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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE VETERINÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
DESEMPENHO NA FASE DE RECRIA E CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA
DE BOVINOS DE ORIGEM LEITEIRA SUBMETIDOS A DIFERENTES
ESTRATÉGIAS DE ALIMENTAÇÃO
Pedro Leonardo de Paula Rezende
Orientador: Prof. Dr. João Restle
Goiânia
2010
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PEDRO LEONARDO DE PAULA REZENDE
DESEMPENHO NA FASE DE RECRIA E CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA
DE BOVINOS DE ORIGEM LEITEIRA SUBMETIDOS A DIFERENTES
ESTRATÉGIAS DE ALIMENTAÇÃO
Dissertação apresentada à Escola de
Veterinária da Universidade Federal
de Goiás, como requisito parcial para
obtenção do título de Mestre em
Ciência Animal, área de concentração
Produção Animal.
Área de concentração:
Produção Animal
Orientador:
Prof. Dr. João Restle - Pesquisador CNPq
Comitê de orientação:
Prof. Dr. Juliano José Resende de Fernandes - EV/UFG
Prof. Dr. João Teodoro Pádua - EV/UFG
GOIÂNIA
2010
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação na (CIP)
GPT/BC/UFG
Rezende, Pedro Leonardo de Paula.
R467d Desempenho na fase de recria e características da carcaça
de bovinos de origem leiteira submetidos a diferentes estra-
gias de alimentação [manuscrito] / Pedro Leonardo de Paula
Rezende. - 2010.
xv, 75 f. : il., figs, tabs.
Orientador: Prof. Dr. João Restle
Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de Goiás,
Escola de Veterinária, 2010.
Bibliografia.
Inclui lista de figuras, abreviaturas, sigla e tabelas.
Anexos.
1. Bovino de leite Alimentação e rações - Qualidade 2.
Bovino de leite Carcaças 3. Bovino de leite Pesos e medi-
das I. Título.
CDU: 636.2.034:636.084.52
GOIÂNIA
2010
Dedico este trabalho a DEUS pela
vitória alcaada e aos meus pais
Pedro e Vera que me possibilitaram a
oportunidade de aprofundar meus
conhecimentos.
DESEMPENHO NA FASE DE RECRIA E CARACTERÍSTICAS DA CARCAÇA
DE BOVINOS DE ORIGEM LEITEIRA SUBMETIDOS A DIFERENTES
ESTRATÉGIAS DE ALIMENTAÇÃO
RESUMO GERAL
Com o objetivo de avaliar o desempenho na fase de recria em pastagem e as
características quantitativas e qualitativas da carcaça e da carne de 24 novilhos
mestiços Holandês/Zebu submetidos a diferentes estratégias nutricionais, o
experimento foi conduzido em duas fases. Na primeira fase (recria), os
mestiços foram mantidos em pastagem de Brachiaria brizantha Cv. Marandú,
dos 6 aos 11 meses de idade e submetidos a dois níveis de suplementação
energética (alto e médio) correspondendo ao fornecimento em quantidade
equivalente a 1,0 e 0,5% do peso vivo médio do grupo experimental,
respectivamente. Nessa fase avaliou-se os efeitos dos níveis nutricionais sobre
o desempenho e desenvolvimento de medidas corporais bem como suas
correlações com ganho em peso. Animais do grupo de alto nível de
suplementação (TA) mantiveram o GMD mais elevado e mais constante com a
evolução dos períodos (0,95; 1,09; 1,07; 1,00; 0,93 e 0,23 kg/dia), sendo
apenas a média do sexto período menor (p<0,05) que as demais, resultando
em maior (p<0,05) peso final (231,26 vs 197,55 kg), enquanto que os animais
do tratamento de médio nível de suplementação (TM) apresentaram maiores
oscilações de GMD entre os períodos (0,83; 0,59; 0,75; 0,78; 0,44 e 0,35
kg/dia), sendo observada diferença estatística (p<0,05) entre todos os
períodos, exceto entre o primeiro e o quarto. O grupo TA apresentou maiores
(p<0,05) patamares para as variáveis: perímetro torácico (final e ganho);
comprimento (final e ganho); altura da garupa (final e ganho); altura da
cernelha (final); perímetro escrotal (final) e não diferiu (P>0,05) quanto ao
ganho em perímetro escrotal e perímetro de canela. O ganho de perímetro
torácico foi correlacionado positivamente com ganho em peso médio diário total
com coeficientes de 0,77 e 0,70 para TM e TA, respectivamente.
Posteriormente, na segunda fase do experimento, dos 11 aos 15 meses de
idade, os animais foram terminados em confinamento com nível de energia
médio ou alto correspondendo a inclusão de 50 ou 80% de concentrado na MS
da dieta total, respectivamente. O rendimento de carcaça quente foi
significativamente maior para o nível alto de concentrado na terminação (50,16
vs 48,62%). O nível médio de suplementação na recria resultou em maior
percentagem de gordura na carcaça em relação ao alto (25,61 vs 23,39%). Os
percentuais dos cortes dianteiro e traseiro não foram influenciados. Porém, a
percentagem de ponta de agulha foi maior nos animais submetidos ao nível
alto de suplementação na recria e que na seqüência receberam o nível médio
de concentrado na terminação, em comparação aos animais que receberam
alto nível nutricional em ambas as fases (13,41 vs 12,22%). O nível alto de
suplementação na recria proporcionou maior comprimento de carcaça (134,48
vs 131,43 cm), carne mais macia (4,72 vs 6,66 kg/cm
3
) e carne de coloração
vermelha mais clara (3,88 vs
2,89 pontos). A área de olho de lombo, espessura
de gordura subcutânea, escore de marmoreio e conformação não foram
influenciados pelos níveis nutricionais com valores médios de 51,46 cm
2
, 2,9
mm, 5,93 pontos, 10,33 pontos, respectivamente.
PERFORMANCE IN GROWING PHASE AND MEAT AND CARCASS’S
CHARACTERISTICS FROM CROSSBREED DAIRY ORIGIN STEERS
SUBMITTED TO DIFFERENT FEED STRATEGIES
ABSTRACT
In order to evaluate the performance in the growing phase on pasture and the
quantitative and qualitative characteristics of carcass and meat from 24 of
crossbred dairy steers under different nutritional strategies, the experiment was
conducted in two phases. In the first phase (growing) the steers were
maintained on Brachiaria brizantha pasture, from 6 to 11 months of age under
two levels of supplementation (high and medium) corresponding to the supply at
a rate of 1.0 and 0.5 % of live weight in the experimental group, respectively.
This phase we evaluated the effects of nutrient levels on the performance and
development of body measurements and their correlation with weight gain.
Animals of the high level of supplementation (TA) had the highest ADG and
more consistent with the evolution of the periods (0.95, 1.09, 1.07, 1.00, 0.93
and 0.23 kg / days), with only the middle of the sixth period shorter (p <0.05)
than the other, resulting in greater (p <0.05) final weight (231.26 vs. 197.55 kg),
while the animals treatment of medium level of supplementation (TM) had
higher ADG oscillations between periods (0.83, 0.59, 0.75, 0.78, 0.44 and 0.35
kg / day), with statistical difference (p <0.05) between all periods, except
between the first and fourth. The TA group had higher (p <0.05) results for the
variables girth (and final Gain), length (final and gain), hip height (final and
gain), withers height (final) scrotal (final) and did not differ (P> 0.05) for gain in
scrotal circumference and cinnamon. The gain in heart girth was positively
correlated with weight gain in average daily total with coefficients of 0.77 and
0.70 for TM and TA, respectively. Later in the second phase of the experiment,
from 11 to 15 months of age, the animals were maintained in the feedlot with
the energy level high or medium corresponding to the inclusion of 50 or 80%
concentrate on DM of the total diet, respectively. The hot carcass yield was
significantly higher for the high level of concentrate in the finishing (50.16 vs.
48.62%). The average level of supplementation during the growing phase
resulted in a greater percentage of carcass fat in relation to the high (25.61 vs.
23.39%). The percentage of fore and rear were not affected. However, the
percentage of needle point was higher in animals with high level of
supplementation in the growing and who subsequently received the average
level of concentrate in the termination, as compared to animals receiving
nutrition level in both phases (13,41 vs 12.22%). The high level of
supplementation in the growing gave rise to longer carcass (134.48 vs 131.43
cm), more tender meat (4.72 vs. 6.66 Kg/cm3) and beef and red color lighter
(3.88 vs. 2.89 points). The area of rib eye, fat thickness, marbling score and
conformation were not influenced by nutrient levels with average values of
51.46 cm2, 2.9 mm, 5.93 points, 10.33 points, respectively.
SUMÁRIO
1
3
3
5
6
CAPÍTULO I
8
9
10
12
16
26
CAPÍTULO II
27
28
29
30
35
49
50
51
64
CAPÍTULO I
LISTA DE TABELAS
TABELA 1
Dados meteorológicos por período experimental............................
12
TABELA 2
Análise bromatológica das amostras de pastagem de Brachiaria
brizantha aparentemente consumidas.............................................
17
TABELA 3
Médias e erros-padrão de desempenho de mestiços de origem
leiteira submetidos a níveis de suplementação energética em
pastagem de Brachiaria brizantha...................................................
21
TABELA 4
Médias e erros-padrão da evolução de medidas corporais (cm) de
mestiços de origem leiteira submetidos a níveis de
suplementação energética em pastagem de Brachiaria
brizantha...........................................................................................
23
TABELA 5
Coeficientes de correlação de Pearson entre as variáveis de
ganho de medidas corporais (cm) e ganho em peso (kg) de
mestiços submetidos a alto nível de suplementação (acima da
diagonal) e médio nível de suplementação (abaixo da diagonal)....
25
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1
Teor de matéria seca da forragem disponível e percentual de
folhas e hastes da pastagem por período experimental....................
18
FIGURA 2
Disponibilidade inicial de forragem (kg MS/ha) da pastagem de
Brachiaria brizantha por período experimental..................................
19
FIGURA 3
Ganho em peso médio diário em função dos períodos
experimentais.....................................................................................
19
FIGURA 4
Escore de condição corporal de bovinos mestiços de origem
leiteira submetidos a níveis de suplementação em pastagem de
Brachiaria brizantha...........................................................................
22
CAPÍTULO II
TABELA 1
Composição bromatológica e percentual de ingredientes na base
da matéria seca das dietas experimentais na fase de terminação
em Confinamento............................................................................
33
TABELA 2
Médias e erros-padrão de peso de abate, peso e rendimento da
carcaça quente e fria e espessura de gordura subcutânea de
acordo com o nível de suplementação na fase de recria e nível
de concentrado na fase de terminação...........................................
38
TABELA 3
Médias e erros-padrão dos principais tecidos que compõem a
carcaça de acordo com o nível de suplementação na fase de
recria e nível de concentrado na fase de terminação.....................
40
TABELA 4
Médias e erros-padrão dos cortes primários da carcaça de
acordo com o nível de suplementação na fase de recria e nível
de concentrado na fase de terminação...........................................
42
TABELA 5
Médias e erros-padrão de conformação, maturidade fisiológica,
área de olho de lombo, perímetro de braço e espessura de coxão
de acordo com o nível de suplementação na fase de recria e
nível de concentrado na fase de terminação..................................
43
TABELA 6
Médias e erros-padrão das medidas objetivas da carcaça de
acordo com o nível de suplementação na fase de recria e nível
de concentrado na fase de terminação...........................................
45
TABELA 7
Médias e erros-padrão do escore de cor, textura e marmoreio da
carne de acordo com o nível de suplementação na fase de recria
e nível de concentrado na fase de terminação...............................
46
TABELA 8
Médias e erros-padrão de foa de cisalhamento e perdas por
cocção e descongelamento de acordo com o nível de
suplementação na fase de recria e nível de concentrado na fase
de terminação.................................................................................
49
LISTA DE ABREVIATURAS
PIB - Produto interno bruto
VS - Versus
DF - Disponibilidade de forragem
MS - Matéria seca
PB - Proteína Bruta
EE - Extrato etéreo
FDA - Fibra em detergente ácido
FDN - Fibra em detergente neutro
MM - Matéria mineral
GMD - Ganho médio diário
DIVMS - Digestibilidade in vitro da matéria seca
GMDt - Ganho médio diário total
GPT - Ganho em peso total
ECC - Escore de condição corporal
PTI - Perímetro torácico inicial
PTF - Perímetro torácico final
PTG - Perímetro torácico ganho
CI - Comprimento inicial
CF - Comprimento final
CG - Comprimento ganho
ACI - Altura da cernelha inicial
ACF - Altura da cernelha final
ACG - Altura da cernelha ganho
PEI - Perímetro escrotal inicial
PEF - Perímetro escrotal final
PEG - Perímetro escrotal ganho
AGF - Altura da garupa final
AGG - Altura da garupa ganho
PCI - Perímetro de canela inicial
PCF - Perímetro da canela final
PCG - Perímetro da canela ganho
AGI - Altura da garupa inicial
MLD - Músculo Longíssimus Dorsi
RC - Rendimento de carcaça
RCQ - rendimento de carcaça quente
RCF - Rendimento de carcaça fria
EGS - Espessura de gordura subcutânea
PO - Percentual de osso
PM - Percentual de músculo
PG - Percentual de gordura
PAB - Peso de abate
PV - Peso vivo
PA - Ponta de agulha
MF - Maturidade fisiológica
COM - Conformação
AOL - Área de olho de lombo
CC - Comprimento de carcaça
CP - Comprimento de perna
CB - Comprimento de braço
EC - Espessura de coxão
PBr - Perímetro de braço
MAR - Marmoreio
TX - Textura
INTRODUÇÃO GERAL
O Brasil é o sexto maior produtor de leite do mundo atrás dos Estados
Unidos, Índia, China, Rússia e Alemanha. O número de vacas ordenhadas
no país em 2007 foi de 21,1 milhões de cabeças e o estado de Goiás possui
o segundo maior rebanho leiteiro do país (2,3 milhões de cabeças) atrás
apenas do estado de Minas Gerais (IBGE, 2008). O rebanho leiteiro
predominante no estado é composto por animais mestiços de grupos
genéticos Bos indicus x Bos taurus (PÁDUA et al., 2003).
Apesar de constituir alternativa para o aumento da receita na
propriedade leiteira, a maioria dos machos de origem leiteira ainda não é
utilizada para produção de carne. Grande parte dos 7,5 milhões de bezerros
nascidos por ano (ANUALPEC, 2009) é abatida nos primeiros dias de vida
ou vendidos por preços irrisórios, pois necessitam ingerir quantidades
significativas de leite na fase inicial do seu desenvolvimento ocasionando
desvio de recursos, diminuindo a lucratividade da atividade leiteira. Além
disso, a forma como o criados geralmente faz com que esses animais
atinjam condições de abate com idade avançada, permanecendo mais
tempo na propriedade, concorrendo com as próprias novilhas e vacas
lactantes, por pasto, mão de obra, alimentos concentrados, etc.
Quando mantidos nas propriedades esses animais geralmente são
criados com manejo alimentar deficiente, ocorrendo alta mortalidade e
resultando em desenvolvimento lento, o que irá refletir na qualidade da
carcaça e da carne por atingirem condições de abate com idade avançada.
A redução da idade de abate desses animais torna-se desejável, pois está
relacionada à eficiência cnica e biológica do sistema de produção
(RESTLE et al., 1999a). Além de a terminação ser mais eficiente em animais
jovens, reduzir a idade de abate também significa reduzir o custo de
permanência dos machos na propriedade ocupando áreas de pasto que
poderiam ser utilizadas para outras categorias, principalmente vacas
lactantes.
Para que a produção de carne a partir de machos mestiços de origem
leiteira se torne uma atividade rentável, é necessário considerar todas as
fases de criação do nascimento ao abate. Na recria o uso de suplementação
múltipla permite aumentar o consumo de nutrientes digestíveis, melhorando
a produtividade e a eficiência biológica, resultando em maior peso na
entrada do confinamento (PORTO et al., 2008).
O Brasil deixa de produzir milhares de toneladas de carne por ano
pelo não aproveitamento ou pelo manejo nutricional inadequado do bezerro
de origem leiteira como animal destinado ao abate. Em países com pecuária
de leite avançada, como Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, a
contribuição de bovinos de origem leiteira para produção de carne é elevada.
