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Universidade
Católica de
Brasília
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
STRICTO SENSU EM CIÊNCIAS GENÔMICAS E
BIOTECNOLOGIA
Mestrado
BRASÍLIA
2007
DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE
POLIMORFISMOS DE INSERÇÃO/DELEÇÃO DO
CROMOSSOMO X EM GENÉTICA FORENSE
Autor: Erika Horta Grandi Monteiro
Orientador: Prof. Dr. Rinaldo Wellerson Pereira
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ERIKA HORTA GRANDI MONTEIRO
DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE POLIMORFISMOS DE
INSERÇÃO/DELEÇÃO DO CROMOSSOMO X EM GENÉTICA FORENSE
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação Stricto Sensu em Ciências
Genômicas e Biotecnologia da Universidade
Católica de Brasília, como requisito para
obtenção de Título de Mestre em Ciências
Genômicas e Biotecnologia.
Orientador: Prof. Dr. Rinaldo Wellerson
Pereira
Brasília
2007
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ERIKA HORTA GRANDI MONTEIRO
POLIMORFISMOS DE INSERÇÃO/DELEÇÃO NO CROMOSSOMO X
APLICADOS EM GENÉTICA FORENSE.
Dissertação defendida e aprovada como requisito parcial para obtenção do Título
de Mestre em Ciências Genômicas e Biotecnologia, defendida e aprovada, em 11
de junho de 2007 pela banca examinadora constituída por:
Prof. Dr. Rinaldo Wellerson Pereira
Universidade Católica de Brasília
Orientador
Prof. Dr. Dário Grattapaglia
Universidade Católica de Brasília
Avaliador Interno
Prof. Dr. Márcio Elias Ferreira
Universidade Católica de Brasília
Avaliador Interno
Prof. Dr. Sidney Emanuel Batista dos Santos
Universidade Federal do Pará
Avaliador Externo
Brasília
UCB
À memória da querida Amandina, mulher
sempre à frente do seu tempo e eterna fonte de
inspiração.
Aos meus pais, Vania e Fabiano, por terem me
dado o melhor presente de toda minha vida, o
acesso à educação.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, Prof. Dr. Rinaldo Wellerson Pereira, pela paciência, dedicação, orientação
e por todos os ensinamentos durante esses anos.
Aos Profs. Drs. rio Grattappaglia, Marcio Elias e Sidney Santos, membros da banca de
avaliação, pelas contribuições, críticas, elogios e por terem aceitado fazer parte dessa banca.
Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia e à Universidade
Católica de Brasília, juntamente com os professores e funcionários, pela contribuição na
minha formação profissional e ajuda em todos os momentos solicitados e pela atenção
despendida.
Ao Dr. Ruy Caldas, coordenador do curso de Pós-graduação em Ciências Genômicas e
Biotecnologia, Danielle de Moura e ao secretário Fábio Costa, por todo apoio e incentivo.
A Universidade Católica de Brasília e ao CNPq pelo apoio financeiro que tornou possível a
realização desse trabalho.
Aos Dr. Bruno Tommasi e Dr. Henrique Tommasi por terem me dado a grande oportunidade
de estar envolvida com a área de Biologia Molecular. Agradeço por terem me proporcionado
a oportunidade de realizar o mestrado em Brasília, pela confiança e pela amizade.
A todos os funcionários do Instituto Tommasi, em especial a Dra.Gabriela Nogueira, por
todos os conselhos, ajuda e pela imensa amizade.
A todos os funcionários do laboratório Heréditas, pelos amostras de DNA concedidas, tempo
e ajuda na realização da minha dissertação.
Ao pessoal do Cenargen, Danielle Faria, Eva Mamani, Juliano Pádua e Marília Pappas pela
imensa boa vontade em me atender e ajudar todas as vezes que precisei utilizar o
seqüenciador.
Aos técnicos André Ramos, Idacuy Mundin, Márcia e Willian Baião por toda ajuda e pelas
boas risadas.
A Breno Abreu e Túlio Lins, colegas de mestrado, de bancada, profissionais competentes,
animados e acima de tudo amigos. Obrigada por tudo.
Aos amigos brasilienses, Alessandra Reis, Aline Braga, André Amaral, Joanna de Abreu,
Pollyanna Diener e Natália Bueno pela amizade, pela troca de conhecimentos e pelas boas
risadas. Obrigada por me receberem tão bem.
Ao pessoal da bancada do professor Rinaldo: Rodrigo Vieira, Meiriele Luíza, Ana Cláudia
Teixeira, Priscilla Lasse, Paula Borges, Erica Caldas, Angélica Pedrosa, Luís Souza, Paulo
Gentil e Ricardo Moreno, assim como o pessoal da bancada do prof. Dr. Renato Caparroz. A
todos os colegas do Laboratório de Ciências Genômicas e Biotecnologia pela amizade, troca
de conhecimento, pelos momentos que passamos juntos, pelas críticas, sugestões, ajuda,
incentivo e colaboração.
A meus pais, Vânia e Fabiano, pelos momentos de ensinamento e alegria, incentivo,
paciência, críticas, carinho e amor.
Aos meus irmãos Juliana e Rubens, sempre com uma palavra de carinho a me incentivar. A
toda minha família pelo apoio incondicional e pela amizade. Ao meu primo Alex, por ter me
recebido tão bem em Brasília e por fazer tão bem o papel de família.
Aos queridos amigos pela torcida, que apesar de longe, sempre muito perto do coração.
Sou grata pelo apoio, oportunidade, incentivo e ajuda oferecido por todos aqueles que fizeram
parte da minha vida nestes dois anos de intenso trabalho. Obrigada!
E por último, mas não menos importante, a Deus, por ter me guiado por esse caminho, me
dando muita força.
Quando você partir em direção a Ítaca,
Que sua jornada seja longa,
Repleta de aventuras, plena de conhecimento.
Não temas Laestrigones e Ciclopes nem o furioso Poseidon;
Você não irá encontrá-los durante o caminho, se
O pensamento estiver elevado, se a emoção
jamais abandonar seu corpo e seu espiríto.
Laestrigones e Ciclopes, e o furioso Poseidon
não estarão em seu caminho
se você não carregá-los em sua alma,
se sua alma não os colocar diante de seus passos.
Espero que sua estrada seja longa.
Que sejam muitas as manhãs de verão,
que o prazer de ver os primeiros portos
traga uma alegria nunca vista.
Procure visitar os empórios da Fenícia
recolha o que há de melhor.
Vá às cidades do Egito,
aprenda com um povo que tem tanto a ensinar.
Não perca Ítaca de vista,
pois chegar lá é o seu destino.
Mas não apresse os seus passos;
é melhor que a jornada demore muitos anos
e seu barco só ancore na ilha
quando você já estiver enriquecido
com o que conheceu no caminho.
Não espere que Ítaca lhe dê mais riquezas.
Ítaca já lhe deu uma bela viagem;
sem Ítaca,você jamais teria partido.
Ela já lhe deu tudo, e nada mais pode lhe dar.
Se,no final,você achar que Ítaca é pobre,
não pense que ela o enganou.
Por que você tornou-se um sábio, viveu uma vida intensa,
e este é o significado de Ítaca.
Konstantino Kavafis (1863-1933)
RESUMO
Atualmente, a identificação genética humana está centrada na utilização de um conjunto de
marcadores autossômicos do tipo microssatélites, os quais suprem a maioria das demandas
apresentadas aos laboratórios de genética forense. No entanto, para algumas situações, os
microssatélites autossômicos comumente utilizados não oferecem resultados satisfatórios.
Estas situações passam por casos onde o material genético do suposto pai não está disponível
e casos onde a amostra de DNA obtida apresenta-se degradada ou em quantidades abaixo
daquelas que são limites para utilização dos sistemas comerciais para amplificação dos
microssatélites autossômicos. Com o fito de auxiliar a resolução dessas situações
problemáticas, este trabalho objetivou a utilização de marcadores no cromossomo X,
permitindo complementar estudos de parentesco, especificamente em situações onde as
amostras encontram-se degradadas e/ou em baixas concentrações de DNA. Os marcadores
escolhidos foram polimorfismos do tipo inserção/deleção (indel) no cromossomo X, de 2 a 11
pares de base. Foram desenhados iniciadores para 17 indels do cromossomo X que ao
amplificar geram produtos de tamanho de 70 a 170 pares de base. Dessas 17 indels apenas 8
permitiram sua utilização em reação em multiplex. O sistema multiplex desenvolvido
apresentou alta sensibilidade em suas amplificações, obtendo resultados com concentrações
de até 0,1 ng de DNA em um volume de reação de 12,5 µl, através de estudos de
sensibilidade. Para testar a eficiência do multiplex, foram utilizadas amostras artificialmente
degradadas com a utilização de DNAse I. A partir dessas amostras artificialmente degradadas
utilizou-se o protocolo de Low Copy Number DNA onde aumentou-se o número de ciclos do
protocolo de amplificação de 30 para 34. Essa técnica mostrou-se realmente eficaz. Além
disso, também se testou a eficiência da amplificação do sistema multiplex em amostras
degradadas submetidas à amplificação de genoma total que se mostrou ineficaz. Um estudo da
população brasileira foi conduzido em 200 amostras das cinco regiões geopolíticas brasileiras
a fim de estabelecer a freqüência das indels do cromossomo X. Os dados de estrutura
populacional indicaram diferença entre regiões (F
ST
= 0,021 P<0,05). Finalmente analisou-se o
funcionamento e a precisão do multiplex em casos de paternidade com trios e suposto pai
falecido e compararam-se os resultados previamente obtidos pelo estudo com microssatélites.
O sistema de multiplex de indels do cromossomo X provou ser útil e sua aplicação como
complemento em casos de parentesco foi aprovado, assim como, seu sucesso na amplificação
de amostras degradadas e em amostras com baixa quantidade de DNA, quando analisado em
conjunto com a técnica de LCN.
Palavras-Chave: Mini-Indel. Cromossomo X. Genética Forense. Casos de parentesco. Low
Copy Number DNA.
ABSTRACT
Nowadays the human genetic identification it’s based on the utilization of a set of autosomal
markers, the microsatellites, which fulfils the majority of the forensic genetic labs
requirements. However, there are some situations when that the usual autosomal
microsatellites don’t always offer good results. Those situations include cases where the
genetic sample of the alleged father is not available and cases where the DNA sample presents
itself degraded or in low quantities, rendering the utilization of commercial systems to the
amplification of autosomal markers useless. With the aim of assisting the resolution of these
problematic situations, this study aimed the use of X-chromosome markers, allowing to
improve kinship studies, more specifically, scenarios using degraded or low quantity DNA
samples. The markers chosen were insertion/deletion (indel) polymorphisms from X-
Chromosome, ranging from 2-11 base pairs. Primers were designed for 17 X-chromosome
indels, in order to generate Amplicons ranging from 70 to 170 base pairs. Only eight of these
17 indels allowed their use in multiplex reaction. The X-chromosome based multiplex system
has shown to be highly sensitive in their amplifications, being able to amplify as low as 0.1 ng
of DNA in a reaction volume of 12.5 µl, through sensitivity studies. To test the amplification
efficiency of the multiplex, artificially and controlled degraded samples using DNAse I
enzyme were used. From these artificially degraded samples, a new amplification protocol
based on the increase from 30 cycles to 34 cycles was used. This technique proved to be
really effective. Also, degraded samples were amplified using whole genome amplification
prior to the PCR reaction for comparison sake that proved ineffective. A Brazilian population
study was held on 200 samples from the five geopolitical Brazilian regions in order to
establish the frequency of X-Chromosome indels. Population comparison indicated genetic
difference between regions (F
ST
= 0.021 P<0.05). Along with that, some kinship case studies,
which were already been analyzed through the use of autosomal marker, were conducted
using this novel 8 X-chromosome indel marker multiplex set. This novel multiplex system
based on X-chromosome indels markers has proven to be useful and its usage on kinship
cases as a complementary tool has been approved, and, in addition, it has proven to be
successful in the amplification of degraded samples as well as in low quantity DNA samples
along with other technique, Low Copy Number.
Keywords: Mini-Indel. X-Chromosome. Forensic science. Kinship testing. Low Copy
Number DNA.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Primeiras utilizações em casos de imigração e criminal........................................27
Figura 2 - Marcador STR.. ......................................................................................................29
Figura 3 - Reação de Multiplex...............................................................................................30
Figura 4 – Locos do sistema Codis com suas localizações cromossômicas. ..........................31
Figura 5 - Cromossomo Y humano.........................................................................................37
Figura 6 - Mapa do genoma mitocondrial humano.................................................................40
Figura 7 - Cromossomo X humano e seus principais marcadores STRs. ...............................43
Figura 8 – Distribuição das amostras populacionais brasileiras utilizadas nesse estudo. .......54
Figura 9 – Localização das 17 indels selecionadas ao longo do cromossomo X....................65
Figura 10 – Distribuição dos produtos gerados pelos 17 pares de iniciadores das indels
selecionadas ao longo do cromossomo X.................................................................................66
Figura 11 - Eletroferograma das amplificações em singleplex 6-FAM IDX001 a IDX006...68
Figura 12 - Eletroferograma das amplificações em singleplex 6-FAM IDX008 a IDX011...69
Figura 13 - Eletroferograma das amplificações em singleplex VIC IDX013 a IDX017. .......69
Figura 14 - Distribuição dos produtos gerados pelos 8 pares de iniciadores das indels
selecionadas ao longo do cromossomo X, que constituem a reação de multiplex...................71
Figura 15 - Eletroferograma demonstrando a multiplexação das 8 indels do cromossomo X
em 3 indivíduos diferentes........................................................................................................72
Figura 16 - Distribuição das 8 indels constituintes do multiplex no cromossomo X..............73
Figura 17 – Resultados AMOVA na população brasileira......................................................77
Figura 18 – Resultados da análise de variância loco a loco das amostras regionais da
população brasileira..................................................................................................................79
Figura 19 – Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 1 (PM1).. .......90
Figura 20 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 2 (PM2)..........93
Figura 21 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 3 (PM3). ........96
Figura 22 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 4 (PM4)........100
Figura 23 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 5 (PM5)........103
Figura 24 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 6 (PM6)........107
Figura 25 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 7 (PM7)........110
Figura 26 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 8 (PM8)........113
Figura 27 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 9 (PM9)........117
Figura 28 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 10 (PM10)....118
Figura 29 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 11 (PM11)....118
Figura 30 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 12 (PM12)....119
Figura 31 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 13 (PM13)....119
Figura 32 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 14 (PM14)....120
Figura 33 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 15 (PM15). ..120
Figura 34 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 16 (PM16)....121
Figura 35 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 17 (PM17)....121
Figura 36 - Eletroferograma mostrando resultados dos testes de sensibilidade com os
iniciadores marcados com 6-FAM. ........................................................................................124
Figura 37 - Eletroferograma mostrando resultados dos testes de sensibilidade com os
iniciadores marcados com VIC...............................................................................................125
Figura 38 - Foto gel de agarose 1% comprovando a eficácia do processo de degradação....127
Figura 39 – Resultado amplificação por WGA.....................................................................129
Figura 40 - Eletroferograma mostrando resultados comparativos das amplificações pelo ciclo
normal nas amostras. ..............................................................................................................130
Figura 41 - Eletroferograma mostrando resultados comparativos das amplificações por LCN,
normal e WGA associada à amplificação normal, respectivamente, da amostra submetida a
degradação por DNAse I (entre 400-650 pb). ........................................................................133
Figura 42 - Eletroferograma mostrando resultados comparativos das amplificações por LCN,
normal e WGA associada à amplificação normal, respectivamente, da amostra submetida à
degradação por DNAse I (abaixo de 400 pb).........................................................................134
Figura 43 - Eletroferograma mostrando resultados comparativos das amplificações por LCN,
normal e WGA associada à amplificação normal, da amostra controle.................................135
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Fórmulas para cálculo de IP individual para locos independentes no cromossomo
X, em trios................................................................................................................................58
Tabela 2 - Fórmulas para cálculo de IP individual para locos independentes no cromossomo
X, em duos................................................................................................................................59
Tabela 3 - Indels selecionadas a partir do NCBI®..................................................................63
Tabela 4 - Características das 17 indels do cromossomo X selecionadas a partir do NCBI® 64
Tabela 5 - Seqüência dos iniciadores para cada indel selecionada..........................................67
Tabela 6 - Indels do cromossomo X constituintes do multiplex. ............................................71
Tabela 7 - Caracterização dos 8 locos de indels do cromossomo X baseado em uma amostra
de 200 indivíduos. ....................................................................................................................74
Tabela 8 - Desequilíbrio de ligação entre as mini-indels do cromossomo X constituintes do
multiplex, calculados apenas entre os homens.........................................................................75
Tabela 9 - Características das 8 indels do cromossomo X utilizadas em multiplex................75
Tabela 10 – Matriz diagonal inferior com valores de Fst par a par e matriz diagonal superior
com valores de significância (Pvalor) para população de homens e mulheres. .......................78
Tabela 11 – Matriz diagonal inferior com valores de Fst par a par e matriz diagonal superior
com valores de significância (Pvalor) para população de homens...........................................78
Tabela 12 – Matriz diagonal inferior com valores de Fst par a par e matriz diagonal superior
com valores de significância (Pvalor) para população de mulheres.........................................78
Tabela 13 - Perfis genotípicos de seis trios de exclusão resultantes da análise com o octaplex
(mais amelogenina) de STRs....................................................................................................82
Tabela 14 - Perfis genotípicos de seis trios de exclusão resultantes da análise dodecaplex de
STRs.........................................................................................................................................83
Tabela 15 - Perfis genotípicos de seis trios de exclusão resultantes da análise com as mini-
indels do cromossomo X.. ........................................................................................................84
Tabela 16 - Perfis genéticos de seis trios com resultado de inclusão, analisados com o
octaplex (mais amelogenina) de STRs. ....................................................................................85
Tabela 17 - Perfis genéticos de seis trios com resultado de inclusão, analisados com o
dodecaplex de STRs. ................................................................................................................86
Tabela 18 - Perfis genéticos de seis trios com resultado de inclusão, analisados com com as
mini-indels do cromossomo X..................................................................................................87
Tabela 19 - Índice de paternidade combinado (IPC) dos trios com inclusões nos diversos
sistemas de multiplex utilizados e suas combinações. .............................................................88
Tabela 20 – Perfis genéticos do caso Post mortem 1 obtidos pela análise de 25 STRs
autossômicos (mais amelogenina)............................................................................................91
Tabela 21 - Perfis genéticos do caso Post mortem 1 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X..........................................................................................................................92
Tabela 22 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 2 obtidos pela análise de 32 STRs
autossômicos (mais amelogenina)............................................................................................94
Tabela 23 - Perfis genéticos do caso Post mortem 2 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X..........................................................................................................................95
Tabela 24 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 3 obtidos pela análise de 30 STRs
autossômicos (mais amelogenina)............................................................................................97
Tabela 25 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 3 obtidos pela análise de 7 X-STRs. .......98
Tabela 26 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 3 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X..........................................................................................................................99
Tabela 27 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 4 obtidos pela análise de 31 STRs
autossômicos...........................................................................................................................101
Tabela 28 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 4 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X........................................................................................................................102
Tabela 29 – Perfis genéticos do caso Post Mortem 5 obtidos pela análise de 32 STRs
autossômicos...........................................................................................................................104
Tabela 30 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 5 obtidos pela análise de 7 X-STRs. .....105
Tabela 31 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 5 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X........................................................................................................................106
Tabela 32 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 6 obtidos pela análise de 32 STRs
autossômicos...........................................................................................................................108
Tabela 33 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 6 obtidos pela análise de 4 X-STRs.. ....109
Tabela 34 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 6 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X........................................................................................................................109
Tabela 35 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 7 obtidos pela análise de 33 STRs
autossômicos...........................................................................................................................111
Tabela 36 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 7 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X........................................................................................................................112
Tabela 37- Perfis genéticos do caso Post Mortem 8 obtidos pela análise de 34 STRs
autossômicos...........................................................................................................................114
Tabela 38 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 8 obtidos pela análise de 5 X-STRs. .....115
Tabela 39 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 8 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X........................................................................................................................116
Tabela 40 - Índice de paternidade combinado (IPC) das inclusões de paternidade dos casos
post-mortem............................................................................................................................122
LISTA DE ABREVIATURAS
A Adenina
BSA Albumina de soro bovino (do inglês, Bovine Serum Albumin)
C Citosina
CODIS Sistema Indexado de DNA Combinando (do inglês, Combined DNA Index
System)
D-loop Alça de desdobramento (do inglês, Displacement Loop)
DNA Ácido Desoxirribonucléico (do inglês, Deoxyribonucleic Acid)
dNTP Desoxirribonucleotídeo Trifosfato (do inglês, Deoxyribonucleotide
triphosphate)
DOP-PCR PCR com oligonucleotídeos degenerados (do inglês, Degenerate
Oligonucleotide Primed PCR)
EDTA Ácido Etileno Diamono Tetrecético (do inglês, Ethylene Diamine TetrAcetic
Acid)
FBI Escritório Federal de Investigação (do ingles, Federal Bureau of Investigation)
G Guanina
H Heterozigosidade
Indels Inserção/Deleção
IP Índice de Paternidade
IPC Índice de Paternidade Combinado
I-PEP PEP melhorado (do inglês, Improved PEP)
ISFG Sociedade Internacional de Genética Forense (do inglês, International Society
of Forensic Genetics)
LCN Baixo Número de Cópias (do inglês, Low Copy Number)
LL-DOP-PCR Produtos longos de baixas quantidades DOP-PCR (do inglês, Long Products
from low quantities DOP-PCR).
MDA Amplificação de deslocamentos múltiplos (do inglês, Multiple Displacement
Amplification)
MEC
Chance Média de Exclusão (do inglês, Mean of Exclusion Chance)
MLPs Sondas Multilocais (do inglês, Multilocal Probes)
MSY Região específica de homens do cromossomo Y (do inglês, Male Specific Y
Chromosome Region)
NIST Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (do inglês, National Institute of
Standards and Technology)
NRY Região não recombinante do cromossomo Y (do inglês, Non Recombining Y-
chromosome Region)
PAR Região pseudo-autossômical (do inglês, Pseudo-autosomal region)
PCR Reação em Cadeia de Polimerase (do inglês, Polimerase Chain Reaction)
PD Poder de Discriminação
PEP Pré-amplificação por extensão do iniciador (do inglês, Primer Extension
Preamplification)
PIC Conteúdo de informação de polimorfismo (do inglês, Polymorphism
Information Content)
PP Probabilidade de Paternidade
PPE Probabilidade de Exclusão de Paternidade
RFLP Polimorfismos de Fragmentos de Restrição (do inglês, Restriction Fragment
Length Polymorphism)
SDA Amplificação com deslocamento da fita (do inglês, Strand displacement
Amplification)
SDS Sódio Dodecil Sulfato
SLP Sonda de Loco Único (do inglês, Single Locus Probe)
SNP Polimorfismo de Base Única (do inglês, Single Nucleotide Polymorphism)
SSR Repetições de Seqüência Simples (do inglês, Simple Sequence Repeats)
STR Repetições Consecutivas Curtas (do inglês, Short Tandem Repeat)
T Timina
Taq Thermus aquaticus
TE Tris-EDTA
Tris Tris-(hidroximetil)-aminometano
VNTRs Repetições Consecutivas de Número Variado (do inglês, Variable Number
Tandem Repeat)
WGA Amplificação do Genoma Total (do inglês, Whole Genome Amplification)
LISTA DE SÍMBOLOS
% porcentagem
cm centímetro
g grama
HCl ácido clorídrico
KCl cloreto de potássio
kg kilograma
M Molar
mg miligrama
MgCl
2
cloreto de magnésio
min minuto
mL mililitro
mM milimolar
NaCl cloreto de sódio
NaOH hidróxido de sódio
ng nanograma
º C grau Celsius
pb par de base
pg picograma
pH potencial hidrogeniônico
rpm rotação por minuto
s segundo
U unidade
λ lambda
µg micrograma
µL microlitro
µM micromolar
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................19
2 HIPÓTESE DE TRABALHO........................................................................................21
3 OBJETIVOS....................................................................................................................22
3.1 O
BJETIVO
G
ERAL
........................................................................................................22
3.2 O
BJETIVOS
E
SPECÍFICOS
.............................................................................................22
4 REVISÃO DA LITERATURA......................................................................................24
4.1 A
SPECTOS
H
ISTÓRICOS DA
G
ENÉTICA
F
ORENSE
.........................................................24
4.2 M
ARCADORES POLIMÓRFICOS DE USO CORRENTE EM GENÉTICA FORENSE
..................28
4.3 M
ARCADORES DE LINHAGEM EM GENÉTICA FORENSE
.................................................33
4.3.1 Cromossomo Y .......................................................................................................33
4.3.2 DNA mitocondrial..................................................................................................37
4.3.3 Marcadores polimórficos no cromossomo X .........................................................41
4.4 A
MOSTRAS COM QUANTIDADES MÍNIMAS DE
DNA
E
/
OU DEGRADADAS EM
G
ENÉTICA
F
ORENSE
................................................................................................................................46
5 MATERIAIS E MÉTODOS...........................................................................................50
5.1 S
ELEÇÃO DAS INDELS
..................................................................................................50
5.2 D
ESENHO DOS INICIADORES
........................................................................................51
5.3 A
MPLIFICAÇÃO DAS
I
NDELS DO
C
ROMOSSOMO
X.......................................................52
5.4 D
ETECÇÃO E ANÁLISE DOS PRODUTOS DA
PCR...........................................................53
5.5 A
MOSTRAS DE
DNA...................................................................................................53
5.6 D
ADOS
P
OPULACIONAIS
..............................................................................................56
5.7 U
TILIZAÇÃO EM CASOS DE PATERNIDADE
...................................................................57
5.8 S
ENSIBILIDADE
...........................................................................................................60
5.9 E
STUDOS DE DEGRADAÇÃO
.........................................................................................60
5.10 A
MPLIFICAÇÃO PELA METODOLOGIA DE
L
OW
C
OPY
N
UMBER
DNA ..........................61
5.11 A
MPLIFICAÇÃO DE GENOMA TOTAL
............................................................................61
6 RESULTADOS................................................................................................................62
6.1 I
DENTIFICAÇÃO DE INDELS POLIMÓRFICAS AO LONGO DO CROMOSSOMO
X................62
6.2 D
ESENHO DOS INICIADORES
........................................................................................66
6.3 A
MPLIFICAÇÃO DAS
I
NDELS DO
C
ROMOSSOMO
X.......................................................68
6.4 E
STUDO POPULACIONAL
.............................................................................................74
6.5 E
STUDO DE CASOS
:
EXAMES DE PATERNIDADE EM
T
RIOS
............................................80
6.6 E
STUDO DE CASOS
:
EXAMES DE PATERNIDADE EM CASOS DE
S
UPOSTO
P
AI
F
ALECIDO
89
6.7 T
ESTE DE SENSIBILIDADE
..........................................................................................123
6.8 E
STUDOS DE DEGRADAÇÃO
.......................................................................................126
6.9 A
MPLIFICAÇÃO DO MULTIPLEX DE INDELS DO CROMOSSOMO
X
UTILIZANDO
PROTOCOLOS DE
L
OW
C
OPY
N
UMBER
DNA
E DE
W
HOLE
G
ENOME
A
MPLIFICATION
..........128
7 DISCUSSÃO..................................................................................................................136
8 CONCLUSÃO...............................................................................................................141
9 APÊNDICE....................................................................................................................143
10 REFERÊNCIAS............................................................................................................145
11 REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS..............................................................................161
19
1 INTRODUÇÃO
mais de um século, desde a descoberta dos grupos sanguíneos, que
polimorfismos em humanos vêm auxiliando a resolução de questões criminais.
Passando pelos polimorfismos de grupos sanguíneos, em seguida pelos
polimorfismos protéicos/enzimáticos e pelos primeiros polimorfismos em seqüência
de DNA (RFLPs), o grande salto deu-se com a identificação dos polimorfismos de
seqüência repetitiva do tipo minissatélites. Os minissatélites e sua alta variabilidade
permitiram ao Sir Alec Jefreys e seus colaboradores, no início da década de 80 do
século XX, as primeiras aplicações de genética forense em um contexto moderno
como conhecemos hoje. No entanto, foi a caracterização dos microssatélites e a
possibilidade de genotipá-los via PCR, no final dos anos 80 e início dos anos 90, os
eventos que permitiram ao campo da genética forense sua consolidação.
Atualmente, a base de qualquer laboratório de genética forense é a utilização de 13
a 15 microssatélites autossômicos co-amplificados pela PCR (utilizando sistemas
comerciais) e genotipados utilizando a eletroforese em seqüenciadores automáticos
de DNA. Em situações especiais a utilização de microssatélites do cromossomo Y e
do cromossomo X, oferece auxílio de suma importância para a conclusão de uma
investigação. Haplótipos de cromossomo Y são utilizados na identificação de
indivíduos relacionados pela mesma linhagem paterna e são importantes
ferramentas na identificação individual de acusados de crimes sexuais.
