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JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES
SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA CULTURA
DO ALGODOEIRO (GOSSYPIUM HIRSUTUM L.)
MARINGÁ
PARANÁ - BRASIL
OUTUBRO - 2008
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JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES
SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA
CULTURA DO ALGODOEIRO (GOSSYPIUM HIRSUTUM L.)
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual de Maringá como parte das
exigências do Programa de Pós-graduação
em Agronomia, área de concentrão em
Protão de Plantas, para a obtenção do
tulo de Mestre.
MARINGÁ
PARANÁ - BRASIL
OUTUBRO - 2008
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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação
(CIP)
(Biblioteca Central - UEM, Maringá – PR., Brasil)
Arantes, João Guilherme Zanetti de
A662s Seletividade de herbicidas aplicados em pré-emergência na
cultura do algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) / João
Guilherme Zanetti de Arantes. -- Maringá : [s.n.], 2008.
55 f. : il. color., figs.
Orientador : Prof. Dr. Rubem Silvério de Oliveira Junior.
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Maringá,
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, área de concentração:
Proteção de Plantas, 2008.
1. Seletividade de herbicidas. 2. Controle químico. 3.
Pré-emergentes. 4. Mistura em tanque. 5. Algodoeiro
(Gossypium hirsutum L.). I. Universidade Estadual de Maringá.
Programa de Pós-Graduação em Agronomia. II. Título.
CDD 21.ed. 632.954
1
JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES
SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA
CULTURA DO ALGODOEIRO (GOSSYPIUM HIRSUTUM L.)
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual de Maringá como parte das
exigências do Programa de s-graduação
em Agronomia, área de concentrão em
Protão de Plantas, para a obtenção do
tulo de Mestre.
______________________________ _____________________________
Prof. Dr. Alberto Leão de Lemos Barroso Prof. Dr. Robinson Luiz Contiero
Universidade de Rio Verde Universidade Estadual de Maringá
______________________________ ______________________________
Prof. Dr. Jamil Constantin Prof. Dr. Rubem Silvério de Oliveira Junior
Universidade Estadual de Maringá Universidade Estadual de Maringá
(Orientador)
ii
Aos meus pais Ernani Villela de Arantes e Elsa Aparecida Zanetti de Arantes, cuja
educação, compreensão, carinho, dedicação e, principalmente, pelo incentivo que me
proporcionaram foram fundamentais para que alcançasse mais este objetivo.
DEDICO
iii
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por iluminar-me e conduzir-me até este
momento, proporcionando-me força e sabedoria para enfrentar todas as dificuldades
que a mim foram confiadas.
À Universidade Estadual de Maringá, pela oportunidade e por disponibilizar
recursos técnicos e intelectuais necessários para a realização do curso.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
pela ajuda financeira por meio da bolsa de estudos disponibilizada.
Aos meus pais Ernani Villela de Arantes e Elsa Aparecida Zanetti de Arantes e
irmãos Pedro Augusto Zanetti de Arantes, Fernanda Zanetti de Arantes Oliveira e
Lilian Zanetti de Arantes Scatambulo, por acreditarem em meu potencial, me
motivando e apoiando em todos os momentos de dificuldade.
Aos amigos e professores Dr. Rubem Silvério de Oliveira Jr. e Dr. Jamil
Constantin, pela oportunidade, confiança, orientação, companheirismo, amizade e
pelos valiosos ensinamentos científicos e profissionais, sendo dois grandes exemplos,
tanto pessoal como profissional.
Ao Professor José Usan Torres Brandão Filho e Engenheiro Agrônomo Osni
Calegari (in memoriam), pela valiosa contribuição técnica durante a condução dos
experimentos.
Aos amigos membros do Núcleo de Estudos Avançados em Ciência das
Plantas Daninhas da Universidade Estadual de Maringá (NAPD/UEM): Alexandre
Gemelli, Denis Fernando Biffe, Diego Gonçalves Alonso, Éder Blainski, Eliezer Antônio
Gueno, Erus Guedes Bucker, Fabiano Aparecido Rios, Gizelly Santos, Josiele
Cardoso Carneiro, Luiz Henrique Moraes Franchini, Mayara de Nardo Vanzela,
Meirielly Carpejani, Michel Alex Raimondi e Simone Cristina Brambilla, pela forte
iv
amizade cultivada no decorrer desses anos e pela indispensável colaboração na
condução dos experimentos realizados.
Aos amigos e funcionários da Universidade Estadual de Maringá, Luis
Machado Homem e Milton Lopes da Silva, pela amizade e auxílio na condução dos
experimentos.
Aos funcionários da Fazenda Experimental de Iguatemi Osvaldo, Valdir, Vilson
e Rubens, pela colaboração na condução do experimento.
À secretária do Programa de Pós-graduação em Agronomia Érika Cristina T.
Sato, pela amizade e pelo atendimento profissional, competente e impecável durante
estes anos de convivência.
Aos colegas e amigos de Pós-graduação, pelo companheirismo e pela
contribuição para meu crescimento intelectual.
Enfim, à todos aqueles que direta ou indiretamente cooperaram para o
planejamento e execução deste trabalho.
Muito obrigado!
v
BIOGRAFIA
JOÃO GUILHERME ZANETTI DE ARANTES, filho de Ernani Villela de Arantes
e Elsa Aparecida Zanetti de Arantes, nasceu na cidade de Maringá, Estado do Paraná,
aos vinte dias do mês de fevereiro de 1984.
Em 2002, matriculou-se no Curso de Agronomia da Universidade Estadual de
Maringá. No mesmo ano iniciou como estagiário do cleo de Estudos Avançados em
Ciência das Plantas Daninhas (NAPD), sob orientação dos Professores Doutores
Rubem Silvério de Oliveira Junior e Jamil Constantin, onde atuou durante toda sua
graduação.
Colou grau em fevereiro de 2007. Em março do mesmo ano iniciou o Curso de
Pós-graduação em Agronomia em nível de Mestrado, área de concentração em
Proteção de Plantas, na Universidade Estadual de Maringá – Maringá - PR.
vi
"A educação faz um povo fácil de ser liderado,
mas difícil de ser dirigido;
fácil de ser governado,
mas impossível de ser escravizado."
Henry Peter
vii
ÍNDICE
RESUMO......................................................................................................................viii
ABSTRACT................................................................................................................... ix
1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................1
2. REVISÃO DE LITERATURA......................................................................................3
2.1. Cultura do Algodoeiro...................................................................................3
2.2. Matointerferência na cultura do algodoeiro...................................................5
2.3. Controle químico de plantas daninhas na cultura do algodoeiro ..................7
2.4. Metodologia para avaliação de seletividade...............................................14
3. MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................................17
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................26
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................43
6. CONCLUSÕES ........................................................................................................45
7. REFERÊNCIAS........................................................................................................46
ANEXOS ......................................................................................................................52
viii
RESUMO
ARANTES, J.G.Z., M.S., Universidade Estadual de Maringá, outubro de 2008.
Seletividade de herbicidas aplicados em pré-emergência na cultura do
algodoeiro (Gossypium hirsutum L.). Professor Orientador: Prof. Dr. Rubem Silvério
de Oliveira Junior. Co-orientador: Prof. Dr. Jamil Constantin.
As poucas opções de herbicidas seletivos ao algodoeiro para manejo de
plantas daninhas dicotiledôneas, freqüentemente, levam a aplicações de tratamentos
herbicidas que resultam em fitointoxicação na cultura e eventualmente em reduções
de produtividade. Este trabalho teve por objetivo avaliar a seletividade de herbicidas
aplicados em pré-emergência, isolados ou em misturas, para duas variedades de
algodoeiro (Delta-Opal e FMT-701). Os tratamentos testados (doses em kg i.a.ha
-1
)
foram: alachlor (1,200), s-metolachlor (0,672), diuron (0,900 e 1,200), prometrina
(0,900 e 1,200), oxyfluorfen (0,192), alachlor + diuron (1,200 + 1,200), alachlor +
prometrina (1,200 + 1,900 e 1,200 + 1,200), s-metolachlor + diuron (0,672 + 1,200), s-
metolachlor + prometrina (0,672 + 0,900 e 0,672 + 1,200), oxyfluorfen + diuron (0,192
+ 1,200), oxyfluorfen + prometrina (0,192 + 0,900). O experimento foi conduzido por
meio de testemunhas duplas. Foram realizadas avaliações relacionadas à
fitointoxicação visual, estande, desenvolvimento e produção das duas variedades, em
experimentos distintos. Os tratamentos herbicidas não influenciaram o estande da
cultura do algodoeiro. As plantas das duas variedades que sofreram redução em seu
porte no início do desenvolvimento se recuperaram ao longo do ciclo da cultura,
independente do tratamento herbicida recebido. Quando houve incremento na dose de
diuron e prometrina, os sintomas de fitotoxicidade foram intensificados em relação às
menores doses. O herbicida oxyfluorfen, quando aplicado isolado e em mistura com
diuron ou prometrina, proporcionou sintomas intensos de fitotoxicidade à cultura do
algodoeiro aos 14 DAA. O único tratamento que não foi seletivo às duas variedades de
algodoeiro, considerando-se apenas a produtividade, foi a mistura oxyfluorfen +
prometrina (0,192 + 0,900 kg i.a. ha
-1
).
Palavras-chave: controle químico, pré-emergentes, mistura em tanque.
ix
ABSTRACT
ARANTES, J.G.Z., M.S., Universidade Estadual de Maringá, october, 2008. Seletivity of
pre-emergence herbicides applied to cotton (Gossypium hirsutum L.). Adviser:
Prof. Dr. Rubem Silvério de Oliveira Junior. Co-adviser: Prof. Dr. Jamil Constantin.
The few herbicide options for selective broadleaf weed control in cotton usually
lead to the application of treatments which may injure crop and eventually to yield
decreases. This work was aimed at evaluating the selectivity of herbicides applied at pre-
emergence, isolated or in tank-mixtures, for two cotton varieties (Delta-Opal and FMT-
701). Treatments applied were (rates in kg a.i. ha
-1
): Alachlor (1.2), S-metolachlor
(0.672), Diuron (0.900 and 1.200), Prometryn (0.900 and 1.200), Oxyfluorfen (0.192),
Alachlor + Diuron (1.2 + 1.2), Alachlor + Prometryn (1.2 + 1.9 and 1.2 + 1.2), S-
metolachlor + Diuron (0.672 + 1.2), S-metolachlor + Prometryn (0.672 + 0.9 and 0.672 +
1.2), Oxyfluorfen + Diuron (0.192 + 1.2), Oxyfluorfen + Prometryn (0.192 + 0.9). The
experiment was undertaken by using two fold checks. Evaluations performed were
related to the visual plant intoxication, stand, development and yield of both varieties, in
distinct experiments. Herbicide treatments did not influence cotton stand. Plants of both
varieties which presented reduced growth at the beginning of the crop cycle recovered
along the cycle, independent of herbicide treatment. When rates of diuron and prometryn
were increased, symptoms of crop injury were also stronger in relation to lower rates of
the same products. Oxyfluorfen, isolated or in tank mixture with diuron or prometryn,
propitiated intense symptoms of crop injury at 14 days after application. The only
treatment which was considered as non selective to both cotton varieties, taking into
account only crop yield, was the mixture of oxyfluorfen + prometryn (0.192 + 0.9 kg a.i.
ha
-1
).
Keywords:
chemical control
, pre-emergence, tank mixture.
1
1. INTRODUÇÃO
A cultura do algodão (Gossypium hirsutum L.), após ter mais de três milhões
de hectares cultivados no centro-sul e no nordeste do Brasil nas décadas de 60 e 70 e
se caracterizar por uma agricultura de pequenas áreas e baixa tecnologia,
praticamente não resistiu à entrada de uma nova praga, o bicudo-do-algodoeiro
(Anthonomus grandis), e ao elevado custo de mão-de-obra, provocando uma inversão
na cotonicultura brasileira, onde, de grande exportador, o Brasil passou a ser o maior
importador do mundo. Com o desenvolvimento da soja e do milho no centro-oeste
(Mato Grosso, Goiás e Bahia), a cotonicultura migrou principalmente para estas áreas,
como uma alternativa de rotação de culturas, tornando-se uma cultura de grandes
áreas e de alta tecnologia.
O sucesso da cultura do algodoeiro no cerrado tem sido impulsionado pelas
condições de clima favorável, pelo relevo com topografia plana, que permite
mecanização total da lavoura, por programas de incentivo à cultura implementados
pelos estados da região e, sobretudo, pelo uso intensivo de tecnologias modernas,
que têm feito com que o cerrado brasileiro detenha as mais altas produtividades na
cultura do algodoeiro no Brasil e no mundo em áreas não irrigadas.
O algodoeiro é uma cultura fisiologicamente muito complexa, e os resultados
de sua produção dependem da interação entre muitas variáveis bióticas e abióticas.
Dentre os fatores bióticos, o componente representado pelas plantas daninhas tem
grande importância no manejo da cultura, seja pelos prejuízos causados ao
rendimento caso elas não sejam controladas, seja pelos impactos dos métodos de
controle. O estresse biológico causado pela competição das plantas daninhas é um
somatório de estresses como o hídrico e o nutricional.