Apesar de não se tratar de animais com aptidão genética especializada para
produção de carne, avanços das técnicas de alimentação e manejo,
principalmente relacionadas às fases de cria e recria, possibilitaria aos
criadores uma fonte de receita alternativa devido à alta disponibilidade desse
tipo de animal na região Centro-oeste.
Diante do exposto, objetivou-se com a condução deste trabalho,
avaliar os efeitos de diferentes estratégias nutricionais sobre o desempenho
na fase de recria e sobre as características quantitativas e qualitativas da
carcaça e da carne de bovinos mestiços jovens de origem leiteira.
REVISÃO DE LITERATURA
1 Produção de carne de bovinos de origem leiteira
Nos sistemas de produção de leite, o bezerro macho recebe um
tratamento bastante inferior em relação à fêmea, devido aos objetivos da
produção e dificuldades na implantação de um sistema criatório eficiente para
este tipo de animal (CARVALHO et al., 2007).
Anualmente, nas principais bacias leiteiras do Brasil, milhares de
bezerros machos são sacrificados ao nascer, eliminando-se assim uma fonte
de renda em potencial. Os machos de raças mais apuradas são sacrificados
logo após o nascimento, pois, apesar de sua potencialidade em ganhar peso,
não conseguem se adaptar às condições rústicas de um sistema de criação
mais extensivo (RIBEIRO et al., 2001).
A determinação dos fatores relacionados ao crescimento de bezerros
machos de origem leiteira é desejável, com o intuito de avaliar-se uma possível
viabilização e o retorno econômico para esta categoria animal, que é,
atualmente, sub-aproveitada. Todavia, o desempenho produtivo dos bezerros
pode ser comprometido por restrições alimentares impostas a estes animais
(ROCHA et al., 1999). Os conhecimentos da influência do genótipo, da nutrição
e do estágio de maturidade sobre o crescimento dos bezerros assumem
grande importância, pois a composição corporal repercute sobre as
necessidades nutricionais e o desempenho produtivo do animal.
A utilização dos sistemas mistos de produção de leite e carne no Brasil é
uma tecnologia emergente que vem sendo adotada por um número crescente
de produtores principalmente na região Centro-Oeste. Entretanto, o modelo
tradicional de produção deste tipo de animal não é capaz de suprir o mercado
com bons animais para abate (ALVES et al., 2004).
Apesar de FARIA (1981) ter suscitado dúvidas quanto aos sistemas
mistos de produção de leite e carne bovina, no sentido de que não produzem
com eficiência nenhum dos dois produtos, alguns trabalhos têm refutado esse
argumento (MADALENA & HOLANDA JÚNIOR, 1998; NOVAES et al., 1998),
principalmente no âmbito econômico.
PRESTON (1976) demonstrou que a eficiência biológica de um rebanho
de duplo propósito (carne e leite) é superior a dois rebanhos especializados,
um em carne e outro em leite. Acresce-se a isto que os recursos disponíveis
nos trópicos são mais compatíveis com níveis médios de produção,
freqüentemente observados nos bovinos de duplo propósito, do que com níveis
elevados em bovinos especializados. Ao mesmo tempo, os estudos realizados
em países de clima temperado afirmam que não há incompatibilidade em
associar carne e leite, num mesmo animal, sem perder em eficiência.
O contingente de bezerros provenientes do rebanho leiteiro nacional tem
aumentado significativamente e isso tem impulsionado estudos para se
observar a aptidão e o potencial genético para produção de carne
(RODRIGUES FILHO et al., 2003). Na década de 80, BIONDI et al. (1984)
previram que as bacias leiteiras localizadas perto dos grandes centros
consumidores, em futuro próximo, teriam que se estruturar para cria e recria
desses animais. Ratificaram que não parecia ser recomendável o abate de
machos de origem leiteira ao nascer, sendo preferível recriá-los sob quantidade
limitada de leite.
A maior parte dos bezerros de origem leiteira do Brasil são animais
mestiços sem raça definida, normalmente de raças européias especializadas
na produção de leite (em sua maioria Holandês) e raças zebuínas (Gir, Guzerá
e Nelore), também com aptidão para produção de leite (BOMFIM, 2001).
De acordo com VELLOSO et al. (1975), animais originários de rebanhos
leiteiros apresentam boa habilidade de ganho em peso e um bom desempenho
em confinamento. Da mesma forma, BANYS (1999) afirma que o gado
Holandês não deve ser considerado uma raça exclusivamente leiteira, apesar
de ser esta a sua função principal. O desenvolvimento do esqueleto com
massas musculares e, sobretudo, o potencial para ganho de peso e a
conversão alimentar são favoráveis a essa raça em relação à produção de
carne, proporcionando pequena cobertura de tecido adiposo.
A utilização de machos leiteiros para a produção de carne é comum nos
mercados da América do Norte e Europa. Na Nova Zelândia, grande produtora
de leite, o rebanho leiteiro contribui com 52% da carne bovina produzida,
representando 49% do total da renda do país com carne bovina, sendo que
95% dessa produção é feita a pasto (MORRIS et al., 1998).
No contexto da realidade brasileira, o aproveitamento racional para
corte, dos bezerros originários de propriedades produtoras de leite requer
melhor avaliação do potencial de crescimento e das características de carcaça,
tendo em vista que a restrição alimentar normalmente imposta a estes animais
na fase de cria e recria pode refletir sobre o desempenho posterior (ROCHA et
al., 1999).
Segundo TEIXEIRA (1984), o conhecimento da composição qualitativa e
quantitativa da carcaça de bovinos tanto em terminação como em crescimento
é relevante, pois permite identificar os animais com habilidade de produzir
eficientemente melhores carcaças beneficiando os setores de prodão e
comercialização. Maior rendimento de carcaça foi observado em animais
Nelore, quando comparados com mestiços de aptidão leiteira (PERON et al.,
1993).
1.2 Níveis de suplementação em pastagem na fase de crescimento
A suplementação múltipla a pasto no período chuvoso tem como
finalidade explorar o potencial genético dos animais com a disponibilização dos
nutrientes potencialmente digestíveis do pasto durante o período e reduzir
deficiências dietéticas das forragens permitindo ao animal aumentar o consumo
de nutrientes digestíveis, assim melhorando a produtividade e a eficiência
alimentar para atingir peso e composição de carcaça para abate em menor
idade (PORTO et al., 2008).
A maior parte da produção bovina de corte está fundamentada em
pastagens do gênero Brachiaria, a qual, por ser uma gramínea tropical,
apresenta produção, tanto no aspecto de qualidade quanto em quantidade,
distribuída em dois períodos distintos, quais sejam, águas e seca. No entanto a
qualidade dessa gramínea é mediana, permitindo ganho em peso médio diário
limitado de aproximadamente 460 g e 235 g para o período chuvoso e seco,
respectivamente (EUCLIDES, 2003).
O confinamento e a suplementação para animais mantidos em pastagem
são tecnologias potenciais para aumentar a eficiência dos sistemas de
produção de proteína de origem animal, principalmente em épocas
desfavoráveis ao crescimento da forragem (MACITELLI et al., 2007).
Um aporte basicamente protéico não oferece condições necessárias
para obtenção de elevado desempenho produtivo, em animais nesse estado
fisiológico. Assim, é destacada a necessidade de inclusão de fontes
energéticas na dieta de animais em terminação. Essas fontes suplementares
baseiam-se principalmente em grãos de cereais e oleaginosas, as quais
apresentam elevada quantidade de carboidratos não estruturais e triglicerídeos,
respectivamente (EL-MEMARI NETO et al., 2003).
Segundo PAULINO et al. (2005) a suplementação a pasto melhora a
digestibilidade da MS total devido a maior concentração de energia
aumentando o ganho em peso médio diário. Contudo, a extensão desta
melhoria depende da proporção de suplemento sobre a atividade dos
microrganismos do rúmem.
1.3 Níveis de concentrado na terminação em confinamento
A maior parte dos custos de produção da terminação de bovinos em
confinamento é decorrente da alimentação resultando na necessidade
desenvolvimento de estudos tecnológicos nutricionais que contemplem a
eficiência econômica e biológica do sistema de produção de carne (REZENDE
et. al., 2009).
Segundo RESTLE & VAZ (1997), reduzir a idade de abate para menos
de dois anos requer níveis de alimentação mais altos. A terminação do bovino
jovem exige maior concentração de nutrientes na dieta, para que o animal
possa apresentar elevado ganho em peso para que possa ser abatido próximo
aos 12 meses de idade.
Os aspectos quantitativos e qualitativos da carcaça e da carne bovina
são determinados por um conjunto de características como o peso,
conformação, rendimento, gordura de cobertura e marmoreio. Estas
características podem ser influenciadas por pelo tempo de duração do
confinamento (RESTLE et al.,1997), pela alteração da proporção
volumoso:concentrado da dieta (EUCLIDES FILHO et al.,1997) e pela seleção
genética (PRESTON & WILLIS, 1974). O aumento da densidade energética
através do fornecimento de maiores quantidades de alimentos concentrados
pode melhorar a eficiência e o desempenho animal (SANTINI & ELIZALDE,
1993) e alterar aspectos qualitativos e quantitativos da carcaça e da carne
(ARTHAUD et al., 1977).
SILVA et al. (2001) constataram que o rendimento de carcaça foi
influenciado pela diminuição linear do peso do conteúdo do trato gastrintestinal
com o aumento dos níveis de concentrado na dieta, pois aquelas com maiores
níveis de concentrado apresentaram maior digestibilidade.
Trabalhando com novilhos jovens de diferentes grupos genéticos,
BRONDANI et al. (2006) verificaram melhoria na maciez da carne bem como
menor perda durante o descongelamento, quando os animais foram
alimentados com dieta de maior proporção de concentrado em relação aos
alimentados com dieta com baixa densidade energética.
FEIJÓ et al. (1996) trabalhando com bovinos F
1
Nelore x Pardo-Suíço,
utilizando dietas com 0, 20, 40 e 60% de concentrado na MS, observaram
menor rendimento de carcaça (P<0,05) com 20% de concentrado e aumento
no rendimento da carcaça para níveis maiores de concentrado na dieta.
CAPÍTULO I
Desempenho e desenvolvimento corporal de bovinos mestiços de origem
leiteira submetidos a níveis de suplementação em pastagem de Brachiaria
brizantha
RESUMO
Estudou-se o efeito de níveis de suplementação energética em pastagem de
Brachiaria brizantha sobre o desempenho e o desenvolvimento de medidas
corporais, bem como suas correlações com ganho em peso de bovinos
mestiços de origem leiteira na fase de desenvolvimento inicial. O experimento
foi conduzido em 126 dias, divididos em seis peodos de 21 dias,
correspondendo à segunda metade do período de chuvas e início do peodo
seco. Foram utilizados 24 bovinos mestiços não castrados Holandês/Zebu, com
6 meses de idade e 118 + 16 kg de peso vivo no início do experimento. Os
tratamentos foram determinados pelo fornecimento de suplemento energético
em quantidade equivalente a 0,5 ou 1,0% do peso vivo. Constatou-se interação
significativa (p<0,05) entre os tratamentos e períodos experimentais sobre o
ganho em peso médio diário. Animais do grupo de alto nível de suplementação
(TA) mantiveram o GMD mais elevado e mais constante com a evolução dos
períodos (0,95; 1,09; 1,07; 1,00; 0,93 e 0,23 kg/dia), sendo apenas a dia do
sexto período menor (p<0,05) que as demais, resultando em maior (p<0,05)
peso final (231,26 vs 197,55 kg), enquanto que os animais do tratamento de
médio nível de suplementação (TM) apresentaram maiores oscilações de GMD
entre os períodos (0,83; 0,59; 0,75; 0,78; 0,44 e 0,35 kg/dia), sendo observada
diferença estatística (p<0,05) entre todos os períodos, exceto entre o primeiro e
o quarto. Não se constatou efeito significativo (P>0,05) dos tratamentos sobre o
escore de condição corporal. O grupo TA apresentou maiores (p<0,05)
patamares para as variáveis: perímetro torácico (final e ganho); comprimento
(final e ganho); altura da garupa (final e ganho); altura da cernelha (final);
perímetro escrotal (final) e não diferiu (P>0,05) quanto ao ganho em perímetro
escrotal e perímetro de canela. O ganho de perímetro torácico foi
correlacionado positivamente com ganho em peso médio diário total com
coeficientes de 0,77 e 0,70 para TM e TA, respectivamente.
PALAVRAS-CHAVE: Disponibilidade de forragem, ganho em peso, perímetro
torácico, medidas corporais.
Performance and development of body measurements of crossbred cattle
of dairy origin submitted to levels of supplementation of pasture of
Brachiaria brizantha
ABSTRACT
We studied the effect of energy supplementation levels in Brachiaria brizantha
on performance and development of body measurements and their correlation
with weight gain of crossbred dairy steers in the early stage of development.
The experiment was conducted in 126 days, divided into six periods of 21 days,
corresponding to the second half of the rainy season and early dry season. We
used 24 crossbred non-castrated Holstein / Zebu, with 6 months of age and 118
+ 16 kg live weight at the beginning of the experiment. The treatments were
determined by the supply of energy supplement in an amount equivalent to 0.5
or 1.0% of body weight. It was a significant interaction (p <0.05) between
treatments and experimental periods on the gain in average daily weight.
Animals of the high level of supplementation (TA) had the highest ADG and
more consistent with the evolution of the periods (0.95, 1.09, 1.07, 1.00, 0.93
and 0.23 kg / days), with only the middle of the sixth shorter period (p <0.05)
than the other, resulting in greater (p <0.05) final weight (231.26 vs. 197.55 kg),
while the animals treatment of medium level of supplementation (TM) had
higher ADG oscillations between periods (0.83, 0.59, 0.75, 0.78, 0.44 and 0.35
kg / day), with statistical difference (p <0.05) between all periods, except
between the first and fourth. There was no significant effect (P> 0.05) of
treatments on body condition score. The TA group had higher (p <0.05) levels
for the variables girth (and final Gain), length (final and gain), hip height (final
and gain), withers height (final) scrotal (final) and did not differ (P> 0.05) for
gain in scrotal circumference and cinnamon. The gain in heart girth was
positively correlated with weight gain in average daily total with coefficients of
0.77 and 0.70 for TM and TA, respectively.
KEY WORDS: availability of forage, gain weight, thoracic Perimeter.
INTRODUÇÃO
Nos sistemas de produção de carne bovina do Brasil, as gramíneas
forrageiras constituem a principal fonte de alimentação dos bovinos. As
pastagens tropicais, durante a estação das chuvas, apesar de não serem
consideradas deficientes em proteína bruta, possibilitam ganhos em peso
aquém do potencial genético dos animais (ELIZALDE et al., 1998). Segundo
EUCLIDES, (2003) a qualidade das gramíneas tropicais é mediana, permitindo
ganhos em peso de aproximadamente 0,46 e 0,23 kg/dia para os períodos
chuvoso e seco, respectivamente. Recentes estudos (ZERVOUDAKIS et al.,
2001; ZERVOUDAKIS et al., 2008) demonstram ganhos adicionais
significativos no desempenho de bovinos mestiços em pastagem com o uso de
suplementação no período das águas, registrando valores médios de 0,82 a
1,04 kg/dia. Diante disso, torna-se relevante a necessidade de se estudar a
eficiência técnica e biológica de diferentes estratégias alimentares objetivando
suprir a necessidade de nutrientes limitantes para manutenção de taxas de
ganho em peso satisfatórias em pastagem de gramíneas tropicais.
Um dos primeiros aspectos que deve ser considerado quando se enfoca
a produção de carne a partir de machos de origem leiteira, é a redução da
idade de abate através do manejo e alimentação adequados, nas diferentes
fases, para que o animal atinja condições de abate exigidas pelos frigoríficos
em menor tempo. Além de a terminação ser mais eficiente em animais mais
jovens (RESTLE et al., 1999a), estratégias de alimentação suplementar na fase
de crescimento, significam maior peso de entrada no confinamento resultando
em menor tempo na terminação. Dessa forma, o crescimento corporal e o nível
do ganho em peso do animal antes dos 12 meses, têm reflexo em
características importantes da carcaça e da carne de bovinos de corte
(RESTLE et al., 2003).
