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UFRRJ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E
ESTRATÉGIA EM NEGÓCIOS
DISSERTAÇÃO
Gestão de Competências: utilização da Avaliação
360º como ferramenta para melhoria do
desenvolvimento pessoal e profissional
Roberto da Costa Faria
2009
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ii
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E
ESTRATÉGICA EM NEGÓCIOS
GESTÃO DE COMPETÊNCIAS: UTILIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO 360º
COMO FERRAMENTA PARA MELHORIA DO DESENVOLVIMENTO
PESSOAL E PROFISSIONAL
ROBERTO DA COSTA FARIA
Sob a Orientação da Professora
Drª. Ana Alice Vilas Boas
Dissertação submetida como
requisito para obtenção do grau de
Mestre em Ciências, no Curso de
Pós-Graduação em Gestão e
Estratégia em Negócios, Área de
Concentração em Gestão e
Estratégia em Negócios
Seropédica, RJ
Julho de 2009.
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iii
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS
ROBERTO DA COSTA FARIA
Dissertação submetida como requisito para obtenção do grau de Mestre em Ciências, no
Curso de Pós-Graduação em Gestão e Estratégia de Negócios, área de Concentração Gestão e
Estratégia em Negócios.
DISSERTAÇÃO APROVADA EM 07/07/2009
___________________________________________
Drª. Ana Alice Vilas Boas, UFLA
(Orientadora)
___________________________________________
Drª. Heloisa Guimarães Peixoto Nogueira, UFRRJ
___________________________________________
Dr. Gilson Brito Alves Lima, UFF
iv
“Se queres colher em três anos, planta trigo;
se queres colher em dez anos, planta uma árvore, mas
se queres colher para sempre, desenvolve o Homem.”
(Provérbio Popular Chinês).
v
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha esposa, que com todo o carinho, paciência e dedicação
inestimáveis, sempre me incentivou, apoiou e cujo suporte irrestrito, me possibilitou a
consecução de mais esta etapa em nossa Vida.
Roberto da Costa Faria.
vi
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu filho e especialmente a minha filha, pela compreensão das vezes em que
estive ausente, em face da dedicação para a consecução de mais essa empreitada.
Agradeço a minha orientadora Professora Ana Alice Vilas Boas pelo carinho com o qual me
acolheu e pelo crédito que depositou em minha capacidade de honrar este compromisso.
Agradeço a minha Professora Heloisa Guimarães Peixoto Nogueira
pela atenção, carinho,
suporte e a grata convivência e aprendizado que me proporcionou.
Agradeço ao Professor Gilson Brito Alves Lima, pela honra e satisfação com as quais me
brindou, aceitando o convite para participar da Banca de defesa da minha Dissertação.
Agradeço particularmente ao meu Amigo Glaydson Teixeira Cavalcante, pelo seu
companheirismo e apoio durante toda a nossa caminhada neste curso.
Agradeço a todos os Professores do curso que cuidadosamente preparam-me para enfrentar e
transpor mais este desafio.
Agradeço aos funcionários do PPGEN por todo o suporte fornecido.
Agradeço a cada um que colaborou para que Eu lograsse êxito na consecução deste trabalho.
vii
RESUMO
FARIA, Roberto C. Gestão de Competências: Utilização da Avaliação 360º como
ferramenta para a melhoria do desenvolvimento pessoal e profissional. 2009. 73 p.
Dissertação (Mestre em Gestão e Estratégia de Negócios). Instituto de Ciências Humanas e
Sociais, Curso de Pós-Graduação em Gestão e Estratégia de Negócios, Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2009.
A necessidade de melhoria no desempenho e desenvolvimento de competências dos Recursos
Humanos (RH) vem ganhando espaço nas grandes instituições, tais como bancos, indústrias e
empresas nos mais variados segmentos. Essa condição passou a existir face à busca, no
mercado competitivo, por diferenciais que permitissem as instituições obterem “Vantagem
Competitiva” em seus negócios, relativamente aos seus concorrentes. Assim, a atual “Era do
Conhecimento” vem demandando das empresas flexibilidade e criatividade na colocação de
seus produtos e serviços. Além dos procedimentos e das ajudas automáticas e tecnológicas, é
necessário, por conseguinte poder ter confiança de maneira duradoura na competência dos
profissionais. Desta forma justifica-se este trabalho, face à percepção da necessidade do
desenvolvimento de competências das pessoas nas organizações. Tal necessidade pode ser
tratada através da adequada utilização de ferramentas que propiciem o acompanhamento dos
empregados desde a sua avaliação até o estabelecimento e cumprimento de planos de
desenvolvimento de competências, como um todo. Uma das ferramentas que desponta,
contemplando tal condição é a ferramenta de avaliação 360º, a qual pode ser utilizada para a
melhoria do desenvolvimento de competências pessoais, profissionais e de equipes de
empregados nas organizações. Neste contexto, este trabalho objetiva verificar a utilização da
Avaliação 360º como ferramenta para a melhoria do desenvolvimento pessoal e profissional
das competências dos empregados em uma organização, que já a utiliza pelo período mínimo
de 2 (dois) anos. Dessa forma este estudo contou com a realização de questionário e
entrevistas informais, que ocorreram em uma empresa estatal, de âmbito nacional, do setor
financeiro. Na referida empresa efetuou-se amostra em 6 (seis) de suas agências, sendo 1
(uma) do Estado de Goiás, 4 (quatro) do Estado do Rio de Janeiro e 1 (uma) do Estado de
Minas Gerais, as quais realizaram como método de avaliação de pessoas, a Avaliação 360
graus, a cada 6 (seis) meses, durante um período mínimo de 2 (dois) anos consecutivos. Dessa
maneira o questionário foi composto por 15 (quinze) afirmativas (vide Anexo I), sendo que
100 (cem) deles foram entregues, porém o retorno destes foi em número de 65 (sessenta e
cinco). Já as entrevistas informais constaram de 5 (cinco) perguntas (vide anexo II) e foram
realizadas com 13 (treze) empregados e ocorreram com pelo menos 2 (dois) empregados de
cada agência, das 6 (seis) que compuseram o universo da pesquisa.
Palavras-chave: Desenvolvimento, Competências, Avaliação 360º.
viii
ABSTRACT
FARIA, Roberto C. Competencies Management: Use of 360º evaluation process as a tool
for improving personal and professional development. 2009. 73 p. Dissertação (Mestre em
Gestão e Estratégia de Negócios). Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Curso de Pós-
Graduação em Gestão e Estratégia de Negócios, Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro, Seropédica, RJ, 2009.
The necessity of improvement in the performance and development of competencies for
Human Resources (HR) is gaining space in great institutions, such as banks, industries and
companies in the most varied segments. This condition begins face the search, in the
competitive market, for differentials that allowed institutions to get “Competitive Advantage”
in its businesses, relatively to its competitors. Thus, the current “Age of Knowledge”
demands companies’ flexibility and creativity in the collocation of theirs products and
services. Beyond the procedures and the automatic or technological aids, it is necessary,
therefore, to be able to have confidence, in lasting way, on the ability of theirs professionals.
In such way this work is justified, face to the perception of the necessity of competencies
development for people inside the organizations. Such necessity can be treated through the
adequate use of tools that propitiate the accompaniment of employees since its evaluation
until the establishment and fulfillment of plans for development of competencies, as a whole.
In the present time one of the tools that becomes, contemplating such condition it is the 360º
evaluation tool, which can be used for the improvement of development for personal
competencies, professional and for teams in the organizations. In this context, this work
objective to verify the use of the 360º evaluation as a tool for the improvement of personal
and professional development of competencies for employees within an organization, that
uses already it for the minimum period of 2 (two) years. That way this study was carried
through the responses of a questionnaire and informal interviews, that had occurred in a state-
owned company, nationwide, of the financial sector, which had as sample 6 (six) of its
agencies, being 1 (one) of the State of Goiás, 4 (four) of the State of Rio de Janeiro and 1
(one) of the State of Minas Gerais, which they had carried through as method of evaluation of
people, the 360 degrees evaluation, each 6 (six) months during a minimum period of 2 (two)
years consecutive. In this way the questionnaire was composed for 15 (fifteen) affirmative
ones (see Attached I), being that 100 (one hundred) of them had been deliver, however the
return of these was in number of 65 (sixty and five). Already the informal interviews had
consisted of 5 (five) questions (see attached II) and had been carried through with 13
(thirteen) employees and had occurred with at least 2 (two) employees of each agency, of the
6 (six) that they had composed the universe of the research.
Keywords: Development, Competencies, 360º evaluation.
ix
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Percentuais das competências após avaliação......................................................... 29
Gráfico 2: Média final do empregado ......................................................................................30
Gráfico 3: médias das respostas para as afirmativas relativas a Avaliação 360º ..................... 38
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Construção das competências e da estratégia por meio da aprendizagem..............26
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Perfil dos respondentes..........................................................................................36
xii
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Competências frente aos concorrentes .................................................................... 21
Quadro 2: Categorias de competências .................................................................................... 23
Quadro 3: Avaliação da competência utilizando afirmações e escala de respostas .................28
Quadro 4: Pontos fortes e pontos a melhorar ........................................................................... 29
Quadro 5: Associação de percentuais às respostas................................................................... 29
Quadro 6: Compilação do α de Cronbach para os fatores e respectivas afirmativas ...............34
Quadro 7: Afirmativas retiradas da ferramenta de avaliação da empresa pesquisada ............. 34
Quadro 8: Classificação da Correlação ante o Coeficiente “ρ (rho) de Spearman”.................38
Quadro 9: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 1 no agrupamento Formação Superior..39
Quadro 10: Mann-Whitney para Afirmativa 1 no agrupamento Sexo .....................................39
Quadro 11: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 1 nos 4 agrupamentos................. 40
Quadro 12: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 2 no agrupamento Formação Superior
41
Quadro 13: Mann-Whitney para Afirmativa 2 no agrupamento Sexo .....................................
41
Quadro 14: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 2, nos 4 agrupamentos................ 42
Quadro 15: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 3 no agrupamento Formação Superior42
Quadro 16: Mann-Whitney para Afirmativa 3 no agrupamento Sexo .....................................43
Quadro 17: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 3, nos 4 agrupamentos................ 43
Quadro 18: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 4 no agrupamento Formação Superior44
Quadro 19: Mann-Whitney para Afirmativa 4 no agrupamento Sexo .....................................44
Quadro 20: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 4, nos 4 agrupamentos................ 45
Quadro 21: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 5 no agrupamento Formação Superior45
Quadro 22: Mann-Whitney para Afirmativa 5 no agrupamento Sexo .....................................46
Quadro 23: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 5, nos 4 agrupamentos................ 46
Quadro 24: Mann-Whitney e médias para a Afirmativa 6 no agrupamento Formação
Superior ....................................................................................................................................47
Quadro 25: Mann-Whitney para Afirmativa 6 no agrupamento Sexo .....................................47
Quadro 26: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 6, nos 4 agrupamentos................ 48
Quadro 27: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 7 no agrupamento Formação Superior
48
Quadro 28: Mann-Whitney para Afirmativa 7, no agrupamento Sexo ....................................
49
Quadro 29: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 7, nos 4 agrupamentos................ 49
Quadro 30: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 8 no agrupamento Formação Superior
50
Quadro 31: Mann-Whitney para Afirmativa 8 no agrupamento Sexo .....................................
50
Quadro 32: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 8, nos 4 agrupamentos................ 51
Quadro 33: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 9 no agrupamento Formação Superior52
Quadro 34: Mann-Whitney para Afirmativa 9 no agrupamento Sexo .....................................52
Quadro 35: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 9, nos 4 agrupamentos................ 52
Quadro 36: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 10 no agrupamento Formação
Superior... .................................................................................................................................53
Quadro 37: Mann-Whitney para Afirmativa 10 no agrupamento Sexo ...................................54
Quadro 38: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 10, nos 4 agrupamentos.............. 54
Quadro 39: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 11 no agrupamento Formação
Superior... .................................................................................................................................55
Quadro 40: Mann-Whitney para Afirmativa 11 no agrupamento Sexo ...................................55
Quadro 41: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 11, nos 4 agrupamentos.............. 56
xiii
Quadro 42: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 12 no agrupamento Formação
Superior .. .................................................................................................................................56
Quadro 43: Mann-Whitney para Afirmativa 12 no agrupamento Sexo ...................................57
Quadro 44: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 12, nos 4 agrupamentos.............. 57
Quadro 45: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 13 no agrupamento Formação
Superior... .................................................................................................................................58
Quadro 46: Mann-Whitney para Afirmativa 13 no agrupamento Sexo ...................................58
Quadro 47: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 13, nos 4 agrupamentos.............. 58
Quadro 48: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 14 no agrupamento Formação
Superior... .................................................................................................................................59
Quadro 49: Mann-Whitney para Afirmativa 14 no agrupamento Sexo ...................................60
Quadro 50: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 14, nos 4 agrupamentos..............
60
Quadro 51: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 15 no agrupamento Formação
Superior... .................................................................................................................................
61
Quadro 52: Mann-Whitney para Afirmativa 15 no agrupamento Sexo ...................................61
Quadro 53: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 15, nos 4 agrupamentos.............. 61
Quadro 54: Respostas às perguntas provenientes das entrevistas informais............................ 62
Quadro 55: Médias das perguntas e pontos de convergência das médias na escala de
respostas. ..................................................................................................................................63
xiv
LISTA DE ANEXOS
ANEXO I: Questionário .......................................................................................................71
ANEXO II: Entrevistas Informais .........................................................................................73
xv
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS
IBACO - Instrumento Brasileiro para Avaliação da Cultura Organizacional.
SPSS - Statistical Package for Social Sciences.
T&D – Treinamento e Desenvolvimento.
xvi
SUMÁRIO
RESUMO..................................................................................................................................vii
ABSTRACT ............................................................................................................................viii
LISTA DE GRÁFICOS.............................................................................................................ix
LISTA DE QUADROS ............................................................................................................xii
LISTA DE ANEXOS ..............................................................................................................xiv
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS........................................................................... xv
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 17
1.1 Formulação do Problema..........................................................................................17
1.2 Objetivos...................................................................................................................18
1.2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................
18
1.2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................
18
1.3 Delimitação do Estudo .............................................................................................18
1.4 Limitações do Estudo ...............................................................................................18
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................19
2.1 COMPETÊNCIAS....................................................................................................19
2.1.1 Noções de competência ....................................................................................19
2.1.2 Conceitos de competências organizacionais ....................................................20
2.1.3 Categorias de competências da organização ....................................................22
2.2 AVALIAÇÃO ..........................................................................................................23
2.2.1 Conceitos de Avaliação ....................................................................................23
2.2.2 Métodos de Avaliação e sua Classificação.......................................................24
2.3 AVALIAÇÃO 360 GRAUS.....................................................................................25
2.3.1 Descrição da Ferramenta para Avaliação 360 Graus .......................................27
3 METODOLOGIA.................................................................................................................. 32
3.1 Tipificação................................................................................................................32
3.2 Universo e Amostra..................................................................................................
32
3.3 Instrumento de Coleta de Dados...............................................................................32
3.4 Tratamentos dos Dados ............................................................................................
35
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................................
36
4.1 Resultados do Questionário......................................................................................37
4.2 Resultados das entrevistas informais........................................................................
62
4.3 Discussão..................................................................................................................
62
4.3.1 Discussão dos resultados do questionário ........................................................
62
4.3.2 Discussão das respostas das entrevistas informais...........................................66
5 CONCLUSÃO....................................................................................................................... 67
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 69
ANEXOS.................................................................................................................................. 71
17
1 INTRODUÇÃO
1.1 Formulação do Problema
O desempenho de uma organização é amplamente influenciado pelo comportamento e
pelas competências dos seus funcionários. A competência humana aliada a outros recursos
empresariais dá origem e sustentação à competência organizacional. A participação dos
funcionários no processo de gestão e da estratégia de negócios da empresa, apresentando suas
expectativas, motivações e também percepções a respeito de seus colegas (superiores, pares e
subordinados), pode contribuir como fator fundamental para o sucesso empresarial em
mercados competitivos.
