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UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ
FACULDADE IN
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ODONTOLOGIA
MARISANA PIANO SEBEN
ALTERAÇÕES DE PERFIL EM PACIENTES
CLASSE II, DIVISÃO 1, TRATADOS COM
EXTRAÇÕES DE PRIMEIROS PRÉ-MOLARES
SUPERIORES
MARIN
2010
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MARISANA PIANO SEBEN
ALTERAÇÕES DE PERFIL EM PACIENTES
CLASSE II, DIVISÃO 1, TRATADOS COM
EXTRAÇÕES DE PRIMEIROS PRÉ-MOLARES
SUPERIORES
Dissertação apresentada à UNINGÁ
Faculdade Ingá para obtenção do Título de
Mestre em Odontologia. Área de concentração:
Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli
MARIN
2010
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SEBEN, Marisana Piano
S443a Alterações de perfil em pacientes Classe II, divisão 1,
tratados com extrações de primeiros pré-molares superiores /
Marisana Piano Seben -- Maringá: UNINGÁ, 2010.
137 f. ilust.
Dissertação (Mestrado) Departamento de Pós-
Graduação em Odon-tologia - Mestrado Profissionalizante
em Odontologia, Subárea Ortodontia. UNINGÁ, 2010.
Orientação: Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli
1. Extrações dentárias. 2. Tratamento ortodôntico.
3. Perfil facial. I. SEBEN, Marisana Piano. II. Alterações
de perfil em pacientes Classe II, divisão 1, tratados com
extrações de primeiros pré-molares superiores
CDD 617.643
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e cienficos, a reprodução
total ou parcial desta dissertação/tese, por processos fotocopiadores e
outros meios eletrônicos.
Assinatura:
Data:
Comitê de Ética:
Projeto de pesquisa aprovado em
13/09/2008
Nº do Protocolo:
0116/08 B
MARISANA PIANO SEBEN
ALTERAÇÕES DE PERFIL EM PACIENTES CLASSE II, DIVISÃO 1, TRATADOS
COM EXTRAÇÕES DE PRIMEIROS PRÉ-MOLARES SUPERIORES
Dissertação apresentada como exigência
parcial para obtenção do título de Mestre em
Odontologia. Área de concentração: Ortodontia,
à Comissão Julgadora da UNINGÀ -
Faculdade Ingá.
Aprovada em _______ / _________/ __________
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli
Universidade
Prof. Dr. Karina Maria Salvatore de Freitas
Universidade
______________________________________
Prof. Dr. Carlos Henrique Guimarães Junior
Universidade
Marisana Piano Seben
Marisana Piano SebenMarisana Piano Seben
Marisana Piano Seben
03 de fevereiro de 1965 Nascimento
Erechim –RS
1983-1988
Curso de graduação na Faculdade
de Odontologia de Pelotas
Universidade Federal de Pelotas.
1999 – 2002
Curso de Especialização em
Ortodontia e Ortopedia Facial
ABO- secção Ponta Grossa - PR.
Dedico este trabalho
Dedico este trabalhoDedico este trabalho
Dedico este trabalho
A meu marido Seben, e as minhas filhas, Júlia e
Natália, por aceitarem e entenderem minha ausência, e
por todo amor e apoio durante toda essa jornada.
Dedico este trabalho
Dedico este trabalhoDedico este trabalho
Dedico este trabalho
Aos meus pais, Erico e Lorena pelo amor
incondicional.
A Leonardo e Eloana por serem mais que irmãos,
serem amigos.
A Deus pela vida.
Agradecimentos Especiais
Agradecimentos EspeciaisAgradecimentos Especiais
Agradecimentos Especiais
Ao Prof. Dr. Fabrício Pinelli Valarelli, professor e
meu orientador, por todos os ensinamentos e orientações
transmitidas.
A Prof
a
. Dra. Karina Maria Salvatore de Freitas,
coordenadora do curso de mestrado, pela dedicação,
paciência e amizade.
Ao Prof. Dr. Rodrigo Hermont Cançado, por todos os
ensinamentos e orientações transmitidas.
O homem se torna muitas vezes o
que ele próprio acredita que é. Se
eu insisto em repetir para mim
mesmo que não sou capaz de
realizar alguma coisa, é pos sível
que realmente seja incapaz de
fazê-la. Ao contrário, se tenho a
convicção de que posso fazê-la,
certamente adquirirei capacidade
de realizá-la, mesmo que não a
tenha no começo
”.
Mahatma Gandhi
R esumo
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo estudar as alterações de tecido
mole em pacientes com má oclusão de Classe II, divisão 1 de Angle, tratados
ortodonticamente com extrações de dois pré-molares superiores, e adicionalmente
serão avaliadas tamm as alterações dentárias e esqueléticas decorrentes do
tratamento ortodôntico. A amostra utilizada neste estudo retrospectivo consistiu de
68 telerradiografias iniciais e finais de 34 pacientes de ambos os gêneros, que foram
tratados nos cursos de especialização em ortodontia, na Uningá, unidade Bauru,
sendo os critérios para inclusão a presença da má oclusão de Classe II, divisão 1, de
Angle, com relação de molar no mínimo ½ Classe II, sem apinhamento ou com grau
de apinhamento suave, presença de todos os dentes permanentes irrompidos até os
primeiros molares permanentes, trespasse horizontal de no mínimo 5 mm, tratados
com extrações de primeiros pré-molares superiores e exclusão das Classes II,
subdivisão. Para verificar as alterações decorrentes do tratamento entre as fases
inicial e final dos pacientes, pertencentes à amostra deste trabalho, foi realizado os
teste t dependente aplicado às variáveis cefalométricas estudadas. Com base na
amostra avaliada e na metodologia utilizada, as alterações provocadas pela extração
de dois pré-molares na oclusão de Classe II divisão 1 foram: retrusão da maxila,
melhora da relação maxilomandibular, aumento da altura facial ântero-inferior,
retrusão dos incisivos superiores, vestibularização, protrusão e extrusão dos
incisivos inferiores, além da diminuição dos trespasses horizontal e vertical. As
alterações de perfil foram: diminuição da convexidade facial e retrusão do lábio
superior.
Palavras-chave: extração; alterações dos tecidos moles, avaliação do perfil;
diagnóstico e planejamento do tratamento
A bstract
ABSTRACT
The purpose of this study was to evaluate the soft tissue changes in
patients with Class II division 1 malocclusion treated orthodontically with extraction of
two maxillary premolars, and additionally will be evaluated the dental and skeletal
changes resulting from orthodontic treatment. The sample used in this retrospective
study consisted of 68 initial and final cephalograms of 34 patients of both genders
who were treated in specialized courses in orthodontics, in Uningá, Bauru, and the
inclusion criteria was the presence of Class II, division 1 malocclusion, with molar
relationship of at least half-cusp Class II, without crowding or mild degree of
crowding, presence of all permanent teeth erupted up to the first permanent molars,
overjet of at least 5 mm, treated with extractions of the maxillary first premolars and
exclusion of Class II subdivision. To verify the changes resulting from treatment
between initial and final phases, dependent t tests were applied to the cephalometric
variables studied. Based on the sample and the methodology used, the changes
caused by the extraction of two maxillary premolars in Class II division 1
malocclusion were: maxillary retrusion, improvement in maxillomandibular
relationship, increase of lower anterior facial height, retrusion of the maxillary
incisors, buccal inclination, protrusion and extrusion of mandibular incisors, and the
reduction of overbite and overjet. Profile changes were: decrease in facial convexity
and upper lip retrusion.
Key Words: Extraction; Soft tissue changes; Profile evaluation; diagnosis and
treatment planning
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Traçado anatômico ................................................................................ 68
FIGURA 2 - Traçado anatômico e localização dos pontos
cefalométricos utilizados ...................................................................... 71
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Traçado anatômico e localização das linhas e planos de
referências utilizados ............................................................................ 73
FIGURA 4 -
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FIGURA 5 - Grandezas cefalométricas dentárias ..................................................... 77
FIGURA 6 - Grandezas cefalométricas
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Sumário
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................ 19
2 - REVISÃO DE LITERATURA .................................................................. 22
3 - PROPOSIÇÃO ........................................................................................ 62
4 - MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................... 64
4.1 - MATERIAL ........................................................................................... 65
4.1.1 - Obtenção da amostra ........................................................................ 65
4.2 - TODOS ........................................................................................... 66
4.2.1 - Obtenção das telerradiografias em norma lateral.............................. 66
4.2.2 - Elaboração do cefalograma .............................................................. 67
4.2.3 - Traçado anatômico............................................................................ 67
4.2.4 - Demarcação dos pontos cefalométricos de referência...................... 68
4.2.5 - Linhas e planos de referência ........................................................... 72
4.2.6 - As grandezas cefalométricas ............................................................ 73
4.3 - ANÁLISE ESTATÍSTICA ...................................................................... 79
4.3.1 - Erro do método.................................................................................. 79
4.3.2 - Método estatístico ............................................................................. 79
5 - RESULTADOS ....................................................................................... 82
6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 86
6.1. A Amostra ........................................................................................................... 87
6.1.1. Seleção da Amostra ........................................................................................ 87
6.1.2. Medidas Cefalométricas .................................................................................. 89
6.2. Metodologia ........................................................................................................ 89
6.2.1. Magnificação das Imagens Radiográficas ....................................................... 90
6.2.2. Mensuração das Grandezas Cefalométricas ................................................... 90
6.2.3. Medição do Trespasse Horizontal ................................................................... 91
6.2.4. Precisão da Metodologia ................................................................................. 92
6.3. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................... 93
6.3.1.Componente maxilar ........................................................................................ 93
6.3.2. Componente Mandibular ................................................................................. 94
6.3.3 Relação Maxilomandibular ............................................................................... 94
6.3.4. Padrão de Crescimento ................................................................................... 95
6.3.5. Componente Dentoalveolar Superior .............................................................. 96
6.3.6. Componente Dentoalveolar Inferior ................................................................. 97
6.3.7. Relações Dentárias ......................................................................................... 98
6.3.8. Perfil tegumentar ............................................................................................. 98
6.4. Considerações Clínicas .................................................................................... 102
6.5. Sugestões para Futuros Estudos ..................................................................... 102
7 - CONCLUSÕES .................................................................................................. 103
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 105
APÊNDICES ........................................................................................................... 120
Introdução
Introdução 20
1 INTRODUÇÃO
Extrações dentárias em Ortodontia é um assunto antigo que ainda suscita
controvérsias e estudos, principalmente sobre seus efeitos na face. Os conceitos
hoje vigentes para o diagnóstico e plano de tratamento ortodôntico estão vinculados
à busca do equilíbrio e harmonia dos traços faciais.
Ortodontistas reconhecem que a maior parte de pessoas que buscam o
tratamento ortodôntico o faz por causa de um desejo da melhora na harmonia facial.
Isto inclui a harmonia de obtenção dos dentes um com outro, relações harmoniosas
entre as estruturas da face, e proporções estéticas entre os dentes e os tecidos
moles das estruturas faciais. O ortodontista procura realizar não esses objetivos,
mas tamm a harmonia funcional e fisiológica da dentição.
Diversos autores (MARGOLIS, 1943; TWEED, 1944; NANCE, 1941; LO E
HUNTER, 1982; DROBOCKY E SMITH, 1989; YOUNG E SMITH, 1993; BISHARA
ET AL., 1995; JOHNSON E SMITH, 1995; RUSHING et al., 1995; BRAVO et al.,
1997; KASAI, 1998; JAMES, 1998; BOWMAN, 1999; CARVALHO et al., 1999;
FREITAS et al., 1999; BOWMAN, JOHNSTON, 2000; CARVALHO, 2000; ZIERHUT
et al., 2000; BRYK e WHITE, 2001; KOCADERELI, 2002; BASCIFTCI e USUMEZ,
2003; WHOLLEY E WOODS, 2003; BASCIFTCI et al., 2004; DEMIR et al., 2005;
BRANT e SIQUEIRA, 2006; CONLEY e JERNINGAN, 2006; TADIC e WOODS,
2007; WEYRICH e LISSON, 2009; LEONARDI et al., 2010) têm ratificado as
implicações das extrações dentárias no perfil facial em tratamentos da classe II em
adultos. Em muitos momentos o exame facial revela problemas estéticos que
indicam desarmonia esquelética e a necessidade de cirurgia.
O impacto estético no perfil de tecido mole desempenha um papel
fundamental na decisão de um tratamento com extração de pré-molares ou sem
extração, particularmente em pacientes limítrofes. Quando o paciente rejeita o
tratamento com cirurgia, ou em casos limítrofes entre a terapêutica compensatória e
a cirúrgica, o tratamento com ou sem extrações é uma opção. diferentes
protocolos para os tratamentos com extrações: extrações de 4 pré-molares, 2 pré-
Introdução 21
molares superiores, molares, além de diversos tipos de mecânicas, de ancoragem e
seus efeitos na face.
Sabe-se que o tratamento com extrações pode prejudicar o perfil facial
devido a uma retrusão excessiva, e isso desestimula, muitas vezes, o tratamento
com extrações (PROFFIT et al., 1992). Entretanto, ambos os tratamentos com ou
sem extrações podem favorecer o perfil facial, se forem indicados e utilizados
adequadamente (BOWMAN, 1999).
Esta controvérsia também se aplica no tratamento das más oclusões de
Classe II, e o plano de tratamento para estes casos pode ou não incluir extrações
dentárias.
Paquette, Beattie e Johnston (1992), avaliaram 238 casos de Classe II,
divisão 1 e concluíram que a decisão de extrair, nesses casos, esteve baseada na
convexidade do perfil, na protrusão dos incisivos e no apinhamento.
Algumas indicações para a realização das extrações na Classe II são:
trespasse horizontal acentuado, arco inferior alinhado, perfil convexo, sem potencial
de crescimento e boas proporções faciais verticais, apinhamento superior, casos
com bom alinhamento superior e necessidade de correção sagital entre os arcos;
tratamento ortodôntico de pacientes adultos; casos de anodontia de pré-molares
inferiores.
Algumas contra-indicações são: severa relação esquelética da Classe II;
discrepâncias esqueléticas verticais; excelente potencial de crescimento; pacientes
adultos sem potencial de crescimento, com discrepâncias moderadas ou severas
nos quais o reposicionamento cirúrgico oferece melhores resultados em longo prazo.
Sendo assim, decidiu-se estudar as alterações de tecido mole em
pacientes com oclusão de Classe II tratados ortodonticamente com extrações de
dois pré-molares superiores, adicionalmente serão tamberm avaliadas as alterações
dentárias, esqueléticas.
R evisão da
L iteratura
Revisão da Literatura 23
2 REVISÃO DA LITERATURA
Freqüentemente diferentes procedimentos poderão ser utilizados. Em
pacientes Classe II divisão 1, com trespasse horizontal de no mínimo 5mm e
praticamente sem apinhamento, quais seriam as alterações nos traços faciais em um
tratamento compensatório com protocolo de extrações de 2 pré-molares superiores.
Seria esta uma alternativa de tratamento viável, especialmente em pacientes onde o
bio superior está bem posicionado e apresenta deficiência mandibular? Isso
resultaria em obtenção de equilíbrio facial e uma face agradável ou em resultado
insatisfatório?
em 1888, Farrar considerou as extrações como condição essencial na
prevenção e correção das irregularidades dentárias, percebendo, no entanto, que se
realizadas indiscriminadamente, poderiam criar dificuldades adicionais na finalização
do tratamento.
"Full complement of teeth", publicado por Angle (1907), postulava a
necessidade da permanência de todos os dentes para obtenção de uma oclusão
adequada, condenando fervorosamente as extrações dentárias para a correção de
problemas ortodônticos. Estes conceitos de melhor equilíbrio, harmonia e melhor
proporção da face eram determinados pela teoria criacionista de que se Deus havia
dado ao paciente 32 dentes, portanto, a permanência dos mesmos seria a melhor
opção para o paciente. Entretanto, no início de sua atividade clínica, Angle (1907),
preconizava a exodontia de dentes em alguns casos, seguindo as orientações do Dr.
Kingsley a quem admirava. (in SALZMANN, 1966).
Case (1912), que havia sido discípulo de Angle (1907), criticava certo
descuido no perfil facial e que, o obstante a má oclusão fosse um problema
tridimensional, no sistema de Angle somente os desvios ântero-posteriores foram
considerados. Discordava da escola oclusionista de Angle, e acreditava que o osso
não poderia ser induzido a crescer alem de seus limites biológicos, e que a harmonia
facial deveria ser considerada e não apenas a oclusão. No outono de 1911, na
reunião Anual da National Dental Association, em Chicago, participou de um debate
que veio a ser conhecido como o "Grande Debate da Extração" o qual foi publicado
Revisão da Literatura 24
na Dental Cosmos, e preconizava extrações como um recurso terapêutico,
imprescindível em muitos casos.
Depois de diversos anos defendendo e exercendo a filosofia preconizada
por Angle (1907), de quem havia sido aluno, Tweed (1944), observou que apenas
20% dos casos tratados obtinham êxito e possuíam equilíbrio e harmonia das
proporções faciais, e que nestes casos, os incisivos mandibulares estavam
verticalizados sobre o osso basal. Constatou também que a falta de harmonia no
contorno facial era diretamente proporcional a intensidade na qual os dentes haviam
sido deslocados mesialmente. Revolucionou a Ortodontia introduzindo extrações de
dentes com a finalidade de obter estética, função, saúde e estabilidade, optando
pelos primeiros pré-molares. Ainda hoje, Angle (1907), é considerado como o Pai da
Ortodontia, entretanto o tempo e, principalmente, os resultados longitudinais
apresentados por Tweed, fizeram com que a Ortodontia Contemporânea o
considera-se como o Pai da mecânica ortodôntica.
Não obstante, as controvérsias relacionadas ao tratamento ortodôntico
com extrações não se restringiam apenas à decisão de se extrair ou não, elas
também se envolviam a escolha dos dentes a serem extraídos.
Nance (1941), proservou alguns casos tratados preventivamente com
arco lingual até as contensões terem sido removidos.
Margolis (1943), observou que em casos de extrações, devido a
diminuição do ângulo formado entre a inclinação axial incisivos mandibulares com o
plano mandibular, ocorreu uma melhora do perfil facial e do contorno do terço inferior
da face.
Preocupado com a onda extracionista da época, Brodie (1944), constatou
que a inclinação axial do incisivo central inferior, formada pelo longo eixo do incisivo
com uma linha tangente ao bordo inferior da mandíbula, variava de acordo com as
origens raciais, conseqüentemente, para ser consideradas normais não
necessitariam estar sempre verticalizados.
Grieve (1944), tamm discípulo de Angle (1907), observou após 25 anos
de clínica que na maioria dos seus casos ocorria insucessos, e a partir de 1926,
recorreu às extrações dos primeiros pré-molares, nos casos mais extremos, para
Revisão da Literatura 25
posicionar os caninos no lugar dos pré-molares, local que considerava o mais
adequado, posicionando esses dentes verticalmente sobre o osso basal.
Ao publicar seu artigo sobre tratamento e diagnostico em dentadura
decídua e mista, Nance (1947a, 1947b), constatou que poderia se definir se
extrações de pré-molares seria necessário. Observou também, que em casos onde
os segundos pré-molares estivessem cariados ou possuíssem restaurações muito
extensas poderia optar pela extração dos mesmos. Dois anos após, em 1949,
apresentou casos tratados com extrações de segundos pré-molares e como a
escolha dos mesmos favorecia a manutenção do perfil facial, evitando alterações.
Em casos de discrepância de modelo fosse de apenas poucos milímetros,
Carey (1949), afirmou que geralmente optava pela extração de segundos pré-
molares.
Atenção especial era reservada por Graber (1952), a casos de relação
molar classe II, com acentuada protrusão maxilar sem espaços anteriores, e grande
diferença nas bases apicais. Realizava os tratamentos com extrações de primeiros
pré-molares, mantendo o segmento posterior com ancoragem occiptal e retraindo o
segmento anterior, pois, acreditava ser a melhor opção.
Ao ponderar sobre os princípios do tratamento com extrações, Fraser
(1956), ressaltou que existem muitos casos de oclusão de Classe II nos quais o
padrão facial e a forma do arco mandibular indicam que um melhor equilíbrio e uma
maior estabilidade podem ser alcançados com extrações de apenas dois pré-
molares superiores. Nestas condições, os primeiros pré-molares superiores
deveriam ser extraídos.
Entretanto, Graber (1955), discorreu sobre outra alternativa de tratamento,
para a correção da oclusão de Classe II divisão 1, a extração de segundos
molares superiores, eliminando a trespasse horizontal e permitindo a erupção dos
terceiros molares. Esta mesma opção de tratamento foi tamm defendida por
Chipman (1961), que apresentou alguns casos tratados e avaliou as indicações e
contra-indicações em casos de má oclusão de Classe II.
Embora pré-molares fossem os dentes de eleição devido aos
conhecimentos vigentes na época, quando havia discrepância entre os arcos maxilar
Revisão da Literatura 26
e mandibular, poderia se optar por outro local, como o incisivo central inferior
(OSBORN, 1952).
Dois casos clínicos limítrofes foram apresentados por Keedy (1956), para
apontar as variações que podem ocorrer com o tratamento em faces equilibradas.
Os pacientes eram do nero feminino e apresentavam faces equilibradas e
proporcionais com discrepância de modelo de -3mm e trespasse vertical profunda. O
primeiro foi tratado com extrações de segundos pré-molares, pois havia risco de
achatamento do perfil caso fosse optado por extrações de 1
os
pré-molares, e de
recidiva, caso o tratamento fosse conservador devido às características musculares
e a presença de tecido alveolar delgado. O segundo foi tratado sem extrações
dentarias e permaneceu estável após a remoção da contenção devido a espessura
maior da região alveolar que permitiu a vestibularização dos dentes sem a invasão
do osso cortical, e a tonicidade muscular não causou o colapso do arco.
Na tentativa de determinar os efeitos da retração dos incisivos no perfil,
foram realizados vários estudos para quantificar e prever a relação entre a retração
dos incisivos e retração dos lábios. Com exceção de um estudo (SUBTELNY 1961)
que encontrou uma quantidade previsível de alterações de tecido mole em resposta
à retração dos incisivos, a maioria dos estudos sobre os temas de crescimento e não
crescimento concluiu que grandes variações individuais se opõem previsão precisa
em uma determinada pessoa (BURSTONE, 1967; HERSHEY, 1972). Por outro lado,
a estrutura, lábio parece ter uma influência sobre a resposta dos lábios à retração
dos incisivos.
Kessel (1963) discorreu sobre as extrações de dois pré-molares
superiores como um método racional para a correção da má oclusão de Classe II,
sobretudo em pacientes com idade de 12 anos ou mais cujo potencial de
crescimento tende a diminuir progressivamente. O autor verificou que os
ortodontistas se deparam freqüentemente com uma elevada proporção de más
oclusões de Classe II com moderada discrepância esquelética, reduzida quantidade
de apinhamento inferior, protrusão dos incisivos superiores e variável quantidade de
trespasse vertical. O tratamento das más oclusões de Classe II que se enquadrariam
nestas características, seria mais racional e eficiente se fosse realizado mediante a
extração de dois pré-molares superiores. Essa abordagem imprimiria ao tratamento
as seguintes vantagens: 1) restabelecimento da harmonia facial por meio da retração
Revisão da Literatura 27
dos dentes anteriores superiores; 2) correção favorável do trespasse horizontal e do
trespasse vertical; 3) menor esforço sobre as unidades de ancoragem posterior; 4)
maior favorecimento à erupção dos segundos e terceiros molares superiores e 5)
menor necessidade de utilização de elásticos de Classe II, reduzindo a aplicação de
forças e movimentações no arco inferior.
No tratamento da má oclusão de Classe II com extração de 2 pré-molares
superiores ocorre a retração do segmento anterior quando se fecham os espaços
das extrações. A oclusão posterior permanecesendo do tipo Classe II, enquanto
que a relação de caninos e a oclusão anterior serão de Classe I.
Numerosos fatores podem acarretar variação no perfil facial. casos
nos quais o perfil de tecido mole muitas vezes se modifica, todavia a oclusão dental
permanece bastante semelhante. O fato que tantas variações no perfil de lábio
podem associar-se com posições de dente semelhantes é um tópico de extrema
importância ao profissional que gostaria saber a quantidade de modificação de
tecido mole que esperar com o movimento de dentário. Analisar exaustivamente os
casos antes do tratamento para avaliar o músculo nus, a espessura e o
comprimento, e a postura de lábio habitual é fator imprescindível. Devido a isso,
Garner (1974), avaliou pacientes negros americanos em crescimento que se foram
submetidos a tratamento ortodôntico. Todos apresentaram alterações na posição do
bio como resultado da movimentação dentária independente do sexo e a extensão
deste movimento não foi previsível. A mudança na postura do lábio em negros não é
uniforme entre pacientes em crescimento do gênero masculino e feminino. Predição
da retração do lábio concomitante com a retração do incisivo varia de acordo com o
tamanho da amostra. Quanto maior a amostra menor a variação. E o autor
considerou seu estudo muito pequeno para fazer uma afirmação sobre casos
clínicos em tratamento.
Uma redução do número de dentes afeta a harmonia facial e no
tratamento ortodôntico é desejável predizer as modificações que ocorrerão, para
obter o equilíbrio estético ótimo entre o nariz, lábios e queixo. Trinta e dois pacientes
com a má oclusão de Classe II Divisão 1 e mordida aberta esquelética foram
examinados (STROMBONI, 1979). Quinze casos foram tratados sem extração e 18
com a extração que usa o aparelho Bimler. As modificações tanto em tecidos duros
como em moles foram analisadas durante o tratamento. Em tipos semelhantes da
Revisão da Literatura 28
mordida aberta esquelética os lábios superiores e inferiores apresentaram-se mais
retruídos em casos tratados sem extração do que naqueles casos com a extração.
Isto está relacionado, ao que parece, devido ao aumento na altura facial resulta nos
bios esticados. Em casos tratados com a extração os lábios o são esticados e
manm uma melhor forma.
Com o propósito de determinar a capacidade de percepção do próprio
perfil facial e os fatores associados a esta capacidade, Hershon e Giddon, (1980),
fotografaram o perfil de 42 pacientes tratados ortodonticamente e 42 sem
tratamento. A partir das fotografias, traçaram o perfil facial e apresentaram estes
traçados aos pacientes para que pudessem apontar qual o seu próprio perfil e qual o
que gostariam de ter. Os resultados indicaram uma grande variação na capacidade
de percepção do próprio perfil nos 2 grupos avaliados, porém ambos aceitaram um
perfil com protrusão labial como estético. Os autores sugeriram um maior cuidado
por parte dos profissionais na obtenção do perfil ideal, em detrimento ao perfil
"normal" aceito pelos pacientes.
Lo e Hunter (1982), avaliaram, quantitativamente, as modificações no
ângulo nasolabial do perfil de tecido mole foram em um estudo cefalométrico seriado
de 50 pacientes tratados e 43 pacientes não tratados, os quais apresentavam a
oclusão de Classe II, Divisão 1. As correlações, análises de regressão simples e
múltiplas, e utilizaram a análise de multifatorial da variação para examinar as
modificações no ângulo nasolabial, devido à retração do incisivo superior e
deslocamentos esqueléticos associados. Não houve nenhuma modificação
significativa no ângulo nasolabial por causa do crescimento. Contudo, quanto maior
a retração de incisivo maxilar, maior foi o aumento no ângulo nasolabial. O aumento
no ângulo nasolabial mostrou uma correlação significante com o aumento
relacionado com tratamento na dimensão vertical da face curta. O perfil de tecido
mole seguiu estreitamente o suporte esquelético subjacente. O tratamento com
extração e sem extração o mostrou diferença significante nas modificações do
ângulo nasolabial. Os resultados permitem a previsão das modificações no ângulo
nasolabial devido a retração incisivo superior no tratamento ortodôntico.
