verniz, utilizando o mesmo para impermeabilização de roupas. Este produto foi utilizado
como protetor de moveis até 1950. Já a conhecida borracha natural foi apresentada por
Valdes (1550) após expedição a América Central onde também já era utilizada como
impermeabilizante. Devido à complexidade de se produzirem polímeros, até por volta de
1850, os polímeros utilizados se originavam de produção natural. Antes desta data, de
forma geral, era levada em consideração a teoria da força vital que foi inicialmente
proposta por Berzelius. Esta teoria foi contestada por Friedrich Wohler que deu inicio a um
amplo estudo envolvendo química orgânica e polímeros [Gratzer, 2009; Rabello, 2000].
No século XX, surgiu um fato que marcou profundamente a história da
humanidade, ficou provado que alguns materiais, produzidos pela química incipiente do
final do século e que até então eram considerados colóides, consistiam na verdade de
moléculas gigantescas, que poderia resultar do encadeamento de 10000 ou mais átomos de
carbono. Esses produtos de sínteses apresentavam repetições de pequenas unidades
estruturais em sua longa cadeia principal, e assim foram denominados polímeros [Mano,
1991].
Polímero origina-se do grego poli (muitos) e meros (unidade de repetição). Assim,
um polímero é uma macromolécula composta por muitas (dezenas de milhares) unidades
de repetição denominadas meros, ligados por ligação covalente. A matéria prima para a
formação de um polímero é o monômero, isto é, uma molécula com uma (mono) unidade
de repetição. Dependendo do tipo de monômero (estrutura química), do número médio de
meros por cadeia e do tipo de ligação covalente, poderemos dividir os polímeros em três
grandes classes: termoplásticos, borrachas e termorrígidos [Canevarolo, 2002].
Desde a II Guerra Mundial, tem havido uma grande expansão das indústrias de
polímeros e produtos plásticos, adotando-se novos usos e tecnologias para estes materiais
em velocidade surpreendente. Rapidamente os polímeros têm substituído materiais
tradicionais como os metais, o vidro e a madeira nos mais diversos campos de aplicação,
incluindo as indústrias automobilísticas, eletroeletrônicas e da construção civil e em
produtos com aplicações espaciais e militares [Rabello, 2000].
Somente em 1929, foi definitivamente reconhecido pelos cientistas que os
polímeros eram substâncias de elevado peso molecular. A inexistência de métodos
adequados para avaliação do tamanho e da estrutura química não permitiam que moléculas
de dimensões muito grandes fossem isoladas e definidas cientificamente, com precisão.