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UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ
FACULDADE IN
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ODONTOLOGIA
GRACEMIA VASCONCELOS PICANÇO
FATORES DE PREDISPOSIÇÃO À REABSORÇÃO
RADICULAR EXTERNA SEVERA ASSOCIADOS AO
TRATAMENTO ORTODÔNTICO
MARINGÁ
2010
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GRACEMIA VASCONCELOS PICANÇO
FATORES DE PREDISPOSIÇÃO À REABSORÇÃO
RADICULAR EXTERNA SEVERA ASSOCIADOS AO
TRATAMENTO ORTODÔNTICO
Dissertação apresentada à UNINGÁ
Faculdade Ingá para obtenção do Título de
Mestre em Odontologia. Área de concentração:
Ortodontia.
Orientador: Profª. Drª. Karina Maria Salvatore
de Freitas.
MARINGÁ
2010
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Comitê de Ética: Projeto de pesquisa aprovado em 22/12/2009.
Nº do Parecer: 0184/09 B
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a
reprodução total ou parcial desta dissertação/tese, por processos
fotocopiadores e outros meios eletrônicos.
Assinatura:
PICANÇO, Gracemia Vasconcelos
P581f Fatores de predisposição à reabsorção radicular externa
severa associados ao tratamento ortodôntico / Gracemia
Vasconcelos Picanço -- Maringá: UNINGÁ, 2010.
124 f. ilust.
Dissertação (Mestrado) Departamento de Pós-
Graduação em Odontologia - Mestrado Profissionalizante em
Odontologia, Subárea Ortodontia. UNINGÁ, 2010.
Orientação: Profa. Dra. Karina Maria Salvatore de Freitas
GRACEMIA VASCONCELOS PICANÇO
FATORES DE PREDISPOSIÇÃO À REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA
SEVERA ASSOCIADOS AO TRATAMENTO ORTODÔNTICO
Dissertação apresentada como exigência
parcial para obtenção do título de Mestre
à Comissão Julgadora da UNINGÀ -
Faculdade Ingá.
Aprovada em _______ / _________/ __________
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof.
a
Dr.
a
Karina Maria Salvatore de Freitas
Uningá
Prof.
a
Dr.
a
Livia Maria Andrade de Freitas
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
______________________________________
Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli
Uningá
AGRADECIMENTOS
- Agradeço a Deus por todas as oportunidades que tem me
proporcionado ao longo da vida, por me abençoar com saúde e
capacidade intelectual e por me fortalecer nos momentos difíceis;
- Aos meus pais pelos anos de dedicação e paciência, amor
incondicional e eterna disponibilidade para me ajudar e apoiar
em todos os momentos;
- Aos meus filhos os que mais sentem a minha ausência, mas
compreendem esta necessidade com tranqüilidade e pureza;
- Ao meu grande amor, amigo e pai dos meus filhos, Paulo
Picanço, meu maior exemplo de determinação e paixão pela
ortodontia;
- Aos meus professores, por toda compreensão, paciência e ajuda
nesta conquista, a minha orientadora Karina Maria Salvatore
Freitas, por toda atenção e carinho;
- A minha amiga Camila que me ajudou na seleção dos pacientes;
- Aos funcionários, que vestem a camisa de nossa clínica,
trabalhando com dedicação e afinco, permitindo a transposição
de muitos desafios.
RESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
RESUMO
A reabsorção radicular externa apical é frequentemente observada como
efeito indesejável do tratamento ortodôntico, sendo um fator iatrogênico previsível,
mas não evitável. O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores comuns aos
pacientes que desenvolveram reabsorção radicular externa moderada ou severa
(graus 3 e 4 de Malmgren), nos incisivos superiores, durante o tratamento
ortodôntico fixo na dentição permanente. Foram selecionados 99 pacientes de
ambos os neros, que iniciaram o tratamento ortodôntico fixo com a técnica
Edgewise. Os pacientes foram divididos em dois grupos: G1 composto por 50
pacientes que concluíram o tratamento com ausência de reabsorções radiculares ou
apresentando apenas irregularidades apicais (graus 0 e 1 de Malmgren), com idade
média inicial de 16,79 anos e tempo de tratamento médio de 3,21 anos; G2
composto por 49 pacientes que finalizaram o tratamento apresentando reabsorção
radicular apical externa moderada ou severa (graus 3 e 4 de Malmgren) nos
incisivos superiores, com idade média inicial de 19,92 anos e tempo de tratamento
médio de 3,98 anos. As radiografias periapicais avaliadas foram observadas ao
início (T1) e ao final (T2) do tratamento ortodôntico. Foram analisadas na pesquisa
as seguintes variáveis: gênero; idade; tempo de tratamento; tipo de má oclusão;
tratamento com ou sem extrações; trauma prévio; grau de reabsorção inicial; forma e
comprimento da raiz; forma da crista óssea; proporção coroa:raiz; 1-PTV apical e
incisal; ANB; Wits; 1.NA; UP + UA; overjet; overbite; FMA; PFH/AFH e H-11. A
análise estatística incluiu testes qui-quadrado, teste exato de Fisher e teste t
independente. Os resultados demonstraram uma presença de diferença significante
entre os grupos para as variáveis: tratamento com ou sem extrações, grau de
reabsorção radicular inicial, comprimento radicular e proporção coroa:raiz ao início,
ao final do tratamento e das alterações com o tratamento, e da espessura da cortical
óssea alveolar. Pode-se concluir que são fatores de risco para reabsorção radicular
severa nos incisivos superiores durante o tratamento ortodôntico: presença de
reabsorção radicular antes do início do tratamento, realização de extrações,
comprimento radicular reduzido, proporção coroa:raiz diminuída e espessura óssea
alveolar fina ao início do tratamento.
ABSTRACT
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACT
ABSTRACT
Predisposing factors to severe external root resorption
associated orthodontic treatment.
The external apical root resorption is often seen as an undesirable effect of
orthodontic treatment, being an iatrogenic factor predictable but not avoidable. The
aim of this study was to evaluate the factors common to patients who developed
external root resorption moderate or severe (Malmgren's grades 3 and 4), on the
maxillary incisors, during fixed orthodontic treatment in the permanent dentition. It
was selected 99 patients of both genders, who began orthodontic treatment with
fixed edgewise technique. Patients were divided into two groups: G1 - comprising 50
patients who completed treatment with no root resorption or presenting only apical
irregularities (Malmgren's grades 0 and 1), with mean initial age of 16.79 years and
mean treatment time of 3.21 years; G2 - comprising 49 patients who finished
treatment presenting external apical root resorption moderate or severe (Malmgren's
grades 3 and 4) on the maxillary incisors, with mean initial age of 19.92 years and
mean treatment time of 3.98 years. The evaluated periapical radiographs were
obtained at the beginning (T1) and at the end (T2) of orthodontic treatment. The
following variables was analyzed in this study: gender, age, treatment time, type of
malocclusion, treatment with or without extractions, previous trauma, degree of initial
resorption, shape and root length, shape of the alveolar crest; crown:root ratio; PTV-
1 apical and incisal, ANB, Wits; 1.NA; UP + UA, overjet, overbite, FMA; PFH/AFH
and H-11. Statistical analysis included chi-square tests, Fisher exact test and
independent t tests. The results demonstrated the presence of a significant difference
between the groups for the variables: treatment with or without extractions, initial
degree of root resorption, root length and crown:root ratio at the beginning, at the end
of treatment and changes with treatment, and cortical thickness of the alveolar bone.
It can be concluded that are risk factors for severe root resorption in maxillary
incisors during orthodontic treatment: presence of root resorption before the
beginning of treatment, extractions, diminished root length, crown:root ratio
decreased and thin alveolar bone at the beginning of treatment.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Descrição dos pontos, planos e variáveis cefalométricas. ....................... 68
Tabela 2 - Erros casuais e sistemáticos entre a primeira e a segunda
medições (fórmula de Dahlberg e teste “t” dependente,
respectivamente). ..................................................................................... 76
Tabela 3 - Avaliação da concordância na classificação do grau de
reabsorção radicular externa avaliada pelo escore de
Malmgren (teste de concordância Kappa ponderado). ............................ 76
Tabela 4 - Médias e desvios padrões das idades iniciais e finais e o
tempo de tratamento, e resultados do teste “t”
independente. ........................................................................................... 77
Tabela 5 - Resultados da relação entre o grau de reabsorção final e
o gênero, tipo de oclusão, tipo de tratamento, forma
da raiz, crista óssea,presença de reabsorção inicial e
presença ou não de trauma prévio (teste qui-quadrado e
teste exato de Fischer). ............................................................................ 78
Tabela 6 - Tabela teste t independente mostrando as variáveis entre
(comprimento radicular e proporção coroa:raiz) do grupo
controle (grupo 1) e grupo experimental (grupo 2) em T1
(início do tratamento), T2 (final do tratamento) e da
diferença entre estes dois tempos (T2 - T1). ............................................ 79
Tabela 7- Tabela teste t independente mostrando a relação das
variáveis cefalométricas entre os grupos 1 (controle
reabsorção leve) e 2 (experimental reabsorção severa).
Estas variáveis foram obtidas através do traçado
cefalométrico da telerradiografia inicial do paciente. ................................ 80
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Reabsorção fisiológica. ............................................................................ 20
Figura 2- Anquilose alveolodentária. ....................................................................... 22
Figura 3- Reabsorção dentária apical inflamatória. ................................................. 23
Figura 4- Reabsorção interna. ................................................................................. 24
Figura 5- Reabsorção externa. ................................................................................ 25
Figura 6- Reabsorção interna-externa. .................................................................... 26
Figura 7- Reabsorção coronária. ............................................................................. 27
Figura 8- Reabsorção cervical. ................................................................................ 28
Figura 9- Reabsorção radicular lateral. ................................................................... 28
Figura10- Classificação de Malmgren – Graus de reabsorção. ................................ 29
Figura11- Esquema da resposta imunológica às reabsorções. ................................ 35
Figura12- Classificação de Levander e Malmgren Morfologia
radicular. ................................................................................................... 40
Figura13- Classificação de Consolaro – Morfologia radicular. .................................. 40
Figura14- Proporção raiz/coroa. ................................................................................ 42
Figura15- Morfologia da crista óssea. ....................................................................... 43
Figura16- Movimento ortodôntico de corpo. .............................................................. 50
Figura 17- Classificação de Malmgren. ..................................................................... 60
Figura18- Esquema para avaliar proporção coroa:raiz e comprimento
total do elemento dentário 11. .................................................................. 61
Figura19- Formas das raízes: triangular, rombóide, pipeta e
dilacerada. ................................................................................................ 61
Figura 20- Forma da crista óssea alveolar. ............................................................... 62
Figura 21- Pontos Cefalométricos. ............................................................................ 63
Figura 22- Planos Cefalométricos. ............................................................................ 65
Figura 23- Grandezas Cefalométricas. ...................................................................... 67
Figura 24- Distancia UA+UP, paralela ao plano palatal (ENA-ENP),
ampliada e destacada em vermelho. ........................................................ 69
Figura 25- Overbite. .................................................................................................. 70
Figura 26- Overjet. .................................................................................................... 70
Figura 27- Ficha utilizada para coleta de dados dos pacientes. ............................... 71
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15
2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 18
2.1. Definição .................................................................................................... 19
2.2. Classificação das reabsorções dentárias quanto à
natureza biogica............................................................................................. 19
2.3. Classificação das reabsorções dentárias patológicas ............................... 20
2.3.1. Quanto ao mecanismo de ocorrência do processo ........................ 20
2.3.2. Quanto à superfície dentária afetada ............................................. 23
2.3.3. Fase de evolução do processo ...................................................... 26
2.3.4. Região dentária afetada ................................................................. 27
2.4. Diagnóstico da reabsorção ........................................................................ 30
2.5. Etiopatogenia da reabsorção radicular ...................................................... 31
2.5.1 Hereditariedade/Genética ............................................................... 31
2.5.2 Endocrinopatias e fatores sistêmicos .............................................. 32
2.5.3 Gênero ............................................................................................ 33
2.5.4 Idade ............................................................................................... 33
2.5.5 Alergia (resposta imunológica) ........................................................ 34
2.5.6 Tipo de má oclusão ......................................................................... 36
2.5.7 Hábitos orais ................................................................................... 37
2.5.8 Trauma ............................................................................................ 38
2.5.9 Morfologia radicular e crista óssea ................................................. 39
2.5.10 Estado de saúde bucal .................................................................. 44
2.5.11 Movimentação ortodôntica ............................................................ 44
2.6. Tratamento ................................................................................................ 52
2.7. Os 10 mandamentos para prevenção da reabsorção
radicular ............................................................................................................ 53
3. PROPOSIÇÃO ...................................................................................................... 54
4. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 56
4.1. Materiais .................................................................................................... 57
4.1.1 Critérios de seleção da amostra ...................................................... 57
4.1.2. Características da amostra ............................................................. 58
4.2. Métodos ..................................................................................................... 59
4.2.1 Critérios da avaliação das radiografias periapicais .......................... 59
4.2.2 Critérios de avaliação das telerradiografias ..................................... 62
4.2.2.1 Demarcação dos pontos cefalométricos .............................. 63
4.2.2.2 Demarcação dos planos e linha de referência ..................... 64
4.2.2.3 Grandezas cefalométricas .................................................... 66
4.2.2.3.1 Medida das grandezas cefalométricas
UA e UP .................................................................................. 69
4.2.2.3.2 Medidas das grandezas
cefalométricas “overjet” e “overbite” ........................................ 69
4.2.3 Da ficha de pesquisa ....................................................................... 71
4.3 Análise estatística ....................................................................................... 72
4.3.1 Erro do método ................................................................................ 72
4.3.2 Comparações intergrupos ............................................................... 72
5. RESULTADOS ...................................................................................................... 74
6. DISCUSSÂO ......................................................................................................... 81
6.1 Discussão do erro do método ..................................................................... 82
6.2 Amostra....................................................................................................... 83
6.3 Metodologia ................................................................................................ 86
6.4 Discussão dos resultados ........................................................................... 88
6.4.1 Idade................................................................................................ 88
6.4.2 Tempo de tratamento ...................................................................... 89
6.4.3 Gênero............................................................................................. 90
6.4.4 Tipo de má oclusão ......................................................................... 90
6.4.5 Tipo de tratamento (com ou sem exodontia) ................................... 91
6.4.6 Morfologia radicular e da crista óssea ............................................. 91
6.4.7 Grau de reabsorção inicial ............................................................... 92
6.4.8 Trauma ............................................................................................ 93
6.4.9 Comprimento radicular e proporção coroa:raiz ................................ 94
6.4.10. 1 – PTV incisal e 1 – PTV apical .................................................. 95
6.4.11 FMA e PFH/AFH ............................................................................ 96
6.4.12 ANB e Wits .................................................................................... 96
6.4.13 1.NA............................................................................................... 97
6.4.14 Overjet ........................................................................................... 97
6.4.15 Overbite ......................................................................................... 98
6.4.16 H- 11 ............................................................................................. 99
6.4.17 UA + UP ...................................................................................... 100
6.5 Considerações clínicas ............................................................................. 101
6.6 Sugestões para novos trabalhos ............................................................... 102
7. CONCLUSÕES ................................................................................................... 103
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 105
APÊNDICES ........................................................................................................... 113
1 INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Introdução 16
1 INTRODUÇÃO
A reabsorção radicular externa apical é frequentemente observada pelos
ortodontistas e torna-se um assunto de bastante interesse principalmente quanto
aos fatores de predisposição a essa ocorrência.
As reabsoões radiculares o, geralmente, diagnosticadas em consultas de
rotina quando realizadas tomadas radiogficas (panorâmica ou periapicais) do paciente.
Normalmente são assintomáticas, apenas quando a perda de estrutura radicular por
reabsoão for severa é que o funcionamento e retenção dos dentes afetados podem ser
comprometido (Dudic et al., 2009, Hendrix et al., 1994).
Segundo Consolaro (2005) algumas reabsoões podem ser freqüentes e
aceitáveis clinicamente como as que ocorrem com a movimentão ortontica, mas não
devem ser denominadas ou identificadas como normais. Essas reabsorções são
caracterizadas como processo patológico na dentição permanente devido ao fato de não
haver renovão dos tecidos mineralizados dentários.
Segundo Moyers (1991) o processo de reabsorção radicular externa
proveniente do tratamento ortodôntico inicia-se com a compressão no ligamento
periodontal, provocando necrose dos cementoblastos desta região, expondo a
dentina à ação das células de reabsorção (clastos), osteoclastos e macrófagos.
A reabsorção radicular é desencadeada por um desequilíbrio funcional entre os
osteoblastos e osteoclastos, no caso das reabsoões inflamatórias este desequibrio é
gerado por um processo inflamatório que propicia o acúmulo maior de mediadores da
osteoclasia. A inflamação tem como objetivo a destruição do agente agressor e a
reparão da área afetada, nas reabsorções dentárias a eliminação da causa indutora da
lesão aos cementoblastos e da inflamão leva à reparação, cessando o processo
reabsortivo (Consolaro, 2005, Lamping, 2005).
Os dentes anteriores mostram-se mais afetados pela reabsorção radicular,
provavelmente por serem unirradiculados e com raízes cônicas, transmitindo a força
ortodôntica diretamente ao ápice. São, ainda, os dentes mais movimentados durante
o tratamento ortodôntico.
Am disso, encontram-se mais expostos aos fatores
Introdução 17
externos, principalmente aos traumas, justificando seu alvo como referencial de
magnitude das reabsorções dentárias durante os tratamentos ortodônticos (Canto,
1997, Furquim, 2002, Janson et al., 2000).
Segundo Consolaro (2002b) alguns fatores ajudam na previsibilidade da
reabsorção radicular, dentre eles estão: forma geométrica das raízes, proporção
coroa/raiz, comprimento radicular, morfologia da crista óssea. Ele (2005) divide os
fatores etiológicos da reabsoão em: 1) biológicos: periapicopatias cnicas, dentes o
irrompidos, cistos e tumores, rie; 2) químicos: agentes clareadores e outros materiais
denrios; 3) sicos: calo excessivo, trauma, avulsão e reimplantes, movimentão
denria, transplante dentário, trauma oclusal. Capelozza e Silva Filho (1998)
dividiram a etiologia em: fatores gerais, locais e mecânicos. Os fatores gerais
compreendem a hereditariedade, o sexo, a idade e o estado de saúde. Os fatores
locais são representados pelo tipo de oclusão, hábitos, história de traumatismo
prévio, estágio de desenvolvimento, forma radicular e saúde bucal. Dentre os fatores
mecânicos, os autores consideram
a magnitude da força ortodôntica, o intervalo de
aplicação de força, o tipo e a duração da força.
A literatura sobre reabsorção radicular é vasta, porém muito controversa em
relação aos fatores que realmente interferem na ocorrência e severidade do grau de
reabsorção durante o tratamento ortodôntico. Devido às vidas quanto aos fatores
de predisposição ao acontecimento das reabsorções radiculares externas apicais foi
realizado este estudo com o objetivo de avaliar quais fatores são comuns aos
pacientes que desenvolveram graus de reabsorções moderados ou severos (graus 3
ou 4 da classificação de escores de Malmgren) nos incisivos superiores durante o
tratamento ortodôntico fixo na dentição permanente.
A importância deste estudo foi de melhorar a detecção dos fatores predisponentes
a ocorncia dessas RRE mais graves antes do início ao tratamento ortontico.
2 REVISÃO DA
2 REVISÃO DA 2 REVISÃO DA
2 REVISÃO DA
LITERATURA
LITERATURALITERATURA
LITERATURA
Revisão da Literatura 19
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Definição
As reabsoões dentárias foram descritas provavelmente pela primeira vez em
1530 por Michael Blum em um livro publicado na Alemanha. Em 1835, Bell foi o pioneiro
na descrão da reabsorção radicular interna, e Mummery, em 1920, foi o primeiro a
realizar um estudo mais aprofundado sobre esta condição, que no decorrer do tempo foi
recebendo vários nomes como: granuloma interno, odontoclastoma, dente de Mummery,
reabsoão centrífuga, dente rosado (Consolaro, 2005).
Segundo Consolaro (2005), até 1925, os termos absorção e reabsorção
foram usados ora como sinônimos, ora para diferenciar o processo de rizólise dos
dentes decíduos e as reabsorções dos dentes permanentes. Absorção do latim
absorptione”
é a função pela qual as células dos seres vivos fazem penetrar e meio
interno as substâncias que lhe o necessárias; já reabsorção é o fenômeno pelo
qual fenocristais o redissolvidos pelo magna total ou parcialmente, apresentando-
se nesse último caso.
O termo reabsorção, segundo Becks e Marshall (1932), inclui todos os casos
nos quais os tecidos formados são destruídos e tomados pelo sistema sanguíneo e
linfático, sendo, portanto, o termo reabsorção dentária referente a todas as situações
em que os tecidos dentários mineralizados são eliminados pelas células clásticas em
algum ponto da superfície interna ou externa do dente.
2.2. Classificação das reabsorções dentárias quanto à natureza biológica:
a) Fisiológica
Este tipo de reabsoão acontece nos dentes deduos e é a responsável por sua
exfolião (figura 1). É caracterizada pela perda gradativa da dentina e do cemento,
desaparecimento natural da polpa e do ligamento periodontal, rizólise do dente decíduo e
exfolião do mesmo. Ela resulta da ão das unidades osteorremodeladoras compostas
delulas clásticas, osteobticas e macfagos, apresentam como gatilho a morte celular
Revisão da Literatura 20
programada ou apoptose dos cementoblastos e odontoblastos expondo os tecidos
mineralizados aos clastos. O processo de rizólise do dente deduo es relacionado com
o processo de formão do permanente (Consolaro, 2005, Consolaro, 2002b, Haralabakis
et al., 1994).
Figura 1: Reabsorção fisiológica. No dente decíduo sem sucessor permanente a rizólise se fará lentamente,
enquanto no primeiro molar decíduo em que o sucesso permanente es presente a rizólise encontra-se em
esgio avançado (Consolaro, 2005).
b) Patológica
São as reabsorções que acontecem nos dentes permanentes. Segundo
Consolaro (2005) algumas reabsorções podem ser freentes e aceitáveis clinicamente
como as que ocorrem com a movimentação ortodôntica, mas o devem ser
denominadas ou identificadas como normais. Essas reabsoões são caracterizadas como
processo patogico na dentição permanente devido ao fato de não haver renovação dos
tecidos mineralizados dentários.
2.3 Classificação das reabsorções dentárias patológicas
2.3.1. Quanto ao mecanismo de ocorrência do processo
a) Reabsorção por substituição
É uma conseqüência natural da anquilose alveolodenria, que implica em perda
do ligamento periodontal e substituão por tecido ósseo; não eso mais presentes os
Revisão da Literatura 21
cementoblastos, pré-cemento e os restos epiteliais de Malassez, ficando desprotegida a
supercie radicular ocorre o contato direto e a incorporação dos tecidos dentários na
estrutura óssea, promovendo sua inclusão no processo de osteorremodelação (fig. 2). O
dente se remodelado à custa de tecido ósseo. Este processo tende a ser lento e pode
ter sua evolão acelerada dependendo da continuidade e freqüência do esmulo indutor
e presea de processos inflamarios. Quando anquilosado, o dente apresenta um som
oco à percussão vertical devido à perda do ligamento periodontal, que nos dentes normais
isola a caixa acústica representada pelo tecido ósseo. Dentre as causas relacionadas à
reabsoão por substituição e anquilose eso: trauma, permanência de decíduos am do
tempo de esfoliação e reimplantes dentários. O tratamento curativo desta reabsoão não
está estabelecido, o uso do hidxido de cálcio tem por finalidade apenas a paralisão ou
retardo do processo (Consolaro, 2005, Loriato et al., 2009).
