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MARCELO FRACARO
ANÁLISE DIALÉLICA DE LINHAGENS DE MILHO-PIPOCA PARA
PRODUÇÃO DE MINIMILHO
MARINGÁ
PARANÁ BRASIL
FEVEREIRO
2009
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MARCELO FRACARO
ANÁLISE DIALÉLICA DE LINHAGENS DE MILHO-PIPOCA PARA
PRODUÇÃO DE MINIMILHO
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual de Maringá, como parte das
exigências do Programa de Pós-
graduação em Agronomia, área de
concentração em Produção Vegetal,
para a obtenção do título de Mestre.
MARINGÁ
PARANÁ
BRASIL
FEVEREIRO
2009
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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Fracaro, Marcelo
F797 Análise dialélica de linhagens de milho-pipoca para
produção de minimilho / Marcelo Fracaro. -- Maringá:
[s.n.], 2009.
43 f.
Orientador : Profº Drº Carlos Alberto Scapim.
Co-orientador: Ronald José Barth Pinto.
Dissertação (mestrado) Programa de Pós-Graduação
em Agronomia. Universidade Estadual de Maringá.
1. Milho (Zea mays L.) Análise dialélica 2. Milho
em conserva. 3. Milho - Capacidade combinatória. I.
TÍTULO
CDD 21. ed. 633.15
ii
Aos meus pais,
Delvino Fracaro e Leonida Borsoi Fracaro,
pelo amor incondicional, incentivo, apoio, amizade e, principalmente, por serem
meu alicerce.
Aos meus irmãos,
Leandro Fracaro e Cristiane Fracaro,
pelo amor, amizade sincera, companheirismo e lealdade.
DEDICO...
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus, incondicionalmente, por todas as conquistas e labutas na vida,
por tudo que tenho e que sou. Com certeza tudo o que eu fizer ainda será
pouco para retribuir tudo o que eu ganhei de Ti, Senhor.
À Universidade Estadual de Maringá e ao Programa de Pós-graduação
em Agronomia, por viabilizarem a realização deste projeto, além de me darem
a oportunidade de chegar a mais esta titulação.
Aos Professores do Programa de Pós-graduação em Agronomia da
Universidade Estadual de Maringá - PGA/UEM.
Ao Prof. Dr. Carlos Alberto Scapim, pela orientação e conselhos.
Ao Prof. Dr. Ronald José Barth Pinto, pela co-orientação.
Aos amigos, Marcos de Araújo Rodovalho, Rafael Reccanello Barreto,
Gilberto Barbosa Sandoval Jr, Israel Leite de Souza Neto, Lucas Souto
Bignotto, Mariana Gomes Brescansin e Fernando Sabadin dos Santos.
A todos os funcionários da Fazenda Experimental de Iguatemi da
Universidade Estadual de Maringá - FEI/UEM, em especial ao Gildo Duarte,
Antonio Queiroz, Valdir do Amaral, Wilmar Rikli e Oswaldo Passolongo.
Aos meus pais, Delvino Fracaro e Leonida Borsoi Fracaro, pela união
de nossa família, pelos bons princípios que me ensinaram, pelos esforços
financeiros e pelo amor infinito.
Muito obrigado.
iv
BIOGRAFIA
MARCELO FRACARO, filho de Delvino Fracaro e Leonida Borsoi
Fracaro, nasceu em Medianeira, Paraná, em 02 dias de outubro de 1982.
No ano de 1997, iniciou o curso Técnico em Agropecuária pelo Colégio
Agrícola de Camboriú, na cidade de Camboriú, Santa Catarina, recebendo o
titulo de Técnico Agropecuário em dezembro de 1999.
Em março de 2000, iniciou no Curso de Agronomia na Universidade
Estadual de Maringá, Maringá, Estado do Paraná, e graduou-se em Agronomia
em 17 de novembro de 2005.
Em março de 2006, iniciou disciplinas no curso de Pós-graduação em
Agronomia, como aluno não-regular, e, em março de 2007 ,iniciou no curso de
Pós-graduação em nível de Mestrado, área de concentração em Produção
Vegetal, na Universidade Estadual de Maringá, sob a orientação do Professor
Doutor Carlos Alberto Scapim.
v
ÍNDICE
LISTA DE TABELAS ................................................................................. vii
RESUMO ....................................................................................................
ix
ABSTRACT ................................................................................................
x
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................. 4
2.1 MINIMILHO ...................................................................................... 4
2.1.1 Cultivo ................................................................................... 4
2.1.2 Semeadura ............................................................................ 5
2.1.3 Densidade de semeadura e qualidade de espigas de
minimilho ...............................................................................
6
2.2 HÍBRIDOS DE MILHO ......................................................................
9
2.2.1 Obtenção de linhagens ........................................................ 9
2.2.2 Análise dialélica ....................................................................
10
2.2.2.1 Análise dialélica modelo de Griffing (1956) ................ 12
2.2.2.2 Dialelo parcial por Geraldi e Miranda Filho (1988) ..... 14
3. MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................... 16
3.1 MATERIAL GENÉTICO DIALELO 1 ............................................... 16
3.2 MATERIAL GENÉTICO DIALELO 2 ............................................... 17
3.3 TRATOS CULTURAIS ..................................................................... 18
3.4 CARACTERÍSTICAS AVALIADAS NOS DIALELOS 1 E 2 ..............
18
3.4.1 Preparo do material a ser colhido ...................................... 18
3.4.2 Avaliações das características ........................................... 19
3.5 ANÁLISES ESTATÍSTICAS DIALELOS 1 e 2 ................................. 19
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................. 21
4.1 ANÁLISE DO DIALELO 1 ................................................................ 21
4.1.1 Análise da Capacidade Combinatória dialelo 1 ................. 25
4.1.2 Estimação dos efeitos das Capacidades de Combinação
dialelo 1 ............................................................................
26
vi
4.1.2.1 Estimação dos efeitos da Capacidade Geral de
Combinação (CGC), dialelo 1 ....................................
26
4.1.2.2 Estimação dos efeitos da Capacidade de Específica
de Combinação (CEC), dialelo 1 ...............................
28
4.2 ANÁLISE DO DIALELO 2 ................................................................ 31
4.2.1 Análise da Capacidade Combinatória dialelo 2 ................. 34
4.2.2 Estimação dos efeitos das Capacidades de Combinação
dialelo 2 .................................................................................
35
4.2.2.1 Estimação dos efeitos da Capacidade Geral de
Combinação (CGC), dialelo 2 ....................................
35
4.2.2.2 Estimação dos efeitos da Capacidade de Específica
de Combinação (CEC), dialelo 2 ...............................
37
5. CONCLUSÕES ...................................................................................... 39
REFERÊNCIAS ..........................................................................................
40
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Quadro de Anova dialelo completo de Griffing (1956) ............
14
Tabela 2 Tabela dialélica parcial constituindo cruzamentos entre p
famílias S
2
(Grupo-l) e q testadores (Grupo-2) .......................
15
Tabela 3 Genitores das linhagens utilizadas nessa avaliação. Maringá-
PR-2009 ..................................................................................
16
Tabela 4 Linhagens e híbridos simples formados (dialelo 1). Maringá-
PR-2009 ..................................................................................
17
Tabela 5 Linhagens e híbridos simples formados (dialelo 2). Maringá-
PR-2009 ..................................................................................
17
Tabela 6 Análise de variância para característica de minimilho em
híbridos simples de linhagens de milho-pipoca e
testemunhas. Maringá-PR-2009 .............................................
21
Tabela7 Análise de variância para característica de minimilho em
híbridos simples de linhagens de milho-pipoca e
testemunhas. Maringá-PR-2009 .............................................
21
Tabela 8 Médias observadas para as oito características avaliadas
nos híbridos simples de milho-pipoca para avaliação do
potencial de minimilho. Maringá-PR 2007-2008 ....................
23
Tabela 9 Estimativas dos quadrados médios da capacidade geral de
combinação (CGC) e da capacidade específica de
combinação (CEC), para oito caracteres de minimilho, de
acordo com o Modelo 4, de Griffing. Maringá-PR-2009 ..........
25
Tabela 10 Estimativas dos quadrados médios da capacidade geral de
combinação (CGC) e da capacidade específica de
combinação (CEC), para oito caracteres de minimilho, de
acordo com o Modelo 4, de Griffing. Maringá-PR-2009 ..........
25
Tabela 11 Estimativas de efeitos de capacidade geral de combinação
(
i
G
) em linhagens de milho-pipoca para produção de
minimilho, segundo o método de Griffing (1956). Maringá-
PR-2009 ..................................................................................
26
Tabela 12 Estimativas de efeitos de capacidade geral de combinação
(
i
G
) em linhagens de milho-pipoca para produção de
minimilho, segundo o método de Griffing (1956). Maringá-
PR-2009 ..................................................................................
27
viii
Tabela 13 Estimativa dos efeitos da capacidade específica de
combinação (
ij
S
ˆ
) para oito caracteres de minimilho e desvios-
padrão (DP). Maringá, UEM, 2009 ..........................................
29
Tabela 14 Análise de variância para característica de minimilho em
híbridos simples de linhagens de milho-pipoca e
testemunhas. Maringá-PR-2009 ............................................
31
Tabela 15 Análise de variância para característica de minimilho em
híbridos simples de linhagens de milho-pipoca e
testemunhas. Maringá-PR-2009 .............................................
32
Tabela 16 Médias observadas para as oito características avaliadas
nos híbridos simples de milho-pipoca para avaliação do
potencial de minimilho. Maringá-PR 2007-2008 ....................
33
Tabela 17 Estimativas dos quadrados médios da capacidade geral de
combinação (CGC) e da capacidade específica de
combinação (CEC), para oito caracteres de minimilho, de
acordo com o Modelo 4, de Griffing. Maringá-PR-2009 ..........
34
Tabela 18 Estimativas dos quadrados médios da capacidade geral de
combinação (CGC) e da capacidade específica de
combinação (CEC), para oito caracteres de minimilho, de
acordo com o Modelo 4, de Griffing. Maringá-PR-2009 ..........
34
Tabela 19 Estimativas de efeitos de capacidade geral de combinação
(
i
G
) em milho-pipoca, para produção de minimilho, segundo
o método de Griffing (1956). Maringá-PR-2009 ......................
35
Tabela 20 Estimativas de efeitos de capacidade geral de combinação
(
i
G
) em milho-pipoca, segundo o método de Griffing (1956).
Maringá-PR-2009 ....................................................................
36
Tabela 21 Estimativa dos efeitos da capacidade específica de
combinação (
ij
S
) para oito caracteres de minimilho e
desvios-padrão (DP). Maringá-PR, 2009 ................................
37
ix
RESUMO
FRACARO, Marcelo, MS, Universidade Estadual de Maringá, fevereiro de
2009. Análise dialélica de linhagens de milho-pipoca para produção de
minimilho. Orientador: Carlos Alberto Scapim. Co-orientador: Ronald José
Barth Pinto.
Minimilho é o nome dado às espigas de milho não-fertilizadas. Ainda não existe
no país nenhuma cultivar comercial específica para a produção de minimilho.
Tem-se utilizado, preferencialmente, o milho-doce e o milho-pipoca. Os
objetivos deste trabalho foram: avaliar as capacidades combinatórias de
linhagens e híbridos de milho-pipoca com características para produção de
minimilho e identificar híbridos simples promissores para este fim. Nesse
contexto, foram realizados dois cruzamentos dialélicos. No primeiro
cruzamento dialélico completo, foram obtidos 36 híbridos simples a partir de
linhagens extraídas de Zélia,CMS 42, CMS 43, UEM M2, Zaeli e IAC
112. No segundo cruzamento dialélico parcial foram obtidos 25 híbridos
simples originados dos cruzamentos de cinco linhagens derivadas do genótipo
Zaeli com cinco linhagens extraídas do híbrido simples modificado IAC 112.
As características avaliadas foram: diâmetro, comprimento, massa e
rendimento das espigas com palha e sem palha. Os resultados obtidos
permitiram concluir que no dialelo 1, as linhagens extraídas de Zaeli e CMS
42 podem ser indicadas em programas de obtenção de bridos superiores
com maior rendimento de espigas sem palha. No dialelo 2, as linhagens 1 e 5
do Grupo I-Zaeli e as linhagens 3 e 5 do Grupo II-IAC 112 podem ser
recomendadas para a recombinação dentro de cada grupo e formação de duas
populações sintéticas para seleção recorrente ou podem ser indicadas em
programas de obtenção de híbridos superiores visando aumentar o rendimento
de espigas sem palha. Nos dois dialelos, nenhum híbrido de linhagem
apresenta média de rendimento de espigas sem palha que possa ser indicado
para o comércio de forma imediata.
Palavras-chave: Zea mays L., minimilho, capacidade combinatória.
x
ABSTRACT
FRACARO, Marcelo, MS, State University of Maringá, February 2009. Diallel
analyses of popcorn strains for the production of baby corn. Advisor: Dr.
Carlos Alberto Scapim. Co-advisor: Dr. Ronald José Barth Pinto.
