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RESUMO
Introdução: As respostas auditivas de estado estável (RAEE) vem sendo utilizadas como
ferramenta diagnóstica e sua aplicabilidade em triagem ainda não está definida. Os estudos
clínicos presentes na literatura com RAEE tem utilizado estimulação tonal, entretanto alguns
autores sugerem que o estímulo de ruído branco tem alguns aspectos que beneficiariam seu
uso na triagem.Objetivo: Verificar a eficácia do exame de RAEE como ferramenta de
triagem auditiva neonatal, utilizando-se o ruído branco de amplitude modulada como
estímulo. Delineamento da pesquisa: estudo objetivo, transversal, prospectivo. Amostra do
estudo: Foram avaliados 30 bebês de alto risco advindos da Maternidade do Hospital das
Clínicas da UFPE Intervenção: Foram realizados os exames de Emissões Otoacústicas
Transientes e Respostas Auditivas de Estado Estável com Ruído de Amplitude Modulada.
Coleta e Análise dos dados: os dados foram digitados no Microsoft Excel (2002), para
caracterização da população foi realizada distribuição percentual para as varáveis: indicador
de risco, idade, prematuridade e baixo peso. A relação entre os exames foi avaliada a partir do
cálculo da correlação entre ‘passa’ e ‘falha’ no exame de EOAT e presença e ausência de
respostas no exame de RAEE. Resultados: Foram comparadas as duas técnicas, sendo exame
de Emissões Otoacústicas Transientes considerado como padrão ouro. Houve um índice de
falha relativamente alto (10%), provavelmente por se tratar de crianças com presença de
indicadores de risco. A intensidade ideal para o ponto de corte para o RAEERAM foi 50 dB
NPS, devido aos seus valores de correlação com os resultados do exame de EOAT.
Conclusão: As respostas auditivas de estado estável ruído de amplitude modulada
demonstraram sua possibilidade de aplicação clínica como ferramenta de triagem, entretanto
são necessários mais estudos, com populações de maior número a fim de melhor elucidar e
definir parâmetros e protocolos de sua utilização.
Palavras-chave: Triagem Auditiva, ruído branco, potencial evocado auditivo.
ABSTRACT
Background: The auditory steady state responses (ASSR) exam has been used ass a tool for
audiologic diagnostic, and it’s applicability for hearing screening, is not established. Clinical
studies have been done using pure tone stimuli, however some authors defend that the use of
white noise stimuli have some aspects that would bring more benefits for screening programs.
Purpose:. To Verify the efficiency Auditory Steady State Responses as a hearing screening
tool, using the Amplitude Modulated Noise Stimuli. Reseach Design: Objective, transversal
and prospective study. Study Sample: Thirty babies from Federal University of
Pernambuco´s Clinic Hospital Intervention: The subjects were evaluated with Otoacoustic
Emissions and Steady State Evoked Responses to Amplitude Modulated Noise Stimuli. Data
Collection and Analisys: to characterize the population was used percent distribution for
prematurity, low weight, risk factors and age variables. For the comparison between the
TOAE and ASSR with white noise stimuli were calculated the correlation between ‘pass’ and
‘fail’ for TOAE and presence and absence of response for ASSR. Results: Both techniques
were compared, and the Otoacoustic Emissions was considered the gold standard procedure.
A high index of fail was observed (10%) probably because the population was of children
with risk factors for hearing loss. The ideal intensity of cutoff was 50dBSPL, it had
considerable values for correlation with the findings for TOAE technique. Conclusions:
Steady State Evoked Responses to Amplitude Modulated Noise Stimuli showed they´re
possibility of use as a screening tool, however more studies are needed, with larger
populations to better elucidate and define parameters and protocols of utilization.
Key-words: Hearing Screening, white noise, auditory evoked potential.