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Universidade Federal do Pará
Instituto de Ciências Exatas e Naturais
Programa de Pós-graduação em Química
Karyme do Socorro de Souza Vilhena
Estudo Químico e Atividade Alelopática de Espécies de
Cyperaceae na Amazônia
Belém
2009
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2
Karyme do Socorro de Souza Vilhena
Estudo Químico e Atividade Alelopática de Espécies de
Cyperaceae na Amazônia
Belém
2009
Tese apresentada para obtenção do grau de
Doutora ao Programa de Pós-graduação em
Química, Instituto de Ciências Exatas e Naturais.
Instituição: Universidade Federal do Pará.
Área de concentração: Química de Produtos
Naturais.
Orientador (a): Profª. Dr (a). Giselle Maria
Skelding Pinheiro Guilhon.
Co-orientador (a): Profª. Dr (a). Maria das Graças
Bichara Zoghbi.
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3
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Biblioteca Central da UFPA
Vilhena, Karyme do Socorro de Souza, 1983-
Estudo químico e atividade alelopática de espécies de
Cyperaceae na Amazônia / Karyme do Socorro de Souza
Vilhena; orientadora, Giselle Maria Skelding Pinheiro Guilhon.
— 2009.
Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto
de Ciências Exatas e Naturais, Programa de Pós-Graduação em
Química, Belém, 2009.
1. Cyperaceae – Análise - Amazônia. 2. Alelopatia -
Amazônia. 3. Plantas - Análise. I. Título.
CDD - 22. ed. 547.7
4
Karyme do Socorro de Souza Vilhena
Estudo Químico e Atividade Alelopática de Espécies de
Cyperaceae na Amazônia
Data de aprovação:
Banca Examinadora:
________________________________- Orientadora
Giselle Maria Skelding Pinheiro Guilhon
Titulação: Doutora
Instituição: Universidade Federal do Pará
________________________________- Co-orientadora
Maria das Graças Bichara Zoghbi
Titulação: Doutora
Instituição: Museu Paraense Emílio Goeldi
________________________________
Antônio Pedro da Silva Souza Filho
Titulação: Doutor
Instituição: Embrapa Amazônia Oriental
________________________________
Lúcia Helena Pereira Nóbrega
Titulação: Doutora
Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
________________________________
Lourivaldo da Silva Santos
Titulação: Doutor
Instituição: Universidade Federal do Pará
________________________________
Mara Silvia Pinheiro Arruda
Titulação: Doutora
Instituição: Universidade Federal do Pará
Tese apresentada para obtenção do grau de
Doutora ao Programa de Pós-graduação em
Química, Instituto de Ciências Exatas e Naturais.
Instituição: Universidade Federal do Pará
Área de concentração: Química de Produtos
Naturais.
5
Para
Cleide
,
Ferdinando
(in memorian),
Klycia e Fábio
Alegria de meu viver.
6
AGRADECIMENTOS
A Deus por me dar o Dom da vida e saúde para seguir meu caminho, por
permitir que eu alcance meus objetivos e realize meus sonhos.
À Professora Giselle Maria Skelding Pinheiro Guilhon pela orientação, pelo
exemplo de persistência, pela confiança depositada em mim no decorrer desses
anos de trabalho e pela amizade.
Aos Professores do Programa de Pós-graduação em Química da
Universidade Federal do Pará pelo apoio e pelos conhecimentos partilhados.
Ao Marçal Luna por todos os espectros de RMN e amizade.
À Professora Maria das Graças Bichara Zoghbi, do Museu Paraense Emílio
Goeldi pela co-orientação, pelos cromatogramas e espectros de massa.
Ao Laboratório de Agroindústria da Embrapa Amazônia Oriental,
especialmente ao Professor Antônio Pedro da S. Souza Filho, responsável pela
realização dos bioensaios alelopáticos e pela amizade.
A Roberto Cunha Lisboa pela análise estatística dos dados dos bioensaios
alelopáticos.
Às minhas amigas de curso e de trabalho Cinthia Helena, Roseane Brasil,
Monah Fonseca e Karla Souza pelo apoio e amizade.
Ao Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq), ao Programa
de Pesquisa em Biodiversidade (PPBIO/MMA) e a Universidade Federal do Pará
(UFPA) pelos recursos e infra-estrutura disponibilizada pela elaboração deste
trabalho.
A minha amada mãe Cleide Vilhena pelo exemplo, ombro amigo, amor,
incentivo, compreensão, por me dar força e estar sempre ao meu lado.
À minha irmã Klycia Vilhena que sempre me ajudou quando precisei e
acreditou no meu trabalho.
A todos os meus familiares que sempre apoiaram as decisões que tomei na
vida e pelo incentivo nos momentos difíceis.
Ao meu anjo Fábio Cardoso pelo apoio, incentivo, compreensão, quando
estive ausente, e pelo companheirismo, com muito amor e carinho.
7
Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz
somente até onde os outros foram.
Alexandre Graham Bell
8
SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................................. 14
ABSTRACT .............................................................................................................. 15
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. 16
LISTA DE FOTOGRAFIAS ....................................................................................... 25
LISTA DE TABELAS ................................................................................................ 26
LISTA DE FLUXOGRAMAS ..................................................................................... 29
LISTA DE GRÁFICOS .............................................................................................. 31
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS .............................................. 32
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 34
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 37
2.1 GERAL ................................................................................................................ 37
2.2 ESPECÍFICOS .................................................................................................... 37
3 REVISÃO DA LITERATURA: OS GÊNEROS EM ESTUDO E ATIVIDADE
ALELOPÁTICA ......................................................................................................... 38
3.1 O GÊNERO Cyperus ........................................................................................... 38
3.2 O GÊNERO Kyllinga ........................................................................................... 51
3.3 O GENÊRO Rhynchospora ................................................................................. 58
3.4 O GÊNERO Scleria ............................................................................................. 60
3.5 O GÊNERO Torulinium ....................................................................................... 64
3.6 ATIVIDADE ALELOPÁTICA ................................................................................ 65
4 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 68
4.1 DESCRIÇÃO E CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
UTILIZADOS ............................................................................................................. 68
4.2 TÉCNICAS EMPREGADAS ................................................................................ 69
4.3 METODOLOGIA DO ESTUDO QUÍMICO ........................................................... 70
9
4.3.1 Coleta e identificação do material botânico ................................................ 70
4.3.2 Lavagem, secagem e moagem do material botânico .................................. 71
4.3.3 Extração dos constituintes químicos ........................................................... 71
4.4 FRACIONAMENTO DOS EXTRATOS E PURIFICAÇÃO DOS CONSTITUINTES
QUÍMICOS ................................................................................................................ 75
4.4.1 Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico de Cyperus
articulatus var. articulatus ...................................................................................... 75
4.4.2 Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico de Cyperus
articulatus var. nodosus ......................................................................................... 77
4.4.3 Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico de Cyperus giganteus
.................................................................................................................................. 82
4.4.4 Fracionamento cromatográfico do extrato diclorometânico de Cyperus
giganteus ................................................................................................................. 83
4.4.5 Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico de Cyperus distans 85
4.4.6 Fracionamento cromatográfico do extrato metanólico de Cyperus distans
.................................................................................................................................. 88
4.4.7 Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico de Cyperus prolixus
.................................................................................................................................. 89
4.4.8 Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico de Kyllinga brevifolia
.................................................................................................................................. 91
4.4.9 Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico de Rhynchospora
cephalotes ............................................................................................................... 94
4.4.10 Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico de Scleria bracteata
.................................................................................................................................. 96
4.4.11 Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico de Torulinium
odoratum .................................................................................................................. 98
4.5 DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL DAS SUBSTÂNCIAS .................................. 100
4.6 DESCRIÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES E ENSAIOS QUÍMICOS ................. 100
4.6.1 Teste de Benedict ......................................................................................... 100
4.6.2 Acetilação com anidrido acético/acetato de sódio ................................... 100
4.6.3 Acetilação com anidrido acético/piridina ................................................... 101
10
4.6.4 Síntese de derivados da 2,4-dinitrofenilidrazina ....................................... 101
4.7 BIOENSAIOS ALELOPÁTICOS ........................................................................ 102
4.7.1 Bioensaio de germinação ............................................................................ 102
4.7.2 Bioensaio de desenvolvimento da radícula e hipocótilo .......................... 104
4.8 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTO ESTATÍSTICO ............ 105
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 106
5.1 DETEMINAÇÃO ESTRUTURAL ....................................................................... 106
5.1.1 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de Cyperus
articulatus var. nodosus ....................................................................................... 106
5.1.1.1 Determinação estrutural da substância ST1 ............................................... 108
5.1.1.2 Determinação estrutural da substância ST2 ............................................... 111
5.1.1.3 Determinação estrutural da substância ST3 ............................................... 116
5.1.1.4 Determinação estrutural da substância ST4 ............................................... 119
5.1.1.5 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2 ................................. 126
5.1.1.6 Determinação estrutural da substância TT1 ................................................ 131
5.1.2 Constituintes químicos das frações menos polares de Cyperus articulatus
var. nodosus .......................................................................................................... 135
5.1.3 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de Cyperus
giganteus ............................................................................................................... 139
5.1.3.1 Determinação estrutural da substância ST5 ............................................... 139
5.1.3.2 Determinação estrutural da substância ST6 ............................................... 143
5.1.3.3 Determinação estrutural da substância ST7 ............................................... 145
5.1.3.4 Determinação estrutural da substância ST8 ............................................... 155
5.1.4 Constituintes químicos das frações menos polares de Cyperus giganteus
................................................................................................................................ 160
5.1.5 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de C. articulatus
var. articulatus ....................................................................................................... 162
5.1.5.1 Determinação estrutural da substância ST2 ............................................... 163
11
5.1.5.2 Determinação estrutural da substância ST5 ............................................... 165
5.1.5.3 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2 ................................. 167
5.1.6 Constituintes químicos das frações menos polares de C. articulatus var.
articulatus .............................................................................................................. 168
5.1.7 Identificação das substâncias dos tubérculos de Cyperus distans ........ 170
5.1.7.1 Determinação estrutural da substância hc1 ................................................ 171
5.1.7.2 Determinação estrutural da substância ST5 ............................................... 172
5.1.7.3 Determinação estrutural da substância ST7 ............................................... 174
5.1.7.4 Determinação estrutural da substância QN1 ............................................... 176
5.1.7.5 Interpretação do espectro de massas de QN1 ............................................ 189
5.1.7.6 Determinação estrutural da substância DS1 ............................................... 190
5.1.7.7 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2 ................................. 198
5.1.7.8 Determinação estrutural das substâncias ES3 e ES4 ................................. 200
5.1.8 Constituintes químicos das frações menos polares de Cyperus
distans .................................................................................................................... 205
5.1.9 Identificação das substâncias dos rizomas de Kyllinga brevifolia .......... 209
5.1.9.1 Determinação estrutural da substância MT1 ............................................... 211
5.1.9.2 Determinação estrutural da substância DT1 ............................................... 212
5.1.9.3 Determinação estrutural da substância DT2 ............................................... 214
5.1.9.4 Determinação estrutural da substância DT3 ............................................... 221
5.1.9.5 Determinação estrutural da substância DT4 ............................................... 226
5.1.9.6 Determinação estrutural da substância DT5 ............................................... 230
5.1.9.7 Determinação estrutural da substância DT6 ............................................... 233
5.1.9.8 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2 ................................. 238
5.1.10 Constituintes químicos das frações menos polares de Kyllinga brevifolia
................................................................................................................................ 240
12
5.1.11 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de Cyperus
prolixus .................................................................................................................. 244
5.1.11.1 Determinação estrutural da substância ST1 ............................................. 245
5.1.11.2 Determinação estrutural da substância ST5 ............................................. 247
5.1.11.3 Determinação estrutural da substância TT1 .............................................. 249
5.1.12 Constituintes químicos das frações menos polares de Cyperus prolixus
................................................................................................................................ 251
5.1.13 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de Rhynchospora
cephalotes ............................................................................................................. 253
5.1.13.1 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2 ............................... 254
5.1.13.2 Determinação estrutural da substância TT2 .............................................. 255
5.1.13.3 Determinação estrutural da substância ES5 ............................................. 257
5.1.13.4 Determinação estrutural da substância HC1 ............................................. 259
5.1.14 Constituintes químicos das frações menos polares de Rhynchospora
cephalotes ............................................................................................................. 260
5.1.15 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de Scleria
bracteata ................................................................................................................ 262
5.1.15.1 Determinação estrutural da substância HC1 ............................................. 263
5.1.15.2 Determinação estrutural da substância TT1 .............................................. 264
5.1.15.3 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2 ............................... 265
5.1.15.4 Determinação estrutural da substância ES5 ............................................. 266
5.1.16 Constituintes químicos das frações menos polares de Scleria bracteata
................................................................................................................................ 268
5.1.17 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de Torulinium
odoratum ................................................................................................................ 270
5.1.17.1 Determinação estrutural da substância ST5 ............................................. 271
5.1.17.2 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2 ............................... 272
5.1.17.3 Determinação estrutural das substâncias ES5 .......................................... 273
5.2 ATIVIDADE ALELOPÁTICA DOS EXTRATOS BRUTOS ................................. 278
13
5.2.1 Atividade frente à germinação de sementes ............................................. 278
5.3 ATIVIDADE ALELOPÁTICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS ................................. 281
5.3.1 Atividade alelopática do óleo essencial de C. articulatus var. nodosus . 281
5.3.1.1 Atividade frente à germinação de sementes ............................................... 281
5.3.1.2 Atividade frente o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo .................. 282
5.3.2 Atividade alelopática do óleo essencial de C. giganteus ......................... 285
5.3.2.1 Atividade frente à germinação de sementes ............................................... 285
5.3.2.2 Atividade frente ao desenvolvimento da radícula e do hipocótilo ................ 286
5.4 ATIVIDADE ALELOPÁTICA DA QUINONA QN1 .............................................. 288
5.4.1 Atividade alelopática de QN1 frente à germinação de sementes............. 289
5.4.2 Atividade de QN1 frente ao desenvolvimento da radícula e do hipocótilo
................................................................................................................................ 290
5.5 ATIVIDADE ALELOPÁTICA DO SESQUITERPENO ST7 ................................ 292
5.5.1 Atividade alelopática de ST7 frente à germinação de sementes ............. 292
5.5.2 Atividade de ST7 frente ao desenvolvimento da radícula e do hipocótilo
................................................................................................................................ 293
5.6 ATIVIDADE ALELOPÁTICA DO SESQUITERPENO ST5 ................................ 295
6 CONCLUSÕES .................................................................................................... 297
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 299
14
RESUMO
Investigação química e avaliação da atividade alelopática de espécies de
Cyperaceae que ocorrem na Amazônia (Cyperus articulatus var. articulatus,
C. articulatus var. nodosus, C. giganteus, C. distans, C. prolixus, Kyllinga brevifolia,
Rhynchospora cephalotes, Scleria bracteata e Torulinium odoratum) foram
desenvolvidas. Os constituintes químicos foram isolados utilizando-se técnicas
clássicas de cromatografia e identificados por cromatografia em fase gasosa
acoplada à espectrometria de massas e ressonância magnética nuclear. A atividade
alelopática foi avaliada por ensaios de germinação e crescimento da radícula e do
hipocótilo de espécies invasoras de pastagens comuns na Amazônia (Mimosa
pudica e Senna obtusifolia) e de uma leguminosa forrageira (Pueraria phaseoloides).
O estudo químico resultou na identificação das seguintes substâncias:
hidrocarbonetos, 2,5-dimetóxi-p-cimeno, α-ciperona, mustacona, corimbolona,
isocorimbolona, óxido de cariofileno, patchoulenona, ciperotundona, ciperadiona,
óxido de manoíla, óxido de 13-epi-manoíla, óxido de 11α-hidroximanoíla, óxido de
11α-hidróxi-13-epi-manoíla, óxido de 1β-hidroximanoíla, óxido de 11-oxomanoíla,
escabequinona, sacarose, sitosterol, estigmasterol, sitosterol glicosilado,
estigmasterol glicosilado, éster graxo do sitosterol, 24-metilenocicloartan-3-ol e éster
graxo do 24-metilenocicloartan-3-ol. Os extratos e os óleos essenciais testados
evidenciaram, na maioria dos casos, atividade alelopática inibitória frente à
germinação, desenvolvimento da radícula e hipocótilo de sementes. Os extratos
mais ativos na inibição de germinação das sementes de Mimosa pudica foram os de
C. giganteus, C. prolixus, C. articulatus var. articulatus e R. cephalotes, e frente às
de Senna obtusifolia foram os de C. distans e C. prolixus. O óleo essencial de
C. articulatus var. nodosus apresentou maior atividade alelopática que o óleo
essencial de C. giganteus inibindo em 100% a germinação das espécies testadas
nas maiores concentrações. Dentre as substâncias, a ciperotundona apresentou um
potencial alelopático mais elevado na germinação das sementes do que a
escabequinona e o óxido de cariofileno.
Palavras-chave: Cyperaceae. Sesquiterpenos. Diterpenos labdânicos. Quinona.
Alelopatia.
15
ABSTRACT
Chemical investigation and allelopathic evaluation of nine Cyperaceae species found
in the Amazon (Cyperus articulatus var. articulatus, C. articulatus var. nodosus, C.
giganteus, C. distans, C. prolixus, Kyllinga brevifolia, Rhynchospora cephalotes,
Scleria bracteata e Torulinium odoratum) were performed. The chemical constituents
were isolated by classical chromatographic techniques. The structural elucidation
was based on NMR and CG and MS. The allelopathic activity was evaluated by
bioassays of germination, radicle and hypocotyl growth using Amazon weeds
(Mimosa pudica, Senna obtusifolia and Pueraria phaseoloides). The chemical study
led to the identification of the substances: hydrocarbons, 2,5-dimethoxy-p-cymene, α-
cyperona, mustakone, corymbolone, isocorymbolone, caryophyllene oxide,
patchoulenone, cyperotundone, cyperadione, manoyl oxide, 13-epi-manoyl oxide,
11α-hydroxymanoyl oxide, 11α-hydroxy-13-epi-manoyl oxide, 1β-hydroxymanoyl
oxide, 11-oxomanoyl oxide, scabequinone, disaccharide sucrose, sitosterol,
stigmasterol, sitosterol glucoside, stigmasterol glucoside, long chain ester of
sitosterol, 24-metilenecycloartan-3-ol and long chain ester of 24-metilenecycloartan-
3-ol. The extracts and essential oils showed inhibitory activity on seed germination,
radicle and hypocotyl growth of the weeds tested. The best results on seed
germination of Mimosa pudica were obtained with the extracts of C. giganteus, C.
prolixus, C. articulatus var. articulatus and R. cephalotes. The weed species Senna
obtusifolia was more affected by the extracts from the tubers of the C. distans and C.
prolixus. The essential oil of the tubers of C. articulatus var. nodosus showed an
allelopathic activity higher than the one obtained of the tubers of C. giganteus. The
inhibitory activity of C. articulatus var. nodosus on seed germination was about 100%
on seed germination of the weeds tested at the major concentration. Among the
substances tested, cyperotundone showed an allelopathic activity higher than
scabequinone and caryophyllene oxide on the seeds germination.
Key words: Cyperaceae. Sesquiterpenes. Labdane diterpenes. Quinone. Allelopathy.
16
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Sesquiterpenos comumente encontrados no óleo essencial de diferentes
espécies de Cyperus. ......................................................................................... 39
Figura 2. Substância isolada de Cyperus distans com atividade anti-herbivoria. ...... 40
Figura 3. Constituintes identificados no extrato hexânico de Cyperus articulatus. .... 42
Figura 4. Terpenóides identificados no óleo essencial de Cyperus articulatus. ........ 45
Figura 5. Terpenóides identificados no óleo essencial de Cyperus prolixus. ............ 47
Figura 6. Terpenóides identificados no óleo essencial de Cyperus giganteus. ......... 50
Figura 7. Diterpenos isolados dos extratos diclorometânico e acetato de etila dos
rizomas de Kyllinga erecta. ................................................................................ 52
Figura 8. Terpenos identificados no óleo essencial de Kyllinga erecta. .................... 53
Figura 9. Terpenos identificados no óleo essencial de Kyllinga odorata. .................. 54
Figura 10. Substâncias isoladas de Kyllinga brevifolia var. leiolepsis. ...................... 56
Figura 11. Diterpenos identificados no óleo essencial dos rizomas de Kyllinga
brevifolia. ............................................................................................................ 57
Figura 12. Substância isolada das folhas de Rhynchospora eximia. ........................ 59
Figura 13. Substâncias identificadas nas folhas e tubérculos de Rhynchospora
ruiziana. ............................................................................................................. 60
Figura 14. Substâncias identificadas no óleo essencial de Scleria striatinux. ........... 62
Figura 15. Principais constituintes do óleo essencial de Scleria hirtella. ................... 62
Figura 16. Constituintes químicos do óleo essencial de Cyperus kyllingia................ 66
Figura 17. Sesquiterpenos identificados no óleo essencial de Cyperus rotundus. .... 67
Figura 18. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos
tubérculos de Cyperus articulatus var. nodosus. ............................................. 107
Figura 19. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST1. ................................... 109
Figura 20. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de ST1. .................................... 110
Figura 21. Espectro de DEPT de ST1. .................................................................... 110
Figura 22. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST2. ................................... 112
17
Figura 23. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST2 (expansão 1). ............. 112
Figura 24. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST2 (expansão 2). ............. 113
Figura 25. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de ST2. .................................... 114
Figura 26. Espectro de DEPT de ST2. .................................................................... 114
Figura 27. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST3. ................................... 117
Figura 28. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST3 (expansão 1). ............. 117
Figura 29. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de ST3. .................................... 118
Figura 30. Espectro de DEPT de ST3. .................................................................... 118
Figura 31. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST4. ................................... 121
Figura 32. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST4 (expansão 1). ............. 121
Figura 33. Esquema de reação de acetilação da isocorimbolona (ST4). ................ 122
Figura 34. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de ST4. .................................... 122
Figura 35. Espectro de DEPT de ST4. .................................................................... 123
Figura 36. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST4Ac. ............................... 124
Figura 37. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de ST4Ac. ............................... 125
Figura 38. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e
ES2. ................................................................................................................. 127
Figura 39. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e
ES2. ................................................................................................................. 128
Figura 40. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de TT1. ................................... 132
Figura 41. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de TT1 (expansão 1). ............. 132
Figura 42. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de TT1. .................................... 133
Figura 43. Espectro de DEPT de TT1. .................................................................... 133
Figura 44. Cromatograma de íons totais da fração 1 de Cyperus articulatus var.
nodosus. .......................................................................................................... 136
Figura 45. Terpenóides identificados na fração menos polar do extrato hexânico. . 136
Figura 46. Cromatograma da fração 2 de Cyperus articulatus var. nodosus. ......... 137
18
Figura 47. Cromatograma
de íons totais da amostra contendo ST1 como principal
constituinte. ...................................................................................................... 138
Figura 48. Cromatograma
de íons totais da amostra contendo ST2 como principal
constituinte. ...................................................................................................... 138
Figura 49. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos rizomas
de Cyperus giganteus. ..................................................................................... 139
Figura 50. Espectro RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5 (constituinte
principal) e ST6. ............................................................................................... 141
Figura 51. Espectro RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5 (constituinte
principal) e ST6 (expansão 1). ......................................................................... 141
Figura 52. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5
(constituinte principal) e ST6. ........................................................................... 142
Figura 53. Espectro RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST7. ............. 147
Figura 54. Espectro RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST7
(expansão 1). ................................................................................................... 147
Figura 55. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST7. ......... 148
Figura 56. Espectro de RMN de DEPT de ST7. ...................................................... 149
Figura 57. Espectro de
1
Hx
1
H COSY da fração contendo ST7. .............................. 150
Figura 58. Espectro de HETCOR da fração contendo ST7. .................................... 151
Figura 59. Espectro de HMBC da fração contendo ST7. ........................................ 151
Figura 60. Espectro de HMBC da fração contendo ST7 (expansão 1). .................. 152
Figura 61. Esquema da reação de obtenção do derivado 2,4-dinitrofenilidrazona da
ciperotundona (ST7DNP). ................................................................................ 153
Figura 62. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) do derivado ST7DNP. ............. 154
Figura 63. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
), do derivado ST7DNP
(expansão 1). ................................................................................................... 154
Figura 64. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) do derivado ST8. .................... 156
Figura 65. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST8. ......... 157
Figura 66. Espectro de HETCOR da fração contendo ST8. .................................... 158
Figura 67. Espectro de HMBC da fração contendo ST8. ........................................ 158
19
Figura 68. Espectro de HMBC da fração contendo ST8 (expansão 1). .................. 159
Figura 69. Cromatograma
de íons totais da fração 1 de Cyperus giganteus. .......... 160
Figura 70. Cromatograma
de íons totais da fração 2 de Cyperus giganteus. .......... 161
Figura 71. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos
tubérculos de Cyperus articulatus var. articulatus. ........................................... 162
Figura 72. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST2. ........ 164
Figura 73. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST2. ......... 164
Figura 74. Espectro de
1
H RMN (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5. ........ 166
Figure 75. Espectro de
13
C RMN (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5 como
principal constituinte. ........................................................................................ 166
Figura 76. Espectro de
1
H RMN (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e
ES2. ................................................................................................................. 167
Figura 77. Cromatograma
de íons totais da fração 1 de Cyperus articulatus var.
articulatus. ........................................................................................................ 168
Figura 78. Cromatograma
de íons totais da fração 2 de Cyperus articulatus var.
articulatus. ........................................................................................................ 169
Figura 79. Estruturas das substâncias identificadas nos extratos hexânico e
metanólico dos tubérculos de Cyperus distans. ............................................... 170
Figura 80. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo HC1. ........ 171
Figura 81. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo HC1. ........ 172
Figura 82. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5. ........ 173
Figura 83. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5. ......... 174
Figura 84. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST7. ........ 175
Figura 85. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST7. ......... 176
Figura 86. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo QN1. ....... 177
Figura 87. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo QN1
(expansão 1). ................................................................................................... 178
Figura 88. Espectro de
1
H x
1
H COSY de QN1. ...................................................... 179
Figura 89. Espectro de
1
H x
1
H COSY de QN1 (expansão 1). ................................ 179
20
Figura 90. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo QN1. ........ 180
Figura 91. Espectro de DEPT da fração contendo QN1. ........................................ 181
Figura 92. Principais correlações observadas no HMBC de QN1. .......................... 182
Figura 93. Espectro de HETCOR de QN1. .............................................................. 183
Figura 94. Espectro de HETCOR de QN1 (expansão 1). ........................................ 183
Figura 95. Espectro de HETCOR de QN1 (expansão 2). ........................................ 184
Figura 96. Espectro de HMBC de QN1 (expansão 1). ............................................ 185
Figura 97. Espectro de HMBC de QN1 (expansão 2). ............................................ 185
Figura 98. Espectro de HMBC de QN1 (expansão 3). ............................................ 186
Figura 99. Espectro de HMBC de QN1 (expansão 4). ............................................ 186
Figura 100. Espectro de HMBC de QN1 (expansão 5). .......................................... 187
Figura 101. Espectro de HMBC de QN1 (expansão 6). .......................................... 187
Figura 102. Espectro de massas da substância QN1 comparado com o da
biblioteca NIST. ............................................................................................... 189
Figura 103. Esquema de fragmentação referente ao espectro de massa da
escabequinona (QN1). ..................................................................................... 189
Figura 104. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, D
2
O) de DS1. .................................... 191
Figura 105. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, D
2
O) de DS1 (expansão 1). .............. 191
Figura 106. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, D
2
O) de DS1. .................................... 192
Figura 107. Espectro de DEPT de DS1................................................................... 193
Figura 108. Reação de acetilação da sacarose (DS1). ........................................... 194
Figura 109. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de DS1Ac. ............................ 195
Figura 110. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de DS1Ac. ............................ 195
Figura 111. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de DS1Ac. ............................. 196
Figura 112. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de DS1Ac. ............................. 197
Figura 113. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e
ES2. ................................................................................................................. 199
21
Figura 114. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e
ES2. ................................................................................................................. 199
Figura 115. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, piridina-d
5
) da fração contendo ES3 e
ES4. ................................................................................................................. 201
Figura 116. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, piridina-d
5
) da fração contendo ES3 e
ES4 (expansão 1). ........................................................................................... 201
Figura 117. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, piridina-d
5
) da fração contendo ES3 e
ES4. ................................................................................................................. 202
Figura 118. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, piridina-d
5
) da fração contendo ES3 e
ES4 (expansão 1). ........................................................................................... 203
Figura 119. Espectro de DEPT da fração contendo ES3 e ES4. ............................ 203
Figura 120. Cromatograma
de íons totais da fração 1 de Cyperus distans. ............ 206
Figura 121. Cromatograma
de íons totais da reunião 3-4 de Cyperus distans. ....... 206
Figura 122. Cromatograma
de íons totais da fração 5 de Cyperus distans. ............ 207
Figura 123. Cromatograma
de íons totais da fração 6 de Cyperus distans. ............ 207
Figura 124. Terpenos identificados por CG/EM nas frações menos polares de
Cyperus distans. .............................................................................................. 208
Figura 125. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos rizomas
de Kyllinga brevifolia. ....................................................................................... 210
Figura 126. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo MT1, DT1 e
DT2. ................................................................................................................. 215
Figura 127. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração com MT1, DT1 e DT2
(expansão 1). ................................................................................................... 216
Figura 128. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração com MT1, DT1 e DT2
(expansão 2). ................................................................................................... 216
Figura 129. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração com MT1, DT1 e DT2
(expansão 3). ................................................................................................... 217
Figura 130. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo MT1, DT1 e
DT2. ................................................................................................................. 217
Figura 131. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração com MT1, DT1 e DT2
(expansão 1). ................................................................................................... 218
22
Figura 132. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração com MT1, DT1 e DT2
(expansão 2). ................................................................................................... 218
Figura 133. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e
DT5. ................................................................................................................. 222
Figura 134. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e DT5
(expansão 1). ................................................................................................... 223
Figura 135. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e DT5
(expansão 2). ................................................................................................... 223
Figura 136. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e DT5
(expansão 3). ................................................................................................... 224
Figura 137. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e
DT5. ................................................................................................................. 224
Figura 138. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e DT5
(expansão 1). ................................................................................................... 225
Figura 139. Espectro de DEPT da fração contendo DT3 e DT5. ............................ 225
Figura 140. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3, DT4 e
DT5. ................................................................................................................. 227
Figura 141. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração com DT3, DT4 e DT5
(expansão 1). ................................................................................................... 228
Figura 142. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3, DT4 e
DT5. ................................................................................................................. 228
Figura 143. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração com DT3, DT4 e DT5
(expansão 1). ................................................................................................... 229
Figura 144. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração com DT3, DT4 e DT5
(expansão 1). ................................................................................................... 229
Figura 145. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT6. ...... 234
Figura 146. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT6
(expansão 1). ................................................................................................... 234
Figura 147. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT6
(expansão 2). ................................................................................................... 235
Figura 148. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT6. ....... 235
Figura 149. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT6. ....... 236
23
Figura 150. Espectro de DEPT da fração contendo DT6. ....................................... 236
Figura 151. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e
ES2. ................................................................................................................. 239
Figura 152. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e
ES2. ................................................................................................................. 239
Figura 153. Cromatograma
de íons totais da fração 1 de Kyllinga brevifolia. .......... 241
Figura 154. Cromatograma
de íons totais da fração 2 de Kyllinga brevifolia. .......... 242
Figura 155. Cromatograma
de íons totais da reunião 3-4 de Kyllinga brevifolia...... 242
Figura 156. Cromatograma
de íons totais da fração 6 de Kyllinga brevifolia. .......... 243
Figura 157. Diterpenos identificados por CG nas frações menos polares de Kyllinga
brevifolia. .......................................................................................................... 243
Figura 158. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos
tubérculos de Cyperus prolixus. ....................................................................... 244
Figura 159. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST1 como
principal constituinte. ........................................................................................ 246
Figura 160. Espectro de
13
C RMN (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST1 como
principal constituinte. ........................................................................................ 246
Figura 161. Espectro de
1
H RMN (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5 obtida
de Cyperus prolixus. ........................................................................................ 248
Figura 162. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de TT1 obtido de Cyperus
prolixus. ............................................................................................................ 250
Figura 163. Cromatograma
de íons totais da fração 1 de Cyperus prolixus. ........... 252
Figura 164. Cromatograma
de íons totais da fração 2 de Cyperus prolixus. ........... 252
Figura 165. Cromatograma
de íons totais da fração 3 de Cyperus prolixus ............ 252
Figura 166. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos
tubérculos de Rhynchospora cephalotes. ........................................................ 253
Figura 167. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e ES2
de Rhynchospora cephalotes. .......................................................................... 255
Figura 168. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo TT2 como
constituinte principal. ........................................................................................ 256
24
Figura 169. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES5 de
Rhynchospora cephalotes. ............................................................................... 258
Figura 170. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo HC1. ...... 259
Figura 171. Cromatograma
de íons totais da fração 1 de Rhynchospora cephalotes.
......................................................................................................................... 260
Figura 172. Cromatograma
de íons totais da fração 2 de Rhynchospora cephalotes.
......................................................................................................................... 261
Figura 173. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos
tubérculos de Scleria bracteata. ....................................................................... 262
Figura 174. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo HC1 de
Scleria bracteata. ............................................................................................. 263
Figura 175. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo TT1. ...... 265
Figura 176. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e
ES2. ................................................................................................................. 266
Figura 177. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES5. ...... 267
Figura 178. Cromatograma de íons totais da fração menos polar de Scleria
bracteata. ......................................................................................................... 268
Figura 179. Constituintes químicos identificados na fração menos polar de Scleria
bracteata. ......................................................................................................... 269
Figura 180. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos
tubérculos de Torulinium odoratum. ................................................................. 270
Figura 181. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5. ...... 271
Figura 182. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5. ....... 272
Figura 183. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e ES2
de Torulinium odoratum. .................................................................................. 273
Figura 184. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES5. ...... 274
Figura 185. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES5. ....... 275
Figura 186. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES5. ....... 276
25
LISTA DE FOTOGRAFIAS
Fotografia 1. Partes aéreas Cyperus distans. ........................................................... 40
Fotografia 2. Parte aérea de Cyperus articulatus. ..................................................... 41
Fotografia 3. Tubérculos de Cyperus articulatus. ...................................................... 43
Fotografia 4. Partes subterrâneas de Cyperus prolixus, Cyperus articulatus var.
articulatus e Cyperus articulatus var. nodosus. .................................................. 46
Fotografia 5. Partes aéreas de Cyperus giganteus. .................................................. 48
Fotografia 6. Partes subterrâneas de Cyperus giganteus. ........................................ 48
Fotografia 7. Partes aéreas de Kyllinga brevifolia. .................................................... 55
Fotografia 8. Partes subterrâneas de Kyllinga brevifolia. .......................................... 55
Fotografia 9. Partes aéreas de Rhynchospora cephalotes. ....................................... 59
Fotografia 10. Tubérculos de Rhynchospora cephalotes. ......................................... 59
Fotografia 11. Partes aéreas de Scleria bracteata. ................................................... 63
Fotografia 12. Partes subterrâneas de Scleria bracteata. ......................................... 63
Fotografia 13. Partes aéreas de Torulinium odoratum. ............................................. 64
Fotografia 14. Ensaio alelopático de germinação: solução hexânica a 50 mg L
-1
,
placas de Petri, sementes ensaiadas, câmara de fotoperíodo, placas de Petri na
câmara de fotoperíodo e sementes germinadas.. ............................................ 103
Fotografia 15. Ensaio alelopático de desenvolvimento da radícula e do hipocótilo:
sementes pré-germinadas na placa de Petri, sementes de Mimosa pudica,
sementes de Senna obtusifolia. ....................................................................... 105
26
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Porcentagem dos principais componentes dos óleos essenciais dos
tubérculos de Cyperus articulatus var. articulatus e Cyperus articulatus var.
nodosus. ............................................................................................................ 44
Tabela 2. Porcentagem dos principais componentes do óleo essencial dos tubérculos
de Cyperus prolixus. .......................................................................................... 47
Tabela 3. Constituintes químicos (%) identificados no óleo essencial de Cyperus
giganteus. .......................................................................................................... 49
Tabela 4. Constituintes químicos (%) identificados no óleo essencial dos rizomas de
Kyllinga erecta. .................................................................................................. 52
Tabela 5. Constituintes químicos (%) identificados no óleo essencial dos rizomas de
Scleria striatinux. ................................................................................................ 61
Tabela 6. Local de coleta, exsicata e massa do material botânico das espécies de
Cyperaceae estudadas. ..................................................................................... 71
Tabela 7. Massas e rendimentos dos extratos hexânico, diclorometânico e
metanólico das espécies de Cyperaceae estudadas. ........................................ 72
Tabela 8. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) da α-ciperona (ST1) e da
mustacona (ST2), juntamente com os dados encontrados na literatura. ......... 115
Tabela 9. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) da α-ciperona (ST1) e da
mustacona (ST2), juntamente com os dados encontrados na literatura. ......... 115
Tabela 10. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
)
da corimbolona (ST3) juntamente com os dados encontrados na literatura. ... 119
Tabela 11. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) da isocorimbolona (ST4) e do
derivado acetilado (ST4Ac), juntamente com os dados encontrados na literatura.
......................................................................................................................... 125
Tabela 12. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) da isocorimbolona (ST4) e do
derivado acetilado (ST4Ac), juntamente com os dados encontrados na
literatura. .......................................................................................................... 126
Tabela 13. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) dos esteróides estigmasterol
(ES1) e sitosterol (ES2), juntamente com os dados encontrados na
literatura. .......................................................................................................... 129
Tabela 14. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) do estigmasterol (ES1) e
sitosterol (ES2), juntamente com os dados encontrados na literatura. ............ 130
27
Tabela 15. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
)
do éster graxo do 24-metilenocicloartan-3-ol (TT1), juntamente com os dados
encontrados na literatura para o composto não esterificado (TT2). ................. 134
Tabela 16. Terpenóides identificados na fração 1 do extrato hexânico de Cyperus
articulatus var. nodosus por CG/EM. ............................................................... 135
Tabela 17. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
)
do óxido de cariofileno (ST5), juntamente com os dados encontrados na
literatura. .......................................................................................................... 143
Tabela 18. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
)
da patchoulenona (ST6), juntamente com os dados encontrados na literatura.
......................................................................................................................... 145
Tabela 19. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz,
CDCl
3
) da ciperotundona (ST7), juntamente com os dados encontrados na
literatura. .......................................................................................................... 152
Tabela 20. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) da 2,4-dinitrofenilidrazona da
ciperotundona (ST7DNP), juntamente com os dados encontrados na literatura.
......................................................................................................................... 155
Tabela 21. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz,
CDCl
3
) da ciperadiona (ST8), juntamente com os dados encontrados na
literatura. .......................................................................................................... 159
Tabela 22. Terpenóides identificados na fração 1 do extrato hexânico de Cyperus
articulatus var. articulatus por CG/EM. ............................................................. 169
Tabela 23. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz,
CDCl
3
) da escabequinona (QN1), juntamente com os dados encontrados na
literatura. .......................................................................................................... 188
Tabela 24. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz) da sacarose
(DS1) em D
2
O, juntamente com os dados encontrados na literatura. .............. 193
Tabela 25. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz) da sacarose
acetilada (DS1Ac) em CDCl
3
, juntamente com os dados encontrados na
literatura. .......................................................................................................... 197
Tabela 26. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz) dos derivados glicosilados do
estigmasterol (ES3) e do sitosterol (ES4) em piridina-d
5
, juntamente com os
dados encontrados na literatura. ...................................................................... 204
Tabela 27. Terpenos identificados por CG/EM nas frações menos polares de
Cyperus distans. .............................................................................................. 205
Tabela 28. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) do monoterpeno 2,5-dimetóxi-
p-cimeno (MT1), juntamente com os dados encontrados na literatura. ........... 212
28
Tabela 29. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) do óxido de manoíla (DT1) e
óxido de 13-epi-manoíla (DT2), juntamente com os dados encontrados na
literatura. .......................................................................................................... 219
Tabela 30. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) do óxido de manoíla (DT1) e do
óxido de 13-epi-manoíla (DT2), juntamente com os dados encontrados na
literatura. .......................................................................................................... 220
Tabela 31. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) do óxido de 11α-hidroximanoíla
(DT3), óxido de 11α-hidróxi-13-epi-manoíla (DT4) e óxido de 1β-hidroximanoíla
(DT5), juntamente com os dados encontrados na literatura. ........................... 231
Tabela 32. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) do óxido de 11α-hidroximanoíla
(DT3), óxido de 11α-hidróxi-13-epi-manoíla (DT4) e óxido de 1β-hidroximanoíla
(DT5), juntamente com os dados encontrados na literatura. ........................... 232
Tabela 33. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
)
do óxido de 11-oxomanoíla (DT6), juntamente com os dados encontrados na
literatura. .......................................................................................................... 237
Tabela 34. Diterpenos identificados nas frações menos polares de Kyllinga brevifolia
por CG/EM. ...................................................................................................... 240
Tabela 35. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) do 24-metilenocicloartan-3-ol
(TT2), juntamente com os dados encontrados na literatura. ............................ 257
Tabela 36. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) do éster graxo do sitosterol
(ES5), juntamente com os dados encontrados na literatura para o palmitato de
sitosterila (PS). ................................................................................................. 277
29
LISTA DE FLUXOGRAMAS
Fluxograma 1. Esquema de obtenção dos extratos brutos de Cyperus articulatus var.
articulatus, Cyperus distans, Cyperus prolixus, Kyllinga brevifolia, Rhynchospora
cephalotes, Scleria bracteata e Torulinium odoratum. ....................................... 73
Fluxograma 2. Esquema de obtenção dos extratos brutos de Cyperus articulatus var.
nodosus e Cyperus giganteus. ........................................................................... 74
Fluxograma 3. Fracionamento por cromatografia em coluna do extrato hexânico dos
tubérculos de Cyperus articulatus var. articulatus. ............................................. 75
Fluxograma 4. Purificação dos compostos da fração 3 do extrato hexânico de
Cyperus articulatus var. articulatus. ................................................................... 76
Fluxograma 5. Fracionamento por cromatografia em coluna do extrato hexânico dos
tubérculos de Cyperus articulatus var. nodosus. ............................................... 77
Fluxograma 6. Purificação dos compostos da fração 1. ............................................ 78
Fluxograma 7. Purificação dos compostos da fração 2. ............................................ 79
Fluxograma 8. Purificação dos compostos da fração 3. ............................................ 80
Fluxograma 9. Purificação dos compostos da fração 4. ............................................ 81
Fluxograma 10. Purificação dos compostos das frações 1 e 2. ................................ 83
Fluxograma 11. Fracionamento por cromatografia em coluna do extrato
diclorometânico dos tubérculos de Cyperus giganteus. ..................................... 84
Fluxograma 12. Purificação dos compostos da fração 2 do extrato diclorometânico
dos tubérculos de Cyperus giganteus. ............................................................... 85
Fluxograma 13. Fracionamento por cromatografia em coluna do extrato hexânico dos
tubérculos de Cyperus distans. .......................................................................... 86
Fluxograma 14. Purificação da substância ST5 da fração 3-4. ................................. 86
Fluxograma 15. Purificação de compostos da fração 6 de Cyperus distans. ............ 87
Fluxograma 16. Purificação da reunião 7-8 e identificação da substância QN1. ...... 88
Fluxograma 17. Fracionamento por da cromatografia em coluna do extrato hexânico
dos tubérculos de Cyperus prolixus. .................................................................. 89
Fluxograma 18. Purificação de compostos da fração 6 de Cyperus prolixus. ........... 90
30
Fluxograma 19. Fracionamento por cromatografia em coluna do extrato hexânico dos
rizomas de Kyllinga brevifolia. ............................................................................ 91
Fluxograma 20. Purificação dos compostos da fração 2 de Kyllinga brevifolia. ........ 92
Fluxograma 21. Purificação dos compostos da fração 6 de Kyllinga brevifolia. ........ 93
Fluxograma 22. Fracionamento por cromatografia em coluna do extrato hexânico dos
tubérculos de Rynchospora cephalotes. ............................................................ 94
Fluxograma 23. Purificação dos compostos da fração 6 de Rynchospora
cephalotes. ......................................................................................................... 95
Fluxograma 24. Fracionamento por cromatografia em coluna do extrato hexânico dos
tubérculos de Scleria bracteata. ......................................................................... 96
Fluxograma 25. Purificação dos compostos das frações 1 e 6 de Scleria bracteata. 97
Fluxograma 26. Fracionamento por cromatografia em coluna do extrato hexânico dos
tubérculos de Torulinium odoratum. ................................................................... 98
Fluxograma 27. Purificação dos compostos da fração 5 de Torulinium odoratum. ... 99
31
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Atividade dos extratos na concentração de 1% das espécies estudadas
sobre a germinação de sementes de Mimosa pudica e Senna obtusifolia. ...... 279
Gráfico 2. Atividade do óleo essencial de Cyperus articulatus var. nodosus frente à
germinação de sementes das espécies testadas............................................. 282
Gráfico 3. Atividade do óleo essencial de Cyperus articulatus var. nodosus frente o
desenvolvimento da radícula das espécies testadas. ...................................... 283
Gráfico 4. Atividade do óleo essencial de Cyperus articulatus var. nodosus frente o
desenvolvimento do hipocótilo das espécies testadas. .................................... 284
Gráfico 5. Atividade do óleo essencial de Cyperus giganteus frente à germinação de
sementes das espécies testadas. .................................................................... 285
Gráfico 6. Atividade do óleo essencial de Cyperus giganteus frente o
desenvolvimento da radícula das espécies testadas. ...................................... 287
Gráfico 7. Atividade do óleo essencial de Cyperus giganteus frente o
desenvolvimento do hipocótilo das espécies testadas. .................................... 288
Gráfico 8. Atividade da substância escabequinona frente à germinação de sementes
das espécies testadas. ..................................................................................... 289
Gráfico 9. Atividade da substância escabequinona frente o desenvolvimento da
radícula das espécies testadas. ....................................................................... 290
Gráfico 10. Atividade da substância escabequinona frente o desenvolvimento do
hipocótilo das espécies testadas. .................................................................... 291
Gráfico 11. Atividade da ciperotundona sobre a germinação de sementes das
espécies testadas. ........................................................................................... 293
Gráfico 12. Atividade da ciperotundona sobre o desenvolvimento da radícula de
sementes das espécies testadas. .................................................................... 294
Gráfico 13. Atividade da ciperotundona sobre o desenvolvimento do hipocótilo de
sementes das espécies testadas. .................................................................... 295
Gráfico 14. Atividade do óxido de cariofileno sobre a germinação de sementes das
espécies testadas ............................................................................................ 296
32
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
A Acetato de Etila
AcOEt Acetato de Etila
CC Cromatografia em Coluna
CCDC Cromatografia em Camada Delgada Comparativa
CCUV Cromatografia em Coluna Via Úmida
CG Cromatografia Gasosa
COSY Correlated Spectroscopy
d. C. Depois de Cristo
DMSO Dimetilsulfóxido
2D Duas Dimensões
d Dubleto
dd Duplo Dubleto
ddd Duplo Duplo Dubleto
DEPT Distorsionless Enhancement by Polarization Transfer
dt Duplo Tripleto
E. D. Extrato Diclorometânico
E. H. Extrato Hexânico
E. M. Extrato Metanólico
EM Espectrometria de Massas
EP Éter de petróleo
EtOH Etanol
eV Elétron-volts
H Hexano
HETCOR Heteronuclear Correlation
HMBC Heteronuclear Multiple-Bond Correlation
Hz Hertz
IR Índice de retenção
m Multipleto
Me Metila
MeOH Metanol
MHz Megahertz
q Quarteto
33
p. Página
pf. Ponto de Fusão
pp. Páginas
RMN Ressonância Magnética Nuclear
RMN
13
C Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-
13
C
RMN
1
H Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio-
1
H
TR Tempo de retenção
s Singleto
sl Singleto Largo
t Tripleto
J Constante de Acoplamento em Hertz
δ Deslocamento Químico em Partes por Milhão
δ
H
Deslocamento Químico de Hidrogênio em Partes por Milhão
δ
C
Deslocamento Químico de Carbono em Partes por Milhão
34
1 INTRODUÇÃO
A família Cyperaceae compreende mais de 104 gêneros e cerca de 5.000
espécies (SIMPSON; INGLIS, 2001). Um estudo sobre a estimativa da diversidade
da flora amazônica realizado pela Embrapa Amazônia Ocidental, em colaboração
com o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), demonstra que a família
Cyperaceae é a terceira mais representativa dentre as 1.635 espécies pertencentes
as 30 famílias de monocotiledôneas que se encontram no herbário do INPA. No
estudo realizado no herbário do INPA apenas Poaceae (22%, 350 espécies) e
Orchidaceae (20%, 319 espécies) foram superior à Cyperaceae (12%, 200 espécies)
em número de espécies dentre as monocotiledôneas (PÉREZ et al., 2007).
