Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA DE
AMBIENTES AQUÁTICOS CONTINENTAIS
CAMILA CRISPIM DE OLIVEIRA RAMOS
Representatividade de matas ripárias na diversidade de aves da região da
planície alagável do alto rio Paraná:
implicações para a conservação
Maringá
2010
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
CAMILA CRISPIM DE OLIVEIRA RAMOS
Representatividade de matas ripárias na diversidade de aves da região da
planície alagável do alto rio Paraná:
implicações para a conservação
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ecologia de Ambientes
Aquáticos Continentais do Departamento de
Biologia, Centro de Ciências Biológicas da
Universidade Estadual de Maringá, como
requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Ciências Ambientais
Área de concentração: Ciências Ambientais
Orientador: Prof. Dr. Luiz dos Anjos
Maringá
2010
ads:
"Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)"
(Biblioteca Setorial - UEM. Nupélia, Maringá, PR, Brasil)
R175r
Ramos, Camila Crispim de Oliveira, 1982-
Representatividade de matas ripárias na diversidade de aves da região da planície
alagável do alto rio Paraná : implicações para a conservação / Camila Crispim de Oliveira
Ramos. -- Maringá, 2010.
65 f. : il. (algumas color.).
Dissertação (mestrado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais)--
Universidade Estadual de Maringá, Dep. de Biologia, 2010.
Orientador: Prof. Dr. Luiz dos Anjos.
1. Avifauna - Habitat ripário - Fragmentação - Planície de inundação - Alto rio Paraná.
2. Ecologia da paisagem Conectividade. I. Universidade Estadual de Maringá.
Departamento de Biologia. Programa de Pós-Graduação em "Ecologia de Ambientes
Aquáticos Continentais".
CDD 22. ed. -598.178209816
NBR/CIP - 12899 AACR/2
Maria Salete Ribelatto Arita CRB 9/858
João Fábio Hildebrandt CRB 9/1140
FOLHA DE APROVAÇÃO
CAMILA CRISPIM DE OLIVEIRA RAMOS
Representatividade de matas ripárias na diversidade de aves da região da planície
alagável do alto rio Paraná:
implicações para a conservação
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes
Aquáticos Continentais do Departamento de Biologia, Centro de Ciências Biológicas da
Universidade Estadual de Maringá, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre
em Ciências Ambientais pela Comissão Julgadora composta pelos membros:
COMISSÃO JULGADORA
Prof. Dr. Luiz dos Anjos
Universidade Estadual de Londrina / UEM-PEA (Presidente)
Prof. Dr. João Batista Campos
Instituto Ambiental do Paraná / UEM-PEA
Prof. Dr. Miguel Ângelo Marini
Universidade de Brasília, DF
Aprovada em: 05 de fevereiro de 2010.
Local de defesa: Anfiteatro do Nupélia “Keshiyu Nakatani”, Bloco G-90, campus da
Universidade Estadual de Maringá.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu
marido e filho e aos meus
pais e também a todos que
tiveram papéis importantes na
minha formação em especial
a
Ú
rsula.
AGRADECIMENTO(S)
As muitas que me ajudaram a realizá-lo.
Em especial aos meus Pais e meus irmãos, sempre presentes na minha vida.
Ao Éder e ao Bruno, meus grandes amores e companheiros, tolerantes e carinhosos.
Aos meus sogros e cunhados, ao João e a Márcia, a Idalina e a Sophie a as demais pessoas
queridas que me proporcionaram momentos de descontração durante o tempo de reclusão e
que sempre estão dispostos ajudar no que for preciso.
Ao “Vô Quim” Joaquim Ramos Dias (in memorian), que muito contribuiu para minha paixão
pelas Aves, com as saídas a campo para observar e tratar dos “passarinhos”.
Ao Prof. Dr. Luiz dos Anjos, pela orientação, ensinamentos, incentivo, confiança e amizade.
Ao Nupélia, pela infraestrutura e recursos oferecidos para a realização deste trabalho.
Ao CNPq pela bolsa de estudos e pelo financiamento do projeto institucional PELD.
Ao Saulo, a Giuliane, a Juliana e ao Philip pelo apoio e amizade durante as coletas.
Aos funcionários da base de pesquisa, especialmente ao “Tião” pela presteza em ajudar e
pelos ensinamentos e cuidado em campo.
Ao João e a Maria Salete, a Aldenir e a Jocemara pela atenção e paciência sempre dispostos a
ajudar e tirar dúvidas.
Aos membros da banca, Dr. João Batista Campos (IAP), Dr. Miguel Ângelo Marini (UnB),
Dr. José Flávio Cândido Júnior (UNIOESTE) e Dr(a). Claudenice Dei Tos (UEM) por
aceitarem prontamente o convite para avaliação deste trabalho.
Aos fotógrafos Cláudio Girotto e Luiz Ribenboim pela gentileza de ceder as fotos que
ilustram este trabalho.
Aos colegas de turma por me mostrarem que é possível construir verdadeiras e valiosas
amizades num curto e atribulado espaço de tempo... vocês serão inesquecíveis!
Ao Edson, a Luciana e ao Cássius, pela amizade e valiosas sugestões e ajuda sempre.
A Sáuria, a Cristina e ao Dilermando por dividirem comigo dúvidas e soluções, sempre
dispostos a me escutar e ajudar com carinho e incentivo constantes.
A Cibele pelas inúmeras caronas para Londrina e pela agradável companhia.
Aos professores Carolina Minte-Vera, Edson Fontes e Luis Carlos Gomes pela paciência em
me ajudar com as análises estatísticas e ouvir meus inúmeros questionamentos.
A Evanilde pela amizade, carinho, auxílio nos tramites burocráticos, divisão da sala e
materiais de consulta bibliográfica comigo e disposição em ajudar sempre [...].
EPÍGRAFE
“Os passarinhos enfeitam, os jardins e as florestas
São iguais as melodias, vivem n´alma dos poetas
Qualquer tipo de canção, sertaneja ou popular
Serve de inspiração, como tema pra rimar
O construtor da floresta, faz seu prédio na painera
E o maestro sabiá, faz seu show na laranjeira
Na copada de um pinheiro, canta alegre o bem-te-vi
À tarde na capoeira, canta triste a juriti
Quando ouço o disparo, de espingarda tenho dó
Por saber que na palhada, está morrendo o xororó
Quando o gavião malvado, vem chegando de mansinho
Atacando sem piedade, deixa viúvo o canarinho
No pomar as lindas asas, nas mais variadas cores
Num constante vaivém, os pequenos beija-flores
No moinho o tico-tico, enche o papo de fubá
E a pombinha mensageira, foi pra nunca mais voltar”
(Vitau / Chico Lau)
Representatividade de matas ripárias na diversidade de aves da região da
planície alagável do alto rio Paraná:
implicações para a conservação
RESUMO
A fragmentação florestal altera os padrões locais e regionais de biodiversidade através da
perda de micro-hábitats, isolamento do hábitat e mudanças nos padrões de dispersão e
migração. Seu efeito deletério sobre a avifauna ocorre principalmente sobre os grupos com
requerimentos ecológicos mais específicos. A relação desses grupos com maior sensibilidade
a fragmentação e o tamanho da área é diretamente proporcional. No entanto a preservação de
grandes áreas contínuas é inviável em muitas regiões, principalmente devido à massiva
ocupação agropecuária. Neste contexto a preservação das matas ripárias pode funcionar como
alternativa ao aumento das áreas florestais disponíveis e manutenção da biodiversidade. Neste
estudo desenvolvido na planície alagável do alto rio Paraná, Paraná, Brasil, avaliou a
importância de duas pequenas matas ripárias na manutenção da diversidade de aves regional.
Essas matas que têm 4,5 ha e 10 ha e são conectadas a fragmentos maiores por corredores
ripários, mostraram uma grande capacidade de manter elevada riqueza de espécies (165
espécies no total, 128 e 145 em cada área, respectivamente). Verificou-se que espécies com
pequeno/médio tamanho corporal, tolerância à borda, baixa sensibilidade e hábitos
alimentares insetívoros são mais passíveis de ocupar tais ambientes. Apesar disto, no ribeirão
São Pedro e no córrego Caracu foram registradas representativas parcelas de 38,6% e 34% da
avifauna da planície alagável do alto rio Paraná, respectivamente. Quando comparadas
quantitativamente entre si pode-se verificar que as duas matas ripárias diferem
significativamente quanto à estruturação da comunidade, predominando espécies florestais e
que forrageiam preferencialmente no estrato médio na mata com menor influência antrópica.
Enquanto que, aquelas de hábitat aberto ou de borda e que forrageiam no solo prevaleceram
na mata mais impactada. Desta forma, pode-se inferir que na região de estudo a presença de
fragmentos de mata ripária desta natureza é importante para a conservação da avifauna.
Devido à ausência de grandes fragmentos, a porção florestal da paisagem regional é
representada por corredores de florestas ripárias. Portanto, a conectividade da paisagem é,
provavelmente, o fator determinante para a elevada diversidade regional.
Palavras-chave: Avifauna. Hábitat ripário. Fragmentação. Ecologia de paisagens.
Conectividade.
Representativeness of riparian forest in the bird diversity from the upper Paraná
River floodplain:
implications for conservation
ABSTRACT
Forest fragmentation alters regional and local biodiversity patterns through loss of micro-
habitat, isolation of habitat and changes in the dispersion and migration patterns. Their
deleterious effect on birds is felt mainly on the groups with specific ecological requirements.
The relationship of these groups with greater sensitivity to fragmentation and the size of the
area are directly proportional. However the preservation of large contiguous areas is not
viable in many regions, mainly due to massive cattle farming. In this context the preservation
of riparian forests can act as an alternative to increase the available forest areas and
biodiversity. A study conducted in the upper Paraná River floodplain in the Paraná State,
Brazil, evaluated the importance of two small riparian forests in maintaining the regional
diversity of birds. The forest margin the river São Pedro has 4.5 ha and that one marging the
Caracu Stream has 10 ha and both are connected to larger fragments of riparian corridors. The
studie areas, showed a great ability to maintain high species richness (165 species in total, 128
and 145, respectively by area). It was found that species with small to medium body size,
tolerance to edge, low sensitivity and insectivorous feeding habits are more likely to occupy
such environments. In the River São Pedro and in the Caracu Stream representative portions
we recorded 38.6% and 34% of the avifauna cited from of the upper ParaRiver floodplain,
respectively. The two riparian forests differ significantly to each other in the structuring of the
community. Species forestry and foraging preferentially in the middle stratum prevailed in the
forest with less anthropogenic influence. While those of open habitat or edge which feed on
the ground prevailed in more impacted place. Thus, we can infer that in the study area the
presence of riparian forest fragments of this nature is important for the conservation of the
avifauna. Due to the absence of large fragments the forest portion of the regional landscape is
represented by corridors of riparian forest, therefore the connectivity of the landscape is the
determining factor for the high regional diversity.
Keywords: Avifauna. Riparian habitat. Fragmentation. Landscape ecology. Connectivity.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Região da planície alagável do alto rio Paraná, com detalhe das matas ripárias
estudadas
.
...................................................................................................................16
Figura 2 Esquema da distribuição e ordem dos pontos de escuta ao longo do transecto
determinado nas matas ripárias
...........
........................................................................18
Figura 3 Espécies registradas pela primeira vez na região da planície alagável do alto rio
Paraná: (a) Pipraeidea melanonota, (b) Xiphorynchus fuscus e (c) Eucometis
penicillata. Autores : Luiz Carlos Ribenboim (a e b) Claudinei Aparecido Girotto
Girotto (c)..................................................................................................................23
Figura 4 (a) Ordenação dos IPAs das espécies em ordem decrescente e (b) curva de
abundância em postos, para o córrego Caracu e o ribeirão São Pedro gerados a partir
de dados pontuais, coletados na amostragem quantitativa, de setembro/2008 a
outubro/2008..............................................................................................................26
Figura 5 (a) Curvas de rarefação do número de espécies pelo número de indivíduos, para o
córrego Caracu e o ribeirão São Pedro, com o desvio padrão de cada localidade; e
(b) número observado (Sobs) e estimado de espécies de aves utilizando o método
Jackknife2 para o córrego Caracu e o ribeirão São Pedro; ambos gerados a partir de
dados pontuais, coletados na amostragem quantitativa, de setembro/2008 a
novembro/2008..........................................................................................................27
Figura 6 Representação gráfica da ordenação das amostras pontuais por dia do córrego
Caracu, (C1, C2, C3, C4, C5, C6) e do ribeirão São Pedro (S1, S2, S3, S4, S5, S6),
coletadas na amostragem quantitativa, de setembro/2008 a
outubro/2008..............................................................................................................29
Figura 7 Gráficos das análises de variância para ambos os eixos com os escores das
amostragens no córrego Caracu (C1, C2, C3, C4, C5, C6) e no ribeirão São pedro
(S1, S2, S3, S4, S5, S6) (a e b); e com os escores das espécies agrupados por hábito
alimentar, onde frugívoro (FR), nectarívoro (NE), omnívoro (OM), insetívoro (IN),
carnívoro (CA) e insetívoro/carnívoro (IC) (c e d); hábitat preferencial (e e f); e
estrato preferencial de forrageio (g e h); com base na ordenação das amostras
pontuais do córrego Caracu e ribeirão São Pedro, coletadas na amostragem
quantitativa, de setembro/2008 a outubro/2008. .......................................................30
Figura 8 Representação gráfica dos escores das espécies agrupadas por hábito alimentar, onde
frugívoro (FR), nectarívoro (NE), omnívoro (OM), insetívoro (IN), carnívoro (CA) e
insetívoro/carnívoro (IC), através da ordenação das amostras pontuais do córrego
Caracu e ribeirão São Pedro, coletadas na amostragem quantitativa, de
setembro/2008 a outubro/2008...................................................................................31
Figura 9 Representação gráfica dos escores das espécies agrupadas por hábitat preferencial,
através da ordenação das amostras pontuais do rrego Caracu e ribeirão São Pedro,
coletadas na amostragem quantitativa, de setembro/2008 a
outubro/2008..............................................................................................................32
Figura 10 Representação gráfica dos escores das espécies agrupadas por estrato preferencial
de forrageio, através da ordenação das amostras pontuais do córrego Caracu e
ribeirão São Pedro, coletadas na amostragem quantitativa, de setembro/2008 a
outubro/2008..............................................................................................................32
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Valores para área, riqueza e esforço amostral compilados de estudos em matas
ripárias da floresta estacional semidecidual e do cerrado..........................................22
Tabela 2 Número de espécies registradas e de espécies ausentes nas matas ripárias do ribeirão
São Pedro e córrego Caracu, no período de agosto de 2007 a novembro de 2008, de
acordo com os agrupamentos por tamanhos corporais, por tolerância à borda, por
hábito alimentar e por grau de sensibilidade..............................................................24
Tabela 3 Porcentagem de espécies por classes de frequência de ocorrência, de uso do hábitat e
de hábito alimentar, nas amostragens entre agosto de 2007 e novembro de
2008............................................................................................................................25
Tabela 4 Descrição dos eixos retidos para interpretação da CA, mostrando os autovalores de
cada eixo e as principais espécies que influenciaram na ordenação das amostras
pontuais do córrego Caracu e ribeirão São Pedro, coletadas na amostragem
quantitativa, de setembro/2008 a outubro/2008.........................................................28
Tabela 5 Sumário do modelo da regressão linear múltipla entre a variável resposta riqueza de
espécies e as variáveis explanatórias área do fragmento (AF) e esforço amostral
(EA)............................................................................................................................33
Tabela 6 Modelo gerado pela análise de regressão múltipla utilizando a variável resposta
riqueza de espécies e as explanatórias, área do fragmento (AF) e esforço amostral
(EA), com seu respectivo R2 ajustado e teste F associado........................................33
Dissertação elaborada e formatada conforme
as normas da publicação científica Biota
Neotropica. Disponível em:
<http://www.biotaneotropica.org.br/v9n3/pt/in
struction >
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................13
2 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................15
2.1 Locais de estudo.........................................................................................................15
2.2 Métodos de campo.....................................................................................................17
2.3 Análises dos dados.....................................................................................................18
2.4 Procedimentos estatísticos.........................................................................................20
3 RESULTADOS..........................................................................................................23
3.1 Levantamento qualitativo...........................................................................................23
3.2 Levantamento quantitativo.........................................................................................25
4 DISCUSSÃO.............................................................................................................33
REFERÊNCIAS.........................................................................................................38
APÊNDICE 1 -
Lista das espécies registradas nas matas ripárias (...)..
...........................50
APÊNDICE 2 -
Lista de espécies documentadas para a região de estudo (...)...................
56
ANEXO - Revista Biota Neotropica: Instruções aos autores....................................61
1 Introdução
A fragmentação e a perda de hábitat são consideradas como as maiores ameaças à
diversidade biológica tanto devido à redução dos ambientes naturais como a divisão dos
hábitats remanescentes em unidades cada vez menores e mais isoladas (Wilcox & Murphy
1985, Soulé 1986, Wilson 1988, Bierregaard Jr. 1990, Wilcove & Robinson 1990, Noss 1991,
Bierregaard Jr. & Stouffer 1997). Em paisagens altamente fragmentadas o tamanho, grau de
isolamento e a qualidade dos fragmentos devem particularmente influenciar a persistência dos
organismos (Andrén 1994, Aleixo 1999, Metzger 1999, Marsden et al. 2001, Fahrig 2002)
Segundo Laurance & Bierregaard Jr. (1997), devido à fragmentação, especialmente a de
hábitats florestais, alteram-se padrões locais e regionais de biodiversidade através da perda de
micro-hábitats únicos, isolamento do hábitat e mudanças nos padrões de dispersão e
migração. Os impactos negativos da fragmentação sobre a biodiversidade e os ecossistemas
são potencializados por sua ligação com a dinâmica do uso do solo, que por sua vez é
ocasionada por fatores econômicos, sócio-culturais e tecnológicos (Allem 1997, Dale &
Pearson 1997, Nepstad et al. 1997, Viana et al. 1997).