Em entrevista para a Revista Dental Press em 2002 foi perguntado a Consolaro
(2002a) por que a anquilose provocada vem acompanhada de reabsoão por
substituição, enquanto que na anquilose esponnea de molares decíduos não se observa
este femeno. Sendo sua resposta a seguinte:
A anquilose alveolodentária provocada advém de traumatismos ou
sobrecargas, transplantes e reimplantes e isto associa o processo à
inflamação e também à recolocação dos dentes envolvidos em função
novamente. Estes fatores promovem acúmulo local de mediadores
relacionados à reabsorção óssea que nesta área será acelerada,
acelerando também o processo de “substituição” de estruturas dentárias por
estruturas ósseas. Além disto, com freqüência, estão associados ou
próximos aos molares decíduos, os pré-molares e seus respectivos folículos
pericoronários, ricas fontes de mediadores locais da reabsorção óssea, visto
que são as estruturas essenciais da erupção dentária. Na anquilose
alveolodentária espontânea não deve ter havido um traumatismo ou
sobrecarga, mas sim a morte natural das células do ligamento periodontal,
incluindo-se os cementoblastos. Não um acúmulo significativo de
mediadores da reabsorção no local e a remodelação óssea fica lenta
naturalmente. Com freqüência nestes casos não o permanente sucessor
e seu respectivo folículo pericoronário, diminuindo mais ainda a chance de
acúmulo de mediadores da reabsorção no local. Desta forma o processo da
reabsorção dentária por substituição fica naturalmente lento, podendo levar
décadas até a completa reabsorção da raiz dentária envolvida. A
reabsorção existe, apenas em ritmo lento. Colocar este dente em oclusão
ou sobre oclusão tende a acelerar o processo, pois promoverá lesão
tecidual, inflamação e acúmulo local de mediadores da reabsorção óssea.
Revisão da Literatura 22
Figura 2: Anquilose alveolodentária detecvel em algumas reges da supercie radicular (setas amarelas) de
dente submetido a trauma. Em B, o cemento (C) es em relão direta com o tecido ósseo alveolar (OA) em
alguns pontos (setas amarelas), estabelecendo uma interface entre o dente e o osso. D= dentina (Consolaro,
2005).
b) Inflamatória
A reabsorção radicular é desencadeada por um desequilíbrio funcional entre os
osteoblastos e osteoclastos, no caso das reabsoões inflamatórias este desequibrio é
gerado por um processo inflamatório que propicia o acúmulo maior de mediadores da
osteoclasia (fig. 3). A inflamão tem como objetivo a destruição do agente agressor e a
reparão da área afetada, nas reabsorções dentárias a eliminação da causa indutora da
lesão aos cementoblastos e da inflamão leva à reparação, cessando o processo
reabsortivo (Consolaro, 2005, Lamping, 2005).
Dentre as causas da reabsorção inflamatória estão: trauma, movimentão
ortodôntica, lesões periapicais, clareamento dental, inflamão periodontal (Brezniak;
Wasserstein, 2002a,b, Consolaro, 2005, Itikawa, 2004).
Tronstad (1988) descreveu dois tipos de reabsorção inflamatória. A primeira,
reabsorção transitória, quando o agente etiológico é mínimo e atua por um curto
período de tempo; a segunda, quando o fator etiológico estende-se por um longo
período, o autor sugere o termo reabsorção inflamatória progressiva. Segundo
Camargo et al. (2008) é o tipo de reabsorção com melhor prognóstico de
reversibilidade.
Revisão da Literatura 23
Figura 3: Em A e B -se a perda das relações estruturais nos ápices denrios decorrentes da reabsorção
denria apical inflamaria. No segundo pré-molar perderam-se por completo os limites apicais (setas), perda
também revelada em B no qual o granuloma periapical (GP) levou à extensa reabsorção denria inflamatória
(setas) em dente com necrose pulpar. Em C -se os aspectos morfogicos macroscópicos da reabsoão
denria inflamaria associada a trauma dentário (Consolaro, 2005).
2.3.2. Quanto à supercie dentária afetada
a) Interna
Caracteriza-se pelo processo de reabsoão das paredes da cavidade pulpar,
pode estar relacionada à rie, trauma, pulpite e restaurões profundas(Barbizan, 2003).
Segundo Consolaro (2005) a proteção da parede pulpar da ação reabsortiva dos
clastos é feita pela camada odontoblástica e pré-dentina. Nas pulpites crônicas parte da
camada odontobstica está ausente expondo a dentina mineralizada à ação dos clastos,
no caso de a reabsoão ter acontecido devido a traumatismos dentários ocorrem
deslocamentos focais de pré-dentina e da camada de odontoblastos.
Pode estar localizada na porção radicular ou coronária, neste caso pode ser
percebido um ponto rosa ou avermelhado clinicamente, Gaskill, em 1894, denominou este
tipo de lesão como dente rosado ou “pink spot”. Geralmente é assintomática, sendo
percebida em exames radiográficos de rotina, em que se observa uma expano do
contorno dos limites pulpares, relativamente simétrica, de aspecto balonizante e contornos
regulares. Histologicamente observa-se tecido pulpar normal, polpa coronária com zonas
de necrose, porém as paredes pulpares mostram-se irregulares pela presença de lacunas
de reabsoão, clastos multi e mononucleados eso associados a outras lulas
A
B
C
Revisão da Literatura 24
mononucleadas constituintes das unidades osteorremodeladoras (fig. 4)(Consolaro, 2005,
Ferreira, 2007).
Figura 4: A reabsorção interna em seus aspectos microscópicos. A supercie dentinária em reabsoão
es irregular pelas lacunas de Howship (LH) preenchidas pelas unidades osteorremodeladoras nas quais se
destacam os clastos pela sua forma multinucleada (seta). Nos tecidos vizinhos, o tecido conjuntivo pulpar
acha-se discretamente infiltrado por leucócitos mononucleares e com congestão vascular na microcirculão.
B imagem radiogfica correspondente à reabsorção interna, apresentando uma imagem radiocida
balonizante e expansão focal dos limites pulpares (Consolaro, 2005).
b) Externa
Pode ser causada por diversos fatores como: movimentão ortontica, trauma
oclusal, dentes impactados, reimplante de dentes avulcionados e inflamão periodontal.
Tem início no periodonto e afeta as superfícies externas e laterais do dente. É um
processo multifatorial que resulta na perda de cemento e dentina em conseência da
atividade não controlada de lulas clásticas presentes no ligamento periodontal (Itikawa,
2004, Lamping, 2005).
Histologicamente as áreas de reabsoão externa revelam supercies dentirias
irregulares repletas de clastos em lacunas de Howship, quando é de natureza inflamatória
está presente um rico infiltrado e exsudato inflamatório. Os clastos se fixam apenas em
tecidos mineralizados e de superfícies desnudas de blastos, osteóide, p-cemento e p-
dentina. Radiograficamente, o diagnóstico diferencial entre a reabsorção interna e externa
consiste em acompanhar a linha correspondente à parede interna da dentina e o contorno
do canal radicular (fig. 5)(Consolaro, 2005).
O processo de reabsoão inicia quando a dentina é exposta na região do
A
B
Revisão da Literatura 25
ligamento periodontal, sendo reconhecida pelo organismo como uma protna estranha;
com a exposição da dentina os osteoclastos chegam rapidamente a esta região dando
inicio ao processo de desmineralização tecidual e degradação da matriz orgânica, am
disso, estaslulas contêm receptores para a maioria dos agentes reabsorvedores
(parotormônio, calcitonina, vitamina D e citocinas) que reconhecem e transmitem aos
clastos a informão para que a reabsorção seja realizada (Selow, 2006).
Figura 5: A) Reabsorção externa ativa com a supercie dentiria irregular pelas lacunas de Howship (LH) e
preenchida pelas unidades osterremodeladoras nas quais se destacam os clastos pela sua forma
multinucleada (seta). B) Reabsoão cervical externa (Consolaro, 2005).
c) Interna Externa
O processo reabsortivo pode se instalar de fora para dentro: a reabsoão externa
inicialmente presente, pode favorecer uma possível contaminão bacteriana e comunicar
esta área de reabsoão com a parede interna pulpar, causando inflamão da polpa com
a desorganizão da camada odontobstica e necrose, havendo parada focal ou total na
produção de pré-dentina. Quando o processo se inicia pela presença de uma reabsorção
interna, ocorre a fragilizão da estrutura dentária, resultando em áreas de fratura ou de
perfuração externa. Nesse tipo de reabsorção (interna - externa) o é possível distinguir
entre um tipo ou outro de reabsoão devido a perda dos limites (fig. 6)(Consolaro, 2005).
A
B
Revisão da Literatura 26
Figura 6: reabsoão interna externa: não é possível identificar em que supercie dentária iniciou-se o
processo e em consequência qual o agente etiogico primário (Consolaro, 2005).
2.3.3. Fase de evolução do processo
Esta é uma análise microscópica, que não pode ser feita radiograficamente. É
classificada como:
a) Ativa:
Nesta fase as supercies de cemento e/ou dentina apresentam lacunas de
Howship e clastos, associados a lulas mononucleares, perifericamente localizadas;
b) Paralisada
A superfície do tecido denrio ainda apresenta-se irregular, marcada por uma
linha basofílica, demarcatória de uma reversão da atividade reabsortiva resultante da
ntese e deposão de matriz orgânica a ser mineralizada com a finalidade de
regularização da área perdida;
c) Reparada
Nesta fase as células poliédricas arranjadas em palada incorporam-se e
relacionam-se diretamente com a superfície mineralizada do tecido, notam-se camadas de
aposição de tecido cementóide ou ostide (Consolaro, 2005).
Revisão da Literatura 27
2.3.4. Rego denria afetada
a) Coronária
A coroa dentária pode ser comprometida pela reabsoão interna e pela
reabsoão cervical externa, por exteno do processo (fig. 7).
Figura 7: reabsorção coronária caracterizada por área rosada no terço cervical. Radiograficamente tem-se
uma área radiocida e associação com restauração profunda (Consolaro, 2005).
b) Cervical
Está intimamente relacionada ao clareamento dental interno, mas também pode
ocorrer em dentes traumatizados. É geralmente assintomática e detectada em exames
radiogficos de rotina (fig. 8)(Consolaro, 2005, Itikawa, 2004).
A junção amelocemenria (JAC) constitui a localização chave na instalão e na
etiopatogenia deste tipo de reabsoão. O contato entre o esmalte e cemento não
apresenta uma morfologia uniforme e constante nessa região, nela estão presentes as
janelas ou “gaps” dentinários que possibilitam a comunicão entre o ambiente pulpar e a
supercie dentária cervical, estas janelas o protegidas por uma matriz extracelular que
impede a exposão da dentina às células de reconhecimento imunogico como os
macfagos. A exposão da dentina ao tecido conjuntivo o promove de imediato a
reabsoão; geralmente, requer tamm um acúmulo de mediadores como ocorre nas
áreas de estresse celular e na inflamação, desorganizando a região da JAC e expondo os
angenos seestrados da matriz dentinária que podem ser reconhecidos. A reabsoão
cervical externa constitui o resultado da mobilizão celular, mediada pelo sistema
Revisão da Literatura 28
imunogico, para a eliminação dessas proteínas incorporadas na dentina durante a
odontonese e não reconhecidas como próprias (Consolaro, 2005).
Figura 8: reabsorção cervical externa devido a clareamento dental (Consolaro, 2005).
c) Reabsorção radicular lateral
Pode ser encontrada na movimentão denria induzida, nos casos
traumatismos, reimplantes, expanes pidas do palato. Apresenta como caractestica
amplitude em extensão e pequena profundidade, sendo denominada como reabsorção
denria superficial (Consolaro, 2005).
Figura 9: incisivo lateral superior com rarefação óssea periapical e reabsorção inflamaria lateral (Itikawa,
2004).
Revisão da Literatura 29
d) Reabsorção dentária apical
É uma condição comumente observada durante e após o tratamento ortontico,
compromete a estrutura, volume e contorno da raiz, resultando no encurtamento do longo
eixo do dente e na diminuão do aparato periodontal de sustentação. Uma redução de 3
mm de estrutura denria apical corresponde à perda de 1mm de crista óssea alveolar
(Consolaro, 2005, Kalkwarf et al., 1986, Santos, 2007).
Segundo Jonsson, Malmgren e Levander (2007) em dentes com raízes
extremamente reabsorvidas de comprimento menor que 10 mm pode-se esperar um
aumento da mobilidade dentária com a idade, para estes autores teo estabilidade
apenas dentes com rzes de comprimento maior ou igual a 10 mm.
Levander e Malmgren (1988) classificaram as reabsoões apicais em 4 graus de
acordo com a magnitude da perda de comprimento da raiz (fig. 10):
Grau 0: ausência de reabsoão;
Grau 1: contorno irregular da supercie apical;
Grau 2: redão do comprimento radicular em até 2mm;
Grau 3: redão do comprimento radicular de 2mm a 1/3 da raiz;
Grau 4: perda maior que 1/3 do comprimento da raiz.
Figura 10: Classificação de Malmgren (Chiqueto, 2005).
Revisão da Literatura 30
2.4 Diagnóstico da reabsorção
As reabsoões radiculares o, geralmente, diagnosticadas em consultas de
rotina quando realizadas tomadas radiogficas (panorâmica ou periapicais) do paciente.
Normalmente são assintomáticas, apenas quando a perda de estrutura radicular por
reabsoão for severa é que o funcionamento e retenção dos dentes afetados podem ser
comprometidos (Dudic et al., 2009, Hendrix et al., 1994).
As radiografias periapicais são as mais utilizadas para o diagnóstico das
reabsoões radiculares (RR), porém o é o método mais preciso, pois podem haver
casos em que a identificão do tipo de reabsorção, grau de evolão, seus limites e sua
causa não sejam definitivamente possíveis de ser determinados ainda que as imagens
sejam bem processadas e analisadas em condições ideais (Consolaro, 2005, 2008).
A tomografia é uma poderosa ferramenta para o diagnóstico da reabsorção
radicular, complementando os exames radiogficos convencionais. Ela tem sido muito
usada na odontologia, pois através dela é possível obter dimensões reais das
estruturas anatômicas, uma imagem espacial das estruturas craniofaciais pode ser
produzida, a imagem em 3D pode ser facilmente rotacionada, as estruturas internas
podem ser observadas, removendo-os planos externos, vários órgãos podem ser
observados, independentemente, pela mudança da densidade dos mesmos; pode
mostrar assimetrias na região média da face e base do crânio, apresentar pequenos
segmentos da parte estudada em verdadeiros cortes, em qualquer sentido do
espaço; qualidade da imagem. Além de todas estas possibilidades a tomografia é
tamm considerada um método diagnóstico não invasivo, pido, fidedigno e de
alta precisão (Consolaro, 2007, Dudic et al., 2009, Park et al., 2006, Rodrigues,
2007). Porém Consolaro e Consolaro (2008) ressaltam que o uso indiscriminado e
superficial da tomografia pode gerar avaliações equivocadas e diagnósticos que
levam a planos de tratamento indesejáveis.
Segundo Consolaro e Consolaro (2008), as imagens radiográficas das
reabsorções radiculares demoram entre 3 e 6 meses para ser detectáveis. O melhor
período de avaliação radiográfica dos efeitos do tratamento ortodôntico sobre as
estruturas dentárias varia entre 6 e 9 meses, porém é considerado um tempo muito
longo. Os autores sugerem a realização de TC em tempo mais curto quando: os
Revisão da Literatura 31
pacientes apresentarem raízes dentárias triangulares, cristas ósseas retangulares e
raízes com menos de 1,6x a altura da coroa; houver história de trauma; e quando
houver anodontia parcial, cujos espaços anodônticos extensos formam “cristas”
retangulares e nos quais os dentes tendem a ser curtos em suas raízes e a forma
radicular predominante é triangular.
Ainda de acordo com os autores acima:
Devemos renovar, atualizar e aperfeiçoar as técnicas sem esquecermos de
privilegiar o conhecimento prévio e o rigor de critérios de análise, para então
planejarmos e aplicarmos a terapêutica com segurança. O avanço da técnica não
substitui a obtenção do conhecimento prévio por parte de quem irá utilizá-la.”
2.5 Etiopatogenia da reabsorção radicular
Segundo Capelozza Filho e Silva Filho (1998) o maior causador das reabsoões
radiculares é a movimentão ortontica, mas diversos fatores podem influenciar no
acontecimento desta patologia. Estes fatores estão divididos em 1) gerais:
hereditariedade, endocrinopatias e fatores sistêmicos, nero, idade, alergia (resposta
imunogica); 2) locais: tipo de má ocluo, hábitos, trauma, forma radicular, estado de
saúde bucal; 3) mecânicos: movimentão ortontica - magnitude da força ortodôntica,
intervalo de aplicão da foa, tipo de foa, durão da foa.
Consolaro (2005) divide os fatores etiogicos da reabsorção em: 1) biogicos:
periapicopatias cnicas, dentes não irrompidos, cistos e tumores, cárie; 2) qmicos:
agentes clareadores e outros materiais dentários; 3) físicos: calo excessivo, trauma,
avulsão e reimplantes, movimentão dentária, transplante dentário, trauma oclusal.
2.5.1 Hereditariedade/genética
Harris et al. (1997) realizaram experimento no qual os resultados mostraram
variações significativamente maiores entre irmãos, mostrando que existe um fator getico
real na suscetibilidade à reabsoão radicular. Segundo estes autores mesmo quando a
natureza da má oclusão, o plano de tratamento, o aparelho e o profissional parecem ser
Revisão da Literatura 32
mantidos constantes há uma considevel diferença entre os pacientes na ocorncia e
extensão da reabsoão. Uma interpretão para essa diferea é que um genótipo
pessoal modula a susceptibilidade à reabsorção (RR), algumas pessoas parecem ter
resisncia a RR, enquanto outras são mais propensas a desenvolver reabsorção severa.
Al-Qawasmi et al. (2003) realizaram um estudo para verificar a influência da
genética na reabsorção radicular externa, os autores comprovaram que o alelo 1 do gene
IL-1B, conhecido por diminuir a prodão de citocinas IL- 1 in vivo, aumenta
significativamente o risco de reabsoão radicular externa.
Para Consolaro e Consolaro (2008) o que é influenciado pela genética é o fato de
que para as lulas sintetizarem e liberarem os mediadores, elas precisam ler um gene de
um dos cromossomos, porém isto o dá conotação de hereditariedade ao efeito.
2.5.2 Endocrinopatias e fatores sistêmicos
Segundo Capelozza Filho e Silva Filho (1998) o há comprovação de que
doeas encrinas como hipotireoidismo, hipo e hiperpituitarismo possam influenciar a
reabsoão radicular, provavelmente pelo fato de que portadores de disrbios hormonais
busquem tratamento ortontico apenas depois de compensados e sob controle médico.
Em entrevista concedida à Revista Dental Press Consolaro (2002a) afirma que as
endocrinopatias não têm influencia sob a reabsorção denria durante o tratamento
ortodôntico a maior ou menor freência da reabsoão está associada a fatores locais,
especialmente a forma de raiz e crista óssea alveolar. Para Consolaro:
A superfície da raiz dentária está revestida por cementoblastos e tamm
ocupada por fibras colágenas periodontais perpendicularmente inseridas no
cemento. As lulas funcionam e executam tarefas apenas quando
mediadores químicos passam ordens ou mensagens [...] Os cementoblastos
não têm receptores para os hormônios que aceleram ou diminuem o
processo contínuo da remodelação óssea como o paratormônio e a
calcitonina, respectivamente. Os hormônios são mensagens químicas para
as células executarem suas funções [...] Quando alguma reabsorção for
detectada apenas uma pergunta deve ser feita: Quem matou os
cementoblastos? A causa que lesou estas células é local, pois fatores
sistêmicos são “ignorados” pelos cementoblastos e se eles não
“desocupam” a superfície radicular não é possível reabsorvê-la.
Revisão da Literatura 33
Neste mesmo ano, ele participou da orientação de duas teses de Doutorado
sobre este tema. A de Franscischone que analisou dentes maxilares de 81 pacientes
endocrinopatas não sendo observada em nenhum destes pacientes reabsorções
dentárias generalizadas ou significantes. No estudo de Furquim (2002) foram
analisados 210 pacientes, sendo 70 sem tratamento ortodôntico, 70 com tratamento
ortodôntico sem reabsorção e 70 com tratamento ortodôntico e reabsorção; os três
grupos eram iguais do ponto de vista endocrinológico, variando apenas a forma da
raiz e crista óssea alveolar, ao fim do estudo observaram que estas duas variáveis
determinavam como a força seria distribuída e o grau de deflexão óssea,
influenciando na freqüência e grau de reabsorção dentária.
2.5.3 Sexo
De acordo com Capelozza Filho e Silva Filho (1998) muitos estudos o
encontraram diferença de ocorrência da reabsorção entre os sexos, e os que
sugerem maior prevalência no sexo feminino acreditam que este fato não está
diretamente ligado ao sexo, mas sim a maior imaturidade radicular, e conseqüente
menor predisposição à reabsorção das raízes no sexo masculino na idade
ortodôntica.
2.5.4 Idade
Os adultos parecem mais susceptíveis à reabsorção. Com o envelhecimento
a membrana periodontal torna-se menos vascularizada, sem elasticidade, mais
estreita e o cemento torna-se mais espesso, há ainda o fato de o terço apical da raiz
ser mais firmemente ancorado em pacientes adulto, criando uma dificuldade ao
movimento dentário e predispondo à reabsorção (Brezniak; Wasserstein, 1993a,b,
Capelozza Filho, 1998).
Revisão da Literatura 34
2.5.5 Alergia (resposta imunológica)
Alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma
“substância” estranha ao organismo. A auto-imunidade representa uma agressão do
próprio sistema imunológico contra as células e tecidos do próprio organismo
(Consolaro, 2005).
O esmalte, o cemento e a camada odontoblástica protegem a estrutura da
dentina do sistema imunológico, suas proteínas não o apresentadas a este
sistema durante e após a odontogênese completa, podendo ser reconhecidas como
estranhas quando expostas. No entanto, a exposição da dentina por si só não
mantém o processo reabsortivo, para isto tem que haver a liberação de mediadores
químicos representados por uma inflamação ou estresse celular associados
(Consolaro, 2005).
Segundo Capelozza Filho e Silva Filho (1998) um indivíduo propenso a
respostas exacerbadas poderia mostrar reabsorção identificável no pré-tratamento
como resposta a estímulos fisiológicos e, portanto, caracterizar uma situação de
risco para reabsorção.
Revisão da Literatura 35
Figura 11: Esquema representativo da resposta imunológica como parte de uma reação
imunopatológica induzida pela liberação de antígenos seqüestrados dentinários promovida pela
exposição da dentina em decorrência de traumatismos, transplantes e outras causas (Consolaro,
2005).
Revisão da Literatura 36
2.5.6 Tipo de má oclusão
Segundo Capelozza Filho e Silva Filho (1998) o é exatamente o tipo de má
ocluo que interfere na reabsorção radicular, mas sim a gravidade da má oclusão em
detrimento dos recursos mecânicos exigidos e longo tempo de tratamento.