Espécies de Cyperaceae ocorrem desde o Amazonas até o Rio Grande do
Sul e são comuns em regiões de dunas litorâneas (Androtrichum Brong.), margem
de lagos e lagoas (Cyperus L.) e áreas inundadas (Eleocharis L. Br.) (ALVES et al.,
2000).
Os gêneros mais representativos são Carex com 2.000 espécies e Cyperus
com 550 espécies (SIMPSON; INGLIS, 2001). As plantas dessa família são
herbáceas e perenes, excepcionalmente anuais (JOLY, 1992). As flores das
Cyperaceae são hermafroditas ou unissexuais reunidas em várias inflorescências
(espigas ou cachos). Os caules são maciços e geralmente sem folhas (JOLY, 1992).
As Cyperaceae encontram-se por todo mundo, sendo particularmente
abundantes em locais úmidos, pantanosos e ribeirinhos. Algumas espécies dessa
família são encontradas em regiões semi-áridas onde ocorrem longos períodos de
seca e sobrevivem graças à capacidade de armazenar água. As Cyperaceae
contribuem para o controle da erosão e para a purificação das águas nas áreas
pantanosas e ribeirinhas, contudo, existem espécies extremamente nocivas à
plantações (MACHADO, 2008). Espécies dos gêneros Cyperus, Kyllinga, Bulbostylis
e Carex são consideradas, em diversos lugares, como plantas daninhas difíceis de
erradicar e em regiões alagadas usadas para o cultivo de arroz são consideradas
invasoras de importância econômica para os agricultores, pois representam uma
influência negativa para as plantações (SIMPSON; INGLIS, 2001).Entretanto,
algumas espécies de Cyperaceae são utilizadas pelo homem para diversos fins: os
rizomas de Eleocharis dulcis (Burn. f.) Hensch. conhecida como castanha-aquática-
chinesa, são comestíveis e devido ao gosto agradável são bastante utilizados na
35
culinária chinesa e de outras culturas orientais (MILES et al., 1994). Outra espécie
dessa família, cujos rizomas também são bastante utilizados na culinária oriental, é a
E. tuberosa (Roxb.) Schult. (PEN; JIANG, 2003).
Na medicina popular, o uso dessa família é amplo. Na medicina hindu, os
rizomas de Scirpus grossus Linn. são utilizados para curar diarréia e os rizomas de
S. articulatus Linn. são usados como purgante (MACHADO, 2008). Na China,
os rizomas de S. maritimus L. são utilizados como diurético e adstringente (POWEL,
1987). Em Sumatra, a espécie Mariscus sieberianus Ness. é usada como vermicida
(MACHADO, 2008). No Brasil algumas espécies de Cyperaceae também são
utilizadas na medicina tradicional. As partes aéreas da espécie Carex sororia Kunth.
são utilizadas por uma comunidade do interior de Porto Alegre para tratar diarréia
(VENDRUSCOLO; MENTZ, 2006). Na região do Alto Paraíso, em Goiás, Bulbostylis
paradoxa (Spreng.) Lindm. conhecida popularmente como “barba-de-bode”, é
utilizada para tratar febre e gripe (SOUZA; FELFILI, 2006).
Alguns gêneros dessa família se caracterizam pela produção de óleo
essencial, como é o caso de Cyperus (ZOGHBI et al., 2006a; ZOGHBI et al., 2006b),
Kyllinga (MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993a), Scleria (MAIA et al., 2005) e
Eleocharis (MAGALHÃES et al., 2005).
A capacidade de sobrevivência de espécies botânicas, nos diferentes
sistemas de cultivo, pode estar associada à capacidade que essas plantas possuem
de produzir, estocar e liberar, para o ambiente, substâncias químicas com
propriedades alelopáticas (RICE, 1964). Os bioensaios alelopáticos o importantes,
pois permitem identificar os compostos que as plantas utilizam como mecanismo de
defesa agindo como bioerbicidas naturais e que, por isso, podem ser utilizados como
substituto dos herbicidas sintéticos, cujo uso indiscriminado tem resultado em
aumento da resistência das plantas daninhas a algumas dessas classes, e ainda tem
acarretado prejuízo ambiental e à saúde do homem. Cyperaceae desperta interesse
para bioensaios alelopáticos devido à sua capacidade de adaptação a diversos
ambientes e às características de plantas invasoras de determinadas espécies.
Cyperaceae é bastante extensa, com vários indivíduos ocorrendo na
Amazônia, representando uma fonte em potencial de compostos bioativos e suas
espécies têm sido pouco estudadas tanto do ponto de vista químico quanto do
potencial alelopático. O presente estudo teve como objetivo a da investigação
36
química e avaliação da atividade alelopática de oito espécies de Cyperaceae
encontradas na Amazônia.
37
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Estudar a composição química e avaliar a atividade alelopática de espécies
de Cyperaceae [Cyperus articulatus var. articulatus L., Cyperus articulatus var.
nodosus L., Cyperus giganteus Vahl, Cyperus distans L., Cyperus prolixus
Kunth, Kyllinga brevifolia Rottb., Rhynchospora cephalotes (L.) Vahl, Scleria
bracteata Cav. e Torulinium odoratum (L.) S. S. Hooper] que ocorrem na
Amazônia.
2.2 ESPECÍFICOS
Isolar e purificar os constituintes químicos dos extratos das espécies
selecionadas utilizando-se técnicas cromatográficas clássicas (CC e CCDP);
Determinar as estruturas dos compostos químicos utilizando-se métodos
espectrométricos usuais (RMN e EM), juntamente com a comparação dos
índices de retenção (CG) dos compostos presentes no óleo essencial dessas
espécies;
Avaliar o potencial alelopático dos extratos, óleos essenciais e das
substâncias isoladas;
Obter padrões para Cromatografia Gasosa que contribuirão na rápida
identificação de componentes de outras espécies de Cyperaceae.
38
3 REVISÃO DA LITERATURA: OS GÊNEROS EM ESTUDO E ATIVIDADE
ALELOPÁTICA
3.1 O GÊNERO Cyperus
O gênero Cyperus L. é composto por 550 espécies características de regiões
de clima tropical, subtropical e temperado que são usualmente encontradas em
ambientes alagados (SIMPSON; INGLIS, 2001). As espécies que constituem esse
gênero geralmente são ervas anuais ou perenes, cespitosas, geralmente
rizomatosas que apresentam caule trígono, raramente cilíndrico, base folhosa com
folhas algumas vezes reduzidas à bainha e flores bissexuais (MUNIZ, 2001).
Algumas espécies de Cyperus são utilizadas na alimentação humana em
diversos países do Mar Mediterrâneo, como Espanha, Egito e Nigéria. Cyperus
esculentus L., também conhecida como chufa é uma gramínea perene que produz
tubérculos de sabor adocicado, conhecidos popularmente como “amêndoas da
terra”. Os tubérculos são consumidos in natura ou utilizados em bolos (COKUNER
et al., 2002).
Espécies desse gênero também são amplamente utilizadas na medicina
popular para diferentes tratamentos. No norte da África, espécies de Cyperus são
usadas como emoliente peitoral, analgésico e anti-helmíntico (NASSAR et al., 2002).
Em países como a China, Japão e Índia a espécie C. rotundus L. é empregada no
tratamento de problemas de estômago e espasmos (SONWA; KÖNING, 2001a).
C. longus L. é considerado tônico e diurético no Egito (XU et al., 2004) e a infusão
dos rizomas de C. articulatus (Sinonímia: C. corymbosus Rottb.) é utilizada por
índios de tribos da região amazônica para facilitar o parto (GARBARINO; CHAMY;
GAMBARO, 1985).
O extrato hexânico bruto dos rizomas de C. rotundus mostrou-se altamente
ativo no teste in vitro contra Plasmodium falciparum, o que explica a utilização dessa
espécie na medicina popular da Tailândia no tratamento da malária. Os compostos
isolados dessa espécie, pertencentes à classe dos sesquiterpenos dos tipos
calameneno e tretalona, mostraram atividade alta e moderada, respectivamente
(THEBTARANONTH et al., 1995). Do extrato metanólico foi isolado um acetal
39
tetracíclico (sesquiterpênico) que apresentou atividade contra Bacillus subtilis
(OHIRA et al., 1998).
Os sesquiterpenos isolados do extrato metanólico de C. longus (planta toda)
mostraram atividade inibitória na citotoxidade induzida por D-galactosamina em
culturas de hepatotócitos de ratos (XU et al., 2004).
Os óleos essenciais de espécies de Cyperus têm sido utilizados muitos
anos na perfumaria. Existem relatos do século 5 d.C. que descrevem o uso do óleo
de C. rotundus na composição de perfumes (NEGBI, 1992). No Pará, o óleo
essencial obtido dos rizomas e tubérculos da espécie C. articulatus L. tem sido
amplamente utilizado nas indústrias de perfumaria regionais e nacionais (ZOGHBI et
al., 2008). Análises dos óleos essenciais de Cyperus mostraram que esses são
constituídos, principalmente por sesquiterpenos do tipo eudesmano, rotundano
cariofilano e parchoulano (KISSIMAN, 1991; RIZZINI; MORS, 1976) sendo que
cipereno e rotundeno são os não oxigenados mais comuns e α-ciperona e
ciperotundona estão entre os oxigenados mais abundantes (SONWA; KÖNING,
2001b), suas estruturas são mostradas na Figura 1.
O
O
ciperotundona
rotundeno
cipereno
α-ciperona
Figura 1. Sesquiterpenos comumente encontrados no óleo essencial de diferentes espécies de
Cyperus.
Morimoto e colaboradores (1999) isolaram do extrato hexânico da parte basal
de C. distans L. (Fotografia 1, 40) a substância escabequinona que apresentou
atividade anti-herbivoria. A escabequinona (Figura 2, p. 40) mostrou-se muito
potente contra larvas de Spodoptera litura.
Fotografia
Fonte:
http://www.nationaalherbarium.nl/Riceweedsweb/images/cypdist.gif
Figura 2
. Substância isolada de
Dentre as espécies do gênero
C. articulatus L.
(Fotografia 2
temperado, tropical e subtropical
encontrada na África, América Latina, Ásia e Oceania (
Também
se encontra amplamente distribuída na Região Amazônica, onde é
conhecida como “piri-
piri”, “priprioca”, “piriprioca” ou “piprioca
Fotografia
1. Partes aéreas Cyperus distans.
http://www.nationaalherbarium.nl/Riceweedsweb/images/cypdist.gif
escabequinona
O
O
O
O
. Substância isolada de
Cyperus distans
com atividade anti
Dentre as espécies do gênero
Cyperus
mais estudadas encontra
(Fotografia 2
, 41).
Essa espécie é característica de zonas de climas
temperado, tropical e subtropical
(
GARBARINO; CHAMY; GAMBARO, 1985
encontrada na África, América Latina, Ásia e Oceania (
RAKOTONIRINA
se encontra amplamente distribuída na Região Amazônica, onde é
piri”, “priprioca”, “piriprioca” ou “piprioca
”.
40
http://www.nationaalherbarium.nl/Riceweedsweb/images/cypdist.gif
com atividade anti
-herbivoria.
mais estudadas encontra
-se
Essa espécie é característica de zonas de climas
GARBARINO; CHAMY; GAMBARO, 1985
), é
RAKOTONIRINA
et al., 2001).
se encontra amplamente distribuída na Região Amazônica, onde é
Fotografia
O pó dos rizomas
roupas e, quando cozido, o rizoma,
1934). O decoto de
ssa espécie
problemas de saúde como dores de cabeça e epilepsia (RAKOTONIRINA
2001).
Índios da Amazônia também usam essa planta de maneira similar
(RAKOTONIRINA et al
., 2001).
atividade anestésica ou paralisante, por outro lado, a atividade motora espontânea é
reduzida significativamente sob
extrato facilita a indução do sono, aumenta o tempo total de sono sem efeito
analgésico concomitante, de onde se conclui que apresenta propriedades biológicas
semelhantes a sedativos, o que explica, pelo menos e
atribuída a essa planta medicinal (RAKOTONIRINA
hexânico de um espécime coletado na República de Camarões levou ao isolamento
das substâncias corimbolona,
e isopatchoulenona (ou ciperotundona) (
1988b
; GARBARINO; CHAMY; GAMBARO, 1985
isoladas do extrato hexânico de
Fotografia
2. Parte aérea de Cyperus articulatus.
Fonte: Maria das Graças Bichara Zoghbi.
O pó dos rizomas
de C. articulatus é
utilizado por lavadeiras para perfumar
roupas e, quando cozido, o rizoma,
é
usado em banhos como febrífugo (LE COINTE,
ssa espécie
é
usado empiricamente no tratamento de vários
problemas de saúde como dores de cabeça e epilepsia (RAKOTONIRINA
Índios da Amazônia também usam essa planta de maneira similar
., 2001).
O extrato aquoso de
C. articulatus
atividade anestésica ou paralisante, por outro lado, a atividade motora espontânea é
reduzida significativamente sob
ação desse. Quando comparada ao diazepam, o
extrato facilita a indução do sono, aumenta o tempo total de sono sem efeito
analgésico concomitante, de onde se conclui que apresenta propriedades biológicas
semelhantes a sedativos, o que explica, pelo menos e
m parte, a eficácia terapêutica
atribuída a essa planta medicinal (RAKOTONIRINA
et al
., 2001). O estudo do extrato
hexânico de um espécime coletado na República de Camarões levou ao isolamento
das substâncias corimbolona,
α-corimbolol, mandassidiona
, musta
e isopatchoulenona (ou ciperotundona) (
NYASSE et al.
, 1988a;
; GARBARINO; CHAMY; GAMBARO, 1985
). A
s estruturas
isoladas do extrato hexânico de
C. articulatus
são mostradas na Figura 3 (p.
41
utilizado por lavadeiras para perfumar
usado em banhos como febrífugo (LE COINTE,
usado empiricamente no tratamento de vários
problemas de saúde como dores de cabeça e epilepsia (RAKOTONIRINA
et al.,
Índios da Amazônia também usam essa planta de maneira similar
C. articulatus
não apresenta
atividade anestésica ou paralisante, por outro lado, a atividade motora espontânea é
ação desse. Quando comparada ao diazepam, o
extrato facilita a indução do sono, aumenta o tempo total de sono sem efeito
analgésico concomitante, de onde se conclui que apresenta propriedades biológicas
m parte, a eficácia terapêutica
., 2001). O estudo do extrato
hexânico de um espécime coletado na República de Camarões levou ao isolamento
, musta
cona, α-ciperona
, 1988a;
NYASSE et al.,
s estruturas
das substâncias
são mostradas na Figura 3 (p.
42).
42
O
H
OH
O
O
O
O
O
OH
α-corimbolol
mandassidiona
ciperotundona
mustacona
corimbolona
Figura 3. Constituintes identificados no extrato hexânico de Cyperus articulatus.
Estudos desenvolvidos por Rocha (2008) indicaram a ocorrência de duas
variedades de C. articulatus no comércio de Belém: C. articulatus var. articulatus,
(priprioca-verdadeira) e C. articulatus var. nodosus (priprioca-falsa). Essas espécies
podem ser diferenciadas morfologicamente pela altura e forma do escapo.
C. articulatus var. articulatus apresenta escapo cilíndrico e 30-100 cm de altura, a
espécie C. articulatus var. nodosus apresenta escapo trígono com altura variando
entre 1 e 2,5 m.
Cyperus articulatus vem despertando crescente interesse científico e
econômico por parte das indústrias de perfumes e cosméticos, devido à qualidade
olfativa do óleo essencial obtido de seus tubérculos (Fotografia 3, p. 43). O óleo
essencial da priprioca vem sendo incorporado a alguns produtos de perfumaria e
cosméticos desenvolvidos pelas indústrias locais e nacionais. No Pará, a priprioca
vem sendo cultivada em escala comercial em três municípios: Boa Vista (município
de Acará), na Ilha de Cotijuba (município de Belém) e em Santo Antônio do Tauá. A
produção de tubérculos em Boa Vista, que era destinada apenas ao comércio local,
a partir de 2004, juntamente com a produção da ilha de Cotijuba e Santo Antônio do
Tauá foi direcionada também para a extração do óleo essencial para a perfumaria
nacional (ZOGHBI et al., 2008).
Fotografia
Fonte:
http://www.ervativa.com.br/images/foto_priprioca.jpg
A composição química do
e var. nodosus) de
espécime
colaboradores (2008).
O estudo
essenciais obtidos dos tubérculos das duas variedades de
articulatus e var.
nodosus
essenciais
dos tubérculos de
monoterpenos e sesquiterpenos, esses últimos comumente encontrados em óleos
essenciais de espécies de Cyperaceae.
identificados nos óleos dos tubérculos das duas variedades de
listados na Tabela 1 (p.
essenciais dos tubérculos de
45).
Fotografia
3. Tubérculos de Cyperus articulatus.
http://www.ervativa.com.br/images/foto_priprioca.jpg
A composição química do
s óleos essenciais de
C. articulatus
espécime
s coletados na Amazônia foi
caracterizada
O estudo
demonstrou que a composição química dos óleos
essenciais obtidos dos tubérculos das duas variedades de
nodosus
) é bastante semelhante. Foram
identificadas no
dos tubérculos de
C. articulatus substâncias
pertencentes aos grupos dos
monoterpenos e sesquiterpenos, esses últimos comumente encontrados em óleos
essenciais de espécies de Cyperaceae.
O
s diferentes constituintes químicos
identificados nos óleos dos tubérculos das duas variedades de
listados na Tabela 1 (p.
44). As estruturas dos
terpenóides identificados nos óleos
essenciais dos tubérculos de
C. articulatus
podem ser visualiza
43
http://www.ervativa.com.br/images/foto_priprioca.jpg
C. articulatus
(var. articulatus
caracterizada
por Zoghbi e
demonstrou que a composição química dos óleos
essenciais obtidos dos tubérculos das duas variedades de
C. articulatus (var.
identificadas no
s óleos
pertencentes aos grupos dos
monoterpenos e sesquiterpenos, esses últimos comumente encontrados em óleos
s diferentes constituintes químicos
identificados nos óleos dos tubérculos das duas variedades de
C. articulatus são
terpenóides identificados nos óleos
das na Figura 4 (p.
44
Tabela 1. Porcentagem dos principais componentes dos óleos essenciais dos
tubérculos de Cyperus articulatus var. articulatus e Cyperus articulatus var.
nodosus.
Constituintes químicos
C. articulatus
var. articulatus
C. articulatus
var. nodosus
A B C D E F G
α-pineno
12,3 5,7 6,5 7,7 4,7 5,3 11,9
β-pineno
6,6 4,2 4,4 7,4 3,1 5,0 6,3
trans-pinocarveol
5,9 6,0 5,5 3,8 8,1 1,8 5,8
mirtenal+mirtenol 6,3 5,9 5,8 4,1 8,3 3,8 6,7
α-copaeno
3,3 2,2 2,3 2,1 2,6 7,3 4,6
cipereno 1,8 4,3 3,2 0,6 5,4 8,9 3,1
β-selineno
2,7 0,4 0,3 2,0 0,6 - 3,3
ledol 3,2 4,3 4,6 4,0 2,5 8,3 4,0
óxido de cariofileno 4,6 10,8 10,1 13,7
6,7 11,7
5,4
epóxido de humuleno II 1,3 2,4 2,4 11,2
2,1 2,6 1,5
patchoulenona 1,0 1,6 1,5 0,4 2,1 2,4 0,6
mustacona 9,8 12,9 14,5 8,0 14,5
7,5 6,6
ciperotundona 4,5 3,7 5,4 3,7 5,3 5,0 2,6
α-ciperona
5,9 5,2 1,4 4,2 1,4 1,6 4,6
A (espécime coletado em Acará), B e D (espécimes coletados em Caratateua)
C (espécime coletado em Bragança), E (espécime coletado em Santarém Novo),
F (espécime coletado em Igarapé-açu) e G (espécime coletado em Vigia).
Fonte: ZOGHBI et al., 2008.
45
C
H
O
CH
2
OH
H
H
O
H
H
O
O
O
O
O
OH
α-pineno
β-pineno
trans-pinocarveol
mirtenal
mirtenol
α-copaeno
cipereno
óxido de cariofileno
epóxido de humuleno
patchoulenona
mustacona
α-ciperona
ciperotundona
β-selineno
H
H
OH
ledol
Figura 4. Terpenóides identificados no óleo essencial de
Cyperus articulatus
.
Fonte: Zoghbi et al., 2008.
Outra espécie conhecida no Pará, principalmente nos municípios de Acará e
Belém, pela denominação popular de “priprioca” é C. prolixus L. Essa espécie é
encontrada em áreas de clima tropical e subtropical como as Américas Central e do
Sul (SIMPSOM; INGLIS, 2001). Na medicina popular do Equador os rizomas são
utilizados para tratar problemas alimentares, para curar diarréia e também em uma
preparação que é utilizada para ajudar bebês a ganhar peso (SIMPSOM; INGLIS,
2001). Na região amazônica, essa espécie é cultivada em quintais para ser utilizada
na aromatização da água usada para lavagem de roupas e também para fins
medicinais (ZOGHBI et al., 2008). Cyperus prolixus também é denominada
vulgarmente de “priprioca-falsa”, entretanto, algumas diferenças podem ser
observadas
nas partes subterrâneas
forma e tamanho dos tubérculos
rizomas (
cilíndricos, horizontais e articulados por tubérculos
A
s partes subterrâneas (
C. articulatus var.
articulatus
na Fotografia 4.
Fotografia 4
. Partes subterrâneas de
C
yperus
O estudo do óleo
2008)
demonstrou que este é formado, em grande parte, pel
oxigenados
óxido de cariofileno e
variedades de
C. articulatus
14-hidróxi-9-epi-β-
cariofileno é outro constituinte importante do óleo essencial de
C. prolixus, que foi
encontrado apenas no óleo essencial dessa espécie
comparado ao óleo de
principais constituintes do óleo essencial dos tubérculos de
na Tabela 2 (p. 47).
As estruturas d
essencial dos tubérculos de
nas partes subterrâneas
quando comparados à
C. articulatus
forma e tamanho dos tubérculos
(semelhantes a bulbos)
e ausência ou redução dos
cilíndricos, horizontais e articulados por tubérculos
)
(ROCHA, 2008).
s partes subterrâneas (
tubérculos e rizomas)
das espécie
articulatus
e C. articulatus var. nodosus,
podem ser visualizados
. Partes subterrâneas de
Cyperus prolixus,
Cyperus articulatus
yperus
articulatus var. nodosus (de cima para baixo
)
Fonte: Conceição et al., 2008.
O estudo do óleo
essencial dos tubérculos de
C. prolixus
demonstrou que este é formado, em grande parte, pel
óxido de cariofileno e
α-
ciperona, quando comparado com as duas
C. articulatus
estudadas (var. articulatus e
nodosus
cariofileno é outro constituinte importante do óleo essencial de
encontrado apenas no óleo essencial dessa espécie
comparado ao óleo de
C. articulatus e C. rotundus (
ZOGHBI et al.,
principais constituintes do óleo essencial dos tubérculos de
C. prolixus
As estruturas d
os principais terpenóides identifica
essencial dos tubérculos de
C. prolixus estão na Figura 5 (p. 47)
.
rizoma
tubérculo
46
C. articulatus
, como
e ausência ou redução dos
(ROCHA, 2008).
das espécie
s C. prolixus,
podem ser visualizados
Cyperus articulatus
var. articulatus e
)
.
C. prolixus
(ZOGHBI et al.,
demonstrou que este é formado, em grande parte, pel
os sesquiterpenos
ciperona, quando comparado com as duas
nodosus
). A substância
cariofileno é outro constituinte importante do óleo essencial de
encontrado apenas no óleo essencial dessa espécie
quando
ZOGHBI et al.,
2008). Os
C. prolixus
estão listados
os principais terpenóides identifica
dos no óleo
.
47
Tabela 2. Porcentagem dos principais componentes do óleo essencial dos
tubérculos de Cyperus prolixus.
Constituintes químicos
Cyperus prolixus
A B C
α-pineno
1,0 1,0 1,3
β-pineno
1,5 1,4 2,4
trans-pinocarveol
2,3 2,5 2,0
mirtenal+mirtenol 2,5 2,8 2,3
α-copaeno
1,4 2,1 1,9
β-selineno
4,5 6,5 3,1
óxido de cariofileno 26,8 25,2 6,9
epóxido de humuleno II 4,7 4,9 4,4
14-hidróxi-9-epi-β-cariofileno 9,6 16,7 12,2
α-ciperona
18,5 20,6 13,5
A, B e C (espécimes coletados na localidade de Augusto Corrêa).
Fonte: ZOGHBI et al., 2008.
CHO
C
H
2
O
H
H
H
H
H
O
O
OH
α-pineno
β-pineno
trans-pinocarveol
mirtenal
mirtenol
α-copaeno
14-hidróxi-9-epi-β-cariofileno
epóxido de humuleno
α-ciperona
β-selineno
O
H
H
óxido de cariofileno
CH
2
OH
Figura 5. Terpenóides identificados no óleo essencial de Cyperus prolixus.
Fonte: Zoghbi et al., 2008.
A espécie C. giganteus Vahl (Fotografia 5, p. 48), conhecida como “taboa”, é
nativa do continente americano, de ocorrência em quase todo o território brasileiro,
característica de locais baixos e inundados. É
invasora causadora de prejuízo aos organismos aquáticos, sendo usada
principalmente na confecção de esteiras (KISSIMANN, 1991; RIZZINI; MORS, 1976);
a infusão de seus
rizomas
de cólicas menstruais e como regulador do ciclo menstrual (MEDICINAL PLANTS
OF THE GUIANAS
, 200
et al.
, 2006b) mostraram que este é constituído basicamente por sesquiterpenos e
que o componente m
ais abundante
juntamente com outros constituintes
óleo essencial de
C. giganteus
Fotografia
Fotografia
característica de locais baixos e inundados. É
uma planta ornamental e uma
invasora causadora de prejuízo aos organismos aquáticos, sendo usada
principalmente na confecção de esteiras (KISSIMANN, 1991; RIZZINI; MORS, 1976);
rizomas
, mostrados na Fotografia 6
, pode ser usada no tratam
de cólicas menstruais e como regulador do ciclo menstrual (MEDICINAL PLANTS
, 200
6). Estudos com o óleo essencial de
C. giganteus
, 2006b) mostraram que este é constituído basicamente por sesquiterpenos e
ais abundante
foi a ciperotundona, listada
juntamente com outros constituintes
. As estruturas do
s terpenóides identificados no
C. giganteus
são mostradas na Figura 6.
Fotografia
5. Partes aéreas de Cyperus giganteus.
Fonte: Maria das Graças Bichara Zoghbi.
Fotografia
6. Partes subterrâneas de
Cyperus giganteus
Fonte: Maria das Graças Bichara Zoghbi.
48
uma planta ornamental e uma
invasora causadora de prejuízo aos organismos aquáticos, sendo usada
principalmente na confecção de esteiras (KISSIMANN, 1991; RIZZINI; MORS, 1976);
, pode ser usada no tratam
ento
de cólicas menstruais e como regulador do ciclo menstrual (MEDICINAL PLANTS
C. giganteus
(ZOGHBI
, 2006b) mostraram que este é constituído basicamente por sesquiterpenos e
na Tabela 3 (p. 49)
s terpenóides identificados no
Cyperus giganteus
.
49
Tabela 3. Constituintes químicos (%) identificados no óleo essencial de Cyperus
giganteus.
Constituintes químicos
%
Constituintes químicos
%
α-pineno
2,7 cipera-2,4-dieno 1,2
β-pineno
4,2 ciclossativeno 0,5
p-cimeno
0,3 2,4-patchouladieno 0,7
limoneno 0,4 cipereno 10,4
nopinona 0,3 rotundeno 2,5
trans-pinocarveol
5,6 dodecanol 1,7
trans-verbenol
0,8 epóxicipereno 3,4
pinocarvona 0,9 óxido de cariofileno 9,1
p-menta-1,5-dien-8-ol
0,7 epóxido de humuleno II 1,3
mirtenal 0,5 patchoulenona 6,2
mirtenol 5,4 mustacona 1,9
verbenona 1,6 ciperotundona 30,4
trans-carveol
0,2
α-ciperona
5,0
ciproteno 0,6 ciperadiona 0,2
Fonte: ZOGHBI et al., 2006b.
50
O
O
OH
OH
CHO CH
2
OH
OH
H
O
H
H
O
O
O
O
O
OH
OH
α-pineno
β-pineno
p-cimeno
limoneno
nopinona
trans-pinocarveol
trans-verbenol
pinocarvona
p-menta-1,5-dien-8-ol
α-terpineol
mirtenal
mirtenol
trans-carveol
2,4-patchouladieno
ciclossativeno
cipera-2,4-dieno
ciproteno
verbenona
cipereno
rotundeno
ciperotunona
patchoulenona
epóxido de humuleno
óxido de cariofileno
epóxicipereno
patchoulenona
O
mustacona
O
α-ciperona
O
Figura 6. Terpenóides identificados no óleo essencial de Cyperus giganteus.
51
3.2 O GÊNERO Kyllinga
O gênero Kyllinga compreende cerca de 40-45 espécies características de
regiões de clima tropical e subtropical de clima quente que são usualmente
encontradas tanto em solos secos como áreas alagadas, pântanos e bordas de rios
(MUNIZ, 2001; TUCKER; MACIARELLO; BRYSON, 2006). As espécies desse
gênero são ervas perenes, de rizoma horizontal, entrenós curtos, cobertos de
escamas vinhosas e ápice agudo. O caule é ereto, trígono, liso, foliado na base e
mede entre 12,0 e 45,0 cm de altura e as folhas são planas e rígidas (MUNIZ, 2001).
Algumas espécies de Kyllinga o utilizadas na medicina popular para
diferentes tratamentos. Na medicina tradicional africana, o óleo essencial de
K. erecta S. é utilizado no tratamento de coceira e hepatite; o extrato aquoso dessa
espécie é conhecido por possuir propriedades antitóxica, tônica e antifebril, além de
ser usado no tratamento de diabetes e, em alguns casos, como antídoto contra
envenenamento (SIMPSON; INGLIS, 2001).
A química do gênero Kyllinga é bastante diversificada. Dentre os principais
constituintes podemos citar os monoterpenos, sesquiterpenos e os diterpenos
labdânicos que podem ser encontrados no óleo essencial dessas espécies.
Mahmout e colaboradores (1993b) isolaram do extrato diclorometânico dos
rizomas de K. erecta dois diterpenos labdânicos h
idroxilados, o óxido de
1α-hidroximanoíla e o óxido de 11β-hidroximanoíla que possuem esqueleto básico
epoxilabdânico. Estudos com o extrato acetato de etila, obtido dos rizomas dessa
mesma espécie, resultaram no isolamento dos diterpenos óxido 16-hidroximanoíla,
óxido 16-hidróxi-13-epi-manoíla, ambreinolídeo e nor-ambreinolídeo (DOLMAZON et
al., 1995; DOLMAZON; FRUCHIER; KOLODZIEJCZYK, 1995). As estruturas
químicas dessas substâncias são mostradas na Figura 7 (p. 52). O óleo essencial de
K. erecta é constituído principalmente por diterpenos 8,13-epoxilabdânicos, como
mostra a Tabela 4 (p. 52). No óleo essencial também foram identificados os
sesquiterpenos cipereno, β-selineno e ciperotundona, que são alguns dos principais
componentes que caracterizam o gênero Cyperus (MAHMOUT; BESSIÈRE;
DOLMAZON, 1993a). As estruturas das principais substâncias encontradas no óleo
essencial de K. erecta são mostradas na Figura 8 (p. 53).
52
O
HO
O
OH
O
O
O
OH
OH
O
O
H
O
O
óxido de 11α−hidroximanoíla
óxido de 1β−hidroximanoíla
ambreinolídeoóxido de 16hidróxi-13-epi-manoíla
óxido de 16hidroximanoíla
nor-ambreinolídeo
Figura 7. Diterpenos isolados dos extratos diclorometânico e acetato de etila dos rizomas de
Kyllinga erecta.
Tabela 4. Constituintes químicos (%) identificados no óleo essencial dos
rizomas de Kyllinga erecta.
Constituintes químicos %
β-pineno
0,2
β-selineno
0,2
α-copaeno
0,2
cipereno 9,4
ciperotundona 10,2
óxido de manoíla 48,0
óxido de 13-epi-manoíla
4,3
óxido de 11-oxomanoíla 3,5
óxido de 11α-hidroximanoíla
7,5
Fonte: MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993a.
53
H
H
O
HO
O
O
O
O
O
β-pineno
α-copaeno
β-selineno
cipereno
ciperotundona
óxido de manoíla
óxido de 13-epi-manoíla
ó
x
i
d
o
d
e
1
1
α
h
i
d
r
o
x
i
m
a
n
o
í
l
a
ó
x
i
d
o
d
e
1
1
o
x
o
m
a
n
o
í
l
a
Figura 8. Terpenos identificados no óleo essencial de Kyllinga erecta.
A espécie K. odorata Vahl, conhecida como “quilinga-perfumada”, é uma
planta perene nativa da Ásia que é encontrada também na África, Austrália e nas
Américas do Norte, Sul e Central, onde é considerada uma planta daninha
(TUCKER; MACIARELLO; BRYSON, 2006). Estudo com óleo essencial de
K. odorata (planta toda) coletada no Mississippi mostra que o óleo essencial dessa
espécie é constituído basicamente por sesquiterpenos como β-cariofileno (1,7%),
β-elemeno (3,0%), valenceno (3,0%) aristolocheno (11,3%) e diidrocaranona
(53,1%), que é o componente principal do óleo essencial (TUCKER; MACIARELLO;
BRYSON, 2006). As estruturas químicas dessas substâncias estão na Figura 9 (p.
54).
54
a
r
i
s
t
o
l
o
c
h
e
n
o
valenceno
H H
β-cariofileno
β-elemeno
O
diidrocaranona
Figura 9. Terpenos identificados no óleo essencial de
Kyllinga odorata
.
Outra espécie desse gênero é a K. brevifolia Rottb. (Fotografia 7, 55), uma
planta daninha perene, que cresce em áreas úmidas, porém ensolaradas
(MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993b). É popularmente conhecida nos
Estados Unidos como “green Kyllinga”, cresce em áreas costeiras e é difícil controlar
o seu crescimento, mesmo com uso de herbicidas, devido à dificuldade de
eliminação de seus rizomas (Fotografia 8, p. 55) perenes (McELROY et al., 2004).
K. brevifolia [Sinonímia: Cyperus brevifolius (Rottb.) Hassk] é conhecida também
como “kapi-i-kati”, que quer dizer “capim-cheiroso”. Os rizomas dessa espécie o
utilizados na medicina tradicional do Paraguai por possuírem propriedades
antiespasmódicas, diuréticas e sedativas. Estudos demonstraram que o extrato
hidroalcoólico dos rizomas de K. brevifolia (Fotografia 8, 55) apresentou baixa
toxidade; foi observado também que o extrato além de possuir propriedade sedativa,
pode causar aumento do efeito hipnótico produzido por pentobarbital (HELLIÖN-
IBARROLA et al., 1999).
Fotografia
Fonte: Giselle Maria Skelding Pinheiro Guilhon
Fotografia
Fonte:
Foram isolados de
da quercetina, sendo que esse último apresentou moderada atividade antivirótica
(APERS et al., 2002).
Dongin e Jin
clorofórmio de um espécime de
substâncias: β-
sitosterol,
peróxido de ergosterol. Esse foi o primeiro relato de
sitosterona e peróxido de ergosterol
mesma espécie foram isolados três flavonóides: a qu
(Figura 10, p. 56)
. A investigação química do óleo essencial dos rizomas do
espécime
K. brevifolius
Fotografia
7. Partes aéreas de Kyllinga brevifolia.
Fonte: Giselle Maria Skelding Pinheiro Guilhon
.
Fotografia
8. Partes subterrâneas de Kyllinga brevifo
lia
Fonte:
Karyme do Socorro de Souza Vilhena.
Foram isolados de
K. brevifolia dois flavonóides
glicosilados e um triglicosídeo
da quercetina, sendo que esse último apresentou moderada atividade antivirótica
Dongin e Jin
gwood
(1994) isolaram dos extratos
clorofórmio de um espécime de
K. brevifolia Rottb. v
ar.
sitosterol,
β-sitosteril-3-O-β-D-
glicopiranosídeo,
peróxido de ergosterol. Esse foi o primeiro relato de
identificação das substâncias
sitosterona e peróxido de ergosterol
(Figura 10, p. 56)
em Cyperaceae.
mesma espécie foram isolados três flavonóides: a qu
ercetina, a
vitexina e
. A investigação química do óleo essencial dos rizomas do
K. brevifolius
Rottb. (Sinonímia: Cyperus brevifolius
Rottb.)
55
lia
.
glicosilados e um triglicosídeo
da quercetina, sendo que esse último apresentou moderada atividade antivirótica
(1994) isolaram dos extratos
n-butanólico e
ar.
leiolepsis Hara as
glicopiranosídeo,
β-sitosterona e
identificação das substâncias
β-
em Cyperaceae.
Dessa
vitexina e
a orientina
. A investigação química do óleo essencial dos rizomas do
Rottb.)
, coletados no
56
Havaí, evidenciou a predominância de hidrocarbonetos de cadeia longa (mais de
55%) e de δ-cadieno (9,5%) e α-humuleno (7,8%) (KOMAI; TANG, 1989).
O
O
OH
OH
HO
O
H
OH
O
OOH
HO
OH
R
2
R
1
HO
O
O
O
H
H
H
quercetina
R
1
= H, R
2
= glicose (vitexina)
R
1
= OH, R
2
= glicose (orientina)
peróxido de ergosterol
β-sitosterona
Figura 10. Substâncias isoladas de Kyllinga brevifolia var. leiolepsis.
Recentemente Guilhon e colaboradores (2008) identificaram no óleo essencial
dos rizomas de K. brevifolia quatro diterpenos de esqueleto 8,13-epoxilabdânicos,
que haviam sido identificados anteriormente no óleo essencial dos rizomas de
K. erecta. A estrutura dos diterpenos identificados no óleo essencial dos rizomas de
K. brevifolia estão na Figura 11 (p. 57).
57
O
O
O
HO
O
OH
O
O
óxido de manoíla
óxido de13-epi-manoíla
óxido de 11α−hidroximanoíla
óxido de 1βhidroximanoíla
óxido de 11-oxomanoíla
Figura 11. Diterpenos identificados no óleo essencial dos rizomas de Kyllinga brevifolia.
Os diterpenos labdânicos são conhecidos por apresentarem uma vasta gama
de atividades biológicas, como antimutagênica (MIYAZAWA et al., 1995),
diferenciação de células e antiinflamatória (KALPOUTZAKIS et al., 2001), porém as
atividades consideradas mais importantes são bactericidas e antifúngicas (SINGH;
PAL; SHARMA, 1999). Diterpenos que possuem um esqueleto do tipo óxido de
ent-manoíla ou do seu derivado hidroxilado na posição C-3, identificados como
potentes agentes antimicrobianos (CHINOU et al., 1994; KALPOUTZAKIS et al.,
2001) e, ainda, foi descrita a atividade desse tipo de diterpeno contra Leishmania
donovani (GARCÍA-GRANADOS et al., 1997).
58
3.3 O GENÊRO Rhynchospora
O gênero Rhynchospora possui cerca de 250 espécies características de
regiões tropicais que são encontradas geralmente em ambientes úmidos como borda
de rios e lagos (MUNIZ, 2001). As espécies desse gênero são ervas perenes,
raramente anuais, de tamanho variado. O caule é trígono, noduloso e folioso com
folhas lineares e planas. Apresentam inflorescência terminal e ou lateral com flores
bissexuais (MUNIZ, 2001).
As espécies desse gênero são utilizadas na medicina popular para vários
tratamentos. Na China, a espécie R. rubra (Lour.) T. Makino (planta toda) é usada
como antifebril. O decoto dos tubérculos de R. corymbosa Vahl [Sinonímia: Scirpus
corymbosus L.] é usado em crianças para tratar dores abdominais e cólicas. No
Brasil, a infusão de R. nervosa Vahl (planta toda) é usada por índios da tribo Tiriyó
em banhos febrífugos (SIMPSON; INGLIS, 2001).
No Brasil, as fibras obtidas de R. cephalotes (L.) Vahl (Fotografia 9, p. 59)
[Sinonímia: Scirpus cephalotes L.] são utilizadas na confecção de papel e esteiras
(SIMPSON; INGLIS, 2001). Além do uso artesanal, o decoto dos tubérculos dessa
espécie é utilizado na medicina popular como contraceptivo por índios da tribo Krahô
(RODRIGUES, 2007). Os tubérculos de R. cephalotes são mostrados na Fotografia
10 (p. 59). Não foram encontrados na literatura dados de estudos químicos
referentes à espécie R. cephalotes.
Fotografia
Fonte: Karyme do Socorro de Souza Vilhena.
Fotografia
Fonte: Karyme do Socorro de Souza Vilhena.
O estudo
químico
resultou na identificação de um derivado glicosilado da
HARBONE, 1977
), cuja estrutura é mostrada na Figura abaixo.
HO
HO
Figura 12
. Substância isolada das folhas de
Fotografia
9. Partes aéreas de Rh
ynchospora cephalotes
Fonte: Karyme do Socorro de Souza Vilhena.
Fotografia
10. Tubérculos de Rh
ynchospora cephalotes
Fonte: Karyme do Socorro de Souza Vilhena.
químico
realizado com as folhas de
R. eximia
resultou na identificação de um derivado glicosilado da
iso-
orientina (WILLIAMS;
), cuja estrutura é mostrada na Figura abaixo.
O
O
HO
O
O
CO
2
H
OH
iso-orientina-3'-glucuronideo
. Substância isolada das folhas de
Rhynchospora eximia
59
ynchospora cephalotes
.
ynchospora cephalotes
.
R. eximia
(Nees) Boeck.
orientina (WILLIAMS;
OH
OH
Rhynchospora eximia
.
60
Outra espécie desse gênero é R. ruiziana Boeck. O estudo realizado com as
folhas dessa espécie resultou na identificação dos esteróides estigmasterol e
sitosterol. O sitosterol também foi identificado em grande quantidade nos tubérculos
dessa mesma espécie (JANSEN et al., 2007). As estruturas dessas substâncias são
mostradas na Figura 13.
HO
H
H H
sitosterol
HO
H
H H
estigmasterol
Figura 13. Substâncias identificadas nas folhas e tubérculos de Rhynchospora ruiziana.
3.4 O GÊNERO Scleria
O gênero Scleria é formado por aproximadamente 250 espécies que ocorrem
nas regiões tropicais da América do Sul, África e sudeste da Ásia (MUNIZ, 2001). As
espécies desse gênero são ervas monóicas, raramente dióicas, perenes ou anuais,
cespitosas, rizomatosas ou escandentes. As folhas o lineares, linear-lanceoladas
ou lanceoladas, com inflorescência formada por uma a várias panículas triangulares
(MUNIZ, 2001).
Espécies de Scleria são utilizadas em diferentes tratamentos na medicina
popular. Na medicina tradicional africana, o decoto dos rizomas de S. boivinii Steud.
é utilizado como analgésico e como antídoto contra envenenamento. O extrato
aquoso dos rizomas de S. iostephana Nelmes é usado no tratamento de problemas
circulatórios. As folhas de S. pergracilis (Ness) Kunth são usadas como antifebril e
para amenizar a tosse (SIMPSON; INGLIS, 2001). Os extratos das folhas de
61
S. pterota são amplamente utilizados por apresentarem propriedades como
anticoagulante, antihemorrágica e antiofídica (SOARES et al., 2005).
O estudo da composição química do óleo essencial dos rizomas de
S. striatinux De Wild. coletada na República dos Camarões demonstrou que este é
constituído principalmente por monoterpenos, destacando-se α-pineno e β-pineno
que representam mais da metade do total de monoterpenos presentes no óleo
essencial. São encontrados ainda sesquiterpenos, dentre os quais o cipereno é o
principal constituinte, e compostos alifáticos de cadeia linear, como os ácidos cáprico
e caprílico. Os principais constituintes do óleo essencial de S. striatinux estão
listados na Tabela 5. As estruturas químicas dessas substâncias o mostradas na
Figura 14 (p. 62).
Tabela 5. Constituintes químicos (%) identificados no óleo essencial dos rizomas
de Scleria striatinux.
Constituintes químicos %
α-pineno
4,3
β-pineno
19,4
limoneno 6,5
1,8-cineol 2,5
ácido caprílico 4,0
ácido cáprico 6,0
cipereno 8,0
rotundeno 2,0
óxido de cariofileno 2,2
(Z,Z)-farnesal
2,3
(E,E)-farnesal
3,0
Fonte: MVE-MBA et al., 1996.
62
α-pineno
β-pineno
limoneno
H
H
cipereno
rotundeno
O
H
H
O
HO
ácido caprílico
O
HO
ácido cáprico
O
(E,E)-farnesal
óxido de cariofileno
O
(Z,Z)-farnesal
O
1,8-cineol
Figura 14. Substâncias identificadas no óleo essencial de Scleria striatinux.
Estudo realizado por Maia e colaboradores (2005) com o óleo essencial da
espécie S. hirtella Swartz (planta toda) resultou na identificação das substâncias
nonanal (42,0%), geranial (25,3%) e neral (15,3%) como principais constituintes do
óleo essencial. O estudo revelou ainda que o óleo dessa espécie é constituído em
grande parte por séries de aldeídos alifáticos que variam de tamanho entre C
7
e C
15
,
e que dentre esses os de tamanho C
9
são os mais abundantes. As estruturas dos
principais constituintes do óleo essencial de S. hirtella são mostradas na Figura 15.
O
n
e
a
l
O
geranial
O
nonanal
Figura 15. Principais constituintes do óleo essencial de Scleria hirtella.
63
Outra espécie desse gênero é S. bracteata Cav. (Fotografia 11) que é uma
erva perene, com rizoma (Fotografia 12) medindo entre 3,0-8,0 mm de diâmetro,
caule ereto, trígono medindo de 0,3-1,0 m. Folhas lineares e rígidas sem ápice e
uma inflorescência unissexual formada por 2-3 panículas restritas à parte superior
(DAVIDSE; SOUSA; CHATER, 1994). Não foram encontrados na literatura dados
referentes a estudos químicos para essa espécie.
Fotografia 11. Partes aéreas de Scleria bracteata.
Fonte: Karyme do Socorre de Souza Vilhena.
Fotografia 12. Partes subterrâneas de Scleria bracteata.
Fonte: Karyme do Socorre de Souza Vilhena.
3.5 O GÊNERO
Torulinium
O gênero
Torulinium
(METCALFE, 1971) características
temperado quente que são usualmente encontradas em ambientes alagados como
pântanos e em regiões costeiras arenosas e úmidas (SIMPSON; I
A espécie conhecida como
[Sinonímia:
Cyperus odoratus
caule trígono que mede entre 20,0 a 80,0 cm de altura e entre 2,5 a 3,0 cm de
largura. As
folhas são menores que o caule, planas
medem entre 4,0 e 10,0
espículas
subtendidas por brácteas bem desenvolvidas e de aspecto foliáceo. Flores
extremamente reduzidas, i
laxas e alongadas (
GUTIERRES et al., 2008
Fotografia
Fonte:
http://fleurs.cirad.fr/var/fleurs/storage/images
Por ser uma espécie pantropical de regiões temperadas quentes
variável morfologicamente tendo sido tratada, por muitos autores, como espécies,
variedades ou sinônimos de
medicina popular do Suriname, os
Torulinium
Torulinium
é composto por
aproximadamente
(METCALFE, 1971) características
de regiões de clima tropical, subtropical e
temperado quente que são usualmente encontradas em ambientes alagados como
pântanos e em regiões costeiras arenosas e úmidas (SIMPSON; I
A espécie conhecida como
T. odoratum
(L.) S. S. Hooper
Cyperus odoratus
L. e Cyperus ferax Rich.]
é uma erva cespitosa, de
caule trígono que mede entre 20,0 a 80,0 cm de altura e entre 2,5 a 3,0 cm de
folhas são menores que o caule, planas
, lineares e
medem entre 4,0 e 10,0
cm. Inflorescência terminal,
composta
subtendidas por brácteas bem desenvolvidas e de aspecto foliáceo. Flores
extremamente reduzidas, i
nconspícuas, sem perianto, dispostas em inflorescências
GUTIERRES et al., 2008
).
Fotografia
13. Partes aéreas de Torulinium odoratum
.
http://fleurs.cirad.fr/var/fleurs/storage/images
-versioned/5188/1-fre-
FR/torulinium_odoratum1_reference.jpg
Por ser uma espécie pantropical de regiões temperadas quentes
variável morfologicamente tendo sido tratada, por muitos autores, como espécies,
variedades ou sinônimos de
C. odoratus L. e C. ferax
Rich. (MUNIZ, 2001). Na
medicina popular do Suriname, os
rizomas de T. odoratum
são utilizados para tratar
64
aproximadamente
11 espécies
de regiões de clima tropical, subtropical e
temperado quente que são usualmente encontradas em ambientes alagados como
pântanos e em regiões costeiras arenosas e úmidas (SIMPSON; I
NGLIS, 2001).
