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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTU-SENSU EM EDUCAÇÃO
FÍSICA
EFEITOS DO TAI CHI CHUAN SOBRE O EQUILÍBRIO
CORPORAL EM IDOSAS COM BAIXA MASSA ÓSSEA
Nélida Amorim da Silva
BRASÍLIA, DF
2010
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ii
EFEITOS DO TAI CHI CHUAN SOBRE O EQUILÍBRIO
CORPORAL EM IDOSAS COM BAIXA MASSA ÓSSEA
NÉLIDA AMORIM DA SILVA
Dissertação aprovada como requisito
parcial para obtenção do título de
Mestre em Educação Física pelo
Programa de Pós Graduação da
Faculdade deEducação Física da
Universidade de Brasília.
ORIENTADORA: Profª. Drª. MARISETE PERALTA SAFONS
Membros da banca examinadora:
Membro externo: Prof. Dr. Lucy Gomes
Membro interno: Prof. Dr. Martim Bottaro
Membro Suplente: Prof. Dr. Ricardo Jade Oliveira
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iii
DEDICATÓRIA
À todas as mães que como eu, tamm são esposas, estudantes e que precisam
trabalhar fora e dentro de casa. Enfrentamos diariamente todos os desafios de
cabeça erguida e com um sorriso no rosto, mesmo estando exaustas de noites mal
dormidas hora estudando, hora ninando e amamentando, hora em consultas e
hospitais, hora amando, hora tendo pesadelos com as contas, hora tendo insônia
com SPSS...
À minha mãe, fonte de amor e doação, meu porto seguro. Deixou a sua terrinha e o
conforto do seu lar para vir me ajudar nesses dois partos que chegaram juntos: o da
minha filha e o do mestrado. Sem ela nada disso seria possível.
Ao meu pai que me inspirou e apoiou em toda essa jornada.
Ao meu marido que me dedicou amor e paciência nesse desafio nosso.
À minha filha que inocentemente suportou as minhas ausências. Seu sorriso me
liberta de todo stress. Ela é o melhor presente que Deus me deu.
iv
AGRADECIMENTOS
Obrigada Senhor Deus Pai todo Poderoso, Jesus Cristo por me permitir
conviver com todas essas pessoas especiais.
Mesmo a mais perfeita escrita não conseguiria dizer o que não pode ser dito,
apenas sentido. Muitíssimo obrigada a todos que torceram por mim.
À todos familiares que se eu fosse citar aqui, dariam várias páginas.Todos os que
torceram e ajudaram de alguma forma em alguma etapa desse processo, seja com
orações, telefonemas, recados, e-mail, ou um carinho quando eu mais precisei.
Aos amores da minha vida: Mãe, parte essencial. Pai, sua acolhida, conselhos e
apoio financeiro foram os alicerces desde a nossa chegada em Brasília. Marido o
seu amor foi fundamental em todos os momentos, encarou a mudança de cidade,
superou a saudade e as dificuldades e me ajudou na construção desse sonho. Amo
vocês!
Aos meus grandes amigos que não citarei aqui, mas que igualmente moram no meu
coração. Em especial Juliana Carvalho pela amizade, por me apresentar Brasília e a
Universidade Católica.
À minha querida orientadora Prof. Dr. Marisete Peralta Safons que me permitiu
participar desse lindo grupo de pesquisas GEPAFI e pelo seu exemplo ímpar de
como ser competente, objetiva, segura, brincalhona, de bem com a vida e adorável.
Muitíssimo obrigada por tudo!
Aos meus queridos amigos e professores Juliana Nunes pelo companheirismo e
amizade desde o início do mestrado. Tantas vezes chorei no seu ombro e suas
fortes orações me ajudaram como um anjo. Prof. Dr. e mestre (literalmente) Márcio
Pereira pela eterna ajuda. Exemplo de vida, de ser humano por ter prazer em ajudar
os outros sempre. Thaís Borges que entrou de cabeça no mestrado e era o meu
“help” quando eu perdia algum dado. Eterna gratidão, carinho e respeito. À todos
“gepafianos de plantão”. Em especial aos queridos Frederico Santana, Carolina
D´Umbra, Raphaela Miranda, e Cláudia Beatriz pela acolhida, sorriso, amizade,
ajuda e exemplo nessa jornada. À Bruna e Fabiana pelo apoio e ajuda na
formatação deste trabalho.
À todos os professores,em especial: Prof. Dr. Martim Bottaro que abriu as portas da
UnB para mim, através do seu grupo de pesquisas representado pelo professor
Paulo Gentil. Extrema gratidão por tudo especialmente pelo aprendizado constante.
Prof. Dra. lia Nogueira que me recebeu como bolsista na sua disciplina,
v
proporcionando muito aprendizado. Prof. Dr. Paulo Henrique pelo curso Elaboração
de projeto de pesquisa. Foi o pontapé real para o sonho do mestrado.
À querida Alba pela torcida, gentileza e extrema competência na sua função. Sem
você a FEF não sobreviveria.
Aos médicos, enfermeiros e assistentes do posto de saúde de São Sebastião,que
nos apoiaram, permitindo que tivéssemos acesso ao banco de informações e que
utilizássemos o espaço do posto.
Às idosas de São Sebastião que participaram desse estudo (até nos dias de chuva)
e aos idosos do GEPAFI que sempre nos recebem com um sorriso no rosto.
À toda equipe da UAB/UnB, pelas oportunidades de tutorias, ótimo aprendizado.
Ao FNDE pela bolsa de estudos REUNI.
vi
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS ..................................................................................................................... viii
LISTA DE GRÁFICOS .................................................................................................................... ix
LISTA DE ABREVIAÇÕES .............................................................................................................. x
RESUMO ......................................................................................................................................... xi
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 14
2. OBJETIVO ................................................................................................................................. 16
3. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................... 17
3.3. Equilíbrio e Envelhecimento ............................................................................................. 17
3.1. Osteoporose ....................................................................................................................... 20
3.1.1. Diagnóstico .................................................................................................................. 21
3.1.2. Osteoporose e Atividade Física ................................................................................. 22
3.2. Tai Chi Chuan .................................................................................................................... 22
3.2.1. Origem ......................................................................................................................... 22
3.2.2. Tai Chi Chuan e Equilíbrio ......................................................................................... 24
3.2.3. Tai Chi Chuan e Osteoporose ................................................................................... 27
4. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................................... 28
4.1. Caracterização do estudo ................................................................................................. 28
4.2. Amostra............................................................................................................................... 29
4.1.3. Critérios de inclusão e exclusão: ............................................................................... 29
4. 2. Procedimentos: ................................................................................................................ 30
4.2.1. Protocolo de intervenção: Tai Chi Chuan ................................................................. 30
4.3. Instrumentos de Avaliação ................................................................................................ 31
4.3.1. Antropometria .............................................................................................................. 31
4.2.3. Plataforma de Força ................................................................................................... 31
4.2.4. Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) - Berg Balance Scale ..................................... 32
4.2.5. Teste de Alcance Funcional (TAF) ............................................................................ 33
4.2.4. “Timed Up And Go” (TUG) ......................................................................................... 33
4.3. Análise Estatística.............................................................................................................. 34
5. RESULTADOS .......................................................................................................................... 35
vii
5.1. Caracterização da amostra ............................................................................................... 35
5.2. Testes de Equilíbrio ........................................................................................................... 36
5.2.1. Escala de Berg (EEB) ................................................................................................. 37
5.2.2. Plataforma de Força (PLAT) ...................................................................................... 37
5.2.3. Teste de Alcance Funcional (TAF) ............................................................................ 41
5.2.4. “Timed Up and Go” (TUG) ......................................................................................... 41
6. DISCUSSÃO ............................................................................................................................. 42
7. CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 50
8. LIMITAÇÕES DO ESTUDO ..................................................................................................... 51
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 52
10. LISTA DE ANEXOS ................................................................................................................ 64
viii
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1: Características descritivas da amostra. Média ± DP ................................. 37
ix
LISTA DE GRÁFICOS
Página
Gráfico 1: Caracterização da amostra segundo diagnóstico ..................................... 37
Gráfico 2: Diferença entre o pré e pós teste de G1 e G2 na EEB ............................. 38
Gráfico 3: Diferença entre o pré e pós teste de G1 (OA) .......................................... 39
Gráfico 4: Diferença entre o pré e pós teste de G2 (OA) .......................................... 39
Gráfico 5: Diferença entre o pré e pós teste de G1(OF) ........................................... 40
Gráfico 6: Diferença entre o pré e pós teste de G2 (OF) .......................................... 40
Gráfico 7: Diferença entre o pré e pós teste do G1 no TAF ...................................... 41
Gráfico 8: Diferença entre o pré e pós teste de G1 e G2 no TUG ................................... 41
x
LISTA DE ABREVIAÇÕES
Δt - Intervalo de tempo
COPy - Amplitude do centro de pressão no sentido ântero-posterior;
COPx - Amplitude do centro de pressão no sentido médio-lateral;
Cm Centímetro
COP Centro de força ou de pressão (center of pressure)
IMC Índice de massa corporal
OA Olhos abertos
OF Olhos Fechados
PLAT- Plataforma de força
EEB - Escala de Equilíbrio de Berg
TAF - Teste de Alcance Funcional
TUG - Timed Up and Go
xi
RESUMO
SILVA, A. NÉLIDA. Efeitos do Tai Chi Chuan sobre o Equilíbrio Corporal em
Idosas com Baixa Massa Óssea. Brasília/DF: Universidade de Brasília, 2010.
(Dissertação de Mestrado em Educação Física).