Waldman (1982), realizou uma análise de cefalométrica, avaliando a
retração do lábio superior com a retração da borda do incisivo em 41 casos de
Classe II e as repercussão das modificações de tecido duros no contorno de lábio
Revisão da Literatura 29
foram: 1) pacientes com grandes ângulos palatais mostraram maiores modificações
no ângulo nasolabial com a retração de incisivo; 2) o ângulo nasolabial é aumentado
com a verticalização (inclinação lingual) dos incisivos; 3) o movimento horizontal da
borda de incisivo tem uma relação imprevisível com a modificação no ângulo
nasolabial.; 4)uma proporção de 1:3.8 foi encontrada entre retração de lábio e
retração de incisivo.
Litt e Nielsen (1984), apresentaram uma alternativa para a extração de
quatro pré-molares naqueles casos em que provavelmente uma insuficiência de
crescimento ósseo. Os autores discorreram sobre a remoção dos dois primeiros pré-
molares superiores. Isso permitiria uma redução da protrusão da pré-maxila, a
eliminação da trespasse horizontal excessiva, e possibilitaria o estabelecimento da
atividade normal da musculatura peribucal. Além disso, os movimentos radiculares
dos dentes em casos tratados com duas extrações são mais fáceis quando
comparados aos casos de extrações de quatro pré-molares diminuindo tamm o
tempo de tratamento. Os molares apresentariam, ao final do tratamento, uma
relação de Classe II, devido às extrações realizadas somente no arco superior.
Litt e Nielsen (1984), ao tratarem gêmeos idênticos com 2 protocolos
diferentes, observaram no caso tratados com extrações de 4 pré-molares ocorreu
uma rotação favorável da mandíbula, uma leve retração ântero-posterior da maxila e
uma extrusão dos molares provavelmente devido a utilização de elásticos inter-
maxilares, além de uma leve diminuição no AFAI.
Finnöy et al., (1987), avaliaram a resposta de tecido mole ao tratamento
sem extração e com extração de quatro pré-molares em pacientes com má oclusão
de Classe II, divisão 1. Ambos os grupos incluíram trinta pacientes. Os dados foram
obtidos de cefalogramas laterais tomados antes do tratamento ativo no fim do
tratamento ativo e 3–5 anos depois do fim da contenção. Durante o tratamento a
área de queixo e lábio inferior foi protruída no grupo de sem extração. Em ambos os
grupos a profundidade do nariz aumentou, e também a espessura da parte de base
do lábio superior. O perfil de tecido mole excluindo o nariz tornou-se mais reto, ao
passo que a convexidade de perfil aumentou quando o nariz esteve incluído. O
ângulo nasolabial aumentou em ambos os grupos. Houve uma recidiva significante
do trespasse horizontal e trespasse vertical no período de pós-retenção. Essas
modificações não foram refletidas por modificações na posição dos lábios. Houve
Revisão da Literatura 30
uma retrusão dos bios quando relacionados à linha E, em conseqüência do
crescimento contínuo do nariz. Uma comparação de pós-tratamento revelou uma
morfologia muito semelhante nos dois grupos.
Talass, Talass e Baker (1987) avaliaram a previsibilidade das mudanças
no perfil dos tecidos moles provocadas pela retração dos incisivos superiores,
quantificando o que foi causado pelo crescimento e pelo tratamento propriamente
dito, e determinando os fatores que mais contribuíram para as mudanças. Para isso,
foram selecionados 133 pacientes do sexo feminino, divididos em 80 casos com
Classe II, divisão 1, tratados ortodonticamente e 53 casos controle sem tratamento.
Os pacientes tratados foram divididos em 10 casos sem extrações e 70 com
extrações, com retração mínima de 3 mm dos incisivos superiores em todos os 80
casos. Nos casos tratados o lábio retraiu em 4,3mm e os incisivos em 6,7mm, houve
um aumento médio de 2,3mm na densidade e de 0,1mm no comprimento do bio
superior. O grau de previsibilidade da resposta do lábio superior ao movimento
ortodôntico pode ser causado pela complexa anatomia e/ou dinâmica da
musculatura do lábio superior, o qual não pode ser fielmente avaliado pelas análises
cefalométricas. As mudanças decorrentes do crescimento foram menores do que as
do tratamento ortodôntico, em um período não superior a 36 meses.
De acordo com Strang (1957), e Brusola (1989) o problema a ser
resolvido primeiro nos casos de Classe II refere-se à escolha dos dentes a serem
extraídos, mas estes diferem quanto ao critério de seleção. A decisão, segundo
Strang (1957), depende dos seguintes fatores: 1. A severidade da má oclusão: - se o
caso de Classe II for uma biprotrusão, extraem-se geralmente os primeiros pré-
molares de ambos os arcos ou os primeiros pré-molares superiores e os segundos
pré-molares inferiores; - se o caso de Classe II está agravado com um crescimento
ósseo insuficiente, e os segmentos posteriores ocupam o espaço dos dentes
anteriores, está indicada a extração dos primeiros pré-molares de ambos os arcos;
2. O crescimento dos maxilares: se a mandíbula cresceu o bastante para dar lugar a
todos os dentes, mas a maxila apresenta apinhamento e rotações dentárias, pode
ser aconselhável extrair os segundos molares superiores e utilizar o amplo espaço
adquirido para a movimentação distal de todo o arco superior; 3. Idade do paciente:
em pacientes com idade relativamente avançada, nos quais é conveniente encurtar
Revisão da Literatura 31
ao máximo a duração do tratamento, e cujos dentes estejam bem alinhados, as
extrações limitam-se aos primeiros pré-molares superiores.
Drobocky e Smith (1989), examinaram o perfil de tecidos moles de 160
pacientes tratados ortodonticamente com extração de quatro primeiros pré-molares.
Os registros de pacientes de 10-a 30 anos de idade foram selecionados
aleatoriamente de cinco fontes: pacientes tratados por Charles H. Tweed no arquivo
na Fundação de Tweed; pacientes tratados com a técnica Begg pelo grupo Kesling-
Rocke; pacientes de duas práticas diferentes, bráquetes, com torque embutido ou
pré-angulados Edgewise, e pacientes com enucleação de pré-molares em uma
primeira idade. As modificações mais significativas da amostra total incluíram um
aumento de 5.2 ° no ângulo nasolabial, e retração d os lábios superiores e inferiores
de 3.4 e 3.6 mm à linha E, respectivamente. Para medições diferentes, entre 5% e
25% da amostra teve valores que indicam mais lábios protrusivos depois do
tratamento. Em comparações entre os grupos, os pacientes de Tweed geralmente
apresentaram a maior retração de lábio inferior. Quando as modificações de perfil
foram comparadas com valores normativos (ou “ideal”) da estética facial, foi evidente
que a extração de quatro primeiros pré-molares geralmente não resultava em um
perfil "dished-in". Aproximadamente 10% a 15% dos casos podem ser definidos
como excessivamente chato depois do tratamento. Oitenta por cento a 90% dos
pacientes tratados com a extração de quatro primeiros pré-molares apresentaram
medidas de tecidos moles que sugeriram que o perfil havia sido melhorado pelo
tratamento ou permaneceu satisfatório em todas as etapas do tratamento. Os
resultados deste estudo acentuaram que as deduções acerca dos efeitos negativos
da extração de primeiros pré-molares no perfil são falsas. A observação
predominante consistiu que grande variabilidade individual nos efeitos do
tratamento. Do mesmo modo, se inferido, nitidamente a grande maioria da mostra de
pacientes obteve uma variação na modificação de perfil que produziu melhoras na
estética facial.
Phillips, Trentini e Douvartzidis.(1992), apresentaram slides de perfil e
frontal pré e pós tratamento de qe casos tratados ortodonticamente com camuflagem
e de pacientes tratados com cirurgia ortognática a três bancas de juízes: uma de
ortodontistas, uma de cirurgiões buco-maxilo-facial,e uma banca de alunos de
odontologia do primeiro semestre. Cada juiz classificou a atratividade facial p-
Revisão da Literatura 32
tratamento e pós-tratamento de cada paciente, utilizando uma escala analógica
visual. A média da pontuação pré e pós-tratamento foi então calculada para cada
grupo de tratamento para cada juiz. Testes t pareados foram utilizados para
comparar os grupos de tratamento e períodos de tempo. O grupo de camuflagem
ortodôntica foi classificado como significativamente mais atraente do que os
pacientes de cirurgia ortognática antes do tratamento. o houve mudança
significativa na atratividade facial média da pontuação para o grupo de ortodontia,
enquanto o grupo da cirurgia ortognática foi classificado como apresentando uma
melhora significativa. No entanto, o grupo da cirurgia ortognática ainda era
classificado como sendo significativamente menos atraente após o tratamento do
grupo tratado apenas com ortodontia.
As alterações do perfil na ortodontia, segundo PROFFIT et al., (1992)
cultivam o dogma de que o tratamento ortodôntico com extrações causa agravo ao
perfil, tornando-o excessivamente retruído, tem desestimulado este protocolo de
tratamento.
Chua, Lim e Lubit
(1993) examinaram o efeito do tratamento ortodôntico
com e sem exodontia dos quatro primeiros pré-molares sobre o AFAI e os resultados
obtidos mostraram que tratamentos ortodônticos sem exodontias associam-se a uma
rotação inferior e posterior da mandíbula com conseqüente aumento da AFAI,
enquanto os tratamentos com exodontia não relacionam-se com qualquer alteração
da altura facial ântero-inferior.
Muitos autores ratificaram esta idéia e afirmaram que ambos os
tratamentos, com e sem extrações, podem resultar em prejuízos à estética facial
quando erroneamente aplicados (BOWMAN, 1999 e RUSHING et al., 1995).
Young e Smith (1993) utilizaram telerradiografias, tomadas em norma
lateral, para examinarem o perfil de tecidos moles de 198 pacientes tratados com
aparelhos ortodônticos fixos com e sem extração. Os registros foram selecionados
aleatoriamente de cinco diferentes fontes: casos tratados por um instrutor da
Fundação Tweed que utilizou a técnica de Tweed, pacientes tratados com a técnica
de Begg, pacientes tratados em uma de duas práticas diferentes, bráquetes com
torque embutido e ou pré-angulado, bráquetes Edgewise, e pacientes tratados em
duas fases com aparelho funcional seguido de aparelho fixo Edgewise. O critério
para a seleção de casos e o método para escolha dos dados foram projetados para
Revisão da Literatura 33
permitir comparações com dados reunidos por Drobocky e Smith (1989), em
pacientes tratados com a extração de quatro primeiros pré-molares. Embora o valor
médio das modificações de tecidos moles fosse menor nos pacientes sem extrações,
as variabilidades dessas modificações foram, geralmente, o grandes como nos
casos de extração de quatro pré-molares. Além disso, a porcentagem de
modificações faciais indesejáveis foi semelhante nas amostras de o-extração e
extração. Os resultados fornecem evidência adicional que é simplista e incorreto
culpar a estética facial indesejável na extração de pré-molares, depois do tratamento
ortodôntico.
Apesar do protocolo de extrações de quatro pré-molares ser utilizado com
maior freqüência do que a extração de dois pré-molares superiores pela maioria dos
autores, Proffit (1994), analisando a freqüência de extrações na Universidade da
Carolina do Norte, observou que nas últimas três décadas a prevalência da extração
de quatro pré-molares teve uma drástica redução, igualando-se à extração de dois
pré-molares superiores, empregada na correção das más oclusões de Classe II. O
protocolo de extrações de quatro pré-molares, de acordo com o autor teria tido mais
influencia das freqüentes publicações sobre: (1) a correlação entre tratamento
ortodôntico com extrações e danos ao perfil e à ATM; (2) a ausência de correlação
entre a realização de extrações e a maior estabilidade do tratamento e (3) a
ocorrência de mudanças técnicas e mecânicas em busca de tratamento sem
extrações.
Bishara, Cummins e Jakobsen (1995), realizaram um estudo com o
propósito de comparar as características do pré-tratamento dentofacial de pessoas
com más-oclusões de Classe II, Divisão 1 tratados com extração ou sem extrações
para ajudar a identificar quais os parâmetros que influenciam a decisão de extração.
Cefalogramas laterais foram disponibilizados de 91 casos, de Classe II, Divisão 1,
sendo 44 tratados com extrações de primeiros pré-molares e 47 foram tratados sem
extrações. Vinte e quatro pontos foram localizados e digitalizados em cada
cefalograma. A partir destes marcos, 33 medidas angulares e lineares foram obtidas.
Os casos de Classe II também foram comparados com indivíduos normais pareados
por idade e gênero. Comparações entre Classe II divisão 1, grupos e normais
indicaram que, em geral, a Classe II 1ª divisão está associada a um maior trespasse
vertical e horizontal e ANB maior, maior retrusão da mandíbula, e um perfil convexo
Revisão da Literatura 34
tecido macio. Os lábios superiores e inferiores em pacientes do gênero masculino, e
no bio inferior em pacientes do gênero feminino apresentavam-se
significativamente mais protrusivos nos indivíduos que acabaram por ser tratados
com quatro primeiro pré-molar extrações. Estes resultados indicam que, neste grupo
de pacientes, protrusão labial é um dos parâmetros importantes em que a decisão foi
baseada extração.
Bishara et al., (1995), realizaram um estudo para comparar as
modificações em pacientes com má oclusão Classe II divisão tratados com e sem
extrações de quatro pré-molares. Foram avaliadas telerradiografias, tomadas em
norma lateral de 91 pacientes (44 com extrações e 47 sem extrações) em três
estágios: pré-tratamento pós-tratamento e aproximadamente dois anos após o
tratamento. As medidas dos tecidos moles e do perfil ósseo de ambos os grupos
foram próximas, porem, em direção opostas a média correspondente, derivada dos
padrões normativos de Iowa. Os autores concluíram que: 1) a protrusão labial é uma
importante característica no pré-tratamento e influencia a decisão de extração junto
com a discrepância de modelo; 2) depois do tratamento foi observado que (a) o perfil
tegumentar e ósseo foi mais reto no grupo com extrações e mais convexo no grupo
sem extrações; (b) o bio superior e inferior apresentavam-se mais retruídos no
grupo com extração e mais protruído no grupo sem extração em ambos os sexos, e
(c) os incisivos superiores e inferiores foram retraídos e apresentaram-se mais
verticalizados, entretanto, o grupo sem extrações apresentou tendências opostas, 3)
em geral as mudanças nos grupos após o tratamento foram preservadas com a
contenção. Os achados indicaram que se a decisão de extração e não extrações
forem baseadas em critérios seguros de diagnostico, não apresenta efeitos
deletérios no perfil facial.
Johnson e Smith (1995), realizaram um trabalho onde foram analisadas
fotografias frontais estandardizadas de 60 pacientes sorrindo os quais ainda estava
em contenção; 20 de cada uma de três clínicas ortodônticas particulares diferentes.
Trinta pacientes tinham sido tratados com a extração de quatro primeiros pré-
molares, e 30 com aparelhos edgewise, mas sem nenhuma extração. A estética de
sorriso foi julgada por um grupo de 10 leigos. Não houve nenhuma diferença
significante na pontuação estética dos pacientes de não-extração e extração A única
variável que fortemente predisse a estética de pacientes de extração foi a clínica no
Revisão da Literatura 35
qual eles foram tratados, indicando que pode haver uma diferença significativa entre
profissionais no resultado estético no tratamento com quatro extrações de pré-
molares. As variáveis relacionadas ao "corredor bucal” ou outras medidas da relação
entre a largura da dentição e a largura da boca durante um sorriso não mostraram
nenhuma relação à estética com relação a extrações. Os resultados indicam que não
nenhuma relação previsível entre a extração de pré-molares e a estética do
sorriso.
Ao avaliar os protocolos de extrações mais comumente utilizados pelos
ortodontistas, Baumrind et al., (1996), concluíram que as extrações de quatro pré-
molares, dois pré-molares, três pré-molares e um incisivo inferior, foram, nesta
ordem, os protocolos mais freqüentemente empregados. Em casos chamados
limítrofes, os autores aconselharam cautela, o que significa muitas vezes a escolha
pelo tratamento sem extrações (BRAVO et al., 1997).
Não obstante, a literatura tem sido unânime em asseverar que os
tratamentos com e sem extrações podem resultar em benefícios ao perfil desde que
um correto planejamento seja realizado (MARGOLIS, 1943; TWEED, 1944; NANCE,
1941; LO E HUNTER, 1982; DROBOCKY E SMITH, 1989; YOUNG E SMITH, 1993;
BISHARA ET AL., 1995; JOHNSON E SMITH, 1995; RUSHING et al., 1995).
Do mesmo modo, ressalvas deveriam ser feitas durante o planejamento
no que se refere às alterações do perfil advindas do crescimento normal no período
pós-tratamento (BISHARA et al., 1998).
Analisando uma amostra de telerradiografias, James (1998), avaliou
fotografias e traçados cefalométricos de 170 pacientes, dos quais 108 tratados com
diferentes protocolos de extração de pré-molares e 62 tratados sem extrações.
Propôs quantificar e qualificar visualmente o perfil e tecidos moles faciais. Os
pacientes tratados com extrações apresentavam diferentes tipos de más-oclusões.
Nos pacientes com relação molar de Classe II, os protocolos de extrações utilizados
foram: primeiros pré-molares superiores, primeiros pré-molares superiores e
segundos pré-molares inferiores e em alguns casos quatro primeiros pré-molares
quando associado com bi-protrusão, discrepância cefalométrica acentuada e padrão
de crescimento mais vertical. O grupo tratado com extrações apresentava antes do
tratamento maior desarmonia facial, e mostrou ao final do tratamento uma maior
harmonia facial como resultado. Os pacientes com e sem extrações apresentaram
Revisão da Literatura 36
ao final do tratamento média de valores de perfil facial dentro da normalidade. A
posição dos lábios nos grupos sem extrações apresentou-se ligeiramente mais
retruída. Observou maior proeminência do mento no grupo com extrações. O autor
enfatizou que com um diagnóstico cuidadoso, um plano de tratamento eficaz, boa
administração dos espaços das extrações e protocolos de extrações indicados
corretamente, é possível alcançar o equilíbrio facial sem depreciá-lo.
Kasai (1998), salientou também que o perfil mole não reflete diretamente
as mudanças nos tecidos de suporte ocorridas com tratamento ortodôntico. As
relações entre tecidos duros e moles são complexas, diferenças de espessura,
tensão muscular entre outras. As variações anatômicas e funcionais do tecido mole
devem ser consideradas para a escolha do tipo de tratamento. Observou tamm
que as mudanças no lábio inferior são mais previsíveis, enquanto que a resposta no
bio superior se apresenta menos previsível, já que é suspenso pelo nariz e espinha
nasal anterior
De acordo o relato de Gottlieb, Nelson e Vogels (1990), e Keim et al.,
(2002ª, 2002b, 2002c), a extração dos primeiros pré-molares superiores constitui o
segundo protocolo de extrações mais utilizado em ortodontia (20,2%), sendo inferior
apenas ao protocolo de extrações dos quatros primeiros pré-molares (42,9%). Uma
possível explicação para esta diferença pode não estar no grau de eficiência de um
ou outro protocolo de extração, mas sim na sua aplicabilidade, visto que a extração
dos primeiros pré-molares superiores está estreitamente relacionada à correção da
má oclusão de Classe II, enquanto a extração de quatro primeiros pré-molares é o
principal protocolo de extração aplicado aos casos de má oclusão de Classe I.
Considerando que a prevalência da oclusão de Classe I na população é
significativamente maior que a prevalência da má oclusão de Classe II é possível
presumir o protocolo de extrações de quatro pré-molares tenha uma aplicação mais
frequente.
Além disso, Bowman (1999) e Rushing et al., (1995) certificaram que
ambos os tratamentos, com e sem extrações, são capazes de resultar em prejuízos
à estética facial quando erroneamente aplicados.
Carvalho et al., (1999), realizaram um estudo sobre a proporção de
retração dos lábios em relação à retração dos incisivos em pacientes com má
oclusão Classe II, divisão I de Angle tratados com a técnica de arco de canto e
Revisão da Literatura 37
extração de pré-molares. Compararam por meio de cefalometria pré e s-
tratamento, as medidas de 27 pacientes divididos em dois números: 14 pacientes
tratados com extrações de dois pré-molares superiores e 13 pacientes tratados com
extrações de quatro pré-molares. Apesar da ausência de diferença estatística entre
os grupos, houve uma ligeira tendência para maior retração dos bios no grupo
tratado com extrações de quatro pré-molares.
Freitas et al., (1999), realizaram um estudo longitudinal das modificações
do ângulo nasolabial em pacientes Classe II divisão 1, tratados ortodonticamente
com extrações de 4 pré-molares.Os autores avaliaram uma amostra de 108
telerradiografias, tomadas em norma lateral, ao inicio e final e cinco anos depois de
concluído o tratamento, de 36 jovens leucodermas de ambos os sexos. Depois de
avaliarem os dados obtidos concluíram que: 1)ocorreu um significativo
retroposicionamento dos incisivos superiores contribuindo para correção da má
oclusão de Classe II divisão 1; 2) a retração dos incisivos superiores influenciou no
aumento do ângulo nasolabial, o que proporcionou a melhora do perfil facial; 3) para
cada milímetro de retração dos dentes superiores, o ângulo nasolabial aumentou
1,49o; 4) a melhoria do perfil tegumentar, ocasionado pela mecanoterapia
apresentou estabilidade.
Bowman e Johnston (2000), compararam os efeitos estéticos dos
tratamentos com e sem extração. Os perfis pré e pós-tratamento de pacientes
caucasianos, Classe I e II. (70 com extração e 50 sem extração) foram apresentados
aleatoriamente e avaliados por 58 leigos e 42 dentistas. As amostras foram
semelhantes no início; contudo, no fim do tratamento, as faces dos pacientes
tratados com extração foram, em média, "1.8 mm mais chatas" do que as faces
tratados sem extração. As faces mais chatas foram preferidas por ambos os grupos,
contudo dentistas mais do que leigos. Em geral, o tratamento sem extração foi visto
como tendo pouco efeito no perfil, ao passo que o efeito percebido do tratamento
com extração foi estatisticamente significante por meio da protrusão de tecido mole
inicial maior a protrusão inicial, maior o benefício. Ambos os grupos viram a
extração como potencialmente benéfica quando os lábios encontravam-se mais
protrusivos do que 2 para 3 mm atrás do plano-E de Ricketts. Concluíram que o
tratamento de extração pode produzir a melhora da estética facial de muitos
pacientes que apresentam com alguma combinação de apinhamento e protrusão.
Revisão da Literatura 38
Carvalho (2000), analisou cefalometricamente o tratamento corretivo da
má oclusão de Classe II, divisão 1, realizado com extrações de quatro pré-molares e
utilização de ancoragem extrabucal cervical, comparando os resultados de acordo
com o padrão de crescimento facial de cada grupo de pacientes. Foram utilizadas
120 telerradiografias (60 iniciais e 60 finais), de sessenta pacientes com esta
oclusão, divididos em dois grupos de trinta segundo o padrão vertical de crescimento
facial. Constatou que ocorreu retrusão significativa dos incisivos superiores e
inferiores com o tratamento realizado com quatro extrações, independente do
padrão facial do paciente.
Dainesi et al., (2000), realizaram um estudo cefalométrico de 38
telerradiografias obtidas aos 6 e aos 18 anos de 19 jovens com oclusão considerada
satisfatória e com padrão de crescimento facial horizontal, onde avaliaram as
alterações decorrentes do perfil tegumentar. Observou-se aumento da espessura do
tecido mole nas regiões nasal, Subnasal e mentoniana. As alterações verticais
apresentaram relação direta entre a altura facial total (AFT) e a altura facial ântero-
superior (AFAS), representada pela variável N’-Sn, e desta com a altura nasal
superior (N’-Prn). A convexidade facial diminuiu com a idade, mas com a inclusão do
nariz na determinação da convexidade facial, observaram um aumento da mesma,
possivelmente devido a um maior crescimento nasal. Constataram uma diminuição
do ângulo nasolabial e da protrusão labial. Os autores recomendaram que os
planejamentos com extrações dentárias em ambos os arcos deveriam ser realizados
com extremo cuidado neste tipo de padrão facial, pois o risco de dano ao perfil
tegumentar.
Zierhut et al., (2000), mostraram que não somente as extrações causam
alterações faciais específicas como retrusão dos lábios, aumento da concavidade
entre outras, mas também o próprio desenvolvimento e envelhecimento do indivíduo
causam um achatamento progressivo do perfil facial em casos de Classe II Divisão 1
tratados com ou sem extrações.
Em relação ao tratamento da má oclusão de Classe II, Bryk e White
(2001), afirmaram que no a extração de pré-molares inferiores deveria, sempre que
possível, ser evitada. Sobretudo quando este protocolo de tratamento é indicado em
paciente que apresenta um reduzido potencial de crescimento. De acordo com os
autores, as extrações de dois pré-molares superiores podem compor uma excelente
Revisão da Literatura 39
alternativa para a correção desta má oclusão, visto que esta abordagem permitiria
que uma relação de Classe I dos caninos e uma boa intercuspidação dos dentes
posteriores fossem freqüentemente alcançadas o que foi confirmado por. Proffit,
Phillips e Douvartzidis (1992).
Moraes et al., (2001), avaliaram as alterações que incidiram no ângulo
nasolabial em uma amostra de 52 telerradiografias cefalométricas laterais do início e
do final do tratamento de 26 pacientes, do gênero feminino, leucodermas, portadores
má oclusão de Classe II Divisão 1, sendo 13 tratados com extrações dos pré-
molares e 13 tratados sem extrações e traçaram a medida do ângulo nasolabial.
Ocorreu um aumento médio do ângulo nasol-abial no grupo com extração de 108º
do início do tratamento para 116,77º no final, com diferença estatisticamente
significante a 5%. No grupo sem extrações houve aumento do ângulo nasolabial de
111,88º para 113,81º, estatisticamente o significante. Os autores concluíram que
pacientes, Classe II Divisão 1 de Angle, tratados com extrações dos pré-molares,
apresentaram um aumento estatisticamente significante do ângulo nasolabial em
relação a pacientes tratados sem extrações, e que alterações do ângulo nasolabial
traduzem modificações do lábio superior em resposta à retração dentária e deve-se
ter prudência em tratamentos onde indicação para extrações além do
esclarecimento das possíveis alterações no perfil para o paciente.
Ong e Woods (2001), analisaram as alterações dimensionais no arco
maxilar após as extrações de primeiros ou segundos pré-molares superiores.
Registros p e pós-tratamento de 71 pacientes tratados por um ortodontista
experiente foram selecionados aleatoriamente a partir de casos concluídos com
extração de pré-molar. Quarenta e cinco pacientes com extração do primeiro pré-
molares superiores, dos quais 15 tamm tiveram extrações dos primeiros pré-
molares inferiores e 30 tiveram extrações de segundo pré-molares inferiores. Vinte e
seis pacientes envolvidos na extração do segundo pré-molares superiores, e todos
estes tamm tiveram extrações de segundo pré-molares inferiores. Fatores pré-
tratamento que pareceram sugerir uma base para a escolha de extração nesta
amostra incluiu trespasse horizontal, relação molar, e protrusão dos incisivos
superiores. As reduções médias do tratamento na dimensão do arco posterior foram
similares em todos os grupos de extração pré-molares. Não houve evidência de
maior redução da largura inter-molares superior, após a extração dos segundos pré-
Revisão da Literatura 40
molares superiores do que depois das extrações dos primeiros pré-molares
superiores. Maior média de retração dos incisivos superiores foi encontrada no grupo
de extração do primeiro pré-molar maxilar do que no grupo segundo pré-molar
superior. Uma ampla gama de variação individual nas mudanças do incisivo e de
molar, no entanto, acompanhou o tratamento que envolve ambas as seqüências de
extração pré-molares superiores.
Martins et al., (2002) descreveram o caso de uma jovem adulta com
Classe II Divisão 1, com acentuada trespasse horizontal, interposição dos incisivos
superiores entre os lábios. Medidas cefalométricas pós-tratamento mostram que a
trespasse horizontal foi reduzida e que os incisivos apresentam-se bem relacionados
entre si. A retração dos incisivos superiores proporcionaram uma redução na medida
1.NA em graus, de 49,3 para 30,6 e 1-NA em milímetros foi de 13,2 para 4,6.
