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FACULDADE DE ARACRUZ
MESTRADO PROFISSIONAL EM TECNOLOGIA AMBIENTAL
ROGERIO SUZANO VIEIRA
Incomodo causado aos trabalhadores pelo ruído gerado nas
atividades de soldagem e jateamento na construção e montagem
do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho: Um estudo de caso.
Aracruz
2009
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2
ROGERIO SUZANO VIEIRA
INCOMODO CAUSADO AOS TRABALHADORES PELO RUÍDO GERADO NAS
ATIVIDADES DE SOLDAGEM E JATEAMENTO NA CONSTRUÇÃO E
MONTAGEM DO GASODUTO CACIMBAS-BARRA DO RIACHO:
UM ESTUDO DE CASO.
Dissertação apresentada à Faculdade de
Aracruz para obtenção do titulo de Mestre
Profissional em Tecnologia Ambiental.
Área de Concentração: Tecnologia
Ambiental.
Orientador: Prof. Dr. Eng. Marcus Antonius
da Costa Nunes.
Aracruz
2009
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3
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a
fonte.
Catalogação da Publicação
Serviço de Documentação da Biblioteca Professora Maria Luiza Devens
Faculdade de Aracruz/ES
Vieira, Rogér
io Suzano.
Incomodo causado aos trabalhadores pelo ruído gerado
nas atividades de soldagem e jateamento na construção e
montagem do gasoduto Cacimbas-
Barra do Riacho: um
estudo de caso / Rogério Suzano Vieira ; orientador Marcus
Antonius da Costa Nu
nes. - Aracruz, 2009.
121 f.
Dissertação (Mestrado)--Faculdade de Aracruz, 2009.
1. Trabalho - Influências. 2. Trabalho Segurança
-
Saúde 3. Ruído -
Costa. II. Título.
CDU 331.44
4
FOLHA DE APROVAÇÃO
Rogério Suzano Vieira
Incomodo causado aos trabalhadores pelo ruído gerado nas atividades de soldagem
e jateamento na construção e montagem do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho:
Um estudo de caso.
Dissertação apresentada a Faculdade de
Aracruz para obtenção do titulo de Mestre. Área
de Concentração: Tecnologia Ambiental
Aprovado em:
Banca Examinadora
Orientador: Prof. Dr. Eng. Marcus Antonius da Costa Nunes
Instituição: UFES Assinatura:_____________________________
Membro: Prof. Dr. Renato Ribeiro Simam
Instituição: FAACZ Assinatura:______________________________
Membro: Prof. Dr. Marcos Roberto Teixeira Halasz
Instituição: FAACZ Assinatura:_____________________________
Membro: Prof. Dr. Maxsuel Marcos Rocha Pereira
Instituição: UFES Assinatura:____________________________
5
AGRADECIMENTOS
A DEUS, por estar sempre presente a todo instante, principalmente nos momentos
mais difíceis;
A minha esposa Dilciany, pela compreensão e incentivo para que não desistisse;
Aos meus filhos, Matheus, Yasmin e Rodrigo pelo tempo que não dediquei a eles
para realizar os estudos e trabalhos durante todo o curso;
Ao amigo Marcus Antonius da Costa Nunes, por incentivar-me a realizar este
mestrado, pela orientação no trabalho, pelo apoio moral que sempre se fez presente
durante todo o curso;
A minha irmã Ana Maria e minha mãe Rosa, pelo carinho e preocupação com o
sucesso de minha carreira profissional;
Aos amigos que se dispuseram a ajudar quando precisei;
A Faculdade de Aracruz pela aprovação do curso através do professor Dr. Eng.
Marcus Antonius da Costa Nunes;
Ao professor Dr. Renato Simam pela atenção e esclarecimento de duvidas sobre a
parte burocrática do mestrado.
6
RESUMO
VIEIRA, R. S. Incomodo causado aos trabalhadores pelo ruído gerado nas
atividades de soldagem e jateamento na construção e montagem do gasoduto
Cacimbas-Barra do Riacho: Um estudo de caso.
Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Aracruz, Espírito Santo, 2009.
Este trabalho avaliou o incomodo causado aos trabalhadores da empresa Encalso
Construções S.A. pelo alto nível de ruído gerado nas atividades de soldagem e
jateamento
,
na construção do gasoduto para transporte de gás da planta de
tratamento de gás de Cacimbas (Linhares) até Barra do Riacho (Aracruz).
Assim,
constatou-se que para conforto acústico, o ruído está muito acima dos padrões
exigidos pela lei (NBR10151, NBR10152 e NR-17), e sobre a questão da PAIR (NR-
15), o ruído mostrou-se dentro dos padrões da legislação desde que sejam usados
protetores auditivos, ficando então evidente que são necessárias medidas paliativas
ou mitigadoras para tratar o problema. As medições de nível de pressão sonora
foram feitas nos períodos em que todos os equipamentos estavam ligados ao
mesmo tempo, chegando a valores de pico de 121 dB(A). Verificou-se que 95,5%
(equipe soldagem) e 100% (equipe jateamento) se sentem incomodados com o
ruído, 100% (equipe soldagem) e 88,8% (equipe jateamento) afirmam não gostar de
usar o protetor auditivo e 36,4% (equipe soldagem) e 11,1% (equipe jateamento)
afirmam sentir algum tipo de sensação auditiva após o trabalho. Como consequência
vem o estresse, falta de comunicação verbal, etc.
Palavras-chave: Ruído. Incômodo pelo ruído. Controle de ruído. PAIR.
7
ABSTRACT
VIEIRA, R. S. Nuisance caused by noise workers, generated in the welding and
blasting in the construction and assembly of Cacimbas - Barra do Riacho: A case
study.. 2009. 100f. Thesis (MA) - School of Aracruz, Espirito Santo, 2009.
This study evaluated the inconvenience caused to employees of the company
Encalso Construction SA, with the high level of noise generated in the welding and
blasting, construction of the pipeline to transport gas treatment plant gas Cacimbas
(Linhares) to Barra do Riacho (Aracruz). Thus, it was found that for acoustic comfort,
noise is well above the standards required by law (NBR10151, NBR10152 and NR-
17), and the issue of NIHL (NR-15), the noise was shown to be within normal
legislation if they are used hearing protection, will then be clear that are necessary
remedial or mitigating measures to address the problem.
Measurements of sound pressure level were made during periods in which all
equipment were connected at the same time, reaching peak values of 121 dB (A). It
was found that 95.5% (team bonding) and 100% (team blasting) are uncomfortable
with the noise, 100% (team bonding) and 88.8% (blast team) say they do not like to
use hearing protectors and 36.4% (team bonding) and 11.1% (team blasting) claim to
feel some kind of auditory sensation after work. As a result comes the stress, lack of
verbal communication, etc..
Keywords: Noise. Nuisance by noise. Noise control. PAIR.
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 2.1 – Contornos padrão de audibilidade para tons puros
FIGURA 2.2 – Curvas de ponderação A, B, C e D
FIGURA 2.3 – Ouvido humano
FIGURA 2.4 – Perda de audição por idade – Presbiacusia
FIGURA 2.5 - Níveis de pressão sonora para risco de perda de audição
FIGURA 2.6 - Efeitos do ruído
FIGURA 2.7 – Tipos mais comuns de protetores auditivos
FIGURA 2.8 – Protetor auricular tipo plug
FIGURA 2.9 – Protetor auricular tipo concha
FIGURA 2.10 – Protetor auricular auto moldáveis
FIGURA 2.11 – Protetores auriculares adaptáveis
FIGURA 3.1 – Foto aérea da linha de gasoduto Cacimbas x Barra do Riacho
FIGURA 3.2 – Tubos após o descarregamento dos caminhões
FIGURA 3.3 – Preparação para o trabalho de soldagem
FIGURA 3.4 – Tubos soldados
FIGURA 3.5 – Preparação para o trabalho de jateamento
FIGURA 3.6 – Tubos sendo jateados após a soldagem
FIGURA 3.7 – Tubos soldados com o trabalho de jateamento já realizado
FIGURA 3.8 – Trabalho de revestimento nos tubos soldados/jateados
FIGURA 3.9 – Tubos em posição após a soldagem
FIGURA 3.10 - Abertura das valas para acondicionamento dos tubos
FIGURA 3.11 – Pontos de medição junto à equipe de soldagem
FIGURA 3.12 – Pontos de medição junto à equipe de jateamento
FIGURA 3.13 – Medidor de Nível de Som – BK 2250
31
34
38
42
43
45
48
49
49
50
50
53
55
55
56
56
57
57
58
58
59
64
64
65
9
FIGURA 3.
1
4
– Dosimetro DOS 500
FIGURA 3.15 – Medição numa operação de jateamento
FIGURA 3.16 – Medição numa operação de soldagem
FIGURA 3.17 – Medição numa operação de jateamento
FIGURA 4.1 – Representação gráfica da Tabela 4.2
FIGURA 4.2 – Representação gráfica da Tabela 4.3
FIGURA 4.3 – Representação gráfica das medições
FIGURA 4.4 – Gráficos Box-Plot das medições de conforto acústico
FIGURA 4.5 – Histograma da distribuição de todos os dados das medições
FIGURA 4.6 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 06:00 e 08:00
horas
FIGURA 4.7 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 08:00 e 10:00
horas
FIGURA 4.8 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 10:00 e 12:00
horas
FIGURA 4.9 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 12:00 e 14:00
horas
FIGURA 4.10– Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 14:00 e 16:00
horas
FIGURA 4.11 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 16:00 e 18:00
horas
FIGURA 4.12 – Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 06:00 e 18:00
horas
FIGURA 4.13 – Gráficos Box-Plot das medições de PAIR
FIGURA 4.14 – Histograma da distribuição de medição para PAIR
66
67
67
68
75
77
78
80
81
82
82
82
83
83
83
83
84
86
10
L
ISTA DE TABELAS
TABELA 2.1 – Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente-NR-15
TABELA 2.2 – Níveis da voz em dB
TABELA 2.3 – Atenuação média de protetores auditivos
TABELA 3.1 – Equipe/equipamentos para operação de soldagem
TABELA 3.2 – Equipe/equipamentos para operação de jateamento
TABELA 3.3 – Especificação dos equipamentos utilizados na operação de
Soldagem
TABELA 3.4 – Especificação dos equipamentos utilizados na operação de
jateamento
TABELA 4.1 – Resultados das medições dos ruídos realizadas nas atividades
de soldagem e jateamento
TABELA 4.2 – Comparação entre os valores medidos e valores prescritos pela
NBR 10151, NBR 10152 e NR-17
TABELA 4.3 - Comparação entre os valores de Leq(A) medidos e prescritos
pela NR-15
TABELA 4.4 – Valores estatísticos dos dados medidos
TABELA 4.5 -
Valores estatísticos dos dados de todas as medições
TABELA 4.6 - Valores estatísticos dos dados medidos
TABELA 4.7 – Respostas dos questionários com as perguntas e respectivos
percentuais
37
46
51
59
60
61
62
73
74
76
79
81
84
89
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BI British standard
dB Decibel
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPI Equipamento de Proteção Individual
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
ISO International Standard Organization
L
Aeq
Nível Equivalente de Pressão Sonora
NBR Norma Regulamentadora Brasileira
NCA Nível de Critério de Avaliação
NFS Association Français Normalization
NI Intensidade Sonora
NICV Nível de Interferência na Comunicação Verbal
NPS Nível de Pressão Sonora
NR Normas Regulamentadoras
PAIR Perda Auditiva Induzida pelo Ruído
PCA Programa de Conservação Auditiva
PNC Critério de Ruído Preferido
TABR Terminal Aquaviário Barra do Riacho
UFES Universidade Federal do Espírito Santo
UTGC Unidade de Tratamento de Gás Cacimbas
12
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO
1 – INTRODUÇÃO
1.1 - O PROBLEMA
1.2 - JUSTIFICATIVA
1.3 - OBJETIVOS
1.3.1 –
OBJETIVOS GERAIS
1.5.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1.4 – CONTEÚDO DO TRABALHO
CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
2.2 – ESTUDOS RELACIONADOS AO RUÍDO
2.3DEFINIÇÕES E CONSIDERAÇÕES
2.4EFEITOS DO RUDO NO HOMEM
2.4.1 –
O OUVIDO HUMANO
2.4.1.1 – OUVIDO EXTERNO
2.4.1.2 –
OUVIDO MÉDIO
2.4.1.3 –
OUVIDO INTERNO
2.4.2 – MECANISMO DA AUDIÇÃO
2.4.3 – RUÍDO E PERDA AUDITIVA
2.4.4 – CRITÉRIOS PARA PERDA AUDITIVA
2.4.5 – RUÍDO E OS EFEITOS EXTRA AUDITIVOS
2.4.6 – NÍVEL DE INTERFERÊNCIA NA COMUNICAÇÃO VERBAL
2.4.7 – CURVAS E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE RUÍDO
2.5 – PROTETORES AUDITIVOS
2.5.1 - TIPOS DE PROTETORES AURICULARES
2.5.2 – ATENUAÇÃO DO RUÍDO
CAPITULO 3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 – CONSTRUÇÃO DO GASODUTO CACIMBAS BARRA DO RIACHO
3.2 – DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE SOLDAGEM E JATEAMENTO
3.3 – ESPECIFICAÇÕES DAS PRINCIPAIS FONTES EMISSORAS DE
RUÍDO
14
14
15
17
18
18
19
19
21
21
26
29
38
38
39
39
39
40
40
42
43
45
46
47
48
51
54
54
61
62
13
3.4 – LOCAIS DE MEDIÇÃO
3.5 – PONTOS DE MEDIÇÃO
3.6 – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA MEDIÇÃO
3.7 – MEDIÇÕES
3.8 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS UTILIZADOS
3.9 – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS TRABALHADORES
CAPÍTULO 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 – VALORES DAS MEDIÇÕES OBTIDAS
4.2 - ANÁLISE DOS VALORES OBTIDOS
4.3 - RESULTADOS DAS MEDIÇÕES E COMPARAÇÃO COM A NR-15
4.4 - ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS E SUA REPRESENTAÇOES
GRÁFICAS
4.4.1 ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA CONFORTO ACÚSTICO
4.4.2 ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA PAIR
4.5 – RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS
CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1 - CONCLUSÕES
5.2 - RECOMENDAÇÕES DAS MEDIDAS ALTERNATIVAS PARA
REDUÇÃO DE RUÍDO
5.3 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
63
64
66
69
71
72
74
74
75
77
78
79
83
88
92
92
96
97
98
102
14
_______________________________________CAPÍTULO I
1 INTRODUÇÃO
Na última cada, o pleno desenvolvimento industrial, principalmente de todo o
mundo ocidental, mostrou a importância do gás natural dentro da matriz energética
de qualquer país. Não diferente desta verdade, o Brasil iniciou o século XXI com
uma forte dependência do gás boliviano e, para que as indústrias, principalmente do
sudeste e do sul do país tivessem condição de continuar se expandindo e
produzindo a “plenos pulmões” o governo decidiu investir na produção de gás
natural nos estados produtores, principalmente no Estado do Espírito Santo. Com
isto, a Petrobrás se dedicou a procurar poços de gás, principalmente no norte do
estado, na região litorânea (ANP, 2009).
Assim, as notícias de descobertas de poços de gás no litoral norte do Espírito Santo
começaram a mostrar a importância de nosso Estado dentro da matriz energética
brasileira.
Mais recentemente em junho de 2009, após grande expectativa, a Petrobras iniciou
a produção dos campos de gás de Cangoá e Camarupim, no litoral norte do Estado
do Espírito Santo. De acordo com Agência Nacional do Petróleo (ANP) (2009),
esses projetos integram o Plano de Antecipação da Produção de s (Plangás),
lançado em 2006 com o objetivo de alavancar a produção doméstica de gás natural
no Brasil. A produção dos dois novos campos será escoada para a Unidade de
Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares (ES).
15
Uma parte do gás tratado em Cacimbas será levado para o Terminal Aquaviário
Barra do Riacho em Aracruz (TABR), através de um gasoduto de 77 km de
extensão, constituído de dois tubos de aço de 8 polegadas cada.
A construção do gasoduto, ligando a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas
(UTGC) em Linhares (ES) ao Terminal Aquaviário Barra do Riacho (TABR) em
Aracruz (ES) está sendo realizada pela empresa Encalso Construções Ltda.
1.1 O PROBLEMA
A construção deste como de qualquer outro gasoduto de mesmas proporções possui
algumas atividades que geram ruídos excessivos provocados principalmente por
equipamentos mecânicos. Tanto o processo de soldagem quanto o processo de
jateamento, que são atividades necessárias e imprescindíveis na construção de um
gasoduto, apresentam níveis elevados de ruído, com valores de Nível de Pressão
Sonora (NPS) acima de 110 dB(A), causando incômodo e desconforto aos
profissionais que trabalham nestas atividades, além de poder levar o trabalhador a
ter sérios problemas auditivos e mesmo extra auditivos, tal como estresse, pressão
sanguínea alterada, etc.
No caso deste gasoduto, por exigir muita mão de obra especializada, são
necessários aproximadamente 58 trabalhadores que sofrem o efeito do nível de
ruído elevado.
16
Tratando especificamente da atividade de soldagem neste canteiro de obras, o trator
que transporta o reboque contendo dois retificadores de corrente contínua se
posiciona muito próximo aos trabalhadores, já que são necessários cabos para
realizar a ligação elétrica entre o conjunto que é transportado e o local de execução
da operação de soldagem. Com isto, os trabalhadores recebem alta carga de ruído
pelo simples fato de estarem muito próximos das fontes ruidosas.
Situação semelhante ocorre na operação de jateamento onde o trator que transporta
o compressor e o filtro de ar que leva ar para dentro da cabine onde é realizado o
jateamento, fica bem próximo dos trabalhadores deste setor, deixando estes
expostos aos altos e excessivos ruídos produzidos pelos equipamentos.
Nestas operações reconhecidamente ruidosas, apesar dos trabalhadores utilizarem
protetores auditivos, eles nem sempre são suficientes para minimizar de forma
eficiente os elevados níveis de pressão sonora incidente no ouvido do trabalhador, e
mais, seu uso na maioria das vezes causa desconforto e incomodo.
Levando-se ainda em consideração que existe a possibilidade de ocorrer o mau uso
do protetor por parte do trabalhador, que na maioria das vezes introduz o plug na
cavidade auricular de maneira incorreta, ou mesmo, por não gostar de usar este tipo
de equipamento obrigatório ou por outra qualquer razão o faz uso do mesmo, o
problema torna-se ainda mais agravante, pois causa uma falsa impressão de
proteção de sua saúde laboral.
17
Segundo a Norma Regulamentadora n.º 15 (NR-15), da Portaria n.º 3.214/1978 do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), quando a intensidade de pressão sonora
chega a 80 dB(A), neste valor é necessário que se tome as primeiras medidas para
controle do ruído que é chamado Nível de Ação. Quando o valor da intensidade de
pressão sonora chega a 85 dB(A) que é chamado Nível Critério, todo trabalhador
deverá usar protetor auricular para uma exposição a este ruído em jornada de
trabalho de tempo integral. A norma NBR 10152, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), estipula que para recintos de uma edificação para
conforto e execução de tarefas intelectuais é necessário ruído abaixo de 65 dB(A) e
a norma NBR 10151 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
estabelece que para conforto nas vizinhanças de empresas o nível maximo não
deverá ultrapassar 70 dB(A). Portanto como os valores emitidos pelos equipamentos
das atividades são elevados, fica evidente que no mínimo tem-se uma situação
preocupante com relação ao ruído para locais onde são utilizados alguns destes
equipamentos em conjunto
1.2 JUSTIFICATIVA
Conforme especificado na Norma Regulamentadora n.º 06 (NR-06), da Portaria do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) n3.214/1978, que trata de equipamentos
de proteção individual (EPI), estes só devem ser utilizados quando não for possível a
implantação das medidas de proteção coletivas, pois os EPIs tem como
características intrínsecas causar desconforto, dificuldade de comunicação verbal,
dificuldade de mobilidade, etc.
18
Normalmente em operações ruidosas existe uma equipe de segurança e medicina
do trabalho composta por médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho,
enfermeiro do trabalho, técnico de segurança e cnico de enfermagem, que o os
profissionais que podem compor o Serviço Especializado em Engenharia e Medicina
do Trabalho (SESMT), tomando precauções para minimizar os efeitos do ruído no
organismo do trabalhador, mas infelizmente, nem sempre o trabalhador utiliza o EPI,
no caso o protetor auditivo, durante todo o tempo em que está trabalhando, pois
quase sempre há um ou outro trabalhador que vai tentar, quando lhe convier, por um
motivo ou outro, burlar a equipe de segurança do trabalho usando de maneira
incorreta ou até mesmo não fazendo uso do EPI.
