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SUELLE TULIO DE CÓRDOVA GOBETTI
PRODUÇÃO DE SORGO FORRAGEIRO SOB
CORTE E PASTEJO
GUARAPUAVA-PR
2010
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Catalogação na Publicação
Biblioteca UNICENTRO, Campus Guarapuava
Gobetti, Suelen Túlio de Córdova
G574 Produção de sorgo forrageiro sob corte e pastejo. / Suelen Túlio de
Córdova Gobetti. -- Guarapuava, 2010.
47f. : il
Digitado
Orientador: Prof. Dr. Sebastião Brasil Campos Lustosa
Co-orientador: Prof. Dr. Mikael Neumann
Dissertação (Mestrado em Agronomia) Universidade Estadual do Centro-
Oeste, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, 2010
1. Agronomia - Produção Vegetal. I. Título.
CDD 633
.25
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UIVERSIDADE ESTADUAL DO CETRO-OESTE, UICETRO -PR
PRODUÇÃO DE SORGO FORRAGEIRO SOB
CORTE E PASTEJO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
SUELE TULIO DE CÓRDOVA GOBETTI
GUARAPUAVA-PR
2010
SUELE TULIO DE CÓRDOVA GOBETTI
PRODUÇÃO DE SORGO FORRAGEIRO SOB CORTE E PASTEJO
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual do Centro Oeste, como parte
das exigências do Programa de Pós-
Graduação em Agronomia, área de
concentração em Produção Vegetal, para
a obtenção do título de Mestre.
Prof. Dr. Sebastião Brasil Campos Lustosa
Orientador
Prof. Dr. Mikael Neumann
Co-orientador
GUARAPUAVA-PR
2010
SUELE TULIO DE CÓRDOVA GOBETTI
PRODUÇÃO DE SORGO FORRAGEIRO SOB CORTE E PASTEJO
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual do Centro Oeste, como parte
das exigências do Programa de Pós-
Graduação em Agronomia, área de
concentração em Produção Vegetal, para
a obtenção do título de Mestre.
Aprovado em 29 de março de 2010
Prof. Dra. Andréa Machado Groff- FECILCAM
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick- UNICENTRO
Prof. Dr. Sebastião Brasil Campos Lustosa- UNICENTRO
GUARAPUAVA-PR
2010
Ao amigo e Professor Mikael Neumann
pelo exemplo de profissionalismo.
A todos os meus alunos e amigos que
foram incansáveis na execução e
realização deste trabalho.
Ofereço.
“Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença
entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos
adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno
do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair
em meio ao vão.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas
simplesmente não se importam...
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que
ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não
importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em
algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que
alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e
que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
(William Shakespeare)
AGRADECIMETOS
Ao professor Sebastião Brasil Campos Lustosa pelo estímulo para que eu fizesse
o mestrado e pela orientação, sobretudo pela confiança e paciência. Muito obrigada.
Ao professor Mikael Neumann, pelas longas conversas, por guiar-me nos
momentos em que tudo parecia tão difícil, e acima de tudo, pela confiança de que, no
final, tudo daria certo. Por todo conhecimento transmitindo. Pelas horas destinadas à
formatação desse trabalho. Muito obrigada e meu eterno reconhecimento.
À professora Heloísa, pelo auxílio incansável, e muitas vezes em horários
difíceis, no tratamento das ovelhas que ficaram doentes, estando sempre paciente e
pronta para me ajudar.
Ao professor Luíz Giovane de Pellegrini, pelo incentivo, pelas conversas no
momento de iniciar o experimento e auxílio na escolha dos animais.
À professora Aline Marques Genú, pelo auxílio na parte estatística, que norteou
meu raciocínio para escrever a dissertação. Mesmo com todos os seus compromissos,
sempre esteve pronta para atender.
A todos que auxiliaram na condução e instalação do experimento, especialmente
aos meus pupilos e amigos, Robson, Maurício, Leonardo, Luis Carlos e Ketlyn. Todos
vocês estão guardados em minha memória e serei eternamente grata, pois sem vocês
nada disso teria acontecido.
À Gisele Pauline Garbeline Perussi, minha grande amiga, por todas as noites de
estudo. Ao “primo” Leandro, pela aula particular de Excel em pleno natal de 2009,
muito obrigada.
À professora Deonísia Martinichen, pelo apoio nas bancas e na formatação do
texto.
À Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná (UNICENTRO) pela
oportunidade.
A todos os professores do departamento de Agronomia e Medicina Veterinária
da UNICENTRO, pelo apoio, carinho e atenção.
Aos colegas de mestrado, em especial a Aline e Carla, pelo companheirismo e
incentivo nos momentos em que tudo parecia impossível.
Ao meu marido, Gustavo, que teve muitas manhãs mal dormidas em diversas
vezes, para poder me ajudar a alimentar e limpar as baias dos animais do confinamento.
Obrigada de todo meu coração, por seu, amor, apoio, carinho, confiança, palavras de
incentivo, compreensão em todas as circunstâncias e principalmente por toda a sua
dedicação. Meu amor eterno. Sozinha eu não teria conseguido.
Aos meus pais, João Dário e Iolete, por terem me ensinado a não desistir nunca,
mesmo quando as coisas parecem estar longe do meu alcance.
À minha família e a Deus.
Obrigada!
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS......................................................................................................
i
RESUMO
..................................................................................................................................................
ii
ABSTRACT
............................................................................................................................................
iii
1. ITRODUÇÃO............................................................................................................
1
1.1. Objetivos.....................................................................................................................
2
1.1.1 Objetivo geral ...........................................................................................................
2
1.1.2 Objetivos específicos.................................................................................................
2
2. REFERECIAL TEÓRICO ......................................................................................
3
2.1. Caracterização da cultura do sorgo........................................................................ 3
2.2. Características morfológicas e fisiológicas do sorgo forrageiro.......................
4
2.3. Exigências edafoclimáticas ...................................................................................... 4
2.4. Manejo da cultura do sorgo......................................................................................
5
2.5. Produção de matéria seca e qualidade nutricional da cultura do sorgo.............. 6
2.6. Produção de ovinos....................................................................................................
7
3. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................
10
3.1. Área experimental.....................................................................................................
10
3.2. Características edafoclimáticas................................................................................
12
3.3. Híbrido de sorgo utilizado........................................................................................ 12
3.4. Implantação e manejo da cultura............................................................................ 13
3.5. Avaliação da pastagem .............................................................................................
13
3.5.1. Composição botânica...............................................................................................
13
3.5.2. Matéria seca de forragem disponível (kg ha
-1
) e teores de MS (%).......................
14
3.5.3. Perfilhamento.......................................................................................................... 14
3.6. Desempenho animal.................................................................................................. 14
3.6.1 Seleção dos animais..................................................................................................
14
3.6.2. Delineamento experimental.................................................................................... 15
3.6.3. Manejo dos animais.................................................................................................
16
3.7 Concentrado comercial..............................................................................................
16
3.9. Análise estatística.......................................................................................................
17
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................. 18
5. COCLUSÕES.............................................................................................................
28
6. COSIDERAÇÕES FIAIS.......................................................................................
29
7. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................
30
i
LISTA
DE
TABELAS
TABELA 1 Composição do concentrado comercial......................................................... 16
TABELA 2 Teores de matéria seca da pastagem e dos componentes colmos e folhas do
sorgo forrageiro, mil e papuã em sistema de uso em pastejo com e sem
suplementação e/ou corte, conforme data de avaliação. Guarapuava,
2009....................................................................................................................................
19
TABELA 3 Composição da pastagem de sorgo forrageiro, do milhã e papuã (expresso
em % na MS) em sistema de uso em pastejo com e sem suplementação e/ou corte,
conforme data de avaliação. Guarapuava, 2009.................................................................
21
TABELA 4 Disponibilidade e biomassa acumulada de matéria seca (kg ha
-1
) da
forragem, das folhas e do colmo do sorgo forrageiro em sistema de corte e
pastejo
conforme data de avaliação. Guarapuava, 2009.................................................................
23
TABELA 5 Número de perfilhos por m
2
do sorgo forrageiro em sistema de uso em
pastejo com e sem suplementação e/ou corte, conforme data de avaliação. Guarapuava,
2009....................................................................................................................................
