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do Grupo se assemelha á tradição islâmica, pois, nas paredes internas, do ambiente onde se
dão as reuniões, podemos notar apenas alguns símbolos pendurados, e a maioria deles se não
parece com figura humana, tendo só um quadro pendurado com uma figura do mestre
Nasrudin saindo de dentro de um ovo, como exceção.Podemos afirmar que os símbolos
utilizados nas paredes do recinto fechado são algumas inscrições do Alcoorão, escritas em
árabe, e outros poucos símbolos para a sinalização durante i momento das orações. Alguns
marcam a posição onde se encontra a cidade de Meca. Mais adiante voltaremos nestes
símbolos e o abordaremos com mais profundidade.
Se perguntado aos integrantes do grupo, e nós perguntamos, poucas pessoas sabem
dizer sobre seu significado, e demonstram além do desconhecimento uma total falta de
importância e significado, por este fato.
Dentro da Tradição Sufi, encontramos uma infinidade de símbolos que se classificados
assim, serviriam como objeto de estudo para uma próxima pesquisa. Neste momento do
estudo, nós focaremos alguns dos símbolos, os que aparecem com maior freqüência e talvez,
os mais utilizados nesta época de estudos e exercícios, nesta linha de desenvolvimento de
consciência, lembrando que todos eles são adequadamente escolhidos pelo mestre, para que
os adeptos os utilizem em determinado tempo e lugar, pois nada que é utilizado pelo grupo, se
utiliza para criar uma obrigação. O grupo utiliza enquanto exercício, ou o símbolo, enquanto
este se faz como um objeto funcional, pois, a partir do momento que este “exercício”, ou
símbolo deixa de ter seu caráter funcional, ele deixará de ser utilizado pelo grupo. Podemos
então afirmar que este grupo se utiliza de símbolos, enquanto estes símbolos são vivos, e
realizam sua função de símbolo. Quando se tornam símbolos mortos – sinais – eles são
substituídos por outros símbolos.
Começaremos elucidando o ALIF, em seguida a “antena”, o manto, o tasby, o zhirkr,
todos eles presentes nas noites de reunião da halka – círculo – Logo após, ao tratarmos da
halka, mergulharemos no Sama (dança sagrada), símbolos ligados ao círculo, á mandala, que
segundo Jung nos remete ao sagrado, ao Self. Da mesma forma procuramos descrever o lataif
considerando sua complexidade e harmonia, pois, comporta no mesmo símbolo várias técnicas
conjugadas: respiração, concentração mental, movimentação de músculos de pescoço e
cabeça, associação e visualização de cores, recitação.
E, também não poderíamos deixar de fora, deste estudo, algo que tanto para o sufi,
como para os muçulmanos, em geral, tem extrema importância cultural: as histórias da
tradição sufi. Estas além de sua extrema importância como veículos de comunicação, que
ligam uma cadeia de momentos, entre gerações, onde na história que está sendo contada,