RESUMO
LOPES, Marcelo Erik. Avaliação farmacêutica de duas novas formulações na
forma de pasta na cicatrização de feridas dermoepidérmicas em ratos. 2010.
64f. Dissertação (Mestrado em Cirurgia e Anestesiologia Veterinária) – Universidade
de Franca, Franca.
O desenvolvimento de uma nova formulação envolve várias etapas importantes que
englobam desde o conhecimento das características dos insumos utilizados até
comprovação que a aplicação é segura para posterior comercialização. Com este
propósito, este estudo teve como objetivo avaliar as propriedades terapêuticas,
químicas, físicas e microbiológicas de duas novas formulações na forma de pasta na
cicatrização de feridas dermoepidérmicas em ratos. Foram utilizados 60 ratos
(Rattus norvegicus albinus) da linhagem Wistar, machos, adultos, com peso médio
de 312,37g. Os animais foram distribuídos em três grupos de 20 animais, sendo
submetidos a cirurgias dermoepidérmicas no qual foi retirado 1cm
2
de pele. No
grupo Pasta 1 as lesões dermoepidérmicas foram tratadas com uma pasta contendo
neomicina, bacitracina, óxido de zinco, talco farmacêutico, carbonato de cálcio,
glicerina e água deionizada. No grupo Pasta 2 as lesões de pele foram tratadas com
uma pasta a base de óleo de amêndoas, óxido de zinco, lanolina anidra, palmitato
de retinol, colecalciferol, acetato de racealfatocoferol, cianocobalamina e água
deionizada. Já no Grupo Controle as feridas de pele foram tratadas com solução
fisiológica (NaCl 0,9%). De acordo com os resultados dos testes de estabilidade,
além das análises físico-químicas e microbiológicas, as duas pastas passaram nos
testes de estabilidade acelerada e provavelmente permaneçam estáveis em
prateleira por um período não inferior a dois anos. Apesar da cicatrização evoluir de
forma favorável em todos os grupos estudados, as lesões tratadas com a pasta 1
apresentaram halos significativamente maiores quando comparado com os outros
dois grupos (grupo controle e pasta 2), ao terceiro, quinto e sexto dias de avaliação
(p<0,05). Os diâmetros das feridas, assim como o tempo de cicatrização, entre a
pasta 2 e o grupo controle, não diferiram significativamente, do segundo ao 14º dia
de avaliação (p=1,00). Conclui-se que as duas pastas contendo coadjuvantes
técnicos diferentes, apresentaram influência e diferença significativa no processo
cicatricial, uma vez que a velocidade de cicatrização no período considerado como
fase critica que é até o 3° dia após a lesão onde a pasta 2 foi mais eficaz, devido a
presença de vitaminas e óleo de amêndoas. Já na pasta 1 contendo oxido de zinco
combinado com carbonato de cálcio retardou o crescimento de tecido de granulação.
Palavras-chave: feridas dermoepidérmicas; cicatrização; ratos.