Constatou-se que apesar da grande movimentação dentária, não foi possível
verificar uma correção esquelética, já que ANB e Wits não foram alterados. A
sobreposição dos traçados cefalométricos revelou que somente a área Subnasal foi
alterada significantemente. Os autores ressaltaram que a ancoragem é crítica em
casos deste tipo, pois o paciente adulto na maioria das vezes não colabora com o
uso do aparelho extrabucal, e que uma alternativa nestes casos seria a utilização de
barra transpalatina, ou uso de elásticos inter-maxilares de Classe II, entretanto o uso
do arco inferior como ancoragem seria limitado devido à crítica estabilidade dos
dentes inferiores.
Kocadereli (2002), avaliou as modificações no perfil tegumentar em
função do tratamento ortodôntico realizado com ou sem extrações. Para tanto,
analisou cefalometricamente 80 pacientes com oclusão de Classe I, sendo 40
tratados sem extrações e os outros 40 tratados com extrações dos quatro primeiros
pré-molares. Concluiu que a principal diferença do perfil tegumentar entre os grupos
ao término do tratamento consistiu num posicionamento dos lábios superior e inferior
mais retruídos nos casos tratados com extrações.
Al-Nimri (2003) avaliou a magnitude de retração dos incisivos inferiores
durante a mecanoterapia da Classe II Divisão 1 tratada com extrações de p-
molares quando a retração do segmento ântero-inferior o faz parte do objetivo do
plano de tratamento. Analisaram modelos e telerradiografias de 70 pacientes, dos
quais 31 sofreram extração dos primeiros pré-molares inferiores e 39 dos segundos
Revisão da Literatura 41
pré-molares inferiores. Os fatores responsáveis pela preferência das extrações
foram altura facial, ângulo dos planos mandibular e maxilar e espaço necessário no
arco mandibular. Os incisivos inferiores foram retraídos em apenas 65% dos
pacientes. Em média, os incisivos inferiores foram retraídos por 1,02 mm
relativamente à linha Násio Pogônio, o houve diferenças significativas nos
grupos. A análise indicou que as mudanças na posição do incisivo inferior estão
significantemente correlacionadas com espaço residual no arco inferior pós-
extração, a distância inicial entre os incisivos e a linha Násio– Pogônio, ângulo
maxilo-mandibular e o torque vestibular nestes dentes.
Basciftci e Usumez (2003), realizaram um estudo para avaliar o perfil bem
como os efeitos dento-alveolares e esqueléticos do tratamento com e sem extrações
em uma vasta variedade de pacientes inclusive casos Classe I e Classe II, divisão 1.
Os resultados obtidos com tratamento sem extração e com extração também foram
comparados. O estudo foi executado em cefalogramas laterais pré-tratamento e pós-
tratamento de 87 pacientes ortodônticos. Os resultados deste estudo indicaram que
em casos tratados com sucesso, com ou sem extração, os mesmos pontos de perfil
de tecido moles e duros foram conseguidos, exceto o posicionamento de incisivo,
que é um tanto mais fácil prever do que as modificações perfil e de tecidos moles. A
afirmação simples que a extração significa ter um perfil mais retrusivo ou achatado
parece ser inaceitável, segundos os autores e sugeriram que uma avaliação mais
completa deveria ser executada.
Busato (2003), percebeu que não houve evidência de que uma
diferença na recidiva do apinhamento ântero-inferior, em pacientes portadores de má
oclusão de Classe II de Angle, tratados com a extração de dois ou quatro pré-
molares. De uma forma geral, sabe-se que a realização da extração de somente dois
pré-molares superiores está geralmente indicada, quando não apinhamento ou
discrepância cefalométrica no arco dentário inferior. A utilização da mecânica de
extrações de quatro pré-molares na Classe II está geralmente indicada quando o
arco inferior apresenta apinhamento dentário, discrepância cefalométrica ou uma
combinação destas características, para os pacientes que ainda se encontram na
fase de crescimento
Uma avaliação quanto à preferência estética do perfil tegumentar,
avaliado por leigos e ortodontistas, em relação aos padrões cefalométricos
Revisão da Literatura 42
existentes foram realizadas por Diogo e Bernardes, (2003), onde interpretaram o
perfil facial de 90 jovens tratados ortodonticamente. Os perfis foram avaliados por 30
examinadores, sendo 15 ortodontistas especialistas e 15 leigos em Ortodontia.
Constataram que os ortodontistas foram mais criteriosos e severos na avaliação do
perfil facial, em relação aos leigos. Os resultados obtidos permitiram concluir que a
preferência estética apresentou-se com tendência significativa a uma leve protrusão
dos lábios superior e inferior.
Mihalik, Proffit e Phillips (2003), avaliaram trinta e um pacientes adultos
que tinham sido tratados somente com ortodontia e apresentavam má oclusão de
Classe II foram reavaliados após no mínimo 5 anos pós-tratamento para avaliar a
estabilidade oclusal e cefalométrica e tamm sua satisfação com os resultados do
tratamento. Os dados foram comparados com dados semelhantes em pacientes com
má oclusão de Classe II mais severa em que foi necessária a correção cirúrgica com
o avanço mandibular, impactação maxilar, ou uma combinação desses, no mínimo 5
anos pós-tratamento. Nos pacientes tratados com camuflagem, pequenas mudanças
ocorreram a longo prazo, mas as mudanças foram em geral muito menor do que nos
pacientes submetidos à cirurgia. As percentagens de pacientes com um aumento em
longo prazo no trepasse vertical foram quase idênticos nos grupos ortodôntico e
cirúrgico, mas os pacientes cirúrgicos apresentaram quase duas vezes mais
chances de ter um aumento a longo prazo no trespasse horizontal. As percepções
dos pacientes sobre os resultados foram altamente positivos, tanto nos grupos
ortodôntico e cirúrgico. Nos casos tratados somente com ortodontia (camuflagem),
os pacientes relataram menos problemas funcionais ou na articulação
temporomandibular do que os pacientes submetidos à cirurgia, e houve relatos
similares de satisfação geral com o tratamento, entretanto os pacientes que sofreram
avanço mandíbular foram significativamente mais positivos sobre as suas imagens
dentofacial.
O potencial de extração pré-molares para produzir efeitos faciais adversos
após tratamento ortodôntico é ainda controversa, e a documentação detalhada da
previsibilidade, ou não, de vários efeitos de tratamento das partes moles seria,
obviamente, de assistência aos ortodontistas clínicos no dia-a-dia para o
planejamento do tratamento, pelo potencial de refino dos critérios para a seleção
adequada de várias seqüências de extração pré-molares. Ao perceberem, isso, e
Revisão da Literatura 43
com o intuito de avaliar os efeitos das extrações de pré-molares na curvatura dos
bios superior e inferior, Wholley e Woods (2003), realizaram um estudo
cefalométrico com 80 casos tratados com extrações dentárias. Realizaram
comparações entre as alterações labiais nos casos tratados com extrações dos
quatro primeiros pré-molares, nos casos com extrações dos quatro segundos pré-
molares e em casos tratados com extrações dos primeiros pré-molares superiores e
segundos inferiores. Verificaram que as alterações da profundidade de ambos os
bios não apresentou relação com as diferenças nos protocolos de extrações
estudados. Portanto, além da morfologia individual inerente do tecido mole dos
bios, é o efeito combinado da resposta do lábio a várias alterações dentárias e
esqueléticas e da gerência competente do clínico dos espaços da extração que
aparentemente afeta as formas dos bios, no perfil lateral durante o tratamento.
Observaram que seria possível para o clínico gerenciar cuidadosamente o espaço
da extração primeiro ou segundo pré-molares e ao mesmo tempo proteger o perfil
facial. Concluíram que na prática ortodôntica a escolha dos dentes que serão
extraídos baseia-se em diversas razões, não devendo ser definida apenas pelas
alterações no perfil tegumentar.
Basciftci et al., (2004), realizaram um estudo para determinar: as
modificações de tecido mole em pacientes tratados com extrações de quatro
primeiros de pré-molares como determinado pela análise de Holdaway, avaliar as
diferenças sexuais entre valores pré e pós-tratamento, e comparar com valores de
tecido mole normativos encontrados em adultos turcos Anatólios. Cefalogramas
laterais de 58 pacientes (26 meninos e 32 meninas) foram avaliados. Durante o
tratamento, o ângulo H, o tecido mole Subnasal a linha H, e tensão debio superior
diminuiu, e a espessura de lábio superior, sulcus inferior a linha H, e proeminência
de nariz aumentou. Nenhuma diferença sexual estatisticamente significante foi
encontrada entre valores de pré e s-tratamento dos quatro casos de extração de
pré-molar.
Erverdi e Acar (2004), relataram um caso clínico de paciente do gênero
feminino, adulta, apresentando Classe II Divisão 1 severa, com ausência de
selamento labial passivo, perfil acentuadamente convexo, mandíbula retruída e
sorriso gengival. Foi realizado tratamento com extrações dos primeiros pré-molares
superiores e retração em bloco sem perda de ancoragem com uso de placas e
Revisão da Literatura 44
parafusos zigomáticos. Houve correção do trespasse horizontal para valores normais
e não foi observado movimento dos molares. A análise cefalométrica pré e pós-
tratamento mostraram movimento de corpo dos incisivos como planejado. Os
autores relataram que um ótimo resultado estético poderia ser alcançado com
impacção de maxila e avanço mandibular, mas com a rejeição da paciente à cirurgia
ortognática, a melhora do perfil foi limitada às alterações ântero-posteriores na
maxila e alguma intrusão dos incisivos superiores conseguida pela ancoragem
zigomática, sem alteração na mandíbula, que continuou retruída.
Janson et al., (2004), compararam o tratamento da Classe II completa
realizando a de extração de dois pré-molares superiores ou o protocolo de extração
quatro pré-molares. O estudo baseou-se na análise de dois grupos: grupo I formado
por 81 modelos de estudo de pacientes tratados com extrações de dois pré-molares
superiores, e o grupo II formado por 50 modelos de estudo de pacientes tratados
com o protocolo de extrações de quatro pré-molares. A idade média dos grupos foi
de 13,9 a 12,9 anos respectivamente. O índice de prioridade de tratamento de
Grainger (Grainger’s treatment priority index -IPTI) foi utilizado para verificar as
condições oclusais iniciais e finais de cada paciente. Variáveis individuais como
melhoras no posicionamento ântero-posterior dos caninos superiores, no trespasse
horizontal e no trespasse vertical também foram avaliadas. Os testes de t
independentes foram empregados para comparar as variáveis nas etapas de pré-
tratamento e pós-tratamento e a sua melhora entre os grupos. Os resultados
mostraram uma diferença estatística significante na maior parte das variáveis e na
sua melhora no fim do tratamento entre os grupos. As variáveis mostraram uma
melhor relação dentária no grupo I, e as melhoras no grupo I foram maiores do que
no grupo II. No tratamento da má oclusão de Classe II os autores verificaram que o
resultado oclusal é melhor com extrações de dois pré-molares superiores, devido à
maior facilidade de correção da relação ântero-posterior do segmento anterior.
Meral et al., (2004), avaliaram os efeitos da extração de pré-molar
superior bilateral no crescimento mandibular. Vinte e seis pacientes (8 do gênero
masculino e 18 do gênero feminino), no pico puberal de crescimento, com má
oclusão de Classe II, com trespasse horizontal normal ou leve, nenhuma
discrepância de comprimento de arco inferior, mas discrepância de arco superior
severa e nenhuma discrepância esquelética severa, foram divididos em dois grupos
Revisão da Literatura 45
iguais em número e gênero, como grupos de controle e de extração. A idade
cronológica mediana foi 11.2 anos no grupo de extração e 12.6 anos nos controles.
Os pacientes foram observados durante um período mediano de 1.1 anos no grupo
de extração depois da extração bilateral dos pré-molares superiores e 1.2 anos nos
controles até a término do crescimento puberal (DP3u) sem qualquer tratamento
ortodôntico. Vinte e nove medições lineares e angulares foram feitas em 52
cefalogramas laterais e radiografias de mão e punho foram tomadas antes e depois
do período de estudo. Assim, os autores sugerem que as extrações de pré-molar
superiores bilaterais poderiam afetar a tendência de rotação mandibular.
As modificações na curvatura de lábio que resulta do tratamento foram
basicamente ignoradas na literatura ortontica. O foco em vez disso foi
principalmente dirigido na retração do Ls e modificações no ângulo nasolabial.
Moseling e Woods (2004), por isso, realizaram este estudo o qual foi projetado para
analisar retrospectivamente modificações nas curvas de lábio superiores e inferiores
associadas com crescimento e tratamento. Radiografias cefalométricas laterais de
137 pacientes ortodônticos do gênero feminino foram digitalizados. Sessenta e dois
foram tratados com extrações de pré-molar e 75 sem extrações. O grupo de
extração total foi, além disso, dividido em subgrupos com base na seqüência de
extração escolhida, que incluiu a extração de 4/4, 4/5, ou 5/5. A análise estatística
não revelou nenhuma diferença significante em modificações na profundidade de
curva de lábio entre duas amostras totais, quanto a qualquer das duas linhas de
referência. Isto sugeriria que um plano apropriadamente selecionado, ou extração ou
não-extração, deva permitir que o tratamento seja executado sem efeitos negativos
na curvatura dos bios. O cálculo de coeficientes de correlação e análise de
regressão sugeriu que as propriedades inerentes e a morfologia dos próprios tecidos
suaves sejam provavelmente os determinantes maiores do comportamento de curva
de lábio com o tratamento. Os tecidos moles, do terço médio, pareceram ser menos
dependente de modificações nos tecidos duros subjacentes do que fazem os tecidos
moles do terço inferior.As posições dos incisivos superiores e inferiores pré-
tratamento e angulações e a dimensão facial vertical subjacente parece
desempenhar papéis mais significantes no comportamento do lábio mais inferior do
que o lábio superior.
Revisão da Literatura 46
Paiva, Rino Neto e Lopes (2004), analisaram a posição do lábio superior e
dos incisivos superiores ao início e ao final do tratamento ortodôntico e correlacionar
às possíveis alterações encontradas nestas estruturas. Foram selecionadas 13
documentações ortodônticas de pacientes dos gêneros masculino e feminino,
brasileiros, leucodermas, com idades entre nove e 16 anos, tratados com extrações
dos quatro primeiro pré-molares. As documentações dos pacientes foram
selecionadas, subjetivamente, por meio de suas fotografias de frente e de perfil, nas
quais foi observada uma nítida alteração da projeção do lábio superior entre as fases
inicial e final do tratamento ortodôntico. Utilizando-se telerradiografias em norma
lateral, foram desenhados os cefalogramas de cada paciente e medidas as
grandezas cefalométricas 1.NA, 1-NA e SnPerp-Ls. Depois da análise estatística dos
valores obtidos, concluiu-se que houve diminuição estatisticamente significativa da
projeção do lábio superior e dos valores lineares dos incisivos superiores ao final do
tratamento. Ainda que, tenha ocorrido diminuição dos valores angulares dos
incisivos superiores, não foi significante estatisticamente. Houve correlação positiva
entre as medidas 1.NA e SnPerp-Ls, portanto, quanto maior a vestibularização dos
incisivos superiores, maior a projeção do lábio superior e entre as medidas 1-NA e
SnPerp-Ls, isto é, quanto maior a protrusão dos incisivos superiores maior a
projeção do lábio superior.
Brock (2005), realizou um estudo longitudinal retrospectivo para investigar
a resposta do lábio superior à retração de incisivo e apurar o efeito da étnica nesta
resposta. Foram avaliadas cefalogramas laterais de 88 pacientes do gênero feminino
pós-puberal (44 melanodermas e 44 leucodermas, com a idade média de 18.45
anos). Os grupos foram reunidos pela idade e o montante da retração do incisivo
superior. Conclui que as modificações de tecido duros e moles ocasionadas pelo
tratamento do grupo melanoderma foram mais extrusiva, e aqueles do grupo
leucoderma foram mais retrusivas. As diferenças étnicas existem na resposta de
tecido suave a modificações de tecido difíceis no lábio superior, e em Subnasal e o
sulco labial superior; contudo, essas diferenças de resposta em sulco labial superior
podem ser explicadas pelas diferenças étnicas em espessura de lábio inicial e
inclinação de incisivo; eles não estão devidos em e deles à étnica. A modificação em
prosthion foi significativamente correlacionada com a resposta do lábio superior em
labrale superius à retração de incisivo. As diferenças étnicas não acrescentaram
Revisão da Literatura 47
nenhum aumento à predição da resposta. Quando a retração de incisivo foi
executada, a posição horizontal final do lábio superior pode ser prognosticada
precisamente e confiantemente
Demir et al., (2005), examinaram as alterações nas estruturas dentofaciais
de 53 pacientes adultos portadores de Classe II Divisão 1 e retrusão mandibular
tratados com extrações dos primeiros pré-molares superiores. Em relação às
alterações faciais encontraram diminuição do ângulo H (formado entre linha N'-Pog'
22 e linha H de Holdaway), lábio superior à linha E, 1-NA, 1.NA, 1.SN. Descreveram
também que os pacientes submetidos ao tratamento, quando comparados aos
padrões cefalométricos de pacientes com oclusão considerada normal,
apresentaram maior trespasse horizontal, maior ANB e SN-MP ngulo entre SN e
plano mandibular), menor altura facial anterior inferior, lábios mais protrusos e
mandíbulas mais retruídas.
A previsibilidade das possíveis alterações, do perfil facial tegumentar,
decorrentes do tratamento ortodôntico, em pacientes ainda susceptíveis a fatores de
crescimento, parece ser bastante complexa, além de dependente de inúmeras
variáveis. A partir disto, Maria e Rossato (2005), propuseram avaliar 40 pacientes
jovens (20 do gênero masculino e 20 do feminino), tratados ortodonticamente com
extrações de 4 pré-molares, de acordo com os princípios da técnica preconizada por
Tweed-Merrifield . Da amostra selecionada, 23 casos apresentavam má oclusão de
Classe I e 17 apresentavam Classe II, divisão 1 de Angle, com idades médias no
início do tratamento de 12,4 e 12,3 anos para o gênero feminino e masculino,
respectivamente. Os resultados encontrados denotaram que o Ângulo nasolabial
(ANL) tornou-se mais obtuso com o tratamento (6,11º), provavelmente em
decorrência da retração de seu componente labial que se seguiu à retração dos
incisivos superiores. Quanto ao componente nasal, seu crescimento para frente e
para baixo, contribuiu que este aumento não fosse ainda maior. Assim, as alterações
ocorridas nos 2 componentes anatômicos do ANL (labial e nasal), provocaram, no
seu conjunto, uma rotação no sentido horário. Quanto ao lábio superior, este
apresentou um espessamento tanto em vermelhidão quanto na região do sulco labial
superior, não sendo possível identificar sua verdadeira relação com o crescimento
e/ou retração dos incisivos superiores. Quando as variáveis foram avaliadas quanto
ao gênero, no masculino o ANL apresentou um menor aumento (5,52º), em virtude
Revisão da Literatura 48
de um maior crescimento nasal para frente e para baixo, além de uma menor
retração labial, a qual pode ter sido compensada por um maior espessamento do
bio superior. No feminino, o ANL apresentou um maior aumento (7,20º), com
menor crescimento nasal e maior retração labial, que presumivelmente ocorreu em
função de um insignificante aumento da espessura do lábio superior.
Ramos et al., (2005), pesquisaram as modificações de tecido mole após a
extração de primeiros pré-molares superiores e retração dos dentes anteriores em
16 pacientes com oclusão de Classe II, divisão 1. Pré e o pós-tratamento foram
avaliados utilizando cefalogramas laterais utilizando superposição em implantes
metálicos tipo Björk na maxila. A amostra foi dividida, sendo o grupo I pacientes,
aqueles que apresentavam selamento labial em repouso no cefalograma pré-
tratamento, e o grupo II pacientes que não apresentavam selamento labial em
repouso no cefalograma pré-tratamento. A retração de incisivo superior foi seguida
por uma proporção semelhante da retração de lábio superior em ambos os grupos
(1:0.75 e 1:0.70 proporções medias, respectivamente grupos I e II). Entretanto,
aqueles sem selamento labial em repouso realmente demonstraram mais retração
em estômio (USt). A posição de lábio superior final (Ls) foi razoavelmente
correlacionada com a retração do ponto cervical no incisivo superior (cU1) com
coeficientes de determinação de 63.6 % no bio selado e 68.5 % no grupo com
incompetência labial. Embora os ângulos labiais e nasolabial tendessem a abrir-se
depois da retração de incisivo, houve um pouco de predição desta resposta.
Ramos e Lima (2005) avaliaram as alterações no perfil esquelético de
Classe II indivíduos submetidos ao tratamento ortodôntico. O grupo experimental
consistiu nos cefalogramas em norma lateral de 30 indivíduos brasileiros (17do
gênero feminino e 13 do gênero masculino) obtido entre as médias de idade de 11,1
anos (inicial) e 15,1 anos (final) e tratados com aparelho extrabucal cervical e
edgewise. O grupo controle consistiu nos cefalogramas em norma lateral de 30
indivíduos canadenses (13 do gênero feminino e 17 do gênero masculino) com
idades de 6, 9, 12, 14 e 16 anos a partir da Burlington Growth Study da Universidade
de Toronto, no Canadá, que não receberam qualquer tipo de tratamento ortodôntico.
Os resultados demonstraram uma redução da convexidade do perfil esquelético dos
dois grupos. No entanto, esta mudança foi significativa apenas para a amostra
canadense de 6 a 9 anos de idade (P <.01), Considerando que a redução foi maior
Revisão da Literatura 49
para o grupo brasileiro e foi significativa entre as idades iniciais e finais (P <.01). No
grupo de controle canadense, a maxila apresentou uma tendência de deslocamento
para frente (P <.01), Que o foi observado no grupo experimental (P <.01). A
mandíbula apresentou um deslocamento para frente em ambos os grupos, no
entanto, apenas o grupo canadense demonstrou uma diferença significativa, o que
ocorreu entre 9 e 16 anos (P .01).
Sugeriu-se que as más-oclusões de Classe II divisão 1 tratadas com
extrações resultasse em modificações prejudiciais no perfil facial. Por este motivo,
Bokas, Collett (2006) investigaram as modificações na posição do bio superior
depois de extrações somente no arco superior. Os autores avaliaram as
modificações na posição do lábio superior depois da extração dos primeiros pré-
molares superiores e retração dos incisivos superiores. A amostra compôs-se de 35
Classe II divisão 1 pacientes com trespasse horizontal de no mínimo 5 mm cujos
oclusão foram corrigidos com extrações primeiros pré-molares superiores e
aparelhos fixos. Doze pacientes na amostra tiveram trespasse horizontal maior ou
igual a 9 mm. Não houve nenhuma extração no arco inferior. Cefalogramas laterais
pré e pós-tratamento foram utilizados para determinar as modificações na posição
do bio superior. No final do tratamento o lábio superior apresentou-se 0.46 mm
menos protrusivo do que no inicio do tratamento. Em pacientes com trespasse
horizontal maior ou igual a 9 mm o lábio superior retraiu aproximadamente 1 mm e
no fim do tratamento (média da diferença pré e de pós-tratamento: de 0.92 mm). Não
houve nenhuma diferença de gênero significante nas posições do lábio superior.
Modificações mínimas ocorreram na posição do lábio superior depois da extração
dos pré-molares superiores e a retração dos incisivos superiores. Outros fatores
alem da posição dos incisivos superiores podem determinar a posição de pós-
tratamento do lábio superior.
Brant e Siqueira (2006), comparam as alterações no perfil tegumentar em
pacientes apresentando inicialmente má oclusão Classe II, divisão, tratados com
extrações dos quatro primeiros pré-molares, e um grupo de pacientes tratados de
forma similar, mas sem nenhuma extração Foram analisadas 60 telerradiografias,
tomadas em norma lateral, obtidas no início e final do tratamento de 30 pacientes do
gênero feminino, leucodermas, dolicofaciais, que receberam tratamento ortodôntico
corretivo, sendo que 15 realizaram extrações dos quatro primeiros pré-molares
Revisão da Literatura 50
(idade média de 14,3 anos) e as outras 15 não (idade média de 15,4 anos).
Registraram-se, em cada série, oito medidas lineares: SN-P, SN-Sts, Ls-SIS, Ls-
SNPog', Sts-Sti, Li-SII, Li-SN-Pog', B'-SNPog'; e 5 angulares: SN.Go.Gn, G'.SN.Pog',
Col.SN.Ls, SN.A'.Ls e Li.B'.Pog' Os resultados demonstraram uma diminuição
significativa no tempo de tratamento nos casos tratados sem extrações, em média
12 meses menor (p < 0,025). Ocorreu um comportamento similar para as medidas
SN-P, SN-Sts, Ls-SIS, um aumento nas medidas Col.SN.Ls, Li.B'.Pog' e G.SN.Pog',
assim como uma diminuição nas medidas de Ls-SNPog', Sts-Sti e Li-SII em ambos
os grupos. Observaram diferenças significativas no grupo tratado com extrações,
com aumento de B'-SN-Pog' e diminuição de Li-SNPog' Os autores concluíram que
ambos os grupos tratados com e sem extrações de pré-molares apresentaram
valores médios normais na avaliação do perfil facial ao final do tratamento, com
melhora significativa na posição do lábio inferior, diminuição do espaço inter-labial e
aumento do ângulo do perfil facial.
Preocupados com o perfil de tecidos moles depois de tratamento com
extrações, Conley e Jerningan (2006) avaliaram a as mudanças no perfil de tecidos
moles depois da extração de 2 pré-molares em pacientes Classe II com tratamento
compensatório. Os autores avaliaram vinte sete pacientes caucasianos, Classe II
divisão 1, com um trespasse horizontal médio de 8,62mm, discrepância de modelo
pequena ou nula que necessitavam de ancoragem máxima onde foi realizado o
tratamento com extração de apenas 2 primeiros pré-molares superiores.
Telerradiografias em norma de perfil foram realizadas no pré e pós-tratamento.
Utilizando diversas medidas cefalométricas de tecidos moles e tecidos duros, as
mudanças de tratamento foram avaliadas. A média de retração do incisivo superior
foi de 5,27mm, a do lábio superior de 2,03mm, e a media de retração do incisivo
mandibular de 1,23mm. Todos os pacientes, em geral, finalizaram com um bom
equilíbrio e harmonia facial. A extração dos primeiros pré-molares para camuflagem
ortodôntica mostrou ser uma opção viável de tratamento, especialmente se o
paciente tem lábios superiores cheios e apenas deficiência maxilar relativa.
Darendeliler e Taner (2006), analisaram os efeitos das extrações dos
quatro primeiros pré-molares e o uso ou uso do reforço de ancoragem extrabucal no
tecido mole facial em 41 pacientes nos padrões de crescimento mésio e hiper-
divergentes. Concluíram que pacientes com padrão hiper-divergente apresentaram
Revisão da Literatura 51
as maiores modificações faciais e a utilização de tração cervical nestes pacientes
deve ser evitado, principalmente nos casos onde apresentaram retrusão dos lábios
no início do tratamento, e ressaltaram que evitar as extrações de pré-molares
baseado num possível resultado negativo na face não é justificado.
As telerradiografias da face em incidência de perfil de 56 adultos jovens
do nero masculino tratados consecutivamente (29 sem extrações e 27 com
extrações de pré-molares) foram analisadas por Gomes e Jardim (2006), antes e
depois do tratamento. Para cada radiografia foram utilizadas quinze medições
lineares e quatro angulares que avaliaram a convexidade facial, a altura facial
inferior, o grau de protrusão labial, o comprimento labial, o enrolamento labial, a
exposição labial e dos incisivos superiores em repouso e a distância interlabial.