(L.) S. S. Hooper
(Fotografia 13)
é uma erva cespitosa, de
caule trígono que mede entre 20,0 a 80,0 cm de altura e entre 2,5 a 3,0 cm de
membranáceas que
composta
por um conjunto de
subtendidas por brácteas bem desenvolvidas e de aspecto foliáceo. Flores
nconspícuas, sem perianto, dispostas em inflorescências
.
FR/torulinium_odoratum1_reference.jpg
Por ser uma espécie pantropical de regiões temperadas quentes
é muito
variável morfologicamente tendo sido tratada, por muitos autores, como espécies,
Rich. (MUNIZ, 2001). Na
são utilizados para tratar
65
dor e febre. Os rizomas são esfregados no corpo e usados na forma de infusão em
banhos (MEDICINAL PLANTS OF THE GUIANAS, 2006). No Peru, os rizomas são
utilizados como afrodisíaco. No Brasil, os rizomas amassados dessa espécie são
utilizados como antiespasmódico, afrodisíaco e nos distúrbios estomacais
(SIMPSON; INGLIS, 2001). Não foram encontrados na literatura estudos químicos
referentes à espécie T. odoratum.
3.6 ATIVIDADE ALELOPÁTICA
O termo alelopatia foi usado pela primeira vez pelo cientista Hans Molish em
1937, em seu trabalho “Der Einfluss einer Pflanze auf die andere Allelopathy” (A
influência de uma planta sobre outra - Alelopatia) (WALLER, 1987). Esse termo
deriva das palavras gregas allelon (=mútuo) e pathos (=prejuízo) que significam
prejuízo mútuo (MALHEIROS; PERES, 2001).
Alelopatia tem sido entendida atualmente como qualquer efeito direto ou
indireto de uma planta sobre a outra, via produção de substâncias químicas
(aleloquímicos) que o liberadas para o ambiente de várias formas, como:
lixiviação, volatilização, exsudação radicular e decomposição de tecidos e plantas. O
termo abrange ainda fungos, algas e vários microorganismos (SOUZA FILHO;
ALVES, 2002). Os efeitos dos aleloquímicos podem ser tanto estimulatórios como
deletérios, embora os efeitos deletérios sejam mais freqüentes. Esses efeitos
incluem ainda interações planta-inseto e animal-planta (RIZVI; RIZVI, 1992).
Os aleloquímicos (agentes alelopáticos) são herbicidas naturais que
participam como mecanismo de defesa das plantas. A forma de atuação dos
aleloquímicos nas plantas-alvo envolve atividades fisiológicas e bioquímicas, tais
como: a assimilação de nutrientes, o crescimento, a fotossíntese, a respiração, a
síntese de proteínas, a permeabilidade da membrana celular e a atividade
enzimática (CALEGARI, 1995).
Atualmente são conhecidos cerca de 10 mil metabólitos secundários com
ação alelopática, o que corresponde a uma pequena parte da quantidade existente
na natureza, visto que até agora foram identificados apenas os componentes
66
principais de cada classe estrutural e apenas em algumas espécies (MALHEIROS;
PERES, 2001).
Os compostos identificados como aleloquímicos pertencem às classes dos
terpenos, alcalóides e compostos fenólicos. Alguns esteróides, ácidos graxos de
cadeia longa e lactonas insaturadas têm apresentado atividade alelopática (CODER,
2007; SHARMA, 2007).
As interferências alelopáticas observadas nem sempre são provocadas por
uma única substância, sendo mais comum o efeito resultante do conjunto delas. Em
geral, a concentração de cada metabólito está abaixo do mínimo necessário para
que ele atue isoladamente; o resultado final é devido à ação aditiva e sinérgica entre
essas substâncias e aos efeitos ambientais (ALMEIDA, 1998).
Uma maneira de utilizar os aleloquímicos na agricultura é por meio do
isolamento, identificação estrutural e síntese de compostos ativos de plantas
produtoras desses aleloquímicos e utilizá-los na produção de bioerbicidas,
substituindo os herbicidas artificiais que causam prejuízos, principalmente, ao meio
ambiente e ao próprio ser humano (MACIAS et al., 1998).
Alguns óleos essenciais apresentam propriedades alelopáticas. O óleo
essencial de C. brevifolius mostrou-se menos ativo sobre a germinação de sementes
de Avena sativa L. que aquele de C. kyllingia. Essas duas espécies são
consideradas plantas daninhas comuns no Havaí, contudo o óleo essencial de
C. brevifolius foi caracterizado principalmente por hidrocarbonetos (C
15
a C
17
),
enquanto que o óleo essencial de C. kyllingia apresentou uma alta concentração de
sesquiterpenos como α-ciperona, β-selineno e α-humuleno (KOMAI; TANG, 1989).
As estruturas dessas substâncias são mostradas na Figura 16.
O
α-ciperona
β−selineno
α
h
u
m
u
l
e
n
o
Figura 16. Constituintes químicos do óleo essencial de Cyperus kyllingia.
67
Os óleos essenciais de espécimes de C. rotundus coletados em diferentes
locais (Havaí, Japão, Tailândia e Filipinas) apresentaram atividade inibitória frente o
desenvolvimento da radícula e do hipocótilo de sementes de A. sativa. Dentre os
óleos testados, os que apresentaram maiores índices de inibição foram aqueles
constituídos principalmente por sesquiterpenos que continham os grupos cetona ou
hidroxila, como as substâncias α-ciperona, ciperotundona e ciperol; os óleos ricos
em substâncias que continham o grupo acetato ou somente hidrocarbonetos, como
as substâncias acetato de patchoulenila, acetato de sugeonila, β-selineno e
cipereno, apresentaram índices menores de inibição (KOMAI; TANG; NISHIMOTO,
1991), reforçando os resultados encontrados por Komai e Tang (1989). As estruturas
químicas dos sesquiterpenos que compõem o óleo essencial de C. rotundus são
mostradas na Figura 17.
O
O
HO
ciperotundona
α-ciperona
ciperol
β−selineno
cipereno
Figura 17.
Sesquiterpenos identificados no óleo essencial de Cyperus rotundus.
68
4 MATERIAL E MÉTODOS
São descritos a seguir os procedimentos experimentais usados na purificação,
obtenção e isolamento das substâncias identificadas dos tubérculos e rizomas de
C. articulatus var. articulatus, C. articulatus var. nodosus, C. giganteus, C. distans,
C. prolixus, K. brevifolia, R. cephalotes, S. bracteata e T. odoratum e nos ensaios
alelopáticos.
4.1 DESCRIÇÃO E CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
UTILIZADOS
Os espectros de RMN unidimensionais e bidimensionais foram registrados em
espectrômetro modelo Mercury 300/Varian operando a 300 e 75 MHz, utilizando-
se CDCl
3
, D
2
O ou piridina-d
5
como solventes de referência.
As amostras foram analisadas por cromatografia em fase gasosa acoplada à
espectrometria de massas utilizando-se um sistema Shimadzu QP-2010 Plus
equipado com coluna capilar Rtx-5MS (30 m x 0,25 mm; 0,25 μm de espessura
de filme); gás de arraste: hélio, em velocidade linear de 36,5 cm/s; programa de
temperatura do forno: 60 °C 240 °C (3 °C/minuto); temperatura do injetor de
250 °C; foi injetado 1 μL (solução de 2 μL de óleo essencial ou de 10-15 mg de
amostra sólida em 1 mL de hexano). EM: operando por impacto eletrônico a 70
eV. A identificação dos principais constituintes foi feita por comparação dos
espectros de massas e índices de retenção com os da biblioteca NIST-05 e da
literatura (ADAMS, 2007; SONWA, 2000).
Os índices de retenção foram calculados utilizando-se a série dos n-alcanos
nas mesmas condições de operação e aplicação da equação de Van den Dool &
Kratz, 1963.
69
IR= n + (TRx - TRn)/ (TRn + 1 – TRn) X 100, onde:
IR = índice de retenção linear
TRx = tempo de retenção do constituinte
TRn = tempo de retenção do n-alcano antes do sinal do constituinte
TRn + 1 = tempo de retenção do n-alcano após do sinal do constituinte
n = número de n-alcano antes do sinal do constituinte
Cromatógrafo a gás (CG) QP-2010 equipado com detector de ionização de
chama (DIC), nas mesmas condições operacionais anteriores, com hidrogênio
como gás de arraste.
Os ensaios alelopáticos foram realizados em estufa de fotoperíodo modelo
Q315F da marca Quimis.
As soluções acima de 20 mL foram concentradas a vácuo em evaporador rotativo
modelo Laborota 4000.
Os pontos de fusão foram determinados em aparelho com temperatura
controlada da marca Quimis.
As amostras e outros reagentes utilizados nas purificações, recristalizações e
obtenção de derivados foram pesados em balança digital modelo Gehaka BG
440.
As placas cromatográficas comparativas foram reveladas utilizando-se câmara de
UV da marca Prodicil, com lâmpada ultravioleta 15W e comprimento de onda
longo de 360 nm (luz negra) e câmara de UV da marca Boitton, com lâmpadas de
UV de comprimento de onda longo (360nm) e curto (254 nm).
4.2 TÉCNICAS EMPREGADAS
Nas separações por cromatografia em coluna via úmida (CCVU), utilizou-se como
adsorvente sílica gel (70-230 mesh) das marcas Merck e Fluka.
70
Na cromatografia em camada delgada comparativa (CCDC) foram utilizadas
placas de vidro com dimensões de 5x10, 10x20 e 20x20 cm, revestidas com
sílica gel 60G da marca Merck e com sílica tipo HF e H da marca Fluka, variando
entre 0,3 e 0,5 mm de espessura.
Na cromatografia em camada delgada preparativa (CCDP) foram utilizadas
placas de vidro com dimensões de 20x20 cm, revestidas com sílica-gel PF da
marca Merck, com 0,5 mm de espessura.
Na revelação das placas cromatográficas comparativas foram utilizadas soluções
de sulfato cérico (CeSO
4
), solução de metanol/ácido sulfúrico (MeOH: H
2
SO
4
) ou
iodo ressublimado.
Foram utilizados nas extrações, separações, purificações, recristalizações e
obtenção de derivados solventes P. A. das marcas Synth, Nuclear, CRQ,
Quimex, Grupo Química e Cinética Química.
4.3 METODOLOGIA DO ESTUDO QUÍMICO
4.3.1 Coleta e identificação do material botânico
As espécies estudadas foram coletadas em diferentes localidades no estado
do Pará e identificadas por Antônio Elielson de Souza da Rocha (MSc.) botânico e
especialista em Cyperaceae, do Museu Paraense Emílio Goeldi, onde se encontram
depositadas as exsicatas de cada espécie. As informações referentes aos locais de
coleta, número da exsicata e massa do material botânico são mostradas na Tabela 6
(p. 71).
71
Tabela 6. Local de coleta, exsicata e massa do material botânico das espécies de
Cyperaceae estudadas.
Espécie Local de obtenção
Nº da
exsicata
Parte
Utilizada
Massa do
material
botânico
seco
Cyperus articulatus
var. articulatus
Augusto Corrêa MG 195.540 Tubérculos 0,9 Kg
Cyperus articulatus
var. nodosus
Belém (Mercado do
Ver-o-Peso**)
** Tubérculos 2,0 Kg
Cyperus giganteus
Belém (Parque Zoobotânico
do MPEG)
MG 167.568 Rizomas 1,9 Kg
Cyperus distans Santarém Novo MG 180.184 Tubérculos 0,2 Kg
Cyperus prolixus Augusto Corrêa * Tubérculos 0,4 Kg
Kyllinga brevifolia Santarém Novo MG 180.181 Rizomas 0,2 Kg
Rhynchospora
cephalotes
Ananindeua MG 195.538 Tubérculos 2,0 Kg
Scleria bracteata Ananindeua MG 195.539 Tubérculos 1,9 Kg
Torulinium odoratum Santarém Novo MG 178.404 Tubérculos 0,4 Kg
* Foi identificada por comparação com a exsicata apresentada (MG 168.793).
** Material oriundo de áreas de cultivo de C. articulatus var. nodosus (Boa Vista, Acará).
4.3.2 Lavagem, secagem e moagem do material botânico
Os tubérculos e rizomas das espécies coletadas foram lavados em água
corrente, secos em sala com ar condicionado durante sete dias e triturados em
moinho de facas.
4.3.3 Extração dos constituintes químicos
Os materiais botânicos secos e moídos (rizomas e tubérculos) foram
submetidos à extração com hexano e metanol (Fluxograma 1, p. 73),
sucessivamente, com exceção dos tubérculos de C. articulatus var. nodosus e
C. giganteus que foram submetidos à extração com hexano, diclorometano e
metanol (Fluxograma 2, p. 74). As soluções resultantes foram concentradas a vácuo,
72
em evaporador rotativo. Na Tabela 7 são mostradas as massas de cada extrato
obtido.
Tabela 7. Massas e rendimentos (%) dos extratos hexânico, diclorometânico e
metanólico das espécies de Cyperaceae estudadas.
Espécie
Extrato
Hexânico
Extrato
Diclorometânico
Extrato
Metanólico
Cyperus articulatus var.
articulatus
23,1 g (2,6%) - 55,9 g (6,2%)
Cyperus articulatus var.
nodosus
54,4 g (2,7%) 91,5 g (4,6%) 75,6 g (3,8%)
Cyperus giganteus
32,7 g (1,7%) 15,4 g (0,8%) 125,8 g (6,6%)
Cyperus distans
1,3 g (0,7%) - 20,6 g (10,3%)
Cyperus prolixus
10,8 g (2,7%) - 31,0 g (7,8%)
Kyllinga brevifolia
4,2 g (2,1%) - 43,6 g (21,8%)
Rhynchospora cephalotes
4,2 g (0,2%) - 45,5 g (2,3%)
Scleria bracteata
6,8 g (0,4%) - 39,3 g (2,1%)
Torulinium odoratum
3,5 g (0,9%) - 67,4 g (16,9%)
Fluxograma 1.
Esquema de o
Cyperus distans, C
yperus prolixus
Material Botânico
Seco e Moído
Extrato Hexânico
Extrato Metanólico
Esquema de o
btenção dos extratos brutos de
Cyperus articulatus
yperus prolixus
, Kyllinga brevifolia,
Rhynchospora cephalotes
Torulinium odoratum.
Material Botânico
Seco e Moído
Resíduo 1
Extrato Metanólico
Resíduo 2
1. Extração a frio com hexano;
1. Extração a frio
com metanol;
73
Cyperus articulatus
var. articulatus,
Rhynchospora cephalotes
, Scleria bracteata e
Resíduo 2
com metanol;
Fluxograma 2.
Esquema de o
As siglas usadas para identificar as substâncias obtidas são relativas às
classes a que pertencem:
para triacilgliceróis,
ES
sesquiterpenos, DT
para diterpenos,
para quinona.
Material Botânico
Seco e Moído
Extrato Hexânico
Extrato
Diclorometânico
1. Extração a frio com h
Esquema de o
btenção dos extratos brutos de
Cyperus articulatus
Cyperus giganteus.
As siglas usadas para identificar as substâncias obtidas são relativas às
classes a que pertencem:
AG para ácidos graxos, HC
para hidrocarbonetos,
ES
para esteróides, MT
para monoterpenos,
para diterpenos,
TT para triterpenos, DS
para dissacarídeo e
Material Botânico
Seco e Moído
Resíduo 1
Extrato
Diclorometânico
Resíduo 2
Extrato Metanólico
1. Extração a frio com h
exano;
1. Extração a frio com
diclorometano
1
. Extração a frio com
74
Cyperus articulatus
var. nodosus e
As siglas usadas para identificar as substâncias obtidas são relativas às
para hidrocarbonetos,
TAG
para monoterpenos,
ST para
para dissacarídeo e
QN
Resíduo 3
diclorometano
;
. Extração a frio com
metanol;
4.4 FRACIONAMENTO DO
CONSTITUINTES QUÍMIC
4.4.
1 Fracionamento
articulatus var.
articulatus
Parte do extrato hexânico bruto dos
articulatus (2
0,0 g) foi submetido a
C
1
), utilizando-
se como eluentes misturas de éter de petró
etila (Fluxograma
3). Foram obtidas
petróleo:hexano 50:50 (fração 2), hexa
hexano:AcOEt 50:50 (fração 5), AcOEt (fração 6)
solvente, foram monitoradas por cromatografia em camada delgada comparativa
(CCDC). Os procedimentos experimentais executados anteriorme
no Fluxograma 3.
Fluxograma 3.
Fracionamento por
A fração 3 (2,57 g) foi purificada por cromatografia em coluna
(coluna C
2
), utilizando-
se sílica
éter de petróleo, hexano e acetato de etila como eluentes. A fração r
reunião eluída com hexano:AcOEt 5,0% levou à obtenção da substância
Fração 1/C
1
(2,30 g)
Fração 2/C
(65,9 mg)
4.4 FRACIONAMENTO DO
S EXTRATOS E
PURIFICAÇÃO DOS
CONSTITUINTES QUÍMIC
OS
1 Fracionamento
cromatográfico
do extrato hexânico de
articulatus
Parte do extrato hexânico bruto dos
tubérculos
de
0,0 g) foi submetido a
o
fracionamento em coluna cromatográfica
se como eluentes misturas de éter de petró
leo, hexano e acetato de
3). Foram obtidas
seis frações
: éter de petróleo (fração 1), éter de
petróleo:hexano 50:50 (fração 2), hexa
no (fração 3), hexano:AcOEt 75:25 (fração 4),
hexano:AcOEt 50:50 (fração 5), AcOEt (fração 6)
,
que após a evaporação do
solvente, foram monitoradas por cromatografia em camada delgada comparativa
(CCDC). Os procedimentos experimentais executados anteriorme
Fracionamento por
cromatografia em coluna do extrato
hexânico
Cyperus articulatus var. articulatus.
A fração 3 (2,57 g) foi purificada por cromatografia em coluna
se sílica
-gel (70-
230 mesh) como adsorvente e misturas de
éter de petróleo, hexano e acetato de etila como eluentes. A fração r
reunião eluída com hexano:AcOEt 5,0% levou à obtenção da substância
Extrato
Hexânico
(20,0 g)
Fração 2/C
1
(65,9 mg)
Fração 3/C
1
(2,57 g)
Fração 4/C
1
(11,8 g)
Fração 5/C
(2,63 g)
1.
Cromatografia em coluna
- Eluentes (
éter de petróleo,
75
PURIFICAÇÃO DOS
do extrato hexânico de
Cyperus
de
C. articulatus var.
fracionamento em coluna cromatográfica
(coluna
leo, hexano e acetato de
: éter de petróleo (fração 1), éter de
no (fração 3), hexano:AcOEt 75:25 (fração 4),
que após a evaporação do
solvente, foram monitoradas por cromatografia em camada delgada comparativa
(CCDC). Os procedimentos experimentais executados anteriorme
nte são mostrados
hexânico
dos tubérculos de
A fração 3 (2,57 g) foi purificada por cromatografia em coluna
via úmida
230 mesh) como adsorvente e misturas de
éter de petróleo, hexano e acetato de etila como eluentes. A fração r
esultante da
reunião eluída com hexano:AcOEt 5,0% levou à obtenção da substância
ST5. Das
Fração 5/C
1
(2,63 g)
Fração 6/C
1
(1,20 g)
Cromatografia em coluna
: C
1
(CC);
éter de petróleo,
hexano, AcOEt);
frações eluidas com hexano:AcOEt 10,0% foi obtida a substância codificada como
ST2; foram
obtidos ainda os compostos codificados como
procedi
mento de purificação da fração 3 é mostrado no Fluxograma 4.
As frações menos polares (1, 2 e 3) obtidas a partir do fracionamento do
extrato hexânico dos tubérculos de
por cromatografia gasosa (
comparação de seus índices de retenção com os das substâncias
na literatura ou em bibliotecas do sistema CG/EM.
extrato hex
ânico dos tubérculos de
trabalhadas.
Reunião 73'-
75'/C
(8,2 mg)
ST5
Fluxograma 4.
Purificação dos compostos da fração
H:A
95:5
frações eluidas com hexano:AcOEt 10,0% foi obtida a substância codificada como
obtidos ainda os compostos codificados como
ES1
e
mento de purificação da fração 3 é mostrado no Fluxograma 4.
As frações menos polares (1, 2 e 3) obtidas a partir do fracionamento do
extrato hexânico dos tubérculos de
C. articulatus var.
articulatus
por cromatografia gasosa (
item 5.1.6
). Os componentes foram identificados por
comparação de seus índices de retenção com os das substâncias
na literatura ou em bibliotecas do sistema CG/EM.
Há ainda outras frações do
ânico dos tubérculos de
C. articulatus var.
articulatus
Fração 3/C
1
(2,0 g)
2
Reunião 95'-97'/C
2
(14,2 mg)
ST2
Reunião 98'
(19,3 mg)
ES1 + ES2
Purificação dos compostos da fração
3 do extrato hexânico
de
var. articulatus.
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
H:A
90:10
76
frações eluidas com hexano:AcOEt 10,0% foi obtida a substância codificada como
e
ES2, em mistura. O
mento de purificação da fração 3 é mostrado no Fluxograma 4.
As frações menos polares (1, 2 e 3) obtidas a partir do fracionamento do
articulatus
foram analisadas
). Os componentes foram identificados por
comparação de seus índices de retenção com os das substâncias
-padrão presentes
Há ainda outras frações do
articulatus
a serem
Reunião 98'
-104'/C
2
(19,3 mg)
ES1 + ES2
de
Cyperus articulatus
Cromatografia em coluna
: C
2
(CC);
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
H:A
85:15
4.4.
2 Fracionamento
articulatus var.
nodosus
Parte do extrato hexânico bruto dos
(20,0 g) foi submetido a
o
C
1
), utilizando-
se como eluentes misturas de
(fração 2), hexano:AcOEt 96:4 (fração 3)
procedimentos descri
tos anteriormente são mostrados no
Fluxograma 5.
Fracionamento por
Parte da fração 1
coluna, utilizando-
se sílica gel como adsorvente e misturas de éter de petróleo,
hexano e acetato de etila como eluentes. A purificação da fração 1 resultou no
isolamento de ST1
(30,0 mg),
(28,0 mg)
. Os procedimentos adotados na purificação da fração 1 são resumidos no
Fluxograma 6 (p. 78).
Fração 1/C
1
(39,0 g)
2 Fracionamento
cromatográfico
do extrato hexânico de
nodosus
Parte do extrato hexânico bruto dos
tubérculos de C.
articulatus
o
fracionamento em coluna cromatográfica via úmida (
se como eluentes misturas de
hexano
(fração 1), hexano:AcOEt 98:2
(fração 2), hexano:AcOEt 96:4 (fração 3)
e
hexano:AcOEt 95:5 (fração 4). Os
tos anteriormente são mostrados no
Fluxograma
Fracionamento por
cromatografia em coluna do extrato hexânico
Cyperus articulatus var. nodosus.
Parte da fração 1
da coluna C
1
(32,0 g) foi purificada por cromatografia em
se sílica gel como adsorvente e misturas de éter de petróleo,
hexano e acetato de etila como eluentes. A purificação da fração 1 resultou no
(30,0 mg),
ST2 (46,7 mg) e tam
m uma mistura contendo
. Os procedimentos adotados na purificação da fração 1 são resumidos no
Extrato Hexânico
(50,0 g)
Fração 2/C
1
(0,6 g)
Fração 3/C
1
(3,4 g)
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (hexano, AcOEt);
77
do extrato hexânico de
Cyperus
articulatus
var. nodosus
fracionamento em coluna cromatográfica via úmida (
coluna
(fração 1), hexano:AcOEt 98:2
hexano:AcOEt 95:5 (fração 4). Os
Fluxograma
5.
cromatografia em coluna do extrato hexânico
dos tubérculos de
(32,0 g) foi purificada por cromatografia em
se sílica gel como adsorvente e misturas de éter de petróleo,
hexano e acetato de etila como eluentes. A purificação da fração 1 resultou no
m uma mistura contendo
TT1
. Os procedimentos adotados na purificação da fração 1 são resumidos no
Fração 4/C
1
(0,7 g)
Cromatografia em coluna
: C
1
(CC);
Eluentes (hexano, AcOEt);
Fluxograma
A purificação da fração 2
coluna, utilizando-
se procedimento similar àquele utilizado para a fração 1, levou à
obtenção da substância
ST3 e ST4
(40,0 mg) e também outra mistura contendo prin
mg). A fração contendo
e a fração contendo
ST4
4.6.4
). A purificação de
cromatografia gasosa (
item 5.1.2
fração 2 são resumidos no Fluxograma
Reunião 21'-
25'/C
(30,0 mg)
ST1
EP
Fluxograma
6.
Purificação dos compostos da fração 1.
A purificação da fração 2
da coluna C
1
(0,6 g), também por cromatografia em
se procedimento similar àquele utilizado para a fração 1, levou à
obtenção da substância
ST3 (20,0 mg)
, de uma mistura contendo as substâncias
(40,0 mg) e também outra mistura contendo prin
cipalmente
mg). A fração contendo
ST3 e ST4
foi submetida à reação de acetilação (
ST4
foi submetida à reação com 2,4-
dinitrofenilidrazina (
). A purificação de
ST3 permitiu a confirmação do seu
índice
item 5.1.2
). Os procedimentos executados na purificação da
fração 2 são resumidos no Fluxograma
7 (p. 79).
Fração 1/C
1
(32,0 g)
25'/C
2
Reunião 31'-39'/C
2
(46,7 mg)
ST2
Reunião 65'
(28,0 mg)
TT1
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
EP
78
(0,6 g), também por cromatografia em
se procedimento similar àquele utilizado para a fração 1, levou à
, de uma mistura contendo as substâncias
cipalmente
ST4 (30,0
foi submetida à reação de acetilação (
item 4.6.3)
dinitrofenilidrazina (
item
índice
de retenção por
). Os procedimentos executados na purificação da
Reunião 65'
-70'/C
2
(28,0 mg)
TT1
Cromatografia em coluna
: C
2
(CC);
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
H:A
96:4
Fluxograma
A amostra
3 (3,4 g) também
utilizando-se como
eluentes misturas de hexano e acetato de etila em polaridades
crescentes
. O procedimento resultou na
contendo ES1 e ES2
, além de uma mistura (15,0 mg) contendo
procedimentos usad
os na purificação da fração 3 são mostrados no Fluxograma
(p. 80).
Reunião 41'-
43'/C
(20,0 mg)
ST3
H:A
98:2
Fluxograma
7
. Purificação dos compostos da fração 2.
3 (3,4 g) também
foi fracionada por
cromatografia
eluentes misturas de hexano e acetato de etila em polaridades
. O procedimento resultou na
obtenção de uma mistura (30,0 mg)
, além de uma mistura (15,0 mg) contendo
os na purificação da fração 3 são mostrados no Fluxograma
Fração 2/C
1
(0,6 g)
43'/C
3
Reunião 44'-45'/C
3
(40,0 mg)
ST3 + ST4
Reunião 56'
(30,0 mg)
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
H:A
98:2
79
cromatografia
em coluna
eluentes misturas de hexano e acetato de etila em polaridades
obtenção de uma mistura (30,0 mg)
, além de uma mistura (15,0 mg) contendo
ST3 e AG1. Os
os na purificação da fração 3 são mostrados no Fluxograma
8
Reunião 56'
-60'/C
3
(30,0 mg)
ST4
Cromatografia em coluna
: C
3
(CC);
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
H:A
96:4
Reunião 104'
(30,0 mg)
ES1
A purificação da última amostra, denominada de fração
conseguida utilizando-
se
amostra 3/C
1
, resultando n
n
a obtenção de uma mistura contendo
usados na purificação da fração 4 são mostrados no Fluxograma
Fluxograma
H:A
98:2
Fração 3/C
1
(3,4 g)
Reunião 104'
-116'/C
4
(30,0 mg)
+ ES2
Reunião 137'-
144'/C
(15,0 mg)
ST3
A purificação da última amostra, denominada de fração
se
procedimento similar aquele descrito
anteriormente
, resultando n
o isolamento de quantidade
adicional de
a obtenção de uma mistura contendo
ST3 e ST4 (20,0 mg
)
usados na purificação da fração 4 são mostrados no Fluxograma
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (hexano, AcOEt);
Fluxograma
8. Purificação dos compostos da fração
3.
H:A
98:2
80
144'/C
4
A purificação da última amostra, denominada de fração
4/C
1
(0,7 g), foi
anteriormente
para a
adicional de
ST3 (26,2 mg) e
)
. Os procedimentos
usados na purificação da fração 4 são mostrados no Fluxograma
9 (p. 81).
Cromatografia em coluna
: C
4
(CC);
Eluentes (hexano, AcOEt);
3.
Fluxograma
As frações menos polares (1 e 2) obtidas a partir do fracionamento do extrato
hexânico dos
tubérculos
cromatografia gasosa (
comparação de seus índices de retenção com os das substâncias
na literatura ou em bibliotecas do sistema CG/
Reunião 53'
(26,2 mg)
H:A
98:2
Fluxograma
9.
Purificação dos compostos da fração 4.
As frações menos polares (1 e 2) obtidas a partir do fracionamento do extrato
tubérculos
de C. articulatus var. nodosus
foram analisadas por
cromatografia gasosa (
item 5.1.2
). Os componentes foram
comparação de seus índices de retenção com os das substâncias
na literatura ou em bibliotecas do sistema CG/
EM.
Fração 4 (0,7 g)
Reunião 53'
-58'/C
5
(26,2 mg)
ST3
Reunião 59'-
65'/C
(20,0 mg)
ST3 + ST4
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (hexano, AcOEt);
H:A
98:2
H:A
98:2
81
As frações menos polares (1 e 2) obtidas a partir do fracionamento do extrato
foram analisadas por
). Os componentes foram
identificados por
comparação de seus índices de retenção com os das substâncias
-padrão presentes
65'/C
5
Cromatografia em coluna
: C
5
(CC);
Eluentes (hexano, AcOEt);
82
4.4.3 Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico de Cyperus
giganteus
Parte do extrato hexânico bruto (20,0 g) foi submetido ao fracionamento por
cromatografia em coluna via úmida (coluna C
1
), utilizando-se como eluentes misturas
de hexano e acetato de etila em polaridades crescentes, o que resultou em três
frações: hexano (fração 1), hexano: AcOEt 50:50 (fração 2) e AcOEt (fração 3). Os
procedimentos adotados no fracionamento do extrato hexânico e na purificação das
frações são mostradas no Fluxograma 10 (p. 83).
A fração 1 (12,0 g) foi purificada por cromatografia em coluna (coluna C
2
),
utilizando-se misturas de hexano e acetato de etila como eluentes. A purificação da
fração 1 levou a obtenção de uma mistura na qual foram identificadas as substâncias
ST5 e ST6 (16,7 mg).
A purificação da fração 2 (3,5 g) também por cromatografia em coluna (coluna
C
3
), utilizando-se procedimento similar àquele utilizado para a fração anterior,
resultou no isolamento da substância denominada ST7 (33,6 mg). Essa fração
contendo ST7 foi submetida à reação com 2,4-dinitrofenilidrazina (item 4.6.4).
Os procedimentos experimentais adotados na purificação das frações 1, 2 e 3
são mostrados no Fluxograma 10 (p. 83).
Fluxograma
As frações
1 e 2 obtidas a partir do fracionamento do extrato hexânico dos
tubérculos de
C. giganteus
espectrometria de massas
comparação de seus
índices
na literatura ou em bibliotecas do sistema CG/
4.4.4 F
racionamento cromatográfico do extrato diclorometânico
Cyperus giganteus
Parte do extrato diclorometânico (5,0 g)
submetida a fracionamento por cromatografia em coluna
como eluentes
, misturas de hexano e acetato de etila em polaridades crescentes
que resultou em cinco frações principais
(fração 2), hexano:AcOEt 50:50 (fração 3), hexano:AcOEt 25:75 (fração 4) e AcOEt
Reunião 42'
Fluxograma
10. Purificação dos
compostos das frações 1 e 2
1 e 2 obtidas a partir do fracionamento do extrato hexânico dos
C. giganteus
foram analisadas por cromatografia gasosa
espectrometria de massas
(item 5.1.4
). Os componentes foram identificados por
índices
de retenção com os das substâncias
na literatura ou em bibliotecas do sistema CG/
EM.
racionamento cromatográfico do extrato diclorometânico
Parte do extrato diclorometânico (5,0 g)
dos tubérculos de
submetida a fracionamento por cromatografia em coluna
(coluna C
, misturas de hexano e acetato de etila em polaridades crescentes
que resultou em cinco frações principais
: hexano (fração 1), hexano:AcOEt 75:25
(fração 2), hexano:AcOEt 50:50 (fração 3), hexano:AcOEt 25:75 (fração 4) e AcOEt
Extrato Hexânico
(20,0 g)
Fração 1/C
1
(12,0 g)
Reunião 42'
-44'
C
2
(16,7 mg)
ST5 + ST6
Fração 2/C
1
(3,5 g)
Reunião 94'-101'
C
3
(33,6 mg)
ST7
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (hexano, AcOEt);
1. CC: C
2
;
- H:A (99:1)
1. CC: C
3
;
-
H:A (98:2)
83
compostos das frações 1 e 2
.
1 e 2 obtidas a partir do fracionamento do extrato hexânico dos
foram analisadas por cromatografia gasosa
acoplada à
). Os componentes foram identificados por
de retenção com os das substâncias
-padrão presentes
racionamento cromatográfico do extrato diclorometânico
de
dos tubérculos de
C. giganteus foi
(coluna C
5
), utilizando-se
, misturas de hexano e acetato de etila em polaridades crescentes
, o
: hexano (fração 1), hexano:AcOEt 75:25
(fração 2), hexano:AcOEt 50:50 (fração 3), hexano:AcOEt 25:75 (fração 4) e AcOEt
Cromatografia em coluna
: C
1
(CC);
Eluentes (hexano, AcOEt);
H:A (98:2)
(fração 5). Os
procedimento
são mostra
dos no Fluxograma 11
Fluxograma 11.
Fracionamento por
A purificação da fração 2 (333,0 mg)
se misturas de hexano e acetato de etila como eluentes resultou no isolamento da
substância
denominada
da substância ST7
(2
purificação da fração 2 estão incluídos no Fluxograma
frações do extrato diclorometânico dos tubérculos de
trabalhadas.
Fração 1/C
1
(30,0 mg)
Fração 2/C
(333,0 mg)
procedimento
s adotados
no fracionamento do extrato diclorometânico
dos no Fluxograma 11
.
Fracionamento por
cromatografia em coluna do extrato diclorometânico
tubérculos de Cyperus giganteus.
A purificação da fração 2 (333,0 mg)
via cromatografia em coluna, utilizando
se misturas de hexano e acetato de etila como eluentes resultou no isolamento da
denominada
ST8
(20,0 mg) e na obtenção de uma quantidade adicional
(2
7,0 mg
). Os procedimentos experimentais adotados na
purificação da fração 2 estão incluídos no Fluxograma
12 (p.
85
frações do extrato diclorometânico dos tubérculos de
C. giganteus
Extrato
Diclorometânico
(5,0 g)
Fração 2/C
1
(333,0 mg)
Fração 4/C
1
(70,0 mg)
Fração 3/C
1
(195,0 mg)
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (hexano, AcOEt);
84
no fracionamento do extrato diclorometânico
cromatografia em coluna do extrato diclorometânico
dos
via cromatografia em coluna, utilizando
-
se misturas de hexano e acetato de etila como eluentes resultou no isolamento da
(20,0 mg) e na obtenção de uma quantidade adicional
). Os procedimentos experimentais adotados na
85
). ainda outras
C. giganteus
a serem
1
Fração 5/C
1
(55,0 mg)
Cromatografia em coluna
: C
5
(CC);
Eluentes (hexano, AcOEt);
Fluxograma 12
. Purificação dos compostos da fração 2 do extrato diclorometânico
4.4.5
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
distans
Parte do extrato hexânico (1,0 g) dos
ao fracionamento em coluna via, utilizando
petróleo, hexano e acetato de etila.
petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25 (fração 2), éter de petróle
50:50 (fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75 (fração 4), hexano (fração 5),
hexano:AcOEt 75:25 (fração 6), hexano:AcOEt 50:50 (fração 7), hexano:AcOEt
25:75 (fração 8) e AcOEt (fração 9)
reunidas em set
e frações principais.
anteriormente são demonstrados no Fluxograma 1
Reunião 17'
(73,0 mg)
ST7
(27,0 mg)
H:A
98:2
. Purificação dos compostos da fração 2 do extrato diclorometânico
Cyperus giganteus.
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
Parte do extrato hexânico (1,0 g) dos
tubérculos de
C. distans
ao fracionamento em coluna via, utilizando
-
se como eluentes misturas de éter de
petróleo, hexano e acetato de etila.
Foram obtidas nove frações de 100 mL
petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25 (fração 2), éter de petróle
50:50 (fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75 (fração 4), hexano (fração 5),
hexano:AcOEt 75:25 (fração 6), hexano:AcOEt 50:50 (fração 7), hexano:AcOEt
25:75 (fração 8) e AcOEt (fração 9)
, que após a evaporação do solvente, foram
e frações principais.
Os procedimentos experimentais executados
anteriormente são demonstrados no Fluxograma 1
3 (p. 86).
Fração 2/C
1
(333,0 mg)
Reunião 17'
-22'/C
2
(73,0 mg)
(27,0 mg)
Reunião 38'-
43'/C
(117,0 mg)
ST8
(20,0 mg)
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (hexano, AcOEt);
1. CC: C
3
;
- Hexano/AcOEt;
1. CC: C
-
Hexano/AcOEt;
H:A
96:4
85
. Purificação dos compostos da fração 2 do extrato diclorometânico
dos tubérculos de
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
de Cyperus
C. distans
foi submetido
se como eluentes misturas de éter de
Foram obtidas nove frações de 100 mL
: éter de
petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25 (fração 2), éter de petróle
o:hexano
50:50 (fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75 (fração 4), hexano (fração 5),
hexano:AcOEt 75:25 (fração 6), hexano:AcOEt 50:50 (fração 7), hexano:AcOEt
, que após a evaporação do solvente, foram
Os procedimentos experimentais executados
43'/C
2
(117,0 mg)
(20,0 mg)
Cromatografia em coluna
:C
2
(CC);
Eluentes (hexano, AcOEt);
1. CC: C
4
;
Hexano/AcOEt;
Fluxograma 13.
Fracionamento por
A fração 1 (90,0 mg
cromatografia em camada delgada comparativa (CCDC) da
com a fração 2
revelou que eram semelhantes.
A reunião
das frações
coluna via úmida, utilizando
A fração resultante da reunião eluída com hexano:AcOEt 0,5% levou à obtenção do
composto ST5
(30,0 mg). O procedimento adotado na purificação da reunião
frações 3-
4 é mostrado no Fluxograma 1
Fluxograma
Fração 1/C
1
(90,0 mg)
Fração 2/C
(67,0 mg)
Fração 3-
4/C
(145,0 mg)
1. Cromatografia em coluna
-
Eluentes (
Fracionamento por
cromatografia em coluna
do extrato hexânico
Cyperus distans.
A fração 1 (90,0 mg
) foi identificada como HC1
(30,0 mg). A comparação por
cromatografia em camada delgada comparativa (CCDC) da
fração 1 contendo
revelou que eram semelhantes.
das frações
3-
4 (145,0 mg) foi purificada por cromatografia em
coluna via úmida, utilizando
-se
misturas de hexano e acetato de etila como eluentes.
A fração resultante da reunião eluída com hexano:AcOEt 0,5% levou à obtenção do
(30,0 mg). O procedimento adotado na purificação da reunião
4 é mostrado no Fluxograma 1
4.
Fluxograma
14. Purificação da substância ST5 da fração
Extrato
Hexânico
(1,0 g)
Fração 2/C
1
(67,0 mg)
Fração 3-4
(145,0 mg)
Fração 5/C
1
(7,0 mg)
Fração 6/C
1
(726,0 mg)
Fração 7/C
(45,0 mg)
4/C
1
(145,0 mg)
Reunião 65'-68'/C
2
(30,0 mg)
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
1. Cromatografia em coluna
: C
2
(CC);
Eluentes (
H:A 99,5:0,5);
86
do extrato hexânico
dos tubérculos de
(30,0 mg). A comparação por
fração 1 contendo
HC1
4 (145,0 mg) foi purificada por cromatografia em
misturas de hexano e acetato de etila como eluentes.
A fração resultante da reunião eluída com hexano:AcOEt 0,5% levou à obtenção do
(30,0 mg). O procedimento adotado na purificação da reunião
das
3-4.
Fração 7/C
1
(45,0 mg)
Fração 8-9
(15,0 mg)
ST5
Cromatografia em coluna
: C
1
(CC);
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
Devido à sua p
equena
cromatografia
gasosa acoplada a espectrometria de massas
fração é composta principalmente pelas substâncias
ST7
o constituinte majoritário
122 (p. 207).
A purificação da fração 6 (726,0 mg), também por cromatografia em coluna,
utilizando-
se procedimento similar àquele utilizado para a reunião 3
obtenção de 176 frações. A purificação da fração
contendo ST7 e TAG
(15,5 mg) e outra mistura contendo principalmente
mg); foram obtidos os compostos codificados como
em mistura. Além d
essas substâncias, foi isolada a substância
procedimento de purificação da fração 6 é mostrado no Fluxograma
Fluxograma 15
. Purificação de compostos da fração 6 de
Reunião 14'-16'
C
3
(15,5 mg)
ST7 + TAG
Reunião 33'
EP
equena
massa, a fração 5 (7,0
mg) foi somente analisada por
gasosa acoplada a espectrometria de massas
. Verificou
fração é composta principalmente pelas substâncias
ST5 e
ST7
o constituinte majoritário
. O cromat
ograma da fração 5 é mostrado na Figura
A purificação da fração 6 (726,0 mg), também por cromatografia em coluna,
se procedimento similar àquele utilizado para a reunião 3
obtenção de 176 frações. A purificação da fração
6
levou a obtenção de uma mistura
(15,5 mg) e outra mistura contendo principalmente
mg); foram obtidos os compostos codificados como
ES1 e
ES2
essas substâncias, foi isolada a substância
procedimento de purificação da fração 6 é mostrado no Fluxograma
. Purificação de compostos da fração 6 de
Cyperus distans
Fração 6/C
1
(726,0 mg)
Reunião 33'
-42'
C
3
(8,0 mg)
ST7
Reunião 123'-150'
C
3
(14,3 mg)
ES1 + ES2
1.
Cromatografia em coluna
- Eluentes (
éter de petróleo,
EP:H
97:3
EP:H
50:50
87
mg) foi somente analisada por
. Verificou
-se que essa
ST7
(item 5.1.8), sendo
ograma da fração 5 é mostrado na Figura
A purificação da fração 6 (726,0 mg), também por cromatografia em coluna,
se procedimento similar àquele utilizado para a reunião 3
-4, resultou na
levou a obtenção de uma mistura
(15,5 mg) e outra mistura contendo principalmente
ST7 (8,0
ES2
(14,3 mg) também
essas substâncias, foi isolada a substância
QN1 (15,7 mg). O
procedimento de purificação da fração 6 é mostrado no Fluxograma
15.
Cyperus distans
.
Fração 168'
C
3
(15,7 mg)
QN1
Cromatografia em coluna
: C
3
(CC);
éter de petróleo,
hexano e AcOEt);
H:A
96:4
As frações 7,
procedimento similar àquele descrito anteriormente para a fração 6. A purificação da
reunião levou a obtenção de quantidade adicional de
procedimento de fracionamento da reunião de 7
16.
Fluxograma 16
. Purificação da reunião 7
As frações menos polares do extrato hexânico bruto dos
C. distans (1, 2, 3-
4, 5 e 6) foram analisadas por CG
componentes foram identificados por comparação de seus índices de retenção (IR)
com os das substâncias
-
CG/EM.
4.4.6 F
racionamento cromatográfico do extrato metanólico
distans
Parte do extrato metanólico (10,0 g) também foi fracionada por cromatografia
em coluna via úmida,
utilizando
etila em polaridades crescentes. Dessa purificação foram obtidas 59 frações. Da
amostra 28, eluída com acetato de etila e metanol (91:9), foi obtido um sólido branco
(7,0 mg). Esse sólido
foi lav
mistura dos compostos denominados de
quantidade adicional da substância
em mistura não foram trabalhadas.
Fração 7-8/C
1
(60,0 mg)
1. Cromatografia em coluna
-
Eluentes (
8 e 9
foram reunidas e refracionadas, utilizando
procedimento similar àquele descrito anteriormente para a fração 6. A purificação da
reunião levou a obtenção de quantidade adicional de
QN1
procedimento de fracionamento da reunião de 7
, 8 e 9 é
mostrado no Fluxograma
. Purificação da reunião 7
-
8 e identificação da substância
As frações menos polares do extrato hexânico bruto dos
4, 5 e 6) foram analisadas por CG
/EM
componentes foram identificados por comparação de seus índices de retenção (IR)
-
padrão presentes na literatura ou em bibliotecas do sistema
racionamento cromatográfico do extrato metanólico
Parte do extrato metanólico (10,0 g) também foi fracionada por cromatografia
utilizando
-se como eluentes
, misturas de hexano
etila em polaridades crescentes. Dessa purificação foram obtidas 59 frações. Da
amostra 28, eluída com acetato de etila e metanol (91:9), foi obtido um sólido branco
foi lav
ado 3 vezes com metanol
e identificado como uma
mistura dos compostos denominados de
ES3 e ES4
. Além desses foi obtida
quantidade adicional da substância
ST7 (45,0 mg). As demais
em mistura não foram trabalhadas.
Fração 33'/C
4
(12,0 mg)
1. Cromatografia em coluna
: C
4
(CCVU);
Eluentes (
H:A 95:5);
88
foram reunidas e refracionadas, utilizando
-se
procedimento similar àquele descrito anteriormente para a fração 6. A purificação da
QN1
(12,0 mg). O
mostrado no Fluxograma
8 e identificação da substância
QN1.
As frações menos polares do extrato hexânico bruto dos
tubérculos de
/EM
(item 5.1.8). Os
componentes foram identificados por comparação de seus índices de retenção (IR)
padrão presentes na literatura ou em bibliotecas do sistema
racionamento cromatográfico do extrato metanólico
de Cyperus
Parte do extrato metanólico (10,0 g) também foi fracionada por cromatografia
, misturas de hexano
e acetato de
etila em polaridades crescentes. Dessa purificação foram obtidas 59 frações. Da
amostra 28, eluída com acetato de etila e metanol (91:9), foi obtido um sólido branco
e identificado como uma
. Além desses foi obtida
frações que estavam
QN1
Durante a
concentração
grande quantidade,
de um precipitado branco cristalino que foi separado do extrato
metanólico
bruto. O precipitado cristalino mostrou
metanol, clorofórmio, piridina e DMSO,
Após ser
analisado por RMN
4.6.1),
submetido à reação de acetilação (
sólido branco foi identificado como a substância
codificado como DS1Ac
.
4.4.7
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
prolixus
Parte do extrato hexânico bruto (
submetido ao fracionamento em coluna
éter de petróleo, hexano e acetato de etila.
que
, posteriormente, foram
(fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25 (fração 2)
(fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75 (fração 4), hexano (fração 5), hexano:
AcOEt 75:25 (fração 6), hexano: AcOEt 50:50 (fração 7), hexano: AcOEt 25:75
(fração 8) e AcOEt (fração 9)
anteriormente são demonstrados no Fluxograma
Fluxograma 17.
Fracionamento por
Fração 1
(15,0 mg)
Fração 2
(26,0 mg)
Fração 3
(17,0 mg)
concentração
da solução metanólica ocorreu a formação,
de um precipitado branco cristalino que foi separado do extrato
bruto. O precipitado cristalino mostrou
-
se insolúvel em acetato de etila,
metanol, clorofórmio, piridina e DMSO,
sendo solúvel somente em água destilada.
analisado por RMN
1
H,
13
C e DEPT,
testado com solução de Benedict (
submetido à reação de acetilação (
item 4.6.2)
e obtido seu ponto fusão, esse
sólido branco foi identificado como a substância
DS1
e seu derivado acetilado foi
.
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
Parte do extrato hexânico bruto (
7
,0 g) dos tubérculos de
submetido ao fracionamento em coluna
, utilizando-
se como eluentes misturas de
éter de petróleo, hexano e acetato de etila.
Foram
obtidas nove frações de 100 mL
, posteriormente, foram
reunidas em sete frações principais
(fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25 (fração 2)
, éter de petróleo:hexano 50:50
(fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75 (fração 4), hexano (fração 5), hexano:
AcOEt 75:25 (fração 6), hexano: AcOEt 50:50 (fração 7), hexano: AcOEt 25:75
(fração 8) e AcOEt (fração 9)
.
Os procedimentos experimentais execu
anteriormente são demonstrados no Fluxograma
17.
Fracionamento por
da cromatografia
em coluna do extrato hexânico dos
de Cyperus prolixus.
Extrato
Hexânico
(7,0 g)
Fração 3
(17,0 mg)
Fração 4
(15,8 mg)
Fração 5
(13,0 mg)
Fração 6
(4,8 g)
Fração 7
(123,0 mg)
1.