O equilíbrio corporal é uma das capacidades físicas mais afetadas com o
envelhecimento. Objetivo: Avaliar o equilíbrio corporal em idosas com baixa massa
óssea residentes em comunidade, antes e após 12 semanas do treino de Tai Chi
Chuan (TCC). Materiais e Métodos: Esta pesquisa caracterizou-se como tipo quase
experimental. A amostra de conveniência foi composta por 30 mulheres idosas
escolhidas do banco de dados do Programa de Prevenção e Diagnóstico da
Osteoporose da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal da Região
Administrativa de São Sebastião, das quais 17 mulheres fizeram parte do grupo TCC
e 14 idosas fizeram parte do grupo controle. O treino de TCC realizado foi o estilo
Yang de 24 movimentos, com a freqüência de duas vezes por semana, no período
da manhã, aulas com duração de 50 minutos, durante 12 semanas. A coleta de
dados foi realizada através de quatro instrumentos de análise de equilíbrio corporal:
o questionário Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), Timed Up and Go”(TUG), teste
de Alcance Funcional (TAF) e a plataforma de força (PLAT) AccuSway Plus da
marca AMTI. A análise estatística foi feita através do teste Mann Whitney para
diferenças entre grupos e Wilcoxon para diferenças intra-grupo, com nível de
significância p 0,05. Resultados:O grupo TCC melhorou significativamente o
equilíbrio em EEB, TUG e nas variáveis médio-lateral (COPx) e Area 95% da elipse
na condição de olhos fechados na PLAT. Não foi observada diferença significativa
no grupo TCC no TAF e em nenhuma variável da PLAT com olhos abertos. O grupo
controle não mostrou melhoras em nenhum dos testes realizados. Conclusão: O Tai
Chi Chuan foi efetivo para a melhora do equilíbrio corporal em mulheres idosas com
baixa massa óssea.
Palavras - Chave: Tai Chi Chuan. Equilíbrio Corporal. Idosas. Baixa Massa Óssea
xii
ABSTRACT
SILVA, A. NELIDA. Effects of Tai Chi Chuan on body balance in elderly women with
low bone mass. Brasília: Universidade de Brasília, 2010. (Dissertation in Physical
Education).
Body balance is one of the physical abilities most affected with aging. Objective: To
assess the body balance in elderly women with low bone mass in community
residents before and after 12 weeks of training in Tai Chi Chuan (TCC).Methods:
This research was characterized as quasi experimental. The convenience sample
consisted of 30 elderly women selected from the database of Programa de
Prevenção e Diagnóstico da Osteoporose da Secretaria de Estado de Saúde do
Distrito Federal da Região Administrativa de São Sebastião, of which 17 women took
part in the TCC group and 14 older were part of the control group, no physical
activity. The TCC training was performed 24 movements of Yang style as often as
twice a week during the morning, classes lasting 50 minutes for 12 weeks. Data
collection was performed by four instruments for analysis of body balance: the
questionnaire Berg Balance Scale (BBS), "Timed Up and Go" (TUG), Functional
Reach test (FST) and the force platform (PLAT ) AccuSway Plus brand AMTI.
Statistical analysis was performed using the Mann Whitney test for differences
between groups and Wilcoxon test for intra-group differences with significance level p
0.05. Results: The group TCC significantly improved balance in EEB, TUG and
variable medial-lateral (COPx) and Area 95% of the ellipse on the condition of eyes
closed in PLAT. No significant difference was observed in group TCC in FST and no
variable of PLAT with open eyes. The control group showed no improvement in any
of the tests. Conclusion: The Tai Chi Chuan was effective for improving body
balance in elderly women with low bone mass.
Key - words: Tai Chi Chuan. Body Balance. Elderly. Low Bone Mass
xiii
14
1. INTRODUÇÃO
O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, no qual
alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, com redução na capacidade de
adaptação homeostática às situações de sobrecarga funcional, alterando
progressivamente o organismo e tornando-o mais susceptível às agressões
intrínsecas e extrínsecas (GUIMARÃES et al, 2004).
Segundo Hawk et al. (2006), a população idosa em geral apresenta queixas
como a diminuição do equilíbrio e a ocorrência de quedas. Entre os fatores de risco
estão várias causas, como a polifarmárcia, riscos ambientais, degeneração do
sistema vestibular, diminuição da acuidade visual, alterações proprioceptivas,
sarcopenia, hipotensão postural, diminuição do mecanismo de atenção e do tempo
de reação. Todas elas podem contribuir para alterações no equilíbrio em indivíduos
idosos, diminuindo assim habilidades básicas e dificultando a execução de
atividades da vida diária.
O processo do envelhecimento traz declínios neurológicos, funcionais e
neuromotores. Uma mudança importante na composição corporal é a perda na
massa mineral óssea, que aparece mais precocemente em mulheres por volta do 50
anos de idade (cerca de 1% ao ano) devido a, entre outros fatores, maior
prevalência de osteoporose após a menopausa de acordo com o National Institutes
of Health (2009).
A osteoporose é definida como uma doença esquelética que acarreta uma
deterioração e diminuição da densidade mineral óssea (DMO). Esse processo leva a
um aumento da fragilidade esquelética devido às alterações na micro-arquitetura do
osso resultando em um maior risco de fraturas e quedas (SAMBROOK e COOPER,
2006).
De acordo com (JUNQUEIRA et al., 2001) a osteopenia pode ser definida
quando encontrado um T- score entre - 1,0 e - 2,49, o qual é previsto em testes de
densidade óssea. É um problema de saúde pública grave e cada vez mais crescente
entre as mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica (2008)
o termo osteopenia pode ser utilizado, mas a preferência deve ser a utilização da
expressão “baixa massa óssea para a idade”, que indivíduos jovens que
15
apresentam baixa massa óssea não têm, necessariamente, elevado risco de
fraturas. Se as mulheres osteopênicas não forem submetidas a tratamento, podem
tornar-se osteoporóticas, ou seja,T- score - 2,5.
A presença de osteoporose está relacionada a um maior risco de fraturas, o
que aumenta os níveis de morbidade e mortalidade, bem como os custos dos
cuidados à saúde (ABREU et al., 2009).
Mulheres com osteoporose, devido à fragilidade mecânica, podem apresentar
um maior risco de quedas e fraturas, por apresentarem diminuição acentuada na
força e equilíbrio comparado com mulheres sem osteoporose (LIU - AMBROSE et
al.,2003; CARTER et al., 2000).
As alterações posturais, com alta prevalência em idosas com osteoporose,
como a hipercifose torácica, parecem ter grande relação com a perda de equilíbrio e
entra como mais um fator de risco para quedas por provocar um aumento da
oscilação corporal em posição estática (BALZINI et al., 2003).
De acordo com Guimarães e colaboradores (2004) o fenômeno queda está
diretamente relacionado ao grau de incapacidade nos idosos, sendo que dentre eles,
os mais susceptíveis à quedas são aqueles que apresentam alguma enfermidade,
especialmente às relacionadas ao equilíbrio e ao controle postural, sendo este
bastante comprometido com o avanço da idade.
O Tai Chi Chuan (TCC) é uma prática cada vez mais popular, podendo ser
realizada em parques, centros de saúde, academias, etc. É considerada uma
modalidade de ginástica chinesa e tem sido descrita como capaz de proporcionar
ganhos no condicionamento físico, força, melhora da função cardiorrespiratória,
redução da dor e estresse, melhora no equilíbrio postural e consequente redução no
risco de quedas em idosos (GOMES et al., 2004).
Além de unir os benefícios fisiológicos e psicossociais de toda atividade física,
o TCC acrescenta vantagens como seu baixo custo, facilidade de aplicação e por
permitir o acesso e atendimento a grandes grupos, versatilidade quanto ao local,
horário e roupas dos praticantes (PEREIRA et al., 2008).
Em indivíduos com osteoporose, estratégias que auxiliem na prevenção de
quedas e fraturas são mais relevantes do que em indivíduos saudáveis, seja pela
diminuição da densidade óssea, alterações posturais decorrentes da patologia,
16
fragilidade óssea especialmente em mulheres ou redução da força e equilíbrio (KAM
et al.,2009).
Para que haja redução da incidência de quedas e consequente redução das
fraturas em idosos, é necessário que as intervenções sejam capazes de atenuar
alguns fatores de risco, como por exemplo, o equilíbrio deficiente com a melhora no
controle postural (KAM et al.,2009).
O TCC tem se mostrado efetivo na melhora do equilíbrio em populações
idosas, além de ser considerada uma atividade física de baixo impacto, o que
assegura sua utilização para populações que necessitam de maiores cuidados, bem
como o seu baixo custo e pela facilidade de acesso para idosos independentes
(PEREIRA, 2005).
O presente trabalho justifica-se no sentido de auxiliar e ampliar os estudos
relacionando o equilíbrio corporal em idosas com baixa massa óssea, focalizando as
que vivem em comunidade e tem uma vida independente, com práticas de
atividades físicas alternativas, seguras, de fácil acesso e de baixo custo.
2. OBJETIVO
Verificar os efeitos do Tai Chi Chuan no equilíbrio corporal de mulheres
idosas com baixa massa óssea.
17
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.3. Equilíbrio e Envelhecimento
Mann et al., (2009) em sua revisão, mostraram que diferentes tipos de
treinamentos físicos podem trazer melhorias significativas na manutenção do
equilíbrio e da saúde geral do indivíduo, especialmente em idosos por apresentarem
déficits no equilíbrio em decorrência da idade. Os treinamentos que apresentaram
melhores resultados em sua revisão foram os que combinaram fortalecimento,
alongamento e coordenação. O TCC aparece em destaque como uma prática cada
vez mais crescente e eficaz entre idosos.
Equilíbrio corporal pode ser definido como a capacidade de manter o centro
de massa do corpo dentro da base que o sustenta, proporcionando maior
estabilidade dos segmentos corporais e do deslocamento do peso corporal nas
diferentes direções (FARIA et al., 2003).
De acordo com Freitas et al., (2005) os dois principais objetivos funcionais do
controle postural estão na manutenção da estabilidade corporal e na orientação
postural. Em relação à manutenção da estabilidade, a importância está na
coordenação de estratégias sensório-motoras a fim de estabilizar o centro de massa
durante os movimentos intencionais e perturbações externas. A orientação postural
está relacionada a informações do sistema vestibular, visual, proprioceptivo e
ajustes do tônus postural.
Mochizuki e Amadio (2003) expõe que a manutenção do equilíbrio corporal
deve-se a integração de vários fatores, que compõe o sistema de controle postural.
A interação conjunta do indivíduo com o seu centro de gravidade, a superfície de
apoio e a relação com o ambiente participam ativamente da manutenção e controle
do equilíbrio. As informações integradas provenientes dos sistemas relacionados ao
equilíbrio são processadas no sistema nervoso central e se encarregam do
processamento, planejamento e execução dos atos motores pertinentes à
manutenção do equilíbrio corporal estático (DUARTE et al., 2001; FREITAS et al.,
2005).
