adotava um comprimento maior, em que a fita podia escoar, apareciam, ao invés de
uma, duas regiões, próximos da mudança de propriedade (elástica para elasto-plástica),
formando "gaiolas de passarinhos". Dessa forma, a fim de representar apenas um único
local na linha com a deformação radial (como se vê na Figura III.19), adotou-se um
comprimento mínimo para tal. Ao dar seqüência nas análises, com novos parâmetros
(atrito e pressão externa), notou-se que, para alguns casos, um comprimento ainda
menor era preciso para simular o desejado, pois a configuração da linha, apesar de estar
com uma região bem pequena da fita que podia escoar (
301
do comprimento total),
estava mostrando o formato "indesejado" (Figuras III.20 e III.21). Todavia, como dito,
isso não altera a carga crítica de flambagem, é apenas uma questão de "estética visual",
então nenhuma mudança no modelo quanto a isso foi novamente realizada.
Para entender melhor essa questão, o caso 7 foi novamente simulado, porém,
agora a região da fita anti-
birdcage
que pode escoar é o dobro (
151
do comprimento
total) da anterior. A Figura III.22 mostra uma comparação do resultado visual da
configuração pós-flambada desses dois modelos e pode-se perceber que ao invés de uma
"gaiola" aparecem duas (assim como nos casos 8 e 9), ou seja, seu formato depende do
tamanho da região de escoamento da fita. Já a Figura III.23 exibe a evolução do
carregamento compressivo do
riser
em função do encurtamento desses casos e pode-se
perceber, conforme explanado anteriormente, que a carga crítica de flambagem é a
mesma para ambos, isto é, o tamanho da região da fita que pode escoar não interfere na
carga de flambagem, apenas no formato pós-flambado dos arames. Dizendo em outras
palavras, o modelo desenvolvido parece capturar adequadamente a carga crítica de
flambagem (que é o foco principal deste trabalho), mas a forma final da "gaiola" ainda
precisa de alguns ajustes. Isto porque, em um
riser
real, ao contrário do modelo
desenvolvido, a tensão de escoamento das bandagens, obviamente, não é estritamente
uniforme ao longo se seu comprimento, sempre haverá um ponto específico da fita que
escoa primeiro que os demais. Além disso, o modelo também não considera a ruptura
progressiva da fita que possivelmente será ocasionada em casos que ocorrem esses tipos
de flambagem. É preciso lembrar, também, que a situação de pós-flambagem radial,
além de complicada de se simular, não é a área de maior interesse dessa pesquisa, o
importante é saber qual o carregamento crítico que o
riser
pode apresentar falha.
Em conseqüência da má representação da configuração de
pós-flambem radial
dos arames através do modelo apresentado, não se pode discutir em detalhes o formato