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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
CICLIZAÇÃO INTRAMOLECULAR DE
ALQUINILANISÓIS: SÍNTESE E REATIVIDADE DE
BENZO[b]FURANOS DISSUBSTITUÍDOS
___________________
Tese de Doutorado
FLÁVIA MANARIN
PPGQ
Santa Maria, RS, Brasil
2010
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CICLIZAÇÃO INTRAMOLECULAR DE
ALQUINILANISÓIS: SÍNTESE E REATIVIDADE DE
BENZO[b]FURANOS DISSUBSTITUÍDOS
Por
FLÁVIA MANARIN
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Química, Área de Concentração em Química Orgânica, na
Universidade Federal de Santa Maria (RS), como requisito parcial
para a obtenção do grau de Doutor em Química
PPGQ
Santa Maria, RS, Brasil
2010
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
A COMISSÃO EXAMINADORA ABAIXO ASSINADA, APROVA A TESE
CICLIZAÇÃO INTRAMOLECULAR DE ALQUINILANISÓIS: SÍNTESE E
REATIVIDADE DE BENZO[b]FURANOS DISSUBSTITUÍDOS
ELABORADA POR:
Flávia Manarin
COMO REQUISITO PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR
EM QUÍMICA
COMISSÃO EXAMINADORA:
Prof. Dr. Gilson Zeni – Orientador – UFSM
Prof. Dr. Leandro Helgueira Andrade- USP
Prof. Dr. Cláudio da Cruz Silveira- UFSM
Prof. Dr. Tales Leandro Martins – UNIPAMPA
Prof. Dr. Davi Fernando Back- UFSM
Santa Maria, 05 de Julho de 2010
iv
A minha mãe e grande heroína, pessoa fundamental
em minha vida que nunca mediu esforços para me
proporcionar uma educação de qualidade e uma vida
feliz. Saiba que sempre me espelharei em ti, pois é
um exemplo de mãe, amiga e mulher. Este trabalho é
dedicado a você.
v
Ao Prof. Gilson Zeni, meus sinceros agradecimentos
pela orientação desde o mestrado. Fica aqui expressa
a minha gratidão, respeito e admiração por ti, enquanto pesquisador e pessoa.Saiba
que nesses anos de convívio aprendi muito contigo, não só de Química, mas de
lições de vida, aprendi a identificar e admirar as virtudes do ser humano, e talvez a
maior de todas, a bondade incondicional, apoio, proteção e a sensibilidade nos
momentos difíceis. Ès um exemplo de uma grande pessoa, que tem um coração
muito grande, sempre disposto a acolher.
vi
A Prof
a
. Cristina Nogueira, meus agradecimentos
pelas conversas que sempre agregaram ensinamentos para se levar pra vida, és um
grande exemplo a ser seguido. Obrigada pelo apoio, compreenção e sensibilidade
nos momentos difíceis.
vii
.
Às minhas grandes amigas Carol, Daniela e Rafaela,sem vocês eu nada seria
capaz. Sempre atentas, carinhosas e companheiras em todos os momentos. Todas
as minhas conquistas e melhoras eu devo a vocês também.
viii
AGRADECIMENTOS
Aos antigos: Rodrigo, Jesus, Diego, Angélica, Olga, Patrícia, Joel, e atuais:
Alisson, Anderson, Neto, Juliano, André Stein, Ricardo Schumacher, Benhur,
Caroline, Daniela, Adriane, Rafaela, Felipe, colegas, amigos e irmãos de
Laboratório, deixo o meu muito obrigado pela amizade, paciência, parceria, conversa
e apoio em todos os momentos.
Ao Juliano e Rafaela meu agradecimento mais que especial pelos muitos
anos de parceria na bancada, pessoas fundamentais no desenvolvimento deste
trabalho, serão sempre meus Babys.
Aos amigos Diego, Dalila e Pablo pela amizade sincera, apoio e parceria
nesses anos, vocês são fundamentais na minha vida.
Aos colegas do laboratório da Prof. Cristina, desde os primeiros tempos de
Pós-Graduação, pela amizade, companheirismo, cervejadas, coloborações e
convivência diária como “vizinhos de porta, em especial a Marina e Cristiane.
Aos amigos do Laboratório do Prof. Braga, antigos e novos, pela amizade,
companheirismo, buscas por olivas e saudáveis discussões no decorrer dos anos.
Aos professores e funcionários do curso de Pós-graduação em Química pela
colaboração e atenção prontamente dispensadas durante a realização deste
trabalho.
Aos funcionários, Ademir e Valéria pela amizade e trabalho eficiente frente à
Coordenação do PPGQ.
Às agencias financiadoras FAPERGS, CNPq e CAPES, pelas bolsas e
auxílios concedidos.
ix
“A mente que se abre a uma nova idéia
jamais voltará ao seu tamanho
original”.
Albert Einstein
x
RESUMO
Título: Ciclização Intramolecular de Alquinilanisóis: Síntese e Reatividade de
Benzo[b]furanos Dissubstituídos
Autor: Flávia Manarin
Orientador: Prof. Dr. Gilson Zeni
No presente trabalho, uma série de 2-calcogenoalquinilanisóis 4 foi preparado
através de reações de acoplamento do tipo Sonogashira, seguido de reação de
retro-Favorski e funcionalização da tripla terminal com n-BuLi e espécies eletrofílicas
de calcogênio. Posteriormente o substrato 4 foi submetido a ciclização intramolecular
eletrofílica, empregando-se eletrófilos de iodo, bromo e selênio. Essa metodologia
permitiu a obtenção de derivados de benzo[b]furanos funcionalizados nas posições 2
e 3 do anel heteroaromático 5, fornecendo os respectivos produtos em rendimentos
de moderados a excelentes.
E
+
, CH
2
Cl
2,
t.a.
YR = SePh, SeBu, SMe, SPh; R
1
= H, Me, OMe, F;
R
1
= H, Me, OMe, F;
E
+
= I
2,
ICl, Br
2,
PhSeBr
50-95%
4
OMe
YR
O
E
YR
5
R
1
R
1
Com o intuito de avaliar a versatilidade dos 3-iodo-2-calcogeno-
benzo[b]furanos 5, como precursores heterocíclicos, empregou-se estes frente a
reações de acoplamento cruzado catalisadas por sais de Cu e Pd.
xi
O
I
YR
5
CuI(10mol%); Et
3
N
dioxano;refluxo
12h
ArSH
CuI(10mol%); DMSO
Bipiridina (10mol%)
(ArSe)
2
110
o
C, 24h
ArZnCl
Pd(PPh
3
)
4
10mol%
THF, t.a.; 2h
Pd(PPh
3
)
4
(2%), K
2
CO
3
/H
2
O
DMF, 100
o
C
ArB(OH)
2
O
SAr
YR
O
SeAr
YR
O
Ar
YR
O
Ar
YR
6
74-75%
7
50-60%
8
61-70%
9
57-95%
Adicionalmente, desenvolveu-se uma nova metodologia de ciclização entre 2-
alquinilanisóis 10 e dicalcogenetos de diorganoíla promovida por tricloreto de ferro,
resultando em uma série de 2-aril-3-calcogenoil-benzo[b]furanos 11 em rendimentos
moderados a bons.
OMe
Ar
R
R
1
Y)
2
FeCl
3,
CH
2
Cl
2
45
o
C
O
YR
1
Ar
10
11
36-90%
R
R= H, Me, F;
Ar= C
6
H
5
, m-CF
3
(C
6
H
4
), p-Me(C
6
H
4
)
Subsequentemente, com o intuito de estudar a aplicação dos 2-aril-3-
calcogenoil-benzo[b]furanos 11 obtidos, realizou-se a reação de troca SePh-lítio do
composto 3-selenofenil-2-aril-benzo[b]furano 11, o qual gerou o intermediário 3-lítio-
2-aril-benzo[b]furano, que foi capturado com diferentes aldeídos, obtendo-se como
xii
produtos uma série de álcoois secundários derivados de benzo[b]furanos 12 em
bons rendimentos.
O
HR
1
-78 °C t.a.
1h
O
SePh
Ph
11
n-BuLi
THF
-78 °C, 10 min
O
R
Li
Ph
R
O
R
Ph
R
1
12
R= H, Me, F;
R
1
= alquila, arila
HO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Tese de Doutorado
Santa Maria, 05 de Julho de 2010
xiii
ABSTRACT
Title: Intramolecular Cyclization of Alkynylanisoles: Synthesis and Reactivity of
Disubstituted Benzo[b]furans
Author: Flávia Manarin
Academic Advisor: Prof. Dr. Gilson Zeni
In this work, a range of 2-chalcogenalkynylanisoles 4 was prepared by
Sonogashira cross-coupling reaction, followed by retro-Favorskii and functionalization
of triple bond with chalcogen electrophilic agents, after that cyclized with iodine,
bromine or selenium electrophiles. This methodology allowed the preparation of
benzo[b]furans derivatives substituted in the 2 and 3 position in the heterocycle 5,
furnishing the corresponding products in moderate to excellent yields.
E
+
, solvent
r.t
YR = SePh, SeBu, SCH
3
, SPh; R
1
= H, Me, OMe, F;
R
1
= H, Me, OMe, F;
E
+
= I
2,
ICl, Br
2,
PhSeBr
50-95%
4
OMe
YR
O
E
YR
5
R
1
R
1
The reactivity of 3-iodo-2-chalcogen-benzo[b]furans 5 obtained by cyclization
reaction, was tested in a variety of cross-coupling reactions catalyzed by copper and
palladium salts.
xiv
O
I
YR
5
CuI(10mol%); Et
3
N
dioxane;reflux
12h
ArSH
CuI(10mol%); DMSO
Bipyridine (10mol%)
(ArSe)
2
110
o
C, 24h
ArZnCl
Pd(PPh
3
)
4
10mol%
THF, r.t.; 2h
Pd(PPh
3
)
4
(2%), K
2
CO
3
/H
2
O
DMF, 100
o
C
ArB(OH)
2
O
SAr
YR
O
SeAr
YR
O
Ar
YR
O
Ar
YR
6
74-75%
7
50-60%
8
61-70%
9
57-95%
Additionaly, we developed a new cyclization methodology between 2-
alkynylanisoles 10 and diorganoyldichalcogenides promoted by iron trichloride,
furnishing a variety of 2-aryl-3-chalcogenoyl-benzo[b]furans 11 in moderate to good
yields.
OMe
Ar
R
R
1
Y)
2
FeCl
3,
CH
2
Cl
2
45
o
C
O
YR
1
Ar
10
11
36-90%
R
R= H, Me, F;
Ar= C
6
H
5
, m-CF
3
(C
6
H
4
), p-Me(C
6
H
4
)
After that, the obtained 3-phenylselanyl-2-aryl-benzo[b]furan 11 was readily
transformed into more complex products using a SePh-lithium exchange reaction and
trapping the formed intermediate 3-lithium-2-aryl-benzo[b]furan with aldehydes,
giving the desired secondary alcohols 12 in good yields.
xv
O
HR
1
-78 °C r.t.
1h
O
SePh
Ph
11
n-BuLi
THF
-78 °C, 10 min
O
R
Li
Ph
R
O
R
Ph
R
1
12
R= H, Me, F;
R
1
= alkyl, aryl
R
2
= aryl
HO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Ph.D. Thesis in Chemistry
Santa Maria, 05 July 2010
xvi
ÍNDICE
Agradecimentos ..................................................................................................
iv
Resumo ...............................................................................................................
x
Abstract ...............................................................................................................
xiii
Lista de Tabelas ..................................................................................................
xix
Lista de Figuras ...................................................................................................
xx
Lista de Siglas, Abreviaturas e Símbolos ............................................................
xxv
Introdução e Objetivos ........................................................................................
01
Capítulo 1: Revisão da Literatura .................................................................... 08
1.1. Compostos Heterocíclicos e Heteroaromáticos............................................
09
1.2. Síntese de Benzo[b]furanos via Ciclização 5-Endo-Dig ...............................
11
1.2.1. Ciclização Eletrofílica com por Agentes Halogenados ......................
11
1.2.2. Ciclização Promovida por Metais de Transição ................................
18
1.3. Síntese de Benzo[b]furanos via Ciclização 5-Exo-Dig..................................
24
1.4. Ciclização Promovida por Tricloreto de Ferro ..............................................
28
Capítulo 2: Apresentação e Discussão dos Resultados ............................... 34
2.1. Reações de Ciclização Eletrofílica de 2-calcogenoalquinilanisol..................
35
2.2. Aplicação dos 3-iodo-2-calcogeno-benzo[b]furanos em Reações de
Acoplamento Catalisadas por Sais de Cobre e Paládio.......................................
49
2.2.1. Reações de Acoplamento Cruzado com Tióis Catalisada por CuI....
49
2.2.2. Reações de Acoplamento com Dicalcogenetos de Diorganoíla e
Haletos Arílicos Catalisadas por CuI/Bipiridina............................................
50
2.2.3. Reações de Acoplamento do Tipo Negishi Catalisada por Paládio...
51
2.2.4. Aplicação dos derivados de Benzo[b]furanos em Reações de
Acoplamento do Tipo Suzuki: Síntese de 3-aril-2-(tiometil)-
Benzo[b]furanos...........................................................................................
52
2.3. Tricloreto de Ferro e Dicalcogenetos de Diorganoíla Promovendo a
Ciclização de 2-alquinilanisol: Síntese de 3-calcogeno-
Benzo[b]furano.............................................................................................
63
2.4. Aplicação dos Derivados de 3-selenofenil-2-aril-benzo[b]furanos em
xvii
Reações de Troca SePh-Li..................................................................................
74
Considerações Finais........................................................................................... 78
Capítulo 3: Parte Experimental ........................................................................ 80
3.1. Materiais e Métodos .....................................................................................
81
3.1.1. Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear ......................... 81
3.1.2. Espectrometria de Massas.................................................................. 81
3.1.3. Rota-evaporadores .............................................................................
81
3.1.4. Solventes e Reagentes ...................................................................... 82
3.2. Procedimentos Experimentais ......................................................................
83
3.2.1. Preparação do Pd(PPh
3
)
4
.................................................................. 83
3.2.2. Preparação do PdCl
2
(PPh
3
)
2
............................................................... 83
3.2.3. Preparação do PdCl
2
(PhCN)
2
............................................................ 84
3.2.4. Preparação do Pd(acac)
2
.................................................................... 84
3.2.5.Procedimento geral para preparação dos derivados de 2-
alquinilcalcogenoanisóis 4a-c, 4g e 4i-l........................................................
84
3.2.6. Procedimento para a preparação de 2-calcogenoalquinilanisóis 4d
e 4h..............................................................................................................
88
3.2.7. Procedimento geral para a preparação de 2-calcogenoalquinilanisol
4e.................................................................................................................
89
3.2.8. Procedimento geral para a preparação de 2-calcogenoalquinilanisol
4f..................................................................................................................
90
3.2.9. Procedimento Geral para Iodociclizações..........................................
90
3.2.10. Procedimento Geral para ciclizações com PhSeBr..........................
94
3.2.11. Procedimento Geral para bromociclização...................................... 96
3.2.12. Procedimento Geral para a Reação de Acoplamento entre
Benzofurano 5a e Tióis Catalisada por CuI…………………………………...
97
3.2.13. Procedimento Geral para a Reação de Acoplamento Cruzado
entre 5f e Disselenetos de Diarila Catalisado por CuI/Bipiridina……………
98
3.2.14. Procedimento Geral para a Reação de Negishi Catalisada por
Paládio entre 5j e Zincatos……………………………………………………...
99
3.2.15. Procedimento Geral para a Reação de Suzuki entre 3-
halobenzofuranos e Àcidos Borônicos………………………………………...
100
xviii
3.2.16. Procedimento Geral para a Preparação dos Alquinilanisóis via
Acoplamento de Sonogashira……………………………...............................
105
3.2.17. Procedimento Geral para a Ciclização Promovida por FeCl
3
de
Alquinilanisóis e Dicalcogenetos de Diorganoíla……………………………..
107
3.2.18. Procedimento Geral para a Reação do Intermediário 2-fenil-3-
litiobenzo[b]furano com Aldeídos……………………………………………....
115
Referências Bibliográficas ............................................................................ 119
Capítulo 4: Espectros Selecionados ............................................................ 131
xix
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Síntese dos 2-calcogenoalquinilanisóis 4a-l..............................
38
Tabela 2 - Efeito das Condições Reacionais sob a Reação de Ciclização
do composto 4a com E
+
............................................................
41
Tabela 3 - Reações de ciclização de 2-calcogenoalquinilanisóis 4a-l com
diferentes eletrófilos..................................................................
42
Tabela 4 - Estudo dos Catalisadores de Paládio na Reação de
Acoplamento..............................................................................
53
Tabela 5 - Estudo dos Efeitos de Base e Solvente sob a Reação de
Acoplamento..............................................................................
54
Tabela 6 - Acoplamento com Diversos Ácidos Borônicos e Derivados de
3-iodo-2-(tiometil)-benzo[b]furanos...........................................
56
Tabela 7 - Influência das Condições na Reação FeCl
3
/PhSeSePh e
10a.............................................................................................
64
Tabela 8 -
Síntese dos Derivados de 3-calcogeno-benzo[b]furanos via
Ciclização Promovida por FeCl
3
/R
2
YYR
2
..................................
66
Tabela 9-
Reações do intermediário 3-litio-2aril-benzo[b]furano com
eletrófilos....................................................................................
75
xx
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Estrutura geral do AZT 13......................................................... 02
Figura 2 - Estrutura da Amiodarona 14..................................................... 04
Figura 3 - Estruturas contendo unidade heterocíclica............................... 09
Figura 4 - Exemplos de calcogenofenos................................................... 10
Figura 5 -
Benzo[b]furanos em produtos naturais ....................................
12
Figura 6 - Precursor do Vibsanol............................................................... 21
Figura 7 -
Estrutura Geral dos Benzo[b]furanos........................................
36
Figura 8 - Espectro de RMN
1
H do composto 4a em CDCl
3
a 200 MHz 132
Figura 9 - Espectro de RMN
13
C do composto 4a em CDCl
3
a 100 MHz 132
Figura 10 - Espectro de RMN
1
H do composto 4b em CDCl
3
a 400 MHz 133
Figura 11 - Espectro de RMN
13
C do composto 4b em CDCl
3
a 100 MHz 133
Figura 12 - Espectro de RMN
1
H do composto 4c em CDCl
3
a 400 MHz 134
Figura 13 - Espectro de RMN
13
C do composto 4c em CDCl
3
a 100 MHz 134
Figura 14 - Espectro de RMN
1
H do composto 4d em CDCl
3
a 400 MHz 135
Figura 15 - Espectro de RMN
13
C do composto 4d em CDCl
3
a 100 MHz 135
Figura 16 - Espectro de RMN
1
H do composto 4e em CDCl
3
a 400 MHz 136
Figura 17 - Espectro de RMN
13
C do composto 4e em CDCl
3
a 100 MHz 136
Figura 18 - Espectro de RMN
1
H do composto 4f em CDCl
3
a 400 MHz 137
Figura 19 - Espectro de RMN
13
C do composto 4f em CDCl
3
a 100 MHz 137
Figura 20 - Espectro de RMN
1
H do composto 4g em CDCl
3
a 400 MHz 138
Figura 21 - Espectro de RMN
13
C do composto 4g em CDCl
3
a 100 MHz 138
Figura 22 - Espectro de RMN
1
H do composto 4h em CDCl
3
a 200 MHz 139
Figura 23 - Espectro de RMN
13
C do composto 4h em CDCl
3
a 50 MHz 139
Figura 24 - Espectro de RMN
1
H do composto 4i em CDCl
3
a 400 MHz 140
Figura 25 - Espectro de RMN
13
C do composto 4i em CDCl
3
a 100 MHz 140
Figura 26 - Espectro de RMN
1
H do composto 4j em CDCl
3
a 400 MHz 141
Figura 27 - Espectro de RMN
13
C do composto 4j em CDCl
3
a 100 MHz 141
Figura 28 - Espectro de RMN
1
H do composto 4k em CDCl
3
a 400 MHz 142
Figura 29 - Espectro de RMN
13
C do composto 4k em CDCl
3
a 100 MHz 142
Figura 30 - Espectro de RMN
1
H do composto 4l em CDCl
3
a 400 MHz
143
xxi
Figura 31 - Espectro de RMN
13
C do composto 4l em CDCl
3
a 100 MHz 143
Figura 32 - Espectro de RMN
1
H do composto 5a em CDCl
3
a 400 MHz 144
Figura 33 - Espectro de RMN
13
C do composto 5a em CDCl
3
a 100 MHz 144
Figura 34 - Espectro de RMN
1
H do composto 5b em CDCl
3
a 400 MHz 145
Figura 35 - Espectro de RMN
13
C do composto 5b em CDCl
3
a 100 MHz 145
Figura 36 - Espectro de RMN
1
H do composto 5c em CDCl
3
a 400 MHz 146
Figura 37 - Espectro de RMN
13
C do composto 5c em CDCl
3
a 100 MHz 146
Figura 38 - Espectro de RMN
1
H do composto 5d em CDCl
3
a 400 MHz 147
Figura 39 - Espectro de RMN
13
C do composto 5d em CDCl
3
a 100 MHz 147
Figura 40 - Espectro de RMN
1
H do composto 5e em CDCl
3
a 400 MHz 148
Figura 41 - Espectro de RMN
13
C do composto 5e em CDCl
3
a 100 MHz 148
Figura 42 - Espectro de RMN
1
H do composto 5f em CDCl
3
a 400 MHz 149
Figura 43 - Espectro de RMN
13
C do composto 5f em CDCl
3
a 100 MHz 149
Figura 44 - Espectro de RMN
1
H do composto 5g em CDCl
3
a 400 MHz 150
Figura 45 - Espectro de RMN
13
C do composto 5g em CDCl
3
a 100 MHz 150
Figura 46 - Espectro de RMN
1
H do composto 5h em CDCl
3
a 400 MHz 151
Figura 47 - Espectro de RMN
13
C do composto 5h em CDCl
3
a 100 MHz 151
Figura 48 - Espectro de RMN
1
H do composto 5i em CDCl
3
a 400 MHz 152
Figura 49 - Espectro de RMN
13
C do composto 5i em CDCl
3
a 100 MHz 152
Figura 50 - Espectro de RMN
1
H do composto 5j em CDCl
3
a 400 MHz 153
Figura 51 - Espectro de RMN
13
C do composto 5j em CDCl
3
a 100 MHz 153
Figura 52 - Espectro de RMN
1
H do composto 5k em CDCl
3
a 400 MHz 154
Figura 53 - Espectro de RMN
13
C do composto 5k em CDCl
3
a 100 MHz 154
Figura 54 - Espectro de RMN
1
H do composto 5l em CDCl
3
a 400 MHz 155
Figura 55 - Espectro de RMN
13
C do composto 5l em CDCl
3
a 100 MHz 155
Figura 56 - Espectro de RMN
1
H do composto 5n em CDCl
3
a 400 MHz 156
Figura 57 - Espectro de RMN
13
C do composto 5n em CDCl
3
a 100 MHz 156
Figura 58 - Espectro de RMN
1
H do composto 5o em CDCl
3
a 400 MHz 157
Figura 59 - Espectro de RMN
13
C do composto 5o em CDCl
3
a 100 MHz 157
Figura 60 - Espectro de RMN
1
H do composto 5p em CDCl
3
a 400 MHz 158
Figura 61 - Espectro de RMN
13
C do composto 5p em CDCl
3
a 100 MHz 158
Figura 62 - Espectro de RMN
1
H do composto 5q em CDCl
3
a 400 MHz 159
Figura 63 - Espectro de RMN
13
C do composto 5q em CDCl
3
a 100 MHz 159
xxii
Figura 64 - Espectro de RMN
1
H do composto 5r em CDCl
3
a 400 MHz 160
Figura 65 - Espectro de RMN
13
C do composto 5r em CDCl
3
a 100 MHz 160
Figura 66 - Espectro de RMN
1
H do composto 6b em CDCl
3
a 400 MHz 161
Figura 67 - Espectro de RMN
13
C do composto 6b em CDCl
3
a 100 MHz 161
Figura 68 - Espectro de RMN
1
H do composto 7b em CDCl
3
a 400 MHz 162
Figura 69 - Espectro de RMN
13
C do composto 7b em CDCl
3
a 100 MHz 162
Figura 70 - Espectro de RMN
1
H do composto 8a em CDCl
3
a 200 MHz 163
Figura 71 - Espectro de RMN
13
C do composto 8a em CDCl
3
a 50 MHz 163
Figura 72 - Espectro de RMN
1
H do composto 8b em CDCl
3
a 400 MHz 164
Figura 73 - Espectro de RMN
13
C do composto 8b em CDCl
3
a 100 MHz 164
Figura 74 - Espectro de RMN
1
H do composto 9a em CDCl
3
a 400 MHz 165
Figura 75 - Espectro de RMN
13
C do composto 9a em CDCl
3
a 100 MHz 165
Figura 76 - Espectro de RMN
1
H do composto 9b em CDCl
3
a 400 MHz 166
Figura 77 - Espectro de RMN
13
C do composto 9b em CDCl
3
a 100 MHz 166
Figura 78 - Espectro de RMN
1
H do composto 9e em CDCl
3
a 400 MHz 167
Figura 79 - Espectro de RMN
13
C do composto 9e em CDCl
3
a 100 MHz 167
Figura 80 - Espectro de RMN
1
H do composto 9f em CDCl
3
a 400 MHz 168
Figura 81 - Espectro de RMN
13
C do composto 9f em CDCl
3
a 100 MHz 168
Figura 82 - Espectro de RMN
1
H do composto 9g em CDCl
3
a 400 MHz 169
Figura 83 - Espectro de RMN
13
C do composto 9g em CDCl
3
a 100 MHz 169
Figura 84 - Espectro de RMN
1
H do composto 9h em CDCl
3
a 400 MHz 170
Figura 85 - Espectro de RMN
13
C do composto 9h em CDCl
3
a 100 MHz 170
Figura 86 - Espectro de RMN
1
H do composto 9i em CDCl
3
a 400 MHz 171
Figura 87 - Espectro de RMN
13
C do composto 9i em CDCl
3
a 100 MHz 171
Figura 88 - Espectro de RMN
1
H do composto 9o em CDCl
3
a 400 MHz 172
Figura 89 - Espectro de RMN
13
C do composto 9o em CDCl
3
a 100 MHz 172
Figura 90 - Espectro de RMN
1
H do composto 9p em CDCl
3
a 400 MHz 173
Figura 91 - Espectro de RMN
13
C do composto 9p em CDCl
3
a 100 MHz 173
Figura 92 - Espectro de RMN
1
H do composto 9x em CDCl
3
a 400 MHz 174
Figura 93 - Espectro de RMN
13
C do composto 9x em CDCl
3
a 100 MHz 174
Figura 94 - Espectro de RMN
1
H do composto 10a em CDCl
3
a 400 MHz 175
Figura 95 - Espectro de RMN
13
C do composto 10a em CDCl
3
a 100 MHz
175
Figura 96 - Espectro de RMN
1
H do composto 10b em CDCl
3
a 400 MHz 176
xxiii
Figura 97 - Espectro de RMN
13
C do composto 10b em CDCl
3
a 100 MHz
176
Figura 98 - Espectro de RMN
1
H do composto 10c em CDCl
3
a 400 MHz 177
Figura 99 - Espectro de RMN
13
C do composto 10c em CDCl
3
a 100 MHz
177
Figura 100 - Espectro de RMN
1
H do composto 10d em CDCl
3
a 400 MHz 178
Figura 101 - Espectro de RMN
13
C do composto 10d em CDCl
3
a 100 MHz
178
Figura 102 - Espectro de RMN
1
H do composto 10e em CDCl
3
a 400 MHz 179
Figura 103 - Espectro de RMN
13
C do composto 10e em CDCl
3
a 100 MHz
179
Figura 104 - Espectro de RMN
1
H do composto 11a em CDCl
3
a 400 MHz 180
Figura 105 - Espectro de RMN
13
C do composto 11a em CDCl
3
a 100 MHz
180
Figura 106 - Espectro de RMN
77
Se do composto 11a em CDCl
3
a 400
MHz
181
Figura 107 - Espectro de RMN
1
H do composto 11b em CDCl
3
a 400 MHz 182
Figura 108 - Espectro de RMN
13
C do composto 11b em CDCl
3
a 100 MHz
182
Figura 109 - Espectro de RMN
1
H do composto 11c em CDCl
3
a 400 MHz 183
Figura 110 - Espectro de RMN
13
C do composto 11c em CDCl
3
a 100 MHz
183
Figura 111 - Espectro de RMN
1
H do composto 11d em CDCl
3
a 400 MHz 184
Figura 112 - Espectro de RMN
13
C do composto 11d em CDCl
3
a 100
MHz
184
Figura 113 - Espectro de RMN
1
H do composto 11e em CDCl
3
a 400 MHz 185
Figura 114 - Espectro de RMN
13
C do composto 11e em CDCl
3
a 100 MHz
185
Figura 11
5
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11f em CDCl
3
a 400 MHz 186
Figura 116
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11f em CDCl
3
a 100 MHz 186
Figura 11
7
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11g em CDCl
3
a 400 MHz 187
Figura 11
8
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11g em CDCl
3
a 100 MHz
187
Figura 11
9
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11h em CDCl
3
a 400 MHz 188
Figura 1
20
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11h em CDCl
3
a 100 MHz
188
Figura 1
1
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11i em CDCl
3
a 400 MHz 189
Figura 1
22
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11i em CDCl
3
a 100 MHz 189
Figura 1
23
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11j em CDCl
3
a 400 MHz 190
Figura 124
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11j em CDCl
3
a 100 MHz 190
Figura 12
5
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11k em CDCl
3
a 400 MHz 191
Figura 12
6
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11k em CDCl
3
a 100 MHz
191
Figura 12
7
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11l em CDCl
3
a 400 MHz 192
xxiv
Figura 12
8
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11l em CDCl
3
a 100 MHz 192
Figura 12
9
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11m em CDCl
3
a 400 MHz 193
Fi
gura 1
30
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11m em CDCl
3
a 100
MHz
193
Figura 1
1
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11n em CDCl
3
a 400 MHz 194
Figura 1
2
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11n em CDCl
3
a 100 MHz
194
Figura 1
3
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11o em CDCl
3
a 400 MHz 195
Figura 1
4
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11o em CDCl
3
a 100 MHz
195
Figura 1
5
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11p em CDCl
3
a 400 MHz 196
Figura 1
6
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11p em CDCl
3
a 100 MHz
196
Figura 1
7
-
Espectro de RMN
1
H do composto 11q em CDCl
3
a 400 MHz 197
Figura 1
8
-
Espectro de RMN
13
C do composto 11q em CDCl
3
a 100 MHz
197
Figura 1
9
-
Espectro de RMN
1
H do composto 12a em CDCl
3
a 400 MHz 198
Figura 1
40
-
Espectro de RMN
13
C do composto 12a em CDCl
3
a 100 MHz
198
Figura 1
1
-
Espectro de RMN
1
H do composto 12b em CDCl
3
a 400 MHz 199
Figura 1
2
-
Espectro de RMN
13
C do composto 12b em CDCl
3
a 100 MHz
199
Figura 1
3
-
Espectro de RMN
1
H do composto 12c em CDCl
3
a 400 MHz 200
Figura 1
4
-
Espectro de RMN
13
C do composto 12c em CDCl
3
a 100 MHz
200
Figura 1
5
-
Espectro de RMN
1
H do composto 12d em CDCl
3
a 400 MHz 201
Figura 1
6
-
Espectro de RMN
13
C do composto 12d em CDCl
3
a 100 MHz
201
Figura 1
7
-
Espectro de RMN
1
H do composto 12e em CDCl
3
a 400 MHz 202
Figura 1
8
-
Espectro de RMN
13
C do composto 12e em CDCl
3
a 100 MHz
202
Figura 1
9
-
Espectro de RMN
1
H do composto 12f em CDCl
3
a 400 MHz 203
Figura 1
50
-
Espectro de RMN
13
C do composto 12f em CDCl
3
a 100 MHz 203
Figura 1
1
-
Espectro de RMN
1
H do composto 12g em CDCl
3
a 400 MHz 204
Figura 1
2
-
Espectro de RMN
13
C do composto 12g em CDCl
3
a 100 MHz
204
Figura 15
3
-
Espectro de RMN
1
H do composto 12h em CDCl
3
a 400 MHz 205
Figura 15
4
-
Espectro de RMN
13
C do composto 12h em CDCl
3
a 100 MHz
205
xxv
LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
°C - Graus Celsius
1,10-fen - 1,10-fenantrolina
acac - acetilacetonato
COD- 1,5-ciclooctadieno
Ar - Arila
DME - 1,2-Dimetoxietano
DCE- Dicloroetano
DMF - N,N-Dimetilformamida
DMSO - Dimetil sulfóxido
MeCN- Acetonitrila
TEA- Trietilamina
PPTS- p-toluenosulfonato piridíneo
BF
3
.OEt
2
- Borotrifluoreterato de dietila
n-Bu
4
NI- Iodeto de tetrabutil amônio
NBS - N-bromosuccinimida
NIS - N-iodosuccinimida
Ph - Fenila
RMN
13
C - Ressonância Magnética Nuclear de Carbono Treze
RMN
1
H - Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio
t. a. - Temperatura Ambiente
Th - Tienila
THF - Tetraidrofurano
TMS - Trimetilsilano
I(coll)
2
PF
6-
bis (2,4,6-colidina) iodônio hexafluorfosfato
Introdução e Objetivos
Introdução e Objetivos
2
Muitos processos que sustentam a vida no planeta possuem a participação
indispensável de compostos heterocíclicos, os quais estão distribuídos em grande
número na natureza.
De maneira geral, a importância dos compostos heterocíclicos de origem
sintéticos vêm crescendo exponencialmente, apresentando enormes aplicações
farmacêuticas, agroquímicas, entre outras. Um dado interessante é que 85% dos
fármacos disponíveis na medicina moderna são de origem sintética. Destes, 62%
são heterocíclicos, sendo que 91% contém nitrogênio, 24% enxofre e 16,5%
oxigênio em seu núcleo base.