Baby corn consists of non-fertilized corn ears. Since no specific commercial cultivar
exists in Brazil for the production of baby corn, sweet corn or popcorn has been used
instead. Current experiment analyzes the combinatory capacities of popcorn strains
and hybrids characterized for baby corn production, and identifies promising simple
hybrids. Two diallel crossings were undertaken. Whereas the first complete diallel
crossing yielded 36 simple hybrids from Zélia, CMS 42, CMS 43, UEM M2,
Zaeli and IAC 112 strains, the second partial diallel crossing yielded 25 simple
hybrids from the crossings of five strains from genotype Zaeli with five strains from
modified simple hybrid IAC 112. Diameter, length, mass and yield of corn ears with
and without husks were evaluated. Results show that the strains from Zaeli and CMS
42 in diallel 1 may be recommended in projects featuring higher hybrids with greater
corn ear yields without husks. Strains 1 and 5 of Group 1 Zaeli and strains 3 and 5 of
Group II IAC 112 in diallel 2 may be suggested for recombination within each group
and for the formation of two synthetic populations for recurring selection. They may
also be recommended in projects featuring higher hybrids to increase ear yield without
husk. No strain hybrid in the two diallels showed satisfactory mean ear yield without
husk that may be recommended immediately for commercial use.
Keywords:
Zea mays L., baby corn, combinatory capacity.
1
1. INTRODUÇÃO
Minimilho ("baby-corn") é o nome atribuído às espigas imaturas, não-
fertilizadas, antes da formação de grãos. As espigas jovens, quando
empregadas pela indústria de conservas alimentícias, o utilizadas no estádio
de dois ou três dias após a exposição dos estigmas da espiga (PEREIRA
FILHO, GAMA; CRUZ, 1998).
O milho sempre foi usado in natura na alimentação humana, seja na
forma de milho cozido, assado ou mesmo como salada. Mesmo antes do
desenvolvimento da indústria de enlatamento e conservas, algumas famílias
usavam o minimilho como alimento cotidiano. Com o advento da indústria de
conservas e a crescente importância desse produto, resultou no incremento
das áreas cultivadas para tal, à semelhança do verificado com o milho verde
(doce ou de endosperma normal) (ALMEIDA et al., 2005).
O minimilho é mais consumido no continente asiático. Essa hortaliça
representa uma atividade econômica para países como Tailândia, Sri Lanka,
Taiwan, China, Zimbabwe, Zâmbia, Indonésia, Nicarágua, Costa Rica,
Guatemala e Honduras, que são os exportadores mais conhecidos.
A Tailândia é um dos principais países produtores, sendo o maior
exportador. Em 2000, a exportação de minimilho enlatado da Tailândia foi de
55.000 mil toneladas, correspondente a cerca de 42 milhões de lares.
Desses, 42,8% foram exportados para os EUA, 8,9% para a Austrália e 8,9%
para o Japão (AETAKASANAWAN, 2001).
No Brasil, até 1998 não havia relatos da exportação de minimilho
fresco (PEREIRA FILHO; GAMA; CRUZ, 1998). O minimilho é importado
exclusivamente na forma de conservas ou enlatado. Essas conservas são re-
embaladas em recipientes menores, com rótulos da empresa importadora.
Existem relatos no Brasil, Estados Unidos e Japão, sobre a preferência
para o consumo in natura do minimilho nacional, pelo fato de esse produto
não conter conservantes e outros aditivos químicos, os quais estão presentes
no produto importado (MILES; ZENS, 1998). Por isso, a produção de minimilho
in natura cresceu em países importadores e mais especificamente no Brasil,
2
dando oportunidade aos produtores de processar e enlatar seus produtos para
o mercado interno (MILES; ZENS, 1998).
Na indústria, o minimilho é processado antes da comercialização
utilizando os mesmos procedimentos, comumente utilizadas para outras
matérias-primas processadas.
No Brasil, várias cultivares de milho têm sido avaliadas com o intuito de
identificar as mais adaptadas às condições tropicais. Têm-se utilizado,
principalmente, cultivares selecionadas de germoplasma de milho-doce e de
pipoca. Em menor escala e com grande potencial de uso, são também usadas
cultivares prolíficas selecionadas de milho comum (PEREIRA FILHO; GAMA;
FURTADO, 1988).
O minimilho é um produto promissor para o mercado externo e interno,
sobretudo porque, no Brasil, o produto industrializado é, geralmente, importado
da Tailândia.
O aparecimento crescente do produto nas prateleiras dos
supermercados mostra o potencial do mercado consumidor brasileiro,
indicando também uma abertura para o mercado externo, principalmente o
americano e o europeu.
Até o ano de 1998, não existiam relatos no país de nenhuma cultivar
específica para a produção de minimilho (PEREIRA FILHO; GAMA; CRUZ,
1998). Tem-se utilizado para conserva, preferencialmente, o milho doce e o
milho-pipoca. Além da qualidade, outras características como porte baixo,
amadurecimento precoce, uniformidade do florescimento e prolificidade têm
sido consideradas como adequadas à produção de minimilho (THAKUR;
SHARMA; PATHIK, 2000). A utilização de híbridos prolíficos é uma alternativa
para obter espigas de maior qualidade e reduzir o custo de produção, pois o
número de espigas colhidas por planta é maior (BAR-ZUR; SAADI, 1990).
Existem relatos de pesquisas na Embrapa sobre o desenvolvimento de
uma cultivar ideal para atender à demanda por parte da indústria, no País. A
Unesp/Botucatu - SP anunciou o desenvolvimento da cultivar Curumim,
selecionada a partir de uma população de pipoca indígena. Seria a primeira
desenvolvida no Brasil e a única capaz de produzir três espigas por planta,
além de ser mais doce. No entanto, essa variedade ainda não está disponível
comercialmente.
3
No Brasil, há carência de informações tecnológicas sobre esse tipo de
produto. A elaboração deste estudo é justificada, portanto, pela importância do
minimilho e pela necessidade de maiores conhecimentos sobre seu cultivo,
com importante papel do melhoramento genético.
Os objetivos deste trabalho foram: avaliar as capacidades
combinatórias de linhagens de milho pipoca com características de minimilho e
identificar híbridos simples promissores de minimilho.
4
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 MINIMILHO
2.1.1 Cultivo
Minimilho é o nome atribuído à espiga de milho jovem, em
desenvolvimento, não-fertilizada, ou ao sabugo jovem da espiga de uma planta
de milho. As plantas são semelhantes às de milho normal, ou seja, não são
plantas anãs (VON PINHO et al., 2003).
No Brasil, a produção de minimilho (Zea mays L.) ainda é inexpressiva,
apesar de os mercados interno e externo indicarem alto potencial econômico
desse produto. A maior parte do minimilho em conserva encontrada em nosso
país ainda é importada da Tailândia, conforme Pereira Filho, Gama e Cruz
(1998).
Em princípio não existe, no Brasil, material genético específico para a
produção de minimilho, entretanto, a Embrapa trabalha neste sentido
(PEREIRA FILHO; GAMA; CRUZ, 1998), e também carência de
informações científicas para a avaliação tecnológica desse tipo de produto.
Inúmeros materiais de milho têm sido avaliados com o intuito de
identificar aqueles mais adaptados às condições tropicais. Pela maior aceitação
pelo mercado consumidor, as cultivares de milho doce e pipoca têm sido as
mais utilizadas e também, em menor escala e com grande potencial de uso,
cultivares prolíficas selecionadas de milho comum (PEREIRA FILHO; GAMA;
CRUZ, 1998).
Como não há cultivares comerciais específicas, a escolha é
considerada a etapa mais crítica do cultivo (RODRIGUES; SILVA; MORI,
2004). Uma das desvantagens no uso de cultivares de milho doce é o
desenvolvimento muito rápido das espigas que, ao crescerem demais, podem
perder seu valor comercial (RODRIGUES; SILVA; MORI, 2004). Além da
qualidade, outras características como porte baixo, amadurecimento precoce,
5
uniformidade do florescimento, e prolificidade têm sido consideradas
adequadas para a produção de minimilho.
A utilização de híbridos prolíficos é uma alternativa para obter espigas
de maior qualidade e reduzir o custo de produção, pois o número de espigas
colhidas por planta é maior. A área de plantio pode ser reduzida em
comparação com as áreas ocupadas com cultivares ou híbridos não-prolíficos
que necessitam de maior densidade populacional para obter alto rendimento
(RODRIGUES; SILVA; MORI, 2004).
Segundo Rodrigues, Silva e Mori (2004), com relação ao minimilho,
ainda há necessidade de realizar vários trabalhos para definir o manejo mais
adequado da cultura, quantificar o potencial genético e qualitativo das diversas
cultivares utilizadas para a produção de minimilho, determinar as
características mais apropriadas para a produção in natura ou industrializadas
e desenvolver cultivares específicas.
2.1.2 Semeadura
A semeadura para a obtenção do minimilho é similar à utilizada para a
produção de grãos, apenas aumentando a população de plantas. Para a cultura
do milho normal, as faixas de densidades mais frequentemente recomendadas
para as variedades variam de 40 a 50 mil plantas ha
-1
; para os híbridos duplos,
de 45 a 55 mil plantas ha
-1
; havendo casos de recomendação de até 60 mil
plantas ha
-1
. Para os híbridos triplos e simples, é frequente a densidade de 60
mil plantas ha
-1
, havendo casos de recomendação de até 80 mil plantas ha
-1
.
No caso do minimilho, o estande pode alcançar 180.000 plantas por hectare,
uma vez que o interesse é a maior produção de espigas por área (PEREIRA
FILHO; GAMA; CRUZ; 1998a).
O minimilho pode ser cultivado tanto sob manejo convencional como
em plantio direto. Nesse último sistema, dependente da palhada, o próprio
cultivo do minimilho se encarrega de produzi-la. É importante a antecipação da
adubação nitrogenada para o estádio de três a quatro folhas.
O manejo da cultura diferencia-se do cultivo do milho para grãos,
principalmente quanto à densidade de semeadura. A densidade pode ser três a
quatro vezes maior, variando de 150.000 a 200.000 plantas ha
-1
, com o objetivo
6
de maior rendimento e redução no tamanho do produto final, aspecto ideal para
o cultivo do minimilho.
Não existe uma época de semeadura determinada, depende
essencialmente da demanda. No verão, a colheita é feita mais cedo e, no
inverno, colhe-se mais tarde. A colheita, geralmente, é iniciada entre 40 a 60
dias após a germinação, podendo variar em até 85 dias, de acordo com o ciclo
da cultivar utilizada e o clima. O ponto ideal, recomendado por Pereira Filho,
Gama e Cruz (1998), é atingido quando as espigas estiverem no estádio de
dois a três dias após a exposição dos estilo-estigmas.
Após a retirada do minimilho, o restante da planta pode ser utilizado
como forragem (PEREIRA FILHO; GAMA; CRUZ, 1998).
Resultados de pesquisa obtidos na Embrapa Milho e Sorgo sobre
densidade de semeadura e cultivares de milho para minimilho evidenciaram
bons rendimentos de minimilho comercial nas densidades de 187.500 e
237.500 plantas por hectare, num estudo em que a densidade de semeadura
variou de 87.500 a 237.500 plantas por hectare em um espaçamento de 80 cm
(PEREIRA FILHO; CRUZ, 2001).
2.1.3 Densidade de semeadura e qualidade de espigas de minimilho
O minimilho é similar, na sua composição, a outras hortaliças, como a
couve-flor, o tomate, a berinjela e o pepino. Em 100 g de amostra, o teor de
proteína é de 1,90 g; na couve-flor, 2,40 g; na couve, 1,70 g; no tomate e na
berinjela, 1,00 g; e no pepino, 0,060 g. O minimilho possui cerca de 89,1% de
umidade, 0,020% de gordura, 8,20% de carboidratos e 0,060% de cinzas. Cem
gramas de minimilho contêm, em média, 86 mg de fósforo, 0,1 mg de ferro, 64
UA de vitamina A, 0,05 mg de tiamina, 0,8 mg de riboflavina, 11,0 mg de ácido
ascórbico e 0,3% de niacina (VON PINHO et al., 2003).
De acordo com Fancelli e Dourado Neto (2000), o ciclo da cultura
compreende três etapas de desenvolvimento: (i) germinação e emergência:
ocorre entre a semeadura e o aparecimento da plântula, cujo período varia
entre quatro e 12 dias, em função da temperatura e umidade do solo; (ii)
crescimento vegetativo: iniciado a partir da emissão da segunda folha, até o
início do florescimento, cuja extensão varia em função do genótipo e de fatores
7
climáticos, caracterizando e classificando diferentes genótipos quanto à
duração do ciclo; (iii) florescimento: estabelecido entre o início da polinização e
o início da frutificação.
Segundo Fancelli e Dourado Neto (2000), a fotossíntese, a respiração
e a transpiração são processos fisiológicos da planta de milho que resultam
diretamente da energia disponível ao ambiente.
Apesar da importância de fatores ambientais de natureza edáfica,
climática e biológica, os produtores podem manipular o ambiente utilizando
práticas de manejo testadas e aprovadas. Tais operações incluem a
preparação do solo e fertilização, irrigação e o controle de invasoras e insetos
(RITCHIE et al., 2003).
Segundo Hardoim, Sandri e Maluf (2002), os rendimentos são variáveis
em função da cultivar, do manejo da cultura e das condições ambientais.
Entretanto, resultados de pesquisa têm mostrado produtividade de até 2,5 t ha
-1
de minimilho aproveitável para atender aos padrões exigidos pelos
consumidores e pela indústria de conservas. O aproveitamento varia entre 15 e
20% da quantidade de minimilho colhido para industrialização, satisfazendo as
exigências do consumidor e da indústria, apresentando tamanho de espiga
entre 4 e 10 cm, diâmetro de 1,0 a 1,5 cm, forma cilíndrica e coloração que
variam de branco pérola a creme amarelada.