As plantas daninhas constituem problema sério na fase inicial do ciclo do
algodoeiro, pois concorrem com ele por nutrientes e luz. No final do ciclo prejudicam
também a qualidade (limpeza) da fibra e atrapalham a colheita, seja ela mecanizada
ou manual, além de causarem prejuízos no beneficiamento e fiação industrial. No
manejo das plantas daninhas, o que se faz normalmente é a utilização conjunta de
várias estratégias de controle de forma a minimizar o efeito negativo de práticas
isoladas. Um importante componente nesse manejo é a própria cultura, que ao ocupar
2
o espaço físico e mobilizar recursos disponíveis para seu crescimento, oferece forte
competição às plantas daninhas. No algodoeiro, entretanto, a necessidade fitotécnica
de manter espaçamentos largos e a utilização de reguladores de crescimento das
plantas dificulta sobremaneira as práticas de controle das plantas daninhas, deixando
uma carga muito grande para ser suprida por outros métodos de intervenção. Desses,
o método químico, representado pelo uso de herbicidas, tem sido importante
ferramenta para o cultivo do algodoeiro em sistemas de exploração em grande escala.
Pela limitada disponibilidade de ingredientes ativos seletivos para a cultura
com espectro de ação suficiente para controlar a diversidade de espécies daninhas
que ocorrem nas áreas de cultivo, os cotonicultores são obrigados a utilizar herbicidas
com seletividade marginal para a cultura e também produtos não seletivos aplicados
de forma dirigida. Como a seletividade decorre de uma complexa interação entre o
herbicida, a planta e o ambiente, o uso de herbicidas não seletivos ou com
seletividade marginal sempre conduz a uma situação de risco de perda de rendimento,
nem sempre possível de ser identificada pelo produtor.
Na prática, o uso de herbicidas em pré-emergência no controle de plantas
daninhas já é prática consagrada entre os grandes cotonicultores. No entanto, é
comum entre os produtores a utilização de subdoses, seja dos produtos aplicados
isoladamente ou de misturas, visando assim maior seletividade para a cultura e
redução de custos. Porém, esta prática não está sendo eficiente, visto o aumento de
populações de plantas daninhas como Portulaca oleracea e Amaranthus sp. no oeste
baiano e Euphorbia heterophylla na região centro-oeste brasileira, e o aparecimento
de injúrias na cultura após a aplicação desses herbicidas. Para preencher tal lacuna,
são fundamentais trabalhos que venham a avaliar exclusivamente a seletividade de
herbicidas no algodoeiro, tanto aplicados isoladamente quanto em mistura, sem a
concorrência de plantas daninhas, visando estimar os efeitos dos tratamentos
herbicidas disponíveis em relação ao crescimento e à produtividade do algodoeiro.
Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a seletividade de
herbicidas aplicados em pré-emergência, isolados ou em misturas, para as variedades
de algodoeiro Delta-Opal e FMT-701.
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Cultura do Algodoeiro
A cultura do algodoeiro vem retomando sua projeção entre as principais
culturas brasileiras visto que, no primeiro prognóstico para o ano de 2008, o IBGE
projeta um crescimento de 7,1% na produção de algodão em caroço, que deve chegar
a 4,1 milhões de toneladas. O aumento apresentado pelo IBGE é resultado do
aumento da área semeada nos estados de Mato Grosso, em 3,9%, e Bahia, 13,5%,
em relação ao ciclo anterior. O incremento na produção se deve aos preços da fibra
nos mercados interno e externo, fato observado pela instituição desde o ano anterior
(Marques, 2008).
Atualmente, são cultivados no mundo dois tipos diferentes de algodão: o
arbóreo e o herbáceo. O algodão arbóreo (Gossypium arboreum) se assemelha a uma
árvore de porte médio, de cultivo permanente e possui certa importância em algumas
regiões da Índia, Paquistão, China e Tailândia. Porém, a contribuição desta espécie na
produção mundial o chega a 4%. a espécie herbácea (Gossypium hirsutum L.r.
latifolium Hutch) é um arbusto de cultivo anual, uma entre as 50 espécies
classificadas e descritas do gênero Gossypium. Das 50 espécies classificadas, 17 têm
origem na Austrália, seis no Havaí, e uma no nordeste brasileiro. Cerca de 90% das
fibras de algodão comercializadas no mundo são provenientes da espécie Gossypium
hirsutum (Fuzatto, 1999; Penna, 1999), conforme classificação taxonômica descrita
abaixo:
Divisão: Embriophita sifanogamae
Subdivisão: Fanerogamae ou espermatophita
Filo: Angiospermae
Classe: Dicotiledoneae
Subclasse: Archichlamidae
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Tribo: Hibisceae
Gênero: Gossypium
4
Espécie: Gossypium hirsutum
Raça: G. hirsutum latifolium
A fenologia do algodoeiro subdivide-se em duas fases: vegetativa e a
reprodutiva. A fase vegetativa inicia-se com a emergência da plântula e termina com a
formação do primeiro ramo frutífero. A fase reprodutiva inicia-se com o surgimento do
primeiro botão floral e termina quando as fibras no capulho atingem o ponto de
maturação para colheita. A morfologia do algodoeiro, assim como sua fisiologia, é
extremamente complexa. A raiz principal é do tipo pivotante, como uma continuação
direta da haste principal da planta e situa-se em sua grande maioria nos primeiros 20
cm de profundidade no solo, podendo atingir, em condições ideais, até 2,5 m de
profundidade. O caule é cilíndrico, ereto e, às vezes, pode apresentar forma
ligeiramente quadrangular ou pentangular. Existem, no algodoeiro, três tipos de folhas,
as cotiledonares, que são as primeiras que surgem após a germinação em forma de
rim (riniformes); os prófilos, que são pequenas folhas que surgem na base da gema
próxima à axila da folha verdadeira; e as folhas verdadeiras, do tipo lobadas e
incompletas, pois não possuem bainha, subdividindo-se em dois tipos: as vegetativas,
ou do ramo e as frutíferas, originadas no lado oposto de cada frutífero junto à
estrutura reprodutiva. A flor é do tipo hermafrodita e simétrica. O fruto é em forma de
cápsula, apresentando de três a cinco lóculos, cada um com seis a oito sementes.
Podem apresentar formato arredondado ou alongado na ponta (Ballaminut et al.,
2007).
O algodoeiro é uma planta de comportamento diferenciado por ser de ciclo
indeterminado. Pode crescer até 3,0 m, o que lembra suas origens como árvore
(arbórea) ao produzir botões florais, flores, frutos (maçãs), pluma, sempre que tenha
boas condições climáticas como: água, radiação solar (energia) e nutrientes. A planta
é xerofítica, de ambiente seco, desértico, sendo hoje cultivada em locais cuja
precipitação pluviométrica anual varia de 700 mm até 3000 mm e altitudes que variam
desde o nível do mar até 1200 m. Tem a característica de sobreviver em diferentes
ambientes, por isso, em condições de estresse, ela pode abortar botões florais para ter
outra produção assim que as condições climáticas forem satisfatórias para garantir e
perpetuar a espécie (Ballaminut et al., 2007).
O algodoeiro apresenta melhor desempenho quando instalado em solos de
alta fertilidade, em condições de umidade adequada no solo (sem ocorrer
5
encharcamento ou estresse hídrico), altas temperaturas (melhor faixa entre 23ºC e
32ºC) e alta intensidade luminosa na superfície foliar. Embora o algodão seja
conhecido por ter certa resistência à seca, maior que a dos cereais, por exemplo, isso
não significa que não necessite de água. Para obtenção de altas produtividades, é
necessária uma lâmina de água na ordem de 700 mm durante todo o ciclo da cultura
(Ballaminut et al., 2007).
Durante a maior parte do ciclo da planta de algodão, existem diversos eventos
ocorrendo ao mesmo tempo, como crescimento vegetativo, aparecimento de gemas
reprodutivas, florescimento, crescimento e maturação dos frutos. Cada um desses
eventos é de fundamental importância para uma boa produtividade, porém é
necessário que eles ocorram de forma balanceada. A temperatura influencia
fortemente o crescimento da planta, tendo sido determinada a exigência em
temperatura para cada fase do crescimento do algodoeiro. Em anos de baixa
precipitação, as plantas daninhas podem retirar de três a quatro vezes mais nitrogênio,
potássio e magnésio do solo que o algodoeiro. Em condições normais de chuvas,
podem remover duas a três vezes mais potássio do que a cultura (Treanor, 1965).
O algodão representa 71% das fibras naturais utilizadas pela indústria têxtil
mundial. Juntas, as regiões centro-oeste e nordeste respondem por 93% da produção
nacional, em especial os Estados de Mato Grosso e Bahia (Teixeira, 2007). A
realidade encontrada na cada de 80 para a cultura do algodoeiro difere da
encontrada atualmente, visto que aquela era restrita a pequenas propriedades, com
limitado uso de tecnologia. Com a quebra das fronteiras agrícolas, o algodão ganhou
expressão significativa no cerrado brasileiro, passando a ser cultivado por grandes
empresários e ocupando extensas áreas, sendo necessário o uso de um alto nível
tecnológico. Entre estes insumos tecnológicos, utiliza-se os herbicidas no controle das
plantas daninhas, visto que estas, se o controladas de forma adequada, podem
ocasionar redução de até 81,2% em sua produtividade (Freitas et al., 2002).
2.2. Matointerferência na cultura do algodoeiro
O período crítico de competição entre as plantas daninhas e o algodoeiro
herbáceo varia na sua amplitude em função de diversos fatores, tais como: espécies
de plantas daninhas, densidade populacional, precipitação, temperatura, tipos de solo
6
e condições de cultivo, envolvendo espaçamento, densidade da cultura e adubação. A
importância da determinação do período deve-se a vários aspectos. Indica quando se
devem eliminar as plantas daninhas, de modo que permita redução nos custos do
controle e permite saber, no caso do controle químico, qual o período residual que o
herbicida deve proporcionar para que o controle seja satisfatório durante todo o
período critico.
Azevedo et al. (1994) relatam que o algodoeiro é uma cultura muito sensível à
matointerferência, necessitando de um longo período livre da competição das plantas
daninhas pelos recursos naturais (entre 20 e 80 dias após sua emergência), para não
acarretar quedas em sua produção.
Para Lacca-Buendia & Cardoso Neto (1979), a competição causada pelas
plantas daninhas reduz a maioria dos componentes da produção. As características
tecnológicas da fibra do algodão, no entanto, sofrem pouca influência do estresse
competitivo causado pelas plantas daninhas, ou seja, a qualidade intrínseca da fibra
praticamente não é alterada pela competição.
Filho (1980) testou dez períodos de competição de plantas daninhas, ficando
todo o ciclo da cultura e os primeiros 20, 40, 60 e 80 dias após a semeadura sob
competição, e todo o ciclo e os primeiros 20, 40, 60 e 80 dias, livres de competição de
plantas daninhas, com reinfestações subseqüentes após esses períodos. As maiores
populações de algodoeiro reduziram o período crítico de competição das plantas
daninhas, pelo fato de promoverem uma cobertura mais rápida do solo. O período
crítico de competição das plantas daninhas, para a produção de capulhos, ocorreu por
volta dos primeiros 40 dias do ciclo da cultura. Quando a cultura permaneceu livre da
competição de plantas daninhas até os primeiros 40 dias ou períodos maiores, as
populações de plantas daninhas que emergiram posteriormente não influenciaram na
produtividade do algodoeiro.
Freitas et al. (2002) avaliaram períodos de convivência das plantas daninhas
com a cultura do algodão conduzida em sistema de plantio direto, comparando
tratamentos com e sem interferência, e verificaram que a presença de plantas
daninhas durante todo o ciclo da cultura aumentou o número de nós aa inserção do
primeiro ramo frutífero e reduziu o número de maçãs e a altura das plantas, além de
reduzir a produtividade do algodão em caroço em 81,2%. O período que antecede a
interferência das plantas daninhas (PAI) foi de 14 DAE, considerando uma perda
tolerável de 5% na produtividade de algodão em caroço.
7
Segundo Salgado et al. (2002), o Período Anterior à Interferência (PAI), com
tolerância de redução de 5% da produtividade foi de oito dias após a emergência da
cultura (DAE); o Período Total da Prevenção da Interferência (PTPI) foi de 66 DAE; e o
Período Crítico de Prevenção da Interferência (PCPI) foi dos oito dias aos 66 DAE.
para Adegas (1994), o período crítico de competição acontece nos primeiros 35 dias
após a emergência da cultura, sendo que, na competição exclusiva com Cyperus
rotundus, esse período aumenta para os primeiros 42 dias após a emergência.