Como resultado do tratamento, os indivíduos tratados com extrações evidenciaram
uma redução estatisticamente significativa na protrusão do bio superior (p <0.05),
do sulco labial superior (p <0.05) e do lábio inferior (p <0.01); no entanto, a
magnitude destas diferenças foi pequena, tendo sido encontrada uma grande
variabilidade entre indivíduos. Não foram encontradas alterações significativas para
as restantes variáveis. Os resultados indicaram que: (1) a extração de pré-molares
não tem necessariamente um impacto negativo sobre o perfil facial; (2) no grupo de
pacientes estudado, a decisão extração versus não extração envolveu outros
fatores, para além do perfil cutâneo.
Ao comparar os protocolos de tratamento da Classe II completa com
extrações de dois pré-molares com o de quatro pré-molares, Janson et al., (2006),
realizaram um estudo onde observaram que o primeiro apresentou uma maior
proporção de sucesso oclusal. Foram selecionados 99 pacientes, os quais foram
divididos em dois grupos de acordo com o critério de extrações. Grupo 1 consistia de
49 pacientes tratados com extrações de 2 primeiros pré-molares superiores, sendo
30 do nero masculino e 19 do gênero feminino, com uma idade inicial média de
14,35 anos (variando de 9,42-27,08 anos). Destes, 43 apresentavam oclusão de
Classe II divisão 1 e seis de Classe II divisão 2. O grupo 2 consistia de 48 pacientes
Classe II divisão 1 tratados com extração de 4 pré-molares, sendo 27 do gênero
masculino e 21 do gênero feminino, com um idade média de 13,03 anos (variando
de 10,67-18,33 anos). Segundo os autores a explicação encontrar-se-ia na diferente
quantidade de reforço de ancoragem e de movimentação dentária necessários para
Revisão da Literatura 52
a correção da má oclusão. No tratamento com 2 extrações foi necessário reforço de
ancoragem para manter o segmento posterior durante a retração anterior. A
distância média dos pré-molares normalmente encontrada é de 7 mm e os dentes
anteriores deveriam ser distalizados essa quantidade.
Janson et al., (2006b), comparam a severidade cefalométrica e oclusal de
pacientes com oclusão Classe II divisão 1 tratados com e sem extrações de 2
pré-molares superiores. Foram selecionados modelos de estudos e telerradiografias
em norma lateral de 62 pacientes. Os pacientes do grupo 1 (n- 42) foram tratados
sem extrações, e o grupo 2 (n- 20) foi tratado com extrações de 2 pré-molares
superiores. O índice de prioridade de tratamento de Grainger (TPI) foi utilizado para
avaliar as condições oclusais iniciais e finais. Variáveis como trespasse horizontal e
trespasse vertical foram tamm avaliadas. Testes t independentes foram utilizados
para avaliar as variáveis oclusais e cefalométricas no estágio pré-tratamento e a
melhora dos valores TPI entre os grupos. Pacientes tratados com extrações de 2
pré-molares superiores tiveram os valores oclusais inicias mais altos de TPI,
trespasse horizontal, discrepâncias das bases ósseas ântero-posteriores, protrusão
de incisivos maxilares, e discrepância molares ântero-posteriores, do que aqueles
tratados sem extrações. Os autores concluíram que para pacientes com severa
discrepância ântero-posterior, o planejamento de extração provou ser um tratamento
mais eficiente com menos necessidade de colaboração do paciente.
Janson et al., (2006c), realizaram um estudo com o objetivo de comparar
a estabilidade de pós-contenção da correção das irregularidades dos dentes ântero-
inferiores em pacientes com má oclusão de Classe II cujos tratamentos ortodônticos
incluíram a extração de 2 ou 4 pré-molares. Um total de 66 pacientes foi
selecionado, os quais inicialmente apresentavam à má oclusão de meia Classe II.
Dezenove pacientes (9 gênero masculino, 10 feminino) com uma idade inicial média
de 14.04 anos, foram tratados com a extração de 2 pré-molares (grupo 1); 47
pacientes (20 gênero masculino, 27 feminino) com uma idade média inicial de 13.03
anos foram tratados com a extração de 4 pré-molares (grupo 2). Um subgrupo do
grupo 2, com um montante semelhante de irregularidade inicial dos dentes
anteriores ao grupo 1, tamm foi comparado com o grupo 1. O índice de
irregularidade de Little foi utilizado para avaliar a irregularidade dos dentes
anteriores em modelos dentais obtidos de cada paciente antes e depois do
Revisão da Literatura 53
tratamento, e 5 anos após o término do tratamento ativo. Variáveis como o índice de
prioridade de tratamento, a idade de pré-tratamento, o tempo de tratamento, e o
tempo de pós-tratamento dos grupos foram comparados utilizando os testes de t. As
semelhanças como os valores do índice de irregularidade de Little( bibliografia) no
pré-tratamento, pós-tratamento, e pós-retenção também foram comparados com o
teste de t. As modificações cefalométricas de tratamento dentro dos grupos foram
avaliadas com testes t dependentes. Não houve nenhuma diferença estatisticamente
significativa na irregularidade dos dentes anteriores pós-retenção entre grupos 1 e 2
ou o subgrupo. O tratamento da oclusão Classe II com a extração de 2 pré-
molares superiores ou de 4 pré-molares fornece a mesma estabilidade de
alinhamento dos incisivos inferiores.
Yasutomi et al., (2006), avaliaram as modificações de lábio superior e
inferior depois do tratamento ortodôntico da bi-protrusão no japonês adulto. Também
pretendemos predizer as posições de lábio superior e inferior das modificações nas
posições dos incisivos superiores e inferiores tanto nos planos horizontais como
verticais. Foram comparadas cefalogramas p e o pós-tratamento de 38 pacientes
(6 do gênero masculino, e 32 do gênero feminino, idade média de 24.2 ± 2.9 e 22.8 ±
4.1 anos, respectivamente). Múltipla análise de regressão gradual revelou que de 1
mm de retração e de 1 mm de intrusão do ponto mais vestibular do incisivo superior
produziria uma retração de 0.22 mm do bio superior, um 1 mm de retração da
borda do incisivo inferior produziria uma retração de 0.76 mm do lábio inferior, e uma
retração de borda do incisivo inferior de 1 mm produziria uma retração de 0.50 mm
do estômio. Além disso, 1 mm de intrusão de borda do incisivo superior produziria
um movimento ascendente de 0.56 mm do lábio superior e a extrusão de 1.00 mm
do lábio inferior. A predição deste estudo pode ser benéfica para ortodontistas em
planejamento e discussão de planos de tratamento e opções com pacientes.
Considera-se que o perfil de tecido mole facial apresenta modificações de
bios subseqüentes à retração de incisivos. Várias proporções da relação da
retração de incisivos e de lábios foram previstos anteriormente para diferentes tipos
de más-oclusões com a utilização de diferentes análises. Alshakhs (2007), realizou
um estudo retrospectivo para investigar o efeito da retração de incisivos superiores e
inferiores no perfil facial de tecido mole. A amostra foi composta de trinta e sete
pacientes do gênero femininos adolescentes com a idade média de 15.03 anos. A
Revisão da Literatura 54
amostra apresentava oclusão de Classe II divisão 1 esquelética e dental.
Cefalogramas laterais pré e pós-tratamento foram traçado manualmente. Os
resultados do estudo indicaram que o ângulo nasolabial aumentou significativamente
bem como o ângulo mento-labial subseqüente à retração de incisivos superior e
inferiores, entretanto pobremente previsível. A redução subseqüente no espaço
inter-labial expôs a predição mais alta. Geralmente, as modificações do lábio inferior
mostraram a melhor predição do que o lábio superior. A espessura de lábio, superior
aumentou ao passo que lábio inferior aumento ocorreu um aumento no
comprimento. Além disso, o lábio superior e inferior revelaram retrações
relativamente semelhante embora os incisivos superiores se retraíssem mais do que
os incisivos inferiores. Além disso, entre as proporções estabelecidas, incisivos
superiores à proporção de retração de lábio superior (1.99:1) exibiram correlação
moderada, ao passo que a proporção de retração dos incisivos inferiores à labrale
inferius (1.13:1) revelaram a correlação frágil. Dos acima mencionados achados, a
hipótese nula determinada não nenhuma modificação no tecido suave o perfil
facial depois que a retração de incisivos” foi rejeitada e a hipótese alternativa “há
modificaçoes no perfil facial de tecido mole depois da retração de incisivos” foi
aceita. É de grande importância para analisar o perfil facial de tecido mole
individualmente, e inclusive, vários fatores que influenciam em modificações de
tecido mole para predizer como o tecido mole se modifica subseqüente ao
tratamento ortodôntico e estabelecer o plano de tratamento adequado.
Janson et al., (2007a), compararam a eficiência do tratamento da má
oclusão de Classe II completa sem-extração e com o protocolo de extração de 2 pré-
molares superiores no. Uma amostra de 112 registros de pacientes com má oclusão
de Classe II completa foi dividida em 2 grupos com as seguintes características: o
grupo 1, compreendendo 43 pacientes tratados sem extração com uma idade média
inicial de 12.63 anos; e o grupo 2, compreendendo 69 pacientes tratados com a
extração de 2 pré-molares superiores com uma idade média inicial de 13.91 anos.
Para comparar a eficiência de cada protocolo de tratamento, as condições oclusais
inicial e final foram avaliadas em modelos dentais com o índice de PAR (peer
assessment rating index) bibliografia, e o tempo de tratamento de cada grupo foi
calculado pela ficha de procedimentos clínicos. A eficiência de tratamento foi
calculada pela proporção entre a porcentagem da redução de PAR e o tempo de
Revisão da Literatura 55
tratamento. Os índices de PAR, tempos de tratamento, e as eficiências de protocolos
de tratamento dos grupos foram comparadas utilizando o t teste. O protocolo de
extração de 2 pré-molares superiores teve um índice de PAR menor final, uma maior
porcentagem de redução de PAR, e maior eficiência de tratamento do que o
protocolo sem extração. O protocolo de extração de 2 pré-molares superiores
apresentou maior eficiência de tratamento do que o protocolo sem-extração no
tratamento da má oclusão de Classe completa.
Janson et al., (2007b), realizaram um estudo comparando as
modificações de tecido mole e a posição pós-tratamento em casos tratados sem
extração e casos tratados com extração de 2 pré-molares superiores em pacientes
com oclusão Classe II Divisão . Foram utilizados cefalogramas laterais de 44
pacientes, divididos em 2 grupos. Grupo 1 compreendia 22 pacientes (10 do gênero
masculino, e 12 do feminino) tratados sem extração com idades médias iniciais e
finais de 12.50 e 15.12 anos, respectivamente, e um tempo de tratamento médio de
2.62 anos. Este grupo apresentava um trespasse horizontal inicial médio de 7.97
mm. O grupo 2 foi composto de 22 pacientes (10 do gênero masculino, e 12 do
feminino) tratados com extrações de 2 pré-molares superiores, com idades média
inicial e final de 12.86 e 15.32 anos, respectivamente. O tempo de tratamento médio
foi de 2.46 anos, e apresentava um trespasse horizontal inicial médio de 8.61mm. Os
testes de t independentes foram empregados para comparar as condições
cefalométricas iniciais e finais e as modificações do tratamento entre os grupos.
Segundo os resultados, só uma variável de tecido mole mostrou uma modificação de
tratamento significante entre os grupos. Contudo, no pós-tratamento, não houve
nenhuma diferença significativa entre as variáveis de tecido mole. Os autores
concluíram que o protocolo incluindo a extração de 2 pré-molares superiores
forneceu resultados de tecido mole semelhantes aos casos tratados sem extração
em más-oclusões de Classe II completa.
Paranhos e Ramos (2007), avaliaram a proporção da alteração do lábio
superior em relação ao grau de retração dos incisivos superiores, em pacientes com
má oclusão de Classe II, divisão 1 de Angle, tratados com avanço mandibular, sem
realizar extrações dentárias. Compararam tamm estas alterações entre os
gêneros. A amostra constituiu-se de 28 telerradiografias cefalométricas em norma
lateral, das fases pré e pós-tratamento, de 14 pacientes, de 9 a 12 anos de idade, 7
Revisão da Literatura 56
do gênero masculino e 7 do feminino, apresentando o ângulo ANB e trespasse
horizontal maiores ou iguais a 4, todos tratados com Bionator de Balters e aparelho
fixo, com intervalo médio entre as telerradiografias (inicial e final) de 5 anos
(máximo de 5,5 anos e mínimo de 4,5 anos). Concluíram que para esta faixa etária
houve diferença entre os gêneros quanto ao comportamento do lábio em relação aos
incisivos, sendo que o gênero masculino apresentou espessamento do tecido mole,
mascarando o efeito da retração. No gênero masculino houve uma fraca correlação
entre o movimento dos incisivos e o tecido mole (Ls), tanto para o ponto cervical
(r=0,40), quanto para o incisal (r=0,42). No gênero feminino houve uma forte
correlação do movimento de retração em relação ao tecido mole, tanto para o ponto
cervical (r=0,86) e incisal (r=0,74), apresentando uma proporção média de 0,55mm
de retração do ponto Ls, para um movimento do ponto incisal dos incisivos de
2,43mm, e 0,55mm de retração do ponto Ls para 0,34mm, considerando o ponto
cervical. O ângulo nasolabial apresentou um aumento médio de 2o para o gênero
masculino e 3,9o para o feminino.
Tadic e Woods (2007), realizaram um estudo retrospectivo, que teve
como finalidade demonstrar como as alterações nos incisivos e lábios superiores
acompanham o tratamento da Classe II com 2 extrações pré-molares superiores e
avaliar se as alterações nos lábios são previsíveis e afetadas diretamente ou não
pelo tratamento proposto. Foram analisadas radiografias cefalométricas pré e pós
tratamento de 61 pacientes portadores desta oclusão, divisão 1 e 22 divisão 2.
Foram avaliados profundidade da curva dos bios superior inferior, ângulo
nasolabial e protrusão e angulação de incisivos superiores e depois de comparados
às mudanças de outras variáveis cefalométricas Os lábios e os incisivos superiores
apresentaram grande variação individual. Houve um significativo aumento do ângulo
nasolabial de 3.65º e diminuição de apenas 0,06mm e 0,28mm, respectivamente, na
profundidade da curva do lábio superior e inferior. Verificou-se um aumento de 1,03º
na angulação dos incisivos superiores relativa à linha N-A. Os autores constataram
que as mudanças nos tecidos moles respondem à morfologia pré-existente nos
mesmos, e que o perfil facial pode ser negativamente afetado com extrações de pré-
molares superiores principalmente naqueles pacientes com lábios superiores finos,
com ângulo nasolabial obtuso no pré-tratamento e pelo desenvolvimento maior do
mento durante ou pós-tratamento.
Revisão da Literatura 57
Uehara et al., (2007), compararam as medidas cefalométricas do perfil
facial de indivíduos que realizaram tratamento ortodôntico da Classe II-1 com
extrações dos primeiros pré-molares superiores e pacientes que realizaram a
distalização de molares. Foram avaliadas 43 radiografias cefalométricas em norma
lateral antes do inicio do tratamento e 43 depois do termino do tratamento. A
amostra foi dividida em 2 grupos: no primeiro foram avaliadas 14 telerradiografias de
Indivíduos com idade media de 20 anos e 4 meses, sendo 6 do nero masculino e
oito do feminino, que receberam tratamento com extrações de primeiros pré-molares
superiores; no segundo, foram avaliadas 29 telerradiografias de indivíduos com
idade media de 12 anos e cinco meses, sendo 13 do gênero masculino e 16 do
feminino que não realizaram extrações para a correção da Classe II-1. Ambas as
formas de tratamento deixaram o perfil menos convexo, o houve diferença
estatisticamente significante no perfil facial de casos tratados com extrações de
primeiros pré-molares superiores e os tratados com distalização (sem extração) e
não houve dimorfismo sexual. Os autores concluíram que a escolha do plano de
tratamento com ou sem extração para o tratamento da Classe II-1 teve como
conseqüência a alteração do perfil facial tornando-o menos convexo.
Janson et al., (2008), realizaram uma pesquisa com os objetivos de
comparar as características cefalométricas iniciais más-oclusões de Classe II
Divisão 1 completas tratadas com extrações de 2 ou 4 de pré-molares e verificar a
sua influência na taxa de sucesso oclusal desses protocolos de tratamento. Uma
amostra de 98 registros de pacientes com oclusão completa de Classe II Divisão
1 foram divididos em 2 grupos com as seguintes características: o grupo 1
compreendia de 55 pacientes tratados com extrações de 2 primeiros pré-molares
superiores com idade inicial media de 13.07 anos; o grupo 2 incluiu 43 pacientes
tratados com 4 extrações de pré-molar, com uma inicial media de 12.92 anos. As
condições oclusais inicial e final foram avaliadas em modelos dentais com o índice
de prioridade de tratamento de Grainger (TPI), bibliografia e as características
cefalométricas iniciais foram obtidas dos cefalogramas pré-tratamento. As
características cefalométricas inicial e as condições oclusais inicial e final dos grupos
foram comparadas com o t teste. Múltipla análise de regressão foi utilizada para
avaliar a influência de todas as variáveis no TPI final. O protocolo de extração de 2
pré-molares proveu um TPI por meio de estatística menor e conseqüentemente uma
Revisão da Literatura 58
melhor taxa de êxito oclusal do que o protocolo de extração de 4 pré-molares. As
características cefalométricas iniciais dos grupos não influíram na taxa de êxito
oclusal desses 2 protocolos de tratamento.
Um estudo prospectivo foi realizado por Oliveira et al., (2008), com o
intuito de analisar cefalometricamente as alterações dento-esqueléticas e do perfil
tegumentar após o tratamento ortodôntico de casos com extrações dos quatro
primeiros pré-molares. A amostra consistiu de 30 jovens de ambos os neros, com
idade média inicial de 12 anos e 4 meses, portadores de má oclusão Classe II,
divisão de Angle. Os resultados demonstraram que houve retração média dos
incisivos superiores de 3,4mm e dos inferiores de 1,8mm. O ponto A sofreu discreta
alteração devido à retração dos incisivos superiores, discriminada pela diminuição
média do ângulo SNA (1,7 graus). Houve melhora na relação maxilo-mandibular,
demonstrada pela diminuição das grandezas Wits e ANB. Não houve diferenças
estaticamente significantes para as grandezas cefalométricas SN.GoGn e SN.GoMe,
embora a altura facial ântero-inferior tenha aumentado, em decorrência do
crescimento craniofacial normal. Observou-se que para cada 1mm de retração dos
incisivos superiores, o ângulo nasolabial aumentou significativamente 2,8 graus,
muito embora tenha ocorrido grande variabilidade individual. Os autores concluíram
que o tratamento com extrações de primeiros pré-molares sobre o perfil facial não se
relaciona obrigatoriamente com o "achatamento" do mesmo, sendo tamm
dependente da quantidade de apinhamento no pré-tratamento. As alterações foram
decorrentes do crescimento e desenvolvimento facial, da quantidade de retração e
da efetiva ancoragem durante a retração dos incisivos superiores e inferiores.
Janson et al., (2009a), compararam a estabilidade cefalométrica do
tratamento da oclusão Classe II completa com 2 ou 4 extrações de pré-molares,
após um período médio de 9,35 anos. Uma amostra de 57 registros de pacientes
com má oclusão de Classe II completa foi selecionada e dividida em 2 grupos. Grupo
1 constou de 30 pacientes com uma idade média inicial de 12,87 anos tratados com
extrações de 2 pré-molares superiores. Grupo 2 consistiu de 27 pacientes com uma
idade média inicial de 13,72 anos tratados com extração de 4 pré-molares. Testes T
foram usados para comparar características cefalométricas iniciais dos grupos e
mudanças pós-tratamento. Coeficientes de correlação de Pearson foram calculados
para determinar a correlação entre as relações dentais pré e pós-tratamento.
Revisão da Literatura 59
Durante o período pós-tratamento, ambos os grupos tiveram comportamento
semelhante, exceto que o grupo 1 apresentou estatisticamente maior deslocamento
da maxila para frente e um aumento maior na relação base apical que o grupo 2. Por
outro lado, o grupo 2 teve estatisticamente maior recidiva na relação molar para
Classe II. Houve correlações positivas significativas entre as quantidades de
mudanças dento-alveolares nas relações dentais pré e pós-tratamento. O tratamento
completo de más oclusões Classe II com extrações 2 pré-molares superiores ou
extrações de 4 pré-molares apresentaram estabilidade pós-tratamento semelhante a
longo prazo.
Janson et al., .(2009b), verificaram que os resultados do tratamento da má
oclusão de Classe II podem ser influenciados por características que o inerentes
ao paciente como a idade, a severidade da oclusão e o grau de colaboração
ou, ainda, por fatores relacionados à conduta do profissional como a escolha do
protocolo de tratamento. Basicamente, o tratamento da Classe II poderá ser
realizado sem extrações ou com extrações de dois ou quatro pré-molares. Contudo,
uma maior proporção de sucesso do tratamento pode ser esperada com extrações
de dois pré-molares superiores, independentemente do padrão facial e da relação
maxilo-mandibular. Considerando esta revisão, pôde-se concluir que os resultados
oclusais do tratamento da Classe II são fortemente influenciados pelo protocolo de
tratamento, enquanto o padrão facial não parece exercer uma influência significativa.
Concordando que o potencial de extrações de pré-molares para produzir
modificações no perfil de tecido mole depois do tratamento ortodôntico é
controverso, Kachiwala et al., (2009), avaliaram as modificações de tecido mole
associadas com extrações de quatro primeiros pré-molares em pacientes adultos do
gênero feminino da étnica Índia do Sul. Radiografias cefalométricas laterais pré e o
pós-tratamento de 30 pacientes do gênero feminino com protrusão dento-alveolar bi-
maxilar necessitando extrações de pré-molares foram utilizadas usado. As
radiografias foram traçadas e modificações em três medidas angulares e 12 lineares
medidas foram avaliadas. Os coeficientes de correlação entre as modificações nos
incisivos superiores e inferiores e as medições de bio foram calculados. Todas as
medições lineares e angulares, exceto na espessura de lábio superior e inferior, B'
ponto e o ponto anterior no lábio inferior, mostraram modificações com o tratamento
estatisticamente significante (P <0.05). Uma correlação negativa significante foi
Revisão da Literatura 60
encontrada entre modificação de incisivo superior, modificação de ângulo nasolabial
e uma correlação positiva significante foram encontradas, entre a modificação de
incisivo superior e retração do ponto mais anterior no lábio superior. A extração de
quatro primeiros pré-molares seguidos pela retração de incisivos reduziu a protrusão
de tecido dental e mole encontrado em pacientes adultos do gênero feminino da
étnica Índia do Sul com protrusão dento-alveolar bi-maxilar.
Weyrich e Lisson (2009), realizaram um estudo para estabelecer se e
como a extração de pré-molar afeta o perfil de tecido mole e a inclinação de incisivo
em pacientes com má oclusão de Classe II, Divisão 1. A intenção primária foi
identificar diferenças entre pacientes que tiveram quatro pré-molares extraídos e
aqueles que tiveram dois pré-molares superiores retirados durante o tratamento
de camuflagem. O grupo de controle compôs-se de pacientes com Classe II, a
Divisão 1 tratados sem extrações. Cefalogramas laterais foram analisados
cefalometricamente antes e depois do tratamento. A análise assistida por
computador dos dados que usam Onyx Ceph (R) foi seguida por uma análise de
variação (one-way ANOVA). Os resultados mostraram que os pacientes nos quais
foram realizados tratamento de camuflagem apresentaram incisivos centrais
superiores significativamente mais retraídos do que aqueles com extrações em
ambas as maxilas, e que seus incisivos superiores apresentaram-se altamente e
significativamente mais retraídos, e as suas mandíbulas significativamente mais
retrognáticas do que aqueles pacientes que não sofreram a terapia de extração. Os
autores observaram que os perfis dos pacientes ficaram piores depois da terapia de
extração.
Delalíbera et al.,(2010) avaliou os resultados estéticos de pacientes
Classe II submetidos à terapia ortodôntica corretiva. Selecionaram-se,
aleatoriamente, sete pacientes do gênero feminino, leucodermas, submetidas a
tratamento ortodôntico corretivo com extração de pelo menos dois pré-molares e
com início do tratamento aos 16 até 26 anos. Cada paciente foi entrevistada e as
falas foram gravadas e posteriormente transcritas e analisadas. Modelos de estudo,
telerradiografias e fotografias constantes nos prontuários foram consultados para se
avaliar cinco parâmetros quantitativos: contorno facial, ângulo nasolabial, proporção
áurea inter-incisivos, linha média facial e dentária e silhueta incisal no sorriso. Os
resultados obtidos revelaram que o tratamento ortodôntico corretivo melhorou a
Revisão da Literatura 61
estética facial, o sorriso e as relações pessoais, alterando medidas do tecido mole
da face. Concluiu-se que as pesquisas qualitativas e quantitativas são
complementares, pois uma análise de resultados, baseada somente em um
parâmetro, pode mascarar o resultado real e revelar aspectos parciais. A análise
qualitativa indica que ângulos e proporções faciais diferentes do que é proposto
cientificamente como estético não interferem com os resultados do tratamento,
contanto que a percepção facial dos sujeitos envolvidos vá ao encontro dos padrões
de normalidade aceitos por estes e estabelecidos pela sociedade.
Leonardi et al., (2010), tentaram quantificar o montante de modificações
de tecidos moles depois da extração de quatro pré-molares em pacientes com
protrusão bi-maxilar que tinham concluído quase o crescimento ativo. Uma pesquisa
de literatura foi conduzida para identificar provas clínicas que avaliaram
cefalometricamente às modificações de tecido mole em pacientes bi-protrusos
tratados com extrações. Quatro artigos preencheram os critérios de inclusão iniciais
e segundo os mesmos os lábios superiores e inferiores apresentavam-se mais
retraídos e o ângulo nasolabial aumentou depois da extração de pré-molares. A
retração de lábio superior foi de 2 mm a 3.2 mm, e a do lábio inferior foi de 2 mm a
4.5 mm. A protrusão labial melhora depois da extração de quatro pré-molares e esta
melhora é previsível. Contudo, as modificações são pequenas e não modificam
dramaticamente o perfil. Um abandejado no perfil não deve ser esperado. A variação
individual na resposta é grande.
P roposição
Proposição 63
3 PROPOSIÇÃO
O presente estudo teve como avaliar estudar as alterações de tecido mole
em pacientes com oclusão de Classe II, divisão 1 de Angle, tratados
ortodonticamente com extrações de dois pré-molares superiores. Adicionalmente
serão avaliadas tamm as alterações dentárias e esqueléticas decorrentes do
tratamento ortodôntico.
As variáveis estudadas foram divididas em componentes para facilitar o
entendimento:
3.1 - Componente maxilar;
3.2 - Componente mandibular;
3.3 - Relação maxilomandibular;
3.4 - Componente Dentoalveolar Superior;
3.5 - Componente Dentoalveolar Inferior;
3.6 - Relações Dentárias;
3.7 - Perfil tegumentar.
M aterial e
M étodos
Material e Métodos 65
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 MATERIAL
4.1.1 Obtenção da Amostra
A amostra utilizada neste estudo retrospectivo consistiu de 68 telerradiografias
iniciais e finais de 34 pacientes de ambos os gêneros, que foram tratados nos cursos
de especialização em ortodontia, na Uningá, unidade Bauru.
O critério inicial para a seleção destes pacientes baseou-se nas seguintes
características:
1. Presença da má oclusão de Classe II, divisão 1, de Angle, com relação de
molar de no mínimo ½ Classe II (ANDREWS, 2000);
2. Pacientes com má oclusão de Classe II, divisão 1, sem apinhamento ou
com grau de apinhamento suave;
3. Pacientes com a severidade da má oclusão bilateralmente, ou seja,
exclusão da Classe II, subdivisão;
4. Presença de todos os dentes permanentes irrompidos até os primeiros
molares permanentes;
5. Trespasse horizontal de no mínimo 5 mm. (BRAVO et al., 1997; CONLEY e
JERNIGAN, 2006);
6. Tratados com extrações de primeiros pré-molares superiores.
TABELA 1 - Médias, das idades no início, final e tempo de tratamento.
MÉDIA
DP MÍN. MÁX.