24
TABELA 6 Peso vivo inicial e final, ganho de peso e ganho de peso médio diário de
cordeiros de corte, em sistema de pastejo ou corte, com e sem suplementação.
Guarapuava, 2009...............................................................................................................
25
ii
RESUMO
Suelen Tulio de Córdova Gobetti. Produção de sorgo forrageiro sob corte e pastejo.
O estudo foi conduzido objetivando-se avaliar diferentes formas de utilização do
sorgo forrageiro (Sorghum bicolor versus Sorghum sudanensis), em sistema de uso de
corte e/ou pastejo, com suplementação a 0 e 1% do peso de vivo de cordeiros. O
delineamento experimental foi o de blocos inteiramente casualizados, com três
repetições, com comparação de médias pelo Teste de Tukey a 5%. Não houve interação
(P<0,05) entre sistema de uso e suplementação para todos os parâmetros avaliados. Na
análise da forragem, o sistema de uso do pastejo teve maior participação de plantas
indesejáveis na estrutura da pastagem (milhã e papuã) e sistema de uso de corte obteve
os melhores índices de MS da pastagem, de colmos e folhas, quando comparado aos
outros tratamentos. Na análise do ganho de peso animal, o pastejo foi mais eficiente e os
maiores ganhos de peso foram observados na suplementação a 1% do peso vivo,
independente do sistema de uso adotado. A utilização do sorgo forrageiro em dietas
para ovinos em sistema de pastejo, com ou sem suplementação é satisfatório para o
ganho de peso de cordeiros.
Palavras chave: Sorghum sudanensis x Sorghum bicolor, cordeiros, papuã.
iii
ABSTRACT
Suelen Tulio de Córdova Gobetti. Produção de sorgo forrageiro sob corte e pastejo.
The study was conducted to evaluate different ways of using sorghum (Sorghum
bicolor versus Sorghum sudanensis) system for use in cutting and / or grazing,
supplemented with 0 and 1% by weight of live lambs. The experimental design was
complete block design with three replications, and comparisons of means by Tukey test
at 5%. There was no interaction (P <0.05) between system use and supplementation for
all parameters. In the analysis of forage system using grazing had greater involvement
of unwanted plants in sward structure (milhã e papuã) and use system cut the best
combination of MS of pasture, stalks and leaves, compared to other treatments. In the
analysis of animal weight gain, the method was more efficient and higher weight gain
were observed in the supplementation of 1% of body weight, regardless of the usage
adopted. The use of sorghum in diets for sheep grazing, with or without
supplementation is suitable for the weight gain of lambs.
Key words: Sorghum sudanensis, Sorghum bicolor, lambs, papuã.
1. ITRODUÇÃO
O sorgo é um dos cereais mais cultivados do mundo devido à grande
produtividade de matéria seca (>8 t ha
-1
), apresentando-se como uma importante fonte
de energia e proteína bruta (PB entre 8% e 16% e NDT entre 50% e 70%) na dieta de
ruminantes, podendo ser utilizado sob pastejo contínuo ou manejado em sistema de
cortes.
Os sorgos forrageiros são híbridos interespecíficos obtidos por meio do
cruzamento entre o Capim Sudão (Sorghum sudanensis) e genótipos de sorgo (Sorghum
bicolor), tendo a semeadura entre os meses de outubro a novembro no Sul do Brasil,
podendo, entretanto, estender-se até fevereiro e também ser realizada em áreas onde foi
colhida soja para grão ou milho para silagem, pois consegue prolongar o uso da luz
solar com conversão em matéria seca.
Devido às suas particularidades, como a tolerância a solos de menor fertilidade e
menor umidade, e existência de poucas espécies anuais com uso no mesmo período do
ano, vem apresentando aumento da área de cultivo e das formas de utilização na
produção animal no Brasil. Segundo Zago (1991), nos últimos anos está sendo
empregado em sistemas intensivos de pastejo, pois sua elevada produtividade permite o
uso de maiores taxas de lotação.
De acordo com a Associação Paulista de Produtores de Sementes e Mudas
(2005), a produção de sorgo no Brasil é praticamente toda destinada à alimentação
animal, sendo muito utilizada como um ingrediente substituto ao milho pelas indústrias
de ração, tendo um aumento da área em 2008 de 31,39% em comparação com o ano de
2007, com 71.627, 31.170 e 14.378 ha plantados de sorgo forrageiro nos estados de Rio
Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, respectivamente.
A adoção de pastagens cultivadas de estação quente, dentro de um sistema de
produção, é uma opção que visa manter altas produções de matéria seca, para atender o
desempenho dos animais a baixo custo (Carvalho et al., 1999). Desta forma, no período
de primavera-verão, o cultivo do sorgo forrageiro pode se constituir como alternativa de
forrageamento para intensificar a produção animal, tendo em vista que a restrição do
consumo de nutrientes, devido às alterações na composição e disponibilidade das
forrageiras ao longo do ano, apresenta-se como o principal fator capaz de limitar o
rendimento da produção de animais em pastejo, sendo mais perceptível em regiões de
clima tropical.
2
A utilização de forragens cultivadas torna-se uma estratégia alimentar, por
diminuir o efeito sazonal da qualidade nutricional e aumentar a eficiência produtiva do
sistema.
A suplementação concentrada na dieta de ruminantes em pastagem ou
confinamento pode minimizar a queda no desempenho produtivo dos animais, devido
ao melhor e mais equilibrado fornecimento de nutrientes, melhorando as condições de
degradação ruminal e deve ser baseada no fato de que os animais a campo selecionam
as forragens a serem consumidas, já os animais alimentados em confinamento, perdem a
capacidade de seleção do alimento e consomem maiores quantidades de fibra, presentes
na parte aérea da planta.
Devido ao crescimento na utilização de cultivares de sorgo, torna-se
necessário investigar as características vegetativas e as melhores formas de
utilizão desses bridos para otimizar a produção vegetal e a nutrição de
ruminantes, visando estabelecer a forma mais utilizada nos programas de
alimentação, visto que há pouca informação sobre as caractesticas e formas de uso
desta planta forrageira em pastejo e/ou corte e o uso de suplementação concentrada
nesses dois sistemas.
1.1. Objetivos
1.1.1 Objetivo geral
Avaliar o efeito associativo entre formas de utilização do sorgo forrageiro,
manejado em sistema de corte e pastejo contínuo, com ou sem suplementação na
produção de ovinos de corte.
1.1.2 Objetivos específicos
- Avaliação de parâmetros vegetativos do sorgo forrageiro: disponibilidade de
matéria seca, número de perfilhos por m
2
, teores de matéria seca e composição botânica
da pastagem;
- Avaliação de parâmetros de desempenho animal: ganho de peso médio e diário.
3
2. REFERECIAL
TEÓRICO
2.1. Caracterização da cultura do sorgo
A planta de sorgo [Sorghum bicolor (L.) Moench] é um produto da intervenção
do homem, que domesticou a espécie e, ao longo de gerações, vem transformando-a
para satisfazer as necessidades humanas. O sorgo possui extraordinária capacidade de
produção de energia, de utilidade significativa em regiões quentes e secas, onde o
homem não consegue boas produtividades de grãos ou de forragem cultivando outras
espécies, como o milho (Embrapa, 2007).
O sorgo é um dos cereais mais cultivados no mundo. A maior área plantada está
localizada nos continentes Africano e Asiático, onde é a melhor opção de cultivo em
regiões áridas e semi-áridas, sendo muito utilizado na alimentação humana. Devido a
grande capacidade de produção, o sorgo também é muito empregado na alimentação
animal, além dos grãos, a planta pode ser oferecida na forma de silagem, rolão, verde,
ou ainda ser pastejada. Embora o milho ainda seja o cereal mais cultivado e mais
produtivo, algumas particularidades do sorgo, como a tolerância a solos de menor
fertilidade e umidade, vêm contribuindo para o aumento da área plantada e da sua
utilização na produção animal, sendo uma importante fonte de energia e proteína em
dietas de ruminantes (Cabral Filho, 2004).