O algodoeiro possui baixa capacidade competitiva referente às plantas
daninhas, sendo as principais causas, o crescimento inicial lento e o largo
espaçamento de semeadura, que fazem com que a cultura leve cerca de 90 dias para
cobrir totalmente a área semeada. Algumas plantas daninhas, como o capim-
carrapicho (Cenchrus echinatus) e o picão-preto (Bidens pilosa), apresentam
estruturas frutíferas que aderem ao capulho do algodoeiro e, quando presentes na
colheita, podem reduzir a qualidade da fibra, dificultando a colheita e o seu
beneficiamento (Laca-Buendia, 1990; Freitas et al., 2002). Portanto, um programa
eficiente de manejo de plantas daninhas na cultura do algodoeiro deve incluir a
combinação de estratégias que evitem a concorrência das plantas daninhas pelos
fatores de produção durante o período crítico de interferência, além de permitir que o
algodoeiro seja colhido sem a interferência destas.
2.3. Controle químico de plantas daninhas na cultura do algodoeiro
A importância das espécies daninhas está ligada à redução que provocam na
quantidade e qualidade da produção, ao aumento nos custos de produção ou aos
danos dos métodos de controle à cultura e ao ambiente. O método químico, muito
utilizado nos programas de manejo das plantas daninhas, não tem seu potencial de
dano à cultura bem estudado. ocorrências de sintomas de fitointoxicação de
herbicidas nos algodoeiros, em alguns casos muito evidentes, levando à necessidade
de replantio da cultura. Em outros casos, os sintomas desaparecem durante o ciclo,
não sendo possível concluir sobre perdas de rendimento porque toda a área recebe o
mesmo tratamento herbicida, não existindo uma área testemunha para comparação.
8
Para Siqueri (2001), o uso de herbicidas é o método mais eficaz, via de regra
o mais econômico no controle das plantas daninhas, face às dificuldades no uso da
capina manual e o controle na linha da cultura através do processo mecânico.
Entre os herbicidas registrados para o algodoeiro, existem boas alternativas
quanto à seletividade e eficiência de controle para as plantas daninhas de folhas
estreitas (da família Poaceae = gramíneas). No entanto, para o manejo químico das
espécies de folhas largas, trapoerabas e tiriricas, as opções de herbicidas são
limitadas, tanto em termos de espectro de ação como de seletividade (Aguillera et al.,
2004).
O controle de plantas daninhas é uma prática que demanda tecnologia e
poucas são as informações sobre o uso de herbicidas isolados e com mistura em
tanque na região do cerrado do Oeste da Bahia e do Centro-Oeste. Dentre os diversos
métodos de controle, o mais utilizado é o controle químico, que consiste no uso de
produtos herbicidas seletivos para a cultura. Entende-se por seletividade a capacidade
de determinados herbicidas de eliminar plantas daninhas que se encontram presentes
na cultura, sem reduzir-lhe a produtividade e qualidade do produto final obtido (Velini,
1992; Velini et al., 2000). Entretanto, na maioria dos trabalhos realizados, os efeitos de
seletividade e matointerferência o estão separados, podendo levar a erros de
interpretação.
Como a toxicidade é resultante de uma complexa interação entre o herbicida,
a planta e as condições ambientais (Weller, 2000), seus efeitos podem ser muito
variáveis, sobretudo em condições de seletividade marginal, devendo-se ter muita
cautela em extrapolar os resultados de pesquisa. Um complicador adicional,
provavelmente conseqüência dessa seletividade marginal, é a interação que tem sido
observada entre os herbicidas, cujos efeitos se manifestam pelo aumento da
toxicidade em alguns casos e redução em outros (Martinho et al., 2002; Snipes &
Seifert, 2003).
As poucas opções de herbicidas seletivos ao algodoeiro para manejo de
plantas daninhas dicotiledôneas freqüentemente levam a aplicações de herbicidas que
resultam em alta toxidez e baixa qualidade de fibra e rendimento de algodão em
caroço.
Para controlar as plantas daninhas de folhas largas têm sido mais utilizados
os ingredientes ativos diuron, cyanazine, alachlor, s-metolachlor, pendimethalin,
9
clomazone, e mais dois produtos seletivos para aplicação em pós-emergência total:
pyrithiobac e trifloxysulfuron (Beltrão, 1996; Takizawa, 2000; Melhorança & Beltrão,
2001; Oliveira Jr. & Constantin, 2001). Além desses herbicidas, vários outros, o
seletivos, o aplicados em pós-emergência dirigida às entrelinhas, tais como
glyphosate, MSMA e paraquat (Rodrigues & Almeida, 2005).
O conhecimento do comportamento de herbicidas é fundamental na avaliação
de sua eficácia na agricultura e na compreensão do impacto ambiental causado por
estes produtos químicos. A mobilidade de um defensivo no solo, especialmente dos
herbicidas aplicados diretamente ao mesmo, depende de uma série de fatores ligados
ao solo, ao ambiente e às características do próprio produto químico aplicado. Com
relação aos herbicidas, a dose aplicada, a solubilidade em água e as características
químicas do produto que condicionam a adsortividade da molécula às partículas
coloidais determinam a maior ou menor mobilidade do produto no perfil do solo. O
ambiente condiciona a movimentação do herbicida no solo pela temperatura e,
principalmente, pela quantidade de chuva após sua aplicação. No solo, é importante
destacar a drenagem, a textura e o teor de matéria orgânica (capacidade adsortiva);
assim, quanto maior a capacidade de adsorção de um solo, menor é a mobilidade do
herbicida neste.
Quando uma molécula de herbicida chega ao solo, ela está sujeita a
processos de degradação e sorção e os resultados destes dois processos podem ser:
a absorção da molécula pelas plantas, a lixiviação da molécula para camadas
subsuperficiais do solo, podendo até mesmo atingir os cursos de água subterrâneos,
ou a formação de resíduos ligados. A presença de matéria orgânica pode aumentar a
sorção do herbicida, indisponibilizando-o, ou ativar a microbiota do solo e, assim,
promover aumento de sua degradação (Prata & Lavorenti, 2000).
Uma exigência fundamental para obter-se bom resultado em aplicações
realizadas em pré-emergência é a necessidade de umidade no solo, favorecendo a
solubilização do composto, o que permite a sua distribuição em uma fina camada
superficial protegendo-a contra fatores adversos do ambiente (Beltrão & Azevedo,
1994). Caso esta exigência de umidade não seja atendida, podem ocorrer perdas
significativas por fotodegradação, volatilização e/ou arrastamento pelo vento (erosão
eólica).
Para herbicidas utilizados em pré-emergência, a escolha da dose deve ser
feita de forma criteriosa, considerando-se a granulometria do solo e, principalmente, o
10
teor de matéria orgânica, pois o estas particularidades de cada solo que
determinarão a facilidade de posicionamento do herbicida no perfil. Em geral, solos
mais argilosos permitem a adoção de maiores doses, enquanto que nos solos
arenosos as doses são reduzidas (Christoffoleti, 2008).
O herbicida alachlor é registrado no Brasil para as culturas do algodão,
amendoim, café, cana-de-açúcar, girassol, milho e soja. Controla espécies de folha
larga, tais como trapoeraba e algumas gramíneas, sendo comum a mistura com outros
herbicidas para aumentar o espectro de ação. Usa-se em pré-emergência, pela
absorção se dar essencialmente pelo caulículo das plântulas. Em algodão, amendoim
e girassol não deve ser utilizado em solos arenosos. Pertence ao grupo químico das
cloroacetanilidas. Presumivelmente é inibidor da síntese de proteínas e lipídeos nas
espécies susceptíveis. Após sua aplicação, as plantas susceptíveis não emergem. As
que conseguem emergir ficam retorcidas e com folhas enroladas. Adsorvido pelos
colóides do solo, é pouco lixiviável. Permanece no solo de 6 a 10 semanas (nas doses
recomendadas, variáveis com o tipo de solo e condições climáticas). Apresenta baixa
mobilidade no solo (Rodrigues & Almeida, 2005).
O mecanismo primário de ação mais aceito para as acetanilidas é a inibição
da síntese dos ácidos graxos de cadeias muito longas. Entretanto, ainda não está
esclarecida a ligação entre esse bloqueio e as alterações no crescimento de parte
aérea e raízes de plântulas em desenvolvimento. Acredita-se que a inibição na síntese
de proteínas seja um passo intermediário relevante no modo de ação, com as
conseqüentes alterações nos processos de divisão e elongação celular. Guimarães et
al. (2007), estudando fatores relacionados à seletividade do alachlor ao algodoeiro em
caixas de germinação com substrato areia, concluíram que o herbicida causou
redução de características da parte aérea e, em maior intensidade, do comprimento
das raízes. Em vasos com solo, com alachlor na dose de 2,88 kg i.a. ha
-1
, o herbicida
reduziu todas as variáveis medidas na parte rea das plantas. Concluíram também
que em solos com baixa capacidade de sorção, o herbicida alachlor pode causar
redução no crescimento do sistema radicular do algodoeiro. Por outro lado, em
condições de alta sorção, as doses de alachlor podem ser superiores àquelas
utilizadas pelos cotonicultores (1,68 kg ha
-1
). Além disso, dizem que o volume de água
aplicado ao solo após aplicação do herbicida, bem como a possível movimentação no
perfil do solo, não interferiu na intensidade da ação fitotóxica do alachlor.
11
No algodoeiro, diferenças marcantes com relação às espécies e cultivares
em relação ao estresse causado por herbicidas como o diuron (Oliveira Jr. &
Constantin, 2001). O diuron é um dos herbicidas mais utilizados no controle de plantas
daninhas na cultura do algodão, isolado ou em mistura com outros herbicidas. O
algodoeiro, quando comparado a outras espécies, é considerado tolerante ao diuron
(Beltrão et al., 1983). Contudo, a tolerância do algodoeiro para os autores parece estar
relacionada à absorção diferencial, já que, uma vez absorvido, os herbicidas são
rapidamente translocados até as folhas. O diuron possui ação em pré-emergência,
sendo recomendado no controle das plantas daninhas problemáticas, tais como
Commelina sp. (trapoeraba), Richardia brasiliensis (poaia), Sida sp. (guanxuma),
Spermacoce latifolia (erva quente) e as folhas estreitas. Seu mecanismo de ação
(inibidor do fotossistema II) permite bom período de controle dessas plantas
infestantes. Registrado no Brasil para o controle de mono e dicotiledôneas em culturas
anuais (algodão, soja e alfafa) e perenes (abacaxi, bananeira, cacau, café, chá, cana-
de-açúcar, citrus, seringueira, videira). Utilizado, preferencialmente em pré-
emergência, por ser a via radicular a mais importante para a absorção do produto e,
também, em pós-emergência precoce das plantas daninhas (Rodrigues & Almeida,
2005).
Em trabalho realizado por Beltrão (1982), o herbicida diuron mostrou-se um
dos mais apropriados para a cultura do algodoeiro, tanto em pré-emergência da
cultura e das plantas daninhas como em pós-emergência em jato dirigido às
entrelinhas. Na recomendação do diuron para a cultura do algodoeiro, deve-se levar
em consideração, além de fatores como as propriedades do solo (teor de matéria
orgânica, argila, umidade no momento da aplicação do herbicida), as condições
climáticas no momento da aplicação (velocidade do vento, luminosidade) e também
considerar a cultivar a ser plantada.
Cruz & Toledo (1982), em trabalhos realizados em pré-emergência na cultura
do algodão, em solo de textura areno-argilosa, com 2,4% de matéria orgânica e pH de
5,8, constataram que a aplicação isolada dos herbicidas alachlor e diuron em doses
até 3,01 e 1,00 kg i.a. ha
-1
, respectivamente, proporcionaram controle satisfatório das
plantas daninhas até 45 DAA (dias após a aplicação). Citam ainda que tais
tratamentos reduziram a altura das plantas, mas a população e a produção de algodão
em caroço não foram influenciadas pelos produtos, sendo semelhantes à testemunha
capinada e superiores à testemunha sem capina.
12
O herbicida oxyfluorfen é registrado no Brasil para as culturas de algodão,
arroz irrigado, café, cana-de-açúcar, citrus, eucalipto e pinus para utilização em pré e
pós-emergência, dependendo da cultura. Controla gramíneas e algumas espécies de
folhas largas, ambas anuais; é aplicado em pré-emergência das plantas daninhas ou,
no máximo, quando atingem a fase das duas folhas (Rodrigues & Almeida, 2005). Em
pré-emergência, age sobre o hipocótilo e epicótilo das plantas daninhas em
germinação e nos meristemas foliares, atuando próximo à superfície do solo, durante a
emergência das plantas. Não tem ação sobre os tecidos radiculares, e atua
unicamente sobre os órgãos da parterea. Este herbicida pertence ao grupo químico
dos derivados do éter bifenílico. É inibidor da Protox, cujo mecanismo de ação inibe a
atuação da enzima protoporfirinogênio oxidase. Os tecidos sensíveis sofrem
rapidamente necrose e morte, causadas pela peroxidação de lipídeos. Plantas
susceptíveis tornam-se cloróticas e necrosam em um a três dias. As folhas mais novas
de culturas tolerantes como a soja também podem evidenciar clorose ou necrose,
especialmente em doses mais altas (Oliveira Jr., 2001).
