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Kirley Michelly Marques da Silva
DETECÇÃO MEDIANTE TÉCNICA DE PCR E CARACTERIZAÇÃO
MOLECULAR DE Xanthomonas albilineans, AGENTE CAUSAL DA
ESCALDADURA DAS FOLHAS EM CANA-DE-AÇÚCAR
Universidade Federal de Alagoas
Centro de Ciências Agrárias
Curso de Pós-Graduação em Agronomia
RIO LARGO, ESTADO DE ALAGOAS
FEVEREIRO DE 2006
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II
Kirley Michelly Marques da Silva
DETECÇÃO MEDIANTE TÉCNICA DE PCR E CARACTERIZAÇÃO
MOLECULAR DE Xanthomonas albilineans, AGENTE CAUSAL DA
ESCALDADURA DAS FOLHAS EM CANA-DE-AÇÚCAR
RIO LARGO ESTADO DE ALAGOAS BRASIL
FEVEREIRO DE 2006
Dissertação apresentada à Coordenação do Curso de
Mestrado em Agronomia, Área de Concentração em Produção
Vegetal, como requisito parcial para a obtenção do grau de
Mestre em Ciências.
Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade
Centro de Ciências Agrárias
Universidade Federal de Alagoas
Orientação: Profº Dr. Gaus Silvestre de Andrade Lima
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III
TERMO DE APROVAÇÃO
DETECÇÃO MEDIANTE TÉCNICA DE PCR E CARACTERIZAÇÃO
MOLECULAR DE Xanthomonas albilineans, AGENTE CAUSAL DA
ESCALDADURA DAS FOLHAS EM CANA-DE-AÇÚCAR
Kirley Michelly Marques da Silva
(Matrícula 2004M21D09S-9)
BANCA EXAMINADORA:
______________________________________
Profº. Dr. Gaus Silvestre de Andrade Lima
Centro de Ciências Biológicas
Departamento de Botânica
______________________________________
Dra. Arlinda Pereira Eloy
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade
______________________________________
Profª. Dra. Edna Peixoto da Rocha Amorim
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade
______________________________________
Dra. Iraíldes Pereira Assunção
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade
Rio Largo, Estado de Alagoas, Brasil, em 23 de Fevereiro 2006.
IV
OFEREÇO
Aos meus familiares que, mesmo distantes, sempre me apoiaram, em especial
os tios PAULO, PAULA e MARGARETH. A minha amiga THALITA REGINA
pelos ensinamentos da vida e alegria,
minha HOMENAGEM
Primeiramente ao Deus Todo Poderoso que me
deu Forças, Saúde e Paz para conduzir esse
trabalho.
Aos meus irmãos LINDEMBERG e JÚNIOR, pela
amizade.
A minha sobrinha amada LARISSA JULIE, pela
alegria.
A minha amiga ALANA pelo apoio.
Ao meu amado MANOEL MESSIAS pela ajuda,
amor e companheirismo.
Aos meus amados pais GILBERTO
MARQUES (in memoriam) e
FRANCISCA PEREIRA, pelo amor e
exemplo de dedicação, empenho,
paciência, honestidade e perseverança
que sempre tiveram,
DEDICO
V
É melhor tentar e falhar, que se preocupar e ver a vida
passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que se sentar
fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que
em dias tristes em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora
louco, que em conformidade viver"
Martin Luthen King Jr.
VI
AGRADECIMENTOS
A Universidade Federal de Alagoas (UFAL), pela oportunidade de aprimoramento
profissional.
Em especial ao Professor Drº Gaus Silvestre de Andrade Lima, pelas orientações,
amizade e paciência constante.
A Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL), pela concessão
da bolsa de estudos.
Aos docentes do Departamento de Fitopatologia, Profª Drª Iraíldes Assunção e Profº
MsC. Marcelo Cruz, pelo apoio, amizade e ensinamentos.
A Coordenadora do Curso de Pós-Graduação, Profª Drª. Edna Peixoto da Rocha
Amorim, pela amizade, ensinamentos, paciência e acima de tudo apoio que sempre
tivera.
A todos os funcionários do Laboratório de Fitopatologia, pela amizade.
Ao Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar, na pessoa do Profº
MsC. Geraldo Veríssimo Barbosa, pelo apoio durante a realização deste trabalho.
Aos amigos que me incentivaram e me apoiaram nos momentos difíceis que passei:
Izael Oliveira, Paulo Pedro, Juliana Paiva, Júlio César, Sarah Jacqueline, Muciana Cunha,
Márcio Félix e Kátia Cilene.
Ao secretário e amigo Geraldo Lima, pela amizade e disponibilidade que sempre
mostrou.
Ao Profº Drº. Júlio Cezar Franco de Oliveira, UNESP-Jaboticabal, pelas amostras da
bactéria que me concedera.
A todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste
trabalho.
VII
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS
VIII
LISTA DE FIGURAS
IX
LISTA DE ABREVIAÇÕES
XI
RESUMO
XII
ABSTRACT
XIII
1.
Introdução
1
2.
Revisão da literatura
4
2.1.
Histórico, Etiologia e Importância Econômica da Escaldadura das
folhas
4
2.2.
Sintomatologia da Escaldadura das folhas
6
2.3.
Epidemiologia da Escaldadura das folhas
8
2.4.
Variabilidade genética de X. albilineans
9
2.5.
Diagnose da Escaldadura das folhas
10
3.
Metodologia
13
3.1.
Local de execução dos trabalhos
13
3.2.
Detecção de X. albilineans por meio da técnica de PCR
13
3.2.1.
Obtenção de células de X. albilineans a partir das folhas
14
3.2.2.
Obtenção de células de X. albilineans a partir dos colmos
15
3.3.
Composição e ciclagem das PCR’s
15
3.4.
Incidência de X. albilineans em variedades comerciais de cana-de-
açúcar do Estado de Alagoas
17
3.5.
Seqüênciamento da região ITS (16S 23S) do rDNA do isolado de
X. albilineans do Estado de Alagoas
18
3.6.
Comparação da seqüência obtida com outras seqüências
depositadas no GenBank
19
3.7.
Análise filogenética
19
4.
Resultados e Discussão
20
4.1.
Detecção de X. albilineans mediante a técnica de PCR
20
4.2.
Incidência de X. albilineans no Estado de Alagoas
23
4.3.
Determinação da seqüência da região ITS (16S 23S) do isolado de
X. albilineans do Estado de Alagoas
24
5.
Conclusões
30
6.
Referências Bibliográficas
31
VIII
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.
Composição das PCR’s utilizadas na detecção de X. albilineans
17
Tabela 2.
Similaridade (%) da região ITS (16S 23S) entre isolados de
Xanthomonas albilineans e de Xanthomonas sacchari
28
IX
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.
Folhas de cana-de-açúcar com clorose e estria clorótica,
sintomas típico da escaldadura das folhas causada por
Xanthomonas albilineans
7
Figura 2.
Esquema de uma planta de cana-de-açúcar mostrando os
diferentes órgãos submetidos à extração de células de
Xanthomonas albilineans
14
Figura 3.
Esquema da região ITS (Intergenic Transcribed Spacer) do DNA
ribossomal de Xanthomonas albilineans
16
Figura 4.
Reações de amplificação a partir de plantas sabidamente
infectadas (RB 9564). As linhas de 1 a 3 e 17 a 19 correspondem
às amostras do último entrenó (UE). As linhas 4 a 6 e 20 a 22
correspondem às amostras do primeiro entrenó (E1). As linha 7
a 9 e 23 a 25 correspondem às amostras do segundo entrenó
(E2). As linhas 10 a 12 e 26 a 28 correspondem às amostras da
folha +1 e as linhas 13 a 15 e 29 a 31 correspondem às amostras
da folha +3. A linha 32 corresponde ao cont. positivo. A
amostras de seiva concentradas; B - amostras de seiva diluídas
21
Figura 5.
