constantes as demais variáveis (SHANK; GOVINDARAJAN, 1997).
As análises de custo fixo versus custo variável, a análise do ponto de
equilíbrio, o custo marginal, análise custo-volume-lucro, entre outras,
ajudam a preservar esta doutrina. Todavia, como lembram Shank e
Govindarajan (1997), dificilmente as outras variáveis mantém-se
constantes por muito tempo.
Na GEC, a composição dos direcionadores de custos não é igual
para todas as empresas. Segundo Porter (1989), o comportamento dos
custos não depende somente de uma ou duas variáveis, mas ele é
conseqüência de uma série de fatores estruturais que impactam nos
custos da empresa. O que ocorre, normalmente, é que diversos
condutores de custo estão combinados dentro de uma determinada
atividade.
Para Porter (1989, p. 62), os principais condutores de custos são
“economias de escala, aprendizagem, o padrão de utilização da
capacidade, elos, inter-relações, integração, momento oportuno,
políticas discricionárias, localização e fatores institucionais”. Dentre os
condutores de custos citados pelo autor, nenhum deles é capaz de
determinar de forma isolada a posição de custos de uma empresa. Em
geral, eles interagem de forma dinâmica, dependendo do tipo de
empresa, setor que atende ou outras particularidades, influenciando de
forma significativa as atividades da empresa.
Dessa forma, os executivos precisam se conscientizar das
limitações de se adotar um único direcionador de custos. Shank e
Govindarajan (1997) lembram que outros fatores (além do volume)
interferem no direcionamento dos custos de produção das empresas.
Entre os mais conhecidos, encontram-se a curva de experiência, a
qualidade, a escala e a complexidade da linha de produtos. Verifica-se,
então, que ambas as correntes – a Cadeia de Valor de Michael Porter
(1989), bem como o Gerenciamento Estratégico de Custos de Shank e
Govindarajan (1997) – convergem para a necessidade de considerar, ao
mesmo tempo, mais de um elemento direcionador dos custos na
empresa. Assim, cada organização deve descobrir quais são seus
principais elementos causadores de custos e, dessa forma, discutir as
estratégias mais apropriadas em função dessa estrutura de custos.
De acordo com Riley (1987 apud Shank e Govindarajan, 1997) os
direcionadores de custos podem ser divididos em duas categorias: a
primeira compõe-se de custos estruturais e a segunda compreende os
direcionadores de execução.