Cromatografia em coluna
- Eluentes (
éter de petróleo,
89
da solução metanólica ocorreu a formação,
em
de um precipitado branco cristalino que foi separado do extrato
se insolúvel em acetato de etila,
sendo solúvel somente em água destilada.
testado com solução de Benedict (
item
e obtido seu ponto fusão, esse
e seu derivado acetilado foi
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
de Cyperus
,0 g) dos tubérculos de
C. prolixus foi
se como eluentes misturas de
obtidas nove frações de 100 mL
reunidas em sete frações principais
: éter de petróleo
, éter de petróleo:hexano 50:50
(fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75 (fração 4), hexano (fração 5), hexano:
AcOEt 75:25 (fração 6), hexano: AcOEt 50:50 (fração 7), hexano: AcOEt 25:75
Os procedimentos experimentais execu
tados
em coluna do extrato hexânico dos
tubérculos
Fração 7
(123,0 mg)
Fração 8
(43,0 mg)
Fração 9
(25,7 mg)
Cromatografia em coluna
: C
1
(CC);
éter de petróleo,
hexano e AcOEt);
A fração 6
da coluna C
com
misturas de hexano e acetato de etila como eluentes
hexano:AcOEt
4% levou à obtenção da substância codificada como
frações eluida
s com os sistemas hexano:AcOEt 6%
identificadas as substâncias denominadas como
procedimento de fracionamento da fração 6 é mostrado no Fluxograma
As demais
frações
sendo purificadas. As
frações menos polares (1 a 5/C
e o
s componentes identificados por comparação de seus índices de retenção (IR)
com os das substâncias
-
CG/EM.
Fração 9/C
(15,2 mg)
TT1
Fluxograma
18
H:A
96:4
da coluna C
1
(4,8 g) foi purificada
por cromatografia em coluna
misturas de hexano e acetato de etila como eluentes
. A
4% levou à obtenção da substância codificada como
s com os sistemas hexano:AcOEt 6%
e hexano:AcOEt
identificadas as substâncias denominadas como
ST5 e ST1
, respectivamente.
procedimento de fracionamento da fração 6 é mostrado no Fluxograma
frações
do extrato hexânico dos tubérculos de
frações menos polares (1 a 5/C
1
) foram
analisadas por CG
s componentes identificados por comparação de seus índices de retenção (IR)
-
padrão presente
s na literatura ou em bibliotecas do sistema
Fração 6/ C
1
(4,8 g)
Fração 9/C
2
Fração 11/C
2
(20,0 mg)
ST5
Fração 14/C
18
. Purificação de compostos da fração 6 de
Cyperus
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (hexano, AcOEt);
H:A
94:6
90
por cromatografia em coluna
,
. A
fração eluída com
4% levou à obtenção da substância codificada como
TT1. Das
e hexano:AcOEt
8% foram
, respectivamente.
O
procedimento de fracionamento da fração 6 é mostrado no Fluxograma
18.
do extrato hexânico dos tubérculos de
C. prolixus estão
analisadas por CG
/EM
s componentes identificados por comparação de seus índices de retenção (IR)
s na literatura ou em bibliotecas do sistema
Fração 14/C
2
(30,2 mg)
ST1
Cyperus
prolixus.
Cromatografia em coluna
: C
2
(CC);
Eluentes (hexano, AcOEt);
H:A
92:8
4.4.8
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
brevifolia
O
extrato hexânico bruto (2,0 g) foi fracionado em coluna cromatográfica,
utilizando-
se como eluente misturas de éter de
em polaridades crescentes.
principais
: éter de petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25 (fração 2), éter
de petróleo:hexano 50:50 (fração 3), éter de
hexano (fração 5), hexano:AcOEt 75:25 (fração 6) e hexano:AcOEt 25:75 (fração 7)
Os procedimentos experimentais são resumidos no Fluxograma
(438,0 mg)
foi identificada como
codificadas como DT1,
DT2
mistura contendo a substância denominada
Fluxograma 19.
Fracionamento por
Fração 1/C
1
(438,0 mg)
MT1 + DT1 + DT2
Fração 2/C
(159,0 mg)
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
extrato hexânico bruto (2,0 g) foi fracionado em coluna cromatográfica,
se como eluente misturas de éter de
petróleo, hexano e acetato de etila,
em polaridades crescentes.
As frações resultantes foram reunidas em sete frações
: éter de petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25 (fração 2), éter
de petróleo:hexano 50:50 (fração 3), éter de
petróleo:hexano 25:75 (fração 4),
hexano (fração 5), hexano:AcOEt 75:25 (fração 6) e hexano:AcOEt 25:75 (fração 7)
Os procedimentos experimentais são resumidos no Fluxograma
foi identificada como
uma mistura constituída pelas sub
DT2
e MT1. A fração 3-4 (88,0 mg) foi
identificada
mistura contendo a substância denominada
DT6
como constituinte majoritário.
Fracionamento por
cromatografia em coluna do extrato
hexânico d
Kyllinga brevifolia.
Extrato
Hexânico (2,0 g)
Fração 2/C
1
(159,0 mg)
Fração 3-4/C
1
(88,0 mg)
DT6
Fração 5/C
1
(87,3 mg)
Fração 6/C
(639,7 mg)
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
91
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
de Kyllinga
extrato hexânico bruto (2,0 g) foi fracionado em coluna cromatográfica,
petróleo, hexano e acetato de etila,
As frações resultantes foram reunidas em sete frações
: éter de petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25 (fração 2), éter
petróleo:hexano 25:75 (fração 4),
hexano (fração 5), hexano:AcOEt 75:25 (fração 6) e hexano:AcOEt 25:75 (fração 7)
.
Os procedimentos experimentais são resumidos no Fluxograma
19. A fração 1
uma mistura constituída pelas sub
stâncias
identificada
como uma
como constituinte majoritário.
hexânico d
os rizomas de
Fração 6/C
1
(639,7 mg)
Fração 7/C
1
(56,5 mg)
Cromatografia em coluna
: C
1
(CC);
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
A fração 2 (159,0 mg) foi purificada por cromatografia em coluna via úmida
(coluna C
2
), utilizando-
se misturas de éter de petróleo e hexano como eluentes.
Foram obtidas
misturas das substâncias
cromatografia em camada delgada preparativa (CCDP), utilizando
petróleo como eluente, resultand
DT2
, como mostra o Fluxograma
Fluxograma 20
. Purificação dos compostos da fração 2 de
Verificou-
se que as frações
mas como a amostra 6 tinha uma massa maior essa foi selecionada para ser
purificada por
cromatografia em coluna
fração 2 e resultou em de 130 frações. Dessas reuniões
contendo DT3 e DT5
(36,0 mg)
substâncias DT3,
DT4
adicional dos compostos codificados como
Fração 1'/C
2
(2,0 mg)
DT1 + DT2
impuro
Fração 2'/C
DT1 +
DT2
(18,0 mg)
EP:H
95:5
A fração 2 (159,0 mg) foi purificada por cromatografia em coluna via úmida
se misturas de éter de petróleo e hexano como eluentes.
misturas das substâncias
DT1 e DT2
. A fração 2’ foi purificada por
cromatografia em camada delgada preparativa (CCDP), utilizando
petróleo como eluente, resultand
o na obtenção de quantidade adicional de
, como mostra o Fluxograma
20.
. Purificação dos compostos da fração 2 de
Kyllinga brevifolia
se que as frações
6 (639,7 mg) e 7 (56,5 mg) eram semelhantes,
mas como a amostra 6 tinha uma massa maior essa foi selecionada para ser
cromatografia em coluna
. A metodologia utilizada foi a mesma da
fração 2 e resultou em de 130 frações. Dessas reuniões
foi
(36,0 mg)
e outra que foi identificada
como uma mistura das
DT4
e DT5
(48,0 mg). Foi obtida também uma quantidade
adicional dos compostos codificados como
ES1 e ES2 (
24,2 mg) em mistura.
Fração 2/C
1
(140,0 mg)
Fração 2'/C
2
(26,0 mg)
DT1 + DT2
impuro
DT2
Fração 3'/C
2
(28,0 mg)
DT1 + DT2
impuro
Reunião 4'
(20,0 mg)
DT1
impuro
1. Cromatografia em coluna
: C
-
Eluentes (éter de petróleo,
1. CCDP;
- Eluente (éter de petróleo).
EP:H
95:5
EP:H
95:5
92
A fração 2 (159,0 mg) foi purificada por cromatografia em coluna via úmida
se misturas de éter de petróleo e hexano como eluentes.
. A fração 2’ foi purificada por
cromatografia em camada delgada preparativa (CCDP), utilizando
-se éter de
o na obtenção de quantidade adicional de
DT1 e
Kyllinga brevifolia
.
6 (639,7 mg) e 7 (56,5 mg) eram semelhantes,
mas como a amostra 6 tinha uma massa maior essa foi selecionada para ser
. A metodologia utilizada foi a mesma da
obtida uma mistura
como uma mistura das
(48,0 mg). Foi obtida também uma quantidade
24,2 mg) em mistura.
Reunião 4'
-6' /C
2
(20,0 mg)
DT1
+ DT2
impuro
: C
2
(CC);
Eluentes (éter de petróleo,
hexano);
EP:H
95:5
Os procedimentos realizados na purificação da fração 6 são mostrados no
Fluxograma 21.
Fluxograma 21
. Purificação dos compostos da fração 6 de
As frações 1, 2, 3
bruto dos rizomas de
K
componentes foram identificado
com os das substâncias
-
CG/EM.
Reunião 31'-
42'
C
3
(36,0 mg)
DT3 +
DT5
EP:H
96:4
Os procedimentos realizados na purificação da fração 6 são mostrados no
. Purificação dos compostos da fração 6 de
Kyllinga brevifolia
As frações 1, 2, 3
-
4 e 6 obtidas a partir do fracionamento extrato hexânico
K
. brevifolia foram analisadas por CG
/EM
componentes foram identificado
s por comparação de seus
índices
-
padrão presentes na literatura ou
em bibliotecas do sistema
Fração 6/C
1
(725,0 mg)
42'
(36,0 mg)
DT5
Reunião 92'-93'
C
3
(48,0 mg)
DT3 + DT4
+ DT5
Reunião 99'
C
3
(24,2 mg)
ES1
1.
Cromatografia em coluna
-
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
H:A
96:4
H:A
9
4:6
93
Os procedimentos realizados na purificação da fração 6 são mostrados no
Kyllinga brevifolia
.
4 e 6 obtidas a partir do fracionamento extrato hexânico
/EM
(item 5.1.10). Os
índices
de retenção (IR)
em bibliotecas do sistema
Reunião 99'
-103'
(24,2 mg)
ES1
+ ES2
Cromatografia em coluna
: C
3
(CCVU);
Eluentes (éter de petróleo, hexano, AcOEt);
H:A
4:6
4.4.9
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
Rhynchospora cephalotes
O
extrato hexânico bruto
fracionado em coluna,
hexano e acetato de etila em polaridades crescentes. Foram obtidas nove frações de
100 mL:
éter de petróleo (fração 1), éter de pe
petróleo:hexano 50:50 (fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75 (fração 4), hexano
(fração 5), hexano:AcOEt 75:25 (fração 6), hexano:AcOEt 50:50 (fração 7),
hexano:AcOEt 25:75 (fração 8) e AcOEt (fração 9)
executados anteriormente são demonstrados no Fluxograma
Fluxograma 22.
Fracionamento por
A fração 3 foi
identificada como
(HC1) com as frações
4 e 5 revelou que eram semelhantes.
A fração 6 (2,04 g) foi purificada por cromatografia em coluna, misturas de
hexano e acetato de etila como eluentes. A purificação da fração 6 levou a obtenção
Fração 1
(164,4 mg)
Fração 2
(18,9 mg)
Fração 3
(11,6 mg)
HC1
(10,5 mg)
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
Rhynchospora cephalotes
extrato hexânico bruto
(4,18 g)
dos tubérculos de
utilizando-
se como eluentes misturas de éter de petróleo,
hexano e acetato de etila em polaridades crescentes. Foram obtidas nove frações de
éter de petróleo (fração 1), éter de pe
tróleo:hexano 75:25 (fração 2), éter de
petróleo:hexano 50:50 (fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75 (fração 4), hexano
(fração 5), hexano:AcOEt 75:25 (fração 6), hexano:AcOEt 50:50 (fração 7),
hexano:AcOEt 25:75 (fração 8) e AcOEt (fração 9)
. Os proced
imentos experimentais
executados anteriormente são demonstrados no Fluxograma
22.
Fracionamento por
cromatografia em coluna do extrato
hexânico
Rynchospora cephalotes.
identificada como
HC1 (30,0 mg)
. A comparação da
4 e 5 revelou que eram semelhantes.
A fração 6 (2,04 g) foi purificada por cromatografia em coluna, misturas de
hexano e acetato de etila como eluentes. A purificação da fração 6 levou a obtenção
Extrato Hexânico
(4,18 g)
Fração 3
(11,6 mg)
HC1
(10,5 mg)
Fração 4
(24,6 mg)
Fração 5
(68,3 mg)
Fração 6
(2,04 g)
Fração 7
(131,3 mg)
1.
Cromatografia em coluna
- Eluentes (
éter de petróleo,
94
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
de
dos tubérculos de
R. cephalotes foi
se como eluentes misturas de éter de petróleo,
hexano e acetato de etila em polaridades crescentes. Foram obtidas nove frações de
tróleo:hexano 75:25 (fração 2), éter de
petróleo:hexano 50:50 (fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75 (fração 4), hexano
(fração 5), hexano:AcOEt 75:25 (fração 6), hexano:AcOEt 50:50 (fração 7),
imentos experimentais
hexânico
dos tubérculos de
. A comparação da
fração 3
A fração 6 (2,04 g) foi purificada por cromatografia em coluna, misturas de
hexano e acetato de etila como eluentes. A purificação da fração 6 levou a obtenção
Fração 7
(131,3 mg)
Fração 8
(61,9 mg)
Fração 9
(36,2 mg)
Cromatografia em coluna
: C
1
(CC);
éter de petróleo,
hexano e AcOEt);
de
uma fração contendo
codificada como ES5
. Obteve
codificados como ES1
e
no Fluxograma 23.
Fluxograma 23
. Purificação dos compostos da fração 6 de
As frações menos polares do extrato hexânico dos tubérculos de
R. cephalotes (1 e 2/C
1
) foram analisadas por CG
foram identificados por comparação de seus índices de retenção (IR) com os das
substâncias-
padrão presentes na literatura ou em bibliotecas do sistema CG/EM.
Existem outras frações do extrato hexânico dos tubérculos de
serem estudadas.
Reunião 41'-
47'
C
2
(16,85 mg)
ES5
H:A
99:1
uma fração contendo
TT2 e outra contendo,
principalmente
. Obteve
-
se ainda uma mistura contendo os compostos
e
ES2.
O procedimento de purificação da fração 6 é mostrado
. Purificação dos compostos da fração 6 de
Rynchospora cephalotes.
As frações menos polares do extrato hexânico dos tubérculos de
) foram analisadas por CG
/EM (
item 5.1.14
foram identificados por comparação de seus índices de retenção (IR) com os das
padrão presentes na literatura ou em bibliotecas do sistema CG/EM.
Existem outras frações do extrato hexânico dos tubérculos de
Fração 6/C
1
(2,04 g)
47'
(16,85 mg)
Reunião 121'-132'
C
2
(21,5 mg)
TT2
Reunião 181'
C
2
(33,7 mg)
ES1
1.
Cromatografia em coluna
- Eluentes (hexano e
AcOEt);
H:A
94:6
H:A
84:16
95
principalmente
, a substância
se ainda uma mistura contendo os compostos
O procedimento de purificação da fração 6 é mostrado
Rynchospora cephalotes.
As frações menos polares do extrato hexânico dos tubérculos de
item 5.1.14
). Os componentes
foram identificados por comparação de seus índices de retenção (IR) com os das
padrão presentes na literatura ou em bibliotecas do sistema CG/EM.
Existem outras frações do extrato hexânico dos tubérculos de
R. cephalotes para
Reunião 181'
-193'
(33,7 mg)
ES1
+ ES2
Cromatografia em coluna
: C
2
(CC);
AcOEt);
H:A
84:16
4.4.10
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
bracteata
Parte do extrato hexânico bruto dos tubérculos de
submetido ao fracionamento em coluna cromatográfica, utilizando
misturas de éter de petróleo, hexano e acetato de etila (Fluxograma
obtidas nove frações:
éter de petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25
(fração
2), éter de petróleo:hexano 50:50 (fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75
(fração 4), hexano (fração 5), hexano:AcOEt 75:25 (fração 6), hexano:AcOEt 50:50
(fração 7), hexano:AcOEt 25:75 (fração 8) e AcOEt (fração 9).
adotados no fracion
amento do extrato hexânico e purificação das frações obtidas
são mostrados no Fluxograma 24
Fluxograma 24.
Fracionamento por
A fração 1 (739,0 mg) foi purificada por cromatografia em coluna, utilizando
como eluentes misturas
crescente
s. A purificação da fração 1 levou a obtenção de uma fração contendo a
Fração 1
(739,0 mg)
Fração 2
(360,1 mg)
Fração 3
(96,2 mg)
TT1
(22,0 mg)
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
Parte do extrato hexânico bruto dos tubérculos de
S.
bracteata
submetido ao fracionamento em coluna cromatográfica, utilizando
misturas de éter de petróleo, hexano e acetato de etila (Fluxograma
éter de petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25
2), éter de petróleo:hexano 50:50 (fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75
(fração 4), hexano (fração 5), hexano:AcOEt 75:25 (fração 6), hexano:AcOEt 50:50
(fração 7), hexano:AcOEt 25:75 (fração 8) e AcOEt (fração 9).
amento do extrato hexânico e purificação das frações obtidas
são mostrados no Fluxograma 24
.
Fracionamento por
cromatografia em coluna do extrato hexânico
Scleria bracteata.
A fração 1 (739,0 mg) foi purificada por cromatografia em coluna, utilizando
como eluentes misturas
éter de petróleo,
hexano e acetato de etila em polaridades
s. A purificação da fração 1 levou a obtenção de uma fração contendo a
Extrato
Hexânico (3,04 g)
Fração 3
(96,2 mg)
TT1
(22,0 mg)
Fração 4
(75,1 mg)
Fração 5
(52,0 mg)
Fração 6
(2,33 g)
Fração 7
(215,5 mg)
1.
Cromatografia em coluna
- Eluentes (
éter de petróleo,
96
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
de Scleria
bracteata
(3,04 g) foi
submetido ao fracionamento em coluna cromatográfica, utilizando
-se como eluentes
misturas de éter de petróleo, hexano e acetato de etila (Fluxograma
24). Foram
éter de petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 75:25
2), éter de petróleo:hexano 50:50 (fração 3), éter de petróleo:hexano 25:75
(fração 4), hexano (fração 5), hexano:AcOEt 75:25 (fração 6), hexano:AcOEt 50:50
(fração 7), hexano:AcOEt 25:75 (fração 8) e AcOEt (fração 9).
Os procedimentos
amento do extrato hexânico e purificação das frações obtidas
cromatografia em coluna do extrato hexânico
dos tubérculos de
A fração 1 (739,0 mg) foi purificada por cromatografia em coluna, utilizando
-se
hexano e acetato de etila em polaridades
s. A purificação da fração 1 levou a obtenção de uma fração contendo a
Fração 7
(215,5 mg)
Fração 8
(27,8 mg)
Fração 9
(4,6 mg)
Cromatografia em coluna
: C
1
(CCVU);
éter de petróleo,
hexano e AcOEt);
substância codificada como
constituinte principal o composto
A fração 3
foi
composto codificado como
TT1
com as frações 2 e 4 revelou que eram semelhantes.
A fração 6 também foi purificada utilizando procedimento
descrito anteriormente para fração
posteriormente, foram
identificadas como
TAG
mostra os procedimentos descritos anteriormente.
Fluxograma 25
. Purificação dos compostos das frações 1 e 6 de
Fração 3'/ C
2
(30,0 mg)
HC1
EP
substância codificada como
HC1 (30,0 mg) e
também outra contendo
constituinte principal o composto
ES5 (10,0 mg).
foi
identificada como sendo
formada, principalmente,
composto codificado como
TT1 (Fluxograma 25, p. 96).
A comparação da substância
com as frações 2 e 4 revelou que eram semelhantes.
A fração 6 também foi purificada utilizando procedimento
descrito anteriormente para fração
1.
Foram obtidas
reunidas. As amostras analisadas por RMN foram
TAG
e uma mistura contendo ES1 e ES2
. O Fluxograma abaixo
mostra os procedimentos descritos anteriormente.
. Purificação dos compostos das frações 1 e 6 de
Scleria
Extrato
Hexânico (3,04 g)
Fração 1/C
1
(739,0 mg)
Reunião 40'-47'
C
2
(10,0 mg)
ES5
Fração 6/C
(2,33 g)
Reunião 159'
C
3
(23,0 mg)
ES1 + ES2
1. Cromatografia em coluna
-
Eluentes (éter de petróleo, hexano
e AcOEt);
1. CC: C
2
;
EP
97
também outra contendo
como
formada, principalmente,
pelo
A comparação da substância
A fração 6 também foi purificada utilizando procedimento
similar aquele
Foram obtidas
266 frações que,
reunidas. As amostras analisadas por RMN foram
. O Fluxograma abaixo
Scleria
bracteata.
Fração 6/C
1
(2,33 g)
Reunião 159'
-172'
(23,0 mg)
ES1 + ES2
1. Cromatografia em coluna
: C
1
(CC);
Eluentes (éter de petróleo, hexano
1. CC: C
3
;
H:A 95:5
A fração 55-59
/C
analisada por CG/EM
comparação de seus índices de retenção (IR) com os das substâncias
presentes na literatura ou em bibliotecas do sistema
4.4.11
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
Torulinium odoratum
Parte do extrato hexânico bruto (3,0 g) foi submetido ao fracionamento em
coluna, utilizando-
se como eluentes misturas hexano e acetato de etila em
polaridades
crescentes. As frações resultantes foram reunidas em sete frações
principais
: éter de petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 50:50 (fração 2), éter
de petróleo:hexano 25:75 (fração 3), hexano (fração 4), hexano:AcOEt 75:25 (fração
5), hexano:AcOEt 50
:50 (fração 6) e hexano:AcOEt 25:75 (fração 7)
procedimentos experimentais executados anteriormente são demonstrados no
Fluxograma 26.
Fluxograma 26
. Fracionamento
Fração 1/C
1
(110,0 mg)
Fração 2/C
(3,0 mg)
/C
2
oriunda da purificação da
fração 1 de
(item 5.1.16)
. Os componentes foram identificados por
comparação de seus índices de retenção (IR) com os das substâncias
presentes na literatura ou em bibliotecas do sistema
CG/EM.
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
Torulinium odoratum
Parte do extrato hexânico bruto (3,0 g) foi submetido ao fracionamento em
se como eluentes misturas hexano e acetato de etila em
crescentes. As frações resultantes foram reunidas em sete frações
: éter de petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 50:50 (fração 2), éter
de petróleo:hexano 25:75 (fração 3), hexano (fração 4), hexano:AcOEt 75:25 (fração
:50 (fração 6) e hexano:AcOEt 25:75 (fração 7)
procedimentos experimentais executados anteriormente são demonstrados no
. Fracionamento
por cromatografia em
coluna do extrato hexânico
Torulinium odoratum.
Extrato
Hexânico (3,0 g)
Fração 2/C
1
Fração 3/C
1
(2,0 mg)
Fração 4/C
1
(2,0 mg)
Fração 5/C
1
(910,0 mg)
Fração 6/C
(460,0 mg)
1.
Cromatografia em coluna
- Eluentes (hexano e
AcOEt);
98
fração 1 de
S. bracteata
foi
. Os componentes foram identificados por
comparação de seus índices de retenção (IR) com os das substâncias
-padrão
Fracionamento cromatográfico do extrato hexânico
de
Parte do extrato hexânico bruto (3,0 g) foi submetido ao fracionamento em
se como eluentes misturas hexano e acetato de etila em
crescentes. As frações resultantes foram reunidas em sete frações
: éter de petróleo (fração 1), éter de petróleo:hexano 50:50 (fração 2), éter
de petróleo:hexano 25:75 (fração 3), hexano (fração 4), hexano:AcOEt 75:25 (fração
:50 (fração 6) e hexano:AcOEt 25:75 (fração 7)
. Os
procedimentos experimentais executados anteriormente são demonstrados no
coluna do extrato hexânico
dos tubérculos de
Fração 6/C
1
(460,0 mg)
Fração 7/C
1
(190,0 mg)
Cromatografia em coluna
: C
1
(CC);
AcOEt);
A fração 5 (910,0 mg) foi purificada também por cromatografia em coluna,
utilizando-
se como eluentes misturas de hexano e acetato de etila em polaridades
crescentes. As 63 frações resultantes foram reunidas. A purificação da fração 5
levou à obtenção de um
a fração contendo
compostos denominados
adicional da substância
são mostrados no Fluxograma
Fluxograma 27
. Purificação dos compostos da fração 5
As frações 6 (460,0 mg) e 7 (190,0 mg) foram submetidas à cromatografia
coluna, utilizando-
se procedimento similar àquele descrito anteriormente.
amostras resultantes
foram reunidas e estão sendo analisadas
outras substâncias.
As frações menos polares do extrato hexânico dos tubérculos de
(1, 2-4/C
1
) foram analisadas por CG/EM.
Fração 8'/C
2
(18,0 mg)
ES5
H:A
99:1
A fração 5 (910,0 mg) foi purificada também por cromatografia em coluna,
se como eluentes misturas de hexano e acetato de etila em polaridades
crescentes. As 63 frações resultantes foram reunidas. A purificação da fração 5
a fração contendo
ES5 (18,0 mg)
e uma mistura
compostos denominados
ES1 e ES2 (14,0 mg). Obteve-se
ainda uma quantidade
adicional da substância
ST5 (40,0 mg)
. Os procedimentos adotados nesse processo
são mostrados no Fluxograma
27.
. Purificação dos compostos da fração 5
de
Torulinium odoratum
As frações 6 (460,0 mg) e 7 (190,0 mg) foram submetidas à cromatografia
se procedimento similar àquele descrito anteriormente.
foram reunidas e estão sendo analisadas
,
a fim de se identificar
As frações menos polares do extrato hexânico dos tubérculos de
) foram analisadas por CG/EM.
Fração 5/C
1
(910,0 mg)
2
Reunião 12'-13'
C
2
(40,0 mg)
ST5
Fração 32'/C
(14,0 mg)
ES1
1.
Cromatografia em coluna
- Eluentes (hexano e
AcOEt);
H:A
98:2
H:A
93:7
99
A fração 5 (910,0 mg) foi purificada também por cromatografia em coluna,
se como eluentes misturas de hexano e acetato de etila em polaridades
crescentes. As 63 frações resultantes foram reunidas. A purificação da fração 5
e uma mistura
contendo os
ainda uma quantidade
. Os procedimentos adotados nesse processo
Torulinium odoratum
.
As frações 6 (460,0 mg) e 7 (190,0 mg) foram submetidas à cromatografia
em
se procedimento similar àquele descrito anteriormente.
As
a fim de se identificar
As frações menos polares do extrato hexânico dos tubérculos de
T. odoratum
Fração 32'/C
2
(14,0 mg)
ES1
+ ES2
Cromatografia em coluna
: C
2
(CC);
AcOEt);
100
4.5 DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL DAS SUBSTÂNCIAS
A determinação estrutural dos compostos químicos obtidos foi feita utilizando-
se técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) uni- e bidimensionais.
4.6 DESCRIÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES E ENSAIOS QUÍMICOS
4.6.1 Teste de Benedict
A substância DS1 (50,0 mg) foi dissolvida em 25 mL de água destilada. Em
seguida, 2,5 mL da solução de Benedict foram adicionados. A solução obtida foi
aquecida em banho maria por 5 minutos a 100 °C. O material foi mantido em
repouso durante 24 horas, na ausência de luz (SHRINER et al., 1980). Verificou-se
que o houve formação de um precipitado vermelho-tijolo característico de
açúcares redutores.
4.6.2 Acetilação com anidrido acético/acetato de sódio
Foram misturados 50,0 mg do sólido DS1 com 0,35 g de acetato de sódio e
3,5 mL de anidrido acético. A mistura foi aquecida em banho maria, com agitação
constante por 2 horas. Ao final de 2 horas a solução foi resfriada e 50 mL de água
destilada gelada foram adicionados vagarosamente. A mistura foi mantida em
repouso, com agitação ocasional, até o que excesso de anidrido acético fosse
hidrolisado (SHRINER et al., 1980). O material acetilado foi extraído em uma ampola
de decantação com clorofórmio. O material acetilado foi codificado como DS1Ac
(24,0 mg).
101
4.6.3 Acetilação com anidrido acético/piridina
Uma amostra de ST4 (10,0 mg) foi solubilizada em 1 mL de piridina, em
seguida foi adicionado o anidrido acético (1 mL). A mistura foi mantida em repouso à
temperatura ambiente durante 12 horas na ausência de luminosidade. Após esse
período, foi adicionada água destilada resfriada à mistura. O produto da acetilação
foi extraído com clorofórmio numa ampola de decantação. A solução clorofórmica
obtida, contendo o material acetilado, foi lavada primeiramente com solução de HCl
de concentração 1N e novamente com água destilada resfriada, também em uma
ampola de decantação. Após a secagem com Na
2
SO
4
anidro e filtração, o solvente
foi evaporado à temperatura ambiente (SHRINER et al., 1980). O material acetilado
obtido foi codificado como ST4Ac (8,9 mg).
4.6.4 Síntese de derivados da 2,4-dinitrofenilidrazina
Inicialmente, foi preparada uma solução da 2,4-dinitrofenilidrazina: em um
béquer foi adicionado 0,2 g de 2,4-dinitrofenilidrazina juntamente com 1 mL de ácido
sulfúrico concentrado. Posteriormente foi adicionado cerca de 1,0 mL de água
destilada, gota a gota, agitando-se até a completa solubilização. Após a solução ser
aquecida em chapa aquecedora, 5 mL de etanol a 95% foram adicionados
(SHRINER et al., 1980).
Parte da amostra contendo a substância ST4 (11,0 mg) foi dissolvida em
10 mL de etanol a 95%. À amostra dissolvida, foi adicionada a solução de
2,4-dinitrofenilidrazina. A solução resultante foi deixada em repouso à temperatura
ambiente. Após alguns minutos ocorreu a formação da 2,4-dinitrofenilidrazona
correspondente (ST4DNP) na forma de pequenos cristais avermelhados (8,3 mg). O
precipitado obtido foi recristalizado. Em um béquer foi solubilizada a quente
utilizando-se manta aquecedora a 2,4-dinitrofenilidrazona em 15 mL de etanol a 95%
(SHRINER et al., 1980). Após solubilização, foi adicionada água. A solução obtida foi
mantida em repouso, à temperatura ambiente, até a cristalização completa (após
24 h). Foi determinado o ponto de fusão do derivado obtido (pf. 210-212°C).
102
A fração contendo o composto ST7 (33,6 mg) também foi submetida à reação
com 2,4-dinitrofenilidrazina como descrito anteriormente, obtendo-se o derivado
ST7DNP (27,6 mg), cujo ponto de fusão foi de 226-230°C.
4.7 BIOENSAIOS ALELOPÁTICOS
Os extratos orgânicos obtidos dos rizomas e tubérculos de C. articulatus var.
articulatus, C. articulatus var. nodosus, C. giganteus, C. distans, C. prolixus,
K. brevifolia, R. cephalotes, S. bracteata e T. odoratum, foram testados a fim de se
avaliar a capacidade de inibição dos mesmos frente à germinação de sementes de
espécies invasoras de pastagens. Foram testados ainda os óleos essenciais obtidos
dos tubérculos de C. articulatus var. nodosus e C. giganteus e as substâncias
isoladas ST5, ST7 e QN1, em diferentes concentrações. Para os óleos essenciais e
as substâncias foram avaliados o potencial de inibição de germinação e a
capacidade de inibição do desenvolvimento da radícula e do hipocótilo de sementes
pré-germinadas de espécies invasoras de pastagens. Foram testadas as sementes
de duas plantas daninhas, Mimosa pudica, conhecida como malícia, e Senna
obtusifolia, conhecida como mata-pasto, além de uma leguminosa forrageira,
Pueraria phaseoloides, conhecida como puerária.
4.7.1 Bioensaio de germinação
Os bioensaios de germinação foram realizados em placas de Petri de 9 cm de
diâmetro. Vinte sementes de cada espécie invasora foram colocadas na placa de
Petri sobre uma folha papel de filtro (Whatman nº1) umedecido com 3 mL da
solução-teste. O solvente puro (hexano) foi testado previamente para avaliar sua
influência na germinação das sementes e, depois de sua evaporação do papel de
filtro e da adição de água destilada, nenhum efeito residual foi observado. Após a
evaporação do solvente, 3 mL de água destilada foram adicionados a cada placa de
Petri. Quando necessária mais água foi adicionada para manter a concentração da
solução. Os resultados obtidos foram comparados com o teste branco, no qual foi
adicionada somente água
um período de 10 dias, em condições controladas de temperatura, a 25
fotoperíodo de 12 horas.
Os extratos hexânico, diclorometânico e metanólico de
C. giganteus
e os extratos hexânico e metanólico de
distans, C. prolixus,
K. brevifolia
submetidos a bio
ensaio na concentração de 1% (m/v), as soluções foram preparadas
nos mesmos solventes dos extratos. Soluções hexânicas do óleo essencial de
C. articulatus var.
nodosus
20, 50 e 100 mg L
-1
e da
20, 50, 100 mg L
-1
foram preparadas e ensaiadas assim como foi descrito
anteriormente para o extrato hexânico.
Fotografia 14
. Ensaio alelopático de germi
(2), sementes ensaiadas (3), câmara de fotoperíodo (4), placas de Petri na câmara de fotoperíodo (5)
e sementes germinadas (6).
Petri. Quando necessária mais água foi adicionada para manter a concentração da
solução. Os resultados obtidos foram comparados com o teste branco, no qual foi
adicionada somente água
à placa de Petri. Os bio
ensaios foram monitorados durante
um período de 10 dias, em condições controladas de temperatura, a 25
fotoperíodo de 12 horas.
Na Fotografia 14 são mostrada
s algumas etapas do ensaio.
Os extratos hexânico, diclorometânico e metanólico de
C. articulatus
e os extratos hexânico e metanólico de
C. articulatus
K. brevifolia
, R. cephalotes, S. bracteata
e
ensaio na concentração de 1% (m/v), as soluções foram preparadas
nos mesmos solventes dos extratos. Soluções hexânicas do óleo essencial de
nodosus
a 10, 20 e 30 mg L
-1
;
do óleo essencial de
e da
s substâncias ST5 e QN1 a 150
, 200 e 250
foram preparadas e ensaiadas assim como foi descrito
anteriormente para o extrato hexânico.
. Ensaio alelopático de germi
nação:
solução hexânica a 50 mg
(2), sementes ensaiadas (3), câmara de fotoperíodo (4), placas de Petri na câmara de fotoperíodo (5)
103
Petri. Quando necessária mais água foi adicionada para manter a concentração da
solução. Os resultados obtidos foram comparados com o teste branco, no qual foi
ensaios foram monitorados durante
um período de 10 dias, em condições controladas de temperatura, a 25
°C, e
s algumas etapas do ensaio.
C. articulatus
var. nodosus e
C. articulatus
var. articulatus, C.
e
T. odoratum foram
ensaio na concentração de 1% (m/v), as soluções foram preparadas
nos mesmos solventes dos extratos. Soluções hexânicas do óleo essencial de
do óleo essencial de
C. giganteus a
, 200 e 250
mg L
-1
e ST7 a
foram preparadas e ensaiadas assim como foi descrito
solução hexânica a 50 mg
L
-1
(1), placas de Petri
(2), sementes ensaiadas (3), câmara de fotoperíodo (4), placas de Petri na câmara de fotoperíodo (5)
104
Os bioensaios foram feitos em triplicata para cada espécie invasora e a
inibição da germinação foi calculada de acordo com a equação abaixo:
% ݀݁ ܾ݅݊݅݅çã݋ = 1 −
Σ
Σ
× 100
Em que, Σ
é a média da somatória dos percentuais de germinação para a
solução testada e ߑ
é a média da somatória dos percentuais de germinação
para o teste branco.
4.7.2 Bioensaio de desenvolvimento da radícula e hipocótilo
Quatro sementes pré-germinadas de cada espécie foram colocadas em uma
placa de Petri contendo uma folha papel de filtro (Whatman nº1) umedecida com 3
mL de solução-teste do óleo essencial. Em ensaio prévio, foi observado que o
solvente puro o afetava o crescimento da radícula ou do hipocótilo. Após a
evaporação do solvente, 3 mL de água destilada foi adicionada. Posteriormente,
mais água foi adicionada para manter a concentração da solução durante o ensaio.
As placas de Petri foram monitoradas durante um período de 10 dias, em condições
controladas de temperatura, a 25°C, e fotoperíodo de 12 horas. Após esse período,
os comprimentos da radícula e do hipocótilo foram medidos e comparados com
aqueles do teste branco. Foram avaliadas as atividades dos óleos essenciais de
C. articulatus var. nodosus a 10, 20 e 30 mg L
-1
e C. giganteus a 20, 50 e 100 mg L
-1
frente o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo de M. pudica, S. obtusifolia e
P. phaseoloides. O efeito inibitório de ST7 a 20, 50, 100 mg L
-1
e de QN1 a 150, 200
e 250 mg L
-1
também foi avaliado frente o desenvolvimento da radícula e do
hipocótilo de M. pudica, S. obtusifolia e P. phaseoloides. Na Fotografia 15 (p. 105)
são mostradas algumas etapas do ensaio de desenvolvimento da radícula e
hipocótilo.
Fotografia 15
. Ensaio alelopático de desenvolvimento da radícula e do hipocótilo: sementes pré
germinadas na placa de Petri (1), sementes de
abaixo) (2), sementes de
Senna obtusifolia
Os bio
ensaios foram feitos em triplicata para cada
inibição d
o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo
a equação abaixo:
Em que, Σ
é a média da somatória dos percentuais de crescimento (radícula ou
hipocótilo) para a solução testada e
de crescimento para o teste branco.
4.8
DELINEAMENTO EXPERIM
O delinea
mento experimental foi inteiramente casualizado, ou seja,
considerou-
se que as placas de Petri foram submetidas a condições de temperatura
e intensidade de
luz constante
utilizando-
se o teste F, para estabelecer se as médias em estudo
iguais. As médias obtidas foram comparadas pelo teste de Tukey (5%) para detectar
quais médias eram
estatisticamente diferent
no software Statistical
Analyses
. Ensaio alelopático de desenvolvimento da radícula e do hipocótilo: sementes pré
germinadas na placa de Petri (1), sementes de
Mimosa pudica
(substância
Senna obtusifolia
(substância-acima, teste branco-
abaixo)
ensaios foram feitos em triplicata para cada
espécie invasora
o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo
foi calculada
% ݀݁ ܾ݅݊݅݅çã݋ 1 െ
Σ
Σ
ൈ 100
é a média da somatória dos percentuais de crescimento (radícula ou
hipocótilo) para a solução testada e
Σ
é a média da somatória dos percentuais
de crescimento para o teste branco.
DELINEAMENTO EXPERIM
ENTAL E
TRATAMENTO ESTATÍSTI
mento experimental foi inteiramente casualizado, ou seja,
se que as placas de Petri foram submetidas a condições de temperatura
luz constante
. Os dados foram submetidos à análise de variância,
se o teste F, para estabelecer se as médias em estudo
iguais. As médias obtidas foram comparadas pelo teste de Tukey (5%) para detectar
estatisticamente diferent
es das demais. As análises foram feitas
Analyses
System - SAS (1998).
105
. Ensaio alelopático de desenvolvimento da radícula e do hipocótilo: sementes pré
-
(substância
-acima, teste branco-
abaixo)
(3).
espécie invasora
e a
foi calculada
de acordo com
é a média da somatória dos percentuais de crescimento (radícula ou
é a média da somatória dos percentuais
TRATAMENTO ESTATÍSTI
CO
mento experimental foi inteiramente casualizado, ou seja,
se que as placas de Petri foram submetidas a condições de temperatura
. Os dados foram submetidos à análise de variância,
se o teste F, para estabelecer se as médias em estudo
seriam ou não
iguais. As médias obtidas foram comparadas pelo teste de Tukey (5%) para detectar
es das demais. As análises foram feitas
106
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 DETEMINAÇÃO ESTRUTURAL
Neste capítulo serão discutidas as propostas estruturais das substâncias
isoladas ou identificadas dos extratos dos rizomas e tubérculos de C. articulatus var.
articulatus, C. articulatus var. nodosus, C. distans, C. giganteus, C. prolixus,
K. brevifolia, R. cephalotes, S. bracteata, T. odoratum. Os dados espectrais obtidos
para essas substâncias foram comparados com aqueles encontrados na literatura.
As siglas usadas para identificar as substâncias são relativas às classes a que
pertencem: HC para hidrocarbonetos, TAG para triacilgliceróis, ES para esteróides,
EG para ésteres graxos, MT para monoterpenos, ST para sesquiterpenos, DT para
diterpenos, DS para dissacarídeo, QN para quinona e TT para triterpeno.
5.1.1 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de
Cyperus articulatus var. nodosus
A investigação química do extrato hexânico dos tubérculos de C. articulatus
var. nodosus levou à identificação dos sesquiterpenos α-ciperona (ST1), mustacona
(ST2), corimbolona (ST3), isocorimbolona (ST4), dos esteróides estigmasterol (ES1)
e sitosterol (ES2) e do triterpeno esterificado 24-metilenocicloartan-3-ol (TT1). As
estruturas dos compostos identificados encontram-se na Figura 18 (p. 107).
107
HO
H
H H
HO
H
H H
O
O
OH
O
ST1 (α-ciperona)
ST2 (mustacona)
ST3 (corimbolona)
H
O
OH
ST4 (isocorimbolona)
ES1 (estigmasterol)
ES2 (sitosterol)
TT1 (éster graxo do 24-metilenocicloartan-3-ol)
CH
3
(CH
2
)
n
COO
Figura 18. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos tubérculos de Cyperus
articulatus var. nodosus.
108
5.1.1.1 Determinação estrutural da substância ST1
A substância codificada como ST1 foi identificada como o sesquiterpeno
eudesmânico α-ciperona, cuja estrutura é mostrada a seguir. A substância ST1 foi
identificada numa mistura contendo o sesquiterpeno ST2, triacilgliceróis e outros
componentes em menor proporção.
O
ST1
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
15
14
11
12
13
A análise do espectro de RMN
1
H (Figura 19, p. 109) dessa substância mostra
um singleto em δ
H
4,76 atribuído aos hidrogênios de um grupo metilidênico (H-12),
singletos em δ
H
1,77 e 1,78 referentes aos hidrogênios de dois grupos metílicos
ligados a carbonos olefínico (Me-13 e Me-14) e um singleto em δ
H
1,22 atribuído aos
hidrogênios de grupo metílico (Me-15). A comparação dos dados de RMN
1
H da
substância ST1 com os encontrados na literatura para a α-ciperona (HAAKSMA;
JANSEN; GROOT, 1992) levou à identificação de ST1 como sendo essa substância.
Na Tabela 8 (p. 115) são mostrados os dados de RMN
1
H de ST1 e da α-ciperona.
A confirmação da identificação da substância ST1 se deu mediante análise
dos espectros de RMN
13
C (Figura 20, p. 110) e DEPT (Figura 21, p. 110). O
espectro de RMN
13
C do composto ST1 apresenta um sinal em δ
C
199,2 relativo ao
carbono carbonílico de cetona conjugada (C-3). Em δ
C
128,8 e 162,1 são observados
sinais referentes a carbonos olefínicos totalmente substituídos (C-4 e C-5,
respectivamente), além de sinais em δ
C
149,2 e 109,2 característicos de carbonos de
ligação dupla vinilidênica (C-11 e C-12, respectivamente). Na Tabela 9 (p. 115)
são
comparados os dados de RMN
13
C do composto ST1 com os encontrados na
109
literatura para a substância α-ciperona (HUUFMAN et al., 1980). As atribuições dos
sinais foram propostas a partir dos dados de DEPT e por comparação com dados da
literatura (HUFFMAN et al., 1980). A presença do grupo carbonílico em C-3 resulta
num efeito de proteção no grupo metílico Me-14, o que explica o deslocamento
δ
C
10,9.
A substância α-ciperona foi isolada em estudo anterior do extrato éter de
petróleo dos rizomas de C. articulatus (GARBARINO; CHAMY; GAMBARO, 1985) e
identificada no óleo essencial (ZOGHBI et al; 2008). A fração contendo ST1 foi
analisada por CG/EM (Figura 44, p. 136).
Figura 19. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST1.
110
Figura 20.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de ST1.
Figura 21. Espectro de DEPT de ST1.
111
5.1.1.2 Determinação estrutural da substância ST2
A substância ST2, identificada como o sesquiterpeno mustacona, encontrava-
se numa mistura na qual era o componente principal. Sua estrutura, mostrada a
seguir, apresenta um esqueleto eudesmânico modificado, com uma ligação entre
C-1 e C-6.
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
15
14
12
11
13
ST2
O espectro de RMN
1
H (Figuras 22 a 24, p. 112-113) dessa substância
apresenta um dubleto em δ
H
1,99 (J= 1,5 Hz) referente a hidrogênios de grupo
metílico (Me-14) ligado a carbono olefínico (C-4); dois dubletos centralizados em
δ
H
0,85 e 0,83 (J= 6,6 Hz) referentes aos hidrogênios das metilas geminais do grupo
isopropila (Me-12 e Me-13, respectivamente). Observam-se ainda um singleto em δ
H
0,96 relativo aos hidrogênios do grupo metílico Me-15 da junção dos anéis do
sistema decalínico, um quarteto δ
H
5,74 (J= 1,5 Hz) atribuído ao hidrogênio olefínico
(H-3) que acopla com hidrogênios de uma metila (Me-14). São observados ainda um
dubleto δ
H
2,68 (J= 6,0) atribuído a H-1 e um singleto largo em δ
H
2,66 atribuído a
H-6 que evidenciam a presença de um esqueleto mais complexo. Os dados de RMN
1
H obtidos para ST2 são comparados com aqueles encontrados na literatura
(NYASSE et al., 1988b) para a mustacona na Tabela 8 (p. 115).
112
Figura 22. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST2.
Figura 23. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST2 (expansão 1).
Figura 24.
Espectro de RMN
Os espectros de RMN
substância ST2,
evidenciam a presença de um sinal
carbono carbonílico de cetona
aos carbonos olefínicos de dupla trissubstituída conjugada a carbonila e quatro
sinais de carbonos metílicos e
respectivamente) entre os demais sinais. A comparação dos dados de RMN
substância ST2
com os encontrados na literatura (NYASSE
mustacona (Tabela 9
,
substância.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST2
(expansão 2).
Os espectros de RMN
13
C (Figura 25, p. 114) e DEPT (
Figura
evidenciam a presença de um sinal
δ
C
204,2 característico de
carbono carbonílico de cetona
conjugada (C-2); sinais em δ
C
170,1 e 121,3 relativos
aos carbonos olefínicos de dupla trissubstituída conjugada a carbonila e quatro
sinais de carbonos metílicos e
m δ
C
19,5; 19,9; 20,3; 23,7 (C
respectivamente) entre os demais sinais. A comparação dos dados de RMN
com os encontrados na literatura (NYASSE
et al
,
p. 115), levou a identificação de
ST2
113
(expansão 2).
Figura
26, p. 114) da
204,2 característico de
170,1 e 121,3 relativos
aos carbonos olefínicos de dupla trissubstituída conjugada a carbonila e quatro
19,5; 19,9; 20,3; 23,7 (C
-12 a C-15,
respectivamente) entre os demais sinais. A comparação dos dados de RMN
13
C da
et al
., 1988b) para a
ST2
como sendo essa
114
Figura 25. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de ST2.
Figura 26. Espectro de DEPT de ST2.
115
Tabela 8. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) da α-ciperona (ST1) e da
mustacona (ST2), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição
ST1 ST1
a
ST2 ST2
b
H-1 - -
2,68 d (6,0) 2,646 dd (6,7; 1,3)
H-3 - -
5,74 q (1,5) 5,707 ddq (1,4;1,3;0,9)
H-5 - -
1,97 dd (6,6; 1,2) 1,958 dd (6,7; 0,9)
H-6 - -
2,66 sl 2,636 s
H-7 - -
1,71 m 1,7 m
H-8a - -
1, 53 m 1,499 ddd (10,5; 10,5; 2,8)
H-8b - -
1,71 m 1,7 m
H-9a - -
1,88 m 1,847 m
H-9b - -
1,71 m 1, 7 m
H-11 - -
1,53 m 1,487 dd (6,5; 6,5)
H-12
4,76 s 4,74 s 0,85 d (6,6) 0,827 d (6,5)
H-13
1,77 s 1,76 s 0,83 d (6,6) 0,814 d (6,5)
H-14
1,78 s 1,77 s 1,99 d (1,5) 1,976 d (1,4)
H-15
1,21 s 1,19 s 0,96 s 0,942 s
a
HAAKSMA; JASEN; GROOT, 1992 (CDCl
3
, 400 MHz).
b
NYASSE et al., 1988b (CDCl
3
, 500 MHz).