Matallo et al. (2000) avaliaram a eficiência e a seletividade do herbicida
oxyfluorfen aplicado em pré-emergência das plantas daninhas, em jato dirigido nas
entrelinhas do algodão cultivar Delta Pine 20, em Latossolo Vermelho escuro de
textura argilosa, com 2,8% de matéria orgânica e pH de 4,9. Os tratamentos foram:
oxyfluorfen nas doses de 0,24; 0,36; 0,48 e 0,72 kg i.a. ha
-1
; diuron 1,5 kg i.a. ha
-1
,
utilizado como padrão e uma testemunha sem capina. Foram verificados leves
sintomas de injúrias às plantas de algodão tratadas em função da ação tóxica dos
herbicidas, não ocorrendo reduções significativas no estande nem na altura das
mesmas.
O herbicida s-metolachlor é um herbicida com atividade residual utilizado para
controle de plantas daninhas em pré-emergência nas culturas de soja, milho, café,
feijão, cana-de-açúcar e algodão, entre outras (O’Connell et al., 1998). Controla
sementes em germinação e plântulas já emergidas de gramíneas anuais e de algumas
poucas folhas largas como o caruru, e é absorvido tanto pelas raízes (especialmente
nas dicotiledôneas) quanto pela parte aérea (principalmente nas monocotiledôneas),
mas a translocação é pequena. Pertence ao grupo químico das cloroacetanilidas. O
sintoma do efeito herbicida sobre as plantas sensíveis caracteriza-se pelo
entumecimento dos tecidos e pelo enrolamento do caulículo nas monocotiledôneas e,
nas folhas largas, observa-se a clorose, necrose e a morte. A maioria das plantas,
13
porém, morre antes de emergir à superfície do solo. As que conseguem emergir ficam
retorcidas e com folhas enroladas (Rodrigues & Almeida, 2005).
O herbicida prometrina é um herbicida seletivo de ação sistêmica, indicado
para o controle pré-emergente de plantas daninhas na cultura de algodão. Pode
também ser usado em pós-emergência inicial das plantas daninhas, mas aplicado em
jato dirigido nas entrelinhas do algodoeiro sem atingir as folhas da cultura. Caracteriza-
se pela ação latifolicida acentuada, notadamente sobre as espécies anuais, e sobre
algumas espécies de folhas estreitas. Pertence ao grupo químico das triazinonas. É
absorvido pelas radículas das gramíneas e folhas largas e se transloca pelo xilema até
o ponto de crescimento, matando as plantas, através da inibição do processo de
fotossíntese (inibe a reação de Hill). Em aplicação em pós-emergência, o produto tem
ação de contato sobre as plantas daninhas, assim como se transloca pelo xilema a fim
de inibir o processo de fotossíntese causando a morte das plantas sensíveis.
A mistura de herbicidas pode ser um valioso instrumento no controle das
plantas daninhas. Siqueri (2002) afirma que o uso isolado do herbicida clomazone (1,0
kg i.a. ha
-1
) na cultura do algodoeiro apresentou controle satisfatório para Ipomoea
grandifolia até 15 DAA. No entanto, a mistura deste com diuron (0,75 kg i.a. ha
-1
)
prorrogou o controle satisfatório até 45 DAA.
Com a finalidade de testar misturas de herbicidas aplicados em pré-
emergência na cultura algodoeira conduzida no triângulo mineiro, Laca-Buendia et al.
(1978) realizaram três ensaios, com solo argiloso-siltoso (55% argila e pH = 5,87),
franco-arenoso (16% argila e pH = 6,15) e franco-argiloso (29% de argila e pH = 5,15),
e observaram que entre todas as misturas testadas (trifuralin + fluometuron, 0,67 +
2,00; trifuralin + diuron, 0,67 + 2,00; dinitroanilin + fluometuron, 1,25 + 2,00;
dinitroanilin + prometrina, 1,25 + 2,00; dinitramine + diuron, 0,50 + 2,00; dinitramine +
fluometuron 0,50 + 2,00; pendimentalin + fluometuron, 1,16 + 2,00; pendimentalin +
diuron, 1,16 + 2,00 kg i.a. ha
-1
), em ambos os ensaios, a única mistura que não
acarretou quedas na produtividade foi pendimetalin + diuron (1,16 + 2,0 kg i.a. ha
-1
).
Observaram ainda que, independente do tratamento herbicida testado, a altura das
plantas foi afetada pela competição das plantas daninhas, e para os índices de fibra,
percentagem de fibra, comprimento da fibra e maturidade da fibra, não foram
encontrados efeitos negativos da aplicação dos herbicidas.
Azevedo et al. (1994) avaliaram o efeito de misturas de herbicidas no controle
de plantas daninhas em algodoeiro. As misturas testadas foram: diuron +
14
pendimethalin (0,75 + 1,50; 1,00 + 1,50 e 1,25 + 1,50 kg i.a. ha
-1
), diuron + alachlor (1,00
+ 1,92 e 1,25 + 1,92 kg i.a. ha
-1
). Todas as misturas aplicadas em pré-emergência nas
doses testadas se mostraram seletivas ao algodoeiro. O mais elevado rendimento do
algodão em caroço foi registrado no tratamento diuron + pedimenthalin (1,25 + 1,50 kg
i.a. ha
-1
).
Siqueri (2001) avaliou as principais opções herbicidas disponíveis na
modalidade de pré-emergência na cultura do algodoeiro: diuron (0,93 kg i.a. ha
-1
),
cyanazine (2,5 kg i.a. ha
-1
), alachlor (2,5 kg i.a. ha
-1
), clomazone + diuron (2,0 + 0,93
kg i.a. ha
-1
), clomazone + cyanazine (2,0 + 2,5 kg i.a. ha
-1
), clomazone (2,0 kg i.a.ha
-1
);
alachlor + diuron (2,5 + 0,93 kg i.a. ha
-1
) e trifluralin + diuron (3,0 + 1,5 kg i.a. ha
-1
).
Constatou que todos tratamentos causaram fitotoxicidade aceitável (menor que 20%
das plantas com fitointoxicação) até 15 dias após a aplicação. Após esta data
nenhuma fitotoxicidade foi encontrada.
Freitas et al. (2006) constataram que o herbicida s-metolachlor não causou
sintomas de intoxicação às plantas de algodão mesmo na maior dose utilizada (1,152
kg i.a. ha
-1
) em solo de textura argilosa, com 2,79% de matéria orgânica. Concluíram
também que, a aplicação de s-metolachlor e trifloxysulfuron sodium, isoladamente,
proporcionou aumento na produtividade de algodão em caroço em relação à
testemunha capinada, porém a produtividade foi maior com a combinação desses
herbicidas. A combinação das doses de 0,768 e 1,152 kg i.a. ha
-1
de s-metolachlor
com 5,250 e 7,870 g i.a. ha
-1
de trifloxysulfuron sodium proporcionou produtividades de
algodão em caroço semelhantes à da testemunha capinada.
2.4. Metodologia para avaliação de seletividade
A seletividade não deve ser somente avaliada observando os sintomas visuais
de intoxicação, pois se sabe que existem produtos que reduzem a produtividade da
cultura sem manifestar sintomas visuais e outros que provocam injúrias acentuadas,
mas que permitem à cultura manifestar plenamente seu potencial produtivo. Portanto,
na avaliação da seletividade, além dos sintomas visuais de intoxicação, é importante
considerar os dados de produtividade da cultura (Sociedade Brasileira da Ciência das
Plantas Daninhas, 1995).
15
Um dos meios para se tentar minimizar os efeitos externos e reduzir a
variabilidade na área seria aumentar o número de testemunhas dentro de cada
repetição, o que corresponde a uma área não tratada ao lado de uma que recebeu o
tratamento, e com toda a área experimental capinada durante todo o ciclo da cultura.
Esta técnica tem sido adotada com sucesso no estudo da seletividade de herbicidas
na cultura de cana-de-açúcar (Fagliari et al., 2001).
A técnica de testemunhas duplas foi, inicialmente, proposta para a avaliação
da seletividade de herbicidas em cana-de-açúcar (Constantin, 1996). Mais
recentemente, foi utilizada também no estudo da seletividade de herbicidas em
culturas como alface (Giordani et al., 2000), soja (Lee, 2001; Alonso, 2008), mandioca
(Biffe, 2008) e algodão (Brambilla, 2008). Consiste no aumento do número de
testemunhas dentro de cada repetição, o que corresponde a uma parcela não-tratada
ao lado de cada parcela que recebeu o tratamento, mantendo-se todas as
testemunhas capinadas durante todo o ciclo.
Esse tipo de experimento confere maior controle sobre a variabilidade do
meio, especialmente quando se utiliza o tradicional delineamento em blocos
casualizados, com uma única testemunha por bloco. Pretende-se que essa técnica
seja, portanto, uma forma alternativa de aferir com maior rigor as diferenças entre
tratamentos. Apresenta como desvantagem intrínseca o aumento do número de
parcelas a serem avaliadas em cada repetição, o qual será de 2n + 1, em que n
representa o número de tratamentos a serem avaliados (Meschede et al., 2004).
Fagliari et al. (2001) compararam métodos de avaliação da seletividade de
herbicidas para a cultura da cana-de-açúcar; o método convencional (onde se
compararam as áreas tratadas com herbicidas com a média de todas as testemunhas
duplas adjacentes dentro de cada repetição) e o método onde se comparou cada
herbicida com a média das suas respectivas testemunhas duplas adjacentes.
Verificaram que, utilizando o método convencional, nenhum herbicida afetou de forma
significativa a produtividade ou as características tecnológicas (todos herbicidas
testados foram seletivos para a cultura da cana). No entanto, no segundo método,
verificaram-se comportamentos distintos para a maioria deles, onde a grande maioria
dos herbicidas estudados foi considerada não-seletiva para a cana. Segundo Fagliari
et al. (2001), com o uso de testemunhas duplas, foi possível reduzir a variabilidade na
área experimental - menores C.V. e, conseqüentemente, evidenciar diferenças
16
significativas entre a média dessas testemunhas e os herbicidas para maior número de
variáveis estudadas.
17
3. MATERIAL E MÉTODOS
Foram conduzidos dois experimentos em campo, nas dependências da
Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI), pertencente à Universidade Estadual de
Maringá (UEM), localizada no distrito de Iguatemi, município de Maringá, Estado do
Paraná, situado na latitude 23º 25’ S, longitude 51º 57’ W e altitude de 542 m, durante
o período de janeiro a agosto de 2007.
O solo da área experimental apresentava 280 g kg
-1
de argila, 30 g kg
-1
de silte,
690 g kg
-1
de areia, 16,04 g dm
-3
de matéria orgânica, pH em água igual a 6,0 e é
classificado como Argissolo Vermelho distrófico de textura média (EMBRAPA, 1999).
Suas características químicas e granulométricas encontram-se nas Tabelas 1, 2 e 3.
Tabela 1. Resultado da análise química da amostra de solo coletada na área
experimental – Maringá, PR - 2007
pH cmol
c
dm
-3
mg dm
-3
g dm
-3
CaCl
2
H
2
O Al
3+
H
+
+ Al
3+
Ca
+2
Mg
+2
K
+
SB CTC
P C
5,1 6,0 0,0 4,28 5,03
1,35 0,56 6,94 11,22
6,6 16,04
%
V Ca Mg K m
Ca/Mg
Ca/K Mg/K
MgCa
+
MgCa
K
+
61,85 44,83 12,03 4,99 0,00 3,73 8,98 2,41 11,39 0,22
Análise realizada pelo Laboratório de Análise de Solos do Departamento de Agronomia da
Universidade Estadual de Maringá, 2007.
Ca, Mg, Al – extraídos com KCl 1mol L
-1
P, K – extraídos com Mehlich 1
H+Al – método SMP
C – método Walkley & Black
SB – Soma de bases
18
Tabela 2. Resultado da análise granulométrica da amostra de solo coletada na área
experimental – Maringá, PR - 2007
Areia Grossa Areia Fina Silte Argila
%
35 34 03 28
Análise realizada pelo Laboratório de Análise de Solos do Departamento de Agronomia da
Universidade Estadual de Maringá, 2007.
Tabela 3. Resultado da análise de micronutrientes da amostra de solo coletada na
área experimental – Maringá, PR - 2007
S-SO
4
-2
Fe Zn Cu Mn
mg dm
-3
8,57 132,60 5,65 14,69 269,61
Análise realizada pelo Laboratório de Análise de Solos do Departamento de Agronomia da
Universidade Estadual de Maringá, 2007.
S-SO
4
-2
Extraído pelo método Fosfato Monocálcico.
Fe, Zn, Cu e Mn – extraidos com extrator Mehlich 1.
Segundo a classificação de Köeppen, o clima na área experimental é classificado
como subtropical com chuvas de verão e invernos secos, Cfa. A temperatura média anual
é de 21,69°C, sendo 36,8C a média das temperatura s máximas do mês mais quente, e
10,9C a média das temperaturas nimas do mês mais frio.
Na Figura 1 eso representados os valores de temperatura máxima e nima,
além da precipitação, ambos diários, ocorridos nos 171 dias de ciclo da cultura.
19
Figura 1. Temperatura máxima, mínima e precipitação diária durante os 171 dias de ciclo da cultura do algodoeiro.