1
Um fato que vem reforçar a importância crescente dos compostos
heterocíclicos é a notoriedade da aplicação de alguns representantes no combate
a doenças.
A Zidovudina (Figura 1), mais conhecida como AZT 13, sem dúvida
nenhuma é um dos mais conhecidos anti-HIV, o qual ilustra exemplarmente as
afirmações anteriores.
O
HO
N NH
O
O
N
3
CH
3
Figura 1. Estrutura do AZT 13
Em uma abordagem mais comercial, as doenças tropicais, parasitárias,
viróticas ou provocadas por protozoários tornaram-se um grande alvo econômico
do ponto de vista industrial. Atualmente, as indústrias procuram metodologias de
baixo custo e que possam fornecer os produtos em bons rendimentos, e em
poucas etapas de reação.
Paralelamente à pesquisa de caráter industrial, os institutos de pesquisa e
pesquisas acadêmicas, têm desenvolvido estudos na busca de alternativas
1
Barreiro, E. J.; Fraga, C. A. F. Química Medicinal: As Bases Moleculares de ação de Fármacos,
Artemed Editora, Porto Alegre, RS, 2001, 53.
Introdução e Objetivos
3
biotecnológicas ou químicas para suprir a demanda de drogas que desempenham
com eficácia o combate a sintomas e agentes transmissores das doenças da era
moderna.
Com base na importância crescente da área de síntese de compostos
heterocíclicos, um grande número de reações vêm sendo desenvolvidas, e a
preparação de novos compostos tem sido objeto de estudos intensos de vários
grupos de pesquisa ao redor do mundo.
Nesse contexto, reações de ciclização eletrofílica de compostos
insaturados, tornaram-se uma metodologia versátil para a síntese de unidades
heterocíclicas.
2
Importantes compostos heterocíclicos, tais como, indóis,
2a-b
benzo[b]furanos,
2c-d
benzo[b]tiofenos,
2e-f
benzo[b]selenofenos,
2g
tiofenos,
2h
furanos,
2i
pirróis,
2j
entre outros,
2k-v
podem ser sintetizados utilizando-se este
protocolo.
Dentre estas inúmeras classes de compostos heterocíclicos que vêm
sendo preparadas, os compostos heterociclos contendo enxofre, selênio e telúrio
surgem como uma importante alternativa, que estimula testes bioquímicos ou
farmacológicos. A incorporação do átomo de selênio em moléculas orgânicas
permite a preparação de inúmeros compostos, com propriedades já reconhecidas.
Adicionalmente, compostos orgânicos de selênio têm atraído considerável
atenção em síntese orgânica devido a sua utilidade em um extraordinário número
2
(a) Barluenga, J.; Trincado, M.; Rubio, E.; Gonzalez, J. M. Angew. Chem. Int. Ed. 2003, 42, 2406.
(b) Yue, D.; Yao, T.; Larock, R. C. J. Org.Chem. 2006, 71, 62. (c) Yue, D.; Yao, T.; Larock, R. C. J.
Org.Chem. 2005, 70, 10292. (d) Arcadi, A.; Cacchi, S.; Fabrizi, G.; Marinelli, F.; Moro, L. Synlett
1999, 1432. (e) Yue, D.; Larock, R. C. J. Org. Chem. 2002, 67, 1905. (f) Hessian, K. O.; Flynn, B.
L. Org. Lett. 2003, 5, 4377. (g) Kesharwani, T.; Worlikar, S. A.; Larock, R. C. J. Org. Chem. 2006,
71, 2307. (h) Flynn, B. L.; Flynn, G. P.; Hamel, E.; Jung, M. K. Bioorg. Med. Chem. Lett. 2001, 11,
2341. (i) Sniady, A.; Wheeler, K. A.; Dembinski, R. Org. Lett. 2005, 7, 1769. (j) Knight, D. W.;
Redfern, A. L.; Gilmore, J. J. Chem. Soc., Perkin Trans. 1 2002, 622. (k) Huang, Q.; Hunter, J. A.;
Larock, R. C. J. Org. Chem. 2002, 67, 3437. (l) Yao, T.; Larock, R. C. J. Org. Chem. 2003, 68,
5936. (m) Yue, D.; Della Ca, N.; Larock, R. C. Org. Lett. 2004, 6, 1581. (n) Yao, T.; Larock, R. C. J.
Org. Chem. 2005, 70, 1432. (o) Yao, T.; Campo, M. A.; Larock, R. C. J. Org. Chem. 2005, 70,
3511. (p) Zhou, C.; Dubrovsky, A. V.; Larock, R. C. J. Org. Chem. 2006, 71, 1626. (q) Waldo, J. P.;
Larock, R. C. Org. Lett. 2005, 7, 5203. (r) Arcadi, A.; Cacchi, S.; Giuseppe, S. D.; Fabrizi, G.;
Marinelli, F. Org. Lett. 2002, 4, 2409. (s) Dabdoub, M. J.; Dabdoub, V. B.; Pereira, M. A. J. Org.
Chem. 1996, 61, 9503. (t) Bellina, F.; Biagetti, M.; Carpita, A.; Rossi, R. Tetrahedron 2001, 57,
2857. (u) Peng, A.; Ding, Y. J. Am. Chem. Soc. 2003, 125, 15006. (v) Djuardi, E.; McNelis, E.
Tetrahedron Lett. 1999, 40, 7193.
Introdução e Objetivos
4
de reações,
3
incluindo a formação de novas ligações carbono-carbono,
4
bem
como por apresentarem propriedades toxicológicas e farmacológicas.
5
Os derivados de benzo[b]furanos são de grande importância, pois
apresentam destacadas atividades biológicas, como por exemplo, a amiodarona
14 (Figura 2).
6
Este derivado de benzo[b]furano é uma droga utilizada
clinicamente no controle da arritmia cardíaca.
O
I
I
O
N
O
Figura 2. Amiodarona 14
Sendo assim, devido ao grande interesse de nosso grupo de pesquisa na
síntese, reatividade,
7
avaliação toxicológica e farmacológica de
3
(a) Organoselenium Chemistry. Em Topics in Current Chemistry 208; Wirth, T., Ed.; Springer-
Verlag: Heidelberg, 2000. (b) Krief, A. Em Comprehensive Organometallic Chemistry II; Abel, E. V.;
Stone, F. G. A.; Wilkinson, G., Eds.; Pergamon Press: New York, 1995; Vol. 11, Chapter 13. (c)
Paulmier, C. Selenium Reagents and Intermediates in Organic Synthesis; Em Organic Chemistry
Series 4; Baldwin, J. E., Ed.; Pergamon Press: Oxford, 1986. (d) Sharpless, K. B.; Young, M. W.;
Lauer, R. F. Tetrahedron Lett. 1973, 22, 1979. (e) Reich, H. J. J. Org. Chem. 1975, 40, 2570. (f)
Sharpless, K. B.; Lauer, R. F. J. Am. Chem. Soc. 1972, 94, 7154. (g) Sevrin, M.; Vanende, D.;
Krief, A. Tetrahedron Lett. 1976, 30, 2643. (h) Sevrin, M.; Dumont, W.; Hevesi, L. D.; Krief, A.
Tetrahedron Lett. 1976, 30, 2647. (i) Seebach, D.; Peleties, N. Chem. Ber. 1972, 105, 511. (j)
Seebach, D.; Beck, A. K. Angew. Chem. Int. Ed. Engl. 1974, 13, 806. (k) Reich, H. J.; Shah, S. K.
J. Am. Chem. Soc. 1975, 97, 3250.
4
Silveira, C. C.; Braga, A. L.; Vieira, A. S.; Zeni, G. J. Org. Chem. 2003, 68, 662.
5
(a) Parnham, M. J.; Graf, E. Prog. Drug. Res. 1991, 36, 9. (b) Mugesh, G.; du Mont, W. W.; Sies,
H. Chem. Rev. 2001, 101, 2125. (c) Nogueira, C. W.; Zeni, G.; Rocha, J. B. T. Chem. Rev. 2004,
104, 6255.
6
Lu, B.; Wang, B.; Zhang, Y.; Ma, D. J. Org. Chem. 2007, 72, 5337.
7
(a) Zeni, G.; Nogueira, C. W.; Panatieri, R. B.; Silva, D. O.; Menezes, P. H.; Braga, A. L.; Silveira,
C. C.; Stefani, H. A.; Rocha, J. B. T. Tetrahedron Lett. 2001, 42, 7921. (b) Zeni, G.; Ludtke, D. S.;
Nogueira, C. W.; Panatieri, R. B.; Braga, A. L.; Silveira, C. C.; Stefani, H. A.; Rocha, J. B. T.
Tetrahedron Lett. 2001, 42, 8927. (c) Zeni, G.; Nogueira, C. W.; Silva, D. O.; Menezes, P. H.;
Stefani, H. A.; Rocha, J. B. T. Tetrahedron Lett. 2003, 44, 1387. (d) Zeni, G.; Silva, D. O.;
Menezes, P. H.; Stefani, H. A.; Rocha, J. B. T. Tetrahedron Lett. 2003, 44, 685. (e) Barros, O. S.
R.; Favero, A.; Nogueira, C. W.; Menezes, P. H.; Zeni, G. Tetrahedron Lett. 2006, 47, 2179. (f)
Panatieri, R. B.; Reis, J. S.; Borges, L. P.; Nogueira, C. W.; Zeni, G. Synlett 2006, 3161. (g)
Prediger, P.; Moro, A. V.; Nogueira, C. W.; Savegnago, L.; Rocha, J. B. T.; Zeni, G. J. Org. Chem.
2006, 71, 3786. (h) Barros, O. S. R.; Nogueira, C. W.; Stangherlin, E. C.; Menezes, P. H.; Zeni, G.
J. Org. Chem. 2006, 71, 1552. (i) Zeni, G. Tetrahedron Lett. 2005, 46, 2647.
Introdução e Objetivos
5
organocalcogênios,
5c, 8
planejou-se o desenvolvimento de uma nova metodologia
de obtenção de derivados de benzo[b]furanos, funcionalizados nas posições 2 e 3
do anel heteroaromático 5, via reações de ciclização eletrofílica de 2-
calcogenoalquinilanisóis 4 (Esquema 1).
E
+
, solvente
t.a
YR = SePh, SeBu, SCH
3
, SPh; R
1
= H, Me, OMe, F;
R
1
= H, Me, OMe, F;
E
+
= I
2,
ICl, Br
2,
PhSeBr
4
OMe
YR
O
E
YR
5
R
1
R
1
Esquema 1
Estes derivados de halobenzo[b]furanos, uma vez obtidos, do ponto de
vista sintético, tornam-se compostos potenciais para a síntese de benzo[b]furanos
dissubstituídos. Desta forma, reações de acoplamento catalisadas por sais de
Cobre e Paládio, possuem grande importância em química orgânica sintética,
particularmente por serem uma ferramenta versátil para formação de novas
ligações carbono-carbono.
9
carbono-enxofre,
10
carbono-selênio.
11
Adicionalmente,
o desenvolvimento de metodologias sintéticas para a preparação de derivados de
8
(a) Savegnago, L.; Jesse, C. R.; Pinto, L. G.; Rocha, J. B. T.; Nogueira, C. W. Brain Res. 2007,
1175, 54. (b) Luchese, C.; Brandão, R.; Oliveira, R.; Nogueira, C. W.; Santos, F. W. Toxicology
Lett. 2007, 173, 181. (c) Savegnago, L.; Pinto, L. G.; Jesse, C. R.; Rocha, J. B. T.; Nogueira, C.
W.; Zeni, G. Brain Res. 2007, 1162, 32. (d) Borges, V. C.; Dadalt, G.; Savegnago, L.; Moro, A. V.;
Rocha, J. B. T.; Nogueira, C. W. Toxicology in Vitro 2007, 21, 387. (e) Luchese, C.; Stangherlin, E.
C.; Ardais, A. P.; Nogueira, C. W.; Santos, F. W. Toxicology 2007, 230, 189. (f) Savegnago, L.;
Pinto, L. G.; Jesse, C. R.; Alves, D.; Rocha, J. B. T.; Nogueira, C. W.; Zeni, G. Eur. J. Pharmacol
2007, 555, 129. (g) Savegnago, L.; Borges, V. C.; Alves, D.; Jesse, C. R.; Rocha, J. B. T.;
Nogueira, C. W. Life Sci. 2006, 79, 1546. (h) Stangherlin, E. C.; Favero, A. M.; Zeni, G.; Rocha, J.
B. T.; Nogueira, C. W. Brain Res. Bull. 2006, 69, 311.
9
(a) Bailey, W. F.; Patricia, J. J. J. Organomet. Chem. 1988, 352, 1. (b) Knochel, P.; Dohle, W.;
Gommerman, N.; Kneisel, F. F.; Kopp, F.; Korn, T.; Sapountzis, I.; Vu, V. A. Angew. Chem., Int.
Ed. Engl. 2003, 42, 4302. (c) Parham, W. E.; Bradsher, C. K. Acc. Chem. Res. 1982, 15, 300. (d)
Rogers, H. R.; Houk, J. J. Am. Chem. Soc. 1982, 104, 522. (e) Rieke, R. D.; Lee, J.; Velarde-Ortiz,
R.; Guijarro, A.; Wurst, J. R. J. Org. Chem. 2000, 65, 5428. (f) Slocum, D. W.; Carroll, A.; Dietzel,
P.; Eilerman, S.; Culver, J. P.; McClure, B.; Brown, S.; Holman, R. W. Tetrahedron Lett. 2006, 47,
865. (g) Oshima, K.; Inoue, A.; Kitagawa, K.; Shinokubo, H. J. Org. Chem. 2001, 66, 4333.
10
Manarin, F.; Roehrs, J. A.; Wilhelm, E. A. Zeni, G. Eur. J. Org. Chem. 2008, 4460.
11
(a) Taniguchi, N.; J. Org. Chem. 2007, 72, 1241. (b) Taniguchi, N.; Onami, T.; J. Org. Chem.
2004, 69, 915.
Introdução e Objetivos
6
heterociclos funcionalizados nas posições 2 e 3 do anel heteroaromático, tem
atraído grande atenção da comunidade científica (Esquema 2).
O
I
YR
5
ArSH
(ArSe)
2
ArZnCl
ArB(OH)
2
O
SAr
YR
O
SeAr
YR
O
Ar
YR
O
Ar
YR
6
7
8
9
CuI
CuI
Pd(PPh
3
)
4
Pd(PPh
3
)
4
Esquema 2
Particularmente, nos últimos anos tem se observado um significativo
aumento na procura de novas metodologias que agreguem baixo custo,
condições brandas e benignas ao meio ambiente. Neste contexto, os sais de ferro
aparecem como versáteis alternativas aos metais convencionais. Considerando
esses aspectos pretende-se desenvolver o processo de ciclização de 2-
alquinilanisóis 10, promovida por tricloreto de ferro e dicalcogenetos de
diorganoíla (Esquema 3).
Introdução e Objetivos
7
OMe
Ar
R
R
1
Y)
2
FeCl
3,
CH
2
Cl
2
O
YR
1
Ar
10
11
R
R= H, Me, F;
Ar= C
6
H
5
, m-CF
3
(C
6
H
4
), p-Me(C
6
H
4
)
Esquema 3
Com a finalidade de avaliar a reatividade dos produtos ciclizados obtidos,
será investigada a aplicação dos 3-calcogeno-2-aril-benzo[b]furanos 11 obtidos
via ciclização promovida por FeCl
3
/R
1
YYR
1
, na reação de troca SePh-Li, afim de
promover a formação da ligação carbono-carbono, o intermediário litiado será
capturado por uma série de espécies eletrofílicas (Esquema 4).
O
HR
1
O
SePh
Ph
11
n-BuLi
THF
O
R
Li
Ph
R
O
R
Ph
R
1
12
R= H, Me, F;
R
1
= alquila, arila
HO
Esquema 4
De modo a situar o leitor, a presente tese está dividida da seguinte forma:
no Capítulo 1 será feita uma revisão da literatura, abordando as principais
metodologias de ciclização para a obtenção de benzo[b]furanos via processo 5-
endo-dig e 5-exo-dig. No Capítulo 2 serão apresentados e discutidos os
resultados obtidos durante a realização do trabalho; no Capítulo 3, serão descritos
os procedimentos experimentais e, no Capítulo 4, apresentar-se-ão os espectros
dos compostos obtidos.
Capítulo 1
Revisão da Literatura
Revisão da Literatura
REVISÃO DE LITERATURA
1.1 COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS E HETEROAROMÁTICOS
Vários compostos heterocíclicos são encontrados em estruturas de
produtos naturais como o isoflavonóide 16,
12
e em fármacos mundialmente
consumidos que apresentam atividades farmacológicas diversificadas, tais como,
inibição do HIV (AZT 13),
1
herbicida 15,
13
antinflamatória e analgésica (dipirona
17)
1
e vasodilatação 18
12
(Figura 3).
O
HO
N NH
O
O
N
3
CH
3
N
N
N Me
SO
3
-
Na
+
Me
Me
O
Dipirona
AZT 13
O
HN
N
N
N
NH
2
Cl
2-benzofuranometanamina 15
O
HO
OH
O
erypoegina H 16
17
O
N
N
N
hemisuccinato 18
Figura 3. Estruturas contendo unidade heterocíclica
Os compostos heterocíclicos apresentam uma nomenclatura bastante
complexa, devido à diversidade estrutural. A nomenclatura recomendada por
Hantzsch-Widman, estabelece hierarquias de prioridades: tais como tipo de
heteroátomos, tamanho do anel, tipos de moléculas: monocíclica com um único
12
Fürstner, A.; Heilmann, E. K.; Davies, P. W. Angew. Chem. Int. Ed. 2007, 46, 4760.
13
Luca, L.; Nieddu, G.; Porcheddu, A.; Giacomelli, G. Curr. Med. Chem. 2009, 16, 1.
Revisão da Literatura
10
tipo de heteroátomo, monocíclicas com dois tipos de heteroátomos, bicíclicas com
dois anéis, moléculas policíclicas, entre outras peculiaridades estruturais.
14
Sistemas heterocíclicos estão divididos em quatro grupos distintos, sendo
eles, heterocicloalcanos, heterocicloalquenos, heteroanulenos e
heteroaromáticos. Compostos heteroaromáticos seguem a regra de Hückel, onde
possuem (4n + 2) elétrons π deslocalizados ao longo do anel heterocíclico. O
mais importante grupo destes compostos possui aromaticidade semelhante à do
benzeno, sendo esta classe também chamada de heteroarenos. Os compostos
mais importantes desta classe são o furano, tiofeno, pirrol, piridina e íons pirílio,
sendo a reatividade e estabilidade desta classe de compostos comparada à do
benzeno.
Heterocíclos aromáticos de cinco membros contendo átomos de calcogênio
pertencem à classe de substâncias denominada genericamente de
calcogenofenos, sendo que o mais simples deles é o furano. Também estão
inclusos nesta classe o tiofeno, selenofeno e telurofeno (Figura 4). Ainda estão
nesta classe os benzo derivados de calcogenofenos, sendo mais comumente
encontrados os benzo[b]furanos e benzo[b]tiofenos.
O S TeSe
O
O S Se Te
S Se Te
Furano Tiofeno Selenofeno Telurofeno
Benzo[b]furano
Benzo[c]furano
Benzo[c]tiofeno Benzo[c]selenofeno Benzo[c]telurofeno
Benzo[b]tiofeno Benzo[b]selenofeno Benzo[b]telurofeno
Figura 4. Exemplos de calcogenofenos
14
(a) Katritzky, A. R.; Pozharskii, A. F. Em Handbook of Heterocyclic Chemistry, Second Edition;
Pergamon: Oxford 2000. (b) Eicher, T.; Hauptmann, S. Em The Chemistry of Heterocycles, Second
Edition; Wiley-VCH 2003.
Revisão da Literatura
11
1.2 SÍNTESE DE BENZO[b]FURANOS VIA CICLIZAÇÃO 5-ENDO-DIG
1.2.1 CICLIZAÇÃO ELETROFÍLICA COM AGENTES HALOGENADOS
O núcleo benzo[b]furano apresenta-se como um grupo altamente atrativo
dentre a classe dos heterociclos, devido a sua existência em um grande número
de estruturas de compostos biologicamente ativos, bem como em estruturas
pertencentes a produtos naturais. Seus derivados destacam-se por exibir
atividades farmacológicas diversificadas, tais como, inibidores da formação das
fibrilas β amilóides,
15
anticâncer,
16
antiinflamatório,
17
antioxidante,
18
entre outras.
Entre os benzofuranos de ocorrência natural pode-se citar a família neolignanas,
como por exemplo Ailanthoidol 19,
19
XH-14 20
20
e obovaten 21
21
(Figura 5). A
estrutura dos benzofuranos pertencentes a esta família possui características em
comum: todos eles contem no esqueleto a unidade 2-fenil-7-metóxi-
benzo[b]furano. Particularmente, o Obovaten 21 é conhecido como um potente
agente antitumoral, entretanto sua obtenção limitada apartir da fonte natural tem
impedido a caracterização completa de suas possíveis atividades biológicas, e
isso implica na busca pelo desenvolvimento de novos métodos para a síntese de
seus derivados.
15
(a) Howlett, D. R.; Perry, A. E.; Godfrey, F.; Swatton, J. E.; Jennings, K. H.; Spitzfaden, C.;
Wadsworth, H.; Wood, S. J.; Markwell, R. E. Biochem. J. 1999, 340, 283. (b) Rizzo, S.; Riviére, C.;
Piazzi, L.; Bisi, A.; Gobbi, S.; Bartolini, M.; Andrisano, V.; Morroni, F.; Tarozzi, A.; Monti, J-P.;
Rampa, A. J. Med. Chem. 2008, 51, 2883.
16
(a) Navarro, E.; Alonso, S. J.; Trujillo, J.; Jorge, E.; Perez, C. J. Nat. Prod. 2001, 64, 134. (b)
Lambert, J. D.; Meyers, R. O.; Timmermann, B. N.; Dorr, R. T.; Cancer Lett. 2001, 171, 47. (c)
Takasaki, M.; Komatsu, K.; Tokuda, H.; Nishino, H. Cancer Lett. 2000, 158, 53.
17
(a) Day, S. H.; Chiu, N. Y.; Tsao, L. T.; Wang, J. P.; Lin, C. N. J. Nat. Prod. 2000, 63, 1560. (b)
Borsato, M. L. C.; Grael, C. F. F.; Souza, G. E. P. Phytochemistry 2000, 55, 809.
18
(a) Masuda, S.; Hasuda, H.; Tokoroyama, T. Chem. Pharm. Bull. 1994, 42, 2500. (b) Silva, D. H.
S.; Pereira, F. C.; Zanoni, M. V. B.; Yoshida, M. Phytochemistry 2001, 57, 437. (c) Chen, Y.; Wei,
X.; Xie, H.; Deng, H. J. Nat. Prod. 2008, 71, 929.
19
Sheen, W-S.; Tsai, I-L.; Teng, C-M.; Chen, I-L. Phytochemistry 1994, 36, 213.
20
Chang, H. M.; Cheng, K. P.; Choang, T. F.; Chow, H. F.; Chui, K. Y.; Hon, P. M.; Tan, F. W. L.;
Yang, Y.; Zhong, Z. P.; Lee, C. M.; Sham, H. L.; Chan, C. F.; Cui, Y. X.; Wong, H. N. C. J. Org.
Chem. 1990, 55, 3537.
21
Tsai, I-L.; Hsieh, C-F.; Duh, C-Y. Phytochemistry 1998, 48, 1371.
Revisão da Literatura
12
O
OMe
HO
OMe
OH
O
OMe
HO
OMe
OH
O
OMe
OMe
OH
Me
Me
OH
Ailanthoidol 19
XH-14 20
Obovaten 21
CHO
Figura 5. Unidades benzo[b]furanos em produtos naturais
As reações de ciclização envolvendo alquinos contendo um nucleófilo
(átomos de O, N, S, Se, Te) em proximidade a ligação tripla, e envolvendo
agentes eletrofílicos (I
2
, ICl, Br
2
, PhSeBr, PhSeCl), vem sendo amplamente
explorada nos últimos anos. Diversas metodologias de síntese de compostos
heterocíclicos foram descritas utilizando-se este protocolo. Arcadi e
colaboradores
22
descreveram a ntese de benzo[b]furanos 2,3-dissubstituídos 23
via 5-endo-dig-iodociclização de 2-alquinilfenóis 22, sob condições brandas
(Esquema 5).
R
OH
R
1
I
2
(3 eq.), NaHCO
3
(3 eq.)
MeCN, t.a.
O
R
I
R
1
R= H, R
1
= Ph 71% (2h)
R= PhCO, R
1
= Ph 79% (6h)
R= Me, R
1
= Ph 70% (6h)
R= H, R
1
= n-C
5
H
11
60% (2h)
22
23
Esquema 5
22
Arcadi, A.; Cacchi, S.; Fabrizi, G.; Marinelli, F.; Moro, L. Synlett 1999, 9, 1432.
Revisão da Literatura
13
Em 2002,
2r
o mesmo grupo descreveu a síntese de furopiridinas 25 via
procedimento análogo, empregando o-acetoxialquinilpiridinas 24 e ciclização
promovida por iodo, obtendo-se os respectivos produtos em bons rendimentos
(Esquema 6). Cabe ressaltar que o núcleo furopiridina representa uma importante
estrutura em uma variedade de áreas terapêuticas.
23
N
OR
R
1
R= PhCH
2
, CH
3
CO
R
1
= Ph, Bu, CH(OEt)
2
,
I
2
(3 eq.), NaHCO
3
(3 eq.)
MeOH, t.a.
N
O
I
R
1
50-76%
24
25
Esquema 6
Benzo[b]furanos, também tem sido sintetizados através de ciclização de 2-
alquinilanisóis com diferentes fontes eletrofílicas. Partindo-se de 2-iodoanisóis 26,
com acoplamento posterior do tipo Sonogashira catalisado por sais de paládio e
cobre com alquinos terminais, forneceram os respectivos 2-alquinilanisóis 27 em
excelentes rendimentos. Numa etapa subsequente, diferentes eletrófilos foram
utilizados para as reações de ciclização, fornecendo os correspondentes
benzo[b]furanos dissubstituídos 28 em excelentes rendimentos (Esquema 7).
Y
OMe
I
H R
1
Y
O
R
1
28
60-100%
Y
OMe
R
1
PdCl
2
(PPh
3
)
2
(2%)
CuI (1%), Et
3
N
E
+
(2 eq.)
CH
2
Cl
2
27
70-94%
Y = CH, N; R = H, 4-MeO, 3-MeO, 4-NO
2
, 3-NO
2
R
1
= Ph, cicloexenila, 4-OMeC
6
H
4
, 4-NO
2
C
6
H
4
, 2-OAcC
6
H
4
, n-hexila, TMS
E
+
= I
2
, ICl, 4-NO
2
C
6
H
4
SCl, PhSeCl
26
R R R
E
(1,2 eq.)
Esquema 7
23
Rapoport, H.; Van Sickle, A. P. J. Org. Chem. 1990, 55, 895.
Revisão da Literatura
14
Através desta metodologia, furopiridinas biologicamente importantes
também puderam ser sintetizadas (Esquema 7).
24
O mecanismo destas reações envolvendo espécies eletrofílicas de
halogênios e selênio segue as seguintes etapas, em concordância com
experimentos descritos na literatura.
2b, 2g, 2r
I
2
I
-
MeI
I
II
18
I
2
OMe
R
1
16
OMe
R
1
I
+
O
I
R
1
Me
+
O
I
R
1
Esquema 8
1 – Coordenação da molécula do eletrófilo a ligação tripla do alquino
formando o intermediário I;
2 Um ataque nucleofílico anti do heteroátomo em proximidade ao
intermediário I, fornecendo o intermediário heterocíclico II;
3 O ânion remanescente derivado do eletrófilo reage nucleofilicamente
com o grupamento Me ligado ao heteroátomo, levando a formação do produto
desejado (Esquema 8).
A metodologia de iodociclização demonstra uma grande versatilidade
frente à possibilidade de aumentar o grau de funcionalização do heterociclo, uma
vez que os correspondentes produtos 28 podem ser submetidos a diferentes
acoplamentos catalisados por sais de paládio (Esquema 9).
25
24
Yue, D.; Yao, T.; Larock, R. C. J. Org. Chem. 2005, 70, 10292.
25
Cho, C-H.; Neuenswander, B.; Lushington, G. H.; Larock, R. C. J. Comb. Chem. 2008, 10, 941.
Revisão da Literatura
15
O
I
R
1
28
O
R
2
R
1
O
COR
2
R
1
O
R
1
R
2
O
R
1
O
CO
2
R
2
R
1
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
R
2
Método A (Sonogashira): 3% PdCl
2
(PPh
3
)
2
, 3% CuI, Et
2
NH, (1,2 eq.) do alquino, DMF, 50
o
C. Método
B (Heck): 5% Pd(OAc)
2
, n-Bu
4
NI (1,0 eq.), Na
2
CO
3
(2,5 eq.), dupla (1,2 eq.), DMF, 80
o
C. Método C
(carboalcoxilação): CO (1 atm), 3% Pd(OAc)
2
, 5% dppf, TEA (2,0 eq.), R
2
OH (1,5 eq.), DMF, 70
o
C.
Método D (Suzuki-Miyaura): 10% Pd(PPh
3
)
4
, KOH (3.0 eq.), ácido borônico (1,5 eq.),
tolueno/EtOH/H
2
O (20/5/1), refluxo. Método E (Suzuki carbonilativa): CO (1 atm), 3% PdCl
2
(PPh
3
)
2
,
K
2
CO
3
(3,0 eq.), NaI (3,0 eq.), iodeto (1,1 eq.), anisol, 80
o
C.
Esquema 9
Alternativamente às metodologias que empregam halogênios como
espécie eletrofílica para promover o processo de ciclização, Okitsu
26
e
colaboradores desenvolveram a ciclização de 2-alquinil-1-(1-etóxietóxi)benzenos
31 com a combinação I(coll)
2
PF
6
-BF
3
.OEt
2
(Esquema 10).
26
Okitsu, T.; Nakazawa, D.; Taniguchi, R.; Wada, A. Org. Lett. 2008, 10, 4967.
Revisão da Literatura
16
O
OEt
R
O
I
R
+
N
OEt
X
I(coll)
2
PF
6
(2 eq.)
CH
2
Cl
2
, t.a.
10 min.
32
R= arila, alquila, vinila
X= H, I
31
BF
3
.OEt
2
(2 eq.)
Esquema 10
Esta metodologia tolera triplas substituídas com grupamentos arila, vinila e
alquila, sendo este último uma limitação de outras metodologias. Além disso, este
protocolo não gera compostos halometanos, que são voláteis e carcinogênicos.
Os precursores para a ciclização foram preparados pela conversão de 2-iodofenol
29 ao etóxietiléter
27
30, seguido do acoplamento de Sonogashira com triplas
terminais
28
(Esquema 11).
I
OH
PPTS
OEt
CH
2
Cl
2
, t.a.
29
I
O
OEt
R
cat. Pd, Cu
O
OEt
R
30
31
Esquema 11
O mecanismo proposto foi racionalizado a partir da reação do I(coll)
2
PF
6
e
ativação com ácido de Lewis BF
3
OEt
2
, gerando a espécie de iodônio ativo I.
29
O
ataque anti do eletrófilo e do oxigênio do etóxietil éter no alquino gera o
intermediário II, o qual sofre a perda do grupo etóxietila fornecendo o produto
desejado 32. Os íons oxônio III e IV são trapeados pela 2,4,6-colidina formando
27
Fukuzawa, A.; Sato, H.; Masamune, T. Tetrahedron Lett. 1987, 28, 4303.
28
Sonogashira, K.; Tohda, Y.; Hagihara, N. Tetrahedron Lett. 1975, 4467.
29
(a) Barluenga, J.; Campos, P. J.; González, J. M.; Suárez, J. L. J. Org. Chem. 1991, 56, 2234.
(b) Barluenga, J.; Trincado, M.; Rubio, E.; González, J. M. Angew. Chem. Int. Ed. 2003, 42, 2406.
(c) Barluenga, J.; Trincado, M.; Marco-Arias, M.; Ballesteros, A.; Rubio, E.; González, J. M. Chem.
Commun. 2005, 2008.
Revisão da Literatura
17
os respectivos sais
30
V e VI (Esquema 12). Os intermediários I-VI foram
confirmados por estudo de SIMS da mistura reacional. Os subprodutos formados
na reação são altamente polares, estáveis e facilmente removidos via coluna
cromatográfica.
I(coll)
2
PF
6
+
BF
3
OEt
2
N
I
PF
6
I
31
O
OEt
R
I
O
I
R
OEt
O
I
R
32
II
OEt
N
OEt
III
- H
+
OEt
+ I
+
OEt
I
IV
N
OEt
I
VI
V
Esquema 12
30
(a) Fujioka, H.; Okitsu, T.; Sawama, Y.; Murata, N.; Li, R.; Kita, Y. J. Am. Chem. Soc. 2006, 128,
5930. (b) Fujioka, H.; Okitsu, T.; Ohnaka, T.; Sawama, Y.; Kubo, O.; Okamoto, K.; Kita, Y. Adv.
Synth. Catal. 2007, 349, 636.
Revisão da Literatura
18
1.2.2 CICLIZAÇÃO PROMOVIDA POR METAIS DE TRANSIÇÃO
Dentre as reações de ciclização eletrofílicas, ciclizações intramoleculares
de sistemas π-alquinílicos catalisadas por metais de transição, são descritas
como uma das principais metodologias de síntese de compostos heterocíclicos.