Produtos de amplificação obtidos com os primers
PGBL1/PGBL2 para amostras de cana-de-açúcar. A linha 1
corresponde à amostra da variedade VAT 90-212 proveniente da
Usina Caeté; as linhas 2 a 4 correspondem às amostras da
Usina Sinimbú; as linhas 5 a 7 correspondem às amostras do
clone RB 9564 da Serra do Ouro, as linhas 8 a 10 às amostras de
VAT 90-212 da Usina Santo Antônio e a linha 11 representa o
controle negativo
23
Figura 6.
Seqüência de nucleotídeos correspondente à região ITS (16S-
23S) do DNA ribossomal de Xanthomonas albilineans
amplificada com a utilização dos primers PGBL1/PGBL2
24
Figura 7.
Seqüências depositadas no GenBank que apresentaram
maiores Score e menores e-value com o isolado de
Xanthomonas albilineans proveniente do Estado de Alagoas
25
X
Figura 8.
Alinhamento das seqüências da região ITS 16S-23S do isolado
de Xanthomonas albilineans de Alagoas e de outros isolados
relacionados. xal2005- X. albilineans/AL; Xa-LA- X.
albilineans/LA; ICMP196- X.albilineans/SP; LMG471- X. sacchari
26
Figura 9.
Árvore filogenética ilustrando o relacionamento do isolado de
Xanthomonas albilineans do Estado de Alagoas com outros
isolados
27
XI
LISTA DE ABREVIAÇÕES
BLAST
Basic Local Alignment Search Tool
ITS
Espaço Transcrito Intergênico (Intergenic Transcribed Spacer)
mg
Miligrama
mL
Mililitro
mM
Milimolar
µL
Microlitro
µM
Micromolar
ng
Nanograma
PCR
Reação em Cadeia da Polimerase (Polymerase Chain
Reaction)
pg
Picograma
U
Unidade
XII
RESUMO
A escaldadura das folhas causada pela bactéria Xanthomonas albilineans é
uma das principais doenças da cana-de-açúcar. O diagnóstico desta bacteriose é
muito difícil em conseqüência das dificuldades de isolamento da bactéria e pelo
fato dos sintomas serem confundidos com os sintomas decorrentes de outros
fatores bióticos e abióticos. O presente trabalho teve como objetivo desenvolver
uma metodologia rápida e precisa, para a diagnose da escaldadura das folhas da
cana-de-açúcar, usando a técnica de PCR, verificar a incidência de X. albilineans
e caracterizar molecularmente um isolado de X. albilineans proveniente do estado
de Alagoas mediante seqüênciamento da região ITS (16S-23S) do rDNA.
Diferentes procedimentos de obtenção de células bacterianas a partir do colmo e
folhas para serem usadas diretamente nas PCR’s foram avaliados. Posteriormente
foi realizado o seqüênciamento da região amplificada. Constatou-se a ocorrência
de X. albilineans em vários canaviais do Estado de Alagoas. A obtenção de
células bacterianas a partir de fragmentos de colmos imersos em água destilada
demonstrou ser a melhor alternativa para a diagnose da escaldadura das folhas
por PCR. O seqüênciamento do produto de PCR revelou uma seqüência de 271
nucleotídeos que quando submetidas no GenBank gerou mais de 60 seqüências
correspondentes a Xanthomonas spp com elevado score e e-value próximo à
zero. A maior identidade (98,2%) foi observada para um isolado de X. albilineans
proveniente dos Estados Unidos.
Termo para indexação: Diagnose molecular, detecção, filogenia molecular
XIII
ABSTRACT
Sugarcane leaf scald disease by Xanthomonas albilineans is one of the
mainly diseases found at sugarcane. This bacteriose has a very difficult diagnose,
considering the difficulties of isolating the bacterium and the common confusions
between the symptoms decurrently of other biotic and abiotic factors. The aim of
this study is to develop a fast and accurate methodology to diagnose sugarcane
leaf scald disease, using a technique of PCR’s, to determine the incidence of
sugarcane leaf scald, and to molecularly characterize, trough sequencing the rDNA
ITS region (16S 23S), an isolated of X. albilineans. Different procedures for
obtain bacterial cells from stem and leaves for directly used in the PCR’s.
Subsequently, a sequencing of the amplified region by PCR was accomplished.
Xanthomonas albilineans was detected in various regions in the Alagoas state. The
bacterial cells from stem fragments in distilled water, was the best alternative for
diagnosis of sugarcane leaf scald disease. Sequencing of PCR products revealed
a fraction of 271 nucleotides which, when submitted to GenBank had generated
more than sixty representatives series of Xanthomonas spp with high scores end
e-value close to zero. The highest homologies (98,2%) was observed for one
isolated from X. albilineans from United States.
Index terms: Molecular diagnoses, detection, molecular filogeny.
1. INTRODUÇÃO
Até a década de 1970 a cultura da cana-de-açúcar desenvolveu-se em
diferentes regiões do Brasil, constituindo verdadeiros pólos açucareiros (MASUDA,
1980). Hoje o cultivo desta cultura constitui-se numa das principais atividades
econômicas do Brasil devido à produção de açúcar e do álcool, sendo o país
responsável por 25% da produção mundial (ALMEIDA et al., 2003). Em 2005, a
produção do País foi de 440 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 5,7%
superior à safra 2004, calculada pelo IBGE. Estima-se que mais de 5.9 milhões de
hectares sejam plantados em todo o Brasil, sendo 430 mil hectares no estado
de Alagoas. O cultivo da cana-de-açúcar é a principal atividade agrícola do Estado
e maior empregadora de mão-de-obra, sendo estimado em torno de 18 postos de
trabalho/ha o que significa aproximadamente 700 mil empregos diretos (CONAB,
2006).
Apesar de rústica, a cana-de-açúcar sofre a incidência de uma vasta gama
de patógenos que isoladamente ou em conjunto podem reduzir consideravelmente
sua produção. Dentre os agentes fitopatogênicos, as bactérias podem causar
sérias perdas devido à falta de métodos de identificação e controle eficientes. As
2
bactérias patogênicas da cana-de-açúcar incluem: Acidovorax avenae subsp.
avenae, Herbaspirillum rubrisubalbicans, Pantoea ananas, Pseudomonas syringae
pv. syringae, Xanthomonas axonopodis pv. vasculorum (syn X. campestris pv.
vasculorum tipo A), X. vasicola pv. vasculorum (syn. X. campestris pv. vasculorum
Tipo B), Xanthomonas albilineans e Leifsonia xyli subsp. xyli (BRADBURY, 1986;
RAHIMIAN, 1995; BALDANI et al., 1996; YOUNG et al., 1996; EVTUSHENKO et
al., 2000).
No Nordeste brasileiro, a escaldadura das folhas é uma das principais
doenças da cana-de-açúcar. O diagnóstico dessa doença é muito difícil em
conseqüência das dificuldades de isolamento da bactéria e pelo fato dos sintomas
serem confundidos com os sintomas decorrentes de outros fatores bióticos e
abióticos, como a incidência de fitoplasmas, estresse hídrico, fitotoxidez por
herbicidas, etc.