A mata ripária, apesar de protegida pelo código florestal brasileiro, foi afetada
pelo uso e ocupação do solo com destaque para as atividades agropecuárias, de extrativismo
seletivo e mesmo da gestão pública no abastecimento de água e energia (Lima & Zakia 2001).
Estas porções de mata que margeiam os corpos de água, apresentam características singulares,
como a baixa similaridade, elevada diversidade, flora com adaptações ao regime fluvial e
elevada seletividade de espécies aos micro-hábitats (Rodrigues & Nave 2001). Este ambiente
proporciona refúgio e vias de deslocamento para a fauna e flora, manutenção das condições
ambientais e do aspecto físico dos corpos de água, além de apresentar grandes variações na
estrutura e arquitetura da vegetação o que pode resultar em associações de espécies animais
com essas formações vegetais (Souza 1999, Ab`Sáber 2001, Lima & Zakia 2001, Silva &
Vielliard 2001).
Num contexto mais amplo, os corredores ripários são reconhecidos como
elementos que facilitam o fluxo de indivíduos ao longo da paisagem (Beier & Noss 1998,
Pardini et al. 2005, Uezu et al. 2005). De forma que, em paisagens fragmentadas a
sobrevivência das espécies depende de suas habilidades de se deslocarem pela paisagem
(Sieving et al. 1996, 2000, Uezu et al. 2008). Nestas condições, as matas ripárias podem ter
papel central, pois muitas espécies não conseguem usar ou cruzar áreas abertas criadas pelo
homem, nem quando se trata de áreas muito estreitas como estradas (Develey & Stouffer
14
2001), e a existência de uma continuidade na cobertura vegetacional original é assim
essencial. Dentre os benefícios dos corredores, já comprovados por pesquisa no Brasil, estão o
aumento da diversidade genética (Vieira & Carvalho 2008), o aumento da riqueza e número
de espécies exclusivas quando comparadas a florestas de terras altas na mesma região (Anjos
et al. 2007), o aumento da conectividade da paisagem, possibilitando o uso de vários
pequenos fragmentos remanescentes de hábitat, que isoladamente não sustentariam as
populações (Awade & Metzger 2008, Boscolo et al. 2008, Martensen et al. 2008), a
amenização dos efeitos da fragmentação (Pardini et al. 2005), o potencial de amenizar os
impactos de mudanças climáticas, numa escala temporal mais ampla (Marini et al. 2009), a
capacidade de possibilitar dispersão geográfica de organismos florestais de biomas adjacentes
(Redford & Fonseca 1986, Silva 1996).
A importância de florestas ripárias foi evidenciada em diferentes biomas
brasileiros, e para diferentes grupos taxonômicos. A maior parte dos estudos foi feita na
Floresta Atlântica (Marinho-Filho & Veríssimo 1997, Metzger et al. 1997, Uezu et al. 2005,
Anjos et al. 2007, Keuroghlian & Eaton 2008, Maltchik et al. 2008, Martensen et al. 2008),
mas existem dados também para Floresta Amazônica (Lima & Gascon 1999, Michalski et al.
2006, Lees & Peres 2008), Caatinga (Moura & Schlindwein 2009), Pantanal (Quigley &
Crawshaw Jr. 1992) e Cerrado (Negret 1983, Motta-Júnior 1990, Lins 1994, Tubelis et al.
2004). Em relação aos grupos taxonômicos, dados para árvores (Metzger et al. 1997),
anfíbios (Lima & Gascon 1999, Maltchik et al. 2008), aves (Almeida et al. 1999, Tubelis et
al. 2004, Uezu et al. 2005, Anjos et al. 2007, Martensen et al. 2008), grandes mamíferos
(Quigley & Crawshaw Jr. 1992, Marinho-Filho & Veríssimo 1997, Keuroghlian & Eaton
2008, Lees & Peres 2008), pequenos mamíferos (Lima & Gascon 1999) e abelhas (Moura &
Schlindwein 2009). Não dúvidas que independentemente do bioma ou do grupo
taxonômico considerado, toda paisagem deveria manter corredores ripários, dado os seus
benefícios para a conservação das espécies.
No entanto, para o entendimento dos mecanismos que levam as espécies a serem
mais ou menos suscetíveis a estruturação e conectividade do hábitat, é necessário
considerarmos níveis de organização mais refinados, em particular, grupos funcionais de
espécies e de populações. Estudos mostram que as extinções e ameaças, que acompanham a
alteração do hábitat, atingem as espécies de modo não aleatório, sendo que algumas espécies
exibem maior sensibilidade a essas modificações (Henle et al. 2004). As divisões funcionais,
que envolvem características biológicas e ecológicas das aves, se baseiam no reconhecimento
15
de que diferentes espécies podem ter papéis ecológicos semelhantes e da efetiva
aplicabilidade dessa divisão nos estudos de comunidades (Simberloff & Dayan 1991).
Tendo por base as questões levantadas acima este estudo tem por objetivo avaliar
a representatividade ecológica, em termos de riqueza, abundância e composição de espécies
de aves, de duas matas ripárias na região da planície alagável do alto rio Paraná.
Especificamente, procurou-se avaliar quais as características ecológicas das espécies que
ocorrem nestas matas ripárias. Adicionalmente, desenvolveu-se uma análise comparativa das
matas ripárias entre si, em relação à composição e estruturação das comunidades.
Compararam-se os dados obtidos nessas duas matas ripárias com outros estudos no mesmo
tipo de ambiente, em floresta estacional semidecídua na região sul e sudeste do Brasil.
As hipóteses principais a serem testadas são de que as matas ripárias suportam
uma grande diversidade de aves devido à oferta regular de recursos escassos no entorno. Além
disso, espera-se que a comunidade nelas encontrada seja composta por uma maior proporção
de espécies generalistas, com ausência potencial de predadores de topo de cadeia, frugívoros e
espécies de maior porte, devido ao tamanho e largura relativamente reduzidos das matas.
2 Material e Métodos
2.1 Locais de estudo
As matas ripárias estudadas estão na margem esquerda do rio Paraná a uma
altitude de aproximadamente 260 m: córrego Caracu (22°45’55” S e 53°15’30” W; 4,5 ha), e
ribeirão São Pedro (22°44’58’’ S e 53°13’24” W; 11 ha). Ambas as matas foram bastante
exploradas e degradadas devido a atividades agropecuárias e a urbanização, no entanto, na
última década foram cercadas e deixadas para recuperação natural. A região onde as mesmas
estão inseridas é conhecida genericamente por planície alagável do alto rio Paraná (PAAP) e
fica no noroeste do estado do Paraná, Brasil. O clima da região, de acordo com o sistema de
Köppen-Geiger, é do tipo Cfa (clima subtropical úmido mesotérmico) com temperatura média
anual de 22°C (média no verão de 26°C e no inverno de 19°C) e precipitação média anual de
1500 mm. Porém, em alguns anos pode apresentar o clima Cwa (clima tropical de altitude)
que apresenta pluviosidade típica dos regimes tropicais, com invernos secos (Maack 2002). A
área está inserida na região fitoecológica da floresta estacional semidecidual (limite oeste da
Mata Atlântica) onde se encontram formações desde secas, nos terraços mais altos e na
margem esquerda, até parcialmente alagadas, na margem direita e ilhas, conforme a fase do
pulso de inundação do rio Paraná (Campos & Souza 1997, Souza et al. 1997).
16
Figura 1 Região da planície alagável do alto rio Paraná, com detalhe das matas ripárias
estudadas.
O córrego Caracu se localiza no município de Porto Rico, no limite da área urbana
com a área rural do mesmo. Sua mata ripária apresenta uma formação florestal secundária,
descontínua, com sub-bosque relativamente aberto e alguns trechos tomados por cipós e
lianas. Em alguns pontos ao longo do curso de água a vegetação arbórea não ultrapassa a
extensão de 20 m. As margens são instáveis, devido à erosão causada por escoamento de
águas superficiais, o que gera queda de árvores. Possui também duas interrupções da mata: na
porção inicial, devido a uma linha de transmissão de energia; e na porção final, devido a um
acesso à água deixado para o gado, além de descontinuidades parciais, ou seja, onde apenas
uma das margens apresenta vegetação arbórea. um levantamento florístico e
fitossociológico para a área, onde foram utilizadas espécies com perímetro a altura do peito
inferior a 15 cm ou igual ou superior a esta marca. Em ambos os casos as espécies com maior
valor de importância para a área foram: Acrocomia aculeata, Albizia hassleri, Cariniana
17
estrelensis, Cecropia pachystachya, Chamaecrista ensiformis, Guarea guidonia, Inga vera,
Lonchocarpus muehlbergianus, Lonchocarpus cultratus, Machaerium aculeatum,
Peltophorum dubium, Psidium guajava e Tabernaemontana catharinensis (Souza et al. 2006).
Em alguns trechos em estado de regeneração mais recente, há predomínio de Panicum
maximum.
O ribeirão São Pedro fica no município de São Pedro do Paraná, em área rural.
Sua mata ripária apresenta uma formação florestal secundária contínua com sub-bosque
aberto em uma das margens e mais fechado com emaranhados de cipós e lianas na margem
oposta. Há um levantamento fitossociológico da área utilizando perímetro a altura do peito de
15 cm, o qual indica que as espécies de maior valor de importância para a área foram Zygia
cauliflora, Chamaechrista sp., Cereus sp., Cariniana estrellensis, Tabernaemontana
catharinensis, Gallesia integrifolia e Anadenanthera sp. (UEM 2003). Alguns trechos em
estado de regeneração mais recente têm predomínio de Panicum maximum. No entanto, esta
área, apresenta um nível de conservação melhor e menos pressão antrópica que a área do
córrego anteriormente descrito.
2.2 Método de campo
Para obtenção dos dados em campo foram determinadas uma transecção na
margem do córrego Caracu e outra na margem ribeirão São Pedro, ambas com 850 m a partir
da foz no rio Paraná (Figura 1). Foram realizados em ambas as áreas dois tipos de
levantamentos: um qualitativo que abrangeu o período de agosto de 2007 a novembro de 2008
e outro quantitativo no período de setembro a novembro de 2008.
O levantamento qualitativo foi realizado através do método de transecção (Bibby
et al. 1992), com adaptações sugeridas para um levantamento exaustivo por Vielliard & Silva
(1990). Este método consiste em percorrer uma trilha previamente estabelecida e teve por
objetivo estabelecer uma lista mais completa possível da avifauna da área de estudo. As
amostragens foram realizadas mensalmente durante quatro dias consecutivos, dois em cada
área, iniciando sempre ao alvorecer e terminando cerca de cinco horas após, com um total de
120 horas de observação em cada mata ripária. Todas as espécies contactadas auditiva ou
visualmente ao longo das transecções foram registradas, sendo empregados os guias de campo
de Develey & Endrigo (2004) e Souza (2004) para a identificação das espécies. As
vocalizações não reconhecidas foram registradas em um gravador portátil, com auxílio de
microfone unidirecional, para posterior identificação no Laboratório de Ornitologia e
Bioacústica da Universidade Estadual de Londrina. A nomenclatura das espécies seguiu o
18
proposto pelo CBRO (2008). A partir dos dados obtidos neste levantamento foram calculadas
as frequências de ocorrência global e por área para cada espécie.
Para o levantamento quantitativo foi utilizado o método de amostragem por
pontos de escuta (Blondel et al. 1981, Vielliard & Silva 1990) com adaptações para estudos
em fragmentos florestais desenvolvidos por Anjos (2007). As amostragens foram mensais em
quatro dias consecutivos, dois em cada mata ripária. O período de amostragem é considerado
o ideal para aplicação do método, por representar a estação reprodutiva para a maioria das
espécies de aves da região (Piratelli et al. 2000) e, portanto, período de maior detectabilidade
das mesmas. Foram alocados quatro pontos, distantes 200 m entre si e a 100 m do início da
transecção, ao longo das trilhas pré-determinadas nas matas ripárias. As amostragens
iniciaram-se ao alvorecer e terminaram quatro horas após. Cada ponto foi amostrado duas
vezes em uma manhã; a seqüência foi 1, 2, 3, 4 e em seguida 4, 3, 2, 1 (Figura 2). Na manhã
do dia seguinte a ordem foi invertida. As sessões de observações foram de 15 min em cada
ponto, com 15 min de intervalo entre os pontos e foram considerados os registros visuais e
auditivos das espécies que estivessem pousadas dentro de um raio ilimitado, tomando cuidado
para não registrar espécies fora da área da mata; cada casal ou grupo para espécies sociais foi
considerado um contato. O material para a identificação visual e gravação das vocalizações
não reconhecidas foi o mesmo descrito anteriormente. A partir dos dados do levantamento
quantitativo foi calculado o índice pontual de abundância (IPA) para cada espécie contactada,
dividindo-se o número de contatos pelo número total de pontos amostrados (Blondel et al.
1970).
Figura 2 Esquema da distribuição e ordem dos pontos de escuta ao longo do transecto determinado
nas matas ripárias.
2.3 Análises dos dados
A lista de espécies utilizada como referência para a análise da representatividade
foi obtida de estudos e compilações de estudos de aves na região da PAAP (i.e., THEMAG et
al. 1994 e Straube et al. 1996) além de estudos realizados dentro do Projeto Ecológico de
Longa Duração PELD - Sitio 6, onde houve um avanço no conhecimento do grupo, com
estudos mais sistematizados (Gimenes & Anjos 2004a, b, 2006, 2007, Loures-Ribeiro &
19
Anjos 2004, 2006, Mendonça et al. 2004, 2009, Mendonça & Anjos 2006, Gimenes et al.
2007).
Para determinar o hábitat preferencial das espécies amostradas foi considerado o
banco de dados elaborado por Parker III et al. (1996), sendo considerados quatro grupos de
espécies: i) espécies estritamente florestais as que somente ocorrem em formações florestais;
ii) espécies de borda aquelas espécies florestais que têm a notação de tolerância à borda; iii)
espécies de áreas abertas as que ocorrem apenas nesses hábitats; e iv) espécies de hábitat
misto as que ocorrem tanto em áreas abertas quanto em florestas. Quanto ao tamanho, as
espécies foram agrupadas em classes de massa corporal, utilizando-se a base de dados de
Dunning (2008). Para estipular as classes de massa corporal foi feita a transformação dos
pesos médios de cada espécie para a escala logarítmica (log
2
), com o objetivo de reduzir
amplitude da distribuição de freqüências, esta distribuição foi plotada num histograma que
evidenciou três classes principais: aves pequenas (<20g), aves médias (20 a 140g) e aves
grandes >140g. Para a realização das análises as classes de aves pequenas e médias foram
agrupadas, pois de acordo com Leck (1979), Willis (1979) e Castelletta et al. (2000) estas
sofrem menor impacto da fragmentação florestal que as espécies grandes. Quanto à
sensibilidade aos distúrbios antrópicos, as espécies foram classificadas de acordo com as três
categorias propostas por Parker III et al. (1996): alta sensibilidade, média sensibilidade, e
baixa sensibilidade. As espécies registradas foram distribuídas em seis grupos ecológicos
distintos baseados em hábitos alimentares, (carnívoros, frugívoros, insetívoros/carnívoros,
insetívoros, nectarívoros e omnívoros) segundo Anjos & Schuchmann (1997), com
adaptações para a classificação de frugívoros conforme com Mendonça et al. (2009) e para as
espécies não apreciadas nesses trabalhos de acordo com a descrição de alimentar constante em
Del Hoyo et al. (1992-2008). Para a classificação de ocupação do estrato pela espécie foram
considerados seis estratos: solo, inferior (abaixo de 3 m), médio (entre 3 e 7 m), superior
(acima de 6 m), vertical (espécies que forrageiam verticalmente nos estratos vegetais) e aéreo
(para as que forrageam em vôos sobre o dossel das árvores ou em áreas mais abertas), sendo
adotado como padrão aquele em que a espécie esteve em mais de 50% das observações. Para
determinação da associação das espécies a alguma zona zoogeográfica foram consideradas as
descrições de endemismo contidas em Parker III et al. (1996), além disso para a determinação
da vulnerabilidade a extinção de acordo com as classes de ameaça determinadas pela IUCN,
foi observada a classificação de Straube et al. (2004) na lista vermelha do estado do Paraná.
Para as espécies ausentes nas amostragens, mas com presença confirmada na
região (Gimenes et al. 2007), foram atribuídas causas prováveis para as ausências, baseando-
20
se nos padrões de raridade propostos por Rabinowitz et al. (1986) e Göerck (1997), os quais
levam em consideração a associação de três fatores: distribuição geográfica, especificidade de
hábitat, e tamanho populacional. As classificações foram feitas analisando os bancos dados
disponíveis individualmente para cada espécie. No presente estudo foi assumido que ausência
por motivo de distribuição geográfica, ocorreu para espécies que tem seu limite de
distribuição a menos de 100 Km de distância ou fora da região de estudo, de acordo com a
distribuição contida em Ridgely et al. (2007); ausência por motivo de hábitat para espécies
que ocupam ambientes não disponíveis nas áreas estudadas sensu Parker III et al. (1996); e
ausência por tamanho populacional para espécies que ocorrem em baixas densidades na
região neotropical, ou seja, as classificadas como incomuns ou raras por Parker III et al.
(1996). Adicionalmente a estes foi incluído o fator tamanho da área, para as espécies
florestais que não foram registradas (Apêndice 1). O cálculo da distância da borda da
distribuição geográfica foi feito desde o ponto médio entre as duas áreas até a borda mais
próxima da distribuição da espécie, sendo negativa para as espécies cuja área de distribuição
não incluía a região do estudo. O cálculo foi realizado através do software SPRING 5.1
(Câmara et al. 1996)
Dados sobre a riqueza de aves de matas ripárias em floresta estacional
semidecidual foram obtidas de quatro trabalhos (D`Ângelo Neto et al. 1998, Almeida et al.
1999, Krügel & Anjos 2000, Anjos 2001) em 10 localidades, e serviram para a comparação
com as matas do presente estudo, assim como para a elaboração de um modelo matemático
para a relação entre a riqueza, a área e esforço amostral nestes ambientes. Para a determinação
da área dos fragmentos de mata ripária estudados, o contorno das áreas foi plotado no
programa AutoCAD 2004 4.0 através do georeferenciamento dos pontos circundantes e o
cálculo foi feito neste mesmo software.