Obs. as constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
Tabela 9. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) da α-ciperona (ST1) e da
mustacona (ST2), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição ST1 ST1
a
ST2 ST2
b
C-1 37,5 37,5 56,5 56,53
C-2 33,8 33,8 204,2 204,47
C-3 199,2 199,0 121,3 121,39
C-4 128,8 128,9 170,1 169,51
C-5 162,1 162,1 56,0* 55,91*
C-6 33,8 33,0 54,5* 54,55*
C-7 45,9 46,0 45,4 45,41
C-8 26,9 27,0 21,9 21,92
C-9 41,9 42,0 36,7 36,70
C-10 35,8 35,9 57,4 57,03
C-11 149,2 149,1 31,8 31,73
C-12 109,2 109,4 19,5** 19,44**
C-13 20,7 20,6 19,9** 19,85**
C-14 10,9 10,9 20,3** 20,21**
C-15 22,5 22,5 23,7 23,48
a
HUUFMAN et al., 1980 (CDCl
3
, 22,6 MHz).
b
NYASSE et al., 1988b (CDCl
3
, 62,8 MHz).
* e ** indicam que os valores podem estar trocados entre si na mesma coluna.
116
A substância mustacona foi isolada em estudo anterior do extrato hexânico
dos rizomas de C. articulatus (NYASSE et al., 1988b) e identificada no seu óleo
essencial (ZOGHBI et al., 2006a).
A fração contendo a substância ST2 como componente principal foi analisada
por CG/EM (Figura 48, p. 138).
5.1.1.3 Determinação estrutural da substância ST3
A substância ST3 foi identificada como o sesquiterpeno eudesmânico
corimbolona.
OH
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
15
14
12
11
13
ST3
O espectro de RMN
1
H (Figuras 27 e 28, p. 117) de ST3 apresenta sinais
relativos aos hidrogênios de três grupos metílicos: um singleto em δ
H
1,23 (Me-15);
um dubleto em δ
H
1,18 (Me-14, J= 7,5 Hz) e um singleto em δ
H
1,74 relativo aos
hidrogênios de metila ligada à ligação dupla (Me-13). Observa-se ainda um singleto
largo em δ
H
4,73 característico de hidrogênios do grupo metilidênico da
isocorimbolona. Na Tabela 10 (p. 119) são comparados os dados de RMN
1
H de
ST3, juntamente com os encontrados na literatura (NYASSE et al., 1988a) para a
corimbolona.
117
Figura 27. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST3.
Figura 28.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST3 (expansão 1).
A análise dos espectros de RMN
13
C (Figura 29, p. 118) e DEPT (Figura 30,
p. 118) de ST3 confirma a presença de um grupo isopropenil (δ
C
149,5; 108,9 e
21,1), de dois grupos metílicos Me-14 e Me-15 (δ
C
20,4 e 17,7, respectivamente),
evidencia também a presença de um grupo carbonílico de cetona não conjugada (δ
C
215,8) e de um carbono oximetínico não hidrogenado (δ
C
78,6). Como mostrado na
Tabela 10 (p. 119
), a comparação dos dados de RMN
encontrados na literatura (NYASSE
identificação de ST3
como sendo essa substância. As orientações dos grupos C
C-5, C-7 e C-
10 foram propostas a partir da comparação dos dados de RMN
substância com aqueles encontrados na literatura (NYASSE
Figura
29
), a comparação dos dados de RMN
13
C de
encontrados na literatura (NYASSE
et al.,
1988a) para a corimbolona confirma a
como sendo essa substância. As orientações dos grupos C
10 foram propostas a partir da comparação dos dados de RMN
substância com aqueles encontrados na literatura (NYASSE
et al
29
. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de
ST
Figura 30. Espectro de DEPT de ST3.
118
C de
ST3 com aqueles
1988a) para a corimbolona confirma a
como sendo essa substância. As orientações dos grupos C
-4,
10 foram propostas a partir da comparação dos dados de RMN
13
C da
et al
., 1988a).
ST
3.
119
Tabela 10. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
)
da corimbolona (ST3) juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição ST3 ST3
a#
Posição ST3 ST3
a#
#
H-2a
2,65 m 2,67 ddd (16,3; 10,0; 6,3)
C-1 215,8 215,52
H-2b -
2,42 m
C-2 34,2 34,14
H-3a -
1,68 m
C-3 30,2 30,08
H-3b -
2,39 m
C-4 40,6 40,50
H-4 -
1,86 m
C-5 78,6 78,48
H-6a -
1,89 dd (13,7; 12,8)
C-6 28,0 27,95
H-6b -
1,43 ddd (13,7; 3,9; 2,0)
C-7 39,3 39,29
H-7 -
2,32 dddd (12,8; 12,8;
3,9;3,9)
C-8 25,5 25,41
H-8a -
1,37 dddd (13,7; 13,7; 13,7;
3,9)
C-9 37,2 37,17
H-8b -
1,68 m
C-10 51,2 51,16
H-9a -
1,90 ddd (14,0; 13,7; 3,2)
C-11 149,5 149,43
H-9b -
1,59 ddd (14,0; 3,6; 3,2)
C-12 108,9 108,78
H-12a
4,73 s 4,75 s
C-13 21,1 20,97
H-12b
4,73 s 4,74 s
C-14 20,4 20,26
H-13
1,74 s 1,75 s
C-15 17,7 17,66
H-14
1,18 d (7,5) 1,19 d (7,5)
- -
-
H-15
1,23 s 1,24 s
- - -
a
NYASSE et al., 1988a.
#
Espectro de RMN
1
H obtido em
CDCl
3
(500,13 MHz).
#
#
Espectro de RMN
13
C obtido em
CDCl
3
(62,5 MHz).
Obs. as constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
O sesquiterpeno eudesmânico corimbolona também foi isolado anteriormente
do extrato hexânico dos rizomas de C. articulatus (NYASSE et al., 1988a;
GARBARINO; GAMBARO; CHAMY, 1985).
5.1.1.4 Determinação estrutural da substância ST4
A substância ST4 foi identificada como sesquiterpeno eudesmânico
isocorimbolona e em mistura com a substância ST3. Sua identificação foi feita a
partir da análise dos dados RMN
1
H,
13
C e DEPT juntamente com os obtidos para o
derivado acetilado (ST4Ac).
120
H
O
OH
S
T
4
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
15
14
12
11
13
O espectro de RMN
1
H (Figuras 31 e 32, p. 121) da substância ST4 apresenta
sinais característicos de um composto com esqueleto eudesm-12-eno: um singleto
em δ
H
1,08 atribuído aos hidrogênios da metila Me-15, um dubleto em δ
H
0,97 (J= 6,9
Hz) relativo aos hidrogênios do grupo metílico Me-14, um singleto em δ
H
1,65
característico de hidrogênios de grupo metílico ligado a carbono olefínico (Me-13) e
ainda um dubleto largo em δ
H
4,59 atribuído aos hidrogênios de grupo metilidênico
(H-12). Observam-se ainda no mesmo espectro, um multipleto em δ
H
2,62
característico de hidrogênio vizinho a um grupo carbonílico (cujo deslocamento
químico é semelhante àquele do H-2 da corimbolona) e um tripleto largo em δ
H
3,88
(J= 2,6 Hz) relativo a um hidrogênio oximetínico. A comparação dos dados de RMN
1
H de ST4 com aqueles encontrados na literatura (GARBARINO; CHAMY;
GAMBARO, 1985) para a isocorimbolona sugere que se trata da mesma substância
(Tabela 11, p. 125).
121
Figura 31. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST4.
Figura 32.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST4 (expansão 1).
Os dados de RMN
13
C (Figura 34, p. 122) e DEPT (Figura 35, p. 123) de ST4
indicam a presença de um grupo carbonílico de cetona não conjugada (δ
C
217,2), um
grupo isopropenil (δ
C
151,0; 108,4 e 19,9), dois grupos metílicos Me-14 e Me-15
122
(δ
C
19,6 e 17,7, respectivamente) e um carbono oximetínico (δ
C
78,0). Os dados de
RMN
13
C da isocorimbolona não foram encontrados na literatura, apenas aqueles do
derivado acetilado, e a fim de se confirmar a proposta estrutural, a substância ST4
foi submetida à reação de acetilação obtendo-se o derivado acetilado ST4Ac, cuja
estrutura é mostrada na Figura 33. A fração acetilada foi identificada como uma
mistura de ST3 e ST4, onde o primeiro foi identificado como constituinte majoritário.
H
O
OH
S
T
4
piridina
H
O O
CH
3
O
S
T
4
A
c
Ac
2
O
Figura 33. Esquema de reação de acetilação da isocorimbolona (ST4).
Figura 34.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de ST4.
123
Figura 35.
Espectro de DEPT de ST4.
O espectro de RMN
1
H (Figura 36, p. 124) do derivado acetilado (ST4Ac)
apresenta sinais semelhantes aos de ST4 (Tabela 11, p. 125), com exceção do sinal
atribuído ao hidrogênio oximetínico H-9 que se encontra mais desprotegido (δ
H
5,08)
do que no composto não acetilado (δ
H
3,88); observa-se a presença do sinal
referente aos hidrogênios da metila do grupo acetato em δ
H
2,01.
124
Figura 36.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de ST4Ac.
O espectro de RMN
13
C (Figura 37, p. 125) de ST4Ac apresenta sinais de
carbono semelhantes aos de ST4, juntamente com os sinais do grupo acetil
(δ
C
170,3 e 19,9 ou 19,7-). O sinal atribuído ao carbono C-9 no derivado acetilado
(δ
C
79,1) tem um deslocamento um pouco maior do que aquele de ST4 (δ
C
78,0). Os
demais sinais do espectro de RMN
13
C de ST4Ac foram atribuídos de acordo com
aqueles encontrados na literatura (GARBARINO; CHAMY; GAMBARO, 1985) para
essa substância. Os sinais do espectro de RMN
13
C de ST4 foram atribuídos
tomando-se como modelo o derivado acetilado ST4Ac, como mostrado na Tabela 12
(p. 126).
125
Figura 37.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de ST4Ac.
Tabela 11. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) da isocorimbolona (ST4) e do
derivado acetilado (ST4Ac), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição ST4 ST4
a#
ST4Ac ST4Ac
a#
H-2
2, 62 m 2,62 m 2,60 m 2,63 m
H-3 - - - -
H-4 - - - -
H-6 - - - -
H-7 - - - -
H-8 - - - -
H-9
3,88 tl (2,6)
3,90 dd (2,0;3,0) 5,08 dd (3,0; 2,7)
5,10 dd (2,0; 3,0)
H-12
4,59 m 4,62 m 4,65 m 4,62 m
H-13
1,65 sl 1,68 s 1,67 s 1,67 s
H-14
1,08 s 1,12 s 0,99 s 0,98 s
H-15
0,97 d (6,9)
1,00 d (6,0) 0,97 d (6,9) 0,96 d (6,0)
CH
3
CO - -
2,01 s 2,02 s
a
GARBARINO; CHAMY; GAMBARO, 1985.
#
Espectros obtidos em
CDCl
3
(100 MHz, ambos).
Obs. as constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
126
Tabela 12. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) da isocorimbolona (ST4) e do
derivado acetilado (ST4Ac), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição ST4 ST4Ac ST4Ac
a#
C-1 217,2 215,8 215,3
C-2 32,9 33,1 33,0
C-3 29,7 30,5 30,5
C-4 31,4 31,8 31,7
C-5 54,2 53,8 53,7
C-6 25,5 25,6 25,6
C-7 39,3 39,5 39,5
C-8 26,5 26,6 26,7
C-9 78,0 79,1 79,0
C-10 52,9 51,2 51,2
C-11 151,0 105,9 105,6
C-12 108,4 108,6 108,5
C-13 19,9* 21,0 21,0
C-14 19,6* 19,7* 19,6*
C-15 17,5 17,8 17,4
CH
3
CO
- 170,3 169,9
CH
3
CO - 19,9* 19,9*
a
GARBARINO; CHAMY; GAMBARO, 1985.
#
Espectro obtido em
CDCl
3
(75 MHz).
*
Indica que os valores podem estar trocados entre si na mesma coluna.
5.1.1.5 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2
As substâncias ES1 e ES2 foram identificadas como uma mistura dos
esteróides estigmasterol e sitosterol, respectivamente, juntamente com outras
substâncias. Esses esteróides são de ampla ocorrência no reino vegetal.
HO
H
H H
HO
H
H H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
E
S
1
E
S
2
127
No espectro de RMN
1
H de ES1 e ES2 (Figura 38) pode-se verificar a
presença de sinais característicos de esteróide. Observam-se um dubleto largo em
δ
H
5,34 (J= 5,4 Hz, H-6) relativo ao hidrogênio ligado ao carbono olefínico C-6 de um
esteróide; dois duplos dubletos, um em δ
H
5,07 (J= 15,2 e 8,7 Hz) e outro em δ
H
5,14
(J= 15,0 e 8,4 Hz) característicos de hidrogênios ligados aos carbonos olefínicos
(C-22 e C-23) da ligação dupla presente na cadeia lateral do estigmasterol, um
multipleto em δ
H
3,46-3,55 correspondente ao hidrogênio ligado a carbono
oximetínico C-3, além dos demais sinais referentes aos hidrogênios ligados aos
carbonos dos grupos metílicos, metilênicos e metínicos. Os deslocamentos químicos
observados no espectro de RMN
1
H dos compostos ES1 e ES2 estão de acordo com
aqueles encontrados na literatura (FORGO; KÖVÉR,
2004; ZHANG et al., 2005) para
essas substâncias, como pode ser observado na Tabela 13 (p. 129).
Figura 38. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e ES2.
128
Observam-se no espectro de RMN
13
C de ES1 e ES2 (Figura 39), além dos
sinais atribuídos aos carbonos do sitosterol, os sinais correspondentes aos carbonos
olefínicos da cadeia lateral do estigmasterol, um em δ
C
138,3 referente ao carbono
C-22 e outro em δ
C
129,2 atribuído ao carbono C-23, cujos deslocamentos diferem
daqueles do sitosterol. Na Tabela 14 (p. 130) são comparados os dados de RMN
13
C
de ES1 e ES2, juntamente com os encontrados na literatura (FORGO; KÖVÉR,
2004; ZHANG et al., 2005) para essas substâncias.
Figura 39. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e ES2.
129
Tabela 13. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) dos esteróides estigmasterol
(ES1) e sitosterol (ES2), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição ES1 ES1
a
ES2 ES2
b
H-3
3,50 m 3,51 m 3,50 m 3,55-3,45 m
H-6
5,34 dl 5,34 m 5,34 m 5,34 m
H-17 -
1,15 q (9,9)
- -
H-18
0,67 s 0,70 s 0,68 s 0,68 s
H-19
1,02 s 1,01 s 1,00 s 1,00 s
H-21 -
1,03 d (6,2)
-
0,92 d (6,5)
H-22
5,07 dd (15,2; 8,7) 5,17 dd (15,2)
- -
H-23
5,14 dd (15,0; 8,4) 5,12 dd (15,1)
- -
H-26 -
0,85 d (6,4)
-
0,83 d (6,4)
H-27 -
0,80 d (6,4)
-
0,80 d (6,4)
H-29
0,81 t (6,6) 0,81 t (7,3) 0,84 t (7,5) 0,84 t (7,2)
a
FORGO; KÖVÉR, 2004 (CDCl
3
, 75 MHz).
b
ZHANG et al., 2005 (CDCl
3
, 75 MHz).
Obs. as constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
130
Tabela 14. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) do estigmasterol (ES1) e
sitosterol (ES2), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição ES1 ES1
a
ES2 ES2
b
C-1 37,2 37,6 37,2 37,25
C-2 31,6 31,9 31,6 31,65
C-3 71,8 72,0 71,8 71,79
C-4 42,3 42,5 42,2 42,30
C-5 140,7 140,8 140,7 140,75
C-6 121,7 121,8 121,7 121,71
C-7 31,8 32,1 31,6 31,65
C-8 31,8 32,2 31,9 31,90
C-9 50,1 50,5 50,1 50,13
C-10 36,5 36,5 36,5 36,50
C-11 21,1 21,2 21,1 21,08
C-12 39,7 40,0 39,7 39,77
C-13 42,2 42,2 42,3 42,30
C-14 56,8 57,1 56,7 56,76
C-15 24,3 24,5 24,3 24,30
C-16 28,9 28,9 28,2 28,24
C-17 55,9 56,3 56,7 56,05
C-18 12,0 12,2 11,8 11,85
C-19 19,4 19,5 19,4 19,39
C-20 40,5 40,4 36,1 36,14
C-21 21,1 21,1 18,8 18,77
C-22 138,3 138,3 33,9 33,94
C-23 129,2 129,7 26,0 26,07
C-24 51,2 51,5 45,8 45,83
C-25 31,8 32,2 29,1 29,14
C-26 21,2 21,2 19,8 19,82
C-27 19,0 19,2 19,0 19,03
C-28 25,4 25,4 23,0 23,06
C-29 12,2 12,2 11,9 11,98
a
FORGO; KÖVÉR, 2004 (CDCl
3
, 75 MHz).
b
ZHANG et al., 2005 (CDCl
3
, 75 MHz).
131
5.1.1.6 Determinação estrutural da substância TT1
A substância codificada como TT1 foi identificada como éster graxo do
24-metilenocicloartan-3-ol em uma mistura contendo outras substâncias graxas.
RO
TT1 (R= CO(CH
2
)
n
CH
3
)
2
1
3
4
29
30
5
6
7
8
9
10
19
11
12
13
31
15
16
17
20
22
21
23
24
26
25
27
28
18
14
Destacam-se no espectro de RMN
1
H de TT1 (Figuras 40 e 41, p. 132) dois
dubletos centralizados em δ
H
0,33 (J= 3,9 Hz) e 0,57 (J= 3,9 Hz), característicos de
hidrogênios H-19 de cicloartano; um singleto largo em δ
H
4,66 e outro em δ
H
4,71
atribuídos aos hidrogênios de grupo metilênico (H-28). Esse mesmo espectro mostra
em δ
H
4,57 (J= 10,8 e 4,5 Hz), um duplo dubleto típico do hidrogênio oximetínico H-3
do cicloartano esterificado em C-3; entre δ
H
1,00 e 0,80 sinais de hidrogênios
metílicos do cicloartano; um singleto largo em δ
H
1,26 relativo ao encadeamento do
grupo (CH
2
)
n
. Os principais dados de RMN
1
H o mostrados na Tabela 15 (p. 134),
juntamente com os dados encontrados na literatura (SEO et al., 1988) para o
24-metilenocicloartan-3-ol não esterificado.
Figura
40
Figura 41.
Espectro de RMN
40
. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de
TT1
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de TT1 (
expansão 1
132
TT1
.
expansão 1
).
133
Os espectros de RMN
13
C (Figura 42) e DEPT (Figura 43) da substância TT1
evidenciam a presença de sinais em δ
C
156,9 e δ
C
105,9 relativos aos carbonos
olefínicos das posições 24 e 28, respectivamente, e um sinal em δ
C
80,4
característico de carbono esterificado (C-3). Na Tabela 15 (p. 134), são comparados
os dados de RMN
13
C da substância TT1 com os encontrados na literatura para o
24-metilenocicloartan-3-ol não esterificado (SEO et al., 1988), chamado de TT2.
Figura 42. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de TT1.
Figura 43. Espectro de DEPT de TT1.
134
Tabela 15. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
)
do éster graxo do 24-metilenocicloartan-3-ol (TT1), juntamente com os dados
encontrados na literatura para o composto não esterificado (TT2).
Posição TT1 TT2
a#
Posição TT1 TT2
a#
H-3
4,57 dd (10,8 e 4,5) 3,28 dd (10,5 e 4,5)
C-1 32,2 31,98
H-19a
0,33 d (3,9) 0,33 d (4,5)
C-2 27,1 30,41
H-19b
0,57 d (3,9) 0,56 d (4,5)
C-3 80,3 78,83
H-28a
4,66 sl 4,67 sl
C-4 39,4 40,50
H-28 b
4,71 sl 4,71 sl
C-5 47,2 47,13
(CH
2
)
n
1,26 s
- C-6 21,9 21,13
- - - C-7 25,1 26,02
- - - C-8 47,9 48,00
- - - C-9 20,1 20,02
- - - C-10 26,8 26,10
- - - C-11 26,5 26,50
- - - C-12 32,9 32,92
- - - C-13 45,3 45,32
- - - C-14 48,8 48,83
- - - C-15 35,5 35,58
- - - C-16 28,1 28,17
- - - C-17 52,2 52,29
- - - C-18 17,9 18,04
- - - C-19 28,7 29,90
- - - C-20 36,1 36,13
- - - C-21 18,3 18,32
- - - C-22 34,9 35,04
- - - C-23 32,2 31,33
- - - C-24 156,9 156,92
- - - C-25 33,8 33,85
- - - C-26 21,9 22,01
- - - C-27 25,4 25,45
- - - C-28 105,9 105,94
- - - C-29 14,1 14,01
- - - C-30 19,3 19,33
a
SEO et al., 1988.
#
Espectro de RMN
1
H obtido em CDCl
3
.
##
Espectro de RMN
13
C obtido em CDCl
3
.
135
5.1.2 Constituintes químicos das frações menos polares de Cyperus
articulatus var. nodosus
O extrato hexânico e o óleo essencial de C. articulatus var. nodosus foram
analisados por CG/EM. A identificação dos componentes, tanto do extrato quanto do
óleo, foi feita utilizando-se dados de espectros de massas e índices de retenção.
Essas análises permitiram que os componentes identificados no extrato e no óleo
pudessem ser identificados posteriormente.
A fração menos polar do extrato hexânico (fração 1) também foi analisada por
CG/EM (Figura 44, p. 136). A Tabela 16 mostra as substâncias identificadas na
fração 1, juntamente com a porcentagem de cada uma e seus índices de retenção.
As estruturas das substâncias são mostradas na Figura 45 (p. 136), dentre estas a
mais abundante é a mustacona (ST2, 12,2%) que também foi isolada por
cromatografia clássica (CC e CCDC) do extrato hexânico de C. articulatus var.
nodosus. A α-ciperona (ST1, 6,8%) também foi identificada na fração 1 e isolada por
CC e CCDC.
Tabela 16. Terpenóides identificados na fração 1 do extrato hexânico de
Cyperus articulatus var. nodosus por CG/EM.
Substância % IR Substância % IR
trans-pinocarveol
1,7 1135 cipereno 1,6 1403
trans-verbenol
0,5 1139 rotundeno 0,7 1462
p-cimen-8-ol
1,9 1183
γ-muuroleno
0,6 1476
mirtenal + mirtenol 1,8 1192
β-selineno
2,4 1493
verbenona 2,2 1205 óxido de cariofileno 3,8 1589
trans-carveol
0,3 1215 mustacona 12,2 1688
α-copaeno
1,9 1376 ciperotundona 3,4 1710
β-elemeno
0,2 1390
α-ciperona
6,8 1762
Figura 44
. Cromatograma
OH
OH
OH
O
H
H
trans-pinocarveol
trans-carveol
p-cimen-8-ol
γ-muuroleno
Figura 45
. Terpenóides identificados na fração menos polar do extrato hexânico.
. Cromatograma
de íons totais da fração 1 de
Cyperus articulatus
OH
O
CH
2
OH
O
H
H
O
H
H
O
trans-verbenol
verbenona
mirtenol
m
c
i
α-ciperona
β-selineno
cipereno
rot
u
α-copaeno
óxido de cariofileno
β-e
l
mustacona
. Terpenóides identificados na fração menos polar do extrato hexânico.
136
Cyperus articulatus
var. nodosus.
CHO
H
H
m
irtenal
i
perotundona
u
ndeno
l
emeno
. Terpenóides identificados na fração menos polar do extrato hexânico.
137
A corimbolona (ST3, IR=2621) foi identificada por CG/EM como a substância
majoritária da fração 2 (Figura 46) do extrato hexânico de C. articulatus var. nodosus
e também foi isolada por cromatografia clássica (CC e CCDC). Essa substância,
porém, não foi identificada no óleo essencial de C. articulatus (ZOGHBI et al.,
2006a), assim como a isocorimbolona (ST4) e os demais constituintes identificados,
ou seja, estigmasterol (ES1), sitosterol (ES2) e o éster graxo do
24-metilenocicloartan-3-ol (TT1).
Figura 46. Cromatograma de íons totais da fração 2 de Cyperus articulatus var. nodosus.
A composição química do extrato hexânico dos tubérculos de C. articulatus
var. nodosus coletado na Amazônia foi similar àquela do espécime coletado na
República de Camarões, pois em ambos foram isoladas as substâncias mustacona
(ST2) e corimbolona (ST3), porém as substâncias α-corimbolol e mandassidiona
encontradas no espécime da República de Camarões não foram identificadas no
espécime coletado na Amazônia.
As frações purificadas contendo as substâncias ST1 (Figura 47, p. 138) e ST2
(Figura 48, p. 138) também foram analisadas por CG/EM a fim de se confirmar a
identificação das mesmas.
138
Figura 47. Cromatograma de íons totais da amostra contendo ST1 como principal constituinte.
Figura 48.
Cromatograma de íons totais da amostra contendo ST2 como principal constituinte.
139
5.1.3 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de
Cyperus giganteus
O estudo químico do extrato hexânico dos tubérculos de C. giganteus resultou
no isolamento dos sesquiterpenos oxigenados óxido de cariofileno (ST5),
patchoulenona (ST6), ciperotundona (ST7) e ciperadiona (ST8). As estruturas dos
compostos identificados encontram-se na Figura 49.
O
H
H
O
O
O
O
ST5 (óxido de cariofileno)
ST6 (patchoulenona)
ST7 (ciperotundona)
ST8 (ciperadiona)
Figura 49. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos rizomas de
Cyperus giganteus.
5.1.3.1 Determinação estrutural da substância ST5
A substância ST5 foi identificada como o sesquiterpeno óxido de cariofileno e
foi obtido juntamente com o sesquiterpeno ST6 que será discutido posteriormente. O
óxido de cariofileno é um composto bastante comum em óleos essenciais de
espécies de Cyperus (ZOGHBI et al., 2008, ZOGHBI et al., 2006a, ZOGHBI et al.,
2006b) e sua identificação foi proposta a partir da comparação dos dados de RMN
1
H e
13
C obtidos com os encontrados na literatura para essa substância.
140
O
H H
S
T
5
7
11
10
9
12
6
8
5
4
3
2
13
1
1
4
15
Observa-se no espectro de RMN
1
H da mistura que contém ST5 como
constituinte principal (Figuras 50 e 51, p. 141) os seguintes sinais para essa
substância: três singletos em δ
H
0,98, 1,00 e 1,20 relativos aos hidrogênios das
metilas Me-12, Me-13 e Me-14, respectivamente. É verificada, ainda, a presença de
dois dubletos em δ
H
4,97 (J= 1,2 Hz) e 4,85 (J= 1,5 Hz) atribuídos aos hidrogênios
H-15a e H-15b do grupo metilênico, um duplo dubleto em δ
H
2,87 (J= 10,8 e 4,2 Hz)
relativo ao hidrogênio oximetínico do anel epóxido (H-5) e um quarteto em δ
H
2,61
(J= 9,9 Hz) atribuído ao hidrogênio ligado ao carbono C-9. Os deslocamentos
observados no espectro de RMN
1
H, Tabela 17 (p. 143), de ST5 estão de acordo
com os dados encontrados na literatura (THEBTARANONTH et al., 1995) para o
óxido de cariofileno.
141
Figura 50. Espectro RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5 (constituinte principal) e ST6.
Figura 51.
Espectro RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5 (constituinte principal) e ST6
(expansão 1).
142
São observados no espectro de RMN
13
C (Figura 52) de ST5, sinais de
carbonos de dupla vinilidênica em δ
C
112,7 (C-15) e 151,8 (C-8), sinais em δ
C
63,7 e
59,8 (C-4 e C-5, respectivamente) característicos de anel epóxido trissubstituído e
sinais de três metilas (δ
C
29,9; 21,6 e 16,9). Os dados de RMN
13
C relativos à
substância ST5, juntamente com os encontrados na literatura (THEBTARANONTH et
al., 1995) para o óxido de cariofileno, podem ser observados na Tabela 17 (p. 143).
A identificação do sesquiterpeno foi confirmada mediante análise de frações
contendo a substância ST5 por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de
massas (Figuras 69 e 70, pp. 160-161).
Figura 52.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5 (constituinte principal) e
ST6.
143
Tabela 17. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
)
do óxido de cariofileno (ST5), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição
ST5 ST5
a#
Posição ST5 ST5
a#
#
H-1
1,76 t (10,0) 1,76 t (10,0)
C-1 50,8 50,8
H-2a
1,32 m 1,32 m
C-2 27,2 27,2
H-2b
1,58-1,72 m 1,55-1,72 m
C-3 39,2 39,1
H-3a
0,95 m 0,95 m
C-4 59,8 59,8
H-3b
2,08 dt (12,9; 3,9) 2,10 dt (12,5; 3,5)
C-5 63,7 63,7
H-5
2,87 dd (10,8; 4,1) 2,87 dd (10,6; 4,1)
C-6 30,2 30,2
H-6a
1,42 m 1,42 m
C-7 29,8 29,8
H-6b -
2,25 ddd (16,4; 7,8; 4,2)
C-8 151,8
151,8
H-7a
2,11 t (12,0) 2,11 t (12,4)
C-9 48,7 48,7
H-7b -
2,43 ddd (12,4; 8,1; 4,4)
C-10 39,8 39,8
H-9
2,61 ql (9,9) 2,61 ql (10,0)
C-11 34,0 34,0
H-10
1,58-1,72 m 1,55-1,72 m
C-12 29,9 29,9
H-12
0,98 s 0,98 s
C-13 21,6 21,6
H-13
1,00 s 1,00 s
C-14 16,9 17,0
H-14
1,20 s 1,20 s
C-15 112,7
112,7
H-15a 4,97 (1,2)
4,97 s
- - -
H-15b 4,85 (1,5)
4,85 s
- - -
a
THEBTARANONTH et al., 1995.
#
Espectro de RMN
1
H obtido em
CDCl
3
(400 MHz).
#
#
Espectro de RMN
13
C obtido em
CDCl
3
(100 MHz).
Obs. as constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
5.1.3.2 Determinação estrutural da substância ST6
A substância ST6 foi identificada como o sesquiterpeno patchoulenona
(patchoula-4(5)-en-6-ona) e em mistura com substância ST5. A patchoulenona é um
sesquiterpeno com esqueleto patchoulano muito comum em espécies de Cyperus.
O
S
T
6
7
11
10
9
12
6
8
5
4
3
2
13
1
14
1
5
144
O espectro de RMN
1
H (Figuras 50 e 51, p. 141) da mistura contendo ST5 e
ST6 apresenta os seguintes sinais atribuídos à ST6: sinais de hidrogênios de quatro
grupos metílicos, sendo dois singletos localizados em δ
H
1,02 e 0,87 (Me-12 e Me-
13, respectivamente), um dubleto em δ
H
0,83 (J= 6,3 Hz, Me-15) e um singleto largo
em δ
H
2,05, sendo este último relativo ao hidrogênio de um grupo metílico (Me-14)
ligado à ligação dupla. Esse conjunto de sinais de grupos metílicos (e a ausência de
hidrogênios olefínicos) é característico de um esqueleto patchoula-4-enona. Como a
substância ST6 apresentava-se em pequena porcentagem na mistura com ST5, não
foi possível fazer a atribuição completa dos sinais dos hidrogênios dessa substância
(Tabela 18, p. 145).
A análise do espectro de RMN
13
C (Figura 52, p. 142) da mistura contendo
ST5 e ST6 evidencia para ST6 a presença de sinais em δ
C
148,5 e 139,6 relativos a
uma ligação dupla totalmente substituída e um sinal em δ
C
207,3 característico de
carbono carbonílico de cetona. A localização do carbono carbonílico em C-6 foi
proposta a partir da comparação dos dados de RMN
1
H e RMN
13
C de ST6, que
podem ser observados na Tabela 18 (p. 145), com aqueles encontrados na literatura
para a patchoulenona (THEBTARANONTH et al., 1995).
145
Tabela 18. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
)
da patchoulenona (ST6), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição
ST6 ST6
a#
Posição ST6 ST6
a#
#
H-2a -
1,64 ddd (13,5; 9,5 e 1,4)
C-1 63,7 63,7
H-2b -
1,89 dt (13,5 e 9,5)
C-2 26,2 26,2
H-3a -
2,44 dd (18,0 e 9,5)
C-3 43,4 43,5
H-3b -
2,78 dt (18,0 e 9,5)
C-4 148,5
148,5
H-7
2,06 t (3,5) 2,05 t (3,5)
C-5 139,6
139,7
H-8a -
1,73 ddd (14,0; 7,0 e 3,5)
C-6 207,3
207,3
H-8b -
1,93 ddt (14,0; 6,5 e 3,5)
C-7 62,9 63,0
H-9a -
1,15 ddt (14,0; 12,0 e 7,0)
C-8 25,9 25,9
H-9b -
1,57 dt (14,0 e 6,5)
C-9 28,1 28,1
H-10 -
2,16 ddq (12,0; 6,5 e 6,5)
C-10 34,6 34,6
H-12
1,02 s 1,01 s
C-11 41,4 41,0
H-13
0,87 s 0,88 s
C-12 18,9 19,0
H-14
2,05 sl 2,07 q
C-13 26,4 26,4
H-15
0,83 d (6,3) 0,84 d (6,5)
C-14 15,2 15,2
- - - C-15 17,9 17,9
a
THEBTARANONTH et al., 1995.
#
Espectro de RMN
1
H obtido em
CDCl
3
(400 MHz).
#
#
Espectro de RMN
13
C obtido em
CDCl
3
(100 MHz).
A fração contendo a substância ST6 foi analisada por CG/EM (Figura 69,
p. 160) e a identificação da substância ST6 foi confirmada.
5.1.3.3 Determinação estrutural da substância ST7
A substância ST7 foi identificada como a ciperotundona, também conhecida
como ciperenona (JOSEPH-NATHAN et al., 1982) ou isopatchou-4(5)en-3-ona
(NYASSE et al., 1988b). A ciperotundona, assim como a patchoulenona, é um
sesquiterpeno com esqueleto patchoulano.
146
O
ST7
7
11
10
9
12
6
8
5
4
3
2
131
14
15
O espectro de RMN
1
H (Figuras 53 e 54, p. 147) dessa substância apresenta
quatro sinais de hidrogênios de grupos metílicos: dois singletos intensos em δ
H
1,09
e em 0,72 relativos aos hidrogênios das metilas geminais 12 e 13; um dubleto em
0,59 (J= 6,5 Hz) relativo aos hidrogênios de um grupo metílico (Me-15) e um tripleto
em δ
H
1,71 (J= 1,4 Hz)
característico de hidrogênios de metila ligada a carbono
insaturado (Me-14). Verificam-se também, um dubleto centralizado em δ
H
2,14
(J= 18,0 Hz) e outro em δ
H
1,98 (J= 18,0 Hz) relativos aos hidrogênios H-2a e H-2b.
Por fim, observam-se um duplo dubleto δ
H
2,58 (J= 19,2 e 6,5 Hz) e um dubleto largo
em δ
H
2,28 (J= 19,2 Hz), atribuídos aos hidrogênios H-6a e H-6b, respectivamente.
Os deslocamentos observados no espectro de RMN de
1
H (ver Tabela 19, p. 152) de
ST7 foram publicados (ZOGHBI et al., 2006b) e comparados com os dados
publicados na literatura (JOSEPH-NATHAN et al., 1982) para a ciperotundona.
Figura 53.
Espectro RMN
Figura 54.
Espectro RMN
Espectro RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo
Espectro RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo
ST
147
) da fração contendo
ST7.
ST
7 (expansão 1).
148
Os espectros de RMN
13
C (Figura 55) e DEPT (Figura 56, p. 149) da
substância ST7 mostram sinais que evidenciam a presença de uma ligação dupla
totalmente substituída em δ
C
181,8 e 133,3 (referentes aos carbonos olefínicos C-5 e
C-4, respectivamente). Observa-se ainda um sinal em δ
C
211,0 característico de
carbono carbonílico, além dos demais sinais de carbonos de esqueleto patchoula-4-
enona. É possível inferir, com base nas informações anteriores, que o grupo
carbonílico deve estar conjugado à ligação dupla, o que justifica o alto deslocamento
químico observado para o carbono olefínico C-5. O grupo carbonílico não poderia
estar na posição C-6 porque, de acordo com dados da literatura (THEBTARANONTH
et al., 1995), nesta posição teria um deslocamento de δ
C
207,3. O deslocamento
químico do carbono carbonílico (δ
C
211,0) é considerado alto para uma carbonila de
cetona conjugada, mas pode ser justificado quando se considera que esse sistema
conjugado é encontrado em um anel de cinco membros. Os dados de RMN
13
C de
ST7 estão incluídos na Tabela 19 (p. 152). Os dados de RMN
13
C de ST7 gerados
nesta tese foram publicados (ZOGHBI et al., 2006b).
Figura 55. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST7.
149
Figura 56. Espectro de RMN de DEPT de ST7.
Foram utilizados também espectros bidimensionais (
1
H x
1
H COSY, HMBC e
HETCOR) nas atribuições dos deslocamentos químicos. No espectro de
1
H x
1
H
COSY (Figura 57, p. 150) são mostrados os principais acoplamentos colocados
abaixo e que confirmam a proposta estrutural. São observados picos de correlação
entre os seguintes sinais:
Me-15 (δ
H
0,59) com H-10 (δ
H
2,16);
H-10 (δ
H
2,16) com a metila Me-15 e apenas com H-9a (δ
H
1,02);
H-7 (δ
H
1,88) somente com H-6a (δ
H
2,58);
Me-14 (δ
H
1,71) com H-6b (δ
H
2,28) e H-6a (δ
H
2,58);
Me-12 (δ
H
0,71) com Me-13 (δ
H
1,09).
Figura 57
Os dados de RMN
de acordo com dados
de HETCOR (
pp. 151-152). Mostram-
se na estrutura abaixo as principais correlações ob
no espectro de HMBC de
C-3, C-4, C-5 e C-11.
. Espectro de
1
H x
1
H COSY da fra
ção contendo
Os dados de RMN
13
C de ST7
que se encontram na Tabela
de HETCOR (
Figura 58, p. 151
) e HMBC (
se na estrutura abaixo as principais correlações ob
no espectro de HMBC de
ST7
que confirma os carbonos totalmente substituídos
O
150
ção contendo
ST7.
que se encontram na Tabela
19 (p. 152) estão
) e HMBC (
Figuras 59 e 60,
se na estrutura abaixo as principais correlações ob
servadas
que confirma os carbonos totalmente substituídos
Figura
58
Figur
a
58
. Espectro de HETCOR da fração contendo
ST7
a
59. Espectro de HMBC da fração contendo
ST7
151
ST7
.
ST7
.
Figura 60.
Espectro de HMBC da fração contendo
Tabela 19
. Dados de RMN
CDCl
3
)
da ciperotundona (
Posição
H-2a 2,1
4
H-2b
1,98
H-6a 2,58
dd (19,0; 6,
H-6b
2,28
H-7
1,88
H-8a
1,93 m*
H-8b
1,4
H-9a
1,02 m
H-9b
1,58 dt (15,3; 6,0)
H-10
2,16 q (6,
H-12
1,09
H-13
0,72 s*
H-14
1,71
H-15
0,5
-
a
JOSEPH-NATHAN et al.
, 1982.
#
Espectro de RMN
1
H
obtido em CDCl
* Indica que o
s valores podem estar trocados na mesma coluna
Obs. as
constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
Espectro de HMBC da fração contendo
ST7 (
expansão 1
. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
)
e de RMN
da ciperotundona (
ST7
), juntamente com os dados encontrados na literatura.
ST7 ST7
a#
Posição
4
d (18,0) -
C
1,98
d (18,0) -
C
dd (19,0; 6,
5) -
C
2,28
dl (19,2) -
C
1,88
m* -
C
1,93 m*
-
C
1,4
0 m -
C
1,02 m
-
C
1,58 dt (15,3; 6,0)
-
C
2,16 q (6,
5) -
C
1,09
s* 1,10 s
C
0,72 s*
0,76 s
C
1,71
t (1,4) 1,77 t (2,0)
C
0,5
9 d (6,5) 0,62 d (7,0)
C
- -
C
, 1982.
obtido em CDCl
3
(300 MHz).
s valores podem estar trocados na mesma coluna
(Dados de acordo com HETCOR)
constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
152
expansão 1
).
e de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz,
), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição
ST7
C
-1 58,7
C
-2 41,1
C
-3 211,0
C
-4 133,3
C
-5 181,8
C
-6 30,5
C
-7 45,3
C
-8 26,1
C
-9 28,3
C
-10 33,7
C
-11 41,6
C
-12 24,7*
C
-13 19,5*
C
-14 8,3
C
-15 16,8
(Dados de acordo com HETCOR)
.
153
A substância ST7 (ciperotundona) foi identificada nos óleos essenciais de
C. articulatus (ZOGHBI et al., 2006a) e C. giganteus (ZOGHBI et al., 2006b) a partir
do isolamento da mesma no extrato hexânico. Trabalhos anteriores descrevem
também a identificação da ciperotundona nos óleos essenciais de espécies, como:
Cyperus papirus L. (SONWA, 2000), C. scariosus L. (UPPAL et al., 1984) e
C. rotundus L. (SONWA e KÖNING, 2001a), sendo que em C. papirus a
ciperotundona é o constituinte oxigenado majoritário (SONWA, 2000). A identificação
da ciperotundona foi confirmada a partir da análise por CG/EM (Figura 70, p. 161) da
fração contendo essa substância.
A 2,4-dinitrofenilidrazona da ciperotundona (ST7DNP, pf. 226-2280°C), cuja
reação de obtenção encontra-se na Figura 61, foi preparada a fim de se confirmar a
estrutura de ST7. Os dados de RMN
1
H (Figuras 62 e 63, p. 154) do derivado
ST7DNP foram comparados com os encontrados na literatura (NYASSE et al.,
1988b) para o mesmo, como mostra a Tabela 20 (p. 155). O ponto de fusão do
derivado citado na mesma referência foi de 226-228°C.
O
O
2
N
NO
2
H
NH
2
N
N
O
2
O
2
N NH
N
ST7DNP
+
ST7
1
2
15
3
4
1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Figura 61. Esquema da reação de obtenção do derivado 2,4-dinitrofenilidrazona da ciperotundona
(ST7DNP).
Figura 62. E
spectro de RMN
Figura 63.
E
spectro de RMN
spectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
)
do derivado
spectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
), do derivado
ST7DNP
154
do derivado
ST7DNP.
ST7DNP
(expansão 1).
155
Tabela 20. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) da 2,4-dinitrofenilidrazona da
ciperotundona (ST7DNP), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição ST7DNP ST7DNP
a#
-
10,93 sl 10,94 sl
H-3’
9,13 d (2,3) 9,11 d (2,5)
H-5’
8,28 dd (9,8 e 2,3) 8,27 dd (9,6 e 2,5)
H-6’
7,98 d (9,8) 7,97 d (9,6)
-
2,50 m 2,50 m
H-2a
2,39 d (17,0) 2,33 d (16,6)
H-2b
2,23 d (17,0) 2,33 d (16,6)
-
2,14 m 2,16 m
-
2,01 m 2,03 m
-
1,59* m 1,59* m
-
1,44* m 1,44* m
H-12
1,12 s 1,12 s
-
0,87 m 0,86 m
H-13
0,77 s 0,77 s
H-14
1,89 s 1,89 s
H-15
0,63 d (6,2) 0,63 d (6,4)
a
NYASSE et al., 1988b.
#
Espectro obtido em CDCl
3
(250 MHz).
* Indica que os valores podem estar trocados entre si na mesma coluna.
Obs. as constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
5.1.3.4 Determinação estrutural da substância ST8
A substância codificada como ST8 foi identificada como a substância
ciperadiona.
O
O
4
3
2
7
11
10
9
12
6
8
5
13
1
1
4
15
ST8
No espectro de RMN
sinais característicos de hidrogênios de grupos metílicos: dois singletos em
0,94
que integram para três hidrogênios cada, relativos
12 e 13, respectivamente; um
metílico Me-14
e outro singleto em
metílico ligado a carbono carbonílico. Os multipletos observados em
juntamente com outros sinais sobrepostos, que correspondem aos demais
hi
drogênios metilênicos e metínicos da ciperadiona.
Figura 64.
E
No espectro de RMN
dois sinais típicos de carbonos carbonílicos em
característico de carbono carbonílico de grupo metilcetona. Esse espectro apresenta
ainda sinais em δ
C
30,2
metílicos (Me-12 a Me-
15), sinais
δ
C
42,5 e 57,8 (C-
11 e C
No espectro de RMN
1
H (Figura 64) da substância ST8
sinais característicos de hidrogênios de grupos metílicos: dois singletos em
que integram para três hidrogênios cada, relativos
aos hidrogênios
12 e 13, respectivamente; um
dubleto em δ
H
0,74 atribuído a
os hid
e outro singleto em
δ
H
2,15 característico de hidrogênios de grupo
metílico ligado a carbono carbonílico. Os multipletos observados em
juntamente com outros sinais sobrepostos, que correspondem aos demais
drogênios metilênicos e metínicos da ciperadiona.
E
spectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
)
do derivado
No espectro de RMN
13
C (Figura 65, p. 157
) da substância
dois sinais típicos de carbonos carbonílicos em
δ
C
220,3
e 208,
característico de carbono carbonílico de grupo metilcetona. Esse espectro apresenta
30,2
, 21,9, 26,6 e 16,3 atribuídos aos
carbonos
15), sinais
dos
carbonos que não sustentam hidrogênio e
11 e C
-
1, respectivamente), sinais de carbonos de grupos
156
observam-se quatro
sinais característicos de hidrogênios de grupos metílicos: dois singletos em
δ
H
1,19 e
aos hidrogênios
das metilas
os hid
rogênios do grupo
2,15 característico de hidrogênios de grupo
metílico ligado a carbono carbonílico. Os multipletos observados em
δ
H
2,30 e 2,50,
juntamente com outros sinais sobrepostos, que correspondem aos demais
do derivado
ST8.
) da substância
ST8 observam-se
e 208,
4; sendo o primeiro
característico de carbono carbonílico de grupo metilcetona. Esse espectro apresenta
carbonos
de grupos
carbonos que não sustentam hidrogênio e
m
1, respectivamente), sinais de carbonos de grupos
metínicos (δ
C
30,9 e 41,
4
dos dados obtidos por RMN
a substância ST8
como a ciperadiona.
dados de RMN
1
H e RMN
encontrados na literatura (SONWA
Figura 65.
Espectro de RMN
Como os dados de RMN
atribuídos, foram utilizados espectros bidimensionais de HETCOR (
p. 158) e HMBC (
Figuras
Apresentam-
se a seguir as principais correlações observadas no e
de ST8
que confirmam os carbonos totalmente substituídos (C
(C-15), metilênicos (C-
3, C
4
) e metilênicos (δ
C
21,4, 26,0, 27,7
, 38,3 e 41,8). O conjunto
dos dados obtidos por RMN
13
C, juntamente com os dados de RMN
como a ciperadiona.
Na Tabela 21 (p.
159
H e RMN
13
C da substância ST8
em comparação com
encontrados na literatura (SONWA
; KÖNING,
2001a) para a ciper
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) d
a fração contendo
Como os dados de RMN
13
C encontrados na literatura não estavam
atribuídos, foram utilizados espectros bidimensionais de HETCOR (
Figuras
67 e 68, pp. 158-159
) para propor as atribuições.
se a seguir as principais correlações observadas no e
que confirmam os carbonos totalmente substituídos (C
3, C
-8 e C-9) e metínicos (C-7 e C-10).
O
O
157
, 38,3 e 41,8). O conjunto
C, juntamente com os dados de RMN
1
H caracterizam
159
) são mostrados os
em comparação com
àqueles
2001a) para a ciper
adiona.
a fração contendo
ST8.
C encontrados na literatura não estavam
atribuídos, foram utilizados espectros bidimensionais de HETCOR (
Figura 66,
) para propor as atribuições.
se a seguir as principais correlações observadas no e
spectro de HMBC
que confirmam os carbonos totalmente substituídos (C
-1 e C-11), metílico
Figura
66
Figur
a
66
. Espectro de HETCOR da fração contendo
ST8
a
67. Espectro de HMBC da fração contendo
ST8
158
ST8
.
ST8
.
