model
o de
parte
, empregados em
io diagnóstico.
ultado de enfermagem
amos um
referencial
ins (1989),
de Walker e
Fehring (1994), e da
Introdução
Figura 2
Esquema expl
Fortaleza, 2010. Fonte: P
O
modelo de valida
que descreve sucintament
embora não oriente,
de
executados em cada
um
métodos
para cada uma d
Hoskins (1989) indic
a o u
indica o modelo
desenvolv
No entanto, por se t
ratar
NOC, o qual é
apresentad
(PASQUALI, 1999)
como
especialistas do material
maneira especial,
se prop
uma vez que a própria me
psicométrica pode assumi
A
diante expomos
quais pontos foram adotad
V
Critérios para o refinament
Orientação para a divisão d
Referencial Metodológico
a explicativo do referencial metodoló
gico ado
te: P
rópria pesquisadora.
validação de Hoskins (1989)
é considerado um
amente as
etapa
s fundamentais do processo d
de forma mais
delineada, os
procedi
um delas
. Esse modelo recomenda o em
uma de suas etapas. Para a análise de conc
a o uso do modelo proposto por Walker
e
envolvido
por Fehring para a etapa
de análise
ratar
de um estudo de revisão de um resultad
entado mediante u
ma escala, optamos por
ad
como fundamento para a construção e avali
terial
ora desenvolvido.
Sobre este aspecto,
propõe a fundamentar a construção
e a vali
ria medida escalar constitui uma das várias for
ssumir (PASQUALI, 1999).
mos aspectos fundamentais de cada um d
dotados em nossa
pesquisa.
Psicometria (PASQUALI, 1999)
Validação do material refinado por especialistas
Fehring (1994)
Critérios para seleção dos especialistas
Psicometria (PASQUALI, 1999)
ento do resultado e a construção das definições constitut
Walker & Avant (2005)
Análise de conceito e Revisão integrativa
Hoskins (1989)
o da pesquisa nas fases de análise de conceito e validaç
42
o adota
do na pesquisa.
do um método simples
,
sso de v
alidação, muito
rocedimentos
a serem
o emprego de outros
conceito,
por exemplo,
e
Avant, bem como
nálise por especialistas.
sultado de enfermagem
adotar
a psicometria
avaliação por parte de
ecto, a
psicometria, de
a validação de escalas,
ias formas que a medida
um desses métodos
e
itutivas e operacionais
ação por especialistas
Introdução
43
3.1 Modelo de validação proposto por Hoskins (1989)
O modelo de validação de Hoskins (1989) é apresentado em três passos
metodológicos, conforme descritos a seguir.
Análise de Conceito: é a etapa do processo de validação de um diagnóstico
utilizada para determinar os atributos particulares e característicos de um conceito. A
análise de conceito incorpora a revisão da literatura e a construção do
conhecimento. Particularmente, corresponde à estrutura teórica do processo de
pesquisa e permite o desenvolvimento de um modelo para explicar por que certas
características devem estar presentes, quando ocorre um determinado fenômeno. A
autora sugere os procedimentos propostos no modelo Walker e Avant (2005) para
análise de conceito.
Validação por Especialista: posteriormente à análise de conceito e geração da
lista de características do conceito, é necessário obter acordo de especialistas sobre
o conceito em questão. Portanto, esse modelo de validação visa estabelecer quais
características definidoras geradas na primeira etapa representam o conceito, e
quais devem ser excluídas; o que corresponde à validação de construto de um
instrumento de pesquisa (GARCIA, 1998; CHAVES, 2008).
Portanto, a lista de características é revisada por especialistas, que irão
atribuir um valor a cada uma, indicando sua pertinência ao conceito. O autor sugere
a utilização do cálculo de média ponderal proposto por Fehring (1987) para
determinar o grau em que cada característica é indicativa do conceito em estudo.
Validação Clínica: é a investigação, em um ambiente clínico, da presença ou
ausência das características definidoras desenvolvidas a partir da análise de
conceito e da validação por especialistas. É realizada pela observação ou interação
direta com o paciente que possivelmente apresente a situação em estudo. Deve ser
desenvolvida por, pelo menos, dois enfermeiros especialistas em diagnósticos de
enfermagem, que vão identificar a presença de cada característica por meio da
coleta e análise dos dados. Cada enfermeiro deve obter seus dados e conclusão,
independentemente. Em seguida, o avaliadas a percentagem de concordância
entre os enfermeiros e a frequência de ocorrência das características;
posteriormente, calcular-se-á a taxa de fidedignidade, conforme proposto por
Fehring (1994).
Concernente ao modelo proposto por Hoskins (1989), adotamos somente seu
arcabouço estrutural sobre as etapas de validação, em específico, a análise de
Referencial Metodológico
Introdução
44
conceito e a validação por especialistas, para orientar os próximos procedimentos
metodológicos.
3.2 Modelo de análise de conceito proposto por Walker e Avant (2005)
Conforme recomendado por Hoskins (1989), a análise de conceito deve ser
realizada para identificar os atributos particulares e característicos de um conceito, e
indica para tanto, os procedimentos descritos por Walker e Avant (2005). Ao nos
reportamos à análise de conceito descrita por tais autores, percebemos uma
proposta de análise de conceito modificada e simplificada a partir de um modelo
clássico de análise de conceito anterior, proposto por Wilson (2005). Seria nossa
opção adotar este último, por ser uma fonte antecedente, no entanto, consideramos
Walker e Avant (2005) mais adequado, pela explicação das autoras de que seu
modelo refere-se à enfermagem e, mais especificamente, aos sistemas de
classificação da linguagem da enfermagem. Alguns argumentos defendidos neste
modelo fundamentaram nossa escolha, a saber:
Os resultados da análise de conceito, em uma definição precisa e
operacional, aumentam a validade do construto, ou seja, refletem exatamente a sua
base teórica;
Os resultados da análise do conceito também são muito úteis na construção
de instrumentos de investigação antes de fazer a pesquisa.
Os resultados da análise do conceito fornecem ao teórico ou investigador uma
compreensão básica dos atributos dos conceitos subjacentes. Isso ajuda a definir
claramente o problema e permitir a construção de hipóteses que reflitam exatamente
as relações entre os conceitos;
Os resultados da análise do conceito, a definição operacional, a lista de
definição de atributos e antecedentes podem fornecer ao cientista um excelente
começo para o desenvolvimento de uma nova ferramenta ou uma excelente maneira
de avaliar uma ferramenta antiga, além de serem muito úteis na construção de
instrumentos;
O desenvolvimento de uma linguagem padronizada para descrever a prática
de enfermagem é um uso primário da análise de conceito;
Realizar uma análise de conceito completa para qualquer potencial
diagnóstico, intervenção ou resultado de enfermagem facilita muito o trabalho
Referencial Metodológico
Introdução
45
taxonômico e atua como fundamento da linguagem de enfermagem na literatura
teórica e de pesquisa;
Cada diagnóstico de enfermagem, intervenção, e resultado devem ser
tratados como conceitos separados e serem analisados de forma independente;
As oito etapas propostas são suficientes para captar e aplicar a essência do
processo da análise de conceito à realidade das taxonomias de enfermagem.
Tais etapas compreendem:
1. Seleção de um conceito.
2. Determinação dos objetivos ou fins da análise.
3. Identificação de usos do conceito.
4. Determinação dos atributos que o definem.
5. Identificação de um caso modelo.
6. Identificação de um caso limite, um caso relacionado, um caso
contrário, um caso inventado e um caso ilegítimo.
7. Identificação dos antecedentes e consequentes.
8. Definição das referências empíricas (WALKER; AVANT, 2005).
Assim, percebemos a necessidade de incorporar nessa etapa de análise de
conceito uma estratégia de pesquisa por meio da qual as evidências sobre o
conceito fossem extraídas de uma ampla e diversificada literatura de maneira
reprodutível, rigorosa e precisa. Ao buscar as propostas dos diferentes tipos de
revisão de literatura, de forma sintética, encontramos:
Revisão narrativa: ampla apresentação e discussão do tema investigado;
dificilmente parte de uma questão específica bem definida, não exigindo um
protocolo rígido para sua confecção; a busca das fontes não é pré-determinada e
específica, sendo frequentemente menos abrangente. A seleção dos estudos é
arbitrária, provendo o autor de informações sujeitas a viés de seleção, com grande
interferência da percepção subjetiva (CORDEIRO; OLIVEIRA; RENTERÍA;
GUIMARÃES, 2007).
Revisão integrativa: sumariza as pesquisas realizadas sobre determinado
assunto, construindo uma conclusão a partir de muitos estudos realizados
separadamente, mas que investigam problemas idênticos ou similares. Consiste na
análise ampla da literatura, contribuindo para discussões sobre métodos e
resultados de pesquisas, assim como reflexões sobre a realização de futuros
estudos (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2008).
Referencial Metodológico
Introdução
46
Revisão sistemática: revisão planejada da literatura científica, que usa
métodos sistemáticos para identificar, selecionar e avaliar criticamente estudos
relevantes sobre uma questão claramente formulada. Enfoca e reanalisa os
resultados de estudos, preferencialmente do tipo ensaio clínico controlado
randomizado. Caracteriza-se pela quantificação do efeito dos tratamentos por meio
de técnicas estatísticas (GALVÃO, SAWADA, TREVIZAN, 2004).
Metanálise: método estatístico utilizado para integrar os resultados dos
estudos incluídos e aumentar o poder estatístico da pesquisa primária. Integra o
conhecimento surgido por esta análise, assim como as inferências envolvidas na
análise dos dados dos estudos primários (SOUSA, RIBEIRO, 2009).
Como instrumento para viabilizar o procedimento da análise de conceito,
optamos pela revisão integrativa, para reunir e sintetizar as evidências sobre o
conteúdo do resultado, dos indicadores, das definições constitutivas e operacionais
ao considerar como vantagem desse tipo de revisão a inclusão simultânea de
pesquisas experimentais e não experimentais, proporcionando uma compreensão
mais completa do tema de interesse, podendo ser aplicada para a definição de
conceitos (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2008).
A revisão integrativa conglomera seis etapas:
1. Identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa para a
elaboração da revisão integrativa: etapa de formulação de hipóteses ou questões
para a revisão, na qual ocorre a construção da questão de pesquisa relacionada a
um raciocínio teórico, baseada em definições apreendidas pelo pesquisador
(BARBOSA; MELO, 2008).
2. Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/
amostragem ou busca na literatura: é a busca nas bases de dados para identificação
dos estudos que serão incluídos na revisão. A seleção dos estudos para a avaliação
crítica é fundamental, a fim de se obter a validade interna da revisão. O revisor deve
deixar claro quais são os critérios de inclusão e exclusão adotados para a
elaboração da revisão.
É importante que todas as decisões tomadas frente aos
critérios de inclusão e exclusão dos estudos sejam documentadas e justificadas na
descrição da metodologia da revisão (GANONG, 1987).
3. Definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/
categorização dos estudos: o revisor organiza e sumariza as informações de
maneira concisa, formando um banco de dados de fácil acesso e manejo. O nível de
Referencial Metodológico
Introdução
47
evidência dos estudos deve ser avaliado, a fim de determinar a confiança no uso de
seus resultados e fortalecer as conclusões que irão gerar o estado do conhecimento
atual do tema investigado (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004).
4. Avaliação dos estudos incluídos na revisão da literatura: é o momento no qual
os estudos selecionados passam por uma análise detalhada e, portanto, deve-se
levar em conta a experiência do pesquisador. A competência clínica do revisor
contribui na avaliação crítica dos estudos e auxilia na tomada de decisão para a
utilização dos resultados de pesquisas na prática clínica. A conclusão desta etapa
pode gerar mudanças nas recomendações para a prática (SILVEIRA, 2005;
MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
5. Interpretação dos resultados: corresponde à etapa de discussão dos
principais resultados na pesquisa convencional. O revisor, fundamentado nos
resultados da avaliação crítica dos estudos incluídos, realiza a comparação com o
conhecimento teórico, a identificação de conclusões e implicações resultantes da
revisão integrativa (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
6. Síntese dos estudos analisados: consiste na elaboração do documento que
deve contemplar a descrição das etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da análise dos estudos incluídos. É um trabalho de extrema
importância, que produz impacto devido ao acúmulo do conhecimento existente
sobre a temática pesquisada (WHITTEMORE; KNAFL, 2005).
De maneira ilustrativa e mais pormenorizada, as etapas da revisão integrativa
estão dispostas na figura a seguir.
Referencial Metodológico
Introdução
48
Figura 3 Componentes da revisão integrativa da literatura. Fonte: MENDES;
SILVEIRA; GALVÃO, 2008.
3.3 Critérios de seleção de especialistas referentes ao Modelo de validação de
conteúdo diagnóstico (FEHRING, 1994)
De acordo com o modelo de validação de conteúdo diagnóstico (VCD)
desenvolvido por Fehring (1987), o pesquisador deve obter opiniões de enfermeiros
especialistas no assunto em estudo, para que atuem como especialistas em relação
ao grau em que determinadas características definidoras representam determinado
diagnóstico.
Para tanto, Fehring (1994) propôs um sistema de pontuação mediante o qual
considera como especialista o enfermeiro com título de mestre ou doutor, obtido por
meio de trabalho de conteúdo relevante sobre o diagnóstico de interesse; com
pesquisa publicada referente a diagnóstico de enfermagem; com artigos relativos a
diagnóstico de enfermagem publicados em revistas de referência; com experiência
clínica em uma área relevante para o diagnóstico ou certificado referente ao
diagnóstico de interesse.
Referencial Metodológico
Introdução
49
Critérios
Pontos
Mestre em enfermagem
4
Mestre em enfermagem
dissertação com conteúdo
relevante dentro da área clínica
(diagnósticos da área clínica)
1
Pesquisa (com publicações) na área de diagnósticos
2
Artigo publicado na área de diagnósticos
em um periódico
de referência
2
Doutorado em diagnóstico
2
Prática clínica de pelo menos um ano de duração na área
de Enfermagem em clínica médica
1
Certificado em área clínica médica com comprovada prática
clínica
2
Pontuação máxima
14
Quadro 3- Sistema de pontuação de especialistas do modelo de validação de
conteúdo da Fehring. Fonte: FEHRING,1994.
3.4 Psicometria (PASQUALI, 1999)
A psicometria é um ramo da psicologia que se caracteriza por expressar o
fenômeno psicológico por meio de números. Ela se insere dentro da teoria da
medida que busca uma discussão epistemológica sobre a utilização do símbolo
matemático no estudo científico dos fenômenos naturais. Baseia-se em três grandes
pólos, denominados de procedimentos teóricos, procedimentos empíricos
(experimentais) e procedimentos analíticos (estatísticos) (PASQUALI, 1997).
Os procedimentos teóricos na elaboração de instrumentos psicológicos de
medida enfocam a questão da teoria que deve fundamentar qualquer
empreendimento científico, no caso, a explicitação da teoria sobre o construto ou
objeto psicológico para o qual se quer desenvolver um instrumento de medida, bem
como a operacionalização do construto em itens. Os procedimentos teóricos devem
ser elaborados para cada instrumento, dependendo, portanto, da literatura existente
sobre o construto que o instrumento pretende medir.
Os procedimentos empíricos buscam definir as etapas e técnicas de aplicação
do instrumento preliminar e de coleta da informação para proceder à avaliação da
qualidade psicométrica do instrumento. É realizada análise da dificuldade, da
discriminação e da validade dos itens, a partir dos dados coletados de uma amostra
de sujeitos representativa da população para a qual o instrumento está sendo
construído, utilizando-se análises estatísticas (PASQUALI, 1997).
E, finalmente, os procedimentos analíticos têm como objetivo estabelecer os
procedimentos de análises matemáticas a serem efetuadas sobre os dados para
Referencial Metodológico
Introdução
50
estimar a validade e precisão do instrumento, e se necessário, estabelecer sua
normatização.
O passo da construção dos itens, que são a expressão da representação
comportamental do construto, se compõe das tarefas (os itens do instrumento) que
as pessoas deverão executar para que se possa avaliar a magnitude de presença do
construto (atributo).
Regras de Construção de Itens do instrumento de medida
As regras aplicam-se, em parte, à construção de cada item individualmente; e,
em parte ao conjunto dos itens que medem um mesmo construto. Além disso,
dependendo do tipo de traço a ser medido, se de aptidão ou de personalidade,
algumas das regras aplicam-se e outras não.
a) Critérios para a construção dos itens:
1. Critério comportamental: o item deve expressar um comportamento, não uma
abstração ou construto. O item deve poder permitir à pessoa uma ação clara e
precisa, de sorte que se possa dizer a ele: e faça. Assim, reproduzir um texto é
um item comportamental (Vá e reproduza...), ao passo que compreender um texto
não o é, pois a pessoa não sabe o que fazer com: Vá e compreenda...
2. Critério de objetividade ou de desejabilidade: para o caso de escalas de aptidão,
os itens devem cobrir comportamentos de fato, permitindo uma resposta certa ou
errada. O respondente deve poder mostrar se conhece a resposta ou se é capaz de
executar a tarefa proposta.
3. Critério da simplicidade: um item deve expressar uma única ideia. Itens que
introduzem explicações de termos ou oferecem razões ou justificativas o
normalmente confusos, porque introduzem ideias variadas e confundem o
respondente. Por exemplo: Gosto de feijão, porque é saudável. A pessoa pode de
fato gostar de feijão, mas não porque seja saudável; assim, ele não saberia como
reagir a tal item: se porque o feijão é gostoso ou porque é saudável. O item exprime
duas ideias.
4. Critério da clareza: o item deve ser inteligível até para o estrato mais baixo da
população-meta; daí, utilizar frases curtas, com expressões simples e inequívocas.
Frases longas e negativas incorrem facilmente na falta de clareza. Com referência
às frases negativas: normalmente elas são mais confusas do que as positivas;
consequentemente, é melhor afirmar a negatividade do que negar uma afirmação.
Por exemplo: fica mais inteligível dizer: “detesto ser interrompido” do que “não gosto
Referencial Metodológico
Introdução
51
de ser interrompido”, ou em vez de “não me sinto feliz” é melhor dizer “sinto-me
infeliz”. Nesse contexto, é preciso também não utilizar gírias, porque estas não são
em geral inteligíveis para todos os membros de uma população-meta do
instrumento, além de tipicamente ofender o estrato mais sofisticado da mesma
população, o que pecaria contra o critério número 10. Contudo, o linguajar típico da
população-meta deve ser utilizado na formulação dos itens; assim, são admissíveis
e são mais apropriadas expressões conhecidas por tal população, ainda que elas
possam parecer linguisticamente menos castiças. A preocupação aqui é a
compreensão das frases (que representam tarefas a serem entendidas, e se
possível, resolvidas), não sua elegância artística.
5.Critério da relevância (pertinência, saturação, unidimensionalidade,
correspondência): a expressão deve ser consistente com o traço (atributo, fator,
propriedade psicológica) definido, e com as outras frases que cobrem o mesmo
atributo. Isto é, o item não deve insinuar atributo diferente do definido.
6. Critério da precisão: o item deve possuir uma posição definida no contínuo do
atributo e ser distinto dos demais itens que cobrem o mesmo contínuo.
7. Critério da variedade: dois aspectos especificam este critério:
I.Variar a linguagem: o uso dos mesmos termos em todos os itens confunde as
frases e dificulta diferenciá-las, além de provocar monotonia, cansaço e
aborrecimento.
II.No caso de escalas de preferências: formular a metade dos itens em termos
favoráveis e metade em termos desfavoráveis, para evitar erro da resposta
estereotipada à esquerda ou à direita da escala de resposta.
8. Critério da modalidade: formular frases com expressões de reação modal, isto é,
não utilizar expressões extremadas, como excelente, péssimo, etc. Assim, ninguém
é infinitamente inteligente, mas a maioria é bastante inteligente. A intensidade da
reação da pessoa é dada na escala de resposta. Se o próprio item vem apresentado
em forma extremada, a resposta na escala de respostas já está viciada.
9. Critério da tipicidade: formar frases com expressões condizentes (típicas, próprias,
inerentes) com o atributo. Assim, a beleza não é “pesada”, nem “grossa”, nem
“nojenta”.
10. Critério da credibilidade (face validity): o item deve ser formulado de modo que
não apareça como ridículo, despropositado ou infantil. Itens com esta última
caracterização fazem o adulto sentir-se ofendido, irritado ou coisa similar.
Referencial Metodológico
Introdução
52
b) Critérios referentes ao conjunto dos itens (o instrumento todo):
11. Critério da amplitude: este critério afirma que o conjunto dos itens referentes ao
mesmo atributo deve cobrir toda a extensão de magnitude do contínuo desse
atributo.
12. Critério do equilíbrio: os itens do mesmo contínuo devem cobrir igual ou
proporcionalmente todos os segmentos (setores) do contínuo, devendo haver,
portanto, itens fáceis, e médios ou difíceis (para aptidões); ou fracos, moderados e
extremos (no caso das atitudes). De fato, os itens devem distribuir-se sobre o
contínuo numa disposição que se assemelhe à da curva normal: a maior parte dos
itens de dificuldade mediana e diminuindo progressivamente em direção às caudas
(itens fáceis e itens difíceis em número menor) (PASQUALI, 1999).
Quantidade de itens
Para se cobrir a totalidade ou a maior parte, ou, pelo menos, grande parte da
extensão semântica do construto, explicitada nas definições constitutivas,
normalmente exige-se, no instrumento final, um número razoável de itens. O bom
senso de quem trabalha nessa área sugere que um construto, para ser bem
representado, necessita de cerca de 20 itens. Há, evidentemente, construtos muito
simples, que raras vezes necessitam de tal número de itens, sendo suficiente
apenas meia dúzia ou menos deles.
A análise teórica dos itens
Operacionalizado o construto por meio dos itens, emerge a hipótese de que
estes representam adequadamente o construto. Contudo, é importante avaliar tal
hipótese em relação à opinião de outros. E a avaliação ou análise da hipótese
(análise dos itens) é obviamente ainda teórica, porque consiste simplesmente em
pedir outras opiniões sobre a hipótese, sendo que esses outros que a vão avaliar
ainda não são uma amostra representativa da população para a qual o instrumento
está sendo construído.
Essa análise teórica é feita por especialistas e ela comporta dois tipos
distintos de especialistas, a depender se a análise incide sobre a compreensão dos
itens (análise semântica) ou sobre a pertinência dos itens ao construto que
representam (propriamente chamada de análise dos especialistas). Assim, antes de
partir para a validação final do instrumento piloto, este deve ser submetido a uma
análise teórica dos itens através da análise semântica e análise dos especialistas.
Análise Semântica dos Itens
Referencial Metodológico
Introdução
53
A análise semântica tem como finalidade primordial verificar se todos os itens
são compreensíveis para todos os membros da população à qual o instrumento se
destina. Nela, duas preocupações são relevantes: primeiro, verificar se os itens são
inteligíveis para o estrato mais baixo (de menor habilidade) da população-meta e,
por isso, a amostra para essa análise deve ser feita com esse estrato; segundo, para
evitar deselegância na formulação dos itens, a análise semântica deverá ser feita
também com uma amostra mais sofisticada (de maior habilidade) da população-meta
(para garantir a chamada "validade aparente" do teste).
Análise dos especialistas
Esta análise é, às vezes, chamada de análise de conteúdo, porém, mais
propriamente, deve ser chamada de análise de construto, dado que precisamente se
procura verificar a adequação da representação comportamental do(s) atributo(s)
latente(s).
Nessa análise, os escolhidos devem ser especialistas na área do construto,
pois sua tarefa consiste em ajuizar se os itens estão se referindo ou não ao traço em
questão. Uma concordância de, pelo menos, 80% entre os especialistas pode servir
de critério de decisão sobre a pertinência do item ao traço a que teoricamente se
refere.
Um número de seis especialistas é considerado suficiente para realizar esta
tarefa. Itens que não atingirem uma concordância de aplicação aos fatores (cerca de
80%) obviamente apresentam problemas e seria o caso de descartá-los do
instrumento piloto.
Com o trabalho dos especialistas, ficam completados os procedimentos
teóricos na construção do instrumento de medida, os quais comportaram a
explicitação da teoria do(s) construto(s) envolvido(s), bem como a elaboração do
instrumento piloto, que constitui a representação comportamental desses mesmos
construtos e que se põe como a hipótese a ser empiricamente testada (validação do
instrumento). Essa tarefa que será iniciada com os procedimentos experimentais, os
quais consistem em coletar informação empírica válida e submetê-la às análises
estatísticas pertinentes em psicometria.
Desse modo, com o intuito de construir e avaliar as definições constitutivas e
operacionais desenvolvidas e revisar o resultado de enfermagem em questão,
consideramos suficiente a disciplina da psicometria (Pasquali, 1999), pois tal
especialidade se coaduna à proposta de nosso estudo, uma vez que contém todos
Referencial Metodológico
Introdução
54
os passos fundamentais a este tipo de pesquisa. Sobre esse método, adotamos os
procedimentos teóricos referentes à construção e avaliação das definições
constitutivas e operacionais do resultado de enfermagem NOC - Comportamento de
Prevenção de Quedas.
Para melhor visualizar a congregação dos modelos e de seus respectivos
usos nesta pesquisa, expomos adiante um esquema explicativo.
Figura 4 Esquema explicativo do referencial metodológico respectivo a cada fase
da pesquisa. Fortaleza, 2010. Fontes: Própria pesquisadora.
Modelo de Validação de Hoskins (1989)
Análise de Conceito
(Walker e Avant, 2005)
Revisão Integrativa
Formulação da
hipótese
Categorização
Amostragem
Avaliação
Interpretação
Síntese
Modelo de Análise de Conceito proposto por Walker e Avant (2005)
Objetivos
Atributos
Usos
do conceito
Caso
modelo
Caso
contrário
Antecedentes
Consequentes
Conceitos
Relacionados
Ref.
Empírico
Seleção
do
conceito
Construção das definições constitutivas e operacionais - Psicometria (Pasquali, 1999)
Definição dos
atributos
Dimensionalidade
Seleção
dos
critérios
Construção
Definição do sistema
psicológico
Validação do referencial empírico (indicadores NOC)
-
Psicometria (Pasquali, 1999)
Seleção do
s especialistas
(Fehring, 1994)
Validação do domínio, classe, título, indicadores e
definições constitutivas por especialistas
Validação das definições
operacionais por especialistas
Referencial Metodológico
Introdução
4.1 Descrição geral do es
Esta pesquisa está
revisão do
resultado de
Quedas,
mediante o refi
construção
e avaliação
indicadores.
Consideramo
objetivo, visto que
Polit,
ideal
à verificação de mé
elaborar, validar ou
avali
prática.
A pesquisa metodo
(2001),
é a investigação a
estatística, mensuração e
metodológico está intere
tangível co
m uma ferrame
HABER 2001).
Essa forma de inve
investigações e é freq
melhoramento de instrume
se
em aprimorar a confia
passíveis de
aumentar o
externa, resultantes d
(WASSERBAUER; ABRAH
Para LoBiondo-
Wo
criticamente expressivo
chamado de
psicometria
medição de um
construto
ainda que se tais ferrame
psicométricos inerentes, a
conta disso,
finalizam ess
4 Desenvolvimen
Desenvolvimento do estudo
l do estudo
está configurada como metodológica,
porqua
o de enfermagem NOC
-
Comportamento
o refinamento de comp
onentes existente
ação
de definições constitutivas e
operac
eramos e
sse escopo metodológico o mais ap
olit,
Beck e Hungler (2004) consideram
esse
e todos de obtenção, organização e anál
avaliar
i
nstrumentos e técnicas para a pe
etodológica
,
para Kerlinger (1986) apud LoBio
ção ajuizada dos aspectos teóricos e aplicad
ção e os meios de reunir e analisar os dado
interessado em identificar um construto inta
rramenta ou um protocolo de observação (LO
e investigação é
adotada para aperfeiçoar mét
freq
u
entemente empregada para o des
strumentos de col
eta de dados.
A pesquisa me
confiabilidade e a validade de ferramentas d
tar o controle e reduzir as ameaças das va
es da aplicação de instrumentos o
BRAHAM, 1995)
.
Wood
; Haber
(2001), o aspecto ma
da pesquisa metodológica abordado e
etria
. Para esses mesmos autores, a
psico
nstruto
, com ferramentas confiáveis e válida
rramentas de medição usadas pelo pesquisad
tes, as descobertas se tornam questionáveis
m esses autores,
que
nas últimas décadas, p
lvimento do estudo
55
orquanto
foi realizada a
ento de Prevenção de
stentes e po
r meio da
peracionais
para seus
ais apropriado ao nosso
esse
tipo de pesquisa
análise de dados
, por
a pesquisa ou para a
LoBiondo
-Wood; Haber
plicados da matemática,
dados. O pesquisador
to intangível e torná
-lo
ão (LOBIONDO
-WOOD;
r métodos utilizados em
desenvolvimento ou
isa metodológica
centra-
tas de coleta de dados
das validades interna e
s ou
questionários
mais significativo e
do em mensuração
, é
psicometria
lida com a
válidas.
Eles ressaltam
quisador
têm problemas
náveis ou limitadas. Por
das, pesquisadores têm
Introdução
56
adotado os princípios da psicometria para desenvolver e testar instrumentos de
medição concentrados em fenômenos de enfermagem.
Em síntese, um estudo metodológico abrange as etapas de definição do
construto a ser medido, a formulação dos itens da ferramenta, o desenvolvimento de
instruções para usuários e respondentes, e a avaliação de tal ferramenta
(LOBIONDO-WOOD; HABER 2001).
Para alcance do objetivo proposto, este estudo foi realizado em etapas inter-
relacionadas, as quais serão descritas, para melhor entendimento do processo de
desenvolvimento do estudo, de forma separada, conforme sua respectiva
metodologia, resultados e conclusões.
4.2 Etapa 1 - Análise de conceito
4.2.1 Descrição da etapa
Esta etapa da pesquisa permitiu, assim como no estudo de Chaves (2008), o
levantamento dos elementos que abrangem as múltiplas facetas do fenômeno em
estudo, além de identificar as evidências sobre a definição de quedas, os elementos
componentes da avaliação do Comportamento para Prevenção de Quedas e a
mensuração de tais elementos. A identificação de definições sobre quedas,
prevenção de quedas e fatores de risco para quedas em pacientes hospitalares foi
fundamental ao desenvolvimento das definições constitutivas e operacionais dos
indicadores do resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas.
A motivação nesta etapa, segundo Dantas (2006), ocorre pelo interesse do
pesquisador em fazer uso da metodologia da reflexão e da revisão de literatura.
Viegas (2007) complementa, ao mencionar que a revisão de literatura proporciona
uma nova visão sobre uma área, ao trazer concepções convergentes, divergentes e,
até mesmo, escassas sobre determinado tema.
Os pesquisadores, segundo Pasquali (2007), frequentemente se esquivam da
explicitação teórica preliminar e iniciam a construção do instrumento pela coleta
intuitiva e mais ou menos aleatória de uma amostra de itens. Ainda sobre isso, o
autor ressalta que a inexistência de teorias sólidas sobre um construto não deve ser
indicada como justificativa para o pesquisador fugir de toda a ponderação teórica
sobre ele. É vital levantar toda a evidência empírica disponível sobre o construto e
procurar sistematizá-la, e, assim, chegar a uma miniteoria sobre ele, que o possa
guiar na elaboração de um instrumento de medida para tal construto.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
57
Para tanto, LoBiondo-Wood; Haber (2001) afirmam a necessidade de uma
revisão de literatura sólida, específica e exaustiva, para identificar as teorias que
subjazem ao construto e para embasar a formulação de cada item da ferramenta em
construção.
4.1.1.2 Coleta de dados da etapa
Durante a concretização da etapa de análise de conceito, algumas etapas da
revisão integrativa surgiram em equivalência às etapas da análise de conceito de
Walker e Avant (2005) e, por conta disso, a execução de ambas foi realizada de
forma paralela, sendo expostas de maneira separada apenas para fins didáticos.
Assim, as etapas cursadas durante a revisão integrativa estão descritas
anteriormente à análise de Walker e Avant (2005).
Vale ressaltar ainda que, antes da execução propriamente dita da revisão
integrativa, foi realizado seu planejamento, sob a forma de construção de um
protocolo de revisão contendo: tema da revisão, problema de pesquisa da revisão,
objetivo, questões norteadoras, estratégias de busca, bases de dados selecionadas,
descritores adotados na busca, critérios de inclusão e de exclusão, instrumento
avaliação da evidência dos estudos, estratégia para avaliação crítica dos estudos e
estratégia para síntese dos dados. Tal documento está disponível no Apêndice A.
Adiante, estão descritas as etapas da revisão integrativa desenvolvidas neste
estudo.
Identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa
para a elaboração da revisão integrativa
Apesar do resultado de enfermagem sob investigação ser Comportamento de
Prevenção de Quedas, optamos por realizar uma busca sobre o conceito mais
amplo pertinente: quedas. A partir desse conceito amplo, definimos o tema da
revisão integrativa como quedas, prevenção de quedas e fatores de risco para
quedas em pacientes. Então, com vistas a contemplar esse tema, determinamos o
objetivo da revisão como: Apresentar o conhecimento produzido sobre medidas de
prevenção de quedas e fatores de risco para quedas em pacientes acima de 18
anos de idade; e sob a forma de três questões norteadoras: Qual a definição de
quedas? Que elementos compõem a avaliação do Comportamento para Prevenção
de Quedas? Como os elementos que compõem a avaliação do Comportamento para
Prevenção de Quedas podem ser mensurados?
Desenvolvimento do estudo
Introdução
58
Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/
amostragem ou busca na literatura
Posteriormente, selecionamos as bases de dados apresentadas a seguir,
adotadas para a busca bibliográfica:
Base de dados 1- Cinahl: (Cumulative Index to Nursing and Allied Health
Literature). Foi acessada por meio do portal de periódicos da CAPES (Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Base de dados 2- Pubmed: Serviço da U. S. National Library of Medicine
contém mais de 16 milhões de citações, além de incluir o Medline (Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online) e outras fontes, desde 1950.
Base de dados 3- Lilacs: (Latin American and Caribean Health Science
Literature Database), acessada pela Biblioteca Virtual em Saúde - BVS
(www.bvs.br).
Base de dados 4- Dedalus: refere-se ao Banco de Dados Bibliográficos da
USP (Universidade de São Paulo), desenvolvido pelo Sistema Integrado de
Bibliotecas da Universidade de São Paulo. A partir da base de registros
bibliográficos, o DEDALUS reúne, de forma integrada, livros e outros materiais,
títulos e coleções de publicações periódicas, dissertações/teses apresentadas à
USP, desde 1934, e a produção do Corpo Docente, gerada na USP, a partir de
1985. Este banco de dados foi acessado nas dependências da USP, por ocasião de
uma missão de estudos na referida instituição durante os meses de março e abril de
2009.
Base de dados 5- Cochrane: Uma das fontes mais acessíveis de revisões
sistemáticas e também um extenso banco de dados de ensaios clínicos, atualizado a
cada três meses. Esta base foi acessada pela BVS (www.bvs.br).
Para o levantamento dos estudos contidos nessas bases de dados,
realizamos, antecipadamente à busca, a identificação dos respectivos descritores de
cada base. Com relação ao Pubmed, utilizamos a terminologia preconizada por esta
base de dados, a saber, o vocabulário MeSH - Medical Subject Headings of U.S.
National Library of Medicine (NLM), em língua inglesa, usado para indexar estudos.
Para as demais bases de dados, empregamos o vocabulário estruturado e trilíngue
DeCS - Descritores em Ciências da Saúde, criado para uso na indexação de
estudos de revistas científicas, livros, anais de congressos, relatórios técnicos e
Desenvolvimento do estudo
Introdução
59
outros tipos de materiais, assim como para ser usado na pesquisa e recuperação de
assuntos da literatura científica nas bases de dados disponíveis pela BVS.
Em ambos os vocabulários, o termo quedas não se apresentou como
descritor-controlado, e seu sinônimo (acidente por quedas) o contemplaria o
objetivo da busca bibliográfica. Assim sendo, optamos por utilizar os descritores não
controlados quedas, risco de quedas, prevenção de quedas e suas respectivas
sinonímias.
Para efetuar o cruzamento dos três descritores não controlados adotados na
busca, utilizamos um operador booleano, geralmente empregado para relacionar
termos ou palavras em uma expressão de pesquisa. Como nossa intenção era
recuperar estudos que tivessem uma e/ou outra das palavras nos campos para onde
a pesquisa foi direcionada e eliminar a duplicidade de artigos que contivesse as
duas palavras, utilizamos o operador booleano OR.
Para a seleção dos estudos, aplicamos os seguintes critérios de inclusão:
Estudos disponíveis eletronicamente;
Estudos disponíveis nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol;
Estudos que abordassem prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes
acima de 18 anos de idade, como foco principal, e que respondessem às
questões norteadoras deste estudo;
Teses ou dissertações pertencentes ao DEDALUS as quais abordem quedas,
prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18 anos de
idade.
E, como critérios de exclusão, adotamos:
Estudos em formato de Editoriais;
Estudos em formato de Cartas ao Editor;
Estudos que não abordassem o conceito relevante para o alcance do objetivo da
revisão.
A busca bibliográfica foi realizada nos meses de maio e junho de 2009 e,
durante esse período, cada base foi acessada em um único dia e, no mesmo dia,
era esgotada a busca por publicações. Cada página de busca foi gravada e a
seleção das publicações de cada base foi realizada nos dias subsequentes. Os
processos de busca bibliográfica foram efetuados independentemente por base de
dados e, para fins de esclarecimento, são apresentados nos diagramas adiante.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
Figura 5 –
Diagrama do pr
Fortaleza, 2010. Fonte: Pr
Base de dados
Descritores não controlados
Estudos disponíveis eletronicame
Critério de inclusão: (1ª leitura)
Estudos que abordam prevenção
como foco principal
Critério de exclusão:
Estudos repetidos
Critérios de exclusão: (2ª leitura)
Editoriais
Cartas ao editor
Estudos que não abordam temát
3ª leitura: Estudos sem conceitos
Estudos
selecionados nesta base
Desenvolvimento do estudo
do processo de seleção dos estudos da Base
te: Própria pesquisadora.
mente nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol
ção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18
ática relevante ao alcance do objetivo da revisão
tos relevantes foram excluídos
se de dados
60
Base de Dados Cinahl.
Cinahl
Falls OR Risk
for falls OR
Falls
prevention
802
202
18 anos
171
102
31
21
Introdução
Figura 6 –
Diagrama do
Pubmed. F
ortaleza, 2010.
Base de dados
Descritores não controlados
Estudos disponíveis eletronicame
Critério de inclusão: (1ª leitura)
Estudos que abordam prevenção
de idade como foco principal
Critério de exclusão:
Estudos repetidos
Critérios de exclusão: (2ª leitura)
Editoriais
Cartas ao editor
Estudos que não abordam temát
3ª leitura:Estudos sem conceitos r
Estudos
selecionados nesta base
Desenvolvimento do estudo
a do processo de seleção dos estudos da
2010. Fonte: Própria pesquisadora.
mente nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol
ção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18
ática relevante ao alcance do objetivo da revisão
os relevantes foram excluídos
se de dados
61
os da Base de Dados
Pubmed
Falls OR Risk
for falls OR
Falls
prevention
858
99
18 anos
88
34
34
13
Introdução
Figura 7
Diagrama do p
Fortaleza, 2010. Fonte: Pr
Base de dados
Descritores não controlados
Estudos disponíveis eletronicame
Critério de inclusão: (1ª leitura)
Estudos que abordam prevenção
de idade foco principal
Critério de exclusão:
Estudos repetidos
Critérios de exclusão: (2ª leitura)
Editoriais
Cartas ao editor
Estudos que não abordam temát
3ª leitura: Estudos sem conceitos
Estudos
selecionados nesta base
Desenvolvimento do estudo
do processo de seleção dos estudos da Bas
te: Própria pesquisadora.
mente nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol
ção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18
ática relevante ao alcance do objetivo da revisão
tos relevantes foram excluídos
se de dados
62
a Base de Dados Lilacs.
Lilacs
Queda OU
Risco de
queda OU
Prevenção de
queda
364
30
18 anos
30
11
11
4
Introdução
Figura 8 –
Diagrama do
Dedalus. Fortaleza, 2010.
Base de dados
Descritores não controlados
Estudos disponíveis eletronicame
Critério de inclusão: (1ª leitura)
Estudos que abordam prevenção
de idade sob tratamento hospital
Critério de exclusão:
Estudos repetidos
Critérios de exclusão: (2ª leitura)
Editoriais
Cartas ao editor
Estudos que não abordam temát
3ª leitura: Estudos sem conceitos
Estudo
s selecionados nesta base
Desenvolvimento do estudo
a do processo de seleção dos estudos da
2010. Fonte: Própria pesquisadora.
mente nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol
ção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18
italar
como foco principal
ática relevante ao alcance do objetivo da revisão
tos relevantes foram excluídos
se de dados
63
os da Base de Dados
Dedalus
Queda OU
Risco de
queda OU
Prevenção de
queda
251
8
18 anos
8
8
4
4
Introdução
Figura 9 –
Diagrama do
Cochrane. Fortaleza, 2010
Base de dados
Descritores não controlados
Estudos disponíveis eletronicame
Critério de inclusão: (1ª leitura)
Estudos que abordam prevençã
anos de idade sob tratamento ho
Critério de exclusão:
Estudos repetidos
Critérios de exclusão: (2ª leitura)
Editoriais
Cartas ao editor
Estudos que não abordam temát
3ª leitura:Estudos sem conceitos
Estudos
selecionados nesta base
Desenvolvimento do estudo
a do processo de seleção dos estudos da
, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
mente nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol
nção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18
hospitalar
como foco principal
mática relevante ao alcance do objetivo da revisão
tos relevantes foram excluídos
ase de dados
64
os da Base de Dados
Cochrane
Falls OR Risk
for falls OR Falls
prevention
256
3
18
3
3
0
Introdução
Após o procedim
mencionadas, selecionam
final
para a revisão integr
divulgados no Apêndice B
Figura 10
Diagrama do
Fonte: Própria pesquisado
Esclarecemos que,
para que a
busca e a se
preferencialmente por doi
apresentou a limitação de
conta disso, preferimos inc
de busca e proceder post
de leitura de cada mate
considerável de compone
seguir.
Definição das in
categorização dos est
ud
Categorias temáticas
Para estabelecer q
ocorreu um processo exte
e setembro de 2009.
Dur
triagem de trechos que c
mediante fichamento. P
el
recurso
metodológico da a
palavras-cha
ve para a se
antecedentes de quedas,
operacionais de cada in
Cinahl
21
Pubmed
13
Desenvolvimento do estudo
cedimento da
busca
bibliográfica nas b
ionamos um total de 4
2
publicações que comp
integrativa
, como consta no Diagrama 6
. Se
ice B.
a do processo de seleção final dos estudos
isadora.
que, apesar da recomendação
de Polit, Bec
a seleção
dos artigos incluídos na revisão
or dois
revisores de forma independente,
esta
ão de ter sido executada por apenas uma
os incluir o maior número possível de artigos
r posteriormente
à exclusão dos estudos,
me
material. Assim, acreditamos ter levantado
ponentes para a
categorização dos estudo
as informações extraídas dos estudo
udos
cer quais informações seriam extraídas de
o extenso
e profundo de leitura, executado
en
Durante
a leitura de cada estu
do selecion
que considerávamos pertinentes à nossa an
elo
fato
de a revisão integrativa ter sido
o da análise de conceito proposta por Walker
a sele
ção desses trechos referiam-se à
def
edas, consequentes de quedas e à
s definiçõ
da indicador do resultado Comportamento
Lilacs
4
Dedalus
4
Cochra
Ze
65
as bases de d
ados
compuseram a amostra
. Se
us resumos estão
tudos. Fo
rtaleza, 2010.
it, Beck, Hungler
(2004)
visão
fossem realizadas
esta
etapa do estudo
uma pesquisadora.
Por
rtigos nas
etapas iniciais
mediante t
rês etapas
ntado uma quantidade
studos
apresentados a
studos selecion
ados/
s de cada publicação,
entre os meses
julho
lecionado
, efetuamos a
sa an
álise de conceito,
r sido empregada como
alker e Avant (2005), as
definição de quedas,
efinições
constitutivas e
ento de prevenção de
hrane
Zero
Total
42
Introdução
66
quedas. Seguinte a isso, foram criadas categorias temáticas referentes a cada uma
dessas palavras-chave e, as informações extraídas foram sintetizadas e
armazenadas em quadros relativos às respectivas categorias.
A partir desta seleção e extração de trechos textuais, surgiram duas grandes
categorias temáticas e suas subcategorias.
1. Conceito de quedas (categoria relativa à questão norteadora: Qual a definição de
quedas?)
2. Indicadores clínicos do Comportamento de prevenção de quedas (categoria
relativa às questões norteadoras: Que elementos compõem a avaliação do
Comportamento para Prevenção de Quedas? Como os elementos que compõem a
avaliação do Comportamento para Prevenção de Quedas podem ser mensurados?)
A primeira grande categoria temática foi pertinentemente abordada mediante
a análise de conceito proposta por Walker e Avant (2005), exposta posteriormente à
revisão integrativa.
A segunda grande categoria temática foi explicitada na sexta etapa da revisão
integrativa, referente à síntese do conhecimento.
Caracterização dos estudos incluídos na revisão integrativa
Efetuamos a caracterização das publicações durante o mês de outubro de
2009, mediante a classificação das forças de evidências para a avaliação de
pesquisas proposta por Melnyk, Fineout-Overholt (2005 apud MENDES, SILVEIRA,
GALVÃO, 2008), exposta no Quadro 4.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
67
Nível de evidência
Força de evidência
Nível 1: as evidências são provenientes de revisão sistemática ou metanálise
de todos relevantes ensaios clínicos randomizados controlados ou oriundas de
diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de ensaios clínicos
randomizados controlados;
Mais fortes
Menos forte
Nível 2: evidências derivadas de pelo menos um ensaio clínico randomizado
controlado bem delineado;
Nível 3:
evidências obtidas de ensaio
s clínicos bem delineados sem
randomização;
Nível 4: evidências provenientes de estudos de coorte e de caso
-
controle bem
delineados;
Nível 5: evidências originárias de revisão sistemática de estudos descritivos e
qualitativos;
Nível 6: evidências de
rivadas de um único estudo descritivo ou qualitativo;
Nível 7: evidências oriundas de opinião de autoridades e/ou relatório de
comitês de especialistas.
Quadro 4 – Classificação dos níveis de evidência para a caracterização dos estudos.
Fonte: MELNYK, FINEOUT-OVERHOLT (2005 apud MENDES, SILVEIRA,
GALVÃO, 2008).
Para tanto, informações fundamentais sobre os estudos (Apêndice B) foram
extraídas com base no instrumento desenvolvido por Silveira (2005) (Apêndice C), o
qual possibilitou explorar: a identificação do autor e do artigo, os objetivos propostos,
o referencial teórico utilizado, as características metodológicas, os resultados e
conclusões obtidas.
Interpretação dos resultados
A seguir, estão sintetizadas e expostas todas as evidências sobre quedas,
prevenção de quedas e fatores de risco para quedas em pacientes obtidas mediante
a análise das publicações previamente selecionadas.
Quanto a tais evidências, 42 publicações responderam a pelo menos uma das
questões norteadoras da revisão integrativa e a distribuição desses artigos encontra-
se na tabela adiante.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
68
Tabela 1 - Distribuição das publicações, segundo a força de evidência estabelecida
e o delineamento do estudo, Fortaleza, 2010.
Força de evidência
Delineamento
FA
%
I
Revisão Sistemátic
a
1
2
4,76
Diretrizes Clínicas
1
II
Estudo Clínico Randomizado Controlado
1
1
2,38
III
-
-
-
IV
Estudo Retrospectivo bem delineado
2
6
14,29
Estudo de Coorte bem delineado
3
Caso
-
controle
1
V
Revisão sistemática d
e estudos descritivos
2
2
4,76
VI
Estudo Epidemiológico
1
Transversal
12
Protocolo de ECRC
1
Estudo de validação
1
19
45,24
Construção de instrumento
1
Coorte sem bom delineamento
2
Estudo qualitativo
1
VII
Revisão de
Literatura
5
12
28,57
Perspectiva de especialistas
7
Total
42
100
Conforme podemos observar, entre os estudos analisados, destacam-se as
pesquisas com delineamento transversal (28,57%) e as perspectivas de
especialistas (16,66%).
Os estudos transversais são importantes, pois descrevem situações, status do
fenômeno de interesse ou relações entre fenômenos em um ponto fixo, além do que
são econômicos e fáceis de controlar (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004). No entanto,
alguns dos estudos transversais selecionados reconheceram em suas pesquisas a
maior limitação deste tipo de delineamento: são mais fracos do que estudos
longitudinais e apresentam dificuldade nas inferências, no momento de interpretação
dos resultados, sobretudo no que diz respeito à causalidade (SHARAF; IBRAHIM,
2008; FINKELSTEIN et al., 2007; OZCAN et al., 2005). Assim, conforme admitem os
próprios pesquisadores, estes resultados devem ser interpretados com cautela,
como prova de associação e não como de causalidade. Principalmente com relação
ao risco de quedas, estudos longitudinais seriam mais úteis na análise da relação
causal.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
69
As perspectivas de especialistas não se configuram como pesquisa, pois não
possuem metodologia, mas ainda assim estão inseridas na classificação hierárquica
dos níveis de evidência propostos por Melnyk, Fineout-Overholt (2005), mesmo que
no nível mais fraco de evidência. Tais publicações tornam-se importantes para o
nosso estudo por reunirem experiências respeitáveis de autoridades no tema
“quedas”, como Julie Swann (2007 a; 2007b; 2008a; 2008b) e seus quatro artigos na
perspectiva da prevenção de quedas.
Ainda sobre os níveis de evidência, segundo demonstrado na Tabela 1, a
maioria das publicações analisadas possuem delineamentos tipicamente descritivo,
relativos aos níveis VI e VII e, por isso, não representa evidência clínica forte. Ao
considerar o nível de evidência um fundamento para a abordagem do cuidado clínico
e do ensino, este resultado confirma a necessidade de melhoria no nível das
pesquisas de enfermagem (GALVÃO; SAWADA; TREVISAN, 2004), notadamente
sobre a temática em estudo. Mas, por tratar-se de um material de base para análise
de conceito, constatamos que tais estudos possuem elementos conceituais
importantes para fomentar a etapa posterior, e por isso, foram adotados.
Tabela 2- Distribuição dos artigos conforme o país, ano de publicação, área,
sujeitos, foco do estudo, cenário, fatores de risco para quedas e periódico. Fortaleza,
2010.
Variável
FA
%
País
Outros
12
28,58
Estados Unidos
8
19,05
Brasil
7
16,67
Austrália
5
11,90
Reino Unido
5
11,90
Não mencionado
5
11,90
Total
42
100,00
Ano de publicação
Anteriores a 2005
10
23,80
2005
6
14,29
2006
6
14,29
2007
9
21,43
2008
10
23,80
2009
1
2,39
Total
42
100,00
Área
Fisioterapia
1
2,38
Terapia Ocupacional
5
11,90
Não mencionada
6
14,28
Medicina
14
33,34
Enfermagem
16
38,09
Total
42
100,00
Área do periódico
Enfermagem em reabilitação e
3
7,14
(Continua)
Desenvolvimento do estudo
Introdução
70
segurança paciente
Demais áreas da saúde
5
11,90
Dissertação/Tese
4
9,53
Enfermagem geral
7
16,67
Publicações médicas
8
19,05
Enfermagem em outras especialidades
15
35,71
Total
42
100
Descritores
Controlados
/
Não controlados
31
73,81
Nenhum
11
26,19
Total
42
100
S
ujeitos
Adultos e idosos
18
42,86
Idosos
24
57,14
Total
42
100
Temática do
estudo
Avaliação de enfermagem sobre o risco
de quedas
1
2,38
Educação para prevenção de quedas
1
2,38
Escala de avaliação de fatores de risco
para a ocorrência de quedas
6
14,29
Fatores de risco
para a ocorrência de
quedas
34
80,95
Total
42
100,00
Cenário
Hospital e casa de repouso
1
2,38
Casa de repouso
6
14,
30
Hospital
10
23,80
Domicílio
10
23,80
Não mencionado
(não
pesquisas)
1
5
35,72
Total
42
100,00
Fatores de risco para quedas
Nº vezes citados nas publ
icações
Idade avançada
10
Condições médicas propensoras
10
Problemas no equilíbrio
11
Condições ambientais propensoras
13
Mobilidade, deambulação, marcha ou flexibilidade alteradas
13
Déficits sensoriais
19
Outros
61
Conforme podemos observar na Tabela 2, os artigos se concentraram nos
Estados Unidos da América (19,05%) e Brasil (16,67%), desenvolvidos
principalmente pela enfermagem e medicina, embora divulgados, sobretudo, em
periódicos da área médica. Verificamos que outras profissões consideradas
próximas à enfermagem (fisioterapia e terapia ocupacional) também publicaram
sobre a temática “quedas”, notadamente com relação à prevenção, conquanto a
maioria esteja no formato de opinião de especialistas, com baixo nível de evidência
e haja uma revisão sistemática de estudos descritivos (SWANN, 2008; SWANN,
2007; PING; MCMASTER; HENG, 2008).
Percebemos um incremento progressivo na produção científica neste âmbito,
exceto em 2009, uma vez que foram levantadas publicações até a metade daquele
Desenvolvimento do estudo
Introdução
71
ano. Quanto à faixa etária dos sujeitos, percebemos uma equivalência entre adultos
e idosos (42,86%) e somente idosos (57,14%), possivelmente por haver cada vez
mais a consciência de que o fenômeno das quedas não é exclusivo de crianças ou
pessoas mais velhas, como confirma revisão sistemática (EVANS et al., 2001).
Com referência ao uso de descritores, sejam eles controlados ou não,
observamos que 11 publicações (26,19%) não os mencionaram, possivelmente por
não haver espaço no periódico para isso. O único descritor controlado disponível e
compatível com o tema, tanto no vocabulário estruturado e trilíngue DeCS -
Descritores em Ciências da Saúde como no MeSH (Medical Subject Headings da
U.S. National Library of Medicine) foi accidental falls, adotado por somente cinco
artigos (11,90%). Assim, consideramos prudente nossa opção por utilizar na busca
bibliográfica descritores não controlados, também conhecidos como unitermos ou
palavras-chave. Caso contrário, poderíamos ter subtraído publicações essenciais à
construção da análise de conceito sobre “quedas”.
Quanto à temática, os fatores de risco para a ocorrência de quedas foram
abordados pela grande maioria dos artigos (80,95%), seguidos pela construção ou
validação de escalas de avaliação de fatores de risco (14,29%). Conforme
observamos nos estudos identificados, a divulgação de estratégias educativas para
a prevenção de quedas, preconizadas pela Promoção da Saúde mediante a
Declaração de Sundsvall (OPAS, 2007), mostrou-se ainda incipiente, e por isso,
deve ser mais incentivada (BONNER et al., 2008; PETERSON; BERNS, 2006).
A gestão ambiental, realizada por meio da avaliação dos registros de
enfermagem sobre fatores de risco para a ocorrência de quedas, foi foco de apenas
um artigo, insuficiente do ponto da administração em enfermagem, porém tão
essencial para a prevenção de quedas quanto às demais áreas publicadas.
Com relação ao cenário, nos artigos de pesquisa, identificamos igualdade
entre estudos em hospital e domicílio, inclusive sobre a temática prevenção de
quedas. Com isso, ponderamos que o paradigma de prevenção e promoção da
saúde referente a “quedas” possivelmente esteja modificando-se, ao transpor a
esfera da saúde comunitária e incluindo-se também no espaço hospitalar, e, quiçá,
contribuindo para a promoção de ambientes mais favoráveis à saúde de seus
pacientes, como preconiza a Declaração de Budapeste: hospitais promotores da
saúde (WHO, 1991).
Desenvolvimento do estudo
Introdução
72
Concernente aos fatores de risco para quedas identificados nas publicações,
verificamos, de forma decrescente, o predomínio de estudos sobre os déficits
sensoriais (visuais, auditivos ou proprioceptivos); condições ambientais propensoras
de quedas; mobilidade, deambulação, marcha ou flexibilidade alteradas; problemas
no equilíbrio; condições médicas propensoras de quedas ou idade avançada.
Apresentação da revisão/síntese do conhecimento
Como síntese do conhecimento, a seguir, no quadro 5, explicitamos os fatores
de risco para quedas encontrados na literatura e sua equivalência com fatores
abordados pelo diagnóstico de enfermagem da NANDA-I Risco de quedas e com os
indicadores do resultado de enfermagem Comportamento de prevenção de quedas.
Fatores de risco identificados na
literatura
Indicador
referente
ao resultado de
enfermagem NOC Comportamento de
prevenção de quedas correspondente
Fator
de risco do diagnóstico de
enfermagem Risco de quedas
correspondente
Idade avançada
NÃO SE APLICA
Idade acima de 65 anos
Condições médicas propensoras
NÃO SE APLICA
Anemias
Artrite
Condições pós
-
operatórias
Diarréia
Do
ença vascular
Hipotensão ortostática
Mudanças nas taxas de açúcar após
as refeições
Neoplasias
Neuropatia
Presença de doença aguda
Problemas no equilíbrio
NÃO SE APLICA
Equilíbrio prejudicado
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Fal
ta de sono
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Morar sozinho
Condições ambientais propensoras
Colocação de barreiras para evitar quedas
NENHUM CORRESPONDENTE
Colocação de corrimãos conforme a
necessidade
NENHUM CORRESPONDENTE
Eliminação de ág
ua derramada, manchas
brilhantes e acúmulo de objetos no chão
Ambiente com móveis e objetos em
excesso
Condições climáticas (pisos
molhados)
Prender pequenos tapetes
Tapetes espalhados pelo chão
Providência para remoção de neve e gelo
de superfícies usadas por pedestres
Condições climáticas (gelo)
Uso adequado de banquinhos e escadas
NENHUM CORRESPONDENTE
Adaptação da altura do vaso sanitário
conforme a necessidade
NENHUM CORRESPONDENTE
Adaptação da altura das cadeiras
conforme necessário
NENHU
M CORRESPONDENTE
Adaptação da altura da cama conforme a
necessidade
NENHUM CORRESPONDENTE
Uso de tapetinhos de borracha na
banheira/chuveiro
Ausência de material antiderrapante
na banheira
Ausência de material antiderrapante
no boxe do chuveiro
Desenvolvimento do estudo
Introdução
73
U
so de barras de segurança para as mãos
NENHUM CORRESPONDENTE
Uso de procedimento seguro de
transferência
NENHUM CORRESPONDENTE
Uso de iluminação adequada
Pouca iluminação
Uso de grades de cama
NENHUM CORRESPONDENTE
Imobilização
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Quarto não
familiar
Mobilidade, deambulação, marcha
ou flexibilidade alteradas
Uso correto de mecanismos auxiliares
Uso de cadeira de rodas
Uso de dispositivos auxiliares
Provisão de auxílio pessoal
NÃO SE APLICA
Dificuldade
na marcha
NÃO SE APLICA
Mobilidade física prejudicada
Déficits sensoriais
Uso de recursos de correção da visão
Déficits proprioceptivos
Dificuldades auditivas
Dificuldades visuais
Sexo feminino
NÃO SE APLICA
NENHUM CORRESPONDENTE
Peso abaixo ou
acima do normal
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Atividade física incipiente
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Medicamentos propensores de
quedas
Uso de precauções ao tomar
medicamentos que aumentam o risco de
quedas
Agentes ansiolí
ticos
Agentes anti
-
hipertensivos
Antidepressivos tricíclicos
Diuréticos
Hipnóticos
Inibidores da ECA
Narcóticos
Tranq
u
ilizantes
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Uso de álcool
Estado mental/cognitivo alterado
Controle da ag
itação e inquietação
Estado mental rebaixado
História de quedas
NÃO SE APLICA
História de quedas
Medo de cair
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Dependência de cuidados
NÃO SE APLICA
NENHUM CORRESPONDENTE
Roupas ou calçados inadequados
Uso de
sapatos amarrados e do tamanho
adequado
NENHUM CORRESPONDENTE
Depressão
NÃO SE APLICA
NENHUM CORRESPONDENTE
Força diminuída
NÃO SE APLICA
Força diminuída nas extremidades
inferiores
Anormalidade de membros
Uso correto de mecanismos auxiliares
Prótese de
membro inferior
NÃO SE APLICA
Problemas nos pés
Fraqueza
Uso correto de mecanismos auxiliares
Provisão de auxílio pessoal
NENHUM CORRESPONDENTE
Tempo de reação diminuído
Uso correto de mecanismos auxiliares
NENHUM CORRESPONDENTE
Tontura/vertigem
Prov
isão de auxílio pessoal
Vertigem ao estender o pescoço
Vertigem ao virar o pescoço
Incontinência
/urgência
NENHUM CORRESPONDENTE
Incontinência
NENHUM CORRESPONDENTE
Urgência
Quadro 5 Correspondência entre os fatores de risco para quedas identificados na
literatura, os indicadores referentes ao resultado de enfermagem NOC
Comportamento de prevenção de quedas e os fatores de risco do diagnóstico de
enfermagem Risco de quedas. Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
Os fatores de risco abordados na primeira coluna do Quadro 5 foram
mencionados como foco dos estudos levantados, embora outros fatores fossem
referidos no decorrer do artigo.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
74
A maioria dos fatores de risco identificados possui um indicador referente ao
resultado de enfermagem NOC Comportamento de prevenção de quedas
correspondente; em contrapartida, nem todos os indicadores foram contemplados
pela literatura.
Ao avaliar os indicadores do resultado de enfermagem NOC Comportamento
de prevenção de quedas, verificamos que alguns não se aplicam aos fatores de
risco identificados na literatura, outros não poderiam ser mensurados, mediante
avaliação de um comportamento, a exemplo da idade avançada, problemas no
equilíbrio, sexo feminino, história de quedas, dependência de cuidados, depressão e
força diminuída. Determinados fatores de risco são avaliados por outros resultados
de enfermagem NOC, inclusive referentes ao diagnóstico de enfermagem Risco de
quedas.
Conforme observamos, 13 dos 19 indicadores em questão dizem respeito a
comportamentos relacionados a fatores de risco ambientais, enquanto que fatores
de risco como medo de cair, peso abaixo ou acima do normal, atividade física
incipiente e incontinência ainda não são contemplados pela taxonomia NOC,
merecendo a construção de novos indicadores nesse sentido.
Sobre o fator de risco “déficits sensoriais”, a taxonomia NOC apresenta
apenas “Uso de recursos de correção da visão” e com isso, não contempla nem as
evidências encontradas e nem os fatores de risco da NANDA-I, os quais incluem os
déficits auditivos e proprioceptivos, tornando clara também a necessidade do
desenvolvimento de indicadores correspondentes a esses.
Situação semelhante ocorre com relação ao fator de risco para quedas
“Roupas ou calçados inadequados”, assinalados pelas publicações. O único
indicador NOC correspondente é “Uso de sapatos amarrados e do tamanho
adequado”, insuficiente do nosso ponto de vista, por incluir apenas sapatos e por
considerar que usar sapatos amarrados e do tamanho adequado são suficientes
para referir-se a um comportamento de prevenção de quedas. A NANDA-I (2010),
quanto a isso, não assinala nenhum fator de risco. Assim, ponderamos que tanto a
elaboração de um novo indicador NOC para uso de roupas adequadas, quanto a
modificação do rótulo do indicador referente a calçados são necessárias.
Com referência aos fatores de risco do diagnóstico de enfermagem Risco de
quedas, a “Imobilização”, correspondente ao “Uso de grades de cama” identificado
na literatura, não possui equivalente na taxonomia NOC. No entanto, o
Desenvolvimento do estudo
Introdução
75
desenvolvimento de um indicador nesse aspecto não se torna possível, no
momento, devido à falta de consenso entre os estudos sobre quando empregar as
grades de cama (PING; MCMASTER; HENG, 2008; HOFFMAN et al., 2003).
Os fatores de risco da NANDA-I “Morar sozinho”, “Uso de álcool” e “Quarto
não familiar” não apresentaram indicador NOC e nem julgamos necessário, pois,
apesar de coerentes, o foram apresentadas na literatura evidências fortes que
comprovassem a relação entre eles e a ocorrência de quedas.
Sobre os indicadores clínicos do Comportamento de prevenção de quedas
apresentamos a seguir os resultados encontrados na literatura correspondente à
categoria relativa às questões norteadoras: Que elementos compõem a avaliação do
Comportamento para Prevenção de Quedas? Como os elementos que compõem a
avaliação do Comportamento para Prevenção de Quedas podem ser mensurados?).
Os resultados estão expostos nas subcategorias “a” até “u”, concernente a
cada um dos indicadores referentes ao resultado de enfermagem NOC
Comportamento de prevenção de quedas.
a. Adaptação da altura de cadeiras
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Evita utilizar as cadeiras que são
demasiadamente baixas para sentar-
se e difíceis para levantar-se.
Akyol, A.D.
Falls in the elderly: what can be
done? International Nursing Review, v. 54,
p. 191–196, 2006.
Cinahl
-
Não se levanta apressadamente
-Não utiliza cadeiras para alcançar
objetos altos
Clemson, L.; Bundy, A. C. Cumming, R. G.;
Kay, L.; Luckett, T. Validating the Falls
Behavioural (FaB) scale for older people: A
Rasch analysis. Disability and
Rehabilitation, v. 30, n.7, p. 498 506,
2008.
Cinahl
-
Evita c
adeiras que são muito baixas,
muito altas ou muito macias que
dificultam sentar e/ou levantar.
-Evita sentar em cadeiras sem apoio
de braço
Swann, J. Fall prevention is everyone's
responsibility. Nursing e Residential Care,
June, v. 10, n. 06, p. 294-298, 2008.
Cinahl
-
Não sobe
em cadeira para pegar
objetos localizados em níveis
elevados.
Telles, A. C. M.
Prevalência, incidência,
fatores preditivos e impacto das quedas
entre pessoas idosas no município de
São Paulo: uma análise longitudinal. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2008.
Dedalus
-
Utiliza cadei
ra/poltrona
com
apoio
lateral
-Não utiliza cadeira/poltrona com
assento muito alto ou muito baixo.
Lange, C.
Acidentes domésticos em
idosos com diagnóstico de demência
atendidos em um ambulatório de Ribeirão
Preto, SP. Tese (Doutorado) Universidade
de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.
Dedalus
Quadro 6 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Adaptação da altura de cadeiras” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
76
b. Uso adequado de banquinhos e escadas
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Sobe e desce os degraus lentamente
-Sobe e desce apoiando todo o no
degrau
-Não tenta apanhar objetos enquanto está
subindo ou descendo os degraus
-Utiliza o corrimão em ambos os lados da
escada
-Utiliza o corrimão em um lado da escada
Akyol, A.D.
Falls in the elderly:
what can be done? International
Nursing Review, v. 54, p. 191–
196, 2006.
Cinahl
-
Sobe ou desce um degrau por vez co
m
concentração
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.; Luckett,
T. Validating the Falls
Behavioural (FaB) scale for older
people: A Rasch analysis.
Disability and Rehabilitation, v.
30, n.7, p. 498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Subir em banquinho para
pegar objetos
localizados em níveis elevados.
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos e
impacto das quedas entre
pessoas idosas no município
de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2008.
Dedalus
Quadro 7 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso adequado de banquinhos e escadasidentificadas na literatura
de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
c. Uso de barras de segurança para as mãos
DEF. CO
NSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Utiliza barras de apoio na banheira ou chuveiro
-Utiliza barras de apoio no vaso sanitário
Akyol, A.D.
Falls in the elderly:
what can be done?
International Nursing Review,
v. 54, p. 191–196, 2006.
Cinahl
-
Utiliza a saboneteira ou a toalheira para entrar
ou sair do Boxe ou para tomar banho.
Lange, C.
Acidentes
domésticos em idosos com
diagnóstico de demência
atendidos em um ambulatório
de Ribeirão Preto, SP. Tese
(Doutorado) Universidade de
São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.
Dedalus
-
Utiliza barras de apoio na banheira ou
chuveiro
Rubenstein, L. Z. Falls in older
people: epidemiology, risk
factors and strategies for
prevention.
Age and Ageing, v.
35, p. ii37-ii41, 2006.
Pubmed
Quadro 8- Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de barras de segurança para as mãos” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
d. Adaptação da altura da cama
Desenvolvimento do estudo
Introdução
77
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Ações que visam reduzir o risco de
quedas enquanto o paciente está
deitado ou vai deitar-se em seu
leito
-
Certifica
-
se de que cama está em uma
posição baixa
-Certifica-se de que a cama está com os
freios travados
-Utiliza as grades da cama quando julga
necessário
Akyol, A.D.
Falls in the
elderly: what can be done?
International Nursing
Review, v. 54, p. 191–196,
2006.
Cinahl
-
A
altura da cama do hospital desde o
chão até o topo da superfície do leito na
posição horizontal deve ser ajustável à
altura do joelho dos pacientes
-As camas devem ser medidas do chão
até o topo da parte central da superfície
do colchão.
Tzeng, H. M.; Yin, C. Y.
Heights of occupied patient
beds: a possible risk factor
for inpatient falls. Journal
of Clinical Nursing, v. 17,
p. 1503–1509, 2008.
Cinahl
-
As camas baixas podem tanto prevenir
quedas como minimizar o impacto das
quedas.
Ping, K.; McMaster, F. R.;
Heng, B. H. The
effectiveness of bedrails in
preventing falls. Singapore
Nursing Journal. October-
December, v. 35, n. 4, p.17,
2008.
Cinahl
-
Mantém a cama na posição mais baixa
durante utilização, salvo se impraticável.
-Mantém freios da cama travados
Poe, S. S.; Cvach, M. M.;
Gartrell, D. G.; Radzik, B.
R.; Joy, T. I. An evidence-
based approach to fall risk
assessment, prevention,
and management lessons
learned. J Nurs Care Qual,
v.21, n. 2, p. 107-116,
2005.
Cinahl
-
A
cama do paciente seja baixa o
suficiente para que ele consiga tocar o
chão com seus pés.
Hignett, S.; Masud, T. A
review of environmental
hazards associated with in-
patient falls. Ergonomics,
v. 49, n. 5-6, April- May, p.
605-616, 2006.
Cinahl
-
A cama, incluindo colchão
,
tem altura
superior a 50 cm, aumentando o risco de
cair.
Lange, C.
Acidentes
domésticos em idosos
com diagnóstico de
demência atendidos em
um ambulatório de
Ribeirão Preto, SP. Tese
(Doutorado) Universidade
de São Paulo, Ribeirão
Preto, 2005.
Dedalus
-
D
ormi
r em uma cama com a cabeceira
alta para minimizar a queda repentina da
pressão arterial.
Rubenstein, L. Z. Falls in
older people: epidemiology,
risk factors and strategies
for prevention.
Age and
Ageing, v. 35, p. ii37-ii41,
2006.
Pubmed
Quadro 9 – Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Adaptação da altura da cama” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
78
e. Colocação de corrimãos conforme a necessidade
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na
literatura
-
Utiliza corrimãos em ambos os lados da
escada ou rampa
Akyol, A.D.
Falls in the elderly: what
can be done? International
Nursing Review, v. 54, p. 191–
196, 2006.
Cinahl
-
O uso de corrimãos é
necessário se houver
uma mudança no nível do chão.
Swann, J. Reducing the risk of falls:
part two. Nursing e Residential
Care, April, v. 9, n. 4, p.170-172,
2007.
Cinahl
Quadro 10 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Colocação de corrimãos conforme a necessidade” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
f. Eliminação de água derramada, manchas brilhantes e acúmulo de objetos
no chão
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
-
Para
prevenir deslizamentos, áreas
contaminadas com detergente ou óleo devem
ser evitadas e limpas frequentemente.
Menant, J.C.; Steele, J.R.;
Menz, H.B.; Munro, B.J.
Lord, S.R. Optimizing
footwear for older people at
risk of falls. JRRD, v. 45, n.
8, p. 1167–1182, 2008.
Cinahl
Diminuir ou eliminar riscos
como obstáculos e objetos
soltos pelo chão, mantendo
o ambiente organizado.
Akyol, A.D.
Falls in the
elderly: what can be done?
International Nursing
Review, v. 54, p. 191–196,
2006.
Cinahl
-
Ao andar, obse
rva os perigos em potencial
para desviá-los ou retirá-los.
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the
Falls Behavioural (FaB)
scale for older people: A
Rasch analysis. Disability
and Rehabilitation, v. 30,
n.7, p. 498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Cabos de equipamentos soltos representam
perigo para tropeços.
-O chão empoeirado é propensor de
escorregões assim como se o chão estivesse
molhado.
Swann, J. Reducing the
risk of falls: part two.
Nursing e Residential
Care, April, v. 9, n. 4,
p.170-172, 2007.
Cinahl
-
Mantém a ordem do quarto, especialmente
piso livre de obstáculos (com especial
atenção para o caminho entre cama e o
banheiro e a cama e a cômoda)
-Mantém os objetos mais utilizados ao
alcance das mãos.
Poe, S. S.; Cvach,
M. M.;
Gartrell, D. G.; Radzik, B.
R.; Joy, T. I. An evidence-
based approach to fall risk
assessment, prevention,
and management lessons
learned. J Nurs Care Qual,
v.21, n. 2, p. 107-116,
2005.
Cinahl
Quadro 11 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Eliminação de água derramada, manchas brilhantes e acúmulo de
objetos no chão” identificadas na literatura de acordo com referência e base de
dados. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
79
g. Proporcionar iluminação adequada
DEF.
CONST
ITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
-
Utiliza
iluminação no quarto à noite
- Mantém a iluminação no banheiro à noite
Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin,
W.C.; Kernohan, G.
Assessing Risk of Falling in
Older Adults. Public Health
Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–
411, 2003.
Cinahl
-
Verifica a iluminação durante o dia para
certificar-se que haverá uma iluminação
adequada durante a noite
Akyol, A.D.
Falls in the
elderly: what can be done?
International Nursing
Review, v. 54, p. 191–196,
2006.
Cinahl
Ajustar a i
luminação para
adequar-se à capacidade de
enxergar
-
Utiliza iluminação para levantar
-
se à noite
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the
Falls Behavioural (FaB) scale
for older people: A Rasch
analysis. Disability and
Rehabilitation, v. 30, n.7, p.
498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Utiliza óculos escuros em caso de
fotossensibilidade.
Swann, J. Visual
impairments: environmentai
considerations. Nursing e
Residential Care, February,
v. 10, n. 2, p.90-92, 2008.
Cinahl
-
Vai ao b
anheiro à noite com as luzes
acesas
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores
preditivos e impacto das
quedas entre pessoas
idosas no município de
São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese
(Doutorado) Universidade
de São Paulo, São Paulo,
2008.
D
edal
us
Quadro 12 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Proporcionar iluminação adequada” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
h. Uso correto de mecanismos auxiliares
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
-
Usa bengala disponível sempre que
necessário
-Usa andador disponível sempre que
necessário
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the Falls
Behavioural (FaB) scale for
older people: A Rasch
analysis. Disability and
Rehabilitation, v. 30, n.7, p.
498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Utiliza cadeira de rodas, bengala,
andador, apoio de quatro pontos.
(Continua)
Úden, G.; Ehnfors, M.;
Sjöström, K. Use of initial risk
assessment and recording as
the main nursing intervention
and identifying risk of falls.
Journal of Advanced
Nursing, v.29, n.1, p. 145-152,
Cinahl
Desenvolvimento do estudo
Introdução
80
1999.
-
Uso adequado e correto de
andadores ou outras
tecnologias assistivas para a
prevenção de quedas.
-
U
tiliza, se necessário, bengala, andador,
muleta, cadeiras de rodas.
Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler,
M. Evidence-based protocol fall
prevention for older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 9-14,
2005.
Cinahl
-
Mecanismos auxiliares ta
mbém devem
ser verificados para garantir que todas as
porcas, parafusos e rebites estão intactos
e não existem peças soltas.
-Os locais de pega do mecanismo
auxiliar, bem como o formato devem
assegurar uma boa aderência.
Swann, J. Reducing the risk of
falls: part two. Nursing e
Residential Care, April, v. 9, n.
4, p.170-172, 2007.
Cinahl
-
Uso correto de mecanismos de
tecnologia assistiva à
dificuldade de deambular
-
Andador, bengala ou cadeiras de rodas.
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos
e impacto das quedas entre
pessoas idosas no município
de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese
(Doutorado) Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2008.
Dedal
us
Quadro 13 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso correto de mecanismos auxiliares” identificadas na literatura
de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
i. Uso de precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de
quedas
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFER
ÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
F
az uma pausa entre sentar
-
se e levantar
-
se
para assegurar o equilíbrio.
-Tenta fazer as coisas em um ritmo mais
lento
-Quando de pé, vira-se lentamente
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the Falls
Behavioural (FaB) scale for
older people: A Rasch analysis.
Disability and Rehabilitation,
v. 30, n.7, p. 498 – 506, 2008.
Cinahl
-
No uso de neurolépticos, sedativos, laxantes
intestinais ou outra medicação que aumenta
o risco de queda, descansa e espera por um
tempo curto quando se levantar da cama.
Úden, G.; Ehnfors, M.;
Sjöström, K. Use of initial risk
assessment and recording as
the main nursing intervention
and identifying risk of falls.
Journal of Advanced Nursing,
v.29, n.1, p. 145-152, 1999.
Cinahl
-
M
edicamentos
como antidepressivos
tricíclicos, benzodiazepínicos, bloqueadores
alfa-adrenégicos podem causar alterações
psicomotoras, enquanto que os bloqueadores
do canal de cálcio podem causar hipotensão,
todos esses aumentando, assim, o risco de
quedas.
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amaral,
F
.
S
.;
Martins, I.B.; Bertassi, V.C.
Identificando os fatores
relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco de Quedas”
entre idosos. Rev Bras
Enferm, Set/Out, v. 57, n. 5, p.
560-4, 2004.
Lilacs
-
As drogas mais freq
u
entemente
relacionadas às quedas são:
sedativos/hipnóticos, antidepressivos,
diuréticos, anti-hipertensivos,
vasodilatadores, antiinflamatórios não-
Guimarães, J. M. N.; Fariinatti,
P. de T. Análise descritiva de
variáveis teoricamente
associadas ao risco de quedas
em mulheres idosas. Rev Bras
Lilacs
(Continua)
Desenvolvimento do estudo
Introdução
81
ester
o
ides, analgésicos,
digitálicos e
medicação tópica ocular. A possibilidade de
risco de quedas com referência aos
medicamentos cardiovasculares não pode
ser descartada, em virtude de efeitos
colaterais como bradicardia, hipotensão,
sonolência e fadiga, no caso dos diuréticos.
O efeito dos medicamentos oculares sobre
as quedas é, provavelmente, de ordem mais
sistêmica (hipotensão, bradicardia e síncope)
do que local (constrição da pupila).
Me
d Esporte
, Set/Out
,v
. 11,
n.
5, p. 299-305, 2005.
-
Os m
edicamentos em ordem de risco
para
ocorrência de quedas são:
1º:
Benzodiazepínicos: parecem originar a
maioria dos problemas neste sentido,
2º:
Antihipertensivos: considerados em
segundo lugar após os sedativos, podem
influenciar nas quedas devido à hipotensão
postural ou diminuindo o fluxo sanguíneo
cerebral.
3º: Diuréticos: podem causam a hipotensão
especialmente quando usado em doenças
cardíacas.
4º: Fenotiazinas: podem causar reações
extrapiramidais e parkinsonismo. Pode
explicar alguma associação com as quedas.
5º:
Os antidepressivos tricíclicos: aumentam
a propensão a quedas, principalmente
quando associados com outras drogas que
podem causar hipotensão postural. Ademais,
este grupo conduz a problemas na
frequência cardíaca e efeito anticolinérgicos.
Sánchez, R. L. G.; Fernández,
M. M. R.; Alfonso, M. de J. F.;
Milián, J. R. G. Caídas en el
anciano. Consideraciones
generales y prevención.
Rev
Cubana Med Gen Integr, v. 15,
n.1, p.98-102., 1999.
Lilacs
-
Medicamentos que provoquem hipotensão
ortostática, hipóxia, hipoglicemia, sonolência
e fraqueza estão frequentemente associados
à ocorrência de quedas. Algumas drogas
catalisam essa ocorrência como os
diuréticos, os sedativos, os vasodilatadores e
os anti-inflamatórios não hormonais.
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos
e impacto das quedas entre
pessoas idosas no município
de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado)
– Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2008.
Dedalus
-
D
ormi
r
em uma cama com a cabeça erguida
para minimizar a queda repentina da pressão
arterial.
-Subir lentamente para deitar-se ou sentar-se
na cama por alguns minutos antes de
levantar-se.
-Evitar refeições pesadas.
Rubenste
in, L. Z. Falls in older
people: epidemiology, risk
factors and strategies for
prevention.
Age and Ageing,
v. 35, p. ii37-ii41, 2006.
Pubmed
Quadro 14 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco
de quedas” identificadas na literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
82
j. Providência para remoção de neve e gelo de superfícies usadas por
pedestres
Quadro 15 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Providência para remoção de neve e gelo de superfícies usadas
por pedestres” identificadas na literatura de acordo com referência e base de
dados. Fortaleza, 2010.
k. Provisão de auxílio pessoal
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAL
REFERÊNCIA
BASE
Solicita a
juda de familiares ou
amigos por meio das relações
sociais nas tarefas mais
arriscadas para quedas.
-
O auxílio pessoal mais importante parte
da família, seguida pelos vizinhos e,
então, pelos amigos
Ordem decrescente:
- Irmão, irmã, filho, filha, cônjuge
- Vizinho
- Amigo
- Pastor, padre
Huang, H.C.; Gau, M.L.;
Lin,
W.C.; Kernohan, G.
Assessing Risk of Falling in
Older Adults. Public Health
Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–
411.
Cinahl
-
Pede ajuda para alcançar objetos altos
ou baixos
-Comunica aos outros seu risco para cair
e quais ações devem ser adotadas para
impedir uma queda
-Pede ajuda para atender ao telefone
quando distante
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the
Falls Behavioural (FaB) scale
for older people: A Rasch
analysis. Disability and
Rehabilitation, v. 30, n.7, p.
498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Pede ajuda para vestir
-
se ou despir
-
se
quando se julga limitado ou incapaz
Mertens, E. I.; Halfens, R.
J.G.; Dassen, T. Using the
Care Dependency Scale for
fall risk screening. Journal of
Advanced Nursing, v.58,
n.6, p.594–601, 2007. doi:
10.1111/j.1365-
2648.2007.04265.x
Cinahl
-
Pede aj
uda sempre que julga
necessário
Poe, S. S.; Cvach, M. M.;
Gartrell, D. G.; Radzik, B. R.;
Joy, T. I. An evidence-based
approach to fall risk
assessment, prevention, and
management lessons
learned. J Nurs Care Qual,
v.21, n. 2, p. 107-116, 2005.
Cinahl
Quadro 16 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Provisão de auxílio pessoal” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACION
AIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada
na literatura
-
Cinco tipos de piso escorregadio por
gelo são avaliados:
-gelo com areia;
-gelo com cascalho;
-gelo com neve;
-gelo com sal;
-gelo sozinho.
Menant, J.C.; Steele, J.R.;
Menz, H.B.; Munro, B.J.
Lord, S.R. Optimizing
footwear for older people at
risk of falls. JRRD, v. 45, n.
8, p. 1167–1182, 2008.
Cinahl
Desenvolvimento do estudo
Introdução
83
l. Uso de sapatos amarrados e do tamanho adequado
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Sapatos de lona
-Sapatos tipo Oxford equipados com um solado único
de calcanhar chanfrado parecem oferecer suficiente
resistência para andar em superfícies molhadas, pois
possuem maior coeficiente de fricção.
suporte reforçado no calcanhar;
-calcanhar de salto baixo;
-calcanhar chanfrado;
-mecanismo de amarração;
-meia-sola mais fina que o calcanhar e firme;
-solado antiderrapante.
Menant, J.C.; Steele, J.R.;
Menz, H.B.; Munro, B.J.
Lord, S.R. Optimizing
footwear for older people at
risk of falls. JRRD, v. 45, n.
8, p. 1167–1182, 2008.
Cinahl
-
Sapatos com solado fino, antiderrapante e plano são
preferíveis.
-Sapatos de couro macios são mais confortáveis para
os pés inchados e podem melhorar o andar.
Swann, J. Reducing the
risk of faiis: part two.
Nursing e Residential
Care, April, v. 9, n. 4,
p.170-172, 2007.
Cinahl
-
Ressaltamos aqui que o calçado mais a
dequado é o
calçado fechado com sola antiderrapante.
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amaral,
F.S.; Martins, I.B.; Bertassi,
V.C.
Identificando os
fatores relacionados ao
diagnóstico de
enfermagem “Risco de
Quedas” entre idosos. Rev
Bras Enferm, Set/Out, v.
57, n. 5, p. 560-4, 2004.
Lilacs
-
totalmente vestido
-Usa meias sem calçado
Lange, C.
Acidentes
domésticos em idosos
com diagnóstico de
demência atendidos em
um ambulatório de
Ribeirão Preto, SP. Tese
(Doutorado) – Universidade
de São Paulo, Ribeirão
Preto, 2005.
Dedalus
-
pontos de tensão sobre os dedos, com salto alto, sem
sistema de amarração, excessivamente flexíveis.
Leveille, S. G.; Kiel, D.
P.;
Jones, R. N.; Roman, A.;
Hannan, M. T.; Sorond, F.
A. The MOBILIZE Boston
Study: Design and methods
of a prospective cohort
study of novel risk factors
for falls in an older
population. BMC
Geriatrics, v. 8, n. 16,
2008.
Pubmed
-
Sapatos atléticos e do tipo canvas apresenta
ram o
risco mais baixo para quedas se comparados aos
outros modelos.
Koepsell, T. D.; Wolf, M. E.;
Buchner, D. M.; Kukull, W.
A.; LaCroix, A. Z.; Tencer,
A. F. Footwear Style and
Risk of Falls in Older
Adults. American
Geriatrics Society, v. 52,
p. 1495-1501, 2004.
Pubmed
Quadro 17 - Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de sapatos amarrados e do tamanho adequado” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
84
m. Uso de tapetinhos de borracha na banheira/chuveiro
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não
identificada
na literatura
-
Utiliza tapetes de borracha na
banheira ou chuveiro
-Prende ou estende os tapetes de
borracha quando a banheira ou
chuveiro não está em uso
Akyol, A.D.
Falls in the elderly:
what can be done?
International Nursing
Review, v. 54, p. 191–196,
2006.
Cinahl
Quadro 18- Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de tapetinhos de borracha na banheira/chuveiro” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
n. Uso de procedimento seguro de transferência
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Com muito cui
dado e devagar,
transfere-se da cama para cadeira
-Faz pausa na cabeceira da cama
por um tempo, quando faz a
transferência da posição deitada
para sentada ou para levantar-se.
Úden, G.; Ehnfors, M.;
Sjöström, K. Use of initial risk
assessment and recording as
the main nursing intervention
and identifying risk of falls.
Journal of Advanced
Nursing, v.29, n.1, p. 145-
152, 1999.
Cinahl
-
O paciente senta
-
se por alguns
minutos depois de mudar da
posição horizontal para a sentada,
em seguida, levanta-se e move
suavemente suas pernas para fora
da cama. Apoio físico pode também
ser utilizado para levantar o
travesseiro com vistas a auxiliar o
levantar e sair gradual do leito.
Swann, J. Reducing the risk of
falls: part two. Nursing e
Residential Care, April, v. 9,
n. 4, p.170-172, 2007.
Cinahl
-
Transferências
devem ser
realizadas com uso de assistência
ou dispositivo de apoio.
Poe, S. S.; Cvach, M. M.;
Gartrell, D. G.; Radzik, B. R.;
Joy, T. I. An evidence-based
approach to fall risk
assessment, prevention, and
management lessons learned.
J Nurs Care Qual, v.21, n. 2,
p. 107-116, 2005.
Cinahl
Quadro 19 – Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de procedimento seguro de transferência” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
o. Uso de recursos de correção da visão
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAL
REFERÊNCIA
BASE
-
Os equipamentos de correção
visual devem estar limpos, bem
ajustados regularmente
atualizados.
Lyons, S. S.
; Adams, S.; Titler, M.
Evidence-based protocol fall
prevention for older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 9-14,
2005.
Cinahl
-
Uso de equipamentos de
correção de níveis de visão
compatíveis com as necessidades
especificas do indivíduo em suas
tarefas diárias.
(Continua)
Swann, J. Visual impairments:
environmentai considerations.
Nursing e Residential Care,
February, v. 10, n. 2, p.90-92,
2008.
Cinahl
Desenvolvimento do estudo
Introdução
85
-
Ó
culos b
ifocais ou multifocais
podem distorcer a visão quando
se olha para cima ou para baixo e
pode ser mais seguro ter dois
pares de óculos em vez disso.
Swann, J. Reducing the risk of
falls: part one. Nursing e
Residential Care, March, v. 9, n.
3, p.120-122, 2007.
Cinahl
-
Uso de recursos para melhorar a
capacidade de ver objetos e
obstáculos do ambiente ou para
compensar a diminuição da
acuidade visual.
-
Os óculos ou outros recursos
visuais devem promover a
visualização adequada de:
-Degraus,
-Soleiras de portas
-Tapetes
-Piso liso, escorregadio ou úmido
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amara
l,
F
.
S
.;
Martins, I.B.; Bertassi, V.C.
Identificando os fatores
relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco de Quedas”
entre idosos. Rev Bras Enferm,
Set/Out, v. 57, n. 5, p. 560-4,
2004.
Lilacs
-
Os recursos de correção visual
devem proporcionar
adequadamente acuidade visual,
sensibilidade de contraste e
campo de visão e percepção de
profundidade.
Guimarães, J. M. N.; Far
inatti, P.
de T. Análise descritiva de
variáveis teoricamente associadas
ao risco de quedas em mulheres
idosas. Rev Bras Med Esporte,
Set/Out ,v. 11, n. 5, p. 299-305,
2005.
Lilacs
-
Óculos com lentes multifocais
(bifocais, trifocais ou lentes
progressivas) representam um
fator de risco para quedas,
recomendando, assim, o uso de
lentes únicas para longe ao invés
das multifocais, para visualizar
melhor degraus e saídas.
Lord, S. R. Visual risk factors for
falls in older people. Age and
ageing, v. 35, n. S2, p. ii42-ii45,
2006.
Pubmed
Quadro 20 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de recursos de correção da visão” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
p. Uso correto do sistema de alarme
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Uso correto de dispositivo de alarme que
trará ajuda em caso de queda
-
Sabe utilizar o sistema de alarme
-Alcança o sistema de alarme
Akyol, A.D.
Falls in
the elderly: what can
be done?
International
Nursing Review, v.
54, p. 191–196, 2006.
Cinahl
Quadro 21 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso correto do sistema de alarme” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
q. Controle da continência/incontinência urinária/intestinal
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACION
AL
REFERÊNCIA
BASE
-
Faz uso de estratégias ou
auxílio pessoal para conter ou
administrar no leito a excreção
voluntária de urina e/ou fezes
(Continua)
Mertens, E. I.; Halfens, R. J.G.;
Dassen, T. Using the Care
Dependency Scale for fall risk
screening. Journal of Advanced
Nursing, v.58, n.6, p.594–601,
2007. doi: 10.1111/j.1365-
2648.2007.04265.x
Cinahl
Desenvolvimento do estudo
Introdução
86
-
Utiliza
-
se
de estratégias ou
auxílio pessoal para conter ou
administrar a nictúria.
-Nictúria frequente está associada
a quedas, provavelmente pela
dificuldade para se levantar e
caminhar até o banheiro
rapidamente à noite.
Akyol, A.D.
Falls in the elderly:
what can be done? International
Nursing Review, v. 54, p. 191–
196, 2006.
Cinahl
-
A
lternativas de
toilet
para o uso
do sanitário com vistas a
minimizar a intenção de sair da
cama para urinar ou defecar.
Ping, K.; McMaster, F. R.; Heng,
B. H. The effectiveness of bedrails
in preventing falls. Singapore
Nursing Journal. October-
December, v. 35, n. 4, p.17, 2008.
Cinahl
-
Utiliza ferramentas para al
iviar a
incontinência urinária,
incontinência fecal, nictúria ou
outros tipos de sintomas do trato
urinário que possam aumentar o
risco de cair.
Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler, M.
Evidence-based protocol fall
prevention for older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 9-14,
2005.
Cinahl
-
U
so seguro e apropriado de
aparelhos de mobilidade do leito
ao banheiro que podem reduzir o
risco de quedas.
Swann, J. Reducing the risk of
falls: part one. Nursing e
Residential Care, March, v. 9, n.
3, p.120-122, 2007.
Cinahl
-
Conserva o urinol ao alcance do
paciente
Hoffman, S. B.; Powell
-
Cope, G.;
MacClellan, L.; Bero, K. A Bed
safety project for frail older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 34-42,
2003.
Cinahl
-
Uso de recurs
os alternativos
para o desejo do paciente em
levantar-se do leito ou para o
atendimento das necessidades
humanas básicas de eliminação
(diurese ou evacuação)
Decesaro
, M. da N.;
Padilha
, K. G.
Iatrogenia na assistência de
enfermagem durante internação
em UTI: queda de pacientes.
Revista Ciência, Cuidado e
Saúde,
v. 1, n. 1, p. 159-162,
2002.
Lilacs
-
Uso de mecanismos para aliviar
a necessidade miccional de
dirigir-se frequente e
rapidamente ao banheiro.
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos e
impacto das quedas entre
pessoas idosas no município de
São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2008.
Dedalus
-
N
ecessit
a
de assistência
para a
frequente utilização do sanitário
-Utiliza laxante constantemente
-Possui diarréia ou incontinência
-Evita ingesta hídrica antes de
dormir
-Utilização de fraldas noturnas
Evans, D.; Hodgkinson, B.;
Lambert, L.; Wood, J. Falls risk
factors in the hospital setting: A
systematic review. International
Journal of Nursing Practice, v.7,
p. 38–45, 2001.
Pubmed
Quadro 22 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
novo indicador NOC “Controle da continência/incontinência urinária/intestinal”
identificadas na literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
87
r. Controle do medo de cair
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAL
REFERÊNCIA
BASE
-
“Tem medo de cair ao
desempenhar alguma dessas
atividades?” (Sem ordem)
-Tomar um banho ou ducha
-Andar a pé
-Deitar e levantar da cama
-Levantar para atender ao
telefone
-Sentar e levantar da cadeira
-Vestir-se e despir-se
-Alcançar em armários ou closets
-Entrar e sair do banheiro
-Executar a higiene pessoal
-Levantar para acender as luzes
Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.;
Kernohan, G. Assessing Risk of
Falling in Older Adults. Public Health
Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
“Em geral, você tem medo de
cair? Para cada uma das
seguintes atividades, por favor,
responda a opção que está mais
próximo da sua própria opinião
para mostrar o quanto você está
preocupado com o que pode
fazer você cair.”
Atividades:
Vestir-se ou despir-se
Tomar um banho ou ducha
Sentar ou levantar de uma
cadeira
Subir ou descer escadas
Andar pela enfermaria
Alcançar algo acima de sua
cabeça ou no chão
Atender ao telefone antes que ele
pare de tocar
Caminhar sobre uma superfície
escorregadia (por exemplo,
molhada ou com gelo)
Caminhar sobre uma superfície
irregular (por exemplo, solo
rochoso, manutenção do
pavimento)
Subir ou descer uma rampa
Opções:
1. Nem um pouco preocupado
2. Um pouco preocupado
3. Preocupado por justa causa
4. Muito preocupado
Kempen, G. I. J.; Todd, C.J.; Van
Haastregt, J. C. M.; Zijlstra, G. A. R.;
Beyer, N.; Freiberger, E.; Hauer, K. A.;
Piot-Ziegler, C. Cross-cultural
validation of the Falls Efficacy Scale
International (FES-I) in older people:
Results from Germany, the
Netherlands and the UK were
satisfactory. Disability and
Rehabilitation, January, v.29, n.2,
p.155 – 162, 2007.
Cinahl
-
Controle da
autoperc
epção
de
baixa eficácia para evitar
quedas durante atividades
essenciais, não-perigosas do
cotidiano.
Sharaf, A. Y.; Ibrahim, H. S. Physical
and psychosocial correlates of fear of
falling among older adults in assisted
living facilities. Journal of
Gerontological Nursing, v. 34, n. 12,
p. 27-35, 2008.
Cinahl
Controle da
baixa
autoeficácia
para evitar quedas durante as
atividades essenciais não-
perigosas da vida diária (AVD)
(Continua)
Gomez, F.; Curcio, C.L. The
development of a fear of falling
interdisciplinary intervention program.
Clinical Interventions in Aging, v. 2, n.
4, p. 661-667, 2007.
Pubmed
Desenvolvimento do estudo
Introdução
88
O
medo de cai
r tem sido usado
para descrever perda de
confiança e de restrição
voluntária de atividade após
uma queda que é
desproporcional às lesões
físicas causadas.
O quão seguro você é para:
(respostas de 1-10, variando de
nenhum medo ao medo máximo,
respectivamente)
-Tomar banho ou ducha
-Caminhar pela enfermaria
-Sentar ou levantar da cama
-Atender ao telefone distante
-Sentar ou levantar da cadeira
-Vestir-se ou despir-se
-Subir ou descer degraus
-Curvar-se e pegar um chinelo no
chão na frente de um armário
-Ficar de ponta-de-pé para
alcançar algo acima da sua
cabeça
-Subir ou descer uma rampa
Parry, S.W.; Galloway, S.
R.; Kenny,
R. A. Bond, J. Falls and confidence
related quality of life outcome
measures in an older British cohort.
Postgrad Med J, v. 77, p.103–108,
2001.
Quadro 23 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao novo
indicador NOC “Controle do medo de cair” identificadas na literatura de acordo com
referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
s. Controle do peso
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAL
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Em ordem crescente de risco de
cair:
-Baixo peso (IMC < 18,5) 7%
chance mais chance de cair do
que com IMC normal
-Sobrepeso (25 IMC 29,9)
15% mais chance de cair do que
com IMC normal
-Obesidade grau I (30 IMC ≤
34,9) 32% mais chance de cair
do que com IMC normal
-Obesidade classe II (35 IMC
39,9) 40% mais chance de cair
do que com IMC normal
-Obesidade grau III (IMC 40)
84% mais chance de cair do que
com IMC normal
Os resultados mostram uma clara
associação entre o IMC e a
probabilidade de causar um
ferimento. A elevação do IMC está
causando o aumento das taxas de
lesão, a incidência de lesões,
incluindo aquelas relacionados às
quedas, entorses / luxações,
fraturas de membros inferiores, e
luxações conjuntas. Então, o risco
de sofrer lesões é diretamente
proporcional ao nível de
obesidade.
A chance de cair passa de 15%
(sobrepeso) para 48% para quem
tem IMC > 40.
Finkelstein, E. A.; Chen, H.;
Prabhu, M.; Trogdon, J. G.; Corso,
P.S. The relationship between
obesity and injuries among U.S.
adults. American Journal of Health
Promotion. May/June, v. 21, n. 5,
p. 460-468.
Cinahl
-
Baixo peso corporal figura
-
se
como risco para quedas e lesões.
Hoffman, S. B.; Powell
-
Cope, G.;
MacClellan, L.; Bero, K. A Bed
Cinahl
Desenvolvimento do estudo
Introdução
89
safety project for frail older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 34-42,
2003.
-
As pessoas obesas costumam
apresentar estrutura física
desigual e maior, de maneira que
o corpo não consegue suportar,
comprometendo o equilíbrio.
-O IMC baixo causa risco de
quedas devido à fragilidade ou
instalação do processo de
fragilização, deixando o indivíduo
mais suscetível a cair.
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos e
impacto das quedas entre
pessoas idosas no município de
São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2008.
Dedalus
Emagrecimento acentuado
Lange, C.
Acidentes domésticos
em idosos com diagnóstico de
demência atendidos em um
ambulatório de Ribeirão Preto,
SP. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo,
Ribeirão Preto, 2005.
Dedalus
Quadro 24 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao novo
indicador NOC “Controle do peso” identificadas na literatura de acordo com referência e
base de dados. Fortaleza, 2010.
t. Uso de roupas do tamanho adequado
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. O
PERACIONAL
REFERÊNCIA
BASE
-
Os fatores extrínsecos
para a
ocorrência de quedas incluem
pijamas com calças muito largas.
Sánchez, R. L. G.; Fernández, M.
M. R.; Alfonso, M. de J. F.; Milián,
J. R. G. Caídas en el anciano.
Consideraciones generales y
prevención.
Rev Cubana Med
Gen Integr, v. 15, n.1, p.98-102.
Lilacs
-
Entre os fatores extrínsecos à
queda, destacam-se o uso de
roupas muito longas e deambular
de meias
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos e
impacto das quedas entre
pessoas idosas no município de
São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2008.
Dedalus
-
Usa roupas longas e/ou largas
Lange, C.
Acidentes domésticos
em idosos com diagnóstico de
demência atendidos em um
ambulatório de Ribeirão Preto,
SP. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo,
Ribeirão Preto, 2005.
Dedalus
Quadro 25 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
novo indicador NOC “Uso de roupas do tamanho adequado” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
90
u. Uso correto de recursos de correção auditiva
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAL
MEDIDA
REFERÊNCIA
BASE
-
O recurso de correção
auditiva deve ser capaz
de detectar claramente:
-Aproximação de
carrinhos,
-Aproximação de uma
cadeira de rodas
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amaral,
F.S.; Martins, I.B.;
Bertassi, V.C.
Identificando os fatores
relacionados ao
diagnóstico de
enfermagem “Risco de
Quedas” entre idosos.
Rev Bras Enferm,
Set/Out, v. 57, n. 5, p.
560-4, 2004.
Lilacs
-
Estudos mostram que a
questão “Você sente que
tem perda auditiva?” tem
alta sensibilidade,
especificidade e valor
preditivo positivo,
sugerindo que deva ser
considerada como forte
indicativo de perda
auditiva.
Adaptada: “Como você
acha que está sua
capacidade de ouvir”
(para quem usa aparelho
auditivo, a questão deve
ser feita ao paciente com
o aparelho em seu
ouvido)
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos
de avaliação de risco
de quedas em idosos
com fibrilação atrial.
Tese (Doutorado)
Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
-
Refere diminuição na
acuidade auditiva como
diminuição das “pistas
ambientais
Telles, A. C. M.
Prevalência, incidência,
fatores preditivos e
impacto das quedas
entre pessoas idosas
no município de São
Paulo: uma análise
longitudinal. Tese
(Doutorado)
Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2008.
Dedalus
O senhor usa aparelho
de audição?
1-Sim, com melhora total
2-Sim, com melhora
parcial
3-Não, mas necessitaria
4-Não, não tem
necessidade
Como o senhor
considera que está sua
audição no momento?
(sem o aparelho, se for o
caso)
1-Surda
2-Ruim
3-Regular
4-Boa
(Continua)
Lojudice, D. C.
Quedas
de idosos
institucionalizados:
ocorrência e fatores
associados. Dissertação
(Mestrado)
Universidade de São
Paulo, Ribeirão Preto,
2005.
Dedalus
Desenvolvimento do estudo
Introdução
91
5
-
Excelente
Não consegue ouvir
adequadamente a
mensagem dos outros
Lange, C.