O total de profissionais que compõem o SESMT de uma empresa está vinculado ao
grau de risco e ao número de funcionários desta empresa (quadro II da Norma
Regulamentadora n.º 4 (NR-4), da Portaria n.º 3.214/1978 do Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE).
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
Avaliar a exposição de trabalhadores de equipes de soldagem e jateamento dos
tubos do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho, ao ruído gerado pelas máquinas e
equipamentos que utilizam em suas atividades laborais, caracterizando o ambiente
sonoro e propor alterações para redução dos níveis de ruído a que são submetidos.
19
1.3.2 Objetivos específicos
- Quantificar o nível de ruído a que são submetidos os trabalhadores de uma equipe
de soldagem dos tubos do gasoduto Cacimbas – Barra do Riacho;
- Quantificar o nível de ruído a que são submetidos os trabalhadores de uma equipe
de jateamento de granalha de aço (ou óxido de alumínio) dos tubos do gasoduto
Cacimbas – Barra do Riacho;
- Comparar o nível de exposição medido, a nível de conforto, com os especificados
pelas normas brasileiras NBR 10151, NBR 10152 e a Norma Regulamentadora n.º
17 (NR-17), da Portaria n.º 3.214/1978 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
- Comparar o nível de exposição medido, a nível de PAIR, com os especificados
pela Norma Regulamentadora n.º 15 (NR-15), da Portaria n.º 3.214/1978 do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
- Avaliar subjetivamente o nível de desconforto causado pelo ruído aos
trabalhadores;
- Propor medidas alternativas que possam diminuir o nível de ruído percebido pelos
trabalhadores.
1.4 CONTEÚDO DO TRABALHO
O Capítulo 2 apresenta a revisão bibliográfica, os conceitos básicos para o estudo,
uma revisão dos efeitos do ruído no ser humano, uma pesquisa sobre as normas
nacionais ou internacionais mais utilizadas na área e uma revisão sobre protetores
auditivos.
20
O Capítulo 3 trata da metodologia utilizada para a realização do trabalho.
No Capítulo 4 são apresentados os resultados, as análises das medições e dos
questionários aplicados e o tratamento estatístico dos dados.
O Capítulo 5 apresenta as conclusões, medidas alternativas para a redução do ruído
e recomendações de futuros trabalhos na área.
21
_______________________________________CAPÍTULO 2
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
A necessidade e a importância cada vez maior de fontes de energia alternativas,
incluindo especialmente o setor de gás natural, impõem que a construção de
gasodutos continue numa onda crescente no Brasil e no mundo. Dessa forma, mais
e mais pessoas adentram no mercado como prestadores de serviço na área.
Conforme afirma Menezes (2002), as condições precárias em que trabalha a mão de
obra do setor de construção civil, inclusive na área relativa à construção de
gasodutos e oleodutos, e também a alta rotatividade desta mão de obra reflete-se
em um significativo índice de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais,
sendo que uma das mais importantes e menos estudadas é a perda auditiva gerada
pela exposição excessiva a ruídos. Entende-se que para se estudar este problema,
deve-se conhecer bem os conceitos de ruído e os seus efeitos no ser humano.
2.2 ESTUDOS RELACIONADOS AO RUIDO
Em seu trabalho de dissertação, Quadros (2004) analisou medições do ruído gerado
por veículos de coleta de resíduos domiciliar, realizado em Curitiba. As medões,
realizadas de março a agosto de 2004, foram comparadas com valores referenciais
estabelecidos pela lei municipal n.º 10625/2002 que determina níveis admissíveis de
22
ruído urbano, pela NBR 10151 e pelo Departamento de Habitação e
Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos (HUD), que classifica a qualidade
acústica de uma área residencial em função de níveis de ruído. Na conclusão de seu
trabalho, o autor afirmou que os resultados encontrados estão acima do
recomendado pela literatura e tece uma série de observações sobre as prevenções
que se deve ter em relação aos equipamentos utilizados pelos caminhões de coleta
de lixo (buzina, tipo de sistema de escapamento, sinal sonoro de ré, ruído da prensa,
etc.). O autor também relatou que o resultado do estudo reporta a idéia de que a
irritação sonora é um fenômeno altamente individual, influenciada pela inter-relação
de fatores pessoais e ambientais e que as pessoas nestes setores estão expostas a
ruídos excessivos, nocivos à saúde segundo a Organização Mundial da Saúde
(O.M.S.) WHU, (1995).
Portela (2008) em sua dissertação avaliou objetiva e subjetivamente a exposição ao
ruído em motoristas de ônibus urbanos na cidade de Curitiba. Sua avaliação objetiva
mensurou o nível de pressão sonora equivalente dentro do veículo, próximo à zona
auditiva direita dos motoristas em 80 veículos de quatro modelos diferentes Quanto
às medições subjetivas, foi aplicado um questionário em 200 motoristas de ônibus,
onde levantou o nível de incômodo ao ruído que estes indivíduos estavam sentindo.
Os resultados para as medições objetivas revelaram que os veículos estavam de
acordo com as normas NR-15 e com a norma NHO 01 do Ministério do Trabalho e
Emprego (Norma de Higiene Ocupacional), em relação à emissão de ruído
ocupacional dentro dos ônibus, para uma exposição de 8 horas. Porém, alguns
veículos apresentaram níveis de ruído muito próximos do limite das normas e acima
de 65 dB(A), o que pode tornar o ambiente de trabalho desconfortável e, também,
23
propiciar o início de distúrbios na saúde relacionados à exposição ao ruído. Da parte
subjetiva, o resultado significativo é que ficou caracterizado que 36% dos motoristas
entrevistados sentem incômodo com o nível de ruído dos veículos.
Em seu artigo, Araújo (2002) afirmou que a perda auditiva induzida pelo ruído
(PAIR) é uma patologia insidiosa cumulativa, que cresce ao longo dos anos de
exposição ao ruído associado ao ambiente de trabalho. Sua pesquisa foi realizada
no período de janeiro a março de 2000 com 187 trabalhadores de indústrias
metalúrgicas de Goiânia. Suas avaliações dos resultados das audiometrias
ocupacionais mostraram que: 21% são sugestivas de PAIR, 72% o normais e 7%
são sugestivas de outras doenças auditivas. Os sintomas auditivos mais freqüentes
foram: dificuldade de compreensão da fala, 12%; hipoacusia, 7%; zumbido, 13%;
sensação de plenitude auricular, 4%; otorreia, 6%; tonturas, 12%. Em suas
conclusões, a autora afirmou que os fatores que produzem surdez precoce em
trabalhadores de metalúrgica, devido à perda auditiva induzida pelo ruído, são o
elevado índice de ruído no ambiente da indústria e a não-utilização regular dos
protetores auriculares, sendo necessário realizar campanhas de esclarecimento e
motivação para o uso dos mesmos.
Em sua tese, Petian (2008) analisou o incômodo causado aos trabalhadores nos
estabelecimentos comerciais da cidade de São Paulo pelo ruído de tráfego no local
de trabalho, destacando que dos 400 trabalhadores pesquisados, cerca de 66,0%
achavam o local de trabalho ruidoso e 63,0 % se sentiam incomodados com o ruído
no ambiente de trabalho. A pesquisa destacou ainda que 43,0% desses
trabalhadores relataram que o ruído interfere na sua atividade laboral. A autora
24
destacou ainda que, na opinião dos próprios trabalhadores as conseqüências a esta
exposição de ruído, ocorrem os seguintes efeitos: perda auditiva, estresse,
irritabilidade, dor de cabeça, nervosismo e alterações do sono. Em sua conclusão a
autora afirmou que os trabalhadores adultos têm conhecimento tanto do risco físico
quanto do incômodo que o excesso de ruído produz e também que isto pode gerar
ou agravar alguns problemas de saúde, conforme já citado.
Trabalhando com o mapeamento sonoro do ambiente urbano na cidade de
Florianópolis, Nardi (2008) investigou a problemática do ruído ambiental em grandes
cidades, ressaltando que em todo mundo este problema é visto com grande
preocupação e que esforços no sentido de controlar o problema tem sido estudados
e empregados. Porém, o autor destacou que no Brasil a falta de políticas públicas
efetivas de controle do ruído ambiental é preocupante e que infelizmente não é dada
a devida à atenção ao problema e que suas conseqüências são desastrosas. A
autora afirmou que indivíduos expostos a ruídos perturbadores intensos tendem a
gastar 20% mais energia em suas atividades, e mesmo em repouso não se
encontram livre da ação do ruído, a qual age em seu sistema nervoso, no seu
subconsciente.
Fleig (2004), em sua pesquisa, analisou o comprometimento da qualidade de vida
dos trabalhadores expostos a ruídos, objetivando verificar a ocorrência de perdas
auditivas provocadas por ruído em motoristas de uma empresa de coleta de lixo em
Florianópolis, durante a jornada de 8 horas de trabalho. O estudo comparou dados
obtidos com grupos não expostos ao ruído (bancários) com dados obtidos dos
expostos (motoristas). Foram analisados 30 bancários e 30 motoristas, que se
25
submeteram a uma entrevista e a exames, com acompanhamento técnico durante o
período de trabalho. Os parâmetros da pesquisa foram determinados por nível de
ruído, ocorrência de PAIR, tempo de exposição e idade dos trabalhadores.
Concluindo, a autora notou que dos 30 motoristas analisados, 11 (cerca de 37%)
obtiveram resultados sugestivos de PAIR, enquanto que a ocorrência de PAIR entre
o grupo de bancários foi 0 (zero). Exames de audiometria mostraram que 02
bancários tiveram resultados de perdas auditivas, mas não relacionadas a ruído.
De acordo com Guzman (2007), o ruído representa um problema importante de
saúde pública, pois estamos expostos a ele no dia a dia em diversos ambientes tais
como no trabalho, no lazer e mesmo nas ruas. Em seu trabalho, o autor destacou
ainda que não se trata com a devida seriedade as conseqüências causadas pelo
ruído, apesar de representar um problema que traz riscos à saúde. Neste trabalho o
autor avaliou queixas relativas à saúde auditiva e incômodos causados pelos ruídos
laboral e urbano numa corporação de bombeiros do município de Santo André, SP,
e faz o mapeamento de ruído do local. Ele concluiu que o nível de ruído no local de
trabalho ultrapassou a 67 dB(A), chegando a níveis em torno de 82 dB(A) na
avenida. No seu trabalho de avaliação, trabalhou com 72 bombeiros do 8°
grupamento e que a maioria dos pesquisados (83%) relatou o local de trabalho como
ruidoso, atribuindo também o ruído urbano como um transtorno que provoca
distúrbios na saúde.
O trabalho de Dias et al. (2006) verificou a associação entre PAIR e queixa de
zumbido em trabalhadores expostos ao ruído ocupacional. Foram entrevistados e
avaliados 284 trabalhadores com histórico de exposição ao ruído ocupacional
26
atendidos em dois ambulatórios de audiologia na Cidade de Bauru, Estado de São
Paulo. Estimou-se que a prevalência de zumbido aumenta de acordo com a
evolução do dano auditivo, controlado para a idade e tempo de exposição ao ruído.
Os autores afirmaram que os resultados justificam o investimento em programas de
conservação auditiva particularmente voltados para o controle da emissão de ruídos
na fonte e para a intervenção na evolução das perdas auditivas geradas pela
exposição ao ruído visando à manutenção da saúde auditiva e à diminuição dos
sintomas associados.
Arezes (2002) em sua tese de doutorado, destacou que entre os vários fatores de
risco ocupacional, a exposição a níveis de ruído elevados tem particular importância
devido a sua freqüência em ambientes industriais e ressalta ainda não as
questões relativas a perdas auditivas reconhecidas pelas autoridades de saúde, mas
também analisa os aspectos da saúde do trabalhador a nível psicológico observando
as práticas reais de trabalho. O autor verificou que trabalhadores, ainda que
exercendo tarefas iguais e no mesmo local de trabalho, têm visão e dimensão
diferente dos riscos a que se expõem e que isto os influencia no uso de
equipamentos de proteção individual auditiva. Em seu estudo ele analisou 516
trabalhadores de indústrias que se expõem a níveis de ruídos acima do aceitável
pela NR-15 (85 dB (A) para uma carga horária diária de oito horas). Considerando
fatores como preocupação com o risco, tempo de exposição ao ruído, idade e
dependência econômica das fontes sonoras, ele concluiu que os indivíduos
apresentam sensibilidades diferentes com relação aos efeitos do ruído em seu
organismo, determinando assim condutas a serem discutidas no Programa de
27
Conservação Auditiva (PCA) das empresas, para que não haja exposições nocivas e
irreversíveis aos seus trabalhadores.
O impacto do ruído advindo de subestações de energia elétrica na cidade de
Curitiba sobre a população residente em suas vizinhanças foi estudado por Diniz
(2003). O autor mapeou o campo acústico das subestações e de suas
circunvizinhanças do final do primeiro e de todo o segundo semestre de 2002,
considerando os fatores: potência sonora dos transformadores, tráfego nas ruas
circundantes, posicionamento das paredes corta-fogo, das edificações e dos muros
e a topografia do terreno. Foram analisadas sete subestações tanto no período
diurno quanto no noturno. Os níveis sonoros preditos foram comparados com a
legislação ambiental de emissões sonoras em vigor na cidade. Simulou-se, através
do software, a colocação de barreiras acústicas em torno dos transformadores para
alguns casos, a fim de se avaliar a redução no desconforto acústico causado pelos
transformadores na população vizinhas às subestações. No geral, o autor concluiu
que é preferível a colocação de muradas altas nos limites das subestações para
protegerem os andares superiores das casas, que é importante o enclausuramento
dos transformadores e que paredes corta-fogo podem ajudar no isolamento do ruído.
O trabalho de Menezes Jr (2002) levantou os níveis de ruído gerados por diferentes
tipos de equipamentos usados na área de construção civil em um canteiro de obra
típico da cidade de Maringá, PR. O autor, analisando diferentes fases da obra,
apresentou os níveis de pressão sonora equivalentes em cada ponto de medição e
também as doses de exposição ao ruído dos trabalhadores em diferentes atividades
de trabalho dentro do canteiro de obra. Os resultados apresentados sugerem
28
medidas de ação e controle de ruído em todas as fases. Ele recomendou também o
seguinte planejamento para o controle de ruído do processo construtivo em três
etapas: atenuação na fonte, mudanças no layout e a proteção dos operários,
destacando a importância da implantação de um programa nacional de controle de
ruídos em equipamentos da construção civil.
O nível de ruído médio emitido por cinco (5) caminhões de entrega de ração para
frangos de corte no momento da descarga, visando à melhoria da saúde, do bem-
estar e da segurança do operador foi avaliado por Damasceno et al. (2008) numa
propriedade rural, no município de Itaberaí-GO. Os dados foram coletados através
de medições dos níveis de ruído, de forma pontual e em pontos pré-determinados
em torno aos caminhões. Os resultados indicaram que os níveis de ruído situam-se
acima do limite máximo permitido pela norma pertinente no país, porém o tempo de
exposição do operador no momento da descarga é inferior ao tempo limite permitido,
sendo interessante ao operador o uso de protetores auditivos adequados.
Com o objetivo de avaliar a eficácia de atenuação dos protetores auditivos utilizados
pelos trabalhadores, Neto (2007), trabalhou com 3 (três) protetores auditivos do tipo
concha, da marca 3M, modelo 1445, AGENA, modelo ARS e MSA, modelo SORDIN
CC, comparando-se o nível de redução de ruído (NRR), nas freqüências de 250Hz,
500 Hz, 1KHz, 2KHz, 4KHz e 8KHz, apresentada no Certificado de Aprovação (CA)
dos equipamentos da amostra, com os valores coletados nesta pesquisa. Seu
trabalho verificou que nenhum dos 3 (três) protetores auditivos apresentou
concordância entre os valores mostrados no certificado de aprovação com os
obtidos em seu trabalho.
29
2.3 DEFINIÇÕES E CONSIDERAÇÕES
Sabe-se que o aparelho auditivo humano é um poderoso receptor de sons. Mas, o
que é som? O que é ruído? O que é pressão sonora? Como se mede o ruído? Vê-se
que é necessária uma revisão geral nos conceitos e definições dos principais termos
utilizados neste trabalho.
O ruído pode ser definido como “o fenômeno audível, cujas freqüências o podem
ser discriminadas, porque diferem entre si por valores inferiores aos detectáveis pelo
aparelho auditivo”, afirma Nepomuceno (1976).
Segundo Gerges (2000), som e ruído não são sinônimos. Um ruído é um tipo de
som, porém um som não é necessariamente um ruído. Pode-se dizer que ruído é um
som incômodo e indesejável, ou seja, aquele som que causa sensação
desagradável e som é definido como uma oscilação de pressão que se propaga num
meio material elástico, a uma velocidade característica daquele meio, porém, ambos
podem causar perda auditiva desde que sejam ultrapassados certos níveis de
intensidade. O ruído por sua vez além de causar perda auditiva, ainda pode nos
causar outros tipos de problemas tais como estresse e irritação, etc. Na prática, a
geração de ruído é causada pela variação da pressão ou da velocidade das
moléculas do meio.
De acordo com Macedo (2004), o som tem ao mesmo tempo caráter físico e
psíquico, pois na Psico-acústica o som é considerado como um fenômeno
perceptivo que pode originar os mais diversos sentimentos (alegria, tranqüilidade,
30
sobressalto, angústia, terror, pânico, etc.). Tanto isto é verdade que, dependendo de
como o som é percebido, ele é definido como ruído ou não por quem o percebe.
Para quem gosta de som alto e usa equipamento eletrônico, tal como um tocador de
áudio digital (Ipod) ou qualquer outro tocador de músicas portátil, com fones de
ouvido no nível máximo, pode considerar isto um som. Mas, para quem não gosta, é
claro que é considerado um ruído. Da mesma forma, o “barulho” de um
escapamento (silencioso) de automóvel é agradável para o mecânico que está
fazendo o serviço e recebendo por isto, mas, para quem trabalha como atendente
numa loja situada numa rua com tráfego pesado, esse “barulho” seria considerado
com ruído. Para os amantes aficionados da rmula 1, o som dos motores de uma
Ferrari é uma música mas, para quem mora perto de um autódromo e ainda por
cima não é deste esporte, é um ruído ensurdecedor. Pode-se citar muitos outros
exemplos, mas, com isso, mostra-se que o fato de um tipo de som ser considerado
um ruído para um e não para outro, está ligado diretamente à percepção ou mesmo
ao interesse ou gosto pessoal.
Assim, Macedo (2006) afirma que “o ouvido também tem a função de transformar o
som físico em som psíquico, indo além da sua noção primária de captador
fisiológico”.
WHO (1995) caracteriza ruído como "aquele som indesejável, ou seja, uma energia
acústica audível que afeta ou pode afetar fisiológica ou psicologicamente o bem
estar das pessoas".
31
O som só é perceptível através de variações de pressão no ar que atingem o ouvido.
Para que se possa captar o som é necessário que as variações de pressão acústica
que chegam ao aparelho auditivo estejam dentro dos limites de amplitude de
freqüência ao qual o ouvido humano responde. De acordo com Bruel & Kjaer
(2002), o número de oscilações de pressão por segundo é chamado de freqüência
do som, cuja unidade é ciclos por segundo ou Hertz (Hz).
Em relação ao limiar de audição, Gerges (2000), afirma que a pressão acústica
mínima que o ouvido humano consegue detectar corresponde a 20x10
-6
N/m² na
freqüência de 1 kHz e que na banda de freqüência auditiva, que vai de 20 Hz a
20.000 Hz, o ouvido humano não é igualmente sensível. Na figura 2.1 abaixo podem
ser visualizados os contornos padrão de audibilidade para tons puros.
Figura 2.1 Contornos padrão de audibilidade para tons puros (Gerges, 2000)
Teoricamente, a propagação do som se em forma de ondas esféricas a partir de
uma fonte pontual, sendo uniforme em todas as direções. Claro que sua propagação
ou trajetória pode ser alterada ou sua velocidade reduzida ou mesmo impedida de
continuar, dependendo das condições do meio em que a mesma está inserida.