Figura 68
. Espectro de HMBC da fração contendo
Tabela 21
. Dados de RMN
CDCl
3
) da ciperadiona (
ST8
Posição
ST8
H-2
1,50 m**
H-3
2,35 m**
H-6a
1,93 d (18,9)
H-6b
2,40 m**
H-7
1,88 m**
H-8a
1,45 m**
H-8b
2,04 m**
H-9a
1,10 m**
H-9b
1,65 m**
H-10
2,10 m**
H-12
1,19 s
H-13
0,94 s
H-14
0,74 d (6,3)
H-15
2,15 s
- -
a
SONWA; KÖNING, 2001a
ordem crescente de deslocamento
#
Espectro de RMN
1
H
obtido em CDCl
#
#
Espectro de RMN
13
C
obtido em CDCl
**Sobreposição de sinais/ *
Indica que o
Obs. a
s constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
. Espectro de HMBC da fração contendo
ST8 (
expansão 1
. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
)
e de RMN
ST8
), juntamente com os dados encontrados na literatura.
ST8
a#
Posição
1,50 ddd (15,4; 11,7 e 5,7)
C-1
2,35 ddd (16,4; 11,7 e 4,4)
C-2
1,96 d (19,0)
C-3
2,48 dl (19,0 e 7,3)
C-4
1,90 ddd (6,6; 3,3 e 3,3)
C-5
1,45 dq (13,6 e 3,2)
C-6
2,01 dddd (13,6; 12,9; 6,0 e
2,7)
C-7
1,10 dddd (14,5; 12,9; 12,9 e
6,6)
C-8
1,68 ddd (14,5; 6,0 e 6,0)
C-9
2,10 ddq (12,9; 6,0 e 6,6)
C-10
1,22 s
C-11
0,98 s
C-12
0,78 d (6,6)
C-13
2,18 s
C-14
- C-15
(Dados de RMN
13
C
que não estavam atribuídos foram colocados em
ordem crescente de deslocamento
).
obtido em CDCl
3
(400 MHz).
obtido em CDCl
3
(100 MHz).
Indica que o
s valores podem estar trocados
entre si na mesma coluna.
s constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
159
expansão 1
).
e de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz,
), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição
ST8 ST8
a
#
#
57,8 16,76
21,4 21,87
38,3 22,18
208,4 26,42
220,3 27,05
41,8 28,10
41,4 30,03
26,0 31,32
27,7 38,71
30,9 41,79
42,5 41,84
21,9* 42,96
26,6* 58,21
16,3 208,50
30,2 220,25
que não estavam atribuídos foram colocados em
entre si na mesma coluna.
160
5.1.4 Constituintes químicos das frações menos polares de Cyperus
giganteus
Foram analisadas por CG/EM as frações menos polares (frações 1 e 2)
obtidas a partir do fracionamento do extrato hexânico dos rizomas de C. giganteus.
A partir do cromatograma da fração 1 (Figura 69) foram identificadas,
utilizando-se dados de espectros de massas e índices de retenção (IR) as
substâncias óxido de cariofileno (ST5, 13,43%), patchoulenona (ST6, 12,04%) e
ciperotundona (ST7, 7,28%). Essas substâncias também foram isoladas e
identificadas na fração 1, utilizando-se cromatografia clássica (CC e CCDC).
Figura 69. Cromatograma de íons totais da fração 1 de Cyperus giganteus.
A fração 2 também foi analisada por CG/EM (Figura 70, p. 161). A análise do
cromatograma da fração 2 demonstrou que essa também era constituída
principalmente pelos sesquiterpenos óxido de cariofileno (ST5), patchoulenona (ST6)
e ciperotundona (ST7), sendo esse último o componente majoritário.
161
Figura 70. Cromatograma de íons totais da fração 2 de Cyperus giganteus.
Os sesquiterpenos óxido de cariofileno (ST5), patchoulenona (ST6),
ciperotundona (ST7) e ciperadiona (ST8) isolados do extrato hexânico utilizando
métodos cromatográficos clássicos como CC e CCDC, também estão presentes no
óleo essencial de C. giganteus (ZOGHBI et al., 2006b). O constituinte identificado
por CG/EM (Figuras 69 e 70) como majoritário das frações menos polares (frações 1
e 2) do extrato hexânico, ou seja, a ciperotundona (ST7), também é majoritária no
óleo essencial dessa espécie.
162
5.1.
5 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de
C. articulatus var. articulatus
A investigação química do extrato hexânico dos tubérculos de C. articulatus
var. articulatus levou à identificação dos sesquiterpenos mustacona (ST2), óxido de
cariofileno (ST5), além dos esteróides estigmasterol (ES1) e sitosterol (ES2), em
mistura. As estruturas dos compostos identificados encontram-se na Figura 71.
HO
H
H H
HO
H
H H
O
ST2 (mustacona)
ES1 (estigmasterol)
ES2 (sitosterol)
O
H
H
ST5 (óxido de cariofileno)
Figura 71.
Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos tubérculos de Cyperus
articulatus var. articulatus.
163
5.1.5.1 Determinação estrutural da substância ST2
A substância codificada como ST2 foi identificada como o sesquiterpeno
mustacona e encontrava-se numa mistura na qual era o constituinte majoritário. Essa
substância também foi identificada no extrato hexânico dos tubérculos de
C. articulatus var. nodosus (item 5.1.1.2).
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1
5
14
12
11
13
S
T
2
A discussão estrutural dessa substância encontra-se na p. 111. Os espectros
de RMN de
1
H e
13
C de ST2 isolada de C. articulatus var. articulatus são mostrados a
seguir nas Figuras 72 e 73 (p. 164), respectivamente.
164
Figura 72. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST2.
Figura 73.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST2.
165
5.1.5.2 Determinação estrutural da substância ST5
O estudo do extrato hexânico dos tubérculos de C. articulatus var. articulatus
levou a obtenção de quantidade adicional da substância denominada ST5,
identificada como o sesquiterpeno óxido de cariofileno. Essa substância foi
identificada anteriormente no extrato hexânico de C. giganteus (item 5.1.3.1).
O
H H
S
T
5
7
11
10
9
12
6
8
5
4
3
2
13
1
1
4
15
Os espectros de RMN
1
H e
13
C da fração contendo a substância ST5 obtida
do extrato hexânico de C. articulatus var. articulatus são mostrados nas Figuras 74 e
75 (p. 166), respectivamente. A discussão estrutural dessa substância encontra-se
na p. 140.
166
Figura 74. Espectro de
1
H RMN (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5.
Figure 75.
Espectro de
13
C RMN (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5 como principal constituinte.
167
5.1.5.3 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2
As substâncias codificadas como ES1 e ES2 foram identificadas como os
esteróides estigmasterol e sitosterol, respectivamente. Na fração contendo os
esteróides foi identificada uma pequena quantidade do sesquiterpeno mustacona
(ST2), obtido anteriormente.
A discussão estrutural das substâncias estigmasterol e sitosterol está na p.
127. O espectro de RMN de
1
H da fração contendo essas substâncias é mostrado na
Figura 76.
Figura 76. Espectro de
1
H RMN (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e ES2.
HO
H
H H
HO
H
H H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
ES1
E
S
2
168
5.1.6 Constituintes químicos das frações menos polares de
C. articulatus var. articulatus
As frações menos polares do extrato hexânico (1, 2 e 3) dos tubérculos de C.
articulatus var. articulatus foram analisadas por cromatografia gasosa acoplada a
espectrometria de massas.
A análise por CG/EM da fração 1 mostra que esta é formada principalmente
por sesquiterpenos oxigenados como o óxido de cariofileno (ST5, 13,42%), a
mustacona (ST2, 9,84%), α-ciperona (ST1, 4,09%), além dos sesquiterpenos não
oxigenados rotundeno (2,12%) e α-copaeno (1,60%). As substâncias óxido de
cariofileno e mustacona também foram isoladas por cromatografia clássica (CC e
CCDC) do extrato hexânico de C. articulatus var. articulatus. O cromatograma da
fração 1 é mostrado na Figura 77. A Tabela 22 (p. 169) mostra os terpenos
identificados na fração 1, juntamente com percentual e IR de cada.
Figura 77. Cromatograma de íons totais da fração 1 de Cyperus articulatus var. articulatus.
óxido de cariofileno (
ST5
)
mustacona (
ST
2
)
169
Tabela 22. Terpenóides identificados na fração 1 do extrato hexânico de
Cyperus articulatus var. articulatus por CG/EM.
Substância % IR Substância % IR
pinocarvona 0,4 1167
γ-muuroleno
1,4 1481
mirtenal 0,5 1201 cipereno 4,5 1040
α-copaeno
1,6 1379 óxido de cariofileno 13,4 1578
β-elemeno
0,3 1395 mustacona 9,8 1688
rotundeno 2,1 1464
α-ciperona
4,1 1758
A análise do cromatograma da fração 2 demonstrou que essa é constituída
principalmente pelos sesquiterpenos oxigenados α-ciperona (ST1, 4,04%),
ciperotundona (ST7, 5,39%), mustacona (ST2, 6,39%), patchoulenona (ST6, 7,04%)
e óxido de cariofileno (ST5, 16,6%), sendo este último o constituinte principal. O
cromatograma da fração 2 é mostrado na Figura 78.
Figura 78.
Cromatograma de íons totais da fração 2 de Cyperus articulatus var. articulatus.
A ciperotundona (ST7, 9,03%) também foi identificada como um dos principais
constituintes da fração 3. Os resultados mostram ainda que as frações 1, 2 e 3
obtidas do extrato hexânico de C. articulatus var. articulatus são semelhantes. Os
principais componentes químicos identificados como óxido de cariofileno (ST5),
α-ciperona (ST1), ciperotundona (ST7) e mustacona (ST2) também foram
identificados nas frações menos polares de C. articulatus var. nodosus.
óxido de cariofileno (
ST5
)
mustacona (
ST
2
)
ciperotundona (
ST
7
)
170
5.1.7 Identificação das substâncias dos tubérculos de Cyperus
distans
A investigação química dos extratos hexânico e metanólico dos tubérculos de
C. distans levou à identificação de uma mistura de hidrocarbonetos (HC1), dos
sesquiterpenos óxido de cariofileno (ST5) e ciperotundona (ST7), da escabequinona
(QN1), do dissacarídeo sacarose (DS1), dos esteróides livres estigmasterol (ES1) e
sitosterol (ES2), em mistura, e os esteróides glicosilados do estigmasterol (ES3) e do
sitosterol (ES4), também em mistura. As estruturas dos compostos identificados
encontram-se na Figura 79.
RO
H
H H
O
O
O
O
O
HO
HO
HO
CH
2
OH
H
O
O
O
O
OH
HO
HO
O
H
OH
OH
HO
HO
H
H H
RO
O
H
HO
HO
HO
CH
2
OH
H H
O
ES2: R=H (sitosterol)
ES1: R=H (estigmasterol)
ES3: R=
ES4: R=
ST5 (óxido de cariofileno)
C
n
H
2n+2
HC1 (mistura de hidrocarbonetos)
ST7 (ciperotundona)
QN1 (escabequinona)
DS1 (sacarose)
ES3: (estigmasterol glicosilado)
ES4 (sitosterol glicosilado)
Figura 79. Estruturas das substâncias identificadas nos extratos hexânico e metanólico dos tubérculos
de Cyperus distans.
171
5.1.7.1 Determinação estrutural da substância HC1
A fração codificada como HC1 corresponde a uma mistura que tem como
constituintes principais hidrocarbonetos. A análise do espectro de RMN de
1
H (Figura
80) mostra um singleto intenso em δ
H
1,25 e um tripleto em δ
H
0,85 (J= 7,0 Hz) que
são atribuídos aos hidrogênios dos grupos (CH
2
)
n
e CH
3
, respectivamente. No
espectro de RMN de
13
C (Figura 81, p. 172) são observados sinais de média e alta
intensidade em δ
C
22,7, 29,4, 29,6, 29,7 e 32,0 de grupos CH
2
e outro de média
intensidade em δ
C
14,1 e 14,2 de grupos CH
3
da cadeia de hidrocarbonetos.
Por meio da análise dos dados acima apresentados conclui-se que a fração
denominada HC1 é formada principalmente por hidrocarbonetos saturados de cadeia
linear cuja fórmula é mostrada abaixo. Os componentes em menor proporção são
triacilgliceróis e ésteres metílicos, mas como a intensidade dos sinais nos espectros
de RMN era muito pequena, optou-se por não descrevê-los.
C
n
H
2n+2
Figura 80. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo HC1.
172
Figura 81.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo HC1.
5.1.7.2 Determinação estrutural da substância ST5
O estudo do extrato hexânico dos tubérculos de C. distans levou à obtenção
de quantidade adicional da substância ST5 (30,0 mg), em mistura com outras
substâncias, identificada anteriormente como o sesquiterpeno óxido de cariofileno.
O
H H
ST5
7
11
10
9
1
2
6
8
5
4
3
2
13
1
1
4
15
173
A discussão estrutural dessa substância encontra-se na p. 140. Os espectros
de RMN de
1
H e
13
C da substância ST5 isolada de C. distans podem ser observados
nas Figuras 82 e 83, respectivamente (pp. 173-174). A identificação de ST5 como
sendo o óxido de cariofileno foi confirmada mediante análise por CG/EM (Figuras
121-122, pp. 206-207) das frações menos polares obtidas do extrato hexânico de
C. distans.
Este é o primeiro registro de isolamento do sesquiterpeno óxido de cariofileno
(ST5) de C. distans.
Figura 82. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5.
Figura 83.
Espectro de RMN
5.1.7.3
Determinação estrutural da substância
O
estudo químico
tubérculos de
C. distans
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo
Determinação estrutural da substância
ST7
estudo químico
dos extratos hexânico (
23,5 mg) e metanólico (45,0 mg) dos
C. distans
resultou na identificação da substância
ST
O
ST7
7
11
10
9
12
6
8
5
4
3
2
131
14
15
174
) da fração contendo
ST5.
23,5 mg) e metanólico (45,0 mg) dos
ST
7.
175
A discussão estrutural dessa substância encontra-se na p. 146. Os espectros
de RMN de
1
H e
13
C de ST7 isolada de C. distans são mostrados a seguir nas
Figuras 84 e 85 (p. 176), respectivamente.
Este é o primeiro registro de isolamento da ciperotundona de C. distans. A
identificação da ciperotundona foi confirmada a partir da análise por CG/EM das
frações menos polares do extrato hexânico dessa espécie (Figuras 122-123, p. 207).
Figura 84. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST7.
176
Figura 85.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST7.
5.1.7.4 Determinação estrutural da substância QN1
O
O
O
O
QN1
1
2
3
17
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
A substância QN1 foi identificada como a escabequinona. Destacam-se no
espectro de RMN
1
H (Figuras 86 e 87, pp. 177-178) de QN1 os seguintes sinais: um
177
singleto largo em δ
H
2,27 referente aos hidrogênios do grupo metílico (Me-17) ligado
a carbono olefínico; um dubleto em δ
H
1,00 (J= 6,3 Hz) referente aos seis
hidrogênios de grupos metílicos de um grupo isopropílico (Me-15 e Me-16), em δ
H
7,45 um singleto largo atribuído a um hidrogênio ligado a carbono olefínico
oxigenado (H-2), um tripleto em δ
H
3,78 atribuído ao hidrogênio H-7b e um triplo
dubleto em δ
H
4,47 atribuído ao hidrogênio H-7a (as multiplicidades de H-7a e H-7b
foram confirmadas pelos espectros bidimensionais que demonstram as correlações
referentes a esses hidrogênios). Os dados de RMN
1
H de QN1 são comparados com
aqueles encontrados na literatura (MORIMOTO; FUJII; KOMAI, 1999) para a
escabequinona, como mostrado na Tabela 23 (p. 188).
Figura 86. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo QN1.
178
Figura 87.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo QN1 (expansão 1).
O espectro de
1
H x
1
H COSY (Figuras 88 e 89, p. 179) mostra as principais
correlações colocadas abaixo que confirmam a proposta estrutural. Apresentam-se
os picos de correlação observados entre os sinais:
Me-15 e Me-16 (δ
H
1,00) com H-14 (1,55-1,75 m);
Me-17 (δ
H
2,27) somente com H-2 (δ
H
7,45);
H-5a (δ
H
2,67) com H-7a (δ
H
4,47) e com H-6 (1,55-1,75 m);
H-5a (δ
H
2,67) também com H-5b (δ
H
2,10);
H-6 (δ
H
1,55-1,75 m) com H-7b (δ
H
3,78) e com H-5a (δ
H
2,67);
H-7a (δ
H
4,47) com H-7b (δ
H
3,78) e com H-5a (δ
H
2,67).
179
Figura 88. Espectro de
1
H x
1
H COSY de QN1.
Figura 89. Espectro de
1
H x
1
H COSY de QN1 (expansão 1).
Os espectros de RMN
substância QN1
mostram sinais
ainda sinais referentes a seis carbonos olefínicos: três oxigenados (
149,7 (C), 145,9 (CH)) e três não oxigenados (
três sinais de carbonos metílicos (
metilênicos, um não oxigenado (
metínicos (δ
C
36,9 e 29,2). Os dados de RMN
(MORIMOTO;
FUJII; KOMAI
atribuições, apenas os des
espectros bidimensionais (
atribuições.
Figura 90.
Espectro de RMN
Os espectros de RMN
13
C (Figura 90, p. 180
) e DEPT (
mostram sinais
de duas carbonilas δ
C
183,2 e 169,8;
ainda sinais referentes a seis carbonos olefínicos: três oxigenados (
149,7 (C), 145,9 (CH)) e três não oxigenados (
δ
C
127,5 (C), 121,5 (C) e 118,4 (CH));
três sinais de carbonos metílicos (
δ
C
20,1, 19,6 e 8,6); dois sinais de carb
metilênicos, um não oxigenado (
δ
C
22,0), outro oxigenado (δ
C
70,8
36,9 e 29,2). Os dados de RMN
13
C encontrados na literatura
FUJII; KOMAI
, 1999
) para a escabequinona não incluíam as
atribuições, apenas os des
locamentos químicos (Tabela 23,
p.
espectros bidimensionais (
1
H x
1
H COSY,
HETCOR e HMBC) foram feitas essas
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo
180
) e DEPT (
91, p. 181) da
183,2 e 169,8;
observam-se
ainda sinais referentes a seis carbonos olefínicos: três oxigenados (
δ
C
153,8 (C),
127,5 (C), 121,5 (C) e 118,4 (CH));
20,1, 19,6 e 8,6); dois sinais de carb
onos
70,8
) e dois carbonos
C encontrados na literatura
) para a escabequinona não incluíam as
p.
188). Utilizando-se
HETCOR e HMBC) foram feitas essas
) da fração contendo
QN1.
181
Figura 91. Espectro de DEPT da fração contendo QN1.
A partir das correlações observadas nos espectros de HETCOR (Figuras 93-
95, pp. 183-184), foram definidos os sinais dos carbonos que sustentam hidrogênio:
C-2 (δ
C
145,9), C-5 (δ
C
22,0), C-6 (δ
C
36,9), C-7 (δ
C
70,8), C-14 (δ
C
29,2), C-15 e
C-16 (δ
C
19,6 ou 20,1) e C-17 (δ
C
8,6). As demais atribuições dos deslocamentos
observados no espectro de RMN
13
C foram propostas a partir dos dados de HMBC
(Figuras 96-101, pp. 185-187).
Foram importantes nas atribuições dos carbonos não oxigenados as
seguintes correlações observadas nos espectros de HMBC de QN1:
Do sinal em δ
C
183,2 (C-4 ou C-9) com H-5a (δ
H
2,65), logo deve ser atribuído
a C-4;
Do sinal em δ
C
153,8 (C-10 ou C-13) com H-5b (δ
H
2,11) e com H-7a (δ
H
4,47),
logo deve ser atribuído a C-13.
Do sinal em δ
C
149,7 (C-10 ou C-13) somente com H-2 (δ
H
7,45), logo deve
ser atribuído a C-10.
Do sinal em δ
C
121,5 (C-3 ou C-11) com H-17 (δ
H
2,27) e com H-2 (δ
H
7,45) e
o sinal em δ
C
127,5 (C-3 ou C-11) somente com H-2 (δ
H
7,45), ou seja, a
182
metila δ
H
2,27 mostra correlação com δ
C
121,5 (
3
J) e o olefínico δ
H
7,45
somente com δ
C
127,5. Considerando que a correlação
3
J é mais intensa que
2
J, pode-se sugerir que δ
C
121,5 seja atribuído a C-11 e δ
C
127,5 ao C-3 (que
não tem
3
J, somente
2
J).
Mostram-se na estrutura da Figura 92 as principais correlações do espectro
de HMBC de QN1.
O
O
O
O
Figura 92. Principais correlações observadas no HMBC de QN1.
Morimoto e colaboradores (1999) descrevem o isolamento dessa substância
do extrato hexânico de C. distans de um espécime coletado no Japão.
183
Figura 93. Espectro de HETCOR de QN1.
Figura 94. Espectro de HETCOR de QN1 (expansão 1).
184
Figura 95. Espectro de HETCOR de QN1 (expansão 2).
185
Figura 96.
Espectro de HMBC de QN1 (expansão 1).
Figura 97.
Espectro de HMBC de QN1 (expansão 2).
186
Figura 98. Espectro de HMBC de QN1 (expansão 3).
Figura 99.
Espectro de HMBC de QN1 (expansão 4).
187
Figura 100. Espectro de HMBC de QN1 (expansão 5).
Figura 101.
Espectro de HMBC de QN1 (expansão 6).
188
Tabela 23. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz,
CDCl
3
) da escabequinona (QN1), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição
QN1 QN1
a#
Posição
QN1 QN1
a
##
H-2
7,45 sl 7,46 d (1,0)
C-2 145,9
8,6
H-5a
2,67 ddd (18,5; 4,8 e
2,3)
2,67 ddd (18,0; 5,0 e
2,5)
C-3 127,5
19,6
H-5b
2,10 dd (18,5 e
10,0)
2,11 dd (18,0 e
10,0)
C-4 183,2
20,2
H-6
1,55-1,75 m 1,55-1,75 m
C-5 22,0 22,0
H-7a
4,47 td (10,0 e 2,3)
4,48 td (10,0 e 2,5)
C-6 36,9**
29,2
H-7b
3,78 t (10,0) 3,79 t (10,0)
C-7 70,8 36,9
H-14
1,55-1,75 m 1,55-1,75 m
C-9 169,8
70,8
H-15
1,00 d (6,3) 1,07 d (6,5)
C-10 149,7
118,4
H-16
1,00 d (6,3) 1,07 d (6,5)
C-11 121,5
121,4
H-17
2,27 sl 2,28 d (6,5)
C-12 118,4
127,5
- - - C-13 153,8
145,9
- - - C-14 29,2**
149,7
- - - C-15 19,6* 153,8
- - - C-16 20,1* 169,7
- - - C-17 8,6 183,7
a
MORIMOTO; FUJII; KOMAI, 1999 (Dados de RMN
13
C não estavam atribuídos e foram colocados em
ordem crescente de deslocamento).
#
Espectro de RMN
1
H obtido em CDCl
3
(270 MHz).
#
#
Espectro de RMN
13
C obtido em CDCl
3
.
* e ** Indicam que os valores podem estar trocados entre si na mesma coluna.
Obs. as constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
189
5.1.7.5 Interpretação do espectro de massas de QN1
O espectro de massas de QN1 (Figura 102) é apresentado juntamente com o
espectro encontrado no banco de dados para a escabequinona. A interpretação do
espectro de massas de QN1 é mostrada na Figura 103.
Figura 102. Espectro de massas da substância QN1 comparado com o da biblioteca NIST.
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
[C
15
H
16
O
4
]
-CO
O
O
O
-C
3
H
7
-Me
245 (50%)
260
+
217 (100%)
+
+
189 (36,4%)
Figura 103. Esquema de fragmentação referente ao espectro de massa da escabequinona (QN1).
190
5.1.7.6 Determinação estrutural da substância DS1
O composto denominado DS1 foi identificado como a sacarose e foi obtido a
partir do extrato metanólico de C. distans. A sacarose é o dissacarídeo mais
abundante na natureza; é encontrado em todos os organismos fotossintéticos e é
obtido comercialmente pela cana-de-açúcar ou beterraba (SOLOMONS; FRYHLE,
2002).
DS1
O
O
O
OH
HO
HO
OH
OH
OH
HO
HO
1
2
3
4
5
6
1'
2'
3'
4'
5'
6'
O espectro de RMN
1
H (Figuras 104 e 105, p. 191) dessa substância
apresenta um dubleto em δ
H
5,28 (J= 3,9 Hz) relativo ao hidrogênio H-
1 da unidade
α-D-glicopiranosil, um tripleto em δ
H
3,63 (J= 9,9 Hz) e outro tripleto em δ
H
3,92
(J= 8,7 Hz) relativos aos hidrogênios oximetínicos H-2 e H-3, respectivamente, dessa
mesma unidade. O deslocamento químico do hidrogênio H-
4’ da unidade
β-D-frutofuranosil de DS1 é observado em δ
H
4,09 (d, J= 8,7 Hz). Observa-se ainda
um multipleto em 3,67-3,78 m que corresponde aos sinais (sobrepostos) dos
hidrogênios metilênicos da sacarose. Os deslocamentos químicos observados no
espectro de RMN
1
H de DS1 demonstraram pequenas diferenças quando
comparados com aqueles encontrados na literatura para a sacarose (DUCKER;
SERIANNI, 1993) como mostra a Tabela 24 (p. 193).
191
Figura 104. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, D
2
O) de DS1.
Figura 105.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, D
2
O) de DS1 (expansão 1).
192
Nos espectros de RMN
13
C (Figura 106) e DEPT (Figura 107, p. 193) da
sacarose, são observados quatro sinais de carbonos oximetínicos em δ
C
62,1; 77,2;
74,8 e 63,2 relativos aos carbonos C-1’, C-3’, C-4’ e C-5’, respectivamente, da
unidade β-D-frutofuranosil, um sinal de carbono acetálico em δ
C
104,5 (C-2’) e em
δ
C
82,2 um sinal de carbono oxigenado ligado a hidrogênio atribuído ao carbono C-5’
dessa mesma unidade. Os sinais dos carbonos oximetínicos da unidade
α-D-glicopiranosil são observados em δ
C
71,9; 73,4; 70,0 e 60,9 (C-2, C-3, C-4 e
C-6, respectivamente), um sinal em δ
C
92,9 referente ao carbono acetálico (C-1) e
em δ
C
73,2 referente ao carbono oxigenado C-5 dessa unidade. A comparação
desses dados de RMN
13
C com aqueles encontrados na literatura (DE BRUYN; LOO,
1991) para a sacarose (ver Tabela 24, p. 193) foi utilizada para confirmar a
identificação de DT1 como sendo essa substância. Os dados obtidos para DT1 são
próximos aos citados na literatura para a sacarose.
Figura 106.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, D
2
O) de DS1.
193
Figura 107. Espectro de DEPT de DS1.
Tabela 24. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz) da sacarose
(DS1) em D
2
O, juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição DS1 DS1
a#
Posição
DS1 DS1
b##
H-1
5,28 d (3,9)
5,49 C-1 92,9 92,9
H-2
3,63 t (9,9)
3,63 C-2 71,9 71,9
H-3
3,92 t (8,1)
3,83 C-3 73,4 73,4
H-4 - 3,54 C-4 70,0 70,0
H-5
3,68-3,79 m*
3,88-3,93 C-5 73,2 73,2
H-6a/H-6b
3,68-3,79 m*
3,88-3,93 C-6 60,9 61,0
H-1a’/ H-1b’ - 3,75 C-1’ 62,1 62,5
H-3’ - 4,29 C-2’ 104,5 104,5
H-4’
4,09 d (3,9)
4,12 C-3’ 77,2 77,8
H-5’ - 3,96 C-4’ 74,8 75,4
H-6a’/ H-6b’
3,68-3,78 m*
3,88-3,93 C-5’ 82,2 82,2
- - - C-6’ 63,2 63,2
a
DE BRUYN; LOO, 1991.
b
DUCKER; SERIANNI, 1993.
#
Espectro de RMN
1
H obtido em D
2
O (300 MHz). (Dados de RMN
1
H não apresentavam as
multiplicidades).
#
#
Espectro de RMN
13
C obtido em D
2
O.
* Sobreposição de sinais.
Obs. as constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
194
Além dos dados espectrais de RMN
1
H e
13
C de DS1, que demonstraram
pequenas diferenças quando comparados com aqueles encontrados na literatura
para a sacarose, foram utilizados dados de RMN
1
H e
13
C do derivado acetilado
DS1Ac e teste de Benedict (teste negativo característico de um açúcar não redutor).
A estrutura do derivado acetilado é mostrada no esquema de reação abaixo (Figura
108).
O
O
O
OH
HO
HO
OH
OH
OH
HO
HO
O
O
O
OR
RO
RO
OR
OR
OR
RO
RO
DS1
1
2
3
4
5
6
1'
2'
3'
4'
5'
6'
D
S
A
c
:
R
=
A
c
1
2
3
4
5
6
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Ac
2
O
AcO
-
Na
+
Figura 108.
Reação de acetilação da sacarose (DS1).
No espectro de RMN
1
H (Figuras 109 e 110, p. 195) do derivado acetilado de
DS1Ac observam-se vários sinais entre δ
H
2,16 e 2,00 atribuídos aos hidrogênios
metílicos do grupo acetato; os hidrogênios oximetínicos encontram-se mais
desprotegidos em DS1Ac do que no composto não acetilado (δ
H
5,67 (d, J= 3,3 Hz),
δ
H
5,06 (t, J= 10,0 Hz) e δ
H
4,88 (dd, J= 10,5 e 3,3 Hz)). Os deslocamentos químicos
observados no espectro de RMN
1
H de DS1Ac estão de acordo com aqueles
encontrados na literatura (FERNANDEZ-LORENTE et al., 2003) como mostra a
Tabela 25 (p. 197).
195
Figura 109.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de DS1Ac.
Figura 110.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de DS1Ac.
196
No espectro de RMN
13
C (Figuras 111 e 112, pp. 196-197) do derivado
acetilado são observados os sinais de oito carbonilas entre δ
C
169,5 e 170,7 e dos
grupos metila do acetato entre δ
H
20,6 e 20,7, além dos demais sinais do esqueleto
do açúcar. Os dados de RMN
13
C do derivado acetilado de DS1Ac quando
comparados aqueles da literatura (NISHIDA; ENZELL; MORRIS, 1986) confirmam a
identificação de DS1, como mostra a Tabela 25 (p. 197).
Figura 111. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de DS1Ac.
197
Figura 112. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) de DS1Ac.
Tabela 25. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz) da sacarose
acetilada (DS1Ac) em CDCl
3
, juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição DS1Ac DS1Ac
a#
Posição
DS1Ac DS1Ac
b##
H-1
5,67 d (3,3) 5,70 d (3,9)
C-1 89,9 89,93
H-2
4,88 dd (10,5
e 3,3)
4,92 dd (10,3 e
3,7)
C-2 70,2 70,26
H-3
5,32-5,48 m* 5,47 t (9,8)
C-3 69,6 69,61
H-4
5,06 t (10,0) 5,11 t (10,0)
C-4 68,1 68,17
H-5
4,10-4,35 m* 4,15-4,45 m
C-5 68,4 68,50
H-6a/H-6b
4,10-4,35 m* 4,15-4,45 m
C-6 61,7 61,75
H-1a’/ H-
1b’
4,10-4,35 m* 4,15-4,45 m
C-1’ 62,8 62,85
H-3’
5,32-5,48 m* 5,49 d (5,8)
C-2’ 104,0 104,02
H-4’
5,32-5,48 m* 5,41 t (5,8)
C-3’ 75,6 75,68
H-5’
4,10-4,35 m* 4,15-4,45 m
C-4’ 74,9 74,98
H-6a’/ H-
6b’
4,10-4,35 m* 4,15-4,45 m
C-5’ 79,0 79,14
CH
3
CO 2,00-2,16 2,00-2,30 C-6’ 63,6 63,63
- - - CH
3
CO 20,5-20,7 20,56-20,72
- - - CH
3
CO
169,5-
70,7
169,50-
170,66
a
FERNANDEZ-LORENTE et al., 2003.
b
NISHIDA; ENZELL; MORRIS, 1986.
* Sobreposição de sinais.
#
Espectro obtido em CDCl
3
.
#
#
Espectro obtido em CDCl
3
.
Obs. As constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
198
5.1.7.7 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2
O estudo químico do extrato hexânico de C. distans. resultou na identificação
dos esteróides estigmasterol (ES1) e sitosterol (ES2).
A discussão estrutural dessas substâncias encontra-se na p. 127. Os
espectros de RMN de
1
H (Figura 113, p. 199) e
13
C (Figura 114, p. 199) da mistura
contendo as substâncias ES1 e ES2 isoladas de C. distans são mostrados a seguir.
HO
H
H H
HO
H
H H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
E
S
1
E
S
2
199
Figura 113. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e ES2.
Figura 114. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e ES2.
200
5.1.7.8 Determinação estrutural das substâncias ES3 e ES4
RO
H
H H
RO
H
H H
O
HO
HO
HO
CH
2
OH
H
O
HO
HO
HO
CH
2
OH
H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
ES5: R=
ES6: R=
1'
3'
5'
6'
2'
4'
1'
3'
5'
6'
2'
4'
O espectro de RMN
1
H (Figuras 115 e 116, p. 201) da mistura ES3 e ES4,
obtida do extrato metanólico dos tubérculos de C. distans, demonstra, além dos
deslocamentos citados anteriormente relativos às estruturas do estigmasterol e do
sitosterol (item 5.1.5.3) como um multipleto em δ
H
3,98 atribuído ao hidrogênio ligado
ao carbono C-3, sinais que caracterizam a presença de uma unidade de carboidrato.
Observam-se um dubleto largo em δ
H
4,56 (J= 10,8 Hz) e um duplo dubleto em
δ
H
4,39 (J= 11,8 e 5,6) atribuídos à H-6’a e H-6’b, respectivamente. Verificam-se um
multipleto sobreposto em δ
H
4,20-4,30 e outro em δ
H
3,90-4,00 relativos aos
hidrogênios H-1’, H-2’, H-3’, H-4’ e H-5’. A partir da análise dos dados espectrais
apresentados em comparação com àqueles encontrados na literatura (FAIZI et al.,
2001), concluiu-se que ES3 e ES4 são os derivados glicosilados do estigmasterol e
sitosterol.
Figura 115.
Espectro de RMN
Figura 116.
Espectro de RMN
RO
H
H H
O
HO
HO
HO
CH
2
OH
H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
28
ES5: R=
1'
3'
5'
6'
2'
4'
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, piridina-d
5
) d
a fração contendo
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, piridina-d
5
) da fração contendo
ES3
RO
H
H H
O
HO
HO
HO
CH
2
OH
H
27
26
25
29
ES6: R=
1'
3'
5'
6'
2'
4'
201
a fração contendo
ES3 e ES4.
ES3
e ES4 (expansão 1).
202
Observam-se nos espectros de RMN
13
C (Figuras 117 e 118, pp. 202-203) e
DEPT (Figura 119, p. 203) um sinal de carbono anomérico em δ
C
102,5; sinais em δ
C
78,4; 78,1; 75,3 e 71,6 de carbonos metínicos e um sinal de carbono metilênico em
δ
C
62,7; a partir desses dados concluiu-se que a unidade de açúcar é a
D-glicopiranose. Observam-se ainda os sinais relativos aos deslocamentos dos
carbonos dos esqueletos esteroidais. Os dados de RMN
13
C obtidos para ES3 e ES4
(Tabela 31, p. 204) estão de acordo com aqueles encontrados na literatura (KOJIMA
et al., 1990; FAIZI et al., 2001) para o estigmasterol e sitosterol glicosilados. A
Tabela 26 (p. 204) mostra os dados de
13
C para ES3 e ES4 comparados com a
literatura.
Figura 117.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, piridina-d
5
) da fração contendo ES3 e ES4.
RO
H
H H
RO
H
H H
O
HO
HO
HO
CH
2
OH
H
O
HO
HO
HO
CH
2
OH
H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
ES5: R=
ES6: R=
1'
3'
5'
6'
2'
4'
1'
3'
5'
6'
2'
4'
203
Figura 118.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, piridina-d
5
) da fração contendo ES3 e ES4 (expansão 1).
Figura 119. Espectro de DEPT da fração contendo ES3 e ES4.
204
Tabela 26. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz) dos derivados glicosilados do
estigmasterol (ES3) e do sitosterol (ES4) em piridina-d
5
, juntamente com os dados
encontrados na literatura.
Posição
ES3
ES
3
a
ES4
ES
4
b
Posição
ES3
ES3
a
ES
4
ES
4
b
C-1 37,4 37,6 37,4 37,46 C-18 12,4 12,3 11,9 11,95
C-2 29,9 30,3 29,9 30,21 C-19 19,2 19,3 19,3 19,39
C-3 78,1 78,3 78,1 78,38 C-20 40,8 40,9 36,3 36,36
C-4 39,3 39,4 39,3 39,31 C-21 21,3 21,7 18,9 18,99
C-5 140,9
140,0
140,9
140,95
C-22 138,5
138,9
34,2 34,20
C-6 121,9
122,0
121,9
121,90
C-23 129,3
129,5
26,3 26,40
C-7 32,1 32,2 32,1 32,15 C-24 51,4 51,5 45,9 46,04
C-8 32,0 32,1 32,0 32,04 C-25 32,6 32,2 29,4 29,47
C-9 50,3 50,4 50,3 50,34 C-26 21,3 21,4 19,2 19,20
C-10 36,3 37,0 36,3 36,08 C-27 20,3 20,1 19,9 19,94
C-11 21,2 21,4 21,2 21,26 C-28 26,3 25,8 23,3 23,38
C-12 39,9 39,9 39,9 39,95 C-29 12,5 12,6 12,4 12,13
C-13 42,4 42,4 42,4 42,47 1’ 102,5
102,6
102,5
102,57
C-14 56,7 57,1 56,7 56,83 2’ 75,3 75,4 75,3 75,27
C-15 24,5 24,7 24,5 24,48 3’ 78,5 78,7 78,5 78,54
C-16 28,5 29,4 28,5 28,50 4’ 71,6 71,7 71,6 71,67
C-17 56,2 56,2 56,2 56,25 5’ 78,5 78,5 78,1 78,13
- - - - - 6 62,7 62,9 62,7 62,82
a
KOJIMA et al., 1990 (piridina-d
5
, 100 MHz).
b
FAIZI et al., 2001 (piridina-d
5
, 150 MHz).
Este é o primeiro relato de isolamento das substâncias óxido de cariofileno
(ST5) e ciperotundona (ST7) de C. distans. A substância escabequinona (QN1) foi
isolada anteriormente de um espécime de C. distans coletado na Tailândia
(MORIMOTO; FUJII; KOMAI, 1999).
205
5.1.8 Constituintes químicos das frações menos polares de Cyperus
distans
As frações menos polares (1, 2, 3-4, 5 e 6) obtidas a partir do fracionamento
do extrato hexânico dos tubérculos de C. distans também foram analisadas por
CG/EM. A Tabela 27 mostra os terpenos identificados em cada fração, juntamente
com a porcentagem de cada um.
Tabela 27. Terpenos (%) identificados por CG/EM nas frações menos polares de
Cyperus distans.
Substância IR Fração 1 Fração 2 Reunião 3-4
Fração 5 Fração 6
α-copaeno
1374 1,36 0,43 - - -
cipereno 1399 11,34 - - - -
rotundeno 1457 16,18 - - - -
α-selineno
1495 0,69 - - - -
óxido de cariofileno 1580 - - 40,88 11,67 -
α-ciperona
1755 0,65 1,17 - -
-
ciperotundona 1706 1,29 - 8,08 54,45 55,24
No cromatograma da fração menos polar (fração 1) de C. distans (Figura 120,
p. 206) é mostrado que essa é formada principalmente por sesquiterpenos não
oxigenados como o cipereno (11,34%) e rotundeno (16,18%), sendo esse último o
componente majoritário, além dos sesquiterpenos oxigenados ciperotundona
(0,65%) e α-ciperona (1,29%). Na fração 2 foram identificadas pequenas
quantidades dos sequiterpenos α-copaeno (0,43%) e α-ciperona (1,17%). O óxido de
cariofileno (ST5, 40,88%) foi identificado por CG/EM como a substância majoritária
da reunião 3-4 (Figura 121, p. 206), nessa mesma fração também foi identificada a
substância ciperotundona (ST7, 8,08%) em menor quantidade. A fração 5 também
foi analisada por CG/EM (Figura 122, p. 207). A análise do cromatograma da fração
5 demonstrou que essa é constituída principalmente pelos sesquiterpenos óxido de
cariofileno (ST5, 11,67%) e ciperotundona (ST7, 54,45%), sendo a ciperotundona o
constituinte principal. A ciperotundona (ST7, 55,24%) também foi identificada como
206
constituinte majoritário da fração 6 (Figura 123, p. 207). A Figura 124 (p. 208) mostra
as estruturas das substâncias identificadas nas frações menos polares de C. distans.
Figura 120. Cromatograma de íons totais da fração 1 de Cyperus distans.
Figura 121. Cromatograma de íons totais da reunião 3-4 de Cyperus distans.
207
Figura 122. Cromatograma de íons totais da fração 5 de Cyperus distans.
Figura 123.
Cromatograma de íons totais da fração 6 de Cyperus distans.
208
H
H
H
H
O
O
O
H
H
α-copaeno
α-selineno
cipereno
rotundeno
ciperotundona
α-ciperona
ó
x
i
d
o
d
e
c
a
r
i
o
i
l
e
n
o
Figura 124.
Terpenos identificados por CG/EM nas frações menos polares de Cyperus distans.
209
5.1.9 Identificação das substâncias dos rizomas de Kyllinga brevifolia
O estudo químico dos rizomas de K. brevifolia resultou na identificação do
monoterpeno 2,5-dimetóxi-p-cimeno (MT1), dos diterpenos labdânicos óxido de
manoíla (DT1), óxido de 13-epi-manoíla (DT2), óxido de 11α-hidroximanoíla (DT3),
óxido de 11α-hidroxi-13-epi-manoíla (DT4), óxido de 1β-hidroximanoíla (DT5) e óxido
de 11-oxomanoíla (DT6), além dos esteróides livres estigmasterol (ES1) e sitosterol
(ES2). As estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico de
K. brevifolia encontram-se na Figura 125 (p. 210).
210
MeO
OMe
HO
H
H H
O
HO
O
O
HO
O
OH
O
O
O
HO
H
H H
MT1 (2,5-dimetóxi-p-cimeno)
ES2 (sitosterol)
DT2 xido de 13-epi-manoíla)
DT3 (óxido de 11α-hidroximanoíla)
DT4 xido de 11α-hidróxi-13-epi-manoíla)
2
5
DT1 xido de manoíla)
DT5 (óxido de 1β-hidroximanoíla)
DT6 xido de 11-oxomanoíla)
ES1 (estigmasterol)
Figura 125. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos rizomas de
Kyllinga
brevifolia
.
211
5.1.9.1 Determinação estrutural da substância MT1
O estudo do extrato hexânico dos rizomas de K. brevifolia resultou na
identificação do monoterpeno aromático 2,5-dimetóxi-p-cimeno (MT1), em mistura
com outras duas substâncias denominadas DT1 e DT2.
MeO
OMe
MT1
2
5
O espectro de RMN
1
H (Figuras 126 a 129, pp. 215-217) da mistura contendo
MT1 mostra, além dos sinais de DT1 e DT2, dois singletos que integram para um
hidrogênio cada, em δ
H
6,72 e δ
H
6,68 referentes a hidrogênios de anel aromático
(H-3 e H-6), um singleto em δ
H
2,20 característico de hidrogênios de grupo metílico
ligado a anel aromático (Me-7) e outros dois singletos em δ
H
3,80 e 3,78 típicos de
hidrogênios de grupos metoxila. Observam-se ainda um dubleto em δ
H
1,20 (J= 7,0
Hz) e um septeto em δ
H
3,29 (J= 7 Hz) que sugerem a presença de um grupo
isopropila possivelmente ligado ao anel aromático. Na Tabela 28 (p. 212) são
comparados os dados de RMN
1
H de MT1 com aqueles encontrados na literatura
(LASSWELL Jr.; HUFFORD, 1977) para o 2,5-dimetóxi-p-cimeno, o que levou à
identificação de MT1 como sendo essa substância.
212
Tabela 28. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) do monoterpeno 2,5-dimetóxi-
p-cimeno (MT1), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição MT1 MT1
a#
H-3
6,72 s* 6,77 s*
H-6
6,68 s* 6,70 s*
H-7
2,20 s 2,21 s
H-8
3,29 septeto (7,0) 3,33 septeto (7,0)
H-9
1,20 d (7,0) 1,20 d (7,0)
H-10
1,20 d (7,0) 1,20 d (7,0)
OMe
3,80 s* 3,83 s*
OMe
3,78 s* 3,80 s*
a
LASSWELL Jr.; HUFFORD, 1977.
#
Espectro obtido em CDCl
3
(60 MHz).
* Indica que os valores podem estar trocados entre si na mesma coluna.
Obs. As constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
5.1.9.2 Determinação estrutural da substância DT1
A substância DT1, identificada como o diterpeno labdânico óxido de manoíla,
foi identificada no extrato hexânico de K. brevifolia em mistura com o monoterpeno
2,5-dimetóxi-p-cimeno (MT1) e a substância denominada DT2.
O
DT1
1
2
3
4
19
18
5
6
7
8
10
20
15
14
16
12
11
9
13
17
O espectro de RMN
1
H (Figuras 126 a 129, pp. 215-217) apresenta os
seguintes sinais referentes à substância DT1: cinco sinais de hidrogênios de metilas,
cada uma integrando para três hidrogênios em δ
H
0,78 (s), 0,79 (s), 0,85 (s), 1,27 (s)
213
e 1,29 (d, J= 1,2), atribuídos aos hidrogênios das metilas 16 a 20. Observam-se
ainda para DT1, três duplos dubletos intensos em δ
H
5,87 (J= 17,4 e 10,8 Hz),
δ
H
5,14 (J= 17,4 e 1,5 Hz,) e δ
H
4,91 (J= 10,7 e 1,5 Hz) que caracterizam a presença
de um grupo vinilíco, além dos demais sinais relativos aos hidrogênios metilênicos e
metínicos do esqueleto labdânico.
O espectro de RMN
13
C (Figuras 130 a 132, pp. 217-218) da mistura
apresenta os seguintes sinais para DT1: sinais em δ
C
147,9 e 110,3 que
caracterizam a presença de um grupo vinilíco (C-14 e C-15, respectivamente), sinais
em δ
C
75,1 e 73,2 que evidenciam a presença de dois carbonos ligados a oxigênio
que não sustentam hidrogênios e sinais de carbonos de cinco metilas em δ
C
33,3
(C-18), 28,5 (C-16), 25,5 (C-17), 21,3 (C-19) e 15,4 (C-20).
A comparação dos dados de RMN
1
H (Tabela 29, p. 219) e
13
C (Tabela 30,
p. 220) de DT1 com aqueles encontrados na literatura (MAHMOUT; BESSIÈRE;
DOLMAZON, 1993a) para o óxido de manoíla levou a identificação de DT1 como
sendo essa substância. As orientações dos grupos C-13, C-10, C-8 e C-4 foram
propostas por comparação com dados de RMN
13
C.
A identificação da substância DT1 foi confirmada a partir da analise por
CG/EM (Figura 153, p. 241) da fração contendo essa substância.
O diterpeno óxido de manoíla (DT1) foi identificado anteriormente como
constituinte majoritário do óleo essencial dos rizomas de K. erecta (MAHMOUT;
BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993a). O óxido de manoíla foi encontrado na fração
menos polar (eluída com éter de petróleo) do extrato hexânico de K. brevifolia,
juntamente com outros compostos presentes em menores proporções.
214
5.1.9.3 Determinação estrutural da substância DT2
A substância DT2 foi identificada como o diterpeno labdânico óxido de
13-epi-manoíla e sua identificação proposta a partir da comparação dos dados de
RMN
1
H e RMN
13
C com aqueles encontrados na literatura para esta substância. A
substância DT2 foi identificada em uma mistura contendo, além dessa substância,
o monoterpeno 2,5-dimetóxi-p-cimeno (MT1) e o diterpeno óxido de manoíla (DT1),
discutidos anteriormente (item 5.1.9.1 e item 5.1.9.2, respectivamente).
DT2
O
1
2
3
4
19
18
5
6
7
8
10
20
15
14
16
12
11
9
13
17
O espectro de RMN
1
H (Figuras 126 a 129, pp. 215-217) da mistura apresenta
sinais de menor intensidade que os de DT1, que foram atribuídos à DT2. Observam-
se cinco singletos, atribuídos aos hidrogênios de grupos metila, em δ
H
1,22; 1,13;
0,87; 0,78 (que se encontra sobreposto a singleto de hidrogênio metílico de DT1) e
0,72. Os deslocamentos centralizados em δ
H
6,01 (dd, J= 17,7 e 10,8 Hz), 4,96 (dd,
J= 17,7 e 1,0 Hz) e 4,90 (dd, J= 10,9 e 1,0 Hz) indicam a presença de um grupo
vinila. A diferença observada entre os deslocamentos dos hidrogênios H-15a, H-15b
e H-14 da substância DT1 e os da substância DT2 indicam que a estereoquímica em
C-13 é diferente para essas estruturas. Na Tabela 29 (p. 219) são comparados os
dados de RMN
1
H da substância DT2, juntamente com aqueles encontrados na
literatura (ZHOU et al., 1995) para o óxido de 13-epi-manoíla.