Acidentes
domésticos em idosos
com diagnóstico de
demência atendidos em
um ambulatório de
Ribeirão Preto, SP.
Tese (Doutorado)
Universidade de São
Paulo, Ribeirão Preto,
2005.
Dedalus
Não necessi
ta ou usa
adequadamente
recurso para corrigir a
incapacidade de seguir
uma conversação ou
ouvir sons de objetos
se aproximando.
Uma audição deficiente
foi definida como a
incapacidade de seguir
uma conversação, com
ou sem aparelho auditivo
Vassallo, M.; Vignaraja,
R.; Sharma, J. C.; Briggs,
R. Predictors for falls
among hospital inpatients
with impaired mobility.
Journal of the Royal
Society of Medicine, v.
97, p. 266-269, 2004.
Pubmed
Quadro 26 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
novo indicador NOC “Uso correto de recursos de correção auditiva” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Sobre os indicadores NOC anteriormente apresentados, vale ressaltar que
estes são referentes a uma versão preliminar a qual foi utilizada como fundamento
para a construção propriamente dita das definições constitutivas e operacionais,
mediante o uso dos critérios e orientações da psicometria (PASQUALI, 2003).
Destacamos também que as definições constitutivas de alguns indicadores, bem
como complementações das definições operacionais foram desenvolvidas com base
na literatura formal (livros-texto) e na experiência dos pesquisadores, porquanto não
foram identificadas nas publicações analisadas.
Análise do conceito “quedas” mediante modelo proposto por Walker e Avant
(2005)
Fundamentados nas informações colhidas durante a revisão integrativa,
executamos a análise do conceito “quedas” mediante o modelo proposto por Walker
e Avant (2005). Cada etapa da análise de conceito, seus respectivos métodos e
resultados estão pormenorizados a seguir. Apesar de discutidas como sequenciais,
na verdade elas são interativas, de acordo com Walker e Avant (2005), e ocorreram
concomitantemente à revisão integrativa.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
92
Seleção de um conceito
Segundo Walker e Avant (2005), a seleção do conceito deve ser feita com
cuidado, baseada no interesse do pesquisador, sua prática ou problema de
pesquisa. No caso desta etapa do estudo, o problema de pesquisa refere-se aos
comportamentos de prevenção de quedas.
Ao atentarmos para o título do resultado de enfermagem estudado,
Comportamento de prevenção de quedas, isolamos três possíveis conceitos-chave:
Comportamento;
Prevenção;
Quedas.
Contudo, ponderamos que o seria necessário, nem tampouco viável
realizar uma análise de conceito profunda sobre todos eles. Para o modelo de
análise de conceito adotado, a seleção do conceito deve refletir o tema ou área de
maior interesse, ou seja, deve ser um conceito fundamental e ao mesmo tempo
viável, para que seja isolado, examinado, o significado em seus vários contextos,
limites, e relevância. Além disso, se recomenda evitar termos primitivos que possam
ser definidos apenas ao apontar exemplos ou, ao contrário, termos que são tão
amplos que podem abranger vários significados e confundir a análise.
Assim, selecionamos o conceito quedacomo foco da análise de conceito,
por considerarmos ser o tema de maior interesse, fundamentalmente relacionado ao
problema de pesquisa e suficientemente amplo para ser isolado e analisado, a partir
do qual executaríamos a construção das definições de interesse da pesquisa.
Determinação dos objetivos ou fins da análise do conceito “queda”
Segundo preconizado por Walker e Avant (2005), o objetivo da análise de
conceito, no essencial, deve responder à pergunta: "Por que esta análise será
executada?". Além disso, deve ser selecionado pelo próprio pesquisador, com
antecedência, para orientá-lo durante toda a análise. De tal modo, o objetivo foi:
Realizar a análise de conceito do termo “queda” para identificar os usos
(definições), os atributos críticos, os possíveis antecedentes, os consequentes,
referenciais empíricos, bem como esclarecer o que não retrata o fenômeno.
O modelo de análise ressalta ainda que a seleção dos usos específicos do
conceito deve refletir os objetivos da análise. Ao seguirmos essa recomendação,
apresentamos adiante a identificação de usos do conceito “queda” na literatura.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
93
Identificação de usos do conceito “queda”
De acordo com Walker e Avant (2005), um conceito é expresso por uma
palavra ou expressão na língua e, por isso, uma análise de um conceito deve,
forçosamente, ser uma análise da palavra descritiva e de sua utilização. É, em
última instância, um exame cuidadoso e descritivo de uma palavra ou expressão e
de seu uso na linguagem, juntamente com uma explicação de como ele é e como
não é relacionado a outras palavras ou termos, para transmitir significados reais e
possíveis.
De maneira primitiva, “queda” origina-se do termo latino cadita e é definida
como:
1. Ação ou efeito de cair;
2. Movimento do corpo que cai, descida, caída.
3. Salto de água.
4. Desmoronamento, ruína, tombo; perda de influência e de poder
5. Declive da montanha; inclinação, desfiladeiro, ravina.
6. Perdição moral; erro, pecado, culpa.
7. Descrédito.
8. Passagem da opulência e da felicidade à pobreza e desgraça.
9. Descaída, desvio, ou quebra da linha reta, para plano inferior.
10. Diminuição de intensidade, quantidade, tensão etc., a que se pode atribuir
altura variável
11. Perda, desprendimento de parte de um organismo animal ou vegetal:
Queda do cabelo, queda das folhas.
12. Pendor, jeito, inclinação, propensão, vocação, tino, tendência.
13. Uma série de doze jogos no truque.
14. Lance completo de qualquer jogo; partida (TREVISAN, 2007).
Segundo Walker e Avant (2005), as definições podem mudar quando o
conceito é usado em um contexto diferente daquele em estudo. No contexto de
nossa investigação, consideramos ação ou efeito de cair; movimento do corpo que
cai, descida, caída; descaída, desvio, ou quebra da linha reta, para plano inferior
como sinonímias para a palavra “queda”. Verificamos, a partir da confluência dos
termos citados, que a definição constitutiva de “queda” deve referir-se a uma ação
contendo características específicas e deve findar em outro lugar.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
94
Assim, para dar início à análise do conceito “queda”, apresentamos
primeiramente as definições encontradas na literatura para o termo “queda”.
DE
FINIÇÃO QUEDA
REFERÊNCIA
BASE
“... uma mudança súbita e inesperada na
posição em que o mecanismo estático e de
fixação do corpo falha e, a resposta voluntária
ou reflexa para corrigir este desequilíbrio é
inadequada.”
Sehested; Severin
-
Nielsen (1977)
-
cit
ado por Decesaro,
M. da N.; Padilha, K. G. Iatrogenia na assistência de
enfermagem durante internação em UTI: queda de
pacientes. Revista Ciência, Cuidado e Saúde, v. 1, n. 1,
p. 159-162, 2002.
Lilacs
a
ida
involuntária
para o
solo ou um n
ível
inferior, com ou sem perda de consciência”
Campbell, Reinken, Allan, Martinez (1981)
-
citado por
Velde, N. van der; Stricker, B. H.; Cammen, T. M. van
der. Risk of falls after withdrawal of fall-risk-increasing
drugs: a prospective cohort study. British Journal of
Clinical Pharmacology, v. 63, n.2, 232–237, 2006.
Pubmed
“... chegada
não intencional
ao solo
ou a um
nível mais baixo...”
(Kellogg International Work Group on the Prevention of
Falls by the Elderly (1987)- citado por Leveille, S. G.;
Kiel, D. P.; Jones, R. N.; Roman, A.; Hannan, M. T.;
Sorond, F. A. et al. The MOBILIZE Boston Study: Design
and methods of a prospective cohort study of novel risk
factors for falls in an older population. BMC Geriatrics, v.
8, n. 16, 2008.
Pubmed
“...
uma mudança súbita e i
nvoluntária na
posição de um indivíduo ao chão ou a um
nível inferior (um objeto, o chão, ou o solo)...”
Tinetti, Baker, Dutcher, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado
por Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G.
Assessing Risk of Falling in Older Adults. Public Health
Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411, 2003.
Cinahl
“...
ida
não intencional
ao chão, ao solo ou a
outro nível mais baixo da posição vertical, da
posição sentada ou da posição horizontal”
Agostini et al. (2001)
-
citado por Lyons, S. S.; Adams,
S.;
Titler, M. Evidence-based protocol fall prevention for
older adults. Journal of Gerontological Nursing,
November, p. 9-14, 2005.
Cinahl
“... u
m evento em que um indivíduo vai ao
chão ou outro nível inferior com ou sem perda
de consciência.”
National
Institute of Health and Clinical Excellence
-
NICE
(2004)- citado por Swann, J. Fall prevention is everyone's
responsibility. Nursing e Residential Care, June, v. 10,
n. 06, p. 294-298, 2008.
Cinahl
“... uma mudança inesperada de posição, não
intencional que faz com que o indivíduo se
desloque para um nível inferior à posição
inicial, por exemplo, sobre um mobiliário ou no
chão, com incapacidade de correção em
tempo hábil e sem perda de consciência
prévia.”
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de
avaliação de risco de quedas em idosos com
fibrilação atrial. Tese (Doutorado) – Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
Quadro 27 Definições encontradas na literatura para o termo “queda”. Fortaleza,
2010.
Conforme percebemos, o fenômeno “queda” é definido objetivamente pelos
autores e tais significações são complementares entre si e, de forma alguma,
contraditórias, de modo que cada uma enfatiza os pontos julgados como essenciais
para caracterizar o evento. A definição mais antiga identificada por Sehested e
Severin-Nielsen (1977) e citada por Decesaro e Padilha (2002) destaca o
mecanismo fisiológico envolvido na queda, enquanto Tinetti et al., (1997) citados por
Huang et al., (2003) apontam onde pode começar e finalizar a queda. O National
Institute of Health and Clinical Excellence (2004) citado por Swann (2008) ressalta o
Desenvolvimento do estudo
Introdução
95
indivíduo como sujeito da queda e seu estado de consciência, ao passo que Agostini
et al. (2001) citados por Lyons, Adams e Titler (2005), enfatizam a relação
sujeito/ação e as diversas posições de partida para a ocorrência da queda.
Segundo Wilson (2005), o significado de um termo refere-se aos elementos
significativos que aparecem nos usos da palavra e que a tornam compreensível. A
partir desse ponto inicial e mediante a análise das definições identificadas na
literatura referentes ao termo “queda”, foi possível destacarmos sete itens que
refletem os atributos essenciais ao conceito em questão, quais sejam: sujeito, ação,
relação sujeito/ação, temporalidade, ponto de partida/ ponto de chegada,
causa, estado de consciência, apresentados e discutidos a seguir.
Determinação dos atributos que definem o termo “queda”
Segundo Araújo e Garcia (2006), atributos são as características que
descrevem o conceito em questão, ou seja, os comportamentos observáveis que
demonstram a ocorrência do conceito. Segundo o modelo adotado, determinar os
atributos que definem o conceito é o coração da análise. Nesse sentido, os
conceitos devem conter dentro de si os atributos ou características que os tornam
únicos e diferentes de outros. Assim, conceitos são detentores de características ou
atributos definidores que permitem decidir quais fenômenos correspondem a si. O
esforço deve ser concentrado para mostrar o conjunto de atributos mais
frequentemente associado ao conceito e que permitem que o analista tenha a mais
ampla visão sobre o conceito (WALKER e AVANT, 2005).
Diante disso, a proposta desta etapa da análise de conceito foi identificar, nas
publicações selecionadas, as características subjacentes ao conceito “queda”, com
vistas a clarificar e proporcionar objetividade à sua definição.
ATRIBUTOS
REFERÊNCIA
BASE
Ação
Mudança ou deslocamento de
posição da posição vertical, da
posição sentada ou da posição
horizontal
Tinetti, Baker, Dutche
r, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado por Huang,
H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk of Falling
in Older Adults. Public Health Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de avaliação de
risco de quedas em idosos com fibrilação atrial. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
Sehested; Severin
-
Nielsen (1977)
-
citado por Decesaro, M. da N.;
Padilha, K. G. Iatrogenia na assistência de enfermagem durante
internação em UTI: queda de pacientes. Revista Ciência,
Cuidado e Saúde,
v. 1, n. 1, p. 159-162, 2002.
Lilacs
Relação sujeito/ação
Desenvolvimento do estudo
Introdução
96
Involuntária, não intencional,
inadvertida
Tinetti, Baker, Dutcher, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado por Huang,
H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk of Falling
in Older Adults. Public Health Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
Agostini et al. (2001)
-
citado por Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler, M.
Evidence-based protocol fall prevention for older adults. Journal of
Gerontological Nursing, November, p. 9-14, 2005.
Cinahl
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de avaliação de
risco de quedas em idosos com fibrilação atrial. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
(Kellogg
International Work Group on the Prevention of Falls by the
Elderly (1987)- citado por Leveille, S. G.; Kiel, D. P.; Jones, R. N.;
Roman, A.; Hannan, M. T.; Sorond, F. A. et al. The MOBILIZE
Boston Study: Design and methods of a prospective cohort study
of novel risk factors for falls in an older population. BMC
Geriatrics, v. 8, n. 16, 2008.
Pubmed
Campbell, Reinken, Allan, Martinez (1981)
-
citado por
Velde, N.
van der; Stricker, B. H.; Cammen, T. M. van der.
Risk of falls after
withdrawal of fall-risk-increasing drugs: a prospective cohort study.
British Journal of Clinical Pharmacology, v. 63, n.2, 232–237,
2006.
Pubmed
Temporalidade
Súbita, inesperada
Tinetti, Baker, Dutcher, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado por Huang,
H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk of Falling
in Older Adults. Public Health Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
Sehested; Severin
-
Nielsen (1977)
-
citado por Decesaro, M. da N.;
Padilha, K. G. Iatrogenia na assistência de enfermagem durante
internação em UTI: queda de pacientes. Revista Ciência,
Cuidado e Saúde,
v. 1, n. 1, p. 159-162, 2002.
Lilacs
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de avaliação de
risco de quedas em idosos com fibrilação atrial. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
Ponto de partida/ ponto de chegada
Da própria altura ou nível mais alto
ao chão, para nível inferior à
posição inicial
Tinetti, Baker, Dutcher, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado por Huang,
H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk of Falling
in Older Adults. Public Health Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
National Institute of Health and Clinical Excellence
-
NICE (2004)
-
citado por Swann, J. Fall prevention is everyone's responsibility.
Nursing e Residential Care, June, v. 10, n. 06, p. 294-298, 2008.
Cinahl
Agostini et al. (2001)
-
citado por Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler, M.
Evidence-based protocol fall prevention for older adults. Journal of
Gerontological Nursing, November, p. 9-14, 2005.
Cinahl
Sant
os, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de avaliação de
risco de quedas em idosos com fibrilação atrial. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
Tideiksaar (1996)
-
citado por Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos e impacto das quedas entre
pessoas idosas no município de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2008.
Dedalus
(Kellogg International Work Group on the Prevention of Falls by the
Elderly (1987)- citado por Leveille, S. G.; Kiel, D. P.; Jones, R. N.;
Roman, A.; Hannan, M. T.; Sorond, F. A. et al. The MOBILIZE
Boston Study: Design and methods of a prospective cohort study
of novel risk factors for falls in an older population. BMC
Geriatrics, v. 8, n. 16, 2008.
Pubmed
Campbell, Reinken, Allan, Martinez (1981)
-
citado por
Velde, N.
van der; Stricker, B. H.; Cammen, T. M. van der.
Risk of falls after
withdrawal of fall-risk-increasing drugs: a prospective cohort study.
Pubmed
Desenvolvimento do estudo
Introdução
97
British Journal
of Clinical Pharmacology
, v. 63, n.2, 232
237,
2006.
Causa
Os mecanismos estático e de
fixação do corpo falham e as
respostas voluntária ou reflexa
para corrigir este desequilíbrio são
inadequadas; incapacidade de
correção em tempo hábil
Sehested
; Severin
-
Nielsen (1977)
-
citado por Decesaro, M. da N.;
Padilha, K. G. Iatrogenia na assistência de enfermagem durante
internação em UTI: queda de pacientes. Revista Ciência,
Cuidado e Saúde,
v. 1, n. 1, p. 159-162, 2002.
Lilacs
Santos, A. C. S. dos.
V
alor dos instrumentos de avaliação de
risco de quedas em idosos com fibrilação atrial. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
Quadro 28 Atributos do conceito “queda” identificados na literatura. Fortaleza,
2010.
Conforme observado, o indivíduo é o sujeito considerado pelo conceito
“queda”, porquanto o evento da queda incide de forma pessoal, notadamente com
referência às consequências, mesmo que mais de uma pessoa caia no mesmo
momento (DECESARO e PADILHA, 2002; HUANG et al., 2003; SWANN, 2008).
Segundo podemos constatar, a ação relacionada à queda diz respeito a uma
mudança ou deslocamento de posição da posição vertical, da posição sentada ou
da posição horizontal. Afinal de contas, é sabido que a força da gravidade atuará
sobre o indivíduo que cai, independentemente de sua posição inicial (DECESARO;
PADILHA, 2002; HUANG et al.,2003; SANTOS, 2007).
A relação sujeito/ação relacionada à ocorrência da queda deve ser
involuntária, não intencional ou inadvertida, por significar que o evento da queda não
deve ser premeditado pelo próprio indivíduo ou por outrem. A queda “intencional”,
conforme a NANDA-I (2010) se configura como violência direcionada a outros
(comportamentos nos quais o indivíduo demonstra que pode ser nocivo aos outros -
p. 354) ou a si mesmo (comportamentos nos quais o indivíduo demonstra que pode
ser nocivo a si mesmo - p.355), o que não é o caso do atributo relação sujeito/ação
do conceito analisado.
No concernente à temporalidade, ou seja, à qualidade que exprime o tempo
de concretização do evento, segundo Trevisan (2007) o fenômeno “queda” deve ser
súbito, inesperado, uma vez que, se fosse algo anunciado ou aguardado,
comprometeria sua relação sujeito/ação, conforme explicado anteriormente
(DECESARO; PADILHA, 2002; HUANG et al.,2003; SANTOS, 2007).
Ao convergirmos as definições apresentadas por alguns autores, percebemos
que o evento “queda” diz respeito à mudança de posição partindo da própria altura
ou de um nível mais alto para chão ou nível inferior à posição inicial, o que suplanta
o imaginado de início, ao supor o ponto de chegada da queda apenas como o chão
Desenvolvimento do estudo
Introdução
98
(HUANG et al., 2003; SWANN, 2008; LYONS; ADAMS; TITLER, 2005; SANTOS,
2007; TELLES, 2008; LEVEILLE et al., 2008; VELDE; STRICKER; CAMMEN, 2006).
Quanto ao atributo “causa”, identificamos que fisiologicamente a queda deve
ser figurada por uma situação na qual os mecanismos estático e de fixação do corpo
falham e, as respostas voluntária ou reflexa para corrigir este desequilíbrio são
inadequadas, ou seja, a incapacidade de correção em tempo hábil (DECESARO
e PADILHA, 2002; SANTOS, 2007).
Finalmente, de acordo com a análise, a queda pode causar ou não perda da
consciência, mas não pode ser decorrente de perda de consciência prévia
(SANTOS, 2007).
A demonstração dos atributos críticos é uma das principais razões para a
construção do caso modelo e, em face dessa apreciação, construímos um caso
modelo de queda apresentado adiante.
Identificação de um caso modelo
Wilson (2005) sugere que o caso modelo é uma ocorrência exemplar,
paradigmática de uma situação em que o analista pode dizer: "Bem, se isso não é
um bom exemplo deste fenômeno, então nada mais será". Casos modelos podem
ser exemplos concretos da vida real, encontrados na literatura, ou mesmo
construídos pelo analista. Para o termo “queda”, apresentamos o caso do modelo
como se segue:
Um jovem, calçado com um chinelo desgastado está subindo a escada
recém-encerada de um hospital. Enquanto sobe o último degrau, involuntária e
subitamente desliza. Seus mecanismos estático e de fixação do corpo falham e, as
respostas voluntária ou reflexa para corrigir este desequilíbrio são inadequadas. O
jovem sofre uma mudança de posição – da posição vertical a partir do nível mais alto
da escada para o nível mais baixo da escada, sem perda da consciência.
Esse caso modelo contemplou todos os atributos do conceito “queda”:
Ação: mudança de posição da posição vertical;
Relação sujeito/ação: involuntária;
Temporalidade: subitamente;
Ponto de partida/ ponto de chegada: nível mais alto da escada para o nível
mais baixo da escada;
Desenvolvimento do estudo
Introdução
99
Causa: os mecanismos estático e de fixação do corpo falham e, as respostas
voluntária ou reflexa para corrigir este desequilíbrio são inadequadas;
Identificação de um caso contrário
Para Walker e Avant (2005), existem outros tipos de casos adicionais ao caso
modelo: caso limite, caso relacionado, caso contrário, caso inventado e caso
ilegítimo. Contudo, esclarecem que destes, o essencial para a análise é o caso
contrário e que os demais somente são requeridos se o conceito ainda não estiver
claro. Em vista da facilidade em definir os usos, atributos e o caso modelo do
conceito “queda”, consideramos necessária apenas a construção do caso contrário.
Segundo este modelo de análise, as definições não relevantes para o
conceito geral (porque o refletem qualquer um dos atributos) ou a menção direta
ao que não se configura como o fenômeno em si devem ser consideradas para a
formulação do caso contrário. Wilson (2005) indica o uso da pergunta para orientar o
caso contrário: “Bem, seja lá qual for, tal conceito sei que não é.” Para tanto,
extraímos das definições anteriormente descritas para o termo “queda” as
características do que não se configura como queda, apontadas no quadro a seguir.
CARACTERÍSTIC
A
DO QUE NÃO SE
CONFIGURA COMO QUEDA
REFERÊNCIA
BASE
“Este evento não é conseq
u
ência de uma
paralisia súbita, ataque epilético ou força
externa extrema. Dessa forma, excluem-
se casos com perda de consciência tais
como síncope e hipersensibilidade de seio
carotídeo.”
Tinetti e col.(2007)
-
citado por Santos, A. C. S. dos.
Valor dos
instrumentos de avaliação de risco de quedas em idosos
com fibrilação atrial. Tese (Doutorado) Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
“... que não seja como conse
q
u
ência de
súbito início de paralisia, convulsão,
epilepsia, ou consequência de força
externa.”
Tinetti, Baker, Dutcher, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado por
Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk
of Falling in Older Adults. Public Health Nursing, v. 20, n. 5, p.
399–411.
Cinahl
“não como resultado de um grande evento
intrínseco (por exemplo, infarto do
miocárdio ou acidente vascular cerebral)
ou um perigo externo esmagador (por
exemplo, atropelado por um veículo).”
(Kellogg Interna
tional Work Group on the Prevention of Falls by
the Elderly (1987)- citado por Leveille, S. G.; Kiel, D. P.; Jones, R.
N.; Roman, A.; Hannan, M. T.; Sorond, F. A. et al. The MOBILIZE
Boston Study: Design and methods of a prospective cohort study
of novel risk factors for falls in an older population. BMC
Geriatrics, v. 8, n. 16, 2008.
Pubmed
“... mas não induzida por situações
clínicas agudas, como por exemplo,
acidente vascular encefálico, fatores
exógenos, como por exemplo, um
acidente de trânsito.”
Cam
pbell, Reinken, Allan, Martinez (1981)
-
citado por
Velde, N.
van der; Stricker, B. H.; Cammen, T. M. van der.
Risk of falls after
withdrawal of fall-risk-increasing drugs: a prospective cohort
study. British Journal of Clinical Pharmacology, v. 63, n.2,
232–237, 2006.
Pubmed
Quadro 29 Características encontradas na literatura que retratam o que não se
configura como queda. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
100
Em síntese, o evento “queda”, conforme a literatura apontada, não pode ser
decorrente de grande evento intrínseco, como paralisia súbita, ataque epilético,
convulsão, síncope, hipersensibilidade de seio carotídeo, infarto do miocárdio ou
acidente vascular cerebral, ou em induzida por força externa extrema (fatores
exógenos ou perigo externo esmagador) como acidente de trânsito.
Como caso contrário, portanto, podemos assinalar o exemplo adiante.
O salto sobre a mesa é a prova mais rápida da ginástica artística. Dura
aproximados 50 segundos, incluindo apenas o momento dos dois saltos aos quais o
ginasta tem direito. A prova é composta por uma pista de 25 metros, que termina em
um trampolim de impulso e finalmente na mesa de dimensões 120 x 95 cm. O
salto é considerado um evento de explosão muscular, possuidor de uma margem
mínima para erros.
Jade Fernandes Barbosa é integrante da Seleção Brasileira Permanente de
Ginástica Artística Feminina. Uma de suas especialidades é a modalidade salto
sobre a mesa. Como de costume, em um de seus saltos, Jade, intencionalmente,
determinou sua distância de corrida na esteira de 25m a partir de um ponto de
largada e alcançou o trampolim ao pé da mesa para dar impulsão à sua rotação. A
ginasta saiu do trampolim e atingiu a mesa, onde obteve o impulso e saltou. Em
seguida, realizou o movimento de rotação no ar e, durante a aterrissagem, a ginasta
fez contato com o mesmo vel do solo e cravou seu movimento, isto é, concluiu
sem rotação ou desequilíbrio, finalizando na posição vertical, tal qual iniciou a
execução do aparelho.
Segundo o caso contrário apresentado, o sujeito (Jade) executa uma ação a
qual não resulta em mudança de posição, uma vez que a posição inicial (ponto de
largada) e a final estão no mesmo plano (vertical). Esse fato contraria o primeiro
atributo relacionado ao conceito “queda”, qual seja a ação.
Em seguida, conforme verificamos, o sujeito (Jade) executa a ação
propositalmente, pois se trata de uma atleta cuja ação executada (salto) é o objetivo
maior de seu plano esportivo. É proposital e necessário que o atleta corra em ritmo
veloz, com passadas largas e sincronizadas, para obter velocidade suficiente para
saltar, voar e aterrissar na posição vertical e sem desequilíbrio. Isto posto, o
segundo atributo do conceito de queda, a saber, a relação sujeito/ação, foi
contrariado.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
101
De acordo com o caso em questão, o terceiro atributo, temporalidade,
referente ao conceito “queda” foi contrariado, uma vez que, os componentes do salto
(corrida, impulso, voo e aterrissagem) não ocorrem de maneira repentina, mas sim
antecipadamente planejada.
Ademais, ponderamos que o quarto atributo, ponto de partida/ ponto de
chegada, do conceito “queda” também foi contrariado, pois as posições de Jade
durante a largada e aterrissagem apresentaram os mesmos níveis de altura.
Finalmente, o quinto atributo, causa, foi contrariado uma vez que, para
finalizar a execução do movimento do salto e ainda assim manter seu perfeito
equilíbrio, Jade contou com o excelente funcionamento dos mecanismos estático e
de fixação do corpo para a correção de sua posição em tempo hábil, fazendo com
que ela cravasse na aterrissagem.
Desse modo, com base na apreciação das definições, dos atributos e do caso
contrário, identificados em relação ao termo “queda”, construímos um conceito
único, objetivo e clarificado que contempla os resultados desta análise.
Queda é a mudança inesperada, e não intencional da disposição do corpo do
indivíduo das posições vertical, sentada ou horizontal, ao partir da própria altura ou
nível mais alto para o chão ou nível inferior à posição inicial, como consequência da
incapacidade de correção em tempo hábil, quando os mecanismos estático e de
fixação do corpo falham e, as respostas voluntária ou reflexa para corrigir este
desequilíbrio o inadequadas, com ou sem perda de consciência, não como
consequência de um grande evento intrínseco (perda prévia da consciência,
paralisia súbita, ataque epilético, convulsão, síncope, hipersensibilidade de seio
carotídeo, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral) ou induzida por força
externa extrema (fatores exógenos ou perigo externo esmagador como acidente de
trânsito).
Identificação dos antecedentes e consequentes
Segundo descrito pelo modelo de análise de conceito, antecedentes são os
acontecimentos ou incidentes que devem preceder o evento conceituado. Os
antecedentes são ressaltados como particularmente úteis para ajudar a identificar os
pressupostos teóricos sobre o conceito estudado. Consequentes, por outro lado,
são os acontecimentos ou incidentes que sucedem o evento como resultado das
ocorrências indicadas no seu conceito. São úteis para determinar, frequentemente
Desenvolvimento do estudo
Introdução
102
as ideias negligenciadas, variáveis ou relações que podem render frutíferas novas
direções de pesquisa (WALKER; AVANT, 2005).
Os antecedentes do conceito “queda” identificados nas publicações
selecionadas são listados sumariamente em seguida, classificados conforme os
tipos de fatores de risco de quedas contidos na NANDA-I (2010).
ANTECEDENTES
Ambientais
Equipamentos de apoio
Falta
ou uso incorreto
de equipamentos de
apoio em banheiras e banheiros
Dispositivos de apoio inadequados ou
desgastados ou mal utilizados
Déficit ou não utilização de corrimãos
Superfície
Condição inadequada da superfície do solo,
superfície desigual, pisos escorregadios ou
instáveis, tapetes soltos, variações nos níveis
do piso, pisos muito polidos
Rampas, escadas e degraus, cadeiras e
mesas muito baixas, corredores longos
Calçados e roupas
Calçados com solado desgastado,
escorregadio, com salto alto e estreito,
chinelos, sandálias e solados muito altos
Roupas que restringem o movimento, como
pijamas de calças largas, e roupas muito
longas
Clima
Condições extremas de calor ou frio, umidade
excessiva, ventilação insuficiente
Cama
Desregulação da altura da cama do paciente
Uso incorreto de grades de cama
Outros
Iluminação deficiente
Limitações de espaço
Uso incorreto de contenção
Animais presentes pelo caminho
Ambientes ruidosos
Obstáculos no caminho (móveis, fios)
Móveis instáveis
Excesso de espelhos
Uso de óculos multifocais/bifocais
Fisiológicos
Sono
Sonolência
Insônia
Caminhadas noturnas errantes provenientes
do sono prejudicado
Visão
Visão reduzida
Óculos multifocais ou bifocais
Distúrbios visuais: catarata, retinopatia,
glaucoma
Eliminação
Incontinência urinária
Idas frequentes do paciente ao banheiro
Necessidades sanitárias especiais
Urgência miccional
Capacidade funcional
Dificuldade de tomar banho sozinho
Dificuldade de ir ao banheiro
Déficit na execução das atividades de vida
diária (AVDs)
Tropeço ou deslizamento durante as
atividades da vida diária
Desenvolvimento do estudo
Introdução
103
Sistema O
steomuscular
Ligados
direta ou indiretamente com a idade,
bem como problemas de (hallux valgus,
calos e deformidades)
Déficit do sistema músculo-esquelético
Problemas ortopédicos
Osteoporose
Instabilidade de marcha
Mobilidade prejudicada
Fraqueza
Sistema
C
ardiovascular
H
istória da doença cardíaca, sintomas de
doenças cardiovasculares, doenças (por
exemplo, arritmias, valvulopatias, infarto do
miocárdio, síncope, desmaio e sopros)
Fibrilação Atrial
Hipovolemia, isquemia ou disfunção diastólica
Insuficiência Cardíaca Congestiva classe
funcional III
Hipotensão postural
Sistema Neurológico:
Mudanças estruturais no córtex cerebral
,
distúrbios vasculares ou degenerativos do
trato piramidal, extrapiramidais ou cerebelar
Baixo fluxo cerebral
Hemiparesia
Ataxia
Deterioração dos sistemas neuromusculares
Diminuição dos reflexos
Lesões do sistema nervoso central
Doença de Parkinson, demência, e acidentes
vasculares encefálicos
Doença Aguda
As doenças
infecciosas
,
algumas doenças
agudas e a exacerbação de algumas crônicas,
tais como insuficiência cardíaca
Dor indicativa de uma doença aguda, lesão ou
processo inflamatório
Condições Nutricionais:
Déficit de vitamina D e cálcio
Perda recente de peso
Composição corporal frágil
Baixo peso corporal
Obesidade
Doença Crônica
Diabetes
mellitus
Número de doenças crônicas
Outros
Prejuízos à audição
Rotina pobre em exercício ou atividade física
Tontura / vertigem
Em adultos
História de queda
Queda no mês passado
Queda nos últimos 1 a 6 meses
Outros
Idade avançada
Tempo de internação
Medicamentos
Prescrição de medicamentos com efeitos secundários propensores de queda.
Histórico de abuso de substâncias
O uso de mais de três ou quatro remédios por dia (polifarmácia)
Uso incorreto de medicamentos
Uso de diuréticos, antiarrítmicos, glicosídeos cardíacos, digoxina, ansiolíticos, antidepressivos,
amiodarona, anticonvulsivantes, benzodiazepínicos, psicotrópicos
Cognitivos
Prejuízos do estado mental
Agitação
Confusão
Desenvolvimento do estudo
Introdução
104
Emocionais
Medo de cair
Baixa satisfação, autopercepção de inutilidade
Percepção de baixa qualidade de vida
Depressão
Baixa autoeficácia
Participação restrita em atividades sociais
Quadro 30 – Antecedentes de “queda” identificados na literatura. Fortaleza, 2010.
Ao consideramos “antecedente” como sinonímia de fator de risco, verificamos
que a literatura apresenta, no geral, tipos de fatores propensores de quedas
semelhantes aos listados pela NANDA-I (2010): fatores de risco ambientais,
cognitivos, em adultos, fisiológicos e medicamentos. Entretanto, as pesquisas
apontam a classe de fatores emocionais como expressivamente relacionada a
quedas, a qual abrange: medo de cair, baixa satisfação, autopercepção de
inutilidade, percepção de baixa qualidade de vida, depressão, baixa autoeficácia e
participação restrita em atividades sociais. Tais fatores atuam igualmente como
antecedentes e como consequentes de quedas, formando um círculo de influência
(LYONS; ADAMS; TITLER, 2005; SANTOS; 2007; GOMEZ; CURCIO, 2007;
SHARAF; IBRAHIM, 2008).
Concernente aos fatores ambientais, a literatura aponta, além dos arrolados
na taxonomia da NANDA-I, outros determinantes, como: uso ou fornecimento
inapropriado de calçados e roupas, uso de óculos multifocais/bifocais, condições da
cama, limitações de espaço, uso incorreto de contenção e ambientes ruidosos
(SWAN, 2007; TELLES, 2008; GOMEZ, CURCIO, 2007).
Quanto aos fatores fisiológicos, os estudos complementam a taxonomia atual
e assinalam a relação da ocorrência de quedas com déficits na capacidade
funcional, déficit de vitamina D e cálcio, perda recente de peso, composição corporal
frágil, baixo peso corporal, obesidade, rotina pobre em exercício ou atividade física e
número de doenças crônicas (TZENG, YIN, 2008; SWAN, 2008; HOFFMAN et al.,
2003; SANTOS, 2007; OZCAN, 2005).
Verificamos que os comportamentos do indivíduo estão implícitos em todas as
classes de antecedentes de quedas, sempre que este utiliza inadequadamente
objetos ou equipamentos, ou responde de forma ineficaz às condições ambientais,
fisiopatológicas ou emocionais que o cercam.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
105
CO
NSEQUENTES
REFERÊNCIA
BASE
-
Adaptação e restrição da
s atividades, o
medo de cair e as mudanças na confiança
ocorrem em resposta às quedas.
Clemson, L.; Bundy, A. C. Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the Falls Behavioural (FaB) scale
for older people: A Rasch analysis. Disability and
Rehabilitation, v. 30, n.7, p. 498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Uma queda pode causar dor, hematomas,
escoriações, cortes, lesões dos tecidos
macios, lesão muscular ou ligamentar,
fraturas, ou ferimentos internos ou de
cabeça, ou mesmo morte.
Swann, J. Fall prevention is everyone's responsibility.
Nursing e Residential Care, June, v. 10, n. 06, p. 294-
298, 2008.
Cinahl
Impactos pessoais:
-As quedas podem gerar graves impactos na
qualidade de vida.
-Uma queda pode causar uma perda de
dignidade e confiança do indivíduo em
particular.
-O medo de novas quedas surge e pode
fazer as pessoas perderem a confiança no
desempenho das suas atividades normais.
-Redução na atividade, podendo levar à
fraqueza generalizada e isolamento social.
-Aumento dos problemas de mobilidade,
dependência e gerar incapacidades.
- Impactos gerais:
-Altos custos governamentais: a queda é
classificada como a sexta causa de morte na
faixa etária acima de 65 anos. É uma das
principais causas de hospitalização e morte
em idosos e custa, em média, três bilhões de
reais anuais ao governo, em cuidados e
tratamento.
-Declínio funcional, perda de independência
e as despesas decorrentes de complicações.
Swann, J. Reducing the risk of falls: part one.
Nursing
e
Residential Care, March, v. 9, n. 3, p.120-122, 2007.
Cinahl
-
As quedas possuem
consequ
ências
classificadas desde leves (lacerações sem
suturas e escoriações), moderadas
(lacerações com suturas) até graves
(diversos tipos de fraturas), podendo levar à
incapacidade severa e até à morte.
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amaral,
F
.
S
.;
Martins
,
I
.
B
.;
Bertassi
,
V
.
C
.
Identificando os fatores relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco de Quedasentre idosos. Rev Bras
Enferm, Set/Out, v. 57, n. 5, p. 560-4, 2004.
Lilacs
-
As
quedas podem levar o idoso à
dependência funcional, além de
representarem uma das principais causas de
morte nessa população.
-Restrição das atividades, maior isolamento
social, declínio na saúde e aumento do risco
de institucionalização
- Além de prejuízo físico e psicológico, esses
acidentes geram um aumento dos custos
com cuidados de saúde, expressos pela
utilização de serviços especializados e
aumento de hospitalizações.
Guimarães, J. M. N.; Far
inatti, P. de T.
Análise descritiva
de variáveis teoricamente associadas ao risco de quedas
em mulheres idosas. Rev Bras Med Esporte, Set/Out ,v.
11, n. 5, p. 299-305, 2005.
Lilacs
-
Conseq
u
ências de quedas
Física: a fratura é a consequência mais
quedas graves. Outras consequências são
danos ao tecido nervoso (raros, mas graves),
trauma de tecidos moles, assim como
hipotermia, desidratação, infecções
respiratórias e, especialmente,
tromboembolismo pulmonar, úlceras de
decúbito.
Sánchez, R. L. G.; Fernández, M. M. R.; Alfonso, M. de J.
F.; Milián, J. R. G. Caídas en el anciano.
Consideraciones generales y prevención.
Rev Cubana
Med Gen Integr, v. 15, n.1, p.98-102.
Lilacs
Desenvolvimento do estudo
Desenvolvimento do estudo
Introdução
106
Psíquico:
as quedas
geram o medo de cair
outra vez ou um estado contínuo de
ansiedade, perda de autoconfiança,
isolamento social e restrição das atividades
de vida diária.
Social: os familiares, ante uma queda,
muitas vezes reagem com ansiedade e
comportamentos superprotetores.
-
O maior percentual
de consequ
ências
relacionou-se aos traumas teciduais de
diferentes intensidades, em que o paciente
sofreu contusões com hematomas, fraturas,
lesões tissulares com e sem necessidades
de sutura, edema e sangramentos. Entre
outras consequências, também foi bastante
frequente a retirada ou desconexão de
diferentes artefatos terapêuticos.
-Consequentes para os profissionais: das
manifestações afetivas relatadas pelos
profissionais em decorrência da queda do
paciente, verificaram-se principalmente o
descontrole emocional imediato e os
sentimentos pessoais negativos, tais como
sentir-se culpado, impotente, indignado,
negligente, etc. Observou-se também a
preocupação com as consequências para o
paciente, para o próprio funcionário
(advertência verbal e/ou escrita, traumas
físicos e emocionais) e para a família.
Decesaro
, M. da N.;
Padilha
, K. G.
Iatrogenia na
assistência de enfermagem durante internação em UTI:
queda de pacientes. Revista Ciência, Cuidado e
Saúde,
v. 1, n. 1, p. 159-162, 2002.
Lilacs
-
A queda é um dos maiores problemas que
afetam a qualidade de vida, acarretando
redução do estado funcional,
comprometendo as atividades de vida diária.
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de
avaliação de risco de quedas em idosos com
fibrilação atrial. Tese (Doutorado) – Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
-
Uma das mais importantes conseq
u
ên
cias
das quedas é o medo de cair, seguido pelas
fraturas, hospitalização precoce,
institucionalização e/ou isolamento social,
além de imobilidade e consequente
depressão.
Telles, A. C. M.
Prevalência, incidência, fatores
preditivos e impacto das quedas entre pessoas
idosas no município de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado) Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2008.
Dedalus
-
As quedas podem também resultar em
deficiência, restrição de atividade e medo de
cair - todos que reduzem a qualidade de vida
e independência.
Haran, M.J.; Lord, S. R.; Cameron,I. D.; Ivers, R. Q.;
Simpson, J. M.; Lee, B. B. Preventing falls in older
multifocal glasses wearers by providing single-lens
distance glasses: the protocol for the VISIBLE
randomised controlled trial. BMC Geriatrics, v. 9, n. 10,
2009.
Pubmed
-
As quedas levam a i
mportante
s
taxas de
mortalidade e morbidade, bem como são os
principais contribuintes à imobilidade e
institucionalização prematura.
-Outra complicação é a ndrome de
ansiedade pós-queda.
Rubenstein, L. Z. Falls in older people: epidemiology, risk
factors and strategies for prevention.
Age and Ageing, v.
35, p. ii37-ii41, 2006.
Pubmed
Quadro 31 – Consequentes de “queda” identificados na literatura. Fortaleza, 2010.
Os consequentes do conceito “quedas”, conforme examinado, podem ser
sumariamente classificados de acordo com a intensidade (leve, moderada e grave) e
a dimensão afetada, seja pessoal (social, emocional, física, funcional, financeira),
Desenvolvimento do estudo
Introdução
107
familiar ou geral (custos governamentais, institucionalização, hospitalização precoce,
taxas de morbi/mortalidade). Os inúmeros consequentes verificados nas pesquisas
devem reforçar a criação e adoção de políticas institucionais para a prevenção de
quedas, bem como estimular a diligência na detecção e avaliação precoces dos
indivíduos com risco alto de quedas, no ambiente hospitalar.
Conceitos Relacionados
Com vistas a abranger o conceito de comportamento de prevenção de
quedas, optamos por analisar, de forma concisa, os conceitos de comportamento e
prevenção, dos quais derivam o comportamento preventivo em saúde, discutido
adiante.
A palavra “prevenção” tem origem no latim praeventione: vir antes, tomar a
dianteira; traduz-se pelo ato de prevenir, premeditar, dispor-se previamente ou ter
opinião antecipada (TREVISAN, 2007). A prevenção, na área da saúde, é composta
por ações de caráter primário e genérico, tais como a melhoria das condições de
vida, redução da suscetibilidade das pessoas às doenças e educação sanitária. A
prevenção se também mediante a detecção precoce das doenças, do seu
tratamento adequado e nas ações destinadas a minimizar as suas consequências. O
termo “prevenção” tem sido intensamente utilizado no âmbito da saúde, entretanto,
na prática a prevenção tem sido tão pouco efetivada (CESTARI; ZAGO, 2005).
Nesse sentido, a prevenção é definida por ações direcionadas a evitar o
surgimento de doenças ou agravos específicos, pelo controle da transmissão e
redução do risco de doenças degenerativas ou outros agravos específicos
(CZERESNIA, 2003). Comportamentos preventivos em saúde são empreendidos
pelas pessoas, para aumentar ou manter a própria saúde. Estão ligados a fatores
sociais, psicológicos, ambientais e, ainda, culturais. Vistos assim, tais
comportamentos provavelmente possam variar positiva ou negativamente
(CESTARI, 2005). Kleinman (1998) apud Cestari (2005) afirma que o
comportamento preventivo em saúde é um sistema cultural e de significados, que
possui uma organização interna dos saberes individuais, resultando num modo
próprio de o indivíduo explicar e buscar a resolução de seus problemas de saúde,
como, por exemplo, por meio de determinados comportamentos.
Segundo Maciel (1999), o conceito de comportamento positivo em prevenção
é definido como a procura do indivíduo por cuidado, independentemente dele ou do
Desenvolvimento do estudo
Introdução
108
grupo a que pertence, estar vivenciando um problema de saúde. Dessa forma, o
comportamento preventivo em saúde depende de variáveis como: a condição
socioeconômica, a percepção do problema de saúde, o tipo do problema e a
possibilidade de resolução.
Assim, fundamentados na análise de conceito desenvolvida, podemos
considerar que o comportamento de prevenção de quedas é inerente ao indivíduo, o
qual assume uma atitude positiva em relação à sua saúde, baseada em seus
conhecimentos, organizados de tal forma a detectar e minimizar fatores de risco
para cair passíveis de resolução, com vistas a diminuir sua suscetibilidade, evitar
surgimento de agravos sequentes, e, por consequência, manter sua integridade.
Tendo por base essa definição e os dados obtidos na literatura, foram listadas
24 referências empíricas para mensurar o comportamento de prevenção de quedas.
1.
Uso correto de mecanismos auxiliares
2.
Provisão de auxílio pessoal
3.
Colocação de barreiras para prevenir queda
s
4.
Colocação de corrimãos conforme a necessidade
5.
Eliminação de água derramada, manchas brilhantes e acúmulo de objetos no chão
6.
Prender pequenos tapetes
7.
Provid
e
ncia para remoção de neve e gelo de superfícies usadas por pedestres
8.
Uso adequado de banquinh
os e escadas
9.
Uso de sapatos amarrados e do tamanho adequado
10.
Adaptação da altura do vaso sanitário conforme a necessidade
11.
Adaptação da altura das cadeiras conforme necessário
12.
Adaptação da altura da cama conforme a necessidade
13.
Uso de tapetinhos de borra
cha na banheira/chuveiro
14.
Uso de barras de segurança para as mãos
15.
Controle da agitação e inquietação
16.
Uso de precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de quedas
17.
Uso de recursos de correção da visão
18.
Uso de procedimento seguro de transferência
19.
Uso de iluminação adequada
20.
Controle da continência/incontinência urinária/intestinal
21.
Controle do medo de cair
22.
Controle do peso
23.
Uso de roupas do tamanho adequado
24.
Uso correto de recursos de correção auditiva
Desenvolvimento do estudo
Introdução
109
Quadro 32 Referências empíricas para o Comportamento de Prevenção de
Quedas. Fortaleza, 2010.
A partir da identificação dos atributos, da construção dos casos e dos
antecedentes referentes ao conceito “queda”, conseguimos descrever o conceito de
Comportamento de Prevenção de Quedas com base em duas dimensões:
comportamentos de prevenção de quedas concernentes ao indivíduo e
comportamentos de prevenção de quedas respectivos ao cuidador. Percebemos que
não seria factível avaliar as duas dimensões em um mesmo resultado de
enfermagem, porquanto não seria coerente atribuir nota, ao mesmo tempo, a
comportamentos de dois indivíduos diferentes (paciente e cuidador).
Assim, apesar de a versão original do resultado de enfermagem
Comportamento de Prevenção de Quedas referir-se, em sua definição, a
comportamentos do indivíduo ou cuidador, optamos por desenvolver os
componentes desse resultado somente relativos ao indivíduo.
Definições constitutivas do resultado de enfermagem Comportamento
de Prevenção de Quedas
A partir da análise de conceito, utilizamos
para a construção dos indicadores
e definições constitutivas do resultado de enfermagem Comportamento de
Prevenção de Quedas, os princípios da psicometria (PASQUALI, 1999) e sete de
seus critérios:
Critério comportamental: O item deve expressar um comportamento, não
uma abstração ou construto. O item deve permitir ao sujeito uma ação clara e
precisa, como se alguém pudesse dizer: “Vá e faça...”.
Critério da simplicidade: O item deve expressar uma única ideia.
Critério da clareza: O item deve ser inteligível para os enfermeiros das
unidades clínicas de cardiologia, com expressões simples e inequívocas.
Critério da relevância: A expressão deve ser consistente com o traço
definido e com as outras expressões que cubram o mesmo atributo. Ou seja, o item
deve realmente medir o atributo que se propõe medir. Assim, a expressão referente
ao indicador deve ser consistente com o atributo Comportamento de Prevenção de
Quedas. E a frase referente à definição constitutiva deve ser consistente com seu
respectivo indicador.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
110
Critério da precisão: O item deve possuir uma única posição definida no
contínuo do atributo e ser distinto dos demais itens de sua mesma classe. Ou seja, o
item (indicador ou definição constitutiva) deve ser único na medida do atributo
Comportamento de Prevenção de Quedas.
Critério da tipicidade: O item deve ser formado por expressões
condizentes (típicas, próprias, inerentes) com o atributo.
Critério da amplitude: O conjunto de itens referentes ao mesmo atributo
(indicador / resultado de enfermagem) deve cobrir toda a extensão da magnitude do
contínuo deste atributo. Ou seja, o conjunto de itens deve ser suficiente para medir a
atributo.
A partir da revisão integrativa e da análise de conceito, construímos as
definições constitutivas de cada indicador do resultado Comportamento de
Prevenção de Quedas. Como evidenciado nos resultados da análise conceito,
algumas definições constitutivas não foram identificadas na literatura. Assim, foram
desenvolvidas a partir das definições operacionais levantadas. O quadro a seguir
mostra a disposição dos indicadores e de suas respectivas definições constitutivas
construídas, que foram, em seguida, submetidos à avaliação por especialistas.
Indicador
Usa corretamente mecanismos auxiliares
Definição constitutiva: Usa de
forma correta o mecanismo auxiliar
,
como andador, bengala, cadeira de banho ou outras
tecnologias assistivas, durante a deambulação.
Provê auxílio pessoal
Definição constitutiva:
Solicita ajuda de familiares, amigos, cuidadores ou profissionais, por mei
o das relações sociais, na
execução das tarefas mais arriscadas para a ocorrência de quedas.
Coloca barreiras para prevenir quedas
Definição constitutiva: Utiliza barreiras seguras para prevenir quedas durante a permanência no leito
,
como grades ou
travesseiros.
Faz uso de corrimãos conforme a necessidade
Definição constitutiva: Utiliza corrimãos sempre e corretamente
,
durante uso de escada, rampa
,
ou durante uma mudança
no nível do solo.
Elimina água derramada
Definição constitutiva: Utiliza estratég
ias para manter o chão livre de água.
Elimina o acúmulo de objetos e obstáculos no chão
Definição constitutiva: Diminui ou elimina obstáculos e objetos soltos pelo chão, mantendo o ambiente organizado.
Prende pequenos tapetes
Definição constitutiva: El
imina tapetes ou utiliza estratégias seguras para prender tapetes ao piso para prevenir deslizes ou
tropeços.
Utiliza adequadamente banquinhos e escadas
Definição constitutiva: Sobe e desce de banquinhos ou escadas lentamente, um degrau por vez, com conc
entração,
apoiando todo o pé no degrau, sem desviar a atenção para alcançar objetos.
Usa calçado adequado para prevenir quedas
Definição constitutiva: Sempre que vai deambular, faz uso de calçado fechado, com solado antiderrapante, de suporte
Desenvolvimento do estudo
Introdução
111
reforçado
no calcanhar, com calcanhar de salto baixo, com meia
-
sola mais fina que o calcanhar, sendo flexível e firme,
provido de mecanismo de amarração e sem pontos de tensão.
Adapta a altura do vaso sanitário conforme a necessidade
Definição constitutiva: Faz us
o de estratégias para adaptar a altura do vaso sanitário conforme a sua necessidade de
maneira a apoiar por completo os pés no chão ao sentar-se e levantar-se do vaso.
Utiliza adequadamente cadeiras
Definição constitutiva: Utiliza cadeiras ou poltronas a
penas para sentar, somente as que possuem braços e que facilitem os
atos de sentar-se e levantar-se.
Usa adequadamente a cama
Definição constitutiva: Emprega ações que visam reduzir o risco de quedas enquanto está deitado, muda de posição no
leito, vai deitar-se ou levantar-se dele.
Usa tapetinhos de borracha na banheira/ ou
boxe
do chuveiro
Definição constitutiva: Utiliza tapetes de borracha na banheira ou chuveiro e os prende ou estende quando não estão em
uso.
Descreve medidas para prevenção de qued
as
Definição constitutiva: Descreve todas as medidas transmitidas sobre prevenção de quedas a serem executadas por ele.
Anda de um modo eficaz
Definição constitutiva: Deambula com equilíbrio em linha reta, aclive ou declive totalmente independente.
Ex
ecuta posicionamento eficaz do corpo
Definição constitutiva:
D
esempenha o posicionamento ereto do corpo com equilíbrio e completamente independente.
Usa barras de segurança para as mãos
Definição constitutiva: Utiliza barras de segurança
para o apoio da
s mãos antes, durante ou após o uso de banheira,
chuveiro ou vaso sanitário.
Controla a agitação e a inquietação
Definição constitutiva: Controla espontaneamente ou faz uso de estratégias para controlar ou prevenir a sensação de
agitação ou inquietação.
Utiliza precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de quedas
Definição constitutiva: Adota ações que eliminam, minimizam ou compensam os efeitos adversos dos medicamentos que
aumentam o risco de quedas.
Utiliza adequadamente recursos de corre
ção da visão
Definição constitutiva: Utiliza recursos para melhorar a capacidade de enxergar objetos e obstáculos do ambiente ou para
compensar a diminuição da acuidade visual.
Faz uso de procedimento seguro de transferência
Definição constitutiva: Util
iza ações seguras no ajuste de altura, no travamento de rodas, na aproximação, no
posicionamento do corpo e da cadeira e na utilização de auxílio pessoal ou equipamentos auxiliares para movimentar-se
entre cama, maca ou cadeiras de rodas ou cadeiras higiênicas.
Utiliza iluminação adequada
Definição constitutiva: Ajusta a iluminação para adequar
-
se à capacidade ou necessidade para enxergar o ambiente
claramente.
Uso correto do sistema de alarme
Definição constitutiva: Usa dispositivo de alarme que solici
ta ajuda em caso de dificuldade, urgência, emergência ou
ocorrência de quedas.
Administra urgência urinária/intestinal
Definição constitutiva: Faz uso de estratégias ou auxílio pessoal para minimizar ou administrar de forma segura a saída
súbita do local onde está para atender à urgência de urinar ou defecar.
Controla o medo de cair
Definição constitutiva: Controla espontaneamente ou faz uso de estratégias para controlar a
autopercepção
de baixa
eficácia para evitar quedas durante atividades essenciais, não-perigosas do cotidiano.
Faz uso de roupas do tamanho adequado
Definição constitutiva: Utiliza roupas de tamanho adequado quanto ao comprimento e largura.
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva
Definição constitutiva: Uso adequado de a
mplificação sonora para seguir uma conversação ou ouvir sons de objetos se
Desenvolvimento do estudo
Introdução
112
aproximando.
Controla o peso
Definição constitutiva: Mantém um peso excelente para sua compleição física (18,5 < Índice de Massa Corpórea < 24,9)
Quadro 33 Indicadores e definições constitutivas construídas para o resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas. Fortaleza, 2010.
4.3 Etapa 2 - Validação das definições constitutivas por especialistas e
refinamento do resultado de enfermagem
4.3.1. Descrição do método da etapa
Ao adaptar as instruções de Hoskins (1989) para a validação dos
componentes da taxonomia NOC, esta etapa teve como objetivo determinar quais
das definições constitutivas geradas na etapa de construção, iriam representar o
construto pretendido e quais deveriam ser excluídas. Esse modelo propõe que, após
analisar o conceito e sua lista de características, torna-se necessário obter a
concordância entre especialistas de que tal lista está completa e representa
adequadamente o conceito. Portanto, após essa etapa do estudo, propusemos
novos indicadores com suas respectivas definições.
Para a execução desta etapa, foram obtidas opiniões de enfermeiros
especialistas na temática de sistemas de linguagem de enfermagem e acidentes por
quedas para julgar a relação entre as definições constitutivas e cada indicador.
Especificamente para estudos de validação por especialista, conforme
esclarece Hoskins (1989), os profissionais mencionados, além do profundo
conhecimento da temática em estudo, devem conhecer e compreender
sobremaneira a linguagem da SAE.
Como mostra a literatura, o uso do termo “especialista” é frequente na
enfermagem quando o abordados aspectos relacionados à prática clínica,
educação ou pesquisa. Assim, deve-se sempre ter em mente a definição de
enfermeiro experto como pessoa detentora de conhecimento e habilidade baseados
em estudos e na experiência clínica. Desse modo, justifica-se o seu critério de
seleção (GALDEANO; ROSSI, 2006). Para Lacerda (2002), a expertise ou
especialização é geralmente considerada uma característica do indivíduo que
alcançou excelente desempenho de sua disciplina e inclui as qualidades de tomada
de decisões, intuição, conhecimento, habilidades psicomotoras e especialização
clínica. No caso da linguagem da SAE, o desenvolvimento consciente e constante
do julgamento clínico tornará o profissional especialista em sua área de atuação.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
113
Para Fehring (1994), o enfermeiro considerado especialista em diagnóstico de
enfermagem deve preencher alguns requisitos, apresentados anteriormente. Suas
condições de seleção foram adaptadas à temática desta pesquisa.
Quanto ao tamanho da amostra dos especialistas, Hoskins não o menciona, e
Fehring (1986) recomenda a seleção de uma amostra de 25 a 50, especialistas para
realizar a validação de conteúdo com base em um sistema de pontuação.
Entretanto, para o estabelecimento do tamanho da amostra, adotamos
critérios estatísticos, tais como:
Proporção mínima de 85% de concordância com relação à pertinência de
cada componente avaliado e
Diferença de 15% quanto à concordância, incluindo um intervalo de 70 a
100% na referida concordância.
Desse modo, para definição do tamanho amostral, adotamos uma fórmula
que leva em consideração a proporção final de sujeitos em relação a uma
determinada variável dicotômica e a diferença máxima aceitável dessa proporção.
Assim, o tamanho amostral foi definido por n=Z
α
2
.P.(1-P)/d
2
, onde Z
α
refere-se ao
nível de confiança (utilizamos um nível de confiança de 95%), P é a proporção de
indivíduos que concordam com a pertinência do componente do diagnóstico de
enfermagem e d é a diferença de proporção considerada aceitável. O cálculo final foi
determinado por n= 1,96
2
.0,85.0,15/0,15
2
, e com isso, obtivemos uma amostra de 22
especialistas para esta etapa.
Para selecionar os participantes, seguimos os critérios de seleção de
especialistas recomendados por Fehring (1987), cujo sistema de pontuação é
apresentado no quadro a seguir, com as respectivas adaptações feitas à nossa
pesquisa.
Critérios (FEHRING,1994)
Pont
os (
FEHR
ING,1994)
Critérios adaptados
Pont
os
adaptad
os
Mestre em enfermagem
4
Mestre
Critério obrigatório
Sem pontuação
Mestre em enfermagem
dissertação com conteúdo
relevante dentro da área
clínica
(diagnósticos da área
clínica)
1
Mestre
com
dissertação
sobre quedas e/ou sobre
terminologia de enfermagem
2
Pesquisa (com publicações)
na área de diagnósticos
2
Artigo resulta
nte
de
pesquisa na área de
terminologia de enfermagem
e/ou quedas
em um periódico com Qualis
≥ B
2.
3
Desenvolvimento do estudo
Introdução
114
Artigo publicado na área de
diagnósticos em um
periódico de referência
2
Artigo publicado na área de
sistemas de classificação de
enfermagem e/ou quedas
em um periódico com Qualis
≥ B
2.
2
Doutorado em diagnóstico
2
Dou
torado com tese sobre
quedas e/ou sobre
terminologia de enfermagem
4
Prática clínica de pelo
menos um ano de duração
na área de Enfermagem em
clínica médica
1
Prática clínica de pelo
menos um ano de duração
na área de enfermagem em
unidade de cuidados
clínicos a pacientes ≥ 18
anos
1
Certificado em área clínica
médica com comprovada
prática clínica
2
Certificado (especialização)
na área de enfermagem em
unidade de cuidados
clínicos
2
Pontuação máxima
14
1
4
Quadro 34 – Adaptação do sistema de pontuação de especialistas do modelo de
validação de conteúdo de Fehring (1994). Fortaleza, 2010. Fonte: FEHRING, 1994/
Própria pesquisadora.
De acordo com o sistema de pontuação apresentado, os enfermeiros
deveriam obter a pontuação mínima de cinco pontos para serem incluídos no painel
de especialistas.
4.3.2 Coleta de dados
Nesta etapa, submetemos as definições constitutivas aos especialistas, que
as avaliaram segundo os mesmos critérios da psicometria selecionados para
subsidiar a etapa de construção.
Para a captação desses especialistas, recorreremos à busca na Plataforma
Lattes do portal CNPq, por conhecimento próprio, ou ainda por amostragem do tipo
“bola de neve”, mediante seleção feita por indicação dos sujeitos selecionados
anteriormente (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004).
Após seleção prévia, enviamos uma carta-convite para estes especialistas,
com vistas à apresentação da pesquisadora, exposição dos objetivos da
investigação e dos métodos a serem adotados, bem como das etapas da pesquisa
das quais fariam parte. Em seguida ao aceite do convite, tais especialistas
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Concluída sua confecção, submetemos o material ao crivo de três
especialistas não pertencentes à amostra, mas que utilizam a taxonomia da NANDA-
I, NIC ou NOC, com a finalidade de avaliar o instrumento de coleta de dados dessa
Desenvolvimento do estudo
Introdução
115
etapa quanto à clareza, à facilidade de leitura e à apresentação. Analisamos as
sugestões e, em seguida, o instrumento foi enviado aos especialistas sob o formato
de um questionário semiestruturado dividido em seis partes:
1. Instruções para o preenchimento do instrumento, descrição sumária do
projeto de pesquisa, conceitos básicos referentes ao estudo e referências
bibliográficas, as quais pudessem esclarecer possíveis dúvidas relacionadas aos
conceitos propostos;
2. Dados de identificação do especialista e questões relativas à experiência
profissional no ensino, na pesquisa e na assistência de enfermagem em geral e
relativa ao fenômeno de quedas e/ou a terminologias de enfermagem;
3. Duas definições, das quais uma deveria ser selecionada como a que
melhor representasse o resultado de enfermagem avaliado;
4. Lista contendo os domínios e classes, para que o especialista apontasse a
inserção mais adequada do resultado Comportamento de Prevenção de Quedas na
taxonomia NOC (MOORHEAD et al.,2008);
5. Uma lista única dos indicadores do resultado, indicadores propostos e as
definições constitutivas construídas alusivas a cada um deles;
6. Uma escala de três pontos, mediante a qual os especialistas avaliaram a
pertinência de cada definição constitutiva e de cada indicador, quanto à sua
adequação aos critérios da psicometria propostos por Pasquali (1999), assinalando
uma possibilidade de resposta por vez;
7. Um espaço para adição de sugestões ou modificações para as definições
constitutivas sugeridas.
Os especialistas avaliaram cada indicador e definição constitutiva, ao
atribuirem as notas: -1 (para critério não atendido, ou seja, definição constitutiva/
indicador não adequado); 0 (para indecisão quanto à adequação do critério, ou seja,
definição constitutiva/ indicador de algum modo adequado) ou +1 (para critério
atendido, ou seja, definição constitutiva/ indicador adequado ). Assim, a expressão
referente ao indicador deveria ser consistente com o atributo Comportamento de
Prevenção de Quedas. E a frase referente à definição constitutiva deveria ser
consistente com seu respectivo indicador.
4.3.3 Análise dos dados
Desenvolvimento do estudo
Introdução
116
Para efetivar a análise da aderência dos indicadores e das definições
constitutivas aos critérios psicométricos selecionados, construímos uma planilha no
programa Microsoft Office Excel 2007 com a lista de especialistas e suas respectivas
notas para cada indicador, de acordo com a avaliação de cada critério. Em seguida,
calculamos a média aritmética de cada critério: Σ notas do indicador/ quantidade de
especialistas. Posteriormente, aplicamos o teste binomial por meio do programa
Statistical Package for the Social Sciences - SPSS na versão 16.0, para
averiguarmos se havia diferença entre a média calculada e o índice de concordância
instituído no calculo amostral de 0,85 (85%).
Ao considerarmos o nível de significância (p) de 0,05 para rejeitar a hipótese
nula, a diferença entre a média calculada e o índice de concordância instituído
ocorreria se p<0,05.
4.3.4 Aspectos éticos
Antes de ser iniciada, a pesquisa foi enviada e aprovada (protocolo n
o
635/09)
pelo Comitê de Ética na Pesquisa, em concordância com as determinações da
Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, que define as diretrizes e
normas que regem a pesquisa envolvendo seres humanos (BRASIL, 1996).
Foram observados em todas as etapas do estudo os princípios fundamentais
da Bioética inerentes à autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça.
4.3.5 Apresentação e discussão dos resultados obtidos na validação por
especialistas
Dos 128 especialistas contatados, 69 aceitaram participar da pesquisa e 22
devolveram o instrumento preenchido. Portanto, esta etapa do estudo contou com a
participação de 22 enfermeiros, conforme indicou o cálculo amostral.
Segundo concluem Galdeano e Rossi (2006), a seleção de enfermeiros
especialistas pode se tornar uma etapa complicada de ser executada, porquanto
além da escassa literatura referente à definição de especialista, também a
barreira relacionada à formação e ao aprimoramento profissional do enfermeiro
ainda deficiente em muitos estados do país. Entretanto, identificamos uma
quantidade considerável de especialistas nas temáticas abordadas.
Cogitamos que o rol identificado pode encontrar-se saturado, ao apreciar
diversos trabalhos ao mesmo tempo, diminuindo a aderência às pesquisas. Isso
Desenvolvimento do estudo
Introdução
117
pode ser resultado da divulgação ineficaz dos especialistas existentes no país,
sobretudo em terminologias de enfermagem. Nesse sentido, evidenciamos a
necessidade da criação de bancos de especialistas ou aprimoramento das bases de
currículos de pesquisadores no Brasil.
Especialista
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Escore
11
6
6
11
10
10
11
5
12
5
5
Especialista
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
2
2
Escore
7
11
8
9
7
11
8
8
8
6
6
Quadro 35 Escore dos especialistas da etapa 2 segundo os critérios adaptados do
sistema de pontuação proposto por Fehring (1994). Fortaleza, 2010.
Todos os especialistas que retornaram o instrumento dentro do prazo
estabelecido previamente atenderam os critérios de inclusão ao atingirem a
pontuação mínima necessária de cinco pontos conforme o quadro apresentado.
Alguns pesquisadores relatam em seus estudos que encontraram dificuldades para
compor o painel de especialistas brasileiros, de acordo com a pontuação mínima
requerida na proposta de Fehring (SANTANA, SAWADA, 2002; BERGAMASCO et
al., 2004). De acordo com Galdeano e Rossi (2006), quanto mais títulos, mais
pesquisas realizadas, e/ou quanto maior for a experiência clínica do enfermeiro em
uma determinada área, mais experto ele será. Tais autoras recomendam ser
fundamental a descrição detalhada dos critérios de seleção e do perfil dos
enfermeiros selecionados, para possibilitar a utilização do método por outros
pesquisadores.
Dessa forma, apresentamos adiante os dados referentes ao perfil dos
especialistas da etapa 2 da pesquisa.
Tabela 3 Dados referentes ao perfil dos especialistas da etapa 2 da pesquisa (n =
22). Fortaleza, 2010.
Variáveis
N
%
Sexo
Feminino
20
90,
8
Masculino
2
9,2
Titulação
Mestrado
8
36,4
Doutorado
14
63,6
Pesquisa
sobre
terminologia de enfermagem
Dissertação/Tese
14
63,6
Monografia
4
18,2
Nenhuma
4
18,2
Pesquisa sobre acidentes por quedas
Desenvolvimento do estudo
Introdução
118
Monografia
6
27,2
Dissertação/Tese
8
36,4
Nenhuma
8
36,4
Grupo de pesquisa sobre terminologia de enfermagem
Sim
19
86,4
Não
3
13,6
Grupo de pesquisa sobre
acidentes por quedas
Sim
12
54,5
Não
10
45,5
Instituição de trabalho no último ano
Instituição de ensino
superior
20
9
0
,
8
Hospital
1
4,
6
Outra
1
4,
6
Assistência
de enfermagem
com utilização do processo
de enfermagem
Sim
20
90,
8
Não
2
9,2
Assistência
de enfermagem
a pacientes com risco de
quedas
Sim
20
90,
8
Não
2
9,2
Ensino
sobre
processo de enfermagem
Sim
20
90,
8
Não
2
9,2
Ensino
sobre prevenção de quedas
Sim
17
77,3
Não
5
22,7
Média
Desvio
-
padrão
Tempo de formação
16,77
11,45
Tempo
de
experiência com processo de enfermagem
12,81
8,69
A maioria dos especialistas era do sexo feminino, com tempo de formação
médio de 16,77 anos (±11,45), o qual variou entre cinco e 39 anos. Concernente à
titulação, 63,6% dos participantes eram doutores. A pesquisa Seganfredo (2010)
sobre validação de resultados de enfermagem NOC em unidade de terapia intensiva
contou com 41,65% de mestres, porém, com tempo de experiência profissional menor
(4 a 14 anos).
O uso do termo “especialista” é frequente na enfermagem, quando são
abordados aspectos relacionados à prática clínica, educação ou pesquisa
(GALDEANO, ROSSI, 2006). Cerca de 90% dos especialistas dessa etapa atuavam
em instituições de ensino superior pelo menos um ano. O estudo de validação de
diagnóstico de enfermagem de Melo, Carvalho, Pelá (2007) mostrou que a maioria
destes (76,6%), dedicava-se de igual modo à área do ensino. De modo similar,
conforme verificado por Silva (2007), a proporção de 76,9% dos especialistas estava
concentrada em escolas de ensino superior.
Aproximadamente 90% dos especialistas de nossa pesquisa prestaram
assistência com utilização do processo de enfermagem, por um tempo médio de
Desenvolvimento do estudo
Introdução
119
12,81 anos 8,69) e ofereceu assistência de enfermagem a pacientes com risco de
quedas por certo período. A mesma percentagem ministrou disciplina com
abordagem em processo de enfermagem e o ensino sobre prevenção de quedas foi
referido por 77,3% dos especialistas. Conforme conclui uma pesquisa brasileira sobre
critérios para seleção de especialistas, a experiência clínica e a especialização na
área temática são importantes para os estudos de validação de conteúdo de
componentes das terminologias de enfermagem (GALDEANO, ROSSI, 2006).
Referente às pesquisas, 81,8% dos participantes desta etapa havia
desenvolvido estudo referente a terminologias de enfermagem e 63,6% relativo a
acidentes por quedas. Aproximadamente 86% participavam de grupos de pesquisa
que discutem a sistematização da assistência, com o uso de terminologias de
enfermagem e 54,5% freqüentavam grupos que debatem sobre acidentes por quedas.
Perfil semelhante foi identificado nas pesquisas de validação de resultados de
enfermagem de Silva (2007) e de Seganfredo (2010), nas quais 92,3% e 91,63% dos
especialistas, respectivamente, participavam de grupos de pesquisa com discussões
sobre sistematização da assistência.
Conforme ponderamos a partir da discussão, a amostra dessa etapa
mostrou-se hábil para avaliar a revisão do resultado de enfermagem Comportamento
de Prevenção de Quedas, bem como as definições constitutivas previamente
construídas. A seguir, expomos os resultados de tal avaliação.
Domínio/Classe referente ao Resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de
Quedas
N
%
Domínio 4/ Classe
T
18
81,82
Domínio 1/ Classe
C
3
13,64
Domínio 1/ Classe
D
1
4,54
Quadro 36 Avaliação da inserção do Resultado de enfermagem revisado na
taxonomia NOC. Fortaleza, 2010.
Quanto ao título - Consideramos o conceito de comportamento preventivo
em saúde como a conduta, o procedimento, ou o conjunto das reações observáveis
em indivíduos em determinadas circunstâncias. Uma contingência tríplice composta
de antecedentes-respostas-consequências, voltados à prevenção de agravos. Assim,
conforme evidenciado pela revisão integrativa e pela análise de conceito, o título do
resultado de enfermagem em questão, Comportamento de Prevenção de Quedas,
sintetiza bem a proposta NOC para avaliar as condutas do indivíduo para prevenir
Desenvolvimento do estudo
Introdução
120
quedas. Portanto, por julgá-lo adequado, propomos a manutenção do título do referido
resultado de enfermagem NOC.
Inserção do resultado de enfermagem na taxonomia NOC A maioria
expressiva dos especialistas (81,82%) concordou com a inserção do resultado de
enfermagem no Domínio 4/ Classe T. O domínio Conhecimento e Comportamento de
Saúde abrange resultados que descrevem atitudes, compreensão e ações sobre a
saúde e a doença. A classe Controle de riscos e segurança contém os resultados que
descrevem o estado de segurança e/ou ações de um indivíduo para evitar, limitar ou
controlar as ameaças identificadas à saúde (MOORHEAD et al., 2008). A
necessidade de segurança é entendida como aquela concernente ao sentimento de
confiança, estabilidade. No campo físico, a segurança está relacionada à proteção do
organismo contra injúrias físicas (ROCHA, MARZIALE, 2001).
Uma proporção menor sugeriu o Domínio 1/ Classes C ou D. O domínio
Saúde Funcional refere-se a resultados que descrevem a capacidade e realização
das atividades básicas da vida (MOORHEAD et al.,2008). Ao considerarmos que o
comportamento de prevenção de quedas não se refere à capacidade do indivíduo, e
sim às suas atitudes preventivas à ocorrência de quedas, verificamos que o domínio,
Conhecimento e Comportamento de Saúde, retrata melhor o resultado de
enfermagem avaliado. Entendemos que o raciocínio dos especialistas em ter
apontado as classes C e D deste domínio, Mobilidade e Autocuidado
respectivamente, estava pautado na proximidade comprovada entre a ocorrência de
quedas e a restrição dos movimentos, ou as dificuldades na habilidade individual para
realizar atividades básicas e instrumentais da vida diária (VASSALLO et al., 2004;
KNEAFSEY, 2007). Entretanto, segundo podemos verificar novamente, o resultado
em questão é relativo a atitudes do indivíduo para prevenir o evento adverso e não à
sua capacidade ou condição de saúde.
Ao avaliarmos a apreciação dos especialistas e revermos a taxonomia NOC
(MOORHEAD et al., 2008), recomendamos a conservação do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas no Domínio 4/ Classe T
alusivo, em sequência, ao Conhecimento e Comportamento de Saúde e ao Controle
de riscos e segurança.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
121
Definição do Resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas
N
%
Definição 1
15
68,19
Definição 2
7
31,81
Quadro 37 – Avaliação da definição do Resultado de enfermagem revisado. Fortaleza,
2010.
Quanto à definição Originalmente, o resultado de enfermagem
Comportamento de Prevenção de Quedas é definido como ações pessoais ou do
cuidador familiar para minimizar os fatores de risco que possam precipitar quedas no
ambiente pessoal (MOORHEAD et al.,2008).
Ao executarmos a revisão integrativa e a análise de conceito, identificamos
divergência entre essa definição e o que é abordado pela literatura. Ao partirmos das
dimensionalidades do conceito discutidas anteriormente, o comportamento de
prevenção de quedas congrega, predominantemente, atitudes do indivíduo e do
cuidador (familiar, profissional, outro) (SWANN, 2008). Contudo, baseados na
proposta essencial de um resultado de enfermagem NOC (medir o estado de saúde,
avaliar a qualidade dos cuidados de enfermagem, bem como os efeitos das
intervenções), constatamos não ser adequado atribuir uma nota, dependente das
ações de duas ou mais pessoas distintas (GARBIN et al., 2009).
A síntese teórica efetuada na análise conceitual indicou referenciais empíricos
concernentes ao conceito do comportamento de prevenção de quedas de caráter
predominantemente individual. Quanto a isso, a literatura concorda que o
comportamento preventivo é, antes de tudo, uma iniciativa pessoal de
empoderamento da saúde, mesmo o responsabilizando exclusivamente o indivíduo
por seu estado e comportamentos em saúde. A incorporação do conceito positivo de
saúde defende o prazer e a força de vontade nas ações individuais de prevenção
como principais influenciadores no comportamento. A reorientação das práticas
tradicionais requer a criação de metodologias avaliativas para verificar limites e
potencialidades de cada pessoa com relação à sua própria saúde. (NAIDOO; WILLS,
2000; FIGUEIRA et al.,2009). Ademais, as ações de prevenção não podem limitar-se
apenas a minimizar fatores de risco, quando possibilidade de eliminá-los (BUSS,
2003).
As ameaças perante as quais o indivíduo deve adotar comportamento
preventivo em saúde dizem respeito aos fatores de risco percebidos. Observa-se
que grande parte dos fatores de risco pode ser modificada por meio de adequações
de comportamento individual, mediante tomada de decisão e ação (PENDER, 2002).
Desenvolvimento do estudo
Introdução
122
Tais fatores de risco são divididos em modificáveis e o modificáveis. Os fatores
considerados não modificáveis são aqueles como: idade, sexo e história familiar. Os
fatores modificáveis são relacionados ao meio ambiente (onde a pessoa vive e
trabalha), ao estilo de vida, ao controle do estresse e são, nestes últimos,
especificamente, onde o comportamento preventivo em saúde poderá atuar
(FREUDENBERG et al. 1996).
De tal modo, apesar da proporção de 68,19% de especialistas optantes pela
definição original do resultado NOC, constatamos mais adequada a definição:
condutas do indivíduo para eliminar ou minimizar fatores de risco modificáveis
propensores de quedas.
Providos das indicações acerca do título, da inserção e da definição do
Comportamento de Prevenção de Quedas, expomos nas duas tabelas a seguir o
julgamento de seus indicadores e definições constitutivas, mediante o índice de
concordância dos especialistas quanto à aderência aos critérios Comportamental,
Simplicidade, Clareza, Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância.
Tabela 4 Índice de concordância dos especialistas quanto à aderência dos
indicadores em relação aos critérios Comportamental, Simplicidade, Clareza,
Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância. Fortaleza, 2010.
Indicadores
Critérios avaliados
Comportamental
Simplicidade
Clareza
Relevância
Precisão
Tipicidade
Amplitude
1.
Utiliza corretamente mecanismos
auxiliares para
deambular
0,95
0,
91
0,
86
0,
95
0,
95
0,
91
0,
91
0
,137
*
0
,338
*
0
,575
*
0
,137
*
0
,137
*
0
,338
*
0
,338
*
2.
Solicita auxílio físico para si
0,
91
0,
86
0,82
0,82
0,
95
0,
91
0,82
0,
338
*
0,575*
0,425*
0,425*
0
,137
*
0,
338
*
0,425*
3.
Faz uso
de
barreiras pa
ra prevenir quedas durante
a permanência na cama
0,
91
0,95
0,
91
0,
91
0,95
0,95
0,
86
0,
338
*
0
,137
*
0,
338
*
0,
338
*
0
,137
*
0
,137
*
0
,575
*
4.
Faz uso de corrimãos conforme a necessidade
1
1
0,95
1
0,95
1
0,
91
0,028*
0,028*
0
,137
*
0,028*
0
,137
*
0,028*
0
,338
*
5.
E
limina água derramada
0,95
0,
91
0,82
0,
86
0,
86
0,
86
0,82
0
,137
*
0
,338
*
0,425*
0,575*
0,575*
0,575*
0,425*
6.
Elimina o acúmulo de objetos e obstáculos no
chão
0,95
0,95
0,
91
0,95
0,
91
0,
91
0,82
0
,137
*
0
,137
*
0
,338
*
0
,137
*
0
,338
*
0
,338
*
0,425*
7.
Prende peq
uenos tapetes
0,95
0,
91
0,82
0,
91
0,
86
0,95
0,
86
0
,137
*
0
,338
*
0,425*
0
,338
*
0,575*
0
,137
*
0,575*
8.
Utiliza adequadamente banquinhos e escadas
0,95
0,
86
0,
91
0,95
0,82
0,95
0,
91
0
,137
*
0,575*
0
,338
*
0
,137
*
0,425*
0
,137
*
0
,338
*
9.
Usa calçado adequado para
prevenir quedas
1
1
1
1
0,95
1
0,
91
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
0
,137
*
0,028*
0
,338
*
10.
Adapta a altura do vaso sanitário conforme a
0,9
5
1
1
0,
91
0,9
5
1
0,
91
Desenvolvimento do estudo
Desenvolvimento do estudo
Introdução
123
necessidade
0,137*
0,028*
0,028*
0,
338
*
0,137*
0,028*
0,
338
*
11.
Utiliza adequadamente cadeiras
0,
91
1
1
1
0,9
5
1
0,
91
0,
338
*
0,028*
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,
338
*
12.
Usa adequadamente a cama
0,9
5
1
0,9
5
1
0,
91
1
0,
91
0,137*
0,028*
0,137*
0,028*
0,
338
*
0,028*
0,
338
*
13.
Usa tapetinhos de borracha na banheira/ ou
boxe
do chuveiro
1
1
0,9
5
1
0,9
5
1
0,9
5
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,137*
0,028*
0,137*
14.
Descreve medidas para prevenção de quedas
0,91 0,95 0,95 0,91 0,91 0,95 0,86
0,
338
*
0,137*
0,137*
0,
338
*
0,
338
*
0,137*
0,575*
15.
Anda de um modo eficaz
1
0,9
5
0,
86
0,9
5
0,
86
1
0,
91
0,028*
0,137*
0,575*
0,137*
0,575*
0,028*
0,
338
*
16.
Executa posicionamento eficaz do corpo
0,9
5
0,
86
0,82
0,9
5
0,82
0,9
5
0,82
0,137*
0,575*
0,425*
0,137*
0,425*
0,137*
0,425*
17.
Usa barras de segurança para as mãos
0,9
5
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,
91
0,137*
0,137*
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
18.
Controla a agitação e a inquietação
1
0,
91
1
0,9
5
0,9
5
1
0,
86
0,028*
0,
338
*
0,028*
0,137*
0,137*
0,028*
0,575*
19.
Utiliza precauções ao tomar medicamentos que
aumentam o risco de quedas
1 1 1 1 0,95 1 0,91
0,028*
0,028*
0,0
28*
0,028*
0,137*
0,028*
0,
338
*
20.
Utiliza adequadamente recursos de correção da
visão
1
1
1
0,9
5
0,9
5
1
0,
86
0,028* 0,028* 0,028* 0,137* 0,137* 0,028* 0,575*
21.
Faz uso de procedimento seguro de transferência
0,9
5
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,
86
0,137*
0,1
37*
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
0,137*
0,575*
22.
Utiliza iluminação adequada
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,
86
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,575*
23.
Uso correto do sistema de alarme
0,9
5
1
0,9
5
0,
86
0,
91
0,9
5
0,
86
0,137*
0,028*
0,137*
0,575*
0,
338
*
0,137*
0,575*
24.
Administra urgência urinária/intestinal
0,9
5
0,9
5
0,
86
0,82
0,82
0,
86
0,77
0,137*
0,137*
0,575*
0,425*
0,425*
0,575*
0,226
25.
Controla o medo de cair
0,9
5
1
1
0,
91
1
0,
91
0,
91
0,137*
0,028*
0,028*
0,
338
*
0,028*
0,
338
*
0,
338
*
26.
Faz uso de r
oupas do tamanho adequado
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,82
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,425*
27.
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva
0,9
5
1
0,9
5
0,
91
0,
91
0,
91
0,
86
0,137*
0,028*
0,137*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,575*
28.
Controla
o peso
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,
91
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,
338
*
variáveis confundidoras; * teste binomial
Tabela 5 Índice de concordância dos especialistas quanto à aderência das
definições constitutivas em relação aos critérios Comportamental, Simplicidade,
Clareza, Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância. Fortaleza, 2010.
Indicadores
Critérios avaliados
Comportamental
Simplicidade
Clareza
Relevância
Precisão
Tipicidade
Amplitude
1.
Utiliza corretamente mecanismos au
xiliares para
deambular 1 0,95 0,91 1 1 1 1
0,028*
0,
137
*
0,
338
*
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
2.
Solicita auxílio físico para si
0,9
5
1
1
0,86
0,9
5
1
0,9
5
0,137*
0,028*
0,028*
0,575*
0,
137
*
0,028*
0,
137
*
3.
Faz uso
de
barreiras para prevenir quedas durante
a permanência na cama 1 1 1 0,95 1 1 1
Desenvolvimento do estudo
Introdução
124
0,028*
0,028*
0,028*
0,
137
*
0,028*
0,028*
0,028*
4.
Faz uso de corrimãos conforme a necessidade
1
1
0,
91
0,9
5
1
1
0,9
5
0,028*
0,028*
0,
338
*
0,137*
0,028*
0,028*
0,137*
5.
Elimina água derramada
1
1
0,9
5
1
0,9
5
0,9
5
0
,9
5
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,137*
0,137*
0,137*
6.
Elimina o acúmulo de objetos e obstáculos no
chão
0,9
5
0,86
0,9
5
0,
91
0,
91
0,86
0,
91
0,137*
0,575*
0,137*
0,
338
*
0,
338
*
0,575*
0,
338
*
7.
Prende pequenos tapetes
1
0,
91
0,
91
0,
91
1
1
1
0,028*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,028*
0,028*
0,028*
8.
Utiliza adequadamente banquinhos e escadas
1
0,
91
0,9
5
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,
91
0,028*
0,
338
*
0,137*
0,137*
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
9.
Usa calçado adequado para prevenir quedas
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
10.
Adapta a altura do vaso sanitário conforme a
necessidade
1
1
1
0,9
5
1
1
1
0,028*
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,028*
0,028*
11.
Utiliza adequadamente cadeiras
0,9
5
0,
91
1
0,9
5
1
1
0,9
5
0,137*
0,
338
*
0,028*
0,137*
0,028*
0,028*
0,137*
12.
Usa adequadamente a cama
0,
91
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,86
0,9
5
0,
91
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
0,137*
0,575*
0,137*
0,
338
*
13.
Usa tapetinhos de borracha na banheira/ ou
boxe
do chuveiro
1
0,86
0,9
5
0,9
5
0,9
5
1
1
0,028*
0,575*
0,137*
0,137*
0,137*
0,028*
0,028*
14.
Descreve medidas para prevenção de quedas
0,
91
0,9
5
0,9
5
0,
91
0,
91
0,9
5
0,
91
0,
338
*
0,137*
0,137*
0,
338
*
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
15.
Anda de um modo eficaz
1
1
1
0,9
5
1
1
1
0,028*
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,028*
0,028*
16.
Executa posicionamento e
ficaz do corpo
1
1
0,9
5
0,9
5
1
1
1
0,028*
0,028*
0,137*
0,137*
0,028*
0,028*
0,028*
17.
Usa barras de segurança para as mãos
1
1
1
0,9
5
1
1
1
0,028*
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,028*
0,028*
18.
Controla a agitação e a inquietação
1
0,86
0,9
5
0,9
5
0,9
5
1
1
0,028*
0,575*
0,137*
0,137*
0,137*
0,028*
0,028*
19.
Utiliza precauções ao tomar medicamentos que
aumentam o risco de quedas
1 1 1 1 0,95 1 0,95
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,137*
20.
Utiliza adequadamente recursos de correção da
visão
1
1
0,8
6
0,9
5
0,9
5
1
0,9
5
0,028* 0,028* 0,575* 0,137* 0,137* 0,028* 0,137*
21.
Faz uso de procedimento seguro de transferência
1
1
1
1
1
1
1
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
22.
Utiliza iluminação adequada
0,9
5
0,
86
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,137*
0,575*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
23.
Uso correto do sistema de alarme
0,9
5
0,
86
0,9
5
0,
91
0,
91
0,
91
0,9
5
0,137*
0,575*
0,137*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,137*
24.
Administra urgência urinária/intestinal
0,9
5
0,
86
0,9
5
0,
86
0,77
0,
86
0,82
0,137*
0,575*
0
,137*
0,575*
0,226
0,575*
0,425
25.
Controla o medo de cair
0,
91
0,
86
0,
91
0,9
5
0,
86
1
0,
91
0,
338
*
0,575*
0,
338
*
0,137*
0,575*
0,028*
0,
338
*
26.
Faz uso de roupas do tamanho adequado
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,
86
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,575*
27.
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva
0,9
5
1
0,
86
0,
91
0,
91
0,
91
0,9
5
0,137*
0,028*
0,575*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,137*
28.
Controla o peso
0,
91
0,82
0,82
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,
338
*
0,425
0,425
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
variáveis confundidoras; * teste binomial
Conforme verificamos na tabela apresentada, todos os indicadores e suas
definições constitutivas, inclusive os indicadores novos propostos pela análise de
Desenvolvimento do estudo
Introdução
125
conceito ora elaborada, obtiveram ou superaram o índice de concordância de 0,85,
porquanto as dias inferiores a este valor apresentaram p>0,05 no resultado do
teste binomial. Os valores de p<0,05 se referiram a índices acima de 0,85, sendo, de
igual forma, admitidos.
De semelhante modo, as variáveis confundidoras Descreve medidas para
prevenção de quedas, Anda de um modo eficaz e Executa posicionamento eficaz do
corpo, provenientes de outros resultados de enfermagem NOC, bem como suas
definições constitutivas, apresentaram índice de concordância ≥ 0,85.
Juntamente com a avaliação de cada indicador/definição constitutiva, os
especialistas propuseram adequações as quais foram debatidas entre pesquisadora e
orientadora e, segundo consenso, foram acatadas.
Disto, podemos concluir que os indicadores e as definições constitutivas para
o resultado de enfermagem NOC Comportamento de Prevenção de Quedas
obtiveram índice de concordância estatisticamente maior que 0,85, considerados,
portanto, de conteúdo válido, semelhante ao existente na literatura científica e capaz
de mensurar o construto comportamento de prevenção de quedas.
A lista contendo esses componentes foi enviada apenas para esclarecimento
dos especialistas durante a fase de validação das definições operacionais, a qual é
apresentada a seguir.
4.4 Etapa 3- Construção e validação por especialistas das definições e
magnitudes operacionais
4.4.1. Descrição do método da etapa
Com base na revisão integrativa, na análise de conceito e nos resultados
obtidos na etapa de validação das definições constitutivas, estabelecemos as
definições operacionais de cada indicador do resultado Comportamento de
Prevenção de Quedas. As magnitudes operacionais foram construídas mediante a
possível disposição das definições operacionais na escala Likert de cinco pontos.
Para o cumprimento desta etapa, igualmente à anterior, foram adquiridas
apreciações de enfermeiros especialistas na temática de terminologia de
enfermagem e acidentes por quedas, para julgar a afinidade entre as definições
operacionais e cada indicador, de acordo com os critérios psicométricos utilizados
em sua construção.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
126
Para o estabelecimento do tamanho da amostra desta etapa, empregamos os
seguintes critérios estatísticos:
Proporção mínima de 90% de concordância com relação à pertinência de cada
componente avaliado e
Diferença de 15% quanto à concordância, incluindo um intervalo de 75 a 100% na
referida concordância.
Deste modo, para definição do tamanho amostral, adotamos uma fórmula que
leva em consideração a proporção final de sujeitos em relação a uma determinada
variável dicotômica e a diferença máxima aceitável desta proporção. Assim, o
tamanho amostral foi definido por n=Zα
2
.P.(1-P)/d
2
, onde representa o nível de
confiança (utilizamos um nível de confiança de 95%), P é a proporção de indivíduos
que concordam com a pertinência do componente do diagnóstico de enfermagem e
d é a diferença de proporção considerada aceitável. O cálculo final foi determinado
por n= 1,96
2
.0,90.0,10/0,15
2
e com isso, obtivemos uma amostra de 16 especialistas
para esta etapa.
Para selecionar os especialistas participantes, seguimos os mesmos critérios
recomendados por Fehring (1987), adaptados à nossa pesquisa, e o mesmo método
de amostragem.
4.4.2 Coleta de dados
As definições operacionais foram desenvolvidas de forma similar às
definições constitutivas e as magnitudes operacionais, fundamentadas nos cinco
níveis da escala Likert de medida de cada indicador do resultado NOC. Assim, o
alicerce para a elaboração de tais componentes foi obtido nas mesmas fontes
adotadas na etapa de construção das definições constitutivas.
Os especialistas da etapa anterior que aceitaram participar desta, bem como
novos especialistas convidados que responderam ao instrumento em tempo hábil,
constituíram esta amostra, mediante assinatura de um novo Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido.
O instrumento da segunda fase, desenvolvido e avaliado sob os mesmos
aspectos do primeiro, foi enviado aos especialistas no formato de um questionário
semiestruturado, dividido em seis partes:
1. Instruções para o preenchimento do instrumento, descrição sumária do
projeto de pesquisa, conceitos básicos referentes ao estudo e referências
Desenvolvimento do estudo
Introdução
127
bibliográficas as quais pudessem esclarecer possíveis dúvidas relacionadas aos
conceitos propostos;
2. Dados de identificação do especialista e questões relativas à experiência
profissional no ensino, na pesquisa e na assistência de enfermagem em geral e
relativa ao fenômeno de quedas e/ou a terminologias de enfermagem;
3. Uma lista contendo os indicadores do resultado e as definições
constitutivas construídas e avaliadas anteriormente;
4. As definições operacionais elaboradas para cada indicador;
5. As magnitudes operacionais construídas para cada nível dos indicadores,
sob o formato de escala do tipo Likert de cinco pontos;
6. Uma escala de três pontos, mediante a qual os especialistas avaliaram a
pertinência de cada definição constitutiva e de cada indicador quanto à sua
adequação aos critérios da psicometria propostos por Pasquali (1999), assinalando
uma possibilidade de resposta por vez;
7. Um espaço para sugestão de ajustes para as definições e magnitudes
operacionais, permuta interna dentro da escala Likert, substituição ou mesmo
divergência de opinião sobre alguma definição ou magnitude operacional.
Os especialistas avaliaram cada definição/magnitude operacional em conjunto
ao atribuirem as notas: -1 (para critério não atendido); 0 (para indecisão quanto à
adequação do critério) ou +1 (para critério atendido). Assim, o conjunto
definição/magnitude operacional deveria ser consistente com seu respectivo
indicador.
Para analisar os dados desta etapa, construímos uma planilha do programa
Microsoft Office Excel 2007 e, para avaliar a concordância entre os especialistas,
semelhante à etapa anterior, dias aritméticas foram calculadas para cada um dos
critérios psicométricos adotados, referentes a cada conjunto definição/magnitude
operacional.
Ou seja, as médias ponderadas foram obtidas por: Σ notas do indicador/
quantidade de especialistas. Em seguida, empregamos o teste binomial, por meio do
programa Statistical Package for the Social Sciences - SPSS na versão 16.0, para
examinarmos se havia diferença entre a média calculada e o índice de concordância
instituído no calculo amostral de 0,90 (90%).
Desenvolvimento do estudo
Introdução
128
Ao considerarmos o nível de significância (p) de 0,05 para rejeitar a hipótese
nula, a diferença entre a média calculada e o índice de concordância instituído
ocorreria se p<0,05.
4.4.3 Apresentação e discussão dos resultados obtidos na validação por
especialistas
Inicialmente 87 especialistas foram convidados a compor o painel desta
etapa, da qual 25 aceitaram participar, apesar de somente 16 devolverem o
instrumento preenchido em tempo hábil. Logo, 16 enfermeiros compuseram a
amostra, em concordância com o resultado do lculo amostral e com a pontuação
mínima de cinco pontos, conforme os critérios de Fehring (1994).
Desses, todos atenderam os critérios de inclusão, ao atingirem a pontuação
mínima necessária de cinco pontos conforme o quadro apresentado.
Especialista
1
2
3
4
5
6
7
8
Escore
12
11
5
8
8
8
7
11
Especialista
9
10
11
12
13
14
15
16
Escore
11
8
11
8
9
9
5
10
Quadro 38 Escore dos especialistas da etapa 3 segundo os critérios adaptados do
sistema de pontuação proposto por Fehring (1994). Fortaleza, 2010.
A pontuação dos participantes referente aos critérios adaptados do sistema
de pontuação proposto por Fehring (1994) variou entre cinco e onze pontos, escores
semelhantes aos do grupo de especialistas da pesquisa de Chaves (2008), no qual
houve variação entre seis e doze pontos. Portanto, consideramos a amostra
apropriada para apreciar a as definições/ magnitudes operacionais do resultado de
enfermagem.
A seguir, expomos os dados alusivos ao perfil dos especialistas da etapa 3 da
pesquisa.
Tabela 6 Dados referentes ao perfil dos especialistas da etapa 3 da pesquisa (n =
16). Fortaleza, 2010.
Variáveis
N
%
Sexo
Feminino
16
100,0
Titulação
Mestrado
7
43,8
Doutorado
9
56,2
Pesquisa
sobre
terminologia de enfermagem
Dissertação/Tese
14
87,5
Monografia
12
75,0
Desenvolvimento do estudo
Introdução
129
Pesquisa
sobre acidentes por quedas
Monografia
4
25,0
Dissertação/Tese
3
18,8
Nenhuma
5
31,3
Grupo de pesquisa sobre terminologia de enfermagem
Sim
14
87,5
Não
2
12,5
Grupo de pesquisa sobre
acidentes por quedas
Sim
12
56,3
Não
4
4
3,7
Instituição d
e trabalho no último ano
Instituição de ensino superior
14
87,5
Hospital
2
12,5
Assistência de enfermagem com utilização do processo
de enfermagem
Sim
14
87,5
Não
2
12,5
Assistência de enfermagem a pacientes com risco de
quedas
Sim
12
56,3
o
4
4
3,7
Ensino
sobre processo de enfermagem
Sim
14
87,5
Não
2
12,5
Ensino
sobre prevenção de quedas
Sim
11
68,8
Não
5
31,2
Média
Desvio
-
padrão
Tempo de formação
13,93
10
,59
Tempo
de
experiência com processo de enfermagem
9,93
8,70
Conforme a tabela, todos os especialistas eram do sexo feminino, com tempo
de formação médio de 13,93 anos 10,59) e a maioria possuía titulação de
doutorado (56,2%). Semelhantemente, o estudo de Melo (2008) contou com 76% de
doutores em seu painel de especialistas para a validação de conteúdo de um
diagnóstico de enfermagem.
Dos dezesseis participantes, 87,5% desenvolveram dissertação ou tese sobre
terminologia de enfermagem e 43,8% executaram alguma pesquisa sobre acidentes
por quedas. Na pesquisa de Chaves (2008), 84,7% dos especialistas afirmaram ter
realizado trabalho científico sobre terminologia de enfermagem. Quanto aos grupos
de pesquisa, 87,5% participaram de grupo sobre terminologia de enfermagem e
56,3% sobre acidentes por quedas. Dos participantes desta etapa, 87,5% têm,
pelo menos um ano, suas atividades concentradas na área de ensino superior.
Concernente à assistência com utilização do processo de enfermagem, 87,5%
a executaram por um tempo médio de 9,93 anos 8,70) e ofereceram assistência
de enfermagem a pacientes com risco de quedas por certo período. O ensino sobre
Desenvolvimento do estudo
Introdução
130
processo de enfermagem foi referido por 87,5%, e 68,8% relataram experiência
docente sobre prevenção de quedas.
Com base nisso, expomos adiante os índices de concordância dos
especialistas quanto à aderência das definições/magnitudes operacionais em
relação aos critérios Comportamental, Simplicidade, Clareza, Precisão, Tipicidade,
Amplitude, Relevância.
Tabela 7 Índice de concordância dos especialistas quanto à aderência das
definições/magnitudes operacionais em relação aos critérios Comportamental,
Simplicidade, Clareza, Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância. Fortaleza, 2010.
Indicadores
Critérios avaliados
Comportamental
Simplicidade
Clareza
Relevância
Precisão
Tipicidade
Amplitude
1.
Usa corretamente mecanismos auxiliares
1
0,
88
0,
88
0,
88
0,
88
1
1
0,185*
0,485*
0,485*
0,485*
0,485*
0,185*
0,185*
2.
Provê auxílio pessoal
1
0,94
0,94
0,94
0,94
1
0,94
0,185*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,185*
0,515*
3.
Coloca barreiras
para prevenir quedas
0,94
1
1
1
0,94
1
1
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
0,185*
0,185*
4.
Faz uso de corrimãos conforme a necessidade
0,94
1
1
0,94
0,94
1
0,
88
0,515*
0,185*
0,185*
0,515*
0,515*
0,185*
0,485*
5.
Elimina água derramada
1
0,
88
0,94
0,94
0
,75
1
0,94
0,185*
0,485*
0,515*
0,515*
0,068*
0,185*
0,515*
6.
Elimina o acúmulo de objetos e obstáculos no
chão
1
1
1
0,94
0,94
1
1
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
0,515*
0,185*
0,185*
7.
Prende pequenos tapetes
1
1
0,94
0,94
0,94
1
1
0,185*
0,185*
0,515*
0
,515*
0,515*
0,185*
0,185*
8.
Utiliza adequadamente banquinhos e escadas
1
0,
88
1
0,94
0,94
1
1
0,185*
0,485*
0,185*
0,515*
0,515*
0,185*
0,185*
9.
Usa calçado adequado para prevenir quedas
1
1
1
1
1
1
1
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
10.
Ad
apta a altura do vaso sanitário conforme a
necessidade
0,94
1
1
1
1
1
1
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
11.
Utiliza adequadamente cadeiras
1
0,94
1
0,94
1
1
0,94
0,185*
0,515*
0,185*
0,515*
0,185*
0,185*
0,515*
12.
Usa adequadamente a cama
1
0,
88
0,
88
0,
88
0,
88
0,81
0,94
0,185*
0,485*
0,485*
0,485*
0,485*
0,211
0,515*
13.
Usa tapetinhos de borracha na banheira/ ou
boxe
do chuveiro
1
1
1
0,94
0,
88
1
0,94
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
0,485*
0,185*
0,515*
14.
Descreve medidas para prevenção de qued
as
0,75 0,69 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75
0,068*
0,017*
0,068*
0,068*
0,068*
0,068*
0,068*
15.
Anda de um modo eficaz
0,94
0,94
0,94
0,94
0,94
0,94
0,94
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
16.
Executa posicionamento eficaz do corpo
0,94
1
0,94
1
1
1
1
0,515*
0,185*
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
17.
Usa barras de segurança para as mãos
0,94
1
1
1
0,94
0,94
0,94
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
0,515*
0,515*
18.
Controla a agitação e a inquietação
1
1
0,94
0,94
0,94
1
0,94
Desenvolvimento do estudo
Introdução
131
0,185*
0,185*
0,51
5*
0,515*
0,515*
0,185*
0,515*
19.
Utiliza precauções ao tomar medicamentos que
aumentam o risco de quedas
1 0,94 0,94 0,94 0,94 1 0,94
0,185*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,185*
0,515*
20.
Utiliza adequadamente recursos de correção da
visão
1
1
1
1
1
1
1
0,1
85*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
21.
Faz uso de procedimento seguro de transferência
1
1
0,
88
1
0,94
0,94
0,
88
0,185*
0,185*
0,485*
0,185*
0,515*
0,515*
0,485*
22.
Utiliza iluminação adequada
0,94
1
0,94
1
1
1
1
0,515*
0,185*
0,515*
0,185*
0,185
*
0,185*
0,185*
23.
Uso correto do sistema de alarme
1
1
1
0,94
1
1
1
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
24.
Administra urgência urinária/intestinal
1
0,94
1
0,81
0,94
1
0,94
0,185*
0,515*
0,185*
0,211
0,515*
0,185*
0,515*
25.