18
O sistema vestibular é responsável pelas desacelerações e acelerações
rápidas, o mais importante na manutenção da postura ereta, ligado com o centro de
gravidade do indivíduo. O sistema somatossensorial ou proprioceptivo está
relacionado à superfície de apoio, e o sistema visual relaciona-se com a interação
indivíduo ambiente. (OLIVEIRA e BARRETO, 2005).
Segundo Duarte et al., (2008) os sistemas fisiológicos diretamente ligados ao
equilíbrio, sofrem uma perda funcional natural durante o processo do
envelhecimento, o que contribui com o declínio do controle do equilíbrio postural,
ocasionando maior incidência de quedas em idosos. Relatam que um dos fatores
responsáveis pelas quedas que levam a incapacidade funcional ou dependência
está diretamente relacionado ao declínio natural do equilíbrio e que, o treinamento
do mesmo em idosos, além de melhorar a autoconfiança, melhora também as
capacidades funcionais e a mobilidade (DANIEL et al., 2010).
Em idosos, uma causa provável da instabilidade no controle postural é a
alteração na relação entre as informações sensoriais e a ação motora, a dificuldade
de identificar e integrar informações sensoriais para dar a resposta adequada para
manter o corpo em equilíbrio (FREITAS et al., 2005).
Na comparação com adultos jovens, estudos apontam o aumento da
oscilação corporal em idosos, tanto na condição de olhos abertos, como com olhos
fechados, sendo que dificuldade é aumentada em se manter o equilíbrio com os
olhos fechados (KANG et al.,2009).
A estabilometria é o registro da oscilação do corpo humano. É um método
para avaliar o equilíbrio postural, podendo ser dividido em equilíbrio estático e
dinâmico (DUARTE et al.,2000). Aumentos na oscilação corporal quando a postura
estática é mantida durante algum tempo, seria causado por dependência das
informações visuais ou problemas no processamento delas, o que é comum em
idosos (FREITAS et al., 2005).
Com o envelhecimento, o declínio da estabilidade postural acarreta grandes
prejuízos advindos principalmente de quedas e suas conseqüências como fraturas,
imobilizações e internações por longos períodos, fazendo com que o idoso perca a
sua autonomia e diminua sua qualidade de vida (MANN et al., 2009).
Considerando que a manutenção do controle postural envolve a boa
integração entre os sistemas fisiológicos, ressalta-se a importância da prática de
19
atividades físicas que possam auxiliar a minimizar possíveis fatores de risco e
melhorar o equilíbrio corporal, especialmente em idosos (DANIEL et al.,2010).
Atividadessicas menos vigorosas geralmente o mais seguras para idosos,
além de serem capazes de manter a saúde óssea, melhorar coordenação
neuromuscular, o equilíbrio e consequentemente reduzir o risco de quedas. O TCC
além de ser um exercício de baixo custo, atende bem a esses objetivos para a esta
população (LUI et al., 2008).
20
3.1. Osteoporose
Devido ao crescimento da população idosa, o número de doenças crônico-
degenerativas vem aumentando nas últimas décadas, bem como as seqüelas e as
despesas com o tratamento intra-hospitalar e ambulatorial. Entre essas doenças, a
osteoporose destaca-se por sua elevada prevalência e pelas fraturas ocasionadas
pela fragilidade decorrente da deterioração na estrutura óssea (ROHR et al., 2006).
Osteoporose é uma doença esquelética sistêmica caracterizada pela
diminuição da massa óssea e deterioração da micro-arquitetura do osso. A
diminuição da massa óssea aumenta significativamente o risco de fratura. As mais
comuns são as fraturas de quadril, punho e vértebras, consideradas típicas da
osteoporose (KAM et al., 2009).
É uma doença silenciosa e tem como fatores de risco histórico familiar de
fratura por osteoporose, etnia branca, baixo peso e estatura, sexo feminino, menarca
tardia, menopausa precoce, mulheres que não tiveram filhos, baixa ingestão de
cálcio, alta ingestão de sódio e proteína animal, sedentarismo, tabagismo,
alcoolismo crônico e uso de determinados medicamentos, como, por exemplo,
psicotrópicos (CHAVES et al., 2005).
Estima-se que a doença afete cerca de 55% da população acima de 50 anos
nos Estados Unidos, sendo a maior incidência no sexo feminino. Em idosos,
principalmente com osteoporose, as quedas estão associadas com alto índice de
internações e mortalidade, além de envolver altos custos com intervenções (SINAKI
et al., 2005).
No Brasil a osteoporose atinge mais de 10 milhões de pessoas, porém
apenas um terço dessa população tem diagnóstico clínico. Estima-se em um milhão
por ano a incidência de fraturas decorrentes da osteoporose, onde 250 mil são
fraturas de quadril, considerada a mais grave pelo alto índice de mortalidade e
incapacidade sica do indivíduo. Segundo o Ministério da Saúde, em 2006 o
Sistema Único de Saúde (SUS) gastou quase 70 milhões entre internações de
idosos com fratura e medicamentos para tratamento da osteoporose (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2006; MADUREIRA et al., 2007).
21
O envelhecimento está associado a grandes alterações na composição
corporal, entre elas diminuição na massa óssea (CARTER et al., 2002).
A queda é considerada um evento não intencional, de causa multifatorial que
resulta em uma mudança de posição do indivíduo para um nível inferior (HAUER et
al., 2006). Em idosos com osteoporose a queda pode ser particularmente perigosa,
além de estar relacionada a um maior risco de fraturas, o que aumenta os níveis de
morbidade e mortalidade, bem como os custos dos cuidados à saúde (ABREU et al.,
2009).
3.1.1. Diagnóstico
A avaliação do risco de fratura é realizada através de fatores clínicos de risco
e dos resultados de exames específicos como a densitometria óssea, cuja função
principal no diagnóstico da osteoporose, na predição de fratura e no
acompanhamento do tratamento. É uma cnica eficaz e mostra a resistência à
integração entre a densidade mineral e as propriedades biofísicas determinantes da
qualidade do osso (HOURIGAN et al., 2008).
É uma cnica simples, não invasiva, porém de alto custo, o que dificulta a
sua utilização em grandes populações de meia idade. A técnica consiste na projeção
de um feixe de radiação gerado por uma fonte de raios-X com dois níveis de energia
sobre o corpo do indivíduo. O feixe atravessa o indivíduo no sentido póstero -
anterior, sendo captado por um detector. Quando a radiação alcança o detector em
um pico de energia, é calculada a densidade de cada indivíduo (BECKER et al.,
2006).
O exame fornece o valor absoluto da densidade mineral óssea da área em
g/cm². Além disso, o laudo fornece os desvios-padrão (DP), denominado T score
(número de DP da média de adultos jovens), população onde pode-se observar um
pico de massa óssea . Segundo a OMS (1994) e o consenso da Sociedade
Brasileira de Desitometria Clínica (2008) os critérios de diagnóstico são:
- Osteopenia: T score entre (-1,01) e (-2,49) DP
- Osteoporose: T score igual ou inferior a 2,5 DP em qualquer um dos seguintes
sítios ósseos: fêmur proximal, coluna lombar e rádio, mesmo na ausência de fratura
por osteoporose.
22
3.1.2. Osteoporose e Atividade Física
Medidas preventivas antes da primeira fratura são mais eficientes e
econômicas do que medidas farmacológicas. Após a fratura, uma preocupação
importante a todos os profissionais de saúde deve ser o reconhecimento das
pessoas com maior risco de cair, a instituição de medidas preventivas e o
encaminhamento para o devido tratamento (LIN e LANE et al., 2007).
A perda do equilíbrio e o aumento da inclinação corporal são um importante
fator de risco para quedas em idosos com osteoporose, além do aumento das
dificuldades nas atividades da vida diária e o medo de cair (SINAKI et al., 2004).
Na revisão de Kam et al., (2009) mostraram que exercícios podem ser
eficazes na redução do número de quedas e fraturas em indivíduos com baixa
massa óssea, destacando especialmente as mulheres na pós menopausa ou idosos.
Exercícios de equilíbrio em indivíduos com osteoporose parecem reduzir o
risco de fratura pelo efeito da manutenção da massa óssea e pela melhora da
estabilidade, o que reduz o índice de quedas (ORTEGA et al., 2007).
A atividade física auxilia no tratamento e na prevenção de diversas doenças,
especialmente da osteoporose, pois o exercício acarreta um estresse no tecido
ósseo e este responde aumentando a absorção do cálcio. Entretanto, cuidados
especiais devem ser tomados na prescrição de exercícios para indivíduos com
osteoporose estabelecida, para que a própria atividade não coloque o aluno em
risco de fratura (HAMILTON et al., 2010).
3.2. Tai Chi Chuan
3.2.1. Origem
O termo Tai Chi Chuan significa literalmente Taijiquan em chinês. O termo faz
referência aos ideogramas (símbolos) chineses e significam: Tai: supremo,
grandioso; Chi: viga-mestra, eixo; Chuan: boxe, punho, golpe. O termo completo
significa “boxe do último supremo” (KURAMOTO, 2006).
23
A verdadeira origem do TCC é desconhecida. Os ensinamentos eram
passados de forma oral e ficava restrito nas famílias tradicionais e grupos secretos
que praticavam esta arte. A versão mais conhecida e mais aceita é a que, por volta
da dinastia Sung aproximadamente 1200 dC um monge chamado de Chang San
Feng que viveu e treinou artes marciais no templo Shaolin criou o primeiro estilo de
Tai Chi, denominado Estilo Wudang (GOMES et al., 2004).
Certo dia, segundo a lenda, este monge observou uma luta entre uma garça e
uma serpente. A garça tentou atacar várias vezes, e a serpente, muito ágil e flexível,
sempre conseguia desviar e esquivar, livrando-se dos ataques.
Desta observação o monge percebeu que o suave e flexível vence a rigidez e
a dureza, o que o levou a enfatizar a harmonia entre o flexível (Yin) e o forte (Yang),
para o desenvolvimento e equilíbrio entre o corpo e mente. Incluiu a prática da
meditação, o controle da respiração e os movimentos naturais do corpo. Esta
complexa união recebeu o nome de Tai Chi Chuan (PEREIRA, 2005).
Um dos alunos do monge Chang San Feng, chamado Chen (fundador do
Estilo Chen) aceita o primeiro aluno fora de sua família, o Yang Lu Chan, que depois
de tornar-se mestre, fez algumas modificações e criou o estilo Yang de TCC, aliando
a ele conceitos da medicina tradicional chinesa e práticas como a massagem Tui Na,
as meditações Tao Yin e Nei Kung e os exercícios terapêuticos Yijinjing e Liang
Kung. Isto foi difundido por seus sucessores ao longo do tempo, solidificando suas
formas e características (XAVIER, 2008).