Dessa forma “as propostas para obtenção de vantagem competitiva, apesar das
diferenças de ordem semântica, parecem caminhar para uma mesma direção: gestão
estratégica de recursos humanos (Taylor, Beechler & Napier, 1996); gestão de competências
(Prahalad & Hamel, 1990; Heene & Sanchez, 1997); acumulação do saber (Arrègle, 1995;
Wright et al., 1995); e gestão do capital intelectual (Stewart, 1998).” (Brandão; Guimarães,
2001, p.9). Observa-se assim como ocorre a ênfase dada às pessoas como fator determinante
do sucesso de uma organização. Em um ambiente dinâmico e com grandes turbulências, onde
ocorre a mudança de negócios de um dia para outro e as novidades tecnológicas ocorrem na
forma de novos produtos, processos e modelos, a busca por diferencial competitivo demanda
das empresas que estas necessitem contar com empregados altamente capacitados e
qualificados, aptos a responderem frente às necessidades das empresas, na busca do citado
diferencial competitivo.
Vale lembrar que as organizações ao gerenciarem seus recursos humanos, devem
promover junto aos seus empregados, a geração de novas idéias e encorajar a adoção das
mesmas. A gestão de competências auxilia a organização na identificação das contribuições
efetivas de cada funcionário e, possibilita sua recompensa como um incentivo à criatividade e
elemento para a motivação.
Neste contexto, este trabalho tem como norteador verificar a utilização da Avaliação
360º como ferramenta para a melhoria do desenvolvimento pessoal e profissional das
competências dos empregados em uma organização, que já a utiliza pelo período mínimo de 2
(dois) anos. Dessa forma este estudo contou com a realização de questionário e entrevistas
informais, que ocorreram em uma empresa estatal, de âmbito nacional, do setor financeiro. Na
referida empresa efetuou-se amostra em 6 (seis) de suas agências, sendo 1 (uma) do Estado de
Goiás, 4 (quatro) do Estado do Rio de Janeiro e 1 (uma) do Estado de Minas Gerais, as quais
realizaram como método de avaliação de pessoas, a Avaliação 360 graus, a cada 6 (seis)
meses, durante um período mínimo de 2 (dois) anos consecutivos. Dessa maneira o
questionário foi composto por 15 (quinze) afirmativas (vide Anexo I), sendo que 100 (cem)
deles foram entregues, porém o retorno destes foi em número de 65 (sessenta e cinco). Já as
entrevistas informais constaram de 5 (cinco) perguntas (vide anexo II) e foram realizadas com
13 (treze) empregados e ocorreram com pelo menos 2 (dois) empregados de cada agência, das
6 (seis) que compuseram o universo da pesquisa.
Tendo-se em vista essas considerações, o presente estudo objetiva responder ao
seguinte problema: Como a Avaliação 360º pode ser utilizada na forma de ferramenta que
possibilite a melhoria no desenvolvimento pessoal e profissional do Fator Humano nas
empresas?
18
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Verificar a utilização da Avaliação 360º como ferramenta para a melhoria do
desenvolvimento pessoal e profissional dos empregados em uma organização. Tal verificação
proposta ganha espaço, dado que parte das empresas que utilizam a Avaliação 360º, ainda não
o fazem na completeza que a ferramenta propõe, ou seja, os resultados obtidos após a
realização do ciclo de avaliações, ainda não são desdobrados na forma de planos de
treinamentos e de desenvolvimentos dos empregados, o que é parte da proposta de tal
instrumento. Em algumas dessas empresas a ferramenta está, inclusive, sendo utilizada para
que se justifiquem demissões, o que pode gerar dúvidas, descrédito, desconfiança e em casos
extremos o medo, no que concerne a utilização dessa ferramenta.
Dessa maneira este estudo tem a importância de suscitar a discussão sobre a completa
aplicação da ferramenta de Avaliação em 360º, dentro dos fins e completeza propostos pela
mesma.
1.2.2 Objetivos Específicos
a) Observar as percepções dos empregados relativas a contribuições da Avaliação 360º
para melhoria do seu desenvolvimento pessoal e profissional;
b) Identificar as principais contribuições da Avaliação 360º para a construção de
planos que possibilitem o desenvolvimento pessoal e de equipes;
c) Apresentar sugestões para melhoria de competências através do uso da Avaliação
360º.
1.3 Delimitação do Estudo
Este estudo está delimitado da seguinte forma:
- A abrangência: A pesquisa ocorreu em uma empresa estatal, de âmbito nacional, do
setor financeiro, da qual 6 (seis) de suas agências foram alvo de amostra para pesquisa, face à
sua acessibilidade.
- O Tempo: a pesquisa teve início quando da distribuição dos questionários no mês de
dezembro de 2008 e final quando do recolhimento total dos questionários no mês de fevereiro
de 2009.
1.4 Limitações do Estudo
Este estudo possuiu limitações: de acesso aos funcionários, impostas pelas gerências
de algumas agências; pelas exigências da área de Recursos Humanos da instituição, referente
à divulgação de informações sobre a ferramenta de avaliação da instituição e a não
autorização para a divulgação do nome da referida instituição; pelo receio de funcionários de
algumas agências, relativos ao preenchimento das informações do questionário; pela não
devolução de questionários; volume das amostras alcançados. Estas limitações geraram um
retorno de 65 (sessenta e cinco) questionários, dos 100 (cem) que foram distribuídos.
19
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 COMPETÊNCIAS
2.1.1 Noções de competência
A partir do trabalho de McClelland (Testing for Competence rather than Intelligence),
no início da década de 70 do (século XX), o conceito de competência, no âmbito
organizacional, começou a ser discutido, também, ante a perspectiva do indivíduo. Esse
trabalho marcou o debate entre psicólogos e administradores nos Estados Unidos, ao abordar
também as competências conjuntamente à inteligência. Em seu trabalho, ele argumenta que a
competência “é uma característica subjacente a uma pessoa e que é casualmente relacionada
com desempenho superior na realização de uma tarefa ou em determinada situação.
Diferenciava assim competência de aptidões: talento natural da pessoa, o qual pode vir a ser
aprimorado, de habilidades, demonstração de um talento particular na prática e
conhecimentos: o que as pessoas precisam saber para desempenhar uma tarefa” (FLEURY;
FLEURY, 2001, p.184).
Ante esta perspectiva, o conceito de competência passou a ser visto como a reunião de
conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA), que constituem assim um conjunto de recursos
que a pessoa possui, conforme colocado por Dutra (2006, p.3):
Para alguns autores, a maioria de origem norte americana, que desenvolveram seus
trabalhos nos anos 70, 80 e 90, competência é o conjunto de qualificações
(underlying characteristics) que permite à pessoa uma performance superior em um
trabalho ou situação. Os conceitos de seus principais expoentes McClelland, (1973),
Boyatzis (1982) e Spencer (1993), formaram a base dos trabalhos da McBer, mais
tarde Hay McBer, importante consultoria em competência. As competências podem
ser previstas e estruturadas de modo a se estabelecer um conjunto ideal de
qualificações para que a pessoa desenvolva uma performance superior em seu
trabalho. Com essa abordagem, Parry (1996:50) resume o conceito de competência
como sendo “um cluster de conhecimentos, skills e atitudes relacionadas que afetam
a maior parte de um job (papel ou responsabilidade), que se correlaciona com a
performance do job, que possa ser medido contra parâmetros bem aceitos, e que
pode ser melhorada através de treinamento e desenvolvimento”. Essa abordagem foi
disseminada no Brasil nos anos 80 e início dos anos 90 associada à idéia de perfil de
conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) necessário para que uma determinada
pessoa pudesse ter uma boa performance em seu cargo.
A partir da colocação de Dutra, pode-se perceber que as referências balizadoras do
conceito de competência, nas organizações, são os trabalhos esperados de serem executados
por posições, funções ou cargos organizacionais. No entanto, para as condições presentes na
atual economia globalizada, propulsora de alta competitividade entre empresas, atrelar o
conceito de competências à descrição de perfis de cargos, não necessariamente implica que os
indivíduos que os ocupem possuam as condições para conduzir situações imprevistas da
melhor maneira, para as empresas. Nessa linha, Fleury e Fleury (2001, p. 185) postulam o
seguinte:
Lawler argumenta contra esta linha de raciocínio, mostrando que trabalhar com o
conjunto de habilidades e requisitos definidos a partir do desenho do cargo, próprios
do modelo taylorista, não atende às demandas de uma organização complexa,
mutável em um mundo globalizado. Em tais situações, afirma este autor, as
20
organizações deverão competir não mais apenas mediante produtos, mas por meio
de competências, buscando atrair e desenvolver pessoas com combinações de
capacidades complexas, para atender às suas core competences. As observações
deste autor merecem ser registradas, porquanto, alinhadas com as observações de
autores europeus, propiciarão a fundamentação para a elaboração de nosso modelo
de análise.
Mesmo com a evolução no uso do conceito de competências na gestão de pessoas, a
partir da segunda metade da década de 90 e das abordagens mais amplas do conceito,
adotadas por diversos autores, o estudo de Dutra (2006) mostrou que, na prática, a percepção
de competências, no Brasil, ainda se concentra, na qualificação da pessoa em relação à
posição ou cargo que ocupa na empresa. Mostrando que, a gestão de pessoas ainda tem um
grande vínculo com o referencial taylorista/fordista refletindo uma visão estática da relação
entre a empresa e as pessoas.
Porém, essa visão tende a mudar face às forças de mercado e segundo novas propostas,
conforme apresentado por Dutra (2006, p.3):
Graças aos trabalhos desenvolvidos por Le Boterf (1994), Zarifian (1996) e Fleury
(1995), foi possível contestar a definição de competência associada às qualificações
necessárias para um determinado cargo e procurar associar competência às
realizações das pessoas e ao que elas provêm, produzem e/ou entregam ao meio
onde se inserem (FLEURY, 2000 e 2002, RUAS, 2002 e 2005 e DUTRA, 2001 e
2004). Para Le Boterf (1994, 2000 e 2001), por exemplo, a competência não é um
estado ou um conhecimento que se tem, nem é resultado de treinamento, na verdade,
competência é mobilizar conhecimentos e experiências para atender as demandas e
exigências de um determinado contexto, marcado geralmente pelas relações de
trabalho, cultura da empresa, imprevistos, limitações de tempo e de recursos etc.
2.1.2 Conceitos de competências organizacionais
A partir dos anos 90 o conceito de competências ganhou destaque na área da gestão
organizacional com a proposta do conceito de Core Competence (competências essenciais)
formulado por Prahalad e Hamel (1990). Nessa linha e segundo os autores as competências
organizacionais seriam como um conjunto de recursos na forma de conhecimentos,
habilidades, tecnologias, sistemas físicos, gerenciais e valores que a organização possui,
possibilitando que a organização tenha a capacidade de combinar, misturar e integrar
recursos, produtos e serviços, de maneira a ser colocar de forma competitiva ante ao mercado,
através do que eles chamaram de Core Competence (competências essenciais).
Estas competências se tornam difíceis de serem imitadas pelos concorrentes, ou seja,
são competências inerentes à organização como se fossem a alma desta e que criam vantagens
competitivas, adjetivando qualitativamente e agregando valores, percebidos pelos Clientes,
aos produtos e serviços da organização. As competências essenciais, normalmente, são
aquelas que proporcionam vantagem competitiva. Agregam valor que é percebido pelos
clientes e que são difíceis de serem copiados pela concorrência. A “Core competence”
envolve a comunicação transparente e sem distorções por todos os níveis da organização, o
envolvimento dos empregados, entorno de um mesmo objetivo, comprometimento com o
trabalho além das fronteiras organizacionais, passando por vários níveis de pessoas e funções,
requisição, avaliação e aceitação compromissada das novas idéias que surjam, na
organização, como colaboração ao negócio da empresa.
Nesse enfoque, o sucesso de uma organização está atrelado às estratégias empresariais
sustentadas pelas competências essenciais e não somente em unidades estratégicas de
negócios (Prahalad e Hamel, 1990); a inter-relação entre elas determina a competitividade de
21
uma organização. As competências essenciais constituem-se como o fator fundamental de
flexibilidade para a mudança e adaptação na exploração de diferentes mercados; são difíceis
de imitar; são os recursos essenciais na produção de bens e serviços diferenciados. Elas não
estão, necessariamente, relacionadas com a tecnologia, podendo estar em qualquer função
administrativa da organização. Ao passo que as competências organizacionais são
competências que a organização possui em diversas áreas, entre as quais apenas algumas são
essenciais e fundamentais para a definição de sua estratégia competitiva.
Dentro deste tema, existem pesquisas sobre a teoria e o uso do conceito de
competências organizacionais. No entanto, percebe-se que ainda não se apresenta um
consenso quanto à definição do termo. Trata-se de um tema cujo conceito encontra-se ainda
em processo de construção. Assim, este conceito é encontrado com diferentes noções e em
diferentes contextos.
Para Drejer (2000), o conceito de competências é apenas o último, mas talvez o
melhor, de um número de conceitos para explicar a competitividade da empresa. Para o autor,
competências consistem de quatro elementos com suas respectivas relações: tecnologia,
pessoas, estrutura organizacional e cultura organizacional, considerando as pessoas como
elementos fundamentais para o desenvolvimento e manutenção de competências.
Mills et al (2002, apud Fernandes, 2004, p.13) relacionam competência com o
desempenho das atividades necessárias ao sucesso de uma empresa, sendo a competência
distintiva (que a distingue das outras empresas) aquela “[...] que os clientes reconhecem como
diferenciadores de seus concorrentes e que provêem vantagens competitivas”. Essa descrição
guarda uma proximidade com o que é proposto por Prahalad (1990). Assim, a organização
pode ter uma força ou uma atividade de alta competência ou de baixa competência,
dependendo se supera a maioria de seus concorrentes em um fator competitivo, que os
clientes valorizam, ou se está abaixo do desempenho da maioria dos concorrentes. Com isso,
os autores definem competência como sendo uma forma de descrever o quão bem uma
empresa desempenha suas atividades necessárias ao sucesso. Estas competências devem ser
vistas como uma variável ao invés de um atributo, ou seja, algo que a empresa executa em um
determinado grau de competência e não, algo que a empresa possua ou não.
Para estimar as competências da organização autores como em Mills et al (2002, apud
Fernandes, 2004) desenvolveram uma escala considerando a empresa face aos seus
concorrentes. Essa escala pode ser visualizada através do Quadro 1, onde podem ser
observados: o desempenho da organização, suas forças/fraquezas e suas competências (linhas
do quadro) ante o setor no qual atua.
Quadro 1: Competências frente aos concorrentes
Desempenho da
Organização
Muito abaixo da
média do setor
Abaixo da Média
do Setor
Na média do
Setor
Em igualdade
com o melhor
Liderança
Inquestionável
Força ou
Fraqueza
Fraqueza
Significativa
Fraqueza Nem Fraqueza
nem força
Força Força
significativa
Competência Muito Baixa Baixa Média Alta Muito Alta
Fonte - adaptado Mills et al (2002 apud Fernandes, 2004, p.13).
Uma consideração importante sobre as competências organizacionais é feita por Le
Boterf (2003) quanto à sinergia. O autor assinala que a competência organizacional é
proveniente da competência coletiva, a qual passa a existir quando surge o requisito das
competências individuais, ou seja, “A competência coletiva é um resultante que emerge a
22
partir da cooperação e da sinergia entre as competências individuais.” (LE BOTERF, 2003, p.
229).
A sinergia, do grego synergía, significa cooperação, e por isso se pode traduzir no ato
ou esforço coordenado de vários órgãos na realização de uma função, é o que dentro de uma
organização pode trazer um valor agregado ao produto, o qual normalmente é perceptível aos
clientes. Este é um argumento crucial e que distingue níveis de análise ao se tratar das
competências. A competência coletiva é uma competência em rede, que pressupõe
comunicação e cooperação entre os sujeitos. A própria organização pode ser vista como um
sistema de competências, cujo bom desempenho ante o mercado, vai depender de sua
capacidade para mobilizar e combinar os seus recursos. Essas combinações dos recursos e a
sua utilização de forma competente, conferem a vantagem competitiva para a empresa, o que
implica em um processo de aprendizagem contínua, da organização, que não deve ser
interrompido. Bruno-Faria e Brandão (2003, p.37) reforçam o papel da sinergia ao
comentarem: “Competências representam combinações sinérgicas de conhecimentos,
habilidades e atitudes, expressas pelo desempenho profissional, dentro de determinado
contexto organizacional”.
