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No início dos anos 80 e final dos 90, o mundo da física se aprofunda na busca de
“uma teoria de tudo” - um modelo que poderia unificar as leis conhecidas do universo numa
teoria abrangente, que explicaria literalmente tudo o que existe. Essa teoria é chamada de
“Teoria das Cordas” ou, teoria M, teoria que promete unificar todos os modelos conhecidos
da física - incluindo o eletromagnetismo, a energia atômica e a gravidade num modelo todo
abrangente. As unidades fundamentais desse supermodelo são conhecidas como “cordas”, ou
fios vibratórios unidimensionais; e, dos vários tipos de “nota” que essas cordas fundamentais
emitem, podem derivar todas as partículas e forças conhecidas no Cosmos.
A teoria M, segundo muitos cientistas, é a “Mãe de todas as teorias” - significa tudo,
M de Matriz, Membrana ou Mistério. Pode ser uma das maiores descobertas de todos os
tempos, um supermodelo revolucionário que fez muitos intelectuais pensarem de modo
diferente porque explica muitas coisas até então inexplicáveis.
No interior dos “quarks”, supostamente existem cordas vibrantes e essas cordas seria
a unidade fundamental de tudo. Mas, as cordas fazem parte de um mundo mais amplo, do qual
são peças importantes, o Cosmos, o Todo de toda existência, a realidade suprema incluído os
reinos, físico, emocional, mental e espiritual, todas juntas. Não apenas a matéria inerte e
inanimada, mas, a Totalidade viva de matéria, corpo, mente, alma e espírito, enfim, tudo, o
Todo, o Cosmos. Wilber (2000, pág. 10) afirma que:
“uma visão integral” - ou uma verdadeira Teoria de Tudo - procura levar em
conta a matéria, o corpo, a mente, a alma e o espírito, assim como
aparecem no ser, na cultura e na natureza. È uma visão que procura ser
abrangente, equilibrada e completa. Portanto, é uma visão que abarca a
ciência, a arte e a moral; que inclui disciplinas como a física, a
espiritualidade, a biologia, a estética, a sociologia, a meditação e a oração
contemplativa; que se apresenta na forma de uma política integral, uma
medicina integral, uma economia integral, uma espiritualidade integral...
O mais importante é entendermos que a visão integral se constitui por uma grande
busca, uma busca constante, que passa por vários processos que inclui a ampliação da
consciência. Pode ser entendida por muitos como um ideal a ser alcançado, por outros tantos,
como utopia, algo impossível, mera ilusão, ou mesmo, loucura de quem possa acreditar que
isso seja possível. Bem, isso não importa!
Como diz Wilber (2000) um pouco de totalidade é melhor do que nada, e, uma visão
integral oferece bem mais totalidade do que as que fragmentam a realidade. Assim, pensarmos
e agirmos baseados numa visão integral nos possibilita sermos um pouco menos