Capítulo 4
80
Tabela 4.1 – Concentração dos ânions Cl
-
, NO
3
-
e PO
4
3-
nas amostras de águas
naturais.
Amostras
Cl
(mg L
-1
)
NO
3
(mg L
-1
)
PO
4
(mg L
-1
)
A 4,96 ± 0,05 0,3 ± 0,00 0,21 ± 0,01
B 9,26 ± 0,35 3,7 ± 0,00 0,11 ± 0,02
C 14,57 ± 0,65 6,1 ± 0,00 0,12 ± 0,04
D 16,57 ± 0,35 6,5 ± 0,05 0,33 ± 0,02
E 5, 01 ± 0,00 0,4 ± 0,00 0,34 ± 0,03
F 4,31 ± 0,10 0,3 ± 0,00 0,24 ± 0,01
Residência 11,51 ± 0,40 4,2 ± 0,00 0,29 ± 0,003
Ribeirão do Carmo 29,78 ± 0,25 2,5 ± 0,00 0,40± 0,03
a
Valor médio (n = 2) ± estimativa do desvio padrão.
O Fe
3+
nesses tipos de solos pode estar ligado a fosfatos. Como se trata
de solos que passaram por intenso processo de intemperismo, certamente são
solos ácidos. Quando estes solos entram em contato com água proveniente do
lençol freático ocorre a hidrólise de alguns componentes, como por exemplo os
fosfatos de ferro. Assim o fósforo é liberado na forma de fosfato e ortofosfato. A
maior concentração encontrada no Ribeirão do Carmo deve-se à contribuição
antrópica, como presença de esgotos domésticos e lixiviação de fertilizantes
aplicados em culturas da região.
A presença de nitrato acima de 5 mg L
-1
pode ser proveniente de dejetos
humanos e animais. Os nitratos estimulam o desenvolvimento de plantas,
sendo que organismos aquáticos, como algas, florescem em sua presença, e
quando em elevadas concentrações em lagos e represas, pode conduzir a um
crescimento exagerado, processo denominado de eutrofização (CETESB,
2007). Nas amostras de águas as minas C e D apresentaram concentrações
superiores às permitidas pela resolução 357/05 do CONAMA, sendo os valores
de 6,5 mg L
-1
e 6,1 mg L
-1
, respectivamente.