Para Fleury e Fleury (2001), as competências são sempre contextuais e, implicam a
comunicação de conhecimentos os quais devem gerar valor; portanto, competência refere-se a
“[...] saber agir responsável e que é reconhecido pelos outros. Implica saber como mobilizar,
integrar e transferir os conhecimentos, recursos e habilidades, num contexto profissional
determinado” (FLEURY e FLEURY, 2001, p.187), que venham a agregar valor econômico
para a organização e valor social ao indivíduo. Assim, a noção de competências estaria
associada a ações como: saber agir, mobilizar recursos, integrar saberes múltiplos e
complexos, saber aprender, saber se engajar, assumir responsabilidades e ter visão estratégica.
De acordo com os autores, em um plano organizacional, as mesmas ações poderiam ser
utilizadas na caracterização das competências para a formação de competências estratégicas.
Ruas et al (2005), em um trabalho nacional de revisão dos conceitos de competência e
das publicações entre 2000 e 2004, apontaram que, apesar da simplicidade de tal conceito, sua
aplicação tem sido considerada relativamente complexa. Dessa forma percebe-se que as
competências, em uma organização, referem-se à quão bem esta organização desempenha
suas atividades necessárias ao sucesso, em face de seus concorrentes (MILLS et al, 2002 apud
Fernandes, 2004), e que estas são decorrentes da capacidade de combinar, misturar e integrar
recursos, produtos e serviços que neste sentido, constituem-se no resultado decorrente da
aprendizagem coletiva da organização (PRAHALAD; HAMEL, 1990), agregando valor
econômico a esta e valor social ao indivíduo (FLEURY; FLEURY, 2004). Além do debate
conceitual, os autores apresentam também diversas classificações de competências, cujas
categorias serão discutidas a seguir.
2.1.3 Categorias de competências da organização
Zarifian (1999 apud FLEURY e FLEURY, 2001, p.189) diferencia as competências
em uma organização, da seguinte maneira: “a) competências sobre processos: os
conhecimentos sobre os processos do trabalho; b) competências técnicas: conhecimentos
específicos sobre o trabalho que deve ser realizado; c) competências sobre a organização:
saber organizar os fluxos de trabalho; d) competências de serviço: aliar a competência técnica
à pergunta: qual o impacto que este produto ou serviço terá sobre o consumidor final? e)
Competências sociais: saber ser, incluindo atitudes que sustentem os comportamentos das
pessoas. O autor identifica três domínios dessas competências: autonomia, responsabilização
e comunicação”.
A tipologia de Drejer (2000) aponta três tipos de competências: a) uma tecnologia
simples e poucas pessoas, onde a competência é fácil de identificar e a parte tecnológica é
23
bem definida; b) tecnologias entrelaçadas e uma grande unidade organizacional, onde a
estrutura organizacional e os processos são necessários para o uso coordenado e a inter-
relação de tecnologias; c) sistemas complexos, conectando muitas pessoas em diferentes
departamentos e unidades organizacionais. Este tipo de competência se encontra no âmago da
força competitiva da empresa, pois é complexa, difícil de imitar, com menor dependência em
tecnologia e maior dependência do conhecimento.
Por outro lado, Mills et al (2002 apud Fernandes, 2004) apresentam outra classificação
de competências, adotada aqui, conforme pode ser observado no Quadro 2, onde são
apresentadas algumas definições para categorias de competências.
Quadro 2: Categorias de competências
Categoria Descrição
Competências essenciais Competências e atividades mais elevadas, no nível corporativo, que são chaves
para a sobrevivência da empresa e centrais para a sua estratégia.
Competências distintivas Competências e atividades que os clientes reconhecem como diferenciadores de
seus concorrentes e que provêm vantagens competitivas.
Competências organizacionais ou das
unidades de negócios
Competências e atividades-chave esperadas de cada unidade de negócios da
empresa.
Competências de suporte Atividade que é valiosa para apoiar um leque de competências.
Capacidades dinâmicas Capacidade de uma empresa de adaptar suas competências com o tempo. É
diretamente relacionada aos recursos importantes para a mudança.
Fonte - adaptado Mills et al (2002 apud Fernandes, 2004, p.13).
Apesar de entenderem os termos competências e capacidades como equivalentes, os
autores ressaltam que capacidades dinâmicas são uma exceção. As empresas que possuem tal
competência se caracterizam por serem conscientes da necessidade de transformação, de
questionar e de adaptar suas competências ao longo do tempo.
No Brasil, de acordo com Ruas (2005), a noção de competência tem sido debatida sob
a visão estratégica de competências organizacionais e competências essenciais e ante a
perspectiva de práticas associadas à gestão de pessoas. Segundo o autor, as competências
podem ser voláteis quando o negócio da empresa é sensível ao desempenho tipicamente
humano, pois exigem inovação, criatividade, qualidade, emoção, antecipação e iniciativa.
Como competências envolvem uma esfera de dinamicidade ao longo do tempo, faz-se
necessário considerar o desenvolvimento de tais competências na organização, através de
avaliações periódicas que possibilitem visualizar o comportamento das mesmas (involução ou
evolução), segundo as necessidades estratégicas da empresa.
2.2 AVALIAÇÃO
2.2.1 Conceitos de Avaliação
O ato de avaliar é inerente à percepção humana, pois o ser humano está sempre
avaliando coisas, situações e inclusive outros seres humanos, mediante comparações com
parâmetros próprios internos ou externos. Assim, o ato de avaliar pode ser entendido, no
sentido genérico, como uma ação comum da própria natureza humana; é o exercício da
análise e do julgamento sobre qualquer situação que exija uma apreciação de fatos, idéias,
objetivos e, também, uma tomada de decisão a fim de se atingir um determinado objetivo
desejado. O termo avaliação refere-se ao ato ou efeito de se “determinar a valia ou o valor de”
(BUARQUE, 1999), “calcular ou determinar o valor, o preço ou o merecimento de”
(MICHAELIS, 2008) alguma coisa ou alguém.
24
A avaliação pode ser entendida como um instrumento de análise comparativa referente
ao comportamento das pessoas, que possibilite o julgamento entre uma situação planejada e a
que ocorreu.
Juntamente com a evolução da humanidade e dentro dos grupos sociais, observa-se a
evolução das organizações de produção. Tais processos evolutivos, sempre refletiram de
alguma maneira, as transformações sociais e culturais amplas nos contextos onde estavam
inseridas. Conseqüentemente, muito dos conceitos e atitudes vigentes até então sofreram
alterações e acompanharam a evolução do sistema produtivo, onde a avaliação de
desempenho não foi exceção.
Do ponto de vista qualitativo a avaliação expressa a idéia de julgamento, formação de
juízo ou atribuição de conceito a determinados atributos de algum objeto, como, por exemplo,
relativamente a um desempenho econômico: bom, ótimo, eficaz – conforme detenha certas
qualidades ou características. Nessa abordagem, a avaliação requer padrões, em termos
informativos, como parâmetros que permitam a realização desse julgamento bem como, a
mensuração das expectativas de desempenho e de sua realização.
Medir alguma coisa expressa o sentido quantitativo do termo avaliação: refere-se à
quantificação de atributos de um objeto, com intuito de expressá-los segundo padrões
numéricos, como por exemplo, a quantidade de insumos, o preço de um produto, a altura de
uma pessoa ou a temperatura ambiente, que são exemplos de atributos de objetos expressos
em forma numérica ou quantificada.
Dessa forma, qualitativa ou quantitativamente existem vários tipos de avaliação, como
por exemplo: avaliação de desempenho, de resultados, de competências, de potencial e de
desempenho com foco em competências.
2.2.2 Métodos de Avaliação e sua Classificação
De início, faz-se necessário comentar sobre a perspectiva que se adota para a palavra
método no contexto desse estudo. Sabe-se que este termo tem sido utilizado amplamente,
inclusive no campo da gestão, fato que leva a exercer comentários sobre o sentido que ele
assume, no presente estudo.
Método do grego “méthodos” significa caminho para chegar a um fim ou “Caminho
pelo qual se atinge um objetivo” (BUARQUE, 1999). Assim, através do método é possível
investigar um fenômeno, estabelecer uma relação de causa e efeito e identificar a forma pela
qual é alcançado ou atingido determinado fim ou objetivo.
O método se faz acompanhar pela técnica, seu suporte, que são os instrumentos
utilizados para obter determinados resultados. È nessa linha que a palavra método será
utilizada no presente estudo, qual seja, no sentido da instrumentalização, da técnica, do modo
de proceder, dos meios técnicos, dos procedimentos sistematizados. Portanto, o estudo não se
debruça sobre a discussão filosófica da expressão, mas apura o seu sentido na perspectiva
técnica, ou seja, um conjunto de procedimentos adotados para determinados fins. Desse modo
geral, os autores consultados para este trabalho compartilham a idéia sobre a melhoria da
gestão com a adoção dos programas de avaliação de desempenho, em qualquer organização.
Mas, deixam transparecer que o método a adotar depende das especificidades do ramo da
organização, dos objetivos almejados, entre outros aspectos.
Cada organização procura adotar um sistema que considera ser adequado para avaliar
o desempenho de seus empregados, podendo em algumas delas se encontrar vários sistemas
específicos, conforme os níveis e as áreas de alocação dos funcionários.
Pode ser observada notável evolução nos métodos, onde os antigos sistemas foram
substituídos por propostas que refletem os aprimoramentos técnicos e as mudanças
organizacionais tornando-se mais consistentes com os propósitos da avaliação. A
25
variabilidade dos métodos permite uma taxionomia, pela qual os autores procuram classificá-
los de acordo com suas ênfases.
Segundo Leme (2007), os métodos de avaliação de pessoas mais praticados nas
organizações são: Avaliação de desempenho, Avaliação de resultados, Avaliação de
competências, Avaliação de potencial e Avaliação de desempenho com foco em
competências.
Como é perceptível, as empresas vivem dos resultados que alcançam e tais resultados
se encontram atrelados, principalmente, às pessoas que contribuem para tal. Quão mais
competentes forem as pessoas, no desempenho, dentro de uma organização, tanto maior a
probabilidade de obtenção de melhores e maiores resultados por essa organização.
Assim a utilização de ferramentas adequadas para avaliar as pessoas de uma
organização, no que concerne ao seu desempenho com foco em suas competências possibilita,
além da observação e tratamento de resultados, a condição de avaliar, desenvolver e manter
competências essenciais para a organização.
Nessa linha, Leme (2007, p.20) postula o seguinte:
Portanto, a utilização da ferramenta de “Feedback para Resultados”, quando aplicada
no momento da Devolutiva de uma Avaliação, terá mais poder se esta for uma
Avaliação de Desempenho com Foco em Competências, pois haverá a mensuração se
a “entrega” do Colaborador é a esperada. Assim, o gestor passa a ter a informação
precisa para dar o feedback, gerando efetivos resultados para a organização.
Nesta pesquisa, a ênfase será dada ao instrumento ou ferramenta de avaliação
Feedback 360 graus.
2.3 AVALIAÇÃO 360 GRAUS
O monitoramento do desempenho tem seu primeiro destaque com as avaliações de
desempenho propostas pela administração científica, primeiramente sendo feita uma
observação direta do trabalhador e do seu processo de trabalho, coleta e registro das
informações relativas às observações e depois avaliação dos dados colhidos para então se
interferir no direcionamento ou na realização do trabalho.
Assim a avaliação de desempenho evolui deste modelo unidirecional, no qual somente
o superior avalia seus subordinados, relativamente à identificação do desempenho e
competências demandadas para cada cargo, para a avaliação multi-direcional, em que chefes,
pares de gerências, subordinados, fornecedores e clientes internos, avaliem-se
reciprocamente, discutindo o desempenho do trabalho em termos de metas estabelecidas,
resultados alcançados e possíveis ajustes. Essa evolução para o modelo de avaliação multi-
direcional é o estágio conhecido como avaliação 360 graus, que propõe a utilização de
múltiplas fontes inserindo a dimensão de equipe e de contexto organizacional na gestão de
desempenho (UBEDA; SANTOS, 2002).
Em tempos atuais, muitas organizações estão combinando várias fontes de informação
de avaliação de desempenho para criar sistemas de feedback e de avaliação mais completos.
Um modelo mais participativo e completo é o da “Avaliação 360º”, também conhecido como
avaliação por múltiplos avaliadores ou “feedback 360º”. Esse processo baseia-se no uso de
fontes múltiplas que virão a fornecer feedback sobre as competências e ou comportamentos de
uma pessoa, englobando suas habilidades, atributos pessoais, conhecimentos, comportamento
na organização e desempenho. O desempenho do empregado é avaliado de tal maneira, que
todos os outros que possuem interfaces com ele, ou seja, todos que interagem com o avaliado,
26
lhe dão feedback, proporcionando inclusive, que o avaliado compare os feedbacks recebidos,
com a sua própria auto-avaliação. Esse processo normalmente ocorre com um número mínimo
de seis pessoas, produzindo-se desta forma, distintas informações, que enriquecem
substancialmente o processo avaliativo, por vislumbrar as diversas informações e demandas
que o avaliado recebe do seu ambiente de trabalho.
Esse modelo de feedback, considerando diversas fontes, tem sido denominado também
de múltiplas fontes, multi-nível ou de círculo completo (ROCHA, 2001).
Para Thatcher (1996, apud ROCHA, 2001, p.38) “Esta avaliação é nova (singular)
porque inclui a visão não só do seu chefe, mas também de seus pares, outros membros da
equipe, clientes internos, mais uma auto-avaliação [...]”.
Importante atenção deve ser dada aos pré-requisitos necessários para a aplicabilidade
desse modelo, ou seja, os objetivos devem estar estabelecidos de maneira clara ao serem
definidos os papéis, funções e resultados; instrumentos de feedback e avaliação de fácil
aplicação; tornar claros os resultados embutidos no processo; uso dos recursos de
desenvolvimento da organização atrelados aos resultados da avaliação 360
o
.
O feedback 360 graus fornece aos funcionários a visão mais precisa, com pareceres de
todos os ângulos: supervisores, colegas, subordinados, clientes e outros. Segundo este autor,
inicialmente 360 graus destinava-se ao desenvolvimento e se restringia ao gerenciamento e ao
desenvolvimento de carreira, mas recentemente este sistema tem migrado para a avaliação de
desempenho e outras aplicações administrativas.
Segundo Reis (2003, p.11):
[...] a Avaliação 360 graus – também conhecida por feedback 360 graus, feedback
com múltiplas fontes, avaliação multivisão e outros nomes. Trata-se de uma técnica
na qual os participantes do programa recebem simultaneamente feedbacks
estruturados de seus superiores, pares, subordinados e outros stakeholders. Em
geral, tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento de comportamentos e
habilidades de liderança, demandados pela organização que a utiliza.
A gestão de desempenho, baseada nesta avaliação sistêmica, leva a uma percepção
consistente do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que precisam ser
desenvolvidas, tratadas ou mantidas na empresa como um todo. Conseqüentemente, o
feedback dos dados levantados por esse tipo de avaliação permite a reciclagem das estratégias
e das competências de toda a organização (Figura 1).
Figura 1: Construção das competências e da estratégia por meio da aprendizagem
Fonte - FLEURY & FLEURY (2000 apud Ubeda e Santos, 2002, p.3).
ESTRATÉGIA
APRENDIZAGEM
COMPETÊNCIAS
ESTRATÉGIA
APRENDIZAGEM
COMPETÊNCIAS
ESTRATÉGIA
APRENDIZAGEM
COMPETÊNCIAS
27
A avaliação 360 graus tem como pressuposto central, o desenvolvimento da
competência das pessoas através de retro informações de seus pares, superiores, liderados,
fornecedores e clientes internos, substituindo a idéia central das metodologias clássicas de
avaliação – do líder avaliar o subordinado. Desta forma, além da avaliação do subordinado
pelo líder, este sistema proporciona oportunidades de subordinados avaliarem seu líder e os
empregados avaliarem-se com reciprocidade. Enquanto a avaliação de desempenho
tradicional apenas compara os resultados alcançados com os esperados, a fim de corrigir os
possíveis desvios existentes nos processos que influem na consecução dos resultados.
Com essa nova abordagem, a gestão de desempenho integra-se a um processo
estratégico maior de gestão de pessoas, porque permite rever estratégias, objetivos, processos
de trabalho e políticas de recursos humanos corrigindo os desvios para dar sustentabilidade às
competências da organização.
O feedback 360 graus tem sido apresentado como mais adequado às organizações nos
dias de hoje em comparação ao feedback praticado no passado de cima para baixo, ou seja, do
superior para o subordinado.