Maringá, PR - 2007.
Fonte: Laboratório de Sementes – Fazenda Experimental de Iguatemi.
20
Dois experimentos distintos foram conduzidos simultaneamente, cada um com
uma variedade de algodoeiro. No primeiro experimento utilizou-se a variedade Delta-
Opal e, no segundo, a variedade FMT 701, sendo estas as duas mais cultivadas no
Brasil atualmente.
Os tratamentos herbicidas testados foram idênticos para ambas as
variedades. Os experimentos foram conduzidos com a utilização de testemunhas
duplas, onde para cada parcela com um tratamento herbicida testado existem duas
parcelas adjacentes sem a aplicação de herbicida (testemunhas sem herbicidas).
A unidade experimental (subparcela) compreendeu quatro linhas de plantio
espaçadas entre si de 0,90 m, com 5,00 m de comprimento, compreendendo uma área
total de 18,00 m
2
por parcela. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao
acaso, em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os herbicidas
foram os fatores estudados nas parcelas (tratamentos principais) e a condição
ausência ou presença dos herbicidas foram os fatores estudados nas subparcelas
(tratamentos secundários).
Antes da instalação do experimento, o solo foi revolvido por duas vezes,
sendo a primeira com uma grade aradora e a segunda com uma grade niveladora,
visando uma descompactação e maior uniformização do solo na área experimental,
além de eliminar todas as plantas daninhas existentes. A semeadura da cultura do
algodoeiro foi realizada em 22 de janeiro de 2007, utilizando uma semeadora com
quatro linhas de semeadura, espaçadas 0,90 m. A densidade de semeadura foi de 10
a 12 sementes por metro linear, sendo estas semeadas a uma profundidade
aproximada de 2,0 cm. A adubação utilizada no sulco de semeadura foi de 300 kg ha
-1
da fórmula comercial 04-20-20.
Os tratamentos foram compostos por herbicidas aplicados isoladamente e por
misturas em tanque, representados na Tabela 4, aplicados em pré-emergência. A
aplicação ocorreu no dia seguinte à semeadura, sendo em pré-emergência total (da
cultura e das plantas daninhas). As condições de aplicação do primeiro experimento
(variedade Delta-Opal) foram: solo úmido; temperatura de 30°C; umidade relativa do ar
de 62%; velocidade do vento de 1,0 km h
-1
e céu parcialmente nublado. No momento
da aplicação do segundo experimento (variedade FMT-701), as condições de
aplicação eram: solo úmido; temperatura de 2C; um idade relativa do ar de 69%;
velocidade do vento de 1,0 km h
-1
e céu limpo. As aplicações foram realizadas com um
pulverizador costal de pressão constante à base de CO
2
(35 lb pol
-2
) equipado com 5
21
bicos XR 110.02, espaçados em 0,5 m, proporcionando uma vazão de 200 L ha
-1
de
calda.
Tabela 4. Tratamentos herbicidas avaliados e suas respectivas doses de ingrediente
ativo e produto comercial, para duas variedades de algodoeiro. Maringá-PR
- 2007
Tratamentos Dose
Nome comum Nome comercial kg i.a. ha
-1
L. p.c. ha
-1
1. Alachlor Laço 1,200 2,5
2. S-metolachlor Dual Gold 0,672 0,7
3. Diuron Diuron 0,900 1,8
4. Diuron Diuron 1,200 2,4
5. Prometrina Gesagard 0,900 1,8
6. Prometrina Gesagard 1,200 2,4
7. Oxyfluorfen Goal 0,192 0,8
8. Alachlor + Diuron Laço + Diuron 1,200 + 1,200 2,5 + 2,4
9. Alachlor + Prometrina Laço + Gesagard 1,200 + 0,900 2,5 + 1,8
10. Alachlor + Prometrina Laço + Gesagard 1,200 + 1,200 2,5 + 2,4
11. S-metolachlor + Diuron Dual Gold + Diuron 0,672 + 1,200 0,7 + 2,4
12. S-metolachlor + Prometrina Dual Gold + Gesagard 0,672 + 0,900 0,7 + 1,8
13. S-metolachlor + Prometrina Dual Gold + Gesagard 0,672 + 1,200 0,7 + 2,4
14. Oxyfluorfen + Diuron Goal + Diuron 0,192 + 1,200 0,8 + 2,4
15. Oxyfluorfen + Prometrina Goal + Gesagard 0,192 + 0,900 0,8 + 1,8
Independente do tratamento herbicida utilizado, todas as parcelas foram
mantidas livres da presença de plantas daninhas durante todo seu ciclo evitando,
desta maneira, que a interferência de plantas daninhas mascarasse os resultados de
seletividade. Durante o ciclo da cultura foram realizadas quatro capinas, sendo a
última aos 60 DAA, conforme se observa na Tabela 5.
Todas as práticas culturais necessárias para a condução da lavoura, tais
como o tratamento de sementes, controle de pragas e doenças, cobertura nutricional,
utilização de regulador de crescimento, desfolhantes, entre outros (descritos na Tabela
5), foram empregados de igual forma para todas as parcelas, de forma que a única
variável fosse o tratamento herbicida testado.
22
Tabela 5. Tratos culturais realizados durante o ciclo da cultura do algodoeiro (janeiro –
julho), Maringá, PR - 2007.
Data Objetivo Método/Dose utilizados
22/01 Trat sementes c/ fungicida. Maxin XL (0,25 L 100 kg semente
-1
)
Trat sementes c/ Inseticida Cruiser (0,4 L 100 kg semente
-1
)
Semeadura
Adubação no sulco 300 kg ha
-1
do formulado 04-20-20
23/01 Aplicação dos tratamentos
29/01 Controle de pragas Valon (0,33 L ha
-1
)
01/02 Controle de pragas Folisuper (1,0 L ha
-1
) + Endosulfan (1,0 L ha
-1
)
Controle plantas daninhas Capina manual
06/02 Controle de pragas Endosulfan (2,0 L ha
-1
) + Folisuper 1,0 L ha
-1
)
09/02 Controle de pragas Endosulfan (2,0 L ha
-1
) + Marshal (0,4 L ha
-1
)
12/02 Controle de pragas Orthene (1,0 kg ha
-1
) + Marshal (0,4 L ha
-1
)
13/02 Controle de pragas Endosulfan (2,0 L ha
-1
)
15/02 Controle plantas daninhas Capina manual
16/02 Controle de pragas Endosulfan (1,5 L ha
-1
)
21/02 Adubação de cobertura Sultafo de amônia (100 kg ha
-1
)
24/02 Controle de pragas Orthene (1,0 kg ha
-1
)
27/02 Controle plantas daninhas Capina manual
28/02 Controle de pragas Endosulfan (2,0 L ha
-1
)
05/03 Controle de pragas Endosulfan (2,5 L ha
-1
)
08/03 Adubação de cobertura Sultafo de amônia (100 kg ha
-1
)
Adubação de cobertura KCl (200 kg ha
-1
)
Regulador de crescimento Pix (0,5 L ha
-1
)
Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha
-1
)
Controle de pragas Confidor (300 g ha
-1
)
16/03 Controle de pragas Endosulfan (2,5 L ha
-1
)
Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha
-1
)
Adubação Foliar Zinco (0,4 kg ha
-1
)
Controle de doenças Priori Xtra (0,3 L ha
-1
) + óleo vegetal (0,4 L ha
-1
)
22/03 Controle plantas daninhas Capina manual
23/03 Controle de pragas Orthene (1,0 kg ha
-1
)
27/03 Controle de pragas Endosulfan (2,0 L ha
-1
)
Regulador de crescimento Pix (0,5 L ha
-1
)
30/03 Controle de pragas Endosulfan (1,5 L ha
-1
) + Folisuper (1,0 L ha
-1
)
Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha
-1
)
31/03 Controle de pragas Catação de botões florais
03/04 Controle de pragas Karatê (0,4 L ha
-1
)
05/04 Controle de pragas Endosulfan (2,0 L ha
-1
)
09/04 Controle de pragas Talstar (0,25 L ha
-1
)
Adubação Foliar Boro (0,8 kg ha
-1
)
14/04 Controle de pragas Orthene 1,0 kg ha
-1
17/04 Controle de pragas Endosulfan (2,0 L ha
-1
) + Marshal (0,4 L ha
-1
)
21/04 Controle de pragas Talstar (0,25 L ha
-1
) + Marshal (0,4 L ha
-1
)
23
Tabela 5. Continuação...
24/04 Controle de pragas Endosulfan (2,0 L ha
-1
)
28/04 Controle de pragas Orthene (1,5 kg ha
-1
)
Controle de doenças Priori Extra (0,3 L ha
-1
) + óleo vegetal (0,2% v/v)
Adubação Foliar Boro (0,4 kg ha
-1
)
04/05 Controle de pragas Orthene (1,0 kg ha
-1
) + Endosulfan (2,0 L ha
-1
)
15/05 Controle de pragas Orthene (1,0 kg ha
-1
)
22/06 Dessecação Gramoxone (2,0 L ha
-1
)
04/07 Encerrado experimento 1 (var. Delta-Opal)
06/07 Dessecação Gramoxone (2,5 L ha
-1
)
11/07 Encerrado experimento 2 (Var. FMT-701)
Durante o ciclo da cultura, foram realizadas avaliações de fitotoxicidade,
estande, altura de plantas e número de capulhos por planta. Após a colheita, avaliou-
se a produtividade de algodão em caroço.
Fitotoxicidade
Durante o desenvolvimento da cultura, foram realizadas avaliações visuais de
fitotoxicidade aos 14, 21, 29 e 49 dias após a aplicação (DAA) dos herbicidas.
Nas avaliações visuais, foram atribuídas notas a cada unidade
experimental, conforme a escala EWRC (EUROPEAN WEED RESEARCH
COUNCIL, 1964), descrita na Tabela 6.
Tabela 6. Escala de fitotoxicidade EWRC utilizada nas avaliões.
1 nenhum dano;
2
pequenas alterações (descoloração, deformação) visíveis em algumas
plantas;
3
pequenas alterações (descoloração, deformação) visíveis em muitas
plantas;
4
forte descoloração (amarelecimento) ou razoável deformação, sem contudo,
ocorrer necrose (morte dos tecidos);
5
necrosamento (queima) de algumas folhas, em especial nas margens,
acompanhado de deformão em folhas e brotos;
6
mais de 50% das folhas e brotos apresentando necrosamento e/ou severa
deformação;
7 mais de 80% de folhas e brotos destruídos;
8
danos extremamente graves, sobrando apenas pequenas áreas verdes nas
plantas;
9 danos totais (morte das plantas).
24
Estande de plantas
As avaliações de estande foram realizadas aos 21 e 49 DAA, contando-se o
número de plantas em 5 metros lineares dentro de cada parcela. Para tal, foi fixado
que a avaliação sempre ocorreria na segunda linha de plantio evitando, desta forma,
que de alguma maneira os avaliadores, mesmo que inconscientemente, fossem
tendenciosos.
Altura de plantas
Para a determinação da altura média de plantas (cm), mediram-se dez plantas
aleatoriamente na parcela aos 21, 36 e aos 66 DAA. As plantas foram medidas desde
o colo até a inserção da folha mais nova completamente expandida da planta.
Número de capulhos
A avaliação do número de capulhos ocorreu na pré-colheita, aos 141 DAA, por
meio da contagem do número de maçãs em cinco plantas por parcela.
Produtividade de algodão em caroço
Foi realizada a colheita do algodão de forma manual em toda a parcela, para
quantificação da produção em caroço. Para o experimento com a variedade Delta-
Opal, foram realizadas duas colheitas, sendo a primeira em 15/06/2007, quando
aproximadamente 30% dos capulhos encontravam-se abertos e a segunda em
04/07/2007, quando os 70% restantes dos capulhos se encontrava abertos. O
experimento com a variedade FMT-701 foi colhido três vezes, sendo a primeira em
16/06/2007, quando aproximadamente 20% das maçãs estavam maturas e abertas,
a segunda colheita foi realizada em 27/06/2007, quando aproximadamente 50% dos
capulhos estavam abertos e a terceira e última colheita foi realizada em 11/07/2007,
quando os 30% restante dos capulhos estavam abertos. Durante a pesagem, foram
retiradas amostras de algodão em caroço, requisito necessário para o cálculo da
porcentagem de umidade contida no algodão. Após a pesagem, as amostras foram
encaminhadas à estufa com temperatura constante de 55
0
C por 72 horas, para que
perdesse toda sua umidade. Através de uma nova pesagem da amostra foi
quantificado a porcentagem de umidade em que o algodão foi colhido. Posteriormente
a produção de todas as unidades experimentais foi uniformizada para umidade de
14%.
25
Os dados encontrados nas avaliações foram analisados comparando as áreas
tratadas com herbicidas com a média das testemunhas duplas adjacentes. O
delineamento experimental foi do tipo blocos ao acaso, utilizando parcelas subdividas,
sendo 15 tratamentos e quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise de
variância pelo teste F. Quando significativas, as diferenças entre as médias foram
comparadas pelo teste de Tukey a 10% de probabilidade.