Métodos sorológicos e microscópicos foram desenvolvidos para
diagnosticar a escaldadura das folhas, mas apresentam várias desvantagens, pois
são eficientes quando a bactéria atinge altas concentrações, momento em que
a produção está comprometida e o patógeno disseminado para outras plantas
(HONEYCUTT et al., 1995). Esses métodos vêm sendo substituídos pelas
técnicas moleculares, principalmente pela PCR (reação da polimerase em cadeia),
que apresenta muitas vantagens em relação às técnicas convencionais. Sua
sensibilidade é muito alta, podendo detectar o patógeno em concentrações até
cem vezes menores que a concentração necessária para detecção por métodos
sorológicos. A velocidade do processamento das amostras também é outra
característica favorável da técnica de PCR. Adicionalmente, a diagnose mediante
PCR independe da fase de desenvolvimento da planta e de infecções por outros
patógenos ou de fatores ambientais.
Apesar dos avanços as metodologias de diagnósticos da escaldadura das
folhas por PCR, ainda depende do isolamento da bactéria e da extração de seu
DNA, assim o desenvolvimento de estratégias para o diagnóstico da escaldadura
das folhas da cana de maneira mais rápida e segura poderá prestar um grande
auxílio para o melhoramento visando resistência genética à doença, desenvolvido
3
tanto pela RIDESA como para outros programas de melhoramento da cana-de-
açúcar.
Esse trabalho teve como objetivos desenvolver uma metodologia rápida e
precisa para a diagnose da escaldadura das folhas da cana-de-açúcar e
caracterizar molecularmente um isolado de X. albilineans proveniente do estado
de Alagoas, mediante o seqüênciamento da região intergênica (ITS 16S-23S) do
rDNA.
4
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Histórico, Etiologia e Importância Econômica da Escaldadura das folhas
A escaldadura das folhas em cana-de-açúcar foi, primeiramente registrada
na Austrália em 1911 por North, mas fortes evidências indicam sua ocorrência nas
Ilhas Fiji em 1908 (DAVIS et al., 1997). A causa da doença foi descoberta,
independentemente, e descrita em 1920 por Wilbrink em Java e por North na
Austrália. Logo depois, a doença foi encontrada nas Filipinas, Mauricius e Hawaii.
Por volta de 1961, à escaldadura das folhas fôra relatada em 22 países produtores
de cana-de-açúcar e atualmente a sua ocorrência foi constatada em
praticamente todas as áreas produtoras. Em alguns países, a doença é um fator
limitante na produção de cana-de-açúcar e um dos principais focos do
melhoramento genético da cultura (DAVIS et al., 1997). A escaldadura das folhas
trata-se de uma bacteriose vascular, cujo agente causal, Xanthomonas albilineans,
é restrita ao xilema.
5
Segundo ARRUDA (1944) X. albilineans foi introduzida no Brasil em 1929,
com a importação do cultivar Badila, da Austrália. A primeira ocorrência dessa
doença no país foi feita em Piracicaba-SP e municípios vizinhos além de Campos,
no Rio de Janeiro.
Xanthomonas albilineans foi primeiramente nomeada como Bacterium
albilineans por ASHBY 1929
1
(apud MARTIN et al., 1961), posteriormente foi
proposto o gênero Phytomonas em lugar de Bacterium por ser, seguramente, uma
bactéria que causava doenças em plantas, e em decorrência da sintomatologia
ficou conhecida como Phytomonas albilineans (ASHBY) MANGROU.
Em uma nova reclassificação proposta por DOWSON (1943), o gênero
Xanthomonas foi criado e passou a incluir “...bactérias com pigmentação amarela,
apresentando único flagelo polar...”. Por possuir essas características, P.
albilineans foi reclassificada como Xanthomonas albilineans (ASHBY) DOWSON
(1943). Sua taxonomia atual é: filo Proteobacteria, ordem Xanthomodales, família
Xanthomonadaceae (BIRCH, 2001).
Xanthomonas albilineans é uma bactéria gram-negativa, não fastidiosa,
aeróbica, medindo 0,25-0,3 x 0,6-1,0 μm, possui um único flagelo polar, não é
redutora de nitrato, apresenta atividade da enzima catalase e não usa asparagina
como única fonte de carbono e nitrogênio (KIMATI et al., 2005; SCHAAD, 1988).
Segundo TOKESHI (1980), quando recentemente isolada, a bactéria é de
crescimento lento em meio de cultura, produzindo pequenas colônias amareladas,
brilhantes, convexas e de bordos lisos.
O meio de cultura mais recomendado para o crescimento de X. albilineans
é o de Wilbrink (WILBRINK, 1920
2
apud AKIBA, 1978), porém os resultados de
AKIBA (1978) com meio Wilbrink modificado (W-2) proporcionou melhores
resultados de crescimento com menor tempo de incubação do que os obtidos com
o meio original. NORTH, segundo KOIKE (1972), cita que perda de
patogenicidade quando a bactéria é cultivada in vitropor tempo prolongado. Em
meio Wilbrink líquido a 28ºC, a suspensão de X. albilineans com 60% de
transmitância no espectrofotômetro a 625 nm de comprimento de onda, equivale a
aproximadamente 8x10
8
células/mL (AKIBA, 1978). Outros meios também foram
1
ASHBY, S. F. The bacterium which causes gumming disease of sugarcanes with notes
on two other bacterial diseases of the same host. Trop. Agric. 6, 135-138. 1929.
6
utilizados para cultivo de X. albilineans obtendo resultados satisfatórios como, por
exemplo, o meio em caldo de cana (MONACO et al., 2004).
A temperatura ótima de crescimento desta bactéria é de 25 a 28ºC (KIMATI
et al, 2005). No entanto, o crescimento pode ocorrer a 37ºC (BREED et al.,
1957).
Durante o crescimento da bactéria, há produção de um polissacarídeo
chamado xantana. A xantana é obtida a partir de bactérias do gênero
Xanthomonas, que vivem em alimentos como o milho e a cana-de-açúcar e que,
durante sua nutrição, produzem essa goma. Esse polissacarídeo trata-se de uma
grande molécula que dá consistência e homogeneidade a produtos variados. Essa
molécula, atualmente, é utilizada nas indústrias de alimento e farmacêutica
(UNESP, 2005).
Além da cana-de-açúcar, outras espécies de gramíneas (Família Poaceae)
podem ser hospedeiros alternativos de X. albilineans. A infecção natural ocorre em
Zea mays, quando cresce perto de cana-de-açúcar infectada, como também
Brachiaria piligera, Imperata cylindrica, Panicum maximum, Paspalum spp.,
Pennisetum purpureum e Rottboellia cochinchinensis em regiões com cana-de-
açúcar (SORDI, 1986). As espécies do gênero Bambusa vulgaris, Coix lacryma-
Jobi, Cymbopogon citratus, Sorghum verticilliflorum e Thysanolaena máxima
também são susceptíveis quando inoculados artificialmente (ORIAN, 1942).
2.2 Sintomatologia da escaldadura das folhas
Os sintomas da escaldadura das folhas podem manifestar-se em três fases
distintas: a fase latente que é a que prevalece na maioria das variedades
comerciais, que apresentam tolerância convivendo com o patógeno sem
manifestar sintomas externos, a fase crônica caracteriza-se pelo aparecimento de
estrias finas, esbranquiçadas, nas folhas e bainhas; folhas eretas e enroladas com
seca das pontas e um abundante desenvolvimento de brotos laterais,
normalmente no sentido de baixo para cima. Apesar da bactéria ser restrita ao
xilema, os sintomas de clorose na fase crônica resultam em alterações nas células
7
do clorênquima (Figura 1). A fase aguda caracteriza-se pela repentina murcha e
morte das plantas afetadas, como se a planta tivesse sido escaldada com água
quente (daí o nome escaldadura). Internamente, quando se corta os colmos no
sentido longitudinal, pode-se observar descoloração vascular, de cor avermelhada,
principalmente na região dos nós. Os sintomas internos são mais visíveis em
colmos com sintomas da fase crônica, aparecendo nos colmos com sintomas da
fase aguda, somente nos casos em que há formação de brotos laterais (KIMATI et
al., 2005).