Mesmo em se tratando de uma ferramenta de grande poder, para uma organização, a
avaliação de 360 graus não deve ser utilizada indiscriminadamente. Há que se ter precaução
para que sua aplicação atinja os objetivos desejados. “O mesmo instrumento não deve ser
aplicado para fins diferentes, ou seja, o instrumento desenvolvido para ser utilizado com fins
de T&D não deve ser usado para determinar a remuneração ou avaliar a performance do
empregado, cada fim tem suas peculiaridades e deve ter seu próprio instrumento” (ROCHA,
2001, p.42).
2.3.1 Descrição da Ferramenta para Avaliação 360 Graus
O Sistema de Avaliação em Feedback em 360º é uma das mais atuais ferramentas de
avaliação e desenvolvimento de pessoas no ambiente organizacional. O sistema pode traduzir
o que é pensado e aonde se quer chegar no processo de desenvolvimento de profissionais.
- O referido sistema possibilita que cada profissional tenha Feedback;
- Do superior imediato;
- Dos subordinados;
- Dos pares e clientes internos
- Dos fornecedores e;
- A auto-avaliação.
Essa ferramenta busca tornar viável a ampla e estruturada visão, de como o
colaborador ou empregado, de uma organização, se percebe em comparação a, como é
percebido pelos demais dentro do modelo de competências proposto. Dessa forma é
importante que se tenha um modelo de competências proposto, o qual tem por finalidade
apresentar as competências ante as quais o empregado será avaliado. Essas competências
podem, por exemplo, ser as apresentadas a seguir:
- Liderança de pessoas
- Comprometimento com resultados de equipe;
- Desenvolvimento de pessoas;
- Integridade/ética e autogestão.
É importante que cada competência proposta possua os seus conceitos claramente
definidos, de forma a dar suporte ao entendimento que se espera quando da avaliação do
empregando, ante as respectivas competências.
28
A título de ilustração são apresentados possíveis conceitos, para cada uma das
competências propostas acima:
- Conceitos por trás das competências:
1- Liderança de pessoas - inspira e encoraja sua equipe na realização dos trabalhos,
melhorando os padrões de desempenho.
2- Comprometimento com o resultado da equipe - coopera e estimula o trabalho em
equipe, compartilhando decisões e suportando ações, com atitude de co-responsabilidade
perante os resultados obtidos.
3- Desenvolvimento de pessoas - demonstra atitude participativa com o desenvolvimento de
competências e habilidades profissionais dos membros da equipe, através de feedback
contínuo e de reconhecimento dos resultados alcançados.
4- Integridade e Ética - mantém um padrão de ações norteado pelo respeito às pessoas e à
organização a qual pertence, agindo de maneira íntegra e ética em toda e qualquer
circunstância.
Para cada conceito existirão afirmações inerentes, aos mesmos, que visam classificar
as respostas do avaliador. Tais respostas virão, por exemplo, na forma de uma escala tipo
Likert de 5 (cinco) pontos, passando pelas seguintes possíveis respostas: NÃO,
RARAMENTE, ÀS VEZES, DE FORMA REGULAR, SEMPRE. Abaixo pode ser
visualizado quadro demonstrativo do exposto acima:
Quadro 3: Avaliação da competência utilizando afirmações e escala de respostas
EMPREGADO A Você está dando feedback para SUPERIOR IMEDIATO B, nas
afirmativas abaixo segundo a competência:
Comprometimento com os resultados da equipe - Coopera e estimula o trabalho
em equipe, compartilhando decisões e suportando ações, com atitude de co-
responsabilidade pelos resultados obtidos.
NÃO
RARAMENTE
ÀS VEZES
DE FORMA
REGULAR
SEMPRE
Promove a confiança dentro da nossa equipe, transmitindo segurança e entusiasmo
para enfrentar os desafios.
Toma decisões baseado no consenso, escuta e valoriza as opiniões mesmo quando
diferentes dos seus pontos de vista.
Assume responsabilidade pela condução e resultados de cada um da equipe.
Cria ambiente e estimula atitudes de cooperação, buscando agregar os esforços
individuais para os resultados coletivos.
Realiza e estimula a revisão de prioridades individuais em favor da obtenção de
resultados coletivos.
Fonte - Adaptado Reis, G. (Reis, G, 2003, p.62).
Cada quadro referente a uma competência poderá vir acompanhado de caixas de texto,
onde serão colocadas pelo avaliador, as percepções dele face a observação de “pontos fortes”
e “pontos a melhorar”, relativos ao avaliado. Para tanto ver quadro ilustrativo a seguir:
29
Quadro 4: Pontos fortes e pontos a melhorar
Enfatize os PONTOS FORTES dessa pessoa nessa
competência. Lembre-se de ser bem específico.
Esclareça o que você percebe que pode ser
aprimorado nessa competência. (PONTOS A
MELHORAR)
(Campo para descrição dos pontos fortes) (Campo para descrição dos pontos a melhorar)
(Campo para descrição dos pontos fortes) (Campo para descrição dos pontos a melhorar)
Fonte - Elaborado pelo Autor.
Ao final da avaliação o resultado deverá ser tratado de forma a que cada item
respondido possa ser entendido, em termos de quantidade, tanto pelo avaliado quanto pela
empresa. Dessa maneira podem ser estabelecidos critérios para a quantificação das respostas,
através da atribuição de percentuais associados a cada uma delas, como por exemplo:
Quadro 5: Associação de percentuais às respostas
RESPOSTAS PERCENTUAIS ASSOCIADOS
NÃO 0 %
RARAMENTE 25%
ÀS VEZES 50%
DE FORMA REGULAR 75%
SEMPRE 100%
Fonte - Elaborado pelo Autor.
Após a atribuição dos percentuais, efetua-se a média aritmética dos percentuais das
respostas dadas, para cada competência e as mesmas podem ser visualizadas em gráfico,
conforme ilustrado no exemplo da figura a seguir:
Gráfico 1: Percentuais das competências após avaliação
Fonte - Elaborado pelo Autor.
A partir da exposição dos percentuais, efetuar-se-á a classificação dos dados obtidos,
observando-se a média dos percentuais obtidos por competência, podendo a mesma ser
Percentual das Competências
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
Liderança de
pessoas
Comprometimento
com o resultado
da equipe
Desenvolvimento
de pessoas
Integridade e
Ética
Competências
Percentuais
Liderança de pessoas
Co mpromet imen to co m o res ult ad o
da equipe
Desenvolvimento de pessoas
Integridade e Ética
30
ponderada a partir do estabelecimento de pesos para cada competência, ou simplesmente uma
média aritmética, caso julgue-se que todas elas possuem o mesmo peso.
Após essa classificação os dados poderão ser colocados em escala crescente de
valores, com intervalos, por exemplo, de “25% em 25%”. Onde cada intervalo possuirá uma
forma de interpretação como, por exemplo, é sugerido no gráfico a seguir:
Gráfico 2: Média final do empregado
Fonte - Elaborado pelo Autor.
Na interpretação de cada intervalo, podem ser associadas às seguintes considerações:
- Intervalo I - entre 0% a 25% - Neste intervalo classifica-se os profissionais que estão
apresentando resultados ou condutas que divergem das estratégias, metas e valores da
organização;
- Intervalo II - entre 25% a 50% - Neste intervalo classificam-se os profissionais que
estão passando por algum tipo de adaptação (transferência, início de atividades) e que
necessitam de atenção especial para que, rapidamente, possam voltar a responder com
resultados condizentes ao seu potencial;
- Intervalo III - entre 50% a 75% - Neste intervalo classificam-se os profissionais que
estão atendendo as expectativas, no que diz respeito aos resultados esperados pela
organização;
- Intervalo entre IV - 75% a 100% - Neste intervalo classificam-se os profissionais que
estão se superando em termos de resultados esperados pela organização. Essas pessoas
são as que se diferenciam na organização e necessitam de um tratamento diferenciado,
pois estrategicamente podem ser os diferenciais competitivos da empresa.
Para todos os intervalos deve ser considerado um plano de desenvolvimento que
contemple uma carga de treinamento, de maneira a que se possa proporcionar o
desenvolvimento do profissional, seja na tentativa de resgate (Intervalo I), seja na re-
integração do profissional (Intervalo II), seja na melhoria (Intervalo III), ou seja, na
manutenção do diferencial (Intervalo IV).
Compreende-se que as organizações lutam constantemente para obter e manter
competências e que há múltiplos processos pelos quais elas desenvolvem essas competências,
processos estes assegurados também pelo treinamento.
Para fins de treinamento e desenvolvimento gerencial, o feedback de 360 graus tem
sido amplamente empregado nas organizações e a cada dia ganha novos adeptos. Dentro do
Média Final Emprgado A
0,00%
25,00%
50,00%
75,00%
100,00%
1
dia
Percentual
dia Fotal
31
ciclo ou processo de T&D (Treinamento e Desenvolvimento), a sua utilização é mais comum
quando do início do processo, ou seja, na identificação e levantamento das necessidades. Ele
proporciona as informações iniciais para que se possa realizar a estruturação do processo de
T&D.
Segundo Rocha (2001, p.44):
A partir dos resultados da aplicação do feedback de 360 graus, pode-se planejar e
personalizar o processo de T&D gerencial de acordo com as necessidades
individuais e do grupo a partir de uma visão mais ampla e focada dessas
necessidades. E esse processo pode envolver inúmeras atividades desde
treinamentos, aconselhamentos, leituras, estágios entre outras, sempre dadas as
necessidades individuais percebidas.
Assim, o feedback de 360 graus apresenta-se hoje como um instrumento muito
adequado a este momento das organizações, no que tange ao processo de identificar as
necessidades de T&D de pessoal, como também no processo de desenvolver habilidades
comportamentais mediante a troca de “feedbacks” com múltiplas fontes. As vantagens de sua
aplicação, o envolvimento de outras pessoas no processo como também a sua abrangência,
reforçam a sua credibilidade e utilização.
Tratando-se então do plano de desenvolvimento, o mesmo deverá ser construído pelo
Superior em conjunto com o seu Subordinado avaliado. Tal plano deverá contemplar todos os
itens que demandarem um desenvolvimento, ou seja, onde o empregado obteve baixos
percentuais em sua avaliação. Observa-se ainda que neste plano, também devem ser
estabelecidas metas e prazos para atendimento dos requerimentos constantes ali constantes, de
forma que o empregado se encontre desenvolvido em tempo hábil, mantendo-se um equilíbrio
que contemple o tempo esperado pela empresa e o que é factível.
32
3 METODOLOGIA
3.1 Tipificação
Esta pesquisa toma como base os dois critérios taxionômicos apresentados por
Vergara (2007), ou seja: quanto aos fins e quanto aos meios de investigação.
Quanto aos fins, a pesquisa é exploratória e aplicada. Exploratória, pois se realiza em
uma área onde o conhecimento existente comporta amplo campo para preenchimento e
ampliação; aplicada, pois é perceptível, nas organizações brasileiras, a demanda por soluções
de problemas reais, no que concerne a avaliação de competências e posterior tratamento e
desenvolvimento do fator humano.
Quanto aos meios, a pesquisa é de campo e bibliográfica. De campo face ao
levantamento de informações ocorrerem junto às organizações que praticam a Avaliação 360
graus; bibliográfica, pois toma por base material de referência existente em livros, revistas,
jornais, artigos e redes eletrônicas (internet).
3.2 Universo e Amostra
O universo desta pesquisa foi uma empresa estatal, de âmbito nacional, do setor
financeiro, a qual teve como amostra 6 (seis) de suas agências, sendo 1 (uma) do Estado de
Goiás, 4 (quatro) do Estado do Rio de Janeiro e 1 (uma) do Estado de Minas Gerais, as quais
realizaram como método de avaliação de pessoas, a Avaliação 360 graus, durante um período
mínimo de 2 (dois) anos consecutivos.
A amostra foi definida pelo critério de acessibilidade, onde os empregados envolvidos
responderam a um questionário formal e, quando possível a entrevistas informais. A amostra
total foi estratificada em 4 (quatro) grupos: Sexo, Formação superior, Tempo de banco e
Idade.
3.3 Instrumento de Coleta de Dados
Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: um questionário sem
identificação dos respondentes (Anexo I) e entrevistas informais (Anexo II).
As entrevistas informais foram realizadas na oportunidade da apresentação do
questionário, onde foi possível a realização de 13 (treze) entrevistas informais. Essas referidas
entrevistas ocorreram com pelo menos 2 (dois) empregados de uma mesma agência e,
aconteceram nas 6 (seis) agências onde foram passados os questionários.
As perguntas formuladas foram elaboradas de maneira que as respostas viessem na
forma “sim” (S) ou “não” (N) e gerassem a percepção do uso da ferramenta de avaliação, na
construção de um plano de desenvolvimento do empregado.
As perguntas foram as seguintes:
1) Existe divulgação formal do início e fim do ciclo de avaliações?
2) Acontece o “feedback” após a realização do ciclo de avaliações?
3) Após a avaliação é realizado um plano de desenvolvimento individual e ou de
equipe?
4) Os treinamentos são resultantes de planos desenvolvidos face aos resultados das
avaliações?
5) Os treinamentos existentes, na empresa, fazem parte de um plano previamente
estabelecido para o desenvolvimento do empregado?
33
Foram entregues em cada agência tantos questionários, quantos eram os empregados
ali alocados, independente das funções desempenhadas por cada um destes. Assim foram
distribuídos 100 (cem) questionários (anexo I), dos quais 65 (sessenta e cinco) retornaram. O
referido questionário foi composto a partir, de um primeiro quadro não identificável, mas com
a solicitação de dados como: Formação superior, sexo, tempo de banco e idade e, um segundo
quadro contendo 15 (quinze) afirmativas, tanto de quesitos utilizados na ferramenta de
avaliação adotada pela própria empresa, que passou pela pesquisa, quanto de afirmativas
extraídas do livro sob o título “Medidas do Comportamento Organizacional” (Siqueira, 2008).
O referido livro, sobre o qual efetuar-se-á na seqüência uma breve descrição, apresenta
instrumentos de mensuração e de diagnóstico relativos ao comportamento organizacional,
distribuídos ao longo de 20 (vinte) capítulos, sendo que cada um destes aborda, de forma
particular, temas específicos sobre o “Comportamento Organizacional”. Os capítulos são
constituídos através de 5 (cinco) seções, a saber:
- Introdução - onde é apresentada a revisão da literatura sobre o tema do capítulo;
- Descrição do processo de construção e validação de uma ou mais medidas, relativas
ao capítulo;
- Instruções de como proceder para aplicar as medidas, apurar resultados e interpretá-
los;
- Referências;
- Apresentação do formato final das medidas sugerido pelos autores.
Dessa forma foram utilizados grupos de afirmativas contidos no capitulo 7 (sete), do
referido livro, o qual trata o IBACO (Instrumento Brasileiro para Avaliação da Cultura
Organizacional). A construção e validação deste instrumento (IBACO) passou por duas
etapas, as quais são descritas conforme a seguir:
- 1ª - Entrevistas realizadas com executivos - diretores e ou gerentes - de empresas
públicas e privadas, as quais a partir da análise de conteúdo das respostas fornecidas
geraram um instrumento inicial de 126 (cento e vinte e seis) itens;
- 2ª - Aplicação do instrumento a 823 (oitocentos e vinte e três) membros de
empresas públicas e privadas, da cidade do Rio de Janeiro. Sendo que as informações
obtidas, passaram por analises mediante o uso de técnicas de análise fatorial
exploratória (método dos componentes principais e método dos eixos principais), que
apontaram como solução melhor a de 7 (sete) fatores, dentro dos quais foram
mantidos os itens que obtiveram cargas fatoriais iguais ou maiores a “0,30” e
congruência conceitual com os demais itens do fator. Tais fatores distribuíram-se em
4 (quatro) fatores associados a valores e 3 (três) fatores associados a práticas
organizacionais, cuja descrição e coeficientes de consistência interna (α de
Cronbach) assumiram valores entre “0,74 a 0,93”.
Para compor o questionário, utilizaram-se os fatores do referido instrumento IBACO,
além de algumas das afirmativas contidas na ferramenta de avaliação da própria empresa
pesquisada, que em conjunto com as afirmações do citado instrumento, permitiu verificar as
percepções dos empregados, relativas aos fatores: VALORES ASSOCIADOS À
SATISFAÇÃO E BEM-ESTAR DOS EMPREGADOS e PRÁTICAS DE RECOMPENSA E
TREINAMENTO, além de 5 (cinco) afirmativas inerentes à ferramenta de avaliação utilizada
na empresa, por contribuírem no cunho deste trabalho.