Taner, Ciger e Sençift em 1999 avaliaram o grau de reabsoão em pacientes
com má oclusão de classe I e classe II submetidos à terapia ortodôntica com extrão,
conclram que os pacientes Classe I tiveram aproximadamente 1 mm de raiz reabsorvida,
enquanto nos classe II essa reabsorção foi maior que 2 mm. Brin et al (2003) realizaram
um estudo relacionando a reabsorção radicular externa com a má ocluo de classe II,
verificaram que existe significante relação entre a magnitude do overjet e a reabsoão,
podendo ser esperada 10 a 15% de RRE em incisivos de pacientes Cl II divio 1.
Segundo Beckmann et al (1998) a mordida aberta pode ser encontrada nas
más oclusões de classe I, classe II divisão 1 e classe III, pode ser de origem dento -
alveolar, geralmente ligada a hábitos como sucção digital; ou esquelética, esta mais
complexa com divergência dos planos horizontais das bases ósseas e geralmente
descrita como “síndrome da face longa”. Pode acontecer na região anterior, posterior
da arcada ou combinada. Em pacientes com mordida aberta alguns fatores podem
aumentar o risco à reabsoão como a movimentão denria devido à alta prevancia
de disfuão de língua. Em pesquisa realizada por Freitas et al (2007) com o objetivo de
avaliar a RRE após tratamento da mordida aberta, observaram que o grau de reabsoão
foi similar entre pacientes com mordida aberta e normal, pom pacientes tratados com
extrão mostraram maior reabsoão radicular que os tratados sem exodontia. Houve
correlação significativa do grau de reabsorção com a correção do overjet e retrão dos
incisivos superiores.
No caso de pacientes com mordida profunda a corrão da má oclusão é
baseada na mecânica de intrusão com acentuação e reversão da curva de spee. A
acentuação da curva de “Spee” reversa é usada no tratamento da mordida profunda
porque promove a intrusão dos dentes anteriores, extrusão dos posteriores ou a
combinação das duas ações. A inclinação do incisivo durante o nivelamento da
curva de “Speeé um efeito comum, uma vez que a força é aplicada à vestibular do
centro de resistência. Esta mecânica de correção gera um maior grau de reabsoão
Revisão da Literatura 37
radicular. Em seu estudo, estes autores observaram que há uma correlação
estatisticamente significante entre a reabsoão, quantidade de corrão da mordida
profunda e a quantidade de intruo dos incisivos superiores (Baydas et al., 2004,
Chiqueto et al., 2008).
A má oclusão de Classe III de Angle é considerada a mais complexa devido ao
envolvimento das estruturas esqueticas, dentárias ou ambas. A tentativa de se tratar
ortodonticamente má oclues que estejam relacionadas a deformidades esqueticas de
média ou grande magnitude o é indicada, pois este tipo de abordagem resulta num
tratamento exageradamente longo(Fernandes, 2009, Medeiros, 2005). A camuflagem de
más oclusões classe III promove movimentações denrias principalmente no sentido
ântero-posterior, que o mais passíveis de causar reabsoão radicular (Sameshima;
Sinclair, 2001a,b).
2.5.7 Hábitos orais
Os maus bitos orais podem prejudicar a sde, cada um a sua maneira,
dependendo da freência, intensidade e durão. o considerados maus bitos a
sucção de chupeta, mamadeira ou dedo, onicofagia (roer unhas) e bruxismo (ranger e/ou
apertar os dentes) (Santos, 2009).
O hábito de suão digital e/ou chupeta pode gerar problemas de fala, deglutão,
mastigação, alteração na arcada denria, respiração e estética da face. A onicofagia
causa comprometimento estico das unhas, feridas, reabsoão dentária radicular.
Quanto ao bruxismo, este hábito pode provocar problemas na estética da face, desgaste
dos dentes entre outros (Santos, 2009).
Os bitos que normalmente exercem pressão sobre os dentes anteriores e
excedem os limites fisiogicos podem ser uma causa indireta das reabsoões
radiculares, ao aumentar o “overjet”, e atuar como causa direta, pela ão de foas que
geram movimentos denrios pendulares. A língua desenvolve uma força ortopédica
capaz de gerar sobre os dentes as mesmas respostas fisiológicas causadas por
mecanoterapia intrusiva ou de torque. Por isso, pessoas, com mordida aberta
anterior, podem exibir comprimentos radiculares diminuídos, ápices arredondados
ou reabsorção previamente ao tratamento (Linge; Linge, 1991).
Revisão da Literatura 38
Para Consolaro e Consolaro (2008) a foa da língua contribui para a estabilidade
da posão dos dentes no arco, sua função e posão podem influenciar na movimentão
ortodôntica. Clinicamente o desequilíbrio entre as forças musculares e a língua, com esta
exercendo pressão excessiva e viciosa sobre os dentes, pode ser evidenciado pelas
bordas linguais marcadas com a forma dos dentes, gerando um quadro cnico conhecido
como ngua crenada ou serratoglossia.
Segundo Capelozza Filho e Silva Filho (1998) a ão do hábito sobre as raízes
deveria ser avaliada antes do tratamento ortodôntico, considerando a freência e
intensidade deste hábito. Eliminá-lo é sempre recomendado antes do início do tratamento.
2.5.8 Trauma
O trauma promove no periodonto uma ampla lesão tecidual, com morte de
cementoblastos em vastas áreas da superfície cementária, este é o fenômeno-chave
na iniciação da reabsorção dentária, pois estas células são as guardiãs da
integridade da raiz. No ligamento periodontal serão observadas áreas de hemorragia
e necrose que, gradativamente, o cedendo lugar ao exsudato e infiltrado
inflamatório, essenciais para a reparação tecidual. A reabsorção nas áreas
traumatizadas cessará quando, gradativamente, os cementoblastos e
“cementoblastos-like” recobrirem novamente a superfície dentinária (Consolaro,
2005).
Caso haja persistência de uma mobilidade excessiva ou contaminação
bacteriana, ocorrerá a manutenção da inflamação na área traumatizada e a
tendência de reabsorção radicular será mantida e continuada. A contaminação
bacteriana com necrose pulpar é um fator complicador para as reabsorções nos
casos de traumatismo, pois uma precoce exposição dos túbulos dentinários na
área. A contaminação bacteriana da estrutura dentária, especialmente da dentina,
contribui para a persistência do processo inflamatório e, em conseqüência, da
reabsorção induzida (Consolaro, 2005).
Revisão da Literatura 39
Outra forma de trauma é o provocado por forças oclusais excessivas,
gerando uma lesão induzida nos tecidos periodontais. Porém suas especificidades
não permitem que ele seja comparado ao traumatismo dentário ou movimento
ortodôntico. O trauma oclusal, o traumatismo dentário e o movimento ortodôntico
são situações clínicas distintas. Com a persistência do trauma oclusal o osso
periférico à cortical óssea alveolar, ou lâmina dura, gradativamente espessa suas
trabéculas e áreas de esclerose aparecem ao redor da raiz afetada, distribuídas de
forma irregular ou concentrada na lateral e/ou na região apical. O osso esclerosado,
agora mais denso, deixa de absorver parte das forças oclusais, que cada vez mais
se concentram no ligamento periodontal. Com isso as estruturas periodontais sofrem
cada vez mais agressões com prováveis danos focais à camada de cementoblastos,
que é a protetora da raiz contra reabsorções, favorecendo a ocorrência das RRE
(Consolaro, 2006, Consolaro; Consolaro, 2008).
Em entrevista dada a revista Dental Press, Consolaro (2002a) declara:
Quando ocorre a movimentação dentária induzida, os mediadores
acumulados no ligamento periodontal podem ativar imediatamente estas
células osteoblásticas com a função de gerenciar as células que promovem
a reabsorção óssea; neste caso gerenciarão imediatamente a reabsorção
radicular associada à movimentação ortodôntica. Por isso justifica-se
afirmar: dentes traumatizados podem mais freqüentemente apresentar
reabsorções radiculares quando movimentados ortodonticamente. Este fato
não contra-indica a movimentação dentária em dentes traumatizados,
apenas indica a necessidade de um planejamento e controle especial.
2.5.9 Morfologia radicular e da crista óssea
A avaliação da morfologia radicular, através de radiografias periapicais, no
pré-tratamento é algo muito importante, pois relação entre a forma atípica da raiz
e a reabsorção dentária (Capelozza Filho, 1998).
Duas classificações são muito utilizadas para identificar a morfologia das
raízes, a de Levander e Malmgren (1988) (fig. 12) que as classifica em curta, obtusa,
tortuosa e em forma de pipeta; e a de Consolaro (2002b) (fig. 13) que considera a
forma das raízes como triangular, romboidal, em forma de pipeta e dilaceração
apical.
Revisão da Literatura 40
Figura 12: Classificação de Levander e Malmgren (1998)(Gadben, 2006).
Figura 13: Classificação de Consolaro (2002)(Gadben, 2006).
Segundo Mirabella e Artun (1995b) a maioria dos autores concorda que
raízes curtas têm maior risco à reabsorção radicular, no entanto em sua pesquisa
estes autores observaram o contrário, verificaram que quanto maior o comprimento
da raiz maior a tendência à reabsorção, sendo a provável explicação para isto o fato
de que dentes com raízes mais longas necessitam de mais força para sua
movimentação e que o deslocamento real do ápice é maior durante os movimentos
de inclinação ou torque.
Nas raízes triangulares e em forma de pipeta, a delicadeza da estrutura
apical e a tendência a aumentar a concentração de forças no ligamento periodontal
implicam maior susceptibilidade às reabsorções dentárias, ocasionando o
arredondamento radicular. Este mesmo raciocínio pode ser aplicado para as raízes
Revisão da Literatura 41
dilaceradas, pois a dilaceração apical resulta numa arquitetura mais fina no ápice
dentário. Nas raízes curtas ocorre uma intensificação das forças aplicadas no ápice
devido à alavanca formada pela coroa dentária, resultante da maior proporção coroa-
raiz. Em casos de raízes rombóides ou retangulares, a distribuição das forças na
superfície radicular é mais uniforme, diminuindo a possibilidade de ocorrência das
reabsorções apicais (Consolaro, 2002b).
Em pesquisa realizada por Marques et al (2010) raízes triangulares
apresentaram maior prevalência de reabsorção em pacientes tratados com a técnica
ortodôntica de “Edgewise”.
Incisivos laterais superiores com raízes dilaceradas, pontiagudas ou em
forma de pipeta apresentaram maior reabsorção radicular após tratamento
ortodôntico (Sameshima; Sinclair, 2001a,b). Em estudo realizado por Sameshima e
Sinclair (2004) não houve diferença na reabsorção radicular, em tratamento
ortodôntico, entre os incisivos laterais conóides e incisivos laterais com formas
normais, nem para raízes largas ou estreitas em incisivos laterais superiores.
Em relação à proporção raiz-coroa quanto maior a coroa em relação à raiz,
maior a alavanca a ser acionada e haverá a tendência da força se concentrar mais
em determinados pontos focais. Raízes curtas tendem a sofrer mais reabsorções
durante movimentos ortodônticos. Esta proporção raiz/coroa deve ser de 1,6, porém
esta proporcionalidade deve ser considerada apenas se a crista óssea estiver no
nível cervical, pois quando a alavanca representada pela coroa clínica aumenta o
seu braço antagônico diminui, aumentando a capacidade de transmissão da força
aplicada sobre a raiz (fig. 14)(Consolaro, 2005).
Revisão da Literatura 42
Figura 14: Proporção raiz/coroa. Raiz curta em A comparada a raiz normal em B (Consolaro, 2005).
De acordo com Chiqueto (2005) os dentes anteriores mostram-se mais
afetados, provavelmente, por serem unirradiculados e com raízes cônicas,
transmitindo a força ortodôntica direto ao ápice; são ainda os dentes mais
movimentados durante o tratamento ortodôntico, principalmente nos casos de classe
II divisão 1 com extração, além disso os dentes anteriores encontram-se mais
expostos a fatores externos como traumas.
Segundo Consolaro (2005) a morfologia radicular e da crista óssea permitem
a prática do conceito de previsibilidade para as reabsorções dentárias durante o
tratamento ortodôntico.
A estrutura óssea apresenta a propriedade de deflexão óssea caracterizada
pela capacidade óssea de ceder estruturalmente, admitindo-se um mínimo de
elasticidade. Isto contribui para a movimentação dentária induzida, absorvendo ou
diminuindo os efeitos das forças aplicadas sobre o dente, reduzindo o impacto nos
tecidos periodontais. Esta capacidade tem papel mais evidente na crista óssea
alveolar (Consolaro, 2005).
Ainda segundo o mesmo autor, as cristas ósseas alveolares estão presentes
nas faces livres vestibular e lingual, e entre as raízes, sendo as de faces livres
Revisão da Literatura 43
menos volumosas que as interproximais, podendo a sofrer deiscências e
fenestrações com a movimentação dentária no sentido dessas faces livres. A crista
óssea alveolar pode ser classificada em (fig. 15):
Triangulares: estas tendem a sofrer maior deflexão óssea, absorvendo
parte das forças e propiciando maior movimentação dentária na fase
inicial;
Romboidais: apresenta menor deflexão que as cristas de forma triangular;
Retangulares: apresenta menor capacidade de deflexão óssea, tendendo
a uma maior concentração de forças nos tecidos periodontais,
aumentando a chance de lesões na camada cementoblástica e, portanto,
gerando maior risco de reabsorção.
Figura 15: Formas geométricas da crista óssea alveolar: retangular (RE), romboidal (RO) e triangular
(TR)(Consolaro, 2005)
Revisão da Literatura 44
2.5.10 Estado de Saúde Bucal
Segundo Capelozza Filho e Silva Filho (1998) higidez absoluta é algo
sempre desejável, a ausência de lesões cariosas, saúde periodontal, restaurações,
coroas e tratamento endodôntico adequadamente executados devem ser uma
exigência para dar início ao tratamento ortodôntico.
Spurrier et al. (1990) encontraram em seu estudo que pouca diferença
clinica na quantidade e gravidade de reabsorção entre dentes vitais e o vitais, em
nível estatístico, no entanto, incisivos tratados endodonticamente mostraram menor
risco à reabsorção, com menos freqüência e severidade, que dentes vitais.
Levander, Malmgren e Stenback (1998) realizaram um estudo para avaliar a
reabsorção radicular em pacientes com agenesia múltipla de dentes submetidos a
tratamento ortodôntico, verificaram que esses pacientes tem maior risco a
reabsorções dentárias excessivas, especialmente quando utilizada mecânica com
elásticos e fios retangulares.
De acordo com Consolaro (2005) pacientes com seqüelas de doença
periodontal inflamatória crônica curada, quando requerem movimentação dentária
induzida, esta deve ser planejada de forma especial, pela relação proporcional e
morfológica do dente e osso alveolar modificadas.
2.5.11 Movimentação Ortodôntica
O movimento dentário fisiológico é um processo lento que ocorre
principalmente na direção bucal dentro do tecido ósseo ou devido o crescimento da
cortical óssea, o movimento ortodôntico pode acontecer pido ou lentamente,
dependendo das características sicas da força aplicada e da resposta biológica do
ligamento periodontal. A força ótima baseia-se no próprio principio mecânico que
permite a movimentação dos dentes sem traumas aos tecidos dentais e paradentais,
sem movimento redundante de raiz ou dentro de zonas de perigo (lâmina óssea
alveolar compacta)(Krishnan; Davidovitch, 2006).
Revisão da Literatura 45
Segundo Thilander; Reitan (2000) o ligamento periodontal torna possível
distribuir e reabsorver forças para o processo alveolar através do osso alveolar
propriamente dito. Para estes autores, não existem grandes diferenças entre as
reações teciduais observadas na migração dentária fisiológica e do movimento
ortodôntico, porém estas últimas acontecem de forma mais acentuada e extensa.
No estágio inicial da movimentação ortodôntica o ligamento periodontal sofre
compressão, os vasos sanguíneos sofrem mudanças no seu diâmetro, gerando uma
isquemia localizada e impedindo a diferenciação celular; em resposta, ocorre a
degradação de células e estruturas vasculares em vez de proliferação e
diferenciação, sendo formadas áreas hialinizadas, que representam uma área
necrótica estéril. A isquemia gera um estresse celular bioquímico, sendo liberados
mediadores que induzem a reabsorção da face periodontal do osso alveolar. O
processo de aposição inicia-se no lado de tensão quando a reabsorção alcança o
ligamento periodontal e remove o tecido hialinizado, começando o deslocamento do
elemento dentário (Consolaro; Consolaro, 2008, Melsen, 1999, Thilander; Reitan,
2000).
No período secundário do movimento dentário o ligamento periodontal é
consideravelmente ampliado. O aparelho de inserção fibrosa é relativamente
organizado pela formação de novas fibrilas periodontais, ocorre deposão de osso
novo na superfície alveolar a partir da qual o dente está se distanciando aque a
largura da membrana tenha voltado aos limites normais e o sistema fibroso é
simultaneamente remodelado (Thilander; Reitan, 2000).
Desde que uma força aplicada no dente gere seu movimento pode-se fazer
uma associação entre a reabsorção radicular apical e os movimentos do ápice da
raiz (Mirabella; Artun, 1995a,b).
Para Horiuchi, Hotokezaka e Kobayashi (1998) a largura maxilar insuficiente
ao movimento dentário pode ser considerada um risco associado à reabsorção
radicular, além deste fator tamm a aproximação da raiz com a cortical óssea,
retração excessiva dos incisivos e a extrusão destes dentes. Quando a área para
movimentação é limitada, força excessiva pode causar o toque da raiz na tábua
óssea cortical do alvéolo, levando a uma reabsorção do osso cortical e exposição de
raiz (Sarikaya, 2002).
Revisão da Literatura 46
Segundo Consolaro (2005) em casos de reabsorção radicular, a pergunta a
ser feita é: quem “matou” os cementoblastos? Para o autor, na movimentação
dentária induzida, a morte dos cementoblastos pode acontecer quando a força
aplicada sobre o dente comprime os vasos do ligamento periodontal de tal forma que
suas células entram em necrose ou migram, expondo a superfície radicular à
reabsorção.
Magnitude da força ortodôntica
De acordo com Capelozza Filho e Silva Filho (1998) a indicação clássica
quanto à magnitude de força é a aplicação de força leve. Esta é definida como uma
força apenas suficiente para excitar o processo de reabsorção e ao mesmo tempo
aporte sangüíneo na área circundante ao elemento dentário.
A magnitude desta força depende de muitas variáveis (aparelho portador da
força, movimento a ser executado, área radicular envolvida, quantidade de osso de
suporte, características do periodonto de sustentação e proteção), não sendo
possível quantificá-la.
Foram então propostos conceitos de força ótima, em 1932 por Schwarz que
considera que a esta força deve ser um pouco maior que 20 a 26 gr/cm² de
superfície radicular. Storey e Smith em 1952 definiram força ótima como a força no
intervalo de 150 a 200 cN. Outro conceito foi estabelecido por Reitan, ele considera
que cada dente tem sua força ótima com magnitude que dependerá da área
radicular a ser movimentada (quanto maior a área, maior a magnitude)(Capelozza
Filho, 1998, Consolaro, 2005).
Owman-Moll, Kurol e Lundgren (1996) realizaram um estudo para verificar
os efeitos de uma força ortodôntica 4 vezes maior na movimentação dentária e
encontraram que este aumento na magnitude da força causou um aumento
significativo na movimentação do dente sem qualquer diferença significativa na
freqüência ou severidade da reabsorção. Perceberam que as variações individuais
foram grandes, indicando que a maior causa dessa variação provavelmente seja
pela resposta metabólica e não pela magnitude da força.
Revisão da Literatura 47
Intervalo de aplicação da força
A resposta metabólica é a capacidade do organismo em executar as funções
necessárias para permitir o movimento do dente pressionado por uma força
ortodôntica. Assim, se o intervalo de aplicação da força for aumentado, o organismo
terá mais tempo para a resposta metabólica ser completa, especialmente em
indivíduos com capacidade de resposta metabólica diminuída (Capelozza Filho,
1998).
Para estes autores, na prática, isso significa programar a reaplicação da
força, em indivíduos predispostos à reabsorção, a intervalos de tempo superiores
aos considerados rotineiros. No Brasil, as maiorias dos ortodontistas trabalham com
21 dias de intervalo, podendo considerar também 15 e 30 dias. Respeitar a
individualidade da resposta metabólica significa proteger o paciente predisposto à
reabsorção radicular.
Tempo de tratamento
Neste item é importante considerar a gravidade da oclusão, pois ela tem
correlação com a reabsorção radicular, e vai exigir um maior ou menor tempo de
tratamento. A maioria dos pacientes onde se encontra reabsorção significativa são
aqueles submetidos a longos tratamentos, como casos que deveriam ter tratamento
orto-cirúrgico e são tratados apenas com ortodontia, extrapolando os limites
anatômicos do paciente (Capelozza Filho, 1998).
Segundo Sameshima e Sinclair (2001a,b) a duração do tratamento e a
quantidade de deslocamento horizontal radicular apical dos incisivos superiores
tiveram correlação forte com a reabsorção radicular.
Brin et al (2003) avaliou a reabsorção radicular em pacientes classe II
tratados em apenas 1 fase ou com tratamento dividido em 2 fases, observaram que
os pacientes submetidos a uma única fase de tratamento tiveram uma proporção de
reabsorção moderada a severa ligeiramente maior que os do grupo com duas fases
de tratamento.
Revisão da Literatura 48
Para Consolaro (2005) o mais importante não é o tempo de tratamento, mas
os preceitos a serem aplicados na movimentação ortodôntica.
Tipo de força
Segundo Brezniak e Wasserstein (1993a,b), a força ortodôntica deve ser
suave e intermitente e citou que a quantidade de reabsorção radicular foi
significantemente maior no uso de fio superelástico em relação ao fio de aço, ou
seja, uma força contínua promoveu maior reabsorção radicular que uma força
intermitente.
De acordo com Capelozza Filho e Silva Filho (1998), a força pode ser
contínua ou intermitente, tendo esta uma variação que seria a força interrompida e
ainda a força ortopédica.
A força contínua é expressa através de uma carga de valor constante que
age sobre um dente ou grupo de dentes durante todo o tempo. Porém, a maioria dos
sistemas utilizados, apesar de manter a força atuante de modo contínuo, porta carga
descontínua que diminui com o tempo, sendo mais bem definida como contínua
interrompida (Capelozza Filho, 1998).
O tipo intermitente seria uma força contínua interrompida por períodos de
repouso. Está associada aos aparelhos móveis e recursos auxiliares como os
elásticos intermaxilares. Ela apresenta uma variável chamada de força interrompida,
considerada a mais favorável, é caracterizada por ser ativa por um determinado
tempo e depois dissipada, criando um período de repouso onde o dente
movimentado é apenas mantido em posição, o que propicia melhores condições
para a resposta metabólica (Capelozza Filho, 1998).
a força ortopédica é por definição pesada. É aplicada através de
aparelhos como extra-bucais, máscara facial e expansores fixos, com o objetivo de
atuar sobre o esqueleto do paciente, porém com explicitas respostas dentárias
(Capelozza Filho, 1998).
Em um estudo realizado por Cuoghi em 1996 (apud Consolaro e Consolaro,
2008) para esclarecer a conveniência do uso de forças contínuas ou intermitentes,
Revisão da Literatura 49
as conclusões foram de que: para uma movimentação dentária efetiva as forças
devem ser contínuas, os períodos de repouso mínimos e a interrupção da força não
favorável à movimentação; nas primeiras 20 horas a movimentação ocorre pela
compressão do ligamento e deflexão óssea, não pela ão de células clásticas com
conseqüente reabsorção óssea alveolar.