IDADE INICIAL
14,03
2,65
10,83
25,83
IDADE FINAL
17,25
2,59
13,49 28,24
TEMPO DE TRATAMENTO
3,21
1,43
1,25
7,83
Material e Métodos 66
TABELA 2- Distribuição da amostra quanto ao gênero.
Gênero
Masculino
Feminino
Número de pacientes
19
15
TABELA 3- Distribuição da amostra quanto à severidade da Classe II.
Relação de Classe II
Completa
¼ ½
Número de pacientes 13
16
5
4.2 Métodos
4.2.1 Obtenção das telerradiografias em norma lateral
Todas as telerradiografias da amostra foram realizadas em quatro diferentes
aparelhos. Para aumentar a confiabilidade dos resultados desse estudo, foi realizada
a determinação da magnificação de cada aparelho. Todos os aparelhos foram
regulados para uma exposição de 80 Kva e 10mA com uma distância focal de 1,52
metros e tempo de exposição de 1,3 segundos. A cabeça do paciente foi
posicionada no cefalostato e este foi orientado para ficar com os lábios em posição
de repouso e em máxima intercuspidação habitual. O cálculo realizado para se obter
a porcentagem de magnificação de cada aparelho cefalométrico é o seguinte:
M = porcentagem de magnificação;
a = distância real entre as olivas do aparelho;
b = distância entre as olivas na imagem da telerradiografia.
Os diferentes tipos de aparelhos apresentaram porcentagens distintas de
magnificação, que variou de 6% até 9,8%.
M = b - a
a
Material e Métodos 67
4.2.2 Elaboração do Cefalograma
As telerradiografias foram escaneadas com o escâner de mesa Microtek
ScanMaker i800 (9600 x 4800 dpi, da Microtek International, Inc., Carson, CA, USA)
e acopladas a um microcomputador Pentium. As imagens foram transferidas ao
programa Dolphin Imaging Premium 10.5 (Dolphin Imaging & Manegement
Solutions, Chatsworth, CA, USA) através do qual foram digitalizados os pontos e
foram processadas as mensurações envolvendo os planos e as linhas.
Todos os traçados anatômicos foram conferidos pelo Orientador do
presente estudo.
4.2.3 Traçado anatômico
Foram delimitadas as seguintes estruturas anatômicas (Figura 3)
Perfil mole;
Base do crânio;
Asa maior do esfenóide;
Sela túrcica;
Perfil anterior do osso frontal e ossos próprios do nariz;
Borda póstero-inferior das órbitas;
Fissura pterigomaxilar;
Meato acústico externo;
Maxila: linha do assoalho da fossa nasal, espinha nasal anterior e posterior,
rebordo alveolar anterior e palato ósseo;
Mandíbula: rebordo alveolar anterior, cortical externa na região da sínfise,
borda inferior do corpo mandibular, borda posterior do ramo, processo
condilar, incisura sigmóide, processo coronóide e borda anterior do ramo;
Primeiros molares permanentes superiores;
Primeiros molares permanentes inferiores;
Incisivos centrais permanentes superiores;
Incisivos centrais permanentes inferiores.
Material e Métodos 68
As imagens duplas de estruturas bilaterais foram traçadas a partir de uma
média das mesmas para se aproximar à magnificação do plano sagital mediano
(BAUMRIND; FRANTZ 1971; SANDLER 1988).
F
F
i
i
g
g
u
u
r
r
a
a
1
1 - Traçado anatômico.
4.2.4 Demarcação dos pontos cefalométricos de referência
Demarcaram-se os pontos de referência anatômicos de acordo com as
especificações de Downs (1948), Riedel (1952), Steiner (1953) Krogman e Sassouni
(1957), Burstone (1958), Rickets (1960), Riolo (1974), Holdaway (1983), Mcnamara
(1984) (Figura 01).
1. Po (pório anatômico): ponto mais superior do meato acústico externo;
Material e Métodos 69
2. Or (orbitário): a média dos pontos mais inferiores das margens inferiores das
órbitas;
3. Pt (pterigóideo): o ponto localizado na interseção das paredes posterior e
superior da fissura pterigomaxilar;
4. S (sela túrcica): ponto mais central da sela túrcica;
5. N (Násio): ponto mais anterior da sutura fronto-nasal;
6. Ba (básio): ponto localizado na rego póstero-inferior do osso occipital na
margem anterior do forâme magno;
7. G Glabela tegumentar: ponto mais anterior localizado no perfil mole, acima
da órbita;
8. Dorso do nariz;
9. Pr – Prónasal: ponto mais anterior da ponta do nariz;
10. Sn (Subnasal): ponto em que a columela intersecta-se com o lábio superior no
plano médio sagital;
11. Filtro: o ponto mais posterior localizado na concavidade do lábio superior;
12. Ls: ponto localizado na junção pele- mucosa entre o lábio superior e o filtro;
13. Estômio superior: o ponto mais inferior do vermelhão do lábio superior;
14. Estômio inferior: o ponto mais superior do vermelhão do lábio inferior;
15. Li: ponto localizado na junção pele- mucosa entre o lábio inferior e a
concavidade do queixo;
16. Ponto B’- Ponto B tegumentar: projeção do Ponto B no tecido mole;
17. Pog’ - Pogônio tegumentar: projeção do Pogônio no tecido mole;
18. Gn’ - gnátio tegumentar: projeção do Gn no tecido mole;
19. Me’ - mento tegumentar: projeção do Me no tecido mole;
20. Cervical; ponto localizado na junção da região submental e do pescoço;
21. Ponto B (supra-mentoniano): ponto mais profundo da concavidade da sínfise
mentoniana;
22. Pog (Pogônio): ponto mais anterior do contorno do mento ósseo;
Material e Métodos 70
23. Gn (gnátio): ponto mais inferior e anterior do contorno do mento ósseo,
determinado pela bissetriz das linhas NPog e o plano mandibular (GoMe);
24. Me (mentoniano): o ponto mais inferior da sínfise mentoniana;
25. Go (gônio): o ponto do ângulo goníaco determinado pela intersecção da
bissetriz formado pelas tangentes às bordas posterior e inferior da mandíbula;
26. Ramo posterior: ponto situado na metade da distância entre os pontos Go e
Ar;
27. Ar (articular): ponto localizado na intersecção do ramo da mandíbula com a
base do crânio;
28. Co (condílio): ponto mais posterior e superior do côndilo mandibular;
29. Ponto A (subespinhal): ponto mais profundo da concavidade do contorno
anterior da maxila;
30. ENA (espinha nasal anterior): ponto mais anterior da espinha nasal anterior;
31. ENP (espinha nasal posterior): ponto mais posterior da espinha nasal
posterior;
32. OMSponto médio da superfície de intercuspidação dos primeiros molares
ponto localizado na oclusal do molar superior;
33. OMI ponto médio da superfície de intercuspidação dos primeiros molares
ponto localizado na oclusal do molar inferior;
34. SMPMS (superfície mesial do primeiro molar superior): o ponto mais anterior
da coroa do primeiro molar permanente superior;
35. SDPMS (superfície distal do primeiro molar superior): o ponto mais inferior da
cúspide distal do primeiro molar permanente superior;
36. SMPMI (superfície mesial do primeiro molar inferior): o ponto mais anterior da
coroa do primeiro molar permanente inferior;
37. CDPMI (cúspide distal do primeiro molar inferior): o ponto mais superior da
cúspide distal do primeiro molar permanente inferior;
38. BGII (borda gengival do incisivo inferior): ponto mais gengival da coroa do
incisivo central inferior;
Material e Métodos 71
39. BII (borda incisivo inferior): ponto mais superior da borda incisal do incisivo
central inferior;
40. AII pice incisivo inferior): a extremidade do ápice radicular do incisivo central
inferior;
41. VIS (Vestibular do Incisivo Superior): ponto mais vestibular da coroa do
incisivo central superior;
42. BIS (borda do incisivo superior): ponto mais inferior da borda incisal do
incisivo central superior;
43. AIS (ápice do incisivo superior): a extremidade do ápice radicular do incisivo
central superior;
44. BGIS (borda gengival do incisivo superior): ponto mais gengival da coroa do
incisivo central superior.
F
F
i
i
g
g
u
u
r
r
a
a
2
2
-
-
Traçado anatômico e localização dos pontos cefalométricos utilizados.
Material e Métodos 72
4.2.5 Linhas e planos
4.2.5.1 Horizontais
A. Linha SN: do ponto sela ao Násio;
B. FH (plano horizontal de Frankfurt): do ponto Pório ao Orbitário;
C. PP (plano palatino): do ponto ENA ao ENP;
D. PO (plano oclusal): do contato oclusal dos primeiros molares até a metade
das distancias das bordas incisais dos incisivos superior e inferior;
E. GoGn (plano mandibular): do ponto gônio ao gnátio;
F. GoMe (plano mandibular) do ponto gônio ao mentoniano.
4.2.5.2 Verticais
G. Linha NA: une o ponto Násio ao ponto A;
H. Linha NB: une o ponto Násio ao ponto B;
I. Linha BIS-AIS (longo eixo do incisivo superior): une os pontos
correspondentes da borda incisal ao ápice dos incisivos centrais superiores;
J. Linha BII-AII (longo eixo do incisivo inferior): une os pontos correspondentes
da borda incisal ao ápice dos incisivos centrais inferiores;
K. Linha Nperp: linha perpendicular ao plano de Frankfurt, passando pelo ponto
Násio;
L. A-perp: linha perpendicular ao plano de Frankfurt, passando pelo ponto A;
M. Linha A-Pog: une os pontos A e Pogônio;
N. N.Pog: une os pontos Násio e Pogônio;
O. Linha E: une os pontos Ponta do Nariz ao Pogônio tegumentar;
P. SnPog’: une os pontos Subnasal ao Pogônio tegumentar;
Q. AFAI: distância entre os pontos espinha nasal anterior e mentoniano. Indica a
altura do terço inferior da face;
R. Linha H de Holdaway.
Material e Métodos 73
F
F
i
i
g
g
u
u
r
r
a
a
3
3
-
-
Traçado anatômico e localização das linhas e planos utilizados.
4.2.6 Grandezas cefalométricas esqueléticas
4.2.6.1 Componente maxilar
1. SNA: ângulo formado pelas linhas SN e NA. Indica a relação sagital da maxila
em relação à base do crânio (seu aumento indica aumento da protrusão maxilar);
2. Co-A (mm): distância entre os pontos Condílio e A. Representa o comprimento
efetivo da face média (maxila);
3. A-Nperp (mm): distância entre o ponto A e a linha N perpendicular ao plano de
Frankfurt. Define a posição sagital da maxila;
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
Q
P
O
N
M
L
R
Material e Métodos 74
4.2.6.2 Componente mandibular
4. SNB: ângulo formado pelas linhas SN e NB. Indica a relação sagital da
mandíbula, em relação à base do crânio, e seu aumento indica um aumento da
protrusão mandibular;
5. Co-Gn (mm): distância entre os pontos Condílio e Gnátio. Define o comprimento
efetivo mandibular;
4.2.6.3 Relação maxilomandibular
6. ANB (º): ângulo entre as linhas NA e NB. Representa o grau de discrepância
sagital entre a maxila e mandíbula; sua diminuição indica um melhor
relacionamento intermaxilar;
7. AFAI (mm): distância entre os pontos espinha nasal anterior e mentoniano.
Indica a altura do terço inferior da face;
4.2.6.4 Padrão de crescimento
8. SN.GoGN (º): define a orientação do padrão de crescimento facial;
9. FMA (º): ângulo formado pelos planos horizontal de Frankfurt e mandibular;
10. SN.PlOcl (º): ângulo formado entre a linha SN e o plano oclusal. Relaciona a
inclinação do plano oclusal com a base do crânio;
Material e Métodos 75
F
F
i
i
g
g
u
u
r
r
a
a
4
4
-
-
Grandezas cefalométricas esqueléticas.
4.2.6.5 Componente dentoalveolar superior
11. 1-Aperp (mm): distância da porção mais vestibular do incisivo central superior
até a linha A-perp;
12. 1-PP (mm): distância entre a borda incisal incisivo central superior e o plano
palatino medido perpendicularmente. Relaciona o posicionamento vertical do
incisivo superior à maxila;
13. 1-NA (mm): distância entre o ponto mais anterior da coroa do incisivo central
superior e a linha NA. Relaciona a posição sagital do incisivo superior em
relação à maxila e ao Násio e seu aumento indica uma protrusão do incisivo;
14. 1.NA(º): ângulo entre o longo eixo do incisivo central superior e a linha NA.
Define o grau de inclinação do incisivo central em relação à maxila e ao Násio;
1
2
3
4
5
7
8
9
6
10
Material e Métodos 76
4.2.6.6 Componente dentoalveolar inferior
15. 1-APog(mm): distância da borda incisal do incisivo inferior a linha APog;
16. IMPA (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo central inferior e o plano
mandibular GoMe. Indica a inclinação desse dente em relação à mandíbula;
17. 1-GoGn (mm): distância da borda incisal incisivo inferior ao plano mandibular
GoGn, medido perpendicular a este plano
18. 1-NB (mm): distância entre o ponto mais anterior da coroa do incisivo central
inferior e a linha NB. Relaciona a posição sagital do incisivo inferior em relação
à mandíbula e ao Násio;
19. 1.NB (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo inferior e a linha NB. Relaciona a
inclinação desse dente com a mandíbula e o sio.
4.2.6.7 Relações dentárias
20. Relação molar (mm): distância entre as cúspides mesiais dos primeiros molares
superiores e inferiores projetadas perpendicularmente no plano oclusal;
21. Trespasse vertical TV (mm): distância entre as bordas incisais dos incisivos
centrais superiores e inferiores medida perpendicularmente ao plano oclusal;
22. Trespasse horizontal TH (mm): distância entre as bordas incisais dos incisivos
centrais superiores e inferiores projetadas perpendicularmente ao plano oclusal;
Material e Métodos 77
Figura 5 - Grandezas cefalométricas dentárias.
4.2.6.8 Perfil tegumentar
23. G’.Sn.Pog’ (º): ângulo da convexidade facial. Formado pelas linhas glabela
tegumentar ao Subnasal e do Subnasal ao Pogônio tegumentar;
24. A – NPog (mm): distância do ponto A até a linha Násio até o Pogônio;
25. Subnasal Linha H (mm): menor distância do ponto Subnasal até a linha H de
Holdaway (Pogônio ao lábio superior);
26. ANL ângulo nasolabial (º): ângulo formado pelas linhas columela ao Subnasal
e do Subnasal ao lábio superior;
27. Ls-SnPog' (mm): distância do bio superior a linha Subnasal Pogônio
tegumentar;
28. Li-SnPog' (mm): distância do lábio inferior à linha Subnasal Pogônio
tegumentar;
29. Ls-linha E- (mm): distância do lábio superior à linha Prónasal Pogônio
tegumentar;
30. Li - linha E- (mm): distância do lábio inferior à linha Prónasal Pogônio
tegumentar.
Material e Métodos 78
Figura 6 - Grandezas cefalométricas tegumentares e perfil ósseo.
Material e Métodos 79
4.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA
4.3.1 Erro do método
Para a avaliação do erro intra-examinador, foram traçadas e mensuradas
novamente 20 telerradiografias selecionadas aleatoriamente, após um intervalo de 4
semanas. Aplicou-se o teste t dependente com o objetivo de estimar o erro
sistemático. Para a avaliação do erro casual, empregou-se o teste de Dahlberg
(1940), por meio da seguinte fórmula: Se
2
= d
2
/2n, onde Se
2
representa o erro de
Dahlberg (1940); Σd
2
corresponde ao somatório dos quadrados das diferenças entre
as primeiras e segundas medições e 2n representa o dobro do número de casos em
que as medidas foram repetidas.
4.3.2 Método estatístico
F
F
o
o
i
i
r
r
e
e
a
a
l
l
i
i
z
z
a
a
d
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ç
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,
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t
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v
v
é
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o
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t
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K
K
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L
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M
M
O
O
G
G
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R
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O
O
V
V
-
-
S
S
M
M
I
I
N
N
O
O
R
R
V
V
.
.
Para verificar as alterações decorrentes do tratamento
entre as fases inicial e final dos pacientes pertencentes à amostra deste trabalho, foi
realizado os teste t dependente aplicado às variáveis cefalométricas estudadas.
Toda a análise estatística foi realizada com o programa Statistica for
Windows
1
. Foram considerados estatisticamente significantes resultados com valor
de p<0,05.
_____________________
1
Statistica for Windows – Release 7.0 - Copyright Statsoft, Inc. 2005
Material e Métodos 80
Figura 7. Fotos extrabucais iniciais de paciente da amostra.
Figura 8. Fotos intrabucais iniciais de paciente da amostra.
Figura 9. Telerradiografia inicial de paciente da amostra.
Material e Métodos 81
Figura 10. Fotos extrabucais finais de paciente da amostra.
Figura 11. Fotos intrabucais finais de paciente da amostra.
Figura 12. Telerradiografia final de paciente da amostra.
R esultados
Resultados 83
5 RESULTADOS
Os resultados estão apresentados nas tabelas seguintes. Na TABELA 2
foi realizada a avaliação do erro intra-examinador, resultados do teste t dependente
(erro sistemático) e do erro casual.
A tabela 3 apresenta os resultados do teste t dependente aplicado às
variáveis cefalométricas estudadas para verificar as diferenças entre o inicio e o final
do tratamento.
Resultados 84
Tabela 2 – Avaliação do erro intra-examinador. Resultados do teste t dependente (erro
sistemático) e do erro casual (Dahlberg).
* Diferença estatisticamente significante para p< 0,05.
Variáveis
1ª Medição
2ª Medição
(n=20
)
Dahlberg
(erro casual)
p
Média
D.P.
Média
D.P.
COMPONENTE MAXILAR
SNA)
82,09 4,30 82,35 4,07 1,4099 0,5806
Co-A (mm)
95,00 6,01 95,56 5,61 1,1510 0,1304
A-N Perp (mm) 0,80 4,73 0,32 4,03 1,6470 0,3753
COMPONENTE MANDIBULAR
SNB (º) 77,00 3,84 77,05 3,58 0,9441 0,8593
Co-Gn (mm) 120,85 7,19 121,68 7,82 1,8046 0,1503
RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR
ANB (º) 5,09 3,00 5,51 2,21 1,2024 0,2745
AFAI (mm) 70,47 5,37 70,67 6,41 1,7237 0,7237
PADRÃO DE CRESCIMENTO
SN.GoGn (º) 33,23 6,81 32,34
6,49 2,0314 0,1743
FMA (º)
26,00
5,24
24,83
5,57
1,6539
0,0209
*
SN.PlOcl (º) 13,89 3,43 13,77 3,56 1,1539 0,7514
COMPONENTE DENTOALVEOLARSUPERIOR
1-Aperp (mm) 7,06 2,47 7,00 2,47 1,3051 0,8980
1
-
PP(mm)
29,03
2,26
29,89
2,93
1,3539
0,0411
*
1 - NA (mm) 6,07 2,51 6,12 3,01 1,8241 0,9335
1. NA (º) 28,10 6,60 27,83 7,19 1,6718 0,6156
COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR
1-APog (mm) 2,83 2,42 3,11 2,38 1,6365 0,6014
IMPA (º)
98,05
5,8
99,82
6,26
2,1249
*
0,0051
*
1
-
GoGn (mm
)
41,34 2,98 41,05 2,86 1,2091 0,4624
1 - NB (mm) 7,19 1,90 7,30 2,03 0,9855 0,7455
1 . NB (º) 28,28 5,01 29,01 5,81 1,8355 0,2169
RELAÇÕES DENTÁRIAS
Rel. Molar (mm
)
4,02 1,39 3,65 1,05 1,6769 0,1091
T. Vertical (mm
)
2,96 2,84 2,58 2,43 1,0784 0,2937
T. Horizontal(mm
)
5,43 3,48 5,37 2,98 0,2263 0,8233
PERFIL TEGUMENTAR
Ls - SnPog' (mm)
6,09 1,81 5,93 1,43 1,0957 0,6560
Li - SnPog' (mm)
3,90 2,24 2,84 3,09 1,7575 0,0551
Ls–Linha E (mm)
-0,93 2,55 -1,07 2,46 0,8128 0,4259
Li - Linha E (mm)
-0,85 2,86 1,07 2,46 1,1041 0,5424
ANL (º)
109,29 7,08 108,91 6,05 1,5962 0,4598
G'-Sn-Pog' (º)
20,25
4,12
19,50
4,08
1,8669
0,0766
A - NPog (mm)
4,15 3,57 4,68 2,78 1,4175 0,2515
Sn Linha H (mm)
7,95 2,21 7,98 1,80 1,0515 0,9423
Resultados 85
T
T
a
a
b
b
e
e
l
l
a
a
3
3
-
-
R
R
e
e
s
s
u
u
l
l
t
t
a
a
d
d
o
o
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dependente
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n
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n
n
a
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l
l
d
d
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o
t
t
r
r
a
a
t
t
a
a
m
m
e
e
n
n
t
t
o
o
.
.
*Diferença estatisticamente significante para p< 0,05.
Variáveis
Inicial (T1)
Final (T2)
Diferença
(T2-T1)
p
Média D.P. Média D.P.
COMPONENTE MAXILAR
SNA) 75,66 4,73 74,15 3,96 -1,51 0,017*
Co-A (mm) 84,21 5,12 85,00 5,00 0,78 0,084
COMPONENTE MANDIBULAR
SNB (º) 70,79 3,99 70,55 3,57 -0,24 0,569
Co
-
Gn (mm)
107,50
6,39
111,55
5,95
4,05
0,000*
RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR
ANB (º)
4,87
2,58
3,61
2,20
-
1,27
0,001*
AFAI (mm)
62,60
4,39
64,93
4,56
2,33
0,000*
PADRÃO DE CRESCIMENTO
SN.GoGn (º) 30,55 5,59 30,90 5,61 0,35 0,338
FMA (º) 24,44 4,21 24,54 4,49 0,10 0,777
SN.PlOcl (º)
11,41
4,12
12,49
4,21
1,08
0,016
COMPONENTE DENTOALVEOLAR SUPERIOR
1
-
Aperp (mm)
7,68
2,23
5,22
2,18
-
2,45
0,000*
1-PP(mm) 26,65 2,37 26,98 2,60 0,33 0,373
1
-
NA (mm)
6,49
3,17
4,48
2,67
-
2,02
0,001*
1. NA (º) 25,23 6,76 22,76 5,19 -2,47 0,080
COMPONENTE DENTOALVEOLAR INFERIOR
1
-
APog (mm)
1,91
1,81
3,81
1,76
1,89
0,000*
IMPA (º)
86,21
5,36
89,65
6,38
3,43
0,001*
1
-
GoGn (mm)
36,40
2,74
37,36
2,30
0,96
0,016*
1
-
NB (mm)
5,93
1,79
7,22
1,57
1,28
0,000*
1 . NB (º)
24,60
4,16
28,13
5,04
3,52
0,000*
RELAÇÕES DENTÁRIAS
Relação Molar
2,89
1,32
4,45
0,83
1,56
0,000*
T. Vertical
2,90
2,92
1,78
1,12
-
1,13
0,011*
T. Horizontal
7,63
1,59
2,32
0,84
-
5,31
0,000*
PERFIL TEGUMENTAR
Ls
-
SnPog' (mm)
5,60
1,55
4,35
1,45
-
1,25
0,000*
Li - SnPog' (mm) 3,81 1,80 3,62 1,83 -0,19 0,468
Ls
Linha E (mm)
-
0,37
2,20
-
2,65
2,12
-
2,28
0,000*
Li
-
Linha E (mm)
0,77
2,09
-
0,07
2,24
-
0,85
0,004*
ANL (º) 97,57 7,06 99,64 7,51 2,07 0,072
G'
-
Sn
-
Pog' (º)
18,48
4,73
16,96
4,80
-
1,52
0,000*
A-N Perp (mm) 0,19 3,46 -1,06 3,60 -1,26 0,024*
Sn Linha H (mm) 7,33 2,01 5,74 1,83 -1,59 0,000*
D iscussão
Discussão 87
6 DISCUSSÃO
Com o objetivo de facilitar a interpretação dos resultados obtidos neste
trabalho, serão discutidos inicialmente os aspectos referentes à seleção da amostra
e suas características cefalométricas. Logo após, serão tecidos comentários
pertinentes à metodologia empregada, efetuando considerações sobre o erro intra-
examinador e a forma de mensuração do trespasse horizontal. Posteriormente, será
realizada a interpretação das mensurações obtidas na análise das telerradiografias
em norma lateral ao início e ao final do tratamento. Finalmente, serão realizadas
considerações abordando os aspectos sobre os resultados do teste t dependente
aplicado às variáveis cefalométricas estudadas para verificar as diferenças entre o
inicio e o final do tratamento
6.1. A Amostra
6.1.1. Seleção da Amostra
Considerando que o objetivo do trabalho foi avaliar as alterações de perfil
em pacientes Classe II com extrações de primeiros pré-molares superiores, a
presença da má oclusão de Classe II, divio 1, de Angle, com relação de molar de
no mínimo ½ Classe II foi requisito básico para inclusão na amostra.
Outro requisito fundamental era que os pacientes apresentassem com
oclusão de Classe II, divisão 1, com um mínimo de 5mm de trespasse horizontal
(BRAVO et al., 1997; CONLEY e JERNIGAN, 2006), sem apinhamento ou com grau
de apinhamento suave, pois a presença de apinhamento inviabilizaria a retração e
com isso a avaliação da alterações no perfil (NEVENKA, TADIC e WOODS, 1997;
CONLEY e JERNIGAN, 2006). Deveriam apresentar todos os dentes permanentes
irrompidos aos primeiros molares permanentes. A presença de todos os dentes
permanentes irrompidos no início do tratamento constituiu-se em um requisito
essencial para a seleção da amostra, visando assim, maior homogeneidade e a
obtenção de resultados mais confiáveis (PINZAN-VERCELINO, 2005; CONLEY, e
JERNIGAN, 2006; JANSON et al., 2008). Embora, Ramos et al., (2005) e Uehara et
al., (2007) não especifiquem os critérios de inclusão dos pacientes Classe II divisão
Discussão 88
1 e Talass, Talass e Baker (1987) incluam na amostra pacientes com no mínimo 3
mm de trespasse horizontal.
Os pacientes incluídos na amostra desse trabalho deveriam apresentar
um trespasse horizontal maior ou igual a 5mm anteriormente ao tratamento
ortodôntico. Devido às diferenças nas medições do trespasse horizontal, observadas
na literatura, um pico sobre esse assunto será abordado posteriormente. Casos
que apresentaram subdivisão tamm foram excluídos, pois havia necessidade de
pacientes com severidade da má oclusão de Classe II bilateralmente.
A ausência de extrações dentárias ou mutilações nos arcos dentários se
estabeleceu em outro critério para a seleção da amostra. Pacientes que
apresentaram ao menos um desses fatores foram excluídos da pesquisa. Isso
promove maior homogeneidade da amostra, visando assim, a exclusão dos efeitos
que a extração dentária poderia proporcionar.
Portanto, havendo muitos critérios para seleção da amostra, o número de
pacientes restringiu-se a 34, de ambos os gêneros, que foram tratados nos cursos
de especialização em ortodontia, na Uningá, unidade Bauru.