Dentre os fatores expostos foram selecionados, para este estudo, àqueles que de forma
mais direta, apresentassem a percepção do produto final da aplicação da ferramenta de
avaliação 360º ante a afirmativa: - “APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA
DE AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE:”;
34
Dessa forma são listados, no quadro a seguir os fatores, as afirmativas e as respectivas
consistências internas (α de Cronbach), que contribuíram para a composição da análise da
percepção dos empregados, dentro do escopo proposto para este estudo.
Quadro 6: Compilação do α de Cronbach para os fatores e respectivas afirmativas
Fonte - Compilação efetuada de Siqueira (2008)
As afirmativas retiradas do questionário, que é utilizado pela empresa, e que se
encontram afetas às percepções dos empregados, dentro do escopo proposto, são as descritas
no quadro a seguir:
Quadro 7: Afirmativas retiradas da ferramenta de avaliação da empresa pesquisada
Fonte - Ferramenta de avaliação da empresa pesquisada.
As afirmativas do questionário foram constituídas de forma que as respostas viessem
em uma escala tipo Likert de 5 (cinco) pontos, passando pelas seguintes possíveis respostas:
“Concordo Totalmente (Valor 1), Concordo Parcialmente (Valor 2), Indiferente (Valor 3),
Discordo Parcialmente (Valor 4) e Discordo Totalmente (Valor 5)”.
O questionário padronizado, para este trabalho, contou com 3 (três) partes para o seu
preenchimento. Tais partes são descritas a seguir:
Afirmativa Fatores α de Cronbach
Investe-se no crescimento profissional
dos empregados.
VALORES ASSOCIADOS À SATISFAÇÃO E
BEM-ESTAR DOS EMPREGADOS.
0,89
Os empregados recebem treinamento
para poderem desenvolver sua
criatividade.
VALORES ASSOCIADOS À SATISFAÇÃO E
BEM-ESTAR DOS EMPREGADOS.
0,89
Programas destinados a melhorar o bem-
estar dos empregados são implementados
e testados.
VALORES ASSOCIADOS À SATISFAÇÃO E
BEM-ESTAR DOS EMPREGADOS.
0,89
Os empregados são premiados quando
apresentam um desempenho que se
destaca dos demais.
PRÁTICAS DE RECOMPENSA E
TREINAMENTO.
0,82
Os empregados costumam ser premiados
quando alcançam metas pré-
estabelecidas.
PRÁTICAS DE RECOMPENSA E
TREINAMENTO.
0,82
A dedicação dos empregados é
recompensada.
PRÁTICAS DE RECOMPENSA E
TREINAMENTO.
0,82
As inovações costumam ser introduzidas
por meio de treinamento.
PRÁTICAS DE RECOMPENSA E
TREINAMENTO.
0,82
As promoções são definidas por
avaliação de desempenho.
PRÁTICAS DE RECOMPENSA E
TREINAMENTO.
0,82
Os empregados com desempenho
permanentemente baixo são demitidos.
PRÁTICAS DE RECOMPENSA E
TREINAMENTO.
0,82
As necessidades pessoais e o bem-estar
dos funcionários constituem uma
preocupação constante da empresa.
PRÁTICAS DE RECOMPENSA E
TREINAMENTO.
0,82
Afirmativa
Minha iniciativa para solucionar problemas aumentou.
Após minha análise do ambiente externo e interno, a identificação e o aproveitamento de oportunidades melhoraram.
Despertou ou acelerou a minha vontade para o aprendizado contínuo.
Minha comunicação aprimorou-se.
Colaboro, em um clima de harmonia, com os colegas a fim de concretizar os objetivos da empresa.
35
- a primeira parte de preenchimento foi composta de um quadro, que qualifica os
respondentes (Idade, sexo, estado civil, outra fonte de renda, local de residência,
formação acadêmica, cargo, tempo no cargo, tempo de empresa, entre outras);
- Após a qualificação, os empregados foram direcionados para a segunda parte na
qual marcam em um segundo quadro, com a escala de Likert, seu grau de
concordância, indiferença ou discordância, sendo que a concordância máxima vale 1
e a discordância máxima vale 5, ante a seguinte afirmação:
- “APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE:”;
- A terceira parte constou de um quadro para observações, caso o empregado sentisse a
necessidade ou desejo de complementar as suas respostas, através do acréscimo de
mais informações, na forma livre e descritiva de uma redação.
3.4 Tratamentos dos Dados
Os dados obtidos, referentes às respostas do questionário (em forma numérica), foram
tabulados em planilha Excel, transportados para o aplicativo “SPSS for Windows - 15.0” e
tiveram as suas informações analisadas segundo as variáveis independentes “Sexo, Idade,
Tempo de Banco, Formação Superior”. Tais variáveis passaram pela aplicação do rho (ρ) de
Spearman - no qual efetuou-se a verificação das correlações existentes e o teste de Mann-
Whitney - com vistas a verificação de possíveis significâncias estatísticas na comparação das
médias obtidas e observação de possíveis tendências, que pudessem ser visualizadas a partir
das análises das informações anteriormente mencionadas. Assim a análise teve suporte em
procedimentos de caráter quantitativo, através de estatística descritiva, onde foi utilizado o
nível de mensuração ordinal, que segundo Levin (1977), permite o agrupamento dos dados
em categorias, que é o caso das 5 respostas, constantes do questionário utilizado.
36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados obtidos foram tratados estatisticamente e os resultados analisados e
apresentados na forma de quadros oriundos do aplicativo SPSS e consolidados, através do
aplicativo Excel. Sendo que os resultados obtidos foram analisados segundo as variáveis:
Formação superior, sexo, tempo de banco e idade. Assim observou-se como a empresa vem
utilizando a ferramenta de avaliação 360 graus na percepção dos empregados que
responderam o questionário, bem como os que também participaram das entrevistas
informais. Tal observação ensejou a possibilidade de sugestões para que empresas, que
utilizem ou venham a utilizar tal ferramenta de avaliação, o façam na completeza que essa
ferramenta propõe e com isso, possam usufruir de um instrumento que possibilite além da
gestão de competências, a gestão do desenvolvimento de seus empregados.
Dessa maneira e com o intuito de facilitar a visualização das informações referentes
aos resultados, colocou-se a tabela a seguir, da qual constam os perfis dos 65 (sessenta e
cinco) empregados do banco que responderam ao questionário. CUIDADO COM O
LAYOUT. TEM QUE SER TUDO EM ESPAÇO SIMPLES E RECUO NO INICIO DE
CADA PARAGRAFO.
Tabela 1: Perfil dos respondentes
IDADE SEXO FORMAÇÃO SUPERIOR TEMPO BANCO (ANOS)
24 M Sim 2
24 F Sim 1
25 M Não 4,5
25 M Sim 1,5
25 M Sim 5
26 F Sim 2
26 F Sim 4
26 M Não 1
26 M Sim 5
26 M Sim 5
27 F Sim 5
27 M Sim 3
28 F Sim 8
28 F Sim 4
28 M Sim 5
28 M Sim 4
28 M Sim 6
29 M Sim 1,5
29 M Sim 5,5
29 F Sim 1
30 M Não 1
30 M Sim 1,5
30 F Não 8,5
30 M Não 5
30 F Sim 1,5
31 M Sim 6
31 F Sim 5
31 F Sim 3
31 F Sim 5
31 M Sim 8
31 F Sim 4
31 M Não 8
34 M Sim 8
Fonte - Questionários respondidos pelos empregados da instituição financeira (ANEXO I) - continua.
37
Tabela 1: Perfil dos respondentes - continuação
IDADE SEXO FORMAÇÃO SUPERIOR TEMPO BANCO (ANOS)
35 M Sim 4
35 F Sim 6
36 M Sim 7
37 M Sim 5
37 M Sim 4
38 F Sim 1,5
38 M Sim 22
38 F Não 15
39 F Sim 8
40 M Sim 1
40 M Não 1
42 M Sim 29
42 M Sim 8
43 M Sim 25
43 M Sim 1
44 F Sim 16
45 M Sim 22
45 M Não 21
46 M Sim 26
46 M Sim 26
47 M Sim 9
48 F Sim 28
48 F Sim 26
49 F Sim 27
49 F Sim 21
50 F Sim 28
51 F Não 29
53 M Não 26
54 M Sim 2
55 M Não 5
55 F Sim 8
55 M Não 26
Fonte - Questionários respondidos pelos empregados da instituição financeira (ANEXO I).
4.1 Resultados do Questionário
Os quadros observação que foram deixados para complementação das respostas, não
foram utilizados pelos empregados que responderam aos questionários.
Para os dados obtidos, referentes às respostas do questionário (em forma numérica),
efetuou-se o teste de “Mann-Whitney”, para a verificação da existência de diferenças com
significância estatística relativas às médias obtidas e, o teste “ρ (rho) de Spearman”. O
primeiro (Mann-Whitney) foi escolhido por ser um teste não-paramétrico, alternativo ao
“teste t”, o qual é utilizado para a observação de diferenças com significância estatística das
médias entre amostras, provenientes da mesma população. O segundo teste (ρ - rho - de
Spearman) foi utilizado por informar a magnitude e o sentido da associação (correlação) entre
2 (duas) variáveis, que se encontram em determinado intervalo, assumindo-se que ambas
(variáveis) não são normalmente distribuídas.
As relações entre as variáveis foram tratadas conforme organização, das magnitudes e
sentidos, proposta por Santos (2007) e exposta no quadro abaixo, o qual sugere uma
38
classificação para intervalos pré-definidos do “ρ” (rho) de Spearman, em sua variação entre
“1 a -1” (hum positivo a hum negativo).
Quadro 8: Classificação da Correlação ante o Coeficiente “ρ (rho) de Spearman”
Coeficiente de Correlação (ρ) Correlação
ρ = 1 Perfeita Positiva
0,8 ρ < 1 Forte Positiva
0,5 ρ < 0,8 Moderada Positiva
0,1 ρ < 0,5 Fraca Positiva
0,0 < ρ < 0,1 Ínfima Positiva
ρ = 0,0 Nula
- 0,1 < ρ < 0 Ínfima Negativa
- 0,5 < ρ - 0,1 Fraca Negativa
- 0,8 < ρ - 0,5 Moderada Negativa
- 1,0 < ρ - 0,8 Forte Negativa
ρ = - 1,0 Perfeita Negativa
Fonte - adaptado Santos (2007, p. 147).
Dessa forma e na seqüência, são apresentados tanto os resultados obtidos através do
aplicativo SPSS, quanto à análise e comentários, para cada uma das 15 (quinze) afirmativas
relativas aos grupos do questionário, dentro do escopo deste estudo, que se relacionam com as
percepções dos empregados após o uso da ferramenta de avaliação por múltiplos avaliadores.
Para este estudo, foi considerada a significância estatística de 5%, por ser a que é
normalmente utilizada nestes tipos de testes e segundo Dancey (2007) por estimar a
probabilidade de acerto das análises em 95%.
A seguir é apresentado gráfico contendo a média das respostas obtidas, para cada
Afirmativa, onde pode ser visualizado como a pontuação das mesmas variou dentro da escala
de “1 a 5”.
Gráfico 3: médias das respostas para as afirmativas relativas a Avaliação 360º
Fonte - Dados transpostos para arquivo Excel, após tratamento no SPSS.
Média das Respostas às Questões
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8 Q9 Q10 Q11 Q12 Q13 Q14 Q15
Qusetões
Médi a
rie1
39
Na seqüência são apresentados os grupos de afirmativas e respectivas análises:
1 - Grupo de Afirmativas retiradas da Ferramenta da própria empresa
- Afirmativa 1 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Minha iniciativa para solucionar
problemas aumentou.
Neste quadro pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-Whitney e
as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, onde o “número 1” significa empregados
sem formação superior e o “número 2” significa empregados com formação superior.
Quadro 9: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 1 no agrupamento Formação Superior
Q1
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,106
FORMAÇÃO SUPERIOR Q1
Mean
1,77
N
13
1
Std. Deviation
0,832
Mean
2,25
N
52
2
Std. Deviation
1,007
Mean
2,15
N
65
Total
Std. Deviation
0,988
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2 (dois)
agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a variável
sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias. Abaixo podem ser
observados o resultado do teste de Mann-Whitney e o comportamento da média para os dois
grupos, do agrupamento sexo.
Quadro 10: Mann-Whitney para Afirmativa 1 no agrupamento Sexo
Q1
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,754
SEXO Q1
Mean
2,13
N
40
1
Std. Deviation
0,966
Mean
2,20
N
25
2
Std. Deviation
1,041
Mean
2,15
N
65
Total
Std. Deviation
0,988
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
40
O quadro a seguir apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para a referida afirmativa. Observa-se que o coeficiente de correlação indica que
a variável Formação Superior apresenta uma correlação “Fraca e positiva” com a “Afirmativa
1” e a variável sexo, praticamente, não possui correlação com a “Afirmativa 1”, apresentando
uma correlação “ínfima positiva”. Porém, ambas possuem as suas correlações, crescendo
proporcionalmente ao proposto pela “Afirmativa 1”, ou seja, se uma das variáveis tem os seus
valores crescendo em um determinado sentido, a outra variável também crescerá no mesmo
sentido, ou seja, as variáveis possuem uma correlação dita “positiva”.
Já para as variáveis Tempo de Banco e Idade, mesmo apresentando uma correlação
“ínfima negativa” (praticamente nula), em ambas observa-se que a correlação é negativa, no
que concerne à “Afirmativa 1”, ou seja, tem seu sentido de crescimento inversamente
proporcional à Afirmativa. Tal fato pode levar a observação de que: quanto maior o tempo de
banco ou a idade, a assertiva “Minha iniciativa para solucionar problemas aumentou”,
demonstra uma correlação oposta, ao que é proposto na Afirmativa.
Quadro 11: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 1 nos 4 agrupamentos
Q1
Correlation Coefficient
0,039
Sig. (2-tailed) 0,757
SEXO
N 65
Correlation Coefficient -0,010
Sig. (2-tailed) 0,935
TEMPO DE BANCO
N 65
Correlation Coefficient 0,202
Sig. (2-tailed) 0,106
FORMAÇÃO SUPERIOR
N 65
Correlation Coefficient -0,085
Sig. (2-tailed) 0,499
IDADE
N 65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “2,15”, ou seja, próxima do
valor “2” (dois), o que mostra que ambos os grupos tenderam a uma “Concordância parcial”
com a afirmativa apresentada. Indicando assim que com a aplicação da ferramenta de
avaliação de desempenho, a iniciativa, dos empregados, para solucionar problemas aumentou,
porém de forma parcial.
- Afirmativa 2 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Após minha análise do ambiente
externo e interno, a identificação e o aproveitamento de oportunidades melhoraram.
No próximo quadro pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
41
Quadro 12: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 2 no agrupamento Formação Superior
Q2
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,574
FORMAÇÃO SUPERIOR Q2
Mean
1,92
N
13
1
Std. Deviation
0,862
Mean
2,08
N
52
2
Std. Deviation
0,882
Mean
2,05
N
65
Total
Std. Deviation
0,874
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Quanto à variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que tal variável não apresentou, de maneira significativa,
diferença entre as médias. Abaixo podem ser observados os resultados do teste de Mann-
Whitney e o comportamento da média para os dois grupos, do agrupamento sexo.
Quadro 13: Mann-Whitney para Afirmativa 2 no agrupamento Sexo
Q2
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,208
SEXO Q2
Mean
1,95
N
40
1
Std. Deviation
0,846
Mean
2,20
N
25
2
Std. Deviation
0,913
Mean
2,05
N
65
Total
Std. Deviation
0,874
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
O quadro a seguir apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa. Observa-se que o coeficiente de correlação indica que
dentre as 4 (quatro) variáveis, a variável sexo possui correlação “Fraca positiva” e as demais
apresentam uma correlação “ínfima positiva” ou quase nula (variáveis Tempo de banco,
formação superior e idade) com a “Afirmativa” 2”. Todas as 4 (quatro) variáveis, alteraram
proporcionalmente a esta Afirmativa, ou seja, tiveram os seus valores crescendo no mesmo
sentido da Afirmativa. Donde pode ser observado que: a assertiva “Após minha análise do
ambiente externo e interno, a identificação e o aproveitamento de oportunidades
melhoraram”, tem a sua correlação crescendo de forma proporcional com as variáveis “tempo
de banco, idade e formação superior”.