26
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas Tabelas 7 e 8 estão representados os resultados referentes à análise de
estande de plantas de algodoeiro em função dos herbicidas isolados e em misturas,
aos 21 e 49 DAA, respectivamente, para as variedades Delta-Opal e FMT 701. Pode-
se notar que entre todas as avaliações realizadas, o único tratamento que
proporcionou redução no estande da cultura foi a mistura s-metolachlor + diuron aos
21 DAA para a variedade Delta-Opal. Nas demais avaliações aos 21 DAA e em todas
as avaliações aos 49 DAA, os tratamentos herbicidas testados isoladamente ou em
mistura não proporcionaram diferenças significativas para o estande da cultura do
algodoeiro em ambos os experimentos. Confirmando estes resultados, Cruz & Toledo
(1982) avaliando tratamentos com alachlor (3,01 kg i.a. ha
-1
) e diuron (1,00 kg i.a. ha
-1
)
e Matallo et al. (2000) avaliando tratamentos com diuron (1,50 kg i.a. ha
-1
) e com
oxyfluorfen (0,24; 0,36; 0,48 e 0,72 kg i.a. ha
-1
) também não observaram reduções
significativas no estande da cultura algodoeira.
27
Tabela 7. Estande (plantas m
-1
) de plantas de algodoeiro, var. Delta-Opal, aos 21 e 49 dias após o
tratamento com herbicidas em pré-emergência. Maringá, PR - 2007.
21 DAA
49 DAA
Tratamento Dose (kg i.a. ha
-1
)
Trat TD Trat TD
1-Alachlor 1,200 8,64
a 8,70
a
8,05
a
7,93
a
2-S-metolachlor 0,672 8,64
a 8,64
a
8,50
a
8,08
a
3-Diuron 0,900 8,76
a 8,57
a
8,35
a
8,47
a
4-Diuron 1,200 7,89
a 8,39
a
8,15
a
8,40
a
5-Prometrina 0,900 8,89
a 9,14
a
8,55
a
8,00
a
6-Prometrina 1,200 8,51
a 8,89
a
8,40
a
8,33
a
7-Oxyfluorfen 0,192 8,38
a 9,20
a
8,55
a
8,60
a
8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 8,89
a 9,07
a
7,60
a
8,10
a
9-Alachlor + Prometrina 1,200 + 0,900 8,39
a 8,95
a
7,80
a
8,17
a
10-Alachlor + Prometrina 1,200 + 1,200 9,76
a 8,89
a
7,95
a
7,90
a
11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 7,64
b 9,14
a
8,20
a
7,80
a
12-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 0,900 8,64
a 8,45
a
8,95
a
8,00
b
13-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 1,200 8,39
a 8,89
a
8,10
a
8,05
a
14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 9,14
a 8,70
a
7,70
a
7,98
a
15-Oxyfluorfen + Prometrina 0,192 + 0,900 9,26
a 8,26
a
8,10
a
8,40
a
CV (%) 11,38
6,81
DMS (Tukey, 10%) 1,18
0,66
Médias seguidas das mesmas letras em cada linha não diferem entre si pelo teste F (10% de probabilidade).
Trat - tratamento
TD - testemunha dupla
28
Tabela 8. Estande (plantas m
-1
) de plantas de algodoeiro, var. FMT-701, aos 21 e 49 dias após o tratamento
com herbicidas em pré-emergência. Maringá, PR - 2007.
21 DAA 49 DAA
Tratamento Dose (kg i.a. ha
-1
)
Trat TD Trat TD
1-Alachlor 1,200 9,50
a 8,63
a 8,90
a 8,30
a
2-S-metolachlor 0,672 8,25
a 8,75
a 8,45
a 8,15
a
3-Diuron 0,900 9,38
a 8,38
a 8,55
a 7,93
a
4-Diuron 1,200 8,63
a 8,50
a 8,10
a 8,10
a
5-Prometrina 0,900 8,63
a 8,75
a 8,25
a 7,68
a
6-Prometrina 1,200 9,88
a 8,63
a 8,45
a 7,58
a
7-Oxyfluorfen 0,192 9,13
a 8,69
a 8,85
a 8,15
a
8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 8,88
a 9,38
a 8,45
a 8,55
a
9-Alachlor + Prometrina 1,200 + 0,900 8,63
a 8,75
a 8,25
a 8,53
a
10-Alachlor + Prometrina 1,200 + 1,200 7,38
a 8,25
a 8,35
a 7,65
a
11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 10,38
a 8,56
b 8,95
a 7,80
b
12-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 0,900 8,50
a 8,63
a 8,65
a 7,88
a
13-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 1,200 8,25
a 8,06
a 7,90
a 7,60
a
14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 8,63
a 8,56
a 8,20
a 8,20
a
15-Oxyfluorfen + Prometrina 0,192 + 0,900 9,25
a 8,44
a 8,15
a 7,98
a
CV (%) 14,88
9,72
DMS (Tukey, 10%) 1,54
0,95
Médias seguidas das mesmas letras em cada linha não diferem entre si pelo teste F (10% de probabilidade).
Trat - tratamento
TD - testemunha dupla
29
Nas três avaliações de altura realizadas, nota-se que as variedades
estudadas apresentaram respostas diferenciadas em relação aos herbicidas testados.
Para a variedade Delta-Opal (Tabela 9), na primeira avaliação, aos 21 DAA, os
tratamentos contendo alachlor aplicado isolado ou em combinação com prometrina
(em ambas as doses) reduziram o porte da planta. Os trabalhos de Cruz & Toledo
(1982) e Guimarães et al. (2007) confirmam este resultado, visto que encontraram
redução no porte da planta ao utilizar o herbicida alachlor, nas doses de 3,01 e 2,88 kg
i.a. ha
-1
respectivamente. Outros tratamentos que afetaram o desenvolvimento inicial
do algodoeiro foram as misturas s-metolachlor + prometrina, em ambas as doses,
além do herbicida oxyfluorfen aplicado isoladamente. Aos 36 DAA, observa-se que os
tratamentos contendo alachlor aplicado isolado ou em combinação com prometrina
(em ambas as doses) não demonstraram recuperação em sua altura, mantendo-se
inferior em seu porte, conforme observado nas avaliações aos 21 DAA. Os
tratamentos com oxyfluorfen isolado, s-metolachlor isolado e s-metolachlor +
prometrina (0,672 + 1,200 kg i.a. ha
-1
) também afetaram a altura das plantas nesta
avaliação. Na última avaliação realizada, aos 66 DAA, observa-se que todas estas
diferenças entre as parcelas tratadas com herbicidas e suas respectivas testemunhas
passaram a não existir, indicando a recuperação da cultura. Entretanto, o tratamento
oxyfluorfen + prometrina, que a então não havia apresentado qualquer efeito
significativo, passa a apresentar redução no porte da planta.
Para a variedade FMT-701 (Tabela 10), os herbicidas que promoveram redução na
altura das plantas aos 21 DAA foram: diuron (0,900 kg i.a. ha
-1
); alachlor + diuron; s-
metolachlor + diuron; s-metolachlor + prometrina (0,672 +0,900 kg i.a. ha
-1
) e
oxyfluorfen + diuron. Aos 36 DAA, os tratamentos com oxyfluorfen aplicado
isoladamente, diuron (0,900 kg i.a. ha
-1
) e oxyfluorfen + diuron continuaram
apresentando altura significativamente inferior às suas respectivas testemunhas.
Corroborando com estes resultados, Cruz & Toledo (1982) observaram redução na
altura da planta com diuron à 1,00 kg i.a. ha
-1
. Entretanto, Matallo et al. (2000) não
observaram redução na altura das plantas utilizando oxyfluorfen em dose até 0,72 kg
i.a. ha
-1
e diuron em dose de 1,50 kg i.a. ha
-1
. Em avaliação aos 66 DAA, não foram
observadas tais diferenças, porém o tratamento alachor + prometrine (1,200 + 0,900
kg i.a. ha
-1
) acarretou altura significativamente inferior a sua respectiva testemunha
dupla.
30
Tabela 9. Altura (cm) de plantas de algodoeiro, var. Delta-Opal, aos 21, 36 e 66 dias após o tratamento com herbicidas em pré-
emergência. Maringá, PR - 2007.
21 DAA
36 DAA
66 DAA
Tratamento Dose (kg i.a. ha
-1
)
Trat TD Trat TD Trat TD
1-Alachlor 1,200 12,23
b 14,50
a
33,95
b 39,28
a 65,03
a 62,48
a
2-S-metolachlor 0,672 11,98
a 13,68
a
34,08
b 39,18
a 59,10
a 61,45
a
3-Diuron 0,900 14,28
a 13,78
a
41,78
a 36,90
b 62,30
a 63,35
a
4-Diuron 1,200 11,63
a 12,63
a
34,58
a 36,15
a 59,23
a 59,60
a
5-Prometrina 0,900 13,33
a 13,40
a
38,75
a 36,90
a 62,60
a 57,48
a
6-Prometrina 1,200 13,38
a 13,93
a
37,83
a 39,60
a 66,80
a 64,25
a
7-Oxyfluorfen 0,192 12,43
b 14,68
a
34,80
b 39,25
a 64,35
a 65,48
a
8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 11,63
a 13,38
a
34,10
a 36,68
a 61,15
a 63,05
a
9-Alachlor + Prometrina 1,200 + 0,900 10,45
b 14,65
a
31,80
b 39,80
a 70,18
a 63,78
b
10-Alachlor + Prometrina 1,200 + 1,200 10,85
b 13,50
a
33,85
b 38,43
a 68,68
a 69,40
a
11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 13,73
a 13,75
a
38,18
a 38,45
a 68,20
a 64,77
a
12-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 0,900 11,23
b 13,35
a
35,65
a 37,43
a 69,98
a 69,10
a
13-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 1,200 12,43
b 14,53
a
34,75
b 39,85
a 65,78
a 64,30
a
14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 14,78
a 14,25
a
37,80
a 38,13
a 67,68
a 69,23
a
15-Oxyfluorfen + Prometrina 0,192 + 0,900 13,45
a 14,58
a
37,30
a 39,58
a 65,35
b 73,65
a
CV (%) 12,01
9,43
6,79
DMS (Tukey, 10%) 1,88
4,15
5,22
Médias seguidas das mesmas letras em cada linha não diferem entre si pelo teste F (10% de probabilidade).
Trat - tratamento
TD - testemunha dupla
31
Tabela 10. Altura (cm) de plantas de algodoeiro, var. FMT-701, aos 21, 36 e 66 dias após o tratamento com herbicidas em pré-
emergência. Maringá, PR - 2007.
21 DAA 36 DAA
66 DAA
Tratamento Dose (kg i.a. ha
-1
)
Trat TD Trat TD Trat TD
1-Alachlor 1,200 13,00
a 13,80
a 39,60
a 42,43
a 67,90
a 70,35
a
2-S-metolachlor 0,672 12,73
a 12,93
a 42,35
a 40,28
a 80,23
a 76,25
a
3-Diuron 0,900 12,73
b 14,90
a 38,40
b 42,93
a 73,48
a 75,20
a
4-Diuron 1,200 12,83
a 13,08
a 39,25
a 39,43
a 79,43
a 76,25
a
5-Prometrina 0,900 13,48
a 13,03
a 42,40
a 39,40
a 79,63
a 80,55
a
6-Prometrina 1,200 14,48
a 13,23
a 40,98
a 41,33
a 81,08
a 79,68
a
7-Oxyfluorfen 0,192 12,15
a 13,53
a 35,20
b 41,33
a 75,25
a 80,33
a
8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 11,85
b 13,88
a 40,88
a 41,90
a 77,40
a 77,88
a
9-Alachlor + Prometrina 1,200 + 0,900 13,00
a 14,30
a 40,48
a 42,35
a 74,63
b 83,10
a
10-Alachlor + Prometrina 1,200 + 1,200 13,30
a 13,13
a 39,93
a 38,35
a 78,13
a 75,10
a
11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 11,00
b 13,05
a 35,70
a 37,93
a 74,68
a 75,45
a
12-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 0,900 12,23
b 14,33
a 41,18
a 42,30
a 76,23
a 75,43
a
13-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 1,200 11,03
a 12,00
a 34,35
a 37,43
a 73,63
a 72,15
a
14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 10,93
b 12,73
a 36,40
b 40,55
a 69,60
a 72,15
a
15-Oxyfluorfen + Prometrina 0,192 + 0,900 11,55
a 12,58
a 38,00
a 38,90
a 75,48
a 76,70
a
CV (%) 9,61
8,70
5,85
DMS (Tukey, 10%) 1,47
4,10
5,27
Médias seguidas das mesmas letras em cada linha não diferem entre si pelo teste F (10% de probabilidade).
Trat - tratamento
TD - testemunha dupla
32
Diversos tratamentos afetaram o crescimento inicial das duas variedades,
observando-se maior efeito para o herbicida prometrina, quando combinado aos
demais herbicidas, para a variedade Delta-Opal, e para os tratamentos com o
herbicida diuron (isolado ou em mistura), para a variedade FMT-701. No entanto, à
medida que o tempo passou, a cultura retomou seu crescimento normal.