A amostra foi reduzida, entretanto, considerando-se os diversos critérios
restritivos para sua escolha, pode-se considerá-la satisfatória. Os motivos para esse
número mais reduzido da amostra foram provocados pelos seguintes fatores: a
maioria dos pacientes com má oclusão de Classe II apresentava apinhamento
moderado à severo no arco inferior ou superior e foram tratados com extrações de
quatro pré-molares de escolha em 39,3% dos casos enquanto a de 2 pré-molares é
de apenas 20,9% (KEIM et al., 2008), trespasse horizontal menor que 5mm ou
Classe II leve sendo tratados sem extrações, sendo; os casos mais acentuados
foram indicados para tratamento com o auxílio da cirurgia , e os casos de subdivisão
foram tratados com extrações assimétricas, ausência da documentação necessária
por falta de cooperação dos pacientes no período de controle após o término do
tratamento por motivo de mudança de cidade ou mesmo, por qualquer outra
impossibilidade. Essa quantidade de pacientes estudados está em consonância com
a literatura, que tamm mostra a dificuldade em se obter um grupo experimental
homogêneo maior, o que também é encontrado em trabalhos publicados (CONLEY,
e JERNIGAN, 2006), ou ocorre a apresentação de trabalhos sobre o resultado do
tratamento de casos clínicos (JANSON 2002) ou com amostras grandemente
Discussão 89
diversificadas, como no trabalho de Nevenka, Tadic e Woods (1997) que comparou
casos de Classe II divisão 1 e divisão 2, havendo mais avaliações sobre as
alterações de perfil em tratamento com extrações de 4 pré-molares (MARIA e
ROSSATO, 2005) protocolo mais utilizado (PROFFIT, 1994).
Uma das deficiências do trabalho é não ter grupo controle, devido à
dificuldade na obtenção da amostra. Evidentemente que esse procedimento não é o
Ideal, contudo na literatura trabalhos sem grupo controle (MARIA e ROSSATO,
2005; CONLEY e JERNIGAN ,2006; OLIVEIRA, 2008). Entretanto, mesmo sem o
grupo controle permitirá um delineamento dos desvios principais que o grupo
experimental apresenta em relação às características gerais de um grupo
representativo da população, com certa reserva.
O ideal nesse estudo seria a utilização de um grupo controle sem
tratamento, compatível com o experimental e acompanhado pelo mesmo período de
tempo, e outro tratado com extrações de 4 pré-molares.
6.1.2. Medidas Cefalométricas
Com a intenção de caracterizar o grupo experimental cefalometricamente,
no início, comparou-se as variáveis estudadas no pré e pós-tratamento.
Evidentemente que esse procedimento não é o ideal. Entretanto, permitirá
um delineamento dos desvios principais que o grupo experimental apresenta em
relação às características gerais de um grupo representativo da população, com
certa reserva.
6.2. Metodologia
O material de estudo consistiu de duas telerradiografias em norma lateral
para cada paciente estudado, tomadas com a postura natural da cabeçae postura
relaxada lábio,, as quais foram realizadas no início do tratamento (T1) e após a
conclusão do tratamento (T2). A análise das mudanças esqueléticas e dentárias
ocorridas nos períodos estudados, por meio das telerradiografias em norma lateral é
Discussão 90
amplamente utilizada na literatura (ANDERSON, JOONDEPH e TURPIN, 1973; LO e
HUNTER, 1982; FREITAS, 1999; GOMES e JARDIM, 2006).
Por esse motivo, procurou-se minimizar todas as variáveis que pudessem
influir nos resultados obtidos nas telerradiografias com a realização dos testes para
verificar o erro intra-examinador.
6.2.1. Magnificação das Imagens Radiográficas
Todas as telerradiografias da amostra foram realizadas em diferentes
locais e por quatro diferentes aparelhos. Para aumentar a confiabilidade dos
resultados desse estudo, foi realizada a determinação da magnificação de cada
aparelho. Por esses motivos, para que as medições das telerradiografias pudessem
ser comparadas, necessitou-se informar ao programa cefalométrico o valor de
magnificação de cada imagem radiográfica em função do aparelho de raio X
(
BRAVO et al.,1997; RAMOS et al., 2005; CONLEY e JERNINGAN, 2006; JANSON
et al., 2008).
Os diferentes tipos de aparelhos apresentaram porcentagens distintas de
magnificação, que variou de 6% até 9,8%.
6.2.2. Mensuração das Grandezas Cefalométricas
A medição das grandezas cefalométricas foi realizada por meio de um
microcomputador
,
e as telerradiografias foram escaneadas com o escâner de mesa
Microtek ScanMaker i800 e acopladas a um microcomputador Pentium. As imagens
foram transferidas ao programa Dolphin Imaging Premium 10.5 (Dolphin Imaging &
Manegement Solutions, Chatsworth, CA, USA) da através do qual foram
digitalizados os pontos e foram processadas as mensurações envolvendo os planos
e as linhas, pois, deste modo, foi possível trabalhar com um maior número de dados
em menor período de tempo (BRAVO et al., 1997; NAINI, OTASEVIC e VASIR,
2001; RICHARDSON, 2001; CELIK, POLAT-OZSOY e TOYGAR MEMIKOGLU,
2009; UYSAL, BAYSAL e YAGCI, 2009, THURZO et al., 2010).
Discussão 91
O método computadorizado tamm permitiu menor probabilidade de
erros na obtenção dos valores das variáveis cefalométricas, assim como, na fase de
mensuração dos resultados (THURZO et al., 2010
)
. Diversos autores utilizaram
esse programa em pesquisas renomadas, assegurando assim, sua confiabilidade
(ERDINC, NANDA, e DANDAJENA, 2007; SAYINSU et al.,, 2007; POLAT-OZSOY,
GOKCELIK e TOYGAR MEMIKOGLU, 2009; THURZO et al., 2010
)
.
6.2.3. Medição do Trespasse Horizontal
Existem rias maneiras descritas na literatura para se realizar a
mensuração do trespasse horizontal. Alguns autores verificam essa medida pela
distância horizontal da face vestibular do incisivo inferior à face lingual do incisivo
superior (BRAMBILLA, 2002), entretanto alguns autores verificam essa medida pela
distância horizontal da face vestibular do incisivo inferior à face lingual do incisivo
superior paralelamente ao plano oclusal - trespasse horizontal oclusal, ou
paralelamente ao plano de Frankfurt. - trespasse horizontal oclusal (PINZAN-
VERCELINO, 2005), e alguns autores em relação ao plano oclusal funcional (ARAKI,
2007).
Outros autores avaliam o trespasse horizontal pela distância entre as
bordas dos incisivos superiores e inferiores medidas paralelamente ao plano X,
plano paralelo ao solo passando em cela (TALASS, TALASS e BAKER 1987).
A forma de medição do trespasse horizontal utilizada nessa pesquisa é
certamente a mais utilizada pelos pesquisadores e indubitavelmente a que produz
resultados mais consistentes com a realidade, pois verifica a distância entre as
bordas dos incisivos superiores e inferiores medidas paralelamente ao plano oclusal
(FIG. 5) (JANSON et al., 2006a, 2006b, 2006c; JANSON et al.,m 2008)
Essa forma de medição foi escolhida para mensurar o trespasse
horizontal nessa pesquisa, pois, quanto mais próximo está o ponto de referência em
relação à variável, mais precisa será a avaliação. Percebe-se que ao utilizar o plano
oclusal como parâmetro para avaliar o trespasse horizontal procurou-se empregar
um plano que sofresse as mesmas influências e variações que a medida a ser
Discussão 92
analisada, conseqüentemente proporcionando resultados mais compatíveis com a
realidade (FIG. 5). Essa medida foi obtida através do programa Dolphin.
Obteve-se os valores do trespasse horizontal nas fases inicial, final, e
também o valor resultante da subtração da fase inicial da final, que representou a
melhora do trespasse horizontal com o tratamento.
6.2.4. Precisão da Metodologia
Para que os resultados desse trabalho sejam confiáveis, procurou-se
minimizar os erros dos métodos de mensuração empregados. Calculou-se a
precisão do investigador pelos erros intra-examinador, casuais e sistemáticos
(
BRAVO, 1994; BRAVO et al., 1997).
O erro casual refere-se à dificuldade encontrada pelo examinador em
identificar e definir certos pontos radiográficos utilizados nas medições
cefalométricas (HOUSTON, 1983
)
. Foram encontradas apenas 1 das medidas que
variaram pouco mais de 2 mm ou 2 graus no erro casual: FMA (TABELA 2). Na
medida FMA o erro casual se originou, provavelmente, na dificuldade de
identificação e demarcação do Pório anatômico. Isso ocorreu porque essa estrutura,
quando observada nas telerradiografias, fica sujeita a grandes sobreposições, por
ser uma estrutura bilateral, originando assim, grande dificuldade de visualização e,
portanto, impossibilitando exatidão na demarcação. O erro casual na medida IMPA
não gerou maior preocupação, pois, essa medida apesar de ter apresentado
diferença estatisticamente significante, portanto, afetando o erro sistemático não
altera os resultados da pesquisa, pois o objetivo principal são as alterações de
tecido mole.
Segundo Houston (1983) o erro sistemático reflete uma falta de
padronização do método, uma vez que o examinador tende a sub ou superestimar
os valores de suas medições de maneira inconsciente, de modo a direcionar os
resultados de acordo com as suas expectativas em relação às conclusões do estudo
(BAUMRIND, 1971a, 1971b; GRAVELY e BENZIES, 1974; RICHARDSON, 1981;
HOUSTON, 1983). Dentre as 30 medidas realizadas, 3 apresentaram erros
Discussão 93
sistemáticos, as quais foram: FMA, 1-PP e IMPA; e o IMPA que também apresentou
o erro casual.
Em seu estudo, Janson (2004), relatou, que 4 dentre as 12 medidas
analisadas, exibiram erro estatisticamente significante. Baseando-se nessas
afirmações e observando que a quantidade de variáveis que apresentaram erros
casuais ou sistemáticos é similar ou menor que as descritas na literatura, podemos
afirmar que os erros obtidos na verificação da precisão da metodologia desse estudo
estão de acordo com a normalidade e promovem resultados transparentes e
fidedignos.
6.3. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
6.3.1.Componente maxilar
Na comparação dos resultados encontrados neste trabalho torna-se
possível estabelecer e avaliar as alterações ocasionadas no perfil decorrentes da
extração de primeiros pré-molares superiores, em pacientes Classe II divisão 1.
Com relação ao componente maxilar, a maxila sofreu uma retração
significativa notada pela diminuição estatisticamente significante das variáveis SNA e
A-NPerp. Essas variáveis sofreram diminuição, pois o tratamento dos pacientes da
amostra foi realizado com extrações de primeiros pré-molares superiores para
correção da Classe II de caninos e normalização do trespasse horizontal, além da
restrição de crescimento devido à utilização de elásticos e do uso de AEB como
reforço de ancoragem. É notório que a retração de dentes ântero-superiores pode
alterar o posicionamento do ponto A em relação à base do crânio (STEINER, 1953;
STONER et al., 1956; ELLIS e McNAMARA JR, 1986; CANGIALOSI et al., 1988,
DERRINGER, 1990; BRAVO et al., 1997; VARDIMON, OREN E BEN-BASSAT,
1998; CONLEY e JERNIGAN 2006, AN, et al., 2008).
Conley e Jernigan (2006), também observaram uma diminuição
estatisticamente significante da variável A-NPerp em casos tratados com extração
de 2 pré-molares. Contudo, Rains e Nanda (1982) não encontram alteração
significante no ponto A.
Discussão 94
Entretanto, nesse estudo, a variável CoA não apresentou alteração
significativa. Especula-se que não houve diferença, devido à maioria dos pacientes
apresentarem um potencial de crescimento, que anulou a retração do ponto A.
Portanto, o ocorreu uma diminuição significante em milímetros do tamanho
maxilar (RIEDEL, 1952; VAN DER LINDEN, 1960; SUBTELNY, 1961; JANSON,
1990; ERDINC, NANDA, e DANDAJENA, 2007; AN et al., 2008).
6.3.2. Componente Mandibular
No componente mandibular, foi constatado um aumento significante do
comprimento efetivo da mandíbula (Co-Gn). Isso era esperado, uma vez que os
pacientes avaliados nessa pesquisa encontram-se em fase de crescimento (RIEDEL,
1952; VAN DER LINDEN, 1960; SUBTELNY, 1961; BJORK, 1963; MERRIFIELD e
CROSS, 1970; HOLDAWAY, 1983; ENLOW e HANS, 1992; PROFFIT et al., 1992;
MARTINS et al., 1998; BRAVO et al., 1997; NAHAS, 2002; PROFFIT e TULLOCH,
2002; MERAL et al., 2004; VALARELLI et al., 2005; ERDINC, NANDA, e
DANDAJENA, 2007). Não obstante, o aumento foi maior que o esperado, e o que é
encontrado na literatura.
6.3.3 Relação Maxilomandibular
Na relação maxilomandibular, houve uma correção significante da
discrepância esquelética ântero-posterior, demonstrada pela diminuição significante
do ângulo ANB. Essa correção era esperada, pois o tratamento ortodôntico visou
a correção da má oclusão de Classe II e do trespasse horizontal por meio da
retração dos incisivos superiores. Além disso, o potencial de crescimento mandibular
nesta faixa etária ajuda na diminuição do ângulo ANB. (MARTINS et al., 1998).
Nahas (2002), observou uma diminuição estatisticamente significante do ANB em
casos de extração de 4 pré-molares e referiu ser provavelmente devido à idade e
potencial de crescimento da maioria dos pacientes.
Tadic e Woods (2007), notaram que quanto maior o trespasse horizontal
no pré-tratamento maior é a probabilidade de diminuição do ângulo ANB, nos casos
Discussão 95
tratados com extrações de 2 pré-molares superiores. Oliveira et al., (2008)
observaram que houve melhora na relação ântero-posterior maxilo-mandibular,
demonstrada pela diminuição do ANB. Conley e Jernigan (2006), também
observaram uma diminuição estatisticamente significante do ANB melhorando a
relação entre os arcos, e um aumento significante da AFAI como o ocorrido no
presente estudo.
No trabalho realizado por Chua, Lim e Lubit
(1993) foi encontrado um
aumento da AFAI associado a uma rotação da mandíbula no sentido horário
somente nos casos sem extrações dentárias, enquanto os tratamentos com
exodontia não se relacionaram com qualquer alteração na AFAI. Diferentemente dos
achados desses autores, a maioria dos trabalhos encontrados na literatura está em
consonância com o presente estudo, no qual a AFAI obteve um aumento
estatisticamente significante durante a fase de tratamento. Especula-se que o
motivo desse efeito foi o potencial de crescimento ainda ativo nos pacientes e a
mecânica ortodôntica que constou com uso de elásticos intermaxilares durante o
fechamento dos espaços das extrações. Alguns autores observaram que o aumento
do 1/3 inferior da face esta relacionado à idade e potencial de crescimento dos
pacientes, além da utilização de esticos intermaxilares. (MERRIFIELD e CROSS,
1970). No trabalho de Oliveira et al., (2008), o AFAI aumentou em decorrência da
extrusão compensatória dos molares durante a retração. Merrifield e Cross
(1970), enfatizaram que qualquer mecânica que promova a extrusão dentaria produz
o aumento da AFAI.
6.3.4. Padrão de Crescimento
Nas medidas relacionadas ao padrão de crescimento, tanto SN.GoGn
quanto o FMA o apresentaram alterações estatisticamente significantes entre as
fases inicial e final de tratamento. Conley e Jernigan (2006), também o
encontraram alterações significantes em relação à alteração do padrão de
crescimento nos casos tratados com extração de 2 pré-molares durante a fase de
tratamento.
Discussão 96
A variável SN.PlOcl apresentou um aumento estatisticamente significante
durante a fase de tratamento. Esse aumento não se traduz num aumento do padrão
de crescimento imprimindo uma característica mais vertical para os pacientes, pois
as outras variáveis desse componente o apresentaram alteração significante.
Especula-se que as alterações ocorridas SN.PlOcl estão relacionadas com as
alterações dentárias, de planificação da curva de Spee, ocorridas com o tratamento
dos pacientes em questão. No início do tratamento, é frequentemente relatado em
trabalhos a extrusão acentuada dos incisivos inferiores devido à sobressaliência
aumentada (ANGLE, 1899; VALE e MARTINS, 1987; MOYERS, 1979; MCNAMARA,
1981;UEHARA et al., 2007; CASTELO, BRAMANTE e PINZAN-VERCELINO ,
2009). Durante o tratamento houve a planificação da curva de Spee, o que
ocasionou um giro do plano oclusal no sentido horário alterando essa medida em
aproximadamente . Esse efeito foi suficiente para promover alteração
estatisticamente significante da variável SN.PlOcl sendo apenas um reflexo das
alterações dentárias e não esqueléticas visto que as outras variáveis, SN.GoGn e
FMA, que caracterizam o componente, não apresentaram alterações
estatisticamente significantes.
O estudo de Oliveira et al., (2008), mostrou extrusão compensatória dos
molares durante a retração nos casos de extração de 4 pré-molares, e também não
relataram diferenças estatisticamente significantes das variáveis SN.GoGn e
SN.GoMe que caracterizavam o padrão de crescimento.
6.3.5. Componente Dentoalveolar Superior
No componente dentoalveolar superior, os incisivos superiores
apresentaram uma retrusão estatisticamente significante (1-Aperp, 1-NA). Não
houve alteração dos incisivos superiores no sentido vertical nem com relação à
inclinação (1-PP e 1.NA, respectivamente).
Segundo diversos autores, os efeitos esqueticos do tratamento, foram
mais observados na maxila e nos dentes superiores do que na mandíbula ou nos
dentes inferiores, em casos tratados com extração de 2 pré-molares superiores
(TALASS, TALASS, e BAKER, 1987; DEMIR et al., 2005; CONLEY e JERNIGAN,
2006).
Discussão 97
Tadic e Woods (2007) verificaram um aumento significante na inclinação
dos incisivos superiores relativa à linha N-A tamm nos caso de extração de 2 pré-
molares superiores e constataram que quanto maior o trespasse horizontal na fase
pré-tratamento, maior a probabilidade de redução da inclinação dos incisivos
superiores, e que quanto maior a diminuição do ângulo ANB, menor será a
necessidade de redução da inclinação dos incisivos superiores. No presente
trabalho não houve diferença em relação à inclinação dos incisivos superiores ao
final do tratamento, o que difere da maior parte dos trabalhos com extrações de 2
pré-molares, pode-se especular que uma ligeira tendência desses dentes
obterem uma inclinação mais para a palatina após a retração da bateria anterior pois
o valor numérico apresentou-se diminuído, mas sem significância estatística.
Nahas (2002), em casos tratados com extração de 4 pré-molares
observaram uma diminuição estatisticamente significativa dos valores lineares (1-
NA) e angulares (1.NA), contudo, Paiva et al., (2004) tamm em casos tratados
com extração de 4 pré-molares relataram uma diminuição estatisticamente
significativa dos valores lineares (1-NA), entretanto a diminuição nos valores
angulares (1.NA), não foi estatisticamente significante., o que esta em consonância
com os achados desse estudo.
6.3.6. Componente Dentoalveolar Inferior
No componente dentoalveolar inferior, todas as medidas relacionadas
com os incisivos inferiores sofreram alteração significante estatisticamente. Houve
uma protrusão, vestibularização e extrusão dos incisivos inferiores (1-APog, IMPA,
1–GoGn, 1–NB, 1. NB).
Isso pode ser justificado pela utilização de elásticos intermaxilares de
Classe II que foram necessários na maioria dos pacientes da amostra para
finalização. Efeitos colaterais sobre a inclinação dos incisivos em pacientes tratados
com elásticos intermaxilares são amplamente relatados na literatura, suportando
esta suposição (MERRIFIELD e CROSS, 1970; PHILIPPE, 1995; KLONTS, 1998;
CABRERA, 2003; HENRIQUES, HAYASAKI e HENRIQUES, 2003; LORIATO,
MACHADO e PACHECO, 2006).
Discussão 98
Conley e Jernigan (2006), não encontraram mudanças estatisticamente
significantes no IMPA.
6.3.7. Relações Dentárias
Nos dados obtidos com relação aos componentes dentários, observou-se
a uma diminuição no valor da relação molar, indicando o aumento da relação molar
de Classe II, o que era esperado, pois apenas dois pré-molares superiores foram
extraídos, e os casos iriam terminar em Classe II de molar completa.
Houve uma melhora significante do trespasse vertical o que também era
esperado, pois a sobremordida foi corrigida durante o tratamento com a utilização de
fios com curva reversa no arco inferior e acentuada no arco superior, inclusive
durante a retração anterior.
O trespasse horizontal diminuiu significantemente o que tamm era
esperado, pois um requisito principal para a constituição da amostra era que os
pacientes apresentassem uma discrepância anterior de no mínimo 5mm e
finalizassem o período de tratamento com a má oclusão corrigida (CONLEY e
JERNIGAN, 2006).
6.3.8. Perfil tegumentar
Também na avaliação dos resultados do perfil tegumentar, os dados
apresentaram uma retrusão do lábio superior, verificados nas medidas Ls-SnPog', A-
NPog, Ls–Linha E, e do lábio inferior, na medida, Li-Linha E, todavia a variável Li -
SnPog' não apresentou diferença estatisticamente significante apesar de apresentar
uma tendência a diminuição em seu valor o que indica uma tendência a retrusão de
bio, contrariando que se esperava uma protrusão do lábio inferior devido a
vestibularização e protrusão dentaria verificada nos incisivos inferiores. Estas
medidas estão de acordo com os trabalhos apresentados na literatura (RAINS e
NANDA, 1982; TALASS, TALASS e BAKER, 1987; DEMIR et al., 2005; BOKAS e
COLLETT, 2006; CONLEY e JERNIGAN, 2006).
Discussão 99
Rains e Nanda (1982) não observaram nenhuma relação entre a
movimentação dos incisivos inferiores e as alterações encontradas no bio inferior.
Conley e Jernigan, (2006) tamm encontraram esse resultado
inesperado, especulas-se a queda na projeção do bio inferior. à presença de um
bio inferior evertido, pois com uma sobremordida profunda, uma sobressaliência
acentuada, e uma relação de Classe II dentária, o lábio inferior pode ser
artificialmente mantido em uma posição mais protruído preso no espaço entre os
superiores e os incisivos inferiores e após a retração incisivos superiores, retorna a
sua posição normal dos lábios.
Alguns autores que avaliaram casos de extrações de 2 pré-molares
superiores, perceberam que conforme o protocolo de tratamento utilizado, com ou
sem extrações ou diferentes variáveis como as inclinações finais dos incisivos
superiores e inferiores, da espessura do labial no pré-tratamento, do controle vertical
e padrões faciais, os lábios podem ser afetados por movimentos de dentes no
sentido ântero-posterior, mas o nível em que isso ocorre é de difícil previsibilidade,
(TALASS, TALASS e BAKER, 1987; TADIC e WOODS, 2007) além do potencial de
crescimento das estruturas faciais, como mandíbula e o nariz (HERSHEY, 1972;
WISTH, 1974; RAINS e NANDA1982).
Entretanto, diversos autores não encontraram diferenças significativas nas
mudanças nos tecidos moles entre os grupos com extrações de 4 pré-molares e sem
extrações (FINNOY et al., 1987; PAQUETTE et al., 1992; ZIERHUT et al., 2000;
ERDINC, NANDA, e DANDAJENA, 2007), enquanto outros autores observaram uma
retrusão do perfil tegumentar (ROOS, 1977; CUMMINS, BISHARA e JAKOBSEN,
1995 BRAVO et al., 1997; BOWMAN, 1999; FREITAS et al., 1999; BOWMAN e
JOHNSTON 2000; BASCIFTCI et al., 2004; BRANT e SIQUEIRA, 2006; ALSHAKHS,
2007; BURROW, 2008).
Apesar do fato de que tenha sido previamente aceito que uma retração
dos incisivos superiores necessariamente está acompanhada da retração
considerável do lábio superior (GARNER, 1974; PAQUETTE, BEATTIE e
JOHNSTON, 1992 LUPPANAPORNLARP e JOHNSTON, 1993; ZIERHUT et al.,
2000), é hoje amplamente reconhecido que o complexo músculo-esquelético-
funcional dobio superior contribui para a variabilidade observada de alterações do
Discussão 100
bio superior com o protocolo de tratamento com extrações de pré-molares
(HERSHEY, 1972; WISTH, 1974; ROOS, 1977; WALDMAN, 1982).
Neste trabalho o ângulo nasolabial não apresentou alteração
estatisticamente significante. Apesar da retração dos dentes superiores sugerir que
ocorra um aumento do ângulo nasolabial, isso não foi observado (UHEARA et al.,
2007), entretando os resultados apresentaram uma tendência de aumento desta
variável.
Alguns autores atribuem esse resultado ao crescimento nasal, ocorrendo
uma inclinação da columela e do pró-nasal para baixo, diminuindo assim o ângulo
nasolabial. Esses autores discorreram que o ângulo nasolabial é formado por tecido
mole (prónasal) e cartilagem (columela), a qual continua a crescer para frente assim
como o tecido mole do lábio superior e observou que apenas uma pequena
modificação estatisticamente insignificante ocorreu de retração na base nasal
(subnasal), portanto, se a projeção do lábio superior tende a diminuir, enquanto a
projeção nasal base permanece a mesma, o ângulo nasolabial deve tornar-se mais
obtuso (SUBTELNY, 1961; MENG et al., 1998; FOLEY e DUNCAN, 1997; JAMES,
1998; ZIERHUT et al., 2000; BASCIFTCI
et al., 2004; MARIA e ROSSATO, 2005;
ERDINC, NANDA e DANDAJENA, 2007).
Lo e Hunter (1982), Bravo (1994), Kocadereli (2002), e Uehara et al.,
(2007), observaram valores médios estatisticamente iguais do ângulo nasolabial
tanto para os pacientes que não sofreram extrações dentárias, quanto para os
pacientes se submeteram a extrações dentárias de quatro pré-molares. Tadic e
Woods (2007), tamm não encontraram alteração estatisticamente significante do
ângulo nasolabial em pacientes tratados com extrações de primeiros pré-molares
superiores. Gomes e Jardim (2005), tamm não observaram diferenças
estatisticamente significativas referentes ao ângulo nasolabial, no entanto uma
tendência para maior abertura desse ângulo foi encontrada no grupo com extrações
de 4 pré-molares.
Entretanto, Freitas et al., (1999), observaram um aumento no ângulo
nasolabial nos casos tratados com extração de 4 pré-molares numa proporção de
aumento do ângulo nasolabial em 1,49° para cada mil ímetro de retração dos dentes
superiores o que tamm foi confirmado por outros autores (TALASS, TALASS, e
Discussão 101
BAKER, 1987; MARIA e ROSSATO, 2005; RAMOS et al., 2005, ALMEIDA, 2008).
Conley e Jernigan (2006), também encontraram alterações estatisticamente
significantes no ângulo nasolabial, o qual teve um aumento de 6.38°.
Moraes et al., (2001), concluíram que os pacientes tratados com
extrações de pré-molares, apresentaram um ângulo nasolabial estatisticamente
significante maior do que os tratados sem extração, não obstante tanto os pacientes
tratados com ou sem extração dentária apresentaram aumento do ângulo nasolabial.
Contudo, Subtelny (1961) e Erdinc, Nanda, e Dandajena (2007) observaram que o
ângulo nasolabial diminuiu significativamente nos grupo com extrações de 4 pré-
molares e no grupo sem extrações essas alterações foram insignificantes.
Tadic e Woods (2007) perceberam que os lábios podem ser afetados por
movimentos de dentes no sentido ântero-posterior, mas o grau em que isso ocorre é
susceptível de ser variável, dependendo do protocolo de tratamento utilizado, com
ou sem extrações ou diversas variáveis como as angulações finais dos incisivos
superiores e inferiores, a espessura do lábio pré-tratamento, o controle vertical e
padrões faciais, além da variação individual do crescimento do nasal e do mento e a
direção do crescimento facial tornam difícil, se não impossível, prever com precisão
as alterações no ângulo nasolabial (TADIC e WOODS, 2007)
Apesar da idéia generalizada de que as extrações provocam um aumento
do ângulo nasolabial, os resultados deste trabalho estão de acordo com as recentes
conclusões dos estudos citados acima.