Os sorgos utilizados em sistemas de corte e/ou pastejo são híbridos
interespecíficos obtidos através do cruzamento entre Capim Sudão (Sorghum
sudanensis) e genótipos de sorgo (Sorghum bicolor), sendo plantas de rápido
crescimento vegetativo e estabelecimento, de grande adaptabilidade e pouca exigência
quanto à fertilidade do solo. O resultado dessa combinação já é conhecido em países de
tradição pecuária como os Estados Unidos e a Argentina, e mesmo no Sul do País, onde
os híbridos de sorgo são utilizados cadas, em pastejo direto de primavera
(Rodrigues, 2000).
Atualmente, objetiva-se produzir híbridos de sorgo adaptados às diferentes
condições de solo e clima; com maior resistência a pragas e doenças; maior tolerância à
toxidez de alumínio e deficiência de zinco; melhor resposta aos fertilizantes aplicados;
estabilidade de produção; colmos fortes e resistentes ao acamamento e maior
digestibilidade da fibra. Além da redução do espaçamento entre as linhas de semeadura
4
com o aumento da densidade populacional, levando em consideração o melhor
aproveitamento da água e luz, de aspectos nutricionais, a competição com as plantas
daninhas e otimização dos implementos a serem utilizados nas operações de semeadura,
tratos culturais e colheita (Mello, 2004).
2.2. Caractesticas morfológicas e fisiológicas do sorgo forrageiro
Quanto às características vegetativas, o sorgo forrageiro é uma planta herbácea,
da família das gramíneas, que possui espículas hermafroditas, misturadas com
masculinas e uma panícula terminal, sendo as glumas das espículas ovóides, tridentadas
na ponta, com colmos altos e espessos, possuindo folhas lineares, compridas, largas e
abundantes, de boa aceitação pelos animais. As plantas apresentam intenso
perfilhamento com razoável quantidade de grãos, sistema radicular ramificado e
profundo (Ball et al., 1991 e Fornazieri Junior et al., 1999), possuindo da semeadura à
colheita um ciclo de 100 a 160 dias (híbridos precoces).
2.3. Exigências edafoclimáticas
É uma planta de clima tropical, tendo melhores condições de desenvolvimento
entre os 40º de latitude Sul. Requer temperaturas médias de 26 a 30ºC e precipitações de
300 mm durante os 3-4 meses de seu ciclo vegetativo (Pupo, 1981 e Fornazieri Junior et
al., 1999).
Conforme relatos de Santos (2003), a região Sul concentra os cultivos de verão,
o Brasil Central a sucessão de plantios de verão e o Nordeste, em condições de semi-
árido, com altas temperaturas e precipitação anual inferior a 600 mm. Possui elevada
capacidade de aproveitamento da água e conversão em matéria seca, produzindo
cobertura apropriada para o estabelecimento do sistema de semeadura direta. Também
deve-se levar em consideração que a palha de sorgo apresenta alta relação C/N, próximo
a 20 e, consequentemente, maior persistência no solo. Além das características
relacionadas, o sorgo possibilita rotação e sucessão a outras culturas (Correia et al.,
2005).
5
Durante o verão, as condições favoráveis de temperatura, disponibilidade de
água e radiação garantem elevados índices produtivos de gramíneas tropicais como
Panicum maximum, Brachiarias, Pennisetum purpureum, entre outras. No entanto, com
a chegada do outono e inverno, a queda da temperatura e a escassez de chuvas limitam o
crescimento vegetal, gerando um déficit entre a oferta e a demanda de matéria seca
(Simili, 2007).
2.4. Manejo da cultura do sorgo
Moraes e Maraschin (1988) evidenciaram que o híbrido de sorgo, quando
semeado em época adequada e utilizado em sistema de corte ou pastejo, pode estender
seu período de crescimento vegetativo, proporcionando forragem de alta qualidade
durante o outono e parte do inverno.
O espaçamento indicado, segundo vários autores (Pupo, 1981; Chielle et al.,
2001; Carneiro et al., 2004 e Gontijo Neto et al., 2006), varia de 70 a 80 cm entre
linhas, para cultivo isolado, e 17 a 30 cm para cultivo consorciado com milho, cujos
sulcos deverão possuir entre 3 e 5 cm de profundidade, nos quais serão depositadas
sementes, de modo a se obter cerca de 200 a 600 mil plantas ha
-1
conforme híbrido. Para
tanto, recomenda-se utilizar as semeadoras de cereais, com discos apropriados,
gastando-se entre 10 e 15 quilos ha
-1
de semente comercial, aproximadamente.
Simili (2007) recomenda para o brido de sorgo 1P400 a semeadura 12 kg ha
-1
de sementes com espaçamento de 80 cm, que proporcionou menores perdas de forragem
por pisoteio em pastejo de bovinos. E relata que são poucas as informações sobre a
densidade e espaçamento entre plantas que proporcionem maiores produções de matéria
seca e menores perdas por pisoteio animal (Simili, 2007).
De acordo com Neumann et al. (2008b Prelo), a densidade de semeadura não
afetou a produção, composição física e o valor nutricional da planta de sorgo em regime
de corte. A mudança de espaçamento de 30 para 70 cm, propiciou maior produção de
MS e aumento da participação de folhas na composição física da planta, assim como
reduziu os valores de fibra em detergente neutro e lignina.
Neumann et al. (2008a), concluíram que a melhor estabilidade produtiva e
qualitativa da planta de sorgo foi obtida no cultivo com espaçamento entre linhas de 70
6
cm. O comportamento produtivo e qualitativo dos colmos e folhas da planta do sorgo
em manejo de cortes não é coincidente ao longo do período de sua utilização.
2.5. Produção de matéria seca e qualidade nutricional do sorgo forrageiro
O potencial forrageiro de uma planta relaciona-se à sua capacidade produtiva e
ao seu valor nutricional para a alimentação animal. A determinação da correlação entre
essas as características e os parâmetros produtivos podem servir de base para a seleção
de genótipos que apresentem alto valor forrageiro, ou seja, alto rendimento e valor
nutricional, como observado no híbrido de sorgo com capim sudão (Tomich et al.,
2004).
Os híbridos de sorgo podem ser cortados durante a estação de crescimento
(outubro a fevereiro) por duas ou até cinco vezes, produzindo 2 t ha
-1
de matéria seca
por corte (Fribourg, 1995). Simili et al. (2002), obtiveram produção média de 12 t ha
-1
de MS ha
-1
em um total de cinco pastejos, quando a espécie foi semeada em fevereiro,
com período de descanso de 30 dias.
Guterres et al. (1976), ao comparar o sorgo forrageiro Sordan NK com o milheto
em termos de rendimento de matéria seca e teor de proteína, em três diferentes estádios
de crescimento: vegetativo (45 cm de altura), emborrachamento e florescimento,
observaram que a produção de matéria seca foi sempre maior nos cortes realizados no
estádio de florescimento sendo que o milheto apresentou maior produção (13,0 t ha
-1
)
comparado com o Sordan NK (8,4 t ha
-1
).
Tomich et al. (2003 e 2004), em estudo para avaliar e comparar o potencial
forrageiro, para utilização em regime de corte, de 23 genótipos experimentais e dois
cultivares controle de híbridos de sorgo com capim-sudão concluíram que as
produtividades médias de 29,4 t ha
-1
de MV e 4,5 t ha
-1
de MS revelam o potencial dos
híbridos de sorgo com capim-sudão estudados para serem utilizados como alternativa
para a produção de forragem em regime de corte, no início do período chuvoso no
Brasil Central. Em outro trabalho, analisando diferentes híbridos de sorgo, colhidos com
57 dias de semeadura, obtiveram valores de 15,5% de matéria seca (MS); 11,7% de
proteína bruta (PB); 67,3% de fibra em detergente neutro (FDN), no AG 2501C.
De acordo com estudo de Medeiros et al. (1979), o rendimento e a qualidade do
cultivar sorgo sordan (Sorghum bicolor x Sorghum sudanense) submetido a diferentes
7
níveis de adubação nitrogenada, apresentaram variações na matéria seca de 9,1 a 16,5 t
ha
-1
e no teor de PB de 10 a 14% em resposta às doses de N: 0; 100; 200 e 300 kg N
ha
-1
.