Microssatélites do cromossomo X, utilizados como haplótipos ou não, auxiliam no
estabelecimento de vínculos de parentesco onde a configuração não é aquela
tradicional de mãe, filho e suposto pai. Principalmente naqueles casos onde o
suposto pai é ausente, o filho em questão é do sexo feminino e se tem parentes com
os quais se podem reconstruir o cromossomo X do suposto pai.
Muito embora a obtenção de perfis genéticos baseados em microssatélites
esteja consolidada como primeira ferramenta em genética forense, em situações
onde o DNA apresenta-se degradado ou em pequenas quantidades os sistemas
comerciais falham em obter um perfil completo para todos os locos genotipados. Em
se tratando da baixa concentração de DNA, os esforços têm acontecido no sentido
20
de alterar as condições da PCR e assim obter perfis de DNA para um maior número
de locos co-amplificados. Para amostras degradadas, os esforços tem-se
concentrado na redução dos fragmentos de microssatélites amplificados pela PCR e
na utilização de marcadores polimórficos do tipo SNP (do inglês, Single Nucleotide
Polymorphism), que por sua natureza permitem o desenho de sistemas de
genotipagem baseados na amplificação pela PCR de fragmentos pequenos.
Os SNPs requerem métodos de genotipagem que envolvem mais que a
simples amplificação e eletroforese. Alternativamente, polimorfismos de pequenas
inserções/deleções (2-20 pb) podem ser facilmente genotipados utilizando a PCR e
eletroforese. Com esta última informação em mente o trabalho apresentado neste
documento propôs-se estabelecer um sistema para a co-amplficação de indels do
cromossomo X e testá-las como ferramentas de auxílio em identificação humana. Os
sistemas de amplificação foram desenhados de forma que os fragmentos tivessem
seus tamanhos entre 70 e 170 pares de base. Em analogia ao termo mini-strs que é
aplicado para microssatélites amplificados de forma a gerarem fragmentos curtos, as
indels genotipadas neste trabalho serão denominadas mini-indels. Além de testar as
mini-indels do cromossomo X como ferramentas auxiliares para identificação
humana, testou-se também sua aplicação em conjunto a técnicas que buscam
solucionar questões relacionadas a baixa concentração de DNA. As técnicas
escolhidas foram: a utilização da amplificação pela metodologia de LCN-DNA (do
inglês, low copy number DNA) e a amplificação por WGA (do inglês, Whole Genome
Amplification) anterior a amplificação pelas mini-indels.
Ao final deste trabalho obteve-se um sistema com 8 indels co-amplificadas
que se mostraram potencialmente importantes para a resolução de vínculos de
parentesco em situações onde o suposto pai é ausente e o filho em questão é do
sexo feminino. O sistema poderá também ser utilizado em amostras degradadas e
ou com baixas concentrações de DNA.
21
2 HIPÓTESE DE TRABALHO
Mini-indels do cromossomo X fornecem um poder de exclusão equivalente a
microssatélites do cromossomo X em casos de paternidade forense (duos, trios e
post – mortem).
22
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Desenhar, otimizar e caracterizar geneticamente um sistema para co-
amplificação de polimorfismos do tipo indels ao longo do cromossomo X com a
finalidade de aplicação em genética forense.
3.2 Objetivos Específicos
Identificar indels polimórficas ao longo do cromossomo X utilizando o
banco de dados dbSNP;
Desenhar iniciadores para amplificação de polimorfismos do tipo indel no
cromossomo X de tamanho de 70-170 pb;
Padronizar protocolo para amplificação de indels do cromossomo X em
sistemas multiplex;
Estabelecer a freqüência de indels do cromossomo X em uma amostra da
população brasileira;
Analisar grau de desequilíbrio de ligação entre as indels estudadas;
Analisar funcionamento e precisão do multiplex em casos de paternidade
(trios) e post mortem e comparar os resultados obtidos da análise com as
mini-indels do X, com STRs autossômicos e STRs do X;
Testar a sensibilidade do multiplex em relação à quantidade de DNA;
Amplificar as amostras provenientes de estudos de degradação;
Avaliar a utilização das indels em associação com as técnicas de WGA e
LCN;
23
Amplificar as amostras provenientes de estudos de degradação
associadas com LCN e WGA.
24
4 REVISÃO DA LITERATURA
4.1 Aspectos Históricos da Genética Forense
A aplicação da genética em um contexto forense tem suas origens mais
de cem anos, com a descoberta dos polimorfismos do grupo ABO por Karl
Landsteiner (LANDSTEINER, 1900; , 1901). A identificação dos padrões de herança
do sistema ABO permitiu sua aplicação para a resolução de crimes (JOBLING et al.,
2004). Embora seja uma ferramenta rápida, os polimorfismos do grupo ABO
apresentam baixa variabilidade, o que os tornam pouco informativos. Existem quatro
grupos possíveis: A, B, AB e O, sendo que 40% da população apresentam o tipo
“O”. Logo, essa metodologia permite apenas a exclusão de um indivíduo como
sendo o doador de uma determinada evidência biológica e não a sua inclusão. Além
do sistema ABO, sistemas baseados em polimorfismos sorológicos de outros grupos
sanguíneos e em polimorfismos eletroforéticos de proteínas oferecem potencial
aplicação em genética forense, embora a baixa informatividade e a rápida
degradação das proteínas limitou a ampla utilização dos mesmos (revisado por
JOBLING et al., 2004).
Em 1985, este cenário experimentou uma grande revolução em função dos
trabalhos do geneticista inglês, Sir Alec Jeffreys, na Universidade de Leicester, UK.
Sir Jeffreys descobriu regiões no DNA que se repetiam muitas vezes lado a lado.
Além disso, percebeu que o número de repetições presentes numa amostra variava
de indivíduo para indivíduo. A estas regiões hipervariáveis foi dado o nome de
minissatélites ou VNTRs (do inglês, variable number of tandem repeat). Após a
descoberta, Sir Jeffreys demonstrou a aplicabilidade dos minissatélites para a
identificação humana, sendo então cunhado o termo DNA fingerprinting(GILL et
al., 1985; JEFFREYS et al., 1985a; JEFFREYS et al., 1985b; 1985c).
O desenvolvimento do método de “DNA fingerprinting” por Jeffreys, baseava-
se na presença de uma seqüência de 10-15 pb, rica em GC e presente nas
25
adjacências de várias regiões genômicas que apresentam blocos de DNA repetidos
em números variáveis na população. Assim, utilizando uma sonda de DNA em um
procedimento de Southern Blotting, um padrão de múltiplas bandas, específico de
cada indivíduo podia ser determinado. Esta sonda era definida como sendo
multilocal (MLPs, do inglês, multilocal probes). A vantagem apresentada era a alta
variabilidade entre indivíduos. A probabilidade de coincidência do padrão multi-
bandas entre indivíduos não aparentadas era estimada a 3 X 10
-11
e com duas
sondas multilocais este valor aumentaria para 5 X 10
-19
(revisado por TAMAKI et al.,
2005). Entretanto, esta metodologia se mostrava trabalhosa e demorada, além das
análises em misturas terem se mostrado um desafio (BUTLER, 2005).
Essa metodologia foi utilizada pela primeira vez em 1985 em um caso de
imigração na Inglaterra, onde o envolvido era um jovem de Gana. Preso sob
alegações de possuir um passaporte falso, o jovem e sua família foram submetidos
aos testes de “DNA fingerprinting” (Figura 1 - A) permitindo assim a verificação da
real identidade do jovem. Esse foi o primeiro caso a ser resolvido com a utilização do
DNA (JEFFREYS et al., 1985a; JEFFREYS, 2005).
A utilização das sondas multilocais persistiu por algum período,
principalmente no estabelecimento de vínculo genético em casos de paternidade.
Com a clonagem e caracterização de vários minissatélites, estes começaram a ser
investigados individualmente. Neste caso, uma sonda unilocal (SLP, do inglês single
locus probe), ou seja, específica para um minissatélite, gerava um padrão com no
máximo duas bandas (JEFFREYS, 2005). A utilização de perfis genéticos em um
caso criminal teve sua estréia em 1986, na Inglaterra, com o caso Colin Pitchfork
que envolvia o estupro e homicídio de duas adolescentes. A primeira utilização do
DNA em um caso criminal estabeleceu a inocência do suspeito principal, e
posteriormente revelou o verdadeiro autor do crime, Colin Pitchfork (Figura 1 - B)
(BUTLER, 2005; JEFFREYS, 2005). Era a inauguração de uma nova página no
emprego da biologia molecular, a utilização da identificação humana criminal, sendo
este o primeiro caso onde perfis genéticos foram aceitos em um tribunal como prova
material de crime (JOBLING et al., 2004; JEFFREYS, 2005). A facilidade de
interpretação dos resultados utilizando sondas unilocais levou a ampla utilização
destas, mesmo depois do desenvolvimento das metodologias baseadas em Reação
26
em Cadeia da Polimerase (PCR, do inglês polymerase chain reaction) (JOBLING et
al., 2004).
O desenvolvimento da metodologia de PCR em 1985 (SAIKI et al., 1985;
MULLIS et al., 1987) revolucionou a tecnologia do DNA e hoje constitui a base para
qualquer análise por DNA em genética forense. A PCR consiste em um processo
enzimático onde uma seqüência específica de DNA é replicada milhares de vezes
(SAIKI et al., 1985; SAIKI, 1988). A sensibilidade e a rapidez permitiram a rápida
incorporação da PCR como técnica básica para estudo de amostras forense, onde
não é incomum evidências com baixa concentração de DNA. (BUTLER, 2005). O
impacto da PCR foi tão grande que em 1993 o inventor Kary B. Mullis recebeu o
Prêmio Nobel em Química - menos de 10 anos após a sua descoberta
(http://nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/1993/press.html).
Os primeiros sistemas baseados em PCR tinham como alvo um pequeno
número de SNPs (do inglês single nucleotide polymorphisms) no gene HLA-DQA1
(WESTWOOD et al., 1990). Embora esse sistema fosse útil quando a tecnologia de
SLPs falhava, o poder de discriminação era muito baixo e com difícil interpretação
de misturas. Vários sistemas para estudo de minissatélites baseados na PCR
também foram desenvolvidos (revisado por JOBLING et al., 2004; TAMAKI et al.,
2005).
O desenvolvimento da PCR (SAIKI et al., 1985; MULLIS et al., 1987; SAIKI,
1988) juntamente com a descoberta dos microssatélites polimórficos (LITT et al.,
1989; WEBER et al., 1989) representam um momento de transição do início da
aplicação de DNA em genética forense para um momento que ainda vivemos
atualmente.
27
Figura 1 Primeiras utilizações em casos de imigração e criminal. A) A primeira aplicação de
DNA fingerprinting caso de imigração. Duas sondas MLPs para detectar diferentes tipos de
minissatélites foram usadas na mãe (M), seus três filhos não envolvidos no caso (U) e seu filho,
suposto portador de um passaporte falso (B). O pai não estava presente e o (X) corresponde ao Sir
Jeffreys. Todas as bandas presentes em B podem ser vistas em M ou no caracter paternal
visualizado em um ou mais Us. B) A primeira utilização de perfis genéticos em um caso criminal -
caso Colin Pitchfork. Uma sonda do tipo SLP foi usada para analisar os seguintes DNAs: A, raízes de
cabelo da primeira vítima coletadas post-mortem; B, mistura de sêmen e líquido vaginal da primeira
vítima; C, sangue da segunda vítima, coletado post-mortem; D, swab vaginal da segunda vítima; E,
mancha de sêmen presente na roupa da segunda vítima; S, sangue do primeiro suspeito. Os alelos
do sêmen (indicados por setas), não atribuídos às vítimas, aparecem nos dois perfis provenientes dos
estupros e não coincide com o perfil do suspeito.
Fonte -
JEFFREYS
, A. J. Genetic fingerprinting
28
4.2 Marcadores polimórficos de uso corrente em genética forense
No final dos anos 80 os microssatélites, STRs (do inglês short tandem
repeat) ou SSR (do inglês, simple sequence repeats) foram descobertos (LITT et al.,
1989; WEBER et al., 1989). Assim como os minissatélites, os microssatélites
consistem em blocos de seqüência de DNA repetidas consecutivamente.
Diferentemente dos minissatélites que apresentam blocos com 70-200 bp, os
microssatélites são caracterizados por de 2-6 pares de base (pb), repetidos
tipicamente de 5-30 vezes (LITT et al., 1989; WEBER et al., 1989) (Figura 2). Os
STRs o encontrados em genomas eucariotos e estão amplamente distribuídos no
genoma humano, constituindo cerca de 3% do mesmo, ou seja, aproximadamente
um STR a cada 2 kb (LANDER et al., 2001). As seqüências de repetição dos STRs
são nomeadas pelo comprimento da unidade de repetição, logo existem, mono-, di-,
tri- tetra-, penta- e hexanucleotídeos (TAUTZ, 1993). Devido às características
inerentes aos microssatélites com bloco de repetição menor que quatro
nucleotídeos, a Sociedade Internacional de Genética Forense (ISFG, do inglês
International Society of Forensic Genetics) recomenda a utilização de
tetranuleotídeos devido a estes possuírem um grau de polimorfimo razoável, baixa
taxa de mutação e a formação reduzida de stutter (comparada aos dinucleotídeos)
(BÄR, 1994; BÄR et al., 1997).
Além da classificação de acordo com o tamanho, os STRs também podem
ser classificados de acordo com a composição dos blocos de seqüência. Aqueles
com repetições de mesmo tamanho e seqüência são classificados como
microssatélites de repetição simples. Microssatélites com duas ou mais repetições
simples adjacentes diferindo nos motivos de repetição são classificados como
repetições compostas. Microssatélites complexos são aqueles constituídos por
blocos de repetição variando em tamanho. Microssatélites com blocos diferindo em
tamanho e em seqüência são classificados como repetições complexas
hipervariáveis. Essa última categoria de marcadores do tipo STR não é comumente
utilizada em tipagem de DNA forense devido a dificuldades com nomenclatura
29
alélica e medida de variabilidade entre laboratórios, embora dois kits comerciais
incluam o loco complexo hipervariável SE33, conhecido também como ACTBP2
(BUTLER, 2005).
Figura 2 - Marcador STR. Ilustração mostrando a unidade de repetição AGAT do marcador D5S818.
O número de repetições AGAT varia entre indivíduos.
Fonte - a autora.
Existem situações onde um alelo de um loco STR contém um número
incompleto de repetições. Microvariantes é o termo dado aos alelos que contém
unidades de repetição incompleta. Um exemplo comum de uma microvariante é o
alelo 9.3 no loco TH01, que contém nove repetições tetranucleotídicas e uma
repetição incompleta de três nucleotídeos, pois na tima repetição falta uma única
adenina fora da normal na unidade de repetição AATG (PUERS et al., 1993).
Os microssatélites apresentam um grau de polimorfismo substancial, embora
sejam menos variáveis do que os minissatélites. Os microssatélites são
particularmente interessantes nas análises forenses, no que tange a análise de
amostras degradadas ou com quantidade limitada de DNA. Por serem menores, os
microssatélites são passíveis de co-amplificação (multiplex). Reações de multiplex
são definidas como amplificações simultâneas de múltiplas regiões de DNA,
adicionando mais de um par de iniciador na reação. A figura 3 esquematiza uma
reação de PCR. Nesse exemplo, 3 locos separados são amplificados
simultaneamente utilizando 3 pares de iniciadores diferentes. A amplificação
resultante é composta por produtos de diferentes tamanhos. Atualmente existem
30
sistemas comerciais para co-amplificação de até 15 microssatélites altamente
polimórficos.
Figura 3 - Reação de Multiplex. Amplificações simultâneas de múltiplas regiões de DNA, envolvendo
mais de um par de iniciador. Cada iniciador é desenhado para amplificar diferentes locos.
Fonte - a autora.
A base destes sistemas polimórficos são treze locos estabelecidos como
conjunto mínimo a ser utilizado em genética forense nos Estados Unidos pelo FBI
(do inglês, Federal Bureau of Investigation). Este conjunto de treze locos é
conhecido como CODIS (do inglês, Combined DNA Index System) core loci e
compreende os seguintes locos: TPOX, D3S1358, FGA, D5S818, CSF1PO,
D7S820, D8S1179, THO1, VWA, D13S317, D16S539, D18S51,e D21S11.(Figura
4)(BUDOWLE, 1998). A análise dos STRs é mais sensível do que os outros métodos
e consegue recuperar informações provenientes de uma única célula. Além disso,
permite a detecção em sistemas fluorescentes que foram desenvolvidos para
permitir uma automação substancial do gel de eletroforese e a interpretação dos
perfis de DNA (FREGEAU et al., 1993; MICKA et al., 1999; BUTLER, 2005).
31
Figura 4 Locos do sistema Codis com suas localizações cromossômicas.
Fonte - http://www.cstl.nist.gov/div831/strbase/fbicore.htm (acessado em 01/2007).
O uso de marcadores adicionais geralmente é utilizado para obter maiores
informações sobre determinadas amostras. A grande maioria dos polimorfismos de
DNA pode ser dividida em dois grupos: os baseados em substituições nucleotídicas
(SNPs, do inglês single nucleotide polymorphism) e os baseados em inserções-
deleções de um ou mais nucleotídeos (conhecidos como indels e STRs)(BUTLER,
2005).
Os SNPs se apresentam normalmente na forma de dois alelos, onde o alelo
menos freqüente possui uma freqüência mínima de 1%. Estimativas o conta de
que dois indivíduos escolhidos ao acaso terão em média um nucleotídeo diferente a
cada 1331 pares de base (TISMWG, 2001). Estima-se que existam em torno de 10-
32
15 milhões de SNPs com alelo menos freqüente acima de 5% e aproximadamente 3
milhões com alelo menos freqüente entre 30-40% (KRUGLYAK et al., 2001).
O interesse pelos SNPs na área de genética forense é crescente. Esse
interesse é devido a um número de características que os tornam muito apropriados
para os estudos forenses: primeiramente, a baixa taxa de mutação (interessante
para testes de paternidade); segundo, eles são adequados para análises utilizando
alta tecnologia e automação; principalmente porque é possível conseguir um
amplicon com tamanho reduzido e pela abundância dos mesmos (KWOK et al.,
1999; SOBRINO et al., 2005; KIDD et al., 2006). A grande vantagem da utilização
dos SNPs é que o tamanho do produto de amplificação pela PCR pode ser a
princípio, tão grande quanto os pares de iniciadores específicos (aproximadamente
50 pb). Comparado aos 300 pb necessários para estudo de um STR, os SNPs
tornam-se ferramentas de alto interesse para a análise de materiais extremamente
degradados (JOBLING et al., 2004).
Entretanto, os SNPs apresentam algumas limitações. Primeiro o número de
SNPs necessários é quatro vezes maior do que o número de STRs
(CHAKRABORTY et al., 1999; GILL, 2001b). Assim, aproximadamente 60 SNPs
serão necessários para se obter um poder de discriminação equivalente aquele
obtido com os sistemas multiplex de STRs em uso na área forense (GILL et al.,
2004). Segundo, as vantagens de custo ainda não estão claras. A despeito das
vantagens e desvantagens da aplicação de SNPs em genética forense, os testes de
paternidade ainda podem ser realizados de maneira mais simples e a custo mais
baixo utilizando os STRs, sem falar na experiência em STRs ao longo dos últimos 10
anos(AMORIM et al., 2005).
Dificilmente os SNPs substituirão os STRs, pelo menos pelos próximos
anos, devido ao grande esforço feito mundialmente para o estabelecimento de
banco de dados de perfis de criminosos, onde provavelmente não serão substituídos
por outros marcadores sem considerável custo econômico. Entretanto os SNPS
constituem uma excelente ferramenta que pode contribuir nas resoluções de casos
mais complicados. (GILL, 2001b; BIESECKER et al., 2005).
Além dos STRs e SNPs, as indels bialélicas (inserções e deleções)
constituem uma classe de locos polimórficos com grande potencial de serem
33
incorporadas ao arsenal das ferramentas moleculares utilizadas em genética forense
(WEBER et al., 2002; BUTLER, 2005). As indels bialélicas variam muito na diferença
de comprimento dos alelos, entretanto o maior grupo de indels bialélicas são
aquelas que a diferença entre o comprimento do alelo é de apenas alguns
nucleotídeos (WEBER et al., 2002) Os dois alelos das indels bialélicas podem ser
classificados como curto e longo (BUTLER, 2005). As indels bialélicas tornam-se
interessantes para a genética forense quando levado em consideração o tamanho
de seus produtos, que podem ser menores do que 100 pb, o que as torna
potencialmente co-amplificáveis a um nível maior do que os STRs (WEBER et al.,
2002). Em 2002, Weber et al. publicaram um estudo onde relatavam as
propriedades sicas das indels bialélicas em humanos através da análise de 2000
polimorfismos (WEBER et al., 2002). Um conjunto de 40 indels selecionadas a partir
das 2000 investigadas por Weber et al. foram utilizadas em um estudo populacional
(BASTOS-RODRIGUES et al., 2006) envolvendo amostras do painel mundial de
diversidade genética humana (HGDP, do inglês, human genetic diversity panel)
(CANN et al., 2002)
Em suma, a abundância das indels bialélicas e a facilidade para sua análise
tornam-nas de grande interesse na área forense onde ainda não foi publicado
nenhum trabalho com a utilização das mesmas.
4.3 Marcadores de linhagem em genética forense
4.3.1 Cromossomo Y
Acredita-se que o surgimento dos cromossomos sexuais dos mamíferos
tenha sua origem em um par de cromossomos autossômicos aproximadamente
300 milhões de anos (LAHN et al., 2000). Um processo irreversível durante a
evolução dos cromossomos sexuais é a supressão da recombinação X-Y de regiões
progressivamente maiores. Esse processo afetou os dois cromossomos sexuais de
34
maneiras diferentes. Sendo assim, o cromossomo Y passa a ser responsável pela
determinação do sexo (LAHN et al., 2000).
O Y é terceiro menor cromossomo em humanos, com quase 60 Mb(HARRIS
et al., 1986), apenas um pouco maior que o cromossomo 21 (47 Mb) e que o
cromossomo 22 (49 Mb)(BUTLER, 2005). Aproximadamente 95% de sua seqüência
é denominada de NRY (do inglês, non-recombining region), ou região sem
recombinação devido ao fato de não sofrer recombinação e estar presente apenas
no sexo masculino. A região NRY é repleta de elementos de repetição e pode ser
dividida em três: região eucromática, centromérica e heterocromática (FOOTE et al.,
1992; TILFORD et al., 2001). A região eucromática é constituída por 24 Mb e a
região heterochromática (Yqh) por 30 Mb (FOOTE et al., 1992). As duas pontas do
cromossomo Y, conhecidas como regiões pseudo-autossomais (PAR, do inglês
pseudo-autosomal regions), recombinam com as regiões homólogas do
cromossomo X. A região PAR1 encontra-se na extremidade do braço curto (Yp) do
cromossomo Y e possui 2,5 MB, enquanto a região PAR2 que se localiza na
extremidade do braço longo (Yq) possui menos de 1 Mb (BUTLER, 2005). Em 2003,
Skaletsky et al. renomearam a região NRY de MSY (do inglês, male specific region)
devido a evidência da conversão gênica freqüente ou recombinação
intracromossomal (SKALETSKY et al., 2003).
Na espécie humana, assim como nos demais mamíferos, o sexo masculino
é o heterogamético, ou seja, o sexo masculino apresenta gametas com diferentes
cromossomos sexuais, o X e o Y, enquanto que o feminino não possui uma
representação do cromossomo Y no seu genoma. Esse cromossomo é herdado
paternalmente, por uma via direta entre o pai e o filho, o que representa que ambos
possuem a mesma cópia deste cromossomo. Adicionalmente, este é, em quase sua
totalidade, não recombinante, ou seja, não ocorre troca de material genético com o
seu par (o cromossomo X), exceto nas regiões pseudo-autossomais (GRAVES et al.,
1998). As mutações são as únicas formas de mudança no genoma deste
cromossomo, que é passado para a próxima geração. Logo, se indivíduos
compartilham uma mesma combinação de alelos para locos polimórficos do
cromossomo Y, isto é, o mesmo haplótipo, estes o fazem por ancestralidade comum.
Desta forma o cromossomo Y de um homem representa a história única de sua
35
linhagem patrilinear. Essas características tornam o cromossomo Y uma ferramenta
útil para rastrear a evolução humana através das linhagens masculinas, assim como
para aplicação em diversas situações forenses (SANTOS et al., 1993; JOBLING et
al., 1995), incluindo aquelas envolvendo evidências de abuso sexual que contenham
mistura de DNA masculino e feminino (PRINZ, MECHTHILD et al., 1997; PRINZ et
al., 2001).
Em 1992, Roewer et al. descreveram o primeiro marcador polimórfico do tipo
microssatélite no cromossomo Y, o Y-27H39, hoje conhecido como o loco DYS19
(ROEWER et al., 1992). Nos 10 anos seguintes, a descoberta de marcadores
polimórficos no cromossomo Y não foi tão veloz quanto à caracterização de
polimorfismos autossômicos. No início de 2002 existiam apenas 30 marcadores do
cromossomo Y disponíveis aos cientistas. Atualmente existem cerca de 200
microssatélites caracterizados no cromossomo Y, assim como em torno de 250
polimorfismos binários (PRINZ, MECHTHILD et al., 1997; BUTLER, 2003;
SCHOSKE et al., 2003; KAYSER et al., 2004; BUTLER, 2005).
No ano de 1997, a comunidade forense européia selecionou um grupo de 9
marcadores do cromossomo Y para formar um painel denominado de haplótipo
mínimo (KNIJFF et al., 1997; CAGLIÀ et al., 1998; SCHNEIDER et al., 1999).
Atualmente em genética forense os microssatélites mais usados são os constituintes
do haplótipo mínimo, que incluem: DYS19, DYS389I, DYS389II, DYS390, DYS391,
DYS392, DYS393 e DYS385a/b. O haplótipo estendido inclui todos esses
marcadores do haplótipo mínimo mais a repetição dinucleotídica altamente
polimórfica, YCAII a/b (KNIJFF et al., 1997; ROEWER et al., 2001) (Figura 5).
O primeiro kit comercial a ser lançado no mercado foi o Y-Plex
TM
da
ReliaGene Technologies (Nova Orleans, LA) que co-amplificava DYS19, DYS389II,
DYS390, DYS391, DYS393 e DYS385a/b. Após este surgiram outros kits que
permitiam a amplificação do haplótipo mínimo e outros marcadores como:
AmpAmpFSTR® Y-filer™ PCR Amplification Kit (17 locos) e PowerPlex
®
Y System
(12 locos). Estes kits são conseqüências dos trabalhos do grupo de John Butler no
NIST (do inglês, National Institute of Standard Technology). Em 2002 eles
desenvolveram um multiplex capaz de amplificar simultaneamente 20 Y-STRs,
sendo o primeiro multiplex a amplificar simultaneamente o haplótipo mínimo e o
36
estendido, além de Y-STRs adicionais, oferecendo um aumento do poder de
discriminação (BUTLER et al., 2002; SCHOSKE, 2003). Além desse 20plex, o grupo
de Hanson, em 2004, desenvolveu um “megaplex” do cromossomo Y, capaz de
amplificar simultaneamente 21 locos (HANSON, 2004).
O maior e mais pesquisado banco de dados de Y-STR, é o criado por
Roewer et al. na Humbolt University em Berlim (WILLUWEIT, ; ROEWER et al.,
2001). Este banco criado em 2000 é provido de informações provenientes de 89
instituições colaborativas dispersas em 36 países diferentes (BUTLER, 2005). As
informações desse banco de dados baseiam-se no haplótipo mínimo e podem ser
acessadas através dos sites: http://www.ystr.org ou http://www.yhrd.org. Outros
bancos de dados de Y-STR também estão disponíveis na rede mundial de
computadores como: http://www.promega.com (12 locos do PowerPlex
®
Y System) e
http://www.appliedbiosystems.com (17 locos do AmpAmpFSTR® Y-filer™ PCR
Amplification Kit) entre outros (BUTLER, 2005).
Muitos trabalhos têm sido dedicados ao uso de Y-STRs em genética forense
(PRINZ, M. et al., 1997; BETZ et al., 2001; SIBILLE et al., 2002; HALL et al., 2003;
PEREIRA et al., 2006; REDD et al., 2002), entretanto estes não são os únicos
marcadores presentes no cromossomo Y. Um número cada vez maior de Y- SNPs
têm sido identificados e utilizados principalmente em estudos sobre a história e
origem das populações humanas (RAITIO et al., 2001), além de servirem como
informação complementar à análise dos STRs. Experimentalmente vários sistemas
para genotipagem de Y-SNPs têm sido publicados, sendo que um estudo para
genotipagem de 35 Y-SNPs (SANCHEZ et al., 2003) pela amplificação de 25
fragmentos de DNA e outro estudo com a genotipagem de 50 SNPs pelo uso de três
multiplexes (VALLONE et al., 2004b) o mais expressivos do ponto de vista da
genética forense.