O espectro de RMN
13
C (Figuras 130 a 132, pp. 217-218) da mistura mostra
para DT2: sinais de carbono de grupo vinila (δ
C
147,7 e 109,5), cinco metilas
215
(δ
C
33,3, 32,7, 23,9, 21,2 e 15,8) e dois carbonos ligados a oxigênio que não
sustentam hidrogênio (δ
C
76,1 e 73,3). Apesar de alguns sinais de carbonos da
substância DT2 serem encontrados em regiões próximas daqueles da substância
DT1, é possível diferenciá-los graças às intensidades das absorções. Como o óxido
de manoíla é o composto majoritário na fração, os sinais relativos aos carbonos da
sua estrutura são mais intensos do que aqueles observados para o epímero. Na
Tabela 30 (p. 220), são comparados os dados de RMN
13
C da substância DT2 com
os encontrados na literatura (ZHOU et al., 1995).
A confirmação de DT2 como sendo o óxido de 13-epi-manoíla também foi
confirmada por CG/EM (Figura 154, p. 242).
O óxido de 13-epi-manoíla também foi identificado anteriormente no óleo
essencial dos rizomas de K. erecta (MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993a).
Figure 126. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo MT1, DT1 e DT2.
Figura 127
. Espectro de RMN
Figura 128
. Espectro de RMN
. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração com MT1,
DT1
. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração com MT1,
DT1
216
DT1
e DT2 (expansão 1).
DT1
e DT2 (expansão 2).
217
Figura 129.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração com MT1, DT1 e DT2 (expansão 3).
Figura 130. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo MT1, DT1 e DT2
.
218
Figura 131.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração com MT1, DT1 e DT2 (expansão 1)
.
Figura 132.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração com MT1, DT1 e DT2 (expansão 2)
.
219
Tabela 29. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) do óxido de manoíla (DT1) e
óxido de 13-epi-manoíla (DT2), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição
DT1
DT1
a
DT2 DT2
b
H-14
5,87 dd (17,4;0,7)
5,87 dd(17,4;10,7)
6,01 dd (17,7;11,1)
6,01 dd (18,1;11,1)
H-15a
5,17 dd (17,4;1,6)
5,17 dd (17,4;1,6)
4,96 dd (17,7;1,0) 5,00 dd (18,1; 0,9)
H-15b
4,92 dd(10,7;1,6) 4,92 dd (10,7;1,6)
4,90 dd (10,9;1,0) 4,91 dd (11,1; 0,9)
H-16
1,29 (0,9) d* 1,29 (1,2) d* 1,13 s 1,13 s
H-17
1,27 s* 1,27 s*
1,22 s 1,22 s
H-18
0,78 s 0,78 s 0,72 s 0,72 s
H-19
0,79 s 0,79 s 0,78 s 0,78 s
H-20
0,85 s 0,85 s 0,88 s 0,85 s
a
MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993a (CDCl
3
, 300 MHz).
b
ZHOU et al., 1995 (CDCl
3
, 500 MHz).
* Indica que os valores podem estar trocados entre si na mesma coluna.
Obs. as constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
220
Tabela 30. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) do óxido de manoíla (DT1) e do
óxido de 13-epi-manoíla (DT2), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição DT1 DT1
a
#
DT2 DT2
b
#
C-1 39,0 39,0 39,3 39,4
C-2 18,5 18,6 18,6 18,6
C-3 42,1* 42,1* 42,1* 42,2*
C-4 33,2 33,2 33,2 33,3
C-5 56,4 56,4 56,4 56,5
C-6 19,9 20,0 19,9 19,9
C-7 43,2* 43,3* 43,1* 43,1*
C-8 75,1 75,1 76,1 76,1
C-9 55,6 55,6 58,4 58,5
C-10 37,0 37,0 36,8 36,9
C-11 15,4 15,4 16,0 15,9*
C-12 35,7 35,7 34,9 34,9
C-13 73,2 73,2 73,3 73,3
C-14 147,9 148,0 147,7 147,7
C-15 110,3 110,3 109,5 109,5
C-16 28,5 28,5 32,7 32,7
C-17 25,5 25,5 23,9 23,9
C-18 33,3 33,4 33,3 33,3
C-19 21,3 21,4 21,2 21,3
C-20 15,3 15,3 15,8 15,9*
a
MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993a.
b
ZHOU et al., 1995.
#
Espectros obtidos em CDCl
3
.
* Indica que os valores podem estar trocados entre si na mesma coluna.
221
5.1.9.4 Determinação estrutural da substância DT3
O
HO
DT3
1
2
3
4
19
18
5
6
7
10
20
15
14
16
12
11
9
13
17
8
A substância DT3,
identificada como o diterpeno labdânico óxido de
11α-hidroximanoíla, foi obtida em mistura com a substância DT5 (item 5.1.9.6).
Concluiu-se que o composto DT3 é o constituinte majoritário da mistura devido os
sinais observados para essa substância serem mais intensos que aqueles
observados para DT5.
O espectro de RMN
1
H (Figuras 133 a 136, pp. 222-224) da mistura contendo
a substância DT3 como constituinte majoritário apresenta para essa substância os
seguintes sinais: cinco singletos intensos relativos aos grupos metílicos (δ
H
1,28,
1,21, 0,87, 0,86 e 0,80), um multipleto em δ
H
3,94 característico de hidrogênio
oximetínico (H-11β) e sinais centralizados em δ
H
6,02 (dd, J= 17,1 e 10,5 Hz), 5,43
(dd, J= 17,1 e 1,8 Hz) e 5,06 (dd, J= 10,5 e 1,8 Hz) relativos aos hidrogênios de um
grupo vinílico. A comparação dos dados de RMN
1
H de DT3 com aqueles
encontrados na literatura (MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993b) para o
óxido de 11α-hidroximanoíla está na Tabela 31 (p. 231).
O espectro de RMN
13
C (Figuras 137 e 138, pp. 224-225) da mistura
apresenta os seguintes sinais atribuídos à substância DT3: em δ
C
148,2 e 112,3
sinais que confirmam a presença de um grupo vinílico, sinais em δ
C
74,5 e 73,8
característicos de carbonos oxigenados que não sustentam hidrogênios. Por fim,
verifica-se em δ
C
64,9 um sinal relativo a um carbono oximetínico (C-11). A
comparação dos dados de RMN
13
C e DEPT (Figura 139, p. 225) com aqueles
222
encontrados na literatura (MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993b) para o
diterpeno óxido 11α-hidroximanoíla confirmam a identificação de DT3 como sendo
essa substância. As orientações dos grupos C-13, C-11, C-10, C-8 e C-4 foram
proposta por comparação com dados de RMN
13
C (Tabela 32, p. 232) encontrados
na literatura.
A confirmação de DT3 como sendo o óxido 11α-hidroximanoíla também foi
confirmada a partir da análise por CG/EM (Figura 155, p. 242) da fração contendo
essa substância.
O óxido de 11α-hidroximanoíla foi isolado anteriormente do extrato
diclorometânico dos rizomas de K. erecta (MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON,
1993b).
Figura 133.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e DT5.
223
Figura 134.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e DT5 (expansão 1).
Figura 135. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e DT5 (expansão 2).
224
Figura 136.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e DT5 (expansão 3).
Figura 137.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e DT5
.
225
Figura 138.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3 e DT5 (expansão 1)
.
Figura 139. Espectro de DEPT da fração contendo DT3 e DT5.
226
5.1.9.5 Determinação estrutural da substância DT4
DT4
O
1
2
3
4
19
18
5
6
7
10
20
15
14
16
12
11
9
13
17
8
HO
A substância DT4 foi identificada em mistura com as substâncias DT3 (item
5.1.9.4) e DT5 (item 5.1.9.6). Nessa mistura, a substância DT3 foi identificada como
o constituinte majoritário.
No espectro de RMN
1
H (Figuras 140 e 141, pp. 227-228) da mistura que
contém a substância DT4 são observados três duplos dubletos na região entre
δ
H
5,00 e 6,10, estes sinais são relativos aos hidrogênios H-14 dos grupos vinílicos
encontrados em cada um dos três diterpenos da mistura (DT3, DT4 e DT5). Os duplo
dubletos em δ
H
5,95 (dd, J= 17,3 e 11,0 Hz), δ
H
5,10 (J= 17,3 Hz e que parece um
singleto largo que está sobreposto com um sinal da substância DT3) e em δ
H
4,93
(J= 10,8 e 0,6 Hz) são característicos de grupo vinila. Observam-se ainda um
multipleto em δ
H
4,14 relativo a um hidrogênio oximetínico (H-11β) e um duplo
dubleto centralizado em δ
H
2,38 relativo ao hidrogênio H-5. Os dados de RMN
1
H da
substância DT4 juntamente com os dados encontrados na literatura (DOLMAZON;
MAHMOUT; BESSIÈRE, 2001) para o óxido de 11α-hidróxi-13-epi-manoíla são
colocados na Tabela 31 (p. 231).
O espectro de RMN
13
C (Figuras 142 a 144, pp. 228-229) da mistura mostra
que os deslocamentos relativos à substância DT4 diferem daqueles observados para
DT3. As principais diferenças são observadas para os sinais correspondentes aos
carbonos olefínicos (δ
C
147,7 e 110,0), carbonos ligados ao oxigênio do anel epóxido
(δ
C
76,1 e 65,4) e carbono oximetínico (δ
C
65,4). A comparação dos dados de RMN
227
13
C (Tabela 32, p. 232) da substância DT4 com os dados encontrados na literatura
para o óxido de 11α-hidróxi-13-epi-manoíla confirma a identificação de DT4 como
sendo essa substância.
O óxido de 11α-hidróxi-13-epi-manoíla foi isolado anteriormente do extrato
diclorometânico dos rizomas de K. erecta (DOLMAZON; MAHMOUT; BESSIÈRE,
2001).
Figura 140.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3, DT4 e DT5.
228
Figura 141.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração com DT3, DT4 e DT5 (expansão 1)
.
Figura 142.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT3, DT4 e DT5
.
229
Figura 143.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração com DT3, DT4 e DT5 (expansão 1)
.
Figura 144.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração com DT3, DT4 e DT5 (expansão 1)
.
230
5.1.9.6 Determinação estrutural da substância DT5
DT5
O
1
2
3
4
19
18
5
6
7
10
20
15
14
16
12
11
9
13
17
8
OH
A substância DT5 foi identificada como o diterpeno de esqueleto labdânico
óxido de 1β-hidroximanoíla. Os sinais relativos ao composto DT5 na mistura
analisada o menos intensos do que daqueles observados para o óxido de
11α-hidroximanoíla (DT3), que é o constituinte majoritário da fração.
O espectro de RMN
1
H (Figuras 133 a 136, pp. 222-224) da mistura que
contém o composto DT5 apresenta além dos sinais relativos à substância óxido
11α-hidroximanoíla (DT3), deslocamentos semelhantes que indicam a presença de
outro diterpeno labdânico. Para o composto DT5, são observados cinco sinais de
hidrogênios de grupos metílicos (δ
H
0,78, 0,84, 0,87, 1,24 e 1,28), sinais que indicam
a presença de grupo vinílico: δ
H
5,87 (dd, J= 17,4 e 10,7), δ
H
5,14 (dd, J= 17,4 e 1,6)
e δ
H
4,91 (dd, J= 10,7 e 1,6); e um multipleto em 3,38 correspondendo a um
hidrogênio ligado a carbono oximetínico (H-1α). A comparação dos dados espectrais
de RMN
1
H de DT5 com aqueles descritos na literatura (MAHMOUT; BESSIÈRE;
DOLMAZON, 1993b) para o óxido de 1β-hidroximanoíla estão na Tabela 31 (p. 231).
Nos espectros de RMN
13
C (Figuras 137 e 138, p. 224-225) e DEPT (Figura
139, p. 225) da mistura contendo DT5 observa-se para essa substância um sinal δ
C
79,8 característico de carbono oximetínico. A diferença entre os deslocamentos dos
carbonos oximetínicos de DT3 (δ
C
64,9) e DT5 (δ
C
79,8) sugere que o grupo
hidroxílico de DT5 está ligado em uma posição diferente daquela observada para
DT3. Observam-se ainda para DT5, sinais em δ
C
75,0 e 73,3 atribuídos aos
231
carbonos do anel epóxido (C-8 e C-13 respectivamente) e sinais de carbonos
olefínicos em δ
C
147,8 e 110,4. Os deslocamentos atribuídos à substância DT5 são
próximos daqueles observados para o óxido de 11α-hidroximanoíla (DT3), exceto o
sinal relativo ao carbono oximetínico (C-1) e nos carbonos vizinhos a C-1 (C-2, C-3 e
C-10) e, por isso, que a hidroxila deveria estar na posição 11. A estereoquímica do
grupo em C-11 foi proposta com base na comparação com dados de RMN
encontrados na literatura. A comparação dos dados espectrais de RMN
13
C (Tabela
32, p. 232) de DT5 com aqueles descritos na literatura (MAHMOUT; BESSIÈRE;
DOLMAZON, 1993b) para o óxido de 1β-hidroximanoíla confirmam a identificação
como sendo essa substância.
Tabela 31. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) do óxido de 11α-
hidroximanoíla
(DT3), óxido de 11α-hidróxi-13-epi-manoíla (DT4) e óxido de 1β-hidroximanoíla (DT5)
,
juntamente com os dados encontrados na literatura.
DT3
DT3
a#
DT4 DT4
b
#
DT5
DT5
a#
6,02 dd
(17,10;10,5)
6,04 dd
(17,1;10,5)
5,95 dd
(17,3;11,0)
5,89 dd
(17,6;10,8)
5,87 dd
(10,6;17,2)
5,89 dd
(10,7;17,4)
5,43 dd
(17,1; 1,8)
5,43 dd
(17,1; 2,0)
5,10 dd
(17,3; 1,0)
5,03 dd
(17,6; 0,9)
5,14 dd
(1,6; 10,8)
5,16 dd
(1,6; 17,4)
5,06 dd
(10,5; 1,8)
5,07 dd
(10,5; 2,0)
4,93 dd
(11,0; 1,0)
4,86 dd
(10,8; 0,9)
4,91dd
(1,6; 10,6)
4,93 dd
(1,6; 10,7)
3,94 m*
3,94 d
(13,4)
4,14 m*
4,08 ddd
(8,7;5,8;5,3)
3,38 m* 3,37 t (7,8)
2,34 dd
(15,4; 6,0)
2,36 dd
(15,4; 6,0)
2,40 dd
(14,0; 5,1)
2,34 dd
(14,2; 5,1)
-
2,19 m
(40,0)
1,93 dd
(15,6; 1,5)
1,94 dd
(15,4; 1,1)
- - - -
1,28 s 1,29 s 1,22 s 1,23 s 1,28 s 1,30 s
1,20 s 1,22 s 1,20 s 1,19 s 1,24 s 1,25 s
0,87 s 0,88 s 0,85 s 0,85 s 0,87 s 0,86 s
0,86 s 0,87 s 0,81 s 0,81 s 0,85 s 0,85 s
0,80 s 0,81 s 0,76 s 0,74 s 0,79 s 0,79 s
a
MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993a (CDCl
3
, 200 MHz).(Dados de RMN
1
H não atribuídos).
b
DOLMAZON; MAHMOUT; BESSIÈRE, 2001 (CDCl
3
, 100 MHz). (Dados de RMN
1
H não atribuídos).
Obs. As constantes de acoplamento, em Hertz, estão entre parênteses.
* Sobreposição de sinais.
232
Tabela 32. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) do óxido de
11α-hidroximanoíla (DT3), óxido de 11α-hidróxi-13-epi-manoíla (DT4) e óxido de
1β-hidroximanoíla (DT5), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição DT3 DT3
a
#
DT4 DT4
b
#
DT5 DT5
a
#
C-1 40,0 40,0 41,1 41,1 79,8 79,8
C-2 18,4 18,4 18,6 18,6 29,6 29,6
C-3 41,9 41,9 41,8 41,8 40,0 40,0
C-4 33,2 33,3 33,5 33,5 33,0 33,0
C-5 56,3 56,4 56,2 56,2 55,2* 55,3*
C-6 20,0 20,0 19,8 19,8 19,9 19,9
C-7 43,5 43,6 43,5 43,6 43,2 43,2
C-8 74,4* 74,5* 76,1 76,1 75,0 75,1
C-9 62,7 62,3 63,2 63,2 55,0* 55,0*
C-10 37,9 37,9 38,5 38,5 42,8 42,8
C-11 64,9 65,0 65,4 65,4 18,5 18,5
C-12 43,5 43,0 43,7 43,7 35,0 35,0
C-13 73,1* 73,1* 73,5 73,5 73,3 73,3
C-14 148,2 148,3 147,7 147,7 147,8 147,9
C-15 112,3 112,3 110,0 110,0 110,4 110,4
C-16 33,4 33,8 31,4 31,4 29,0 29,1
C-17 27,8 27,8 26,1 26,1 25,8 25,8
C-18 33,2 33,4 33,4 33,5 32,8 32,9
C-19 21,4 21,5 21,4 21,4 21,0 21,0
C-20 16,1 16,2 16,4 16,4 11,2 11,3
a
MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993b.
b
DOLMAZON; MAHMOUT; BESSIÈRE, 2001.
#
Espectros obtidos em CDCl
3
.
* Atribuições podem estar trocadas numa mesma coluna.
233
5.1.9.7 Determinação estrutural da substância DT6
DT6
O
1
2
3
4
19
18
5
6
7
10
20
15
14
16
12
11
9
13
17
8
O
A substância DT6
foi identificada como o diterpeno labdânico óxido de
11-oxomanoíla. O espectro de RMN
1
H (Figuras 145 a 147, p. 234-235) de DT6
apresenta cinco singletos de grupos metila em δ
H
0,80; 0,86; 1,02; 1,29 e 1,31. São
observados também sinais em δ
H
5,95 (dd, J= 17,3 e 10,7 Hz), 5,24 (dd, J=17,3 e 1,1
Hz) e 5,06 (dd, J=10,7 e 1,1 Hz) que caracterizam a presença de um grupo vinílico.
Quando são comparados os dados de RMN
1
H de DT6 (Tabela 33, p. 237) com
aqueles dos diterpenos labdânicos hidroxilados DT3, DT4 e DT5 (Tabela 37, p. 231),
percebem-se diferenças nos deslocamentos químicos dos grupos metila e vinila. A
comparação dos dados de RMN de DT6 com aqueles encontrados na literatura para
o 11-oxomanoíla é indicativa que se trata da mesma substância. Na Tabela 33 (p.
237) são comparados os dados de RMN
1
H de DT6 com os encontrados na literatura
para o óxido de 11-oxomanoíla (MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993b).
Os espectros de RMN
13
C (Figuras 148 e 149, p. 235-236) e DEPT (Figura
150, p. 236) de DT6 mostram um sinal de carbono carbonílico de cetona não
conjugada (δ
C
207,7) e sinais de carbonos de cinco metilas (δ
C
33,4, 31,2, 27,9, 21,6
e 15,4). Os dados de RMN
13
C de DT6 evidenciam ainda a presença de grupo
vinílico (δ
C
146,6, 112,2) e de um anel epóxido (δ
C
77,4 e 74,9). A localização do
grupo carbonílico em C-11 e a estereoquímica dos grupos C-13, C-10, C-8 e C-4
foram propostas a partir da comparação dos dados de RMN
1
H e
13
C (Tabela 33, p.
237) com aqueles encontrados na literatura para o óxido de 11-oxomanoíla
confirmando que o composto DT6 se trata desta substância. Observa-se que em
234
relação ao diterpeno DT3 o carbonilado em C-11, a presença da carbonila na
substância DT6 afeta, como esperado, consideravelmente os deslocamentos
químicos de C-9 e C-12.
Figura 145.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT6
.
Figura 146.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT6 (expansão 1)
.
235
Figura 147.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT6 (expansão 2)
.
Figura 148. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT6.
236
Figura 149. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo DT6.
Figura 150. Espectro de DEPT da fração contendo DT6.
237
Tabela 33. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) e RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
)
do óxido de 11-oxomanoíla (DT6), juntamente com os dados encontrados na
literatura.
DT6 DT6
a#
Posição DT6 DT6
a
##
5,95 dd (17,4; 10,8) 5,95 dd (17,3; 10,7)
C-1 41,8 41,9
5,24 dd (17,4; 1,2) 5,24 dd (17,3; 1,1)
C-2 18,3 18,4
5,06 dd (10,8; 1,2) 5,06 dd (10,7; 1,1)
C-3 43,2 43,3
2,60 d (17,5) 2,62 d (17,5)
C-4 33,4* 33,3*
2,59 s 2,60 s
C-5 55,7 55,8
2,59 d (2,4) 2,59 d (17,5)
C-6 19,6 19,7
1,32 s 1,32 s
C-7 39,4 39,5
1,28 s 1,29 s
C-8 77,4 77,3
1,02 s 1,03 s
C-9 66,7 66,8
0,86 s 0,87 s
C-10 37,1 37,2
0,80 s 0,81 s
C-11 207,7 207,7
- - C-12 50,2 50,2
- - C-13 74,9 75,0
- - C-14 146,6 146,7
- - C-15 112,2 112,2
- - C-16 31,3 31,3
- - C-17 27,9 28,0
- - C-18 33,5* 33,5*
- - C-19 21,6 21,6
- - C-20 15,4 15,5
a
MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993b. (Dados de RMN
1
H não atribuídos)
#
Espectro de RMN
1
H obtido em
CDCl
3
(200 MHz).
#
#
Espectro de RMN
13
C obtido em
CDCl
3
.
* Atribuições podem estar trocadas numa mesma coluna.
A identificação da substância DT6 foi confirmada a partir da análise da fração
contendo essa substância por CG/EM (Figura 155, p. 243).
238
5.1.9.8 determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2
O estudo químico do extrato hexânico de K. brevifolia resultou na obtenção de
quantidade adicional dos esteróides estigmasterol e sitosterol (ES1 e ES2,
respectivamente).
HO
H
H H
HO
H
H H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
E
S
1
ES2
A discussão estrutural dessas substâncias encontra-se na p. 127. Os
espectros de RMN
1
H e RMN
13
C dos esteróides livres ES1 e ES2 isolados de
K. brevifolia o mostrados nas Figuras 151 (p. 239) e 152 (p. 239),
respectivamente.
Figura 151.
Espectro de RMN
Figura 152.
Espectro de RMN
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo
239
) da fração contendo
ES1 e ES2.
) da fração contendo
ES1 e ES2.
240
5.1.10 Constituintes químicos das frações menos polares de Kyllinga
brevifolia
As frações menos polares obtidas do extrato hexânico dos rizomas de
K. brevifolia que foram purificadas utilizando-se cromatografia clássica (CCDC e
CCVU) foram analisadas por CG/EM e seus componentes foram identificados. A
Tabela 34 mostra as substâncias identificadas em cada fração, juntamente com a
porcentagem de cada uma.
Tabela 34. Diterpenos (%) identificados nas frações menos polares de Kyllinga
brevifolia por CG/EM.
Substância Fração1 Fração 2
Reunião 3-4
Fração 6
óxido de manoíla 54,3 63,9 5,9 -
óxido de 13-epi-manoíla
19,2 14,5 1,4 -
óxido de 11-oxomanoíla
- - 53,1 0,3
óxido de 11α-
hidroximanoíla
- - 5,4 25,5
O cromatograma da fração menos polar (Figura 153, p. 241) de K. brevifolia
mostra que essa fração é formada principalmente pelos diterpenos labdânicos óxido
de manoíla (DT1, 54,3%), que é o constituinte majoritário, e óxido de 13-epi-manoíla
(DT2, 19,2%). As substâncias DT1 e DT2 também foram obtidas por cromatografia
clássica e posteriormente identificadas por RMN confirmando a identificação por
CG/EM. O monoterpeno 2,5-dimetóxi-p-cimeno (MT1) que foi identificado utilizando-
se CC e CCDC, não foi identificado por CG/EM.
Na fração 2 (Figura 154, p. 242) a substância óxido de manoíla (DT1, 63,9%)
também foi identificada por CG/EM como constituinte majoritário. Além de DT1, foi
identificado também o óxido de 13-epi-manoíla (DT2, 14,5%). Essas substâncias
também foram obtidas utilizando-se CC e CCDC e posteriormente identificadas por
RMN.
A análise por CG/EM da reunião 3-4 (Figura 155, p. 242) resultou na
identificação dos diterpenos labdânicos óxido de manoíla (DT1, 5,9%), óxido de
241
13-epi-manoíla (DT2, 1,4%), óxido de 11
α
-hidroximanoíla (DT3, 5,4%) e óxido de
11-oxomanoíla (DT6, 53,1%), sendo esse último o constituinte majoritário da reunião
3-4. Os espectros de RMN dessa fração confirmam a substância óxido de
11-oxomanoíla (DT6, 53,1%) como constituinte majoritário.
Na fração 6 (Figura 156, p. 243) foram identificados por CG/EM os diterpenos
óxido de 11α-hidroximanoíla (DT3, 25,5%) e óxido de 11-oxomanoíla (DT6, 0,3%). O
primeiro foi identificado como constituinte majoritário dessa fração. A purificação da
fração 6 por cromatografia clássica resultou na identificação por do diterpeno óxido
de 11α-hidroximanoíla (DT3) confirmando a identificação dessa substância por
CG/EM. Foram identificados ainda os diterpenos óxido de 11α-hidróxi-13-epi-
manoíla (DT4) e óxido de 1β-hidroximanoíla (DT5). A Figura 157 (p. 243) mostra os
diterpenos identificados por CG/EM nas frações menos polares de K. brevifolia.
Figura 153.
Cromatograma de íons totais da fração 1 de Kyllinga brevifolia.
242
Figura 154.
Cromatograma de íons totais da fração 2 de Kyllinga brevifolia.
Figura 155.
Cromatograma de íons totais da reunião 3-4 de Kyllinga brevifolia.
243
Figura 156.
Cromatograma de íons totais da fração 6 de Kyllinga brevifolia.
O
O
HO
O
O
O
óxido de manoíla
óxido de13-epi-manoíla
ó
x
i
d
o
d
e
1
1
α
h
i
d
r
o
x
i
m
a
n
o
í
l
a
ó
x
i
d
o
d
e
1
1
-
o
x
o
m
a
n
o
í
l
a
Figura 157.
Diterpenos identificados por CG nas frações menos polares de Kyllinga brevifolia.
Os diterpenos identificados nas frações menos polares do extrato hexânico de
K. brevifolia também foram identificados por CG/EM no óleo essencial desta espécie.
244
A composição química do extrato hexânico e do óleo essencial dos rizomas de
K. brevifolia são similares àquela do óleo essencial de K. erecta (MAHMOUT;
BESSIÈRE; DOLMAZON, 1993a), pois em ambos foram identificados as substâncias
óxido de manoíla, óxido de 13-epi-manoíla, óxido de 11-oxomanoíla e óxido de 11α-
hidroximanoíla. Essa última substância também foi isolada do extrato
diclorometânico dos rizomas de K. erecta (MAHMOUT; BESSIÈRE; DOLMAZON,
1993b).
5.1.
11 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de
Cyperus prolixus
O estudo químico do extrato hexânico dos tubérculos de C. prolixus resultou
na identificação dos sesquiterpenos α-ciperona (ST1) e óxido de cariofileno (ST5),
além do triterpeno éster graxo do 24-metilenocicloartan-3-ol (TT1). As estruturas dos
compostos identificados com as respectivas massas encontram-se na Figura abaixo.
O
ST1(α−ciperona)
TT1 (éster graxo do 24-metilenocicloartan-3-ol)
CH
3
(CH
2
)
n
COO
O
H
H
ST5 (óxido de cariofileno)
Figura 158.
Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos tubérculos de Cyperus
prolixus.
245
5.1.11.1 Determinação estrutural da substância ST1
A substância denominada como ST1 foi identificada como o sesquiterpeno
eudesmânico α-ciperona e encontrava-se numa fração na qual foi identificada como
o constituinte majoritário. Essa substância também foi identificada no extrato
hexânico dos tubérculos de C. articulatus var. nodosus.
O
ST1
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
15
14
11
12
13
A discussão estrutural dessa substância encontra-se na página p. 108. Os
espectros de RMN
1
H e
13
C da α-ciperona isolada dos tubérculos de C. prolixus são
mostrados nas Figuras 159 (p. 246) e 160 (p. 246), respectivamente.
246
Figura 159.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST1 como principal
constituinte.
Figura 160.
Espectro de
13
C RMN (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST1 como principal
constituinte.
247
5.1.11.2 Determinação estrutural da substância ST5
O estudo do extrato hexânico dos tubérculos de C. prolixus levou a obtenção
de quantidade adicional da substância codificada ST5, identificada como o
sesquiterpeno de esqueleto patchoulano óxido de cariofileno. Essa substância
também foi identificada anteriormente nos extratos hexânicos de C. articulatus var.
articulatus e C. giganteus.
O
ST5
7
11
10
9
12
6
8
5
4
3
2
13
1
14
15
H H
O espectro de RMN
1
H fração obtida de C. prolixus contendo a substância
ST5 como constituinte principal é mostrado na Figura 161 (p. 248). A discussão
estrutural dessa substância encontra-se na página p. 140.
248
Figura 161.
Espectro de
1
H RMN (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5 obtida de Cyperus
prolixus.
249
5.1.11.3 Determinação estrutural da substância TT1
A substância codificada como TT1 foi identificada como éster graxo do
24-metilenocicloartan-3-ol. Essa substância também foi identificada no extrato
hexânico dos tubérculos de C. articulatus var. nodosus.
RO
TT1 (R= CO(CH
2
)
n
CH
3
)
2
1
3
4
29
30
5
6
7
8
9
10
19
11
12
13
31
15
16
17
20
22
21
23
24
26
25
27
28
18
14
A discussão estrutural do éster graxo do 24-metilenocicloartan-3-ol encontra-
se na p. 132. O espectro de RMN
1
H da fração contendo a substância TT1 é
mostrado na Figura 162 (p. 250). A substância TT1 foi identificada em mistura com
ésteres graxos (EG). São observados os seguintes sinais característicos de ésteres
graxos: um singleto largo em δ
H
1,25 relativo ao encadeamento do grupo (CH
2
)
n
; um
tripleto em δ
H
2,28 atribuído aos hidrogênios de grupo metilênico ligado a carbono
carbonílico de éster e um tripleto em δ
H
4,08 relativo ao grupamento ligado ao
oxigênio do éster.
250
Figura 162.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de TT1 obtido de Cyperus prolixus.
251
5.1.12 Constituintes químicos das frações menos polares de Cyperus
prolixus
As frações menos polares de C. prolixus (frações 1, 2, 3, 4 e 5) foram
analisadas por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas e seus
constituintes foram identificados.
O cromatograma da fração menos polar (Figura 163, p. 252) de C. prolixus
mostra que essa fração é formada principalmente pelos sesquiterpenos β-elemeno
(2,38%), β-copaen-4
α
-ol (4,09%), ciclosativeno (5,51%), α-copaeno (8,28%) e
β-selineno (28,58%), que é o constituinte majoritário. O cadaleno (51,48%) foi
identificado por CG/EM como constituinte majoritário da fração 2 (Figura 164, 252).
Além dele, foram identificadas ainda as substâncias 10-nor-calamenen-10-ona
(17,52%) e trans-calamenen-10-ol (8,56%).
Os cromatogramas das frações 3 (Figura 165, p. 252), 4 e 5 de C. prolixus
mostram que essas são semelhantes e formadas por hidrocarbonetos de cadeia
linear, de tamanho variando entre C
17
e C
22
. Dentre esses hidrocarbonetos estão o
heptadecano (2,93%), octadecano (6,48%), nonadecano (9,25%), eicosano
(13,10%). Além dos hidrocarbonetos, foi identificado ainda o sesquiterpeno cadaleno
(22,56%) e o trans-calamenen-10-ol (8,98%).
Os sesquiterpenos óxido de cariofileno (ST5) e
α
-ciperona (ST1) isolados do
extrato hexânico utilizando métodos cromatografia clássicos (CC e CCDC), não
foram encontrados nas frações menos polares de C. prolixus. Contudo, essas
substâncias também são os principais constituintes encontrados no óleo essencial
dessa espécie (ZOGHBI et al., 2008).
252
Figura 163. Cromatograma de íons totais da fração 1 de Cyperus prolixus.
Figura 164.
Cromatograma de íons totais da fração 2 de Cyperus prolixus.
Figura 165. Cromatograma de íons totais da fração 3 de Cyperus prolixus
.
β-selineno
α-copaeno
cadaleno
cadaleno
trans-calamenen-10-ol
H
H
α-copaeno
β-selineno
c
a
d
a
l
e
n
o
c
a
d
a
l
e
n
o
253
5.1.13 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de
Rhynchospora cephalotes
A investigação química do extrato hexânico dos tubérculos de R. cephalotes
levou à identificação das substâncias: hidrocarbonetos (HC1), 24-metilenocicloartan-
3-ol (TT2), os esteróides estigmasterol (ES1) e sitosterol (ES2) e éster graxo do
sitosterol (ES5). As estruturas dos compostos identificados encontram-se na Figura
166.
RO
H
H H
HO
H
H H
ES2: R=H (sitosterol)
ES1 (estigmasterol)
ES5: R=CH
3
(CH
2
)
n
CO
(éster graxo do sitosterol)
HO
TT2 (24-metilenocicloartan-3-ol)
C
n
H
2n+2
HC1 (mistura de hidrocarbonetos)
Figura 166.
Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos tubérculos de
Rhynchospora cephalotes.
254
5.1.13.1 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2
O estudo químico dos tubérculos de R. cephalotes levou à identificação dos
esteróides estigmasterol (ES1) e sitosterol (ES2), em mistura. Esses esteróides
foram isolados também do extrato hexânico das espécies C. articulatus var.
nodosus, C. distans e K. brevifolia.
A discussão estrutural dessas substâncias encontra-se na página p. 127. O
espectro de RMN
1
H da mistura contendo as substâncias ES1 e ES2 isoladas de
R. cephalotes é mostrado na Figura 167 (p. 255).
HO
H
H H
HO
H
H H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
E
S
1
E
S
2
255
Figura 167.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e ES2 de Rhynchospora
cephalotes.
5.1.13.2 Determinação estrutural da substância TT2
A substância TT2 foi identificada como o triterpeno 24-metilenocicloartan-3-ol
e em mistura com ésteres metílicos.
HO
T
T
2
2
1
3
4
29
30
5
6
7
8
9
10
19
11
12
13
31
15
16
17
20
22
21
23
24
26
25
27
28
18
14
256
No espectro de RMN
1
H (Figura 168) da substância TT2 destacam-se os
seguintes sinais: dois dubletos centralizados em δ
H
0,33 (J= 3,9 Hz) e 0,57 (J= 3,9
Hz), característicos de hidrogênios H-19 de cicloartano; um singleto largo em δ
H
4,67
e outro em δ
H
4,72 atribuídos aos hidrogênios de grupo metilênico (H-28). Esse
espectro mostra ainda um multipleto em δ
H
3,29 típico do hidrogênio oximetínico H-3
do cicloartanol; entre δ
H
0,80 e 1,00 sinais de hidrogênios metílicos do cicloartano.
Os principais dados de RMN
1
H são mostrados na Tabela 35 (p. 257), juntamente
com os dados encontrados na literatura (SEO et al., 1988) para essa substância.
Figura 168.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo TT2 como constituinte
principal.
HO
T
T
2
2
1
3
4
29
30
5
6
7
8
9
10
19
11
12
13
31
15
16
17
20
22
21
23
24
26
25
27
28
18
14
257
Tabela 35. Dados de RMN
1
H (δ
H
, 300 MHz, CDCl
3
) do 24-metilenocicloartan-3-ol
(TT2), juntamente com os dados encontrados na literatura.
Posição TT2 TT2
a#
H-3
3,29 m 3,28 dd (10,5 e 4,5)
H-19a
0,33 d (3,9) 0,33 d (4,5)
H-19b
0,57 d (3,9) 0,56 d (4,5)
H-28a
4,67 sl 4,67 sl
H-28 b
4,72 sl 4,71 sl
H-30
0,96 s 0,96 s
H-31
0,80 s 0,81 s
H-32
0,88 s 0,89 s
a
SEO et al., 1988.
#
Espectro de RMN
1
H obtido em CDCl
3
.
5.1.13.3 Determinação estrutural da substância ES5
O composto ES5 foi identificado como a substância éster graxo do sitosterol,
em mistura com outras substâncias (ésteres metílicos e etílicos).
H
H H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
E
S
5
CH
3
(CH
2
)
n
COO
A análise do espectro de RMN
1
H (Figura 169, p. 258) de ES5 mostra um
sinal em δ
H
5,35 (H-6) característico de hidrogênio ligado a carbono olefínico, um
multipleto em δ
H
4,59 típico de hidrogênio H-3 de esteróide esterificado e singletos
entre δ
H
1,02 (H-19) e 0,67 (H-18) atribuídos aos hidrogênios dos grupos metílicos.
Observam-se também em δ
H
1,24 um singleto intenso correspondente aos
258
hidrogênios dos grupos (CH
2
)
n
e em δ
H
0,87 um singleto da metila terminal do éster.
Os deslocamentos observados no espectro de RMN
1
H de ES5 estão de acordo com
os encontrados na literatura (PARMAR et al., 1998) para o éster graxo do sitosterol.
Não foi feita a hidrólise do éster ES5, logo não foi possível determinar a extensão da
cadeia lateral.
Figura 169.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES5 de Rhynchospora
cephalotes.
259
5.1.13.4 Determinação estrutural da substância HC1
A fração codificada como HC1 corresponde a uma mistura que tem como
constituintes principais hidrocarbonetos. Essas substâncias foram identificadas
anteriormente no extrato hexânico de C. distans. A discussão estrutural dessas
substâncias encontra-se na p. 171. O espectro de RMN
1
H de HC1 é mostrado na
Figura 170.
Figura 170. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo HC1.
260
5.1.14 Constituintes químicos das frações menos polares de
Rhynchospora cephalotes
As frações menos polares de R. cephalotes (fração 1 e 2) foram analisadas
por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas e os seus
constituintes foram identificados.
O cromatograma da fração menos polar de R. cephalotes mostra que esta é
formada por hidrocarbonetos de cadeia linear, de tamanho variando entre C
17
e C
22
.
Dentre esses hidrocarbonetos estão o pentadecano (2,33%), heptadecano (8,64%),
octadecano (10,44%), nonadecano (5,65%), eicosano (2,65%), heneicosano (2,71%)
e docosano (1,05%). Além dos hidrocarbonetos, foi identificado ainda o
sesquiterpeno cupareno (3,37%). A Figura 170 mostra o CG da fração menos polar
de R. cephalotes.
Figura 171.
Cromatograma de íons totais da fração 1 de Rhynchospora cephalotes.
O cromatograma da fração 2 (Figura 173, p. 261) de R. cephalotes mostra
que esta também é formada por hidrocarbonetos de cadeia linear, de tamanho
variando entre C
18
e C
22
. Dentre os principais estão o octadecano (10.06%),
eicosano (6,94%), heneicosano (6,91%) e docosano (8,03%).
pentadecano
cupareno
heptadecano
octadecano
nonadecano
eicosano
heneicosano
docosano
cupareno
261
Figura 172. Cromatograma de íons totais da fração 2 de Rhynchospora cephalotes.
As misturas de hidrocarbonetos identificadas nas frações menos polares de R.
cephalotes também foram identificadas no extrato hexânico utilizando-se técnicas
cromatográficas clássicas como CC e CCDC e posteriormente identificadas por
RMN. Contudo, o sesquiterpeno cupareno, identificado por CG/EM na fração menos
polar de R. cephalotes, não foi obtido utilizando-se técnicas cromatográficas
clássicas.
octadecano
eicosano
heneicosano
docosano
262
5.1.15 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de
Scleria bracteata
O estudo químico dos tubérculos de S. bracteata resultou na obtenção das
seguintes substâncias: uma mistura de hidrocarbonetos (HC1), o triterpeno éster
graxo do 24-metilenocicloartan-3-ol (TT1), os esteróides estigmasterol (ES1) e
sitosterol (ES2) e o éster graxo do sitosterol (ES5). A Figura 173 mostra a estrutura
dessas substâncias.
RO
H
H H
HO
H
H H
ES2: R=H (sitosterol)
ES1 (estigmasterol)
ES5: R=CH
3
(CH
2
)
n
CO
(éster graxo do sitosterol)
RO
HC1 (mistura de hidrocarbonetos)
TT1: R=CH
3
(CH
2
)
n
CO
(éster graxo do 24-metilenocicloartan-3-ol)
C
n
H
2n+2
Figura 173. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos tubérculos de Scleria
bracteata.
263
5.1.15.1 Determinação estrutural da substância HC1
A fração codificada como HC1 corresponde a uma mistura de
hidrocarbonetos. Essas substâncias foram identificadas anteriormente no extrato
hexânico de C. distans e R. cephalotes. A discussão estrutural dessas substâncias
encontra-se na p. 171. O espectro de RMN
1
H de HC1 é mostrado na Figura 174.
Figura 174. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo HC1 de Scleria bracteata.
264
5.1.15.2 Determinação estrutural da substância TT1
O estudo do extrato hexânico de S. bracteata resultou na obtenção de
quantidade adicional da substância TT1, identificada como o éster graxo do
24-metilenocicloartan-3-ol, em mistura com ésteres graxos. A substância foi TT1
isolada anteriormente do extrato hexânico dos tubérculos de C. articulatus var.
nodosus.
RO
TT1 (R= CO(CH2)
n
CH
3
)
2
1
3
4
29
30
5
6
7
8
9
10
19
11
12
13
31
15
16
17
20
22
21
23
24
26
25
27
28
18
14
A discussão estrutural dessa substância encontra-se na p. 131. O espectro de
RMN
1
H de TT1 isolada de S. bracteata é mostrado na Figura 175 (p. 265).
265
Figura 175.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo TT1.
5.1.15.3 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2
As substâncias codificadas como ES1 e ES2 isoladas do extrato hexânico dos
tubérculos de S. bracteata foram identificadas como os esteróides estigmasterol
(ES1) e sitosterol (ES2).
HO
H
H H
HO
H
H H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
E
S
1
E
S
2
266
A discussão estrutural dessas substâncias encontra-se na p. 127. As
substâncias ES1 e ES2 foram identificadas como os esteróides estigmasterol e
sitosterol, respectivamente, a partir dos dados de RMN
1
H, mostrado na Figura 176.
Figura 176. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e ES2.
5.1.15.4 Determinação estrutural da substância ES5
A substância denominada ES5 foi identificada como o éster graxo do
sitosterol. Essa substância também foi isolada anteriormente de R. cephalotes.
267
H
H H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
E
S
5
CH
3
(CH
2
)
n
COO
A discussão estrutural dessa substância encontra-se na p. 257. O espectro de
RMN
1
H do composto ES5 isolado de S. bracteata encontra-se na Figura 177.
Figura 177.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES5.
268
5.1.16 Constituintes químicos das frações menos polares de Scleria
bracteata
A fração menos polar de S. bracteata (fração 55-59/C
2
) foi analisada por
cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas e os seus constituintes
foram identificados.
O cromatograma da fração menos polar de S. bracteata mostra que esta é
formada principalmente por ésteres metílicos e etílicos de cadeia alifática. Dentre os
principais constituintes estão as substâncias: hexadecanoato de metila (40,96%),
hexadecanoato de etila (13,85%), oleato de metila (3,04%) e octadecanoato de
metila (5,14%). A Figura 178 mostra o CG da fração. As substâncias identificadas
por CG/EM também foram identificadas utilizando-se CC, CCDC e RMN e em
mistura com outras substâncias. As estruturas das substâncias identificadas por
CG/EM são mostradas na Figura 179 (p. 269).
Figura 178. Cromatograma de íons totais da fração menos polar de Scleria bracteata.
hexadecanoato
de metila
hexadecanoato
de etila
oleato de etila
octadecanoato
de metila
269
O
MeO
hexadecanoato de metila
O
MeO
oleato de metila
O
MeO
o
c
t
a
d
e
c
a
n
o
a
t
o
d
e
m
e
t
i
l
a
O
EtO
hexadecanoato de etila
Figura 179. Constituintes químicos identificados na fração menos polar de Scleria bracteata.
270
5.1.17 Identificação das substâncias obtidas dos tubérculos de
Torulinium odoratum
O estudo químico dos tubérculos de T. odoratum resultou na identificação do
sesquiterpeno óxido de cariofileno (ST5), dos esteróides livres estigmasterol (ES1) e
sitosterol (ES2) e do esteróide sitosterol esterificado (ES5). As estruturas dos
compostos identificados encontram-se na Figura 180.
O
H
H
RO
H
H H
RO
H
H H
ST5 (óxido de cariofileno)
ES2: R=H (sitosterol)
ES1: R=H (estigmasterol)
ES5: R=CH
3
(CH
2
)
n
CO
(éster graxo do sitosterol)
Figura 180. Estruturas das substâncias identificadas do extrato hexânico dos tubérculos de Torulinium
odoratum.
271
5.1.17.1 Determinação estrutural da substância ST5
O estudo do extrato hexânico dos tubérculos de T. odoratum levou a obtenção
de quantidade adicional da substância ST5 (40,0 mg), identificada anteriormente
como o sesquiterpeno óxido de cariofileno.
O
ST5
7
11
10
9
12
6
8
5
4
3
2
13
1
14
15
H H
A discussão estrutural dessa substância encontra-se na p. 140. Os espectros
de RMN
1
H e
13
C de ST5 isolada de T. odoratum o mostrados nas Figuras 181 e
182 (p. 272), respectivamente. Este é o primeiro relato de isolamento do óxido de
cariofileno de um extrato fixo de T. odoratum.
Figura 181. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5.
272
Figura 182. Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ST5.
5.1.17.2 Determinação estrutural das substâncias ES1 e ES2
O estudo químico do extrato hexânico de T. odoratum resultou na obtenção
de quantidade adicional dos esteróides estigmasterol (ES1) e sitosterol (ES2). Esse
esteróide como já foi dito, são bastante comuns em plantas.
HO
H
H H
HO
H
H H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
ES1
E
S
2
273
A discussão estrutural dessas substâncias encontra-se na p. 127. O espectro
de RMN
1
H dos esteróides livres ES1 e ES2 isolados de T. odoratum encontram-se
na Figura abaixo.
Figura 183. Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES1 e ES2 de Torulinium
odoratum.
5.1.17.3 Determinação estrutural das substâncias ES5
O composto ES5 foi identificado como a substância éster graxo do sitosterol.
Essa substância foi identificada nos extratos hexânicos de R. cephalotes e
S. bracteata. A substância ES5 foi identificada em mistura com ésteres graxos
(principais constituintes).
274
H
H H
24
22
23
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
16
15
14
13
17
18
19
20
21
27
26
28
25
29
E
S
5
CH
3
(CH
2
)
n
COO
A análise do espectro de RMN
1
H (Figura 184) de ES5 mostra um sinal em
δ
H
5,35 (H-6) característico de hidrogênio ligado a carbono olefínico, um multipleto
em δ
H
4,59 típico de hidrogênio H-3 de esteróide esterificado e singletos entre
δ
H
1,01 (H-19) e 0,67 (H-18) atribuídos aos hidrogênios dos grupos metílicos.
Observam-se também em δ
H
1,24 um singleto intenso correspondente aos
hidrogênios dos grupos (CH
2
)
n
e em δ
H
0,87 um singleto da metila terminal do éster.
Figura 184.
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES5.
275
Observa-se no espectro de RMN
13
C (Figuras 185 e 186, pp. 275-276) de ES5
sinais relativos a carbonos olefínicos em δ
C
139,7 e 122,6; um sinal em δ
C
173,4
característico de carbono carbonílico de éster e um sinal de carbono oximetínico em
δ
C
73,7. A comparação dos dados do espectro de RMN
13
C de ES5, ver Tabela 36
(p. 277), com aqueles encontrados na literatura (PARMAR et al., 1998) para o
palmitato de sitosterila (PS), permite confirmar a identificação dos compostos ES5
como o éster graxo do sitosterol. Não foi feita a hidrólise do éster ES5, logo não foi
possível determinar a extensão da cadeia lateral.
Figura 185.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES5.
276
Figura 186.
Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) da fração contendo ES5.
277
Tabela 36. Dados de RMN
13
C (δ
C
, 75 MHz, CDCl
3
) do éster graxo do sitosterol
(ES5), juntamente com os dados encontrados na literatura para o palmitato de
sitosterila (PS).