À partir de 1956 todos os estilos de Kung Fu foram classificados como
Esportes Nacionais pelo Comi Esportivo Nacional Chinês, com intuito de
regularizar e popularizar a prática. Do trabalho desse comitê, resultou a criação da
sequência curta do TCC de 24 movimentos que foi denominado TCC estilo Yang
Simplificado ou TCC estilo Yang 24 movimentos. Esta sequência foi publicada em
vários cadernos pedagógicos oficiais, posteriormente traduzidos para vários idiomas
com o nome de Wushu Guia chinês para a Saúde e o preparo sico da família
(LEE et al., 1995)
O TCC estilo Yang chegou ao Brasil por volta de 1960, trazido por Wong Sun
Keung. A prática no Brasil é cada vez mais difundida e de fácil acesso. Pode ser
encontrado em parques, academias, escolas, praças e em programas específicos
24
para a população idosa. Na maioria das vezes é oferecido gratuitamente por um
profissional de educação física especializado (XAVIER, 2008).
3.2.2. Tai Chi Chuan e Equilíbrio
TCC é descrito na literatura científica como um exercício tradicional da cultura
chinesa e seus benefícios m sido apontados como adequados para idosos ou
pessoas com doenças crônicas (WONG et al.,2001; ROGERS et al.,2009)
Segundo Wong et al., (2001) TCC é uma série de movimentos graciosos
ligados em uma sequência contínua, de modo que o corpo muda de posição
continuamente encadeando movimentos em pé, com um baixo centro de gravidade.
Além de incorporar uma cadência respiratória e concentração mental aliada aos
movimentos, proporcinando interação contínua entre movimentos corporais e mente.
Essa sucessão de estímulos é especialmente interessante para idosos (GOMES et
al., 2004; PEREIRA et al., 2008)
Entre as recomendações do American College Science Medicine (2007) a
atividade física deve ser prioritária para adultos mais velhos para prevenir e tratar
doenças e invalidez. Entre suas recomendações está que adultos mais velhos
sedentários de acordo com o nível de condicionamento físico, pratiquem atividades
que envolvam equilíbrio, flexibilidade, treinamento de força além de atividades
aeróbicas de intensidade moderada.
Entre outros benefícios à saúde geral, o TCC agrega benefícios na força de
membros inferiores, flexibilidade, capacidade respiratória, equilíbrio postural e
redução de quedas em idosos saudáveis e com doenças crônicas (KURAMOTO,
2006; LAN et al., 2002; WAYNE et al., 2004; PEREIRA et al., 2008)
O estudo de TSANG e HUI-CHAN (2004), realizado com praticantes idosos
de TCC, demonstrou que esta prática traz benefícios para o equilíbrio, uma vez que
o alinhamento do tronco e a consciência dos movimentos de todo o corpo requer
uma seqüência bem coordenada de todos os segmentos corporais.
LI et al.,(2001) demonstraram que a prática regular do TCC tem efeitos
favoráveis no controle do equilíbrio e da flexibilidade em idosos. Quando
comparados com grupo sedentário, apresentaram resultados significativamente
25
melhores nos teste de flexibilidade “sentar e alcançar” e no equilíbrio unipodal nas
perna direita e esquerda com olhos fechados.
No estudo de Pereira et al., (2008), idosas que praticaram TCC estilo yang
durante doze semanas, três vezes por semana, foi encontrada melhora no equilíbrio
postural em 26,1% no teste de apoio unipodal e melhora da força nos músculos
extensores do joelho. O estudo sugere melhora no equilíbrio postural especialmente
anteroposterior resultante da melhora da força dos músculos do joelho, o que levaria
a um melhor controle dos movimentos e menor risco de quedas.
Audette et al., (2006) compararam o equilíbrio, qualidade de vida, força,
frequencia cardíaca e estado psicológico entre um grupo de idosos que praticou
TCC forma curta, com um grupo de marcha rápida e um grupo controle, durante três
meses com uma frequência de três vezes por semana. O grupo TCC mostrou
melhoras significativas no equilíbrio, força de membros inferiores, flexibilidade do
que o grupo que treinou marcha e o controle.
Caride et al., (2008) avaliaram um grupo de idosos que praticaram TCC estilo
yang durante três meses,duas vezes por semana. Os resultados mostraram
melhoras no tempo de permanência de equilíbrio unipodal, tanto com os olhos
abertos, como com os olhos fechados.
No estudo de Hong e Xu (2007) observou-se melhoras siginificativas na
estabilidade postural, extensão e flexão de joelhos, em 16 semanas de treinamento
de TCC estilo yang (nas seis primeiras semanas o grupo praticou quatro vezes por
semana e nas 10 últimas semanas o grupo praticou todos os dias).
Lelard et al., (2010) compararam durante três meses com uma freqüência de
duas vezes por semana, um programa de TCC e um programa de treinamento de
equilíbrio, em um grupo de idosos. Concluíram que o período de intervenção foi
ineficiente para verificar melhorias posturais ou melhoria na marcha, em ambos os
grupos nas condições de olhos abertos e olhos fechados. Na condição de olhos
fechados foram verificados piores valores quando comparados com olhos abertos
em ambos os grupos. Porém ao verificarem a diferença entre a condição de olhos
abertos e fechados em ambos os grupos, concluíram que o treinamento de TCC
pode diminuir os efeitos deletérios do envelhecimento na ausência da informação
visual sobre o controle postural.
26
No estudo de Li et al., (2005) o grupo que treinou TCC durante seis meses
com uma freqüência de três vezes por semana, apresentou melhora no equilíbrio
funcional, diminuição do medo de cair e do risco de quedas quando comparado ao
grupo controle que fez alongamento.
Mac e Ng (2003) concluíram em seu estudo que idosos praticantes de TCC
durante um ano, três vezes por semana, tiveram melhores valores da oscilação
postural médio lateral, equilíbrio estático em apoio unipodal, alcance funcional,
velocidade da marcha e comprimento da passada. O deslocamento médio-lateral
verificado através de plataforma de força foi o que melhor discriminou as melhorias
no grupo que praticou TCC e os praticantes mais experientes mostraram ter
melhores valores do que os menos experientes.
No estudo de MacGiban et al.,(2005) compararam pessoas com
vestibulopatias com idade acima de 56 anos em plataforma de força. Destas,um
grupo praticou TCC e outro grupo fez reabilitação vestibular. Relataram melhoras na
marcha em ambos e concluíram que o TCC pode ser um tratamento complementar
para pessoas com vestibulopatias.
Zhang et al., (2005) relataram que idosos praticantes de TCC sete vezes por
semana, durante oito semanas apresentaram efeitos positivos no equilíbrio postural,
flexibilidade e redução do medo de cair quando comparado a um grupo controle
praticantes de outras atividades físicas, pelo menos três vezes por semana.
Sattin et al., (2005) compararam idosos que vivem em comunidade, durante
48 semanas. Foram divididos em dois grupos, um praticante de TCC duas vezes por
semana e outro grupo controle que tinha atividades apenas educativas. O grupo
TCC reduziu significativamente o medo de cair, o que sugere redução no risco de
quedas.
Nohdhin et al.,(2006) compararam um grupo de idosos que praticaram TCC
estilo yang por dez semanas com idosos que participaram de um programa de treino
de equilíbrio. Concluíram que ambos os grupos obtiveram benefícios no equilíbrio
postural, na marcha e mobilidade funcional.
Entretanto, Logghe et al., (2009) ao observarem idosos não
institucionalizados, verificaram que o grupo que treinou TCC estilo yang ,duas vezes
por semana durante 13 semanas, não reduziram a probabilidade de sofrer quedas,
nem obtiveram melhoras no equilíbrio postural. Resultados similares foram
27
observados na revisão Verhagen et al., (2004) que sugerem que há poucas
evidências de que o TCC seja eficaz na redução de quedas.
3.2.3. Tai Chi Chuan e Osteoporose
Embora existam várias evidências demonstrando que a prática do TCC
melhora o equilíbrio e reduz o risco de quedas, além de ser considerada uma
atividade sica de baixo impacto e segura para pessoas com osteoporose, existem
poucos estudos controlados que verificaram a relação TCC e osteoporose (LEE et
al., 2008)
No estudo de Chang et al., (2004), embora tenham observado uma perda da
massa óssea tanto no grupo controle como no grupo que treinou TCC, foi
observada um retardo significativo da perda óssea nos praticantes de TCC após 12
meses. Este estudo concluiu que a prática de TCC pode ser benéfica para a redução
da perda óssea em mulheres após menopausa.
Qin et al., (2002) verificaram melhoras na densidade mineral óssea e em
funções neuromusculares em mulheres após menopausa que treinaram somente
TCC durante três anos quando comparadas ao grupo controle de sedentárias.
Zhao et al., (2007) investigaram os efeitos do TCC com e sem suplementação
de cálcio nas variáveis equilíbrio postural e densidade mineral óssea em mulheres
na faixa etária de 50 a 59 anos. Verificaram que o grupo TCC e o grupo TCC +
suplementação de cálcio obtiveram significativas melhora no equilíbrio e retardo na
perda da massa óssea em seis meses quando comparados ao grupo controle (sem
atividade física) e o outro grupo controle sem atividade física e com suplementação
de cálcio.
Lee et al.,(2008) em sua extensa revisão sobre TCC e osteoporose relataram
que existem poucos estudos baseados em evidências que demonstram a verdadeira
eficácia do TCC sobre a densidade mineral óssea em idosos. uma tendência de
melhora em mulheres pós - menopáusicas. Sugerem que poucas evidências que
direcione o TCC para o tratamento ou prevenção da osteoporose. No entanto
afirmam que é uma prática de baixo custo e segura, além dos pacientes que
praticam TCC reduzirem o número de internações e medicamentos.
28
Murphy et al., (2008) compararam TCC estilo yang com um outro estilo de
TCC 5 formas, em idosas independentes que tinham diagnóstico de osteopenia ou
osteoporose. A frequência de treino foi duas vezes por semana durante 12 semanas,
e um treino adicional de pelo menos uma vez por semana,onde deveriam praticar
casa por conta própria, com ajuda de vídeo. Foram testadas imediatamente após a
intervenção (três meses), em seis meses e doze meses após a intervenção. O
equilíbrio postural, a força e mobilidade funcional melhoraram significativamente três
meses após a intervenção e esses resultados se mantiveram seis meses após.