A maioria dos trabalhos conduzidos no Brasil abordando produção de
bovinos jovens suplementados em pastagem foi desenvolvida com animais de
grupos genéticos de aptidão para corte. Há necessidade de se obter mais
informações científicas com bovinos machos de origem leiteira em função da
alta disponibilidade desse tipo de animal na região Centro-Oeste. Assim,
objetivou-se com este estudo avaliar o efeito do nível de suplementação
energética em pastagem de Brachiaria brizantha na segunda metade do
período de chuvas sobre o desempenho e desenvolvimento corporal de
bovinos mestiços de origem leiteira na fase de crescimento inicial.
MATERIAL E MÉTODOS
A fase de suplementação foi conduzida durante 126 dias, divididos em
seis períodos de 21 dias, de 02/02 a 07/06/2008, compreendendo a segunda
metade do período de chuvas e início do período seco. O experimento foi
conduzido em área pertencente à Universidade Federal de Goiás (UFG),
localizada no município de Goiânia, com altitude de 771 m, latitude 16º36' Sul e
longitude 49º15' Oeste. Os índices de precipitação acumulada, temperatura e a
umidade relativa do ar média, por período experimental de 21 dias encontram-
se na Tabela 1.
TABELA 1. Dados meteorológicos por período experimental
Períodos
1
2
3
4
5
6
Datas
23/02
15/03
05/04
26/04
17/05
07/06
Precipitação*
141,26
235,34
126,84
166,40
0,00
0,00
1
Temp. **
23,40
23,00
23,40
20,70
21,20
19,30
2
UR**
86,00
85,00
85,00
69,00
61,00
63,00
*Acumulado no período experimental de 21 dias (mm); **Média diária do período experimental
de 21 dias;
1
Temperatura (
o
C);
2
Umidade Relativa do Ar (%).
FONTE: Estação evaporimétrica de Goiânia - EA/UFG, 2008.
O desempenho e o desenvolvimento corporal dos animais em pastagem
de Brachiaria brizantha foram avaliados em dois tratamentos: Alto (TA) e Médio
(TM), determinados pelo fornecimento de suplemento energético em
quantidade equivalente a 1,0 e 0,5% do peso vivo (PV) médio do grupo
experimental, respectivamente. O suplemento energético utilizado foi o grão de
milho triturado acrescido de 4,5% (TA) ou 9% (TM) de mistura mineral
composta por 12,0% Ca; 8,8% P; 12,6% Na; 12,0% S; 0,98% micro-minerais,
conforme exigências sugeridas pelo NRC (1996). O suplemento foi fornecido
diariamente duas vezes, ás 8:00 e 17:00 horas, em comedouros de
suplementação com 0,5 metro linear/animal.
Foram utilizados 24 bovinos machos mestiços (Holandês/Zebu), não
castrados, provenientes do mesmo rebanho. Os animais foram adquiridos com
seis meses de idade e peso médio de 118 + 16 kg no início do experimento.
Em intervalos regulares, os animais foram desverminados e feito o tratamento
contra ectoparasitas, além das vacinações conforme o calendário profilático da
região.
A pastagem foi implantada por sistema de plantio convencional em
Fevereiro de 2005. Em 2008 foi feita adubação corretiva com 260 kg/hectare
(ha) de NPK na fórmula 20-10-10 em cobertura, imediatamente após a
roçagem para homogeneização da área experimental. A área total da
pastagem possuía 17 hectares (ha) e foi utilizada em sistema rotacionado,
dividida em quatro módulos de 4,25 ha (dois por tratamento). Cada módulo foi
subdividido em quatro piquetes onde os lotes eram manejados de acordo com
a altura da pastagem sendo mudados de piquete quando verificado altura
inferior a 25 cm.
A disponibilidade de forragem (DF) foi determinada utilizando quadrado
de ferro com 1 m
2
de área, com cortes a dez cm do solo, sendo realizadas
cinco amostragens por piquete no início de cada um dos seis períodos
experimentais, resultando na DF inicial média de cada período.
As amostras de forragem aparentemente consumida foram coletadas
manualmente por intermédio da técnica de simulação de pastejo (GIBB &
TREACHER, 1976) periodicamente a cada 21 dias, visando analisar
bromatologicamente o material semelhante ao consumido pelos animais. Na
mesma ocasião determinou-se a composição da pastagem em função da
relação entre os componentes Folha e Haste (Figura 1) e a disponibilidade de
forragem (Figura 2).
As amostras de forragem manualmente coletadas foram pré-secas em
estufa de ventilação forçada à 65 ºC, moídas em moinho tipo Willey com
peneira de 5 mm, acondicionadas em sacos plásticos e identificadas para
posteriores análises bromatológicas (Tabela 2) no Laboratório de Nutrição
Animal do Departamento de Produção da Escola de Veterinária da
Universidade Federal de Goiás (UFG).
Foram determinados os teores de matéria seca em estufa à 105 ºC por
72 horas até o peso constante. O percentual de proteína bruta (PB) foi
determinado pelo teor de nitrogênio em aparelho de destilação a vapor micro-
Kjedahl adotando-se o fator de conversão de 6,25 conforme AOAC (1995). Os
percentuais de fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido
(FDA) foram determinados por análise não sequencial, segundo metodologia
de VAN SOEST (1991). As análises dos teores de extrato etéreo (EE) e cinzas
foram realizadas conforme metodologias descritas por SILVA & QUEIROZ
(2002).
A pesagem individual dos animais foi realizada no início do peodo de
pastejo e posteriormente a cada 21 dias, após jejum de sólidos de 12 horas,
objetivando ajustar o fornecimento do suplemento em função do peso vivo dos
animais. Na mesma ocasião foram realizadas as mensurações corporais
analisadas em função dos parâmetros: inicial, final e ganho no período total de
126 dias. Foram obtidas: Altura da cernelha - correspondendo à distância da
cernelha até a superfície do solo e Altura da garupa - correspondendo à
distância do osso sacro até a superfície do solo, sendo estas medidas tomadas
com auxílio de bastão hipométrico e fita métrica; Perímetro torácico - perímetro
imediatamente caudal à escápula passando pelo esterno e pelos processos
espinhais das vértebras torácicas; Perímetro escrotal - obtido medindo-se a
região escrotal de maior diâmetro; Perímetro da canela - Mensurado a partir do
diâmetro na altura do osso metacarpiano no membro anterior direito e
Comprimento - linha reta entre a articulação escápulo-umeral e a tuberosidade
coxal do ílio tomada lateralmente com auxílio de fita métrica.
O GMD em função dos seis períodos experimentais foi obtido pela
diferença entre os pesos final e inicial de cada período experimental de 21 dias,
dividido pelo número de dias do período. O ganho em peso dio diário total
(GMDt) foi obtido pela diferença do peso final e o peso de entrada dividido pelo
tempo total do experimento de 126 dias. A cada pesagem os animais foram
submetidos à avaliação subjetiva do escore de condição corporal (ECC) por
dois avaliadores. Os critérios utilizados foram descritos por RESTLE et al.
(1977), em que a condição varia de 1 (muito magro) a 5 (muito gordo).
As variáveis de ECC e GMD em função dos períodos experimentais
foram analisadas em delineamento experimental inteiramente casualizado, com
arranjo fatorial 2x6 (dois níveis de suplementação e seis períodos
experimentais) através de análise de Medidas Repetidas no Tempo pelo
procedimento MIXED do software estatístico SAS (2002), visando analisar os
efeitos dos períodos experimentais, bem como sua interação com os níveis de
suplementação, sobre o desempenho dos animais de acordo com o seguinte
modelo matemático:
Y
ijk
= µ + a
i (1;2)
+ R
j
(a
i
) + (a
i
b
j
) + b
j (1;2;3;4;5;6)
+ E
ijk
Em que:
Y
ijk
= observações da variável dependente correspondente ao nível de
suplementação i, peodo experimental j, e repetição k; µ = média de todas as
observações; a
i
= efeito do i - ésimo nível de suplementação, sendo 1 e 2 = 0,5
e 1,0% do PV respectivamente; R
j
(a
i
) = efeito aleatório baseado na repetição
dentro do tratamento; a
i
b
j
= efeito da interação entre o i - ésimo nível de
suplementação e j período experimental; b
j
= efeito do j - ésimo período
experimental, sendo 1,2,3,4,5 e 6; E
ijk
= erro experimental referente à
observação do i - ésimo nível de suplementação, período experimental j e
repetição k.
As demais variáveis relativas apenas ao efeito dos níveis de
suplementação (tratamentos) sobre os parâmetros inicial, final e ganho total de
peso e medidas corporais foram analisadas em delineamento inteiramente
casualizado e submetidas a análise segundo o modelo matemático:
Y
ik
= µ + a
i(1;2)
+ E
ik
Em que:
Y
ik
= observações da variável dependente correspondente ao nível de
suplementação i e repetição k; µ = média de todas as observações; a
i
= efeito
do i - ésimo nível de suplementação, sendo 1 e 2 = 0,5 e 1,0 % do PV
respectivamente; E
ik
= erro experimental referente à observação do nível de
suplementação i e repetição k.
Os dados referentes às variáveis estudadas foram submetidos à análise
de normalidade pelo teste Shapiro-Wilk e análise de variância. Quando
detectado efeito significativo foram realizadas comparações de médias pelo
teste t. Adotou-se 5% como nível de significância máximo. Realizaram-se ainda
análises de regressão linear e correlações de Pearson.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tabela 2 constam os resultados da análise químico-bromatológica
das amostras de forragem aparentemente consumida, manualmente coletadas
por intermédio da técnica de simulação de pastejo. Pode-se inferir que o
houve limitação de compostos nitrogenados para o desempenho dos animais,
pois os teores de PB da pastagem obtidos durante o experimento se
apresentaram acima do valor mínimo sugerido por VAN SOEST (1994), que é
de 7% de PB na matéria seca.
TABELA 2. Análise bromatológica (% de nutrientes na base da MS) das
amostras de pastagem de Brachiaria brizantha aparentemente
consumidas
Períodos
Regressão
23/Fev
14/Mar
05/Abr
26/Abr
17/Mai
07/Jun
MS
31,50
32,20
32,49
39,70
39,21
42,41
Ŷ = 2,3654Per. + 27,973
PB
8,04
8,77
10,19
9,38
7,15
6,94
Ŷ = -0,3191Per.+ 9,529
EE
1,53
1,50
1,66
1,50
1,41
1,31
Ŷ = -0,0437Per. + 1,638
FDA
36,87
37,08
37,99
39,84
40,69
42,23
Ŷ = 1,1280Per. + 35,169
FDN
67,52
65,87
64,48
69,51
69,96
74,64
Ŷ = 1,5114Per. + 63,373
MM
7,13
6,93
6,31
6,23
6,14
5,63
Ŷ = -0,2843Per. + 7,390
Matéria seca (MS), Proteína bruta (PB), Extrato etéreo (EE), Fibra em detergente ácido (FDA),
Fibra em detergente neutro (FDN), Matéria mineral (MM); Período experimental (Per.).
Constatou-se aumento linear do percentual de MS com o avanço do
período de utilização da pastagem, onde a regressão linear permitiu estimar
incrementos de 2,36 pontos percentuais no teor de MS por período de pastejo.
Este comportamento está de acordo com a afirmação de FRIZZO et al. (2003)
de que aumento percentual de MS com o avanço no estádio de
desenvolvimento de plantas forrageiras. O mesmo comportamento foi
observado com relação aos teores de FDN e FDA que aumentaram
linearmente com evolução dos períodos experimentais.
Constatou-se que, com o avanço dos peodos de utilização da
pastagem, houve diminuição e aumento, respectivamente, de 65,90 e 34,09%
(primeiro período) para 32,95 e 67,04% (sexto peodo) na participação dos
componentes folhas e hastes, respectivamente (Figura 1).
FIGURA 1. Percentual de folhas e hastes da pastagem por período
experimental
RESTLE et al. (2002) e NEUMANN et al. (2005) avaliando o
desempenho de bovinos jovens suplementados em pastagem de Capim-
elefante verificaram redução do componente folhas de 43,0% para 21,38% e de
33,27 para 20,61%, respectivamente, com a evolução dos períodos
experimentais.
Os valores de disponibilidade inicial de forragem (kg MS/ha) e a
quantidade de folhas (Kg/ha) do segundo ao sexto período estiveram próximos
ao que EUCLIDES et al. (1992) verificaram como ideal para maximização do
GMD em pastagem de Brachiaria, declinando no sexto período. Infere-se,
portanto, que a disponibilidade da massa forrageira e a quantidade de folhas/ha
possibilitaram pastejo irrestrito e não ofereceram entraves à capacidade
seletiva dos animais do segundo ao quinto período (Figura 2).
FIGURA 2. Disponibilidade inicial de forragem (kg MS/ha) da pastagem de
Brachiaria brizantha por período experimental
Constatou-se interação significativa (p<0,05) entre os níveis de
suplementação energética e os períodos experimentais sobre o ganho em peso
médio diário. A redução da disponibilidade e qualidade nutricional da pastagem
associada à redução da quantidade de folhas verdes determinou a redução no
desempenho dos animais (Figura 3).
FIGURA 3. Ganho em peso médio diário (kg/dia) em função dos períodos
experimentais
Segundo CARVALHO (1997), o desempenho dos animais em pastejo é
função direta e proporcional à abundância e qualidade da forragem que lhe é
disponível. Na medida em que evoluíam os períodos de utilização da
pastagem, com a progressiva diminuição dos índices pluviométricos (Tabela 1),
a qualidade nutricional (Tabela 2) e a disponibilidade de forragem (Figura1)
pioraram resultando em queda do desempenho dos animais em ambos os
tratamentos. Entretanto, os animais suplementados com alto nível (TA) foram
menos sensíveis as alterações quantitativas e qualitativas da forragem e
mantiveram o GMD mais elevado (p<0,05) e mais constante, enquanto que o
tratamento de médio nível de suplementação (TM) resultou em maiores
oscilações de desempenho e menores patamares de GMD em todos os
períodos exceto no último.
A queda da qualidade nutricional da pastagem evidenciada pela
elevação dos teores de FDN e FDA com a evolução dos períodos (Tabela 2),
provavelmente proporcionaram diminuição no consumo de MS da pastagem
em função da diminuição da digestibilidade e conseguintemente redução da
taxa de passagem. Segundo FRIZZO et al (2003), a redução do consumo é o
principal fator limitante da produtividade animal.
ZERVOUDAKIS et al. (2001) estudando o desempenho de novilhos
mestiços Holandês/Nelore em pastagem de Brachiaria decumbens no período
das águas, com ou sem suplementação energética, não constataram diferença
significativa entre os tratamentos em relação ao GMD, com valores variando de
0,88 a 1,04 kg/dia, respectivamente. Nesse estudo, o desempenho semelhante
dos animais foi atribuído à boa qualidade nutricional da pastagem (8,8% PB e
65,65% DIVMS) aliada à alta disponibilidade da forragem (6736 kg MS/ha).
No presente estudo, os animais suplementados ao nível de 1,0% do PV
(TA) apresentaram maior (p<0,05) GMD no período experimental total (0,88 vs
0,62 kg/dia), ganho em peso total (111,68 vs 79,17 kg) e peso final (231,26 vs
197,55 kg) como demonstrado na Tabela 3.
TABELA 3. Médias e erros-padrão das variáveis de desempenho de mestiços
de origem leiteira submetidos a níveis de suplementação
energética em pastagem de Brachiaria brizantha
Médio
1
Alto
2
p valor
CV, %
Média
EP
Média
EP
Peso inicial (kg)
118,58
+
4,93
119,37
+
5,25
n.s.
17,09
Peso final (kg)
197,55
b
+
8,70
231,26
a
+
9,27
0,0127
16,83
3
GMDt (kg/dia)
0,62
b
+
0,04
0,88
a
+
0,05
0,0010
26,45
4
GPT (kg)
79,17
b
+
6,04
111,68
a
+
6,43
0,0009
26,37
Letras diferentes na linha apresentam diferenças estatísticas pelo teste t (p<0,05) em função do
nível de suplementação;
1
0,5% do peso vivo em suplementação;
2
1,0% do peso vivo em
suplementação;
3
Ganho em peso médio diário total em 126 dias;
4
Ganho em peso total; CV -
Coeficiente de variação; EP - Erro padrão; n.s. - Não significativo.