No presente estudo, na avaliação dos dados do perfil tegumentar,
constatou-se uma retrusão estatisticamente significante do perfil verificado nas
variáveis G'-Sn-Pog, Sn-Linha H (BURSTONE 1958, 1959, 1967; HERSHEY, 1972;
WALDMAN, 1982; BRAVO, 1994 BASCIFTCI et al., 2004; MARIA E ROSSATO,
2005; RAMOS, 2005; BOKAS e COLLETT, 2006)
Conley e Jernigan (2006), concluiram que na média houve uma tendência
suave a retrusão do perfil tegumentar no terço inferior da face e que a quantidade de
retração do lábio superior é muito menor do que a quantidade de retração do incisivo
nos casos tratados com extração de 2 pré-molares superiores. Uehara et al., (2007),
em seus estudos confirmou os achados de Conley e Jernigan (2006), e verificou não
haver diferenças estatisticamente significantes no perfil facial entre os casos tratados
com distalização de 2 pré-molares ou com distalização (sem extração).
Discussão 102
6.4. Considerações Clínicas
Os resultados obtidos demonstram que as alterações de perfil existem,
entretanto, cada caso deve ser estudado para que o profissional possa planejar o
tratamento e informar o paciente sobre esses aspectos. Concomitantemente,
permitirá ao clínico informar ao paciente as possíveis alterações que o tratamento i
ocasionar e assim aumentar a porcentagem de sucesso desse tipo de tratamento e a
satisfação do paciente.
A retrusão do lábio inferior é um dado de extrema importância, no
momento do planejamento, devendo ser avaliado o posicionamento do lábio inferior
antes do início do tratamento e verificar se o mesmo sofre interferência no
posicionamento pela posição dos incisivos superiores, pois isto acarretará numa
retrusão do lábio inferior e o paciente deverá estar ciente. Normalmente esse detalhe
passa desapercebido ao clínico, pois o mesmo apenas informa a retrusão do lábio
superior, devido ao tratamento escolhido não incluir extrações no arco inferior.
6.5. Sugestões para Futuros Estudos
Estudo da estabilidade das alterações de perfil, comparando com uma
amostra tratada com distalização e outra sem extração.
C onclusão
Conclusão 104
7 CONCLUSÃO
Com base na amostra avaliada e na metodologia utilizada, as alterações
provocadas pela extração de dois pré-molares na oclusão de Classe II divisão 1
foram:
7.1 - Componente maxilar:
Retrusão da maxila.
7.2 - Componente mandibular:
Aumento do tamanho mandibular devido ao crescimento.
7.3 - Relação maxilomandibular:
Melhora da relação maxilomandibular, aumento da altura facial ântero-
inferior e diminuição da convexidade do perfil ósseo.
7.4 - Componente Dentoalveolar Superior:
Retrusão dos incisivos superiores.
7.5 - Componente Dentoalveolar Inferior:
Vestibularização, protrusão e extrusão dos incisivos inferiores.
7.6 - Relações Dentárias:
Diminuição dos trespasses horizontal e vertical.
7.7 - Perfil tegumentar.
Diminuição da convexidade facial e retrusão do lábio superior e inferior.
R eferências
Referências 106
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Orthod. 2003 Aug;73(4):386-95.
183. Wisth J. Soft tissue response to upper incisor retraction in boys. Br J Orthod.
1974 Oct;1(5):199-204.
184. Yasutomi H, et al. Effects of retraction of anterior teeth on horizontal and
vertical lip positions in Japanese adults with the bimaxillary dentoalveolar
protrusion. Orthodontic Waves. 2006 December;65(4):141-7.
185. Young TM, Smith RJ. Effects of orthodontics on the facial profile: a
comparison of changes during nonextraction and four premolar extraction
treatment. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1993 May;103(5):452-8.
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treated extraction and nonextraction Class II Division 1 malocclusions. Angle
Orthod. 2000 Jun;70(3):208-19.
A pêndices
Apêndices 121
APÊNDICES
NOME DO PACIENTE GÊNERO
IDADE
INICIAL IDADE FINAL
TEMPO DE
TRATAMENTO
RELAÇÃO
MOLAR
Ana Bonifacio F
11
13.49
2.49
COMPLETA
Bruno Taveira M
11.08
18.83
7.75
COMPLETA
Cinthia Ferreira F
14.08
16.49
2.41
COMPLETA
Cinthia Manuel F
15.49
16.74
1.25
3/4
Cintia da Silva F
15.66
19.33
3.67
3/4
Eliane Boschetti F
14.16
16.41
2.25
1/2
Eloane Pereira F
11.49
16.08
4.59
3/4
Evandro Resende M
14.83
17.24
2.41
3/4
Geisa Dias F
13.58
16.58
3
COMPLETA
Gilson Ocieli M
25.83
28.24
2.41
COMPLETA
Igor Russeff M
15.58
18.66
3.08
3/4
Izabela Siqueira F
14.91
17.08
2.17
1/2
Janaina Moraes F
13.49
17.24
3.75
0.25
Jefferson Terenciano M
16.33
19.83
3.5
1/2
Jessica Silva F
12.41
14.74
2.33
3/4
Jonas Ferreira M
12.33
15
2.67
3/4
Jonatas Rodrigues M
11.74
13.91
2.17
1/2
Jorge Neves M
15
18.91
3.91
1 1/4
Kellen Silva F
16.16
19.58
3.42
3/4
Leandro Carvalho M
14.58
19.49
4.91
3/4
Leandro Figueiredo M
17
19.83
2.83
3/4
Leticia Bodo F
14.66
17.16
2.5
3/4
Lucimeire Maciel F
10.83
15.49
4.66
COMPLETA
Luiz Moreira M
14.33
17
2.67
3/4
Marcelo Melo M
13.33
15.83
2.5
COMPLETA
Marcus Faqueti M
11.91
15.16
3.25
COMPLETA
Rafael Maciel M
11.74
15.41
3.67
3/4
Raphael Tripodi M
11.83
19.66
7.83
1
Robson Brosler M
14
16.74
2.74
COMPLETA
Rubens Barros Jr M
14
16.24
2.24
1/2
Thalita Alves F
12.16
16.16
4
1
Thiago Sacchi M
13.74
16.16
2.42
COMPLETA
Valeria Garcia F
13.74
15.24
1.5
3/4
Wesley Grego M
14.16
16.66
2.5
3/4
Apêndices 122
NOME DO PACIENTE
SNA
T1 (°)
SNA
T2 (°)
SNA
T2-T1 (°)
Co-A T1
(mm)
Co-A T2
(mm)
Co-A T2-
T1 (mm)
Ana Bonifacio 77.03
73.78
-3.25
82.44
79.02
-3.42
Bruno Taveira 78.47
78.11
-0.36
88.94
88.49
-0.45
Cinthia Ferreira 79.81
72.07
-7.74
82.34
78.93
-3.41
Cinthia Manuel 75.32
76.94
1.62
77.12
82.62
5.5
Cintia da Silva 70.45
73.32
2.87
71.8
74.73
2.93
Eliane Boschetti 77.48
72.79
-4.69
82.62
81.81
-0.81
Eloane Pereira 71.8
67.11
-4.69
80.91
80.19
-0.72
Evandro Resende 77.75
76.85
-0.9
85.69
86.5
0.81
Geisa Dias 79.52
75.11
-4.41
85.73
84.79
-0.94
Gilson Ocieli 77.03
77.03
0
88.58
87.58
-1
Igor Russeff 75.01
72.70
-2.31
87.33
90.2
2.87
Izabela Siqueira 76.13
76.49
0.36
93.45
94.35
0.9
Janaina Moraes 76.04
76.49
0.45
84.43
87.31
2.88
Jefferson Terenciano 72.79
69.91
-2.88
78.56
79.2
0.64
Jessica Silva 82.98
82.71
-0.27
89.48
86.05
-3.43
Jonas Ferreira 75.86
69.81
-6.05
78.74
80.28
1.54
Jonatas Rodrigues 78.93
77.66
-1.27
84.52
87.22
2.7
Jorge Neves 72.07
72.07
0
84.07
81.18
-2.89
Kellen Silva 72.16
71.71
-0.45
85.06
83.62
-1.44
Leandro Carvalho 72.25
75.95
3.7
81
87.13
6.13
Leandro Figueiredo 66.21
65.76
-0.45
77.48
77.93
0.45
Leticia Bodo 71.44
72.61
1.17
91.37
95.52
4.15
Lucimeire Maciel 76.58
74.87
-1.71
78.74
82.89
4.15
Luiz Moreira 79.56
75.77
-3.79
89.57
89.12
-0.45
Marcelo Melo 71.26
69.45
-1.81
77.57
77.93
0.36
Marcus Faqueti 72.43
73.6
1.17
83.25
84.7
1.45
Rafael Maciel 75.05
75.41
0.36
84.88
89.57
4.69
Raphael Tripodi 89.12
77.12
-12
83.98
84.79
0.81
Robson Brosler 74.14
73.15
-0.99
95.34
92.91
-2.43
Rubens Barros Jr 81
85.45
4.45
84.79
87.8
3.01
Thalita Alves 84.88
75.68
-9.2
91.46
89.66
-1.8
Thiago Sacchi 70.9
72.52
1.62
87.58
89.57
1.99
Valeria Garcia 68.55
69.36
0.81
83.34
85.42
2.08
Wesley Grego 72.52
71.8
-0.72
81
80.82
-0.18
Apêndices 123
NOME DO PACIENTE
A-N Perp
T1 (mm)
A-N Perp
T2 (mm)
A-N Perp
T2-T1 (mm)
SNB
T1 (º)
SNB
T2 (º)
SNB
T1-T2 (º)
Ana Bonifacio -0.63
-3.34
-2.71
72.07
71.71
-0.36
Bruno Taveira 4.96
7.85
2.89
67.2
68.73
1.53
Cinthia Ferreira 3.38
-1.17
-4.55
71.82
68.37
-3.45
Cinthia Manuel 1.26
2.89
1.63
70.27
70.09
-0.18
Cintia da Silva -1.71
-1.41
0.3
67.83
69.09
1.26
Eliane Boschetti -0.63
-5.14
-4.51
74.32
72.79
-1.53
Eloane Pereira -3.79
-7.13
-3.34
68.19
64.31
-3.88
Evandro Resende 1.44
0
-1.44
73.6
73.78
0.18
Geisa Dias 3.29
-0.47
-3.76
72.19
70.59
-1.6
Gilson Ocieli -0.36
0.09
0.45
72.52
73.87
1.35
Igor Russeff -0.56
-0.09
0.47
74.73
70.36
-4.37
Izabela Siqueira 1.62
2.16
0.54
71.35
73.6
2.25
Janaina Moraes -3.43
-2.89
0.54
73.96
73.06
-0.9
Jefferson Terenciano 4.6
0.36
-4.24
66.39
67.38
0.99
Jessica Silva 2.35
1.35
-1
78.02
80.82
2.8
Jonas Ferreira 3.25
-2.35
-5.6
70.72
66.84
-3.88
Jonatas Rodrigues 0.54
0
-0.54
74.05
73.42
-0.63
Jorge Neves -3.25
-3.34
-0.09
68.1
71.89
3.79
Kellen Silva 0.9
0.36
-0.54
68.82
69.18
0.36
Leandro Carvalho -0.09
4.51
4.6
70
71.26
1.26
Leandro Figueiredo -7.58
-8.93
-1.35
61.97
63.5
1.53
Leticia Bodo -2.98
-2.26
0.72
69.81
69.63
-0.18
Lucimeire Maciel 5.05
4.69
-0.36
67.92
68.19
0.27
Luiz Moreira 0
-3.07
-3.07
71.35
70.54
-0.81
Marcelo Melo -3.88
-5.14
-1.26
72.79
71.62
-1.17
Marcus Faqueti -1.53
-0.81
0.72
67.38
67.11
-0.27
Rafael Maciel 0.27
0.54
0.27
68.73
69.91
1.18
Raphael Tripodi 8.21
-2.35
-10.56
80.46
72.61
-7.85
Robson Brosler 1.62
0.09
-1.53
66.66
68.46
1.8
Rubens Barros Jr 1.17
2.63
1.46
75.77
78.96
3.19
Thalita Alves 3.52
-5.41
-8.93
78.02
73.96
-4.06
Thiago Sacchi 1.17
2.53
1.36
66.03
67.92
1.89
Valeria Garcia -6.95
-6.22
0.73
66.12
67.47
1.35
Wesley Grego -4.69
-4.69
0
67.74
67.56
-0.18
Apêndices 124
NOME DO PACIENTE
Co-Gn T1
(mm)
Co-Gn
T2 (mm)
Co-Gn T2-
T1 (mm)
ANB
T1 (º)
ANB
T2(º)
ANB
T2-T1 (º)
Ana Bonifacio 97.96
100.66
2.7
4.96
2.07
-2.89
Bruno Taveira 109.95
112.84
2.89
11.28
9.38
-1.9
Cinthia Ferreira 105.09
107.43
2.34
7.99
3.7
-4.29
Cinthia Manuel 98.32
102.74
4.42
5.05
6.86
1.81
Cintia da Silva 99.4
101.05
1.65
2.62
4.23
1.61
Eliane Boschetti 107.7
110.77
3.07
3.16
0
-3.16
Eloane Pereira 102.56
102.65
0.09
3.52
2.8
-0.72
Evandro Resende 112.12
116.09
3.97
4.06
3.07
-0.99
Geisa Dias 105.28
107.91
2.63
7.33
4.51
-2.82
Gilson Ocieli 116.63
116.99
0.36
4.6
3.16
-1.44
Igor Russeff 116.18
117.35
1.17
0.19
2.35
2.16
Izabela Siqueira 115.82
119.97
4.15
4.78
2.8
-1.98
Janaina Moraes 115.19
117.35
2.16
1.98
3.43
1.45
Jefferson Terenciano 106.71
111.31
4.6
6.4
2.53
-3.87
Jessica Silva 119.33
123.21
3.88
4.96
1.89
-3.07
Jonas Ferreira 105.44
112.57
7.13
5.23
2.98
-2.25
Jonatas Rodrigues 106.35
113.02
6.67
4.87
4.24
-0.63
Jorge Neves 103.64
111.13
7.49
3.97
0.27
-3.7
Kellen Silva 110.5
112.39
1.89
3.34
2.53
-0.81
Leandro Carvalho 109.32
112.84
3.52
2.26
4.69
2.43
Leandro Figueiredo 97.96
106.98
9.02
4.24
2.26
-1.98
Leticia Bodo 119.06
122.22
3.16
1.62
2.98
1.36
Lucimeire Maciel 95.97
107.25
11.28
8.66
6.67
-1.99
Luiz Moreira 107.61
108.51
0.9
8.21
5.32
-2.89
Marcelo Melo 111.49
113.02
1.53
-1.44
-2.16
-0.72
Marcus Faqueti 103.73
106.89
3.16
5.14
6.49
1.35
Rafael Maciel 102.02
111.4
9.38
6.31
5.5
-0.81
Raphael Tripodi 101.2
105.89
4.69
8.66
4.51
-4.15
Robson Brosler 112.12
113.02
0.9
7.49
4.69
-2.8
Rubens Barros Jr 105.71
113.18
7.47
5.14
6.49
1.35
Thalita Alves 114.73
123.03
8.3
6.95
1.71
-5.24
Thiago Sacchi 105.8
109.59
3.79
4.96
4.6
-0.36
Valeria Garcia 111.94
116.18
4.24
2.44
1.89
-0.55
Wesley Grego 102.2
105.17
2.97
4.78
4.24
-0.54
Apêndices 125
NOME DO PACIENTE
AFAI T1
(mm)
AFAI T2
(mm)
AFAI T2-
T1 (mm)
SN.GoGn
T2 (º)
SN.GoGn
T2 (º)
SN.GoGn
T2-T1 (º)
Ana Bonifacio 51.59
55.74
4.15
25.98
27.78
1.8
Bruno Taveira 72.79
72.25
-0.54
37.34
37.25
-0.09
Cinthia Ferreira 69.28
68.55
-0.73
39.67
38.34
-1.33
Cinthia Manuel 56.28
61.43
5.15
33.83
33.55
-0.28
Cintia da Silva 63.23
64.58
1.35
37.43
39.48
2.05
Eliane Boschetti 62.87
63.95
1.08
21.74
23
1.26
Eloane Pereira 56.28
61.07
4.79
32.83
35.36
2.53
Evandro Resende 62.87
66.21
3.34
21.83
20.75
-1.08
Geisa Dias 65.89
64.67
-1.22
41.08
40.98
-0.1
Gilson Ocieli 64.58
60.34
-4.24
24.08
21.47
-2.61
Igor Russeff 60.63
64.49
3.86
27.07
28.14
1.07
Izabela Siqueira 59.8
59.89
0.09
24.99
22.64
-2.35
Janaina Moraes 66.21
68.28
2.07
32.02
33.28
1.26
Jefferson Terenciano 66.21
68.91
2.7
39.78
38.7
-1.08
Jessica Silva 66.03
70.81
4.78
28.95
30.85
1.9
Jonas Ferreira 65.85
70
4.15
30.76
37.07
6.31
Jonatas Rodrigues 56.28
58.72
2.44
25.35
25.35
0
Jorge Neves 58.18
62.96
4.78
32.38
28.05
-4.33
Kellen Silva 64.22
65.49
1.27
37.61
38.7
1.09
Leandro Carvalho 64.4
65.12
0.72
30.13
29.41
-0.72
Leandro Figueiredo 60.7
66.12
5.42
35.09
33.46
-1.63
Leticia Bodo 63.77
65.49
1.72
29.41
30.13
0.72
Lucimeire Maciel 61.97
62.69
0.72
35.72
36.35
0.63
Luiz Moreira 64.85
66.48
1.63
24.17
24.99
0.82
Marcelo Melo 64.85
66.75
1.9
29.86
29.86
0
Marcus Faqueti 60.25
66.21
5.96
29.04
31.48
2.44
Rafael Maciel 62.69
65.94
3.25
32.83
32.2
-0.63
Raphael Tripodi 58
61.34
3.34
23.54
27.33
3.79
Robson Brosler 65.12
64.4
-0.72
29.59
29.22
-0.37
Rubens Barros Jr 56.74
62.32
5.58
23
25.1
2.1
Thalita Alves 67.74
79.65
11.91
22.64
25.08
2.44
Thiago Sacchi 57.82
57.01
-0.81
30.4
27.6
-2.8
Valeria Garcia 65.58
67.38
1.8
33.37
31.57
-1.8
Wesley Grego 64.76
62.24
-2.52
35.27
35.99
0.72
Apêndices 126
NOME DO PACIENTE
FMA
T1 (º)
FMA
T2 (º)
FMA
T2-T1 (º)
SN.PlOcL
T1 (º)
SN.PlOcL
T2 (º)
SN.PlOcL
T2-T1 (º)
Ana Bonifacio 22.46
23.63
1.17
8.75
10.46
1.71
Bruno Taveira 29.95
26.61
-3.34
15.06
14.43
-0.63
Cinthia Ferreira 31.68
30.31
-1.37
16.64
17.86
1.22
Cinthia Manuel 26.7
26.52
-0.18
13.26
16.06
2.8
Cintia da Silva 28.5
29.7
1.2
13.71
19.74
6.03
Eliane Boschetti 18.67
19.48
0.81
6.13
7.94
1.81
Eloane Pereira 26.97
27.6
0.63
12.99
17.05
4.06
Evandro Resende 17.05
16.51
-0.54
9.29
9.38
0.09
Geisa Dias 32.62
31.96
-0.66
14.66
18.8
4.14
Gilson Ocieli 20.3
17.14
-3.16
7.76
8.21
0.45
Igor Russeff 18.05
19.75
1.7
9.02
11.73
2.71
Izabela Siqueira 18.58
16.06
-2.52
12.54
10.55
-1.99
Janaina Moraes 30.13
31.39
1.26
10.01
14.61
4.6
Jefferson Terenciano 27.15
27.15
0
18.94
14.79
-4.15
Jessica Silva 28.59
31.03
2.44
1.44
1.08
-0.36
Jonas Ferreira 22.1
27.87
5.77
11.28
16.51
5.23
Jonatas Rodrigues 22.55
21.92
-0.63
8.66
8.48
-0.18
Jorge Neves 26.07
22.01
-4.06
15.06
12
-3.06
Kellen Silva 27.87
28.95
1.08
16.33
17.77
1.44
Leandro Carvalho 21.29
20.3
-0.99
10.91
11.91
1
Leandro Figueiredo 26.52
25.44
-1.08
16.33
13.17
-3.16
Leticia Bodo 22.28
23.36
1.08
8.12
7.49
-0.63
Lucimeire Maciel 25.62
25.71
0.09
15.33
17.14
1.81
Luiz Moreira 22.46
22.73
0.27
4.6
6.31
1.71
Marcelo Melo 23.9
23.18
-0.72
9.11
11.28
2.17
Marcus Faqueti 21.74
24.62
2.88
12.81
16.42
3.61
Rafael Maciel 26.43
25.98
-0.45
14.88
13.08
-1.8
Raphael Tripodi 22.28
25.53
3.25
7.4
10.19
2.79
Robson Brosler 21.11
21.02
-0.09
13.71
15.51
1.8
Rubens Barros Jr 21.56
23.5
1.94
4.42
8.37
3.95
Thalita Alves 22.91
24.71
1.8
6.77
6.77
0
Thiago Sacchi 18.94
16.42
-2.52
15.79
13.98
-1.81
Valeria Garcia 26.52
24.99
-1.53
14.07
13.17
-0.9
Wesley Grego 31.3
31.12
-0.18
12.09
12.27
0.18
Apêndices 127
NOME DO PACIENTE
Is-Aperp
T1 (mm)
Is-Aperp
T2 (mm)
Is-Aperp
T2-T1 (mm)
Ii-APo T1
(mm)
Ii-APo
T2(mm)
Ii-APo T1
-T2 (mm)
Ana Bonifacio 6.4
3.34
-3.06
0.27
2.16
1.89
Bruno Taveira 5.05
8.39
3.34
-0.9
0.63
1.53
Cinthia Ferreira 6.77
5.05
-1.72
1.79
5.5
3.71
Cinthia Manuel 7.94
4.69
-3.25
2.71
5.95
3.24
Cintia da Silva 6.22
2.82
-3.4
-0.36
2.44
2.8
Eliane Boschetti 9.2
7.22
-1.98
5.05
5.32
0.27
Eloane Pereira 7.22
3.7
-3.52
0.72
2.89
2.17
Evandro Resende 11.28
7.13
-4.15
4.87
4.51
-0.36
Geisa Dias 10.06
6.49
-3.57
2.73
6.39
3.66
Gilson Ocieli 8.12
7.94
-0.18
0.99
5.32
4.33
Igor Russeff 10.62
4.24
-6.38
2.07
1.98
-0.09
Izabela Siqueira 8.39
4.96
-3.43
-1.89
2.07
3.96
Janaina Moraes 8.12
3.61
-4.51
3.61
3.88
0.27
Jefferson Terenciano 7.49
7.22
-0.27
2.71
5.14
2.43
Jessica Silva 9.47
10.46
0.99
2.16
6.86
4.7
Jonas Ferreira 8.39
4.87
-3.52
2.53
3.97
1.44
Jonatas Rodrigues 7.4
5.68
-1.72
1.71
1.89
0.18
Jorge Neves 7.4
7.58
0.18
1.8
5.95
4.15
Kellen Silva 4.96
4.96
0
0.72
2.98
2.26
Leandro Carvalho 12.36
5.41
-6.95
5.14
4.69
-0.45
Leandro Figueiredo 6.67
4.69
-1.98
3.7
4.24
0.54
Leticia Bodo 8.93
3.61
-5.32
2.98
1.71
-1.27
Lucimeire Maciel 5.32
2.07
-3.25
0
1.89
1.89
Luiz Moreira 3.61
3.34
-0.27
1.8
3.7
1.9
Marcelo Melo 13.98
9.02
-4.96
5.14
4.69
-0.45
Marcus Faqueti 8.39
2.44
-5.95
1.98
3.79
1.81
Rafael Maciel 6.31
2.62
-3.69
1.35
3.16
1.81
Raphael Tripodi 6.04
4.24
-1.8
2.71
4.15
1.44
Robson Brosler 3.79
4.78
0.99
0.81
3.34
2.53
Rubens Barros Jr 6.67
0.85
-5.82
-1.98
-0.66
1.32
Thalita Alves 6.22
8.03
1.81
2.89
6.04
3.15
Thiago Sacchi 7.94
6.95
-0.99
2.71
6.04
3.33
Valeria Garcia 6.49
4.69
-1.8
0.54
2.98
2.44
Wesley Grego 7.76
4.51
-3.25
1.98
3.79
1.81
Apêndices 128
NOME DO PACIENTE
IMPA
T1 (º)
IMPA
T2 (º)
IMPA
T2-T1 (º)
ÂNGULO
INTERINCISAL
T1 (º)
ÂNGULO
INTERINCISAL
T2 (º)
ÂNGULO
INTERINCISA
L T2-T1 (º)
Ana Bonifacio 85.96
84.34
-1,62
105.44
115.01
9.57
Bruno Taveira 85.78
84.52
-1,26
109.05
108.69
-0.36
Cinthia Ferreira 85.82
83.53
-2,29
112.14
114.19
2.05
Cinthia Manuel 90.29
99.94
9,65
103.46
94.89
-8.57
Cintia da Silva 71.89
86.39
14,5
123.75
114.96
-8.79
Eliane Boschetti 92.36
90.92
-1,44
96.24
104.63
8.39
Eloane Pereira 79.65
92.46
12,81
115.82
107.88
-7.94
Evandro Resende 94.8
100.48
5,68
101.48
108.96
7.48
Geisa Dias 82.63
92.78
10,15
102.08
102.65
0.57
Gilson Ocieli 87.4
100.3
12,9
107.88
103.82
-4.06
Igor Russeff 89.39
88.13
-1,26
117.41
119.52
2.11
Izabela Siqueira 85.69
92.36
6,67
111.67
104.36
-7.31
Janaina Moraes 80.73
82.8
2,07
105.99
108.87
2.88
Jefferson Terenciano 86.5
80.91
-5,59
105.62
111.22
5.6
Jessica Silva 78.74
81.63
2,89
107.7
102.38
-5.32
Jonas Ferreira 87.76
85.78
-1,98
104.54
116.54
12
Jonatas Rodrigues 82.17
88.4
6,23
112.48
107.97
-4.51
Jorge Neves 87.13
93.72
6,59
103.64
102.92
-0.72
Kellen Silva 76.67
81.27
4,6
125.65