Gerges (2000), afirma que a velocidade do som depende das características do
32
meio em que ocorre a propagação, sendo que, no ar, seu valor, para uma
temperatura de 20ºC, é de 343 m/s.
Relacionando o comprimento de onda com a freqüência pode-se calcular a
velocidade do som, através da Equação 1:
λ
.fc = (1)
Sendo:
c
a velocidade do som [m/s]
f a freqüência [Hz]
λ
o comprimento de onda [m]
Sabe-se que a sensibilidade de trabalho do ouvido humano em relação à pressão
sonora, do limiar de audição até o limiar da dor varia de 20x10
-6
N/m² a 200 N/m²
mas, essa quantificação fica melhor compreendida se as amplitudes sonoras são
medidas numa escala logarítmica conhecida como decibel (dB) (Rossing, 1990).
Em relação à escala decibel, Gerges (2000), afirma que um decibel corresponde a
10
0,1
= 1,26, ou seja, é igual à variação na intensidade de 1,26 vezes. Isto implica
dizer que, uma mudança de 3 dB corresponde a 10
0,3
= 2, ou seja, dobrando-se a
intensidade sonora resulta em um aumento de 3 dB.
O Nível de Pressão Sonora (NPS) é uma grandeza, expressa em dB, que informa a
sensação auditiva com que o ser humano percebe os sons, sem os dados sobre a
33
distribuição deste nível nas freências de interesse (Gerges, 2000). Sim, porque
através de equipamentos específicos, pode-se medir com elevada precisão o Nível
de Pressão Sonora nas diversas frequências, ou faixas de frequência que compõem
o espectro sonoro do som ou ruído.
Pode-se calcular o Nível de Pressão Sonora (NPS) através da Equação 2:
=
=
P
P
P
P
NPS
00
log20
2
log10
(2)
Em que
NPS
é o Nível de Pressão Sonora [dB]
P
0
= 2 x 10
-5
[N/m²] é o valor de referência e correspondente ao limiar de
audição em 1000 Hz.
Ainda de acordo com Gerges (2000), a escala dB apresenta uma correlação muito
melhor com a audibilidade humana do que a escala absoluta (N/m²) e que um (1) dB
é a menor variação que o ouvido humano pode perceber.
De acordo com Rossing (1990), o ouvido humano não é igualmente sensível para
todas as frequências, tendo mais sensibilidade à faixa entre 2kHz e 5 kHz, sendo
menos sensível à frequências extremamente baixas ou altas e que este evento é
mais suscetível para baixos NPS do que para altos. Com o aparecimento de
equipamentos eletrônicos de alta qualidade para a medição de NPS, foram
estabelecidas e introduzidas quatro (04) curvas de compensação nestes medidores.
34
O propósito foi o de melhor simular o comportamente do ouvido humano para
compensar as deficiências de sensibilidade das frequências dos sons.
Estas curvas de compensação (circuitos eletrônicos) o conhecidas e classificadas
como A, B, C e D, assim:
- O circuito “A” foi originalmente concebido para aproximar-se das curvas de igual
audibilidade para baixos NPS, próximo de 50 dB;
- O circuito “B” foi originalmente concebido para aproximar-se das curvas de igual
audibilidade para médios NPS, próximo de 75 dB;
- O circuito “C” foi originalmente concebido para aproximar-se das curvas de igual
audibilidade para altos NPS, próximo de 100 dB;
- O circuito “D” foi originalmente concebido para aproximar-se das curvas de igual
audibilidade para altíssimos NPS, próximo de 120 dB.
Atualmente, conforme Gerges (2000), o circuito “A” é o mais utilizado uma vez que
os circuitos “B” e “C” não tiveram boa aceitação por não obter boa correlação em
testes práticos e a “D” é muito específico, utilizado para ruídos em aeroportos. Na
Figura 2.2 pode ser verificada a diferença entre as curvas de ponderação.
Figura 2.2 Curvas de ponderação A, B, C e D. (Gerges, 2000)
35
O ouvido humano começa a perceber o som a uma determinada faixa de frequência
e este som pode começar a causar dor nos canais auditivos a partir de certo nível de
pressão sonora. A sensibilidade do ouvido humano em relação a diferentes
freqüências também varia e, por conseguinte, o volume ou intensidade do ruído são
normalmente medidos em decibéis com ponderação A, ou seja, em dB(A).
A intensidade de um ruído não constitui o único fator que determina a sua
periculosidade, pois a duração da exposição é também muito importante.
Considerando este fato, são empregues níveis médios de som ponderados em
função da sua duração. No caso do ruído no trabalho, esta duração é geralmente de
um dia de trabalho normalmente de 08 (oito) horas ou 12 (doze) horas para escalas
de turnos (NR-15).
Sabe-se que os danos causados à audição não dependem só do nível do ruído, mas
também de sua duração, como afirma Gerges (2000). E considerando que o
trabalhador nem sempre está sujeito a um ruído constante, mas possivelmente a
vários níveis de ruído e frequência durante um determinado tempo, é necessário
avaliar um valor único, que apresente o mesmo potencial de lesão auditiva. Este
valor único é denominado Nível Equivalente de Pressão Sonora (L
eq
), que segundo a
NBR 10152 é o nível que, na hipótese de poder ser mantido constante durante o
período de medição, acumularia a mesma quantidade de energia acústica que os
diversos níveis variáveis acumulam no mesmo período
em dB.
O L
eq
pode ser calculado através da Equação 3:
36
=
=
n
i
Li
n
Leq
1
10
10
1
log.10
(3)
Em que:
Li é o nível de pressão sonora, em dB(A)
n é o número total de leituras.
Deve-se considerar que nas medições de L
eq
feitas em dB(A), o valor
obtido será L
eq
(A).
De acordo com Neto (2007), o ruído é classificado pela Norma ISO 2204 (1973), em
relação ao seu NPS da seguinte forma:
a) Contínuo estacionário: ruído com variações de níveis desprezíveis durante o
período de observação;
b) Contínuo não estacionário: ruído cujo nível varia significativamente durante o
período de observação;
c) Contínuo flutuante: ruído cujo nível varia continuamente de um valor apreciável
durante o período de observação;
d) Ruído intermitente: ruído cujo nível cai ao valor de fundo (ruído de fundo) várias
vezes durante o período de observação, sendo o tempo em que permanece em
valor constante acima do valor da ordem de segundos ou mais, podendo, para fins
desta norma, ser assumido como contínuo;
e) Ruído de impacto: ruído que se apresenta em picos de energia acústica de
duração inferior a um segundo em intervalos superiores a um segundo.
Parei aqui
37
A NR-15, estabelece os limites de exposição a ruído contínuo ou intermitente,
conforme a Tabela 2.1, a seguir.
Tabela 2.1 – Limites de Tolerância para ruído contínuo ou intermitente (NR-15)
NPS dB (A)
Máxima exposição
diária permissível
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
98
100
102
104
105
106
108
110
112
114
115
08 horas
07 horas
06 horas
05 horas
04 horas e 30 minutos
04 horas
03 horas e 30 minutos
03 horas
02 horas e 30 minutos
02 horas e 15 minutos
02 horas
01 hora e 45 minutos
01 hora e 15 minutos
01 hora
45 minutos
35 minutos
30 minutos
25 minutos
20 minutos
15 minutos
10 minutos
08 minutos
07 minutos
Fonte:(NR-15).
Juntamente com o L
eq
(A), pode-se determinar a Dose de Ruído, que é um parâmetro
utilizado para quantificar a exposição ao ruído em determinado período, para uma
jornada de trabalho, em valores percentuais. Por exemplo, 85 dB por oito (8) horas
(100% DOSE = 85 dB(A) por 8 horas).
38
2.4 EFEITOS DO RUÍDO NO HOMEM
De acordo com WHO (1995), os efeitos do ruído no homem podem ser classificados
em diretos e indiretos. Os diretos são os que atingem diretamente as características
do sistema auditivo. Os indiretos (ou extra auditivos) podem atuar sobre outras
características humanas, mas não chegam a modificar as funções auditivas.
Inicialmente será estudado como o ruído atua principalmente no ouvido, que é o
órgão humano responsável pela audição e, para isto, é necessário entender seu
funcionamento e comportamento.
2.4.1 O OUVIDO HUMANO
Por conveniência de descrição e entendimento (Rossing, 1990), o ouvido é
usualmente dividido em três partes: ouvido externo, o ouvido médio e ouvido interno,
como pode ser visualizado na Figura 2.3.
Figura 2.3 Ouvido humano. (Andrade; Urtiga; Lima, 2008)
39
2.4.1.1 OUVIDO EXTERNO
O ouvido externo é formado pelo pavilhão auditivo, canal auditivo e o tímpano.
Conforme Gerges (2000) e Rossing (1990), o pavilhão auditivo tem a função de
captar e canalizar os sons para a o ouvido dio. O canal auditivo externo termina
numa delicada membrana tímpano (membrana que vibra), ao receber as ondas
sonoras.
2.4.1.2 OUVIDO MÉDIO
O ouvido médio (Gerges, 2000) é na verdade um amplificador sonoro que aumenta
as vibrações do tímpano. Dentro dele estão três ossículos articulados entre si, que
são: martelo, bigorna e estribo. O martelo então atua batendo na bigorna, que está
ligada ao estribo que por sua vez está ligado a uma membrana (na cóclea) chamada
janela oval. A cóclea, que possui forma espiral, é quem colhe esses movimentos. No
ouvido médio existe a trompa de Eustáquio, ligada à garganta e à boca para
equilibrar a pressão do ar, que é um sistema de defesa importante da audição.
2.4.1.3 OUVIDO INTERNO
Conforme Rossing (1990), o ouvido interno contém os canais de forma semicircular
e a cóclea. Os canais contribuem pouco o quase nada para a audição, mas são
necessários por conter os detectores de balanço (equilíbrio). A cóclea, com seu
formato espiral é a peça principal, pois contém todos os mecanismos para
transformação de variação da pressão nos impulsos neurais codificados.
40
2.4.2 MECANISMOS DE AUDIÇÃO
De acordo com Gerges (2000) e Rossing (1990), o aparelho auditivo capta vibrações
de ondas sonoras do ar (sons) e as transformam em impulsos nervosos que são
levados ao cérebro. Neste processo o canal auditivo leva o som ao tímpano, que
vibra ao receber as ondas sonoras, que são transferidas para o ouvido médio
fazendo vibrar três ossículos que ampliam e intensificam as vibrações, direcionando-
as ao ouvido interno. Este por sua vez, é um complexo sistema de canais
preenchidos por líquidos.
As vibrações do ouvido médio geram ondas de pressão fazendo com que este
líquido se mova estimulando os nervos sensitivos convertendo esses movimentos
em sinais elétricos, que são enviados ao cérebro através do nervo auditivo. A forma
como se percebe a direção do som se através do processo de correlação entre
os dois ouvidos, de modo que a diferença de tempo na captação do som entre o
ouvido esquerdo e o direito informa sobre a direção de chegada das ondas sonoras.
2.4.3 RUIDO E PERDA AUDITIVA
A exposição prolongada ao ruído traz conseqüências perigosas envolvendo o
aparelho auditivo, quando exposto a intensidade sonora significativas. Um dos
primeiros efeitos desta exposição é a perda auditiva na faixa de freqüência de 4 a 6
kHz (Gerges, 2000). Percebe-se o efeito quando acontece a sensação de captação
do ruído, mesmo após ter deixado o local ou desligado a fonte ruidosa. Esta
sensação é temporária e o nível original auditivo é restabelecido após algum tempo.
41
Porém se houver exposição ao ruído antes de restabelecido o aparelho auditivo,
essa perda auditiva pode ser tornar permanente e irreversível, por ter causado dano
às células nervosas do ouvido interno e, neste caso, a perda auditiva não será
necessariamente apenas na faixa de 4 a 6 kHz, mas em qualquer outra faixa de
freqüência.
Segundo Menezes Jr (2002), problemas auditivos podem ser de natureza orgânica
em função da idade ou por problemas na formação do aparelho auditivo, ou então,
de natureza social, devido ao excesso de exposição ao ruído nas atividades de
trabalho ou aos elevados níveis de ruído das grandes cidades.
Russo (1999) afirmou que uma exposição contínua a um ruído superior a 85 dB(A)
pode causar perda permanente de audição, sendo que, acima desse nível, um
aumento de apenas 5 dB implica a redução pela metade do tempo permitido de
exposição ao ruído.
De acordo com Brasil (1998), define-se
Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR)
as alterações dos limiares auditivos do tipo neurossensorial,
decorrentes da exposição ocupacional sistemática a níveis de
pressão sonora elevados. Esta tem como características principais a
irreversibilidade e a progressão gradual com o tempo de exposição
ao risco. A sua história natural mostra, inicialmente, o acometimento
dos limiares auditivos em uma ou mais freqüências da faixa de 3.000
a 6.000 Hz. As demais freqüências poderão levar mais tempo para
ser afetadas. Uma vez cessada a exposição, não haverá progressão
da redução auditiva.
Existem também perdas auditivas causadas por envelhecimento das células,
principalmente nas altas freqüências, em função apenas da idade. É a chamada
presbiacusia (Rossing, 1990).
42
A Figura 2.4 ilustra o problema da presbiacusia, onde o nível de 0 dB representa a
audição plena.
Figura 2.4 Perda de audição por idade – Presbiacusia (Gerges, 2000)
2.4.4 CRITÉRIOS PARA PERDA AUDITIVA
A característica auditiva dos indivíduos adultos vem se modificando ao longo do
tempo, principalmente porque a população de um modo geral vem se expondo a
níveis cada vez maiores de pressão sonora, muitas vezes exposta de maneira
desnecessária por não conhecer as implicações desta exposição.
De acordo com Gerges (2000), são 05 (cinco) os critérios para perda auditiva. De
uma forma simplificada, são eles:
a) O ouvido humano tem como principal função ouvir e entender a conversa
humana.
b) Hoje se considera um limiar auditivo isto é, a pressão acústica mínima que o
ouvido humano pode detectar entre 20 e 25 dB normal. Índices maiores que
25 dB significam dificuldades em perceber os sons (valores médio nas
freqüências de 500Hz, 1kHz 2kHz).
43
c) Para a maioria da população a exposição sonora inferior a 80 dB(A) não afeta
a interpretação dos sons.
d) Exposição acima de 80 dB(A) e o tempo de duração do ruído pode causar
perdas na adição para indivíduos mais sensíveis a pressão sonora.
Gerges (2000) apresenta uma relação que mostra os Níveis de Pressão Sonora para
risco de perda de audição, como pode ser verificado na Figura 2.5. Pela figura, o
autor afirma que, um nível de 85 dB(A) na faixa de 3 kHz para 8 horas de exposição
por dia pode ser considerado como limite para perda de audição.
Figura 2.5 Níveis de pressão sonora para risco de perda de audição (Gerges, 2000)
2.4.5 RUÍDO E OS EFEITOS EXTRA-AUDITIVOS
Em sua tese de doutorado Petian (2008) afirma que tanto a Organização Mundial da
Saúde (OMS) quanto a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) reconhecem
que o ruído, além dos problemas auditivos, pode afetar o trabalho, o descanso, o
sono, a comunicação, causar reações psicológicas, alterações fisiológicas e até
patológicas.
44
Gerges (2000), afirma que a exposição prolongada afeta o indivíduo sob vários
aspectos, além da perda auditiva, causando distúrbios como: aumento da pressão
sanguínea, aceleração da pulsação e estreitamento dos vasos sanguíneos,
sobrecarga do coração, provocando alteração na secreção de hormônios e tensões
musculares, entre outros. Esses efeitos aparecem sob forma de comportamento,
alterando o desempenho dos indivíduos no trabalho e provocando também sua
ausência. Dentre esses efeitos está o nervosismo, a fadiga mental, o estresse, a
irritabilidade causada por dificuldades mentais e emocionais e conflitos sociais.
De acordo com WHO (1999), os efeitos não auditivos originados pela exposição à
ruído excessivo são vários. Claro que dependem da intensidade do ruído, da
frequência, duração, o tempo de exposição, etc.
São muitos os pesquisadores que estudam os efeitos extra-auditivos do ruído.
Alguns como Danni e Garavelli (2001) estudaram os principais impactos da poluição
sonora nos seres humanos, tais como fadiga, falta de concentração, perturbação do
sono, problemas cardiovasculares, entre outros. Rossing (1990) afirma que, entre
outros efeitos, podem acontecer espasmos musculares, dilatação da pupila,
secreção de saliva, desordens cardiovasculares, reflexos musculares, etc.
Na Figura 2.6 a seguir, estão apresentados os efeitos indiretos oriundos da
exposição ao ruído.
45
EFEITOS INDIRETOS OU NÃO AUDITIVOS
DE CURTA DURAÇÃO
- Sobressalto
- Dilatação das pupilas
- Vaso-constrição periférica
- Aceleração dos batimentos cardíacos
- Palpitação
- Alteração do ritmo respiratório
- Tensão muscular
DE LONGA DURAÇÃO
- Redução na capacidade de
concentração
- Perturbação do sono
- Interferência na comunicação
- Influência sobre o sistema endócrino
- Distúrbios gástricos
- Cefaléias
- Zumbidos
- Dores generalizadas
- Tonturas e náuseas
- Perturbação da atividade sexual
Figura 2.6 Efeitos do ruído (WHO, 2009).
2.4.6 NÍVEL DE INTERFERÊNCIA NA COMUNICAÇÃO VERBAL
Um dos primeiros indícios de ruído elevado num ambiente de trabalho é a
dificuldade para falar e ser entendido pelas pessoas. Segundo Gerges (2000), o
Nível de Interferência na Comunicação Verbal (NICV) pode determinar a qualidade
na comunicação verbal. As principais variáveis consideradas para a compreensão
da fala são o nível geral das vozes e a distância do emissor ao receptor.
O NICV é adquirido através da média dos níveis de pressão sonora nas bandas de
oitava centradas em 500, 1000, 2000 e 4000 Hz. As perturbações nas comunicações
e no trabalho intelectual ocorrem a partir dos 80 dB (A) e um ruído que ultrapassa a
46
80 dB(A) durante o período de oito horas pode ocasionar surdez. E uma das
conseqüências da exposição ao ruído ocupacional intenso nos ambientes industriais
é um aumento de acidentes.
Na Tabela 2.2 estão apresentadas as condições de uma inteligibilidade aceitável,
em função da distância e nível de voz necessária.
Tabela 2.2 Nível da voz em dB
Distância (m) Normal Alto Muito alto Grito
0,30
0,60
0,90
1,20
1,50
3,60
65
59
55
53
51
43
71
65
61
59
57
49
77
71
67
65
63
55
83
77
73
71
69
61
Fonte: Gerges (2000)
2.4.7 CURVAS E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE RUÍDO
Entre as muitas normas e recomendações sobre índices e níveis de ruído para
vários tipos de ambientes, segundo Gerges (2000), as mais importantes são:
a) ISO (International Standard Organization) – R 1996 (1971) e R 1999 (1975);
b) BS (British Standard) – BS 4141 (1967);
c) NFS (Association Française de Normalization) – NFS 31-010 (1974);
d) ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) – NBR 10151 e 10152;
e) IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)
Resolução CONAMA 001 e
002 de 17 de agosto de 1990;
47
f) MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) – NR-9, NR-15, NR-17 e NHO 01
Deve-se salientar que as recomendações ISO R 1996, NBR 10151 ou CONAMA 001
são bem parecidas, com praticamente os mesmos critérios.
2.5 PROTETORES AUDITIVOS
Sempre que se desejar neutralizar a ação dos efeitos do ruído no corpo humano é
recomendável que sejam utilizadas medidas de proteção coletiva, pois desta
maneira se pode evitar qualquer tipo de perturbação direta do ruído no organismo do
ser humano.
Quando não for possível a adoção de medidas de proteção coletiva, então poderão
ser utilizados os equipamentos de proteção individual. O equipamento utilizado
neste caso são os protetores auditivos e o tipo de protetor a ser utilizado depende
das características fisiológicas e anatômicas do usuário, bem como o nível de
pressão sonora que o individuo está exposto.
A adoção das medidas de proteção coletiva é preferencial aos protetores auditivos,
pois estes últimos normalmente causam ao seu usuário, desconforto, dificuldade de
comunicação verbal e em certos casos infecções no ouvido causadas pela falta de
higienização e má utilização, principalmente os protetores tipo plug.