Controla o medo de c
air
1
0,81
0,81
0,
88
0,94
0,94
0,
88
0,185*
0,211
0,211
0,485*
0,515*
0,515*
0,485*
26.
Faz uso de roupas do tamanho adequado
0,94
1
1
1
1
1
0,94
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
27.
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva
1
1
0,94
0,94
0,94
1
0,94
0,185*
0,185*
0,515*
0,515*
0,515*
0,185*
0,515*
28.
Controla o peso
0,
88
1
0,94
0,94
0,94
0,94
0,
88
0,485*
0,185*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,485*
variáveis confundidoras; * teste binomial
Segundo é possível constatar na tabela exposta, 27 das 28
definições/magnitudes operacionais, inclusive relacionadas aos indicadores novos,
obtiveram ou superaram o índice de concordância de 0,90, uma vez que todas as
médias inferiores à proporção estabelecida apresentaram p>0,05 como resultado do
teste binomial, e por isso, nessa análise, não poderiam ser excluídas.
Uma definição/magnitude operacional alusiva à variável confundidora
Descreve medidas para prevenção de quedas, apresentou baixos índices de
concordância estatisticamente significantes (p< 0,05) em todos os critérios
apreciados. Destacamos que as variáveis confundidoras Anda de um modo eficaz e
Executa posicionamento eficaz do corpo, apresentaram índice de concordância
0,85.
Quanto a isso, não recomendamos a adoção destes indicadores/definições,
visto que não são alusivos a uma atitude comportamental de prevenção de quedas.
Não obstante o indicador Descreve medidas para prevenção de quedas seja
pertencente ao domínio Conhecimento e Comportamento de Saúde, é na verdade,
alusivo ao resultado Conhecimento: Segurança Pessoal, cuja definição é a extensão
da compreensão transmitida sobre prevenção de lesões não-intencionais. Este
indicador está inserido na classe S do Domínio quatro da taxonomia na NOC:
Conhecimento de Saúde e não faz referência a ações, e sim à extensão da
compreensão sobre prevenção de queda. Sua avaliação varia de nenhuma a
Desenvolvimento do estudo
Introdução
132
extensiva compreensão (MOORHEAD et al., 2008). Desse modo, não se configura
como adequado à avaliação do Comportamento de Prevenção de Quedas.
O indicador Anda de um modo eficaz, é, na verdade, alusivo ao resultado
NOC Locomoção: Caminhar, pertencente ao domínio um Saúde Funcional, à classe C
Mobilidade e é avaliado segundo o grau de dependência. Outrossim, o indicador
Executa posicionamento eficaz do corpo está contido no mesmo Domínio e Classe
do anterior e é medido pelo mesmo tipo de escala. No entanto, é relativo ao resultado
NOC Nível de Mobilidade, ou seja, à capacidade para movimentar-se com um
propósito (MOORHEAD et al., 2008).
A seguir, discutimos o produto de cada indicador após a somatória das fases
análise de conceito e validação por especialistas.
Utiliza corretamente mecanismos auxiliares para deambular
Este indicador está listado na edição mais recente da NOC como Usa
corretamente os dispositivos de apoio (MOORHEAD et al., 2008). No entanto,
conforme percebemos após a apreciação e sugestões dos especialistas, o indicador
tal como estava era pouco claro (índice de concordância 0,86). A classificação
vigente dos dispositivos de apoio (National Classification System for Assistive
Technology Devices and Services) dispõe: elementos arquitetônicos; elementos
sensoriais; computadores; controles para a vida independente; mobilidade;
ortóteses/próteses; recreação, lazer e desporto; mobiliário modificado; serviços
(NCSATDS, 2000).
Neste âmbito, a literatura aponta os dispositivos de apoio para mobilidade
como mecanismos auxiliares e relaciona a sua forma de uso com a variação do risco
de quedas (VASSALLO et al.,, 2004). Esta tecnologia pode ser empregada para dar
apoio quando uma pessoa anda e se equilibra, mas pode ter efeito oposto,
contribuindo para uma mobilidade insegura e risco de quedas quando utilizada de
forma inadequada (MENEZES; BACHION, 2004).
Com o intuito de atribuir uma única ideia ao indicador, identificamos que as
pesquisas apontam a necessidade de mecanismos auxiliares, sobretudo durante a
deambulação como: cadeira de rodas, bengala, andador ou bastão (LYONS,
ADAMS, TITLER, 2005; CLEMSON et al., 2008; TELLES, 2008).
A análise de conceito embasou a construção das definições constitutiva e
operacional deste indicador, mas houve a necessidade de complementação
Desenvolvimento do estudo
Introdução
133
mediante outras fontes para fomentar as recomendações que deveriam ser seguidas
pelo paciente, sobretudo quanto aos locais de pega, e a observação das condições
de integridade do mecanismo (FREITAS, 2009).
Assim, com vistas a clarificar este indicador bem como sua avaliação,
propomos o rótulo Utiliza corretamente mecanismos auxiliares para deambular,
definido como: Utiliza de forma correta o mecanismo auxiliar como andador, cadeira
de rodas, bengala, muleta ou bastão durante a deambulação.
Solicita auxílio físico para si
Após análise de conceito e sugestões dos especialistas, permutamos o rótulo
do indicador Provê auxílio pessoal, com o intuito de refiná-lo, especialmente, quanto
à clareza, relevância e amplitude (índice de concordância 0,82/cada). Revisamos e o
definimos, portanto, como: Solicita ajuda de familiares, amigos, cuidadores ou
profissionais na execução das tarefas, consideradas por si arriscadas para a
ocorrência de quedas.
Conforme apontam as pesquisas, este comportamento preventivo em saúde é
requerido quando o paciente se julga limitado para executar uma tarefa entendida
por ele como um fator de risco. As mais referidas pelos pacientes e mais
relacionadas à ocorrência de quedas, segundo estudos são: alcançar objetos altos
ou baixos, atender ao telefone quando distante, deambular, vestir-se ou despir-se
(POE et al., 2005; MERTENS, HALFENS, DASSEN, 2007; CLEMSON, et al., 2008).
Conforme uma pesquisa constata, existe a tendência de os pacientes não
chamarem a enfermagem para auxiliá-los a executar tarefas, e assim, quando
muitos se encaminham ao banheiro, principalmente no período noturno, por
julgarem-se capazes, escorregam no chão molhado. Observaram ainda que a
presença de familiares durante a internação pode auxiliar na prevenção de quedas
e, deste modo, é aconselhado encorajar o paciente a solicitar ajuda quando julgar-se
limitado na execução de alguma tarefa, por mais simples que seja (PAIVA et al.,
2010).
Sobre este tema, um estudo de metanálise constata que a probabilidade de
adoção do comportamento apropriado para prevenção de um agravo depende da
percepção do indivíduo sobre a ameaça à sua saúde e à convicção de que a ação
recomendada reduziria esta ameaça (HILL et al., 2009). Assim, tanto a
conscientização de si como limitado para a execução de uma determinada tarefa,
Desenvolvimento do estudo
Introdução
134
como a tomada de decisão para pedir ajuda e a ação de solicitá-la, são
imprescindíveis para um comportamento preventivo em saúde (PENDER, 2002).
Faz uso de barreiras para prevenir quedas durante a permanência na cama
Na última versão da NOC (MOORHEAD et al.,2008), o indicador é rotulado
como Coloca obstáculos para evitar quedas. Mediante a análise da literatura,
verificamos que o vocábulo “obstáculo” remete à ideia dificuldade, objeto que causa
impedimento, o que poderia soar negativamente quando se refere a um
comportamento preventivo em saúde. Em contrapartida, “barreira”, reunião de
peças para fechar uma passagem, denota separação física empregada para
aperfeiçoar a segurança (TREVISAN, 2007).
Entendemos que não haveria condição do paciente colocar tais barreiras
preventivas no ambiente hospitalar, mas poderia sim, utilizá-las. Ademais, segundo
sugestão dos especialistas, deveríamos mencionar a situação do ambiente
hospitalar na qual o uso de tais barreiras deveria ser avaliado para prevenir uma
queda do paciente.
Conforme verificamos na literatura, a permanência na cama é uma
circunstância de relação expressiva com acidentes por quedas, quando barreiras
não são utilizadas adequadamente (TZENG; YIN, 2008; PING; MCMASTER; HENG,
2008). A pesquisa de Diccini, Pinho, Silva (2008) mostra que 56,1% dos pacientes
que caíram apresentavam as grades das camas abaixadas. O mesmo estudo aponta
que as camas altas e aquelas sem grades estão relacionadas a problemas de
estrutura do hospital. De outra forma, as grades que permaneceram abaixadas e a
não solicitação da enfermagem estão relacionadas à falha de processo. O principal
tipo de acidente identificado por Lima, Leventhal, Fernandes (2008) na identificação
os riscos do paciente hospitalizado, foi a queda do leito (68%), devido às grades
desproporcionais, muito pequenas em relação ao tamanho da cama.
O exemplo mais comum de barreiras apontado pelas pesquisas refere-se às
grades da cama (HOFFMAN et al., 2003; AKYOL, 2006), enquanto que a proteção
na cabeceira e na peseira foram sugeridos pelos especialistas.
Assim, este indicador foi refinado para Faz uso de barreiras para prevenir
quedas durante a permanência na cama. Obteve índices de concordância superiores
ao estabelecido e foi definido como: Utiliza barreiras seguras para prevenir quedas
durante a permanência na cama.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
135
Faz uso de corrimãos conforme a necessidade
A literatura investigada na análise de conceito não apontava uma definição
para este indicador, e por isso, a desenvolvemos com base nas definições
operacionais identificadas. Os corrimãos, quando não utilizados, constituem um
importante fator de risco para a ocorrência de quedas. Eles se diferem das barras de
segurança, pois se referem a uma peça de madeira, pedra ou metal, para apoio à
mão de quem sobe ou desce (TREVISAN, 2007). Devem estar dispostos sempre
que houver escada, rampa, durante uma mudança no nível do solo (AKYOL, 2006,
SWANN, 2007). Este indicador foi definido como: Utiliza corrimãos durante uso de
escada, rampa ou durante uma mudança no nível do solo.
Mantém o ambiente livre de acúmulo de objetos e obstáculos e líquidos no
piso
Mediante a investigação da literatura ora executada, concluímos que, dentre
os fatores causais das quedas, o piso molhado é um dos principais propensores de
acidentes. Uma pesquisa identificou que os principais fatores de risco para a
ocorrência de quedas estavam relacionados ao piso escorregadio, objetos soltos no
chão e excesso de objetos no cômodo (GAWRYSZEWSKI; JORGE; KOIZUMI,
2004).
Em outros estudos, 1/4 de todos que caíram referiram ter tropeçado em algum
objeto e 1/3 citaram superfície molhada no momento da queda (COUTINHO; SILVA,
2002). Por isso, se qualquer substância líquida for derramada no chão, deve-se
secá-la imediatamente (PAES, 2005). Ressaltamos ainda que o ambiente hospitalar
deve ser livre de obstáculos que possam provocar escorregões e/ou tropeções
(COSTA NETO, 2000).
Ao contrário do conteúdo da NOC, executamos a validação deste indicador
subdividindo-o em dois outros indicadores por supormos que se referiam a ideias
distintas. Entretanto, o indicador ora avaliado, referente a líquidos no piso,
apresentou baixo índice de concordância quanto aos critérios Clareza e Amplitude
(0,82/cada). A avaliação do critério Precisão para as definições/magnitudes
operacionais se apresentou estatisticamente inferior à proporção estabelecida (0,75
p=0,068). O item referente ao acúmulo de objetos e obstáculos obteve índice de
concordância de 0,82 para o critério Amplitude, e poderia indicar que não se
encontrava abrangente o suficiente. Ademais, a maioria dos especialistas
Desenvolvimento do estudo
Introdução
136
recomendou a reunião dos itens Elimina água derramada e Elimina o acúmulo de
objetos e obstáculos no chão em um só, e, por isso, recompomos o indicador
Mantém o ambiente livre de acúmulo de objetos e obstáculos e líquidos no piso.
Prende pequenos tapetes
Segundo recomendações, os tapetes devem ser fixados com fita adesiva
dupla-face ou forro de borracha antiderrapante (PAES, 2005). Apesar constar na
NOC (MOORHEAD et al., 2008), de ser um comportamento preventivo de quedas, e
de ter atingido o índice de concordância esperado, não faria sentido avaliar este
indicador no ambiente hospitalar. Como sugeriu a maioria dos especialistas (87,5%),
este item está mais relacionado à avaliação do risco de quedas no ambiente
domiciliar. Por conta disso, mesmo tendo obtido bons índices de concordância na
validação por especialistas, este indicador não fará parte da lista final referente ao
resultado Comportamento de Prevenção de Quedas.
Utiliza adequadamente banquinhos e escadas
Na versão mais recente da NOC (MOORHEAD et al., 2008) este indicador
apresenta-se como Uso seguro de banquinhos e escadas. Contudo, após avaliação
e sugestões dos especialistas, verificamos que o indicador, tal como estava, não
retratava um comportamento a ser executado pelo paciente, e sim, uma
recomendação (índice de concordância 0,82 para o critério precisão). Segundo as
apreciações, permutamos este item para Utiliza adequadamente banquinhos e
escadas.
Conforme pesquisas, uma das atividades rotineiras mais prejudicadas após a
queda é subir escadas, tanto pelos prejuízos físicos quanto pelo medo de fazê-la
(FABRÍCIO; RODRIGUES; COSTA JUNIOR, 2004). Tal ação está relacionada ao
momento da queda, sobretudo durante a descida, apesar de ser responsável por
aproximadamente 5% dos acidentes deste tipo (NACHREINER et al., 2007;
BREWER et al., 2007). No ambiente hospitalar, o banquinho pode ser considerado
como aquele junto ao leito, comumente utilizado pelo paciente para alcançar a
cama. Devido à própria condição de doença do paciente e à pouca familiaridade
com a ambiente, o uso de banquinhos e escadas pode tornar-se fator propensor
deste tipo de acidente (TELLES, 2008).
Desenvolvimento do estudo
Introdução
137
Logo, para prevenir episódios dessa natureza, como expomos nas definições
constitutiva e operacional, é vital que o paciente suba e desça os degraus
lentamente, um por vez, apoiando todo o pé, sem tentar apanhar objetos enquanto
está subindo ou descendo (AKYOL, 2006; TELLES, 2008; CLEMSON et al., 2008).
Usa calçado adequado para prevenir quedas
Segundo pesquisas, o uso de calçados parece reforçar a estabilidade do ,
além de protegê-lo de trauma mecânico e irregularidades de superfícies. Além disso,
proporciona mais aderência do que a sola plantar do pé, reduzindo o risco de
escorregar, especialmente em ambientes fechados. Por isso, é desaconselhável
andar descalço (KOEPSELL et al., 2004; MENANT et al., 2008; LEVEILLE et al.,
2008).
No estudo de Koepsell et al. (2004), o uso de nis mostrou-se mais seguro
que botas e outros tipos de sapato de cano mais alto. Sapatos de salto alto
oferecem menor estabilidade lateral, pois reduzem a área de contato com o solo. A
meia-sola espessa e muito mole interfere no senso de posição e oferece
instabilidade. Menant et al. (2008) defendem que sapatos de salto elevam e
deslocam o centro de massa do usuário para frente, e podem afetar o controle do
equilíbrio, acarretando adaptações posturais e cinemáticas. Além disso, a posição
plantar durante a flexão de tornozelo, adotada no uso de sapatos de salto elevado,
pode contribuir para uma maior força de reação horizontal e vertical do solo ao
calcanhar. Os efeitos negativos de sapatos de salto alto o numerosos e, por essa
razão, devem ser desaconselhados.
Swann (2007) recomenda que chinelos e calçados abertos, sem sistema de
abotoamento, devem ser evitados. Sapatos de sola prejudicam o equilíbrio durante a
caminhada, reduzindo a sensibilização do -posição e a firmeza mecânica,
representando uma ameaça ainda maior para a estabilidade durante as tarefas mais
desafiadoras. Por fim, o uso de calçados com fixação inadequada e aqueles
desprovidos de algum de seus componentes de origem, deve ser desencorajado
(MENANT et al., 2008).
Baseados nisso e nas especificações do calçado adequado para prevenção
de quedas apontadas pela literatura e sugeridas pelos especialistas, formulamos as
definições constitutiva e operacional: sempre que vai deambular, faz uso de calçado
fechado, com solado antiderrapante, de suporte reforçado no calcanhar, com
Desenvolvimento do estudo
Introdução
138
calcanhar de salto baixo, com meia-sola mais fina que o calcanhar, sendo flexível e
firme, provido de mecanismo de amarração por conectores, ajustado na largura e
comprimento do e sem pontos de tensão (KOEPSELL et al., 2004; SWAN, 2007;
MENANT et al., 2008; LEVEILLE et al., 2008).
Adapta a altura do vaso sanitário conforme a necessidade
Entre as atividades comuns relacionadas a quedas no ambiente hospitalar,
consta a ação de "sentar-se ou levantar-se de vasos sanitários" (DECESARO,
PADILHA, 2002). A pesquisa de Diccini, Pinho, Silva (2008) mostra que 8,3% das
quedas neste cenário, ocorreram quando o paciente vai levantar-se do vaso
sanitário. No âmbito hospitalar, esses elevatórios devem ser veis por conta da
rotatividade de pessoas com altura diferentes que fazem uso desse equipamento.
Por isso, segundo estudo de Alexandre e Rogante (2001), é necessário aumentar a
altura do vaso sanitário, com a utilização de compensadores para vasos
convencionais.
Apesar de não termos identificado definições para este indicador mediante a
revisão integrativa, nos baseamos nas recomendações da Associação Brasileiras de
Normas Técnicas (2004) para orientar a construção das definições. Assim, deve ser
avaliado se o paciente Faz uso de estratégias para adaptar a altura do vaso sanitário
conforme a sua necessidade, de maneira a apoiar por completo os pés no piso ao
sentar-se e levantar-se do vaso.
Utiliza adequadamente cadeiras
Originalmente, este indicador refere-se ao comportamento Ajusta a altura da
cadeira conforme a necessidade. Entretanto, segundo verificamos, para o paciente
seria pouco exequível tal ajuste no ambiente hospitalar, onde, supõe-se que as
cadeiras sejam, em sua maioria, de altura fixa. Ademais, os estudos ressaltam muito
mais a atitude em selecionar certos tipos de assentos e a maneira de utilizá-los do
que ajustar a altura (LANGE, 2005; AKYOL, 2006; TELLES, 2008; SWANN, 2008;
CLEMSON et al., 2008).
Por isso, formulamos o rótulo Utiliza adequadamente cadeiras e pela
definição Utiliza cadeiras ou poltronas apenas para sentar, e opta por aquelas que
possuem braços e que facilitem os atos de sentar-se e levantar-se.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
139
Usa adequadamente a cama
Conforme a NOC cita (MOORHEAD et al., 2008), este item é denominado
Ajusta a altura da cama conforme a necessidade. Na pesquisa de Diccini, Pinho e
Silva (2008) sobre Avaliação de risco e incidência de queda no ambiente hospitalar,
41,7% dos episódios ocorreram no momento de descer da cama.
Mediante a investigação da literatura, o acidente por queda referente à
permanência na cama não está relacionado somente à altura, o que tornaria o
conteúdo deste indicador insuficiente à avaliação do risco.
Um estudo analisou 826 Boletins de Notificação de Eventos Adversos em
hospital universitário terciário por um período de trinta meses e, conforme foi
examinado, 55% das quedas ocorreram a partir do leito. As quedas acontecem à
beira do leito quando o paciente está se deitando ou levantando da cama, ou como
resultado da tentativa de subir utilizando como apoio as grades da cama. Nesta
mesma pesquisa, as unidades que apresentaram as maiores frequências de quedas
não executavam a rotina de manter as grades levantadas nem as rodas da cama
travadas (PAIVA et al., 2010).
Conforme sugerido pelos especialistas, modificamos o rótulo para Usa
adequadamente a cama. Os comportamentos preventivos a serem adotados pelo
paciente abrangem: certificar-se de que cama está em uma posição baixa para
deitar-se/levantar-se, de que a cama está com os freios travados para deitar-
se/levantar-se, utilizar as grades, travesseiros ou rolos na cama quando julgar
necessário, manter a cama numa posição que, quando sentado, consiga tocar os
pés no piso, manter a cama à altura de seus joelhos quando em e conservar a
cabeceira alta quando permitido e utilizar colchão com altura inferior a 50
centímetros (POE et al., 2005; AKYOL, 2006; HIGNETT; MASUD, 2006; LANGE;
2005; RUBENSTEIN, 2006).
Para algumas pesquisas, o ideal seria conservar todas as camas na posição
mais baixa quando procedimentos não estejam sendo executados no paciente, e o
uso de colchão firme o suficiente para apoiar a transferência segura (TZENG, 2008;
PING; MCMASTER; HENG, 2008).
Desenvolvimento do estudo
Introdução
140
Utiliza adequadamente tapetes de borracha no piso da banheira/boxe do
chuveiro
Tem sido relatado que um dos lugares mais comuns para a ocorrência de
quedas em hospitais é o banheiro, especialmente no boxe do chuveiro (PAIVA et al.,
2010). Os pisos de banheiro são, de forma geral, de material escorregadio e, neste
sentido, os tapetes de borracha devem ser de material antiderrapante, conectados
ao piso por sucção, principalmente no boxe do chuveiro.
Este item, após análise da literatura e avaliação dos especialistas, é definido
como Utiliza tapetes de borracha no piso da banheira ou no piso do chuveiro
enquanto toma banho e os prende ao piso ou pendura em suportes quando não
estão em uso para prevenir deslizes ou tropeços (AKYOL, 2006).
Utiliza barras de segurança para apoio das mãos no banheiro
No original, a NOC (MOORHEAD et al.,2008) cita este indicador como Utiliza
barras de apoio, conforme necessário. Entretanto, os especialistas apontaram a
necessidade de especificarmos o local de uso desses equipamentos. Conforme as
normas da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (2004), são
predominantemente instaladas no banheiro porquanto seja um dos cômodos onde
mais ocorrem quedas. Além de proverem uma base concreta, essas barras
desencorajam o paciente utilizar outros objetos como suportes de toalha,
saboneteiras ou cortinas como apoio (LANGE, 2005).
A definição constitutiva para este item não foi identificada na literatura, e, por
conta disso, foi construída a partir das definições operacionais levantadas. Assim,
sugerimos o rótulo Utiliza barras de segurança para apoio das mãos no banheiro,
definido por: Utiliza barras de segurança para apoio das mãos antes, durante e após
o uso de banheira, chuveiro ou vaso sanitário (LANGE, 2005; AKYOL, 2006;
RUBENSTEIN, 2006).
Controla a inquietação
Não identificamos na literatura revisada material para construir as definições
para este indicador. Baseados na experiência própria e nas recomendações dos
especialista, constatamos que para avaliar este indicador, o enfermeiro deve,
inicialmente, verificar sinais verbais ou não-verbais de inquietação e verificar se o
paciente faz uso de, pelo menos, uma de ações de técnica de respiração ou
Desenvolvimento do estudo
Introdução
141
relaxamento; atividades de distração para focalizar a atenção para longe de
sensações indesejáveis; ou uso de medicamentos para reduzir a inquietação
conforme prescrito.
Executa precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de quedas
Os medicamentos são utilizados para tratar e reduzir a morbidade associada
a diversas doenças e, sabe-se que em muitos casos, são imprescindíveis.
Entretanto, o uso concomitante de certos medicamentos predispõe o paciente aos
riscos de seus efeitos aditivos. O uso de medicamentos tem sido abordado em
vários estudos como um dos fatores de risco para o evento queda (MENEZES;
BACHION, 2008). Resultados obtidos em pesquisas tendem a ratificar a associação
entre a quantidade de quedas e uso de alguns medicamentos, bem como a
ocorrência de quedas relacionada à quantidade de medicamentos em uso
(GUIMARÃES; FARINATTI, 2005).
Sobre este assunto, Evans et al. (2001) em uma revisão sistemática sobre
fatores de risco para ocorrência de quedas no cenário hospitalar, mostraram que o
uso de três ou mais drogas (polifarmácia) liderava o grupo de fatores de risco de
quedas, principalmente no uso de medicações psicoativas. Tanto a polifarmácia
quanto o uso isolado de psicotrópicos apresentaram alto peso de evidência,
relacionados a acidentes recorrentes e com lesões sérias. Na pesquisa de Kolb
(2005), foi constada polifarmácia em 97,6% dos pacientes que sofreram queda no
ambiente hospitalar (p= 0,001).
Outros medicamentos também foram identificados por pesquisas como
agravantes do risco de queda e, em ordem decrescente, estão os
benzodiazepínicos, anti-hipertensivos, diuréticos, fenotiazinas, antidepressivos e, em
seguida, os anticonvulsivantes, anticoagulantes, laxantes, combinações de vitaminas
e ferro (SÁNCHEZ et al., 1999; LANGE, 2005; TELLES, 2008; BULAT et al., 2008a;
GUIMARÃES; FARINATTI, 2005).
Um estudo de coorte indica que a remoção de drogas propensoras de quedas
é uma intervenção efetiva para a diminuição da ocorrência deste evento (VELDE;
STRICKER; CAMMEN, 2006). Não obstante a total supressão medicamentosa seja
improvável, alguns comportamentos preventivos podem ser ensinados pelo
enfermeiro, podem ser executados pelos pacientes e, por conseguinte, devem ser
avaliados.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
142
Definimos o indicador relacionado ao fator de risco em questão como:
Executa ações que eliminam, minimizam ou compensam os efeitos dos
medicamentos que aumentam o risco de quedas. Conforme consta nas definições
operacionais deste indicador, o paciente, quando em uso de medicamentos
propensores de quedas, deve: certificar-se de que a cama está em uma posição
baixa para deitar-se/levantar-se, tentar fazer as tarefas em um ritmo mais lento,
sentar-se na cama e esperar um pouco (entre cinco e dez respirações) antes de
levantar-se da cama, dormir em cama com cabeceira elevada para minimizar a
queda repentina da pressão arterial, solicitar ajuda ou descansar quando sente
fraqueza, cansaço repentino, tontura, vertigem, ou sonolência, e virar-se lentamente,
quando de pé (ÚDEN; EHNFORS; SJÖSTRÖM, 1999; CLEMSON et al., 2008).
Utiliza adequadamente recursos de correção da visão
Na versão recente da NOC (MOORHEAD et al., 2008), este indicador foi
suprimido. Porquanto está presente em edições anteriores desta taxonomia,
optamos por incluí-lo na investigação teórica e apreciação dos especialistas.
Os déficits visuais, quando associados a pouca iluminação ambiental, podem
predispor escorregões e tropeços em ambientes com irregularidades no chão,
líquidos ou pontas de tapetes erguidas (MENEZES; BACHION, 2008). O déficit na
acuidade visual, aumento da suscetibilidade à luz, limitação do campo visual,
percepção de profundidade deficiente ou instabilidade na fixação do olhar
constituem fatores relacionados à perda de equilíbrio, pois a visão é o órgão
sensorial que fornece a maior parte das informações ambientais vitais para o
mecanismo de controle postural (GUIMARÃES; FARINATTI, 2005).
Indivíduos com leve e severa diminuição na função visual apresentaram,
respectivamente, 1,4 e 2,2 vezes mais riscos de quedas (MENEZES; BACHION,
2008). Esse prejuízo na acuidade visual também pode ser um fator relacionado à
perda de equilíbrio. Isso pode levar diretamente à queda pela diminuição da
estabilidade postural ou, indiretamente, por reduzir a mobilidade e a função física
(GUIMARÃES; FARINATTI, 2005). O comprometimento visual, na revisão
sistemática de Evans et al. (2001), seja por não uso ou utilização incorreta dos
recursos de correção, apresentou peso de evidência moderado e estava relacionado
sobretudo a quedas recorrentes e com lesões sérias.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
143
Com relação aos recursos de correção visual, os equipamentos devem estar
limpos, bem ajustados, regularmente atualizados e devem promover a visualização
adequada de: degraus, soleiras de portas, tapetes, piso liso, escorregadio ou úmido.
Estes equipamentos devem proporcionar a xima acuidade visual possível,
sensibilidade de contraste, adequação do campo de visão e percepção de
profundidade (MARIN et al., 2004; GUIMARÃES; FARINATTI, 2005). Além disso,
óculos bifocais ou multifocais podem distorcer a visão quando se olha para cima ou
para baixo e, em vez disso, pode ser mais seguro ter dois pares de óculos (HARAN
et al., 2009).
Portanto, este indicador foi assim definido: Utiliza adequadamente recursos
para melhorar a capacidade de enxergar objetos e obstáculos do ambiente ou para
compensar a diminuição da acuidade visual.
Utiliza ações seguras durante a transferência
Segundo estudo de Rubenstein (2006), mais de 70% das quedas em
pacientes hospitalizados ocorre dentro do quarto, durante a transferência da cama,
cadeira ou cadeira de rodas. Poe et al. (2005), revelam que a maioria das quedas
por transferência acontecem em pacientes com marcha instável e desprovidos de
assistência ou dispositivos de apoio. O cuidado de sentar-se por alguns minutos e
mover suavemente antes de executar a transferência pode evitar hipotensão ou
síncope (SWANN, 2007).
A definição constitutiva e algumas operacionais referentes a este indicador
não foram identificadas na literatura. Por isso, certas definições operacionais foram
desenvolvidas a partir de outras fontes e baseadas nas sugestões dos especialistas.
Assim, este indicador define-se por Utiliza ações no ajuste de altura, no
travamento de rodas, na aproximação, no posicionamento do corpo e da cadeira e
na utilização de auxílio pessoal ou equipamentos auxiliares para movimentar-se
entre cama, maca ou cadeiras de rodas ou cadeiras higiênicas (ÚDEN; EHNFORS;
SJÖSTRÖM, 1999; POE et al., 2005; SWANN, 2007).
Ajusta a iluminação
Os cuidados recomendados pelos estudos aos pacientes quanto a esse
indicador congregam as ações de utilizar iluminação no ambiente ao dia quando
julgar que está escuro; utilizar iluminação no ambiente à noite, para levantar-se à
Desenvolvimento do estudo
Introdução
144
noite, no banheiro, em específico, além de utilizar óculos escuros quando julgar que
o ambiente está muito claro (HUANG, 2003; AKYOL, 2006; CLEMSON et al., 2008;
SWANN, 2008; TELLES, 2008).
O estudo de Paiva et al. (2010) constatou que de 826 quedas no hospital,
63,7% ocorreram no período noturno e 61,7% em até cinco dias de internação,
período no qual o paciente ainda está se familiarizando ao ambiente.
Após a comparação do levantamento bibliográfico e da apreciação dos
especialistas, a definição constitutiva recomendada foi: Ajusta a iluminação para
adequar-se à capacidade ou necessidade para enxergar o ambiente claramente.
Uso correto do sistema de alarme
Este item não compõe a versão atual da taxonomia NOC (MOORHEAD et al.,
2008). Por estar inserido nas edições anteriores, decidimos por incluí-lo na análise
da literatura e na apreciação dos especialistas, o qual apresentou índices altos de
concordância tanto com relação ao rótulo, quanto às respectivas definições. É
avaliado se o paciente sabe utilizar esse sistema de alarme e se mantém o
dispositivo que o aciona ao alcance das mãos. É definido como: Usa dispositivo de
alarme que solicita ajuda em caso de dificuldade, urgência, emergência.
Administra urgência urinária/intestinal
No contexto da prevenção de quedas no ambiente hospitalar, propomos o
indicador Administra urgência urinária/intestinal, definido como Faz uso de
estratégias ou auxílio pessoal para minimizar ou administrar de forma segura a saída
súbita do local onde está para atender à urgência de urinar ou evacuar. Apesar de
obter índice de concordância 0,82 para os critérios relevância e precisão, tais
valores não são estatisticamente diferentes da proporção esperada de 0,85
(p=0,425). Ademais, segundo as pesquisas a seguir, figura-se um comportamento a
ser avaliado no paciente internado.
Conforme estudo de Paiva et al. (2010), diversas quedas ocorreram pela
pressa dos pacientes para chegarem ao vaso sanitário, nos casos de urgência
urinária ou intestinal. Na revisão sistemática de Evans et al. (2001), de 11 estudos
acerca dos fatores de risco para quedas em ambiente hospitalar, um dos mais
frequentes foi a necessidade especial com toalete ou eliminações por urgência, com
peso de evidencia médio e determinante de quedas recorrentes, com lesões sérias.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
145
Na pesquisa de McFarlane-Kolb (2004), 97,6% dos pacientes que sofreram quedas
apresentavam urgência intestinal ou urinária (p= 0,004).
Para administrar essa necessidade no contexto da prevenção de quedas, é
necessário evitar ingesta hídrica antes de dormir, utilização de fraldas e, em maior
prazo, realizar reabilitação funcional do assoalho pélvico (PERRACINI, 2005).
Controla o medo de cair
A revisão sistemática de Evans et al. (2001), constatou que o medo da cair é
um dos fatores predisponentes de quedas mais comuns, está mais relacionado à
recorrência dos acidentes do que à gravidade, apesar de baixo peso de evidência,.
A confiança é obtida de várias maneiras, incluindo as experiências pessoais
(boas ou más) e o exemplo produzido por outros (modelo). Ela pode determinar se o
indivíduo tenta realizar uma dada tarefa, o grau de persistência, quando encontrada
alguma dificuldade, e o sucesso final (SHARAF; IBRAHIM, 2008).
Apesar ser reconhecidamente um fator de risco para cair e de ter obtido altos
índices de concordância quanto aos critérios da psicometria (PASQUALI, 1999)
tanto para o indicador quanto para as definições, este indicador proposto não
constará na lista final. As definições operacionais diziam respeito às situações nas
quais o paciente referiria medo, enquanto que a definição constitutiva e o rótulo
referem-se a estratégias de controle do medo, não identificadas durante a
investigação exaustiva da literatura.
Faz uso de roupas do tamanho adequado
Segundo pesquisas, roupas largas podem prender-se em maçanetas ou
móveis, assim como cintos ou roupas longas podem ficar presos em aparelhos de
mobilidade ou emaranhadas aos pés, especialmente quando uma pessoa está
usando escadas e no momento de transferência a partir de uma cama ou cadeira
(LANGE, 2005; TELLES, 2005; SWANN, 2008).
Por conta disso, desenvolvemos este indicador com a seguinte definição:
Utiliza roupas de tamanho adequado quanto ao comprimento, largura, costura e
sistema de amarração.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
146
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva
A literatura aponta que a diminuição da sensibilidade auditiva resulta em
vertigens e dificulta o controle postural, principalmente em movimentos bruscos e
mudanças de direção, favorecendo, portanto, a ocorrência de quedas
(RUBENSTEIN, 2006).
Um estudo de metanálise (HILL-WESTMORELAND, SOEKEN, SPELLBRING,
2002) recomenda o uso adequado do aparelho de amplificação sonora por ser uma
das intervenções para prevenção de quedas, sobretudo porque possibilita ao
indivíduo reconhecer “pistas” ambientais como a aproximação de pessoas e objetos.
Ele deve estar bem ajustado ao pavilhão auricular, estar regularmente atualizado e
capaz de proporcionar melhora total da capacidade de ouvir.
Assim, propomos esse novo indicador, desenvolvido a partir da análise da
literatura e confirmado nas fases de validação por especialistas. É definido como:
Utiliza corretamente recursos de amplificação sonora para seguir uma conversação
ou ouvir sons de objetos se aproximando (MARIN et al., 2004; VASSALLO et al.,
2004).
Controla o peso
Segundo a classificação dos fatores de risco para a ocorrência de quedas do
estudo no ambiente hospitalar de Evans et al. (2001), o baixo Índice de Massa
Corpóreo apresentou-se com médio peso de evidência e relação significativa com
lesões sérias decorrentes desse tipo de evento adverso. Conquanto o alto e o baixo
peso corporal sejam apontados como propensores de quedas, a maioria dos
especialistas (81%) defendeu que o indicador não se referia a um comportamento.
Assim, tal indicador não constará na lista final de indicadores do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas.
Diante do exposto, apresentamos a seguir o quadro contendo o produto final
da revisão do resultado de enfermagem NOC Comportamento para Prevenção de
Quedas.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
147
Comportamento de Prevenção de Quedas
Domínio: Conhecimento e Compor
tamento de Saúde (IV)
Classe: Controle de riscos e segurança (T)
Definição: condutas do indivíduo para eliminar ou minimizar fatores de risco modificáveis propensores de quedas
Escala:
1
-
Não adequado; 2
-
Levemente adequado; 3
-
Moderadamente adequado; 4
-
Su
bstancialmente adequado; 5
-
Completamente adequado
Utiliza corretamente mecanismos auxiliares para deambular
Definição
Constitutiva
Utiliza de forma correta o mecanismo auxiliar como andador, bengala, muleta ou
bastão durante a deambulação
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Perguntar ao paciente se ele:
Utiliza quando vai deambular: andador,
bengala, muleta ou bastão;
Perguntar ao paciente se ele segue as
seguintes recomendações:
Mantém o apoio da mão
aproximadamente na altura do
trocânter maior;
Observa as condições de integridade
do andador, cadeira de roda, bengala,
muleta ou bastão antes de usá-los.
1
Necessita, mas não utiliza mecanismos auxiliares durante a deambulação
2
Necessita e utiliza os m
ecanismos auxiliares durante a deambulação, mas não
segue as recomendações
3
Necessita e utiliza os mecanismos auxiliares durante a deambulação, e segue
uma recomendação
4
Necessita e utiliza os mecanismos auxiliares durante a deambulação, e segue
até três recomendações
5
Necessita e utiliza os mecanismos auxiliares durante a deambulação, e segue
todas as recomendações
Solicita auxílio físico para si
Definição
Constitutiva
Solicita ajuda de familiares, amigos, cuidadores ou profissionais na execução
das
tarefas consideradas por si arriscadas para a ocorrência de quedas
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Questionar o paciente se ele executa
as seguintes ações de auxílio pessoal:
Solicita ajuda para alcançar objetos
altos ou baixos;
Solicita ajuda para atender ao telefone
quando distante;
Solicita ajuda para deambular quando
se julga limitado para isso;
Solicita ajuda para vestir-se ou despir-
se quando se julga limitado para isso.
1
Não executa qualquer uma das ações de solicitação
de auxílio pessoal
2
Executa uma das ações de s
olicitação de
auxílio pessoal
3
Executa
duas ações de solicitação de auxílio pessoal
4
Executa
três ações de solicitação de auxílio pessoal
5
Executa todas as ações de solicitação de
auxílio pessoal
Faz uso de barreiras para prevenir quedas durante
a permanência na cama
Definição
Constitutiva
Utiliza barreiras seguras para prevenir quedas durante a permanência na cama
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Perguntar ao paciente ou observar se
ele segue as seguintes
recomendações:
Levanta as grades da cama ou solicita
que sejam levantadas antes de dormir;
Verifica se as grades estão bem
encaixadas;
Utiliza proteção na cabeceira;
Utiliza proteção na peseira.
1
Não executa as recomendações para colocaçã
o de
barreiras para prevenir
quedas
2
Executa uma das recomendações para colocação de
barreiras para prevenir
quedas
3
Executa
duas das recomendações para colocação de barreiras para prevenir
quedas
4
Executa
três das recomendações para colocação de
barreiras para prevenir
quedas
5
Executa todas as recomendações para colocação de
barreiras para prevenir
quedas
Faz uso de corrimãos conforme a necessidad
e
Definição
Constitutiva
Utiliza corrimãos
quando sobe ou desce
de escada, rampa ou durante uma
mudança no nível do solo
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Desenvolvimento do estudo
Introdução
148
Perguntar ao paciente ao encaminhá
-
lo
com auxílio até escada/rampa/degrau
isolado que tenha corrimão e observar
se:
Utiliza corrimão para subir escada;
Utiliza corrimão para descer escada;
Utiliza corrimão para subir rampa;
Utiliza corrimão para descer rampa;
Utiliza corrimão para subir degrau
isolado;
Utiliza corrimão para descer degrau
isolado.
1
Não utiliza corrimãos
nas
atividades observadas
2
Utiliza co
rrimão apenas para
subir escada
3
Utiliza corrimão para subir escada; para descer escada, mas
não
utiliza
corrimão para subir rampa, para descer rampa, para subir degrau isolado,
para descer degrau isolado
4
Utiliza corrimão para subir escada; para descer escada, para s
ubir rampa,
para descer rampa, mas não utiliza corrimão para subir degrau isolado, para
descer degrau isolado
5
Utiliza corrimão para subir escada; para descer escada, para subir rampa,
para descer rampa, para subir degrau isolado, para descer degrau isolado
Mantém o ambiente livre de acúmulo de objetos e obstáculos e líquidos no piso
Definição
Constitutiva
Mantém o ambiente livre de obstáculos e objetos soltos ou mal ordenados e o piso
livre de líquidos, mantendo o ambiente seguro
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar se o paciente segue as
seguintes recomendações:
Evita o acúmulo de objetos pequenos
no piso (calçados, roupas, alimentos,
livros, copos, outros objetos);
Elimina mobiliários das vias de
circulação (cadeiras, mesas);
Mantém móveis ordenados;
Mantém o ambiente sem grande
quantidade de objetos ou móveis;
Por conta própria ou com auxílio,
mantém o piso livre de líquidos.
1
Não executa as recomendações para eliminar o acúmulo
de objetos e
obstáculos no ambiente e o piso livre de líquidos
2
Executa uma das recomendações para eliminar o acúmulo de objetos e
obstáculos no ambiente e o piso livre de líquidos
3
Executa, no máximo, duas das recomendações para eliminar o acúmulo
de
objetos e obstáculos no ambiente e o piso livre de líquidos
4
Executa, no máximo, três das recomendações para eliminar o acúmulo de
objetos e obstáculos no ambiente e o piso livre de líquidos
5
Executa todas as recomendações para eliminar o acúmulo
de objetos e
obstáculos no ambiente e o piso livre de líquidos
Utiliza adequadamente banquinho e escada
Definição
Constitutiva
Sobe e desce de banquinho da cama ou escada lentamente, um degrau por vez,
com concentração, apoiando todo o no degrau, sem desviar a atenção para
alcançar objetos
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Encaminhar o paciente com auxílio (se
necessário ao banquinho da cama e/ou
escada e observar se adota
recomendações como:
Sobe e desce os degraus lentamente;
Sobe e desce apoiando todo o pé no
degrau;
Sobe e desce um degrau por vez;
Não tenta apanhar objetos enquanto
está subindo ou descendo os degraus.
1
Não executa nenhuma das recomendações para utilização a
dequada de
banquinhos e escadas
2
Executa uma das recomendações para utilização a
dequada de banquinhos e
escadas
3
Executa
duas das recomendações para utilização adequada de banquinhos e
escadas
4
Executa
três das recomendações para utilização a
dequada de banquinhos e
escadas
5
Executa todas as recomendações para utilização a
dequada de banquinhos e
escadas
Utiliza calçado adequado para prevenir quedas
Definição
Constitutiva
Sempre que vai deambular, faz uso de calçado fechado, com solado antiderrapante,
de suporte reforçado no calcanhar, com calcanhar de salto baixo, com meia-sola
mais fina que o calcanhar, sendo flexível e firme, provido de mecanismo de
amarração por conectores, ajustado na largura e comprimento do e sem pontos
de tensão
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar se o calçado mais utilizado
pelo paciente tem as seguintes
especificações:
Fechado;
Com solado antiderrapante;
1
Não utiliza as especificações do calçad
o adequado para prevenir quedas
2
Ut
iliza calçado com, no máximo, duas das especificações do calçado
adequado para prevenir quedas
3
Utiliza calçado com, no máximo, três das especificações do calçad
o adequado
para prevenir quedas
Desenvolvimento do estudo
Introdução
149
Suporte reforçado no calcanhar;
Salto baixo;
Com meia-sola mais fina que o
calcanhar;
É flexível e firme;
É provido de mecanismo de amarração
por conectores;
Está ajustado na largura e
comprimento do pé;
Não possui pontos de tensão.
4
Utiliza calçado com, no máximo, quatro das especificaçõe
s do calçad
o
adequado para prevenir quedas
5
Utiliza todas as especificações do calçad
o adequado para prevenir quedas
Adapta a altura do vaso sanitário conforme a necessidade
Definição
Constitutiva
Faz uso de estratégias para adaptar a altura do vaso s
anitário conforme a sua
necessidade, de maneira a apoiar por completo os pés no piso ao sentar-se e
levantar-se do vaso
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Verificar se o paciente
adota
recomendações como:
Utiliza elevação para assento sanitário
Assegura-se que a elevação para
assento sanitário está bem encaixada
Assegura-se que a elevação para
assento sanitário é suficiente para
sentar-se/levantar-se com segurança
Ou
Utiliza vaso sanitário fixo adequado à
sua altura.
1
Não utiliza as recomendações quanto à elevação do assento sanitário
2
Utiliza uma das recomendações quanto à el
evação do assento sanitário
3
Utiliza duas das recomendações quanto à elevação do assento sanitário
4
Utiliza todas as recomendações quanto à elevação do assento sanitário
5
Utiliza vaso sanitário fixo adequado à sua altura
Utiliza adequadamente cad
eiras
Definição
Constitutiva
Utiliza cadeiras ou poltronas apenas para sentar, e opta por aquelas que possuem
braços e que facilitem os atos de sentar-se e levantar-se
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operaciona
l
Observar se o paciente adota
recomendações:
Evita utilizar cadeiras demasiadamente
baixas/ altas;
Encosta as pernas na borda da cadeira
ao sentar-se;
Apóia as mãos no encosto lateral ao
sentar-se ou levantar-se;
Apóia as mãos no encosto lateral ao
sentar-se ou levantar-se;
Apóia os pés no piso ao levantar-se;
Senta-se na borda da cadeira para
levantar-se;
Levanta devagar
Utiliza cadeira apenas para sentar-
se/levantar-se
1
Não executa nenhuma das recomendações para
utilização adequada de
cadeiras
2
Exec
uta, no máximo, duas das recomendações para util
ização adequada de
cadeiras
3
Executa, no máximo, quatro das recomendações para
utilização adequada de
cadeiras
4
Executa, no ximo, seis das recomendações para
utilização adequada de
cadeiras
5
Execut
a todas as recomendações para utilização adeq
uada de cadeiras
Utiliza adequadamente a cama
Definição
Constitutiva
Emprega ações que visam reduzir o risco de quedas quando está deitado, quando
muda de posição na cama, quando vai deitar-se ou levantar-se dela
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar se o paciente adota as
seguintes recomendações:
Certifica-se de que a cama está em
uma posição baixa para deitar-
se/levantar-se;
1
Não executa nenhuma das recomendações p
ara utilização adequada
da cama
2
Executa, no máximo, duas das recomendações p
ara utilização adequada da
cama
Desenvolvimento do estudo
Introdução
150
Certifica
-
se de que a c
ama está com
os freios travados para deitar-
se/levantar-se;
Utiliza as grades, travesseiros ou rolos
na cama quando julga necessário;
Mantém a cama numa posição que,
quando sentado, consiga tocar os pés
no piso ou na escada próxima à cama;
Mantém a cama à altura de seus
joelhos quando em pé;
Quando permitido, conserva a
cabeceira alta (para minimizar a queda
repentina da pressão arterial);
Utiliza colchão com altura inferior a 50
centímetros.
3
Executa, no máximo, três das recomendações p
ara utilização adequada da
cama
4
Executa, no máximo, cinco das recomendações p
ara utilização adequada da
cama
5
Exe
cuta todas as recomendações p
ara utilização adequada da cama
Utiliza adequadamente tapet
es
de borracha no piso da banheira/
boxe
do chuveiro
Definição
Constitutiva
Utiliza tapetes de borracha no piso da banheira ou no piso do chuveiro enquanto
toma banho e os prende ao piso ou pendura em suportes quando não estão em uso
para prevenir deslizes ou tropeços.
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Perguntar ao paciente se ele:
Utiliza tapetes de borracha na banheira
ou no piso do boxe do chuveiro e
Prende ao piso ou pendura em
suportes quando a banheira ou
chuveiro não está em uso
1
Não utiliza tapetes de borracha no piso da banheir
a ou no piso do
boxe
do
chuveiro
2
Utiliza, quando lembra, tapetes de borrach
a no piso da banheira ou no piso do
boxe do chuveiro, mas não os prende ao piso ou pendura em suportes
quando a banheira ou chuveiro não está em uso
3
Utiliza, quando lembra, tapetes de borracha no piso da banheira ou no piso do
boxe do chuveiro e, às vezes os prende ao piso ou pendura em suportes
quando a banheira ou chuveiro não está em uso
4
Utiliza, quando lembra, tapetes de borracha no piso da banheira ou no piso do
boxe do chuveiro e sempre os prende ao piso ou pendura em suportes
quando a banheira ou chuveiro não está em uso
5
Sempre utiliza tapetes de borracha no piso da banheira ou no piso do
boxe
do
chuveiro e os prende ao piso ou pendura em suportes quando a banheira ou
chuveiro não está em uso
Utiliza, no banheiro, barras de segurança par
a apoio das mãos
Definição
Constitutiva
Utiliza barras de segurança para apoio das mãos antes, durante e após o uso de
banheira, chuveiro ou vaso sanitário
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar
se o paciente:
Utiliza barras de segurança para entrar
na banheira ou boxe do chuveiro;
Utiliza barras de segurança para sair
da banheira ou boxe do chuveiro;
Utiliza barras de segurança para
sentar-se no vaso sanitário;
Utiliza barras de segurança para
levantar-se do vaso sanitário;
Utiliza barras de segurança para
acionar a descarga.
1
Não utiliza barras de segurança em qualquer das situações observadas
2
Utiliza barras de segurança, no máximo, duas das situações observadas
3
Utiliza barras de seguran
ça, no máximo, três das situações observadas
4
Utiliza barras de segurança, no máximo, quatro das situações observadas
5
Utiliza barras de segurança todas as situações observadas
Controla a inquietação
Definição
Constitutiva
Faz uso de estratégias pa
ra controlar ou prevenir a inquietação
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Verificar sinais verbais ou não
-
verbais
de inquietação
Verificar se o paciente faz uso de, pelo
menos, uma das ações de
1
Mesmo com o uso
de
ações
de relaxamento ou medicamentos,
apresenta
sinais de inquietação
2
Somente
a
s
o
uso de
ações
de relaxamento
e
uso de
medicamento
para
reduzir a inquietação apresenta-se tranquilo
Desenvolvimento do estudo
Introdução
151
relaxamento:
-Técnica de respiração ou relaxamento
- Atividades de distração para focalizar
a atenção para longe de sensações
indesejáveis
- Uso de medicamentos para reduzir a
inquietação conforme prescrito.
3
Somente
apó
s
o
uso de atividades de distração
e
técnica de respiração
,
apresenta-se tranquilo
4
Somente apó
s uso de técnica de respiração
ou rela
xamento
,
apresenta
-
se
tranquilo
5
Apresenta
-
se tranquilo
mesmo
sem o uso de
ações
de relaxamento ou
medicamentos para reduzir a inquietação
Executa precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de quedas
Definição
Constitutiva
Executa ações que
eliminam, minimizam ou compensam os efeitos dos
medicamentos que aumentam o risco de quedas
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Questionar se o paciente:
Certifica-se de que a cama está em
uma posição baixa para deitar-
se/levantar-se;
Tenta fazer as tarefas em um ritmo
mais lento;
Senta-se e espera um pouco (entre 5 e
10 respirações) antes de levantar-se
da cama;
Dorme em cama com cabeceira
elevada para minimizar a queda
repentina da pressão arterial;
Solicita ajuda ou descansa quando
sente fraqueza, cansaço repentino,
tontura, vertigem, ou sonolência;
Quando de pé, vira-se lentamente.
1
Não executa qua
is
quer medidas de precaução ao tomar medicamentos
que
aumentam o risco de quedas
2
Executa, no máximo, duas medidas de precaução ao tomar medicamentos
que aumentam o risco de quedas
3
Executa, no máximo,
três medidas de precaução ao tomar medicamentos
que
aumentam o risco de quedas
4
Executa, no máximo, quatro medidas de precaução ao tomar medicamentos
que aumentam o risco de quedas
5
Executa todas as medidas de precaução ao tomar medicamentos
que
aumentam o risco de quedas
Utiliza adequadamente recursos de correção da visão
Definição
Constitutiva
Utiliza adequadamente recursos para melhorar a capacidade de enxergar objetos e
obstáculos do ambiente ou para compensar a diminuição da acuidade visual
A
valiação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar ou questionar se o paciente
adota ou segue critérios para o uso
adequado de recursos de correção da
visão:
Os recursos de correção da visão
devem estar limpos;
Os recursos de correção da visão
devem estar bem ajustados;
Os recursos de correção da visão
devem estar regularmente atualizados;
Óculos bifocais ou multifocais são
evitados;
Os recursos de correção da visão
devem estar adequados para visualizar
detalhes e mudanças do nível do piso;
Os recursos de correção da visão
devem estar adequados para
proporcionar melhora total da
capacidade de enxergar.
1
Não utiliza os critérios para o uso dos recursos de correção da visão para
prevenir quedas
2
Utiliza, no máx
imo, dois critérios para o uso dos recursos de correção da visão
adequados para prevenir quedas
3
Utiliza, no máximo, três critérios para o uso dos recursos de correção da visão
adequados para prevenir quedas
4
Utiliza, no máximo, quatro critérios para
o uso dos recursos de correção da
visão adequados para prevenir quedas
5
Utiliza todos os critérios para o uso dos recursos de correção da visão
adequados para prevenir quedas.
Utiliza ações seguras durante a transferência
Definição
Constitutiva
Utili
za ações no ajuste de altura, no travamento de rodas, na aproximação, no
posicionamento do corpo e da cadeira e na utilização de auxílio pessoal ou
equipamentos auxiliares para movimentar-se entre cama, maca ou cadeiras de
rodas ou cadeiras higiênicas
Ava
liação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Desenvolvimento do estudo
Introdução
152
Questionar de que maneira o paciente
executa transferência:
-Senta-se por alguns minutos depois
de mudar da posição horizontal para
outra;
-Executa ou pede ajuda para ajustar a
altura entre as superfícies de
transferência;
- Move devagar suas pernas para fora
da cama;
- Transfere-se de um local para outro
(cama, cadeira, cadeira de roda,
poltrona, maca, cadeira higiênica) com
muito cuidado e devagar,
-Solicita assistência para executar a
transferência ou executa com
dispositivos de apoio (exemplo:
trapézio).
1
Não executa nenhuma das recomend
ações para transferência segura
2
Executa, no máximo, uma das recomend
ações para transferência segura
3
Executa, no máximo, duas das re
comendações para t
ransferência segura
4
Executa, no máximo, três das recomend
ações para transferência segura
5
Executa todas as recomend
ações para transferência segura
Utiliza corretamente
o
sistema de alarme
Definição
Constitutiva
Usa dispositivo de
alarme que solicita ajuda em caso de dificuldade, urgência,
emergência
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Questionar o paciente se ele:
Sabe utilizar o sistema de alarme;
Mantém o dispositivo que aciona o
alarme ao alcance das mãos.
1
Não sabe utilizar o sistema de alarme, não manté
m o dispositivo que aciona o
alarme ao alcance das mãos e nunca utiliza o sistema de alarme
2
Sabe utilizar o sistema de alarme,
mas nem sempre mantém
o dispositivo
que aciona o alarme ao alcance das mãos e nem sempre utiliza o sistema de
alarme
3
Sabe
utilizar o sistema de alarme, utiliza o sistema de alarme sempre que
julga necessário, mas nem sempre mantém o dispositivo que aciona o
alarme ao alcance das mãos
4
Sabe utilizar o sistema de alarme, mantém o dispositivo que aciona o alarme
sempre ao alcance das mãos, mas nem sempre utiliza o sistema de alarme
5
Sabe utilizar o sistema de alarme, mantém o dispositivo que aciona o alarme
sempre ao alcance das mãos e utiliza o sistema de alarme sempre que julga
necessário
Administra urgência urinária/in
testinal
Definição
Constitutiva
Faz uso de estratégias ou auxílio pessoal para minimizar ou administrar de forma
segura a saída súbita do local onde está para atender à urgência de urinar ou
evacuar.
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Questionar o paciente se ele utiliza as
seguintes estratégias para conter ou
administrar a urgência
urinária/intestinal:
Conserva o urinol ao alcance das
mãos ou utiliza fraldas.
Evita ingerir líquidos antes de dormir.
Preocupa-se em manter a bexiga vazia
ou faz as necessidades em horários
pré-determinados
E SE
Solicita auxílio para se encaminhar ao
sanitário.
1
Não utiliza estratégia para conter ou administrar a urgência urinár
ia/intestinal
nem solicita auxílio para se encaminhar ao sanitário.
2
Não utiliza nenhuma estratégia para conter ou administrar a urgência
urinária/intestinal, e nem sempre solicita auxílio para se encaminhar ao
sanitário.
3
Utiliza estratégia para con
ter ou administrar a urgência urinária/intestinal
quando se lembra, e nem sempre solicita auxílio para se encaminhar ao
sanitário.
4
Utiliza estratégia para conter ou administrar a urgência urinária/intestinal
sempre, e nem sempre solicita auxílio para se encaminhar ao sanitário.
5
Utiliza estratégia para conter ou administrar a urgência urinária/intestinal
sempre, sempre solicita auxílio para se encaminhar ao sanitário.
Faz uso de roupas do tamanho adequado
Definição
Constitutiva
Utiliza roupas de ta
manho adequado quanto ao comprimento, largura, costura e
sistema de amarração
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Desenvolvimento do estudo
Introdução
153
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar a
roupa do paciente
ou
perguntar se a roupa atende a
especificações como:
As mangas ajustadas na largura
As mangas ajustadas no comprimento
O corpo da roupa está ajustado na
largura
O sistema de amarração está sem
pontas soltas
A cintura da roupa está ajustada
A roupa não apresenta partes
descosturadas ou rasgadas
A parte inferior está ajustada quanto à
largura
A parte inferior está ajustada quanto ao
comprimento.
1
Não utiliza as especificações das roupas adequadas, para prevenir quedas.
2
Utiliza, no máximo, duas das especificações das roupas adequadas para
prevenir quedas.
3
Utiliza, no máximo, três das especificações das roupas adequadas para
prevenir quedas.
4
Utiliza, no máximo, cinco das especificações das roupas adequadas para
prevenir quedas.
5
Utiliza todas as especificações das roupas adequadas para prevenir quedas
.
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva quando necessário
Definição
Constitutiva
Utiliza corretamente recursos de amplificação sonora para seguir uma conversação
ou ouvir sons de objetos se aproximando
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar ou questionar quanto ao uso
de recursos de correção auditiva por
parte do paciente:
O recurso de correção auditiva deve
ser capaz de detectar claramente a
aproximação de pessoas e objetos;
Os recursos de correção auditiva
devem estar bem ajustados ao
pavilhão auricular;
Os recursos de correção auditiva
devem estar atualizados;
Os recursos de correção da audição
devem estar adequados para
proporcionar melhora total da
capacidade de ouvir.
1
Não utiliza as especificações adequadas dos recursos de correçã
o auditiva
para prevenir quedas
2
Utiliza, uma das especificações dos recursos de correção auditiva
adequados
para prevenir quedas
3
Utiliza duas das especificações dos
recursos de correção auditiva
adequados
para prevenir quedas
4
Utiliza três
das especificações dos recursos de correção auditiva adequados
para prevenir quedas
5
Utiliza todas as especificações dos recursos de correção auditiva
adequados
para prevenir quedas.
Quadro 39 Produto final da revisão do resultado de enfermagem NOC
Comportamento para Prevenção de Quedas. Fortaleza, 2010.
Finalmente, concordamos que a saúde é modernamente caracterizada num
contínuo, com los positivos e negativos onde, no pólo positivo estão os
comportamentos relacionados à busca do estar-melhor, e no pólo negativo os
comportamentos de risco e a morte (LEFÈVRE, LEFÈVRE, 2007; AYRES, 2007). Na
dinâmica do estar-melhor, encontram-se os comportamentos preventivos em saúde
definidos por Pender (2002) como: ações voluntariamente executadas pelo indivíduo
em relação a um agravo específico com o objetivo de minimizar o potencial de
ameaça percebido.
A percepção da eficácia do comportamento preventivo depende de uma
avaliação inicial dos benefícios percebidos do comportamento proposto (na redução
da susceptibilidade para ou a condição da severidade) e a avaliação da limitação
Desenvolvimento do estudo
Introdução
154
(real ou percebida) para iniciação ou continuação de um comportamento por parte
do indivíduo (BUSS, 2003; NAIDOO; WILLS, 2000).
E é justamente com o intuito de orientar a avaliação da eficácia da ação
preventiva recomendada para a prevenção de quedas que revisamos o conteúdo,
construímos e avaliamos a validade de conteúdo dos indicadores e de suas
respectivas definições constitutivas, definições operacionais e magnitudes para o
resultado NOC Comportamento de Prevenção de Quedas.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
A
partir da pesquisa
conceito foi uma etapa v
permitiu:
Explorar de fo
conceito central do resu
fornecendo mais seguranç
Identificar novo
avaliação do Comportame
taxonomia NOC,
sobretud
quedas.
Construir defin
investigação das formas d
Refutar itens q
não se relacionavam ao
prevenção
, mediante a inv
Mediante o produ
consideramos o título Co
avaliar as condutas do in
sua manutenção como rót
Baseados na opin
literatura, apreciamos com
no Domínio 4/ Classe T, r
Controle de riscos e segur
Segundo verificam
Quedas abrange duas dim
relativos ao in
divíduo e c
cuidador. Ao considerarm
percebemos que não se
fundamentando-
se, durant
distintas as quais podem
5 Conclusão
Conclusão
squisa ora elaborada,
conforme pudemos cons
apa vali
osa no percurso metodológico, sobr
de forma mais consistente as dimensões
resultado Comportamento de Prevenção
urança na construção de seus componentes
novos indicadores (referenciais empíricos
rtamento de Prevenção de Quedas, ainda não
bretudo
a partir
do levantamento dos anteced
definições
constitutivas e operacionais
mas de mensuração dos antecedentes de que
ens que poderiam equivocadamente embasa
m ao conceito central de quedas, a com
a investigação dos conceitos relacionados.
produto da revisão integrativa e da aná
lo Comportamento de Prevenção de Queda
do indivíduo para prevenir quedas e, p
ortant
o rótulo de resultado de enfermagem NOC.
opinião predominante dos especialistas e
s como adequada a inserção desse resultad
e T, refe
rentes ao Conhecimento e Comporta
segurança, respectivamente.
ificamos, o
conceito de Comportamento d
as dimensionalidades: comportamentos de pre
o e comportamentos de prevenção de que
erarmos a estrutura de um resultado de e
ão seria acurado avaliar o estado de sa
durante uma mesma avaliação, em
comportam
dem apresentar condutas díspares. Por isso,
155
s constatar, a análise de
, sobretudo porque nos
sões e derivações do
nção de Quedas, nos
ntes
;
íricos) importantes na
a não contempl
ados na
tecedentes do conceito
onais com base na
e quedas.
basar indicadores que
comportamento ou a
análise de conceito,
uedas apropriado para
ortanto, recomendamos
tas e amparados pela
sultado de enfermagem
portamento de Saúde e
nto de Prevenção de
e prevenção de quedas
quedas referentes ao
de enfermagem NOC,
de saúde do paciente
portamentos de pessoas
r isso, recomendamos a
Introdução
156
utilização da definição: condutas do indivíduo para eliminar ou minimizar fatores
de risco modificáveis propensores de quedas.
Verificamos pela quase totalidade de especialistas que a escala Não
adequado a Completamente adequado, figura-se como a mais apropriada para
mensurar os indicadores referentes ao resultado de enfermagem estudado. Com
isso, o enfermeiro poderá analisar a frequência dos comportamentos preventivos de
quedas a partir da continuidade das avaliações.
Submetemos 28 indicadores a duas fases de validação de conteúdo por
especialistas, dos quais, 18 pertencem à última edição da NOC, cinco novos
indicadores, três variáveis confundidoras e dois indicadores presentes a edições
anteriores que foram reavaliados. Dois indicadores referentes às edições anteriores
foram considerados de conteúdo válido: Utiliza corretamente sistema de alarme
(0,95; 1; 0,95; 0,86; 0,91; 0,95; 0,86) e Utiliza adequadamente recursos de correção
da visão (1; 1; 1; 0,95; 0,95; 1; 0,86). Três dos cinco novos indicadores foram
avaliados como válidos pelos especialistas: Administra urgência urinária/intestinal
(0,95; 0,95; 0,86; 0,82; 0,82; 0,86; 0,77), Faz uso de roupas do tamanho adequado
(0,91; 0,91; 0,91; 0,91; 0,91; 0,91; 0,82) e Utiliza corretamente recursos de correção
auditiva quando necessário (0,95; 1; 0,95; 0,91; 0,91; 0,91; 0,86). Dois
indicadores foram recompostos em um só, conforme a edição mais recente da NOC.
Dezessete dos 18 indicadores pertencentes à última edição da NOC foram
considerados válidos para avaliar o estado de saúde do paciente quanto aos
comportamentos de prevenção de quedas no ambiente hospitalar, exceto, Prende
pequenos tapetes.
Aqueles relativos às variáveis confundidoras foram excluídos pois, conforme
examinamos, esses indicadores referem-se à capacidade física do individuo e não a
uma atitude de prevenção, e por isso, contrariam o conceito de comportamento
preventivo em saúde. Portanto, não indicamos a sua adoção na avaliação do
resultado de enfermagem em questão.
Concernente aos indicadores aceitos e às suas definições constitutivas,
todos, inclusive aqueles propostos pela análise de conceito ora elaborada, obtiveram
ou superaram o índice de concordância de 0,85. Portanto, 20 indicadores
mostraram, conforme examinamos pela análise de conceito e validação por
especialistas, conteúdo apropriado para avaliar as condutas preventivas de quedas
por parte do paciente com idade acima de 18 anos no ambiente hospitalar.
Conclusão
Introdução
157
Isto posto, podemos concluir que os indicadores, as definições constitutivas e
as definições/magnitudes operacionais para o resultado de enfermagem NOC
Comportamento de Prevenção de Quedas obtiveram índice de concordância
estatisticamente maior que 0,85. Consideradas pelos especialistas, portanto, de
conteúdo válido, semelhante ao que consta na literatura científica e capaz de
mensurar o construto comportamento de prevenção de quedas.
Quanto à hipótese apontada neste estudo como “o resultado de enfermagem
Comportamento de Prevenção de Quedas, pertencente a uma classificação que se
propõe a ser de âmbito internacional como a NOC, ao ser destinado a um ambiente
específico como o hospital, poderá apresentar diferença entre os indicadores
sugeridos e aqueles encontrados na literatura e avaliados por especialistas, o que
resultará na reformulação e identificação de novos aspectos referentes ao estado de
saúde do paciente a serem avaliados e os quais poderão contribuir para a
incorporação de especificidades deste ambiente no cuidado ao indivíduo”, segundo
inferimos, mediante os achados, foi confirmada, uma vez que identificamos diferença
entre os indicadores NOC e os levantados na literatura e entre estes e os apreciados
pelos especialistas para a avaliação do comportamento de prevenção de quedas no
cenário hospitalar. Assim, pela especificidade do ambiente hospitalar, é exigido que
sejam desenvolvidas pesquisas adicionais para verificar a validade semântica e
clínica em diferentes populações para que possa ser aplicado nos variados contexto
de saúde hospitalar.
Durante o desenvolvimento deste estudo, nos deparamos com limitações
como: a utilização da busca bibliográfica executada por um único pesquisador,
quando é preconizada a busca em par, e a baixa adesão dos especialistas em
terminologias em enfermagem ou acidentes por quedas nas fases de validação de
conteúdo, representada por 17,18% e 18,39%, respectivamente.
Enfatizamos a possibilidade de contribuir no aperfeiçoamento da taxonomia
NOC e, por conseguinte, da linguagem de enfermagem. A proposição desse
refinamento do resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas,
pode vir a permitir a execução das fases de planejamento e implementação das
intervenções de enfermagem de forma orientada ao indicar especificamente qual
comportamento preventivo está aquém do ideal, o quanto precisa evoluir, além de
permitir uma melhor seleção de qual intervenção é a mais apropriada para cada
caso.
Conclusão
Introdução
158
Quanto à aplicação do produto final da proposta de revisão do resultado de
enfermagem NOC Comportamento de Prevenção de Quedas, destacamos os
benefícios de implementá-lo na prática, de modo a evitar o desenvolvimento do
agravo e de sua complicações. Esta proposta permite ao enfermeiro avaliar
inicialmente o nível de risco de quedas do paciente quanto aos seus
comportamentos preventivos em saúde; identificar quais comportamentos
específicos representam maior vulnerabilidade para a ocorrência de quedas no
paciente e quais precisam ser adequados; agir preventivamente em uma situação de
risco mediante, sobretudo, com o uso de estratégias de educação em saúde;
mensurar continuamente a resposta do paciente às ações educativas de
enfermagem para a prevenção de quedas, corroborar ações de gestão de risco
desse expressivo evento adverso no ambiente hospitalar e, assim, contribuir para a
promoção da saúde ao indivíduo no contexto da internação hospitalar.
Conclusão
Introdução
1.
ASSOCIAÇÃO BRA
Acessibilidade a
urbanos
, Rio de Ja
2.
AKYOL, A.D. Falls
Review
, v. 54, p. 19
3.
ALEXANDRE, N. M
paciente
s: aspectos
n. 2, p. 165-
173, 20
4. ALFARO-
LEFÈVRE
do cuidado colabora
5.
ARAÚJO, G. M. S.
uma análise concei
259 - 272, 2006.
6.
AYRES, J. R. C. M.
1, 2007.
7.
BARBOSA, L. R.; M
de enfermagem: re
2, p. 366-
70, maio
8.
BERGAMASCO EC
medo e ansiedade
Bras Enferm
., v. 57
9.
BONNER, A. F.; C
Safety Culture:
Recommendations
10. BRASIL.
Agência
Promoção da Sa
Suplementar
. 2.ed.
11.
BRASIL. Conselho
de janeiro de 198
seres humanos.
Bi
6 Referências
Referências
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Referências
Introdução
174
APÊNDICES
Apêndices
Introdução
175
APÊNDICE A- PROTOCOLO DA REVISÃO INTEGRATIVA
(Etapa 1 – Análise de Conceito)
REVISÃO INTEGRATIVA-PROTOCOLO
Tema: Quedas, prevenção de quedas e fatores de risco para quedas em pacientes
1) Objetivo: Apresentar o conhecimento produzido sobre medidas de prevenção de
quedas e fatores de risco para quedas em pacientes
2) Questões norteadoras:
Qual a definição de quedas?
Quais elementos compõem a avaliação do Comportamento para Prevenção
de Quedas?
Como os elementos que compõem a avaliação do Comportamento para
Prevenção de Quedas podem ser mensurados?
3) Estratégias para buscar as pesquisas
Base de dados
Base de dados 1: Cinahl
Base de dados 2: Pubmed
Base de dados 3: Lilacs
Base de dados 4: Dedalus
Base de dados 5: Cochrane
Descritores não controlados:
Quedas
Risco de quedas
Prevenção de quedas
Falls
Risk for falls
Falls prevention
4) Seleção dos estudos
Critérios de inclusão:
Estudos disponíveis nas bases de dados selecionadas
Estudos disponíveis nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes
acima de 18 anos de idade como foco principal e que respondam as questões
norteadoras deste estudo
Teses ou dissertações pertencentes ao DEDALUS ou TEDE (USP e UFC) as
quais abordem prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima
Apêndices
Introdução
176
de 18 anos de idade
Critérios de exclusão:
Editoriais
Cartas ao editor
Estudos que não abordem temática relevante ao alcance do objetivo da
revisão
5) Estratégia para coleta de dados dos estudos
Instrumento construído e validado por Silveira (2005)
6) Estratégia para avaliação crítica dos estudos
Níveis de evidência desenvolvidos por Melnyk, Fineout-Overholt (2005)
7) Sínteses dos dados
Caracterização dos estudos
Categorias temáticas
Análise de conceito proposta por Walker; Avant (2005)
Referências
1. MELNYK, FINEOUT-OVERHOLT (2005) citado por GALVAO, Cristina Maria.
Níveis de evidência. Acta paul. enferm., São Paulo, v. 19, n. 2, Junho 2006.
2. WALKER, L. AVANT, K. Strategies for theory construction in nursing. 4
th
ed.
Norwalk: Appeton and Lange, 2005. 227p.
Apêndices
Introdução
177
APÊNDICE B- Descrição dos estudos componentes da amostra da Revisão
Integrativa
Publicação 1:
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de avaliação de risco de que
das em idosos com fibrilação atrial
.
Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
A
nalisar a associação entre a
ocorrência de queda e as variáveis
obtidas na avaliação clínica e
multifatorial em idosos com fibrilação
atrial; verificar a frequência,
características e consequências das
quedas.
Estudo transversal, realizado em
107
idosos com 60 anos ou mais com
fibrilação atrial crônica atendidos pelo
do ambulatório de cardiogeriatria do
InCor-HCFMUSP.
Os participantes foram divididos em
dois grupos: (1) sem história de queda
no último ano e (2) com história de um
ou mais episódios de queda no último
ano. Os participantes foram divididos
em dois grupos: (1) sem história de
queda no último ano e (2) com história
de um ou mais episódios de queda no
último ano. Todos os dados foram
submetidos à análise estatística com
teste qui-quadrado ou teste de
verossimilhança ou teste exato de
Fisher. As médias das variáveis
quantitativas foram comparadas com
teste t-Student ou teste da soma de
postos de Wilcoxon
As variáveis significantes na análise
univariada foram utilizadas no ajuste
do modelo de regressão logística,
determinando sensibilidade,
especificidade e probabilidade
estimada de queda.
Nível de significância: p<0,05.
1) 51,4% (55 idosos) caíram ao menos
uma vez no último ano, sendo que as
quedas resultaram em lesões corporais
em 90% dos casos, 2) não houve
diferenças entre os grupos com
respeito à idade, sexo, índice de
massa corporal, bitos, riscos
nutricionais e atividade física, 2) houve
relação significante entre a ocorrência
de queda com: a presença de
sintomas, como cansaço; o uso de
amiodarona; diagnóstico de
insuficiência cardíaca CF III e de
diabete melito; força muscular; o
BOMFAQ (dificuldade de manter o
equilíbrio); deficiência auditiva e visual
e a escala equilíbrio da POMA A
regressão logística das variáveis
significantes positivas mostrou as
seguintes variáveis independentes: uso
de amiodarona, diagnóstico de diabete
melito e a queixa de dificuldade de
manter equilíbrio no BOMFAQ. O
conjunto apresentou sensibilidade de
92,9% e especificidade 44,9%, a razão
de chance foi de 5,95 e razão de
verossimilhança positivo foi de 5.0.
Nível de evidência:
VI
Publicação2:
Telles, A. C. M.
Prevalên
cia, incidência, fatores preditivos e impacto das quedas entre pessoas idosas no município
de São Paulo: uma análise longitudinal. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
V
erificar a pr
evalência de quedas entre
as pessoas idosas do Município de
São Paulo nos anos de 2000 e 2006;
verificar a incidência de quedas em
2006 e seus fatores determinantes,
identificar os idosos denominados
"caidores" ou seja, pessoas idosas que
referiram quedas em 2000 e em 2006
e os fatores associados e verificar o
impacto das quedas na ocorrência de
óbitos nesse grupo.
Estudo de coorte
retrospectivo com
amostragem por conveniência (1ª
etapa) e aleatória (2ª etapa). Amostra
composta por dois grupos: caidores (os
que referiram quedas nos dois
períodos concomitantemente) e não-
caidores (os que não referiram queda
em 2000 e a referiram em 2006).
Tratamento estatístico: estatística
descritiva, razões de risco relativo,
regressão logística binominal.
Nível de significância: p<0,05.
Verifica
-
se um aumento na prevalência
de quedas de 28,6% para 31,1% em
2000 e 2006 respectivamente. A
incidência de quedas em 2006 foi de
19,7% e, dentre as variáveis
analisadas, nenhuma foi significante
para o sexo feminino e, para o sexo
masculino, a idade (70 a 79 anos) e a
presença de doenças representaram
uma RRR de 2,4 e 3,1
respectivamente. Para os "caidores" os
fatores determinantes foram velhice
avançada (80 anos e mais para ambos
os sexos) e a presença de doenças
(para as mulheres). As RRR
encontradas para idade foram 2,2 para
as mulheres e 3,04 para os homens e
a presença de doenças obtiveram uma
RRR de 5,3 para as mulheres.
Apêndices
Introdução
178
Verificou
-
se ainda que as quedas
aumentaram o risco de óbito em uma
RRR de 1,4.
Nível de evidência:
IV
Publicação 3:
Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk of Falling in Older Adults.
Public Health Nursing
, v. 20, n.
5, p. 399–411. 2003.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
I
nvestigar o papel de um check
-
list na
avaliação e redução do risco de
quedas de idosos em Taiwan.
Estudo transversal
em
103
sujeitos
(dois grupos pareados de 52 caidores
e 51 não-caidores). Os participantes
foram divididos em dois grupos os que
sofreram queda e os que não sofreram
ano passado. Dois métodos foram
empregados para mensuração:
Functional Reach, e Get-up and Go
test.
Tratamento estatístico: técnica Delphi;
coeficiente de correlação; Alfa de
Cronbach para consistência interna
dos instrumentos; estatística descritiva,
qui-quadrado, teste-T independente e
análise de regressão logística para
comparar os grupos de caidores e não
caidores.
Nível de significância: 5%
Membros do grupo que sofreram
queda apresentaram um alcance
funcional mais curto e demoraram mais
tempo para terminar o teste de levantar
e andar do que o grupo controle.
Algumas doenças e drogas foram
associadas a um risco aumentado de
queda.
Nível de evidência:
VI
Publicação 4:
Menant, J.C.; Steele, J.R.; Menz, H.B.; Munro, B.J. Lord, S.R. Optimizing footwear for
older people at risk of falls.
JRRD
, v.
45, n. 8, p. 1167–1182, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Descrever os tipos de calçado
comumente usados por pessoas mais
velhas, levantar estudos em que o
calçado tem sido reconhecido como
um fator de risco para quedas, levantar
evidências relativas aos efeitos do
calçado ao equilíbrio e fatores
associados em idosos.
Revisão sistemática, realizada
mediante a análise de 79 artigos tipos
de calçado e seus componentes
relacionados a quedas em idosos.
Utilizou o Oxford Centre for Evidence-
based Medicine Levels of Evidence
para avaliar as publicações.
H
á suficiente evidência epidemiológica
que sugere que os idosos devem usar
sapatos devidamente equipados, tanto
no interior como fora de casa, porque
andar descalço e com meias dentro de
casa são as condições de calçados
associados o maior risco de cair. Os
idosos devem usar sapatos de salto
baixo, porque os efeitos negativos do
salto alto calçados na postura,
equilíbrio e marcha são numerosos e
este tipo de calçado também está
associado a um risco aumentado de
quedas. Os sapatos com uma sola
muito dura pode alterar o controle do
equilíbrio durante tarefas desafiadoras
da marcha. Os idosos devem ser
aconselhados a usar sapatos finos,
com sola firme para aperfeiçoar a
posição do pé. O solado único e
calcanhar chanfrado pode ainda evitar
deslizamentos no molhado e
escorregadio.
Nível de evidência:
I
Publicação 5:
Akyol, A.D. Falls in the elderly: what can be done?
International Nursing Review
, v. 54, p. 191
196, 2006.
Apêndices
Introdução
179
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Fornecer
informações sobre quedas
em idosos.
Revisão de literatura sobre
informações sobre quedas em idosos,
especificamente fatores como aumento
da idade, uso de medicamentos, déficit
cognitivo e déficits sensoriais.
Os fatores responsáveis por quedas
podem ser classificados como
intrínsecos e extrínsecos. Em
pacientes mais idosos, uma queda
pode ser um sinal não-específico de
muitas doenças agudas, como
pneumonia, incontinência ou infecção
urinária, infarto do miocárdio ou uma
exacerbação aguda de uma doença
crônica.
Fatores intrínsecos: prejuízos no
estado mental, prejuízos auditivos ou
no equilíbrio, cognição prejudicada,
alterações músculo-esqueléticas,
hipotensão ortostática, desordens
metabólicas, doença agudas,
medicações ligadas ao risco de
quedas, polifarmácia.
Fatores extrínsecos: importantes riscos
ambientais são a desordem, os cabos
elétricos soltos nas vias, iluminação
inadequada, tapetes, cadeiras baixas,
cadeiras macias, superfícies
irregulares e superfícies escorregadias.
Os programas de prevenção de
quedas s visam aumentar a
capacidade funcional e reduzir o
número de quedas, além de diminuir as
lesões relacionadas a quedas.
Intervenções de prevenção de quedas
devem incluir uma revisão de
medicamentos dos pacientes mais
velhos, e os riscos ambientais, bem
como avaliação e tratamento da
pressão arterial, alteração de visão e
alterações do estado mental, incluindo
depressão. Programas de exercício de
aumento de força muscular e
flexibilidade; apoio psicológico e ajuda
aos pacientes a lidarem com as
recentes turbulências emocionais são
aconselháveis.
Nível de evidência:
VII
Publicação 6:
Clemson, L.; Bundy, A. C. Cumming, R. G.; Kay, L.; Luckett, T. Validating the Falls Behavioural (F
aB) scale for older people:
A Rasch analysis. Disability and Rehabilitation, v. 30, n.7, p. 498 – 506, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
E
stabelecer a validade e
robustez da
Escala Falls Behavioural (FaB) em
pessoas idosas: uma análise Rasch.
Ensaio clínico randomizado controlado
sobre a validade de uma escala para
medir comportamentos adotados por
idosos potencialmente arriscados para
a ocorrência de quedas. Escala
padrão: Escala FaB na versão original.
Experimental: Escala FaB adicionada
de novos itens. Tratamento estatístico:
estatística descritiva, análise de
correlação, análise da confiabilidade
interna mediante equivalente ao Alfa
A escala Fab foi parcialmente
modificada para fornecer maior
confiabilidade na avaliação do risco de
quedas em idosos.
A FaB apresenta-se como uma
ferramenta confiável e válida para uso
com indivíduos mais velhos para ajudar
na avaliação do risco de quedas e
como comando para discussão na
definição de metas ao fazer
adaptações para melhorar a segurança
Apêndices
Introdução
180
de
Cronbach
, análise de curva ICC.
Nível de significância: 5%.
em casa e
n
a comunidade. A forma
opção da escala mais curta fornece
uma ferramenta alternativa útil quando
o tempo é um problema.
Nível de evidência:
II
Publicação 7:
Mertens, E. I.; Halfens, R
. J.G.; Dassen, T. Using the Care Dependency Scale for fall risk screening.
Journal of Advanced
Nursing, v.58, n.6, p.594–601, 2007. doi: 10.1111/j.1365-2648.2007.04265.x
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Estimar a sensibilidade e
a
especificidade da Care Dependency
Scale como uma medida do risco de
queda para os indivíduos no hospital e
casas de repouso.
Pesquisa transversal, realizada em
9943 participantes, dos quais 2309
eram residentes em 29 lares de idosos
e pacientes em 7634 foram
provenientes de 39 hospitais em dois
grupos (caidores e não-caidores).
Utilizou como métodos para
mensuração a Care Dependency Scale
e para o Tratamento estatístico:
estatística descritiva, qui-quadrado,
teste-t, análise de sensibilidade e
especificidade, regressão logística.
Nível de significância: p<0,05.
A
escala
CDS é um instrumento de
avaliação de enfermagem genérico e
útil para a mensuração do risco de
queda em hospitais. Esta escala traz
um benefício para a prática de
enfermagem, pois os procedimentos de
avaliação podem ser reduzidos e
simplificados. A escala CDS pode ser
recomendada para a identificação de
pacientes com risco de quedas no
hospital.
O CDS também pode ser
recomendado para a realização de
uma avaliação pormenorizada e para o
desenvolvimento de um plano de
cuidados para estes pacientes.
Continuar a investigação sobre a soma
dos valores da CDC é necessário.
Nível de evidência:
VI
Publicação 8:
Kempen, G. I. J.; Todd, C.J.; Van Haastregt, J. C. M.; Zijlstra, G. A. R.; Beyer, N.; Freiberger, E
.; Hauer, K. A.; Piot
-
Ziegler,
C. et al. Cross-cultural validation of the Falls Efficacy Scale International (FES-I) in older people: Results from Germany, the
Netherlands and the UK were satisfactory. Disability and Rehabilitation, January, v.29, n.2, p.155 – 162, 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Investigar a
valida
de
trans
-
cultural da
Falls Efficacy Scale International (FES-
I), desenvolvida para avaliar as
atividades de execução fácil e mais
complexa em uma variedade de
línguas e de diferentes contextos
culturais e pesquisar a validade clínica
neste três países.
Estudo de validação realizado em
498
participantes em três grupos (Idosos
da Alemanha, idosos do Reino Unido,
idosos da Holanda) utilizando a Falls
Efficacy Scale International para
mensuração do risco de queda.
Tratamento estatístico: estatística
descritiva, alpha de Cronbach,
correlação de Spearman, teste de
Mann-Whitney U e Kruskal Wallis.
Nível de significância: p<0,05
Os resultados
das versões da escala
na Alemanha, Holanda e Reino Unido
sugerem que a FES-I apresenta boas
propriedades psicométricas, é capaz
de avaliar as preocupações relativas a
ações básicas e atividades mais
complexas, nos domínios físico e
social, em diferentes contextos,
culturas e circunstâncias, pelo menos
em partes do norte da Europa. Como
resultado da FES-I, esta escala pode
ser útil em pesquisa trans-cultural em
reabilitação e ensaios clínicos.
Parece ser útil adotar um protocolo
padrão de adaptação e tradução de
instrumentos de pesquisa para outras
culturas e línguas para conseguir a
equivalência transcultural constitutiva.
Nível de evidência:
VI
Publicação 9:
Lamoreux, E. L., Chong, E., Wang, JJ, Saw,S. M., AungT., Mitchell P., Wong, T.Y. Visual Impairment, Causes of Vision
Loss, and Falls: The Singapore Malay Eye Study. Investigative Ophthalmology & Visual Science, February, v. 49, n. 2, p.
528-533, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Apêndices
Introdução
181
Investigar a associação de prejuízos
visuais e as várias causas de perda de
visão com quedas em uma população
de idosos da Ásia.
Estudo transversal com
3280
indivíduos malaios residente em
Cingapura com idade entre 40 e 80
anos, mediante amostragem aleatória
com estratificação etária. A acuidade
visual foi medida usando um logaritmo
do ângulo mínimo de resolução
(logMAR gráfico visão) (Lighthouse
International, New York, NY) com 4 m
de distância.
Os dados foram analisados com o
software comercial (SPSS, ver. 14.0.1;
SPSS Science, Chicago, IL). p< 0,05
indicaram significância estatística.
Estatísticas descritivas foram
realizadas e modelos de regressão
logística binária foram utilizados para
avaliar associações com cada
potencial fator de risco da visão.
Evidência de multicolinearidade foi
avaliado a partir do diagnóstico de
colinearidade no SPSS. Finalmente, o
teste de Hosmer-Lemeshow foi
utilizado para avaliar o ajuste global do
modelo.
Nível de significância: p<0,05
A média de idade de 58,7 anos, e
havia mais mulheres (52%) do que os
participantes do sexo masculino.
Quase um terço deles relatou uma
história de hipertensão (31,5%), e um
quinto (20,1%) referiu história de
diabetes. A maioria (74,1%) era
casada, nunca fumou (61,3%) e viveu
em três a quatro apartamentos
diferentes ao longo da vida (68,7%).
Grave deficiência visual em um olho e
deficiência visual leve ou moderada
nos dois dobrou o risco de cair. Ter
catarata, glaucoma ou outras causas
de deficiência visual foi associado a
quedas.
No entanto, utilizando o instrumento
PVA, somente o glaucoma foi
identificado como independentemente
associado com as quedas.
Glaucoma tem aumentado o risco de
cair em mais de quatro vezes (OR 4,2
IC 95% 1.2a "12,3). Apresentar
ligeira e moderada deficiência visual no
melhor olho não foi significativamente
associados com as quedas, embora as
razões de chances foram em direção
ao mesmo risco.
Nível de evidência:
VI
Publicação 10:
Evans, D.; Hodgkinson, B.; Lambert, L.; Wood, J. Falls risk factors in the hospital setting: A systematic review.
International
Journal of Nursing Practice, v.7, p. 38–45, 2001.
Objet
ivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Determinar os fatores que eram
comumente identificados como
influentes para aumento do risco de
queda dos pacientes durante
hospitalização.
Revisão sistemática mediante análise
de 18 artigos sobre os fatores de risco
para quedas. Os estudos foram
avaliados criticamente mediante um
check-list desenvolvido. Os dados
foram extraídos dos estudos com a
aplicação de uma ferramenta de
extração de dados que foi
desenvolvido especificamente para
esta revisão. Testes estatísticos não
foram utilizados para sintetizar os
resultados dos estudos individuais,
uma vez que o objetivo era apenas
identificar fatores de risco que fossem
relacionados mais comumente em uma
variedade de configurações práticas.
Intervenções que
ajudam
a sat
isfazer
as necessidades dos pacientes com
deficiência mental ou prejuízos na
mobilidade, ou aqueles que necessitam
de assistência com
eliminação/higiene, devem ser
componentes prioritários de
atendimento.
A ligação entre medicamentos que
atuam sobre o sistema nervoso central
e do risco de queda é bastante
expressiva, sugerindo que a revisão
periódica dos prescritos medicamentos
pode ser uma estratégia importante na
prevenção de quedas.
Ainda que o uso de múltiplas
intervenções tem sido a abordagem
mais comum para prevenção de
quedas, sua eficácia ainda não foi
avaliado utilizando métodos rigorosos
de investigação.
Embora uma variedade de condições,
tais como neoplasias, condições
médicas gerais, anemias, câncer e
problemas cardíacos não têm sido
relacionadas com o risco de cair,
Apêndices
Introdução
182
doentes com AVC têm sido apontados
como uma população em grande risco
de cair. Fatores que aumentam o risco
de quedas em doentes com AVC
incluem déficits perceptivo,
comportamentais impulsividade,
agitação, fraqueza generalizada,
desequilíbrio postural e fadiga.
Isto sugere que intervenções às
necessidades dos pacientes com
relação ao estado mental prejudicado
ou mobilidade reduzida sejam
componentes dos programas de
prevenção de quedas destinados a
doentes com AVC.
Nível de evidê
ncia:
V
Publicação 11:
Marin, M. J. S.; Amaral, F.S.; Martins, I.B.; Bertassi, V.C. Identificando os fatores relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco de Quedas” entre idosos. Rev Bras Enferm, Set/Out, v. 57, n. 5, p. 560-4, 2004.
Objetivo
Metod
ologia
Resultados e conclusões
I
dentificar incidência dos fatores
relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco para quedas” em
um grupo de idosos, residentes em
uma microárea, pertencente à área de
abrangência de uma Unidade Básica
de Saúde, com a finalidade de
contribuir para o estabelecimento de
estratégias que possibilitem a
prevenção das mesmas.
Estudo transversal realizada com
toda
a população de idosos da microárea
selecionada, composta por 51 idosos.
Um instrumento em forma de check-
list, contendo os fatores de risco para
quedas proposto pela NANDA, com
algumas adaptações baseada na
literatura de geriatria e gerontologia.
Análise dos dados realizada por meio
de estatística descritiva.
E
ntre os 51 idosos entrevistados, todos
apresentaram o diagnóstico de
enfermagem “Risco de quedas’
conforme proposto pela NANDA, sendo
este relacionado tanto a fatores
intrínsecos como extrínsecos. Os
fatores relacionados ao risco de
quedas, mais encontrados na
população estudada relacionam-se: ao
sexo; à acuidade visual diminuída; à
terem sofrido quedas; à presença de
piso escorregadio; à banheiro sem piso
antiderrapante; à tapetes e objetos
soltos; ao ambiente pouco iluminado;
ao uso de calçado inadequado. Houve
ainda a presença de alterações
funcionais, como dificuldade de
movimentar braços e pernas; doenças
como a hipertensão e diabetes mellitus
arterial e outros sinais como distúrbio
do sono.
Nível de evidência:
VI
Publicação 12:
Leveille, S. G.; Kiel, D.
P.;
Jones
, R. N.;
Roman
, A.;
Hannan
, M. T.;
Sorond
, F
. A. et al.
The MOBILIZE Boston Study: Design
and methods of a prospective cohort study of novel risk factors for falls in an older population. BMC Geriatrics, v. 8, n. 16,
2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Investigar o
impacto
dos
peri
gos
provocados por problemas
relacionados à dor, hipoperfusão
cerebral e distúrbios de na
população mais velha para a
ocorrência de quedas.
E
studo de coorte prospectivo
com
765
idosos. Entrevista no domicílio e
exames clínicos foram adotados para
coletar informações que compõem o
MBS. Para a análise multivariada,
foram recolhidos fatores de risco e
potenciais fatores de confusão. Análise
dos dados feita mediante realizada
estatística descritiva, análise de
sobrevivência, risco relativo, regressão
de Poisson e binomial negativa.
A idade média dos primeiros 600
participantes do estudo foi 77,9 anos
(dp 5,5) e quase dois terços eram
mulheres. Nesse estudo de coorte,
distribuição de raça foi de 78% brancos
e negros 17%. Os participantes do
estudo apresentaram maiores níveis
educacionais do que idosos na
comunidade em geral (45% e 24%
graduados, respectivamente). O estudo
de coorte apresentou uma alta
Apêndices
Introdução
183
Nível de significância:
0,05.
prevalência de obesidade (26%) e
baixos níveis de atividade física, dos
quais 40% referiram caminhar menos
de 1 milha por semana. Em geral, os
participantes relataram boa a excelente
saúde (85%). Sintomas depressivos
moderados a graves foram pouco
frequentes, relatados por 8% dos
participantes, e 14% relataram ter
muita dificuldade ou incapacidade de
andar 1 / 4 milhas Muitos participantes
(39%) relataram que caiu em pelo
menos uma vez nos 12 meses
anteriores à entrevista inicial, e 17%
relataram uma queda de 2 ou mais
vezes no último ano.
Nível de evidência:
V
I
Publicação 13:
Guima
rães, J. M. N.; Fariinatti, P. de T. Análise descritiva de variáveis teoricamente associadas ao risco de quedas em
mulheres idosas. Rev Bras Med Esporte, Set/Out ,v. 11, n. 5, p. 299-305, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
A
nalisar a rel
ação do
histórico relatado
de quedas em um grupo de sujeitos
com mais de 65 anos de idade,
participantes de um programa de
atividades físicas, com variáveis
apontadas pela literatura como
associadas ao risco desses eventos:
visão, uso de medicamentos, doenças
associadas, flexibilidade, força e
equilíbrio.
Estudo transversal em uma amostra de
30 idosos com a utilização de
questionários aplicados sob a forma de
entrevista (teste de visão e teste de
doenças associadas/uso de
medicamentos); Fleximeter®,
instrumento que determina, em graus,
o nível de amplitude de movimento
articular do indivíduo; teste de ‘sentar e
levantar-se da cadeira contornando
dois cones’.
Os resultados indicaram que a
deterioração da visão, uso simultâneo
de medicamentos (especialmente
diuréticos e psicoativos) e flexibilidade
reduzida (quadril e tornozelos)
parecem associar-se com a frequência
de quedas nos períodos observados.
Nível de evidência: IV
Publicação 14:
Poe, S. S.; Cvach, M. M.; Gartrell, D. G.; Radzik, B. R.; Joy, T. I. An
evidence
-
based approach to fall risk assessment,
prevention, and management lessons learned. J Nurs Care Qual, v.21, n. 2, p. 107-116, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Apresentar uma revisão integrativa
realizada por uma iniciativa acadêmica
de um estabelecimento de saúde.
Revisão integrativa realizada com 65
artigos. As publicações foram
avaliadas mediante um instrumento de
análise estruturada desenvolvido para
orientar o avaliador na documentação
quanto ao tipo de publicação, resumo
de informações apresentados sobre
fatores de alto risco, ferramentas de
avaliação de quedas, estratégias de
prevenção, monitoramento de
procedimentos, programas de
educação para redução da queda e os
resultados dos pacientes relacionados
com intervenções discutidas na
publicação
Sete principais fatores de risco foram
identificados na revisão: idade, história
de queda, a mobilidade, a eliminação,
mudanças de estado mental,
medicação e equipamento utilizado nos
cuidados do paciente. Foram
identificadas 34 estratégias a serem
adotadas pelo Johns Hopkins Hospital
para a prevenção de quedas. A
necessidade de uma educação
permanente e um programa de
treinamento é claro. A educação tem
estimulado um nível de sensibilização
sobre o risco de quedas por parte da
enfermagem. Uma variedade de
obstáculos foram encontrados para
avaliar protocolo implementado em
outras unidades.
Nível de evidência:
V
Publicação 15:
Apêndices
Introdução
184
Úden, G.; Ehnfors, M.; Sjöström, K. Use of initial risk assessment and recording as the main nursing inte
rvention and
identifying risk of falls. Journal of Advanced Nursing, v.29, n.1, p. 145-152, 1999.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Analisar a avaliação de enfermagem
sobre risco de queda, registrados no
momento da admissão de enfermagem
e as intervenções implementadas entre
os pacientes de um departamento de
geriatria de um hospital sueco.
Estudo de
coorte retrospectivo com
332 pacientes admitidos durante um
ano e 47 pacientes admitidos no ano
anterior, mediante amostragem
aleatória estratificada. Foram avaliados
por meio de um instrumento de análise
estruturada desenvolvido em estudos
anteriores pelos próprios
pesquisadores. Análise dos dados feita
mediante estatística descritiva.
N
enhum
registro das avaliações sobre
o risco de quedas dos pacientes ou
intervenções preventivas de
enfermagem foi encontrado nos
arquivos do grupo de controle. O
registro de avaliação de risco de
quedas no grupo de estudo, no
entanto, aumentou para 96%. Somente
as intervenções de enfermagem
implementadas foram encontradas nos
registros dos pacientes, apesar do fato
que o direito sueco torna obrigatória
para a enfermeira registrar o
planejamento e implementação de
cuidados de enfermagem. No grupo de
estudo, havia descrições explícitas de
problemas de interesse para a
enfermagem sobre o risco dos
pacientes de cair em pelo menos um
terço dos registros. Os planos de
assistência de enfermagem foram
raros, e as avaliações não foram
satisfatórias.
As intervenções de enfermagem
consistiam principalmente de
informação ou de educação, promoção
da participação do paciente, e
estruturação do ambiente. Não houve
concordância sobre qualquer padrão
de atendimento do plano.
O registro de quedas foi encontrado
com mais frequência no grupo de
estudo que no grupo controle
(provavelmente devido ao registro mais
cuidadoso), mas a proporção de lesões
em relação às quedas foi maior no
grupo controle.
Nível de evidência:
VI
Publicação 16:
Lange, C.
Acidentes domésticos em idosos com diagnóstico de demência atendidos em um ambulatório de R
ibeirão
Preto, SP. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Descrever os acidentes domésticos
ocorridos com idosos portadores do
diagnóstico de demência, relacionado
estes às suas condições de vida.
Estudo epidemiológico com
110 idosos
demenciados, residentes na zona
urbana de Ribeirão Preto, atendidos
em um ambulatório terciário de um
hospital. Foram avaliados mediante um
instrumento estruturado desenvolvido
pelo próprio pesquisador mediante
entrevista. Dados analisados mediante
estatística descritiva.
Idosos com menor escore no MME
estão mais propensos a sofrer
acidentes domésticos.
A equipe de saúde e a família devem
constantemente realizar avaliação dos
fatores de risco para a ocorrência de
quedas e estabelecer estratégia para a
sua prevenção.
Nível de evidência:
VI
Publicação 17:
Velde, N. van der; Stricker, B. H.; Cammen, T. M. van der.
Risk of falls after withdrawal of fall
-
risk
-
increasing drugs: a
prospective cohort study. British Journal of Clinical Pharmacology, v. 63, n.2, 232–237, 2006.
Apêndices
Introdução
185
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Identificar diferenças na incidência de
quedas após a retirada (interrupção ou
redução da dose)
de drogas como única intervenção em
idosos
Em um estudo de coorte prospectivo
de pacientes geriátricos, foram
incluídos 139 pacientes que
apresentaram uma ou mais quedas no
ano anterior. Foram retiradas, se
possível, as drogas propensoras de
quedas. A incidência de quedas foi
avaliada dentro de 2 meses de follow-
up após um período de 1 mês retirada
da droga. Um ajustamento multivariado
para potenciais fatores de confusão foi
realizado com um modelo de riscos
proporcionais de Cox.
O número total de incidentes de queda
durante o seguimento foi
significativamente menor do que
naqueles que continuaram o
tratamento.
A significativa redução de quedas
durante o seguimento, após a retirada
do medicamento é
clinicamente muito relevante,
principalmente com relação à retirada
de drogas cardiovasculares.
Nível de evidência: IV
Publicação 18:
Sharaf, A. Y.; Ibrahim, H. S. Physical and psychosocial correlates of fear of falling among older adults in assisted living
facilities. Journal of Gerontological Nursing, v. 34, n. 12, p. 27-35, 2008.
Objetivo
Meto
dologia
Resultados e conclusões
Identificar e correlacionar fatores
físicos e psicossociais com o medo de
cair entre idosos que estão com risco
de quedas.
Um desenho transversal foi utilizado
neste estudo. Os participantes foram
recrutados em casas de repouso
governamentais de Alexandria, Egito.
Além disso, duas instalações privadas
em que o árabe é a língua materna
também foram selecionadas.
Os critérios de elegibilidade para a
admissão incluíram a idade de 60 anos
e mais velhos, independentes ou semi-
independentes e serem capaz de
cuidar de si próprios, com ou sem
assistência, e livre de qualquer
deficiência física ou cognitiva, doença
psiquiátrica ou infecção, o que totalizou
238 idosos. Destes, 10 moradores
foram
incluídos no estudo piloto e 20 em
o estudo teste-reteste de confiabilidade
com
um intervalo de 2 semanas entre as
administrações.
Os demais (N = 208) representam a
amostra do estudo (n = 144 a
organizações governamentais e n = 64
a partir de
casa de repouso privativa).
A pontuação méd
ia de medo de cair foi
significativamente elevada entre as
mulheres.
O medo de cair foi
significativamente mais experiente
entre os
adultos mais velhos que tinham outras
enfermidades como osteoartrite,
glaucoma, problemas de visão que
teve uma percepção de saúde ruim
dentre outras.
Quanto à relação entre
experiência de cair e o medo de cair,
verificou-se que mais
da metade dos idosos
tinha uma história prévia de pelo
menos uma queda. Este grupo teve
significativamente maior
medo de cair do que aqueles que não
tinham
sofreram quedas anteriores.
Os resultados revelaram que 48,6%
dos participantes tiveram a
preocupação de moderada a severa
sobre a queda. A análise de regressão
linear múltipla revelou que o uso de um
dispositivo auxiliar para caminhar,
depressão, distúrbios de equilíbrio,
traço de ansiedade, sexo feminino, e
uma história prévia de uma queda ou
quedas foram fatores independentes
associados com medo de cair.
de queda.
Nível de evidência:
VI
Publicação 19:
Vassallo, M.; Vignaraja, R.; Sh
arma, J. C.; Briggs, R. Predictors for falls among hospital inpatients with impaired mobility.
Journal of the Royal Society of Medicine, v. 97, p. 266-269, 2004.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
I
nvestigar a características do paciente
Estudo prospectivo com a participação
As mulheres eram mais propensas
a
Apêndices
Introdução
186
a
ssociadas com uma marcha insegura
e determinar quais as características
predispõe à queda no presente grupo
de pacientes internados no hospital.
de
825 idosos
pacientes internados em
três enfermarias de reabilitação em um
hospital de reabilitação comunitária.
Tratamento estatístico: O teste exato
de Fisher, conforme o caso foi utilizado
para avaliar os dados categóricos,
incluindo o número quedas, quedas
repetitivas, pacientes lesionados. O
teste t de Student foi usado para dados
contínuos. O teste de Mann-Whitney
foi utilizado para comparar o número
total de quedas. A análise de
regressão logística foi realizada para
analisar as características físicas
associadas com uma marcha insegura.
ter uma marcha mais segura
do que os homens.
Pacientes com uma marcha insegura
tem um grande número de
co-morbidades que contribuem para a
sua pouca mobilidade.
Confusão, usar tranquilizante e
deficiência auditiva são
independentemente associados com
uma marcha insegura.
Entretanto, a presença de confusão e
de um anterior
história de quedas identifica os
pacientes com uma marcha insegura
que estão mais em risco. Essas
características são facilmente
identificados na prática de rotina.
Assim, o risco em pacientes com
'marcha insegura, deve permitir uma
abordagem orientada para a
prevenção.
Nível de evidência:
IV
Publicação 20:
Lojudice, D. C.
Quedas de idosos institucionalizados: ocorrência e fatores associados.
Dissertação (Mestrado)
Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resultados e Resultados e conclusões
Estudar a ocorrência em idosos
institucionalizados e identificar os seus
fatores determinantes.
Caracterizar idosos que sofreram
quedas nas instituições assistenciais
do município de Catanduva-SP, no ano
de 2004.
Analisar os fatores determinantes de
quedas referidas pelos idosos,
considerando fatores intrínsecos
(índice de massa corporal, estudo de
saúde, presença de doenças, força de
preensão palmar, acuidade visual e
auditiva, uso de medicamentos,
problemas nos pés, estados do
equilíbrio e marcha, função cognitiva e
presença de depressão) e extrínsecos
(local da ocorrência da queda, tipo de
piso e estado do piso no local do
acidente, tipo do calçado e seu solado
quando usado no momento da queda,
presença de degraus, rampas e
corrimãos no local do evento,
iluminação do ambiente e a presença
de tapetes e ou animais que
dificultavam a passagem).
Estudo transversal
realizado
mediante
um levantamento de dados de 105
indivíduos com idade igual ou superior
a 60 anos, residentes em 4 instituições
asilares do município de Catanduva,
São Paulo. O método utilizado para a
coleta dos dados foi entrevista. Foram
utilizados os instrumentos: GDS
(Escala de Depressão Geriátrica),
MEEM (mini Exame do Estado Mental)
e a escala de Equilíbrio e Marcha de
Tinetti, instrumentos estes destinados
à avaliação dos estados de humor,
cognitivo e equilíbrio e marcha
respectivamente.
Para a análise dos dados foi utilizada
estatística descritiva, teste exato de
Fisher, qui-quadrado mediante pacotes
estatísticos Epi-Info e STATA.
Os achados mostraram que 40% dos
idosos relataram quedas nos últimos 6
meses, e os fatores de risco
considerados significativos foram: sexo
feminino (p=0,035), uso de
medicamentos (p=0,047), visão
deficiente (p=0,029), ausência de
atividade física (p=0,035), presença de
osteoartrose (p=0,000), Depressão
(p=0,034), déficit de força de preensão
palmar (p=0,0165) e distúrbios no
equilíbrio e marcha (p=0,038).
Os resultados apontam para a
necessidade da implementação de
programas de prevenções de quedas
em instituições asilares, através de
intervenção multidisciplinar buscando,
portanto, uma melhoria na qualidade
de vida dessa população.
Nível de evidência:
VI
Publicação 21:
Finkelstein, E. A.; Chen, H.; Prabhu, M.; Trogdon, J. G.; Corso, P.S.
The relationship between obesity and injuries among
U.S. adults. American Journal of Health Promotion. May/June, v. 21, n. 5, p. 460-468.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclus
ões
Apêndices
Introdução
187
Avaliar a
relação entre IMC dos pacientes
tratados clinicamente com prejuízo
nessas taxas para selecionar
os riscos, incluindo a queda global,
MV, e os ferimentos relacionados.
Avaliar a relação entre o IMC e a
natureza da lesão dos
ferimentos que os estudos anteriores
sugerem que são
mais prováveis de ocorrer entre
aqueles com excesso de peso,
incluindo entorse /
tensões, fraturas de membros
inferiores, e
luxações articulares. Avaliar se
aqueles com um IMC maior têm
também maior prejuízo nas lesões.
Análise transversal na
população não
institucionalizada dos Estados Unidos.
A amostra final incluiu 42.304 adultos
avaliados quanto a taxas de lesão por
mecanismo, natureza da lesão e
custos do tratamento.
A análise foi feita por regressões
logísticas para estimar separadamente
as chances de uma pessoa com
sobrepeso e três categorias de
pessoas obesas em apresentar
qualquer lesão por mecanismo ou pela
natureza em comparação com aqueles
que estavam com peso normal. Um
segundo conjunto de regressões foi
adotado para verificar os custos de
tratamento nos indivíduos obesos que
apresentaram maior prejuízo pelas
lesões.
Os resultados mostram que o IMC
superior
foi associado com maiores
probabilidades de uma lesão
clinicamente tratada.
As mulheres tiveram menos
probabilidade de sofrer uma lesão ou
prejuízo do que os homens, mas
tiveram maior probabilidade de sofrer
uma lesão na queda.
A probabilidade de sustentar um
ferimento foi
maior entre aqueles com excesso de
peso.
O impacto da
obesidade sobre os custos totais de
lesões
ainda podem ser substanciais devido à
aumento da incidência de lesões entre
os
aqueles com excesso de peso.
Nossos resultados
revelam uma forte associação entre
IMC e a probabilidade de manutenção
de
uma lesão.
Nível de ev
idência:
VI
Publicação 22:
Haran, M.J.; Lord, S. R.; Cameron,I. D.; Ivers, R. Q.; Simpson, J. M.; Lee, B. B. et al.
Preventing falls in older multifocal
glasses wearers by providing single-lens distance glasses: the protocol for the VISIBLE randomised controlled trial. BMC
Geriatrics, v. 9, n. 10, 2009.
Objetivo
Metodologia
Resulatdos e discusses
Determinar se a oferta de
óculos para
longe aos idosos portadores de óculos
multifocais, que são recomendadas
para serem usadas durante
caminhadas e atividades ao ar livre,
podem prevenir quedas.
Protocolo de um Ensaio Clínico
Randomizado Controlado no qual
cerca de 580 idosos que são usuários
regulares de óculos multifocais serão
distribuídos aleatoriamente em
qualquer grupo: grupo de intervenção
(fornecimento de óculos de lente única,
com orientação e aconselhamento
sobre o uso adequado) ou um grupo
controle (grupo de tratamento usual).
A intervenção desse trabalho consiste
em que os usuários de óculos
multifocais usem um par adicional de
uma lente de óculos de distância em
situações de alto risco (como andar em
escadas, em locais desconhecidos e
ao ar livre), para evitar o risco
aumentado de quedas nessa
população.
Nível de evidência:
VI
Publicação 23:
Lord, S. R.; Menz, H. B.; Tiedemann, A. A physio
logical profile approach to falls risk assessment and prevention.
Physical
Therapy, v.83, n.3, p. 237-252, 2003.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Descrever a perspectiva de utilização
de um instrumento de
abordagem do perfil fisiológico para
avaliação do risco e prevenção de
quedas, desenvolvido pelo Falls and
Balance Research Group of the Prince
of Wales Medical Research Institute,
Sydney, Australia.
Perspectiva de especialistas sobre os
fatores de risco para quedas; idade
aumentada, equilíbrio prejudicado,
força muscular reduzida, tempo de
reação diminuído, visão prejudicada.
É reconhecido que
pessoa
s
mais
velhas com diabetes
não têm boa resposta aos testes de
sensação periférica, e reflete a
presença de neuropatia periférica
diabética.
A sensação periférica é um dos
contribuintes mais importantes para a
estabilidade postural em pé.
Acredita-se que a força muscular
Apêndices
Introdução
188
individual não é importante para a
avaliação de risco de queda, mas
também pode ser útil em medidas de
resultados das medidas de prevenção
de quedas.
É possível, também, que a melhora
da força muscular traga melhorias na
percepção, pois se verificou que a
precisão com que as pessoas podem
detectar movimentos do corpo com
base na percepção está relacionada ao
nível de contração muscular.
Nível de evidência:
VII
Publicação 24:
Tzeng, H. M.; Yin, C. Y. Heights of occupied patient beds: a possible risk factor for inpatient falls.
Journal of Clinical
Nursing, v. 17, p. 1503–1509, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e Result
ados e conclusões
Avaliar a altura média dos leitos dos
pacientes da enfermaria de uma clínica
geral e investigar a relação entre o
pessoal que trabalha regulando a
altura das camas dos pacientes, e se
os pacientes estavam em
risco de queda.
Estudo tran
sversal r
ealizado em uma
ala médica de cuidados agudos em um
centro médico em Michigan, no qual
um pesquisador coletou todos os
dados e usou a mesma medida métrica
para todas as medições das 32 camas
ocupadas por pacientes. Análises
univariadas foram realizadas para
avaliar os dados.
Os enfermeiros têm uma tendência
para manter os leitos dos paciente
maior no fim de semana do que
durante a semana, devido o maior
número de visitas e o menor número
de profissionais trabalhando.
A média
de trabalho do pessoal responsável por
regular a altura das camas dos
pacientes na parte da tarde foi maior
do que nas manhãs e noites, após
administração de medicação.
A equipe responsável pela regulação
da altura das camas dos pacientes
teve uma maior atenção, para impedir
possíveis quedas, com os pacientes
que estavam em risco de queda do que
aqueles que não estavam.
Nível de evidência:
VI
Publicação 25:
Gomez, F.; Curcio, C.L. The development of a fear of falling interdisciplinary intervention program.
Clinical Interventio
ns in
Aging, v. 2, n. 4, p. 661-667, 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e Resultados e conclusões
D
escrever o processo de
desenvolvimento de um protocolo para
programa interdisciplinar de
intervenção voltado para o medo de
cair com base nos principais fatores
associados com medo de cair.
Desenvolvimento de um protocolo de
intervenção para o medo de cair. A
construção consistiu da definição da
população-alvo, selecionar os
componentes da avaliação inicial,
construir o programa de intervenção
com base em na avaliação dos fatores
de risco, ressaltando o medo de cair e
a restrição das atividades nesta
população.
A atividade inicial foi estimar a
prevalência do medo de cair entre os
diferentes grupos (negros, indígenas,
rurais e grupos urbanos), na região
produtora de café da Cordilheira dos
Andes.
Após esta etapa, foi feita a busca por
modelos diferentes que melhor
O medo de cair é m
aior em mulheres
do que homens e aumenta esses
valores nos grupos de pessoas mais
velhas.
Descobriu-se que os principais fatores
de risco
para a queda são do sexo feminino, o
aumento da idade, sintomas
depressivos, as limitações funcionais e
também
doenças incluídas, como a diabetes, a
incontinência urinária e
artrite.
Os resultados indicam que é muito
importante selecionar vários modelos
constitutivas sobre a instabilidade e
quedas, a fim para decidir quais os
componentes escolher para um
Apêndices
Introdução
189
atendessem às necessidades da
população.
Em seguida foi realizada a construção
e implementação do protocolo de
intervenção.
programa
de
in
tervenção e antes da
sua aplicação em diferentes contextos.
Através da aplicação de uma
abordagem sistemática, várias
características de medo de cair foram
identificados e estes resultados
forneceram a base para a
implementação de um protocolo de
intervenção.
O melhor modelo para a população
estudada deve integrar elementos do
modelo fisiopatológico biomédico,
elementos de um controle postural do
modelo biomecânico e vários
componentes do modelo cognitivo-
comportamental.
Nível de evidência:
VI
Publicação 26:
Swann, J. Fall prevention is everyone's responsibility.
Nursing
e
Residential Care
, June, v. 10, n. 06, p. 294
-
298, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
D
iscutir
os
diversos fatores
de risco
para quedas e como aumentar a
consciência do risco de cair dentro de
um atendimento domiciliar.
Perspectiva de especialista sobre
fatores de risco para cair como idade
avançada, condições médicas, estado
mental e cognitivo alterados, medo de
cair, medicações, calçados e roupas
inadequadas, instrumentos auxiliares,
fatores ambientais.
Qualquer condição médica que afeta a
mobilidade,
postura, equilíbrio, marcha, função de
membros inferiores,
sensação, visão ou da audição pode
aumentar o
risco de queda.
Se um indivíduo está tomando quatro
ou mais
medicamentos, em particular sedativos
ou para redução da pressão, isso pode
aumentar o risco de cair.
Os fatores extrínsecos, incluindo
calçado,
vestuário e equipamentos do ambiente
podem aumentar a probabilidade de
ocorrer uma queda.
Nível de evidênc
ia:
VII
Publicação 27:
Hignett, S.; Masud, T. A review of environmental hazards associated with in
-
patient falls.
Ergonomics
, v. 49, n. 5
-
6, April
-
May, p. 605-616, 2006.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Observar a epidemiologia de quedas
de pacientes tanto em termos de
frequência como de gravidade, a fim
de comentar sobre o nível de risco
associado.
Perspectiva de especialista sobre
riscos ambientais como a concepção e
utilização da cama, calçado,
pavimentação, iluminação, níveis de
pessoal que realizam o cuidado,
alarmes de cama e instrumentos de
avaliação do paciente.
Constatou
-
se
que as fraturas foram
responsáveis por 40% das mortes
relacionadas a quedas.
A maioria dos doentes em hospitais cai
tipicamente no quarto
quando estão tentando se transferir da
cama ou cadeira.
Pessoas com mais de 65 anos estão
mais propensos a cair devido a fatores
extrínsecos, enquanto que os fatores
intrínsecos são mais importantes entre
os
maiores de 80 anos.
Não
nenhuma evidência que grades de
Apêndices
Introdução
190
cama pr
evinem quedas.
Calçados, pavimentação, iluminação,
alarmes, ferramentas de avaliação do
paciente e níveis de instrução foram
mostrados como tendo associação com
a incidência de quedas.
Nível de evidência:
VI
Publicação 28:
Sánchez, R. L. G.; Fernández
, M. M. R.; Alfonso, M. de J. F.; Milián, J. R. G. Caídas en el anciano. Consideraciones
generales y prevención. Rev Cubana Med Gen Integr, v. 15, n.1, p.98-102. 1999.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Abordar as causas mais freq
u
entes de
ocorrência de quedas em pessoas
idosas e suas prevenções.
Opinião de especialista sobre os
fatores de risco para quedas:
enfermidades crônicas, alterações
visuais, alterações vestibulares,
alterações no sistema locomotor,
mudanças no sistema neurológico,
enfermidades agudas, polifarmácia.
Utilizando medidas para evitar uma
queda, podem-se evitar as suas
consequências.
As medidas mais enfáticas devem ser
voltadas para a prevenção de quedas
acidentais. A adequação do ambiente
deve ser recomendada além de
medidas para a regulação das
atividades ou compensação de
deficiências, tais como o uso de
óculos, andadores, etc. São
recomendados exercícios de
reabilitação para melhorar o tônus
muscular, flexibilidade e agilidade dos
idosos, especialmente após o repouso
na cama, como a reabilitação
psicológica para tentar retornar a
confiança do idoso em si mesmo após
a queda.
Nível de evidência:
VII
Publicação 29:
Ping, K.; McMaster, F. R.; Heng, B. H. The effectiveness of bedrails in preventing falls.
Singapore Nursing
Journal.
October-December, v. 35, n. 4, p.17, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Avaliar
a eficácia das grades de camas
restritivas na prevenção de quedas
para determinar se a política de
utilização de grades de cama em
Hospitais de Cingapura deve ser
revista.
Revisão sistemática de artigos sobre
grades de cama como fatores de risco
de quedas. Amostra composta por seis
artigos selecionados mediante critérios
de inclusão e exclusão. Análise
estatística por meio de estatística
descritiva; teste exato de Fisher
utilizado para comparar características
do paciente, a taxa de lesão e
gravidade da lesão entre as quedas de
paciente com e sem uso de grades de
cama restritivas.
Não nenhuma evidência para
mostrar que grades não-restritivas são
mais eficazes que restritivas para
recomendar intervenções alternativas
para prevenção de quedas no
ambiente de cuidados agudos
hospitalares. A política de uso rotineiro
de medidas restritivas para pacientes
com risco de quedas devem ser
revistos.
Talvez seja mais prudente ir ao
encontro da recomendação da JCAHO
na qual “um paciente tem o direito de
ser livre de reclusão / restrições de
qualquer outra forma que não seja
medicamente necessários” e adotar
grades não-restritivas como medida
preferencial na prevenção sobre de
queda da cama.
Nível de evidência:
V
Publicação 30:
Apêndices
Introdução
191
Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler, M. Evidence
-
based protocol fall prevention for older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 9-14, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resulta
dos e conclusões
Descrever as estratégias
de um
protocolo desenvolvido para identificar
indivíduos sob risco de
queda e para a prevenção de quedas
em idosos, mantendo a autonomia e
independência.
Diretrizes clínicas
da
Gerontological
Nursing Interventions Research Center
para identificar indivíduos sob risco de
queda e para a prevenção de quedas.
Ter uma queda anterior predispõe uma
queda futura.
Os problemas visuais
contribuem para a queda em indivíduo
de risco.
Alterações nos sinais vitais de um
indivíduo (ou seja, temperatura,
frequência respiratória e
ritmo, frequência e ritmo cardíaco,
hipotensão ortostática
pressão arterial), incluindo a
presença de dor, podem indicar uma
doença aguda, lesão ou processo
inflamatório, e isto pode tornar um
idoso mais vulnerável a cair.
Medicamentos antidepressivos podem
aumentar o
risco de queda em idosos.
Equipes de programas educativos são
uma
característica necessária de qualquer
intervenção e prevenção de quedas,
mas não são
suficiente por conta própria para
reduzir as quedas.
Nível de evidência:
I
Publicação 31:
Ozcan, A.; Donat, H.; Gelecek, N.; Ozdirenc, M.; Karadibak, D.
The relationship between risk factors for falling and the
quality of life in older adults. BMC Public Health, v. 5, n. 90, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Explorar a relação entre a qualidade de
vida e os fatores de risco de quedas
(equilíbrio, mobilidade funcional,
propriocepção, força muscular,
flexibilidade e medo de cair) em
adultos mais velhos.
Pesquisa
transversal em 116
pessoas
com 65 anos ou mais residentes em
um determinado lar de idosos
participaram no estudo. O equilíbrio
(Berg Balance Test), a mobilidade
funcional (Timed Up and Go), a
propriocepção (sensação de posição
articular), a força muscular (costas /
perna dinamômetro), a flexibilidade
(sentar e alcançar) e o medo de cair
(Visual Analogue Scale) foram
avaliados como fatores de risco para
quedas. A qualidade de vida foi medida
pelo Short Form-12 (SF-12).
Foi utilizado o programa SPSS versão
10.0 para análise estatística.
Todos os dados foram apresentados
como médias com desvios (média ±
DP) e intervalos de confiança.
O coeficiente de correlação de
Pearson foi utilizado para analisar a
relação entre os resultados dos
instrumentos de avaliação SF-12, do
equilíbrio, da mobilidade funcional, da
propriocepção, da força muscular, da
flexibilidade e do medo de cair.
A qualidade de vida melhorou com o
aumento da força muscular.
A qualidade de
vida não se altera com o
envelhecimento, mas a idade afeta os
fatores de risco para as quedas.
Estes resultados demonstraram que
mau equilíbrio e mobilidade funcional
foram associados
com uma diminuição da qualidade de
vida.
O medo de cair é um importante
fator de risco para quedas em idosos.
Os fatores de risco para quedas
(equilíbrio, mobilidade funcional, força
muscular e medo de cair) em idosos
estão associados à qualidade de vida,
enquanto que a flexibilidade e a
propriocepção não. Estudos futuros
deverão centrar-se em outros fatores
que afetam a qualidade de vida das
populações mais idosas e investigar o
efeito desses problemas sobre a
qualidade de vida em relação aos
fatores de risco para quedas.
Apêndices
Introdução
192
Nível de significância:
p < 0
,
05
Nível de evidência:
VI
Publicação 32:
Rubenstein, L. Z. Falls in older peo
ple: epidemiology, risk factors and strategies for prevention.
Age and Ageing
, v. 35, p.
ii37-ii41, 2006.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Não mencionado
Revisão de literatura sobre os fatores
de risco para cair: idade, história de
quedas, problemas no equilíbrio e na
marcha, condições ambientais,
hipotensão, tontura, vertigem,
problemas visuais, síncope.
O medo de cair é cada vez mais
reconhecido como um
fator que pode afetar a atividade,
função e condição física
em idosos.
Lesões não intencionais são a quinta
causa
de morte em idosos e as quedas
constituem
dois terços dessas mortes.
As taxas de quedas e suas
complicações são associadas com o
aumento da idade.
A principal causa relatada de quedas é
a vertigem,
que é um sintoma muito comum entre
pessoas mais velhas.
Nível de evidência:
VII
Publicação 33:
Decesaro, M. da N.; Padilha, K. G. Iatrogenia na assistência de enfermagem durante internação em UTI: queda de
pacientes. Revista Ciência, Cuidado e Saúde, v. 1, n. 1, p. 159-162, 2002.
Objetivo
Metodologia
Resultados e Resultados e conclusões
Explorar e descrever as
ocorrências
adversas ou iatrogênicas relacionadas
com a queda de pacientes durante o
período de internação em UTI.
Utilizou
-
se a
abordagem qualitativa,
tendo a Técnica do Incidente Crítico
(TIC) como norteadora dos
procedimentos metodológicos.
Amostra constituída por 91
profissionais de enfermagem.
Para a coleta dos dados utilizou-se a
entrevista, que tinha um roteiro semi-
estruturado com uma pergunta aberta,
na qual era solicitado ao entrevistado
que relatasse um ou mais casos
referentes à queda de pacientes
durante o período de internação em
UTI, não importando o tempo e a
instituição em que o fato havia
ocorrido.
A análise dos dados foi feita por
análise das categorias das falas.
A queda do leito foi predominante, e
com menor frequência ocorreu a queda
da cadeira, da própria altura, do vaso
sanitário e da maca.
Das manifestações afetivas relatadas
pelos profissionais em decorrência da
queda do paciente, verificou-se
principalmente o descontrole
emocional imediato e os sentimentos
pessoais negativos, tais como sentir-se
culpado, impotente, indignado,
negligente, etc. Observou-se também a
preocupação com as consequências
para o paciente, o funcionário e a
família.
Os resultados obtidos ressaltam a
importância da adoção de medidas
preventivas para tais eventos, tanto no
que se refere à capacitação e
treinamento dos profissionais como na
adequação da infra-estrutura da
unidade, com vistas a uma assistência
de enfermagem com qualidade.
Nível de evidência:
VI
Publicação 34:
Swann, J. V
isual impairments: environmental
considerations.
Nursing
e
Residential Care
, February, v. 10, n. 2, p.90
-
92,
2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Fornece
r orientações
práticas
para
Opinião de especialista sobre os
Problemas de baixa visão ou
Apêndices
Introdução
193
facilitar
a
gestão do ambiente
físico
por
parte de residentes com problemas
visuais, equipe de cuidados e
visitantes.
problemas visuais que podem causar
quedas.
deficiência
visual podem s
er
minimizados mediante avaliação
ambiental.
Um contraste de cores e dos móveis
pode melhorar a visualização das
características fundamentais de
objetos para pessoas com baixa visão.
Esse contraste pode ser fornecido pelo
tom ou cor.
Quando reestruturar um lar para
idosos, uma iluminação
clara deve ser preferida. Quartos
claros, arejados com janelas ao invés
de
luz artificial pode melhorar a visão, mas
o brilho
deve ser evitado.
Os corredores devem ser bem
definidos, contrastando com
as bordas para demarcar as margens e
etapas.
Nível de evidência:
VII
Publicação 35:
Parry, S.W.; Galloway, S. R.; Kenny, R. A. Bond, J. Falls and confidence related quality of life outcome measures in an older
British cohort. Postgrad Med J, v. 77, p.103–108, 2001.
Objet
ivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Modificar a
s escalas
FES e ABC sem
alterar a sua estrutura psicológica
inerente
para ser aplicada no Reino Unido.
Avaliar a aceitabilidade, consistência
interna e confiabilidade por teste-
reteste das escalas
FES (FES-UK) e ABC (ABC-UK).
Analisar o desempenho relativo às
duas escalas em relação à idade dos
sujeitos e
histórico de quedas e lesões.
Estudo de coorte prospectivo,
realizado em 193 participantes
selecionados por randomização e
divididos em dois grupos: pacientes em
tratamento, ambulatoriais, novos ou de
retorno (n = 119; 62%); seus amigos e
parentes ("visitantes", n = 74; 38%).
Ambos os grupos foram avaliados
mediante as duas escalas: Falls
Efficacy Scale (FES) e Activities-
specific Balance Confidence Scale
(ABC).
A consistência interna foi avaliada pelo
alfa de Cronbach.
O coeficiente de correlação interna foi
determinado
a partir de uma análise de variância. O
desempenho relativo
às duas escalas foi
avaliado por meio da análise dos
resultados do teste t para amostras
independentes.
Pessoas que caíram tinham uma
pior qualidade de vida do que os que
não caíram.
As outras duas comparações
(indivíduos com fratura
contra os pacientes sem e com idade>
60
ano contra aqueles com idade <60
anos) as estatísticas t
correspondente ao ABC-escala do
Reino Unido foram
maior do que os correspondentes à
FESUK.
O ABC-Reino Unido e da FES-Reino
Unido são, portanto,
medidas confiáveis e válidas para a
avaliação
de quedas e equilíbrio e autoconfiança
relacionados a quedas em idosos.
Nível de evidência:
IV
Publicação 36:
Swann, J. Reducing the risk of faiis: part two.
Nursing
e
Residential Care
, April, v. 9, n. 4, p.170
-
172, 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Examinar os fatores ambientais e
os
problemas de mobilidade que podem
contribuir para uma queda.
Opinião de especialista sobre
riscos
ambientais e problemas de mobilidade
propensores de quedas.
Todos os tapetes soltos devem ser
removidos, particularmente no quarto
de um residente.
Rampas, níveis diferentes de superfície
e degraus devem
ser evitado.
Apêndices
Introdução
194
Boa iluminação, incluindo iluminação
durante a execução de tarefas, é
essencial.
Assegurar que os corrimãos são
estrategicamente posicionados para
prestar assistência
quando subir e também proporcionar
estabilidade quando
em pé.
A prevenção de quedas dentro de casa
pode
ser parte de uma sessão de atividades
educativas e os moradores podem ser
encorajados a serem mais conscientes
dos
riscos ambientais.
Enfrentar os problemas de mobilidade
e riscos ambientais pode prevenir
quedas.
Nível de evidência:
VII
Publicação 37:
Swann, J. Reducing the risk of falls:
Part one.
Nursing
e
Residential Care
, v. 9, n.
3, p. 120
-
2. 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
O
bservar
os impacto
s da queda,
avaliar os riscos e alguns fatores
clínicos que aumentam o risco de
uma queda.
Opinião de especialista acerca dos
riscos ambientais para a ocorrência de
quedas.
Os fatores
clínicos
que influenciam
na
ocorrência de quedas são idade,
doenças e medicamentos. Algumas
condições com doença de Parkinson,
artrite, hipotensão, doença coronariana
e dor no pescoço e nas costas podem
alterar o equilíbrio e
consequentemente ocasionar uma
queda.
Nível de evidência:
VII
Publicação 38:
Nazarko, L. Falls pre
vention.
Nursing
e
Residential Care
, v.
8
, n.
11, p. 498
-
502. 2006.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Explica
r
como serviços
especializado
s
podem ajudar a reduzir o risco de
quedas em residentes.
Estudo de caso e revisão de literatura
referente aos seguintes fatores de
risco para quedas: idade avançada,
problemas de equilíbrio, marcha e
mobilidade, prejuízos visuais, prejuízos
cognitivos, incontinência e perigos
pessoais
O processo de avaliação leva entre
uma hora e uma hora e meia. Cada
pessoa tem uma história de quedas
diferente, uma avaliação física é
realizada além da avaliação dos
calçados dos mecanismos de ajuda
para caminhar. A avaliação tem como
objetivo identificar fatores de risco, e
quando não é possível modificar os
fatores de risco, estratégias de
minimização de danos são utilizadas.
Os principais fatores de risco podem
ser divididos em oito categorias:
• Deterioração relacionada à idade
•Problemas no equilíbrio, mobilidade e
marcha
• Deficiência visual
• Disfunção Cognitiva
• Desmaios
• Incontinência
• Riscos Pessoais
Se um indivíduo permanece com alto
Apêndices
Introdução
195
risco de queda
,
protetores de quadril
podem ser usados para reduzir o risco
fratura. Protetores de quadril são
protetores de plástico ou almofadas,
colocados em torno dos quadris e são
incorporados especialmente colocados
dentro ou projetados no interior das
roupas.
Nível de evidência:
VII
Publicação 39:
Lord
,
S
.
R. Visual risk factors for falls in older people
.
Age and Ageing
, v.
35
, n.
S2
,
ii42–ii45
, 2006.
Objetivo
Metodolo
gia
Resultados e conclusões
Examinar o
papel
d
a visão
na
manutenção do equilíbrio, verificar
quais deficiências visuais predispõe
idosos a quedas, identificar os efeitos
de óculos inadequados sobre a visão e
as quedas e verificar a eficácia de
intervenções de melhoria visual para
prevenção de quedas
Revisão de literatura concernente aos
fatores de risco para quedas: idade
avançada, problemas de equilíbrio,
marcha e mobilidade, prejuízos visuais,
prejuízos cognitivos, incontinência e
perigos pessoais.
A v
is
ão
tem
uma contribuição
importante para o equilíbrio, e a
deficiência visual é um expressivo fator
de risco independente para quedas e
fraturas em pessoas idosas. Quando
capacidade reduzida de detectar
perigos, diferenças de contraste,
dificuldade de avaliar distâncias e
perceber as relações espaciais, um
maior risco de quedas.
Óculos multifocais podem aumentar os
riscos de quedas porque em pessoas
mais velhas, lentes para perto podem
prejudicar a visão à distância, a
sensibilidade ao contraste e a
percepção de profundidade quando
redução do campo visual, reduzindo a
sua capacidade de detectar riscos
ambientais.
evidências de que a cirurgia de
catarata é uma estratégia eficaz para a
prevenção de quedas.
Nível de evidência:
VII
Publicação 40:
Koepsell, T. D.; Wolf, M. E.; Buchner, D. M.
;
Kukull, W. A.
;
LaCroix, A. Z.
;
Tencer, A. F.
et al.
Footwear Style and Risk of
Falls in Older Adults. American Geriatrics Society, v. 52, p. 1495-1501, 2004.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Det
erminar o risco de queda
relacionado ao estilo de sapato usado
pelos idosos.
Estudo de caso
-
controle, no qual
1.371
idosos foram monitorados ao longo de
um período de dois anos Durante a
pesquisa, 327 casos de queda foram
comparados com 327 controles,
pareados na idade e sexo. Um exame
padronizado aplicado em cada
participante antes da ocorrência de
queda, uma entrevista sobre os fatores
de risco após a queda, e exame direto
do calçado foram conduzidos.
Perguntas para os participantes do
grupo controle referentes ao último
período em que exerceu uma atividade
muito semelhante ao que os do grupo
caso estavam fazendo no momento da
queda.
Todas as análises foram
realizadas no programa Stata 7.0
(Stata Corporation, College Station,
Contrariamente aos achados
de
estudos de laboratório de marcha os
tênis foram associados com
relativamente baixo risco de queda em
idosos durante as atividades diárias. O
risco de quedas foi significativamente
maior quando os participantes não
usavam sapatos.
Em resumo, este estudo encontrou que
o risco de queda em idosos variou
significativamente em relação ao estilo
de calçado. Estas informações podem
fornecer orientações úteis para idosos
no momento de decidir que tipos de
sapatos devem comprar e usar. Os
resultados sugerem também que a
educação em saúde sobre os estilos
de calçados associados com baixo
risco de queda pode ser um
Apêndices
Introdução
196
TX).
Para as análises principais, foram
utilizadas Odds Ratio (OR), Intervalo
de Confiança de 95% (IC) foram
obtidos a partir de regressão logística
condicional.
componente útil
aos
programas
de
intervenção idealizados para ajudar a
prevenir quedas.
Nível de evidência:
IV
Publicação 41:
Hoffman, S. B.; Powell
-
Cope, G.; MacClellan, L.; Bero, K. A Bed safety project for frail older adults. Journal of
Gerontological Nursing, November, p. 34-42, 2003.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
O objetivo é
a
sensibilização
sobre
os
perigos do sistema de cama hospitalar,
educar cuidadores e familiares sobre
os problemas associados ao uso
grades de cama, e desenvolver novas
normas de fabricação para sistema de
cama hospitalar (cama por exemplo,
trilhos, colchões, aparelhos de
transferência, grades da cama).
Pesquisa transversal realizada em
180
leitos de cuidado de longo prazo
juntamente com seus ocupantes e
familiares sobre as condições da cama
hospitalar. A intervenção
implementada foi a sensibilização
sobre os perigos do sistema de cama
hospitalar, educação de cuidadores e
familiares sobre os problemas
associados ao uso grades de cama. A
avaliação das condições da cama foi
realizada mediante o BedSAFE
Checklist. Estatística descritiva e teste
qui-quadrado foram usados para a
análise dos dados.
A redução
do uso de grades
na cama
em cuidados de longa duração foi
obtida pela interdisciplinaridade e
participação de pacientes e famílias, a
cuidadosa avaliação do paciente, e a
busca por alternativas para a
correspondência das necessidades
específicas de cada residente e sua
segurança.
Resultados vêm reforçar a ideia de que
o pessoal de enfermagem não pode
simplesmente tirar os trilhos sem
proporcionar uma infra-estrutura no
local, incluindo recursos, alternativas e
equipamentos.
Como em qualquer iniciativa de
segurança do paciente, todos devem
estar conscientes de que qualquer
mudança positiva pode resultar em um
risco indesejado nas outras áreas.
Nível de evidência:
VI
Publicação 42:
Nazarko, L. The impact of medication on falls.
Nursing
e
Residential Care
, v.9, n.5, 208
-
11, 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Fornece
r
informações so
bre
medicações propensoras de quedas
para a redução de lesões potenciais.
Revisão de literatura sobre
medicamentos propensores de
quedas.
As mudanças inerentes ao
envelhecimento incluem uma maior
sensibilidade aos benefícios e riscos
de medicamentos. Pessoas mais
velhas muitas vezes conseguem
responder a doses mais baixas de
medicamentos do que pessoas mais
jovens. A prescrição deve visar a
maximização da qualidade da vida do
idoso e minimizar o risco de danos.
A medicação deve ser revista
periodicamente dever ser interrompida
se houver impactos ou se não é mais
necessária.
As pessoas mais velhas que estão
utilizando menos de quatro
medicamentos devem receber revisão
da prescrição a cada ano. Pessoas que
estão tomando quatro ou mais
medicamentos receber revisão da
prescrição a cada seis meses.
Nível de evidência:
VII
Apêndices
Introdução
197
APÊNDICE C- Instrumento de avaliação das publicações componentes da Revisão
Integrativa, adaptado a partir do instrumento desenvolvido por Silveira (2005).
1. Identificação
Título do estudo
:
Título do periódico:
Autores
Nome:
Local de trabalho:
Graduação:
País
Idioma
Ano de publicação
Área
2. Instituição sede do estudo
Hospital
Universidade
Centro de pesquisa
Instituição única
Pesquisa multicêntrica
Outras instituições
Não identifica o local
3. Tipo de revista científica
Publicação de enfermagem geral
Publicação em reabilitação ou segurança do paciente
Publicação de enfermagem de outra especialidade
Publicação médica
Publica
ção de outras áreas da saúde
4. Características metodológicas do estudo
Tipo de publicação
Palavras
-
chave:
Pesquisa:
Abordagem quantitativa
Delineamento experimental
Delineamento quase-experimental
Delineamento não-experimental
Aborda
gem qualitativa
Não pesquisa
Revisão de literatura
Revisão da literatura (narrativa)
Relato de experiência
Outras Qual?________________________
Objetivo ou questão de investigação
Amostra
Seleção:
Randômica
Conveniência
Outra _________________
Tamanho (n):
Inicial
Final
Características: Idade ___________
Sexo M____ F______
Raça: ____________
Diagnóstico:
Apêndices
Introdução
198
Fatores de risco para quedas:
Critérios de inclusão: _______________________
Critérios de exclusão: _______________________
Tratamento dos dados
Intervenções realizadas
Intervenção: SIM
NÃO
Padrão:
Experimental:
Grupo controle: SIM NÃO
Instrumento de medida: SIM
NÃO
Duração do estudo:
Métodos empregados para mensuração:
Resultados
Análise
Implicaçõ
es
As conclusões são justificadas com bases nos resultados: SIM
NÃO
Quais são as recomendações dos autores:
Classificação do estudo
Nível I
Revisão sistemática de todos os ensaios clínicos
randominzados relevantes
Meta-análise de de todos os ensaios clínicos
randominzados relevantes
Diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de
ensaios clínicos randomizados controlados
Nível II
Ensaio clínico randomizado controlado bem delineado
Nível III
Ensaio clínico bem delineado sem randomização
Nível IV
Estudo de coorte bem delineado
Estudo caso-controle bem delineado
Nível V
Revisão sistemática de estudos descritivos
Revisão sistemática de estudos qualitativos
Nível VI
Estudo descritivo
Estudo qualitativo
Nível VII
Opiniões de autoridades
Relatório de comitê de especialistas
Nível de evidência
5. Avaliação do rigor metodológico
Clareza na identificação da trajetória metodológica no
texto (método empregado, sujeitos participantes, critérios
de inclusão/ exclusão, intervenção, resultados)
Identificação de limitações ou viéses
Apêndices
Introdução
199
APÊNDICE D- Quadros dos artigos referentes Antecedentes de quedas
ANTECEDENTES
REFERÊNCIA
BASE
As quedas podem ocorrer como resultado de
um tropeço ou deslizamento durante as
atividades da vida diária. Podem ocorrer como
resultado de um tropeço ou deslizamento
durante as atividades normais como caminhar
e pode ser atribuído a riscos ambientais
Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G.
Assessing Risk of Falling in Older Adults. Public Health
Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
Muitas quedas são experienciadas por
pessoas mais velhas como resultado da
deterioração do equilíbrio e dos sistemas
neuromusculares relacionada à idade.
Menant, J.C.; Steele, J.R.; Menz, H.B.;
Munro, B.J. Lord,
S.R. Optimizing footwear for older people at risk of falls.
JRRD, v. 45, n. 8, p. 1167–1182, 2008.
Cinahl
Alguns dos fatores de risco consistentes para
a ocorrência de quedas de acordo com as
revisões sistemáticas incluem história queda,
instabilidade de marcha, mobilidade
prejudicada, incontinência urinária,
necessidades sanitárias especiais, prejuízos
do estado mental, agitação e confusão,
prescrição de medicamentos com efeitos
secundários propensores de queda.
Mertens, E. I.; Halfens,
R. J.G.; Dassen, T. Using the
Care Dependency Scale for fall risk screening. Journal
of Advanced Nursing, v.58, n.6, p.594–601, 2007. doi:
10.1111/j.1365-2648.2007.04265.x
Cinahl
A desregulação da altura da cama do paciente
em enfermarias de cuidados agudos pode
causar quedas além de contribuir para a
gravidade da queda e lesões associadas. Os
fatores de risco intrínseco incluem visão
reduzida, marcha instável, o déficit do sistema
músculo-esquelético, déficit de estados
mental, doença aguda, doença crônica, entre
outros. Os fatores extrínsecos presentes no
ambiente da enfermaria contemplam os
medicamentos, a altura da cama, as grades
da cama, a falta de equipamentos de apoio
em banheiras e banheiros, condição da
superfície do solo, iluminação deficiente,
inadequados dispositivos de apoio.
Em resumo, as camas, como equipamentos
hospitalares nos quais os pacientes passam a
maior parte de sua internação, constituem um
fator de risco extrínseco para quedas que os
administradores do hospital podem estar
negligenciando.
Tzeng, H. M.; Yin, C. Y. Heights of occupied patient beds:
a possible risk factor for inpatient falls. Journal of
Clinical Nursing, v. 17, p. 1503–1509, 2008.
Cinahl
Há muitos fatores de risco intrínsecos para
quedas que envolvem: idade, condições
médicas (problemas ortopédicos, condições
neurológicas, osteoporose, problemas visuais,
prejuízos à audição, hipotensão postural),
disfunções cognitivas, problemas na saúde
mental e medicação. Quanto aos vários
fatores de risco extrínsecos, incluem-se os
calçados, as vestimentas, condições de
aparelhos e do meio ambiente.
Swann, J. Fall prevention is everyone's responsibility.
Nursing e Residential Care, June, v. 10, n. 06, p. 294-
298, 2008.
Ci
nahl
-
As características de pacientes hospitalares
propensos a quedas incluem fraqueza,
tontura, insônia, mobilidade alterada,
confusão, depressão, histórico de abuso de
substâncias, tempo de internação, falta de
exercício e incontinência.
-O uso de mais de três ou quatro remédios por
Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler, M. Eviden
ce
-
based
protocol fall prevention for older adults. Journal of
Gerontological Nursing, November, p. 9-14, 2005.
Cinahl
Apêndices
Introdução
200
dia é também associado com um ri
sco
aumentado de quedas.
-O medo de cair e a história de quedas
anteriores podem ajudar a determinar um
indivíduo potencial para quedas adicionais.
-A presença de dor indicativa de uma doença
aguda, lesão ou processo inflamatório pode
tornar o paciente mais vulnerável a cair.
-As condições cardiovasculares estão
frequentemente presentes em pacientes que
sofrem uma queda. A história da doença
cardíaca, os sintomas de doenças
cardiovasculares e doenças (por exemplo,
arritmias, valvulopatias, infarto do miocárdio,
síncope, desmaio e sopros) figuram-se como
importantes fatores de risco. Além disso, o
uso atual de diuréticos, antiarrítmicos, e
glicosídeos cardíacos / digoxina também
compõem estes fatores predisponentes.
Envelhecimento, condições médicas e
medicação muitas vezes são considerados os
principais motivos para uma queda. Além
desses, os riscos ambientais e os fatores de
mobilidade são frequentemente apontados
como causa de uma queda.
-Meio Ambiente: limitações de espaço,
superfície desigual, pisos escorregadios ou
instáveis, tapetes soltos, variações nos níveis
de piso, condições extremas de calor ou frio,
umidade excessiva, iluminação deficiente,
ventilação insuficiente.
-Roupas que restringem o movimento.
-Rampas, escadas e degraus devem ser
evitados.
-Corredores longos e com déficit de
corrimãos.
-Banheiros e dormitórios sem barras de
seguranças adequadas
-Calçados com solado desgastado,
escorregadio, com salto alto e estreito,
chinelos, sandálias e solados muito altos
devem ser evitados
-Rotina pobre em exercício ou atividade física.
-Equilíbrio prejudicado.
-Mecanismos auxiliares inapropriados e
desgastados.
Swann, J. Reducing the risk of faiis: part two.
Nursing
e
Residential Care, April, v. 9, n. 4, p.170-172, 2007.
Cinahl
E
lementos distintos podem causar uma
queda; muitos são potencialmente
modificáveis, incluindo o equilíbrio
prejudicado, fraqueza muscular, medicação e
os riscos ambientais.
Queda no mês passado
Queda nos últimos 1-6 meses
Tontura / vertigem
Uso de contenção
Os medicamentos ansiolíticos (usado para
aliviar a ansiedade e reduzir a tensão e
irritabilidade) e os antidepressivos.
-A visão deficiente pode causar tropeções e
Swann, J. Reducing the risk of falls: part one.
Nursing
e
Residential Care, March, v. 9, n. 3, p.120-122, 2007.
Cinahl
Apêndices
Introdução
201
quedas e por isso, verificações regulares de
olho são essenciais.
-A dificuldade em dormir pode originar
caminhadas noturnas errantes e consequente
cansaço produzido pela insônia, podendo
resultar em posterior sonolência e reações
involuntárias além de fazer movimentos mais
perigosos.
-Idas frequentes do paciente ao banheiro
especialmente à noite aumentam o risco de
cair.
-
História de quedas
-Baixo peso corporal
-A literatura tem mostrado que as grades da
cama podem causar um prejuízo significativo
por quedas e morte.
Hoffman, S. B.; Powell
-
Cope, G.; MacClellan, L.; Bero, K.
A Bed safety project for frail older adults. Journal of
Gerontological Nursing, November, p. 34-42, 2003.
Cinahl
-
Comumente, as quedas
acontecem com os
idosos devido a alterações decorrentes do
próprio envelhecimento como instabilidade
postural, marcha arrastada, passos curtos
com pernas separadas, diminuição dos
reflexos, dificultando os movimentos
instantâneos, além de alterações visuais e
auditivas.
-Há ainda, o desenvolvimento de condições
patológicas, destacando-se entre elas a
hipotensão postural, problemas cardíacos e
lesões do sistema nervoso central que
também agem como fatores de risco para a
ocorrência de quedas.
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amaral,
F
.
S
.;
Martins
,
I
.
B
.;
Bertassi
,
V
.
C
.
Identificando os fatores relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco de Quedasentre idosos. Rev Bras
Enferm, Set/Out, v. 57, n. 5, p. 560-4, 2004.
Lilacs
-
No tocante às doenças
tidas como
diretamente associadas às quedas, a maior
prevalência foi para as doenças
osteomioarticulares. As doenças
cardiovasculares e neurológicas
predominaram entre aquelas indiretamente
associadas às quedas.
-A acuidade visual pareceu associar-se à
quantidade de quedas, tanto no último ano
quanto após os 65 anos de idade.
Guimarães, J. M. N.; Fariinatti, P. de T.
Análise descritiva
de variáveis teoricamente associadas ao risco de quedas
em mulheres idosas. Rev Bras Med Esporte, Set/Out ,v.
11, n. 5, p. 299-305, 2005.
Lilacs
-
Doença
s c
rônica
s: d
oença Parkinson, a
demência, e acidentes vasculares encefálicos.
- Distúrbios visuais: catarata, retinopatia,
glaucoma, e assim por diante.
- O sistema vestibular: perda de equilíbrio
relacionada com a idade, pode
ocorrer como resultado da osteoporose assim
como também pode ocorrer por trauma,
infecções do ouvido e do consumo de drogas
como furosemida, aspirina, aminoglicosídeos,
e assim por diante.
- Sistema locomotor: distúrbios
osteomusculares ligados direta ou
indiretamente com a idade, bem como
problemas de (hallux valgus, calos e
deformidades) podem ser outra causa do
distúrbio do equilíbrio
e marcha, levando assim a quedas.
- Sistema Neurológico: mudanças estruturais
no córtex cerebral, quer seja distúrbios
Sánchez, R. L. G.; Fernández, M. M. R.; Alfonso, M. de J.
F.; Milián, J. R. G. Caídas en el anciano.
Consideraciones generales y prevención.
Rev Cubana
Med Gen Integr, v. 15, n.1, p.98-102.
Lilacs
Apêndices
Introdução
202
vasculares ou degenerativo
s do trato
piramidal, extrapiramidais ou cerebelar, são
causas importantes instabilidade da marcha.
- Doença Aguda: as doenças infecciosas e
algumas doenças e a exacerbação de
algumas crônicas, tais como insuficiência
cardíaca, podem precipitar quedas.
- Polifarmácia
- O uso incorreto de medicamentos
-Os fatores extrínsecos são a causa de 77%
das quedas, como derivadas da existência de
tapetes, excesso de espelhos, pijamas de
calças largas, animais, pisos muito polidos,
escadas, cadeiras e mesas muito baixas, etc)
-
As alterações estruturais e funcionais do
sistema cardiovascular no envelhecimento
não predispõe a Fibrilação Atrial como
também podem reduzir a capacidade de
tolerância hemodinâmica à arritmia, podendo
levar a síncope e queda.
-A hipovolemia, isquemia ou disfunção
diástólica podem levar a uma redução do
débito cardíaco exacerbada pela combinação
da perda da capacidade da contribuição do
enchimento atrial e frequência cardíaca
elevada com diminuição do enchimento
ventricular. A redução do débito cardíaco em
si, pode levar a um baixo fluxo cerebral, sendo
esse um mecanismo secundário de dano
cerebral e de declínio cognitivo, que também
são fatores de risco de queda.
-O uso de amiodarona, de anticonvulsivantes,
benzodiazepínicos e a polifarmácia (uso de
quatro ou mais medicamentos) apresentou
relação significante com a ocorrência de
quedas.
-Houve relação significante entre a ocorrência
de quedas e Insuficiência Cardíaca
Congestiva classe funcional III e diabete
melito.
-Houve relação significante entre a baixa
satisfação, percepção de baixa qualidade de
vida, dificuldades visuais, dificuldade de
audição em ambientes ruidosos,
autopercepção de inutilidade, dificuldade de
tomar banho sozinho e dificuldade de ir ao
banheiro a tempo com quedas.
-Ambientais: tapetes, falta de corrimão, falta
de suporte nos banheiros, iluminação
deficiente, calçados inadequados, escada
inseguras.
-Nutricionais: déficit de vitamina D e cálcio
-Sedentarismo
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de
avaliação de risco de quedas em idosos com
fibrilação atrial. Tese (Doutorado) – Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
-
Fatores intrínsecos: diminuição da acuidade
auditiva e visual, polifarmácia, alterações no
equilíbrio, na estabilidade postural, presença
de comorbidades, incontinência urinária,
urgência.
-Entre os fatores extrínsecos, destacam-se
iluminação adequada, pisos irregulares ou
Telles, A. C. M.
Prevalência, incidência, fatores
preditivos e impacto das quedas entre pessoas
idosas no município de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado) Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2008.
Dedalus
Apêndices
Introdução
203
escorregadios, obstáculos no caminho
(móveis, fios), tapetes soltos, ausência de
barras de apoio em banheiros, ausência de
corrimãos em escadas, roupas muito longas,
calçados inadequados, uso inadequado de
tecnologia assistiva (andador, bengala ou
cadeiras rodas).
-Causas cardiovasculares para quedas: as
desordens cardiovasculares são responsáveis
por 77% da procura pelos serviços de
emergência com histórico de quedas
inexplicáveis, recorrentes e associadas à
perda de consciência inexplicável.
-
Problemas no equilíbrio, na marcha, na
audição, na visão constituem importantes
fatores de risco para quedas.
Vassallo, M.; Vignaraja, R.; Sharma, J. C.; Briggs, R.
Predictors for falls among hospital inpatients with
impaired mobility. Journal of the Royal Society of
Medicine, v. 97, p. 266-269, 2004.
Pubmed
-
evidências de que
ó
culos multifocais
podem danificar a visão, impedindo visualizar
obstáculos e aumentar o risco de quedas.
Haran, M.J.; Lord, S. R.; Cameron,I. D.; Ivers, R. Q.;
Simpson, J. M.; Lee, B. B. et al.
Preventing falls in older
multifocal glasses wearers by providing single-lens
distance glasses: the protocol for the VISIBLE
randomised controlled trial. BMC Geriatrics, v. 9, n. 10,
2009.
Pubmed
-
(Antecedentes do medo de cair)
F
atores
associados com medo de cair incluem a idade
avançada, sexo feminino, passado histórico
de queda, a história da queda com lesões
relacionadas, fragilidade, marcha ou
deficiências de equilíbrio, desempenho físico
lento, déficit na execução das atividades de
vida diária (AVD), uso de psicotrópicos, baixa
autoeficácia relacionados às quedas, dois ou
mais diagnósticos de condições crônicas,
vertigem crônica, problemas visuais, perda
recente de peso> 5 £ (2,27 kg), humor
depressivo, a autopercepção ruim da saúde, a
participação restrita em atividades sociais,
diminuição da qualidade de vida, diminuição
da mobilidade e a institucionalização.
Gomez, F.; Curcio, C.L. The development of a fear of
falling interdisciplinary intervention program. Clinical
Interventions in Aging, v. 2, n. 4, p. 661-667, 2007.
Pubmed
C
om base em uma revisão da literat
ura
disponível atualmente, os fatores de risco de
quedas incluem a idade avançada, número de
doenças crônicas, composição corporal frágil,
força muscular deficiente, mobilidade
prejudicada, equilíbrio prejudicado.
Ozcan,
A.;
Donat
, H.;
Gelecek
, N.;
Ozdiren
c
, M.;
Karadibak, D.
The relationship between risk factors for
falling and the quality of life in older adults. BMC Public
Health, v. 5, n. 90, 2005.
Pubmed
-
A idade avançada e o
descondicionamento
físico agravam mais ainda o risco de cair.
-O medo de cair, contribui para o
descondicionamento, fraqueza e marcha
anormal e em longo prazo, pode aumentar
severamente o risco de quedas.
-Os riscos ambientais nas casas ou
instituições deveriam ser eliminados e, assim,
muitas quedas poderiam ser evitadas.
-Marcha / distúrbios de equilíbrio ou fraqueza
-Tontura / vertigem
-Confusão
-Hipotensão postural
-Distúrbio visual
-Síncope
Rubenstein, L. Z. Falls in older people: epidemiology, risk
factors and strategies for prevention.
Age and Ageing, v.
35, p. ii37-ii41, 2006.
Pubmed
Apêndices
Introdução
204
-
O
utros fatores de risco que predispõem a
queda incluem os déficits visuais e auditivos,
além de hemiparesia, ataxia, fraqueza
persistente ou deformidades articulares
-Tapetes soltos ou desgastados, cabos de
equipamentos elétricos soltos, móveis
instáveis são alguns dos riscos ambientais.
Apêndices
Introdução
205
APÊNDICE E- Carta-convite para participação no estudo
(Etapa 2-Validação por especialistas- 1
a
parte)
Carta
CartaCarta
Carta-
--
-Convite
ConviteConvite
Convite
Prezada Colega Enfermeira,
Meu nome é Allyne Fortes Vitor. Sou aluna do Doutorado do Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará e estou
desenvolvendo um projeto de pesquisa intitulado “Revisão do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas” sob a orientação da Prof.ª
Dr.ª Thelma Leite de Araujo.
Solicitamos, por meio deste, sua colaboração no estudo na qualidade de
especialista em linguagem da sistematização da assistência e/ou acidentes por
quedas. Sua participação envolverá a apreciação e preenchimento de um
instrumento em duas etapas distintas. Na primeira etapa, você avaliará a adequação
do domínio, classe, título, definição, indicadores e definições constitutivas referentes
ao resultado de enfermagem NOC Comportamento de Prevenção de Quedas. Na
etapa seguinte você receberá um novo instrumento para avaliar a adequação das
definições operacionais do resultado de enfermagem NOC Comportamento de
Prevenção de Quedas.
Caso deseje participar, pedimos que responda este e-mail o mais rápido
possível, expressando o veículo de comunicação de sua preferência (e-mail ou
correspondência convencional). Caso manifeste a sua concordância, enviaremos o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as instruções para o preenchimento
do instrumento e o instrumento propriamente dito.
Gostaríamos, se possível, que você indicasse mais especialistas nesta área
que possam colaborar com nosso trabalho.
Aguardamos sua resposta e, desde já, agradecemos sua colaboração.
Atenciosamente,
Allyne Fortes Vitor
Allyne Fortes VitorAllyne Fortes Vitor
Allyne Fortes Vitor
Apêndices
Introdução
206
APÊNDICE F- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
(Etapa 2 – Validação por especialistas 1
a
parte)
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Prezada (o) Colega,
Meu nome é Allyne Fortes Vitor. Sou aluna do Doutorado do Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará e estou
desenvolvendo um projeto de pesquisa intitulado “Comportamento de Prevenção de
Quedas em pacientes com cardiopatia isquêmica: validação de um instrumento de
avaliação do resultado de enfermagem” sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Thelma Leite
de Araujo.
Inicialmente agradecemos a sua concordância em participar do nosso estudo.
Em seguida, retomamos alguns pontos já abordados na carta convite. Estamos
investigando o resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas,
relativo ao diagnóstico de enfermagem Risco de Quedas.
Sua participação é fundamental em virtude da limitada quantidade de
enfermeiros que trabalham com esta temática. Caso concorde a sua participação
ocorrerá em dois momentos distintos. O primeiro momento é o atual e consiste no
preenchimento de um instrumento para avaliar a adequação das definições
constitutivas, dos indicadores e do resultado de enfermagem Comportamento de
Prevenção de Quedas. O segundo está planejado para ocorrer no período de maio e
junho do corrente ano, e constará do preenchimento de um instrumento para avaliar
a adequação das definições operacionais referentes aos indicadores do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas.
Damos-lhe garantia de que as informações colhidas serão usadas apenas
para a realização do presente estudo e asseguramos que a qualquer momento você
poderá ter acesso às informações sobre a pesquisa e sobre seus benefícios,
inclusive com a finalidade de sanar alguma dúvida. Você terá a liberdade de retirar
seu consentimento em participar deste trabalho sem que isso lhe traga qualquer
prejuízo. Por fim, garantimos não fornecer nenhuma informação a seu respeito que
possa identificá-lo de alguma maneira.
Apêndices
Introdução
207
Caso necessite outros esclarecimentos informamos-lhe o meu nome, o e de
minha orientadora, o número de telefone, o endereço postal e o eletrônico para
contato.
Nome da pesquisadora: Allyne Fortes Vitor
Endereço: Rua Pereira Valente, 640, apto 402. Bairro Meireles. Fortaleza-CE
CEP: 60160-250
Telefone: 85-3224.8505/ 85-8876.0377
Nome da orientadora: Thelma Leite de Araujo
Endereço: Rua Alexandre Baraúna, 1115. Bairro: Rodolfo Teófilo. Fortaleza-
CE
Telefone: 85-3366.8459
E-mail:
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIMENTO
Declaro que após ter sido convenientemente esclarecido pelo pesquisador e
ter entendido o que me foi explicado, concordo em participar da pesquisa.
___________________,_____de _______________________ de______
__________________________________________________________
Assinatura do especialista
___________________________________________________________________
Assinatura do pesquisador
__________________________________________________________
Assinatura do orientador
Apêndices
Introdução
208
APÊNDICE G- Carta-convite para participação no estudo
(Etapa 3 – Validação por especialistas – 2
a
parte)
Carta
CartaCarta
Carta-
--
-Convite
ConviteConvite
Convite
Prezada Colega Enfermeira,
Meu nome é Allyne Fortes Vitor. Sou aluna do Doutorado do Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará e estou
desenvolvendo um projeto de pesquisa intitulado “Revisão do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas” sob a orientação da Prof.ª
Dr.ª Thelma Leite de Araujo.
Solicitamos, por meio deste, sua colaboração no estudo na qualidade de
especialista em linguagem da sistematização da assistência e/ou acidentes por
quedas. Conto com sua ajuda nesta fase fundamental da pesquisa. Sua participação
é imprescindível em virtude da limitada quantidade de enfermeiros que trabalham
com esta temática. O momento atual consta do preenchimento de um instrumento
para avaliar a adequação das definições/magnitudes operacionais referentes aos
indicadores do resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas.
Caso deseje participar, pedimos que responda este e-mail o mais rápido
possível, expressando o veículo de comunicação de sua preferência (e-mail ou
correspondência convencional). Caso manifeste a sua concordância, enviaremos o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as instruções para o preenchimento
do instrumento e o instrumento propriamente dito.
Aguardamos sua resposta e, desde já, agradecemos sua colaboração.
Atenciosamente,
Allyne Fortes Vitor
Allyne Fortes VitorAllyne Fortes Vitor
Allyne Fortes Vitor
Apêndices
Introdução
209
APÊNDICE H- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
(Etapa 3 – Validação por especialistas- 2
a
parte)
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Prezado (a) Colega,
Meu nome é Allyne Fortes Vitor. Sou aluna do Doutorado do Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará e estou
desenvolvendo um projeto de pesquisa intitulado “Revisão do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas”, sob a orientação da Prof.ª
Dr.ª Thelma Leite de Araujo.
Inicialmente agradecemos a sua concordância em participar do nosso estudo.
Estamos investigando o resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de
Quedas, relativo ao diagnóstico de enfermagem Risco de Quedas.
Sua participação é fundamental em virtude da limitada quantidade de
enfermeiros que trabalham com esta temática. O primeiro momento, ocorrido
anteriormente a este, consistiu no preenchimento de um instrumento para avaliar a
adequação das definições constitutivas, dos indicadores e do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas. O momento atual consta
do preenchimento de um instrumento para avaliar a adequação das
definições/magnitudes operacionais
referentes aos indicadores do resultado
de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas.
Damos-lhe garantia de que as informações colhidas serão usadas apenas
para a realização do presente estudo e asseguramos que a qualquer momento você
poderá ter acesso às informações sobre a pesquisa e sobre seus benefícios,
inclusive com a finalidade de sanar alguma dúvida. Você terá a liberdade de retirar
seu consentimento em participar deste trabalho sem que isso lhe traga qualquer
prejuízo. Por fim, garantimos não fornecer nenhuma informação a seu respeito que
possa identificá-lo de alguma maneira.
Caso necessite outros esclarecimentos informamos-lhe o meu nome, o e de
minha orientadora, o número de telefone, o endereço postal e o eletrônico para
contato.
Nome da pesquisadora: Allyne Fortes Vitor
Endereço: Rua Pereira Valente, 640, apto 402. Bairro Meireles. Fortaleza-CE
CEP: 60160-250
Telefone: 85-3224. 8505/ 85-8876.0377
E-mail:
Nome da orientadora: Thelma Leite de Araujo
Endereço: Rua Alexandre Baraúna, 1115. Bairro: Rodolfo Teófilo. Fortaleza-
CE
Telefone: 85-3366. 8459
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIMENTO
Declaro que após ter sido convenientemente esclarecido pelo pesquisador e
ter entendido o que me foi explicado, concordo em participar da pesquisa.
_________________,_____de _________________ de______
Apêndices
Introdução
210
__________________________________________________________
Assinatura do especialista
__________________________________________________________
Assinatura do pesquisador
__________________________________________________________
Assinatura do orientador
Apêndices
Introdução
211
ANEXO
Anexo
Introdução
212
Anexo
Introdução
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS
REVISÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM COMPORTAMENTO DE
PREVENÇÃO DE QUEDAS: ANÁLISE
FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E
ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS
-
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
ALLYNE FORTES VITOR
REVISÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM COMPORTAMENTO DE
PREVENÇÃO DE QUEDAS: ANÁLISE
DE CONCEITO E VALIDAÇÃO POR
ESPECIALISTAS
FORTALEZA
2010
1
FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
REVISÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM COMPORTAMENTO DE
DE CONCEITO E VALIDAÇÃO POR
Introdução
2
ALLYNE FORTES VITOR
REVISÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM COMPORTAMENTO DE
PREVENÇÃO DE QUEDAS: ANÁLISE DE CONCEITO E VALIDAÇÃO POR
ESPECIALISTAS
Tese submetida ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem, da
Faculdade de Farmácia, Odontologia e
Enfermagem da Universidade Federal do
Ceará para obtenção do título de Doutor
em Enfermagem.
Área de Concentração: Enfermagem na
Promoção da Saúde
Linha de Pesquisa: Tecnologia de
Enfermagem na Promoção de Saúde
Orientadora: Prof.
a
Dr.
a
Thelma Leite de
Araujo
FORTALEZA
2010
Introdução
3
Vitor, Allyne Vitor
Revisão do resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas:
análise de conceito e validação por especialistas/ Allyne Fortes Vitor. Fortaleza:
UFC / FFOE, 2010.
210 f.: il.; 31 cm.
Orientadora: Profa. Dra.Thelma Leite de Araujo
Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia,
Odontologia e Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2010.
1. Acidentes por Quedas. 2. Estudos de Validação. 3. Avaliação de Enfermagem.
4. Prevenção - Tese. I. Araujo, Thelma Leite de. II. Universidade Federal do Ceará,
Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Programa de Pós-Graduação
em Enfermagem. III. Título
CDU 610.73
Introdução
4
ALLYNE FORTES VITOR
REVISÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM COMPORTAMENTO DE
PREVENÇÃO DE QUEDAS: ANÁLISE DE CONCEITO E VALIDAÇÃO POR
ESPECIALISTAS
Tese submetida ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem, da
Faculdade de Farmácia, Odontologia e
Enfermagem da Universidade Federal do
Ceará para obtenção do título de Doutor
em Enfermagem.
Área de Concentração: Enfermagem na
Promoção da Saúde
Linha de Pesquisa: Tecnologia de
Enfermagem na Promoção de Saúde
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Prof.
a
Dr.
a
Thelma Leite de Araujo
Universidade Federal do Ceará
_________________________________________________
Prof.
a
Dr.
a
Maria Vilaní Cavalcante Guedes
Universidade Estadual do Ceará
_________________________________________________
Prof.
a
Dr.
a
Lucia de Fátima da Silva
Universidade Estadual do Ceará
_________________________________________________
Prof.
a
Dr.
a
Viviane Martins da Silva
Universidade Federal do Ceará
_________________________________________________
Prof.
a
Dr.
a
Maria Josefina da Silva
Universidade Federal do Ceará
Introdução
5
Este estudo contou com apoio
financeiro do Conselho
Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico, sob o
processo n
o
141203/2008-0.
Introdução
6
D
D
e
e
d
d
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c
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a
a
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ó
ó
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E
E
s
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e
e
c
c
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i
a
a
l
l
Ao meu Deus, por ter enviado meu senhor, único e suficiente salvador, Jesus
Cristo. Obrigada por ter morrido a minha morte para que eu pudesse viver a
Tua vida, em abundância.
“Teus olhos revelam que eu
Nada posso esconder
Que não sou nada sem Ti,
Oh! Fiel Senhor
Tudo Tu sabes de mim
Quando sondas o meu coração
Eis que tudo podes ver bem dentro de mim
Leva minha vida a uma só verdade
Pois quando me sondas
Nada posso ocultar
Sei que a Tua fidelidade
Leva minha vida mais além
Do que eu posso imaginar
Sei e não posso negar
Que os Teus olhos sobre mim
Me enchem da Tua paz.”
(Ronaldo Bezerra/ Carlinho Félix)
Introdução
7
A
A
g
g
r
r
a
a
d
d
e
e
c
c
i
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m
m
e
e
n
n
t
t
o
o
s
s
Ao meu amado esposo Rodrigo, pelo amor verdadeiro, pela amizade
sincera, pela companhia leal, pelas palavras de incentivo e pelo silêncio
cheio de compreensão, por ser exatamente quem é. Esta vitória é
igualmente sua.
Aos meus pais, Hilda e Antonio Fortes, pelo cuidado, amor, por todo o
zelo, pelas orientações para a vida, por terem acreditado em mim quando
nem eu mesma acreditava. A vocês, meu amor e gratidão.
Ao Flávio, Fabrícia, Beatriz, Pedro e Gabriel, por tornarem minha vida
mais bela. Vocês sempre serão parte de mim.
Aos meus sogros Rozendo e Antonia, por terem me acolhido como
filha, pelo apoio sincero, pelas valiosas conversas, pelas orações e pela
amizade. Vocês são muito amados.
A Lídia e Simone, pelo carinho, pelo cuidado e pela amizade. Não há
distância que diminua meu amor por vocês.
Aos meus queridos familiares. Cada um, ao seu modo, me apoiou de
forma especial para mais esta conquista.
Aos amigos mais chegados que irmãos da igreja Betesda Aldeota,
pelo apoio, amor e atenção. Meu coração tem um lugar especial para
cada um.
À Prof.
a
Dr.
a
Thelma Leite de Araujo, pelo acolhimento, pela
confiança, por cada orientação valiosa para esta pesquisa e para minha
vida! Obrigada por ter tornado esta jornada leve e prazerosa. Meu eterno
carinho, respeito e gratidão.
Ao Prof. Dr. Marcos Venícios de Oliveira Lopes, por seus ensinamentos
e por ter me apresentado o fascinante e desafiador mundo da pesquisa.
Meu reconhecimento e admiração.
Às Prof.
as
Dr.
as
Maria Vilaní Cavalcante Guedes, Lucia de Fatima da
Silva, Maria Josefina da Silva, Maria Célia de Freitas e Francisca Elisângela
Teixeira Lima, pela disponibilidade e pelas sugestões primorosas ao
refinamento deste trabalho.
Introdução
8
À Prof.
a
Dr.
a
Viviane Martins da Silva, por seu acolhimento, suas
sugestões sempre pertinentes, por ser um exemplo de determinação,
criatividade, sabedoria e profissionalismo. Minha admiração e afeto.
À Prof.
a
Dr.
a
Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira, por seu apoio na
conquista do meu sonho, por sua amizade e pelo exemplo de ética e
generosidade.
Aos professores Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, em especial à Prof.
a
Dr.
a
Emilia Campos de
Carvalho, pelo breve, porém, precioso período de convivência. Aprendi
muito!
A Aline Santos, Flávia Monteiro, Renata de Melo, Alice Costa, Railka
Oliveira, Célida Juliana, Rafaella Moreira, Tahissa Cavalcante, Nirla Guedes,
Beatriz Amorim, Sacha Nogueira, Andréa Barbosa, Filipe Alves e Daniel
Chaves. Obrigada por terem compartilhado os desafios e as vitórias desta
caminhada. Contem comigo, sempre!
Aos professores do Departamento de Enfermagem da Universidade
Federal do Ceará, pelos ensinamentos, pelas oportunidades e por todo o
incentivo que recebi durante esses dez anos de convivência.
Aos funcionários do Departamento de Enfermagem da Universidade
Federal do Ceará pelo acolhimento e disponibilidade. Vocês foram
fundamentais a esta conquista.
Aos especialistas que gentilmente doaram parte de seu tempo à
concretização deste estudo e que diligentemente executaram suas
apreciações. Minha admiração.
Aos participantes do projeto Ações de Cuidado em Saúde
Cardiovascular da Universidade Federal do Ceará, pelo apoio fundamental
à execução deste trabalho e pelas valiosas discussões em cada reunião.
Introdução
9
RESUMO
VITOR, A.F. Revisão do resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de
Quedas: análise de conceito e validação por especialistas (tese). Fortaleza:
Universidade Federal do Ceará, 2010. 210 f.
Verificamos a necessidade de construção e avaliação de definições constitutivas e
operacionais para os resultados de enfermagem existentes, como no caso do
Comportamento de Prevenção de Quedas, com o uso do devido rigor científico, com
a finalidade de prover instrumentos cientificamente fundamentados, amplos e
criteriosos para avaliação do estado de saúde. Observamos quanto a isto, que a
avaliação correta do risco de quedas no paciente fornece um substrato essencial e
adequado ao melhor planejamento do cuidado preventivo. Portanto, torna-se
imperativo desenvolver parâmetros para a mensuração do risco de quedas
especificamente no âmbito hospitalar, visto ser um importante indicador sobre a
qualidade da assistência. Nossa hipótese fundamentou-se em que o resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas, pertencente a uma
classificação que se propõe a ser de âmbito internacional como a NOC, ao ser
destinado a um ambiente específico como o hospital, poderia apresentar diferença
entre os indicadores sugeridos e aqueles encontrados na literatura e avaliados por
especialistas, o que resultaria na reformulação e identificação de novos aspectos
referentes ao estado de saúde do paciente a serem avaliados e os quais poderão
contribuir para a incorporação de especificidades deste ambiente no cuidado ao
indivíduo. O objetivo geral foi revisar o resultado de enfermagem Comportamento de
Prevenção de Quedas referente ao diagnóstico de enfermagem Risco de Quedas,
para pacientes no contexto de uma internação hospitalar. Estudo metodológico
aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa e realizado no período de abril de 2009 a
junho de 2010. As definições constitutivas e operacionais foram anteriormente
construídas mediante método de pesquisa integrativa e análise do conceito
“quedas”, realizada com base no modelo proposto por Walker e Avant e com o uso
de sete critérios da psicometria: Comportamental, Simplicidade, Clareza, Precisão,
Tipicidade, Amplitude. Posteriormente, as definições construídas foram submetidas
à validação por especialistas em duas fases, analisadas com uso dos sete critérios
da psicometria. Os especialistas foram selecionados conforme os critérios de
Fehring adaptados para o estudo. Submetemos 28 indicadores à validação por
especialistas, dos quais, 18 pertencem à última edição da NOC, cinco indicadores
novos, três variáveis confundidoras e dois indicadores de edições anteriores.
Consideramos o título Comportamento de Prevenção de Quedas apropriado para
avaliar as condutas do indivíduo para prevenir quedas e, portanto, recomendamos
sua manutenção como rótulo de resultado de enfermagem NOC; apreciamos como
adequada sua inserção no Domínio 4/ Classe T. Dezessete dos 18 indicadores da
última edição da NOC foram considerados de conteúdo válido exceto, Prende
pequenos tapetes e aqueles relativos às variáveis confundidoras os quais foram
excluídos. A partir disso, 20 indicadores mostraram conteúdo apropriado para avaliar
as condutas preventivas de quedas no ambiente hospitalar. Consideramos que a
hipótese apontada neste estudo foi confirmada, uma vez que identificamos diferença
entre os indicadores NOC e os levantados na literatura e entre estes e os apreciados
pelos especialistas para a avaliação do comportamento de prevenção de quedas no
cenário hospitalar. Referente ao produto final da proposta de revisão do resultado de
enfermagem NOC Comportamento de Prevenção de Quedas, destacamos os
benefícios de implementá-lo na prática, para a gestão do risco de quedas no
Introdução
10
ambiente hospitalar de modo a evitar o desenvolvimento do agravo e de sua
complicações.
Palavras-chave: Enfermagem; Acidentes por Quedas; Prevenção; Estudos de
Validação; Avaliação em Enfermagem.
Introdução
11
ABSTRACT
VITOR, A.F. Review the nursing outcome Behavior for Falls Prevention: concept
analysis and validation by experts (thesis). Fortaleza: Federal University of
Ceará, 2010. 210 l.
The construction and evaluation of constitutive and operational definitions for the
nursing outcomes, such as the Behavior for Falls Prevention, by the use of scientific
rigor, are increasingly required. The correct assessment of the risk of falls in the
patient provides a suitable and essential substrate to improve the plan of preventive
care. Therefore, the development of parameters to measure the risk of falls,
specifically in the hospital setting is essential, because it is an important indicator of
the quality of care. Our hypothesis was based on this: the nursing outcome Behavior
for Falls Prevention, as a component of a international classification as the NOC,
when destined for a specific environment such as the hospital, could present
difference between its indicators and those suggested by the literature and evaluated
by experts, resulting the reformulation and identification of new issues concerning the
patient’s health status, which may contribute to the incorporation of specific
properties of hospital to the care. The general objective was to review the nursing
outcome Behavior for Falls Prevention, concerning the nursing diagnosis Risk of falls
for patients within a hospital. Methodological study approved by the Ethics
Committee on Research and developed from April 2009 to June 2010. The
constitutive and operational definitions were previously constructed by integrative
research method and analysis of the concept "falls", by Walker and Avant model and
by the use of seven criteria of psychometrics: Behavioral, Simplicity, Clearness,
Accuracy, Authenticity and Ampleness. Subsequently, the constructed definitions
were evaluated by experts into two phases. Experts were selected according to
Fehring criteria, adapted for the study. We were submit 28 indicators to the content
validation, of which 18 belong to the latest issue of NOC, five were new indicators,
three were confounding variables and two were indicators of previous editions. Thus,
we consider the behavior under the Prevention of Falls appropriate to evaluate the
individual conduct to prevent falls and, therefore, recommend its preserve as a label
of the NOC result; we were appreciate its inclusion in the Domain 4 / Class T as
appropriate. Seventeen of eighteen indicators of the latest NOC issue were
considered valid about the content except, Holds small rugs and those related to
confounding variables, which were excluded. Therefore, 20 indicators were
presented appropriate content to evaluate the behaviors of prevention of falls in
hospital. We believe that the hypothesis of this research was confirmed because we
identify the difference between NOC indicators and those identified in the literature
and between them and those assessed by experts. Referring to the final product of
the proposed review of the NOC nursing outcome Behavior Prevention of Falls, we
emphasize the benefits of its implementing in the nursing practice, to manage the risk
of falls in hospitals, to prevent the development of this adverse event and its
complications.
Keywords: Nursing; Accidental falls; Prevention; Validation studies; Nursing
assessment.
Introdução
12
RESUMEN
Vitor, A.F. Revisión del resultado de enfermería Conducta de Prevención de Caídas:
análisis de concepto y la validación por expertos (tesis). Fortaleza: Universidad
Federal de Ceará, 2010. 210 f.
La construcción y evaluación de las definiciones de los resultados de enfermería,
como el comportamiento Conducta de Prevención de Caídas, por uso del rigor
científico, son cada vez más necesario. La evaluación correcta del riesgo de caídas
en el paciente proporciona un sustrato adecuado y esencial para mejorar el plan de
la atención preventiva. Así, el desarrollo de parámetros para medir el riesgo de
caídas, especialmente en el ámbito hospitalario es fundamental, porque es un
indicador importante de la calidad de la atención. Nuestra hipótesis era: el resultado
de enfermería Conducta de Prevención de Caídas, componente de una clasificación
internacional, cuando es específico a un entorno como el hospital, podría presentar
diferencia entre sus indicadores y los sugeridos por la literatura y evaluados por
expertos, lo que resulta la reformulación y la identificación de nuevas cuestiones
relativas al estado de salud del paciente, y contribuir a la incorporación de aspectos
del hospital para el cuidado. El objetivo general era revisar el resultado de
enfermería Conducta de Prevención de Caídas, sobre El diagnóstico de enfermería
Riesgo de caídas para los pacientes en un hospital. Estudio metodológico aprobado
por el Comité de Ética en Investigación y desarrollado abril 2009 a junio 2010. Las
definiciones elaboradas anteriormente por el método del análisis del concepto de
"caídas", por el modelo Walker y Avant y por siete criterios de la psicometría:
Comportamiento, Sencillez, Claridad, Exactitud, Autenticidad y Amplitud. Después,
las definiciones elaboradas fueron evaluados por expertos en dos fases. Los
expertos fueron seleccionados según criterios de Fehring, adaptado para el estudio.
Nos sometemos 28 indicadores a la validación de contenido, de los cuales 18
pertenecen a la última edición NOC, cinco nuevos indicadores, tres fueron las
variables de confusión, y los otros dos, indicadores de las ediciones anteriores. Así,
consideramos que Conducta de Prevención de Caídas son adecuados para evaluar
el comportamiento individual para prevenir caídas y, por lo tanto, se recomienda su
conservación como una etiqueta del resultado NOC, insertado en el dominio 4 /
Clase T, según corresponda. Diecisiete de dieciocho indicadores de la última edición
NOC se consideraron validados sobre el contenido excepto, Sostiene pequeñas
alfombras y las relacionadas con las variables de confusión, que fueron excluidos.
Por lo tanto, 20 indicadores, presentaron un contenido apropiado para evaluar lãs
conductas de prevención de caídas en el hospital. Creemos que la hipótesis de esta
investigación se confirmó porque nos identificamos la diferencia entre los
indicadores NOC y los identificados en la literatura y entre éstos y las evaluadas por
expertos. En relación con el producto final de la revisión propuesta Del Conducta de
Prevención de Caídas, hacemos hincapié en los beneficios de su aplicación en la
práctica de enfermería, para gestionar el riesgo de caídas en los hospitales, para
prevenir el desarrollo de este acontecimiento adverso y su complicaciones.
Palabras clave: Enfermería; Caídas accidentales; Prevención; Estudios de
validación, Evaluación de enfermería.
Introdução
13
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Estrutura geral da taxonomia NOC 12
Figura 2 Esquema explicativo do referencial metodológico adota
na pesquisa. Fortaleza, 2010.
22
Figura 3 Componentes da revisão integrativa da literatura 28
Figura 4 Esquema explicativo do referencial metodológico
respectivo a cada fase da pesquisa. Fortaleza, 2010.
34
Figura 5 Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base
de Dados Cinahl. Fortaleza, 2010.
40
Figura 6 Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base
de Dados Pubmed. Fortaleza, 2010.
41
Figura 7 Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base
de Dados Lilacs. Fortaleza, 2010.
42
Figura 8 Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base
de Dados Dedalus. Fortaleza, 2010.
43
Figura 9 Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base
de Dados Cochrane. Fortaleza, 2010.
44
Figura 10 Diagrama do processo de seleção final dos estudos.
Fortaleza, 2010.
45
Introdução
14
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Lista de resultados de enfermagem propostos para o
diagnóstico de enfermagem Risco de Quedas
15
Quadro 2 Apresentação do resultado de enfermagem
Comportamento de Prevenção de Quedas e seus
indicadores
15
Quadro 3 Sistema de pontuação de especialistas do modelo de
validação de conteúdo da Fehring
29
Quadro 4 Classificação dos níveis de evidência para a
caracterização dos estudos.
47
Quadro 5 Correspondência entre os fatores de risco para quedas
identificados na literatura, os indicadores referentes ao
resultado de enfermagem NOC Comportamento de
prevenção de quedas e os fatores de risco do
diagnóstico de enfermagem Risco de quedas.
Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
52
Quadro 6 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Adaptação da
altura de cadeiras” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
55
Quadro 7 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso adequado de
banquinhos e escadas” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
56
Quadro 8 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de barras de
segurança para as mãos” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
56
Quadro 9 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Adaptação da
altura da cama” identificadas na literatura de acordo
57
Introdução
15
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Quadro 10 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Colocação de
corrimãos conforme a necessidade” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
58
Quadro 11 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Eliminação de
água derramada, manchas brilhantes e acúmulo de
objetos no chão” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
58
Quadro 12 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Proporcionar
iluminação adequada” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
59
Quadro 13 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso correto de
mecanismos auxiliares” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
60
Quadro 14 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de
precauções ao tomar medicamentos que aumentam o
risco de quedas” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
61
Quadro 15 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Providência para
remoção de neve e gelo de superfícies usadas por
pedestres” identificadas na literatura de acordo com
referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
62
Quadro 16 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Provisão de auxílio
pessoal” identificadas na literatura de acordo com
62
Introdução
16
referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Quadro 17 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de sapatos
amarrados e do tamanho adequado” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
63
Quadro 18 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de tapetinhos
de borracha na banheira/chuveiro” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
64
Quadro 19 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de
procedimento seguro de transferência” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
64
Quadro 20 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso de recursos
de correção da visão” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
64
Quadro 21 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao indicador NOC “Uso correto do
sistema de alarme” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
65
Quadro 22 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao novo indicador NOC “Controle da
continência/incontinência urinária/intestinal”
identificadas na literatura de acordo com referência e
base de dados. Fortaleza, 2010.
65
Quadro 23 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao novo indicador NOC “Controle do
medo de cair” identificadas na literatura de acordo com
67
Introdução
17
referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Quadro 24 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao novo indicador NOC “Controle do
peso” identificadas na literatura de acordo com
referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
68
Quadro 25 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao novo indicador NOC “Uso de
roupas do tamanho adequado” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
69
Quadro 26 Definição constitutiva e definições operacionais
correspondentes ao novo indicador NOC “Uso correto
de recursos de correção auditiva” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
70
Quadro 27 Definições encontradas na literatura para o termo
“queda”. Fortaleza, 2010.
74
Quadro 28 Atributos do conceito “queda” identificados na literatura.
Fortaleza, 2010.
75
Quadro 29 Características encontradas na literatura que retratam o
que não se configura como queda. Fortaleza, 2010.
79
Quadro 30 Antecedentes de “queda” identificados na literatura.
Fortaleza, 2010.
82
Quadro 31 Consequentes de “queda” identificados na literatura.
Fortaleza, 2010.
85
Quadro 32 Referências empíricas para o Comportamento de
Prevenção de Quedas. Fortaleza, 2010.
88
Quadro 33 Indicadores e definições constitutivas construídas para
o resultado de enfermagem Comportamento de
Prevenção de Quedas. Fortaleza, 2010.
90
Quadro 34 Quadro 33 Adaptação do sistema de pontuação de
especialistas do modelo de validação de conteúdo da
Fehring (1994).
93
Quadro 35 Escore dos especialistas da etapa 2 segundo os 97
Introdução
18
critérios adaptados do sistema de pontuação proposto
por Fehring (1994). Fortaleza, 2010.
Quadro 36 Avaliação da inserção do Resultado de enfermagem
revisado na taxonomia NOC. Fortaleza, 2010.
99
Quadro 37 Avaliação da definição do Resultado de enfermagem
revisado. Fortaleza, 2010.
101
Quadro 38 Escore dos especialistas da etapa 3 segundo os
critérios adaptados do sistema de pontuação proposto
por Fehring (1994). Fortaleza, 2010.
108
Quadro 39 Produto final da revisão do resultado de enfermagem
NOC Comportamento para Prevenção de Quedas.
Fortaleza, 2010.
127
Introdução
19
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Distribuição das publicações, segundo a força de
evidência estabelecida por Melnyk, Fineout-Overholt
(2005) e o delineamento do estudo, Fortaleza, 2010.
48
Tabela 2 Distribuição dos artigos conforme o país, ano de
publicação, área, sujeitos, foco do estudo, cenário,
fatores de risco para quedas e periódico. Fortaleza,
2010.
49
Tabela 3 Dados referentes ao perfil dos especialistas da etapa 2
da pesquisa (n = 22). Fortaleza, 2010.
97
Tabela 4 Índice de concordância dos especialistas quanto à
aderência dos indicadores em relação aos critérios
Comportamental, Simplicidade, Clareza, Precisão,
Tipicidade, Amplitude, Relevância. Fortaleza, 2010.
102
Tabela 5 Índice de concordância dos especialistas quanto à
aderência das definições constitutivas em relação aos
critérios Comportamental, Simplicidade, Clareza,
Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância. Fortaleza,
2010.
103
Tabela 6 Dados referentes ao perfil dos especialistas da etapa 3
da pesquisa (n = 16). Fortaleza, 2010.
108
Tabela 7 Índice de concordância dos especialistas quanto à
aderência das definições/magnitudes operacionais em
relação aos critérios Comportamental, Simplicidade,
Clareza, Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância.
Fortaleza, 2010.
110
Introdução
20
SUMÁRIO
1 Introdução 19
1.1 O risco de quedas – conceituação e contextualização 19
1.2 O risco de quedas e a promoção da saúde no ambiente hospitalar 20
1.3 A assistência de enfermagem na prevenção de quedas no
ambiente hospitalar
24
1.4 O risco de quedas e o processo de enfermagem 25
1.5 Operacionalização de instrumentos para medida do estado de
saúde
34
1.6 Justificativa, proposta e hipótese da pesquisa 35
2 Objetivos 38
3 Referencial Metodológico 39
3.1 Modelo de validação proposto por Hoskins (1989) 41
3.2 Modelo de análise de conceito proposto por Walker e Avant (2005) 41
3.3 Critérios de seleção de especialistas referentes ao Modelo de
validação de conteúdo diagnóstico (FEHRING, 1994)
46
3.4 Psicometria (PASQUALI, 1999) 47
4 Desenvolvimento do estudo 53
4.1 Descrição geral do estudo 53
4.2 Etapa 1 - Análise de conceito 54
4.3 Etapa 2 - Validação das definições constitutivas por especialistas e
refinamento do resultado de enfermagem
110
4.4 Etapa 3- Construção e validação por especialistas das definições e
magnitudes operacionais
123
5 Conclusão 153
Referências 157
Apêndices 172
Anexo 209
Introdução
1.1 O risco de quedas
O presente estudo tem por objeto o
pessoas
internadas em ambiente hospitalar
recuperação da saúde
medicamentosa
adotada.
percebemos,
tanto a doença de base (anemias, artrite, doença vasculares,
neoplasias e doenças agudas em geral)
operatórias, força dimi
nuída, mobilidade prejudicada, neuropatia, vertigem, equilíbrio
prejudicado, entre outros) podem agir como fatores
quedas. Tais condições,
este tipo de evento advers
tratamentos diversos,
como os agentes ansiolíticos, anti
tranquilizantes e
analgésicos
urgência urinária,
alterações no estado ment
equilíbrio da pessoa (
NAZARKO
fatores ambientais inerentes ao hospital, como o quarto não familiar, a disposição da
mobília e dos equipamentos, a altura da cama,
que
pessoas em tratamento
de sofrer queda (
VITOR;
Exemplo disso foi
por doença aguda,
no qual
oxigenação, as
náuseas
respostas como dor aguda, déficit no autocuidado e mobilidade física prejudicada
são
possivelmente associáveis à queda
2000).
O nosso
interesse por esse assunto surgiu
estudos relativos ao
paciente portador de doença cardiovascular sob a ótica do
processo de enfermagem
especialização
em unidade de terapia intensiva e
utilizarmos
o modelo de adaptação de Roy
posteriormente, as
etapas do
1 Introdução
– conceituação e contextualização
O presente estudo tem por objeto o
risco de quedas
, evento
internadas em ambiente hospitalar
, em virtude da
própria condição de
recuperação da saúde
, à mudança de ambiente
ou mesmo d
adotada.
Com relação aos fatores fisiopatológicos,
tanto a doença de base (anemias, artrite, doença vasculares,
neoplasias e doenças agudas em geral)
como seus consequ
entes (condições pós
nuída, mobilidade prejudicada, neuropatia, vertigem, equilíbrio
prejudicado, entre outros) podem agir como fatores
predisponentes
por si somente, tornam-se
fatores de risco expressivos para
este tipo de evento advers
o. Não obstante,
os medicamentos empregados
como os agentes ansiolíticos, anti
-
hipertensivos, diuréticos,
analgésicos
, são pa
ssíveis de promover hipotensão,
alterações no estado ment
al
, que também pode
NAZARKO
, 2006).
Somados a esses, ainda enfatizamos os
fatores ambientais inerentes ao hospital, como o quarto não familiar, a disposição da
mobília e dos equipamentos, a altura da cama,
o que corrobo
ra nossa
pessoas em tratamento
no ambiente hospitalar
apresentam
VITOR;
LOPES; ARAUJO, 2010).
encontrado em um estudo realizado
em pessoas internadas
no qual
as mais denotativas
respostas humanas
náuseas
e o processo de mobilidade restrito.
Em
respostas como dor aguda, déficit no autocuidado e mobilidade física prejudicada
possivelmente associáveis à queda
(LOPES; ARAUJO,
1999
interesse por esse assunto surgiu
notadamente
paciente portador de doença cardiovascular sob a ótica do
processo de enfermagem
, anteriormente desenvolvidos
no decorrer dos
em unidade de terapia intensiva e
de
mestrado em
o modelo de adaptação de Roy
(FORTES; SILVA; LOPES, 2006)
etapas do
processo de enfermagem,
para
21
, evento
comum em
própria condição de
ou mesmo d
a terapia
Com relação aos fatores fisiopatológicos,
conforme
tanto a doença de base (anemias, artrite, doença vasculares,
entes (condições pós
-
nuída, mobilidade prejudicada, neuropatia, vertigem, equilíbrio
predisponentes
à ocorrência de
fatores de risco expressivos para
os medicamentos empregados
para
hipertensivos, diuréticos,
ssíveis de promover hipotensão,
vertigem,
, que também pode
m comprometer o
Somados a esses, ainda enfatizamos os
fatores ambientais inerentes ao hospital, como o quarto não familiar, a disposição da
ra nossa
opinião de
apresentam
risco considerável
em pessoas internadas
respostas humanas
foram a baixa
Em
outra publicação,
respostas como dor aguda, déficit no autocuidado e mobilidade física prejudicada
1999
; LOPES; ARAUJO,
notadamente
em decorrência de
paciente portador de doença cardiovascular sob a ótica do
no decorrer dos
cursos de
mestrado em
enfermagem. Ao
(FORTES; SILVA; LOPES, 2006)
e,
para
investigação e
Introdução
22
levantamento dos diagnósticos de enfermagem, identificamos o Risco de Quedas de
maneira significativa (FORTES, 2007).
Nesse sentido, a queda pode ser definida como uma situação na qual o
indivíduo vai para o chão ou para um nível mais baixo de superfície, tal como escada
ou mobília, não como resultado de um evento intrínseco maior (por exemplo, uma
síncope), que pode ocorrer de igual forma em pessoas jovens e saudáveis (MARIN;
BOURIE; SAFRAN, 2000).
As quedas representam um problema para o paciente, pois quem sofre tal
episódio passa a enfrentar insegurança em diversos níveis, em relação à
capacidade de realizar atividades de maneira autônoma (SHARAF; IBRAHIM, 2008).
Além disso, são preocupantes para o sistema de saúde, porquanto compõem uma
das maiores categorias de incidentes em pacientes internados. Com referência ao
indivíduo internado, a queda pode ocasionar-lhe danos físicos, como escoriações,
fraturas ou luxações, agravando seu estado de saúde e prolongando seu período de
internação (ROCHA; MARZIALE, 2001).
Como recomendam Siqueira et al. (2007), a queda não deve ser
negligenciada, pois, ao se reduzir sua ocorrência, diminui-se o risco de lesões e de
danos diretos e indiretos ao paciente. Conforme sugerem os autores, os
profissionais de saúde devem ser orientados quanto à sua prevenção, com vistas a
educar o indivíduo e a família sobre sua ocorrência. Espera-se, assim, obter o
controle dos possíveis fatores predisponentes. De acordo com Lange (2005), as
quedas têm sido percebidas como um significativo tema de investigação em saúde,
estimulando pesquisadores de países diversos a identificar os principais fatores de
risco, incidência e consequências.
1.2 O risco de quedas e a promoção da saúde no ambiente hospitalar
Ações de promoção e proteção da saúde e de prevenção de doenças são
fundamentais para a reorientação dos modelos assistenciais. A redução dos riscos à
saúde é uma das estratégias de articulação transversal que objetiva a melhoria na
qualidade de vida (BUSS, 2003). Nesse âmbito, a redução do risco de quedas está
associada à promoção da saúde mediante a criação de ambientes favoráveis, como
uma das cinco áreas de atuação contidas na Carta de Ottawa, referente à Primeira
Conferência Internacional sobre promoção da saúde. Constam nesse documento as
estratégias para a promoção da saúde no nível primário de prevenção, as quais não
Introdução
23
devem ser voltadas para determinada condição de doença, mas destinadas a
aumentar a saúde e o bem-estar gerais (OPAS, 2007a).
Dentro da esfera da segurança do paciente, as quedas podem se tornar uma
barreira significativa para que o hospital seja percebido como um ambiente favorável
à promoção da saúde, ao derivar atrasos na recuperação, longos períodos de
imobilidade e de desconforto desnecessários (LIEBER; ROMANO-LIEBER, 2003).
Referente a isso, a Carta de Ottawa é clara ao apontar os fatores ambientais quer
como favorecedores quer como prejudiciais à saúde, pois constituem um dos
componentes da base para capacitar todas as pessoas a desenvolver
completamente seu potencial de saúde. Por isso, as ações de promoção da saúde
devem ter por objetivo, mediante a defesa da saúde, fazer com que as condições
ambientais sejam cada vez mais favoráveis ao indivíduo, inclusive no cenário
hospitalar, o que inclui a gestão do risco de quedas.
Conforme a Declaração de Adelaide, derivada da Segunda Conferência
Internacional sobre Promoção da Saúde, as políticas saudáveis foram o cerne desse
encontro, e o principal propósito de tais políticas é a criação de um ambiente
favorável para as pessoas poderem ter vidas saudáveis. Na ocasião, identificaram-
se quatro áreas prioritárias para promover ações imediatas em políticas públicas
saudáveis, entre elas, a criação de espaços denominados ambientes saudáveis
(OPAS, 2007b).
Nesse sentido, a Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 77, de 17 de julho
de 2001, define que as operadoras de planos privados de assistência à saúde
executem programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças para
seus beneficiários. Essa iniciativa desenvolvida pela Agência Nacional de Saúde tem
levado as instituições de saúde à discussão do tema, organização de seminários,
capacitação de equipe multidisciplinar, apropriação de conceitos epidemiológicos,
adoção de protocolos clínicos e ao planejamento de programas específicos para a
segurança do paciente (BRASIL, 2007).
O desenvolvimento de programas de promoção da saúde e prevenção de
riscos e doenças tem como objetivo a mudança do modelo assistencial vigente no
sistema de saúde e a melhoria da qualidade de vida dos seus beneficiários, haja
vista grande parte desses agravos que acometem a população ser passível de
prevenção. Nessa direção, as instituições de saúde devem se tornar um ambiente
de produção de ações de saúde nos territórios da promoção, proteção, recuperação
Introdução
24
e reabilitação da saúde dos indivíduos, com o estabelecimento de vínculo entre
profissional de saúde e beneficiários. Devem desenvolver também a co-
corresponsabilidade do cidadão num sentido amplo, incluindo sua participação na
reivindicação, proposições e acompanhamento da promoção de ambientes seguros
e comportamentos saudáveis relacionados à prevenção de acidentes (BRASIL,
2007).
A Declaração de Adelaide destaca também a gestão ambiental como meio de
proteger a saúde humana dos efeitos adversos diretos e indiretos de fatores
biológicos, químicos e físicos, mediante a identificação e controle dos fatores de
risco. No processo de criação de ambientes favoráveis à saúde, sob o conceito
ampliado e positivo de saúde e de afirmação da qualidade de vida, novas práticas de
saúde são incentivadas e novas definições sobre ambientes saudáveis são
formuladas, como o novo enfoque de risco e de prevenção (OPAS, 2007b).
No entanto, o tema ainda é pouco discutido fora dos limites da saúde
comunitária, mesmo sabendo-se que a promoção da saúde deve ser alcançada nos
mais diversos cenários. Nesse prisma e como mostra a literatura, alguns estudos
criticam a percepção de risco permeada por ações voltadas especificamente para os
fatores intrínsecos à doença, as quais atribuem menos valor ao cenário hospitalar e
às condições individuais e ambientais da prevenção em saúde. Ao mesmo tempo,
recomendam o desenvolvimento de mais pesquisas sobre prevenção de quedas nos
hospitais, inclusive as que avaliam a opinião, o envolvimento e adesão dos
pacientes acerca das ações de enfermagem aplicadas nesse âmbito (VASSALLO et
al., 2004; COOPER; NOLT, 2007).
Certos estudos (BULAT et al., 2008a; BULAT et al., 2008b; BULAT et al.,
2008c) ainda abordam a temática sob um ponto de vista tradicional, ao traçar
diretrizes relacionadas tão somente ao controle medicamentoso de pacientes, e ao
utilizar apenas uma abordagem médico-preventivista para gerenciar as quedas, o
que não condiz com o conceito positivo de saúde, por ignorar as dimensões social e
ambiental da saúde (NAIDOO, WILLS, 2000; LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2007).
O conceito de risco permanece como um caminho de justaposição e de
debate, ao mencionar estudos ambientais (COHEN, 2007; POLK; GREEN, 2007;
GREEN; SLADE, 2001). Para a identificação dos fatores de risco, existem
determinadas estratégias. Entre elas, é possível destacar a avaliação de fatores
psicológicos, equipamentos, calçados, organização estrutural das enfermarias,
Introdução
25
corredores; avaliação dos efeitos dos medicamentos, da capacidade de
deambulação, de transferência e de autocuidado do paciente. Além disso, o nível do
risco de quedas foi avaliado em diversas pesquisas (VASSALO et al., 2004;
MARTORELLO; SWANSON, 2006; SCHWENDIMANN et al., 2006; HENDRIKS et
al., 2008).
Em um estudo experimental para o desenvolvimento de um programa de
prevenção de quedas, levantaram-se questionamentos sobre a qualidade do
cuidado no ambiente hospitalar e as atitudes dos profissionais a esse respeito.
Consoante este estudo concluiu, as principais ações empregadas poderiam ser
assim sintetizadas: identificar primeiramente o risco de quedas do paciente e o nível
em que se encontra e, em sequência, rever as condições ambientais como
qualidade de calçados, distância das campainhas, altura das camas, artefatos para
auxiliar o andar, disposição do banheiro, condizente com parte do conceito de
gestão ambiental (MAHONEY et al., 2007).
Uma das maiores limitações apontadas pela literatura vigente é a dificuldade
em incorporar a série de medidas necessárias ao controle dos fatores de risco de
quedas à rotina de cuidado. Isso talvez seja agravado pela constatação segundo a
qual, na maioria das vezes, o paciente não é ativo no processo decisório sobre o
controle desses fatores de risco. Determinado estudo admite a falha do seu
programa de prevenção de quedas, mesmo previsivelmente eficaz, pois não
conseguiu reduzir a taxa de quedas. Segundo reconhece, poderia de fato ter
obtido sucesso se tivesse considerado o nível de risco de quedas de cada paciente
especificamente e, por conseguinte, aplicado as ações do programa de forma
individual (ELLEY et al., 2008).
Ademais, algumas das pesquisas são restritas a pacientes pertencentes a
grupos de risco de quedas bem conhecidos, como idosos e cadeirantes. Contudo,
outros grupos de pacientes merecem também atenção diligente quanto à segurança.
Um exemplo disso é o resultado de uma pesquisa sobre as prioridades relatadas por
pacientes portadores de doenças agudas em internação hospitalar, o qual
demonstrou que, para a grande maioria deles, os eventos adversos, incluindo as
lesões por quedas, mostraram-se uma preocupação expressiva. Para tais
indivíduos, reduzir o risco de quedas e de outros eventos adversos no ambiente
hospitalar significa reduzir consideravelmente os riscos de desenvolvimento de
outras condições de doença. Conforme tal pesquisa concluiu, incorporar as
Introdução
26
prioridades dos pacientes nas decisões clínicas para a prevenção de acidentes no
ambiente hospitalar possibilita maximizar os benefícios do plano terapêutico, ao
considerá-las como condições essenciais do cuidado centrado no paciente,
promovendo um comportamento de prevenção de quedas ativo por parte do
paciente (TINETTI et al., 2008).
Porquanto a saúde pode ser influenciada pela interação de fatores ambientais
e pessoais, o hospital pode ser identificado como um ambiente capaz de promover
saúde, desde que favoreça de fato, nos mais diversos aspectos, a saúde de quem
usufrui dele (OPAS, 2007b; OPAS, 2007c).
Assim, para prevenir acidentes por quedas em pacientes internados,
conforme foi possível consolidar a partir deste apanhado preliminar da literatura, é
necessário transpor as estratégias de adequação medicamentosa, o combate à
doença de base ou as medidas arquitetônicas, mas especialmente avaliar e intervir
quanto aos comportamentos de prevenção de quedas incorporados e executados
pelo próprio usuário do serviço de saúde.
1.3 A assistência de enfermagem na prevenção de quedas no ambiente
hospitalar
No ambiente hospitalar, conforme ressaltado por Tack, Ulrich, Kehr (1987), as
quedas de pacientes podem acarretar ceticismo com relação à qualidade do serviço
de enfermagem e à responsabilidade do profissional. Estudos expressam a
necessidade de conquista da autonomia por parte dos enfermeiros quanto às ações
de gestão de risco e prevenção de quedas, ao concordarem que o hospital pode se
tornar um ambiente favorável à saúde do paciente desde que tais profissionais
desenvolvam maior capacidade para a tomada de decisão sobre a segurança do
paciente (HENDRIKS et al., 2008; VASSALO et al., 2004; COOPER; NOLT, 2007).
Como asseveram certos estudiosos, o enfermeiro se insere na criação de ambientes
favoráveis à saúde quando ajusta seus próprios comportamentos e atitudes à saúde
do ambiente, atuando como cidadão ativo e, consequentemente, como profissional
responsável (NAIDOO, WILLS, 2000; HANCOCK, 2007).
Conforme é possível entender, as estratégias de enfermagem relacionadas à
gestão de risco e prevenção de quedas no ambiente hospitalar referentes a qualquer
tipo de ação deveriam ser essencialmente provenientes do conceito de promoção da
saúde a partir de um ambiente favorável, como protetor da saúde, para incentivarem
Introdução
27
a busca pelo estar-melhor de cada paciente. Portanto, para o cenário hospitalar
tornar-se um ambiente favorável à promoção da saúde, é indispensável ser um local
onde o paciente desfrute do direito de participar das decisões sobre sua saúde,
como bem ressalta a Declaração de Adelaide (OPAS, 2007b). Afinal, as pessoas
não podem alcançar completamente seu potencial de estar-melhor se não forem
capazes de controlar os fatores determinantes da sua saúde.
Para que os gastos, injúrias e danos indesejáveis aos pacientes e
profissionais sejam evitados, medidas preventivas por parte da enfermagem
precisam ser adotadas a curto prazo, na tentativa de reverter esse processo. Porém,
na adoção de procedimentos que possam eliminar ou diminuir o risco de um
determinado indivíduo para quedas, faz-se necessário o conhecimento prévio de
quais indivíduos são mais propensos e possuem maior chance (MARIN; BOURIE;
SAFRAN, 2000). Essa asseveração requer da enfermagem a operacionalização de
seu trabalho quanto ao método, ao pessoal e instrumentos necessários para efetivar
a avaliação dos indivíduos sobre os riscos e o nível dos riscos que apresentam, e
delinear e executar as medidas de prevenção de quedas. Concernente a este
processo de organização do trabalho da enfermagem, temos a sistematização da
assistência de enfermagem e, em destaque, o processo de enfermagem como um
instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de enfermagem e a
documentação da prática profissional.
1.4 O risco de quedas e o processo de enfermagem
Ao relacionar o objeto de estudo à linguagem da sistematização da
assistência, sobretudo ao processo de enfermagem, destacamos o diagnóstico de
enfermagem Risco de Quedas, definido como a suscetibilidade para quedas que
podem causar dano físico (NANDA-I, 2010). Conforme a mesma fonte, os fatores de
risco referentes a esse diagnóstico são divididos em: fatores de risco em adultos
(fatores gerais); fisiológicos; cognitivos; ambientais; medicações; fatores de risco em
crianças.
No estudo elaborado durante o mestrado, observamos maior frequência dos
fatores de risco desse diagnóstico entre os fisiológicos (Presença de Doença Aguda
89,5%, e Presença de Doença Vascular 71,9%). Tal achado leva-nos a sugerir
que o Risco de Quedas no grupo avaliado estava mais relacionado à presença de
Introdução
28
problemas inerentes à condição da doença cardiovascular do que a outros fatores,
como idade e sexo (FORTES, 2007).
Com vistas a dar continuidade ao que foi analisado e proposto no trabalho
anteriormente desenvolvido, surgiu o interesse em examinarmos os diagnósticos de
enfermagem, os fatores relacionados e os fatores de risco mais frequentes na
população dos pacientes com angina instável Assim, a partir do estudo de Fortes
(2007), é possível concluir o seguinte:
Entre os diagnósticos de enfermagem mais expressivos enfatizamos: Risco
de Quedas (87%); Dor Aguda (82,5%); Padrão do Sono Perturbado (57,9%);
Intolerância à Atividade (49,1%); Estilo de Vida Sedentário (28,1%); Controle
Ineficaz do Regime Terapêutico (26,3%); e Constipação (24,6%), em ordem de
frequência percentual;
Quanto à condição clínica, os pacientes com hipertensão arterial (HA)
apresentaram sete vezes mais chance de desenvolver o diagnóstico de enfermagem
Risco de Quedas;
Tal diagnóstico foi o mais comum e ocasionado pelos fatores de risco mais
frequentes identificados na pesquisa: Presença de Doença Aguda (89,5%); Uso de
Medicação Anti-hipertensiva (80,7%); Presença de Doença Vascular (71,9%); Uso
de Medicação Inibidora da ECA (68,4%); Dificuldades Visuais (64,9%); Insônia ou
Falta de Sono (63,2%). Dos 41 fatores de risco, 25 estavam diretamente
relacionados ao Risco de Quedas, inclusive todos os identificados acima do P75, ou
seja, os mais expressivos;
Um dos fatores relacionados mais frequentes, Desequilíbrio entre a Oferta e a
Demanda de Oxigênio, presente em 45,6% dos pacientes, pode estar clinicamente
relacionado ao Risco de Quedas;
Adicionalmente, 26,3% do total de participantes da pesquisa relataram
ocorrência anterior de quedas, dado expressivo se o somarmos às condições
descritas e ao Risco de Quedas percebido naquela ocasião;
Além disso, o diagnóstico Risco de Quedas foi o que apresentou o maior
número de associações estatisticamente fortes com fatores relacionados / de risco
(FORTES, 2007).
Assim, selecionamos para compor o objeto de estudo, o processo de
enfermagem pela familiaridade com este método de sistematização da assistência
de enfermagem e pelo fato de reconhecermos que ele contempla as etapas de
Introdução
29
pesquisa a serem desenvolvidas no estudo. Nesse ensejo, o processo de
enfermagem é didaticamente descrito, de forma sequencial, em cinco etapas:
investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e resultados (CARPENITO-
MOYET, 2007). De antemão, é fundamental esclarecer que, na prática efetiva, essas
etapas podem se encontrar entrelaçadas, haja vista serem produtos do pensamento,
que é dinâmico por natureza e que deve ser crítico e criativo.
Ao revermos historicamente a evolução do processo de enfermagem, torna-se
claro o interesse em desenvolver diferentes recursos metodológicos com vistas a
oferecer, progressivamente, melhor assistência à saúde da população, na busca da
sua qualidade de vida. Prova disso é o progresso da prática, aliado ao
aprimoramento do conhecimento científico próprio no decorrer dos anos, desde
Florence Nightingale até as mais recentes tecnologias de cuidado empregadas.
Nesse contexto, o processo de enfermagem insere-se como ferramenta
conceituada, reconhecida e amplamente aplicada na sistematização do cuidado
humano. Tem o intuito de promover a ação humanizada, dirigida a resultados, além
de impulsionar o profissional à constante avaliação da sua prática (ALFARO-
LEFÈVRE, 2005). Outro aspecto deste método descrito por Garcia e Nóbrega
(2000), e emancipatório, é a possibilidade de, por meio dele, o profissional
identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer como sua clientela
responde aos problemas de saúde ou aos processos vitais, e determinar que
aspectos dessas respostas exigem uma intervenção.
Ao estimular e, ao mesmo tempo, exigir habilidades do profissional, sempre
fundamentadas em seu julgamento clínico, o processo de enfermagem organiza e
fundamenta a assistência. O enfermeiro tem, então, a capacidade de decidir que
ações devem ser executadas, bem como a forma de implementá-las e quais
resultados devem ser esperados.
Ao entender que a pesquisa em enfermagem pode trazer benefícios factuais à
prática da profissão, emerge uma linha promissora de avanço nesse âmbito
(NAPOLEÃO, 2005), pois, como se acredita, isso motiva maior atenção direcionada
a cada uma das etapas do processo de enfermagem, com vistas,
fundamentalmente, a gerar um conhecimento empreendedor e a possibilidade de
aplicá-lo, de fato, no cotidiano do profissional que o produz.
A etapa de avaliação, foco deste estudo, situa-se sobreposta às etapas de
planejamento e implementação na organização teórica do processo de enfermagem,
Introdução
30
e tem por fim o seguinte: monitorar o estado de saúde do paciente, tanto basal como
em resposta a uma intervenção de enfermagem; determinar o alcance dos
resultados pretendidos e fundamentar decisões quanto às mudanças necessárias a
serem adotadas (ALFARO-LEFÈVRE, 2005).
Em relação a essa etapa do processo de enfermagem, uma linguagem
específica, denominada de resultados de enfermagem, foi desenvolvida na metade
da década de 1960, quando Aydelotte utilizou mudanças nas características
comportamentais e físicas dos pacientes para avaliar a eficiência dos sistemas de
prestação de atendimento de enfermagem. Desde então, outras medidas de
avaliação dos resultados foram desenvolvidas e testadas, entre elas a Nursing
Outcomes Classification (NOC), que teve como ponto de partida o trabalho
desenvolvido, a partir da década de 1970, nos Estados Unidos, pela NANDA
(JOHNSON; MAAS; MOORHEAD, 2004).
Entretanto, estudos observam uma tendência geral no Brasil de maior
concentração de pesquisas sobre a taxonomia NANDA-I, como linguagem de
enfermagem, e essa mesma constatação se repete no referente aos estudos de
validação e revisão de componentes das taxonomias utilizadas no processo de
enfermagem. Ou seja, ainda sobressai a preferência dos pesquisadores em
desenvolver trabalhos sobre os componentes dos diagnósticos de enfermagem, em
detrimento das demais etapas do processo de enfermagem e suas respectivas
taxonomias. Ademais, tais autores concordam sobre as lacunas evidenciadas e
apontam para a necessidade de maior conhecimento e compreensão dos elementos
do processo de enfermagem que dão base às classificações, para sua utilização na
prática, na pesquisa e no ensino, sobretudo com referência aos outros componentes
da taxonomia NANDA, NIC e NOC (SILVA et al., 2006; CHAVES; CARVALHO;
ROSSI, 2008).
Esta necessidade atual de pesquisas acerca do processo de enfermagem e
dos sistemas de classificação motiva o desenvolvimento de trabalhos referentes a
cada um dos elementos do processo, haja vista as classificações existentes
contemporâneas ao surgimento do próprio processo de enfermagem. “Classificar”,
portanto, pode ser entendido como um exercício e um desafio conceitual. Os
sistemas de classificação são conhecimentos estruturados, nos quais os elementos
substantivos de uma disciplina ou subdisciplina são organizados em grupos ou
classes, com base em suas similaridades (NÓBREGA; GUTIÉRREZ, 2000). Os
Introdução
31
sistemas de classificação visam, além de padronizar uma linguagem própria da
enfermagem, facilitar codificações para viabilizar a descrição e a documentação do
cuidado (NAPOLEÃO, 2005).
Ao se pronunciarem sobre o assunto, Nóbrega e Gutiérrez (2000) evidenciam
o fato de que existem na enfermagem sistemas de classificação relacionados com
algumas etapas do processo, como, por exemplo: diagnóstico de enfermagem
North American Nursing Diagnoses Association (NANDA); intervenções de
enfermagem – Nursing Intervention Classification (NIC); e resultados de enfermagem
Nursing Outcomes Classification (NOC). Quanto a isso, Johnson, Maas e
Moorhead (2004) defendem, especialmente, o uso de uma classificação de
resultados de enfermagem, pela oportunidade de tornar visível o impacto dos seus
cuidados. De outra forma, confiar tão-somente em informações e avaliações de
outros profissionais usurpa do enfermeiro a possibilidade de inserir-se efetivamente
no processo decisório sobre o cuidado ao paciente e o respaldo legal que a
mensuração das suas ações lhe permite.
Os resultados de enfermagem têm ainda as seguintes vantagens: oferecem
contribuições para o aprimoramento de uma linguagem comum para a profissão;
fornecem um conjunto uniforme de dados de enfermagem que fundamentam
decisões; estabelecem medidas, definições e classificações padronizadas para o
sistema de prestação de cuidados; favorecem uma avaliação da qualidade dos
cuidados de enfermagem; avaliam a eficiência geral da atuação da enfermagem;
estimulam e analisam inovações na área; permitem a participação de cuidados
interdisciplinares; além de contribuírem para o desenvolvimento de conhecimentos
(JOHNSON; MAAS; MOORHEAD, 2004).
Em especial, a NOC é um complemento às taxonomias NANDA-I e NIC, ao
trazer a linguagem da sistematização da assistência de enfermagem para a etapa de
avaliação do processo de enfermagem (MOORHEAD; JOHNSON; MAAS, 2005).
Com vistas a facilitar a percepção do que seja um resultado NOC, a estrutura geral
dessa taxonomia é apresentada na figura a seguir.
Introdução
Figura 1 -
Estrutura geral da taxonomia NOC.
O crescente interesse na utilização da NOC
necessidade de avaliar
uma exigência do sistema de saúde em decorrência
elevados envolvidos
nos cuidados
Essa classificação é contemplada em
Fisiológica;
Saúde Psicossocial
Percebida; Saúde F
amiliar e Saúde Comunitária.
classes, a saber: Manutenção da
Mobilidade;
Autocuidado
Resposta Imunológica;
Regulagem Metabólica
Resposta Terapêutica
;
Psicológico;
Adaptação Psi
de Saúde;
Crenças de Saúde
Segurança;
Saúde e Qualidade de Vida
Cuidado;
Estado do Cuidador da Família
Bem-Estar da Família;
Comunitária (
MOORHEAD
Desse modo, a NOC atualmente contém
nome identificador, uma definição, um conjunto
estados de cada paciente, cuidador, família ou comunidade; uma escala de cinco
pontos do tipo Likert,
para medida
desenvolvimento do resultado. Esse tipo de escala é
desejável) a cinco (nível mais desejável) e, segundo os autores, oferece suficientes
opções para a demonstração da variabilidade no estado, no comportamento ou na
percepção do paciente, descritos pelos resultados NOC (
Nível Mais
Abstrato
Nível
Intermediário
Alto de
abstração
7 domínios
31 classes
Estrutura geral da taxonomia NOC.
Fonte: MOORHEAD
O crescente interesse na utilização da NOC
na prática clínica deve
a qualidade do cuidado prestado aos clientes, além
uma exigência do sistema de saúde em decorrência
dos custos cada vez mais
nos cuidados
(GARBIN et al., 2009).
Essa classificação é contemplada em
sete dom
ínios: Saúde Funcional;
Saúde Psicossocial
; Conhecimento de Saúde /
Comport
amiliar e Saúde Comunitária.
Em seguida
classes, a saber: Manutenção da
Energia;
Crescimento e Desenvolvimento
Autocuidado
; Cardiopulmonar; Eliminação;
Líquidos e Eletrólitos
Regulagem Metabólica
; Neurocognitiva;
Digestão e Nutrição;
;
Integridade Tissular;
Função Sensorial
Adaptação Psi
cológica; Autocontrole;
Interação Social
Crenças de Saúde
; Conhecimento de Saúde;
Controle de Riscos e
Saúde e Qualidade de Vida
;
Estado dos Sintomas
Estado do Cuidador da Família
; Estado de Saúde do
Membro da Família
Paternidade; Bem-Estar Comunitário;
Proteção da S
MOORHEAD
et al., 2008).
Desse modo, a NOC atualmente contém
385
resultados e cada um inclui um
nome identificador, uma definição, um conjunto
de indicadores que descrevem os
estados de cada paciente, cuidador, família ou comunidade; uma escala de cinco
para medida
,
e uma bibliografia selecionada, utilizada no
desenvolvimento do resultado. Esse tipo de escala é
pontuado de
desejável) a cinco (nível mais desejável) e, segundo os autores, oferece suficientes
opções para a demonstração da variabilidade no estado, no comportamento ou na
percepção do paciente, descritos pelos resultados NOC (
MOORHEAD
Nível
Intermediário
Alto de
abstração
Nível
Intermediário
de Abstração
Nível Baixo
de Abstração
31 classes
385
resultados
Indicadores
para cada
resultado
32
et al., 2008.
na prática clínica deve
-se à
a qualidade do cuidado prestado aos clientes, além
de ser
dos custos cada vez mais
ínios: Saúde Funcional;
Saúde
Comport
amento; Saúde
Em seguida
, é dividida em 31
Crescimento e Desenvolvimento
;
Líquidos e Eletrólitos
;
Digestão e Nutrição;
Função Sensorial
; Bem-Estar
Interação Social
; Comportamento
Controle de Riscos e
Estado dos Sintomas
; Satisfação com o
Membro da Família
;
Proteção da S
aúde
resultados e cada um inclui um
de indicadores que descrevem os
estados de cada paciente, cuidador, família ou comunidade; uma escala de cinco
e uma bibliografia selecionada, utilizada no
pontuado de
um (nível menos
desejável) a cinco (nível mais desejável) e, segundo os autores, oferece suficientes
opções para a demonstração da variabilidade no estado, no comportamento ou na
MOORHEAD
et al., 2008).
Nível
Empírico
Definições
constitutivas e
operacionais
para cada
indicador
Introdução
33
Os indicadores de cada resultado visam auxiliar o enfermeiro a definir o
estado de saúde do paciente e podem ser considerados como resultados mais
específicos, menos abstratos. Podem funcionar como resultados intermediários
numa via crítica ou plano de cuidados padronizados. Um sinônimo para essa
definição é destacado pelo Ministério da Saúde, ao ilustrar que os indicadores de
resultado apontam o quanto o usuário do serviço conseguiu resolver seu problema,
após certo período de tempo (BRASIL, 2007b).
Assim, as pontuações da escala Likert sobre um resultado NOC são
respectivas a cada indicador, as quais o somadas e estimam o estado de saúde
do paciente, basal ou derivado de uma intervenção de enfermagem (MOORHEAD et
al., 2005). Contudo, por si somente os indicadores desses resultados não são
suficientes para estimar as reais condições de saúde do paciente de maneira
fidedigna, haja vista serem pontuados conforme a percepção de cada avaliador que
esteja examinando ou observando o indivíduo.
Deste modo, e com a finalidade de uniformizar as notas atribuídas por mais
de um avaliador sobre o estado de saúde de um mesmo paciente, é recomendada a
construção de definições constitutivas e operacionais, também conhecidas como
“atividades de medida dos resultados”, para cada um dos indicadores do resultado
de enfermagem a se adotar.
Pela definição mais elementar, o vocábulo “definir” significa delimitar,
demarcar; indicar com exatidão; determinar; diferenciar; definir os elementos de um
composto. E a palavra “operacional” é descrita como relativa a uma operação ou
procedimento e diz respeito ao valor de um conhecimento, ou de uma técnica, pelos
resultados que permitam obter (TREVISAN, 2007).
A definição constitutiva oferece uma variável ou conceito com significado
conotativo (abstrato, compreensivo, teórico), estabelecido por intermédio da análise
de conceito, derivação de conceito ou síntese de conceito (BURNS; GROVE, 1995).
Grant; Kinney (1991) citam que a definição operacional descreve o que será medido
e como será feito, aumenta a fidedignidade e validade dos dados, facilita a
reprodução da pesquisa e proporciona ao pesquisador relatar novos achados.
Ademais, o procedimento explicita de forma mais objetiva o que vai ser medido ou
observado.
Introdução
34
Ao procedermos, então, à leitura preliminar na busca pelo resultado mais
pertinente para avaliar o Risco de Quedas, constatamos 26 resultados sugeridos
pela NOC, conforme apresentado a seguir.
Risco de quedas
Definição: Aumento da susceptibilidade a quedas que podem causar dano
físico
Resultado
Definição
1.
Andar
Capacidade para caminhar de um lugar a outro
independentemente, com ou sem mecanismos de
ajuda
2.
Quedas
Número de quedas no passado
3.
Cognição
Capacidade para executar os processos mentais
completos
4.
Comportamento de compe
nsação visual
Ações pessoais para compensar a alteração visual
5.
Comportamento de prevenção de quedas
Ações pessoais do indivíduo ou do cuidador para
minimizar fatores de risco passíveis de precipitar
quedas
6.
Conhecimento: prevenção de quedas
Grau da compre
ensão transmitida sobre a prevenção
de quedas
7.
Conhecimento: segurança infantil
Grau de compreensão transmitida sobre a segurança
dos cuidados de uma criança de um ano até os 17
anos de idade
8.
Controle das convulsões
Ações pessoais para reduzir ou minimiza
r a aparição
dos episódios de convulsões
9.
Controle do risco
Ações pessoais para prevenir, eliminar ou reduzir as
ameaças modificáveis para a saúde
10.
Cuidado dos filhos: segurança física do lactente e
do pré-escolar
Ações dos pais para evitar lesões físicas
de uma
criança desde o nascimento até os dois anos de idade
11.
Cuidado dos filhos: segurança física na primeira
infância e segunda infância
Ações dos pais para evitar a lesão física de uma
criança de três até os 11 anos de idade
12.
Detecção do risco
Ações para
identificar as ameaças
contra a saúde
pessoal
13.
Equilíbrio
Capacidade para manter o equilíbrio do corpo
14.
Estado da função sensorial
Grau de um indivíduo perceber corretamente
a
estimulação cutânea, sons, propiocepção, gosto e
olfato e imagens visuais
15.
Esta
do de recuperação posterior ao procedimento
Grau em que o indivíduo volta à
sua função basal
depois de procedimentos que requerem anestesia ou
sedação
16.
Estado neurológico: controle motor central
Capacidade do sistema nervoso central e periférico
para receber, processar e responder aos estímulos
externos e internos
17.
Estado nutricional
Capacidade pela qual os nutrientes podem cobrir as
necessidades metabólicas
18.
Função sensitiva: auditiva
Grau em que se ouvem os sons corretamente
19.
Função sensitiva: visão
Grau
em que se percebem ou v
e
em corretamente as
imagens visuais
20.
Mobilidade
Capacid
ade para mover
-
se com resolução,
independentemente, com ou sem mecanismo de ajuda
21.
Movimento coordenado
Capacidade dos músculos para trabalhar juntos
voluntariamente com propósitos de movimento
22.
Nível de dor
Intensidade da dor referida ou
manifestada
Introdução
35
23.
Nível de glicemia
Magnitude
n
a qual se
manifestam
os níveis de glicose
no plasma e na urina dentro de uma faixa normal
24.
Realização de transferência
Capacidade
de mudar a localização
corporal,
independentemente com ou sem mecanismo de ajuda
25.
Resistência
Capacidade para manter a atividade
26.
Severidade da lesão física
Gravidade das lesões secundárias a acidentes e
traumatismos
Quadro 1 - Lista de resultados de enfermagem propostos para o diagnóstico de
enfermagem Risco de Quedas. Fonte: MOORHEAD et al., 2008.
Por o ter sido identificado um resultado que avaliasse de forma específica
o Risco de Quedas no paciente, optamos por selecionar o resultado considerado
mais aproximado Comportamento de Prevenção de Quedas (MOORHEAD et al.,
2008). Tal resultado pertence ao domínio Conhecimento de Saúde e
Comportamento, referente a resultados que descrevem atitudes, compreensão e
ações com respeito à saúde e à doença. A classe que o contém, Controle de Riscos
e Segurança, é caracterizada por resultados que delineiam o estado de segurança
de um indivíduo e/ou ações para evitar, limitar ou controlar ameaças identificáveis à
saúde. Entre as 17 escalas Likert adotadas na taxonomia NOC, o resultado
Comportamento de Prevenção de Quedas é avaliado pela escala seis, a qual mede
o nível de adequação de resultados relacionados ao desempenho e à segurança do
paciente e possui parâmetros desde “nunca demonstrado” a “sempre demonstrado”
(MOORHEAD et al., 2008).
Concernente às características anteriormente descritas, o resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas foi desenvolvido para avaliar
ações pessoais do indivíduo ou do cuidador para minimizar fatores de risco
passíveis de precipitar quedas. Por isso, achamos por bem adotar esse resultado de
enfermagem para avaliar o Risco de Quedas do indivíduo internado em ambiente
hospitalar (MOORHEAD et al., 2008).
Comportamento de Prevenção de Quedas
Domínio: Conhecimento e Comportamento de Saúde
Class
e: Controle de Riscos e Segurança
Escala: Nunca demonstrado a sempre demonstrado
Definição: Ações do indivíduo ou do cuidador familiar para minimizar fatores de risco que podem precipitar
quedas
1.
Uso correto de mecanismos auxiliares
2.
Provisão de auxílio
pessoal
Introdução
36
3.
Colocação de barreiras para prevenir quedas
4.
Colocação de corrimãos conforme a necessidade
5.
Eliminação de
água derramada,
manchas brilhantes e acúmulo de objetos no chão
6.
Prender pequenos tapetes
7.
Providência para remão de neve e gelo de superfí
cies usadas por pedestres
8.
Uso adequado de banquinhos e escadas
9.
Uso de sapatos amarrados e do tamanho adequado
10.
Adaptação da altura do vaso sanitário conforme a necessidade
11.
Adaptação da altura das cadeiras conforme
necessário
12.
Adaptação da altura da cama
conforme
a necessidade
13.
Uso de tapetinhos de borracha na banheira/chuveiro
14.
Uso de barras de segurança para as mãos
15.
Controle da agitação e inquietação
16.
Uso de precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de quedas
17.
Uso de recursos de correção da
visão
18.
Uso de procedimento seguro de transferência
19.
Uso de iluminação adequada
Quadro 2 - Apresentação do resultado de enfermagem Comportamento de
Prevenção de Quedas e seus indicadores. Fonte: MOORHEAD et al., 2008.
1.5 Operacionalização de instrumentos para medida do estado de saúde
A operacionalização de um sistema de linguagem, seja este referente a
diagnósticos, intervenções ou resultados, pode contribuir para a construção de um
raciocínio clínico mais acurado, além de facilitar a comunicação entre os
profissionais e permitir o desenvolvimento da enfermagem (SILVA, 2007).
Em face do aspecto dinâmico da NOC, com a admissão de novos resultados,
torna-se imprescindível a validação de tais resultados, a fim de examinar sua
aplicabilidade em diferentes situações. Não obstante a NOC esteja em sua última
fase de desenvolvimento, passou a ser utilizada apenas recentemente no ensino e
na prática clínica, sobretudo no Brasil. Sua adoção em pesquisas tem ocorrido
algum tempo, com o objetivo fundamental de fornecer meios para facilitar seu uso,
como é o caso dos estudos de validação. A classificação prossegue em avaliação,
desenvolvimento e refinamento, na medida em que novos resultados surgem e
outros necessitam de reformulações (GARBIN et al., 2009).
Introdução
37
Especificamente nesse estudo, a proposta de revisar o resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas intenciona oferecer um
instrumento cientificamente fundamentado, mais amplo e criterioso, que oriente a
avaliação do estado de saúde do paciente com Risco de Quedas e, por conseguinte,
as ações de enfermagem.
A revisão de instrumentos torna-se continuamente necessária, pois aumenta
a possibilidade de oferecer ferramentas mais atuais, amplas e confiáveis para a
avaliação do estado de saúde do paciente por parte do enfermeiro (CHAVES, 2008).
No caso das quedas, estudos como este viabilizam uma avaliação correta do risco
de sua ocorrência no paciente, fornecendo dessa forma um substrato essencial e
adequado ao melhor planejamento do cuidado preventivo.
Refinar um elemento dos sistemas de classificação de enfermagem é
submetê-lo a um processo de aperfeiçoamento, como fenômeno teórico consistente,
de forma a torná-lo representativo da condição apresentada pelo paciente
(NÓBREGA, GUTIÉRREZ, 2000).
1.6 Justificativa, proposta e hipótese da pesquisa
Ao analisarmos outros estudos recentes acerca da temática, verificamos que
grande parte das investigações levantadas em base de dados tem como foco a
avaliação da ocorrência de quedas propriamente ditas ou intervenções de prevenção
de quedas, com referência a idosos. Entretanto, como sabemos, pessoas de todas
as idades têm algum risco para a ocorrência de queda, notadamente quando estão
internadas em um ambiente pouco familiar, impessoal e fragmentado, como muitas
vezes um hospital é percebido (CECILIO, 1997). Por levarmos em conta os aspectos
citados sobre o risco de quedas e a necessidade de realização de estudos sobre
avaliação dos riscos para esse evento, decidimos que nossa pesquisa abrangeria os
riscos e comportamento de prevenção de quedas em pacientes sob atendimento
hospitalar.
Por considerarmos a queda como possível agravante ao quadro do paciente
ou como agente causador de outras condições de morbidade, decidimos revisar o
resultado de enfermagem Comportamento para Prevenção de Quedas para uma
população ampla, como as pessoas internadas em hospital. Contudo, sobre o
assunto, não localizamos pesquisas que aliassem a linguagem NOC à avaliação do
Introdução
38
grau de Risco de Quedas em pacientes no ambiente hospitalar. Tal fato acentuou
ainda mais a pretensão de explorar essas duas temáticas em uma mesma pesquisa.
Para evitar os gastos, agravos e danos indesejáveis tanto aos indivíduos
internados como ao sistema de saúde, medidas preventivas precisam ser adotadas,
na tentativa de reverter esse processo. Assim, justificamos a realização deste estudo
também na necessidade de desenvolver instrumentos destinados a avaliar o risco
dos pacientes para a formulação de medidas preventivas e a urgência de construção
e aprimoramento de indicadores e suas definições, capazes de avaliar a qualidade
da assistência de enfermagem.
Em síntese, alguns pontos despertaram o interesse por desenvolver uma
pesquisa desse gênero:
A frequência expressiva do diagnóstico de enfermagem Risco de Quedas
em pacientes internados e as prováveis consequências desse problema para o
indivíduo e serviço;
A necessidade de desenvolver parâmetros para a mensuração do risco de
quedas no âmbito hospitalar, pois este é um importante indicador quanto à qualidade
da assistência (ONA, 2006);
A lacuna bibliográfica observada acerca de pesquisas na área da
enfermagem que abordem, ao mesmo tempo, o risco de quedas e a sistematização
da prática de enfermagem na população internada em hospitais;
A urgência de construção e avaliação de definições constitutivas e
operacionais para os resultados de enfermagem existentes, como no caso do
Comportamento de Prevenção de Quedas, com o uso do devido rigor científico, com
a finalidade de prover instrumentos cientificamente fundamentados, amplos e
criteriosos para avaliação do estado de saúde.
Assim, este trabalho se propõe a revisar o resultado de enfermagem NOC
Comportamento de Prevenção de Quedas, além de construir e avaliar a
aplicabilidade de definições constitutivas e operacionais de seus indicadores
destinados a avaliar o risco de quedas em pacientes internados em âmbito
hospitalar.
Por conseguinte, a tese fundamenta-se na seguinte hipótese:
O resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas,
pertencente a uma classificação que se propõe a ser de âmbito internacional, como
a NOC, ao ser destinado ao paciente em um ambiente específico como o hospital,
Introdução
39
poderá apresentar diferença entre os indicadores sugeridos e aqueles encontrados
na literatura e avaliados por especialistas, o que resultará na reformulação e
identificação de novos aspectos referentes ao estado de saúde do paciente, a serem
avaliados, e os quais poderão contribuir para a incorporação de especificidades
deste ambiente no cuidado ao indivíduo.
Introdução
Revisar o resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de
Quedas
referente ao diagnóstico
contexto de uma internação hospitalar
2 Objetivos
Objetivos
Revisar o resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de
referente ao diagnóstico
de enfermagem Risco de Quedas
contexto de uma internação hospitalar
.
40
Revisar o resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de
de enfermagem Risco de Quedas
em pacientes no
Introdução
Como o
processo científi
emprego de um modelo que fundamente a construção, refinamento e avaliação do
produto
desenvolvido, verificamos
contemplaria o objetivo de nosso estudo.
metodológicos descritos na literatura
taxonomias de enfermagem,
de conceito; o Modelo de Gordon e
o
clínico e de validação
por análise de conceito,
de Fehring, no qual se observa a validação de conteúdo e validação clínica d
diagnóstico (
CHAVES, CARVALHO, ROSSI
Conforme percebemos, alguns trabalhos desenvolvidos sobre validação de
componentes
dos sistemas de linguagem de enfermagem
2004; PILEGGI, 2007
; CHAVES, 2008
validação,
conjugados ou não, na sua totalidade ou em parte
função da população estudada e das características do próprio diagnóstico.
Desse modo,
para orientar
Comportamento de Prevenção de Qu
metodológico
que conjugou elemen
Avant (2005),
do modelo de validação de conteúdo
psicometria
(PASQUALI, 1999)
3 Referencial Metodológico
Referencial Metodológico
processo científi
co de revisão de instrumentos requer a apropriação e
emprego de um modelo que fundamente a construção, refinamento e avaliação do
desenvolvido, verificamos
que o emprego de modelo
contemplaria o objetivo de nosso estudo.
Ao investigar
mos os
metodológicos descritos na literatura
, utilizados para validação
de
taxonomias de enfermagem,
identificamos: o Modelo de Walker
e
de conceito; o Modelo de Gordon e
Sweeney, subsidiado pelo método ret
clínico e de validação
de
diagnóstico diferencial; o Modelo de Hoskins
validação por especialistas
e validação clínica
de Fehring, no qual se observa a validação de conteúdo e validação clínica d
CHAVES, CARVALHO, ROSSI
, 2008).
Conforme percebemos, alguns trabalhos desenvolvidos sobre validação de
dos sistemas de linguagem de enfermagem
(
SENA
; CHAVES, 2008
) fizeram uso de
mais de um model
conjugados ou não, na sua totalidade ou em parte
função da população estudada e das características do próprio diagnóstico.
para orientar
o refinamento do resultado de enfermagem
Comportamento de Prevenção de Qu
edas,
empregamos um
que conjugou elemen
tos do modelo de Hoskins (1989),
do modelo de validação de conteúdo
de Fehring (1994), e da
(PASQUALI, 1999)
, conforme consta a seguir.
3 Referencial Metodológico
41
co de revisão de instrumentos requer a apropriação e
emprego de um modelo que fundamente a construção, refinamento e avaliação do
que o emprego de modelo
s de validação
mos os
vários modelos
de
componentes das
e
Avant para análise
Sweeney, subsidiado pelo método ret
rospectivo,
diagnóstico diferencial; o Modelo de Hoskins
, composto
e validação clínica
; e o Modelo
de Fehring, no qual se observa a validação de conteúdo e validação clínica d
e
Conforme percebemos, alguns trabalhos desenvolvidos sobre validação de
SENA
, 2001; MELO,
mais de um model
o de
conjugados ou não, na sua totalidade ou em parte
, empregados em
função da população estudada e das características do próprio diagnóstico.
o refinamento do resultado de enfermagem
empregamos um
referencial
tos do modelo de Hoskins (1989),
de Walker e
de Fehring (1994), e da
Introdução
Figura 2
Esquema explicativo do referencial metodoló
Fortaleza, 2010. Fonte: P
O
modelo de validação de Hoskins (1989)
que descreve sucintamente as
embora não oriente,
de forma mais
executados em cada
um delas
métodos
para cada uma de suas etapas. Para a análise de conceito,
Hoskins (1989) indic
a o uso do modelo proposto por Walker
indica o modelo
desenvolvido
No entanto, por se t
ratar
NOC, o qual é
apresentado mediante u
(PASQUALI, 1999)
como fundamento para a construção e avaliação por parte de
especialistas do material
maneira especial,
se propõe a fundamentar a construção
uma vez que a própria medida escalar constitui uma das várias formas que a medida
psicométrica pode assumir (PASQUALI, 1999).
A
diante expomos aspectos fundamentais de cada um desses métodos
quais pontos foram adotados em nossa
Validação do material refinado por especialistas
Critérios para o refinamento do resultado e a construção das definições constitutivas e operacionais
Orientação para a divisão da pesquisa nas fases de análise de conceito e validação por especialistas
Referencial Metodológico
Esquema explicativo do referencial metodoló
gico adota
Fortaleza, 2010. Fonte: P
rópria pesquisadora.
modelo de validação de Hoskins (1989)
é considerado um método simples
que descreve sucintamente as
etapa
s fundamentais do processo de v
de forma mais
delineada, os
procedimentos
um delas
. Esse modelo recomenda o emprego de outros
para cada uma de suas etapas. Para a análise de conceito,
a o uso do modelo proposto por Walker
e
desenvolvido
por Fehring para a etapa
de análise por especialistas.
ratar
de um estudo de revisão de um resultado de enfermagem
apresentado mediante u
ma escala, optamos por
adotar
como fundamento para a construção e avaliação por parte de
especialistas do material
ora desenvolvido.
Sobre este aspecto, a
se propõe a fundamentar a construção
e a validação de escalas,
uma vez que a própria medida escalar constitui uma das várias formas que a medida
psicométrica pode assumir (PASQUALI, 1999).
diante expomos aspectos fundamentais de cada um desses métodos
quais pontos foram adotados em nossa
pesquisa.
Psicometria (PASQUALI, 1999)
Validação do material refinado por especialistas
Fehring (1994)
Critérios para seleção dos especialistas
Psicometria (PASQUALI, 1999)
Critérios para o refinamento do resultado e a construção das definições constitutivas e operacionais
Walker & Avant (2005)
Análise de conceito e Revisão integrativa
Hoskins (1989)
Orientação para a divisão da pesquisa nas fases de análise de conceito e validação por especialistas
42
gico adota
do na pesquisa.
é considerado um método simples
,
s fundamentais do processo de v
alidação, muito
procedimentos
a serem
. Esse modelo recomenda o emprego de outros
para cada uma de suas etapas. Para a análise de conceito,
por exemplo,
e
Avant, bem como
de análise por especialistas.
de um estudo de revisão de um resultado de enfermagem
adotar
a psicometria
como fundamento para a construção e avaliação por parte de
Sobre este aspecto, a
psicometria, de
e a validação de escalas,
uma vez que a própria medida escalar constitui uma das várias formas que a medida
diante expomos aspectos fundamentais de cada um desses métodos
e
Critérios para o refinamento do resultado e a construção das definições constitutivas e operacionais
Orientação para a divisão da pesquisa nas fases de análise de conceito e validação por especialistas
Introdução
43
3.1 Modelo de validação proposto por Hoskins (1989)
O modelo de validação de Hoskins (1989) é apresentado em três passos
metodológicos, conforme descritos a seguir.
Análise de Conceito: é a etapa do processo de validação de um diagnóstico
utilizada para determinar os atributos particulares e característicos de um conceito. A
análise de conceito incorpora a revisão da literatura e a construção do
conhecimento. Particularmente, corresponde à estrutura teórica do processo de
pesquisa e permite o desenvolvimento de um modelo para explicar por que certas
características devem estar presentes, quando ocorre um determinado fenômeno. A
autora sugere os procedimentos propostos no modelo Walker e Avant (2005) para
análise de conceito.
Validação por Especialista: posteriormente à análise de conceito e geração da
lista de características do conceito, é necessário obter acordo de especialistas sobre
o conceito em questão. Portanto, esse modelo de validação visa estabelecer quais
características definidoras geradas na primeira etapa representam o conceito, e
quais devem ser excluídas; o que corresponde à validação de construto de um
instrumento de pesquisa (GARCIA, 1998; CHAVES, 2008).
Portanto, a lista de características é revisada por especialistas, que irão
atribuir um valor a cada uma, indicando sua pertinência ao conceito. O autor sugere
a utilização do cálculo de média ponderal proposto por Fehring (1987) para
determinar o grau em que cada característica é indicativa do conceito em estudo.
Validação Clínica: é a investigação, em um ambiente clínico, da presença ou
ausência das características definidoras desenvolvidas a partir da análise de
conceito e da validação por especialistas. É realizada pela observação ou interação
direta com o paciente que possivelmente apresente a situação em estudo. Deve ser
desenvolvida por, pelo menos, dois enfermeiros especialistas em diagnósticos de
enfermagem, que vão identificar a presença de cada característica por meio da
coleta e análise dos dados. Cada enfermeiro deve obter seus dados e conclusão,
independentemente. Em seguida, o avaliadas a percentagem de concordância
entre os enfermeiros e a frequência de ocorrência das características;
posteriormente, calcular-se-á a taxa de fidedignidade, conforme proposto por
Fehring (1994).
Concernente ao modelo proposto por Hoskins (1989), adotamos somente seu
arcabouço estrutural sobre as etapas de validação, em específico, a análise de
Referencial Metodológico
Introdução
44
conceito e a validação por especialistas, para orientar os próximos procedimentos
metodológicos.
3.2 Modelo de análise de conceito proposto por Walker e Avant (2005)
Conforme recomendado por Hoskins (1989), a análise de conceito deve ser
realizada para identificar os atributos particulares e característicos de um conceito, e
indica para tanto, os procedimentos descritos por Walker e Avant (2005). Ao nos
reportamos à análise de conceito descrita por tais autores, percebemos uma
proposta de análise de conceito modificada e simplificada a partir de um modelo
clássico de análise de conceito anterior, proposto por Wilson (2005). Seria nossa
opção adotar este último, por ser uma fonte antecedente, no entanto, consideramos
Walker e Avant (2005) mais adequado, pela explicação das autoras de que seu
modelo refere-se à enfermagem e, mais especificamente, aos sistemas de
classificação da linguagem da enfermagem. Alguns argumentos defendidos neste
modelo fundamentaram nossa escolha, a saber:
Os resultados da análise de conceito, em uma definição precisa e
operacional, aumentam a validade do construto, ou seja, refletem exatamente a sua
base teórica;
Os resultados da análise do conceito também são muito úteis na construção
de instrumentos de investigação antes de fazer a pesquisa.
Os resultados da análise do conceito fornecem ao teórico ou investigador uma
compreensão básica dos atributos dos conceitos subjacentes. Isso ajuda a definir
claramente o problema e permitir a construção de hipóteses que reflitam exatamente
as relações entre os conceitos;
Os resultados da análise do conceito, a definição operacional, a lista de
definição de atributos e antecedentes podem fornecer ao cientista um excelente
começo para o desenvolvimento de uma nova ferramenta ou uma excelente maneira
de avaliar uma ferramenta antiga, além de serem muito úteis na construção de
instrumentos;
O desenvolvimento de uma linguagem padronizada para descrever a prática
de enfermagem é um uso primário da análise de conceito;
Realizar uma análise de conceito completa para qualquer potencial
diagnóstico, intervenção ou resultado de enfermagem facilita muito o trabalho
Referencial Metodológico
Introdução
45
taxonômico e atua como fundamento da linguagem de enfermagem na literatura
teórica e de pesquisa;
Cada diagnóstico de enfermagem, intervenção, e resultado devem ser
tratados como conceitos separados e serem analisados de forma independente;
As oito etapas propostas o suficientes para captar e aplicar a essência do
processo da análise de conceito à realidade das taxonomias de enfermagem.
Tais etapas compreendem:
1. Seleção de um conceito.
2. Determinação dos objetivos ou fins da análise.
3. Identificação de usos do conceito.
4. Determinação dos atributos que o definem.
5. Identificação de um caso modelo.
6. Identificação de um caso limite, um caso relacionado, um caso
contrário, um caso inventado e um caso ilegítimo.
7. Identificação dos antecedentes e consequentes.
8. Definição das referências empíricas (WALKER; AVANT, 2005).
Assim, percebemos a necessidade de incorporar nessa etapa de análise de
conceito uma estratégia de pesquisa por meio da qual as evidências sobre o
conceito fossem extraídas de uma ampla e diversificada literatura de maneira
reprodutível, rigorosa e precisa. Ao buscar as propostas dos diferentes tipos de
revisão de literatura, de forma sintética, encontramos:
Revisão narrativa: ampla apresentação e discussão do tema investigado;
dificilmente parte de uma questão específica bem definida, não exigindo um
protocolo rígido para sua confecção; a busca das fontes não é pré-determinada e
específica, sendo frequentemente menos abrangente. A seleção dos estudos é
arbitrária, provendo o autor de informações sujeitas a viés de seleção, com grande
interferência da percepção subjetiva (CORDEIRO; OLIVEIRA; RENTERÍA;
GUIMARÃES, 2007).
Revisão integrativa: sumariza as pesquisas realizadas sobre determinado
assunto, construindo uma conclusão a partir de muitos estudos realizados
separadamente, mas que investigam problemas idênticos ou similares. Consiste na
análise ampla da literatura, contribuindo para discussões sobre métodos e
resultados de pesquisas, assim como reflexões sobre a realização de futuros
estudos (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2008).
Referencial Metodológico
Introdução
46
Revisão sistemática: revisão planejada da literatura científica, que usa
métodos sistemáticos para identificar, selecionar e avaliar criticamente estudos
relevantes sobre uma questão claramente formulada. Enfoca e reanalisa os
resultados de estudos, preferencialmente do tipo ensaio clínico controlado
randomizado. Caracteriza-se pela quantificação do efeito dos tratamentos por meio
de técnicas estatísticas (GALVÃO, SAWADA, TREVIZAN, 2004).
Metanálise: método estatístico utilizado para integrar os resultados dos
estudos incluídos e aumentar o poder estatístico da pesquisa primária. Integra o
conhecimento surgido por esta análise, assim como as inferências envolvidas na
análise dos dados dos estudos primários (SOUSA, RIBEIRO, 2009).
Como instrumento para viabilizar o procedimento da análise de conceito,
optamos pela revisão integrativa, para reunir e sintetizar as evidências sobre o
conteúdo do resultado, dos indicadores, das definições constitutivas e operacionais
ao considerar como vantagem desse tipo de revisão a inclusão simultânea de
pesquisas experimentais e não experimentais, proporcionando uma compreensão
mais completa do tema de interesse, podendo ser aplicada para a definição de
conceitos (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2008).
A revisão integrativa conglomera seis etapas:
1. Identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa para a
elaboração da revisão integrativa: etapa de formulação de hipóteses ou questões
para a revisão, na qual ocorre a construção da questão de pesquisa relacionada a
um raciocínio teórico, baseada em definições apreendidas pelo pesquisador
(BARBOSA; MELO, 2008).
2. Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/
amostragem ou busca na literatura: é a busca nas bases de dados para identificação
dos estudos que serão incluídos na revisão. A seleção dos estudos para a avaliação
crítica é fundamental, a fim de se obter a validade interna da revisão. O revisor deve
deixar claro quais são os critérios de inclusão e exclusão adotados para a
elaboração da revisão.
É importante que todas as decisões tomadas frente aos
critérios de inclusão e exclusão dos estudos sejam documentadas e justificadas na
descrição da metodologia da revisão (GANONG, 1987).
3. Definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/
categorização dos estudos: o revisor organiza e sumariza as informações de
maneira concisa, formando um banco de dados de fácil acesso e manejo. O nível de
Referencial Metodológico
Introdução
47
evidência dos estudos deve ser avaliado, a fim de determinar a confiança no uso de
seus resultados e fortalecer as conclusões que irão gerar o estado do conhecimento
atual do tema investigado (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004).
4. Avaliação dos estudos incluídos na revisão da literatura: é o momento no qual
os estudos selecionados passam por uma análise detalhada e, portanto, deve-se
levar em conta a experiência do pesquisador. A competência clínica do revisor
contribui na avaliação crítica dos estudos e auxilia na tomada de decisão para a
utilização dos resultados de pesquisas na prática clínica. A conclusão desta etapa
pode gerar mudanças nas recomendações para a prática (SILVEIRA, 2005;
MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
5. Interpretação dos resultados: corresponde à etapa de discussão dos
principais resultados na pesquisa convencional. O revisor, fundamentado nos
resultados da avaliação crítica dos estudos incluídos, realiza a comparação com o
conhecimento teórico, a identificação de conclusões e implicações resultantes da
revisão integrativa (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
6. Síntese dos estudos analisados: consiste na elaboração do documento que
deve contemplar a descrição das etapas percorridas pelo revisor e os principais
resultados evidenciados da análise dos estudos incluídos. É um trabalho de extrema
importância, que produz impacto devido ao acúmulo do conhecimento existente
sobre a temática pesquisada (WHITTEMORE; KNAFL, 2005).
De maneira ilustrativa e mais pormenorizada, as etapas da revisão integrativa
estão dispostas na figura a seguir.
Referencial Metodológico
Introdução
48
Figura 3 Componentes da revisão integrativa da literatura. Fonte: MENDES;
SILVEIRA; GALVÃO, 2008.
3.3 Critérios de seleção de especialistas referentes ao Modelo de validação de
conteúdo diagnóstico (FEHRING, 1994)
De acordo com o modelo de validação de conteúdo diagnóstico (VCD)
desenvolvido por Fehring (1987), o pesquisador deve obter opiniões de enfermeiros
especialistas no assunto em estudo, para que atuem como especialistas em relação
ao grau em que determinadas características definidoras representam determinado
diagnóstico.
Para tanto, Fehring (1994) propôs um sistema de pontuação mediante o qual
considera como especialista o enfermeiro com título de mestre ou doutor, obtido por
meio de trabalho de conteúdo relevante sobre o diagnóstico de interesse; com
pesquisa publicada referente a diagnóstico de enfermagem; com artigos relativos a
diagnóstico de enfermagem publicados em revistas de referência; com experiência
clínica em uma área relevante para o diagnóstico ou certificado referente ao
diagnóstico de interesse.
Referencial Metodológico
Introdução
49
Critérios
Pontos
Mestre em enfermagem
4
Mestre em enfermagem
dissertação com conteúdo
relevante dentro da área clínica
(diagnósticos da área clínica)
1
Pesquisa (com publicações) na área de diagnósticos
2
Artigo publicado na área de diagnósticos
em um periódico
de referência
2
Doutorado em diagnóstico
2
Prática clínica de pelo menos um ano de duração na área
de Enfermagem em clínica médica
1
Certificado em área clínica médica com comprovada prática
clínica
2
Pontuação máxima
14
Quadro 3- Sistema de pontuação de especialistas do modelo de validação de
conteúdo da Fehring. Fonte: FEHRING,1994.
3.4 Psicometria (PASQUALI, 1999)
A psicometria é um ramo da psicologia que se caracteriza por expressar o
fenômeno psicológico por meio de números. Ela se insere dentro da teoria da
medida que busca uma discussão epistemológica sobre a utilização do símbolo
matemático no estudo científico dos fenômenos naturais. Baseia-se em três grandes
pólos, denominados de procedimentos teóricos, procedimentos empíricos
(experimentais) e procedimentos analíticos (estatísticos) (PASQUALI, 1997).
Os procedimentos teóricos na elaboração de instrumentos psicológicos de
medida enfocam a questão da teoria que deve fundamentar qualquer
empreendimento científico, no caso, a explicitação da teoria sobre o construto ou
objeto psicológico para o qual se quer desenvolver um instrumento de medida, bem
como a operacionalização do construto em itens. Os procedimentos teóricos devem
ser elaborados para cada instrumento, dependendo, portanto, da literatura existente
sobre o construto que o instrumento pretende medir.
Os procedimentos empíricos buscam definir as etapas e técnicas de aplicação
do instrumento preliminar e de coleta da informação para proceder à avaliação da
qualidade psicométrica do instrumento. É realizada análise da dificuldade, da
discriminação e da validade dos itens, a partir dos dados coletados de uma amostra
de sujeitos representativa da população para a qual o instrumento está sendo
construído, utilizando-se análises estatísticas (PASQUALI, 1997).
E, finalmente, os procedimentos analíticos têm como objetivo estabelecer os
procedimentos de análises matemáticas a serem efetuadas sobre os dados para
Referencial Metodológico
Introdução
50
estimar a validade e precisão do instrumento, e se necessário, estabelecer sua
normatização.
O passo da construção dos itens, que são a expressão da representação
comportamental do construto, se compõe das tarefas (os itens do instrumento) que
as pessoas deverão executar para que se possa avaliar a magnitude de presença do
construto (atributo).
Regras de Construção de Itens do instrumento de medida
As regras aplicam-se, em parte, à construção de cada item individualmente; e,
em parte ao conjunto dos itens que medem um mesmo construto. Além disso,
dependendo do tipo de traço a ser medido, se de aptidão ou de personalidade,
algumas das regras aplicam-se e outras não.
a) Critérios para a construção dos itens:
1. Critério comportamental: o item deve expressar um comportamento, não uma
abstração ou construto. O item deve poder permitir à pessoa uma ação clara e
precisa, de sorte que se possa dizer a ele: e faça. Assim, reproduzir um texto é
um item comportamental (Vá e reproduza...), ao passo que compreender um texto
não o é, pois a pessoa não sabe o que fazer com: Vá e compreenda...
2. Critério de objetividade ou de desejabilidade: para o caso de escalas de aptidão,
os itens devem cobrir comportamentos de fato, permitindo uma resposta certa ou
errada. O respondente deve poder mostrar se conhece a resposta ou se é capaz de
executar a tarefa proposta.
3. Critério da simplicidade: um item deve expressar uma única ideia. Itens que
introduzem explicações de termos ou oferecem razões ou justificativas o
normalmente confusos, porque introduzem ideias variadas e confundem o
respondente. Por exemplo: Gosto de feijão, porque é saudável. A pessoa pode de
fato gostar de feijão, mas não porque seja saudável; assim, ele não saberia como
reagir a tal item: se porque o feijão é gostoso ou porque é saudável. O item exprime
duas ideias.
4. Critério da clareza: o item deve ser inteligível até para o estrato mais baixo da
população-meta; daí, utilizar frases curtas, com expressões simples e inequívocas.
Frases longas e negativas incorrem facilmente na falta de clareza. Com referência
às frases negativas: normalmente elas são mais confusas do que as positivas;
consequentemente, é melhor afirmar a negatividade do que negar uma afirmação.
Por exemplo: fica mais inteligível dizer: “detesto ser interrompido” do que “não gosto
Referencial Metodológico
Introdução
51
de ser interrompido”, ou em vez de “não me sinto feliz” é melhor dizer “sinto-me
infeliz”. Nesse contexto, é preciso também não utilizar gírias, porque estas não são
em geral inteligíveis para todos os membros de uma população-meta do
instrumento, além de tipicamente ofender o estrato mais sofisticado da mesma
população, o que pecaria contra o critério número 10. Contudo, o linguajar típico da
população-meta deve ser utilizado na formulação dos itens; assim, são admissíveis
e são mais apropriadas expressões conhecidas por tal população, ainda que elas
possam parecer linguisticamente menos castiças. A preocupação aqui é a
compreensão das frases (que representam tarefas a serem entendidas, e se
possível, resolvidas), não sua elegância artística.
5.Critério da relevância (pertinência, saturação, unidimensionalidade,
correspondência): a expressão deve ser consistente com o traço (atributo, fator,
propriedade psicológica) definido, e com as outras frases que cobrem o mesmo
atributo. Isto é, o item não deve insinuar atributo diferente do definido.
6. Critério da precisão: o item deve possuir uma posição definida no contínuo do
atributo e ser distinto dos demais itens que cobrem o mesmo contínuo.
7. Critério da variedade: dois aspectos especificam este critério:
I.Variar a linguagem: o uso dos mesmos termos em todos os itens confunde as
frases e dificulta diferenciá-las, além de provocar monotonia, cansaço e
aborrecimento.
II.No caso de escalas de preferências: formular a metade dos itens em termos
favoráveis e metade em termos desfavoráveis, para evitar erro da resposta
estereotipada à esquerda ou à direita da escala de resposta.
8. Critério da modalidade: formular frases com expressões de reação modal, isto é,
não utilizar expressões extremadas, como excelente, péssimo, etc. Assim, ninguém
é infinitamente inteligente, mas a maioria é bastante inteligente. A intensidade da
reação da pessoa é dada na escala de resposta. Se o próprio item vem apresentado
em forma extremada, a resposta na escala de respostas já está viciada.
9. Critério da tipicidade: formar frases com expressões condizentes (típicas, próprias,
inerentes) com o atributo. Assim, a beleza não épesada”, nem “grossa”, nem
“nojenta”.
10. Critério da credibilidade (face validity): o item deve ser formulado de modo que
não apareça como ridículo, despropositado ou infantil. Itens com esta última
caracterização fazem o adulto sentir-se ofendido, irritado ou coisa similar.
Referencial Metodológico
Introdução
52
b) Critérios referentes ao conjunto dos itens (o instrumento todo):
11. Critério da amplitude: este critério afirma que o conjunto dos itens referentes ao
mesmo atributo deve cobrir toda a extensão de magnitude do contínuo desse
atributo.
12. Critério do equilíbrio: os itens do mesmo contínuo devem cobrir igual ou
proporcionalmente todos os segmentos (setores) do contínuo, devendo haver,
portanto, itens fáceis, e médios ou difíceis (para aptidões); ou fracos, moderados e
extremos (no caso das atitudes). De fato, os itens devem distribuir-se sobre o
contínuo numa disposição que se assemelhe à da curva normal: a maior parte dos
itens de dificuldade mediana e diminuindo progressivamente em direção às caudas
(itens fáceis e itens difíceis em número menor) (PASQUALI, 1999).
Quantidade de itens
Para se cobrir a totalidade ou a maior parte, ou, pelo menos, grande parte da
extensão semântica do construto, explicitada nas definições constitutivas,
normalmente exige-se, no instrumento final, um número razoável de itens. O bom
senso de quem trabalha nessa área sugere que um construto, para ser bem
representado, necessita de cerca de 20 itens. Há, evidentemente, construtos muito
simples, que raras vezes necessitam de tal número de itens, sendo suficiente
apenas meia dúzia ou menos deles.
A análise teórica dos itens
Operacionalizado o construto por meio dos itens, emerge a hipótese de que
estes representam adequadamente o construto. Contudo, é importante avaliar tal
hipótese em relação à opinião de outros. E a avaliação ou análise da hipótese
(análise dos itens) é obviamente ainda teórica, porque consiste simplesmente em
pedir outras opiniões sobre a hipótese, sendo que esses outros que a vão avaliar
ainda não são uma amostra representativa da população para a qual o instrumento
está sendo construído.
Essa análise teórica é feita por especialistas e ela comporta dois tipos
distintos de especialistas, a depender se a análise incide sobre a compreensão dos
itens (análise semântica) ou sobre a pertinência dos itens ao construto que
representam (propriamente chamada de análise dos especialistas). Assim, antes de
partir para a validação final do instrumento piloto, este deve ser submetido a uma
análise teórica dos itens através da análise semântica e análise dos especialistas.
Análise Semântica dos Itens
Referencial Metodológico
Introdução
53
A análise semântica tem como finalidade primordial verificar se todos os itens
são compreensíveis para todos os membros da população à qual o instrumento se
destina. Nela, duas preocupações são relevantes: primeiro, verificar se os itens são
inteligíveis para o estrato mais baixo (de menor habilidade) da população-meta e,
por isso, a amostra para essa análise deve ser feita com esse estrato; segundo, para
evitar deselegância na formulação dos itens, a análise semântica deverá ser feita
também com uma amostra mais sofisticada (de maior habilidade) da população-meta
(para garantir a chamada "validade aparente" do teste).
Análise dos especialistas
Esta análise é, às vezes, chamada de análise de conteúdo, porém, mais
propriamente, deve ser chamada de análise de construto, dado que precisamente se
procura verificar a adequação da representação comportamental do(s) atributo(s)
latente(s).
Nessa análise, os escolhidos devem ser especialistas na área do construto,
pois sua tarefa consiste em ajuizar se os itens estão se referindo ou não ao traço em
questão. Uma concordância de, pelo menos, 80% entre os especialistas pode servir
de critério de decisão sobre a pertinência do item ao traço a que teoricamente se
refere.
Um número de seis especialistas é considerado suficiente para realizar esta
tarefa. Itens que não atingirem uma concordância de aplicação aos fatores (cerca de
80%) obviamente apresentam problemas e seria o caso de descartá-los do
instrumento piloto.
Com o trabalho dos especialistas, ficam completados os procedimentos
teóricos na construção do instrumento de medida, os quais comportaram a
explicitação da teoria do(s) construto(s) envolvido(s), bem como a elaboração do
instrumento piloto, que constitui a representação comportamental desses mesmos
construtos e que se põe como a hipótese a ser empiricamente testada (validação do
instrumento). Essa tarefa que será iniciada com os procedimentos experimentais, os
quais consistem em coletar informação empírica válida e submetê-la às análises
estatísticas pertinentes em psicometria.
Desse modo, com o intuito de construir e avaliar as definições constitutivas e
operacionais desenvolvidas e revisar o resultado de enfermagem em questão,
consideramos suficiente a disciplina da psicometria (Pasquali, 1999), pois tal
especialidade se coaduna à proposta de nosso estudo, uma vez que contém todos
Referencial Metodológico
Introdução
54
os passos fundamentais a este tipo de pesquisa. Sobre esse método, adotamos os
procedimentos teóricos referentes à construção e avaliação das definições
constitutivas e operacionais do resultado de enfermagem NOC - Comportamento de
Prevenção de Quedas.
Para melhor visualizar a congregação dos modelos e de seus respectivos
usos nesta pesquisa, expomos adiante um esquema explicativo.
Figura 4 Esquema explicativo do referencial metodológico respectivo a cada fase
da pesquisa. Fortaleza, 2010. Fontes: Própria pesquisadora.
Modelo de Validação de Hoskins (1989)
Análise de Conceito
(Walker e Avant, 2005)
Revisão Integrativa
Formulação da
hipótese
Categorização
Amostragem
Avaliação
Interpretação
Síntese
Modelo de Análise de Conceito proposto por Walker e Avant (2005)
Objetivos
Atributos
Usos
do conceito
Caso
modelo
Caso
contrário
Antecedentes
Consequentes
Conceitos
Relacionados
Ref.
Empírico
Seleção
do
conceito
Construção das definições constitutivas e operacionais - Psicometria (Pasquali, 1999)
Definição dos
atributos
Dimensionalidade
Seleção
dos
critérios
Construção
Definição do sistema
psicológico
Validação do referencial empírico (indicadores NOC)
-
Psicometria (Pasquali, 1999)
Seleção do
s especialistas
(Fehring, 1994)
Validação do domínio, classe, título, indicadores e
definições constitutivas por especialistas
Validação das definições
operacionais por especialistas
Referencial Metodológico
Introdução
4.1 Descrição geral do estudo
Esta pesquisa está configurada como metodológica,
revisão do
resultado de enfermagem NOC
Quedas,
mediante o refinamento de comp
construção
e avaliação
indicadores.
Consideramos e
objetivo, visto que
Polit,
ideal
à verificação de métodos de obtenção, organização e análise de dados
elaborar, validar ou
avaliar
prática.
A pesquisa metodológica
(2001),
é a investigação ajuizada dos aspectos teóricos e aplicados da matemática,
estatística, mensuração e os meios de reunir e analisar os dados. O pesquisador
metodológico está interessado em identificar um construto intangível e torná
tangível co
m uma ferramenta ou um protocolo de observação (LOBIONDO
HABER 2001).
Essa forma de investigação é
investigações e é freq
melhoramento de instrumentos de col
se
em aprimorar a confiabilidade e a validade de ferramentas de coleta de dados
passíveis de
aumentar o controle e reduzir as ameaças das validades interna e
externa, resultantes da aplicação de instrumentos ou
(WASSERBAUER; ABRAHAM, 1995)
Para LoBiondo-
Wood
criticamente expressivo
chamado de
psicometria
medição de um
construto
ainda que se tais ferramentas de medição usadas pelo pesquisador
psicométricos inerentes, as descobertas se tornam questionáveis ou limitadas. Por
conta disso,
finalizam esses autores,
4 Desenvolvimento do estudo
Desenvolvimento do estudo
4.1 Descrição geral do estudo
Esta pesquisa está configurada como metodológica,
porquanto
resultado de enfermagem NOC
-
Comportamento de Prevenção de
mediante o refinamento de comp
onentes existentes e po
e avaliação
de definições constitutivas e
operacionais
Consideramos e
sse escopo metodológico o mais apropriado ao nosso
Polit,
Beck e Hungler (2004) consideram
esse
à verificação de métodos de obtenção, organização e análise de dados
avaliar
i
nstrumentos e técnicas para a pesquisa ou para a
A pesquisa metodológica
,
para Kerlinger (1986) apud LoBiondo
é a investigação ajuizada dos aspectos teóricos e aplicados da matemática,
estatística, mensuração e os meios de reunir e analisar os dados. O pesquisador
metodológico está interessado em identificar um construto intangível e torná
m uma ferramenta ou um protocolo de observação (LOBIONDO
Essa forma de investigação é
adotada para aperfeiçoar métodos utilizados em
investigações e é freq
u
entemente empregada para o desenvolvimento ou
melhoramento de instrumentos de col
eta de dados.
A pesquisa metodológica
em aprimorar a confiabilidade e a validade de ferramentas de coleta de dados
aumentar o controle e reduzir as ameaças das validades interna e
externa, resultantes da aplicação de instrumentos ou
(WASSERBAUER; ABRAHAM, 1995)
.
Wood
; Haber
(2001), o aspecto mais significativo e
da pesquisa metodológica abordado em mensuração
psicometria
. Para esses mesmos autores, a
psicometria
construto
, com ferramentas confiáveis e válidas.
ainda que se tais ferramentas de medição usadas pelo pesquisador
psicométricos inerentes, as descobertas se tornam questionáveis ou limitadas. Por
finalizam esses autores,
que
nas últimas décadas, pesquisadores têm
4 Desenvolvimento do estudo
55
porquanto
foi realizada a
Comportamento de Prevenção de
onentes existentes e po
r meio da
operacionais
para seus
sse escopo metodológico o mais apropriado ao nosso
esse
tipo de pesquisa
à verificação de métodos de obtenção, organização e análise de dados
, por
nstrumentos e técnicas para a pesquisa ou para a
para Kerlinger (1986) apud LoBiondo
-Wood; Haber
é a investigação ajuizada dos aspectos teóricos e aplicados da matemática,
estatística, mensuração e os meios de reunir e analisar os dados. O pesquisador
metodológico está interessado em identificar um construto intangível e torná
-lo
m uma ferramenta ou um protocolo de observação (LOBIONDO
-WOOD;
adotada para aperfeiçoar métodos utilizados em
entemente empregada para o desenvolvimento ou
A pesquisa metodológica
centra-
em aprimorar a confiabilidade e a validade de ferramentas de coleta de dados
aumentar o controle e reduzir as ameaças das validades interna e
externa, resultantes da aplicação de instrumentos ou
questionários
(2001), o aspecto mais significativo e
da pesquisa metodológica abordado em mensuração
, é
psicometria
lida com a
, com ferramentas confiáveis e válidas.
Eles ressaltam
ainda que se tais ferramentas de medição usadas pelo pesquisador
têm problemas
psicométricos inerentes, as descobertas se tornam questionáveis ou limitadas. Por
nas últimas décadas, pesquisadores têm
Introdução
56
adotado os princípios da psicometria para desenvolver e testar instrumentos de
medição concentrados em fenômenos de enfermagem.
Em síntese, um estudo metodológico abrange as etapas de definição do
construto a ser medido, a formulação dos itens da ferramenta, o desenvolvimento de
instruções para usuários e respondentes, e a avaliação de tal ferramenta
(LOBIONDO-WOOD; HABER 2001).
Para alcance do objetivo proposto, este estudo foi realizado em etapas inter-
relacionadas, as quais serão descritas, para melhor entendimento do processo de
desenvolvimento do estudo, de forma separada, conforme sua respectiva
metodologia, resultados e conclusões.
4.2 Etapa 1 - Análise de conceito
4.2.1 Descrição da etapa
Esta etapa da pesquisa permitiu, assim como no estudo de Chaves (2008), o
levantamento dos elementos que abrangem as múltiplas facetas do fenômeno em
estudo, além de identificar as evidências sobre a definição de quedas, os elementos
componentes da avaliação do Comportamento para Prevenção de Quedas e a
mensuração de tais elementos. A identificação de definições sobre quedas,
prevenção de quedas e fatores de risco para quedas em pacientes hospitalares foi
fundamental ao desenvolvimento das definições constitutivas e operacionais dos
indicadores do resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas.
A motivação nesta etapa, segundo Dantas (2006), ocorre pelo interesse do
pesquisador em fazer uso da metodologia da reflexão e da revisão de literatura.
Viegas (2007) complementa, ao mencionar que a revisão de literatura proporciona
uma nova visão sobre uma área, ao trazer concepções convergentes, divergentes e,
até mesmo, escassas sobre determinado tema.
Os pesquisadores, segundo Pasquali (2007), frequentemente se esquivam da
explicitação teórica preliminar e iniciam a construção do instrumento pela coleta
intuitiva e mais ou menos aleatória de uma amostra de itens. Ainda sobre isso, o
autor ressalta que a inexistência de teorias sólidas sobre um construto não deve ser
indicada como justificativa para o pesquisador fugir de toda a ponderação teórica
sobre ele. É vital levantar toda a evidência empírica disponível sobre o construto e
procurar sistematizá-la, e, assim, chegar a uma miniteoria sobre ele, que o possa
guiar na elaboração de um instrumento de medida para tal construto.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
57
Para tanto, LoBiondo-Wood; Haber (2001) afirmam a necessidade de uma
revisão de literatura sólida, específica e exaustiva, para identificar as teorias que
subjazem ao construto e para embasar a formulação de cada item da ferramenta em
construção.
4.1.1.2 Coleta de dados da etapa
Durante a concretização da etapa de análise de conceito, algumas etapas da
revisão integrativa surgiram em equivalência às etapas da análise de conceito de
Walker e Avant (2005) e, por conta disso, a execução de ambas foi realizada de
forma paralela, sendo expostas de maneira separada apenas para fins didáticos.
Assim, as etapas cursadas durante a revisão integrativa estão descritas
anteriormente à análise de Walker e Avant (2005).
Vale ressaltar ainda que, antes da execução propriamente dita da revisão
integrativa, foi realizado seu planejamento, sob a forma de construção de um
protocolo de revisão contendo: tema da revisão, problema de pesquisa da revisão,
objetivo, questões norteadoras, estratégias de busca, bases de dados selecionadas,
descritores adotados na busca, critérios de inclusão e de exclusão, instrumento
avaliação da evidência dos estudos, estratégia para avaliação crítica dos estudos e
estratégia para síntese dos dados. Tal documento está disponível no Apêndice A.
Adiante, estão descritas as etapas da revisão integrativa desenvolvidas neste
estudo.
Identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa
para a elaboração da revisão integrativa
Apesar do resultado de enfermagem sob investigação ser Comportamento de
Prevenção de Quedas, optamos por realizar uma busca sobre o conceito mais
amplo pertinente: quedas. A partir desse conceito amplo, definimos o tema da
revisão integrativa como quedas, prevenção de quedas e fatores de risco para
quedas em pacientes. Então, com vistas a contemplar esse tema, determinamos o
objetivo da revisão como: Apresentar o conhecimento produzido sobre medidas de
prevenção de quedas e fatores de risco para quedas em pacientes acima de 18
anos de idade; e sob a forma de três questões norteadoras: Qual a definição de
quedas? Que elementos compõem a avaliação do Comportamento para Prevenção
de Quedas? Como os elementos que compõem a avaliação do Comportamento para
Prevenção de Quedas podem ser mensurados?
Desenvolvimento do estudo
Introdução
58
Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/
amostragem ou busca na literatura
Posteriormente, selecionamos as bases de dados apresentadas a seguir,
adotadas para a busca bibliográfica:
Base de dados 1- Cinahl: (Cumulative Index to Nursing and Allied Health
Literature). Foi acessada por meio do portal de periódicos da CAPES (Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Base de dados 2- Pubmed: Serviço da U. S. National Library of Medicine
contém mais de 16 milhões de citações, além de incluir o Medline (Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online) e outras fontes, desde 1950.
Base de dados 3- Lilacs: (Latin American and Caribean Health Science
Literature Database), acessada pela Biblioteca Virtual em Saúde - BVS
(www.bvs.br).
Base de dados 4- Dedalus: refere-se ao Banco de Dados Bibliográficos da
USP (Universidade de São Paulo), desenvolvido pelo Sistema Integrado de
Bibliotecas da Universidade de São Paulo. A partir da base de registros
bibliográficos, o DEDALUS reúne, de forma integrada, livros e outros materiais,
títulos e coleções de publicações periódicas, dissertações/teses apresentadas à
USP, desde 1934, e a produção do Corpo Docente, gerada na USP, a partir de
1985. Este banco de dados foi acessado nas dependências da USP, por ocasião de
uma missão de estudos na referida instituição durante os meses de março e abril de
2009.
Base de dados 5- Cochrane: Uma das fontes mais acessíveis de revisões
sistemáticas e também um extenso banco de dados de ensaios clínicos, atualizado a
cada três meses. Esta base foi acessada pela BVS (www.bvs.br).
Para o levantamento dos estudos contidos nessas bases de dados,
realizamos, antecipadamente à busca, a identificação dos respectivos descritores de
cada base. Com relação ao Pubmed, utilizamos a terminologia preconizada por esta
base de dados, a saber, o vocabulário MeSH - Medical Subject Headings of U.S.
National Library of Medicine (NLM), em língua inglesa, usado para indexar estudos.
Para as demais bases de dados, empregamos o vocabulário estruturado e trilíngue
DeCS - Descritores em Ciências da Saúde, criado para uso na indexação de
estudos de revistas científicas, livros, anais de congressos, relatórios técnicos e
Desenvolvimento do estudo
Introdução
59
outros tipos de materiais, assim como para ser usado na pesquisa e recuperação de
assuntos da literatura científica nas bases de dados disponíveis pela BVS.
Em ambos os vocabulários, o termo quedas não se apresentou como
descritor-controlado, e seu sinônimo (acidente por quedas) não contemplaria o
objetivo da busca bibliográfica. Assim sendo, optamos por utilizar os descritores não
controlados quedas, risco de quedas, prevenção de quedas e suas respectivas
sinonímias.
Para efetuar o cruzamento dos três descritores não controlados adotados na
busca, utilizamos um operador booleano, geralmente empregado para relacionar
termos ou palavras em uma expressão de pesquisa. Como nossa intenção era
recuperar estudos que tivessem uma e/ou outra das palavras nos campos para onde
a pesquisa foi direcionada e eliminar a duplicidade de artigos que contivesse as
duas palavras, utilizamos o operador booleano OR.
Para a seleção dos estudos, aplicamos os seguintes critérios de inclusão:
Estudos disponíveis eletronicamente;
Estudos disponíveis nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol;
Estudos que abordassem prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes
acima de 18 anos de idade, como foco principal, e que respondessem às
questões norteadoras deste estudo;
Teses ou dissertações pertencentes ao DEDALUS as quais abordem quedas,
prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18 anos de
idade.
E, como critérios de exclusão, adotamos:
Estudos em formato de Editoriais;
Estudos em formato de Cartas ao Editor;
Estudos que não abordassem o conceito relevante para o alcance do objetivo da
revisão.
A busca bibliográfica foi realizada nos meses de maio e junho de 2009 e,
durante esse período, cada base foi acessada em um único dia e, no mesmo dia,
era esgotada a busca por publicações. Cada página de busca foi gravada e a
seleção das publicações de cada base foi realizada nos dias subsequentes. Os
processos de busca bibliográfica foram efetuados independentemente por base de
dados e, para fins de esclarecimento, são apresentados nos diagramas adiante.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
Figura 5 –
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados Cinahl.
Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
Base de dados
Descritores não controlados
Estudos disponíveis eletronicamente nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol
Critério de inclusão: (1ª leitura)
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18 anos
como foco principal
Critério de exclusão:
Estudos repetidos
Critérios de exclusão: (2ª leitura)
Editoriais
Cartas ao editor
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Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados Cinahl.
Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
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60
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados Cinahl.
Cinahl
Falls OR Risk
for falls OR
Falls
prevention
802
202
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18 anos
171
102
31
21
Introdução
Figura 6 –
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados
Pubmed. F
ortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
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ortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
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61
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados
Pubmed
Falls OR Risk
for falls OR
Falls
prevention
858
99
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18 anos
88
34
34
13
Introdução
Figura 7
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados Lilacs.
Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
Base de dados
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Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
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62
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados Lilacs.
Lilacs
Queda OU
Risco de
queda OU
Prevenção de
queda
364
30
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18 anos
30
11
11
4
Introdução
Figura 8 –
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados
Dedalus. Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
Base de dados
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Estudo
s selecionados nesta base de dados
Desenvolvimento do estudo
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados
Dedalus. Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
Estudos disponíveis eletronicamente nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18 anos
de idade sob tratamento hospitalar
como foco principal
Estudos que não abordam temática relevante ao alcance do objetivo da revisão
3ª leitura: Estudos sem conceitos relevantes foram excluídos
s selecionados nesta base de dados
63
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados
Dedalus
Queda OU
Risco de
queda OU
Prevenção de
queda
251
8
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18 anos
8
8
4
4
Introdução
Figura 9 –
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados
Cochrane. Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
Base de dados
Descritores não controlados
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Critério de inclusão: (1ª leitura)
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18
anos de idade sob tratamento hospitalar
Critério de exclusão:
Estudos repetidos
Critérios de exclusão: (2ª leitura)
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Desenvolvimento do estudo
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados
Cochrane. Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
Estudos disponíveis eletronicamente nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18
anos de idade sob tratamento hospitalar
como foco principal
Estudos que não abordam temática relevante ao alcance do objetivo da revisão
3ª leitura:Estudos sem conceitos relevantes foram excluídos
selecionados nesta base de dados
64
Diagrama do processo de seleção dos estudos da Base de Dados
Cochrane
Falls OR Risk
for falls OR Falls
prevention
256
3
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima de 18
3
3
0
Introdução
Após o procedimento da
mencionadas, selecionamos um total de 4
final
para a revisão integrativa
divulgados no Apêndice B.
Figura 10
Diagrama do processo de seleção final dos estudos. Fo
Fonte: Própria pesquisadora.
Esclarecemos que, apesar da recomendação
para que a
busca e a seleção
preferencialmente por dois
apresentou a limitação de ter sido executada por apenas uma pesquisadora.
conta disso, preferimos incluir o maior número possível de artigos nas
de busca e proceder posteriormente
de leitura de cada material. Assim, acreditamos ter levantado uma quantidade
considerável de componentes para a
seguir.
Definição das informações extraídas dos estudos selecion
categorização dos est
udos
Categorias temáticas
Para estabelecer quais informações seriam extraídas de cada publicação,
ocorreu um processo extenso
e setembro de 2009.
Durante
triagem de trechos que considerávamos pertinentes à nossa an
mediante fichamento. P
elo
recurso
metodológico da análise de conceito proposta por Walker e Avant (2005), as
palavras-cha
ve para a sele
antecedentes de quedas, consequentes de quedas e à
operacionais de cada indicador do resultado Comportamento de prevenção de
Cinahl
21
Pubmed
13
Desenvolvimento do estudo
Após o procedimento da
busca
bibliográfica nas bases de d
mencionadas, selecionamos um total de 4
2
publicações que compuseram a amostra
para a revisão integrativa
, como consta no Diagrama 6
. Se
divulgados no Apêndice B.
Diagrama do processo de seleção final dos estudos. Fo
Fonte: Própria pesquisadora.
Esclarecemos que, apesar da recomendação
de Polit, Beck, Hungler
busca e a seleção
dos artigos incluídos na revisão
preferencialmente por dois
revisores de forma independente,
esta
apresentou a limitação de ter sido executada por apenas uma pesquisadora.
conta disso, preferimos incluir o maior número possível de artigos nas
de busca e proceder posteriormente
à exclusão dos estudos,
mediante t
de leitura de cada material. Assim, acreditamos ter levantado uma quantidade
considerável de componentes para a
categorização dos estudos
Definição das informações extraídas dos estudos selecion
udos
Para estabelecer quais informações seriam extraídas de cada publicação,
ocorreu um processo extenso
e profundo de leitura, executado
entre os meses
Durante
a leitura de cada estu
do selecionado
triagem de trechos que considerávamos pertinentes à nossa an
elo
fato
de a revisão integrativa ter sido empregada como
metodológico da análise de conceito proposta por Walker e Avant (2005), as
ve para a sele
ção desses trechos referiam-se à
definição de quedas,
antecedentes de quedas, consequentes de quedas e à
s definições
operacionais de cada indicador do resultado Comportamento de prevenção de
Lilacs
4
Dedalus
4
Cochrane
Zero
65
bibliográfica nas bases de d
ados
publicações que compuseram a amostra
. Se
us resumos estão
Diagrama do processo de seleção final dos estudos. Fo
rtaleza, 2010.
de Polit, Beck, Hungler
(2004)
dos artigos incluídos na revisão
fossem realizadas
esta
etapa do estudo
apresentou a limitação de ter sido executada por apenas uma pesquisadora.
Por
conta disso, preferimos incluir o maior número possível de artigos nas
etapas iniciais
mediante t
rês etapas
de leitura de cada material. Assim, acreditamos ter levantado uma quantidade
categorização dos estudos
apresentados a
Definição das informações extraídas dos estudos selecion
ados/
Para estabelecer quais informações seriam extraídas de cada publicação,
entre os meses
julho
do selecionado
, efetuamos a
triagem de trechos que considerávamos pertinentes à nossa an
álise de conceito,
de a revisão integrativa ter sido empregada como
metodológico da análise de conceito proposta por Walker e Avant (2005), as
definição de quedas,
s definições
constitutivas e
operacionais de cada indicador do resultado Comportamento de prevenção de
Cochrane
Zero
Total
42
Introdução
66
quedas. Seguinte a isso, foram criadas categorias temáticas referentes a cada uma
dessas palavras-chave e, as informações extraídas foram sintetizadas e
armazenadas em quadros relativos às respectivas categorias.
A partir desta seleção e extração de trechos textuais, surgiram duas grandes
categorias temáticas e suas subcategorias.
1. Conceito de quedas (categoria relativa à questão norteadora: Qual a definição de
quedas?)
2. Indicadores clínicos do Comportamento de prevenção de quedas (categoria
relativa às questões norteadoras: Que elementos compõem a avaliação do
Comportamento para Prevenção de Quedas? Como os elementos que compõem a
avaliação do Comportamento para Prevenção de Quedas podem ser mensurados?)
A primeira grande categoria temática foi pertinentemente abordada mediante
a análise de conceito proposta por Walker e Avant (2005), exposta posteriormente à
revisão integrativa.
A segunda grande categoria temática foi explicitada na sexta etapa da revisão
integrativa, referente à síntese do conhecimento.
Caracterização dos estudos incluídos na revisão integrativa
Efetuamos a caracterização das publicações durante o mês de outubro de
2009, mediante a classificação das forças de evidências para a avaliação de
pesquisas proposta por Melnyk, Fineout-Overholt (2005 apud MENDES, SILVEIRA,
GALVÃO, 2008), exposta no Quadro 4.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
67
Nível de evidência
Força de evidência
Nível 1: as evidências são provenientes de revisão sistemática ou metanálise
de todos relevantes ensaios clínicos randomizados controlados ou oriundas de
diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de ensaios clínicos
randomizados controlados;
Mais fortes
Menos forte
Nível 2: evidências derivadas de pelo menos um ensaio clínico randomizado
controlado bem delineado;
Nível 3:
evidências obtidas de ensaio
s clínicos bem delineados sem
randomização;
Nível 4: evidências provenientes de estudos de coorte e de caso
-
controle bem
delineados;
Nível 5: evidências originárias de revisão sistemática de estudos descritivos e
qualitativos;
Nível 6: evidências de
rivadas de um único estudo descritivo ou qualitativo;
Nível 7: evidências oriundas de opinião de autoridades e/ou relatório de
comitês de especialistas.
Quadro 4 – Classificação dos níveis de evidência para a caracterização dos estudos.
Fonte: MELNYK, FINEOUT-OVERHOLT (2005 apud MENDES, SILVEIRA,
GALVÃO, 2008).
Para tanto, informações fundamentais sobre os estudos (Apêndice B) foram
extraídas com base no instrumento desenvolvido por Silveira (2005) (Apêndice C), o
qual possibilitou explorar: a identificação do autor e do artigo, os objetivos propostos,
o referencial teórico utilizado, as características metodológicas, os resultados e
conclusões obtidas.
Interpretação dos resultados
A seguir, estão sintetizadas e expostas todas as evidências sobre quedas,
prevenção de quedas e fatores de risco para quedas em pacientes obtidas mediante
a análise das publicações previamente selecionadas.
Quanto a tais evidências, 42 publicações responderam a pelo menos uma das
questões norteadoras da revisão integrativa e a distribuição desses artigos encontra-
se na tabela adiante.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
68
Tabela 1 - Distribuição das publicações, segundo a força de evidência estabelecida
e o delineamento do estudo, Fortaleza, 2010.
Força de evidência
Delineamento
FA
%
I
Revisão Sistemátic
a
1
2
4,76
Diretrizes Clínicas
1
II
Estudo Clínico Randomizado Controlado
1
1
2,38
III
-
-
-
IV
Estudo Retrospectivo bem delineado
2
6
14,29
Estudo de Coorte bem delineado
3
Caso
-
controle
1
V
Revisão sistemática d
e estudos descritivos
2
2
4,76
VI
Estudo Epidemiológico
1
Transversal
12
Protocolo de ECRC
1
Estudo de validação
1
19
45,24
Construção de instrumento
1
Coorte sem bom delineamento
2
Estudo qualitativo
1
VII
Revisão de
Literatura
5
12
28,57
Perspectiva de especialistas
7
Total
42
100
Conforme podemos observar, entre os estudos analisados, destacam-se as
pesquisas com delineamento transversal (28,57%) e as perspectivas de
especialistas (16,66%).
Os estudos transversais são importantes, pois descrevem situações, status do
fenômeno de interesse ou relações entre fenômenos em um ponto fixo, além do que
são econômicos e fáceis de controlar (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004). No entanto,
alguns dos estudos transversais selecionados reconheceram em suas pesquisas a
maior limitação deste tipo de delineamento: são mais fracos do que estudos
longitudinais e apresentam dificuldade nas inferências, no momento de interpretação
dos resultados, sobretudo no que diz respeito à causalidade (SHARAF; IBRAHIM,
2008; FINKELSTEIN et al., 2007; OZCAN et al., 2005). Assim, conforme admitem os
próprios pesquisadores, estes resultados devem ser interpretados com cautela,
como prova de associação e não como de causalidade. Principalmente com relação
ao risco de quedas, estudos longitudinais seriam mais úteis na análise da relação
causal.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
69
As perspectivas de especialistas não se configuram como pesquisa, pois não
possuem metodologia, mas ainda assim estão inseridas na classificação hierárquica
dos níveis de evidência propostos por Melnyk, Fineout-Overholt (2005), mesmo que
no nível mais fraco de evidência. Tais publicações tornam-se importantes para o
nosso estudo por reunirem experiências respeitáveis de autoridades no tema
“quedas”, como Julie Swann (2007 a; 2007b; 2008a; 2008b) e seus quatro artigos na
perspectiva da prevenção de quedas.
Ainda sobre os níveis de evidência, segundo demonstrado na Tabela 1, a
maioria das publicações analisadas possuem delineamentos tipicamente descritivo,
relativos aos níveis VI e VII e, por isso, não representa evidência clínica forte. Ao
considerar o nível de evidência um fundamento para a abordagem do cuidado clínico
e do ensino, este resultado confirma a necessidade de melhoria no nível das
pesquisas de enfermagem (GALVÃO; SAWADA; TREVISAN, 2004), notadamente
sobre a temática em estudo. Mas, por tratar-se de um material de base para análise
de conceito, constatamos que tais estudos possuem elementos conceituais
importantes para fomentar a etapa posterior, e por isso, foram adotados.
Tabela 2- Distribuição dos artigos conforme o país, ano de publicação, área,
sujeitos, foco do estudo, cenário, fatores de risco para quedas e periódico. Fortaleza,
2010.
Variável
FA
%
País
Outros
12
28,58
Estados Unidos
8
19,05
Brasil
7
16,67
Austrália
5
11,90
Reino Unido
5
11,90
Não mencionado
5
11,90
Total
42
100,00
Ano de publicação
Anteriores a 2005
10
23,80
2005
6
14,29
2006
6
14,29
2007
9
21,43
2008
10
23,80
2009
1
2,39
Total
42
100,00
Área
Fisioterapia
1
2,38
Terapia Ocupacional
5
11,90
Não mencionada
6
14,28
Medicina
14
33,34
Enfermagem
16
38,09
Total
42
100,00
Área do periódico
Enfermagem em reabilitação e
3
7,14
(Continua)
Desenvolvimento do estudo
Introdução
70
segurança paciente
Demais áreas da saúde
5
11,90
Dissertação/Tese
4
9,53
Enfermagem geral
7
16,67
Publicações médicas
8
19,05
Enfermagem em outras especialidades
15
35,71
Total
42
100
Descritores
Controlados
/
Não controlados
31
73,81
Nenhum
11
26,19
Total
42
100
S
ujeitos
Adultos e idosos
18
42,86
Idosos
24
57,14
Total
42
100
Temática do
estudo
Avaliação de enfermagem sobre o risco
de quedas
1
2,38
Educação para prevenção de quedas
1
2,38
Escala de avaliação de fatores de risco
para a ocorrência de quedas
6
14,29
Fatores de risco
para a ocorrência de
quedas
34
80,95
Total
42
100,00
Cenário
Hospital e casa de repouso
1
2,38
Casa de repouso
6
14,
30
Hospital
10
23,80
Domicílio
10
23,80
Não mencionado
(não
pesquisas)
1
5
35,72
Total
42
100,00
Fatores de risco para quedas
Nº vezes citados nas publ
icações
Idade avançada
10
Condições médicas propensoras
10
Problemas no equilíbrio
11
Condições ambientais propensoras
13
Mobilidade, deambulação, marcha ou flexibilidade alteradas
13
Déficits sensoriais
19
Outros
61
Conforme podemos observar na Tabela 2, os artigos se concentraram nos
Estados Unidos da América (19,05%) e Brasil (16,67%), desenvolvidos
principalmente pela enfermagem e medicina, embora divulgados, sobretudo, em
periódicos da área dica. Verificamos que outras profissões consideradas
próximas à enfermagem (fisioterapia e terapia ocupacional) também publicaram
sobre a temática “quedas”, notadamente com relação à prevenção, conquanto a
maioria esteja no formato de opinião de especialistas, com baixo nível de evidência
e haja uma revisão sistemática de estudos descritivos (SWANN, 2008; SWANN,
2007; PING; MCMASTER; HENG, 2008).
Percebemos um incremento progressivo na produção científica neste âmbito,
exceto em 2009, uma vez que foram levantadas publicações até a metade daquele
Desenvolvimento do estudo
Introdução
71
ano. Quanto à faixa etária dos sujeitos, percebemos uma equivalência entre adultos
e idosos (42,86%) e somente idosos (57,14%), possivelmente por haver cada vez
mais a consciência de que o fenômeno das quedas não é exclusivo de crianças ou
pessoas mais velhas, como confirma revisão sistemática (EVANS et al., 2001).
Com referência ao uso de descritores, sejam eles controlados ou não,
observamos que 11 publicações (26,19%) não os mencionaram, possivelmente por
não haver espaço no periódico para isso. O único descritor controlado disponível e
compatível com o tema, tanto no vocabulário estruturado e trilíngue DeCS -
Descritores em Ciências da Saúde como no MeSH (Medical Subject Headings da
U.S. National Library of Medicine) foi accidental falls, adotado por somente cinco
artigos (11,90%). Assim, consideramos prudente nossa opção por utilizar na busca
bibliográfica descritores não controlados, também conhecidos como unitermos ou
palavras-chave. Caso contrário, poderíamos ter subtraído publicações essenciais à
construção da análise de conceito sobre “quedas”.
Quanto à temática, os fatores de risco para a ocorrência de quedas foram
abordados pela grande maioria dos artigos (80,95%), seguidos pela construção ou
validação de escalas de avaliação de fatores de risco (14,29%). Conforme
observamos nos estudos identificados, a divulgação de estratégias educativas para
a prevenção de quedas, preconizadas pela Promoção da Saúde mediante a
Declaração de Sundsvall (OPAS, 2007), mostrou-se ainda incipiente, e por isso,
deve ser mais incentivada (BONNER et al., 2008; PETERSON; BERNS, 2006).
A gestão ambiental, realizada por meio da avaliação dos registros de
enfermagem sobre fatores de risco para a ocorrência de quedas, foi foco de apenas
um artigo, insuficiente do ponto da administração em enfermagem, porém tão
essencial para a prevenção de quedas quanto às demais áreas publicadas.
Com relação ao cenário, nos artigos de pesquisa, identificamos igualdade
entre estudos em hospital e domicílio, inclusive sobre a temática prevenção de
quedas. Com isso, ponderamos que o paradigma de prevenção e promoção da
saúde referente a “quedas” possivelmente esteja modificando-se, ao transpor a
esfera da saúde comunitária e incluindo-se também no espaço hospitalar, e, quiçá,
contribuindo para a promoção de ambientes mais favoráveis à saúde de seus
pacientes, como preconiza a Declaração de Budapeste: hospitais promotores da
saúde (WHO, 1991).
Desenvolvimento do estudo
Introdução
72
Concernente aos fatores de risco para quedas identificados nas publicações,
verificamos, de forma decrescente, o predomínio de estudos sobre os déficits
sensoriais (visuais, auditivos ou proprioceptivos); condições ambientais propensoras
de quedas; mobilidade, deambulação, marcha ou flexibilidade alteradas; problemas
no equilíbrio; condições médicas propensoras de quedas ou idade avançada.
Apresentação da revisão/síntese do conhecimento
Como síntese do conhecimento, a seguir, no quadro 5, explicitamos os fatores
de risco para quedas encontrados na literatura e sua equivalência com fatores
abordados pelo diagnóstico de enfermagem da NANDA-I Risco de quedas e com os
indicadores do resultado de enfermagem Comportamento de prevenção de quedas.
Fatores de risco identificados na
literatura
Indicador
referente
ao resultado de
enfermagem NOC Comportamento de
prevenção de quedas correspondente
Fator
de risco do diagnóstico de
enfermagem Risco de quedas
correspondente
Idade avançada
NÃO SE APLICA
Idade acima de 65 anos
Condições médicas propensoras
NÃO SE APLICA
Anemias
Artrite
Condições pós
-
operatórias
Diarréia
Do
ença vascular
Hipotensão ortostática
Mudanças nas taxas de açúcar após
as refeições
Neoplasias
Neuropatia
Presença de doença aguda
Problemas no equilíbrio
NÃO SE APLICA
Equilíbrio prejudicado
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Fal
ta de sono
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Morar sozinho
Condições ambientais propensoras
Colocação de barreiras para evitar quedas
NENHUM CORRESPONDENTE
Colocação de corrimãos conforme a
necessidade
NENHUM CORRESPONDENTE
Eliminação de ág
ua derramada, manchas
brilhantes e acúmulo de objetos no chão
Ambiente com móveis e objetos em
excesso
Condições climáticas (pisos
molhados)
Prender pequenos tapetes
Tapetes espalhados pelo chão
Providência para remoção de neve e gelo
de superfícies usadas por pedestres
Condições climáticas (gelo)
Uso adequado de banquinhos e escadas
NENHUM CORRESPONDENTE
Adaptação da altura do vaso sanitário
conforme a necessidade
NENHUM CORRESPONDENTE
Adaptação da altura das cadeiras
conforme necessário
NENHU
M CORRESPONDENTE
Adaptação da altura da cama conforme a
necessidade
NENHUM CORRESPONDENTE
Uso de tapetinhos de borracha na
banheira/chuveiro
Ausência de material antiderrapante
na banheira
Ausência de material antiderrapante
no boxe do chuveiro
Desenvolvimento do estudo
Introdução
73
U
so de barras de segurança para as mãos
NENHUM CORRESPONDENTE
Uso de procedimento seguro de
transferência
NENHUM CORRESPONDENTE
Uso de iluminação adequada
Pouca iluminação
Uso de grades de cama
NENHUM CORRESPONDENTE
Imobilização
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Quarto não
familiar
Mobilidade, deambulação, marcha
ou flexibilidade alteradas
Uso correto de mecanismos auxiliares
Uso de cadeira de rodas
Uso de dispositivos auxiliares
Provisão de auxílio pessoal
NÃO SE APLICA
Dificuldade
na marcha
NÃO SE APLICA
Mobilidade física prejudicada
Déficits sensoriais
Uso de recursos de correção da visão
Déficits proprioceptivos
Dificuldades auditivas
Dificuldades visuais
Sexo feminino
NÃO SE APLICA
NENHUM CORRESPONDENTE
Peso abaixo ou
acima do normal
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Atividade física incipiente
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Medicamentos propensores de
quedas
Uso de precauções ao tomar
medicamentos que aumentam o risco de
quedas
Agentes ansiolí
ticos
Agentes anti
-
hipertensivos
Antidepressivos tricíclicos
Diuréticos
Hipnóticos
Inibidores da ECA
Narcóticos
Tranq
u
ilizantes
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Uso de álcool
Estado mental/cognitivo alterado
Controle da ag
itação e inquietação
Estado mental rebaixado
História de quedas
NÃO SE APLICA
História de quedas
Medo de cair
NENHUM CORRESPONDENTE
NENHUM CORRESPONDENTE
Dependência de cuidados
NÃO SE APLICA
NENHUM CORRESPONDENTE
Roupas ou calçados inadequados
Uso de
sapatos amarrados e do tamanho
adequado
NENHUM CORRESPONDENTE
Depressão
NÃO SE APLICA
NENHUM CORRESPONDENTE
Força diminuída
NÃO SE APLICA
Força diminuída nas extremidades
inferiores
Anormalidade de membros
Uso correto de mecanismos auxiliares
Prótese de
membro inferior
NÃO SE APLICA
Problemas nos pés
Fraqueza
Uso correto de mecanismos auxiliares
Provisão de auxílio pessoal
NENHUM CORRESPONDENTE
Tempo de reação diminuído
Uso correto de mecanismos auxiliares
NENHUM CORRESPONDENTE
Tontura/vertigem
Prov
isão de auxílio pessoal
Vertigem ao estender o pescoço
Vertigem ao virar o pescoço
Incontinência
/urgência
NENHUM CORRESPONDENTE
Incontinência
NENHUM CORRESPONDENTE
Urgência
Quadro 5 Correspondência entre os fatores de risco para quedas identificados na
literatura, os indicadores referentes ao resultado de enfermagem NOC
Comportamento de prevenção de quedas e os fatores de risco do diagnóstico de
enfermagem Risco de quedas. Fortaleza, 2010. Fonte: Própria pesquisadora.
Os fatores de risco abordados na primeira coluna do Quadro 5 foram
mencionados como foco dos estudos levantados, embora outros fatores fossem
referidos no decorrer do artigo.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
74
A maioria dos fatores de risco identificados possui um indicador referente ao
resultado de enfermagem NOC Comportamento de prevenção de quedas
correspondente; em contrapartida, nem todos os indicadores foram contemplados
pela literatura.
Ao avaliar os indicadores do resultado de enfermagem NOC Comportamento
de prevenção de quedas, verificamos que alguns não se aplicam aos fatores de
risco identificados na literatura, outros não poderiam ser mensurados, mediante
avaliação de um comportamento, a exemplo da idade avançada, problemas no
equilíbrio, sexo feminino, história de quedas, dependência de cuidados, depressão e
força diminuída. Determinados fatores de risco são avaliados por outros resultados
de enfermagem NOC, inclusive referentes ao diagnóstico de enfermagem Risco de
quedas.
Conforme observamos, 13 dos 19 indicadores em questão dizem respeito a
comportamentos relacionados a fatores de risco ambientais, enquanto que fatores
de risco como medo de cair, peso abaixo ou acima do normal, atividade física
incipiente e incontinência ainda não são contemplados pela taxonomia NOC,
merecendo a construção de novos indicadores nesse sentido.
Sobre o fator de risco “déficits sensoriais”, a taxonomia NOC apresenta
apenas “Uso de recursos de correção da visão” e com isso, não contempla nem as
evidências encontradas e nem os fatores de risco da NANDA-I, os quais incluem os
déficits auditivos e proprioceptivos, tornando clara também a necessidade do
desenvolvimento de indicadores correspondentes a esses.
Situação semelhante ocorre com relação ao fator de risco para quedas
“Roupas ou calçados inadequados”, assinalados pelas publicações. O único
indicador NOC correspondente é “Uso de sapatos amarrados e do tamanho
adequado”, insuficiente do nosso ponto de vista, por incluir apenas sapatos e por
considerar que usar sapatos amarrados e do tamanho adequado são suficientes
para referir-se a um comportamento de prevenção de quedas. A NANDA-I (2010),
quanto a isso, não assinala nenhum fator de risco. Assim, ponderamos que tanto a
elaboração de um novo indicador NOC para uso de roupas adequadas, quanto a
modificação do rótulo do indicador referente a calçados são necessárias.
Com referência aos fatores de risco do diagnóstico de enfermagem Risco de
quedas, a “Imobilização”, correspondente ao “Uso de grades de cama” identificado
na literatura, não possui equivalente na taxonomia NOC. No entanto, o
Desenvolvimento do estudo
Introdução
75
desenvolvimento de um indicador nesse aspecto não se torna possível, no
momento, devido à falta de consenso entre os estudos sobre quando empregar as
grades de cama (PING; MCMASTER; HENG, 2008; HOFFMAN et al., 2003).
Os fatores de risco da NANDA-I “Morar sozinho”, “Uso de álcool” e “Quarto
não familiar” não apresentaram indicador NOC e nem julgamos necessário, pois,
apesar de coerentes, o foram apresentadas na literatura evidências fortes que
comprovassem a relação entre eles e a ocorrência de quedas.
Sobre os indicadores clínicos do Comportamento de prevenção de quedas
apresentamos a seguir os resultados encontrados na literatura correspondente à
categoria relativa às questões norteadoras: Que elementos compõem a avaliação do
Comportamento para Prevenção de Quedas? Como os elementos que compõem a
avaliação do Comportamento para Prevenção de Quedas podem ser mensurados?).
Os resultados estão expostos nas subcategorias “a” até “u”, concernente a
cada um dos indicadores referentes ao resultado de enfermagem NOC
Comportamento de prevenção de quedas.
a. Adaptação da altura de cadeiras
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Evita utilizar as cadeiras que são
demasiadamente baixas para sentar-
se e difíceis para levantar-se.
Akyol, A.D.
Falls in the elderly: what can be
done? International Nursing Review, v. 54,
p. 191–196, 2006.
Cinahl
-
Não se levanta apressadamente
-Não utiliza cadeiras para alcançar
objetos altos
Clemson, L.; Bundy, A. C. Cumming, R. G.;
Kay, L.; Luckett, T. Validating the Falls
Behavioural (FaB) scale for older people: A
Rasch analysis. Disability and
Rehabilitation, v. 30, n.7, p. 498 506,
2008.
Cinahl
-
Evita c
adeiras que são muito baixas,
muito altas ou muito macias que
dificultam sentar e/ou levantar.
-Evita sentar em cadeiras sem apoio
de braço
Swann, J. Fall prevention is everyone's
responsibility. Nursing e Residential Care,
June, v. 10, n. 06, p. 294-298, 2008.
Cinahl
-
Não sobe
em cadeira para pegar
objetos localizados em níveis
elevados.
Telles, A. C. M.
Prevalência, incidência,
fatores preditivos e impacto das quedas
entre pessoas idosas no município de
São Paulo: uma análise longitudinal. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2008.
Dedalus
-
Utiliza cadei
ra/poltrona
com
apoio
lateral
-Não utiliza cadeira/poltrona com
assento muito alto ou muito baixo.
Lange, C.
Acidentes domésticos em
idosos com diagnóstico de demência
atendidos em um ambulatório de Ribeirão
Preto, SP. Tese (Doutorado) Universidade
de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.
Dedalus
Quadro 6 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Adaptação da altura de cadeiras” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
76
b. Uso adequado de banquinhos e escadas
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Sobe e desce os degraus lentamente
-Sobe e desce apoiando todo o no
degrau
-Não tenta apanhar objetos enquanto está
subindo ou descendo os degraus
-Utiliza o corrimão em ambos os lados da
escada
-Utiliza o corrimão em um lado da escada
Akyol, A.D.
Falls in the elderly:
what can be done? International
Nursing Review, v. 54, p. 191–
196, 2006.
Cinahl
-
Sobe ou desce um degrau por vez co
m
concentração
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.; Luckett,
T. Validating the Falls
Behavioural (FaB) scale for older
people: A Rasch analysis.
Disability and Rehabilitation, v.
30, n.7, p. 498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Subir em banquinho para
pegar objetos
localizados em níveis elevados.
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos e
impacto das quedas entre
pessoas idosas no município
de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2008.
Dedalus
Quadro 7 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso adequado de banquinhos e escadasidentificadas na literatura
de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
c. Uso de barras de segurança para as mãos
DEF. CO
NSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Utiliza barras de apoio na banheira ou chuveiro
-Utiliza barras de apoio no vaso sanitário
Akyol, A.D.
Falls in the elderly:
what can be done?
International Nursing Review,
v. 54, p. 191–196, 2006.
Cinahl
-
Utiliza a saboneteira ou a toalheira para entrar
ou sair do Boxe ou para tomar banho.
Lange, C.
Acidentes
domésticos em idosos com
diagnóstico de demência
atendidos em um ambulatório
de Ribeirão Preto, SP. Tese
(Doutorado) Universidade de
São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.
Dedalus
-
Utiliza barras de apoio na banheira ou
chuveiro
Rubenstein, L. Z. Falls in older
people: epidemiology, risk
factors and strategies for
prevention.
Age and Ageing, v.
35, p. ii37-ii41, 2006.
Pubmed
Quadro 8- Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de barras de segurança para as mãos” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
d. Adaptação da altura da cama
Desenvolvimento do estudo
Introdução
77
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Ações que visam reduzir o risco de
quedas enquanto o paciente está
deitado ou vai deitar-se em seu
leito
-
Certifica
-
se de que cama está em uma
posição baixa
-Certifica-se de que a cama está com os
freios travados
-Utiliza as grades da cama quando julga
necessário
Akyol, A.D.
Falls in the
elderly: what can be done?
International Nursing
Review, v. 54, p. 191–196,
2006.
Cinahl
-
A
altura da cama do hospital desde o
chão até o topo da superfície do leito na
posição horizontal deve ser ajustável à
altura do joelho dos pacientes
-As camas devem ser medidas do chão
até o topo da parte central da superfície
do colchão.
Tzeng, H. M.; Yin, C. Y.
Heights of occupied patient
beds: a possible risk factor
for inpatient falls. Journal
of Clinical Nursing, v. 17,
p. 1503–1509, 2008.
Cinahl
-
As camas baixas podem tanto prevenir
quedas como minimizar o impacto das
quedas.
Ping, K.; McMaster, F. R.;
Heng, B. H. The
effectiveness of bedrails in
preventing falls. Singapore
Nursing Journal. October-
December, v. 35, n. 4, p.17,
2008.
Cinahl
-
Mantém a cama na posição mais baixa
durante utilização, salvo se impraticável.
-Mantém freios da cama travados
Poe, S. S.; Cvach, M. M.;
Gartrell, D. G.; Radzik, B.
R.; Joy, T. I. An evidence-
based approach to fall risk
assessment, prevention,
and management lessons
learned. J Nurs Care Qual,
v.21, n. 2, p. 107-116,
2005.
Cinahl
-
A
cama do paciente seja baixa o
suficiente para que ele consiga tocar o
chão com seus pés.
Hignett, S.; Masud, T. A
review of environmental
hazards associated with in-
patient falls. Ergonomics,
v. 49, n. 5-6, April- May, p.
605-616, 2006.
Cinahl
-
A cama, incluindo colchão
,
tem altura
superior a 50 cm, aumentando o risco de
cair.
Lange, C.
Acidentes
domésticos em idosos
com diagnóstico de
demência atendidos em
um ambulatório de
Ribeirão Preto, SP. Tese
(Doutorado) Universidade
de São Paulo, Ribeirão
Preto, 2005.
Dedalus
-
D
ormi
r em uma cama com a cabeceira
alta para minimizar a queda repentina da
pressão arterial.
Rubenstein, L. Z. Falls in
older people: epidemiology,
risk factors and strategies
for prevention.
Age and
Ageing, v. 35, p. ii37-ii41,
2006.
Pubmed
Quadro 9 – Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Adaptação da altura da cama” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
78
e. Colocação de corrimãos conforme a necessidade
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na
literatura
-
Utiliza corrimãos em ambos os lados da
escada ou rampa
Akyol, A.D.
Falls in the elderly: what
can be done? International
Nursing Review, v. 54, p. 191–
196, 2006.
Cinahl
-
O uso de corrimãos é
necessário se houver
uma mudança no nível do chão.
Swann, J. Reducing the risk of falls:
part two. Nursing e Residential
Care, April, v. 9, n. 4, p.170-172,
2007.
Cinahl
Quadro 10 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Colocação de corrimãos conforme a necessidade” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
f. Eliminação de água derramada, manchas brilhantes e acúmulo de objetos
no chão
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
-
Para
prevenir deslizamentos, áreas
contaminadas com detergente ou óleo devem
ser evitadas e limpas frequentemente.
Menant, J.C.; Steele, J.R.;
Menz, H.B.; Munro, B.J.
Lord, S.R. Optimizing
footwear for older people at
risk of falls. JRRD, v. 45, n.
8, p. 1167–1182, 2008.
Cinahl
Diminuir ou eliminar riscos
como obstáculos e objetos
soltos pelo chão, mantendo
o ambiente organizado.
Akyol, A.D.
Falls in the
elderly: what can be done?
International Nursing
Review, v. 54, p. 191–196,
2006.
Cinahl
-
Ao andar, obse
rva os perigos em potencial
para desviá-los ou retirá-los.
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the
Falls Behavioural (FaB)
scale for older people: A
Rasch analysis. Disability
and Rehabilitation, v. 30,
n.7, p. 498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Cabos de equipamentos soltos representam
perigo para tropeços.
-O chão empoeirado é propensor de
escorregões assim como se o chão estivesse
molhado.
Swann, J. Reducing the
risk of falls: part two.
Nursing e Residential
Care, April, v. 9, n. 4,
p.170-172, 2007.
Cinahl
-
Mantém a ordem do quarto, especialmente
piso livre de obstáculos (com especial
atenção para o caminho entre cama e o
banheiro e a cama e a cômoda)
-Mantém os objetos mais utilizados ao
alcance das mãos.
Poe, S. S.; Cvach,
M. M.;
Gartrell, D. G.; Radzik, B.
R.; Joy, T. I. An evidence-
based approach to fall risk
assessment, prevention,
and management lessons
learned. J Nurs Care Qual,
v.21, n. 2, p. 107-116,
2005.
Cinahl
Quadro 11 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Eliminação de água derramada, manchas brilhantes e acúmulo de
objetos no chão” identificadas na literatura de acordo com referência e base de
dados. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
79
g. Proporcionar iluminação adequada
DEF.
CONST
ITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
-
Utiliza
iluminação no quarto à noite
- Mantém a iluminação no banheiro à noite
Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin,
W.C.; Kernohan, G.
Assessing Risk of Falling in
Older Adults. Public Health
Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–
411, 2003.
Cinahl
-
Verifica a iluminação durante o dia para
certificar-se que haverá uma iluminação
adequada durante a noite
Akyol, A.D.
Falls in the
elderly: what can be done?
International Nursing
Review, v. 54, p. 191–196,
2006.
Cinahl
Ajustar a i
luminação para
adequar-se à capacidade de
enxergar
-
Utiliza iluminação para levantar
-
se à noite
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the
Falls Behavioural (FaB) scale
for older people: A Rasch
analysis. Disability and
Rehabilitation, v. 30, n.7, p.
498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Utiliza óculos escuros em caso de
fotossensibilidade.
Swann, J. Visual
impairments: environmentai
considerations. Nursing e
Residential Care, February,
v. 10, n. 2, p.90-92, 2008.
Cinahl
-
Vai ao b
anheiro à noite com as luzes
acesas
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores
preditivos e impacto das
quedas entre pessoas
idosas no município de
São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese
(Doutorado) Universidade
de São Paulo, São Paulo,
2008.
D
edal
us
Quadro 12 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Proporcionar iluminação adequada identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
h. Uso correto de mecanismos auxiliares
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
-
Usa bengala disponível sempre que
necessário
-Usa andador disponível sempre que
necessário
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the Falls
Behavioural (FaB) scale for
older people: A Rasch
analysis. Disability and
Rehabilitation, v. 30, n.7, p.
498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Utiliza cadeira de rodas, bengala,
andador, apoio de quatro pontos.
(Continua)
Úden, G.; Ehnfors, M.;
Sjöström, K. Use of initial risk
assessment and recording as
the main nursing intervention
and identifying risk of falls.
Journal of Advanced
Nursing, v.29, n.1, p. 145-152,
Cinahl
Desenvolvimento do estudo
Introdução
80
1999.
-
Uso adequado e correto de
andadores ou outras
tecnologias assistivas para a
prevenção de quedas.
-
U
tiliza, se necessário, bengala, andador,
muleta, cadeiras de rodas.
Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler,
M. Evidence-based protocol fall
prevention for older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 9-14,
2005.
Cinahl
-
Mecanismos auxiliares ta
mbém devem
ser verificados para garantir que todas as
porcas, parafusos e rebites estão intactos
e não existem peças soltas.
-Os locais de pega do mecanismo
auxiliar, bem como o formato devem
assegurar uma boa aderência.
Swann, J. Reducing the risk of
falls: part two. Nursing e
Residential Care, April, v. 9, n.
4, p.170-172, 2007.
Cinahl
-
Uso correto de mecanismos de
tecnologia assistiva à
dificuldade de deambular
-
Andador, bengala ou cadeiras de rodas.
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos
e impacto das quedas entre
pessoas idosas no município
de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese
(Doutorado) Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2008.
Dedal
us
Quadro 13 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso correto de mecanismos auxiliares” identificadas na literatura
de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
i. Uso de precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de
quedas
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFER
ÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
F
az uma pausa entre sentar
-
se e levantar
-
se
para assegurar o equilíbrio.
-Tenta fazer as coisas em um ritmo mais
lento
-Quando de pé, vira-se lentamente
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the Falls
Behavioural (FaB) scale for
older people: A Rasch analysis.
Disability and Rehabilitation,
v. 30, n.7, p. 498 – 506, 2008.
Cinahl
-
No uso de neurolépticos, sedativos, laxantes
intestinais ou outra medicação que aumenta
o risco de queda, descansa e espera por um
tempo curto quando se levantar da cama.
Úden, G.; Ehnfors, M.;
Sjöström, K. Use of initial risk
assessment and recording as
the main nursing intervention
and identifying risk of falls.
Journal of Advanced Nursing,
v.29, n.1, p. 145-152, 1999.
Cinahl
-
M
edicamentos
como antidepressivos
tricíclicos, benzodiazepínicos, bloqueadores
alfa-adrenégicos podem causar alterações
psicomotoras, enquanto que os bloqueadores
do canal de cálcio podem causar hipotensão,
todos esses aumentando, assim, o risco de
quedas.
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amaral,
F
.
S
.;
Martins, I.B.; Bertassi, V.C.
Identificando os fatores
relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco de Quedas”
entre idosos. Rev Bras
Enferm, Set/Out, v. 57, n. 5, p.
560-4, 2004.
Lilacs
-
As drogas mais freq
u
entemente
relacionadas às quedas são:
sedativos/hipnóticos, antidepressivos,
diuréticos, anti-hipertensivos,
vasodilatadores, antiinflamatórios não-
Guimarães, J. M. N.; Fariinatti,
P. de T. Análise descritiva de
variáveis teoricamente
associadas ao risco de quedas
em mulheres idosas. Rev Bras
Lilacs
(Continua)
Desenvolvimento do estudo
Introdução
81
ester
o
ides, analgésicos,
digitálicos e
medicação tópica ocular. A possibilidade de
risco de quedas com referência aos
medicamentos cardiovasculares não pode
ser descartada, em virtude de efeitos
colaterais como bradicardia, hipotensão,
sonolência e fadiga, no caso dos diuréticos.
O efeito dos medicamentos oculares sobre
as quedas é, provavelmente, de ordem mais
sistêmica (hipotensão, bradicardia e síncope)
do que local (constrição da pupila).
Me
d Esporte
, Set/Out
,v
. 11,
n.
5, p. 299-305, 2005.
-
Os m
edicamentos em ordem de risco
para
ocorrência de quedas são:
1º:
Benzodiazepínicos: parecem originar a
maioria dos problemas neste sentido,
2º:
Antihipertensivos: considerados em
segundo lugar após os sedativos, podem
influenciar nas quedas devido à hipotensão
postural ou diminuindo o fluxo sanguíneo
cerebral.
3º: Diuréticos: podem causam a hipotensão
especialmente quando usado em doenças
cardíacas.
4º: Fenotiazinas: podem causar reações
extrapiramidais e parkinsonismo. Pode
explicar alguma associação com as quedas.
5º:
Os antidepressivos tricíclicos: aumentam
a propensão a quedas, principalmente
quando associados com outras drogas que
podem causar hipotensão postural. Ademais,
este grupo conduz a problemas na
frequência cardíaca e efeito anticolinérgicos.
Sánchez, R. L. G.; Fernández,
M. M. R.; Alfonso, M. de J. F.;
Milián, J. R. G. Caídas en el
anciano. Consideraciones
generales y prevención.
Rev
Cubana Med Gen Integr, v. 15,
n.1, p.98-102., 1999.
Lilacs
-
Medicamentos que provoquem hipotensão
ortostática, hipóxia, hipoglicemia, sonolência
e fraqueza estão frequentemente associados
à ocorrência de quedas. Algumas drogas
catalisam essa ocorrência como os
diuréticos, os sedativos, os vasodilatadores e
os anti-inflamatórios não hormonais.
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos
e impacto das quedas entre
pessoas idosas no município
de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado)
– Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2008.
Dedalus
-
D
ormi
r
em uma cama com a cabeça erguida
para minimizar a queda repentina da pressão
arterial.
-Subir lentamente para deitar-se ou sentar-se
na cama por alguns minutos antes de
levantar-se.
-Evitar refeições pesadas.
Rubenste
in, L. Z. Falls in older
people: epidemiology, risk
factors and strategies for
prevention.
Age and Ageing,
v. 35, p. ii37-ii41, 2006.
Pubmed
Quadro 14 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco
de quedas” identificadas na literatura de acordo com referência e base de dados.
Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
82
j. Providência para remoção de neve e gelo de superfícies usadas por
pedestres
Quadro 15 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Providência para remoção de neve e gelo de superfícies usadas
por pedestres” identificadas na literatura de acordo com referência e base de
dados. Fortaleza, 2010.
k. Provisão de auxílio pessoal
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAL
REFERÊNCIA
BASE
Solicita a
juda de familiares ou
amigos por meio das relações
sociais nas tarefas mais
arriscadas para quedas.
-
O auxílio pessoal mais importante parte
da família, seguida pelos vizinhos e,
então, pelos amigos
Ordem decrescente:
- Irmão, irmã, filho, filha, cônjuge
- Vizinho
- Amigo
- Pastor, padre
Huang, H.C.; Gau, M.L.;
Lin,
W.C.; Kernohan, G.
Assessing Risk of Falling in
Older Adults. Public Health
Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–
411.
Cinahl
-
Pede ajuda para alcançar objetos altos
ou baixos
-Comunica aos outros seu risco para cair
e quais ações devem ser adotadas para
impedir uma queda
-Pede ajuda para atender ao telefone
quando distante
Clemson, L.; Bundy, A. C.
Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the
Falls Behavioural (FaB) scale
for older people: A Rasch
analysis. Disability and
Rehabilitation, v. 30, n.7, p.
498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Pede ajuda para vestir
-
se ou despir
-
se
quando se julga limitado ou incapaz
Mertens, E. I.; Halfens, R.
J.G.; Dassen, T. Using the
Care Dependency Scale for
fall risk screening. Journal of
Advanced Nursing, v.58,
n.6, p.594–601, 2007. doi:
10.1111/j.1365-
2648.2007.04265.x
Cinahl
-
Pede aj
uda sempre que julga
necessário
Poe, S. S.; Cvach, M. M.;
Gartrell, D. G.; Radzik, B. R.;
Joy, T. I. An evidence-based
approach to fall risk
assessment, prevention, and
management lessons
learned. J Nurs Care Qual,
v.21, n. 2, p. 107-116, 2005.
Cinahl
Quadro 16 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Provisão de auxílio pessoal” identificadas na literatura de acordo
com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACION
AIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada
na literatura
-
Cinco tipos de piso escorregadio por
gelo são avaliados:
-gelo com areia;
-gelo com cascalho;
-gelo com neve;
-gelo com sal;
-gelo sozinho.
Menant, J.C.; Steele, J.R.;
Menz, H.B.; Munro, B.J.
Lord, S.R. Optimizing
footwear for older people at
risk of falls. JRRD, v. 45, n.
8, p. 1167–1182, 2008.
Cinahl
Desenvolvimento do estudo
Introdução
83
l. Uso de sapatos amarrados e do tamanho adequado
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Sapatos de lona
-Sapatos tipo Oxford equipados com um solado único
de calcanhar chanfrado parecem oferecer suficiente
resistência para andar em superfícies molhadas, pois
possuem maior coeficiente de fricção.
suporte reforçado no calcanhar;
-calcanhar de salto baixo;
-calcanhar chanfrado;
-mecanismo de amarração;
-meia-sola mais fina que o calcanhar e firme;
-solado antiderrapante.
Menant, J.C.; Steele, J.R.;
Menz, H.B.; Munro, B.J.
Lord, S.R. Optimizing
footwear for older people at
risk of falls. JRRD, v. 45, n.
8, p. 1167–1182, 2008.
Cinahl
-
Sapatos com solado fino, antiderrapante e plano são
preferíveis.
-Sapatos de couro macios são mais confortáveis para
os pés inchados e podem melhorar o andar.
Swann, J. Reducing the
risk of faiis: part two.
Nursing e Residential
Care, April, v. 9, n. 4,
p.170-172, 2007.
Cinahl
-
Ressaltamos aqui que o calçado mais a
dequado é o
calçado fechado com sola antiderrapante.
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amaral,
F.S.; Martins, I.B.; Bertassi,
V.C.
Identificando os
fatores relacionados ao
diagnóstico de
enfermagem “Risco de
Quedas” entre idosos. Rev
Bras Enferm, Set/Out, v.
57, n. 5, p. 560-4, 2004.
Lilacs
-
totalmente vestido
-Usa meias sem calçado
Lange, C.
Acidentes
domésticos em idosos
com diagnóstico de
demência atendidos em
um ambulatório de
Ribeirão Preto, SP. Tese
(Doutorado) – Universidade
de São Paulo, Ribeirão
Preto, 2005.
Dedalus
-
pontos de tensão sobre os dedos, com salto alto, sem
sistema de amarração, excessivamente flexíveis.
Leveille, S. G.; Kiel, D.
P.;
Jones, R. N.; Roman, A.;
Hannan, M. T.; Sorond, F.
A. The MOBILIZE Boston
Study: Design and methods
of a prospective cohort
study of novel risk factors
for falls in an older
population. BMC
Geriatrics, v. 8, n. 16,
2008.
Pubmed
-
Sapatos atléticos e do tipo canvas apresenta
ram o
risco mais baixo para quedas se comparados aos
outros modelos.
Koepsell, T. D.; Wolf, M. E.;
Buchner, D. M.; Kukull, W.
A.; LaCroix, A. Z.; Tencer,
A. F. Footwear Style and
Risk of Falls in Older
Adults. American
Geriatrics Society, v. 52,
p. 1495-1501, 2004.
Pubmed
Quadro 17 - Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de sapatos amarrados e do tamanho adequado” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
84
m. Uso de tapetinhos de borracha na banheira/chuveiro
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não
identificada
na literatura
-
Utiliza tapetes de borracha na
banheira ou chuveiro
-Prende ou estende os tapetes de
borracha quando a banheira ou
chuveiro não está em uso
Akyol, A.D.
Falls in the elderly:
what can be done?
International Nursing
Review, v. 54, p. 191–196,
2006.
Cinahl
Quadro 18- Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de tapetinhos de borracha na banheira/chuveiro” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
n. Uso de procedimento seguro de transferência
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Com muito cui
dado e devagar,
transfere-se da cama para cadeira
-Faz pausa na cabeceira da cama
por um tempo, quando faz a
transferência da posição deitada
para sentada ou para levantar-se.
Úden, G.; Ehnfors, M.;
Sjöström, K. Use of initial risk
assessment and recording as
the main nursing intervention
and identifying risk of falls.
Journal of Advanced
Nursing, v.29, n.1, p. 145-
152, 1999.
Cinahl
-
O paciente senta
-
se por alguns
minutos depois de mudar da
posição horizontal para a sentada,
em seguida, levanta-se e move
suavemente suas pernas para fora
da cama. Apoio físico pode também
ser utilizado para levantar o
travesseiro com vistas a auxiliar o
levantar e sair gradual do leito.
Swann, J. Reducing the risk of
falls: part two. Nursing e
Residential Care, April, v. 9,
n. 4, p.170-172, 2007.
Cinahl
-
Transferências
devem ser
realizadas com uso de assistência
ou dispositivo de apoio.
Poe, S. S.; Cvach, M. M.;
Gartrell, D. G.; Radzik, B. R.;
Joy, T. I. An evidence-based
approach to fall risk
assessment, prevention, and
management lessons learned.
J Nurs Care Qual, v.21, n. 2,
p. 107-116, 2005.
Cinahl
Quadro 19 – Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de procedimento seguro de transferência” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
o. Uso de recursos de correção da visão
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAL
REFERÊNCIA
BASE
-
Os equipamentos de correção
visual devem estar limpos, bem
ajustados regularmente
atualizados.
Lyons, S. S.
; Adams, S.; Titler, M.
Evidence-based protocol fall
prevention for older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 9-14,
2005.
Cinahl
-
Uso de equipamentos de
correção de níveis de visão
compatíveis com as necessidades
especificas do indivíduo em suas
tarefas diárias.
(Continua)
Swann, J. Visual impairments:
environmentai considerations.
Nursing e Residential Care,
February, v. 10, n. 2, p.90-92,
2008.
Cinahl
Desenvolvimento do estudo
Introdução
85
-
Ó
culos b
ifocais ou multifocais
podem distorcer a visão quando
se olha para cima ou para baixo e
pode ser mais seguro ter dois
pares de óculos em vez disso.
Swann, J. Reducing the risk of
falls: part one. Nursing e
Residential Care, March, v. 9, n.
3, p.120-122, 2007.
Cinahl
-
Uso de recursos para melhorar a
capacidade de ver objetos e
obstáculos do ambiente ou para
compensar a diminuição da
acuidade visual.
-
Os óculos ou outros recursos
visuais devem promover a
visualização adequada de:
-Degraus,
-Soleiras de portas
-Tapetes
-Piso liso, escorregadio ou úmido
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amara
l,
F
.
S
.;
Martins, I.B.; Bertassi, V.C.
Identificando os fatores
relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco de Quedas”
entre idosos. Rev Bras Enferm,
Set/Out, v. 57, n. 5, p. 560-4,
2004.
Lilacs
-
Os recursos de correção visual
devem proporcionar
adequadamente acuidade visual,
sensibilidade de contraste e
campo de visão e percepção de
profundidade.
Guimarães, J. M. N.; Far
inatti, P.
de T. Análise descritiva de
variáveis teoricamente associadas
ao risco de quedas em mulheres
idosas. Rev Bras Med Esporte,
Set/Out ,v. 11, n. 5, p. 299-305,
2005.
Lilacs
-
Óculos com lentes multifocais
(bifocais, trifocais ou lentes
progressivas) representam um
fator de risco para quedas,
recomendando, assim, o uso de
lentes únicas para longe ao invés
das multifocais, para visualizar
melhor degraus e saídas.
Lord, S. R. Visual risk factors for
falls in older people. Age and
ageing, v. 35, n. S2, p. ii42-ii45,
2006.
Pubmed
Quadro 20 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso de recursos de correção da visão” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
p. Uso correto do sistema de alarme
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAIS
REFERÊNCIA
BASE
Uso correto de dispositivo de alarme que
trará ajuda em caso de queda
-
Sabe utilizar o sistema de alarme
-Alcança o sistema de alarme
Akyol, A.D.
Falls in
the elderly: what can
be done?
International
Nursing Review, v.
54, p. 191–196, 2006.
Cinahl
Quadro 21 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
indicador NOC “Uso correto do sistema de alarme” identificadas na literatura de
acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
q. Controle da continência/incontinência urinária/intestinal
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACION
AL
REFERÊNCIA
BASE
-
Faz uso de estratégias ou
auxílio pessoal para conter ou
administrar no leito a excreção
voluntária de urina e/ou fezes
(Continua)
Mertens, E. I.; Halfens, R. J.G.;
Dassen, T. Using the Care
Dependency Scale for fall risk
screening. Journal of Advanced
Nursing, v.58, n.6, p.594–601,
2007. doi: 10.1111/j.1365-
2648.2007.04265.x
Cinahl
Desenvolvimento do estudo
Introdução
86
-
Utiliza
-
se
de estratégias ou
auxílio pessoal para conter ou
administrar a nictúria.
-Nictúria frequente está associada
a quedas, provavelmente pela
dificuldade para se levantar e
caminhar até o banheiro
rapidamente à noite.
Akyol, A.D.
Falls in the elderly:
what can be done? International
Nursing Review, v. 54, p. 191–
196, 2006.
Cinahl
-
A
lternativas de
toilet
para o uso
do sanitário com vistas a
minimizar a intenção de sair da
cama para urinar ou defecar.
Ping, K.; McMaster, F. R.; Heng,
B. H. The effectiveness of bedrails
in preventing falls. Singapore
Nursing Journal. October-
December, v. 35, n. 4, p.17, 2008.
Cinahl
-
Utiliza ferramentas para al
iviar a
incontinência urinária,
incontinência fecal, nictúria ou
outros tipos de sintomas do trato
urinário que possam aumentar o
risco de cair.
Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler, M.
Evidence-based protocol fall
prevention for older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 9-14,
2005.
Cinahl
-
U
so seguro e apropriado de
aparelhos de mobilidade do leito
ao banheiro que podem reduzir o
risco de quedas.
Swann, J. Reducing the risk of
falls: part one. Nursing e
Residential Care, March, v. 9, n.
3, p.120-122, 2007.
Cinahl
-
Conserva o urinol ao alcance do
paciente
Hoffman, S. B.; Powell
-
Cope, G.;
MacClellan, L.; Bero, K. A Bed
safety project for frail older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 34-42,
2003.
Cinahl
-
Uso de recurs
os alternativos
para o desejo do paciente em
levantar-se do leito ou para o
atendimento das necessidades
humanas básicas de eliminação
(diurese ou evacuação)
Decesaro
, M. da N.;
Padilha
, K. G.
Iatrogenia na assistência de
enfermagem durante internação
em UTI: queda de pacientes.
Revista Ciência, Cuidado e
Saúde,
v. 1, n. 1, p. 159-162,
2002.
Lilacs
-
Uso de mecanismos para aliviar
a necessidade miccional de
dirigir-se frequente e
rapidamente ao banheiro.
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos e
impacto das quedas entre
pessoas idosas no município de
São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2008.
Dedalus
-
N
ecessit
a
de assistência
para a
frequente utilização do sanitário
-Utiliza laxante constantemente
-Possui diarréia ou incontinência
-Evita ingesta hídrica antes de
dormir
-Utilização de fraldas noturnas
Evans, D.; Hodgkinson, B.;
Lambert, L.; Wood, J. Falls risk
factors in the hospital setting: A
systematic review. International
Journal of Nursing Practice, v.7,
p. 38–45, 2001.
Pubmed
Quadro 22 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
novo indicador NOC “Controle da continência/incontinência urinária/intestinal”
identificadas na literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza,
2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
87
r. Controle do medo de cair
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAL
REFERÊNCIA
BASE
-
“Tem medo de cair ao
desempenhar alguma dessas
atividades?” (Sem ordem)
-Tomar um banho ou ducha
-Andar a pé
-Deitar e levantar da cama
-Levantar para atender ao
telefone
-Sentar e levantar da cadeira
-Vestir-se e despir-se
-Alcançar em armários ou closets
-Entrar e sair do banheiro
-Executar a higiene pessoal
-Levantar para acender as luzes
Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.;
Kernohan, G. Assessing Risk of
Falling in Older Adults. Public Health
Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
“Em geral, você tem medo de
cair? Para cada uma das
seguintes atividades, por favor,
responda a opção que está mais
próximo da sua própria opinião
para mostrar o quanto você está
preocupado com o que pode
fazer você cair.”
Atividades:
Vestir-se ou despir-se
Tomar um banho ou ducha
Sentar ou levantar de uma
cadeira
Subir ou descer escadas
Andar pela enfermaria
Alcançar algo acima de sua
cabeça ou no chão
Atender ao telefone antes que ele
pare de tocar
Caminhar sobre uma superfície
escorregadia (por exemplo,
molhada ou com gelo)
Caminhar sobre uma superfície
irregular (por exemplo, solo
rochoso, manutenção do
pavimento)
Subir ou descer uma rampa
Opções:
1. Nem um pouco preocupado
2. Um pouco preocupado
3. Preocupado por justa causa
4. Muito preocupado
Kempen, G. I. J.; Todd, C.J.; Van
Haastregt, J. C. M.; Zijlstra, G. A. R.;
Beyer, N.; Freiberger, E.; Hauer, K. A.;
Piot-Ziegler, C. Cross-cultural
validation of the Falls Efficacy Scale
International (FES-I) in older people:
Results from Germany, the
Netherlands and the UK were
satisfactory. Disability and
Rehabilitation, January, v.29, n.2,
p.155 – 162, 2007.
Cinahl
-
Controle da
autoperc
epção
de
baixa eficácia para evitar
quedas durante atividades
essenciais, não-perigosas do
cotidiano.
Sharaf, A. Y.; Ibrahim, H. S. Physical
and psychosocial correlates of fear of
falling among older adults in assisted
living facilities. Journal of
Gerontological Nursing, v. 34, n. 12,
p. 27-35, 2008.
Cinahl
Controle da
baixa
autoeficácia
para evitar quedas durante as
atividades essenciais não-
perigosas da vida diária (AVD)
(Continua)
Gomez, F.; Curcio, C.L. The
development of a fear of falling
interdisciplinary intervention program.
Clinical Interventions in Aging, v. 2, n.
4, p. 661-667, 2007.
Pubmed
Desenvolvimento do estudo
Introdução
88
O
medo de cai
r tem sido usado
para descrever perda de
confiança e de restrição
voluntária de atividade após
uma queda que é
desproporcional às lesões
físicas causadas.
O quão seguro você é para:
(respostas de 1-10, variando de
nenhum medo ao medo máximo,
respectivamente)
-Tomar banho ou ducha
-Caminhar pela enfermaria
-Sentar ou levantar da cama
-Atender ao telefone distante
-Sentar ou levantar da cadeira
-Vestir-se ou despir-se
-Subir ou descer degraus
-Curvar-se e pegar um chinelo no
chão na frente de um armário
-Ficar de ponta-de-pé para
alcançar algo acima da sua
cabeça
-Subir ou descer uma rampa
Parry, S.W.; Galloway, S.
R.; Kenny,
R. A. Bond, J. Falls and confidence
related quality of life outcome
measures in an older British cohort.
Postgrad Med J, v. 77, p.103–108,
2001.
Quadro 23 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao novo
indicador NOC “Controle do medo de cair” identificadas na literatura de acordo com
referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
s. Controle do peso
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAL
REFERÊNCIA
BASE
Não identificada na literatura
-
Em ordem crescente de risco de
cair:
-Baixo peso (IMC < 18,5) 7%
chance mais chance de cair do
que com IMC normal
-Sobrepeso (25 IMC 29,9)
15% mais chance de cair do que
com IMC normal
-Obesidade grau I (30 IMC
34,9) 32% mais chance de cair
do que com IMC normal
-Obesidade classe II (35 IMC
39,9) 40% mais chance de cair
do que com IMC normal
-Obesidade grau III (IMC 40)
84% mais chance de cair do que
com IMC normal
Os resultados mostram uma clara
associação entre o IMC e a
probabilidade de causar um
ferimento. A elevação do IMC está
causando o aumento das taxas de
lesão, a incidência de lesões,
incluindo aquelas relacionados às
quedas, entorses / luxações,
fraturas de membros inferiores, e
luxações conjuntas. Então, o risco
de sofrer lesões é diretamente
proporcional ao nível de
obesidade.
A chance de cair passa de 15%
(sobrepeso) para 48% para quem
tem IMC > 40.
Finkelstein, E. A.; Chen, H.;
Prabhu, M.; Trogdon, J. G.; Corso,
P.S. The relationship between
obesity and injuries among U.S.
adults. American Journal of Health
Promotion. May/June, v. 21, n. 5,
p. 460-468.
Cinahl
-
Baixo peso corporal figura
-
se
como risco para quedas e lesões.
Hoffman, S. B.; Powell
-
Cope, G.;
MacClellan, L.; Bero, K. A Bed
Cinahl
Desenvolvimento do estudo
Introdução
89
safety project for frail older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 34-42,
2003.
-
As pessoas obesas costumam
apresentar estrutura física
desigual e maior, de maneira que
o corpo não consegue suportar,
comprometendo o equilíbrio.
-O IMC baixo causa risco de
quedas devido à fragilidade ou
instalação do processo de
fragilização, deixando o indivíduo
mais suscetível a cair.
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos e
impacto das quedas entre
pessoas idosas no município de
São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2008.
Dedalus
Emagrecimento acentuado
Lange, C.
Acidentes domésticos
em idosos com diagnóstico de
demência atendidos em um
ambulatório de Ribeirão Preto,
SP. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo,
Ribeirão Preto, 2005.
Dedalus
Quadro 24 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao novo
indicador NOC “Controle do peso” identificadas na literatura de acordo com referência e
base de dados. Fortaleza, 2010.
t. Uso de roupas do tamanho adequado
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. O
PERACIONAL
REFERÊNCIA
BASE
-
Os fatores extrínsecos
para a
ocorrência de quedas incluem
pijamas com calças muito largas.
Sánchez, R. L. G.; Fernández, M.
M. R.; Alfonso, M. de J. F.; Milián,
J. R. G. Caídas en el anciano.
Consideraciones generales y
prevención.
Rev Cubana Med
Gen Integr, v. 15, n.1, p.98-102.
Lilacs
-
Entre os fatores extrínsecos à
queda, destacam-se o uso de
roupas muito longas e deambular
de meias
Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos e
impacto das quedas entre
pessoas idosas no município de
São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2008.
Dedalus
-
Usa roupas longas e/ou largas
Lange, C.
Acidentes domésticos
em idosos com diagnóstico de
demência atendidos em um
ambulatório de Ribeirão Preto,
SP. Tese (Doutorado)
Universidade de São Paulo,
Ribeirão Preto, 2005.
Dedalus
Quadro 25 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
novo indicador NOC “Uso de roupas do tamanho adequado” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
90
u. Uso correto de recursos de correção auditiva
DEF.
CONSTITUTIVA
DEF. OPERACIONAL
MEDIDA
REFERÊNCIA
BASE
-
O recurso de correção
auditiva deve ser capaz
de detectar claramente:
-Aproximação de
carrinhos,
-Aproximação de uma
cadeira de rodas
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amaral,
F.S.; Martins, I.B.;
Bertassi, V.C.
Identificando os fatores
relacionados ao
diagnóstico de
enfermagem “Risco de
Quedas” entre idosos.
Rev Bras Enferm,
Set/Out, v. 57, n. 5, p.
560-4, 2004.
Lilacs
-
Estudos mostram que a
questão “Você sente que
tem perda auditiva?” tem
alta sensibilidade,
especificidade e valor
preditivo positivo,
sugerindo que deva ser
considerada como forte
indicativo de perda
auditiva.
Adaptada: “Como você
acha que está sua
capacidade de ouvir”
(para quem usa aparelho
auditivo, a questão deve
ser feita ao paciente com
o aparelho em seu
ouvido)
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos
de avaliação de risco
de quedas em idosos
com fibrilação atrial.
Tese (Doutorado)
Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
-
Refere diminuição na
acuidade auditiva como
diminuição das “pistas
ambientais
Telles, A. C. M.
Prevalência, incidência,
fatores preditivos e
impacto das quedas
entre pessoas idosas
no município de São
Paulo: uma análise
longitudinal. Tese
(Doutorado)
Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2008.
Dedalus
O senhor usa aparelho
de audição?
1-Sim, com melhora total
2-Sim, com melhora
parcial
3-Não, mas necessitaria
4-Não, não tem
necessidade
Como o senhor
considera que está sua
audição no momento?
(sem o aparelho, se for o
caso)
1-Surda
2-Ruim
3-Regular
4-Boa
(Continua)
Lojudice, D. C.
Quedas
de idosos
institucionalizados:
ocorrência e fatores
associados. Dissertação
(Mestrado)
Universidade de São
Paulo, Ribeirão Preto,
2005.
Dedalus
Desenvolvimento do estudo
Introdução
91
5
-
Excelente
Não consegue ouvir
adequadamente a
mensagem dos outros
Lange, C.
Acidentes
domésticos em idosos
com diagnóstico de
demência atendidos em
um ambulatório de
Ribeirão Preto, SP.
Tese (Doutorado)
Universidade de São
Paulo, Ribeirão Preto,
2005.
Dedalus
Não necessi
ta ou usa
adequadamente
recurso para corrigir a
incapacidade de seguir
uma conversação ou
ouvir sons de objetos
se aproximando.
Uma audição deficiente
foi definida como a
incapacidade de seguir
uma conversação, com
ou sem aparelho auditivo
Vassallo, M.; Vignaraja,
R.; Sharma, J. C.; Briggs,
R. Predictors for falls
among hospital inpatients
with impaired mobility.
Journal of the Royal
Society of Medicine, v.
97, p. 266-269, 2004.
Pubmed
Quadro 26 Definição constitutiva e definições operacionais correspondentes ao
novo indicador NOC “Uso correto de recursos de correção auditiva” identificadas na
literatura de acordo com referência e base de dados. Fortaleza, 2010.
Sobre os indicadores NOC anteriormente apresentados, vale ressaltar que
estes são referentes a uma versão preliminar a qual foi utilizada como fundamento
para a construção propriamente dita das definições constitutivas e operacionais,
mediante o uso dos critérios e orientações da psicometria (PASQUALI, 2003).
Destacamos também que as definições constitutivas de alguns indicadores, bem
como complementações das definições operacionais foram desenvolvidas com base
na literatura formal (livros-texto) e na experiência dos pesquisadores, porquanto não
foram identificadas nas publicações analisadas.
Análise do conceito “quedas” mediante modelo proposto por Walker e Avant
(2005)
Fundamentados nas informações colhidas durante a revisão integrativa,
executamos a análise do conceito “quedas” mediante o modelo proposto por Walker
e Avant (2005). Cada etapa da análise de conceito, seus respectivos métodos e
resultados estão pormenorizados a seguir. Apesar de discutidas como sequenciais,
na verdade elas são interativas, de acordo com Walker e Avant (2005), e ocorreram
concomitantemente à revisão integrativa.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
92
Seleção de um conceito
Segundo Walker e Avant (2005), a seleção do conceito deve ser feita com
cuidado, baseada no interesse do pesquisador, sua prática ou problema de
pesquisa. No caso desta etapa do estudo, o problema de pesquisa refere-se aos
comportamentos de prevenção de quedas.
Ao atentarmos para o título do resultado de enfermagem estudado,
Comportamento de prevenção de quedas, isolamos três possíveis conceitos-chave:
Comportamento;
Prevenção;
Quedas.
Contudo, ponderamos que o seria necessário, nem tampouco viável
realizar uma análise de conceito profunda sobre todos eles. Para o modelo de
análise de conceito adotado, a seleção do conceito deve refletir o tema ou área de
maior interesse, ou seja, deve ser um conceito fundamental e ao mesmo tempo
viável, para que seja isolado, examinado, o significado em seus vários contextos,
limites, e relevância. Além disso, se recomenda evitar termos primitivos que possam
ser definidos apenas ao apontar exemplos ou, ao contrário, termos que são tão
amplos que podem abranger vários significados e confundir a análise.
Assim, selecionamos o conceito quedacomo foco da análise de conceito,
por considerarmos ser o tema de maior interesse, fundamentalmente relacionado ao
problema de pesquisa e suficientemente amplo para ser isolado e analisado, a partir
do qual executaríamos a construção das definições de interesse da pesquisa.
Determinação dos objetivos ou fins da análise do conceito “queda”
Segundo preconizado por Walker e Avant (2005), o objetivo da análise de
conceito, no essencial, deve responder à pergunta: "Por que esta análise será
executada?". Além disso, deve ser selecionado pelo próprio pesquisador, com
antecedência, para orientá-lo durante toda a análise. De tal modo, o objetivo foi:
Realizar a análise de conceito do termo “queda” para identificar os usos
(definições), os atributos críticos, os possíveis antecedentes, os consequentes,
referenciais empíricos, bem como esclarecer o que não retrata o fenômeno.
O modelo de análise ressalta ainda que a seleção dos usos específicos do
conceito deve refletir os objetivos da análise. Ao seguirmos essa recomendação,
apresentamos adiante a identificação de usos do conceito “queda” na literatura.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
93
Identificação de usos do conceito “queda”
De acordo com Walker e Avant (2005), um conceito é expresso por uma
palavra ou expressão na língua e, por isso, uma análise de um conceito deve,
forçosamente, ser uma análise da palavra descritiva e de sua utilização. É, em
última instância, um exame cuidadoso e descritivo de uma palavra ou expressão e
de seu uso na linguagem, juntamente com uma explicação de como ele é e como
não é relacionado a outras palavras ou termos, para transmitir significados reais e
possíveis.
De maneira primitiva, “queda” origina-se do termo latino cadita e é definida
como:
1. Ação ou efeito de cair;
2. Movimento do corpo que cai, descida, caída.
3. Salto de água.
4. Desmoronamento, ruína, tombo; perda de influência e de poder
5. Declive da montanha; inclinação, desfiladeiro, ravina.
6. Perdição moral; erro, pecado, culpa.
7. Descrédito.
8. Passagem da opulência e da felicidade à pobreza e desgraça.
9. Descaída, desvio, ou quebra da linha reta, para plano inferior.
10. Diminuição de intensidade, quantidade, tensão etc., a que se pode atribuir
altura variável
11. Perda, desprendimento de parte de um organismo animal ou vegetal:
Queda do cabelo, queda das folhas.
12. Pendor, jeito, inclinação, propensão, vocação, tino, tendência.
13. Uma série de doze jogos no truque.
14. Lance completo de qualquer jogo; partida (TREVISAN, 2007).
Segundo Walker e Avant (2005), as definições podem mudar quando o
conceito é usado em um contexto diferente daquele em estudo. No contexto de
nossa investigação, consideramos ação ou efeito de cair; movimento do corpo que
cai, descida, caída; descaída, desvio, ou quebra da linha reta, para plano inferior
como sinonímias para a palavra “queda”. Verificamos, a partir da confluência dos
termos citados, que a definição constitutiva de “queda” deve referir-se a uma ação
contendo características específicas e deve findar em outro lugar.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
94
Assim, para dar início à análise do conceito “queda”, apresentamos
primeiramente as definições encontradas na literatura para o termo “queda”.
DE
FINIÇÃO QUEDA
REFERÊNCIA
BASE
“... uma mudança súbita e inesperada na
posição em que o mecanismo estático e de
fixação do corpo falha e, a resposta voluntária
ou reflexa para corrigir este desequilíbrio é
inadequada.”
Sehested; Severin
-
Nielsen (1977)
-
cit
ado por Decesaro,
M. da N.; Padilha, K. G. Iatrogenia na assistência de
enfermagem durante internação em UTI: queda de
pacientes. Revista Ciência, Cuidado e Saúde, v. 1, n. 1,
p. 159-162, 2002.
Lilacs
a
ida
involuntária
para o
solo ou um n
ível
inferior, com ou sem perda de consciência”
Campbell, Reinken, Allan, Martinez (1981)
-
citado por
Velde, N. van der; Stricker, B. H.; Cammen, T. M. van
der. Risk of falls after withdrawal of fall-risk-increasing
drugs: a prospective cohort study. British Journal of
Clinical Pharmacology, v. 63, n.2, 232–237, 2006.
Pubmed
“... chegada
não intencional
ao solo
ou a um
nível mais baixo...”
(Kellogg International Work Group on the Prevention of
Falls by the Elderly (1987)- citado por Leveille, S. G.;
Kiel, D. P.; Jones, R. N.; Roman, A.; Hannan, M. T.;
Sorond, F. A. et al. The MOBILIZE Boston Study: Design
and methods of a prospective cohort study of novel risk
factors for falls in an older population. BMC Geriatrics, v.
8, n. 16, 2008.
Pubmed
“...
uma mudança súbita e i
nvoluntária na
posição de um indivíduo ao chão ou a um
nível inferior (um objeto, o chão, ou o solo)...”
Tinetti, Baker, Dutcher, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado
por Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G.
Assessing Risk of Falling in Older Adults. Public Health
Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411, 2003.
Cinahl
“...
ida
não intencional
ao chão, ao solo ou a
outro nível mais baixo da posição vertical, da
posição sentada ou da posição horizontal”
Agostini et al. (2001)
-
citado por Lyons, S. S.; Adams,
S.;
Titler, M. Evidence-based protocol fall prevention for
older adults. Journal of Gerontological Nursing,
November, p. 9-14, 2005.
Cinahl
“... u
m evento em que um indivíduo vai ao
chão ou outro nível inferior com ou sem perda
de consciência.”
National
Institute of Health and Clinical Excellence
-
NICE
(2004)- citado por Swann, J. Fall prevention is everyone's
responsibility. Nursing e Residential Care, June, v. 10,
n. 06, p. 294-298, 2008.
Cinahl
“... uma mudança inesperada de posição, o
intencional que faz com que o indivíduo se
desloque para um nível inferior à posição
inicial, por exemplo, sobre um mobiliário ou no
chão, com incapacidade de correção em
tempo hábil e sem perda de consciência
prévia.”
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de
avaliação de risco de quedas em idosos com
fibrilação atrial. Tese (Doutorado) – Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
Quadro 27 Definições encontradas na literatura para o termo “queda”. Fortaleza,
2010.
Conforme percebemos, o fenômeno “queda” é definido objetivamente pelos
autores e tais significações são complementares entre si e, de forma alguma,
contraditórias, de modo que cada uma enfatiza os pontos julgados como essenciais
para caracterizar o evento. A definição mais antiga identificada por Sehested e
Severin-Nielsen (1977) e citada por Decesaro e Padilha (2002) destaca o
mecanismo fisiológico envolvido na queda, enquanto Tinetti et al., (1997) citados por
Huang et al., (2003) apontam onde pode começar e finalizar a queda. O National
Institute of Health and Clinical Excellence (2004) citado por Swann (2008) ressalta o
Desenvolvimento do estudo
Introdução
95
indivíduo como sujeito da queda e seu estado de consciência, ao passo que Agostini
et al. (2001) citados por Lyons, Adams e Titler (2005), enfatizam a relação
sujeito/ação e as diversas posições de partida para a ocorrência da queda.
Segundo Wilson (2005), o significado de um termo refere-se aos elementos
significativos que aparecem nos usos da palavra e que a tornam compreensível. A
partir desse ponto inicial e mediante a análise das definições identificadas na
literatura referentes ao termo “queda”, foi possível destacarmos sete itens que
refletem os atributos essenciais ao conceito em questão, quais sejam: sujeito, ação,
relação sujeito/ação, temporalidade, ponto de partida/ ponto de chegada,
causa, estado de consciência, apresentados e discutidos a seguir.
Determinação dos atributos que definem o termo “queda”
Segundo Araújo e Garcia (2006), atributos são as características que
descrevem o conceito em questão, ou seja, os comportamentos observáveis que
demonstram a ocorrência do conceito. Segundo o modelo adotado, determinar os
atributos que definem o conceito é o coração da análise. Nesse sentido, os
conceitos devem conter dentro de si os atributos ou características que os tornam
únicos e diferentes de outros. Assim, conceitos são detentores de características ou
atributos definidores que permitem decidir quais fenômenos correspondem a si. O
esforço deve ser concentrado para mostrar o conjunto de atributos mais
frequentemente associado ao conceito e que permitem que o analista tenha a mais
ampla visão sobre o conceito (WALKER e AVANT, 2005).
Diante disso, a proposta desta etapa da análise de conceito foi identificar, nas
publicações selecionadas, as características subjacentes ao conceito “queda”, com
vistas a clarificar e proporcionar objetividade à sua definição.
ATRIBUTOS
REFERÊNCIA
BASE
Ação
Mudança ou deslocamento de
posição da posição vertical, da
posição sentada ou da posição
horizontal
Tinetti, Baker, Dutche
r, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado por Huang,
H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk of Falling
in Older Adults. Public Health Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de avaliação de
risco de quedas em idosos com fibrilação atrial. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
Sehested; Severin
-
Nielsen (1977)
-
citado por Decesaro, M. da N.;
Padilha, K. G. Iatrogenia na assistência de enfermagem durante
internação em UTI: queda de pacientes. Revista Ciência,
Cuidado e Saúde,
v. 1, n. 1, p. 159-162, 2002.
Lilacs
Relação sujeito/ação
Desenvolvimento do estudo
Introdução
96
Involuntária, não intencional,
inadvertida
Tinetti, Baker, Dutcher, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado por Huang,
H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk of Falling
in Older Adults. Public Health Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
Agostini et al. (2001)
-
citado por Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler, M.
Evidence-based protocol fall prevention for older adults. Journal of
Gerontological Nursing, November, p. 9-14, 2005.
Cinahl
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de avaliação de
risco de quedas em idosos com fibrilação atrial. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
(Kellogg
International Work Group on the Prevention of Falls by the
Elderly (1987)- citado por Leveille, S. G.; Kiel, D. P.; Jones, R. N.;
Roman, A.; Hannan, M. T.; Sorond, F. A. et al. The MOBILIZE
Boston Study: Design and methods of a prospective cohort study
of novel risk factors for falls in an older population. BMC
Geriatrics, v. 8, n. 16, 2008.
Pubmed
Campbell, Reinken, Allan, Martinez (1981)
-
citado por
Velde, N.
van der; Stricker, B. H.; Cammen, T. M. van der.
Risk of falls after
withdrawal of fall-risk-increasing drugs: a prospective cohort study.
British Journal of Clinical Pharmacology, v. 63, n.2, 232–237,
2006.
Pubmed
Temporalidade
Súbita, inesperada
Tinetti, Baker, Dutcher, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado por Huang,
H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk of Falling
in Older Adults. Public Health Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
Sehested; Severin
-
Nielsen (1977)
-
citado por Decesaro, M. da N.;
Padilha, K. G. Iatrogenia na assistência de enfermagem durante
internação em UTI: queda de pacientes. Revista Ciência,
Cuidado e Saúde,
v. 1, n. 1, p. 159-162, 2002.
Lilacs
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de avaliação de
risco de quedas em idosos com fibrilação atrial. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
Ponto de partida/ ponto de chegada
Da própria altura ou nível mais alto
ao chão, para nível inferior à
posição inicial
Tinetti, Baker, Dutcher, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado por Huang,
H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk of Falling
in Older Adults. Public Health Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
National Institute of Health and Clinical Excellence
-
NICE (2004)
-
citado por Swann, J. Fall prevention is everyone's responsibility.
Nursing e Residential Care, June, v. 10, n. 06, p. 294-298, 2008.
Cinahl
Agostini et al. (2001)
-
citado por Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler, M.
Evidence-based protocol fall prevention for older adults. Journal of
Gerontological Nursing, November, p. 9-14, 2005.
Cinahl
Sant
os, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de avaliação de
risco de quedas em idosos com fibrilação atrial. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
Tideiksaar (1996)
-
citado por Telles, A. C. M.
Prevalência,
incidência, fatores preditivos e impacto das quedas entre
pessoas idosas no município de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2008.
Dedalus
(Kellogg International Work Group on the Prevention of Falls by the
Elderly (1987)- citado por Leveille, S. G.; Kiel, D. P.; Jones, R. N.;
Roman, A.; Hannan, M. T.; Sorond, F. A. et al. The MOBILIZE
Boston Study: Design and methods of a prospective cohort study
of novel risk factors for falls in an older population. BMC
Geriatrics, v. 8, n. 16, 2008.
Pubmed
Campbell, Reinken, Allan, Martinez (1981)
-
citado por
Velde, N.
van der; Stricker, B. H.; Cammen, T. M. van der.
Risk of falls after
withdrawal of fall-risk-increasing drugs: a prospective cohort study.
Pubmed
Desenvolvimento do estudo
Introdução
97
British Journal
of Clinical Pharmacology
, v. 63, n.2, 232
237,
2006.
Causa
Os mecanismos estático e de
fixação do corpo falham e as
respostas voluntária ou reflexa
para corrigir este desequilíbrio são
inadequadas; incapacidade de
correção em tempo hábil
Sehested
; Severin
-
Nielsen (1977)
-
citado por Decesaro, M. da N.;
Padilha, K. G. Iatrogenia na assistência de enfermagem durante
internação em UTI: queda de pacientes. Revista Ciência,
Cuidado e Saúde,
v. 1, n. 1, p. 159-162, 2002.
Lilacs
Santos, A. C. S. dos.
V
alor dos instrumentos de avaliação de
risco de quedas em idosos com fibrilação atrial. Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
Quadro 28 Atributos do conceito “queda” identificados na literatura. Fortaleza,
2010.
Conforme observado, o indivíduo é o sujeito considerado pelo conceito
“queda”, porquanto o evento da queda incide de forma pessoal, notadamente com
referência às consequências, mesmo que mais de uma pessoa caia no mesmo
momento (DECESARO e PADILHA, 2002; HUANG et al., 2003; SWANN, 2008).
Segundo podemos constatar, a ação relacionada à queda diz respeito a uma
mudança ou deslocamento de posição da posição vertical, da posição sentada ou
da posição horizontal. Afinal de contas, é sabido que a força da gravidade atuará
sobre o indivíduo que cai, independentemente de sua posição inicial (DECESARO;
PADILHA, 2002; HUANG et al.,2003; SANTOS, 2007).
A relação sujeito/ação relacionada à ocorrência da queda deve ser
involuntária, não intencional ou inadvertida, por significar que o evento da queda não
deve ser premeditado pelo próprio indivíduo ou por outrem. A queda “intencional”,
conforme a NANDA-I (2010) se configura como violência direcionada a outros
(comportamentos nos quais o indivíduo demonstra que pode ser nocivo aos outros -
p. 354) ou a si mesmo (comportamentos nos quais o indivíduo demonstra que pode
ser nocivo a si mesmo - p.355), o que não é o caso do atributo relação sujeito/ação
do conceito analisado.
No concernente à temporalidade, ou seja, à qualidade que exprime o tempo
de concretização do evento, segundo Trevisan (2007) o fenômeno “queda” deve ser
súbito, inesperado, uma vez que, se fosse algo anunciado ou aguardado,
comprometeria sua relação sujeito/ação, conforme explicado anteriormente
(DECESARO; PADILHA, 2002; HUANG et al.,2003; SANTOS, 2007).
Ao convergirmos as definições apresentadas por alguns autores, percebemos
que o evento “queda” diz respeito à mudança de posição partindo da própria altura
ou de um nível mais alto para chão ou nível inferior à posição inicial, o que suplanta
o imaginado de início, ao supor o ponto de chegada da queda apenas como o chão
Desenvolvimento do estudo
Introdução
98
(HUANG et al., 2003; SWANN, 2008; LYONS; ADAMS; TITLER, 2005; SANTOS,
2007; TELLES, 2008; LEVEILLE et al., 2008; VELDE; STRICKER; CAMMEN, 2006).
Quanto ao atributo “causa”, identificamos que fisiologicamente a queda deve
ser figurada por uma situação na qual os mecanismos estático e de fixação do corpo
falham e, as respostas voluntária ou reflexa para corrigir este desequilíbrio são
inadequadas, ou seja, a incapacidade de correção em tempo hábil (DECESARO
e PADILHA, 2002; SANTOS, 2007).
Finalmente, de acordo com a análise, a queda pode causar ou não perda da
consciência, mas não pode ser decorrente de perda de consciência prévia
(SANTOS, 2007).
A demonstração dos atributos críticos é uma das principais razões para a
construção do caso modelo e, em face dessa apreciação, construímos um caso
modelo de queda apresentado adiante.
Identificação de um caso modelo
Wilson (2005) sugere que o caso modelo é uma ocorrência exemplar,
paradigmática de uma situação em que o analista pode dizer: "Bem, se isso não é
um bom exemplo deste fenômeno, então nada mais será". Casos modelos podem
ser exemplos concretos da vida real, encontrados na literatura, ou mesmo
construídos pelo analista. Para o termo “queda”, apresentamos o caso do modelo
como se segue:
Um jovem, calçado com um chinelo desgastado está subindo a escada
recém-encerada de um hospital. Enquanto sobe o último degrau, involuntária e
subitamente desliza. Seus mecanismos estático e de fixação do corpo falham e, as
respostas voluntária ou reflexa para corrigir este desequilíbrio são inadequadas. O
jovem sofre uma mudança de posição – da posição vertical a partir do nível mais alto
da escada para o nível mais baixo da escada, sem perda da consciência.
Esse caso modelo contemplou todos os atributos do conceito “queda”:
Ação: mudança de posição da posição vertical;
Relação sujeito/ação: involuntária;
Temporalidade: subitamente;
Ponto de partida/ ponto de chegada: nível mais alto da escada para o nível
mais baixo da escada;
Desenvolvimento do estudo
Introdução
99
Causa: os mecanismos estático e de fixação do corpo falham e, as respostas
voluntária ou reflexa para corrigir este desequilíbrio são inadequadas;
Identificação de um caso contrário
Para Walker e Avant (2005), existem outros tipos de casos adicionais ao caso
modelo: caso limite, caso relacionado, caso contrário, caso inventado e caso
ilegítimo. Contudo, esclarecem que destes, o essencial para a análise é o caso
contrário e que os demais somente são requeridos se o conceito ainda não estiver
claro. Em vista da facilidade em definir os usos, atributos e o caso modelo do
conceito “queda”, consideramos necessária apenas a construção do caso contrário.
Segundo este modelo de análise, as definições não relevantes para o
conceito geral (porque o refletem qualquer um dos atributos) ou a menção direta
ao que não se configura como o fenômeno em si devem ser consideradas para a
formulação do caso contrário. Wilson (2005) indica o uso da pergunta para orientar o
caso contrário: “Bem, seja lá qual for, tal conceito sei que não é.” Para tanto,
extraímos das definições anteriormente descritas para o termo “queda” as
características do que não se configura como queda, apontadas no quadro a seguir.
CARACTERÍSTIC
A
DO QUE NÃO SE
CONFIGURA COMO QUEDA
REFERÊNCIA
BASE
“Este evento não é conseq
u
ência de uma
paralisia súbita, ataque epilético ou força
externa extrema. Dessa forma, excluem-
se casos com perda de consciência tais
como síncope e hipersensibilidade de seio
carotídeo.”
Tinetti e col.(2007)
-
citado por Santos, A. C. S. dos.
Valor dos
instrumentos de avaliação de risco de quedas em idosos
com fibrilação atrial. Tese (Doutorado) Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
“... que não seja como conse
q
u
ência de
súbito início de paralisia, convulsão,
epilepsia, ou consequência de força
externa.”
Tinetti, Baker, Dutcher, Vincent
e
Rozett (1997)
-
citado por
Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk
of Falling in Older Adults. Public Health Nursing, v. 20, n. 5, p.
399–411.
Cinahl
“não como resultado de um grande evento
intrínseco (por exemplo, infarto do
miocárdio ou acidente vascular cerebral)
ou um perigo externo esmagador (por
exemplo, atropelado por um veículo).”
(Kellogg Interna
tional Work Group on the Prevention of Falls by
the Elderly (1987)- citado por Leveille, S. G.; Kiel, D. P.; Jones, R.
N.; Roman, A.; Hannan, M. T.; Sorond, F. A. et al. The MOBILIZE
Boston Study: Design and methods of a prospective cohort study
of novel risk factors for falls in an older population. BMC
Geriatrics, v. 8, n. 16, 2008.
Pubmed
“... mas não induzida por situações
clínicas agudas, como por exemplo,
acidente vascular encefálico, fatores
exógenos, como por exemplo, um
acidente de trânsito.”
Cam
pbell, Reinken, Allan, Martinez (1981)
-
citado por
Velde, N.
van der; Stricker, B. H.; Cammen, T. M. van der.
Risk of falls after
withdrawal of fall-risk-increasing drugs: a prospective cohort
study. British Journal of Clinical Pharmacology, v. 63, n.2,
232–237, 2006.
Pubmed
Quadro 29 Características encontradas na literatura que retratam o que não se
configura como queda. Fortaleza, 2010.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
100
Em síntese, o evento “queda”, conforme a literatura apontada, não pode ser
decorrente de grande evento intrínseco, como paralisia súbita, ataque epilético,
convulsão, síncope, hipersensibilidade de seio carotídeo, infarto do miocárdio ou
acidente vascular cerebral, ou em induzida por força externa extrema (fatores
exógenos ou perigo externo esmagador) como acidente de trânsito.
Como caso contrário, portanto, podemos assinalar o exemplo adiante.
O salto sobre a mesa é a prova mais rápida da ginástica artística. Dura
aproximados 50 segundos, incluindo apenas o momento dos dois saltos aos quais o
ginasta tem direito. A prova é composta por uma pista de 25 metros, que termina em
um trampolim de impulso e finalmente na mesa de dimensões 120 x 95 cm. O
salto é considerado um evento de explosão muscular, possuidor de uma margem
mínima para erros.
Jade Fernandes Barbosa é integrante da Seleção Brasileira Permanente de
Ginástica Artística Feminina. Uma de suas especialidades é a modalidade salto
sobre a mesa. Como de costume, em um de seus saltos, Jade, intencionalmente,
determinou sua distância de corrida na esteira de 25m a partir de um ponto de
largada e alcançou o trampolim ao da mesa para dar impulsão à sua rotação. A
ginasta saiu do trampolim e atingiu a mesa, onde obteve o impulso e saltou. Em
seguida, realizou o movimento de rotação no ar e, durante a aterrissagem, a ginasta
fez contato com o mesmo vel do solo e cravou seu movimento, isto é, concluiu
sem rotação ou desequilíbrio, finalizando na posição vertical, tal qual iniciou a
execução do aparelho.
Segundo o caso contrário apresentado, o sujeito (Jade) executa uma ação a
qual não resulta em mudança de posição, uma vez que a posição inicial (ponto de
largada) e a final estão no mesmo plano (vertical). Esse fato contraria o primeiro
atributo relacionado ao conceito “queda”, qual seja a ação.
Em seguida, conforme verificamos, o sujeito (Jade) executa a ação
propositalmente, pois se trata de uma atleta cuja ação executada (salto) é o objetivo
maior de seu plano esportivo. É proposital e necessário que o atleta corra em ritmo
veloz, com passadas largas e sincronizadas, para obter velocidade suficiente para
saltar, voar e aterrissar na posição vertical e sem desequilíbrio. Isto posto, o
segundo atributo do conceito de queda, a saber, a relação sujeito/ação, foi
contrariado.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
101
De acordo com o caso em questão, o terceiro atributo, temporalidade,
referente ao conceito “queda” foi contrariado, uma vez que, os componentes do salto
(corrida, impulso, voo e aterrissagem) não ocorrem de maneira repentina, mas sim
antecipadamente planejada.
Ademais, ponderamos que o quarto atributo, ponto de partida/ ponto de
chegada, do conceito “queda” também foi contrariado, pois as posições de Jade
durante a largada e aterrissagem apresentaram os mesmos níveis de altura.
Finalmente, o quinto atributo, causa, foi contrariado uma vez que, para
finalizar a execução do movimento do salto e ainda assim manter seu perfeito
equilíbrio, Jade contou com o excelente funcionamento dos mecanismos estático e
de fixação do corpo para a correção de sua posição em tempo hábil, fazendo com
que ela cravasse na aterrissagem.
Desse modo, com base na apreciação das definições, dos atributos e do caso
contrário, identificados em relação ao termo “queda”, construímos um conceito
único, objetivo e clarificado que contempla os resultados desta análise.
Queda é a mudança inesperada, e não intencional da disposição do corpo do
indivíduo das posições vertical, sentada ou horizontal, ao partir da própria altura ou
nível mais alto para o chão ou nível inferior à posição inicial, como consequência da
incapacidade de correção em tempo hábil, quando os mecanismos estático e de
fixação do corpo falham e, as respostas voluntária ou reflexa para corrigir este
desequilíbrio o inadequadas, com ou sem perda de consciência, não como
consequência de um grande evento intrínseco (perda prévia da consciência,
paralisia súbita, ataque epilético, convulsão, síncope, hipersensibilidade de seio
carotídeo, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral) ou induzida por força
externa extrema (fatores exógenos ou perigo externo esmagador como acidente de
trânsito).
Identificação dos antecedentes e consequentes
Segundo descrito pelo modelo de análise de conceito, antecedentes são os
acontecimentos ou incidentes que devem preceder o evento conceituado. Os
antecedentes são ressaltados como particularmente úteis para ajudar a identificar os
pressupostos teóricos sobre o conceito estudado. Consequentes, por outro lado,
são os acontecimentos ou incidentes que sucedem o evento como resultado das
ocorrências indicadas no seu conceito. São úteis para determinar, frequentemente
Desenvolvimento do estudo
Introdução
102
as ideias negligenciadas, variáveis ou relações que podem render frutíferas novas
direções de pesquisa (WALKER; AVANT, 2005).
Os antecedentes do conceito “queda” identificados nas publicações
selecionadas são listados sumariamente em seguida, classificados conforme os
tipos de fatores de risco de quedas contidos na NANDA-I (2010).
ANTECEDENTES
Ambientais
Equipamentos de apoio
Falta
ou uso incorreto
de equipamentos de
apoio em banheiras e banheiros
Dispositivos de apoio inadequados ou
desgastados ou mal utilizados
Déficit ou não utilização de corrimãos
Superfície
Condição inadequada da superfície do solo,
superfície desigual, pisos escorregadios ou
instáveis, tapetes soltos, variações nos níveis
do piso, pisos muito polidos
Rampas, escadas e degraus, cadeiras e
mesas muito baixas, corredores longos
Calçados e roupas
Calçados com solado desgastado,
escorregadio, com salto alto e estreito,
chinelos, sandálias e solados muito altos
Roupas que restringem o movimento, como
pijamas de calças largas, e roupas muito
longas
Clima
Condições extremas de calor ou frio, umidade
excessiva, ventilação insuficiente
Cama
Desregulação da altura da cama do paciente
Uso incorreto de grades de cama
Outros
Iluminação deficiente
Limitações de espaço
Uso incorreto de contenção
Animais presentes pelo caminho
Ambientes ruidosos
Obstáculos no caminho (móveis, fios)
Móveis instáveis
Excesso de espelhos
Uso de óculos multifocais/bifocais
Fisiológicos
Sono
Sonolência
Insônia
Caminhadas noturnas errantes provenientes
do sono prejudicado
Visão
Visão reduzida
Óculos multifocais ou bifocais
Distúrbios visuais: catarata, retinopatia,
glaucoma
Eliminação
Incontinência urinária
Idas frequentes do paciente ao banheiro
Necessidades sanitárias especiais
Urgência miccional
Capacidade funcional
Dificuldade de tomar banho sozinho
Dificuldade de ir ao banheiro
Déficit na execução das atividades de vida
diária (AVDs)
Tropeço ou deslizamento durante as
atividades da vida diária
Desenvolvimento do estudo
Introdução
103
Sistema O
steomuscular
Ligados
direta ou indiretamente com a idade,
bem como problemas de (hallux valgus,
calos e deformidades)
Déficit do sistema músculo-esquelético
Problemas ortopédicos
Osteoporose
Instabilidade de marcha
Mobilidade prejudicada
Fraqueza
Sistema
C
ardiovascular
H
istória da doença cardíaca, sintomas de
doenças cardiovasculares, doenças (por
exemplo, arritmias, valvulopatias, infarto do
miocárdio, síncope, desmaio e sopros)
Fibrilação Atrial
Hipovolemia, isquemia ou disfunção diastólica
Insuficiência Cardíaca Congestiva classe
funcional III
Hipotensão postural
Sistema Neurológico:
Mudanças estruturais no córtex cerebral
,
distúrbios vasculares ou degenerativos do
trato piramidal, extrapiramidais ou cerebelar
Baixo fluxo cerebral
Hemiparesia
Ataxia
Deterioração dos sistemas neuromusculares
Diminuição dos reflexos
Lesões do sistema nervoso central
Doença de Parkinson, demência, e acidentes
vasculares encefálicos
Doença Aguda
As doenças
infecciosas
,
algumas doenças
agudas e a exacerbação de algumas crônicas,
tais como insuficiência cardíaca
Dor indicativa de uma doença aguda, lesão ou
processo inflamatório
Condições Nutricionais:
Déficit de vitamina D e cálcio
Perda recente de peso
Composição corporal frágil
Baixo peso corporal
Obesidade
Doença Crônica
Diabetes
mellitus
Número de doenças crônicas
Outros
Prejuízos à audição
Rotina pobre em exercício ou atividade física
Tontura / vertigem
Em adultos
História de queda
Queda no mês passado
Queda nos últimos 1 a 6 meses
Outros
Idade avançada
Tempo de internação
Medicamentos
Prescrição de medicamentos com efeitos secundários propensores de queda.
Histórico de abuso de substâncias
O uso de mais de três ou quatro remédios por dia (polifarmácia)
Uso incorreto de medicamentos
Uso de diuréticos, antiarrítmicos, glicosídeos cardíacos, digoxina, ansiolíticos, antidepressivos,
amiodarona, anticonvulsivantes, benzodiazepínicos, psicotrópicos
Cognitivos
Prejuízos do estado mental
Agitação
Confusão
Desenvolvimento do estudo
Introdução
104
Emocionais
Medo de cair
Baixa satisfação, autopercepção de inutilidade
Percepção de baixa qualidade de vida
Depressão
Baixa autoeficácia
Participação restrita em atividades sociais
Quadro 30 – Antecedentes de “queda” identificados na literatura. Fortaleza, 2010.
Ao consideramos “antecedente” como sinonímia de fator de risco, verificamos
que a literatura apresenta, no geral, tipos de fatores propensores de quedas
semelhantes aos listados pela NANDA-I (2010): fatores de risco ambientais,
cognitivos, em adultos, fisiológicos e medicamentos. Entretanto, as pesquisas
apontam a classe de fatores emocionais como expressivamente relacionada a
quedas, a qual abrange: medo de cair, baixa satisfação, autopercepção de
inutilidade, percepção de baixa qualidade de vida, depressão, baixa autoeficácia e
participação restrita em atividades sociais. Tais fatores atuam igualmente como
antecedentes e como consequentes de quedas, formando um círculo de influência
(LYONS; ADAMS; TITLER, 2005; SANTOS; 2007; GOMEZ; CURCIO, 2007;
SHARAF; IBRAHIM, 2008).
Concernente aos fatores ambientais, a literatura aponta, além dos arrolados
na taxonomia da NANDA-I, outros determinantes, como: uso ou fornecimento
inapropriado de calçados e roupas, uso de óculos multifocais/bifocais, condições da
cama, limitações de espaço, uso incorreto de contenção e ambientes ruidosos
(SWAN, 2007; TELLES, 2008; GOMEZ, CURCIO, 2007).
Quanto aos fatores fisiológicos, os estudos complementam a taxonomia atual
e assinalam a relação da ocorrência de quedas com déficits na capacidade
funcional, déficit de vitamina D e cálcio, perda recente de peso, composição corporal
frágil, baixo peso corporal, obesidade, rotina pobre em exercício ou atividade física e
número de doenças crônicas (TZENG, YIN, 2008; SWAN, 2008; HOFFMAN et al.,
2003; SANTOS, 2007; OZCAN, 2005).
Verificamos que os comportamentos do indivíduo estão implícitos em todas as
classes de antecedentes de quedas, sempre que este utiliza inadequadamente
objetos ou equipamentos, ou responde de forma ineficaz às condições ambientais,
fisiopatológicas ou emocionais que o cercam.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
105
CO
NSEQUENTES
REFERÊNCIA
BASE
-
Adaptação e restrição da
s atividades, o
medo de cair e as mudanças na confiança
ocorrem em resposta às quedas.
Clemson, L.; Bundy, A. C. Cumming, R. G.; Kay, L.;
Luckett, T. Validating the Falls Behavioural (FaB) scale
for older people: A Rasch analysis. Disability and
Rehabilitation, v. 30, n.7, p. 498 – 506, 2008.
Cinahl
-
Uma queda pode causar dor, hematomas,
escoriações, cortes, lesões dos tecidos
macios, lesão muscular ou ligamentar,
fraturas, ou ferimentos internos ou de
cabeça, ou mesmo morte.
Swann, J. Fall prevention is everyone's responsibility.
Nursing e Residential Care, June, v. 10, n. 06, p. 294-
298, 2008.
Cinahl
Impactos pessoais:
-As quedas podem gerar graves impactos na
qualidade de vida.
-Uma queda pode causar uma perda de
dignidade e confiança do indivíduo em
particular.
-O medo de novas quedas surge e pode
fazer as pessoas perderem a confiança no
desempenho das suas atividades normais.
-Redução na atividade, podendo levar à
fraqueza generalizada e isolamento social.
-Aumento dos problemas de mobilidade,
dependência e gerar incapacidades.
- Impactos gerais:
-Altos custos governamentais: a queda é
classificada como a sexta causa de morte na
faixa etária acima de 65 anos. É uma das
principais causas de hospitalização e morte
em idosos e custa, em média, três bilhões de
reais anuais ao governo, em cuidados e
tratamento.
-Declínio funcional, perda de independência
e as despesas decorrentes de complicações.
Swann, J. Reducing the risk of falls: part one.
Nursing
e
Residential Care, March, v. 9, n. 3, p.120-122, 2007.
Cinahl
-
As quedas possuem
consequ
ências
classificadas desde leves (lacerações sem
suturas e escoriações), moderadas
(lacerações com suturas) até graves
(diversos tipos de fraturas), podendo levar à
incapacidade severa e até à morte.
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amaral,
F
.
S
.;
Martins
,
I
.
B
.;
Bertassi
,
V
.
C
.
Identificando os fatores relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco de Quedasentre idosos. Rev Bras
Enferm, Set/Out, v. 57, n. 5, p. 560-4, 2004.
Lilacs
-
As
quedas podem levar o idoso à
dependência funcional, além de
representarem uma das principais causas de
morte nessa população.
-Restrição das atividades, maior isolamento
social, declínio na saúde e aumento do risco
de institucionalização
- Além de prejuízo físico e psicológico, esses
acidentes geram um aumento dos custos
com cuidados de saúde, expressos pela
utilização de serviços especializados e
aumento de hospitalizações.
Guimarães, J. M. N.; Far
inatti, P. de T.
Análise descritiva
de variáveis teoricamente associadas ao risco de quedas
em mulheres idosas. Rev Bras Med Esporte, Set/Out ,v.
11, n. 5, p. 299-305, 2005.
Lilacs
-
Conseq
u
ências de quedas
Física: a fratura é a consequência mais
quedas graves. Outras consequências são
danos ao tecido nervoso (raros, mas graves),
trauma de tecidos moles, assim como
hipotermia, desidratação, infecções
respiratórias e, especialmente,
tromboembolismo pulmonar, úlceras de
decúbito.
Sánchez, R. L. G.; Fernández, M. M. R.; Alfonso, M. de J.
F.; Milián, J. R. G. Caídas en el anciano.
Consideraciones generales y prevención.
Rev Cubana
Med Gen Integr, v. 15, n.1, p.98-102.
Lilacs
Desenvolvimento do estudo
Desenvolvimento do estudo
Introdução
106
Psíquico:
as quedas
geram o medo de cair
outra vez ou um estado contínuo de
ansiedade, perda de autoconfiança,
isolamento social e restrição das atividades
de vida diária.
Social: os familiares, ante uma queda,
muitas vezes reagem com ansiedade e
comportamentos superprotetores.
-
O maior percentual
de consequ
ências
relacionou-se aos traumas teciduais de
diferentes intensidades, em que o paciente
sofreu contusões com hematomas, fraturas,
lesões tissulares com e sem necessidades
de sutura, edema e sangramentos. Entre
outras consequências, também foi bastante
frequente a retirada ou desconexão de
diferentes artefatos terapêuticos.
-Consequentes para os profissionais: das
manifestações afetivas relatadas pelos
profissionais em decorrência da queda do
paciente, verificaram-se principalmente o
descontrole emocional imediato e os
sentimentos pessoais negativos, tais como
sentir-se culpado, impotente, indignado,
negligente, etc. Observou-se também a
preocupação com as consequências para o
paciente, para o próprio funcionário
(advertência verbal e/ou escrita, traumas
físicos e emocionais) e para a família.
Decesaro
, M. da N.;
Padilha
, K. G.
Iatrogenia na
assistência de enfermagem durante internação em UTI:
queda de pacientes. Revista Ciência, Cuidado e
Saúde,
v. 1, n. 1, p. 159-162, 2002.
Lilacs
-
A queda é um dos maiores problemas que
afetam a qualidade de vida, acarretando
redução do estado funcional,
comprometendo as atividades de vida diária.
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de
avaliação de risco de quedas em idosos com
fibrilação atrial. Tese (Doutorado) – Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
-
Uma das mais importantes conseq
u
ên
cias
das quedas é o medo de cair, seguido pelas
fraturas, hospitalização precoce,
institucionalização e/ou isolamento social,
além de imobilidade e consequente
depressão.
Telles, A. C. M.
Prevalência, incidência, fatores
preditivos e impacto das quedas entre pessoas
idosas no município de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado) Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2008.
Dedalus
-
As quedas podem também resultar em
deficiência, restrição de atividade e medo de
cair - todos que reduzem a qualidade de vida
e independência.
Haran, M.J.; Lord, S. R.; Cameron,I. D.; Ivers, R. Q.;
Simpson, J. M.; Lee, B. B. Preventing falls in older
multifocal glasses wearers by providing single-lens
distance glasses: the protocol for the VISIBLE
randomised controlled trial. BMC Geriatrics, v. 9, n. 10,
2009.
Pubmed
-
As quedas levam a i
mportante
s
taxas de
mortalidade e morbidade, bem como são os
principais contribuintes à imobilidade e
institucionalização prematura.
-Outra complicação é a ndrome de
ansiedade pós-queda.
Rubenstein, L. Z. Falls in older people: epidemiology, risk
factors and strategies for prevention.
Age and Ageing, v.
35, p. ii37-ii41, 2006.
Pubmed
Quadro 31 – Consequentes de “queda” identificados na literatura. Fortaleza, 2010.
Os consequentes do conceito “quedas”, conforme examinado, podem ser
sumariamente classificados de acordo com a intensidade (leve, moderada e grave) e
a dimensão afetada, seja pessoal (social, emocional, física, funcional, financeira),
Desenvolvimento do estudo
Introdução
107
familiar ou geral (custos governamentais, institucionalização, hospitalização precoce,
taxas de morbi/mortalidade). Os inúmeros consequentes verificados nas pesquisas
devem reforçar a criação e adoção de políticas institucionais para a prevenção de
quedas, bem como estimular a diligência na detecção e avaliação precoces dos
indivíduos com risco alto de quedas, no ambiente hospitalar.
Conceitos Relacionados
Com vistas a abranger o conceito de comportamento de prevenção de
quedas, optamos por analisar, de forma concisa, os conceitos de comportamento e
prevenção, dos quais derivam o comportamento preventivo em saúde, discutido
adiante.
A palavra “prevençãotem origem no latim praeventione: vir antes, tomar a
dianteira; traduz-se pelo ato de prevenir, premeditar, dispor-se previamente ou ter
opinião antecipada (TREVISAN, 2007). A prevenção, na área da saúde, é composta
por ações de caráter primário e genérico, tais como a melhoria das condições de
vida, redução da suscetibilidade das pessoas às doenças e educação sanitária. A
prevenção se também mediante a detecção precoce das doenças, do seu
tratamento adequado e nas ações destinadas a minimizar as suas consequências. O
termo “prevenção” tem sido intensamente utilizado no âmbito da saúde, entretanto,
na prática a prevenção tem sido tão pouco efetivada (CESTARI; ZAGO, 2005).
Nesse sentido, a prevenção é definida por ações direcionadas a evitar o
surgimento de doenças ou agravos específicos, pelo controle da transmissão e
redução do risco de doenças degenerativas ou outros agravos específicos
(CZERESNIA, 2003). Comportamentos preventivos em saúde são empreendidos
pelas pessoas, para aumentar ou manter a própria saúde. Estão ligados a fatores
sociais, psicológicos, ambientais e, ainda, culturais. Vistos assim, tais
comportamentos provavelmente possam variar positiva ou negativamente
(CESTARI, 2005). Kleinman (1998) apud Cestari (2005) afirma que o
comportamento preventivo em saúde é um sistema cultural e de significados, que
possui uma organização interna dos saberes individuais, resultando num modo
próprio de o indivíduo explicar e buscar a resolução de seus problemas de saúde,
como, por exemplo, por meio de determinados comportamentos.
Segundo Maciel (1999), o conceito de comportamento positivo em prevenção
é definido como a procura do indivíduo por cuidado, independentemente dele ou do
Desenvolvimento do estudo
Introdução
108
grupo a que pertence, estar vivenciando um problema de saúde. Dessa forma, o
comportamento preventivo em saúde depende de variáveis como: a condição
socioeconômica, a percepção do problema de saúde, o tipo do problema e a
possibilidade de resolução.
Assim, fundamentados na análise de conceito desenvolvida, podemos
considerar que o comportamento de prevenção de quedas é inerente ao indivíduo, o
qual assume uma atitude positiva em relação à sua saúde, baseada em seus
conhecimentos, organizados de tal forma a detectar e minimizar fatores de risco
para cair passíveis de resolução, com vistas a diminuir sua suscetibilidade, evitar
surgimento de agravos sequentes, e, por consequência, manter sua integridade.
Tendo por base essa definição e os dados obtidos na literatura, foram listadas
24 referências empíricas para mensurar o comportamento de prevenção de quedas.
1.
Uso correto de mecanismos auxiliares
2.
Provisão de auxílio pessoal
3.
Colocação de barreiras para prevenir queda
s
4.
Colocação de corrimãos conforme a necessidade
5.
Eliminação de água derramada, manchas brilhantes e acúmulo de objetos no chão
6.
Prender pequenos tapetes
7.
Provid
e
ncia para remoção de neve e gelo de superfícies usadas por pedestres
8.
Uso adequado de banquinh
os e escadas
9.
Uso de sapatos amarrados e do tamanho adequado
10.
Adaptação da altura do vaso sanitário conforme a necessidade
11.
Adaptação da altura das cadeiras conforme necessário
12.
Adaptação da altura da cama conforme a necessidade
13.
Uso de tapetinhos de borra
cha na banheira/chuveiro
14.
Uso de barras de segurança para as mãos
15.
Controle da agitação e inquietação
16.
Uso de precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de quedas
17.
Uso de recursos de correção da visão
18.
Uso de procedimento seguro de transferência
19.
Uso de iluminação adequada
20.
Controle da continência/incontinência urinária/intestinal
21.
Controle do medo de cair
22.
Controle do peso
23.
Uso de roupas do tamanho adequado
24.
Uso correto de recursos de correção auditiva
Desenvolvimento do estudo
Introdução
109
Quadro 32 Referências empíricas para o Comportamento de Prevenção de
Quedas. Fortaleza, 2010.
A partir da identificação dos atributos, da construção dos casos e dos
antecedentes referentes ao conceito “queda”, conseguimos descrever o conceito de
Comportamento de Prevenção de Quedas com base em duas dimensões:
comportamentos de prevenção de quedas concernentes ao indivíduo e
comportamentos de prevenção de quedas respectivos ao cuidador. Percebemos que
não seria factível avaliar as duas dimensões em um mesmo resultado de
enfermagem, porquanto não seria coerente atribuir nota, ao mesmo tempo, a
comportamentos de dois indivíduos diferentes (paciente e cuidador).
Assim, apesar de a versão original do resultado de enfermagem
Comportamento de Prevenção de Quedas referir-se, em sua definição, a
comportamentos do indivíduo ou cuidador, optamos por desenvolver os
componentes desse resultado somente relativos ao indivíduo.
Definições constitutivas do resultado de enfermagem Comportamento
de Prevenção de Quedas
A partir da análise de conceito, utilizamos
para a construção dos indicadores
e definições constitutivas do resultado de enfermagem Comportamento de
Prevenção de Quedas, os princípios da psicometria (PASQUALI, 1999) e sete de
seus critérios:
Critério comportamental: O item deve expressar um comportamento, não
uma abstração ou construto. O item deve permitir ao sujeito uma ação clara e
precisa, como se alguém pudesse dizer: “Vá e faça...”.
Critério da simplicidade: O item deve expressar uma única ideia.
Critério da clareza: O item deve ser inteligível para os enfermeiros das
unidades clínicas de cardiologia, com expressões simples e inequívocas.
Critério da relevância: A expressão deve ser consistente com o traço
definido e com as outras expressões que cubram o mesmo atributo. Ou seja, o item
deve realmente medir o atributo que se propõe medir. Assim, a expressão referente
ao indicador deve ser consistente com o atributo Comportamento de Prevenção de
Quedas. E a frase referente à definição constitutiva deve ser consistente com seu
respectivo indicador.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
110
Critério da precisão: O item deve possuir uma única posição definida no
contínuo do atributo e ser distinto dos demais itens de sua mesma classe. Ou seja, o
item (indicador ou definição constitutiva) deve ser único na medida do atributo
Comportamento de Prevenção de Quedas.
Critério da tipicidade: O item deve ser formado por expressões
condizentes (típicas, próprias, inerentes) com o atributo.
Critério da amplitude: O conjunto de itens referentes ao mesmo atributo
(indicador / resultado de enfermagem) deve cobrir toda a extensão da magnitude do
contínuo deste atributo. Ou seja, o conjunto de itens deve ser suficiente para medir a
atributo.
A partir da revisão integrativa e da análise de conceito, construímos as
definições constitutivas de cada indicador do resultado Comportamento de
Prevenção de Quedas. Como evidenciado nos resultados da análise conceito,
algumas definições constitutivas não foram identificadas na literatura. Assim, foram
desenvolvidas a partir das definições operacionais levantadas. O quadro a seguir
mostra a disposição dos indicadores e de suas respectivas definições constitutivas
construídas, que foram, em seguida, submetidos à avaliação por especialistas.
Indicador
Usa corretamente mecanismos auxiliares
Definição constitutiva: Usa de
forma correta o mecanismo auxiliar
,
como andador, bengala, cadeira de banho ou outras
tecnologias assistivas, durante a deambulação.
Provê auxílio pessoal
Definição constitutiva:
Solicita ajuda de familiares, amigos, cuidadores ou profissionais, por mei
o das relações sociais, na
execução das tarefas mais arriscadas para a ocorrência de quedas.
Coloca barreiras para prevenir quedas
Definição constitutiva: Utiliza barreiras seguras para prevenir quedas durante a permanência no leito
,
como grades ou
travesseiros.
Faz uso de corrimãos conforme a necessidade
Definição constitutiva: Utiliza corrimãos sempre e corretamente
,
durante uso de escada, rampa
,
ou durante uma mudança
no nível do solo.
Elimina água derramada
Definição constitutiva: Utiliza estratég
ias para manter o chão livre de água.
Elimina o acúmulo de objetos e obstáculos no chão
Definição constitutiva: Diminui ou elimina obstáculos e objetos soltos pelo chão, mantendo o ambiente organizado.
Prende pequenos tapetes
Definição constitutiva: El
imina tapetes ou utiliza estratégias seguras para prender tapetes ao piso para prevenir deslizes ou
tropeços.
Utiliza adequadamente banquinhos e escadas
Definição constitutiva: Sobe e desce de banquinhos ou escadas lentamente, um degrau por vez, com conc
entração,
apoiando todo o pé no degrau, sem desviar a atenção para alcançar objetos.
Usa calçado adequado para prevenir quedas
Definição constitutiva: Sempre que vai deambular, faz uso de calçado fechado, com solado antiderrapante, de suporte
Desenvolvimento do estudo
Introdução
111
reforçado
no calcanhar, com calcanhar de salto baixo, com meia
-
sola mais fina que o calcanhar, sendo flexível e firme,
provido de mecanismo de amarração e sem pontos de tensão.
Adapta a altura do vaso sanitário conforme a necessidade
Definição constitutiva: Faz us
o de estratégias para adaptar a altura do vaso sanitário conforme a sua necessidade de
maneira a apoiar por completo os pés no chão ao sentar-se e levantar-se do vaso.
Utiliza adequadamente cadeiras
Definição constitutiva: Utiliza cadeiras ou poltronas a
penas para sentar, somente as que possuem braços e que facilitem os
atos de sentar-se e levantar-se.
Usa adequadamente a cama
Definição constitutiva: Emprega ações que visam reduzir o risco de quedas enquanto está deitado, muda de posição no
leito, vai deitar-se ou levantar-se dele.
Usa tapetinhos de borracha na banheira/ ou
boxe
do chuveiro
Definição constitutiva: Utiliza tapetes de borracha na banheira ou chuveiro e os prende ou estende quando não estão em
uso.
Descreve medidas para prevenção de qued
as
Definição constitutiva: Descreve todas as medidas transmitidas sobre prevenção de quedas a serem executadas por ele.
Anda de um modo eficaz
Definição constitutiva: Deambula com equilíbrio em linha reta, aclive ou declive totalmente independente.
Ex
ecuta posicionamento eficaz do corpo
Definição constitutiva:
D
esempenha o posicionamento ereto do corpo com equilíbrio e completamente independente.
Usa barras de segurança para as mãos
Definição constitutiva: Utiliza barras de segurança
para o apoio da
s mãos antes, durante ou após o uso de banheira,
chuveiro ou vaso sanitário.
Controla a agitação e a inquietação
Definição constitutiva: Controla espontaneamente ou faz uso de estratégias para controlar ou prevenir a sensação de
agitação ou inquietação.
Utiliza precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de quedas
Definição constitutiva: Adota ações que eliminam, minimizam ou compensam os efeitos adversos dos medicamentos que
aumentam o risco de quedas.
Utiliza adequadamente recursos de corre
ção da visão
Definição constitutiva: Utiliza recursos para melhorar a capacidade de enxergar objetos e obstáculos do ambiente ou para
compensar a diminuição da acuidade visual.
Faz uso de procedimento seguro de transferência
Definição constitutiva: Util
iza ações seguras no ajuste de altura, no travamento de rodas, na aproximação, no
posicionamento do corpo e da cadeira e na utilização de auxílio pessoal ou equipamentos auxiliares para movimentar-se
entre cama, maca ou cadeiras de rodas ou cadeiras higiênicas.
Utiliza iluminação adequada
Definição constitutiva: Ajusta a iluminação para adequar
-
se à capacidade ou necessidade para enxergar o ambiente
claramente.
Uso correto do sistema de alarme
Definição constitutiva: Usa dispositivo de alarme que solici
ta ajuda em caso de dificuldade, urgência, emergência ou
ocorrência de quedas.
Administra urgência urinária/intestinal
Definição constitutiva: Faz uso de estratégias ou auxílio pessoal para minimizar ou administrar de forma segura a saída
súbita do local onde está para atender à urgência de urinar ou defecar.
Controla o medo de cair
Definição constitutiva: Controla espontaneamente ou faz uso de estratégias para controlar a
autopercepção
de baixa
eficácia para evitar quedas durante atividades essenciais, não-perigosas do cotidiano.
Faz uso de roupas do tamanho adequado
Definição constitutiva: Utiliza roupas de tamanho adequado quanto ao comprimento e largura.
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva
Definição constitutiva: Uso adequado de a
mplificação sonora para seguir uma conversação ou ouvir sons de objetos se
Desenvolvimento do estudo
Introdução
112
aproximando.
Controla o peso
Definição constitutiva: Mantém um peso excelente para sua compleição física (18,5 < Índice de Massa Corpórea < 24,9)
Quadro 33 Indicadores e definições constitutivas construídas para o resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas. Fortaleza, 2010.
4.3 Etapa 2 - Validação das definições constitutivas por especialistas e
refinamento do resultado de enfermagem
4.3.1. Descrição do método da etapa
Ao adaptar as instruções de Hoskins (1989) para a validação dos
componentes da taxonomia NOC, esta etapa teve como objetivo determinar quais
das definições constitutivas geradas na etapa de construção, iriam representar o
construto pretendido e quais deveriam ser excluídas. Esse modelo propõe que, após
analisar o conceito e sua lista de características, torna-se necessário obter a
concordância entre especialistas de que tal lista está completa e representa
adequadamente o conceito. Portanto, após essa etapa do estudo, propusemos
novos indicadores com suas respectivas definições.
Para a execução desta etapa, foram obtidas opiniões de enfermeiros
especialistas na temática de sistemas de linguagem de enfermagem e acidentes por
quedas para julgar a relação entre as definições constitutivas e cada indicador.
Especificamente para estudos de validação por especialista, conforme
esclarece Hoskins (1989), os profissionais mencionados, além do profundo
conhecimento da temática em estudo, devem conhecer e compreender
sobremaneira a linguagem da SAE.
Como mostra a literatura, o uso do termo “especialista” é frequente na
enfermagem quando o abordados aspectos relacionados à prática clínica,
educação ou pesquisa. Assim, deve-se sempre ter em mente a definição de
enfermeiro experto como pessoa detentora de conhecimento e habilidade baseados
em estudos e na experiência clínica. Desse modo, justifica-se o seu critério de
seleção (GALDEANO; ROSSI, 2006). Para Lacerda (2002), a expertise ou
especialização é geralmente considerada uma característica do indivíduo que
alcançou excelente desempenho de sua disciplina e inclui as qualidades de tomada
de decisões, intuição, conhecimento, habilidades psicomotoras e especialização
clínica. No caso da linguagem da SAE, o desenvolvimento consciente e constante
do julgamento clínico tornará o profissional especialista em sua área de atuação.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
113
Para Fehring (1994), o enfermeiro considerado especialista em diagnóstico de
enfermagem deve preencher alguns requisitos, apresentados anteriormente. Suas
condições de seleção foram adaptadas à temática desta pesquisa.
Quanto ao tamanho da amostra dos especialistas, Hoskins não o menciona, e
Fehring (1986) recomenda a seleção de uma amostra de 25 a 50, especialistas para
realizar a validação de conteúdo com base em um sistema de pontuação.
Entretanto, para o estabelecimento do tamanho da amostra, adotamos
critérios estatísticos, tais como:
Proporção mínima de 85% de concordância com relação à pertinência de
cada componente avaliado e
Diferença de 15% quanto à concordância, incluindo um intervalo de 70 a
100% na referida concordância.
Desse modo, para definição do tamanho amostral, adotamos uma fórmula
que leva em consideração a proporção final de sujeitos em relação a uma
determinada variável dicotômica e a diferença máxima aceitável dessa proporção.
Assim, o tamanho amostral foi definido por n=Z
α
2
.P.(1-P)/d
2
, onde Z
α
refere-se ao
nível de confiança (utilizamos um nível de confiança de 95%), P é a proporção de
indivíduos que concordam com a pertinência do componente do diagnóstico de
enfermagem e d é a diferença de proporção considerada aceitável. O cálculo final foi
determinado por n= 1,96
2
.0,85.0,15/0,15
2
, e com isso, obtivemos uma amostra de 22
especialistas para esta etapa.
Para selecionar os participantes, seguimos os critérios de seleção de
especialistas recomendados por Fehring (1987), cujo sistema de pontuação é
apresentado no quadro a seguir, com as respectivas adaptações feitas à nossa
pesquisa.
Critérios (FEHRING,1994)
Pont
os (
FEHR
ING,1994)
Critérios adaptados
Pont
os
adaptad
os
Mestre em enfermagem
4
Mestre
Critério obrigatório
Sem pontuação
Mestre em enfermagem
dissertação com conteúdo
relevante dentro da área
clínica
(diagnósticos da área
clínica)
1
Mestre
com
dissertação
sobre quedas e/ou sobre
terminologia de enfermagem
2
Pesquisa (com publicações)
na área de diagnósticos
2
Artigo resulta
nte
de
pesquisa na área de
terminologia de enfermagem
e/ou quedas
em um periódico com Qualis
≥ B
2.
3
Desenvolvimento do estudo
Introdução
114
Artigo publicado na área de
diagnósticos em um
periódico de referência
2
Artigo publicado na área de
sistemas de classificação de
enfermagem e/ou quedas
em um periódico com Qualis
≥ B
2.
2
Doutorado em diagnóstico
2
Dou
torado com tese sobre
quedas e/ou sobre
terminologia de enfermagem
4
Prática clínica de pelo
menos um ano de duração
na área de Enfermagem em
clínica médica
1
Prática clínica de pelo
menos um ano de duração
na área de enfermagem em
unidade de cuidados
clínicos a pacientes ≥ 18
anos
1
Certificado em área clínica
médica com comprovada
prática clínica
2
Certificado (especialização)
na área de enfermagem em
unidade de cuidados
clínicos
2
Pontuação máxima
14
1
4
Quadro 34 – Adaptação do sistema de pontuação de especialistas do modelo de
validação de conteúdo de Fehring (1994). Fortaleza, 2010. Fonte: FEHRING, 1994/
Própria pesquisadora.
De acordo com o sistema de pontuação apresentado, os enfermeiros
deveriam obter a pontuação mínima de cinco pontos para serem incluídos no painel
de especialistas.
4.3.2 Coleta de dados
Nesta etapa, submetemos as definições constitutivas aos especialistas, que
as avaliaram segundo os mesmos critérios da psicometria selecionados para
subsidiar a etapa de construção.
Para a captação desses especialistas, recorreremos à busca na Plataforma
Lattes do portal CNPq, por conhecimento próprio, ou ainda por amostragem do tipo
“bola de neve”, mediante seleção feita por indicação dos sujeitos selecionados
anteriormente (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004).
Após seleção prévia, enviamos uma carta-convite para estes especialistas,
com vistas à apresentação da pesquisadora, exposição dos objetivos da
investigação e dos métodos a serem adotados, bem como das etapas da pesquisa
das quais fariam parte. Em seguida ao aceite do convite, tais especialistas
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Concluída sua confecção, submetemos o material ao crivo de três
especialistas não pertencentes à amostra, mas que utilizam a taxonomia da NANDA-
I, NIC ou NOC, com a finalidade de avaliar o instrumento de coleta de dados dessa
Desenvolvimento do estudo
Introdução
115
etapa quanto à clareza, à facilidade de leitura e à apresentação. Analisamos as
sugestões e, em seguida, o instrumento foi enviado aos especialistas sob o formato
de um questionário semiestruturado dividido em seis partes:
1. Instruções para o preenchimento do instrumento, descrição sumária do
projeto de pesquisa, conceitos sicos referentes ao estudo e referências
bibliográficas, as quais pudessem esclarecer possíveis dúvidas relacionadas aos
conceitos propostos;
2. Dados de identificação do especialista e questões relativas à experiência
profissional no ensino, na pesquisa e na assistência de enfermagem em geral e
relativa ao fenômeno de quedas e/ou a terminologias de enfermagem;
3. Duas definições, das quais uma deveria ser selecionada como a que
melhor representasse o resultado de enfermagem avaliado;
4. Lista contendo os domínios e classes, para que o especialista apontasse a
inserção mais adequada do resultado Comportamento de Prevenção de Quedas na
taxonomia NOC (MOORHEAD et al.,2008);
5. Uma lista única dos indicadores do resultado, indicadores propostos e as
definições constitutivas construídas alusivas a cada um deles;
6. Uma escala de três pontos, mediante a qual os especialistas avaliaram a
pertinência de cada definição constitutiva e de cada indicador, quanto à sua
adequação aos critérios da psicometria propostos por Pasquali (1999), assinalando
uma possibilidade de resposta por vez;
7. Um espaço para adição de sugestões ou modificações para as definições
constitutivas sugeridas.
Os especialistas avaliaram cada indicador e definição constitutiva, ao
atribuirem as notas: -1 (para critério não atendido, ou seja, definição constitutiva/
indicador não adequado); 0 (para indecisão quanto à adequação do critério, ou seja,
definição constitutiva/ indicador de algum modo adequado) ou +1 (para critério
atendido, ou seja, definição constitutiva/ indicador adequado ). Assim, a expressão
referente ao indicador deveria ser consistente com o atributo Comportamento de
Prevenção de Quedas. E a frase referente à definição constitutiva deveria ser
consistente com seu respectivo indicador.
4.3.3 Análise dos dados
Desenvolvimento do estudo
Introdução
116
Para efetivar a análise da aderência dos indicadores e das definições
constitutivas aos critérios psicométricos selecionados, construímos uma planilha no
programa Microsoft Office Excel 2007 com a lista de especialistas e suas respectivas
notas para cada indicador, de acordo com a avaliação de cada critério. Em seguida,
calculamos a média aritmética de cada critério: Σ notas do indicador/ quantidade de
especialistas. Posteriormente, aplicamos o teste binomial por meio do programa
Statistical Package for the Social Sciences - SPSS na versão 16.0, para
averiguarmos se havia diferença entre a média calculada e o índice de concordância
instituído no calculo amostral de 0,85 (85%).
Ao considerarmos o nível de significância (p) de 0,05 para rejeitar a hipótese
nula, a diferença entre a média calculada e o índice de concordância instituído
ocorreria se p<0,05.
4.3.4 Aspectos éticos
Antes de ser iniciada, a pesquisa foi enviada e aprovada (protocolo n
o
635/09)
pelo Comitê de Ética na Pesquisa, em concordância com as determinações da
Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, que define as diretrizes e
normas que regem a pesquisa envolvendo seres humanos (BRASIL, 1996).
Foram observados em todas as etapas do estudo os princípios fundamentais
da Bioética inerentes à autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça.
4.3.5 Apresentação e discussão dos resultados obtidos na validação por
especialistas
Dos 128 especialistas contatados, 69 aceitaram participar da pesquisa e 22
devolveram o instrumento preenchido. Portanto, esta etapa do estudo contou com a
participação de 22 enfermeiros, conforme indicou o cálculo amostral.
Segundo concluem Galdeano e Rossi (2006), a seleção de enfermeiros
especialistas pode se tornar uma etapa complicada de ser executada, porquanto
além da escassa literatura referente à definição de especialista, há também a
barreira relacionada à formação e ao aprimoramento profissional do enfermeiro
ainda deficiente em muitos estados do país. Entretanto, identificamos uma
quantidade considerável de especialistas nas temáticas abordadas.
Cogitamos que o rol identificado pode encontrar-se saturado, ao apreciar
diversos trabalhos ao mesmo tempo, diminuindo a aderência às pesquisas. Isso
Desenvolvimento do estudo
Introdução
117
pode ser resultado da divulgação ineficaz dos especialistas existentes no país,
sobretudo em terminologias de enfermagem. Nesse sentido, evidenciamos a
necessidade da criação de bancos de especialistas ou aprimoramento das bases de
currículos de pesquisadores no Brasil.
Especialista
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Escore
11
6
6
11
10
10
11
5
12
5
5
Especialista
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
2
2
Escore
7
11
8
9
7
11
8
8
8
6
6
Quadro 35 Escore dos especialistas da etapa 2 segundo os critérios adaptados do
sistema de pontuação proposto por Fehring (1994). Fortaleza, 2010.
Todos os especialistas que retornaram o instrumento dentro do prazo
estabelecido previamente atenderam os critérios de inclusão ao atingirem a
pontuação mínima necessária de cinco pontos conforme o quadro apresentado.
Alguns pesquisadores relatam em seus estudos que encontraram dificuldades para
compor o painel de especialistas brasileiros, de acordo com a pontuação mínima
requerida na proposta de Fehring (SANTANA, SAWADA, 2002; BERGAMASCO et
al., 2004). De acordo com Galdeano e Rossi (2006), quanto mais títulos, mais
pesquisas realizadas, e/ou quanto maior for a experiência clínica do enfermeiro em
uma determinada área, mais experto ele será. Tais autoras recomendam ser
fundamental a descrição detalhada dos critérios de seleção e do perfil dos
enfermeiros selecionados, para possibilitar a utilização do método por outros
pesquisadores.
Dessa forma, apresentamos adiante os dados referentes ao perfil dos
especialistas da etapa 2 da pesquisa.
Tabela 3 Dados referentes ao perfil dos especialistas da etapa 2 da pesquisa (n =
22). Fortaleza, 2010.
Variáveis
N
%
Sexo
Feminino
20
90,
8
Masculino
2
9,2
Titulação
Mestrado
8
36,4
Doutorado
14
63,6
Pesquisa
sobre
terminologia de enfermagem
Dissertação/Tese
14
63,6
Monografia
4
18,2
Nenhuma
4
18,2
Pesquisa sobre acidentes por quedas
Desenvolvimento do estudo
Introdução
118
Monografia
6
27,2
Dissertação/Tese
8
36,4
Nenhuma
8
36,4
Grupo de pesquisa sobre terminologia de enfermagem
Sim
19
86,4
Não
3
13,6
Grupo de pesquisa sobre
acidentes por quedas
Sim
12
54,5
Não
10
45,5
Instituição de trabalho no último ano
Instituição de ensino
superior
20
9
0
,
8
Hospital
1
4,
6
Outra
1
4,
6
Assistência
de enfermagem
com utilização do processo
de enfermagem
Sim
20
90,
8
Não
2
9,2
Assistência
de enfermagem
a pacientes com risco de
quedas
Sim
20
90,
8
Não
2
9,2
Ensino
sobre
processo de enfermagem
Sim
20
90,
8
Não
2
9,2
Ensino
sobre prevenção de quedas
Sim
17
77,3
Não
5
22,7
Média
Desvio
-
padrão
Tempo de formação
16,77
11,45
Tempo
de
experiência com processo de enfermagem
12,81
8,69
A maioria dos especialistas era do sexo feminino, com tempo de formação
médio de 16,77 anos (±11,45), o qual variou entre cinco e 39 anos. Concernente à
titulação, 63,6% dos participantes eram doutores. A pesquisa Seganfredo (2010)
sobre validação de resultados de enfermagem NOC em unidade de terapia intensiva
contou com 41,65% de mestres, porém, com tempo de experiência profissional menor
(4 a 14 anos).
O uso do termo “especialista” é frequente na enfermagem, quando são
abordados aspectos relacionados à prática clínica, educação ou pesquisa
(GALDEANO, ROSSI, 2006). Cerca de 90% dos especialistas dessa etapa atuavam
em instituições de ensino superior pelo menos um ano. O estudo de validação de
diagnóstico de enfermagem de Melo, Carvalho, Pe (2007) mostrou que a maioria
destes (76,6%), dedicava-se de igual modo à área do ensino. De modo similar,
conforme verificado por Silva (2007), a proporção de 76,9% dos especialistas estava
concentrada em escolas de ensino superior.
Aproximadamente 90% dos especialistas de nossa pesquisa prestaram
assistência com utilização do processo de enfermagem, por um tempo médio de
Desenvolvimento do estudo
Introdução
119
12,81 anos 8,69) e ofereceu assistência de enfermagem a pacientes com risco de
quedas por certo período. A mesma percentagem ministrou disciplina com
abordagem em processo de enfermagem e o ensino sobre prevenção de quedas foi
referido por 77,3% dos especialistas. Conforme conclui uma pesquisa brasileira sobre
critérios para seleção de especialistas, a experiência clínica e a especialização na
área temática são importantes para os estudos de validação de conteúdo de
componentes das terminologias de enfermagem (GALDEANO, ROSSI, 2006).
Referente às pesquisas, 81,8% dos participantes desta etapa havia
desenvolvido estudo referente a terminologias de enfermagem e 63,6% relativo a
acidentes por quedas. Aproximadamente 86% participavam de grupos de pesquisa
que discutem a sistematização da assistência, com o uso de terminologias de
enfermagem e 54,5% freqüentavam grupos que debatem sobre acidentes por quedas.
Perfil semelhante foi identificado nas pesquisas de validação de resultados de
enfermagem de Silva (2007) e de Seganfredo (2010), nas quais 92,3% e 91,63% dos
especialistas, respectivamente, participavam de grupos de pesquisa com discussões
sobre sistematização da assistência.
Conforme ponderamos a partir da discussão, a amostra dessa etapa
mostrou-se hábil para avaliar a revisão do resultado de enfermagem Comportamento
de Prevenção de Quedas, bem como as definições constitutivas previamente
construídas. A seguir, expomos os resultados de tal avaliação.
Domínio/Classe referente ao Resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de
Quedas
N
%
Domínio 4/ Classe
T
18
81,82
Domínio 1/ Classe
C
3
13,64
Domínio 1/ Classe
D
1
4,54
Quadro 36 Avaliação da inserção do Resultado de enfermagem revisado na
taxonomia NOC. Fortaleza, 2010.
Quanto ao título - Consideramos o conceito de comportamento preventivo
em saúde como a conduta, o procedimento, ou o conjunto das reações observáveis
em indivíduos em determinadas circunstâncias. Uma contingência tríplice composta
de antecedentes-respostas-consequências, voltados à prevenção de agravos. Assim,
conforme evidenciado pela revisão integrativa e pela análise de conceito, o título do
resultado de enfermagem em questão, Comportamento de Prevenção de Quedas,
sintetiza bem a proposta NOC para avaliar as condutas do indivíduo para prevenir
Desenvolvimento do estudo
Introdução
120
quedas. Portanto, por julgá-lo adequado, propomos a manutenção do título do referido
resultado de enfermagem NOC.
Inserção do resultado de enfermagem na taxonomia NOC A maioria
expressiva dos especialistas (81,82%) concordou com a inserção do resultado de
enfermagem no Domínio 4/ Classe T. O domínio Conhecimento e Comportamento de
Saúde abrange resultados que descrevem atitudes, compreensão e ações sobre a
saúde e a doença. A classe Controle de riscos e segurança contém os resultados que
descrevem o estado de segurança e/ou ações de um indivíduo para evitar, limitar ou
controlar as ameaças identificadas à saúde (MOORHEAD et al., 2008). A
necessidade de segurança é entendida como aquela concernente ao sentimento de
confiança, estabilidade. No campo físico, a segurança está relacionada à proteção do
organismo contra injúrias físicas (ROCHA, MARZIALE, 2001).
Uma proporção menor sugeriu o Domínio 1/ Classes C ou D. O domínio
Saúde Funcional refere-se a resultados que descrevem a capacidade e realização
das atividades básicas da vida (MOORHEAD et al.,2008). Ao considerarmos que o
comportamento de prevenção de quedas não se refere à capacidade do indivíduo, e
sim às suas atitudes preventivas à ocorrência de quedas, verificamos que o domínio,
Conhecimento e Comportamento de Saúde, retrata melhor o resultado de
enfermagem avaliado. Entendemos que o raciocínio dos especialistas em ter
apontado as classes C e D deste domínio, Mobilidade e Autocuidado
respectivamente, estava pautado na proximidade comprovada entre a ocorrência de
quedas e a restrição dos movimentos, ou as dificuldades na habilidade individual para
realizar atividades básicas e instrumentais da vida diária (VASSALLO et al., 2004;
KNEAFSEY, 2007). Entretanto, segundo podemos verificar novamente, o resultado
em questão é relativo a atitudes do indivíduo para prevenir o evento adverso e não à
sua capacidade ou condição de saúde.
Ao avaliarmos a apreciação dos especialistas e revermos a taxonomia NOC
(MOORHEAD et al., 2008), recomendamos a conservação do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas no Domínio 4/ Classe T
alusivo, em sequência, ao Conhecimento e Comportamento de Saúde e ao Controle
de riscos e segurança.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
121
Definição do Resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas
N
%
Definição 1
15
68,19
Definição 2
7
31,81
Quadro 37 – Avaliação da definição do Resultado de enfermagem revisado. Fortaleza,
2010.
Quanto à definição Originalmente, o resultado de enfermagem
Comportamento de Prevenção de Quedas é definido como ações pessoais ou do
cuidador familiar para minimizar os fatores de risco que possam precipitar quedas no
ambiente pessoal (MOORHEAD et al.,2008).
Ao executarmos a revisão integrativa e a análise de conceito, identificamos
divergência entre essa definição e o que é abordado pela literatura. Ao partirmos das
dimensionalidades do conceito discutidas anteriormente, o comportamento de
prevenção de quedas congrega, predominantemente, atitudes do indivíduo e do
cuidador (familiar, profissional, outro) (SWANN, 2008). Contudo, baseados na
proposta essencial de um resultado de enfermagem NOC (medir o estado de saúde,
avaliar a qualidade dos cuidados de enfermagem, bem como os efeitos das
intervenções), constatamos não ser adequado atribuir uma nota, dependente das
ações de duas ou mais pessoas distintas (GARBIN et al., 2009).
A síntese teórica efetuada na análise conceitual indicou referenciais empíricos
concernentes ao conceito do comportamento de prevenção de quedas de caráter
predominantemente individual. Quanto a isso, a literatura concorda que o
comportamento preventivo é, antes de tudo, uma iniciativa pessoal de
empoderamento da saúde, mesmo não responsabilizando exclusivamente o indivíduo
por seu estado e comportamentos em saúde. A incorporação do conceito positivo de
saúde defende o prazer e a força de vontade nas ações individuais de prevenção
como principais influenciadores no comportamento. A reorientação das práticas
tradicionais requer a criação de metodologias avaliativas para verificar limites e
potencialidades de cada pessoa com relação à sua própria saúde. (NAIDOO; WILLS,
2000; FIGUEIRA et al.,2009). Ademais, as ações de prevenção não podem limitar-se
apenas a minimizar fatores de risco, quando possibilidade de eliminá-los (BUSS,
2003).
As ameaças perante as quais o indivíduo deve adotar comportamento
preventivo em saúde dizem respeito aos fatores de risco percebidos. Observa-se
que grande parte dos fatores de risco pode ser modificada por meio de adequações
de comportamento individual, mediante tomada de decisão e ação (PENDER, 2002).
Desenvolvimento do estudo
Introdução
122
Tais fatores de risco são divididos em modificáveis e o modificáveis. Os fatores
considerados não modificáveis são aqueles como: idade, sexo e história familiar. Os
fatores modificáveis são relacionados ao meio ambiente (onde a pessoa vive e
trabalha), ao estilo de vida, ao controle do estresse e são, nestes últimos,
especificamente, onde o comportamento preventivo em saúde poderá atuar
(FREUDENBERG et al. 1996).
De tal modo, apesar da proporção de 68,19% de especialistas optantes pela
definição original do resultado NOC, constatamos mais adequada a definição:
condutas do indivíduo para eliminar ou minimizar fatores de risco modificáveis
propensores de quedas.
Providos das indicações acerca do título, da inserção e da definição do
Comportamento de Prevenção de Quedas, expomos nas duas tabelas a seguir o
julgamento de seus indicadores e definições constitutivas, mediante o índice de
concordância dos especialistas quanto à aderência aos critérios Comportamental,
Simplicidade, Clareza, Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância.
Tabela 4 Índice de concordância dos especialistas quanto à aderência dos
indicadores em relação aos critérios Comportamental, Simplicidade, Clareza,
Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância. Fortaleza, 2010.
Indicadores
Critérios avaliados
Comportamental
Simplicidade
Clareza
Relevância
Precisão
Tipicidade
Amplitude
1.
Utiliza corretamente mecanismos
auxiliares para
deambular
0,95
0,
91
0,
86
0,
95
0,
95
0,
91
0,
91
0
,137
*
0
,338
*
0
,575
*
0
,137
*
0
,137
*
0
,338
*
0
,338
*
2.
Solicita auxílio físico para si
0,
91
0,
86
0,82
0,82
0,
95
0,
91
0,82
0,
338
*
0,575*
0,425*
0,425*
0
,137
*
0,
338
*
0,425*
3.
Faz uso
de
barreiras pa
ra prevenir quedas durante
a permanência na cama
0,
91
0,95
0,
91
0,
91
0,95
0,95
0,
86
0,
338
*
0
,137
*
0,
338
*
0,
338
*
0
,137
*
0
,137
*
0
,575
*
4.
Faz uso de corrimãos conforme a necessidade
1
1
0,95
1
0,95
1
0,
91
0,028*
0,028*
0
,137
*
0,028*
0
,137
*
0,028*
0
,338
*
5.
E
limina água derramada
0,95
0,
91
0,82
0,
86
0,
86
0,
86
0,82
0
,137
*
0
,338
*
0,425*
0,575*
0,575*
0,575*
0,425*
6.
Elimina o acúmulo de objetos e obstáculos no
chão
0,95
0,95
0,
91
0,95
0,
91
0,
91
0,82
0
,137
*
0
,137
*
0
,338
*
0
,137
*
0
,338
*
0
,338
*
0,425*
7.
Prende peq
uenos tapetes
0,95
0,
91
0,82
0,
91
0,
86
0,95
0,
86
0
,137
*
0
,338
*
0,425*
0
,338
*
0,575*
0
,137
*
0,575*
8.
Utiliza adequadamente banquinhos e escadas
0,95
0,
86
0,
91
0,95
0,82
0,95
0,
91
0
,137
*
0,575*
0
,338
*
0
,137
*
0,425*
0
,137
*
0
,338
*
9.
Usa calçado adequado para
prevenir quedas
1
1
1
1
0,95
1
0,
91
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
0
,137
*
0,028*
0
,338
*
10.
Adapta a altura do vaso sanitário conforme a
0,9
5
1
1
0,
91
0,9
5
1
0,
91
Desenvolvimento do estudo
Desenvolvimento do estudo
Introdução
123
necessidade
0,137*
0,028*
0,028*
0,
338
*
0,137*
0,028*
0,
338
*
11.
Utiliza adequadamente cadeiras
0,
91
1
1
1
0,9
5
1
0,
91
0,
338
*
0,028*
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,
338
*
12.
Usa adequadamente a cama
0,9
5
1
0,9
5
1
0,
91
1
0,
91
0,137*
0,028*
0,137*
0,028*
0,
338
*
0,028*
0,
338
*
13.
Usa tapetinhos de borracha na banheira/ ou
boxe
do chuveiro
1
1
0,9
5
1
0,9
5
1
0,9
5
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,137*
0,028*
0,137*
14.
Descreve medidas para prevenção de quedas
0,91 0,95 0,95 0,91 0,91 0,95 0,86
0,
338
*
0,137*
0,137*
0,
338
*
0,
338
*
0,137*
0,575*
15.
Anda de um modo eficaz
1
0,9
5
0,
86
0,9
5
0,
86
1
0,
91
0,028*
0,137*
0,575*
0,137*
0,575*
0,028*
0,
338
*
16.
Executa posicionamento eficaz do corpo
0,9
5
0,
86
0,82
0,9
5
0,82
0,9
5
0,82
0,137*
0,575*
0,425*
0,137*
0,425*
0,137*
0,425*
17.
Usa barras de segurança para as mãos
0,9
5
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,
91
0,137*
0,137*
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
18.
Controla a agitação e a inquietação
1
0,
91
1
0,9
5
0,9
5
1
0,
86
0,028*
0,
338
*
0,028*
0,137*
0,137*
0,028*
0,575*
19.
Utiliza precauções ao tomar medicamentos que
aumentam o risco de quedas
1 1 1 1 0,95 1 0,91
0,028*
0,028*
0,0
28*
0,028*
0,137*
0,028*
0,
338
*
20.
Utiliza adequadamente recursos de correção da
visão
1
1
1
0,9
5
0,9
5
1
0,
86
0,028* 0,028* 0,028* 0,137* 0,137* 0,028* 0,575*
21.
Faz uso de procedimento seguro de transferência
0,9
5
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,
86
0,137*
0,1
37*
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
0,137*
0,575*
22.
Utiliza iluminação adequada
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,
86
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,575*
23.
Uso correto do sistema de alarme
0,9
5
1
0,9
5
0,
86
0,
91
0,9
5
0,
86
0,137*
0,028*
0,137*
0,575*
0,
338
*
0,137*
0,575*
24.
Administra urgência urinária/intestinal
0,9
5
0,9
5
0,
86
0,82
0,82
0,
86
0,77
0,137*
0,137*
0,575*
0,425*
0,425*
0,575*
0,226
25.
Controla o medo de cair
0,9
5
1
1
0,
91
1
0,
91
0,
91
0,137*
0,028*
0,028*
0,
338
*
0,028*
0,
338
*
0,
338
*
26.
Faz uso de r
oupas do tamanho adequado
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,82
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,425*
27.
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva
0,9
5
1
0,9
5
0,
91
0,
91
0,
91
0,
86
0,137*
0,028*
0,137*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,575*
28.
Controla
o peso
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,
91
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,
338
*
variáveis confundidoras; * teste binomial
Tabela 5 Índice de concordância dos especialistas quanto à aderência das
definições constitutivas em relação aos critérios Comportamental, Simplicidade,
Clareza, Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância. Fortaleza, 2010.
Indicadores
Critérios avaliados
Comportamental
Simplicidade
Clareza
Relevância
Precisão
Tipicidade
Amplitude
1.
Utiliza corretamente mecanismos au
xiliares para
deambular 1 0,95 0,91 1 1 1 1
0,028*
0,
137
*
0,
338
*
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
2.
Solicita auxílio físico para si
0,9
5
1
1
0,86
0,9
5
1
0,9
5
0,137*
0,028*
0,028*
0,575*
0,
137
*
0,028*
0,
137
*
3.
Faz uso
de
barreiras para prevenir quedas durante
a permanência na cama 1 1 1 0,95 1 1 1
Desenvolvimento do estudo
Introdução
124
0,028*
0,028*
0,028*
0,
137
*
0,028*
0,028*
0,028*
4.
Faz uso de corrimãos conforme a necessidade
1
1
0,
91
0,9
5
1
1
0,9
5
0,028*
0,028*
0,
338
*
0,137*
0,028*
0,028*
0,137*
5.
Elimina água derramada
1
1
0,9
5
1
0,9
5
0,9
5
0
,9
5
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,137*
0,137*
0,137*
6.
Elimina o acúmulo de objetos e obstáculos no
chão
0,9
5
0,86
0,9
5
0,
91
0,
91
0,86
0,
91
0,137*
0,575*
0,137*
0,
338
*
0,
338
*
0,575*
0,
338
*
7.
Prende pequenos tapetes
1
0,
91
0,
91
0,
91
1
1
1
0,028*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,028*
0,028*
0,028*
8.
Utiliza adequadamente banquinhos e escadas
1
0,
91
0,9
5
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,
91
0,028*
0,
338
*
0,137*
0,137*
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
9.
Usa calçado adequado para prevenir quedas
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
10.
Adapta a altura do vaso sanitário conforme a
necessidade
1
1
1
0,9
5
1
1
1
0,028*
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,028*
0,028*
11.
Utiliza adequadamente cadeiras
0,9
5
0,
91
1
0,9
5
1
1
0,9
5
0,137*
0,
338
*
0,028*
0,137*
0,028*
0,028*
0,137*
12.
Usa adequadamente a cama
0,
91
0,9
5
0,
91
0,9
5
0,86
0,9
5
0,
91
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
0,137*
0,575*
0,137*
0,
338
*
13.
Usa tapetinhos de borracha na banheira/ ou
boxe
do chuveiro
1
0,86
0,9
5
0,9
5
0,9
5
1
1
0,028*
0,575*
0,137*
0,137*
0,137*
0,028*
0,028*
14.
Descreve medidas para prevenção de quedas
0,
91
0,9
5
0,9
5
0,
91
0,
91
0,9
5
0,
91
0,
338
*
0,137*
0,137*
0,
338
*
0,
338
*
0,137*
0,
338
*
15.
Anda de um modo eficaz
1
1
1
0,9
5
1
1
1
0,028*
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,028*
0,028*
16.
Executa posicionamento e
ficaz do corpo
1
1
0,9
5
0,9
5
1
1
1
0,028*
0,028*
0,137*
0,137*
0,028*
0,028*
0,028*
17.
Usa barras de segurança para as mãos
1
1
1
0,9
5
1
1
1
0,028*
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,028*
0,028*
18.
Controla a agitação e a inquietação
1
0,86
0,9
5
0,9
5
0,9
5
1
1
0,028*
0,575*
0,137*
0,137*
0,137*
0,028*
0,028*
19.
Utiliza precauções ao tomar medicamentos que
aumentam o risco de quedas
1 1 1 1 0,95 1 0,95
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
0,137*
0,028*
0,137*
20.
Utiliza adequadamente recursos de correção da
visão
1
1
0,8
6
0,9
5
0,9
5
1
0,9
5
0,028* 0,028* 0,575* 0,137* 0,137* 0,028* 0,137*
21.
Faz uso de procedimento seguro de transferência
1
1
1
1
1
1
1
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
0,028*
22.
Utiliza iluminação adequada
0,9
5
0,
86
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,137*
0,575*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
23.
Uso correto do sistema de alarme
0,9
5
0,
86
0,9
5
0,
91
0,
91
0,
91
0,9
5
0,137*
0,575*
0,137*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,137*
24.
Administra urgência urinária/intestinal
0,9
5
0,
86
0,9
5
0,
86
0,77
0,
86
0,82
0,137*
0,575*
0
,137*
0,575*
0,226
0,575*
0,425
25.
Controla o medo de cair
0,
91
0,
86
0,
91
0,9
5
0,
86
1
0,
91
0,
338
*
0,575*
0,
338
*
0,137*
0,575*
0,028*
0,
338
*
26.
Faz uso de roupas do tamanho adequado
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,
91
0,
86
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,575*
27.
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva
0,9
5
1
0,
86
0,
91
0,
91
0,
91
0,9
5
0,137*
0,028*
0,575*
0,
338
*
0,
338
*
0,
338
*
0,137*
28.
Controla o peso
0,
91
0,82
0,82
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,9
5
0,
338
*
0,425
0,425
0,137*
0,137*
0,137*
0,137*
variáveis confundidoras; * teste binomial
Conforme verificamos na tabela apresentada, todos os indicadores e suas
definições constitutivas, inclusive os indicadores novos propostos pela análise de
Desenvolvimento do estudo
Introdução
125
conceito ora elaborada, obtiveram ou superaram o índice de concordância de 0,85,
porquanto as dias inferiores a este valor apresentaram p>0,05 no resultado do
teste binomial. Os valores de p<0,05 se referiram a índices acima de 0,85, sendo, de
igual forma, admitidos.
De semelhante modo, as variáveis confundidoras Descreve medidas para
prevenção de quedas, Anda de um modo eficaz e Executa posicionamento eficaz do
corpo, provenientes de outros resultados de enfermagem NOC, bem como suas
definições constitutivas, apresentaram índice de concordância ≥ 0,85.
Juntamente com a avaliação de cada indicador/definição constitutiva, os
especialistas propuseram adequações as quais foram debatidas entre pesquisadora e
orientadora e, segundo consenso, foram acatadas.
Disto, podemos concluir que os indicadores e as definições constitutivas para
o resultado de enfermagem NOC Comportamento de Prevenção de Quedas
obtiveram índice de concordância estatisticamente maior que 0,85, considerados,
portanto, de conteúdo válido, semelhante ao existente na literatura científica e capaz
de mensurar o construto comportamento de prevenção de quedas.
A lista contendo esses componentes foi enviada apenas para esclarecimento
dos especialistas durante a fase de validação das definições operacionais, a qual é
apresentada a seguir.
4.4 Etapa 3- Construção e validação por especialistas das definições e
magnitudes operacionais
4.4.1. Descrição do método da etapa
Com base na revisão integrativa, na análise de conceito e nos resultados
obtidos na etapa de validação das definições constitutivas, estabelecemos as
definições operacionais de cada indicador do resultado Comportamento de
Prevenção de Quedas. As magnitudes operacionais foram construídas mediante a
possível disposição das definições operacionais na escala Likert de cinco pontos.
Para o cumprimento desta etapa, igualmente à anterior, foram adquiridas
apreciações de enfermeiros especialistas na temática de terminologia de
enfermagem e acidentes por quedas, para julgar a afinidade entre as definições
operacionais e cada indicador, de acordo com os critérios psicométricos utilizados
em sua construção.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
126
Para o estabelecimento do tamanho da amostra desta etapa, empregamos os
seguintes critérios estatísticos:
Proporção mínima de 90% de concordância com relação à pertinência de cada
componente avaliado e
Diferença de 15% quanto à concordância, incluindo um intervalo de 75 a 100% na
referida concordância.
Deste modo, para definição do tamanho amostral, adotamos uma fórmula que
leva em consideração a proporção final de sujeitos em relação a uma determinada
variável dicotômica e a diferença máxima aceitável desta proporção. Assim, o
tamanho amostral foi definido por n=Zα
2
.P.(1-P)/d
2
, onde representa o nível de
confiança (utilizamos um nível de confiança de 95%), P é a proporção de indivíduos
que concordam com a pertinência do componente do diagnóstico de enfermagem e
d é a diferença de proporção considerada aceitável. O cálculo final foi determinado
por n= 1,96
2
.0,90.0,10/0,15
2
e com isso, obtivemos uma amostra de 16 especialistas
para esta etapa.
Para selecionar os especialistas participantes, seguimos os mesmos critérios
recomendados por Fehring (1987), adaptados à nossa pesquisa, e o mesmo método
de amostragem.
4.4.2 Coleta de dados
As definições operacionais foram desenvolvidas de forma similar às
definições constitutivas e as magnitudes operacionais, fundamentadas nos cinco
níveis da escala Likert de medida de cada indicador do resultado NOC. Assim, o
alicerce para a elaboração de tais componentes foi obtido nas mesmas fontes
adotadas na etapa de construção das definições constitutivas.
Os especialistas da etapa anterior que aceitaram participar desta, bem como
novos especialistas convidados que responderam ao instrumento em tempo hábil,
constituíram esta amostra, mediante assinatura de um novo Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido.
O instrumento da segunda fase, desenvolvido e avaliado sob os mesmos
aspectos do primeiro, foi enviado aos especialistas no formato de um questionário
semiestruturado, dividido em seis partes:
1. Instruções para o preenchimento do instrumento, descrição sumária do
projeto de pesquisa, conceitos sicos referentes ao estudo e referências
Desenvolvimento do estudo
Introdução
127
bibliográficas as quais pudessem esclarecer possíveis dúvidas relacionadas aos
conceitos propostos;
2. Dados de identificação do especialista e questões relativas à experiência
profissional no ensino, na pesquisa e na assistência de enfermagem em geral e
relativa ao fenômeno de quedas e/ou a terminologias de enfermagem;
3. Uma lista contendo os indicadores do resultado e as definições
constitutivas construídas e avaliadas anteriormente;
4. As definições operacionais elaboradas para cada indicador;
5. As magnitudes operacionais construídas para cada nível dos indicadores,
sob o formato de escala do tipo Likert de cinco pontos;
6. Uma escala de três pontos, mediante a qual os especialistas avaliaram a
pertinência de cada definição constitutiva e de cada indicador quanto à sua
adequação aos critérios da psicometria propostos por Pasquali (1999), assinalando
uma possibilidade de resposta por vez;
7. Um espaço para sugestão de ajustes para as definições e magnitudes
operacionais, permuta interna dentro da escala Likert, substituição ou mesmo
divergência de opinião sobre alguma definição ou magnitude operacional.
Os especialistas avaliaram cada definição/magnitude operacional em conjunto
ao atribuirem as notas: -1 (para critério não atendido); 0 (para indecisão quanto à
adequação do critério) ou +1 (para critério atendido). Assim, o conjunto
definição/magnitude operacional deveria ser consistente com seu respectivo
indicador.
Para analisar os dados desta etapa, construímos uma planilha do programa
Microsoft Office Excel 2007 e, para avaliar a concordância entre os especialistas,
semelhante à etapa anterior, médias aritméticas foram calculadas para cada um dos
critérios psicométricos adotados, referentes a cada conjunto definição/magnitude
operacional.
Ou seja, as médias ponderadas foram obtidas por: Σ notas do indicador/
quantidade de especialistas. Em seguida, empregamos o teste binomial, por meio do
programa Statistical Package for the Social Sciences - SPSS na versão 16.0, para
examinarmos se havia diferença entre a média calculada e o índice de concordância
instituído no calculo amostral de 0,90 (90%).
Desenvolvimento do estudo
Introdução
128
Ao considerarmos o nível de significância (p) de 0,05 para rejeitar a hipótese
nula, a diferença entre a média calculada e o índice de concordância instituído
ocorreria se p<0,05.
4.4.3 Apresentação e discussão dos resultados obtidos na validação por
especialistas
Inicialmente 87 especialistas foram convidados a compor o painel desta
etapa, da qual 25 aceitaram participar, apesar de somente 16 devolverem o
instrumento preenchido em tempo hábil. Logo, 16 enfermeiros compuseram a
amostra, em concordância com o resultado do lculo amostral e com a pontuação
mínima de cinco pontos, conforme os critérios de Fehring (1994).
Desses, todos atenderam os critérios de inclusão, ao atingirem a pontuação
mínima necessária de cinco pontos conforme o quadro apresentado.
Especialista
1
2
3
4
5
6
7
8
Escore
12
11
5
8
8
8
7
11
Especialista
9
10
11
12
13
14
15
16
Escore
11
8
11
8
9
9
5
10
Quadro 38 Escore dos especialistas da etapa 3 segundo os critérios adaptados do
sistema de pontuação proposto por Fehring (1994). Fortaleza, 2010.
A pontuação dos participantes referente aos critérios adaptados do sistema
de pontuação proposto por Fehring (1994) variou entre cinco e onze pontos, escores
semelhantes aos do grupo de especialistas da pesquisa de Chaves (2008), no qual
houve variação entre seis e doze pontos. Portanto, consideramos a amostra
apropriada para apreciar a as definições/ magnitudes operacionais do resultado de
enfermagem.
A seguir, expomos os dados alusivos ao perfil dos especialistas da etapa 3 da
pesquisa.
Tabela 6 Dados referentes ao perfil dos especialistas da etapa 3 da pesquisa (n =
16). Fortaleza, 2010.
Variáveis
N
%
Sexo
Feminino
16
100,0
Titulação
Mestrado
7
43,8
Doutorado
9
56,2
Pesquisa
sobre
terminologia de enfermagem
Dissertação/Tese
14
87,5
Monografia
12
75,0
Desenvolvimento do estudo
Introdução
129
Pesquisa
sobre acidentes por quedas
Monografia
4
25,0
Dissertação/Tese
3
18,8
Nenhuma
5
31,3
Grupo de pesquisa sobre terminologia de enfermagem
Sim
14
87,5
Não
2
12,5
Grupo de pesquisa sobre
acidentes por quedas
Sim
12
56,3
Não
4
4
3,7
Instituição d
e trabalho no último ano
Instituição de ensino superior
14
87,5
Hospital
2
12,5
Assistência de enfermagem com utilização do processo
de enfermagem
Sim
14
87,5
Não
2
12,5
Assistência de enfermagem a pacientes com risco de
quedas
Sim
12
56,3
o
4
4
3,7
Ensino
sobre processo de enfermagem
Sim
14
87,5
Não
2
12,5
Ensino
sobre prevenção de quedas
Sim
11
68,8
Não
5
31,2
Média
Desvio
-
padrão
Tempo de formação
13,93
10
,59
Tempo
de
experiência com processo de enfermagem
9,93
8,70
Conforme a tabela, todos os especialistas eram do sexo feminino, com tempo
de formação médio de 13,93 anos (± 10,59) e a maioria possuía titulação de
doutorado (56,2%). Semelhantemente, o estudo de Melo (2008) contou com 76% de
doutores em seu painel de especialistas para a validação de conteúdo de um
diagnóstico de enfermagem.
Dos dezesseis participantes, 87,5% desenvolveram dissertação ou tese sobre
terminologia de enfermagem e 43,8% executaram alguma pesquisa sobre acidentes
por quedas. Na pesquisa de Chaves (2008), 84,7% dos especialistas afirmaram ter
realizado trabalho científico sobre terminologia de enfermagem. Quanto aos grupos
de pesquisa, 87,5% participaram de grupo sobre terminologia de enfermagem e
56,3% sobre acidentes por quedas. Dos participantes desta etapa, 87,5% têm,
pelo menos um ano, suas atividades concentradas na área de ensino superior.
Concernente à assistência com utilização do processo de enfermagem, 87,5%
a executaram por um tempo médio de 9,93 anos 8,70) e ofereceram assistência
de enfermagem a pacientes com risco de quedas por certo período. O ensino sobre
Desenvolvimento do estudo
Introdução
130
processo de enfermagem foi referido por 87,5%, e 68,8% relataram experiência
docente sobre prevenção de quedas.
Com base nisso, expomos adiante os índices de concordância dos
especialistas quanto à aderência das definições/magnitudes operacionais em
relação aos critérios Comportamental, Simplicidade, Clareza, Precisão, Tipicidade,
Amplitude, Relevância.
Tabela 7 Índice de concordância dos especialistas quanto à aderência das
definições/magnitudes operacionais em relação aos critérios Comportamental,
Simplicidade, Clareza, Precisão, Tipicidade, Amplitude, Relevância. Fortaleza, 2010.
Indicadores
Critérios avaliados
Comportamental
Simplicidade
Clareza
Relevância
Precisão
Tipicidade
Amplitude
1.
Usa corretamente mecanismos auxiliares
1
0,
88
0,
88
0,
88
0,
88
1
1
0,185*
0,485*
0,485*
0,485*
0,485*
0,185*
0,185*
2.
Provê auxílio pessoal
1
0,94
0,94
0,94
0,94
1
0,94
0,185*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,185*
0,515*
3.
Coloca barreiras
para prevenir quedas
0,94
1
1
1
0,94
1
1
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
0,185*
0,185*
4.
Faz uso de corrimãos conforme a necessidade
0,94
1
1
0,94
0,94
1
0,
88
0,515*
0,185*
0,185*
0,515*
0,515*
0,185*
0,485*
5.
Elimina água derramada
1
0,
88
0,94
0,94
0
,75
1
0,94
0,185*
0,485*
0,515*
0,515*
0,068*
0,185*
0,515*
6.
Elimina o acúmulo de objetos e obstáculos no
chão
1
1
1
0,94
0,94
1
1
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
0,515*
0,185*
0,185*
7.
Prende pequenos tapetes
1
1
0,94
0,94
0,94
1
1
0,185*
0,185*
0,515*
0
,515*
0,515*
0,185*
0,185*
8.
Utiliza adequadamente banquinhos e escadas
1
0,
88
1
0,94
0,94
1
1
0,185*
0,485*
0,185*
0,515*
0,515*
0,185*
0,185*
9.
Usa calçado adequado para prevenir quedas
1
1
1
1
1
1
1
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
10.
Ad
apta a altura do vaso sanitário conforme a
necessidade
0,94
1
1
1
1
1
1
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
11.
Utiliza adequadamente cadeiras
1
0,94
1
0,94
1
1
0,94
0,185*
0,515*
0,185*
0,515*
0,185*
0,185*
0,515*
12.
Usa adequadamente a cama
1
0,
88
0,
88
0,
88
0,
88
0,81
0,94
0,185*
0,485*
0,485*
0,485*
0,485*
0,211
0,515*
13.
Usa tapetinhos de borracha na banheira/ ou
boxe
do chuveiro
1
1
1
0,94
0,
88
1
0,94
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
0,485*
0,185*
0,515*
14.
Descreve medidas para prevenção de qued
as
0,75 0,69 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75
0,068*
0,017*
0,068*
0,068*
0,068*
0,068*
0,068*
15.
Anda de um modo eficaz
0,94
0,94
0,94
0,94
0,94
0,94
0,94
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
16.
Executa posicionamento eficaz do corpo
0,94
1
0,94
1
1
1
1
0,515*
0,185*
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
17.
Usa barras de segurança para as mãos
0,94
1
1
1
0,94
0,94
0,94
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
0,515*
0,515*
18.
Controla a agitação e a inquietação
1
1
0,94
0,94
0,94
1
0,94
Desenvolvimento do estudo
Introdução
131
0,185*
0,185*
0,51
5*
0,515*
0,515*
0,185*
0,515*
19.
Utiliza precauções ao tomar medicamentos que
aumentam o risco de quedas
1 0,94 0,94 0,94 0,94 1 0,94
0,185*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,185*
0,515*
20.
Utiliza adequadamente recursos de correção da
visão
1
1
1
1
1
1
1
0,1
85*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
21.
Faz uso de procedimento seguro de transferência
1
1
0,
88
1
0,94
0,94
0,
88
0,185*
0,185*
0,485*
0,185*
0,515*
0,515*
0,485*
22.
Utiliza iluminação adequada
0,94
1
0,94
1
1
1
1
0,515*
0,185*
0,515*
0,185*
0,185
*
0,185*
0,185*
23.
Uso correto do sistema de alarme
1
1
1
0,94
1
1
1
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
24.
Administra urgência urinária/intestinal
1
0,94
1
0,81
0,94
1
0,94
0,185*
0,515*
0,185*
0,211
0,515*
0,185*
0,515*
25.
Controla o medo de c
air
1
0,81
0,81
0,
88
0,94
0,94
0,
88
0,185*
0,211
0,211
0,485*
0,515*
0,515*
0,485*
26.
Faz uso de roupas do tamanho adequado
0,94
1
1
1
1
1
0,94
0,515*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,185*
0,515*
27.
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva
1
1
0,94
0,94
0,94
1
0,94
0,185*
0,185*
0,515*
0,515*
0,515*
0,185*
0,515*
28.
Controla o peso
0,
88
1
0,94
0,94
0,94
0,94
0,
88
0,485*
0,185*
0,515*
0,515*
0,515*
0,515*
0,485*
variáveis confundidoras; * teste binomial
Segundo é possível constatar na tabela exposta, 27 das 28
definições/magnitudes operacionais, inclusive relacionadas aos indicadores novos,
obtiveram ou superaram o índice de concordância de 0,90, uma vez que todas as
médias inferiores à proporção estabelecida apresentaram p>0,05 como resultado do
teste binomial, e por isso, nessa análise, não poderiam ser excluídas.
Uma definição/magnitude operacional alusiva à variável confundidora
Descreve medidas para prevenção de quedas, apresentou baixos índices de
concordância estatisticamente significantes (p< 0,05) em todos os critérios
apreciados. Destacamos que as variáveis confundidoras Anda de um modo eficaz e
Executa posicionamento eficaz do corpo, apresentaram índice de concordância
0,85.
Quanto a isso, não recomendamos a adoção destes indicadores/definições,
visto que não são alusivos a uma atitude comportamental de prevenção de quedas.
Não obstante o indicador Descreve medidas para prevenção de quedas seja
pertencente ao domínio Conhecimento e Comportamento de Saúde, é na verdade,
alusivo ao resultado Conhecimento: Segurança Pessoal, cuja definição é a extensão
da compreensão transmitida sobre prevenção de lesões não-intencionais. Este
indicador está inserido na classe S do Domínio quatro da taxonomia na NOC:
Conhecimento de Saúde e não faz referência a ações, e sim à extensão da
compreensão sobre prevenção de queda. Sua avaliação varia de nenhuma a
Desenvolvimento do estudo
Introdução
132
extensiva compreensão (MOORHEAD et al., 2008). Desse modo, não se configura
como adequado à avaliação do Comportamento de Prevenção de Quedas.
O indicador Anda de um modo eficaz, é, na verdade, alusivo ao resultado
NOC Locomoção: Caminhar, pertencente ao domínio um Saúde Funcional, à classe C
Mobilidade e é avaliado segundo o grau de dependência. Outrossim, o indicador
Executa posicionamento eficaz do corpo está contido no mesmo Domínio e Classe
do anterior e é medido pelo mesmo tipo de escala. No entanto, é relativo ao resultado
NOC Nível de Mobilidade, ou seja, à capacidade para movimentar-se com um
propósito (MOORHEAD et al., 2008).
A seguir, discutimos o produto de cada indicador após a somatória das fases
análise de conceito e validação por especialistas.
Utiliza corretamente mecanismos auxiliares para deambular
Este indicador está listado na edição mais recente da NOC como Usa
corretamente os dispositivos de apoio (MOORHEAD et al., 2008). No entanto,
conforme percebemos após a apreciação e sugestões dos especialistas, o indicador
tal como estava era pouco claro (índice de concordância 0,86). A classificação
vigente dos dispositivos de apoio (National Classification System for Assistive
Technology Devices and Services) dispõe: elementos arquitetônicos; elementos
sensoriais; computadores; controles para a vida independente; mobilidade;
ortóteses/próteses; recreação, lazer e desporto; mobiliário modificado; serviços
(NCSATDS, 2000).
Neste âmbito, a literatura aponta os dispositivos de apoio para mobilidade
como mecanismos auxiliares e relaciona a sua forma de uso com a variação do risco
de quedas (VASSALLO et al.,, 2004). Esta tecnologia pode ser empregada para dar
apoio quando uma pessoa anda e se equilibra, mas pode ter efeito oposto,
contribuindo para uma mobilidade insegura e risco de quedas quando utilizada de
forma inadequada (MENEZES; BACHION, 2004).
Com o intuito de atribuir uma única ideia ao indicador, identificamos que as
pesquisas apontam a necessidade de mecanismos auxiliares, sobretudo durante a
deambulação como: cadeira de rodas, bengala, andador ou bastão (LYONS,
ADAMS, TITLER, 2005; CLEMSON et al., 2008; TELLES, 2008).
A análise de conceito embasou a construção das definições constitutiva e
operacional deste indicador, mas houve a necessidade de complementação
Desenvolvimento do estudo
Introdução
133
mediante outras fontes para fomentar as recomendações que deveriam ser seguidas
pelo paciente, sobretudo quanto aos locais de pega, e a observação das condições
de integridade do mecanismo (FREITAS, 2009).
Assim, com vistas a clarificar este indicador bem como sua avaliação,
propomos o rótulo Utiliza corretamente mecanismos auxiliares para deambular,
definido como: Utiliza de forma correta o mecanismo auxiliar como andador, cadeira
de rodas, bengala, muleta ou bastão durante a deambulação.
Solicita auxílio físico para si
Após análise de conceito e sugestões dos especialistas, permutamos o rótulo
do indicador Provê auxílio pessoal, com o intuito de refiná-lo, especialmente, quanto
à clareza, relevância e amplitude (índice de concordância 0,82/cada). Revisamos e o
definimos, portanto, como: Solicita ajuda de familiares, amigos, cuidadores ou
profissionais na execução das tarefas, consideradas por si arriscadas para a
ocorrência de quedas.
Conforme apontam as pesquisas, este comportamento preventivo em saúde é
requerido quando o paciente se julga limitado para executar uma tarefa entendida
por ele como um fator de risco. As mais referidas pelos pacientes e mais
relacionadas à ocorrência de quedas, segundo estudos são: alcançar objetos altos
ou baixos, atender ao telefone quando distante, deambular, vestir-se ou despir-se
(POE et al., 2005; MERTENS, HALFENS, DASSEN, 2007; CLEMSON, et al., 2008).
Conforme uma pesquisa constata, existe a tendência de os pacientes não
chamarem a enfermagem para auxiliá-los a executar tarefas, e assim, quando
muitos se encaminham ao banheiro, principalmente no período noturno, por
julgarem-se capazes, escorregam no chão molhado. Observaram ainda que a
presença de familiares durante a internação pode auxiliar na prevenção de quedas
e, deste modo, é aconselhado encorajar o paciente a solicitar ajuda quando julgar-se
limitado na execução de alguma tarefa, por mais simples que seja (PAIVA et al.,
2010).
Sobre este tema, um estudo de metanálise constata que a probabilidade de
adoção do comportamento apropriado para prevenção de um agravo depende da
percepção do indivíduo sobre a ameaça à sua saúde e à convicção de que a ação
recomendada reduziria esta ameaça (HILL et al., 2009). Assim, tanto a
conscientização de si como limitado para a execução de uma determinada tarefa,
Desenvolvimento do estudo
Introdução
134
como a tomada de decisão para pedir ajuda e a ação de solicitá-la, são
imprescindíveis para um comportamento preventivo em saúde (PENDER, 2002).
Faz uso de barreiras para prevenir quedas durante a permanência na cama
Na última versão da NOC (MOORHEAD et al.,2008), o indicador é rotulado
como Coloca obstáculos para evitar quedas. Mediante a análise da literatura,
verificamos que o vocábulo “obstáculo” remete à ideia dificuldade, objeto que causa
impedimento, o que poderia soar negativamente quando se refere a um
comportamento preventivo em saúde. Em contrapartida, “barreira”, reunião de
peças para fechar uma passagem, denota separação física empregada para
aperfeiçoar a segurança (TREVISAN, 2007).
Entendemos que não haveria condição do paciente colocar tais barreiras
preventivas no ambiente hospitalar, mas poderia sim, utilizá-las. Ademais, segundo
sugestão dos especialistas, deveríamos mencionar a situação do ambiente
hospitalar na qual o uso de tais barreiras deveria ser avaliado para prevenir uma
queda do paciente.
Conforme verificamos na literatura, a permanência na cama é uma
circunstância de relação expressiva com acidentes por quedas, quando barreiras
não são utilizadas adequadamente (TZENG; YIN, 2008; PING; MCMASTER; HENG,
2008). A pesquisa de Diccini, Pinho, Silva (2008) mostra que 56,1% dos pacientes
que caíram apresentavam as grades das camas abaixadas. O mesmo estudo aponta
que as camas altas e aquelas sem grades estão relacionadas a problemas de
estrutura do hospital. De outra forma, as grades que permaneceram abaixadas e a
não solicitação da enfermagem estão relacionadas à falha de processo. O principal
tipo de acidente identificado por Lima, Leventhal, Fernandes (2008) na identificação
os riscos do paciente hospitalizado, foi a queda do leito (68%), devido às grades
desproporcionais, muito pequenas em relação ao tamanho da cama.
O exemplo mais comum de barreiras apontado pelas pesquisas refere-se às
grades da cama (HOFFMAN et al., 2003; AKYOL, 2006), enquanto que a proteção
na cabeceira e na peseira foram sugeridos pelos especialistas.
Assim, este indicador foi refinado para Faz uso de barreiras para prevenir
quedas durante a permanência na cama. Obteve índices de concordância superiores
ao estabelecido e foi definido como: Utiliza barreiras seguras para prevenir quedas
durante a permanência na cama.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
135
Faz uso de corrimãos conforme a necessidade
A literatura investigada na análise de conceito não apontava uma definição
para este indicador, e por isso, a desenvolvemos com base nas definições
operacionais identificadas. Os corrimãos, quando não utilizados, constituem um
importante fator de risco para a ocorrência de quedas. Eles se diferem das barras de
segurança, pois se referem a uma peça de madeira, pedra ou metal, para apoio à
mão de quem sobe ou desce (TREVISAN, 2007). Devem estar dispostos sempre
que houver escada, rampa, durante uma mudança no nível do solo (AKYOL, 2006,
SWANN, 2007). Este indicador foi definido como: Utiliza corrimãos durante uso de
escada, rampa ou durante uma mudança no nível do solo.
Mantém o ambiente livre de acúmulo de objetos e obstáculos e líquidos no
piso
Mediante a investigação da literatura ora executada, concluímos que, dentre
os fatores causais das quedas, o piso molhado é um dos principais propensores de
acidentes. Uma pesquisa identificou que os principais fatores de risco para a
ocorrência de quedas estavam relacionados ao piso escorregadio, objetos soltos no
chão e excesso de objetos no cômodo (GAWRYSZEWSKI; JORGE; KOIZUMI,
2004).
Em outros estudos, 1/4 de todos que caíram referiram ter tropeçado em algum
objeto e 1/3 citaram superfície molhada no momento da queda (COUTINHO; SILVA,
2002). Por isso, se qualquer substância líquida for derramada no chão, deve-se
secá-la imediatamente (PAES, 2005). Ressaltamos ainda que o ambiente hospitalar
deve ser livre de obstáculos que possam provocar escorregões e/ou tropeções
(COSTA NETO, 2000).
Ao contrário do conteúdo da NOC, executamos a validação deste indicador
subdividindo-o em dois outros indicadores por supormos que se referiam a ideias
distintas. Entretanto, o indicador ora avaliado, referente a líquidos no piso,
apresentou baixo índice de concordância quanto aos critérios Clareza e Amplitude
(0,82/cada). A avaliação do critério Precisão para as definições/magnitudes
operacionais se apresentou estatisticamente inferior à proporção estabelecida (0,75
p=0,068). O item referente ao acúmulo de objetos e obstáculos obteve índice de
concordância de 0,82 para o critério Amplitude, e poderia indicar que não se
encontrava abrangente o suficiente. Ademais, a maioria dos especialistas
Desenvolvimento do estudo
Introdução
136
recomendou a reunião dos itens Elimina água derramada e Elimina o acúmulo de
objetos e obstáculos no chão em um só, e, por isso, recompomos o indicador
Mantém o ambiente livre de acúmulo de objetos e obstáculos e líquidos no piso.
Prende pequenos tapetes
Segundo recomendações, os tapetes devem ser fixados com fita adesiva
dupla-face ou forro de borracha antiderrapante (PAES, 2005). Apesar constar na
NOC (MOORHEAD et al., 2008), de ser um comportamento preventivo de quedas, e
de ter atingido o índice de concordância esperado, não faria sentido avaliar este
indicador no ambiente hospitalar. Como sugeriu a maioria dos especialistas (87,5%),
este item está mais relacionado à avaliação do risco de quedas no ambiente
domiciliar. Por conta disso, mesmo tendo obtido bons índices de concordância na
validação por especialistas, este indicador não fará parte da lista final referente ao
resultado Comportamento de Prevenção de Quedas.
Utiliza adequadamente banquinhos e escadas
Na versão mais recente da NOC (MOORHEAD et al., 2008) este indicador
apresenta-se como Uso seguro de banquinhos e escadas. Contudo, após avaliação
e sugestões dos especialistas, verificamos que o indicador, tal como estava, não
retratava um comportamento a ser executado pelo paciente, e sim, uma
recomendação (índice de concordância 0,82 para o critério precisão). Segundo as
apreciações, permutamos este item para Utiliza adequadamente banquinhos e
escadas.
Conforme pesquisas, uma das atividades rotineiras mais prejudicadas após a
queda é subir escadas, tanto pelos prejuízos físicos quanto pelo medo de fazê-la
(FABRÍCIO; RODRIGUES; COSTA JUNIOR, 2004). Tal ação está relacionada ao
momento da queda, sobretudo durante a descida, apesar de ser responsável por
aproximadamente 5% dos acidentes deste tipo (NACHREINER et al., 2007;
BREWER et al., 2007). No ambiente hospitalar, o banquinho pode ser considerado
como aquele junto ao leito, comumente utilizado pelo paciente para alcançar a
cama. Devido à própria condição de doença do paciente e à pouca familiaridade
com a ambiente, o uso de banquinhos e escadas pode tornar-se fator propensor
deste tipo de acidente (TELLES, 2008).
Desenvolvimento do estudo
Introdução
137
Logo, para prevenir episódios dessa natureza, como expomos nas definições
constitutiva e operacional, é vital que o paciente suba e desça os degraus
lentamente, um por vez, apoiando todo o pé, sem tentar apanhar objetos enquanto
está subindo ou descendo (AKYOL, 2006; TELLES, 2008; CLEMSON et al., 2008).
Usa calçado adequado para prevenir quedas
Segundo pesquisas, o uso de calçados parece reforçar a estabilidade do ,
além de protegê-lo de trauma mecânico e irregularidades de superfícies. Além disso,
proporciona mais aderência do que a sola plantar do pé, reduzindo o risco de
escorregar, especialmente em ambientes fechados. Por isso, é desaconselhável
andar descalço (KOEPSELL et al., 2004; MENANT et al., 2008; LEVEILLE et al.,
2008).
No estudo de Koepsell et al. (2004), o uso de nis mostrou-se mais seguro
que botas e outros tipos de sapato de cano mais alto. Sapatos de salto alto
oferecem menor estabilidade lateral, pois reduzem a área de contato com o solo. A
meia-sola espessa e muito mole interfere no senso de posição e oferece
instabilidade. Menant et al. (2008) defendem que sapatos de salto elevam e
deslocam o centro de massa do usuário para frente, e podem afetar o controle do
equilíbrio, acarretando adaptações posturais e cinemáticas. Além disso, a posição
plantar durante a flexão de tornozelo, adotada no uso de sapatos de salto elevado,
pode contribuir para uma maior força de reação horizontal e vertical do solo ao
calcanhar. Os efeitos negativos de sapatos de salto alto o numerosos e, por essa
razão, devem ser desaconselhados.
Swann (2007) recomenda que chinelos e calçados abertos, sem sistema de
abotoamento, devem ser evitados. Sapatos de sola prejudicam o equilíbrio durante a
caminhada, reduzindo a sensibilização do pé-posição e a firmeza mecânica,
representando uma ameaça ainda maior para a estabilidade durante as tarefas mais
desafiadoras. Por fim, o uso de calçados com fixação inadequada e aqueles
desprovidos de algum de seus componentes de origem, deve ser desencorajado
(MENANT et al., 2008).
Baseados nisso e nas especificações do calçado adequado para prevenção
de quedas apontadas pela literatura e sugeridas pelos especialistas, formulamos as
definições constitutiva e operacional: sempre que vai deambular, faz uso de calçado
fechado, com solado antiderrapante, de suporte reforçado no calcanhar, com
Desenvolvimento do estudo
Introdução
138
calcanhar de salto baixo, com meia-sola mais fina que o calcanhar, sendo flexível e
firme, provido de mecanismo de amarração por conectores, ajustado na largura e
comprimento do e sem pontos de tensão (KOEPSELL et al., 2004; SWAN, 2007;
MENANT et al., 2008; LEVEILLE et al., 2008).
Adapta a altura do vaso sanitário conforme a necessidade
Entre as atividades comuns relacionadas a quedas no ambiente hospitalar,
consta a ação de "sentar-se ou levantar-se de vasos sanitários" (DECESARO,
PADILHA, 2002). A pesquisa de Diccini, Pinho, Silva (2008) mostra que 8,3% das
quedas neste cenário, ocorreram quando o paciente vai levantar-se do vaso
sanitário. No âmbito hospitalar, esses elevatórios devem ser veis por conta da
rotatividade de pessoas com altura diferentes que fazem uso desse equipamento.
Por isso, segundo estudo de Alexandre e Rogante (2001), é necessário aumentar a
altura do vaso sanitário, com a utilização de compensadores para vasos
convencionais.
Apesar de não termos identificado definições para este indicador mediante a
revisão integrativa, nos baseamos nas recomendações da Associação Brasileiras de
Normas Técnicas (2004) para orientar a construção das definições. Assim, deve ser
avaliado se o paciente Faz uso de estratégias para adaptar a altura do vaso sanitário
conforme a sua necessidade, de maneira a apoiar por completo os pés no piso ao
sentar-se e levantar-se do vaso.
Utiliza adequadamente cadeiras
Originalmente, este indicador refere-se ao comportamento Ajusta a altura da
cadeira conforme a necessidade. Entretanto, segundo verificamos, para o paciente
seria pouco exequível tal ajuste no ambiente hospitalar, onde, supõe-se que as
cadeiras sejam, em sua maioria, de altura fixa. Ademais, os estudos ressaltam muito
mais a atitude em selecionar certos tipos de assentos e a maneira de utilizá-los do
que ajustar a altura (LANGE, 2005; AKYOL, 2006; TELLES, 2008; SWANN, 2008;
CLEMSON et al., 2008).
Por isso, formulamos o rótulo Utiliza adequadamente cadeiras e pela
definição Utiliza cadeiras ou poltronas apenas para sentar, e opta por aquelas que
possuem braços e que facilitem os atos de sentar-se e levantar-se.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
139
Usa adequadamente a cama
Conforme a NOC cita (MOORHEAD et al., 2008), este item é denominado
Ajusta a altura da cama conforme a necessidade. Na pesquisa de Diccini, Pinho e
Silva (2008) sobre Avaliação de risco e incidência de queda no ambiente hospitalar,
41,7% dos episódios ocorreram no momento de descer da cama.
Mediante a investigação da literatura, o acidente por queda referente à
permanência na cama não está relacionado somente à altura, o que tornaria o
conteúdo deste indicador insuficiente à avaliação do risco.
Um estudo analisou 826 Boletins de Notificação de Eventos Adversos em
hospital universitário terciário por um período de trinta meses e, conforme foi
examinado, 55% das quedas ocorreram a partir do leito. As quedas acontecem à
beira do leito quando o paciente está se deitando ou levantando da cama, ou como
resultado da tentativa de subir utilizando como apoio as grades da cama. Nesta
mesma pesquisa, as unidades que apresentaram as maiores frequências de quedas
não executavam a rotina de manter as grades levantadas nem as rodas da cama
travadas (PAIVA et al., 2010).
Conforme sugerido pelos especialistas, modificamos o rótulo para Usa
adequadamente a cama. Os comportamentos preventivos a serem adotados pelo
paciente abrangem: certificar-se de que cama está em uma posição baixa para
deitar-se/levantar-se, de que a cama está com os freios travados para deitar-
se/levantar-se, utilizar as grades, travesseiros ou rolos na cama quando julgar
necessário, manter a cama numa posição que, quando sentado, consiga tocar os
pés no piso, manter a cama à altura de seus joelhos quando em e conservar a
cabeceira alta quando permitido e utilizar colchão com altura inferior a 50
centímetros (POE et al., 2005; AKYOL, 2006; HIGNETT; MASUD, 2006; LANGE;
2005; RUBENSTEIN, 2006).
Para algumas pesquisas, o ideal seria conservar todas as camas na posição
mais baixa quando procedimentos não estejam sendo executados no paciente, e o
uso de colchão firme o suficiente para apoiar a transferência segura (TZENG, 2008;
PING; MCMASTER; HENG, 2008).
Desenvolvimento do estudo
Introdução
140
Utiliza adequadamente tapetes de borracha no piso da banheira/boxe do
chuveiro
Tem sido relatado que um dos lugares mais comuns para a ocorrência de
quedas em hospitais é o banheiro, especialmente no boxe do chuveiro (PAIVA et al.,
2010). Os pisos de banheiro são, de forma geral, de material escorregadio e, neste
sentido, os tapetes de borracha devem ser de material antiderrapante, conectados
ao piso por sucção, principalmente no boxe do chuveiro.
Este item, após análise da literatura e avaliação dos especialistas, é definido
como Utiliza tapetes de borracha no piso da banheira ou no piso do chuveiro
enquanto toma banho e os prende ao piso ou pendura em suportes quando não
estão em uso para prevenir deslizes ou tropeços (AKYOL, 2006).
Utiliza barras de segurança para apoio das mãos no banheiro
No original, a NOC (MOORHEAD et al.,2008) cita este indicador como Utiliza
barras de apoio, conforme necessário. Entretanto, os especialistas apontaram a
necessidade de especificarmos o local de uso desses equipamentos. Conforme as
normas da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (2004), são
predominantemente instaladas no banheiro porquanto seja um dos cômodos onde
mais ocorrem quedas. Além de proverem uma base concreta, essas barras
desencorajam o paciente utilizar outros objetos como suportes de toalha,
saboneteiras ou cortinas como apoio (LANGE, 2005).
A definição constitutiva para este item não foi identificada na literatura, e, por
conta disso, foi construída a partir das definições operacionais levantadas. Assim,
sugerimos o rótulo Utiliza barras de segurança para apoio das mãos no banheiro,
definido por: Utiliza barras de segurança para apoio das mãos antes, durante e após
o uso de banheira, chuveiro ou vaso sanitário (LANGE, 2005; AKYOL, 2006;
RUBENSTEIN, 2006).
Controla a inquietação
Não identificamos na literatura revisada material para construir as definições
para este indicador. Baseados na experiência própria e nas recomendações dos
especialista, constatamos que para avaliar este indicador, o enfermeiro deve,
inicialmente, verificar sinais verbais ou não-verbais de inquietação e verificar se o
paciente faz uso de, pelo menos, uma de ações de técnica de respiração ou
Desenvolvimento do estudo
Introdução
141
relaxamento; atividades de distração para focalizar a atenção para longe de
sensações indesejáveis; ou uso de medicamentos para reduzir a inquietação
conforme prescrito.
Executa precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de quedas
Os medicamentos são utilizados para tratar e reduzir a morbidade associada
a diversas doenças e, sabe-se que em muitos casos, são imprescindíveis.
Entretanto, o uso concomitante de certos medicamentos predispõe o paciente aos
riscos de seus efeitos aditivos. O uso de medicamentos tem sido abordado em
vários estudos como um dos fatores de risco para o evento queda (MENEZES;
BACHION, 2008). Resultados obtidos em pesquisas tendem a ratificar a associação
entre a quantidade de quedas e uso de alguns medicamentos, bem como a
ocorrência de quedas relacionada à quantidade de medicamentos em uso
(GUIMARÃES; FARINATTI, 2005).
Sobre este assunto, Evans et al. (2001) em uma revisão sistemática sobre
fatores de risco para ocorrência de quedas no cenário hospitalar, mostraram que o
uso de três ou mais drogas (polifarmácia) liderava o grupo de fatores de risco de
quedas, principalmente no uso de medicações psicoativas. Tanto a polifarmácia
quanto o uso isolado de psicotrópicos apresentaram alto peso de evidência,
relacionados a acidentes recorrentes e com lesões sérias. Na pesquisa de Kolb
(2005), foi constada polifarmácia em 97,6% dos pacientes que sofreram queda no
ambiente hospitalar (p= 0,001).
Outros medicamentos também foram identificados por pesquisas como
agravantes do risco de queda e, em ordem decrescente, estão os
benzodiazepínicos, anti-hipertensivos, diuréticos, fenotiazinas, antidepressivos e, em
seguida, os anticonvulsivantes, anticoagulantes, laxantes, combinações de vitaminas
e ferro (SÁNCHEZ et al., 1999; LANGE, 2005; TELLES, 2008; BULAT et al., 2008a;
GUIMARÃES; FARINATTI, 2005).
Um estudo de coorte indica que a remoção de drogas propensoras de quedas
é uma intervenção efetiva para a diminuição da ocorrência deste evento (VELDE;
STRICKER; CAMMEN, 2006). Não obstante a total supressão medicamentosa seja
improvável, alguns comportamentos preventivos podem ser ensinados pelo
enfermeiro, podem ser executados pelos pacientes e, por conseguinte, devem ser
avaliados.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
142
Definimos o indicador relacionado ao fator de risco em questão como:
Executa ações que eliminam, minimizam ou compensam os efeitos dos
medicamentos que aumentam o risco de quedas. Conforme consta nas definições
operacionais deste indicador, o paciente, quando em uso de medicamentos
propensores de quedas, deve: certificar-se de que a cama está em uma posição
baixa para deitar-se/levantar-se, tentar fazer as tarefas em um ritmo mais lento,
sentar-se na cama e esperar um pouco (entre cinco e dez respirações) antes de
levantar-se da cama, dormir em cama com cabeceira elevada para minimizar a
queda repentina da pressão arterial, solicitar ajuda ou descansar quando sente
fraqueza, cansaço repentino, tontura, vertigem, ou sonolência, e virar-se lentamente,
quando de pé (ÚDEN; EHNFORS; SJÖSTRÖM, 1999; CLEMSON et al., 2008).
Utiliza adequadamente recursos de correção da visão
Na versão recente da NOC (MOORHEAD et al., 2008), este indicador foi
suprimido. Porquanto está presente em edições anteriores desta taxonomia,
optamos por incluí-lo na investigação teórica e apreciação dos especialistas.
Os déficits visuais, quando associados a pouca iluminação ambiental, podem
predispor escorregões e tropeços em ambientes com irregularidades no chão,
líquidos ou pontas de tapetes erguidas (MENEZES; BACHION, 2008). O déficit na
acuidade visual, aumento da suscetibilidade à luz, limitação do campo visual,
percepção de profundidade deficiente ou instabilidade na fixação do olhar
constituem fatores relacionados à perda de equilíbrio, pois a visão é o órgão
sensorial que fornece a maior parte das informações ambientais vitais para o
mecanismo de controle postural (GUIMARÃES; FARINATTI, 2005).
Indivíduos com leve e severa diminuição na função visual apresentaram,
respectivamente, 1,4 e 2,2 vezes mais riscos de quedas (MENEZES; BACHION,
2008). Esse prejuízo na acuidade visual também pode ser um fator relacionado à
perda de equilíbrio. Isso pode levar diretamente à queda pela diminuição da
estabilidade postural ou, indiretamente, por reduzir a mobilidade e a função física
(GUIMARÃES; FARINATTI, 2005). O comprometimento visual, na revisão
sistemática de Evans et al. (2001), seja por não uso ou utilização incorreta dos
recursos de correção, apresentou peso de evidência moderado e estava relacionado
sobretudo a quedas recorrentes e com lesões sérias.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
143
Com relação aos recursos de correção visual, os equipamentos devem estar
limpos, bem ajustados, regularmente atualizados e devem promover a visualização
adequada de: degraus, soleiras de portas, tapetes, piso liso, escorregadio ou úmido.
Estes equipamentos devem proporcionar a máxima acuidade visual possível,
sensibilidade de contraste, adequação do campo de visão e percepção de
profundidade (MARIN et al., 2004; GUIMARÃES; FARINATTI, 2005). Além disso,
óculos bifocais ou multifocais podem distorcer a visão quando se olha para cima ou
para baixo e, em vez disso, pode ser mais seguro ter dois pares de óculos (HARAN
et al., 2009).
Portanto, este indicador foi assim definido: Utiliza adequadamente recursos
para melhorar a capacidade de enxergar objetos e obstáculos do ambiente ou para
compensar a diminuição da acuidade visual.
Utiliza ações seguras durante a transferência
Segundo estudo de Rubenstein (2006), mais de 70% das quedas em
pacientes hospitalizados ocorre dentro do quarto, durante a transferência da cama,
cadeira ou cadeira de rodas. Poe et al. (2005), revelam que a maioria das quedas
por transferência acontecem em pacientes com marcha instável e desprovidos de
assistência ou dispositivos de apoio. O cuidado de sentar-se por alguns minutos e
mover suavemente antes de executar a transferência pode evitar hipotensão ou
síncope (SWANN, 2007).
A definição constitutiva e algumas operacionais referentes a este indicador
não foram identificadas na literatura. Por isso, certas definições operacionais foram
desenvolvidas a partir de outras fontes e baseadas nas sugestões dos especialistas.
Assim, este indicador define-se por Utiliza ações no ajuste de altura, no
travamento de rodas, na aproximação, no posicionamento do corpo e da cadeira e
na utilização de auxílio pessoal ou equipamentos auxiliares para movimentar-se
entre cama, maca ou cadeiras de rodas ou cadeiras higiênicas (ÚDEN; EHNFORS;
SJÖSTRÖM, 1999; POE et al., 2005; SWANN, 2007).
Ajusta a iluminação
Os cuidados recomendados pelos estudos aos pacientes quanto a esse
indicador congregam as ações de utilizar iluminação no ambiente ao dia quando
julgar que está escuro; utilizar iluminação no ambiente à noite, para levantar-se à
Desenvolvimento do estudo
Introdução
144
noite, no banheiro, em específico, além de utilizar óculos escuros quando julgar que
o ambiente está muito claro (HUANG, 2003; AKYOL, 2006; CLEMSON et al., 2008;
SWANN, 2008; TELLES, 2008).
O estudo de Paiva et al. (2010) constatou que de 826 quedas no hospital,
63,7% ocorreram no período noturno e 61,7% em até cinco dias de internação,
período no qual o paciente ainda está se familiarizando ao ambiente.
Após a comparação do levantamento bibliográfico e da apreciação dos
especialistas, a definição constitutiva recomendada foi: Ajusta a iluminação para
adequar-se à capacidade ou necessidade para enxergar o ambiente claramente.
Uso correto do sistema de alarme
Este item não compõe a versão atual da taxonomia NOC (MOORHEAD et al.,
2008). Por estar inserido nas edições anteriores, decidimos por incluí-lo na análise
da literatura e na apreciação dos especialistas, o qual apresentou índices altos de
concordância tanto com relação ao rótulo, quanto às respectivas definições. É
avaliado se o paciente sabe utilizar esse sistema de alarme e se mantém o
dispositivo que o aciona ao alcance das mãos. É definido como: Usa dispositivo de
alarme que solicita ajuda em caso de dificuldade, urgência, emergência.
Administra urgência urinária/intestinal
No contexto da prevenção de quedas no ambiente hospitalar, propomos o
indicador Administra urgência urinária/intestinal, definido como Faz uso de
estratégias ou auxílio pessoal para minimizar ou administrar de forma segura a saída
súbita do local onde está para atender à urgência de urinar ou evacuar. Apesar de
obter índice de concordância 0,82 para os critérios relevância e precisão, tais
valores não são estatisticamente diferentes da proporção esperada de 0,85
(p=0,425). Ademais, segundo as pesquisas a seguir, figura-se um comportamento a
ser avaliado no paciente internado.
Conforme estudo de Paiva et al. (2010), diversas quedas ocorreram pela
pressa dos pacientes para chegarem ao vaso sanitário, nos casos de urgência
urinária ou intestinal. Na revisão sistemática de Evans et al. (2001), de 11 estudos
acerca dos fatores de risco para quedas em ambiente hospitalar, um dos mais
frequentes foi a necessidade especial com toalete ou eliminações por urgência, com
peso de evidencia médio e determinante de quedas recorrentes, com lesões sérias.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
145
Na pesquisa de McFarlane-Kolb (2004), 97,6% dos pacientes que sofreram quedas
apresentavam urgência intestinal ou urinária (p= 0,004).
Para administrar essa necessidade no contexto da prevenção de quedas, é
necessário evitar ingesta hídrica antes de dormir, utilização de fraldas e, em maior
prazo, realizar reabilitação funcional do assoalho pélvico (PERRACINI, 2005).
Controla o medo de cair
A revisão sistemática de Evans et al. (2001), constatou que o medo da cair é
um dos fatores predisponentes de quedas mais comuns, está mais relacionado à
recorrência dos acidentes do que à gravidade, apesar de baixo peso de evidência,.
A confiança é obtida de várias maneiras, incluindo as experiências pessoais
(boas ou más) e o exemplo produzido por outros (modelo). Ela pode determinar se o
indivíduo tenta realizar uma dada tarefa, o grau de persistência, quando encontrada
alguma dificuldade, e o sucesso final (SHARAF; IBRAHIM, 2008).
Apesar ser reconhecidamente um fator de risco para cair e de ter obtido altos
índices de concordância quanto aos critérios da psicometria (PASQUALI, 1999)
tanto para o indicador quanto para as definições, este indicador proposto não
constará na lista final. As definições operacionais diziam respeito às situações nas
quais o paciente referiria medo, enquanto que a definição constitutiva e o rótulo
referem-se a estratégias de controle do medo, não identificadas durante a
investigação exaustiva da literatura.
Faz uso de roupas do tamanho adequado
Segundo pesquisas, roupas largas podem prender-se em maçanetas ou
móveis, assim como cintos ou roupas longas podem ficar presos em aparelhos de
mobilidade ou emaranhadas aos pés, especialmente quando uma pessoa está
usando escadas e no momento de transferência a partir de uma cama ou cadeira
(LANGE, 2005; TELLES, 2005; SWANN, 2008).
Por conta disso, desenvolvemos este indicador com a seguinte definição:
Utiliza roupas de tamanho adequado quanto ao comprimento, largura, costura e
sistema de amarração.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
146
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva
A literatura aponta que a diminuição da sensibilidade auditiva resulta em
vertigens e dificulta o controle postural, principalmente em movimentos bruscos e
mudanças de direção, favorecendo, portanto, a ocorrência de quedas
(RUBENSTEIN, 2006).
Um estudo de metanálise (HILL-WESTMORELAND, SOEKEN, SPELLBRING,
2002) recomenda o uso adequado do aparelho de amplificação sonora por ser uma
das intervenções para prevenção de quedas, sobretudo porque possibilita ao
indivíduo reconhecer “pistas” ambientais como a aproximação de pessoas e objetos.
Ele deve estar bem ajustado ao pavilhão auricular, estar regularmente atualizado e
capaz de proporcionar melhora total da capacidade de ouvir.
Assim, propomos esse novo indicador, desenvolvido a partir da análise da
literatura e confirmado nas fases de validação por especialistas. É definido como:
Utiliza corretamente recursos de amplificação sonora para seguir uma conversação
ou ouvir sons de objetos se aproximando (MARIN et al., 2004; VASSALLO et al.,
2004).
Controla o peso
Segundo a classificação dos fatores de risco para a ocorrência de quedas do
estudo no ambiente hospitalar de Evans et al. (2001), o baixo Índice de Massa
Corpóreo apresentou-se com médio peso de evidência e relação significativa com
lesões sérias decorrentes desse tipo de evento adverso. Conquanto o alto e o baixo
peso corporal sejam apontados como propensores de quedas, a maioria dos
especialistas (81%) defendeu que o indicador não se referia a um comportamento.
Assim, tal indicador não constará na lista final de indicadores do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas.
Diante do exposto, apresentamos a seguir o quadro contendo o produto final
da revisão do resultado de enfermagem NOC Comportamento para Prevenção de
Quedas.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
147
Comportamento de Prevenção de Quedas
Domínio: Conhecimento e Compor
tamento de Saúde (IV)
Classe: Controle de riscos e segurança (T)
Definição: condutas do indivíduo para eliminar ou minimizar fatores de risco modificáveis propensores de quedas
Escala:
1
-
Não adequado; 2
-
Levemente adequado; 3
-
Moderadamente adequado; 4
-
Su
bstancialmente adequado; 5
-
Completamente adequado
Utiliza corretamente mecanismos auxiliares para deambular
Definição
Constitutiva
Utiliza de forma correta o mecanismo auxiliar como andador, bengala, muleta ou
bastão durante a deambulação
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Perguntar ao paciente se ele:
Utiliza quando vai deambular: andador,
bengala, muleta ou bastão;
Perguntar ao paciente se ele segue as
seguintes recomendações:
Mantém o apoio da mão
aproximadamente na altura do
trocânter maior;
Observa as condições de integridade
do andador, cadeira de roda, bengala,
muleta ou bastão antes de usá-los.
1
Necessita, mas não utiliza mecanismos auxiliares durante a deambulação
2
Necessita e utiliza os m
ecanismos auxiliares durante a deambulação, mas não
segue as recomendações
3
Necessita e utiliza os mecanismos auxiliares durante a deambulação, e segue
uma recomendação
4
Necessita e utiliza os mecanismos auxiliares durante a deambulação, e segue
até três recomendações
5
Necessita e utiliza os mecanismos auxiliares durante a deambulação, e segue
todas as recomendações
Solicita auxílio físico para si
Definição
Constitutiva
Solicita ajuda de familiares, amigos, cuidadores ou profissionais na execução
das
tarefas consideradas por si arriscadas para a ocorrência de quedas
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Questionar o paciente se ele executa
as seguintes ações de auxílio pessoal:
Solicita ajuda para alcançar objetos
altos ou baixos;
Solicita ajuda para atender ao telefone
quando distante;
Solicita ajuda para deambular quando
se julga limitado para isso;
Solicita ajuda para vestir-se ou despir-
se quando se julga limitado para isso.
1
Não executa qualquer uma das ações de solicitação
de auxílio pessoal
2
Executa uma das ações de s
olicitação de
auxílio pessoal
3
Executa
duas ações de solicitação de auxílio pessoal
4
Executa
três ações de solicitação de auxílio pessoal
5
Executa todas as ações de solicitação de
auxílio pessoal
Faz uso de barreiras para prevenir quedas durante
a permanência na cama
Definição
Constitutiva
Utiliza barreiras seguras para prevenir quedas durante a permanência na cama
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Perguntar ao paciente ou observar se
ele segue as seguintes
recomendações:
Levanta as grades da cama ou solicita
que sejam levantadas antes de dormir;
Verifica se as grades estão bem
encaixadas;
Utiliza proteção na cabeceira;
Utiliza proteção na peseira.
1
Não executa as recomendações para colocaçã
o de
barreiras para prevenir
quedas
2
Executa uma das recomendações para colocação de
barreiras para prevenir
quedas
3
Executa
duas das recomendações para colocação de barreiras para prevenir
quedas
4
Executa
três das recomendações para colocação de
barreiras para prevenir
quedas
5
Executa todas as recomendações para colocação de
barreiras para prevenir
quedas
Faz uso de corrimãos conforme a necessidad
e
Definição
Constitutiva
Utiliza corrimãos
quando sobe ou desce
de escada, rampa ou durante uma
mudança no nível do solo
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Desenvolvimento do estudo
Introdução
148
Perguntar ao paciente ao encaminhá
-
lo
com auxílio até escada/rampa/degrau
isolado que tenha corrimão e observar
se:
Utiliza corrimão para subir escada;
Utiliza corrimão para descer escada;
Utiliza corrimão para subir rampa;
Utiliza corrimão para descer rampa;
Utiliza corrimão para subir degrau
isolado;
Utiliza corrimão para descer degrau
isolado.
1
Não utiliza corrimãos
nas
atividades observadas
2
Utiliza co
rrimão apenas para
subir escada
3
Utiliza corrimão para subir escada; para descer escada, mas
não
utiliza
corrimão para subir rampa, para descer rampa, para subir degrau isolado,
para descer degrau isolado
4
Utiliza corrimão para subir escada; para descer escada, para s
ubir rampa,
para descer rampa, mas não utiliza corrimão para subir degrau isolado, para
descer degrau isolado
5
Utiliza corrimão para subir escada; para descer escada, para subir rampa,
para descer rampa, para subir degrau isolado, para descer degrau isolado
Mantém o ambiente livre de acúmulo de objetos e obstáculos e líquidos no piso
Definição
Constitutiva
Mantém o ambiente livre de obstáculos e objetos soltos ou mal ordenados e o piso
livre de líquidos, mantendo o ambiente seguro
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar se o paciente segue as
seguintes recomendações:
Evita o acúmulo de objetos pequenos
no piso (calçados, roupas, alimentos,
livros, copos, outros objetos);
Elimina mobiliários das vias de
circulação (cadeiras, mesas);
Mantém móveis ordenados;
Mantém o ambiente sem grande
quantidade de objetos ou móveis;
Por conta própria ou com auxílio,
mantém o piso livre de líquidos.
1
Não executa as recomendações para eliminar o acúmulo
de objetos e
obstáculos no ambiente e o piso livre de líquidos
2
Executa uma das recomendações para eliminar o acúmulo de objetos e
obstáculos no ambiente e o piso livre de líquidos
3
Executa, no máximo, duas das recomendações para eliminar o acúmulo
de
objetos e obstáculos no ambiente e o piso livre de líquidos
4
Executa, no máximo, três das recomendações para eliminar o acúmulo de
objetos e obstáculos no ambiente e o piso livre de líquidos
5
Executa todas as recomendações para eliminar o acúmulo
de objetos e
obstáculos no ambiente e o piso livre de líquidos
Utiliza adequadamente banquinho e escada
Definição
Constitutiva
Sobe e desce de banquinho da cama ou escada lentamente, um degrau por vez,
com concentração, apoiando todo o no degrau, sem desviar a atenção para
alcançar objetos
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Encaminhar o paciente com auxílio (se
necessário ao banquinho da cama e/ou
escada e observar se adota
recomendações como:
Sobe e desce os degraus lentamente;
Sobe e desce apoiando todo o no
degrau;
Sobe e desce um degrau por vez;
Não tenta apanhar objetos enquanto
está subindo ou descendo os degraus.
1
Não executa nenhuma das recomendações para utilização a
dequada de
banquinhos e escadas
2
Executa uma das recomendações para utilização a
dequada de banquinhos e
escadas
3
Executa
duas das recomendações para utilização adequada de banquinhos e
escadas
4
Executa
três das recomendações para utilização a
dequada de banquinhos e
escadas
5
Executa todas as recomendações para utilização a
dequada de banquinhos e
escadas
Utiliza calçado adequado para prevenir quedas
Definição
Constitutiva
Sempre que vai deambular, faz uso de calçado fechado, com solado antiderrapante,
de suporte reforçado no calcanhar, com calcanhar de salto baixo, com meia-sola
mais fina que o calcanhar, sendo flexível e firme, provido de mecanismo de
amarração por conectores, ajustado na largura e comprimento do e sem pontos
de tensão
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar se o calçado mais utilizado
pelo paciente tem as seguintes
especificações:
Fechado;
Com solado antiderrapante;
1
Não utiliza as especificações do calçad
o adequado para prevenir quedas
2
Ut
iliza calçado com, no máximo, duas das especificações do calçado
adequado para prevenir quedas
3
Utiliza calçado com, no máximo, três das especificações do calçad
o adequado
para prevenir quedas
Desenvolvimento do estudo
Introdução
149
Suporte reforçado no calcanhar;
Salto baixo;
Com meia-sola mais fina que o
calcanhar;
É flexível e firme;
É provido de mecanismo de amarração
por conectores;
Está ajustado na largura e
comprimento do pé;
Não possui pontos de tensão.
4
Utiliza calçado com, no máximo, quatro das especificaçõe
s do calçad
o
adequado para prevenir quedas
5
Utiliza todas as especificações do calçad
o adequado para prevenir quedas
Adapta a altura do vaso sanitário conforme a necessidade
Definição
Constitutiva
Faz uso de estratégias para adaptar a altura do vaso s
anitário conforme a sua
necessidade, de maneira a apoiar por completo os pés no piso ao sentar-se e
levantar-se do vaso
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Verificar se o paciente
adota
recomendações como:
Utiliza elevação para assento sanitário
Assegura-se que a elevação para
assento sanitário está bem encaixada
Assegura-se que a elevação para
assento sanitário é suficiente para
sentar-se/levantar-se com segurança
Ou
Utiliza vaso sanitário fixo adequado à
sua altura.
1
Não utiliza as recomendações quanto à elevação do assento sanitário
2
Utiliza uma das recomendações quanto à el
evação do assento sanitário
3
Utiliza duas das recomendações quanto à elevação do assento sanitário
4
Utiliza todas as recomendações quanto à elevação do assento sanitário
5
Utiliza vaso sanitário fixo adequado à sua altura
Utiliza adequadamente cad
eiras
Definição
Constitutiva
Utiliza cadeiras ou poltronas apenas para sentar, e opta por aquelas que possuem
braços e que facilitem os atos de sentar-se e levantar-se
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operaciona
l
Observar se o paciente adota
recomendações:
Evita utilizar cadeiras demasiadamente
baixas/ altas;
Encosta as pernas na borda da cadeira
ao sentar-se;
Apóia as mãos no encosto lateral ao
sentar-se ou levantar-se;
Apóia as mãos no encosto lateral ao
sentar-se ou levantar-se;
Apóia os pés no piso ao levantar-se;
Senta-se na borda da cadeira para
levantar-se;
Levanta devagar
Utiliza cadeira apenas para sentar-
se/levantar-se
1
Não executa nenhuma das recomendações para
utilização adequada de
cadeiras
2
Exec
uta, no máximo, duas das recomendações para util
ização adequada de
cadeiras
3
Executa, no máximo, quatro das recomendações para
utilização adequada de
cadeiras
4
Executa, no ximo, seis das recomendações para
utilização adequada de
cadeiras
5
Execut
a todas as recomendações para utilização adeq
uada de cadeiras
Utiliza adequadamente a cama
Definição
Constitutiva
Emprega ações que visam reduzir o risco de quedas quando está deitado, quando
muda de posição na cama, quando vai deitar-se ou levantar-se dela
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar se o paciente adota as
seguintes recomendações:
Certifica-se de que a cama está em
uma posição baixa para deitar-
se/levantar-se;
1
Não executa nenhuma das recomendações p
ara utilização adequada
da cama
2
Executa, no máximo, duas das recomendações p
ara utilização adequada da
cama
Desenvolvimento do estudo
Introdução
150
Certifica
-
se de que a c
ama está com
os freios travados para deitar-
se/levantar-se;
Utiliza as grades, travesseiros ou rolos
na cama quando julga necessário;
Mantém a cama numa posição que,
quando sentado, consiga tocar os pés
no piso ou na escada próxima à cama;
Mantém a cama à altura de seus
joelhos quando em pé;
Quando permitido, conserva a
cabeceira alta (para minimizar a queda
repentina da pressão arterial);
Utiliza colchão com altura inferior a 50
centímetros.
3
Executa, no máximo, três das recomendações p
ara utilização adequada da
cama
4
Executa, no máximo, cinco das recomendações p
ara utilização adequada da
cama
5
Exe
cuta todas as recomendações p
ara utilização adequada da cama
Utiliza adequadamente tapet
es
de borracha no piso da banheira/
boxe
do chuveiro
Definição
Constitutiva
Utiliza tapetes de borracha no piso da banheira ou no piso do chuveiro enquanto
toma banho e os prende ao piso ou pendura em suportes quando não estão em uso
para prevenir deslizes ou tropeços.
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Perguntar ao paciente se ele:
Utiliza tapetes de borracha na banheira
ou no piso do boxe do chuveiro e
Prende ao piso ou pendura em
suportes quando a banheira ou
chuveiro não está em uso
1
Não utiliza tapetes de borracha no piso da banheir
a ou no piso do
boxe
do
chuveiro
2
Utiliza, quando lembra, tapetes de borrach
a no piso da banheira ou no piso do
boxe do chuveiro, mas não os prende ao piso ou pendura em suportes
quando a banheira ou chuveiro não está em uso
3
Utiliza, quando lembra, tapetes de borracha no piso da banheira ou no piso do
boxe do chuveiro e, às vezes os prende ao piso ou pendura em suportes
quando a banheira ou chuveiro não está em uso
4
Utiliza, quando lembra, tapetes de borracha no piso da banheira ou no piso do
boxe do chuveiro e sempre os prende ao piso ou pendura em suportes
quando a banheira ou chuveiro não está em uso
5
Sempre utiliza tapetes de borracha no piso da banheira ou no piso do
boxe
do
chuveiro e os prende ao piso ou pendura em suportes quando a banheira ou
chuveiro não está em uso
Utiliza, no banheiro, barras de segurança par
a apoio das mãos
Definição
Constitutiva
Utiliza barras de segurança para apoio das mãos antes, durante e após o uso de
banheira, chuveiro ou vaso sanitário
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar
se o paciente:
Utiliza barras de segurança para entrar
na banheira ou boxe do chuveiro;
Utiliza barras de segurança para sair
da banheira ou boxe do chuveiro;
Utiliza barras de segurança para
sentar-se no vaso sanitário;
Utiliza barras de segurança para
levantar-se do vaso sanitário;
Utiliza barras de segurança para
acionar a descarga.
1
Não utiliza barras de segurança em qualquer das situações observadas
2
Utiliza barras de segurança, no máximo, duas das situações observadas
3
Utiliza barras de seguran
ça, no máximo, três das situações observadas
4
Utiliza barras de segurança, no máximo, quatro das situações observadas
5
Utiliza barras de segurança todas as situações observadas
Controla a inquietação
Definição
Constitutiva
Faz uso de estratégias pa
ra controlar ou prevenir a inquietação
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Verificar sinais verbais ou não
-
verbais
de inquietação
Verificar se o paciente faz uso de, pelo
menos, uma das ações de
1
Mesmo com o uso
de
ações
de relaxamento ou medicamentos,
apresenta
sinais de inquietação
2
Somente
a
s
o
uso de
ações
de relaxamento
e
uso de
medicamento
para
reduzir a inquietação apresenta-se tranquilo
Desenvolvimento do estudo
Introdução
151
relaxamento:
-Técnica de respiração ou relaxamento
- Atividades de distração para focalizar
a atenção para longe de sensações
indesejáveis
- Uso de medicamentos para reduzir a
inquietação conforme prescrito.
3
Somente
apó
s
o
uso de atividades de distração
e
técnica de respiração
,
apresenta-se tranquilo
4
Somente apó
s uso de cnica de respiração
ou rela
xamento
,
apresenta
-
se
tranquilo
5
Apresenta
-
se tranquilo
mesmo
sem o uso de
ações
de relaxamento ou
medicamentos para reduzir a inquietação
Executa precauções ao tomar medicamentos que aumentam o risco de quedas
Definição
Constitutiva
Executa ações que
eliminam, minimizam ou compensam os efeitos dos
medicamentos que aumentam o risco de quedas
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Questionar se o paciente:
Certifica-se de que a cama está em
uma posição baixa para deitar-
se/levantar-se;
Tenta fazer as tarefas em um ritmo
mais lento;
Senta-se e espera um pouco (entre 5 e
10 respirações) antes de levantar-se
da cama;
Dorme em cama com cabeceira
elevada para minimizar a queda
repentina da pressão arterial;
Solicita ajuda ou descansa quando
sente fraqueza, cansaço repentino,
tontura, vertigem, ou sonolência;
Quando de pé, vira-se lentamente.
1
Não executa qua
is
quer medidas de precaução ao tomar medicamentos
que
aumentam o risco de quedas
2
Executa, no máximo, duas medidas de precaução ao tomar medicamentos
que aumentam o risco de quedas
3
Executa, no máximo,
três medidas de precaução ao tomar medicamentos
que
aumentam o risco de quedas
4
Executa, no máximo, quatro medidas de precaução ao tomar medicamentos
que aumentam o risco de quedas
5
Executa todas as medidas de precaução ao tomar medicamentos
que
aumentam o risco de quedas
Utiliza adequadamente recursos de correção da visão
Definição
Constitutiva
Utiliza adequadamente recursos para melhorar a capacidade de enxergar objetos e
obstáculos do ambiente ou para compensar a diminuição da acuidade visual
A
valiação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar ou questionar se o paciente
adota ou segue critérios para o uso
adequado de recursos de correção da
visão:
Os recursos de correção da visão
devem estar limpos;
Os recursos de correção da visão
devem estar bem ajustados;
Os recursos de correção da visão
devem estar regularmente atualizados;
Óculos bifocais ou multifocais são
evitados;
Os recursos de correção da visão
devem estar adequados para visualizar
detalhes e mudanças do nível do piso;
Os recursos de correção da visão
devem estar adequados para
proporcionar melhora total da
capacidade de enxergar.
1
Não utiliza os critérios para o uso dos recursos de correção da visão para
prevenir quedas
2
Utiliza, no máx
imo, dois critérios para o uso dos recursos de correção da visão
adequados para prevenir quedas
3
Utiliza, no máximo, três critérios para o uso dos recursos de correção da visão
adequados para prevenir quedas
4
Utiliza, no máximo, quatro critérios para
o uso dos recursos de correção da
visão adequados para prevenir quedas
5
Utiliza todos os critérios para o uso dos recursos de correção da visão
adequados para prevenir quedas.
Utiliza ações seguras durante a transferência
Definição
Constitutiva
Utili
za ações no ajuste de altura, no travamento de rodas, na aproximação, no
posicionamento do corpo e da cadeira e na utilização de auxílio pessoal ou
equipamentos auxiliares para movimentar-se entre cama, maca ou cadeiras de
rodas ou cadeiras higiênicas
Ava
liação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Desenvolvimento do estudo
Introdução
152
Questionar de que maneira o paciente
executa transferência:
-Senta-se por alguns minutos depois
de mudar da posição horizontal para
outra;
-Executa ou pede ajuda para ajustar a
altura entre as superfícies de
transferência;
- Move devagar suas pernas para fora
da cama;
- Transfere-se de um local para outro
(cama, cadeira, cadeira de roda,
poltrona, maca, cadeira higiênica) com
muito cuidado e devagar,
-Solicita assistência para executar a
transferência ou executa com
dispositivos de apoio (exemplo:
trapézio).
1
Não executa nenhuma das recomend
ações para transferência segura
2
Executa, no máximo, uma das recomend
ações para transferência segura
3
Executa, no máximo, duas das re
comendações para t
ransferência segura
4
Executa, no máximo, três das recomend
ações para transferência segura
5
Executa todas as recomend
ações para transferência segura
Utiliza corretamente
o
sistema de alarme
Definição
Constitutiva
Usa dispositivo de
alarme que solicita ajuda em caso de dificuldade, urgência,
emergência
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Questionar o paciente se ele:
Sabe utilizar o sistema de alarme;
Mantém o dispositivo que aciona o
alarme ao alcance das mãos.
1
Não sabe utilizar o sistema de alarme, não manté
m o dispositivo que aciona o
alarme ao alcance das mãos e nunca utiliza o sistema de alarme
2
Sabe utilizar o sistema de alarme,
mas nem sempre mantém
o dispositivo
que aciona o alarme ao alcance das mãos e nem sempre utiliza o sistema de
alarme
3
Sabe
utilizar o sistema de alarme, utiliza o sistema de alarme sempre que
julga necessário, mas nem sempre mantém o dispositivo que aciona o
alarme ao alcance das mãos
4
Sabe utilizar o sistema de alarme, mantém o dispositivo que aciona o alarme
sempre ao alcance das mãos, mas nem sempre utiliza o sistema de alarme
5
Sabe utilizar o sistema de alarme, mantém o dispositivo que aciona o alarme
sempre ao alcance das mãos e utiliza o sistema de alarme sempre que julga
necessário
Administra urgência urinária/in
testinal
Definição
Constitutiva
Faz uso de estratégias ou auxílio pessoal para minimizar ou administrar de forma
segura a saída súbita do local onde está para atender à urgência de urinar ou
evacuar.
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Questionar o paciente se ele utiliza as
seguintes estratégias para conter ou
administrar a urgência
urinária/intestinal:
Conserva o urinol ao alcance das
mãos ou utiliza fraldas.
Evita ingerir líquidos antes de dormir.
Preocupa-se em manter a bexiga vazia
ou faz as necessidades em horários
pré-determinados
E SE
Solicita auxílio para se encaminhar ao
sanitário.
1
Não utiliza estratégia para conter ou administrar a urgência urinár
ia/intestinal
nem solicita auxílio para se encaminhar ao sanitário.
2
Não utiliza nenhuma estratégia para conter ou administrar a urgência
urinária/intestinal, e nem sempre solicita auxílio para se encaminhar ao
sanitário.
3
Utiliza estratégia para con
ter ou administrar a urgência urinária/intestinal
quando se lembra, e nem sempre solicita auxílio para se encaminhar ao
sanitário.
4
Utiliza estratégia para conter ou administrar a urgência urinária/intestinal
sempre, e nem sempre solicita auxílio para se encaminhar ao sanitário.
5
Utiliza estratégia para conter ou administrar a urgência urinária/intestinal
sempre, sempre solicita auxílio para se encaminhar ao sanitário.
Faz uso de roupas do tamanho adequado
Definição
Constitutiva
Utiliza roupas de ta
manho adequado quanto ao comprimento, largura, costura e
sistema de amarração
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Desenvolvimento do estudo
Introdução
153
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar a
roupa do paciente
ou
perguntar se a roupa atende a
especificações como:
As mangas ajustadas na largura
As mangas ajustadas no comprimento
O corpo da roupa está ajustado na
largura
O sistema de amarração está sem
pontas soltas
A cintura da roupa está ajustada
A roupa não apresenta partes
descosturadas ou rasgadas
A parte inferior está ajustada quanto à
largura
A parte inferior está ajustada quanto ao
comprimento.
1
Não utiliza as especificações das roupas adequadas, para prevenir quedas.
2
Utiliza, no máximo, duas das especificações das roupas adequadas para
prevenir quedas.
3
Utiliza, no máximo, três das especificações das roupas adequadas para
prevenir quedas.
4
Utiliza, no máximo, cinco das especificações das roupas adequadas para
prevenir quedas.
5
Utiliza todas as especificações das roupas adequadas para prevenir quedas
.
Utiliza corretamente recursos de correção auditiva quando necessário
Definição
Constitutiva
Utiliza corretamente recursos de amplificação sonora para seguir uma conversação
ou ouvir sons de objetos se aproximando
Avaliação
□ 1
□ 2
□ 3
□ 4
□ 5
Definição Operacional
Magnitude da definição operacional
Observar ou questionar quanto ao uso
de recursos de correção auditiva por
parte do paciente:
O recurso de correção auditiva deve
ser capaz de detectar claramente a
aproximação de pessoas e objetos;
Os recursos de correção auditiva
devem estar bem ajustados ao
pavilhão auricular;
Os recursos de correção auditiva
devem estar atualizados;
Os recursos de correção da audição
devem estar adequados para
proporcionar melhora total da
capacidade de ouvir.
1
Não utiliza as especificações adequadas dos recursos de correçã
o auditiva
para prevenir quedas
2
Utiliza, uma das especificações dos recursos de correção auditiva
adequados
para prevenir quedas
3
Utiliza duas das especificações dos
recursos de correção auditiva
adequados
para prevenir quedas
4
Utiliza três
das especificações dos recursos de correção auditiva adequados
para prevenir quedas
5
Utiliza todas as especificações dos recursos de correção auditiva
adequados
para prevenir quedas.
Quadro 39 Produto final da revisão do resultado de enfermagem NOC
Comportamento para Prevenção de Quedas. Fortaleza, 2010.
Finalmente, concordamos que a saúde é modernamente caracterizada num
contínuo, com los positivos e negativos onde, no pólo positivo estão os
comportamentos relacionados à busca do estar-melhor, e no pólo negativo os
comportamentos de risco e a morte (LEFÈVRE, LEFÈVRE, 2007; AYRES, 2007). Na
dinâmica do estar-melhor, encontram-se os comportamentos preventivos em saúde
definidos por Pender (2002) como: ações voluntariamente executadas pelo indivíduo
em relação a um agravo específico com o objetivo de minimizar o potencial de
ameaça percebido.
A percepção da eficácia do comportamento preventivo depende de uma
avaliação inicial dos benefícios percebidos do comportamento proposto (na redução
da susceptibilidade para ou a condição da severidade) e a avaliação da limitação
Desenvolvimento do estudo
Introdução
154
(real ou percebida) para iniciação ou continuação de um comportamento por parte
do indivíduo (BUSS, 2003; NAIDOO; WILLS, 2000).
E é justamente com o intuito de orientar a avaliação da eficácia da ação
preventiva recomendada para a prevenção de quedas que revisamos o conteúdo,
construímos e avaliamos a validade de conteúdo dos indicadores e de suas
respectivas definições constitutivas, definições operacionais e magnitudes para o
resultado NOC Comportamento de Prevenção de Quedas.
Desenvolvimento do estudo
Introdução
A
partir da pesquisa ora elaborada,
conceito foi uma etapa vali
permitiu:
Explorar de forma mais consistente as dimensões e derivações do
conceito central do resultado Comportamento de Prevenção de Quedas, nos
fornecendo mais segurança na construção de seus componentes
Identificar novos indicadores (referenciais empíricos) importantes na
avaliação do Comportamento de Prevenção de Quedas, ainda não contempl
taxonomia NOC,
sobretudo
quedas.
Construir definições
investigação das formas de mensuração dos antecedentes de quedas.
Refutar itens que poderiam equivocadamente embasar indicadores que
não se relacionavam ao conceito central de quedas, a comportamento ou a
prevenção
, mediante a investigação dos conceitos relacionados.
Mediante o produto da revisão integrativa e da análise de conceito,
consideramos o título Comportamento de Prevenção de Quedas apropriado para
avaliar as condutas do indivíduo para prevenir quedas e, p
sua manutenção como rótulo de resultado de enfermagem NOC.
Baseados na opinião predominante dos especialistas e amparados pela
literatura, apreciamos como adequada a inserção desse resultado de enfermagem
no Domínio 4/ Classe T, refe
Controle de riscos e segurança, respectivamente.
Segundo verificamos, o
Quedas abrange duas dimensionalidades: comportamentos de prevenção de quedas
relativos ao in
divíduo e comportamentos de prevenção de quedas referentes ao
cuidador. Ao considerarmos a estrutura de um resultado de enfermagem NOC,
percebemos que não seria acurado avaliar o estado de saúde do paciente
fundamentando-
se, durante uma mesma avaliação, em
distintas as quais podem apresentar condutas díspares. Por isso, recomendamos a
5 Conclusão
Conclusão
partir da pesquisa ora elaborada,
conforme pudemos constatar, a análise de
conceito foi uma etapa vali
osa no percurso metodológico, sobretudo porque nos
Explorar de forma mais consistente as dimensões e derivações do
conceito central do resultado Comportamento de Prevenção de Quedas, nos
fornecendo mais segurança na construção de seus componentes
Identificar novos indicadores (referenciais empíricos) importantes na
avaliação do Comportamento de Prevenção de Quedas, ainda não contempl
sobretudo
a partir
do levantamento dos antecedentes do conceito
Construir definições
constitutivas e operacionais com base na
investigação das formas de mensuração dos antecedentes de quedas.
Refutar itens que poderiam equivocadamente embasar indicadores que
não se relacionavam ao conceito central de quedas, a comportamento ou a
, mediante a investigação dos conceitos relacionados.
Mediante o produto da revisão integrativa e da análise de conceito,
consideramos o título Comportamento de Prevenção de Quedas apropriado para
avaliar as condutas do indivíduo para prevenir quedas e, p
ortanto, recomendamos
sua manutenção como rótulo de resultado de enfermagem NOC.
Baseados na opinião predominante dos especialistas e amparados pela
literatura, apreciamos como adequada a inserção desse resultado de enfermagem
no Domínio 4/ Classe T, refe
rentes ao Conhecimento e Comportamento de Saúde e
Controle de riscos e segurança, respectivamente.
Segundo verificamos, o
conceito de Comportamento de Prevenção de
Quedas abrange duas dimensionalidades: comportamentos de prevenção de quedas
divíduo e comportamentos de prevenção de quedas referentes ao
cuidador. Ao considerarmos a estrutura de um resultado de enfermagem NOC,
percebemos que não seria acurado avaliar o estado de saúde do paciente
se, durante uma mesma avaliação, em
comportamentos de pessoas
distintas as quais podem apresentar condutas díspares. Por isso, recomendamos a
155
conforme pudemos constatar, a análise de
osa no percurso metodológico, sobretudo porque nos
Explorar de forma mais consistente as dimensões e derivações do
conceito central do resultado Comportamento de Prevenção de Quedas, nos
fornecendo mais segurança na construção de seus componentes
;
Identificar novos indicadores (referenciais empíricos) importantes na
avaliação do Comportamento de Prevenção de Quedas, ainda não contempl
ados na
do levantamento dos antecedentes do conceito
constitutivas e operacionais com base na
investigação das formas de mensuração dos antecedentes de quedas.
Refutar itens que poderiam equivocadamente embasar indicadores que
não se relacionavam ao conceito central de quedas, a comportamento ou a
Mediante o produto da revisão integrativa e da análise de conceito,
consideramos o título Comportamento de Prevenção de Quedas apropriado para
ortanto, recomendamos
Baseados na opinião predominante dos especialistas e amparados pela
literatura, apreciamos como adequada a inserção desse resultado de enfermagem
rentes ao Conhecimento e Comportamento de Saúde e
conceito de Comportamento de Prevenção de
Quedas abrange duas dimensionalidades: comportamentos de prevenção de quedas
divíduo e comportamentos de prevenção de quedas referentes ao
cuidador. Ao considerarmos a estrutura de um resultado de enfermagem NOC,
percebemos que não seria acurado avaliar o estado de saúde do paciente
comportamentos de pessoas
distintas as quais podem apresentar condutas díspares. Por isso, recomendamos a
Introdução
156
utilização da definição: condutas do indivíduo para eliminar ou minimizar fatores
de risco modificáveis propensores de quedas.
Verificamos pela quase totalidade de especialistas que a escala Não
adequado a Completamente adequado, figura-se como a mais apropriada para
mensurar os indicadores referentes ao resultado de enfermagem estudado. Com
isso, o enfermeiro poderá analisar a frequência dos comportamentos preventivos de
quedas a partir da continuidade das avaliações.
Submetemos 28 indicadores a duas fases de validação de conteúdo por
especialistas, dos quais, 18 pertencem à última edição da NOC, cinco novos
indicadores, três variáveis confundidoras e dois indicadores presentes a edições
anteriores que foram reavaliados. Dois indicadores referentes às edições anteriores
foram considerados de conteúdo válido: Utiliza corretamente sistema de alarme
(0,95; 1; 0,95; 0,86; 0,91; 0,95; 0,86) e Utiliza adequadamente recursos de correção
da visão (1; 1; 1; 0,95; 0,95; 1; 0,86). Três dos cinco novos indicadores foram
avaliados como válidos pelos especialistas: Administra urgência urinária/intestinal
(0,95; 0,95; 0,86; 0,82; 0,82; 0,86; 0,77), Faz uso de roupas do tamanho adequado
(0,91; 0,91; 0,91; 0,91; 0,91; 0,91; 0,82) e Utiliza corretamente recursos de correção
auditiva quando necessário (0,95; 1; 0,95; 0,91; 0,91; 0,91; 0,86). Dois
indicadores foram recompostos em um só, conforme a edição mais recente da NOC.
Dezessete dos 18 indicadores pertencentes à última edição da NOC foram
considerados válidos para avaliar o estado de saúde do paciente quanto aos
comportamentos de prevenção de quedas no ambiente hospitalar, exceto, Prende
pequenos tapetes.
Aqueles relativos às variáveis confundidoras foram excluídos pois, conforme
examinamos, esses indicadores referem-se à capacidade física do individuo e não a
uma atitude de prevenção, e por isso, contrariam o conceito de comportamento
preventivo em saúde. Portanto, não indicamos a sua adoção na avaliação do
resultado de enfermagem em questão.
Concernente aos indicadores aceitos e às suas definições constitutivas,
todos, inclusive aqueles propostos pela análise de conceito ora elaborada, obtiveram
ou superaram o índice de concordância de 0,85. Portanto, 20 indicadores
mostraram, conforme examinamos pela análise de conceito e validação por
especialistas, conteúdo apropriado para avaliar as condutas preventivas de quedas
por parte do paciente com idade acima de 18 anos no ambiente hospitalar.
Conclusão
Introdução
157
Isto posto, podemos concluir que os indicadores, as definições constitutivas e
as definições/magnitudes operacionais para o resultado de enfermagem NOC
Comportamento de Prevenção de Quedas obtiveram índice de concordância
estatisticamente maior que 0,85. Consideradas pelos especialistas, portanto, de
conteúdo válido, semelhante ao que consta na literatura científica e capaz de
mensurar o construto comportamento de prevenção de quedas.
Quanto à hipótese apontada neste estudo como “o resultado de enfermagem
Comportamento de Prevenção de Quedas, pertencente a uma classificação que se
propõe a ser de âmbito internacional como a NOC, ao ser destinado a um ambiente
específico como o hospital, poderá apresentar diferença entre os indicadores
sugeridos e aqueles encontrados na literatura e avaliados por especialistas, o que
resultará na reformulação e identificação de novos aspectos referentes ao estado de
saúde do paciente a serem avaliados e os quais poderão contribuir para a
incorporação de especificidades deste ambiente no cuidado ao indivíduo”, segundo
inferimos, mediante os achados, foi confirmada, uma vez que identificamos diferença
entre os indicadores NOC e os levantados na literatura e entre estes e os apreciados
pelos especialistas para a avaliação do comportamento de prevenção de quedas no
cenário hospitalar. Assim, pela especificidade do ambiente hospitalar, é exigido que
sejam desenvolvidas pesquisas adicionais para verificar a validade semântica e
clínica em diferentes populações para que possa ser aplicado nos variados contexto
de saúde hospitalar.
Durante o desenvolvimento deste estudo, nos deparamos com limitações
como: a utilização da busca bibliográfica executada por um único pesquisador,
quando é preconizada a busca em par, e a baixa adesão dos especialistas em
terminologias em enfermagem ou acidentes por quedas nas fases de validação de
conteúdo, representada por 17,18% e 18,39%, respectivamente.
Enfatizamos a possibilidade de contribuir no aperfeiçoamento da taxonomia
NOC e, por conseguinte, da linguagem de enfermagem. A proposição desse
refinamento do resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas,
pode vir a permitir a execução das fases de planejamento e implementação das
intervenções de enfermagem de forma orientada ao indicar especificamente qual
comportamento preventivo está aquém do ideal, o quanto precisa evoluir, além de
permitir uma melhor seleção de qual intervenção é a mais apropriada para cada
caso.
Conclusão
Introdução
158
Quanto à aplicação do produto final da proposta de revisão do resultado de
enfermagem NOC Comportamento de Prevenção de Quedas, destacamos os
benefícios de implementá-lo na prática, de modo a evitar o desenvolvimento do
agravo e de sua complicações. Esta proposta permite ao enfermeiro avaliar
inicialmente o nível de risco de quedas do paciente quanto aos seus
comportamentos preventivos em saúde; identificar quais comportamentos
específicos representam maior vulnerabilidade para a ocorrência de quedas no
paciente e quais precisam ser adequados; agir preventivamente em uma situação de
risco mediante, sobretudo, com o uso de estratégias de educação em saúde;
mensurar continuamente a resposta do paciente às ações educativas de
enfermagem para a prevenção de quedas, corroborar ações de gestão de risco
desse expressivo evento adverso no ambiente hospitalar e, assim, contribuir para a
promoção da saúde ao indivíduo no contexto da internação hospitalar.
Conclusão
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Referências
Introdução
174
APÊNDICES
Apêndices
Introdução
175
APÊNDICE A- PROTOCOLO DA REVISÃO INTEGRATIVA
(Etapa 1 – Análise de Conceito)
REVISÃO INTEGRATIVA-PROTOCOLO
Tema: Quedas, prevenção de quedas e fatores de risco para quedas em pacientes
1) Objetivo: Apresentar o conhecimento produzido sobre medidas de prevenção de
quedas e fatores de risco para quedas em pacientes
2) Questões norteadoras:
Qual a definição de quedas?
Quais elementos compõem a avaliação do Comportamento para Prevenção
de Quedas?
Como os elementos que compõem a avaliação do Comportamento para
Prevenção de Quedas podem ser mensurados?
3) Estratégias para buscar as pesquisas
Base de dados
Base de dados 1: Cinahl
Base de dados 2: Pubmed
Base de dados 3: Lilacs
Base de dados 4: Dedalus
Base de dados 5: Cochrane
Descritores não controlados:
Quedas
Risco de quedas
Prevenção de quedas
Falls
Risk for falls
Falls prevention
4) Seleção dos estudos
Critérios de inclusão:
Estudos disponíveis nas bases de dados selecionadas
Estudos disponíveis nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol
Estudos que abordam prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes
acima de 18 anos de idade como foco principal e que respondam as questões
norteadoras deste estudo
Teses ou dissertações pertencentes ao DEDALUS ou TEDE (USP e UFC) as
quais abordem prevenção de quedas ou risco de quedas em pacientes acima
Apêndices
Introdução
176
de 18 anos de idade
Critérios de exclusão:
Editoriais
Cartas ao editor
Estudos que não abordem temática relevante ao alcance do objetivo da
revisão
5) Estratégia para coleta de dados dos estudos
Instrumento construído e validado por Silveira (2005)
6) Estratégia para avaliação crítica dos estudos
Níveis de evidência desenvolvidos por Melnyk, Fineout-Overholt (2005)
7) Sínteses dos dados
Caracterização dos estudos
Categorias temáticas
Análise de conceito proposta por Walker; Avant (2005)
Referências
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th
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Apêndices
Introdução
177
APÊNDICE B- Descrição dos estudos componentes da amostra da Revisão
Integrativa
Publicação 1:
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de avaliação de risco de que
das em idosos com fibrilação atrial
.
Tese
(Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
A
nalisar a associação entre a
ocorrência de queda e as variáveis
obtidas na avaliação clínica e
multifatorial em idosos com fibrilação
atrial; verificar a frequência,
características e consequências das
quedas.
Estudo transversal, realizado em
107
idosos com 60 anos ou mais com
fibrilação atrial crônica atendidos pelo
do ambulatório de cardiogeriatria do
InCor-HCFMUSP.
Os participantes foram divididos em
dois grupos: (1) sem história de queda
no último ano e (2) com história de um
ou mais episódios de queda no último
ano. Os participantes foram divididos
em dois grupos: (1) sem história de
queda no último ano e (2) com história
de um ou mais episódios de queda no
último ano. Todos os dados foram
submetidos à análise estatística com
teste qui-quadrado ou teste de
verossimilhança ou teste exato de
Fisher. As médias das variáveis
quantitativas foram comparadas com
teste t-Student ou teste da soma de
postos de Wilcoxon
As variáveis significantes na análise
univariada foram utilizadas no ajuste
do modelo de regressão logística,
determinando sensibilidade,
especificidade e probabilidade
estimada de queda.
Nível de significância: p<0,05.
1) 51,4% (55 idosos) caíram ao menos
uma vez no último ano, sendo que as
quedas resultaram em lesões corporais
em 90% dos casos, 2) não houve
diferenças entre os grupos com
respeito à idade, sexo, índice de
massa corporal, hábitos, riscos
nutricionais e atividade física, 2) houve
relação significante entre a ocorrência
de queda com: a presença de
sintomas, como cansaço; o uso de
amiodarona; diagnóstico de
insuficiência cardíaca CF III e de
diabete melito; força muscular; o
BOMFAQ (dificuldade de manter o
equilíbrio); deficiência auditiva e visual
e a escala equilíbrio da POMA A
regressão logística das variáveis
significantes positivas mostrou as
seguintes variáveis independentes: uso
de amiodarona, diagnóstico de diabete
melito e a queixa de dificuldade de
manter equilíbrio no BOMFAQ. O
conjunto apresentou sensibilidade de
92,9% e especificidade 44,9%, a razão
de chance foi de 5,95 e razão de
verossimilhança positivo foi de 5.0.
Nível de evidência:
VI
Publicação2:
Telles, A. C. M.
Prevalên
cia, incidência, fatores preditivos e impacto das quedas entre pessoas idosas no município
de São Paulo: uma análise longitudinal. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
V
erificar a pr
evalência de quedas entre
as pessoas idosas do Município de
São Paulo nos anos de 2000 e 2006;
verificar a incidência de quedas em
2006 e seus fatores determinantes,
identificar os idosos denominados
"caidores" ou seja, pessoas idosas que
referiram quedas em 2000 e em 2006
e os fatores associados e verificar o
impacto das quedas na ocorrência de
óbitos nesse grupo.
Estudo de coorte
retrospectivo com
amostragem por conveniência (1ª
etapa) e aleatória (2ª etapa). Amostra
composta por dois grupos: caidores (os
que referiram quedas nos dois
períodos concomitantemente) e não-
caidores (os que não referiram queda
em 2000 e a referiram em 2006).
Tratamento estatístico: estatística
descritiva, razões de risco relativo,
regressão logística binominal.
Nível de significância: p<0,05.
Verifica
-
se um aumento na prevalência
de quedas de 28,6% para 31,1% em
2000 e 2006 respectivamente. A
incidência de quedas em 2006 foi de
19,7% e, dentre as variáveis
analisadas, nenhuma foi significante
para o sexo feminino e, para o sexo
masculino, a idade (70 a 79 anos) e a
presença de doenças representaram
uma RRR de 2,4 e 3,1
respectivamente. Para os "caidores" os
fatores determinantes foram velhice
avançada (80 anos e mais para ambos
os sexos) e a presença de doenças
(para as mulheres). As RRR
encontradas para idade foram 2,2 para
as mulheres e 3,04 para os homens e
a presença de doenças obtiveram uma
RRR de 5,3 para as mulheres.
Apêndices
Introdução
178
Verificou
-
se ainda que as quedas
aumentaram o risco de óbito em uma
RRR de 1,4.
Nível de evidência:
IV
Publicação 3:
Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G. Assessing Risk of Falling in Older Adults.
Public Health Nursing
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Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
I
nvestigar o papel de um check
-
list na
avaliação e redução do risco de
quedas de idosos em Taiwan.
Estudo transversal
em
103
sujeitos
(dois grupos pareados de 52 caidores
e 51 não-caidores). Os participantes
foram divididos em dois grupos os que
sofreram queda e os que não sofreram
ano passado. Dois métodos foram
empregados para mensuração:
Functional Reach, e Get-up and Go
test.
Tratamento estatístico: técnica Delphi;
coeficiente de correlação; Alfa de
Cronbach para consistência interna
dos instrumentos; estatística descritiva,
qui-quadrado, teste-T independente e
análise de regressão logística para
comparar os grupos de caidores e não
caidores.
Nível de significância: 5%
Membros do grupo que sofreram
queda apresentaram um alcance
funcional mais curto e demoraram mais
tempo para terminar o teste de levantar
e andar do que o grupo controle.
Algumas doenças e drogas foram
associadas a um risco aumentado de
queda.
Nível de evidência:
VI
Publicação 4:
Menant, J.C.; Steele, J.R.; Menz, H.B.; Munro, B.J. Lord, S.R. Optimizing footwear for
older people at risk of falls.
JRRD
, v.
45, n. 8, p. 1167–1182, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Descrever os tipos de calçado
comumente usados por pessoas mais
velhas, levantar estudos em que o
calçado tem sido reconhecido como
um fator de risco para quedas, levantar
evidências relativas aos efeitos do
calçado ao equilíbrio e fatores
associados em idosos.
Revisão sistemática, realizada
mediante a análise de 79 artigos tipos
de calçado e seus componentes
relacionados a quedas em idosos.
Utilizou o Oxford Centre for Evidence-
based Medicine Levels of Evidence
para avaliar as publicações.
H
á suficiente evidência epidemiológica
que sugere que os idosos devem usar
sapatos devidamente equipados, tanto
no interior como fora de casa, porque
andar descalço e com meias dentro de
casa são as condições de calçados
associados o maior risco de cair. Os
idosos devem usar sapatos de salto
baixo, porque os efeitos negativos do
salto alto calçados na postura,
equilíbrio e marcha são numerosos e
este tipo de calçado também está
associado a um risco aumentado de
quedas. Os sapatos com uma sola
muito dura pode alterar o controle do
equilíbrio durante tarefas desafiadoras
da marcha. Os idosos devem ser
aconselhados a usar sapatos finos,
com sola firme para aperfeiçoar a
posição do pé. O solado único e
calcanhar chanfrado pode ainda evitar
deslizamentos no molhado e
escorregadio.
Nível de evidência:
I
Publicação 5:
Akyol, A.D. Falls in the elderly: what can be done?
International Nursing Review
, v. 54, p. 191
196, 2006.
Apêndices
Introdução
179
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Fornecer
informações sobre quedas
em idosos.
Revisão de literatura sobre
informações sobre quedas em idosos,
especificamente fatores como aumento
da idade, uso de medicamentos, déficit
cognitivo e déficits sensoriais.
Os fatores responsáveis por quedas
podem ser classificados como
intrínsecos e extrínsecos. Em
pacientes mais idosos, uma queda
pode ser um sinal não-específico de
muitas doenças agudas, como
pneumonia, incontinência ou infecção
urinária, infarto do miocárdio ou uma
exacerbação aguda de uma doença
crônica.
Fatores intrínsecos: prejuízos no
estado mental, prejuízos auditivos ou
no equilíbrio, cognição prejudicada,
alterações músculo-esqueléticas,
hipotensão ortostática, desordens
metabólicas, doença agudas,
medicações ligadas ao risco de
quedas, polifarmácia.
Fatores extrínsecos: importantes riscos
ambientais são a desordem, os cabos
elétricos soltos nas vias, iluminação
inadequada, tapetes, cadeiras baixas,
cadeiras macias, superfícies
irregulares e superfícies escorregadias.
Os programas de prevenção de
quedas s visam aumentar a
capacidade funcional e reduzir o
número de quedas, além de diminuir as
lesões relacionadas a quedas.
Intervenções de prevenção de quedas
devem incluir uma revisão de
medicamentos dos pacientes mais
velhos, e os riscos ambientais, bem
como avaliação e tratamento da
pressão arterial, alteração de visão e
alterações do estado mental, incluindo
depressão. Programas de exercício de
aumento de força muscular e
flexibilidade; apoio psicológico e ajuda
aos pacientes a lidarem com as
recentes turbulências emocionais são
aconselháveis.
Nível de evidência:
VII
Publicação 6:
Clemson, L.; Bundy, A. C. Cumming, R. G.; Kay, L.; Luckett, T. Validating the Falls Behavioural (F
aB) scale for older people:
A Rasch analysis. Disability and Rehabilitation, v. 30, n.7, p. 498 – 506, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
E
stabelecer a validade e
robustez da
Escala Falls Behavioural (FaB) em
pessoas idosas: uma análise Rasch.
Ensaio clínico randomizado controlado
sobre a validade de uma escala para
medir comportamentos adotados por
idosos potencialmente arriscados para
a ocorrência de quedas. Escala
padrão: Escala FaB na versão original.
Experimental: Escala FaB adicionada
de novos itens. Tratamento estatístico:
estatística descritiva, análise de
correlação, análise da confiabilidade
interna mediante equivalente ao Alfa
A escala Fab foi parcialmente
modificada para fornecer maior
confiabilidade na avaliação do risco de
quedas em idosos.
A FaB apresenta-se como uma
ferramenta confiável e válida para uso
com indivíduos mais velhos para ajudar
na avaliação do risco de quedas e
como comando para discussão na
definição de metas ao fazer
adaptações para melhorar a segurança
Apêndices
Introdução
180
de
Cronbach
, análise de curva ICC.
Nível de significância: 5%.
em casa e
n
a comunidade. A forma
opção da escala mais curta fornece
uma ferramenta alternativa útil quando
o tempo é um problema.
Nível de evidência:
II
Publicação 7:
Mertens, E. I.; Halfens, R
. J.G.; Dassen, T. Using the Care Dependency Scale for fall risk screening.
Journal of Advanced
Nursing, v.58, n.6, p.594–601, 2007. doi: 10.1111/j.1365-2648.2007.04265.x
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Estimar a sensibilidade e
a
especificidade da Care Dependency
Scale como uma medida do risco de
queda para os indivíduos no hospital e
casas de repouso.
Pesquisa transversal, realizada em
9943 participantes, dos quais 2309
eram residentes em 29 lares de idosos
e pacientes em 7634 foram
provenientes de 39 hospitais em dois
grupos (caidores e não-caidores).
Utilizou como métodos para
mensuração a Care Dependency Scale
e para o Tratamento estatístico:
estatística descritiva, qui-quadrado,
teste-t, análise de sensibilidade e
especificidade, regressão logística.
Nível de significância: p<0,05.
A
escala
CDS é um instrumento de
avaliação de enfermagem genérico e
útil para a mensuração do risco de
queda em hospitais. Esta escala traz
um benefício para a prática de
enfermagem, pois os procedimentos de
avaliação podem ser reduzidos e
simplificados. A escala CDS pode ser
recomendada para a identificação de
pacientes com risco de quedas no
hospital.
O CDS também pode ser
recomendado para a realização de
uma avaliação pormenorizada e para o
desenvolvimento de um plano de
cuidados para estes pacientes.
Continuar a investigação sobre a soma
dos valores da CDC é necessário.
Nível de evidência:
VI
Publicação 8:
Kempen, G. I. J.; Todd, C.J.; Van Haastregt, J. C. M.; Zijlstra, G. A. R.; Beyer, N.; Freiberger, E
.; Hauer, K. A.; Piot
-
Ziegler,
C. et al. Cross-cultural validation of the Falls Efficacy Scale International (FES-I) in older people: Results from Germany, the
Netherlands and the UK were satisfactory. Disability and Rehabilitation, January, v.29, n.2, p.155 – 162, 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Investigar a
valida
de
trans
-
cultural da
Falls Efficacy Scale International (FES-
I), desenvolvida para avaliar as
atividades de execução fácil e mais
complexa em uma variedade de
línguas e de diferentes contextos
culturais e pesquisar a validade clínica
neste três países.
Estudo de validação realizado em
498
participantes em três grupos (Idosos
da Alemanha, idosos do Reino Unido,
idosos da Holanda) utilizando a Falls
Efficacy Scale International para
mensuração do risco de queda.
Tratamento estatístico: estatística
descritiva, alpha de Cronbach,
correlação de Spearman, teste de
Mann-Whitney U e Kruskal Wallis.
Nível de significância: p<0,05
Os resultados
das versões da escala
na Alemanha, Holanda e Reino Unido
sugerem que a FES-I apresenta boas
propriedades psicométricas, é capaz
de avaliar as preocupações relativas a
ações básicas e atividades mais
complexas, nos domínios físico e
social, em diferentes contextos,
culturas e circunstâncias, pelo menos
em partes do norte da Europa. Como
resultado da FES-I, esta escala pode
ser útil em pesquisa trans-cultural em
reabilitação e ensaios clínicos.
Parece ser útil adotar um protocolo
padrão de adaptação e tradução de
instrumentos de pesquisa para outras
culturas e línguas para conseguir a
equivalência transcultural constitutiva.
Nível de evidência:
VI
Publicação 9:
Lamoreux, E. L., Chong, E., Wang, JJ, Saw,S. M., AungT., Mitchell P., Wong, T.Y. Visual Impairment, Causes of Vision
Loss, and Falls: The Singapore Malay Eye Study. Investigative Ophthalmology & Visual Science, February, v. 49, n. 2, p.
528-533, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Apêndices
Introdução
181
Investigar a associação de prejuízos
visuais e as várias causas de perda de
visão com quedas em uma população
de idosos da Ásia.
Estudo transversal com
3280
indivíduos malaios residente em
Cingapura com idade entre 40 e 80
anos, mediante amostragem aleatória
com estratificação etária. A acuidade
visual foi medida usando um logaritmo
do ângulo mínimo de resolução
(logMAR gráfico visão) (Lighthouse
International, New York, NY) com 4 m
de distância.
Os dados foram analisados com o
software comercial (SPSS, ver. 14.0.1;
SPSS Science, Chicago, IL). p< 0,05
indicaram significância estatística.
Estatísticas descritivas foram
realizadas e modelos de regressão
logística binária foram utilizados para
avaliar associações com cada
potencial fator de risco da visão.
Evidência de multicolinearidade foi
avaliado a partir do diagnóstico de
colinearidade no SPSS. Finalmente, o
teste de Hosmer-Lemeshow foi
utilizado para avaliar o ajuste global do
modelo.
Nível de significância: p<0,05
A média de idade de 58,7 anos, e
havia mais mulheres (52%) do que os
participantes do sexo masculino.
Quase um terço deles relatou uma
história de hipertensão (31,5%), e um
quinto (20,1%) referiu história de
diabetes. A maioria (74,1%) era
casada, nunca fumou (61,3%) e viveu
em três a quatro apartamentos
diferentes ao longo da vida (68,7%).
Grave deficiência visual em um olho e
deficiência visual leve ou moderada
nos dois dobrou o risco de cair. Ter
catarata, glaucoma ou outras causas
de deficiência visual foi associado a
quedas.
No entanto, utilizando o instrumento
PVA, somente o glaucoma foi
identificado como independentemente
associado com as quedas.
Glaucoma tem aumentado o risco de
cair em mais de quatro vezes (OR 4,2
IC 95% 1.2a "12,3). Apresentar
ligeira e moderada deficiência visual no
melhor olho não foi significativamente
associados com as quedas, embora as
razões de chances foram em direção
ao mesmo risco.
Nível de evidência:
VI
Publicação 10:
Evans, D.; Hodgkinson, B.; Lambert, L.; Wood, J. Falls risk factors in the hospital setting: A systematic review.
International
Journal of Nursing Practice, v.7, p. 38–45, 2001.
Objet
ivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Determinar os fatores que eram
comumente identificados como
influentes para aumento do risco de
queda dos pacientes durante
hospitalização.
Revisão sistemática mediante análise
de 18 artigos sobre os fatores de risco
para quedas. Os estudos foram
avaliados criticamente mediante um
check-list desenvolvido. Os dados
foram extraídos dos estudos com a
aplicação de uma ferramenta de
extração de dados que foi
desenvolvido especificamente para
esta revisão. Testes estatísticos não
foram utilizados para sintetizar os
resultados dos estudos individuais,
uma vez que o objetivo era apenas
identificar fatores de risco que fossem
relacionados mais comumente em uma
variedade de configurações práticas.
Intervenções que
ajudam
a sat
isfazer
as necessidades dos pacientes com
deficiência mental ou prejuízos na
mobilidade, ou aqueles que necessitam
de assistência com
eliminação/higiene, devem ser
componentes prioritários de
atendimento.
A ligação entre medicamentos que
atuam sobre o sistema nervoso central
e do risco de queda é bastante
expressiva, sugerindo que a revisão
periódica dos prescritos medicamentos
pode ser uma estratégia importante na
prevenção de quedas.
Ainda que o uso de múltiplas
intervenções tem sido a abordagem
mais comum para prevenção de
quedas, sua eficácia ainda não foi
avaliado utilizando métodos rigorosos
de investigação.
Embora uma variedade de condições,
tais como neoplasias, condições
médicas gerais, anemias, câncer e
problemas cardíacos não têm sido
relacionadas com o risco de cair,
Apêndices
Introdução
182
doentes com AVC têm sido apontados
como uma população em grande risco
de cair. Fatores que aumentam o risco
de quedas em doentes com AVC
incluem déficits perceptivo,
comportamentais impulsividade,
agitação, fraqueza generalizada,
desequilíbrio postural e fadiga.
Isto sugere que intervenções às
necessidades dos pacientes com
relação ao estado mental prejudicado
ou mobilidade reduzida sejam
componentes dos programas de
prevenção de quedas destinados a
doentes com AVC.
Nível de evidê
ncia:
V
Publicação 11:
Marin, M. J. S.; Amaral, F.S.; Martins, I.B.; Bertassi, V.C. Identificando os fatores relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco de Quedas” entre idosos. Rev Bras Enferm, Set/Out, v. 57, n. 5, p. 560-4, 2004.
Objetivo
Metod
ologia
Resultados e conclusões
I
dentificar incidência dos fatores
relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco para quedas” em
um grupo de idosos, residentes em
uma microárea, pertencente à área de
abrangência de uma Unidade Básica
de Saúde, com a finalidade de
contribuir para o estabelecimento de
estratégias que possibilitem a
prevenção das mesmas.
Estudo transversal realizada com
toda
a população de idosos da microárea
selecionada, composta por 51 idosos.
Um instrumento em forma de check-
list, contendo os fatores de risco para
quedas proposto pela NANDA, com
algumas adaptações baseada na
literatura de geriatria e gerontologia.
Análise dos dados realizada por meio
de estatística descritiva.
E
ntre os 51 idosos entrevistados, todos
apresentaram o diagnóstico de
enfermagem “Risco de quedas’
conforme proposto pela NANDA, sendo
este relacionado tanto a fatores
intrínsecos como extrínsecos. Os
fatores relacionados ao risco de
quedas, mais encontrados na
população estudada relacionam-se: ao
sexo; à acuidade visual diminuída; à
terem sofrido quedas; à presença de
piso escorregadio; à banheiro sem piso
antiderrapante; à tapetes e objetos
soltos; ao ambiente pouco iluminado;
ao uso de calçado inadequado. Houve
ainda a presença de alterações
funcionais, como dificuldade de
movimentar braços e pernas; doenças
como a hipertensão e diabetes mellitus
arterial e outros sinais como distúrbio
do sono.
Nível de evidência:
VI
Publicação 12:
Leveille, S. G.; Kiel, D.
P.;
Jones
, R. N.;
Roman
, A.;
Hannan
, M. T.;
Sorond
, F
. A. et al.
The MOBILIZE Boston Study: Design
and methods of a prospective cohort study of novel risk factors for falls in an older population. BMC Geriatrics, v. 8, n. 16,
2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Investigar o
impacto
dos
peri
gos
provocados por problemas
relacionados à dor, hipoperfusão
cerebral e distúrbios de na
população mais velha para a
ocorrência de quedas.
E
studo de coorte prospectivo
com
765
idosos. Entrevista no domicílio e
exames clínicos foram adotados para
coletar informações que compõem o
MBS. Para a análise multivariada,
foram recolhidos fatores de risco e
potenciais fatores de confusão. Análise
dos dados feita mediante realizada
estatística descritiva, análise de
sobrevivência, risco relativo, regressão
de Poisson e binomial negativa.
A idade média dos primeiros 600
participantes do estudo foi 77,9 anos
(dp 5,5) e quase dois terços eram
mulheres. Nesse estudo de coorte,
distribuição de raça foi de 78% brancos
e negros 17%. Os participantes do
estudo apresentaram maiores níveis
educacionais do que idosos na
comunidade em geral (45% e 24%
graduados, respectivamente). O estudo
de coorte apresentou uma alta
Apêndices
Introdução
183
Nível de significância:
0,05.
prevalência de obesidade (26%) e
baixos níveis de atividade física, dos
quais 40% referiram caminhar menos
de 1 milha por semana. Em geral, os
participantes relataram boa a excelente
saúde (85%). Sintomas depressivos
moderados a graves foram pouco
frequentes, relatados por 8% dos
participantes, e 14% relataram ter
muita dificuldade ou incapacidade de
andar 1 / 4 milhas Muitos participantes
(39%) relataram que caiu em pelo
menos uma vez nos 12 meses
anteriores à entrevista inicial, e 17%
relataram uma queda de 2 ou mais
vezes no último ano.
Nível de evidência:
V
I
Publicação 13:
Guima
rães, J. M. N.; Fariinatti, P. de T. Análise descritiva de variáveis teoricamente associadas ao risco de quedas em
mulheres idosas. Rev Bras Med Esporte, Set/Out ,v. 11, n. 5, p. 299-305, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
A
nalisar a rel
ação do
histórico relatado
de quedas em um grupo de sujeitos
com mais de 65 anos de idade,
participantes de um programa de
atividades físicas, com variáveis
apontadas pela literatura como
associadas ao risco desses eventos:
visão, uso de medicamentos, doenças
associadas, flexibilidade, força e
equilíbrio.
Estudo transversal em uma amostra de
30 idosos com a utilização de
questionários aplicados sob a forma de
entrevista (teste de visão e teste de
doenças associadas/uso de
medicamentos); Fleximeter®,
instrumento que determina, em graus,
o nível de amplitude de movimento
articular do indivíduo; teste de ‘sentar e
levantar-se da cadeira contornando
dois cones’.
Os resultados indicaram que a
deterioração da visão, uso simultâneo
de medicamentos (especialmente
diuréticos e psicoativos) e flexibilidade
reduzida (quadril e tornozelos)
parecem associar-se com a frequência
de quedas nos períodos observados.
Nível de evidência: IV
Publicação 14:
Poe, S. S.; Cvach, M. M.; Gartrell, D. G.; Radzik, B. R.; Joy, T. I. An
evidence
-
based approach to fall risk assessment,
prevention, and management lessons learned. J Nurs Care Qual, v.21, n. 2, p. 107-116, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Apresentar uma revisão integrativa
realizada por uma iniciativa acadêmica
de um estabelecimento de saúde.
Revisão integrativa realizada com 65
artigos. As publicações foram
avaliadas mediante um instrumento de
análise estruturada desenvolvido para
orientar o avaliador na documentação
quanto ao tipo de publicação, resumo
de informações apresentados sobre
fatores de alto risco, ferramentas de
avaliação de quedas, estratégias de
prevenção, monitoramento de
procedimentos, programas de
educação para redução da queda e os
resultados dos pacientes relacionados
com intervenções discutidas na
publicação
Sete principais fatores de risco foram
identificados na revisão: idade, história
de queda, a mobilidade, a eliminação,
mudanças de estado mental,
medicação e equipamento utilizado nos
cuidados do paciente. Foram
identificadas 34 estratégias a serem
adotadas pelo Johns Hopkins Hospital
para a prevenção de quedas. A
necessidade de uma educação
permanente e um programa de
treinamento é claro. A educação tem
estimulado um nível de sensibilização
sobre o risco de quedas por parte da
enfermagem. Uma variedade de
obstáculos foram encontrados para
avaliar protocolo implementado em
outras unidades.
Nível de evidência:
V
Publicação 15:
Apêndices
Introdução
184
Úden, G.; Ehnfors, M.; Sjöström, K. Use of initial risk assessment and recording as the main nursing inte
rvention and
identifying risk of falls. Journal of Advanced Nursing, v.29, n.1, p. 145-152, 1999.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Analisar a avaliação de enfermagem
sobre risco de queda, registrados no
momento da admissão de enfermagem
e as intervenções implementadas entre
os pacientes de um departamento de
geriatria de um hospital sueco.
Estudo de
coorte retrospectivo com
332 pacientes admitidos durante um
ano e 47 pacientes admitidos no ano
anterior, mediante amostragem
aleatória estratificada. Foram avaliados
por meio de um instrumento de análise
estruturada desenvolvido em estudos
anteriores pelos próprios
pesquisadores. Análise dos dados feita
mediante estatística descritiva.
N
enhum
registro das avaliações sobre
o risco de quedas dos pacientes ou
intervenções preventivas de
enfermagem foi encontrado nos
arquivos do grupo de controle. O
registro de avaliação de risco de
quedas no grupo de estudo, no
entanto, aumentou para 96%. Somente
as intervenções de enfermagem
implementadas foram encontradas nos
registros dos pacientes, apesar do fato
que o direito sueco torna obrigatória
para a enfermeira registrar o
planejamento e implementação de
cuidados de enfermagem. No grupo de
estudo, havia descrições explícitas de
problemas de interesse para a
enfermagem sobre o risco dos
pacientes de cair em pelo menos um
terço dos registros. Os planos de
assistência de enfermagem foram
raros, e as avaliações não foram
satisfatórias.
As intervenções de enfermagem
consistiam principalmente de
informação ou de educação, promoção
da participação do paciente, e
estruturação do ambiente. Não houve
concordância sobre qualquer padrão
de atendimento do plano.
O registro de quedas foi encontrado
com mais frequência no grupo de
estudo que no grupo controle
(provavelmente devido ao registro mais
cuidadoso), mas a proporção de lesões
em relação às quedas foi maior no
grupo controle.
Nível de evidência:
VI
Publicação 16:
Lange, C.
Acidentes domésticos em idosos com diagnóstico de demência atendidos em um ambulatório de R
ibeirão
Preto, SP. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Descrever os acidentes domésticos
ocorridos com idosos portadores do
diagnóstico de demência, relacionado
estes às suas condições de vida.
Estudo epidemiológico com
110 idosos
demenciados, residentes na zona
urbana de Ribeirão Preto, atendidos
em um ambulatório terciário de um
hospital. Foram avaliados mediante um
instrumento estruturado desenvolvido
pelo próprio pesquisador mediante
entrevista. Dados analisados mediante
estatística descritiva.
Idosos com menor escore no MME
estão mais propensos a sofrer
acidentes domésticos.
A equipe de saúde e a família devem
constantemente realizar avaliação dos
fatores de risco para a ocorrência de
quedas e estabelecer estratégia para a
sua prevenção.
Nível de evidência:
VI
Publicação 17:
Velde, N. van der; Stricker, B. H.; Cammen, T. M. van der.
Risk of falls after withdrawal of fall
-
risk
-
increasing drugs: a
prospective cohort study. British Journal of Clinical Pharmacology, v. 63, n.2, 232–237, 2006.
Apêndices
Introdução
185
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Identificar diferenças na incidência de
quedas após a retirada (interrupção ou
redução da dose)
de drogas como única intervenção em
idosos
Em um estudo de coorte prospectivo
de pacientes geriátricos, foram
incluídos 139 pacientes que
apresentaram uma ou mais quedas no
ano anterior. Foram retiradas, se
possível, as drogas propensoras de
quedas. A incidência de quedas foi
avaliada dentro de 2 meses de follow-
up após um período de 1 mês retirada
da droga. Um ajustamento multivariado
para potenciais fatores de confusão foi
realizado com um modelo de riscos
proporcionais de Cox.
O número total de incidentes de queda
durante o seguimento foi
significativamente menor do que
naqueles que continuaram o
tratamento.
A significativa redução de quedas
durante o seguimento, após a retirada
do medicamento é
clinicamente muito relevante,
principalmente com relação à retirada
de drogas cardiovasculares.
Nível de evidência: IV
Publicação 18:
Sharaf, A. Y.; Ibrahim, H. S. Physical and psychosocial correlates of fear of falling among older adults in assisted living
facilities. Journal of Gerontological Nursing, v. 34, n. 12, p. 27-35, 2008.
Objetivo
Meto
dologia
Resultados e conclusões
Identificar e correlacionar fatores
físicos e psicossociais com o medo de
cair entre idosos que estão com risco
de quedas.
Um desenho transversal foi utilizado
neste estudo. Os participantes foram
recrutados em casas de repouso
governamentais de Alexandria, Egito.
Além disso, duas instalações privadas
em que o árabe é a língua materna
também foram selecionadas.
Os critérios de elegibilidade para a
admissão incluíram a idade de 60 anos
e mais velhos, independentes ou semi-
independentes e serem capaz de
cuidar de si próprios, com ou sem
assistência, e livre de qualquer
deficiência física ou cognitiva, doença
psiquiátrica ou infecção, o que totalizou
238 idosos. Destes, 10 moradores
foram
incluídos no estudo piloto e 20 em
o estudo teste-reteste de confiabilidade
com
um intervalo de 2 semanas entre as
administrações.
Os demais (N = 208) representam a
amostra do estudo (n = 144 a
organizações governamentais e n = 64
a partir de
casa de repouso privativa).
A pontuação méd
ia de medo de cair foi
significativamente elevada entre as
mulheres.
O medo de cair foi
significativamente mais experiente
entre os
adultos mais velhos que tinham outras
enfermidades como osteoartrite,
glaucoma, problemas de visão que
teve uma percepção de saúde ruim
dentre outras.
Quanto à relação entre
experiência de cair e o medo de cair,
verificou-se que mais
da metade dos idosos
tinha uma história prévia de pelo
menos uma queda. Este grupo teve
significativamente maior
medo de cair do que aqueles que não
tinham
sofreram quedas anteriores.
Os resultados revelaram que 48,6%
dos participantes tiveram a
preocupação de moderada a severa
sobre a queda. A análise de regressão
linear múltipla revelou que o uso de um
dispositivo auxiliar para caminhar,
depressão, distúrbios de equilíbrio,
traço de ansiedade, sexo feminino, e
uma história prévia de uma queda ou
quedas foram fatores independentes
associados com medo de cair.
de queda.
Nível de evidência:
VI
Publicação 19:
Vassallo, M.; Vignaraja, R.; Sh
arma, J. C.; Briggs, R. Predictors for falls among hospital inpatients with impaired mobility.
Journal of the Royal Society of Medicine, v. 97, p. 266-269, 2004.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
I
nvestigar a características do paciente
Estudo prospectivo com a participação
As mulheres eram mais propensas
a
Apêndices
Introdução
186
a
ssociadas com uma marcha insegura
e determinar quais as características
predispõe à queda no presente grupo
de pacientes internados no hospital.
de
825 idosos
pacientes internados em
três enfermarias de reabilitação em um
hospital de reabilitação comunitária.
Tratamento estatístico: O teste exato
de Fisher, conforme o caso foi utilizado
para avaliar os dados categóricos,
incluindo o número quedas, quedas
repetitivas, pacientes lesionados. O
teste t de Student foi usado para dados
contínuos. O teste de Mann-Whitney
foi utilizado para comparar o número
total de quedas. A análise de
regressão logística foi realizada para
analisar as características físicas
associadas com uma marcha insegura.
ter uma marcha mais segura
do que os homens.
Pacientes com uma marcha insegura
tem um grande número de
co-morbidades que contribuem para a
sua pouca mobilidade.
Confusão, usar tranquilizante e
deficiência auditiva são
independentemente associados com
uma marcha insegura.
Entretanto, a presença de confusão e
de um anterior
história de quedas identifica os
pacientes com uma marcha insegura
que estão mais em risco. Essas
características são facilmente
identificados na prática de rotina.
Assim, o risco em pacientes com
'marcha insegura, deve permitir uma
abordagem orientada para a
prevenção.
Nível de evidência:
IV
Publicação 20:
Lojudice, D. C.
Quedas de idosos institucionalizados: ocorrência e fatores associados.
Dissertação (Mestrado)
Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resultados e Resultados e conclusões
Estudar a ocorrência em idosos
institucionalizados e identificar os seus
fatores determinantes.
Caracterizar idosos que sofreram
quedas nas instituições assistenciais
do município de Catanduva-SP, no ano
de 2004.
Analisar os fatores determinantes de
quedas referidas pelos idosos,
considerando fatores intrínsecos
(índice de massa corporal, estudo de
saúde, presença de doenças, força de
preensão palmar, acuidade visual e
auditiva, uso de medicamentos,
problemas nos pés, estados do
equilíbrio e marcha, função cognitiva e
presença de depressão) e extrínsecos
(local da ocorrência da queda, tipo de
piso e estado do piso no local do
acidente, tipo do calçado e seu solado
quando usado no momento da queda,
presença de degraus, rampas e
corrimãos no local do evento,
iluminação do ambiente e a presença
de tapetes e ou animais que
dificultavam a passagem).
Estudo transversal
realizado
mediante
um levantamento de dados de 105
indivíduos com idade igual ou superior
a 60 anos, residentes em 4 instituições
asilares do município de Catanduva,
São Paulo. O método utilizado para a
coleta dos dados foi entrevista. Foram
utilizados os instrumentos: GDS
(Escala de Depressão Geriátrica),
MEEM (mini Exame do Estado Mental)
e a escala de Equilíbrio e Marcha de
Tinetti, instrumentos estes destinados
à avaliação dos estados de humor,
cognitivo e equilíbrio e marcha
respectivamente.
Para a análise dos dados foi utilizada
estatística descritiva, teste exato de
Fisher, qui-quadrado mediante pacotes
estatísticos Epi-Info e STATA.
Os achados mostraram que 40% dos
idosos relataram quedas nos últimos 6
meses, e os fatores de risco
considerados significativos foram: sexo
feminino (p=0,035), uso de
medicamentos (p=0,047), visão
deficiente (p=0,029), ausência de
atividade física (p=0,035), presença de
osteoartrose (p=0,000), Depressão
(p=0,034), déficit de força de preensão
palmar (p=0,0165) e distúrbios no
equilíbrio e marcha (p=0,038).
Os resultados apontam para a
necessidade da implementação de
programas de prevenções de quedas
em instituições asilares, através de
intervenção multidisciplinar buscando,
portanto, uma melhoria na qualidade
de vida dessa população.
Nível de evidência:
VI
Publicação 21:
Finkelstein, E. A.; Chen, H.; Prabhu, M.; Trogdon, J. G.; Corso, P.S.
The relationship between obesity and injuries among
U.S. adults. American Journal of Health Promotion. May/June, v. 21, n. 5, p. 460-468.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclus
ões
Apêndices
Introdução
187
Avaliar a
relação entre IMC dos pacientes
tratados clinicamente com prejuízo
nessas taxas para selecionar
os riscos, incluindo a queda global,
MV, e os ferimentos relacionados.
Avaliar a relação entre o IMC e a
natureza da lesão dos
ferimentos que os estudos anteriores
sugerem que são
mais prováveis de ocorrer entre
aqueles com excesso de peso,
incluindo entorse /
tensões, fraturas de membros
inferiores, e
luxações articulares. Avaliar se
aqueles com um IMC maior m
também maior prejuízo nas lesões.
Análise transversal na
população não
institucionalizada dos Estados Unidos.
A amostra final incluiu 42.304 adultos
avaliados quanto a taxas de lesão por
mecanismo, natureza da lesão e
custos do tratamento.
A análise foi feita por regressões
logísticas para estimar separadamente
as chances de uma pessoa com
sobrepeso e três categorias de
pessoas obesas em apresentar
qualquer lesão por mecanismo ou pela
natureza em comparação com aqueles
que estavam com peso normal. Um
segundo conjunto de regressões foi
adotado para verificar os custos de
tratamento nos indivíduos obesos que
apresentaram maior prejuízo pelas
lesões.
Os resultados mostram que o IMC
superior
foi associado com maiores
probabilidades de uma lesão
clinicamente tratada.
As mulheres tiveram menos
probabilidade de sofrer uma lesão ou
prejuízo do que os homens, mas
tiveram maior probabilidade de sofrer
uma lesão na queda.
A probabilidade de sustentar um
ferimento foi
maior entre aqueles com excesso de
peso.
O impacto da
obesidade sobre os custos totais de
lesões
ainda podem ser substanciais devido à
aumento da incidência de lesões entre
os
aqueles com excesso de peso.
Nossos resultados
revelam uma forte associação entre
IMC e a probabilidade de manutenção
de
uma lesão.
Nível de ev
idência:
VI
Publicação 22:
Haran, M.J.; Lord, S. R.; Cameron,I. D.; Ivers, R. Q.; Simpson, J. M.; Lee, B. B. et al.
Preventing falls in older multifocal
glasses wearers by providing single-lens distance glasses: the protocol for the VISIBLE randomised controlled trial. BMC
Geriatrics, v. 9, n. 10, 2009.
Objetivo
Metodologia
Resulatdos e discusses
Determinar se a oferta de
óculos para
longe aos idosos portadores de óculos
multifocais, que são recomendadas
para serem usadas durante
caminhadas e atividades ao ar livre,
podem prevenir quedas.
Protocolo de um Ensaio Clínico
Randomizado Controlado no qual
cerca de 580 idosos que são usuários
regulares de óculos multifocais serão
distribuídos aleatoriamente em
qualquer grupo: grupo de intervenção
(fornecimento de óculos de lente única,
com orientação e aconselhamento
sobre o uso adequado) ou um grupo
controle (grupo de tratamento usual).
A intervenção desse trabalho consiste
em que os usuários de óculos
multifocais usem um par adicional de
uma lente de óculos de distância em
situações de alto risco (como andar em
escadas, em locais desconhecidos e
ao ar livre), para evitar o risco
aumentado de quedas nessa
população.
Nível de evidência:
VI
Publicação 23:
Lord, S. R.; Menz, H. B.; Tiedemann, A. A physio
logical profile approach to falls risk assessment and prevention.
Physical
Therapy, v.83, n.3, p. 237-252, 2003.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Descrever a perspectiva de utilização
de um instrumento de
abordagem do perfil fisiológico para
avaliação do risco e prevenção de
quedas, desenvolvido pelo Falls and
Balance Research Group of the Prince
of Wales Medical Research Institute,
Sydney, Australia.
Perspectiva de especialistas sobre os
fatores de risco para quedas; idade
aumentada, equilíbrio prejudicado,
força muscular reduzida, tempo de
reação diminuído, visão prejudicada.
É reconhecido que
pessoa
s
mais
velhas com diabetes
não têm boa resposta aos testes de
sensação periférica, e reflete a
presença de neuropatia periférica
diabética.
A sensação periférica é um dos
contribuintes mais importantes para a
estabilidade postural em pé.
Acredita-se que a força muscular
Apêndices
Introdução
188
individual não é importante para a
avaliação de risco de queda, mas
também pode ser útil em medidas de
resultados das medidas de prevenção
de quedas.
É possível, também, que a melhora
da força muscular traga melhorias na
percepção, pois se verificou que a
precisão com que as pessoas podem
detectar movimentos do corpo com
base na percepção está relacionada ao
nível de contração muscular.
Nível de evidência:
VII
Publicação 24:
Tzeng, H. M.; Yin, C. Y. Heights of occupied patient beds: a possible risk factor for inpatient falls.
Journal of Clinical
Nursing, v. 17, p. 1503–1509, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e Result
ados e conclusões
Avaliar a altura média dos leitos dos
pacientes da enfermaria de uma clínica
geral e investigar a relação entre o
pessoal que trabalha regulando a
altura das camas dos pacientes, e se
os pacientes estavam em
risco de queda.
Estudo tran
sversal r
ealizado em uma
ala médica de cuidados agudos em um
centro médico em Michigan, no qual
um pesquisador coletou todos os
dados e usou a mesma medida métrica
para todas as medições das 32 camas
ocupadas por pacientes. Análises
univariadas foram realizadas para
avaliar os dados.
Os enfermeiros têm uma tendência
para manter os leitos dos paciente
maior no fim de semana do que
durante a semana, devido o maior
número de visitas e o menor número
de profissionais trabalhando.
A média
de trabalho do pessoal responsável por
regular a altura das camas dos
pacientes na parte da tarde foi maior
do que nas manhãs e noites, após
administração de medicação.
A equipe responsável pela regulação
da altura das camas dos pacientes
teve uma maior atenção, para impedir
possíveis quedas, com os pacientes
que estavam em risco de queda do que
aqueles que não estavam.
Nível de evidência:
VI
Publicação 25:
Gomez, F.; Curcio, C.L. The development of a fear of falling interdisciplinary intervention program.
Clinical Interventio
ns in
Aging, v. 2, n. 4, p. 661-667, 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e Resultados e conclusões
D
escrever o processo de
desenvolvimento de um protocolo para
programa interdisciplinar de
intervenção voltado para o medo de
cair com base nos principais fatores
associados com medo de cair.
Desenvolvimento de um protocolo de
intervenção para o medo de cair. A
construção consistiu da definição da
população-alvo, selecionar os
componentes da avaliação inicial,
construir o programa de intervenção
com base em na avaliação dos fatores
de risco, ressaltando o medo de cair e
a restrição das atividades nesta
população.
A atividade inicial foi estimar a
prevalência do medo de cair entre os
diferentes grupos (negros, indígenas,
rurais e grupos urbanos), na região
produtora de café da Cordilheira dos
Andes.
Após esta etapa, foi feita a busca por
modelos diferentes que melhor
O medo de cair é m
aior em mulheres
do que homens e aumenta esses
valores nos grupos de pessoas mais
velhas.
Descobriu-se que os principais fatores
de risco
para a queda são do sexo feminino, o
aumento da idade, sintomas
depressivos, as limitações funcionais e
também
doenças incluídas, como a diabetes, a
incontinência urinária e
artrite.
Os resultados indicam que é muito
importante selecionar vários modelos
constitutivas sobre a instabilidade e
quedas, a fim para decidir quais os
componentes escolher para um
Apêndices
Introdução
189
atendessem às necessidades da
população.
Em seguida foi realizada a construção
e implementação do protocolo de
intervenção.
programa
de
in
tervenção e antes da
sua aplicação em diferentes contextos.
Através da aplicação de uma
abordagem sistemática, várias
características de medo de cair foram
identificados e estes resultados
forneceram a base para a
implementação de um protocolo de
intervenção.
O melhor modelo para a população
estudada deve integrar elementos do
modelo fisiopatológico biomédico,
elementos de um controle postural do
modelo biomecânico e vários
componentes do modelo cognitivo-
comportamental.
Nível de evidência:
VI
Publicação 26:
Swann, J. Fall prevention is everyone's responsibility.
Nursing
e
Residential Care
, June, v. 10, n. 06, p. 294
-
298, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
D
iscutir
os
diversos fatores
de risco
para quedas e como aumentar a
consciência do risco de cair dentro de
um atendimento domiciliar.
Perspectiva de especialista sobre
fatores de risco para cair como idade
avançada, condições médicas, estado
mental e cognitivo alterados, medo de
cair, medicações, calçados e roupas
inadequadas, instrumentos auxiliares,
fatores ambientais.
Qualquer condição médica que afeta a
mobilidade,
postura, equilíbrio, marcha, função de
membros inferiores,
sensação, visão ou da audição pode
aumentar o
risco de queda.
Se um indivíduo está tomando quatro
ou mais
medicamentos, em particular sedativos
ou para redução da pressão, isso pode
aumentar o risco de cair.
Os fatores extrínsecos, incluindo
calçado,
vestuário e equipamentos do ambiente
podem aumentar a probabilidade de
ocorrer uma queda.
Nível de evidênc
ia:
VII
Publicação 27:
Hignett, S.; Masud, T. A review of environmental hazards associated with in
-
patient falls.
Ergonomics
, v. 49, n. 5
-
6, April
-
May, p. 605-616, 2006.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Observar a epidemiologia de quedas
de pacientes tanto em termos de
frequência como de gravidade, a fim
de comentar sobre o nível de risco
associado.
Perspectiva de especialista sobre
riscos ambientais como a concepção e
utilização da cama, calçado,
pavimentação, iluminação, níveis de
pessoal que realizam o cuidado,
alarmes de cama e instrumentos de
avaliação do paciente.
Constatou
-
se
que as fraturas foram
responsáveis por 40% das mortes
relacionadas a quedas.
A maioria dos doentes em hospitais cai
tipicamente no quarto
quando estão tentando se transferir da
cama ou cadeira.
Pessoas com mais de 65 anos estão
mais propensos a cair devido a fatores
extrínsecos, enquanto que os fatores
intrínsecos são mais importantes entre
os
maiores de 80 anos.
Não
nenhuma evidência que grades de
Apêndices
Introdução
190
cama pr
evinem quedas.
Calçados, pavimentação, iluminação,
alarmes, ferramentas de avaliação do
paciente e níveis de instrução foram
mostrados como tendo associação com
a incidência de quedas.
Nível de evidência:
VI
Publicação 28:
Sánchez, R. L. G.; Fernández
, M. M. R.; Alfonso, M. de J. F.; Milián, J. R. G. Caídas en el anciano. Consideraciones
generales y prevención. Rev Cubana Med Gen Integr, v. 15, n.1, p.98-102. 1999.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Abordar as causas mais freq
u
entes de
ocorrência de quedas em pessoas
idosas e suas prevenções.
Opinião de especialista sobre os
fatores de risco para quedas:
enfermidades crônicas, alterações
visuais, alterações vestibulares,
alterações no sistema locomotor,
mudanças no sistema neurológico,
enfermidades agudas, polifarmácia.
Utilizando medidas para evitar uma
queda, podem-se evitar as suas
consequências.
As medidas mais enfáticas devem ser
voltadas para a prevenção de quedas
acidentais. A adequação do ambiente
deve ser recomendada além de
medidas para a regulação das
atividades ou compensação de
deficiências, tais como o uso de
óculos, andadores, etc. São
recomendados exercícios de
reabilitação para melhorar o tônus
muscular, flexibilidade e agilidade dos
idosos, especialmente após o repouso
na cama, como a reabilitação
psicológica para tentar retornar a
confiança do idoso em si mesmo após
a queda.
Nível de evidência:
VII
Publicação 29:
Ping, K.; McMaster, F. R.; Heng, B. H. The effectiveness of bedrails in preventing falls.
Singapore Nursing
Journal.
October-December, v. 35, n. 4, p.17, 2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Avaliar
a eficácia das grades de camas
restritivas na prevenção de quedas
para determinar se a política de
utilização de grades de cama em
Hospitais de Cingapura deve ser
revista.
Revisão sistemática de artigos sobre
grades de cama como fatores de risco
de quedas. Amostra composta por seis
artigos selecionados mediante critérios
de inclusão e exclusão. Análise
estatística por meio de estatística
descritiva; teste exato de Fisher
utilizado para comparar características
do paciente, a taxa de lesão e
gravidade da lesão entre as quedas de
paciente com e sem uso de grades de
cama restritivas.
Não nenhuma evidência para
mostrar que grades não-restritivas são
mais eficazes que restritivas para
recomendar intervenções alternativas
para prevenção de quedas no
ambiente de cuidados agudos
hospitalares. A política de uso rotineiro
de medidas restritivas para pacientes
com risco de quedas devem ser
revistos.
Talvez seja mais prudente ir ao
encontro da recomendação da JCAHO
na qual “um paciente tem o direito de
ser livre de reclusão / restrições de
qualquer outra forma que não seja
medicamente necessários” e adotar
grades não-restritivas como medida
preferencial na prevenção sobre de
queda da cama.
Nível de evidência:
V
Publicação 30:
Apêndices
Introdução
191
Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler, M. Evidence
-
based protocol fall prevention for older adults.
Journal of Gerontological
Nursing, November, p. 9-14, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resulta
dos e conclusões
Descrever as estratégias
de um
protocolo desenvolvido para identificar
indivíduos sob risco de
queda e para a prevenção de quedas
em idosos, mantendo a autonomia e
independência.
Diretrizes clínicas
da
Gerontological
Nursing Interventions Research Center
para identificar indivíduos sob risco de
queda e para a prevenção de quedas.
Ter uma queda anterior predispõe uma
queda futura.
Os problemas visuais
contribuem para a queda em indivíduo
de risco.
Alterações nos sinais vitais de um
indivíduo (ou seja, temperatura,
frequência respiratória e
ritmo, frequência e ritmo cardíaco,
hipotensão ortostática
pressão arterial), incluindo a
presença de dor, podem indicar uma
doença aguda, lesão ou processo
inflamatório, e isto pode tornar um
idoso mais vulnerável a cair.
Medicamentos antidepressivos podem
aumentar o
risco de queda em idosos.
Equipes de programas educativos são
uma
característica necessária de qualquer
intervenção e prevenção de quedas,
mas não são
suficiente por conta própria para
reduzir as quedas.
Nível de evidência:
I
Publicação 31:
Ozcan, A.; Donat, H.; Gelecek, N.; Ozdirenc, M.; Karadibak, D.
The relationship between risk factors for falling and the
quality of life in older adults. BMC Public Health, v. 5, n. 90, 2005.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Explorar a relação entre a qualidade de
vida e os fatores de risco de quedas
(equilíbrio, mobilidade funcional,
propriocepção, força muscular,
flexibilidade e medo de cair) em
adultos mais velhos.
Pesquisa
transversal em 116
pessoas
com 65 anos ou mais residentes em
um determinado lar de idosos
participaram no estudo. O equilíbrio
(Berg Balance Test), a mobilidade
funcional (Timed Up and Go), a
propriocepção (sensação de posição
articular), a força muscular (costas /
perna dinamômetro), a flexibilidade
(sentar e alcançar) e o medo de cair
(Visual Analogue Scale) foram
avaliados como fatores de risco para
quedas. A qualidade de vida foi medida
pelo Short Form-12 (SF-12).
Foi utilizado o programa SPSS versão
10.0 para análise estatística.
Todos os dados foram apresentados
como médias com desvios (média ±
DP) e intervalos de confiança.
O coeficiente de correlação de
Pearson foi utilizado para analisar a
relação entre os resultados dos
instrumentos de avaliação SF-12, do
equilíbrio, da mobilidade funcional, da
propriocepção, da força muscular, da
flexibilidade e do medo de cair.
A qualidade de vida melhorou com o
aumento da força muscular.
A qualidade de
vida não se altera com o
envelhecimento, mas a idade afeta os
fatores de risco para as quedas.
Estes resultados demonstraram que
mau equilíbrio e mobilidade funcional
foram associados
com uma diminuição da qualidade de
vida.
O medo de cair é um importante
fator de risco para quedas em idosos.
Os fatores de risco para quedas
(equilíbrio, mobilidade funcional, força
muscular e medo de cair) em idosos
estão associados à qualidade de vida,
enquanto que a flexibilidade e a
propriocepção não. Estudos futuros
deverão centrar-se em outros fatores
que afetam a qualidade de vida das
populações mais idosas e investigar o
efeito desses problemas sobre a
qualidade de vida em relação aos
fatores de risco para quedas.
Apêndices
Introdução
192
Nível de significância:
p < 0
,
05
Nível de evidência:
VI
Publicação 32:
Rubenstein, L. Z. Falls in older peo
ple: epidemiology, risk factors and strategies for prevention.
Age and Ageing
, v. 35, p.
ii37-ii41, 2006.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Não mencionado
Revisão de literatura sobre os fatores
de risco para cair: idade, história de
quedas, problemas no equilíbrio e na
marcha, condições ambientais,
hipotensão, tontura, vertigem,
problemas visuais, síncope.
O medo de cair é cada vez mais
reconhecido como um
fator que pode afetar a atividade,
função e condição física
em idosos.
Lesões não intencionais são a quinta
causa
de morte em idosos e as quedas
constituem
dois terços dessas mortes.
As taxas de quedas e suas
complicações são associadas com o
aumento da idade.
A principal causa relatada de quedas é
a vertigem,
que é um sintoma muito comum entre
pessoas mais velhas.
Nível de evidência:
VII
Publicação 33:
Decesaro, M. da N.; Padilha, K. G. Iatrogenia na assistência de enfermagem durante internação em UTI: queda de
pacientes. Revista Ciência, Cuidado e Saúde, v. 1, n. 1, p. 159-162, 2002.
Objetivo
Metodologia
Resultados e Resultados e conclusões
Explorar e descrever as
ocorrências
adversas ou iatrogênicas relacionadas
com a queda de pacientes durante o
período de internação em UTI.
Utilizou
-
se a
abordagem qualitativa,
tendo a Técnica do Incidente Crítico
(TIC) como norteadora dos
procedimentos metodológicos.
Amostra constituída por 91
profissionais de enfermagem.
Para a coleta dos dados utilizou-se a
entrevista, que tinha um roteiro semi-
estruturado com uma pergunta aberta,
na qual era solicitado ao entrevistado
que relatasse um ou mais casos
referentes à queda de pacientes
durante o período de internação em
UTI, não importando o tempo e a
instituição em que o fato havia
ocorrido.
A análise dos dados foi feita por
análise das categorias das falas.
A queda do leito foi predominante, e
com menor frequência ocorreu a queda
da cadeira, da própria altura, do vaso
sanitário e da maca.
Das manifestações afetivas relatadas
pelos profissionais em decorrência da
queda do paciente, verificou-se
principalmente o descontrole
emocional imediato e os sentimentos
pessoais negativos, tais como sentir-se
culpado, impotente, indignado,
negligente, etc. Observou-se também a
preocupação com as consequências
para o paciente, o funcionário e a
família.
Os resultados obtidos ressaltam a
importância da adoção de medidas
preventivas para tais eventos, tanto no
que se refere à capacitação e
treinamento dos profissionais como na
adequação da infra-estrutura da
unidade, com vistas a uma assistência
de enfermagem com qualidade.
Nível de evidência:
VI
Publicação 34:
Swann, J. V
isual impairments: environmental
considerations.
Nursing
e
Residential Care
, February, v. 10, n. 2, p.90
-
92,
2008.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Fornece
r orientações
práticas
para
Opinião de especialista sobre os
Problemas de baixa visão ou
Apêndices
Introdução
193
facilitar
a
gestão do ambiente
físico
por
parte de residentes com problemas
visuais, equipe de cuidados e
visitantes.
problemas visuais que podem causar
quedas.
deficiência
visual podem s
er
minimizados mediante avaliação
ambiental.
Um contraste de cores e dos móveis
pode melhorar a visualização das
características fundamentais de
objetos para pessoas com baixa visão.
Esse contraste pode ser fornecido pelo
tom ou cor.
Quando reestruturar um lar para
idosos, uma iluminação
clara deve ser preferida. Quartos
claros, arejados com janelas ao invés
de
luz artificial pode melhorar a visão, mas
o brilho
deve ser evitado.
Os corredores devem ser bem
definidos, contrastando com
as bordas para demarcar as margens e
etapas.
Nível de evidência:
VII
Publicação 35:
Parry, S.W.; Galloway, S. R.; Kenny, R. A. Bond, J. Falls and confidence related quality of life outcome measures in an older
British cohort. Postgrad Med J, v. 77, p.103–108, 2001.
Objet
ivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Modificar a
s escalas
FES e ABC sem
alterar a sua estrutura psicológica
inerente
para ser aplicada no Reino Unido.
Avaliar a aceitabilidade, consistência
interna e confiabilidade por teste-
reteste das escalas
FES (FES-UK) e ABC (ABC-UK).
Analisar o desempenho relativo às
duas escalas em relação à idade dos
sujeitos e
histórico de quedas e lesões.
Estudo de coorte prospectivo,
realizado em 193 participantes
selecionados por randomização e
divididos em dois grupos: pacientes em
tratamento, ambulatoriais, novos ou de
retorno (n = 119; 62%); seus amigos e
parentes ("visitantes", n = 74; 38%).
Ambos os grupos foram avaliados
mediante as duas escalas: Falls
Efficacy Scale (FES) e Activities-
specific Balance Confidence Scale
(ABC).
A consistência interna foi avaliada pelo
alfa de Cronbach.
O coeficiente de correlação interna foi
determinado
a partir de uma análise de variância. O
desempenho relativo
às duas escalas foi
avaliado por meio da análise dos
resultados do teste t para amostras
independentes.
Pessoas que caíram tinham uma
pior qualidade de vida do que os que
não caíram.
As outras duas comparações
(indivíduos com fratura
contra os pacientes sem e com idade>
60
ano contra aqueles com idade <60
anos) as estatísticas t
correspondente ao ABC-escala do
Reino Unido foram
maior do que os correspondentes à
FESUK.
O ABC-Reino Unido e da FES-Reino
Unido são, portanto,
medidas confiáveis e válidas para a
avaliação
de quedas e equilíbrio e autoconfiança
relacionados a quedas em idosos.
Nível de evidência:
IV
Publicação 36:
Swann, J. Reducing the risk of faiis: part two.
Nursing
e
Residential Care
, April, v. 9, n. 4, p.170
-
172, 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Examinar os fatores ambientais e
os
problemas de mobilidade que podem
contribuir para uma queda.
Opinião de especialista sobre
riscos
ambientais e problemas de mobilidade
propensores de quedas.
Todos os tapetes soltos devem ser
removidos, particularmente no quarto
de um residente.
Rampas, níveis diferentes de superfície
e degraus devem
ser evitado.
Apêndices
Introdução
194
Boa iluminação, incluindo iluminação
durante a execução de tarefas, é
essencial.
Assegurar que os corrimãos são
estrategicamente posicionados para
prestar assistência
quando subir e também proporcionar
estabilidade quando
em pé.
A prevenção de quedas dentro de casa
pode
ser parte de uma sessão de atividades
educativas e os moradores podem ser
encorajados a serem mais conscientes
dos
riscos ambientais.
Enfrentar os problemas de mobilidade
e riscos ambientais pode prevenir
quedas.
Nível de evidência:
VII
Publicação 37:
Swann, J. Reducing the risk of falls:
Part one.
Nursing
e
Residential Care
, v. 9, n.
3, p. 120
-
2. 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
O
bservar
os impacto
s da queda,
avaliar os riscos e alguns fatores
clínicos que aumentam o risco de
uma queda.
Opinião de especialista acerca dos
riscos ambientais para a ocorrência de
quedas.
Os fatores
clínicos
que influenciam
na
ocorrência de quedas são idade,
doenças e medicamentos. Algumas
condições com doença de Parkinson,
artrite, hipotensão, doença coronariana
e dor no pescoço e nas costas podem
alterar o equilíbrio e
consequentemente ocasionar uma
queda.
Nível de evidência:
VII
Publicação 38:
Nazarko, L. Falls pre
vention.
Nursing
e
Residential Care
, v.
8
, n.
11, p. 498
-
502. 2006.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Explica
r
como serviços
especializado
s
podem ajudar a reduzir o risco de
quedas em residentes.
Estudo de caso e revisão de literatura
referente aos seguintes fatores de
risco para quedas: idade avançada,
problemas de equilíbrio, marcha e
mobilidade, prejuízos visuais, prejuízos
cognitivos, incontinência e perigos
pessoais
O processo de avaliação leva entre
uma hora e uma hora e meia. Cada
pessoa tem uma história de quedas
diferente, uma avaliação física é
realizada além da avaliação dos
calçados dos mecanismos de ajuda
para caminhar. A avaliação tem como
objetivo identificar fatores de risco, e
quando não é possível modificar os
fatores de risco, estratégias de
minimização de danos são utilizadas.
Os principais fatores de risco podem
ser divididos em oito categorias:
• Deterioração relacionada à idade
•Problemas no equilíbrio, mobilidade e
marcha
• Deficiência visual
• Disfunção Cognitiva
• Desmaios
• Incontinência
• Riscos Pessoais
Se um indivíduo permanece com alto
Apêndices
Introdução
195
risco de queda
,
protetores de quadril
podem ser usados para reduzir o risco
fratura. Protetores de quadril são
protetores de plástico ou almofadas,
colocados em torno dos quadris e são
incorporados especialmente colocados
dentro ou projetados no interior das
roupas.
Nível de evidência:
VII
Publicação 39:
Lord
,
S
.
R. Visual risk factors for falls in older people
.
Age and Ageing
, v.
35
, n.
S2
,
ii42–ii45
, 2006.
Objetivo
Metodolo
gia
Resultados e conclusões
Examinar o
papel
d
a visão
na
manutenção do equilíbrio, verificar
quais deficiências visuais predispõe
idosos a quedas, identificar os efeitos
de óculos inadequados sobre a visão e
as quedas e verificar a eficácia de
intervenções de melhoria visual para
prevenção de quedas
Revisão de literatura concernente aos
fatores de risco para quedas: idade
avançada, problemas de equilíbrio,
marcha e mobilidade, prejuízos visuais,
prejuízos cognitivos, incontinência e
perigos pessoais.
A v
is
ão
tem
uma contribuição
importante para o equilíbrio, e a
deficiência visual é um expressivo fator
de risco independente para quedas e
fraturas em pessoas idosas. Quando
capacidade reduzida de detectar
perigos, diferenças de contraste,
dificuldade de avaliar distâncias e
perceber as relações espaciais, um
maior risco de quedas.
Óculos multifocais podem aumentar os
riscos de quedas porque em pessoas
mais velhas, lentes para perto podem
prejudicar a visão à distância, a
sensibilidade ao contraste e a
percepção de profundidade quando
redução do campo visual, reduzindo a
sua capacidade de detectar riscos
ambientais.
evidências de que a cirurgia de
catarata é uma estratégia eficaz para a
prevenção de quedas.
Nível de evidência:
VII
Publicação 40:
Koepsell, T. D.; Wolf, M. E.; Buchner, D. M.
;
Kukull, W. A.
;
LaCroix, A. Z.
;
Tencer, A. F.
et al.
Footwear Style and Risk of
Falls in Older Adults. American Geriatrics Society, v. 52, p. 1495-1501, 2004.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Det
erminar o risco de queda
relacionado ao estilo de sapato usado
pelos idosos.
Estudo de caso
-
controle, no qual
1.371
idosos foram monitorados ao longo de
um período de dois anos Durante a
pesquisa, 327 casos de queda foram
comparados com 327 controles,
pareados na idade e sexo. Um exame
padronizado aplicado em cada
participante antes da ocorrência de
queda, uma entrevista sobre os fatores
de risco após a queda, e exame direto
do calçado foram conduzidos.
Perguntas para os participantes do
grupo controle referentes ao último
período em que exerceu uma atividade
muito semelhante ao que os do grupo
caso estavam fazendo no momento da
queda.
Todas as análises foram
realizadas no programa Stata 7.0
(Stata Corporation, College Station,
Contrariamente aos achados
de
estudos de laboratório de marcha os
tênis foram associados com
relativamente baixo risco de queda em
idosos durante as atividades diárias. O
risco de quedas foi significativamente
maior quando os participantes não
usavam sapatos.
Em resumo, este estudo encontrou que
o risco de queda em idosos variou
significativamente em relação ao estilo
de calçado. Estas informações podem
fornecer orientações úteis para idosos
no momento de decidir que tipos de
sapatos devem comprar e usar. Os
resultados sugerem também que a
educação em saúde sobre os estilos
de calçados associados com baixo
risco de queda pode ser um
Apêndices
Introdução
196
TX).
Para as análises principais, foram
utilizadas Odds Ratio (OR), Intervalo
de Confiança de 95% (IC) foram
obtidos a partir de regressão logística
condicional.
componente útil
aos
programas
de
intervenção idealizados para ajudar a
prevenir quedas.
Nível de evidência:
IV
Publicação 41:
Hoffman, S. B.; Powell
-
Cope, G.; MacClellan, L.; Bero, K. A Bed safety project for frail older adults. Journal of
Gerontological Nursing, November, p. 34-42, 2003.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
O objetivo é
a
sensibilização
sobre
os
perigos do sistema de cama hospitalar,
educar cuidadores e familiares sobre
os problemas associados ao uso
grades de cama, e desenvolver novas
normas de fabricação para sistema de
cama hospitalar (cama por exemplo,
trilhos, colchões, aparelhos de
transferência, grades da cama).
Pesquisa transversal realizada em
180
leitos de cuidado de longo prazo
juntamente com seus ocupantes e
familiares sobre as condições da cama
hospitalar. A intervenção
implementada foi a sensibilização
sobre os perigos do sistema de cama
hospitalar, educação de cuidadores e
familiares sobre os problemas
associados ao uso grades de cama. A
avaliação das condições da cama foi
realizada mediante o BedSAFE
Checklist. Estatística descritiva e teste
qui-quadrado foram usados para a
análise dos dados.
A redução
do uso de grades
na cama
em cuidados de longa duração foi
obtida pela interdisciplinaridade e
participação de pacientes e famílias, a
cuidadosa avaliação do paciente, e a
busca por alternativas para a
correspondência das necessidades
específicas de cada residente e sua
segurança.
Resultados vêm reforçar a ideia de que
o pessoal de enfermagem não pode
simplesmente tirar os trilhos sem
proporcionar uma infra-estrutura no
local, incluindo recursos, alternativas e
equipamentos.
Como em qualquer iniciativa de
segurança do paciente, todos devem
estar conscientes de que qualquer
mudança positiva pode resultar em um
risco indesejado nas outras áreas.
Nível de evidência:
VI
Publicação 42:
Nazarko, L. The impact of medication on falls.
Nursing
e
Residential Care
, v.9, n.5, 208
-
11, 2007.
Objetivo
Metodologia
Resultados e conclusões
Fornece
r
informações so
bre
medicações propensoras de quedas
para a redução de lesões potenciais.
Revisão de literatura sobre
medicamentos propensores de
quedas.
As mudanças inerentes ao
envelhecimento incluem uma maior
sensibilidade aos benefícios e riscos
de medicamentos. Pessoas mais
velhas muitas vezes conseguem
responder a doses mais baixas de
medicamentos do que pessoas mais
jovens. A prescrição deve visar a
maximização da qualidade da vida do
idoso e minimizar o risco de danos.
A medicação deve ser revista
periodicamente dever ser interrompida
se houver impactos ou se não é mais
necessária.
As pessoas mais velhas que estão
utilizando menos de quatro
medicamentos devem receber revisão
da prescrição a cada ano. Pessoas que
estão tomando quatro ou mais
medicamentos receber revisão da
prescrição a cada seis meses.
Nível de evidência:
VII
Apêndices
Introdução
197
APÊNDICE C- Instrumento de avaliação das publicações componentes da Revisão
Integrativa, adaptado a partir do instrumento desenvolvido por Silveira (2005).
1. Identificação
Título do estudo
:
Título do periódico:
Autores
Nome:
Local de trabalho:
Graduação:
País
Idioma
Ano de publicação
Área
2. Instituição sede do estudo
Hospital
Universidade
Centro de pesquisa
Instituição única
Pesquisa multicêntrica
Outras instituições
Não identifica o local
3. Tipo de revista científica
Publicação de enfermagem geral
Publicação em reabilitação ou segurança do paciente
Publicação de enfermagem de outra especialidade
Publicação médica
Publica
ção de outras áreas da saúde
4. Características metodológicas do estudo
Tipo de publicação
Palavras
-
chave:
Pesquisa:
Abordagem quantitativa
Delineamento experimental
Delineamento quase-experimental
Delineamento não-experimental
Aborda
gem qualitativa
Não pesquisa
Revisão de literatura
Revisão da literatura (narrativa)
Relato de experiência
Outras Qual?________________________
Objetivo ou questão de investigação
Amostra
Seleção:
Randômica
Conveniência
Outra _________________
Tamanho (n):
Inicial
Final
Características: Idade ___________
Sexo M____ F______
Raça: ____________
Diagnóstico:
Apêndices
Introdução
198
Fatores de risco para quedas:
Critérios de inclusão: _______________________
Critérios de exclusão: _______________________
Tratamento dos dados
Intervenções realizadas
Intervenção: SIM
NÃO
Padrão:
Experimental:
Grupo controle: SIM NÃO
Instrumento de medida: SIM
NÃO
Duração do estudo:
Métodos empregados para mensuração:
Resultados
Análise
Implicaçõ
es
As conclusões são justificadas com bases nos resultados: SIM
NÃO
Quais são as recomendações dos autores:
Classificação do estudo
Nível I
Revisão sistemática de todos os ensaios clínicos
randominzados relevantes
Meta-análise de de todos os ensaios clínicos
randominzados relevantes
Diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de
ensaios clínicos randomizados controlados
Nível II
Ensaio clínico randomizado controlado bem delineado
Nível III
Ensaio clínico bem delineado sem randomização
Nível IV
Estudo de coorte bem delineado
Estudo caso-controle bem delineado
Nível V
Revisão sistemática de estudos descritivos
Revisão sistemática de estudos qualitativos
Nível VI
Estudo descritivo
Estudo qualitativo
Nível VII
Opiniões de autoridades
Relatório de comitê de especialistas
Nível de evidência
5. Avaliação do rigor metodológico
Clareza na identificação da trajetória metodológica no
texto (método empregado, sujeitos participantes, critérios
de inclusão/ exclusão, intervenção, resultados)
Identificação de limitações ou viéses
Apêndices
Introdução
199
APÊNDICE D- Quadros dos artigos referentes Antecedentes de quedas
ANTECEDENTES
REFERÊNCIA
BASE
As quedas podem ocorrer como resultado de
um tropeço ou deslizamento durante as
atividades da vida diária. Podem ocorrer como
resultado de um tropeço ou deslizamento
durante as atividades normais como caminhar
e pode ser atribuído a riscos ambientais
Huang, H.C.; Gau, M.L.; Lin, W.C.; Kernohan, G.
Assessing Risk of Falling in Older Adults. Public Health
Nursing, v. 20, n. 5, p. 399–411.
Cinahl
Muitas quedas são experienciadas por
pessoas mais velhas como resultado da
deterioração do equilíbrio e dos sistemas
neuromusculares relacionada à idade.
Menant, J.C.; Steele, J.R.; Menz, H.B.;
Munro, B.J. Lord,
S.R. Optimizing footwear for older people at risk of falls.
JRRD, v. 45, n. 8, p. 1167–1182, 2008.
Cinahl
Alguns dos fatores de risco consistentes para
a ocorrência de quedas de acordo com as
revisões sistemáticas incluem história queda,
instabilidade de marcha, mobilidade
prejudicada, incontinência urinária,
necessidades sanitárias especiais, prejuízos
do estado mental, agitação e confusão,
prescrição de medicamentos com efeitos
secundários propensores de queda.
Mertens, E. I.; Halfens,
R. J.G.; Dassen, T. Using the
Care Dependency Scale for fall risk screening. Journal
of Advanced Nursing, v.58, n.6, p.594–601, 2007. doi:
10.1111/j.1365-2648.2007.04265.x
Cinahl
A desregulação da altura da cama do paciente
em enfermarias de cuidados agudos pode
causar quedas além de contribuir para a
gravidade da queda e lesões associadas. Os
fatores de risco intrínseco incluem visão
reduzida, marcha instável, o déficit do sistema
músculo-esquelético, déficit de estados
mental, doença aguda, doença crônica, entre
outros. Os fatores extrínsecos presentes no
ambiente da enfermaria contemplam os
medicamentos, a altura da cama, as grades
da cama, a falta de equipamentos de apoio
em banheiras e banheiros, condição da
superfície do solo, iluminação deficiente,
inadequados dispositivos de apoio.
Em resumo, as camas, como equipamentos
hospitalares nos quais os pacientes passam a
maior parte de sua internação, constituem um
fator de risco extrínseco para quedas que os
administradores do hospital podem estar
negligenciando.
Tzeng, H. M.; Yin, C. Y. Heights of occupied patient beds:
a possible risk factor for inpatient falls. Journal of
Clinical Nursing, v. 17, p. 1503–1509, 2008.
Cinahl
Há muitos fatores de risco intrínsecos para
quedas que envolvem: idade, condições
médicas (problemas ortopédicos, condições
neurológicas, osteoporose, problemas visuais,
prejuízos à audição, hipotensão postural),
disfunções cognitivas, problemas na saúde
mental e medicação. Quanto aos vários
fatores de risco extrínsecos, incluem-se os
calçados, as vestimentas, condições de
aparelhos e do meio ambiente.
Swann, J. Fall prevention is everyone's responsibility.
Nursing e Residential Care, June, v. 10, n. 06, p. 294-
298, 2008.
Ci
nahl
-
As características de pacientes hospitalares
propensos a quedas incluem fraqueza,
tontura, insônia, mobilidade alterada,
confusão, depressão, histórico de abuso de
substâncias, tempo de internação, falta de
exercício e incontinência.
-O uso de mais de três ou quatro remédios por
Lyons, S. S.; Adams, S.; Titler, M. Eviden
ce
-
based
protocol fall prevention for older adults. Journal of
Gerontological Nursing, November, p. 9-14, 2005.
Cinahl
Apêndices
Introdução
200
dia é também associado com um ri
sco
aumentado de quedas.
-O medo de cair e a história de quedas
anteriores podem ajudar a determinar um
indivíduo potencial para quedas adicionais.
-A presença de dor indicativa de uma doença
aguda, lesão ou processo inflamatório pode
tornar o paciente mais vulnerável a cair.
-As condições cardiovasculares estão
frequentemente presentes em pacientes que
sofrem uma queda. A história da doença
cardíaca, os sintomas de doenças
cardiovasculares e doenças (por exemplo,
arritmias, valvulopatias, infarto do miocárdio,
síncope, desmaio e sopros) figuram-se como
importantes fatores de risco. Além disso, o
uso atual de diuréticos, antiarrítmicos, e
glicosídeos cardíacos / digoxina também
compõem estes fatores predisponentes.
Envelhecimento, condições médicas e
medicação muitas vezes são considerados os
principais motivos para uma queda. Além
desses, os riscos ambientais e os fatores de
mobilidade são frequentemente apontados
como causa de uma queda.
-Meio Ambiente: limitações de espaço,
superfície desigual, pisos escorregadios ou
instáveis, tapetes soltos, variações nos níveis
de piso, condições extremas de calor ou frio,
umidade excessiva, iluminação deficiente,
ventilação insuficiente.
-Roupas que restringem o movimento.
-Rampas, escadas e degraus devem ser
evitados.
-Corredores longos e com déficit de
corrimãos.
-Banheiros e dormitórios sem barras de
seguranças adequadas
-Calçados com solado desgastado,
escorregadio, com salto alto e estreito,
chinelos, sandálias e solados muito altos
devem ser evitados
-Rotina pobre em exercício ou atividade física.
-Equilíbrio prejudicado.
-Mecanismos auxiliares inapropriados e
desgastados.
Swann, J. Reducing the risk of faiis: part two.
Nursing
e
Residential Care, April, v. 9, n. 4, p.170-172, 2007.
Cinahl
E
lementos distintos podem causar uma
queda; muitos são potencialmente
modificáveis, incluindo o equilíbrio
prejudicado, fraqueza muscular, medicação e
os riscos ambientais.
Queda no mês passado
Queda nos últimos 1-6 meses
Tontura / vertigem
Uso de contenção
Os medicamentos ansiolíticos (usado para
aliviar a ansiedade e reduzir a tensão e
irritabilidade) e os antidepressivos.
-A visão deficiente pode causar tropeções e
Swann, J. Reducing the risk of falls: part one.
Nursing
e
Residential Care, March, v. 9, n. 3, p.120-122, 2007.
Cinahl
Apêndices
Introdução
201
quedas e por isso, verificações regulares de
olho são essenciais.
-A dificuldade em dormir pode originar
caminhadas noturnas errantes e consequente
cansaço produzido pela insônia, podendo
resultar em posterior sonolência e reações
involuntárias além de fazer movimentos mais
perigosos.
-Idas frequentes do paciente ao banheiro
especialmente à noite aumentam o risco de
cair.
-
História de quedas
-Baixo peso corporal
-A literatura tem mostrado que as grades da
cama podem causar um prejuízo significativo
por quedas e morte.
Hoffman, S. B.; Powell
-
Cope, G.; MacClellan, L.; Bero, K.
A Bed safety project for frail older adults. Journal of
Gerontological Nursing, November, p. 34-42, 2003.
Cinahl
-
Comumente, as quedas
acontecem com os
idosos devido a alterações decorrentes do
próprio envelhecimento como instabilidade
postural, marcha arrastada, passos curtos
com pernas separadas, diminuição dos
reflexos, dificultando os movimentos
instantâneos, além de alterações visuais e
auditivas.
-Há ainda, o desenvolvimento de condições
patológicas, destacando-se entre elas a
hipotensão postural, problemas cardíacos e
lesões do sistema nervoso central que
também agem como fatores de risco para a
ocorrência de quedas.
Marin
,
M
.
J
.
S
.; Amaral,
F
.
S
.;
Martins
,
I
.
B
.;
Bertassi
,
V
.
C
.
Identificando os fatores relacionados ao diagnóstico de
enfermagem “Risco de Quedasentre idosos. Rev Bras
Enferm, Set/Out, v. 57, n. 5, p. 560-4, 2004.
Lilacs
-
No tocante às doenças
tidas como
diretamente associadas às quedas, a maior
prevalência foi para as doenças
osteomioarticulares. As doenças
cardiovasculares e neurológicas
predominaram entre aquelas indiretamente
associadas às quedas.
-A acuidade visual pareceu associar-se à
quantidade de quedas, tanto no último ano
quanto após os 65 anos de idade.
Guimarães, J. M. N.; Fariinatti, P. de T.
Análise descritiva
de variáveis teoricamente associadas ao risco de quedas
em mulheres idosas. Rev Bras Med Esporte, Set/Out ,v.
11, n. 5, p. 299-305, 2005.
Lilacs
-
Doença
s c
rônica
s: d
oença Parkinson, a
demência, e acidentes vasculares encefálicos.
- Distúrbios visuais: catarata, retinopatia,
glaucoma, e assim por diante.
- O sistema vestibular: perda de equilíbrio
relacionada com a idade, pode
ocorrer como resultado da osteoporose assim
como também pode ocorrer por trauma,
infecções do ouvido e do consumo de drogas
como furosemida, aspirina, aminoglicosídeos,
e assim por diante.
- Sistema locomotor: distúrbios
osteomusculares ligados direta ou
indiretamente com a idade, bem como
problemas de (hallux valgus, calos e
deformidades) podem ser outra causa do
distúrbio do equilíbrio
e marcha, levando assim a quedas.
- Sistema Neurológico: mudanças estruturais
no córtex cerebral, quer seja distúrbios
Sánchez, R. L. G.; Fernández, M. M. R.; Alfonso, M. de J.
F.; Milián, J. R. G. Caídas en el anciano.
Consideraciones generales y prevención.
Rev Cubana
Med Gen Integr, v. 15, n.1, p.98-102.
Lilacs
Apêndices
Introdução
202
vasculares ou degenerativo
s do trato
piramidal, extrapiramidais ou cerebelar, são
causas importantes instabilidade da marcha.
- Doença Aguda: as doenças infecciosas e
algumas doenças e a exacerbação de
algumas crônicas, tais como insuficiência
cardíaca, podem precipitar quedas.
- Polifarmácia
- O uso incorreto de medicamentos
-Os fatores extrínsecos são a causa de 77%
das quedas, como derivadas da existência de
tapetes, excesso de espelhos, pijamas de
calças largas, animais, pisos muito polidos,
escadas, cadeiras e mesas muito baixas, etc)
-
As alterações estruturais e funcionais do
sistema cardiovascular no envelhecimento
não predispõe a Fibrilação Atrial como
também podem reduzir a capacidade de
tolerância hemodinâmica à arritmia, podendo
levar a síncope e queda.
-A hipovolemia, isquemia ou disfunção
diástólica podem levar a uma redução do
débito cardíaco exacerbada pela combinação
da perda da capacidade da contribuição do
enchimento atrial e frequência cardíaca
elevada com diminuição do enchimento
ventricular. A redução do débito cardíaco em
si, pode levar a um baixo fluxo cerebral, sendo
esse um mecanismo secundário de dano
cerebral e de declínio cognitivo, que também
são fatores de risco de queda.
-O uso de amiodarona, de anticonvulsivantes,
benzodiazepínicos e a polifarmácia (uso de
quatro ou mais medicamentos) apresentou
relação significante com a ocorrência de
quedas.
-Houve relação significante entre a ocorrência
de quedas e Insuficiência Cardíaca
Congestiva classe funcional III e diabete
melito.
-Houve relação significante entre a baixa
satisfação, percepção de baixa qualidade de
vida, dificuldades visuais, dificuldade de
audição em ambientes ruidosos,
autopercepção de inutilidade, dificuldade de
tomar banho sozinho e dificuldade de ir ao
banheiro a tempo com quedas.
-Ambientais: tapetes, falta de corrimão, falta
de suporte nos banheiros, iluminação
deficiente, calçados inadequados, escada
inseguras.
-Nutricionais: déficit de vitamina D e cálcio
-Sedentarismo
Santos, A. C. S. dos.
Valor dos instrumentos de
avaliação de risco de quedas em idosos com
fibrilação atrial. Tese (Doutorado) – Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2007.
Dedalus
-
Fatores intrínsecos: diminuição da acuidade
auditiva e visual, polifarmácia, alterações no
equilíbrio, na estabilidade postural, presença
de comorbidades, incontinência urinária,
urgência.
-Entre os fatores extrínsecos, destacam-se
iluminação adequada, pisos irregulares ou
Telles, A. C. M.
Prevalência, incidência, fatores
preditivos e impacto das quedas entre pessoas
idosas no município de São Paulo: uma análise
longitudinal. Tese (Doutorado) Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2008.
Dedalus
Apêndices
Introdução
203
escorregadios, obstáculos no caminho
(móveis, fios), tapetes soltos, ausência de
barras de apoio em banheiros, ausência de
corrimãos em escadas, roupas muito longas,
calçados inadequados, uso inadequado de
tecnologia assistiva (andador, bengala ou
cadeiras rodas).
-Causas cardiovasculares para quedas: as
desordens cardiovasculares são responsáveis
por 77% da procura pelos serviços de
emergência com histórico de quedas
inexplicáveis, recorrentes e associadas à
perda de consciência inexplicável.
-
Problemas no equilíbrio, na marcha, na
audição, na visão constituem importantes
fatores de risco para quedas.
Vassallo, M.; Vignaraja, R.; Sharma, J. C.; Briggs, R.
Predictors for falls among hospital inpatients with
impaired mobility. Journal of the Royal Society of
Medicine, v. 97, p. 266-269, 2004.
Pubmed
-
evidências de que
ó
culos multifocais
podem danificar a visão, impedindo visualizar
obstáculos e aumentar o risco de quedas.
Haran, M.J.; Lord, S. R.; Cameron,I. D.; Ivers, R. Q.;
Simpson, J. M.; Lee, B. B. et al.
Preventing falls in older
multifocal glasses wearers by providing single-lens
distance glasses: the protocol for the VISIBLE
randomised controlled trial. BMC Geriatrics, v. 9, n. 10,
2009.
Pubmed
-
(Antecedentes do medo de cair)
F
atores
associados com medo de cair incluem a idade
avançada, sexo feminino, passado histórico
de queda, a história da queda com lesões
relacionadas, fragilidade, marcha ou
deficiências de equilíbrio, desempenho físico
lento, déficit na execução das atividades de
vida diária (AVD), uso de psicotrópicos, baixa
autoeficácia relacionados às quedas, dois ou
mais diagnósticos de condições crônicas,
vertigem crônica, problemas visuais, perda
recente de peso> 5 £ (2,27 kg), humor
depressivo, a autopercepção ruim da saúde, a
participação restrita em atividades sociais,
diminuição da qualidade de vida, diminuição
da mobilidade e a institucionalização.
Gomez, F.; Curcio, C.L. The development of a fear of
falling interdisciplinary intervention program. Clinical
Interventions in Aging, v. 2, n. 4, p. 661-667, 2007.
Pubmed
C
om base em uma revisão da literat
ura
disponível atualmente, os fatores de risco de
quedas incluem a idade avançada, número de
doenças crônicas, composição corporal frágil,
força muscular deficiente, mobilidade
prejudicada, equilíbrio prejudicado.
Ozcan,
A.;
Donat
, H.;
Gelecek
, N.;
Ozdiren
c
, M.;
Karadibak, D.
The relationship between risk factors for
falling and the quality of life in older adults. BMC Public
Health, v. 5, n. 90, 2005.
Pubmed
-
A idade avançada e o
descondicionamento
físico agravam mais ainda o risco de cair.
-O medo de cair, contribui para o
descondicionamento, fraqueza e marcha
anormal e em longo prazo, pode aumentar
severamente o risco de quedas.
-Os riscos ambientais nas casas ou
instituições deveriam ser eliminados e, assim,
muitas quedas poderiam ser evitadas.
-Marcha / distúrbios de equilíbrio ou fraqueza
-Tontura / vertigem
-Confusão
-Hipotensão postural
-Distúrbio visual
-Síncope
Rubenstein, L. Z. Falls in older people: epidemiology, risk
factors and strategies for prevention.
Age and Ageing, v.
35, p. ii37-ii41, 2006.
Pubmed
Apêndices
Introdução
204
-
O
utros fatores de risco que predispõem a
queda incluem os déficits visuais e auditivos,
além de hemiparesia, ataxia, fraqueza
persistente ou deformidades articulares
-Tapetes soltos ou desgastados, cabos de
equipamentos elétricos soltos, móveis
instáveis são alguns dos riscos ambientais.
Apêndices
Introdução
205
APÊNDICE E- Carta-convite para participação no estudo
(Etapa 2-Validação por especialistas- 1
a
parte)
Carta
CartaCarta
Carta-
--
-Convite
ConviteConvite
Convite
Prezada Colega Enfermeira,
Meu nome é Allyne Fortes Vitor. Sou aluna do Doutorado do Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará e estou
desenvolvendo um projeto de pesquisa intitulado “Revisão do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas” sob a orientação da Prof.ª
Dr.ª Thelma Leite de Araujo.
Solicitamos, por meio deste, sua colaboração no estudo na qualidade de
especialista em linguagem da sistematização da assistência e/ou acidentes por
quedas. Sua participação envolverá a apreciação e preenchimento de um
instrumento em duas etapas distintas. Na primeira etapa, você avaliará a adequação
do domínio, classe, título, definição, indicadores e definições constitutivas referentes
ao resultado de enfermagem NOC Comportamento de Prevenção de Quedas. Na
etapa seguinte você receberá um novo instrumento para avaliar a adequação das
definições operacionais do resultado de enfermagem NOC Comportamento de
Prevenção de Quedas.
Caso deseje participar, pedimos que responda este e-mail o mais rápido
possível, expressando o veículo de comunicação de sua preferência (e-mail ou
correspondência convencional). Caso manifeste a sua concordância, enviaremos o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as instruções para o preenchimento
do instrumento e o instrumento propriamente dito.
Gostaríamos, se possível, que você indicasse mais especialistas nesta área
que possam colaborar com nosso trabalho.
Aguardamos sua resposta e, desde já, agradecemos sua colaboração.
Atenciosamente,
Allyne Fortes Vitor
Allyne Fortes VitorAllyne Fortes Vitor
Allyne Fortes Vitor
Apêndices
Introdução
206
APÊNDICE F- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
(Etapa 2 – Validação por especialistas 1
a
parte)
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Prezada (o) Colega,
Meu nome é Allyne Fortes Vitor. Sou aluna do Doutorado do Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará e estou
desenvolvendo um projeto de pesquisa intitulado “Comportamento de Prevenção de
Quedas em pacientes com cardiopatia isquêmica: validação de um instrumento de
avaliação do resultado de enfermagem” sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Thelma Leite
de Araujo.
Inicialmente agradecemos a sua concordância em participar do nosso estudo.
Em seguida, retomamos alguns pontos abordados na carta convite. Estamos
investigando o resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas,
relativo ao diagnóstico de enfermagem Risco de Quedas.
Sua participação é fundamental em virtude da limitada quantidade de
enfermeiros que trabalham com esta temática. Caso concorde a sua participação
ocorrerá em dois momentos distintos. O primeiro momento é o atual e consiste no
preenchimento de um instrumento para avaliar a adequação das definições
constitutivas, dos indicadores e do resultado de enfermagem Comportamento de
Prevenção de Quedas. O segundo está planejado para ocorrer no período de maio e
junho do corrente ano, e constará do preenchimento de um instrumento para avaliar
a adequação das definições operacionais referentes aos indicadores do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas.
Damos-lhe garantia de que as informações colhidas serão usadas apenas
para a realização do presente estudo e asseguramos que a qualquer momento você
poderá ter acesso às informações sobre a pesquisa e sobre seus benefícios,
inclusive com a finalidade de sanar alguma dúvida. Voterá a liberdade de retirar
seu consentimento em participar deste trabalho sem que isso lhe traga qualquer
prejuízo. Por fim, garantimos não fornecer nenhuma informação a seu respeito que
possa identificá-lo de alguma maneira.
Apêndices
Introdução
207
Caso necessite outros esclarecimentos informamos-lhe o meu nome, o e de
minha orientadora, o número de telefone, o endereço postal e o eletrônico para
contato.
Nome da pesquisadora: Allyne Fortes Vitor
Endereço: Rua Pereira Valente, 640, apto 402. Bairro Meireles. Fortaleza-CE
CEP: 60160-250
Telefone: 85-3224.8505/ 85-8876.0377
Nome da orientadora: Thelma Leite de Araujo
Endereço: Rua Alexandre Baraúna, 1115. Bairro: Rodolfo Teófilo. Fortaleza-
CE
Telefone: 85-3366.8459
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIMENTO
Declaro que após ter sido convenientemente esclarecido pelo pesquisador e
ter entendido o que me foi explicado, concordo em participar da pesquisa.
___________________,_____de _______________________ de______
__________________________________________________________
Assinatura do especialista
___________________________________________________________________
Assinatura do pesquisador
__________________________________________________________
Assinatura do orientador
Apêndices
Introdução
208
APÊNDICE G- Carta-convite para participação no estudo
(Etapa 3 – Validação por especialistas – 2
a
parte)
Carta
CartaCarta
Carta-
--
-Convite
ConviteConvite
Convite
Prezada Colega Enfermeira,
Meu nome é Allyne Fortes Vitor. Sou aluna do Doutorado do Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará e estou
desenvolvendo um projeto de pesquisa intitulado “Revisão do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas” sob a orientação da Prof.ª
Dr.ª Thelma Leite de Araujo.
Solicitamos, por meio deste, sua colaboração no estudo na qualidade de
especialista em linguagem da sistematização da assistência e/ou acidentes por
quedas. Conto com sua ajuda nesta fase fundamental da pesquisa. Sua participação
é imprescindível em virtude da limitada quantidade de enfermeiros que trabalham
com esta temática. O momento atual consta do preenchimento de um instrumento
para avaliar a adequação das definições/magnitudes operacionais referentes aos
indicadores do resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas.
Caso deseje participar, pedimos que responda este e-mail o mais rápido
possível, expressando o veículo de comunicação de sua preferência (e-mail ou
correspondência convencional). Caso manifeste a sua concordância, enviaremos o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as instruções para o preenchimento
do instrumento e o instrumento propriamente dito.
Aguardamos sua resposta e, desde já, agradecemos sua colaboração.
Atenciosamente,
Allyne Fortes Vitor
Allyne Fortes VitorAllyne Fortes Vitor
Allyne Fortes Vitor
Apêndices
Introdução
209
APÊNDICE H- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
(Etapa 3 – Validação por especialistas- 2
a
parte)
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Prezado (a) Colega,
Meu nome é Allyne Fortes Vitor. Sou aluna do Doutorado do Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará e estou
desenvolvendo um projeto de pesquisa intitulado “Revisão do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas”, sob a orientação da Prof.ª
Dr.ª Thelma Leite de Araujo.
Inicialmente agradecemos a sua concordância em participar do nosso estudo.
Estamos investigando o resultado de enfermagem Comportamento de Prevenção de
Quedas, relativo ao diagnóstico de enfermagem Risco de Quedas.
Sua participação é fundamental em virtude da limitada quantidade de
enfermeiros que trabalham com esta temática. O primeiro momento, ocorrido
anteriormente a este, consistiu no preenchimento de um instrumento para avaliar a
adequação das definições constitutivas, dos indicadores e do resultado de
enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas. O momento atual consta
do preenchimento de um instrumento para avaliar a adequação das
definições/magnitudes operacionais referentes aos indicadores do resultado
de enfermagem Comportamento de Prevenção de Quedas.
Damos-lhe garantia de que as informações colhidas serão usadas apenas
para a realização do presente estudo e asseguramos que a qualquer momento você
poderá ter acesso às informações sobre a pesquisa e sobre seus benefícios,
inclusive com a finalidade de sanar alguma dúvida. Voterá a liberdade de retirar
seu consentimento em participar deste trabalho sem que isso lhe traga qualquer
prejuízo. Por fim, garantimos não fornecer nenhuma informação a seu respeito que
possa identificá-lo de alguma maneira.
Caso necessite outros esclarecimentos informamos-lhe o meu nome, o e de
minha orientadora, o número de telefone, o endereço postal e o eletrônico para
contato.
Nome da pesquisadora: Allyne Fortes Vitor
Endereço: Rua Pereira Valente, 640, apto 402. Bairro Meireles. Fortaleza-CE
CEP: 60160-250
Telefone: 85-3224. 8505/ 85-8876.0377
Nome da orientadora: Thelma Leite de Araujo
Endereço: Rua Alexandre Baraúna, 1115. Bairro: Rodolfo Teófilo. Fortaleza-
CE
Telefone: 85-3366. 8459
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIMENTO
Declaro que após ter sido convenientemente esclarecido pelo pesquisador e
ter entendido o que me foi explicado, concordo em participar da pesquisa.
_________________,_____de _________________ de______
Apêndices
Introdução
210
__________________________________________________________
Assinatura do especialista
__________________________________________________________
Assinatura do pesquisador
__________________________________________________________
Assinatura do orientador
Apêndices
Introdução
211
ANEXO
Anexo
Introdução
212
Anexo
Livros Grátis
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