Coser e Maraschin (1981) avaliaram a produção e a composição do milheto e do
sorgo Sordan NK sob pastejo contínuo, e não encontraram diferença significativa para a
produção de matéria seca (19,23 e 15,60 t ha
-1
, respectivamente). A proteína nas duas
espécies foi semelhante, no entanto, a proteína bruta e a disgestibilidade in vitro da
matéria orgânica (DIVMO) diminuíram com o decorrer dos dias de pastejo.
As maiores produções de matéria seca geralmente são obtidas com cortes em
estádios mais avançados de desenvolvimento da planta. Entretanto, ocorre diminuição
no valor nutritivo pelo decréscimo no teor de PB e na digestibilidade devido à elevação
no conteúdo de parede celular. Cortes, mais freqüentes, possibilitam forragem de
melhor qualidade, contudo, tem-se diminuição na produção de matéria seca (Silveira et
al.,1984).
Em estudo realizado por Freitas e Saibro (1976), para análise da digestibilidade
in vitro da matéria seca (DIVMS) e teores de PB de oito híbridos de sorgo forrageiro e
uma de milheto, obtiveram como resultados que o milheto apresentou-se superior aos
sorgos, sendo que no primeiro corte os resultados foram: 2,7 t ha
-1
de matéria seca;
69,8% DIVMS e 15,5% de PB no milheto e, dentre todos os sorgos avaliados, o que
apresentou maior desempenho (Grazer) foi de 2,0 t ha
-1
; 63,5% e 11,3%,
respectivamente. No corte os dados obtidos para os mesmos atributos foram: 3,5 t ha
-
1
; 60,7% e 19,2% no milheto e no mesmo híbrido de sorgo forrageiro os resultados
foram 0,88 t ha
-1
; 62,7% e 16,0% respectivamente. No corte os resultados foram:
2,37 t ha
-1
; 67,8% e 24,0% no milheto e 1,26 t ha
-1
; 63,0% e 18,2% no Grazer,
respectivamente.
2.6. Produção de ovinos
A literatura referente à utilização do sorgo forrageiro em regime de corte ou
pastejo, com ou sem suplementação para ovinos é escassa, mas sabe-se que o sorgo é
uma planta forrageira (Zago, 1991), caracterizada como de alto potencial de produção
de matéria seca, capaz de maximizar o desempenho animal (Neumann et al., 2005).
8
Um dos fatores preponderantes com relação à produção de animais em sistema
de suplementação a pasto consiste na definição dos objetivos principais da
suplementação dentro do sistema produtivo. Devem ser estabelecidas estratégias de
fornecimento de nutrientes, via suplementação, que viabilizem os padrões de
crescimento estabelecidos pelo sistema de produção, seja para possibilitar elevado
ganho de peso, ganhos moderados ou, simplesmente, para a manutenção de peso
(Paulino, 1998).
A utilização de suplementação visa suprir deficiências que venham a prejudicar
o crescimento animal. Em muitos casos, pode-se melhorar o desempenho, mas nem
sempre a resposta é satisfatória, podendo ser maior ou menor que a esperada. Essa
variação entre o observado e o esperado pode ser explicada pelo efeito associativo do
suplemento sobre o consumo de forragem e energia disponível da dieta, podendo haver
modificação da condição metabólica ruminal e do próprio animal (Góes et al., 2005).
Em trabalho realizado por Pellegrini (2008), avaliando a eficiência da adubação
nitrogenada na produção vegetal e animal em pastagem de azevém na terminação de
cordeiros encontrou valores de ganho de peso médio diário (GMD) de 0,133 kg dia
-1
.
Desempenho superior foi identificado por Roman et al. (2007) para borregas em
pastagem de azevém manejada com diferentes massas de forragem sob pastejo
contínuo, onde houve comportamento linear crescente para GMD, com variação de
0,146 a 0,172 kg dia
-1
, conforme as diferentes massas de forragem.
Farinatti et al. (2006), obteve GMD de 0,177 kg dia
-1
; 0,201 kg dia
-1
; e 0,216 kg
dia
-1
para cordeiras sob suplementação com grão de milho, farelo de soja ou sem
suplementação, respectivamente em pastagem de azevém.
Silva (2004), observou GMD de 0,131 kg dia
-1
e 0,114 kg dia
-1
,
respectivamente, ao trabalharem com capim-tanzânia com e sem suplementação, sendo
que os animais utilizados pesavam, no início da pesquisa 20 kg, eram inteiros e tinham
idade de seis a oito meses.
Segundo Pompeu et al. (2009), quanto ao ganho de peso no período (GPP) de
ovinos sem padrão racial definido, em pastagem de capim-tanzânia com quatro
proporções de suplementação concentrada, observaram variações entre 6,30 kg a 11,5
kg nas proporções de inclusão de concentrado de 0,0 a 1,8% do peso vivo (PV).
Medeiros et al. (2004), ao trabalharem com ovinos da raça Morada Nova,
castrados, com peso vivo inicial de 19 kg, em confinamento e alimentados com 60% de
9
concentrado na dieta total, relataram GPP de 11,4 kg, porém, com 75 dias em
confinamento.
10
3. MATERIAL
E
TODOS
3.1.
Área experimental e tratamentos
O experimento foi conduzido nas instalações do Núcleo de Produção Animal do
Setor de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual do Centro-Oeste
(UNICENTRO), em Guarapuava-PR, no período de 19 de novembro de 2008 a 13 de
março de 2009.
Cada um dos tratamentos teve três repetições.
A área total do experimento foi de 0,8 ha, dividida em seis piquetes, sendo
quatro piquetes de 0,125 ha e dois piquetes de 0,141 ha destinados à manutenção de
animais testers e reguladores sob pastejo contínuo e 0,1 ha destinado à produção de
sorgo forrageiro para o corte da forragem para alimentação dos animais confinados.
Os tratamentos constaram da avaliação do sorgo forrageiro na alimentação de
ovinos de corte, em regime de pastejo ou corte associado ao uso de suplementação,
sendo:
T1: sistema de uso em pastejo sem suplementação;
T2: sistema de uso em corte sem suplementação;
T3: sistema de uso em pastejo com suplementação;
T4: sistema de uso em corte com suplementação.
11
Onde:
P1: pastejo sem suplementação (T1);
P2: pastejo com suplementação (T3);
P3: pastejo sem suplementação (T1);
P4: pastejo com suplementação (T3);
P5: pastejo com suplementação (T3);
P6: pastejo sem suplementação (T1);
CORTE: sorgo manejado em cortes para o confinamento.
Os piquetes do pastejo foram cercados com arame liso de cinco fios,
eletrificados, separados entre si a 20 cm.
As seis baias de confinamento foram construídas em madeira de Pinus,
apresentando uma área de 3 m
2
por baia, possuindo em seu interior um bebedouro, um
cocho para sal mineral ad libidum e um cocho para fornecimento do sorgo forrageiro
picado, situadas dentro Núcleo de Produção Animal.
12
Onde:
B1: corte com suplementação (T4);
B2: corte sem suplementação (T2);
B3: corte sem suplementação (T2);
B4: corte com suplementação (T4);
B5: corte sem suplementação (T2);
B6: corte com suplementação (T4).
3.2. Características edafoclimáticas
O clima da região de Guarapuava-PR é classificado como Cfb (Subtropical
mesotérmico úmido), sem estação seca definida, com verões frescos e inverno
moderado, conforme a classificação de Köppen, em altitude de aproximadamente 1100
metros e precipitação média anual de 1944 mm. Apresenta temperatura média anual de
18
o
C e umidade relativa do ar média de 77,9 %.
No período do experimento, de 19/11/2008 à 13/03/2009, observaram-se valores
médios de temperatura variando entre 26 e 30
o
C e precipitação de 4,84 mm, valor muito
abaixo daquele exigido pela cultura.
O solo da área experimental, classificado como LATOSSOLO Bruno Distrófico
Típico (EMBRAPA, 2007), em julho de 2008, apresentou as seguintes características
químicas (0 a 20 cm): pH CaCl
2
0,06; P: 1,2 mg dm
-3
; K
+
: 0,2 cmol
c
dm
-3
; MO: 26,2 g
kg
-1
; Al
+3
: 0,0 cmol
c
dm
-3
; H
+
+ Al
+3
: 5,1 cmol
c
dm
-3
; Ca
+2
: 5,0 cmol
c
dm
-3
; Mg
+2
: 5,0
cmol
c
dm
-3
e V%: 67,1 %.
3.3. Híbrido de sorgo utilizado
O híbrido de sorgo utilizado foi o Sorgo Forrageiro Jumbo (Sorghum bicolor x
Sorghum sudanense), caracterizado como do tipo forrageiro e indicado para sistema de
uso em corte e/ou pastejo.
13
3.4. Implantação e manejo da cultura
O híbrido foi implantado em 19 de outubro de 2008, sobre a resteva de pastagem
de azevém (Lolium multiflorum Lam.) dessecada com Glifosate, em sistema de
semeadura direta, a profundidade de 1 cm, com adubação de base de 300 kg ha
-1
de
fertilizante na formulação NPK (8-30-20). A adubação nitrogenada de cobertura foi
realizada na proporção de 165 kg de N ha
-1
na forma de uréia (45%N), dividida em três
aplicações, nas datas de 20/12/2008, 22/01/2009 e 19/02/2009.
3.5. Avaliação da pastagem
A pastagem foi avaliada via colheita manual de plantas (área de 0,5 m
2
) em
cinco pontos aleatórios de cada piquete, com altura de corte média das plantas rente ao
solo, em quatro datas, sendo o corte realizado na data de 31/01, aos 62 dias após
emergência (DAE), corte realizado na data de 14/02, aos 76 DAE, 3ª corte na data de
28/02, aos 90 DAE e 4ª corte na data de 14/03 aos 104 DAE.
3.5.1 Composição botânica
A forragem proveniente das cinco amostras de cada piquete foram pesadas
individualmente para obtenção da matéria verde e aleatoriamente, uma amostra de cada
piquete foi utilizada para a determinação da composição botânica, sendo separada
manualmente as seguintes partes da planta: folha, colmo e plantas indesejáveis (milhã e
papuã).
Após separação dos componentes da planta, as amostras foram embaladas em
pacotes de papel de 20 kg e colocadas em estufa de ar forçado a 60 ºC por 72 horas para
pré-secagem.
14
3.5.2. Matéria seca de forragem disponível (kg ha
-1
) e teores de MS (%)
Após pesagem individual das cinco amostras de cada piquete para obtenção da
matéria verde e separação aleatória de uma delas para análise da composição botânica,
as outras quatro amostras de cada piquete foram misturadas e homogeneizadas,
formando uma amostra composta, para avaliação da MS de forragem disponível e teores
de MS, do sorgo forrageiro, milhã e papuã.
As amostras compostas de cada piquete foram embaladas em pacotes de papel de 40
kg e colocadas em estufa de ar forçado a 60 ºC por 72 horas para pré-secagem para
obtenção dos valores de MS e teores de MS (%), conforme metodologia descrita por
Silva e Queiroz (2002).
3.5.3 Perfilhamento
Com auxílio do quadrado de área conhecida (0,50 m
2
), foi contado o número de
perfilhos presentes em cada piquete, com cinco repetições, para posteriormente, obter-se
a média do número de perfilhos por piquete.
3.6. Desempenho animal
O início do pastejo ocorreu quando a pastagem encontrou-se numa altura média
de 80 cm, da data de 19/01/2009. O período de avaliação foi de 53 dias, sendo três dias
de adaptação dos animais à dieta e às instalações, com pesagem dos animais no início e
final do experimento.
3.6.1 Seleção dos animais
Foram utilizados 72 cordeiros (as) testers desmamados (as) com idade média de
dois meses e peso vivo inicial de 20 kg ± 0,5 kg, da raça Ile de France. Os animais
foram distribuídos, aleatoriamente, nos tratamentos do pastejo e confinamento, de
15
acordo com peso e sexo. Os cordeiros utilizados como testers e reguladores são
provenientes do mesmo rebanho.
3.6.2. Delineamento experimental
O número de animais por piquete ou baia de confinamento foi de três animais
testers, obtido pelo isolamento de efeitos de peso e escore de condição corporal médio,
sendo que cada um dos tratamentos teve uma carga animal com peso médio de 60 Kg
±ou 5, mais seis animais reguladores com peso variável presentes apenas no pastejo.
Para o pastejo, os cordeiros foram manejados em sistema de lotação contínua,
de acordo com a técnica put-and-take (Moot e Lucas, 1952), com três animais testers e
seis reguladores por piquete, com o objetivo de manter a altura do pasto entre 20 e 25
cm. Os cordeiros foram divididos em seis lotes de nove animais, com a mesma
proporção de machos e fêmeas, representando dois machos e uma fêmea por piquete
mais os animais reguladores. Sendo que em três piquetes, os animais receberam uma
dieta composta apenas por sorgo forrageiro em pastejo e nos outros três piquetes, os
animais receberam uma dieta composta por sorgo forrageiro e concentrado comercial,
na proporção de 1% do peso vivo,
fracionada em duas partes e oferecida pela manhã e à
tarde, deixando os animais com alimento disponível 24 horas por dia.
Para o confinamento, os animais foram distribuídos aleatoriamente em seis baias
de 3 m
2
cada, constituídas com a mesma proporção de machos e fêmeas, com três
animais por baia, sendo dois machos e uma fêmea. Em três baias, os animais receberam
uma dieta composta apenas por sorgo forrageiro picado no cocho e nas outras três baias,
os animais receberam uma dieta composta por sorgo forrageiro picado no cocho e
concentrado comercial na proporção de 1% do peso vivo,
fracionada em duas partes e
oferecida pela manhã e à tarde, deixando os animais com alimento disponível 24 horas
por dia. Pela manhã, as sobras do dia anterior eram retiradas dos cochos de alimentação.
Para todas as baias e piquetes, a água e o sal mineral foram ofertados ad libidum.
16
3.6.3. Manejo dos animais
Os animais foram vermifugados com closantel no mês de dezembro de 2008 e
no decorrer do período experimental de acordo a necessidade, sendo doramectina 1%
(Dectomax em 25/01/2009) e moxidectina 1% (Cydectin em 28/02/2009) e as míiases
foram controladas esporadicamente com produto a base de diclorfention (mata
bicheiras).
Todos os animais receberam brincos de identificação, com numeração de 01 a
72, na orelha direita, no primeiro dia de adaptação à pastagem e as instalações.
Os animais foram pesados no início e no final do período experimental,
mediante jejum de sólidos e líquidos de 12 horas. O ganho de peso médio diário (GMD)
foi obtido pela diferença de peso dos animais testers entre o início e fim do período
experimental, dividido por 53 dias, sendo expresso em kg dia
-1
. O ganho médio total
(GMT) foi obtido pela subtração do peso final pelo peso inicial, sendo expresso em kg.
Os ajustes da lotação o foram necessários, mas analisados periodicamente em
intervalos de 10 dias, considerando a massa de forragem.
3.7. Concentrado comercial
Nos tratamentos com suplementação, a composição básica do produto utilizado
foi de calcário calcítico, casca de soja moída, farelo de algodão, farelo de arroz e farelo
de trigo-quirera, como pode ser visto na Tabela 1.
Tabela 1. Composição do concentrado comercial.
íveis de garantia por kg do produto (%) Enriquecimento por kg do produto
Cálcio 1,3% Cobalto (Co) 460 mg
Extrato Etéreo 2,0 Ferro (Fe) 45 mg
Fósforo 0,5 Iodo (I) 1,5 mg
Matéria Fibrosa 15,0 Manganês (Mn) 50 mg
Matéria Mineral 12,0 Vitamina A 8000 UI
Proteína Bruta 18,0 Vitamina D3 800 UI
Umidade 13,0 Zinco (Zn) 120 mg
17
3.8. Análise estatística
Os dados coletados para as variáveis do sorgo forrageiro foram submetidos à
análise de variância, com delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial
4x3, sendo quatro períodos de avaliação da pastagem (62, 76, 90 e 104 dias após o
estabelecimento da pastagem) e três tratamentos (pastejo com e sem suplementação e
corte) com três repetições e as diferenças entre as médias analisadas pelo teste de Tukey
ao nível de significância de 5%.
Os dados coletados para as variáveis de ganho de peso animal foram submetidos
à analise de variância, com delineamento inteiramente casualizado, sendo quatro
tratamentos (pastejo com e sem suplementação e corte com e sem suplementação) com
três repetições e as diferenças entre as médias analisadas pelo teste de Tukey ao nível de
significância de 5%.
18
4.
RESULTADOS
E
DISCUSSÃO
O sorgo em uso de pastejo apresentou grande participação de plantas invasoras,
representados pelo milhã e papuã, que não puderam ser controlados por não haver um
herbicida seletivo que não causasse fitotoxidade ao sorgo forrageiro. Já o tratamento do
corte, por sua vez, não apresentou essas características, devido ao manejo diferenciado
da área experimental, com ausência de pisoteio animal, dificultando a germinação e o
crescimento de agentes invasores.
Na Tabela 2 são apresentados os teores de matéria seca da pastagem e dos
componentes colmos e folhas do sorgo forrageiro, do milhã e do papuã em sistema de
uso em pastejo com e sem suplementação e/ou corte, conforme data de avaliação.
Os teores de MS da pastagem manejada em regime de pastejo com ou sem
suplementação, respectivamente, apresentaram máximo teor de MS de 19,8 % e 20,3 %,
aos 76 dias após a emergência das plantas (DAE), enquanto que os teores de MS da
planta de sorgo manejada em regime de corte foram de 23,2 % aos 105 DAE. Já para os
teores de MS dos colmos e de MS das folhas do sorgo, houve diferença (P<0,01) entre
os períodos de avaliação, mostrando, respectivamente, com base na média geral,
comportamento linear crescente para cada dia de avanço no período de uso da pastagem,
com maior disponibilidade aos 104 dias após o estabelecimento da mesma para todos os
tratamentos, sendo 25,6 % para o pastejo com suplementação, 26,1 para o pastejo sem
suplementação e 25,8 % para o corte no teor de MS do colmo e 27,8 para o pastejo com
suplementação, 23,5 % para o pastejo sem suplementação e 28,3 % no teor de MS da
folha (Tabela 2).
A elevação da altura da pastagem provoca o aumento do índice de área foliar
(Parsons, 1980) promovendo maior eficiência na interceptação da radiação incidente
(Gosse et al. 1984) e consequentemente, aumentando a taxa de acúmulo de MS
(Brougham, 1956), o que justifica os maiores valores de MS encontrados no tratamento
do corte, que não apresentava animais, sendo cortado diariamente e ofertado aos
animais do confinamento, permitindo assim, um maior crescimento da planta de sorgo
forrageiro, quando comparado aos tratamentos do pastejo.
As plantas invasoras (ervas daninhas) provocam uma competição interespecífica
denominada de matocompetição, onde estas e as plantas cultivadas competem entre si
pelos recursos naturais para manutenção de cada espécie e, desta forma, podem
prejudicar o desenvolvimento das espécies desejáveis (Pelissari, 1999).
19
Tabela 2. Teores de matéria seca da pastagem e dos componentes colmos e folhas do
sorgo forrageiro, milhã e papuã em sistema de uso em pastejo com e sem
suplementação e/ou corte, conforme data de avaliação. Guarapuava, 2009.
Períodos de avaliação Tratamentos
62 DAE 76 DAE 90 DAE 104 DAE Média
Matéria seca da pastagem (%)
Pastejo com
suplementação
17,6 aA 19,8 aA 19,7 bA 19,2 bA 19,1 b
Pastejo sem
suplementação
18,3 aA 20,3 aA 19,2 bA 19,5 bA 19,3 b
Corte 18,0 aB 19,8 aB 23,0 aA 23,2 aA 21,0 a
Média 17,97 b 19,97 a 20,63 a 20,63 a
Matéria seca do colmo (%)
Pastejo com
suplementação
13,3 15,9 20,1 25,6 18,7 a
Pastejo sem
suplementação
12,4 19,1 13,3 26,1 17,7 a
Corte 11,7 15,8 21,4 25,8 18,7 a
Média 12,47 d 16,93 c 18,27 b 25,83 a
Matéria seca da folha (%)
Pastejo com
suplementação
19,1 aC 25,5 aAB 20,8 bBC 27,8 aA 23,3 a
Pastejo sem
suplementação
20,1 aA 24,8 aA 24,5 abA 23,5 bA 23,2 a
Corte 20,4 aB 24.0 aAB 26,8 aA 28,3 aA 24,9 a
Média 19,87 b 24,77 a 24,03 a 26,53 a
Matéria seca do milhã (%)
Pastejo com
suplementação
11,6 aB 16,2 aB 26,2 aA 24,6 aA 19,7 a
Pastejo sem
suplementação
11,6 aB 16,7 aA 14,3 bAB 17,5 bA 15,0 b
Média 11,6 c 16,4 b 20,25 a 21,05 a
Matéria seca do papuã (%)
Pastejo com
suplementação
08,7 bD 15,1 aC 20,3 aB 25,6 aA 17,4 a
Pastejo sem
suplementação
13,5 aB 15,7 aB 20,4 aA 20,7 bA 17,6 a
Média 11,1 c 15,4 b 20,3 a 23,1 a
Médias minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas, seguidas de mesma letra não diferem entre si
pelo teste de Tukey a 5 %.
Quanto aos teores de MS do milhã e de MS do papuã (plantas invasores da
pastagem avaliada em regime de pastejo com e sem suplementação), observou-se que a
cada dia de uso da pastagem, aumentos significativos nos teores de MS ocorrem,
respectivamente, na ordem de 26,2 % aos 90 DAE para o pastejo com suplementação e
17,5 % aos 104 DAE no pastejo sem suplementação para o milhã. O papua apresentou
20
máxima disponibilidade aos 104 DAE para o pastejo com e sem suplementação, com
valores de 25,6 % e 20,7 %, respectivamente (Tabela 2).
Na análise da média geral (Tabela 2), independente do período de avaliação, não
houve diferença significativa entre os teores de MS dos colmos e MS das folhas
apresentando valores médios de 18,4% e de 23,8%, respectivamente. Já os teores de MS
da pastagem foram similares (19,1% e 19,3%) no regime de manejo em pastejo com e
sem suplementação, respectivamente, diferindo (P<0,01), no entanto do regime de corte
com valor médio de 21,0%. Quanto aos teores de MS do papuã, não houve diferença
(P>0,05) no manejo da pastagem em sistema de pastejo com ou sem suplementação,
apresentando valor médio de 17,5%, diferentemente do que aconteceu com os teores de
MS do milhã, que apresentou diferença significativa no tratamento de pastejo com ou
sem suplementação (19,7% e 15,0%, respectivamente).
Neumann et al. (2002) demonstraram que o efeito do avanço do estádio de
maturidade da planta culmina em acréscimos no teor de MS da planta e em decréscimos
dos coeficientes de digestibilidade da matéria seca do sorgo. Já Tomich et al. (2004),
relata que foi notada diferença significativa entre os 23 genótipos experimentais e dois
cultivares controle de híbridos de sorgo com capim-sudão quanto à relação folha/colmo.
O tratamento do pastejo com suplementação apresentou uma maior quantidade
de agentes invasores na pastagem, comprovando que os animais que recebem
suplementação exercem uma maior seleção na ingestão dos alimentos.
A Tabela 3 apresenta os valores médios da composição da pastagem expressos
em porcentagem de participação de colmos, de folhas e plantas invasoras (milhã e
papuã). A participação de colmos na estrutura física da pastagem no tratamento de
pastejo com suplementação teve mínima participação de colmos (13,6% na MS) aos 90
dias após o estabelecimento da pastagem (DAE) diferentemente, ao sistema de uso em
pastejo sem suplementação e/ou em regime de uso em cortes, respectivamente, onde a
participação de colmos teve mínima participação (36,9 %) aos 90 DAE e (60,8 %) aos
104 DAE.
para a participação de folhas na estrutura física da pastagem, em sistema de
uso em pastejo com e sem suplementação, respectivamente, tiveram mínima
participação de folhas (9,8 e 26,7% na MS) aos 90 DAE, enquanto que no sistema de
uso de corte a participação de folhas manteve-se constante durante período de uso da
pastagem entre 62 a 105 dias após seu estabelecimento, com valor médio de 38,9% na
MS, resultados estes diferentes do que seguem as observações de Lupatini (1996), de
21
que a percentagem de folhas na estrutura da pastagem diminui com a maturidade das
plantas.
Tabela 3. Composição da pastagem de sorgo forrageiro, do milhã e papuã (expresso em
% na MS) em sistema de uso em pastejo com e sem suplementação e/ou
corte, conforme data de avaliação. Guarapuava, 2009.
Períodos de avaliação Tratamentos
62 DAE 76 DAE 90 DAE 104 DAE Média
Participação de colmos na pastagem (% na MS)
Pastejo com
suplementação
43,2 bA 18,9 cB 13,6 cC 22,9 cB 24,7 c
Pastejo sem
suplementação
45,0 bA 41,4 bA 36,9 bB 34,5 bB 39,5 b
Corte 62,1 aA 62,1 aA 60,9aA 60,8 aA 61,5 a
Média 50,1 a 40,8 b 37,1 c 39,4 bc
Participação de folhas na pastagem (% na MS)
Pastejo com
suplementação
28,6 bA 12,2 cC 9,8 cC 19,8 cB 17,6 c
Pastejo sem
suplementação
29,1 bA 27,4 bA 26,7 bA 29,5 bA 28,2 b
Corte 39,6 aA 37,8 aA 39,0 aA 39,3 aA 38,9 a
Média 32,4 a 25,8 c 25,2 c 29,5 b
Participação de milhã na pastagem (% na MS)
Pastejo com
suplementação
7,0 aC 29,5 aA 28,4 aA 19,1 aB 21,0 a
Pastejo sem
suplementação
6,4 aB 11,9 bA 3,9 bB 5,8 bB 7,0 b
Média 6,7 d 20,7 a 16,1 b 12,4 c
Participação de papuã na pastagem (% na MS)
Pastejo com
suplementação
20,3 aC 39,2 aB 47,8 aA 37,8 aB 36,3 a
Pastejo sem
suplementação
19,1 aB 19,1 bB 32,3 bA 30,0 bA 25,1 b
Média 19,7 d 29,1 c 40,0 a 33,9 b
Médias minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas, seguidas de mesma letra não diferem entre si
pelo teste de Tukey a 5 %.
Na análise da média geral (Tabela 3), independente do período de avaliação, a
participação de colmos e de folhas na estrutura da pastagem em regime de pastejo com
suplementação foram menores (P<0,01) apresentando valores de 24,7% e 17,6% (base
seca) comparativamente ao regime de pastejo sem suplementação com valores médios
de 39,5% e 28,2% e, sucessivamente aos maiores valores encontrados (P<0,01) no
22
regime de corte com 61,5% e 38,9%, o que está relacionado diretamente aos estágios
fenológicos que a planta vai passando e o ajuste de carga animal. Ocorre com a
maturidade da planta, entre outros aspectos, a elongação dos colmos. Assim, com o
avanço no ciclo da pastagem ocorre investimento das plantas na porção estrutural
ocasionando aumento no caminho a ser percorrido pela folha para o surgimento. Se o
tempo de aparecimento da folha aumenta e a colheita pelos animais não deixa de
ocorrer, há conseqüentemente redução na relação folha:colmo (Pellegrini, 2008).
O sistema de uso em pastejo com suplementação favoreceu o desenvolvimento e
participação maior (P<0,01) de plantas invasoras, como o milhã e papuã (21,0% e
36,3%, respectivamente) comparativamente ao sistema de uso em regime de pastejo
sem suplementação (7,0% e 25,1%, respectivamente), justificado pelo fato dos animais
selecionarem a dieta, consumindo mais concentrado e menos sorgo forrageiro,
permitindo o maior desenvolvimento das plantas invasoras.
Nascimento e Guimarães (1997), relatam que a remoção da área foliar pelo corte
ou pastejo, favorece a rebrota de folhas novas, de elevada eficiência fotossintética.
Segundo Soares (2000), os animais exercem seletividade e tendem a consumir forragem
com grande participação de folhas na dieta, ocorrendo acumulação de colmos, o que
corrobora com os dados encontrados de maior participação de colmos e folhas na
estrutura da pastagem em regime de corte, na qual os animais não exerceram
seletividade, que toda a estrutura da planta foi cortada e ofertada aos animais no
cocho.
De maneira geral, o manejo da pastagem do sorgo sob todos os tratamentos, não
permitiu manutenção de adequada disponibilidade de folhas ao longo de seu ciclo
vegetativo, mostrando alta ocorrência de plantas invasoras nos tratamentos.
A Tabela 4 apresenta os valores médios de disponibilidade de matéria seca entre
os sistemas de uso do sorgo forrageiro, sendo que houve diferença significativa entre
todos os tratamentos. O sistema de corte (6189 kg ha
-1
de MS) ofertou a maior (P<0,01)
disponibilidade de matéria seca comparativamente aos sistemas de pastejo com (2834
kg ha
-1
de MS) e sem (2245 kg ha
-1
de MS) suplementação.
A disponibilidade de forragem presente na pastagem e a produção de matéria
seca estão diretamente relacionadas à massa do perfilho e a densidade populacional de
perfilhos por unidade de área (Nelson e Zarrough, 1981).
23
Tabela 4. Disponibilidade e biomassa acumulada de matéria seca (kg ha
-1
) da forragem,
das folhas e do colmo do sorgo forrageiro em sistema de corte e pastejo conforme data
de avaliação. Guarapuava, 2009.
Períodos de avaliação Tratamentos
62 DAE 76 DAE 90 DAE 104 DAE Média
Disponibilidade e biomassa acumulada da forragem, MS, kg ha
-1
Pastejo com
suplementação
4432 aA 3309 bB 1246 bD 2346 bC 2834 b
Pastejo sem
suplementação
3102 bA 2756 cA 1370 bB 1752 cB 2245 c
Corte 4329 aD 5048 aC 8378 aA 7000 aB 6189 a
Disponibilidade e biomassa acumulada de MS de folha, kg ha
-1
Pastejo com
suplementação
846,51 aA 843,8 aA 259,17 cC 652,19 bB 660,32 b
Pastejo sem
suplementação
623,50 bA 683,49 bA 335,65 cB 411,72 cB 520,84 c
Corte 883,12 bB 1211,52 bB 2245,30 aA 1981,00 aA 1541,06 a
Disponibilidade e biomassa acumulada de MS de colmo, kg ha
-1
Pastejo com
suplementação
589,46 aA 526,13aA 250,45 bB 600,58 aA 529,96 b
Pastejo sem
suplementação
384,65 bB 526,40 aA 182,21 cB 457,27 aA 397,36 c
Corte 506,49 cC 797,58 bB 1792,89 aA 1806,00 aA 1157,34 A
Médias minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas, seguidas de mesma letra não diferem entre si
pelo teste de Tukey a 5 %.
A disponibilidade e biomassa acumulada de MS da forragem, de folha e colmo
dentro dos períodos de avaliação não foram significativas (P>0,05).
Na interação entre tratamentos e períodos de avaliação, para o pastejo com
suplementação, observa-se a mínima disponibilidade de forragem, 1246 kg ha
-1
de MS,
259,17 kg ha
-1
de MS de folha e 250, 45 kg ha
-1
de MS de colmos aos 90 dias após o
estabelecimento da pastagem (DAE), tendo como máxima disponibilidade de forragem
aos 76 DAE , com 3309 kg ha
-1
de MS, 846,51 kg ha
-1
de MS de folhas aos 62 DAE e
600,58 kg ha
-1
de MS de colmo aos 104 DAE . Para o pastejo sem suplementação,
observa-se a mínima disponibilidade de forragem, 1370 kg ha
-1
de MS, 259,17 kg ha
-1
de MS de folha e 250, 45 kg ha
-1
de MS de colmos aos 90 DAE, tendo como máxima
disponibilidade de forragem 3102 kg ha
-1
de MS e 846,51 kg ha
-1
de MS de folhas aos
62 DAE e 600,50 kg ha
-1
de MS de colmo aos 104 DAE. Para o corte, mínima
24
disponibilidade de forragem aos 62 DAE, com 4329 kg ha
-1
de MS, 883,12 kg ha
-1
de
MS de folha e 506,49 kg ha
-1
de MS de colmo, tendo como máxima disponibilidade
8378 kg ha
-1
de MS de forragem, 2245,30 kg ha
-1
de MS de folha aos 90 DAE e
1806,00 kg ha
-1
de MS de colmo aos 104 DAE.
Rattray et al. (1987) afirma que o consumo de cordeiros é maximizado em
pastagens densas e folhosas com massa de forragem de aproximadamente 2000 kg de
MS ha
-1
, no experimento, as massas de forragem apresentaram-se superiores a 2245 kg
de MS ha
-1
em todos os tratamentos.
Na Tabela 5, observa-se que o número de perfílhos por m
2
da pastagem de sorgo
forrageiro aumentou linearmente (P<0,01), a cada dia de avanço no período de uso da
pastagem (de 62 a 104 dias após o estabelecimento da pastagem), em proporções média
de 11,5; 15,4 e 15,1 perfilhos por m
2
, respectivamente, ao sistema de uso em pastejo
com e sem suplementação ou corte.
Tabela 5. Número de perfilhos por m
2
do sorgo forrageiro em sistema de uso em pastejo
com e sem suplementação e/ou corte, conforme data de avaliação.
Guarapuava, 2009.
Médias minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas, seguidas de mesma letra não diferem entre si
pelo teste de Tukey a 5 %.
Como pode ser observado na Tabela 5, que demonstra o número de perfilhos por
m
2
da planta inteira de sorgo forrageiro, houve diferença significativa apenas no
tratamento pastejo com suplementação (11,5 perfilhos por m
2
), que apresentou valores
inferiores (P<0,01) aos encontrados nos tratamentos de pastejo sem suplementação
(15,4 perfilhos por m
2
) e/ou de corte (15,1 perfilhos por m
2
).
Verifica-se que o número de perfilhos apresentou crescimento linear nas
diferentes datas de avaliação, com maior quantidade de plantas por m
2
a cada período de
avaliação, devido à formação do aparato foliar, sendo que o acúmulo de forragem não
Períodos de avaliação Tratamentos
62 DAE 76 DAE 90 DAE 104 DAE Média
Número de perfilhos/m
2
Pastejo com
suplementação
10,7 aA 11,7 aA 11,2 bA 12,7 bA 11,5 b
Pastejo sem
suplementação
12,3 aB 12,2 aB 17,3 aA 16,7 aA 15,4 a
Corte 11,4 aC 13,3 aBC 15,3 aB 18,7 aA 15,1 a
Média 11,47 b 12,4 b 14,6 a 16,0 a
25
havia limitado a entrada de luz na base do dossel vegetativo. O potencial de
perfilhamento é determinado pela velocidade de emissão de novas folhas, onde cada
folha formada corresponde à geração de uma ou mais gemas axilares (Nabinger, 1996).
Assim, quanto mais densa a população de plantas, maior é a quantidade de gemas que
permanecem “inativas” (Lustosa, 2002), semelhante ao que foi encontrado por
Pellegrini (2008), em pastagem de azevém.
Sabe-se que a densidade de perfilhos varia em função do manejo da pastagem
(Parsons e Johnson, 1986). O menor perfilhamento encontrado no tratamento de pastejo
com suplementação, pode ser justificado pela maior quantidade de plantas invasoras,
como o milhã e papuã (Tabela 3).
Na Tabela 6 são apresentados os valores médios d e ganho de peso de cordeiros
de corte, em sistema de uso em pastejo ou corte, com e sem suplementação.
Tabela 6. Peso vivo inicial e final, ganho de peso e ganho de peso médio diário de
cordeiros de corte, em sistema de pastejo ou corte, com e sem suplementação.
Guarapuava, 2009.
Suplementação Sistema de uso
Com Sem
Média
19/01/09, Peso inicial (kg)
Pastejo 19,74 a 19,11 a 18,48
Corte 19,39 a 19,24 a 19,09
A)
Média 19,56 19,17
12/03/09, Peso final (kg)
Pastejo 25,65 a 24,88 a 24,11
Corte 23,91 a 20,92 b 17,93
B)
Média 24,78 22,9
Ganho de peso no período (kg)
Pastejo 5,91 a 5,77 a 5,84
Corte 4,52 a 1,69 b 3,10
C)
Média 5,21 3,73
Ganho de peso médio diário (kg.dia
-1
)
Pastejo 0,11 a 0,09 a 0,10
Corte 0,08 a 0,03 b 0,05
D)
Média 0,09 0,06
Médias seguidas de letras diferentes diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5%.
Não houve interação significativa entre tratamento e peso inicial para os
parâmetros de desempenho animal, o que comprova a homogeneidade na seleção e
26
divisão dos animais entre os tratamentos, como pode ser observado no item A da Tabela
5.
Houve interação significativa, ao nível de 1% de probabilidade, entre os
tratamentos e as variáveis peso final, ganho de peso no período e ganho de peso médio
diário (itens B, C e D), onde o tratamento de corte sem suplementação apresentou os
menores valores, de 20,92 Kg, 1,69 Kg e 0,03
kg dia
-1
respectivamente.
Os tratamentos de pastejo determinaram maiores (P<0,01) ganho de peso total
(5,84 kg versus 3,10 kg de peso vivo) e ganho de peso médio diário (0,10 versus 0,05 kg
dia
-1
) em comparação aos animais alimentados em regime de confinamento (uso em
corte), assim como maiores valores (P<0,01) para ganho de peso total (5,21 kg versus
3,73 kg de peso vivo) e ganho de peso médio diário (0,09 versus 0,06 kg dia
-1
) na
comparação dos sistemas com e sem suplementação, respectivamente.
Castro (2002), avaliando as relações planta-animal em pastagem de milheto
manejada em diferentes alturas com ovinos, obteve ganho médio diário similar aos
encontrados nesse experimento, de 0,121 kg dia
-1
na pastagem com 33,3 cm de altura.
Ganho médio diário de 0,369 kg dia
-1
foi encontrado por Ribeiro et al. (2005),
em experimento com cordeiros Suffolk confinados após desmame aos 40 dias e
alimentados com silagem de milho (66,95% NDT e 8,5% PB) e concentrado (20,48%
PB) ad libitum. Bernardi et al. (2005) encontraram 0,213 kg dia
-1
em cordeiros mestiços
Texel alimentados com concentrado peletizado e feno de Tifton 85 ad libitum, na
proporção de 80% de concentrado e 20% de feno, valores estes maiores do que os
encontrados nesse trabalho.
Resultados inferiores foram encontrados por Brum et al. (2008), em cordeiras de
recria, para o GMD nos tratamentos de pastagem natural, com 0,053 kg dia
-1
e pastagem
natural melhorada, de 0,058 kg dia
-1
, porém, o tratamento de milheto apresentou maior
GMD que o encontrado nesse trabalho, de 0,151 kg dia
-1
.
Em trabalho de Costa et al. (2009) avaliando folhas secas de Gliricidia sepium e
capim elefante por ovinos Santa Inês, percebe-se valores inferiores aos encontrados
nesse trabalho com relação ao GPP para o capim elefante, de 3,92 kg e superiores de
6,66 kg quando alimentados com forragem de gliricídia a vontade.
Lupatini (1996) afirma que animais em pastejo preferem consumir folhas a
colmos, forragem verde a morta, em virtude da maior concentração dos nutrientes
nesses componentes, o que justifica os valores inferiores de ganho de peso total e ganho
27
médio diário dos tratamentos do confinamento (uso em corte), no qual os animais não
puderam exercer essa seleção.
28
5. COCLUSÕES
A maior disponibilidade de matéria seca foi encontrada no tratamento de corte.
O número de perfilhos por m
2
apresentou crescimento linear em todos os
tratamentos, sendo que o tratamento do pastejo com suplementação teve o menor índice
de perfilhamento.
O sorgo manejado em pastejo permite a participação de plantas indesejáveis na
estrutura da pastagem, comparativamente ao regime de uso em cortes.
Maiores ganhos de peso são obtidos no pastejo, independente do uso de
suplementação de concentrado, comparativamente ao regime de uso em cortes.
29
6. COSIDERAÇÕES FIAIS
Tendo em vista a baixa quantidade de chuva durante o período do experimento,
altura de 0,80 cm da pastagem para a entrada dos animais nos piquetes e a pequena
literatura referente aos sistemas de uso do sorgo forrageiro na alimentação animal,
sugerem-se novos estudos, em outras condições edafoclimáticas e com outras categorias
animais.
30
7.
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