37
Figura 5 - Cromossomo Y humano. A região NRY que constitui 95% do cromossomo Y é dividida em
três: eucromatina, centrômero e heterocromatina. Os outros 5% do cromossomo Y compreendem as
regiões que sofrem recombinação, ou seja, a PAR1 e a PAR2 (em laranja). Em azul, estão indicados
os locos constituintes do haplótipo mínimo e em preto, outros locos caracterizados no cromossomo Y.
Fonte - www.cstl.nist.gov (figura modificada com base em acesso em janeiro de 2007).
4.3.2 DNA mitocondrial
As mitocôndrias são organelas pequenas, de forma oval, compostas por
duas membranas altamente especializadas, que fornecem energia para o uso
celular, através dos processos enzimáticos da fosforilação oxidativa. Essas
organelas provavelmente evoluíram de alfa-proteobactérias que desenvolveram
relações endossimbióticas com as células hospedeiras, mais de um bilhão de
anos (GRAY, 1999; SCHEFFLER, 2000a). Embora as mitocôndrias possuam seu
38
próprio genoma, muitos genes codificadores de proteínas mitocondriais são
encontrados no núcleo celular (TAANMAN, 1999; SCHEFFLER, 2000b).
O genoma mitocondrial humano é organizado em uma fita dupla de DNA
circular, com 16569 pb, sendo altamente conservado (ANDERSON et al., 1981).
Existe uma média de 4-5 cópias de moléculas de mtDNA por mitocôndria, podendo
variar de 1-15 (SATOH et al., 1991) e o número de mitocôndrias é variável de acordo
com o tipo celular, podendo chegar a mais de 1000 organelas por célula (ROBIN et
al., 1988).
O genoma mitocondrial humano teve sua seqüência primária descrita por
Anderson et al. em 1981 (ANDERSON et al., 1981) e recentemente revisada por
Andrews et al (ANDREWS et al., 1999). A distribuição desigual de purinas e
pirimidinas entre as duas fitas motivou a nomenclatura para as mesmas. A cadeia
pesada (designada como H, do inglês heavy), para as fitas ricas em purinas, e a
cadeia leva (designada como L, do inglês light), para a fita rica em pirimidinas
(KASAMATSU et al., 1974). No mtDNA encontram-se 37 genes que codificam 2
rRNAs, 22 tRNAs e 13 subunidades protéicas de enzimas da cadeia fosforilativa
(ANDERSON et al., 1981). A organização gênica é econômica, os genes não
possuem íntrons, não tem região intergênica ou a mesma é limitada a poucos pares
de bases. Além da região codificante, há uma região de controle, a região D loop (do
inglês, displacement loop), que engloba o sítio de iniciação da replicação do DNA e
da transcrição, com uma pequena seqüência que não codifica proteína ou RNA
(ANDERSON et al., 1981) (Figura 6). Essa região é o principal sítio de controle de
expressão gênica do mtDNA e está compreendida entre os nucleotídeos da posição
16024-16569 e 1-576, conforme a nomenclatura sugerida por Anderson et al
(ANDERSON et al., 1981) e em contraste com a porção codificante, apresenta alta
variabilidade entre indivíduos, provavelmente devido à reduzida pressão seletiva
exercida nessa porção não codificante. A baixa fidelidade da mtDNA polimerase e a
aparente falta de mecanismos de reparo, levou à alta taxa de mutações no genoma
mitocondrial quando comparado ao genoma nuclear. De acordo com Vigilant et al.,
1991 a taxa de mutação da região controle é dez vezes maior do que a porção
codificante (VIGILANT et al., 1991). A maioria das variações de seqüência entre
indivíduos é encontrada dentro de dois fragmentos específicos da região de controle:
39
a região hipervariável I (HVI) e a região hipervariável II (HVII), localizadas entre os
nucleotídeos 16240-16383 e 73-340, respectivamente.
A análise do mtDNA para fins de análise forense envolve o seqüenciamento
e análise de polimorfismos nas regiões HVI, HVII e ocasionalmente HVIII (GINTHER
et al., 1992; GILL et al., 1994; LUTZ et al., 2000; BINI et al., 2003). Com o
seqüenciamento de genomas mitocondriais completos de indivíduos de diferentes
grupos populacionais (INGMAN et al., 2000; HERRNSTADT, 2002), um grande
número de polimorfismos da região codificante foram caracterizados como
associados a determinados haplogrupos e alguns trabalhos tem sugerido o uso de
ensaios onde a genotipagem hierárquica destes SNPs podem vir a ter aplicação em
genética forense (BRANDSTATTER et al., 2003a; BRANDSTATTER et al., 2003b;
QUINTANS et al., 2004; AMORIM et al., 2005; BONILLA et al., 2005; COBLE et al.,
2006). A principal vantagem da análise de mtDNA, é o grande número de cópias
existentes por célula, em uma única célula existem cerca de centenas a milhares de
cópias. em cada conjunto de cromossomos nucleares estão presentes somente
duas cópias. O nível de variabilidade das regiões hipervariáveis aliado ao alto
número de cópias de mtDNA em relação ao DNA autossômico, fazem do mtDNA
uma ferramenta importantíssima em casos forenses como pessoas desaparecidas
ou desastres em massa, em todas as situações com baixa quantidade de DNA.
40
Figura 6 - Mapa do genoma mitocondrial humano. Os genes codificados pelo DNA mitocondrial
(mtDNA) estão indicados por grupos funcionais. As mutações pontuais associadas com doenças
mitocondriais são indicadas no centro do genoma. A região não codificante do D-loop está localizada
no topo da figura e a posição do nucleotídeo 1 indicada na posição de meio-dia.
Fonte - MitoMap (http://www.mitomap.org/) (acessado em 01/2007).
41
4.3.3 Marcadores polimórficos no cromossomo X
Conforme dito anteriormente, os cromossomos sexuais originaram-se de
cromossomos autossômicos entre 300 e 350 milhões de anos atrás, logo após a
separação de aves e mamíferos (CHOW et al., 2005; BACHTROG, 2006). Os
cromossomos X e Y após adquirirem o papel de determinação sexual, pararam de
recombinar um com o outro, o que levou o cromossomo Y a se degenerar enquanto
o cromossomo X manteve a maioria de seus genes ancestrais (BACHTROG, 2006).
O cromossomo X humano tem aproximadamente 155 Mb e contém 1098
genes (ROSS et al., 2005). Logo, o cromossomo X é um dos maiores cromossomos
humanos, mas possui uma densidade gênica um pouco menor do que os
cromossomos autossômicos. A baixa densidade gênica é acompanhada por um
excesso de elementos repetitivos quando comparado ao resto do genoma (CHOW et
al., 2005). Além disso, o cromossomo X possui duas características que o distingue
dos cromossomos autossômicos: os machos só carregam um cromossomo X, sendo
hemizigotos; cromossomo X passa 2/3 do tempo nas fêmeas e apenas 1/3 do tempo
nos machos.
A inativação do X, primeiramente descrito por Lyon em 1961 (LYON,
1961), resulta no silenciamento de um dos cromossomos X da fêmea, a fim de
atingir uma equivalência de dosagem com os machos que possuem apenas um
cromossomo X e um cromossomo Y, que determina o sexo. Bem no início do
desenvolvimento das fêmeas de mamíferos, um dos cromossomos X de cada célula
torna-se inativado. O cromossomo X inativado torna-se altamente condensado e é
visível como um ponto de coloração escura, chamado corpúsculo de Barr. Esta
inativação cromossômica persiste por todas as multiplicações mitóticas
subseqüentes que produzem o corpo adulto do animal. O processo de inativação é
aleatório, afetando um ou outro cromossomo X. Como resultado desta inativação, o
corpo da fêmea adulta é uma mistura, ou mosaico, de células com um ou outro
genótipo dos dois cromossomos X diferentes (CHOW et al., 2005).
Os marcadores autossômicos, mitocondriais, e do cromossomo Y têm sido
amplamente usados em genética forense, entretanto, a utilização de marcadores do
42
cromossomo X está na sua fase inicial (EDELMANN et al., 2001; SZIBOR et al.,
2003). A idéia do uso de marcadores do cromossomo X para auxiliar a identificação
humana é relativamente nova, originando-se em meados da década de 90 e início
desta década. Portanto a quantidade de informação disponível sobre o tema ainda é
escassa quando comparada com a disponibilidade de informação sobre marcadores
autossômicos e do cromossomo Y. Contudo, o cromossomo X tem recebido a
atenção de alguns grupos de pesquisadores com o intuito de reverter esse quadro,
como mostra a página de internet http://www.chrx-str.org, disponibilizada
recentemente (SZIBOR et al., 2006).
Os marcadores do cromossomo X (Figura 7) servem como eficiente
complemento nas análises realizadas com marcadores autossômicos e do
cromossomo Y, especialmente em casos complexos de parentesco. Esses casos
complexos de parentesco foram a grande motivação do aumento de estudos de
cromossomo X para sua aplicação em genética forense.
Em contraste com o cromossomo Y, que não sofre recombinação durante a
meiose, os marcadores autossômicos e do cromossomo X necessitam de ter sua
localização genética determinada precisamente, quando utilizados em testes de
parentesco. A determinação da localização dos marcadores do cromossomo X é
essencial, pois é a partir desta que se poderá saber a possibilidade de análise de
seus marcadores, de forma independente ou de forma dependente (POWLEY, 2002;
SZIBOR et al., 2006). Quando os locos apresentam-se independentes uns dos
outros, o índice de paternidade pode ser calculado para cada loco e depois
combinado por multiplicação dos mesmos (POWLEY, 2002; SZIBOR et al., 2006).
Um diferente tipo de análise consiste na utilização de perfis haplotípicos.
Quando os locos estão muito próximos regularmente apresentam-se em
desequilíbrio de ligação. Sendo assim, não é mais possível trabalhar com índices de
paternidade individuais para cada loco e depois combiná-los por multiplicação. Ao
invés disso, perfis haplotípicos devem ser usados para construir um único índice de
paternidade, pela análise das amostras populacionais. Um problema encontrado é
que os métodos disponíveis disponibilizam apenas os genótipos de cada loco e os
haplótipos de mulheres não podem ser determinados precisamente. Além disso,
existem inúmeras configurações de perfis haplotípicos que podem levar ao perfil
43
genético gerado, impossibilitando a configuração exata do haplótipo ocorrido
realmente (POWLEY, 2002; SZIBOR et al., 2006).
Figura 7 - Cromossomo X humano e seus principais marcadores STRs. Os marcadores
DXS6801, DXS6809, e DXS6789, quando analisados conjuntamente constituem um
haplótipo. O mesmo acontece quando analisamos os marcadores DXS7424 e o DXS101
em conjunto.
Fonte -
http://www.chrx-str.org (acessado em 01/ 2007).
44
Em testes de paternidade onde não se tem acesso ao material genético do
suposto pai, a utilização de microssatélites autossômicos passa pela reconstrução do
genótipo do suposto pai utilizando informação de parentes (reconstrução de
paternidade) ou pelo teste de relação deste parentesco entre um parente do suposto
pai com o filho em questão (teste de Kinship). Em ambos os casos, uma perda
considerável no poder estatístico de se afirmar que o cenário obtido favorece a
hipótese de paternidade ou a hipótese de não paternidade. Em situações onde a
criança é do sexo masculino, a utilização de marcadores do cromossomo Y é uma
ferramenta importante na resolução de casos com suposto pai ausente (SANTOS et
al., 1993; GILL et al., 2001; JOBLING et al., 2003; GUSMAO et al., 2006). Quando a
criança é do sexo feminino, torna-se interessante e eficiente a utilização de
marcadores do cromossomo X, que os homens são hemizigotos para o
cromossomo X, ou seja, carregam apenas um cromossomo X, portanto: a
genotipagem do cromossomo X em homens automaticamente revela seu haplótipo; o
homem transmite seu cromossomo X inteiro para sua filha, logo o haplótipo paterno
do cromossomo X pode ser detectado em suas filhas; todas as irmãs compartilham o
haplótipo do cromossomo X paterno; os alelos do cromossomo X não compartilhado
por irmãs são obrigatoriamente de origem materna; a genotipagem de duas ou mais
irmãs revela o haplótipo do cromossomo X paterno e grande parte do genótipo
materno do cromossomo X; a genotipagem de dois ou mais irmãos provê grande
parte do genótipo materno do cromossomo X; além disso, é muito provável que
haplótipos de grupos de ligação permaneçam estáveis através de muitas gerações,
tornando-se um eficaz meio para demonstrar parentesco (SZIBOR et al., 2003).
Além dos casos de paternidade com o suposto pai ausente, a utilização dos
marcadores do cromossomo X torna-se mais informativa do que os marcadores
autossômicos ou do que microssatélites do cromossomo Y em casos de parentesco
onde se tenha somente parentes distantes para serem testados e em casos de
maternidade (EDELMANN et al., 1999; BINI et al., 2005).
Em casos de paternidade onde a criança é do sexo feminino, os
marcadores do cromossomo X possuem uma probabilidade de exclusão (PE ou
MEC do inglês, Mean of Exclusion Chance) (KRUGER et al., 1968)maior do que
45
os marcadores autossômicos com valores de PIC (do inglês, Polymorphism
Information Content) similares. Kishida et al (KISHIDA et al., 1997) modificaram a
fórmula original proposta por Krüger et al para a aplicação em marcadores do
cormossomo X. Essa modificação levou a um aumento do valor do MEC, uma vez
que os homens são diplóides para todos os cromossomos autossômicos e
hemizigotos para o cromossomo X (EDELMANN et al., 2001; POWLEY, 2002;
SZIBOR et al., 2003) .
Espera-se que a demanda para testes de parentesco, onde apenas
parentes distantes estejam disponíveis para teste, cresça, particularmente a partir
do desejo de reunir famílias nos contextos de guerra e de migração. Além disso, a
identificação de corpos e ossadas de vítimas de guerra ou de desastres de massa
necessita de uma combinação de métodos sofisticados. Nesse contexto, deve-se
chamar a atenção de que algumas vezes os marcadores do cromossomo X o
mais eficientes do que os cromossomos autossômicos, especialmente em casos
que envolvam a paternidade de uma mulher ou a maternidade de um homem. Isso
é refletido pelas fórmulas usadas para calcular a chance média de exclusão (MEC)
para marcadores autossômicos e marcadores do cromossomo X. Se os marcadores
possuem um conteúdo de informação de polimorfismo (PIC) comparável, o MEC
para o cromossomo X é maior do que para os marcadores autossômicos (SZIBOR,
2007). A opção de utilização de produtos amplificados de tamanho menor, gerados
a partir de marcadores do cromossomo X devem ser considerados, especialmente
se restos de ossadas humanas estiverem sendo analisadas, ou outras amostras de
difícil análise (ASAMURA et al., 2006a).
Algumas considerações éticas devem ser feitas no que concerne à análise
de marcadores do cromossomo X. Quando aberrações gonossomais ou casos de
feminilização testicular são detectados, a utilização do cromossomo X torna-se uma
ferramenta inválida para testes de parentesco (SZIBOR, 2007). É necessário
ressaltar que estas informações quando obtidas inadvertidamente durante um teste
de parentesco devem ser mantidas em confidencialidade. Informações relacionadas
a doenças não devem ser reveladas ao indivíduo afetado a menos que esse solicite
(SZIBOR et al., 2003).
46
Em vários países, os geneticistas forenses seguem o princípio de que um
teste de DNA forense não deve revelar doenças ou predisposições genéticas. A
análise de marcadores do cromossomo Y e do mtDNA podem revelar informações
sobre a origem étnica do indivíduo. Entretanto essa informação não é considerada
uma intromissão na privacidade do indivíduo. A princípio, o mesmo se aplica na
determinação de sexo com os cromossomos X e Y. Contudo, aberrações
cromossômicas como a Sídrome de Klinefelter podem ser descobertas quando
marcadores do cromossomo X o usados. Essa doença está relacionada ao
cariótipo 47XXY e pode ser reconhecida pela detecção de dois cromossomos X em
um indivíduo do sexo masculino. a Síndrome de Ulrich-Turner, onde o cariótipo é
de 45, X, o indivíduo do sexo feminino apresenta apenas um cromossomo X,
plenamente funcional, também pode ser diagnosticada pela análise de marcadores
do cromossomo X.
Desde 1998, o marcador HumARA descoberto por Desmarais et al.
(DESMARAIS et al., 1998)vem sendo utilizado como marcador do cromossomo X.
Todavia, desde o início das análises com esse marcador, sabia-se que a repetição
CAG do HumARA está localizada em uma região codificante do gene receptor de
andrógeno, éxon 1, codificando para um trato poliglutamínico. Em1991, La Spada et
a (LA SPADA et al., 1991) provou que uma mutação nesse loco acarretaria no
desenvolvimento de Atrofia Muscular Bulbo Espinhal (AMBE), que ocorre quando a
repetição trinucleotídica ultrapassa de 43. Além da AMBE, a análise do marcador
HumARA pode detectar outros riscos a saúde. Por esse motivos, o marcador
HumARA não tem sido usado por diversos geneticistas para análises forenses,
embasados na consideração ética citada acima (SZIBOR, 2007) .
4.4 Amostras com quantidades mínimas de DNA e/ou degradadas em
Genética Forense
As amostras de referência (suspeitos e vítimas) quando coletadas
diretamente não constituem desafio para o estudo dos mais diversos sistemas
polimórficos adotados na prática forense. No entanto, quando se trata da análise de
47
evidências biológicas coletadas na cena de crime, o cientista forense pode deparar-
se com cenários onde obter um perfil de DNA torna-se um enorme desafio, pois
amostras com quantidades mínimas e/ou degradadas não o incomuns.
Especificamente no que diz respeito à quantidade de DNA, estima-se que sejam
necessárias pelo menos 60 cópias de DNA genômico (200 pg) para sua análise
(SUN et al., 2005). Com o intuito de maximizar a chance de se obter um perfil de
amostras em que a quantidade de DNA esteja abaixo de 100 picogramas, alterações
nos protocolos de amplificação são sugeridas. Estas alterações são tratadas dentro
do conceito de LCN (do inglês, low copy number) (GILL, 2001b)onde existe um
aumento no número de ciclos na reação de PCR de 28-30 para 32-34 ciclos.
Geralmente os fabricantes de kits multiplex recomendam 250 pg como o limite mais
baixo de sensibilidade. A quantidade ótima de DNA recomendada nos sistemas
comerciais disponíveis para co-amplficação de microssatélites é 1 ng de DNA com o
número de ciclos de PCR variando entre 28-30 ciclos(GILL, 2001a). Logo, os
cientistas forenses, buscaram uma metodologia simples para acrescentar
sensibilidade às metodologias padrões, aumentando o número de ciclos na PCR
(GILL et al., 2000; WHITAKER et al., 2001). Com uma quantidade de DNA menor do
que 100 pg, não há vantagem em acrescer o número de ciclos para mais de 34, pois
um aumento maior do que 34 ciclos induz a ampliação da presença de artefatos e o
perfil torna-se altamente desbalanceado. Para uma maior confiabilidade nas reações
de LCN-DNA, sugere-se que as amplificações sejam repetidas duas ou mais vezes e
comparadas a fim de gerar um perfil alélico mais confiável (GILL et al., 2000; GILL,
2001a).
A técnica de LCN causou impacto na ciência forense, mas também trouxe
alguns desafios em relação à interpretação de seus resultados. Existem
conseqüências que não podem ser evitadas, como o desbalanceamento dos picos
dos heterozigotos. Isso pode tornar-se tão extremo, ao ponto de um heterozigoto
aparecer como um homozigoto, na literatura em inglês definido como allele
dropout”. Este fenômeno acontece devido à amplificação preferencial de um dos
alelos em um loco heterozigoto. O desbalanceamento de heterozigotos aumenta
com a diminuição da quantidade de DNA e com o aumento do número de ciclos de
PCR. Além desse problema, a interpretação de stutterscomo alelos, pode levar a
48
identificação de um homozigoto como heterozigoto (GILL et al., 2000; GILL, 2001a).
Deve ficar claro na apresentação dos resultados, que as amplificações de LCN-DNA
não podem ser vistas como as mesmas amplificações de uma amostra de DNA
dentro das condições padrões.
A necessidade de amplificar seqüências de DNA a partir de células únicas,
principalmente no âmbito do diagnóstico em células cancerosas e em células
embrionárias, levou ao desenvolvimento de uma série de todos que amplificam o
número de cópias de um determinado genoma. Estas técnicas são conhecidas por
WGA (do inglês, Whole Genome Amplification) e consistem na amplificação do
genoma total, anterior a uma amplificação pela PCR loco-específica (CHEUNG et al.,
1996; WELLS et al., 1999; HOSONO et al., 2003; LASKEN et al., 2003;
SCHNEIDER et al., 2004; BERGEN et al., 2005). Em 1992 os dois primeiros
métodos de WGA foram publicados, o DOP-PCR (do inglês Degenerate
Oligonucleotide Primed PCR) (TELENIUS et al., 1992a; TELENIUS et al., 1992b)e o
PEP (do inglês Iniciador Extension Preamplification)(ZHANG et al., 1992; HUGHES
et al., 2005). Para aumentar a eficiência do PCR e o rendimento do DNA, foram
feitas algumas modificações nessas metodologias levando ao aparecimento do LL-
DOP-PCR (do inglês Long products from low quantities DOP-PCR) (KITTLER et al.,
2002)e do Improved PEP (I-PEP) (DIETMAIER et al., 1999). Entretanto, nenhuma
das metodologias pretende amplificar o DNA em sua totalidade ou dão uma
cobertura completa de determinado loco (GILL, 2001a; HUGHES et al., 2005). Ao
contrário, estes protocolos produzem uma fonte amplificada para genotipagem ou
identificação de marcador de algum tipo, além de serem tendenciosos quanto à
modificação da informação contida no DNA(SCHNEIDER et al., 2004). Por essas
razões, um novo método para WGA foi introduzido nos últimos anos e tem
despertado grande expectativa. Este método é baseado na SDA (do inglês Strand
Displacement Amplification) ou MDA (do inglês Multiple Displacement Amplification)
(DEAN et al., 2001; DEAN et al., 2002). A técnica permite a amplificação de
amostras com baixo número de pias de DNA, gerando grandes quantidades de
DNA. Na técnica MDA, o DNA é amplificado isotermicamente usando a enzima Φ29.
A polimerase Φ29 utiliza a extremidade 3’ livre como início da replicação, mas esta
não para ao encontrar a extremidade 5’. A Φ29 desloca a fita da extremidade 5’ e
49
continua com o processo de amplificação. Novos hexâmeros irão se ligar à fita que
foi deslocada, e iniciarão novos sítios de replicação levando praticamente a uma
reação exponencial. Além disso, a polimerase Φ29 tem um aumento na fidelidade da
replicação de 10 vezes em relação à Taq polimerase (HUGHES et al., 2005). A taxa
de erro da Φ29 DNA polimerase é de um em 10
6
em contraste aos três em 10
4
ou
1.6 em 1 milhão da Taq polimerase (DEAN et al., 2002; HUGHES et al., 2005).O
produto de MDA é favorecido quando comparado ao produto de ouras técnicas de
WGA, levando em consideração a amplificação não tendenciosa, a reprodutibilidade,
a preservação seqüência e a boa cobertura do genoma (HELLANI et al., 2004;
HUGHES et al., 2005).
Até bem pouco tempo a alternativa para amostras altamente degradadas se
restringia ao estudo de polimorfismos do mtDNA. que neste sistema, um conjunto
de iniciadores para amplificação de fragmentos muito pequenos pode ser utilizado
(WILSON et al., 1995). No entanto, haplótipos de mtDNA são menos informativos
que os STRs quando trata-se de associar evidências com suspeitos ou vítimas. A
alternativa encontrada para incluir os STRs na análise de amostras degradadas foi o
desenvolvimento de novos conjuntos de iniciadores que diminuem o tamanho dos
produtos amplificados da faixa de 100 -450 pb nos sistemas comerciais para 100
200 pb, chamados de mini-STRs (BUTLER et al., 2003; HOLLAND et al., 2003;
SANCHEZ et al., 2003; DRABEK et al., 2004; BUDOWLE et al., 2005; BUTLER,
2005; COBLE et al., 2005). Alternativamente aos mini-STRs, os fragmentos
amplificados para genotipagem de SNPs estão na faixa de 60-200 pb, sendo uma
alternativa para a análise de amostras degradadas, muito embora os SNPs
apresentem a desvantagem de não serem informativos na análise de misturas e
oferecem um grande desafio a multiplexagem, que um grande número precisa ser
genotipado (SANCHEZ et al., 2003). Outro sistema polimórfico que pode ser
explorado para a análise de amostras em quantidade mínima e/ou degradadas são
as indels. É nelas que reside a proposta de nosso trabalho, especificamente com
mini-indels (produtos de PCR na faixa de 70-170) distribuídas ao longo do
cromossomo X, para as quais serão investigados aspectos populacionais e de
comportamento em protocolos de LCN e WGA.
50
5 MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 Seleção das indels
As indels foram selecionadas a partir do NCBI® (do inglês, National Center
for Biotechnology Information) (www.ncbi.nlm.nih.gov) no banco dbSNP®
(www.ncbi.nlm.nih.gov/SNP ) (SHERRY et al., 1999; SHERRY et al., 2001) utilizando
os seguintes critérios durante a busca: X[chr] "in del"[snpclass] "human"[orgn]
1[weight] "by frequency"[validation] “Minimum frequency allele ranging from” 0,5 to
0,3. Para as indels recuperadas do banco de dados, um novo passo de seleção foi
aplicado, descartando aquelas em regiões de baixa complexidade, aquelas com
heterozigozidade abaixo de 0,3 e ou constituídas de apenas um nucleotídeo.
Também foram descartadas aquelas indels presentes em seqüências de elementos
repetitivos. Além disso, verificou-se a presença de SNPs nas vizinhanças das indels.
Utilizando freqüências alélicas disponíveis no banco de dados dbSNP foram
calculados parâmetros básicos de informatividade das indels selecionadas.
O grau de polimorfismo foi quantificado usando o calculador de conteúdo de
informação polimórfica, o PIC (do inglês, Polymorphic Information Content) baseado
na seguinte fórmula(BOTSTEIN, 1980):
=
222
21 PjPiPiPIC
Onde: Pi e Pj = Frequência dos alelos i e j de um dado locus
A chance média de exclusão, MEC
T
(do inglês, Mean of Exclusion Chance)
para marcadores no cromossomo X em trios familiares (suposto pai, mãe e criança)
com a criança do sexo feminino, foi computado segundo (KISHIDA T., 1997),
utilizando a fórmula abaixo:
(
)
(
)
(
)
(
)
fjfifjfififjfifififiMEC
jiii
T
+++=
<
111
2
3
Onde: fi (fj) = Frequência populacional dos alelos i (j)
51
A chance média de exclusão em duos familiares (suposto pai e criança),
MEC
D
para marcadores no cromossomo X, com a criança do sexo feminino, foi
computado segundo (DESMARAIS et al., 1998), utilizando a fórmula abaixo:
3
2
21
+=
i i
D
fifiMEC
Onde: fi = Frequência populacional do alelo i
A média do poder de discriminação em mulheres (PD
M
) foi calculada
segundo (DESMARAIS et al., 1998), utilizando a seguinte fórmula:
(
)
+=
ii
F
fifiPD
4
2
2
21
Onde fi = Frequência populacional do alelo i
E a média do poder de discriminação para marcadores no cromossomo X
em homens (PD
H
), também foi calculada segundo (DESMARAIS et al., 1998),
utilizando a fórmula:
=
i
M
fiPD
2
1
Onde fi = Frequência populacional do alelo i
5.2 Desenho dos iniciadores
As indels selecionadas fazem parte das 2000 indels caracterizadas por
(WEBER et al., 2002), entretanto os iniciadores foram redesenhados para gerarem
produtos de tamanho 70-170 pb. Com as indels selecionadas e conhecendo as
seqüências vizinhas das indels, partiu-se para o desenho dos iniciadores. Foram
desenhados iniciadores para cada seqüência escolhida utilizando o programa
Primer3 (http://frodo.wi.mit.edu/) (ROZEN et al., 2000). O programa Primer3 permite
ao usuário manipular certos parâmetros durante o processo de desenho. Alguns
desses parâmetros incluem comprimento mínimo e máximo do iniciador, temperatura
de anelamento mínima e máxima e o intervalo de tamanho do produto. Para o
desenho dos iniciadores das indels do cromossomo X, foram utilizados os
parâmetros padrões do programa, manipulando somente o tamanho dos fragmentos
gerados que foram estipulados para variar entre 70 e 170 pb. Após o desenho dos
52
iniciadores, estes foram submetidos a testes realizados pelo programa Autodimer
(VALLONE et al., 2004a), com a finalidade de visualizar potenciais anelamentos de
um iniciador com outro, ou seja, a formação de dímeros de iniciadores. A formação
de dímeros reduz a concentração de iniciadores disponíveis para a PCR e consome
reagentes durante a amplificação dos produtos deste pareamento indesejável. E
finalmente os primers foram submetidos ao “Primer Search” que faz o anelamento do
iniciador no genoma inteiro, buscando amplificações espúrias.