112.84
-12.81
Leandro Carvalho 88.67
93.63
4,96
100.39
102.2
1.81
Leandro Figueiredo 91.46
87.67
-3,79
106.17
110.4
4.23
Leticia Bodo 82.71
85.6
2,89
113.29
111.94
-1.35
Lucimeire Maciel 81.09
87.85
6,76
111.22
114.82
3.6
Luiz Moreira 91.37
99.67
8,3
111.67
104.54
-7.13
Marcelo Melo 83.16
76.22
-6,94
103.55
123.57
20.02
Marcus Faqueti 93.18
94.98
1,8
100.3
112.57
12.27
Rafael Maciel 88.76
91.82
3,06
107.97
102.2
-5.77
Raphael Tripodi 88.4
91.46
3,06
109.41
101.02
-8.39
Robson Brosler 93.18
88.4
-4,78
116.36
107.97
-8.39
Rubens Barros Jr 87.22
96.35
9,13
96.51
113.74
17.23
Thalita Alves 91.28
89.21
-2,07
108.15
104.36
-3.79
Thiago Sacchi 93.63
101.29
7,66
104.36
98.14
-6.22
Valeria Garcia 78.93
83.07
4,14
116.27
113.92
-2.35
Wesley Grego 86.86
90.11
3,25
103.37
104.36
0.99
Apêndices 129
NOME DO PACIENTE
Is
-
perp
Plano
Palatino
T1 (mm)
Is
-
perp
Plano
Palatino
T2 (mm)
Is
-
perp
Plano
Palatino
T2-T1 (mm)
Ii - PM T1
(mm)
Ii - PM T2
(mm)
Ii - PM T2-
T1 (mm)
Ana Bonifacio 23.18
23.54
0.36
31.21
32.02
0.81
Bruno Taveira 27.6
27.96
0.36
39.96
39.96
0
Cinthia Ferreira 30.08
30.58
0.5
36.85
37.7
0.85
Cinthia Manuel 24.44
25.53
1.09
32.47
37.7
5.23
Cintia da Silva 25.44
28.2
2.76
33.73
35.91
2.18
Eliane Boschetti 22.19
24.26
2.07
35.36
35.36
0
Eloane Pereira 24.62
26.43
1.81
33.37
34.46
1.09
Evandro Resende 27.15
27.96
0.81
37.61
36.71
-0.9
Geisa Dias 27.54
28.86
1.32
39.1
40.23
1.13
Gilson Ocieli 26.07
23.9
-2.17
40.32
38.06
-2.26
Igor Russeff 26.41
28.05
1.64
37.41
35.36
-2.05
Izabela Siqueira 25.53
23.54
-1.99
36.62
35.72
-0.9
Janaina Moraes 25.35
26.79
1.44
35
38.52
3.52
Jefferson Terenciano 26.97
27.78
0.81
37.16
40.23
3.07
Jessica Silva 29.59
30.4
0.81
40.5
38.43
-2.07
Jonas Ferreira 30.04
31.75
1.71
37.07
38.43
1.36
Jonatas Rodrigues 24.9
22.37
-2.53
34.19
37.43
3.24
Jorge Neves 24.35
26.7
2.35
35.72
37.25
1.53
Kellen Silva 29.86
28.32
-1.54
37.61
38.15
0.54
Leandro Carvalho 28.14
28.14
0
38.7
37.61
-1.09
Leandro Figueiredo 26.97
28.32
1.35
36.89
39.33
2.44
Leticia Bodo 25.71
24.44
-1.27
39.51
38.79
-0.72
Lucimeire Maciel 29.5
27.6
-1.9
30.85
35.45
4.6
Luiz Moreira 29.32
27.87
-1.45
37.97
35.63
-2.34
Marcelo Melo 25.17
28.32
3.15
33.64
35.9
2.26
Marcus Faqueti 25.89
27.87
1.98
36.08
34.37
-1.71
Rafael Maciel 25.98
24.08
-1.9
33.55
38.97
5.42
Raphael Tripodi 24.99
24.81
-0.18
35.36
36.35
0.99
Robson Brosler 29.13
26.61
-2.52
40.05
37.07
-2.98
Rubens Barros Jr 20.57
24.25
3.68
33.19
35.81
2.62
Thalita Alves 29.5
34.37
4.87
41.13
44.65
3.52
Thiago Sacchi 26.79
24.81
-1.98
33.73
34.73
1
Valeria Garcia 27.15
28.32
1.17
38.06
39.87
1.81
Wesley Grego 29.95
24.62
-5.33
37.61
37.97
0.36
Apêndices 130
NOME DO PACIENTE
Is - NA
T1 (mm)
Is - NA
T2 (mm)
Is - NA
T2- T1
(mm)
Is.NA
T1 (º)
Is.NA
T2 (º)
Is.NA
T2- T1 (º)
Ana Bonifacio 6.04
3.52
-2.52
30.22
23.9
-6.32
Bruno Taveira 0.72
3.52
2.8
14.07
16.15
2.08
Cinthia Ferreira 4.32
3.61
-0.71
21.06
16.6
-4.46
Cinthia Manuel 5.5
2.71
-2.79
21.83
19.39
-2.44
Cintia da Silva 5.95
2.63
-3.32
21.2
24.25
3.05
Eliane Boschetti 10.37
8.84
-1.53
36.89
33.37
-3.52
Eloane Pereira 5.77
3.7
-2.07
24.62
21.92
-2.7
Evandro Resende 9.92
5.86
-4.06
28.86
17.59
-11.27
Geisa Dias 8.08
5.26
-2.82
33.09
26.88
-6.21
Gilson Ocieli 7.31
6.04
-1.27
28.23
22.19
-6.04
Igor Russeff 10.06
2.8
-7.26
29.52
16.24
-13.28
Izabela Siqueira 6.13
4.33
-1.8
26.25
28.86
2.61
Janaina Moraes 8.93
3.34
-5.59
29.95
23.36
-6.59
Jefferson Terenciano 3.52
5.86
2.34
20.02
23.99
3.97
Jessica Silva 8.48
9.11
0.63
26.34
27.15
0.81
Jonas Ferreira 6.4
4.24
-2.16
25.8
15.51
-10.29
Jonatas Rodrigues 6.04
4.51
-1.53
25.8
25.35
-0.45
Jorge Neves 7.22
8.3
1.08
29.5
27.96
-1.54
Kellen Silva 2.16
3.61
1.45
12.63
20.11
7.48
Leandro Carvalho 12.63
3.61
-9.02
33.28
23.63
-9.65
Leandro Figueiredo 7.13
6.58
-0.55
25.8
27.42
1.62
Leticia Bodo 9.2
3.52
-5.68
27.96
24.44
-3.52
Lucimeire Maciel 2.8
-0.63
-3.43
20.2
10.91
-9.29
Luiz Moreira 2.44
3.16
0.72
17.95
19.66
1.71
Marcelo Melo 14.61
9.83
-4.78
36.8
25.62
-11.18
Marcus Faqueti 8.75
0.45
-8.3
29.68
12
-17.68
Rafael Maciel 4.06
1.08
-2.98
20.11
23.09
2.98
Raphael Tripodi 1.98
4.24
2.26
14.25
27.87
13.62
Robson Brosler 1.53
4.42
2.89
11.46
25.98
14.52
Rubens Barros Jr 5.68
-1.41
-7.09
36.98
17.67
-19.31
Thalita Alves 4.24
10.1
5.86
17.68
30.4
12.72
Thiago Sacchi 6.04
4.69
-1.35
25.44
25.17
-0.27
Valeria Garcia 7.76
5.68
-2.08
27.6
26.79
-0.81
Wesley Grego 9.02
5.14
-3.88
26.61
22.37
-4.24
Apêndices 131
NOME DO PACIENTE
Ii - NB
T1 (mm)
Ii - NB
T2 (mm)
Ii - NB T2-
T1 (mm)
Ii - NB
T1 (º)
Ii - NB
T2 (º)
Ii - NB
T2-T1 (º)
Ana Bonifacio 4.15
4.15
0
21.65
21.47
-0.18
Bruno Taveira 7.22
7.13
-0,09
27.96
28.14
0.18
Cinthia Ferreira 7.05
7.76
0,71
28.11
27.96
-0.15
Cinthia Manuel 6.22
10.73
4,51
32.02
41.22
9.2
Cintia da Silva 2.07
6.11
4,04
14.79
25.66
10.87
Eliane Boschetti 7.76
5.95
-1,81
26.07
24.35
-1.72
Eloane Pereira 4.24
6.13
1,89
18.4
29.77
11.37
Evandro Resende 9.29
8.12
-1,17
27.87
32.74
4.87
Geisa Dias 6.86
9.31
2,45
26.7
35.16
8.46
Gilson Ocieli 5.59
8.75
3,16
21.65
33.19
11.54
Igor Russeff 2.82
5.05
2,23
22
24.17
2.17
Izabela Siqueira 3.52
5.68
2,16
19.66
26.34
6.68
Janaina Moraes 5.77
7.13
1,36
24.35
26.79
2.44
Jefferson Terenciano 7.85
7.67
-0,18
30.31
24.62
-5.69
Jessica Silva 7.22
9.56
2,34
23.36
30.94
7.58
Jonas Ferreira 6.58
7.4
0,82
26.88
27.33
0.45
Jonatas Rodrigues 5.95
6.77
0,82
19.21
24.81
5.6
Jorge Neves 5.23
6.13
0,9
25.35
31.21
5.86
Kellen Silva 3.61
5.32
1,71
20.75
26.79
6.04
Leandro Carvalho 7.22
8.84
1,62
26.52
31.93
5.41
Leandro Figueiredo 7.94
7.04
-0,9
26.16
22.28
-3.88
Leticia Bodo 5.5
5.5
0
19.57
23
3.43
Lucimeire Maciel 5.23
7.4
2,17
22.28
30.04
7.76
Luiz Moreira 7.67
8.03
0,36
24.53
32.83
8.3
Marcelo Melo 5.5
4.78
-0,72
23.45
15.42
-8.03
Marcus Faqueti 6.49
9.2
2,71
27.24
31.21
3.97
Rafael Maciel 5.41
7.31
1,9
27.96
31.57
3.61
Raphael Tripodi 7.76
7.58
-0,18
30.13
28.95
-1.18
Robson Brosler 7.49
7.13
-0,36
27.06
23.72
-3.34
Rubens Barros Jr 2.62
5.64
3,02
23.72
31.3
7.58
Thalita Alves 8.12
8.57
0,45
29.59
25.89
-3.7
Thiago Sacchi 6.4
9.65
3,25
27.6
34.46
6.86
Valeria Garcia 3.34
5.59
2,25
16.06
19.75
3.69
Wesley Grego 5.95
8.21
2,26
27.51
31.3
3.79
Apêndices 132
NOME DO PACIENTE
G'-Sn-Pog'
T1 (º)
G'-Sn-Pog'
T2 (º)
G'-Sn-
Pog' T2-
T1 (º)
A-Npog
T1 (mm)
A-Npog
T2 (mm)
A-Npog
T2-T1 (mm)
Ana Bonifacio 14.16
10.19
-3.97
3.7
0.9
-2.8
Bruno Taveira 23.99
23.09
-0.9
10.55
8.93
-1.62
Cinthia Ferreira 23.22
19.57
-3.65
7.9
3.97
-3.93
Cinthia Manuel 19.03
20.75
1.72
4.06
6.49
2.43
Cintia da Silva 17.5
18.33
0.83
1.44
2.73
1.29
Eliane Boschetti 9.56
8.66
-0.9
2.26
-0.9
-3.16
Eloane Pereira 21.92
23.45
1.53
2.35
1.35
-1
Evandro Resende 20.02
17.77
-2.25
1.8
0.99
-0.81
Geisa Dias 19.65
17.39
-2.26
8.08
5.17
-2.91
Gilson Ocieli 19.93
18.94
-0.99
3.34
1.8
-1.54
Igor Russeff 14.19
11.91
-2.28
-0.66
0.72
1.38
Izabela Siqueira 14.16
18.22
4.06
2.26
0.72
-1.54
Janaina Moraes 9.56
9.29
-0.27
0.9
2.16
1.26
Jefferson Terenciano 25.8
20.93
-4.87
5.86
1.8
-4.06
Jessica Silva 26.7
25.44
-1.26
3.07
0.09
-2.98
Jonas Ferreira 19.48
16.06
-3.42
3.79
1.44
-2.35
Jonatas Rodrigues 20.84
20.66
-0.18
3.25
2.26
-0.99
Jorge Neves 16.15
14.16
-1.99
4.24
0.18
-4.06
Kellen Silva 19.93
16.87
-3.06
3.43
2.26
-1.17
Leandro Carvalho 14.97
10.37
-4.6
1.44
4.33
2.89
Leandro Figueiredo 19.21
15.51
-3.7
3.61
1.08
-2.53
Leticia Bodo 15.6
14.52
-1.08
-0.36
1.44
1.8
Lucimeire Maciel 23.18
24.17
0.99
7.4
5.95
-1.45
Luiz Moreira 14.16
11
-3.16
5.95
3.7
-2.25
Marcelo Melo 16.42
12.27
-4.15
-2.8
-3.88
-1.08
Marcus Faqueti 26.7
26.07
-0.63
4.51
6.31
1.8
Rafael Maciel 24.53
21.83
-2.7
5.86
5.41
-0.45
Raphael Tripodi 13.89
11.18
-2.71
8.12
3.88
-4.24
Robson Brosler 20.66
19.3
-1.36
8.12
4.96
-3.16
Rubens Barros Jr 12.27
13.82
1.55
3.07
3.57
0.5
Thalita Alves 11.09
15.69
4.6
6.49
0.09
-6.4
Thiago Sacchi 16.33
13.08
-3.25
4.24
3.7
-0.54
Valeria Garcia 22.1
16.42
-5.68
1.53
0.36
-1.17
Wesley Grego 21.56
19.84
-1.72
3.7
2.26
-1.44
Apêndices 133
NOME DO PACIENTE
Subnasal
H-Line
T1 (mm)
Subnasal
H-Line
T2 (mm)
Subnasal
H-Line
T2-T1 (mm)
Is -Ls T1
(mm)
Is -Ls T2
(mm)
Is -Ls T2-
T1 (mm)
Ana Bonifacio 7.31
4.33
-2.98
10.28
11.46
1.18
Bruno Taveira 10.28
8.75
-1.53
12.72
15.24
2.52
Cinthia Ferreira 6.77
5.59
-1.18
15.51
16.87
1.36
Cinthia Manuel 6.04
4.24
-1.8
9.2
13.17
3.97
Cintia da Silva 2.71
1.79
-0.92
9.56
11.09
1.53
Eliane Boschetti 6.13
7.13
1
12.36
16.78
4.42
Eloane Pereira 2.98
3.25
0.27
12.18
15.42
3.24
Evandro Resende 9.2
6.77
-2.43
10.19
13.62
3.43
Geisa Dias 9.02
6.39
-2.63
14.19
14.66
0.47
Gilson Ocieli 9.38
6.04
-3.34
13.35
15.24
1.89
Igor Russeff 4.98
5.68
0.7
13.07
16.6
3.53
Izabela Siqueira 10.28
5.5
-4.78
13.62
15.79
2.17
Janaina Moraes 6.67
5.41
-1.26
13.98
14.79
0.81
Jefferson Terenciano 5.68
6.67
0.99
13.08
14.97
1.89
Jessica Silva 6.77
2.8
-3.97
16.15
14.79
-1.36
Jonas Ferreira 6.67
6.04
-0.63
12.9
15.06
2.16
Jonatas Rodrigues 8.48
6.58
-1.9
12.54
14.34
1.8
Jorge Neves 7.4
7.94
0.54
12.72
15.06
2.34
Kellen Silva 4.87
4.06
-0.81
13.08
13.35
0.27
Leandro Carvalho 6.95
5.77
-1.18
11.09
13.53
2.44
Leandro Figueiredo 9.2
6.86
-2.34
13.62
16.69
3.07
Leticia Bodo 7.85
6.13
-1.72
13.17
14.52
1.35
Lucimeire Maciel 9.56
6.22
-3.34
12.63
15.6
2.97
Luiz Moreira 6.04
3.88
-2.16
11.18
12.81
1.63
Marcelo Melo 8.12
8.21
0.09
12.18
16.96
4.78
Marcus Faqueti 5.05
5.32
0.27
13.08
17.23
4.15
Rafael Maciel 9.83
7.67
-2.16
13.08
13.98
0.9
Raphael Tripodi 9.56
10.55
0.99
11.73
16.51
4.78
Robson Brosler 7.04
3.16
-3.88
11.91
11.09
-0.82
Rubens Barros Jr 6.95
4.89
-2.06
11.28
16.64
5.36
Thalita Alves 10.19
7.4
-2.79
12.72
14.25
1.53
Thiago Sacchi 9.02
5.41
-3.61
9.92
8.12
-1.8
Valeria Garcia 4.78
5.05
0.27
12.54
15.42
2.88
Wesley Grego 7.31
3.61
-3.7
12.99
13.35
0.36
Apêndices 134
NOME DO PACIENTE
ÂNGULO
NASOLABIAL
T1 (º)
ÂNGULO
NASOLABIAL
T2 (º)
ÂNGULO
NASOLABIAL
T2-T1 (º)
Ls-
SnPog'
T1 (mm)
Ls-SnPog'
T2(mm)
Ls-SnPog'
T2-T1 (mm)
Ana Bonifacio 96.06
98.05
1.99
5.32
3.16
-2.16
Bruno Taveira 102.02
111.58
9.56
7.85
7.13
-0.72
Cinthia Ferreira 100.2
99.94
-0.26
5.55
4.42
-1.13
Cinthia Manuel 103.19
107.16
3.97
4.24
2.98
-1.26
Cintia da Silva 105.71
111.3
5.59
2.07
1.32
-0.75
Eliane Boschetti 86.14
86.86
0.72
4.96
5.68
0.72
Eloane Pereira 113.38
102.56
-10.82
2.35
2.53
0.18
Evandro Resende 94.17
96.78
2.61
6.77
4.96
-1.81
Geisa Dias 102.93
103.96
1.03
7.43
5.08
-2.35
Gilson Ocieli 92.27
97.87
5.6
5.95
3.97
-1.98
Igor Russeff 111.11
101.29
-9.82
3.76
4.15
0.39
Izabela Siqueira 99.31
104.54
5.23
7.22
3.88
-3.34
Janaina Moraes 89.48
87.13
-2.35
5.14
4.24
-0.9
Jefferson Terenciano 97.96
95.43
-2.53
4.51
5.14
0.63
Jessica Silva 99.67
113.92
14.25
5.41
2.07
-3.34
Jonas Ferreira 97.06
95.7
-1.36
5.23
4.87
-0.36
Jonatas Rodrigues 99.76
96.51
-3.25
6.4
4.96
-1.44
Jorge Neves 97.69
96.69
-1
5.86
6.13
0.27
Kellen Silva 107.43
107.52
0.09
3.43
3.07
-0.36
Leandro Carvalho 99.22
101.11
1.89
5.41
4.24
-1.17
Leandro Figueiredo 95.07
93.45
-1.62
7.49
5.5
-1.99
Leticia Bodo 88.49
89.39
0.9
6.13
4.69
-1.44
Lucimeire Maciel 98.23
113.56
15.33
7.58
4.51
-3.07
Luiz Moreira 96.69
94.89
-1.8
4.24
2.98
-1.26
Marcelo Melo 92.82
91.55
-1.27
6.22
5.95
-0.27
Marcus Faqueti 101.84
98.23
-3.61
4.15
4.24
0.09
Rafael Maciel 92.91
100.12
7.21
7.76
5.32
-2.44
Raphael Tripodi 83.8
82.17
-1.63
7.4
8.39
0.99
Robson Brosler 106.08
105.99
-0.09
5.23
2.35
-2.88
Rubens Barros Jr 92.82
103.12
10.3
5.5
3.76
-1.74
Thalita Alves 87.49
102.92
15.43
7.4
5.59
-1.81
Thiago Sacchi 90.11
96.24
6.13
7.13
3.97
-3.16
Valeria Garcia 105.71
98.14
-7.57
3.43
3.79
0.36
Wesley Grego 90.65
102.2
11.55
5.95
2.8
-3.15
Apêndices 135
NOME DO PACIENTE
Li-SnPog'
T1 (mm)
Li-SnPog'
T2 (mm)
Li-SnPog'
T2-T1 (mm)
Ls -E-Plane
T1 (mm)
Ls -E-Plane
T2 (mm)
Ls -E-Plane
T2-T1 (mm)
Ana Bonifacio -0.36
1.44
1.8
0
-3.7
-3.7
Bruno Taveira 3.34
3.79
0.45
3.16
1.89
-1.27
Cinthia Ferreira 5.36
5.41
0.05
-1.41
-2.98
-1.57
Cinthia Manuel 2.16
3.07
0.91
0.09
-2.35
-2.44
Cintia da Silva 0.18
0.66
0.48
-5.32
-7.14
-1.82
Eliane Boschetti 3.34
4.06
0.72
-1.98
-2.53
-0.55
Eloane Pereira 2.53
0.99
-1.54
-3.34
-4.6
-1.26
Evandro Resende 5.95
2.53
-3.42
0.63
-1.89
-2.52
Geisa Dias 3.85
4.23
0.38
1.41
-1.03
-2.44
Gilson Ocieli 3.43
2.53
-0.9
-1.71
-4.24
-2.53
Igor Russeff 0.85
1.44
0.59
-2.26
-2.89
-0.63
Izabela Siqueira 2.26
1.71
-0.55
2.07
-2.53
-4.6
Janaina Moraes 4.87
2.8
-2.07
-2.98
-5.5
-2.52
Jefferson Terenciano 4.51
6.86
2.35
-0.09
-1.98
-1.89
Jessica Silva 4.42
4.24
-0.18
-0.72
-4.15
-3.43
Jonas Ferreira 3.61
3.88
0.27
-1.26
-3.43
-2.17
Jonatas Rodrigues 4.42
2.71
-1.71
2.26
-0.9
-3.16
Jorge Neves 5.68
5.32
-0.36
1.26
-0.54
-1.8
Kellen Silva 3.79
1.71
-2.08
-2.16
-3.88
-1.72
Leandro Carvalho 5.77
4.69
-1.08
-0.72
-2.62
-1.9
Leandro Figueiredo 7.31
5.14
-2.17
2.44
-1.62
-4.06
Leticia Bodo 5.41
4.78
-0.63
-0.99
-2.71
-1.72
Lucimeire Maciel 3.97
3.25
-0.72
4.24
1.17
-3.07
Luiz Moreira 2.71
2.26
-0.45
-3.16
-6.31
-3.15
Marcelo Melo 4.87
2.62
-2.25
-0.36
-1.17
-0.81
Marcus Faqueti 2.07
4.15
2.08
-1.98
-2.89
-0.91
Rafael Maciel 5.5
6.04
0.54
3.34
0.18
-3.16
Raphael Tripodi 3.16
7.22
4.06
1.26
1.35
0.09
Robson Brosler 5.05
3.88
-1.17
-1.71
-4.78
-3.07
Rubens Barros Jr 2.71
2.35
-0.36
-0.36
-3.76
-3.4
Thalita Alves 6.86
7.04
0.18
0.54
-0.36
-0.9
Thiago Sacchi 3.34
4.51
1.17
1.62
-2.26
-3.88
Valeria Garcia 1.35
0.18
-1.17
-3.52
-5.05
-1.53
Wesley Grego 5.14
5.5
0.36
-0.81
-4.78
-3.97
Apêndices 136
NOME DO PACIENTE
Li -E-
Plane
T1 (mm)
Li -E-
Plane
T2 (mm)
Li -E-
Plane T2-
T1 (mm)
RELAÇÃO
MOLAR
T1 (mm)
RELAÇÃO
MOLAR
T2 (mm)
RELAÇÃO
MOLAR
T2-T1 (mm)
Ana Bonifacio -3.43
-2.62
0.81
4,33
4,78
0,45
Bruno Taveira 0.81
1.17
0.36
4,42
4,96
0,54
Cinthia Ferreira 2.44
1.89
-0.55
4,89
4,33
-0,56
Cinthia Manuel 0.45
0.18
-0.27
3,70
4,96
1,26
Cintia da Silva -4.33
-4.14
0.19
4,42
3,76
-0,66
Eliane Boschetti -0.99
-0.81
0.18
1,35
2,98
1,62
Eloane Pereira -0.36
-2.98
-2.62
-0,09
4,42
4,51
Evandro Resende 2.71
-0.99
-3.7
1,89
4,51
2,62
Geisa Dias 1.22
1.13
-0.09
3,57
4,04
0,47
Gilson Ocieli -0.54
-2.16
-1.62
0,63
4,06
3,43
Igor Russeff -2.07
-1.89
0.18
3,52
3,70
0,18
Izabela Siqueira -0.54
-2.16
-1.62
0,81
3,34
2,53
Janaina Moraes 0.9
-2.26
-3.16
1,71
4,06
2,35
Jefferson Terenciano 1.89
2.89
1
4,24
4,87
0,63
Jessica Silva 1.17
0.63
-0.54
3,97
4,69
0,72
Jonas Ferreira 0.54
-0.36
-0.9
1,80
3,79
1,98
Jonatas Rodrigues 2.53
-0.45
-2.98
3,16
3,61
0,45
Jorge Neves 3.61
1.89
-1.72
2,16
4,87
2,71
Kellen Silva 1.08
-2.53
-3.61
3,07
5,41
2,35
Leandro Carvalho 2.35
1.08
-1.27
2,89
4,78
1,89
Leandro Figueiredo 5.14
1.71
-3.43
3,97
5,59
1,62
Leticia Bodo 1.26
0.36
-0.9
2,35
5,41
3,07
Lucimeire Maciel 2.53
1.35
-1.18
3,79
6,13
2,35
Luiz Moreira -1.89
-2.26
-0.37
2,71
3,52
0,81
Marcelo Melo 1.35
-1.08
-2.43
4,06
4,78
0,72
Marcus Faqueti -0.72
1.35
2.07
3,79
4,60
0,81
Rafael Maciel 3.61
2.98
-0.63
1,53
4,24
2,71
Raphael Tripodi 0.36
3.88
3.52
2,53
4,87
2,35
Robson Brosler 1.26
0.09
-1.17
3,88
4,89
1,01
Rubens Barros Jr -0.45
-1.41
-0.96
0,00
4,51
4,51
Thalita Alves 3.43
4.15
0.72
2,80
4,51
1,71
Thiago Sacchi 0.72
1.26
0.54
2,98
2,53
-0,45
Valeria Garcia -2.44
-4.78
-2.34
4,06
6,31
2,26
Wesley Grego 2.62
2.35
-0.27
3,38
3,43
0,04
Apêndices 137
NOME DO PACIENTE
TRESPASSE
VERTICAL
T1 (mm)
TRESPASSE
VERTICAL
T2 (mm)
TRESPASSE
VERTICAL
T2-T1 (mm)
TRESPASSE
HORIZONTAL
T1 (mm)
TRESPASSE
HORIZONTAL
T2 (mm)
TRESPASSE
HORIZONTAL
T2 - T1(mm)
Ana Bonifacio 5,50
2,26
-3,25
8,30
2,16
-6,13
Bruno Taveira -2,62
0,81
3,43
9,65
2,62
-7,04
Cinthia Ferreira 0,09
1,17
1,08
8,93
1,62
-7,31
Cinthia Manuel 0,90
-1,44
-2,35
6,13
1,35
-4,78
Cintia da Silva -0,54
-0,19
0,35
7,31
2,35
-4,96
Eliane Boschetti -1,08
0,54
1,62
6,95
2,89
-4,06
Eloane Pereira 5,14
2,62
-2,53
6,58
1,71
-4,87
Evandro Resende 5,05
1,26
-3,79
6,86
2,35
-4,51
Geisa Dias 2,07
1,60
-0,47
10,90
2,44
-8,46
Gilson Ocieli 4,42
1,53
-2,89
8,66
2,07
-6,58
Igor Russeff 5,05
3,34
-1,71
10,01
2,98
-7,04
Izabela Siqueira -2,44
0,00
2,44
5,95
1,17
-4,78
Janaina Moraes -0,36
2,07
2,44
5,32
2,07
-3,25
Jefferson Terenciano 6,49
2,07
-4,42
8,48
2,44
-6,04
Jessica Silva 2,35
1,80
-0,54
6,95
1,53
-5,41
Jonas Ferreira 5,68
3,43
-2,26
7,04
4,06
-2,98
Jonatas Rodrigues 4,69
2,62
-2,07
8,21
2,71
-5,50
Jorge Neves 4,51
1,98
-2,53
9,38
1,17
-8,21
Kellen Silva 4,15
1,44
-2,71
8,66
1,89
-6,77
Leandro Carvalho 4,06
3,16
-0,90
5,50
2,89
-2,62
Leandro Figueiredo 4,33
2,07
-2,26
5,86
2,62
-3,24
Leticia Bodo 6,67
1,98
-4,69
5,14
1,98
-3,16
Lucimeire Maciel 0,81
3,07
2,26
9,20
2,16
-7,04
Luiz Moreira -4,33
0,99
5,32
7,04
1,98
-5,05
Marcelo Melo 3,88
-0,18
-4,06
9,74
1,44
-8,30
Marcus Faqueti 1,44
1,62
0,18
7,31
1,71
-5,59
Rafael Maciel 3,34
1,89
-1,44
5,50
2,80
-2,71
Raphael Tripodi 8,39
3,70
-4,69
5,95
4,69
-1,26
Robson Brosler 0,99
1,88
0,89
9,65
1,88
-7,77
Rubens Barros Jr 3,70
1,98
-1,71
6,22
4,15
-2,07
Thalita Alves 4,60
2,71
-1,89
6,58
1,44
-5,14
Thiago Sacchi 2,89
2,53
-0,36
8,21
3,07
-5,14
Valeria Garcia 4,24
1,71
-2,53
9,83
2,98
-6,86
Wesley Grego 4,61
2,35
-2,26
7,43
1,44
-5,98
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