O melhor desempenho dos animais recebendo o maior nível alimentar
deveu-se ao menor estresse dos animais frente às variações quantitativas e
qualitativas da pastagem associadas ao maior aporte de energia líquida de
ganho resultante do fornecimento do maior nível de suplemento energético.
Segundo NEUMANN et al. (2005), o melhor desempenho dos animais em
sistemas de suplementação em pastagem está relacionado à maior ingestão de
MS e de nutrientes digestíveis totais contidos na fração concentrada ofertada
aos animais.
Estudando o efeito de níveis de energia em suplementos múltiplos para
novilhos em pastagem de Brachiaria brizantha no período de transição águas-
seca, SALES et al. (2008) também encontraram efeito linear positivo sobre o
desempenho dos animais com aumento dos níveis de energia dos suplementos
testados. Esses resultados confirmam informações de vários estudos
(ANDERSON al et., 1988; GRIGSBY et al., 1991; VANZANT & COCHRAN,
1994), que verificaram melhorias no desempenho animal como resultado da
suplementação energética de pastagens, independentemente da fonte.
CANESIN et al. (2007) avaliaram o ganho em peso de bovinos mestiços
mantidos em pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu associada ao
fornecimento de suplemento em quantidade equivalente a 1,0% do peso vivo e
contataram valores de GMD de 0,54 kg/dia, inferiores aos obtidos no presente
estudo com o mesmo nível de suplementação.
Não foi constatada interação significativa (P>0,05) entre os tratamentos
e períodos experimentais sobre o escore de condição corporal (ECC) sendo
esta variável influenciada apenas pelos períodos (Figura 3). Segundo RESTLE
(1977) e LEMENAGER et al. (1980), o ECC reflete as reservas energéticas,
sendo este mais confiável que as flutuações do peso vivo para avaliar o estado
nutricional de um animal.
FIGURA 4. Escore de condição corporal de bovinos mestiços de origem leiteira
submetidos a níveis de suplementação em pastagem de
Brachiaria brizantha
As variações de condição corporal com a evolução dos períodos
experimentais aumentaram linearmente em ambos os tratamentos com valores
finais de 3,24 e 3,10 pontos de ECC para TA e TM, respectivamente. A
equação de regressão linear do gráfico permitiu estimar aumentos de 0,14
pontos de ECC por período experimental. Até o quarto período o ECC
apresentou pequenas variações entre os dois tratamentos. A partir do quinto
período os animais do grupo de alto nível de suplementação (TA) mostraram
tendência que sinalizaria melhor acúmulo de gordura.
Avaliando o escore de condição corporal de bezerros mestiços
Charolês/Nelore, mantidos em pastagem de capim elefante (Pennisetum
purpureum, Schum), com diferentes níveis de suplementação, PELLEGRINI et
al. (2006) não constataram diferença significativa (P>0,05) entre os
tratamentos. Os autores obtiveram resultados semelhantes aos constatados no
presente estudo, com valores finais de 2,86; 3,04; 2,90 e 3,10 pontos para os
níveis de suplementação de 0,3; 0,7; 1,1 e 1,5% do PV, respectivamente.
O maior aporte energético tem reflexo no acúmulo de gordura corporal
em todas as fases da vida do animal. Entretanto, não ocorreu diferença
significativa (P>0,05) entre os tratamentos para ECC final, indicando que as
diferenças no peso final dos animais foram causadas principalmente pelo
crescimento ósseo e muscular evidenciado pelas diferenças significativas
constatadas nas medidas corporais (Tabela 4).
TABELA 4. Médias e erros-padrão da evolução de medidas corporais (cm) de
mestiços de origem leiteira submetidos a níveis de suplementação
energética em pastagem de Brachiaria brizantha
Médio
1
Alto
2
Valor de p
%CV
Média
EP
Média
EP
PTI
122,26
+
1,56
122,51
+
1,61
n.s.
5,28
PTF
136,44
b
+
1,87
146,02
a
+
1,93
0,0011
5,47
PTG
14,18
b
+
1,08
23,51
a
+
1,12
<,0001
23,94
CI
91,02
+
1,50
92,35
+
1,54
n.s.
6,75
CF
103,22
b
+
1,50
108,35
a
+
1,54
0,0219
5,86
CG
12,19
b
+
1,12
16,00
a
+
1,15
0,0234
33,07
ACI
100,96
+
1,08
103,43
+
1,11
n.s.
4,38
ACF
110,62
b
+
0,95
113,91
a
+
0,98
0,0206
3,51
ACG
9,66
+
0,87
10,47
+
0,90
n.s.
36,08
AGI
103,53
+
1,03
106,05
+
1,07
n.s.
4,09
AGF
112,46
b
+
1,43
120,38
a
+
1,47
0,0006
5,08
AGG
8,92
b
+
1,04
14,33
a
+
1,07
0,0012
37,23
PCI
13,83
+
0,23
14,39
+
0,24
n.s.
6,92
PCF
16,10
+
0,35
16,43
+
0,37
n.s.
9,12
PCG
2,27
+
0,30
2,04
+
0,31
n.s.
58,19
PEI
19,04
+
0,69
18,72
+
0,71
n.s.
15,18
PEF
22,77
+
0,87
24,67
+
0,90
n.s.
15,28
PEG
3,73
b
+
0,45
5,95
a
+
0,47
0,0018
39,38
PTI - Perímetro torácico inicial; PTF - Perímetro torácico final; PTG - Ganho em perímetro
torácico; CI - Comprimento inicial; CF - Comprimento final; CG - Ganho em comprimento; ACI -
Altura da cernelha inicial; ACF - altura da cernelha final; ACG - Ganho em altura da cernelha;
AGI - Altura da garupa inicial; AGF - Altura da garupa final; AGG - Ganho em altura da garupa;
PCI - Perímetro de canela inicial; PCF - Perímetro de canela final; PCG - Ganho em perímetro
de canela; PEI - Perímetro escrotal inicial; PEF - Perímetro escrotal final; PEG - Ganho em
perímetro escrotal;
1
0,5% do peso vivo em suplementação;
2
1,0% do peso vivo em
suplementação; letras diferentes na linha apresentam diferença estatística pelo teste t (p<0,05);
EP - Erro padrão; CV - Coeficiente de variação; n.s. - não significativo.
Os animais que receberam alto nível de suplementação energética (TA)
apresentaram maiores (p<0,05) patamares de perímetro torácico. Esta variável
foi 39,69 e 6,56% maior no ganho total (PTG) e na medida final (PTF),
respectivamente, em favor do grupo TA. O maior aporte energético resultante
do maior nível de suplementação permitiu maior disponibilidade de energia
líquida para crescimento muscular dos animais deste grupo alimentar.
Segundo ROCHA et al. (2003), o perímetro torácico tem sido
considerado a medida linear de maior precisão na determinação do
crescimento muscular e o comprimento corporal, a de menor precisão, os
autores mencionam que o comprimento e a altura variam em função do
crescimento do esqueleto, atingindo um limiar à maturidade enquanto que o
perímetro torácico varia em função do crescimento muscular.
Resultados semelhantes de perímetro torácico foram relatados por
LÔBO et al. (2002), em touros jovens da raça Nelore, criados em diferentes
planos nutricionais. Os autores obtiveram valores médios de 145,30 cm e
enfatizaram a influência ambiental, nutricional e de manejo sobre as
características de crescimento de bovinos jovens. NORTHCUTT et al. (1992)
observaram que mensurações corporais lineares, como altura, comprimento e
perímetro torácico são mais precisas na determinação do tamanho à
maturidade que o peso, pois o peso e a gordura subcutânea podem sofrer
flutuações periódicas, conforme o estado nutricional dos animais, enquanto as
medidas corporais lineares são mais constantes.
Constatou-se diferença significativa (p<0,05) para as medidas de altura
de cernelha e garupa a favor do grupo alimentar alto (TA), indicando que os
animais deste tratamento estavam aumentando o crescimento ósseo frente ao
tratamento médio (TM) em fuão do maior aporte de nutrientes. Animais do
grupo alimentar alto (TA) foram mais altos (p<0,05) em 2,89 e 6,58% nas
medidas finais (AGF e ACF) e apresentaram maiores valores de ganho com
7,74 e 37,75% para Altura da cernelha e da garupa, respectivamente.
Não foi detectada diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos
em relação aos parâmetros de perímetro escrotal e de canela, exceto para
ganho em perímetro escrotal (PEG). Os animais do grupo alimentar alto (TA)
ganharam 2,22 cm a mais que os animais do grupo alimentar médio (TM), no
entanto essa superioridade de ganho de perímetro escrotal não foi suficiente
para resultar em diferença significativa na medida final desta variável (PEF)
que apresentou valores de 22,77 e 24,67 cm para TM e TA, respectivamente.
A maioria das medidas corporais foram positivamente correlacionadas
entre si. O ganho em perímetro torácico apresentou os maiores coeficientes de
correlação com ganho em peso médio diário total (GMDt) apresentando
coeficientes significativamente (p<0,05) positivos em ambos os tratamento.
TABELA 5. Coeficientes de correlação de Pearson entre as variáveis de ganho
de medidas corporais (cm) e ganho em peso (kg) de mestiços
submetidos a alto nível de suplementação (acima da diagonal) e
médio nível de suplementação (abaixo da diagonal)
GMDt
PTG
CG
ACG
AGG
PEG
Met
GMDt
0,70*
0,09
0,48**
0,21
0,22
0,61*
PTG
0,77*
0,28
0,29
0,16
-0,03
0,48**
CG
0,54**
0,37
0,50**
-0,02
-0,14
0,38
ACG
0,15
0,23
0,15
-0,17
0,41
0,69*
AGG
0,74*
0,71*
0,46**
0,54**
0,32
0,29
PEG
0,44**
0,41
0,24
-0,17
-0,01
0,30
PCG
0,07
-0,15
0,41**
-0,26
-0,24
0,40
GPT - Ganho em peso total; GMDt - Ganho em peso médio diário total; PTG - Ganho em
perímetro torácico; CG - Ganho em comprimento; AGG - Ganho em altura da garupa; ACG -
Ganho em altura da cernelha; PCG - Ganho em perímetro de canela; PEG - Ganho em
perímetro escrotal; * Coeficientes de correlação de Pearson; *p<0,01; **p<0,05.
As medidas de ganho de perímetro torácico (PTG) foram positivamente
correlacionadas (p<0,05) com o GMDt em 0,77 e 0,70 para TM e TA,
respectivamente. Estes resultados estão de acordo com LÔBO et al. (2002),
que sugerem que, na ausência de balança, a circunferência torácica pode ser
utilizada como indicador de peso corporal de novilhos em condições de pastejo.
Valores semelhantes foram encontrados por RESTLE et al. (2006), trabalhando
com novilhos superjovens, quando constataram que a medida mais
correlacionada com o GMD foi o perímetro torácico. Em outro estudo, CYRILLO
et al. (2001) trabalhando com animais Nelore com 378 dias de idade
observaram coeficiente de correlação de 0,86 entre o perímetro torácico e o
GMD.
Em trabalho realizado com novilhos mestiços (Europeu/Zebu),
MENEZES et al. (2008) verificaram que as correlações entre as medidas
corporais e o ganho em peso médio diário foram de baixa magnitude e
significância, exceto para perímetro torácico e comprimento final.
Em geral, as medidas de altura da cernelha (ACG) e garupa (AGG)
foram positivamente correlacionadas com o GMDt em ambos os tratamentos
variando de 0,21 a 0,74 e de 0,15 a 0,48 para ACG e AGG, respectivamente.
MENDOZA et al. (2005) obtiveram coeficientes de correlação superiores entre
peso corporal e altura da cernelha (0,79) e da garupa (0,76). PACHECO et al.
(2008) estudando as correlações entre medidas morfométricas e peso corporal
de touros jovens e adultos da raça Guzerá também obtiveram coeficientes
superiores aos encontrados no presente estudo com 0,75 e 0,73 para garupa e
cernelha, respectivamente.
CONCLUSÕES
O fornecimento do suplemento em quantidade equivalente a 1,0% do PV
mostrou-se tecnicamente mais atrativo por proporcionar aos mestiços maior
peso final e menores oscilações de desempenho frente às alterações das
características quantitativas e qualitativas da forragem com a evolução dos
períodos. O alto nível de suplementação favoreceu o desenvolvimento corporal
dos animais e a medida de ganho em perímetro torácico apresentou
correlações positivas com o ganho em peso médio diário total, representando
bom indicativo de desempenho de machos mestiços de origem leiteira.
CAPÍTULO II
Características da carcaça e da carne de novilhos mestiços de origem
leiteira submetidos a diferentes estratégias nutricionais na recria e
terminação
RESUMO
Objetivou-se com este estudo avaliar os efeitos de diferentes estratégias
nutricionais na recria e terminação sobre as características da carcaça e da
carne de 24 bovinos mestiços com predominância Holandês, castrados,
abatidos com 15 meses de idade e aproximadamente 395,00 kg de peso vivo.
Na fase de crescimento inicial, dos 6 aos 11 meses de idade, os animais foram
mantidos em pastagem de Brachiaria brizantha com dois níveis de
suplementação energética, médio ou alto, correspondendo ao fornecimento de
suplemento em quantidade equivalente a 0,5 ou 1,0% do peso vivo,
respectivamente. Posteriormente, dos 11 aos 15 meses de idade, os animais
foram terminados em confinamento com nível de energia médio ou alto
correspondendo a inclusão de 50 ou 80% de concentrado na MS da dieta total,
respectivamente. O rendimento de carcaça quente foi significativamente maior
para o nível alto de concentrado na terminação (50,16 vs 48,62%). O nível
médio de suplementação na recria resultou em maior percentagem de gordura
na carcaça em relação ao alto (25,61 vs 23,39%), mas não ocorreram
diferenças para os percentuais de músculos e ossos. Os percentuais dos
cortes dianteiro e traseiro não foram influenciados pelos níveis nutricionais nas
diferentes fases. Porém, a percentagem de ponta de agulha foi maior nos
animais submetidos ao nível alto de suplementação na recria e que na
seqüência receberam o nível médio de concentrado na terminação, em
comparação aos animais que receberam alto nível nutricional em ambas as
fases (13,41 vs 12,22%). O nível alto de suplementação na recria proporcionou
maior comprimento de carcaça (134,48 vs 131,43 cm), carne mais macia,
requerendo menor força de cisalhamento (4,72 vs 6,66 kg/cm
3
) e carne de
coloração vermelha mais clara (3,88 vs
2,89 pontos). A área de olho de lombo,
espessura de gordura subcutânea, escore de marmoreio e conformação não
foram influenciados pelos efeitos estudados com valores médios de 51,46 cm
2
,
2,9 mm, 5,93 pontos, 10,33 pontos, respectivamente.
PALAVRAS-CHAVE: Espessura de gordura subcutânea, níveis nutricionais,
maciez da carne, marmoreio, rendimento de carcaça.
Carcass and meat’s characteristics of crossbreed dairy origin subjected
to different nutritional strategies in growing and feedlot termination
phases
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the effects of different nutritional
strategies in growing and finishing on carcass and meat characteristics from 24
crossbred predominantly Holstein, castrated and slaughtered at 15 months of
age and 390 kg of live weight. In the initial growth phase, from 6 to 11 months of
age, the animals were kept in Brachiaria brizantha pasture with two levels of
supplementation, with medium or high supplement levels at a rate of 0.5 or
1.0% of weight, respectively. Subsequently, from 11 to 15 months of age, the
animals were maintained in the feedlot with the energy level high or medium
corresponding to the inclusion of 50 or 80% concentrate on DM of the total diet,
respectively. The hot carcass yield was significantly higher for the high level of
concentrate in the finishing (50.16 vs. 48.62%). The average level of
supplementation during the growing phase resulted in a greater percentage of
carcass fat in relation to high (25.61 vs. 23.39%), but there were no differences
in the percentages of muscle and bone. The percentages of front and rear cuts
were not influenced by nutrient levels in different stages. However, the
percentage of needle-rib was higher in animals with high level of
supplementation in the growing and who subsequently received the average
level of concentrate in the termination, as compared to animals receiving high
nutrition level in both phases (13,41 vs 12.22%). The high level of
supplementation in the growing gave rise to longer carcass (134.48 vs 131.43
cm), meat more tender, requiring less shear force (4.72 vs. 6.66 Kg/cm3) and
beef and red coloration light (3.88 vs. 2.89 points). The area of ribeye, fat
thickness, marbling score and conformation were not influenced by nutrient
levels with average values of 51.46 cm2, 2.9 mm, 5.93 points, 10.33 points,
respectively.