Os iniciadores diretos foram adquiridos com moléculas fluorescentes,
covalentemente ligadas à extremidade 5’, permitindo a análise dos fragmentos
amplificados no seqüenciador automático de DNA ABI PRISM® 3100. As
fluorescências utilizadas foram: 6-FAM (azul) e VIC (verde), o que permitiu a
utilização do filtro virtual no ABI 3100 denominado G5. Os iniciadores reversos (sem
marcação) e os diretos marcados com 6-FAM foram adquiridos da Alpha DNA
(Montreal, Canadá). Os iniciadores diretos marcados com VIC forma adquiridos da
Applied Biosystems (Foster City, CA).
5.3 Amplificação das Indels do Cromossomo X
Inicialmente os iniciadores foram testados em reações de singleplex PCR
(um único par de iniciador por reação) para avaliar a especificidade dos mesmos.
Estas reações foram realizadas num volume final de 12,5 µL com 1U de Taq DNA
polimerase-pht (Phoneutria), 10 mM Tris-HCI (pH 8,4), 50mM KCI, 1,5 mM MgCl
2,
0,25 µM de dNTPs, 0,25 µM de cada iniciador, 0,16 mg/µL de BSA e 10 ng de DNA
genômico. As amplificações foram realizadas em um termociclador GeneAmp 9700
(Applied Biosystems) no módulo de emulação de rampa de aquecimento da 9600,
empregando as seguintes condições: desnaturação inicial a 95ºC/5 min.; 30 ciclos
de: desnaturação a 95°C/1min., anelamento a 65ºC/1 min. e extensão a 72ºC/1 min.;
extensão final a 72ºC/60 min.
As reações para amplificação das mini-indels do cromossomo X por PCR-
multiplex foram realizadas em um volume final de 12,5 µL, com 1,5 U de Platinum
®
Taq DNA Polymerase (Invitrogen), 20 mM Tris-HCI (pH 8,4), 50mM KCI, 3,5 mM
53
MgCl
2,
0,5 µM de dNTPs, 0,32 mg/µL de BSA e 10 ng de DNA genômico com as
concentrações dos iniciadores oscilando entre 0,15 µM e 0,90 µM. As amplificações
foram realizadas em um termociclador GeneAmp 9700 (Applied Biosystems) no
módulo de emulação de rampa de aquecimento da 9600, empregando as seguintes
condições: desnaturação inicial a 94ºC/3 min.; 30 ciclos de: desnaturação a
94°C/1min., anelamento a 65ºC/1 min. e extensão a 7 2ºC/1 min.; extensão final a
72ºC/60 min.
5.4 Detecção e análise dos produtos da PCR
A separação e detecção dos produtos de PCR foram realizadas em
seqüenciador automático de DNA ABI PRISM
®
3100 Genetic Analyzer (Applied
Biosystems) de acordo com o protocolo do fabricante utilizando o filtro G5 para
determinar as três fluorescências 6FAM
TM
(azul), VIC
TM
(verde) e LIZ
TM
(laranja)
As amostras foram preparadas com 8,85 µL de formamida Hi-Di
TM
(Applied
Biosystems, P/N4311320); 0,15 µL de GS 500 LIZ size standard (Applied
Biosystems, P/N 4322682) e 1,0 µL de produto amplificado de PCR. As amostras
foram injetadas por 22 s, a 5 volts a 15 volts por 25 min.
As separações foram realizadas utilizando o polímero POP6
TM
para o ABI
3700 DNA Analyser (Applied Biosystems, P/N 4306733), 1X Genetic Analyzer Buffer
com EDTA (Applied Biosystems, P/N 402824), e um capilar de 36 cm x 50 µm
(Applied Biosystems, P/N 4315931). Posterior à coleta de dados, as amostras foram
analisadas com o programa GeneScan
®
3.7 (Applied Biosystems) e os alelos foram
designados utilizando o programa Genotyper
®
3.7 (Applied Biosystems).
5.5 Amostras de DNA
Uma grande variedade de amostras de DNA foi utilizada para realizar todos
os objetivos propostos nesta dissertação. Inicialmente, paro o estudo populacional,
54
foram utilizadas 200 amostras de sangue total provenientes de indivíduos das cinco
regiões geopolíticas brasileiras, sendo: 40 do Norte (20 homens e 20 mulheres), 40
do Nordeste (20 homens e 20 mulheres), 40 do Centro-Oeste (20 homens e 20
mulheres), 40 do Sul (20 homens e 20 mulheres) e 40 do Sudeste (23 homens e 17
mulheres) (Figura 8). Essas amostras foram gentilmente fornecidas pelo Dr. Dario
Gratapagglia do Laboratório Heréditas.
Figura 8 Distribuição das amostras populacionais brasileiras utilizadas nesse estudo.
Fonte – a autora.
55
O DNA genômico foi extraído através da metodologia de Salting Out
modificado (BUDOWLE, 2000), Em um tubo de 1,5 mL foi acrescentado 300 µL de
sangue total e 1000 µL de água destilada. O tubo foi agitado por 15 s e
posteriormente centrifugado a 5000 rpm por 5 min. O sobrenadante foi descartado
com cuidado para não perder o precipitado. O precipitado foi ressuspendido em
1000 µL de Tampão A (0,32 M Sacarose, 10 mM de Tris HCl pH 7.6, 5 mM MgCl
2
e
1% de Triton X 100), agitado por 15 s e posteriormente centrifugado a 5000 rpm por
5 min. e o sobrenadante foi descartado. Esse procedimento foi repetido por mais
duas vezes. Após a repetição do procedimento, o precipitado foi ressuspendido em
500 de Tampão B (25 mM EDTA pH 8, 75 mM NaCl) e adicionado 50 µL de SDS
10% e 5 µL de Proteinase K (10 mg/ml estoque). O tubo foi agitado por 15 s e
incubado a 37
o
C ao longo de uma noite, ou 55
o
C durante 60 minutos. Após a
incubação, 200 µL de NaCl saturado (aproximadamente 6M) foram adicionados ao
tubo e este foi submetido a agitação por 15 s. O tubo foi submetido a centrifugação a
3000 rpm por 15 minutos. O sobrenadante foi transferido para outro tubo de 1,5 mL
e a ele adicionou-se etanol 100% (temperatura ambiente) aencher o tubo. O tubo
foi invertido com o intuito de precipitar o DNA e posteriormente centrifugado a 5000
rpm durante 5 minutos. O etanol foi descartado e o precipitado foi ressuspendido em
100 µL de TE e incubado a 37
o
C durante 1 hora. Após extração as amostras foram
quantificadas em gel de agarose1%, corado com brometo de etídeo, utilizando DNA
de fago lambda como padrão de concentração e então diluídas para uma
concentração final de 10ng/µl.
Para o teste da eficiência das mini-indels do X em testes de paternidade
(trios) e em casos de post-mortem, novamente as amostras foram cedidas pelo
laboratório Hereditas. Foram utilizados 12 casos de trios (suposto pai, mãe e
criança) de paternidade, sendo 6 inclusões e 6 exclusões de paternidade. Para
análise em situações de post-mortem, foram utilizados 17 casos com diferentes
configurações. As amostras foram fornecidas como DNA extraído, pela metodologia
de extração por NaOH.
As análises do teste de sensibilidade foram realizadas com a amostra
de DNA feminino AmpFlSTR® Control DNA 9947, que é fornecida em conjunto com
o kit AmpFlSTR® Yfiler™ PCR Amplification Kit (Applied Biosystems).
56
Para avaliar a especificidade de cada iniciador, estes foram testados
em reações de singleplex PCR (um único par de iniciador por reação) utilizando
como amostra uma mistura equimolar de amostras de 20 mulheres escolhidas ao
acaso nas amostras da população brasileira.
5.6 Dados Populacionais
A freqüência alélica de cada loco foi calculada pela contagem do número de
alelos individuais (freqüência absoluta) dividindo pelo número total de alelos na
respectiva população. Para a caracterização dos locos foi calculada a
heterozigosidade observada e estimada a heterozigosidade esperada assumindo
que as freqüências genotípicas estavam de acordo com o esperado no equilíbrio de
Hardy-Weinberg. Estes valores foram obtidos utilizando o programa Arlequin 3.01
(EXCOFFIER et al., 2005). As seguintes análises estatísticas também foram
realizadas utilizando o programa Arlequin 3.01 (EXCOFFIER et al., 2005): teste
exato para o equilíbrio de Hardy-Weinberg(RAYMOND et al., 1995), teste exato para
o desequilíbrio de ligação entre pares dos locos (LEWONTIN, 1960; SLATKIN, 1994;
SLATKIN, 1996) AMOVA (EXCOFFIER et al., 1992). A correção de Bonferroni foi
aplicada para corrigir os múltiplos testes feitos nas análises de Hardy Weinberg,
desequilíbrio de ligação e Fst par a par.
Para mensurar o grau de eficiência das mini-indels do cromossomo X, na
população brasileira calculou-se:
- o conteúdo da informação de polimorfismo (PIC, do
inglês, Polymorphic Information Content) baseado na rmula descrita
por (BOTSTEIN, 1980),
- a chance média de exclusão, MEC
T
(do inglês, Mean of
Exclusion Chance) para marcadores no cromossomo X em trios
familiares (suposto pai, mãe e criança) com a criança do sexo feminino,
utilizando a fórmula proposta por (KISHIDA T., 1997),
57
- a chance média de exclusão em duos familiares (suposto
pai e criança), MEC
D
para marcadores no cromossomo X, com a
criança do sexo feminino, também utilizando a fórmula proposta por
(KISHIDA, 1997),
- a média do poder de discriminação em mulheres (PD
M
)
calculada segundo (DESMARAIS et al., 1998),
- e a média do poder de discriminação para marcadores no
cromossomo X em homens (PD
H
), também segundo (DESMARAIS et
al., 1998).
5.7 Utilização em casos de paternidade
Para testar a eficiência das indels do cromossomo X em casos de
paternidade, 12 trios (suposto pai, mãe e criança) e 17 testes de paternidade em
casos post mortem com diversas configurações foram avaliados. Todos estes casos
haviam sido previamente investigados com locos autossômicos. Sendo os trios
investigados com um octaplex + amelogenina, contendo: VWA, TH01, AMEL, TPOX,
CSF1PO, D5S818, D13S317, D7S820 e D16S539; e um dodecaplex contendo:
D3S1358, TH01, D21S11, D18S51, PENTA E, D5S818, D19S433, PENTA D,
D2S1338, D8S1179, TPOX e FGA. Os casos post mortem foram testados
previamente com diferentes STRs autossômicos, em um total de 34 locos, sendo
eles: AMEL, CD4, CSF1PO, D12S391, D13S317, D16S539, D18S535, D18S849,
D19S253, D1S1656, D1S533, D20S85, D3S1744, D5S818, D7S820, D8S1132,
D8S306, D9S304, DHFRP2, F13A01, F13B, FES/FPS, LPL, TH01,TPOX, VWA,
D18S51, D19S433, D21S11, D2S1338, D3S1358,D8S1179, FGA, D12S1090.
Em alguns casos post mortem em que a exclusão não foi confirmada, ou o
resultado foi indefinido, foram utilizados números variados de X-STRs, sendo eles:
DXS7132, DXS7423, DXS8377, HPRTB, DXS8378, ARA, DXS7424, DXS6800,
GATA172D05.
58
Com o resultado dos STRs autossômicos, das indels do cromossomo X e
dos X-STRs, foi feita a comparação de resultados e a verificação da eficiência das
indels.
O IP foi selecionado como base de comparação dos sistemas. Nos trios
analisados com o sistema de marcadores autossômicos, os IPs individuais para
cada loco foram calculados e depois multiplicados para obter o IPC.
Quando os mesmos trios foram analisados com as mini-indels do
cromossomo X, assumindo a independência entre os locos, o IP foi calculado para
os locos individualmente e depois combinados por multiplicação dos mesmos,
obtendo-se o IPC. Entretanto as rmulas utilizadas para lculos de IP em
cromossomos autossômicos não podem ser utilizadas para calcular o IP dos
marcadores do cromossomo X, pois o suposto pai possui apenas um cromossomo
X, logo possui apenas um alelo por marcador (AYRES et al., 2005)
Novas fórmulas foram propostas por Powley e Ayres para calculo de IP em
marcadores independentes no cromossomo X (POWLEY, 2002; AYRES et al.,
2005). Fórmulas para cálculo de IP para trios encontram-se representadas na tabela
1, enquanto que para duos, encontram-se na tabela 2.
Tabela 1 - Fórmulas para cálculo de IP individual para locos independentes no cromossomo X, em
trios. O coeficiente de ancestralidade (F) estipulado para as análises desta dissertação foi de
1%(AYRES, 2000).
Mãe Criança Suposto Pai IP IP se F=0
AA AA A
pAFF
F
)1(3
)21(
+
+
pA
1
AA AB B
pBFF
F
)1(
)21(
+
+
pB
1
AB AA A
pAFF
F
)1(2
)21(
+
+
pA
1
AB AB A
))(1(3
)21(
pBpAFF
F
++
+
)(
1
pBpA+
AB AC C
pCFF
F
)1(
)21(
+
+
pC
1
Fonte - (AYRES et al., 2005)
59
Tabela 2 - Fórmulas para cálculo de IP individual para locos independentes no cromossomo X, em
duos. O coeficiente de ancestralidade (F) estipulado para as análises desta dissertação foi de
1%(AYRES, 2000).
Criança Suposto Pai IP IP se F=0
AA A
pAFF
F
)1(2
)1(
+
+
pA
1
AB A
pAFF
F
)1(2
)1(
+
+
pA2
1
Fonte - (AYRES et al., 2005)
Nos casos post mortem analisados com marcadores autossômicos com
resultado de inclusão de paternidade, os IPs individuais foram calculados através de
reconstrução.
Nos casos post mortem analisados com as mini-indels do cromossomo X, os
cálculos foram realizados utilizando o programa FASTLINK (COTTINGHAM, 1993;
SCHÄFFER, 1994), um compilado de programas de computador, originalmente
desenvolvidos para uso em genética epidemiológica e que atualmente tem sido
utilizados em testes de parentesco (SZIBOR et al., 2003) (SZIBOR et al., 2005;
KRAWCZAK, 2007; SZIBOR, 2007). Um dos algoritmos que compõe o pacote é o
MLINK, o qual realiza lculos de verossimilhança em pedigrees arbitrários. O
programa FASTLINK está disponível na rede mundial de computadores
gratuitamente pelo endereço
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/CBBresearch/Schaffer/fastlink.html.
Para o cálculo dos IPs dos STRs autossômicos, as freqüências alélicas
utilizadas foram as da população brasileira publicadas por (GRATTAPAGLIA et al.,
2001; JOBIM, 2003; GOES et al., 2004; WHITTLE et al., 2004).
Todos os testes com os STRs autossômicos e com os X-STRs foram
conduzidos no Laboratório Heréditas, tendo esse cedido os resultados e as
configurações dos casos para utilização neste trabalho de dissertação, mantendo a
identidade das pessoas envolvidas no anonimato.
60
5.8 Sensibilidade
Após a otimização do multiplex, foram realizadas diluições seqüenciais
progressivas na amostra de DNA feminino AmpFlSTR® Control DNA 9947, que é
fornecida em conjunto com o kit AmpFlSTR® Yfiler™ PCR Amplification Kit (Applied
Biosystems). A amostra foi diluída para as concentrações de 10 ng/µL, 5 ng/µL, 1
ng/µL, 0,5 ng/µL e 0,1 ng/µL. Posteriormente essas diluições foram utilizadas na
amplificação das mini-indels com o objetivo de estimar a eficiência do processo em
quantidades extremas de DNA.
5.9 Estudos de degradação
Estudos de degradação artificial do DNA por DNAse I foram realizados
conforme realizado por Chung et al. (CHUNG et al., 2004). Esses estudos
objetivaram a mimetização do dano sofrido as amostras forenses com baixa
quantidade de DNA, para posterior utilização das amostras degradadas.
O DNA degradado foi preparado através de digestão enzimática de 5,5 µg
de DNA extraído, ressuspendido no tampão de reação 1X da DNAse I para um
volume final de 100 µL, com 0,01 unidade/µL de DNAse I (New England BioLabs
Inc., Ipswich, MA). O DNA foi incubado por diferentes períodos de tempo (1 min., 2
min., 5 min., 10 min. e 20 min.) a 37ºC. Para inativação da DNAse I, foram
adicionados 3,0 µL de 0,5 M EDTA após a incubação e novamente incubados a
75ºC por 10 min.
O DNA degradado foi concentrado em uma Eppendorf Concentrator 5301
até secar todo o líquido, e posteriormente reconstituído com 13 µL de água
destilada.
Todo o material reconstituído foi utilizado na eletroforese. O DNA degradado
foi separado por gel de agarose (USB - Amersham) a 1% e corado com brometo de
etídeo (USB - Amersham). DNA de diferentes regiões do gel, correspondendo a
61
diferentes tamanhos de fragmentos (<400, 400 850 pb) foram extraídos usando o
Ultra Clean
TM
15 DNA Purification Kit (Mo Bio Laboratories, Carlsbad, CA USA).
Após extração, foi feito um novo gel de agarose para verificar a presença do DNA
extraído.
5.10 Amplificação pela metodologia de Low Copy Number DNA
Os protocolos para amplificação de LCN DNA foram aqueles propostos por
Gill et al. (GILL et al., 2000). O protocolo para amplificação das indels do
cromossomo X foi o mesmo descrito acima (item 4.3), com alterações no número de
ciclos de 30 para 34.
Essa metodologia foi testada em amostras de DNA que passaram pelo
processo de degradação pela DNAse I.
5.11 Amplificação de genoma total
A metodologia de WGA por MDA foi testada com a utilização do kit
GenomiPhi
TM
DNA Amplification Kit (Amersham Biosciences), conforme protocolo
sugerido pelo fabricante. Este protocolo consiste em: misturar em um tubo 1 µL de
DNA (com concentração de no mínimo 1ng/µL) com 9 µL de tampão contendo os
iniciadores hexaméricos randômicos. Submeter esse tubo a um processo de
desnaturação com aquecimento inicial de 95ºC por 3 minutos e posterior
resfriamento a 4ºC para que os iniciadores se anelem com as fitas molde. Posterior
à desnaturação, adicionar ao tubo 9 µL de tampão de reação e 1 µL da enzima
Phi29 DNA polimerase. Misturar bem e incubar a 30ºC por 16-18 horas. Para
inativação da reação pós-amplificação, submeter o tubo a um aquecimento de 65ºC
por 10 minutos com posterior resfriamento a 4ºC.
Essa metodologia foi testada em amostras de que passaram pelo processo
de degradação por DNAse I.
62
6 RESULTADOS
6.1 Identificação de indels polimórficas ao longo do cromossomo X
Foram selecionadas 17 indels do cromossomo X a partir do NCBI® (do
inglês National Center for Biotechnology Information) (www.ncbi.nlm.nih.gov) no
banco Entrez SNP®, onde os critérios utilizados foram classes de indels, presentes
no cromossomo X de humanos, constituídas de no mínimo dois nucleotídeos e com
uma heterozigosidade mínima de 0,3. Essas 17 indels englobavam indels compostas
por dois (2), três (8), quatro (2), cinco (1), nove (2), dez (1) e onze (1) nucleotídeos.
A heterozigosidade variou entre 0,500 e 0,375 conforme o critério pré-estabelecido
demonstrado abaixo na tabela 3. A tabela 4 apresenta as características das 17
indels selecionadas. A figura 9 ilustra a distribuição das indels ao longo do
cromossomo X.
Após a seleção das 17 indels verificou-se que nenhuma delas apresentava
elementos repetitivos com a utilização do programa Repeat Masker
(www.repeatmasker.org). Além disso, não foram observados SNPs nas vizinhanças
das indels.
63
Tabela 3 - Indels selecionadas a partir do NCBI®. Informações incluem número de
identificação e acesso no NCBI®, respectivos alelos de deleção (D) e inserção (I), juntamente com
suas freqüências (F) e heterozigosidade (Het) média disponível no banco. Os nomes das indels são
identificações propostas com o objetivo de facilitar a identificação ao longo do trabalho. Populações
estudadas: RS363762 –europeus RS16460 europeus, RS17394 CEPH, RS2307707 europeus,
RS2308033 europeus RS2307557 europeus, RS363794 europeus RS2308035 europeus,
RS17436 – CEPH, RS2307551 europeus, RS5743760 afros americanos, RS2307901 – europeus,
RS2307741 – europeus RS2308280 – europeus, RS621 – finlandeses RS2308239 – europeus,
RS2307858 – europeus.
Nome dbSNP Alelos (D/I)
Frequência
deleção
Frequência
inserção
Het
Média
IDX001
RS363762
-/ATT 0,590 0,410 0,484
IDX002
RS16460
-/TTC 0,354 0,646 0,457
IDX003
RS17394
-/AAAAG 0,350 0,650 0,455
IDX004
RS2307707
-/GTCT 0,677 0,323 0,437
IDX005
RS2308033
-/CTT 0,250 0,750 0,375
IDX006
RS2307557
-/ACA 0,322 0,678 0,437
IDX007
RS363794
-/ATA 0,734 0,266 0,390
IDX008
RS2308035
-/CA 0,673 0,327 0,440
IDX009
RS17436
-/AAACAGTAATT 0,250 0,750 0,375
IDX010
RS2307551
-/TAC 0,525 0,475 0,499
IDX011
RS5743760
-/GAGGAGAAA 0,362 0,638 0,462
IDX012
RS2307901
-/TAGA 0,258 0,742 0,383
IDX013
RS2307741
-/CCTCTGAAC 0,299 0,701 0,419
IDX014
RS2308280
-/TTA 0,406 0,594 0,482
IDX015
RS621
-/AAC 0,620 0,380 0,471
IDX016
RS2308239
-/GA 0,341 0,659 0,449
IDX017
RS2307858
-/TTACTGAGAG 0,275 0,725 0,399
Fonte – a autora
.
64
Tabela 4 - Características das 17 indels do cromossomo X selecionadas a partir do NCBI®. PIC,
conteúdo de informação polimórfica, MEC
T
, chance média de exclusão em trios, MEC
D
, chance média
de exclusão em duos, PD
M
, poder de discriminação em mulheres e PD
H
, poder de discriminação em
homens.
Nome dbSNP PIC MEC
T
MEC
D
PD
M
PD
H
IDX001 RS363762
0,425 0,367 0,242 0,617 0,484
IDX002 RS16460
0,405 0,353 0,229 0,601 0,457
IDX003 RS17394
0,403 0,351 0,228 0,599 0,455
IDX004 RS2307707
0,390 0,342 0,219 0,588 0,437
IDX005 RS2308033
0,340 0,305 0,188 0,539 0,375
IDX006 RS2307557
0,389 0,341 0,218 0,587 0,437
IDX007 RS363794
0,352 0,314 0,195 0,552 0,391
IDX008 RS2308035
0,392 0,343 0,220 0,590 0,440
IDX009 RS17436
0,340 0,305 0,188 0,539 0,375
IDX010 RS2307551
0,437 0,374 0,249 0,624 0,499
IDX011 RS5743760
0,409 0,355 0,231 0,604 0,462
IDX012 RS2307901
0,346 0,310 0,191 0,546 0,383
IDX013 RS2307741
0,375 0,331 0,210 0,575 0,419
IDX014 RS2308280
0,424 0,366 0,241 0,616 0,482
IDX015 RS621
0,416 0,360 0,236 0,609 0,471
IDX016 RS2308239
0,399 0,348 0,225 0,596 0,449
IDX017 RS2307858
0,359 0,319 0,199 0,559 0,399
Cumulativo _____
0,999 0,985 0,999 0,9999
Fonte – a autora.
65
Figura 9 Localização das 17 indels selecionadas ao longo do cromossomo X. Os números de
identificação das mesmas no NCBI® vêm precedendo a denominação entre parênteses, determinada
pela autora a fim de facilitar a identificação das mesmas.
Fonte – a autora.
66
6.2 Desenho dos iniciadores
Com as indels selecionadas e verificadas para a presença de elementos
repetitivos e SNPs em sua vizinhança, os iniciadores foram desenhados com a
utilização do programa Primer3 e Autodimer (ROZEN et al., 2000; VALLONE et al.,
2004a). Foram desenhados 17 pares de iniciadores teoricamente compatíveis para
utilização conjunta em reações de multiplex (Tabela 5). .Baseado na seqüência
disponível no dbSNP os fragmentos amplificados teriam tamanhos de 70 a 170 pb. A
distribuição teórica destes fragmentos e a cor relativa a fluorescência utilizada para
marcar o iniciador direto são mostradas na Figura 10.
Figura 10 Distribuição dos produtos gerados pelos 17 pares de iniciadores das indels selecionadas
ao longo do cromossomo X. As indels IDX001 a IDX011 foram marcadas com a fluorescência 6-FAM
e as indels IDX012 a IDX017 foram marcadas com a fluorescência VIC.
Fonte – a autora.
67
Tabela 5 - Seqüência dos iniciadores para cada indel selecionada. Nos iniciadores diretos são
mostradas as fluorescências utilizadas na marcação.
Nome dbSNP Seqüência Iniciadores diretos (5’-3’) Seqüência Iniciadores reversos (5’-3’)
IDX001 RS363762
[6FAM]-TATGCTAGGGATGAACCTGGAA
AAACCACAGAGCATAGGAATCA
IDX002 RS16460
[6FAM]-GACAGCCTCAGTTAATCATTTGG
GACTGTAAATGTAGCGGTGCT
IDX003 RS17394
[6FAM]-AAAATCGGCAACCAAAAAGA
TCCTGTTGGGGTTGAGTCAT
IDX004 RS2307707
[6FAM]-GCCTGGGATTTTTCCTTTAT
CCAGGATACAGGGGAGAACA
IDX005 RS2308033
[6FAM]-CTGGTCCACCCTAACTGTATCC
TTATTGGATTCTGCCATGGTAAGTTT
IDX006 RS2307557
[6FAM]-CAGGGAAAACTCAGTCCTTAACA
GACATCAGTGATTGCCTTGC
IDX007 RS363794
[6FAM]-CAGATGATTGATTGTGATTATTGTAAG
GCCAGCCATTTGTTCTTCTC
IDX008 RS2308035
[6FAM]-AGATATCCCATAACGCCCATT
TCCTTTTGCTACGCAGACCT
IDX009 RS17436
[6FAM]-GCAAAAACTAAAAACTATATGATTCAGG
TTTTGCTGTGTTTAGTTACTGTTAAAAA
IDX010 RS2307551
[6FAM]-TGTGAATTTCTTCTGCTTTTTAAG
AAACAATAGAAATTTGAAGCCTAAGA
IDX011 RS5743760
[6FAM]-TGTGCCATCCCTAGCTCATT
CCAGTGAAATTTGGGAGGAA
IDX012 RS2307901
[VIC]-TGTGTGAAATCTCATCCATGTTT
CGACATTTTAGAAGTGACTCACATAA
IDX013 RS2307741
[VIC]-TCATCATCCTCAGACCATGACA
GGGAATTCTTCATAGTTCTTAGCTAGT
IDX014 RS2308280
[VIC]-CACTAAATGGTTCTTTAAGTTTCAACC
CCCTACCAACAAAATCCATTC
IDX015 RS621
[VIC]-AATGGAACCCATGTCTTGGA
AAAGCAGCTCCACTAGGAAGAC
IDX016 RS2308239
[VIC]-TCATTGACAGAACAAGTCAGCA
TTGCTAAAACGGAAAGAGCA
IDX017 RS2307858
[VIC]-GGAGACCTGCCTGAAAAGAA
GCCTTTTTAAGTAGATCCAATGTCA
Fonte – a autora
.
68
6.3 Amplificação das Indels do Cromossomo X
Para avaliar a especificidade de cada iniciador, estes foram testados em
reações de singleplex PCR (um único par de iniciador por reação) utilizando como
amostra uma mistura equimolar de amostras de mulheres. Dos 17 pares de
iniciadores, com exceção dos pares IDX007 e IDX012, todos amplificaram
individualmente (Figuras 11, 12 e 13). O par de iniciadores IDX001 apresentou a
amplificação de apenas um de seus alelos nas diversas repetições de amplificação
(Figura 17).
Figura 11 - Eletroferograma das amplificações em singleplex 6-FAM IDX001 a IDX006.
Fonte – a autora.
69
Figura 12 - Eletroferograma das amplificações em singleplex 6-FAM IDX008 a IDX011.
Fonte – a autora.
Figura 13 - Eletroferograma das amplificações em singleplex VIC IDX013 a IDX017.
Fonte – a autora.
70
As reações de multiplex PCR foram realizadas com os 17 pares de
iniciadores. Assim como ocorrido nas reações individuais, os iniciadores IDX007 e
IDX012 não amplificaram na reação de multiplex e a indel IDX001 continuou
apresentando amplificação de apenas um de seus alelos. Os iniciadores IDX004 e
IDX005 apresentaram a mesma faixa de amplificação com alelos de 96,94 pb,
101,14 pb, e 100,24, 103,26 respectivamente. As indels IDX006, IDX008, IDX009,
IDX010 e IDX017 não amplificaram na reação de multiplex. Por esses motivos, foi
montada uma reação de multiplex com 8 indels, onde todas amplificaram
perfeitamente em multiplex, além de possuírem uma faixa distinta de amplificação
(Figura 14).