Figura 1 - Folhas de cana-de-açúcar com clorose e estria clorótica, sintomas típico da
escaldadura das folhas causada por Xanthomonas albilineans.
Estudos relatam que a clorose causada em plantas doentes tem origem no
bloqueio da diferenciação dos cloroplastos causado por uma fitotoxina. Este
composto é da família da albicidina, produzido no xilema por X. albilineans. A
fitotoxina inibe a replicação do DNA nos plastídeos, resultando no bloqueio da
diferenciação dos cloroplastos (BIRCH & PATIL, 1987).
A biossíntese de albicidina é altamente regulada em X. albilineans. Como
nos demais organismos produtores de antibióticos, a albicidina é acumulada
quando a cultura de X. albilineans se aproxima da fase estacionária, e não durante
a fase logarítmica. Esta é também muito sensível às condições de cultivo,
incluindo a composição do meio. A produção de albicidina é estimulada na
ausência de fosfato ou é fortemente inibida por vários aminoácidos que,
substancialmente, estimulam o crescimento do patógeno (ZHANG et al., 1998)
1
apud BIRCH (2001).
Clorose
Estria clorótica
FONTE: www.plantpathology.famu.edu
8
Segundo BIRCH & PATIL (1987), os mutantes de X. albilineans que não
produzem albicidinas também não são capazes de produzir sintomas cloróticos ou
de algum outro sintoma sistêmico em cana-de-açúcar inoculada. Isto indica que as
albicidinas são responsáveis pelos sintomas cloróticos em cana-de-açúcar e que
desempenham um papel importante na enfermidade (OCPI, 1998). Trabalhos
recentes vêm sendo feitos visando à obtenção de uma enzima de desintoxicação
de albicidina para seu emprego no tratamento de plantas infectadas com
escaldadura das folhas, como também obter a seqüência do DNA responsável
pela codificação dessa enzima para a produção de plantas transgênicas (OCPI,
1998).
2.3 Epidemiologia da escaldadura das folhas
A doença pode ser transmitida de várias formas, preferencialmente pelo
plantio de mudas e rebolos infectados e pelo instrumento de corte (MARTIN &
ROBINSON, 1961). AKIBA (1978) constatou que a bactéria pode ficar viável
nesses instrumentos por até 6 dias, podendo assim ocorrer à transmissão a longa
distância.
A latência desta bactéria na planta infectada é um fenômeno bastante
comum, isto é, apesar de infectada a planta não manifesta sintomas visíveis
(MASUDA, 1980). Segundo DESTÉFANO et al., (2002) isto dificulta o serviço de
quarentena, pois a planta apesar de estar infectada com a bactéria, não mostra
sintomas por longos períodos, podendo passar despercebida e ser liberada pelo
sistema de quarentenário. Este fenômeno explica o fato freqüentemente
observado em canaviais onde a doença causa prejuízos consideráveis em alguns
anos e outros não (MASUDA, 1980).
Estudos demonstram evidências que existem outros agentes envolvidos na
disseminação da bactéria. HUTCHINSON & ROBERTSON (1953) constataram a
1
ZHANG, L.;XU, L.& BIRCH, R. G. Factor affecting biosynthesis by Xanthomonas albilineans of
albicidin antibiotics and phytotoxins. J. Appl. Microb.. 85, 31023-1028. 1998.
__________________________
9
transmissão da bactéria no campo por intermédio de ratos, funcionando estes
como eficientes vetores. HUGHES (1969) admitiu que a água de lixiviação pode
carregar e transmitir a bactéria, mas falhou na comprovação. Na Austrália,
PERSLEY (1971, 1973) admite a sobrevivência da bactéria no solo por poucos
dias, relatando a ocorrência natural em outras gramíneas como parte do ciclo vital
do patógeno, naquelas condições, a disseminação em vários casos se deu por
algum agente desconhecido associado à alta pluviosidade e ventos fortes. DAVIS
et al., (1997), verificaram a disseminação da bactéria na forma de aerosóis na
Flórida.
Estudando a epidemiologia da doença em Queensland, PERSLEY (1973)
concluiu que o aparecimento de sintomas externos está condicionado ao “stress”
provocado pela temperatura e regime de água, e que o outono seco e o frio
antecipado do inverno favorecem tal manifestação durante o inverno rigoroso.
Segundo DANTAS (1958) e MARTIN & ROBINSON (1961), os sintomas podem
estar ligados também à própria resistência da planta, ou seja, cultivares
resistentes ou tolerantes podem conter células bacterianas em seus tecidos,
porém não evidenciam os sintomas da doença (portadores assintomáticos) sendo
por isso perigosas fontes de inóculo para cultivares suscetíveis.
2.4 Variabilidade genética de X. albilineans
DAVIS et al., (1997) conduziram um extensivo trabalho sobre a
variabilidade genética de 218 isolados de X. albilineans de 31 regiões geográficas
da Ásia e Américas do Norte e do Sul, utilizado digestão enzimática do DNA e
eletroforese em campo pulsado. Os autores demonstraram a existência de 54
haplótipos que formaram oito grupos, mas não houve correlação com a origem
geográfica dos isolados ou com as variedades em que as bactérias foram
isoladas. Além disso, evidências de reações diferenciais de variedades de cana-
de-açúcar foram observadas nas Ilhas Mauricius, sugerindo a existência de raças
do patógeno.
10
Baseando-se na utilização de anticorpos policlonais ROTT et al., (1994)
identificaram três sorotipos de X. albilineans. Posteriormente, com o uso de
anticorpos monoclonais, ALVAREZ et al., (1996) agruparam 38 isolados da
bactéria em três grupos, os quais por sua vez, puderam ser agrupados em oito
subgrupos. Essa divisão foi confirmada por estudos de RFLP conduzidos no
mesmo trabalho.
Essa grande variabilidade tem sido apontada como uma das principais
causas para o surgimento de epidemias da escaldadura das folhas em várias
áreas produtoras (AUTREY et al., 1989). Tem sido sugerido que as principais
causas para o aumento da variabilidade de X. albilineans são mutações,
recombinação genética e a entrada de cepas exóticas (DAVIS et al., 1997).
2.5 Diagnose da Escaldadura das folhas
A diagnose da escaldadura das folhas tem sido muito tempo estudada,
uma vez que o diagnóstico visual dos sintomas não é confiável devido à latência
que é relativamente comum quando a população de X. albilineans ainda é
pequena na planta (SORDI, 1986; BIRCH, 2001) e a inespecificidade dos
sintomas.
Nos primeiros trabalhos realizados com X. albilineans as dificuldades
começavam com as metodologias inadequadas de isolamento. DEAN (1974)
avançou muito nos estudos quando propôs o isolamento direto a partir das folhas
com sintomas. Este todo foi melhorado por AKIBA (1978) e modificado por
MASUDA & TOKESHI (1978), que denominaram de “isolamento por corrida de
bactéria”, que consiste em observar no microscópio estereoscópico, a exudação
da bactéria para gotas de água estéril, a partir de pequenas secções de folhas
com sintomas, transferindo-se o exudado para o meio de cultura adequado.
Meios de culturas seletivos também consistiam em um método de diagnose,
porém é um método lento, requerendo, no mínimo, oito dias para a formação de
colônias características do patógeno (PERSLEY, 1972).
11
O uso de plantas-testes também é um método de diagnose muito utilizado.
PERSLEY (1972) preconiza o milho doce como planta-teste a se detectar X.
albilineans e demonstrar sua patogenicidade, que neste caso não haveria o
risco da planta estar previamente infectada, pois não ocorre a transmissão por
semente.
Métodos sorológicos, como imunofluorescência, ELISA, “dot blot” e “tissue
blot” utilizando-se anticorpos policlonais têm se mostrado eficientes ferramentas
na detecção da bactéria, constatando inclusive infecções latentes (LÉOVILLE &
CÓLENO, 1976; AUTREY et al., 1989; COMSTOCK & IREY, 1992). Porém
RICAUD et al., (1977) demonstraram que a reação sorológica não conseguiu
detectar uma infecção latente, perdendo em precisão para inoculação do caldo em
plantas-testes. Mediante ELISA e dot-blot WANG et al., (1999) detectaram X.
albilineans em concentrações até um limite de 10
5
cel/mL no extrato vascular,
sendo um método insuficiente para infecções latentes.
Por sua vez, a tecnologia da reação de polimerase em cadeia (PCR)
causou uma verdadeira revolução na biologia tanto na pesquisa quanto nas áreas
envolvendo diagnósticos e melhoramento genético de plantas. Esta cnica é uma
das ferramentas mais úteis em biologia molecular, pois permite amplificar, “in
vitro”, milhões de vezes um fragmento específico de DNA. Este método de
diagnose tem se mostrado muito útil uma vez que tem sido utilizado na detecção
não de bactérias, mas de outros fitopatógenos (NAZAR et al., 1991
1
;
ROBERTSON et al., 1991
2
; HARRIS et al., 1990
3
apud BATISTA, 1993).
No caso da escaldadura das folhas, PAN et al., (1997; 1999) avaliaram
“primers” para a detecção da bactéria a partir de suspensões celulares obtidas de
culturas puras.
Uma das combinações de primers utilizadas mostrou-se altamente
específica, não produzindo produtos de amplificação quando outras Xanthomonas
spp, e outras bactérias patogênicas ou saprófitas da cana-de-açúcar foram
utilizadas nas PCR’s.
12
1
NAZAR, R. N.; HU, X.; SCHIMIDT, J.; CULHAM, D. & ROBB, J. Potencial use of PCR-amplified
ribossomal intergenic sequences in the detection and diferentiation of Verticillium wilt pathogens.
Physiol. Mol. Plant. Pathol. 39:1-11. 1991.
2
ROBERTSON, N. L.; FRENCH, R. & GRAY, S. M. Use of group-specific primers and the
polymerase chain reaction for the detection and identification of luteoviruses. J. Gen. Virol. 72:
1473-7. 1991.
3
HARRIS, T. S.; SANDALL, L. J. & POWERS, T. O. Identification of single Meloidogyne juveniles
by polymerase chain reaction amplification of mitochondrial DNA. J. Nematol. 22:518-24.1990.
Segundo COOTE (1990), a técnica de PCR apresenta muitas vantagens
nos casos de diagnose porque além de permitir uma rápida e fácil avaliação das
amostras ainda permite uma inspeção visual direta dos produtos amplificados não
havendo a necessidade de “Southern blotting”.
DESTÉFANO et al., (2002) desenvolveram uma metodologia baseada em
PCR-RFLP para diferenciação de espécies de Xanthomonas que infectam cana-
de-açúcar. A metodologia consiste na amplificação da região espaçadora entre as
subunidades 16S e 23S do DNA ribossomal, seguida da clivagem do produto de
PCR com as endonucleases Alu I, Hae III, Hpa II e Mbo I. Com esse procedimento
foi possível distinguir X. albilineans, X. campestris pv. vasculorum e X. sacchari.
JAFEERALLY-FAKIM et al., (2000) empregaram sondas específicas para
detecção de X. albilineans. Essas sondas foram identificadas após hibridização
subtrativa com o DNA de X. campestris pv. vasculorum.
13
3. METODOLOGIA
3.1 Local de execução dos trabalhos
Os trabalhos foram desenvolvidos no Laboratório de Fitopatologia do
Centro de Ciências Agrárias (CECA), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL),
no período de janeiro de 2004 a novembro de 2005.
14
3.2 Detecção de X. albilineans mediante técnica de PCR
Foram avaliados diferentes procedimentos visando à detecção de X.
albilineans em folhas e colmos de plantas de cana-de-açúcar sabidamente
infectadas (RB 9564). Inicialmente, a presença da bactéria foi avaliada nas folhas
+1 e +3 e no primeiro, segundo e último entrenó da variedade RB 9564
sabidamente infectados (Figura 2). O último entrenó foi definido como aquele onde
a folha +1 estava inserida e o primeiro entrenó aquele imediatamente acima do
solo.
Figura 2 - Esquema de uma planta de cana-de-açúcar mostrando os diferentes órgãos
submetidos à extração de células de Xanthomonas albilineans.
3.2.1 Obtenção de células de X. albilineans a partir de folhas
3.2.1.1 Procedimento 1
Folhas de cana-de-açúcar foram cortadas em pedaços pequenos, com o
auxílio de uma tesoura. Cerca de 100 mg de fragmentos foliares foram colocados
2º entrenó
1º entrenó
Último entre
Folha +3
Folha +1
15
em tubos de microcentrífuga de capacidade de 1,5 mL, ao quais foram
adicionados 500 μL de água destilada. Os tubos foram centrifugados durante 10
min a 10.000 rpm e o sobrenadante descartado. O pellet foi ressuspendido em 500
μL tampão fosfato de potássio a 0,1 M, pH 7,0. Posteriormente, as amostras foram
utilizadas (ou armazenadas a 40 ºC) nas PCR’s.
3.2.1.2 Procedimento 2
Num outro procedimento as folhas foram cortadas em pedaços pequenos
os quais foram colocados em béqueres contendo 15 mL de água destilada. O
beckers foram mantidos durante duas horas a 4 ºC a fim de que as bactérias
migrassem do tecido da planta para a água. Após esse período alíquotas de 1,5
mL das suspensões foram colocadas em tubos de microcentrífuga e centrifugadas
a 10.000 rpm durante 10 min. Decorrido esse tempo, o sobrenadante foi
descartado e o pellet ressuspendido conforme procedimento 1.
3.2.2 Obtenção de células de X. albilineans a partir de colmos
3.2.2.1 Procedimento 3
Colmos foram cortados em pedaços de aproximadamente 1,2 cm de
comprimento por 0,5 cm de largura e colocados em tubos de microcentrífuga de
500 μL dos quais o fundo foi devidamente removido com auxílio de uma tesoura.
Os tubos de 500 μL foram encaixados dentro de tubos de microcentrífuga de 1500
μL e centrifugados a 13000 rpm durante 10 min para que a seiva dos colmos fosse
coletada no tubo maior. Posteriormente, foi adicionado a essa suspensão tampão
fosfato de potássio a 0,1 M, pH 7,0 (500 μL) com o intuito de reduzir a
fermentação. As amostras foram imediatamente utilizadas nas reações de PCR’s.
3.2.2.2 Procedimento 4
16
No último procedimento testado, os colmos foram cortados em pequenos
pedaços e aproximadamente 4,7 g foram transferidos para béqueres de 50 mL
contendo 10 mL de água destilada. Os beckers foram mantidos a 4 ºC durante
duas horas. Após esse período foram retiradas alíquotas de 1,5 mL das
suspensões e colocadas em tubos de microcentrífuga de 1500 μL. As amostras
foram centrifugadas a 10000 rpm durante 10 minutos, o sobrenadante descartado
e o pellet ressuspendido em 500 L de tampão fosfato de potássio a 0,1 M, pH
7,0. As amostras foram utilizadas diretamente nas PCR’s ou armazenadas em
freezer (-20 ºC) até sua utilização.
3.3 Composição e ciclagem das PCR’s
Alíquotas de 1,0 μL das suspensões obtidas utilizando-se os procedimentos
1 a 4 (itens 3.2.1 e 3.2.2) foram diretamente empregadas nas reações de
amplificações. As reações foram preparadas para um volume final de 15 μL e suas
composições podem ser encontradas na Tabela 1.
Para avaliar a sensibilidade da metodologia de extração, todas as amostras
foram diluídas na proporção de 1:10 (v/v), as quais também foram utilizadas nas
PCR’s.
Foram utilizados os “primers” PGBL1 (5’-CTTTGGGTCTGTAGCTCAGG-3’)
e PGBL2 (5’-GCCTCAAGGTCATATTCAGC-3’) que direcionam, especificamente,
a amplificação de uma seqüência de 288 pb da região ITS (16S-23S) do DNA
ribossômico de X. albilineans (Figura 3) (PAN et al., 1999). Como controle positivo
das reações foram utilizadas suspensões preparadas a partir de colônias puras de
X. albilineans.
17
Figura 3 - Esquema da região ITS (Intergenic Transcribed Spacer) do DNA ribossomal de
Xanthomonas albilineans.
As amplificações foram efetuadas em termociclador Eppendorf modelo
Mastercycler Personal, programado para 94 ºC por 2 min para a lise das lulas
bacterianas seguido de 40 ciclos cada um constituído pela seguinte seqüência: 94
ºC por um min, 45 ºC por um min e 72 ºC por 30 s. Após os 40 ciclos, foi feita uma
etapa de extensão final de 2 min a 72 ºC e finalmente a temperatura foi reduzida a
4 ºC.
Após as amplificações, foram adicionados, em cada amostra, 1 μL de
uma mistura de azul de bromofenol (0,25%) e sacarose (40%) em água. Essas
amostras foram aplicados em gel de agarose (1,5%) e submersos em tampão TAE
(TRIS-Acetato-EDTA). Posteriormente essas amostras foram submetidas à
eletroforese (3V/cm) durante 2 horas. Ao término da corrida, os géis foram
corados com brometo de etídeo (5 ng/ml) por 45 min, em seguida visualizado sob
luz ultravioleta. O tamanho dos fragmentos amplificados foram estimados
mediante comparação com fragmentos de tamanhos conhecidos (1 kb Plus DNA
Ladder Invitrogen).
Tabela 1 - Composição das PCR’s utilizadas na detecção de Xanthomonas albilineans.
Componente
Volume ( L)
Concentração
Extrato
1,0
1-3 pg de DNA
dNTP’S
2,0
0,2 mM
MgCl
0,4
75 mM
10x
1,5
-
16S
23S
5S
288 pb
PGBL1
PGBL2
18
PGBL1
2,5
0,2 μM
PGBL2
2,5
0,2 μM
Taq DNA polimerase
0,3
1 U
H
2
O
4,8
-
TOTAL
15,0
-
3.4 Incidência de X. albilineans em variedades comerciais de cana-de-açúcar
no Estado de Alagoas
Visando avaliar a incidência de X. albilineans em Alagoas, plantas
apresentando sintomas sugestivos da doença e plantas aparentemente sadias
foram coletadas em diferentes localidades do estado: Usina Caeté (São Miguel
dos Campos), Usina Santa Clotilde (Rio Largo), Usina Santo Antônio (São Luiz do
Quitunde), Usina Sinimbú (Jequiá da Praia), Destilaria Paisa (Penedo) e Estação
de Floração e Cruzamento de Cana-de-Açúcar da Serra do Ouro (Murici).
Foram coletadas plantas de clones e variedades: RB 931011, RB 931530,
RB 931003, RB 94503, RB 961, RB 98701, RB 99701, RB 99702, RB 99710, RB
863129, RB 928064, RB 931611, RB 72454, RB 92579, RB 93509, RB 867515,
RB 855113, RB 813004, RB 9564, SP 79-1011, SP 83-2847, SP 81-3250, SP 71-
1406, SP 71-6949, VAT 90-212 e VAT 90-186.
Empregando-se o procedimento 4 (item 3.2.2.2) foram obtidas alíquotas de
seiva das plantas coletadas, as quais foram empregadas em PCR’s. As condições
e a ciclagem das PCR’s utilizadas nessa etapa foram às mesmas descritas no
item 3.2.2.
3.5 Seqüênciamento da região ITS (16S-23S) do rDNA do isolado de X.
albilineans
Com o objetivo de caracterizar molecularmente o isolado de X. albilineans.
realizou-se o seqüênciamento da região amplificada por PCR. Inicialmente
19
procedeu-se a purificação do produto da amplificação, utilizando-se o Kit GFX
PCR DNA e Gel Band Purification Kit. O produto de PCR foi quantificado em gel
de agarose 2% empregando-se o Low DNA Mass Ladder (Invitrogen) como
referência.
A reação para seqüênciamento foi efetuada num termociclador MJ
Research, modelo PTC 200, no Centro de Estudos do Genoma Humano, da
Universidade de São Paulo (USP). A composição da reação foi a seguinte:
produto de PCR 2 µL (25-30 ng), premix de seqüênciamento 4 µL, “primer” 5 µM
0,6 µL, água milliQ 3,4 µL, totalizando 10 µL. O fragmento foi seqüenciado de
ambas as extremidades, utilizando-se os “primers” PGBL1 e PGBL2,
separadamente, em um aparelho MegaBace 1000 (GE Healthcare).
3.6 Comparação da seqüência obtida com outras seqüências depositadas no
GenBank
A seqüência da região ITS (16S-23S) do rDNA de X. albilineans foi editada
e comparada com outras seqüências depositadas no GenBank
(http://www.ncbi.nlm.nih.gov), utilizando-se o programa Blastn.
3.7 Análise Filogenética
As seqüências depositadas no GenBank que apresentaram maiores
identidades com o isolado estudado foram salvas, no formato Fasta,
posteriormente comparadas utilizando-se o programa DNAMAN 4.0. Esse mesmo
programa foi utilizado na construção de uma árvore filogenética, com um
Bootstrap de 1000.
20
21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Detecção de X. albilineans mediante técnica de PCR
No presente trabalho foi possível detectar a bactéria X. albilineans a partir
da seiva obtida tanto de folhas quanto de colmo de cana-de-açúcar. A detecção foi
demonstrada por meio da amplificação de uma banda única e específica, com
cerca de 300 pb (Figura 4). Os “primers” utilizados na amplificação anelam na
região compreendida entre os genes que codificam para as subunidades 16S e
23S do RNA ribossomal (PAN et al., 1999). Tem sido demonstrado que tal região
é muito conservada para indivíduos da mesma espécie ou até de mesmos
patovares ou variedades e por isso tem sido preferencialmente utilizada nos
procedimentos de detecção de várias bactérias fitopatogênicas, como por
exemplo, X. axonopodis pv. phaseoli, X. axonopodis pv. phaseoli var. fuscans
(HALFELD -VIEIRA et al., 2001), Xylella fastidiosa (POLTRONIERI et al., 2005), X.
axonopodis pv. passiflorae (GONÇALVES & ROSATO 2002a), Clavibacter
michiganensis subsp. michiganensis (DREIER et al., 1995), entre outras.
Poucos estudos foram efetuados para a diagnose molecular da escaldadura
das folhas. PAN et al., (1997; 1999) avaliaram vários “primers”, concluindo que a
melhor combinação era proporcionada por PGBL1 e PGBL2 os “primers”
22
utilizados no presente estudo. No entanto, os autores realizaram a amplificação a
partir de células obtidas de culturas puras. Portanto, o presente trabalho é pioneiro
em realizar a detecção de X. albilineans a partir de seiva de plantas de cana-de-
açúcar.
O uso da seiva diretamente nas PCR, dispensando as etapas de isolamento
da bactéria e extração de DNA, torna o procedimento de diagnose mais rápido e
econômico permitindo inclusive a exploração comercial por parte de laboratórios
qualificados. Segundo HALFELD-VIEIRA et al., (2001) teste preliminares
mostraram que a supressão destas etapas não afetam a eficiência da reação. A
possibilidade de dispensar a etapa de extração de DNA foi possível em
decorrência do fato que o DNA de organismos procariotos não se encontram
compartimentalizado no núcleo nem complexado com proteínas formando
cromatina.
Figura 4 - Reações de amplificação a partir de plantas sabidamente infectadas (RB 9564). As
linhas de 1 a 3 e 17 a 19 correspondem às amostras do último entrenó (UE). As linhas 4 a 6 e 20 a
22 correspondem às amostras do primeiro entrenó (E1). As linha 7 a 9 e 23 a 25 correspondem às
amostras do segundo entrenó (E2). As linhas 10 a 12 e 26 a 28 correspondem às amostras da
folha +1 e as linhas 13 a 15 e 29 a 31 correspondem às amostras da folha +3. A linha 32
corresponde ao cont. positivo. A - amostras de seiva concentradas; B - amostras de seiva diluídas.
M 33 3435 36 37 38 39 40 41 4243 44 45 46
47
M 49 50 51 52 5354 55 56 57 58 59 6061 62
6364
C1
EECE2
F+
3
F+
1
E
C
C1
F+
3
C
2
F+
1
300
p
b
300
pb
M 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
M 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32
UE
E1
E2
F+3
F+1
UE
E1
F+3
E2
F+ 1
300
pb
b
300
pb
A
B
23
Uma outra vantagem desse procedimento experimental é sua alta
sensibilidade, tornando possível a detecção da bactéria mesmo em suspensões
muito diluídas. Segundo PAN et al., (1999), a sensibilidade dos “primers” PGBL1 e
PGBL2 é estimada em torno de 1 pg de DNA genômico de X. albilineans, o que
equivale a quatro células da bactéria por reação.
Melhores resultados nas PCR’s foram alcançados quando a seiva foi obtida
de colmos. Para amostras de folhas as amplificações foram observadas apenas
esporadicamente. A ausência de amplificação constatada na maioria das amostras
provenientes de folhas pode ser conseqüência da presença de substâncias que
inibem a ação da Taq DNA polimerase. Outra possibilidade seria uma menor
concentração de bactérias nesse órgão. Contudo, essa hipótese estaria em
desacordo com as observações de MARTIN & WISMER (1961) onde os autores
afirmaram que X. albilineans é encontrada mais comumente nas folhas e na
porção apical da planta. A possibilidade de detecção da bactéria a partir de
amostras de folhas seria extremamente vantajosa, pois são coletadas e
processadas mais facilmente que as amostras de colmos.
Adicionalmente foi verificado que o uso da força centrífuga para coletar a
seiva a partir de colmo ou de folhas é um procedimento que não proporciona bons
resultados, quando comparado à infusão de fragmentos desses órgãos em água.
Para explicar esses resultados sugere-se que possivelmente a força centrífuga
esteja promovendo não a saída da bactéria dos tecidos infectados, mas
também de várias substâncias indesejadas, principalmente polissacarídeos
(provenientes da planta ou da própria bactéria). Essas substâncias atuariam
inibindo a amplificação da seqüência alvo. De fato, vários autores têm
demonstrado a ação inibitória de carboidratos em PCR’s, podendo ser citados
FERREIRA & GRATTAPAGLIA (1995) e JAUFEERALLY-FAKIM & DOOKUN
(2000).
A imersão de fragmentos de colmos em água destilada por 2 horas mostrou
ser o método mais eficiente para a detecção de X. albilineans por PCR. Segundo
BIRCH (2001) e KIMATI et al (2005), essa bactéria apresenta flagelo polar
24
permitindo , assim, sua motilidade dentro do xilema possibilitando sua migração do
tecido da planta para a água sem que para isso haja solubilização de uma grande
quantidade de polissacarídeos provenientes da cana-de-açúcar e/ou da bactéria.
A diluição das amostras de seiva na proporção de 1:10, de um modo
geral, não influenciou os resultados das PCR’s, ressaltando a alta sensibilidade da
técnica. Dessa forma produtos de amplificação foram observados tanto nas
reações contendo alíquotas de seiva concentradas como nas respectivas
amostras de seiva diluída. As únicas exceções foram duas amostras do primeiro
entrenó. Para a amostra 1 do primeiro entrenó a amplificação foi verificada na
reação contendo seiva diluída, enquanto que para a amostra 3 do primeiro entrenó
a situação inversa foi verificada.
4.2 Incidência de X. albilineans no Estado de Alagoas
A bactéria X. albilineans foi constatada em amostras provenientes das usinas
Santo Antônio, Sinimbú e Caeté, bem como da Estação Experimental de
Florescimento e Cruzamentos da Serra do Ouro (Figura 5). Sua presença também
foi constatada em plantas assintomáticas, fato bastante preocupante, pois
favorece sua disseminação por meio da utilização de instrumentos de corte
(BIRCH, 2001).
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 M 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 M
Figura 5 - Produtos de amplificação obtidos com os primers PGBL1/PGBL2 para amostras de
cana-de-açúcar. A linha 1 corresponde à amostra da variedade VAT 90-212 proveniente da Usina
Caeté; as linhas 2 a 4 correspondem às amostras da Usina Sinimbú; as linhas 5 a 7 correspondem
às amostras do clone RB9564 da Serra do Ouro, as linhas 8 a 10 às amostras de VAT 90-212 da
Usina Santo Antônio e a linha 11 representa o controle negativo.
25
Foi verificado que a grande maioria das amostras da variedade VAT 90-212
encontravam-se infectadas com X. albilineans. A alta suscetibilidade dessa
variedade tem sido constatada nos canaviais alagoanos.
Os resultados obtidos no presente trabalho demonstram a viabilidade do
uso da técnica da PCR para diagnose da escaldadura das folhas a partir de seiva
obtida de colmos de plantas sintomáticas ou assintomáticas.
4.3 Determinação da seqüência da região ITS (16S-23S) do isolado de X.
albilineans do Estado de Alagoas
O seqüênciamento do produto de PCR gerado com a amplificação
direcionada pelos “primers” PGBL1/PGBL2 revelou um fragmento de 271
nucleotídeos (Figura 6). Essa é a única seqüência de X. albilineans proveniente da
região nordeste do Brasil a ser depositada no GenBank.
TGTAGAGCGCACCTGATAGGGCTGAGGTCGGTGGTTCGAGTCCTCCCAGACCCACCACTCT
GAATGTATCGCACACGAAGAATTTGAATGATTCGGCGCTGAGGCCGGGTCGTGTTCTTTAAT
AATTAGTGATGTAGCGAACGTTTGAGAACAATACTCTCGACGTGTCGTTGTGGCTAAGGCGG
GGACTTCGAGTCCCTAAAATTGAGTCGTTATAGTTCGCGTCCGGGCTTTGTACCCCTGGGCT
GAATATGACCTTGAGGCACGAATT
Figura 6 - Seqüência de nucleotídeos correspondente à região ITS (16S-23S) do DNA
ribossomal de Xanthomonas albilineans amplificada com a utilização dos primers
PGBL1/PGBL2.
A comparação dessa seqüência com outras seqüências depositadas no
GenBank revelou mais de 60 seqüências provenientes de Xanthomonas spp com
elevado score e e-value próximo à zero (Figuras 7).
26
Figura 7 - Seqüências depositadas no GenBank que apresentaram maiores Score e
menores e-value com o isolado de Xanthomonas albilineans proveniente do Estado de
Alagoas.
As maiores identidades foram observadas com outros dois isolados de X.
albilineans, um proveniente dos Estados Unidos (AF251154) e o outro do Brasil
(AF209751.1). Verificou-se também alta identidade do isolado LMG471 de X.
sacchari (90%) (Figura 8).
27
38xal2005
40Xa-LA
40ICMP196
40LMG471
Consensus
TGTAGAGCGCA..CCTGATAGGGCTGAGGTCGGTGGTTCG
GTTAGAGCGCACCCCTGATAAGGGTGAGGTCGGTGGTTCG
GTTAGAGCGCACCCCTGATAAGGGTGAGGTCGGTGGTTCG
GTTAGAGCGCACCCCTGATAAGGGTGAGGTCGGTGGTTCG
G
G
G
T
T
T
t
T
T
T
T
a
A
A
A
A
g
G
G
G
G
a
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c
C
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G
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T
T
g
G
G
G
G
g
G
G
G
G
t
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AGAATTTGAATGATTCGGCGCTGAGGCCGGGTCGTGTTCT
AGAATTTGAATGATTCGGCGCTGAGGCCGGGTCGTGTTCT
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158xal2005
160Xa-LA
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159LMG471
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TTAATAATTAGTGATGTAGCGAACGTTTGAGAACAATACT
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198xal2005
200Xa-LA
200ICMP196
198LMG471
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237Xa-LA
239ICMP196
235LMG471
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271xal2005
273Xa-LA
275ICMP196
270LMG471
Consensus
TACCCCTGGGCTGAATATGACCTTGAGGCACGAATT
TACCCCTGGGCTGAATATGACCTTGAGGCAACTTGA
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Figura 8 - Alinhamento das seqüências da região ITS 16S-23S do isolado de
Xanthomonas albilineans de Alagoas e de outros isolados relacionados. xal2005- X.
albilineans/AL; Xa-LA- X. albilineans/LA; ICMP196- X.albilineans/SP; LMG471- X.
sacchari.
A alta identidade entre o isolado de X. albilineans com um isolado de X.
sacchari observada nesse trabalho está em acordo com os dados de
DESTÉFANO et al., (2002), os quais durante uma análise de agrupamento
envolvendo vários de isolados de Xanthomonas spp constataram um estreito
relacionamento filogenético entre isolados de ambas as espécies.
A alta identidade da região seqüenciada do isolado de X. albilineans de
Alagoas com um isolado de X. sacchari seria um fato preocupante, pois isolados
28
dessa segunda espécie poderiam ser detectados por PCR através da utilização
dos primers PGBL1/PGBL2, contudo PAN et al., (1999) demonstraram que esses
“primers” são específicos para X. albilineans, não amplificando para as oito
linhagens de X. oryzae subsp. oryzae, duas linhagens de X. campestris, quatro
linhagens de X. campestris pv. translucens, três linhagens de X. fragariae, sete
bactérias saprófitas de cana-de-açúcar não identificadas e uma linhagem de
Leifsonia xyli subsp. xyli trabalhadas.
O alinhamento das seqüências correspondentes à região ITS (16S-23S) do
rDNA do isolado de Alagoas com os isolados mais relacionados encontra-se
representado na Figura 9. Corroborando as observações de vários pesquisadores,
constatou-se uma grande conservação da região considerada. As diferenças
podem ser atribuídas a substituições e/ou deleções/inserções de 1 ou 2
nucleotídeos (Figura 9), observações que estão de acordo com a pesquisa
desenvolvida por GONÇALVES & ROSATO (2002b).
X. albilineans/AL
X. albilineans/LA
X. albilineans/SP
X. sacchari
0.05
X. albilineans/AL
X. albilineans/LA
X. albilineans/SP
X. sacchari
0.05
Figura 9 - Árvore filogenética ilustrando o relacionamento do isolado de Xanthomonas
albilineans do Estado de Alagoas com outros isolados.
Comparações dois a dois realizadas entre o isolado caracterizado no
presente estudo e os isolados mais relacionados revelou identidades variando de
29
87,6 a 98,2% para a região estudada, conforme verificado na Tabela 2. Esses
valores são compatíveis com dados divulgados por outros autores.
Tabela 2 - Similaridades (%) da região ITS 16S-23S entre isolados de Xanthomonas
albilineans e de Xanthomonas sacchari.
Isolado
X. albilineans/LA*
X. albilineans/AL
X.albilineans/SP
X. sacchari
X.albilineans/LA
100
95,6
98,2
92,0
X.albilineans/AL
-
100
93,8
87,6
X. albilineans/SP
-
-
100
90,9
X. sacchari
-
-
-
100
* LA: Los Angeles (EUA)
Por exemplo, GONÇALVES & ROSATO (2002b) determinaram a seqüência
da região ITS de 17 espécies de Xanthomonas, constatando variações de 63 a
99%. Como esperado, por se tratar de uma espécie distinta, valores mais baixos
foram obtidos nas comparações envolvendo o isolado de X. sacchari.
Considerando o isolado de Alagoas verificou-se maior identidade (98,2%) com o
isolado ICMP de X. albilineans proveniente dos Estados Unidos (Tabela 2).
O relacionamento filogenético do isolado caracterizado com outros isolados
foi estimado utilizando-se o programa DNAMAN 4.0. Como observado na Figura
10 o isolado de Alagoas relaciona-se mais proximamente ao isolado de X.
albilineans proveniente de Los Angeles (EUA). Esse fato é de certa forma
surpreendente, pois seria esperado que esse isolado agrupasse com o isolado
brasileiro (São Paulo). Esse resultado sugere que o isolado de Alagoas pode ter
sido introduzido diretamente dos EUA, juntamente com material de plantio. A
situação inversa também não pode ser descartada. Essa prática apesar de
indesejável, é relativamente comum entre os agricultores brasileiros. No entanto,
faz-se necessário o seqüênciamento de isolados de outras regiões produtoras
para que essa hipótese possa ser comprovada. Conforme esperado, verificou-se
30
também que os isolados de X. albilineans formaram um ramo a parte na árvore,
sendo o outro ramo formado pelo isolado de X. sacchari. Baseando-se nessa
mesma região genômica GONÇALVES & ROSATO (2002b) elaboraram uma
árvore filogenética de 17 espécies de Xanthomonas, verificando o agrupamento de
X. albilineans num ramo próximo ao ramo ocupado por X. sacchari, uma vez mais
ilustrando o estreito relacionamento entre essas espécies.
31
5. CONCLUSÕES
A bactéria Xanthomonas albilineans encontra-se amplamente disseminada
no Estado de Alagoas;
A supressão da etapa de extração de DNA da bactéria não interfere na
PCR para detecção de X. albilineans.
O emprego da técnica de PCR, utilizando-se a seiva obtida por infusão de
fragmentos do colmo em água destilada demonstrou-se eficiente na detecção de
X. albilineans, mesmo em plantas assintomáticas;
A diluição da seiva utilizada nas PCR’s não interfere na qualidade das
amplificações;
O isolado de X. albilineans caracterizado no presente estudo foi mais
relacionado a um isolado proveniente de Los Angeles (EUA).
32
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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