Para se obter o máximo número de grãos por unidade de área sob
determinada densidade de plantas, é recomendável fazer com que o
pendoamento ocorra nos dias mais longos do ano, de modo a coincidir a
máxima área foliar de plantas com a maior disponibilidade de radiação solar
(SANGOI, 1990; VON PINHO et al., 2003).
O aumento da tolerância da planta de milho à intensa competição por
luz, nutrientes e água, vem sendo obtido pela seleção de genótipos mais
produtivos em alta população de plantas e ampla variedade de área, segundo
Sangoi et al. (2001). A densidade é considerada uma das práticas culturais que
determinam a produtividade de minimilho.
Os híbridos precoces requerem maior densidade de plantas em relação
aos de ciclo normal para atingir seu potencial de rendimento. Isso se deve ao
fato de, geralmente, apresentarem menor estatura, folhas menores, menor área
foliar por planta e menor sombreamento do dossel da cultura. As diferenças na
8
resposta à densidade entre cultivares precoces e tardias são mais acentuadas
quando o nível de produtividade é elevado. Sob baixo potencial produtivo, há
pouco efeito das variações de densidade sobre o rendimento (SANGOI, 1990).
A disponibilidade de água é, provavelmente, o principal fator que afeta
a escolha da densidade ótima das plantas. Representa a época mais crítica à
deficiência hídrica, no período entre duas a três semanas do espigamento,
conforme Meneghetti et al. (2008).
A menor oxidação de auxinas decorrentes da proximidade das plantas
em densidades elevadas estimula a elongação celular. Com isso, os entrenós
do colmo são mais longos, aumentam a estatura da planta e a estatura de
inserção de espigas. Além disso, a maior competição intraespecífica por luz, o
aumento da dominância apical e o estiolamento das plantas favorecem a
redução no diâmetro do colmo (SANGOI et al., 2002).
Em trabalhos desenvolvidos na região Sul do Brasil para determinar a
densidade ótima de plantas híbridas de milho com elevado potencial de
rendimento de grãos, Silva, Argenta e Rezera (1999) observaram que o máximo
rendimento de grãos foi obtido com densidades superiores a oito plantas m
-
². Isso
evidencia que a recomendação de densidade de até sete plantas m
-
² pode ser
ampliada em ambientes favoráveis para obtenção de altos rendimentos.
Para a produção de milho verde, recomenda-se densidade de plantas
entre 3,5 a 4,0 plantas m
-
², para as espigas ganharem tamanho. Para o
minimilho, a densidade varia de 14 a 18 plantas m
-
² (SANGOI et al., 2001).
A densidade de semeadura e o espaçamento nas entrelinhas podem
influenciar no rendimento e em outras características importantes para a
comercialização deste tipo de milho, como citaram Silva, Argenta e Rezera (1999).
Trabalhando com densidades de 87.500, 137.500, 187.500 e 237.500
plantas por hectare, Pereira Filho e Cruz (2001) verificaram que as densidades
de semeadura afetaram significativamente o número de espigas comerciais,
índices de espigas e a massa de espigas comerciais. O número médio de
espigas comerciais cresceu com o aumento da densidade de plantas ha
-1
. O
índice de espigas foi maior na menor densidade, mas apresentou maior
rendimento de espigas comerciais de minimilho e menor massa.
O aumento da densidade de semeadura tende a aumentar o
rendimento até ser atingida uma densidade ótima, especifica para cada cultivar
9
e afetada por condições edafoclimáticas do local e do manejo da lavoura. O
uso de densidades superiores à densidade ótima resultará em decréscimo
progressivo no rendimento da cultura. Portanto, a densidade ótima depende de
três condições: cultivar, disponibilidade hídrica e nível de fertilidade do solo
(RESENDE; ALBUQUERQUE; COUTO, 2003).
2.2 HÍBRIDOS DE MILHO
Em 1908, o botânico e geneticista norte-americano, George Harrison
Shull criou o primeiro esquema para a produção de sementes híbridas de
milho. Ele mostrou que, ao fecundar a planta com o próprio pólen
(autofecundação), eram produzidos descendentes menos vigorosos. Repetindo
o processo nas seis ou sete gerações seguintes, os descendentes fixavam
características agronômicas e econômicas importantes. Por meio da seleção,
esses descendentes tornavam-se semelhantes. As plantas que geravam filhos
geneticamente semelhantes, e também iguais às mães, passaram a ser
chamadas de linha pura. Shull notou que duas linhas puras diferentes ao serem
cruzadas entre si produziam descendentes com grande vigor, denominado de
vigor híbrido ou heterose, dando origem ao milho híbrido (GUIMARÃES, 2007).
A palavra híbrido requer sempre qualificação, principalmente quanto ao
tipo de parentais envolvidos. O híbrido é o indivíduo ou população de
resultantes do cruzamento entre genitores com diferentes constituições
genéticas (RONZELLI JUNIOR, 1996). Esses genitores podem ser variedades,
linhagens, clones, entre outros.
2.2.1 Obtenção de linhagens
Hallauer (1990) descreve vários métodos de obtenção de linhagens de
milho.
A seleção por fenótipo é aquela em que as características fenotípicas
são tomadas como base para selecionar quais linhagens prosseguirão no
avanço das gerações de autofecundação.
O m
étodo com avanço de gerações de autofecundação é tido como
padrão. Outros métodos, como o da cova única, diferem deste pelo fato de
10
cada linhagem ser representada por uma cova com três plantas e não por uma
linha.
Existem ainda métodos alternativos para a obtenção de linhagens. Um
deles é a obtenção de duplo haploides a partir de cultura de anteras. Neste
método, a homozigose final é alcançada rapidamente, enquanto que o método
padrão requer cinco a sete gerações. Contudo, o método em questão tem
como empecilho os distúrbios citogenéticos gerados por mutação citogenética.
Se obtida determinada linhagem, o uso de retrocruzamentos pode ser
requerido para melhorá-la por meio de transferências de características de
interesse.
2.2.2 Análise dialélica
Os cruzamentos dialélicos são amplamente utilizados em quase todas
as espécies cultivadas, em razão do grande número de informações genéticas
que podem gerar. Essas informações podem permitir inferências sobre a
capacidade combinatória de genitores e híbridos (CRUZ; REGAZZI, 2004).
Ramalho, Santos e Zimmermann (1993) relatam que uma parcela
importante do melhoramento genético é representada pela hibridação das
cultivares e linhagens, a qual possibilita a recombinação da variabilidade
existente para produzir novas cultivares adaptadas a diversas finalidades.
Em programas de melhoramento em que se opta pela hibridação, o
maior problema ou dificuldade é a escolha dos genitores a serem cruzados
para formação de uma nova variedade híbrida, dado o grande número de
materiais disponíveis. Além disso, o profissional Melhorista terá que definir
como será realizada a hibridação e como as populações segregantes serão
conduzidas (ALLARD, 1971).
Auxiliam na escolha de genitores com base em seus valores genéticos
e na capacidade de se combinarem formando híbridos promissores, os
cruzamentos dialélicos. O método tem como finalidade expressar um conjunto
de p(p-1)/2 híbridos resultantes do cruzamento entre p genitores (ARAGÃO,
2002).
O conceito de an
álise dialélica foi introduzido por Sprague e Tatum
(1942), e deste então, foram propostos vários métodos para análise das
11
tabelas dialélicas e, entre eles os mais empregados são os métodos de Jinks e
Hayman (1953), Griffing (1956) e Gardner e Eberhart (1966).
Sprague e Tatum (1942) criaram dois termos em relação ao
comportamento relativo das linhagens cruzadas. Definiram a capacidade geral
de combinação (CGC), que expressa o comportamento médio de uma
linhagem em combinações híbridas e capacidade específica de combinação
(CEC), que expressa o comportamento de combinações híbridas específicas,
dependendo do que se poderia esperar com base na CGC das linhagens.
A análise dialélica proposta por Griffing (1956) permite estimar a CGC
e a CEC dos genitores envolvidos nos cruzamentos dialélicos. O método pode
apresentar variações de esquemas de cruzamentos, valendo-se de quatro
métodos experimentais: Método 1, em que são avaliados os parentais e os
cruzamentos entre esses parentais e seus recíprocos; Método 2, em que são
avaliadas as n(n+1)/2 combinações correspondentes aos parentais e seus
cruzamentos entre esses parentais, excluindo-se os recíprocos; Método 3, em
que são avaliadas as n(n-1) combinações que correspondem aos cruzamentos
e aos recíprocos, excluindo-se os parentais; e, Método 4, em que são avaliadas
apenas as n(n-1)/2 combinações correspondentes aos cruzamentos dos n
parentais. Cada um desses métodos pode ser analisado, considerando um
modelo fixo ou aleatório, dependendo da natureza amostral dos genitores
(CRUZ; REGAZZI, 2004).
Segundo Federer (1967), um dos primeiros autores a discutir o
conceito de cruzamentos dialélicos foi Schimidt, com um trabalho que
considerou o testcrossing como uma forma de cruzamento dialélico.
A literatura sobre cruzamentos dialélicos no milho permite afirmar que
não existe outra espécie em que esse tipo de esquema seja tão utilizado
(HALLAUER; MIRANDA FILHO, 1981).
As metodologias de análise dialélica têm por finalidade analisar o
delineamento genético definido e prover estimativas de parâmetros úteis na
seleção de genitores para hibridação e no entendimento da natureza e
magnitude dos efeitos genéticos na determinação dos caracteres (CRUZ;
REGAZZI, 2004).
Baixa estimativa de CGC, positiva ou negativa, indica que o valor de
CGC do genitor, obtida com base em suas populações híbridas, não difere
12
muito da média geral da população dialélica. Se os valores de CGC são altos,
positivos ou negativos, há indícios de que o genitor em questão é muito
superior ou inferior aos demais genitores do dialelo, com relação ao
desempenho médio das progênies. Os efeitos da CEC estimados como desvio
do comportamento, em relação ao que seria esperado com base na CGC, o
medidas dos efeitos gênicos não-aditivos. São desejáveis aquelas
combinações híbridas com estimativa de CEC mais favoráveis, que envolvam
pelo menos um dos genitores que tenha apresentado o mais favorável efeito de
CGC (CRUZ; REGAZZI, 2004).
2.2.2.1 Análise dialélica modelo de Griffing (1956)
O termo dialelo é utilizado para expressar um conjunto de p(p - 1)/2
híbridos resultantes do cruzamento entre p genitores (linhagens, variedades,
clones etc), podendo incluir, além dos respectivos pais, os híbridos reprocos e/ou
outras gerações relacionadas, tais como F
2
's e retrocruzamentos.
O método desenvolvido por Griffing (1956) estima tanto a capacidade
geral como a capacidade específica de combinação, além dos efeitos gênicos
extranucleares, quando os recíprocos estão presentes.
Cada um dos quatro métodos formulados pode ser analisado
considerando efeitos fixos ou aleatórios, dependendo da natureza amostral de
cada parental. O modelo fixo é usado quando os tratamentos experimentais
fornecem conclusões específicas particulares, podem ser extrapoladas (a quem
vc está se referindo? para uma população, situação na qual os tratamentos
representam uma amostra. No modelo fixo, apenas o efeito pelo resíduo é
aleatório. E no modelo aleatório, apenas o efeito pela média geral é
considerado fixo.
A estimativa da capacidade geral de combinação de um parental no
dialelo é um importante indicador da sua potencialidade. Em outras palavras, a
sua qualidade genotípica se expressa quando o caráter em análise é
determinado predominantemente por efeitos aditivos, servindo para indicar se o
parental é portador de alta frequência de genes favoráveis. Logo, pode ser
utilizado para a identificação de parentais que serão utilizados em programas
de melhoramento intra e/ou interpopulacional.
13
A capacidade geral de combinação, do parietal (CGC) g
i
, é calculada
com base em seus cruzamentos com os demais parentais, quando o valor que
é altamente positivo ou negativo; o parietal em questão é muito superior ou
inferior aos demais parietais presentes no dialelo com relação ao
comportamento médio dos cruzamentos.
A capacidade específica de combinação fornece a identificação de
híbridos geneticamente superiores, sendo útil quando houver interesse no
melhoramento interpopulacional e/ou na obtenção de híbridos de linhagens ou
de variedades, sendo interpretada como o desvio de um híbrido, em relação ao
que seria esperado com base na CGC de seus parietais.
Valores baixos de CEC que o híbrido em questão que ele comportasse
como era esperado com base na CGC, dos parentais. Valores altos de CEC
demonstram que o comportamento de um cruzamento particular é relativamente
melhor ou pior do que era esperado, tendo por base a CGC dos pais. Os valores
de CEC mostram os efeitos não-aditivos. Será apresentado, a seguir, o Método 4,
modelo que considera apenas os F
1
s:
ij
jiij
åggmY
s
ij
em que:
Y
ij
: valor médio da combinação híbrida (i,j=1, 2, ...p, 1<j);
m: média geral;
g
i
, g
j
: efeitos da capacidade geral de combinação do i-ésimo ou j-ésimo
progenitor respectivamente;
S
ij
:: efeito da capacidade específica de combinação para os
cruzamentos entre os progenitores, i, e j; e
ij
: erro experimental médio.
O esquema da análise de variância, com os quadrados médios, e suas
respectivas esperanças matemáticas para o modelo fixo é apresentado na
Tabela 1.
14
Tabela 1 Esquema da análise de variância para dialelos balanceados
envolvendo apenas os híbridos F
1
s, segundo a metodologia
proposta por Griffing (1956)
FV GL QM
F
E[QM]
Fixo
CGC p-1 QMG
QMG/QMR
QMS/QMR
CEC p(p-3)/2 QMS
Resíduo F QMR
em que:
p: número de genitores;
f: número de graus de liberdade do resíduo.