O multiplex utilizado consiste na co-amplificação das seguintes indels:
IDX002, IDX003, IDX004, IDX011, IDX013, IDX014, IDX015, IDX016. As
informações acerca deste multiplex encontram-se representadas na tabela 6 e o
eletroferograma ilustrando a co-amplificação das indels na figura15. A figura 16
indica a distribuição das 8 indels constituintes do multiplex no cromossomo X.
71
Figura 14 - Distribuição dos produtos gerados pelos 8 pares de iniciadores das indels selecionadas
ao longo do cromossomo X, que constituem a reação de multiplex.
Fonte – a autora.
Tabela 6 - Indels do cromossomo X constituintes do multiplex. A tabela indica também a
concentração de cada iniciador na reação de multiplex.
Nome Indel Tamanho fragmento
(pb)
Conc. Iniciador
(µM)
Fluorescência
IDX002 RS16460
81-84 0,15 6-FAM
IDX003 RS17394
88-93 0,65 6-FAM
IDX004 RS2307707
97-101 0,50 6-FAM
IDX011 RS5743760
167-176 0,90 6-FAM
IDX013 RS2307741
95-104 0,20 VIC
IDX014 RS2308280
110-113 0,70 VIC
IDX015 RS621
121-124 0,15 VIC
IDX016 RS2308239
135-137 0,60 VIC
Fonte – a autora.
72
Figura 15 - Eletroferograma demonstrando a multiplexação das 8 indels do cromossomo X em 3 indivíduos diferentes.
Fonte – a autora.
73
Figura 16 - Distribuição das 8 indels constituintes do multiplex no cromossomo X.
Fonte – a autora.
74
6.4 Estudo populacional
A maior freqüência alélica encontrada foi de 0,781, na indel IDX011, no alelo
de inserção (Tabela 7). Por se tratarem de indels bialélicas, o alelo de deleção da
indel IDX011, teve sua menor freqüência alélica de 0,219.
A heterozigosidade observada foi menor que a esperada para quase todas
as indels com exceção das indels IDX004, IDX013 e IDX016.
Após a correção de Bonferroni, não foram detectados desvios significativos
do Equilíbrio de Hardy-Weinberg em nenhum dos locos estudados (Tabela 7).
Tabela 7 - Caracterização dos 8 locos de indels do cromossomo X baseado em uma amostra de 200
indivíduos. (D), freqüência do alelo de deleção, (I), freqüência do alelo de inserção, Ho
heterozigosidade observada, He heterozigosidade esperada, P, p valor da análise de equilíbrio de
Hardy-Weinberg. Para o teste de Hardy Weinberg foi utilizado o nível de significância de 0,006
corrigido por Bonferroni. Valores em negrito indicam significância estatística.
IDX002 IDX003 IDX004 IDX011 IDX013 IDX014 IDX015 IDX016
P(D)
0,367 0,327 0,589 0,219 0,505 0,320 0,515 0,434
P(I)
0,633 0,673 0,411 0,781 0,495 0,680 0,485 0,566
Ho
0,319 0,422 0,598 0,340 0,557 0,319 0,463 0,515
He
0,454 0,447 0,501 0,379 0,499 0,440 0,499 0,496
P
0,006 0,817 0,063 0,416 0,315 0,017 0,546 0,835
Fonte – a autora.
Devido à hemizigose nos homens, o desequilíbrio de ligação pode ser
estudado eficientemente para os marcadores do cromossomo X (Tabela 8). O teste
de associação par a par revelou um desequilíbrio de ligação significativo entre
IDX002 e IDX0011 (p=0.024356). Entretanto, após a correção de Bonferroni, essa
característica deixou de ser significativa.
As indels que apresentaram o maior conteúdo de informação de
polimorfismo (PIC) foram: IDX013, IDX015 e IDX004 com PIC de 0,440; 0,440 e
0,430 respectivamente. O menor PIC foi de 0,31 na indel IDX011 (Tabela 9).
75
A indel IDX011 apresentou a menor chance média de exclusão em trios, de
0,284, enquanto as indels IDX013 e IDX015 apresentaram a maior chance dia de
exclusão em duos de 0,25.
As indels IDX013 e IDX015 possuem o maior poder de discriminação em
mulheres de 0,625, seguidos por IDX016 com 0,621. As mesmas indels possuem o
maior poder de discriminação em homens sendo IDX013 e IDX015 com 0,5 e
IDX016 com 0,491.
Tabela 8 - Desequilíbrio de ligação entre as mini-indels do cromossomo X constituintes do multiplex,
calculados apenas entre os homens. P valor exato. Foi utilizado o vel de significância de 0,0018
após a correção por Bonferroni. Valores em negrito indicam significância estatística.
Locos IDX002 IDX003 IDX004 IDX011 IDX013 IDX014 IDX015 IDX016
IDX002
* 1.000 0.235 0.024 0.852 0.397 0.839 0.838
IDX003
1.000 * 0.199 0.563 0.152 0.389 0.051 0.372
IDX004
0.235 0.199 * 0.238 0.679 0.813 0.526 0.061
IDX011
0.024 0.563 0.238 * 0.794 0.353 1.000 1.000
IDX013
0.852 0.152 0.679 0.794 * 0.530 0.066 0.070
IDX014
0.397 0.389 0.813 0.353 0.530 * 0.413 0.683
IDX015
0.839 0.051 0.526 1.000 0.066 0.413 * 0.696
IDX016
0.838 0.372 0.061 1.000 0.070 0.683 0.696 *
Fonte – a autora.
Tabela 9 - Características das 8 indels do cromossomo X utilizadas em multiplex. PIC, conteúdo de
informação polimórfica, MEC
T
, chance média de exclusão em trios, MEC
D
, chance média de exclusão
em duos, PD
M
, poder de discriminação em mulheres e PD
H
, poder de discriminação em homens.
Locos dbSNP PIC MEC
T
MEC
D
PD
M
PD
H
IDX002 RS16460
0,411 0,357 0,232 0,605 0,465
IDX003 RS17394
0,392 0,343 0,220 0,590 0,440
IDX004 RS2307707
0,426 0,367 0,242 0,617 0,484
IDX011 RS5743760
0,313 0,284 0,171 0,509 0,342
IDX013 RS2307741
0,437 0,375 0,250 0,625 0,500
IDX014 RS2308280
0,388 0,341 0,218 0,586 0,435
IDX015 RS621
0,437 0,375 0,250 0,625 0,500
IDX016 RS2308239
0,431 0,371 0,246 0,621 0,491
Cumulativo ***
*** 0,9689 0,8751 0,9993 0,9927
Fonte – a autora.
A análise de variância molecular da população brasileira de forma
regionalizada resultou em um Fst de 0,021 (p=0,006) quando analisadas as
amostras masculinas e femininas em conjunto. Quando analisamos apenas as
amostras masculinas, a análise de variância molecular resultou em um Fst de 0,028
76
(p= 0,021) e apenas as amostras femininas resultaram um Fst de 0,013 (p=0,049)
(Figura 17).
Após a aplicação da correção de Bonferroni, a análise de Fst par a par na
população brasileira regionalizada detectou diferenças significativas entre três
regiões brasileiras utilizando esses marcadores (Centro-Oeste-Sul, Centro-Oeste-
Sudeste e Centro-Oeste-Nordeste), quando analisamos a população masculina e
feminina em conjunto (Tabela 10).
Após a aplicação da correção de Bonferroni, a análise de Fst par a par na
população brasileira regionalizada detectou diferenças significativas entre duas
regiões brasileiras utilizando esses marcadores (Centro-Oeste-Sudeste e Centro-
Oeste-Norte), quando analisamos somente a população masculina (Tabela 11).
Não foi detectada diferença significativa entre as cinco regiões geopolíticas
brasileiras para a análise de Fst par a par na população feminina após a correção
por Bonferroni (Tabela 12).
Os resultados da análise de variância loco a loco das amostras regionais da
população brasileira, revelou diferenças populacionais estatisticamente significativas
entre as cinco regiões estudadas para os locos IDX002 e IDX016 quando estudada
com as amostras masculinas e femininas juntas. Quando se estudou apenas as
amostras masculinas, a análise de variância loco a loco revelou diferenças
populacionais estatisticamente significativas entre as 5 regiões estudadas para o
loco IDX016 e quando se estudou apenas as amostras femininas, observaram-se
diferenças populacionais estatisticamente significativas entre as 5 regiões estudadas
para os locos IDX002 e IDX004. Os resultados aqui descritos encontram-se na figura
18.
77
Figura 17 Resultados AMOVA na população brasileira. AMOVA realizada com homens
e mulheres, apenas com homens e apenas com mulheres.
Fonte – a autora.
78
Tabela 10 Matriz diagonal inferior com valores de Fst par a par e matriz diagonal superior com
valores de significância (Pvalor) para população de homens e mulheres. Valores em negrito indicam
significância estatística. Após correções de Bonferroni, o nível de significância passa a ser 0,005.
*
Sul
Sudeste
Centro-Oeste
Norte
Nordeste
Sul
*
0,684
0,001
0,061
0,856
Sudeste
0,001
*
0,003
0,268
0,395
Centro-Oeste
0,050
0,047
*
0,150
0,002
Norte
0,023
0,012
0,017
*
0,422
Nordeste
-0,003
0,008
0,044
0,007
*
Fonte – a autora
Tabela 11 Matriz diagonal inferior com valores de Fst par a par e matriz diagonal superior com
valores de significância (Pvalor) para população de homens. Valores em negrito indicam significância
estatística. Após correções de Bonferroni, o nível de significância passa a ser 0,005.
*
Sul
Sudeste
Centro-Oeste
Norte
Nordeste
Sul
*
0,913
0,013
0,502
0,786
Sudeste
-0,029
*
0,004
0,423
0,487
Centro-Oeste
0,077
0,086
*
0,003
0,007
Norte
-0,002
0,001
0,111
*
0,909
Nordeste
-0,019
-0,004
0,078
-0,029
*
Fonte – a autora
Tabela 12 Matriz diagonal inferior com valores de Fst par a par e matriz diagonal superior com
valores de significância (Pvalor) para população de mulheres. Valores em negrito indicam
significância estatística. Após correções de Bonferroni, o nível de significância passa a ser 0,005.
*
Sul
Sudeste
Centro-Oeste
Norte
Nordeste
Sul
*
0,353
0,218
0,015
0,987
Sudeste
0,002
*
0,543
0,027
0,141
Centro-Oeste
0,010
-0,001
*
0,499
0,194
Norte
0,038
0,035
0,001
*
0,017
Nordeste
-0,020
0,016
0,013
0,035
*
Fonte – a autora
79
Figura 18 Resultados da análise de variância loco a loco das amostras regionais da
população brasileira. Realizada com homens e mulheres (A), apenas com homens (B) e
apenas com mulheres (C). Loco 1 (IDX002), loco 2 (IDX003), loco 3 (IDX004), loco 4
(IDX011), loco 5 (IDX013), loco 6 (IDX014), loco 7 (IDX015) e loco 8 (IDX016). Barras em
vermelho referem-se a valores significativos estatisticamente.
Fonte a autora.
80
6.5 Estudo de casos: exames de paternidade em Trios
Doze trios (suposto pai, e e criança) foram analisados com STRs
autossômicos utilizando-se dois multiplexes: um octaplex (mais amelogenina) e um
dodecaplex.
Em adição a estes, as mini-indels do cromossomo X também foram
estudadas, para fins comparativos.
Dos doze trios analisados seis obtiveram como resultado a exclusão e seis a
inclusão de paternidade.
Para uma melhor visualização dos resultados de exclusão, foram utilizadas
três tabelas para demonstrar as exclusões encontradas em cada um dos sistemas
analisados. Sendo assim:
A tabela 13 apresenta os perfis genotípicos resultantes da
análise com o octaplex (mais amelogenina) de STRs;
A tabela 14 apresenta os perfis genotípicos resultantes da
análise com o dodecaplex de STRs;
Finalmente a tabela 15 apresenta os perfis genotípicos
resultantes da análise com as mini-indels do cromossomo X.
As inclusões de paternidade dos seis trios analisados também estão
demonstradas em três tabelas, apresentando os perfis genéticos obtidos com cada
um dos sistemas analisados, assim como o cálculo do índice de paternidade
combinado (IPC) de cada sistema:
Tabela 16: Perfis genéticos de seis trios com resultado de
inclusão, analisados com o octaplex (mais amelogenina) de STRs;
Tabela 17: Perfis genéticos de seis trios com resultado de
inclusão, analisados com o dodecaplex de STRs;
Tabela 18: Perfis genéticos de seis trios com resultado de
inclusão, analisados com com as mini-indels do cromossomo X.
81
Para fins comparativos, a tabela 19 apresenta o IPC para cada sistema e o
IPC para as combinações entre cada um dos sistemas.
82
Tabela 13 - Perfis genotípicos de seis trios de exclusão resultantes da análise com o octaplex (mais amelogenina) de STRs. Os alelos em negrito e
hachurados indicam as exclusões obtidas. SP – Suposto Pai, C – Criança, M – Mãe.
EXCLUSÕES OCTAPLEX (MAIS AMELOGENINA) STRs
TRIO 1 TRIO 2 TRIO 3 TRIO 4 TRIO 5 TRIO 6
STRs SP 1 C 1 M 1 SP 2 C 2 M 2 SP 3 C 3 M 3 SP 4 C 4 M 4 SP 5 C 5 M 5 SP 6 C 6 M 6
16 16 15 16 16 18 14 16 15 16 17 17 14 16 16 16 16 16
VWA
18 17 17 16 18 19 17
18
16 18
17
19 16 18 18 17 17 18
8 6 6 8
6
7 8 6 6 8
7
9 6 8 8 7
9
6
TH01
9.3 9.3 9.3 9.3 9.3 9.3 9.3
6
7 9.3 9.3 9.3 9.3
9
8 9.3 9.3 9.3
X X X X X X X X X X X X X X X X X X
AMEL
Y X X Y X X Y X X Y X X Y X X Y X X
8 8 8 11
9
8 9
8
9 8 8 11 8 8 9 8
10
9
TPOX
11 11 11 11 11 11 11 9 9 8 12 12 11 9 12 8 12 12
10 10 11 12
10
11 12 10 10 12
10
11 12 11 11 12
11
12
CSF1PO
10 11 11 13 11 11 12
13
10 12 15 15 12
11
11 12 12 13
12
9
12 11 12 11 10
9
11 12 12 9 11 10 10 11 12 12
D5S818
12 12 12 11 12 12 13 13 13 12 13 13 12 11 13 13
12
12
8 11 9 12 11 9 13
8
11 11 11 8 12 11 11 11
9
11
D13S317
11 12 12 12
14
11 13 11 13 11 12 12 15
13
12 13 11 11
10
8
10 9 9 9 10
8
10 10
12
8 8 8 8 10 11 11
D7S820
10 12 12 10 9 10 11 11 11 10 12 12 9
12
8 11 11 11
11 11 11 9 10 9 11
9
12 9 12 13 11 11 10 10
9
11
D16S539
13
12
13 12
11
10 12 12 12 12 13 14 12 13 13 13 11 11
Fonte – a autora.
83
Tabela 14 - Perfis genotípicos de seis trios de exclusão resultantes da análise dodecaplex de STRs. Os alelos em negrito e hachurados indicam as
exclusões obtidas
.
SP – Suposto Pai, C – Criança, M – Mãe.
EXCLUSÕES DODECAPLEX STRs
TRIO 1 TRIO 2 TRIO 3 TRIO 4 TRIO 5 TRIO 6
STRs SP 1 C 1 M 1 SP 2 C 2 M 2 SP 3 C 3 M 3 SP 4 C 4 M 4 SP 5 C 5 M 5 SP 6 C 6 M 6
15 15 15 15 16 16 15
16
18 15
16
14 15 16 16 14 16 16
D3S1358
16 15 17 16 16 16 15 18 18 15 17 17 16
19
16 16
18
16
8 6 6 8
6
7 8
6
6 8
7
9 6 8 8 7
9
6
TH01
9.3 9.3 9.3 9.3 9.3 9.3 9.3 6 7 9.3 9.3 9.3 9.3
9
8 9.3 9.3 9.3
30
29
27 29 29 29 28
32.2
34 29 30 28 29 29 28 28 29 29
D21S11
30 30 30 29 30 30 30 34 35.2 32.2 32.2 30 34.2
32
29 31
33.2
31.2
12
13
13 14
13
12 14 14 14 12 15 14 14 14 12 14
12
14
D18S51
17 14 14 17 16 16 18
15
17 17
16
15 19
18
14 16 14 14
5 11 11 8
11
11 7 7 13 9 13 12 10 12 12 11
5
7
PENTA E
10
11
12 13 14 14 7 14 14 12
14
13 12
16
13 19 7 14
12
9
12 11
12
11 10
9
11 12 12 9 11 10 10 11 12 12
D5S818
12 12 12 11 12 12 13 13 13 12 13 13 12 11 13 13
12
12
14 14 12 13 15 14 11
14
14 13
12
14 14 13.2 12.2 13 14.2 14.2
D19S433
16
15
14 15
16
15 14.2 14 14 15 14 14 15.2 14 13.2 14
16.2
15
13 11 7 9 11 9 2.2 11 9 9 9 9 9
11
9 11 2.2 2.2
PENTA D
14
12
11 9
13
11 9
12
11 11 9 12 12 13 13 15
10
10
20
17
19 18 17 16 19 16 16 19 19 19 17
23
23 19 22 22
D2S1338
24 19 21 25
17
17 19
16
17 22
21
22 17 23 23 19
25
23
14
10
15 14 12 12 10 10 10 11
10
14 14
12
15 12 13 13
D8S1179
14 15 15 14 14 15 14 14 11 12 15 15 15 15 15 14
15
15
8 8 8 11
9
8 9
8
9 8 8 11 8 8 9 8
10
9
TPOX
11 11 11 11 11 11 11 9 9 8 12 12 11 9 12 8 12 12
21 19 19 21 21 21 22 21 21 23
19
21 20 20 23 20 20 23
FGA
22
20
28 24
22
24 25
29
21 27 26 26 23 24 24 22 23 26
Fonte – a autora
84
Tabela 15 - Perfis genotípicos de seis trios de exclusão resultantes da análise com as mini-indels do cromossomo X. Os alelos em negrito e
hachurados indicam as exclusões obtidas. SP – Suposto Pai, C – Criança, M – Mãe.
EXCLUSÕES OCTAPLEX MINI-INDELS X
TRIO 1 TRIO 2 TRIO 3 TRIO 4 TRIO 5 TRIO 6
INDELS X SP 1 C 1 M 1 SP 2 C 2 M 2 SP 3 C 3 M 3 SP 4 C 4 M 4 SP 5 C 5 M 5 SP 6 C 6 M 6
2_I 2_I 2_D 2_I 2_D 2_D 2_D 2_D 2_D 2_I 2_D 2_D 2_D 2_D 2_D 2_I 2_I 2_D
FAM2
--- 2_I 2_I --- 2_I 2_D ----- 2_I 2_I ----- 2_I 2_I --- 2_I 2_I ----- 2_I 2_I
3_I
3_D
3_I 3_I 3_I 3_D 3_I 3_I 3_I 3_D 3_D 3_D 3_I 3_I 3_D 3_I
3_D
3_D
FAM3
--- 3_I 3_I --- 3_I 3_I ----- 3_I 3_I ----- 3_I 3_I --- 3_I 3_I ----- 3_D 3_D
4_D
4_I
4_D 4_D 4_D 4_D 4_D 4_D 4_I 4_D
4_I
4_D 4_I
4_D
4_I 4_D 4_D 4_D
FAM4
--- 4_I 4_I --- 4_D 4_I ----- 4_I 4_I ----- 4_I 4_I --- 4_I 4_I -----
4_I
4_D
11_I
11_D
11_I 11_D
11_I
11_I 11_I 11_I 11_I 11_D
11_I
11_I 11_I 11_I 11_I 11_I 11_D 11_D
FAM11
--- 11_I 11_I --- 11_I 11_I ----- 11_I 11_I ----- 11_I 11_I --- 11_I 11_I ----- 11_I 11_I
2_D 2_D 2_D 2_D 2_D 2_D 2_D 2_D 2_I 2_I 2_I 2_D 2_D 2_D 2_D 2_D 2_D 2_D
VIC2
--- 2_I 2_I --- 2_I 2_I ----- 2_I 2_I ----- 2_I 2_I --- 2_I 2_I -----
2_I
2_D
3_D
3_I
3_I 3_I 3_I 3_D 3_I 3_I 3_D 3_I 3_I 3_I 3_D 3_D 3_D 3_D 3_D 3_D
VIC3
--- 3_I 3_I --- 3_I 3_I ----- 3_I 3_I ----- 3_I 3_I --- 3_I 3_I ----- 3_I 3_I
4_D 4_D 4_D 4_D
4_I
4_D 4_D
4_I
4_D 4_D 4_D 4_D 4_I 4_D 4_D 4_D
4_I
4_D
VIC4
--- 4_I 4_I --- 4_I 4_I ----- 4_I 4_I ----- 4_I 4_I --- 4_I 4_D ----- 4_I 4_I
5_I 5_D 5_D 5_D 5_D 5_D 5_I 5_I 5_D 5_I
5_D
5_I 5_D
5_I
5_D 5_I 5_D 5_D
VIC5
--- 5_I 5_I --- 5_D 5_I ----- 5_I 5_I ----- 5_I 5_I --- 5_I 5_I ----- 5_I 5_I
Fonte – a autora
85
Tabela 16 - Perfis genéticos de seis trios com resultado de inclusão, analisados com o octaplex (mais amelogenina) de STRs. O índice de
paternidade combinado (IPC) encontra-se na última linha da tabela, para cada caso analisado. SP – Suposto Pai, C – Criança, M – Mãe.
INCLUSÕES OCTAPLEX (MAIS AMELOGENINA) STRs
TRIO 7 TRIO 8 TRIO 9 TRIO 10 TRIO 11 TRIO 12
STRs SP 7 C 7 M 7 SP 8 C 8 M 8 SP 9 C 9 M 9 SP 10 C 10 M 10 SP 11 C 11 M 11 SP 12 C 12 M 12
14 14 15 16 16 15 17 16 16 15 14 14 14 14 14 19 15 14
VWA
19 20 20 17 17 17 19 17 17 17 17 15 18 18 16 19 19 15
6 8 6 7 7 7 8 8 8 9 9 7 7 6 6 7 8 8
TH01
9 9 8 8 8 9.3 8 9.3 9.3 9 9.3 9.3 9 7 9 9.3 9.3 9
X X X X X X X X X X X X X X X X X X
AMEL
Y X X Y X X Y X X Y X X Y X X Y X X
11 8 8 8 8 8 8 8 11 8 8 8 8 8 11 9 9 8
TPOX
11 11 8 11 11 8 8 11 11 11 8 11 8 11 11 11 11 9
11 12 10 11 11 11 10 10 10 12 11 11 10 11 11 10 10 10
CSF1PO
13 13 12 11 11 12 13 12 12 12 12 12 12 12 11 11 11 10
11 11 11 11 11 11 12 12 10 11 11 12 11 11 11 11 11 7
D5S818
12 12 11 11 13 13 12 13 13 11 12 12 13 11 11 12 12 12
9 9 11 10 11 11 11 12 12 12 8 8 11 11 12 8 8 12
D13S317
12 11 11 12 12 12 12 12 12 12 12 9 11 12 13 11 14 14
8 11 11 10 11 10 8 9 10 8 10 10 10 11 11 9 10 10
D7S820
11 11 12 11 12 12 9 12 12 11 11 12 11 12 12 10 12 12
11 11 11 12 9 9 9 9 11 11 11 11 9 11 9 12 12 11
D16S539
11 12 12 12 12 11 11 12 12 13 12 12 11 11 11 13 13 12
IPC 1,38E+04 6,30E+02 9,30E+02 3,67E+02 2,18E+02 2,28E+03
Fonte – a autora
86
Tabela 17 - Perfis genéticos de seis trios com resultado de inclusão, analisados com o dodecaplex de STRs. O índice de paternidade combinado
(IPC) encontra-se na última linha da tabela, para cada caso analisado. SP – Suposto Pai, C – Criança, M – Mãe.
INCLUSÕES DODECAPLEX STRs
TRIO 7 TRIO 8 TRIO 9 TRIO 10 TRIO 11 TRIO 12
STRs SP 7 C 7 M 7 SP 8 C 8 M 8 SP 9 C 9 M 9 SP 10 C 10 M 10 SP 11 C 11 M 11 SP 12 C 12 M 12
15 15 16 16 14 14 16 16 15 15 15 15 17 15 15 16 17 16
D3S1358
15 16 16 18 16 15 17 16 16 17 15 16 17 17 15 18 18 17
6 8 6 7 7 7 8 8 8 0 0 7 7 6 6 7 8 8
TH01
9 9 8 8 8 9.3 8 9.3 9.3 0 0 9.3 9 7 9 9.3 9.3 9
29 30 28 27 30 28 29 29 30 29 29 29 29 28 28 28 27 27
D21S11
32.2 32.2 30 30.2 30.2 30 30 30 30 31.2 31.2 31.2 32.2 32.2 32.2 30 30 31.2
14 14 12 13.2 13.2 13.2 14 15 15 13 16 15 17 15 15 15 18 12
D18S51
15 14 14 17 17 17 16 16 15 16 16 16 19 19 17 18 21 21
7 5 5 11 11 5 7 7 7 13 12 12 10 7 7 5 5 5
PENTA E
10 10 13 11 12 12 11 7 9 16 13 12 17 10 21 9 5 14
11 11 11 11 11 11 12 12 10 11 11 12 11 11 11 11 11 7
D5S818
12 12 11 11 13 13 12 13 13 11 12 12 13 11 11 12 12 12
12 14.2 14 15 15 13 14 14 14 12 15 12.2 12 13 12 13 13 14
D19S433
15 15 14.2 15 15 15 14 14 14 15 15 15 15 15 13 14 14 15
10 2.2 2.2 0 13 10 12 10 9 9 11 11 9 9 9 9 11 11
PENTA D
12 12 12 0 13 13 15 12 10 12 12 12 12 11 11 11 13 13
18 16 16 17 19 19 18 18 17 19 23 22 19 20 19 22 23 20
D2S1338
22 22 17 19 19 25 25 19 19 24 24 23 20 22 22 25 25 23
14 14 13 13 12 12 14 13 13 10 13 13 12 12 12 12 12 13
D8S1179
16 16 14 13 13 13 14 14 14 13 13 15 14 12 14 14 14 14
11 8 8 8 8 8 8 8 11 8 8 8 8 8 11 9 9 8
TPOX
11 11 8 11 11 8 8 11 11 11 8 11 8 11 11 11 11 9
20 22 22 20 20 20 19 24 22 21 19 19 20 20 19 21 21 20
FGA
22 24 24 20 22 22 24 46.2 46.2 22 21 22 26 24 24 25 23 23
IPC
9,65E+06 4,13E+06 1,87E+06 1,81E+04 8,26E+06 8,72E+05
Fonte – a autora
87
Tabela 18 - Perfis genéticos de seis trios com resultado de inclusão, analisados com com as mini-indels do cromossomo X. O índice de
paternidade combinado (IPC) encontra-se na última linha da tabela, para cada caso analisado. Os IP calculados para as indels do cromossomo X
levaram em consideração a independência dos marcadores. SP – Suposto Pai, C – Criança, M – Mãe.
INCLUSÕES OCTAPLEX MINI-INDELS X
TRIO 7 TRIO 8 TRIO 9 TRIO 10 TRIO 11 TRIO 12
STRs SP 7 C 7 M 7 SP 8 C 8 M 8 SP 9 C 9 M 9 SP 10 C 10 M 10 SP 11 C 11 M 11 SP 12 C 12 M 12
2_I 2_D 2_D 2_I 2_D 2_D 2_D 2_D 2_D 2_I 2_I 2_I 2_D 2_D 2_I 2_I 2_I 2_I
FAM2
--- 2_I 2_D --- 2_I 2_I --- 2_I 2_I ----- 2_I 2_I ----- 2_I 2_I ----- 2_I 2_I
3_I 3_I 3_I 3_D 3_D 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I 3_D 3_D 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I
FAM3
----- 3_I 3_I --- 3_I 3_I --- 3_I 3_I ----- 3_I 3_D ----- 3_I 3_I ----- 3_I 3_I
4_D 4_D 4_I 4_D 4_D 4_I 4_D 4_D 4_D 4_D 4_D 4_D 4_I 4_I 4_D 4_I 4_I 4_D
FAM4
----- 4_I 4_I --- 4_I 4_I --- 4_D 4_I ----- 4_D 4_I ----- 4_I 4_I ----- 4_I 4_I
11_I 11_I 11_I 11_I 11_I 11_I 11_D 11_D 11_I 11_I 11_I 11_I 11_I 11_D 11_D 11_I 11_I 11_I
FAM11
----- 11_I 11_I --- 11_I 11_I --- 11_I 11_I ----- 11_I 11_I ----- 11_I 11_I ----- 11_I 11_I
2_I 2_I 2_I 2_I 2_I 2_D 2_I 2_I 2_D 2_I 2_D 2_D 2_D 2_D 2_D 2_I 2_I 2_I
VIC2
----- 2_I 2_I --- 2_I 2_I --- 2_I 2_I ----- 2_I 2_D ----- 2_D 2_I ----- 2_I 2_I
3_D 3_D 3_D 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I 3_I 3_D 3_D 3_D
VIC3
----- 3_I 3_I --- 3_I 3_I --- 3_I 3_I ----- 3_I 3_I ----- 3_I 3_I ----- 3_D 3_I
4_I 4_I 4_D 4_I 4_I 4_I 4_D 4_D 4_D 4_I 4_I 4_D 4_I 4_D 4_D 4_D 4_D 4_D
VIC4
----- 4_I 4_I --- 4_I 4_I --- 4_D 4_D ----- 4_I 4_I ----- 4_I 4_D ----- 4_D 4_I
5_D 5_D 5_D 5_I 5_I 5_D 5_I 5_D 5_D 5_I 5_D 5_D 5_D 5_D 5_D 5_D 5_D 5_D
VIC5
----- 5_I 5_I --- 5_I 5_I --- 5_I 5_I ----- 5_I 5_I ----- 5_D 5_I ----- 5_D 5_I
IPC 1,28E+01 3,42E+01 6,16E+01 3,04E+01 1,04E+02 1,81E+02
Fonte – a autora
88
Tabela 19 - Índice de paternidade combinado (IPC) dos trios com inclusões nos diversos sistemas de multiplex utilizados e suas combinações. Os
IP calculados para as indels do cromossomo X levaram em consideração a independência dos marcadores.