42
Quadro 14: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 2, nos 4 agrupamentos
Q2
Correlation Coefficient 0,157
Sig. (2-tailed) 0,210
SEXO
N 65
Correlation Coefficient
0,009
Sig. (2-tailed) 0,943
TEMPO DE BANCO
N 65
Correlation Coefficient 0,070
Sig. (2-tailed)
0,578
FORMAÇÃO SUPERIOR
N 65
Correlation Coefficient
0,054
Sig. (2-tailed)
0,672
IDADE
N 65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “2,05”, ou seja, próxima do
valor “2” (dois), o que mostra que ambos os grupos tenderam a uma “Concordância parcial”
com a afirmativa apresentada.
- Afirmativa 3 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Despertou ou acelerou a minha
vontade para o aprendizado contínuo.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 15: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 3 no agrupamento Formação Superior
Q3
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,217
FORMAÇÃO SUPERIOR Q3
Mean
1,77
N 13
1
Std. Deviation 0,832
Mean 2,13
N 52
2
Std. Deviation 0,991
Mean 2,06
N 65
Total
Std. Deviation 0,966
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
No Quadro 16 pode-se observar os resultados do teste de Mann-Whitney e o
comportamento da média para os dois grupos, do agrupamento sexo. Quanto a variável sexo,
a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2 (dois) agrupamentos observa-se
que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a variável sexo não apresentou, de
maneira significativa, diferença entre as médias.
43
Quadro 16: Mann-Whitney para Afirmativa 3 no agrupamento Sexo
Q3
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,551
SEXO Q3
Mean 2,00
N
40
1
Std. Deviation 0,877
Mean 2,16
N 25
2
Std. Deviation
1,106
Mean 2,06
N 65
Total
Std. Deviation
0,966
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa. Observa-se que o coeficiente de correlação indica que as
variáveis “Formação Superior e Tempo de Banco” apresentaram uma correlação “Fraca
positiva” com a “Afirmativa 3” e as variáveis “Sexo e Idade”, apresentaram uma correlação
“ínfima positiva”, praticamente nula. Porém, todas as variáveis mudaram proporcionalmente a
esta Afirmativa, ou seja, se uma das variáveis tem os seus valores crescendo em um
determinado sentido, a outra variável também crescerá no mesmo sentido, isto é, as variáveis
possuem uma correlação dita “positiva”.
Quadro 17: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 3, nos 4 agrupamentos
Q3
Correlation Coefficient
0,075
Sig. (2-tailed) 0,555
SEXO
N 65
Correlation Coefficient
0,131
Sig. (2-tailed) 0,299
TEMPO DE BANCO
N 65
Correlation Coefficient 0,154
Sig. (2-tailed) 0,220
FORMAÇÃO SUPERIOR
N 65
Correlation Coefficient 0,090
Sig. (2-tailed)
0,474
IDADE
N 65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “2,06”, ou seja, próxima do
valor “2” (dois), o que mostra que ambos os grupos tenderam a uma “Concordância parcial”
com a afirmativa apresentada. Indicando assim que com a aplicação da ferramenta de
avaliação de desempenho, percebeu-se um despertar ou acelerar da vontade dos empregados
para o aprendizado contínuo, porém de forma parcial.
- Afirmativa 4 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Minha comunicação aprimorou-
se.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”:
Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
44
Quadro 18: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 4 no agrupamento Formação Superior
Q4
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,485
FORMAÇÃO SUPERIOR Q4
Mean
2,23
N
13
1
Std. Deviation
0,725
Mean
2,10
N
52
2
Std. Deviation
1,053
Mean
2,12
N
65
Total
Std. Deviation
0,992
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias. Abaixo
podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média para os dois
grupos, do agrupamento sexo.
Quadro 19: Mann-Whitney para Afirmativa 4 no agrupamento Sexo
Q4
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,832
SEXO Q4
Mean
2,10
N
40
1
Std. Deviation
0,744
Mean
2,16
N
25
2
Std. Deviation
1,313
Mean
2,12
N
65
Total
Std. Deviation
0,992
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
O quadro a seguir apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa. Observa-se que o coeficiente de correlação, mesmo
apresentando uma correlação “ínfima negativa”, praticamente nula, indica que todas as
variáveis apresentaram um comportamento de proporcionalidade inversa com a “Afirmativa
12”, isto é, as variáveis possuem uma tendência a um crescimento no sentido oposto ao
proposto pela Afirmativa: Minha comunicação aprimorou-se.
45
Quadro 20: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 4, nos 4 agrupamentos
Q4
Correlation Coefficient
-0,027
Sig. (2-tailed)
0,834
SEXO
N
65
Correlation Coefficient
-0,073
Sig. (2-tailed)
0,564
TEMPO DE BANCO
N
65
Correlation Coefficient
-0,087
Sig. (2-tailed)
0,490
FORMAÇÃO SUPERIOR
N
65
Correlation Coefficient
-0,094
Sig. (2-tailed)
0,454
IDADE
N
65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “2,12”, ou seja, próxima do
valor “2” (dois), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Concordância parcial” com a
afirmativa apresentada. Indicando assim que com a aplicação da ferramenta de avaliação de
desempenho, percebeu-se que a comunicação dos empregados, aprimorou-se, de forma
parcial.
- Afirmativa 5 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Colaboro, em um clima de
harmonia, com os colegas a fim de concretizar os objetivos da empresa.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 21: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 5 no agrupamento Formação Superior
Q5
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,118
FORMAÇÃO SUPERIOR Q5
Mean
1,62
N
13
1
Std. Deviation
0,650
Mean
1,33
N
52
2
Std. Deviation
0,474
Mean
1,38
N
65
Total
Std. Deviation
0,521
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
46
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias. Abaixo
podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média para os dois
grupos, do agrupamento sexo.
Quadro 22: Mann-Whitney para Afirmativa 5 no agrupamento Sexo
Q5
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,607
SEXO Q5
Mean
1,40
N
40
1
Std. Deviation
0,496
Mean
1,36
N
25
2
Std. Deviation
0,569
Mean
1,38
N
65
Total
Std. Deviation
0,521
Fonte - Dados obtidos através do SPSS
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa. Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se
como “ínfimo negativo”, praticamente nulo, para as variáveis “Idade e Sexo”, com correlação
“Fraca negativa” para a variável “Formação Superior” e com correlação “Fraca positiva” para
a variável “Tempo de Banco”. Ainda pode ser percebido que, as variáveis “Idade, Formação
Superior e Sexo”, demonstraram uma tendência de crescimento, de suas correlações, em
sentido oposto à proposição da Afirmativa: Colaboro, em um clima de harmonia, com os
colegas a fim de concretizar os objetivos da empresa. Sendo que a variável “Tempo de banco”
demonstrou correlacionar-se de forma diretamente proporcional ao proposto pela Afirmativa.
Quadro 23: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 5, nos 4 agrupamentos
Q5
Correlation Coefficient
-0,064
Sig. (2-tailed)
0,611
SEXO
N
65
Correlation Coefficient
0,121
Sig. (2-tailed)
0,336
TEMPO DE BANCO
N
65
Correlation Coefficient
-0,195
Sig. (2-tailed)
0,119
FORMAÇÃO SUPERIOR
N
65
Correlation Coefficient
-0,009
Sig. (2-tailed)
0,946
IDADE
N
65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
47
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “1,38”, ou seja, próxima do
valor “1” (hum), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Concordância total” com a
afirmativa apresentada. Indicando assim que com a aplicação da ferramenta de avaliação de
desempenho, percebeu-se que a comunicação dos empregados, aprimorou-se.
2 - Grupo de Afirmativas sobre “Valores associados à satisfação e bem estar dos
empregados” (α de Cronbach = 0,89)
- Afirmativa 6 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Investe-se no crescimento
profissional dos empregados.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 24: Mann-Whitney e médias para a Afirmativa 6 no agrupamento Formação Superior
Q6
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,381
FORMAÇÃO SUPERIOR Q6
Mean 2,00
N 13
1
Std. Deviation 0,913
Mean 1,81
N
52
2
Std. Deviation 0,971
Mean
1,85
N 65
Total
Std. Deviation 0,956
Fonte - Dados obtidos através do SPSS
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias. Abaixo
podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média para os dois
grupos, do agrupamento sexo:
Quadro 25: Mann-Whitney para Afirmativa 6 no agrupamento Sexo
Q6
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,988
SEXO Q6
Mean 1,88
N 40
1
Std. Deviation 0,992
Mean
1,80
N 25
2
Std. Deviation
0,913
Mean 1,85
N 65
Total
Std. Deviation
0,956
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
48
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa.
Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se como “ínfimo negativo”
(praticamente nulo) para a variável “Sexo” e com correlação “Fraca negativa” para as
variáveis “Formação Superior, Tempo de banco e Idade”. Porém a variável “Idade”
apresentou uma correlação significante no nível de “5%”, o que pode demonstrar uma relação
linearmente dependente entre esta variável e a Afirmativa proposta. Ainda pode ser percebido
que todas as variáveis demonstraram uma tendência de crescimento, de suas correlações, em
sentido oposto à proposição da Afirmativa: Investe-se no crescimento profissional dos
empregados.
Quadro 26: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 6, nos 4 agrupamentos
Q6
Correlation Coefficient -0,002
Sig. (2-tailed)
0,988
SEXO
N
65
Correlation Coefficient -0,200
Sig. (2-tailed)
0,110
TEMPO DE BANCO
N
65
Correlation Coefficient
-0,110
Sig. (2-tailed) 0,385
FORMAÇÃO SUPERIOR
N 65
Correlation Coefficient
-,257(*)
Sig. (2-tailed) 0,039
IDADE
N 65
*. Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “1,85”, ou seja, próxima do
valor “2” (dois), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Concordância parcial” com a
afirmativa apresentada.
- Afirmativa 7 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Os empregados recebem
treinamento para poderem desenvolver sua criatividade.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 27: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 7 no agrupamento Formação Superior
Q7
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,339
FORMAÇÃO SUPERIOR Q7
Mean
2,23
N
13
1
Std. Deviation
0,832
Mean
2,65
N
52
2
Std. Deviation
1,297
Mean
2,57
N
65
Total
Std. Deviation
1,224
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
49
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias.
Abaixo podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média
para os dois grupos, do agrupamento sexo:
Quadro 28: Mann-Whitney para Afirmativa 7, no agrupamento Sexo
Q7
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,128
SEXO Q7
Mean
2,38
N
40
1
Std. Deviation
1,125
Mean
2,88
N
25
2
Std. Deviation
1,333
Mean
2,57
N
65
Total
Std. Deviation
1,224
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
O quadro a seguir apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa:
Quadro 29: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 7, nos 4 agrupamentos
Q7
Correlation Coefficient
0,190
Sig. (2-tailed)
0,129
SEXO
N
65
Correlation Coefficient
-0,035
Sig. (2-tailed)
0,779
TEMPO DE BANCO
N
65
Correlation Coefficient
0,119
Sig. (2-tailed)
0,343
FORMAÇÃO SUPERIOR
N
65
Correlation Coefficient
0,025
Sig. (2-tailed)
0,841
IDADE
N
65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se como “ínfimo negativo”
(praticamente nulo) para a variável “Tempo de banco”, com correlação “ínfima positiva”
(praticamente nula) para a variável “Idade” e com correlação “Fraca positiva” para as
variáveis “Formação Superior e Sexo”.
Pode ainda ser percebido que as variáveis “Formação Superior e Sexo” demonstraram
uma tendência de crescimento, de suas correlações, no mesmo sentido da proposição da
Afirmativa: Os empregados recebem treinamento para poderem desenvolver sua criatividade.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “2,57”, ou seja, tendente ao
valor “3” (três), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Indiferença” com a afirmativa
apresentada.
50
- Afirmativa 8 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Programas destinados a melhorar
o bem-estar dos empregados são implementados e testados.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 30: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 8 no agrupamento Formação Superior
Q8
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,832
FORMAÇÃO SUPERIOR Q8
Mean
2,23
N
13
1
Std. Deviation
0,725
Mean
2,33
N
52
2
Std. Deviation
0,964
Mean
2,31
N
65
Total
Std. Deviation
0,917
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, diferentemente da variável Formação Superior, a
variável sexo apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias. Tal condição
pode ser vista na tendência da média das respostas do sexo masculino (agrupamento 1) à
“Indiferença”, enquanto a média das respostas do sexo feminino (agrupamento 2) tendeu a
“Concordância Parcial”.
Abaixo podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média
para os dois grupos, do agrupamento sexo.
Quadro 31: Mann-Whitney para Afirmativa 8 no agrupamento Sexo
Q8
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,011
SEXO Q8
Mean
2,55
N
40
1
Std. Deviation
1,011
Mean
1,92
N
25
2
Std. Deviation
0,572
Mean
2,31
N
65
Total
Std. Deviation 0,917
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
51
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis) para esta Afirmativa.
Quadro 32: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 8, nos 4 agrupamentos
Q8
Correlation Coefficient
-,316(*)
Sig. (2-tailed)
0,010
SEXO
N
65
Correlation Coefficient
-0,054
Sig. (2-tailed)
0,671
TEMPO DE BANCO
N
65
Correlation Coefficient
0,026
Sig. (2-tailed)
0,834
FORMAÇÃO SUPERIOR
N
65
Correlation Coefficient
0,040
Sig. (2-tailed)
0,750
IDADE
N
65
*. Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se como “ínfimo negativo”
(praticamente nulo) para a variável “Tempo de banco”, com correlação “ínfima positiva”
(praticamente nula) para as variáveis “Formação Superior e Idade” e com correlação “Fraca
negativa” para a variável “Sexo”. Porém esta última variável apresentou uma correlação
significante no nível de “5%”, o que pode demonstrar uma relação linearmente dependente
entre esta variável e a Afirmativa proposta.
Pode ainda ser percebido que a variável “Sexo”, demonstrou uma tendência de
crescimento, de sua correlação, no sentido oposto ao da proposição da Afirmativa: Programas
destinados a melhorar o bem-estar dos empregados são implementados e testados.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “2,31”, ou seja, tendente ao
valor “2” (dois), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Concordância parcial” com a
afirmativa apresentada.
3 - Grupo de Afirmativas sobre “Práticas de Recompensa e Treinamento.” (α de
Cronbach = 0,82).
- Afirmativa 9 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Os empregados são premiados
quando apresentam um desempenho que se destaca dos demais.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
52
Quadro 33: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 9 no agrupamento Formação Superior
Q9
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,183
FORMAÇÃO SUPERIOR Q9
Mean 2,69
N
13
1
Std. Deviation 1,032
Mean 3,19
N 52
2
Std. Deviation 1,401
Mean 3,09
N 65
Total
Std. Deviation 1,343
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias.
Abaixo podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média
para os dois grupos, do agrupamento sexo.
Quadro 34: Mann-Whitney para Afirmativa 9 no agrupamento Sexo
Q9
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,803
SEXO Q9
Mean
3,15
N
40
1
Std. Deviation
1,167
Mean
3,00
N
25
2
Std. Deviation
1,607
Mean
3,09
N
65
Total
Std. Deviation
1,343
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis). para esta Afirmativa.
Quadro 35: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 9, nos 4 agrupamentos
Q9
Correlation Coefficient
-0,031
Sig. (2-tailed)
0,805
SEXO
N
65
Correlation Coefficient
-,301(*)
Sig. (2-tailed)
0,015
TEMPO DE BANCO
N
65
Correlation Coefficient
0,166
Sig. (2-tailed)
0,186
FORMAÇÃO SUPERIOR
N
65
Correlation Coefficient
-,281(*)
Sig. (2-tailed)
0,023
IDADE
N
65
*. Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
53
Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se como “ínfimo negativo”
(praticamente nulo) para a variável “Sexo”, com correlação “Fraca positiva” para a variável
“Formação Superior” e com correlação “Fraca negativa” para as variáveis “Tempo de banco e
Idade”. Porém, estas últimas variáveis apresentaram uma correlação significante no nível de
“5%”, o que pode demonstrar uma relação linearmente dependente entre estas variáveis e a
Afirmativa proposta. Pode ainda ser percebido que as variáveis “Sexo, Tempo de banco e
Idade”, demonstraram uma tendência de crescimento, de sua correlação, no sentido oposto ao
da proposição da Afirmativa: Os empregados são premiados quando apresentam um
desempenho que se destaca dos demais.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “3,09”, ou seja, tendente ao
valor “3” (três), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Indiferença” com a afirmativa
apresentada.