2.2.2.2 Dialelo parcial por Geraldi e Miranda Filho (1988)
Os dialelos parciais envolvem dois grupos de parentais e seus
respectivos cruzamentos. Segundo Cruz (2004), neste tipo de dialelo, as
adaptações do modelo de Griffing (1956) têm possibilitado maximizar as
informações sobre os grupos estudados com um número menor de
cruzamentos. Segundo Miranda Filho e Geraldi (1984) e Geraldi e Miranda
Filho (1988), o esquema de dialelo parcial é utilizado quando se dispõe de dois
grupos distintos de variedades ou de populações, por exemplo, milho tipo
dent x tipo flint, ciclo precoce x ciclo tardio. Este modelo permite avaliar as
análises de variância, estimar a variabilidade dentro dos grupos e verificar os
efeitos resultantes da hibridação entre os dois grupos distintos (MORELLO;
MIRANDA FILHO; GORGULHO, 2001).
A análise do dialelo parcial é realizada em nível de médias dos
tratamentos, utilizando modelo proposto por Griffing (1956), adaptado por
Geraldi e Miranda Filho (1988) aos cruzamentos dialélicos parciais, e foram
avaliadas pq combinações híbridas, sendo p linhagens (Grupo I) e q linhagens
(Grupo II), conforme Tabela 2.
15
Tabela 2 Tabela dialélica parcial constituindo cruzamentos entre p linhagens
(Grupo-l) e q linhagens (Grupo-2)
2
1
Grupo
Grupo
1 2 ... q
1 Y
11
Y
12
... Y
1
q
2 Y
21
Y
22
... Y
2
q
... ... ... ...
p Y
P1
Y
P2
... Ypq
O modelo estatístico a ser adotado é o seguinte:
ij
ijjiij
sggY
em que:
Y
ij
: valor médio da combinação híbrida entre o i-ésimo progenitor do
Grupo I(p) e j - ésimo progenitor do Grupo II(q);
µ: média geral;
g
i
: efeito da capacidade geral de combinação do i-ésimo progenitor do
Grupo I;
g
j
: efeito da capacidade geral de combinação do j-ésimo progenitor do
Grupo II;
S
ij
: efeito da capacidade específica de combinação entre progenitores
de ordem i e j, dos Grupos I e II, respectivamente; e
ij
: erro experimental médio.
16
3. MATERIAL E MÉTODOS
A obtenção dos híbridos simples e a condução dos experimentos
tiveram por local a Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI) da Universidade
Estadual de Maringá, Maringá-PR, nos anos agrícolas de 2006-2007 e 2007-
2008, em um solo classificado como Latossolo Vermelho distrófico. A FEI está
localizada numa latitude de 23º25'S; 51º57'O, a 550 m de altitude. A
precipitação média anual é de 1.500 mm, e a temperatura média anual é de
19ºC.
3.1 MATERIAL GENÉTICO DO DIALELO 1
As linhagens utilizadas no presente experimento são oriundas do
Programa de Melhoramento Genético de Milho da Universidade Estadual de
Maringá-UEM-PR. Foram utilizadas nove linhagens S
8
de milho-pipoca
extraídas de seis fontes de germoplasma (Tabela 3).
Tabela 3 Genitores das linhagens utilizadas nessa avaliação
Genitores Tipo de material genético e
empresa
Linhagem extraída e sua
codifica
ção
Zélia Híbrido triplo da Pionner L1.1
CMS-42 Embrapa-CNPMS L3.2
CMS-43 Embrapa-CNPMS L4.4
UEM-M2
Variedade de polinização
aberta da UEM
L7.1
L7.4
Zaeli Genealogia desconhecida L8.4
IAC-112
Híbrido simples modificado
do IAC-SP
L9.1
L9.2
L9.3
As linhagens utilizadas como genitoras foram a L1.1, L3.2, L4.4, L7.1,
L7.4, L8.4, L9.1, L9.2 e L9.3. Essas linhagens foram selecionadas para os
cruzamentos por terem alta prolificidade. No total, foram obtidos 36 híbridos
simples para a avaliação, das diversas características de minimilho (Tabela 4).
17
Tabela 4 Linhagens(L) e híbridos simples (HS) formados no dialelo 1.
Maringá-PR, 2009
L1.1 L3.2 L4.4 L7.1 L8.4 L9.1 L9.2 L9.3 L7.4
1 L1.1 HS1 HS2 HS3 HS4 HS5 HS6 HS7 HS8
2 L3.2 HS9 HS10 HS11 HS12 HS13 HS14 HS15
3 L4.4 HS16 HS17 HS18 HS19 HS20 HS21
4 L7.1 HS22 HS23 HS24 HS25 HS26
5 L8.4 HS27 HS28 HS29 HS30
6 L9.1 HS31 HS32 HS33
7 L9.2 HS34 HS35
8 L9.3 HS36
9 L7.4
Considerando a ausência de materiais comerciais recomendados para
a produção de minimilho, foram usados como testemunhas alguns materiais
comerciais recomendados para a produção de milho pipoca, a saber: Jade
(híbrido triplo) e Zélia (híbrido triplo) da empresa Pioneer, as cultivares IAC-
112 (híbrido simples modificado) e IAC-125 (híbrido top cross) do Instituto
Agronômico de Campinas; a cultivar BRS-Angela da EMBRAPA (variedade
de polinização aberta), e uma cultivar utilizada por pequenos produtores na
região de Cascavel-PR, destinada à produção de minimilho, denominada milho
Tailandês (origem e genealogia desconhecidas).
3.2 MATERIAL GENÉTICO DO DIALELO 2
Foram utilizadas no dialelo 2, dez linhagens utilizadas no presente
experimento foram extraídas de dois genótipos do Programa de Melhoramento
Genético de Milho Especiais da UEM. Cinco linhagens S
8
(Grupo I-G1) foram obtidas
do material Zaeli e cinco (Grupo II-G2) do híbrido simples modificado IAC-112.
As linhagens utilizadas como genitoras, assim bem como seus híbridos
formados em esquema dialélico parcial estão apresentadas na Tabela 5.
Tabela 5 Esquema de dialelo parcial do dialelo 2 e codificação das linhagens,
Maringá-PR, 2009
Dialelo 2
GI
1 2 3 4 5
P9.5.1 P9.5.2 P9.5.3 P9.5.4 P9.5.5
GII
1 P8.1 HS1 HS6 HS11 HS16 HS21
2 P8.2 HS2 HS7 HS12 HS17 HS22
3 P8.3 HS3 HS8 HS13 HS18 HS23
4 P8.4 HS4 HS9 HS14 HS19 HS24
5 P8.5 HS5 HS10 HS15 HS20 HS25
18
3.3 TRATOS CULTURAIS
De acordo com as características experimentais específicas nas quais se
busca obter um maior número de espigas e, concomitantemente, um rendimento
elevado de espigas sem palha da área cultivada, bem como as informações de
literatura, adotou-se o espaçamento de 0,9 m entre as linhas, com o intuito de
facilitar os tratos culturais e o trabalho de colheita. A população inicial foi de 180.000
semente ha
-1
, obtendo-se, após desbaste, 160.000 plantas ha
-1
.
Os tratos culturais realizados foram os mesmos praticados no cultivo
convencional de milho, deferindo apenas no aumento da adubação em virtude da
maior competição por nutrientes pela elevada população adotada. Aplicaram-se 350
kg ha
-1
da formulação 8-28-18 na semeadura e duas aplicações de 150 kg ha
-1
cada de ureia, a primeira no estádio v2 e a segunda no estádio v6. A adubação foi
realizada com auxílio de uma semeadora-adubadora de plantio direto sem as linhas
de disposição de sementes, e a semeadura foi efetuada com matracas
experimentais de disposição individual de sementes, controlada manualmente, com
auxílio de gabarito graduado com a distância entre sementes determinadas.
As aplicações de defensivos foram realizadas com pulverizador costal de
capacidade de 20 L e as adubações de cobertura realizadas manualmente, sendo
usados para a dessecação 4 L/ha de glifosato + 30 mL/ha de lambidacialotriona
para controle de plantas daninhas e controle inicial de percevejos, seguido de 3 L/ha
de atrazina como herbicida pré-emergente e três aplicações de 250 mL/ha de
profenofós + 100 mL/ha de Lufenuron para controle das pragas infestantes.
A colheita foi realizada manualmente e as espigas acondicionadas em
caixas individuais por parcela identificada, e imediatamente realizadas as aferições
das características analisadas.
3.4 CARACTERÍSTICAS AVALIADAS NOS DIALELOS 1 E 2
3.4.1 Preparo do material a ser colhido
No início da floração feminina de cada tratamento foram consideradas
como espigas viáveis para produção de minimilho aquelas que apresentassem
emissão de estilos-estigmas de 2 a 3 cm de comprimento. A colheita foi
19
realizada diariamente nos períodos de temperatura amenas, a fim de obter o
máximo rendimento de cada tratamento, reduzindo a desidratação das espigas
e garantindo a manutenção de suas características organolépticas ideais e
texturais para o consumo in natura.
3.4.2 Avaliações das características
As características avaliadas nos híbridos simples para produção de
minimilho foram: diâmetro de espiga com palha (DECP) e sem palha (DESP),
comprimento de espiga com palha (CECP) e sem palha (CESP), massa de
espiga com palha (MECP) e sem palha (MESP), rendimento com palha (RECP)
e sem palha (RESP). Os dados foram expressos em kg ha
-1
.
As características diâmetro com palha e sem palha foram obtidas, pela
média aritmética simples de 15 espigas por parcela tomando-se a parte central
de cada espiga. Para avaliar o diâmetro de cada espiga utilizou-se um
paquímetro digital de precisão em milímetros. Os comprimentos das espigas
com palha e sem palha foram obtidos com uma régua graduada em
centímetros. Na avaliação da massa de espigas com palha e sem palha,
utilizou-se uma balança de precisão (grama). O rendimento de minimilho em
cada parcela foi avaliado por meio de uma balança analítica (gramas) e
convertido em quilos por hectare (kg ha
-1
).
3.5 ANÁLISES ESTATÍSTICAS DOS DIALELOS 1 E 2
Para os dois experimentos, utilizou-se o delineamento experimental de
blocos completos com os tratamentos ao acaso, com quatro repetições e 42
tratamentos para o experimento do dialelo 1 e três repetições com 25
tratamentos para o dialelo 2. A parcela experimental foi composta de uma linha
de 5 m de comprimento com 0,9 m de distância entre as fileiras
As características avaliadas foram submetidas à análise de variância,
em nível de 5% de probabilidade do erro, no programa estatístico SAS. As
médias dos tratamentos foram comparadas utilizando o teste de Scott e Knott
(1974).
20
Para o dialelo 1, empregou-se o método 4 de Griffing (1956), e a
metodologia de Griffing (1956) adaptada para dialelo parcial por Geraldi e
Miranda Filho (1988) para o dialelo 2. Ambas as análises foram realizadas com
auxílio do programa computacional Genes, da Universidade Federal de Viçosa
(CRUZ, 2007).
21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 ANÁLISE DO DIALELO 1
Nas Tabelas 6 e 7, encontram-se os quadrados médios para os
tratamentos da análise de variância para o delineamento de blocos completos
com os tratamentos ao acaso, os coeficientes de variação e as médias gerais
para os caracteres avaliados em todos os genótipos de milho-pipoca para
produção de minimilho, cultivados em Iguatemi-PR, em 2007/2008.
Tabela 6 Análise de variância para característica de minimilho em híbridos
simples de linhagens de milho-pipoca e testemunhas, Iguatemi-PR,
2007-2008
FV
GL
QM
MECP (g)
CECP (cm)
DECP (cm)
RECP (kg.ha
-
1
)
Tratamentos 41 79,641 * 5,737 * 0,064 * 473140,690 *
Blocos 3 147,251
11,355
0,198
1657307,070
Resíduo 123 22,749
2,693
0,021
211670,010
CV (%) 15,000 8,340 7,800 31,730
Média 31,810 19,690 1,870 14500
*Significativo pelo teste F a 5% de probabilidade; MECP - massa das espigas com palha (g); CECP -
comprimento das espigas com palha (cm); diâmetro das espigas com palha (cm); RECP - rendimento das
espigas com palha (kg ha
-1
).
Tabela 7 Análise de variância para característica de minimilho em híbridos
simples de linhagens de milho-pipoca e testemunhas, Iguatemi-PR,
2007-2008
FV GL
QM
MESP (g)
CESP (cm)
DESP (cm)
RESP (kg.ha
-
1
)
Tratamentos 41
7,624
* 3,323
* 0,032
* 34125,570
*
Blocos 3
44,543
0,913
0,057
154643,671
Resíduo
123
3,352
0,995
0,012
19123,920
CV(%) 19,00
9,80
8,29
37,62
Média 9,63
10,18
1,30
367,56
*Significativo pelo teste F a 5% de probabilidade; MESP - massa das espigas sem palha (g); CESP -
comprimento das espigas sem palha (cm); DESP - diâmetro das espigas sem palha (cm); RESP -
rendimento das espigas sem palha (kg ha
-1
).
22
O teste F indicou a existência de diferenças significativas a 5% de
probabilidade entre as médias para todos os caracteres, o que demonstra a
variabilidade do material.