Trios IPC Octaplex
STRs
IPC Dodecaplex
STRs
IPC Octaplex
mini-indels X
IPC Octaplex
STRs *
Dodecaplex STRs
IPC Octaplex
STRs * Octaplex
mini-indels X
IPC Dodecaplex
STRs * Octaplex
mini-indels X
IPC Octaplex
STRs *
Dodecaplex *
Octaplex mini-
indels X
TRIO 7
1,379E+04 9,652E+06 1,28E+01 1,003E+10 1,76E+05 1,24E+08 1,28E+11
TRIO 8
6,303E+02 4,125E+06 3,42E+01 1,865E+08 2,16E+04 1,41E+08 6,38E+09
TRIO 9
9,301E+02 1,872E+06 6,16E+01 3,535E+07 5,73E+04 1,15E+08 2,18E+09
TRIO 10
3,669E+02 1,808E+04 3,04E+01 3,409E+05 1,11E+04 5,49E+05 1,04E+07
TRIO 11
2,182E+02 8,259E+06 1,04E+02 2,336E+08 2,27E+04 8,60E+08 2,43E+10
TRIO 12
2,277E+03 8,724E+05 1,81E+02 3,914E+08 4,12E+05 1,58E+08 7,08E+10
Fonte – a autora
.
89
6.6 Estudo de casos: exames de paternidade em casos de Suposto Pai
Falecido
Dezessete casos de paternidade com suposto pai falecido (post-mortem)
compostos por diferentes configurações foram analisados com número variados de
STRs autossômicos. Em alguns casos em que a exclusão não foi confirmada ou o
resultado foi indefinido foram usados números variados de X-STRs.
Em adição a estes, as mini-indels do cromossomo X também foram
estudadas, para fins comparativos.
Dos dezessete casos de post mortem (chamados de PM) analisados, oito
apresentaram resultado de exclusão e nove, resultado de inclusão de paternidade.
Devido às configurações diferentes, foram desenhados heredogramas para
uma melhor visualização (Figura 19 à Figura 35).
Os casos de exclusão (PM1-PM8) serão detalhados individualmente
.
90
O caso PM1 encontra-se ilustrado na figura 19. Foram analisados 25 STRs
autossômicos (mais amelogenina) que comparativamente apresentaram 10
exclusões (Tabela 20). Foram também analisadas 8 mini-indels do cromossomo X
que não apresentaram nenhuma exclusão categórica (Tabela 21).
Figura 19 Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 1 (PM1). PSPF pai do
suposto pai falecido, MSPF mãe do suposto pai falecido, SPF suposto pai falecido, M mãe, C
criança.
Fonte – a autora.
91
Tabela 20 – Perfis genéticos do caso Post mortem 1 obtidos pela análise de 25 STRs autossômicos (mais amelogenina). Os alelos em negrito e hachurados
indicam as exclusões obtidas. M mãe, C criança, APO alelo paterno obrigatório, MSPF mãe do suposto pai falecido, PSPF pai do suposto pai
falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos possíveis
POST MORTEM 1
#
LOCOS
M
C
APO
MSPF
PSPF
SPF¹
1
AMELOGENINA
XX
XX
X
XX
XY
XY
2
CD4
5/9
5/6
6
4/9
4/9
4; 9; 4; 9;
3
CSF1PO
11/12
11/11
11
11/12
11/12
11; 12; 11; 12;
4
D12S391
18.3/19
18.3/18.3
18.3
17/18
17/20
17; 20; 17; 18;
5
D13S317
8/11
8/12
12
9/12
8/10
8; 10; 9; 12;
6
D16S539
9/11
9/13
13
9/12
8/12
8; 12; 9; 12;
7
D18S535
9/13
9/14
14
12/15
13/15
12; 13; 15; 15
8
D18S849
16/16
15/16
15
15/16
15/16
15; 16; 15; 16;
9
D19S253
12/13
12/13
13 ou 12
7/12
7/12
7; 12; 7; 12;
10
D1S1656
12/19
12/16
16
12/12
12/17
12; 17; 12; 12;
11
D1S533
9/13
9/12
12
14/14
8/12
8; 12; 14; 14;
12
D20S85
6/6
6/13
13
6/12
6/6
6; 6; 6; 12;
13
D3S1744
19/21
18/19
18
18/19
17/18
17; 18; 18; 19;
14
D5S818
11/11
11/11
11
11/12
10/12
10; 12; 11; 12;
15
D7S820
10/11
8/11
8
10/11
10/12
10; 12; 10; 11;
16
D8S1132
19/22
22/24
24
17/23
18/20
18; 20; 17; 23;
17
D8S306
21/23
21/24
24
21/24
24/24.2
24; 24.2; 21; 24;
18
D9S304
9/11
9/11
9 ou 11
8/10
10/13
10; 13; 8; 10;
19
DHFRP2
5/5
5/5
5
5/8
7/8
7; 8; 5; 8;
20
F13A01
3.2/6
3.2/3.2
3.2
3.2/3.2
6/6
6; 6; 3.2; 3.2;
21
F13B
7/9
7/10
10
10/10
10/10
10; 10; 10; 10;
22
FESFPS
10/11
10/11
10 ou 11
11/11
10/11
10; 11; 11; 11;
23
LPL
11/12
11/12
12 ou 11
10/11
11/11
11; 11; 10; 11;
24
TH01
6/9.3
6/9
9
6/8
9/9
9; 9; 6; 8;
25
TPOX
8/8
8/8
8
8/9
8/12
8; 12; 8; 9;
STRs Autossômicos
26
VWA
15/17
15/17
15 ou 17
16/18
16/18
16; 18; 16; 18;
Exclusões: 10/26
Fonte – a autora.
92
Tabela 21 - Perfis genéticos do caso Post mortem 1 obtidos pela análise de 8 mini-indels do cromossomo X. M mãe, C criança, APO alelo paterno
obrigatório, MSPF – mãe do suposto pai falecido, PSPF – pai do suposto pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos possíveis.
POST MORTEM 1
#
LOCOS
M
C
APO
MSPF
PSPF
SPF¹
2_I
2_D
2_D
2_D
2_D
2_D
1
FAM2
2_I
2_I
2_D
-----
-----
3_I
3_I
3_I
3_I
3_I
3_I
2
FAM3
3_I
3_I
3_I
-----
-----
4_D
4_D
4_D ou 4_I
4_D
4_D
4_D
3
FAM4
4_I
4_I
4_D
-----
-----
11_D
11_I
11_I
11_I
11_I
11_I
4
FAM11
11_I
11_I
11_I
-----
-----
2_I
2_D
2_D
2_D
2_D
2_D
5
VIC2
2_I
2_I
2_D
-----
-----
3_D
3_D
3_D ou 3_I
3_I
3_I
3_I
6
VIC3
3_I
3_I
3_I
-----
-----
4_D
4_D
4_D ou 4_I
4_I
4_I
4_I
7
VIC4
4_I
4_I
4_I
-----
-----
5_I
5_I
5_I
5_D
5_I
5_D ou 5_I
Mini-Indels X
8
VIC5
5_I
5_I
5_I
-----
-----
Exclusões: Nenhuma Categórica
Fonte – a autora.
93
O caso PM2 encontra-se ilustrado na figura 20. Foram analisados 32 STRs
autossômicos (mais amelogenina) que comparativamente apresentaram 5 exclusões
(Tabela 22). Foram também analisadas 8 mini-indels do cromossomo X que
apresentaram 3 exclusões (Tabela 23).
Figura 20 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 2 (PM2). MSPF mãe
do suposto pai falecido, I 1 irmã 1 do suposto pai falecido, I 2 irmão 2 do suposto pai falecido,
SPF – suposto pai falecido, M – mãe, C – criança.
Fonte – a autora.
94
Tabela 22 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 2 obtidos pela análise de 32 STRs autossômicos
(mais amelogenina). Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas. M mãe, C
criança, APO – alelo paterno obrigatório, MSPF – mãe do suposto pai falecido, I1 – irmã 1 do suposto
pai falecido, I2 – irmão 2 do suposto pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos possíveis
POST MORTEM 2
#
LOCOS
M
C
APO
MSPF
I1
I2
SPF¹
1
AMELOGENINA
XX
XX
X
XX
XX
XY
XY
2
CD4
4/5
5/9
9
5/9
5/9
9/9
9; 5; 9; ?;
3
CSF1PO
10/12
10/12
10 ou 12
11/12
11/12
11/12
11; ?; 12; ?;
4
D12S391
19/22
22/22
22
21/21
21/22
21/22
21; 21; 22; ?;
5
D13S317
11/11
11/13
13
9/11
9/12
9/12
9; 11; 12; ?;
6
D16S539
12/12
12/12
12
11/12
11/12
11/12
11; ?; 12; ?;
7
D18S51
10/13
13/16
16
13/14
14/21
13/14
14; 13; 21; ?;
8
D18S535
12/12
12/12
12
12/15
12/13
12/13
12; 15; 13; ?;
9
D18S849
16/17
17/18
18
15/18
15/16
16/18
15; 18; 16; ?;
10
D19S253
7/13
13/13
13
7/11
7/11
7/11
7; ?; 11; ?;
11
D19S433
13/14
14/14
14
14/15
14/15
14/15
14; ?; 15; ?;
12
D1S1656
13/16
13/15
15
10/13
13/18
10/15
13; 10; 18; 15;
13
D1S533
11/12
11/13
13
8/8
8/14
8/8
8; 14; 8; 8
14
D20S85
6/6
6/12
12
6/10
6/6
6/10
6; 10; 6; ?;
15
D21S11
30/32.2
30/31
31
29/29
29/31.2
29/31.2
29; 29; 31.2; ?;
16
D2S1338
17/25
25/27
27
18/22
22/24
16/22
22; 16; 24; 18;
17
D3S1358
17/18
16/18
16
14/17
16/17
14/16
14,17,16, ?
18
D3S1744
16/17
16/19
19
16/18
16/21
18/20
16; 18; 21; 20;
19
D5S818
11/12
11/12
11 ou 12
10/12
12/12
10/12
12; 10; 12; ?;
20
D7S820
10/12
7/12
7
8/12
9/12
9/12
9; 8; 12; ?;
21
D8S1132
22/22
20/22
20
18/23
17/18
18/21
17; 21; 18; 23;
22
D8S1179
13/13
12/13
12
12/14
11/12
13/14
11; 13; 12; 14;
23
D8S306
22/23
20/23
20
23/26
22/26
22/26
22; 23; 26; ?;
24
D9S304
4/12
4/11
11
11/13
8/11
8/13
8; 13; 11; ?;
25
DHFRP2
5/5
5/5
5
4/5
4/7
5/7
4; 5; 7; ?;
26
F13A01
6/7
6/7
7 ou 6
5/15
5/6
5/6
5; 15; 6; ?;
27
F13B
8/10
8/10
10 ou 8
8/9
8/9
9/9
9; 8; 9; ?;
28
FESFPS
10/11
11/11
11
10/12
11/12
10/11
11; 10; 12; ?;
29
FGA
22/23
21/22
21
22/23
20/23
20/23
20; 22; 23; ?;
30
LPL
10/10
10/12
12
10/11
10/10
10/10
10; 11; 10; ?;
31
TH01
7/9.3
9/9.3
9
6/9.3
6/9.3
9.3/9.3
9.3; 6; 9.3; ?;
32
TPOX
10/11
8/11
8
10/11
8/11
8/11
8; 10; 11; ?;
STRs Autossômicos
33
VWA
16/18
13/16
13
16/16
16/17
16/17
16; 16; 17; ?;
Exclusões: 5/33
Fonte – a autora.
95
Tabela 23 - Perfis genéticos do caso Post mortem 2 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X. Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas. M mãe, C
criança, APO – alelo paterno obrigatório, MSPF – mãe do suposto pai falecido, I1 – irmã 1 do suposto
pai falecido, I2 – irmão 2 do suposto pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos possíveis.
POST MORTEM 2
#
LOCOS
M
C
APO
MSPF
I1
I2
SPF¹
2_I
2_I
2_I
2_D
2_D
2_D
2_D
1
FAM2
2_I
2_I
2_D
2_D
-----
-----
3_I
3_D
3_D
3_D
3_I
3_I
3_D ou 3_I
2
FAM3
3_I
3_I
3_I
3_I
-----
-----
4_D
4_D
4_D ou 4_I
4_D
4_D
4_D
4_D ou 4_I
3
FAM4
4_I
4_I
4_I
4_D
-----
-----
11_I
11_I
11_I
11_I
11_I
11_I
11_I
4
FAM11
11_I
11_I
11_I
11_I
-----
-----
2_D
2_D
2_D ou 2_I
2_D
2_D
2_D
2_D ou 2_I
5
VIC2
2_I
2_I
2_I
2_I
-----
-----
3_D
3_D
3_I
3_D
3_I
3_D
3_D ou 3_I
6
VIC3
3_D
3_I
3_I
3_I
-----
-----
4_D
4_I
4_I
4_D
4_D
4_D
4_D
7
VIC4
4_I
4_I
4_D
4_D
-----
-----
5_D
5_D
5_D
5_I
5_D
5_I
5_I
Mini-Indels X
8
VIC5
5_D
5_D
5_I
5_I
-----
-----
Exclusões: 3/8
Fonte – a autora.
O caso PM3 encontra-se ilustrado na figura 21. Foram analisados 30 STRs
autossômicos (mais amelogenina) que comparativamente não apresentaram
nenhuma exclusão categórica e gerando um IPC de 0,00669 (Tabela 24). Foram
analisados 7 X-STRs que apresentaram 6 exclusões (Tabela 25). Foram também
analisadas 8 mini-indels do cromossomo X que apresentaram apenas 1 exclusão
(Tabela 26).
96
Figura 21 -
Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 3 (PM3). I 1 – irmão 1 do
suposto pai falecido, ML – mulher legítima do suposto pai falecido, SPF – suposto pai falecido, M –
mãe, F 1 – filho legítimo do suposto pai falecido, C – criança.
Fonte – a autora.
97
Tabela 24 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 3 obtidos pela análise de 30 STRs autossômicos (mais amelogenina). M mãe, C criança, APO
alelo paterno obrigatório, I 1 – irmão 1 do suposto pai falecido, ML – mulher legítima do suposto pai falecido, F 1 – filho legítimo do suposto pai falecido, SPF¹
– suposto pai falecido. ¹alelos possíveis. IP – índice de paternidade, IPC – índice de paternidade combinado.
POST MORTEM 3
#
LOCOS
M
C
APO
I1
ML
F1
SPF¹
IP
1
AMELOGENINA
XX
XX
X
XY
XX
XX
XY
-
2
CD4
5/9
4/5
4
4/4
5/9
9/9
9; 4, 4, ? 1,16
3
CSF1PO
12/12
12/12
12
12/13
10/10
10/12
12; 13, ?, ? 1,73
4
D12S391
17/21
18/21
18
19/21
18/18
18/22
22; 19, 21, ? 0,50
5
D13S317
8/12
11/12
11
11/11
8/8
8/9
9; 11, 11, ? 1,33
6
D16S539
9/12
11/12
11
13/13
9/12
12/13
13; 13, ?, ? 0,50
7
D18S51
12/17
12/14
14
12/15
15/19
13/19
13; 12, 15, ? 0,50
8
D18S535
13/15
13/15
15 ou 13
14/15
12/14
13/14
13; 14, 15, ? 1,38
9
D18S849
16/16
14/16
14
14/16
15/17
15/16
16; 14, ?, ? 2,28
10
D19S253
11/12
11/12
11 ou 12
7/12
7/11
7/11
7; 11, 12, ? 0,70
11
D19S433
13/14
14/14
14
12/13
13/13
13/13
13; 12, ?, ? 0,50
12
D1S1656
15/15.3
12/15
12
11/12
13/14
12/14
12; ?, ?, ? 3,23
13
D1S533
12/13
12/13
12 ou 13
10/13
9/12
10/12
10; 12, 13, ? 0,75
14
D20S85
6/6
6/6
6
8/10
6/11
6/8
8; 10, ?, ? 0,50
15
D21S11
32.2/33.2
32.2/32.2
32.2
27/32.2
28/31
30/31
30; 27, 32.2, ? 2,35
16
D2S1338
19/20
17/20
17
23/25
18/20
18/23
23; 25, ?, ? 0,50
17
D3S1358
15/15
15/16
16
15/19
15/18
14/15
14; 15, 19, ? 0,50
18
D3S1744
16/19
16/20
20
18/18
18/19
17/18
17; 18, 18, ? 0,50
19
D5S818
12/13
13/13
13
10/13
10/11
11/12
12; 10, 13, ? 1,25
20
D7S820
10/11
9/10
9
12/13
10/11
10/12
12; 13, ?, ? 0,50
21
D8S1132
18/18
18/18
18
18/19
18/20
18/18
18; 19, ?, ? 2,25
22
D8S1179
15/15
14/15
14
13/16
13/13
13/16
16; 13, ?, ? 0,50
23
D8S306
23/24
22/23
22
21/22
22.2/24
22/24
22; 21, ?, ? 2,69
24
DHFRP2
5/5
5/8
8
5/7
4/5
4/5
5; 7, ?, ? 0,50
25
F13A01
6/7
6/7
6 ou 7
5/6
6/16
5/16
5; 6, ?, ? 0,73
26
F13B
9/10
9/10
9 ou 10
8/8
9/10
8/10
8; 8, ?, ? 0,50
27
FESFPS
10/10
10/11
11
11/12
11/11
11/12
12; 11, ?, ? 0,76
STRs Autossômicos
28
FGA
21/22
22/25
25
20/25
20/25
20/20
20; 25, ?, ? 1,56
98
#
LOCOS
M
C
APO
I1
ML
F1
SPF¹
IP
29
LPL
12/13
10/13
10
9/12
10/10
10/12
12; 9, ?, ? 0,50
30
TH01
6/9
6/7
7
9.3/9.3
7/7
7/9.3
9.3; 9.3, ?, ? 0,50
31
TPOX
8/8
8/8
8
8/11
11/11
11/11
11; 8, ?, ? 0,50
Exclusões: Nenhuma Categórica
IPC = 0,00669
Fonte – a autora.
Tabela 25 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 3 obtidos pela análise de 7 X-STRs. M mãe, C criança, APO alelo paterno obrigatório, I 1 irmão 1
do suposto pai falecido, ML mulher legítima do suposto pai falecido, F 1 filho legítimo do suposto pai falecido, SPF¹ suposto pai falecido. ¹alelos
possíveis. Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 3
#
LOCOS X
M
C
APO
I1
ML
F1
SPF¹
1
DX8378
9/11
9/10
10
12
10/11
11/12
12
2
DXS7132
13/15
13/14
14
13
12/14
14/15
15
3
DXS7423
15/16
13/16
13
15
14/15
15/15
15
4
DXS8377
39/46
46/49
49
47
40/52
40/47
47
5
ARA
20/24
20/24
20 ou 24
23
22/23
23/26
26
6
HPRTB
14/15
13/15
13
14
13/15
14/15
14
X-STRs
7
DX7424
11/16
16/16
16
16
10/15
10/16
16
Exclusões: 6/7
Fonte – a autora.
99
Tabela 26 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 3 obtidos pela análise de 8 mini-indels do cromossomo X. M mãe, C criança, APO alelo paterno
obrigatório, I 1 irmão 1 do suposto pai falecido, ML mulher legítima do suposto pai falecido, F 1 filho legítimo do suposto pai falecido, SPF¹ suposto
pai falecido. ¹alelos possíveis. Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 3
#
LOCOS
M
C
APO
I1
ML
F1
SPF¹
2_D
2_D
2_D ou 2_I
2_I
2_D
2_D
2_I
1
FAM2
2_I
2_I
-----
2_D
2_I
-----
3_D
3_I
3_I
3_I
3_D
3_D
3_D ou 3_I
2
FAM3
3_I
3_I
-----
3_I
3_I
-----
4_D
4_D
4_D ou 4_I
4_D
4_D
4_D
4_D
3
FAM4
4_I
4_I
-----
4_I
4_D
-----
11_I
11_D
11_D
11_I
11_D
11_I
11_I
4
FAM11
11_I
11_I
-----
11_I
11_I
-----
2_D
2_D
2_D ou 2_I
2_I
2_D
2_D
2_I
5
VIC2
2_I
2_I
-----
2_D
2_I
-----
3_I
3_I
3_I
3_I
3_I
3_I
3_I
6
VIC3
3_I
3_I
-----
3_I
3_I
-----
4_I
4_I
4_I
4_D
4_D
4_D
4_D ou 4_I
7
VIC4
4_I
4_I
-----
4_I
4_I
-----
5_D
5_D
5_D
5_I
5_D
5_D
5_D ou 5_I
Mini-Indels X
8
VIC5
5_D
5_D
-----
5_I
5_I
-----
Exclusões: 1/8
Fonte – a autora.
100
O caso PM4 encontra-se ilustrado na figura 22. Foram analisados 31 STRs
autossômicos (mais amelogenina) que comparativamente apresentaram 9 exclusões
categóricas (Tabela 27). Foram também analisadas 8 mini-indels do cromossomo X
que apresentaram apenas 1 exclusão (Tabela 28).
Figura 22 -
Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 4 (PM4). PSPF – pai do
suposto pai falecido, I 1 – irmã 1 do suposto pai falecido, I 2 – irmã 2 do suposto pai falecido, SPF –
suposto pai falecido, M – mãe, C – criança.
Fonte – a autora.
101
Tabela 27 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 4 obtidos pela análise de 31 STRs autossômicos. M mãe, C criança, APO alelo paterno
obrigatório, PSPF Pai do suposto pai falecido, I 1 – irmã 1 do suposto pai falecido, I 2 – irmã 2 do suposto pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos
possíveis. Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 4
#
LOCOS
M
C
APO
PSPF
I1
I2
SPF¹
1
AMELOGENINA
XX
XX
X
XY
XX
XX
XY
2
CD4
4/9
4/5
5
4/5
4/5
4/10 4; 10; 5; ?;
3
CSF1PO
7/8
7/12
12
11/11
11/13
11/13 11; 11; 13; ?;
4
D12S391
18/20
20/22
22
19/20
18/19
18/20 18; 20; 19; ?;
5
D13S317
8/13
8/13
8 ou 13
11/12
11/12
9/11
11; 9; 12; 11 ou 12
6
D16S539
11/11
9/11
9
9/12
9/12
12/13 9; 13; 12; ?;
7
D18S51
18/19
14/19
14
13/16
12/13
16/19
12; 16; 13; 19;
8
D18S535
14/14
14/14
14
12/14
9/12
13/14 9; 13; 12; 14;
9
D18S849
16/17
16/16
16
15/16
15/16
16/16 16; 15; 16; ?;
10
D19S253
8/11
8/8
8
12/14
12/12
12/13
12; 13; 12; 14;
11
D19S433
12.2/13
12.2/13.2
13.2
13/15
14.2/15
14/15
14.2; 14; 15; 13;
12
D1S1656
10/15
10/13
13
17.3/17.3
14/17.3
17/17.3
14; 17; 17.3; 17.3;
13
D1S533
13/14
11/13
11
7/8
7/8
8/15
7; 15; 8; 7 ou 8;
14
D20S85
6/11
7/11
7
6/11
6/6
6/11 6; 11; 6; ?;
15
D21S11
29/33.2
29/30
30
30/30
30/30
29/30 30; 29; 30; 30;
16
D2S1338
19/22
17/22
17
21/24
21/22
21/22 21; ?; 22; 24;
17
D3S1358
16/17
14/16
14
16/18
16/18
16/16 16; 18; 16; ?;
18
D3S1744
17/19
18/19
18
19/19
18/19
17/19 18; 17; 19; 19;
19
D5S818
12/13
11/12
11
7/11
7/13
11/13 7; 11; 13; ?;
20
D7S820
10/12
9/10
9
8/8
8/11
8/11 8; 8; 11; ?;
21
D8S1132
16/21
21/21
21
21/23
16/21
20/21 16; 20; 21; 23;
22
D8S1179
10/15
12/15
12
13/14
14/14
14/14 14; 13; 14; ?;
23
D9S304
10/11
10/12
12
12/13
9/12
9/13 9; 13; 12; ?;
24
DHFRP2
5/8
7/8
7
5/6
6/8
6/8 6; 5; 8; ?;
STRs Autossômicos
25
F13A01
3.2/7
6/7
6
3.2/7
3.2/7
7/7 7; 3.2; 7; ?;
102
#
LOCOS
M
C
APO
PSPF
I1
I2
SPF¹
26
F13B
6/9
6/8
8
7/9
7/10
7/9
7; 9; 10; 7 ou 9;
27
FESFPS
8/11
8/12
12
11/11
11/11
11/11 11; 11; 11; ?;
28
FGA
20/23
21/23
21
23.2/25
23.2/26
22/25
23.2; 22; 26; 25;
29
LPL
10/12
10/11
11
9/12
12/13
9/10
12; 9; 13; 10;
30
TH01
6/7
6/7
6 ou 7
6/9.3
6/7
6/8 6; 8; 7; 9.3;
31
TPOX
8/8
8/11
11
11/12
8/11
8/12 8; 12; 11; ?;
32
VWA
14/17
14/16
16
16/17
15/16
15/16 15; 17; 16; ?;
Exclusões: 9/32
Fonte – a autora
Tabela 28 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 4 obtidos pela análise de 8 mini-indels do cromossomo X. M mãe, C criança, APO alelo paterno
obrigatório, PSPF Pai do suposto pai falecido, I 1 – irmã 1 do suposto pai falecido, I 2 – irmã 2 do suposto pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos
possíveis. Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 4
#
LOCOS
M
C
APO
PSPF
I1
I2
SPF¹
2_I
2_I
2_I
2_I
2_I
2_I
2_I
1
FAM2
2_I
2_I
-----
2_I
2_I
-----
3_D
3_D
3_D ou 3_I
3_I
3_I
3_I
3_I
2
FAM3
3_I
3_I
-----
3_I
3_I
-----
4_D
4_I
4_I
4_D
4_D
4_D
4_D ou 4_I
3
FAM4
4_I
4_I
-----
4_I
4_D
-----
11_D
11_I
11_I
11_I
11_D
11_I
11_D ou 11_I
4
FAM11
11_I
11_I
-----
11_I
11_I
-----
2_I
2_D
2_D
2_I
2_I
2_I
2_I
5
VIC2
2_I
2_I
-----
2_I
2_I
-----
3_I
3_I
3_I
3_I
3_D
3_I
3_D ou 3_I
6
VIC3
3_I
3_I
-----
3_I
3_I
-----
4_D
4_D
4_D
4_D
4_D
4_D
4_D
7
VIC4
4_D
4_D
-----
4_D
4_D
-----
5_D
5_D
5_D ou 5_I
5_I
5_D
5_D
5_D
Mini-Indels X
8
VIC5
5_I
5_I
-----
5_I
5_I
-----
Exclusões: 1/8
Fonte – a autora
103
O caso PM5 encontra-se ilustrado na figura 23. Foram analisados 32 STRs
autossômicos (mais amelogenina) que comparativamente apresentaram 1 exclusão
(Tabela 29). Foram analisados 7 X-STRs que apresentaram 1 exclusão (Tabela 30).
Foram também analisadas 8 mini-indels do cromossomo X que não apresentaram
nenhuma exclusão categórica (Tabela 31).
Figura 23
-
Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 5 (PM5). I 1 – irmã 1 do
suposto pai falecido, I 2 – irmã 2 do suposto pai falecido, I 3 – irmão 3 do suposto pai falecido, SPF
suposto pai falecido, M – mãe, C – criança.
Fonte – a autora.
104
Tabela 29 Perfis genéticos do caso Post Mortem 5 obtidos pela análise de 32 STRs autossômicos. M mãe, C criança, APO alelo paterno
obrigatório, I 1 – irmã 1 do suposto pai falecido, I 2 – irmã 2 do suposto pai falecido, I 3 – irmão 3 do suposto pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos
possíveis. Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 5
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
I3
SPF¹
1
AMELOGENINA
XX
XX
X
XX
XX
XY
XY
2
CD4
4/9
9/9
9
4/9
4/9
4/9
4; ?; 9; ?;
3
CSF1PO
10/13
10/13
13 ou 10
10/11
10/11
11/12
10; 12; 11; ?;
4
D12S391
20/20
20/22
22
20/22
18/23
18/20
20; 18; 22; 23;
5
D13S317
8/12
12/12
12
11/12
8/11
8/11
11; 8; 12; ?;
6
D16S539
10/12
10/12
10 ou 12
12/13
12/13
12/13
12; ?; 13; ?;
7
D18S51
15/19
19/19
19
14/15
14/15
14/15
14; ?; 15; ?;
8
D18S535
9/13
13/13
13
9/13
12/13
12/13
9; 12; 13; ?;
9
D18S849
16/16
16/17
17
17/17
17/17
16/17
17; 16; 17; ?;
10
D19S253
7/12
7/10
10
7/9
9/12
9/12
7; 12; 9; ?;
11
D19S433
14/14
14/14
14
13/13
13/15
13/15
13; 15; 13; ?;
12
D1S1656
16/18
18/21
21
16/18
12/16
16/18
16; 12; 18; ?;
13
D1S533
12/12
12/13
13
9/9
9/9
9/12
9; 12; 9; ?;
14
D20S85
10/13
9/10
9
6/6
6/6
6/6
6; ?; 6; ?;
15
D21S11
30.2/32.2
30/30.2
30
28/31.2
28/31.2
28/31.2
28; ?; 31.2; ?;
16
D2S1338
22/23
20/22
20
17/24
16/22
17/22
17; 16; 24; 22;
17
D3S1358
15/17
15/18
18
17/18
15/17
17/17
17; 15; 17; 18;
18
D3S1744
17/17
17/19
19
18/19
18/18
17/19
18; 19; 18; 17;
19
D5S818
11/12
12/13
13
11/11
11/11
8/11
11; 8; 11; ?;
20
D7S820
10/12
12/13
13
7/12
12/12
12/12
12; 7; 12; ?;
21
D8S1132
18/18
18/18
18
19/19
18/22
19/19
19; 18; 19; 22;
22
D8S1179
8/13
8/14
14
14/14
12/14
14/14
14; 12; 14; ?;
23
D8S306
22/22
22/23
23
21/25
21/25
21/23
21; 23; 25; ?;
24
D9S304
11/13
4/13
4
4/8
4/8
8/12
4; 12; 8; ?;
25
DHFRP2
5/7
7/7
7
5/8
5/8
7/8
5; 7; 8; ?;
26
F13A01
6/7
6/7
7 ou 6
3.2/7
5/7
5/6
3.2; 5; 7; 6;
27
F13B
9/10
10/10
10
8/9
8/9
8/10
8; 10; 9; ?;
28
FESFPS
11/14
11/12
12
10/11
10/10
10/11
10; 11; 10; ?;
STRs Autossômicos
105
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
I3
SPF¹
29
FGA
24/25
21/24
21
21/21
20/24
20/21
21; 20; 21; 24;
30
LPL
10/11
11/11
11
11/12
10/12
10/12
11; 10; 12; ?;
31
TH01
6/6
6/6
6
7/9.3
7/9
7/9.3
7; 9; 9.3; ?;
32
TPOX
8/9
9/11
11
8/9
8/9
9/11
8; 11; 9; ?;
33
VWA
16/16
16/17
17
17/18
17/18
17/17
17; 18; 17; ?;
Exclusões: 1/33
Fonte – a autora.
Tabela 30 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 5 obtidos pela análise de 7 X-STRs. M – mãe, C – criança, APO – alelo paterno obrigatório, I 1 – irmã 1 do
suposto pai falecido, I 2 irmã 2 do suposto pai falecido, I 3 irmão 3 do suposto pai falecido, SPF¹ suposto pai falecido. ¹alelos possíveis. Os alelos em
negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 5
#
LOCOS X
M
C
APO
I1
I2
I3
SPF¹
1
ARA
23/24
23/24
23 ou 24
25/25
25/25
30
25 ou 30
2
DX172D05
8/10
8/10
8 ou 10
10/11
10/11
10
10;?
3
DX6800
16/16
16/16
16
16/19
16/19
19
19;?
4
DX7423
14/15
14/15
14 ou 15
13/15
13/15
15
15;?
5
DX7424
15/16
12/16
12
14/15
14/15
15
15;?
6
DX8377
45/47
47/49
49
-
44/52
44
44;?
X-STRs
7
HPRTB
12/14
12/14
12 ou 14
-
10/13
13
13;?
Exclusões: 1/7
Fonte – a autora.
106
Tabela 31 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 5 obtidos pela análise de 8 mini-indels do cromossomo X. M mãe, C criança, APO alelo paterno
obrigatório, I 1 – irmã 1 do suposto pai falecido, I 2 – irmã 2 do suposto pai falecido, I 3 – irmão 3 do suposto pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos
possíveis. Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 5
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
I3
SPF¹
2_D
2_D
2_D ou 2_I
2_D
2_D
2_D
2_D ou ?
1
FAM2
2_I
2_I
2_I
2_I
-----
-----
3_D
3_D
3_D ou 3_I
3_I
3_I
3_I
3_I ou ?
2
FAM3
3_I
3_I
3_I
3_I
-----
-----
4_D
4_D
4_D ou 4_I
4_D
4_D
4_D
4_D ou ?
3
FAM4
4_I
4_I
4_I
4_I
-----
-----
11_I
11_I
11_I
11_I
11_I
11_I
11_I ou ?
4
FAM11
11_I
11_I
11_I
11_I
-----
-----
2_D
2_D
2_D ou 2_I
2_D
2_D
2_D
2_D ou ?
5
VIC2
2_I
2_I
2_D
2_D
-----
-----
3_D
3_D
3_D
3_D
3_D
3_I
3_I ou ?
6
VIC3
3_I
3_D
3_I
3_I
-----
-----
4_D
4_I
4_I
4_I
4_I
4_I
4_I ou ?
7
VIC4
4_I
4_I
4_I
4_I
-----
-----
5_D
5_D
5_D ou 5_I
5_I
5_I
5_I
5_I ou ?
Mini-Indels X
8
VIC5
5_I
5_I
5_I
5_I
-----
-----
Exclusões: Nenhuma categórica devido à configuração do caso
Fonte – a autora.
107
O caso PM6 encontra-se ilustrado na figura 24. Foram analisados 32 STRs
autossômicos (mais amelogenina) que comparativamente apresentaram 1 exclusão
(Tabela 32). Analisou-se 4 X-STRs que também apresentaram 1 exclusão (Tabela
33). Das 8 mini-indels do cromossomo X, não houve nenhuma exclusão categórica
(Tabela 34).
Figura 24 -
Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 6 (PM6). I 1 – irmã 1 do
suposto pai falecido, I 2 – irmão 2 do suposto pai falecido, SPF – suposto pai falecido, M – mãe, C –
criança.
Fonte – a autora.
108
Tabela 32 -
Perfis genéticos do caso Post Mortem 6 obtidos pela análise de 32 STRs autossômicos.
M mãe, C criança, APO alelo paterno obrigatório, I 1 irmã 1 do suposto pai falecido, I 2
irmão 2 do suposto pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos possíveis. Os alelos em negrito e
hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 6
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
SPF¹
1
AMELOGENINA
XX
XX
X
XX
XY X;Y
2
CD4
4/5
5/9
9
4/5
4/5 4; ?; 5; ?;
3
CSF1PO
12/12
10/12
10
10/11
10/12 10; 12; 11; ?;
4
D12S1090
21/22
13/21
13
21/23
19/20
19;20;21;23
5
D12S391
15/19
15/22
22
22/24
22/24 22; ?; 24; ?;
6
D13S317
11/13
13/13
13
9/13
9/13 9; ?; 13; ?;
7
D16S539
11/12
9/11
9
12/12
12/12 12; ?; 12; ?;
8
D18S51
13/15
15/16
16
15/19
13/19 15; 13; 19; ?;
9
D18S535
12/14
12/13
13
13/14
12/13 13; 12; 14; ?;
10
D18S849
15/16
15/17
17
15/16
15/17 15; 17; 16; ?;
11
D19S253
7/13
7/11
11
7/13
7/13 7; ?; 13; ?;
12
D19S433
13/14
13/13
13
14/16
13/16 14; 13; 16; ?;
13
D1S1656
17/18
12/17
12
11/19
11/19 11; ?; 19; ?;
14
D1S533
13/14
12/13
12
13/13
13/13 13; ?; 13; ?;
15
D20S85
6/9
6/7
7
10/12
10/12 10; ?; 12; ?;
16
D21S11
28/29
29/30
30
30/32.2
30/32.2
30; ?; 32.2; ?;
17
D2S1338
20/20
20/21
21
17/22
17/22 17; ?; 22; ?;
18
D3S1358
16/17
16/16
16
16/18
15/18 16; 15; 18; ?;
19
D3S1744
15/19
15/22
22
16/18
16/18 16; ?; 18; ?;
20
D5S818
10/11
10/10
10
11/12
11/13 11; 13; 12; ?;
21
D7S820
10/13
8/13
8
10/11
10/11 10; ?; 11; ?;
22
D8S1132
17/18
17/24
24
20/21
19/20 20; 19; 21; ?;
23
D8S1179
12/14
13/14
13
13/15
13/13 13; 15; 13; ?;
24
D9S304
8/9
8/9
9 ou 8
10/12
8/10 10; 8; 12; ?;
25
DHFRP2
5/8
5/8
8 ou 5
5/5
5/5 5; ?; 5; ?;
26
F13A01
5/7
5/7
7 ou 5
5/6
6/6 6; 5; 6; ?;
27
F13B
10/10
6/10
6
9/10
9/10 9; ?; 10; ?;
28
FESFPS
10/11
10/11
10 ou 11
12/12
12/13 12; 13; 12; ?;
29
FGA
22/23
19/23
19
20/24
20/21 20; 21; 24; ?;
30
LPL
11/12
12/12
12
10/10
10/11 10; 11; 10; ?;
STRs Autossômicos
31
TH01
6/7
6/6
6
6/9.3
6/7 6; 7; 9.3; ?;
32
TPOX
8/12
8/12
12 ou 8
8/11
8/11 8; ?; 11; ?;
33
VWA
17/17
17/17
17
14/16
14/16 14; ?; 16; ?;
Exclusões: 1/33
Fonte – a autora
109
Tabela 33 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 6 obtidos pela análise de 4 X-STRs. M mãe, C
criança, APO – alelo paterno obrigatório, I 1 – irmã 1 do suposto pai falecido, I 2 – irmão 2 do suposto
pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos possíveis. Os alelos em negrito e hachurados
indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 6
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
SPF¹
1
DXS6800
16/19
16/19
16 ou 19
16/16
16/16 16; ?
2
DXS7424
13/15
13/16
16
15/16
16/16 15; 16
3
ARA
22/26
22/26
22 ou 26
27/30
26/26 26; 27 ou 30
X-STRs
4
HPRTB
13/13
13/15
15
14/16
16/16
14; 16
Exclusões: 1/4
Fonte – a autora
Tabela 34 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 6 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X. M mãe, C criança, APO alelo paterno obrigatório, I 1 irmã 1 do suposto pai
falecido, I 2 irmão 2 do suposto pai falecido, SPF¹ suposto pai falecido. ¹alelos possíveis. Os
alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 6
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
SPF¹
2_I
2_D
2_D
2_D
2_D
2_D ou ?
1
FAM2
2_I
2_I
2_I
-----
-----
3_I
3_I
3_I
3_I
3_I
3_I ou ?
2
FAM3
3_I
3_I
3_I
-----
-----
4_D
4_D
4_D ou 4_I
4_D
4_D
4_D ou ?
3
FAM4
4_I
4_I
4_I
-----
-----
11_D
11_D
11_D ou 11_I
11_I
11_I
11_I ou ?
4
FAM11
11_I
11_I
11_I
-----
-----
2_D
2_D
2_D ou 2_I
2_I
2_D
2_D ou 2_I
5
VIC2
2_I
2_I
2_I
-----
-----
3_I
3_I
3_I
3_D
3_I
3_I ou ?
6
VIC3
3_I
3_I
3_I
-----
-----
4_D
4_D
4_D ou 4_I
4_D
4_I
4_I ou ?
7
VIC4
4_I
4_I
4_I
-----
-----
5_D
5_I
5_I
5_D
5_I
5_I ou ?
Mini-Indels X
8
VIC5
5_I
5_I
5_I
-----
-----
Exclusões: Nenhuma categórica devido à configuração do caso
Fonte – a autora
110
O caso PM7 encontra-se ilustrado na figura 25. Foram analisados 33 STRs
autossômicos (mais amelogenina) que comparativamente apresentaram 4 exclusões
(Tabela 35). Das 8 mini-indels do cromossomo X, não houve nenhuma exclusão
categórica (Tabela 36).
Figura 25 -
Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 7 (PM7). I 1 – irmão 1 do
suposto pai falecido, I 2 – irmã 2 do suposto pai falecido, SPF – suposto pai falecido, M – mãe, C –
criança.
Fonte – a autora.
111
Tabela 35 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 7 obtidos pela análise de 33 STRs autossômicos.
M mãe, C criança, APO alelo paterno obrigatório, ). I 1 irmão 1 do suposto pai falecido, I 2
irmã 2 do suposto pai falecido, SPF¹ suposto pai falecido. ¹alelos possíveis. Os alelos em negrito e
hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 7
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
SPF¹
1
AMELOGENINA
XX
XX
X
XY
XX XY
2
CD4
5/7
5/5
5
9/9
9/9 9; ?; 9; ?;
3
CSF1PO
12/12
12/12
12
10/11
10/11
10; ?; 11; ?;
4
D12S1090
22/26
26/26
26
19/21
12/20
12; 19; 20; 21
5
D12S391
15/20
17/20
17
15/18
15/18
15; ?; 18; ?;
6
D13S317
11/14
8/11
8
13/14
11/13
13; 11; 14; ?;
7
D16S539
10/13
10/13
10 ou 13
9/13
13/15
9; 15; 13; ?;
8
D18S51
13/16
16/17
17
16/17
16/17
16; ?; 17; ?;
9
D18S535
12/13
12/13
12 ou 13
9/13
9/13 9; ?; 13; ?;
10
D18S849
15/17
15/16
16
16/17
16/17
16; ?; 17; ?;
11
D19S253
7/12
12/13
13
12/13
12/13
12; ?; 13; ?;
12
D19S433
14/15
14/15
14 ou 15
14/15
12/16
14; 12; 15; 16;
13
D1S1656
14/18
14/15
15
16/17
16/17
16; ?; 17; ?;
14
D1S533
12/14
12/12
12
12/16
11/16
12; 11; 16; ?;
15
D20S85
9/13
6/13
6
6/6
6/6 6; ?; 6; ?;
16
D21S11
33.2/33.2
29/33.2
29
28/29
28/29
28; ?; 29; ?;
17
D2S1338
22/25
17/22
17
17/24
17/24
17; ?; 24; ?;
18
D3S1358
15/16
15/17
17
16/19
16/19
16; ?; 19; ?;
19
D3S1744
18/19
19/21
21
16/17
16/17
16; ?; 17; ?;
20
D5S818
10/13
10/12
12
10/12
10/13
10; 13; 12; ?;
21
D7S820
11/12
8/11
8
11/13
10/12
11; 10; 13; 12
22
D8S1179
11/12
10/12
10
10/13
10/12
10;13;12;?
23
D8S306
21/23
21/23
23 ou 21
21/23
21/23
21; 23; ?; ?
24
D9S304
12/13
8/13
8
9/10
8/10 8; 9 ;10; ?
25
DHFRP2
5/8
5/5
5
5/6
5/6 5; ?; 6; ?;
26
F13A01
3.2/5
5/6
6
6/7
6/6 6; 7; 6; ?;
27
F13B
6/9
6/10
10
8/9
9/9 9; 8; 9; ?;
28
FESFPS
10/11
10/13
13
10/11
11/12
10; 12; 11; ?;
29
FGA
20/26
20/25
25
20/21
20/21
20; ?; 21; ?;
30
PENTA D
9/10
9/13
13
9/15
11/12
9; 11; 12; 15
STRs Autossômicos
31
PENTA E
10/15
10/13
13
12/14
11/17
11; 12; 14; 17
32
TH01
6/6
6/9.3 9.3
9.3/9.3
6/6 6; 9.3; 6; 9.3;
33
TPOX
8/12
12/12 12
8/11
11/11
11; 8; 11; ?;
34
vWA
14/17
16/17 16
14/16
14/16
14; ?; 16; ?;
Exclusões: 4/34
Fonte – a autora
112
Tabela 36 -
Perfis genéticos do caso Post Mortem 7 obtidos pela análise de 8 mini-indels do
cromossomo X. M – mãe, C – criança, APO alelo paterno obrigatório, ). I 1 – irmão 1 do suposto pai
falecido, I 2 irmã 2 do suposto pai falecido, SPF¹ suposto pai falecido. ¹alelos possíveis. Os alelos
em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 7
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
SPF¹
2_D
2_I
2_I
2_D
2_D
2_D ou ?
1
FAM2
2_I
2_I
-----
2_I
-----
3_D
3_D
3_D ou 3_I
3_I
3_I
3_I ou ?
2
FAM3
3_I
3_I
-----
3_I
-----
4_D
4_D
4_D
4_D
4_D
4_D ou ?
3
FAM4
4_I
4_D
-----
4_I
-----
11_D
11_D
11_D ou 11_I
11_I
11_D
11_I ou ?
4
FAM11
11_I
11_I
-----
11_I
-----
2_D
2_D
2_D ou 2_I
2_D
2_I
2_D ou 2_I
5
VIC2
2_I
2_I
-----
2_I
-----
3_D
3_D
3_D
3_I
3_I
3_I ou ?
6
VIC3
3_I
3_D
-----
3_I
-----
4_D
4_I
4_I
4_I
4_D
4_I ou ?
7
VIC4
4_I
4_I
-----
4_I
-----
5_D
5_D
5_I
5_I
5_I
5_I ou ?
Mini-Indels X
8
VIC5
5_D
5_I
-----
5_I
-----
Exclusões: Nenhuma categórica devido à configuração do caso
Fonte – a autora
113
O caso PM8 encontra-se ilustrado na figura 26. Foram analisados 34 STRs
autossômicos (mais amelogenina) que comparativamente apresentaram 4 exclusões
(Tabela 37). Os 5 X-STRs estudados resultaram em 5 exclusões (Tabela 38). Das 8
mini-indels do cromossomo X, não houve nenhuma exclusão categórica (Tabela 39).
Figura 26 -
Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 8 (PM8). I 1 – irmão 1 do
suposto pai falecido, I 2 – irmão 2 do suposto pai falecido, ML – mulher legítima do suposto pai
falecido SPF – suposto pai falecido, M – mãe, F 1 – filho legítimo do suposto pai falecido, C – criança.
Fonte – a autora.
114
Tabela 37- Perfis genéticos do caso Post Mortem 8 obtidos pela análise de 34 STRs autossômicos. M mãe, C criança, APO alelo paterno
obrigatório, I 1 irmão 1 do suposto pai falecido, I 2 irmão 2 do suposto pai falecido, ML mulher legítima do suposto pai falecido, F 1 filho legítimo do
suposto pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos possíveis. Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 8
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
MV
F1
SPF
1
AMELOGENINA XX
XX
X
XY
XY
XX
XX XY
2
CD4 5/9
5/9
5 ou 9
9/10
9/10
4/9
4/4 9; 4; 10; ?;
3
CSF1PO 11/12
10/11
10
10/12
12/12
12/12
11/12 12; 10; 12; 11;
4
D12S1090
23/25
22/23
22
13/25
13/19
21/21
21/24
13; 19; 25; 24
5
D12S391 18/21
21/26
26
18/19
18/19
19/20
19/22 18; 22; 19; ?;
6
D13S317 11/11
11/11
11
9/11
11/12
10/12
12/12 9; 12; 11; ?;
7
D16S539 12/13
12/13
12 ou 13
10/13
11/11
9/14
9/11 11; 10; 11; 13;
8
D18S51 17/20
17/17
17
16/17
16/17
18/19
16/18 16; ?; 17; ?;
9
D18S535 13/14
13/16
16
13/15
13/15
13/15
13/15 13; ?; 15; ?;
10
D18S849
16/16
14/16
14
15/16
15/18
16/16
16/17
15; 18; 16; 17;
11
D19S253 12/13
12/13
13 ou 12
12/12
12/12
8/12
12/12 12; ?; 12; ?;
12
D19S433 13/14
13/15.2
15.2
13/13
13/13
13/16
13/13 13; ?; 13; ?;
13
D1S1656 15/18.3
12/18.3
12
13/15
11/15
15.3/17.3
11/17.3 13; 11; 15; ?;
14
D1S533 12/15
12/12
12
9/14
13/14
12/12
12/12 9; 13; 14; 12;
15
D20S85 6/12
8/12
8
6/8
6/8
6/9
6/9 6; ?; 8; 9;
16
D21S11 28/30
28/28
28
27/31.2
27/31.2
29/29
29/30 27; 30; 31.2; ?;
17
D2S1338 16/21
21/22
22
17/23
17/17
20/20
17/20 17; 23; 17; ?;
18
D3S1358 15/15
15/16
16
18/18
18/18
15/15
15/15 18; 15; 18; ?;
19
D3S1744 15/18
18/21
21
18/18
18/18
18/18
18/18 18; ?; 18; ?;
20
D5S818 11/12
11/12
11 ou 12
11/12
12/12
11/13
13/14 12; 11; 12; 14;
21
D7S820 12/12
9/12
9
7/11
11/11
9/12
9/11 11; 7; 11; ?;
22
D8S1132 19/23
18/23
18
20/20
18/20
23/23
22/23 20; 18; 20; 22;
23
D8S1179 12/13
12/13
12 ou 13
13/14
13/13
10/15
15/15 13; 14; 13; 15;
24
D8S306 21/24
23/24
23
22/24
19/22
21/24
21/22 22; 19; 24; ?;
25
D9S304 11/13
9/11
9
4/5
4/11
8/12
11/12 4; 11; 5; ?;
26
DHFRP2 6/7
7/7
7
5/5
5/8
5/7
5/5 5; 8; 5; ?;
27
F13A01 3.2/5
3.2/6
6
3.2/4
4/5
4/6
5/6 3.2; 5; 4; ?;
STRs Autossômicos
28
F13B 9/10
8/9
8
6/7
6/7
9/9
8/9 6; 8; 7; ?;
115
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
MV
F1
SPF
29
FGA
23/25
23/25
23 ou 25
24/24
19/24
21/23
21/22
24; 19; 24; 22
30
LPL 10/10
10/10
10
10/12
9/10
10/11
9/10 10; 9; 12; ?;
31
PENTA D 9/9
9/13
13
9/10
10/13
9/12
12/13 9; 13; 10; ?;
32
PENTA E 7/11
11/11
11
5/15
12/15
11/14
5/14 5; 12; 15; ?;
33
TH01
6/9
9/9
9
7/9.3
6/8
6/7
6/7
7; 6; 9.3; 8;
34
TPOX 11/11
8/11
8
8/11
8/11
8/9
8/9 8; ?; 11; 9;
35
VWA 14/17
17/17
17
16/18
16/18
15/17
15/16 16; ?; 18; ?;
Exclusões: 4/35
Fonte – a autora
Tabela 38 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 8 obtidos pela análise de 5 X-STRs. M mãe, C criança, APO alelo paterno obrigatório, I 1 irmão 1
do suposto pai falecido, I 2 irmão 2 do suposto pai falecido, ML – mulher legítima do suposto pai falecido, F 1 filho legítimo do suposto pai falecido, SPF¹
– suposto pai falecido. ¹alelos possíveis. Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 8
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
MV
F1
SPF
1
DXS8378
117,52/117,52
117,54/117,54
117,54
125,53
125,65
125,53/129,53
125,53/129,52
125,53
2
ARA
272/274,81
272,08/272,08
272,08
274,93
274,8
269,09/271,99
266,18/269,09
266,18
3
DXS9895
146,01/150,06
145,59/145,59
145,59
150,08
150,08
145,89/150,09
150,09/150,09
150,09
4
DXS101
192,7/214,08
192,79/220,48
220,48
211,12
211,11
208,08/208,08
208,08/211,12
211,12
X-STRs
5
DXS8377
242,13/242,13
221,81/242,35
221,81
227,47
227,65
227,61/253,71
227,61/253,92
253,92
Exclusões: 5/5
Fonte – a autora
116
Tabela 39 - Perfis genéticos do caso Post Mortem 8 obtidos pela análise de 8 mini-indels do cromossomo X. M mãe, C criança, APO alelo paterno
obrigatório, I 1 irmão 1 do suposto pai falecido, I 2 irmão 2 do suposto pai falecido, ML mulher legítima do suposto pai falecido, F 1 filho legítimo do
suposto pai falecido, SPF¹ – suposto pai falecido. ¹alelos possíveis. Os alelos em negrito e hachurados indicam as exclusões obtidas.
POST MORTEM 8
#
LOCOS
M
C
APO
I1
I2
MV
F1
SPF
2_I
2_I
2_I
2_I
2_I
2_I
2_I
2_I
1
FAM2
2_I
2_I
-----
-----
2_I
2_I
-----
3_D
3_I
3_I
3_I
3_I
3_D
3_D
3_D
2
FAM3
3_I
3_I
-----
-----
3_D
3_D
-----
4_D
4_D
4_D ou 4_I
4_I
4_I
4_D
4_I
4_I
3
FAM4
4_I
4_I
-----
-----
4_I
4_I
-----
11_I
11_D
11_D
11_D
11_D
11_I
11_D
11_D
4
FAM11
11_I
11_I
-----
-----
11_I
11_I
-----
2_D
2_D
2_D
2_D
2_D
2_D
2_D
2_D ou 2_I
5
VIC2
2_D
2_D
-----
-----
2_I
2_I
-----
3_I
3_I
3_I
3_I
3_I
3_D
3_I
3_I
6
VIC3
3_I
3_I
-----
-----
3_I
3_I
-----
4_D
4_D
4_D ou 4_I
4_D
4_D
4_D
4_D
4_D
7
VIC4
4_I
4_I
-----
-----
4_D
4_D
-----
5_I
5_I
5_I
5_I
5_I
5_I
5_I
5_I
Mini-Indels X
8
VIC5
5_I
5_I
-----
-----
5_I
5_I
-----
Exclusões: 1/8
Fonte – a autora
117
Da figura 27 à figura 35 estão discriminados os 9 casos que resultaram em
inclusão de paternidade.
Na tabela 40, estão apresentados os IPCs dos casos de inclusões nos post
mortem dos STRs autossômicos, das mini-indels do cromossomo X e a combinação
destes dois sistemas.
Figura 27 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 9 (PM9). ML mulher
legítima do suposto pai falecido, SPF suposto pai falecido, M mãe, F 1 filha 1 legítima do
suposto pai falecido, F 2 – filho 2 legítimo do suposto pai falecido, C – criança.
Fonte – a autora.
118
Figura 28 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 10 (PM10). I 1 irmão 1
do suposto pai falecido, I 2 – irmã 2 do suposto pai falecido, SPF – suposto pai falecido, M – mãe, C –
criança.
Fonte – a autora.
Figura 29 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 11 (PM11). SPF
suposto pai falecido, M mãe, F 1 filha 1 legítima do suposto pai falecido, F 2 filho 2 legítimo do
suposto pai falecido, F 3 – filho 3 legítimo do suposto pai falecido, C – criança.
Fonte – a autora.
119
Figura 30 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 12 (PM12). I 1 irmã 1
do suposto pai falecido, I 2 irmão 2 do suposto pai falecido, I 3 irmã 3 do suposto pai falecido,
SPF – suposto pai falecido, M – mãe, C – criança.
Fonte – a autora.
Figura 31 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 13 (PM13). I 1 irmã 1
do suposto pai falecido, I 2 irmã 2 do suposto pai falecido, I 3 irmã 3 do suposto pai falecido, SPF
– suposto pai falecido, M – mãe, C – criança.
Fonte – a autora.
120
Figura 32 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 14 (PM14). SPF
suposto pai falecido, M mãe, F 1 filha 1 legítima do suposto pai falecido, F 2 filha 2 legítima do
suposto pai falecido, F 3 – filha 3 legítima do suposto pai falecido, C – criança.
Fonte – a autora.
Figura 33 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 15 (PM15). SPF
suposto pai falecido, M mãe, F 1 filho 1 legítimo do suposto pai falecido, F 2 filha 2 legítima do
suposto pai falecido, F 3 – filho 3 legítimo do suposto pai falecido, C – criança.
Fonte – a autora.