Acar et al. (1999) realizaram um estudo para comparar as forças contínuas
com as descontínuas em relação a reabsorção radicular, verificaram que, na
aplicação de força contínua, 40% das raízes tiveram arredondamento apical e 60%
reabsorção apical moderada, e; na aplicação de força intermitente, 20% das raízes
não mostraram alteração apical, 40% arredondamento apical e 40% reabsorção
moderada. Portanto, a aplicação de forças descontínuas gera resulta em menor
reabsorção que as forças contínuas.
Tipo de movimento induzido
Muitos estudos têm mostrado o resultado da movimentação ortodôntica
sobre as corticais ósseas e as superfícies radiculares. Segundo Vardimon, Oren e
Ben-Bassat (1998) existe um axioma na ortodontia que diz: “o movimento dentário
deixa vestígios no osso”.
Em artigo publicado por Baumrind, Korn e Boyd (1996), afirma-se que a
intervenção ortodôntica está associada com a reabsorção radicular dos incisivos
mesmo quando a posição do dente não teve grande variação ao final do tratamento.
O movimento radicular ou de retração da raiz acontece quando o dente se
move em torno de um centro de rotação na borda incisal do dente ou próximo a ela.
Neste movimento grande reabsorção óssea, devendo ser realizado lentamente
(Marcotte, 2003).
A inclinação não controlada é o tipo de movimento que ocorre quando uma
única força é exercida sobre a coroa. O movimento não controlado apresenta uma
tensão no ápice dentário maior que na que na crista alveolar, com níveis altos de
tensão nas extremidades da raiz e crista alveolar esse movimento resulta,
comumente, em reabsorção apical e aplainamento (reabsorção horizontal) da crista.
Revisão da Literatura 50
o movimento de inclinação controlada ocorre acontece quando uma força e um
momento localizam-se sobre a coroa, movendo-a em uma determinada direção com
momento suficiente para impedir que a raiz se mova na direção oposta. É o tipo do
movimento bem indicado quando os dentes anteriores superiores estão muito
inclinados (classe II divisão 1)(Marcotte, 2003). Para Consolaro (2005) os
movimentos de inclinação tendem a concentrar forças em uma das faces radiculares
na região apical e cervical.
Para Consolaro (2005) movimentos de corpo, apesar de um inevitável grau
de inclinação, distribuem melhor as forças aplicadas e reduzem a possibilidade de
reabsorções dentárias (fig. 16).
Figura 16: O movimento de corpo (A) distribui melhor as forças aplicadas nas estruturas dentárias e
periodontais, enquanto que o movimento de inclinação (B) tende a gerar áreas de concentração de
força em áreas periodontais cervicais e apicais destacadass círculos (Consolaro, 2005).
Grande parte dos autores concorda que movimentos verticais, no sentido
apical e incisal, especialmente o de intrusão são os que mais predispõem ao
acontecimento da reabsorção radicular. Um estudo realizado Costopoulos e Nanda
(1996) indicou que a aplicação de forças menos intensas é eficaz na correção do
overbite e pouco agressiva para as raízes, gerando uma reabsorção radicular
insignificante.
Revisão da Literatura 51
Para Parker e Harris (1998) os movimentos verticais e o aumento da
inclinação dos incisivos são fortes predisponentes à reabsorção radicular externa.
Em seu estudo a intrusão do incisivo e o torque lingual de raiz juntos foram os
maiores causadores de reabsorção. Em contraste, a retração de corpo para distal,
extrusão e o deslize da coroa para lingual não tiveram efeito discernível. Em estudo
mais recente, realizado por Han et al. (2005) verificou-se que o movimento de
intrusão gera 4 vezes mais reabsorção que a extrusão.
Para Consolaro (2005), quando se fala em movimento de intrusão, deve-se
lembrar que, dificilmente, este movimento é puro; quase sempre se utiliza uma
mecânica intrusiva e nela há uma associação de movimentos de intrusão com
movimentos de inclinação. Segundo o autor, a extensão do movimento constitui um
fator que aumenta o índice de reabsorção no tratamento ortodôntico, especialmente
associado a mecânicas intrusivas e casos com extração.
De acordo com van Loenen et al. (2007) em tratamentos que utilizam a
técnica de “tip-edge” os incisivos superiores parecem ter a mesma quantidade de
reabsorção radicular independente do tipo de movimento, se de torque ou não.
Em relação às técnicas ortodônticas, Janson et al. (2000) realizou um estudo
comparando as técnicas de edgewise”, “straightwire” e “bioefficient therapy”,
verificando que o grupo tratado com esta última técnica apresentou o menor índice
de reabsorção.
Em outro estudo forma utilizadas as técnicas de “Tweed” padrão “edgewise”,
técnica “lightwire” de “Begg” e “straightwire” de Roth, sendo verificado que não
houve diferença estatística entre as técnicas em relação à reabsorção(Parker;
Harris, 1998).
Em relação ao uso de aparelhos fixos ou removíveis, estes apresentam
menor risco à reabsorção, pois suas forças são freqüentemente interrompidas,
correspondendo a momentos de desativação de mecanismos reabsortivos ósseos e
radiculares (Consolaro, 2005).
A ortodontia lingual deve aumentar o torque radicular lingual, aumentar a
força vertical intrusiva e diminuir a força de retração horizontal, adequada para
Revisão da Literatura 52
alcançar os melhores resultados ortodônticos, apresentando maior risco à
reabsorção (Liang et al., 2009).
Para Consolaro (2005) alguns aspectos cnicos e operacionais são
favorecedores da maior freqüência de reabsorção como: uso de elásticos
intermaxilares, tratamento com extrações, mecânicas intrusivas, movimentos
dentários extensos. Para ele, 10 a 20% são classificadas como reabsorções severas
independente da técnica utilizada no tratamento ortodôntico.
2.6 Tratamento
Para Capelozza Filho e Silva Filho (1998) é de suma importância ter-se uma
conduta preventiva frente à reabsorção radicular quando o paciente for se submeter
a tratamento ortodôntico.
Caso diagnosticada a reabsorção durante o tratamento, recomenda-se a
suspensão temporária das forças por um período variável de 5 a 8 semanas. Nos
pacientes em que a reabsorção está perto do terço cervical, a causa deve ser
removida, especialmente a aplicação da força, para que o processo reabsortivo
cesse e os dentes envolvidos sejam preservados; isto porque o suporte periodontal
é em grande parte propiciado pelo terço cervical (Consolaro, 2005, Younis et al.,
2008).
Deve-se ter todo cuidado com a prevenção de doenças periodontais e com a
técnica correta de escovação dentária, pois ambas as situações podem gerar perda
óssea, comprometendo o suporte periodontal (Consolaro, 2005). Para Jonsson,
Malmgren e Levander (2007) em dentes com comprimento radicular menor que 10
mm pode-se esperar um aumento na mobilidade com o tempo. Segundo Kalkwarf et
al. (1986) a redução de 3 mm de estrutura dentária apical corresponde à perda de 1
mm de crista óssea alveolar.
O tratamento endodôntico está indicado apenas quando a reabsorção for
interna, sendo o hidróxido de cálcio o material de escolha. No caso de reabsorções
externas decorrentes do tratamento ortodôntico, o hidróxido de cálcio apenas i
alcalinizar a estrutura dentinária, o que é insuficiente para cessar o processo de
Revisão da Literatura 53
reabsorção, visto que a inflamação continuará com a aplicação da força (Consolaro,
2005).
2.7 Os 10 mandamentos para prevenção da reabsorção radicular
Consolaro (2005), em seu livro, estabeleceu os 10 mandamentos para a
prevenção da reabsorção radicular durante a movimentação ortodôntica, são eles:
Realizar anamnese minuciosa;
Fazer avaliação radiográfica periapical de todos os dentes durante o
planejamento do caso;
Compatibilizar o uso de forças menos agressivas com a morfologia
radicular, da crista óssea e com a densidade óssea radicular, quando
esses aspectos forem desfavoráveis;
Sempre que planejar movimentos extensos, relevar a maior probabilidade
de ocorrer reabsorções nesses casos;
Indicar extrações estritamente quando necessárias;
Considerar que o emprego de mecânicas intrusivas é favorável a
ocorrência de reabsorções dentárias;
Se possível, não utilizar elásticos intermaxilares;
Preocuparmo-nos com a distribuição das forças, preferencialmente a sua
intensidade;
Seis meses depois, reavaliar radiograficamente se houve ou não
reabsorções significantes. Se assim diagnosticadas, suspender o
tratamento por 5 a 8 semanas e retomá-lo normalmente. Essa manobra
reduz significantemente o encurtamento dentário no final do tratamento
ortodôntico;
Em casos de retratamento ou transferência de pacientes, promover
previamente uma avaliação radiográfica minuciosa periapical para ter
pleno conhecimento diagnóstico da situação atual do caso.
3 PROPOSIÇÃO
3 PROPOSIÇÃO3 PROPOSIÇÃO
3 PROPOSIÇÃO
Materiais e Métodos 55
3. PROPOSIÇÃO
O presente estudo objetivou avaliar a correlação entre a ocorrência de reabsorção
radicular externa severa em pacientes com dentição permanente submetidos a
tratamento ortodôntico com aparatologia fixa e as seguintes variáveis:
1. Idade do paciente;
2. Tempo de tratamento;
3. Gênero;
4. Tipo de má oclusão;
5. Tipo de tratamento (com ou sem exodontia);
6. Morfologia radicular;
7. Morfologia da crista óssea;
8. Grau de reabsorção inicial;
9. Existência de trauma prévio
10. Comprimento radicular;
11. Proporção coroa:raiz;
12. Grandezas cefalométricas:
1-PTV apical;
1-PTV incisal;
FMA;
PFH/AFH;
WITS;
1.NA;
Overjet;
Overbite;
UP + UA;
H-11.
4 MATERIAIS E
4 MATERIAIS E 4 MATERIAIS E
4 MATERIAIS E
MÉTODOS
MÉTODOSMÉTODOS
MÉTODOS
Materiais e Métodos 57
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Materiais
A reabsorção foi avaliada em radiografias periapicais de pacientes na
dentição permanente submetidos a tratamento ortodôntico com aparatologia fixa na
técnica Edgewise. Comparou-se um grupo controle com ausência ou um grau leve
de reabsorção com um grupo experimental com reabsorções severas para avaliação
dos fatores comuns a esses dois grupos de predisposição a reabsorções
radiculares. Foram selecionadas 99 documentações ortodônticas nos arquivos do
Centro Avançado de Ortodontia Paulo Picanço localizado em Fortaleza, estado do
Ceará.
4.1.1 Critérios de seleção da amostra
Constitui-se de 99 pacientes, de ambos os gêneros, que tenham iniciado
tratamento ortodôntico com aparelhagem fixa na dentição permanente, utilizando a
técnica Edgewise nas arcadas superior e inferior. Participaram da pesquisa apenas
os pacientes que preencheram os seguintes requisitos: 1) boa saúde sistêmica e
bucal, 2) não apresentaram ausências na região de canino a canino na arcada
superior, 3) ausência de perda óssea vertical, 4) ausência de doença periodontal, 5)
foram excluídos pacientes portadores de próteses, 6) foram excluídos da pesquisa
tamm os pacientes que finalizaram o tratamento com grau 2 de reabsorção, 7)
pacientes que fizeram o acompanhamento radiográfico periódico no Centro
Avançado de Ortodontia Paulo Picanço.
Consideram-se para a amostra apenas os pacientes que possuíssem uma
documentação do tratamento completa, ficha clínica, das telerradiografias e
radiografias periapicais, da região dos incisivos superiores, pré e pós-tratamento, em
boas condições.
Foram consideradas na pesquisa as seguintes informões: nero; data do
nascimento; data do início e fim do tratamento; histórico de trauma na região dos
incisivos, anterior ao tratamento ortodôntico; tipo de má oclusão; exodontias
Materiais e Métodos 58
realizadas; forma da raiz (triangular, romboidal, em forma de pipeta e dilacerada);
comprimento da raiz; forma da crista óssea; proporção coroa:raiz; graus de
reabsorção nos incisivos superiores inicial e final (baseada na classificação de
Malmgren); comportamento de inclinação ou translação dos incisivos em relação as
bases ósseas (1-PTV apical e incisal); proporção maxilomandibular (ANB);
relacionamento da maxila e da mandíbula em relação ao plano oclusal (Wits);
inclinação dos incisivos em relação a maxila (1.NA); espessura óssea alveolar
maxilar (UP + UA); verificação da posão ântero-posterior dos incisivos (overjet em
mm); verificação da posição supero - inferior dos incisivos (overbite em mm),
tendência de crescimento (FMA) e o relacionamento entre a altura facial posterior
(PFH) e altura facial anterior (AFH), se o dente está intruído ou extruído (H-11).
Foram excluídos da amostra os pacientes os pacientes cujos dentes
apresentaram tratamentos endodônticos, desenvolvimento incompleto dos ápices
radiculares, agenesias, supranumerários e pacientes cuja documentação inicial
apresentava-se incompleta. Também foram eliminadas radiografias com distorções
ou falta de nitidez.
4.1.2 Características da amostra
A amostra foi composta por 99 pacientes divididos em dois grupos distintos,
de acordo com a presença de reabsorções radiculares no final do tratamento,
apresentando as seguintes características em cada grupo:
GRUPO 1 (Pacientes que apresentavam graus 0 ou 1 de reabsorção
radicular externa apical nos incisivos superiores): composto por 50 pacientes: 26
sem exodontias e 24 com exodontias (13 com exodontias de primeiros pré-molares;
8 com exodontias de segundos pré-molares; e 3 com exodontias de primeiros
molares) que no início do tratamento apresentavam uma média de idade de 16,79
anos e a média de idade no final do tratamento foi de 20,00 anos. O tempo de
tratamento médio de 3,21 anos.
GRUPO 2 (Pacientes que apresentavam graus 3 ou 4 de reabsorção
radicular externas apical nos incisivos superiores): composto por 49 pacientes: 26
sem exodontias e 24 com exodontias (31 com exodontias de primeiros pré-molares;
Materiais e Métodos 59
9 com exodontias de segundos pré-molares; 2 com exodontias de primeiros
molares) que no início do tratamento apresentavam uma média de idade de 19,92
anos e a média de idade no final do tratamento foi de 23,90 anos. O tempo de
tratamento médio foi de 3,98 anos.
4.2 Métodos
4.2.1 Critérios de avaliação das radiografias periapicais
O controle radiográfico do grau de reabsorção foi realizado através de
radiografias periapicais, tomadas semestral ou trimestralmente de acordo com o
grau de reabsorção do paciente, utilizando aparelho de raio X de 70 KVA, na técnica
do paralelismo, manipulado por operador previamente calibrado, para garantir a
maior padronização das imagens e evitar distorções. Podem ter ocorrido variações
quanto à forma de processamento e marca dos filmes. Todas as radiografias
periapicais foram analisadas, quanto ao grau de reabsorção, crista óssea, forma e
comprimento da raiz, por um calibrador.
Para avaliar o grau de reabsorção radicular externa foi utilizado o método de
escores proposto por Malmgren onde o grau de reabsorção é classificado em: Grau
0 (ausência reabsorção radicular), Grau 1 (presença de irregularidades apical), Grau
2 (presença de reabsorção até 2 mm), Grau 3 (presença de reabsorção entre 2 mm
e um terço do comprimento original), Grau 4 (presença de reabsorção radicular
maior do que um terço do comprimento original da raiz)(Chiqueto, 2005). Esta
análise foi feita nas radiografias periapicais dos incisivos em dois momentos do
tratamento: T1 ao iniciar tratamento ortodôntico e T2 grau de reabsorção
radicular ao final do tratamento.
Materiais e Métodos 60
Figura 17: Classificação de Malmgren (Chiqueto, 2005).
Os pacientes da amostra foram divididos em dois grupos:
GRUPO 1 pacientes que concluíram o tratamento ortodôntico com grau de
reabsorção 0 ou 1 e;
GRUPO 2 fazem parte deste grupo os pacientes que finalizaram o
tratamento com grau 3 ou 4.
Quanto a proporção coroa:raiz, a análise baseou-se na teoria de que esta
deve ser de 1,6 (Consolaro, 2005). As radiografias periapicais foram escaneadas
com o scanner de mesa Microtek ScanMaker i800 (9600 x 4800 dpi, da Microtek
International, Inc., Carson, CA, USA) e acopladas a um microcomputador Pentium.
As imagens foram transferidas ao programa Dolphin Imaging Premium 10.5 (Dolphin
Imaging & Manegement Solutions, Chatsworth, CA, USA) através do qual foram
digitalizadas as imagens e processadas as mensurações. O longo eixo do incisivo foi
definido pelo forame apical e o meio da incisal do elemento 11. O comprimento
radicular foi obtido medindo-se a distância do ápice radicular à junção
amelocementária, seguindo o longo eixo do incisivo. A proporção coroa:raiz foi
definida, tomando-se a dimensão vertical da coroa como 100% e a dimensão da raiz
como “X”.
Materiais e Métodos 61
Figura 18: Esquema para avaliar proporção coroa:raiz e comprimento total do 11.
A avaliação da forma radicular baseou-se na classificação proposta por
Consolaro (2002) que a classifica em: triangular(T), romboidal(R), em forma de
pipeta (P) e dilacerada (D).
.
Figura 19: Formas das raízes: triangular, rombóide, pipeta e dilacerada.
Materiais e Métodos 62
A crista óssea pode ser classificada em retangular, rombóide e triangular.
Foram consideradas duas classificações: afilada ou achatada. A crista afilada
representaria a triangular, aquela cuja largura é menor ou igual a 1 mm e, a crista
óssea achatada, representaria a retangular, que deve ter largura maior que 1mm.
Figura 20: Forma da crista óssea alveolar.
4.2.2. Critérios de avaliação das telerradiografias
Para aumentar a confiabilidade dos resultados desse estudo, foi realizada
a determinação da magnificação e correção da mesma em cada radiografia. As
telerradiografias foram escaneadas com o scanner de mesa Microtek ScanMaker
i800 (9600 x 4800 dpi, da Microtek International, Inc., Carson, CA, USA) e acopladas
a um microcomputador Pentium. As imagens foram transferidas ao programa
Dolphin Imaging Premium 10.5 (Dolphin Imaging & Manegement Solutions,
Chatsworth, CA, USA) através do qual foram digitalizados os pontos e foram
processadas as mensurações envolvendo os planos e as linhas.
Materiais e Métodos 63
Foram realizados os traçados anatômicos das radiografias. Os pontos de
referência dentoesqueléticos foram digitalizados pelo autor através do programa
Dolphin, em uma sala obscurecida.
4.2.2.1 Demarcação dos pontos cefalométricos
A demarcação dos pontos cefalométricos foi executada (tabela 1 e
figura 21).
Figura 21: Pontos Cefalométricos
Materiais e Métodos 64
4.2.2.2 Demarcação dos planos e linha de referências
Após determinação dos pontos, foram definidos os planos cefalométricos. Foi
considerado para o traçado o plano palatino com definição proposta por Vedovello
Filho (2007), sendo este plano formado pela linha que une a espinha nasal anterior
(ENA) à espinha nasal posterior (ENP) (Figura 22).
O plano oclusal utilizado neste estudo foi o plano oclusal funcional de Wits
que é a linha que passa pelo ponto médio da linha de oclusão das cúspides mesio-
vestibulares dos primeiros molares permanentes e pelas cúspides vestibulares dos
primeiros pré-molares (Figura 22).
Foi traçado tamm o Plano de Frankfurt que é definido como a linha que
passa pelos pontos pório e orbital; e o plano mandibular formado por uma linha que
passa pelo ponto Me e tangencia o ponto mais inferior do ramo da mandíbula
(Vedovello Filho, 2007) (Figura 22).
Materiais e Métodos 65
Figura 22: Linha e Planos de referência
Materiais e Métodos 66
4.2.2.3 Grandezas cefalométricas
Foi realizada a demarcação das grandezas cefalométricas utilizadas como
variáveis na ocorrência da predisposição a reabsorção radicular externa durante o
tratamento ortodôntico. Através do traçado cefalométrico foram obtidas as seguintes
variáveis: 1-PTV apical e incisal (mm), ANB (graus), Wits (mm), 1.NA (graus), UP
(mm) e UA (mm), FMA (graus), PFH (mm) e AFH (mm), H-11 (mm) (ver tabela 1 e
figura 23).
Materiais e Métodos 67
Figura: 23. Grandezas cefalométricas
Materiais e Métodos 68
Tabela 1: descrição dos pontos, planos e variáveis cefalométricas.
PONTO NOME LOCALIZAÇÃO
1 N Násio Interseção entre o osso da glabela e do nariz.
2 S Sella Centro geométrico da sela túrcica.
3 Po Pório Ponto mais superior do contorno externo do Meato Acústico Externo.
4 Or Orbita Ponto mais baixo do assoalho da órbita.
5 Ar Articular Ponto de encontro entre o côndilo e o clivus da base do crânio.
6 Pt Pterigóide
Ponto localizado na interseção entre a linha que passa tangente à fissura
pterigomaxilar e o plano de Frankfurt.
7 ENP Espinha nasal
Espinha Nasal Posterior: ponto mais posterior do assoalho da fossa nasal.
8 ENA Espinha nasal
Espinha nasal anterior: ponto mais anterior do assoalho da fossa nasal.
9 A Ponto A Parte mais profunda do contorno vestibular da maxila.
10 B Ponto B Parte mais profunda do contorno vestibular da sínfese mentoniana.
11 Me Mentoniano Ponto mais inferior do contorno da sínfise mentoniana.
12 PTV
Linha vertical
pterigóide
Linha tangente ao ponto Pt e perpendicular ao plano de Frankfurt.
13 PP Plano palatal Linha que une a espinha nasal anterior à espinha nasal posterior.
14 PF
Plano de
Frankfurt
Formado entre os pontos Po e Or.
15 PM
Plano
Mandibular
Linha que passa pelo ponto Me e é tangente ao ponto mais inferior do ramo da
mandíbula.
16 Plo
Plano oclusal
funcional de
Wits
Linha que passa pelo ponto médio da linha de oclusão das cúspides mesio
vestibulares dos primeiros molares permanentes e pelas cúspides vestibulares dos
primeiros pré-molares.
17 LE
Longo eixo do
incisivo
superior
Linha que passa pelo longo eixo do incisivo superior respeitando a incisal e o
ápice.
18 1.NA (°) 1.NA Medida de Steiner que indica a posição do incisivo superior em relação à maxila.
19 FMA) FMA Ângulo formado entre o plano de Frankfurt e o plano mandibular.
20 ANB (°) ANB Ângulo formado entre os pontos A, N e B que indica.
21 UA (mm)
UA
Linha paralela ao plano palatal, passando pelo ápice do elemento 11 até o
contorno externo da face vestibular do processo alveolar do 11.
22 UP (mm)
UP
Linha paralela ao plano palatal, passando pelo ápice do elemento 11 até o
contorno externo da face palatina do processo alveolar do 11.
23
“Overjet”
(mm)
“Overjet” Posição ântero-posterior dos incisivos superior e inferior entre si.
24
“Overbite
” (mm)
“Overbite” Posição supero–inferior dos incisivos entre si.
25
PFH
(mm)
Altura facial
posterior
Medida linear do ponto articular ao plano mandibular, tangenciando a borda
posterior do ramo (altura do ramo).
26
AFH
(mm)
Altura facial
anterior
Medida linear do ponto Me perpendicular ao plano palatino.
27
1-PTV
apical
(mm)
1-PTV apical
Distância medida do ápice do incisivo central superior à linha vertical pterigóide
(PTV).
28
1- PTV
incisal
(mm)
1- PTV incisal
Distância medida da incisal do incisivo central superior à linha vertical pterigóide
(PTV).
29
H-11
(mm)
Altura H-11
Altura do dente em relação ao plano palatal. Traça-se uma linha paralela ao plano
palatal passando por um ponto médio (ponto localizado na interseção da junção
amelo-dentinária e o longo eixo do incisivo) junção amelo-cementária e mede-se a
distância perpendicular entre o plano palatal e esta linha.
30 Wits Wits
É a distância (medida no plano oclusal) entre as projeções dos pontos A e B sobre
o plano oclusal funcional.
Materiais e Métodos 69
4.2.2.3.1 Medida da grandeza cefalométrica UA e UP
A partir da determinação do plano palatino foram obtidas as medidas UP e UA,
tendo como referência uma linha passando pelo ápice do incisivo superior, paralela a
este plano, medindo a distância UP da cortical palatina ao ápice radicular e a
distância UA da cortical vestibular ao ápice radicular.
Figura 24: Distancia UA+UP, paralela ao plano palatal (ENA-ENP), ampliada e destacada em
vermelho.
4.2.2.3.2 Medidas das grandezas cefalométricas “overjet” e “overbite”
As medidas do “overjet” e overbite” foram realizadas através da
telerradiografia inicial dos pacientes. O “overbite foi medido em milímetros,
perpendicularmente ao plano palatino, a partir da borda incisal do incisivo central
superior à incisal do incisivo central inferior; medidas negativas indicam mordida
aberta, enquanto valores positivos mordida fechada ou sobremordida. O “overjet” foi
tamm medido em milímetros, paralelamente ao plano palatino, da extremidade da
borda incisal do incisivo inferior à borda mais anterior do incisivo superior medida no
sentido horizontal (Freitas et al, 2006).
Materiais e Métodos 70
Figura 25: Overbite
Figura 26: Overjet
Materiais e Métodos 71
4.2.3. Da ficha de pesquisa
Foi elaborada uma ficha de pesquisa com os dados pessoais do paciente
para facilitar a coleta de informações e possível identificação do paciente, por parte
do pesquisador (estes dados serão mantidos em sigilo). Também estão presentes
nesta tabela: idade, data inicial e final do tratamento, tipo de oclusão, exodontias
realizadas, forma e comprimento da raiz, proporção coroa raiz, forma da crista óssea,
graus de reabsorção radicular pré e pós-tratamento, UA + UP, ANB, Wits, FMA,
PFH/AFH, “overjet”, “overbite”, ANB, 1-PTV apical e incisal, 1.NA, H-11.
Figura 27:
Tabela utilizada para coleta de dados dos pacientes.
Materiais e Métodos 72
4.3 Análise estatística
4.3.1 Erro do método
Para a avaliação do erro intra-examinador, as medições dos dados
cefalométricos e a avaliação da reabsorção radicular, forma da raiz, etc., foram
realizadas em 20 pacientes selecionados ao acaso, após um intervalo de 1 mês.
Aplicou-se o teste t dependente com o objetivo de estimar o erro sistemático. Para a
avaliação do erro casual, empregou-se o teste de Dahlberg (1940), por meio da
seguinte fórmula: Se
2
=
d
2
/2n, onde Se
2
representa o erro de Dahlberg (1940);
Σ
d
2
corresponde ao somatório dos quadrados das diferenças entre as primeiras e
segundas medições e 2n representa o dobro do número de casos em que as
medidas foram repetidas.
4.3.2 Comparações intergrupos
Para as comparações intergrupos aplicou-se os seguintes testes estatísticos:
a) Estatística descritiva: médias, desvios-padrão das idades inicial, final, tempo
de tratamento e das variáveis cefalométricas, nos grupos estudados;
b) Teste Qui-quadrado para comparação entre os grupos da distribuição entre
os gêneros, tipo de má oclusão, tipo de tratamento (com ou sem extração),
forma da raiz e tipo de crista óssea;
c) Teste exato de Fischer para comparação da presença ou o de trauma
prévio entre os grupos.
d) Teste t independente para comparação das idades, tempo de tratamento e
das variáveis cefalométricas entre os 2 grupos.
Materiais e Métodos 73
Todos os testes foram realizados com o auxílio do software Statistica
(Statistica for Windows, versão 7.0, Statsoft, 2005).
Os resultados foram considerados significantes para P<0,05.
5 RESULTADOS
5 RESULTADOS5 RESULTADOS
5 RESULTADOS
Resultados 75
5 RESULTADOS
A tabela 2 mostra os resultados dos erros casuais e sistemáticos entre a
primeira e segunda medições. O maior erro casual, em mm, foi para a variável 1-
PTV apical que foi de 1,36 e, em graus, no 1.NA que foi de 1,41 e o maior erro
sistemático foi de 0,12 mm no Overjet.
A tabela 3 mostra
avaliação do erro intra-examinador da reabsorção
radicular externa avaliada pelo escore de Malmgren (coeficiente Kappa) que obteve
como resultado uma força de concordância Substancial, onde a porcentagem de
concordância foi significativa de 87% e o valor do coeficiente foi de 0,794.
A tabela 4 mostra os resultados do teste "t' independente para comparação
das idades inicial e final e o tempo de tratamento entre os dois grupos.
A tabela 5 traz os resultados dos testes Qui-quadrado para comparação
entre os dois grupos estudados, da distribuição do gênero, tipo de oclusão, tipo
de tratamento com ou sem extrações, forma da raiz, forma da crista óssea, grau de
reabsorção ao início tratamento e o teste de Fisher para relacionar com o trauma
prévio.
A tabela 6 mostra os resultados do “t” teste da comparação entre os
pacientes do grupo 1 (pacientes com grau 0 e 1 ao final do tratamento) e do grupo 2
(pacientes que finalizaram com grau de reabsorção 3 ou 4) no que se refere às
variáveis comprimento radicular no início, final do tratamento e a diferença entre os
dois momentos; e a proporção coroa:raiz inicial, final e a diferença entre os dois
momentos.
A tabela 7 mostra os resultados do “t” teste independente da comparação
intergrupos das variáveis cefalométricas (1-PTV INCISAL, 1-PTV APICAL, FMA,
PFH/AFH, ANB, WITS, 1.NA, OVERJET, OVERBITE, H-11, UA + UP).
No apêndice, encontram-se as características individuais de cada paciente
em uma tabela com todas as variáveis estudadas e a tabela das variáveis utilizadas
para aquisição das tabelas do erro do método.
Resultados 76
Tabela 2
- Avaliação dos erros casuais e sistemáticos entre a primeira e a segunda
medições (fórmula de Dahlberg e teste “t” dependente, respectivamente).
Variáveis
1
a
medição
(n=20)
2
a
medição
(n=20)
Dahlberg P
Média d.p. Média d.p.
COMPRIMENTO
RADICULAR
(mm)
15,97 1,78 15,92 1,54 0,81 0,850
PROPORÇÃO
COROA:RAIZ
1,69 0,20 1,68 0,18 0,10 0,725
1
-
PTV INCISAL
(mm)
61,98 14,87 62,35 4,79 1,36 0,403
1
-
PTV APICAL
(mm)
51,03 4,04 51,39 3,35 1,02 0,271
FMA (graus)
26,40 6,82 26,20 6,84 0,94 0,516
PFH/AFH (mm)
0,75 0,13 0,74 0,12 0,03 0,432
ANB (graus)
2,88 1,68 2,58 1,64 0,90 0,308
WITS (mm)
0,63 3,46 0,00 3,03 1,12 0,687
1.NA (graus)
29,55 8,87 29,35 8,33 1,41 0,667
OVERJET (mm)
2,42 2,98 3,01 3,41 0,45
0,012*
OVERBITE (mm)
3,76 2,26 3,79 2,44 0,34 0,797
H-11 (mm)
20,33 5,45 20,81 3,26 1,06 0,209
UA + UP (mm)
13,77 4,82 13,97 5,42 1,03 0,555
* Estatisticamente significante para P<0,05.
Tabela 3
. Avaliação da concordância na classificação do grau de reabsorção
radicular externa avaliada pelo escore de Malmgren (teste de concordância Kappa
ponderado).
Porcentagem de
concordância
Valor do
coeficiente
Força da
concordância
RRE
87% 0,794 Substancial
Resultados 77
Tabela 4
- Médias e desvios padrões das idades iniciais e finais e o tempo de
tratamento, e resultados do teste “t” independente.
Variáveis
GRUPO 1
REABSORÇÃO AUSENTE OU
LEVE
N = 50
GRUPO 2
REABSORÇÃO
MODERADA OU SEVERA
N = 49
P
Média D.P. Média D.P.
Idade Inicial
(anos)
16,79 5,47 19,92 6,94
0,014*
Idade final
(anos)
20,00 5,46 23,90 7,05
0,002*
Tempo de
tratamento (anos)
3,21 0,84 3,98 1,01
0,000*
* Estatisticamente significante para P<0,05.
Resultados 78
Tabela 5
Resultados da relação entre o grau de reabsorção final e o nero, tipo
de má oclusão, tipo de tratamento, forma da raiz, crista óssea,presença de
reabsorção inicial e presença ou não de trauma prévio (teste qui-quadrado e teste
exato de Fischer).
VARIÁVEIS
GRUPO 1
REABSORÇÃ
O AUSENTE
OU LEVE
N = 50
GRUPO 2
REABSORÇÃO
MODERADA
OU SEVERA
N = 49
λ GL P
GÊNERO
MASCULINO 18,18% 13,13%
1,032 1 0,3097
FEMININO 32,32% 36,36%
OCLUSÃO
CLASSE l 8,08% 12,12%
3,459 2 0,1794
CLASSE ll 29,29% 31,31%
CLASSE lll 13,13% 6,06%
TIPO DE
TRATAMENTO
SEM EXO 26,26% 9,09%
2,248 1
0,0005
*
COM EXO 24,24% 40,40%
FORMA DA
RAIZ
TRIANGULA
R
4,04% 4,04%
0,9781
3 0,8065
ROMBOIDAL
34,34% 29,29%
PIPETA 10,10% 13,13%
DILACERADA
2,02% 3,03%
CRISTA ÓSSEA
AFILADA 29,29% 35,35%
1,953 1 0,1623
ACHATADA 21,21% 14,14%
GRAU DE
REABSORÇÃO
INICIAL
0 48,48% 30,30%
17,91 1
0,0000
*
1 2,02% 19,19%
TRAUMA
PRÉVIO
SIM 5,05% 5,05%
Teste Exato
de Fisher
1,0000
NÃO 45,45% 44,44%
*Diferença estatisticamente significante para P < 0,05.
Resultados 79
Tabela 6 -
Tabela teste t independente entre as varveis (comprimento radicular e
proporção coroa:raiz) do grupo controle (grupo 1) e grupo experimental (grupo 2) em
T1 (início do tratamento), T2 (final do tratamento) e da diferença entre estes dois
tempos (T2 - T1).
GRUPO 1
REABSORÇÃO
AUSENTE OU
LEVE
N = 50
GRUPO 2
REABSORÇÃO
MODERADA OU
SEVERA
N = 49
VARIÁVEIS P
MÉDIA
D.P.
MÉDIA
D.P.
COMPRIMENTO RADICULAR T1 (mm)
16,69 2,06 15,90 1,585501
0,033*
COMPRIMENTO RADICULAR T2 (mm)
16,05 2,04 12,44 1,742688
0,000*
COMPRIMENTO RADICULAR T2
-
T1
-0,64 0,49 -3,45 1,405956
0,000*
PROPORÇÃO INICIAL (COROA:RAIZ)
1:1,82 0,24 1:1,69 0,211509
0,005*
PROPORÇÃO FINAL (COROA:RAIZ)
1:1,78 0,24 1:1,37 0,209926
0,000*
PROPORÇÃO COROA:RAIZ T2
-
T1
-0,03 0,04 -0,31 0,157495
0,000*
*Diferença estatisticamente significante para P < 0,05.
Resultados 80
Tabela 7
- Tabela teste t independente mostrando a relação das variáveis
cefalométricas entre os grupos 1 (controle reabsorção leve) e 2 (experimental
reabsorção severa). Estas variáveis foram obtidas através do traçado cefalométrico
da telerradiografia inicial do paciente.
GRUPO 1
REABSORÇÃO
AUSENTE OU LEVE
N = 50
GRUPO 2
REABSORÇÃO
MODERADA OU
SEVERA
N = 49
VARIÁVEIS P
MÉDIA
D.P.
MÉDIA
D.P.
1
-
PTV INCISAL (mm)
59,83 5,96 61,84 5,01 0,073
1
-
PTV APICAL (mm)
49,65 7,76 51,15 3,66 0,224
FMA (graus)
27,36 7,45 26,29 6,07 0,438
PFH/AFH (mm)
0,72 0,11 0,74 0,11 0,378
ANB (graus)
2,20 2,27 2,54 2,11 0,441
WITS (mm)
-1,03 10,67 -0,81 5,43 0,900
1.NA (graus)
26,68 8,98 29,73 6,84 0,060
OVERJET (mm)
1,14 1,48 2,53 5,68 0,097
OVERBITE (mm)
3,43 2,52 4,17 4,48 0,315
H
-
11 (mm)
20,04 3,15 20,23 4,61 0,810
UA + UP (mm)
14,26 4,65 12,31 3,02
0,015*
*Diferença estatisticamente significante para P < 0,05.
81
6 DISCUSSÃO
6 DISCUSSÃO6 DISCUSSÃO
6 DISCUSSÃO
Discussão 82
6 DISCUSO
Reabsorção radicular externa (RRE) é um tema amplamente estudado na
ortodontia, pois é uma conseqüência muito comum ao tratamento ortodôntico. A
maioria dos autores estudados relata a presença de reabsorção durante o
tratamento ortodôntico, variando apenas a porcentagem de pacientes afetados e o
grau de severidade. Em um trabalho realizado por Silva Filho et al (1993), por
exemplo, estes autores constataram RRE em 100% dos casos (Brezniak;
Wasserstein, 1993a,b, Canto, 1997, Harris et al., 1997, Janson et al., 2000). Porém,
a RRE não é considerada uma reação “normal”, mas patológica ao periodonto em
resposta a aplicação de forças sobre os dentes. Trata-se de uma iatrogenia inerente
ao tratamento ortodôntico, atingindo todos os dentes movimentados (Capelozza
Filho, 1998, Consolaro, 2002b, Levander; Malmgren, 1988, Silva Filho, 1993).
Existem alguns fatores que permitem prever a ocorrência de reabsorção
durante o tratamento ortodôntico, são eles: morfologia radicular, proporção e
angulagem coroa:raiz, morfologia da crista óssea, necessidade de movimentos
extensos, tratamento com exodontias, mecânica intrusiva, extrusiva, movimento de
torque e uso de elásticos intermaxilares. Para identificar os fatores de previsibilidade
e a reabsorção é essencial o rigor na qualidade das imagens e na interpretação
radiográfica a partir de películas periapicais. É também muito importante o
acompanhamento radiográfico durante o tratamento para prevenção e controle das
reabsorções (Oliveira Júnior, 2007, Selow, 2006).
Para tornar mais didática a leitura e compreensão desta discussão, ela foi
dividida em picos onde serão discutidas as características da amostra e vários dos
fatores de predisposição à ocorrência da reabsorção radicular externa.
6.1 Discussão do erro do método
Para que se tenha certeza da validade dos resultados é necessário avaliar
os erros intra-examinador, verificando se foram aceitáveis e não interferiram na
confiabilidade dos resultados.
Discussão 83
Neste estudo, para avaliação do erro do método, foram feitos o teste t
dependente para estimar o erro sistemático, e o teste de Dahlberg, através do qual
foi avaliado o erro casual. Por meio destas avaliações foram encontrados maior erro
casual apenas em 1- PTV apical (mm) de 1,36 e em 1.NA (graus) igual a 1,41; o
maior erro sistemático foi observado no overjet e foi de 0,12 mm. Estes erros
encontrados foram considerados aceitáveis e o tiveram interferência na
confiabilidade dos resultados.
Foi realizada a avaliação do erro intra-examinador através do teste de
concordância Kappa ponderado, demonstrando como resultado uma força de
concordância Substancial, onde a porcentagem de concordância foi significativa de
87% e o valor do coeficiente foi de 0,794.
Apesar de a classificação de Malmgren ser considerada uma avaliação
subjetiva, os resultados deste estudo comprovaram que é um método preciso e
confiável.
6.2 Amostra
É importante salientar a dificuldade de se encontrar uma amostra com 99
pacientes aptos a fazer parte desta pesquisa, cumprindo todos os requisitos
exigidos:
1) boa saúde sistêmica e bucal, pois alguns autores acreditam que
problemas sistêmicos, como endocrinopatias, por exemplo, podem interferir na
ocorrência de reabsorção radicular; e problemas bucais podem impedir a execução
do tratamento ortodôntico;
2) não apresentar ausências na região de canino a canino na arcada
superior, pois as raízes dos dentes anteriores o consideradas as mais
susceptíveis a reabsorção, sendo estes os elementos dentários utilizados como
referência em pesquisas;
3) ausência de perda óssea vertical, a perda óssea pode gerar mobilidade
dentária e até contra-indicar ou interromper o tratamento ortodôntico;
Discussão 84
4) ausência de doença periodontal, assim como a perda óssea vertical pode
contra-indicar ou provocar a necessidade de interromper o tratamento;
5) controle radiográfico periapical inicial e final foi imprescindível aos
pacientes aos pacientes da amostra para verificação da existência e evolução da
reabsorção radicular;
6) não pode fazer parte da amostra pacientes com grau 2 de reabsorção
radicular devido este ser um grau intermediário, podendo gerar erro quanto a
avaliação do grau;
7) exclusão de pacientes com documentação ortodôntica incompleta ou sem
documentação ortodôntica final.
Segundo Capelozza Filho e Silva Filho (1998) higidez absoluta é algo
sempre desejável, a ausência de lesões cariosas, saúde periodontal, restaurações,
coroas e tratamento endodôntico adequadamente executados devem ser uma
exigência para dar início ao tratamento ortodôntico.
Spurrier et al. (1990) encontraram em seu estudo que pouca diferença
clinica na quantidade e gravidade de reabsorção entre dentes vitais e o vitais, em
nível estatístico, no entanto, incisivos tratados endodonticamente mostraram menor
risco à reabsorção, com menos freqüência e severidade, que dentes vitais.
Levander, Malmgren e Stenback (1998) realizaram um estudo para avaliar a
reabsorção radicular em pacientes com agenesia múltipla de dentes submetidos a
tratamento ortodôntico, verificaram que esses pacientes m maior risco a
reabsorções dentárias excessivas, especialmente quando utilizada mecânica com
elásticos e fios retangulares.
De acordo com Consolaro (2005) pacientes com seqüelas de doença
periodontal inflamatória crônica curada, quando requerem movimentação dentária
induzida, esta deve ser planejada de forma especial, pela relação proporcional e
morfológica do dente e osso alveolar modificadas.
A amostra deste estudo foi obtida no Centro de Ortodontia Paulo Picanço,
sendo o primeiro passo para escolha dos pacientes a análise das radiografias
periapicais para verificação dos graus de reabsorção e divisão dos pacientes em
Discussão 85
dois grupos. Neste momento foram excluídos os pacientes com ausências na região
de canino a canino na arcada superior, presença de perda óssea vertical, pacientes
com grau 2 de reabsorção radicular, pacientes com documentação ortodôntica
incompleta, danificada ou sem documentação ortodôntica final, restando apenas 165
pacientes de todo o arquivo de pacientes concluídos. Após a conferência dos Rx
periapicais foi feita a avaliação da documentação ortodôntica, verificando que muitos
pacientes apresentavam documentação incompleta, devido a não devolução de
exames retirados para execução de procedimentos por outros profissionais;
ausência de documentação ortodôntica de finalização, falta do termo de
consentimento para participação na pesquisa, ausência da dentição permanente
completa. Depois dessa busca minuciosa estabeleceu-se uma amostra com 99
pacientes que foram divididos em: grupo 1 com 50 pertencentes ao grupo controle
(grau 0 ou 1) e 49 do grupo experimental (grau 3 ou 4).
Dos pacientes que fizeram parte desta amostra 13 concluíram com Grau 0;
37 com Grau 1; 31 com grau 3 e 18 pacientes terminaram o tratamento ortodôntico
com grau 4.
Apesar de o grupo controle (grupo 1, com reabsorção grau 0 ou 1 ao final do
tratamento) apresentar mais pacientes, este foi o que teve maior dificuldade de
coletar amostra, especialmente pacientes com grau 0 e que preenchesse todos os
requisitos da pesquisa, pois como a literatura afirma o índice de reabsorção em
pacientes tratados ortodonticamente é de 100% (Brezniak; Wasserstein, 1993a,b,
Canto, 1997, Harris et al., 1997, Janson et al., 2000, Silva Filho, 1993).
Na amostra disponível no Centro de Ortodontia Paulo Picanço, o número de
pacientes graus 3 e 4 era bem considerável, porém muitos indivíduos tiveram que
ser excluídos devido apresentarem doença periodontal, perda óssea, ausência de
pelo menos uma dente anterior superior, abandono do tratamento ortodôntico.
Os pacientes da amostra foram tratados por alunos orientados pelo mesmo
professor, seguindo o mesmo padrão de diagnóstico, plano de tratamento e
mecânica, respeitando a individualidade de cada caso, ou seja, o fator “força
utilizada durante o tratamento ortodôntico” foi excluído da pesquisa, pois não haviam
outros orientadores, com outras condutas, que pudessem justificar a avaliação desta
variável quanto a magnitude e o tipo de força aplicada.
Discussão 86
Coletar a amostra ideal foi o maior desafio deste estudo, no entanto, o
número de indivíduos foi considerado bom, visto os critérios de seleção e dificuldade
de obtenção da amostra.
6.3. Metodologia
Quanto à metodologia empregada foram utilizadas as radiografias
periapicais, para avaliar grau de reabsorção, comprimento radicular, proporção
coroa:raiz e, para avaliar as variáveis cefalométricas foram utilizadas as
telerradiografias iniciais que faziam parte da documentação ortodôntica.
Foram avaliados neste estudo apenas os incisivos superiores, pois os
estudos realizados comprovam serem estes os dentes que mais sofrem
reabsorção durante o tratamento ortodôntico. São os dentes mais movimentados e
que sofrem ação mais freqüente dos movimentos de retração e intrusão (Alexander,
1996, Beltrão, 2005, Chiqueto, 2005, Janson et al., 2000).
A escolha pelos incisivos superiores para se avaliar a reabsorção dentária
deveu-se ao fato de que estes são os dentes que mais apresentam encurtamento e
são mais freqüentemente afetados, assim como os incisivos inferiores. Além disto,
são elementos unirradiculados e de mais cil obtenção de imagens sem distorções
ou sobreposições de imagens (Alexander, 1996, Alvares; Tavano, 1990, Furquim,
2002, Harris; Baker, 1990, Kaley; Phillips, 1991, Sameshima; Asgarifar, 2001).
O exame radiográfico mais utilizado para detecção das reabsorções é a
radiografia periapical. Para Sameshima e Asgarifar (2001) esse tipo de radiografia
mostra detalhes mais refinados, permitindo visualização de detalhes anatômicos
como a junção cemento-esmalte e apresentam menos distorções e sobreposições
quando comparados as radiografias panorâmicas e telerradiografias (Levander;
Malmgren, 1988). As radiografias periapicais oferecem menor radiação aos
pacientes e as comparações são mais fiéis, o comprometendo a metodologia na
medição da quantidade de reabsorção (Capelozza Filho, 1998, Leach, 2001).
Porém outros autores não consideram este exame o mais preciso, segundo
Han et al (2005), apenas reabsorções na porção apical da raiz podem ser
Discussão 87
detectadas através deste exame, RRE em outras áreas radiculares como faces
mesial e distal, terço médio, e cervical não são detectadas facilmente, apenas
quando já estão muito extensas. Dudic et al (2009) acreditam que estes exames
subestimam o diagnóstico e considera a tomografia computadorizada um poderoso
meio de diagnóstico para as reabsorções. Por ser a tomografia um exame de alto
custo e a radiografia periapical o método mais utilizado no diagnóstico, mais
acessível e de menor custo, este foi eleito o exame de escolha para este estudo e
deve ser realizado periodicamente durante o tratamento ortodôntico.
A tomografia é uma poderosa ferramenta para o diagnóstico da reabsorção
radicular, complementando os exames radiogficos convencionais. Ela tem sido muito
usada na odontologia, pois através dela é possível obter dimensões reais das
estruturas anatômicas, uma imagem espacial das estruturas craniofaciais pode ser
produzida, a imagem em 3D pode ser facilmente rotacionada, as estruturas internas
podem ser observadas, removendo-os planos externos, vários órgãos podem ser
observados, independentemente, pela mudança da densidade dos mesmos; pode
mostrar assimetrias na região média da face e base do crânio, apresentar pequenos
segmentos da parte estudada em verdadeiros cortes, em qualquer sentido do
espaço; qualidade da imagem. Além de todas estas possibilidades a tomografia é
tamm considerada um método diagnóstico não invasivo, pido, fidedigno e de
alta precisão (Consolaro, 2007, Dudic et al., 2009, Park et al., 2006, Rodrigues,
2007). Porém Consolaro e Consolaro (2008) ressaltam que o uso indiscriminado e
superficial da tomografia pode gerar avaliações equivocadas e diagnósticos que
levam a planos de tratamento indesejáveis.
Neste estudo a técnica padronizada para as tomadas radiográficas
periapicais foi a do paralelismo, além do fato de que todos os pacientes da amostra
realizaram o acompanhamento radiográfico no Centro de Ortodontia Paulo Picanço,
garantindo maior padronização das radiografias. A escolha desta técnica se deve ao
fato de ela permitir maior padronização da imagem para avaliação pré e pós-
tratamento, o que não é possível pela técnica da bissetriz, pois o ângulo médio de
incidência dos raios X é mais difícil de ser reproduzido dificultando ainda mais a
acurácia de mensurações quantitativas (Alvares; Tavano, 1990, Goaz, 1994, Leach,
2001, Remington et al., 1989).
Discussão 88
Foi escolhida para mensuração da reabsorção radicular externa a
classificação proposta por Malmgren (Levander, Malmgren, 1988), que utiliza uma
escala em “escores” para quantificar o grau de reabsorção, sendo um método
qualitativo visual e, portanto, com caráter subjetivo na interpretação dos valores,
porém tem a vantagem de não depender da padronização das tomadas
radiográficas (Tibola, 2007).
6.4 Discussão dos resultados
6.4.1. Idade
Para verificar a compatibilidade entre os grupos foi aplicado o teste t
independente. Os resultados se mostraram significantes em relação à idade,
pois o grupo 1 (grau 0 e 1 de RRE) possuía pacientes mais jovens quando
comparados ao grupo 2 (graus 3 e 4 de RRE). Com esses resultados, pode-
se afirmar que pacientes mais velhos apresentam maior risco de reabsorção
radicular severa durante o tratamento ortodôntico.
Em relação à idade, alguns autores mencionam que esta o
influencia na reabsorção radicular (Baumrind et al., 1996, Consolaro, 2002b,
Harris et al., 1997). Em contrapartida, corroborando os resultados do
presente estudo, Sameshima e Sinclair (2001a,b) observaram que a
reabsorção tem maior prevalência em pacientes adultos que em crianças.
Os adultos parecem mais susceptíveis à reabsorção. Com o envelhecimento
a membrana periodontal torna-se menos vascularizada, sem elasticidade, mais
estreita e o cemento torna-se mais espesso, há ainda o fato de o terço apical da raiz
ser mais firmemente ancorado em pacientes adulto, criando uma dificuldade ao
movimento dentário e predispondo à reabsorção (Brezniak; Wasserstein, 1993a,b,
Capelozza Filho, 1998).
Discussão 89
No entanto, os resultados do presente estudo têm que ser
interpretados com cautela, uma vez que a diferença de idade entre os grupos
1 e 2 foi de apenas aproximadamente 3 anos, e tanto os pacientes do grupo
1 quanto do grupo 2 eram considerados "adultos jovens".
6.4.2 Tempo de tratamento
Como para a análise da idade, foi utilizado o teste t independente para
avaliar a influência do tempo de tratamento sobre a reabsorção. Os resultados
apresentaram-se estatisticamente significantes para esta variável, indicando que um
maior tempo de tratamento é um fator de risco à ocorrência de reabsorção radicular
severa, pois o grupo 1 apresentou significantemente um menor tempo de tratamento
quando comparado ao grupo 2.
Estes resultados são opostos aos autores que afirmam não ter relação entre
o tempo de tratamento e o grau de reabsorção (Beck; Harris, 1994, Dermaut; De
Munck, 1986, Taner et al., 1999).
Segundo Sameshima e Sinclair (2001a,b) a duração do tratamento e a
quantidade de deslocamento horizontal radicular apical dos incisivos superiores
tiveram correlação forte com a reabsorção radicular.
Brin et al. (2003) avaliou a reabsorção radicular em pacientes portadores de
má oclusão de Classe II tratados em apenas 1 fase ou com tratamento dividido em 2
fases, observaram que os pacientes submetidos a uma única fase de tratamento
tiveram uma proporção de reabsorção moderada a severa ligeiramente maior que os
do grupo com duas fases de tratamento.
Para Consolaro (2005) o mais importante não é o tempo de tratamento, mas
os preceitos a serem aplicados na movimentação ortodôntica.
Discussão 90
6.4.3. Gênero
Em relação ao gênero, a amostra foi composta por 34,34% de homens e
67,67% de mulheres. Tiveram reabsorção leve 18,18% das mulheres e 32,32% dos
homens, enquanto reabsorções severas foram observadas em 13,13% das mulheres
e em 36,36% dos homens. Neste estudo o foi encontrada relação significante
entre a reabsorção severa e o gênero, concordando com os resultados da maioria
dos autores (Consolaro, 2002b, Harris et al., 1997, Hendrix et al., 1994, Parker;
Harris, 1998, Sameshima; Sinclair, 2001a,b, Silva Filho, 1993).
Dentro da literatura estudada, apenas Kjaer (1995) e Gadben (2006)
encontraram uma maior prevalência de RRE em pacientes do nero
feminino. Baumrind, Korn e Boyd (1996) observaram maior prevalência
em pacientes do gênero masculino.
6.4.4. Tipo de má oclusão
Em relação ao tipo de má oclusão e as técnicas ortodônticas, muitos estudos
demonstraram que não relação com o maior ou menor risco de RRE (Capelozza
Filho, 1998, Harris et al., 1997, Mirabella; Artun, 1995b). Os resultados deste estudo
tamm não encontraram relação significante entre a reabsorção radicular e o tipo
de má oclusão. Os resultados mostraram que dos pacientes com oclusão de
Classe I apenas 8,08% tiveram reabsorção leve e 12,12% RRE severa, Classe II
29,29% com reabsorção leve e 31,31% severa; e os pacientes com oclusão de
Classe III apresentaram RRE leve somente em 13,13% dos casos e severa em
6,06%.
Não foi possível avaliar se há associação entre as técnicas ortodônticas e a
RRE em nossa pesquisa, pois os pacientes que fizeram parte dela foram tratados
utilizando apenas a técnica de Edgewise. Entretanto as más oclusões graves, que
necessitam de maior quantidade de movimento, apresentam maior risco à
Discussão 91
reabsorção (Alexander, 1996, Baumrind et al., 1996, Beck; Harris, 1994, Mirabella;
Artun, 1995b, Parker; Harris, 1998, Santos, 2007).
6.4.5 Tipo de tratamento (com ou sem exodontia)
Tratamentos baseados em protocolos com exodontia tamm são casos
polêmicos quando se trata de reabsorção radicular. Os resultados deste estudo
mostraram que os pacientes tratados com extração tiveram maior tendência a
desenvolver reabsorções radiculares severas que os pacientes em cujo tratamento
não foi realizado exodontia.
Muitos estudos demonstraram que pacientes tratados com exodontias
apresentaram mais reabsorção e de grau mais severo, devido à mecânica de
retração dos dentes anteriores causarem maior movimentação dos ápices
radiculares e a necessidade de maior tempo de tratamento (de Freitas et al., 2007,
Gadben, 2006, Marques et al., 2010, Sameshima; Sinclair, 2001a,b).
No entanto, outros autores discordam desta idéia, pois não encontraram em
suas pesquisas diferença entre tratamentos com ou sem extração (Baumrind et al.,
1996, Hendrix et al., 1994).
6.4.6 Morfologia radicular e da crista óssea
Os resultados do presente estudo demonstraram que não houve relação
entre a morfologia da raiz e da crista óssea com a ocorrência de reabsorção severa
durante o tratamento ortodôntico. Em nossa amostra, o grupo experimental
apresentou: 4,04% das raízes com forma triangular, 29,29% das romboidais, 13,13%
das em forma de pipeta e 3,03% das raízes dilaceradas tiveram RRE severa. Neste
estudo foi considerada a crista óssea apenas como triangular (afilada- F) ou
retangular (achatada-C) e obtivemos que: 35,35% de pacientes com crista afilada
apresentaram reabsorção severa, enquanto 14,14% com crista óssea achatada a
Discussão 92
tiveram. É provável que este resultado se deva ao fato de a maior parte da amostra
ter apresentado raiz romboidal e crista óssea afilada, que segundo maior parte dos
autores raízes com estas características são as que possuem menor risco à
reabsorção.
Em casos de raízes romides ou retangulares, a distribuição das forças na
superfície radicular é mais uniforme, diminuindo a possibilidade de ocorrência das
reabsorções apicais (Consolaro, 2002b).
A grande maioria dos autores considera, quanto à morfologia radicular, que
dentes com forma atípica de raiz (em forma de pipeta, dilacerada, pontiaguda)
apresentam maior risco de sofrer reabsorção radicular (Kjaer, 1995, Mirabella; Artun,
1995a, Sameshima; Sinclair, 2001a,b). Gadben et al (2006) encontraram que dentes
com raízes de forma abaulada ou romboidal apresentam maior risco de sofrer RRE.
Marques et al (2010) considera as raízes de forma triangular mais propensas a
sofrerem reabsorção.
Segundo Consolaro (2005) a morfologia radicular e da crista óssea permitem
a prática do conceito de previsibilidade para as reabsorções dentárias durante o
tratamento ortodôntico. A estrutura óssea apresenta a propriedade de deflexão
óssea caracterizada pela capacidade óssea de ceder estruturalmente, admitindo-se
um mínimo de elasticidade. Isto contribui para a movimentação dentária induzida,
absorvendo ou diminuindo os efeitos das forças aplicadas sobre o dente, reduzindo
o impacto nos tecidos periodontais. Esta capacidade tem papel mais evidente na
crista óssea alveolar. Para este autor, cristas de forma retangulares indicam maior
risco a RRE, pois apresentam menor capacidade de deflexão óssea, tendendo a
uma maior concentração de forças nos tecidos periodontais, aumentando a chance
de lesões na camada cementobstica.
6.4.7 Grau de reabsorção inicial
Os resultados desta pesquisa mostraram que pacientes com algum grau de
reabsorção radicular ao início do tratamento apresentam uma maior predisposição e
Discussão 93
um maior risco de desenvolverem reabsorção radicular severa durante o tratamento
ortodôntico.
Alguns autores acreditam que pacientes com reabsorções mínimas ou
ausência delas apresentam pequeno risco à reabsorção severa, pacientes com
reabsorção moderada têm risco regular à reabsorção severa e pequeno a extrema
reabsorção, enquanto pacientes que iniciam o tratamento ortodôntico com
reabsorção severa existe um alto risco de reabsorções extremas ao final do
tratamento (Capelozza Filho, 1998, Levander et al., 1994, Oliveira Júnior, 2007, Silva
Filho, 1993).
6.4.8 Trauma
Outro fator observado neste estudo foi a presença ou não de trauma prévio
ao tratamento ortodôntico. Os resultados desta pesquisa não mostraram associação
significante entre trauma dentário e RRE. Isso pode ter ocorrido devido ao fato de
que a presença de trauma foi avaliada de forma subjetiva através de uma pergunta
na ficha de avaliação clínica respondida pelo paciente ou responsável. No entanto,
essa avaliação não é extremamente confvel, pois traumas menores podem passar
despercebidos e serem esquecidos.
Rego et al (2004) fez uma revisão de literatura e encontrou que o trauma é
um fator de risco à reabsorção e dentes traumatizados devem ser monitorados
radiograficamente a cada 6 meses.
Em entrevista dado por Consolaro (2002a) à revista Dental Press, o autor
declara que quando ocorre a movimentação dentária induzida, os mediadores
acumulados no ligamento periodontal podem ativar imediatamente estas células
osteoblásticas com a função de gerenciar as células que promovem a reabsorção
óssea; neste caso gerenciarão imediatamente a reabsorção radicular associada à
movimentação ortodôntica. Por isso justifica-se afirmar: dentes traumatizados podem
mais freqüentemente apresentar reabsorções radiculares quando movimentados
ortodonticamente. Este fato não contra-indica a movimentação dentária em dentes
Discussão 94
traumatizados, apenas indica a necessidade de um planejamento e controle
especial.
6.4.9 Comprimento radicular e proporção coroa:raiz
Neste estudo o comprimento radicular diminuiu significantemente mais
durante o tratamento no grupo com reabsorção severa, quando comparado ao grupo
com reabsorção leve, como já era esperado. No entanto, o comprimento radicular do
grupo que sofreu reabsorção severa era menor do que o do grupo com
reabsorção leve antes do início do tratamento. Isto pode ser considerado um indício
de que um menor comprimento radicular no início do tratamento é um fator de risco
à ocorrência de maior reabsorção radicular durante o tratamento ortodôntico. Da
mesma forma, a proporção coroa:raiz ao início do tratamento era menor no grupo
que sofreu reabsorção severa que no grupo com reabsorção suave, e continuou
menor ao final do tratamento. Além disto, a proporção coroa-raiz sofreu uma maior
diminuição no grupo com reabsorção severa, como já era esperado.
O comprimento radicular e proporção coroa:raiz parecem ter influência sobre
a tendência à reabsorção. Quanto maior a coroa em relação à raiz, maior a alavanca
a ser acionada e haverá a tendência da força se concentrar mais em determinados
pontos focais. Raízes curtas tendem a sofrer mais reabsorções durante movimentos
ortodônticos. Esta proporção raiz/coroa deve ser de 1,6, porém esta
proporcionalidade deve ser considerada apenas se a crista óssea estiver no nível
cervical, pois quando a alavanca representada pela coroa clínica aumenta o seu
braço antagônico diminui, aumentando a capacidade de transmissão da força
aplicada sobre a raiz (Consolaro, 2005).
Segundo Mirabella e Artun (1995) a maioria dos autores concorda que raízes
curtas têm maior risco à reabsorção radicular, no entanto em sua pesquisa estes
autores observaram o contrário, verificaram que quanto maior o comprimento da raiz
maior a tendência à reabsorção, sendo a provável explicação para isto o fato de que
dentes com raízes mais longas necessitam de mais força para sua movimentação e
Discussão 95
que o deslocamento real do ápice é maior durante os movimentos de inclinação ou
torque.
Em casos de pacientes com reabsorção severa deve-se ter muito cuidado
com o comprimento radicular, dentes com raízes de comprimento menor ou igual a 9
mm m maior risco de mobilidade dentária (Jonsson et al., 2007, Levander;
Malmgren, 2000). Segundo Kalkwarf et al. (1986) a redução de 3 mm de estrutura
dentária apical corresponde à perda de 1 mm de crista óssea alveolar.
6.4.10. 1- PTV incisal e 1-PTV apical
As variáveis 1-PTV incisal e apical (que indicam a angulação e posição dos
incisivos em relação às bases ósseas) não mostraram diferença estatisticamente
significante entre os grupos, indicando que não houve relação entre a protrusão dos
incisivos e a ocorrência de reabsorção radicular severa.
A diferença entre essas varveis sugere a quantidade de angulação do
dente, ou seja, quanto mais próximo da linha PTV estiver o ápice e mais distante
desta linha estiver a incisal, maior será a inclinação do dente para vestibular,
sugerindo uma maior necessidade de retração para correção desta má posição
dentária, assim como acontece com os pacientes que apresentam 1.NA elevado.
Alguns estudos mostram que a intrusão em conjunto com o movimento de
torque lingual, movimentos horizontais (retração) do ápice aumentam a chance de
ocorrer reabsorção radicular (Baumrind et al., 1996, Costopoulos; Nanda, 1996,
Mirabella; Artun, 1995a, Parker; Harris, 1998, Selow, 2006).
Discussão 96
6.4.11. FMA e PFH/AFH
O ângulo FMA não mostrou diferença estatisticamente significante entre os
grupos, indicando que não houve relação entre o padrão vertical dos pacientes e a
ocorrência de reabsorção radicular severa.
PFH significa altura facial posterior e AFH altura facial anterior, a proporção
entre essas duas variáveis indica o padrão facial do paciente. A proporção PFH/AFH
não mostrou diferença estatisticamente significante entre os grupos, indicando que
não houve relação entre o padrão facial dos pacientes e a ocorrência de reabsorção
radicular severa.
Handelman (1996) analisou a variável SN-MP que como o FMA representa a
relação entre a base do crânio e o plano mandibular e encontrou, em seus estudos,
associação entre esta grandeza e a reabsorção radicular.
Harris, Kineret e Tolley (1997), também realizaram um estudo para avaliar a
relação entre FMA e reabsorção radicular e encontraram uma correlação
relativamente alta entre ambas.
6.4.12 ANB e WITS
As varveis ANB e Wits avaliam o posicionamento ântero-posterior da
maxila e mandíbula, ou seja, o relacionamento maxilomandibular no sentido sagital.
Os resultados do presente estudo demonstraram que a relação maxilomandibular
não apresentou diferença estatisticamente significante entre os grupos, indicando
que o é um fator de risco à ocorrência de reabsorção radicular severa. É provável
que este resultado se deva ao fato de a amostra deste estudo não apresentar
grandes discrepâncias maxilomandibulares.
Em um estudo realizado por Harris, Kineret e Tolley (1997), foram avaliadas
estas duas variáveis (ANB e Wits) e observado que ambas m forte relação com a
Discussão 97
ocorrência de reabsorções, pois maiores discrepâncias maxilomandibulares tendem
a exigir maior retração dos dentes anteriores e, portanto, maior risco à reabsorção.
6.4.13. 1.NA
Esta variável cefalométrica indica a posição angular do incisivo superior em
relação à maxila, permitindo avaliar o grau de inclinação do incisivo. Os resultados
não demonstraram diferença estatisticamente significante entre os grupos para a
inclinação dos incisivos, indicando que a inclinação inicial dos incisivos não é um
fator de risco à ocorrência de reabsorção radicular severa, apesar do grupo 2
apresentar uma maior vestibularização dos incisivos ao início do tratamento, porém
não estatisticamente significante.
A relação desta variável com a reabsorção pode estar baseada na
quantidade de movimento de retração e intrusão para correção da inclinação dos
incisivos em pacientes com valores de 1.NA aumentados, assim como acontece com
as variáveis 1 PTV apical e incisal, discutidas anteriormente. Um estudo
realizado por Taner, Ciger e Sençift (1999) não encontrou relão entre a inclinação
do dentes e a reabsorção
6.4.14. Overjet
“Overjet” ou sobressaliência é a posição ântero-posterior dos incisivos
superior e inferior entre si (Freitas, 2006). Os resultados do presente estudo o
demonstraram diferença estatisticamente significante entre os grupos para a
sobressaliência, indicando que esta, ao início do tratamento, o é um fator de risco
à ocorrência de reabsorção radicular severa. Estes achados, no entanto,
contradizem a maioria dos autores e a justificativa para isso é semelhante a sugerida
para as variáveis ANB e Wits, ou seja, a ausência de grandes discrepâncias
esqueléticas.
Discussão 98
Existe unanimidade em considerar o overjet como fator de risco à
reabsorção, pois para sua correção é necessária a retração dos dentes anteriores, e
quanto maior a magnitude desta má oclusão, maior será a quantidade de
movimento, aumentando o risco e severidade da RRE (Beck; Harris, 1994, Brin et
al., 2003, Freitas, 2006, Linge; Linge, 1991, Parker; Harris, 1998). Para Sameshima
e Sinclair (2001a,b) o “overjet” e o o “overbite” está mais associado a reabsorções
radiculares severas. Beltrão, em seu estudo para doutoramento em 2005, observou
que quanto mais se corrige o “overjet” maior o grau de reabsorção durante o
tratamento ortodôntico.
6.4.15. Overbite
O “overbite” (sobremordida ou mordida aberta) é a posição súpero-inferior
dos incisivos entre si (Freitas, 2006). Os resultados do presente estudo não
demonstraram diferença estatisticamente significante entre os grupos para o
overbite, indicando que o trespasse vertical ao início do tratamento não é um fator
de risco à ocorrência de reabsorção radicular severa.
Apesar da consideração feita por Sameshima e Sinclair (2001), que
consideram o overjet mais relacionado à reabsorção, outros autores consideram a
mordida aberta um forte fator de risco à RRE. Harris e Butler em 1992 explicaram
que isto se deve ao fato de que o processo que conduz à mordida aberta envolve
pressão de língua nos dentes anteriores, excedendo os limites fisiológicos, fazendo
com que os cementoblastos invadam a região traumatizada pela língua, resultando
em reabsorção. Os bitos que normalmente exercem preso sobre os dentes
anteriores e excedem os limites fisiológicos podem ser uma causa indireta das
reabsoões radiculares, ao aumentar o “overjet, e atuar como causa direta, pela ação de
foas que geram movimentos dentários pendulares. A língua desenvolve uma força
ortopédica capaz de gerar sobre os dentes as mesmas respostas fisiológicas
causadas por mecanoterapia intrusiva ou de torque. Por isso, pessoas, com mordida
aberta anterior, podem exibir comprimentos radiculares diminuídos, ápices
arredondados ou reabsorção previamente ao tratamento (Linge; Linge, 1991).
Discussão 99
No caso de pacientes com mordida profunda a corrão da má oclusão é
baseada na mecânica de intrusão com acentuão e reversão da curva de spee. Esta
mecânica de corrão gera um maior grau de reabsoão radicular. Em alguns estudos
presentes na literatura foi observado que há uma correlação estatisticamente significante
entre a reabsoão, quantidade de correção da mordida profunda e a quantidade de
intrusão dos incisivos superiores (Baydas et al., 2004, Chiqueto et al., 2008).
Esses resultados podem ser devido ao fato de que esta pesquisa não
incluiu, necessariamente, uma amostra significativa de casos com mordida aberta
nem com sobremordida profunda, podendo então ocasionar esses resultados
discrepantes.
6.4.16. H – 11
Esta varvel indica a altura do dente em relação ao plano palatal, permitindo
verificar se o dente está intruído ou extruído. Quanto mais distante do plano palatal,
maior será o valor desta variável. Foi obtida traçando-se uma linha paralela ao plano
palatal, passando por um ponto médio (ponto localizado na interseção da junção
amelodentinária e o longo eixo do incisivo) junção amelocementária e mede-se a
distância perpendicular entre o plano palatal e esta linha.