- Afirmativa 10 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Os empregados costumam ser
premiados quando alcançam metas pré-estabelecidas.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 36: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 10 no agrupamento Formação Superior
Q10
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,471
FORMAÇÃO SUPERIOR Q10
Mean
3,00
N
13
1
Std. Deviation
1,080
Mean
3,29
N
52
2
Std. Deviation
1,362
Mean
3,23
N
65
Total
Std. Deviation
1,308
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Quanto à variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias.
A seguir podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média
para os dois grupos, do agrupamento sexo.
54
Quadro 37: Mann-Whitney para Afirmativa 10 no agrupamento Sexo
Q10
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,210
SEXO Q10
Mean
3,40
N
40
1
Std. Deviation
1,172
Mean
2,96
N
25
2
Std. Deviation
1,485
Mean
3,23
N
65
Total
Std. Deviation
1,308
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis) para esta Afirmativa.
Quadro 38: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 10, nos 4 agrupamentos
Q10
Correlation Coefficient
-0,157
Sig. (2-tailed)
0,212
SEXO
N
65
Correlation Coefficient
-0,209
Sig. (2-tailed)
0,095
TEMPO DE BANCO
N
65
Correlation Coefficient
0,090
Sig. (2-tailed)
0,476
FORMAÇÃO SUPERIOR
N
65
Correlation Coefficient
-0,179
Sig. (2-tailed)
0,154
IDADE
N
65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se como “ínfimo positivo”
(praticamente nulo) para a variável “Formação superior”, com correlação “Fraca negativa”
para as variáveis “Sexo, Tempo de banco e Idade”. Porém nenhuma das correlações, para esta
Afirmativa, apresentou significância no nível de “5%”.
Pode ainda ser percebido que as variáveis “Sexo, Tempo de banco e Idade”,
demonstraram uma tendência de crescimento, de sua correlação, no sentido oposto ao da
proposição da Afirmativa: Os empregados costumam ser premiados quando alcançam metas
pré-estabelecidas.
55
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “3,23”, ou seja, tendente ao
valor “3” (três), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Indiferença” com a afirmativa
apresentada.
- Afirmativa 11 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: A dedicação dos empregados é
recompensada.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 39: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 11 no agrupamento Formação Superior
Q11
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,690
FORMAÇÃO SUPERIOR Q11
Mean 2,46
N 13
1
Std. Deviation 0,877
Mean 2,63
N 52
2
Std. Deviation 1,189
Mean 2,60
N 65
Total
Std. Deviation 1,129
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias.
Abaixo podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média
para os dois grupos, do agrupamento sexo.
Quadro 40: Mann-Whitney para Afirmativa 11 no agrupamento Sexo
Q11
Asymp. Sig. (2-tailed)
0,759
SEXO Q11
Mean
2,63
N
40
1
Std. Deviation
1,030
Mean
2,56
N
25
2
Std. Deviation
1,294
Mean
2,60
N
65
Total
Std. Deviation 1,129
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
56
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa.
Quadro 41: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 11, nos 4 agrupamentos
Q11
Correlation Coefficient -0,038
Sig. (2-tailed) 0,762
SEXO
N 65
Correlation Coefficient -0,174
Sig. (2-tailed) 0,167
TEMPO DE BANCO
N 65
Correlation Coefficient 0,050
Sig. (2-tailed) 0,693
FORMAÇÃO SUPERIOR
N 65
Correlation Coefficient
-0,082
Sig. (2-tailed) 0,515
IDADE
N 65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se como “ínfimo negativo”
(praticamente nulo) para as variáveis “Sexo e Idade”, com correlação “Fraca negativa” para a
variável “Tempo de banco” e com correlação “Ínfima positiva” (praticamente nula) para a
variável “Formação superior”. Porém nenhuma das correlações, para esta Afirmativa,
apresentou significância no nível de “5%”.
Pode ainda ser percebido que as variáveis “Sexo, Tempo de banco e Idade”,
demonstraram uma tendência de crescimento, de sua correlação, no sentido oposto ao da
proposição da Afirmativa: A dedicação dos empregados é recompensada.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “2,60”, ou seja, tendente ao
valor “3” (três), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Indiferença” com a afirmativa
apresentada.
- Afirmativa 12 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: As inovações costumam ser
introduzidas por meio de treinamento.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 42: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 12 no agrupamento Formação Superior
Q12
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,562
FORMAÇÃO SUPERIOR Q12
Mean 2,62
N 13
1
Std. Deviation 0,961
Mean 2,92
N 52
2
Std. Deviation 1,398
Mean 2,86
N 65
Total
Std. Deviation 1,321
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
57
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias.
Abaixo podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média
para os dois grupos, do agrupamento sexo.
Quadro 43: Mann-Whitney para Afirmativa 12 no agrupamento Sexo
Q12
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,570
SEXO Q12
Mean 2,95
N 40
1
Std. Deviation 1,300
Mean 2,72
N 25
2
Std. Deviation 1,370
Mean 2,86
N 65
Total
Std. Deviation 1,321
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa.
Quadro 44: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 12, nos 4 agrupamentos
Q12
Correlation Coefficient -0,071
Sig. (2-tailed) 0,574
SEXO
N 65
Correlation Coefficient -0,126
Sig. (2-tailed) 0,316
TEMPO DE BANCO
N 65
Correlation Coefficient 0,072
Sig. (2-tailed) 0,566
FORMAÇÃO SUPERIOR
N 65
Correlation Coefficient -0,086
Sig. (2-tailed) 0,496
IDADE
N 65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se como “ínfimo negativo”
(praticamente nulo) para as variáveis “Sexo e Idade”, com correlação “Fraca negativa” para a
variável “Tempo de banco” e com correlação “Ínfima positiva” (praticamente nula) para a
variável “Formação superior”. Porém nenhuma das correlações, para esta Afirmativa,
apresentou significância no nível de “5%”.
Pode ainda ser percebido que as variáveis “Sexo, Tempo de banco e Idade”,
demonstraram uma tendência de crescimento, de sua correlação, no sentido oposto ao da
proposição da Afirmativa: As inovações costumam ser introduzidas por meio de treinamento.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “2,86”, ou seja, tendente ao
valor “3” (três), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Indiferença” com a afirmativa
apresentada.
- Afirmativa 13 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: As promoções são definidas por
avaliação de desempenho.
58
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 45: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 13 no agrupamento Formação Superior
Q13
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,959
FORMAÇÃO SUPERIOR Q13
Mean 2,62
N 13
1
Std. Deviation 0,961
Mean
2,67
N 52
2
Std. Deviation 1,339
Mean 2,66
N 65
Total
Std. Deviation 1,266
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias.
Abaixo podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média
para os dois grupos, do agrupamento sexo.
Quadro 46: Mann-Whitney para Afirmativa 13 no agrupamento Sexo
Q13
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,789
SEXO Q13
Mean 2,63
N 40
1
Std. Deviation 1,170
Mean 2,72
N 25
2
Std. Deviation 1,429
Mean 2,66
N 65
Total
Std. Deviation 1,266
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa:
Quadro 47: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 13, nos 4 agrupamentos
Q13
Correlation Coefficient 0,034
Sig. (2-tailed) 0,791
SEXO
N 65
Correlation Coefficient -,244(*)
Sig. (2-tailed) 0,050
TEMPO DE BANCO
N 65
Correlation Coefficient -0,006
Sig. (2-tailed) 0,959
FORMAÇÃO SUPERIOR
N 65
Correlation Coefficient -0,168
Sig. (2-tailed) 0,180
IDADE
N 65
*. Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
59
Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se como “ínfimo negativo”
(praticamente nulo) para a variável “Formação superior”, com correlação “Fraca negativa”
para as variáveis “Tempo de banco e Idade” e com correlação “Ínfima positiva” (praticamente
nula) para a variável “Sexo”. Porém a correlação para a variável “Tempo de banco”,
apresentou uma significância no nível de “5%” para esta Afirmativa, apresentou significância
no nível de “5%”. O que pode demonstrar uma relação linearmente dependente entre esta
variável e a Afirmativa proposta.
Pode ainda ser percebido que as variáveis “Formação superior, Tempo de banco e
Idade”, demonstraram uma tendência de crescimento, de sua correlação, no sentido oposto ao
da proposição da Afirmativa: As promoções são definidas por avaliação de desempenho.
A média das respostas para esta Afirmativa, ficou no valor “2,66”, ou seja, tendente ao
valor “3” (três), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Indiferença” com a afirmativa
apresentada.
- Afirmativa 14 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Os empregados com desempenho
permanentemente baixo são demitidos.
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-
Whitney e as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação
Superior”. Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Observa-se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 48: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 14 no agrupamento Formação Superior
Q14
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,587
FORMAÇÃO SUPERIOR Q14
Mean
3,85
N 13
1
Std. Deviation 0,987
Mean 3,92
N 52
2
Std. Deviation 1,186
Mean 3,91
N 65
Total
Std. Deviation 1,142
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Quanto à variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias.
A seguir podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média
para os dois grupos, do agrupamento sexo.
60
Quadro 49: Mann-Whitney para Afirmativa 14 no agrupamento Sexo
Q14
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,223
SEXO Q14
Mean 4,10
N 40
1
Std. Deviation 0,900
Mean 3,60
N 25
2
Std. Deviation 1,414
Mean 3,91
N 65
Total
Std. Deviation 1,142
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa.
Quadro 50: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 14, nos 4 agrupamentos
Q14
Correlation Coefficient -0,152
Sig. (2-tailed) 0,226
SEXO
N
65
Correlation Coefficient
0,000
Sig. (2-tailed)
0,999
TEMPO DE BANCO
N
65
Correlation Coefficient
0,068
Sig. (2-tailed)
0,591
FORMAÇÃO SUPERIOR
N 65
Correlation Coefficient
0,039
Sig. (2-tailed)
0,757
IDADE
N
65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se como “Fraco negativo”
(praticamente nulo) para a variável “Sexo”, com correlação “Nula” para as variáveis “Tempo
de banco” e com correlação “Ínfima positiva” (praticamente nula) para as variáveis
“Formação superior e Idade”.
Pode ainda ser percebido que a variável “Sexo” demonstrou uma tendência de
crescimento, de sua correlação, no sentido oposto da proposição da Afirmativa: Os
empregados com desempenho permanentemente baixo são demitidos.
A média das respostas para esta Afirmativa ficou no valor “3,91”, ou seja, tendente ao
valor “4” (quatro), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Discordância parcial” com a
afirmativa apresentada.
- Afirmativa 15 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: As necessidades pessoais e o
bem-estar dos funcionários constituem uma preocupação constante da empresa.
61
No quadro a seguir pode ser observado o resultado da aplicação do teste de Mann-Whitney e
as médias obtidas, para os 2 (dois) agrupamentos, da variável “Formação Superior”. Observa-
se para esta variável que, a diferença entre as médias não é significativa.
Quadro 51: Mann-Whitney e médias para Afirmativa 15 no agrupamento Formação Superior
Q15
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,327
FORMAÇÃO SUPERIOR Q15
Mean 2,08
N 13
1
Std. Deviation 0,954
Mean 2,46
N 52
2
Std. Deviation 1,075
Mean 2,38
N 65
Total
Std. Deviation 1,056
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
Quanto a variável sexo, a partir da aplicação do teste de Mann-Whitney, para os 2
(dois) agrupamentos, observa-se que, da mesma forma que a variável Formação Superior, a
variável sexo não apresentou, de maneira significativa, diferença entre as médias.
Abaixo podem ser observados o teste de Mann-Whitney e o comportamento da média
para os dois grupos, do agrupamento sexo.
Quadro 52: Mann-Whitney para Afirmativa 15 no agrupamento Sexo
Q15
Asymp. Sig. (2-tailed) 0,500
SEXO Q15
Mean 2,45
N 40
1
Std. Deviation 1,061
Mean 2,28
N 25
2
Std. Deviation 1,061
Mean 2,38
N 65
Total
Std. Deviation 1,056
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
O quadro abaixo apresenta o “ρ (rho) de Spearman” (Coeficiente de correlação entre
as variáveis), para esta Afirmativa.
Quadro 53: ρ (rho) de Spearman e médias para Afirmativa 15, nos 4 agrupamentos
Q15
Correlation Coefficient -0,084
Sig. (2-tailed) 0,505
SEXO
N 65
Correlation Coefficient -0,045
Sig. (2-tailed) 0,725
TEMPO DE BANCO
N 65
Correlation Coefficient 0,123
Sig. (2-tailed) 0,331
FORMAÇÃO SUPERIOR
N 65
Correlation Coefficient -0,059
Sig. (2-tailed) 0,640
IDADE
N 65
Fonte - Dados obtidos através do SPSS.
62
Observa-se que o coeficiente de correlação apresentou-se como “Ínfimo negativo”
(praticamente nulo) para as variáveis “Sexo, Tempo de banco e Idade” e com correlação
“Fraca positiva” para a variável “Formação superior”.
Pode ainda ser percebido que a variável “Formação superior” demonstrou uma
tendência de crescimento, de sua correlação, no mesmo sentido da proposição da Afirmativa:
As necessidades pessoais e o bem-estar dos funcionários constituem uma preocupação
constante da empresa.
A média das respostas para esta Afirmativa, ficou no valor “2,38”, ou seja, tendente ao
valor “2” (dois), o que mostra que os grupos tenderam a uma “Concordância parcial” com a
afirmativa apresentada.
4.2 Resultados das entrevistas informais
A partir das perguntas abaixo gerou-se um quadro com as respostas dos empregados.
Perguntas:
1) Existe divulgação formal do início e fim do ciclo de avaliações?
2) Acontece o “feedback” após a realização do ciclo de avaliações?
3) Após a avaliação é realizado um plano de desenvolvimento individual e ou de
equipe?
4) Os treinamentos são resultantes de planos desenvolvidos face aos resultados das
avaliações?
5) Os treinamentos existentes, na empresa, fazem parte de um plano de
desenvolvimento para o empregado, previamente estabelecido?
A seguir consta o quadro contendo as respostas dos empregados oriundas das entrevistas informais:
Quadro 54: Respostas às perguntas provenientes das entrevistas informais
RESPOSTAS DOS EMPREGADOS (E)
PERGUNTAS
E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13
Existe divulgação formal do início e
fim do ciclo de avaliações?
N N N N N N N N N N N N N
Acontece o “feedback” após a
realização do ciclo de avaliações?
N N N N N N N N N N N N N
Após a avaliação é realizado um plano
de desenvolvimento individual e ou de
equipe?
N N N N N N N N N N N N N
Os treinamentos são resultantes de
planos desenvolvidos face aos
resultados das avaliações?
N N N N N N N N N N N N N
Os treinamentos existentes, na
empresa, fazem parte de um plano de
desenvolvimento para o empregado,
previamente estabelecido?
N N N N N N N N N N N N N
Fonte - Compilação das respostas obtidas nas entrevistas informais.
4.3 Discussão
4.3.1 Discussão dos resultados do questionário
Para a discussão dos dados, as respostas foram reproduzidas no quadro abaixo, onde
também constam as afirmativas, a média associada a cada uma das afirmativas e o ponto de
63
convergência das médias, utilizando-se a técnica de arrendondamento descrita por Castro
(1967, p. 49), dentro das escala proposta (1 a 5) para as respostas.
- Quando o primeiro algarismo a ser abandonado for 0, 1, 2, 3 ou 4, fica inalterado o último
algarismo a permanecer - exemplo - 48,23 para 48,2.
- Quando o primeiro algarismo a ser abandonado for 5, 6, 7, 8 ou 9, aumenta-se de uma
unidade o último algarismo - exemplo - 34,99 para 35,0.
Quadro 55: Médias das perguntas e pontos de convergência das médias na escala de respostas
Afirmativa Média
Ponto de convergência das médias na
Escala das respostas - 1 a 5
Q1- Minha iniciativa para solucionar problemas
aumentou.
2,15 2
Q2- Após minha análise do ambiente externo e interno,
a identificação e o aproveitamento de oportunidades
melhoraram.
2,05 2
Q3- Despertou ou acelerou a minha vontade para o
aprendizado contínuo.
2,06 2
Q4- Minha comunicação aprimorou-se. 2,10 2
Q5- Colaboro, em um clima de harmonia, com os
colegas a fim de concretizar os objetivos da empresa.