O coeficiente de variação (CV%) para o rendimento de espigas com palha
(RECP) foi de 31,73%. Esse valor é considerado elevado quando comparado com
a estimativa obtida por Carvalho, Pinho e Pereira Filho (2002) (22%). No entanto,
é prematuro fazer juízo da precio experimental, pois existem poucos trabalhos
sobre minimilho na literatura mundial. É importante salientar que as medições das
características de minimilho foram feitas diariamente, o que pode ter levado a uma
maior influência ambiental, inerente à própria caractestica em avaliação nos
genótipos em tela, sem que o CV expresse baixa precisão experimental. Para as
variáveis massa de espigas com palha (MECP), comprimento de espigas com
palha (CECP) e diâmetro de espiga com palha (DECP), os coeficientes de
variação estão pximos aos encontrados na literatura (ALMEIDA et al., 2005).
Para os caracteres de espiga avaliados sem palha, tais como massa,
comprimento e diâmetro, os valores de CV estão próximos aos relatados por
Carvalho, Pinho e Pereira Filho (2002). Para a característica rendimento de
espigas sem palha, o coeficiente de variação foi maior ao obtido por Silva et al.
(2006). Mas, a consideração supracitada é igualmente válida em virtude da pouca
literatura, o que se pode resumir que todas as inferênciaso de valor.
As médias encontradas para todas as características avaliadas para
produção de minimilho encontram-se dentro dos padrões sugeridos pela Embrapa
para comercialização (PEREIRA FILHO; CRUZ, 2001). As médias estão
apresentadas na Tabela 8.
A massa de espigas com palha (MECP) apresentou uma amplitude de
variação de 21,08 a 41,98g entre os híbridos simples HS25 e HS7,
respectivamente. Para a variável comprimento de espiga com palha, a amplitude
de variação foi de 5,34 cm e o menor comprimento ocorreu para o híbrido triplo da
Pioneer Jade com 16,89 cm e o maior comprimento de espigas foi observado no
HS36 22,23 cm. Em relação ao diâmetro de espigas com palha, observou-se uma
variação de 1,56 a 2,19 cm entre os valores observados nos H25 e H36,
respectivamente. Não é possível realizar comparões em virtude da inexistência
de trabalhos relacionados com a característica específica.
23
Tabela 8 Médias observadas para as oito características avaliadas nos
híbridos simples de milho-pipoca para avaliação do potencial de
minimilho, Iguatemi-PR 2007-2008.
Cruzamento Híbridos
simples
(HS)
RESP
(kg ha
-1
)
RECP
(kg ha
-1
)
MECP
(g)
CECP
(cm)
DECP
(cm)
MESP
(g)
CESP
(cm)
DESP
(cm)
(pxq)
Zélia x CMS 42 HS 1 313,07
c
1109,33
d
28,24
d
20,05
b
1,81
d
9,30
b
10,70
c
1,29
c
Zélia x CMS 43 HS 2 280,44
c
1169,17
d
23,26
e
17,74
d
1,70
e
7,07
d
8,64
e
1,17
d
Zélia x UEM-M2 I HS 3 106,56
e
720,41 d
36,30
b
19,77
c
1,97
c
11,38
a
11,73
a
1,36
b
Zélia x Zaeli HS 4 279,97
c
1049,88
d
31,22
c
18,81
c
1,97
c
9,41
b
9,31
d
1,35
b
Zélia x IAC-112 I HS 5 193,03
d
1045,38
d
36,52
b
21,62
a
2,11
b
11,01
a
11,03
b
1,40
b
Zélia x IAC-112 II HS 6 390,20
b
1199,48
d
27,95
d
17,68
d
1,71
e
10,25
b
10,33
c
1,28
c
Zélia x IAC-112 III HS 7 335,48
c
1809,44
b
41,98
a
20,99
b
1,99
c
11,34
a
10,58
c
1,32
b
Zélia x UEM-M2 II HS 8 296,06
c
1319,81
c
30,93
c
19,15
c
1,68
e
7,88
c
9,85
d
1,09
d
CMS 42 x CMS 43 HS 9 585,52
a
2038,70
a
31,59
c
20,38
b
1,92
c
10,67
a
10,05
c
1,33
b
CMS 42 x UEM-M2 I HS 10 319,30
c
1116,57
d
39,15
a
20,09
b
1,99
c
12,17
a
11,30
b
1,35
b
CMS 42 x Zaeli HS 11 476,74
a
2011,81
a
34,35
c
20,22
b
1,79
d
10,07
b
10,13
c
1,26
c
CMS 42 x IAC-112 I HS 12 428,20
b
1775,82
b
33,82
c
19,73
c
1,96
c
9,96
b
10,13
c
1,24
c
CMS 42 x IAC-112 II HS 13 337,23
c
1457,26
c
32,35
c
19,37
c
1,84
d
9,23
b
9,55
d
1,24
c
CMS 42 x IAC-112 III HS 14 417,56
b
1867,53
a
35,09
c
19,26
c
1,88
d
9,09
b
9,72
d
1,27
c
CMS 42 x UEM-M2 II HS 15 333,92
c
1125,46
d
27,41
d
19,19
c
1,72
e
10,61
a
10,08
c
1,33
b
CMS 43 x UEM-M2 I HS 16 210,22
d
1004,69
d
32,91
c
20,52
b
1,90
c
8,22
c
10,60
c
1,23
c
CMS 43 x Zaeli HS 17 347,60
c
1117,44
d
27,00
d
19,60
c
1,75
e
9,14
b
10,34
c
1,29
c
CMS 43 x IAC-112 I HS 18 315,58
c
1063,32
d
29,32
d
19,16
c
1,81
d
9,67
b
10,18
c
1,33
b
CMS 43 x IAC-112 II HS 19 365,50
c
1412,19
c
26,61
d
18,94
c
1,75
e
7,48
d
8,76
e
1,25
c
CMS 43 x IAC-112 III HS 20 405,26
b
1718,99
b
34,81
c
20,21
b
1,84
d
10,21
b
12,08
a
1,21
c
CMS 43 x UEM-M2 I HS 21 493,41
a
1669,53
b
31,59
c
18,89
c
1,86
d
9,94
b
10,89
c
1,20
c
UEM-M2 I x Zaeli HS 22 530,73
a
2140,67
a
32,57
c
20,36
b
1,85
d
8,97
b
10,42
c
1,34
b
UEM-M2 I x IAC-112 I HS 23 338,76
c
1315,70
c
36,83
b
19,46
c
1,87
d
11,51
a
9,34
d
1,33
b
UEM-M2 I x IAC-112 II HS 24 356,77
c
1290,12
c
27,18
d
18,63
c
1,76
e
8,96
b
9,41
d
1,28
c
UEM-M2 I x IAC-112 III
HS 25 332,24
c
1501,06
b
21,08
e
18,54
c
1,56
f
5,85
d
8,41
e
1,10
d
UEM-M2 I x UEM-M2 II
HS 26 426,20
b
1850,52
a
28,63
d
20,30
b
1,84
d
7,00
d
8,60
e
1,24
c
Zaeli x IAC-112 I HS 27 361,13
c
1440,30
c
27,18
d
19,33
c
1,78
d
8,57
c
10,01
c
1,21
c
Zaeli x IAC-112 II HS 28 504,02
a
1967,01
a
33,85
c
20,20
b
1,98
c
9,54
b
9,33
d
1,34
b
Zaeli x IAC-112 III HS 29 385,36
b
1605,21
b
27,93
d
19,64
c
1,87
d
7,14
d
8,89
e
1,25
c
Zaeli x UEM-M2 II HS 30 337,78
c
1388,89
c
31,00
c
19,00
c
1,80
d
9,40
b
9,80
d
1,25
c
IAC-112 I x IAC-112 II HS 31 354,93
c
1452,77
c
32,17
c
19,39
c
1,86
d
9,72
b
10,18
c
1,30
b
IAC-112 I x IAC-112 III HS 32 370,34
c
1515,53
b
33,38
c
19,50
c
1,87
d
10,00
b
10,40
c
1,33
b
IAC-112 I x UEM-M2 II HS 33 386,42
b
1581,04
b
34,01
c
20,89
b
1,96
c
10,36
a
10,70
c
1,38
b
IAC-112 II x IAC-112 III HS 34 403,22
b
1649,43
b
34,70
c
21,31
a
2,04
b
10,67
a
11,10
b
1,42
a
IAC-112 II x UEM-M2 II
HS 35 420,76
b
1720,82
b
35,69
b
21,76
a
2,06
b
10,96
a
11,49
b
1,47
a
IAC-112 III x UEM-M2 II
HS 36 439,06
b
1795,34
b
38,48
a
22,23
a
2,19
a
11,27
a
11,83
a
1,52
a
37(Zélia) 37(Zélia) 357,01
c
1203,92
d
34,37
c
19,57
c
1,87
d
11,50
a
11,71
a
1,33
b
38(Jade) 38(Jade) 484,98
a
1385,23
c
24,73
e
16,89
d
1,69
e
9,64
b
10,57
c
1,27
c
39(IAC 112) 39(IAC 112) 456,79
b
1769,94
b
34,17
c
19,30
c
1,81
d
9,91
b
10,06
c
1,24
c
40(IAC 125) 40(IAC 125) 423,52
b
1523,80
b
33,97
c
20,33
b
1,94
c
10,45
a
10,16
c
1,33
b
41(Angela) 41(Angela) 220,10
d
868,31 d
35,80
b
21,94
a
2,00
c
9,82
b
10,34
c
1,32
b
42(Tailandês) 42(Tailandês)
316,41
c
1123,72
d
25,88
d
16,89
d
1,95
c
9,39
b
9,02
e
1,49
a
Médias seguidas pela mesma letra pertencem ao mesmo agrupamento, de acordo com o teste de Scott
Knott, a 5% de probabilidade. DECP - diâmetro das espigas com palha (cm); CECP - comprimento das
espigas com palha (cm); MECP - massa das espigas com palha (g); RECP - rendimento das espigas com
palha (kg.ha
-1
); DESP - diâmetro das espigas sem palha (cm); CESP - comprimento das espigas sem palha
(cm); MESP - massa das espigas sem palha (g); RESP - rendimento das espigas sem palha (kg ha
-1
).
24
A característica rendimento de espigas com palha teve amplitude de
variação de 1.420 kg, sendo o menor valor de espigas com palha observado
em HS3 com 720 kg, e o maior rendimento em HS22, com 2.140 kg. O grupo
formado pelos híbridos HS26, HS14, HS28, HS11, HS9 e HS22 apresentou os
maiores rendimentos (1.850,52; 1.867,53; 1.967,01; 2.011,81; 2.038,7 e
2.140,67 kg ha
-1
, respectivamente).
Os resultados encontrados para os caracteres avaliados sem palha
foram semelhantes aos encontrados por Almeida et al. (2005), quando
testaram em materiais comerciais de milho comum, e inferiores aos
encontrados por Rodrigues, Silva e Mori (2003, 2004); Como os trabalhos
relacionados são escassos na literatura, estes valores podem ser considerados
aceitáveis.
Para a característica massa das espigas sem palha, observou-se uma
amplitude de variação de 6,32 g, com a menor média observada no HS25 com
5,85 g e a maior encontrada no HS10 com 12,17 g. Esses valores estão dentro
do limite de produção de minimilho in natura exigido pelas empresas
(PEREIRA FILHO; CRUZ, 2001).
A característica comprimento de espiga sem palha registrou amplitude
de variação de 3,67 cm, sendo o menor comprimento constatado no HS25 com
8,41 cm e o maior em HS20, com 12,08 cm. Para a característica diâmetro das
espigas, a variação foi de 0,43 cm. O menor diâmetro médio foi observado no
HS8 com 1,09 cm e o maior diâmetro foi de 1,52 cm, observado no HS36. Esta
característica é um bom indicador fitotécnico de qualidade de minimilho, visto
que maiores diâmetros de espiga relacionam-se diretamente em maior
desenvolvimento do sabugo, tendo consequentemente maior acúmulo de
matéria seca, aumento da textura e redução de sua palatabilidade, assim
como, diâmetros inferiores resultam em perdas pela fragilidade da matéria-
prima, que se rompe facilmente, depreciação da qualidade visual do produto e
redução do rendimento final de minimilho.
Para rendimento de espigas sem palha, obteve-se a amplitude de
variação de 478 kg. A maior média foi obtida no HS9 com 585 kg ha
-1
e no
mesmo grupo estatístico, em nível de 5% de probabilidade pelo teste de Scott-
Knott), encontram-se os híbridos simples HS22, HS28, HS21, HS11 e o híbrido
triplo Jade. Os valores de rendimento de espigas sem palha desse experimento
25
estão de acordo com os obtidos por Almeida et al. (2005), trabalhando com
cultivares de milho comum.
4.1.1 Análise da Capacidade Combinatória do dialelo 1
Nas Tabelas 9 e 10, encontram-se os quadrados médios da
capacidade geral (CGC) e da capacidade específica (CEC) de combinação,
para as oito características avaliadas.
Tabela 9 Estimativas dos quadrados médios da capacidade geral de
combinação (CGC) e da capacidade específica de combinação
(CEC), para quatro caracteres de minimilho com palha, de acordo
com o Modelo 4, de Griffing (1956). Maringá-PR, 2009
FV GL
QM
RECP MECP CECP DECP
C.G.C 8 841381,2
* 51,448230
* 2,766825
* 0,030883
*
C.E.C 27 374964,5
* 88,178240
* 4,694230
* 0,077574
*
RESÍDUO 123 52917,5
5,687243
0,673140
0,005301
*Significativo pelo teste F a 5% de probabilidade; DECP - diâmetro das espigas com palha
(cm); CECP - comprimento das espigas com palha (cm); MECP - massa das espigas com
palha (g); RECP - rendimento das espigas com palha (kg ha
-1
).
