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5.7 Conclusões
Foram feitas medidas de resistência com o sistema de medidas de
resistência CA projetado e com um Osciloscópio na faixa de frequências e
tensões fornecidas pelo próprio sistema implementado, a ser viabilizado.
Os valores Real (U
1
) e Imaginário (U
2
) do sinal medido no sistema
projetado são processados de forma a disponibilizar o módulo correspondente
ao valor do de pico deste sinal em µV. Estes valores (U
1
e U
2
) também podem
ser disponibilizados nos pinos de saída da FPGA para processamento externo.
Os valores médios obtidos foram de 54,7Ω ± 0,2Ω com o sistema
desenvolvido e de 53,3Ω ± 0,9Ω, com o osciloscópio, apontando para um
aumento da resistência ao utilizarmos corrente alternada (CA). Podemos
observar nas Tabela 5.7 e Tabela 5.8 , que os dados obtidos pelo Sistema de
Medidas e Osciloscópio estão em acordo, ou seja, na frequência mínima (520
kHz) o osciloscópio apresentou R
2
= 53.8Ω ± 0.8Ω estando as medidas do
sistema projetado inseridas neste intervalo: R
2
= 54.3Ω ± 0.2Ω. Na frequência
máxima (1923 kHz) o osciloscópio apresentou R
2
= 53.4Ω ± 1.4Ω estando as
medidas do sistema desenvolvido também inseridas neste intervalo: R
2
= 55.7Ω
± 0.3Ω (intervalo de 3*desvio padrão).
Nas medidas com a nova montagem(Figura 5-7), o osciloscópio, que é
nosso instrumento de referência, manteve-se coerente com as medições
efetuadas com o sistema de medidas.
Desvios padrão referentes a variações de baixa frequência em relação a
nossa banda de interesse, não foram detectados com as médias das 20
aquisições que utilizamos para compor a constante de tempo total do sistema.
Desejável a implementação de maiores constantes de tempo. O desvio nulo,
apresentado em algumas medidas, ocorreu no “ponto cego” do instrumento,
onde as variações não puderam ser discriminadas por ter sido atingido o limite
de resolução do conversor A/D. O sistema de medidas operou com fundo de
escala constante em 2Vpp, mesmo nas medidas de nível mais baixo, por não
haver neste protótipo recurso para alterar convenientemente estes limites,
sendo então as medidas efetuadas com mínima sensibilidade e maior reserva
dinâmica para valores menores que podemos inferir pela maior precisão
apresentada por AD
2
na Tabela 5.9. A reserva dinâmica mínima e máxima do
sistema é um parâmetro, expresso em dB, que deve ser medido
experimentalmente, para avaliar futuras melhorias.
Outro ponto crítico que pode ser melhorado é a inserção de um
amplificador de acoplamento com opção de entrada aterrada ou flutuante e
opção para entrada de corrente para fontes de sinal de alta impedância;
aumento da impedância de entrada e da rejeição de modo comum dos
amplificadores de instrumentação (CMRR
9
) na entrada flutuante. Desejável
também maior linearidade na banda de frequências mais alta, controle digital
9
CMRR - Taxa de Rejeição de Modo-Comum (Common-Mode Rejection Ratio) – A CMRR descreve a
habilidade de um amplificador diferencial de rejeitar sinais de interferência comuns para ambas as
entradas, e amplificar somente a diferença entre as entradas. O CMRR é a comparação entre o ganho de
modo-normal e o ganho de modo-comum, e é normalmente expresso em dB. Quanto maior o CMRR,
melhor o amplificador elimina o ruído presente em ambas as entradas.