Em sua pesquisa, Riffel (2001) afirmou que, apesar da maioria dos fabricantes
anunciarem que seus produtos possuem um bom nível de atenuação de ruído, os
48
trabalhadores das empresas, por estarem usando estes dispositivos, não
possuem garantia real de que os mesmos estão atingindo sua máxima atenuação.
Isto porque vários fatores podem alterar o desempenho desses protetores, sejam
eles de origem física, ergonômica, motivacional, utilização inadequada, tempo de
uso inferior ao necessário, etc.
2.5.1 TIPOS DE PROTETORES AUDITIVOS
Os protetores auditivos podem ser de tipos variados, porém, no mercado nacional e
internacional existem centenas de fabricantes diferentes. Para selecionar um tipo de
protetor é necessário levar em consideração o tipo de ambiente, o conforto que ele
oferece nível de atenuação em decibéis, custo, durabilidade etc.
Existem diversos tipos de protetores, desde os mais simples, aos mais sofisticados.
Nas indústrias e mesmo na construção civil, os protetores auditivos mais utilizados
estão mostrados na Figura 2.7.
Figura 2.7 Tipos mais comuns de protetores auditivos (Gerges, 2000)
49
A seguir, fotos de alguns tipos mais utilizados nas empresas:
Protetor tipo plug
. Estes tipos de protetores feitos de silicone e são muito
utilizados devido ao seu custo baixo, cil manuseio e dimensões pequenas. Estes
protetores normalmente permitem uma atenuação máxima de 20 dB, podendo variar
de fabricante para fabricante.
Figura 2.8 – Protetor auricular tipo plug
Protetor tipo concha
. Normalmente são utilizados quando se deseja uma
atenuação maior na intensidade do ruído e chegam a reduzir o ruído em acerca
de 40 decibéis. (Gerges, 2000)
Figura 2.9 – Protetor auditivo tipo concha
Protetores auto moldáveis
. São de fácil manuseio e se adaptam com facilidade a
cavidade auricular, oferecem redução semelhante aos protetores tipo plug de
silicone (Gerges, 2000)
50
Figura 2.10 – Protetor auricular auto moldáveis (Fonte:http://www.twenga .com.br)
Protetor tipo concha adaptáveis a capacetes e scaras
. São utilizados quando
se é necessário uso em conjunto com capacetes ou máscaras em locais onde a
intensidade do ruído é muito alta (Gerges, 2000)
Figura 2.11 –
Protetores auditivos adaptáveis
2.5.2 ATENUAÇÃO DO RUÍDO
Todo e qualquer protetor auditivo hoje produzido no país, que esteja dentro das
normas da ABNT e, portanto legal, possui um registro de sua atenuação média,
valor este que é obtido através de incessantes testes em laboratório. Riffel (2001),
montou uma tabela de atenuação média de protetores auditivos (Tabela 2.3), de
51
acordo com o tipo do mesmo. Mesmo assim, deve-se sempre salientar que, estes
valores foram obtidos em laboratório e que, em uso normal no trabalhador, os
valores podem variar, pois existem vários fatores que interferem em seu
desempenho, como explicado anteriormente.
Tabela 2.3 Atenuação média de protetores auditivos (Riffel, 2001).
*Atenuação Média, com maior eficácia para freqüências médio-altas.
Tipo de Protetor Auditivo Atenuação Média do Ruído
(dB)*
Inserção multiuso
(plug)
15 – 20
Inserção descartável
(auto moldáveis)
10 – 20
Concha 20 – 40
A resposta simples que as empresas sempre apresentam quando surge qualquer
pergunta sobre o problema do ruído excessivo à que estão submetidos seus
trabalhadores, é que elas fornecem o EPI adequado à cada caso e, portanto os
trabalhadores estão protegidos. Porém, essa não é uma verdade absoluta.
muitas controvérsias sobre esse assunto, mesmo que as empresas estejam dentro
do que exige o Ministério do Trabalho sobre o tema.
De acordo com Gerges (2009)
os trabalhadores no campo não conseguem obter alta
atenuação dos protetores devido ao desconforto, remoção,
tamanhos inadequados, ajustamentos impróprios, transpiração,
incompatibilidade com o meio ambiente, uso com capacete,
deterioração, modificação do protetor pelo usuário e dúvidas na
importância e eficiência do protetor.
52
Chega-se à conclusão que, nem sempre a afirmação que se costuma dar que o
trabalhador usando o protetor auditivo está protegido integralmente contra a
influência maléfica do ruído excessivo é uma verdade absoluta. Depende de muitos
fatores, como foi visto.
Também por entender assim, a partir da década de 90, o Ministério Público começou
a atuar também na área de segurança e higiene do trabalho e, através de denúncias
de sindicatos de trabalhadores, tem ido às empresas, exigindo laudos técnicos de
órgãos gabaritados para tal (empresas de consultoria) e, por fim, fazendo com que
as empresas tenham de empreender mais esforços em busca de soluções criativas
de engenharia em proteções coletivas para o problema do ruído.
A NR-06, estabelece que toda empresa tem a obrigação de fornecer o equipamento
de proteção individual sem nenhum custo adicional para seus funcionários, porém a
mesma deve antes estudar a adoção de medidas coletivas para evitar a
necessidade da utilização do EPI por parte dos trabalhadores, tendo em vista o
incomodo que estes equipamentos individuais tendem a causar.
Segundo ainda a NR-6, na impossibilidade ou na inviabilidade da adoção de
medidas de proteção coletivas a empresa deve fornecer ao trabalhador o EPI, porém
este deverá ter gravado o número do certificado de aprovação (CA) em caracteres
indeléveis e bem visível. O CA tevalidade de dois (2) a cinco (5) anos após a sua
aprovação pelo Ministério do Trabalho e Emprego (homologação).
53
________________________________________CAPÍTULO 3
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 CONSTRUÇÃO DO GASODUTO CACIMBAS – BARRA DO RIACHO
Figura 3.1 – Foto aérea da linha de Gasoduto Cacimbas – Barra do Riacho (Google, 2009).
Como foi mencionado, este gasoduto possui 77 km de extensão com duas linhas
de tubos de aço de 8 polegadas cada.
Em sua construção, o gasoduto passa por diversas etapas, como por exemplo, a
escolha do tipo de tubo a ser utilizado, a distribuição dos tubos nas fases, a
soldagem dos tubos na formação do duto, etc.
54
Pode-se resumir seu processo de construção, especialmente na montagem e
instalação das tubulações, propriamente dita, da seguinte forma:
- Distribuem-se os tubos no local onde deverá ser enterrado;
- Posicionam-se os tubos a aproximadamente 30 cm do solo sobre apoios de
sacos cheios de terra ou areia, isentos de pedras ou qualquer outro material
contundente, a fim de evitar danos ao seu revestimento e na posição correta
para montagem;
- Faz-se a soldagem dos tubos, realizada com quina de solda diesel ou
elétrica;
- Após a soldagem e posterior verificação de possíveis problemas na mesma, o
local soldado sofre um processo de jateamento para retirar a oxidação que
surge na tubulação, devido exposição ao tempo que este tubo fica até a
chegada da equipe de revestimento.
- Após o jateamento, o local que sofreu a intervenção é novamente isolado com
material isolante de polietileno de tripla camada (revestimento), para evitar a
corrosão externa;
- Realiza-se a abertura das valas para o acondicionamento dos dutos;
- Faz-se o abaixamento dos dutos para dentro das valas;
- Realiza-se a operação de fechamento das valas;
- Por último, faz-se a recomposição da vegetação.
A seguir, as Figuras 3.2 a 3.10 ilustram a montagem e o posicionamento dos tubos
desde sua chegada ao local de instalação até o posicionamento final.
55
Figura 3.2 – Tubos após o descarregamento dos caminhões.
As Figuras 3.3 e 3.4 ilustram a preparação para o trabalho de soldagem e dois tubos
já soldados, esperando o início do trabalho de jateamento.
Figura 3.3 – Preparação para o trabalho soldagem.
56
Figura 3.4 – Tubos soldados.
Figura 3.5 – Preparação para o trabalho de jateamento.
Pode-se ver na Figura 3.5 a cabana, em material plástico amarelo, que é o local
exato onde se faz o jateamento, notando-se também que o veículo que transporta os
equipamentos de jateamento ruidosos fica estacionado a menos de 4 metros do
local de trabalho. A operação de jateamento pode ser vista na Figura 3.6.
57
Figura 3.6 – Tubos sendo jateados após a soldagem.
A Figura 3.7 ilustra os tubos já soldados e jateados, esperando o trabalho de
revestimento.
Figura 3.7 – Tubos soldados com o trabalho de jateamento já realizado.
A Figura 3.8 ilustra os tubos sendo revestido na parte soldada/jateada, com o
objetivo de proteção contra possível corrosão após enterrado.
58
Figura 3.8 – Trabalho de revestimento nos tubos soldados/jateados.
A Figura 3.9 representa o cuidado com os tubos, que ficam elevados por suportes de
madeira, mas, o contato se dá nos sacos de areia.
Figura 3.9 – Tubos em posição após a soldagem.
Após os tubos serem soldados, jateados e revestidos, é aberta uma vala no local
onde será enterrado, conforme ilustra a Figura 3.10.
59
Figura 3.10 – Abertura das valas para acondicionamento dos tubos.
Para a realização deste serviço, são necessárias duas equipes distintas de
profissionais, com seus respectivos equipamentos. São as equipes de soldagem e
de jateamento e, são os membros destas duas equipes que são o alvo principal
deste trabalho. A composição das equipes e seus respectivos equipamentos estão
listados nas Tabelas 3.1 e 3.2.
Tabela 3.1 – Equipe/equipamentos para operação de soldagem
EQUIPE DE SOLDAGEM EQUIPAMENTOS DA EQUIPE DE SOLDAGEM
Encarregado;
Inspetor de solda N1;
Soldador;
Lixador;
Acoplador;
Operador;
Técnico/Aux. de Segurança;
Ajudantes
Escavadeira Hidráulica de Esteira;
Trator Agrícola;
Caminhão Munck;
Máquina de Solda;
Lixadeira;
60
Tabela 3.2 – Equipe/equipamentos para operação de jateamento
EQUIPE DE JATEAMENTO EQUIPAMENTOS DA EQUIPE DE JATEAMENTO
Encarregado;
Técnico em segurança do
trabalho;
Técnico em meio ambiente;
Inspetor de dutos N1;
Apontador ;
Jatista;
Operador de compressor;
Operador de maquinas;
Revestidor;
Motorista;
Ajudantes
Escavadeira de Esteira;
Compressor de Ar Diesel;
Equipamento de Jato para Granalha de Aço ou
Óxido de Alumínio;
Trator Agrícola;
Sistema de Ar Mandado para Jatista (Filtro e
Mangueiras);
3.2 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE SOLDAGEM E JATEAMENTO
Para a operação de soldagem, os tubos são alinhados para que sejam soldados nas
extremidades e, para isso, é necessário que as máquinas de soldagem sejam
transportadas ao longo do percurso. Durante este processo, os trabalhadores ficam
expostos aos ruídos emitidos pelo trator que transporta as máquinas, pelo ruído
emitido pela retroescavadeira que eleva os tubos e os alinha, pelas lixadeiras que
retificam os cordões de solda e pelas próprias máquinas de solda.
Após a soldagem do tubo na sua extremidade, que não possui revestimento, o
mesmo fica exposto a ação do oxigênio do ar causando sua oxidação. Surge então a
necessidade de retirar a oxidação através do jateamento e em seguida este tubo é
revestido com a manta para a proteção contra a corrosão. O ruído é gerado durante
a atividade de jateamento da parte oxidada, no momento em que o equipamento de
61
jateamento é ligado juntamente com o compressor (vaso de pressão) para projetar
as partículas sólidas (granalha de aço ou oxido de alumínio) contra a tubulação,
eliminando a oxidação superficial e deixando o tubo pronto para receber a manta
termocontrátil. Neste processo, a equipe fica exposta ao ruído emitido pelo
compressor, pela escavadeira, pelo trator agrícola que transporta todos os
equipamentos e pelo equipamento de jateamento propriamente dito.
3.3 – ESPECIFICAÇÕES DAS PRINCIPAIS FONTES EMISSORAS DE RUÍDO
A equipe de soldagem possui 04 (quatro) fontes principais emissoras de ruído, cujo
nome, características, função e NPS estão listadas na Tabela 3.3.
Tabela 3.3 – Especificação dos equipamentos utilizados na operação de soldagem
NOME CARACTERÍSTICAS FUNÇÃO
NPS em dB(A)*
(Em marcha lenta)
NPS em dB(A)*
(Em operação)
Escavadeira
Modelo: PC 160
Serie: B20477
Marca: KOMATSU
Força máxima de tração:
15960kg
Velocidade máxima: 5,5 km/h
Nº de cilindros do motor: 4
Utilizada para levantar
e abaixar a tubulação,
de modo a colocá-la na
posição correta para
que o soldador possa
efetuar a soldagem a
uma altura adequada
do solo.
83
93
Trator agrícola
Modelo: BM 120
Potencia: 120cv
Velocidade máxima: 16,6 km/h
Cap.. max. de levante olhal: 4760
kgf.
Pressão max. sist. hidr.: 180
kgf/cm²
Cap. max. do tanque de comb.:
180 l
O trator é a máquina
que transporta todo o
equipamento de solda e
seus acessórios ao
longo da linha de
montagem..
85
90
Máquina de
solda
Modelo: Trailblazer 302 Diesel
Potencia: 10 KW
Peso: 327 Kg
Faixa de amperagem: 20 – 300 A
Solda pelos processos: TIG, MIG,
MAG, eletrodo revestido
Utilizada pelo soldador
para efetuar os cordões
de solda nos tubos.
89
99
Lixadeira
Modelo: BOSCH 114
Rotação max. sem carga: 12000
rpm
Peso: 1,3 kg
Potência: 550 wats
Após a soldagem ficam
rebarbas e imperfeições
nas tubulações, estas
são removidas através
do uso das lixadeiras.
86
101
* Níveis de ruído emitidos por equipamento individualmente, medidos a uma distância de
um (1) metro do equipamento.
62
A equipe de jateamento possui 03 (três) fontes principais emissoras de ruído, cujo
nome, características, função e NPS estão listadas na Tabela 3.4.
Tabela 3.4 – Especificação dos equipamentos utilizados na operação de jateamento
NOME CARACTERÍSTICAS FUNÇÃO
NPS em dB(A)*
(Em marcha lenta)
NPS em dB(A)*
(Em operação)
Trator agricola
Modelo: BM 120
Potencia: 120cv
Velocidade máxima: 16,6 km/h
Cap.. max. de levante olhal: 4760
kgf
Pressão max. sist. hidr.: 180
kgf/cm²
Cap. max. tanque comb.: 180 l
O trator é a maquina
que transporta todo o
equipamento de
jatear e seus
acessórios ao longo
da linha de
montagem..
86
92
Compressor
de ar
Modelo: XAI 360 ATLAS COPCO
Pressão de trabalho: 102 Psi
Pressão máxima de trabalho: 123
Psi
Máxima temperatura de operação:
50 ºC
Utilizado na equipe
para ejetar as
partículas de óxido de
alumínio contra a
tubulação, efetuando
assim, a limpeza da
tubulação para que se
possa realizar a
operação de
revestimento.
89
98
Equipamento
de jatear
Modelo P 0560- 2 -7910
Pressão máxima de trabalho: 130
Psi
Capacidade: 560 litros
Bico Venturi: Ø =12,7 mm
Nº de saídas: 2
Serve para direcionar
as partículas de oxido
de alumínio ou
granalha de aço ao
local da tubulação
onde se deseja
realizar a limpeza.
79
90
* Níveis de ruído emitidos por equipamento individualmente, medidos a uma distância de
um (1) metro do equipamento.
3.4 LOCAIS DE MEDIÇÃO
Como o trajeto do gasoduto Cacimbas-Barra do Riacho é muito extenso, as
atividades pertinentes à sua construção mudavam constantemente de local,
tornando-se assim uma obra itinerante. Devido à mobilidade das equipes, as
medições de ruído nas fases das atividades de soldagem e jateamento não foram
realizadas sempre no mesmo local. As medições foram efetuadas conforme as
equipe se deslocavam ao longo do trecho.
63
Portanto, foram evitadas as medições naqueles trechos onde poderia ocorrer
interferência do meio externo na medição, como por exemplo em locais próximos
das rodovias, onde os veículos principalmente os de grande porte emitem um nível
de ruído significativo, em locais próximos de fábricas ou perto de atividades ruidosas
que poderiam influenciar diretamente nos valores dos níveis de pressão sonora
medidos. Desta forma, procurou-se avaliar os ruídos emitidos apenas e tão somente
pelos equipamentos específicos da atividade avaliada e sem a interferência de
fontes externas.
3.5 – PONTOS DE MEDIÇÃO
Os pontos exatos escolhidos para se realizarem as medições dos níveis de ruído
situam-se sempre próximos aos equipamentos ruidosos, mais especificamente onde
os funcionários realizam suas atividades e circulam com freqüência. A NHO 01 diz
que para questões de perda auditiva, o local da medição deverá ser próximo à zona
auditiva do funcionário, de preferência o microfone deverá ser fixado no ombro ou na
gola da camisa, porém no caso de conforto, as medições devem ser efetuadas a
uma distância de, no mínimo, um (1) m de quaisquer superfícies como paredes, teto,
piso e móveis.
As medições foram realizadas quando todos os equipamentos estavam ligados ao
mesmo tempo, que é a situação mais constante e preocupante, do ponto de vista do
ruído.
A Figura 3.11 mostra os pontos de medição junto à equipe de soldagem.
64
Figura 3.11 Pontos de medição junto à equipe de soldagem.
A Figura 3.12 mostra os pontos de medição junto à equipe de jateamento
Figura 3.12 Pontos de medição junto à equipe de jateamento.
Ponto de medição
Máquinas e equipamentos
geradores de ruído
Trator Agricola
Compressor Diesel
Vaso de Pressão
Equipamento de
Jateamento
PONTOS DE MEDIÇÃO
PONTOS DE MEDIÇÃO
65
3.6 – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA MEDIÇÃO
Os equipamentos utilizados neste trabalho para as medições de ruído foram:
a) Medidor de Nível de Som, modelo 2250, fabricante Bruel Kjaer este modelo de
medidor é um instrumento de precisão, do tipo 1, significando que pode ser utilizado
tanto para medições em laboratório como para medições em campo. É utilizado para
medir nível de pressão sonora, L
eq
e outros tipos de medições de ruído. É conhecido
popularmente como decibelímetro. A Figura 3.13 mostra uma fotografia do Medidor
de Nível de Som - B&K 2250.
Figura 3.13 – Medidor de Nível de Som – B&K 2250.
b) Dosímetro, modelo DOS 500, fabricante Instrutherm este equipamento é
utilizado para se medir a intensidade do ruído durante certo intervalo de tempo, ou
seja, ele determina o valor médio do ruído durante uma jornada de trabalho, que
normalmente o ruído não se mantém constante todo tempo.
66
Figura 3.14 - Dosimetro DOS 500.
Através deste instrumento é que se determina a dose de ruído a qual o trabalhador
está sendo submetido durante sua jornada de trabalho.
De acordo com sua especificidade, o dosímetro DOS 500 é um equipamento portátil,
projetado para ser colocado no trabalhador quando se deseja determinar a influência
do ruído para efeitos de perda auditiva ou em um local qualquer onde se deseja
determinar o nível do ruído para efeito de incomodo no ambiente de trabalho. O
sensor (microfone) deve ser colocado o mais próximo possível do ouvido do
operador ou do trabalhador o qual está sendo alvo de avaliação (NHO 01).
A Figura 3.15 ilustra uma medição de nível de ruído através do dosímetro, que está
instalado num elemento da equipe de jateamento. O equipamento é preso na cintura
do trabalhador e o microfone fica localizado o mais próximo possível de seu ouvido,
para que a situação seja a mais realista possível.
67
Figura 3.15 Medição numa operação de jateamento.
A utilização do dosímetro numa operação de soldagem é mostrado pela Figura 3.16,
também utilizando o dosímetro.
Figura 3.16 Medição numa operação de soldagem.
A Figura 3.17 apresenta uma medição de nível de ruído sendo utilizado o medidor
de nível de som B&K 2250 na mão do responsável pela medição.
D
osímetro DOS 500
Equipamentos
geradores de ruido
D
osímetro DOS 500
68
Figura 3.17 Medição numa operação de jateamento.
3.7 MEDIÇÕES
Na execução do trabalho de campo, realizado de julho a outubro de 2009, foram
realizados diversos ensaios, com o intuito de se obter sinais que mais correspondem
ao ruído “original”, ou seja, ao ruído proveniente somente das atividades de
soldagem ou jateamento.
Todas as medições em que se teve dúvida de sua “originalidade”, ou seja, sinais
medidos que poderiam ter sido contaminados por ruído de fontes não constantes
dos equipamentos rotineiros das equipes (como por exemplo: ruído de veículo
estranho ou sirene de ambulância passando no local ou mesmo, sinal medido com
vento forte soprando frontalmente no microfone ou voz alta demais também perto do
microfone), foram descartadas.
Medidor de Nível de Som
BK 2250
69
Então, dentre as muitas medições realizadas para verificação de situação de
incômodo, foram escolhidas as oito (8) que mais refletiam com fidelidade o
problema. Destas oito (8) medições do ruído produzido nas operações de soldagem
e jateamento, 5 delas foram realizadas na operação de soldagem e 3 na operação
de jateamento. O tempo despendido em cada uma foi variável. Nestas medições
foram utilizados tanto o dosímetro quanto o medidor de nível de som (B&K 2250).
Conforme estabelece a NBR10152 e a NBR10151, todas as medições para
avaliação de conforto acústico devem ser realizadas durante cerca de pelo menos 5
minutos e, assim, as medições acima descritas foram realizadas. Neste sentido, o
intervalo entre as tomadas de sinal, em cada medição, foi configurado para um (1)
minuto. Assim, numa medição de 5 minutos eram tomados 5 sinais e numa de 45
minutos, 45 sinais distintos. O equipamento de medição fornece automaticamente,
como resultado, a dose de ruído equivalente para uma jornada de 8 horas (em
porcentagem) e o L
eq
(A). Os valores apresentados são o resultado da média
aritmética dos valores obtidos em pelo menos três posições distintas, no mínimo
afastadas entre si cerca de 0,5 m.
Os resultados destas medições foram comparados com os valores apresentados
pela NBR 10151, que determina os valores máximos que podem ser emitidos por
estabelecimentos de modo a não causar incomodo à comunidade (Anexo 4). Foram
também comparados com os valores estabelecidos pela NBR 10152, que estabelece
os níveis de ruído num recinto de edificações (Anexo 5) e, também, com os valores
da NR-17, destinada à atividades em ambientes laborais que requerem solicitação
intelectual.
70
Para tratar o problema da Perda Auditiva Induzida por Ruído, em atendimento aos
critérios adotados pela NR-15, foram realizados procedimentos de medição do nível
de pressão sonora, no qual o trabalhador fica exposto durante toda sua jornada de
trabalho, ou seja, em torno de 8 horas, medidos em L
eq
(A), que corresponde a média
das medições do ruído durante esta jornada. Estas medições foram realizadas
através do dosímetro.
E da mesma forma que as medições para avaliação de conforto acústico, o intervalo
configurado para as tomadas de sinal, em cada medição, foi de um (1) minuto.
Assim, numa medição de oito (8) horas, eram tomados 480 sinais distintos. Os
resultados foram comparados com os valores apresentados na tabela de limites de
tolerância para ruídos contínuos ou intermitentes da NR-15. Normalmente, para
efeitos trabalhistas, é emitido um laudo por profissional habilitado com emissão da
sua Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), conforme exemplo apresentado
no Anexo 2.
Para efeito de conhecimento do nível de pressão sonora que cada equipamento
individualmente emite, foram realizadas medições individuais de cada um
(constantes nas Tabelas 3.3 e 3.4), sem interferência de outra fonte.
3.8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS UTILIZADOS
Os equipamentos de proteção individual dos canais auditivos utilizados pelas
equipes de soldagem e jateamento são do tipo plug, marca Pomp, com certificado
71
de aprovação (CA) 5748 e, conforme indica o manual, possuem atenuação
nominal de 20 dB(A).
Mesmo assim, deve-se levar em consideração o trabalho realizado por Neto (2007),
afirmando que os protetores não correspondem exatamente ao nível de redução
com o especificado em seu certificado de aprovação (CA), podendo atenuar um
valor bem menor que os preditos em seus manuais de fabricação e também ao
trabalho de Araújo (2002), dizendo que os fatores causadores de surdez precoce em
trabalhadores de metalúrgicas, devido à perda auditiva induzida pelo ruído, são: o
elevado índice de ruído no ambiente da indústria e a não-utilização regular dos
protetores auriculares, sendo necessário realizar campanhas de esclarecimento e
motivação para o uso dos mesmos.
3.9 QUESTIONÁRIO APLICADO NOS TRABALHADORES
Foi aplicado um questionário, nos trabalhadores das duas equipes, com perguntas
específicas sobre quais seriam os principais problemas ou incômodos que o ruído
emitido pelas máquinas, em que os mesmos trabalham em sua atividade diária,
provocam. O objetivo principal do questionário (Anexo 1) era coletar dados para se
fazer uma analise da opinião dos trabalhadores quanto a situação, a perturbação, o
incômodo, o desconforto e os possíveis problemas auditivos causados pelo ruído no
ambiente laboral.
Apenas os trabalhadores que ficam expostos diretamente aos efeitos mais intensos
dos níveis de pressão sonora expressaram sua opinião pois, na equipe de soldagem
72
existiam trinta (30) trabalhadores, dos quais apenas vinte seis (26) estavam
diretamente expostos aos ruídos mais intensos e na de jateamento o total de trinta e
sete (37) trabalhadores, onde trinta e dois (32) estavam expostos aos ruídos mais
excessivos. Isto porque, nestas fases, por exemplo, o operador de escavadeira, fica
dentro de uma cabine isolada do ruído externo. Esta máquina é utilizada para erguer
os tubos, colocando-os na posição exata para que o soldador possa executar a
operação de soldagem, de tal forma que seria desnecessário uma avaliação dos
efeitos sofridos por este operador, uma vez que ele não fica diretamente exposto
aos níveis de ruído mais significativos.
Assim, o questionário foi aplicado à vinte dois (22) dos vinte e seis (26) funcionários
da equipe de soldagem e à vinte sete (27) dos trinta e dois (32) funcionários da
equipe de jateamento, equivalente à cerca de 84% de cada equipe diretamente
exposta ao ruído .
Com as respostas do questionário e de posse dos valores de ruído medidos, foi feita
uma avaliação da ocorrência ou não de problemas que podem acarretar incômodo
ou algum tipo de problema relacionado a saúde dos funcionários das atividades em
estudo.
73
_______________________________________CAPÍTULO 4
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 VALORES DAS MEDIÇÕES OBTIDAS
A Tabela 4.1 apresenta os resultados dos níveis equivalentes de pressão sonora
L
eq
(A) e o nível de pressão sonora máximo (NPS max) das medições realizadas nas
operações de soldagem e jateamento, para avaliação de conforto acústico. Os
valores dos níveis de ruído, medidos em dB(A), a cada minuto com seus respectivos
histogramas encontram-se no Anexo 3.
Tabela 4.1 – Resultados das medições dos ruídos realizadas nas atividades de soldagem e
jateamento.
Atividade Nível Medido L
eq
(A) NPS max
[dB(A)]
Soldagem
105,5 111,0
Soldagem
103,7 109,0
Soldagem
106,6 121,8
Soldagem
108,0 109,2
Soldagem
111,0 111,6
Jateamento
91,7 99,4
Jateamento
99,9 105,4
Jateamento
98,9 121,5
74
4.2 ANÁLISE DOS VALORES OBTIDOS
A Tabela 4.2 ilustra a diferença entre os valores medidos L
eq
(A) e os prescritos pelas
NBR 10151, NBR 10152 e NR-17.
Tabela 4.2 – Comparação entre valores medidos e valores prescritos pela NBR10151,
NBR 10152 e NR-17.
A Figura 4.1 é a representação gráfica da Tabela 4.2, onde também foi inserido o
valor do NPS máximo medido.
Na comparação com a NBR 10151, no caso tomando como exemplo uma área
predominantemente industrial, por ser o nível de critério mais elevado, a diferença
situa-se entre 16,2 dB(A) (a menor) a 41,0 dB(A) (a maior). É uma diferença muito
Atividade
L
eq
(A)
NBR 10151
dB(A)
NBR
10152
NR-17
dB(A)
Diferença
dB(A)
(NBR10151)
Diferença
dB(A)
(NBR10152) /
NR-17
Soldagem
105,5
70,0 65,0 35,5 40,5
Soldagem
103,7
70,0
65,0
33,7 38,7
Soldagem
106,6
70,0
65,0
36,6 41,6
Soldagem
108,0
70,0
65,0
16,2 21,2
Soldagem
111,0
70,0
65,0
41,0 46,0
Jateamento
91,7
70,0
65,0
21,7 26,7
Jateamento
99,9
70,0
65,0
29,9 34,9
Jateamento
98,9
70,0
65,0
28,8 33,8
75
grande, indicando que o nível de ruído à que os trabalhadores das equipes estão
sujeitos é prejudicial à saúde. Claro que todos usam os protetores auditivos mas,
sua saúde laboral pode ficar comprometida com o passar do tempo (Riffel, 2001).
60
70
80
90
100
110
120
130
1 2 3 4 5 6 7 8
Medições
dB(A)
Leq(A) NBR 10151 NBR 10152 NPS max
Figura 4.1 Representação gráfica da Tabela 4.2.
E em relação à NBR 10152, tomando-se como exemplo uma loja de eletrodoméstico
que estabelece o maior valor 65,0 dB(A) e com a NR-17, vê-se que a diferença
entre estes valores varia de 21,2 dB(A) (a menor) a 46,0 dB(A) (a maior). Pode-se
ver que as diferenças são ainda maiores, pois o parâmetro de comparação é menor.
Assim, vê-se que os níveis medidos estão todos fora dos prescritos pelas normas
comparadas, ou seja, todos os níveis medidos são bem maiores que os prescritos
nas normas de conforto acústico, NBR 10151, NBR 10152 e NR-17. Isso é, no
mínimo, preocupante.
Através da Figura 4.1, pode-se visualizar as diferenças entre os valores das normas,
o L
eq
(A) e os valores de NPS máximos medidos.
76
4.3 RESULTADOS DAS MEDIÇÕES E COMPARAÇÃO COM A NR-15
Sabe-se que ainda não existe uma norma que estabeleça valores para conforto
acústico nos ambientes de trabalho que não exijam solicitação intelectual. O que
existe é a NR-15 que estabelece valores para níveis de pressão sonora que podem
causar PAIR em ambientes laborais em função do tempo de exposição (Tabela 2.1).
A proposta principal deste trabalho não é um estudo da perda auditiva e sim o
estudo do transtorno e o incomodo causado aos trabalhadores de uma empresa de
construção/montagem de gasodutos, pelo ruído laboral durante sua jornada de
trabalho. Mas, apesar de não ser o foco principal, foi feita uma analise da exposição
dos trabalhadores com relação à perda auditiva.
A Tabela 4.3 apresenta os valores de L
eq
(A) obtidos nas cinco (5) medições de ruído
para PAIR, além do tempo de cada medição, o critério da NR-015 e a Dose
equivalente para oito(8) horas de trabalho.
Tabela 4.3 – Comparação entre os valores de
L
eq
(A)
medidos e prescritos pela NR-15
Atividade
Tempo de
Medição
(horas:min.)
L
eq
(A)
NR-15
dB(A)
Dose para 8
horas
%
Soldagem 11:22 91,2 85,0 238,2
Soldagem 11:30 95,5 85,0 433,0
Jateamento 08:07 87,3 85,0 140,0
Soldagem 08:05 86,5 85,0 135,0
Jateamento 08:33 87,7 85,0 145,7
77
A Figura 4.2 é a representação gráfica da Tabela 4.3, para uma comparação com os
valores da NR-15.
80
85
90
95
100
1 2 3 4 5
Medições
d B (A )
Leq(A NR-15
Figura 4.2 Representação gráfica da Tabela 4.3.
Analisando a Figura 4.2, pode-se verificar que, para todas as medições, o valor de
L
eq
(A), está sempre acima do nível critério estabelecido pela NR-15, especialmente
para a medição 2 (atividade de soldagem) em que o valor está 10,0 dB(A) acima do
valor limite da NR-15, de forma que se não houver utilização de protetor auditivo por
parte dos funcionários que atuam em todas estas atividades, certamente ocorrerá
perda auditiva nos mesmos no decorrer do tempo.
4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS E SUAS REPRESENTAÇÕES
GRÁFICAS
Foi realizado um tratamento estatístico dos dados provenientes das oito (08)
medições que melhor representam os valores dos ruídos emitidos para tratar a
questão do conforto acústico e, separadamente, um tratamento estatístico dos
dados das cinco (5) medições realizadas para tratar a questão da perda auditiva.
78
4.4.1 ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA CONFORTO ACÚSTICO
A Figura 4.3 representa graficamente os dados de NPS obtidos nas oito (8)
medições realizadas nos intervalos de tempo nos quais todos os equipamentos se
encontravam em funcionamento, juntamente com os valores estabelecidos pelas
normas NBR 10152, NBR 10151 e NR 17. Fica muito nítido que as linhas
representativas dos valores obtidos nas medições estão muito acima das linhas que
representam as normas para conforto acústico.
60
70
80
90
100
110
120
130
1 6 11 16 21 26 31 36 41 46
Tempo
[min]
NPS [dB(A)]
medição 1 medição 2 medição 3 medição 4 medição 5
medição 6 medição 7 medição 8 NBR 10151 NBR 10152 / NR 17
Figura 4.3 Representação gráfica das medições.
Foram calculadas algumas medidas de tendência central e de posição, para uma
melhor avaliação da distribuição dos dados, conforme mostra a Tabela 4.4.
79
Tabela 4.4 Valores estatísticos dos dados medidos
Medição
1
Medição
2
Medição
3
Medição
4
Medição
5
Medição
6
Medição
7
Medição
8
Moda
101,8 96,5 106,3 107,9 111,2 91,4 98,1 95,5
Média
103,8 101,7 105,1 106,5 109,5 90,2 98,4 97,2
Mediana
102,1 103,7 105,7 107,9 111,1 91,9 100,9 95,5
Desvio
Padrão
3,9 7,7 6,7 6,7 4,9 11,1 10,3 6,6
Q1
101,9 97,5 105,3 107,7 110,0 91,4 98,1 94,4
Q2
102,1 103,7 105,7 107,9 111,1 91,9 98,3 95,5
Q3
104,8 107,2 106,3 109,1 111,2 97,8 104,9 101,3
Valor min
92,2 67,9 70,9 83,2 86,6 67,9 73,6 75,4
Valor máx
111,0 109,0 121,5 109,8 111,6 99,4 105,4 121,8
Posição 70
dB(A)
P
1
P
4
P
3
P
6
P
4
P
16
P
12
P
3
Posição 65
dB(A)
P
1
P
1
P
1
P
1
P
1
P
1
P
1
P
1
Após o cálculo dos parâmetros estatísticos de interesse, pode-se afirmar que:
Moda: Para cada medição foi obtido um valor diferente de moda, porém quando se
junta todos valores de ruído medidos, tem-se uma moda com valor de 101,5 dB(A),
sendo este portanto, o valor mais freqüente de todos os obtidos nas medições, ou
seja cerca de 32,0 dB(A) a mais que o valor de 70,0 dB(A) (nível critério) da NBR
10151 e cerca de 37,0 dB(A) a mais que o valor ximo (65,0 dB(A)) estabelecido
pela NBR 10152 / NR 17.
Mediana: Os valores das medianas, para cada medição independentemente, são
apresentados na Tabela 4.4, porém o valor da mediana, considerando todos os
valores obtidos, foi de 104,7 dB(A), indicando que 50% dos valores dos níveis de
80
ruídos medidos estão acima deste valor, cerca de 35,0 dB(A) a mais que o nível
critério estabelecido na NBR 10151 e cerca de 40,0 dB(A) a mais que o nível de
critério estabelecido na NBR 10152.
Quartis: Analisando os valores dos quartis, foi observado que 50% dos valores de
ruído emitidos nas atividades, ou seja metade dos valores medidos, estão em torno
de 95,0 e 105,0 dB(A), como ilustram os gráficos Box Plot da Figura 4.4.
Figura 4.4 Gráficos Box-Plot das medições de conforto acústico
Percentil: Falar em percentil tem sentido quando se compara um valor a uma
posição e, estes valores foram 70 dB(A) e 65 dB(A). Verifica-se então que, para 70,0
dB(A), o percentil maior é P
11
, indicando que 89% dos níveis de ruído estão acima
deste nível critério. Agora, comparando o valor de 65,0 dB(A) o maior percentil é o
P
1
, indicando que 100% dos valores estão acima deste valor.
81
Tomando-se os dados de todas a medições e realizando-se uma distribuição de
frequência em 10 classes, verificou-se que esta se aproxima de uma distribuição
normal pois, como uma distribuição é considerada normal quando sua moda,
mediana e dia são iguais e, empiricamente, quando cerca de 68% da área está a
um desvio padrão, cerca de 95% está a dois desvios padrão e cerca de 99,7% está
a 3 desvios padrão da média e, considerando que os valores da dia, moda e
mediana estão bem próximos e, as áreas sob as curvas coincidem com os valores
empíricos (Tabela 4.5), esta distribuição pode ser considerada normal.
A Tabela 4.5 refere-se aos dados de todas as medições, mostrando alguns
parâmetros estatísticos da distribuição destes valores, além da porcentagens das
áreas tratadas pela regra empírica de uma distribuição normal e a Figura 4.5
representa o histograma desta distribuição de frequência, podendo-se visualizar uma
“aparente” normalização da curva.
Tabela 4.5 Valores estatísticos dos dados de todas as medições.
Moda Média Mediana
Desvio
Padrão Q1 Q2 Q3
Valor
min
Valor
máx
Posição
70 DB
A1
(68%)
A2
(95%)
A3
(99,7%)
101.8 101.5 104.7 8.7 97.8 104.7 107.6 67.9 121.8 P5 79,0 95,0 96,3
5
3
2 2
37
48
87
33
0
2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Classes
Frequências
66-72 73-78 79-84 85-90 91-96
97-102 103-108 109-114 115-120 121-126
Figura 4.5 Histograma da distribuição de todos os dados das medições
82
4.4.2 ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA PAIR
Para se obter uma melhor visualização, foram traçados gráficos dos dados de NPS
das cinco (5) medições realizadas para análise de PAIR. As Figuras 4.6 a 4.11
representam os NPS das medições em intervalos de duas (2) horas cada, sendo que
são subsequentes. A integralização de todos os dados está representada na Figura
4.12. Aqui se pode observar que as curvas representativas dos valores obtidos nas
medições estão mesclados entre valores abaixo e acima do nível de critério pela
NR15.