1,38 1
Q6- Investe-se no crescimento profissional dos
empregados.
1,85 2
Q7- Os empregados recebem treinamento para
poderem desenvolver sua criatividade.
2,88 3
Q8- Programas destinados a melhorar o bem-estar dos
empregados são implementados e testados.
2,31 2
Q9- Os empregados são premiados quando apresentam
um desempenho que se destaca dos demais.
3,09 3
Q10- Os empregados costumam ser premiados quando
alcançam metas pré-estabelecidas.
3,23 3
Q11- A dedicação dos empregados é recompensada.
2,60 3
Q12- As inovações costumam ser introduzidas por meio
de treinamento.
2,86 3
Q13- As promoções são definidas por avaliação de
desempenho.
2,66 3
Q14- Os empregados com desempenho
permanentemente baixo são demitidos.
3,91 4
Q15- As necessidades pessoais e o bem-estar dos
funcionários constituem uma preocupação constante da
empresa.
2,38 2
Fonte - Questionário anexo I, deste trabalho.
A partir da observação das médias obtidas e acima expostas, pode-se afirmar que:
Para a Afirmativa 1 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Minha iniciativa
para solucionar problemas aumentou - A média (2,15) ficou próxima ao valor “2”, porém
entre este e o valor “3”, da escala adotada. Tal situação demonstra que a “Concordância
Parcial”, com a afirmativa, denota que a ferramenta de avaliação, não se apresentou como
fator pleno para o aumento das iniciativas em solucionar problemas.
Para a Afirmativa 2 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Após minha
análise do ambiente externo e interno, a identificação e o aproveitamento de oportunidades
melhoraram - A média (2,05) ficou próxima ao valor “2”, porém entre este e o valor “3”, da
escala adotada. Tal situação demonstra que a “Concordância Parcial” com a afirmativa,
64
denota que a ferramenta de avaliação não se apresentou como fator pleno para a percepção
de melhoria na identificação e aproveitamento de oportunidades.
Para a Afirmativa 3 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Despertou ou
acelerou a minha vontade para o aprendizado contínuo - A média (2,06) ficou próxima ao
valor “2”, porém entre este e o valor “3”, da escala adotada. Tal situação demonstra que a
“Concordância Parcial”, com a afirmativa, denota que a ferramenta de avaliação, não se
apresentou como fator pleno para a percepção do despertar ou acelerar a vontade para o
desenvolvimento contínuo.
Para a Afirmativa 4 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Minha
comunicação aprimorou-se - A média (2,10) ficou próxima ao valor “2”, porém entre este e o
valor “3”, da escala adotada. Tal situação demonstra que a “Concordância Parcial”, com a
afirmativa, denota que a ferramenta de avaliação, não se apresentou como fator pleno para a
percepção do aprimoramento na comunicação.
Para a questão 5 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Colaboro, em um
clima de harmonia, com os colegas a fim de concretizar os objetivos da empresa - A média
(1,38) ficou próxima ao valor “1”, porém entre este e o valor “2”, da escala adotada. Tal
situação demonstra que a “Concordância Total”, com a afirmativa, denota que a ferramenta de
avaliação, se apresentou como fator pleno para a percepção da existência de colaboração em
clima de harmonia, com colegas, para a concretização dos objetivos da empresa.
Para a Afirmativa 6 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Investe-se no
crescimento profissional dos empregados - A média (1,85) ficou próxima ao valor “2”, porém
entre este e o valor “1”, da escala adotada. Tal situação demonstra que a “Concordância
Parcial”, com a afirmativa, denota que a ferramenta de avaliação, não se apresentou como
fator pleno para a percepção de investimento no crescimento profissional dos empregados.
Para a questão 7 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Os empregados
recebem treinamento para poderem desenvolver sua criatividade - A média (2,88) ficou
próxima ao valor “3”, da escala adotada. Tal situação demonstra que existe uma “indiferença”
com a afirmativa, o que denota que a ferramenta de avaliação, não indicou ser fator de
contribuição em treinamentos para o desenvolvimento da criatividade.
Para a Afirmativa 8 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Programas
destinados a melhorar o bem-estar dos empregados são implementados e testados - A média
(2,31) ficou próxima ao valor “2”, porém entre este e o valor “3”, da escala adotada. Tal
situação demonstra que a “Concordância Parcial”, com a afirmativa, denota que a ferramenta
de avaliação, não se apresentou como fator pleno para a melhoria na identificação e
aproveitamento de oportunidades.
65
Para a Afirmativa 9 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Os empregados
são premiados quando apresentam um desempenho que se destaca dos demais - A média
(3,09) ficou próxima ao valor “3”, porém entre este e o valor “4”, da escala adotada. Tal
situação demonstra que a “indiferença” na percepção dos empregados, não indica que a
ferramenta seja fator de contribuição na premiação de empregados, que se destacam.
Para a Afirmativa 10 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Os empregados
costumam ser premiados quando alcançam metas pré-estabelecidas - A média (3,23) ficou
próxima ao valor “3”, porém entre este e o valor “4”, da escala adotada. Tal situação
demonstra que a “indiferença” na percepção dos empregados, não indica que a ferramenta
seja fator de contribuição na premiação de empregados, que alcançam metas pré-
estabelecidas.
Para a Afirmativa 11 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: A dedicação dos
empregados é recompensada - A média (2,60) ficou próxima ao valor “3”, porém entre este e
o valor “2”, da escala adotada. Tal situação demonstra que a “indiferença” na percepção dos
empregados, não indica que a ferramenta seja fator de contribuição na recompensa de
empregados que se dedicam.
Para a Afirmativa 12 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: As inovações
costumam ser introduzidas por meio de treinamento - A média (2,86) ficou próxima ao valor
“3”, porém entre este e o valor “2”, da escala adotada. Tal situação demonstra que a
“indiferença” na percepção dos empregados, não indica que a ferramenta seja fator de
contribuição em treinamentos, quando da introdução de inovações.
Para a Afirmativa 13 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: As promoções são
definidas por avaliação de desempenho - A média (2,66) ficou próxima ao valor “3”, porém
entre este e o valor “2”, da escala adotada. Tal situação demonstra que a “indiferença” na
percepção dos empregados, não indica que a ferramenta seja fator de contribuição na
definição de promoções por avaliação de desempenho.
Para a Afirmativa 14 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: Os empregados
com desempenho permanentemente baixo são demitidos - A média (3,91) ficou próxima ao
valor “4”, porém entre este e o valor “3”, da escala adotada. Tal situação demonstra que a
“Discordância Parcial” na percepção dos empregados, indica que a ferramenta não é fator de
contribuição para a demissão de empregados com desempenho permanentemente baixo.
Para a Afirmativa 15 - APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE
AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS AVALIADORES, EU PERCEBI QUE: As necessidades
pessoais e o bem-estar dos funcionários constituem uma preocupação constante da empresa -
A média (2,38) ficou próxima ao valor “2”, porém entre este e o valor “3”, da escala adotada.
Tal situação demonstra que a “Concordância Parcial”, com a afirmativa, denota que a
ferramenta de avaliação, não se apresentou como fator pleno para a percepção de que as
66
necessidades pessoais e o bem-estar dos funcionários se constituem como uma preocupação
constante da empresa.
4.3.2 Discussão das respostas das entrevistas informais
As perguntas utilizadas nas entrevistas informais foram as seguintes:
1) Existe divulgação formal do início e fim do ciclo de avaliações?
2) Acontece o “feedback” após a realização do ciclo de avaliações?
3) Após a avaliação é realizado um plano de desenvolvimento individual e ou de
equipe?
4) Os treinamentos são resultantes de planos desenvolvidos face aos resultados das
avaliações?
5) Os treinamentos existentes, na empresa, fazem parte de um plano de
desenvolvimento para o empregado, previamente estabelecido?
As respostas para as perguntas acima foram unanimemente respondidas com “NÃO”.
O que indica que o resultado da avaliação efetuada pela empresa, ainda não se encontra
utilizado de forma plena, ou seja, de maneira a se construírem planos de desenvolvimento
profissionais, atrelados aos objetivos da empresa e que, através de treinamentos, possibilitem
tanto o desenvolvimento pessoal quanto o de equipes e da própria organização.
67
5 CONCLUSÃO
Nos tempos atuais com a disputa das empresas, na busca por fatias cada vez maiores
do mercado na qual se inserem, a competição acirrada é um fato presente.
A tecnologia que outrora poderia gerar diferencial competitivo, hoje é praticamente
tida como uma “Commodity”, cujo acesso já se mostra simples e franqueado, não sendo mais
prerrogativa de alguns. Assim surgiu a necessidade de fatores que levassem as empresas a
obterem diferencial competitivo em relação às demais, procurando manter-se e conseguir uma
parte maior do seu mercado.
Como observado neste trabalho, o desempenho de uma organização é amplamente
influenciado pelo comportamento e pelas competências dos seus funcionários. A competência
humana aliada a outros recursos empresariais dá origem e sustentação à competência
organizacional. A participação dos funcionários no processo de gestão e da estratégia de
negócios da empresa, apresentando suas expectativas, motivações e também percepções a
respeito de seus colegas (superiores, pares e subordinados), pode contribuir como fator
fundamental para o sucesso empresarial em mercados competitivos. Dessa forma as propostas
para obtenção de vantagem competitiva, caminham na direção da gestão estratégica de
Recursos Humanos. Fica assim perceptível a necessidade em se dar ênfase às pessoas como
recurso determinante do sucesso organizacional. Tal condição permite a promoção, junto aos
empregados, do estímulo à geração de novas idéias e ao encorajamento para a adoção destas.
Nesse contexto, a Avaliação 360º pode ser utilizada na forma de ferramenta que
possibilite a melhoria no desenvolvimento pessoal e profissional do Fator Humano nas
empresas, desde que aplicada de forma completa, ou seja, utilizada para a avaliação das
competências e conhecimentos, gerando planos de desenvolvimento e treinamento, de forma a
proporcionar aos empregados avaliados, um desenvolvimento pessoal e profissional alinhados
com os objetivos empresariais.
Os resultados obtidos, tanto no questionário como nas entrevistas individuais,
demonstraram, através das respostas dos empregados, relativas às contribuições da ferramenta
de avaliação, no que concerne ao desenvolvimento de cada um, não indica que a ferramenta
esteja sendo utilizada na completeza de sua proposta, conforme acima exposto, para a
estruturação de planos de desenvolvimentos oriundos das análises provenientes das
informações obtidas nos ciclos de avaliações. Tão pouco está sendo usada (a ferramenta de
avaliação), como fator para a premiação e ou promoção.
Assim apresentam-se como possíveis sugestões, para a melhoria do desenvolvimento
de competências pessoais e profissionais, através do uso da avaliação 360º, os seguintes
tópicos:
- Considerar um processo de avaliação, que leve em conta a utilização de fatores que
possam efetivamente medir as necessidades e contribuir para o desenvolvimento de
competências tanto pessoais quanto profissionais;
- Considerar um processo de análise das informações obtidas após a efetivação da
avaliação, que leve a construção de planos que contemplem metas de desenvolvimento
pessoal e de treinamentos;
- Considerar um processo de “feedback” que envolva diretamente o empregado com
seu gestor, com vistas à construção de um plano de desenvolvimento de competências
pessoais e profissionais para o empregado, afetos aos objetivos estratégicos da empresa.
Esta pesquisa aponta a necessidade de aprofundamento de questões referentes à:
possibilidade da utilização e tratamento da ferramenta de avaliação em 360º, para que esta
68
venha a contribuir no desenvolvimento de competências pessoais e profissionais dos
empregados em organizações.
Assim e para futuros trabalhos sugere-se a formulação de métodos, alinhados à
estratégias empresariais, que contemplem a utilização dos resultados obtidos após a aplicação
da ferramenta de avaliação 360º no dia-a-dia das organizações e o emprego da mesma para o
desenvolvimento de competências, bem como, o acompanhamento dos resultados a fim de
verificar a eficácia do modelo.
69
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DESEMPENHO: Tecnologias Distintas ou Instrumentos de um Mesmo Construto? RAE -
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FLEURY, M.T; OLIVEIRA JR. M.M. (Coords.). Gestão Estratégica do Conhecimento:
integrando aprendizagem, conhecimento e competências. São Paulo: Atlas, 2001.
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quebra-cabeça caleidoscópio da indústria brasileira. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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Editora HARBRA, 1977.
70
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REIS, G. Avaliação 360 Graus: um instrumento de desenvolvimento gerencial. 2ª ed. São
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o
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RUAS, R. et al. (Orgs.). Aprendizagem organizacional e competências. Porto Alegre:
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Silabo, 2007.
SIQUEIRA, M. – Medidas do Comportamento Organizacional – Porto Alegre: Artmed
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viabilizador das estratégias de recursos humanos e de produção. In: ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 22. 2002, Curitiba. Anais..., Porto
Alegre, ABEPRO.
VERGARA, S. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 9ª ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2007.
71
ANEXOS
ANEXO I
Questionário
Prezado Colaborador,
A empresa utiliza a avaliação de desempenho e competências por múltiplos avaliadores, como
ferramenta para aprimorar o comportamento e competências organizacionais.
Este questionário é não identificável e tem o objetivo, de registrar a sua percepção sobre o
quanto esse tipo de avaliação corrobora ou influencia o seu comportamento e competências.
Selecione a opção com a qual mais se identificar.
I - DADOS PESSOAIS
1. IDADE:
2. SEXO: Masculino Feminino
3. ESTADO CIVIL:
Solteiro Casado
Outro
4. TEM OUTRA FONTE DE RENDA Não Sim.
5. SUA MORADIA ESTA LOCALIZADA
Zona
Sul/Oeste
Zona
Norte/Baixada
Outro
6. FORMAÇÃO SUPERIOR: Pública Particular Não possuo
7. POSSUI PÓS-GRADUAÇÃO: Lato Sensu Strictu Sensu Não possuo
8. POSIÇÃO ATUAL:
___________________
9. POSIÇÃO ANTERIOR: ________________________
10. TEMPO NA POSIÇÃO ATUAL: ____
ANOS
11. TEMPO DE BANCO: _____ ANOS
12. FOI AVALIADO NO CARGO
ATUAL?
SIM NÃO
13. FOI AVALIADO NO CARGO
ANTERIOR?
SIM NÃO
72
APÓS A IMPLANTAÇÃO DA NOVA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS
AVALIADORES, EU PERCEBI QUE:
Afirmativa
Concordo
Totalmente
Concordo
Parcialmente
Indiferente
Discordo
Parcialmente
Discordo
Totalmente
Minha iniciativa para solucionar problemas
aumentou.
Após minha análise do ambiente externo e
interno, a identificação e o aproveitamento de
oportunidades melhoraram.
Despertou ou acelerou a minha vontade para
o aprendizado contínuo.
Minha comunicação aprimorou-se
Colaboro, em um clima de harmonia, com os
colegas a fim de concretizar os objetivos da
empresa.
Investe-se no crescimento profissional dos
empregados.
Os empregados recebem treinamento para
poderem desenvolver sua criatividade.
Programas destinados a melhorar o bem-estar
dos empregados são implementados e
testados.
Os empregados são premiados quando
apresentam um desempenho que se destaca
dos demais.
Os empregados costumam ser premiados
quando alcançam metas pré-estabelecidas.
A dedicação dos empregados é
recompensada.
As inovações costumam ser introduzidas por
meio de treinamento.
As promoções são definidas por avaliação de
desempenho.
Os empregados com desempenho
permanentemente baixo são demitidos.
As necessidades pessoais e o bem-estar dos
funcionários constituem uma preocupação
constante da empresa.
O ESPAÇO ABAIXO É PARA SUA LIVRE CONTRIBUIÇÃO COM QUE CONSIDERAR
IMPORTANTE ACRESCENTAR
73
ANEXO II
Quadro das perguntas das entrevistas informais
RESPOSTAS DOS EMPREGADOS (E)
PERGUNTAS
E1 E2 E3 E4 E5 E6
E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13
Existe divulgação formal do início e
fim do ciclo de avaliações?
Acontece o “feedback” após a
realização do ciclo de avaliações?
Após a avaliação é realizado um plano
de desenvolvimento individual e ou de
equipe?
Os treinamentos são resultantes de
planos desenvolvidos face aos
resultados das avaliações?
Os treinamentos existentes, na
empresa, fazem parte de um plano de
desenvolvimento para o empregado,
previamente estabelecido?
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