2.4 Procedimentos estatísticos
A tabela de contingência foi utilizada para comparar a proporção de espécies entre
as classes de tamanho, de hábitat preferencial, de hábitos alimentares e de sensibilidade em
relação às espécies da PAAP registradas e as ausentes, e a significância foi avaliada através
do teste G (α = 0,05). O mesmo método acima foi utilizado para comparar a proporção de
espécies em cada mata entre as classes de freqüência de ocorrência, de bitat preferencial e
de hábitos alimentares. O teste G com um fator de correção foi utilizado para testar as
diferenças entre o número de contatos (corrigido para esforço amostral, ou seja, IPA x 100) de
cada espécie, em ambas as matas ripárias (Apêndice 2). Quando o número esperado de
21
contatos foi menor de cinco, as probabilidades exatas foram calculadas pelo teste binomial, o
valor de α escolhido foi de 0,01 para ambos os testes (Aleixo 1999).
Foi verificado se o esforço amostral realizado na amostragem quantitativa foi
suficiente para amostrar um número representativo de espécies de aves em cada ambiente.
Para isso foram construídas curvas de rarefação de espécies para cada área (Gotelli & Colwell
2001); e utilizando o programa EstimateS 7.5.2 (Colwell 2006) e o programa Statistica 7.0
(Statsoft 2005) foi feita a estimativa da riqueza para as áreas. Foi utilizado o estimador de
riqueza Jackknife2. O estimador aqui empregado é um algoritmo não paramétrico que estima
o número de espécies ainda por serem coletadas, baseando-se numa quantificação de raridade
e incidência utilizando o número de Uniques e Duplicates, que são o número de espécies
encontradas em somente uma ou duas amostras, respectivamente, para as estimativas de
riqueza (Colwell 1997). Os dados foram aleatorizados 100 vezes para remover o efeito de
ordem de amostra, calculando-se a média das aleatorizações excedentes, produzindo, desta
maneira, uma curva lisa de acumulação de espécies e permitindo uma comparação mais eficaz
dos estimadores utilizados (Colwell 1997).
Os pontos da amostragem quantitativa de aves no córrego Caracu e no ribeirão
São Pedro foram ordenados com base na composição de espécies e abundância. A técnica
utilizada foi a coordenação recíproca média (Hill 1973) também conhecida por análise de
correspondência ou CA e foi realizada com o software PC-ORD 3.5 de McCune & Mefford
(1999), atribuindo menos peso a espécies raras, para que estas não interferissem de maneira a
tendenciar a ordenação. Para verificar diferenças na composição da comunidade entre as
matas, foram utilizados os escores do eixo 1 e do eixo 2 das amostras em comparações de
variância paramétricas (ANOVA). Possíveis diferenças na estrutura da comunidade, foram
verificadas através os escores das espécies agrupados por grupos funcionais, também para
ambos os eixos, em análises de variância paramétricas (ANOVA) e não paramétricas (Kruskal
Walis), quando não atendidos os pressupostos para a realização da ANOVA, ambos os testes
realizados através do programa Statistica 7.0 (Statsoft 2005).
A regressão múltipla foi utilizada para estabelecer a relação espécie/área/esforço
amostral com os dados compilados de avifauna em mata ripária realizados na floresta
estacional semidecidual e cerrado. Para tanto foram utilizados dados de cinco trabalhos,
abordando 10 localidades de estudo (Tabela 1). A análise foi realizada incluindo os dados
obtidos no presente trabalho, e também sem os mesmos. Esse procedimento possibilitou optar
por não incluir estes dados, visto que os mesmos tornam a relação não significativa. A
regressão foi realizada com a ajuda do programa Statistica 7.0.
22
Tabela 1 Valores para área, riqueza e esforço amostral compilados de estudos em matas ripárias da floresta estacional semidecidual.
Formação florestal
estudada Localidades Área (ha)
Riqueza de
espécies
Esforço amostral
em meses Autoria
Fazenda Santa Elisa 37 130 14 Almeida et al. 1999
Brotas, SP
Fazenda Morro Chato 27 151 14
Parque dos Pioneiros 59 79 12 Krügel & Anjos 2000
Maringá, PR
Parque do Ingá 47,3 110 12
Corredor RA-RD 4 128 12 Anjos 2001
Londrina, PR
Remanescente D 25 113 12
Reserva Florestal da UFLA 5,8 76 8 D`Ângelo Neto et al. 1998
Mata da subestação 8 75 8
Mata ripária
Floresta Estacional
Semidecidual
Lavras, MG
Mata da Capela 8 68 8
23
3 Resultados
3.1 Levantamento qualitativo
Foram registradas 165 espécies de aves nas duas matas ripárias, 146 no ribeirão
São Pedro e 128 no córrego Caracu (Apêndice 1). Três espécies foram registradas pela
primeira vez na PAAP: Pipraeidea melanonota e Xiphorhynchus fuscus, que possuem
registros antigos para regiões adjacentes e Eucometis penicillata, que não possui registro
sequer nas adjacências (Figura 3).
Figura 3 Espécies registradas pela primeira vez na região da planície alagável do alto rio Paraná: (a)
Pipraeidea melanonota, (b) Xiphorynchus fuscus e (c) Eucometis penicillata. Autores : Luiz Carlos
Ribenboim (a e b) Claudinei Aparecido Girotto Girotto (c).
a
b
c
24
Considerando o total de 376 espécies registradas na região da PAAP, nas duas
matas ripárias analisadas ocorreram 44% da avifauna regional, de forma que na mata do
ribeirão São Pedro puderam ser encontradas 38,6% e no córrego Caracu 34% das espécies da
PAAP. A maior parte das espécies ausentes nas matas ripárias estudadas se deve à
inexistência de hábitat adequado para as mesmas nas áreas amostradas, sendo 59 espécies de
ambientes aquáticos e 34 de ambientes mais abertos. Das espécies florestais que não
ocorreram nas matas estudadas, 62 tiveram sua ausência atribuída ao tamanho da área, 21 ao
tamanho populacional da espécie, e 72 tiveram a sua distribuição geográfica. Ainda 36
espécies apresentaram a distribuição geográfica associada ao tamanho populacional ou a
ausência de hábitat explicando sua ausência nas áreas de estudo (Apêndice 2).
As espécies que estiveram mais representadas nessas matas ripárias exibiram as
seguintes características funcionais: pequeno e médio porte (G =15,11; gl = 2; p < 0,01;
Tabela 2), tolerância à borda (G = 15,19; gl = 2; p < 0,01; Tabela 2), hábito insetívoro (G =
22,80; gl = 2; p < 0,01; Tabela 2) e baixa sensibilidade (G = 32,96; gl = 2; p < 0,01; Tabela 2).
Por outro lado espécies de grande porte, que não toleram a borda, de hábito carnívoro,
frugívoro ou omnívoro, com alta ou média sensibilidade estiveram proporcionalmente menos
representadas nas matas ripárias.
Tabela 2 Número de espécies registradas e de espécies ausentes nas matas ripárias do ribeirão
São Pedro e córrego Caracu, no período de agosto de 2007 a novembro de 2008, de acordo com
os agrupamentos por tamanhos corporais, por tolerância à borda, por hábito alimentar e por
grau de sensibilidade.
PAAP
Matas
ripárias
Não Registradas
Teste G
Tamanho do corpo:
15,11*
Grande (>140g)
35
84
Pequeno/Médio (
140g)
130
127
Tolerância
à borda:
15,19*
Sim
49
28
Não
116
183
Hábito alimentar:
22,80
*
Carnívoro
16
48
Frugívoro
40
44
Insetívoro/carnívoro
6
10
Insetívoro
73
56
Nectarívoro
6
5
Omnívoro
24
48
Sensibilidade
32,96*
Alta
6
18
Media
44
108
Baixa
115
85
* diferença significativa para α = 0,05.
25
A freqüência de ocorrência, considerando as duas matas ripárias em conjunto,
demonstrou que 59 % das espécies que foram contactadas podem ser consideradas raras ou
ocasionais, pois estiveram presentes em menos de 15 do total de 60 visitas. as espécies
abundantes, ou seja, aquelas que apareceram em mais de 75% das amostragens, correspondem
a 8% do total da avifauna. Ainda, as espécies constantemente encontradas, aquelas com 100%
de ocorrência nas amostragens, somam 3% (cinco espécies).
Não houve diferença na proporção de espécies em cada grupo nas duas matas
ripárias quando estas foram agrupadas de acordo com os tipos de hábitat (G = 1,49; gl = 3; p >
0,01; Tabela 3). Quando agrupadas de acordo com o hábito alimentar também não se verifica
diferença nessa proporção (G = 2,73; gl =5; p > 0,01; Tabela 3).
Tabela 3 Porcentagem de espécies por classes de freqüência de ocorrência, de uso do hábitat e de
hábito alimentar, nas amostragens entre agosto de 2007 e novembro de 2008.
Caracu
São Pedro
Teste G
Freqüência de ocorrência: 0,31
1 registro 21 27
< 25-49% 70 75
50-100% 37 43
Hábitat preferencial: 3,43
Aberto 37 36
Misto 18 22
Borda 45 43
Florestal 28 45
Hábito alimentar: 2,24
Carnívoro 12 12
Frugívoro 33 35
Insetívoro/carnívoro 02 06
Insetívoro 60 65
Nectarívoro 05 05
Omnívoro 16 21
3.2 Levantamento quantitativo
No levantamento quantitativo por pontos de escuta, foram registradas 113
espécies, 84 no córrego Caracu e 93 no ribeirão São Pedro, o que corresponde,
respectivamente a 66% e 64% do valor encontrado no levantamento qualitativo. Para um total
de 48 amostras pontuais por área, foram registrados 866 contatos no córrego Caracu, com
uma média de 18 ± 8 contatos por ponto durante toda a amostragem; e 1042 contatos no
ribeirão São Pedro, com uma média de 22 ± 7 contatos por ponto.
As espécies com maior valor de IPA no córrego Caracu foram: Pitangus
sulphuratus (IPA=1,48), Cyclarhis gujanensis (IPA=0,92) e Turdus leucomelas (IPA=0,98); e
26
no ribeirão São Pedro Patagioenas picazuro (IPA=1,29), Cyclarhis gujanensis (IPA=1,73) e
Turdus leucomelas (IPA=1,04). Tais espécies representaram 19% dos contatos em ambas as
áreas. A ordenação dos IPAs por espécie em ordem decrescente (figura 4a), assim como a
curva da abundância em postos (Whittaker plot) (figura 4b) mostra a abundância relativa das
espécies da comunidade em função de seu IPA e o padrão de poucas espécies abundantes
enquanto muitas raras para ambas as áreas.
Do total de espécies amostradas nos pontos, 25 diferiram em abundância entre as
áreas a uma significância de α = 0,01. As espécies Pitangus sulphuratus, Todirostrum
cinereum, Crotophaga ani, Furnarius rufus, Aratinga leucophthalma, Vanellus chilensis,
Columbina squammata, Columbina talpacoti, Amazona aestiva, Rupornis magnirostris e
Guira guira foram significativamente mais freqüentes no córrego Caracu; enquanto que as
espécies Cyclarhis gujanensis, Patagioenas picazuro, Myiodynastes maculatus,
Thamnophilus doliatus, Euphonia chlorotica, Pachyramphus polychopterus, Camptostoma
obsoletum, Pachyramphus validus, Cranioleuca vulpina, Brotogeris chiriri, Megarynchus
pitangua, Ramphocelus carbo, Picumnus albosquamatus e Myiozetetes similis foram
significativamente mais frequentes no ribeirão São Pedro (Apêndice 2).
As curvas de rarefação das espécies mostraram que mesmo quando equiparados
os números de indivíduos das duas áreas a riqueza do ribeirão São Pedro se mantém superior
a riqueza do córrego Caracu (Figura 5a) As estimativa de riqueza de espécies apresentada
(Figura 5b) foi de aproximadamente 97 espécies para o Caracu e 119 para o São Pedro.
0.00
0.50
1.00
1.50
2.00
2.50
1 11 21 31 41 51 61 71 81 91
Espécies
log IPA
São Pedro
Caracu
a
0
0.4
0.8
1.2
1.6
2
1 11 21 31 41 51 61 71 81 91
Espécies
IPA
Caracu
São Pedro
b
Figura 4 (a) Ordenação dos IPAs das espécies em ordem decrescente e (b) curva de abundância em
postos, para o córrego Caracu e o ribeirão São Pedro gerados a partir de dados pontuais, coletados na
amostragem quantitativa, de setembro/2008 a outubro/2008.
27
0 200 400 600 800 1000
Número de indivíduos
0
20
40
60
80
100
Número de espécies
Caracu
São Pedro
Desvio Padrão
a
0 6 12 18 24 30 36 42 48
Número de amostras
0
20
40
60
80
100
120
140
Número de espécies
Sobs Caracu
Jackknife 2 Caracu
Sobs São Pedro
Jackknife 2 São Pedro
b
Figura 5 (a) Curvas de rarefação do número de espécies pelo número de indivíduos, para o
córrego Caracu e o ribeirão São Pedro, com o desvio padrão de cada localidade; e (b)
número observado (Sobs) e estimado de espécies de aves utilizando o método Jackknife2
para o córrego Caracu e o ribeirão São Pedro; ambos gerados a partir de dados pontuais,
coletados na amostragem quantitativa, de setembro/2008 a novembro/2008.
28
A análise de correspondência (Figura 6), utilizando a abundância relativa das
espécies mostra que as matas ripárias formam dois grupos distintos em relação ao eixo 1 da
CA, sendo o mesmo influenciado positivamente pelas espécies mais abundantes no Caracu e
negativamente pelas espécies mais abundantes no São Pedro (Tabela 4). A diferença
significativa entre as áreas foi confirmada pela análise de variância feita nos escores das
amostras (F
11,84
= 21,35; p < 0,001; Figura 7a). O teste a posteriori de Tukey mostrou que
todas as amostragens do Caracu diferem das amostragens do São Pedro significativamente e
que não diferença dentro do conjunto de amostragens de uma mesma mata. O eixo 2 da
CA, também retido para interpretação, foi influenciado pela grande dispersão dos pontos no
Caracu em decorrência do registro pontual e representativo de algumas espécies em uma
única amostra. A diferença foi confirmada pela análise de variância (F
11,84
= 2,40; p = 0,012;
Figura 7b) e o teste a posteriori de Tukey mostrou diferença significativa entre a amostragem
C1 do Caracu e as amostragens S3, S4 e S5 do São Pedro e dentro do Caracu entre C1 e C3.
Tabela 4 Descrição dos eixos retidos para interpretação da CA, mostrando os
autovalores de cada eixo e as principais espécies que influenciaram na ordenação
das amostras pontuais do córrego Caracu e ribeirão São Pedro, coletadas na
amostragem quantitativa, de setembro/2008 a outubro/2008.
Espécies que influenciaram
Autovalor
Positivamente Negativamente
Columbina squamata Myiodinastes maculatus
Pitangus sulphuratus Cantorchilus leucotis
Milvago chimachima Herpsilochmus longirostris
Crotophaga ani Cyclarhis gujanensis
Vanellus chilensis Taraba major
Patagioenas picazuro
Cranioleuca vulpina
Pachuramphus polychopterus
Eixo 1 0,2483
Ramphocelus carbo
Megarynchus pitangua Progne tapera
Ramphastos toco Lathrotriccus euleri
Syrigma sibilatrix Guira guira
Vanellus chilensis Todirostrum cinereum
Progne chalibea
Hylocryptus rectirostris
Eixo 2 0,1398
Tyrannus savana
Utilizando-se os escores das espécies para verificar a estrutura da comunidade
foram geradas as ordenações das amostras de acordo com o h
á
bito alimentar, h
á
bitat
preferencial e estrato de forrageio (Figuras 8, 9 e 10). Os hábitos alimentares não
apresentaram diferenças significativas entre as comunidades tanto em relação ao eixo1 (KW-
29
H
5,113
= 7,07; p = 0,216; Figura 7c), quanto em relação ao eixo 2 (F
5,107
= 0,09; p = 0,994;
Figura 7d).
O hábitat preferencial das espécies mostrou diferenças significativas entre as áreas
em relação ao eixo 1 (F
3,109
= 15,28; p < 0,001; Figura 7e). O teste a posteriori de Tukey
mostra que há diferença e entre o hábitat preferencial das espécies do São Pedro, onde
predomina o hábito florestal e das espécies do Caracu, onde predominam espécies de hábito
aberto e de borda. Em relação ao eixo 2, também houve diferença significativa com espécies
de hábitat florestal mais agrupadas e tendendo a valores positivos principalmente no ribeirão
São Pedro; e espécies de hábito aberto mais dispersas e com valores mais negativos
principalmente no córrego Caracu (KW-H
3,113
= 8,204; p = 0,042; Figura 7f).
-120 -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 120
Eixo 1
-200
-150
-100
-50
0
50
100
150
200
Eixo 2
C1 S1
C2 S2
C3 S3
C4 S4
C5 S5
C6 S6
Figura 6 Representação gráfica da ordenação das amostras pontuais por dia do córrego Caracu,
(C1, C2, C3, C4, C5, C6) e do ribeirão São Pedro (S1, S2, S3, S4, S5, S6), coletadas na
amostragem quantitativa, de setembro/2008 a outubro/2008.