KEY WORDS: Area of rib eye, color, texture, marbling, fat thickness, carcass
yield.
INTRODUÇÃO
A partir do ano de 2004 a pecuária de leite no Brasil vivenciou
importante avanço, pois o país passou de histórico importador para exportador
de produtos lácteos. As importações declinaram sistematicamente, atingindo
em 2004, US$ 84 milhões sendo ultrapassadas pelas exportações que
somaram US$ 95,4 milhões, resultando em superávit líquido de US$ 11,4
milhões na balança comercial de lácteos (ANUALPEC, 2008).
Estima-se que somente no estado de Goiás, que possui o segundo
maior rebanho leiteiro do país (IBGE, 2008), nascem anualmente cerca de
500.000 bezerros machos, principalmente mestiços Holandês/Gir. Se por um
lado houve avanço na produção e qualidade do leite, o mesmo não ocorreu
com a produção de carne a partir de machos nascidos nos rebanhos leiteiros.
Na maioria das propriedades leiteiras os machos representam um problema
para o produtor, concorrendo com a própria atividade, pois estes animais
necessitam ingerir quantidades significativas de leite na fase inicial do seu
desenvolvimento. Quando mantidos na propriedade são criados com
alimentação deficiente resultando em desenvolvimento lendo e idade de abate
avançada.
Reduzir a idade de abate em bovinos representa melhor eficiência
alimentar na terminação e qualidade da carne, notadamente na maciez
(RESTLE & VAZ, 2003), bem como maior proporção de músculo na carcaça
(MÜLLER & PRIMO, 1986).
O desenvolvimento na fase inicial do crescimento dos animais tem
reflexos nas características de carcaça, como foi demonstrado nos estudos de
VAZ & RESTLE (2003) e VAZ et al. (2004) no qual animais com menor ganho
de peso antes dos sete meses apresentaram carcaças com menor deposição
de gordura subcutânea e menor percentagem do corte traseiro especial.
A influência positiva da densidade energética da dieta na fase de
terminação sobre a maciez da carne foi demonstrada nos estudos de VAZ et al.
(2005) e BRONDANI et al. (2006). Segundo ARBOITTE et al. (2004), a carne
bovina precisa ser mais competitiva em relação à carne de outras espécies,
principalmente nos aspectos qualitativos, em que se destacam as
características sensoriais, visando cativar o consumidor brasileiro e ampliar a
competição no mercado externo.
Objetivou-se no presente estudo avaliar os efeitos de diferentes planos
alimentares, com base no nível de ingestão de energia na recria e terminação,
sobre as características quantitativas e qualitativas da carcaça e da carne de
bovinos mestiços de origem leiteira.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na fazenda escola do Departamento de
Produção Animal da Universidade Federal de Goiás (UFG), localizada no
município de Goiânia - GO, com altitude de 721 metros, latitude 135' Sul e
longitude 49º 17' Oeste no período de Fevereiro a Dezembro de 2008.
Foram avaliadas as características quantitativas e qualitativas da
carcaça e da carne de 24 bovinos mestiços com predominância da raça
Holandês. Na fase de recria, dos 6 aos 11 meses de idade, os animais foram
mantidos em sistema de pastejo rotacionado de Brachiaria brizantha e
submetidos a dois níveis de suplementação energética, médio (M) e alto (A)
que contemplavam o fornecimento de suplemento em quantidade equivalente a
0,5 e 1,0% do peso vivo, respectivamente. Nessa fase o suplemento foi
composto de grão de milho triturado acrescido de mistura mineral de acordo
com recomendações do NRC (1996). Posteriormente, dos 11 aos 15 meses de
idade, os animais foram terminados em confinamento e submetidos a dietas
isonitrogenadas de médio (M) ou alto (A) nível de energia em função da
inclusão de 50 ou 80% de concentrado na MS da dieta total, resultando em
quatro estratégias alimentares:
AA - Alto nível de energia na dieta desde a fase de recria até a terminação.
MA - Médio nível de energia na dieta da recria e alto na terminação.
AM - Alto nível de energia na dieta da recria e médio na terminação.
MM - Médio nível de energia na dieta desde a fase de recria até a
terminação.
Para condução da segunda fase do experimento foram utilizadas
instalações de confinamento parcialmente coberto, de piso cimentado com
declividade de 5%, constituído por 24 baias individuais de 1,8 m de largura por
4,0 m de comprimento e área total de 7,20 m
2
por animal. Os bebedouros eram
comuns a duas baias com enchimento automático.
O volumoso utilizado nas duas dietas do confinamento foi silagem de
Sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) de duplo propósito e o concentrado foi
composto por grão de milho triturado, farelo de soja, uréia, suplemento mineral
e ionóforos (Tabela 1). Os animais foram adaptados às dietas e instalações por
um período de 14 dias antes do início do experimento e alimentados
diariamente, duas vezes, às 8:00 e 17:00 horas.
TABELA 1. Composição bromatológica e percentual de ingredientes na base
da matéria seca das dietas experimentais na fase de terminação
em confinamento
% Nutrientes
Concentrado
Volumoso
Dieta Total
Médio
Alto
Médio
Alto
MS
85,90
85,75
25,56
55,73
79,75
PB
24,77
17,91
7,63
16,20
16,57
FDN
13,69
13,38
59,20
36,44
17,99
FDA
7,14
4,60
38,60
22,87
8,26
EE
2,63
2,21
1,90
2,27
2,22
CINZAS
7,45
4,45
3,81
5,63
4,68
NDT*
-
-
-
69,00
80,00
% Ingredientes
Nível de concentrado na dieta do confinamento
Médio
Alto
Silagem de Sorgo
50,00
20,00
Milho triturado
29,00
66,40
Farelo de Soja
18,50
11,60
Uréia
0,50
0,40
Mineral/Ionóforos**
2,00
1,60
MS (matéria seca), PB (proteína bruta); FDN (Fibra em detergente neutro); FDA (Fibra em
detergente ácido); EE (extrato etéreo); MM (matéria mineral); *Estimado; **Fosfato 13,56%;
Calcita 50,53%; Núcleo de micro-minerais 9,86%; Sal branco 24,65%; Virginiamicina 0,81%;
Ionóforo 0,59%.
O peso de abate pré determinado em 395,00 kg foi alcançado aos 84,
105, 126 e 126 dias de confinamento, respectivamente, para AA, AM, MA e MM
sendo obtido em balança mecânica, após jejum de 12 horas, imediatamente
antes do embarque dos animais para o abatedouro sob inspeção federal,
localizado no município de Palmeiras-GO, à 93 km do local do experimento. O
peso da carcaça quente foi obtido no final da linha de abate, antes da entrada
para a câmara de resfriamento. O peso da carcaça fria foi obtido após
resfriamento da carcaça de 24 horas em câmara de resfriamento á 0
+
1 ºC.
Os rendimentos percentuais de carcaça quente e fria foram obtidos dividindo-
se o peso da carcaça quente ou fria pelo peso vivo de abate x 100.
A conformação e maturidade fisiológica das carcaças foram realizadas
segundo metodologia descrita por MÜLLER (1987). O peso dos cortes
primários, dianteiro, traseiro e ponta de agulha, foram obtidos na meia carcaça
direita, sendo o seu percentual expresso em relação ao peso de carcaça fria.
Na meia carcaça direita foram obtidos o comprimento da carcaça
(medida com fita métrica desde o bordo cranial, na porção média da primeira
costela até o bordo cranial do osso púbis), comprimento de perna (medida
deste osso púbis até a articulação tíbio-tarsiana), espessura de coxão (medida
com compasso em que uma das pontas foi fixada na parte mais externa do
coxão de dentro e a outra, na face externa da perna), comprimento e perímetro
do braço (medida com fita métrica desde a tuberosidade do olécrano até a
extremidade distal do úmero e seu perímetro medido na porção média do
úmero, envolvendo os músculos que recobrem a região).
Na meia carcaça esquerda foi realizado um corte entre a 12
a
e 13
a
costelas para exposição do músculo Longissimus dorsi (MLD). A espessura de
gordura recobrindo o MLD foi medida em três pontos com auxílio de
paquímetro, cuja dia forneceu a espessura de gordura subcutânea. Sobre a
face exposta do MLD foi traçado o seu contorno em papel vegetal,
posteriormente digitalizado em software AUTOCAD
®
, para determinação da
área de olho de lombo.
Sobre a face exposta do MLD foram realizadas as avaliações
subjetivas da cor, textura e marmoreio, após exposição do músculo ao ar por
30 minutos, sob luminosidade constante, segundo metodologia de Müller
(1987).
Foi retirada uma secção incluindo a 10
a
, 11
a
e 12
a
costelas (seção
HH), na qual foi realizada a separação física dos componentes: osso, sculo
e gordura, objetivando estimar o percentual desses três componentes na
carcaça conforme equações descritas por HANKINS & HOWE (1946) e
adaptadas por MÜLLER et al. (1973). A porção do músculo Longissimus dorsi
(LD) retirada dessa peça foi identificada, embalada em filme plástico e
imediatamente congelada a -18 ºC para posterior avaliação laboratorial.
As perdas no processo de descongelamento foram determinadas nas
amostras do MLD retirado da seção “HH”. Os bifes de 2,5 cm de espessura
foram extraídos da porção cranial do MLD, pesados e depois de
descongelados em geladeira, com temperatura de 7 °C por 24 horas,
novamente pesados para determinação das perdas. As perdas no processo de
cocção foram obtidas pela diferença de peso antes e após a cocção dos bifes,
assados em forno até que atingissem a temperatura interna de 70 °C. As
perdas foram expressas em percentual do peso inicial.
A resistência ao corte foi determinada nos bifes cozidos e
posteriormente resfriados por 24 horas à 7 ºC. Foram extraídos oito cilindros
de
1
/
2
polegada
2
de área por bife, os quais foram cortados perpendicularmente à
fibra, no aparelho Warner-Bratzler Meat Shear e feita a leitura da força
necessária para o cisalhamento das fibras musculares, considerando a média
de todas as leituras após desprezado o valor máximo e o mínimo.
O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em arranjo
fatorial 2x2 sendo dois níveis de suplementação energética na recria e dois
veis de concentrado na dieta da terminação em confinamento. Na análise de
variância, para todos os pametros estudados, cada animal constituiu uma
unidade experimental. As diferenças entre médias foram detectadas pelo teste t
a 5% de probabilidade utilizando o seguinte modelo matemático:
Y
ijk
= µ + a
i(1;2)
+
b
j(1,2)
+ (a*b)
ij
+ E
ijk
Em que:
Y
ijk
= observações da variável dependente correspondente ao nível de
suplementação na recria de ordem i e nível de concentrado na terminação em
confinamento de ordem j e repetição k; µ = média de todas as observações; a
i
=
efeito do nível de suplementação de ordem i, sendo 1 = 0,5% PV e 2 = 1,0% do
PV; b
j
= efeito do nível de concentrado da terminação de ordem j, sendo 1 =
50% da MS e 2 = 80% da MS; (a*b) = efeito da interação entre nível de
suplementação na recria de ordem i e nível de concentrado na terminação de
ordem j; E
ik
= erro experimental referente à observação do nível de
suplementação na recria de ordem i, nível de concentrado na terminação de
ordem j e repetição k.
A normalidade da distribuição dos dados foi testada pelo teste de
Shapiro-Wilk (SAS, 2002).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não foi detectado efeito significativo dos níveis nutricionais nas diferentes
fases sobre o peso de carcaça quente (Tabela 2). Segundo PACHECO et al.,
(2005) o principal fator que determina o peso da carcaça quente é o peso do
animal ao abate, sendo elevada a correlação entre as duas variáveis (r = 0,93).
Embora, o peso de abate pré-determinado tenha sido o mesmo para todos os
tratamentos, o peso real apresentou variação, embora não significativa.
Quando os pesos de abate são similares, diferenças no peso de carcaça
são resultado de diferenças no rendimento de carcaça (RC). O rendimento de
carcaça quente (RCQ) foi maior (p=0,0594) nos animais submetidos ao nível
alto de concentrado na terminação em comparação ao nível médio (50,16 vs
48,62%), embora isso não tenha afetado significativamente o peso da carcaça.
O maior rendimento de carcaça nos animais submetidos ao alto nível de
concentrado na terminação ocorreu provavelmente, em conseqüência da maior
velocidade da taxa de passagem do alimento pelo trato gastrointestinal na
terminação, causado pelo menor teor de FDN (36,44 contra 17,99%) da dieta
com alta inclusão de concentrado. RESTLE et al. (2001) observaram que
quando são utilizados volumosos com alta taxa de passagem não são
encontradas diferenças no rendimento de carcaça entre animais alimentados
com diferentes níveis de concentrado.
Segundo GESUALDI Jr et al. (2001) o conteúdo do trato gastrintestinal e
omaso apresentaram redução linear no peso enquanto que o fígado e a
gordura interna apresentam aumentos lineares, a partir da elevação da
quantidade de concentrado na dieta. Por sua vez, MENEZES et al. (2007)
observaram que o aumento no peso do trato gastrintestinal reduziu o RCQ,
sendo a correlação entre essas duas variáveis de -0,41. Estudando os efeitos
de níveis de concentrado na alimentação de bezerros da raça Holandês,
SIGNORETTI (1999) e RIBEIRO et al. (2001) observaram que o aumento do
nível de concentrado da dieta resultou em aumento linear do rendimento de
carcaça quente.
O RCQ médio foi de 48,38%, similar aos 49,56% verificados por VAZ et al.
(2001) para animais ½ Jersey ½ Hereford superjovens, submetidos ao mesmo
período de jejum que no presente experimento para obtenção do peso de
abate. O RCQ de animais mestiços de origem leiteira é menor que o verificado
para animais de raças de corte especializadas (VAZ et al., 2001) que é
conseqüência da seleção imposta às raças leiteiras para atingir altas
produções de leite, as quais requerem consumos elevados de alimentos
visando suprir os nutrientes necessários para atingir as produções, resultando
em maior conteúdo e peso do trato gastrintestinal.
Valores superiores de rendimento de carcaça foram descritos por
KABEYA et al. (2002) trabalhando com novilhos mestiços Holandês/Zebu com
idade inicial de 18 meses submetidos a diferentes sistemas de suplementação
em pastagem. Os autores mencionaram valores médios de 54,08% para
rendimento da carcaça quente, porém com idade e peso de abate de 440 kg,
superiores ao do presente experimento.
O peso de carcaça fria (PCF) foi similar (p>0,05) entre os tratamentos. O
rendimento de carcaça fria (RCF), ao contrário do RCQ, não foi influenciado
significativamente (p= 0,1129) pelo nível de concentrado na terminação (Tabela
2). O nível de suplementação na fase inicial de crescimento não influenciou
significativamente os RCQ e RCF. VAZ & RESTLE (2003) e VAZ et al. (2004)
estudando a influência dos níveis de ganho em peso até os sete meses e após
até o abate aos dois anos de novilhos Charolês e Nelore, não constataram
efeito significativo do nível de ganho em peso anterior aos sete meses sobre o
RCF.
TABELA 2. Médias e erros-padrão de peso de abate, peso e rendimento da
carcaça quente e fria e espessura de gordura subcutânea de
acordo com o nível de suplementação na fase de recria e nível de
concentrado na fase de terminação
Suplementação
na recria (%PV)
Nível de concentrado na terminação, %
Média
80
50
Peso de abate, kg
1,0
394,26
+
13,65
401,56
+
14,95
397,91
+
10,12
0,5
398,00
+
14,95
393,66
+
13,65
395,83
+
10,12
Média
396,13
+
10,12
397,61
+
10,12
Peso da carcaça quente, kg
1,0
201,25
+
3,37
194,00
+
3,69
197,62
+
2,50
0,5
196,30
+
3,70
192,45
+
3,37
194,37
+
2,50
Média
198,77
+
2,50
193,22
+
2,50
Rendimento de carcaça quente, %
1,0
51,03
+
0,81
48,39
+
0,89
49,71
+
0,60
0,5
49,29
+
0,89
48,84
+
0,81
49,06
+
0,60
Média
50,16
A +
0,60
48,62
B +
0,60
Peso da carcaça fria, kg
1,0
199,05
+
3,43
193,40
+
3,76
196,22
+
2,54
0,5
193,52
+
3,76
188,63
+
3,43
191,07
+
2,54
Média
196,28
+
2,54
191,01
+
2,54
Rendimento carcaça fria, %
1,0
50,48
+
0,83
48,23
+
0,91
49,35
+
0,62
0,5
48,54
+
0,91
47,88
+
0,88
48,21
+
0,62
Média
49,51
+
0,61
48,06
+
0,61
Espessura de gordura subcutânea, mm
1,0
3,53
+
0,42
2,68
+
0,46
3,10
+
0,31
0,5
2,80
+
0,46
2,48
+
0,42
2,64
+
0,31
Média
3,16
+
0,31
2,58
+
0,31
A,B
Médias seguidas por letras diferentes diferem pelo teste t (p<0,05).
Não foi constatado efeito significativo dos níveis nutricionais na recria e
terminação sobre a espessura de gordura subcutânea (EGS), sendo as médias
de 3,53; 2,68; 2,80 e 2,48 mm, respectivamente, para as estratégias AA, AM,
MA e MM (Tabela 2). Os valores encontrados estão abaixo dos padrões
considerados como adequados pelos frigoríficos de 3,0 a 6,0 mm, exceto para
o grupo que recebeu alto nível nutricional em ambas as fases.
ARBOITTE et al. (2004) constataram que com o aumento do período de
confinamento e do peso de abate, a espessura de gordura subcutânea
aumentou linearmente. Terminando novilhos jovens e superjovens para serem
abatidos com o mesmo peso PACHECO et al. (2005) constataram diferença
acentuada na EGS a favor dos superjovens (6,29 mm contra 3,22 mm) o que,
segundo os autores, foi causado pelo maior período de alimentação no
confinamento dos superjovens. No presente estudo o período em que os
animais permaneceram confinados foi de 84, 105, 126 e 126 dias,
respectivamente, para AA, AM, MA e MM, no entanto, o maior período em
confinamento dos grupos MA e MM não foi suficiente para elevar a EGS ao
nível desejado.
Abordando a produção do novilho superprecoce, RESTLE et al. (1999b)
comentam que dois pontos são particularmente importantes: o peso de abate e
o grau de acabamento da carcaça. Referente ao peso de carcaça,
normalmente os frigoríficos dão preferência a pesos acima de 230 kg para
otimizar a eficiência industrial no momento da desossa. Em carcaças com EGS
inferior a 3 mm pode ocorrer, durante o resfriamento, o escurecimento da parte
externa dos músculos que recobrem a carcaça, e aumentar a perda de
líquidos.
O grau de acabamento das carcaças observado indica também que os
mestiços de origem leiteira com predominância da raça Holandês são tardios
para deposição de gordura, quando comparados a raças mais precoces como
o Aberdeen Angus e Jersey. Conforme COSTA et al. (2002) novilhos
superjovens Aberdeen Angus tem condições de atingir a espessura de 3 mm
com peso de abate de 327 kg, inferior aos pesos de abate do presente estudo.
Mestiços de origem leiteira ½ Jersey ½ Hereford abatidos aos 14 meses com
peso de 346,6 kg apresentaram EGS de 4,69 mm (VAZ et al.,2002).
A percentagem de osso (PO) e de músculos (PM) na carcaça o foi
influenciada (p>0,05) pelos efeitos estudados (Tabela 3).
TABELA 3. Médias e erros-padrão dos principais tecidos que compõem a
carcaça de acordo com o nível de suplementação na fase de recria
e nível de concentrado na fase de terminação
Suplementação
na recria (%PV)
Nível de concentrado na terminação, %
Média
80
50
Osso, %
1,0
16,68
+
0,60
16,15
+
0,66
16,41
+
0,44
0,5
15,97
+
0,66
15,96
+
0,60
15,96
+
0,44
Média
16,32
+
0,44
16,05
+
0,44
Músculo, %
1,0
60,42
+
0,88
61,42
+
0,96
60,92
+
0,65
0,5
58,65
+
0,96
60,02
+
0,88
59,33
+
0,65
Média
59,54
+
0,65
60,72
+
0,65
Gordura, %
1,0
23,52
+
0,90
23,27
+
0,98
23,39
B +
0,66
0,5
26,29
+
0,99
24,93
+
0,90
25,61
A +
0,66
Média
24,90
+
0,66
24,10
+
0,66
Relação músculo/osso
1,0
3,64
+
0,16
3,81
+
0,17
3,72
+
0,11
0,5
3,71
+
0,17
3,79
+
0,16
3,75
+
0,11
Média
3,67
+
0,11
3,80
+
0,11
Relação músculo+gordura/osso
1,0
5,06
+
0,23
5,26
+
0,25
5,16
+
0,17
0,5
5,38
+
0,25
5,36
+
0,23
5,16
+
0,17
Média
5,22
+
0,17
5,31
+
0,17
A,B
Médias seguidas por letras diferentes diferem pelo teste t (p<0,05).
Segundo BERG & BUTTERFIELD (1979) a intensidade de crescimento
do tecido ósseo é maior em idade mais jovem, seguido pelo tecido muscular,
enquanto o tecido adiposo tem crescimento mais intenso em idade mais
avançada.
A percentagem de gordura (PG) na carcaça foi influenciada (p<0,05)
pelo nível de suplementação na fase de recria (Tabela 3). Animais que
receberam nível médio de suplementação na fase inicial do crescimento
apresentaram maior (p<0,05) proporção de tecido adiposo na carcaça (25,61
contra 23,39%).
Conforme comentado anteriormente, a EGS foi numericamente maior nos
animais AA, no entanto, a PG na carcaça foi maior para a estratégia MA.
Portanto, era de se esperar que os animais do AA apresentassem maior PG, já
que segundo DI MARCO (1998), a gordura intermuscular é a primeira fração de
tecido adiposo a ser depositada na carcaça, seguida da gordura subcutânea e,
após a intramuscular. O mesmo autor comenta que a gordura intermuscular
representa a maior fração da gordura na carcaça. A maior deposição de
gordura na carcaça nos animais MA provavelmente tenha sido em função da
sua menor demanda de energia para mantença, que apresentaram menor
peso no início do confinamento, resultando em maior quantidade de energia
líquida disponível para deposição de gordura intermuscular.
Comentando a composição da carcaça de bovinos, BERG &
BUTTERFIELD (1976), afirmaram que o músculo é o tecido mais importante,
porque é o mais desejado pelo consumidor, e uma carcaça superior para
qualquer mercado deve ter quantidade xima de músculo, mínima de osso e
ótima de gordura, que varia de acordo com a preferência do consumidor.
As percentagens dos cortes primários em relação à carcaça fria não
foram afetadas (p>0,05) pelos efeitos estudados (Tabela 4). Ocorreu interação
significativa (p<0,05) entre os níveis nutricionais nas diferentes fases para
percentual de ponta de agulha. Animais que previamente receberam
suplemento em quantidade equivalente a 1,0% do PV na recria associado a
50% de concentrado na dieta da terminação em confinamento apresentaram
maior (p<0,05) percentual de PA em comparação aos animais que receberam
alto nível nutricional em ambas as fases.
TABELA 4. Médias e erros-padrão do rendimento dos cortes primários da
carcaça de acordo com o nível de suplementação na fase de
recria e nível de concentrado na fase de terminação
Suplementação
na recria (%PV)
Nível de concentrado na terminação, %
Média
80
50
Dianteiro, %
1,0
39,32
+
0,35
38,16
+
0,38
38,74
+
0,26
0,5
38,39
+
0,38
38,51
+
0,35
38,45
+
0,26
Média
38,85
+
0,26
38,33
+
0,26
Traseiro, %
1,0
48,35
+
0,51
47,78
+
0,57
48,06
+
0,38
0,5
47,98
+
0,56
47,59
+
0,52
47,78
+
0,38
Média
48,16
+
0,38
47,68
+
0,38
Ponta de agulha, %
1,0
12,22
B +
0,31
13,41
A +
0,35
12,81
+
0,23
0,5
12,92
AB +
0,35
12,69
AB +
0,31
12,80
+
0,23
Média
12,57
+
0,23
13,05
+
0,23
A,B
Médias seguidas por letras diferentes diferem pelo teste t (p<0,05).
Trabalhando com novilhos mestiços Holandês/Zebu submetidos a
diferentes planos alimentares, KABEYA et al. (2002) constataram valores
superiores de rendimento de traseiro e semelhantes para dianteiro e ponta de
agulha. Estes autores também não observaram efeito do nível alimentar sobre
a proporcionalidade dos cortes primários e relataram em seu estudo valores
médios de 39,30; 60,90 e 13,36 kg para dianteiro, traseiro e PA,
respectivamente, entretanto ressalta-se que os animais foram abatidos com
peso médio de 440 kg, superior ao presente estudo. Similaridade para os
cortes primários da carcaça em função de níveis de concentrado na dieta foi
relatada por FERREIRA et al. (2000) trabalhando com novilhos Simental x
Nelore e níveis de concentrado de 25; 37,5; 50; 62,5 e 75%.
Aumentos na proporcionalidade de PA podem ser esperados em função
da maior deposição de gordura nesta área (PACHECO et al., 2005). Isto não se
confirmou no presente experimento onde as carcaças dos animais MA
apresentaram valores para EGS numericamente inferiores, e valores similares
para percentual de gordura em relação às carcaças dos animais do grupo AA.
Os resultados obtidos no presente estudo agregam à afirmação de
BERG & BUT TERFIELD (1976) de que, em condições normais, os
animais apresentam tendência de equilíbrio entre quartos dianteiro e traseiro,
portanto, os que possuem maior peso na parte posterior do corpo tendem a
manifestar igualmente, maior peso da parte anterior, sendo a variabilidade
maior com relação a PA.
As variáveis maturidade fisiológica (MF), conformação (CON) e área de
olho de lombo não foram afetadas pelos efeitos estudados (Tabela 5).
TABELA 5. Médias e erros-padrão de conformação, maturidade fisiológica,
área de olho de lombo, perímetro de braço e espessura de coxão
de acordo com o nível de suplementação na fase de recria e nível
de concentrado na fase de terminação
Suplementação
na recria (%PV)
Nível de concentrado na terminação, %
Média
80
50
Conformação (pontos)
1,0
10,35
+
0,31
10,74
+
0,34
10,55
+
0,23
0,5
10,74
+
0,34
9,86
+
0,31
10,12
+
0,23
Média
10,37
+
0,23
10,30
+
0,23
Maturidade fisiológica (pontos)
1,0
13,49
+
0,23
13,61
+
0,26
13,55
+
0,17
0,5
13,60
+
0,26
13,99
+
0,23
13,79
+
0,17
Média
13,54
+
0,17
13,80
+
0,17
Área de olho de lombo, cm
2
1,0
52,90
+
2,55
50,08
+
2,80
51,49
+
1,89
0,5
50,96
+
2,80
51,90
+
2,55
51,43
+
1,89
Média
51,93
+
1,89
50,99
+
1,89
Perímetro de braço, cm
1,0
36,01
A +
0,42
33,69
B +
0,46
34,85
+
0,31
0,5
34,54
B +
0,46
34,87
B +
0,42
34,70
+
0,31
Média
35,27
+
0,31
34,28
+
0,31
Espessura de coxão, cm
1,0
25,34
+
0,74
22,18
+
0,81
23,76
A +
0,55
0,5
21,59
+
0,81
20,34
+
0,74
20,96
B +
0,55
Média
23,46
A +
0,55
21,26
B +
0,55
A,B
dias seguidas por letras diferentes diferem pelo teste t (p<0,05).
A maturidade fisiológica das carcaças não diferiu (P>0,05) entre os
níveis nutricionais estudados, fato esperado que os animais foram abatidos
com idade semelhante, sendo obtidos valores variando entre 13,50 e 14,00
pontos. Segundo esta metodologia de avaliação (MÜLLER, 1987) os valores
mais baixos da escala de um a quinze pontos indicam MF mais avançada. Os
animais que receberam nível médio de suplementação na recria foram abatidos
31 dias mais tarde que os demais, o que não resultou em diferença significativa
na avaliação de MF das carcaças.
O escore de CON das carcaças variou de 9,83 a 10,80 pontos não
sendo observado efeito significativo do nível nutricional nas diferentes fases
sobre este parâmetro. Segundo MÜLLER (1987), a avaliação subjetiva da CON
estima o grau de expressão muscular da carcaça. Carcaças com melhor CON
são preferidas pelos frigoríficos, pois estão associadas à maior hipertrofia
muscular e maior rendimento de carne no momento da desossa (SANTOS et
al., 2008). Avaliando a CON da carcaça de novilhos mestiços Holandês/Zebu
pela mesma metodologia, RODRIGUES et al. (2008) também não constataram
efeito de níveis de energia na dieta sobre este parâmetro.
Não foi constatado efeito significativo dos planos alimentares na recria e
terminação sobre a área de olho de lombo (AOL). Esta medida é um dos
parâmetros utilizados para mensurar a musculosidade da carcaça e está mais
correlacionada com a idade do animal (RESTLE et al., 2001), peso de abate
(COSTA et al., 2002), composição genética (RIBEIRO et al., 2002) e condição
sexual (PRADO et al. 2004). FERREIRA et al. (2000) e STRACK (2000) não
verificaram influência de níveis de concentrado na fase de terminação em
confinamento sobre a AOL de novilhos mestiços terminados em confinamento.
A espessura de coxão foi influenciada pelo nível de suplementação na
recria e pelo nível de concentrado na terminação. Animais que receberam nível
nutricional alto na recria e na terminação manifestaram maior (p<0,05)
espessura de coxão. Com relação ao perímetro de braço foi constatada
interação (p<0,05) dos níveis nutricionais nas diferentes fases. Animais que
receberam nível nutricional alto em ambas as fases (AA) apresentaram maior
(p<0,05) perímetro de braço. Em seu estudo, SANTOS et al. (2008) atribuíram
o menor desenvolvimento muscular em novilhos de dois anos ao menor
crescimento ocorrido na fase de recria que antecedeu a terminação em
confinamento. Segundo MÜLLER & PRIMO (1986) a alimentação deficiente na
fase de recria prejudicou o desenvolvimento muscular dos animais, resultando
em pior conformação da carcaça e menor AOL em novilhos mantidos em
condições exclusivas de pasto. Estudando os efeitos do crescimento na fase
inicial dos três aos sete meses de idade em machos de corte, RESTLE et al.
(1999b) verificaram que o menor crescimento dos três aos sete meses de
idade, pode ser recuperado subsequentemente até os 24 meses de idade,
resultando em carcaça e carne com características semelhantes aos dos
animais que não sofreram restrição no crescimento.
Segundo RESTLE et al. (1999b) a espessura de coxão e perímetro de
braço são características que refletem o desenvolvimento muscular, enquanto
que os comprimentos de carcaça, de perna e de braço estão relacionados ao
crescimento ósseo.
Das medidas objetivas da carcaça, o comprimento (CC) foi afetado
(p<0,05) pelo nível de suplementação na recria, com o nível mais elevado
proporcionando maior CC (Tabela 6). Constatou-se interação (p<0,05) entre os
níveis nutricionais nas diferentes fases para comprimento de perna (CP).
Animais que receberam nível médio de suplementação na recria e alto de
concentrado na terminação apresentaram menor (p<0,05) CP.
TABELA 6. Médias e erros-padrão das medidas objetivas da carcaça de
acordo com o nível de suplementação na fase de recria e nível de
concentrado na fase de terminação
Suplementação
na recria (%PV)
Nível de concentrado na terminação, %
Média
80
50
Comprimento de carcaça, cm
1,0
133,33
+
1,32
135,64
+
1,45
134,48
A
+
0,98
0,5
131,49
+
1,45
131,37
+
1,32
131,43
B
+
0,98
Média
132,41
+
0,98
133,51
+
0,98
Comprimento de perna, cm
1,0
69,87
A
+
1,24
68,96
A
+
1,35
69,41
+
0,92
0,5
60,87
B
+
1,36
67,25
A
+
1,24
64,06
+
0,92
Média
65,37
+
0,92
68,11
+
0,92
Comprimento de braço, cm
1,0
39,57
+
0,49
38,75
+
0,53
39,16
+
0,36
0,5
38,15
+
0,54
39,50
+
0,49
38,83
+
0,36
Média
38,86
+
0,36
39,12
+
0,36
A,B
Médias seguidas por letras diferentes diferem pelo teste t (p<0,05).
As características qualitativas da carne, textura (TX) e marmoreio (MAR),
avaliadas de forma subjetiva, não foram afetadas significativamente pelos
efeitos principais estudados (Tabela 7).
TABELA 7. Médias e erros-padrão do escore de cor, textura e marmoreio do
músculo Longissimus dorsi de acordo com o nível de
suplementação na fase de recria e nível de concentrado na fase
de terminação
Suplementação
na recria (%PV)
Nível de concentrado na terminação, %
Média
80
50
Cor (pontos)
1
1,0
3,97
+
0,36
3,79
+
0,40
3,88
A
+
0,27
0,5
2,79
+
0,40
2,98
+
0,36
2,89
B
+
0,27
Média
3,38
+
0,27
3,38
+
0,27
Textura (pontos)
2
1,0
3,97
+
0,27
3,70
+
0,29
3,84
+
0,20
0,5
3,49
+
0,29
3,42
+
0,27
3,46
+
0,20
Média
3,73
+
0,20
3,56
+
0,20
Marmoreio (pontos)
3
1,0
5,49
+
1,34
5,61
+
1,47
5,55
+
0,99
0,5
7,00
+
1,47
5,65
+
1,34
6,33
+
0,99
Média
6,24
+
0,99
5,63
+
0,99
1
Cor: 1=escura; 2=vermelho escura; 3=vermelho levemente escura; 4=vermelha; 5=vermelho
vivo;
2
Textura: 1=muito grosseira; 2=grosseira; 3=levemente grosseira; 4=fina; 5=muito fina;
3
Marmoreio: 1 a 3=traços; 4 a 6=leve; 7 a 9=pequeno; 10 a 12=médio; 13 a 15=moderado; 16 a
18=abundante;
A,B
Médias seguidas por letras diferentes diferem pelo teste t (p<0,05).
Animais que receberam nível de suplementação alto na recria
apresentaram maior (p<0,05) escore de pontos indicando carne com cor
vermelha mais clara (Tabela 7). A quantidade de mioglobina é um dos fatores
determinantes da coloração da carne e sua concentração aumenta com a idade
e/ou peso do animal (SHORTHOSE & HARRIS, 1991). Provavelmente o maior
período de permanência em confinamento dos animais que receberam nível
médio de suplementação na recria favoreceu o aumento da concentração de
mioglobina nos músculos resultando em carne mais escura.
Resultados semelhantes foram descritos por ARBOITTE et al. (2004)
estudando as características da carne de novilhos mestiços abatidos com
diferentes pesos. Estes autores constataram escurecimento da carne quando o
período de alimentação em confinamento passou de 84 para 121 dias com
valores de 4,66 e 3,83 pontos, respectivamente. RESTLE et al. (1996)
verificaram que a coloração da carne passou da classificação “vermelha” para
“vermelha escura”, quando o peso de abate dos novilhos Charolês aumentou
de 421 para 495 kg, resultando em mais idade. MÜLLER & PRIMO (1986)
testaram a terminação em pastagem cultivada ou na associação entre
pastagem nativa e cultivada e observaram melhor coloração da carne nos
animais melhor alimentados, e que foram abatidos com menos idade.
Segundo COSTA et al. (2002) a avaliação inicial da cor tem efeito sobre
a escolha do consumidor que adquire a carne. No presente estudo, a média de
pontuação da coloração da carne para os tratamentos estudados corresponde
à cor intermediária entre vermelha e vermelha levemente escura, sendo
ainda assim, de boa aceitação pelo consumidor.
A textura da carne foi classificada como “fina”, obtendo-se valor médio
de 3,65 pontos. BRONDANI et al. (2004) não verificaram alterações na textura
da carne quando utilizaram diferentes níveis de energia na dieta (3,07 e 3,18
Mcal/kg de MS). Estudando os efeitos da inclusão de 25, 35 ou 45% de
concentrado na dieta de novilhos mestiços confinados VAZ et al. (2005) não
constataram efeito dos níveis nutricionais sobre o escore de textura da carne
que foi classificada como “fina” com valores médios de 3,77 pontos. PACHECO
et al. (2005) demonstraram que a textura da carne tornou-se significativamente
mais grosseira em animais superjovens com o aumento do genótipo zebuíno.
Não foi constatado efeito dos planos nutricionais nas diferentes fases
sobre o escore de gordura intramuscular (marmoreio) da carne dos animais.
Tal fato poderia ser explicado em função da semelhança de idade de abate e
grau de acabamento das carcaças. Segundo DI MARCO (1998), a gordura
intermuscular é a primeira fração gordurosa a ser depositada na carcaça,
seguida da gordura subcutânea e, após a intramuscular. Como o foram
observadas diferenças significativas para EGS, não era de se esperar grande
alterações na quantidade de gordura intramuscular.
Estudando os efeitos da incluo níveis de concentrado na dieta VAZ et
al. (2005) também não constataram efeito dos níveis nutricionais sobre o
marmoreio da carne de novilhos mestiços Charolês-Nelore confinados, sendo
obtido valor médio 4,75 pontos de escore de gordura intramuscular.
BRONDANI et al. (2004) não observaram diferenças nas pontuações para
marmoreio quando novilhos Aberdeen Angus e Hereford foram alimentados
com diferentes níveis de energia na dieta.
A maciez da carne medida pela força de cisalhamento foi influenciada
significativamente pelo nível alimentar na recria (Tabela 8). Animais que
receberam nível alto de suplementação na recria apresentaram carne mais
macia, independente do nível de concentrado na terminação. A maciez da
carne dos animais AA e AM foi similar (4,72 e 4,73 kg/cm
3
, respectivamente).
Através dos resultados obtidos, pode-se inferir que é possível melhorar
significativamente, através de estratégias de alimentação, a maciez da carne
de mestiços de origem leiteira. Devendo-se buscar através da melhor
alimentação o crescimento mais acentuado na fase inicial da vida do animal.
A maior ingestão de energia dos animais na fase de recria aumentou a
velocidade de crescimento do tecido muscular, em função da maior
disponibilidade de energia líquida para crescimento. Conforme citado por
PACHECO et al. (2005), os estudos de GERRARD et al. (1987) e ALLINGHAM
et al. (1997) demonstraram que, em animais que apresentaram rápida taxa de
ganho de peso, a ntese de colágeno solúvel é maior. Ainda conforme citado
por PACHECO et al. (2005), BRUCE et al. (1991) comentam que as novas
moléculas de colágeno que são formadas diluem as velhas, resultando em
músculos com colágeno de maior solubilidade e, conseqüentemente, em carne
mais macia.
As perdas nos processos de descongelamento e cocção não foram
influenciadas pelos níveis nutricionais nas diferentes fases (Tabela 8).
TABELA 8. Médias e erros-padrão de força de cisalhamento e perdas por
cocção e descongelamento de acordo com o nível de
suplementação na fase de recria e nível de concentrado na fase de
terminação
Suplementação
na recria (%PV)
Nível de concentrado na terminação, %
Média
80
50
Força de cisalhamento, kg/cm
3
1,0
4,73
+
0,75
4,72
+
0,82
4,72
B +
0,56
0,5
6,09
+
0,82
7,23
+
0,75
6,66
A +
0,56
Média
5,41
+
0,55
5,98
+
0,56
Perdas por descongelamento, %
1,0
3,52
+
0,57
3,57
+
0,62
3,54
+
0,42
0,5
3,65
+
0,63
3,75
+
0,57
3,70
+
0,42
Média
3,58
+
0,42
3,66
+
0,42
Perdas por cocção, %
1,0
10,95
+
1,33
13,78
+
1,45
12,36
+
0,98
0,5
10,21
+
1,46
12,46
+
1,33
11,33
+
0,98
Média
10,58
+
0,98
13,12
+
0,98
A,B
Médias seguidas por letras diferentes diferem pelo teste t (p<0,05).
Segundo COSTA et al. (2002) as perdas de líquidos durante o
descongelamento e cocção estão associados à gordura intramuscular. Os
autores observaram que entre marmoreio e perdas no descongelamento a
correlação foi negativa (-0,25) e, positiva (0,49) entre marmoreio e perdas na
cocção, no presente estudo as respectivas correlações embora seguirem as
mesmas tendência foram de baixa magnitude (-0,10 e 0,03, respectivamente).
Avaliando a qualidade da carne de novilhos Morucha/Charolês
terminados em confinamento, VIEIRA et al. (2009) verificaram valores
semelhantes aos encontrados no presente estudo para perdas no processo de
descongelamento, obtendo valores que variaram de 3,23 a 4,06%. De acordo
com os mesmos autores, as perdas no processo de descongelamento estão
relacionadas à origem do líquido perdido (intra ou extracelular) sendo que as
perdas de líquido intracelular ocorrem em função da lise celular causada no
processo de congelamento.
Com relação às perdas por cocção VIEIRA et al. (2009) mencionaram
em seu trabalho que estas ocorrem principalmente através de perdas de água
construtiva (estrutural), através da lise celular e pela solubilidade da gordura
em função do aquecimento.
CONCLUSÕES
O alto nível de suplementação na recria de bovinos de origem leiteira
mostrou-se tecnicamente mais atrativo por ter efeitos positivos sobre algumas
características importantes da carcaça e da carne proporcionando maior
comprimento de carcaça, carne de cor vermelha mais clara e mais macia.
Quando associado ao alto nível de concentrado na terminação proporcionou
maior espessura de coxão e perímetro de braço. O nível alto de concentrado
na terminação resultou maior rendimento de carcaça quente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os ganhos adicionais obtidos com a suplementação no período das
águas devem ser avaliados dentro do enfoque de pecuária de ciclo completo.
Neste sentido, quando se utiliza suplementação energética para animais
mestiços de origem leiteira mantidos em pastagens no período de transição
água-secas, é necessário que se pondere sobre o sistema produtivo como um
todo, com relação a um possível aumento na taxa de lotação, produção por
área, giro de capital e redução do custo de animais em estoque (PAULINO et
al., 2005).
As influencias dos níveis nutricionais nas diferentes fases sobre as
características quantitativas e qualitativas da carcaça e da carne de novilhos
mestiços de origem leiteira devem ser melhor estudadas objetivando delinear
estratégias nutricionais tecnicamente atrativas que possibilitariam a utilização
dessa categoria para produção de carne de qualidade.
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ANEXOS
CAPÍTULO I
ANEXO 1. Ganho em peso médio diário dos mestiços na fase de recria em
pastagem de Brachiaria brizantha em função dos períodos
experimentais
Trat.
Brinco
GMD 1
GMD 2
GMD 3
GMD 4
GMD 5
GMD 6
GMD Total
TM
88
0,74
0,59
0,43
0,26
0,00
0,19
0,37
91
1,17
0,71
0,95
1,00
0,71
0,33
0,81
93
1,01
0,53
0,64
1,05
0,12
0,07
0,57
95
0,23
0,80
0,88
1,00
0,21
0,10
0,54
97
0,92
0,93
0,76
1,00
0,10
0,29
0,67
99
1,30
0,42
0,76
1,10
0,57
0,43
0,76
19
0,89
1,00
1,05
0,95
0,76
0,50
0,86
20
0,43
0,36
0,69
0,62
0,05
0,36
0,42
89
0,56
0,71
0,83
0,86
0,33
0,05
0,56
76
1,26
0,70
1,31
1,07
0,95
0,67
0,99
81
1,71
0,64
0,81
0,90
1,00
0,81
0,98
84
0,96
0,41
0,76
0,60
0,55
0,38
0,61
98
0,51
0,17
0,17
0,40
0,21
0,00
0,24
24
0,39
0,70
0,79
0,69
0,62
0,50
0,61
25
1,32
0,70
1,07
1,12
0,33
1,14
0,96
26
0,55
0,65
0,74
0,50
0,55
0,21
0,53
82
0,20
0,13
0,19
0,21
0,48
0,00
0,20
TA
78
0,52
0,93
0,71
1,02
0,62
0,21
0,67
79
0,63
1,09
1,10
0,83
0,90
0,00
0,76
83
0,88
1,27
1,00
0,95
0,62
-0,19
0,76
87
0,92
1,00
1,05
0,83
0,95
-0,10
0,78
23
1,21
1,42
1,33
1,21
0,81
-0,24
0,97
8
0,99
1,30
0,95
1,14
1,05
0,29
0,95
77
1,04
1,08
1,17
1,17
0,95
0,19
0,93
80
1,25
1,04
1,00
0,10
1,48
0,86
0,95
85
0,81
1,39
1,19
1,14
1,24
0,38
1,03
86
1,31
1,18
1,17
1,07
1,33
0,33
1,06
92
1,11
0,95
1,17
1,29
1,00
0,76
1,05
94
0,96
1,12
1,38
1,02
1,10
-0,10
0,92
96
0,86
0,82
0,71
1,14
0,48
0,33
0,72
10
1,01
1,21
1,26
1,17
0,90
0,29
0,97
90
0,75
0,65
0,98
1,02
0,60
0,55
0,76
ANEXO 2. Evolução do peso dos mestiços de origem leiteira na fase de recria
em pastagem de Brachiaria brizantha
Trat.
Brinco
Peso 1
Peso 2
Peso 3
Peso 4
Peso 5
Peso 6
Peso 7
Ganho
Total
TM
88
103,67
119,21
131,50
140,50
146,00
146,00
150,00
46,33
91
120,50
145,12
160,00
180,00
201,00
216,00
223,00
102,50
93
120,83
141,96
153,00
166,50
188,50
191,00
192,50
71,67
95
137,33
142,22
159,00
177,50
198,50
203,00
205,00
67,67
97
145,00
164,38
184,00
200,00
221,00
223,00
229,00
84,00
99
141,00
168,24
177,00
193,00
216,00
228,00
237,00
96,00
19
71,31
90,00
111,00
133,00
153,00
169,00
179,50
108,19
20
89,40
98,40
106,00
120,50
133,50
134,50
142,00
52,60
89
106,24
118,00
133,00
150,50
168,50
175,50
176,50
70,26
76
148,67
175,21
190,00
217,50
240,00
260,00
274,00
125,33
81
113,70
149,63
163,00
180,00
199,00
220,00
237,00
123,30
84
114,17
134,42
143,00
159,00
171,50
183,00
191,00
76,83
98
128,33
138,98
142,50
146,00
154,50
159,00
159,00
30,67
24
124,67
132,87
147,50
164,00
178,50
191,50
202,00
77,33
25
144,33
173,32
188,00
210,50
234,00
241,00
265,00
120,67
26
101,80
113,40
127,00
142,50
153,00
164,50
169,00
67,20
82
101,50
105,70
108,50
112,50
117,00
127,00
127,00
25,50
TA
78
103,67
115,02
134,50
149,50
171,00
184,00
188,50
84,83
79
118,67
132,63
155,50
178,50
196,00
215,00
215,00
96,33
83
147,00
166,38
193,00
214,00
234,00
247,00
243,00
96,00
87
118,17
138,42
159,50
181,50
199,00
219,00
217,00
98,83
23
143,00
169,71
199,50
227,50
253,00
270,00
265,00
122,00
8
86,80
107,60
135,00
155,00
179,00
201,00
207,00
120,20
77
101,50
123,42
146,00
170,50
195,00
215,00
219,00
117,50
80
142,00
168,19
190,00
211,00
213,00
244,00
262,00
120,00
85
117,83
134,77
164,00
189,00
213,00
239,00
247,00
129,17
86
142,83
170,25
195,00
219,50
242,00
270,00
277,00
134,17
92
116,33
139,56
159,50
184,00
211,00
232,00
248,00
131,67
94
135,67
155,92
179,50
208,50
230,00
253,00
251,00
115,33
96
120,83
138,82
156,00
171,00
195,00
205,00
212,00
91,17
10
99,40
120,60
146,00
172,50
197,00
216,00
222,00
122,60
90
100,00
115,76
129,50
150,00
171,50
184,00
195,50
95,50
ANEXO 3. Escore de condição corporal dos mestiços de origem leiteira na fase
de recria em pastagem de Brachiaria brizantha
Trat.
Brinco
ECC 0
ECC 1
ECC 2
ECC 3
ECC 4
ECC 5
ECC 6
TM
88
2,40
2,60
2,78
2,85
2,95
2,97
2,96
91
2,70
2,90
3,12
3,40
3,55
3,56
3,55
93
2,70
3,05
3,12
3,15
3,25
3,27
3,29
95
2,60
2,80
2,87
2,90
2,95
2,97
2,99
97
2,40
2,65
2,76
2,90
3,05
3,07
3,05
99
2,60
2,80
3,09
3,20
3,45
3,47
3,49
19
2,35
2,55
2,75
2,95
3,25
3,27
3,30
20
2,45
2,55
2,65
2,75
2,85
2,87
2,87
89
2,66
2,79
2,92
3,05
3,25
3,27
3,25
76
2,40
2,80
3,09
3,35
3,60
3,61
3,60
81
1,80
2,10
2,32
2,53
2,85
2,90
2,95
84
2,50
2,70
2,81
2,87
2,95
2,96
2,95
98
2,50
2,70
2,55
2,55
2,60
2,61
2,60
24
2,80
2,80
3,20
3,35
3,50
3,51
3,45
25
2,80
2,95
3,13
3,25
3,45
3,45
3,48
26
2,75
2,80
2,85
2,90
2,95
2,96
2,95
82
1,85
1,87
1,90
1,90
1,95
1,97
1,97
TA
78
1,70
2,10
2,54
2,75
2,92
2,95
2,96
79
2,80
2,95
3,06
3,25
3,35
3,45
3,43
83
2,50
2,70
2,85
2,90
2,97
2,99
3,05
87
2,70
2,85
3,07
3,25
3,50
3,51
3,55
23
2,70
2,95
3,10
3,35
3,55
3,56
3,50
8
2,88
2,90
2,95
2,15
3,35
3,36
3,40
77
1,87
1,90
1,90
1,95
3,00
3,01
3,00
80
2,50
2,75
2,93
3,10
3,00
3,15
3,20
85
2,60
2,70
2,88
3,15
3,35
3,45
3,47
86
2,30
2,60
2,75
2,95
3,10
3,15
3,21
92
2,40
2,65
2,83
2,95
3,05
3,10
3,21
94
2,70
3,00
3,22
3,40
3,60
3,65
3,63
96
2,60
2,70
2,85
2,85
2,90
2,95
2,96
10
2,85
2,88
2,90
2,95
3,00
3,05
3,06
90
1,90
1,95
2,00
2,45
2,92
2,96
2,97
ANEXO 4. Medidas corporais (cm) obtidas nos mestiços na fase de recria em
pastagem de Brachiaria brizantha
Trat
TORAX
COMPRIMENTO
A. CERNELHA
A. GARUPA
P. ESCROTAL
CANELA
I
F
G
I
F
G
I
F
G
I
F
G
I
F
G
I
F
G
TM
116,0
127,0
11,0
92,0
95,0
3,0
101,0
104,0
3,0
102,5
106,0
3,5
19,0
22,0
3,0
13,0
14,0
1,0
124,0
140,0
16,0
94,5
109,0
14,5
101,0
109,0
8,0
103,5
114,0
10,5
19,0
24,0
5,0
14,5
17,0
2,5
127,0
137,0
10,0
87,0
93,0
6,0
102,0
111,0
9,0
105,0
115,5
10,5
23,0
23,0
0,0
14,0
15,0
1,0
124,0
139,0
15,0
102,0
110,0
8,0
105,0
113,0
8,0
109,0
117,5
8,5
21,0
26,5
5,5
14,0
15,0
1,0
128,0
138,0
10,0
95,0
110,0
15,0
102,0
110,0
8,0
103,5
114,0
10,5
19,5
22,0
2,5
15,5
16,5
1,0
124,0
143,0
19,0
94,0
110,0
16,0
101,0
108,0
7,0
103,5
113,0
9,5
15,0
18,0
3,0
14,0
16,0
2,0
110,0
132,0
22,0
79,0
101,5
22,5
95,5
108,0
12,5
100,0
113,0
13,0
13,0
18,0
5,0
12,5
15,0
2,5
111,5
125,0
13,5
85,0
94,0
9,0
95,0
111,0
16,0
96,0
106,5
10,5
18,0
21,0
3,0
12,5
14,0
1,5
119,0
137,5
18,5
86,5
95,0
8,5
99,0
111,5
12,5
103,5
114,0
10,5
16,0
19,5
3,5
13,0
15,0
2,0
128,0
147,0
19,0
103,0
114,0
11,0
103,0
113,0
10,0
105,0
117,0
12,0
24,0
30,0
6,0
15,5
19,0
3,5
130,5
147,0
16,5
95,0
108,0
13,0
104,0
118,0
14,0
109,5
119,5
10,0
22,5
28,0
5,5
14,0
17,0
3,0
122,5
138,0
15,5
91,0
105,0
14,0
101,5
108,5
7,0
102,0
111,0
9,0
23,0
25,0
2,0
13,0
16,0
3,0
126,0
129,0
3,0
89,5
104,0
14,5
103,0
106,5
3,5
107,0
108,0
1,0
18,0
23,0
5,0
14,0
21,0
7,0
119,0
135,5
16,5
92,0
104,0
12,0
101,0
109,0
8,0
103,0
111,5
8,5
17,5
22,0
4,5
14,0
16,0
2,0
135,0
153,0
18,0
95,5
113,0
17,5
105,5
114,0
8,5
106,5
117,0
10,5
19,0
25,0
6,0
14,5
17,0
2,5
116,0
126,5
10,5
82,0
99,0
17,0
97,0
114,0
17,0
99,0
110,5
11,5
19,5
20,0
0,5
14,0
16,0
2,0
116,0
124,0
8,0
84,0
89,0
5,0
99,0
111,0
12,0
101,0
104,0
3,0
16,0
19,0
3,0
13,0
13,5
0,5
TA
111,0
132,0
21,0
87,0
104,0
17,0
96,5
106,0
9,5
98,0
108,0
10,0
20,0
24,0
4,0
13,0
15,0
2,0
121,0
143,0
22,0
86,0
101,0
15,0
97,5
108,0
10,5
99,0
113,5
14,5
18,0
27,0
9,0
14,0
16,5
2,5
129,0
149,0
20,0
99,0
108,0
9,0
117,0
117,0
0,0
111,0
135,0
24,0
21,0
25,0
4,0
16,0
16,5
0,5
126,0
148,5
22,5
87,0
109,0
22,0
98,0
109,0
11,0
101,0
116,5
15,5
17,5
23,0
5,5
14,0
16,0
2,0
131,0
158,0
27,0
99,0
113,0
14,0
109,0
122,0
13,0
114,0
126,0
12,0
22,0
29,0
7,0
16,0
18,0
2,0
115,0
135,0
20,0
85,0
107,0
22,0
98,0
112,0
14,0
103,0
116,0
13,0
14,0
20,0
6,0
12,5
15,0
2,5
119,0
145,0
26,0
92,5
105,0
12,5
101,5
114,0
12,5
105,0
119,5
14,5
18,0
26,0
8,0
15,0
17,0
2,0
121,7
144,4
22,6
90,8
106,7
15,9
102,5
112,6
10,1
104,4
119,2
14,8
18,6
24,9
6,2
14,4
16,3
1,9
130,0
150,5
20,5
97,0
108,0
11,0
107,0
118,0
11,0
113,0
120,0
7,0
22,0
27,0
5,0
14,5
17,0
2,5
121,0
153,0
32,0
92,5
112,0
19,5
102,0
113,0
11,0
104,0
116,0
12,0
15,0
17,0
2,0
14,0
16,5
2,5
128,5
155,0
26,5
102,5
115,0
12,5
112,0
122,0
10,0
115,0
129,0
14,0
21,0
29,0
8,0
16,0
18,0
2,0
125,5
151,0
25,5
98,0
114,0
16,0
100,0
113,0
13,0
106,0
132,0
26,0
23,0
32,0
9,0
13,5
17,0
3,5
122,0
148,0
26,0
93,0
109,0
16,0
105,5
115,0
9,5
107,0
120,5
13,5
18,0
22,0
4,0
14,0
16,5
2,5
127,0
142,0
15,0
96,5
109,0
12,5
105,0
116,0
11,0
106,5
118,0
11,5
19,0
25,0
6,0
15,0
16,0
1,0
113,5
141,0
27,5
87,0
110,0
23,0
101,0
115,0
14,0
104,0
123,5
19,5
17,5
24,0
6,5
13,5
17,0
3,5
119,0
141,0
22,0
85,0
103,0
18,0
102,5
110,0
7,5
106,0
113,5
7,5
15,0
20,0
5,0
15,0
15,0
0,0
ANEXO 5. Representação das medidas corporais obtidas periodicamente nos
mestiços de origem leiteira na fase de recria em pastagem de
Brachiaria brizantha
PT
AG
AC
PC
PE
PC - Perímetro de canela
PE - Perímetro escrotal
PT - Perímetro torácico
AC - Altura da cernelha
AG - Altura da garupa
AC
ANEXO 6. Composição bromatológica na base da matéria seca dos
componentes botânicos da pastagem em função dos períodos
experimentais
Períodos experimentais
1
2
3
4
5
6
Folha
PB
8,80
9,35
9,83
8,24
8,14
8,62
FDN
65,76
62,24
62,56
65,15
68,58
66,97
FDA
30,66
30,58
30,71
30,55
30,44
30,76
EE
3,01
3,22
2,93
2,97
2,50
2,16
Cinzas
7,03
6,59
6,15
5,99
5,73
5,36
Haste
PB
4,63
5,08
5,26
4,73
4,46
4,40
FDN
65,76
67,23
62,56
68,69
70,57
67,90
FDA
41,51
39,85
40,32
42,16
41,34
42,74
EE
1,42
1,55
1,38
1,40
1,28
1,20
Cinzas
6,25
6,37
5,59
5,49
5,43
4,98
PB (proteína bruta), EE (extrato etéreo), FDA (fibra em detergente ácido), FDN (fibra em
detergente neutro).
ANEXO 7. Fotos da fase de recria em pastagem
FOTO 1. Fase de suplementação em Pastagem
Arquivo pessoal, (2008).
FOTO 2. Animais na entrada do confinamento
Arquivo pessoal, (2008).
CAPÍTULO II
ANEXO 1. Características quantitativas da carcaça de novilhos mestiços de
origem leiteira submetidos a diferentes estratégias alimentares
Trat
BR
PCQ
RCQ
PCF
RCF
KgDia
KgTra
KgPA
Osso
Musc
Gord
TAA
23
228,00
52,50
11,96
51,99
43,70
54,10
14,40
0,76
2,12
0,85
94
195,00
51,68
47,53
50,56
36,90
46,60
11,60
0,60
1,91
0,92
08
201,50
51,20
4,08
51,00
39,30
49,00
13,90
0,59
1,88
1,10
83
192,50
47,70
39,46
47,54
37,20
47,10
10,80
0,73
1,78
0,70
79
191,50
51,51
40,29
51,00
38,50
46,40
11,80
0,65
2,03
0,84
85
199,00
51,60
43,17
50,79
39,80
46,80
10,90
0,81
1,99
0,86
TAM
86
206,00
45,46
38,67
44,97
38,10
50,00
13,80
0,60
1,91
0,92
92
170,00
47,30
43,46
47,24
32,20
41,00
11,70
0,56
1,68
0,73
10
197,00
49,60
4,96
49,58
36,40
49,10
13,00
0,56
1,80
0,84
87
197,50
50,62
43,94
50,50
39,40
46,80
12,90
0,66
2,06
0,83
80
199,50
49,00
39,12
48,90
38,70
47,60
13,50
0,64
1,70
0,71
TMA
24
188,00
51,64
12,08
50,32
34,60
46,70
10,30
0,65
1,56
0,89
97
185,50
46,96
44,62
46,00
35,00
44,50
11,50
0,63
1,51
0,74
84
165,50
48,11
39,40
46,90
31,30
38,00
11,50
0,53
1,81
0,85
89
207,00
49,64
44,06
49,50
39,40
52,00
13,80
0,55
2,09
0,96
76
235,50
50,10
38,00
50,00
46,60
55,50
15,80
0,65
1,85
1,36
TMM
25
218,00
50,90
12,46
49,85
40,90
52,00
13,80
0,70
1,84
1,10
81
207,00
49,60
39,69
49,00
40,00
48,50
13,80
0,60
2,15
1,11
91
195,50
49,87
44,68
49,10
37,70
46,00
12,60
0,58
1,85
0,82
90
174,20
46,08
40,41
44,90
32,40
41,90
10,60
0,65
1,44
0,68
93
182,00
50,98
46,21
49,69
34,00
44,00
10,70
0,47
1,58
0,76
95
178,00
45,64
42,52
44,76
33,20
43,50
10,60
0,56
1,86
0,77
ANEXO 2. Medidas objetivas, espessura de gordura, área de olho de lombo e
características qualitativas da carcaça de novilhos mestiços de
origem leiteira submetidos a diferentes estratégias alimentares
Trat
BR
EGS
CB
CP
EC
PB
CC
Conf
Matur
Cor
Marm
Text
AOL
TAA
23
4,00
42,00
71,00
24,00
37,00
135,00
11,00
14,00
3,50
8,00
4,20
56,50
94
1,50
39,00
71,00
28,00
35,00
131,00
10,00
13,00
2,80
1,00
2,50
59,60
08
5,00
40,00
68,00
28,00
36,50
135,00
10,00
14,00
5,00
3,00
3,80
51,50
83
1,50
40,00
72,00
25,00
35,50
135,00
10,00
14,00
3,80
3,00
4,00
44,00
79
4,20
38,00
65,00
23,00
34,50
128,00
11,00
13,00
4,00
12,00
4,50
54,00
85
5,00
38,00
71,00
24,00
37,00
135,00
10,00
13,00
4,70
6,00
4,80
51,50
TAM
86
3,10
41,00
74,00
21,00
36,00
137,00
11,00
13,00
3,90
4,00
4,00
51,00
92
2,80
39,00
69,00
20,00
33,00
135,00
10,00
13,00
2,90
6,00
3,80
50,00
10
3,00
40,00
70,00
25,00
33,50
136,00
11,00
15,00
4,60
3,00
3,80
47,50
87
2,00
36,50
65,00
23,00
33,50
135,00
11,00
13,00
3,60
8,00
3,00
55,50
80
2,50
38,00
69,00
22,00
33,50
137,00
11,00
14,00
4,00
7,00
4,00
47,00
TMA
24
3,00
36,00
61,00
24,00
33,00
126,00
11,00
14,00
3,00
4,00
3,70
53,50
97
2,50
38,00
59,00
20,00
34,00
134,00
10,00
14,00
2,50
4,00
4,00
44,50
84
2,70
39,00
51,00
20,00
31,50
129,00
9,00
14,00
2,70
12,00
2,80
45,50
89
1,50
38,00
66,00
22,00
36,50
133,00
11,00
13,00
1,50
5,00
4,20
65,50
76
4,30
40,00
68,00
22,00
38,00
136,00
11,00
13,00
4,30
10,00
2,80
46,00
TMM
25
3,50
41,00
70,00
22,00
35,50
134,00
11,00
14,00
2,80
6,00
4,00
53,00
81
2,70
40,00
67,00
21,00
36,00
139,00
10,00
14,00
2,50
3,00
3,70
56,50
91
2,70
40,50
62,00
19,00
36,00
131,00
10,00
14,00
3,00
8,00
3,50
51,50
90
2,00
39,00
70,00
20,00
35,50
134,00
8,00
14,00
3,00
4,00
2,80
42,50
93
2,00
37,00
64,00
21,00
33,50
126,00
11,00
14,00
4,80
4,00
4,00
48,50
95
2,00
39,00
69,00
19,00
32,00
123,00
9,00
14,00
1,80
9,00
2,50
59,00
ANEXO 3. Fotos da fase de confinamento e abate
FOTO 1. Instalações do confinamento
Arquivo pessoal, (2008).
FOTO 2. Local do confinamento
Arquivo pessoal, (2008).
FOTO 3. Animal terminado
Arquivo pessoal, (2008).
FOTO 4. Carcaça de animal do experimento
Arquivo pessoal, (2008).
FOTO 5. Área de olho de lombo (AOL)
Arquivo pessoal, (2008).
FOTO 6. Seção HH (HANKS & HOWE, 1946)
Arquivo pessoal, (2008).
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