Os resultados do presente estudo não demonstraram diferença
estatisticamente significante entre os grupos para essa variável, indicando que a
posição dos incisivos em relação ao plano palatal ao início do tratamento não é um
fator de risco à ocorrência de reabsorção radicular severa.
No entanto, os movimentos mais citados na literatura como fatores de maior
risco à reabsorção são os de intrusão, extrusão, torque e retração, especialmente
quando realizados em conjunto. Direções específicas de movimento geram
respostas diferentes em relação ao grau de reabsorção. Alguns estudos mostram
que a intrusão em conjunto com o movimento de torque lingual, movimentos
horizontais do ápice aumentam a chance de ocorrer reabsorção radicular (Baumrind
et al., 1996, Costopoulos; Nanda, 1996, Mirabella; Artun, 1995b, Parker; Harris,
Discussão 100
1998, Selow, 2006). Para Parker e Harris(Parker; Harris, 1998), 1998 os movimentos
de extrusão, retração em corpo e torque vestibular também são fatores de risco,
porém menos agressivos que a intrusão e o torque lingual por exemplo. Para Beltrão
(2005) quanto mais se movimenta no sentido ântero-posterior maior a reabsorção,
sendo esse o fator encontrado em 29% das reabsorções encontradas nos pacientes
durante o tratamento ortodôntico.
6.4.17. UA + UP
Dentro das variáveis cefalométricas apenas a espessura óssea (UA + UP)
apresentou resultado estatisticamente significativo (P = 0,015) confirmando o que os
autores acreditam sobre o maior risco de reabsorção em pacientes com cortical de
espessura fina, que o grupo com reabsorção radicular severa apresentou um
menor valor da medida UA+UP, indicando que a espessura da cortical óssea nesse
grupo era menor, em comparação ao grupo que apresentou reabsorção radicular
ausente ou suave.
Segundo Handelman (1996) a dimensão do alvéolo (UA + UP) parece fixar
limites ao tratamento ortodôntico e desafiar esses limites pode acelerar seqüelas
iatrogênicas como fenestrações e reabsorções dentárias. Para Costopoulos e Nanda
(1996) quanto maior a distância que o ápice percorre dentro da cortical óssea
durante o movimento ortodôntico, maior será o tempo em que ele estaem contato
com o processo inflamatório com presença de atividade osteocstica (indutora da
reabsorção radicular). Segundo Horiuchi, Hotokezaka e Kobayashi (1998)
observaram que a aproximação do ápice à cortical palatina tamm influencia a
RRE, para estes autores, a largura maxilar insuficiente ao movimento dentário pode
ser considerada um risco associado à reabsorção radicular.
Discussão 101
6.5 Considerações Clínicas
Dentre as 19 variáveis avaliadas neste estudo apenas 5 (idade, tempo de
tratamento, tipo de tratamento com ou sem exodontia, grau de reabsorção inicial e
espessura óssea alveolar maxilar - UA + UP) mostraram relação estatisticamente
significante com maior risco de desenvolver reabsorção radicular severa. Isto
comprova a idéia de Parker e Harris (1998) de que a reabsorção é uma iatrogenia
inevitável em pacientes submetidos à tratamento ortodôntico, porém reabsorções
severas não o tão comuns, sendo mais prevalentes as reabsorções radiculares
leves e, portanto, superiores os benefícios estéticos e funcionais comparados à
seqüela iatrogênica da reabsorção.
Cabe ao profissional avaliar a presença destas variáveis, levando-as em
consideração durante o diagnóstico, determinando um plano de tratamento
minucioso a fim de reduzir a influência destas variáveis no risco de desenvolver
reabsorção.
É importante tamm que o ortodontista acompanhe a evolução da
Ortodontia. Segundo Canto (1997) o constante desenvolvimento e evolução dos
materiais ortodônticos e técnicas que minimizem a reabsorção radicular apical vêm
proporcionando maior conforto para o profissional, sendo este caracterizado pela
diminuição do tempo de cadeira e das consultas necessárias para o ajuste do
aparelho. Os pacientes tamm são favorecidos que os novos materiaiso
menos traumáticos e melhoram rapidamente a estética.
É de extrema importância acompanhar periodicamente, através de
radiografias periapicais o grau de reabsorção radicular, que esta é uma iatrogenia
inevitável ao paciente submetido a tratamento ortodôntico. Consolaro (2005) sugere
que este acompanhamento seja feito semestralmente nos casos de pacientes com
reabsorções radiculares leves (grau 0 ou 1) e trimestralmente quando estes
apresentarem graus mais severos (grau 3 ou 4). Uma tomada radiográfica após 6
meses de tratamento é indicada com o propósito de evitar que veis moderados de
perda radicular, presentes já nesta fase, intensifiquem ainda mais até o fim do
Discussão 102
tratamento (Capelozza Filho, 1998, Levander; Malmgren, 1988, Levander et al.,
1994).
6.6 Sugestão para novos trabalhos
Selecionar uma amostra de pacientes com discrepâncias esqueléticas mais
significativas para avaliar com mais precisão a relação destas com a
reabsorção radicular externa;
Avaliar a relação entre a reabsorção radicular externa e a mecânica para
correção de mordida aberta e sobremordida, baseada nos movimentos de
intrusão e extrusão, em pacientes com índices significativos destas más
oclusões.
Analisar a reação de diferentes formas radiculares e cristas ósseas perante
forças de rios tipos e intensidades, utilizando modelo foto-elástico ou
elemento finito.
7 CONCLUSÃO
7 CONCLUSÃO7 CONCLUSÃO
7 CONCLUSÃO
Conclusão 104
7 CONCLUSÃO
Com base na metodologia empregada e nos resultados obtidos pode-se
concluir que:
Gênero, tipo de má oclusão, morfologia da raiz e da crista óssea; e presença ou não
de trauma prévio não são os fatores de risco para o desenvolvimento de
reabsorções radiculares apicais severas;
O protocolo de tratamento quanto à realização de extração aumenta o risco de
reabsorções radiculares apicais severas. Casos tratados com extração apresentam
uma maior tendência à reabsorção severa do que casos tratados sem extração;
O comprimento radicular pequeno e a proporção coroa:raiz diminuída, já ao início do
tratamento, aumentam a chance de desenvolver reabsorção severa;
Pacientes com cortical óssea alveolar maxilar de espessura fina tem maior tendência
a desenvolver reabsorção severa que pacientes com boa espessura óssea;
As seguintes variáveis cefalométricas lineares, 1-PTV apical e incisal, Wits, overjet,
overbite, PFH/AFH, H-11; e angulares, FMA, ANB, 1.NA não são fatores de risco à
ocorrência de reabsorção radicular severa.
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APÊNDICE
APÊNDICEAPÊNDICE
APÊNDICE
Apêndice 114
APÊNDICE – GRUPO 1
NOME grupo
SEXO
OCLUSÃO
IDADE
INICIAL
IDADE
FINAL
TEMPO DE
TRATAMENTO
exo
Eduardo Xavier
1 M ll 24,74 26,92 2,18 não
Igor de souza
1 M l 12,59 16,12 3,53 sim
Joana de B.
1 F ll 3,58 6,08 2,50 sim
João Rafael
1 M ll 13,57 16,88 3,31 não
Luciana Menezes Agostinho
1 F l 16,79 19,36 2,57 não
Maiara F. Torres
1 F lll 10,94 14,47 3,53 sim
Mariana Rocha
1 F lll 21,10 22,34 1,24 não
Marlene de Paes
1 F ll 13,19 15,90 2,70 sim
Melina Martins Magalhães
1 F l 15,57 19,14 3,57 não
Mayana Cristina Mendes
1 F ll 14,61 20,20 5,59 não
Sarah S. Costa
1 F ll 20,30 22,47 2,18 sim
Tayane A. Magalhães
1 F ll 16,10 18,84 2,73 não
Thais Pinheiro
1 F ll 15,18 17,28 2,10 não
Adahilton N. Lima
1 M ll 25,53 28,67 3,14 sim
Allan Rodrigues
1 F lll 16,14 19,59 3,45 não
Amanda Paula Jos
1 F lll 12,16 16,55 4,38 não
Ana Beatriz A. Cavalcante
1 F ll 13,53 17,03 3,50 sim
André Renan Costa Silva
1 M lll 12,35 17,36 5,01 sim
Bruno de Paulo Lima
1 M ll 15,56 18,33 2,77 não
Caio Vitor Alves
1 M lll 14,22 18,33 4,10 não
Camila Braulino
1 F ll 13,01 16,49 3,48 sim
Cássia M. de Sena
1 F lll 14,18 18,30 4,13 sim
Elaine Cristina
1 F l 12,04 15,22 3,18 sim
Franciso Felipe
1 M ll 15,10 18,80 3,70 sim
Felipe
1 M ll 16,28 20,11 3,83 sim
Fernando Átila N. de Sousa
1 M ll 17,18 20,77 3,59 não
Ingrid Pereira de Freitas
1 F l 17,14 21,01 3,87 não
Ivanilda Fernandes
1 F ll 17,15 21,54 4,39 sim
Jéssica Ingrid
1 F l 17,59 19,10 1,51 não
João Manoel Jacinto
1 M ll 15,05 17,89 2,84 sim
Jorge Phelipe
1 M ll 11,91 15,05 3,14 sim
Larissa Firmino
1 F lll 16,41 18,10 1,69 sim
Leydiane Viana
1 F ll 16,93 19,45 2,52 não
Leonardo Medeiros P. Carneiro
1 M ll 20,41 24,14 3,73 não
Mara Célia de Souza Moreira
1 F ll 24,84 28,18 3,34 sim
Maria do Socorro Ferreira
1 F lll 39,58 43,45 3,87 sim
Priscila Kélbia C. Landim
1 F l 19,63 22,67 3,04 não
Rafael Evangelista
1 M ll 12,16 14,38 2,23 não
Raquel Cruz Bezerra
1 F ll 16,63 19,86 3,24 não
Rebeca de Sousa
1 F ll 18,47 21,73 3,25 sim
Rodrigo Queiroz
1 M ll 14,50 18,37 3,87 sim
Sandrine Meneses Braun
1 F ll 11,81 13,82 2,01 não
Saulo Passos
1 M lll 23,77 26,19 2,42 não
Sheila Rizolda
1 F l 19,67 23,47 3,80 sim
Silvana Carneiro
1 F ll 29,39 32,31 2,92 sim
Suyane Alves
1 F ll 16,81 20,43 3,63 não
Taís Sousa
1 F ll 14,87 17,69 2,82 não
Valessa Klébia S. Oliveira
1 F lll 18,53 21,81 3,29 não
Apêndice 115
NOME grupo SEXO
OCLUSÃO
IDADE
INICIAL
IDADE
FINAL
TEMPO DE
TRATAMENTO
Vicente Emanuel
1 M lll 12,61 16,59 3,98
Vilmar
1 M lll 18,43 21,67 3,24
Anarjara C. da Silva
2 F lll 18,54 20,85 2,31
André Luiz B. Eleutério
2 M ll 17,78 21,16 3,38
Carmem Cristina
2 F ll 24,98 29,51 4,53
Cibele Monteiro
2 F ll 50,50 54,00 3,50
Daniele Braga
2 F ll 16,15 19,48 3,33
Dayse Nery
2 F l 17,09 20,92 3,83
Edinaura L. Ferreira
2 F lll 21,62 25,80 4,18
Elizoneide Rabelo
2 F lll 25,71 28,43 2,72
Francisca Cícera Vieira Costa
2 F l 21,97 25,46 3,49
Francisco Leonardo
2 M ll 16,97 22,34 5,37
Francineide L. de Araújo
2 F ll 19,89 26,61 6,72
Gabriel L. dos Santos
2 M ll 15,64 19,73 4,09
Giselly S. de Carneiro
2 F l 12,21 15,60 3,39
Iago Teles
2 M l 12,74 16,08 3,34
Iracilma Crispim
2 F ll 36,49 40,18 3,70
Jéssica C. de Brito
2 F ll 15,47 18,56 3,09
José de Arimatéia G. de Morais
2 M l 22,09 27,59 5,50
Juliana da F. Almeida
2 F l 15,83 18,83 2,99
Juliani Sgambath
2 F l 19,24 22,85 3,61
Kelyllene F. Pinheiro
2 F ll 17,73 20,89 3,16
Kemile de S. Ricarte
2 F ll 13,01 16,55 3,54
Luciola M. Cordeiro
2 F l 16,58 21,23 4,65
Maria Débora
2 F ll 21,72 25,52 3,79
Maria Viviane Lucena
2 F ll 22,70 26,01 3,31
Mirleide Pereira
2 F ll 25,32 30,22 4,90
Naiara Martins
2 F ll 14,58 19,01 4,42
Natália G. de Oliveira
2 F ll 14,31 19,16 4,85
Nívea M. M. Correa
2 F ll 16,21 22,03 5,82
Rita de Cássia M. da Silva
2 F ll 13,12 17,65 4,53
Thayane C. C. Sales
2 F l 12,38 15,73 3,35
Viviane dos Santos
2 F l 19,70 22,49 2,79
Ana Karyne
2 F ll
24,75 28,57 3,82
Ana M. da Paz Canafístula
2 F lll
28,04 30,75 2,71
Antônio Carlos Carneiro
2 M ll
12,77 17,45 4,68
Athayde de Assis
2 M ll
12,45 17,72 5,28
Carlos Eduardo
2 M ll
24,16 27,89 3,73
Daniel Dias
2 M ll
24,27 28,93 4,67
Emanuelle ferreira
2 F ll
13,64 16,03 2,39
Francisco Lincon G. de Oliveira
2 M ll
15,76 20,21 4,44
Gabriela R. Conrado
2 F lll
22,72 25,86 3,15
Galba de Paulo M. Filho
2 M l
25,83 31,99 6,15
Gustavo santiago
2 M ll
16,13 20,32 4,19
José Adailton
2 M ll
22,71 27,62 4,91
Karoline F. Antunes
2 F ll
12,50 15,25 2,75
Kátia Brasilina
2 F ll
27,88 33,26 5,38
Lorena de O. Morais
2 F ll
22,92 26,32 3,40
Lucineide da Silva
2 F ll
27,07 31,73 4,66
Natielle da S. Rodrigues
2 F l
17,36 20,03 2,67
Simone M. G. Lima
2 F lll
17,02 21,07 4,04
Apêndice 116
NOME
COMPRIMENTO
RADICULAR
INICIAL (mm)
COMPRIMENTO
RADICULAR
FINAL (mm)
COMPRIMENTO
RADICULAR
FINAL-INICIAL
(mm)
Proporção
Inicial
(Coroa:Raiz)
Proporção
Final
(Coroa:Raiz)
proporção
Coroa:Raiz
T2-1
Eduardo Xavier
16,31 15,92 -0,39 1,67 1,63 -0,04
Igor de souza
15,33 15,21 -0,12 1,44 1,42 -0,02
Joana de B.
15,69 14,07 -1,62 1,54 1,53 -0,01
João Rafael
17,96 17,5 -0,46 1,73 1,72 -0,01
Luciana Menezes Agostinho
12,84 12,63 -0,21 1,2 1,18 -0,02
Maiara F. Torres
17,2 17 -0,20 1,73 1,71 -0,02
Mariana Rocha
13,82 13,8 -0,02 1,57 1,57 0,00
Marlene de Paes
19,36 19,2 -0,16 1,91 1,9 -0,01
Melina Martins Magalhães
17,1 16,8 -0,30 1,8 1,78 -0,02
Mayana Cristina Mendes
19,72 18,95 -0,77 2,2 2,13 -0,07
Sarah S. Costa
10,3 10,25 -0,05 1,06 1,06 0,00
Tayane A. Magalhães
16,93 16,01 -0,92 1,68 1,64 -0,04
Thais Pinheiro
17,09 17 -0,09 1,75 1,75 0,00
Adahilton N. Lima
17,67 16,86 -0,81 1,88 1,83 -0,05
Allan Rodrigues
20,03 19,02 -1,01 1,94 1,91 -0,03
Amanda Paula Jos
15,42 15,35 -0,07 1,74 1,74 0,00
Ana Beatriz A. Cavalcante
16,84 15,96 -0,88 1,69 1,67 -0,02
André Renan Costa Silva
19,95 19,31 -0,64 2,08 2,03 -0,05
Bruno de Paulo Lima
14,8 14,55 -0,25 1,84 1,83 -0,01
Caio Vitor Alves
17,31 16,72 -0,59 1,82 1,77 -0,05
Camila Braulino
14,52 14,12 -0,40 1,69 1,67 -0,02
Cássia M. de Sena
16,72 16,32 -0,40 1,81 1,77 -0,04
Elaine Cristina
18,7 17,88 -0,82 2,1 2,05 -0,05
Franciso Felipe
18,07 17,42 -0,65 1,96 1,93 -0,03
Felipe
16,26 15,74 -0,52 1,8 1,74 -0,06
Fernando Átila N. de Sousa
20,62 19,7 -0,92 1,89 1,86 -0,03
Ingrid Pereira de Freitas
17,86 17,21 -0,65 1,81 1,84 0,03
Ivanilda Fernandes
14,52 14,09 -0,43 1,52 1,51 -0,01
Jéssica Ingrid
16,2 15,77 -0,43 2,08 2,04 -0,04
João Manoel Jacinto
17,2 16,96 -0,24 1,69 1,67 -0,02
Jorge Phelipe
19,75 18,76 -0,99 1,84 1,76 -0,08
Larissa Firmino
15,73 14,55 -1,18 1,85 1,78 -0,07
Leydiane Viana
16,53 15,74 -0,79 1,77 1,74 -0,03
Leonardo Medeiros P. Carneiro
17,21 15,59 -1,62 1,89 1,84 -0,05
Mara Célia de Souza Moreira
15,75 15,05 -0,70 1,8 1,77 -0,03
Maria do Socorro Ferreira
18,16 17,85 -0,31 2,39 2,38 -0,01
Priscila Kélbia C. Landim
14,63 12,36 -2,27 1,8 1,6 -0,20
Rafael Evangelista
18,82 18,2 -0,62 2,55 2,54 -0,01
Raquel Cruz Bezerra
13,35 11,37 -1,98 1,72 1,51 -0,21
Rebeca de Sousa
14,29 14,13 -0,16 1,79 1,77 -0,02
Rodrigo Queiroz
18,62 17,24 -1,38 1,75 1,72 -0,03
Sandrine Meneses Braun
18,32 18 -0,32 2,21 2,18 -0,03
Saulo Passos
15,22 14,93 -0,29 1,75 1,72 -0,03
Sheila Rizolda
16,79 16,11 -0,68 1,93 1,85 -0,08
Silvana Carneiro
16,01 15,7 -0,31 1,99 1,96 -0,03
Suyane Alves
15,69 15,02 -0,67 1,99 1,92 -0,07
Taís Sousa
15,51 15,01 -0,50 1,79 1,78 -0,01
Valessa Klébia S. Oliveira
14,81 14,38
-0,43 1,72
1,7 -0,02
Apêndice 117
NOME
RRE Inicial
(Score de
Malmgren)
RRE Final
(Score de
Malmgren)
1-PTV Incisal
(mm)
1-PTV
apical (mm)
FMA
(Graus)
PFH/AFH
(mm)
Eduardo Xavier
0 0 70,79 58,04 7 1,18
Igor de souza
0 0 58,53 46,97 27 0,63
Joana de B.
0 0 64,29 55,2 27 0,67
João Rafael
0 0 62 54,91 30 0,79
Luciana Menezes Agostinho
0 0 59,16 45,65 15 0,92
Maiara F. Torres
0 0 49,9 45 33,5 0,64
Mariana Rocha
0 0 56,03 48,07 27 0,6
Marlene de Paes
0 0 61,13 47,53 28 0,66
Melina Martins Magalhães
0 0 61,03 49 41 0,56
Mayana Cristina Mendes
0 0 66,65 55 19 0,71
Sarah S. Costa
0 0 55 48,9 30 0,68
Tayane A. Magalhães
0 0 59,8 50,25 53 0,63
Thais Pinheiro
0 0 55,45 49,11 34 0,69
Adahilton N. Lima
0 1 68,5 55,74 15 0,95
Allan Rodrigues
0 1 65,15 54,3 34 0,64
Amanda Paula Josué
0 1 57,7 45,46 34 0,67
Ana Beatriz A. Cavalcante
0 1 70,4 52,7 20 0,78
André Renan Costa Silva
0 1 50,6 43,05 33 0,63
Bruno de Paulo Lima
1 1 56,02 53,22 30 0,79
Caio Vitor Alves
0 1 50,46 44,06 36 0,67
Camila Braulino
0 1 54,79 46,8 23 0,73
Cássia M. de Sena
0 1 61,49 50,2 30 0,7
Elaine Cristina
0 1 61,54 52 25,5 0,74
Franciso Felipe
0 1 56,8 49,82 27 0,83
Felipe
0 1 53,08 4,82 28 0,74
Fernando Átila N. de Sousa
0 1 73,15 62,2 22 0,74
Ingrid Pereira de Freitas
0 1 55,4 46,68 31 0,67
Ivanilda Fernandes
0 1 59,7 46,95 28 0,66
Jéssica Ingrid
0 1 53,93 47,84 32 0,63
João Manoel Jacinto
0 1 64,28 52,44 38 0,68
Jorge Phelipe
0 1 62,18 52,3 31 0,52
Larissa Firmino
0 1 60,32 49,16 26 0,59
Leydiane Viana
0 1 59,3 47,66 26 0,75
Leonardo Medeiros P. Carneiro
0 1 66,12 58,54 21 0,77
Mara Célia de Souza Moreira
0 1 52,72 48,84 32 0,63
Maria do Socorro Ferreira
0 1 46,47 55,04 29 0,79
Priscilalbia C. Landim
0 1 68,55 54,85 21,5 0,82
Rafael Evangelista
0 1 51,6 62,8 19,5 0,81
Raquel Cruz Bezerra
0 1 66,42 49,16 19,5 0,77
Rebeca de Sousa
0 1 55,75 50,53 18 0,9
Rodrigo Queiroz
0 1 58,53 46,97 27 0,63
Sandrine Meneses Braun
0 1 59,29 48,5 31,5 0,67
Saulo Passos
0 1 62,98 51,1 34 0,63
Sheila Rizolda
0 1 63,68 51 33 0,65
Silvana Carneiro
0 1 56,3 49 22 0,79
Suyane Alves
0 1 62,96 46,3 22 0,87
Taís Sousa
0 1 56,34 49,72 26 0,71
Valessa Klébia S. Oliveira
1,00
1,00 56,63 47,25
22 0,72
Apêndice 118
NOME
ANB (graus) WITS (mm) 1.NA (graus)
OVERJET
(mm)
Eduardo Xavier
1
-
0,2
31
0,3
Igor de souza
2
-
3,28
31
2
Joana de B.
5
-
2,9
28
0,5
João Rafael
4
1,06
17,5
3
Luciana Menezes Agostinho
2,5
-
5,25
36
1,9
Maiara F. Torres
-
0,5
-
15,3
13
-
0,15
Mariana Rocha
1,5
-
2,25
23
1,4
Marlene de Paes
3
-
1,3
31
0,42
Melina Martins Magalhães
1
-
3,27
32
1,9
Mayana Cristina Mendes
3,5
-
0,8
25
2,35
Sarah S. Costa
3,5
0,65
16
3,95
Tayane A. Magalhães
1,5
-
3,98
28
1,45
Thais Pinheiro
3
-
0,1
19
0,00
Adahilton N. Lima
4
1,93
29
0,4
Allan Rodrigues
0,5
-
8,2
29
0
Amanda Paula Josué
2
-
3,6
34,5
1,02
Ana Beatriz A. Cavalcante
3,5
3,1
37,5
6,09
André Renan Costa Silva
0,5
-
8,3
23
0
Bruno de Paulo Lima
3,5
0
9
0
Caio Vitor Alves
0
-
5,55
24
-
3,8
Camila Braulino
0
-
6,8
27
0,73
Cássia M. de Sena
2
-
2,8
30
0,5
Elaine Cristina
2
-
2,75
24
1,3
Franciso Felipe
2
1,34
21,5
3,63
Felipe
3
4,04
13
0,86
Fernando Átila N. de Sousa
6
0,2
17,5
1,45
Ingrid Pereira de Freitas
4
-
0,65
21,5
1,8
Ivanilda Fernandes
4
-
2,88
28,5
1,18
Jéssica Ingrid
0,5
-
4,24
18,5
0,4
João Manoel Jacinto
4
0,66
33
0
Jorge Phelipe
6
0,6
17
0,55
Larissa Firmino
1
-
0,97
32
0
Leydiane Viana
3
7
33
1,77
Leonardo Medeiros P. Carneiro
4
4,4
7
2,37
Mara Célia de Souza Moreira
3,5
2,5
15
0
Maria do Socorro Ferreira
2
-
10,3
20
-
0,15
Priscilalbia C. Landim
0
0
35
1,33
Rafael Evangelista
-
3,5
-
1,15
29
1,7
Raquel Cruz Bezerra
-
3,5
-
7,6
45
0
Rebeca de Sousa
5
1,17
21
2,45
Rodrigo Queiroz
2
-
3,28
31
2
Sandrine Meneses Braun
4
67,04
47
3,79
Saulo Passos
-
3,5
-
7,6
36
0
Sheila Rizolda
4
-
0,86
33
1,35
Silvana Carneiro
4
-
4,72
28
0
Suyane Alves
1,5
-
4,5
37
2,56
Taís Sousa
3
0,1
21
0,29
Valessa Klébia S. Oliveira
-
2
-
7,55
18
-
0,57
Apêndice 119
NOME
UA + UP
(mm)
FORMA RAIZ
CRISTA
ÓSSEA
TRAUMA?
Eduardo Xavier
31,4
P
F
sim
Igor de souza
14,04
R
F
sim
Joana de B.
12,73
R
C
não
João Rafael
10,04
R
C
não
Luciana Menezes Agostinho
8,89
P
C
não
Maiara F. Torres
14,31
R
F
não
Mariana Rocha
20,22
P
F
não
Marlene de Paes
10,57
R
F
não
Melina Martins Magalhães
13,85
R
F
não
Mayana Cristina Mendes
13,14
R
F
não
Sarah S. Costa
13,28
P
F
não
Tayane A. Magalhães
10,07
T
C
não
Thais Pinheiro
14,25
R
C
não
Adahilton N. Lima
20,42
R
C
não
Allan Rodrigues
12,22
R
F
não
Amanda Paula Josué
12,22
P
F
não
Ana Beatriz A. Cavalcante
13,23
P
F
não
André Renan Costa Silva
11,03
R
F
sim
Bruno de Paulo Lima
17,35
R
C
sim
Caio Vitor Alves
11,39
R
F
não
Camila Braulino
10,74
R
C
não
Cássia M. de Sena
11,98
R
F
não
Elaine Cristina
12,25
R
F
não
Franciso Felipe
16,41
P
F
não
Felipe
14,21
R
C
sim
Fernando Átila N. de Sousa
16,3
T
F
não
Ingrid Pereira de Freitas
10,65
R
C
não
Ivanilda Fernandes
9,81
R
C
não
Jéssica Ingrid
10,36
R
C
não
João Manoel Jacinto
10,3
R
F
não
Jorge Phelipe
13,75
T
F
não
Larissa Firmino
11,39
P
F
não
Leydiane Viana
11,98
D
C
não
Leonardo Medeiros P. Carneiro
17,94
R
C
não
Mara Célia de Souza Moreira
9,66
R
C
não
Maria do Socorro Ferreira
15,35
D
F
não
Priscilalbia C. Landim
13,73
R
C
não
Rafael Evangelista
15,86
R
C
não
Raquel Cruz Bezerra
16,15
P
F
não
Rebeca de Sousa
25,72
R
F
não
Rodrigo Queiroz
14,04
R
F
não
Sandrine Meneses Braun
11,49
P
F
não
Saulo Passos
12,55
R
F
não
Sheila Rizolda
9,5
R
F
não
Silvana Carneiro
11,73
R
F
não
Suyane Alves
23,62
R
C
não
Taís Sousa
16,27
R
C
não
Valessa Klébia S. Oliveira
26,58
R
C
não
Apêndice 120
GRUPO 2
NOME
grupo SEXO
OCLUSÃO
IDADE
INICIAL
IDADE
FINAL
TEMPO DE
TRATAMENTO
exo
Anarjara C. da Silva
2 F lll 18,54 20,85 2,31 sim
André Luiz B. Eleutério
2 M ll 17,78 21,16 3,38 não
Carmem Cristina
2 F ll 24,98 29,51 4,53 sim
Cibele Monteiro
2 F ll 50,50 54,00 3,50 sim
Daniele Braga
2 F ll 16,15 19,48 3,33 sim
Dayse Nery
2 F l 17,09 20,92 3,83 não
Edinaura L. Ferreira
2 F lll 21,62 25,80 4,18 não
Elizoneide Rabelo
2 F lll 25,71 28,43 2,72 sim
Francisca Cícera Vieira Costa
2 F l 21,97 25,46 3,49 sim
Francisco Leonardo
2 M ll 16,97 22,34 5,37 sim
Francineide L. de Araújo
2 F ll 19,89 26,61 6,72 sim
Gabriel L. dos Santos
2 M ll 15,64 19,73 4,09 não
Giselly S. de Carneiro
2 F l 12,21 15,60 3,39 não
Iago Teles
2 M l 12,74 16,08 3,34 sim
Iracilma Crispim
2 F ll 36,49 40,18 3,70 sim
Jéssica C. de Brito
2 F ll 15,47 18,56 3,09 sim
José de Arimatéia G. de Morais
2 M l 22,09 27,59 5,50 sim
Juliana da F. Almeida
2 F l 15,83 18,83 2,99 sim
Juliani Sgambath
2 F l 19,24 22,85 3,61 não
Kelyllene F. Pinheiro
2 F ll 17,73 20,89 3,16 sim
Kemile de S. Ricarte
2 F ll 13,01 16,55 3,54 sim
Luciola M. Cordeiro
2 F l 16,58 21,23 4,65 sim
Maria Débora
2 F ll 21,72 25,52 3,79 sim
Maria Viviane Lucena
2 F ll 22,70 26,01 3,31 sim
Mirleide Pereira
2 F ll 25,32 30,22 4,90 sim
Naiara Martins
2 F ll 14,58 19,01 4,42 sim
Natália G. de Oliveira
2 F ll 14,31 19,16 4,85 não
Nívea M. M. Correa
2 F ll 16,21 22,03 5,82 sim
Rita de Cássia M. da Silva
2 F ll 13,12 17,65 4,53 sim
Thayane C. C. Sales
2 F l 12,38 15,73 3,35 sim
Viviane dos Santos
2 F l 19,70 22,49 2,79 sim
Ana Karyne
2 F ll
24,75 28,57 3,82 sim
Ana M. da Paz Canafístula
2 F lll
28,04 30,75 2,71 não
Antônio Carlos Carneiro
2 M ll
12,77 17,45 4,68 sim
Athayde de Assis
2 M ll
12,45 17,72 5,28 sim
Carlos Eduardo
2 M ll
24,16 27,89 3,73 sim
Daniel Dias
2 M ll
24,27 28,93 4,67 sim
Emanuelle ferreira
2 F ll
13,64 16,03 2,39 sim
Francisco Lincon G. de Oliveira
2 M ll
15,76 20,21 4,44 sim
Gabriela R. Conrado
2 F lll
22,72 25,86 3,15 sim
Galba de Paulo M. Filho
2 M l
25,83 31,99 6,15 sim
Gustavo santiago
2 M ll
16,13 20,32 4,19 sim
José Adailton
2 M ll
22,71 27,62 4,91 sim
Karoline F. Antunes
2 F ll
12,50 15,25 2,75 sim
Kátia Brasilina
2 F ll
27,88 33,26 5,38 sim
Lorena de O. Morais
2 F ll
22,92 26,32 3,40 não
Lucineide da Silva
2 F ll
27,07 31,73 4,66 sim
Natielle da S. Rodrigues
2 F l
17,36 20,03 2,67 sim
Simone M. G. Lima
2 F lll
17,02 21,07 4,04 sim
Apêndice 121
NOME
COMPRIMENTO
RADICULAR
INICIAL (mm)
COMPRIMENTO
RADICULAR
FINAL (mm)
COMPRIMENTO
RADICULAR
FINAL-INICIAL
(mm)
Proporção
Inicial
(Coroa:Raiz)
Proporção
Final
(Coroa:Raiz)
proporção
Coroa:Raiz
T2-1
Anarjara C. da Silva
13,64 11,16 -2,48 1,52 1,25 -0,27
André Luiz B. Eleutério
16,18 12,81 -3,37 1,65 1,3 -0,35
Carmem Cristina
17,38 12,57 -4,81 1,75 1,41 -0,34
Cibele Monteiro
16,47 14,01 -2,46 2,11 1,82 -0,29
Daniele Braga
14,35 10,93 -3,42 1,39 1,12 -0,27
Dayse Nery
17,71 14,25 -3,46 2,07 1,69 -0,38
Edinaura L. Ferreira
15,76 13,27 -2,49 1,84 1,56 -0,28
Elizoneide Rabelo
13,95 12,49 -1,46 1,54 1,4 -0,14
Francisca C. Vieira Costa
15,38 13,15 -2,23 1,58 1,43 -0,15
Francisco Leonardo
15,51 13,92 -1,59 1,62 1,49 -0,13
Francineide L. de Araújo
15,45 12,75 -2,70 1,71 1,47 -0,24
Gabriel L. dos Santos
18,1 15,7 -2,40 1,75 1,51 -0,24
Giselly S. de Carneiro
17,87 14,39 -3,48 1,92 1,56 -0,36
Iago Teles
17,6 13,41 -4,19 1,79 1,4 -0,39
Iracilma Crispim
15,92 10,95 -4,97 1,66 1,4 -0,26
Jéssica C. de Brito
16,49 12,87 -3,62 1,62 1,38 -0,24
José de A. G. de Morais
17,98 13,44 -4,54 1,96 1,46 -0,50
Juliana da F. Almeida
14,43 11,86 -2,57 1,53 1,3 -0,23
Juliani Sgambath
17,45 11,32 -6,13 1,78 1,17 -0,61
Kelyllene F. Pinheiro
16,81 14,15 -2,66 1,66 1,59 -0,07
Kemile de S. Ricarte
14,26 11,8 -2,46 1,51 1,38 -0,13
Luciola M. Cordeiro
14,74 13,17 -1,57 1,62 1,43 -0,19
Maria Débora
14,91 12,64 -2,27 1,73 1,51 -0,22
Maria Viviane Lucena
13,09 10,69 -2,40 1,34 1,1 -0,24
Mirleide Pereira
16,21 13,91 -2,30 1,68 1,44 -0,24
Naiara Martins
15,7 13,32 -2,38 1,47 1,28 -0,19
Natália G. de Oliveira
15,49 14,1 -1,39 1,72 1,64 -0,08
Nívea M. M. Correa
17,24 13,87 -3,37 1,87 1,68 -0,19
Rita de Cássia M. da Silva
16,37 14,52 -1,85 1,63 1,46 -0,17
Thayane C. C. Sales
16,55 14,42 -2,13 1,92 1,71 -0,21
Viviane dos Santos
16,69 12,98 -3,71 1,75 1,4 -0,35
Ana Karyne
17,51 11,51 -6,00 2,18 1,52 -0,66
Ana M. da Paz Canafístula
14,85 11,23 -3,62 1,78 1,37 -0,41
Antônio Carlos Carneiro
16,6 12,51 -4,09 1,91 1,45 -0,46
Athayde de Assis
13,8 10,09 -3,71 1,36 1,08 -0,28
Carlos Eduardo
16,71 13,45 -3,26 1,66 1,34 -0,32
Daniel Dias
16,08 12,96 -3,12 1,64 1,33 -0,31
Emanuelle ferreira
11,15 5,93 -5,22 1,15 0,65 -0,50
Francisco L. G. de Oliveira
18,21 11,39 -6,82 1,88 1,24 -0,64
Gabriela R. Conrado
16,58 14 -2,58 1,79 1,52 -0,27
Galba de Paulo M. Filho
16,93 12,57 -4,36 1,59 1,34 -0,25
Gustavo santiago
15,77 12,66 -3,11 1,82 1,5 -0,32
José Adailton
17,41 10,09 -7,32 1,98 1,16 -0,82
Karoline F. Antunes
17,42 12,74 -4,68 1,9 1,41 -0,49
Kátia Brasilina
15,39 12,43 -2,96 1,51 1,32 -0,19
Lorena de O. Morais
12,26 8,84 -3,42 1,33 1,03 -0,30
Lucineide da Silva
15,35 9,14 -6,21 1,56 0,96 -0,60
Natielle da S. Rodrigues
13,75 10,5 -3,25 1,42 1,09 -0,33
Simone M. G. Lima
17,67 13,16 -4,51 1,75 1,4 -0,35
Apêndice 122
NOME
RRE Inicial
(Score de
Malmgren)
RRE Final
(Score de
Malmgren)
1-PTV Incisal
(mm)
1-PTV apical
(mm)
FMA
(Graus)
PFH/AFH
(mm)
Anarjara C. da Silva
0 3 58,9 47,16 30 0,75
André Luiz B. Eleutério
0 3 68,85 55,06 21 0,73
Carmem Cristina
0 3 62,04 51,53 27 0,76
Cibele Monteiro
0 3 63,16 51,74 21 0,87
Daniele Braga
1 3 60,65 48,72 18,5 0,85
Dayse Nery
0 3 68,02 53,55 18,5 0,79
Edinaura L. Ferreira
1 3 56,84 51,22 34 0,56
Elizoneide Rabelo
0 3 64,03 56,25 30 0,78
Francisca C. Vieira Costa
0 3 65,57 51,16 25 0,76
Francisco Leonardo
0 3 59,72 51,69 30,5 0,66
Francineide L. de Araújo
0 3 43,72 47,66 34 0,75
Gabriel L. dos Santos
0 3 59,12 48,15 33 0,72
Giselly S. de Carneiro
0 3 59,52 48,24 33 0,69
Iago Teles
0 3 62,49 48,15 36 0,62
Iracilma Crispim
1 3 52,92 47,13 35,5 0,67
Jéssica C. de Brito
0 3 72,4 58,54 22 0,8
José de A. G. de Morais
0 3 66,5 54,84 30 0,89
Juliana da F. Almeida
0 3 62,58 54,84 19 0,68
Juliani Sgambath
0 3 64,24 51,91 23 0,72
Kelyllene F. Pinheiro
0 3 56,5 47,58 33 0,61
Kemile de S. Ricarte
0 3 57,75 48,38 21 0,68
Luciola M. Cordeiro
1 3 62,55 49,4 23,5 0,71
Maria Débora
0 3 62,76 47,6 23 0,72
Maria Viviane Lucena
1 3 60 51,06 29 0,71
Mirleide Pereira
1 3 58,56 46,65 23 0,57
Naiara Martins
1 3 55,2 45,47 23 0,75
Natália G. de Oliveira
1 3 60,45 48,46 34,5 0,67
Nívea M. M. Correa
0 3 67,47 57,1 20 0,81
Rita de Cássia M. da Silva
0 3 61,44 48,38 21 0,79
Thayane C. C. Sales
0 3 60,98 49,9
33,00
0,62
Viviane dos Santos
1 3 61,68 48,13 25 0,67
Ana Karyne
1 4 58,38 50,64 22 0,8
Ana M. da Paz Canafístula
0 4 55,6 46,7 34 0,76
Antônio Carlos Carneiro
1 4 60,83 58,92 21 0,68
Athayde de Assis
0 4 60,42 52,05 21 1,25
Carlos Eduardo
1 4 62,7 54,34 32 0,58
Daniel Dias
0 4 67,78 51,39 20 0,76
Emanuelle ferreira
1 4 67,64 49,74 19 0,85
Francisco L. G. de Oliveira
0 4 70,8 58,76 28 0,58
Gabriela R. Conrado
0 4 56,68 47,05 33,5 0,71
Galba de Paulo M. Filho
1 4 60,67 50,3 31 0,67
Gustavo santiago
1 4 67,13 55,1 21 0,85
José Adailton
0 4 65 55,94 19,5 0,82
Karoline F. Antunes
0 4 61,12 52,58 34,5 0,67
Kátia Brasilina
0 4 56,45 48,03 35 0,7
Lorena de O. Morais
1 4 67,31 57,72 21 0,86
Lucineide da Silva
1 4 65,81 51,87 26 0,71
Natielle da S. Rodrigues
1 4 64,63 46,5 13 0,89
Simone M. G. Lima
1 4 64,73 53,18 27 0,76
Apêndice 123
NOME
ANB (graus) WITS (mm) 1.NA (graus)
OVERJET
(mm)
OVERBITE
(mm)
H-11 (mm)
Anarjara C. da Silva
1 -5,25 30 0 0
17,1
André Luiz B. Eleutério
2,5 -2,37 34 5,7 6,78
17,63
Carmem Cristina
4 -1,37 21 2,9 6,37
25,06
Cibele Monteiro
2 -10,03 31 0,57 5,08
16,32
Daniele Braga
1,5 -5,46 37 0,26 4,12
18,08
Dayse Nery
1 0,21 31 2,97 3,8
23,39
Edinaura L. Ferreira
2 -2,43 27 0 -2,43
20,05
Elizoneide Rabelo
4,5 5,26 20 1 4,85
18,85
Francisca C. Vieira Costa
4 -1,46 36 1,74 1,31
20,14
Francisco Leonardo
1,5 0,55 27 1,87 5,2
22,93
Francineide L. de Araújo
-6 -19,46 15 -18 1,73
18,68
Gabriel L. dos Santos
0,5 -3,4 36 4,34 6,77
22,56
Giselly S. de Carneiro
4 -0,58 25 3,75 5,26
20,5
Iago Teles
3,5 4,04 31 2,97 3,04
21,24
Iracilma Crispim
4 0,3 21 1,82 6,05
2,52
Jéssica C. de Brito
1 0 41 7,05 4,28
21,3
José de A. G. de Morais
4 6,9 28 1,28 2,68
21,98
Juliana da F. Almeida
3,5 -2 30 0,28 0,58
21
Juliani Sgambath
3 -1,37 28 1,15 1,97
21,4
Kelyllene F. Pinheiro
1,5 1,24 29 2,27 5,65
22,42
Kemile de S. Ricarte
3 -1,11 23 1,69 4,08
18,04
Luciola M. Cordeiro
0,5 -1 35 2,55 0,9
3,96
Maria Débora
3,5 0 33 1,75 4,14
20
Maria Viviane Lucena
0,5 -1,95 37 0 5,85
24,82
Mirleide Pereira
2 -2,01 38 2,24 2,5
25,96
Naiara Martins
0 -1,65 29 1,88 3,02
20,88
Natália G. de Oliveira
2,5 0,28 32 30,18 5,4
22,27
Nívea M. M. Correa
4,5 1 22 3,3 5,7
21,88
Rita de Cássia M. da Silva
3 7,82 43 7,95 5,25
22
Thayane C. C. Sales
3 -7,57 25 2,07 1,08
12,45
Viviane dos Santos
0,5 -5,57 36,5 3,3 2,76
24,1
Ana Karyne
4,5 20,1 28 2,16 6,74
24,13
Ana M. da Paz Canafístula
2 -0,15 22,5 0 3,75
23,54
Antônio Carlos Carneiro
4,5 2,63 31 10 9,65
22,76
Athayde de Assis
5 -0,97 22 1,5 3,74
18
Carlos Eduardo
6 1,74 25 2,03 6,02
26,55
Daniel Dias
1 -3,95 34 3,6 2
17,87
Emanuelle ferreira
3 -0,73 50 8,2 2,3
15,37
Francisco L. G. de Oliveira
6,5 5 28 5,68 3,1
23,37
Gabriela R. Conrado
1 -1,21 32,5 1,8 0,75
19,83
Galba de Paulo M. Filho
4 0,53 27 0 0
27,99
Gustavo santiago
2 -1,65 30 0,86 3
18,63
José Adailton
5 2,16 24,5 5,9 30,82
20,88
Karoline F. Antunes
4,5 -1 24 0,98 3,67
20,14
Kátia Brasilina
4 3,4 21,5 2,27 3,36
23,31
Lorena de O. Morais
4 -0,1 23 4,47 5,34
20,22
Lucineide da Silva
1,5 -1,18 38,5 1,58 2,9
19,75
Natielle da S. Rodrigues
2 -5,5 39 0,5 1,66
17,56
Simone M. G. Lima
-2 -10,79 25 -8,25 2
21,98
Apêndice 124
NOME
UA + UP (mm) FORMA RAIZ
CRISTA
ÓSSEA
TRAUMA?
Anarjara C. da Silva
14,42 D F não
André Luiz B. Eleutério
20,36 R C não
Carmem Cristina
17,87 R F não
Cibele Monteiro
13,22 R C não
Daniele Braga
13,55 R F não
Dayse Nery
13,28 R C não
Edinaura L. Ferreira
11,81 R C não
Elizoneide Rabelo
11,85 R C não
Francisca C. Vieira Costa
10,3 R C não
Francisco Leonardo
12,91 R F não
Francineide L. de Araújo
12,95 R F não
Gabriel L. dos Santos
12,23 P C sim
Giselly S. de Carneiro
13,24 P F não
Iago Teles
15,48 T F não
Iracilma Crispim
9,51 R F não
Jéssica C. de Brito
11,2 R F sim
José de A. G. de Morais
13,8 R F não
Juliana da F. Almeida
11,8 P F não
Juliani Sgambath
9,16 T F não
Kelyllene F. Pinheiro
10,38 R F não
Kemile de S. Ricarte
18,76 T F não
Luciola M. Cordeiro
8,03 R F não
Maria Débora
15,08 P F não
Maria Viviane Lucena
5,19 P F não
Mirleide Pereira
10,89 R F não
Naiara Martins
10,8 P C não
Natália G. de Oliveira
11,11 R C não
Nívea M. M. Correa
8,03 T F não
Rita de Cássia M. da Silva
10,29 P C não
Thayane C. C. Sales
13,3 R F não
Viviane dos Santos
10,66 R F não
Ana Karyne
12,32 R F não
Ana M. da Paz Canafístula
10,07 P F não
Antônio Carlos Carneiro
10,47 R C não
Athayde de Assis
17,23 P F não
Carlos Eduardo
10,08 R C não
Daniel Dias
13,67 R F não
Emanuelle ferreira
10,04 T F não
Francisco L. G. de Oliveira
12,44 R F não
Gabriela R. Conrado
11,89 T F sim
Galba de Paulo M. Filho
13,06 P F não
Gustavo santiago
13,91 R F sim
José Adailton
10,33 P F não
Karoline F. Antunes
15,93 P C não
Kátia Brasilina
10,92 R F não
Lorena de O. Morais
13,2 R F sim
Lucineide da Silva
7,42 R F não
Natielle da S. Rodrigues
19,18 P F não
Simone M. G. Lima
9,94 R C não
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