31
Estes processos normalmente envolvem a complexação rápida e reversível do
alquino com um complexo de Pd (II). Os complexos π-alquinílicos resultantes são
relativamente estáveis e suscetíveis a ataques nucleofílicos. Diferentes nucleófilos
podem ser utilizados nestes tipos de reações, destacando-se aqueles contendo
átomos de oxigênio, nitrogênio e enxofre. Após o ataque nucleofílico aos sistemas
π-alquinílicos, ocorre uma etapa de eliminação redutiva, acarretando na formação
do composto ciclizado e também em uma espécie de Pd (0), onde esta retorna ao
ciclo catalítico da reação.
Um exemplo desta metodologia de ciclização eletrofílica mediada por
metais de transição foi descrita por Cacchi e colaboradores.
32
Este trabalho
relatou a síntese de benzo[b]furanos através da reação entre 2-halofenóis com
alquinos terminais catalisadas por sais de paládio. Quando os autores utilizaram
quantidades catalíticas de Pd(OAc)
2
(PPh
3
)
2
e CuI, as reações entre os haletos de
2-hidroxi-arila 33 com os alquinos terminais forneceram como produtos de
ciclização os benzo[b]furanos 34 em bons rendimentos (Esquema 13).
Y
R
1
R
2
X
OH
H R
3
Y
R
1
R
2
O
R
3
Pd(OAc)
2
(PPh
3
)
2
(1 mol%)
CuI (2 mol%)
piperidina, 25-60 °C
2-10 h
34
43-88%
+
R
1
= H, 2-Me, 1-CHO; R
2
= H, 3-OMe; R
3
= n-Bu, n-C
5
H
11
CH(OH), CH
2
OH,
C
2
H
5
C(CH
3
)(OH); X = I, Br; Y = CH, N
33
(1,2 eq.)
Esquema 13
31
(a) Zeni, G.; Larock, R. C. Chem. Rev. 2004, 104, 2285. (b) Zeni, G.; Larock, R. C. Chem. Rev.
2006, 106, 4644.
32
(a) Arcadi, A.; Marinelli, F.; Cacchi, S. Synthesis 1986, 749. (b) Arcadi, A.; Cacchi, S.; Del
Rosario, M.; Fabrizi, G.; Marinelli, F. J. Org. Chem. 1996, 61, 9280.
Revisão da Literatura
19
As reações seqüenciais de ciclização/acoplamento têm se tornado uma
estratégia versátil para a síntese de benzo[b]furanos substituídos, cabe ressaltar
que estes heterociclos substituídos no C-3 com o fragmento 3-oxoprop-2-enil são
caracterizados com potencial farmacológico.
33
A síntese destes compostos pode
ser realizada via acoplamento de Heck dos correspondentes 3-
halobenzo[b]furanos.
36
Assim, uma rota potencialmente versátil envolveria a
seqüência das reações de ciclização/acoplamento de Heck apartir de 2-
alquinilfenóis 35 e compostos carbonílicos α-β-insaturados
34
(Esquema 14).
OH
R
O
R
R
5
R
1
R
2
R
3
PdCl
2
(5 mol%)
KI (50 mol%)
DMF, ar, 80
o
C
R
3
R
2
R
1
35
36
R= n-C
6
H
13
, p-toluila, p-(CO
2
Et)C
6
H
4
R
1
= H, CO
2
Me, t-Bu; R
2
= H; R
3
= H, t-Bu
R
4
, R
5
= H, CO
2
n-Bu; Me, CO
2
Me; H, COMe, H,
CN; Me, CN; H, SO
2
Me; H, Ph
R
4
R
4
R
5
(6 eq.)
Esquema 14
Além do uso de sais de paládio, o processo de reação em seqüência para
o acoplamento de Sonogashira/ciclização 5-endo-dig catalisado por Cobre é um
método economicamente atrativo, uma vez que a síntese é feita em uma
etapa, e, além disso, permite o seu emprego em escala industrial. Neste sentido,
em 2002 foi descrito a síntese de 2-arilbenzo[b]furanos 38 via acoplamento de 2-
iodofenóis 37 e acetilenos arílicos catalisado por [Cu(fen)(PPh
3
)
2
]NO
3
35
(Esquema
15).
33
(a) Hamilton, C. J. Saravanamuthu, A.; Fairlamb, A. H.; Eggleston, I. M. Bioorg. Med. Chem.
2003, 11, 3683. (b) Ando, K.; Kawamura, Y.; Akay, Y.; Kunitomo, J. I.; Yokomizo, T.; Yamashita,
M.; Ohta, S.; Ohishi, T.; Ohishi, Y. Org. Biomol. Chem. 2008, 6, 296.
34
Martinez, C.; Alvarez, R.; Aurrecoechea, J. M. Org. Lett. 2009, 11, 1083.
35
Bates, C. G.; Saejueng, P.; Murphy, J. M.; Venkataraman, D. Org. Lett. 2002, 4, 4727.
Revisão da Literatura
20
I
OH
R
+
R
1
[Cu(fen)(PPh
3
)
2
]NO
3
Cs
2
CO
3
(2 eq.), tolueno, 110
o
C
O
R
R
1
37
38
62-96%
(10 mol%)
Esquema 15
A ciclização intramolecular acompanhada pela migração de um segundo
grupo funcional Y ligado a um heteroátomo X é um processo ainda pouco
explorado, no entanto muito vantajoso do ponto de vista sintético, uma vez que se
obtém o produto 2,3-dissubstituído, e sabe-se que benzo[b]furanos
dissubstituídos constituem um importante bloco estrutural de produtos naturais
ativos biologicamente
36
(Esquema 16).
R
X
Y
n
X
Y
R
n
n = 0,1
X = O, Y= alil, propargil, acil
cat. Pt
Esquema 16
A ntese de benzo[b]furanos via carboalcoxilação de o-alquinilfenil acetais
39 na presença de 1,5-ciclooctadieno (COD) e PtCl
2
fornece os respectivos 3-(α-
alcóxialquil)benzo[b]furanos 40 em excelentes rendimentos (Esquema 17),
37
e
essa rota permite um importante acesso ao precursor do produto natural Vibsanol
(Figura 6), que é conhecido como um inibidor da peroxidação lipidica.
38
36
(a) Gfesser, G. A.; Faghih, R.; Bennani, Y. L.; Curtis, M. P.; Esbenshade, T. A.; Hancock, A. A.;
Cowart, M. D. Bioorg. Med. Chem. Lett. 2005, 15, 2559. (b) Locuson, C. W.; Suzuki, H.; Rettie, A.
E.; Jones, J. P. J. Med. Chem. 2004, 47, 6768.
37
(a) Nakamura, I.; Mizushima, Y.; Yamamoto, Y. J. Am. Chem. Soc. 2005, 127, 15022.(b)
Nakamura, I.; Mizushima, Y.; Yamagishi, U.; Yamamoto, Y. Tetrahedron 2007, 63, 8670.
38
Fukuyama, Y.; Nakahara, M.; Minami, H.; Kodama, M. Chem. Pharm. Bull. 1996, 44, 1418.
Revisão da Literatura
21
O
R
O
R
2
R
1
PtCl
2
(2mol%)
COD (8mol%)
tolueno, 30
o
C
O
R
R
1
O
R
2
39
40
61-94%
Esquema 17
O
OEE
EEO
OBn
OEE
OMe
O
OH
OH
HO
OMe
OH
vibsanol
Figura 6 Precursor do Vibsanol sintetizado via carboalcóxilação catalisada por PtCl
2
do o-
alquinilaril benzil acetal
Ainda no campo da catálise de PtCl
2
, Fürstner
39
descreveu a ciclização de
o-alquinilfenóis utilizando pequenas quantidades do PtCl
2
(0,5-1 mol%) em
tolueno, obtendo-se os benzo[b]furanos em excelentes rendimentos (Esquema
18). Em contraste a outros métodos descritos na literatura que empregam metais
e o-alquinilfenóis, não a necessidade de utilização de base para promover a
reação.
39
Fürstner, A.; Davies, P. W. J. Am. Chem. Soc. 2005, 127, 15024.
Revisão da Literatura
22
OR
1
R
PtCl
2
(1-5mol%)/CO (1atm)
tolueno, 80
o
C
O
R
1
R
R= alquila, arila
R
1
= H, alila, benzila, CH
2
OMe, CH
2
OBn
41
42
62-98%
Esquema 18
A proteção da hidroxila no substrato 41 leva a formação do benzo[b]furano
42 com a transferência do substituinte R
1
para a posição 3 do anel
heteroaromático via carboalcoxilação intramolecular. O ciclo catalítico implica na
ativação do alquino pela espécie metálica, ativando-o para o ataque nucleofílico
do heteroátomo, resultando na trans-alcoxiplatinação. Este processo gera um
cátion alilíco que é deslocado para a posição mais nucleofílica do anel, resultando
no produto e regenerando o catalisador (Esquema 19).
OR
1
R
O
R
41
42
[PtCl
2
]
O
R
Cl
2
Pt
O
PtCl
2
R
O
PtCl
2
R
Esquema 19
Revisão da Literatura
23
A síntese de 3-calcogeno-benzo[b]furanos, tais como,
sulfenilbenzo[b]furanos e selenilbenzo[b]furanos, tem sido pouco explorada,
assim, o desenvolvimento de um método direto e conciso para a síntese desta
classe, utilizando espécies estáveis e facilmente preparadas tornou-se um
desafio. Recentemente, Li e colaboradores descreveram uma rota para obtenção
de 3-calcogeno-benzo[b]furanos via ciclização de 2-alquinilfenol 43 e
dicalcogenetos de diorganoíla promovida por I
2
/Pd (Esquema 20).
40
OR
R
1
PdCl
2
(10 mol%), I
2
(2 eq.)
MeCN, 80
o
C
R
3
YI
I
2
R
3
Y
Y
R
3
O
YR
3
R
1
R
2
R
2
43
44
R= H, Me, Ac, Bn
R
1
= arila, alquila, heteroarila
R
2
= Me, Cl
Y= S, Se; R
3
= arila, alquila
traços-99%
Esquema 20
Ainda investigou-se a seletividade frente a diferentes nucleófilos no
substrato alquinilico 45, e observou-se que sob condição padrão foi obtido apenas
o indol 46, correspondente ao ataque nucleofílico do N a tripla ativada (Esquema
21).
OMe
HN
O
PhSSPh
PdCl
2
/ I
2
MeCN, 80
o
C
N
H
SPh
MeO
45 46
Esquema 21
40
Du, H-A.; Zhang, X-G.; Tang, R-Y.; Li, J-H. J. Org. Chem. 2009, 74, 7844.
Revisão da Literatura
24
1.3 SÍNTESE DE BENZO[b]FURANOS VIA CICLIZAÇÃO 5-EXO-DIG
Recentemente Gabriele
41
e colaboradores descreveram a síntese em duas
etapas de 2-hidróximetilbenzo[b]furanos e 2-alcóximetilbenzo[b]furanos, baseada
na cicloisomerização catalisada por paládio de 2-(1-hidroxiprop-2-inil)fenóis 47,
sob condições sicas fornecendo o 2-metileno-2,3-diidrobenzofuran-3-ol 48,
seguida pela isomerização catalisada por ácido ou substituição nucleofílica alílica
com álcoois como nucleófilos (Esquema 22).
R
2
R
3
OH
R
1
OH
PdCl
2
(1 mol%)
O
R
3
R
2
R
1
OH
47
48 (80-98%)
H
+
H
+
, ROH
-H
2
O
O
R
2
R
3
R
1
OR
O
R
2
R
3
R
1
OH
49 (65-90%)
50 (R=Me, 65-98%)
51(R=Bu, 76-95%)
52(R= Bn, 69-88%)
KI (2 eq.)
morfolina (10 mol%)
Esquema 22
Os autores propuseram duas possibilidades mecanísticas para a
ciclização 5-exo-dig: a desprotonação da hidroxila fenólica é primordial para
ocorrência da reação, sendo assim, poderia ocorrer o ataque nucleofílico
intramolecular do ânion fenóxido a tripla coordenada ao paládio (caminho A), ou
inserção da tripla na ligação Pd-O do intermediário fenoxipaládio (caminho B),
seguida pela protonólise (Esquema 23). Em nenhum dos casos foi detectado na
41
(a) Gabriele, B.; Mancuso, R.; Salerno, G. J. Org. Chem. 2008, 73, 7336. (b) Gabriele, B.;
Mancuso, R.; Salerno, G.; Plastina, P. J. Org. Chem. 2008, 73, 756. (c) Gabriele, B.; Mancuso, R.;
Salerno, G.; Costa, M. J. Org. Chem. 2007, 72, 9278.
Revisão da Literatura
25
mistura reacional a formação do produto de 6 membros correspondente a
ciclização 6-endo-dig.
R
2
R
3
OH
R
1
OH
B
BH
+
R
2
R
3
O
-
R
1
OH
PdX
2
R
2
R
3
O
-
R
1
OH
PdX
2
-X
-
O
R
2
R
3
PdX
OH
R
1
-X
-
R
2
R
3
O
-
R
1
OH
Pd
X
O
R
2
R
3
OH
R
1
PdX
O
R
2
R
3
R
1
OH
- BH
+
- PdX
2
- BH
+
- PdX
2
(A)
PdX
2
(B)
47
48
Esquema 23
R
2
R
3
OH
R
1
OH
R
2
R
3
O
-
R
1
OH
O
R
2
R
3
OH
R
1
Pd
O
R
2
R
3
R
1
OH
47
48
Pd(II)
base
Pd(0)
Pd
H
H
- Pd(0)
Esquema 24
Revisão da Literatura
26
Uma alternativa poderia envolver a redução do Pd(II) a Pd(0) promovida
pela base, seguida de adição oxidativa da hidroxila fenólica a espécie de Pd(0),
inserção da tripla ligação e eliminação redutiva (Esquema 24). Com um método
conveniente e simples para a preparação do intermediário 2-metileno-2,3-
diidrobenzofuran-3-ol 48 foi possível sintetizar 2-hidroximetilbenzo[b]furanos 49
pela isomerização alilica catalisada por ácido e também se obteve seletivamente
2-metoximetilbenzo[b]furanos 50-52, via trapeamento do cátion alílico formado por
nucleófilos como álcoois.
Um grande número de metodologias utilizando bases ou metais de
transição tem sido estabelecido com base na ciclização via formação de ligação
C-O para síntese de benzo[b]furanos. No entanto, a síntese destes derivados via
formação de ligação C-C é uma estratégia alternativa. Assim, Terada
42
e
colaboradores investigaram a ciclização de o-alquinilfenil éteres catalisada por
base (Esquema 25). O método oferece uma rota eficiente para formação de
benzo[b]furanos substituídos em bons rendimentos sem a necessidade de
catalisadores metálicos via carbociclização.
O R
1
R
2
P4-tBu (5mol%)
DMSO (1,0M), 30
o
C
1-3h
O
R
1
R
2
53
P
N
NN
N
PR
3
PR
3
R
3
P
R= NMe
2
54
14-91%
Esquema 25
A generalidade do método foi testada com grupamentos doadores e
retiradores de elétrons no grupamento arila R
1
no substituinte alcoxi, sendo que
42
(a) Kanazawa, C.; Goto, K.; Terada, M. Chem. Commun. 2009, 5248. (b) Hu, J.; Wu, L-Y.;
Wang, X-Y.; Hu, Y-Y.; Niu, Y-N.; Liu, X-Y.; Yang, S.; Liang, Y-M. Adv. Synth. Catal. 2010, 352,
351.
Revisão da Literatura
27
os resultados obtidos foram satisfatórios para ambos os grupos. Embora, a
reação com grupamento doador p-metoxifenila necessitou de uma temperatura de
100
o
C. E a metodologia mostrou-se limitada quanto à aplicação de grupamentos
alquílicos no grupamento R
2
, fornecendo uma mistura complexa. O mecanismo
proposto sugere a desprotonação do o-alquinilfeniléter pela base P4
t
Bu gerando o
ânion I, seguido pela ciclização intramolecular 5-exo-dig a qual, gera o
intermediário vinílico II.
43
Subseqüente protonação do II formaria o ácido
conjugado e o intermediário III, e finalmente a heteroaromatização leva a
formação do produto benzo[b]furano (Esquema 26).
O R
1
R
2
53
O R
1
R
2
O
R
1
R
2
P4-
t
Bu
5-exo-dig
O
R
1
R
2
O
R
1
R
2
aromatização
transf. de H
+
[P4-
t
Bu.H]
+
desprotonação
I
II
III
54
Esquema 26
43
Imahori, T.; Hori, C.; Kondo, Y. Adv. Synth. Catal. 2004, 346, 1090.
Revisão da Literatura
28
1.4 CICLIZAÇÃO PROMOVIDA POR TRICLORETO DE FERRO
Durante os últimos anos tem aumentado expressivamente o desafio dos
químicos no intuito de desenvolver metodologias alternativas, as quais aplicam
baixo custo, condições brandas, e sejam benignas ao meio ambiente.
44
Neste
contexto, os sais de ferro aparecem como uma ferramenta versátil, devido a seu
baixo custo e não ser tóxico. Considerando esses aspectos, atualmente tem sido
descritos na literatura um grande número de transformações mediadas por sais
de ferro, como por exemplo: acoplamento cruzado entre reagentes de Grignard e
diversos eletrófilos,
45
formação de ligação C-N,
46
C-O
47
e C-S.
48
Além disso, os
sais de ferro podem também promover o processo de ciclização.
Durante a síntese de propargilaminas via acoplamento de aldeídos,
alquinos e aminas secundárias catalisado por tricloreto de ferro,
49
foi observado
que o uso de anilina no lugar da amina secundária fornecia o produto de
ciclização 56 em 56% de rendimento, ao invés do produto esperado 55, após 48 h
sob argônio (Esquema 27).
Ph
+
Ph-CHO
RR
1
NH
FeCl
3
(10mol%)
R=R
1
= alquil
R=Ph, R
1
=H
N
Ph
Ph
Ph
Ph
N
R R
1
55
56
Esquema 27
44
(a) Fürstner, A.; Martin, R.; Krause, H.; Seidel, G.; Goddard, R.; Lehmann, C. W. J. Am. Chem.
Soc. 2008, 130, 8773. (b) Fürstner, A.; Sherry, B. D. Acc. Chem. Res. 2008, 41, 1500.
45
(a) Fürstner, A.; Leitner, A.; Méndez, M.; Krause, H. J. Am. Chem. Soc. 2002, 124, 13856. (b)
Fürstner, A.; Leitner, A. Angew. Chem., Int. Ed. 2002, 41, 609. (c) Seidel, G.; Laurich, D.; Fürstner,
A. J. Org. Chem. 2004, 69, 3950. (d) Fürstner, A.; Schlecker, A.; Lehmann, C. W. Chem. Commun.
2007, 4277.
46
(a) Correa, A.; Bolm, C. Angew. Chem. Int. Ed. 2007, 46, 8862. (b) Taillefer, M.; Xia, N.; Ouali, A.
Angew. Chem. Int. Ed. 2007, 46, 934.
47
Bistri, O.; Correa, A.; Bolm, C. Angew. Chem. Int. Ed. 2008, 47, 586.
48
Correa, A.; Carril, M.; Bolm, C. Angew. Chem. Int. Ed. 2008, 47, 2880.
49
Li, P.; Zhang, Y.; Wang, L. Chem. Eur. J. 2009, 15, 2045.
Revisão da Literatura
29
A estrutura do produto ciclizado foi confirmada por análise cristalográfica de
raios-x, e inspirados por esse resultado investigaram a reação detalhadamente,
realizando-a em tolueno a 110
o
C num sistema aberto, assim a quinolina
substituída 56 foi sintetizada em 70% de rendimento em 24h (Esquema 28).
50
+
R
1
NH
2
+
R
2
FeCl
3
(10mol%)
tolueno, 110
o
C
ar, 24h
N
R
2
R
R
1
56
R-CHO
R= Arila, heteroarila;
R
1
= Me, OMe, Cl, Br;
R
2
= arila, ciclohexenila, heteroarila.
Esquema 28
Tricloreto de ferro tem sido empregado para promover a ciclização
catiônica de o-alquinilaril 57 isocianatos a 3-(clorometileno)oxindóis 58,
51
os quais
constituem uma importante classe de heterociclos (Esquema 29). Em particular,
3-metilenooxindóis substituídos tem atraído considerável interesse sintético
devido a sua ocorrência em substâncias biologicamente ativas.
52
50
Cao, K.; Zhang, F-M.; Tu, Y-Q.; Zhuo, X-T.; Fan, C-A. Chem. Eur. J. 2009, 15, 6332.
51
Cantagrel, G.; Carnavalet, B.; Meyer, C.; Cossy, J. Org. Lett. 2009, 11, 4262.
52
(a) Sarges, R.; Howard, H. R.; Koe, B. K.; Weissman, A. J. Med. Chem. 1989, 32, 437. (b) Sun,
L.; Tran, N.; Liang, C.; Tang, F.; Rice, A.; Schreck, R.; Waltz, K.; Shawver, L. K.; McMahon, G.;
Tang, C. J. Med. Chem. 1999, 42, 5120. (c) Andreani, A.; Burnelli, S.; Granaiola, M.; Leoni, A.;
Locatelli, A.; Morigi, R.; Rambaldi, M.; Varoli, L.; Kunkel, M. W.; J. Med. Chem. 2006, 49, 6922.
Revisão da Literatura
30
N
Ar
C
FeCl
3
(1,5 eq.)
CH
2
Cl
2
, t.a.
N
H
O
Cl
Ar
57
58
54-99%
FeCl
3
(2,5 eq.)
CH
2
Cl
2
, 0
o
C
N
C
R
N
H
Cl
Cl
R
O
59
60
50-69%
O
O
Esquema 29
A análise retrosintética demonstra que a formação da dupla exocíclica no
produto 3-(arilclorometileno)oxindol foi racionalizada pela adição do íon cloreto ao
carbocátion vinílico, resultante ao ataque nucleofílico do alquino ao cátion imidoíla
(Esquema 30).
N
Ar
C
N
H
O
Cl
Ar
N
Ar
OMCl
n-1
Cl
MCl
n
O
Esquema 30
Os produtos 3-(arilclorometileno)oxindol 58 foram isolados em bons a
excelentes rendimentos como misturas isoméricas. A reação tolera substituintes
como ésteres, metil éteres, benzodioxóis e nitro no grupamento Ar da tripla
ligação. A reatividade dos isocianatos em que o alquino é substituído com grupo
alquila também foi investigada frente à ciclização com FeCl
3
. Foi observado que
nestes casos a reação requer maior quantidade de FeCl
3
para consumo completo
do material de partida (Esquema 31).
Revisão da Literatura
31
FeCl
3
(2,5 eq.)
CH
2
Cl
2
, 0
o
C
N
C
R
N
H
Cl
Cl
R
O
N
O
FeCl
2
Cl
R
-FeCl
2
N
O
Cl
H
R
N
OH
Cl
R
Fe
Cl
Cl
Cl
-FeCl
2
FeCl
3
I
II
III
O
Esquema 31
A formação dos oxindóis 60 foi desenvolvida via ciclização catiônica
estereosseletiva, com ataque do alquino ao cátion imidoíla e adição do íon cloreto
de forma anti, produzindo o correspondente 3-(cloroalquilideno)oxindol alcóxido
de ferro I. A cisão homolítica da ligação Fe-O
53
geraria um oxi radical II, ábil para
promover eficientemente a abstração-1,5 levando ao tion alilíco III. Finalmente
a transferência do átomo de cloro do FeCl
3
formaria o correspondente oxindol 60
e FeCl
2
(Esquema 31).
Nas décadas recentes, o desenvolvimento de novas metodologias para
construir ligações C-O e C-N via funcionalização direta da ligação C-H aromática,
utilizando metais de transição, vem sendo muito explorada.
54
O processo de ciclização intramolecular para obtenção de benzo[b]furanos
substituídos, através da funcionalização da ligação C-H de um anel aromático rico
em elétrons com a cadeia lateral contendo oxigênio, foi raramente explorado. E
neste sentido, a investigação da construção deste núcleo heterocíclico via
procedimento similar de acoplamento oxidativo C-O de α-arilcetonitrilas 61
53
(a) Ito, Y.; Fujii, S.; Saegusa, T. J. Org. Chem. 1976, 41, 2073. (b) Blanco, L.; Mansouri, A.
Tetrahedron Lett. 1988, 29, 3239.
54
(a) Brasche, G.; Buchwald, S. L. Angew. Chem. Int. Ed. 2008, 47, 1932. (b) Chen, X.; Hao, X-S.;
Goodhue, C. E.; Yu, J-Q. J. Am. Chem. Soc. 2006, 128, 6790.
Revisão da Literatura
32
promovido por FeCl
3
é de grande importância do ponto de vista sintético
(Esquema 32).
55
R
1
R
CN
O
FeCl
3
(2,5 eq.)
DCE
O
CN
R
1
R
61
62
30-94%
R= OMe, Br
Esquema 32
Os autores propuseram o mecanismo baseados na abilidade do tricloreto
de ferro como agente oxidante, um elétron do anel aromático poderia ser
abstraído levando a formação do cátion radical I, uma segunda transferência de
elétron poderia converter o intermediário I ao oxônio II. O processo de cicloadição
conjugada ocorreria transformando II no carbocátion III, a tautomerização levaria
a formação do intermediário mais estável IV. Finalmente, a rearomatização pela
perda de um hidrogênio formaria o produto desejado (Esquema 33).
55
Liang, Z.; Hou, W.; Du, Y.; Zhang, Y.; Pan, Y.; Mao, D.; Zhao, K. Org. Lett. 2009, 11, 4978.
Revisão da Literatura
33
R
1
MeO
CN
O
FeCl
3
FeCl
2
-e
MeO
R
1
CN
O
H
FeCl
3
FeCl
2
-e
MeO
CN
R
1
O
O
MeO
CN
R
1
O
CN
R
1
MeO
O
CN
R
1
MeO
Y
Y
Y
Y
Y
Y
H
I
II
III
IV
-H
+
O
MeO
Y
CN
R
1
V
Y= OMe, Br
Esquema 33
Capítulo 2
Apresentação e Discussão dos Resultados
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A seguir, serão apresentados e discutidos os resultados obtidos durante a
realização do presente trabalho. Será discutida a síntese de derivados de
benzo[b]furanos via reações de ciclização eletrofílica de 2-
alquinilcalcogenoanisóis com I
2
, ICl, Br
2
e PhSeBr. Com a finalidade de
apresentar a avaliação dos produtos de ciclização obtidos, discutir-se-á a
aplicação dos mesmos, em reações de acoplamento catalisadas por sais de
Cobre e Paládio.
Nosso grupo de pesquisa tem acumulado um considerável conhecimento
na síntese de heterociclos contendo calcogênio,
56
e agregado a isso o fato de que
os sais de ferro até o momento permanecem inexplorados em reações de
ciclização com dicalcogenetos de diorganoíla, desenvolveu-se a síntese de
derivados de benzo[b]furanos via ciclização mediada por tricloreto de ferro e
dicalcogenetos de diorganoíla, e ainda a aplicação dos produtos de ciclização em
reações de troca SePh-Li, e posterior captura com eletrófilos, será apresentada e
discutida.
2.1 REAÇÕES DE CICLIZAÇÃO ELETROFÍLICA DE 2-
CALCOGENOALQUINILANISÓIS
O nosso grupo de pesquisa vem atuando nos últimos anos primordialmente
na área de síntese e reatividade de compostos de organocalcogênio. O foco dos
trabalhos que vem sendo desenvolvidos está centrado, principalmente, no
desenvolvimento de novos compostos contendo átomos de Selênio e Telúrio
suscetíveis a reações de acoplamento catalisadas por metais de transição. Estes
compostos desenvolvidos vêm sendo aplicados com sucesso em diferentes
56
(a) Manarin, F.; Roehrs, J. A.; Gay, R. M.; Brandão, R. Menezes, P. H.; Nogueira, C. W.; Zeni,
G.
J. Org. Chem
.
2009
,
74
, 2153. (b) Godoi, B.; Sperança, A.; Back, D. F.; Brandão, R.; Nogueira,
C. W.; Zeni, G.
J. Org. Chem
.
2009
,
74
, 3469. (c) Stein, A. L.; Alves, D.; Rocha, J. T. Nogueira, C.
W.; Zeni, G.
Org. Lett
.
2008
,
10
, 4983. (d) Alves, D.; Prigol, M.; Nogueira, C. W.; Zeni, G.
Synlett
2008
, 0914. (e) Alves, D.; Luchese, C.; Nogueira, C. W.; Zeni, G.
J. Org. Chem
.
2007
,
72
, 6726. (f)
Schneider, C. C.; Caldeira, H.; Gay, B, M.; Back, D. F.; Zeni, G.
Org. Lett
.
2010
,
12
, 936. (g)
Schumacher, R. F.; Rosário, A. R.; Souza, A. C. G.; Menezes, P. H.; Zeni, G.
Org. Lett
.
2010
,
12
,
1952.
79
classes de reações de acoplamento cruzado catalisadas por sais de paládio,
destacando-se, Sonogashira,
7a-f, 57
Suzuki,
7g
Negishi
58
e, mais recentemente
reações de acoplamento catalisadas por sais de cobre.
7h-i
Neste contexto, reações de ciclização eletrofílica de alquinos, contendo um
nucleófilo em proximidade a ligação tripla é uma eficiente via de preparação de
uma grande variedade de carbociclos e heterociclos,
2
destacando-se,
benzofuranos, benzotiofenos, indóis, tiofenos, furanos, entre outros, como
também compostos heterocíclicos contendo selênio, por exemplo,
benzo[b]selenofenos.
De acordo com nosso interesse no desenvolvimento de novos compostos
contendo átomos de Selênio em sua estrutura e em concordância com os
objetivos traçados, propôs-se a preparação de derivados de benzo[b]furanos
funcionalizados nas posições 2 e 3 do anel heterocíclico, com a estrutura geral
mostrada na Figura 7.
O
E
YR
1
R
Figura 7
Dessa forma, através de uma análise retrossintética do benzo[b]furano
dissubstituído ilustrado na figura 7, pode-se inferir que o anel heteroaromático
poderia ser formado através de uma reação de ciclização eletrofílica, utilizando-se
para isso, como substrato, um 2-calcogenoalquinilanisol 4. Este substrato 4
poderia ser obtido através de uma reação de funcionalização do 2-alquinilanisol 3
com espécies eletrofílicas de calcogenetos XYR
1
(Esquema 34).
57
(a) Zeni, G.; Alves, D.; Pena, J. M.; Braga, A. L.; Stefani, H. A.; Nogueira, C. W.
Org. Biom.
Chem.
2004
,
2
, 803. (b) Zeni, G.; Menezes, P. H.; Moro, A. V.; Braga, A. L.; Silveira, C. C.; Stefani,
H. A.
Synlett 2001
, 1473. (c) Braga, A. L.; Andrade, L. H.; Silveira, C. C.; Moro, A. V.; Zeni, G.
Tetrahedron Lett. 2001
,
42
, 8563. (d) Zeni, G.; Perin, G.; Cella, R.; Jacob, R. G.; Braga, A. L.;
Silveira, C. C.; Stefani, H. A.
Synlett 2002
, 975. (e) Zeni, G.; Nogueira, C. W.; Pena, J. M.; Pilissão,
C.; Menezes, P. H.; Braga, A. L.; Rocha, J. B. T.
Synlett 2003
, 579. (f) Braga, A. L.; Vargas, F.;
Zeni, G.; Silveira, C. C.; Andrade, L. H.
Tetrahedron Lett.
2002
,
43
, 4399.
58
(a) Zeni, G.; Alves, D.; Braga, A. L.; Stefani, H. A.; Nogueira, C. W.
Tetrahedron Lett.
2004
,
45
,
4823. (b) Alves, D.; Schumacher, R. F.; Brandão, R.; Nogueira, C. W.; Zeni, G.
Synlett
2006
,
7
,
1035.
80
5
4
O
E
YR
1
R
OMe
R
YR
1
OMe
R
XYR
1
e
3
Esquema 34
Inicialmente, planejou-se a síntese dos 2-calcogenoalquinilanisóis 4,
considerarados substratos chave para a síntese dos derivados de
benzo[b]furanos dissubstituídos. A introdução do alquino foi realizada via
acoplamento de Sonogashira
59
entre os 2-haloanisóis comerciais e 2-metilbut-3-
in-2-ol sob catálise de PdCl
2
(PPh
3
)
2
(2 mol%), CuI (1 mol%) como co-catalisador e
Et
3
N como solvente e base, a temperatura ambiente por 12 h, obteve-se os
correspondentes álcoois propargílicos 2a-e em altos rendimentos. Com esta
subunidade em mãos realizou-se a reação de retro-Favorskii,
60
utilizando NaOH
(3 equiv) em tolueno e refluxo por 12h, com o intuito de obter-se os alquinos
terminais 3a-e. Para a introdução do grupo calcogeno, gerou-se o intermediário
acetileto de lítio pela reação do 2-alquinilanisol com 1 equiv. de n-BuLi, em THF a
-78
o
C por 1h, seguido da adição da espécie eletrofílica de calcogênio (Esquema
35)
59
Chinchilla, R.; Najera, C.
Chem. Rev
.
2007
,
107
, 864.
60
Dabdoub, M, J.; Dabdoub, V. B.; Lenardão, E, J.
Tetrahedron Lett
.
2001
,
42
, 1807.
81
X
OMe
PdCl
2
(PPh
3
)
2
(2mol%)
CuI (1mol%); Et
3
N; t.a.
OH
OMe
OH
NaOH(3eq.)
Tolueno
refluxo
OMe
1a X= I, R
1
= H
1b X= I, R
1
= p-OMe
1c X= Br, R
1
= F
1d X= Br, R
1
= Me
1e X= Br, R
1
= m-OMe
3a-e
1) BuLi, THF (-78
o
C); 1h
2) RYBr, 3h
OMe
YR
2a-e
4
82-97%
60-77%
R
1
R
1
R
1
R
1
-78
o
C
t.a.
Esquema 35
Por meio desta rota, preparou-se uma série de 2-calcogenoalquinilanisóis
4, os quais foram aplicados como materiais de partida para a reação de ciclização
eletrofílica (Tabela 1).
Tabela 1
. Síntese dos 2-calcogenoalquinilanisóis
4a-l
# Alquino Produto Rend. (%)
1
OMe
3a
OMe
Se
4a
81
2
3a
OMe
Se
CF
3
4b
55
82
3
3a
OMe
Se OMe
4c
30
4
3a
OMe
SeBu
4d
70
a
5
3a
OMe
S
4e
91
b
6
3a
OMe
SMe
4f
72
b
7
3a
OMe
Te
4g
84
8
3a
OMe
TeBu
4h
63
a
9
OMeMeO
3b
OMeMeO
Se
4i
70
83
10
OMe
3c
OMe
Se
4j
71
11
OMe
MeO
3d
OMe
MeO
Se
4k
67
12
OMe
F
3e
OMe
F
Se
4l
65
a
Reação realizada utilizando Se e Te elementar e trapeada com bromobutano;
b
Reação realizada com dissulfetos de diorganoila como agente eletrofílico.
Análise da Tabela 1 mostra que a reação de funcionalização do
intermediário acetileto de lítio, é eficiente para uma variedade de substituintes no
anel aromático do anisol. Observa-se que a reação depende significativamente de
efeitos eletrônicos nos substituintes do anel aromático ligado ao calcogênio, na
espécie eletrofílica (Tabela 1, exemplos 2 e 3). Por exemplo, brometo de
arilselenenila com substituinte doador de elétrons no anel aromático apresenta um
descrécimo no rendimento em relação ao análogo com grupo retirador de
elétrons. Sendo notório nestes resultados que grupo doador de elétrons no anel
aromático do brometo de arilselenenila diminui a eletrofilicidade do mesmo em
relação ao átomo de selênio.
A partir da síntese do composto 4, estudamos as melhores condições para
as reações de ciclização eletrofílica, visando a síntese dos derivados de
benzo[b]furanos dissubstituídos. Para isto, o 2-alquinilcalcogenoanisol 4a e iodo
molecular (I
2
) foram escolhidos como substratos padrão para estas reações.
Reagindo-se o composto 4a com I
2
, utilizando-se CH
2
Cl
2
como solvente a
temperatura ambiente, obteve-se o produto de ciclização eletrofílica 5a em 90%
em 1h de reação (Esquema 36).
84
OMe
SePh
O
I
SePh
I
2
CH
2
Cl
2
1h, t.a.
4a
5a
90%
Esquema 36
Após este resultado preliminar, um estudo relativo à influência do solvente,
temperatura e fontes eletrofílicas nesta reação de ciclização foi realizado.
Diferentes solventes, temperatura e eletrófilos foram testados em reações do
substrato 4a, sendo os resultados obtidos mostrados na Tabela 2.
Analisando-se a Tabela 2, em relação a influência dos solventes, melhores
resultados foram obtidos utilizando CH
2
Cl
2
, fornecendo o produto desejado em
90% (Tabela 2, exemplo 2). Quando THF, Et
2
O, EtOH e MeCN foram utilizados,
bons rendimentos foram obtidos, no entanto estas reações procederam em um
tempo maior que 6h. O uso de outra fonte eletrofílica, ICl sob a condição padrão,
levou a formação de mistura complexa (Tabela 2, exemplo 3). No entanto, a
simples mudança na temperatura durante adição do ICl para -20
o
C, representou
um efeito eficiente para a obtenção do produto ciclizado 5a em 93% de
rendimento (Tabela 2, exemplo 5).
Tabela 2.
Efeito das Condições Reacionais sob a reação de ciclização do composto
4a
com E
+
.
a
OMe
SePh
O
I
SePh
E
+
(eq)
4a
5a
solvente
temperatura
#
E
+
(equiv)
Solvente
temperatura,tempo
Rend. (%)
b
1
I
2
(2,0) CH
2
Cl
2
t.a., 1h 81
2
I
2
(1,1) CH
2
Cl
2
t.a., 1h 90
3
ICl (2,0) CH
2
Cl
2
t.a., 10min -
c
4
ICl (1,1) CH
2
Cl
2
-20
o
C, 10min 54
5
ICl (1,1) CH
2
Cl
2
-20
o
C, 1h 93
6
I
2
(1,1) Éter t.a., 6h 73
85
7
I
2
(1,1) CH
3
CN t.a., 6h 87
8
I
2
(1,1) EtOH t.a., 6h 78
9
I
2
(1,1) THF t.a., 6h 79
a
Reações realizadas na presença de
4a
(0,25 mmol), I
2
(0,275 mmol).
b
Rendimentos dados por CG.
C
Mistura complexa observada por CG.
É importante ressaltar que a quantidade de eletrófilo utilizada também
desempenha um papel importante na reação. Observou-se que 1,1 equivalente
apresentou melhores resultados em relação ao excesso de 2 equivalente (Tabela
2, exemplos 1 e 2). Assim, a análise da condição ideal para a reação de ciclização
eletrofílica é representada pela combinação de 1,0 equivalente de 2-
alquinilcalcogenoanisol, 1,1 equivalente da fonte eletrofílica em CH
2
Cl
2
como
solvente, a temperatura ambiente. Embora o rendimento apresentado com ICl
como fonte eletrofílica tenha sido superior, optamos por realizar a reação mais
frequentemente com iodo por questões econômicas e utilizar condição branda.
Utilizando esta condição padrão, foi possível obter derivados de
benzo[b]furanos dissustituídos em bons rendimentos, assim explorou-se a
generalidade do método aplicando-o sistematicamente a vários 2-
alquinilcalcogenoanisóis 4a-l, bem como a outros eletrófilos, e os resultados estão
expressos na Tabela 3.
Table 3.
Reações de Ciclização de 2-calcogenoalquinilanisóis
4a-l
com diferentes eletrófilos
a
E
+
, CH
2
Cl
2
OMe
YR
O
E
YR
4a-l
5
t.a.
#
S
ubstrat
o
E
+
Tempo
(h.)
P
rodut
o
Rend.
(%)
c
1
2
OMe
SePh
4a
I
2
ICl
b
1.0
1.0
5a
O
I
SePh
90
93
86
3
4
4a
4a
PhSeBr
Br
2
3.0
1.0
5b
O
SePh
SePh
5c
O
Br
SePh
65
75
5
6
OMe
Se
CF
3
4b
I
2
ICl
3.0
2.0
5d
O
I
Se
CF
3
70
94
7
OMe
Se OMe
4c
I
2
1.0
5e
O
I
Se
OMe
75
8
9
OMe
SeBu
4d
I
2
ICl
1.0
1.0
5f
O
I
SeBu
75
80
10
4d
PhSeBr
1.0
5g
O
SePh
SeBu
68
11
12
OMe
SPh
4e
I
2
ICl
0.5
0.5
5h
O
I
SPh
70
93
13
4e
PhSeBr
0.5
5i
O
SePh
SPh
86
14
15
OMe
SMe
4f
I
2
ICl
0.3
0.3
O
I
SCH
3
5j
93
95
87
16
17
4f
4f
PhSeBr
Br
2
0.5
0.5
O
SePh
SCH
3
5k
O
Br
SCH
3
5l
89
74
18
OMe
TePh
4g
I
2
1
NR
d
19
OMe
TeBu
4h
I
2
1
NR
d
20
OMe
SePh
MeO
4i
I
2
1.0
5m
I
I
OMe
MeO
SePh
-
e
21
22
OMe
SePh
4j
I
2
ICl
1.0
1.0
O
I
SePh
5n
76
93
23
4j
PhSeBr
2.0
O
SePh
SePh
5o
50
24
25
OMe
SePh
MeO
4k
I
2
ICl
2.0
1.0
O
I
SePh
MeO
5p
95
90
26
27
OMe
SePh
F
4l
I
2
ICl
1.0
1.0
O
I
SePh
F
5q
70
75
28
4l
PhSeBr
2.0
O
SePh
SePh
F
5r
72
a
Reações foram realizadas na presence de alquino (0,25 mmol), E
+
(0,27 mmol) em CH
2
Cl
2
(5 mL).
b
Todas as reações com ICl foram realizadas a -20
o
C.
c
Rendimentos de
5a-r
são dados para os produtos isolados.
88
d
Material de partida foi recuperado.
e
Nenhum produto de ciclização foi observado, mistura complexa.
Analisando-se a Tabela 3, observa-se que em geral todas as reações procederam
rapidamente sob condições brandas, facilidade de isolamento e altos rendimentos. O
processo de ciclização mostrou-se altamente flexível com respeito as diversas
funcionalidades e fontes eletrofílicas empregadas. Satisfatoriamente, todos os
eletrófilos testados foram efetivos, após o sucesso da reação utilizando I
2
e ICl como
fontes eletrofílicas, aplicou-se também este método para a síntese de 2,3-bis-
selenofenil-benzo[b]furano empregando PhSeBr como fonte eletrofílica. Com base
nos experimentos, a reação com os substratos 4a-d, tendo grupos Se-arila, Se-
alquila e Se-arila substituído, ligados à tripla ligação, foram satisfatoriamente
empregados na ciclização eletrofílica, fornecendo os produtos desejados em altos
rendimentos (Tabela 3, exemplos 1-7).
A reação não se mostrou sensível a efeitos eletrônicos provenientes dos
substituintes do anel aromático ligado ao átomo de Se, por exemplo, anel aromático
neutro 4a, substituído com grupo retirador de elétrons 4b e doador de elétrons 4c
forneceram os respectivos produtos em rendimentos similares. Adicionalmente, esta
metodologia também mostrou-se apropriada para a ciclização de sulfetos, substrato
4e e 4f foram eficientemente ciclizados sob a condição padrão (Tabela 3, exemplos
11-15). Cabe ressaltar que a introdução do grupo sulfeto na posição 2 do cleo
benzo[b]furano é de grande valia, uma vez que este poderia ser oxidado a 2-sulfonil-
benzo[b]furano,
61
o qual representa uma classe de compostos que tem atraído
grande interesse da indústria farmacêutica. Os 2-sulfonil-benzo[b]furanos apresentam
potencial como inibidores da metaloproteinase-13, oferecendo uma possível
alternativa para a terapia de osteoartrites.
62
Apesar dos resultados satisfatórios, a presente metodologia apresentou algumas
limitações quanto à aplicação de certos substratos, 2-alquinilcalcogenoanisol 4i
contendo grupo doador de elétrons no C5 do anel aromático do anisol, mostrou-se
ineficaz no processo de ciclização, neste caso foi observado apenas o produto de
61
Kakarla, R.; Dulina, R. G.; Hatzenbuhler, N. T.; Hui, Y. W.; Sofia, M. J.
J. Org. Chem
.
1996
,
61
,
8347-8349.
62
Hu, Y.; Xiang, J. S.; DiGrandi, M. J.; Du, X.; Ipek, M.; Laakso, L. M.; Li, J.; Li, W.; Rush, T. S.;
Schmid, J.; Skotnicki, J. S.; Tam, S.; Thomason, J. R.; Wang, Q.; Levin, J. I.
Bioorg. Med. Chem.
2005
, 1
3
, 6629.
89
redução da tripla ligação. Isto sugere que a presença de um grupo doador de elétrons
na posição para em relação a tripla ligação, aumenta a densidade eletrônica no C-2
da tripla ligação, o qual é estabilizado pelo átomo de selênio,
63
tornando este centro
suscetível ao ataque no iodo molecular, ao invés do processo de ciclização,
fornecendo exclusivamente o produto de redução (Esquema 37 e Tabela 3, exemplo
20).
OMeMeO
SePh
OMeMeO
+
O
I
SePh
I
I
OMe
MeO
SePh
I
2
I
2
.
SePh
_
MeO
Esquema 37
A ciclização dos substratos 4g e 4h contendo átomo de terio o
reagiram da mesma forma que os análogos contendo átomos de Se e S. Os
experimentos demonstraram que a adição da fonte eletrofílica consumiu todo
material de partida, no entanto não foi detectado o produto de ciclização. Após 10
minutos de reação observou-se a formação de um precipitado vermelho e a
análise de TLC apresentou uma mancha bastante polar, característica de
espécies de Te(IV), que foi confirmada por CG/MS via inserção direta de uma
alíquota da reação. Adicionalmente, o tratamento deste precipitado com tiosulfato
de sódio regenerou o material de partida 4g e 4h,
64
confirmando que a reação
63
(a) Patai, S.; Rappoport, Z. The Chemistry of Organic Selenium and Tellurium Compounds, Vol.
1; Wiley: New York,
1986
. (b) Liotta, D. Organoselenium Chemistry; Wiley: New York,
1987
. (c)
Wirth, T. Organoselenium Chemistry - Modern Developments in Organic Synthesis, Top. Curr.
Chem. 208, Spring-Verlang: Heidelberg,
2000
.
64
Zeni, G.; Chieffi, A.; Cunha, R.; Zukerman-Schpector, J.; Stefani, H.A.; Comasseto, J. V.
Organometallics
1999
,
18
, 803.
90
destes teluretos com iodo não levou ao produto de ciclização mesmo quando
utilizou-se um excesso de iodo (3 eq.), refluxo ou maiores tempos de reação
(Esquema 38).
I
2,
CH
2
Cl
2
t.a.
TeBu
OMe
Te
OMe
Bu
I I
O
I
TeBu
TeBu
OMe
Na
2
S
2
O
3
I
2,
CH
2
Cl
2
t.a.
Esquema 38
De acordo com trabalho descrito na literatura para moléculas análogas,
2g
acredita-se que as reações de ciclização eletrofílica de 2-alquinilcalcogenoanisóis,
apresentadas nesta tese segue as seguintes etapas de reação:
1 Coordenação da molécula de I
2
na ligação tripla do substrato alquinilico
4 formando o intermediário iodônio I;
2 Um ataque nucleofílico anti do átomo de oxigênio ao intermediário
iodônio I, fornecendo o intermediário heterocíclico II;
3 Por fim, o ânion iodeto remanescente reage nucleofilicamente com a
grupamento metila ligado ao átomo de oxigênio, levando a formação do
heterociclo desejado e a formação de iodeto de metila (Esquema 39).
91
I
2
I
-
MeI
I
II
5
I
2
OMe
SeR
4
OMe
SeRI
+
O
I
SeR
Me
+
O
I
SeR
Esquema 39
92
2.2 APLICAÇÃO DOS 3-IODO-2-CALCOGENO-BENZO[b]FURANOS EM
REAÇÕES DE ACOPLAMENTO CATALISADAS POR SAIS DE PALÁDIO E
COBRE
2.2.1 Reações de Acoplamento Cruzado com Tióis Catalisada por CuI
Os halobenzo[b]furanos obtidos via ciclização eletrofílica aparecem como
intermediários versáteis para a preparação de heterociclos altamente substituídos,
particularmente considerando que diversas metodologias para transformar o
halogênio em outros substituintes. Dessa forma os iodo-benzo[b]furanos puderam
ser empregados como intermediários em muitos processos de catálise com
metais de transição.
Ao longo dos últimos anos, grandes progressos foram feitos na formação
de novas ligações carbono-heteroátomo através do acoplamento cruzado de
espécies nucleofílicas com haletos utilizando-se sistemas catalisados por cobre.
21
Considerando-se as vantagens do uso de catalisadores de cobre,
economicamente mais acessíveis e menos tóxicos do que sais de paládio, o uso
de uma metodologia para formação de uma nova ligação carbono-enxofre, sem o
uso de ligante ou co-catalisador, seria de grande interesse na química sintética.
De acordo com dados publicados por nosso grupo de pesquisa,
10
o
intermediário 5a (0,5 mmol) foi submetido eficientemente frente ao acoplamento
com tióis (0,6 mmol) via catálise de CuI (10 mol%), Et
3
N (1 mmol) como base em
dioxano (3 mL). Nessas condições, os produtos 6a e 6b foram obtidos
satisfatoriamente (Esquema 40).
O
I
SePh
CuI(10mol%); Et
3
N
dioxano; refluxo
12h
O
SAr
SePh
6a - Ar = C
6
H
5
- 75%
6b - Ar = o-Cl(C
6
H
4
) - 74%
5a
ArSH
Esquema 40
93
2.2.2 Reações de Acoplamento com Dicalcogenetos de Diorganoíla e
Haletos Arílicos Catalisadas por CuI/Bipiridina
Organocalcogenetos tem uma vasta utilização como convenientes
intermediários ou reagentes em síntese orgânica. Vários procedimentos tem sido
descritos e explorados com o intuito de formar novas ligações carbono-
calcogênio, podendo-se destacar a catálise com metais de transição um
importante método para promover essa transformação.
65
Com a finalidade de analisar a reatividade dos produtos ciclizados 5f
testou-se frente a reação de acoplamento catalisado por CuI/bipiridina, entre
haletos arílicos e dicalcogenetos de diorganoíla. Esta metodologia possibilitou a
síntese de sistemas 2,3-bis-(calcogeno)benzo[b]furanos em rendimentos
moderados em 24 h de reação (Esquema 41).
O
I
SeBu
5f
CuI(10mol%); DMSO
Bipiridina (10mol%)
(ArSe)
2
O
SeAr
SeBu
7a - Ar = C
6
H
5
- 60%
7b - Ar = m-CF
3
(C
6
H
4
) - 50%
110
o
C, 24h
(0,5 eq.)
Esquema 41
65
(a) Taniguchi, N.; Onami, T.
J. Org. Chem
.
2004
,
69
, 915. (b) Taniguchi, N.
J. Org. Chem
.
2007
,
72
, 1241.
94
2.2.3 Reações de Acoplamento do Tipo Negishi Catalisada por Paládio
Reações de acoplamento cruzado catalisadas por metais de transição
entre centros de Csp
2
têm sido amplamente utilizadas na preparação de produtos
farmacêuticos e agroquímicos.
66
Neste sentido, o acoplamento cruzado de
nucleófilos de organozinco com compostos halogenados, catalisados por paládio,
conhecida como reação de Negishi, tornou-se uma eficiente ferramenta para
formação de novas ligações carbono-carbono.
67
Entre compostos de calcogênio,
os calcogenofenos desempenham um papel importante em síntese orgânica pois
muitos deles mostram atividade biológica.
68
Assim, halobenzo[b]furanos o
derivados importantes fornecendo oportunidades para tranformações posteriores.
Portanto, decidiu-se explorar a reatividade dos derivados de halobenzo[b]furanos,
o substrato 5j foi empregado eficientemente na reação de Negishi catalisada por
paládio, fornecendo os produtos 3-aril-2-(tiometil)-benzo[b]furanos 8a e 8b em
bons rendimentos e curto tempo reacional, sob condição branda (Esquema 42).
8a - R
2
= C
6
H
5
- 70%
8b - R
2
= tienila - 61%
R
2
ZnCl
O
I
SCH
3
O
SCH
3
Pd(PPh
3
)
4
10mol%
THF, t.a.; 2h
R
2
5j
Esquema 42
66
(a) Miyaura, N.
Cross-Coupling Reactions. A Practical Guide
; Springer: Berlin,
2002; (b)
Diederich, F.; Stang, P. J.
Metal-Catalyzed Cross-Coupling Reactions
; Wiley-VCH: Weinheim,
1998.
67
(a) Negishi, E.; Anastasia, L.
Chem. Rev.
2003
,
103
, 1979; (b) Negishi, E.
In Handbook of
Organopalladium Chemistry for Organic Synthesis
; Wiley and Sons: New York, 2002; Vols. 1 and
2; (c) Li, J. J.; Gribble, G. W
. Palladium in Heterocyclic Chemistry. In Tetrahedron Organic
Chemistry Series;
Pergamon: Amsterdam, 2000; Vol. 20; (d) Negishi, E.; Hu, Q.; Huang, Z.; Qian,
M.; Wang, G.
Aldrichim. Acta 2005
,
38
, 71.
68
Chemistry and Biology of Naturally-occurring Acetylenes and Related Compounds
; Lain, J.,
Breteler, H., Arnason, T., Hansen, L., Eds.; Elsevier: Amsterdam, 1988.
95
2.2.4 Aplicação dos derivados de Benzo[b]furanos em Reações de
Acoplamento do Tipo Suzuki: Síntese de 3-aril-2-(tiometil)-Benzo[b]furanos
A construção de benzo[b]furanos substituídos nas posições 2 e 3 é de
grande interesse sintético, devido a essa unidade ser encontrada em diversas
estruturas mais complexas que desempenham papel atrativo e aplicações
terapêuticas.
69
Neste contexto a preparação de benzo[b]furanos dissubstituídos
representa um desafio, e o acoplamento do tipo Suzuki é uma das ferramentas
metodológicas mais importantes para realizar a conversão de haloderivados a 3-
aril-benzo[b]furanos.
70
Nesse contexto, as reações de acoplamento cruzado do tipo Suzuki
catalisadas por sais de paládio, de haletos ou triflatos de arila com ácidos ou
ésteres borônicos, tornaram-se um método comum e conveniente na química
orgânica sintética.
71
Recentemente, avanços significativos têm sido realizados na
utilização de reagentes organoboro na formação de novas ligações carbono-
carbono em um grande número de reações catalisadas por sais de paládio.
Muitos exemplos desta metodologia já foram descritos na literatura, inclusive
empregando-se haletos de heterociclos como substrato.
Acreditamos que as reações de acoplamento cruzado catalisadas por
metais de transição seriam úteis para transformar a funcionalidade da posição 3
do anel calcogenofeno em outros substituintes, além disso, a presença do grupo
sulfeto na posição 2 do heterociclo é significante, uma vez que este poderia ser
facilmente oxidado levando a derivados de 2-sulfonilbenzo[b]furanos, os quais
tem atraído interesse da indústria farmacêutica.
61,62
69
(a) Kirilmis, C.; Ahmedzade, M.; Servi, S.; Koca, M.; Kizirgil, A.; Kazaz, C.
Eur. J. Med. Chem
.
2008
,
43
, 300. (b) Schultz, D. M.; Prescher, J. A.; Kidd, S.; Marona-Lewicka, D.; Nichols, D. E.;
Monte, A.
Bioorg. Med. Chem
.
2008
,
16
, 6242. (c) Ando, K.; Kawamura, Y.; Akai, Y.; Kunitomo, J.;
Yokomizo, T.; Yamashita, M.; Ohta, S.; Ohishi, T.; Ohishi, Y.
Org. Biomol. Chem
.
2008
,
6
, 296. (d)
Sakata, Y.; Kuramoto, M.; Ando, K.; Yamaguchi, M.; Kawasaki, I.; Kunitomo, J-I.; Yokomizo, T.;
Ohishi, Y.
Org. Biomol. Chem
.
2007
,
5
, 3083.
70
Colobert, F.; Castanet, A-S.; Abillard, O.
Eur. J. Org. Chem
.
2005
, 3334.
71
(a) Miyaura, N.; Suzuki, A.
Chem. Rev
.
1995
,
95
, 2457. (b) Suzuki, A.
Pure Appl. Chem
.
1994
,
66
, 213. (c) Suzuki, A. In
Metal-Catalyzed Cross-Coupling Reactions
; Diederich, F., Stang, P. J.,
Eds.; Wiley-VHC: Weinheim, 1998. (d) Lloyd-Williams, P.; Giralt, E.
Chem. Soc. Rev. 2001
,
30
,
145.
96
Dessa forma, decidiu-se examinar a reação de acoplamento do tipo Suzuki
com os derivados de 3-iodo-2-(tiometil)-benzo[b]furanos 5j, 5s e 5t com ácidos
borônicos na presença de sais de paládio (Esquema 43).
9a-u
O
I
SCH
3
+
O
Ar
SCH
3
ArB(OH)
2
R= H, 5j; R= Me, 5s; R= F, 5t
R
R
[Pd]
Esquema 43
De posse dos 3-iodo-2-(tiometil)benzo[b]furanos 5, partiu-se em busca das
melhores condições de acoplamento cruzado tipo Suzuki entre estes e ácidos
borônicos sob catálise de sais de paládio. Para tanto, 3-iodo-2-(tiometil)-
benzo[b]furano 5j e ácido fenilborônico foram escolhidos como substratos padrão
para este estudo sistemático.
Sendo assim, com base em resultados prévios de nosso grupo de
pesquisa, reagiu-se o substrato 5j (0,5 mmol) com ácido fenilborônico (0,75
mmol), usando-se DMF (4,0 mL) como solvente e H
2
O (0,4 mL), frente a
diferentes sais de paládio, sendo os resultados obtidos mostrados na Tabela 4.
Tabela 4
. Estudo dos Catalisadores de Paládio na Reação de Acoplamento
a
5j
O
I
SCH
3
B(OH)
2
+
O
SCH
3
[Pd], K
2
CO
3
/ H
2
O
DMF, 100
o
C
9a
# Catalisador (mol %) Rendimento 9a (%)
b
1 Pd(PPh
3
)
4
(5) 97
2 Pd(acac)
2
(5) traços
PdCl
2
(PPh
3
)
2
(5) 83
97
4 PdCl
2
(PhCN)
2
(5) traços
5 PdCl
2
(5) n.r
6 Pd(OAc)
2
(5) 15
7 Pd(PPh
3
)
4
(2) 93
8 - n.r
a
Reações foram realizadas na presença de
5j
(0.5 mmol), ácido borônico (0.75 mmol),
K
2
CO
3
(1.0 mmol), H
2
O (0.4 mL), em DMF (4.0 mL), a 100
o
C, durante 1h.
b
Rendimentos são dados por CG.
Analisando-se a Tabela 4, catalisadores de Pd(0) e Pd(II) com diferentes
ligantes foram testados, sendo que para o acoplamento cruzado entre o 3-iodo-2-
(tiometil)-benzo[b]furano 5j e o correspondente ácido borônico, o catalisador mais
efetivo foi Pd(PPh
3
)
4
(Tabela 4, exemplo 1). É importante destacar que a redução
da quantidade de catalisador de 5 para 2 mol% não representou uma alteração
significativa no rendimento (Tabela 4, exemplos 1 e 7). Os demais sais de paládio
foram menos efetivos (Tabela 4, exemplos 2, 4-6).
Tabela 5
. Estudo dos Efeitos de Base e Solvente sob a Reação de Acoplamento
a
Pd(PPh
3
)
4
(2%)
5j
9a
O
I
SCH
3
B(OH)
2
+
O
SCH
3
base, solvente
# Base Solvente Rendimento 9a (%)
b
1 K
2
CO
3
DMF 93
2 K
2
CO
3
Dioxano 95
3 K
2
CO
3
Tolueno 45
4 K
2
CO
3
CH
3
CN 90
5 K
2
CO
3
DME n.r.
98
6 K
2
CO
3
THF 70
7 K
3
PO
4
DMF 64
8 Na
2
CO
3
DMF 60
9 Cs
2
CO
3
DMF 73
10 NaOH DMF 36
11 K
2
CO
3
DMF
54
c
a
Reações foram realizadas utilizando
5j
(0,5 mmol), ácido borônico (0,75 mmol), Pd(PPh
3
)
4
(2 mol%), base
(1,0 mmol), H
2
O (0,4 mL) com diferentes solventes (4,0 mL), 100
o
C.
b
Rendimentos são dados por CG.
c
Reação realizada sem H
2
O.
Em relação à influência do solvente na reação, observou-se que DMF
apresentou os melhores resultados (Tabela 5, exemplo 1). O uso de dioxano,
MeCN e THF (Tabela 5, exemplos 2, 4 e 6) apresentaram bons rendimentos,
enquanto que DME não forneceu o produto de acoplamento (Tabela 5, exemplo
5). Observou-se que a natureza da base é crucial para a reação, assim a reação
do substrato 5j e ácido fenilborônico utilizando Pd(PPh
3
)
4
(2 mol%) em DMF foi
investigada na presença de diferentes bases como mostrado na Tabela 5.
Quando a reação foi realizada com solução aquosa de bases inorgânicas tais
como: K
3
PO
4,
Cs
2
CO
3
, Na
2
CO
3
o produto de acoplamento foi obtido em bons
rendimentos (Tabela 5; exemplos 7-9), enquanto que o uso de NaOH (Tabela 5,
exemplo 10) forneceu o produto desejado, porém em baixo rendimento. É
importante ressaltar que a realização da reação sem solução aquosa de base leva
a apenas 54% do 3-aril-2-(tiometil)-benzo[b]furano (Tabela 5, exemplo 11).
Após uma análise detalhada dos experimentos realizados a então,
considerou-se como condição ideal para as reações de acoplamento a utilização
de Pd(PPh
3
)
4
(2 mol%), 3-iodo-2-(tiometil)-benzo[b]furano 5j (0,5 mmol), ácido
fenilborônico (0,75 mmol) em DMF (4,0 mL) e H
2
O (0,4 mL) a temperatura
ambiente. Após, a adição de base K
2
CO
3
(1,0 mmol) e a reação é executada a
100
o
C por 1h. Utilizando esta condição reacional foi possível preparar uma série
de derivados de 3-aril-2-(tiometil)-benzo[b]furano em excelentes rendimentos.
Com o intuito de demonstrar a eficiência deste método, aplicou-se
99
sistematicamente este protocolo com diversos ácidos borônicos e 3-iodo-2-
(tiometil)-benzo[b]furanos e os resultados são resumidos na Tabela 6.
Tabela 6
. Acoplamento com diversos Ácidos Borônicos e Derivados de 3-iodo-2-(tiometil)-
benzo[
b
]furanos
Pd(PPh
3
)
4
(2%)/K
2
CO
3
/H
2
O
9a-u
O
I
SCH
3
B(OH)
2
+
O
SCH
3
DMF, 100
o
C
R
R=H, 5J; R=Me, 5s; R= F, 5t
# Substrato Ácido Borônico
Produto Rend. (%)/Tempo
1
O
I
SCH
3
5j
B(OH)
2
O
SCH
3
9a
93
(1h)
2
5j
B(OH)
2
MeO
O
SCH
3
9b
OMe
80
(1h)
3
5j
B(OH)
2
O
SCH
3
9c
92
(2h)
100
4
5j
B(OH)
2
Cl
O
SCH
3
9d
Cl
63
(1h)
5
5j
B(OH)
2
Br
O
SCH
3
9e
Br
70
(2h)
6
5j
B(OH)
2
O
O
SCH
3
9f
O
70
(3h)
7
5j
B(OH)
2
O
O
SCH
3
9g
O
90
(1h)
8
5j
B(OH)
2
NO
2
O
SCH
3
9h
NO
2
57
(12h)
101
9
5j
B(OH)
2
CF
3
O
SCH
3
9i
CF
3
89
(2h)
10
5j
B(OH)
2
O
SCH
3
9j
83
(6h)
11
O
I
SCH
3
5s
B(OH)
2
O
SCH
3
9k
95
(1h)
12
5s
B(OH)
2
Cl
O
SCH
3
9l
Cl
86
(2h)
13
5s
B(OH)
2
CF
3
O
SCH
3
9m
CF
3
82
(1h)
102
14
5s
B(OH)
2
O
O
SCH
3
9n
O
60
(3h)
15
5s
B(OH)
2
O
SCH
3
9o
92
(4h)
16
O
I
SCH
3
5t
F
B(OH)
2
O
SCH
3
9p
F
80
(1h)
17
5t
B(OH)
2
MeO
O
SCH
3
9q
F
OMe
90
(1h)
18
5t
B(OH)
2
O
SCH
3
9r
F
82
(3h)
103
19
5t
B(OH)
2
Cl
O
SCH
3
9s
F
Cl
85
(1h)
20
5t
B(OH)
2
CF
3
O
SCH
3
9t
F
C
F
71
(2h)
21
5t
B(OH)
2
O
SCH
3
9u
F
82
(2h)
Analisando-se a Tabela 6, observou-se que a reação procede
satisfatoriamente para uma variedade de ácidos borônicos. Investigação mais
detalhada dos resultados revela que a reação é sensível a efeitos eletrônicos no
anel aromático ligado ao ácido borônico. Por exemplo, ácido aril borônico
contendo grupos doadores de elétrons, tais como metila e metoxila na posição
para deram melhores rendimentos se comparados aos análogos contendo grupos
retiradores de elétrons, halogênio e acetila (Tabela 6, exemplos 2,3 verus 4-6).
Estes resultados estão de acordo com o fato de que grupos doadores de elétrons
aumentam a nucleofilicidade do ácido borônico. Observou-se também que efeitos
estéricos representam uma pequena influência na reação de acoplamento, desde
que ácidos borônicos contendo grupo naftila e o-metila, deram resultados
104
similares aos ácidos borônicos sem substituintes, no entanto observou-se um
aumento no tempo reacional (Tabela 6, exemplos 10, 15, 18 e 21).
Diferenciação na reatividade entre halogênios e boro no substrato
nucleofílico demonstra que a reação é seletiva, uma vez que não se observou
subprodutos proveniente de homoacoplamento (Tabela 6, exemplos 4 e 5), sabe-
se que haleto arílico poderia reagir com ácido borônico na presença de sais de
paládio fornecendo os produtos biarílicos. Neste caso, o substituinte halogênio
não foi afetado.
Com o intuito de aumentar o escopo da metodologia, planejou-se extender
a reação de outros derivados de 3-iodo-2-(tiometil)-benzo[b]furanos com ácidos
borônicos. Assim os substrato 5s e 5t, os quais possuem substituinte metila e
flúor respectivamente, foram empregados no acoplamento eficientemente. Sob as
condições padronizadas, tanto ácidos borônicos com grupos doadores de elétrons
quanto retiradores de elétrons forneceram os produtos desejados em bons
rendimentos (Tabela 6, exemplos 11-21).
Com a finalidade de investigar a substituição dos ácidos borônicos por aril
trifluoroboratos, testou-se sob a condição padrão o 3-iodo-2-(tiometil)-
benzo[b]furanos 5j com os aril trifluoroboratos, fornecendo os respectivos 3-aril-2-
(tiometil)-benzo[b]furanos em bons rendimentos (Esquema 44).
Pd(PPh
3
)
4
(2%), K
2
CO
3
/H
2
O
DMF, 100
o
C
O
I
SCH
3
+
O
Ar
SCH
3
ArBF
3
K
Ar = p-OMeC
6
H
4
, 9u- 65%
p-MeC
6
H
4
, 9v- 70%
o-MeC
6
H
4
, 9w- 63%
tienila, 9x- 60%
5j
Esquema 44
Todos os compostos obtidos tiveram suas estruturas propostas
confirmadas por análise de ressonância magnética nuclear de hidrogênio e
carbono-13. Também foram realizadas análises de espectrometria de massas,
cujos dados comprovam a atribuição da estrutura dos compostos.
Apesar de os aspectos mecanísticos exatos desta transformação não
terem sido rigorosamente esclarecidos, o mecanismo apresentado no Esquema
105
45 pode ser uma provável rota química para obtenção dos 3-aril-2-(tiometil)-
benzo[b]furanos 9. O ciclo catalítico apresentado a seguir é semelhante ao
proposto por Kotha
72
e colaboradores para as reações de acoplamento entre
haletos orgânicos e ácidos borônicos.
O ciclo representado consiste nas seguintes etapas: (I) Adição oxidativa do
3-iodo-2-(metiltio)-benzo[b]burano à espécie de Pd(0) ativa no ciclo catalítico. (II)
Ocorre a remoção do haleto pela base para formar a espécie mais reativa de
organopaládio. A base também coordena ao átomo de boro aumentando sua
nucleofilicidade, facilitando assim, a transferência do grupo orgânico ligado ao
boro ao centro eletrofílico. (III) Transmetalação do ácido aril borônico, ativado pela
base K
2
CO
3
. (IV) Ocorre a eliminação redutiva resultando na formação do produto
biarílico 3 e restituição da espécie de Pd(0) ativa no ciclo catalítico.
Pd(0)
I
II
K
2
CO
3
III
IV
KI
ArB(OH)
2
OC(O
2
)K
ArB(OH)
2
K
2
CO
3
2 K
2
CO
3
KB(OH)
2
+
+
O
I
SMe
O
Pd
SMe
I
O
Pd OC(O
2
)K
SMe
O
Pd
SMe
Ar
O
Ar
SMe
72
Kotha, S.; Lahiri, K.; Kashinath, D.
Tetrahedron 2002
,
58
, 9633.
106
2.3 TRICLORETO DE FERRO E DICALCOGENETOS DE DIORGANOÍLA
PROMOVENDO A CICLIZAÇÃO DE 2-ALQUINILANISOL: SÍNTESE DE 3-
CALCOGENO-BENZO[b]FURANOS
Recentemente significantes avanços tem sido realizados na síntese de
benzo[b]furanos via halociclização de alquinos contendo um nucleófilo em
proximidade a tripla ligação, entre estes a ciclização de 2-alquinilanisóis
apresenta vantagens em comparação com as metodologias que empregam
paladio, uma vez que o halogênio é suscetível a sofrer diversas transformações.
Durante os últimos anos o desenvolvimento de metodologias alternativas
tem atraído considerável atenção, principalmente no que tange a aplicação de
protocolos de baixo custo e brandos . Neste sentido, sais de ferro mostram-se um
reagente extremamente versátil, devido ao baixo custo, não xico e ser
suscetível a mediar diversas transformações.
47-51
Assim neste trabalho planejou-se a ciclização de 2-alquinilanisóis 10a-e
(Esquema 46), utilizando-se tricloreto de ferro para mediar tanto à ativação do
dicalcogeneto de diorganoíla, quanto à tripla ligação.
OMe
Ar
R
2
YYR
2
R
1
FeCl
3
, CH
2
Cl
2
45
o
C
O
YR
2
Ar
R
1
R
1
= H, Me, F, Ar= m-F
3
C-C
6
H
5
, p-Me-C
6
H
5
; Y = S, Se, Te
10a-e
11a-t
Esquema 46
A síntese do material de partida 10a-e foi realizada via acoplamento de
Sonogashira entre haloanisóis e alquinos terminais, cabe ressaltar que utilizou-se
duas condições dependendo do haloanisol empregado. A reação realizada com
derivados de 2-bromoanisóis necessitou de aquecimento para consumo efetivo do
107
brometo, e a utilização de um excesso de 2,5 eq. da tripla terminal (Esquema
47).
73
R
1
X
OMe
R
PdCl
2
(PPh
3
)
2
2 mol%
CuI 1 mol%
Et
3
N, t.a.
(1,5 eq.)
OMe
R
1
R
R
1
= H, Me, F;
X= Br, I;
R= p-Me, m-CF
3
, H;
10a-e
Rend: 50-95%
65
o
C
Esquema 47
Primeiramente investigou-se o procedimento em relação a algumas
variáveis tais como: solvente, quantidade de FeCl
3
, quantidade de disseleneto de
difenila e temperatura. Empregou-se para isso o 2-alquinilanisol 10a e disseleneto
de difenila como substrato padrão para uma série de estudos.
Tabela 7
. Influência das Condições na Reação FeCl
3
/PhSeSePh e
10a
Ph
OMe
10a
O
SePh
Ph
11a
FeCl
3
/PhSeSePh
solvente, temperatura
# FeCl
3
(equiv)
PhSe)
2
(equiv)
Solvente Temperatura(
o
C) Rend.(%)
a
1 1,0 1.0 MeOH 65 60
2 0,2 1.0 MeOH 65 20
3 1,0 0.5 MeOH 65 48
73
Patrick, D. P.; Bakunov, S. A.; Bakunova, S. M.; Kumar, E. V. K. S.; Lombardy, R. J.; Jones, S.
K.; Bridges, A. S.; Zhirnov, O.; Hall, J. E.; Wenzler, T.; Brun, R.; Tidwell, R. R.
J. Med. Chem
.
2007
,
50
, 2468.
108
4 1,0 - MeOH 65 -
5 1,0 1.0 CH
3
CN 82 40
6 1,0 1.0 tolueno 110 50
7 1,0 1.0 THF 65 17
8 1,0 1.0 DMSO 100 -
9 1,0 1.0 CH
2
Cl
2
45 71
10 1,0 1.0 CH
2
Cl
2
t.a. 55
11 1,5 1.0 CH
2
Cl
2
45 65
12 2,0 1.0 CH
2
Cl
2
45 45
13 10 1.0 CH
2
Cl
2
45 20
b
14 1,0 1.0 CH
2
Cl
2
45 68
c
a
Rendimentos dados por CG.
b
Reação realizada sob atmosfera de ar.
c
Esta reação foi realizada
utilizando 1equiv. de metanol.
Assim, a mistura de disseleneto de difenila (0,5 mmol), FeCl
3
(0,5 mmol),
metanol como solvente foi reagido com o substrato 10a (0,5 mmol) sob
aquecimento de 65
o
C por 12h. É observado na Tabela 7, que a reação forneceu o
produto desejado 11a em 60% de rendimento (Tabela 7, exemplo 1).
Iniciou-se o estudo do efeito dos solventes na reação de ciclização, o uso
de MeCN, tolueno e THF no lugar de MeOH, forneceu rendimentos moderados a
baixos do produto 11a (Tabela 7, exemplos 5-7), enquanto que a utilização de
DMSO não foi efetivo para a formação do benzo[b]furano (Tabela 7, exemplo 8).
Em relação à quantidade de tricloreto de ferro, investiu-se na tentativa de realizar
o processo de ciclização sob catálise, reduzindo a quantidade de ferro de 1,0
109
equivalente para 20 mol%, porém esta reação forneceu rendimento insatisfatório,
mesmo após a alteração de alguns parâmetros, atmosfera de ar e diferentes
ligantes como agentes oxidantes (Tabela 7, exemplos 2 e 13). Observou-se
também que o aumento da quantidade de ferro para 1,5 e 2,0 equivalentes não
apresentou alterações significativas no rendimento (Tabela 7, exemplos 11 e 12).
Com respeito à infuência do dicalcogeneto, resultados satisfatórios foram
obtidos utilizando-se 1,0 equivalente de disseleneto de difenila (Tabela 7, exemplo
9), a redução para 0,5 equivalente acarretou numa diminuição no rendimento
(Tabela 7, exemplo 3). Vale ressaltar, que a ausência da espécie de
dicalcogeneto não leva a formação do benzo[b]furano 11a, foi observado a
formação do benzo[b]furano hidrogenado na posição 3 do anel heteroaromático e
parte do material de partida 10a foi recuperado, reforçando que a presença deste
e a quantidade empregada é essencial para o sucesso da reação de ciclização.
De posse das condições otimizadas, extendeu-se sistematicamente a
condição padrão para outros 2-alquinilanisóis e diferentes dicalcogenetos de
diorganoíla, e os resultados são apresentados na Tabela 8.
Tabela 8
. Síntese dos derivados de 3-calcogeno-benzo[
b
]furanos via Ciclização promovida por
FeCl
3
/R
2
YYR
2
Ar
OMe
O
YR
2
Ar
FeCl
3
(1 equiv), R
2
YYR
2
(1 equiv)
CH
2
Cl
2
, 45
o
C
R
1
R
1
10a-f
11a-s
# 2-alquinilanisol
R
2
YYR
2
Produto (Rend.)
a
1
OMe
Ph
10a
Se)
2
O
SePh
Ph
11a ( 71%)
110
2
10a
Se)
2
Cl
O
Se
Ph
11b ( 62%)
Cl
3
10a
n-BuSe)
2
O
Ph
11c ( 80%)
Se
4
10a
Se)
2
CF
3
O
Ph
11d ( 51%)
Se
CF
3
5
10a
Se)
2
O
Ph
11e ( 90%)
Se
6
10a
Se)
2
O
Ph
11f ( 64%)
Se
111
7
10a
Se)
2
O
Ph
11g ( 84%)
Se
8
10a
S)
2
O
Ph
11h ( 60%)
S
9
10a
Te)
2
O
Ph
11i ( 36%)
Te
10
OMe
Ph
10b
Se)
2
O
Ph
11j( 60%)
Se
11
10b
n-BuSe)
2
O
Ph
11k( 60%)
Se
12
10b
Se)
2
CF
3
O
Ph
11l (50%)
Se
CF
3
112
13
10b
Se)
2
O
Ph
11m (70%)
Se
14
OMe
Ph
10c
F
Se)
2
O
Ph
11n (79%)
F
Se
15
10c
n-BuSe)
2
O
Ph
11o (71%)
F
Se
16
10c
Se)
2
CF
3
O
Ph
11p (80%)
F
Se
CF
3
17
OMe
10d
Se)
2
O
11q (62%)
SePh
18
OMe
10e
CF
3
Se)
2
O
11r (75%)
SePh
CF
3
113
19
OMe
10f
MeO
Ph
Ph
Se)
2
O
O
SePh
PhPh
PhSe
11s (78%)
Tanto os dicalcogenetos de diorganoíla impedidos estericamente quanto os
não impedidos forneceram os produtos desejados em bons rendimentos (Tabela
8, exemplos 1 e 7). Aparentemente a reação foi sensível aos efeitos eletrônicos
dos substituintes no anel aromático dos dicalcogenetos. Por exemplo,
disselenetos arílicos com os grupos Cl e CF
3
apresentaram rendimentos inferiores
se comparados ao resultado observado com disseleneto substituído com grupo
metila no anel aromático (Tabela 8, exemplos 2, 4 e 5). A reação mostrou-se
suscetível a utilização de disselenetos alquilícos, tais como disseleneto de dibutila
e disseleneto de dibenzila, fornecendo os produtos de ciclização em 80 e 64%,
respectivamente (Tabela 8, exemplos 3 e 6).
É importante destacar que, por meio da metodologia desenvolvida foi
possível preparar benzo[b]furanos funcionalizados, tanto com disselenetos de
diorganoíla, quanto com dissulfetos e diteluretos de diorganoíla (Tabela 8,
exemplos 1, 8 e 9). A introdução da unidade organotelúrio na estrutura do
benzo[b]furano é de grande importância sintética, uma vez que as estruturas
contendo C(sp
2
)-Te configuram uma classe altamente atrativa de compostos, em
vista que podem ser aplicadas em reações de acoplamento catalisadas por
paládio
74
e na síntese de produtos naturais.
75
Na tentativa de ampliar o escopo da nossa metodologia, extendeu-se a
condição padrão para outros derivados de 2-alquinilanisóis, os quais continham
grupos Me 10b e F 10c no anel aromático do anisol. Observou-se que tanto
grupos doadores de elétrons (Me) quanto retiradores de elétrons (F) forneceram
os produtos em bons rendimentos (Tabela 8, exemplos 10-16). Também,
74
(a) Zeni, G.; Ludtke, D. S.; Panatieri, R. B.; Braga, A. L.
Chem. Rev. 2006
,
106,
1032. (b) Zeni,
G.; Braga, A. L.; Stefani, H. A.
Acc. Chem. Res. 2003
,
36
, 731.
75
(a) Zeni, G.; Panatieri, R. B.; Lissner, E.; Menezes, P. H.; Braga, A. L.; Stefani, H. A.
Org. Lett.
2001
,
3
, 819. (b) Alves, D.; Nogueira, C. W.; Zeni, G.
Tetrahedron Lett
.
2005
,
46
, 8761. (c) Marino,
J. P.; McClure, M. S.; Holub, D. P.; Comasseto, J. V.; Tucci, F. C.
J. Am. Chem. Soc
.
2002
,
124
,
1664.
114
investigou-se a possibilidade de realizar a dupla ciclização no substrato 10f,
sendo que este foi submetido à mesma condição Fe/PhSeSePh levando a
obtenção do produto 11s em 78% de rendimento (Tabela 8, exemplo 19).
Considerando os conhecimentos sobre a reação de dicalcogenetos de
diorganoíla e FeCl
3
,
76
o mecanismo proposto para o presente trabalho de
FeCl
3
/RYYR promovendo a ciclização de 2-alquinilanisol a 3-calcogeno-
benzo[b]furanos foi baseado em dados experimentais obtidos durante o
andamento do trabalho. (a) em todas as reações observou-se a formação de
PhYMe como subproduto, detectado por CGMS, esta evidência indica que a
presença do ânion calcogenolato (PhY
-
), e que este age como agente nucleofílico
para remover o grupo metila no intermediário ciclizado; (b) a reação não funciona
sem a presença de dicalcogeneto de diorganoíla; (c) quando reagiu-se FeCl
3
e
PhSeSePh, na mesma condição para a ciclização, porém na ausência do
substrato alquinilico, o observou-se a formação de PhSeCl, sugerindo que o
caminho da reação não segue a ciclização típica eletrofílica, onde tem-se o
PhSeCl como fonte eletrofílica (Esquema 48);
77
(d) o decréscimo no rendimento
de 71-48% quando utilizou-se 0,5 equiv. de PhSeSePh reforça a hipótese de que
metade do disseleneto foi incorporado a estrutura do benzo[b]furano, enquanto a
outra parte age como nucleófilo.
76
(a) Wang, M.; Ren, K.; Wang, L.
Adv. Synth. Cat
.
2009
,
351
, 1586. (b) Taher, D.; Pritzkow, H.;
Walfort, B.; Lang, H.
J. Organomet. Chem
.
2006
,
691
, 793.
77
Yue, D. W.; Yao, T. L.; Larock, R. C.
J. Org. Chem. 2005
,
70
, 10292.
115
CH
2
Cl
2
, 45
o
C
FeCl
3
+ PhSeSePh PhSeCl
PhSeCl
Cl
-
PhSeCl
OMe
R
OMe
RPhSe
+
O
SePh
R
Me
+
O
SePh
R
Cl
-
MeCl
Esquema 48
Além dos aspectos apresentados acima, observou-se que FeCl
3
não
funciona como catalisador nas condições testadas (Tabela 7, exemplo 2 e 13),
com base nos dados obtidos sugeriu-se que o mecanismo poderia envolver: (1)
redução da espécie de Fe(III) a Fe(II), (2) Fe(II) na ligação Se-Se formando uma
espécie de Fe(III) tetracoordenado quadrado planar ao selenolato; (3)
coordenação do centro metálico ao alquino formando um complexo catiônico
organo-Fe(III); (4) ataque anti do átomo de oxigênio na tripla ativada fornecendo o
intermediário I; (5) a reação de acoplamento
78
produz o sal II e o complexo
aniônico de Fe(II) [FeCl(SePh)]
-
e finalmente o ataque nucleofílico do ânion
selenolato ao grupo metila ligado ao átomo de oxigênio (Esquema 49).
78
Hatakeyama, T.; Yoshimoto, Y.; Gabriel, T.; Nakamura, M.
Org. Lett
.
2008
,
10
, 5341.
116
Fe
ArY
ArY
Cl
Cl
Fe
YAr
YAr
III
III
ArYYArFe(III)Cl
3
Fe(II)Cl
2
OMe
R
OMe
R
(III)Fe
O
Fe
R
Me
+
ArY
YAr
Cl
[FeCl(YAr)]¯
O
YAr
R
Me
+
O
YAr
R
ArYMe + Fe(0) +
I
II
Esquema 49
117
2.4 APLICAÇÃO DOS DERIVADOS DE 3-SELENOFENIL-2-ARIL-
BENZO[b]FURANOS EM REAÇÕES DE TROCA SePh-LÍTIO
As reações de troca SePh-lítio, são muito úteis do ponto de vista sintético,
particularmente por serem uma ferramenta versátil para a formação de novas
ligações carbono-carbono. O desenvolvimento de metodologias de preparação de
derivados de heterociclos funcionalizados tem atraído considerável atenção.
Previamente, Gronowitz e colaboradores, mostraram que derivados de
tiofenos litiados na posição 3 do anel heterocíclico podiam ser preparados através
de reações de troca halogênio-metal, em reações entre o 3-bromotiofeno com n-
BuLi.
79
Reações posteriores entre estes derivados litiados com eletrófilos foram
amplamente estudadas, porém a utilização deste método é limitada por
apresentar baixa estereosseletividade, ou seja, produtos racêmicos, e também
pelos derivados litiados do tiofeno serem instáveis a temperatura ambiente.
Analogamente a derivados do tiofeno em reações de troca halogênio-lítio,
os derivados iodados de selenofenos obtidos através de reações de ciclização
eletrofílica tornam-se compostos potenciais para este tipo de reações, onde os
intermediários formados poderiam reagir com diferentes fontes eletrofílicas
fornecendo como produtos selenofenos altamente substituídos.
Sendo assim, objetou-se a preparação do intermediário 3-lítio-2-aril-
benzo[b]furanos, o qual foi capturado com diferentes aldeídos, fornecendo os
respectivos álcoois secundários (Esquema 50).
O
HR
1
-78 °C t.a.
1h
O
SePh
Ph
11
n-BuLi
THF
-78 °C, 10 min
O
R
Li
Ph
R
O
R
Ph
R
1
HO
12
R= H, Me, F;
R
1
= alquila, arila
Esquema 50
79
(a) Gronowitz, S.; Hakansson, R.
Arkiv. Kemi
.
1959
,
17
, 73. (b) Gronowitz, S. Em
Organic
Sulphur Chemistry-Structure, Mechanism and Synthesis
; Sterling, C. J. M., Ed.; Butterworths:
London, 1975; 203.
118
Neste contexto, aplicou-se sistematicamente a metodologia de troca para
obtenção do intermediário litiado com uma variedade de aldeídos, sendo os
resultados listados na Tabela 9.
Tabela 9.
Reações do intermediário 3-litio-2aril-benzo[
b
]furano com eletrófilos
a
O
HR
1
-78 °C t.a.
1h
O
SePh
Ph
11
n-BuLi
THF
-78 °C, 10 min
O
R
Li
Ph
R
O
R
Ph
R
1
HO
12
R= H, 11a
R= Me, 11j
R= F, 11n
# Substrato 11
Eletrófilo
Produto (Rend.)
a
1
O
SePh
Ph
11a
H
O
O
Ph
HO
12a (70%)
2
11a
H
O
O
Ph
HO
12b (80%)
3
11a
H
O
MeO
O
Ph
HO
12c (67%)
OMe
119
4
11a
H
O
O
Ph
HO
12d
5
11a
H
O
O
Ph
HO
12e (85%)
6
11j
H
O
O
Ph
12f (85%)
HO
7
11j
H
O
Cl
O
Ph
12g (60%)
HO
Cl
8
11n
Cl
H
O
O
Ph
12h (51%)
HO
F
Cl
a
Rendimentos isolados.
Analisando-se a Tabela 9, pode-se observar que o intermediário litiado
reage satisfatoriamente com diferentes aldeídos arílicos e alifáticos. Aldeídos
aromáticos contendo grupamentos doadores de elétrons no anel aromático em
posições orto e para, tais como metila, fornecem os respectivos produtos de
120
adição à carbonila em rendimentos satisfatórios, onde o impedimento estérico não
interfere no rendimento dos produtos de reação (Tabela 9; exemplos 1 e 2).
Também foram obtidos bons rendimentos quando se utilizou aldeídos
aromáticos contendo grupos retiradores de elétrons nas posições para (Tabela 9;
exemplos 9). Finalizando, resultados satisfatórios foram obtidos em reações do
intermediário litiado com ciclohexilaldeído, fornecendo o respectivo álcool 12e em
bom rendimento (Tabela 9; exemplo 5).
Os compostos 12a-h obtidos tiveram suas estruturas propostas
confirmadas por análise de ressonância magnética nuclear de hidrogênio e
carbono-13, bem como, por análise elementar.
121
Considerações Finais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando-se os objetivos propostos para o presente trabalho e
analisando-se os resultados obtidos, é possível fazer algumas considerações
pertinentes frente ao estudo realizado.
Desenvolveu-se uma metodologia de obtenção de derivados de
benzo[b]furanos 5, funcionalizados nas posições 2 e 3 do anel heteroaromático,
via reações de ciclização eletrofílica de 2-calcogenoalquinilanisol 4. Através deste
protocolo, uma série de substratos 4 contendo diferentes substituintes na
molécula pôde ser preparada através de reações de funcionalização, sendo estes
posteriormente ciclizados com eletrófilos de iodo, bromo e selênio, fornecendo os
respectivos produtos 5 em rendimentos de moderados a excelentes em curtos
tempos reacionais, e condição branda.
A série de produtos ciclizados obtidos mostrou-se altamente versátil frente
a diferentes reações de acoplamento catalisadas por sais de cobre e paládio,
fornecendo os respectivos produtos em bons rendimentos.
O desenvolvimento de uma nova metodologia utilizando-se FeCl
3
/RYYR
para promover o processo de ciclização de 2-alquinilanisóis mostrou-se altamente
efetiva, os produtos de ciclização foram obtidos em rendimentos satisfatórios,
curto tempo reacional e pode-se destacar o emprego de condição branda.
Finalmente, estes produtos de ciclização 11 foram submetidos a mais um estudo
da reatividade, onde avaliou-se a reação de troca SePh-lítio, e o intermediário
litiado foi capturado por uma série de aldeídos, resultando na síntese de álcoois
secundários derivados de benzo[b]furanos, em bons rendimentos.
É importante destacar que o desenvolvimento desta metodologia mediada
por sais de Ferro e dicalcogenetos de diorganoíla vem possibilitando o estudo de
novas reações de ciclização com diferentes substratos em nosso laboratório, com
novas perspectivas de aplicação deste protocolo, bem como, o estudo detalhado
para a compreensão dos aspectos mecanísticos envolvidos nesse processo.
Cabe salientar que os resultados aqui apresentados para a defesa desta
tese resultaram na produção de três artigos, publicados em periódicos de nível
internacional de boa qualidade (ver Anexos).
123
Capítulo 3
Parte Experimental
Capítulo 3 - Parte Experimental
81
PARTE EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1.1 Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear.
Os espectros de RMN
1
H, RMN
13
C e RMN
77
Se, foram obtidos em
espectrômetros Bruker DPX, que operam na freqüência de 200 MHz e 400 MHz,
(Departamento de Química UFSM). Os deslocamentos químicos (δ) estão
relacionados em parte por milhão (ppm) em relação ao tetrametilsilano (TMS,
utilizado como padrão interno para os espectros de RMN
1
H) e CDCl
3
(para os
espectros de RMN
13
C), colocando-se entre parênteses a multiplicidade (s =
singleto, sl = singleto largo, d = dupleto, t = tripleto, quart = quarteto, quint =
quinteto, sex = sexteto, m = multipleto, dd = duplo dupleto, dt = duplo tripleto, td =
triplo dupleto), o número de hidrogênios deduzidos da integral relativa e a
constante de acoplamento (J) expressa em Hertz (Hz). Espectro de RMN de
77
Se
foi obtido em espectrômetro Bruker DPX 400 MHz. O deslocamento químico está
relacionado em parte por milhão (ppm) em relação ao disseleneto de difenila
como padrão interno (δ)= 463,27 ppm.
3.1.2 Espectrometria de Massas.
Os espectros de massas de baixa resolução (MS) foram obtidos a partir de
um aparelho Shimatzu GCMS- da UFSM.
Os espectros de massas de alta resolução (HRMS) foram obtidos a partir
de um aparelho Kratos-MS50TC-70 eV da Iowa State University – Ames, EUA. Os
valores calculados foram baseados no isótopo de
80
Se.
3.1.3 Rota-evaporadores.
Para remoção dos solventes das soluções orgânicas, foram utilizados:
- Rota-evaporador Heidolph VV 60;
- Rota-evaporador Heidolph 4011 - Digital;
Capítulo 3 - Parte Experimental
82
- Rota-evaporador Fisatom – Modelo 558;
- Linha de vácuo equipada com uma bomba de alto-vácuo Boc Edwards modelo
RV8 Rotary Vane.
3.1.4 Solventes e Reagentes.
Os solventes foram purificados e secos antes de serem utilizados,
conforme técnicas usuais.
80
Os reagentes restantes foram obtidos de fontes
comerciais e utilizados sem prévia purificação.
O THF foi refluxado sobre sódio metálico, utilizando como indicador a
benzofenona e destilado imediatamente antes do uso. Diclorometano e
acetonitrila foram destilados sobre pentóxido de fósforo e armazenados sob
peneira molecular. O metanol foi destilado de magnésio metálico. Pirrolidina e
trietilamina foram destiladas sobre KOH; o tolueno foi destilado sobre sódio
metálico e o etanol foi seco com óxido de cálcio.
A concentração do reagente de alquil-lítio foi determinada através de
titulação do mesmo com isopropanol, utilizando-se 1,10-fenantrolina como
indicador.
81
O selênio e telúrio elementar utilizados (~200 mesh ALDRICH)
foram secos em estufa a 80 °C durante 12 horas.
As placas de cromatografia em camada delgada foram obtidas de fontes
comerciais; Sílica G/UV
254
(0,20 mm). Utilizou-se, como método de revelação,
cuba de iodo, luz ultravioleta e solução ácida de vanilina.
Para os produtos purificados utilizando cromatografia em coluna, o material
usado foi uma coluna de vidro, gel de sílica 60 (230-400 mesh – MERCK) e, como
eluente, um solvente ou mistura de solventes adequados.
80
Perrin, D. D.; Armarego, W. L. Em
Purification of Laboratory Chemicals
, 4
th
ed. Pergamon Press,
New York, 1997.
81
Watson, S. C.; Eastham, J. F.
J. Organomet. Chem
.
1967
,
9
, 165.
3.2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
3.2.1 Preparação do Pd(PPh
3
)
4
82
A uma suspensão de PdCl
2
(0,301g; 1,7 mmol) em água (2,5 mL),
adicionou-se NaCl (0,198g; 3,4 mmol). A mistura foi aquecida de forma lenta e
cuidadosa, em chapa de aquecimento, sob agitação, a quase a secura.
Resfriou-se a reação e adicionou-se água (2,5 mL) e repetiu-se a evaporação até
a secura total da reação. Em seguida, adicionou-se etanol (50 mL), aqueceu-se a
60 °C e adicionou-se PPh
3
(2,67g; 10,2 mmol). Retirou-se o aquecimento e
adicionou-se N
2
H
4
.H
2
O (0,25 mL). Após 2-3 minutos de agitação, o sólido
levemente esverdeado foi separado por filtração em funil de Büchner, lavado com
éter etílico (2x 10 mL), e seco sob pressão reduzida, em bomba de alto vácuo.
Rendimento: 1,61g (80%).
3.2.2 Preparação do PdCl
2
(PPh
3
)
2
83
A uma suspensão de PdCl
2
(0,301g; 1,7 mmol) em água (2,5 mL),
adicionou-se NaCl (0,198g; 3,4 mmol). A mistura foi aquecida de forma lenta e
cuidadosa, em chapa de aquecimento, sob agitação, a quase a secura.
Resfriou-se a reação e adicionou-se água (2,5 mL) e repetiu-se a evaporação até
a secura total da reação. Em seguida, adicionou-se etanol (50 mL), aqueceu-se a
60°C e adicionou-se PPh
3
(1,78g; 6,8 mmol). Depois de 1-2 minutos, formou-se
um precipitado amarelo. Retirou-se o aquecimento e manteve-se a agitação por
mais 2-3 minutos. Filtrou-se a suspensão em funil de Büchner, lavou-se o sólido
com éter etílico (2x 10 mL) e secou-se em bomba de alto vácuo. Rendimento:
1,15g (97%).
82
Coulson, R. D.
Inorg. Synth.
1972
,
13
, 121.
83
Hartely, F. R.
Organometal. Chem. Rev. A. 1970
,
6
, 119.
Referências Bibliográficas
84
3.2.3 Preparação do PdCl
2
(PhCN)
2
84
Em 50 mL de benzonitrila, adicionou-se PdCl
2
(2,0g; 11,3 mmol) e
aqueceu-se a 100 °C, em chapa de aquecimento, sob agitação, por vinte minutos.
O paládio dissolveu-se de modo que a solução adquiriu uma coloração vermelha.
Filtrou-se a solução ainda a quente e adicionou-se o filtrado em 300 mL de éter de
petróleo. O sólido amarelo claro resultante foi removido por filtração e lavado com
éter de petróleo (10 mL). O sólido foi seco em bomba de alto vácuo. Rendimento:
4,0g (93%).
3.2.4 Preparação do Pd(acac)
2
43
A uma solução de Na
2
PdCl
4
, preparada in situ a partir do PdCl
2
(0,354g; 2
mmol) e NaCl (0,292g; 5 mmol) em água (4 mL), foi adicionado 2,4 pentanodiona
(1mL; 9,8 mmol) e uma solução aquosa de NaOH 4M (1,9 mL; 7,5 mmol). A
mistura é agitada até que ocorra a formação de um sólido amarelo. Este
precipitado é filtrado sob vácuo e lavado com água (2x 10 mL), metanol (2x 10
mL) e, por fim, éter etílico (2x 10 mL). O sólido foi seco em bomba de alto vácuo.
Rendimento: 0,543g (89%)
3.2.5 Procedimento geral para preparação dos derivados de 2-
alquinilcalcogenoanisóis 4a-c, 4g e 4i-l
Em um balão de 2 bocas, sob atmosfera de argônio, adicionou-se o 2-
etinilanisol (1 mmol) apropriado e THF (2 mL), previamente resfriado a -78
o
C, a
esta solução adicionou-se n-BuLi (0,4 mL de uma solução 2,5 M em hexano,
1mmol). A solução resultante tornou-se roxa, foi mantida nesta temperatura por
30 minutos. Após este tempo, permitiu-se que a temperatura subisse a 0
o
C e
adicionou-se brometo de fenilselenenila ou brometo de feniltelurenila (1,0 mmol)
em TFH (1 mL). A reação foi mantida a temperatura ambiente por 3 horas. Após
este tempo, a reação foi diluída em acetato de etila (60 mL) e lavada com solução
84
Doyle, J. R.; Slade, P. E.; Jonassen, H. B.
Inorg. Synth.
1960
, 216.
Referências Bibliográficas
85
saturada de NaCl (3x 30 mL). A fase orgânica foi seca com MgSO
4
e concentrada
sob vácuo. Os 2-calcogenoalquinilanisóis obtidos foram purificados por
cromatografia em coluna de gel de sílica utilizando-se hexano como eluente.
OMe
SePh
((2-metoxifenil)etinil)(fenil)seleneto (4a): Rend.: 0,232 g (81%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 200 MHz, δ(ppm): 7,66-7,59 (m, 2H); 7,45 (dd, J = 7,0 Hz e J =
2,0 Hz, 1H); 7,36-7,24 (m, 4H); 6,91 (t, J = 7,0 Hz, 2H); 3,30 (s, 3H).RMN
13
C:
CDCl
3
, 50 MHz, δ(ppm): 160,2; 133,4; 129,9; 129,4; 129,3; 128,6; 126,8; 120,4;
112,4; 110,6; 99,6; 72,8; 55,7. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 287 (7),
204 (79), 164 (84), 163 (100), 130 (47), 77 (5). Anal. Elem. (%) calculada para
C
15
H
12
OSe: C 62,73; H 4,21. Encontrada: C 63,11; H 4,81.
OMe
Se
CF
3
((2-metoxifenil)etinil)(3-trifluormetil)fenil)seleneto (4b):
Rend.: 0,195g (55%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,95 (s, 1H); 7,76 (d, J =
8,0 Hz, 1H); 7,49 (d, J = 7,8 Hz, 1H); 7,45-7,41 (m, 2H); 7,31 (td, J = 7,0 Hz e J =
2,0 Hz, 1H); 6,94-6,89 (m, 2H); 3,90 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm):
160,2; 133,1; 131,7 (q, J = 32,2 Hz); 131,5, 130,8; 130,1; 129,5; 125,2 (q, J = 3,7
Hz); 123,6 (q, J = 3,7 Hz); 122,3 (q, J = 272 Hz); 120,4; 112,0; 110,6; 101,1; 71,3;
55,7. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 352 (100), 309 (97), 272 (78), 230
(54), 130 (53), 117 (17), 90 (28). Anal. Elem. (%) calculada para C
16
H
11
F
3
OSe: C
54,10; H 3,12. Encontrada: C 54,29; H 3,33.
OMe
Se
OMe
(4-metoxifenil)((2-metoxifenil)etinil)seleneto (4c):
Rend.: 0,095 g (30%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,55 (dt, J = 7,0 Hz e J
= 2,0 Hz, 2H); 7,41 (dd, J = 7,0 Hz e J = 2,0 Hz, 1H); 7,29-7,24 (m, 1H); 6,90-6,85
(m, 4H); 3,87 (s, 3H); 3,78 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 159,9;
Referências Bibliográficas
86
159,1; 133,1; 131,1; 129,6; 120,2; 118,5; 115,1; 112,3; 110,5; 98,1; 73,8; 55,6;
55,2. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 317 (6), 314 (77), 299 (67), 271
(45), 234 (80), 150 (100). Anal. Elem. (%) calculada para C
16
H
14
O
2
Se: C 60,58; H
4,45. Encontrada: C 60,17; H 5,07.
OMe
TePh
((2-metoxifenil)etinil)(fenil)telureto (4g): Rend.: 0,281 g (84%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,76-7,73 (m, 2H); 7,41 (dd, J = 7,0 Hz e J =
1,5 Hz, 1H); 7,26-7,23 (m, 4H); 6,88 (qd, J = 7,0 Hz e J = 2,0 Hz, 2H); 3,87 (s,
3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 160,3; 134,6; 133,7; 129,9; 129,6; 127,6;
120,3; 113,7; 112,6; 110,5; 99,9; 55,7; 51,1. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade
relativa): 335 (18), 204 (100), 176 (23), 163 (70), 130 (74), 129 (40), 77 (5). Anal.
Elem. (%) calculada para C
15
H
12
OTe: C 53,64; H 3,60. Encontrada: C 54,27; H
3,46.
OMe
SePh
MeO
((2,4-dimetoxifenil)etinil)(fenil)seleneto (4i): Rend.: 0,221
g (70%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,61-7,58 (m, 2H); 7,40- 7,37 (m, 1H);
7,32-7,27 (m, 2H); 7,22 (tt, J = 7,0 Hz e J = 2,0 Hz, 1H); 6,46-6,43 (m, 2H); 3,87
(s, 3H); 3,81 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 161,6; 160,4; 134,6;
129,6; 129,3; 128,5; 126,6; 104,9; 104,7; 99,5; 98,3; 70,6; 55,8; 55,4. MS (EI, 70
eV) m/z (intensidade relativa): 317 (6), 299 (50), 271 (34), 234 (100), 150 (53), 77
(5). Anal. Elem. (%) calculada para C
16
H
14
O
2
Se: C 60,58; H 4,45. Encontrada: C
59,91; H 4,18.
OMe
SePh
((2-metoxi-5-metilfenil)etinil)(fenil)seleneto (4j): Rend.:
0,213 g (71%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,62-7,60 (m, 2H); 7,32-7,23
(m, 4H); 7,08 (d, J = 8,0 Hz, 1H); 6,77 (d, J = 8,0 Hz, 1H); 3,85 (s, 3H); 2,25 (s,
Referências Bibliográficas
87
3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 158,2; 133,7; 130,4; 129,6; 129,4; 128,6;
126,7; 112,0; 110,6; 99,8; 80,7; 72,3; 55,8; 20,2. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade
relativa): 301 (8), 298 (100), 256 (59), 218 (63), 176 (98), 144 (54), 114 (42). Anal.
Elem. (%) calculada para C
16
H
14
OSe: C 63,79; H 4,68. Encontrada: C 64,03; H
4,85.
OMe
SePh
MeO
((2,5-dimetoxifenil)etinil)(fenil)seleneto (4k): Rend.: 0,212
g (67%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,65-7,61 (m, 2H); 7,33-7,28 (m, 2H);
7,23 (tt, J = 7,0 Hz e J = 2,0 Hz, 1H); 6,99 (d, J = 2,0 Hz, 1H); 6,85-6,79 (m, 2H);
3,83 (s, 3H); 3,74 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 154,6; 153,0; 129,4;
129,1; 128,6; 126,8; 117,8; 115,8; 111,9; 99,5; 81,0; 72,9; 56,3; 55,7. MS (EI, 70
eV) m/z (intensidade relativa): 317 (8), 314 (100), 299 (45), 271 (43), 235 (41),
220 (43), 150 (80). Anal. Elem. (%) calculada para C
16
H
14
O
2
Se: C 60,58; H 4,45.
Encontrada: C 60,86; H 5,10.
OMe
SePh
F
((5-fluor-2-metoxifenil)etinil)(fenil)seleneto (4l): Rend.:
0,198 g (65%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,62-7,59 (m, 2H); 7,33-7,29
(m, 2H); 7,27-7,23 (m, 1H); 7,13 (dd, J = 5,0 Hz e J = 3,1 Hz, 1H); 6,97 (td, J = 6,0
Hz e J = 3,2 Hz, 1H); 6,78 (dd, J = 5,0 Hz e J = 4,0 Hz, 1H); 3,85 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,4; 156,5; 156,4; 155,0; 129,5; 128,7; 126,9;
119,4 (d, J = 24 Hz); 116,2 (d, J = 23 Hz); 113,4 (d, J = 9,5 Hz); 111,5 (d, J = 9,0
Hz); 98,5 (d, J = 3,0 Hz); 74,5; 56,3. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 302
(100), 287 (34), 259 (55), 257 (31), 222 (42), 180 (73), 148 (38). Anal. Elem. (%)
calculada para C
15
H
11
FOSe: C 59,03; H 3,63. Encontrada: C 58,91; H 3,02.
Referências Bibliográficas
88
3.2.6 Procedimento para a preparação de 2-calcogenoalquinilanisóis 4d e 4h
Em um balão de duas bocas sob atmosfera de argônio, contendo a solução
de 2-etinilanisol apropriado (1mmol) em THF (2 mL), previamente resfriada a -
78
o
C, foi adicionado n-butillítio (0.4 mL de uma solução 2,5M em hexano, 1mmol)
lentamente. A solução resultante foi agitada por 30 minutos nesta temperatura.
Após este tempo, permitiu-se a elevação da temperature até 0
o
C e adicionou-se
Selênio ou Telúrio elementar (1,0 mmol). A reação ficou sob agitação à
temperature ambiente até total consumo do lido elementar. Posteriormente
adicionou-se bromo butano (1,0 mmol), e deixou-se reagindo por mais 3h a
temperature ambiente. Após este tempo, a reação foi diluída em acetato de etila
(60 mL) e lavada com solução saturada de NaCl (3x 30 mL). A fase orgânica foi
seca com MgSO
4
e concentrada sob vácuo. Os 2-calcogenoalquinilanisóis obtidos
foram purificados por cromatografia em coluna de gel de sílica utilizando-se
hexano como eluente.
OMe
Se
Butil((2-metoxifenil)etinil)seleno (4d): Rend.: 0,186 g
(70%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,37 (dd, J = 7,0 Hz and J = 2,0 Hz,
1H); 7,24 (td, J = 7,0 Hz and J = 2,0 Hz, 1H); 6,89-6,82 (m, 2H); 3,85 (s, 3H); 2,87
(t, J = 7,0 Hz, 2H); 1,87 (quint, J = 7,0 Hz, 2H); 1,47 (sext, J = 7,0 Hz, 2H); 0,95 (t,
J = 7,0 Hz, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 159,9; 133,2; 129,2; 120,2;
112,8; 110,5; 95,4; 74,3; 55,6; 32,0; 29,3; 22,4; 13,4. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 267 (15), 194 (23), 130 (100), 117 (44), 90 (27), 77 (3).
Anal. Elem. (%) calculada para C
13
H
16
OSe: C 58,43; H 6,03. Encontrada: C 57,91;
H 5,78.
OMe
Te
Butil((2-metoxifenil)etinil)telureto (4h): Rend.: 0,198 g
(63%). RMN
1
H: CDCl
3
, 200 MHz, δ(ppm): 7,36 (dd, J = 7,0 Hz e J = 2,0 Hz, 1H);
7,29-7,20 (m, 1H); 6,93-6,83 (m, 2H); 3,87 (s, 3H); 2,90 (t, J = 7,5 Hz, 2H); 1,94
Referências Bibliográficas
89
(quint, J = 7,5 Hz, 2H); 1,48 (sext, J = 7,5 Hz, 2H); 0,95 (t, J = 7,5 Hz, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 50 MHz, δ(ppm): 160,1; 133,7; 129,5; 120,2; 112,9; 110,4; 107,3;
68,6; 55,7; 33,5; 24,7; 13,3; 10,0. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 314
(52), 310 (30), 131 (71), 130 (100), 101 (32), 87 (23), 77 (12). Anal. Elem. (%)
calculada para C
13
H
16
OTe: C 49,43; H 5,11. Encontrada: C 49,84; H 5,17.
3.2.7 Procedimento geral para a preparação de 2-calcogenoalquinilanisol 4e
n-butil tio (0,4 mL de uma solução 2,5M em hexano, 1mmol) foi
adicionado, sob atmosfera de argônio, a uma solução de 2-etinilanisol (1 mmol)
em THF (2 mL) previamente resfriada a -78
o
C. A solução resultante foi agitada
por 30 minutos nesta temperatura. Após esse tempo, a mistura foi resfriada a 0
o
C
e adicionou-se o fenil benzenosulfonato (1,2 mmol ) em THF (1 mL). A reação foi
mantida a temperatura ambiente por 3 horas. Após este tempo, a reação foi
diluída em acetato de etila (60 mL) e lavada com solução saturada de NaCl (3x 30
mL). A fase orgânica foi seca com MgSO
4
e concentrada sob vácuo. Os 2-
calcogenoalquinilanisóis obtidos foram purificados por cromatografia em coluna
de gel de sílica utilizando-se hexano/acetato de etila como eluente.
OMe
SPh
((2-metoxifenil)etinil)(fenil)sulfeto (4e): Rend.: 0,218 g (91%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,54-7,51 (m, 2H); 7,44 (dd, J = 7,0 Hz e J =
1,5 Hz, 1H); 7,34- 7,26 (m, 3H); 7,19 (tt, J = 7,0 Hz e J = 1,5 Hz, 1H); 6,92-6,84
(m, 2H); 3,87 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 160,1; 133,1; 129,9;
129,0; 126,2; 125,8; 120,3; 112,1; 110,5; 94,6; 81,0; 78,9; 55,6. MS (EI, 70 eV)
m/z (intensidade relativa): 240 (3), 237 (100), 194 (97), 163 (34), 151 (31), 130
(38), 77 (15). Anal. Elem. (%) calculada para C
15
H
12
OS: C 74,97; H 5,03.
Encontrada: C 75,02; H 4,70.
Referências Bibliográficas
90
3.2.8 Procedimento geral para a preparação de 2-calcogenoalquinilanisol 4f
n-butil tio (0,4 mL de uma solução 2,5M em hexano, 1mmol) foi
adicionado, sob atmosfera de argônio, a uma solução de 2-etinilanisol (1 mmol)
em THF (2 mL) previamente resfriada a -78
o
C. A solução resultante foi agitada
por 30 minutos nesta temperatura. Após esse tempo, a mistura foi resfriada a 0
o
C
e adicionou-se o dissulfeto de dimetila (1,2 mmol ) em THF (1 mL). A reação foi
mantida a temperatura ambiente por 3 horas. Após este tempo, a reação foi
diluída em acetato de etila (60 mL) e lavada com solução saturada de NaCl (3x 30
mL). A fase orgânica foi seca com MgSO
4
e concentrada sob vácuo. Os 2-
calcogenoalquinilanisóis obtidos foram purificados por cromatografia em coluna
de gel de sílica utilizando-se hexano como eluente.
OMe
SMe
((2-metoxifenil)etinil)(metil)sulfeto (4f): Rend.: 0,128 g (72%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,37 (dd, J = 7,0 Hz e J = 2,0 Hz, 1H); 7,24 (td,
J = 7,0 Hz e J = 2,0 Hz, 1H); 6,88-6,81 (m, 2H); 3,83 (s, 3H); 2,46 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 159,8; 133,3; 129,3; 120,2; 112,3; 110,4; 87,8;
84,5; 55,5; 19,4. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 177 (15), 161 (23), 130
(100), 118 (59), 90 (65), 77 (11). Anal. Elem. (%) calculada para C
10
H
10
OS: C
67,38; H 5,65. Encontrada: C 67,72; H 5,81.
3.2.9 Procedimento Geral para Iodociclizações
A uma solução dos 2-calcogenoalquinilanisóis (0,25 mmol) em CH
2
Cl
2
(2
mL) foram adicionados gradativamente 1,1 equivalentes de I
2
ou ICl dissolvidos
em 3 mL de CH
2
Cl
2
. Manteve-se a reação a temperatura ambiente (com ICl -
20
o
C) sob agitação pelos tempos indicados na Tabela 3. O excesso de I
2
ou ICl foi
removido lavando-se a reação com solução saturada de Na
2
S
2
O
3
(20 mL).
Extraiu-se a reação com CH
2
Cl
2
(3x 20 mL). A fase orgânica foi seca com MgSO
4
e concentrada sob vácuo. Os produtos obtidos foram purificados por
Referências Bibliográficas
91
cromatografia em coluna de gel de sílica utilizando-se um gradiente de hexano e
acetato de etila como eluentes.
O
I
SePh
3-iodo-2-(selenofenil)benzo[b]furano (5a): Rend.: 0,090 g
(91%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,49-7,47 (m, 2H); 7,42-7,36 (m, 2H);
7,34-7,22 (m, 5H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 156,9; 147,6; 132,0; 131,3;
129,4; 129,0; 127,7; 126,1; 123,6; 121,7; 111,4; 78,8. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 395 (45), 270 (11), 242 (53), 163 (100), 156 (2). Anal. Elem.
(%) calculada para C
14
H
9
IOSe: C 42,13; H 2,27. Encontrada: C 42,39; H 2,39.
O
I
Se
CF
3
3-iodo-2-(3-(trifluormetil)selenofenil)benzo[b]furano
(5d): Rend.: 0,109 g (94%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,78 (s, 1H); 7,59
(d, J = 7,8 Hz, 1H); 7,48 (d, J = 7,5 Hz, 1H); 7,42-7,26 (m, 5H). RMN
13
C: CDCl
3
,
100 MHz, δ(ppm): 156,9; 146,4; 135,1; 131,5 (q, J = 32,2 Hz); 131,1; 130,2; 129,7;
128,4 (q, J = 3,7 Hz); 126,4; 124,6 (q, J = 3,7 Hz); 123,8; 123,4 (q, J = 272 Hz);
121,9; 111,4; 79,6. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 462 (85), 338 (12),
309 (100), 230 (68), 166 (29). Anal. Elem. (%) calculada para C
15
H
8
F
3
IOSe: C
38,57; H 1,73. Encontrada: C 38,90; H 2,01.
O
I
Se
OMe
3-iodo-2-(4-metoxiselenofenil)benzo[b]furano (5e): Rend.:
0,080 g (75%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,48-7,46 (m, 2H); 7,31 (d, J =
9,0 Hz, 1H); 7,25-7,24 (m, 3H); 6,92 (dd, J = 6,5 Hz e J = 2,5 Hz, 1H); 6,79 (d, J =
2,5 Hz, 1H); 3,86 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 156,6; 151,8; 148,0;
131,9; 129,4; 129,2; 127,7; 115,4; 112,1; 103,5; 78,7; 55,9. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 427 (6), 346 (4), 300 (21), 271 (48), 150 (37). HRMS
calculado para C
15
H
11
IO
2
Se: 429,8969. Encontrado: 429,8965.
Referências Bibliográficas
92
O
I
Se
3-iodo-2-(selenobutil)benzo[b]furano (5f): Rend.: 0,071 g
(75%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,42-7,40 (m, 1H); 7,33-7,23 (m, 3H);
3,05 (t, J = 7,5 Hz, 2H); 1,71 (quint, J = 7,5 Hz, 2H); 1,44 (sext, J = 7,5 Hz, 2H);
0,90 (t, J = 7,5 Hz, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 156,6; 147,9; 131,4;
125,2; 123,4; 120,9; 110,9; 75,3; 32,6; 28,6; 22,6; 13,5. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 377 (28), 375 (100), 320 (71), 194 (75), 166 (40). HRMS
calculado para C
12
H
13
IOSe: 379,9176. Encontrado: 379,9171.
O
I
SPh
3-iodo-2-(tiofenil)benzo[b]furano (5h): Rend.: 0,061 g (70%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,42-7,22 (m, 9H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz,
δ(ppm): 156,1; 150,0; 133,1; 131,2; 129,2; 127,3; 126,5; 123,6; 121,9; 111,5; 77,4.
MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 349 (15), 223 (3), 194 (58), 163 (16),
119 (14). Anal. Elem. (%) calculada para C
14
H
9
IOS: C 47,74; H 2,58. Encontrada:
C 47,91; H 2,72.
O
I
SCH
3
3-iodo-2-(tiometil)benzo[b]furano (5j): Rend.: 0,067 g (93%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,40-7,38 (m, 1H); 7,32-7,24 (m, 3H); 2,57 (s,
3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 155,6; 152,8; 131,3; 125,3; 123,5; 120,9;
110,9; 69,9; 16,7. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 288 (21), 286 (100),
271 (65), 162 (3), 134 (13), 118 (28). Anal. Elem. (%) calculada para C
9
H
7
IOS: C
37,26; H 2,43. Encontrada: C 37,57; H 2,80.
O
SePh
I
I
Me
MeO
(2-(2,4-dimetoxifenil)-1,2-diiodovinil)seleno(fenil) (5m):
HRMS calculado para C
16
H
14
I
2
O
2
Se: 571,8248. Encontrado: 571,8251.
Referências Bibliográficas
93
O
I
SePh
3-iodo-5-metil-2-(selenofenil)benzo[b]furano (5n): Rend.:
0,078 g (76%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,47-7,44 (m, 2H); 7,28 (d, J =
8,0 Hz, 1H); 7,24-7,22 (m, 3H); 7,15-7,11 (m, 2H); 2,44 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
,
100 MHz, δ(ppm): 155,3; 147,4; 133,3; 131,8; 131,2; 129,4; 127,7; 127,4; 121,4;
78,7; 21,2. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 410 (27), 285 (7), 256 (41),
204 (77), 176 (100), 101 (58). HRMS calculado para C
15
H
11
IOSe: 413,902.
Encontrado: 413,9022.
O
I
SePh
MeO
3-iodo-5-metoxi-2-(selenofenil)benzo[b]furano (5p):
Rend.: 0,101 g (95%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,48-7,45 (m, 2H); 7,31
(d, J = 9,0 Hz, 1H); 7,25-7,23 (m, 3H); 6,93 (dd, J = 6,4 Hz e J = 2,7 Hz, 1H); 6,80-
6,79 (m, 1H); 3,86 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 156,6; 151,8;
131,9; 131,7; 129,4; 127,7; 116,2; 15,4; 112,1; 103,5; 78,7; 55,9. MS (EI, 70 eV)
m/z (intensidade relativa): 427 (6), 300 (21), 271 (48), 156 (9), 150 (100), 76 (23).
HRMS calculado para C
15
H
11
IO
2
Se: 429,8969. Encontrado: 429,8972.
O
I
SePh
F
5-fluor-3-iodo-2-(selenofenil)benzo[b]furano (5q): Rend.:
0,073 g (70%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,52-7,49 (m, 2H); 7,37-7,33
(m, 1H); 7,28-7,27 (m, 3H); 7,05 (dt, J = 8,0 Hz e J = 2,0 Hz, 2H). RMN
13
C:
CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 160,7; 158,3; 153,1; 149,6; 132,4; 129,4; 128,5; 128,0;
113,7 (d, J = 26,34 Hz); 112,1 (d, J = 9,5 Hz); 107,3 (d, J = 25,6 Hz); 77,5. MS (EI,
70 eV) m/z (intensidade relativa): 416 (4), 413 (52), 289 (11), 259 (61), 180 (100).
Anal. Elem. (%) calculada para C
14
H
8
FIOSe: C 40,32; H 1,93. Encontrada: C
40,47; H 2,21.
Referências Bibliográficas
94
3.2.10 Procedimento Geral para ciclizações com PhSeBr
A uma solução do 2-calcogenoalquinilanisol (0,25 mmol) em CH
2
Cl
2
(3 mL)
foram adicionados gradativamente 1,1 equivalentes de PhSeBr dissolvidos em 2
mL de CH
2
Cl
2
. Manteve-se a reação a temperatura ambiente sob agitação pelos
tempos indicados na Tabela 3. A reação foi diluída em H
2
O (20 mL), extraindo-se
a fase aquosa com CH
2
Cl
2
(3x 20 mL). A fase orgânica foi seca com MgSO
4
e
concentrada sob vácuo. O produto obtido foi purificado por cromatografia em
coluna de gel de sílica utilizando-se hexano como eluente.
O
SePh
SePh
2,3-bis(selenofenil)benzo[b]furano (5b): Rend.: 0,069 g (65%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,51-7,49 (m, 2H); 7,45 (d, J = 8,0 Hz, 1H);
7,40 (d, J = 7,8 Hz, 1H); 7,31-7,27 (m, 3H); 7,25-7,19 (m, 4H); 7,15-7,13 (m, 3H).
RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,2; 150,7; 132,8; 130,4; 130,3; 129,4;
129,2; 128,9; 127,8; 126,6; 125,3; 123,4; 120,9; 113,6; 111,4. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 427 (5), 269 (47), 242 (65), 163 (100), 155 (7), 76 (15).
HRMS calculado para C
20
H
14
OSe
2
: 429,9375. Encontrado: 429,9380.
O
SePh
Se
2-(selenobutil)-3-(selenofenil)benzo[b]furano (5g): Rend.:
0,069 g (68%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,47 (dt, J = 8,0 Hz e J = 1,0
Hz, 1H); 7,39 (dq, J = 7,0 Hz e J = 1,0 Hz, 1H); 7,31-7,28 (m, 2H); 7,26-7,13 (m,
5H); 3,08 (t, J = 7,5 Hz, 2H); 1,72 (quint, J = 7,5 Hz, 2H); 1,41 (sext, J = 7,5 Hz,
2H); 0,88 (t, J = 7,5 Hz, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,0; 151,9;
131,0; 130,7; 129,8; 129,1; 126,4; 124,3; 123,9; 120,1; 110,8; 32,7; 27,8; 22,7;
13,4. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 408 (9), 349 (4), 269 (100), 242
(43), 192 (21), 163 (70). HRMS calculado para C
18
H
18
OSe
2
: 409,9688.
Encontrado: 409,9691.
Referências Bibliográficas
95
O
SePh
SPh
3-(selenofenil)-2-(tiofenil)benzo[b]furano (5i): Rend.: 0,082 g
(86%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,45-7,39 (m, 2H); 7,35-7,32 (m, 4H);
7,31-7,14 (m, 8H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 156,2; 152,7; 133,3; 130,8;
130,3; 130,1; 129,3; 129,2; 127,4; 126,8; 125,7; 123,5; 121,2; 112,7; 111,5. MS
(EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 381 (3), 377 (100), 272 (4), 195 (75), 163
(75), 151 (54). Anal. Elem. (%) calculada para C
20
H
14
OSSe: C 62,99; H 3,70.
Encontrada: C 63,15; H 3,85.
O
SePh
SCH
3
3-(selenofenil)-2-(tiometil)benzo[b]furano (5k): Rend.: 0,071 g
(89%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,44 (d, J = 7,8 Hz, 1H); 7,38 (d, J = 7,8
Hz, 1H); 7,32-7,29 (m, 2H); 7,26-7,18 (m, 2H); 7,16-7,14 (m, 3H); 2,58 (s, 3H).
RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 156,8; 155,7; 130,9; 130,8; 129,9; 129,1;
126,4; 124,3; 123,4; 120,1; 110,7; 105,1; 16,0. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade
relativa): 318 (30), 269 (35), 237 (83), 194 (45), 119 (65), 76 (17). Anal. Elem. (%)
calculada para C
15
H
12
OSSe: C 56,43; H 3,79. Encontrada: C 56,12; H 3,45.
O
SePh
SePh
5-metil-2,3-bis(selenofenil)benzo[b]furano (5o): Rend.: 0,055
g (50%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,49-7,46 (m, 2H); 7,33 (d, J = 8,3
Hz, 1H); 7,29-7,27 (m, 2H); 7,24-7,20 (m, 4H); 7,16-7,12 (m, 3H); 7,08 (dd, J = 6,8
Hz e J = 1,5 Hz, 1H); 2,37 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 155,6;
133,1; 132,6; 130,9; 130,3; 130,1; 129,3; 129,1; 129,0; 127,7; 126,6; 126,4; 120,6;
113,1; 110,9; 21,2. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 442 (3), 283 (47),
256 (57), 204 (32), 176 (100), 76 (24). Anal. Elem. (%) calculada para
C
21
H
16
OSe
2
: C 57,03; H 3,65. Encontrada: C 56,86; H 3,40.
Referências Bibliográficas
96
O
SePh
SePh
F
5-fluor-2,3-bis(selenofenil)benzo[b]furano (5r): Rend.: 0,080
g (72%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,53-7,51 (m, 2H); 7,35 (dd, J = 5,0
Hz e J = 4,0 Hz, 1H); 7,31-7,23 (m, 6H); 7,17-7,15 (m, 3H); 7,05 (dd, J = 6,0 Hz e
J = 2,7 Hz, 1H); 6,97 (td, J = 6,4 Hz e J = 2,7 Hz, 1H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz,
δ(ppm): 160,7; 158,3; 153,3; 152,8; 133,2; 131,5; 131,4; 130,5; 131,4; 130,5;
130,2; 129,4; 129,3; 128,3; 128,1; 126,8; 129,9 (d, J = 26,34); 112,1 (d, J = 8,78
Hz); 106,4 (d, J = 25,61 Hz). MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 446 (2),
290 (12), 260 (79), 180 (100), 155 (21), 76 (20). HRMS calculado para
C
20
H
13
FOSe
2
: 447,9281. Encontrado: 447,9277.
3.2.11 Procedimento Geral para bromociclização
A uma solução de 0,25 mmol de 2-calcogenoalquinilanisol e CH
2
Cl
2
(3 mL),
1,1 equiv. of Br
2
em benzeno foi adicionado gota-a-gota. Manteve-se a reação a
temperatura ambiente sob agitação pelos tempos indicados na Tabela 3. A reação
foi diluída em H
2
O (20 mL), extraindo-se a fase aquosa com CH
2
Cl
2
(3x 20 mL). A
fase orgânica foi seca com MgSO
4
e concentrada sob vácuo. O produto obtido foi
purificado por cromatografia em coluna de gel de sílica utilizando-se hexano como
eluente.
O
Br
SePh
3-bromo-2-(selenofenil)benzo[b]furano (5c): Rend.: 0,066 g
(75%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,52-7,48 (m, 3H); 7,45 (d, J = 7,6 Hz,
1H); 7,36-7,30 (m, 2H); 7,26-7,24 (m, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm):
156,3; 132,0; 129,5; 128,9; 128,1; 127,8; 126,1; 123,6; 120,0; 111,6; 108,1; 99,9.
MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 351 (11), 270 (58), 242 (62), 163 (100),
156 (3), 76 (15). Anal. Elem. (%) calculada para C
14
H
9
BrOSe: C 47,76; H 2,58.
Encontrada: C 47,39; H 2,32.
Referências Bibliográficas
97
O
Br
SCH
3
3-bromo-2-(tiometil)benzo[b]furano (5l): Rend.: 0,045 g (74%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,44-7,40 (m, 2H); 7,32-7,25 (m, 2H); 2,55 (s,
3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 154,9; 149,0; 128,4; 125,3; 123,5; 119,3;
111,0; 101,4; 16,7. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 241 (21), 226 (100),
224 (91), 198 (17), 118 (74), 92 (33). HRMS calculado para C
9
H
7
BrOS: 241,9401.
Encontrado: 241,9405.
3.2.12 Procedimento Geral para a Reação de Acoplamento entre
Benzofurano 5a e Tióis Catalisada por CuI
Num tubo de Schlenck, sob atmosfera de argônio, contendo o 3-iodo-2-
(selenofenil)benzofurano 5a (0,5 mmol) em dioxano seco (3 mL) foi adicionado o
tiol (0,6 mmol). Após, adicionou-se Et
3
N (1 mmol) gota-a-gota, seguido da adição
de CuI (0,0095g, 10 mol%). A reação foi mantida a temperature de refluxo por
12h. Após este tempo, a solução foi resfriada a t.a. e diluída com diclorometano
(20 mL), e lavada com solução saturada de NH
4
Cl (3x20 mL). A fase orgânica foi
separada, seca com MgSO
4
, e concentrada sob vácuo. O resíduo foi purificado
por cromatografia em silica gel utilizando hexano como eluente.
O
S
SePh
2-(selenofenil)-3-(tiofenil)benzo[b]furano (6a): Rend.: 0,142 g
(75%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,54-7,52 (m, 1H); 7,45 (d, J = 8,3 Hz,
1H); 7,37 (d, J = 7,3 Hz, 1H); 7,28-7,08 (m, 11H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz,
δ(ppm): 157,1; 150,6; 135,5; 133,1; 131,6; 131,5; 130,5; 129,3; 128,9; 128,5;
127,6; 125,9; 125,3; 123,4; 120,2; 111,5. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade
relativa): 380 (27), 269 (85), 242 (68), 194 (72), 163 (100), 150 (55), 76 (31).
HRMS calculado para C
20
H
14
OSSe: 381,9931. Encontrado: 381,9935.
Referências Bibliográficas
98
O
S
SePh
Cl
3-(2-cloro-tiofenil)-2-(selenofenil)benzo[b]furano (6b): Rend.:
0,153 g (74%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,56-7,54 (m, 2H); 7,49 (d, J =
8,1 Hz, 1H); 7,39-7,19 (m, 7H); 7,01 (td, J = 6,4 Hz e J = 1,2 Hz, 1H); 6,90 (td, J =
6,6 Hz e J = 1,4 Hz, 1H); 6,67 (dd, J = 6,4 Hz e J = 1,4 Hz, 1H). RMN
13
C: CDCl
3
,
100 MHz, δ(ppm): 157,2; 152,1; 135,0; 133,5; 131,2; 129,5; 129,3; 128,9; 128,2;
127,8; 127,1; 127,0; 126,3; 125,4; 123,6; 120,0; 115,1; 111,6. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 414 (15), 269 (100), 242 (72), 221 (71), 194 (26), 150 (48),
76 (27). HRMS calculado para C
20
H
13
ClOSSe: 415,9541. Encontrado: 415,9538.
3.2.13 Procedimento Geral para a Reação de Acoplamento Cruzado entre 5f
e Disselenetos de Diarila Catalisado por CuI/Bipiridina
Em um balão de duas bocas munido de condensador de refluxo, sob
atmosfera de argônio foi adicionado disseleneto de difenila (0,25 mmol), 5f (0,5
mmol), CuI (10 mol%), bipiridina (10 mol%) e DMSO (2 mL). A mistura foi
aquecida até a temperature de 110
o
C por 24h. Após o tempo indicado, a solução
foi resfriada a temperatura ambiente, diluída com diclorometano (20 mL), e lavada
com solução aquosa saturada de NH
4
Cl (3x 20 mL). A fase orgânica foi separada,
seca com MgSO
4
, e concentrada sob vácuo. O resíduo foi purificado por
cromatografia em silica gel utilizando hexano como eluente.
O
Se
SeBu
2-(selenobutil)-3-(selenofenil)benzo[b]furano (7a): Rend.:
0,122 g (60%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,47 (dt, J = 8,0 Hz e J = 1,0
Hz, 1H); 7,39 (dq, J = 7,0 Hz e J = 1,0 Hz, 1H); 7,31-7,28 (m, 2H); 7,26-7,13 (m,
5H); 3,08 (t, J = 7,5 Hz, 2H); 1,72 (quint, J = 7,5 Hz, 2H); 1,41 (sext, J = 7,5 Hz,
Referências Bibliográficas
99
2H); 0,88 (t, J = 7,5 Hz, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,0; 151,9;
131,0; 130,7; 129,8; 129,1; 126,4; 124,3; 123,9; 120,1; 110,8; 32,7; 27,8; 22,7;
13,4. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 408 (9), 349 (4), 269 (100), 242
(43), 192 (21), 163 (70). HRMS calculado para C
18
H
18
OSe
2
: 409,9688.
Encontrado: 409,9691.
O
Se
SeBu
CF
3
2-(selenobutil)-3-(3-(trifluormetil)selenofenil)benzo[b]furano
(7b): Rend.: 0,119 g (50%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,84 (s, 1H); 7,76
(d, J = 7,8 Hz, 1H); 7,52 (d, J = 7,8 Hz, 1H); 7,44-7,37 (m, 2H); 7,34-7,27 (m, 3H);
3,06 (t, J = 7,3 Hz, 2H); 1,73 (quint, J = 7,3 Hz, 2H); 1,45 (sext, J = 7,6 Hz, 2H);
0,91 (t, J = 7,3 Hz, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 156,7; 147,9; 134,8;
131,5 (q, J = 32,9 Hz); 131,4; 131,3; 129,6; 128,3 (q, J = 3,6 Hz); 125,2; 124,9 (q,
J = 3,6 Hz); 123,5; 123,3 (q, J = 273 HZ); 121,0; 110,9; 99,9; 32,6; 28,6; 22,6;
13,5. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 476 (15), 472 (100), 336 (90), 309
(60), 259 (95), 166 (58). HRMS calculado para C
19
H
17
F
3
OSe
2
: 477,9562.
Encontrado: 477,9565.
3.2.14 Procedimento Geral para a Reação de Negishi Catalisada por Paládio
entre 5j e Zincatos
Em um tubo de Schlenk, sob atmosfera de argônio contendo previamente o
composto de organozinco preparado (1,5 mmol), é adicionado sequencialmente o
3-iodo-2-(tiometil)benzo[b]furano 5j (0,5 mmol) e Pd(PPh
3
)
4
(0,057 g, 10 mol%). A
mistura amarela é agitada sob temperatura ambiente e o tempo da reação é
determinado via monitoramento por TLC. Após o tempo necessário, a solução é
diluída com diclorometano (20 mL), e lavada com solução aquosa saturada de
NH
4
Cl (3x20 mL). A fase orgânica foi separada, seca com MgSO
4
, e concentrada
Referências Bibliográficas
100
sob vácuo. O resíduo foi purificado por cromatografia em silica gel utilizando
hexano como eluente.
O
SCH
3
2-(tiometil)-3-fenilbenzo[b]furano (8a): Rend.: 0,091 g (76%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 200 MHz, δ(ppm): 7,61-7,59 (m, 3H); 7,50-7,46 (m, 3H); 7,37 (t, J
= 7,3 Hz, 1H); 7,29 (t, J = 7,3 Hz, 1H); 7,23 (dd, J = 7,5 Hz e J = 2,5 Hz, 1H); 2,52
(s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 155,9; 147,5; 131,8; 129,1; 128,5;
128,3; 127,4; 124,4; 122,9; 122,5; 119,7; 110,8; 16,9. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 238 (26), 222 (17), 194 (100), 163 (23), 151 (10), 76 (8).
Anal. Elem. (%) calculada para C
15
H
12
OS: C 74,97; H 5,03. Encontrada: C 75,15;
H 5,39.
O
SCH
3
S
2-(tiometil)-3-(tiofen-2-il)benzo[b]furano (8b): Rend.: 0,075 g
(61%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,82-7,80 (m, 1H); 7,46-7,44 (m, 2H);
7,37 (dd, J = 4,0 Hz e J = 1,2 Hz, 1H); 7,32-7,25 (m, 2H); 7,16 (dd, J = 4,0 Hz e J
= 1,4 Hz, 1H); 2,56 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 155,3; 147,6;
133,1; 127,6; 127,2; 126,0; 125,0; 124,6; 123,2; 120,0; 116,4; 110,8; 16,8. MS (EI,
70 eV) m/z (intensidade relativa): 243 (100), 228 (75), 200 (64), 169 (15), 114
(20). HRMS calculado para C
13
H
10
OS
2
: 246,0173. Encontrado: 246,0177.
3.2.15 Procedimento Geral para a Reação de Suzuki entre 3-
halobenzofuranos e Àcidos Borônicos
Em um tubo de Schlenk, sob atmosfera de argônio contendo previamente
o composto 3-iodo-2-(tiometil)benzo[b]furan (0,5 mmol) em DMF (4,0 mL) e H
2
O
(0,4 mL) foi adicionado Pd(PPh
3
)
4
(0,011g, 2 mol%) e K
2
CO
3
(1 mmol). Finalmente
Referências Bibliográficas
101
adicionou-se o ácido borônico (0,75 mmol). A mistura é aquecida a 100
o
C
durante um período de 1-6 h. Após este tempo é resfriada a temperatura
ambiente, diluída com diclorometano (20 mL), e lavada com solução aquosa
saturada de NH
4
Cl (3x20 mL). A fase orgânica foi separada, seca com MgSO
4
, e
concentrada sob vácuo. O resíduo foi purificado por cromatografia em silica gel
utilizando hexano/acetato de etila como eluente.
O
SCH
3
2-(tiometil)-3-fenilbenzo[b]furano (9a): Rend.: 0,111 g (93 %).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,61-7,59 (m, 3H); 7,50-7,46 (m, 3H); 7,37 (t, J
= 7,3 Hz, 1H); 7,29 (t, J = 7,3 Hz, 1H); 7,23 (dd, J = 7,5 Hz e J = 2,5 Hz, 1H); 2,52
(s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 155,9; 147,5; 131,8; 129,1; 128,5;
128,3; 127,4; 124,4; 122,9; 122,5; 119,7; 110,8; 16,9. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 238 (26), 222 (17), 194 (100), 163 (23), 151 (10), 76 (8).
Anal. Elem. (%) calculada para C
15
H
12
OS: C 74,97; H 5,03. Encontrada: C 75,15;
H 5,39.
O
SCH
3
OMe
3-(4-metoxifenil)-2-(tiometil)benzo[b]furano (9b): Rend.: 0,108
g (80%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,59 (d, J = 7,6 Hz, 1H); 7,53 (d, J =
8,8 Hz, 2H); 7,47 (d, J = 8,0 Hz, 1H); 7,30-7,20 (m, 2H); 7,03 (d, J = 8,8 Hz, 2H);
3,85 (s, 3H); 2,49 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 159,0; 155,4; 146,8;
130,2; 128,4; 124,4; 124,0; 122,8; 122,4; 119,7; 114,0; 110,8; 55,2; 17,1. MS (EI,
70 eV) m/z (intensidade relativa): 269 (14), 267 (100), 252 (48), 224 (46), 181
(14), 150 (21).
Referências Bibliográficas
102
O
SCH
3
2-(tiometil)-3-p-toluilbenzo[b]furano (9c): Rend.: 0,116 g (92%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,60 (d, J = 7,6 Hz, 1H); 7,50 (d, J = 7,8 Hz,
2H); 7,44 (d, J = 8,0 Hz, 1H); 7,29 (d, J = 7,8 Hz, 2H); 7,25-7,17 (m, 1H); 2,50 (s,
3H); 2,40 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 155,4; 147,1; 137,2; 129,2;
128,9; 128,7; 128,3; 124,3; 122,8; 122,6; 119,7; 110,8; 21,2, 16,9. MS (EI, 70 eV)
m/z (intensidade relativa): 254 (3), 251 (100), 236 (24), 208 (58), 176 (13), 150
(19).
O
SCH
3
Br
3-(4-bromofenil)-2-(tiometil)benzo[b]furano (9e): Rend.: 0,111 g
(70%). RMN
1
H: (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 7,60 (d, J = 8,5 Hz, 2H); 7,54 (d, J =
7,6 Hz, 1H); 7,47-7,44 (m, 3H); 7,31-7,21 (m, 2H); 2,51 (s, 3H). RMN
13
C: (CDCl
3
,
50 MHz), δ (ppm): 155,4; 147,7; 131,7; 130,7; 130,5; 124,6; 123,1; 121,4; 121,3;
119,4; 110,9; 16,8. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 318 (10), 221 (100),
193 (11), 161 (14), 150 (33).
O
SCH
3
O
1-(4-(2-(tiometil)benzo[b]furano-3-il)fenil)etanone (9f): Rend.:
0,098 g (70%). RMN
1
H: (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 8,08 (d, J = 8,3 Hz, 2H); 7,70
(d, J = 8,3 Hz, 2H); 7,61 (d, J = 6,8 Hz, 1H); 7,50 (d, J = 7,6 Hz, 1H); 7,34-7,25 (m,
2H); 2,65 (s, 3H); 2,56 (s, 3H). RMN
13
C: (CDCl
3
, 50 MHz), δ (ppm): 197,5; 155,5;
148,7; 136,9; 135,8; 129,0; 128,6; 127,8; 124,6; 123,3; 121,1; 119,4; 111,0; 26,6;
Referências Bibliográficas
103
16,6. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 280 (17), 279 (100), 264 (35), 221
(12), 150 (21), 43 (58).
O
SCH
3
O
1-(3-(2-(tiometil)benzo[b]furano-3-il)fenil)etanona (9g): Rend.:
0,126 g (90%). RMN
1
H: (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 8,02 (t, J = 2,0 Hz, 1H); 7,95
(dt, J = 7,3 Hz e J = 1,2 Hz, 1H); 7,80 (dt, J = 7,3 Hz e J = 1,2 Hz, 1H); 7,59-7,54
(m, 2H); 7,49-7,47 (m, 1H); 7,30 (td, J = 7,3 Hz e J = 1,4 Hz, 1H); 7,25 (td, J = 7,5
Hz e J = 1,3 Hz, 1H); 2,64 (s, 3H); 2,53 (s, 3H). RMN
13
C: (CDCl
3
, 50 MHz), δ
(ppm): 197,6; 155,4; 148,0; 137,4; 133,4; 132,3; 128,8; 128,7; 127,8; 127,1; 124,6;
123,1; 121,4; 119,3; 110,9; 26,6; 16,7. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa):
280 (17), 278 (100), 264 (7), 150 (19).
O
SCH
3
NO
2
2-(tiometil)-3-(3-nitrofenil)benzo[b]furano (9h): Rend.: 0,081 g
(57%). RMN
1
H: (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 8,48 (t, J = 2,0 Hz, 1H); 8,20 (dd, J =
5,8 Hz e J = 2,0 Hz, 1H); 7,94 (d, J = 7,6 Hz, 1H); 7,64 (t, J = 7,8 Hz, 1H); 7,59 (d,
J = 8,5 Hz, 1H); 7,50 (d, J = 7,8 Hz, 1H); 7,35-7,24 (m, 2H); 2,57 (s, 3H). RMN
13
C
: (CDCl
3
, 50 MHz), δ (ppm): 155,4; 148,8; 148,4; 134,7; 133,6; 129,4; 127,4;
124,8; 123,5; 123,4; 122,0; 119,9; 119,0; 111,0; 16,5. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 282 (100), 250 (10), 221 (43), 192 (15), 162 (18), 150 (30).
O
SCH
3
CF
3
2-(tiometil)-3-(3-(trifluormetil)fenil)benzo[b]furano (9i): Rend.:
0,137 g (89%). RMN
1
H: (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 7,88 (s, 1H); 7,78 (d, J = 7,3
Hz, 1H); 7,63-7,55 (m, 3H); 7,49-7,47 (m, 1H); 7,33-7,23 (m, 2H); 2,53 (s, 3H).
Referências Bibliográficas
104
RMN
13
C: (CDCl
3
, 50 MHz), δ (ppm): 155,5; 148,4; 132,8; 132,3; 130,8 (q, J = 32
Hz); 129,9; 129,0; 125,7 (q, J = 3,7 Hz); 124,7; 124,0 (q, J = 3,6 Hz); 123,8 (q, J =
273 Hz); 123,3; 119,3; 111,0, 16,7. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 305
(100), 289 (8), 262 (95), 221 (15), 150 (13).
O
SCH
3
5-metil-2-(tiometil)-3-(naftalen-1-il)benzo[b]furano (9o):
Rend.: 0,139 g (92%). RMN
1
H: (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 7,89 (d, J = 8,0 Hz,
2H); 7,73 (d, J = 8,5 Hz, 1H); 7,54-7,34 (m, 5H); 7,08 (dd, J = 7,1 Hz e J = 1,5 Hz,
1H); 6,90 (s, 1H); 2,40 (s, 3H); 2,28 (s, 3H). RMN
13
C: (CDCl
3
, 50 MHz), δ (ppm):
153,8; 148,9; 133,7; 132,4; 132,0; 129,9; 129,3; 128,4; 128,3; 128,2; 125,9; 125,8;
125,6; 125,4; 121,4; 119,9; 110,3; 21,1; 16,9. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade
relativa): 300 (100), 285 (27), 270 (11), 258 (32), 242 (12), 223 (7).
O
SCH
3
F
5-fluor-2-(metiltio)-3-fenilbenzo[b]furano (9p): Rend: 0,103 g
(80%). RMN
1
H: (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 7,55-7,53 (m, 2H); 7,46 (t, J = 7,8 Hz,
2H); 7,37-7,33 (m, 2H); 7,24 (dd, J = 6,1 Hz e J = 2,5 Hz, 1H); 6,97 (td, J = 6,3 Hz
e J = 2,9 Hz, 1H); 2,50 (s, 3H). RMN
13
C: (CDCl
3
, 50 MHz), δ (ppm): 160,6; 158,2;
151,6; 149,5; 131,2; 128,7; 128,6; 127,6; 122,1; 111,8 (d, J = 26,3 Hz); 111,4 (d, J
= 9,5 Hz); 105,3 (d, J = 25,6 Hz); 16,5. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa):
255 (100), 239 (64), 212 (92), 192 (12), 168 (30), 150 (6).
O
SCH
3
F
OMe
5-fluor-3-(4-metoxifenil)-2-(tiometil)benzo[b]furano (9q):
Rend.: 0,130 g (90%). RMN
1
H: (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 7,50 (d, J = 8,5 Hz,
Referências Bibliográficas
105
2H); 7,37 (dd, J = 4,9 Hz e J = 4,1 Hz, 1H); 7,24 (dd, J = 6,1 Hz e J = 2,7 Hz, 1H);
7,04-6,97 (m, 3H); 3,86 (s, 3H); 2,51 (s, 3H). RMN
13
C: (CDCl
3
, 50 MHz), δ (ppm):
160,6; 159,1; 158,2; 151,6; 148,8; 130,0; 123,5; 122,3; 114,2; 111,9 (d, J = 24,8
Hz); 111,4 (d, J = 9,5 Hz); 105,3 (d, J = 24,8 Hz); 55,3; 16,7. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 285 (100), 269 (73), 242 (49), 226 (14), 155.6 (17).
O
SCH
3
S
2-(tiometil)-3-(tiofen-2-il)benzo[b]furano (9x): Rend.: 0,074 g
(60%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,82-7,80 (m, 1H); 7,46-7,44 (m, 2H);
7,37 (dd, J = 4,0 Hz e J = 1,2 Hz, 1H); 7,32-7,25 (m, 2H); 7,16 (dd, J = 4,0 Hz e J
= 1,4 Hz, 1H); 2.56 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 155,3; 147,6;
133,1; 127,6; 127,2; 126,0; 125,0; 124,6; 123,2; 120,0; 116,4; 110,8; 16,8. MS (EI,
70 eV) m/z (intensidade relativa): 243 (100), 228 (75), 200 (64), 169 (15), 114
(20). HRMS calculado para C
13
H
10
OS
2
: 246,0173. Encontrado: 246,0177.
3.2.16 Procedimento Geral para a Preparação dos Alquinilanisóis via
Acoplamento de Sonogashira
Em um balão de duas bocas sob atmosfera de argônio, contendo
PdCl
2
(PPh
3
)
2
(1mol%, ) e Et
3
N (3 mL) foi adicionado o 2-haloanisol (1 mmol) e
alquino terminal (1,5 mmol). A solução resultante foi agitada a t.a. por 5 minutos e
posteriormente adicionou-se CuI (2 mol%). Deixou-se reagindo por 12h a
temperatura ambiente, no caso dos derivados de 2-iodoanisóis. A utilização de 2-
bromoanisóis requer utilização de um excesso da tripla terminal (2,5 mmol) e
aquecimento de 65
o
C. Após o tempo indicado, a mistura é diluída com acetato de
etila (20 mL) e lavada com solução aquosa saturada de NH
4
Cl (3x20 mL). A fase
orgânica foi separada, seca com MgSO
4
, e concentrada sob vácuo. O resíduo foi
purificado por cromatografia em silica gel utilizando hexano/acetato de etila como
eluente.
Referências Bibliográficas
106
OMe
Ph
1-metoxi-2-(feniletinil)benzeno (10a): Rend.: 0,187 g (90%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,57-7,54 (m, 2H); 7,49 (dd, J = 5,9 Hz e J = 1,7 Hz,
1H); 7,35-7,27 (m, 4H); 6,95-6,89 (m, 2H); 3,91 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100
MHz, δ(ppm): 159,9; 133,5; 131,6; 129,7; 128,2; 128,0; 123,5; 120,4; 112,5; 110,7;
93,4; 85,7; 55,8. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 208 (100), 178 (32),
165 (47), 131 (40), 115 (10). Anal. Elem. (%) calculada para C
15
H
12
O: C 86,51; H
5,81. Encontrada: C 86,62; H 5,93.
OMe
Ph
1-metoxi-4-metil-2-(feniletinil)benzeno (10b): Rend.: 0,199 g
(90%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,55-7,53 (m, 2H); 7,34-7,28 (m, 4H);
7,07 (dd, J = 6,1 Hz e J = 2,2 Hz, 1H); 6,77 (d, J = 8,5 Hz, 1H); 3,85 (s, 3H); 2,26
(s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,9; 133,9; 131,6; 130,2; 129,6;
128,1; 127,9; 123,6; 112,0; 110,6; 93,0; 85,8; 55,9; 20,1. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 222 (100), 207 (13), 189 (6), 178 (72), 145 (34), 115 (7).
Anal. Elem. (%) calculada para C
16
H
14
O: C 86,45; H 6,35. Encontrada: C 86,59; H
6,48.
F
OMe
Ph
4-fluor-1-metoxi-2-(feniletinil)benzeno (10c): Rend.: 0,135 g
(60%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,56-7,53 (m, 2H); 7,35-7,32 (m, 3H);
7,19 (dd, J = 5,4 Hz e J = 3,1 Hz, 1H); 6,98 (td, J = 4,9 Hz e J = 3,1 Hz, 1H); 6,80
(dd, J = 4,9 Hz e J = 4,4 Hz, 1H); 3,87 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm):
157,6; 156,3; 131,6; 128,4; 128,3; 123,0; 119,6 (d, J = 24,1 Hz); 116,0 (d, J = 23,4
Hz); 113,5 (d, J = 9,5 Hz); 111,6 (d, J = 8,8 Hz); 94,2; 84,6; 56,4. MS (EI, 70 eV)
m/z (intensidade relativa): 226 (100), 196 (15), 183 (64), 149 (37). Anal. Elem. (%)
calculada para C
15
H
11
FO: C 79,63; H 4,90. Encontrada: C 79,72; H 5,01.
Referências Bibliográficas
107
OMe
1-metoxi-2-(p-toluiletinil)benzeno (10d): Rend.: 0,111 g
(50%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,47 (dd, J = 5,7 Hz e J = 1,7 Hz, 1H);
7,45-7,43 (m, 2H); 7,28-7,24 (m, 1H); 7,12 (d, J = 8,0 Hz, 2H); 6,92-6,85 (m, 2H);
3,87 (s, 3H); 2,33 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 159,8; 138,1; 133,4;
131,4; 129,5; 128,9; 120,4; 120,3; 112,6; 110,6; 93,5; 84,9; 55,7; 21,4. MS (EI, 70
eV) m/z (intensidade relativa): 222 (100), 207 (27), 178 (57), 152 (15), 131 (29).
OMe
CF
3
1-metoxi-2-((3-(trifluormetil)fenil)etinil)benzeno (10e):
Rend.: 0,262 g (95%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,81 (s, 1H); 7,68 (d, J =
7,8 Hz, 1H); 7,52-7,47 (m, 2H); 7,39 (t, J = 7,8 Hz, 1H); 7,28 (td, J = 6,8 Hz e J =
1,7 Hz, 1H); 6,93-6,85 (m, 2H); 3,85 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm):
160,0; 134,5; 133,5; 130,8 (q, J = 32,9 Hz); 130,2; 128,7; 128,2 (q, J = 4,4 Hz);
124,5; 124,4; 123,7 (q, J = 4,0 Hz); 120,4; 111,7; 110,6; 91,6; 87,4; 55,6. MS (EI,
70 eV) m/z (intensidade relativa): 276 (100), 233(17), 207 (11), 131 (55), 178 (22).
Anal. Elem. (%) calculada para C
16
H
11
F
3
O: C 69,56; H 4,01. Encontrada: C 69,63;
H 4,29.
3.2.17 Procedimento Geral para a Ciclização Promovida por FeCl
3
de
Alquinilanisóis e Dicalcogenetos de Diorganoíla
Em um balão de duas bocas munido de condensador de refluxo, sob
atmosfera de argônio, contendo uma solução de FeCl
3
(0,081g, 0,5 mmol) em
CH
2
Cl
2
(3 mL) foi adicionado o alquinilanisol 1a-f (0,5 mmol) em CH
2
Cl
2
(2 mL). A
mistura foi aquecida á 45
o
C aconsumo do material de partida. Após este tempo
é resfriada a temperatura ambiente, diluída com diclorometano (20 mL), e lavada
com solução aquosa saturada de NH
4
Cl (3x20 mL). A fase orgânica foi separada,
Referências Bibliográficas
108
seca com MgSO
4
, e concentrada sob vácuo. O resíduo foi purificado por
cromatografia em silica gel utilizando hexano/acetato de etila como eluente.
O
SePh
Ph
2-fenil-3-(selenofenil)benzo[b]furano (11a): Rend.: 0,123 g (71%)
como sólido branco. RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,20 (d, J = 7,8 Hz, 2H);
7,53-7,49 (m, 2H); 7,43-7,40 (m, 2H); 7,37-7,26 (m, 4H); 7,22-7,18 (m, 2H); 7,12-
7,09 (m, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,2; 154,0; 131,8; 131,4;
131,3; 129,2; 129,1; 128,4; 127,7; 127,6; 126,2; 125,2; 123,4; 121,1; 111,1; 99,6.
RMN
77
Se: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 221,8. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade
relativa): 349 (36), 270 (100), 255 (7), 241 (16), 165 (42). Anal. Elem. (%)
calculada para C
20
H
14
OSe: C 68,77; H 4,04. Encontrada: C 68,85; H 4,26.
O
Ph
Se
Cl
3-(4-cloroselenofenil)-2-fenilbenzo[b]furano (11b): Rend.: 0,118
g (62%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,17 (dd, J = 7,0 Hz e J = 1,5 Hz,
2H); 7,56 (d, J = 8,0 Hz, 1H); 7,48-7,31 (m, 5H); 7,25-7,18 (m, 3H); 7,10 (d, J = 8,5
Hz, 2H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,3; 154,1; 132,3; 131,6; 130,4;
129,6; 129,4; 129,3; 128,5; 127,7; 125,3; 123,5; 120,9; 111,2; 99,4. MS (EI, 70 eV)
m/z (intensidade relativa): 383 (31), 304 (100), 268 (18), 241 (14), 165 (48), 134
(17). Anal. Elem. (%) calculada para C
20
H
13
ClOSe: C 62,60; H 3,41. Encontrada:
C 62,71; H 3,35.
O
Ph
SeBu
3-(selenobutil)-2-fenilbenzo[b]furano (11c): Rend.: 0,131 g (80%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,30 (dd, J = 7,3 Hz e J = 1,5 Hz, 2H); 7,67
(dd, J = 4,1 Hz e J = 1,5 Hz, 1H); 7,51-7,43 (m, 3H); 7,38-7,26 (m, 3H); 2,77 (t, J =
7,3 Hz, 2H); 1,55 (quint, J = 7,5 Hz, 2H); 1,32 (sext, J = 7,5 Hz, 2H); 0,77 (t, J =
Referências Bibliográficas
109
7,3 Hz, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 155,8; 153,8; 132,6; 130,6;
128,8; 128,3; 127,6; 124,8; 123,0; 120,9; 111,0; 100,3; 32,3; 28,2; 22,6; 13,4. MS
(EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 328 (18), 274 (11), 245 (10), 194 (100), 165
(36).
O
Ph
Se
CF
3
2-fenil-3-(3-(trifluormetil)selenofenil)benzo[b]furano (11d):
Rend.: 0,106 g (51%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,16 (dt, J = 7,1 Hz e J
= 1,5 Hz, 2H); 7,60 (s, 1H); 7,56 (dt, J = 8,3 Hz e J = 1,0 Hz, 1H); 7,49-7,32 (m,
7H); 7,26-7,18 (m, 2H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,7; 154,2; 132,7;
132,0; 131,5 (q, J = 34,4 Hz); 131,4; 129,8; 129,6; 129,5; 128,5; 127,8; 125,6 (q, J
= 3,6 Hz); 125,5; 123,0 (q, J = 272,9); 123,6; 122,9 (q, J = 3,6 Hz); 120,9; 111,3;
98,7; MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 418 (30), 338 (100), 268 (4), 193
(1), 165 (43). Anal. Elem. (%) calculada para C
21
H
13
F
3
OSe: C 60,44; H 3,14.
Encontrada: C 60,63; H 3,25.
O
Ph
Se
2-fenil-3-(seleno-p-toluil)benzo[b]furano (11e): Rend.: 0,162 g
(90%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,21 (dt, J = 7,3 Hz e J = 1,5 Hz, 2H);
7,52 (t, J = 8,8 Hz, 2H); 7,46-7,36 (m, 3H); 7,31 (td, J = 7,1 Hz e J = 1,5 Hz, 1H);
7,23-7,19 (m, 3H); 6,97 (d, J = 8,3 Hz, 2H); 2,23 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100
MHz, δ(ppm): 154,0; 136,2; 131,9; 130,2; 130,0; 129,5; 129,2; 128,4; 127,7; 127,4;
125,1; 123,3; 121,2; 111,1; 100,1; 20,9. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa):
363 (32), 284 (100), 269 (12), 255 (9), 241 (12), 165 (31). Anal. Elem. (%)
calculada para C
21
H
16
OSe: C 69,42; H 4,44. Encontrada: C 69,60; H 4,58.
Referências Bibliográficas
110
O
Ph
Se
Ph
3-(selenobenzil)-2-fenilbenzo[b]furano (11f): Rend.: 0,116 g
(64%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,17-8,10 (m, 2H); 7,43-7,39 (m, 4H);
7,31-7,20 (m, 7H); 7,05 (td, J = 6,6 Hz e J = 1,0 Hz, 1H); 3,71 (s, 2H). RMN
13
C:
CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 153,8; 139,2; 131,7; 130,2; 129,0; 128,9; 128,4; 128,3;
127,9; 126,6; 124,9; 123,1; 120,9; 111,0; 100,5; 27,6. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 364 (22), 284 (8), 273 (11), 245 (13), 165 (44), 91 (100).
HRMS calculado para C
21
H
16
OSe 364,0366. Encontrado: 364,0361.
O
Ph
Se
3-(selenonaftalen-1-il)-2-fenilbenzo[b]furano (11g): Rend.:
0,168 g (84%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,23 (d, J = 7,3 Hz, 1H); 8,10-
8,00 (m, 1H); 7,73-7,66 (m, 4H); 7,58-7,26 (m, 10H); 7,20-7,15 (m, 1H). RMN
13
C:
CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,3; 154,1; 133,9; 131,8; 130,3; 129,3; 128,7; 128,6;
128,4; 127,7; 127,6; 127,3; 127,0; 126,9; 126,5; 126,4; 126,1; 125,6; 125,2; 123,4;
121,1; 111,1. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 399 (62), 320 (100), 291
(32), 165 (52), 115 (30). HRMS calculado para C
24
H
16
OSe 400,0366. Encontrado:
400,0360.
O
Ph
SPh
2-fenil-3-(tiofenil)benzo[b]furano (11h): Rend.: 0,096 g (60%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,24-8,21 (m, 2H); 7,55 (d, J = 8,0 Hz, 1H);
7,48-7,28 (m, 6H); 7,23-7,18 (m, 5H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,5;
153,9; 136,1; 131,6; 129,7; 129,3; 129,0; 128,5; 127,3; 126,5; 125,5; 125,2; 123,4;
111,3; 104,6. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 302 (100), 241 (13), 225
(27), 197 (27), 165 (33), 105 (20). Anal. Elem. (%) calculada para C
20
H
14
OS : C
79,44; H 4,67. Encontrada: C 79,66; H 4,73.
Referências Bibliográficas
111
O
Ph
TePh
2-fenil-3-(telurofenil)benzo[b]furano (11i): Rend.: 0,071 g (36%).
RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,13-8,11 (m, 2H); 7,54 (d, J = 8,0 Hz, 2H);
7,46-7,43 (m, 4H); 7,41-7,31 (m, 2H); 7,26-7,22 (m, 1H); 7,17-7,07 (m, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 159,2; 154,7; 134,9; 134,3; 130,6; 129,5; 129,3;
128,5; 128,3; 127,2; 125,2; 123,3; 123,1; 114,8; 111,0; 82,6. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 397 (15), 270 (100), 241 (18), 165 (82), 139 (14), 77 (16).
Anal. Elem. (%) calculada para C
20
H
14
OTe: C 60,37; H 3,55. Encontrada: C 60,42;
H 3,63.
O
Ph
SePh
5-metil-2-fenil-3-(selenofenil)benzo[b]furano (11j): Rend.:
0,108 g (60%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,17 (d, J = 7,8 Hz, 2H); 7,40-
7,36 (m, 3H); 7,33-7,26 (m, 4H); 7,12-7,08 (m, 4H); 2,36 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
,
100 MHz, δ(ppm): 157,5; 152,6; 133,0; 132,1; 131,6; 130,3; 129,2; 129,1; 129,0;
128,3; 127,7; 126,5; 126,2; 120,9; 110,6; 99,5; 21,3. MS (EI, 70 eV) m/z
(intensidade relativa): 364 (32), 284 (100), 255 (8), 178 (40), 152 (9). Anal. Elem.
(%) calculada para C
21
H
16
OSe : C 69,42; H 4,44. Encontrada: C 69,35; H 4,68.
O
Ph
SeBu
3-(selenobutil)-5-metil-2-fenilbenzo[b]furano (11k): Rend.:
0,102 g (60%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,28-8,25 (m, 2H); 7,44-7,40
(m, 3H); 7,36-7,32 (m, 2H); 7,10 (dd, J = 6,8 Hz e J = 1,5 Hz, 1H); 2,76 (t, J = 7,3
Hz, 2H); 2,46 (s, 3H); 1,55 (quint, J = 7,3 Hz, 2H); 1,32 (sext, J = 7,3 Hz, 2H); 0,78
(t, J = 7,3Hz, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 156,0; 152,4; 132,8; 132,6;
130,9; 128,6; 128,2; 127,6; 126,2; 120,8; 110,6; 100,2; 32,4; 28,2; 22,7; 21,3;
13,3. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 344 (36), 288 (10), 208 (100), 178
(28), 152 (6).
Referências Bibliográficas
112
O
Ph
Se
CF
3
5-metil-2-fenil-3-(3-(trifluormetil)selenofenil)benzo[b]furano
(11l): Rend.: 0,107 g (50%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,15-8,13 (m, 2H);
7,60 (s, 1H); 7,44-7,30 (m, 7H); 7,20 (t, J = 7,8 Hz, 1H); 7,14 (dd, J = 7,3 Hz e J =
1,2 Hz, 1H); 2,39 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,8; 152,6; 133,3;
132,9; 129,6 (q, J = 32 Hz); 128,5; 128,4; 126,5 (q, J = 272 Hz); 127,6; 126,7;
125,4 (q, J = 3,6 Hz); 124,8; 122,9 (q, J = 3,6 Hz); 120,7; 120,5; 110,8; 110,6;
101,0; 98,2; 21,3. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 432 (29), 352 (100),
178 (43), 152 (9). HRMS calculado para C
22
H
15
F
3
OSe 432,0240. Encontrado:
432,0234.
O
Ph
Se
5-metil-2-fenil-3-(seleno-p-toluil)benzo[b]furano (11m): Rend.:
0,132 g (70%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,09 (dt, J = 7,3 Hz e J = 1,5
Hz, 2H); 7,30-7,21 (m, 5H); 7,09 (d, J = 8,0 Hz, 2H); 6,98 (dd, J = 6,8 Hz e J = 1,5
Hz, 1H); 6,83 (d, J = 7,8 Hz, 2H); 2,26 (s, 3H); 2,09 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100
MHz, δ(ppm): 157,2; 152,6; 136,1; 132,9; 130,4; 130,0; 129,5; 129,0; 128,3; 127,7;
126,4; 120,9; 110,6; 99,9; 21,3; 20,8. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa):
378 (28), 298 (100), 283 (7), 269 (6), 178 (34). Anal. Elem. (%) calculada para
C
22
H
18
OSe: C 70,03; H 4,81. Encontrada: C 70,13; H 4,91.
O
Ph
SePh
F
5-fluor-2-fenil-3-(selenofenil)benzo[b]furano (11n): Rend.:
0,145 g (79%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,18 (dt, J = 6,8 Hz e J = 1,7
Hz, 2H); 7,45-7,35 (m, 4H); 7,28-7,25 (m, 2H); 7,17-7,12 (m, 4H); 7,00 (td, J = 6,4
Hz e J = 2,5 Hz, 1H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 160,8; 158,9; 158,4;
Referências Bibliográficas
113
150,2; 133,2 (d, J = 11 Hz); 130,9; 129,7; 129,5; 129,3; 129,2; 128,4; 127,7; 126,4;
112,9 (d, J = 27 Hz); 111,9 (d, J = 8,0 Hz); 106,7 (d, J = 26 Hz). MS (EI, 70 eV)
m/z (intensidade relativa): 368 (35), 288 (100), 273 (9), 259 (17), 183 (48). Anal.
Elem. (%) calculada para C
20
H
13
FOSe: C 65,40; H 3,57. Encontrada: C 65,52; H
3,62.
O
Ph
SeBu
F
3-(selenobutil)-5-fluor-2-fenilbenzo[b]furano (11o): Rend.:
0,123 g (71%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,28-8,25 (m, 2H); 7,47-7,36
(m, 4H); 7,32 (dd, J = 6,0 Hz e J = 3,0 Hz, 1H); 7,01 (td, J = 6,0 Hz e J = 2,4 Hz,
1H); 2,75 (t, J = 7,3 Hz, 2H); 1,54 (quint, J = 7,1 Hz, 2H); 1,32 (sext, J = 7,5 Hz,
2H); 0,78 (t, J = 7,3 Hz, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 160,7; 158,4;
157,6; 149,9; 133,9 (d, J = 11 Hz); 130,3; 129,1; 128,3; 127,6; 112,5 (d, J = 27
Hz); 111,7 (d, J = 10 Hz); 106,5 (d, J = 26 Hz); 32,3; 28,3; 22,6; 13,4. MS (EI, 70
eV) m/z (intensidade relativa): 348 (33), 292 (14), 263 (8), 212 (100), 183 (35).
Anal. Elem. (%) calculada para C
18
H
17
FOSe: C 62,25; H 4,93. Encontrada: C
62,39; H 5,10.
O
Ph
Se
F
CF
3
5-fluor-2-fenil-3-(3-(trifluormetil)selenofenil)benzo[b]furano
(11p): Rend.: 0,174 g (80%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,14 (m, 2H);
7,57 (s, 1H); 7,48-7,34 (m, 6H); 7,22 (t, J = 7,6 Hz, 1H); 7,14 (dd, J = 6,0 Hz e J =
2,5 Hz, 1H); 7,04 (td, J = 6,3 Hz e J = 2,5 Hz, 1H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz,
δ(ppm): 161,1; 159,6; 158,7; 150,4; 132,9 (d, J = 10 Hz); 132,8; 129,8; 129,7;
128,6; 127,8; 125,8 (q, J = 4,3 Hz); 125,0 (q, J = 272 Hz); 123,3 (q, J = 4,3 Hz);
113,3; 113,1; 112,2 (q, J = 9,5 Hz); 106,7 (d, J = 25,6 Hz); 99,1. MS (EI, 70 eV)
m/z (intensidade relativa): 436 (33), 356 (100), 327 (7), 259 (6), 183 (44). Anal.
Elem. (%) calculada para C
21
H
12
F
4
OSe: C 57,95; H 2,78. Encontrada: C 58,01; H
2,85.
Referências Bibliográficas
114
O
SePh
3-(selenofenil)-2-p-toluilbenzo[b]furano (11q): Rend.:
0,112 g (62%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,09 (d, J = 7,8 Hz, 2H); 7,50 (t,
J = 8,3 Hz, 2H); 7,29-7,25 (m, 3H); 7,22-7,19 (m, 3H); 7,13-7,08 (m, 3H); 2,35 (s,
3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 157,5; 153,9; 139,4; 131,9; 131,5; 129,2;
129,1; 129,0; 127,6; 127,3; 126,1; 124,9; 123,3; 121,0; 111,0; 98,9; 21,3. MS (EI,
70 eV) m/z (intensidade relativa): 363 (32), 284 (100), 269 (9), 241 (10), 178 (29).
Anal. Elem. (%) calculada para C
21
H
16
OSe: C 69,42; H 4,44. Encontrada: C 69,67;
H 4,50.
O
SePh
CF
3
3-(selenofenil)-2-(3-(trifluormetil)fenil)benzo[b]furano
(11r): Rend.: 0,156 g (75%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 8,48 (s, 1H); 8,41
(d, J = 8,0 Hz, 1H); 7,60-7,49 (m, 4H); 7,36-7,20 (m, 5H); 7,14-7,10 (m, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 50 MHz, δ(ppm): 155,0; 154,1; 131,7; 131,4; 130,8; 129,5; 129,4;
129,1; 128,9; 127,7; 126,6 (q, J = 272 Hz); 126,5; 125,8; 125,5 (q, J = 3,6 Hz);
124,4 (q, J = 3,6 Hz); 123,7; 121,4; 111,3; 101,5. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade
relativa): 418 (33), 338 (100), 309 (9), 233 (10), 183 (12). Anal. Elem. (%)
calculada para C
21
H
13
F
3
OSe: C 60,44; H 3,14. Encontrada: C 60,61; H 3,27.
O
Ph
SePh
O
PhSe
Ph
Bis(3-(selenofenil)-2-(fenil)benzo[b]furano (11s): Rend.:
0,241 g (78%). HRMS calculado para C
34
H
22
O
2
Se
2
621,9950. Encontrado:
621,9955.
Referências Bibliográficas
115
3.2.18 Procedimento Geral para a Reação do Intermediário 2-fenil-3-
litiobenzo[b]furano com Aldeídos
Em balão de duas bocas, sob atmosfera de argônio, contendo uma solução
do composto 11a (0,102g; 0,5 mmol) em THF (2 mL) adicionou-se de uma vez
n-BuLi (0,08 mL de uma solução 2,5 M em hexano; 0,20 mmol) à -78 °C. Após 30
minutos sob intensa agitação, foi adicionada gota a gota uma solução do aldeído
apropriado (0,5 mmol) em THF (1 mL) a -78 °C. A reação foi mantida sob forte
agitação por 1 hora. Após este tempo, a reação foi diluída em acetato de etila (20
mL) e lavada com solução saturada de NH
4
Cl (20 mL) e solução saturada de NaCl
(2x 30 mL). A fase orgânica foi seca com MgSO
4
e concentrada sob vácuo. Os
produtos obtidos foram purificados por cromatografia em coluna de gel de sílica
utilizando-se um gradiente de hexano/acetato de etila como eluentes.
O
Ph
HO
(2-fenilbenzo[b]furan-3-il)(p-toluil)metanol (12a): Rend.:
0,109 g (70%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,72 (d, J = 7,6 Hz, 2H); 7,50-
7,36 (m, 6H); 7,27-7,21 (m, 2H); 7,17-7,09 (m, 3H); 6,28 (s, 2H); 2,40 (s, 1H); 2,32
(s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 154,4; 152,6; 139,0; 137,2; 130,3;
129,2; 128,9; 128,9; 128,7; 127,8; 126,9; 126,3; 124,4; 122,6; 121,9; 117,6; 111,1;
68,6; 21,0. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 314 (100), 298 (49), 221
(63), 205 (27), 165 (88), 119 (98). Anal. Elem. (%) calculada para C
22
H
18
O
2
: C
84,05; H 5,77. Encontrada: C 86,49; H 6,77.
O
Ph
HO
(2-fenilbenzo[b]furan-3-il)(o-toluil)metanol (12b): Rend.: 0,125
g (80%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,73-7,69 (m, 3H); 7,48-7,39 (m, 4H);
7,30 (d, J = 7,8 Hz, 1H); 7,24-7,19 (m, 3H); 7,12-7,10 (m, 1H); 7,06 (td, J = 7,1 Hz
e J = 1,0 Hz, 1H); 6,26 (s, 1H); 2,41 (s, 1H); 2,08 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100
Referências Bibliográficas
116
MHz, δ(ppm): 154,2; 153,0; 139,7; 135,8; 130,7; 130,2; 128,9; 128,7; 128,0; 127,8;
127,7; 126,2; 125,9; 124,3; 122,7; 121,6; 116,5; 111,1; 67,2; 19,0. MS (EI, 70 eV)
m/z (intensidade relativa): 314 (91), 298 (22), 223 (33), 165 (79), 119 (100). Anal.
Elem. (%) calculada para C
22
H
18
O
2
: C 84,05; H 5,77. Encontrada: C 84,29; H
5,83.
O
Ph
HO
OMe
(4-metoxifenil)(2-fenilbenzo[b]furan-3-il)metanol (12c):
Rend.: 0,110 g (67%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,69-7,67 (m, 2H); 7,47-
7,34 (m, 7H); 7,22 (t, J = 7,0 Hz, 1H); 7,07 (t, J = 7,3 Hz, 1H); 6,82 (d, J = 8,7 Hz,
2H); 6.21 (s, 1H); 3,72 (s, 3H); 2,57 (s, 1H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm):
158,9; 154,3; 152,4; 134,1; 130,2; 128,8; 128,6; 127,8; 127,7; 127,6; 124,4; 122,6;
121,9; 117,7; 113,7; 111,0; 68,4; 55,1. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa):
331 (100), 312 (49), 299 (60), 223 (20), 205 (17). Anal. Elem. (%) calculada para
C
22
H
18
O
3
: C 79,98; H 5,49. Encontrada: C 80,23; H 5,53.
O
Ph
HO
naftalen-1-il(2-fenilbenzo[b]furan-3-il)metanol (12d):
Rend.: 0,134 g (77%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,98 (s, 1H); 7,76-7,71
(m, 5H); 7,47 (d, J = 8,4 Hz, 2H); 7,42-7,36 (m, 5H); 7,31 (d, J = 7,9 Hz, 1H); 7,19
(t, J = 8,2 Hz, 1H); 6,99 (t, J = 7,6 Hz, 1H); 6,41 (s, 1H); 2,62 (s, 1H). RMN
13
C:
CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 154,3; 152,9; 139,3; 133,1; 132,7; 130,2; 129,0; 128,7;
128,2; 128,1; 127,7; 127,6; 127,5; 126,0; 125,8; 124,6; 124,5; 122,7; 121,7; 117,2;
111,1; 68,7. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 350 (99), 334 (89), 221
(100), 165 (85), 127 (72). Anal. Elem. (%) calculada para C
25
H
18
O
2
: C 85,69; H
5,18. Encontrada: C 85,82; H 6,77.
Referências Bibliográficas
117
O
Ph
HO
ciclohexil(2-fenilbenzo[b]furan-3-il)metanol (12e): Rend.:
0,120 g (79%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,83 (d, J = 7,6 Hz, 1H); 7,72
(d, J = 7,3 Hz, 2H); 7,48-7,36 (m, 4H); 7,24 (dt, J = 11 Hz e J = 8,1 Hz, 2H); 4,80
(d, J = 8,7 Hz, 1H); 2,25-2,22 (m, 1H); 2,12-2,01 (m, 2H); 1,79-1,76 (m, 1H); 1,61-
1,56 (m, 2H); 1,41-1,38 (m, 1H); 1,27-1,20 (m, 1H); 1,13-1,08 (m, 3H); 0,92-0,87
(m, 1H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 154,2; 152,3; 130,6; 128,6; 128,5;
127,9; 124,3; 122,4; 121,8; 117,7; 111,1; 72,3; 43,3; 29,9; 29,6; 26,2; 26,0; 25,8.
MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 306 (10), 288 (26), 223 (100), 167 (39).
Anal. Elem. (%) calculada para C
21
H
22
O
2
: C 82,32; H 7,24. Encontrada: C 82,58;
H 7,31.
O
Ph
HO
(5-metil-2-fenilbenzo[b]furan-3-il)(p-toluil)metanol (12f):
Rend.: 0,139 g (85%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,67-7,65 (m, 2H); 7,41-
7,34 (m, 6H); 7,25 (s, 1H); 7,11 (d, J = 7,8 Hz, 2H); 7,04 (d, J = 8,4 Hz, 1H); 6,23
(s, 1H); 2,46 (s, 1H); 2,30 (s, 6H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 152,8;
152,5; 139,0; 137,1; 132,0; 130,4; 129,1; 128,7; 128,6; 127,9; 127,6; 126,3; 125,7;
121,6; 117,3; 110,6; 68,7; 21,3; 21,0. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa):
328 (98), 312 (93), 235 (66), 178 (58), 119 (100). Anal. Elem. (%) calculada para
C
23
H
20
O
2
: C 84,12; H 6,14. Encontrada: C 84,25; H 6,22.
O
Ph
HO
Cl
(4-clorofenil)(5-metil-2-fenilbenzo[b]furan-3-il)metanol
(12g): Rend.: 0,104 g (60%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,68-7,66 (m,
2H); 7,46-7,36 (m, 6H); 7,29 (d, J = 8,5 Hz, 2H); 7,14 (d, J = 8,5 Hz, 1H); 6,24 (s,
1H); 2,45 (s, 1H); 2,32 (s, 3H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 153,0; 152,8;
140,4; 133,2; 132,3; 130,1; 129,0; 128,7; 128,5; 127,7; 127,6; 127,4; 126,0; 121,2;
Referências Bibliográficas
118
116,7; 110,7; 68,0; 21,3. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 348 (87), 332
(100), 255 (30), 221 (53), 178 (77), 165 (69). Anal. Elem. (%) calculada para
C
22
H
17
ClO
2
: C 75,75; H 4,91. Encontrada: C 75,89; H 5,01.
O
Ph
HO
Cl
F
(4-clorofenil)(5-fluor-2-fenilbenzo[b]furan-3-il)metanol
(12h): Rend.: 0.089 g (51%). RMN
1
H: CDCl
3
, 400 MHz, δ(ppm): 7,68 (dd, J = 6,3
Hz e J = 1,7 Hz, 2H); 7,47-7,36 (m, 6H); 7,29 (d, J = 8,8 Hz, 2H); 7,01-6,93 (m,
2H); 6,22 (s, 1H); 2,55 (s, 1H). RMN
13
C: CDCl
3
, 100 MHz, δ(ppm): 160,0; 157,6;
154,6; 150,5; 140,0; 133,4; 129,7; 129,4; 128,8; 128,6; 128,3; 128,2; 127,7; 117,2
(d, J = 3,6 Hz); 112,4 (d, J = 26,3 Hz); 111,9 (d, J = 9,5 Hz); 107,2 (d, J = 25,6
Hz); 67,8. MS (EI, 70 eV) m/z (intensidade relativa): 352 (100), 334 (47), 317 (12),
239 (17), 183 (79), 139 (92). Anal. Elem. (%) calculada para C
21
H
14
ClFO
2
: C
71,50; H 4,00. Encontrada: C 71,69; H 4,17.
Referências Bibliográficas
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Capítulo 4
Espectros Selecionados
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
131
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
2.0 1.2 2.4 4.7 3.0
Figura 8
: Espectro de RMN
1
H do composto
4a
em CDCl
3
a 200 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 9
: Espectro de RMN
13
C do composto
4a
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
SePh
4a
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
132
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.0
1.0 1.1 1.0 2.3 3.3
7.407.457.507.55
1.0
1.9
Figura 10
: Espectro de RMN
1
H do composto
4b
em CDCl
3
a 400 MHz
102030405060708090100110120130140150160
Figura 11
: Espectro de RMN
13
C do composto
4b
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
Se
4b
CF
3
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
133
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.1
3.0
2.0
1.1
1.3
4.5
Figura 12
: Espectro de RMN
1
H do composto
4c
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 13
: Espectro de RMN
13
C do composto
4c
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
Se
4c
OMe
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
134
0.0
0.0
0.5
0.5
1.0
1.0
1.5
1.5
2.0
2.0
2.5
2.5
3.0
3.0
3.5
3.5
4.0
4.0
4.5
4.5
5.0
5.0
5.5
5.5
6.0
6.0
6.5
6.5
7.0
7.0
7.5
7.5
3.0
2.2
2.2
2.4
3.3
1.0
1.1
2.0
Figura 14
: Espectro de RMN
1
H do composto
4d
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 15
: Espectro de RMN
13
C do composto
4d
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
Se
4d
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
135
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.0 1.8 1.1 3.3 1.0 2.5
Figura 16
: Espectro de RMN
1
H do composto
4e
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 17
: Espectro de RMN
13
C do composto
4e
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
4e
SPh
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
136
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
2.4 2.4 1.0 1.1 2.4
Figura 18
: Espectro de RMN
1
H do composto
4f
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 19
: Espectro de RMN
13
C do composto
4f
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
4f
SMe
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
137
0.00.0
0.5
0.5
1.01.0
1.51.5
2.02.0
2.52.5
3.0
3.0
3.53.5
4.04.0
4.54.5
5.0
5.0
5.5
5.5
6.06.0
6.56.5
7.07.0
7.5
7.5
8.08.0
1.0 1.7 4.3 2.4 3.2
Figura 20
: Espectro de RMN
1
H do composto
4g
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 21
: Espectro de RMN
13
C do composto
4g
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
4g
TePh
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
138
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.0 1.9 1.9 2.0 3.0 0.9 1.1 2.1
Figura 22
: Espectro de RMN
1
H do composto
4h
em CDCl
3
a 200 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 23
: Espectro de RMN
13
C do composto
4h
em CDCl
3
a 50 MHz
OMe
4h
TeBu
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
139
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.1
3.0
2.0
1.0
2.2
1.2
2.2
Figura 24
: Espectro de RMN
1
H do composto
4i
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 25
: Espectro de RMN
13
C do composto
4i
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
4i
SePh
MeO
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
140
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
2.5
3.0
2.0
1.1
1.2
4.8
Figura 26
: Espectro de RMN
1
H do composto
4j
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 27
: Espectro de RMN
13
C do composto
4j
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
4j
SePh
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
141
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.0 3.0 1.0 1.9 2.2 1.2 2.6
Figura 28
: Espectro de RMN
1
H do composto
4k
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
Figura 29
: Espectro de RMN
13
C do composto
4k
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
4k
SePh
MeO
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
142
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
2.2
2.4
1.3
1.2
1.3
1.2
3.0
Figura 30
: Espectro de RMN
1
H do composto
4l
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 31
: Espectro de RMN
13
C do composto
4l
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
4l
SePh
F
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
143
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
1.8
7.0
Figura 32
: Espectro de RMN
1
H do composto
5a
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 33
: Espectro de RMN
13
C do composto
5a
em CDCl
3
a 100 MHz
O
I
SePh
5a
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
144
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
10.4
3.9
Figura 34
: Espectro de RMN
1
H do composto
5b
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 35
: Espectro de RMN
13
C do composto
5b
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SePh
SePh
5b
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
145
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
5.7 4.0
Figura 36
: Espectro de RMN
1
H do composto
5c
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 37
: Espectro de RMN
13
C do composto
5c
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Br
SePh
5c
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
146
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
1.0 1.0 1.1 5.7
Figura 38
: Espectro de RMN
1
H do composto
5d
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 39
: Espectro de RMN
13
C do composto
5d
em CDCl
3
a 100 MHz
O
I
Se
CF
3
5d
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
147
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
2.0
2.0
4.5
3.1
Figura 40
: Espectro de RMN
1
H do composto
5e
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 41
: Espectro de RMN
13
C do composto
5e
em CDCl
3
a 100 MHz
O
I
Se
OMe
5e
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
148
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.0
2.0
2.1
2.0
0.9
3.0
Figura 42
: Espectro de RMN
1
H do composto
5f
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 43
: Espectro de RMN
13
C do composto
5f
em CDCl
3
a 100 MHz
O
I
SeBu
5f
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
149
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.0
1.8
1.9
2.0
0.8
7.1
0.8
Figura 44
: Espectro de RMN
1
H do composto
5g
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 45
: Espectro de RMN
13
C do composto
5g
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SePh
SeBu
5g
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
150
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
9.0
Figura 46
: Espectro de RMN
1
H do composto
5h
em CDCl
3
a 400 MHz
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
76.4076.6076.8077.0077.2077.4077.60
Figura 47
: Espectro de RMN
13
C do composto
5h
em CDCl
3
a 100 MHz
O
I
SPh
5h
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
151
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
2.0 12.6
Figura 48
: Espectro de RMN
1
H do composto
5i
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 49
: Espectro de RMN
13
C do composto
5i
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SePh
SPh
5i
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
152
0.0
0.0
0.5
0.5
1.0
1.0
1.5
1.5
2.0
2.0
2.5
2.5
3.0
3.0
3.5
3.5
4.0
4.0
4.5
4.5
5.0
5.0
5.5
5.5
6.0
6.0
6.5
6.5
7.0
7.0
7.5
7.5
3.0 4.3
Figura 50
: Espectro de RMN
1
H do composto
5j
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 51
: Espectro de RMN
13
C do composto
5j
em CDCl
3
a 100 MHz
O
I
SMe
5j
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
153
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5
2.7 1.8 5.4
7.367.387.407.427.447.467.48
1.0
1.0
Figura 52
: Espectro de RMN
1
H do composto
5k
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 53
: Espectro de RMN
13
C do composto
5k
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SePh
SMe
5k
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
154
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.0
2.0
2.1
Figura 54
: Espectro de RMN
1
H do composto
5l
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
Figura 55
: Espectro de RMN
13
C do composto
5l
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Br
SMe
5l
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
155
0.0
0.0
0.5
0.5
1.0
1.0
1.5
1.5
2.0
2.0
2.5
2.5
3.0
3.0
3.5
3.5
4.0
4.0
4.5
4.5
5.0
5.0
5.5
5.5
6.0
6.0
6.5
6.5
7.0
7.0
7.5
7.5
1.7 2.0 3.1 4.1
Figura 56
: Espectro de RMN
1
H do composto
5n
em CDCl
3
a 400 MHz
00
1010
2020
30
30
4040
5050
60
60
7070
8080
9090
100100
110110
120120
130
130
140140
150150
160160
Figura 57
: Espectro de RMN
13
C do composto
5n
em CDCl
3
a 100 MHz
O
I
SePh
5n
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
156
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
2.6 1.8 1.9 2.9
7.107.157.207.257.307.35
1.0
0.9
3.9
Figura 58
: Espectro de RMN
1
H do composto
5o
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
Figura 59
: Espectro de RMN
13
C do composto
5o
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SePh
SePh
5o
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
157
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
2.0 1.0 0.9 3.3 3.3
7.257.307.357.40
1.0
Figura 60
: Espectro de RMN
1
H do composto
5p
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150
Figura 61
: Espectro de RMN
13
C do composto
5p
em CDCl
3
a 100 MHz
O
I
SePh
MeO
5p
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
158
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
1.9 1.9 4.4
Figura 62
: Espectro de RMN
1
H do composto
5q
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 63
: Espectro de RMN
13
C do composto
5q
em CDCl
3
a 100 MHz
O
I
SePh
F
5q
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
159
0.0
0.0
0.5
0.5
1.0
1.0
1.5
1.5
2.0
2.0
2.5
2.5
3.0
3.0
3.5
3.5
4.0
4.0
4.5
4.5
5.0
5.0
5.5
5.5
6.0
6.0
6.5
6.5
7.0
7.0
7.5
7.5
8.0
8.0
1.6
9.0
1.9
Figura 64
: Espectro de RMN
1
H do composto
5r
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 65
: Espectro de RMN
13
C do composto
5r
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SePh
SePh
F
5r
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
160
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
1.9
1.0
0.9
0.9
1.0
7.7
Figura 66
: Espectro de RMN
1
H do composto
6b
em CDCl
3
a 400 MHz
00
1010
2020
3030
40
40
5050
6060
7070
8080
9090
100100
110110
120120
130130
140140
150150
160160
Figura 67
: Espectro de RMN
13
C do composto
6b
em CDCl
3
a 100 MHz
O
S
SePh
Cl
6b
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
161
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.0
3.0 2.1 2.2 1.9 0.8 0.8 1.8 3.4
7.707.757.807.857.907.95
1.0
Figura 68
: Espectro de RMN
1
H do composto
7b
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 69
: Espectro de RMN
13
C do composto
7b
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SeBu
Se
CF
3
7b
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
162
0.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5
2.5 2.5 2.8
7.207.257.307.357.40
1.0 1.1 1.1
Figura 70
: Espectro de RMN
1
H do composto
8a
em CDCl
3
a 200 MHz
101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160170170180180
Figura 71
: Espectro de RMN
13
C do composto
8a
em CDCl
3
a 50 MHz
O
SMe
8a
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
163
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.0
3.0
1.1
2.3
2.9
7.107.157.207.257.307.357.40
1.0
1.0
Figura 72
: Espectro de RMN
1
H do composto
8b
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
Figura 73
: Espectro de RMN
13
C do composto
8b
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SMe
S
8b
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
164
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.0 3.1 3.3 1.1 2.5
Figura 74
: Espectro de RMN
1
H do composto
9a
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
Figura 75
: Espectro de RMN
13
C do composto
9a
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SCH
3
9a
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
165
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5
1.0
1.0
2.2
2.0
2.9
2.7
7.407.457.507.557.607.657.70
2.0
Figura 76
: Espectro de RMN
1
H do composto
9b
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 77
: Espectro de RMN
13
C do composto
9b
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SCH
3
OMe
9b
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
166
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.0
2.1
1.1
3.3
2.4
Figura 78
: Espectro de RMN
1
H do composto
9e
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 79
: Espectro de RMN
13
C do composto
9e
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SCH
3
Br
9e
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
167
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
3.0
3.0
2.1
2.1
1.0
1.0
2.2
Figura 80
: Espectro de RMN
1
H do composto
9f
em CDCl
3
a 400 MHz
25
25
50
50
75
75
100
100
125
125
150
150
175
175
200
200
Figura 81
: Espectro de RMN
13
C do composto
9f
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SCH
3
O
9f
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
168
0.00.0
0.5
0.5
1.0
1.0
1.5
1.5
2.02.0
2.52.5
3.03.0
3.53.5
4.04.0
4.54.5
5.05.0
5.55.5
6.0
6.0
6.5
6.5
7.07.0
7.57.5
8.08.0
8.58.5
0.9
1.0
1.0
2.2
1.0
2.3
3.1
3.0
Figura 82
: Espectro de RMN
1
H do composto
9g
em CDCl
3
a 400 MHz
25
25
50
50
75
75
100
100
125
125
150
150
175
175
200
200
Figura 83
: Espectro de RMN
13
C do composto
9g
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SCH
3
O
9g
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
169
0.0
0.0
0.5
0.5
1.0
1.0
1.5
1.5
2.0
2.0
2.5
2.5
3.0
3.0
3.5
3.5
4.0
4.0
4.5
4.5
5.0
5.0
5.5
5.5
6.0
6.0
6.5
6.5
7.0
7.0
7.5
7.5
8.0
8.0
8.5
8.5
9.0
9.0
3.0
1.1
1.2
1.1
2.8
1.2
2.8
Figura 84
: Espectro de RMN
1
H do composto
9h
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 85
: Espectro de RMN
13
C do composto
9h
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SCH
3
NO
2
9h
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
170
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
3.0
1.0
1.1
3.3
1.1
2.2
Figura 86
: Espectro de RMN
1
H do composto
9i
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 87
: Espectro de RMN
13
C do composto
9i
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SCH
3
CF
3
9i
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
171
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
3.0
3.0
2.3
1.1
1.1
1.1
5.8
Figura 88
: Espectro de RMN
1
H do composto
9o
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150
Figura 89
: Espectro de RMN
13
C do composto
9o
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SCH
3
9o
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
172
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5
3.0
7.007.107.207.307.407.507.60
1.0 1.0 2.0 2.0 2.0
Figura 90
: Espectro de RMN
1
H do composto
9p
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 91
: Espectro de RMN
13
C do composto
9p
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SCH
3
F
9p
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
173
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.0
3.0
1.1
2.3
2.9
7.107.157.207.257.307.357.40
1.0
1.0
Figura 92
: Espectro de RMN
1
H do composto
9x
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
Figura 93
: Espectro de RMN
13
C do composto
9x
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SMe
S
9x
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
174
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5
3.0
2.1
4.3
7.467.487.507.527.547.567.58
1.0
1.9
Figura 94
: Espectro de RMN
1
H do composto
10a
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 95
: Espectro de RMN
13
C do composto
10a
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
Ph
10a
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
175
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.0
2.0
4.3
1.1
1.0
3.0
Figura 96
: Espectro de RMN
1
H do composto
10b
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 97
: Espectro de RMN
13
C do composto
10b
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
Ph
10b
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
176
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
2.0
2.8
1.0
1.0
1.0
3.0
Figura 98
: Espectro de RMN
1
H do composto
10c
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 99
: Espectro de RMN
13
C do composto
10c
em CDCl
3
a 100 MHz
F
OMe
Ph
10c
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
177
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5
1.1
1.1
2.0
2.4
2.8
3.0
7.4607.4707.4807.4907.5007.510
1.0
Figura 100
: Espectro de RMN
1
H do composto
10d
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 101
: Espectro de RMN
13
C do composto
10d
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
10d
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
178
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.0
3.0
1.0
1.2
2.3
1.1
2.4
7.367.387.407.427.44
1.0
Figura 102
: Espectro de RMN
1
H do composto
10e
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 103
: Espectro de RMN
13
C do composto
10e
em CDCl
3
a 100 MHz
OMe
CF
3
10e
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
179
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
13.6
2.0
Figura 104
: Espectro de RMN
1
H do composto
11a
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150
Figura 105
: Espectro de RMN
13
C do composto
11a
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SePh
Ph
11a
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
180
Figura 106
: Espectro de RMN
77
Se do composto
11a
em CDCl
3
a 400 MHz
O
SePh
Ph
11a
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
181
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
1.9
5.5
1.0
7.087.107.127.147.167.187.207.227.247.26
1.9
3.2
Figura 107
: Espectro de RMN
1
H do composto
11b
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 108
: Espectro de RMN
13
C do composto
11b
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
Se
Cl
11b
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
182
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.08.58.5
3.0
2.0
2.0
2.0
1.9
1.0
3.0
3.0
Figura 109
: Espectro de RMN
1
H do composto
11c
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
Figura 110
: Espectro de RMN
13
C do composto
11c
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Se
Ph
11c
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
183
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.5
2.0
2.2
7.5
7.527.547.567.587.607.62
1.0
1.1
Figura 111
: Espectro de RMN
1
H do composto
11d
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 112
: Espectro de RMN
13
C do composto
11d
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Se
Ph
CF
3
11d
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
184
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
3.0
1.9
2.0
3.1
1.0
3.2
1.9
Figura 113
: Espectro de RMN
1
H do composto
11e
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
Figura 114
: Espectro de RMN
13
C do composto
11e
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
Se
11e
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
185
0.0
0.0
0.50.5
1.01.0
1.51.5
2.02.0
2.52.5
3.0
3.0
3.53.5
4.0
4.0
4.54.5
5.05.0
5.55.5
6.06.0
6.56.5
7.07.0
7.57.5
8.08.0
2.0
2.0
3.9
1.9
6.5
Figura 115
: Espectro de RMN
1
H do composto
11f
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 116
: Espectro de RMN
13
C do composto
11f
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
Se
11f
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
186
0.0
0.0
0.50.5
1.01.0
1.51.5
2.0
2.0
2.5
2.5
3.03.0
3.53.5
4.04.0
4.5
4.5
5.05.0
5.55.5
6.06.0
6.56.5
7.0
7.0
7.57.5
8.08.0
8.58.5
9.0
9.0
1.1
0.9
0.8
3.5
10.0
Figura 117
: Espectro de RMN
1
H do composto
11g
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 118
: Espectro de RMN
13
C do composto
11g
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
Se
11g
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
187
0.00.0
0.50.5
1.01.0
1.5
1.5
2.02.0
2.52.5
3.03.0
3.53.5
4.0
4.0
4.54.5
5.05.0
5.55.5
6.06.0
6.5
6.5
7.0
7.0
7.57.5
8.08.0
8.58.5
0.9
4.5
2.0
6.8
Figura 119
: Espectro de RMN
1
H do composto
11h
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 120
: Espectro de RMN
13
C do composto
11h
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
S
11h
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
188
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.5
2.0
2.1
3.2
7.257.307.357.407.457.50
3.0
1.0
1.7
Figura 121
: Espectro de RMN
1
H do composto
11i
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 122
: Espectro de RMN
13
C do composto
11i
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
Te
11i
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
189
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
3.0
2.0
7.4
4.0
Figura 123
: Espectro de RMN
1
H do composto
11j
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150
Figura 124
: Espectro de RMN
13
C do composto
11j
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
Se
11j
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
190
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.08.58.5
1.8
3.0
2.0
2.2
3.0
1.8
1.0
5.3
Figura 125
: Espectro de RMN
1
H do composto
11k
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 126
: Espectro de RMN
13
C do composto
11k
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
Se
11k
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
191
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.08.58.5
3.0
1.7
1.0
2.1
7.6
Figura 127
: Espectro de RMN
1
H do composto
11l
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 128
: Espectro de RMN
13
C do composto
11l
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
Se
CF
3
11l
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
192
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
2.0
2.2
1.1
2.0
5.5
2.9
3.0
Figura 129
: Espectro de RMN
1
H do composto
11m
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 130
: Espectro de RMN
13
C do composto
11m
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
Se
11m
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
193
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.59.0
1.9
4.0
6.957.007.057.107.157.207.257.30
1.0
2.0
4.1
Figura 131
: Espectro de RMN
1
H do composto
11n
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 132
: Espectro de RMN
13
C do composto
11n
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
F
Se
11n
Capítulo 4 - Espectros Selecionados
194
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.0
3.0
2.1
2.2
1.9
2.0
4.0
1.0
7.307.357.407.457.50
1.0
Figura 133
: Espectro de RMN
1
H do composto
11o
em CDCl
3
a 400 MHz
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 134
: Espectro de RMN
13
C do composto
11o
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
F
Se
11o
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
195
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.0
2.0
1.0
6.7
7.007.057.107.157.207.25
1.1
1.0
1.0
Figura 135
: Espectro de RMN
1
H do composto
11p
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 136
: Espectro de RMN
13
C do composto
11p
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
F
Se
CF
3
11p
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
196
0.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
2.9
2.0
2.1
6.9
3.0
Figura 137
: Espectro de RMN
1
H do composto
11q
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150160160
Figura 138
: Espectro de RMN
13
C do composto
11q
em CDCl
3
a 100 MHz
O
SePh
11q
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
197
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5
1.0
2.0
1.8
3.3
3.1
7.3
2.362.382.402.422.442.46
1.0
Figura 139
: Espectro de RMN
1
H do composto
12a
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
Figura 140
: Espectro de RMN
13
C do composto
12a
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
HO
12a
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
198
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
3.0
0.8
0.9
3.0
4.5
7.057.107.157.207.257.30
1.0
1.0
3.4
1.0
Figura 141
: Espectro de RMN
1
H do composto
12b
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150
Figura 142
: Espectro de RMN
13
C do composto
12b
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
HO
12b
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
199
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.5
3.0
1.0
1.1
2.1
2.2
1.2
1.1
7.6
Figura 143
: Espectro de RMN
1
H do composto
12c
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 144
: Espectro de RMN
13
C do composto
12c
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
HO
OMe
12c
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
200
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.0
1.0
1.0
1.0
5.6
1.2
1.3
7.307.357.407.457.50
5.0
2.0
1.1
Figura 145
: Espectro de RMN
1
H do composto
12d
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150
Figura 146
: Espectro de RMN
13
C do composto
12d
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
12d
HO
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
201
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
0.9
1.5
0.8
2.1
1.0
1.3
3.1
1.3
1.0
1.0
1.7
4.0
2.2
Figura 147
: Espectro de RMN
1
H do composto
12e
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150
Figura 148
: Espectro de RMN
13
C do composto
12e
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
12e
HO
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
202
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5
1.0
2.0
6.7
1.0
1.0
6.5
7.007.057.107.15
1.0
2.0
Figura 149
: Espectro de RMN
1
H do composto
12f
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
Figura 150
: Espectro de RMN
13
C do composto
12f
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
HO
12f
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
203
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5
0.9
2.0
2.0
3.2
0.7
6.2
7.007.057.107.157.20
1.0
1.0
Figura 151
: Espectro de RMN
1
H do composto
12g
em CDCl
3
a 400 MHz
00101020203030404050506060707080809090100100110110120120130130140140150150
Figura 152
: Espectro de RMN
13
C do composto
12g
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
Cl
HO
12g
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
204
0.00.00.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.0
0.9
1.9
6.1
2.0
2.0
0.9
Figura 153
: Espectro de RMN
1
H do composto
12h
em CDCl
3
a 400 MHz
0
0
10
10
20
20
30
30
40
40
50
50
60
60
70
70
80
80
90
90
100
100
110
110
120
120
130
130
140
140
150
150
160
160
Figura 154
: Espectro de RMN
13
C do composto
12h
em CDCl
3
a 100 MHz
O
Ph
F
Cl
HO
12h
Capítulo 2 - Apresentação e Discussão dos Resultados
205
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