Na Figura 2, estão representados os resultados referentes às avaliações de
fitotoxicidade dos herbicidas para a variedade Delta-Opal, em função dos herbicidas
isolados e das misturas aos 14 DAA. Observa-se que o herbicida oxyfluorfen, isolado
ou em mistura com diuron ou prometrina, proporcionaram maior fitointoxicação à
cultura em relação aos demais tratamentos, caracterizada principalmente por necrose
nos cotilédones de algumas plantas (Figuras 3d; 3e e 3f). Matallo et al. (2000) também
encontraram sintomas de fitointoxicação na plantas de algodão com oxyfluorfen, nas
doses: 0,24; 0,36; 0,48 e 0,72 kg i.a. ha
-1
. Outras injúrias observadas na cultura foram
uma leve necrose nas folhas e clorose nos cotilédones ocasionadas pelo herbicida
prometrina (Figuras 3b e 3c). No entanto, as avaliações realizadas aos 21, 29 e 49
DAA não revelaram sintomas de injúrias em nenhum dos tratamentos herbicidas
avaliados, mostrando que a variedade Delta-Opal teve a capacidade de se recuperar
no decorrer do experimento, sob as condições edafoclimáticas da região onde foi
cultivada.
Os dados das avaliações de fitotoxicidade, realizadas aos 14 DAA para a
variedade FMT-701 (Figura 2), revelam que os tratamentos alachlor, s-metolachlor,
diuron na menor dose, prometrina na menor dose e alachlor + diuron proporcionaram
os menores sintomas de fitotoxicidade, sendo esses tratamentos os mais seletivos
entre os testados. Corroborando com estes resultados, Siqueri (2001) encontrou leves
sintomas de fitointoxicação (20% das plantas) até 15 DAA com os herbicidas diuron
(0,93 kg i.a. ha
-1
), alachlor (2,5 kg i.a. ha
-1
), ou a junção dos dois, e Freitas et al. (2006)
não observaram qualquer sintoma para o s-metolachlor na dose 1,152 kg i.a. ha
-1
. Por
outro lado, os tratamentos com oxyfluorfen isolado ou associado com diuron ou
prometrina, conforme observados para a variedade Delta-Opal, foram aqueles que
causaram os maiores níveis de fitointoxicação, observando-se sintomas de necrose
nos cotilédones e leve amarelecimento e encarquilhamento nas folhas novas (Figuras
4d; 5d e 5e). Os demais tratamentos estão em um grupo intermediário. Neste grupo, o
tratamento alachlor + prometrina ocasionou forte encarquilhamento e leve
amarelecimento na borda das folhas cotiledonares (Figura 4e e 4f); a mistura s-
33
metolachlor + prometrina acarretou um leve amarelecimento e encarquilhamento na
borda dos cotilédones (Figura 5c); os herbicidas diuron e prometrina aplicados
isoladamente e nas maiores doses ocasionaram leve clorose nos cotilédones (Figura
4b e 4c); e, por fim, a mistura s-metolachlor + diuron acarretou um leve amarelecimento
na borda dos cotilédones (Figura 5b), sendo que todos estes sintomas foram
considerados leves.
34
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Fitotoxicidade Escala EWRC
Tratamentos (doses em kg i.a./ha)
Var Delta-Opal var. FMT-701
Figura 2. Notas de fitointoxicação (Escala EWRC) em duas variedades de algodoeiro aos 14 dias após
tratamento com herbicidas em pré-emergência. Maringá, PR - 2007.
* Escala EWRC, onde as notas variam entre 1 = nenhum dano e 9 = danos totais (morte das plantas).
35
Figura 3. Fitointoxicação observada na cultura do algodoeiro após tratamento
herbicida aos 14 DAA, var. Delta-opal, Maringá, PR - 2007. a) testemunha
sem herbicida; b) prometrina (0,900 kg i.a. ha
-1
); c) prometrina (1,200 kg
i.a. ha
-1
); d) oxyfluorfen (0,192 kg i.a. ha
-1
); e) oxyfluorfen + diuron (0,192 +
1,200 kg i.a. ha
-1
); f) oxyfluorfen + prometrina (0,192 + 0,900 kg i.a. ha
-1
).
a
e
d
c
b
f
36
Figura 4. Fitointoxicação observada na cultura do algodoeiro após tratamento
herbicida aos 14 DAA, var. FMT-701, Maringá, PR - 2007. a) testemunha
sem herbicida; b) diuron (1,200 kg i.a. ha
-1
); c) prometrina (1,200 kg i.a.ha
-
1
); d) oxyfluorfen (0,192 kg i.a. ha
-1
); e) alachlor + prometrina (1,200 +
0,900 kg i.a. ha
-1
); f) alachlor + prometrina (1,200 + 1,200 kg i.a. ha
-1
).
a
c
f
e
d
b
37
Figura 5. Fitointoxicação observada na cultura do algodoeiro após tratamento
herbicida aos 14 DAA, var. FMT-701, Maringá, PR -2007. a) testemunha
sem herbicida; b) s-metolachlor + diuron (0,672 + 1,200 kg i.a. ha
-1
); c) s-
metolachlor + prometrina (0,672 + 1,200 kg i.a. ha
-1
); d) oxyfluorfen +
diuron (0,192 + 1,200 kg i.a. ha
-1
); e) oxyfluorfen + prometrina (0,192 +
0,900 kg i.a. ha
-1
).
a
e
d
c
b
38
De forma geral, para ambas as variedades, aos 14 DAA, observou-se que
quando houve incremento na dose de diuron e prometrina, os sintomas de
fitotoxicidade foram intensificados em relação às menores doses. O herbicida
oxyfluorfen quando aplicado isolado e em mistura com diuron ou prometrina
proporcionou sintomas intensos de fitointoxicação à cultura do algodoeiro aos 14 DAA.
No entanto, após 21 DAA não foram observados sintomas de fitointoxicicação nas
folhas novas emitidas pela cultura.
Os resultados referentes à avaliação de número de capulhos por planta aos
141 DAA estão representados nas Tabelas 11 e 12. Pode-se observar que as
variedades apresentaram diferença em relação aos tratamentos herbicidas recebidos.
Na variedade Delta-Opal (Tabela 11), o oxyfluorfen aplicado isolado e a mistura
alachlor + diuron apresentaram número de capulhos significativamente inferior à
testemunha dupla adjacente sem herbicida. Para a variedade FMT-701, nenhum dos
tratamentos afetou a cultura, não havendo diferenças significativas no número de
capulhos por planta (Tabela 12).
39
Tabela 11. Número de capulhos (capulhos plantas
-1
) aos 141 DAA, var. Delta-Opal,
após o tratamento com herbicidas em pré-emergência. Maringá, PR -
2007.
Tratamento Dose (kg i.a. ha
-1
) Trat TD
1-Alachlor 1,200 4,95
a 5,13
a
2-S-metolachlor 0,672 5,00
a 5,40
a
3-Diuron 0,900 5,05
a 4,90
a
4-Diuron 1,200 4,65
a 5,50
a
5-Prometrina 0,900 5,15
a 5,05
a
6-Prometrina 1,200 4,95
a 5,95
a
7-Oxyfluorfen 0,192 4,60
b 5,78
a
8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 4,75
b 6,05
a
9-Alachlor + Prometrina 1,200 + 0,900 6,40
a 6,08
a
10-Alachlor + Prometrina 1,200 + 1,200 6,45
a 6,68
a
11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 6,85
a 5,65
a
12-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 0,900 5,30
a 5,90
a
13-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 1,200 7,60
a 5,93
b
14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 7,70
a 5,88
b
15-Oxyfluorfen + Prometrina 0,192 + 0,900 6,10
a 6,55
a
CV (%) 16,22
DMS (Tukey, 10%) 1,10
Médias seguidas das mesmas letras em cada linha não diferem entre si pelo teste F (10%
de probabilidade).
Trat - tratamento
TD - testemunha dupla
40
Tabela 12. Número de capulhos (capulhos plantas
-1
) aos 141 DAA, var. FMT-
701, após o tratamento com herbicidas em pré-emergência.
Maringá, PR - 2007.
Tratamento Dose (kg i.a. ha
-1
) Trat TD
1-Alachlor 1,200 5,95
a 6,80
a
2-S-metolachlor 0,672 8,80
a 6,68
b
3-Diuron 0,900 6,80
a 6,93
a
4-Diuron 1,200 7,20
a 7,28
a
5-Prometrina 0,900 6,90
a 7,80
a
6-Prometrina 1,200 7,20
a 7,48
a
7-Oxyfluorfen 0,192 7,15
a 7,48
a
8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 7,55
a 7,38
a
9-Alachlor + Prometrina 1,200 + 0,900 7,30
a 8,10
a
10-Alachlor + Prometrina 1,200 + 1,200 7,35
a 7,15
a
11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 8,40
a 6,28
b
12-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 0,900 6,15
a 6,35
a
13-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 1,200 6,45
a 6,83
a
14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 6,10
a 6,80
a
15-Oxyfluorfen + Prometrina 0,192 + 0,900 7,15
a 7,10
a
CV (%) 16,17
DMS (Tukey, 10%) 1,36
Médias seguidas das mesmas letras em cada linha não diferem entre si pelo teste F
(10% de probabilidade).
Trat - tratamento
TD - testemunha dupla
Para a avaliação do número de capulhos, podemos inferir que a variedade
Delta-Opal sofreu redução no número de capulhos por planta pelos tratamentos
oxyfluorfen aplicado isoladamente e pela combinação de alachlor com diuron. A
variedade FMT-701 não sofreu influencias dos tratamentos herbicidas na quantidade
de capulhos por planta.
Ao analisar o efeito dos tratamentos na produtividade, pode-se notar que o
tratamento oxyfluorfen + prometrina foi o único que acarretou produtividade
significativamente inferior à testemunha sem herbicida em ambas as variedades, a
10% de probabilidade (Tabelas 13 e 14). Assim como os resultados obtidos neste
trabalho, Cruz & Toledo (1982) avaliando alachlor e diuron isolados (3,01 + 1,00 kg i.a.
ha
-1
) e Azevedo et al. (1994) avaliando a mistura diuron + alachlor (1,00 + 1,92 e 1,25
+ 1,92) observaram que estes tratamentos apresentaram seletividade para a cultura do
algodoeiro. Confirmando estes resultados, Freitas et al. (2006) o observaram
41
diferença significativa entre a produção da testemunha capinada e o tratamento s-
metolachlor em dose até 1,152 kg i.a. ha
-1
.
Tabela 13. Produtividade de algodão em caroço (kg ha
-1
), var. Delta-Opal, após o
tratamento com herbicidas em pré-emergência. Maringá, PR - 2007.
Tratamento Dose (kg i.a. ha
-1
) Trat TD
1-Alachlor 1,200 3211,34
a 3258,99
a
2-S-metolachlor 0,672 3218,39
a 3320,92
a
3-Diuron 0,900 3390,71
a 3332,29
a
4-Diuron 1,200 2840,86
a 3172,57
a
5-Prometrina 0,900 3057,00
a 2983,89
a
6-Prometrina 1,200 3612,86
a 3349,03
a
7-Oxyfluorfen 0,192 3057,00
a 3269,44
a
8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 2920,82
a 3196,01
a
9-Alachlor + Prometrina 1,200 + 0,900 3419,02
a 3379,93
a
10-Alachlor + Prometrina 1,200 + 1,200 3547,53
a 3587,25
a
11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 3435,59
a 3345,99
a
12-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 0,900 3370,82
a 3463,44
a
13-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 1,200 3416,58
a 3509,81
a
14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 3699,07
a 3808,03
a
15-Oxyfluorfen + Prometrina 0,192 + 0,900 3589,38
b 3935,79
a
CV (%) 8,45
DMS (Tukey, 10%) 336,01
Médias seguidas das mesmas letras em cada linha não diferem entre si pelo teste F (10%
de probabilidade).
Trat - tratamento
TD - testemunha dupla
42
Tabela 14. Produtividade de algodão em caroço (kg ha
-1
), var. FMT-701, após o
tratamento com herbicidas em pré-emergência. Maringá, PR - 2007.
Tratamento Dose (kg i.a. ha
-1
) Trat TD
1-Alachlor 1,200 4022,57
a 4270,76
a
2-S-metolachlor 0,672 4857,34
a 4686,89
a
3-Diuron 0,900 4428,50
a 4616,93
a
4-Diuron 1,200 4601,58
a 4859,07
a
5-Prometrina 0,900 4629,92
a 4592,98
a
6-Prometrina 1,200 5040,13
a 4753,43
a
7-Oxyfluorfen 0,192 4515,65
a 4604,92
a
8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200 5136,02
a 4976,93
a
9-Alachlor + Prometrina 1,200 + 0,900 4794,97
a 4881,10
a
10-Alachlor + Prometrina 1,200 + 1,200 4957,05
a 4744,28
a
11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200 4460,63
a 4589,11
a
12-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 0,900 4701,35
a 4478,06
a
13-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 1,200 4146,71
a 4175,68
a
14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200 4087,01
a 4232,29
a
15-Oxyfluorfen + Prometrina 0,192 + 0,900 4181,98
b 4504,09
a
CV (%) 5,50
DMS (Tukey, 10%) 298,91
Médias seguidas das mesmas letras em cada linha não diferem entre si pelo teste F (10%
de probabilidade).
Trat - tratamento
TD - testemunha dupla
Oxyfluorfen isolado e a mistura alachlor + diuron para a variedade Delta-Opal
foram os únicos tratamentos que acarretaram quedas na quantidade de maçãs por
planta. Entretanto, mesmo com uma quantidade inferior de maçãs, estes tratamentos
não sofreram redução em sua produtividade. Tal fato pode justificar-se por um
provável peso maior destas maçãs.
Um dos fatores que pode ter acarretado a queda na produtividade no
tratamento oxyfluorfen + prometrina é a fitointoxicação visual. Tal mistura foi a que
apresentou os maiores níveis de fitointoxicação aos 14 DAA, o que pode levar a inferir
que altos níveis de injúrias no início do ciclo da cultura podem acarretar quedas na
produtividade.
43
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tratamento s-metolachlor + diuron para a variedade Delta-Opal foi o
único a reduzir o estande no início do ciclo da cultura.
As plantas do algodoeiro que sofreram redução em seu porte no início do
desenvolvimento se recuperaram ao longo do ciclo da cultura,
independente do tratamento herbicida recebido.
Aos 14 DAA, observou-se que quando houve incremento na dose de
diuron e prometrina, os sintomas de fitotoxicidade foram intensificados
em relação às menores doses.
O herbicida oxyfluorfen, quando aplicado isolado e em mistura com
diuron ou prometrina, proporcionou sintomas intensos de fitointoxicação
à cultura do algodoeiro aos 14 DAA.
Após 21 DAA, não foram observados sintomas de fitointoxicação nas
folhas novas emitidas pela cultura para todos os tratamentos.
A variedade Delta-Opal sofreu redução no número de capulhos por
planta pelos tratamentos oxyfluorfen aplicado isoladamente e pela
combinação de alachlor com diuron. A variedade FMT-701 não sofreu
influência dos tratamentos herbicidas na quantidade de capulhos por
planta.
Apenas para um tratamento, dos 15 estudados, a fitointoxicação na parte
aérea se correlaciona com a queda na produção.
Na tabela 15 encontra-se um resumo do comportamento das variáveis
respostas frente à aplicação dos tratamentos herbicidas para as variedades Delta-Opal
e FMT-701.
44
Tabela 15. Resumo do comportamento das variáveis-resposta frente à aplicação de tratamentos herbicidas em pré-emergência.
Estande
21 DAA
Estande
49 DAA
Altura
21 DAA
Altura
36 DAA
Altura
66 DAA
Número de
Maçãs
Produti-
vidade
variedade variedade variedade variedade variedade variedade variedade
Tratamentos Dose (kg i.a. ha
-1
)
Delta-
Opal
FMT-
701
Delta-
Opal
FMT-
701
Delta-
Opal
FMT-
701
Delta-
Opal
FMT-
701
Delta-
Opal
FMT-
701
Delta-
Opal
FMT-
701
Delta-
Opal
FMT-
701
1-Alachlor 1,200
S S S S NS S NS S S S S S S S
2-S-metolachlor 0,672
S S S S S S NS S S S S S S S
3-Diuron 0,900
S S S S S NS S NS S S S S S S
4-Diuron 1,200
S S S S S S S S S S S S S S
5-Prometrina 0,900
S S S S S S S S S S S S S S
6-Prometrina 1,200
S S S S S S S S S S S S S S
7-Oxyfluorfen 0,192
S S S S NS S NS NS S S NS S S S
8-Alachlor + Diuron 1,200 + 1,200
S S S S S NS S S S S NS S S S
9-Alachlor + Prometrina 1,200 + 0,900
S S S S NS S NS S S NS S S S S
10-Alachlor + Prometrina 1,200 + 1,200
S S S S NS S NS S S S S S S S
11-S-metolachlor + Diuron 0,672 + 1,200
NS S S S S NS S S S S S S S S
12-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 0,900
S S S S NS NS S S S S S S S S
13-S-metolachlor + Prometrina 0,672 + 1,200
S S S S NS S NS S S S S S S S
14-Oxyfluorfen + Diuron 0,192 + 1,200
S S S S S NS S NS S S S S S S
15-Oxyfluorfen + Prometrina 0,192 + 0,900
S S S S S S S S NS S S S NS NS
S – seletivo
NS – não seletivo
45
6. CONCLUSÕES
Todos os herbicidas causam fitotointoxicação à cultura, podendo afetar a
altura e número de capulhos, mas não se correlaciona com a
produtividade na grande maioria dos casos.
O único tratamento que não foi seletivo à cultura do algodoeiro,
considerando-se apenas a produtividade de ambas as variedades, foi a
mistura oxyfluorfen + prometrina (0,192 + 0,900 kg i.a. ha
-1
).
46
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herbicides in plants and soils. West Lafayette: Purdue University, 2000. p.112-134.
52
ANEXOS
53
Anexo 1. Resumo de análise de variância das variáveis de altura e estande da cultura do algodoeiro, var. Delta-Opal, após o
tratamento com herbicidas em pré-emergência. Maringá, PR - 2007.
QM Resíduo
FV GL
altura 21 DAA altura 36 DAA altura 66 DAA estande 21 DAA estande 49 DAA
Blocos 3 5,37
48,53
325,33
2,88
3,85
Herbicidas (H) 14 4,51
ns 12,27
ns 96,13
ns 0,61
ns 0,44
ns
Resíduo a 42 4,24
15,64
85,86
0,88
0,46
Parcelas (59)
Modo (M) 1 57,69
* 176,66
* 3,37
ns 0,57
ns 0,08
ns
M x H 14 3,43
ns 20,68
ns 25,24
ns 0,82
ns 0,31
ns
Modo/Herb1
1 10,35
* 56,71
* 13,01
ns 0,01
ns 0,03
ns
Modo/Herb2
1 5,78
ns 52,02
* 11,05
ns 0,01
ns 0,36
ns
Modo/Herb3
1 0,50
ns 47,53
* 2,21
ns 0,07
ns 0,03
ns
Modo/Herb4
1 2,00
ns 4,96
ns 0,28
ns 0,50
ns 0,12
ns
Modo/Herb5
1 0,01
ns 6,85
ns 52,53
ns 0,13
ns 0,60
ns
Modo/Herb6
1 0,60
ns 6,30
ns 13,00
ns 0,28
ns 0,01
ns
Modo/Herb7
1 10,13
* 39,61
* 2,53
ns 1,32
ns 0,01
ns
Modo/Herb8
1 6,13
ns 13,26
ns 7,22
ns 0,07
ns 0,50
ns
Modo/Herb9
1 35,28
* 128,00
* 81,92
* 0,63
ns 0,28
ns
Modo/Herb10
1 14,05
* 41,86
* 1,05
ns 1,53
ns 0,00
ns
Modo/Herb11
1 0,01
ns 0,15
ns 23,46
ns 4,50
* 0,32
ns
Modo/Herb12
1 9,03
* 6,30
ns 1,53
ns 0,07
ns 1,81
*
Modo/Herb13
1 8,82
* 52,02
* 4,35
ns 0,50
ns 0,01
ns
Modo/Herb14
1 0,55
ns 0,21
ns 4,80
ns 0,38
ns 0,15
ns
Modo/Herb15
1 2,53
ns 10,35
ns 137,78
* 2,00
ns 0,18
ns
Resíduo b 45 2,51
12,28
19,43
0,99
0,31
Total 47
CV(%) 12,02
9,43
6,79
11,38
6,81
*-significativo ao nível de 10% de probabilidade pelo teste F.
ns- não significativo ao nível de 10% de probabilidade pelo teste F.
54
Anexo 2. Resumo de análise de variância das variáveis de altura e estande da cultura do algodoeiro, var. FMT-701, após o
tratamento com herbicidas em pré-emergência. Maringá, PR 2007.
QM Resíduo
FV GL
altura 21 DAA altura 36 DAA altura 66 DAA estande 21 DAA
estande 49 DAA
Blocos 3 3,97
41,55
254,24
5,01
9,66
Herbicidas (H) 14 4,27
ns 26,95
ns
83,08
ns
1,40
ns 0,45
ns
Resíduo a 42 3,93
24,31
50,62
1,53
0,64
Parcelas (59)
Modo (M) 1 26,89
* 62,93
* 12,87
ns
2,48
ns 5,46
*
M x H 14 2,19
ns 12,67
ns
21,37
ns
1,08
ns 0,33
ns
Modo/Herb1
1 1,28
ns 15,96
ns
12,00
ns
1,53
ns 0,72
ns
Modo/Herb2
1 0,08
ns 8,61
ns
31,60
ns
0,50
ns 0,18
ns
Modo/Herb3
1 9,46
* 40,95
* 5,95
ns
2,00
ns 0,78
ns
Modo/Herb4
1 0,13
ns 0,06
ns
20,16
ns
0,03
ns 0,01
ns
Modo/Herb5
1 0,41
ns 18,00
ns
1,71
ns
0,03
ns 0,66
ns
Modo/Herb6
1 3,13
ns 0,25
ns
3,92
ns
3,13
ns 1,53
ns
Modo/Herb7
1 3,78
ns 75,03
* 51,51
ns
0,38
ns 0,98
ns
Modo/Herb8
1 8,20
* 2,10
ns
0,45
ns
0,50
ns 0,02
ns
Modo/Herb9
1 3,38
ns 7,03
ns
143,65
* 0,03
ns 0,15
ns
Modo/Herb10
1 0,06
ns 4,96
ns
18,30
ns
1,53
ns 0,98
ns
Modo/Herb11
1 8,41
* 9,90
ns
1,20
ns
6,57
* 2,64
*
Modo/Herb12
1 8,82
* 2,53
ns
1,28
ns
0,03
ns 1,20
ns
Modo/Herb13
1 1,90
ns 18,91
ns
4,35
ns
0,07
ns 0,18
ns
Modo/Herb14
1 6,48
* 34,45
* 13,00
ns
0,01
ns 0,01
ns
Modo/Herb15
1 2,10
ns 1,62
ns
3,00
ns
1,32
ns 0,06
ns
Resíduo b 45 1,53
11,96
19,81
1,69
0,64
Total 47
CV(%) 9,61
8,70
5,85
14,88
9,72
*-significativo ao nível de 10% de probabilidade pelo teste F.
ns- não significativo ao nível de 10% de probabilidade pelo teste F.
55
Anexo 3. Resumo da análise de variância das variáveis resposta relacionadas à produção da cultura do algodoeiro, var. Delta-
Opal e FMT-701, após o tratamento com herbicidas em pré-emergência. Maringá, PR 2007.
QM Resíduo
Delta-Opal FMT-701
FV GL
maçã 141 DAA Produtividade maçã 141 DAA Produtividade
Blocos 3 31,44
9137743,33
7,67
1039038,33
Herbicidas (H) 14 3,67
ns 448219,93
ns 1,77
ns 645869,57
*
Resíduo a 42 2,20
373979,05
2,46
368956,67
Parcelas (59)
Modo (M) 1 0,11
ns 169167,50
ns 0,01
ns 21882,42
ns
M x H 14 1,89
* 56818,43
ns 1,74
ns 77587,21
ns
Modo/Herb1
1 0,06
ns 4539,22
ns 1,45
ns 123197,50
ns
Modo/Herb2
1 0,32
ns 21023,31
ns 9,03
* 58108,25
ns
Modo/Herb3
1 0,04
ns 6826,45
ns 0,03
ns 71014,76
ns
Modo/Herb4
1 1,45
ns 220063,20
ns 0,01
ns 132603,50
ns
Modo/Herb5
1 0,02
ns 10691,60
ns 1,62
ns 2729,14
ns
Modo/Herb6
1 2,00
ns 139212,30
ns 0,15
ns 164388,10
ns
Modo/Herb7
1 2,76
* 90265,14
ns 0,21
ns 15940,52
ns
Modo/Herb8
1 3,38
* 151456,90
ns 0,06
ns 50618,92
ns
Modo/Herb9
1 0,21
ns 3055,47
ns 1,28
ns 14836,97
ns
Modo/Herb10
1 0,10
ns 3156,06
ns 0,08
ns 90541,54
ns
Modo/Herb11
1 2,88
* 16055,87
ns 9,03
* 33014,34
ns
Modo/Herb12
1 0,72
ns 17155,49
ns 0,08
ns 99716,94
ns
Modo/Herb13
1 5,61
* 17380,59
ns 0,28
ns 1678,09
ns
Modo/Herb14
1 6,66
* 23745,74
ns 0,98
ns 42209,63
ns
Modo/Herb15
1 0,41
ns 239998,70
* 0,01
ns 207506,20
*
Resíduo b 45 0,86
80400,58
1,32
63628,13
Total 47
CV(%) 16,22
8,45
16,17
5,50
*-significativo ao nível de 10% de probabilidade pelo teste F.
ns- não significativo ao nível 10% de probabilidade pelo teste F.
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