30
C1 C2 C3 C4 C5 C6 S1 S2 S3 S4 S5 S6
Amostragens
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
Eixo 1
a
C1 C2 C3 C4 C5 C6 S1 S2 S3 S4 S5 S6
Amostragens
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
Eixo 2
b
FR NE OM IN CA IC
Hábito alimentar
-250
-200
-150
-100
-50
0
50
100
150
Eixo 1
c
FR NE OM IN CA IC
Hábito alimentar
-200
-150
-100
-50
0
50
100
150
200
Eixo 2
d
aberto borda florestal misto
Hábitat
-200
-150
-100
-50
0
50
100
150
200
Eixo 1
e
aberto borda florestal misto
Hábitat
-160
-120
-80
-40
0
40
80
120
Eixo 2
f
aéreo inferior médio solo superior vertical
Estrato
-150
-100
-50
0
50
100
150
200
250
Eixo 1
g
aéreo inferior médio solo superior vertical
Estrato
-350
-300
-250
-200
-150
-100
-50
0
50
100
Eixo 2
Média
Média±Erro padrão
h
Figura 7 Gráficos das análises de variância para ambos os eixos com os escores das amostragens no
córrego Caracu (C1, C2, C3, C4, C5, C6) e no ribeirão São Pedro (S1, S2, S3, S4, S5, S6) (a e b); e
com os escores das espécies agrupados por hábito alimentar, onde frugívoro (FR), nectarívoro (NE),
omnívoro (OM), insetívoro (IN), carnívoro (CA) e insetívoro/carnívoro (IC) (c e d); hábitat preferencial
(e e f); e estrato preferencial de forrageio (g e h); com base na ordenação das amostras pontuais do
córrego Caracu e ribeirão São Pedro, coletadas na amostragem quantitativa, de setembro/2008 a
outubro/2008.
31
Os estratos preferenciais de forrageio das espécies diferiram estatisticamente entre
as áreas em relação ao eixo 1 ( F
5,107
= 2,50; p = 0,035; figura 7g). O teste a posteriori de
Tukey evidenciou que a diferença foi causada pelo maior predomínio de espécies que
forrageiam preferencialmente no solo no Caracu, enquanto que no São Pedro predominaram
espécies que forrageiam preferencialmente no estrato médio. O eixo 2 não mostrou diferenças
significativas entre os agrupamentos de espécies segundo seus estratos preferenciais de
forrageio (F
5,107
= 2,19; p = 0,061; Figura 7h).
-400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 500
Eixo 1
-600
-400
-200
0
200
400
600
800
Eixo 2
CA
FR
IC
IN
NE
OM
Figura 8 Representação gráfica dos escores das espécies agrupadas por hábito alimentar,
onde
frugívoro (FR), nectarívoro (NE), omnívoro (OM), insetívoro (IN), carnívoro (CA) e
insetívoro/carnívoro (IC), através da ordenação das amostras pontuais do córrego Caracu e
ribeirão São Pedro, coletadas na amostragem quantitativa, de setembro/2008 a outubro/2008.
32
-400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 500
Eixo 1
-600
-400
-200
0
200
400
600
800
Eixo 2
aberto
borda
florestal
misto
Figura 9 Representação gráfica dos escores das espécies agrupadas por hábitat preferencial,
através da ordenação das amostras pontuais do córrego Caracu e ribeirão São Pedro,
coletadas na amostragem quantitativa, de setembro/2008 a outubro/2008.
-400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 500
Eixo 1
-600
-400
-200
0
200
400
600
800
Eixo 2
aéreo
inferior
médio
solo
superior
vertical
Figura 10 Representação gráfica dos escores das espécies agrupadas por estrato
preferencial de forrageio, através da ordenação das amostras pontuais do córrego Caracu e
ribeirão São Pedro, coletadas na amostragem quantitativa, de setembro/2008 a
outubro/2008.
33
A regressão múltipla mostrou relação significativa da riqueza de espécies com a
área do fragmento e com o esforço amostral empregado (Tabela 5), com um coeficiente de
determinação de 93%.
Tabela 5 Sumário do modelo da regressão linear múltipla entre a variável resposta riqueza de
espécies e as variáveis explanatórias área do fragmento (AF) e esforço amostral (EA).
Variável resposta
Variáveis
explanatórias
Beta Correlação parcial t p
AF -0,8036 0,228949 -4,61969 0,002427
Riqueza de
espécies
EA 14,6629 0,879151 10,54797 0,000015
A partir desses resultados, verifica-se que a riqueza de espécies do presente estudo
não se encaixa ao modelo proposto (Tabela 6) pela equação da regressão múltipla para matas
ripárias, devido à presença de uma elevada diversidade de aves em áreas de pequena extensão.
Tabela 6 Modelo gerado pela análise de regressão múltipla utilizando a variável resposta
riqueza de espécies e as explanatórias, área do fragmento (AF) e esforço amostral (EA), com seu
respectivo
R
2
ajustado e teste F associado.
4 Discussão
Os dados do presente estudo sugerem que matas ripárias de pequenos riachos têm
grande importância na preservação da avifauna regional e que quanto mais preservadas e mais
largas, maior é a sua capacidade de suportar grupos de espécies com maior sensibilidade. Isto
ficou evidenciado pela elevada representatividade ecológica dessas formações para as aves da
PAAP e também pela significativamente diferente composição da avifauna, em termos
quantitativos, entre as áreas estudadas. A importância dessas áreas para a conservação da
avifauna pode ainda ser salientada pela presença de 13 das 39 espécies endêmicas e quatro das
12 ameaçadas de extinção presentes na região segundo Gimenes et al. (2007) e considerando
a classificação de endemismo e vulnerabilidade estabelecidas por Parker III et al. (1996) e por
Straube et al. (2004) na lista vermelha do estado do Paraná.
Maurício & Dias (2001), apontaram estas formações como responsáveis pela
manutenção de espécies bastante vulneráveis a fragmentação florestal como Micrastur
ruficollis, Ramphastos dicolorus e Pyroderus scutatus na região da Serra dos Tapes RS. Da
Equação proposta R
2
ajustado F
2,7
Y = -40,5538 -0,8036*AF + 14,6629*EA 0,93 58,901
Y = riqueza de espécies p < 0,00004
34
mesma forma na PAAP a presença de Campephilus robustus e Xiphocolaptes albicolis nas
matas estudadas tem igual valor, pois estas espécies são reportadas apenas em fragmentos
maiores que 100 ha em outros estudos (Willis 1979, Christiansen & Pitter 1997, Anjos &
Boçon 1999, Maurício & Dias 2001). A proximidade entre fragmentos e a ligação física por
meio de corredores podem permitir a manutenção de um grande número de espécies, mesmo
em pequenos fragmentos, porque os indivíduos são capazes de usar diferentes fragmentos
próximos ou fazer movimentos mais pontuais com a manutenção de populações marginais por
efeitos de emergência ou re-colonização (Uezu et al. 2005, Martensen et al. 2008).
Os benefícios dos corredores podem estar relacionados à largura, extensão,
continuidade e qualidade dos corredores (Laurance & Laurance 1999), à topografia e largura
das áreas de influência ripária (Metzger et al. 1997), entre outros fatores, mas sem dúvida o
fator mais importante é a largura (Metzger no prelo). A largura da mata ripária afeta a
qualidade do hábitat, regulando a área impactada pelos efeitos de borda, ou seja, pelas as
modificações micro-climáticas e pelo aumento das perturbações que ocorrem nas bordas
destes hábitats (Metzger no prelo). O efeito de borda causado pela fragmentação regional,
aumenta a prevalência de espécies tolerantes à borda nas áreas de estudo e reflete o fato
bem documentado de que o aumento da borda causa o aumento de espécies mais generalistas
e tolerantes às alterações (Lovejoy et al. 1986, Wilcove & Robinson 1990, Goosem 1997,
Stotz et al. 1996). Isto propicia uma ocupação de espécies de área mais aberta criando uma
região de ecótone utilizada por espécies de ambos os ambientes. Em relação fragmentos
pequenos e alongados as espécies florestais o prejudicadas nesta interação, tanto pela
competição, como pelo aumento da predação de ninhos, além da influência negativa de
fatores abióticos (Wilcove et al. 1986, Lovejoy et al. 1986, Wilcove & Robinson 1990,
Goosem 1997, Kapos et al. 1997, Turton & Freiburger 1997). Nas áreas de estudo a
incidência de espécies típicas de áreas abertas, tais como Columbina talpacoti, Crotophaga
ani, Tachycineta albiventer, Geothlypis aequinoctialis e Mimus saturninus no interior dos
fragmentos foi comum, principalmente no mais estreito deles. De acordo com Metzger (no
prelo) esses efeitos podem variar em extensão em função das espécies e dos processos
considerados, e também de acordo com as características físicas do local, em particular com a
orientação solar, a latitude e o tipo de matriz de ocupação adjacente, que influenciam na
quantidade de radiação solar incidente. De uma forma geral, os efeitos mais intensos ocorrem
nos 100 primeiros metros (Laurance et al. 2002), o que implica que corredores com menos de
200 m são formados essencialmente por ambientes de borda, altamente perturbados. Espécies
35
mais estritamente florestais necessitariam de corredores de pelo menos 200 m de largura
(Laurance & Laurance 1999; Lees & Peres 2008).
A comparação das duas matas resultou em diferenças significativas na
composição de espécies tanto em relação aos dados qualitativos, quanto em relação aos dados
quantitativos. A estruturação da comunidade, no entanto, mostrou-se diferente somente em
relação aos dados quantitativos, o que já era previsto e até sugerido como método mais eficaz
para este tipo de avaliação por Vielliard & Silva (1990). Os diferentes graus de impacto
antrópico e conservação das duas matas, aliados a diferença de largura das mesmas podem ser
os principais fatores que influenciaram a relevante diferença que esteve associada aos grupos
funcionais na estruturação das comunidades. A presença de maior proporção de espécies
florestais e de sub-bosque no ribeirão São Pedro denota a maior qualidade do hábitat nesta
área. Permitindo inclusive a ocorrência de grupos mais especializados como os
Dendrocolaptidae, que segundo Willis & Oniki (2002) e Poletto et al. (2004) agregam estas
duas características. Este grupo foi representado por seis diferentes espécies nesta área
enquanto apenas três ocorreram na mata do córrego Caracu. Destaca-se ainda que as três
novas espécies que foram acrescidas à lista de Gimenes et al. (2007) com o estudo dessas
áreas, foram detectadas no ribeirão São Pedro. As espécies significativamente mais
abundantes na mata do córrego Caracu foram aquelas comuns em áreas abertas e de matas
ralas. Em contrapartida, as mais abundantes no ribeirão São Pedro, foram espécies florestais
ou de borda.
De acordo com Metzger (no prelo) trabalhos que consideraram a funcionalidade
biológica dos corredores em função da largura indicam valores mínimos superiores a 100 m.
Na Amazônia, larguras de 140 a 190 m são necessárias para haver certa similaridade entre as
comunidades de pequenos mamíferos e de anfíbios de serapilheira entre elementos florestais
lineares e uma área controle de floresta contínua (Lima & Gascon 1999). Ainda na Amazônia,
Lee & Peres (2008) recensearam aves e mamíferos em 32 corredores, e observaram que a
acumulação de espécies ocorreu até 400 m de largura para os dois grupos. A partir desse
conjunto de dados, que devem representar situações encontradas em outras regiões da
Amazônia, os autores sugerem que as áreas de preservação permanente ao longo de rios
deveriam manter pelo menos 200 m de área florestada de cada lado do rio para que haja uma
plena conservação da biodiversidade. A manutenção de corredores de 60 m (30 m de cada
lado do rio), conforme a legislação atual resultaria na conservação de apenas 60% das
espécies locais. No Cerrado, Tubelis et al. (2004) sugerem que as matas de galeria tenham
pelos menos 120 m de largura para a devida proteção das aves. Na Mata Atlântica, Metzger et
36
al. (1997, 1998) trabalharam com a diversidade de árvores e arbustos, e puderam observar que
apenas 55% delas estava presente em corredores de menos de 50 m, enquanto 80% estava
presente em corredores com mais 100 m. Esses dados confirmam que corredores de apenas 30
m têm capacidade muito limitada de manutenção da biodiversidade.
As características ecológicas das espécies que toleram pequenos fragmentos como
matas ripárias na região da PAAP foram: pequena/média massa corpórea, tolerância à borda,
dieta insetívora e baixa sensibilidade a impactos antrópicos. Essas características servem
como medidas de avaliação do tipo de exploração do hábitat pela espécie e em associação,
segundo Göerck (1997), denotam espécies comuns e mais versáteis na utilização do mesmo.
O hábito insetívoro, no entanto, quando associado aos estratos inferiores é considerado por
muitos autores como característico de espécies mais vulneráveis (Wiens 1995, Castelletta et
al. 2000, Sekercioglu et al. 2002). As espécies insetívoras mais comuns nas áreas foram
Cyclarhis gujanensis, Pitangus sulphuratus, Myiodynastes maculatus, Thamnophilus doliatus,
Tyrannus melancholicus, Todirostrum cinereum, Crotophaga ani e Furnarius rufus, que são
extremamente generalistas na utilização do recurso alimentar. Desta forma, o resultado não se
torna contraditório em relação à literatura acima citada.
Excetuando-se as espécies de hábitats mais abertos e aquáticos e que, portanto,
não dispunham de condições ideais para ocuparem as áreas de estudo; a maioria das espécies
florestais ausentes apresentou características ecológicas e de história de vida comumente
associadas a taxas propensos à extinção local, tais como: raridade natural (Sieving & Karr
1997), grande tamanho corporal (Leck 1979), pouca tolerância a alterações e ou hábitos
estritamente florestais (Lovejoy et al. 1986, Warburton 1997, Borges & Stouffer 1999).
O tamanho da área pode ser um importante fator para a maior proporção de
ausências de espécies de grande porte, principalmente frugívoros e carnívoros, o que seria
esperado, pois eles têm uma grande exigência de área devido à alta demanda energética e/ou à
variação espacial e temporal dos seus recursos alimentares (Willis 1979, Göerck 1997).
Embora não seja um consenso entre os autores de que o tamanho do corpo aumente a
vulnerabilidade (Henle et al. 2004, Anjos 2006), parece que essa correlação existe para aves
frugívoras e também para Falconiformes (Forman et al. 1976, Galli et al. 1976, Aleixo &
Vielliard 1995, Willis 1979, Hilty 1985, Restrepo et al. 1997, Ribon et al. 2003, Uezu et al.
2005). A maior parte das espécies florestais ausentes neste estudo foi de grande porte, com
destaque para os grupos representados por frugívoros e Falconiformes. Juntos estes dois
grupos somaram 76% das espécies florestais de grande porte ausentes.
37
A proximidade do limite de distribuição é outro fato importante que pode ser
considerado. Cerca de 35% das espécies ausentes nas amostragens se encontram próximas de
seu limite de distribuição. Isto torna mais difícil encontrá-las em ambientes restritos como
matas ripárias por, provavelmente, se encontrarem próximas de seus limites ecológicos e
fisiológicos de tolerância (Kattan et al. 1994, Uezu 2006). Recolonizações também se tornam
menos prováveis devido a menor proporção de áreas fonte em relação a suas zonas centrais de
ocorrência (Renjifo 1999). Muitas vezes estas espécies apresentam populações com baixa
densidade e, portanto, podem ser particularmente vulneráveis a fatores genéticos e ou
ambientais (Gaston 2003, Sodhi et al. 2004). A alta relação de transição com o cerrado
relatada em Mendonça et al. (2009) para a PAAP, é apontada pelos autores como sendo de
central importância no elevado número de espécies próximas a seu limite de distribuição na
região. Nas áreas de estudo este fato foi verificado principalmente para as 10 espécies
endêmicas do cerrado ausentes, onde nove delas estavam próximas a suas bordas de
distribuição. Para as espécies endêmicas de mata atlântica de 21 ausentes, 13 estavam na
borda de sua distribuição, o que reforça a influência deste fator na determinação da
diversidade e inclusive da composição dinâmica da avifauna da PAAP, onde provavelmente
eventos de colonização e extinção sejam bastante freqüentes. De acordo com Ribon et al.
(2003) existe um sinergismo entre os fatores endemismo e proximidade do limite de
distribuição, o que torna as espécies que agrupam ambos, ainda mais sensíveis à
fragmentação.
A riqueza estimada para ambas as áreas com base nos dados quantitativos obtidos,
foi inferior ao encontrado no resultado de todas as amostragens qualitativas. Isto pode sugerir
que os estimadores utilizados foram conservadores em prever a real riqueza de espécies da
área, pois tem seus algoritmos fundamentados na incidência de espécies raras. Desta forma a
grande diferença na amplitude temporal dos dois tipos de amostragem pode ter favorecido um
menor encontro de espécies raras na amostragem quantitativa. A comparação das matas aqui
estudadas com outros ambientes ripários no mesmo tipo formação florestal, mostra que as
áreas do presente estudo possuem aproximadamente o dobro de espécies em relação a áreas
de tamanho semelhante estudadas por D`ângelo Neto et al. (1998) no campus da UFLA em
Lavras-MG. No entanto, comparando-se com um corredor de largura superior entre um
grande e um pequeno remanescente em de Londrina-PR (Anjos 2001), a riqueza e o tamanho
área são semelhantes aos do presente estudo, o que pode ser tanto devido ao tipo de formação
em si, porém com grande influência da conectividade proporcionada e d a largura do corredor.
Em relação à mata do Parque do Ingá, Parque florestal dos Pioneiros em Maringá-PR (Krügel
38
& Anjos 2000), que são cerca de cinco vezes maiores, a riqueza aqui encontrada foi superior.
Em relação à um remanescente de 25 ha , em Londrina-PR, estudada por Anjos (2001) e as
Fazendas Santa Elisa e Morro Chato em Brotas-SP estudadas por Almeida et al. (1999) que
são aproximadamente três vezes maiores que as aqui estudadas, a riqueza aqui encontrada se
mostra um pouco superior em relação as primeira e semelhante às ultimas. A riqueza de
espécies aqui encontrada não se encaixa no modelo proposto pela regressão múltipla, com a
riqueza e o esforço amostral dos trabalhos acima citados, pois apesar da pequena área as
matas do córrego Caracu e do ribeirão São Pedro retêm uma diversidade bastante alta. Estes
resultados sugerem que na região de estudo a semelhança do que ocorre no pontal do
Paranapanema (Martensen et al. 2008, Uezu et al. 2005) o fator mais importante na
determinação da riqueza é a conectividade da paisagem. Particularmente na região de estudo
esta afirmativa se torna ainda mais verídica devido a grande proporção das formações
florestais remanescentes estarem concentradas na margem dos rios (Campos & Souza 1997).