ES5 PS
a
#
ES5 PS
a
#
173,4 173,32 29,5 29,58
139,7 139,73 29,4 29,45
122,6 122,56 29,3 29,37
73,7 73,66 29,2 29,25
56,7 56,69 29,1 29,16
55,9 56,04 29,1 29,11
49,9 50,03 28,2 28,24
45,8 45,85 27,8 27,83
42,3 42,31 25,9 26,10
39,7 39,73 25,0 25,07
38,1 38,17 24,3 24,29
36,9 37,02 23,0 23,07
36,6 36,60 22,7 22,69
36,1 36,16 20,9 21,03
34,7 34,73 19,8 19,81
33,9 33,95 19,3 19,32
31,9 31,92 19,0 19,04
31,8 31,88 14,1 14,11
29,7 29,70 - 11,99
29,6 29,65 - 11,86
a
PARMAR et al., 1998.
#
Espectros obtidos em CDCl
3
.
* Indica que os sinais na mesma linha podem estar trocados entre si.
Os cromatogramas das frações menos polares de T. odoratum o
demonstraram sinais referentes às possíveis substâncias presentes nas mesmas,
logo, as amostras analisadas por CG/EM não foram solúveis no solvente utilizado.
278
5.2 ATIVIDADE ALELOPÁTICA DOS EXTRATOS BRUTOS
A seguir o descritos os resultados da atividade alelopática dos extratos dos
tubérculos de C. articulatus var. nodosus, C. giganteus, C. articulatus var. articulatus,
C. distans, C. prolixus, R. cephalotes, S. bracteata, T. odoratum e dos rizomas de
K. brevifolia sobre a germinação de sementes de duas plantas invasoras de áreas de
pastagens cultivadas: M. pudica (malícia) e S. obtusifolia (mata-pasto).
5.2.1 Atividade frente à germinação de sementes
Os resultados de atividade alelopática dos extratos das espécies estudadas
frente à germinação de sementes de M. pudica, S. obtusifolia e P. phaseoloides
encontram-se no Gráfico 1 (p. 279).
Os resultados mostram que, entre os extratos das espécies testadas, os de
C. giganteus e C. articulatus var. articulatus demonstraram as maiores atividades
inibitórias frente à germinação de sementes da espécie M. pudica. O extrato
hexânico de C. giganteus apresentou 88,0% de inibição da germinação, o
diclorometânico inibiu 100,0% e o de C. articulatus var. articulatus inibiu 64% da
germinação de M. pudica. A germinação das sementes das espécies invasoras de
pastagens também foi ativamente inibida pelos extratos hexânico e metanólico de
C. prolixus. O extrato hexânico dessa espécie apresentou índices de inibição de
55,0% e 53,0% para as sementes de M. pudica e S. obtusifolia, respectivamente.
o extrato metanólico demonstrou índices de 56,0% e 45,0% de inibição para
M. pudica e S. obtusifolia, respectivamente. Dentre os extratos metanólicos, o que
apresentou maior potencial inibitório foi o da espécie R. cephalotes, que atingiu um
potencial de inibição de 87,0% frente à germinação de sementes da espécie
invasora de pastagens M. pudica. De maneira geral, M. pudica foi mais sensível aos
ensaios de inibição de germinação, exceto aos resultados encontrados para
C. distans, que inibiu mais a germinação de S. obtusifolia. Os resultados estão
expressos em relação ao teste-branco.
Gráfico 1.
Atividade dos extratos na concentração de 1% das espécies
estudadas sobre a germinação de sementes de
obtusifolia.
Atividade dos extratos na concentração de 1% das espécies
estudadas sobre a germinação de sementes de
Mimosa pudica e
Senna
279
Gráfico 1. Atividade dos extratos na concentração de 1% das espécies estudadas sobre a germinação de sementes de Mimosa pudica e
Senna obtusifolia (E.H.=extrato hexânico, E. D.= extrato diclorometânico, E. M.= extrato metanólico).
Senna
bracteata
280
Observa-se que os extratos hexânicos das espécies do gênero Cyperus
apresentaram atividade alelopática inibitória frente à germinação de sementes das
espécies testadas maior do que os extratos das espécies dos outros gêneros
estudados. Como os extratos hexânicos das espécies de Cyperus são ricos em
mono- e sesquiterpenos, e os demais não, pode-se associar a atividade alelopática
desses extratos à presença dessas substâncias. O extrato hexânico de espécies que
não possuem substâncias oxigenadas em abundância na sua constituição, como é o
caso do extrato hexânico de R. cephalotes, rico em hidrocarbonetos, não demonstra
atividade alelopática inibitória. Esses resultados estão de acordo com o que foi
descrito por Komai e colaboradores, 1991 (p. 67).
Os extratos hexânico, diclorometânico e metanólico de C. articulatus var.
nodosus apresentaram baixa ou nenhuma capacidade de inibição da germinação
das sementes de M. pudica e S. obtusifolia. Comparativamente, os efeitos inibitórios
promovidos pelos extratos hexânico e metanólico dessa espécie sobre a germinação
das sementes foram inferiores aqueles promovidos pelos extratos hexânico e
metanólico de C. articulatus var. articulatus na mesma concentração (1% m/v).
Dentre os extratos metanólicos testados, os de R. cephalotes, C. prolixus e
C. distans apresentaram elevada atividade inibitória na germinação de M. pudica (87,
56 e 52%, respectivamente). Os resultados obtidos demonstram que os extratos
testados têm potencial alelopático, que a inibição mínima de 50% é considerada
como um padrão satisfatório para avaliar as potencialidades de um extrato na
concentração de 1% (DUDAI et al., 1999).
Além da atividade alelopática inibitória demonstrada por alguns extratos, é
importante destacar que as oito espécies testadas, demonstram outro tipo de
interferência conhecida como alelospolia, que é uma interferência promovida pela
competição por fatores essenciais como água, nutrientes e espaço físico
(SZCZEPANSKI, 1977), característica dessas espécies que formam reboleiras.
281
5.3 ATIVIDADE ALELOPÁTICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS
Foi avaliada a atividade alelopática dos óleos essenciais de C. articulatus var.
nodosus e C. giganteus sobre a germinação de sementes e frente o
desenvolvimento da radícula e do hipocótilo de duas plantas invasoras de áreas de
pastagens cultivadas (M. pudica e S. obtusifolia) e uma forrageira (P. phaseoloides).
Os demais óleos não foram testados, pois como foram obtidos em pequeno
rendimento, não haveria massa suficiente para os ensaios.
5.3.1 Atividade alelopática do óleo essencial de C. articulatus var
nodosus
5.3.1.1 Atividade frente à germinação de sementes
O óleo essencial de C. articulatus var. nodosus apresentou altos índices de
inibição nas três concentrações testadas sobre a germinação de sementes das duas
espécies invasoras de pastagens, M. pudica (malícia) e S. obtusifolia (mata-pasto), e
uma leguminosa forrageira, P. phaseoloides (puerária). No Gráfico 2 (p. 282) são
mostrados os resultados dos testes de germinação com o óleo essencial de
C. articulatus var. nodosus em três concentrações (10, 20 e 30 mg L
-1
).
Nas concentrações de 20 e 30 mg L
-1
a inibição da germinação foi de 100,0%
nas três espécies testadas. A solução de menor concentração apresentou índices
menores de inibição, porém de alta magnitude, ultrapassando os 50,0% de inibição
da germinação das sementes de todas as espécies receptoras.
As espécies receptoras mostraram-se altamente sensíveis ao efeito
alelopático inibitório do óleo essencial nas concentrações testadas, sendo que a
planta daninha mata-pasto e a leguminosa forrageira puerária foram mais sensíveis
ao efeito alelopático do óleo essencial do que a M. pudica (malícia), com essa
diferença aparecendo na concentração de 10 mg L
-1
(Gráfico 2, p. 282). Os dados
mostrados no Gráfico 2 estão expressos em termos de percentuais de inibição em
relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração
e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
Gráfico 2.
Atividade do ó
leo essencial de
Observa-
se que
potencial de inibição frente à germinação das sementes testadas maior do que os
extratos hexânico, diclorometânico e metanólico dessa esp
testadas
(20, 30 e 50 mg
testados a 1%, ou seja, numa concentração muito maior. O óleo essencial de
articulatus var.
nodosus
que podem ser considerados os responsáveis pela ativ
5.3.1.2 A
tividade frente o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo
O óleo essencial de
inibitória n
o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo das espécies receptoras. Os
resultados mostram que a intensidade da inibição variou em função da espécie
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
10 mg/L
% de inibição
Bb
Ab
10 mg L
relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração
e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
d
e Tukey (p
leo essencial de
Cyperus articulatus var. nodosus
frente à germinação de
sementes das espécies testadas.
se que
o óleo essencial de C. articulatus
var.
potencial de inibição frente à germinação das sementes testadas maior do que os
extratos hexânico, diclorometânico e metanólico dessa esp
écie nas concentrações
(20, 30 e 50 mg
L
-1
), mesmo considerando-
se que os extratos foram
testados a 1%, ou seja, numa concentração muito maior. O óleo essencial de
nodosus
(ZOGHBI et al., 2008) é rico em mono
que podem ser considerados os responsáveis pela ativ
idade apresentada.
tividade frente o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo
O óleo essencial de
C. articulatus var. nodosus
também apresentou
o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo das espécies receptoras. Os
resultados mostram que a intensidade da inibição variou em função da espécie
10 mg/L
20 mg/L 30 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Ab
Aa
Aa
Aa
Aa
Aa
AaAa
10 mg L
-
1
20 mg L
-
1
30 mg L
-
1
282
relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração
e Tukey (p
> 0,05).
frente à germinação de
var.
nodosus tem um
potencial de inibição frente à germinação das sementes testadas maior do que os
écie nas concentrações
se que os extratos foram
testados a 1%, ou seja, numa concentração muito maior. O óleo essencial de
C.
(ZOGHBI et al., 2008) é rico em mono
- e sesquiterpenos
idade apresentada.
tividade frente o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo
também apresentou
atividade
o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo das espécies receptoras. Os
resultados mostram que a intensidade da inibição variou em função da espécie
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
receptora, e o fator concentração, aparentemente, não foi determinante na
intensidade dos efeitos inibitórios do óleo essencial.
A leguminosa forrageira
do óleo frente o desenvolvimento da radícula
pastagens (M. pudica
e
menos sensível ao efeito do óleo essencial nas concentrações testadas. No
3 o
mostrados os resultados dos testes de desenvolvimento da radícula com o
óleo essencial de
C. articulatus
de percentuais de inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais
(maiúscula para concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo
teste de Tukey (p >
0,05)
Gráfico 3.
Atividade do ó
leo essencial de
Os resultados dos ensaios realizados para verificar a atividade alelopática do
óleo essencial de C.
articulatus
mostrou que esse é expressivamente ativo como mostra o
Observa-
se que as sementes de
foram mais sensíveis ao efeito
desenvolvimento do hipocótilo. Enquanto que as sementes de
0
10
20
30
40
50
60
70
80
10 mg/L
% de inibição
Ba
10 mg L
receptora, e o fator concentração, aparentemente, não foi determinante na
intensidade dos efeitos inibitórios do óleo essencial.
A leguminosa forrageira
P. phaseoloides mostrou-
se mais sensível ao efeito
do óleo frente o desenvolvimento da radícula
do que as espécies invasoras de
e
S. obtusifolia). A espécie
S. obtusifolia
menos sensível ao efeito do óleo essencial nas concentrações testadas. No
mostrados os resultados dos testes de desenvolvimento da radícula com o
C. articulatus
var. nodosus
, os dados estão expressos em te
de percentuais de inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais
(maiúscula para concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo
0,05)
.
leo essencial de
Cyperus articulatus var. nodosus
frente o desenvolvimento
da radícula das espécies testadas.
Os resultados dos ensaios realizados para verificar a atividade alelopática do
articulatus
var. nodosus
sobre o desenvolvimento do hipocótilo
mostrou que esse é expressivamente ativo como mostra o
se que as sementes de
M. pudica (malícia) e
P. phaseoloides
foram mais sensíveis ao efeito
inibitório
do óleo essencial quando analisado o
desenvolvimento do hipocótilo. Enquanto que as sementes de
S. obtusifolia
10 mg/L
20 mg/L 30 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Ca
Aa
Ba
Ca
Aa
Ba
Ca
Aa
10 mg L
-
1
20 mg L
-
1
30 mg L
-
1
283
receptora, e o fator concentração, aparentemente, não foi determinante na
se mais sensível ao efeito
do que as espécies invasoras de
S. obtusifolia
(mata-pasto) foi a
menos sensível ao efeito do óleo essencial nas concentrações testadas. No
Gráfico
mostrados os resultados dos testes de desenvolvimento da radícula com o
, os dados estão expressos em te
rmos
de percentuais de inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais
(maiúscula para concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo
frente o desenvolvimento
Os resultados dos ensaios realizados para verificar a atividade alelopática do
sobre o desenvolvimento do hipocótilo
mostrou que esse é expressivamente ativo como mostra o
Gráfico 4 (p. 284).
P. phaseoloides
(puerária)
do óleo essencial quando analisado o
S. obtusifolia
foram as
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
menos afetad
as pelo efeito alelopático do óleo, os valores de inibição para todas as
espécies ficaram acima de
mostrados os resultados dos testes de desenvolvimento do hipocótilo com o óleo
essencial de C. articu
latus
percentuais de inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais
(maiúscula para concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo
teste de Tukey (p >
0,05).
Gráfico 4.
Atividade do óleo essencial de
Comparando-
se a atividade do óleo essencial de
sobre a germinação de sementes, o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo,
observa-
se que o óleo essencial apresentou maior capacidade para inibir a
germinação das sementes (
(Gráfico 4, p. 284
) e da radícula (
foram iguais ou superiores a 40%. Esses resultados revelam o grande potencial que
o óleo essencial dos tubérculos de
agente inibidor da germinação, do desenvolvimento da radícula e do hipocótilo de
sementes de M. pudica,
0
10
20
30
40
50
60
70
80
10 mg/L
% de inibição
Aa
10 mg L
as pelo efeito alelopático do óleo, os valores de inibição para todas as
espécies ficaram acima de
6
0,0% nas três concentrações testadas. No
mostrados os resultados dos testes de desenvolvimento do hipocótilo com o óleo
latus
var. nodosus
, os dados estão expressos em termos de
percentuais de inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais
(maiúscula para concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo
0,05).
Atividade do óleo essencial de
Cyperus articulatus var. nodosus
frente o desenvolvimento
do hipocótilo das espécies testadas.
se a atividade do óleo essencial de
C.
articulatus
sobre a germinação de sementes, o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo,
se que o óleo essencial apresentou maior capacidade para inibir a
germinação das sementes (
Gráfico 2, p. 282
), seguido pelo crescimento do hipocótilo
) e da radícula (
Gráfico 3, p. 283).
Em todos os casos, as inibições
foram iguais ou superiores a 40%. Esses resultados revelam o grande potencial que
o óleo essencial dos tubérculos de
C. articulatus var.
nodosus
agente inibidor da germinação, do desenvolvimento da radícula e do hipocótilo de
S. obtusifolia e P. phaseoloides.
10 mg/L
20 mg/L 30 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Aa
Aa
Aa
Aa
Aa
Aa
Aa
Aa
10 mg L
-
1
20 mg L
-
1
30 mg L
-
1
284
as pelo efeito alelopático do óleo, os valores de inibição para todas as
0,0% nas três concentrações testadas. No
Gráfico 4 são
mostrados os resultados dos testes de desenvolvimento do hipocótilo com o óleo
, os dados estão expressos em termos de
percentuais de inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais
(maiúscula para concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo
frente o desenvolvimento
articulatus
var. nodosus
sobre a germinação de sementes, o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo,
se que o óleo essencial apresentou maior capacidade para inibir a
), seguido pelo crescimento do hipocótilo
Em todos os casos, as inibições
foram iguais ou superiores a 40%. Esses resultados revelam o grande potencial que
nodosus
apresenta como
agente inibidor da germinação, do desenvolvimento da radícula e do hipocótilo de
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
5.3.2 Atividade alelopática do óleo essencial de
5.3.2.1 Atividade
frente à germinação de sementes
O
efeito alelopático inibitório sobre a germinação de sementes d
essencial de C.
giganteus
esse efeito alelopático está diretamente relacionado à concentração. Por outro lado,
para as espécies
M. pudica
concentração e variou de acordo com a espécie receptora. Esse fato é explicado
pelo
fato da atividade biológica de um aleloquímico depender tanto do limite de
resposta das espécies quanto da concentração testada do aleloquímico (
et al., 2000).
Quando comparado com o óleo essencial de
com o de C. giganteus
na mesma concentração (20 mg
bem menor (14% -
C. giganteus
mostrados abaixo
estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação
ao teste branco (água destilada). L
minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
Gráfico 5.
Atividade do óleo essencial de
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
20 mg/L
% de inibição
Ba
Ab
2
0 mg L
5.3.2 Atividade alelopática do óleo essencial de
C.
giganteus
frente à germinação de sementes
efeito alelopático inibitório sobre a germinação de sementes d
giganteus
é mostrado no Gráfico 5
. Para a espécie
esse efeito alelopático está diretamente relacionado à concentração. Por outro lado,
M. pudica
e P. phaseoloides
o efeito inibitório foi independente da
concentração e variou de acordo com a espécie receptora. Esse fato é explicado
fato da atividade biológica de um aleloquímico depender tanto do limite de
resposta das espécies quanto da concentração testada do aleloquímico (
Quando comparado com o óleo essencial de
C. articulatus
na mesma concentração (20 mg
L
-1
)
, a atividade inibitória
C. giganteus
- x 75% -C. articulatus var.
nodosus
estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação
ao teste branco (água destilada). L
etras iguais (maiúscula para concentração e
minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
d
e Tukey (p
Atividade do óleo essencial de
Cyperus giganteus
frente à germinação de sementes das
espécies testadas.
20 mg/L
50 mg/L 100 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Ab
Ab
Ca
Ab
Bb
Ca
Aa
Ba
0 mg L
-
1
50 mg L
-
1
100 mg L
-
1
285
giganteus
efeito alelopático inibitório sobre a germinação de sementes d
o óleo
. Para a espécie
S. obtusifolia,
esse efeito alelopático está diretamente relacionado à concentração. Por outro lado,
o efeito inibitório foi independente da
concentração e variou de acordo com a espécie receptora. Esse fato é explicado
fato da atividade biológica de um aleloquímico depender tanto do limite de
resposta das espécies quanto da concentração testada do aleloquímico (
ABRAHIM
C. articulatus
var. nodosus
, a atividade inibitória
é
nodosus
-). Os dados
estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação
etras iguais (maiúscula para concentração e
e Tukey (p
> 0,05).
frente à germinação de sementes das
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
286
Não se pode comparar diretamente as atividades inibitórias na germinação
dos óleos essenciais e do extrato hexânico de C. giganteus, uma vez que os ensaios
foram feitos em concentrações diferentes. Porém, como os resultados do óleo
essencial foram relativos à concentração, uma extrapolação dos resultados obtidos
para a concentração de 1% (1 mg L
-1
) levaria à atividade inibitória de 100%.
5.3.2.2 Atividade frente ao desenvolvimento da radícula e do hipocótilo
O efeito inibitório do óleo essencial C. giganteus no desenvolvimento da
radícula está diretamente relacionado com a concentração. A solução do óleo
essencial de C. giganteus a 100 mg L
-1
produziu
55,6%, 44,1% e 32,2% de inibição
frente o desenvolvimento da radícula das espécies M. pudica, S. obtusifolia e
P. phaseoloides, respectivamente (Gráfico 6, p. 287). Efeitos alelopáticos inibitórios
de 39,8%, 21,1% e 17,3% (para as espécies M. pudica, S. obtusifolia e
P. phaseoloides, respectivamente) foram observados quando testada a solução de
menor concentração (20 mg L
-1
). Os resultados mostram que dentre espécies
testadas, a espécie invasora de pastagens, M. pudica (malícia), é a mais sensível ao
efeito inibitório do óleo essencial nas três concentrações testadas. Os dados
mostrados no Gráfico 6 estão expressos em termos de percentuais de inibição em
relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração
e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste de Tukey (p > 0,05).
Gráfico 6.
Atividade do óleo essencial de
O
potencial alelopático inibitório frente o desenvolvimento do hipocótilo do
óleo essencial de
C. giganteus
mostram que esse efeito foi totalmente dependente da concentração. Em relação à
inibição do desenvolvimento do hipo
inibitório mais intenso frente às sementes de
ensaio de desenvolvimento da radícula
espécie os percentuais de inibição foram de 55,8%,
concentrações de 100 mg
mostrados no Gráfico
7
inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para
concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
(p > 0,05).
0
10
20
30
40
50
60
20 mg/L
% de inibição
Ac
2
0 mg L
Atividade do óleo essencial de
Cyperus giganteus
frente o desenvolvimento da radícula das
espécies testadas.
potencial alelopático inibitório frente o desenvolvimento do hipocótilo do
C. giganteus
é mostrado no Gráfico 7 (p.
mostram que esse efeito foi totalmente dependente da concentração. Em relação à
inibição do desenvolvimento do hipo
cótilo, o óleo essencial apresentou efeito
inibitório mais intenso frente às sementes de
M. pudica
(malícia)
ensaio de desenvolvimento da radícula
, nas três concentrações testadas. Para essa
espécie os percentuais de inibição foram de 55,8%,
49,2% e 44,1% nas se
concentrações de 100 mg
L
-1
, 50 mg L
-1
e 20 mg L
-1
, respectivamente. Os dados
7
(p. 288) estão expressos em termo
s de percentuais de
inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para
concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
20 mg/L
50 mg/L 100 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Bc
Cc
Ab
Bb
Cb
Aa
Ca
Ba
0 mg L
-
1
50 mg L
-
1
100 mg L
-
1
287
frente o desenvolvimento da radícula das
potencial alelopático inibitório frente o desenvolvimento do hipocótilo do
288). Os resultados
mostram que esse efeito foi totalmente dependente da concentração. Em relação à
cótilo, o óleo essencial apresentou efeito
(malícia)
, assim como no
, nas três concentrações testadas. Para essa
49,2% e 44,1% nas se
guintes
, respectivamente. Os dados
s de percentuais de
inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para
concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
de Tukey
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Gráfico 7
. Atividade do óleo essencial de
Tanto o efeito inibitório no desenvolvimento da radícula quanto do hipocótilo
do óleo essencial de
C. giganteus
para o óleo essencial de
resultados mais significativos foram observados frente à germinação de sementes de
S. obtusifolia
e desenvolvimento da radícula e
5.4 ATIVIDADE ALELOP
Com intuito de identificar os compostos alelopaticamente ativos que
constituíam o extrato hexânico de
escabequinona (QN1
), isolada por cromatografia clássica (CC e CCDC) do extrato
hexânico dos tubérculos de
germinação de sementes e o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo de
S. obtusifolia, M.
pudica
soluções da substância
QN1
0
10
20
30
40
50
60
20 mg/L
% de inibição
Ac
2
0 mg L
. Atividade do óleo essencial de
Cyperus giganteus
frente o desenvolvimento do hipocótilo
das espécies testadas.
Tanto o efeito inibitório no desenvolvimento da radícula quanto do hipocótilo
C. giganteus
(20 mg L
-1
) é menor do que o efeito encontrado
para o óleo essencial de
C. articulatus var. nodosus
na mesma concentração.
resultados mais significativos foram observados frente à germinação de sementes de
e desenvolvimento da radícula e
do hipocótilo de
M. pudica
5.4 ATIVIDADE ALELOP
ÁTICA DA QUINONA QN1
Com intuito de identificar os compostos alelopaticamente ativos que
constituíam o extrato hexânico de
C. distans
foi avaliada a capacidade inibitória da
), isolada por cromatografia clássica (CC e CCDC) do extrato
hexânico dos tubérculos de
C. distans
. A atividade alelopática foi avaliada sobre a
germinação de sementes e o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo de
pudica
e P. phaseoloides
. Os ensaios foram realizados com
QN1
a 150 mg L
-1
, 200 mg L
-1
e 250
mg L
20 mg/L
50 mg/L 100 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Bc
Cc
Ab
Bb
Cb
Aa
Ba
Ba
0 mg L
-
1
50 mg L
-
1
100 mg L
-
1
288
frente o desenvolvimento do hipocótilo
Tanto o efeito inibitório no desenvolvimento da radícula quanto do hipocótilo
) é menor do que o efeito encontrado
na mesma concentração.
Os
resultados mais significativos foram observados frente à germinação de sementes de
M. pudica
.
Com intuito de identificar os compostos alelopaticamente ativos que
foi avaliada a capacidade inibitória da
), isolada por cromatografia clássica (CC e CCDC) do extrato
. A atividade alelopática foi avaliada sobre a
germinação de sementes e o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo de
. Os ensaios foram realizados com
mg L
-1
.
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
5.4.1 Atividade alelopática de QN1 frente à germinação de sementes
Os resultados
da atividade inibitória da
das espécies testadas são
escabequinona frente à germinação das sementes das espécies
P. phaseoloides v
ariou de acordo com a concentração das soluções. A atividade
inibitória de QN1
frente à germinação das sementes de
%) e não variou estatisticamente entre as concentrações testadas. Na maior
concentração testada (250
diferente apresentando valo
para S. obtusifolia e 1,
3%
Gráfico 8
estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação ao teste
branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração e minúscula
para espécie receptora) não diferem pelo teste
Na avaliação da atividade dos extr
substância QN1,
foi observado que o efeito inibitório em
que em M. pudica
, o que está de acordo com os resultados encontrados para
que foi mais ativa em
afetada pela quinona do que as outras duas, mas não foi testada com o extrato.
Gráfico 8.
Atividade
da substância escabequinona
0
10
20
30
40
50
60
70
150 mg/L
Inibição (%)
Ca
Bb
15
0 mg L
5.4.1 Atividade alelopática de QN1 frente à germinação de sementes
da atividade inibitória da
escabequinona
frente à
das espécies testadas são
mostrados o Gráfico 8
. O efeito inibitório da
escabequinona frente à germinação das sementes das espécies
ariou de acordo com a concentração das soluções. A atividade
frente à germinação das sementes de
M. pudica
%) e não variou estatisticamente entre as concentrações testadas. Na maior
concentração testada (250
mg L
-1
), o potencial de inibição foi consideravelmente
diferente apresentando valo
res de inibição de 60,6% para
P. phaseoloides
3%
frente às sementes de M. pudica.
Os dados mostrados no
estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação ao teste
branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração e minúscula
para espécie receptora) não diferem pelo teste
de Tukey (p >
0,05).
Na avaliação da atividade dos extr
atos de C. distans,
de onde se isolou a
foi observado que o efeito inibitório em
S. obtusifolia
, o que está de acordo com os resultados encontrados para
que foi mais ativa em
S. obtusifolia do que M. pudica.
P. phaseoloides
afetada pela quinona do que as outras duas, mas não foi testada com o extrato.
da substância escabequinona
frente à germinação de sementes das espécies
testadas.
150 mg/L
200 mg/L 250 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Bb
Ac
Ca
Bb
Ab
Ca
Ba
Aa
0 mg L
-
1
200 mg L
-
1
250 mg L
-
1
289
5.4.1 Atividade alelopática de QN1 frente à germinação de sementes
frente à
germinação
. O efeito inibitório da
escabequinona frente à germinação das sementes das espécies
S. obtusifolia e
ariou de acordo com a concentração das soluções. A atividade
M. pudica
foi muito baixa (1,3
%) e não variou estatisticamente entre as concentrações testadas. Na maior
), o potencial de inibição foi consideravelmente
P. phaseoloides
, 56,3%
Os dados mostrados no
estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação ao teste
branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração e minúscula
0,05).
de onde se isolou a
S. obtusifolia
foi maior do
, o que está de acordo com os resultados encontrados para
QN1,
P. phaseoloides
foi mais
afetada pela quinona do que as outras duas, mas não foi testada com o extrato.
frente à germinação de sementes das espécies
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
5.4.2 Atividade
de QN1
hipocótilo
Os resultados da atividade inibitória de
radícula das espécies testadas
pela atividade inibitória da escabequinona foi
espécie M. pudica
foi a menos afetada (
que o efeito da substância
de P. phaseoloides
foi dependente da concentração e demonstrou inibições de
37,3%, 47,8% e 52,1% nas concentrações de 150, 200 e 250
respectivamente. A atividade inibitória de
das plântulas de
M. pudica
foram observadas inibições de 8,3%, 10,3% e 11,6%.
Gráfico 9
estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação ao teste
branco (
água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração e minúscula
para espécie receptora) não diferem pelo teste
Gráfico 9.
Atividade
da substância
0
10
20
30
40
50
60
Inibição (%)
de QN1
frente a
o desenvolvimento da radícula e do
Os resultados da atividade inibitória de
QN1
sobre o desenvolvimento da
radícula das espécies testadas
são mostrados no Gráfico 9
. A espécie mais afetada
pela atividade inibitória da escabequinona foi
P. phaseoloides
foi a menos afetada (
Gráfico 9)
. Os resultados obtidos mostram
que o efeito da substância
QN1 sobre o desenv
olvimento da radícula das plântulas
foi dependente da concentração e demonstrou inibições de
37,3%, 47,8% e 52,1% nas concentrações de 150, 200 e 250
respectivamente. A atividade inibitória de
QN1
frente o desenvolvimento da
M. pudica
não variou estatisticamente nas concentrações testadas,
foram observadas inibições de 8,3%, 10,3% e 11,6%.
Os dados mostrados no
estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação ao teste
água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração e minúscula
para espécie receptora) não diferem pelo teste
de Tukey (p >
0,05).
da substância
escabequinona frente
o desenvolvimento da radícula
testadas.
150 mg/L 200 mg/L 250 mg/L
Cb
Bb
Ac
Cab
Bc
Ab
Ca
Ba
Aa
150 mg L
-
1
200 mg L
-
1
250 mg L
-
1
290
o desenvolvimento da radícula e do
sobre o desenvolvimento da
. A espécie mais afetada
P. phaseoloides
enquanto que a
. Os resultados obtidos mostram
olvimento da radícula das plântulas
foi dependente da concentração e demonstrou inibições de
37,3%, 47,8% e 52,1% nas concentrações de 150, 200 e 250
mg L
-1
,
frente o desenvolvimento da
radícula
não variou estatisticamente nas concentrações testadas,
Os dados mostrados no
estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação ao teste
água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração e minúscula
0,05).
o desenvolvimento da radícula
das espécies
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
A substância escabequinona
desenvolvimento do hipocótilo das espécies testadas como mostra o
Contudo, ao contrário do que foi observado nos ensaios de germinação e
desenvolvimento da radícula onde a espécie mais afetada foi a
neste ensaio
, as espécies invasoras de pastagens
mais afetadas pela ati
escabequinona frente a
o desenvolvimento do hipocótilo
pastagens
variou de acordo com a concentração da
concentração testada, de 250
enquanto que a menos afetada, na mesma concentração, foi
Os dados mostrados no
inibição em relação ao teste branco (água destilada
concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
(p > 0,05).
Gráfico 10.
Atividade
da substância escabequinona
A substância escabequinona apresentou elevada atividade alelopática
inibitória frente às espécies testadas, durante os ensaios de inibição da germinação
e desenvolvimento da radícula e hipocótilo. Os
0
10
20
30
40
50
60
150 mg/L
Inibição (%)
Bc
15
0 mg L
A substância escabequinona
também apresentou a
tividade inibit
desenvolvimento do hipocótilo das espécies testadas como mostra o
Contudo, ao contrário do que foi observado nos ensaios de germinação e
desenvolvimento da radícula onde a espécie mais afetada foi a
, as espécies invasoras de pastagens
M. pudica
e
mais afetadas pela ati
vidade inibitória de QN1
. A atividade inibitória da
o desenvolvimento do hipocótilo
d
as espécies invasoras
variou de acordo com a concentração da
s soluç
ões
concentração testada, de 250
mg L
-1
, a espécie mais afetada foi
enquanto que a menos afetada, na mesma concentração, foi
P. phaseoloides
Os dados mostrados no
Gráfico 10
estão expressos em termos de percentuais de
inibição em relação ao teste branco (água destilada
). Letras iguais (maiúscula para
concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
da substância escabequinona
frente o
desenvolvimento do hipocótilo
espécies testadas.
A substância escabequinona apresentou elevada atividade alelopática
inibitória frente às espécies testadas, durante os ensaios de inibição da germinação
e desenvolvimento da radícula e hipocótilo. Os
resultados mais significativos foram
150 mg/L
200 mg/L 250 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Ac
Ba
Ab
Bb
Ca
Aa
Ba
Ca
0 mg L
-
1
200 mg L
-
1
250 mg L
-
1
291
tividade inibit
ória frente ao
desenvolvimento do hipocótilo das espécies testadas como mostra o
Gráfico 10.
Contudo, ao contrário do que foi observado nos ensaios de germinação e
desenvolvimento da radícula onde a espécie mais afetada foi a
P. phaseoloides,
e
S. obtusifolia foram
. A atividade inibitória da
as espécies invasoras
de
ões
testadas. Na maior
, a espécie mais afetada foi
M. pudica (51,6%)
P. phaseoloides
(2,7%).
estão expressos em termos de percentuais de
). Letras iguais (maiúscula para
concentração e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
de Tukey
desenvolvimento do hipocótilo
das
A substância escabequinona apresentou elevada atividade alelopática
inibitória frente às espécies testadas, durante os ensaios de inibição da germinação
resultados mais significativos foram
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
292
observados frente à germinação de sementes da espécie P. phaseoloides e
desenvolvimento da radícula e hipocótilo de M. pudica (200 e 250 mg L
-1
).
5.5 ATIVIDADE ALELOPÁTICA DO SESQUITERPENO ST7
A atividade inibitória do sesquiterpeno ciperotundona (ST7) foi avaliada frente
à germinação de sementes e desenvolvimento da radícula e hipocótilo de
P. phaseoloides, M. pudica e S. obtusifolia. Foram testadas soluções desta
substância nas seguintes concentrações: 20 mg L
-1
, 50 mg L
-1
e 100 mg L
-1
.
5.5.1 Atividade alelopática de ST7 frente à germinação de sementes
Os resultados obtidos mostram que o efeito da ciperotundona (ST7) sobre a
germinação de sementes de M. pudica, S. obtusifolia e P. phaseoloides foi
dependente da concentração da solução, como mostra o Gráfico 11 (p. 293). Na
concentração de 20 mg L
-1
, a substância apresentou atividade inibitória muito baixa,
variando entre 2,0% e 3,0%. Por outro lado, a 100 mg L
-1
, o potencial de inibição foi
consideravelmente diferente apresentando valores de inibição de 57,1% para
S. obtusifolia, 30,3% para P. phaseoloides e 16,6% de inibição frente às sementes
de M. pudica. Observa-se que a planta daninha M. pudica e a forrageira
P. phaseoloides foram menos sensíveis ao efeito alelopático do que a planta
invasora S. obtusifolia. Os dados mostrados no Gráfico 11 estão expressos em
termos de percentuais de inibição em relação ao teste branco (água destilada).
Letras iguais (maiúscula para concentração e minúscula para espécie receptora) não
diferem pelo teste de Tukey (p > 0,05).
Gráfico 11. Atividade da
ciperotundona
5.5.2 Atividade
de ST7
hipocótilo
A substância
ciperotundona
elevada atividade inibitória sobre o desenvolvimento da radícula de
(34,2%)
como mostra o Gráfico 12 (p.
da espécie invasora de pastagens
ainda
que o efeito inibitório da ciperotundona sobre o desenvolvimento da radícula
também variou de acordo com a concentração desta substância. Segundo os
resultados, a leguminosa forrageira testada mostrou
inibitório do óleo essencial
dados mostrados no
Gráfico
inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para
concentração e minúscula para espécie rece
(p > 0,05).
0
10
20
30
40
50
60
20 mg/L
% de inibição
Ac
2
0 mg L
ciperotundona
sobre a germinação de sementes
d
de ST7
frente a
o desenvolvimento da radícula e do
ciperotundona
,
na maior concentração testada,
elevada atividade inibitória sobre o desenvolvimento da radícula de
como mostra o Gráfico 12 (p.
294). As sementes
menos afetadas foram as
da espécie invasora de pastagens
M. pudica (27,9%)
a 100
que o efeito inibitório da ciperotundona sobre o desenvolvimento da radícula
também variou de acordo com a concentração desta substância. Segundo os
resultados, a leguminosa forrageira testada mostrou
-
se mais sensível ao efeito
inibitório do óleo essencial
do que as espécies invasoras de pastagens testadas. Os
Gráfico
12
estão expressos em termos de percentuais de
inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para
concentração e minúscula para espécie rece
ptora) não diferem pelo teste
20 mg/L
50 mg/L 100 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Ac
Ac
Ab
Ab
Ab
Aa
Ca
Ba
0 mg L
-
1
50 mg L
-
1
100 mg L
-
1
293
d
as espécies testadas.
o desenvolvimento da radícula e do
na maior concentração testada,
apresentou
elevada atividade inibitória sobre o desenvolvimento da radícula de
P. phaseoloides
menos afetadas foram as
a 100
mg L
-1
. Observa-se
que o efeito inibitório da ciperotundona sobre o desenvolvimento da radícula
também variou de acordo com a concentração desta substância. Segundo os
se mais sensível ao efeito
do que as espécies invasoras de pastagens testadas. Os
estão expressos em termos de percentuais de
inibição em relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para
ptora) não diferem pelo teste
de Tukey
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Gráfico 12. Atividade da
ciperotundona
O
efeito inibitório da
(Gráfico 13, p. 295
) foi bastante similar para as duas plantas daninhas e para a
espécie forrageira na concentr
na maior concentração testada, as espécies mais afetadas pela substância
foram
P. phaseoloides
germinadas de
M. pudica
Esses resultados mostram que a leguminosa forrageira
mais sensível ao efeito alelopático inibitório do óleo essencial, frente o
desenvolvimento do hipocótilo, do que as demais es
mostrados no Gráfico 1
3
relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração
e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
0
5
10
15
20
25
30
35
20 mg/L
% de inibição
Bc
Ac
2
0 mg L
ciperotundona
s
obre o desenvolvimento da radícula de sementes
espécies testadas.
efeito inibitório da
ciperotundona sobre o desenvolvimento do hipocótilo
) foi bastante similar para as duas plantas daninhas e para a
espécie forrageira na concentr
ação de 20 mg L
-1
.
Os resultados mostram ainda que,
na maior concentração testada, as espécies mais afetadas pela substância
P. phaseoloides
(20,2%) e S. obtusifolia (18,5%)
. As
M. pudica
foram menos afetadas pela ciperotundona a 100
Esses resultados mostram que a leguminosa forrageira
Pueraria phaseoloides
mais sensível ao efeito alelopático inibitório do óleo essencial, frente o
desenvolvimento do hipocótilo, do que as demais es
pécies testadas.
3
estão expressos em termos de percentuais de inibição em
relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração
e minúscula para espécie receptora) não diferem pelo teste
d
e Tuk
20 mg/L
50 mg/L 100 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Ac
Ac
Cb
Bb
Ab
Ca
Ba
Aa
0 mg L
-
1
50 mg L
-
1
100 mg L
-
1
294
obre o desenvolvimento da radícula de sementes
das
ciperotundona sobre o desenvolvimento do hipocótilo
) foi bastante similar para as duas plantas daninhas e para a
Os resultados mostram ainda que,
na maior concentração testada, as espécies mais afetadas pela substância
ST7
. As
sementes pré-
foram menos afetadas pela ciperotundona a 100
mg L
-1
.
Pueraria phaseoloides
é
mais sensível ao efeito alelopático inibitório do óleo essencial, frente o
pécies testadas.
Os dados
estão expressos em termos de percentuais de inibição em
relação ao teste branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração
e Tuk
ey (p > 0,05).
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Gráfico 13.
Atividade da
ciperotundona
A substância ciperotundona apresentou considerável atividade inibitória nos
ensaios de germinação de sementes e desenvolvimento da radícula e hipocótilo. No
ensaio de germinação, a espécie invasora de pastagens
mais sensível a sub
stância na concentração de 100
desenvolvimento da radícula quanto do hipocótilo, as espécies invasoras de
pastagens foram menos afetadas pela ciperotundona na maior concentração testada
(100 mg L
-1
), a espécie forrageira
ensaios.
A ciperotundona (
óleos essenciais de
C. articulatus
contribuir para a atividade inibitória da
5.6
ATIVIDADE ALELOPÁTIC
A atividade inibitória do sesquiterpeno
frente à germinação de sementes de
Foram testadas soluções desta substância nas seguintes concentrações: 20
50 mg L
-1
e 100 mg L
-1
.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
20 mg/L
% de inibição
Ab
Ac
2
0 mg L
ciperotundona
s
obre o desenvolvimento do hipocótilo de sementes
espécies testadas.
A substância ciperotundona apresentou considerável atividade inibitória nos
ensaios de germinação de sementes e desenvolvimento da radícula e hipocótilo. No
ensaio de germinação, a espécie invasora de pastagens
S. obtusifolia
stância na concentração de 100
mg L
-1
. Tanto no ensaio de
desenvolvimento da radícula quanto do hipocótilo, as espécies invasoras de
pastagens foram menos afetadas pela ciperotundona na maior concentração testada
), a espécie forrageira
P. phaseoloides
foi a mais sensível nesses dois
A ciperotundona (
ST7) faz parte da
composição dos extratos hexânicos e
C. articulatus
var. articulatus, C. prolixus
e
contribuir para a atividade inibitória da
germinação de sementes dessas espécies.
ATIVIDADE ALELOPÁTIC
A DO SESQUITERPENO
ST
A atividade inibitória do sesquiterpeno
óxido de cariofileno
frente à germinação de sementes de
P. phaseoloides, M.
pudica
Foram testadas soluções desta substância nas seguintes concentrações: 20
20 mg/L
50 mg/L 100 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Ac
Ac
Cb
Bb
Ab
Ca
Ba
Aa
0 mg L
-
1
50 mg L
-
1
100 mg L
-
1
295
obre o desenvolvimento do hipocótilo de sementes
das
A substância ciperotundona apresentou considerável atividade inibitória nos
ensaios de germinação de sementes e desenvolvimento da radícula e hipocótilo. No
S. obtusifolia
mostrou-se
. Tanto no ensaio de
desenvolvimento da radícula quanto do hipocótilo, as espécies invasoras de
pastagens foram menos afetadas pela ciperotundona na maior concentração testada
foi a mais sensível nesses dois
composição dos extratos hexânicos e
e
C. giganteus e deve
germinação de sementes dessas espécies.
ST
5
óxido de cariofileno
(ST5) foi avaliada
pudica
e S. obtusifolia.
Foram testadas soluções desta substância nas seguintes concentrações: 20
mg L
-1
,
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Os resultados obtidos mostram que o efeito d
sobre a germinação de sementes
da concentração da
solução, como mostra o
mg L
-1
, a substância apresentou atividade inibitória muito baixa, variando
e 4,0%. Po
r outro lado, a 250
apresentando valores de inibição de
forrageira
P. phaseoloides
i
nvasoras de pastagens
1
4 estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação ao teste
branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração e minúscula
para espécie recepto
ra) não diferem pelo teste de Tukey (p > 0,05).
Gráfico 14. Atividade do
óxido de cariofileno
O óxido de c
ariofileno é encontrado nos extratos hexânicos e óleos essenciais
das espécies
C. articulatus
extratos de C. distans,
C. articulatus
ciperotundona, contr
ibui
germinação de sementes.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
150 mg/L
% inibição
Aa
15
0 mg L
Os resultados obtidos mostram que o efeito d
o
óxido de cariofileno
sobre a germinação de sementes
de S. obtusifolia e
P. phaseoloides
solução, como mostra o
Gráfico 14293.
Na concentração de
, a substância apresentou atividade inibitória muito baixa, variando
r outro lado, a 250
mg L
-1
, o potencial de inibição foi
apresentando valores de inibição de
15,6% para
P. phaseoloides
P. phaseoloides
foi mais sensível ao efeito inibitório do que as plantas
nvasoras de pastagens
M. pudica e S. obtusifolia
. Os dados mostrados no
4 estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação ao teste
branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração e minúscula
ra) não diferem pelo teste de Tukey (p > 0,05).
óxido de cariofileno
s
obre a germinação de sementes
ariofileno é encontrado nos extratos hexânicos e óleos essenciais
C. articulatus
var. nodosus e C. giganteus
, além estar presente nos
C. articulatus
var. articulatus, C. prolixus
ibui
com a atividade inibitória desses extratos frente a
germinação de sementes.
150 mg/L
200 mg/L 250 mg/L
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
Aa
Ab
Aa
Aa
Ab
Aa
Ba
Ba
0 mg L
-
1
200 mg L
-
1
250 mg L
-
1
296
óxido de cariofileno
(ST5)
P. phaseoloides
foi dependente
Na concentração de
150
, a substância apresentou atividade inibitória muito baixa, variando
entre 2,0%
, o potencial de inibição foi
mais elevado
P. phaseoloides
. Observa-se que a
foi mais sensível ao efeito inibitório do que as plantas
. Os dados mostrados no
Gráfico
4 estão expressos em termos de percentuais de inibição em relação ao teste
branco (água destilada). Letras iguais (maiúscula para concentração e minúscula
ra) não diferem pelo teste de Tukey (p > 0,05).
obre a germinação de sementes
das espécies testadas
ariofileno é encontrado nos extratos hexânicos e óleos essenciais
, além estar presente nos
e, juntamente com a
com a atividade inibitória desses extratos frente a
M. pudica
S. obtusifolia
P. phaseoloides
297
6 CONCLUSÕES
Os estudos químicos e alelopáticos de oito espécies de Cyperaceae que
ocorrem na Amazônia levaram à identificação de cerca de 80 substâncias e
avaliação do potencial de 19 extratos, dois óleos essenciais e três substâncias. Os
extratos hexânicos das espécies do gênero Cyperus estudadas (C. articulatus var.
articulatus, C. articulatus var. nodosus, C. distans, C. giganteus, C. prolixus) se
caracterizaram pela predominância de sesquiterpenos oxigenados. Sesquiterpenos
também foram identificados em Torulinium odoratum e C. distans. Diferentemente,
nos rizomas de Kyllinga brevifolia foram encontrados principalmente diterpenos com
esqueleto 8,13-epoxilabdânico. Das espécies Scleria bracteata e Rhynchospora
cephalotes foram identificados esteróides e triterpenos, além de derivados
esterificados dessas mesmas substâncias. Este é o primeiro relato de estudo
químico de extratos fixos das espécies C. giganteus, C. prolixus, K. brevifolia, R.
cephalotes, S. bracteata e T. odoratum.
O estudo químico resultou na obtenção de padrões das substâncias
mustacona, ciperotundona, óxido de manoíla, óxido de 13-epi-
manoíla, óxido de
11α-hidroximanoíla, óxido de 11α-hidróxi-13-epi-manoíla, óxido de 1β-hidroximanoíla
e óxido de 11-oxomanoíla que contribuirão na rápida identificação desses
componentes em outras espécies botânicas quando analisadas por cromatografia
em fase gasosa.
Os extratos dos rizomas e tubérculos das espécies estudadas mostraram
resultados diferenciados na inibição da germinação das sementes de Mimosa pudica
e Senna obtusifolia. Observou-se que frente à germinação das sementes, os extratos
menos polares (hexânico e diclorometânico) das espécies do gênero Cyperus
demonstraram atividade inibitória igual ou superior as do extrato mais polar
(metanólico). Enquanto que para as demais espécies, o extrato metanólico
demonstrou atividade inibitória frente à germinação das sementes mais intensa do
que o extrato hexânico. Essa capacidade de inibição da germinação dos extratos
menos polares das espécies do gênero Cyperus está diretamente relacionada à
composição química dos mesmos. Diferentemente, para as demais espécies, cujos
extratos hexânicos são formados por hidrocarbonetos de cadeia linear, esteróides e
triterpenos esterificados, com exceção do extrato hexânico de K. brevifolia que é
298
formado principalmente por diterpenos epoxilabdânicos, foram observados índices
de inibição mais intensos para os extratos metanólicos.
O óleo essencial de C. articulatus var. nodosus apresentou índices de inibição
maiores que o de C. giganteus tanto sobre a germinação quanto sobre o
desenvolvimento da radícula e do hipocótilo. Essa capacidade inibitória dos óleos
essenciais está diretamente relacionada com a composição química dos mesmos,
onde prevalece a presença de monoterpenos e sesquiterpenos. Os resultados
observados nos ensaios com os óleos essenciais de C. articulatus var. nodosus e
C. giganteus demonstraram a capacidade desses óleos como agentes alelopáticos.
As substâncias analisadas óxido de cariofileno e ciperotundona, encontradas
em extratos hexânicos e óleos essenciais de espécies de Cyperus, e a
escabequinona, um dos principais constituintes do extrato hexânico de C. distans,
podem ser consideradas como aleloquímicos, já que todas apresentaram, na maioria
dos casos, atividade alelopática inibitória e nenhuma demonstrou efeito
estimulatório.
O estudo dos extratos das espécies selecionadas veio contribuir com a
química da extensa família Cyperaceae. A avaliação do potencial alelopático
evidenciou propriedades alelopáticas dos representantes estudados, adicionalmente,
resultou na identificação de agentes alelopáticos e aleloquímicos, dentre os extratos,
óleos essenciais e substâncias avaliadas.
299
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