121
Figura 34 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 16 (PM16). I 1 irmão 1
do suposto pai falecido, I 2 – irmão 2 do suposto pai falecido, SPF – suposto pai falecido, M – mãe, C
– criança.
Fonte – a autora.
Figura 35 - Heredograma demonstrando configuração do caso Post mortem 17 (PM17). I 1 irmão 1
do suposto pai falecido, I 2 irmão 2 do suposto pai falecido, ML mulher legítima do suposto pai
falecido, SPF suposto pai falecido, M mãe, F 1 filha legítima do suposto pai falecido, C
criança.
Fonte – a autora.
122
Na tabela 40, estão apresentados os IPCs dos casos de inclusões nos post
mortem dos STRs autossômicos, das mini-indels do cromossomo X e a combinação
destes dois sistemas.
Tabela 40 - Índice de paternidade combinado (IPC) das inclusões de paternidade dos casos post-
mortem.
Casos Post-mortem IPC STRs
Autossômicos
IPC mini-indels X IPC STRs
autossômicos * mini-
indels X
PM9
1,4008E+10 50,32 7,04867E+11
PM10
3,3141E+10 165,6 5,4881E+12
PM11
3,8352E+08 58,41 2,2401E+10
PM12
1,6056E+06 51,07 8,1998E+07
PM13
3,1647E+06 82,76 2,6191E+08
PM14
5,0555E+06 20,56 1,0394E+08
PM15
3,4809E+08 48,98 1,7050E+10
PM16
3,0950E+07 398,11 1,2321E+10
PM17
3,2304E+09 28,84 9,3165E+10
Fonte – a autora
.
123
6.7 Teste de sensibilidade
O teste de sensibilidade foi realizado para testar os iniciadores das indels
selecionadas com baixa quantidade de DNA, visando à utilização das mesmas em
genética forense onde muitas vezes as amostras apresentam quantidades mínimas
de DNA.
A amostra utilizada foi o DNA feminino AmpFlSTR® Control DNA 9947
(fornecido em conjunto com o kit AmpFlSTR® Yfiler™ PCR Amplification Kit -Applied
Biosystems). Essa amostra encontrava-se a uma concentração de 10 ng/µL. Foram
realizadas diluições seqüenciais progressivas da mesma para que atingisse as
concentrações de 5 ng/µL, 1 ng/µL, 0,5 ng/µL e 0,1 ng/µL.
Com as amostras diluídas para as concentrações pré-determinadas, estas
foram submetidas a amplificações de PCR com o multiplex descrito acima e a
análise do produto.
As amplificações foram bem sucedidas em todas as concentrações testadas,
inclusive nas mais baixas, conforme mostrado nas figuras 19 e 20.
124
Figura 36 - Eletroferograma mostrando resultados dos testes de sensibilidade com os iniciadores marcados com 6-FAM. A ordem dos eletroferogramas
apresentados vai de 0,1ng de DNA por reação à 10 ng (A - 0,1ng; B - 0,5 ng; C - 1,0 ng; D - 5,0 ng e E - 10 ng de DNA por reação).
Fonte – a autora.
125
Figura 37 - Eletroferograma mostrando resultados dos testes de sensibilidade com os iniciadores marcados com VIC. A ordem dos eletroferogramas
apresentados é: A - 0,1ng de DNA por reação, B - 0,5 ng, C - 1,0 ng; D - 5,0 ng e E - 10 ng de DNA por reação.
Fonte – a autora.
126
6.8 Estudos de degradação
Após a degradação do DNA com a utilização de DNAse I, correu-se um gel
de agarose a 1% para verificar a eficácia do procedimento (Figura 21). Este gel foi
cortado em diferentes regiões, correspondendo a diferentes tamanhos de
fragmentos (<400, 400 650 pb). O DNA desses fragmentos de gel de agarose foi
extraído usando o Ultra Clean
TM
15 DNA Purification Kit (Mo Bio Laboratories,
Carlsbad, CA USA). Após extração, foi feito um novo gel de agarose para verificar a
presença do DNA extraído.
Este estudo de degradação foi realizado objetivando a mimetização de
DNAs degradados provenientes de amostras forenses. As amostras degradadas
artificialmente foram utilizadas para amplificação com o multiplex das indels do
cromossomo X e como materiais para amplificação com as técnicas de LCN e WGA.
127
Figura 38 - Foto gel de agarose 1% comprovando a eficácia do processo de degradação. DNA
degradado com DNAse I por diferentes períodos de tempo: 1, 2, 5, 10 e 20 minutos respectivamente.
C: DNA controle sem DNAse I. O quadrado em vermelho indica os rastros do DNA degradado.
Fonte – a autora.
128
6.9 Amplificação do multiplex de indels do cromossomo X utilizando
protocolos de Low Copy Number DNA e de Whole Genome Amplification
A figura 22 ilustra a foto de um gel de agarose a 1% corrido após a
amplificação por WGA. Produtos inespecíficos são criados durante a amplificação
com o kit GenomiPhi
TM
DNA Amplification Kit (Amersham Biosciences) como se
pode observar no controle branco (9b) da figura 22.
Os resultados estão demonstrados em forma comparativa nos
eletroferogramas abaixo, onde comparamos os três tipos de amplificação em cada
amostra: amplificação pelo protocolo padrão de PCRl, a amplificação com o
protocolo LCN e a amplificação com o protocolo padrão de amostras oriundas do
WGA.
O eletroferograma representado na figura 23 ilustra as amplificações,
segundo o protocolo descrito na sessão 5.3 para a co-amplificação das 8 indels com
utilização de Taq Platinum, feitas nas amostras submetidas à degradação por
DNAse I (entre 400-650 pb e abaixo de 400 pb), e na amostra padrão, não
degradada, para fins de comparação entre os processos de amplificação.
A amplificação em uma amostra padrão, utilizando o protocolo de
amplificação padrão gerou um perfil completo como o esperado, enquanto que a
amplificação feita em uma amostra submetida à degradação por DNAse I (entre 400-
650 pb), apenas os 2 locos marcados com a fluorescência VIC amplificaram. Mesmo
assim, o loco IDX015 apresenta uma amplificação inespecífica, uma vez que o loco
na amostra não degradada apresenta-se como homozigoto para inserção e a
amostra degradada apresenta-se como heterozigoto, contituindo um alelo “drop in”.
Geralmente, amostras com baixa quantidade de DNA o sucetíveis ao alelo “drop
in” ou a geração de perfis artificiais em STRs. Tipicamente o alelo “drop in” não é
reproduzível, logo, repetindo o processo por várias vezes sem se obter resultados
idênticos, detecta-se o problema de alelo “drop in”. A amostra submetida à
degradação por DNAse I (abaixo de 400 pb), também apresenta uma amplificação
desfavorável aos locos marcados com a fluorescência VIC, entretanto apenas o loco
IDX013 conseguiu ser marcado durante a análise do programa. o loco IDX002
129
também foi amplificado inespecificamente, pois se apresenta como um homozigoto
para deleção, enquanto na amostra controle normal apresenta-se como
heterozigoto, constituindo um alelo “drop out”. O alelo “drop out” pode ocorrer se um
alelo de um lócos heterozigoto é amplificado preferencialmente.
Figura 39 – Resultado amplificação por WGA. Gel de agarose a 1% comparando 1µL de cada
amostra de DNA anteriores e posteriores à amplificação por WGA. Os marcadores representados são
λ25ng, λ50ng, λ100ng, λ200ng. ,WGA X DNA . a- antes da amplificação por WGA e b após a
amplificação por WGA. 1 - amostra submetida à degradação por DNAse I (entre 400-650 pb), 2 -
amostra submetida a degradação por DNAse I (abixo de 400 pb), 3 amostra padrão, 4 – amostra do
teste de sensibilidade com10 ng/µL, 5 - amostra do teste de sensibilidade com 5 ng/µL, 6 - amostra
do teste de sensibilidade com1 ng/µL, 7 - amostra do teste de sensibilidade com 0,5 ng/µL, 8 -
amostra do teste de sensibilidade com 0,1 ng/µL, 9 – branco.
Fonte – a autora.
130
Figura 40 - Eletroferograma mostrando resultados comparativos das amplificações pelo ciclo normal nas amostras: 1 amostra submetida à degradação por
DNAse I (entre 400-650 pb), 4 - amostra submetida a degradação por DNAse I (abaixo de 400 pb), 7 – amostra padrão, respectivamente.
Fonte – a autora.
131
A figura 24 ilustra as amplificações feitas na amostra submetida à
degradação por DNAse I (entre 400-650 pb) com amplificação feita por LCN,
amplificação padrão e WGA associado com amplificação padrão. Conforme
mostrado e comentado na figura 23, a amplificação com ciclo normal dessa amostra
apresentou uma amplificação de apenas 2 locos marcados com a fluorescência VIC
e mesmo assim, a amplificação do loco IDX015 foi inespecífica, uma vez que o loco
na amostra não degradada apresentou-se como homozigoto para inserção e a
amostra degradada apresentou-se como heterozigoto. Com a amplificação utilizando
a metodologia de LCN, a amplificação foi bem sucedida para todos os locos,
entretanto o loco IDX015 continuou mostrando-se como heterozigoto. A utilização da
metodologia de WGA associada à amplificação normal, não correspondeu às
expectativas, tendo uma amplificação pior do que a amplificação normal.
A figura 25 ilustra as amplificações feitas na amostra submetida à
degradação por DNAse I (abaixo de 400 pb) com amplificação feita por LCN,
amplificação padrão e WGA associado com amplificação normal respectivamente.
Conforme mostrado e comentado na figura 23, a amplificação com ciclo normal
dessa amostra apresentou uma amplificação favorável dos locos marcados com a
fluorescência VIC, entretanto apenas o loco IDX013 conseguiu ser marcado durante
a análise do programa. o loco IDX002 também foi amplificado inespecificamente,
pois se apresenta como um homozigoto para deleção, enquanto na amostra controle
normal apresenta-se como heterozigoto. Com a amplificação utilizando a
metodologia de LCN, a amplificação foi bem sucedida para todos os locos,
entretanto do loco IDX015 mostrou-se como heterozigoto, a exemplo da amostra
degradada com DNAse I (entre 400-650 pb). A utilização da metodologia de WGA
associada à amplificação normal, não correspondeu às expectativas, entretanto, o
único loco amplificado foi o IDX015 que se mostrou com configuração fiel à amostra
controle normal.
A figura 26 ilustra respectivamente as amplificações feitas com a amostra
controle padrão utilizando amplificação feita por LCN, amplificação normal e WGA
associado com amplificação normal. Conforme mostrado e comentado na figura 23,
a amplificação com ciclo normal dessa amostra apresentou uma amplificação
favorável de todos os locos utilizados na amplificação. A amplificação utilizando a
metodologia de LCN foi bem sucedida para todos os locos, entretanto houve o
estouro dos picos de alguns alelos e alguns alelos evidenciaram bastante a
132
presença de picos referentes à não adição da adenina na extremidade 3´. A
utilização da metodologia de WGA associada à amplificação normal, também
amplificou com sucesso todos os locos, entretanto também se pode visualizar o
estouro dos picos de alguns alelos e a presença de picos sem a adição da adenina
na extremidade 3´.
133
Figura 41 - Eletroferograma mostrando resultados comparativos das amplificações por LCN, normal e WGA associada à amplificação normal,
respectivamente, da amostra submetida a degradação por DNAse I (entre 400-650 pb).
Fonte – a autora.
134
Figura 42 - Eletroferograma mostrando resultados comparativos das amplificações por LCN, normal e WGA associada à amplificação normal,
respectivamente, da amostra submetida à degradação por DNAse I (abaixo de 400 pb).
Fonte – a autora.
135
Figura 43 - Eletroferograma mostrando resultados comparativos das amplificações por LCN, normal e WGA associada à amplificação normal, da amostra
controle.
Fonte – a autora
.
136
7 DISCUSSÃO
Dos 17 pares de iniciadores de mini-indels desenhados, 15 foram eficientes
em suas amplificações ao serem utilizados individualmente. A ausência de
amplificação de produto com esses dois pares de iniciadores provavelmente ocorreu
devido ao mau desenho dos mesmos, ou a ocorrência de mutações ou deleções no
sítio de anelamento desses iniciadores, não presentes nas amostras estudadas pelo
dBNP. Para que estas indels sejam incorporadas num possível novo multiplex
juntamente com as mini-indels do cromossomo X que não fizeram parte do multiplex
desenvolvido nesta dissertação, sugere-se que estas duas indels tenham seus
iniciadores redesenhados.
O desenvolvimento de um único multiplex com as 17 mini-indels do
cromossomo X não foi possível, possivelmente devido à temperatura de anelamento
utilizada na padronização do multiplex ou pela concentração de iniciadores usada.
Entretanto conseguiu-se desenvolver um sistema para a co-amplificação de oito
mini-indels. Com as sete mini-indels restantes (não incluindo as que o
amplificaram individualmente) tentou-se construir um novo sistema para a co-
amplificação, entretanto este teve que ser temporariamente abandonado devido à
falta de tempo disponível para a conclusão da dissertação.
Pode-se constatar a eficiência do sistema de co-amplificação de oito mini-
indels que os eletroferogramas dos indivíduos genotipados apresentaram picos
bem definidos e com alta intensidade, entretanto, notou-se que quando co-
amplificados alguns locos passaram a apresentar a presença de picos relativos a
fragmentos sem a adição de adenina (menos A) pela Taq polimerase (CLARK,
1988). A presença de fragmentos menos A pode ocorrer pela dificuldade de se obter
um balanço adequado de reagentes quando da reação em multiplex. Para evitar a
presença de fragmentos menos A, uma alternativa seria anexar uma seqüência “Pig
Tail” a extremidade 5do iniciador reverso. Isso buscará a maximização da adição
de Adenina sem a presença de molde pela Taq Polimerase (BROWNSTEIN et al.,
1996) .
Os PICs iniciais calculados com os dados do NCBI para as oito mini-indels
do cromossomo X ficaram entre 0,34 e 0,44 e os PICs calculados com os dados da
população brasileira ficaram entre 0,31 e 0,44, não demonstrando diferenças. Os
137
valores de PIC são baixos, pois se tratam de marcadores bialélicos, logo, terão PICs
menores do que marcadores multialélicos (EDELMAN et al., 2001; POETSCH et al.,
2005; ASAMURA et al., 2006b; TURRINA et al., 2007).
Quando calculamos os MECs
T
iniciais para as oito indels selecionadas para
constituir o multiplex, com os dados provenientes do NCBI, estes variaram entre
0,331 a 0,366, com um MEC
T
cumulativo de 96,9% e os MEC
D
s variaram de 0,210 a
0,241 com um MEC
D
cumulativo de 87,27%. Os valores de MECs
T
calculados para
as oito indels constituintes do multiplex, com os dados da população brasileira, estes
variaram de 0,284 a 0,375 e foram responsáveis por um MEC
T
cumulativo de
96,89%, os valores de MEC
D
para as mesmas
variou de 0,171 a 0,250 com um
MEC
D
cumulativo de 87,51%. Os valores de MEC para a população brasileira não
apresentaram diferença quando comparados aos MEC calculados com os dados do
NCBI. Quando simulamos uma situação em que todas as oito indels tivessem
heterozigosidade máxima, ou seja, as freqüências de inserção e deleção fossem
iguais a 0,5; o valor de MEC
T
seria de 0,375 e o MEC
T
cumulativo seria de 97,67%.
o valor de MEC
D
seria de 89,99%, valores não muito acima dos encontrados
neste trabalho. Quando comparamos com o MEC
T
calculado com apenas 4 X-STRs
(98,76%) (PEPINSKI et al., 2005) e com 8 X-STRs (99,99%) (TURRINA et al., 2007)
comprovamos que os STRs são mais eficientes, mesmo em menor número e que
para aumentarmos o valor do MEC são necessários mais locos.
Os PD
M
calculados para os dados do NCBI com as oito indels constituintes
do multiplex, variaram de 0,575 a 0,616 com um PD
M
cumulativo de 0,9993 e os PD
H
variaram de 0,419 a 0,482 com um PD
H
cumulativo de 0,9922. Os PD
M
calculados
com os dados da população brasileira variaram de 0,509 a 0,625 e PD
M
cumulativo
foi de 0,9993. O PD
H
variou de 0,342 a 0,500 com um PD
H
cumulativo de 0,9927.
Quando comparamos esses parâmetros com os X-STRs, observamos que com
apenas 4 marcadores é possível encontrar PD
M
cumulativo (0,9997) e PD
H
cumulativo (0,9926) similares aos encontrados utilizando 8 mini-indels do
cromossomo X (PEPINSKI et al., 2005) e com 8 X-STRs temos um PD
M
cumulativo
(0,9999) e PD
H
cumulativo (0,9999) maiores do que os encontrados utilizando 8 mini
indels do cromossomo X (PEPINSKI et al., 2007; TURRINA et al., 2007).
Observando esses dados, as análises combinadas dessas oito mini-indels do
cromossomo X, discutidas nessa dissertação, são uma boa ferramenta para análises
138
forenses, visando complementar a análise de outros marcadores que tenham se
mostrado pouco eficientes nas amplificações com baixas concentrações de DNA.
A análise de variância molecular entre e dentro das populações, investigada
utilizando o programa Arlequin 3.01 (EXCOFFIER et al., 1992), para as oito mini-
indels do cromossomo X foi realizada entre as amostras regionais da população
brasileira mostrando uma pequena, porém significativa diferença entre as regiões
(Fst= 2,1% p=0,006). A análise de variância loco a loco, mostrou algumas das indels
com valores de Fst significativos entre as populações brasileiras. Os resultados de
Fst par a par entre as amostras regionais de brasileiros revelaram evidências de
estruturação populacional significativas entre elas. Esta observação sugere que, em
relação às mini-indels do cromossomo X aqui genotipadas, a amostra brasileira se
comporta como uma amostra heterogênea. Esses resultados vão de encontro a
outros resultados publicados sobre a população brasileira, que não encontraram
nenhuma evidência de estruturação significativa entre as regiões brasileiras com a
utilização de outros marcadores como: cromossomo Y (GRATTAPAGLIA et al.,
2005; CARVALHO-SILVA et al., 2006; PEREIRA et al., 2006) e SNPs (ABREU,
2007). Um dos fatores que podem ter levado a esse resultado, pode ter sido a
maneira de utilização dos dados para estes cálculos. Pelo fato dos homens serem
hemizigotos para o cromossomo X e possuírem um haplótipo determinado, esses
foram transformados em indivíduos homozigotos a fim de prosseguir com os cálculos
no programa Arlequin 3.01 (EXCOFFIER et al., 2005). Esse resultado sugere a
necessidade de se ter bancos de dados regionais ou utilizar a correção com o
coeficiente de ancestralidade.
Embora os marcadores do cromossomo X estejam disponíveis para a
utilização em testes de parentesco, esses têm sido empregados raramente na
prática forense. Os marcadores autossômicos são especificamente eficientes na
resolução de casos deficientes, contudo, uma demanda crescente para o uso dos
marcadores do cromossomo X deve ser esperada (SZIBOR et al., 2003). Espera-se
que a demanda para testes de parentesco, onde apenas parentes distantes estejam
disponíveis para contribuir com informações genéticas, cresça, particularmente a
partir do desejo de reunir famílias nos contextos de guerra e de migração, além da
incorporação do uso dos marcadores do cromossomo X na identificação de corpos
e ossadas de timas de guerra ou de desastres de massa. Deve-se chamar a
139
atenção de que algumas vezes os marcadores do cromossomo X o mais
eficientes do que os cromossomos autossômicos, especialmente em casos que
envolvam a paternidade de uma mulher ou a maternidade de um homem. Isso é
refletido pelas rmulas usadas para calcular a chance média de exclusão (MEC)
para marcadores autossômicos e marcadores do cromossomo X. Se os marcadores
possuem um conteúdo de informação de polimorfismo (PIC) comparável, o MEC
para o cromossomo X é maior do que para os marcadores autossômicos (SZIBOR,
2007). Ainda sobre o cromossomo X, a opção de utilização de produtos
amplificados de tamanho menor, gerados a partir de marcadores do cromossomo X
deve ser considerada, especialmente se restos de ossadas humanas estiverem
sendo analisados, ou outras amostras de difícil análise (ASAMURA et al., 2006a).
Geralmente, para uma inclusão de paternidade, o IPC mínimo aceitado é de
100 ou maior (BUTLER, 2005). Nos estudos de caso analisados nesta dissertação,
as mini-indels do cromossomo X mostraram-se muito úteis em sua
complementação. Nos trios, se analisarmos apenas o IPC das mini-indels do X,
veremos que este valor será insuficiente para um resultado conclusivo. Entretanto
quando combinamos o IPC das mini-indels com o IPC dos autossômicos, temos um
IPC alto suficiente para finalizar o caso. O mesmo acontece com os casos de post-
mortem. É importante ressaltar que durante os estudos de casos Post Mortem, em
um caso onde não ocorreu nenhuma exclusão categórica na utilização de STRs
autossômicos, a análise de 8 mini-indels do cromossomo X foi capaz de detectar
uma exclusão categórica. Mais uma vez corroborando a afirmação que este
multiplex servirá como forma complementar de análise, principalmente em casos
quando o IPC dos marcadores autossômicos não for alto o suficiente.
Quando se trata de amostras forenses, muitas vezes a amostra em questão
apresenta-se em baixa qualidade e/ou quantidade, residindo o problema
enfrentado. Algumas técnicas tentam contornar esse problema, como a utilização
de mini-STRs, a aplicação da metodologia de LCN, a utilização de SNPs, a
utilização da metodologia de WGA entre outras. Visando a utilização deste multiplex
em análises forenses, este foi desenhando seguindo os mesmos critérios dos mini-
STRs, logo o multiplex desenhado tornou-se um multiplex de mini-INDELS. Para
testar a eficiência do mesmo em amostras com baixas quantidades foi realizado um
140
teste de sensibilidade. Esse teste demonstrou que o multiplex de oito mini-indels é
sensível o suficiente para obter resultados de amostras com concentração de 100
pg numa reação de 12,5 µL, o que o torna uma ferramenta a mais na análise de
amostras com baixa quantidade de DNA. Esse resultado indica uma maior
sensibilidade do que os kits comerciais que possuem uma sensibilidade de 0,25 pg
numa reação de 25 µL. Em geral, os iniciadores desenhados como “mini”, a fim de
gerar um produto amplificado de tamanho menor, oferecem uma nova ferramenta
para a recuperação de informações úteis das amostras degradadas. Entretanto, em
alguns casos, picos de artefato podem surgir devido ao alto grau de degradação,
assim como um imbalanço entre os picos (MARTÍN, 2006).
O aumento do número de ciclos de amplificação pode expandir a utilidade
dos perfis de DNA em casos forenses. É desejável manter o número de ciclos de
PCR no mínimo, ou estes irão aumentar a incidência de artefatos, podendo
comprometer a qualidade do resultado. Foi demonstrado que com a utilização de 34
ciclos, houve um aumento de imbalanço entre os heterozigotos (GILL et al., 2000;
GILL et al., 2007). Além disso, com o aumento de ciclos, também uma maior
incidência de contaminação da amostra. Quando utilizamos a metodologia de LCN
em amostras degradadas, esta técnica mostrou-se realmente eficaz quando em
combinação com as mini-indels do cromossomo X. Entretanto deve-se analisar esse
resultado com cautela uma vez que as quantificações das amostras de DNA foram
realizadas em gel de agarose, o que não proporciona uma precisão perfeita.
A utilização da metodologia de WGA para amplificação anterior a
amplificação das mini-indels do cromossomo X mostrou-se ineficaz contrariando o
resultado obtido no artigo de (BALLANTYNE et al., 2007). A quantificação das
amostras utilizadas com essa metodologia de WGA também foi feita via gel de
agarose, portanto deve-se analisar esse resultado com cautela, uma vez que esse
tipo de quantificação não é tão preciso. Seria de extremo interesse se esses
experimentos de LCN e WGA pudessem ser repetidos com uma técnica precisa de
quantificação de DNA com PCR em tempo real.
141
8 CONCLUSÃO
1. O presente estudo desenvolveu e padronizou um sistema
de co-amplificação de polimorfismos do tipo mini-indels distribuídos ao
longo do cromossomo X com a finalidade de aplicação em casos de
genética forense.
2. As mini-indels do cromomossomo X auxiliam no
estabelecimento de vínculos de parentesco onde a configuração não é
aquela tradicional de e, filho e suposto pai. Principalmente naqueles
casos onde o suposto pai é ausente, o filho em questão é do sexo
feminino e se tem parentes com os quais se podem reconstruir o
cromossomo X do suposto pai. Em alguns casos as mini-indels
mostraram-se mais eficientes ao apontar exclusões em casos de
suposto pai falecido do que STRs autossômicos. Além disso,
constituem uma boa opção de complementariedade em casos onde os
STRs mostraram-se pouco eficazes, principalmente quando as
amostras em questão apresentam-se degradadas ou em baixa
quantidade.
3. O sistema de multiplex utilizando mini-indels do
cromossomo X apresentou uma alta sensibilidade, amplificando até 0,1
ng de DNA em um volume final de reação de 12,5 µl, tornando esse
sistema interessante para ser usado em amostras forenses em baixa
quantidade.
4. A comparação realizada entre as duas técnicas (Low
Copy Number e Whole Genome Amplification), para avaliar a
amplificação de amostras degradadas e em baixa quantidade com a
utilização das mini-indels do cromossomo X constatou a eficiência da
técnica de LCN em detrimento da de WGA.
142
5. Quanto à tecnologia de WGA, esta se mostrou ineficaz,
embora a quantificação do produto gerado, após a utilização desta
metodologia, por eletroforese em gel de agarose tenha indicado altas
quantidades de produto. Durante a amplificação com o kit GenomiPhi
TM
DNA Amplification Kit (Amersham Biosciences) são gerados produtos
inespecíficos que durante a observação em gel de agarose levam a
estimar uma quantidade errônea de DNA. A inespecificidade da técnica
de quantificação do conteúdo genômico humano das amostras
amplificadaspor WGA interferiu na amplificação das mini-indels do
cromossomo X.
6. Os iniciadores das duas mini-indels do cromossomo X
que não obtiveram amplificação de produtos quando utilizados
individualmente serão redesenhados. Novos testes serão realizados
com as nove mini-indels do cromossomo X que não constituíram o
multiplex desenvolvido nesta dissertação, a fim de construir um novo
multiplex de mini-indels do cromossomo X.
7. O emprego de marcadores moleculares associados à
análise forense, como realizado neste trabalho, pode oferecer novas
perspectivas para o estudo da história da espécie humana, visto que
oferece novos dados acerca do cromossomo X.
143
9 APÊNDICE
Produção ao longo do mestrado:
Publicado:
1
PEREIRA, R. W,
1
MONTEIRO, E.H.G.;
2
HIRSCHFELD, G.C.;
2
WANG, A.Y.;
1,3
GRATTAPAGLIA, D. Haplotype diversity of 17 Y-chromosome STRs in
Brazilians. Forensic Sci Int. 2006 Jul 24; doi:10.1016/j.forsciint.2006.06.008.
Em preparação:
1
MONTEIRO, E.H.G.;
1,2
GRATTAPAGLIA, D. ;
1
PEREIRA, R. W. Development of a
new multiplex system based on Insertion/deletion polymorphisms distributed
throughout the X chromosome for forensic application along with population
and case study.
1
MONTEIRO, E.H.G.;
1,2
GRATTAPAGLIA, D. ;
1
PEREIRA, R. W. X-chromossomal
mini-INDELs markers an efficient tool for recovering profile information from
low quality forensic samples.
Resumos em congressos
1
MONTEIRO, E.H.G.;
1,2
GRATTAPAGLIA, D. ;
1
PEREIRA, R. W. Desenvolvimento
de um sistema multiplex para amplificação de polimorfismos inserção/deleção
no cromossomo X para aplicação em genética forense. In: 52º Congresso
Brasileiro de Genetica / 12º Congresso de la Associación Latinoamericana de
Genética, 2006, Foz do Iguaçu. Resumos do 52º Congresso Brasileiro de Genetica,
2006.
144
1
MONTEIRO, E.H.G.;
1,2
GRATTAPAGLIA, D. ;
1
PEREIRA, R. W. Development of a
new multiplex system based on Insertion/deletion polymorphisms distributed
throughout the X chromosome for forensic application along with population
and case study. 22nd Congress of the International Society for Forensic Genetics -
Copenhagen 2007.
1
MONTEIRO, E.H.G.;
1,2
GRATTAPAGLIA, D. ;
1
PEREIRA, R. W. X-chromossomal
mini-INDELs markers an efficient tool for recovering profile information from
low quality forensic samples. 22nd Congress of the International Society for
Forensic Genetics - Copenhagen 2007.
1
CALDAS, E.C.C.;
1
ALVES, H.
1
MONTEIRO, E.H.G.
2
BASTOS-RODRIGUES, L.,
2,3
PENA, S.D.J.,
1
PEREIRA R.W. Autosomal mini-indels markers as a tool to
improve the analysis of low quality forensic samples. 22nd Congress of the
International Society for Forensic Genetics - Copenhagen 2007.
145
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