(06:00 às 08:00)
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
120,0
125,0
130,0
6:00
6:05
6:10
6:15
6:20
6:25
6:30
6:35
6:40
6:45
6:50
6:55
7:00
7:05
7:10
7:15
7:20
7:25
7:30
7:35
7:40
7:45
7:50
7:55
8:00
Horas
dB(A)
Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) João da silva Moura (Lixador) Lindo mar C. Fernandes (Operário Braçal) NR 15
Figura 4.6 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 06:00 e 08:00 horas
(08:00 às 10:00)
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
120,0
125,0
130,0
8:00
8:05
8:10
8:15
8:20
8:25
8:30
8:35
8:40
8:45
8:50
8:55
9:00
9:05
9:10
9:15
9:20
9:25
9:30
9:35
9:40
9:45
9:50
9:55
10:00
Horas
dB(A)
Jos e luiz Ribeiro Rocha (Soldador) Edson Sales Candeias (Jatis ta) João da silva Moura (Lixador)
Reginaldo pass os Pinto (Revestidor) Lindomar C. Fernandes (Operário Braçal) NR 15
Figura 4.7 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 08:00 e 10:00 horas
(10:00 às 12:00)
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
120,0
125,0
130,0
10:00
10:05
10:10
10:15
10:20
10:25
10:30
10:35
10:40
10:45
10:50
10:55
11:00
11:05
11:10
11:15
11:20
11:25
11:30
11:35
11:40
11:45
11:50
11:55
12:00
Horas
dB(A)
Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) Edson Sales Candeias (Jatis ta) João da silva Moura (Lixador)
Reginaldo pass os Pinto (Revestidor) Lindomar C. Fernandes (Operário Braçal) NR 15
Figura 4.8 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 10:00 e 12:00 horas
83
(12:00 às 14:00)
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
120,0
125,0
130,0
12:00
12:05
12:10
12:15
12:20
12:25
12:30
12:35
12:40
12:45
12:50
12:55
13:00
13:05
13:10
13:15
13:20
13:25
13:30
13:35
13:40
13:45
13:50
13:55
14:00
Horas
dB(A)
Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) Edson Sales Candeias (Jatista) João da silva Moura (Lixador)
Reginaldo passos Pinto (Revestidor) Lindomar C. Fernandes (Operário Braçal) NR 15
Figura 4.9 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre12:00 e 14:00 horas
(14:00 às 16:00)
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
120,0
125,0
130,0
14:00
14:05
14:10
14:15
14:20
14:25
14:30
14:35
14:40
14:45
14:50
14:55
15:00
15:05
15:10
15:15
15:20
15:25
15:30
15:35
15:40
15:45
15:50
15:55
16:00
Horas
dB(A)
Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) Edson Sales Candeias (Jatis ta) João da silva Moura (Lixador)
Reginaldo passos Pinto (Revestidor) Lindom ar C. Fernandes (Operário Braçal) NR 15
Figura 4.10 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 14:00 e 16:00 horas
(16:00 às 18:00)
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
120,0
125,0
130,0
16:00
16:05
16:10
16:15
16:20
16:25
16:30
16:35
16:40
16:45
16:50
16:55
17:00
17:05
17:10
17:15
17:20
17:25
17:30
17:35
17:40
17:45
17:50
17:55
18:00
Hora
dB(A)
Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) Edson Sales Cande ias (Jatista) João da silva Moura (Lixador)
Reginaldo passos Pinto (Revestidor) NR 15
Figura 4.11 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 16:00 e 18:00 horas
(08:00 às 18:00)
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
120,0
125,0
130,0
Hora
dB(A)
Jose luiz Ribeiro Rocha (Soldador) João da silva Moura (Lixador) Reginaldo passos Pinto (Revestidor)
Lindomar C. Fernandes (Operário Braçal) Edson Sales Candeias (Jatista) NR 15
Figura 4.12 Níveis de NPS para estudo de PAIR – entre 06:00 e 18:00 horas
84
Aqui também foram calculadas medidas de tendência central e de posição, para
uma melhor avaliação da distribuição dos dados, conforme mostra a Tabela 4.6.
Tabela 4.6 Valores estatísticos dos dados medidos
Medição 1 Medição 2 Medição 3 Medição 4 Medição 5
Moda
67,9 67,9 67,9 67,9 67,9
Média
83,1 78,9 83,7 77,8 75,7
Mediana
84,2 76,4 78,2 70,9 67,9
Desvio
Padrão
9,9 11,5 36,5 12,8 14,3
Q1
75,8 70,1 68,7 67,9 67,9
Q2
90,4 76,6 78,1 69,9 67,9
Q3
111,2 84,0 89,5 83,0 77,0
Valor
min
67,9 67,9 67,9 67,9 67,9
Valor
máx
111,2 121,0 113,6 110,8 120,6
Posição
85 dB(A)
P
51
P
78
P
66
P
76
P
82
Após o cálculo destes parâmetros, pode-se afirmar que:
Moda: Para cada medição foi obtido o mesmo valor de moda = 67,9 dB(A), que no
caso também é o menor valor de NPS obtido. Isto ocorreu porque o dosímetro
estabelece como mínimo valor medido, o número 67,9 dB(A) e, mesmo que o NPS
emitido pelas máquinas e equipamentos das atividades seja menor, o dosímetro o
caracteriza como este valor. Mesmo tomando-se os dados de todas as cinco
medições juntas, o valor da moda não se altera e, assim pode-se afirmar que a
maior quantidade de NPS medido é igual ou abaixo de 67,9 dB(A), valor no mínimo
17,0 dB(A) menor que o nível de critério da NR-15.
Mediana: Os valores das medianas, para cada medição independentemente, são
apresentados na Tabela 4.6, porém o valor da mediana, considerando todos os
85
valores obtidos, foi de 76,3 dB(A), indicando que 50% dos valores dos níveis de
ruídos medidos estão acima deste valor, cerca de 9,0 dB(A) a menos que o nível
critério estabelecido na NR-15.
Quartis: Analisando os valores dos quartis, foi observado que 50% dos valores de
ruído emitidos nas atividades, ou seja metade dos valores medidos, estão em torno
de 70,0 a 85,0 dB(A), como ilustram os gráficos Box Plot da Figura 4.13.
Figura 4.13 Gráficos Box-Plot das medições de PAIR
86
Percentil: Sendo o valor de comparação 85 dB(A), verifica-se que para este valor
percentil maior é P
82
, indicando que 18% dos níveis de ruído estão acima deste nível
critério.
Finalmente, como cada medição possui, no mínimo, 480 dados de NPS, tomou-se
os dados de uma das cinco (5) medições com maior semelhança a uma distribuição
normal. Realizou-se uma distribuição de frequência em 12 classes e, através da
representação gráfica desta distribuição (Figura 4.14) visualiza-se esta afirmação.
Aqui, deve-se considerar que somente mediana e média são praticamente iguais. O
valor da moda é menor porque, como o Dosímetro avalia qualquer valor abaixo de
67,9 dB(A) como o próprio, este valor é o que mais aparece na distribuição,
mascarando o valor real da moda e, por isto, sua frequência foi excluída na
confecção do gráfico da Figura 4.14.
1
25
50
59
71
99
92
60
31
10
9
2
0
20
40
60
80
100
120
Classes
Frequência
mv - 67 68 - 71 72 - 75 76 - 79 80 - 83 84 - 87
88 - 91 92 - 95 96 - 99 100 - 103 104 - 107 108 - 111
Figura 4.14 Histograma da distribuição de medição para PAIR.
87
4.5 RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS
Após análise das perguntas e respostas mais relevantes do questionário mostrado
no Anexo 1, realizada com vinte dois (22) dos vinte seis (26) funcionários que ficam
expostos aos níveis de pressão sonora mais elevados na atividade de soldagem e
vinte sete (27) dos trinta e dois (32) funcionários que ficam expostos aos níveis de
pressão sonora mais elevados na equipe de jateamento, foi constatado que:
1-
95,5%
na equipe de soldagem
e
100%
na equipe de jateamento responderam que
se sentem incomodados com o ruído na fase. Este índice de insatisfação demonstra
que existe realmente um problema para ser tratado ou pelo menos ser mitigado com
relação ao ruído proveniente da atividade.
2-
90,9%
dos funcionários da equipe de soldagem e
85,2%
da equipe de jateamento,
responderam que tiveram treinamento sobre Programa de Conservação Auditiva
(PCA). Levando-se em consideração que o PCA tem, dentre outras, a finalidade de
orientar quanto ao uso correto dos EPI e mostrar os efeitos do ruído no organismo
humano, o resultado acima mostra que os funcionários devem usar corretamente os
equipamentos de proteção auditiva e tem consciência da sua importância.
3-
86,4%
dos funcionários da equipe de soldagem e
66,6%
dos funcionários da
equipe de jateamento, responderam que não tem idéia de como solucionar o
problema do ruído. Isto mostra que os trabalhadores da equipe de jateamento
possuem um conhecimento técnico melhor dos equipamentos/máquinas de sua área
88
ou tem maior preocupação em solucionar o problema de ruído existente na sua
atividade do que os funcionários da equipe de soldagem.
4-
100%
dos funcionários das duas equipes responderam que recebem protetor
auricular e que estes estão adequados para uso. Se todos os funcionários recebem
equipamento de proteção individual e recebem treinamento quanto ao seu uso
conforme o item 2, pode se concluir que dificilmente estes trabalhadores terão
problema auditivos devido a estas atividades a curto e a longo prazo.
5-
100%
dos funcionários da equipe de soldagem e
88,8%
da equipe de jateamento,
disseram que não gostam de usar o protetor. Este índice mostra que se o protetor
auricular reduz o ruído e o incômodo causado pelo ruído, ele também gera um
desconforto para o funcionário ao ter que fazer uso do mesmo.
6- Na equipe de soldagem,
36,4%
dos trabalhadores dizem sentir algum tipo de
sensação auditiva após o trabalho. A cada três trabalhadores um (1) sente algum
efeito negativo do ruído temporariamente após a jornada de trabalho. Isto mostra
mais um tipo de problema gerado na execução da tarefa. Na equipe de jateamento
11,1%
dos trabalhadores dizem sentir algum tipo de sensação auditiva após o
trabalho. Nesta atividade o número de funcionários que sente efeito negativo devido
o ruído temporariamente após a jornada de trabalho é inferior ao número de
funcionários da equipe de soldagem. Isto pode realmente ter certo sentido porque
nas medições foi constatado que o ruído gerado na atividade de soldagem é
realmente superior ao nível de ruído gerado na atividade de jateamento.
89
7- Apenas
4,5%
dos trabalhadores da equipe de soldagem e
3,7%
dos trabalhadores
da equipe de jateamento, dizem que tem problemas de convivência no lar com
respeito a perda auditiva. Este fato era esperado tendo em vista a conclusão do
item 4, ou seja a atividade a principio, não tem demonstrado que os trabalhadores
têm perdas auditivas devido a exposição aos ruídos. Este pequeno número pode ser
causado por algum outro tipo de problema
O resumo das perguntas e os percentuais das suas respostas estão resumidas e
mostradas na Tabela 4.7.
Tabela 4.7 respostas dos questionários com as perguntas e respectivos percentuais.
Sentem
incomodo
causado
pelo
ruído
Tiveram
treinamen
to de PCA
Não sabem
como
solucionar
o problema
Recebem
protetor
auricular
Não
gostam
de usar o
protetor
Sentem
sensação
auditiva
após o
trabalho
Tem
problemas
de
convivência
no lar
devido ao
ruído
Pergunta
1 2 3 4 5 6 7
Soldagem
95,5 % 90,9 % 86,4% 100,0% 100,0% 36,4% 4,5%
Jateamento
100,0 % 85,2 % 66,6% 100,0% 88,8% 11,1% 3,7%
Na análise subjetiva do trabalho de Portela (2008), ele concluiu que 36% dos
motoristas de ônibus entrevistados, sentiam-se incomodados com o ruído dos
veículos que dirigiam. Pelos valores de ruídos emitidos pelas máquinas das
atividades de soldagem e jateamento que foram medidos, neste trabalho obteve-se
um valor de 101 dB(A) para a lixadeira e um L
eq
(A) de 111,0 dB(A) em uma das
medições na equipe de soldagem (o maior valor encontrado). Ainda no trabalho de
Portela (2008), ele analisou o ruído emitido em cerca de oitenta (80) ônibus e obteve
um L
eq
(A) máximo de 84,5 dB(A), valor bem abaixo do encontrado na atividade de
90
soldagem, portanto fica evidente um resultado, através da analise subjetiva, com o
percentual de quase 100% dos trabalhadores se sentirem incomodados nas
atividades de soldagem e jateamento.
91
________________________________________CAPÍTULO 5
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1 CONCLUSÕES
Este estudo analisou o incomodo sofrido por funcionários da empresa Encalso
Construções LTDA, que trabalham na instalação do gasoduto que liga a UTGC
(Unidade de Tratamento de s Cacimbas) do município de Linhares ao TABR
(Terminal Aquaviário Barra do Riacho) em Aracruz, ES, em relação ao nível de ruído
que os mesmos estão expostos.
Foram selecionados apenas trabalhadores das atividades que geram mais ruído,
como os das atividades de soldagem e de jateamento. A legislação brasileira,
especificamente a Lei 6.514 de 22 de dezembro de 1977, portaria 3.214 de 08
de junho de 1978 NR–17 item 17.5.2 e item 17.5.2.1, relata que os níveis de ruído
não devem ultrapassar 65 dB(A), assim como, a NBR 10152 e NBR 10151 que os
níveis de ruído não devem ultrapassar 65 dB(A) e 70 dB(A), respectivamente, para
atividades que exigem solicitação intelectual e conforto.
O estudo mostrou que os níveis de ruído ultrapassam em muito os valores
estabelecidos nas normas, porém as atividades do estudo deste trabalho não se
enquadram nas questões de conforto e solicitação intelectual. Contudo, foi detectado
que os trabalhadores se mostram incomodados e, conforme afirma Petian (2008),
tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto a Organização Pan-americana
da Saúde (OPAS) reconhecem que o ruído, além dos problemas auditivos, pode
92
afetar o trabalho, o descanso, o sono, a comunicação, causar reações psicológicas,
alterações fisiológicas e até patológicas e ainda, na mesma linha de raciocínio
Gerges (2000), afirma que a exposição prolongada afeta o indivíduo sob vários
aspectos, além da perda auditiva, causando distúrbios como: aumento da pressão
sanguínea, aceleração da pulsação e estreitamento dos vasos sanguíneos,
sobrecarga do coração, provocando alteração na secreção de hormônios e tensões
musculares, entre outros. Analisando deste ponto de vista fica evidente que é
necessária a tomada de medidas paliativas ou mitigadoras para tratar o problema.
De acordo com as medições, pode ser verificado que os níveis de ruído são
bastante elevados chegando a valores de pico de 121 dB(A), na atividade de
soldagem, com média em torno de 107 dB(A). na atividade de jateamento, o
maior valor medido foi de 121,5 dB(A), com média em torno de 97 dB(A). Vale
ressaltar, mais uma vez, que estes valores não o os valores médios dos níveis de
pressão sonora durante toda a jornada diária do trabalhador, de forma que estes não
se aplicam para questão de perda auditiva induzida por ruído e sim foram os valores
médios apenas durante certo intervalo de tempo da jornada de trabalho, ou seja,
somente naqueles momentos em que todos os equipamentos estavam ligados ao
mesmo tempo.
Para efeito de desconforto, mesmo que as atividades não sejam para tarefas
intelectuais, a avaliação das respostas do questionário mostrou que os
trabalhadores sentem um incomodo causado tanto pelo ruído, que dificulta a
comunicação verbal, como mencionado por Gerges (2000) ao tratar do Nível de
Interferência na Comunicação Verbal (NICV), que determina a qualidade na
93
comunicação verbal e ainda pela necessidade de usar os protetores auriculares que
também gera desconforto e insatisfação por ser obrigatório o seu uso. Isso era
esperado, pois a literatura estudada para este trabalho frisa muito este tipo de
reclamação.
Na equipe de soldagem, os equipamentos que mais contribuem para a alta
intensidade de ruído são as lixadeiras, com 101 dB(A), e as máquinas de solda, com
99 dB (A). Estas máquinas por sua vez podem ser enclausuradas o que não
acontece com os tratores que as transportam e com as lixadeiras utilizadas para
realizar retirada de excesso de material depositado pela solda na tubulação.
Na equipe de jateamento o compressor de ar a diesel é a máquina que produz maior
nível de ruído, com 98 dB(A) e, como é afirmado por Gerges (2000) e Nepomuceno
(1976), que a eficácia do enclausuramento numa máquina ruidosa é grande,
portanto tanto esta como também outras máquinas utilizadas pelas equipes
deveriam ser objeto de estudo para implantação de enclausuramento para
diminuição do ruído irradiado.
Um ponto positivo é que estas atividades são realizadas em área aberta, o que
permite a dispersão do som pois, segundo Gerges (2000), o NPS cai 6 dB a cada
dobro da distância. também o fato da obra ser itinerante onde os serviços são
realizados quase sempre em áreas rurais, permitindo que o trabalhador, a cada dia,
trabalhe em local diferente evitando a monotonia no ambiente laboral e
conseqüentemente o estresse.
94
Um fator que pode aumentar o desconforto é que a incidência direta dos raios
solares nos trabalhadores, apesar de utilizarem uniformes de mangas longas, gera
um aquecimento maior do organismo aumentando a sudorese principalmente nos
locais de contato do protetor auricular com o rosto do funcionário.
Analisando agora sob o ponto de vista da legislação, a NBR 10152 estabelece um
limite máximo de 65 dB(A) para conforto de recintos internos de edificações (Tabela
4.1), a NR-17 estabelece o mesmo valor de 65 dB(A) para atividades que exigem
atividade intelectual e a NBR 10151 estabelece um limite máximo de 70 dB(A) para
conforto de comunidades de áreas industriais (Tabela 4.2). Tendo em vista que os
valores determinados em campo foram em torno de 107 dB(A), pode-se constatar
que para a questão de conforto, o ruído emitido por estas atividades está muito
acima dos padrões exigidos em lei, mesmo que a atividade não seja para fins de
concentração ou descanso.
Finalmente, analisando a questão da PAIR, como a NR-15 estabelece para
operações insalubres o valor de 85 dB(A) para uma jornada de trabalho de 08 (oito)
horas, o ruído de ambas as atividades mostrou-se dentro dos padrões da legislação,
conforme foi verificado pelas medições a análises, como também pela conclusão do
laudo técnico do Anexo 2, mas, mesmo assim, não se pode desprezar as
conclusões de Riffel (2001), Neto (2007) e Dias et al. (2006) em relação às suas
pesquisas sobre os protetores auditivos, a falta de eficácia real na atenuação do
ruído e os problemas causados pela perda auditiva.
95
5.2 RECOMENDAÇÕES DAS MEDIDAS ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DE
RUÍDO
Algumas sugestões de medidas alternativas podem ser destacadas:
1) A utilização de equipamentos de solda que emitam menos ruído;
2) A utilização de equipamentos mais novos, tanto na atividade de soldagem como
na de jateamento, tais como tratores e lixadeiras que emitam menos ruído, etc.;
3) A utilização de anteparos com painéis absorvedores de ruído nas laterais das
carrocerias que transportam os equipamentos de solda e de ar mandado para o
jateamento;
4) Cabos de solda , cabo elétrico, mangueiras, etc., todos com maior comprimento,
para que os equipamentos possam ficar o mais longe possível da equipe de
trabalho.
5) O enclausuramento das máquinas e equipamentos mais ruidosos, tais como o
motor diesel, o compressor, etc.
6) Mesmo com o alto índice de conscientização do uso do protetor auditivo, devem
ser realizadas campanhas permanentes de educação ambiental, especificamente
sobre os problemas que o ruído excessivo causado no ser humano.
96
5.3 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como sugestão para futuros trabalhos nesta área, pode-se destacar:
1) A avaliação e consequentemente determinação da potência sonora de cada
equipamento, comparando com o valor fornecido pelo fabricante do
equipamento;
2) Uma revisão teórica dos fatores que mais influenciam a perda da audição em
relação à exposição excessiva ao ruído;
3) Um estudo da influência de tipos alternativos de anteparos de
enclausuramento na sensação de operação ruidosa pelos trabalhadores do
setor, através de colocação de diversos tipos de anteparos equipados com os
mais conhecidos materiais absorventes de ruído existentes.
4) Um estudo da redução do nível de ruído após a adoção do enclausuramento
de máquinas e equipamentos, tais como o motor diesel e o compressor do
jateamento.
97
____________________________
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101
__________________________________________ ANEXOS
ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO REALIZADO
QUESTIONÁRIO
Nome:__________________________________________________Idade:_______
Função:_____________________________________________________________
Atividade que trabalha _________________________________________________
1- Em que grau o ruído causa incômodo no seu trabalho:
( ) Não causa incômodo ( ) Pouco ( ) moderado ( ) muito
2-Você teve algum tipo de treinamento sobre conservação auditiva?
( ) Sim ( ) Não
3-Voce tem alguma sugestão para melhorar o ruído no seu local de trabalho?
( ) Sim ( ) Não
Caso positivo qual?____________________________________________________
4- A empresa fornece protetor auricular adequadamente?
( ) Sim ( ) Não
5- Foi explicado como usar corretamente o protetor auricular?
( ) Sim ( ) não
6- Com relação ao protetor auricular. Marque quantas alternativas quiser.
( ) Você usa porque é obrigado.
( ) Uso porque gosto
( ) Uso algumas vezes durante o trabalho
( ) Uso sempre que estou exposto aos ruídos da atividade
( ) Uso mas me sinto um pouco incomodado
( ) Uso mas me sinto um muito incomodado
( ) Não faço uso do protetor auricular
( ) O uso do protetor é indiferente
7- Há quanto tempo você trabalha nesse tipo de
atividade?__________________________________________________________
102
8- Qual a sensação auditiva após o trabalho?
( ) Nenhuma ( ) Zumbido ( ) Nervosismo/ Irritação
( ) Dor de Cabeça ( ) Pressão no Ouvido
( ) Cansaço ( ) Tontura ( ) Outros: Especificar _______________________________
9- Que horário do dia o ruído incomoda mais?
( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Mesmo incomodo pela Manhã e Tarde
10- Na sua casa você liga o volume do som em nível mais alto que seus familiares?
( ) Sim ( ) Não
11- Eles reclamam que você não os escuta?
( ) Sim ( ) Não
12- Quando você escuta algum tipo de som as pessoas pedem para você baixar o
volume? ( ) Sim ( ) Não
13- Alguma vez teve infecção ou dor no ouvido?
( ) Sim ( ) Não
14- Já fez algum exame audiométrico?
( ) Sim ( ) Não
15- Você já teve comprometimento de voz?
( ) Sim ( ) Não
16- Você tem algum problema vocal?
( ) Coceira ( ) Perda de voz ( ) Dor de garganta ( ) Rouquidão ( ) Pressão na
garganta
( ) Pigarro ( ) Nenhum ( ) Outros: especificar _______________________________
17- Os problemas ocorrem:
( ) Durante o serviço ( ) Após o serviço ( ) Durante e após
18- Você já teve alguma avaliação de um fonoaudiólogo?
( ) Sim ( ) Não
Em caso de positivo foi constatado alguma irregularidade na sua voz?
( ) Sim ( ) Não
Em caso de positivo quais recomendações foram dadas:______________________
19- As noites que você não trabalha durante o dia são mais tranqüilas?
( ) Sim ( ) Não ( ) são iguais
__________________________________________
Assinatura
103
ANEXO 2 – LAUDO TÉCNICO DE INSALUBRIDADE
LAUDO TÉCNICO DE DOSIMETRIA
Norma do INSS para confecção de LTCAT
(Laudo Técnico das Condições no Ambiente de Trabalho)
ATIVIDADE: Soldagem
FUNÇÃO: Soldador
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: Executa operações de solda em estruturas
metálicas, regulando a amperagem e voltagem da quina de solda, escolhendo
eletrodo adequado, fixando-o no alicate e iniciando a operação de solda com
eletrodo revestido ou TIG (tungstênio inert gás) propriamente dita, através de
aplicações sucessivas do eletrodo contra o material até obter uma camada
uniforme e compacta de solda. Faz inspeção visual e testa com martelo próprio,
para constatar a perfeita penetração da solda durante sua aplicação; corta chapas
e peças em geral, aplicando a chama do maçarico na linha de corte do material até
obter sua perfuração. Auxilia os armadores nos trabalhos de montagem e/ou
instalação destes componentes. Limpa superfícies soldadas no decorrer da
operação e para dar acabamento final no serviço. Remove respingos e excesso de
solda com talhadeira, escova de aço e lixadeira.
RESULTADO OBTIDOS:
DOSÍMETRIA DE RUIDO
DATA INÍCIO TEMPO DE
AVALIAÇÃO
LAVG dB (A) DOSE
PARA 8
HORAS -%
15/09/09 07:37 h
09:08 h 89,94 220,0
TIPO DE
EXPOSIÇÃO
( X) Habitual ( X) Permanente
( ) Eventual ( ) Intermitente
MEDIDA DE CONTROLE ESPECÍFICA ADOTADA
Treinamento de Segurança;
Exames Médicos.
Manutenção preventiva e corretiva
Uso de protetor auricular
104
CONCLUSÃO
Conforme anexo 1 da NR da portaria 3.214/78, o nível de ruído foi superior ao
limite de tolerância 89,94 dB(A). No entanto a empresa adota medidas de controle
individual para atividade através da utilização dos protetores auriculares, possuindo
cada atenuação especifica de 13 dB (A) e 17 dB ( a ) ( NRRsf). Com a utilização
efetiva do protetor, o nível de pressão sonora cai para 76,94 dB (A) e 72,94 dB (A)
respectivamente, significa que esse trabalhador realiza sua atividade devidamente
protegido. No dia da avaliação o funcionário estava devidamente protegido com o
protetor auricular tipo concha cujo fabricante é a Agena - Indústria de Equipamento
de Proteção Individual, com CA nº269 NRRsf 13 dB (A), Salientamos que, nesta
função é obrigado o uso continuo do protetor auricular com NRRsf igual ou superior
a 5 dB (A) para que a atividade permaneça SALUBRE.
___________________________________________________________
Rogério Suzano Vieira
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA 6521-D
105
ANEXO 3 – REGISTRO DAS MEDIÇÕES DE RUÍDO NAS OPERAÇÕES DE
JATEAMENTO E SOLDAGEM.
Medição 1
Atividade
Data da
medição
Valor
Max.
(dBA)
Local
(Km)
Nível de
Critério
(dBA)
Hora
de
início
(h)
Hora de
finalização
(h)
Dose P/
08:00h
Leq(A)
dB(A)
Soldagem 17/07/2009 111,0 42 85 15:49 16:14 104,2 105,5
RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
EMPRESA: Encalso Construções Ltda.
Registros Data Hora dBA "
"1 2009/07/17 15:49:30,0 92.2 "
"2 2009/07/17 15:50:30,0 110.9 "
"3 2009/07/17 15:51:30,0 110.8 "
"4 2009/07/17 15:52:30,0 104.4 "
"5 2009/07/17 15:53:30,0 104.8 "
"6 2009/07/17 15:54:30,0 110.8 "
"7 2009/07/17 15:55:30,0 111.0 "
"8 2009/07/17 15:56:30,0 101.7 "
"9 2009/07/17 15:57:30,0 101.8 "
"10 2009/07/17 15:58:30,0 104.8 "
"11 2009/07/17 15:59:30,0 104.6 "
"12 2009/07/17 16:00:30,0 104.7 "
"13 2009/07/17 16:01:30,0 101.8 "
"14 2009/07/17 16:02:30,0 104.7"
"15 2009/07/17 16:03:30,0 104.4"
"16 2009/07/17 16:04:30,0 101.8"
"17 2009/07/17 16:05:30,0 101.9"
"18 2009/07/17 16:06:30,0 101.8"
"19 2009/07/17 16:07:30,0 101.9"
"20 2009/07/17 16:08:30,0 105.0"
"21 2009/07/17 16:09:30,0 101.9"
"22 2009/07/17 16:10:30,0 102.0"
"23 2009/07/17 16:11:30,0 102.1"
"24 2009/07/17 16:12:30,0 102.0"
"25 2009/07/17 16:13:30,0 102.1"
"26 2009/07/17 16:14:30,0 102.0
"
Histograma
106
Medição 2
RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
EMPRESA: Encalso Construções Ltda
.
"Registros Data Hora dBA "
"1 2009/07/14 14:36:32,0 67.9 "
"2 2009/07/14 14:37:32,0 95.0 "
"3 2009/07/14 14:38:32,0 104.8 "
"4 2009/07/14 14:39:32,0 105.1 "
"5 2009/07/14 14:40:32,0 105.2 "
"6 2009/07/14 14:41:32,0 96.8 "
"7 2009/07/14 14:42:32,0 103.3 "
"8 2009/07/14 14:43:32,0 96.8 "
"9 2009/07/14 14:44:32,0 105.4 "
"10 2009/07/14 14:45:32,0 103.7 "
"11 2009/07/14 14:46:32,0 103.6 "
"12 2009/07/14 14:47:32,0 105.6 "
"13 2009/07/14 14:48:32,0 105.5 "
"14 2009/07/14 14:49:32,0 105.2 "
"15 2009/07/14 14:50:32,0 96.5 "
"16 2009/07/14 14:51:32,0 96.5 "
"17 2009/07/14 14:52:32,0 96.5 "
"18 2009/07/14 14:53:32,0 104.9 "
"19 2009/07/14 14:54:32,0 94.5 "
"20 2009/07/14 14:55:32,0 100.5 "
"21 2009/07/14 14:56:32,0 101.9 "
"22 2009/07/14 14:57:32,0 100.9 "
"23 2009/07/14 14:58:32,0 99.3 "
"24 2009/07/14 14:59:32,0 92.5 "
"25 2009/07/14 15:00:32,0 81.7"
"26 2009/07/14 15:01:32,0 107.4"
"27 2009/07/14 15:02:32,0 108.1"
"28 2009/07/14 15:03:32,0 108.5"
"29 2009/07/14 15:04:32,0 107.8"
"30 2009/07/14 15:05:32,0 98.4"
"31 2009/07/14 15:06:32,0 97.5"
"32 2009/07/14 15:07:32,0 97.6"
"33 2009/07/14 15:08:32,0 97.1"
"34 2009/07/14 15:09:32,0 107.7"
"35 2009/07/14 15:10:32,0 107.5"
"36 2009/07/14 15:11:32,0 108.3"
"37 2009/07/14 15:12:32,0 108.1"
"38 2009/07/14 15:13:32,0 107.6"
"39 2009/07/14 15:14:32,0 108.8"
"40 2009/07/14 15:15:32,0 98.4"
"41 2009/07/14 15:16:32,0 98.2"
"42 2009/07/14 15:17:32,0 98.4"
"43 2009/07/14 15:18:32,0 108.2"
"44 2009/07/14 15:19:32,0 108.3"
"45 2009/07/14 15:20:32,0 108.8"
"46 2009/07/14 15:21:32,0 108.7"
"47 2009/07/14 15:22:32,0 109.0"
Histograma
Atividade
Data da
medição
Valor
Max.
(dBA)
Local
(Km)
Nível de
Critério
(dBA)
Hora
de
início
(h)
Hora de
finalização
(h)
Dose P/
08:00h
Leq(A)
dB(A)
Soldagem 14/07/2009 109,0 39 85 14:36 15:22 141,3 103,7
107
Medição 3
RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
EMPRESA: Encalso Construções Ltda.
"Registros Data Hora dBA "
"1 2009/08/04 08:19:30,0 70.9 "
"2 2009/08/04 08:20:30,0 101.6 "
"3 2009/08/04 08:21:30,0 107.2 "
"4 2009/08/04 08:22:30,0 106.0 "
"5 2009/08/04 08:23:30,0 106.2 "
"6 2009/08/04 08:24:30,0 105.7 "
"7 2009/08/04 08:25:30,0 105.7 "
"8 2009/08/04 08:26:30,0 105.9 "
"9 2009/08/04 08:27:30,0 105.6 "
"10 2009/08/04 08:28:30,0 105.7 "
"11 2009/08/04 08:29:30,0 105.3 "
"12 2009/08/04 08:30:30,0 105.4 "
"13 2009/08/04 08:31:30,0 105.5 "
"14 2009/08/04 08:32:30,0 105.2 "
"15 2009/08/04 08:33:30,0 105.5 "
"16 2009/08/04 08:34:30,0 99.1 "
"17 2009/08/04 08:35:30,0 110.9 "
"18 2009/08/04 08:36:30,0 106.3 "
"19 2009/08/04 08:37:30,0 106.7"
"20 2009/08/04 08:38:30,0 106.6"
"21 2009/08/04 08:39:30,0 106.5"
"22 2009/08/04 08:40:30,0 106.5"
"23 2009/08/04 08:41:30,0 106.6"
"24 2009/08/04 08:42:30,0 105.2"
"25 2009/08/04 08:43:30,0 105.0"
"26 2009/08/04 08:44:30,0 105.3"
"27 2009/08/04 08:45:30,0 104.9"
"28 2009/08/04 08:46:30,0 105.3"
"29 2009/08/04 08:47:30,0 103.0"
"30 2009/08/04 08:48:30,0 106.3"
"31 2009/08/04 08:49:30,0 106.5"
"32 2009/08/04 08:50:30,0 106.4"
"33 2009/08/04 08:51:30,0 106.3"
"34 2009/08/04 08:52:30,0 106.3"
"35 2009/08/04 08:53:30,0 106.0"
"36 2009/08/04 08:54:30,0 121.8"
Histograma
Atividade
Data da
medição
Valor
Max.
(dBA)
Local
(Km)
Nível de
Critério
(dBA)
Hora
de
início
(h)
Hora de
finalização
(h)
Dose P/
08:00h
Leq(A)
dB(A)
Soldagem 04/08/2009 121,8 26 85 08:19 08:54 92,5 106,6
108
Medição 4
Atividade
Data da
medição
Valor
Max.
(dBA)
Local
(Km)
Nível de
Critério
(dBA)
Hora
de
início
(h)
Hora de
finalização
(h)
Dose P/
08:00h
Leq(A)
dB(A)
Soldagem 04/08/2009 109,2 27 85 09:00 09:13 89,60 108,0
RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
EMPRESA: Encalso Construções Ltda.
"Registros Data Hora dBA "
"1 2009/08/04 09:00:28,0 83.2 "
"2 2009/08/04 09:01:28,0 109.8 "
"3 2009/08/04 09:02:28,0 107.7 "
"4 2009/08/04 09:03:28,0 107.6 "
"5 2009/08/04 09:04:28,0 107.7 "
"6 2009/08/04 09:05:28,0 107.6 "
"7 2009/08/04 09:06:28,0 107.9 "
"8 2009/08/04 09:07:28,0 107.9 "
"9 2009/08/04 09:08:28,0 107.8 "
"10 2009/08/04 09:09:28,0 107.8 "
"11 2009/08/04 09:10:28,0 107.9 "
"12 2009/08/04 09:11:28,0 109.1 "
"13 2009/08/04 09:12:28,0 109.2 "
"14 2009/08/04 09:13:28,0 109.1 "
Histograma
109
Medição 5
Atividade
Data da
medição
Valor
Max.
(dBA)
Local
(Km)
Nível de
Critério
(dBA)
Hora
de
início
(h)
Hora de
finalização
(h)
Dose P/
08:00h
Leq(A)
dB(A)
Soldagem 06/08/2009 111,6 14 85 10:03 10:29 104,2 111,0
RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
EMPRESA: Encalso Construções Ltda.
"Registros Data Hora dBA "
"1 2009/08/04 10:03:35,0 86.6 "
"2 2009/08/04 10:04:35,0 110.0 "
"3 2009/08/04 10:05:35,0 110.3 "
"4 2009/08/04 10:06:35,0 110.0 "
"5 2009/08/04 10:07:35,0 111.0 "
"6 2009/08/04 10:08:35,0 110.3 "
"7 2009/08/04 10:09:35,0 105.5 "
"8 2009/08/04 10:10:35,0 105.6 "
"9 2009/08/04 10:11:35,0 111.1 "
"10 2009/08/04 10:12:35,0 109.9 "
"11 2009/08/04 10:13:35,0 105.7 "
"12 2009/08/04 10:14:35,0 111.1 "
"13 2009/08/04 10:15:35,0 111.2 "
"14 2009/08/04 10:16:35,0 110.9 "
"15 2009/08/04 10:17:35,0 111.2 "
"16 2009/08/04 10:18:35,0 111.0 "
"17 2009/08/04 10:19:35,0 111.1 "
"18 2009/08/04 10:20:35,0 111.4 "
"19 2009/08/04 10:21:35,0 111.6 "
"20 2009/08/04 10:22:35,0 111.2 "
"21 2009/08/04 10:23:35,0 111.3 "
"22 2009/08/04 10:24:35,0 111.5 "
"23 2009/08/04 10:25:35,0 110.8 "
"24 2009/08/04 10:26:35,0 111.1 "
"25 2009/08/04 10:27:35,0 111.2 "
"26 2009/08/04 10:28:35,0 111.4 "
"27 2009/08/04 10:29:35,0 111.2 "
Histograma
110
Medição 6
Atividade
Data da
medição
Valor
Max.
(dBA)
Local
(Km)
Nível de
Critério
(dBA)
Hora de
início
(h)
Hora de
finalização
(h)
Dose P/
08:00h
Leq(A)
dB(A)
Jateamento 12/07/2009 99,4 40 85 16:50 17:05 75,8 91,7
RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
EMPRESA: Encalso Construções Ltda.
"Registros Data Hora dBA "
"1 2009/07/17 16:50:19,0 70.3 "
"2 2009/07/17 16:51:19,0 98.5 "
"3 2009/07/17 16:52:19,0 97.4 "
"4 2009/07/17 16:53:19,0 97.8 "
"5 2009/07/17 16:54:19,0 91.4 "
"6 2009/07/17 16:55:19,0 91.4 "
"7 2009/07/17 16:56:19,0 91.8 "
"8 2009/07/17 16:57:19,0 91.7 "
"9 2009/07/17 16:58:19,0 92.0 "
"10 2009/07/17 16:59:19,0 99.4 "
"11 2009/07/17 17:00:19,0 98.3 "
"12 2009/07/17 17:01:19,0 98.4 "
"13 2009/07/17 17:02:19,0 97.1 "
"14 2009/07/17 17:03:19,0 91.6 "
"15 2009/07/17 17:04:19,0 67.9 "
"16 2009/07/17 17:05:19,0 67.9 "
Histograma
111
Medição 7
Atividade
Data da
medição
Valor
Max.
(dBA)
Local
(Km)
Nível de
Critério
(dBA)
Hora
de
início
(h)
Hora de
finalização
(h)
Dose P/
08:00h
Leq(A)
dB(A)
Jateamento 20/07/2009 105,4 50 85 09:35 09:49 86,3 99,9
RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
EMPRESA: Encalso Construções Ltda.
"Registros Data Hora dBA "
"1 2009/08/04 09:35:48,0 74.8 "
"2 2009/08/04 09:36:48,0 98.3 "
"3 2009/08/04 09:37:48,0 98.1 "
"4 2009/08/04 09:38:48,0 98.1 "
"5 2009/08/04 09:39:48,0 98.0 "
"6 2009/08/04 09:40:48,0 105.3 "
"7 2009/08/04 09:41:48,0 100.9 "
"8 2009/08/04 09:42:48,0 105.1 "
"9 2009/08/04 09:43:48,0 105.4 "
"10 2009/08/04 09:44:48,0 104.9 "
"11 2009/08/04 09:45:48,0 104.4 "
"12 2009/08/04 09:46:48,0 100.5 "
"13 2009/08/04 09:47:48,0 104.3 "
"14 2009/08/04 09:48:48,0 104.7 "
"15 2009/08/04 09:49:48,0 73.6 "
Histograma
112
Medição 8
Atividade
Data da
medição
Valor
Max.
(dBA)
Local
(Km)
Nível de
Critério
(dBA)
Hora
de
início
(h)
Hora de
finalização
(h)
Dose P/
08:00h
Leq(A)
dB(A)
Jateamento 18/07/2009 121,5 40 85 16:24 17:00 85,6 98,9
RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
EMPRESA: Encalso Construções Ltda.
"Registros Data Hora dB(A) "
"1 2009/07/14 16:24:41,0 75.4 "
"2 2009/07/14 16:25:41,0 94.4 "
"3 2009/07/14 16:26:41,0 101.3 "
"4 2009/07/14 16:27:41,0 121.5 "
"5 2009/07/14 16:28:41,0 104.5 "
"6 2009/07/14 16:29:41,0 103.4 "
"7 2009/07/14 16:30:41,0 89.5 "
"8 2009/07/14 16:31:41,0 96.8 "
"9 2009/07/14 16:32:41,0 93.3 "
"10 2009/07/14 16:33:41,0 93.7 "
"11 2009/07/14 16:34:41,0 93.8 "
"12 2009/07/14 16:35:41,0 94.2 "
"13 2009/07/14 16:36:41,0 94.3 "
"14 2009/07/14 16:37:41,0 94.2 "
"15 2009/07/14 16:38:41,0 95.5 "
"16 2009/07/14 16:39:41,0 101.1 "
"17 2009/07/14 16:40:41,0 101.4 "
"18 2009/07/14 16:41:41,0 101.5 "
"19 2009/07/14 16:42:41,0 95.5"
"20 2009/07/14 16:43:41,0 95.8"
"21 2009/07/14 16:44:41,0 95.0"
"22 2009/07/14 16:45:41,0 102.6"
"23 2009/07/14 16:46:41,0 101.8"
"24 2009/07/14 16:47:41,0 95.4"
"25 2009/07/14 16:48:41,0 95.3"
"26 2009/07/14 16:49:41,0 95.6"
"27 2009/07/14 16:50:41,0 103.1"
"28 2009/07/14 16:51:41,0 94.8"
"29 2009/07/14 16:52:41,0 94.5"
"30 2009/07/14 16:53:41,0 95.0"
"31 2009/07/14 16:54:41,0 95.5"
"32 2009/07/14 16:55:41,0 94.7"
"33 2009/07/14 16:56:41,0 94.9"
"34 2009/07/14 16:57:41,0 94.4"
"35 2009/07/14 16:58:41,0 100.2"
"36 2009/07/14 16:59:41,0 100.2"
"37 2009/07/14 17:00:41,0 103.6"
Histograma
113
ANEXO 4 - RESULTADO DOS VALORES DE RUÍDO MEDIDOS PARA EFEITOS
DE PERDA AUDITIVA.
Atividade
Data da
medição
Valor
Max.
(dBA)
Local
(Km)
Nível de
Critério
(dBA)
Hora
de
início
(h)
Hora de
finalização
(h)
Dose P/
08:00h
Leq(A)
dB(A)
Soldagem 15/09/2009 119,1 42 85 07:36 16:46 220,0 89,4
RESULT
ADOS DAS MEDIÇÕES
Empresa: Encalso Construções Ltda.
Registros Data Hora dB(A)
“1 09/09/15 07:37:32,0 67.9"
"2 09/09/15 07:38:32,0 88.2"
"3 09/09/15 07:39:32,0 71.4"
"4 09/09/15 07:40:32,0 71.8"
"5 09/09/15 07:41:32,0 67.9"
"6 09/09/15 07:42:32,0 78.9"
"7 09/09/15 07:43:32,0 105.9"
"8 09/09/15 07:44:32,0 111.8"
"9 09/09/15 07:45:32,0 99.4"
"10 09/09/15 07:46:32,0 116.5"
"11 09/09/15 07:47:32,0 102.3"
"12 09/09/15 07:48:32,0 87.2"
"13 09/09/15 07:49:32,0 104.1"
"14 09/09/15 07:50:32,0 94.0"
"15 09/09/15 07:51:32,0 77.3"
"16 09/09/15 07:52:32,0 91.3"
"17 09/09/15 07:53:32,0 110.4"
"18 09/09/15 07:54:32,0 83.2"
"19 09/09/15 07:55:32,0 85.5"
"20 09/09/15 07:56:32,0 78.9"
"21 09/09/15 07:57:32,0 94.9"
"22 09/09/15 07:58:32,0 77.1"
"23 09/09/15 07:59:32,0 80.2"
"24 09/09/15 08:00:32,0 81.5"
"25 09/09/15 08:01:32,0 71.8"
"26 09/09/15 08:02:32,0 90.0"
"27 09/09/15 08:03:32,0 91.4"
"28 09/09/15 08:04:32,0 90.2"
"29 09/09/15 08:05:32,0 91.4"
"30 09/09/15 08:06:32,0 118.3"
"31 09/09/15 08:07:32,0 67.9"
"32 09/09/15 08:08:32,0 67.9"
"33 09/09/15 08:09:32,0 105.6"
"34 09/09/15 08:10:32,0 124.2"
"35 09/09/15 08:11:32,0 67.9"
"36 09/09/15 08:12:32,0 98.0"
"37 09/09/15 08:13:32,0 74.6"
"38 09/09/15 08:14:32,0 80.7"
"39 09/09/15 08:15:32,0 84.6"
"40 09/09/15 08:16:32,0 74.5"
"41 09/09/15 08:17:32,0 86.1"
"42 09/09/15 08:18:32,0 86.1"
"43 09/09/15 08:19:32,0 85.3"
"44 09/09/15 08:20:32,0 78.4"
"45 09/09/15 08:21:32,0 81.9"
"46 09/09/15 08:22:32,0 78.7"
"47 09/09/15 08:23:32,0 112.1"
"48 09/09/15 08:24:32,0 67.9"
"49 09/09/15 08:25:32,0 118.4"
"50 09/09/15 08:26:32,0 93.7"
"51 09/09/15 08:27:32,0 67.9"
"52 09/09/15 08:28:32,0 67.9"
"53 09/09/15 08:29:32,0 67.9"
"54 09/09/15 08:30:32,0 117.7"
"55 09/09/15 08:31:32,0 67.9"
"56 09/09/15 08:32:32,0 67.9"
"57 09/09/15 08:33:32,0 67.9"
"58 09/09/15 08:34:32,0 67.9"
"59 09/09/15 08:35:32,0 67.9"
"60 09/09/15 08:36:32,0 67.9"
114
"61 09/09/15 08:37:32,0 67.9"
"62 09/09/15 08:38:32,0 67.9"
"63 09/09/15 08:39:32,0 67.9"
"64 09/09/15 08:40:32,0 67.9"
"65 09/09/15 08:41:32,0 67.9"
"66 09/09/15 08:42:32,0 67.9"
"67 09/09/15 08:43:32,0 106.0"
"68 09/09/15 08:44:32,0 94.0"
"69 09/09/15 08:45:32,0 101.8"
"70 09/09/15 08:46:32,0 104.3"
"71 09/09/15 08:47:32,0 69.1"
"72 09/09/15 08:48:32,0 71.8"
"73 09/09/15 08:49:32,0 79.1"
"74 09/09/15 08:50:32,0 119.6"
"75 09/09/15 08:51:32,0 82.8"
"76 09/09/15 08:52:32,0 67.9"
"77 09/09/15 08:53:32,0 67.9"
"78 09/09/15 08:54:32,0 67.9"
"79 09/09/15 08:55:32,0 97.3"
"80 09/09/15 08:56:32,0 103.7"
"81 09/09/15 08:57:32,0 105.2"
"82 09/09/15 08:58:32,0 96.4"
"83 09/09/15 08:59:32,0 95.7"
"84 09/09/15 09:00:32,0 96.0"
"85 09/09/15 09:01:32,0 101.5"
"86 09/09/15 09:02:32,0 101.3"
"87 09/09/15 09:03:32,0 103.3"
"88 09/09/15 09:04:32,0 96.3"
"89 09/09/15 09:05:32,0 94.5"
"90 09/09/15 09:06:32,0 68.5"
"91 09/09/15 09:07:32,0 78.6"
"92 09/09/15 09:08:32,0 72.0"
"93 09/09/15 09:09:32,0 69.4"
"94 09/09/15 09:10:32,0 67.9"
"95 09/09/15 09:11:32,0 67.9"
"96 09/09/15 09:12:32,0 67.9"
"97 09/09/15 09:13:32,0 67.9"
"98 09/09/15 09:14:32,0 67.9"
"99 09/09/15 09:15:32,0 67.9"
"100 09/09/15 09:16:32,0 89.5"
"101 09/09/15 09:17:32,0 83.6"
"102 09/09/15 09:18:32,0 82.2"
"103 09/09/15 09:19:32,0 82.2"
"104 09/09/15 09:20:32,0 87.3"
"105 09/09/15 09:21:32,0 84.9"
"106 09/09/15 09:22:32,0 76.2"
"107 09/09/15 09:23:32,0 104.9"
"108 09/09/15 09:24:32,0 111.4"
"109 09/09/15 09:25:32,0 67.9"
"110 09/09/15 09:26:32,0 67.9"
"111 09/09/15 09:27:32,0 101.1"
"112 09/09/15 09:28:32,0 116.8"
"113 09/09/15 09:29:32,0 102.7"
"114 09/09/15 09:30:32,0 111.7"
"115 09/09/15 09:31:32,0 106.8"
"116 09/09/15 09:32:32,0 91.6"
"117 09/09/15 09:33:32,0 85.6"
"118 09/09/15 09:34:32,0 67.9"
"119 09/09/15 09:35:32,0 108.6"
"120 09/09/15 09:36:32,0 67.9"
"121 09/09/15 09:37:32,0 112.6"
"122 09/09/15 09:38:32,0 104.6"
"123 09/09/15 09:39:32,0 115.8"
"124 09/09/15 09:40:32,0 116.8"
"125 09/09/15 09:41:32,0 101.6"
"126 09/09/15 09:42:32,0 97.7"
"127 09/09/15 09:43:32,0 113.9"
"128 09/09/15 09:44:32,0 106.1"
"129 09/09/15 09:45:32,0 112.3"
"130 09/09/15 09:46:32,0 107.9"
"131 09/09/15 09:47:32,0 116.9"
"132 09/09/15 09:48:32,0 114.7"
"133 09/09/15 09:49:32,0 95.7"
"134 09/09/15 09:50:32,0 104.1"
"135 09/09/15 09:51:32,0 118.3"
"136 09/09/15 09:52:32,0 74.2"
"137 09/09/15 09:53:32,0 118.0"
"138 09/09/15 09:54:32,0 117.8"
"139 09/09/15 09:55:32,0 100.3"
"140 09/09/15 09:56:32,0 106.1"
"141 09/09/15 09:57:32,0 102.9"
"142 09/09/15 09:58:32,0 104.2"
"143 09/09/15 09:59:32,0 102.3"
"144 09/09/15 10:00:32,0 110.6"
"145 09/09/15 10:01:32,0 110.9"
"146 09/09/15 10:02:32,0 121.2"
"147 09/09/15 10:03:32,0 67.9"
"148 09/09/15 10:04:32,0 67.9"
"149 9/09/15 10:05:32,0 67.9"
"150 09/09/15 10:06:32,0 120.5"
"151 09/09/15 10:07:32,0 115.4"
"152 09/09/15 10:08:32,0 115.2"
"153 09/09/15 10:09:32,0 105.5"
"154 09/09/15 10:10:32,0 114.0"
"155 09/09/15 10:11:32,0 114.5"
"156 09/09/15 10:12:32,0 81.3"
"157 09/09/15 10:13:32,0 124.3"
"158 09/09/15 10:14:32,0 84.7"
"159 09/09/15 10:15:32,0 68.5"
"160 09/09/15 10:16:32,0 82.1"
"161 09/09/15 10:17:32,0 91.2"
115
"162 09/09/15 10:18:32,0 73.0"
"163 09/09/15 10:19:32,0 84.6"
"164 09/09/15 10:20:32,0 77.6"
"165 09/09/15 10:21:32,0 90.9"
"166 09/09/15 10:22:32,0 96.2"
"167 09/09/15 10:23:32,0 90.2"
"168 09/09/15 10:24:32,0 82.5"
"169 09/09/15 10:25:32,0 94.6"
"170 09/09/15 10:26:32,0 87.9"
"171 09/09/15 10:27:32,0 91.2"
"172 09/09/15 10:28:32,0 92.1"
"173 09/09/15 10:29:32,0 104.7"
"174 09/09/15 10:30:32,0 98.8"
"175 09/09/15 10:31:32,0 84.9"
"176 09/09/15 10:32:32,0 93.4"
"177 09/09/15 10:33:32,0 95.3"
"178 09/09/15 10:34:32,0 92.2"
"179 09/09/15 10:35:32,0 85.6"
"180 09/09/15 10:36:32,0 95.7"
"181 09/09/15 10:37:32,0 106.7"
"182 09/09/15 10:38:32,0 104.4"
"183 09/09/15 10:39:32,0 103.1"
"184 09/09/15 10:40:32,0 116.9"
"185 09/09/15 10:41:32,0 95.6"
"186 09/09/15 10:42:32,0 94.3"
"187 09/09/15 10:43:32,0 95.4"
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"441 09/09/15 14:57:32,0 67.9"
"442 09/09/15 14:58:32,0 67.9"
"443 09/09/15 14:59:32,0 79.6"
"444 09/09/15 15:00:32,0 67.9"
"445 09/09/15 15:01:32,0 80.7"
"446 09/09/15 15:02:32,0 86.7"
"447 09/09/15 15:03:32,0 71.5"
"448 09/09/15 15:04:32,0 67.9"
"449 09/09/15 15:05:32,0 67.9"
"450 09/09/15 15:06:32,0 67.9"
"451 09/09/15 15:07:32,0 67.9"
"452 09/09/15 15:08:32,0 97.4"
"453 09/09/15 15:09:32,0 67.9"
"454 09/09/15 15:10:32,0 67.9"
"455 09/09/15 15:11:32,0 115.7"
"456 09/09/15 15:12:32,0 112.6"
"457 09/09/15 15:13:32,0 119.1"
"458 09/09/15 15:14:32,0 90.1"
"459 09/09/15 15:15:32,0 67.9"
"460 09/09/15 15:16:32,0 67.9"
"461 09/09/15 15:17:32,0 67.9"
"462 09/09/15 15:18:32,0 67.9"
"463 09/09/15 15:19:32,0 87.9"
"464 09/09/15 15:20:32,0 70.2"
118
"465 09/09/15 15:21:32,0 67.9"
"466 09/09/15 15:22:32,0 67.9"
"467 09/09/15 15:23:32,0 83.2"
"468 09/09/15 15:24:32,0 95.7"
"469 09/09/15 15:25:32,0 67.9"
"470 09/09/15 15:26:32,0 76.5"
"471 09/09/15 15:27:32,0 70.2"
"472 09/09/15 15:28:32,0 74.3"
"473 09/09/15 15:29:32,0 67.9"
"474 09/09/15 15:30:32,0 67.9"
"475 09/09/15 15:31:32,0 89.1"
"476 09/09/15 15:32:32,0 67.9"
"477 09/09/15 15:33:32,0 67.9"
"478 09/09/15 15:34:32,0 67.9"
"479 09/09/15 15:35:32,0 83.8"
"480 09/09/15 15:36:32,0 89.6"
"481 09/09/15 15:37:32,0 70.0"
"482 09/09/15 15:38:32,0 94.4"
"483 09/09/15 15:39:32,0 112.0"
"484 09/09/15 15:40:32,0 97.9"
"485 09/09/15 15:41:32,0 83.7"
"486 09/09/15 15:42:32,0 82.0"
"487 09/09/15 15:43:32,0 73.8"
"488 09/09/15 15:44:32,0 69.8"
"489 09/09/15 15:45:32,0 70.5"
"490 09/09/15 15:46:32,0 70.9"
"491 09/09/15 15:47:32,0 82.0"
"492 09/09/15 15:48:32,0 111.0"
"493 09/09/15 15:49:32,0 115.0"
"494 09/09/15 15:50:32,0 119.0"
"495 09/09/15 15:51:32,0 76.0"
"496 09/09/15 15:52:32,0 104.0"
"497 09/09/15 15:53:32,0 78.4"
"498 09/09/15 15:54:32,0 76.4"
"499 09/09/15 15:55:32,0 115.0"
"500 09/09/15 15:56:32,0 67.9"
"501 09/09/15 15:57:32,0 72.7"
"502 09/09/15 15:58:32,0 94.2"
"503 09/09/15 15:59:32,0 91.7"
"504 09/09/15 16:00:32,0 113.8"
"505 09/09/15 16:01:32,0 93.9"
"506 09/09/15 16:02:32,0 67.9"
"507 09/09/15 16:03:32,0 67.9"
"508 09/09/15 16:04:32,0 67.9"
"509 09/09/15 16:05:32,0 67.9"
"510 09/09/15 16:06:32,0 80.9"
"511 09/09/15 16:07:32,0 99.9"
"512 09/09/15 16:08:32,0 99.9"
"513 09/09/15 16:09:32,0 87.4"
"514 09/09/15 16:10:32,0 94.2"
"515 09/09/15 16:11:32,0 97.6"
"516 09/09/15 16:12:32,0 85.2"
"517 09/09/15 16:13:32,0 96.1"
"518 09/09/15 16:14:32,0 93.4"
"519 09/09/15 16:15:32,0 114.6"
"520 09/09/15 16:16:32,0 93.1"
"521 09/09/15 16:17:32,0 81.0"
"522 09/09/15 16:18:32,0 82.1"
"523 09/09/15 16:19:32,0 97.4"
"524 09/09/15 16:20:32,0 83.7"
"525 09/09/15 16:21:32,0 88.4"
"526 09/09/15 16:22:32,0 91.1"
"527 09/09/15 16:23:32,0 99.4"
"528 09/09/15 16:24:32,0 91.9"
"529 09/09/15 16:25:32,0 95.1"
"530 09/09/15 16:26:32,0 92.2"
"531 09/09/15 16:27:32,0 95.7"
"532 09/09/15 16:28:32,0 76.6"
"533 09/09/15 16:29:32,0 70.8"
"534 09/09/15 16:30:32,0 83.0"
"535 09/09/15 16:31:32,0 81.9"
"536 09/09/15 16:32:32,0 67.9"
"537 09/09/15 16:33:32,0 83.2"
"538 09/09/15 16:34:32,0 88.9"
"539 09/09/15 16:35:32,0 87.4"
"540 09/09/15 16:36:32,0 85.3"
"541 09/09/15 16:37:32,0 89.8"
"542 09/09/15 16:38:32,0 81.5"
"543 09/09/15 16:39:32,0 98.5"
"544 09/09/15 16:40:32,0 97.7"
"545 09/09/15 16:41:32,0 68.2"
"546 09/09/15 16:42:32,0 81.5"
"547 09/09/15 16:43:32,0 87.1"
"548 09/09/15 16:44:32,0 116.2"
"549 09/09/15 16:45:32,0 92.4"
119
ANEXO 5 TABELAS DE VALORES LIMITES DAS NBR 10151 E 10152
Tabela 5.1 - Intervalos apropriados para o Nível de Ruído Ambiente L
ra
, em dB(A), num
recinto de edificação, conforme a finalidade mais característica de utilização desse recinto
Tipo de recinto
Nível de ruído
ambiente
L
ra
em dB(A)
Academias de ginástica (procure pelo tipo de recinto específico da academia)
Anfiteatros para esportes, shows, e cultos religiosos (sem ocupação) 40 – 55
Auditórios para música sinfônica e ópera (sem ocupação)
25
Auditório para palestras (sem ocupação) 30-40
Auditórios (outros/sem ocupação) 25-35
Berçários e creches (sem ocupação) 30-40
Bibliotecas 35-45
Cinemas (sem ocupação) 30-40
Clínicas (procure pelo tipo de recinto da clínica)
Clubes (procure pelo tipo de recinto do clube)
Consultórios de fonoaudiologia (sem ocupação)
30
Consultórios de psicoterapia (sem ocupação)
35
Consultórios médicos e dentários (sem ocupação) 35-45
Enfermarias em hospitais 35-45
Escolas (procure pelo recinto escolar específico)
Escritórios para projeto 40-50
Escritórios privativos (sem ocupação) 35-45
Escritórios de atividades diversas 45-55
Estúdios grandes para rádio, TV e gravação (sem ocupação)
30
Estúdios pequenos para rádio, TV e gravação (sem ocupação)
35
Ginásios para esporte (procure “Anfiteatros para esporte”)
Hospitais (procure pelo recinto hospitalar específico)
Hotéis (procure pelo tipo do recinto do hotel)
Igrejas (sem ocupação)
40
Laboratórios 45-55
Lojas de departamentos e lojas em shopping Center 40-50
Lojas de promoções 50-60
Lojas de eletrodomésticos 55-65
Museus (sem ocupação)
40
Quartos em apartamentos residenciais e em hotéis (sem ocupação) 30-40
Quartos em hospitais 35-45
Restaurantes intimistas 35-45
Restaurantes populares 50-60
120
Tabela 5.2 - Intervalos apropriados para o Nível de Ruído Ambiente L
ra
, em dB(A), num
recinto de edificação, conforme a finalidade mais característica de utilização desse recinto
(continuação)
Tipo de recinto
Nível de ruído
ambiente
L
ra
em dB(A)
Restaurantes (outros), refeitórios, cantinas e lanchonetes 40-50
Saguões de aeroportos, estações rodoviárias, metroviárias e ferroviárias 50-60
Saguões em geral 45-55
Salas de dança e ginástica rítmica em academias (sem ocupação) 40-50
Salas de espera 40-50
Salas de estar em residências (sem ocupação) 35-45
Salas de jogos (outros) 45-55
Salas de treino e competição em academias (sem ocupação) 45-55
Salas de música, TV e home theater 30-40
Salas de reunião 30-40
Salas de cirurgia 30-40
Salas de computadores 45-60
Teatros 25-35
Fonte NBR 10152
Tabela 5.3 Nível Critério de Avaliação NCA para ambientes externos, em dB(A)
Tipos de áreas Diurno Noturno
Áreas de sítios e fazendas 40 35
Vizinhanças de hospitais (200 m além divisa) 45 40
Área estritamente residencial urbana 50 45
Área mista, predominantemente residencial, sem corredores de
trânsito
55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativa, sem corredores
de trânsito
60 55
Área mista, com vocação recreacional, sem corredores de trânsito 65 55
Área mista até 40 m ao longo das laterais de um corredor de trânsito 70 55
Área predominantemente industrial 70 60
Fonte NBR 10151
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