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essa associação também foi constatada (BRANCO et al., 2006;
CONTI et al., 2005; PETROSKI et al., 2009; MARTINS et al.,
2010). Porém, poucos estudos basearam-se em amostras
representativas (PETROSKI et al., 2009; MARTINS et al.,
2010), o que limita a generalização dos resultados, e destes,
apenas um (MARTINS et al., 2010) analisou especificamente a
insatisfação por excesso de peso.
Outro indicador antropométrico que pode estar
relacionado à insatisfação corporal é o percentual de gordura
(%G), porém, os estudos que incluem esse componente são
escassos (PETROSKI et al., 2009; MARTINS et al., 2010). Em
uma amostra de adolescentes do oeste de Santa Catarina (SC) e
norte do Rio Grande do Sul (RS) foi encontrada associação
entre essas variáveis (PETROSKI et al., 2009). No entanto, em
escolares da cidade de Santa Maria/RS essa associação não foi
constatada (MARTINS et al., 2010). Assim, evidencia-se a
importância de investigar essa relação, a fim de promover um
melhor entendimento a respeito desse assunto.
Além das características físicas, a insatisfação corporal
em adolescentes também pode estar relacionada a alguns
fatores sociodemográficos. A literatura tem mostrado que a
insatisfação aumenta com a idade (WANG et al. 2005;
BEARMAN et al., 2006; LUNDE et al., 2007; McNAMARA
et al., 2008; MOUSA et al., 2010; STRIEGEL-MOORE et al.,
2001; JONES et al., 2001), porém, não apresenta associação
com o nível econômico (PINHEIRO e GIUGLIANI, 2006;
MOUSA et al., 2010; PEREIRA et al., 2009) e com a
escolaridade do chefe da família (ROBINSON et al., 1996;
STICE e WHITENTON, 2002). Até o presente momento, essas
relações são desconhecidas em adolescentes brasileiras.
Tendo em vista que a insatisfação com a imagem
corporal tem sido identificada como o principal precursor de
distúrbios alimentares, como a anorexia e a bulimia, justifica-se
a importância de investigar esse assunto, a fim de buscar