O presente estudo mostra que a manutenção de matas ripárias e a restauração das
totalmente degradadas têm efeito positivo na conservação de aves. Além de aumentar a
conectividade na paisagem, matas ripárias mantêm uma parcela importante da avifauna
regional, como apresentado neste estudo. Desta forma, o conhecimento científico atual de
matas ripárias sustenta os valores indicados no Código Florestal de 1965 em relação à
extensão das Áreas de Preservação Permanente. Na verdade os dados do presente estudo
sugerem que sejam expandidas para limiares mínimos de pelos menos 100 m (50 m de cada
lado do rio), para um maior alcance em termos de diversidade, englobando também espécies
com maiores requerimentos ecológicos.
5 Referências
AB`SÁBER, A.N. 2001. O suporte geoecológico das florestas beiradeiras (ciliares). In Matas
ciliares: conservação e recuperação (R.R. Rodrigues & H.F. Leitão-Filho, eds.).
Edusp/Fapesp, São Paulo, p. 15-25.
ALEIXO, A. 1999. Effects of selective logging on a bird community in the Brazilian Atlantic
Forest. Condor 101(3):537-548.
ALEIXO, A & VIELLIARD, J.M.E. 1995. Composição e dinâmica da avifauna da mata de
Santa Genebra, Campinas, SP. Rev. Bras. Zool. 12(3):493-511.
ALLEM, A.C. 1997. Roadside habitats: a missing link in the conservation agenda.
Environmentalist 17(1):7-10.
39
ALMEIDA, M.E.C., VIELLIARD, J.M.E. & DIAS, M.M. 1999. Composição da avifauna de
duas matas ciliares na bacia do rio Jacaré-Pepira, São Paulo, Brasil. Rev. Bras. Zool.
16(4):1087-1098.
ANDRÉN, H. (1994), Effects of habitat fragmentation on birds and mammals in landscapes
with different proportions of suitable habitat: A Review. Oikos 71(3):355-366.
ANJOS, L. 2001. Comunidade de aves florestais: implicações na Conservação. In Ornitologia
e Conservação: da Ciência às Estratégias (J.L.B. Albuquerque, J.F. Cândido Jr., F.C.
Straube & A.L. Roos, eds.). Editora Unisul, Tubarão, p. 17-37.
ANJOS, L. 2006. Bird species sensitivity in a fragmented landscape of the Atlantic forest in
southern Brazil. Biotropica 38(2):229-234.
ANJOS, L. 2007. A eficiência do método de amostragem por pontos de escuta na avaliação da
riqueza de aves. Ararajuba 15(2):239-243.
ANJOS, L. & BOÇON, R. 1999. Bird communities in natural forest patches in southern
Brazil. Wilson Bull. 111(3):397-414.
ANJOS, L. & SCHUCHMANN, K-L. 1997. Biogeographical affinities of the avifauna of the
Tibagi Basin, Paraná drainage system, southern Brasil. Ecotropica 3(1):43-65.
ANJOS, L., VOLPATO, G.H., LOPES, E.V., SERAFINI, P.P., POLETTO, F. & ALEIXO,
A. 2007. The importance of riparian forest for maintenance of bird species ricnhess in
an Atlantic Forest remnant, southern Brazil. Rev. Bras. Zool. 24(4):1078-1086.
AWADE, M. & METZGER, J.P. 2008. Using gap-crossing capacity to evaluate functional
connectivity of two Atlantic rainforest birds and their response to fragmentation.
Austral Ecol. 33(7):863-871.
BEIER, P. & NOSS, R.F. 1998. Do Habitat Corridors Provide Connectivity? Conserv. Biol.
12(6):1241-1252.
BIBBY, C., BURGUESS, N.D. & HILL, D.A. 1992. Bird Census Techniques. Academic
Press, London.
BIERREGAARD, Jr., R.O. 1990. Avian communities in the understory of Amazonian forest
fragments. In Biogeography and ecology of forest bird communities (A. Keast, ed.).
SPB Academic Publishing, The Hague, p. 333-343.
BIERREGAARD, Jr., R.O. & STOUFFER, P.C. 1997. Urdestory birds and dynamic habitat
mosaics in Amazonian rainforests. In Tropical Forest Remnants: Ecology, Management,
and Conservation of Fragmented Communities (W.F. Laurance & R.O. Bierregaard Jr.,
eds.). The University of Chicago Press, Chicago, p. 138-155.
40
BLONDEL, D., FERRY, C. & FROCHOT, B. 1970. La méthode des indices ponctuels
d’abondance (I.P.A.) ou des relevés d’avifaune par “stations d’écoute”. Alauda. 38:55-
71.
BLONDEL, D., FERRY, C. & FROCHOT, B. 1981. Point counts with unlimited distance.
Stud. Avian Biol. 6:414-420.
BORGES, S.H. & STOUFFER, P.C. 1999. Bird communities in two types anthropogenics
successional vegetation in Central Amazonia. Condor 101(3):529-536.
BOSCOLO, D., CANDIA-GALLARDO, C., AWADE, M. & METZGER, J.P. 2006.
Importance of Interhabitat Gaps and Stepping-Stones for Lesser Woodcreepers
(Xiphorhynchus fuscus) in the Atlantic Forest, Brazil. Biotropica 40(3):273–276.
CÂMARA, G., SOUZA R.C.M., FREITAS, U.M., GARRIDO, J. & Ii, F.M. 1996. SPRING:
Integrating remote sensing and GIS by object-oriented data modelling. Comput.Graph.
20(3):395-403.
CAMPOS, J.B. & SOUZA, M.C. 1997. Vegetação. In Planície de inundação do Alto rio
Paraná: aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos (A.E.A.M. Vazzoler, A.A.
Agostinho & N.S. Hahn, eds.). Eduem/Nupélia, Maringá, p. 331-342.
CASTELLETTA, M., SODHI, N.S. & SUBARAJ, R. 2000. Heavy extinctions of forest
avifauna in Singapore: lessons for biodiversity conservation in Southeast Asia. Conserv.
Biol. 14(6):1870-1880.
CBRO COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS. 2008. Lista das
aves do Brasil. Versão 05/10/2008. Disponível em: <http://www.cbro.org.br>. (último
acesso em 02/02/2009).
CHRISTIANSEN, M.B. & PITTER, E. 1997. Species loss in a forest community near Lagoa
Santa in southeastern Brazil. Biol. Conserv. 80(1):23-32.
COLWELL, R.K. 1997. EstimateS: Statistical estimation of species richness and shared
species from samples. Version 7.5. User's guide and application published online.
Disponível em: <URL: http://viceroy.eeb.uconn.edu/estimates> (último acesso em
20/07/2009)
COLWELL, R.K. 2006. EstimateS: Statistical estimation of species richness and shared
species from samples. Version 7.5.2.
D`ÂNGELO NETO, S., VENTURIN, N., OLIVEIRA FILHO, A.T. & COSTA, F.A.F. 1998.
Avifauna de quatro fisionomias florestais de pequeno tamanho (5-8 ha) no campus da
UFLA. Rev. Bras. Biol. 58(3):463-472.
41
DALE, V.H. & PEARSON, S.M. 1997. Quantifying habitat fragmentation due to land-use
change in Amazonia. In Tropical Forest Remnants: Ecology, Management, and
Conservation of Fragmented Communities (W.F. Laurance & R.O. Bierregaard Jr.,
eds.). The University of Chicago Press, Chicago, p. 400-409.
Del HOYO, J., ELLIOTT, A. & SARGATAL, J. 1992-2008. Handbook of the birds of the
world. Vol. 1-13. Lynx Editions, Barcelona.
DEVELEY, P.F. & ENDRIGO, E. 2004. Aves da Grande São Paulo: Guia de campo. Aves e
Fotos Editora, São Paulo.
DEVELEY, P.F. & STOUFFER, P.C. 2001. Effects of Roads on Movements by Understory
Birds in Mixed-Species Flocks in Central Amazonian Brazil. Conserv. Biol.
15(5):1416-1422.
DUNNING Jr., J.B. 2008. Handbook of avian body masses. 2
nd
ed. CRC Press, Boca Raton.
FAHRIG, L. 2002. Effect of habitat fragmentation on the extinction threshold: A Synthesis.
Ecol. Appl. 12(2):346-353.
FORMAN, R.T.T., GALLI, A.E. & LECK, C.F. 1976. Forest size and avian diversity in New
Jersey woodlots with some land use implications. Oecologia 26(1):1-8.
GALLI, A.E., LECK, C.F. & FORMAN, R.T.T. 1976. Avian distribuition patterns within
different sized forest islands in central New Jersey. Auk 93(2):356-365.
GASTON, K.J. 2003. The structure and dynamics of geographic ranges. Oxford University
Press, Oxford.
GIMENES, M.R. & ANJOS, L. 2004a. Bird richness on the islands of the Upper Paraná
River, Paraná and Mato Grosso do Sul border, Brazil. In Structure and functioning of
the Paraná River and its floodplain: LTER - SITE 6 - (PELD - Sitio 6) (A.A. Agostinho,
L. Rodrigues, L.C. Gomes, S.M. Thomaz & L.E. Miranda, eds.). Eduem, Maringá, p.
203-207.
GIMENES, M.R. & ANJOS, L. 2004b. Spatial distribution of birds on three islands in the
Upper Paraná River, Brazil. Ornitol. Neotrop. 15(1):71-85.
GIMENES, M.R. & ANJOS, L. 2006. Influence of lagoons size and prey availability on the
wading birds (Ciconiiformes) in the Upper Paraná River Floodplain, Brazil. Braz. Arch.
Biol. Techn. 49(3):463-473.
GIMENES, M.R. & ANJOS, L. 2007. Variação sazonal na sociabilidade de forrageamento
das garças Ardea alba (Linnaeus, 1758) e Egretta thula (Molina, 1782) (Aves:
Ciconiiformes) na planície alagável do alto rio Paraná, Brasil. Ararajuba 15(3):409-416.
42
GIMENES, M.R., LOPES, E.V., LOURES-RIBEIRO, A., MENDONÇA, L.B. & ANJOS, L.
2007. Aves da planície alagável do alto rio Paraná. 1. ed. Eduem, Maringá.
GÖERCK, J.M. 1997. Patterns of rarity in the birds of the Atlantic Forest of Brazil. Conserv.
Biol. 11(1):112-118.
GOOSEM, M. 1997. Internal fragmentation: the effects of roads, highways, and powerline
clearings on movements and mortality of rainforest vertebrates. In Tropical Forest
Remnants: Ecology, Management, and Conservation of Fragmented Communities
(W.F. Laurance & R.O. Bierregaard Jr., eds.). The University of Chicago Press,
Chicago, p. 241-255.
GOTELLI, N. & COLWELL, R.K. 2001. Quantifying biodiversity: Procedures and pitfalls in
the measurement and comparison of species richness. Ecol. Lett. 4(4):379-391.
HENLE, K., DAVIES, K.F., KLEYER, M., MARGULES, C. & SETTELE, J. 2004.
Predictors of species sensitivity to fragmentation. Biodivers. Conserv. 13(1):207-251.
HILL, M.O. 1973. Reciprocal averaging: an eigenvector method of ordination. J. Ecol.
61(1):237-249.
HILTY, S.L. 1985. Distributional changes in the Colombian avifauna: a preliminary blue list.
In Neotropical ornithology (P.A. Buckley, M.S. Foster, E.S.Morton, R.S. Ridgely &
F.S. Buckley, eds.). The American Ornithologists Union, Washington, D.C., p.1000-
1012.
KAPOS, V., WANDELLI, E., CAMARGO, J.L. & GANADE, G. 1997. Edge-related
changes in environment and plant responses due to forest fragmentation in Central
Amazonia. In Tropical Forest Remnants: Ecology, Management, and Conservation of
Fragmented Communities (W.F. Laurance & R.O. Bierregaard Jr., eds.). The University
of Chicago Press, Chicago, p. 33-44.
KATTAN, G.H., ALVAREZ-LOPEZ, H. & GIRALDO, M. 1994. Forest fragmentation and
bird extinctions: San Antonio eighty years later. Conserv. Biol. 8(1):138146.
KEUROGHLIAN, A. & EATON, D.P. 2008. Importance of rare habitats and riparian zones
in a tropical forest fragment: Preferential use by Tayassu pecari, a wide-ranging
frugivore. J. Zool. 275(3):283-293.
KRÜGEL, M.M. & ANJOS, L. 2000. Bird communities in forest remnants in the city of
Maringá, Paraná state, southern Brazil. Ornitol. Neotrop. 11(4):315-330.
LAURANCE, S.G. & LAURANCE, W.F. 1999. Tropical wildlife corridors: use of linear
rainforest remnants by arboreal mammals. Biol. Conserv. 91(2-3):231-239.
43
LAURANCE, W.F. & BIERREGAARD, Jr., R.O. 1997. Tropical Forest Remnants: Ecology,
Management, and Conservation of Fragmented Communities. The University of
Chicago Press, Chicago.
LAURANCE. W.F., LOVEJOY, T.E., VASCONCELOS, H.L., BRUNA, E.M., DIDHAM,
R.K., STOUFFER, P.C., GASCON, C., BIERREGAARD Jr., R.O., LAURANCE, S.G.
& SAMPAIO, E. 2002. Ecosystem Decay of Amazonian Forest Fragments: a 22-Year
Investigation. Conserv. Biol. 16(3):605-618.
LECK, C.F. 1979. Avian extinctions in an isolated tropical wet-forest preserve, Ecuador. Auk
96(2):343-352.
LEES, A.C. & PERES, C.A. 2008. Conservation value of remnant riparian forest corridors of
varying quality for Amazonian birds and mammals. Conserv. Biol. 22(2):439-449.
LIMA, M.G. & GASCON, C. 1999. The conservation value of linear forest remnants in
central Amazonia. Biol. Conserv. 91(2-3):241-247.
LIMA, W.P. & ZAKIA, M.J.B. 2001. Hidrologia de matas ciliares. In Matas ciliares:
conservação e recuperação (R.R. Rodrigues & H.F. Leitão-Filho, eds.). Edusp/Fapesp,
São Paulo, p. 33-44.
LINS, L.V. 1994. O papel da mata ciliar na estruturação de uma comunidade de aves do
cerrado (Brasília, DF). Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília,
D.F.
LOURES-RIBEIRO, A. & ANJOS, L. 2004. Richness and distribution of Falconiformes in
the Upper Paraná River Floodplain, Brazil. In Structure and functioning of the Paraná
River and its floodplain: LTER - SITE 6 - (PELD - Sitio 6) (A.A. Agostinho, L.
Rodrigues, L.C. Gomes, S.M. Thomaz & L.E. Miranda, eds.). Eduem, Maringá, p. 209-
213.
LOURES-RIBEIRO, A. & ANJOS, L. 2006. Falconiformes Assemblages in a fragmented
landscape of the Atlantic forest in southern Brazil. Braz. Arch. Biol. Techn. 49(1):149-
162.
LOVEJOY, T.E., BIERREGAARD Jr., R.O., RYLANDS, A.B., MALCOLM J.R.,
QUINTELA, C.E., HARPER, L.H., BROWN Jr., K.S., POWELL, G.V.N.,
SCHUBART, H.O.R. & HAY, M.B. 1986. Edge and other effects of isolation on
Amazon forest fragments. In Conservation biology: the science of scarcity and diversity
(M.E. Soulé, ed.). Sinauer Associates, Sunderland, p. 257-285.
MAACK, R. 2002. Geografia física do estado do Paraná. 3th ed., Imprensa Oficial do Paraná,
Curitiba.
44
MALTCHIK, L., PEIXOTO, C.D., STENERT, C., MOREIRA, L.F.B. & MACHADO, I.F.
2008. Dynamics of the terrestrial amphibian assemblage in a flooded riparian forest
fragment in a Neotropical region in the south of Brazil. Braz. J. Biol. 68(4):763-769.
MARSDEN, S.J., WHIFFIN, M. & GALETTI, M. 2001. Bird diversity and abundance in
forest fragments and Eucalyptus plantations around an Atlantic forest reserve, Brazil.
Biodiovers. Conserv. 10(5):737-751.
MARINHO-FILHO, J. & VERÍSSIMO, E.W. 1997. The Rediscovery of Callicebus
personatus barbarabrownae in Northeastern Brazil with a New Western Limit for Its
Distribution. Primates 38(4):429-433.
MARINI, M.Â., BARBET-MASSIN, M., LOPES, L.E. & JIGUET F. 2009. Predicted
Climate-Driven Bird Distribution Changes and Forecasted Conservation Conflicts in a
Neotropical Savanna. Conserv. Biol. 23(6):1558–1567.
MARTENSEN, A.C., PIMENTEL, R.G. & METZGER, J.P. 2008. Relative effects of
fragment size and connectivity on bird community in the Atlantic Rainforest Biol.
Conserv. 141(9):2184-2192.
MAURÍCIO, G.N. & DIAS, R.A. 2001. Distribuição e conservação da avifauna florestal na
Serra dos Tapes, Rio Grande do Sul, Brasil. In Ornitologia e Conservação: da Ciência às
Estratégias (J.L.B. Albuquerque, J.F. Cândido Jr., F.C. Straube & A.L. Roos, eds.).
Editora Unisul, Tubarão, p. 137-158
MCCUME, B. & MEFFORD, M.J. 1999. PC-ORD. Multivariate analysis of ecological data.
Version 3.5. MJM Software Design, Gelender Beach.
MENDONÇA, L.B. & ANJOS, L. 2006. Flower morphology, nectar features, and
hummingbird visitation to Palicourea crocea (Rubiaceae) in the Upper Paraná River
floodplain, Brazil. An. Acad. Bras. Cienc. 78(1):45-57.
MENDONÇA, L.B., GIMENES, M.R. & ANJOS, L. 2004. Interactions between birds and
other organisms in the Upper Paraná River floodplain, Brazil. In Structure and
functioning of the Paraná River and its floodplain: LTER - SITE 6 - (PELD - Sitio 6)
(A.A. Agostinho, L. Rodrigues, L.C. Gomes, S.M. Thomaz & L.E. Miranda, eds.).
Eduem, Maringá, p. 215-219.
MENDONÇA, L.B., LOPES, E.V. & ANJOS, L. 2009. On the possible extinction of bird
species in the Upper Paraná River floodplain, Brazil. Braz. J. Biol. 69(2 suppl):747-755.
METZGER, J.P. 1999. Estrutura da Paisagem e Fragmentação: Análise Bibliográfica. An.
Acad. Bras. Cienc. 71(3-I):445-462.
METZGER, J.P. no prelo. O código florestal tem base científica? Nat. Conservacao 8.
45
METZGER, J.P., BERNACCI, L.C. & GOLDENBERG, R. 1997. Pattern of tree species
diversity in riparian forest fragments of different widths (SE Brazil). Plant Ecol.
133(2):135-152.
METZGER, J.P., GOLDENBERG, R. & BERNACCI, L.C. 1998. Diversidade e estrutura de
fragmentos de mata de várzea e de mata mesófila semidecídua submontana do rio
Jacaré-Pepira (SP). Rev. Bras. Bot. 21(3):321-330.
MICHALSKI, F., BOULHOSA, R.L.P., FARIA, A. & C. PERES, A. 2006. Human-wildlife
conflicts in a fragmented Amazonian forest landscape: Determinants of large felid
depredation on livestock. Anim. Conserv. 9(2):179-188.
MOTTA-JUNIOR, J.C. 1990. Estrutura trófica e composição das avifaunas de três hábitats
terrestres na região central do estado de São Paulo. Ararajuba 1:65-71.
MOURA, D.C. & SCHLINDWEIN, C. 2009. Mata Ciliar do Rio São Francisco como
Biocorredor para Euglossini (Hymenoptera: Apidae) de Florestas Tropicais Úmidas
Neotrop. Entomol. 38(2):281-284.
NEGRET, A. 1983. Diversidade e abundância da avifauna da Reserva Ecológica do IBGE.
Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília, D.F.
NEPSTAD, D.C., KLINK, C.A., UHL, C., VIEIRA, I.C., LEFEBVRE, P., PEDLOWSKI, M.,
MATRICARDI, E., NEGREIROS, G., BROWN, I.F., AMARAL, E., HOMMA, A. &
WALKER, R. 1997. Land-use in Amazonia and the Cerrado of Brasil. Cienc. Cult.
49(1-2):73-86.
NOSS, R.F. 1991. Landscape Connectivity: Different Functions at Different Scales. In
Landscape linkages and Biodiversity: Defenders of Wildlife (W.E. Hudson, ed.). Island
Press, Washigton, D.C., p. 27-39.
PARDINI, R., SOUZA, S.M., BRAGA-NETO, R. & METZGER, J.P. 2005. The role of
forest structure, fragment size and corridors in maintaining small mammals abundance
diversity in an Atlantic forest landscape. Biol. Conserv. 124(2):253-266.
PARKER III, T.A., STOTZ, D.F. & FITZPATRICK, J.W. 1996. Ecological and distributional
databases. In Neotropical birds: Ecology and Conservation (D.F. Stotz, J.W. Fitzpatrick,
T.A. Parker III & D.K. Moskovits, eds.). The University of Chicago Press, Chicago,
p.113-436.
PIRATELLI, A., SIQUEIRA, M.A.C. & MARCONDES-MACHADO, L.O. 2000.
Reprodução e muda de penas em aves de sub-bosque na região leste de Mato do Sul.
Ararajuba 8(2):99-107.
46
POLETTO, F., ANJOS, L., LOPES, E.V., VOLPATO, G.H., SERAFINI, P.P. & FAVARO,
F.L. 2004. Caracterização do microhabitat e vulnerabilidade de cinco espécies de
arapaçus (Aves: Dendrocolaptidae) em um fragmento florestal do norte do estado do
Paraná, sul do Brasil. Ararajuba 12(2):89-96.
QUIGLEY, H.B. & CRAWSHAW Jr., P.G. 1992. A conservation plan for the jaguar
Panthera onca in the Pantanal region of Brazil. Biol. Conserv. 61(3):149-157.
RABINOWITZ, D., CAIRNS, S. & DILLON, T. 1986. Seven forms of rarity and their
frequency in the flora of the British Isles. In Conservation biology: the science of
scarcity and diversity (M.E. Soulé, ed.). Sinauer Associates, Sunderland, p. 182–204.
REDFORD, K.H. & FONSECA, G.A.B., 1986. The role of gallery forests in the
zoogeography of the Cerrado s non-volant mammalian fauna. Biotropica 18(2):126-
135.
RENJIFO, L.M. 1999. Composition Changes in a Subandean Avifauna after Long-Term
Forest Fragmentation. Conserv. Biol. 13(5):1124-1139.
RESTREPO, C., RENJIFO, L.M. & MARPLES, P. 1997. Frugivorous birds in fragmented
Neotropical montane forests: landscape pattern and body mass distribution. In Tropical
Forest Remnants: Ecology, Management, and Conservation of Fragmented
Communities (W.F. Laurance & R.O. Bierregaard Jr., eds.). The University of Chicago
Press, Chicago, p. 171–189.
RIBON, R., SIMON, J.E. & DE MATTOS, G.T. 2003. Bird extinctions in Atlantic Forest
fragments of Viçosa region, Southeastern Brazil. Conserv. Biol. 17(6):1827-1839.
RIDGELY, R.S., ALLNUTT, T.F., BROOKS, T., MCNICOL, D.K., MEHLMAN, D.W.,
YOUNG, B.E. & ZOOK, J.R. 2007. Digital Distribution Maps of the Birds of the
Western Hemisphere, version 3.0. Disponível em
<http://www.natureserve.org/getData/birdMaps.jsp>. (último acesso em 10/10/2009).
RODRIGUES, R.R. & NAVE, A.G. 2001. Heterogeneidade florística das matas ciliares. In
Matas ciliares: conservação e recuperação (R.R. Rodrigues & H.F. Leitão-Filho, eds.).
Edusp/Fapesp, São Paulo, p. 45-71.
SEKERCIOGLU, C.H., EHRLICH, P.R., DAILY, G.C., AYGEN, D., GOEHRING, D. &
SANDÍ, R.F. 2002. Disappearance of insectivorous birds from tropical forest fragments.
P. Natl. Acad. Sci. USA. 99(1):263-267.
SIEVING, K.E. & KARR, J.R. 1997. Avian extinction and persistence mechanisms in
lowland Panama. In Tropical Forest Remnants: Ecology, Management, and
47
Conservation of Fragmented Communities (W.F. Laurance & R.O. Bierregaard Jr.,
eds.). The University of Chicago Press, Chicago, p. 156-170.
SIEVING, K.E., WILLSON, M.F. & DE SANTO, T.L. 1996. Habitat barriers to movement
by endemic understory forest birds in south temperate rainforest. Auk. 113(4):944-949.
SIEVING, K.E., WILLSON, M.F. & DE SANTO, T.L. 2000. Defining corridor functions for
endemic birds of south-temperate rainforest. Conserv. Biol. 14(4):1120-1132.
SIMBERLOFF, D. & DAYAN, T. 1991. The Guild Concept and the structure of ecological
communities. Annu. Rev. Ecol. Evol. Syst. 22:115-143.
SILVA, J.M.C. 1996. Distribution of Amazonian and Atlantic birds in gallery forests of the
Cerrado region, South America. Ornitol. Neotrop. 7(1):1-18.
SILVA, W.R. & VIELLIARD, J.M.E. 2001. Avifauna de mata ciliar. In Matas ciliares:
conservação e recuperação (R.R. Rodrigues & H.F. Leitão-Filho, eds.). Edusp/Fapesp,
São Paulo, p. 169-185.
SODHI, N.S., LIOW, L.H. & BAZZAZ, F.A., 2004. Avian extinctions from tropical and
subtropical forests. Annu. Rev. Ecol. Evol. Syst. 35:323-345.
SOULÉ, M.E. 1986. Conservation Biology: The Science of Scarcity and Diversity. Sinauer
Associates, Sunderland.
SOUZA, D. 2004. Todas as Aves do Brasil: Guia de Campo para identificação. edição.
Editora DALL/ Gráfica Liceu, Bahia.
SOUZA, M.C. 1999. Algumas considerações sobre vegetação ripária. Cad. Biodivers. 2(1):4-
10.
SOUZA, M.C., CISLINSKI, J. & ROMAGNOLO, M.B. 1997. Levantamento florístico. In A
planície de inundação do alto rio Paraná: aspectos físicos, biológicos e
socioeconômicos. (A.E.A.M. Vazzoler, A.A. Agostinho & N.S. Hahn, eds.). EDUEM,
Maringá, p. 371-394.
SOUZA, M.C., TOMAZINI, V., FONTANA, A.C., ZAMPAR, R., PAGOTTO, M.A., KITA,
K.K. & PEREIRA, G.S. 2006. Análise Fitossociológica em Área Ripária no Alto Rio
Paraná: Córrego Caracu, Porto Rico, PR, Brasil. In LVII Congresso Nacional de
Botânica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Gramado.
STATSOFT, INC., 2005. Statistica (data analysis software system). Version 7.1.
STOTZ, D.F., FITZPATRICK, J.W., PARKER III, T.A. & MOSKOVITS, D.K. 1996.
Neotropical birds: Ecology and Conservation. The University of Chicago Press,
Chicago.
48
STRAUBE F.C., BORNSCHEIN M.R. & SCHERER-NETO P. 1996. Coletânea da avifauna
da região noroeste do Estado do Paraná e áreas limítrofes. Braz. Arch. Biol. Technol.
39(1):193-214.
STRAUBE, F.C., URBEN-FILHO, A. & KAJIWARA, D. 2004. Aves. In Livro vermelho da
fauna ameaçada no Estado do Paraná. 1 ed. (S.B. Mikich & R.S. Bérnils orgs.). Instituto
Ambiental do Paraná, Curitiba, p. 143-496.
THEMAG, ENGEA & UMAH. 1994. Usina Hidrelétrica Porto Primavera: estudo de impacto
ambiental. v. 3: Diagnóstico do meio biótico.CESP, São Paulo.
TUBELIS, D.P., COWLING, A. & DONNELLY, C. 2004. Landscape supplementation in
adjacent savannas and its implications for the design of corridors for forest birds in the
central Cerrado, Brazil. Biol. Conserv. 118(3):353-364.
TURTON, S.M. & FREIBURGER, H.J. 1997. Edge and aspect effects on the microclimate of
a small tropical forest remnant on the Atherton Tableland, northeastern Australia. In
Tropical Forest Remnants: Ecology, Management, and Conservation of Fragmented
Communities (W.F. Laurance & R.O. Bierregaard Jr., eds.). The University of Chicago
Press, Chicago, p.45-54.
UEM Universidade Estadual de Maringá. 2003. Vegetação ripária. In A Planície de
Inundação do Alto Rio Paraná Programa PELD/CNPq (A.A. Agostinho, S.M. Thomaz,
L. Rodrigues & L.C. Gomes, eds.). Relatório técnico anual. Universidade Estadual de
Maringá. Disponível em: < http://www.peld.uem.br/Relat2003/pdf/Mata_ciliar.pdf>
(último acesso em 02/02/2010)
UEZU, A. 2006. Composição e estrutura da comunidade de aves na paisagem fragmentada do
Pontal do Paranapanema. Tese de Doutorado Universidade de São Paulo. São Paulo.
UEZU, A., METZGER, J.P. & VIELLIARD, J.M. 2005. The effect of structural and
functional connectivity and patch size on the abundance of seven Atlantic Forest bird
species. Biol. Conserv. 123(4):507-519.
UEZU, A., BEYER, D.D. & METZGER, J.P., 2008. Can agroforest woodlots work as
stepping stones for birds in the Atlantic forest region? Biodivers. Conserv. 17(8):1907-
1922.
VIANA, V.M., TABANEZ, A.A.J. & BATISTA, J.L.F. 1997. Dynamics and restoration of
forest fragments in the Brazilian Atlantic moist forest. In Tropical Forest Remnants:
Ecology, Management, and Conservation of Fragmented Communities (W.F. Laurance
& R.O. Bierregaard Jr., eds.). The University of Chicago Press, Chicago, p. 351-365.
49
VIEIRA, F.A. & CARVALHO, D. 2008. Genetic structure of an insect-pollinated and bird-
dispersed tropical tree in vegetation fragments and corridors: implications for
conservation. Biodivers. Conserv. 17(10):2305-2321.
VIELLIARD, J.M.E. & SILVA, W.R. 1990. Nova metodologia de levantamento quantitativo
da avifauna e primeiros resultados no interior do Estado de São Paulo. In Anais do IV
Encontro Nacional de Anilhadores de Aves. Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Recife. p. 117-151.
WARBURTON, N.H. 1997. Structure and conservation of forest avifauna in isolated
rainforest remnants in tropical Australia. In Tropical Forest Remnants: Ecology,
Management, and Conservation of Fragmented Communities (W.F. Laurance & R.O.
Bierregaard Jr., eds.). The University of Chicago Press, Chicago, p. 190-206.
WIENS, J.A. 1995. Habitat fragmentation: island vs landscape perspectives on bird
conservation. Ibis 137(1):97-104.
WILCOVE, D.S., MCLELLAN, C.H. & DOBSON, A.P. 1986. Habitat fragmentation in the
temperate zone. In Conservation biology: the science of scarcity and diversity (M.E.
Soulé, ed.). Sinauer Associates, Sunderland, p. 237-256.
WILCOVE, D.S. & ROBINSON, S.K. 1990. The impact of forest fragmentation on bird
communities in Easthern North America. In Biogeography and ecology of forest bird
communities (A. Keast, ed.). SPB Academic Publishing, The Hague, p. 319-331.
WILCOX, B. & MURPHY, D. 1985. Conservation strategy: the effects of fragmentation on
extinction. Am. Nat. 125(6):879-887.
WILLIS, E.O. 1979. The composition of avian communities in remanescent woodlots in
southern Brazil. Pap. Avulsos Zool. 33:l-25.
WILLIS, E.O. & ONIKI, Y. 2002. Birds of a central São Paulo woodlot: 1. Censuses 1982-
2000. Braz. J. Biol. 62(2):197-210.
WILSON, E.O. 1988. Biodiversity. National Academy Press, Washington, D.C.
50
Apêndice 1
Lista das espécies registradas nas matas ripárias do ribeirão São Pedro e córrego Caracu, no período de agosto de 2007 a novembro de 2008, onde: frequência de ocorrência
(FO%); índice pontual de abundância (IPA); frugívoro (FR), nectarívoro (NE), omnívoro (OM), insetívoro (IN), carnívoro (CA) e insetívoro/carnívoro (IC); e endêmico da
zona centro sul americana (CSA), endêmico da mata atlântica (ATL), endêmico do cerrado CER (CSA), endêmico do sul da mata atlântica SOU (ATL), quase ameaçada
de extinção(NT), criticamente ameaçada de extinção (CR), em perigo de extinção (EN) e vulnerável a extinção (VU).