Tabela 10 Estimativas dos quadrados médios da capacidade geral de
combinação (C.G.C) e da capacidade específica de combinação
(CEC), para quatro caracteres de minimilho sem palha, de acordo
com o Modelo 4, de Griffing (1956). Maringá-PR, 2009
F.V. G.L.
QM
CESP MESP DESP RESP
C.G.C 8 0,030883
* 5,974621
* 0,017616
* 67674,54
*
C.E.C 27 0,077574
* 9,135178
* 0,035819
* 24444,79
*
RESÍDUO 123 0,005301
0,837887
0,00289
4780,98
*Significativo pelo teste F a 5% de probabilidade; DECP - diâmetro das espigas com palha
(cm); CECP - comprimento das espigas com palha (cm); MECP - massa das espigas com
palha (g); RECP - rendimento das espigas com palha (kg ha
-1
).
Os quadrados médios para CGC e CEC foram significativos a 5% de
probabilidade para todas as características avaliadas. Isso denota a existência
de variabilidade genética, resultante da ação de efeitos gênicos aditivos e não-
aditivos no controle da expressão gênica. Também é importante destacar as
26
evidências da variabilidade genética entres as linhagens genitoras, linhagens
que têm potencial superior para características de produção de minimilho e
também a ocorrência de combinações específicas entre linhagens na formação
de híbridos.
4.1.2 Estimação dos efeitos das Capacidades de Combinação do dialelo 1
4.1.2.1 Estimação dos efeitos da Capacidade Geral de Combinação (CGC), do
dialelo 1
As estimativas dos efeitos da capacidade geral de combinação (CGC)
dependem do conjunto particular das linhagens incluídas nos híbridos em teste.
Portanto, as inferências são válidas somente para o material experimental
utilizado (GRIFFING, 1956). Nas Tabelas 11 e 12, estão apresentadas as
estimativas dos efeitos de CGC, para cada linhagem, e os desvios-padrão dos
efeitos das linhagens genitoras e do contraste entre duas linhagens para as
oito características avaliadas.
Tabela 11 Estimativas de efeitos de capacidade geral de combinação (
i
G
)
em linhagens de milho-pipoca para produção de minimilho,
segundo o método de Griffing (1956). Maringá-PR, 2009
C.G.C.
RECP MECP CECP DECP
G( 1)
-
L1.1
-
336,939
0,213 -0,342 0,000
G( 2) -L3.2 103,001 1,013 0,013 -0,005
G( 3)
-
L4.4
-83,920
-
2,545
-
0,395
-
0,059
G( 4) - L7.1 -120,247 -0,037 -0,076 -0,029
G( 5) -L8.4 134,248 -1,401 -0,149 -0,022
G( 6) -L9.1 -84,516 1,189 0,125 0,040
G( 7) - L9.2 52,516 -0,630 -0,132 0,008
G( 8)
-
L9.3
240,151
1,792
0,497
0,043
G( 9) - L7.4 95,706 0,405 0,458 0,024
DP(
i
G
ˆ
)
40,990 0,420 0,150 0,010
DP(
i
G
ˆ
-
j
G
ˆ
)
61,480 0,640 0,220 0,020
DECP - diâmetro das espigas com palha (cm); CECP - comprimento das espigas com palha
(cm); MECP - massa das espigas com palha (g); RECP - rendimento das espigas com palha
(kg ha
-1
).
27
Tabela 12 Estimativas de efeitos de capacidade geral de combinação (
i
G
)
em linhagens de milho-pipoca para produção de minimilho,
segundo o método de Griffing (1956). Maringá-PR, 2009
C.G.C.
RESP MESP CESP DESP
G( 1) - L1.1
-
104,823
0,170 0,123 -0,012
G( 2)
-
L3.2
40,424
0,664
0,050 -0,005
G( 3)
-
L4.4
10,708 -0,578 0,033
-
0,048
G( 4) - L7.1 -43,970 -0,341 -0,214 -0,016
G( 5)
-
L8.4
42,108
-
0,601
-
0,440
-0,008
G( 6) - L9.1 -25,740 0,622 0,094 0,025
G( 7) - L9.2 29,151 0,052 -0,166
0,034
G( 8)
-
L9.3
22,850 -0,126 0,243 0,011
G( 9)
-
L7.4
29,291 0,139
0,276
0,019
DP (
i
G
ˆ
)
12,32 0,16 0,09 0,01
DP(
ji
GG
ˆˆ
)
18,48 0,24 0,13 0,01
DECP - diâmetro das espigas sem palha (cm); CECP - comprimento das espigas sem palha (cm);
MECP - massa das espigas sem palha (g); RECP - rendimento das espigas sem palha (kg ha
-1
).
Adotou-se como critério considerar a existência de diferença entre dois
genitores quaisquer, quando essa diferença ultrapassar o valor de dois desvios-
padrão. Altas estimativas de
i
G
, em valores absolutos, ocorrem, em geral, para os
genótipos, cujas frequências de alelos favoráveis são consistentemente maiores
ou menores que a frequência dia dos alelos favoráveis em todos os genótipos
testados. Assim, esses valores constituem uma indicação de genes que são
predominantemente aditivos em seus efeitos (SPRAGUE; TATUM, 1942).
Para todos os caracteres avaliados com palha, rendimento (RECP),
massa (MECP), comprimento (CECP) e diâmetro (DECP), a linhagem que mais
contribui para aumentar as médias dos caracteres foi a linhagem 8 (P9.3), com
estimativas de
i
G
de 240,151; 1,792; 0,497 e 0,043; respectivamente. Para a
massa das espigas com palha (MECP), os efeitos da CGC apresentaram maior
efeito positivo na linhagem 8 (P9.3) como citado anteriormente, em contrapartida à
linhagem que teve menor contribuição (linhagem 1). A amplitude de variação foi
de 5,48 desvios-padrão.
Para os caracteres comprimento de espiga (CECP), diâmetro (DECP) e
massa de espiga (MECP), a linhagem 3 teve a menor contribuição, com
i
G
s
de
(-2,545; -0,395 e -0,059), respectivamente, apresentando também contribuição
negativa para rendimento de espigas com palha com
i
G
de -83,92.
28
Para comprimento de espigas com palha (CECP), a linhagem que mais
contribuiu foi a 8, com
i
G
de 0,497, e a que menos contribuiu foi a linhagem 3
com
i
G
de -0,395 e amplitude de variação de 4,05 desvios-padrão.
Para o caráter diâmetro de espiga com palha, a linhagem que mais
contribuiu para o diâmetro foi a linhagem 8, com
i
G
de 0,043. Em contrapartida, a
menor contribuição foi observada na linhagem 3, com
i
G
-0,059, com amplitude
de variação correspondente a 5,1 desvios-padrão.
A linhagem 8 foi a que mais contribuiu para a massa de espigas com
palha com
i
G
de 1,792. A linhagem que menos contribuiu para tal caráter foi a
linhagem 3, com
i
G
de -2,545. A amplitude observada foi de 6,77 desvios-padrão.
Para massa de espigas sem palha, a linhagem que mais contribui para
incremento foi a linhagem 2 com um
i
G
de 0,664; em contrapartida, a linhagem
que menos contribuiu para tal característica foi a 5, com
i
G
de -0,601. A amplitude
de variação apresentada foi de 5,27 desvios-padrão.
A linhagem que apresentou melhor desempenho para a característica
comprimento de espigas sem palha foi a 9, com um
i
G
de 0,276, contribuindo
mais que as demais linhagens testadas. No entanto, a linhagem que apresentou
menor contribuição para o comprimento de espigas sem palha foi a 5, com um
i
G
de -0,440 e amplitude apresentada foi de 5,51 vezes o desvios-padrão.
Para o caráter diâmetro de espigas sem palha, a linhagem 7 foi superior,
apresentando
i
G
positivo e alto (
i
G
de 0,034). A que menos contribuiu foi a 3,
com amplitude de variação de 8,20 vezes o desvio-padrão.
A linhagem 5 foi a que mais contribuiu para o rendimento de espigas sem
palha, com um
i
G
de 42,108. A menor contribuição para o rendimento de espigas
sem palha foi observada na linhagem 1, que apresentou
i
G
de -104,82. A
amplitude de variação apresentada para tal característica foi de 7,95 vezes o
desvio-padrão.
4.1.2.2 Estimação dos efeitos da capacidade de específica de combinão
(CEC), do dialelo 1
As estimativas dos efeitos da CEC (
ij
S
) e os desvios-padrão referentes
aos 36 híbridos simples de milho-pipoca para avaliação de minimilho estão
29
apresentados na Tabela 13. Baixos valores de
ij
S
indicam que o desempenho dos
híbridos podem ser previsto com base na capacidade geral de combinação dos
seus parentais (CRUZ; REGAZZI, 2004).
Tabela 13 Estimativas dos efeitos da capacidade específica de combinação (
ij
S
ˆ
)
para oito caracteres de minimilho e desvios-padrão (DP). Maringá-PR,
2009
ij
S
HS RESP RECP MECP CECP DECP MESP
CESP
DESP
Zélia x CMS 42 HS 1 11,398 -129,416 -4,850 0,604 -0,053
-1,091
0,363 0,014
Zélia x CMS 43 HS 2 8,483 117,345 -6,272 -1,299 -0,109
-2,078
-1,680
-0,063
Zélia x UEM-M2 I HS 3 -110,718
-295,088 4,260 0,413 0,131 1,995 1,658 0,095
Zélia x Zaeli HS 4 -23,387
-220,114 0,544 -0,475 0,124 0,285 -0,537
0,077
Zélia x IAC-112 I HS 5 -42,478
-5,849 3,254 2,061 0,203 0,662 0,649 0,094
Zélia x IAC-112 II HS 6 99,800 11,219 -3,497 -1,622 -0,166
0,472 0,209 -0,035
Zélia x IAC-112 III HS 7 51,382 433,544 8,111 1,060 0,080 1,739 0,050 0,028
Zélia x UEM-M2 II HS 8 5,520 88,359 -1,552 -0,742 -0,212
-1,985
-0,713
-0,210
CMS 42 x CMS 43 HS 9 168,316
546,935 1,259 0,987 0,116 1,028 -0,197
0,090
CMS 42 x UEM-M2 I HS 10
-43,225
-338,868 6,310 0,378 0,156 2,291 1,300 0,078
CMS 42 x Zaeli HS 11
28,136 301,876 2,874 0,581 -0,052
0,451 0,356 -0,020
CMS 42 x IAC
-
112 I
HS 12
47,445
284,651
-
0,246
-
0,183
0,057
-
0,882
-
0,178
-
0,073
CMS 42 x IAC-112 II HS 13
-98,417
-170,941 0,103 -0,286 -0,032
-1,042
-0,498
-0,082
CMS 42 x IAC-112 III HS 14
-11,785
51,694 0,421 -1,025 -0,026
-1,005
-0,737
-0,029
CMS 42 x UEM-M2 II HS 15
-101,867
-545,931 -5,872 -1,056 -0,167
0,251 -0,410
0,023
CMS 43 x UEM-M2 I HS 16
-122,590
-263,826 3,629 1,215 0,120 -0,417
0,618 0,001
CMS 43 x Zaeli HS 17
-71,288
-405,572 -0,917 0,368 -0,037
0,764 0,583 0,053
CMS 43 x IAC-112 I HS 18
-35,460
-240,928 -1,187 -0,346 -0,039
0,071 -0,111
0,060
CMS 43 x IAC-112 II HS 19
-40,431
-29,089 -2,079 -0,309 -0,067
-1,549
-1,271
-0,029
CMS 43 x IAC-112 III HS 20
5,630 90,075 3,700 0,333 -0,012
1,358 1,640 -0,046
CMS 43 x UEM-M2 I HS 21
87,339 185,061 1,867 -0,949 0,027 0,824 0,418 -0,065
UEM-M2 I x Zaeli HS 22
166,520
653,985 2,144 0,810 0,033 0,356 0,910 0,071
UEM-M2 I x IAC-112 I HS 23
42,399 47,779 3,814 -0,365 -0,009
1,674 -0,704
0,028
UEM-M2 I x IAC-112 II HS 24
5,518 -114,832 -4,017 -0,938 -0,087
-0,307
-0,374
-0,030
UEM-M2 I x IAC-112 III HS 25
-12,711
-91,528 -12,539 -1,656 -0,322
-3,239
-1,783
-0,188
UEM-M2 I x UEM-M2 II HS 26
74,808 402,378 -3,602 0,143 -0,023
-2,354
-1,625
-0,056
Zaeli x IAC-112 I HS 27
-21,310
-82,116 -4,472 -0,422 -0,106
-1,007
0,192 -0,100
Zaeli x IAC-112 II HS 28
66,689 307,562 4,017 0,705 0,126 0,534 -0,228
0,021
Zaeli x IAC-112 III HS 29
-45,670
-241,874 -4,324 -0,483 -0,019
-1,689
-1,077
-0,046
Zaeli x UEM-M2 II HS 30
-99,691
-313,748 0,133 -1,085 -0,070
0,306 -0,200
-0,055
IAC-112 I x IAC-112 II HS 31
-14,553
12,086 -0,253 -0,379 -0,056
-0,509
0,088 -0,052
IAC-112 I x IAC-112 III HS 32
7,159 -112,789 -1,464 -0,898 -0,080
-0,052
-0,101
0,001
IAC-112 I x UEM-M2 II HS 33
16,798 97,166 0,553 0,531 0,029 0,044 0,166 0,043
IAC-112 II x IAC-112 III HS 34
-14,853
-115,921 1,674 1,170 0,121 1,188 0,859 0,083
IAC-112 II x UEM-M2 II HS 35
-3,754 99,915 4,051 1,658 0,160 1,214 1,216 0,124
IAC-112 III x UEM-M2 II HS 36
20,848 -13,201 4,420 1,500 0,256 1,701 1,148 0,197
DP(
ij
S
ˆ
)
29,94 99,61 1,03 0,36 0,03 0,40 0,22 0,02
DP(
ij
S
ˆ
ik
S
ˆ
)
45,27 150,60 1,56 0,54 0,05 0,60 0,33 0,04
DP(
ij
S
-
kl
S
ˆ
)
41,32 137,47 1,43 0,49 0,04 0,55 0,30 0,03
(1) - L1.1; ( 2) - L3.2; ( 3) - L4.4; ( 4) - L7.1; ( 5) - L8.4; ( 6) - L9.1; ( 7) - L9.2; ( 8) - L9.3 e ( 9) - L7.4.
30
Altos valores (positivos ou negativos) de
ij
S
indicam que o
comportamento de um cruzamento particular é relativamente melhor ou pior do
que o esperado, com base na capacidade geral de combinação das linhagens
envolvidas.
As discussões serão voltadas para as combinações híbridas com
estimativas mais altas de capacidade específica de combinações, nas quais
pelo menos uma das linhagens genitoras tenha apresentado um efeito
favorável da capacidade geral de combinação (GRIFFING, 1956).
Para o caráter rendimento de espigas sem palha, as maiores estimativas
em ordem crescente de
ij
S
ˆ
foram observadas nos híbridos, HS 7; HS 28; HS 26;
HS 21; HS 6; HS 22 e HS 9, com estimativas de capacidade especifica de
combinação da ordem de 51,382; 66,689; 74,808; 87,339; 99,8; 166,52; e
168,316, respectivamente. A amplitude de variação foi de 6,43 vezes o valor do
desvio-padrão entre os híbridos HS 9 e HS 16.
Os híbridos HS 12; HS 11; HS 28; HS 26; HS 7; HS 9 e HS 22 foram os
que apresentaram maiores valores positivos crescentes, em valores numéricos,
para as estimativas da capacidade específica para o rendimento de espigas
com palha, com os valores 284,651; 301,876; 307,562; 402,378; 433,544;
546,935 e 653,985, respectivamente. As linhagens 2 e 5 estiveram presentes
em três desses híbridos. A amplitude de variação foi de 7,97 desvios-padrão
entre os híbridos HS 15 e HS 22 com as estimativas (-545,931 e 653,985),
respectivamente.
Para a variável massa de espigas com palha, as combinações bridas
que obtiveram os maiores valores positivos de capacidade específica de
combinação foram, HS23; HS28; HS35; HS3; HS36; HS10 e HS7 com
estimativas de 3,814; 4,017; 4,051; 4,260; 4,420; 6,310 e 8,111,
respectivamente. Vale ressaltar a presença das linhagens 4, 7 e 8 nas
combinações em tela. A linhagem 4 está presente em três combinações
híbridas citadas, e as demais, em duas combinações.
Os híbridos que apresentaram maiores valores de capacidade específica
de combinação para massa de espigas sem palha foram HS35; HS20; HS23;
HS36; HS7; HS3 e HS10, com as seguintes estimativas de valores positivos:
1,214; 1,358; 1,674; 1,701; 1,739; 1,995 e 2,291, respectivamente. É possível
31
observar que a linhagem 8 está presente em três das maiores CEC para esta
característica avaliada. A amplitude foi da ordem de 9,22 desvios-padrão.
De acordo com os resultados observados, por meio das estimativas de
capacidade geral de combinação e valores de estimativas de capacidade
específica de combinação, o melhor cruzamento foi observado entre as
linhagens 5 e 4 (híbrido HS22), sendo o principal caráter avaliado o RESP
(grifado na Tabela 13). Todas as estimativas de valores de
ij
S
ˆ
foram positivas,
para os caracteres estudados, e também foi a linhagem 5 que mais contribuiu
para as características avaliadas com palha para as estimativas de
i
G
ˆ
. A
linhagem 4 apresentou
i
G
negativos todas as características avaliadas. Isso
significa que pode haver alto grau de complementariedade genética entre as
duas linhagens, expresso nas estimativas positivas e elevadas de
ij
S
ˆ
associado
à alta CGC da linhagem 5.
4.2 ANÁLISE DO DIALELO 2
Na Tabelas 14 e 15, encontram-se os quadrados médios, coeficientes
de variação e médias gerais da análise de variância para o delineamento em
blocos completos com os tratamentos ao acaso para oito caracteres avaliados
nos genótipos de milho-pipoca para produção de minimilho, cultivados em
Iguatemi-PR, em 2007/2008.
Tabela 14 Análise de variância para quatro características de minimilho em
híbridos simples de linhagens de milho-pipoca e testemunhas,
Maringá-PR, 2009
FV GL
QM
CECP DECP MECP RECP
(cm)
(cm)
(g)
(k
g
ha
-
1
)
Blocos 2 6,9007 0,8582 3,9225 30651,21
Tratamentos 29 6,7443
ns
0,5514
ns
75,1104
ns
219.243,14 *
Resíduo 58 7,9264 0,6979 56,2256 30.656,63
CV(%) 14,69 38,88 25,07 16,53
Média 19,16 2,15 29,91 1060
ns: não-significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; DECP - diâmetro das espigas com palha (cm);
CECP - comprimento das espigas com palha (cm); MECP - massa das espigas com palha (g); RECP -
rendimento das espigas com palha (kg ha
-1
).
32
Tabela 15 Análise de variância para quatro características de minimilho em
híbridos simples de linhagens de milho-pipoca e testemunhas,
Maringá-PR, 2009
FV GL
QM
CESP DESP MESP RESP
(cm) (cm) (g) (kg ha
-
1
)
Blocos 2 0,0960 0,000023 3,8866 2.543,38
Tratamentos 29 1,8973
ns
0,028998
ns
8,9101
ns
118.948,28
*
Resíduo 58 1,3651 0,026356 8,6224 5.057,24
CV(%) 14,98 13,49 42,20 11,31
Médias 7,80 1,20 6,96 628,96
ns: não-significativo a 5% de probabilidade pelo teste F; CESP - comprimento das espigas sem palha
(cm); DESP - diâmetro das espigas sem palha (cm); MESP - massa da espiga sem palha (g); RESP -
rendimento das espigas sem palha (kg ha
-1
).
O teste F indicou a existência de diferenças significativas a 5% de
probabilidade, entre as médias de tratamentos (híbridos simples e
testemunhas) para, somente, rendimento de espigas com palha (RECP) e
rendimento de espigas sem palha (RESP).
As estimativas dos coeficientes de variação para as características de
espigas sem palha, como: comprimento (CESP), diâmetro (DESP) e
rendimento (RESP), bem como as características de espigas com palha:
comprimento (CECP), e massa (MECP), estão em consonância com outros
autores (ALMEIDA et al., 2005; PEREIRA FILHO; GAMA; FURTADO, 1998).
Por outro lado, para as características diâmetro de espigas com palha (DECP)
e massa de espigas sem palha (MESP), os coeficientes de variação
encontrados foram de 38,88 e 42,20%, respectivamente, valores elevados
quando comparado com a literatura (PEREIRA FILHO; GAMA; FURTADO,
1998). Todas as considerações em relação a essas estimativas foram
exaustivamente discutidas no dialelo 1.
As médias das oito características estão apresentadas na Tabela 16.
As médias gerais de todas as características avaliadas estão de acordo com a
literatura (PEREIRA FILHO; CRUZ, 2001).
33
Tabela 16 Médias observadas para as oito características avaliadas nos
híbridos simples de milho-pipoca para avaliação do potencial de
minimilho. Maringá-PR 2007-2008
GRUPO I
GRUPO II
Trat CECP
DECP
MECP
CESP
DESP
MESP
RECP
RESP
Zaeli IAC 112 (cm)
(cm)
(g)
(cm)
(cm)
(g)
kg ha
-
1
kg ha
-
1
1 1 HS 1 20,83
a
2,06 a
33,57
a
8,81 a
1,32 a
8,33 a
864,07 c
566,29
c
1 2 HS 2 19,19
a
3,27 a
29,15
a
6,96 a
1,16 a
5,18 a
930,46 c
576,9 c
1 3 HS 3 20,62
a
1,79 a
20,69
a
7,33 a
1,1 a
5 a
883,52 c
554,1 c
1 4 HS 4 18,87
a
1,89 a
23,97
a
7,23 a
1,17 a
7,53 a
994,81 c
646,57
c
1 5 HS 5 19,63
a
2,13 a
33,76
a
7,97 a
1,25 a
7,22 a
1.360,67
b
941,15
a
2 1 HS 6 20,63
a
2,1 a
35,95
a
8,46 a
1,28 a
8,68 a
1.765,18
a
659,26
c
2 2 HS 7 19,6 a
2,17 a
32,43
a
7,97 a
1,34 a
7,13 a
795,55 c
475,55
d
2 3 HS 8 18,72
a
1,92 a
31,44
a
7,28 a
1,15 a
5,58 a
930,42 c
540,41
c
2 4 HS 9 18,27
a
2,05 a
29,68
a
8,11 a
1,23 a
7,21 a
1.111,48
c
591,11
c
2 5 HS 10 21,42
a
2,22 a
42,46
a
9,2 a
1,31 a
9,36 a
820,42 c
557,85
c
3 1 HS 11 16,81
a
1,85 a
24,32
a
7,27 a
1,08 a
5,04 a
1.523,1 a
641,15
c
3 2 HS 12 18,72
a
3,06 a
25,33
a
7,89 a
1,21 a
7,31 a
848,89 c
636,3 c
3 3 HS 13 21,27
a
2,09 a
31,7 a
7,73 a
1,21 a
5,83 a
1.499,24
a
969,27
a
3 4 HS 14 19,13
a
1,99 a
27,53
a
5,97 a
1,14 a
7,24 a
754,81 c
496,3 d
3
5
HS 15
14,08
a
1,37
a
22,65
a
9,25
a
1,43
a
10,37
a
823,73
c
471,06
d
4 1 HS 16 16,97
a
1,89 a
24,63
a
7,13 a
1,15 a
6,57 a
781,48 c
268,15
e
4 2 HS 17 19,87
a
2,01 a
31,27
a
7,6 a
1,23 a
5,66 a
900,37 c
638,89
c
4 3 HS 18 19,8 a
2,21 a
32,93
a
8,17 a
1,17 a
6,97 a
1.140,37
c
791,85
b
4 4 HS 19 18,27
a
2,11 a
34,33
a
8,4 a
1,35 a
8,9 a
1.238,89
b
882,59
a
4 5 HS 20 18,13
a
1,93 a
24,73
a
7,2 a
1,12 a
4,95 a
1.119,67
c
671,34
c
5 1 HS 21 17,61
a
3,08 a
23,16
a
6,68 a
1,08 a
4,62 a
847,64 c
313,53
e
5 2 HS 22 18,53
a
2,05 a
33,62
a
7,7 a
1,24 a
6,85 a
1.504,81
a
929,63
a
5 3 HS 23 18,83
a
1,99 a
26,62
a
7,13 a
1,11 a
5,33 a
1.328,84
b
735,73
b
5 4 HS 24 19,44
a
2,15 a
37,22
a
8,95 a
1,36 a
11,37
a
992,47 c
558,35
c
5 5 HS 25 20,53
a
2,1 a
34,43
a
8,25 a
1,18 a
7,22 a
1.287,03
b
951,85
a
26(Zélia) 19,39
a
2,02 a
32,97
a
8,95 a
1,29 a
9,18 a
778,58 c
404,27
d
27(Jade) 19,35
a
1,83 a
28,33
a
7,92 a
1,1 a
6,5 a
851,85 c
363,19
e
28(IAC112)
20,2 a
2,07 a
32,4 a
8,47 a
1,2 a
7,03 a
1.217,77
b
998,51
a
29(IAC125)
20,4 a
3,16 a
29,65
a
6,96 a
1,08 a
6,14 a
967,51 c
635,27
c
30(Angela) 19,77
a
1,94 a
26,28
a
7,14 a
1,05 a
4,47 a
914,98 c
402,53
d
Médias seguidas pela mesma letra pertencem ao mesmo agrupamento, de acordo com o teste de Scott
Knott, a 5% de probabilidade. DECP - diâmetro das espigas com palha (cm); CECP - comprimento das
espigas com palha (cm); MECP - massa das espigas com palha (g); RECP - rendimento das espigas com
palha (kg.ha
-1
); DESP - diâmetro das espigas sem palha (cm); CESP - comprimento das espigas sem
palha (cm); MESP - massa das espigas sem palha (g); RESP - rendimento das espigas sem palha (kg ha
-1
).
Em consonância com o teste F, a 5% de probabilidade, o teste de Scott-
Knott também não detectou diferenças significativas, a 5% de probabilidade do
erro, para todas as características, com duas exceções, rendimento de espigas
com palha e sem palha. Evidentemente, a discussão deve ser concentrada
somente nessas duas características.
Para a característica rendimento de espigas com palha, foram
formados três grupos distintos. O primeiro grupo, das maiores médias, foi
formado por quatro tratamentos (HS6, HS11, HS22 e HS13). Em relação à
característica rendimento de espigas sem palha foram formados cinco grupos
distintos. O grupo, com as maiores médias, é formado por cinco híbridos
34
simples (HS13, HS25, HS5, HS22 e HS19) e a testemunha IAC-112,
selecionados em virtude do índice de aproveitamento industrial.
4.2.1 Análise da Capacidade Combinatória do dialelo 2
Para facilitar a apresentação e discussão dos resultados é importante
relembrar as cinco linhagens S
8
(Grupo I-GI) obtidas do genótipo Zaeli
cruzadas, em dialelo parcial, com cinco linhagens S8 (Grupo II-GII) extraídas
do híbrido simples modificado IAC-112. Doravante, denominar-se-ão, GI-Zaeli e
GII-IAC 112.
As estimativas dos quadrados médios das capacidades geral e
específica de combinação (CGC e CEC), para as quatro características
avaliadas com palha em dialelo parcial, encontram-se nas Tabelas 17 e 18.
Tabela 17 Estimativas dos quadrados médios da capacidade geral de
combinação (CGC) e da capacidade específica de combinação
(CEC), para oito caracteres de minimilho, de acordo com o
Modelo 4, de Griffing. Maringá-PR, 2009
F.V. GL
QM
CECP DECP MECP RECP
CGC G-I 4
8,852388
* 0,167718
ns 139,5984
* 74908,83
*
CGC G-II 4
3,872118
ns 0,778578
* 28,18112
ns 84349,29
*
CEC IxII 16
8,379894
* 0,537313
* 88,33945
* 322124,7
*
Média (u) 19,0308
2,1392
29,9028
1081,917
DP(u) 0,325093
0,096464
0,865838
20,21769
DECP - diâmetro das espigas com palha (cm); CECP - comprimento das espigas com palha (cm); MECP -
massa das espigas com palha (g); RECP - rendimento das espigas com palha (kg ha
-1
).
Tabela 18 Estimativas dos quadrados médios da capacidade geral de
combinação (CGC) e da capacidade específica de combinação
(CEC), para oito caracteres de minimilho, de acordo com o
Modelo 4, de Griffing (1956). Maringá-PR, 2009
F.V. GL
QM
CESP DESP MESP
RESP
CGC G-I 4
0,850602
ns 0,011238
ns 2,44911
ns * 35126,84
*
CGC G-II 4
1,705962
* 0,034098
* 18,05925
* * 131370
*
CEC IxII 16
2,251288
* 0,029875
* 8,749413
* * 115157,3
*
Média (u) 7,7856
1,2148
7,018
642,6072
DP(u) 0,134912
0,018744
0,339065
8,211569
CESP - comprimento das espigas sem palha (cm); DESP - diâmetro das espigas sem palha (cm); MESP -
massa da espiga sem palha (g); RESP - rendimento das espigas sem palha (kg ha
-1
).
35
Na análise dialélica, utilizando o modelo de Griffing (1956), adaptada
para o dialelo parcial por Geraldi e Miranda Filho (1988), observaram-se
diferenças significativas da CGC (P < 0,05) para as linhagens do Grupo I-Zaeli
para as características CECP-comprimento das espigas com palha; MECP-
massa das espigas com palha; RECP - rendimento das espigas com palha e
RESP - rendimento das espigas sem palha. Para as linhagens do Grupo II-IAC
112 foram encontradas diferenças significativas da CGC (P < 0,05) para todas
as características com duas exceções: CECP-comprimento das espigas com
palha e MECP-massa das espigas com palha. As significâncias das CGC
observadas para os genitores dos Grupos I-Zaeli e II-IAC 112 indicam que
existe variação entre as linhagens dentro de cada grupo, para as
características em tela.
A estimativa dos quadrados médios para a capacidade específica de
combinação para as quatro características avaliadas com e sem palha foram
significativas a 5% de probabilidade, reportando a existência de variabilidade
associada a efeitos genéticos não-aditivos.
4.2.2 Estimativas dos efeitos das Capacidades de Combinação do dialelo 2
4.2.2.1 Estimativas dos efeitos da Capacidade Geral de Combinação (CGC)
do dialelo 2
As estimativas da CGC e desvios-padrão, para as oito características
estão apresentadas nas Tabelas 19 e 20.
Tabela 19 Estimativas de efeitos de capacidade geral de combinação (
i
G
)
em milho-pipoca, para produção de minimilho, segundo o método
de Griffing (1956). Maringá-PR, 2009
C.G.C.
G I(Zaeli) CECP DECP MECP RECP
1
0
,
7972
0,0888
-
1
,
6748
-
75
,
2108
2 0,6972 -0,0472 4,4892 2,6932
3 -1,0288 -0,0672 -3,5968 8,0372
4 -0,4228 -0,1092 -0,3248 -45,7608
5 -0,0428 0,1348 1,1072 110,2412
36
Tabela 19, Cont.
G II
(IAC 112)
CECP
DECP
MECP
REC
P
1 -0,4608 0,0568 -1,5768 74,3772
2 0,1512 0,3728 0,4572 -85,9008
3 0,8172 -0,1392 -1,2268 74,5612
4 -0,2348 -0,1012 0,6432 -63,4248
5 -0,2728
-
0
,
1892
1,7032
0
,
3872
DP(
i
G
):
0,65 0,19 1,73 40,44
DP(
i
G
-
'
ˆ
i
G
):
1,03 0,31 2,74 63,93
GI: 1 - P9.5.1; 2 - P9.5.2; 3 - P9.5.3; 4 - P9.5.4 e 5 - P9.5.5. GII:1 - P8.1; 2 - P8.2; 3 - P8.3; 4 - P8.4 e 5 -
P8.5. DECP - diâmetro das espigas com palha (cm); CECP - comprimento das espigas com palha (cm);
MECP - massa das espigas com palha (g); RECP - rendimento das espigas com palha (kg ha
-1
).
Tabela 20 Estimativas de efeitos de capacidade geral de combinação (
i
G
)
em milho-pipoca, segundo o método de Griffing (1956). Maringá-
PR, 2009
C.G.C.
G I(Zaeli) CESP DESP MESP RESP
1 -0,1256 -0,0148 -0,3660 14,3948
2 0,4184 0,0472 0,5740 -77,7712
3 -0,1636 -0,0008 0,1400 0,2088
4 -0,0856 -0,0108 -0,4080 7,9568
5 -0,0436 -0,0208 0,0600
55
,
2108
G II(IAC 112) CESP DESP MESP RESP
1 -0,1156 -0,0328 -0,3700 -152,9312
2
-
0
,
1616
0
,
0212
-
0
,
5920
8
,
8468
3 -0,2576 -0,0668 -1,2760 75,6648
4 -0,0536 0,0352 1,4320 -7,6232
5 0,5884 0,0432 0,8060 76,0428
DP(
i
G
):
0,27 0,04 0,68 16,42
DP(
i
G
-
'
ˆ
i
G
):
0,43 0,06 1,07 25,97
GI: 1 - P9.5.1; 2 - P9.5.2; 3 - P9.5.3; 4 - P9.5.4 e 5 - P9.5.5. GII:1 - P8.1; 2 - P8.2; 3 - P8.3; 4 - P8.4 e 5 -
P8.5. CESP - comprimento das espigas sem palha (cm); DESP - diâmetro das espigas sem palha (cm);
MESP - massa da espiga sem palha (g); RESP - rendimento das espigas sem palha (kg ha
-1
).
Em relação ao Grupo I-Zaeli, a linhagem 2 apresentou estimativas
positivas de
i
G
para as características com palha das espigas, a saber:
comprimento-CECP, massa-MECP e rendimento-RECP. Destacam-se, ainda,
nesse grupo, as altas estimativas positivas de
i
G
para a linhagem 5 nas
características de rendimento de espigas com palha-RECP e sem palha-RESP.
Em relação ao Grupo II-IAC 112, as linhagens 1 e 3 apresentaram altas
estimativas positivas de
i
G
para a características rendimento de espigas com
palha-RECP. As linhagens 3 e 5 apresentaram altas estimativas positivas de
37
i
G
para rendimento de espigas sem palha-RESP. Aliás, a linhagem 5
apresentou todas as estimativas positivas para as quatro características das
espigas sem palha.
4.2.2.2 Estimativas dos efeitos da capacidade de específica de combinação do
dialelo 2
As estimativas das capacidades específicas de combinação (CEC)
para as oito variáveis estão apresentadas na Tabela 21.
Tabela 21 Estimativas dos efeitos da capacidade específica de combinação
(
ij
S
ˆ
) para oito caracteres de minimilho e desvios-padrão (DP).
Maringá-PR, 2009
Trat.
G I
Zaeli
GII
IAC 112
C.E.C.
CECP DECP
MECP
CESP DESP MESP RECP RESP
HS 1 1 1 1,463 -0,225
6,919 1,266 0,153 2,048 -217,013 62.219
HS 2 1 2 -0,789 0,669 0,465 -0,538
-0,061
-0,880 9,655 -88.949
HS 3 1 3 -0,025 -0,299
-6,311
-0,072
-0,033
-0,376 -197,747 -178.567
HS 4 1 4 -0,723 -0,237
-4,901
-0,376
-0,065
-0,554 51,529 -2.809
HS 5
1
5
0,075
0,091
3,829
-
0,278
0,007
-
0,238
353,577
208.105
HS 6 2 1 1,363 -0,049 3,135 0,372 0,051 1,458 606,193 247.355
HS 7 2 2 -0,279 -0,295
-2,419
-0,072
0,057 0,130 -203,159 -98.133
HS 8 2 3 -1,825 -0,033
-1,725
-0,666
-0,045
-0,736 -228,751 -100.091
HS 9 2 4 -1,223 0,059 -5,355
-0,040
-0,067
-1,814 90,295 33.897
HS 10
2 5 1,965 0,317 6,365 0,408 0,005 0,962 -264,577 -83.029
HS 11
3 1 -0,731 -0,279
-0,409
-0,236
-0,101
-1,748 358,769 151.265
HS 12
3 2 0,567 0,615 -1,433
0,430 -0,025
0,744 -155,163 -15.363
HS 13
3 3 2,451 0,157 6,621 0,366 0,063 -0,052 334,725 250.789
HS 14
3 4 1,363 0,019 0,581 -1,598
-0,109
-1,350 -271,719 -138.893
HS 15
3 5 -3,649 -0,513
-5,359
1,040 0,173 2,406 -266,611 -247.799
HS 16
4 1 -1,177 -0,197
-3,371
-0,454
-0,021
0,330 -329,053 -229.483
HS 17
4 2 1,111 -0,393
1,235 0,062 0,005 -0,358 -49,885 -20.521
HS 18
4 3 0,375 0,319 4,579 0,728 0,033 1,636 29,653 65.621
HS 19
4 4 -0,103 0,181 4,109 0,754 0,111 0,858 266,159 239.649
HS 20
4 5 -0,205 0,089 -6,551
-1,088
-0,127
-2,466 83,127 -55.267
HS 21
5 1 -0,917 0,749 -6,273
-0,946
-0,081
-2,088 -418,895 -231.357
HS 22
5
2
-
0,609
-
0,597
2,153
0,120
0,025
0,364
398,553
222.965
HS 23
5 3 -0,975 -0,145
-3,163
-0,354
-0,017
-0,472 62,121 -37.753
HS 24
5 4 0,687 -0,023
5,567 1,262 0,131 2,860 -136,263 -131.845
HS 25
5 5 1,815 0,015 1,717 -0,080
-0,057
-0,664 94,485 177.989
DP(
ij
S
)
1.300 0,386 3,463 0,540 0,075 1,356 80,871 32,846
DP(
ij
S
ˆ
-
ij
S
ˆ
)
2.056 0,610 5,476 0,853 0,119 2,144 127,868 51,935
DP(
ij
S
-
ij
S
)
1.781 0,528 4,742 0,739 0,103 1,857 110,737 44,977
GI: 1 - P9.5.1; 2 - P9.5.2; 3 - P9.5.3; 4 - P9.5.4 e 5 - P9.5.5. GII:1 - P8.1; 2 - P8.2; 3 - P8.3; 4 - P8.4 e 5 -
P8.5. DECP - diâmetro das espigas com palha (cm); CECP - comprimento das espigas com palha (cm);
MECP - massa das espigas com palha (g); RECP - rendimento das espigas com palha (kg.ha
-1
); DESP -
diâmetro das espigas sem palha (cm); CESP - comprimento das espigas sem palha (cm); MESP - massa
das espigas sem palha (g); RESP - rendimento das espigas sem palha (kg ha
-1
).
38
As combinações híbridas mais favoráveis são: 1x5(HS 5), 2x1, (HS 6)
3x3 (HS 13) e 5x2 (HS 22) com ênfase para as características de rendimento
de espigas com palha e sem palha.
39
5. CONCLUSÃO
No dialelo 1, as linhagens extraída de Zaeli e CMS 42 podem ser
indicadas em programas de obtenção de híbridos superiores com maior
rendimento de espigas sem palha.
No dialelo 2, as linhagens 1 e 5 do Grupo I-Zaeli e as linhagens 3 e 5
do Grupo II-IAC 112 podem ser recomendadas para a recombinação dentro
de cada grupo e a formação de duas populações sintéticas para seleção
recorrente ou podem ser indicadas em programas de obtenção de híbridos
superiores visando aumentar o rendimento de espigas sem palha.
Nos dois dialelos, nenhum híbrido de linhagem apresenta média de
rendimento de espigas sem palha que possa ser indicado para o comércio de
forma imediata.
40
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