Apenas a força e a mobilidade funcional se mantiveram após doze meses.
Entretanto, no estudo de Woo e colaboradores (2007) compararam um grupo
de idosos homens e mulheres que praticaram TCC, com um grupo que fez
treinamento resistido (TR) e com outro grupo controle sem atividade física. Foram
avaliados a densidade mineral óssea, flexibilidade, força muscular e equilíbrio
postural em seis e doze meses. As mulheres tiveram menor perda óssea do quadril
tanto no grupo TCC como no grupo TR. Em nenhum dos grupos foi observado
diferenças significativas quando comparados ao grupo controle na variável equilíbrio
postural.
Apesar de alguns estudos apontarem melhorias do TCC na densidade óssea,
ainda não existe um consenso na literatura (WAYNE et al., 2010). Os benefícios do
TCC como atividade física, bem como a segurança, e as melhoras verificadas na
maioria dos estudos no equilíbrio corporal e redução do risco de quedas, faz com
que esta atividade seja alvo para investigações cada vez mais específicas para
diferentes populações, especialmente as que apresentam algum tipo de patologia,
como por exemplo, osteoporose.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. Caracterização do estudo
O presente estudo caracteriza-se como quase experimental com uma amostra
de conveniência, tendo como variável independente a intervenção Tai Chi Chuan e
variável dependente equilíbrio corporal (THOMAS e NELSON, 2007).
29
4.2. Amostra
As idosas foram selecionadas de uma lista de cadastro do Programa de
Prevenção e Diagnóstico de Osteoporose da região administrativa de São
Sebastião/DF, segundo o protocolo de triagem (ANEXO I).
O convite foi feito através de contato telefônico apenas para idosas já
submetidas à avaliação médica e com diagnóstico de osteopenia ou osteoporose,
detectado previamente através de exame de densitometria óssea.
Das 130 idosas que responderam ao chamado, 47 aceitaram participar do
estudo e foram dividas em Grupo Experimental e Grupo Controle. Dentre elas, 10
abandonaram o estudo no decorrer das aulas, 1 faleceu, 2 tiveram um dos testes de
equilíbrio anulados, e 4 realizaram apenas pré-teste. Chegaram ao final do apenas
30 idosas (idade = 67,23 ± 5,7) que foram avaliadas antes e após 12 semanas,
assim distribuídas:
- Grupo Experimental (G1) n= 17 participaram da intervenção
- Grupo Controle (G2) n = 13 não participaram da intervenção
Todas as voluntárias assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido
(ANEXO II) após serem informadas dos objetivos, duração, procedimentos,
possíveis riscos e benefícios do estudo, conforme orientação do Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) e Resolução nº 196/96, para pesquisas envolvendo seres humanos.
O presente estudo foi aprovado pelo CEP da Faculdade de Cncias da
Saúde da Universidade de Brasília sob registro 20/09, em 15 de abril de 2009.
(ANEXO III).
4.1.3. Critérios de inclusão e exclusão:
Foram incluídas nesse estudo apenas as mulheres cadastradas no Programa
de Prevenção e Diagnóstico de Osteoporose com diagnóstico de osteopenia ou
osteoporose, e destas:
- Mulheres com idade igual ou superior a 60 anos
- Não praticantes de atividade física regular nos últimos três meses
-Ter atestado médico atualizado, especificando indicação para praticar atividade
física
30
Foram excluídas do estudo mulheres que tinham algum comprometimento
grave no aparelho locomotor e utilizavam qualquer dispositivo de auxílio à marcha,
como bengalas, bem como as que apresentaram sinais ou sintomas de queixas de
tonturas e vertigens, que pudessem comprometer à prática regular de atividade
física ou a realização de algum dos testes propostos.
4. 2. Procedimentos:
4.2.1. Protocolo de intervenção: Tai Chi Chuan
Os exercícios foram planejados de acordo com a metodologia apresentada
por Pereira et al. (2009) levando em consideração a segurança dos praticantes, com
base na metodologia de TCC Estilo Yang de 24 movimentos, adaptada para idosos,
de intensidade leve, com exercícios simples, coreografias curtas e com pouca
mudança de direção (ANEXO IV).
O treinamento de TCC foi realizado em local aberto e nivelado, sendo as
aulas ministradas por professor formado em Educação Física, com experiência em
aulas de TCC para idosos. O programa de intervenção teve início no mês de agosto
de 2009 e término no final do mês de novembro de 2009, com a realização dos pré
testes e pós testes, respectivamente.
O período de intervenção foi de 12 semanas, com aulas de 50 minutos de
duração, sendo: aquecimento 15 minutos, treinamento especifico 20 minutos e o
relaxamento 15 minutos. A freqüência foi de duas vezes por semana, no período
matutino das 8h às 8h50. A subdivisão das aulas foi:
a) Aquecimento:
Foi composto por exercícios educativos de Chi Kung denominados Zhan
Zhuan (de como uma árvore) Baduanjin (brocado de 8 dobras), Yijinjing
(alongamento e flexibilidade), Wuqini (jogo dos 5 animais) e Liang Kung (18
exercícios terapêuticos) de acordo com a metodologia descrita com ênfase no
alongamento muscular e exercícios respiratórios (PEREIRA et al., 2009).
b) Treinamento Específico:
31
Foram feitas as coreografias específicas do TCC 24, movimentos estilo Yang
e das duplas Tuishou mantendo as características de lentidão, fluidez e
concentração.
c) Relaxamento:
Foram realizados exercícios como Nei Kung (circulação de energia) Tao Yin
(sentar na calma) e Tui-Ná ( massagem).
4.3. Instrumentos de Avaliação
4.3.1. Antropometria
A massa corporal (Kg) foi mensurada através da Balança Digital da marca
Toledo, com resolução de 0,05 Kg e carga máxima de 150 Kg. A estatura foi
mensurada através de um Estadiômetro da marca Cardiomed, com resolução de
0,001m e estatura máxima de 2m. Ambos foram utilizados tanto no pré quanto no
pós- teste.
4.2.3. Plataforma de Força
Utilizou-se uma plataforma de força portátil, AccuSway Plus AMTI (Advanced
Mechanical Technologies).
O protocolo utilizado foi o de seis tentativas, com duração de 30 segundos
cada uma. Nas três primeiras tentativas os sujeitos ficavam de olhos abertos e nas
três últimas os sujeitos ficavam com os olhos fechados. Em todas as tentativas os
sujeitos ficavam em apoio bipodal, com abertura das pernas na largura do quadril.
Esta posição foi marcada com um adesivo removível na própria plataforma, com
intuito do sujeito manter mesma a posição dos pés em todas as tentativas.
As idosas foram instruídas a permanecer paradas sobre a plataforma de
força, com os pés descalços e os braços naturalmente ao longo do corpo em todas
as tentativas. Nas tentativas com olhos abertos, foi solicitado que elas olhassem
fixamente para um ponto previamente marcado na parede a uma distância de 2
metros, na altura dos olhos de cada sujeito.
32
Para retirar possíveis ruídos, foi utilizado o filtro passa baixa que o próprio
equipamento dispõe a uma frequência de coorte de 10 Hz. O intervalo entre as
tentativas foi de aproximadamente um minuto. As coletas foram realizadas no posto
de saúde dentro de sala apropriada.
No artigo de revisão Piirtola et al., (2006) descreve como variáveis bastante
utilizadas pela literatura a amplitude máxima do Centro de Pressão (COP) tanto na
direção ântero-posterior, como na direção médio-lateral e tamm a variação da
velocidade. No presente estudo utilizou-se as variáveis: a Área 95% da elipse (AR),
amplitude do centro de pressão ântero-posterior (COPy), amplitude do centro de
pressão médio-lateral (COPx), Velocidade Média (VM) do deslocamento do centro
de pressão, sendo, estes últimos, derivados das seguintes equações :
COP y = Máx COP y Mín COP y
COP x = x COP x Mín COP x
VM = L/ t
Onde:
COPy: centro de pressão na direção ântero-posterior em centímetro
COPx: centro de pressão na direção médio-lateral em centímetro
Máx COPy: máximo valor do COP no sentido ântero-posterior (eixo y)
Mín COPy: mínimo valor do COP no sentido ântero-posterior (eixo y)
Máx COPx: máximo valor do COP no sentido médio-lateral (eixo x)
Mín COPx: mínimo valor do COP no sentido médio-lateral (eixo x)
VM: Velocidade Média do centro de pressão em centímetros por segundo
L: Comprimento do percurso em centímetro
t: Tempo em segundo
4.2.4. Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) - Berg Balance Scale
A escala de equilíbrio de Berg é utilizada para avaliar o equilíbrio bem como
inferir o risco de quedas em indivíduos idosos (ANEXO V). Avalia habilidades
funcionais do indivíduo em 14 testes: sentar, levantar, permanecer em pé, alcançar,
transferir-se de uma cadeira para outra, girar 360°, pegar um objeto no chão, olhar
sobre os ombros à direita e à esquerda, ficar sobre apoio unipodal, ficar parado com
um pé à frente do outro e simular subida em degrau com o direito e esquerdo.
33
Cada item da escala é composto por cinco alternativas que variam de 0 a 4 pontos,
sendo 0 a incapacidade máxima da realização da tarefa e 4 a realização perfeita da
tarefa pedida (BERG,1989).
Tem uma pontuação máxima de 56 pontos, que significa baixo risco de queda
e um índice menor ou igual a 36 pontos que significa 100% do risco de cair. De
acordo com Berg (1989) esta escala possui alta confiabilidade (0.96) com outros
testes funcionais de equilíbrio, como: Timed Up and Go (0.76) e Escala de
Equilíbrio de Tinetti (0.91).
Este instrumento tamm demonstrou ser excelente no teste - reteste com
índice de confiança (ICC=0.98). Alta confiabilidade entre e intra observadores e
mostrou uma alta consistência interna (BERG et al., 1992).
Em 2004 a Escala de Berg foi traduzida por Miyamoto e colaboradores para o
português, onde concluíram que sua versão brasileira é confiável para a avaliação
funcional do equilíbrio de idosos brasileiros.
4.2.5. Teste de Alcance Funcional (TAF)
Elaborado por Ducan et al.,(1990) é um instrumento que avalia as alterações
dinâmicas do equilíbrio corporal. O protocolo do teste consiste no sujeito
permanecer de com o ombro direito próximo à parede onde está fixada uma
régua ou fita métrica. Em seguida realiza uma flexão de ombro 90° e estende os
dedos. Mede-se o comprimento do braço nesta posição. Logo em seguida, pede-se
ao sujeito que tente alcançar um objeto a frente sem dar nenhum passo nem
levantar os calcanhares do chão.
O resultado é a média após três tentativas da diferença entre as medidas da
posição final e inicial. O teste apresenta boa confiabilidade intra-examinadores (ICC=
0.81) (DUCAN et al.,1990).
4.2.4. “Timed Up And Go” (TUG)
Foi desenvolvido por Podsiadlo e Richardson em 1991 para avaliar o
equilíbrio funcional atras da deambulação. Uma marcação foi feita através de um
cone a uma distância de dois metros e cinquenta centímetros de uma cadeira. Ao
34
sinal do avaliador o sujeito é instruído a levantar, caminhar, virar-se dando a volta no
cone, retornar e sentar novamente na cadeira. A verificação do tempo é feita através
de cronômetro da marca Oregon Scientific. O sujeito é instruído a realizar o teste de
forma segura o mais rápido que puder, mas sem correr. O teste tem boa correlação
com a EEB (0.76).
4.3. Análise Estatística
A análise descritiva dos dados como a média e o desvio padrão foram
realizadas para massa, estatura, índice de massa corporal (IMC) e caracterização da
amostra. A normalidade e homogeneidade dos dados foram feitos através dos testes
Kolmogorov-Smirnov e Levene, respectivamente. O nível de significância adotado foi
p0,05 em todos os testes. Para dados com distribuição não normal adotou-se o
teste Mann Whitney para verificar diferenças entre os grupos e o teste Wilcoxon para
verificar diferenças intra-grupo. O programa estatístico utilizado foi o SPSS 11.0
(ANDY FIELD, 2010).
35
5. RESULTADOS
5.1. Caracterização da amostra
Participaram do estudo 31 idosas, as quais foram divididas em dois grupos:
G1, n=17 (grupo que treinou TCC) e G2, n=14 (grupo controle, sem atividade física).
Os grupos apresentaram distribuição normal e homogênea para comparação das
médias para idade, massa, estatura e IMC. As características descritivas da média e
desvio padrão (DP) estão apresentadas na Tabela 1:
Tabela 1: Características descritivas da amostra. Média ± DP
Grupos
G1=17
G2=14
Média
DP
Média
DP
Idade (anos)
65,53
5,85
69,43
5,12
Massa (Kg)
69,57
14,11
67,52
10,48
Estatura (cm)
156
0,04
155
0,51
IMC (Kg/cm
2
)
28,23
5,00
28,19
4,89
Na comparação da distribuição dos indivíduos segundo o diagnóstico para
baixa massa óssea (osteopenia e osteoporose) entre os grupos, verificou-se que
G1(grupo que treinou TCC) e G2 (grupo controle sem atividade física) não
apresentaram diferenças significativas (
2
= 0,15, p=1,00), podendo os grupos serem
tratados como semelhantes, conforme apresenta o Gráfico 1:
36
Gráfico 1: Caracterização dos grupos segundo diagnóstico
5.2. Testes de Equilíbrio
Os grupos não apresentaram diferença significativa em nenhum dos testes de
equilíbrio aplicados no início do estudo (pré-testes), portanto, podem ser tratados
como semelhantes.
A EEB é comumente considerada uma medida ordinal. Os demais testes de
equilíbrio não apresentaram distribuição normal (TUG,TAF e os dados da plataforma
de força: COPx,COPy, V_avg e Area 95%.
37
5.2.1. Escala de Berg (EEB)
O G1 apresentou diferença significativa entre o pré e pós teste para EEB, ou
seja, houve um aumento na pontuação da escala (p= 0,01). O G2 não apresentou
diferença significativa para EEB (p= 0,79), como apresenta o Gráfico 2:
Gráfico 2: Diferença entre o pré e pós teste de G1 e G2 na EEB
5.2.2. Plataforma de Força (PLAT)
Na média das três primeiras tentativas com olhos abertos (OA), o G1 não
apresentou diferença significativa, ou seja, não houve redução na oscilação entre o
pré e pós teste em nenhuma variável da PLAT analisadas neste estudo: COPx (p=
0,35), COPy (p=0,06), V-avg (p=0,07), Área95% (p=0,71). Os dados estão
demonstrados no Gráfico 3:
38
Gráfico 3: Diferença entre o pré e pós teste de G1 (OA)
Semelhante aos resultados encontrados em G1, o grupo controle G2 tamm
não apresentou diferença significativa entre o pré e pós teste em nenhuma das
variáveis analisadas pela PLAT na condição de olhos abertos (OA), sendo: COPx
(p=0,92); COPy (p=0,27); V-avg (p=1,0); Área95%(p=1,0). Os dados estão
representados no Gráfico 4:
39
Gráfico 4: Diferença entre o pré e pós teste de G2 (OA)
na média das três últimas tentativas para cada variável analisada neste
estudo, na condição de olhos fechados (OF), o G1 apresentou diferença significativa
entre o pré e pós teste em COPx (p=0,01) e Área 95% da elipse (p=0,03). o
mostrou diferença em COPy (p=0,48), nem na V-avg (p=0,18), como mostra o
Gráfico 5:
40
Gráfico 5: Diferença entre o pré e pós teste de G1(OF)
E o G2 não apresentou diferença significativa em nenhuma variável da PLAT
com OF: COPx (p=0,69), COPy (p=0,69), Área 95% (p=0,77) e V-avg (p=0,84),
como mostra o Gráfico 6:
Gráfico 6: Diferença entre o pré e pós teste de G2 (OF)
41
5.2.3. Teste de Alcance Funcional (TAF)
Não foram observadas diferenças significativas entre o pré e pós teste no
teste de alcance funcional para G1 e o G2, ou seja, não houve aumento em
centímetros, na diferença entre a posição inicial e final neste teste (p= 0,42) e (p=
0,30),respectivamente. Os dados são apresentados no Gráfico 7:
Gráfico 7: Diferença entre o pré e pós teste do G1 e G2 no TAF
5.2.4. “Timed Up and Go” (TUG)
O G1 apresentou diferença significativa entre o pré e pós testes (p= 0,03)
para o TUG, ou seja, houve uma redução significativa no tempo de execução em
segundos neste grupo. o G2 não apresentou diferença (p=0,97), como mostra o
Gráfico 8:
42
Gráfico 8: Diferença entre o pré e pós teste de G1 e G2 no TUG
6. DISCUSSÃO
No presente estudo os resultados mostraram que houve melhora significativa
do equilíbrio corporal no grupo que treinou TCC através dos testes EEB, TUG e nas
variáveis da plataforma, centro de pressão médio lateral (COPx) e Area 95% na
condição de olhos fechados. com os olhos abertos não foi observada diferença
significativa. O grupo controle o apresentou melhora em nenhum dos testes de
equilíbrio.
Segundo Mochizuki e Amadio (2006) o equilíbrio na postura ereta ocorre por
meio da atuação do controle postural, que obtem informações sensoriais do sistema
visual, vestibular e somatossensorial. O sistema nervoso teria a habilidade de mudar
discretamente a fonte principal de informação sensorial, e essa transição de fontes
sensoriais corresponde, por exemplo, passar a dominância da informação visual
para a somatossensorial.
No presente estudo, foi observado uma diminuição na oscilação do COPx,
Área 95% no grupo que treinou TCC na condição de olhos fechados, sugerindo o
efeito do treinamento neste grupo. Possivelmente o treinamento influenciou nas
43
adaptações do sistema nervoso, em relação à transição na dominância do sistema
visual para o somatossensorial. O mesmo não aconteceu com o grupo controle, o
que ajuda a realçar os efeitos deletérios do sedentarismo para o equilíbrio,
especialmente em idosos (MANN et al., 2008; SPIRDUSO et al., 2005)
Um parâmetro bastante utilizado para análise do equilíbrio corporal é o centro
de pressão (COP). Mudanças na amplitude do COP dependem do nível de
instabilidade corporal que afetam diretamente o equilíbrio (MOCHIZUKI E AMADIO,
2006).
A análise do sistema de controle do equilíbrio corporal envolve as variáveis de
deslocamentos do COP. De acordo com Lelard et al., (2010) os instrutores de TCC
foram estimulados a realizar exercícios também com olhos fechados. Foi avaliado o
controle postural estático através do centro de oscilação de pressão em dois grupos
de idosos, um que treinou TCC e outro que treinou equilíbrio durante 12 semanas.
Não verificaram melhora em nenhum dos parâmetros posturais do COP. Porém ao
verificarem a diferença entre olhos abertos e fechados entre os dois grupos após o
período de intervenção, sugeriram que o treinamento TCC pode ser útil para limitar
os efeitos deletérios do fechamento ocular no equilíbrio postural. Verificaram que
com a supressão visual o movimento dos praticantes de TCC foi controlado através
de estímulos proprioceptivos com a finalidade de produzir melhores ângulos
articulares e posições no espaço. Melhorias no processamento das informações
sensoriais também foram observadas nos estudos de TSANG et al.,(2003) o que
sugere que os indivíduos que treinaram TCC mesmo na ausência da visão,
conseguiram reproduzir melhor os movimentos conjuntos do que os idosos
sedentários ou fisicamente ativos. Em outro estudo, TSANG et al., (2006) verificaram
menores deslocamentos do COP com olhos fechados após estimulação vestibular
em um grupo de praticantes de TCC em comparação com um grupo controle.
O mesmo foi observado no presente estudo nas variáveis COPx e Área 95
com olhos fechados. Uma possível explicação, assim como nos estudos anteriores é
que o programa de TCC exige a reprodução fiel dos movimentos em cadência, o que
pareceu ser mais útil na diminuição do impacto visual sobre o controle do equilíbrio.
De acordo com Teixeira et al., (2007) o sistema visual é uma das fontes
sensoriais importantes para o controle do equilíbrio, pois fornece informações do
ambiente, da direção e velocidade dos movimentos corporais. Pode ser utilizado
44
como meio de diminuir a oscilação corporal, que quando a postura estática é
mantida por um determinado período sem a informação visual ocorre um aumento
da oscilação corporal.
OLIVEIRA E BARRETO (2005) tamm observaram que o feedback visual é
importante pois permite menor variabilidade dos deslocamentos do COP na
manutenção da postura, o que não foi observado no presente estudo. Apesar da
tendência de diminuição na oscilação corporal na condição de olhos abertos, nem o
COPx, como o COPy apresentaram diferenças significativas no grupo experimental.
Uma possível explicação seria o tamanho pequeno da amostra, ou mesmo a
sensibilidade do teste nesta condição. Uma possível explicação seria a sensibilidade
do teste ou mesmo o tamanho da amostra, relativamente pequena, para verificar
melhoras significativas nesta condição.
Cruz et al., (2010) ao analisarem o equilíbrio corporal de idosos sedentários
homens e mulheres, tanto com olhos abertos como com olhos fechados em cinco
diferentes posições dos pés com plataforma de força, verificou que a informação
visual apresentou contribuição importante no controle postural em todas as cinco
posições dos pés. O que mais uma vez, não foi observado em nosso estudo.
Wolf et al., (1997) na comparação do equilíbrio com plataforma de força entre
três grupos de idosos acima de 70 anos, um grupo praticou TCC, outro fez treino
específico de equilíbrio e o foi outro controle sem atividade física durante 15
semanas, com uma frequência semanal de duas vezes por semana. Foi observada
melhora no equilíbrio apenas no grupo que treinou equilíbrio e o autor não
especificou diferenças nas condições de olhos abertos e fechados. Não foi
observada melhora no grupo que treinou TCC nem de olhos abertos, nem de olhos
fechados. Porém o grupo que treinou TCC reduziu significativamente o medo de
cair, sugerindo redução no risco de quedas. Pode-se dizer que o mesmo resultado
foi observado neste estudo na condição de olhos abertos em todas as variáveis
analisadas da PLAT, embora a média de idade do presente estudo seja inferior a do
autor em questão.
Mak e Ng (2003) ao compararem um grupo de idosos praticantes de TCC,
com um grupo de idosos que faziam exercícios habituais regulares. Na avaliação do
equilíbrio por meio de uma plataforma de força, com duração de 10 segundos em
cada tentativa em diferentes posições dos pés, os idosos que treinaram TCC
45
melhoraram significativamente seu equilíbrio em relação ao outro grupo. A medida
médio-lateral, que corresponde ao COPx, foi a que mais destacou estas melhoras,
especialmente na situação de equilíbrio unipodal em cima da plataforma. O grupo
TCC tamm mostrou melhora significativa no TAF, entre outros testes, na
velocidade da marcha, que foram mensurados através de um equipamento com
sensor fotoelétrico. Embora o autor não especifique diferenças entre olhos abertos e
fechados, seus resultados corroboram com o presente estudo, no sentido da
melhora do grupo TCC em algumas variáveis da PLAT na condição de olhos
fechados. Porém os resultados diferem do autor no TAF, onde o presente estudo
não apresentou diferença significativa no grupo TCC e nas demais variáveis da
PLAT na condição de olhos abertos. Isto pode ter ocorrido em virtude do tempo de
intervenção, o qual foi de apenas 12 semanas e com uma frequência apenas duas
vezes por semana ou mesmo pela variedade de protocolos de TCC. O estudo do
autor teve duração de 48 semanas com uma frequência de três vezes semanais.
De acordo com Macgibon et al.,(2005) o TCC estilo yang pode ser um
tratamento alternativo eficaz para melhoria do equilíbrio em pessoas com
vestibulopatias. Nesse estudo analisaram a marcha através da plataforma de força
Kistler. Em sua comparação entre pessoas com idades à partir de 56 anos com
vestibulopatia, um grupo treinou TCC e o outro fez reabilitação vestibular durante 10
semanas, uma vez por semana. Foram verificadas melhoras significativas na
marcha e no equilíbrio do grupo TCC através da plataforma Kistler.
O presente estudo corrobora com o apresentado pelo autor acima, no sentido
da escolha por populações com algum tipo limitação ou problema de saúde,
especialmente relacionados ao equilíbrio, embora as médias de idades entre os dois
estudos sejam diferentes, ampliando os benefícios e a segurança do TCC.
Wong et al.,(2009) avaliaram o equilíbrio em um grupo de idosos saudáveis
que praticavam TCC a pelo menos 4 anos, cinco vezes por semana e compararam
com um controle sedentário e com um grupo de jovens saudáveis. O controle
postural foi avaliado através da posturografia computadorizada. Verificaram que os
praticantes de TCC tiveram melhores respostas motoras e controle postural,
especialmente nas situações mais desafiadoras. Resposta semelhante foi
encontrada no presente estudo no sentido da melhora ter sido observada na
46
situação considerada crítica para idosos, a condição de olhos fechados, para
algumas variáveis da PLAT. Embora o tempo de intervenção tenha sido bem menor.
Logghe et al.,(2009) entre outros testes, avaliaram o equilíbrio através da
EEB e o risco de quedas através de questionário específico. O grupo testado foi de
idosos que vivem em casa e que tem alto risco de cair. Um grupo treinou TCC estilo
yang duas vezes por semana, durante 13 semanas. Esse grupo era instruído a
treinar em casa por conta própria pelo menos quinze minutos, dois dias por semana.
Foram avaliados em três, seis e doze meses. Não foram observadas melhorias no
equilíbrio e nem redução do risco de quedas. Esses resultados diferem do presente
estudo em relação à EEB, pois foi observada diferença significativa no grupo TCC
após 12 semanas de treino, embora as idosas não tenham sido avaliadas quanto ao
risco inicial de quedas.
Frie et al., (2008) compararam idosos saudáveis que fizeram TCC estilo yang,
com um grupo de idosos que fizeram treinamento de baixo impacto e um grupo
controle. Foram avaliados em 12 semanas, com uma freqüência de três vezes por
semana. Verificaram melhoras significativas em ambos os grupos de treino no
equilíbrio através do TUG. O mesmo foi observado no presente estudo, com a
mesma duração no tempo de treinamento, porém, com uma menor frequência
semanal.
Nnodim et al., (2006) ao compararem idosos com média de idade 78 anos
que foram divididos em dois grupos. Um treinou TCC e o outro fez exercícios de
equilíbrio e marcha durante 10 semanas, três vezes por semana. O equilíbrio foi
avaliado do tempo em apoio unipodal e pelo TUG. Foram verificadas pequenas
melhoras apenas no grupo que treinou equilíbrio e marcha, o grupo TCC não
mostrou melhoras. Os resultados encontrados pelo autor diferem do presente estudo
o que pode ter ocorrido devido à variabilidade de protocolos do TUG e tamm pela
diferença de faixa etária entre os dois grupos.
Murphy e Singh (2008) analisaram o equilíbrio, o risco de quedas, em idosas
com risco de desenvolver osteoporose, duas vezes por semana, em 12 semanas.
Um grupo fez TCC estilo yang e o outro foi controle sem atividade física. O grupo
TCC foi estimulado a praticar TCC em casa, pelo menos, por mais uma vez durante
a semana. Para isso receberam vídeos educativos. Fizeram uma nova análise em
seis e doze meses após intervenção para verificar possíveis efeitos de manutenção
47
nos benefícios à saúde. Os resultados apontaram melhoras significativas, entre
outras variáveis, no equilíbrio através do TUG imediatamente após intervenção. Os
benefícios se mantiveram seis meses após intervenção, mas somente a força e a
mobilidade funcional se mantiveram após doze meses sem intervenção.
Os resultados do presente estudo se mostraram semelhantes aos do autor,
no equilíbrio pelo TUG, em doze semanas. Infelizmente não pudemos fazer o
registro em seis ou doze meses após a intervenção para comparação em virtude da
falta de logística adequada no período e por causa da proximidade dos meses de
férias, o que impediu a remarcação de testes.
De acordo com Li et al., (2005) seis meses de TCC estilo yang, três vezes por
semana, é efetivo para diminuir o risco e o medo de quedas, além de melhorar o
equilíbrio funcional. Estes autores fizeram avaliação através da EEB e TUG, em
idosos com média de 77 anos e compararam a um grupo controle que fizeram
exercícios de alongamento. Verificaram melhoras significativas do grupo TCC e que
esses benefícios foram mantidos seis meses após intervenção.
No presente estudo, embora as médias de idades sejam diferentes e não
tenhamos dados após seis meses do término da intervenção, tamm foram
encontradas melhoras através do EEB e TUG. Uma das causas prováveis pode ser
pelas características particulares do TCC, que enfatiza o controle sobre o próprio
deslocamento de massa corporal, com o alinhamento postural e amplitude de
movimento das articulações e músculos da parte inferior do corpo. Isto pode ser
parte de um mecanismo responsável por ganhos específicos de força nos membros
inferiores e melhoras no equilíbrio postural, impedindo que os praticantes de TCC
eventualmente, percam o equilíbrio, diminuindo assim a propensão à queda e risco
de lesões decorrentes da mesma (LI et al., 2005).
De acordo com Wayne e colaboradores (2010), cerca de 90% das fraturas
osteoporóticas o resultantes de quedas e o TCC m-se mostrado uma atividade
física que reúne potenciais benefícios para o equilíbrio e redução do risco de
quedas, além da segurança para mulheres com baixa massa óssea. Melhoras no
controle postural e no sistema somatossensorial ajudam a prevenir fraturas em
pessoas com osteoporose. Qin e colaboradores (2004) em seu estudo transversal
com mulheres pós-menopáusicas com osteoporose, que praticavam regularmente
TCC, mostraram melhoras significativas entre outros testes funcionais, no tempo do
48
equilíbrio unipodal. Apesar de não terem sido utilizados os mesmos testes para
avaliar o equilíbrio, e as médias das idades sejam diferentes, o presente estudo
concorda com este autor, no sentido de, em ambos, os benefícios do TCC terem
sido observados em mulheres com baixa massa óssea. Masciekec e colaboradores
(2007) encontraram resultados similares, porém observaram o equilíbrio dinâmico
por um intervalo de dezoito semanas de TCC em homens com osteoporose.
Resultado semelhante ocorreu no estudo de Zhao et al., (2007), onde
investigaram os efeitos do TCC em mulheres com idades entre 50 e 59 anos pós-
menopáusicas com e sem suplementação de cálcio. O grupo experimental praticou
TCC três vezes por semana durante vinte e seis semanas. Foram avaliados a
densidade óssea e o tempo de equilíbrio em apoio unipodal com olhos fechados.
Verificaram que o grupo que apenas treinou TCC e o grupo TCC + cálcio obtiveram
significativas melhoras no equilíbrio e retardo na perda da massa óssea em seis
meses quando comparados aos dois grupos controles, um sem atividade física e
sem suplementação de cálcio e o outro sem atividade física e com suplementação
de cálcio. Apesar das médias de idades serem diferentes, os autores verificaram
melhoras no equilíbrio no tempo de apoio unipodal com olhos fechados.
Os resultados foram semelhantes em relação ao equilíbrio com olhos
fechados no presente estudo. Concordando com os autores acima, supõe-se que o
TCC além de ser um exercício seguro para idosos.
Woo et al.,(2007) observou mulheres e homens com baixa massa óssea,
média de idades 68 anos. Entre outras variáveis, foram mensuradas, o equilíbrio em
seis e doze meses. Um grupo fez TCC estilo yang três vezes por semana, outro fez
treinamento resistido, outro foi controle sem nenhuma atividade física. Foi observado
um modesto retardo de perda óssea na região do quadril em mulheres em ambos os
grupos de intervenção, o mesmo não foi observado em homens. Não verificaram
melhoras no equilíbrio nem na coordenação, os quais foram mensurados através de
plataforma computadorizada. Os resultados encontrados diferem do autor em
relação aos resultados do equilíbrio, mesmo a média de idades sendo semelhantes
aos dos autores acima.
Ainda não consenso na literatura acerca dos reais benefícios da prática do
TCC sobre o equilíbrio corporal. No entanto, há uma tendência na maioria dos
estudos encontrados, realizados com diferentes testes e protocolos, que o TCC
49
promova melhorias no equilíbrio corporal em mulheres idosas, o que comprovam os
resultados encontrados no presente estudo, onde três dentre quatro testes pode-se
observar resultados positivos.
50
7. CONCLUSÕES
O presente estudo mostrou que a prática regular do TCC realizado no período
de doze semanas, além de ser um exercício de baixo custo, de fácil acesso e
seguro, foi benéfico para o equilíbrio corporal em idosas com baixa massa óssea.
51
8. LIMITAÇÕES DO ESTUDO
O presente estudo limitou-se no sentido do não controle de aspectos na
saúde geral das idosas, como estado nutricional ou uso de medicamentos que
poderiam afetar o equilíbrio, bem como histórico detalhado de quedas anteriores, o
que poderia ser uma variável relevante a ser analisada nessa população.
As aulas foram realizadas no espaço do posto de saúde, o que de certa
forma, pode ter influenciado a não aderência e até mesmo a desistência de algumas,
em virtude de ter sido dado um alerta nacional de um possível surto da gripe H1N1,
o que coincidiu com o início da pesquisa. Por segurança e indicação de profissionais
do próprio posto, muitas faltaram às aulas e a desistiram, fato que diminuiu
consideravelmente os participantes.
52
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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64
10. LISTA DE ANEXOS
65
ANEXO I Protocolo de triagem
PROGRAMA DE PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO DA OSTEOPOROSE / SES
Ambulatório de OSTEOPOROSE
HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL
Nome:
RG: data nasc ____/_____/_____ idade ______anos
Sexo ( ) fem ( ) masc
Cor ( ) branco ( ) oriental ( ) pardo ( ) negro
Endereço:
CEP: _______-______ tel. Contato: ______________ recado c/: ________________
Renda familiar _________sal. Min / mês Nº pessoas em casa _____________
I História reprodutiva e menstrual:
Menarca: _________anos G______P_____A_____C_____
Última menstruação ___/___/____ idade_______anos
Menopausa ( ) cirúrgica ( ) Natural
Histerectomia ( ) sim ( ) não
Ooforectomia ( ) sim ( ) não
Irregularidade na menacme ( ) sim ( ) não
Uso de anticoncepcional oral ( ) sim ( ) não tempo________meses
Terapia de reposição hormonal ( ) sim ( ) não
Tipo
II Antecedentes patológicos e/ou doenças associadas:
a) Endócrinas b) Gastrointestinais
( ) hipertiroidismo ( ) hepática
( ) diabetes ( ) gastrectomia
( ) hiperparatiroidismo ( ) doença intestinal
( ) outras ______________ ( ) outras ___________
c) Reumatológicas d) Outras
( ) fibromialgia ( ) calculose renal
( ) AR ( ) mieloma múltiplo
( ) LES ( ) hiperteno arterial
( ) AO local _____________ ( ) ICC
( ) outras _______________ ( ) pneumopatias_____________
( ) neoplasias tipo________ ( ) outras ______________
III Avaliação dietética / Hábitos:
leite_____copos (200ml)/dia
derivados ( ) queijos____x/sem ( ) iogurte____x/sem
verduras
Ca ____ xícaras/dia tabagismo ______ anos/maço
Etilismo diário ( ) sim ( ) não beb Destiladas ______ doses/dia
IV História de fraturas ( ) sim ( ) não
Local _______________traumáticas ( ) sim ( ) não
Idade em que fraturou ____ anos _________________________________________
Histórico familiar de OP ( ) sim ( ) não Com fratura? ( ) sim ( ) não Local _____________
66
V Atividade física:
( ) serviço de casa ( ) andar regularmente
( ) correr regularmente ( ) sentado a maior parte do dia
( ) restrito ao leito ( ) outros
( ) praticou esporte na adolescência__________________________________________
( ) mudou de atividade nos últimos 5 anos____________________________________
VI Uso de medicamentos:
( ) glicocorticóides dose máx. ______/dia tempo_____ VO EV IM inal.
( ) anticonvulsivante tipo______________ tempo__________________
( ) antiácidos tipo______________ tempo__________________
( ) heparina tempo__________________
( ) Vit. D tipo______________ tempo__________________
( ) diuréticos tipo______________ tempo__________________
( ) Cálcio dose_______mg/dia tempo___ ( ) fluoreto de sódio dose_______mg/dia
tempo__
( ) estrogenos tipo______________ tempo__________________
( ) calcitonina tipo______________ tempo__________________
( ) bisfosfonatos tipo______________ tempo__________________
( ) anabolizantes tipo______________ tempo__________________
( )MTX dose_______mg/dia tempo__________________
( ) outros_____________________________________________________________
VII Medicação em uso atualmente
MEDICAÇÃO Dose Início Término Motivo/retirada
_____________ _________ ___/____/___ ___/___/___ _____________
_____________ _________ ___/____/___ ___/___/___ _____________
DENS. ÓSSEA
ULTRASOM DE CALCÂNEO
Paciente foi convidado e aceitou submeter-se a testes para uma avaliação física dentro do Programa de
Prevenção e Diagnóstico de Osteoporose da SES.
67
ANEXO II - Termo de Consentimento Livre Esclarecido
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
A senhora está sendo convidada a participar de uma pesquisa denominada
“Efeitos do Tai Chi Chuan sobre o Equilíbrio Corporal em Idosas com Baixa Massa
Óssea”. O projeto pretende estudar os efeitos do Tai Chi Chuan sobre idosas com
baixa massa óssea que não possuam limitações físicas que impossibilitem a
execução da atividade proposta. Sabe-se que exercícios que trabalham o equilíbrio
são fundamentais para a saúde da população idosa, considerada mais frágil devido
às doenças crônicas prevalentes e o sedentarismo. Por isso, é importante que os
pesquisadores e a comunidade descubram se os exercícios de Tai Chi Chuan são
capazes de trazer benefícios para a população, melhorando o equilíbrio e diminuindo
desta maneira o risco de quedas, um dos principais perigos para quem tem baixa
massa óssea. O objetivo desta pesquisa é avaliar os efeitos de doze semanas de
exercícios de Tai Chi Chuan sobre o equilíbrio em mulheres idosas com baixa
massa óssea. Para isto, serão realizados testes de equilíbrio através de
questionários e equipamentos específicos antes e após este período. As aulas de
Tai Chi Chuan acontecerão gratuitamente em local nivelado e sombreado próprio
para a prática de atividade física, previamente determinado pelo GEPAFI (Grupo de
Estudos e pesquisas sobre Atividade Física para Idosos), da Universidade de
Brasília. As aulas terão duração de aproximadamente uma hora e serão
supervisionadas por uma equipe de professores de educação física. Como
benefício, ao final da sequência de aulas, espera-se melhora no equilíbrio. O
treinamento não oferece riscos para quem não tem contra-indicações para se
exercitar. Entretanto não devem se matricular pessoas que tenham doenças graves
no aparelho locomotor ou outras que necessitam de repouso ou que possam ser
agravadas por exercícios físicos, pois nestes casos, a prática do Tai Chi Chuan
poderia oferecer riscos. É possível e normal que nos primeiros dias, algumas
pessoas sintam desconfortos, por causa do período de adaptação aos exercícios.
Todas as informações fornecidas serão mantidas em sigilo, e somente os
pesquisadores envolvidos no projeto terão acesso a elas, tamm estaremos à
disposição para orientar e esclarecer qualquer dúvida, antes e durante a pesquisa. A
senhora não é obrigada a responder questões que lhe traga constrangimentos e
pode desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem nenhum problema.
Os resultados desta pesquisa serão utilizados para elaboração e
apresentação de dissertação de mestrado. Todas as informações da pesquisa
ficarão sob responsabilidade da pesquisadora responsável: profa. Nélida Amorim da
Silva. Há duas vias deste documento: Uma para a pesquisadora e uma para o
participante. Caso necessário, os telefones para contato são: profa. Nélida: (61)
8161 2026 ou Comitê de Ética em Pesquisa (CEP): (61) 3307 3799.
“Lí as informações acima, recebias informações sobre a pesquisa e desejo participar
voluntariamente sabendo que posso retirar o meu consentimento e interromper a
68
minha participação a qualquer momento, sem penalidades nem constrangimentos.
Uma cópia deste documento me será dada”.
____________________________________________ Data:___/___/___
Participante voluntário
_____________________________________________
Nélida Amorim da Silva
Pesquisadora responsável
69
ANEXO III- Comitê de Ética em Pesquisa
70
ANEXO IV- PROTOCOLO DE TAI CHI CHUAN
71
ANEXO V- Escala de Equilíbrio de Berg
72
73
Livros Grátis
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