FO% IPA
Taxa Nomes populares
Caracu
São
Pedro Geral Caracu
São
Pedro
Binomial ou
Teste G
(IPA*100)
Hábito
alimentar
Hábitat
preferencial
Status
TINAMIDAE
Crypturellus parvirostris Inhambu-chororó 0 7 3
- 0.02
OM aberto
Rhynchotus rufescens Perdiz 13 37 25
0.06 0.13
2.07 OM aberto
ANATIDAE
Dendrocygna autumnalis Marreca-cabocla, Asa-branca 13 20 17
0.06 0.04
0.40 OM aberto
Cairina moschata Pato-do-mato 0 13 7
OM aberto
ARDEIDAE
Tigrissoma lineatum Socó-boi 0 10 5
CA aberto
Butorides striata Socozinho 3 0 2
CA aberto
Ardea cocoi Garça-moura 0 20 10
CA aberto
Syrigma sibilatrix Maria-faceira 23 23 23
0.19 0.08
4.04 IC aberto
THRESKIORNITHIDAE
Mesembrinibis cayennensis Coró-coró 3 0 2
OM misto NT
Theristicus caudatus Curicaca 7 3 5
0.02 -
CA aberto
CATHARTIDAE
Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha 3 3 3
CA misto
Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta 7 0 3
CA borda
PANDIONIDAE
Pandion haliaetus Águia-pescadora 0 10 5
- 0.04
CA aberto
ACCIPITRIDAE
Gampsonyx swainsonii Gaviãozinho 3 0 2
CA borda
Rostrhamus sociabilis Gavião-caramujeiro 0 3 2
CA aberto
Heterospizias meridionalis Gavião-caboclo 3 0 2
CA aberto
Rupornis magnirostris Gavião-carijó 67 60 63
0.17 0.04
7.84* CA borda
FALCONIDAE
Caracara plancus Caracará 17 7 12
0.02 -
OM aberto
Milvago chimachima Carrapateiro 27 23 25
0.17 -
OM aberto
Herpetotheres cachinnans Acauã 23 13 18
0.02 -
CA borda
51
RALLIDAE
Aramides saracura Saracura-do-mato 0 10 5
OM misto ATL
CHARADRIIDAE
Vanellus chilensis Quero-quero 50 33 42
0.42 0.13
16.42* OM aberto
COLUMBIDAE
Columbina talpacoti Rolinha-roxa 93 67 80
0.29 0.10
9.13* FR aberto
Columbina squammata Fogo-apagou 93 43 68
0.31 0.04
23.11* FR aberto
Patagioenas picazuro Asa-branca, Pombão 100 100 100
0.56 1.29
29.39* FR misto
Zenaida auriculata Pomba-amargosinha, Pomba-de-bando 50 10 30
0.04 -
FR aberto
Leptotila verreauxi Juriti-pupu 93 100 97
0.38 0.42
0.22 FR borda
Leptotila rufaxilla Juriti-gemedeira 47 63 55
0.13 0.04
4.23 FR borda
PSITTACIDAE
Ara chloropterus Arara-vermelha-grande 10 7 8
- 0.02
FR florestal CR
Primolius maracana Maracanã-verdadeira 3 3 3
- 0.02
FR florestal EN
Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã 50 43 47
0.44 0.19
10.20* FR borda
Aratinga aurea Periquito-rei 43 13 28
0.04 -
FR misto
Forpus xanthopterygius Tuim 73 70 72
0.21 0.29
1.38 FR borda
Brotogeris chiriri Periquito-de-encontro-amarelo 57 83 70
0.17 0.40
9.52* FR florestal CSA
Amazona aestiva Papagaio-verdadeiro 53 40 47
0.25 0.08
8.60* FR misto
CUCULIDAE
Piaya cayana Alma-de-gato 20 53 37
- 0.06
IC florestal
Coccyzus melacoryphus Papa-lagarta-acanelado 0 3 2
IC florestal
Crotophaga major Anu-coroca 0 17 8
OM florestal
Crotophaga ani Anu-preto 97 93 95
0.56 0.31
7.20* OM aberto
Guira guira Anu-branco 33 27 30
0.17 0.02
12.59* OM aberto
Tapera naevia Saci 0 3 2
IC aberto
STRIGIDAE
Megascops choliba Corujinha-do-mato 3 7 5
0.02 0.02
CA borda
CAPRIMULGIDAE
Nyctidromus albicollis Curiango, Bacurau, Amanhã-eu-vou 7 13 10
0.02 0.04
0.69 IN borda
TROCHILIDAE
Phaethornis pretrei Rabo-branco-acanelado 73 63 68
0.23 0.35
2.68 NE florestal
Eupetomena macroura Beija-flor-tesoura 40 3 22
NE misto
Florisuga fusca Beija-flor-preto 0 3 2
NE florestal ATL
Anthracothorax nigricollis Beija-flor-de-veste-preta 17 0 8
0.06 -
NE borda
Chlorostilbon lucidus Besourinho-de-bico-vermelho 70 50 60
0.27 0.19
1.51 NE borda
Hylocharis chrysura Beija-flor-dourado 77 73 75
0.31 0.44
2.08 NE borda
52
ALCEDINIDAE
Megaceryle torquata Martim-pescador-grande 57 83 70
0.15 0.17
0.14 CA misto
Chloroceryle amazona Martim-pescador-verde 17 63 40
- 0.06
CA misto
Chloroceryle americana Martim-pescador-pequeno 17 20 18
CA misto
GALBULIDAE
Galbula ruficauda Bico-de-agulha, Ariramba-de-cauda-ruiva 20 80 50
- 0.17
IN borda NT
BUCCONIDAE
Nystalus chacuru João-bobo 0 3 2
OM borda
RAMPHASTIDAE
Ramphastos toco Tucanuçu, Tucano-toco 37 20 28
0.13 0.10
0.18 OM misto
Pteroglossus castanotis Araçari-castanho 37 30 33
0.06 -
OM florestal
PICIDAE
Picumnus albosquamatus Pica-pau-anão-escamado 60 77 68
0.10 0.29
9.13* IN borda
Melanerpes candidus Pica-pau-branco, Birro 57 30 43
0.06 0.02
0.29 IN borda
Melanerpes flavifrons Benedito-de-testa-amarela 10 0 5
IN florestal ATL
Veniliornis passerinus Picapauzinho-anão 23 23 23
- 0.02
IN florestal
Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado 30 20 25
0.06 0.02
0.29 IN borda
Colaptes campestris Pica-pau-do-campo, Chan-chan 27 20 23
0.15 0.06
3.35 IN aberto
Celeus flavescens Pica-pau-de-cabeça-amarela 0 37 18
IN florestal
Dryocopus lineatus Pica-pau-de-banda-branca 10 7 8
IN borda
Campephilus robustus Pica-pau-rei 0 7 3
IN florestal ATL
THAMNOPHILIDAE
Hypoedaleus guttatus Chocão-carijó 0 3 2
- 0.02
IN florestal SOU(ATL)
Taraba major Choró-boi 0 80 40
- 0.33
IC misto
Thamnophilus doliatus Choca-barrada 100 100 100
0.31 0.60
9.39* IN misto
Thamnophilus ruficapillus Choca-de-chapéu-vermelho 3 3 3
IN borda
Herpsilochmus longirostris Chorozinho-de-bico-comprido 37 80 58
- 0.35
IN florestal CER(CSA)
Herpsilochmus rufimarginatus Chorozinho-de-asa-vermelha 3 7 5
IN florestal
DENDROCOLAPTIDAE
Xiphocolaptes albicollis Arapaçu-de-garganta-branca 0 7 3
- 0.02
IC florestal
Dendrocolaptes platyrostris Arapaçu-grande 3 27 15
- 0.15
IN florestal
**Xiphorhynchus fuscus Arapaçu-rajado 0 7 3
IN florestal ATL
Lepidocolaptes angustirostris Arapaçu-de-cerrado 0 13 7
IN misto NT
Campylorhamphus trochilirostris Arapaçu-beija-flor 20 77 48
- 0.19
IN florestal
FURNARIIDAE
Furnarius rufus João-de-barro 87 37 62
0.56 0.08
39.56* IN aberto
Synallaxis frontalis Petrim 3 43 23
- 0.21
IN florestal
53
Cranioleuca vulpina Arredio-do-rio 77 90 83
0.13 0.44
18.23* IN misto
Phacellodomus ruber Graveteiro, Garrinchão 7 0 3
IN aberto
Hylocryptus rectirostris Fura-barreira 43 30 37
0.10 0.04
2.67 IN florestal CER(CSA)
TYRANNIDAE
Leptopogon amaurocephalus Cabeçudo 3 13 8
FR florestal
Hemitriccus margaritaceiventer Sebinho-de-olho-de-ouro 57 63 60
0.25 0.25
0.00 IN misto
Myiornis auricularis Miudinho 7 27 17
- 0.02
IN florestal ATL
Poecilotriccus latirostris Ferreirinho-de-cara-parda 10 23 17
- 0.04
IN florestal
Todirostrum cinereum Ferreirinho-relógio 97 100 98
0.88 0.50
10.32* IN borda
Myiopagis caniceps Guaracava-cinzenta 10 13 12
0.04 -
IN florestal
Myiopagis viridicata Guaracava-de-crista-alaranjada 10 43 27
- 0.10
IN florestal
Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela 83 77 80
0.60 0.44
2.67 FR borda
Elaenia spectabilis Guaracava-grande 60 53 57
0.35 0.56
4.75 FR florestal
Camptostoma obsoletum Risadinha 20 37 28
0.10 0.48
25.90* FR misto
Serpophaga subcristata Alegrinho 0 7 3
- 0.04
IN borda
Capsiempis flaveola Marianinha-amarela 13 7 10
0.08 0.02
3.83 IN borda
Myiophobus fasciatus Filipe 17 13 15
IN aberto
Lathrotriccus euleri Enferrujado 30 27 28
0.15 0.15
0.00 IN florestal
Cnemotriccus fuscatus Guaracavuçu 43 60 52
0.29 0.40
1.57 IN borda
Pyrocephalus rubinus Príncipe, verão 27 0 13
IN borda
Xolmis velatus Noivinha-branca 3 0 2
IN aberto
Colonia colonus Viuvinha 7 10 8
IN borda
Machetornis rixosa Suiriri-cavaleiro 50 20 35
0.04 -
IN aberto
Myiozetetes similis Bentevizinho-de-penacho-vermelho 23 67 45
0.02 0.25
22.45* FR borda
Pitangus sulphuratus Bem-te-vi 100 100 100
1.48 0.83
18.24* IN misto
Conopias trivirgatus Bem-te-vi-pequeno 0 7 3
- 0.02
IN florestal
Myiodynastes maculatus Bem-te-vi-rajado 30 77 53
0.04 0.63
60.78* IN borda
Megarynchus pitangua Bem-te-vi-de-bico-chato, Neinei 53 80 67
0.10 0.38
16.08* IN borda
Empidonomus varius Peitica 13 37 25
0.15 0.17
0.14 IN borda
Griseotyrannus aurantioatrocristatus Peitica-de-chapéu-preto 0 3 2
IN florestal
Tyrannus melancholicus Suiriri 60 70 65
0.38 0.60
5.39 IN borda
Tyrannus savana Tesourinha 33 23 28
0.15 0.04
5.96 IN aberto
Sirystes sibilator Gritador 7 3 5
IN florestal
Casiornis rufus Caneleiro 0 10 5
- 0.02
IN florestal CER(CSA)
Myiarchus swainsoni Irré 33 40 37
0.13 0.08
0.82 IN borda
Myiarchus ferox Maria-cavaleira 70 73 72
0.25 0.21
0.38 IN borda
Myiarchus tyrannulus Maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado 20 23 22
0.04 0.04
1.27 IN misto
54
TITYRIDAE
Tityra inquisitor Anambé-branco-de-bochecha-parda 0 10 5
FR florestal
Tityra cayana Anambé-branco-de-rabo-preto 0 13 7
FR florestal
Pachyramphus polychopterus Caneleiro-preto 57 83 70
0.25 0.56
12.26* FR borda
Pachyramphus validus Caneleiro-de-chapéu-preto 67 73 70
0.21 0.46
9.54* FR florestal
VIREONIDAE
Cyclarhis gujanensis Pitiguari 100 100 100
0.92 1.73
25.15* IN borda
Vireo olivaceus Juruviara 0 33 17
- 0.38
IN florestal
CORVIDAE
Cyanocorax chrysops Gralha-picaça 37 63 50
- 0.04
OM florestal
HIRUNDINIDAE
Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-de-casa 7 0 3
IN aberto
Stelgidopteryx ruficollis Andorinha-serradora 3 20 12
- 0.02
IN aberto
Progne tapera Andorinha-do-campo 27 0 13
0.21 -
IN aberto
Progne chalybea Andorinha-doméstica-grande 40 3 22
0.48 -
IN aberto
Tachycineta albiventer Andorinha-do-rio 3 7 5
IN aberto
Tachycineta leucorrhoa Andorinha-de-sobre-branco 23 0 12
0.17 -
IN aberto
TROGLODYTIDAE
Troglodytes musculus Corruíra 50 30 40
0.10 0.13
0.18 IN aberto
Campylorhynchus turdinus Catatau 3 0 2
IN borda
Cantorchilus leucotis Garrinchão-de-barriga-vermelha 40 93 67
- 0.35
IN borda
DONACOBIDAE
Donacobius atricapilla Japacanim 3 3 3
IN aberto
TURDIDAE
Turdus leucomelas Sabiá-barranco 100 100 100
0.98 1.04
0.19 FR borda
Turdus amaurochalinus Sabiá-poca 10 17 13
0.02 0.10
6.06 OM borda
Turdus subalaris Sabiá-ferreiro 0 3 22
FR florestal SOU(ATL)
MIMIDAE
Mimus saturninus Sabiá-do-campo 27 13 20
0.04 -
OM aberto
THRAUPIDAE
Nemosia pileata Saíra-de-chapéu-preto 33 33 33
0.02 0.10
5.84 IN florestal
**Eucometis penicillata Pipira-da-taoca 0 3 2
- 0.04
IN florestal
Ramphocelus carbo Pipira-vermelha 37 93 65
0.04 0.38
30.30* FR borda
Thraupis sayaca Sanhaçu-cinzento 93 90 92
0.81 0.77
0.11 FR borda
Thraupis palmarum Sanhaçu-do-coqueiro 43 0 22
0.15 -
FR borda
**Pipraeidea melanonota Saíra-viúva 0 3 2
OM borda
Dacnis cayana Saí-azul 0 10 5
- 0.02
FR florestal
55
Hemithraupis guira Saíra-de-papo-preto 7 7 7
0.02 0.06
0.29 IN florestal
Conirostrum speciosum Figuinha-de-rabo-castanho 27 73 50
0.02 0.08
3.83 IN florestal
EMBERIZIDAE
Ammodramus humeralis Tico-tico-do-campo 0 3 2
FR aberto
Sicalis flaveola Canário-da-terra-verdadeiro 47 0 23
0.04 -
FR aberto
Emberizoides herbicola Canário-do-campo 17 0 8
0.06 -
FR aberto
Volatinia jacarina Tiziu 40 23 32
0.02 -
FR aberto
*Sporophila plumbea Patativa-verdadeira 0 7 3
FR aberto VU
Sporophila collaris Coleiro-do-brejo 0 3 2
FR aberto
Sporophila lineola Bigodinho 17 3 10
0.04 -
FR aberto CSA
Sporophila caerulescens Coleirinho 20 0 10
0.08 -
FR aberto
Sporophila angolensis Curió 0 3 2
FR borda VU
Coryphospingus cucullatus Tico-tico-rei 10 30 20
0.02 0.04
0.69 FR borda
Paroaria capitata Cavalaria, Galo-da-campina 3 7 5
FR aberto
PARULIDAE
Parula pitiayumi Mariquita 3 10 7
IN florestal
Geothlypis aequinoctialis Pia-cobra 0 3 2
IN aberto
Basileuterus culicivorus Pula-pula 0 3 2
IN florestal
ICTERIDAE
Cacicus haemorrhous Guaxe 7 30 18
- 0.13
OM borda
Icterus cayanensis Melro, Encontro 37 90 63
0.08 0.19
4.04 IN florestal
Gnorimopsar chopi Pássaro-preto, Graúna 3 3 3
OM misto
Molothrus bonariensis Chopim, Vira-bosta 27 3 15
0.04 0.02
0.69 OM borda
Sturnella superciliaris Polícia-inglesa-do-sul 0 3 2
- 0.02
OM aberto
FRINGILLIDAE
Euphonia chlorotica Fim-fim 93 93 93
0.33 0.60
7.90* FR borda
PASSERIDAE
Passer domesticus Pardal 3 0 2
FR aberto
**espécie detectada na região de estudo pela primeira vez.
*espécies detectadas na região de estudo pela primeira vez, mas com registros antigos nas adjacências.
*valores significativos do teste G (α= 0,01).
56
Apêndice 2
Lista de espécies documentadas para a região de estudo que não foram registradas na mata ripária do
córrego caracu e ribeirão São Pedro durante as amostragens de agosto de 2007 a novembro de 2008.
Provável causa
Espécies não registradas
Habitat não
propício*
Tamanho da
área
Tamanho
populacional
Distribuição
geográfica
Rhea americana
Tinamus solitarius
Crypturellus undulatus
Crypturellus obsoletus
Crypturellus tataupa
Nothura maculosa
Anhima cornuta
Chauna torquata
Dendrocygna viduata
Sarkidiornis sylvicola
Callonetta leucophrys
Amazonetta brasiliensis
Netta erythrophthalma
Nomonyx dominica
Penelope superciliaris
Aburria jacutinga
Crax fasciolata
Odontophorus capueira
Tachybaptus dominicus
Podilymbus podiceps
Phalacrocorax brasilianus
Anhinga anhinga
Tigrisoma fasciatum
Cochlearius cochlearius
Ixobrychus sp
Nycticorax nycticorax
Bubulcus ibis
Ardea alba
Pilherodius pileatus
Egretta thula
Plegadis chihi
Phimosus infuscatus
Platalea ajaja
Ciconia maguari
Jabiru mycteria
Mycteria americana
Cathartes burrovianus
Sarcoramphus papa
Elanoides forficatus
Elanus leucurus
Ictinia plumbea
57
Circus buffoni
Accipiter striatus
Geranospiza caerulescens
Buteogallus urubitinga
Harpyhaliaetus coronatus
Busarellus nigricollis
Buteo swainsoni
Buteo brachyurus
Spizaetus tyrannus
Ibycter americanus
Micrastur semitorquatus
Falco sparverius
Falco rufigularis
Falco femoralis
Falco peregrinus
Aramus guarauna
Aramides cajanea
Porzana flaviventer
Porzana albicollis
Pardirallus maculatus
Pardirallus nigricans
Gallinula chloropus
Porphyrio martinica
Porphyrio flavirostris
Heliornis fulica
Cariama cristata
Vanellus cayanus
Charadrius semipalmatus
Charadrius collaris
Himantopus melanurus
Gallinago paraguaiae
Gallinago undulata
Tringa solitaria
Tringa melanoleuca
Tringa flavipes
Calidris fuscicollis
Calidris melanotos
Jacana jacana
Sternula superciliaris
Phaetusa simplex
Rynchops niger
Columbina minuta
Columbina picui
Claravis pretiosa
Patagioenas cayennensis
Geotrygon montana
Ara ararauna
Orthopsittaca manilata
Pyrrhura frontalis
58
Pionus maximiliani
Micrococcyx cinereus
Coccyzus americanus
Dromococcyx pavoninus
Tyto alba
Megascops watsonii
Pulsatrix koeniswaldiana
Glaucidium minutissimum
Glaucidium brasilianum
Athene cunicularia
Rhinoptynx clamator
Asio stygius
Nyctibius griseus
Lurocalis semitorquatus
Chordeiles pusillus
Podager nacunda
Caprimulgus rufus
Caprimulgus parvulus
Hydropsalis torquata
Streptoprocne zonaris
Tachornis squamata
Chrysolampis mosquitus
Thalurania glaucopis
Polytmus guainumbi
Amazilia versicolor
Calliphlox amethystina
Trogon surrucura
Trogon rufus
Chloroceryle aenea
Chloroceryle inda
Baryphthengus ruficapillus
Momotus momota
Notharchus macrorynchos
Nystalus maculatus
Ramphastos dicolorus
Selenidera maculirostris
Pteroglossus bailloni
Picumnus cirratus
Veniliornis mixtus
Melanopareia torquata
Thamnophilus torquatus
Thamnophilus punctatus
Thamnophilus caerulescens
Dysithamnus mentalis
Herpsilochmus atricapillus
Formicivora rufa
Pyriglena leucoptera
Conopophaga lineata
Geositta poeciloptera
59
Sittasomus griseicapillus
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis albescens
Synallaxis hypospodia
Certhiaxis cinnamomeus
Phacellodomus rufifrons
Philydor lichtensteini
Philydor rufum
Automolus leucophthalmus
Elaenia parvirostris
Elaenia mesoleuca
Elaenia cristata
Elaenia chiriquensis
Suiriri suiriri
Pseudocolopteryx sclateri
Euscarthmus meloryphos
Sublegatus modestus
Tolmomyias sulphurescens
Platyrinchus mystaceus
Onychorhynchus coronatus
Hirundinea ferruginea
Contopus cinereus
Satrapa icterophrys
Xolmis cinereus
Gubernetes yetapa
Fluvicola albiventer
Arundinicola leucocephala
Legatus leucophaius
Philohydor lictor
Tyrannus albogularis
Procnias nudicollis
Neopelma pallescens
Manacus manacus
Chiroxiphia caudata
Pipra fasciicauda
Pachyramphus castaneus
Alopochelidon fucata
Hirundo rustica
Polioptila dumicola
Turdus rufiventris
Anthus lutescens
Cissopis leverianus
Neothraupis fasciata
Thlypopsis sordida
Cypsnagra hirundinacea
Tachyphonus coronatus
Tachyphonus rufus
Tangara cayana
Tersina viridis
60
Zonotrichia capensis
Embernagra platensis
Sporophila leucoptera
Sporophila bouvreuil
Sporophila maximiliani
Arremon flavirostris
Arremon taciturnus
Charitospiza eucosma
Saltator similis
Saltator atricollis
Cyanoloxia brissonii
Procacicus solitarius
Cacicus chrysopterus
Cacicus cela
Icterus croconotus
Amblyramphus holosericeus
Agelasticus cyanopus
Chrysomus ruficapillus
Pseudoleistes guirahuro
Molothrus rufoaxillaris
Molothrus oryzivorus
Carduelis magellanica
Euphonia violacea
*quadrículas divididas diagonalmente na coluna de hábitat não propício significa que segundo Parker III et al.
(1996) estas espécies podem ter requerimento de micro-hábitats específicos.
61
Anexo
Revista Biota Neotropica: Instruções aos Autores
Os trabalhos submetidos à revista BIOTA NEOTROPICA devem ser
enviados exclusivamente através do site de submissão eletrônica de
manuscritos http://biota.submitcentral.com.br/login.php
Manuscritos que estejam de acordo com as normas serão enviados a assessores científicos
selecionados pela Comissão Editorial. Em cada caso, o parecer será transmitido anonimamente aos
autores. A aceitação dos trabalhos depende da decisão da Comissão Editorial. Ao submeter o
manuscrito, defina em que categoria (Artigo, Short Communication etc.) deseja publicá-lo e indique
uma lista de, no mínimo, quatro possíveis assessores(as), 2 do exterior no caso de trabalhos em
inglês, com as respectivas instituições e e-mail.No caso de manuscritos em inglês, indicar pelo menos
2 revisores estrangeiros, de preferência de países de língua inglesa. O trabalho somente receberá
data definitiva de aceitação após aprovação pela Comissão Editorial, quanto ao mérito científico e
conformidade com as normas aqui estabelecidas. Essas normas valem para trabalhos em todas as
categorias.
No caso de citações de espécies, as mesmas devem obedecer aos respectivos Códigos
Nomenclaturais. Na área de Zoologia todas as espécies citadas no trabalho devem estar,
obrigatoriamente, seguidas do autor e a data da publicação original da descrição. No caso da
área de Botânica devem vir acompanhadas do autor e/ou revisor da espécie. Na área de
Microbiologia é necessário consultar fontes específicas como o International Journal of
Systematic and Evolutionary Microbiology.
Os trabalhos deverão ser enviados em arquivos em formato DOC (MS-Word for Windows versão 6.0
ou superior).Os trabalhos poderão conter os links eletrônicos que o autor julgar apropriados. A
inclusão de links eletrônicos é encorajada pelos editores por tornar o trabalho mais rico. Os links
devem ser incluídos usando-se os recursos disponíveis no MS-Word para tal. Antes de serem
publicados, todos os trabalhos terão sua formatação gráfica refeita, de acordo com padrões pré-
estabelecidos pela Comissão Editorial. para cada categoria, antes de serem publicados. As imagens
e tabelas pertencentes ao trabalho serão inseridas no texto final, a critério dos Editores, de acordo
com os padrões previamente estabelecidos. Os editores se reservam o direito de incluir links
eletrônicos apenas às referências internas a figuras e tabelas citadas no texto, assim como a inclusão
de um índice, quando julgarem apropriado. O PDF do trabalho em sua formatação final será
apresentado ao autor para que seja aprovado para publicação. Fica reservado ainda aos editores, o
direito de utilização de imagens dos trabalhos publicados para a composição gráfica do site.
Editorial
Para cada volume da BIOTA NEOTROPICA, o Editor Chefe convidará um(a) pesquisador(a) para
escrever um Editorial abordando tópicos relevantes, tanto do ponto de vista científico quanto do ponto
de vista de formulação de políticas de conservação e uso sustentável da biodiversidade. O Editorial,
com no máximo 3000 palavras, deverá ser escrito em português ou espanhol e em inglês. As
opiniões nele expressas são de inteira responsabilidade do(s) autor(es).
Pontos de Vista
Esta seção servirá de fórum para a discussão acadêmica de um tema relevante para o escopo da
revista. A convite do Editor Chefe um(a) pesquisador(a) escreverá um artigo curto, expressando de
uma forma provocativa o(s) seu(s) ponto(s) de vista sobre o tema em questão. A critério da Comissão
Editorial. a revista poderá publicar respostas ou considerações de outros pesquisadores(as)
estimulando a discussão sobre o tema. As opiniões expressas no Ponto de Vista e na(s) respectiva(s)
resposta(s) são de inteira responsabilidade do(s) autor(es).
Ao serem submetidos, os trabalhos enviados à revista BIOTA NEOTROPICA devem ser divididos em
dois arquivos: um primeiro arquivo contendo todo o texto do manuscrito, incluindo o corpo principal do
62
texto (primeira página, resumo, introdução, material, métodos, resultados, discussão, agradecimentos
e referências) e as tabelas, com os respectivos títulos em português e inglês; um segundo arquivo
DOC contendo as figuras e as respectivas legendas em português e inglês. Estas deverão ser
submetidas em baixa resolução (e.g., 72 dpi para uma figura de 9 x 6 cm), de forma que o arquivo de
figuras não exceda 2 MBytes. Em casos excepcionais, poderão ser submetidos mais de um arquivo
de figuras, sempre respeitando o limite de 2 MBytes por arquivo. É imprescindível que o autor abra os
arquivos que preparou para submissão e verifique, cuidadosamente, se as figuras, gráficos ou tabelas
estão, efetivamente, no formato desejado. Após o aceite definitivo do manuscrito o(s) autor(es)
deverá(ão) subdividir o trabalho em um conjunto específico de arquivos, com os nomes abaixo
especificados, de acordo com seus conteúdos, devem ser escritos em letras minúsculas e não devem
apresentar acentos, hífens, espaços ou qualquer caractere extra. Nesta submissão final, as figuras
deverão ser apresentadas em alta resolução. Em todos os textos deve ser utilizada, como fonte
básica, Times New Roman, tamanho 10. Nos títulos das seções usar tamanho 12. Podem ser
utilizados negritos, itálicos, sublinhados, subscritos e superscritos, quando pertinente. Evite, porém, o
uso excessivo desses recursos. Em casos especiais (ver fórmulas abaixo), podem ser utilizadas as
seguintes fontes: Courier New, Symbol e Wingdings.
Documento principal
Um único arquivo chamado Principal.rtf ou Principal.doc com os títulos, resumos e palavras-chave em
português ou espanhol e inglês, texto integral do trabalho, referências bibliográficas e tabelas. Esse
arquivo não deve conter figuras, que deverão estar em arquivos separados, conforme descrito a
seguir. O manuscrito deverá seguir o seguinte formato:
Título conciso e informativo
Títulos em português ou espanhol e em inglês (Usar letra maiúscula apenas no início da primeira
palavra e quando for pertinente, do ponto de vista ortográfico ou de regras científicas pré-
estabelecidas);
Título resumido
Autores
Nome completo dos autores com numerações (sobrescritas) para indicar as respectivas filiações
Filiações e endereços completos, com links eletrônicos para as instituições. Indicar o autor para
correspondência e respectivo e-mail
Resumos/Abstract - com no máximo, 350 palavras
Título em inglês e em português ou espanhol
Resumo em inglês (Abstract)
Palavras-chave em inglês (Key words) evitando a repetição de palavras já utilizadas no título
Resumo em português ou espanhol
Palavras-chave em português ou espanhol evitando a repetição de palavras utilizadas no
título As palavras-chave devem ser separadas por vírgula e não devem repetir palavras do
título. Usar letra maiúscula apenas quando for pertinente, do ponto de vista ortográfico ou de
regras científicas pré-estabelecidas.
Corpo do Trabalho
1. Seções
Introdução (Introduction)
Material e Métodos (Material and Methods)
Resultados (Results)
Discussão (Discussion)
Agradecimentos (Acknowledgments)
Referências bibliográficas (References)
Tabelas
63
A critério do autor, no caso de Short Communications, os itens Resultados e Discussão podem ser
fundidos Não use notas de rodapé, inclua a informação diretamente no texto, pois torna a leitura mais
fácil e reduz o número de links eletrônicos do manuscrito.
2. Casos especiais
No caso da categoria "Inventários" a listagem de espécies, ambientes, descrições, fotos etc., devem
ser enviadas separadamente para que possam ser organizadas conforme formatações específicas.
Além disso, para viabilizar o uso de ferramentas eletrônicas de busca, como o XML, a Comissão
Editorial enviará aos autores dos trabalhos aceitos para publicação instruções específicas para a
formatação da lista de espécies citadas no trabalho. Na categoria "Chaves de Identificação" a chave
em si deve ser enviada separadamente para que possa ser formatada adequadamente. No caso de
referência de material coletado é obrigatória a citação das coordenadas geográficas do local de
coleta. Sempre que possível a citação deve ser feita em graus, minutos e segundos (Ex. 24°32'75" S
e 53°06'31" W). No caso de referência a espécies am eaçadas especificar apenas graus e minutos.
3. Numeração dos subtítulos
O título de cada seção deve ser escrito sem numeração, em negrito, apenas com a inicial maiúscula
(Ex. Introdução, Material e Métodos etc.). Apenas dois níveis de subtítulos serão permitidos, abaixo
do título de cada seção. Os subtítulos deverão ser numerados em algarismos arábicos seguidos de
um ponto para auxiliar na identificação de sua hierarquia quando da formatação final do trabalho. Ex.
Material e Métodos; 1. Subtítulo; 1.1. Sub-subtítulo).
4. Citações bibliográficas
Colocar as citações bibliográficas de acordo com o seguinte padrão:
Silva (1960) ou (Silva 1960)
Silva (1960, 1973)
Silva (1960a, b)
Silva & Pereira (1979) ou (Silva & Pereira 1979)
Silva et al. (1990) ou (Silva et al. 1990)
(Silva 1989, Pereira & Carvalho 1993, Araújo et al. 1996, Lima 1997)
Citar referências a resultados não publicados ou trabalhos submetidos da seguinte forma: (A.E. Silva,
dados não publicados). Em trabalhos taxonômicos, detalhar as citações do material examinado,
conforme as regras específicas para o tipo de organismo estudado.
5. Números e unidades
Citar números e unidades da seguinte forma:
escrever números até nove por extenso, a menos que sejam seguidos de unidades;
utilizar, para número decimal, vírgula nos artigos em português ou espanhol (10,5 m) ou
ponto nos escritos em inglês (10.5 m);
utilizar o Sistema Internacional de Unidades, separando as unidades dos valores por um
espaço (exceto para porcentagens, graus, minutos e segundos);
utilizar abreviações das unidades sempre que possível. Não inserir espaços para mudar de
linha caso a unidade não caiba na mesma linha.
6. Fórmulas
Fórmulas que puderem ser escritas em uma única linha, mesmo que exijam a utilização de fontes
especiais (Symbol, Courier New e Wingdings), poderão fazer parte do texto. Ex. a = p.r2 ou Na2HPO,
etc. Qualquer outro tipo de fórmula ou equação deverá ser considerada uma figura e, portanto, seguir
as regras estabelecidas para figuras.
64
7. Citações de figuras e tabelas
Escrever as palavras por extenso (Ex. Figura 1, Tabela 1, Figure 1, Table 1)
8. Referências bibliográficas
Adotar o formato apresentado nos seguintes exemplos, colocando todos os dados solicitados, na
seqüência e com a pontuação indicadas, não acrescentando itens não mencionados:
FERGUSON, I.B. & BOLLARD, E.G. 1976. The movement of calcium in woody stems. Ann. Bot.
40(6):1057-1065.
SMITH, P.M. 1976. The chemotaxonomy of plants. Edward Arnold, London.
SNEDECOR, G.W. & COCHRAN, W.G. 1980. Statistical methods. 7 ed. Iowa State University Press,
Ames.
SUNDERLAND, N. 1973. Pollen and anther culture. In Plant tissue and cell culture (H.F. Street, ed.).
Blackwell Scientific Publications, Oxford, p.205-239.
BENTHAM, G. 1862. Leguminosae. Dalbergiae. In Flora Brasiliensis (C.F.P. Martius & A.G. Eichler,
eds). F. Fleischer, Lipsiae, v.15, pars 1, p.1-349.
MANTOVANI, W., ROSSI, L., ROMANIUC NETO, S., ASSAD-LUDEWIGS, I.Y., WANDERLEY,
M.G.L., MELO, M.M.R.F. & TOLEDO, C.B. 1989. Estudo fitossociológico de áreas de mata ciliar em
Mogi-Guaçu, SP, Brasil. In Simpósio sobre mata ciliar (L.M. Barbosa, coord.). Fundação Cargil,
Campinas, p.235-267.
STRUFFALDI-DE VUONO, Y. 1985. Fitossociologia do estrato arbóreo da floresta da Reserva
Biológica do Instituto de Botânica de São Paulo, SP. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo,
São Paulo.
FISHBASE. http://www.fishbase.org/home.htm (último acesso em dd/mmm/aaaa)
Abreviar títulos dos periódicos de acordo com o "World List of Scientific Periodicals"
(http://library.caltech.edu/reference/abbreviations/) ou conforme o banco de dados do Catálogo
Coletivo Nacional (CCN -IBICT) (busca disponível em http://ccn.ibict.br/busca.jsf" ).
Para citação dos trabalhos publicados na BIOTA NEOTROPICA seguir o seguinte exemplo:
PORTELA, R.C.Q. & SANTOS, F.A.M. 2003. Alometria de plântulas e jovens de espécies arbóreas:
copa x altura. Biota Neotrop.
3(2): http://www.biotaneotropica.org.br/v3n2/pt/abstract?article+BN00503022003 (último acesso em
dd/mm/aaaa)
Todos os trabalhos publicados na BIOTA NEOTROPICA têm um endereço eletrônico individual, que
aparece imediatamente abaixo do(s) nome(s) do(s) autor(es) no PDF do trabalho. Este código
individual é composto pelo número que o manuscrito recebe quando submetido (005 no exemplo
acima), o número do volume (03), o número do fascículo (02) e o ano (2003).
9 - Tabelas
Nos trabalhos em português ou espanhol os títulos das tabelas devem ser bilíngües, obrigatoriamente
em português/espanhol e em inglês, e devem estar na parte superior das respectivas tabelas. O uso
de duas línguas facilita a compreensão do conteúdo por leitores do exterior quando o trabalho es
em português. As tabelas devem ser numeradas sequencialmente com números arábicos.
65
Caso uma tabela tenha uma legenda, essa deve ser incluída nesse arquivo, contida em um único
parágrafo, sendo identificada iniciando-se o parágrafo por Tabela N, onde N é o número da tabela.
10 - Figuras
Mapas, fotos, gráficos são considerados figuras. As figuras devem ser numeradas sequencialmente
com números arábicos.
Na submissão inicial do trabalho, as imagens devem ser enviadas na menor resolução possível, para
facilitar o envio eletrônico do trabalho para assessoria "ad hoc".
Na submissão inicial, todas as figuras deverão ser inseridas em um arquivo único, tipo ZIP, de no
máximo 2 MBytes. Em casos excepcionais, poderão ser submetidos mais de um arquivo de figuras,
sempre respeitando o limite de 2 MBytes por arquivo. É encorajada, como forma de reduzir o
tamanho do(s) arquivo(s) de figura, a submissão em formatos compactados. Para avaliação da
editoria e assessores, o tamanho dos arquivos de imagens deve ser de 10 x 15 cm com 72 dpi de
definição (isso resulta em arquivos JPG da ordem de 60 a 100 Kbytes). O tamanho da imagem deve,
sempre que possível, ter uma proporção de 3x2 ou 2x3 cm entre a largura e altura.
No caso de pranchas os textos inseridos nas figuras devem utilizar fontes sans-serif, como Arial ou
Helvética, para maior legibilidade. Figuras compostas por várias outras devem ser identificadas por
letras (Ex. Figura 1a, Figura 1b). Utilize escala de barras para indicar tamanho. As figuras não devem
conter legendas, estas deverão ser especificadas em arquivo próprio.
Quando do aceite final do manuscrito, as figuras deverão ser apresentadas com alta resolução e em
arquivos separados. Cada arquivo deve ser denominado como figura N.EXT, onde N é o número da
figura e EXT é a extensão, de acordo com o formato da figura, ou seja, jpg para imagens em JPEG,
gif para imagens em formato gif, tif para imagens em formato TIFF, bmp para imagens em formato
BMP. Assim, o arquivo contendo a figura 1, cujo formato é tif, deve se chamar figura1.tif. Uma
prancha composta por várias figuras a, b, c, d é considerada uma figura. Aconselha-se o uso de
formatos JPEG e TIFF para fotografias e GIF ou BMP para gráficos. Outros formatos de imagens
poderão também ser aceitos, sob consulta prévia. Para desenhos e gráficos os detalhes da resolução
serão definidos pela equipe de produção do PDF em contacto com os autores.
As legendas das figuras devem fazer parte do arquivo texto Principal.rtf ou Principal.doc. inseridas
após as referências bibliográficas. Cada legenda deve estar contida em um único parágrafo e deve
ser identificada, iniciando-se o parágrafo por Figura N, onde N é o número da figura. Figuras
compostas podem ou não ter legendas independentes.
Nos trabalhos em português ou espanhol todas as legendas das figuras devem ser bilíngües,
obrigatoriamente, em português/espanhol e em inglês. O uso de duas línguas facilita a compreensão
do conteúdo por leitores do exterior quando o trabalho está em português.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo