Download PDF
ads:
Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
Departamento de Química
Programa de Pós-Graduação em Química
“Estudos sobre a síntese de elagitaninos”
Marcelo Rodrigues de Carvalho
Dissertação apresentada à Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, como parte das
exigências para a obtenção do título de Mestre em
Ciências, Área: Química
RIBEIRÃO PRETO -SP
2010
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
Departamento de Química
Programa de Pós-Graduação em Química
“Estudos sobre a síntese de elagitaninos”
Marcelo Rodrigues de Carvalho
Orientador: Prof. Dr. Gil Valdo José da Silva
Dissertação apresentada à Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, como parte das
exigências para a obtenção do título de Mestre em
Ciências, Área: Química
RIBEIRÃO PRETO -SP
2010
ads:
FICHA CATALOGRÁFICA
Carvalho, Marcelo Rodrigues
“Estudos sobre a síntese de elagitaninos”
Ribeirão Preto, 2010.
141 p. : il. ; 30cm
Dissertação de Mestrado, apresentada à Faculdade Filosofia Ciências e
Letras. de Ribeirão Preto/USP – Área de concentração: Química Orgânica.
Orientador; Gil Valdo José da Silva.
1. elagitaninos. 2. carboidratos. 3. síntese. 4.vescalina.
"É melhor tentar e falhar,
que preocupar-se e ver a vida passar;
é melhor tentar, ainda que em vão,
que sentar-se fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar,
que em dias tristes em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco,
que em conformidade viver ..."
Martin Luther King
Dedicatória
DedicatóriaDedicatória
Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais, Ivete e Evaldo,.
Dedico este trabalho aos meus pais, Ivete e Evaldo,.Dedico este trabalho aos meus pais, Ivete e Evaldo,.
Dedico este trabalho aos meus pais, Ivete e Evaldo,.
Ao meu avô Lázaro Rodrigues de Carvalho (in memorian)
Ao meu avô Lázaro Rodrigues de Carvalho (in memorian)Ao meu avô Lázaro Rodrigues de Carvalho (in memorian)
Ao meu avô Lázaro Rodrigues de Carvalho (in memorian)
Agradecimentos Especiais
Agradecimentos EspeciaisAgradecimentos Especiais
Agradecimentos Especiais
À Patrícia Betoni Momo por
À Patrícia Betoni Momo porÀ Patrícia Betoni Momo por
À Patrícia Betoni Momo por
todo carinho e apoio nas horas mais difíceis.
todo carinho e apoio nas horas mais difíceis. todo carinho e apoio nas horas mais difíceis.
todo carinho e apoio nas horas mais difíceis.
Agradecimentos:
Agradecimentos:Agradecimentos:
Agradecimentos:
Ao meu orientador, Prof. Dr. Gil Valdo José da Silva,
Prof. Dr. Gil Valdo José da Silva, Prof. Dr. Gil Valdo José da Silva,
Prof. Dr. Gil Valdo José da Silva, pela oportunidade concedida.
Aos professores, Prof. Doutor Maurício Gomes Constantino e Prof. Dr. Paulo Marcos Donate.
À Professora Doutora Ivone Carvalho pela participação na banca de qualificação e pelo seu
conhecimento sobre carboidratos, contribuindo indiretamente para este trabalho.
A Vinícius Pallaretti e Virginia pelos excelentes espectros de RMN.
A Dijalma pelos espectros de IV.
A todo o pessoal do LSO: Daiane, Shirley, Rota, Jader, Tiago, Profa. Dra/Mirela, Aline,
Marcos, Eduardo, Lilian, Viviane, Pedro, Murilo e Daniel.
Ao laboratório de Química Farmacêutica FCF-RP: Pedro, Daniel, Galo, Luis,
Vanessa,Peterson, Tiago, Lilian, Armando.
Aos Funcionários do Departamento de Química: Lâmia, Maria, Sonia, André, Vera, Olímpia,
Vinicius Banhos.
À CNPQ pela bolsa concedida.
Enfim, a todos que torceram por mim:
Um muitíssimo Obrigado
Sumário
Resumo ........................................................................................................................................ 1
Abstract ........................................................................................................................................ 2
Lista deAbreviações ................................................................................................................... 3
Índice de Ilustrações .................................................................................................................. 5
1. Introdução ............................................................................................................................... 8
1.1. Sobre os Taninos: ...................................................................................................... 8
1.2. Classificação dos Taninos: ..................................................................................... 16
1.3. Considerações sobre antese de taninos. ......................................................... 28
2. Objetivos ................................................................................................................................ 34
3. Resultados e Discussão...................................................................................................... 39
4. Considerações Finais. ......................................................................................................... 56
5. Parte experimental. .............................................................................................................. 58
6. Seção de Espectros ............................................................................................................. 75
7.Referências Bibliográficas: ................................................................................................ 127
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 1
Resumo
Taninos são substâncias polifenólicas encontradas em uma ampla gama
de vegetais superiores tanto angiospermas como giminospermas. Devido à
enorme diversidade estrutural, os taninos são reunidos em diferentes
subdivisões através de uma sistemática classificação baseado em suas
propriedades estruturais e químicas. Portanto os taninos são subclassificados
como galotaninos, elagitaninos, taninos complexos e taninos condensados.
Os elagitaninos são taninos hidrolisáveis, derivados do metabolismo do
ácido gálico no qual as unidades quirais hexahidroxdifenoila (HHDP) e/ou
nonahidroxitrifenoila (NHTP) se encontram unidos a um núcleo de glicose
através de uma ligação éster. Diversos trabalhos de atividade biológica
inerentes aos elagitaninos são reportados ao longo dos anos. Dentre tais
atividades podemos destacar: antiHIV, antitumoral, antiviral e antioxidante.
Neste presente trabalho, nós apresentamos nossos estudos para
elaboração de uma rota viável para o elagitanino vescalina, uma molécula com
considerável atividade anti-tumoral que é encontrados nos troncos de madeiras
nobres como castanheira e carvalho. Também é encontrado em vinhos como
um produto de hidrólise de outros elagitaninos.
OH
O
HO
O
OH
O
HO
HO
HO
HO
OH
OH
O
O
HO
O
H
OH
O
A proposta sintética inicia-se com um esquema de proteção de núcleo
glicosídico. O esquema de proteção nos forneceu a molécula de glicose
convenientemente protegica, fenil 4,6-O-benzilideno-1-tio-β-
D
-glicopiranosídeo
(composto 5). Partindo da
D
-glicose foi realizada a formação do doador
glicosídico (composto 1) o qual foi submetido a uma reação com tiofenol
formando a unidade tioglicosídica (composto 2). A reação de proteção das
hidroxilas 4 e 6 do anel piranosídico foi realizada com sucesso fornecendo o
composto 5. Em uma segunda etapa do trabalho foi realizado a proteção da
molécula de metil galato que será posteriormente inserida no núcleo glicosídico
através de uma ligação éster. A proteção foi realizada com sucesso, num total
de 5 etapas. Foram empregados os reagente (Ph)
2
CCl
2
e TBDMSi para a
proteção da hidroxilas fenólicas. Ao final da etapa de proteção foi obtido o
composto 9 (ácido 3-tertibutildimetilsiloxi 4,5-difenilmetilenodioxibenzóico).
Devido a incompatibilidade de tioglicosídeos na síntese de elagitaninos,
diversas tentativas foram conduzidas afim de solucionar os problemas
decorrentes da síntese. Doadores glicosídicos alternativos foram testados
como 1-O-ortonitrobenzil
α-
D
-glicopiranosideo e (2-trimetil sililetil)-β-
D
-
glicopiranosideo.
Figura i: Estrutura da Vescalina
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 2
Abstract
Tannins are polyphenolic substances found in superior vegetal in a wide
variety of gymminosperms as well as angiosperms. Due to the enormous
diversity of tannins, they are gathered in different subdivisions by a systematic
classification based on their structural and chemical properties. Thus, tannins
are classified as galotannins, ellagitannins, complex tannins and condensed
tannins.
Ellagitannins are hidrolisable tannins, derived from acid gallic metabolism
in which the chiral units of hexahidroxybiphenoyl (HHDP) and/or
nonahidroxytriphenoyl (NHTP) units are esterefied in a glucose core. Many
biological activities of ellagitannins like: antiHIV, antitumoral, and the most
known antioxidant activity have been reported over recent years.
In this work, we present our efforts towards the synthesis of vescalin, an
antitumor agent isolated from chesnut or oak wood and also from aged red wine
as a product of hydrolysis of some ellagitannins.
OH
O
HO
O
OH
O
HO
HO
HO
HO
OH
OH
O
O
HO
O
H
OH
O
The synthetic proposal starts with a protection protocol of the glucose
core. The protection protocol afforded a convenient protected sugar, phenyl 4,6-
O-benzylidene-1-thio β-
D
-glucopyranoside (compound 5). The glycoside donor
(compound 1) was synthesized from
D
-glucose. A glycosylation reaction with
thiophenol afforded the thioglycoside (compound 2). Then the sugar´s 4 and 6
hydroxyls were protected trough a benzilidene formation. These 5 step protocol
afforded compound 5 in a good overall yield. The gallic acid moiety as also
convenient protected afforded 3 t-butyldimethylsiloxi-4,5-diphenilmetilenedioxi-
benzoic acid (compound 9) throughout a 5 step protection procedure. Due to
the incompatibility of the phenilthio glycosydes applied on ellagitannin
synthesis, several attempts were carried out to solve the problem. Alternative
glycosyde donors were tested such 1-O-orthonitrobenzyl α-
D
-glucopyranoside
and (2-trimethyl sililethyl)-β-
D
-glucopyranoside.
Figure i: Estructure of Vescalin
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 3
Lista deAbreviações
(Ac)
2
O: Anidrido acético
AcOEt:Acetato de Etila
AIDS: Acquired immune deficiency syndrome
COSY:Correlation Espectroscopy
DAHP: 3-deoxi-
D
-arabino-heptulosonato-7-fosfato
DCC: Diciclohexilcarbodiimida
DEPT: Distortionless Enhancement by Polarization Transfer
DHQ: 3-desidroquinato
DMAP: Dimetilaminopiridina
DMF: N-N dimetilformamida
DMSO-D6: Dimetilsulfóxido deuterado
DNA: Ácido desoxirribonucléico
DPPH: (1,1-difenil -2-(2,4,6 trinitrofenil)hidrazila)
DSDG: NADP-dependente desidrochiquimato desidrogenase
HHDP: hexahidroxidifenoila
HIV: Human Immunodeficiency Virus
HMBC:Heteronuclear multiple-bond correlation
HMQC:Heteronuclear mutiple-quantum correlation.
LDL: Lipoproteína de baixa densidade
Li
2
CuCN: Cianocuprato de litio II
MHz: Megahertz
MMP-2: Matriz de metaloproteinase tipo 2
MMP-9: Matriz de metaloproteinase tipo 9
NBS: N-Bromosuccinimida
NHTP: nonahidroxitrifenoila
NO: Óxido nítrico
Pb(OAc)
4
: Tetracetato de chumbo IV
PDC: Dicromato Piridina
Ph
2
C(Cl)
2
: Diclorodifenilmetano
RMN
13
C: Ressonância magnética nuclear de carbono 13
RMN
1
H: Ressonância magnética nuclear de hidrogênio
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 4
Sn
2
: Substituição nucleófila de segunda ordem
TBDMSiCl: Cloreto de tertbutildimetilsilil
THF: Tetrahidrofurano
TLC: Thyn layer cromatografy (cromatografia de camada delgada)
TPA: 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato
UDP-glicose: uridina difosfato glicose
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 5
Índice de Ilustrações
Figura 1: Exemplos de diversas classes de taninos ...................................................... 8
Figura 2: Estruturas de dois elagitaninos, A corilagina e B geraniina .......................... 12
Figura 4: Elagitanino de cadeia aberta extraído da planta Shepherdia argentea......... 13
Figura 3: Elagitanino punicalina e seu derivado 2-galoilpunicalina .............................. 13
Figura 5: Estrutura do elagitanino punicalagina .......................................................... 14
Figura 6: Estruta dos epímeros castalagina e cescalaginos ........................................ 15
Figura 7: Estrutura da punicafolina ............................................................................. 15
Figura 8: Estrutura da 1,2,3,4,6-penta-O-galoil-β-
D
-glicose, precursor dos elagitaninos.
................................................................................................................................... 17
Figura 9: Reação de hidrólise da vescalagina ............................................................. 20
Figura 10: Padrões de acoplamento resultantes das conformações
1
C
4
e
4
C
1
............ 21
Figura 11: Exemplos de um elagitanino dímero coriariína A e moléculas da família das
roburinas ..................................................................................................................... 22
Figura 12: Acido chebulágico ...................................................................................... 23
Figura 13: Telimagrandina II ....................................................................................... 25
Figura 14: Subunidades dos taninos complexos ......................................................... 26
Figura 15: Exemplos de taninos complexos. A: Proantocianidina tipo B 4-6, B:
Proantocianidinas tipo B 4-8, C: Proantocianidina tipo C e D: Proantocianidina tipo A.
................................................................................................................................... 27
Figura 16: Exemplo das Acutissiminas A e B, elagitaninos C-glicosilados .................. 28
Figura 17: Reação de acoplamento biarílico utilizando Pb(OAc)
4
............................... 29
Figura 18: Estrutura da Vescalina ............................................................................... 34
Figura 19: Reação de formação da 2,3,4,6-O-acetil-α-glucopiranosídeo. ................... 39
Figura 20: Reação de formação da Fenil -2,3,4,6- O- acetil-1-tio-β-
D
-glicopiranosídeo.
................................................................................................................................... 40
Figura 21: Estabilização do cátion pela carbonila. ...................................................... 41
Figura 22: Reação de formação da fenil 1-tio-β-
D
-glicopiranosídeo. ........................... 41
Figura 23: Reação de formação da fenil 2,3-O-acetil-4,6-O-benzilideno-1-tio-β-
D
-
glicopiranosideo. ......................................................................................................... 42
Figura 24: Reação de formação da fenil 4,6-O- benzilideno-1-tio-β-
D
-glicopiranosideo.
................................................................................................................................... 42
Figura 25: Formação composto 6 ............................................................................... 44
Figura 26: Reação de hidrólise originando o composto 7 ............................................ 44
Figura 27: Reação de proteção das hidroxilas por TBDMSi e mecanismo de hidrólise
do silil éster. ................................................................................................................ 45
Figura 28: Reação hipotética entre composto 5 e 9. ................................................... 46
Figura 29: Reação de redução do orto-nitro benzaldeído ........................................... 48
Figura 30: Reação de formação 2,3,4,6,-O-acetil-1-O-nitrobenzil-α-
D
-glicopiranosideo
................................................................................................................................... 49
Figura 31:Estabilização promovida por substituinte adjacente .................................... 50
Figura 32: Equilibrio termodinâmico entre conformações α e β. .................................. 50
Figura 34:Reação de glicosilação utilzando BF
3
.Et
2
O como agente promotor............. 51
Figura 33: Estabilização por hiperconjugação do confôrmero α .................................. 51
Figura 35: Reação de formação do 2-trimetilsilil acetato de etila ................................ 52
Figura 36: Redução do composto 11 formando 2-trimetilsilil etanol ............................ 52
Figura 38:Reação de transesterificação utilizando do composto 14 ............................ 53
Figura 37: Reação de glicosilação emprgando HgO/HgBr2 como promotor ............... 53
Figura 39: Reações análogas de glicosilação. ............................................................ 56
Figura 40:Espectro de hidrogênio composto 1 ............................................................ 76
Figura 41:Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 1 ............................ 77
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 6
Figura 42:Espectro de hidrogênio composto 2 ............................................................ 79
Figura 43: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 2 ........................... 80
Figura 44: Espectro de hidrogênio composto 3 ........................................................... 82
Figura 45: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 3 ........................... 83
Figura 46: Espectro de hidrogênio composto 4 ........................................................... 85
Figura 47: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 4 ........................... 86
Figura 48: Espectro de hidrogênio composto 5 ........................................................... 88
Figura 49: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 5 ........................... 89
Figura 50: Espectro bidimensional HMQC ................................................................. 90
Figura 51: Espetro bidimensional HMBC .................................................................... 91
Figura 52: Espectro de hidrogênio composto 6 ........................................................... 93
Figura 53: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 6 ........................... 94
Figura 54: Espectro bidimencional HMQC .................................................................. 95
Figura 55: Espectro bidimensional HMBC ................................................................... 96
Figura 56: Espectro de hidrogênio composto 7 ........................................................... 98
Figura 57: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 7 ........................... 99
Figura 58: Espectro de Infravermelho composto 7 .................................................... 100
Figura 59: Espectro de hidrogênio composto 8 ......................................................... 102
Figura 60: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 8 ......................... 103
Figura 61: Espectro de hidrogênio composto 9 ......................................................... 105
Figura 62: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 9 ......................... 106
Figura 63: Espectro de hidrogênio composto 10 ....................................................... 108
Figura 64: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 10 ....................... 109
Figura 65: Espectro bidimensional COSY ................................................................. 110
Figura 66: Espectro bidimensional HMQC ................................................................ 111
Figura 67: Espectro de Hidrogênio composto 11 ...................................................... 113
Figura 68: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 11 ....................... 114
Figura 69: Espectro de hdrogênio composto 12 ........................................................ 116
Figura 70: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 12 ....................... 117
Figura 71: Espectro dee hidrogênio do composto 13 ................................................ 119
Figura 72: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 13 ....................... 120
Figura 73: Espectro de hidrogênio figura 14 ............................................................. 122
Figura 74: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto14 ........................ 123
Figura 75: Espectro bidimensional COSY ................................................................. 124
Figura 76: Espectro Infravermelho tiofenol ................................................................ 126
Esquema 1: Rota biossintética do ácido gálico ........................................................... 18
Esquema 2: Formação da 1,2,4,6 –β- pentagaloilglicose. ........................................... 19
Esquema 3: Formação de elagitaninos C-glicosilados ................................................ 24
Esquema 4:Rota sintética da telimagrandina II empregando CuCN ..................... 29
Esquema 5:Rota sintética proposta por Khanbabaee et al. de um precursor de
Lagerstanino C. .......................................................................................................... 30
Esquema 6: Reação de dimerização do ácido gálico realizada for Feldman e Quideau.
................................................................................................................................... 31
Esquema 7: Continuação ............................................................................................ 31
Esquema 8: Rota sintética da corilagina, elagitanino na conformação
1
C
4
. ................. 32
Esquema 9: Rota Sintética Proposta .......................................................................... 35
Esquema 10: Rota sintética de proteção da
D
-glicose ................................................ 39
Esquema 11: Etapas de proteção do ácido gálico. ..................................................... 43
Esquema 12: Mecanismo de reação de esterificação empregando DCC e DMAP ...... 46
Esquema 13: Rota sintética empregando orto-nitro benzil .......................................... 47
Esquema 14: Rota sintética empregando trimetilsilil-etil ............................................. 48
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 7
1. Introdão
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 8
1. Introdução
1.1. Sobre os Taninos:
O termo tanino designa uma ampla gama de substâncias naturais
polifenólicas. Sua origem é a palavra tannin
[1]
, que em francês se traduz como
curtimento, ou seja, o processo de transformar peles animais em couro.
Originalmente, como a própria origem do termo indica, eram utilizados extratos
vegetais ricos em polifenóis, entretanto com o avanço da tecnologia do
processo de fabricação de couro este método se tornou obsoleto.
Devido à grande diversidade, os taninos são subdivididos quanto as
suas propriedades estruturais e químicas (figura 1). Vários taninos podem ser
clivados hidrolíticamente; esta propriedade lhes confere a classificação de
taninos hidrolisáveis. Dentre os taninos hidrolisáveis encontramos os
galotaninos e elagitaninos. Os taninos que não são sujeitos à hidrólise são
classificados como taninos condensados. Estes se constituem de subunidades
de catequina polimerizadas; encontrado na natureza com diferentes graus de
polimerização. A exclusão do grupo de taninos hidrolisáveis e condensados
origem ao grupo dos taninos complexos.
Na natureza, os taninos são encontrados em diversas plantas
superiores
[35,36]
: Castanheira, Carvalho, divi-divi (Caesalpinia coriaria), aroeira
preta (Myracrodruon urundeuva
)
, Angelica archangélica, Cinnamomum
camphoravat e Rosmarinus officinalis.
Aparentemente, o papel biológico dos taninos no vegetal está
1
: Exemplos de diversas classes de taninos
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 9
relacionado com os mecanismos de defesa contra as infecções e ataques de
predadores (insetos e herbívoros).
Os taninos geralmente possuem uma alta massa molecular (MM>500),
são caracterizados morfologicamente como substancias sólidas amorfas com
coloração branca ou amarelo pálido, possuem um aroma característico e gosto
adstringente. A maioria dos vegetais são portadores de taninos que podem ser
encontrados nas raízes, no lenho, na casca, nas folhas, nos frutos, nas
sementes e na seiva. O teor e a espécie de taninos variam, não de um
vegetal para outro, como também de uma parte para outro do mesmo vegetal
conforme demonstra Tabela 01
[37]
.
Tabela 1: Teor de taninos totais em algumas espécies de vegetais
Produtos Teor de taninos Referência
[37]
Abacaxi
Folha
Caule
0,81 %
0,61 %
Santos et al., 2001
Santos et al., 2001
Sorgo 0,60-2,61 % Rodrigues, 1991
Mandioca 0,62-1,11 % Carvalho et al., 1993
Cajú 0,35-0,72 % Embrapa, 1992
Café (Casca) 1,31-2,97 % Filho et al., 2000
Folha de Couve Flor 0,21 % Santos et al., 2000
Folha de Brócoli 0,32 % Santos et al., 2000
Couve 0,29 % Santos et al., 2000
Taioba
Folhas
Limbo
Caule
1,00 %
1,17 %
0,82 %
Santos, 2000
Santos, 2000
Santos, 2000
Taninos são aplicados em diversas áreas dentre as quais merecem
destaque sua utilização medicinal e na indústria. Os estudos de atividade
biológica de muitos representantes dos taninos revelaram uma diversidade de
atividades biológicas como: anti-viral
[2,38,39,42,43]
, anti-bacteriana
[44]
e
antitumoral
[3,40,41]
.
Na medicina popular oriental utiliza-se plantas ricas em taninos
(polifenóis), pois são considerados os princípios ativos dos extratos vegetais
empregados como remédios. Estes são utilizados no tratamento de
inflamações, lesões hepáticas, arteriosclerose, pressão arterial, hipertensão,
distúrbios hormonais e nervosos, diarréia
[45]
, úlceras
[47]
de estômago e
duodeno, antisséptico e anti-inflamatório
[11]
. Do mesmo modo são usados como
diuréticos
[46]
, antidiarréicos e hemostáticos.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
10
Uma grande atenção é voltada a agentes antioxidantes devido à sua
atuação direta no combate aos radicais livres. Esses estão intimamente
relacionados às patologias associadas ao envelhecimento, diabetes tipo 2 e ao
câncer. Os radicais livres desempenham um importante papel fisiológico,
atuando como mediadores no processo de obtenção de energia, no sistema
imunológico e no processo de regulação celular. Em certas condições os
radicais livres podem tornar-se danosos ao organismo; existem mecanismos de
defesa em que o corpo regula a atuação redox dos radicais livres prevenindo a
sua presença em demasia. Devido à suas propriedades antioxidantes, os
taninos, bem como os flavonóides, auxiliam o organismo no processo de
regulação de radicais livres através de três diferentes formas: neutralização
(scavening) de radicais, complexação com metais de transição, inibição de
enzimas pró-oxidativas
[113]
.
O conceito básico que rege a neutralização de radicais livres, inclusive
por taninos, é a capacidade de doar elétrons ao radical livre tornando-o mais
estável e conseqüentemente menos danoso ao organismo. Um número
considerável de taninos hidrolisáveis e condensados foram testados in vitro na
neutralização de radicais como: DPPH (1,1-difenil -2-(2,4,6
trinitrofenil)hidrazila)
[48,49,50]
, hidroxilas
[53,54]
,superóxidos
[50,51]
, peróxidos
[54]
e
oxido nítrico
[55]
.
A atividade de neutralização de radicais, aplicada às proantocianidinas
ou taninos condensados, aumenta à medida que o número de hidroxilas
aumenta e também quanto ao grau de condensação dos taninos condensados,
ocorrendo um acréscimo de atividade quando se vai de monômeros a trímeros.
No entanto observou-se um decréscimo da atividade quando o grau de
condensação é maior do que três
[113,49,114]
.
Proantocianidinas oligoméricas e monoméricas como catequina e
epicatequina, são os principais compostos bioativos do extrato de Pinus
maritima (Pycnogenol
®
). Este extrato inibe enzimas que causam inflamação,
reduz a produção de histamina, que ajudam as paredes das artérias a resistir a
ataques de agentes mutagênicos que podem provocar doenças
cardiovasculares, restaurando a integridade capilar e melhorando a circulação.
Estudos recentes têm chamado atenção devido a atividade biológica
Pycnogenol
®
contra radicais livres. Foi estudada
[56]
a atuação antioxidante do
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
11
Pycnogenol
®
, onde este participa em conjunto com o mecanismo antioxidante
celular, atuando na proteção contra estresse oxidativo e regeneração do radical
ascorbila. Outra propriedade
[56]
deste extrato é modulação do metabolismo do
NO, neutralizando radicais
*
NO. O desequilíbrio do metabolismo do NO está
relacionado diretamente com desordens do sistema circulatório e doenças
neurodegenerativas.
A formação de complexos com metais de transição e taninos é também
uma atividade inerente ao combate de radicais livres. Esses metais, como Fe,
que usualmente estão ligados a proteínas e quando se encontram livres podem
catalisar reações de formação de radicais, como por exemplo, a reação entre
Fe e H
2
O
2
:
estudos
[57]
que comprovam a atividade quelante dos polifenóis como
o ácido tânico atuando na degradação de radicais hidroxila. Outros trabalhos
[58]
comprovaram a capacidade dos taninos condensados de formarem quelatos
com íons de Fe e Al
.
A inibição de enzimas pró-oxidativas é também um meio pelo qual os
taninos podem atuar como antioxidantes. Como exemplo
[59]
, existem trabalhos
relacionando os taninos hidrolisáveis com o decréscimo da produção de
radicais
*
NO por macrófagos através da inibição da óxido nítrico sintetase. Os
macrófagos
[60]
desempenham papéis importantes no mecanismo de inflamação
e defesa imunológica. A óxido nítrico sintetase é ativada pela presença de
toxinas bacterianas e a presença de NO pode acarretar dano ás células e
tecidos.
Uma propriedade interessante relacionada aos taninos, principalmente
às proantocianidinas, é a de proteção cardiovascular devido à capacidade
antioxidante, inibindo a oxidação do LDL (lipoproteína de baixa de densidade).
A modificação oxidativa do LDL está intimamente relacionada a patogenias
cardíacas como lesões arterioscleróticas
[61]
. A capacidade de inibir a oxidação
do LDL é de certo modo análoga ao processo de neutralização de radicais
livres, pois o processo de oxidação lipídica é iniciado por radicais
*
OH. Diversos
taninos condensados como também hidrolisáveis apresentaram atividade
lipídica antioxidativa
[50,62,51,63]
.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
12
Atualmente o grande interesse científico pelos taninos são as novas
possibilidades de aplicações farmacêuticas destes compostos em males como
o câncer
[3,40,41]
e a AIDS
[38,39,42]
.
Diversos polifenóis foram testados biologicamente contra o HIV, dentre
estes encontramos uma quantidade substancial de trabalhos envolvendo
elagitaninos. Extratos da Phyllanthus amarus
[42]
rico em elagitaninos como
geraniina e corilagina (figura 1) mostraram-se eficazes no processo de
replicação do HIV, inibindo a entrada do vírus através do bloqueio dos
receptores CD4. Ambos os elagitaninos mostram-se também eficientes na
inibição da HIV-1protease
[65]
. Esta enzima desempenha um papel significativo
no ciclo de vida do rus, clivando proteínas sintetizadas pela célula hospedeira
em lugares específicos, tornando-as assim proteínas funcionais. A capacidade
de inibição do vírus através do receptor CD4 foi recentemente relata por
Bedoya et al
[66]
onde extratos ricos em elagitaninos, extraídos da espécie
Tuberia lignosa, inibiram a infecção por HIV em células cultivadas.
Figura 2: Estruturas de dois elagitaninos, A corilagina e B geraniina
A transcriptase reversa também é alvo da atuação inibitória dos
elagitaninos frente ao combate do HIV. Ensaios
[64]
com extratos da planta
Terminlia triflora, planta nativa da América do Sul, demonstraram uma
significante atividade contra a transcriptase reversa. Em tais extratos verifica-se
a presença dos taninos punicalina e 2-O-galoilpunicalina (figura 3) sendo estes
os responsáveis pela sua atividade antiviral
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
13
Segundo Yoshida et al
[67]
, elagitaninos derivados do ácido glucônico
como Shephagenina (figura 4) obtidos através do extrato Shepherdia argentea
exibiram resultados positivos em testes em vitro quando a capacidade de
inibição da HIV transcriptase reversa.
Figura 4: Elagitanino de cadeia aberta extraído da planta Shepherdia argentea
.
As propriedades anticancerígenas dos taninos estão relatas em uma
significativa quantidade de trabalhos onde tanto os taninos hidrolisáveis como
taninos condensados apresentam tal atividade. A indução da apoptose de
células tumorais é um dos principais fatores que relacionam os taninos à suas
propriedades anticancerígenas. A apoptose é uma autodestruição celular que
ocorre de maneira ordenada pelo organismo. As suas causas podem ser de
origem fisiológica, como por exemplo: durante o desenvolvimento embrionário,
3
: Elagitanino punicalina e seu derivado 2
-
galoi
lpunicalina
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
14
renovação de células lábeis e no processo de resposta imunológica.
também o processo de apoptose patológico causado por lesões no material
genético. Entretanto uma características em comum entre todos os tumores
malignos é a resistência à apoptose
[111]
.
Estudos realizados com o extrato da fruta Punica granatum,
popularmente conhecida como romã, demonstraram propriedades antitumorais
contra o câncer de próstata
[69]
. A substância a qual é atribuída as principais
propriedades benéficas é o elagitanino punicalagina (figura 5) que é encontrado
com maior abundância
[68]
em comparação com outras substâncias bioativas.
Estudos realizados sobre câncer de pele comprovaram a ação inibitória do
câncer em ratos, através da aplicação tópica do extrato da Punica granatum
após a estimulação do tumor através do agente carcinogênico TPA (12-O-
tetradecanoilforbol-13-acetato).
Figura 5: Estrutura do elagitanino punicalagina
A capacidade dos elagitaninos punicalina e punicalagina de induzirem
apoptose é descrita por Kasimsetty et al
[70]
e Seeram et al
[71]
pois em ambos
os trabalhos são relatados a indução da apoptose em células de câncer de
cólon do útero HT-29. Os elagitaninos C-glicosilados castalagina e vescalagina
foram testados
[72]
em vitro e comprovaram potente ação inibitória contra as
células HT-29. Tais elagitaninos são encontratos em troncos de espécies como
carvalho e castanheira e são consumidos pelo homem através de bebidas
envelhecidas, como por exemplo o vinho. O processo de inibição das lulas
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
15
HT-29 se concentram da supressão dos receptores de tirosina-quinase. A
principal função da tirosina quinase está relacionada com a regulação de
processos celulares como, por exemplo, crescimento, diferenciação, adesão e
morte
[73]
. A atuação específica da vescalagina e da castalagina (figura 6) se
concentra na inibição do receptor do fator de crescimento epidermal, sendo
este uma das diversas classes de receptores de tirosina quinase, que
conseqüentemente inibe o desenvolvimento das células cancerosas
[112]
.
Figura 6: Estruta dos epímeros castalagina e cescalaginos
Segundo trabalho reportado por Tanimura et al
[75]
taninos hidrolisáveis
inibiram a capacidade de invasividade das células tumorais atuando
diretamente nas metaloproteinases de matriz (MMP-2 e MMP-9). Dentre os
taninos testados destaca-se o elagitanino punicafolina (figura 7).
Figura 7: Estrutura da punicafolina
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
16
As metaloproteinases
[76]
de matriz são uma família de endopeptidases
dependentes de zinco, que estão envolvidas em diversos processos fisiológicos
e patológicos: clivagem de receptores na superfície celular, proliferação celular,
migração, e apoptose. Dentre as MMP´s, a MMP-2 e MMP-9 tem atraído
atenção de pesquisadores
[77,78]
devido às suas relações entre a invasão
tumoral e metástase.
1.2. Classificação dos Taninos:
Os Taninos Hidrolisáveis:
Os taninos hidrolisáveis, como citado anteriormente correspondem aos
galotaninos e elagitaninos, estão presentes em folhas e galhos de diversas
espécies como
[37]
Terminalia, Phyllantus e Caesalpina. Os taninos hidrolisáveis
são constituídos de uma unidade central,
D
-glicose, esterificada a unidades de
galoíla no caso dos galotaninos ou unidades HHDP (hexa-hidroxidifenoila) no
caso de elagitaninos.
Galotaninos são os taninos hidrolisáveis mais simples em ocorrência,
sua estrutura básica corresponde a um núcleo poliol ligado a moléculas de
ácido gálico. Apesar da grande variedade de combinações possíveis os
galotaninos apresentam um núcleo poliol, de glicose na maioria dos casos,
sendo que as hidroxilas podem estar totalmente ou parcialmente substituídas
por unidades galoila. Os galotaninos (figura 8) são encontrados em grande
parte das plantas e atuam como um intermediário para a biossíntese de taninos
hidrolisáveis mais complexos.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
17
O
O
O
O
O
O
O
OH
OH
OH
O
HO
OH
OH
O
O
OH
OH
HO
HO
OH
HO
O
HO
HO
OH
Figura 8: Estrutura da 1,2,3,4,6-penta-O-galoil-β-
D
-glicose, precursor dos elagitaninos.
A biossíntese do ácido gálico foi alvo de estudos durante décadas.
Estudos realizados por Haslam e Dewick
[79]
sugerem que a formação do ácido
gálico provem de um intermediário do ciclo de formação do ácido chiquímico,
mais precisamente o composto 3-dehidrochiquimato. Tal hipótese é ainda
sustentada por Werner et al
[80]
e Ossipov et al
[81]
.
A rota biossintética (esquema 1) para a formação do ácido chiquímico
inicia-se com a 4-fosfatoeritrose e fosfoenolpiruvirato que reagem para formar
3-deoxi-
D
-arabino-heptulosonato-7-fosfato (DAHP), catalisada através da
enzima DAHP- sintetase. DAHP é então transformado em 3-desidroquinato
(DHQ), catalisado pela enzima DHQ-sintetase. Subseqüentemente o DHQ é
hidrolisado formando o composto 3-desidrochiquimato. Reações de
deshidrogenação enzimáticas levam a formação do ácido chiquímico.
A conversão do intermediário 3-desidrochiquimato ácido gálico se
através da atuação da enzima NADP-dependente desidrochiquimato
desidrogenase (DSDG).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
18
Esquema 1: Rota biossintética do ácido gálico
O processo biossintético (esquema 2) dos galotaninos inicia-se com a
reação de esterificação entre o ácido gálico e o substrato ativo UDP-glicose
(uridina difosfato glicose) formando a α-glucogalina (α-1-galoil-
D
-glicose), sendo
este o metabólito primário no processo de biossíntese de galotaninos. A α-
glucogalina desempenha um duplo papel no processo biossintético, pois esta
age não apenas como receptor, mas também como doador de grupos galoila
durante as etapas posteriores de inserção dos grupos galoila. Processos de
esterificação subseqüentes são realizados produzindo 1,6-digaloilglicose, 1,2,6-
trigaloilglicose, 1,2,3,6-tretragaloilglicose e 1,2,3,4,6 pentagaloilglicose, sendo
este o precursor para a formação dos elagitainos e galotaninos mais
complexos. É interessante enfatizar que o padrão de substituição das hidroxilas
por grupos galoila segue exatamente a ordem dos compostos citados
anteriormente, ou seja, o segundo grupo galoila irá se adicionar na posição 6
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
19
da glicose, o terceiro na posição 2 e assim sucessivamente. Tal fato se deve às
características químicas das hidroxilas primárias e secundárias, impedimento
estérico e ativação pela mudança dos grupos vizinhos.
Esquema 2: Formação da 1,2,4,6 –β- pentagaloilglicose.
Elagitaninos são polifenóis oriundos do metabolismo secundário das
espécies dicotiledôneas das angiospermas
[19]
. São formados a partir dos
galotaninos, mais especificamente da pentagaloilglicose por um processo de
acoplamento oxidativo de pelo menos duas das espécies galoila, formando as
unidades quirais HHDP (hexahidroxidifenoila).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
20
A hidrólise (figura 9) dos elagitaninos resulta na liberação da porção
HHDP formando o ácido hexa-hidroxidifenóico que espontaneamente desidrata
formando sua dilactona estável, o ácido elágico.
A pentagaloilglicose (figura 8), substrato de partida de todos os
elagitaninos, possue duas conformações distintas
4
C
1
( uma conformação do
tipo cadeira onde todos os substituintes estão na posição equatorial) e
1
C
4
(conformação do tipo cadeira invertida onde os substituintes estão na posição
axial), o que conseqüentemente torna a conformação
1
C
4
menos estável
termodinamicamente devido à repulsão entre os grupos galoila (figura 10).
A conformação do anel de glicose parece influenciar no padrão de
acoplamento oxidativo entre unidades galoila. A conformação
4
C
1
favorece o
acoplamento entre as unidades galóicas ligadas aos carbonos C-2 e C-3 da
glicose e outro acoplamento entre as unidades ligadas ao carbono C-4 e C-6.
A conformação
1
C
4
favorece ao padrão de acoplamento entre 1-6, 1-3, 2-4 e 3-
6. A diferença entre as energias das conformações
4
C
1
e
1
C
4
é de
aproximadamente 24,8 kJ.mol
-1 [21]
e tal diferença explica a maior ocorrência de
elagitaninos com padrões de acoplamento provenientes da conformação
4
C
1
,
devido à sua estabilidade, do que da conformação
1
C
4
.
9
: Reação de hidrólise da vescalagina
O
O
O
O
OH
O
HO
HO
HO
O
HO
OH
OH
O
HO
HO
HO
HO
OH
OH
O
O
HO
OH
OH
O
H
-H
2
O
OH
O
HO
O
OH
O
HO
HO
HO
HO
OH
OH
O
O
HO
OH
OH
O
H
+
HO
HO
O
O
OH
O
O
OH
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
21
Algumas espécies de plantas tem a capacidade de condensar
elagitaninos monoméricos a dímeros,trímeros e tetrâmeros
[19]
. Os elagitaninos
oligoméricos com maior predominância são dímeros e tetrâmeros. O processo
de polimerização dos elagitaninos ocorre primariamente através de
acoplamento oxidativo C-O entre unidades de galoila e HHDP ou de um
acoplamento oxidativo C-C entre o carbono 1 da glicose e uma unidade HHDP
do elagitanino precursor. Tal padrão de acoplamento ocorre apenas em
elagitaninos de cadeia aberta e os oligômeros formados dão origem à classe
das roburinas (figura 11).
10
: Padrões de acoplamento resultantes
das conformações
1
C
4
e
4
C
1
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
22
Figura 11: Exemplos de um elagitanino dímero coriariína A e moléculas da família das
roburinas
Algumas de famílias de plantas como: Cercidifilaceae, Ericaceae,
Onagraceae, Combretaceae, Nyssaceae, Aceracerae e Punicaceae, possuem
a capacidade de realizar acoplamentos oxidativos entre moléculas galoila
adjacentes onde o núcleo de glicose apresenta-se em uma conformação mais
energética, ou seja, a conformação
1
C
4
. Umas das modificações estruturais
associadas aos elagitaninos que apresentam uma conformação
1
C
4
é a perda
da aromaticidade das unidades galoila, o que ocorre tipicamente quando temos
um padrão de acoplamento entre unidades galoila ligadas ao carbono 2 e 4 do
núcleo de glicose. Um dos mais conhecidos representantes desta classe de
compostos é o acido chebulágico (figura 12).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
23
Figura 12: Acido chebulágico
Uma única e interessante série de variações no padrão de metabolismo
dos elagitaninos ocorre em membros da família Fagaceae, Casuarinaceae e
Stachyraceae. Pertencentes ás famílias das plantas citadas encontra-se
espécies de valor econômico como por exemplo, carvalho e castanheira. O
metabolismo diferenciado destas plantas origem a elagitaninos de cadeia
aberta apresentando uma ligação glicosídica entre a porção HHDP e o carbono
1 da glicose. Como exemplo de tais compostos pode-se citar os elagitaninos
ilustrados na figura 6. Os elagitaninos C-glicosilados de cadeia aberta são
originados a partir dos elagitaninos monoméricos: pedunculagina e
casuarictina. Um possível caminho (esquema 3) para formação de elagitaninos
C-glicosilados de cadeia aberta é através da abertura do anel piranosídico do
núcleo de glicose. Complexas etapas subseqüentes de C-glicosilação,
estereficação entre a hidroxila do carbono 5 e uma molécula de ácido gálico e
por fim um acoplamento C-C oxidativo entre a unidade galoil em C-5 e o grupo
hexahidroxidifenoila ligado adjacente, formando o grupamento NHTP
(nonahidroxitrifenoila).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
24
O mecanismo de formação dos elagitaninos de cadeia aberta ainda não
foi completamente elucidado, no entanto tais elagitaninos têm despertado o
interesse de pesquisadores devido à sua capacidade de realizar ligações
carbono-carbono com unidades de taninos condensados reunindo assim
características de ambas as classes de taninos, condensados e hidrolisáveis.
Tais compostos são reunidos em uma classe distinta dos taninos hidrolisáveis
e condensados, abrindo uma nova classificação onde são chamados de
taninos complexos.
Os primeiros estudos
[97]
realizados com o objetivo de elucidar o processo
biossintético de formação dos elagitaninos datam dos anos 1930, mas apenas
nos anos 50 que Schmidt e Mayer
[109]
propuseram as primeiras teorias sobre o
acoplamento oxidativo entre unidades vizinhas de ácido gálico provindas do
galotanino 1,2,3,4,6 pentagaloilglicose. Décadas mais tarde, o trabalho de
Schimdt e Mayer foi sustentado por Haslam et al
[83]
.
Esquema 3: Formação de elagitaninos C-glicosilados
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
25
O processo biossintético de formação dos elagitaninos começou a ser
melhor elucidado a partir do trabalho publicado por Niemtz et al
[84]
, através da
pentagaloil glicose marcada com o isótopo
14
C. Pode-se, desta forma,
acompanhar a formação elagitaninos marcados isotopicamente empregando
extrato de enzimas provenientes da espécie Tellima grandiflora. Comparação
dos tempos de retenção de um dos produtos marcados isotopicamente
coincide com o elagitanino telimagrandina II, iniciando-se uma metodologia
para o estudo de enzimas envolvidas na formação dos elagitaninos. Em 2003,
Niemtz
[96]
continuando com seus estudos sobre a biossíntese dos elagitaninos
isola a fenol oxidase, tal enzima depende de O
2
, responsável pela ligação entre
as unidades de ácido gálico sendo, conseqüentemente, a enzima responsável
pela formação da telimagrandina II (figura 13) a partir da pentagaloilglicose
(figura 8).
Figura 13: Telimagrandina II
Os Taninos Condensados:
Proantocianidinas, como também são conhecidos os taninos
condensados, são formados a partir de estruturas básicas
[26]
como a catequina,
epicatequina, galogatequina e epigalogatequina (figura 14). Estes compostos
são resistentes à reação de hidrólise, porém são sujeitos à clivagem em meio
oxidativo dando origem às antocianidinas.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
26
Figura 14: Subunidades dos taninos complexos
Uma das propriedades
[1]
das catequinas é a de converter-se em
polímeros e oligômeros, através da ação de ácidos ou enzimas.
Biossintéticamente os taninos condensados são formados por sucessivas
reações de condensação, chegando a um grau que varia de dois a até
cinqüenta.
A diversidade estrutural (figura 15) pode variar no padrão de
hidroxilação, estereoquímica dos centros quirais e o local da ligação
interflavana. As proantocianidinas dímeras e trímeras são sub-classificadas
recebendo a denominação de proantocianidinas B e proantocianidinas C,
respectivamente. As diferentes variações das proantocianidinas B e C resultam
da variação da ligação interflavana, onde o carbono 4 de uma molécula de 3-
flavanol se liga com o carbono 6 ou 8 de outra unidade flavanol.
Proantocianidinas do tipo A são as espécies que possuem uma ligação
adicional tipo éter entre unidades de flavanol.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
27
Figura 15: Exemplos de taninos complexos. A: Proantocianidina tipo B 4-6, B:
Proantocianidinas tipo B 4-8, C: Proantocianidina tipo C e D: Proantocianidina tipo A.
A maior parte dos taninos
[1,26]
encontrados no vinho tinto são taninos
condensados que estão intimamente ligados ao processo de produção de
vinho, devido a numerosas reações com proteínas. Também durante o
processo de produção do vinho ocorre a formação de taninos complexos
através da reação de adição de monômeros de taninos condensados no
carbono 1 da unidade glicosídica de elagitaninos.
Taninos Complexos.
Também conhecidos como flavano- elagitaninos, os taninos complexos
recebem tal nome devido à resposta positiva para testes colorimétricos
característicos de taninos hidrolisáveis e também a testes de taninos
condensados
[25]
.
Os flavano-elagitaninos são constituídos por uma unidade de tanino
hidrolisável e uma unidade de tanino condensado. A porção hidrolisável liga-se
à unidade de tanino condensado (flavanol) através de uma ligação carbono-
carbono entre o carbono C1 da glicose de cadeia aberta e carbono 6 ou 8 do
anel da unidade de flavanol (figura 16).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
28
Figura 16: Exemplo das Acutissiminas A e B, elagitaninos C-glicosilados
1.3. Considerações sobre a síntese de taninos.
Um dos principais desafios no que se refere à síntese de elagitaninos é
a formação da ligação entre as unidades de ácido gálico respeitando a estéreo-
química de seus análogos produzidos biossintéticamente. No caso de
elagitaninos contendo um núcleo de glicose na conformação
4
C
1
, têm-se a
formação de atropoisômeros entre as unidades de ácido gálico que se
apresentam exclusivamente na conformação (S). Apesar dos elagitaninos
serem objeto de estudo varias décadas, apenas nos anos 90 foram
publicados trabalhos relatando metodologias sintéticas no que se refere à
reação de acoplamento biarílico, conseqüentemente, formação da porção
HHDP e sínteses totais
[86, 85, 17, 87, 88]
.
Em 1993, Feldman et al
[34]
. publicou uma metodologia de acoplamento
biarílico oxidativo (figura 17) originando espécies HHDP com estéreo-química
correta, utilizando como agente oxidante Pb(OAc)
4
. A utilização de Pb(OAc)
4
foi
previamente descrita
[95]
como um oxidante de compostos fenólicos, que no
entanto demonstrou ser muito bem sucedida nas reações de acoplamento
biarílico envolvidos na síntese de elagitaninos. A metodologia proposta por
Feldman et al empregando Pb(OAc)
4
rendeu anos mais tarde a síntese total
dos elagitaninos monoméricos: Punicalagina
[86]
, Telimagrandina I
[85]
e sangüina
H-5
[17]
.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
29
Figura 17: Reação de acoplamento biarílico utilizando Pb(OAc)
4
Outras metodologias sintéticas foram relatadas por Lipshutz et al
[87]
(esquema 4) utilizando como precursores moléculas de metil galato
halogenadas, ligadas a um suporte quiral, conferindo a estereo-química correta
e como agente oxidante Li
2
CuCN. Após a reação de acoplamento biarílico o
suporte quiral é liberado e a unidade HHDP e ligada à molécula de glicose.
.
Esquema 4:Rota sintética da telimagrandina II empregando CuCN
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
30
Em 1999,
Khanbabaee e Lötzerich
[88]
publicaram um estudo sobre a
síntese de elagitaninos de cadeia aberta derivados de ácido glucônico. A
metodologia descrita (esquema 5) está baseada na oxidação do carbono 1 do
anel de glicose, utilizando para este fim o reagente PDC. A oxidação do anel de
glicose leva a formação de uma lactona que devido ao alto grau de tensão,
proporcionada pelos diversos substituintes, sofre fácil hidrólise e conseqüente
abertura do anel em meio ácido.
Esquema 5:Rota sintética proposta por Khanbabaee et al. de um precursor de
Lagerstanino C.
Feldman
[89]
, continuando com seu trabalho sintético sobre elagitaninos,
publica em 1999 a síntese total do elagitanino dímérico coriariína A (figura 10).
Tal trabalho merece destaque devido à metodologia apresentada (esquema
6,7): a formação de uma ligação O-C entre duas unidades galoila, ou seja, a
formação de uma ligação entre a hidroxila fenólica de um grupo galoila e um
carbono do anel aromático de outra unidade galoila. Tal metodologia foi
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
31
inicialmente estudada por Feldman e Quideau, basicamente consiste na
oxidação das hidroxilas fenólicas a ortoquinonas, seguida de uma reação de
dimerização utilizando ácido Lewis B(OAc)
3
.
Esquema 6: Reação de dimerização do ácido gálico realizada for Feldman e Quideau.
Após a obtenção dos dímeros C e D, a eliminação da ligação β-fenóxido
através do tratamento com AcOH/AcO
-
Na e posterior redução Na
2
S
2
O
4
, origina
os compostos desidrodigaloil desejados
.
Esquema 7: Continuação
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
32
Em 2004, a síntese de elagitaninos na conformação menos estável
1
C
4
,
foi reportada por Ikeda et al
[90]
. Em seu trabalho Ikeda apresentou a síntese
total (esquema 8) da corilagina baseada em uma diferente metodologia de
acoplamento biarílico e posterior abertura e fechamento do anel de glicose.
Esquema 8: Rota sintética da corilagina, elagitanino na conformação
1
C
4
.
1
1
G
*
=ácido 2-iodo-3,4,5-trimetoxibenzóico, PMB
**
=para-metoxibenzil, G1
***
=Cloreto de 3,4,5 trimetoxibenzoila
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
33
2. Objetivos
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página
34
2. Objetivos
Este projeto tem como objetivo principal o estudo de uma rota viável
para a síntese da (-)-vescalina. Tais estudos representam uma contribuição ao
desenvolvimento da metodologia sintética de polifenóis biologicamente ativos,
substâncias que têm demonstrando enorme empregabilidade na área
farmacológica.
OH
O
HO
O
OH
O
HO
HO
HO
HO
OH
OH
O
O
HO
O
H
OH
O
Figura 18: Estrutura da Vescalina
O elagitanino vescalina foi isolado e estruturalmente elucidado por
Mayer et al.
[91,92]
. Mais recentemente um estudo sobre atividade biológica de
elagitaninos C-glicosilados provou a capacidade da vescalina de inibir a
topoisomerase II
[93]
, enzima que desempenha importante papel no processo de
replicação e transcrição de DNA. A topoisomerase II
[94]
é uma enzima alvo no
desenvolvimento de quimioterápicos, capazes de danificar o DNA de células
cancerosas.
O esquema 9 representa a rota sintética planejada:
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 35
Esquema 9: Rota Sintética Proposta
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 36
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 37
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 38
3. Resultados e Discussão
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 39
3. Resultados e Discussão
Na parte inicial do trabalho foi realizado o procedimento de inclusão de
grupos protetores na unidade glicosídica de acordo com o esquema 10
[5]
.
A partir da
D
-glicose é realizada a ntese do doador glicosídico 2,3,4,5-
O- acetil- 1-Bromo α-
D
-glicopiranosídeo (composto 1).
33% HBr/AcOH
(Ac)
2
O
O
H
AcO
H
AcO
H
Br
OAc
H
H
OAc
O
H
HO
H
HO
H
OH
OH
H
H
OH
1
Figura 19: Reação de formação da 2,3,4,6-O-acetil-α-glucopiranosídeo.
O procedimento realizado para a preparação do doador glicosídico foi
realizado da seguinte maneira: a uma suspensão de
D
-glicose em anidrido
acético (aprox. 1 g em 5 ml) foi adicionado 1 ml de solução de 33% HBr/AcOH.
Após aproximadamente 1 hora, completa-se a processo de acetilação e toda a
glicose solubiliza-se, após este período á adicionado um volume de 5 mL de
solução 33% HBr/AcOH. Ao final de 4 horas, após a verificação do consumo de
todo o material de partida por TLC a reação foi interrompida e rota-evaporado o
solvente. Através da análise de RMN pode-se comprovar a acetilação total da
glicose, mas não a inserção de bromo no carbono anomérico.
Numa segunda tentativa foi adicionado 1mol equivalente de H
2
O que,
segundo literatura
[23]
, atua como catalisador na reação. O procedimento foi
executado como descrito no parágrafo anterior com a adição de 1 mol
equivalente de água. Após um período de 3,5 horas foi rota-evaporado o
solvente, sem necessidade de qualquer neutralização prévia, e obtido o
O
OH
HO
HO
HO
O
OH
HO
HO
HO
SPh
O
OAc
AcO
O
SPh
O
Ph
O
O
H
HO
O
SPh
O
Ph
OH
H
O
OAc
AcO
AcO
AcO
SPh
33% HBr/AcOH
(Ac)
2
O
PhSH/1M Na
2
CO
3
NaOMe
PhC(Br)
2
/(Ac)
2
O
NaOMe
O
H
AcO
H
AcO
H
Br
OAc
H
H
OAc
Esquema 10: Rota sintética de proteção da
D
-glicose
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 40
composto 2,3,4,6 tetra-O- acetil-1- α-bromo -
D
-glicopiranosideo, com
rendimento de 88%, comprovado através de analise de RMN de hidrogênio e
carbono 13 e comparado com dados da literatura
[23]
. A hidratação do meio
reacional contribui com o aumento da velocidade da reação, sem detrimento do
rendimento, devido à capacidade de tornar mais ácido o meio, portanto
catalisando assim a reação de acetilação e aumento da quantidade de HBr livre
no meio.
Os tioglicosídeos são amplamente usados em reações de ntese
envolvendo carboidratos, pois funcionam muito bem como grupo protetor
ortogonal da posição anomérica, ou seja, são grupos protetores que reagem
sob condições altamente específicas, não interferindo nas demais reações de
proteção e desproteção dos diferentes sítios da molécula de açúcar.
Primeiramente o reagente tiofenol, PhSH, foi sintetizado a partir da
clivagem redutiva do dissulfeto de difenila, Ph-S-S-Ph, com o agente redutor
LiAlH
4
. Após 1,5 hora de reação todo reagente de partida foi consumido
produzindo quantitativamente PhSH. Para análise qualitativa, efetuou-se
análise de infravermelho na busca de estiramento típico de mercaptanas,
banda S-H. O espectro de infravermelho mostrou uma banda em 2568 cm
-1
evidenciando a presença do tiofenol.
A preparação do composto Fenil -2,3,4,6- O- acetil-1-tio-β-
D
-
glicopiranosídeo foi realizada a partir do composto 1. Este foi submetido a
reação com tiofenol em AcOEt e sol. aquosa 1M de Na
2
CO
3
utilizando
catalisador de transferência de fase, Bu
4
NHSO
4
. O produto da reação foi
extraído e cristalizado com EtOH absoluto. Obteve-se o composto Fenil 2,3,4,6-
tetra-O-acetil-1-tio-
D
-glucopiranose, composto 2, com rendimento de 82%.
Após a evaporação do solvente foi comum a presença de resíduo de tiofenol.
A purificação com coluna de sílica utilizando eluente AcOEt e hexano
mostrou-se um método não eficaz pois parte do produto epimeriza-se durante a
O
H
AcO
H
AcO
H
Br
OAc
H
H
OAc
O
H
AcO
H
AcO
H
H
OAc
H
S
OAc
Ph
PhSH/1M Na
2
CO
3
(Bu)
4
NHSO
4
1 2
20
: Reação de formação da
Fenil
-
2,3,4,6
-
O
-
acetil
-
1
-
tio
-
β
-
D
-
glicopiranosídeo
.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 41
eluição, portanto preferiu-se a lavagem do composto com hexano a frio devido
à baixa solubilidade do composto 2 e a alta solubilidade do PhSH em hexano.
A mudança da conformação α do composto 1 para conformação β do
composto 2 pode ser atribuída a fatores decorrentes do mecanismo da reação
e substituintes da posição 2 do anel piranosídico, no caso o grupo acetil. A
ligação glicosídica é formada através da substituição nucleófila de um grupo
abandonador, no caso o bromo, por um aceptor glicosídico no caso tiofenol.
Após a liberação do átomo de bromo há a formação de um intermediário
catiônico na posição 1, o qual é estabilizado pela carbonila da posição 2
deixando a posição axial impedida, favorecendo o ataque pela face β.
O
H
AcO
H
AcO
H
Br
OAc
H
H
OAc
-Br
O
H
AcO
H
AcO
H
O
H
H
OAc
O
PhSH
O
H
AcO
H
AcO
H
H
OAc
H
S
OAc
Ph
Figura 21: Estabilização do cátion pela carbonila.
Para a próxima etapa o composto 2 foi submetido a uma reação de
trans-esterificação empregando NaOMe em MeOH anidro. Após um período de
15 min. a solução foi então extraída e neutralizada através de uma coluna de
aproximadamente 5 ml de resina de troca iônica, DOWEX X8 50W H
+
(200-400
mesh). Através do espectro de RMN foi comprovado sucesso na obtenção do
composto 3 ( fenil1-tio-β-
D
-glicopiranosídeo) com 96 % de rendimento.
O
H
AcO
H
AcO
H
H
OAc
H
S
OAc
Ph
2
NaOMe
MeOH
O
H
HO
H
HO
H
H
OH
H
S
OH
Ph
3
22
: Reação de formação da fenil
1
-
tio
-
β
-
D
-
glicopiranosídeo
.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 42
Na próxima etapa o composto 3 foi diluído em piridina anidra, utilizando-
se do composto α, α- dibromotolueno efetuou-se a reação de proteção
regiosseletiva das hidroxilas das posições C 4 e C 6 no anel glicosídico. Após o
período de 2 horas sob agitação e refluxo a 140 ºC foi adicionado uma alíquota
de anidrido acético a fim de acetilar momentaneamente as posições 2 e 3 que
são posteriormente retiradas originando o composto 5 (figura 23). A acetilação
das hidroxilas 2 e 3 aumenta a solubilidade em AcOEt (solvente utilizado no
processo de extração), portanto minimiza perdas durante o procedimento de
neutralização e lavagem da fase orgânica. Após purificação em coluna
cromatográfica (6:4 hexano/AcOEt) o composto fenil 2,3-O-acetil-4,6-O-
benzilideno-1-tio-β-
D-
glicopiranosideo (composto 4) foi obtido com rendimento
de 65%.
Figura 23: Reação de formação da fenil 2,3-O-acetil-4,6-O-benzilideno-1-tio-β-
D
-
glicopiranosideo.
Finalizando o procedimento de proteção da glicose o composto 4 foi
submetido novamente ao ataque com NaOMe. Procedendo-se da mesma
maneira referente à preparação do composto 3, resultando no composto fenil-
4,6-O- benzilideno-1-tio-β-
D
-glicopiranosídeo (composto 5). O rendimento
obtido nesta etapa foi de 95%.
O
H
O
H
AcO
H
H
OAc
H
S
O
O
H
O
H
HO
H
H
OH
H
S
O
MeOH
NaOMe
4
5
Figura 24: Reação de formação da fenil 4,6-O- benzilideno-1-tio-β-
D
-glicopiranosideo.
O
H
HO
H
HO
H
H
OH
H
S
OH
PhC(Br)
2
/ (Ac)
2
O
Piridina
O
H
O
H
AcO
H
H
OAc
H
S
O
3
4
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 43
Após completo o procedimento de proteção da glicose partiu-se para
uma segunda etapa onde o objetivo foi a proteção das hidroxilas fenólicas do
metil galato conforme esquema 11
[34]
.
Partindo do éster galato de metila e Ph
2
C(Cl)
2
(diclorodifenilmetano),
ambos foram aquecidos a 180 ºC durante 10 min em reação sem solvente. O
produto proveniente do aquecimento foi diluído em benzeno e cristalizado
adicionando-se hexano. Após um período de 12 horas o produto, na forma de
sólido branco, foi filtrado e rotaevaporado o excesso de solvente. Obteve-se o
composto, metil- 3- hidroxi-difenilmetileno-4,5-dioxi-benzoato produto 6 com
79% de rendimento.
Diversas reações sem solventes são realizadas em microondas o que
nos levou a realizar tentativas de adaptar o procedimento para realização em
microondas. Uma tentativa bem sucedida foi realizada e o composto 6 foi
sintetizado utilizando equipamento de microondas CEM
®
mod. Discover
System, com parâmetros fixados em: temperatura 150 ºC, potencia 100 W e
tempo 5 min. O rendimento obtido foi de 81%.
O O
O
O
OH
O O
HO
OH
OH
(Ph)
2
C(Cl)
2
/180°C
LiOH/ refluxo
O OH
O
O
OH
O OH
O
O
OH
TBDMSiCl
(Et)
3
N
DMF
O O
O
O
O
MeOH
Si
Si
O OH
O
O
O Si
AcOH
H
2
O
THF
Esquema
11
:
Etapas de p
roteção do ácido gálico.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 44
O éster 6 foi submetido à hidrólise utilizando-se solução aquosa 2M de
LiOH e metanol, a uma temperatura de refluxo de aproximadamente 100º C
durante 1 hora. Após decorrido o tempo de reação, a solução foi diluída em
acetato de etila, lavada com solução 1M de H
3
PO
4
e posteriormente água.
Após rotaevaporado o solvente o extrato bruto foi purificado em coluna
cromatográfica (6:4 Hexano/ AcOEt). Obteve-se o rendimento de 83 % para o
composto ácido 3- hidroxi-difenilmetileno-4,5-dioxi-benzóico (composto 7).
Para a proteção das hidroxilas ácidas e fenólicas do composto 7 utilizou-
se TBDMSiCl (cloreto de tertbutildimetilsilil) em solução com DMF, empregando
como base de Brönsted (Et)
3
N (trietilamina). A solução foi agitada à
temperatura ambiente sob atmosfera de N
2
durante 12 horas. Após decorrido o
período a reação foi neutralizada com solução 1M de H
3
PO
4
, diluída em éter e
O
O
O
O
OH
O O
HO
OH
OH
(Ph)
2
C(Cl)
2
/180°C
6
25
: Formação composto 6
O
O
O
O
OH
LiOH/ refluxo
O
OH
O
O
OH
MeOH
6
7
26
: Reação de hidrólise originando o composto 7
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 45
lavada com sol. saturada de NaCl. O solvente foi rotaevaporado obtendo o
intermediário 8. A hidrólise ácida do silil éster foi realizada utilizando solução de
THF, AcOH, H
2
O em proporção 3:1:1, obtendo o composto 9 ( ácido 3 t-
butildimetilsiloxi-4,5 difenilmetilenodioxi-benzóico) na forma ácida e com a
hidroxila fenólica protegida. O rendimento sobre as duas etapas foi de 71%.
Figura 27: Reação de proteção das hidroxilas por TBDMSi e mecanismo de hidrólise do
silil éster.
Prosseguindo com a rota sintética, o composto 9 e o composto 5 foram
submetidos a uma reação de esterificação
[17]
utilizando DCC (diciclo-
hexilcarbodiimida) e DMAP, DMAP.HCl (dimetil amino piridina e cloridrato de
dimetilamino piridina). A ativação da carbonila por DCC e o uso de DMAP como
catalisador fornece um método sob condições brandas para reações de
condensação entre ácidos e alcoóis
[98,99,100]
. Tal método é amplamente usado
na síntese de elagitaninos
[17,20,34,87,88]
em etapas de formação da ligação éster
entre moléculas de ácido gálico e glicose. O mecanismo de atuação do DCC
combinado com DMAP está ilustrado no esquema a seguir.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 46
2
Esquema 12: Mecanismo de reação de esterificação empregando DCC e DMAP
Contrariando as expectativas a reação entre o produto 5 e 9 não se
concretizou. Um dos fatores para um possível impedimento para a realização
da reação, seria a baixa solubilidade do produto 5 em CH
2
Cl
2
.
Tentativas de promover a reação em refluxo foram efetuadas, mas não
se obteve sucesso. Buscando outros solventes que solubilizem
apropriadamente o composto 5 utilizou-se DMF, em condições idênticas à
reação com CH
2
Cl
2
. Após 3 dias de agitação não houve sinal da formação do
éster. Testes utilizando THF foram realizados, mas também não se obteve
sucesso. A hipótese de baixa solubilidade é, portanto, descartada. Devido a
2
DCU= Diciclohexil uréia
O
OH
HO
O
SH
O
Ph
+
COOH
O
O
O
Ph
Ph
DCC/DMAP/DMAP.HCl
CH
2
Cl
2
X
O
O
O
O
SPh
O
Ph
O
O
O
O
O
O
O
Ph
Ph
Ph
Ph
5
9
O
Si
Si
Si
28
: Reação hipotética entre composto 5 e 9.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 47
várias tentativas de promover a reação de esterificação com o grupo tiofenólico
protegendo o carbono 1 da glicose, abandonou-se o uso deste grupo protetor e
buscamos na literatura
[27,28]
outros grupos protetores que são mais adequados
na síntese de elagitaninos.
Conseqüentemente houve a necessidade de reformular a rota sintética.
Dentre os grupos protetores que poderiam ser utilizados no lugar do tiofenol
destaca-se o orto-nitrobenzil
[28]
(esquema 13), pois este apresenta fácil
remoção através de reação fotoquímica em comprimento de 300 nm e o grupo
trimetilsilil-etil
[27]
(esquema 14) pode ser clivado utilizando ácido
trifluoroacético
[101]
.
Esquema 13: Rota sintética empregando orto-nitro benzil
Com a possibilidade de trabalhar com os dois grupos protetores, foram
elaboradas duas rotas distintas e testes foram conduzidos para verificar a
viabilidade de utilização dos grupos protetores. Fatores como disponibilidade
de reagentes, rendimento e complexidade das reações foram levados em
conta.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 48
Esquema 14: Rota sintética empregando trimetilsilil-etil
Os estudos iniciaram a partir da rota proposta no esquema 13. Para
realizar a reação de glicosilação utilizando orto –nitrobenzil álcool foi realizada
a redução do orto-nitrobenzaldeído utilizando NaBH
4
em THF e quantidades
catalíticas de H
2
O
[29]
. Após cinco minutos de reação obteve-se com sucesso o
álcool orto-nitrobenzílico com rendimento de 95 %.
O H
NO
2
NaBH
4
H
2
O cat
THF 95%
HO
NO
2
29
: Reação de redução do orto
-
nitro benzaldeído
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 49
Para a glicosilação empregando o orto-nitro benzil como aceptor
glicosídico, utiliza-se segundo literatura
[28]
o reagente AgClO
4
em uma reação
empregando método de glicosilação koenings -knorr.
Devido à indisponibilidade deste reagente procurou-se métodos
alternativos para a síntese. Baseado em trabalho publicado
[30]
que descreve
reações de proteção de carboidratos promovidas por ultra-som, foi decidido
efetuar testes empregando BF
3
.Et
2
O para a preparação da 1-nitrobenzil-
glicopiranosídeo. A reação foi conduzida a partir do doador glicosídico tetra-O-
acetil 1- α bromo-
D
- glicopiranosídeo (composto 1 ) e álcool orto-nitrobenzílico
com 1 eq. mol de BF
3
.Et
2
O. Após 5 minutos de reação sob ultra-som à
temperatura ambiente obteve-se 2,3,4,6-O-acetil-1-O-nitrobenzil-α-
D
-
glicopiranosídeo (composto 10) com 81% de rendimento.
A reação entre o composto 1 e álcool orto-nitro benzílico realizada sob
as condições descritas no parágrafo anterior resultou no produto 10 em
conformação exclusivamente α. Em contrapartida o produto desejado era a sua
correspondente conformação β. Os fatores que levaram o produto á exclusiva
conformação α (alfa) podem ser entendidos como um conjunto de condições
que direcionam a reação de glicosilação para uma conformação ou outra. Tais
fatores podem ser repulsão estéreo-eletronica, mecanismo de substituição
[102]
,
efeitos de solvente
[103]
e grupamentos vizinhos adjacentes.
A influencia dos grupos vizinhos frente a estéreo-seletividade das
reações de glicosilação pode ser explicada pela capacidade de alguns
substituintes têm de estabilizar o intermediário iônico formado após a saída do
grupo abandonador, tornado assim uma das faces impedidas, α ou β.
Conseqüentemente o ataque nucleófilo realizado pelo aceptor glicosídico é
oposto à face impedida. A assistência anquimérica (figura 30) promovida pelo
grupo 2- acetoxi estabiliza energeticamente o intermediário oxocarbonico,
devido à deslocalização da carga positiva entre dois átomos de oxigênio o que
BF
3
.Et
2
O (ultra-som)
CH
2
Cl
2
81%
HO
NO
2
+
O
H
AcO
H
AcO
H
Br
OAc
H
H
OAc
10
O
H
AcO
H
AcO
H
O
OAc
H
H
OAc
NO
2
30
: Reação de formação 2,3,4,6,
-
O
-
acetil
-
1
-
O
-
nitrobenzil
-
α
-
D
-
glicopiranosideo
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 50
é uma situação mais energeticamente favorável do que um carbocátion
secundário
[104]
.
O
RO
RO
O
OR
L
O
Ativador
O
RO
RO
O
OR
O
R
1
OH
O
RO
RO
O
OR
O
OR
1
H
O
RO
RO
O
OR
O
O
RO
RO
O
OR
O
Figura 31:Estabilização promovida por substituinte adjacente
O efeito anomérico pode ser entendido como um efeito estéreo-
eletrônico que descreve a tendência de um substituinte adjacente ao
heteroátomo preferir uma orientação axial ao invés da equatorial.
Uma explicação para este efeito foi formulada por J. T.Edwardl
[110]
, o
qual afirma que os dipolos alinhados dos heteroátomos causem repulsão entre
estes (figura 31) quando estes se encontram na posição β (equatorial). Porém
quando os dipolos se encontram na posição α (axial) a repulsão entre os
dipolos se anula, tornando-os mais estáveis.
Outra explicação bastante aceita
[104,105]
é a de estabilização eletrônica
(hiperconjugação) entre os pares de elétrons não compartilhados do oxigênio
do anel pirano e o orbital antiligante da ligação axial ( ) (figura 32). A
sobreposição é eficiente é apenas na posição axial. É importante salientar que
O
H
RO
H
RO
H
H
OR
H
O
OR
O
H
RO
H
RO
H
O
OR
H
H
OR
R
R
32
: Equilibrio termodinâmico entre conformações
α
e
β
.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 51
a magnitude do efeito anomérico depende do substituinte ligado ao carbono
anomérico, dos substituintes ligados ao anel e até mesmo do solvente.
A utilização de BF
3
.Et
2
O como promotor da reação de glicosilação,
utilizando como doador glicosídico o composto 2,3,4,6-O-acetil-1-bromo-α-
D
-
glicopiranosídeo, tem como mecanismo de ação o ataque eletrófilo ao grupo
abandonador (átomo de Bromo), enfraquecendo a ligação C-Br do anel
piranosídico tornando-o suscetível a uma reação de substituição Sn
2
(figura
33). A obtenção do composto 10, na forma exclusiva α, pode ser explicada pela
ausência da assistência do grupo substituinte vizinho, o que implica dizer que
temos a predominância do efeito anomérico, que se caracteriza pela
predominância da conformação α.
O
H
AcO
H
AcO
H
Br
OAc
H
H
OAc
B
F
F F
O
H
AcO
H
AcO
H
Br
OAc
H
H
OAc
B
F
F
F
HO
NO
2
O
H
AcO
H
AcO
H
Br
OAc
H
H
OAc
B
F
F
F
HO
NO
2
BF
3
.Et
2
O
HBr
O
H
AcO
H
AcO
H
O
OAc
H
H
OAc
NO
2
Figura 34:Reação de glicosilação utilzando BF
3
.Et
2
O como agente promotor
O
RO
RO
OR
O
OR
O
RO
RO
O
OR
OR
R
R
33
: Estabilização por hiperconjugação do confôrmero
α
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 52
Diante de tais resultados foi decidido realizar testes empregando como
protetor glicosídico 2-trimetilsilila conforme elaborado na rota sintética
alternativa do esquema 14.
A reação de glicosilação foi realizada
[31]
apartir do 2-trimetilsilil etanol,
que foi sintetizado a partir de redução do α trimetilsilacetato de etila (composto
11). O composto 11 por sua vez foi sintetizado a partir de uma reação com
bromoacetato de etila e clorotrimetilsilano, empregando Zn metálico em
solução de benzeno e éter, sob refluxo, com rendimento de 68%. Tal reação é
uma variação da reação de Reformatsky que consiste basicamente na
condensação de aldeídos ou cetonas com α-halo ésteres através da formação
de um intermediário complexo organozinco.
Obtido o composto 11 este foi submetido a redução com LiAlH4, em éter
previamente tratado. Após tempo de 2,5 horas foi obtido o composto, 2-
trimetilsilil etanol com rendimento de 92%. Vale observar a resistência do grupo
de trimetilsilil frente a agentes redutores fortes como LiAlH
4
.
Tendo em mãos o 2-Trimetilsilil etanol (composto 12) efetuou-se a
reação a reação de glicosilação utilizando também para este procedimento o
doador glicosídico 2,3,4,6-O- acetil 1- bromo- α
D
glicopiranosídeo
(composto 1). Foram utilizados como agentes promotores óxido de mercúrio
(HgO) combinado com catalisador (HgBr
2
). Este método é uma das variações
do todo Koenings-Knorr
[105]
o qual é um método tradicional de glicosilação
que utiliza como agentes promotores sais de metais de transição, como Ag e
Hg. Alguns sais empregados neste tipo de reação são: AgTf
[106]
, AgCO
3
,
AgClO
4
[28]
, HgO/HgBr
2
[27,108]
, Hg(CN)
2
[107,27]
. A reação foi conduzida segundo
Br
O
O
Si Cl
+
Zn/ refluxo
Benzenoter 69%
Si
O
O
11
Éter/ 92%
Si
O
O
LiAlH
4
Si
OH
12
35
: Reação de formação do 2
-
trimetilsilil acetato de etila
36
: Redução do composto 11 formando 2
-
trimetilsilil etanol
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 53
métodos descritos na literatura
[27]
, HgO com quantidades catalíticas de HgBr2
em CHCl
3
previamente tratado. No caso do emprego de CHCl
3
o tempo
reacional total foi de 48 horas, utilizando CH
2
Cl
2
o tempo de reação diminuiu
para 24 horas Após purificação através de cromatográfica em coluna com a
proporção da fase móvel 1:1 AcOEt/Hexano foi obtido o composto 13 (2,3,4,6-
O-acetil-1-O-(2-trimetilsilil etil) -β-
D
-glicopiranosídeo). O rendimento da reação
foi de 42% deixando ainda espaço para testes empregando outros reagentes
que possibilitem o aumento do rendimento. Dentre outros reagentes descritos
na literatura
[32,33]
destaca-se AgO
3
SCF
3
(triflato de prata).
Continuando com o protocolo, os grupos acetilas foram clivados
utilizando solução 1M de NaOMe em metanol anidro. Após 2 horas de tempo
reacional o NaOMe é neutralizado através de uma coluna de 5 mL contendo
resina de troca iônica DOWEX X8 50W H
+
(200-400 mesh). O rendimento da
reação foi de 89% obtendo o composto 14 (2-trimetilsilil etil -β-
D
-
glicopiranosídeo).
O
H
AcO
H
AcO
H
H
OAc
H
OAc
O
Si
NaOMe
MeOH
O
H
HO
H
HO
H
H
OH
H
OH
O
Si
Figura 38:Reação de transesterificação utilizando do composto 14
Na seguinte etapa o composto 14 foi submetido a uma reação de
formação de benzilideno com a finalidade de proteger as hidroxilas C 4 e C 6
do anel piranosídico. O procedimento foi realizado utilizando benzaldeído
dimetil acetal em THF. Quantidades catalíticas de ácido p-toluenosulfônico
foram adicionadas à reação (0,06 mol eq mol de composto 14). Após o período
de 24 horas notou-se a formação de produto através de TLC (8:1
CHCl
3
/AcOEt). O solvente foi rotaevaporado e resíduo impuro foi submetido ao
Si
OH
O
H
AcO
H
AcO
H
H
OAc
H
Br
OAc
+
O
H
AcO
H
AcO
H
H
OAc
H
OAc
O
Si
HgO/HgBr
2
CH
2
Cl
2
40%
37
: Reação de glicosilação emprgando HgO/HgBr2 como promotor
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 54
processo de purificação utilizando cromatografia em coluna (SiO
2
). Durante a
eluição do produto ocorreu a sua degradação no interior da coluna . Tentativas
de utilizar a neutralização da sílica adicionando 1% V/V de Et
3
N foram
realizadas, mas não tiveram efeito positivo. Outros métodos cromatográficos
foram testados, como cromatografia preparativa, porém também não se obteve
sucesso.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 55
4. Considerações Finais
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 56
4. Considerações Finais.
A rota sintética proposta mostrou inúmeros desafios dentre os quais a
escolhe do aceptor glicosídico,com a ortogonalidade adequada, ainda
permanece em questão. Este é um problema delicado, pois como o produto
natural é derivado de uma molécula de glicose de cadeia aberta o grupo que
permanece ligado ao carbono 1 da glicose deverá ter a labilidade correta para
ser retirado sem afetar os demais grupos ligados á molécula de glicose. Temos
ainda como ressalva que as funções ésteres ligadas ao anel piranosídico
apresentam também uma alta labilidade quando expostas a condições
extremas.
A utilização de fenil tioglicosídeos foi de uma decepcionante surpresa,
pois este não se mostrou adequado quando submetido a reações de
condensação utilizando DCC e DMAP. Porém um estudo futuro poderá ser
realizado utilizando fenil tioglicosídeos, atuando como um doador glicosídico
temporário. Os fenil tioglicosídeos são sensíveis á NBS e reações de
glicosilação utilizando NBS como promotor em condições brandas foram
descritas. Uma reação de glicosilação utilizando entre trimetil silil etanol e 4,6-
O-benzilideno-2,3-O-β-
D
-glicopiranosídeo talvez resolvesse o problema de
formação do benzilideno no composto 14.
O
H
AcO
H
AcO
H
H
OAc
H
Br
OAc
O
H
AcO
H
AcO
H
H
OAc
H
O
OAc
Si
HgO/
(CH
3
)
3
Si
OH
O
H
O
H
AcO
H
H
OAc
H
S
O
NBS/
O
H
AcO
H
AcO
H
H
OAc
H
O
OAc
Si
(CH
3
)
3
Si
OH
Figura 39: Reações análogas de glicosilação.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 57
5. Parte Experimental
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 58
5. Parte experimental.
Nesta seção, os compostos foram nomeados conforme recomendações
oficiais de International Union of Pure and Apllied Chemistry (IUPAC) para
nomenclatura de compostos orgânicos.
Para concentrar as soluções orgânicas foram utilizados evaporadores
rotatórios do tipo Buchler e Büchi, operando sob pressão reduzida de
aproximadamente 30 mmHg.
As análises por cromatografia em camada delgada foram realizadas
utilizando-se placas de sílica gel 60 da Merck
®
. As purificações por
cromatografia em coluna foram realizadas utilizando sílica gel 70-230 mesh da
Aldrich
®
.
Os pontos de fusão foram determinados em uma placa de aquecimento
segundo com um termômetro não aferido, instalado em microscópio modelo
Bristoline
®
.
Os solventes e reagentes foram convenientemente purificados conforme
métodos usuais
[115]
.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 59
5.1- Preparação do composto 1 (2,3,4,5-O- acetil- 1-Bromo α-
D
-
glicopiranosídeo) .
Anidrido acético (5ml), foi adicionado a uma balão contendo glicose
(1,000 g 5,55 mmol) sob agitação. Em seguida adicionou-se solução 33% m/m
de HBr em AcOH (1 mL) e H
2
O (0,05 mL 2,77 mmol). A solução foi agitada até
a solubilização completa da glicose (cerca de 70 minutos). Em seguida, foi
adicionado uma nova alíquota da solução de HBr/AcOH 33% (5 mL),
mantendo-se agitação por 3 horas. A solução foi concentrada através de
coevaporação com tolueno. O resíduo sólido foi cristalizado com éter etílico
fornecendo 2,021 g, com 88% de rendimento.
Rendimento: 2,021 g (4,914 mmol) 88%
RMN
1
H,500 MHz,CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): 6,61 (d, 1H J=3,8 H
1
), 5,56 (t 1H J=9,7 H
3
)
5,17 (t 1H J=9,9 H
4
), 4,84 (dd 1H J
1
=6,0 J
2
=9,6 H
2
), 4,35 (dd 1H J
1
=12,3
J
2
=4,1 H
6
) 4,31 (1H multipleto H
5
) 4,13 (dd 1H J
1
=10,9 J
2
=1,5 H
6
)
2,09-2,10-
2,06-2,04
(3H s CH
3
).
RMN
13
C CDCl
3
125 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): 169,5-169,8-196,9-170,1 (CO), 87,0
(C
1
) 72,5 (C
2
) 71,0 (C
3
) 67,2 (C
4
), 61,0 (C
6
) 20,5-20,6-20,7-20,7 (CH
3
).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 60
5.2- Preparação do Tiofenol
Sob atmosfera de nitrogênio, uma solução de bissulfeto de fenila (0,831
g 3,80 mmol) em THF anidro (2,5 mL) foi adicionada gota a gota, através de um
funil de adição, a um balão de duas bocas de 50 mL, contendo LiAlH
4
(0,12 g
3,15 mmol) em THF (5 mL), mantido sob agitação por uma hora. O excesso de
LiAlH
4
foi destruído pela adição cuidadosa de H
2
O (3 mL) e em seguida o meio
foi acidificado pela adição de uma alíquota de 4 mL de solução 6M de HCl. A
mistura foi transferida para um funil de separação, adicionou-se éter etílico e as
fases foram separadas. A fase aquosa foi extraída com éter etílico (3x 15 mL).
As fases orgânicas foram cominadas, lavadas com água, solução saturada de
NaCl e secadas com MgSO
4
anidro. O solvente foi eliminado em um
rotaevaporador fornecendo 0,821 g de tiofenol como um líquido incolor.
Rendimento: 0,821g ( 7,45 mmol) 98%
IV=2600 cm
-1
SH
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 61
5.3- Preparação do composto 2 (fenil -2,3,4,6- O- acetil-1-tio-β-
D
-
glicopiranosídeo).
A um balão de fundo redondo de 50 mL, contendo o composto 1 (0,3132
g, 0,761 mmol) foi adicionado uma solução uma solução de Bu
4
NHSO
4
(0,025
g 0,710 mmol) em AcOEt (5 mL) e solução aquosa 1M de Na
2
CO
3
(5 mL). A
mistura foi mantida sob agitação vigorosa por 30 minutos. Em seguida a
mistura foi transferida para um funil de separação, diluída adicionando-se 5 mL
de AcOEt e descartada a fase aquosa. A fase orgânica foi lavada com solução
1M de NaOH (5 mL), água e solução saturada de NaCl. A fase orgânica foi
transferida para erlenmeyer e adicionado MgSO
4
anidro. Após a filtragem da
solução, o solvente foi removido por rotaevaporação e o resíduo foi
recristalizado com EtOH absoluto. Composto 2 foi obtido na forma de cristais
brancos.
Rendimento: 0,276 g (0,626 mmol) 82%
Ponto de Fusão: 131-132 ºC
RMN
1
H,500 MHz, DMSO-D6
δ
δδ
δ (ppm):5,30 (1H d J=10,0 H
1
), 4,80 (1H t J=9,4
H
2
), 5,37 (1H J=9,4 H
3
), 4,90 (1H t J=9,1 H
4
), 4,18 (3H multipleto H
5
H
6
H
6
),
2,3-2,3-2,0-1,9 (3H s CH
3
)
7,37 (2H t J=6,9 H
arom
), 7,44 (1H t J=7,2 H
arom
), 7,32
(2H t J=7,2 H
arom
).
RMN
13
C 125 MHz, DMSO-D6 δ
δδ
δ (ppm): 84,1 (C1), 70,5 (C2), 74,8 (C3), 69,0
(C4) 75,1 (C5), 62,7 (C6), 127,5 129,0 130,0 132,0 (C
arom
), 20,1-20,2-20,3-20,3
(CH
3
), 168,9-169,2-196,4-169,8 (CO).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 62
5.4- Preparação do composto 3 (fenil1-tio-β-
D
-glicopiranosídeo).
A uma suspensão do composto 2 (0,087 g 0,2 mmol) em metanol anidro
(1,5 mL) a uma temperatura de 0 ºC, foi adicionado uma solução 1M de
NaOMe em metanol anidro (0,5 mL). Após agitação durante 15 min a solução
homogênea foi eluída em uma pequena coluna (aproximadamente 1,5 cm
diâmetro) contendo uma camada de aproximadamente 4 mL de altura de
resina de troca iônica DOWEX X8 50W (H
+
form 200-400 mesh). Após toda a
eluíção o composto 3 foi concentrado por rotaevaporação e cristalizado com
ajuda de hexano.
Rendimento: 0,0519 g (0,190 mmol) 96%
RMN
1
H 500 MHz DMSO-D6 δ
δδ
δ (ppm): 4,60 (1H d J=9,7 H
1
), 3,07 (1H - H
2
),
3,23 (1H H
3
), 3,23 (1H H
4
), 3,07 (1H H5), 3,44 (1H ddd/ J= 6,0-6,0-12,0),
3,70 (ddd/ J=1,7-5,2-10,0 ), 7,46 (2H d/ J=7,2 H
arom
), 7,30 (
2H t/J= 7,5 H
arom
),
7,22 (1H t/ J= 7,2 H
arom
), 5,28-5,09-4,98 (1H d/ J=6,0 , 5,0 , 5,2 OH), 4,56 (1H
t/ J=5,7 OH).
RMN
13
C 125 MHz DMSO-D6 δ
δδ
δ (ppm): 84,1 (C1) 70,5 (C2) 74,8 (C3) 69 (C4)
75,1 (C5) 62,7 (C6) 127,5 129,0 130,0 132,0 135,5 (C
arom.
)
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 63
5.5- Preparação do composto 4 (fenil 2,3-O-acetil-4,6-O-benzilideno-1-tio-
β-
D-
glicopiranosideo).
A um balão de duas bocas equipado com condensador de refluxo
contendo o composto 3 (0,542 g 2,00 mmol) foi adicionado piridina anidra (8
mL) e α,α- dibromotolueno (0,27 mL 2,01 mmol). A solução foi mantida sobre
refluxo a uma temperatura de 140 ºC durante 2,5 horas. Após este período a
mistura foi resfriada à temperatura ambiente e foi adicionada uma alíquota de
Ac
2
O (1 mL). A mistura foi agitada por 24 horas e concentrada através de
rotaevaporação. O resíduo foi diluído em AcOEt (10 mL) e lavado com água em
funil de separação. A fase orgânica foi separada, secada com a ajuda de
MgSO
4
e concentrada através de rotaevaporação. O resíduo foi purificado
através de cromatografia em coluna (SiO
2
) (6:4 hexano/ AcOEt) fornecendo o
produto 4 na forma de sólido branco.
Rendimento: 0,578 g (1,30 mmol) 65%
RMN
1
H,500 MHz,CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): 4,80 (1H d J=10,0 H
1
), 5,01 (1H t J=10,0
H
2
) 5,34 (1H t J=9,4 H
3
), 3,66 (1H t J=9,4 H
4
), 3,57(1H ddd J= 4,7, 9,5 9,5 H
5
),
3,79 (1H t J
1
=9,8 H
6
), 4,40 (1H dd J
1
= dd/ J=4,8 10,6 H
6
), 5,65 (1H s Ph-CH),
7,45 (10 H multipleto H
arom
), 2,02- 2,10 (3H s CH
3
).
RMN
13
C 125 MHz CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm):86,6 (C1), 70,8 (C2), 72,9 (C3), 70,6(C4),
78,0 (C5), 68,4 (C6), 101,5 (Ph-CH), 126,1-128,2-128,4-129,0-129,2-133,0 (Ph-
C PH-S-), 20,8 (CH
3
), 199,5-170,0 (CO).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 64
5.1 Preparação do composto 5 (fenil- 4,6-O- benzilideno-1-tio-β
ββ
β-
D
-
glicopiranosídeo)
Uma solução de 0,2 mL 1M NaOMe em MeOH foi adicionada
gradualmente em uma suspensão do composto 4 ( 1,024g 2,30 mmol) em de
MeOH anidro (15 mL) a 0ºC. A mistura foi mantida sob agitação por 3h. Em
seguida a solução foi neutralizada em uma coluna contendo camada de resina
de troca iônica DOWEX X8 50W (H
+
form 200-400 mesh). Após toda a eluição
do composto, o solvente foi rotaevaporado e o resíduo foi cristalizado com
hexano fornecendo composto 5 na forma de sólido branco.
Rendimento: 0,788 g (2,188 mmol) 95%.
RMN
1
H,500 MHz, DMSO-D6
δ
δδ
δ (ppm): 4,90 (1H d J=9,8 H
1
), 3,44 (1H t J=9,3
H
2
), 3,56(1H, H
3
), 3,56 (1H, H
4
), 3,23(1H ddd J= 4,7-9,5-9,5 H
5
), 3,72 (1H t
J
1
=10,0 H
6
), 4,25 (1H dd J
1
= dd/ J=4,9-10,0 H
6
), 5,65 (1H s Ph-CH), 7,30-7,50
(10 H multipleto H
arom
), 5,55 (1H d J=5,1 OH), 6,36(1H d J=6,3 OH).
RMN
13
C 125 MHz, DMSO-D6 δ
δδ
δ (ppm):88,2 (C1), 81,2 (C2), 75,2 (C3),
70,6(C4), 74,0, (C5), 68,7 (C6), 101,5 (Ph-CH), 127,2-127,7-128,8-129,6-129,8-
131,3, 134,7, 138,6 (Ph-C PH-S-).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 65
5.2 Preparação do composto 6 (metil- 3- hidroxi-difenilmetileno-4,5-dioxi-
benzoato).
Em um balão de fundo redondo de 100 mL contendo galato de metila
(2,007 g 10, 890 mmol) foi adicionado α,α diclorodifeniltemtano ( 2,09ml 10,90
mmol). A mistura foi aquecida à temperatura de 180 ºC e mantida por 10
minutos. O sólido proveniente foi resfriado à temperatura ambiente e diluído
com uma alíquota de benzeno (20 mL). Após a diluição foi adicionado hexano
(20 mL) até que o produto comece a precipitar. A solução foi deixada em
descanso durante 12 horas. Posteriormente foi filtrado o sólido, realizado
lavagens com hexano (2x 10 mL) e rotaevaporado o resíduo de solvente. O
composto 6 foi obtido na forma de sólido branco.
Rendimento: 2,998g (8,612 mmol) 79%.
Ponto de Fusão: 167-168 ºC
RMN
1
H,500 MHz, DMSO-D6
δ
δδ
δ (ppm): 3,18 (3H s CH
3
), 7,06 (1H d J=1,5
H
(ácido galico)
), 7,18(1H d J=1,5 H
(ácido gálico)
), 7,53 (4H dd J=2,0 7,4 H
(fenil orto)
),
7,45 (6H d H
(fenil meta e para)
), 10,30 (1H s OH).
RMN
13
C 125 MHz, DMSO-D6 δ
δδ
δ (ppm):52,0 (OCH
3
), 165,4 (CO), 123,8-101,2-
147,7-137,5-140,8-113,6 (C
(ácido galico)
), 139,2-125,7-128,7-129,4 (C
Fenil
),
117,2(Ph
2
COO).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 66
5.3 Preparação composto 7 (ácido 3- hidroxi-difenilmetileno-4,5-dioxi-
benzóico).
A um balão de duas bocas equipado com condensador de refluxo
contendo o composto 6 (1,120 g 3,215 mmol) foi adicionado 20 mL de MeOH.
Em seguida foi adicionado ao balão 7 mL de uma solução aquosa de LiOH
(0,09 g/mL). A mistura foi aquecida à temperatura de 100 ºC e agitada. Depois
de 1 hora de aquecimento a mistura foi resfriada à temperatura ambiente e
diluída com AcOEt (20 mL). A mistura foi transferida a um funil de separação
onde foi lavada com solução 1M de H
3
PO
4
(10 mL), água (10 mL) e solução
saturada de NaCl (10 mL). A fase orgânica foi então separada, secada com
ajuda de MgSO
4
anidro e concentrada através de rotaevaporação. O produto
foi purificado através de coluna de sílica (SiO
2
) (6:4 hexano/AcOEt). O
composto 7 foi obtido na forma de pó branco.
Rendimento: 0,892 g (2,670 mmol) 83%.
Ponto de Fusão: 170-171 ºC
RMN
1
H, 300 MHz, DMSO-D6
δ
δδ
δ (ppm): 7,01 (1H s H
(ácido galico)
), 7,14(1H s
H
(ácido gálico)
), 7,55-7,40 (10H H
(fenil)
), 10,20 (1H s OH).
RMN
13
C 75 MHz, DMSO-D6 δ
δδ
δ (ppm):167,0 (CO), 125,5-101,8-148,1-137,6-
141,1-114,2 (C
(ácido galico)
), 139,9-126,3-129,0-129,9 (C
Fenil
), 117,5 (Ph
2
COO).
IV
max
=
3600-2580 1700-1683 cm
-1
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 67
5.4 Preparação composto 9 (ácido 3 t-butildimetilsiloxi-4,5
difenilmetilenodioxi-benzoico).
A um balão de 50 mL sob atmosfera de N
2
contendo composto 7 (1,500
g 4,486 mmol), foi adicionado DMF (previamente destilado) (12 mL). A solução
foi resfriada a 0 ºC em seguida foi adicionado cloreto de tertibutildimetilsilil
(1,356 g 9 mmol) e trietilamina (0,2 mL). A solução ficou sob agitação durante
14 horas. Após este período foi adicionado à mistura uma alíquota de solução
1M de H
3
PO
4
(8 mL) e em seguida transferiu-se a mistura para um funil de
separação. Foi adicionado à mistura éter etílico (30 mL) e separadas as fases.
A fase aquosa foi extraída com éter etílico (2x 10 mL). As fases orgânicas
foram reunidas e lavadas com H
2
O e solução saturada de NaCl. A solução foi
secada empregando MgSO
4
anidro e em seguida rotaevaporado o solvente.
O resíduo impuro proveniente da reação anterior foi adicionado a uma
solução de THF, AcOH, H
2
O (na proporção de 1:3:1) (20 mL) sob agitação
durante 4 horas. Após o total consumo do material de partida, verificado por
TLC (1:1 AcOEt/ hexano), foi adicionado solução saturada de NaHCO
3
(15 mL).
A mistura foi transferida para um funil de separação onde foi adicionado 10 mL
de H
2
O, em seguida foi adicionado AcOEt (30 mL) e separada a fase orgânica.
A fase aquosa foi extraída com 2 porções de acetato de etila (10 mL). As fases
orgânicas foram combinadas, lavadas com solução saturada de NaCl 2x e
rotaevaporado o solvente. A purificação foi realizada através de coluna
cromatográfica (SiO
2
) (1:1 AcOEt/hexano) obtendo o composto 9 (1,42 g na
forma de sólido branco.
Rendimento: 1,42 g (3,165 mmol) 71% (sobre duas etapas).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 68
Ponto deFusão: 210-211 ºC
RMN
1
H, 300 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): 7,01 (1H s H
(ácido galico)
), 7,14(1H s H
(ácido
gálico)
), 7,55-7,40 (10H H
(fenil)
), 10,20 (1H s OH).
RMN
13
C 75 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): 118,3-104,4-139,8-123,1-142,1 119,3(C
(ácido
galico)
), 138,6-126,2-128,3-129,3 (C
Fenil
), 148,6 (Ph
2
COO) -4,5 (SiCH
2
) 18,3
(C-(CH
3
)
3
) 25,5 (CH
3
)
5.5 Preparação orto-nitrobenzil álcool.
Em uma balão de fundo redondo de 50 mL contendo orto-
nitrobenzaldeido (0,106 g, 0,7 mmol) foi adicionado THF (3 mL) e H
2
O (0,05
mL). Em seguida foi adicionado NaBH
4
(0,026 g, 0,7 mmol) e a mistura foi
agitada durante 5 minutos. Após este período foi adicionado mais uma alíquota
de H
2
O (2 mL) e a mistura foi agitada por mais 5 minutos. A mistura foi diluída
com CH
2
Cl
2
(20 mL) e transferida para um funil de separação. A fase orgânica
foi separada e lavada com H
2
O (2x 10 mL) e secada utilizando MgSO
4
anidro.
O solvente foi rotaevaporado originando orto-nitrobenzil álcool na forma de
cristais na cor amarelo pálido.
Rendimento: 0,102 (0,666 mmol) g 95%.
RMN
1
H, 300 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): 8,10 (1H d J=8,1 H
(orto NO2)
), 7,73(1H t
J=7,3 H
(meta NO2)
), 7,67 (1 t J=7,3 H
(para NO2)
), 7,47 (1H t J=7,8 H
(orto CH2OH)
), 5,00
(2H s CH
2
).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 69
RMN
13
C 75 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm):136,8 (CNO
2
), 125,0-129,9-134,4-148,1 (C-
H
(aromático)
), 128,5 (C
(aromático)
-CH
2
OH), 61,9 (CH
2
OH).
5.6 Preparação composto 10 (
2,3,4,6,-O-acetil-1-O-nitrobenzil-α-
D
-
glicopiranosideo)
.
Em um balão de fundo redondo de 50 mL contendo 2,3,4,6 O-Acetil 1-α-
bromo-
D
glucopiranose (0,2 g 0,48 mmol) e orto-nitro benzilalcool (0,073 g 0,48
mmol) em 5 mL de CH
2
Cl
2
foi adicionado 1 eq. mol de BF
3
.(Et)
2
O. Deixa-se a
solução em banho de ultra-som por aproximadamente 5 min. Adiciona-se 10
mL de CH
2
Cl
2
e a solução é lavada com NaHCO
3
saturado (3x). Extraída a fase
orgânica, seca-se com MgSO
4
e em seguida rotaevaporado o solvente. O
produto bruto foi purificado através de cromatografia preparativa (6:4 hexano/
AcOEt).
Rendimento: 0,1825 g 81%.
RMN
1
H,300 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm):3,60 (1H d J=3,9 H
1
), 4,83 (1H
dd J=4,1-10,1
H
2
), 5,54 (1H
t J=
9,9 Hz
H
3
), 5,15 (1H t J=9,9 H
4
), 4,30 (2H multipleto H
5
, H
6
),
4,12 (1H d J=11,4 H
6
), 8,08 (1H d J=8,0 H
(orto NO2)
), 7,66 (1H t J=7,8 H
(meta
NO2)
), 7,45 (1 t J=7,8 H
(para NO2)
), 7,45 (1H t J=7,8 H
(orto CH2OH)
), 4,97 (2H s CH
2
).
.
RMN
13
C 125 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): 86,9 (C1), 70,9 (C2), 70,6 (C3), 67,6 (C4)
73,5 (C5), 61,4 (C6), 62,7 (CH
2
), 125,3-128,7-130,1-134,4-137,7-148,0 (C
arom
),
21,0-20,9-20,9-20,8 (CH
3
), 170,9-170,2-170,1-169,9 (CO).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 70
5.7 Preparação composto 11 (2-trimetisilil acetato de etila).
Em um balão de três bocas 100 mL equipado com funil de adição e
condensador de refluxo com tubo secante contento CaCl
2
foi adicionado
benzeno (recém destilado) (20 mL) e zinco finamente particulado (3,17g 50
mmol). Ao funil de adição foi adicionado 10 mL de benzeno, 10 mL de éter
anidro, cloreto de trimetilsilil (4, 35 g 40 mmol) e bromoacetato de etila (8,35 g
50 mmol). O sistema foi aquecido até um ponto de refluxo brando e o conteúdo
do funil de adição foi gotejado no interior do balão. O sistema foi agitado sob
refluxo por um período de 3 horas. Durante o gotejamento da solução do funil
de adição foram colocados alguns cristais de iodo. Decorridas as 3 horas de
aquecimento a solução foi resfriada em banho de gelo e adicionado 15 mL de
solução 1M de HCl. Após 10 minutos de agitação a mistura foi transferida para
um funil de adição e separada a fase orgânica. A fase aquosa foi extraída com
éter etílico (2x 15 ml). As fases orgânicas foram reunidas e lavadas com HCl
1M (10 mL), NaHCO
3
sat.(10 mL), água (10 mL) e secado com MgSO
4
anidro.
O produto, composto 11 (líquido incolor), foi purificado em coluna
cromatográfica (SiO
2
) (95% hexano: 5% acetato de etila).
Rendimento: 3,95 g (24,642 mmol) 68%
RMN
1
H, 300 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): 0,00 (9H s/ H
(Si-(CH3)3)
), 1,90 (2H s/ H(
Si-CH2-
CO)
), 4,07 (2H q/ J=7,2 H
(O-CH2)
), 1,22 (3H t/ J=7,2 H
(CH2-CH3)
).
RMN
13
C 75 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): -2,0(C
(SiCH3)
), 13,8 (C
(CH3)
) 26,3 (C
(-Si-CH2CO)
),
59,2 (C
(O-CH2)
) 173,0 (CO).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 71
5.8 Preparação composto 12 (2- trimetilsilil etanol) .
Em um balão de duas bocas de 50 ml equipado com funil de adição,
sob atmosfera de N
2
, foi adicionado éter etílico anidro (15 mL) e LiAlH
4
(0,12 g
3,157 mmol). Ao funil de adição foi adicionado éter anidro (10 mL) e o
composto 11 (0,545 g 3,401 mmol). O sistema foi resfriado à temperatura de 0
ºC e a solução contida no funil de adição foi adicionada no interior do balão
gota a gota. A mistura foi agitada durante 1,5 hora à temperatura ambiente.
Após o período de agitação o sistema foi colocado em banho de gelo e foi
adicionado H
2
O (1,5 mL) cuidadosamente através do funil de adição. Em
seguida foi adicionado à mistura 1,5 mL de solução 1M de hidróxido de sódio e
1,5 mL de H
2
O. A mistura foi diluída com éter etílico (20 mL) e transferida para
erlenmeyer e secada com MgSO
4
anidro. A solução foi concentrada através de
rotaevaporação resultando no composto 12 (líquido incolor)
Rendimento: 0,37 g (3,128 mmol) 92%.
RMN
1
H, 300 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): 0 (9H s H
(SiCH3)
), 0,93 (2H t/ J=8,4
CH
2
Si(CH
3
)
3
), 3,70 (2H t/ J=8,5 OH-CH
2
).
RMN
13
C 75 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): -2,1(C
(SiCH3)
), 21,4 (C
(Si-CH2)
), 59,4 (C
(CH2-OH)
).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 72
5.9 Preparação composto 13 (2,3,4,6-O-acetil-1-O-(2-trimetilsilil etil) -β-
D
-
glicopiranosídeo).
Em um balão de 50 mL, sob atmosfera de nitrogênio, foi adicionado o
composto 1 (2,3,4,5-O- acetil- 1-Bromo α-
D
-glicopiranosídeo) (1,023 g 2,480
mmol), CH
2
Cl
2
anidro (20 mL), composto 12 (2- trimetilsilil etanol) (0,29g 2,452
mmol), HgO ( 0,53 g 2,480 mol) e HgBr
2
(0,05 g 0,138 mmol). O balão foi
protegido da luz e a mistura agitada durante 24 horas. Após o período de
agitação a mistura foi filtrada em funil de placa sinterizada contendo Celite®. A
mistura foi concentrada através de rotaevaporação e a purificação foi realizada
por cromatografia em coluna (SiO
2
) (1:1 AcOEt/ hexano). O composto 13 foi
obtido na forma óleo incolor.
Rendimento: 0,447 g (1,033 mmol) 41%.
RMN
1
H,300 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm): 4,50 (1H d J=8,0 H
1
), 4,98 (1H t J=9,3 H
2
),
5,20 (1H t/ J=9,3
H
3
), 5,09 (1H t/ J=9,5 H
4
) 3,69(1H ddd/ J=2,3, 4,6, 9,2
H
5
),
4,28 (1H dd/ J=4,7-12,3
H
6
), 4,13 (1H dd/ J=4,9-10,0 H
6
), 3,98 (1H ddd/ J=5,9
-9,8-9,8 OCH
2
), 3,56(1H ddd/ J=7,0-9,8-9,8
OCH
2
), 0,93 (2H multipleto CH
2
-
Si(CH
3
)
3
), 2,10-2,48-2,35-2,01 (12H s CH
3
CO), 0 (9H s Si-(CH
3
)
3
).
RMN
13
C 75 MHz, CDCl
3
δ
δδ
δ (ppm):100,2 (C1), 71,7 (C2), 73,0 (C3), 68,5 (C4),
71,4 (C5), 62,0 (C6), 67,7 (C
(OCH2)
), 17,9 (C
(CH2Si(CH3)3)
), -1,4 (C
(Si(CH3)3
), 20,7-
20,6 (C
(CH3CO)
), 170,7-170,3-169,4-169,3 (CO).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 73
6.0 Preparação Composto 14 (2-trimetilsilil etil -β-
D
-glicopiranosídeo).
Em um balão de 50 mL foi adicionado o composto 14 (0,150 g 0,346
mmmol) e MeOH anidro (5 mL). Após solubilização completa do composto 14
foi adicionado ao sistema 0,2 mL de solução 1M de NaOMe em MeOH. A
mistura foi agitada durante 2 horas. Em seguida a mistura foi eluída em coluna
de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro empacotada com 4 mL de resina de
troca iônica DOWEX X8 50W (H
+
form 200-400 mesh). Após a eluíção da
mistura o solvente foi rotaevaporado e o composto 15 obtido na forma de óleo
amarelado.
Rendimento: 0,081 g (0,307 mmol) 89 %
RMN
1
H,300 MHz, DMSO-D6
δ
δδ
δ (ppm): 4,95 (1H d J=8,0 H
1
), 2,90 (1H t J=8,4
H
2
), 3,15(1H, t/ J=8,6
H
3
), 3,03 (1H, t/ J=8,6 Hz H
4
), 3,05(1H H
5
), 3,63 (1H dd/
J=1,0-11,0
H
6
), 3,41 (1H dd/ J=5,7-11,9
H
6
), 3,45 (1H ddd/ J=5,7 -10,1 OCH
2
),
3,83(1H ddd/ J=5,7-10,1 OCH
2
), 0,93 (1H ddd/ J=5,7-11,4 CH
2
-Si(CH
3
)
3
), 0,85
(1H ddd/ J=5,7-11,4 CH
2
-Si(CH
3
)
3
) -0,1 (9H s Si-(CH
3
)
3
).
RMN
13
C 75 MHz, DMSO-D6 δ
δδ
δ (ppm):103,2 (C1), 74,6 (C2), 77,6 (C3), 70,9
(C4), 77,9 (C5), 61,9 (C6), 66,5 (C
(OCH2)
), 18,7 (C
(CH2Si(CH3)3)
), -0,5 (C
(Si(CH3)3
).
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 74
6. São de Espectros
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 75
6. Seção de Espectros
Os espectros de ressonância magnética nuclear de próton RMN
1
H foram
obtidos a partir de espectrômetros Bruker DRX-500 MHz e 300 MHz. Os
deslocamentos químicos (δ) estão relatados em parte por milhão (ppm) em
relação ao tetrametilsilano (TMS), utilizado como padrão interno.
Os sinais foram atribuidos nomeando-se de acordo com a seguinte
legenda: s = singleto, d = dubleto, t = tripleto, q = quarteto, dd = duplo dubleto,
ddd = duplo, duplo dubleto. As constantes de acoplamento (J) estão medidas
em Hertz (Hz) e o número de hidrogênios foi deduzido da integral relativa.
Os espectros de ressonância magnética nuclear de carbono-13 (RMN
13
C,
75 e 125 MHz) foram obtidos a partir de espectrômetros Bruker DRX-300 e 500
e foram traçados, de acordo com a conveniência, utilizando-se as seguintes
técnicas:
13
C {
1
H} – Carbon Totalmente Desacoplado de Hidrogênio.
DEPT 135- Distortionless Enhancement by Polarization Transfer.
Também constarão nesta seção espectros contendo dados obtidos pelas
técnicas de correlação COSY, HMQC, HBMC
.
Os espectros de absorção no infravermelho foram adquiridos em um
espectrofotômetro Perkin-Elmer modelo 1600 FT, em celas de KBr para
líquidos e pastilhas de KBr para sólidos.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 76
Acquisition Time (sec)
4.1288
Date
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Number of Transients
16
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Pulse Sequence
zg30
Solvent
CDCl3
Sweep Width (Hz)
7936.51
Temperature (degree C)
27.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
6.342.101.00 1.000.97 0.95 0.92
3309.44
3305.56
2791.35
2781.66
2771.97
2592.74
2582.80
2573.12
2428.27
2424.40
2418.34
2414.23
2174.92
2170.81
2162.57
2158.45
2152.15
2145.86
2072.47
2061.57
1053.25
1028.30
1019.82
4.9 4.8 4.7 4.6 4.5 4.4 4.3 4.2 4.1 4.0
Chemical Shift (ppm)
2.100.95 0.92
2060.11
2061.57
2072.47
2145.86
2152.15
2158.45
2162.57
2170.81
2174.92
2414.23
2418.34
2424.40
2428.27
5.65 5.60 5.55 5.50 5.45 5.40 5.35 5.30 5.25 5.20 5.15 5.10
Chemical Shift (ppm)
1.000.97
2573.12
2582.80
2592.74
2771.97
2781.66
2791.35
6.8 6.7 6.6 6.5 6.4 6.3
Chemical Shift (ppm)
1.00
3305.56
3309.44
40
:
Espectro de hidrogênio composto
1
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 77
Acquisition Time (sec)
1.0420 .
Date
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Number of Transients
2048
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Pulse Sequence
zgpg30
Solvent
CHLOROFORM-D
Sweep Width (Hz)
31446.54
Temperature (degree C)
27.000
168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
20.54
20.65
60.99
67.23
70.21
70.64
72.18
86.58
169.46
169.84
170.49
171 170 169 168 167
Chemical Shift (ppm)
170.49
169.84
169.79
169.46
21.0 20.5 20.0 19.5 19.0
Chemical Shift (ppm)
20.65
20.64
20.61
20.54
Acquisition Time (sec) 1.0912 .
Frequency (MHz) 125.76
Nucleus 13C Number of Transients 1024 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence dept135 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 30030.03
Temperature (degree C)27.000
90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chemical Shift (ppm)
20.94
21.04
21.06
61.35
67.58
70.57
71.00
72.53
86.95
41
:
Espectro carbono 13
(Broad Band e DEPT) composto
1
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 78
Número
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
6,6
1
d/ J= 3,8
Hz
87
,0
1,0
2
4,8
4
dd/ J
1
=
6,0
Hz
J
2
=
9,6 Hz
72,5
0,95
3
5,
5
6
t/ J=
9,7
Hz
71
,0
0,97
4
5,
17
t/ J=9,9
Hz
67
,2
1,00
5
4,3
1
multipleto
72,5
2,00
6
4,3
5
dd/ J
1
=12,3
J
2
= 4,1
61,0
6
4,1
3
dd/ J
1
=10,
9
J
2
= 1,5
61,0
0,92
CH3x4
2,0
9
-
2,1
0
-
2,06-2,04
s
20,5
-
20,6
-
20,6-20,7
12
COx4
169,5
-
169,8
-
196,9-170,1
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 79
Acquisition Time (sec) 4.0108
Frequency (MHz) 500.13
Nucleus 1H Number of Transients 16 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zg30 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 8169.93
Temperature (degree C) 27.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
6.532.252.06 1.09 1.08
967.43
995.60
1010.07
2030.59
2040.81
2059.02
2067.49
2078.21
2083.70
2404.84
2414.57
2424.04
2439.75
2449.22
2458.70
2647.94
2658.17
2674.37
2683.60
2693.07
3661.98
3669.22
3677.44
3685.17
3692.15
3718.09
3725.32
7.4 7.3 7.2
Chemical Shift (ppm)
2.062.00 0.88
3725.32
3718.09
3692.15
3685.17
3677.44
3669.22
3661.98
5.4 5.3 5.2
Chemical Shift (ppm)
1.09 1.00
2693.07
2683.60
2674.37
2658.17
2647.94
4.75 4.50 4.25 4.00
Chemical Shift (ppm)
2.251.08
2458.70
2449.22
2439.75
2424.04
2414.57
2404.84
2083.70
2078.21
2067.49
2059.02
2040.81
2030.59
42
:
Espectro de hidrogênio composto
2
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 80
Acquisition Time (sec) 1.0420 Comment Imported from UXNMR. Date
File Name r Frequency (MHz) 125.76
Nucleus 13C Number of Transients 12288 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 31446.54 Temperature (degree C) 27.000
168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
20.14
20.28
20.37
61.81
67.97
69.51
72.89
74.18
83.17
127.54
128.96
130.86
132.11
168.89
169.17
169.36
169.81
170 169 168
Chemical Shift (ppm)
169.81
169.36
169.17
168.89
21.0 20.5 20.0 19.5 19.0
Chemical Shift (ppm)
20.37
20.28
20.25
20.14
Acquisition Time (sec) 1.0912 Comment Imported from UXNMR. Date
File Name Frequency (MHz) 125.76
Nucleus 13C Number of Transients 6144 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence dept135 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 30030.03 Temperature (degree C) 27.000
135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chemical Shift (ppm)
21.13
21.26
21.35
62.77
68.90
70.46
73.82
75.12
84.12
128.50
129.94
131.80
22 21 20
Chemical Shift (ppm)
21.35
21.26
21.24
21.13
43
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
2
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 81
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
5,3
0
d/ J= 10
,0
Hz
84,1
1,00
2
4,8
0
t/ J=
9,4
Hz
70,5
1,08
3
5,
37
t/ J=
9,4
Hz
74,8
1,09
4
4,9
0
t/ J=9,1
Hz
69,0
1,08
5,6,6
4,
18
multipleto
C6(62,7)
C5(75,1)
3
1`
7,4
4
d/ J=7,
2
Hz
127,5 129,0
130,0 132,0
2
2`
7,3
7
t/J=
6,9
Hz
2,06
3`
7,3
2
t/ J= 7,
2
Hz
0,88
CH3x4
2,3
-
2,3
-
2,0
-
1,9
s
20,1
-
20,2
-
20,3-20,4
12
COx4
168,9
-
169,2
-
196,4-169,8
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 82
Acquisition Time (sec) 8.0216 Comment Imported from UXNMR.
Frequency (MHz) 500.13
Nucleus 1H Number of Transients 16 Original Points Count 65536 Points Count 32768
Pulse Sequence zg30 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 8169.93 Temperature (degree C) 27.000
7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
2.102.061.98 1.001.00 0.970.950.92
1527.46
1530.70
1536.93
1541.67
1599.27
1602.51
1607.74
1611.24
1616.47
1718.45
1724.43
1835.14
1838.88
1850.60
1852.34
2272.72
2278.45
2284.19
2298.65
2308.37
2487.40
2492.63
2544.99
2549.98
2637.25
2643.23
3610.65
3617.88
3645.80
3653.53
3661.01
3725.84
3733.07
7.4 7.3 7.2 7.1
Chemical Shift (ppm)
2.061.98 1.06
3733.07
3725.84
3661.01
3653.53
3645.80
3617.88
3610.65
3603.17
5.25 5.00 4.75 4.50
Chemical Shift (ppm)
1.000.950.92 0.89
2643.23
2637.25
2549.98
2544.99
2492.63
2487.40
2308.37
2298.65
2284.19
2278.45
2272.72
4.00 3.75 3.50 3.25 3.00
Chemical Shift (ppm)
2.102.031.000.97
1852.34
1850.60
1847.11
1840.62
1838.88
1835.14
1730.42
1724.43
1718.45
1616.47
1611.24
1607.74
1602.51
1599.27
1547.16
1541.67
1536.93
1530.70
1527.46
1521.23
44
:
Espectro de hidrogênio composto
3
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 83
Acquisition Time (sec) 1.8219 Date
Frequency (MHz) 125,0
Nucleus 13C Number of Transients 2780 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 17985.61 Temperature (degree C) 18.800
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
61.43
70.19
72.82
77.19
78.62
81.41
87.49
126.74
129.29
129.94
135.51
Acquisition Time (sec) 1.8219 Date
File Name Frequency (MHz) 125,0
0
Nucleus 13C Number of Transients 640 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence dept135 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 17985.61 Temperature (degree C) 20.500
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
60.82
69.57
72.21
78.01
80.79
86.87
126.12
128.68
129.33
45
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
3
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 84
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
4,6
0
d/ J= 9,7 Hz
84,1
1,00
2
3,07
70,5
1,00
3
3,23
74,8
1,00
4
3,23
69
1,00
5
3,07
C6(62,7)
C5(75,1)
1,00
6
3,44
ddd/ J= 6,0
Hz
-
6,0Hz-12,0 Hz
1,00
6
3,70
ddd/ J=1,7
-
5,2
-
10,0 Hz
1,00
1`
7,46
d/ J=7,2
Hz
127,5 129,0
130,0 132,0
135,5
2,00
2`
7,30
t/J= 7,5
Hz
2,00
3`
7,22
t/
J= 7,2
Hz
1,00
OH
5,28
-
5,09
-
4,98
d/ J=6,0
-
5,0
-
5,2 Hz
1,00
OH
4,56
t/ J=5,7 Hz
1,00
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 85
Acquisition Time (sec) 6.4094
Frequency (MHz) 300.13
Nucleus 1H Number of Transients 16 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zg30 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 5112.47
Temperature (degree C) 24.200
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5
Chemical Shift (ppm)
6.19 2.971.121.10 1.071.05 1.040.97
612.40
629.72
1070.49
1075.17
1080.01
1090.62
1100.13
1109.49
1127.91
1138.20
1148.03
1309.83
1314.36
1320.13
1324.97
1437.30
1447.29
1491.76
1500.65
1510.64
1592.55
1601.91
1610.80
1647.94
2177.95
2197.77
2200.89
2204.17
2206.04
2207.29
2221.49
2223.67
2239.43
5.5 5.4 5.3 5.2 5.1 5.0 4.9 4.8
Chemical Shift (ppm)
1.101.051.00 0.97
4.25 4.00 3.75 3.50
Chemical Shift (ppm)
1.121.091.071.04
1324.97
1320.13
1314.36
1309.83
1148.03
1138.20
1127.91
1109.49
1100.13
1090.62
1084.69
1080.01
1075.17
1070.49
1065.65
1060.81
46
:
Espectro de hidrogênio composto
4
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 86
Acquisition Time (sec) 1.8219
File Name Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 24576 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 17985.61
Temperature (degree C) 24.400
184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
2 0.7 9
6 8.4 6
7 0.8 1
7 2.9 2
7 8.1 1
8 6.6 1
1 01 .5 3
1 26 .1 4
1 28 .2 5
1 28 .4 3
1 29 .0 6
1 31 .7 3
1 33 .0 0
1 36 .7 3
1 69 .5 3
1 70 .1 0
Acquisition Time (sec) 1.8219
File Name Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 16384 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence dept135 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 17985.61
Temperature (degree C) 20.900
135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chemical Shift (ppm)
20.17
67.84
70.05
70.17
72.29
77.49
86.00
100.91
125.53
127.64
128.45
132.38
47
:
Espectro carbono
13 (Broad Band e DEPT) composto
4
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 87
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
4,80
d/ J= 10,0 Hz
86,6
1,00
2
5,01
t/ J=
10,0
Hz
70,8
1,1
3
5,34
t/ J=
9,4
Hz
72,9
1,1
4
3,66
t/ J=9,4
Hz
70,6
1,1
5
3,57
ddd/ J=4,7
-
9,5
-
9,5 Hz
78
,0
1,1
6
3,79
t/ J=9,8
Hz
68,4
1,1
6
4,40
dd/ J=4,8
-
10,6
Hz
1,0
7
5,
65
s
101,5
1,0
7,45
126,1
-
128,2
-
128,4-129,0-
129,2-133,00
10
3
´
131,7
136,7
CH3x2
2,02
-
2,10
s
20,
8
5,8
COx2
199,5
-
170,0
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 88
Acquisition Time (sec) 4.0894 Comment Imported from UXNMR.
Frequency (MHz) 500.13
Nucleus 1H Number of Transients 16 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zg30 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 8012.82 Temperature (degree C) 27.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
4.83 2.12 1.030.980.940.920.91
1603.98
1612.30
1710.85
1720.38
1729.68
1767.82
1772.96
1785.43
1790.57
1795.46
1848.52
1858.55
1868.57
2114.09
2118.98
2124.12
2129.01
2444.22
2454.00
2756.01
2761.14
2815.19
2835.24
2841.60
3647.11
3694.30
3705.06
3707.02
3711.91
3735.88
3737.59
3743.70
3752.26
7.6 7.5 7.4 7.3 7.2
Chemical Shift (ppm)
4.833.90 0.95
3752.26
3743.70
3737.59
3735.88
3711.91
3710.20
3707.02
3705.06
3701.64
3694.30
3686.48
3661.78
3654.44
3647.11
5.65 5.60 5.55 5.50
Chemical Shift (ppm)
0.920.91 0.87
2841.60
2835.24
2815.19
2761.14
2756.01
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0
Chemical Shift (ppm)
2.12 1.030.98 0.970.94
2454.00
2444.22
2129.01
2124.12
2118.98
2114.09
1868.57
1858.55
1848.52
1795.46
1790.57
1785.43
1772.96
1767.82
1729.68
1720.38
1710.85
1618.41
1612.30
1603.98
48
:
Espectro de hidrogênio
composto
5
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 89
Acquisition Time (sec) 1.0420 Comment Imported from UXNMR. Date
File Name Frequency (MHz) 125.76
Nucleus 13C Number of Transients 20480 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 31446.54
Temperature (degree C) 27.000
152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
68.71
70.66
74.01
75.19
81.25
88.25
101.54
127.18
127.67
128.84
129.78
131.30
134.70
138.66
Acquisition Time (sec) 1.0420 Comment Imported from UXNMR. Date
Frequency (MHz) 125.76
Nucleus 13C Number of Transients 20480 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence dept135 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 31446.54
Temperature (degree C) 27.000
135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chemical Shift (ppm)
6 8 .6 7
7 0 .6 0
7 3 .9 2
7 5 .1 1
8 1 .2 0
8 8 .1 3
1 0 1 .5 1
1 2 7 .1 9
1 2 7 .6 4
1 2 8 .8 7
1 2 9 .8 2
1 3 1 .1 5
49
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
5
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 90
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5
ppm
0
8
16
24
32
40
48
56
64
72
80
88
96
104
112
120
128
136
144
152
160
168
ppm
Figura 50: Espectro bidimensional HMQC
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 91
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5
ppm
-8
0
8
16
24
32
40
48
56
64
72
80
88
96
104
112
120
128
136
144
152
160
168
ppm
Figura 51: Espetro bidimensional HMBC
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 92
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
4,90
d/ J= 9,8
Hz
88,2
1,0
2
3,44
t/ J=
9,3Hz
81,2
1,3
3
3,56
---
75,
2
2,0
4
3,56
---
70,6
5
3,23
ddd/ J=4,7
-
9,5
-
9,5 Hz
74,0
1,0
6
4,25
dd/ J=4,9
-
10,0
Hz
68,7
1,0
6
3,72
t
/ J=10,0
Hz
1,0
7
5,65
s
101,5
1,0
7,50
-
7,30
127,2
-
127,7
-
128,8-129,6-
129,8-131,3
9,9
3
´
134,7
138,6
OH
5,55
d/ J=5,1
Hz
0,9
OH
5,68
d/ J=6,3
Hz
0,9
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 93
Acquisition Time (sec) 3.9059 Comment . Date
Frequency (MHz) 500.13
Nucleus 1H Number of Transients 16 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zg30 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 8389.26 Temperature (degree C) 27.000
10.5 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
6.22 3.141.071.02
1888.47
3531.66
3589.52
3591.05
3723.93
3730.85
3764.90
3771.04
5152.82
7.70 7.65 7.60 7.55 7.50 7.45 7.40 7.35 7.30
Chemical Shift (ppm)
6.224.00
3773.09
3771.04
3764.90
3763.62
3730.85
3723.93
52
:
Espectro de hidrogênio composto
6
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 94
Acquisition Time (sec) 1.0420 Comment Imported from UXNMR. Date
Frequency (MHz) 125.76
Nucleus 13C Number of Transients 6144 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 31446.54 Temperature (degree C) 27.000
168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
51.97
101.20
113.59
123.78
125.76
128.52
129.43
137.48
139.25
140.76
147.75
165.45
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Number of Transients
2048
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Pulse Sequence
dept135
Solvent
DMSO-D6
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (degree C)
27.000
135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chemical Shift (ppm)
5 1 .9 7
1 0 1 .1 9
1 1 3 .5 3
1 2 5 .7 5
1 2 8 .5 1
1 2 9 .4 3
53
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
6
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 95
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
ppm
-8
0
8
16
24
32
40
48
56
64
72
80
88
96
104
112
120
128
136
144
152
ppm
54
: Espectro bidimencional HMQC
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 96
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
ppm
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
200
ppm
55
: Espectro bidimensional HMBC
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 97
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
3,78
s
5
2,0
3,14
2
165,4
3
123,
8
4
7,06
d/ J=1,5
Hz
101,2
1,0
5
147,7
6
137,
5
7
140,
8
8
7,18
d/ J=1,5
Hz
113,6
1,0
9
117,2
139,2
7,53
dd/ J=2,0
-
7,4
Hz
125,7
4,0
3
´
7,45
128,
7
6,0
7,45
129,4
OH
10,30
s
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 98
Acquisition Time (sec)
6.4094
Comment
1H - DMSO-d6
Frequency (MHz)
300.13
Nucleus
1H
Number of Transients
16
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Pulse Sequence
zg30
Solvent
DMSO-D6
Sweep Width (Hz)
5112.47
Temperature (degree C)
21.400
10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
10.09 1.020.90
7.01
7.14
7.44
7.51
10.20
Figura 56: Espectro de hidrogênio composto 7
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 99
Acquisition Time (sec) 1.8219 Date
Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 6144 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence dept135 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 17985.61 Temperature (degree C) 20.700
130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5
0
Chemical Shift (ppm)
101.22
113.52
125.66
128.41
129.31
Acquisition Time (sec) 1.8219 Date
r Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 8192 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 17985.61 Temperature (degree C) 21.400
168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
1 0 1 .8 4
1 1 4 .1 7
1 1 7 .5 4
1 2 5 .5 0
1 2 6 .2 9
1 2 9 .0 3
1 2 9 .9 3
1 3 7 .6 4
1 3 9 .8 8
1 4 1 .1 3
1 4 8 .1 3
1 6 7 .0 3
57
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
7
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 100
File Name Date Stamp 08/11/05 Date 08/11/05 Technique Infrared
Instrument 502,02.19SE Spectral Region NIR-IR X Axis Wavenumber (cm-1) Y Axis %Transmittance
Spectrum Range 450.0000 - 4450.0000 Points Count 4001 Data Spacing 1.0000
3200 3100 3000 2900 2800 2700 2600 2500 2400 2300 2200 2100 2000 1900 1800 1700 1600 1500 1400 1300 1200 1100 1000 900 800 700
Wavenumber (cm-1)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
%Transmittance
58
: Espectro de Infravermelho composto 7
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 101
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
167,0
2
125,5
3
7,01
s
101,8
1,0
4
148,1
5
137,6
6
141,1
7
7,14
s
114,
2
1,0
8
117,5
5
139,
9
7,51
-
7,43
126,
3
10,0
3
´
129,0
129,9
OH
10,20
s
0,9
IV
3600
-
2580 1700
-
1683
cm
-
1
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 102
Acquisition Time (sec) 6.4094 Date
Frequency (MHz) 300.13
Nucleus 1H Number of Transients 16 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zg30 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 5112.47
Temperature (degree C) 22.900
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
9.12 6.025.994.00
55.23
299.10
2185.60
2209.32
2211.34
2214.62
2215.56
2266.73
2270.17
2274.38
7.7 7.6 7.5 7.4 7.3 7.2 7.1
Chemical Shift (ppm)
5.994.00 1.91
2185.60
2209.32
2211.34
2214.62
2215.56
2264.86
2266.73
2270.17
2274.38
59
:
Espectro de hidrogênio composto
8
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 103
Acquisition Time (sec) 1.8219 Date
File Name Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 8192 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 17985.61
Temperature (degree C) 23.100
152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
-4.52
18.28
25.55
104.38
118.26
119.28
126.20
128.29
129.26
138.60
139.75
142.12
148.58
Acquisition Time (sec) 1.8219 Date 29 Mar 2010 07:59:28
Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 6144 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence dept135 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 17985.61
Temperature (degree C) 22.000
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0 -8
Chemical Shift (ppm)
-5.14
24.93
103.76
118.67
125.58
127.68
128.65
60
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
8
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 104
O
OH
O
O
O Si
1
2
3
4
5
6
7
8
8
10
9
10
10
11
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
----
2
118,26
3
7,28
s
104,38
1
4
139,75
5
123,10
6
142,12
7
7,28
s
119,28
1
8
0,18
s
-
4,52
6
9
18,28
10
1,00
s
25,55
9
11
148,58
138,60
7,56
dd/ J=3,00
-
6,44
Hz
126,20
4
3
´
7,37
--
128,29
6
129,26
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 105
Acquisition Time (sec)
6.4094
Frequency (MHz)
300.13
Nucleus
1H
Number of Transients
16
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Pulse Sequence
zg30
Solvent
CHLOROFORM-D
Sweep Width (Hz)
5112.47
Temperature (degree C)
25.400
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
2.112.11 1.061.00
1491.13
2234.44
2242.08
2249.88
2293.73
2301.37
2308.70
2318.84
2326.18
2424.79
2432.90
8.0 7.5 7.0
Chemical Shift (ppm)
2.11 1.061.00
2234.44
2242.08
2249.88
2293.73
2301.37
2308.70
2318.84
2326.18
2424.79
2432.90
61
: Espectro de hidrogênio composto 9
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 106
Acquisition Time (sec) 1.8219
Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 12288 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 17985.61
Temperature (degree C) 24.900
140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chemical Shift (ppm)
62.54
125.02
128.51
129.98
134.14
136.78
Acquisition Time (sec) 1.8219
File Name Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 5088 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence dept135 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 17985.61
Temperature (degree C) 22.500
140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chemical Shift (ppm)
61.94
124.41
127.90
129.37
133.54
62
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
9
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 107
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
8,1
0
d/ J=8,
1 Hz
125,0
1,0
2
7,73
t/ J=7,3
Hz
129,9
2,0
3
7,67
t/ J=7,3
Hz
134,1
4
7,47
t/ J=7,8
Hz
148,1
1,0
5
128,5
6
136,
8
7
5,00
s
61,9
2,0
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 108
Acquisition Time (sec) 3.8535 Comment Imported from UXNMR. Date
Frequency (MHz) 500.13 Nucleus 1H Number of Transients 16
Original Points Count 32768 Points Count 32768 Pulse Sequence zg30 Solvent CHLOROFORM-D
Sweep Width (Hz) 8503.40 Temperature (degree C) 27.000
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
3.222.87 2.291.43 1.421.36 1.17 1.101.071.00
1011.12
1018.90
1039.92
1043.82
2050.98
2062.40
2136.10
2147.52
2159.72
2163.87
2404.43
2408.59
2414.55
2418.45
2482.81
2563.77
2573.38
2583.24
2760.74
2770.34
2780.21
3720.16
3727.68
3735.47
3822.92
3830.45
3837.97
3873.27
3880.79
4033.13
4041.17
8.1 8.0 7.9 7.8 7.7 7.6 7.5 7.4
Chemical Shift (ppm)
1.43 1.421.36 1.33
4041.17
4033.13
3880.79
3873.27
3837.97
3830.45
3822.92
3735.47
3727.68
3720.16
6.7 6.6 6.5
Chemical Shift (ppm)
1.00
5.50 5.25 5.00 4.75
Chemical Shift (ppm)
2.871.171.07 1.05
2780.21
2770.34
2760.74
2583.24
2573.38
2563.77
2482.81
2418.45
2414.55
2408.59
2404.43
4.50 4.25 4.00 3.75
Chemical Shift (ppm)
2.29 1.10
2163.87
2159.72
2147.52
2136.10
2062.40
2050.98
63
: Espectro de hidrogênio composto 10
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 109
Acquisition Time (sec) 1.0420 Comment Imported from UXNMR.
Frequency (MHz) 125.76 Nucleus 13C
Number of Transients 768 Original Points Count 32768 Points Count 32768 Pulse Sequence zgpg30
Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 31446.54 Temperature (degree C) 27.000
168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
20.95
21.00
61.38
62.68
67.60
70.58
70.99
72.53
86.97
125.29
128.73
130.07
134.42
137.37
169.88
170.26
170.94
Acquisition Time (sec) 1.0420 .
Frequency (MHz) 125.76 Nucleus 13C
Number of Transients 256 Original Points Count 32768 Points Count 32768 Pulse Sequence dept135
Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 31446.54 Temperature (degree C) 27.000
140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chemical Shift (ppm)
21.02
61.37
62.69
67.55
70.55
70.97
72.50
86.96
125.32
128.75
130.07
134.47
Figura 64: Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto 10
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 110
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 -1
ppm
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
ppm
65
: Espectro
bidimensional COSY
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 111
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 -1
ppm
-8
0
8
16
24
32
40
48
56
64
72
80
88
96
104
112
120
128
136
144
152
160
ppm
66
: Espectro bidimensional HMQC
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 112
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
6,63
d/ J=
3,9
Hz
86,9
1,00
2
4,8
3
dd/ J=
4,1 10,1
Hz
70,
9
1,
05
3
5,
54
t/ J=
9,
9
Hz
70,6
1,0
7
4
5,15
t/ J=9,
9
Hz
67,6
1,
17
5,6
4,
30
C6(6
1,4
)
C5(73,5)
2,3
6
4,12
d/ J=11,4
61,4
1,0
7
4,97
s
62,7
2,0
7,75
d/ J=7,
5
134,4
1,43
7,45
t/ J= 7,8 Hz
128,7
1,3
7,
66
t/ J= 7,
8
130,1
1,4
4
´
8,08
d
/J=
8,0
Hz
125,3
1,3
148,0
137,7
CH3x4
2,09
-
2,08
-
2,04-2,02
s
21,0
-
20,9
-
20,9-20,8
12
COx4
170,9
-
170,2
-
170,1-169,9
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 113
Acquisition Time (sec)
6.4094
Comment
1H
Frequency (MHz)
300.13
Nucleus
1H
Number of Transients
16
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Pulse Sequence
zg30
Solvent
CHLOROFORM-D
Sweep Width (Hz)
5112.47
Temperature (degree C)
19.200
4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5
-1.0
Chemical Shift (ppm)
9.183.632.28 2.00
0.11
1.20
1.23
1.25
1.88
4.05
4.07
4.09
4.12
67
: Espectro de
Hidrogênio composto 11
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 114
Acquisition Time (sec) 1.8219
Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 879 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 17985.61
Temperature (degree C) 19.000
220 210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 -10 -20
Chemical Shift (ppm)
-1.44
14.45
26.93
59.80
173.01
Acquisition Time (sec) 1.8219
Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 500 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence dept135 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 17985.61
Temperature (degree C) 19.300
70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 -5 -10
Chemical Shift (ppm)
-2 .05
1 3 .8 3
2 6 .3 1
5 9 .1 8
68
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
11
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 115
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
1,90
s
26,3
2,00
2
4,07
q/ J=7,2
Hz
59,2
2,28
3
1,22
t/ J=7,
2
Hz
13,82
3,63
Si
-
CH
3
0
,00
s
-
2,0
9,18
CO
173,0
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 116
Acquisition Time (sec)
6.4094
Comment
1H
Frequency (MHz)
300.13
Nucleus
1H
Number of Transients
16
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Pulse Sequence
zg30
Solvent
CHLOROFORM-D
Sweep Width (Hz)
5112.47
Temperature (degree C)
24.000
4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5
Chemical Shift (ppm)
8.472.00 1.90
-0.01
0.90
0.93
0.96
3.66
3.69
3.72
69
: Espectro de hdrogênio composto 12
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 117
Acquisition Time (sec) 1.8219
Frequency (MHz) 75.47
Nucleus 13C Number of Transients 8192 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 17985.61
Temperature (degree C) 20.200
85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chemical Shift (ppm)
-1.46
22.05
59.99
Acquisition Time (sec)
1.8219
Frequency (MHz)
75.47
Nucleus
13C
Number of Transients
5120
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Pulse Sequence
dept135
Solvent
CHLOROFORM-D
Sweep Width (Hz)
17985.61
Temperature (degree C)
20.800
75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 -5 -10 -15
Chemical Shift (ppm)
-2 .0 7
2 1 .4 2
5 9 .3 6
70
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
12
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 118
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
0,93
t/ J=8,
4
Hz
21,4
1,90
2
3,7
0
t/ J=8,
5
Hz
59,
4
2,0
Si
-
CH
3
0
,00
s
-
2,
1
8,47
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 119
Acquisition Time (sec) 6.4094 Comment 1H
Frequency (MHz) 300.13 Nucleus 1H Number of Transients 16
Original Points Count 32768 Points Count 32768 Pulse Sequence zg30 Solvent CHLOROFORM-D
Sweep Width (Hz) 5112.47 Temperature (degree C) 20.300
7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
8.983.37 2.211.251.111.00 0.970.96 0.88
1.95
267.50
269.53
273.43
277.33
283.26
286.38
293.09
601.24
607.64
612.32
625.89
1063.23
1066.35
1073.06
1104.11
1111.76
1113.94
1190.70
1196.63
1232.99
1235.48
1245.47
1247.65
1273.24
1277.92
1285.57
1351.72
1359.68
1485.59
1494.95
1502.91
1518.20
1527.72
1537.39
1551.28
1560.80
1570.16
5.3 5.2 5.1 5.0 4.9 4.8 4.7
Chemical Shift (ppm)
1.111.00 0.96
1570.16
1560.80
1551.28
1537.39
1527.72
1518.20
1502.91
1494.95
1485.59
4.5 4.0 3.5
Chemical Shift (ppm)
1.250.98 0.970.96 0.930.88
1359.68
1351.72
1290.25
1285.57
1277.92
1273.24
1247.65
1245.47
1235.48
1232.99
1206.46
1200.53
1196.63
1190.70
1186.80
1180.72
1116.28
1113.94
1111.76
1109.26
1106.61
1104.11
1101.93
1099.59
1075.87
1073.06
1066.35
1063.23
1056.52
1.5 1.0 0.5
Chemical Shift (ppm)
2.21
293.09
286.38
283.26
277.33
273.43
269.53
267.50
Figura 71: Espectro dee hidrogênio do composto 13
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 120
Acquisition Time (sec)
1.8219
Frequency (MHz)
75.47
Nucleus
13C
Number of Transients
6144
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Pulse Sequence
dept135
Solvent
CHLOROFORM-D
Sweep Width (Hz)
17985.61
Temperature (degree C)
19.600
110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 -5 -10
Chemical Shift (ppm)
-2 .0 5
1 7 .2 9
2 0 .0 1
2 0 .1 3
6 1 .4 1
6 6 .9 8
6 7 .8 6
7 0 .8 0
7 1 .0 6
7 2 .4 0
9 9 .6 0
Acquisition Time (sec) 1.8219
Frequency (MHz) 75.47 Nucleus 13C Number of Transients 10240 Original Points Count 32768 Points Count 32768
Pulse Sequence zgpg30 Solvent CHLOROFORM-D Sweep Width (Hz) 17985.61 Temperature (degree C) 20.600
184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0 -8
Chemical Shift (ppm)
-1.44
17.90
20.62
62.03
67.59
68.50
71.42
71.68
73.01
100.22
169.33
170.37
170.73
72
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
13
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
4,50
2
4,98
3
5,20
4
5,09
5
3,69
6
4,28
6
4,13
7,
3,98
7
3,56
8, 8
0.93
Si
-
CH
3
0
CH
3
2,10
-
2,48
2,35-
2,01
CO
Página 121
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
4,50
d/ J=
8,0
Hz
100,2
4,98
t/ J=9,3
Hz
71,
7
5,20
t/
J=9,3
Hz
73,0
5,09
t/ J=9,52 Hz
68,5
3,69
ddd/ J=2,3
-
4,6
-
9,2 Hz
71,4
4,28
dd/ J=4,7
-
12,3
Hz
62,0
4,13
dd/ J=
4,9
-
10,0
Hz
62,0
3,98
ddd/ J=5,9
-
9,8
-
9,8 Hz
67,
7
3,56
ddd/ J=7,0
-
9,8
-
9,8 Hz
67,
7
0.93
multipleto
17,9
s
-
1,4
2,48
-
2,01
s
20,7
-
20,6
170,7
-
170,3
-
169,4-169,3
Integral
Relativa
1
1,1
1,0
1,0
1,0
1,2
1,0
0,9
0,9
2
9,0
12
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 122
Acquisition Time (sec) 3.8535
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus 1H Number of Transients 16 Original Points Count 32768
Points Count 32768 Pulse Sequence zg30 Solvent DMSO-D6
Sweep Width (Hz) 8503.40 Temperature (degree C) 27.000
4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
8.241.72 1.201.10 1.041.00 0.98
410.57
418.87
424.32
430.03
435.74
446.38
452.09
457.80
463.51
477.26
1443.16
1451.99
1460.03
1505.97
1514.53
1520.76
1526.21
1545.93
1554.75
1697.74
1703.19
1709.42
1715.13
1727.33
1733.04
1738.23
1815.30
1825.68
1826.72
2044.45
2052.50
4.00 3.75 3.50 3.25
Chemical Shift (ppm)
1.10 1.041.00
2052.50
2044.45
1826.72
1825.68
1815.30
1743.94
1738.23
1733.04
1727.33
1723.18
1715.13
1709.42
1703.19
1697.74
3.25 3.00 2.75 2.50
Chemical Shift (ppm)
1.72 1.200.86
1563.32
1554.75
1545.93
1534.51
1526.21
1520.76
1514.53
1505.97
1496.62
1460.03
1451.99
1443.16
1.50 1.25 1.00 0.75
Chemical Shift (ppm)
0.980.84
477.26
471.55
463.51
457.80
452.09
446.38
435.74
430.03
424.32
418.87
410.57
73
: Espectro de hidrogênio figura
14
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 123
Acquisition Time (sec) 1.0420 Comment
Frequency (MHz) 125.76 Nucleus 13C Number of Transients 769
Original Points Count 32768 Points Count 32768 Pulse Sequence zgpg30 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 31446.54
Temperature (degree C) 27.000
125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 -5
Chemical Shift (ppm)
-0.46
18.71
61.99
66.51
71.01
74.38
77.60
103.22
Acquisition Time (sec) 1.0420 Comment Date 03 Mar 2010 11:22:56
Frequency (MHz) 125.76 Nucleus 13C Number of Transients 128
Original Points Count 32768 Points Count 32768 Pulse Sequence dept135 Solvent DMSO-D6 Sweep Width (Hz) 31446.54
Temperature (degree C) 27.000
110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
-5
Chemical Shift (ppm)
-0.46
18.71
61.95
66.52
70.96
74.35
77.60
103.21
74
:
Espectro carbono 13 (Broad Band e DEPT) composto
14
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 124
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5
ppm
0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
ppm
Figura 75: Espectro bidimensional COSY
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 125
Numero
δ
δδ
δ
(ppm)
1
H
Multiplicidade/J
δ
δδ
δ
(ppm)
13
C
Integral
Relativa
1
4,95
d/ J=8,0
Hz
103,2
1
2
2,90
t/ J=8,4
Hz
74,6
0,9
3
3,15
t/ J=8,6
Hz
77,6
1,0
4
3,03
t/ J=8,6
Hz
70,9
1,0
5
3,05
----
77,9
1,2
6
3,63
dd/ J=1,0
-
11,0
Hz
61,9
1,1
6
3,41
dd/ J=
5,7
-
11,9
Hz
61,9
1,0
7, 7
3,45
-
3,83
ddd/ J=5,7
-
10,1
Hz
66,5
1,0
8, 8
0.93
-
0,85
ddd/ J=5,7
-
11,4
Hz
18,7
0,9
-
1,0
Si
-
CH
3
-
0,1
s
-
0,5
8,6
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 126
File Name Date Stamp Date
Technique Infrared Instrument 502,02.19SE Spectral Region NIR-IR X Axis W avenumber (cm-1)
Y Axis %Transmittance Spectrum Range 450.0000 - 4450.0000 Points Count 2001 Data Spacing 2.0000
4400 4200 4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400
Wavenumber (cm-1)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
%Transmittance
Figura 76: Espectro Infravermelho tiofenol
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 127
7.Referências Bibliográficas:
1. Khanbabaee, K.; van Ree, T. Nat. Prod. Rep. 2001, 18, 641-649.
2. Quideau, S.; Varadinova, T.; Karagiozova, D.; Jourdes, M.; Pardon, P.;
Baudry, C.; Genova, P.; Diakov, T.; Petrova, R. Chem. Biodiversity
2004, 1, 247-258.
3. Quideau, S.; Jourdes, M.; Lefeuvre, D.; Montaudon, D.; Saucier, C.;
Glories, Y.; Pardon, P.; Pouquier, P. Chem. Eur. J. 2005, 11, 6503-
6513.
4. Ikeda, Y.; Nagao, K.; Tanigakiuchi, K.; Tokumaru, G.; Tsuchiya, H.;
Yamada, H. Tetrahedron Lett. 2004, 487-489.
5. M.S. Motawia et al., Carbohydrate Research 1995 109-123.
6. Mohammed Saddik Motawia; Jan Marcussen; Birger Lindberg Müller.
Journal of Carbohydrate Chemistry 1995, 14, 1279-1294.
7. Larsen, K; Olsen, C, E; Motawia M, S; Carbohydrate Research 2003;
338, 199-202.
8. Steglich, W.; Höfle, G. Angew. Chem., Inter. Ed. Engl. 1969,
8.981;Organic Syntheses, Coll. Vol. 7, p.93 1990
9. Gang, L.; De-Yu, H.; Lin-Hong, J.; Bao-An, S.; Song, Y.; Ping-Shen, L.;
Pinaki, S. B.; Yao M.; Hui, L.; Xian, Z.; Bioorganic & Medicinal
Chemistry Letters . 2007,15, 6608-66017.
10. Junbiao, C.; Xiaobe G.; Senxiang, C.; Ruiyun, G.; Ronfeng, C.; Kang,
Z. Bioorganic & Medicinal ChemistryLetters. 2004, 14, 2131-2136.
11. Khanbabaee, K.; Gorber, M.; 2002, 58, 1159-1163.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 128
12. Arisawa, M., Saori, U., Makiko, N., Namakkai, G. R., Hirofumi,
T.,Yasuyuki K., Chemm. Commun., 1999, 469-470.
13. Yasuyuki K, Takeshi, T., Sachiko, M., Brendam, A., Hirofumi T.
American Chemical Society, 1995, 60, 7144-7148.
14. Yasuyuki K., Michiyo, G., Makoto, O., Hirofumi, T. Chemm. Commum.,
1996, 1481-1482.
15. Mituhiro, A., Namakkai, G. R., Makiko, N.,Hirofumi, T., Yasuyuki, K.
Journal of Organic Chemistry, 2001, 66, 59-65.
16. a) O. T. Schmidt, Fortschr. Chem. Org. Naturst. 1956 13, 70–136 b)
Shmidt, O. T.; Mayer, W., Angew. Chem. 1956, 68, 103-105.
17. Feldmann K. S, Sambandam A. Journal of Organic Chemistry 1995 60,
8171-8178.
18. Romani A., Menichetti S., Arapitsas P., Nativi C., Turchetti, B., Buzzini
P. Bioinorganic & Medicinal Chemistry Letters 2005, 4000-4003.
19. Quideau, Feldman. Chemical Reviews, 1996 Vol 96, 1, 475-503.
20. Feldman K.S. Phytochemistry 2005 66 1984–2000
21. Haslam E., Cai Y. Natural Product Reports 1994, 11, 41-66.
22. Krishnamurthy S., Aimino D. J. Org. Chem 1989, 54, 4458-4462.
23. Kartha K., Jennings H., J. Carbohydrate Chemistry 1990, 9, 777-781.
24. Yazaki, K. Okuda, T, Phytochemistry 1990.
Vol. 29, 1127-l 130,
25.
Okuda
T.;
Yoshida
T.;
Hatano
T.;
Phytochemistry
1993,
32,
507-521.
26. J
OURDES
M.
“REACTIVITE, SYNTHESE, COULEUR ET ACTIVITE
BIOLOGIQUE D’ELLAGITANNINS C-GLYCOSIDIQUES ET
FLAVANO-ELLAGITANNINS” ,
T
ESE DE DOUTORAMENTO
U
NIVERSIDADE
DE
B
OURDEUAX
,
2003
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 129
27. Karl J.; Stefan A., Torbjorn F., Jan K., Goran M., J. Org. Chem.
1988,53, 5629 5647.
28. Zehavi U., Amit B., Pachornik A. J. Org. Chem , 1972,
Vol. 37, No. 14,
2281 2285.
29. Zeynizadeh B., Behyar T., Bull. Chem. Soc. Jpn., 2005, 78, 307–315
30. Deng S., Gangadharmath U., Tom Chang C., J. Org. Chem, 2006, 71
(14), 5179-5185.
31. Fessenden R., Fessenden F., Journal of Organic Chemistry, 1967,
32(11), 3535-7.
32. Reshma Autar
, A. Salam Khan, Dr.
, Matthias Schad
, Jörg Hacker,
ChemBioChem, 2003, 4(12), 1317-1325.
33. Saksena R, Zhang J., Kovac P., Journal of Carbohydrate Chemistry
2002, 21(6), 453-470.
34. Feldman K.S., Ensel S. M., J. Am. Chem. Soc. 1993, 115, 1162-1163.
35. Pansera M.R., Santos A.C.A., Paese K., Wasum R., Rossato M., Rota
L. D., Pauletti G. F., Serafini L. A. Revista Brasileira de Famacognosia,
2003, 13(1), 17-22.
36. Queiroz, C.R.A.A. et al. R. Árvore, 2002, v.26, n.4, p.485-492.
37. Battestin V., Matsuda L.K, Macedo. G. A., Alimentos e Nutrição
Araraquara 2004 15 (1): 63-72.
38. Kilkuskie, R.E., et al, Bioorganic & Medicinal Chemistry Letters 1992,
2(12), 1529-34
39. Lee. K. H, et al, Nat. Prod. Antiviral Agents, 1992, 2(3), 1529-34.
40. Herver D. Cancer Letters, 2008, 269, 262-268.
41. Ching-Chiung W., Lih-Geeng C., Ling-Ling Y. Cancer Letters, 1999,
140, 195-200.
42. Frank Notka, Georg Meier1, Ralf Wagner, Antiviral Research, 2004, 64,
93- 102.
43. Corthout J., Pieters L.A., Clayes M., Vanden Berghe D.A., Vlietinck A.J.
Phytochemistry 1991, 4, 1129-1130.
44. Machado T.B., Pinto A.V., Pinto M.C.F.R, I.C.R. Leal I.C.R., Silva M.G.
Amaral A.C.F., Kuster R.M.,Netto-dosSantos K.R. International Journal
of Antimicrobial Agents, 2003, 21, 279-284.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 130
45. T. Yoshida, H. Ohbayashi, K. Ishihara, W. Ohwashi, K. Haba, Y.
Okano, T. Shingu and T. Okuda, Chem. Pharm. Bull., 1991, 39, 2233.
46. Okuda T., Hatano T., Yazaki T., Yasaki K., Chem. Pharm. Bull., 1983,
31, 333.
47. Saijo R., Nonaka G.I., Nishioka I. Chem. Pharm. Bull, 1989, 37 (8),
2063-2070.
48. Hatano T., Miyatake H, Natsume M, Osakabe N, Takizawa T, Ito H,
Yoshida T. Phytochemistry, 2002, (7), 749-758.
49. Cai Y. Z., Sun M., Xing J., Luo Q., Corke H., Life Sciences, 2006 , (15),
2872-2888.
50. Okuda T., Phytochemistry, 2005, (17), 2012-2031
51. Ho K.Y.;Huang J.S.;Tsai C.C.;Lin T.C.;Hsu Y.F.;Lin C.C. Journal of
Pharmaceutical and Pharmacology, 1999, (9), 1075-1078.
52. Christine C. Winterbourn, Diana Metodiewa, Free Radical Biology and
Medicine,1999 , (3-4), 322-328
53. Bors W., Michel C., Free Radical Biology and Medicine, 1999, (11-12),
1413-1426.
54. Gonçalves C., Dinis T., Batista M. T., Phytochemistry 2005, (66),89–98
55. Yoshimura Y., Nazakawa H., Yamaguchi F., J. Agric. Food Chem.
2003, (51), 6409-6412.
56. Packer L., Rimbach G., Virgil F. Free Radical Biology & Medicine, 1999
(5/6), 704–724.
57. Lopes, G. K., Schulman H. M., Hermes-Lima M. Biochimica et
biophysica acta, 1999, (1-2), 142-52
58. Yoneda S., Nakatsubo F. Journal of Wood Chemistry and Technology,
1998 (2), 193-205
59. Ishi R., Saito K., Masakazu H., Takeshi S., Kitanaka S. Amano F., Bio.
Pharm. Bull. 1999, (6), 647-653.
60. Adam D. O., Hamilton T. A., Ann. Rev. Immunol. 1984, (2), 283-318.
61. Witztum, J.L., Lancet, 1994, (344), 793-795
62. Okuda, Y. Kimura, T. Yoshida, T. Hatano, H. Okuda, S. Arichi Chem.
Pharm. Bull. 1983, (31), 1625–1631.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 131
63. Seeram N. P., Adams L.S., Henning S. M., Yantao N., Zangh Y.,
Muraleedharan G. N., Heber D., Journal of Nutritional Biochemistry
2005, (16), 360– 367.
64. Martino V., Morales2 J., Martínez-Irujo J.J., Font M, Monge A.,
Coussio J. Phytoter. Res. 2004, (18), 667-669.
65. Xu. Hong-X., Wan. M, Dong H., But Pui-Hai P., Foo L. Y.. Bio. Pharm.
Bull. 2000, 23,(9), 1072-1076.
66. Bedoya L. M., Abad M. J., Sanchez-Palomino S., Alcami J., Bermejo
P. Phytomedicine 2010, 17, 69-74.
67. Yoshida T. et al Chem. Pharm. Bull. 1996, 44(8), 1436-1439.
68. Gil M. I., Tomas-Barbera F. A., Hess-Pierce B.. Holcroft D. M., Kader A.
A. J. Agric. Food Chem. 2000, 48 4581-4589.
69. Heber D. Cancer Letters, 2008 269 262-268.
70. Kasimsetty S. G., Bialonska D., Reddy M. K., Ma G., Khan S. I.,
Ferreira D. J. Agric. Food Chem. 2010, 58, 2180-2187.
71. Seeram N. P., Adams L. S., Henning S. M., Niu Yantao, Zhang Y., Nair
M. G., Heber D. Journal of Nutricional Biochemistry. 2005, 16, 360-367.
72. Fridrich D., Glabasnia A., Fritz J., Esselen M., Pahlke G., Hofmann T.
Marko D. J. Agric Food Chem 2008 56, 3010-3015.
73. Robinson D. R., Wu Y, Lin S. F. Oncogene 2000, 19, 5548-5557.
74. Zwick E, Bange J.,Ullric A. Endocrine-Related Cancer 2001, 8, 161-
173.
75. Tanimura S., Kadomoto R., Tanaka T., Zhang Y. J., Kouno I., Kohno
M., Biochemical and Biophysical Research Communications, 2005, 330
1306–1313.
76. Vu T. H., Werb Z. Genes & Development, 2000, 14, 2123-2133.
77. Egeblad M., Werb Z., Nat. Rev. Cancer, 2002, 2, 161-174.
78. Stamenkovic I., Semin. Cancer Biol., 2000, 10, 415-433.
79. Dewick P. M., Haslam E., Biochem. J., 1969, 113, 537-542.
80. Werner, I., Bacher, A., Eisenreich, W., J. Biol. Chem, 1997, 272,
25474–25482.
81. Werner, Rossmann R. A., Schwarz A., Bacher A., Schmidt H. L.,
Eisenreich W., Phytochemistry, 2004, 65, 2809-2813.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 132
82. Ossipov V., Salminen J., Ossipova S., Haukioja E., Pihlaja, K.,
Biochem. Syst. Ecol, 2003, 31, 3-16.
83. Haslam E. Plant Polyphenols. Vegetable Tannis Revisited. 1989.
Cambridge University Press. Cambridge.
84. Niemetz, R., Schilling, G., Gross, G.G. Chemical. Communications.
2001 35-36.
85. Feldman K. S,, Ensel S. M., Minardt R. D.. J. Am. Chem Soc, 1993,
116, 1742-1745.
86. Feldman K. S,,Smith R. S. J. Org. Chem., 1996, 61, 2606-2612.
87. Lipshutz B. H., Liu Z. P., Kayser F. Tetrahedron Letters, 1994, 34 (31),
5567-5570.
88. Khanbabaee K., Lötzerich K. Eur. J. Org. Chem. 1999, 3079-3083
89. Feldman Ken S., Sahasrabudhe K. J. Org. Chem. 1999, 64, 209-216
90. Ikeda Y., Nagao K., Tanigakiuchi K., Tokumaru G., Tsuchiya H.,
Yamada H., Tetrahedron Letters, 2004, 45, 487-489.
91. Mayer W., Fritz K, Shilling G, Justus G., Justus Liebigs Annalen Der
Chimie, 1971, 747, 51-59.
92. Mayer W, Wilfried G, Alfons Riester, Helfried K, Justus Liebigs Annalen
der Chemie, 1967, 707, 177-181.
93. Quideau S., Jourdes M., Lefeuvre D., Montaudon D., Saucirer C.,
Glories Y., Pardon P., Pourquier P., Chemistry—A European Journal,
2005, 11, 6503-6513.
94. Nitiss J. L., Nature Reviews/Cancer, 2009, 9, 338-350.
95. Ates P, Macas, T. S. Can. J. Chem. 1988, 66, 1-10.
96. Niemetz, R., Gross, G.G., Phytochemistry 2003, 62, 301–306.
97. Niemetz R, Gross G. G., Phytochemistry 2005, 66 2001–2011.
98. Carey F. A., Sundberg R. J., Advanced Organic Chemistry-Part B:
Reactions and Synthesis”. ed., (Kluwer Academic/Plenum
Publichers New York) Pg 169.
99. Hassner A., Alexaniam V., Tetrahedron Lett, 1978, 46, 4475-4478.
100. Neises B., Steglich W., Angew. Chem. Int. Ed. Engl. 1978, 7, 522-524.
101. Jansson K., Frejd T., Eihlberg J. Magnusson G., Tetrahedron Lett.,
1988, 29, 361-362.
102. Praly J.P., Lemieux U. Can. I. Chem. Vol.,1987, 65 213-223.
Estudos sobre a síntese dos elagitaninos
Página 133
103. Lemieux R. U., Morgan A. R., Canadian Journal of Chemistry, 1966,
43, 2214-2221.
104. Carey F. A., Sundberg R. J., Advanced Organic Chemistry-Part A:
Structure and Mechanism”. ed., (Kluwer Academic/Plenum
Publichers New York) Pg 150, 309.
105. Campo V. L., “Síntese e Atividade de glicopeptídeos de interesse no
planejamento de fármacos inibidores de trans-sialidase de
Trypanosoma cruzi.” Tese de Doutoramento, Universidade de São
Paulo Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, 2007-
pg 81.
106. Banoub J., Bundle D. R., Can. J. Chem., 1979, 57, 2091-2097.
107. Wallace J. E., Schroeder L. R., J. Chem. Soc. Pekins II, 1977, 795-802.
108. Schroeder L. R.,Counts K. M., Haich F. C., Carbohydrate Research,
1974, 37, 368-372.
109. Schmidt O.T., Mayer W., Angew. Chem.,1956, 68,103-115.
110. Juaristi E, Cuevas G., Tetrahedron, 1992, 48, 5019-87.
111. Elmore S., Toxicol Pathol, 2007, 35, 4, 495-516
112. Kari C., Chan O. T., Quadros R. M., Rodek U., Cancer Research, 2003,
63, 1-5.
113. Koleckar V., Kubikova K., Rehanova Z., Kuka K., JahodarJ. L. D.,
Opletal L., Mini-Reviews in Medicinal Chemistry, 2008, 8, 436-447.
114. Plumb G. W., De Pascual-Teresa S., Santos-Buelga C., Cheynier V.,
Williamson G., Free Radic. Res., 1998, 29, 351.
115. Perrin D. D., Amarego, W. L. F., Perrin D. R., Purification of Laboratory
Chemichals, 2
nd
ed., Pergamon Press LTD., Oxford 1990.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo