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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE
RESÍDUOS DE PESTICIDAS EM FRUTAS EXÓTICAS POR DISPERSÃO DA
MATRIZ EM FASE SÓLIDA E CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA
EFICIÊNCIA COM DETECTOR ESPECTROFOTOMÉTRICO DE ABSORÇÃO
NO UV-VIS COM ARRANJO DE DIODOS
Márcia Beatriz Reis Fróes
SÃO CRISTOVÃO/SE
2010
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DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE
RESÍDUOS DE PESTICIDAS EM FRUTAS EXÓTICAS POR DISPERSÃO DA
MATRIZ EM FASE SÓLIDA E CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA
EFICIÊNCIA COM DETECTOR ESPECTROFOTOMÉTRICO DE ABSORÇÃO
NO UV-VIS COM ARRANJO DE DIODOS
Márcia Beatriz Reis Fróes
ORIENTADOR: Prof. Dr. Sandro Navickiene
SÃO CRISTOVÃO/SE
2010
Dissertação apresentada ao
Núcleo de Pós-Graduação em Química
da Universidade Federal de Sergipe
como um dos pré-requisitos para
obtenção do título de Mestre em
Química.
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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
F926d
Fróes, Márcia Beatriz Reis
Desenvolvimento de todo para determinação de resíduos de
pesticidas em frutas exóticas por dispersão da matriz em fase
sólida cromatografia líquida de alta eficiência com detector
espectrofotométrico de absorção no UV-VIS com arranjo de diodos
/ Márcia Beatriz Reis Fróes. – São Cristóvão, 2010.
vii, 77 f. : il.
Dissertação (Mestrado em Química) Programa de Pós-
Graduação em Química, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e
Pesquisa, Universidade Federal de Sergipe, 2010.
Orientador: Prof. Dr. Sandro Navickiene
1. Pesticidas. 2. Açaí. 3. Cupuaçu. 4. Análise química. I.
Título.
CDU 543.393/.42
Quem tem consciência para ter coragem
quem tem a força de saber que existe
e no centro da própria engrenagem
inventa a contramola que resiste,
quem não vacila mesmo derrotado
quem já perdido nunca desespera
e envolto em tempestade, decepado
entre os dentes segura a primavera.
João Ricardo-João Apolinário
Às razões da minha vida:
meus filhos Ana Beatriz e Tarcisio José,
meus pais Maria Terezinha e José Reis,
meu esposo Wesley,
DEDICO.
AGRADECIMENTOS
Como descreve o dicionário: 1. Ato ou efeito de agradecer. 2. Gratidão,
reconhecimento. Aí, vai a tentativa de fazer uma análise de traços:
Meu muito obrigada...
... à Deus, Pai celestial, pela constante interseção nessa caminhada.
... ao Professor Dr. Sandro Navickiene pela dedicação, orientação e paciência,
um exemplo de responsabilidade e compromisso.
... ao Prof. Dr. Walkmário de Paula Lemos , pesquisador A da Embrapa
Amazônia Oriental, pelo auxílio no conhecimento da cultura de açaí e pelo envio
de material.
... ao M. Sc. Adauto Maurício Tavares,pesquisador da Embrapa Amazônia
Ocidental, pelas informações sobre pragas da cultura de cupuaçu.
... a Engª M. Sc. Maria das Graças Parada, pesquisadora da Ceplac na Bahia,
pelas informações e disposição.
... ao colega Pedro Henrique pelos primeiros passos no conhecimento da técnica
de MSPD.
... ao colega Adalberto Menezes por despertar a necessidade de se observar os
mínimos detalhes do equipamento em HPLC.
... ao amigo Fabrício pela ajuda e incentivo na busca por resultados.
... ao amigo Marcell pelas conversas sobre validação e sua planilha, Deus está
contigo sempre.
... aos colegas do METABIO, em especial a Danielle, Alan Diego e Emmanuel
pelas dicas na utilização de equipamentos.
... aos amigos do LEMOM Juliana, Valéria, Tássia, André e Bruno pela
disposição e momentos de relaxamento.
...aos professores do Departamento de Química Nivan Bezerra, Paulo César,
Valéria, Carlos Alexandre, Reinaldo Cestari, Luciane Pimenta, José do
Patrocínio, Alberto Wisniewski, Maria De Lara e Elisângela Passos.
... ao Prof. Haroldo Dórea pelo incentivo e amizade.
... aos professores Ilza Dalmázio e Marcelo Rosa pelo auxílio na qualificação.
... aos colegas do LCP Michel, Samia, Gisele, Daniela, Danielle, Alain, Sergio,
Alex, Ricardo, Débora, Rui.
... aos amigos Rogério, Claudia e Amanda pelo companheirismo, incentivo, sem
vocês esse mestrado não teria sido o mesmo.
... a amiga Vanessa pela ajuda nos gráficos e desenhos.
... ao amigo Elissandro pela constante prontidão.
... aos meus filhos Ana Beatriz e Tarcisio José, vocês são tudo pra mim, amo
demais.
... aos meus pais Maria Terezinha e José Reis pelo amor incondicional, amo
muito vocês.
... a minha irmã Magda Tereza, sei que onde estás olha sempre por mim. (in
memorian).
... ao meu esposo Wesley pelas noites de luz acessa, ausências compreendidas,
você é muito especial.
... a minha sogra Edileuza.
... a Cicera pelos cuidados com meus filhos e minha casa.
... à minha família, em especial minha prima Cristiane, juntas nessa caminhada.
... aos colegas de turma de mestrado, em especial Luciano, Isaias, Sandra,
Marcos.
... aos funcionários da COOPERTALSE pela contribuição em minhas idas e
vindas (Estância-Aracaju), em especial Juarez, Henrique, Hélio e Flau.
...aos meus (ex) alunos e colegas de trabalho do colégio Estadual Arabela
Ribeiro, da Escola Madre Tabernacúlo (hoje, Dom Coutinho) e João Nascimento
Filho pelo apoio.
... a Secretária Municipal de Educação de Estância e Secretária Estadual de
Educação de Sergipe pela licença para estudos concedida neste período.
... Universidade Federal de Sergipe pelo ensino gratuito e de qualidade.
... a CNPq pelo auxílio financeiro.
... a todos que de alguma forma ajudaram a realização deste projeto.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................. i
LISTA DE TABELAS ............................................................................................ iv
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS ............................................................. v
ABSTRACT ......................................................................................................... viii
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 1
2. OBJETIVOS ...................................................................................................... 4
2.1 – Objetivo Geral .............................................................................................. 4
2.2 – Objetivos Específicos ................................................................................... 4
3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 5
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 6
4.1 - Pesticidas ..................................................................................................... 6
4.2 – Frutas exóticas ........................................................................................... 12
4.2.1 – Açaí ......................................................................................................... 12
4.2.1.1 – Pragas do açaizeiro ............................................................................. 13
4.2.2 – Cupuaçu.................................................................................................. 14
4.2.2.1 – Pragas do cupuaçuzeiro ...................................................................... 15
4.3 – Dispersão da matriz em fase sólida ........................................................... 16
4.4 – Cromatografia líquida de alta eficiência ..................................................... 21
4.5 - Validação do método analítico .................................................................... 23
4.5.1 - Linearidade .............................................................................................. 23
4.5.2 - Seletividade ............................................................................................. 24
4.5.3 - Precisão ................................................................................................... 25
4.5.4 - Exatidão ................................................................................................... 25
4.5.5 - Limite de detecção (LD) ........................................................................... 26
4.5.6 - Limite de quantificação (LQ) .................................................................... 26
5. EXPERIMENTAL ............................................................................................ 28
5.1 – Materiais .................................................................................................... 28
5.2 – Reagentes e adsorventes .......................................................................... 28
5.3 – Padrões e soluções de pesticidas .............................................................. 28
5.4 – Equipamentos ............................................................................................ 29
5.5 – Preparação da amostra de fruta ................................................................ 32
5.5.1 – Preparação da amostra de açaí .............................................................. 32
5.5.1.1 - Fruto ..................................................................................................... 32
5.5.1.2 - Polpa de açaí ........................................................................................ 33
5.5.1.3 - Polpa de açaí liofilizada ........................................................................ 33
5.5.2 – Preparação da amostra de cupuaçu ....................................................... 33
5.5.2.1 - Fruto ..................................................................................................... 34
5.6 – Condições cromatográficas de análise ...................................................... 35
5.7 – Métodos de extração ................................................................................. 35
5.7.1 – Método de extração de pesticidas de açaí e cupuaçu por MSPD ........... 35
5.8 - Limpeza da vidraria .................................................................................... 37
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 38
6.1 - Seleção dos pesticidas para o estudo ........................................................ 38
6.2 – Otimização das condições cromatográficas ............................................... 38
6.3 – Ensaios para otimização da extração por MSPD ....................................... 42
6.3.1 Ensaios para otimização da extração de pesticidas da matriz açaí por
MSPD ................................................................................................................. 43
6.3.2 Ensaios para otimização da extração de pesticidas da matriz cupuaçu
por MSPD ........................................................................................................... 51
6.4 - Validação do método analítico .................................................................... 53
6.4.1 - Linearidade .............................................................................................. 53
6.4.2 - Seletividade ............................................................................................. 66
6.4.4 - Exatidão ................................................................................................... 68
6.3.5 - Limite de Detecção .................................................................................. 69
6.4.6 - Limite de quantificação ............................................................................ 70
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 71
8. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 72
i
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Estrutura química dos pesticidas selecionados para estudo. ....................................... 11
Figura 2: Açaizeiro (NOGUEIRA et al., 2006) ............................................................................ 12
Figura 3: Cupuaçuzeiro (EMBRAPA, 2009) ............................................................................... 15
Figura 4: Esquema da dispersão da matriz em fase sólida, adaptado de BARKER, 2007
(BEZERRA, 2009). .................................................................................................................... 17
Figura 5: Esquema básico do equipamento HPLC, adaptado de CASS et al., 2001. .................. 21
Figura 6: Balança analítica (Sartorius TE214S).......................................................................... 29
Figura 7: Liofilizador L101 da marca LIOTOP. ........................................................................... 30
Figura 8: Sistema para SPE Vacuum Manifold (Varian, Walnut Creck, CA, EUA). ...................... 30
Figura 9: Evaporador rotatório (Fisatom 802D). ......................................................................... 30
Figura 10: Lavadora ultra-sonica (Unique). ................................................................................ 31
Figura 11: Cromatógrafo líquido de alta eficiência com detector espectrofotométrico com
arranjo de fotodiodos Shimadzu (Quioto, Japão) modelo Prominence........................................ 31
Figura 12: Sistema de ultrapurificação de água Milli-Q. ............................................................. 31
Figura 13: Preparação da amostra do fruto açaí. ....................................................................... 32
Figura 14: Procedimento manual para separação da polpa e casca das sementes de açaí. ....... 33
Figura 15: Amostra de cupuaçu da região da Bahia. .................................................................. 34
Figura 16: Etapas da preparação da amostra de cupuaçu. ........................................................ 34
Figura 17: Fluxograma do método de extração de pesticidas de açaí e cupuaçu por MSPD. ..... 36
Figura 18: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão dos pesticidas em
solvente acetonitrila (8 µg mL
-1
) nas condições otimizadas, sendo: 1) bromuconazol; 2)
fenbuconazol; 3) parationa-metílica; 4) cresoxim-metílico e 5) teflubenzuron. Para
condições cromatográficas de análise, ver item 5.6. .................................................................. 39
Figura 19: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão de bromuconazol
em solvente acetonitrila (8 µg mL
-1
) com seu espectro de UV. ................................................... 40
Figura 20: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão de fenbuconazol
em solvente acetonitrila (8µg mL
-1
) com seu espectro de UV. .................................................... 40
Figura 21: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão de parationa-
metílica em solvente acetonitrila (8 µg mL
-1
) com seu espectro de UV. ...................................... 41
Figura 22: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão de cresoxim-
metílico em solvente acetonitrila (8 µg mL
-1
) com seu espectro de UV. ...................................... 41
Figura 23: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão de teflubenzuron
em solvente acetonitrila (8 µg mL
-1
) com seu espectro de UV. ................................................... 42
ii
Figura 24: Eficiência na recuperação (%) dos pesticidas de acaí utilizando alumina neutra
como suporte sólido, variando o uso de MgSO
4
na homogeneização amostra:suporte
sólido e adsorvente auxiliar na coluna e eluição com 20 mL de acetato de etila. ........................ 44
Figura 25: Eficiência na recuperação (%) dos pesticidas de acaí utilizando Florisil como
suporte sólido, variando o uso de MgSO
4
na homogeneização amostra:suporte sólido e
adsorvente auxiliar na coluna e eluição com 20 mL de acetato de etila. ..................................... 44
Figura 26: Eficiência na recuperação (%) dos pesticidas de açaí, utilizando alumina neutra
como suporte sólido, variando a utilização de adsorvente auxiliar e eluição com 20 mL de
acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v. ................................................................ 45
Figura 27: Eficiência na recuperação (%) dos pesticidas de açaí utilizando alumina neutra
como suporte sólido, variando a utilização de adsorvente auxiliar e eluição com 20 mL de
acetato de etila:ciclohexano na proporção 1:1, v/v. .................................................................... 46
Figura 28: Eficiência na recuperação (%) dos pesticidas de açaí, utilizando alumina neutra
como suporte sólido, variando o uso ou não de carvão ativado e o tipo de solvente de
eluição. ..................................................................................................................................... 47
Figura 29: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da amostra controle do fruto de açaí.
Para as condições otimizadas, ver itens 5.6 e 5.7.1. .................................................................. 48
Figura 30: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da amostra controle da polpa
comercial de açaí. Para condições otimizadas, ver itens 5.6 e 5.7.1. ......................................... 48
Figura 31: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da polpa comercial de açaí liofilizada.
Para condições otimizadas, ver itens 5.6 e 5.7.1. ...................................................................... 48
Figura 32: Eficiência na recuperação (%) dos pesticidas de açaí, utilizando a alumina
neutra como suporte sólido na proporção 1:3 (m/m), amostra:suporte sólido e eluição com
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v. ................................................. 49
Figura 33: Eficiência na recuperação (%) dos pesticidas de açaí, utilizando a alumina
neutra como suporte sólido na proporção 1:3 (m/m), amostra:suporte sólido e eluição com
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção 1:1, v/v. .................................................... 50
Figura 34: Eficiência na recuperação (%) dos pesticidas de cupuaçu, utilizando alumina
neutra como suporte sólido, variando o uso de MgSO
4
na homogeneização
amostra:suporte sólido e adsorvente auxiliar na coluna e eluição com 20 mL de acetato de
etila. .......................................................................................................................................... 51
Figura 35: Eficiência na recuperação (%) dos pesticidas de cupuaçu, utilizando sílica como
suporte sólido, variando o uso de MgSO
4
na homogeneização amostra:suporte sólido e
adsorvente auxiliar na coluna e eluição com 20 mL de acetato de etila. ..................................... 52
Figura 36: Eficiência na recuperação (%) dos pesticidas de cupuaçu utilizando a alumina
neutra como suporte sólido na proporção 1:3 (m/m), amostra:suporte sólido, com o uso ou
não de carvão ativado. .............................................................................................................. 53
iii
Figura 37: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analizados por HPLC-
UV/DAD: (a) bromuconazol e (b) fenbuconazol. ........................................................................ 55
Figura 38: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analisados por HPLC-
UV/DAD: (a) parationa-metílica e (b) cresoxim-metílico. ............................................................ 56
Figura 39: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analisados por HPLC-
UV/DAD: (a) teflubenzuron. ....................................................................................................... 57
Figura 40: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato
da matriz açaí e analisados por HPLC-UV/DAD: (a) bromuconazol. ........................................... 57
Figura 41: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato
da matriz açaí e analisados por HPLC-UV/DAD: (a) fenbuconazol e (b) parationa-metílica. ....... 58
Figura 42: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato
da matriz açaí e analisados por HPLC-UV-DAD: (d) cresoxim-metílico e (e) teflubenzuron. ....... 59
Figura 43: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analisados por HPLC-
UV/DAD: (a) bromuconazol e (b) fenbuconazol. ........................................................................ 61
Figura 44: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analisados por HPLC-
UV/DAD: (a) parationa-metílica e (b) cresoxim-metílico. ............................................................ 62
Figura 45: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analisados por HPLC-
UV/DAD: (a) teflubenzuron. ....................................................................................................... 63
Figura 46: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato
da matriz cupuaçu: (a) bromuconazol. ....................................................................................... 63
Figura 47: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato
da matriz cupuaçu: (a) fenbuconazol e (b) parationa-metílica. ................................................... 64
Figura 48: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato
da matriz cupuaçu: (a) cresoxim-metílico e (b) teflubenzuron. .................................................... 65
Figura 49: Cromatogramas por obtidos no HPLC-UV/DAD da amostra testemunha de aç
(a), da solução padrão dos pesticidas 2 µg mL
-1
no extrato da matriz (b), do processo de
extração no nível de fortificação de 2 µg mL
-1
(c), sendo: 1) bromuconazol, 2)
fenbuconazol, 3) parationa-metílica, 4) cresoxim-metílico, 5) teflubenzuron e I)
interferentes da matriz. Para condições cromatográficas ver item 5.6. ....................................... 66
Figura 50: Cromatogramas obtidos por HPLC-UV/DAD da amostra testemunha de
cupuaçu(a), da solução padrão dos pesticidas 2 µg mL
-1
no extrato da matriz cupuaçu (b),
do processo de extração no nível de fortificação de 2 µg mL
-1
(c), sendo: 1)
bromuconazol, 2) fenbuconazol, 3) parationa-metílica, 4) cresoxim-metílico, 5)
teflubenzuron e I) interferentes da matriz de cupuaçu. Para condições cromatográficas ver
item 5.6. .................................................................................................................................... 67
iv
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Características dos pesticidas selecionados para estudo. ............................................ 9
Tabela 2: Características físicas dos pesticidas selecionados para estudo. ............................... 10
Tabela 3: Solubilidade dos pesticidas estudados. ...................................................................... 10
Tabela 4: Principais pragas do açaizeiro e as indicações de métodos de controle. .................... 14
Tabela 5: Principais pragas do cupuaçuzeiro e as recomendações de controle. ........................ 15
Tabela 6: Utilização de MSPD para a extração de resíduos de pesticidas de
frutas/verduras (vegetais). ......................................................................................................... 19
Tabela 7: Comprimento de onda mínimo dos solventes mais utilizados nesse trabalho. ............ 23
Tabela 8: Programação do gradiente binário de eluição em HPLC-UV/DAD. ............................. 35
Tabela 9: Tempos de retenção dos pesticidas estudados nas condições cromatográficas
otimizadas. ................................................................................................................................ 39
Tabela 10: Valores dos coeficientes de correlação e equação da reta para os pesticidas
em solvente acetonitrila e analisados por HPLC-UV/DAD. ......................................................... 54
Tabela 11: Valores dos coeficientes de correlação e equação da reta para os pesticidas
preparados no extrato da matriz açaí e analisados por HPLC-UV/DAD. ..................................... 54
Tabela 12: Valores dos coeficientes de correlação e equação da reta para os pesticidas
em solvente acetonitrila e analisados por HPLC-UV/DAD. ......................................................... 60
Tabela 13: Valores dos coeficientes de correlação e equação da reta para os pesticidas
preparados no extrato da matriz cupuaçu e analisados por HPLC-UV/DAD. .............................. 60
Tabela 14: Valores de recuperação média e coeficiente de variação dos pesticidas em
matriz açaí por MSPD e HPLC-UV/DAD. ................................................................................... 69
Tabela 15: Limite de detecção dos pesticidas utilizando MSPD e HPLC-UV/DAD para a
matriz açaí. ............................................................................................................................... 69
Tabela 16: Limite de quantificação dos pesticidas utilizando MSPD e HPLC-UV/DAD para
a matriz açaí. ............................................................................................................................ 70
v
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS
ACN - acetonitrila
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
C
8
- fase sólida à base de sílica modificada com grupos octil
C
18
- fase sólida à base de sílica modificada com grupos octildecil
CV - coeficiente de variação
DCM - diclorometano
DL
50
- Dose Letal para 50% da População
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FAO – Organização das Nações Unidas de Agricultura e Alimentos
GC - Cromatografia à gás (Gas chromatography)
GC-MS Cromatografia à gás acoplada à espectrometria de massa (Gas
chromatography coupled to mass apectrometry).
GC-ECD Cromatografia à gás com detector por captura de elétrons (Gas
chromatography with electron capture detector).
HA - Hidrocarbonetos aromáticos
HPLC - Cromatografia líquida de alta eficiência (High performance liquid
chromatography)
HPLC-UV/DAD - Cromatografia quida de alta eficiência com detector
espectrofotométrico de absorção no ultravioleta/visível com arranjo de fotodiodos
(High performance liquid chromatography with UV detection of absorption in the
ultraviolet/visible with a photodiode array).
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
LC-MS/MS Cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massa
seqüencial (Liquid chromatography-tandem mass spectrometry).
LD - limite de detecção
LQ - limite de quantificação
MSPD – Dispersão da matriz em fase sólida (Matrix Solid-Phase Dispersion).
PCNB - pentacloronitrobenzeno
vi
r - coeficiente de correlação
RSD - desvio padrão relativo
UV-Vis – Ultravioleta visível.
vii
RESUMO
As frutas constituem uma excelente fonte de alimentação, proporcionando
importantes benefícios à saúde. O consumo de frutas com novos sabores e
características nutricionais elevadas, chamadas de superfrutas, tem sido uma
tendência mundial, entre elas se encontram o açaí e o cupuaçu. A presença de
resíduos de pesticidas em alimentos constitui um risco a saúde da população,
sendo importante o estudo de métodos analíticos para a determinação de seus
resíduos. A literatura não registra método para a determinação de pesticidas em
açaí e cupuaçu. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo o
desenvolvimento de um método baseado na MSPD e HPLC-UV/DAD para a
determinação dos pesticidas bromuconazol, fenbuconazol, parationa-metílica,
cresoxim-metílico e teflubenzuron em frutas exóticas, açaí e cupuaçu. O método
de extração por dispersão da matriz em fase sólida foi desenvolvido, testando-se
diferentes tipos e quantidades de suporte sólido (alumina neutra, Florisil, sílica e
C
18
) e os solventes orgânicos (15 a 30 mL) acetato de etila, diclorometano,
ciclohexano e acetonitrila. Os melhores resultados para os pesticidas
bromuconazol, fenbuconazol, parationa-metílica e cresoxim-metílico em análise
por HPLC-UV/DAD foram obtidas na utilização da proporção 1:3 (m/m)
amostra:suporte sólido do solvente alumina neutra, sem etapa de limpeza
(clean-up), e eluição com 20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção
1:1, v/v. Para a matriz açaí, valores de recuperação entre 57-119 % e valores de
coeficientes de variação na faixa de 1,4-20 % para os níveis de concentração 1,
2 e 6 µg mL
-1
, com limites de detecção e quantificação do método entre 0,1- 0,9
µg g
-1
e 0,4 -2,1 µg g
-1
, respectivamente. Para a matriz cupuaçu, valores de
recuperação entre 57 - 69 %,ao nível de concentração de 2 µg g
-1
.
Palavras chave: frutas; açaí; cupuaçu; pesticidas; MSPD; HPLC-UV/DAD.
viii
ABSTRACT
The fruits are an excellent source of nutrition, providing significant health
benefits. The consumption of fruits with new flavors and high nutritional
characteristics, called superfruits has been a worldwide trend, among them are
assai and cupuassu. The presence of pesticide residues in food is a risk to the
population's health. For this reagor, it is important to develop analytical methods
for pesticide residues determination. The literature does not describe method for
determination of pesticides in assai and cupuassu. In this context, this work aims
to develop a new method based on MSPD and HPLC-UV/DAD determination of
bromuconazole, fenbuconazole, parathion methyl, kresoxm-methyl and
teflubenzuron in exotic fruits, assai and cupuassu. The extraction method based
on matrix solid phase dispersion was developed and validated using different
types and amounts of sorbents (neutral alumina, Florisil, silica and C
18
) and
organic solvents (15-30 mL) ethyl acetate, dichloromethane, cyclohexane and
acetonitrile. The best results for bromuconazole, fenbuconazole, parathion-
methyl and kresoxim-methyl by HPLC-UV/DAD analysis were obtained using 1:3
(w / w) sample: the solid support (neutral alumina) ratio, without clean-up, and
eluted with 20 mL of ethyl acetate: cyclohexane 1:1, v / v ratio. For assai,
recovery values ranged from 57 to 119% with coefficients of variation values
ranging from 1.4 to 20% for concentration levels 1, 2 and 6 µg mL
-1
. Detection
and quantification limits ranged from 0.1 to 0.9 µg g
-1
and 0.4 to 2.1 µg g
-1
,
respectively. For cupuassu, recovery values were between 57-69%, the
concentration level of 2 µg g
-1
.
Keywords: fruits, assai, cupuassu, pesticides, MSPD, HPLC-UV/DAD
1
1. INTRODUÇÃO
As frutas constituem uma excelente fonte de alimentação, proporcionando
importantes benefícios à saúde (CARDOSO et al., 2004). Com isso, o consumo
de frutas com novos sabores e características nutricionais elevadas, que tragam
em sua composição compostos importantes para a saúde humana em curto,
médio e longo prazo vem crescendo, sendo uma tendência mundial. Essas
frutas estão sendo chamadas de superfrutas
1
( GIACOMETTI, 2007; MATTIASO,
2008).
O açaizeiro e o cupuaçuzeiro são originários da Região Amazônica, seus
frutos, o açaí e o cupuaçu, respectivamente, despontam como importantes
produtos agrícolas de exportação, com amplas perspectivas de mercado, dada
as suas características nutricionais (superfrutas) e o interesse de outros países
pelos produtos provenientes da região amazônica, deixando de serem obtidos
exclusivamente do extrativismo, passando a ser cultivados em grandes áreas
(QUEIROZ et al., 200; OLIVEIRA et al., 2002; OLIVEIRA et al., 2004(b)), e
expandido para outras regiões do país, como por exemplo, a produção de açaí
na região sul do estado da Bahia (PITA, 2008).
As culturas agrícolas estão sujeitas aos ataques de pragas como insetos,
ácaros e fungos, o que prejudica a comercialização destes produtos,
ocasionando perdas econômicas, sendo necessário efetuar processos
mitigadores, como a utilização de pesticidas para controlar a ão das pragas
1
Uma nova categoria de mercado criada para promover frutas comuns ou raras, com alto poder
antioxidante, que ajudam a combater os radicais livres trazendo benefícios a saúde, prevenindo
doenças. A palavra superfrutas, é na verdade, um conceito mercadológico no sentido de agrupar
características nutricionais aos seus derivados. A denominação surgiu dentro do conceito de
alimentos funcionais, já bastante conhecido, embora para frutas seja mais recente e ainda
desconhecido no Brasil. Internacionalmente, as superfrutas estão em evidência devido,
principalmente aos seus processados, entre eles, os sucos, que são oferecidos como receita de
saúde (MATTIASO, 2008).
2
(CARVALHO, 2009). Os açaizeiros são normalmente atacados por insetos,
enquanto os cupuaçuzeiros, por fungos (SOUZA, 2002; BENCHIMOL, 2004).
Existem diversas classes químicas de pesticidas, cuja escolha e uso
devem ser feitos segundo recomendações técnicas para o trazer prejuízos
maiores à cultura ou a seus consumidores. O acúmulo excessivo dos pesticidas
pode causar danos à saúde da população, contaminação do solo e dos
mananciais (BAIRD, 2002; BARBOSA, 2004; GRISOLIA, 2005).
Atualmente não existe pesticida registrado no Ministério da Agricultura
para uso nas culturas de açaí e cupuaçu
2
. O que existe é um conjunto de
recomendações de controle baseado em pesquisas realizadas principalmente
por pesquisadores da EMBRAPA em conjunto com instituições de ensino.
Quando essas recomendações não resolvem ou tem efeitos demorados, o
agricultor recorre ao uso de pesticidas indicados para aquela praga em outra
cultura (PORTES, 2008).
A literatura não registra método para determinação de pesticidas em açaí
e cupuaçu.
A técnica de dispersão da matriz em fase sólida tem encontrado
aplicações específicas em processos analíticos para preparação, extração e
fracionamento de amostras sólidas e semi-sólidas, sendo muito utilizada para a
determinação de resíduos de pesticidas e outros contaminantes em matrizes
ambientais e alimentares. A sua simplicidade de execução e flexibilidade têm
contribuído para que seja escolhida como procedimento de extração frente a
outras técnicas clássicas
3
para esses fins (BARKER, 2007; CAPRIOTTI et al.,
2010). Aliada a ela está a cromatografia líquida de alta eficiência que tem a
capacidade de realizar separações e análises quantitativas de uma grande
variedade de compostos presentes em diversos tipos de amostras, em escala de
2
O sistema brasileiro exige estudo de resíduos em cada cultura e não em grupos de culturas,
como recomenda a FAO. E um estudo de resíduo custa cerca de R$ 60 mil, para cada uma das
muitas pragas em uma cultura (OLIVEIRA, 2008).
3
Entre as técnicas clássicas temos a extração líquido-líquido (LLE) e extração em fase sólida
(SPE).
3
tempo de poucos minutos, com alta resolução, eficiência e detectabilidade
(COLLINS et al., 2006).
Diante deste contexto, o presente trabalho visa desenvolver um método
eficiente, rápido e de baixo custo para determinação de resíduos dos pesticidas
bromuconazol, cresoxim-metílico, fenbuconazol, parationa-metílica e
teflubenzuron em açaí e cupuaçu, utilizando as técnicas de dispersão da matriz
em fase sólida (MSPD) e cromatografia líquida de alta eficiência com detector de
UV-Vis com arranjo de diodos.
4
2. OBJETIVOS
2.1 – Objetivo Geral
Desenvolver um método analítico para determinar resíduos de pesticidas
em frutas exóticas, utilizando dispersão da matriz em fase sólida e cromatografia
líquida de alta eficiência com detector espectrofotométrico de absorção no UV-
Vis com arranjo de diodos.
2.2 – Objetivos Específicos
Selecionar pesticidas que estejam ligados direta ou indiretamente as
culturas de açaí e de cupuaçu.
Obter as condições cromatográficas ideais de análise dos pesticidas
selecionados por HPLC-UV/DAD.
Desenvolver um método para extrair os resíduos dos pesticidas
bromuconazol, cresoxim-metílico, fenbuconazol, parationa-metílica e
teflubenzuron, utilizando a técnica MSPD das matrizes de açaí e cupuaçu.
Validar o método desenvolvido por MSPD e HPLC-UV/DAD.
5
3. JUSTIFICATIVA
Com o uso de pesticidas nas culturas agrícolas e os problemas causados
por eles, faz-se necessário o monitoramento da quantidade destes produtos
nessas culturas, para avaliar a qualidade do produto que chega ao consumidor
(GRISOLIA 2005). Sendo assim torna-se necessário o desenvolvimento de
métodos analíticos capazes de determinar esses pesticidas de maneira simples,
confiável, econômica e com curto tempo de análise (ANVISA (b), 2009).
A dispersão da matriz em fase sólida tem sido utilizada frente a outras
técnicas de extração, como a extração líquido-líquido e a extração em fase
sólida, para a extração de multirresíduos de pesticidas em frutas e vegetais. Isso
se deve principalmente pelo fato de que em uma única etapa realiza-se a
homogeneização, extração e limpeza (clean-up) da amostra, reduzindo
significativamente a quantidade de amostra utilizada, o consumo de solventes
orgânicos, os riscos de formação de emulsões, além de ser aplicada a matrizes
sólidas e semi-sólidas (BARKER, 2000; SOLER & PICO, 2007).
A cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) tem se mostrado uma
importante técnica de análise para separação e identificação de grande
quantidade de compostos presentes em matrizes complexas, como o caso do
açaí e do cupuaçu, devido a seu alto poder de resolução, eficiência e
detectabilidade (COLLINS et al, 2006; WANG et al., 2007).
A partir de 2000 surgiu um maior interesse internacional pelo açaí e pelo
cupuaçu, de tal forma que essas frutas deixaram de ser culturas regionais,
agregando maior valor econômico e uma necessidade de expansão de áreas
cultivadas (QUEIROZ et al., 2001; NOGUEIRA et al., 2006; PITA, 2008).
As culturas de açaí e cupuaçu podem ser atacadas principalmente por
insetos e fungos, que podem inviabilizar sua comercialização, recorrendo ao uso
de pesticidas para o controle destas pragas (SOUZA, 2002; BENCHIMOL, 2004;
PORTES, 2008). Sendo necessário dispor de um método analítico simples,
rápido e eficiente para determinar resíduos de pesticidas nestas culturas.
6
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 - Pesticidas
O crescimento populacional intensificou a demanda por alimentos. As
áreas agricultáveis disputam espaço com a expansão das áreas urbanas e
industriais. Neste contexto a agricultura se desenvolve na busca por maior
produtividade agrícola por hectare, produzindo alimentos de boa qualidade e em
grandes proporções, chamada de agroindústria, para tanto grande parte das
culturas o tratadas com pesticidas para evitar a perda da colheita pela ação
das pragas (GRISOLIA, 2005; MENEZES FILHO et al., 2006).
Os pesticidas são agentes utilizados para controlar ou matar um
organismo indesejável, esses organismos indesejáveis podem ser insetos,
roedores, aves, plantas daninhas, fungos, bactérias, vírus. Os pesticidas podem
ser classificados de acordo com vários critérios (BAIRD, 2002).
Assim sendo, de acordo com o tipo de praga que eles combatem podem
ser classificados como inseticidas (controlam os insetos), fungicidas (agem
sobre os fungos), herbicidas (combatem as plantas invasoras), bactericidas
(controlam as bactérias), acaricidas (eliminam os ácaros), nematicidas (agem
sobre os nematóides do solo), moluscidas (combatem as lesmas) e raticidas
(agem sobre os ratos) (NOGUEIRA et al., 2006; CARVALHO, 2009).
Do ponto de vista da composição química, os pesticidas possuem uma
grande diversidade estrutural, mas muitos deles apresentam algumas
características em comum, sendo classificados dentro de um mesmo grupo. Os
grupos químicos dos pesticidas deste estudo são azol, benzoiluréia,
organofosforado e estrobilurina.
Os azóis compreendem os compostos fungicidas, alguns dos quais são
cancerígenos (PAN PESTICIDES DATABASE, 2009). Eles são inibidores da
7
biossíntese do ergosterol
4
, matando os fungos pela inibição da formação da
parede celular (BRENT, 1995).
A benzoiluréia é uma classe de compostos que atuam como herbicidas e
inseticidas (SOUZA E SILVA, 1996), com um grupo funcional da uréia
substituível por grupo benzoil (PAN PESTICIDES DATABASE, 2009), que atua
nos insetos por contato ou ingestão, inibindo a síntese da quitina, um dos
constituintes da parede celular, determinando a morte do fungo (BRENT, 1995).
Os organofosforados são compostos que atuam como inseticidas. A
maioria dos compostos desta classe são inibidores da colinesterase, que é
responsável pelo funcionamento do sistema nervoso, permitindo a transmissão
de impulsos nervosos. Os pesticidas desativam esta enzima, causando
neurotoxicidade (tremores, náuseas, fraqueza em doses baixas e paralisia e
morte em doses mais elevadas). Esse mecanismo é semelhante nos insetos e
em seres humanos (GRISOLIA, 2005).
As estrobilurinas são compostos químicos extraídos do fungo Strobilurus
tenacellus, que apresentam ação fungicida. Estes compostos agem inibindo a
cadeia respiratória ao nível do complexo III do fungo, impedindo a cadeia
bioquímica de transferência de elétrons na mitocôndria
5
(PARREIRA et al.,
2009).
Os pesticidas também podem ser classificados de acordo com sua
toxicologia (DL
50
), sendo agrupados em classes que variam de I a IV, sendo I
(extremamente tóxico), II (altamente tóxico), III (medianamente tóxico) e IV
(pouco tóxico), conforme dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA, 2009).
Quanto à forma de atuação eles podem ser sistêmicos ou não-sistêmicos
(CARVALHO, 2009). Os sistêmicos fixam-se na superfície da planta,
dispersando-se, subsequentemente, através de toda a planta, transportando-se
em quantidade letal para o inseto, sem prejudicar a planta. Os não-sistêmicos
4
Substância fundamental para a manutenção da integridade da membrana celular.
5
Organela celular responsável pelo processo respiratório.
8
necessitam atingir diretamente os organismos nocivos para serem eficazes,
portanto, tem ação de contato, penetração, ingestão e fumegante (BOLAND,
2005). Na Tabela 1 destacam-se algumas características dos pesticidas
estudados.
9
Tabela 1: Características dos pesticidas selecionados para estudo.
(BARCELÓ, 1997; ANVISA, 2009; TOMLIN, 1994; PESTICIDES, 2004)
Pesticida
Classe química
(fórmula)
Massa molar
(g mol
-1
)
Modo de ação Classe toxicológica
Forma de
atuação
Aplicação
Bromuconazol
triazol
(C
13
H
12
BrCl
2
N
3
O)
377,1 fungicida III- medianamente tóxico sistêmico foliar
Cresoxim-metílico
estrobilurina
(C
18
H
19
NO
4
)
313 fungicida III- medianamente tóxico ---- foliar
Fenbucobazol
azol
(C
9
H
11
Cl
2
FN
2
O
2
S
2
)
336,8 fungicida ---- sistêmico ---
Parationa-metílica
organofosforado
(C
8
H
10
NO
5
PS)
263
acaricida
inseticida
I - extremamente tóxico não-sistêmico foliar
Teflubenzuron
benzoiluréia
(C
14
H
6
Cl
2
F
4
N
2
O
2
)
381,1 inseticida IV - pouco tóxico não-sistêmico foliar
10
O comportamento de um pesticida pode ser estimado pela suas
características físico-químicas e pelos seus metabólitos ou produtos de
degradação formados (CARVALHO, 2009). Nas Tabelas 2 e 3 e na Figura 1
evidenciam-se algumas propriedades físico-químicas, solubilidade e estrutura
química dos pesticidas selecionados para o estudo.
Alguns dos valores de solubilidade dos pesticidas estudados não foram
encontrados nos solventes indicados, mas de forma geral, eles apresentam uma
moderada solubilidade nos solventes orgânicos mais comuns.
Tabela 2: Características físicas dos pesticidas selecionados para estudo
.
Pesticida
log k
ow
*
(20-25 °C)
Ponto de ebulição
C)
Tempo de meia vida
(t
1/2
), em dias
Bromuconazol 3,24 84 18
Cresoxim-metílico --- 97-102 --
Fenbuconazol 3,22 124-126 --
Parationa - metílica 3,0 154 15
Teflubenzuron 4,3 222,5 --
* Coeficiente de partição octanol:água
(TOMLIN, 1994; BARCELÓ, 1997; PESTICIDES, 2004; ANVISA, 2009)
Tabela 3: Solubilidade dos pesticidas estudados.
Pesticida
Água
(g L
-1
,
20-25 °C)
Diclorometano
(g L
-1
, 20 °C)
Ciclohexano
(g L
-1
, 20 °C)
Acetonitrila
(g L
-1
, 20 °C)
Metanol
(g L
-1
, 20 °C)
Bromuconazol 5.10
-2
solúvel solúvel solúvel solúvel
Cresoxim-
metílico
2.10
-3
--- --- solúvel solúvel
Fenbuconazol 2.10
-4
--- --- solúvel solúvel
Parationa-
metílica
1,1.10
-2
> 200 50-100 solúvel solúvel
Teflubenzuron 1,9.10
-5
1,8 20 solúvel solúvel
(TOMLIN, 1994; PESTICIDES, 2004)
Cresoxim-
metílico
Parationa-
metílica
Figura 1:
Estrutura química dos pesticidas selecionados para estudo
_____________
_______________________
1
1-[(2RS,4RS:2RS,4SR)-4-
bromo
2
methyl( E)-2-
methoxyimino[2
3
4-(4-chlorophenyl)-2-
phenyl
4
O,O-dimethyl O-4-
nitrophenyl phosphorothioate
5
dimethyl 2,2,2-trichloro-1-
hydroxyethylphosphonate
Bromuconazol
1
metílico
2
Fenbuconazol
metílica
4
Teflubenzuron
Estrutura química dos pesticidas selecionados para estudo
.
(
PESTICIDES, 2004
_______________________
_________________
bromo
-2-(2,4-dichlorophenyl) tetrahydrofurfuryl]-
1H
methoxyimino[2
-(o-tolyloxymethyl)phenyl]acetate
phenyl
-2-(1H-1,2,4-triazol-1-ylmethyl)butyronitrile
nitrophenyl phosphorothioate
hydroxyethylphosphonate
11
Fenbuconazol
3
Teflubenzuron
5
PESTICIDES, 2004
; ANVISA, 2009)
_________________
___________
1H
-1,2,4-triazole
12
4.2 – Frutas exóticas
4.2.1 – Açaí
Chama-se açaí o fruto da palmeira de nome açaizeiro (Euterpe oleracea
Mart) que ocorre de forma espontânea na Região Amazônica, de cuja polpa é
extraída um suco muito consumido pela população da região (QUEIROZ et al.,
2001; SOUZA, 2002). O açaí é um fruto de drupa globosa ou levemente
depressa, que apresenta resíduos florais aderidos de coloração violácea ou
verde, quando maduros (OLIVEIRA et al., 2002). Com o açaí são fabricados
sorvetes, licores, doces, néctares e geléias, podendo ser aproveitado, também,
para a extração de corantes e antocianina (QUEIROZ et al, 2001).
Figura 2: Açaizeiro (NOGUEIRA et al., 2006)
O interesse pela implementação da produção de frutos tem se dado pelo
fato do açaí, antes destinado totalmente ao consumo local (Região Amazônica),
ter conquistado novos mercados e se tornado em importante fonte de renda e de
emprego. A venda de polpa congelada, para outros estados brasileiros, vem
13
aumentando significativamente com taxas anuais superiores a 30 %, podendo
chegar a cerca de 12 mil toneladas. O açaí é considerado alimento de alto valor
calórico, com elevado percentual de lipídeos (48g/100g), e nutricional, pois é
ricos em proteínas e minerais (NOGUEIRA et al., 2006).
Em 2000, foi iniciada a exportação de polpa congelada de para os
Estados Unidos e para a Itália. Esse mercado externo vem crescendo nos
últimos. Em 2005, a região do estado do Pará produziu 416 mil toneladas de
polpa de aí, sendo 60 % para o mercado nacional, 30 % para o local e 10 %
para as exportações, devido a comercialização do açaí concentrado e a
popularização da mistura com diversas outras frutas, feitas em academias de
ginástica (NOGUEIRA et al., 2006; PEREIRA, 2006).
4.2.1.1 – Pragas do açaizeiro
Dentre os fatores que podem comprometer a produção racional do cultivo
do açaizeiro destaca-se a ocorrência de insetos. Diversos insetos são capazes
de atacar o açaizeiro, desde a fase de sementeira até o plantio adulto, contudo
essas pragas são pouco conhecidas (SOUZA, 2002; NOGUEIRA et al., 2006).
Com a expansão comercial do cultivo do açaí, os problemas causados
pelos insetos têm sido evidenciados, tornando-se preocupantes (SOUZA, 2002).
Na Tabela 4 encontra-se o resumo com as principais pragas do açaizeiro
e as indicações de métodos para controlá-las.
14
Tabela 4: Principais pragas do açaizeiro e as indicações de métodos de controle.
Pragas Indicação de método de controle
Pulgão-preto-do-coqueiro (Cerataphis latanie
Boisuval) (Hemiptera: Aphididae); Cochonilha
Escama vírgula ou Escama Vírgula
[Mytilococcus bechii (Newman) (Hemiptera:
Diaspididae)]
Pulverização de óleo mineral na concentração
de 1%, misturado com inseticidas fosforados de
controle e alto poder residual na concentração
de 0,1 % do produto comercial.
Mosca Branca [Aleurodicus cocois (Curtis)
(Hemiptera: Aleyrodidal)]; Mosca Branca ou
Piolhos Farinhentos [ Alleurothrixus floccsus
(Maskell) (Hemiptera: Aleyrodiae)]
Catação manual, com auxílio de pano
umedecido em água
Saúvas, Tanajuras ou Formigas Saúvas [Atta
ssp. (Hymenoptera: Formicidae)]
Gases liquefeitos; líquidos termonebulizáveis,
como fenitrotion e deltametrina; e iscas
granuladas à base de diflubenzuron.
Gafanhoto do coqueiro, gafanhotos ou
tucurão [Eutropidacris cristata L. (Orthoptera:
Acrididae)]
Uso de inseticidas: carbaril (40g/ 20 L de água);
lindano (15g/ 20 L de água); e parationa-etílica
ou parationa-metílica (15g/ 20 L de água).
Fungos
Fungicidas: oxicloreto de cobre
(25g/20 L de água); benomil (10g/20L de água);
e
captan
(20g/20L de água).
(Adaptado de QUEIROZ et al., 2001; OLIVEIRA et al., 2002; SOUZA,
2002; SOUZA et al., 2004; NOGUEIRA et al., 2006 ).
É importante ressaltar que não existe registro no Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento de pesticidas para o controle de pragas em cultura de
açaí. As formulações indicadas para controle de pragas são as recomendadas
para culturas, como a do coqueiro e do dendezeiro.
4.2.2 – Cupuaçu
O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum Schum), Figura 3, é uma árvore
nativa do leste da Amazônia, sendo uma das plantas frutíferas de maior
importância econômica, principalmente devido a sua participação na composição
dos sistemas de produção, cultivados ou extrativos, além da grande aceitação e
consumo da polpa de seus frutos. Os frutos, que podem pesar até 1,5 Kg, têm
uma polpa branca-amarelada com um agradável sabor ácido e forte fragrância, e
são amplamente consumidos na forma de sucos, sorvetes e doces (OLIVEIRA et
al., 2004(a); LOPES et al., 2008).
15
Figura 3: Cupuaçuzeiro (EMBRAPA, 2009)
4.2.2.1 – Pragas do cupuaçuzeiro
Na região amazônica, essa cultura é atacada por diversos patógenos.
Entre as doenças observadas, a vassoura-de-bruxa, causada pelo fungo
Crinipelis perniciosa, é a doença mais prejudicial (BENCHIMOL, 2004). A Tabela
5 mostra as principais doenças e as recomendações de controle.
Tabela 5: Principais pragas do cupuaçuzeiro e as recomendações de controle.
PRAGAS RECOMENDAÇÕES DE CONTROLE
Broca-do-fruto
(Inseto Conotrachelus sp.)
Controle com boas práticas agrícolas
Vassoura-de bruxa
(fungo Crinipellis perniciosa)
Podar as vassouras, remover os frutos
afetados, proteger as partes podados com
pasta bordaleza (5L de água + 1 Kg cal virgem
+ 0,5 Kg sulfato de cobre) oxicloreto de cobre
(4g/L) + tebuconazole (0,5 mL/L)
Antracnose e Manchas de Phomopsis (Fungo
Colletotrichum gloeosporioides)
Pulverizações com fungicidas cúpricos
Podridão negra dos frutos e Morte progressiva
(Lasiodiplodia theobromae)
Aplicação de endosulfan 35%
Raspar as lesões e pincelar com 30 g de
tiofanato metílico + 20 mL de óleo vegetal +
400 g de cal hidratada + 600 mL de água
Podridão branca das raízes (Rigidoporus
lignosus)
Abrir uma trincheira, eliminar as raízes
afetadas e pincelar as partes sadias com
fungicidas à base de PCNB ou quintozene (10
g/L) e fechar as trincheiras
Podridão do pé
(Phytophthora palmivora)
Eliminar as plantas doentes, aplicar metalaxil +
mancozeb (2 g/L) nas plantas circunvizinhas.
(Adaptado de BENCHIMOLl, 2004)
16
É importante ressaltar que não existe pesticida registrado no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento para controle de doenças em
cupuaçuzeiro.
4.3 – Dispersão da matriz em fase sólida
A dispersão da matriz em fase sólida (MSPD) é um método empregado
no isolamento de diversos compostos como fármacos, pesticidas e outros a
partir de amostras de características sólidas, semi-sólidas e viscosas de
matrizes ambientais e biológicas (KRISTENSON et al., 2006; BARKER, 2007;
GARCIA-LÓPEZ et al., 2008).
Os princípios de operação da MSPD foram introduzidos por Barker e seus
colaboradores em 1989. A MSPD evidencia-se pelo baixo custo por extração; a
não necessidade de instrumentos elaborados; e moderado consumo de
solventes orgânicos (BOGIALLI, 2007; GARCIA-LÓPEZ et al., 2008). A primeira
etapa consiste na maceração da amostra com um suporte sólido num almofariz
e pistilo, a fim de:
1. quebrar a estrutura da amostra, e
2. homogeneizar a mistura amostra/suporte sólido.
Essa mistura é transferida para uma coluna ou cartucho e os analitos o
eluídos com um solvente orgânico adequado, como observado na Figura 4
(PICÒ et al., 2007; CHEN et al., 2008; GARCIA-LÓPEZ et al., 2008).
17
Figura 4: Esquema da dispersão da matriz em fase sólida, adaptado de BARKER, 2007
(BEZERRA, 2009).
Na eluição, existem duas possibilidades: (i) os analitos são retidos na
coluna, sendo os interferentes eluídos e, em seguida, elui-se os analitos com
outro solvente ou (ii) os interferentes são retidos na coluna e os analitos eluídos
diretamente (KRISTENSON et al., 2006; CAPRIOTTI et al., 2010).
A seletividade e eficiência de um procedimento de extração por MSPD
são condicionadas por uma série de fatores, tais como: origem e estado físico da
amostra, concentração e as propriedades (polaridade, estabilidade química, etc.)
dos analitos e interferentes, como também a combinação adequada ao
adsorvente e o solvente de eluição (GRACIA-LÓPEZ et al., 2008).
Geralmente, a combinação do adsorvente/solvente é determinada pela
polaridade dos analitos e da natureza da amostra/matriz. Com isso, a otimização
dos parâmetros da técnica de MSPD é alcançada por meio de combinações
entre adsorventes e solventes (LANÇAS, 2004(a); KRISTENSON et al., 2006).
18
A determinação de resíduos de pesticidas utilizando a MSPD como
técnica de extração e métodos cromatográficos para análise vem sendo aplicado
a diversos tipos de frutas/ verduras (vegetais), como se observa na Tabela 6.
19
Tabela 6: Utilização de MSPD para a extração de resíduos de pesticidas de frutas/verduras (vegetais).
Referência Matriz Analito Suporte sólido
Adsorvente
auxiliar
Eluente
Análise
instrumental
SILVA et al., 2010 Alface
malationa, parationa-metílica,
pirimicarbe, procimidona,
α-endossulfam e β-
endossulfam
lica/alumina ---- acetonitrila GC-MS
ABHILASH et al.,
2009
diversas
frutas
lindano e isômeros do
hexaclorociclohexano
Florisil alumina neutra
n-hexano / acetato
de etila (70:30)
GC-ECD
RADISIC et al.,
2009
maçã, laranja
e pêssego
organofosforados, triazol,
carbamatos, dinitrofenol,
fenilureía
terra de
diatomáceas
---- diclorometano LC-MS/MS
PINHO et al., 2009 Tomate
inseticidas (piretróides e
organofosforados)
Florisil ---- acetato de etila CG-ECD
MALDANER et al.,
2008
Soja
imazethapyr, imazaquin,
metsulfuron-Me, carboxin,
chlorimuron-Et, e
tebuconazol
sílica C
8
20 mL de acetato
de etila + 5 mL de
metanol
HPLC-DAD
SILVA et al., 2008 polpa de coco
dimetoato, malationa,
lufenuron, triclorfon,
carbofuran, 3-
hidroxicarbofurano,
difenoconazol e tiabendazol
C
18
Florisil
40 mL de
acetonitrila saturado
com n-hexano
GC-MS
WANG et al., 2007
maçã, laranja,
banana,
alface, uva e
tomate
tiabendazol, imazalil,
tiofanato-metilico, pirimetanil,
procimidona, triadimefon,
miclobutanil, triadimenol,
diclofluanida, fenarimol,
epoxiconazol, iprodiona,
cresoxim-metílico, procloraz,
diniconazol
C
18
---
10 mL de acetato
de etila
HPLC/ESI-
MS/MS
20
Continuação da Tabela 6
Referência Matriz Analito Suporte sólido
Adsorvente
auxiliar
Eluente
Análise
instrumental
MENEZES FILHO
et al., 2006
Tomate
dimetoato, parationa-metílica,
malationa, tebuconazol e
cipermetrina(cis)
alumina neutra Florisil diclorometano GC-MS
SOLER et al.,
2005
fruta cítrica inseticidas sílica ----
diclorometano
/metanol
LC-MS/MS
21
4.4 – Cromatografia líquida de alta eficiência
A cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) é uma importante
técnica de separação, uma vez que consegue separar misturas que contém um
grande número de compostos. Ela tem a capacidade de realizar separações e
análises quantitativas de uma grande variedade de compostos presentes em
diversos tipos de amostra, em escala de tempo de poucos minutos, com alta
resolução, eficiência e detectabilidade (SADEK, 2002).
A técnica de cromatografia líquida é complementar à cromatografia a gás,
pelo fato de permitir a separação e análise de compostos termicamente
instáveis, não-voláteis ou de elevada polaridade (BARCELÓ, 1997).
O equipamento básico de HPLC é constituído de reservatório de fase
móvel, bombas de alta pressão, válvula de injeção, coluna, detector e sistema
de aquisição de dados (Figura 5).
Figura 5: Esquema básico do equipamento HPLC, adaptado de CASS et al., 2001.
22
O detector mais utilizado em HPLC é o espectrofotométrico, cujo principio
é a absorção de luz ultravioleta ou visível, por parte da amostra, quando nela
passa radiação eletromagnética. (CASS et al., 2001)
Existem três tipos de equipamentos operando de acordo com esse
principio: os fotômetros de comprimento de onda fixo, os espectrofotômetros e
os detectores por arranjo de fotodiodos.
Os detectores fotométricos são sensíveis, econômicos e simples,
funcionam com um ou dois comprimentos de onda fixos (LANÇAS, 2009). Os
espectrofotômetros são mais versáteis, permitindo a escolha do comprimento de
onda mais adequado a cada análise. o detector de arranjo de fotodiodos,
detecta vários comprimentos de onda simultaneamente, onde cada diodo
monitora uma faixa estreita de comprimentos de onda e, no final da análise, toda
a região de interesse foi varrida e os dados, acumulados no computador
permitindo, com software adequado, a obtenção de espectro de substância..
(COLLINS et al., 2006; SADEK, 2002)
Esse detector apresenta inúmeras vantagens em relação aos outros,
principalmente por possibilitarem uma “varredura” da região UV-Vis em única
corrida cromatográfica, constituindo um dado adicional que, juntamente com o
tempo de retenção, permite análises qualitativas, nas quais a identificação pode
ser feita através de comparação com um padrão ou uma biblioteca on-line,
sendo especialmente útil para o desenvolvimento de métodos (SNYDER et al.,
1997; LANÇAS, 2009).
Ao utilizar um detector de absorvência no UV, a fase móvel não deve
absorver no comprimento de onda selecionado para a análise. Recomenda-se a
utilização do comprimento de onda máximo do analito, desde que este seja
superior a 220 nm, pois abaixo deste valor geralmente observa-se interferência
da fase móvel, com algumas exceções como a fase móvel acetonitrila:água
(SNYDER et al., 1997). A Tabela 8 mostra os comprimentos de onda mínimos
para que não se observe interferência de fase móvel.
23
Tabela 7: Comprimento de onda mínimo dos solventes mais utilizados nesse trabalho.
Solvente UV
mínimo
(nm)
Acetato de etila 255
Acetronitrila 200
Água
190
Ciclohexano 210
Hexano 200
Metanol 210
Adaptado de CASS et al., 2001
4.5 - Validação do método analítico
A validação
6
do método analítico é o processo pelo qual torna confiável o
método desenvolvido, comprovando que o método oferece resultados esperados
com credibilidade, precisão e exatidão adequados (INMETRO, 2007).
Apesar de não existir um consenso sobre quais parâmetros devem ser
incluídos no processo de validação, na literatura os principais parâmetros
descritos para a validação de método para análise de traços são: linearidade,
seletividade, precisão, exatidão (recuperação), limite de detecção e limite de
quantificação (CASSIANO et al., 2009).
4.5.1 - Linearidade
Linearidade é a resposta obtida em função da concentração do analito, a
qual deve ser estudada em um intervalo de concentração apropriado, sendo na
prática determinada por gráficos de calibração
7
, seguido de um tratamento
estatístico, que deve envolver a equação da reta, a análise da regressão e os
dados de correlação e determinação (CASSIANO et al., 2009).
A equação da reta, neste caso, terá a forma (LANÇAS, 2009):
6
Ato ou efeito de validar, dar validade, tornar legítimo ou legal. Visa diminuir ou controlar os
fatores que levam à imprecisão ou inexatidão de um dado apresentado (LANÇAS, 2009).
7
O número de pontos geralmente, aceito, nos gráficos de calibração, varia entre 5 e 6 pontos.
(LANÇAS, 2009)
24
ݕ = ܽݔ + ܾ Eq. 1
onde:
y = variável dependente
x = variável independente
a = coeficiente angular
b = coeficiente linear
O coeficiente angular (a) expressa a inclinação do gráfico em relação aos
eixos, enquanto o coeficiente linear (b) expressa a interseção do gráfico com os
eixos. A regressão geralmente utilizada para a análise é a dos mínimos
quadrados, sendo a equação da reta obtida registrada. Também é possível
calcular os coeficientes de correlação (r) e determinação (r
2
) (RIBEIRO et al,
2008).
O coeficiente de correlação permite uma estimativa da qualidade da curva
obtida, quanto mais próximo de 1,0 menor é a dispersão do conjunto de pontos
experimentais e menor a incerteza de regressão estimados. Sendo que um
coeficiente de correlação maior que 0,999 é considerado como evidência de um
ajuste ideal dos dados para a linha de regressão. A ANVISA recomenda um
coeficiente de correlação igual ou superior a 0,99 e o INMETRO um valor acima
de 0,90. Por sua vez, os valores de determinação (r
2
) são aceitáveis a partir de
0,98. (ANVISA (b), 2009; RIBANI et al., 2004)
4.5.2 - Seletividade
A seletividade corresponde à capacidade de um método em determinar o
analito de maneira inequívoca na presença de outras substâncias susceptíveis
de interferirem na determinação (US-FDA, 2001; PETERS et al., 2007).
De modo geral, a forma mais simples de verificar a seletividade é
observar a presença de picos na região do tempo de retenção do analito de
25
interesse por meio da injeção de um branco obtido com a matriz de interesse
(LANÇAS, 2004(b); RIBANI et al., 2004).
4.5.3 - Precisão
A precisão é um importante parâmetro que possibilita decidir se o método
analítico é confiável ou não para o objetivo da análise (CASSIANO et al., 2009).
A precisão é a expressão da concordância entre vários resultados
analíticos obtidos para uma mesma amostra (TAVERNIERS et al., 2004). Na
prática, a precisão é expressa pelo desvio padrão relativo (RSD) ou coeficiente
de variação (CV), que é dado por,
ܴܵܦ
%
݋ݑ ܥܸ
%
=
× 100 Eq.2
Onde:
S = estimativa do desvio padrão da recuperação
ܺ
= média aritmética dos valores de recuperação
Em métodos de análise de traços ou impurezas, são aceitos RSD de até
20% para amostras complexas, como a matriz fruta (RIBANI et al., 2004).
4.5.4 - Exatidão
A exatidão expressa à concordância entre os resultados encontrados pelo
método e os valores nominais aceitos como referência (PETERS et al, 2007).
A exatidão aparece associada a valores de precisão, dentro de certos
limites, a um dado limite de confiança. O número de ensaios depende da
legislação ou das diretrizes adotadas. A ANVISA recomenda que um nimo de
nove determinações envolvendo um mínimo de três níveis diferentes de
concentração deve ser feito (RIBANI et al., 2004).
26
Existem alguns processos para avaliar a exatidão, o mais utilizado é
ensaios de recuperação.
Este parâmetro reflete a medida de eficiência do processo de isolamento
do analito de interesse da matriz no qual ela se encontra, sendo calculado pela
comparação da resposta obtida para o analito adicionado na matriz e extraído
com a resposta obtida para o analito em amostras preparadas em solvente e
consequentemente, não extraídas, as quais representam 100 % (BEZERRA,
2009; SILVA, 2010), segundo relação:
ܴ݁ܿݑ݌݁ݎܽçã݋
%
=
௏௔௟௢௥ ௢௕௧௜ௗ௢
௏௔௟௢௥ ௔ௗ௜௖௜௢௡௔ௗ௢
× 100 Eq. 3
Os valores de recuperação são aceitos dentro da faixa de 50-120 %, para
matrizes complexas, como frutas (RIBANI et al., 2004; LANÇAS, 2004).
4.5.5 - Limite de detecção (LD)
O limite de detecção (LD) corresponde ao menor valor de concentração
do analito que pode ser detectado pelo método ou equipamento (INMETRO,
2007).
Para o calculo do LD utiliza-se o método baseado nos parâmetros da
curva de calibração, sendo expresso por:
ܮܦ = ݐ
ଽଽ%
× ݏ Eq. 4
Onde: t
99%
é o fator t de Student para um nível de confiança de 99% e s é
a estimativa do desvio padrão amostral da concentração (µg mL
-1
) (SILVA,
2010).
4.5.6 - Limite de quantificação (LQ)
27
O limite de quantificação é definido como a menor concentração do
analito de interesse em uma amostra, que pode ser quantitativamente
determinada com valores aceitáveis de precisão e exatidão (CASSIANO et al.,
2009).
Para a quantificação do LQ utiliza-se a equação 5, onde para o LD do
método os desvios padrões são medidos do processo de extração (sete
replicatas da amostra fortificada de açe cupuaçu) (BRITO et al., 2003; RIBANI
et al., 2004; INMETRO, 2007).
ܮܳ = 10 × ݏ Eq. 5
Onde: s = desvio padrão amostral da concentração (µg mL
-1
).
28
5. EXPERIMENTAL
5.1 – Materiais
Béquer (50 e 250 mL), balão volumétrico (1;5;10 e 25 mL), proveta (10 a
25 mL), pinça, de vidro, bastão de vidro, espátula, seringa de polietileno (20
mL), balão de fundo redondo (50 mL), pipeta Pasteur, micropipetas (Jencons) de
0,5-10 µL, 10-100µL e 100-1000 µL), vidro de relógio, almofariz e pistilo, vial
(1;5;10 e 50 mL), membrana para filtração (RC 0,45 µm Nylon) (Sartorius,
Alemanha).
5.2 – Reagentes e adsorventes
Diclorometano, acetato de etila, n-hexano, metanol, ciclohexano (Tedia
company, EUA) e acetonitrila ((Mallinckrodt Chemicals, EUA), todos grau HPLC;
sílica gel 60 – 200 mesh (Mallinckrodt Chemicals, EUA), alumina neutra 70 – 290
mesh (Macherey Nagel, Alemanha), Florisil 60 100 mesh (Sigma EUA), C
18
50 µm 65 (Waters, EUA), sulfato de sódio anidr o (Merck, Alemanha), grau
p.a. e sulfato de magnésio anidro (Reagen, Brasil).
5.3 – Padrões e soluções de pesticidas
- bromuconazol (AccuStandard,EUA)
- cresoxim-metílico (Riedel-de-Haën, pureza de 96,6 %)
- fenbuconazol (Riedel-de-Haën, pureza de 99,9 %)
- parationa-metílica (Fluka Analytical, pureza de 99,8 %)
- teflubenzuron (Fluka Analytical, pureza de 98,8 %)
29
As soluções estoques dos padrões certificados de bromuconazol (400 µg
mL
-1
) e cresoxim-metílico (400 µg mL
-1
) foram preparadas em metanol, enquanto
que fenbuconazol (1000 µg mL
-1
), parationa-metílica (1000 µg mL
-1
) e
teflubenzuron (1000 µg mL
-1
) foram preparadas em acetronitrila. A partir destas
foi preparada 10 mL da solução intermediária dos analitos com concentração 32
µg mL
-1
, da qual foram preparadas soluções de trabalho para a curva analítica e
ensaios de recuperação com concentrações entre 0,08 – 10 µg mL
-1
.
5.4 – Equipamentos
Balança analítica (Sartorius TE214S) (Figura 6), liofilizador L101 da marca
LIOTOP) (Figura 7), sistema para SPE Vacuum Manifold (Varian, Walnut Creck,
CA, EUA) (Figura 8), evaporador rotatório (Fisatom 802D) (Figura 9), lavadora
ultra-sonica (Unique) (Figura 10), cromatógrafo líquido de alta eficiência com
detector espectrofotométrico com arranjo de fotodiodos Shimadzu (Quioto,
Japão) modelo Prominence (Figura11) e sistema de ultrapurificação de água
Milli-Q (Figura 12).
Figura 6: Balança analítica (Sartorius TE214S).
30
Figura 7: Liofilizador L101 da marca LIOTOP.
Figura 8: Sistema para SPE Vacuum Manifold (Varian, Walnut Creck, CA, EUA).
Figura 9: Evaporador rotatório (Fisatom 802D).
31
Figura 10: Lavadora ultra-sonica (Unique).
Figura 11: Cromatógrafo líquido de alta eficiência com detector espectrofotométrico com arranjo
de fotodiodos Shimadzu (Quioto, Japão) modelo Prominence.
Figura 12: Sistema de ultrapurificação de água Milli-Q.
32
5.5 – Preparação da amostra de fruta
5.5.1 – Preparação da amostra de açaí
5.5.1.1 - Fruto
A amostra de açaí foi adquirida em uma fazenda na região do sul do
estado da Bahia, em fevereiro de 2009. Os frutos foram colocados em um
recipiente tipo bandeja e adicionou-se 200 mL de água destilada, deixando em
repouso por 5 horas, como se observa na Figura 13.
Figura 13: Preparação da amostra do fruto açaí.
A amostra foi processada com o auxílio de liquidificador. Após o
processamento, a polpa e casca foram separadas manualmente das sementes,
como se observa na Figura 14. Após a separação, a polpa e a casca foram
processadas com auxílio de um mixer para completa homogeneização.
33
Figura 14: Procedimento manual para separação da polpa e casca das sementes de açaí.
A amostra de polpa de açaí foi transferida para um frasco com tampa
rosqueável, etiquetado e armazenado sob refrigeração.
5.5.1.2 - Polpa de açaí
A amostra comercial de polpa de açaí foi obtida em supermercado da
cidade de Estância-SE na forma de polpa integral congelada. Foi retirada da
embalagem original e transferida para um frasco com tampa rosqueável,
rotulado e armazenado sob refrigeração a -18 °C.
5.5.1.3 - Polpa de açaí liofilizada
A polpa comercial de açaí foi liofilizada e transferida para um frasco com
tampa rosqueável, rotulado e armazenado sob refrigeração.
5.5.2 – Preparação da amostra de cupuaçu
34
5.5.2.1 - Fruto
A amostra de cupuaçu foi adquirida na região do estado da Bahia em
2009 (Figura 15).
Figura 15: Amostra de cupuaçu da região da Bahia.
O fruto foi aberto, manualmente retirou-se a polpa das sementes com o
auxílio de uma colher de aço inoxidável. A polpa foi processada com o mixer
para a completa homogeneização. A amostra foi acondicionada em um frasco
com tampa rosqueável, rotulado e armazenado sob refrigeração (Figura 16).
Figura 16: Etapas da preparação da amostra de cupuaçu.
35
5.6 – Condições cromatográficas de análise
As condições de análise foram otimizadas em um cromatógrafo líquido
modelo Prominence da marca Shimadzu composto por um desgaseificador
DGU-20A
3
, duas bombas LC-6AD, um módulo de comunicação CBM-20A, um
auto injetor SIL-20A e um detector espectrofotométrico com arranjo de diodos
SPD-M20A com coluna Sinergi 4u polar - RP 80A (250mm X 4,6 mm X m) da
marca Phenomenex.
A fase móvel foi composta por gradiente binário acetonitrila:água,
programação do gradiente de eluição na Tabela 8 e vazão de 0,8 mL min
-1
. O
tempo de corrida de 60 min e injeção de 20 µL (extrato). Os dados foram
tratados com o Software LCSolution e o comprimento de onda selecionado para
o estudo foi de 210 nm.
Tabela 8: Programação do gradiente binário de eluição em HPLC-UV/DAD.
Tempo (min)
Porcentagem
de ACN
na fase móvel (%)
0,01
50
5
,00
50
15
,00
60
25
,00
70
30
,00
80
32
,00
85
34
,00
90
36
,00
90
40
,00
80
45
,00
70
50
,00
50
60
,00
50
5.7 – Métodos de extração
5.7.1 – Método de extração de pesticidas de açaí e cupuaçu por MSPD
U
ma amostra de açaí
Em seguida,
a amostra
adicionado (3,0
g de alumina
o homogeneizado foi tran
silanizada
(base de sustentação)
pesticidas foi feita com 20 mL de uma mistura dos solventes
de etila (1:1, v/v)
com fluxo de 1 mL
evaporador rotatório (80 rpm; 4
resíduo foi retomado
em
filtrado
em membrana, antes da anális
foi analisada por HPLC
de pesticidas de açaí e cupuaçu.
Figura 17
: Fluxograma do método de extração
ma amostra de açaí
ou cupuaçu foi pesada (1
,0 g) em vidro de relógio.
a amostra
foi transferida para o almofariz.
O
g de alumina
neutra) e homogeneizou-se por 2
min.
o homogeneizado foi tran
s
ferido para uma coluna contend
(base de sustentação)
e sul
fato de sódio anidro (1,0 g).
pesticidas foi feita com 20 mL de uma mistura dos solventes
ciclohexano
com fluxo de 1 mL
min
-1
. O
extrato foi concentrado em
evaporador rotatório (80 rpm; 4
C) até 1 mL e seco
em fluxo suave de N
em
acetonitrila, levando para banho ultras
sônico por 1 min,
em membrana, antes da anális
e cromatográfica
. Uma alíquota de 20 µL
foi analisada por HPLC
-UV/DAD.
A Figura 17 apresenta as etapas de extração
de pesticidas de açaí e cupuaçu.
: Fluxograma do método de extração
de pesticidas de
açaí e cupuaçu
36
,0 g) em vidro de relógio.
O
adsorvente foi
min.
Em seguida,
ferido para uma coluna contend
o lã de vidro
fato de sódio anidro (1,0 g).
A eluição dos
ciclohexano
:acetato
extrato foi concentrado em
em fluxo suave de N
2
. O
sônico por 1 min,
. Uma alíquota de 20 µL
A Figura 17 apresenta as etapas de extração
açaí e cupuaçu
por MSPD.
37
5.8 - Limpeza da vidraria
A vidraria foi enxaguada em água corrente por três vezes, deixando em
solução de Extran 2% por 24 horas, novo enxágüe em água corrente por três
vezes, lavado com água destilada e, em seguida, com acetona, secando em
estufa ou a temperatura ambiente, sendo guardado com as extremidades
cobertas com papel filme ou laminado.
38
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 - Seleção dos pesticidas para o estudo
Apesar de não existir pesticida registrado no Ministério da Agricultura para
uso nas culturas de e cupuaçu, faz-se o uso destes nestas culturas. Os
critérios para seleção dos pesticidas para o estudo foram: 1) pesquisa de campo
(informação de uso por serem indicados para culturas semelhantes) e 2)
indicação de que estes pesticidas são promissores para uso nestas culturas.
8
6.2 – Otimização das condições cromatográficas
Uma solução padrão de concentração 8 µg mL
-1
com os pesticidas
bromuconazol, cresoxim-metílico, fenbuconazol, parationa-metílica e
teflubenzuron em acetonitrila foi utilizada para obtenção do gradiente de eluição
inicial (proporção dos solventes da fase móvel)
9
. Inicialmente foi testado como
fase móvel metanol:água (modo gradiente binário), utilizando uma coluna de
fase C
18
Microsorb-MV 100 (250 mm X 4,6 mm X 5 µm) da Varian e outra de
fase Sinergi 4u polar - RP 80A (250mm X 4,6 mm X 4 µm) da Phenomenex. Foi
observado, para ambas as colunas, linha de base não estável no comprimento
de onda de maior absorção dos pesticidas, pois o solvente metanol absorve no
UV nessa faixa (210 nm).
Em seguida, foi testado a fase móvel acetonitrila:água com a coluna de
fase C
18
Microsorb-MV 100 (250 mm X 4,6 mm X 5 µm) da Varian e com a
Sinergi 4u polar - RP 80A (250mm X 4,6 mm X 4 µm) da Phenomenex, obtendo-
se uma linha de base estável, com picos definidos para os pesticidas. Com a
8
Informações obtidas em diálogos telefônicos com pesquisadores da EMBRAPA.
9
Realiza-se uma corrida cromatográfica variando a porcentagem do solvente B (metanol ou
acetonitrila) de 5 a 100 % em 60 min, com vazão de 1 mL min
-1
, aplicando-se um calculo de
regra de três simples, estima-se o tempo de retenção dos analitos presentes.
39
coluna Sinergi 4u polar - RP 80A (250mm X 4,6 mm X 4 µm) da Phenomenex
obtiveram-se cromatogramas melhor definidos e valores de áreas dos picos
mais significativos do que a fase C
18
Microsorb-MV 100 (250 mm X 4,6 mm X 5
µm) da Varian. Após a seleção da fase móvel e coluna, foram realizados alguns
ajustes no gradiente de eluição para uma melhor separação dos picos que
estavam próximos como o par fenbuconazol e a parationa-metílica, e o par
cresoxim-metílico e o teflubenzuron. Na Figura 18, observa-se o cromatograma
da solução padrão dos pesticidas bromuconazol, cresoxim-metílico,
fenbuconazol, parationa-metílica e teflubenzuron em solvente acetonitrila (8 µg
mL
-1
) nas condições otimizadas de análise.
Figura 18: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão dos pesticidas em
solvente acetonitrila (8 µg mL
-1
) nas condições otimizadas, sendo: 1) bromuconazol; 2)
fenbuconazol; 3) parationa-metílica; 4) cresoxim-metílico e 5) teflubenzuron. Para condições
cromatográficas de análise, ver item 5.6.
Foram efetuadas injeções individuais das soluções padrões dos analitos
para identificação dos seus tempos de retenção (t
r
) (Tabela 9) e obtenção dos
seus respectivos espectros nas condições otimizadas de análise (Figuras 19 a
23).
Tabela 9: Tempos de retenção dos pesticidas estudados nas condições cromatográficas
otimizadas.
Pesticidas
Tempo de retenção (
t
r
)
(min)
Bromuconazol
19,7
Fenbuconazol
21,9
Parationa
-
metílica
22,0
Cresoxim
-
metílico
27,1
Teflubenzuron
30,5
40
Figura 19: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão de bromuconazol em
solvente acetonitrila (8 µg mL
-1
) com seu espectro de UV.
Figura 20: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão de fenbuconazol em
solvente acetonitrila (8µg mL
-1
) com seu espectro de UV.
41
Figura 21: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão de parationa-metílica em
solvente acetonitrila (8 µg mL
-1
) com seu espectro de UV.
Figura 22: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão de cresoxim-metílico em
solvente acetonitrila (8 µg mL
-1
) com seu espectro de UV.
42
Figura 23: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da solução padrão de teflubenzuron em
solvente acetonitrila (8 µg mL
-1
) com seu espectro de UV.
Os picos cromatográficos referentes aos pesticidas foram identificados
por meio do tempo de retenção e do espectro de UV. O pesticida bromuconazol
é uma mistura de dois isômeros, apresentando em seu cromatograma dois
picos, sendo escolhido para a análise aquele que apresentou a maior área.
6.3 – Ensaios para otimização da extração por MSPD
A eficiência da extração dos pesticidas foi analisada em termos de
recuperação, calculada comparando-se as áreas dos picos de cada composto
com aquela obtida da solução padrão preparada no extrato da matriz, de forma a
minimizar os erros gerados pelo efeito matriz, bastante acentuado em matrizes
complexas tais como as frutas (BEZERRA, 2009). Esse efeito é devido a uma
transferência dos componentes da matriz para o extrato durante o processo de
extração dos analitos de interesse, os quais podem co-eluir junto ou muito
próximo ao tempo de retenção dos pesticidas diminuindo ou aumentando a área
do mesmo (MENKISSOGLU-SPIROUDI et al., 2004).
43
6.3.1 Ensaios para otimização da extração de pesticidas da matriz açaí por
MSPD
Os ensaios iniciais foram realizados utilizando a amostra do fruto de açaí.
Inicialmente foram realizados ensaios para a escolha da proporção
adequada da amostra:suporte sólido, sendo realizados com sílica, alumina
neutra, C
18
e Florisil
10
em diversas proporções (1:1; 1:2; 1:3; e 2:5 (m/m)), e
eluindo com 20 mL dos seguintes solventes: acetato de etila, diclorometano e
ciclohexano. Os extratos obtidos foram analisados nas condições
cromatográficas otimizadas, ver item 5.6.
De maneira qualitativa, baseando-se no aspecto de homogeneização da
amostra:suporte sólido e nos cromatogramas branco dos extrato, os melhores
resultados indicaram a alumina neutra e o Florisil na proporção 2:5 (m/m) da
amostra:suporte sólido.
O Florisil é um sorbente com características polares, que é utilizado na
limpeza de matrizes lipofílicas devido a sua facilidade em reter lipídios
(DOPICO-GARCIA et al., 2007; SILVA et al., 2008; CAPRIOTTI et al., 2010). A
alumina neutra é um sorvente anfótero, ou seja, pode interagir com pesticidas de
diversas classes químicas facilitando a extração (LANÇAS, 2004).
Os ensaios que seguem foram realizados em duplicata (n=2). As
amostras foram fortificadas no nível de concentração de 2 µg g
-1
.
Foram realizados ensaios com amostra fortificada de açaí, utilizando os
adsorventes alumina neutra e Florisil, variando-se o uso de MgSO
4
(0,5 g) na
homogeneização da amostra:suporte sólido, além de um adsorvente auxiliar na
coluna, 1,0 g de Florisil, objetivando a limpeza do extrato de açaí. Os valores
das recuperações estão apresentados nas Figuras 24 e 25.
10
Os suportes sólidos lica, Florisil, alumina neutra e C
18
não sofreram tratamento para a
utilização nos ensaios de otimização por MSPD.
Figura 24
: Eficiência na recuperação
suporte sólido, variando
o uso de MgSO
adsorvente auxiliar
na coluna
Figura 25:
Eficiência na recuperação
sólido, variando
o uso de MgSO
auxilia
r na coluna e eluição com 2
60
51
65
95
70
62
Bromuconazol
Fenbuconazol
alumina neutra
alumina neutra/adsorvente auxiliar: Florisil
alumina neutra:MgSO4
alumina neutra:MgSO4/Adsorvente auxiliar: Florisil
2
140
45
Bromuconazol
Fenbuconazol
: Eficiência na recuperação
(%) dos pesticidas de acaí utilizando
a
o uso de MgSO
4
na homogeneização amostra:
na coluna
e eluição com 20 mL de acetato de etila.
Eficiência na recuperação
(%) dos pesticidas de acaí utilizando
Florisil
o uso de MgSO
4
na homogeneização amostra:s
uporte sólido e a
r na coluna e eluição com 2
0 mL de acetato de etila.
56
50
95
57
12
39
150
39
41
43
Fenbuconazol
Parationa
-
metílica
Cresoxim
-
metílico
alumina neutra
alumina neutra/adsorvente auxiliar: Florisil
alumina neutra:MgSO4
alumina neutra:MgSO4/Adsorvente auxiliar: Florisil
248
9
303
45
558
61
49
0
55
38
138
32
Fenbuconazol
Parationa
-
metílica
Cresoxim
-
metílico
Florisil
Florisil/adsorvente auxiliar: Florisil
Florisil:MgSO4
Florisil:MgSO4/Adsorvente auxiliar: Florisil
44
a
lumina neutra como
na homogeneização amostra:
suporte sólido e
Florisil
como suporte
uporte sólido e a
dsorvente
340
420
Teflubenzuron
303
Teflubenzuron
Observou-se
que alumina
adequados do que F
lorisil. O
proporção 2:5, m/m.
Após a seleção do
para
a escolha do solvente de eluição.
Observou-
se que
aceitáveis. Partindo-
se desta observação testou
solvente, acetato de etila:DCM, na proporção 1:1, v/v
etila:ciclohexano,
na proporção 1:1, v/v.
Figura 26
: Eficiência na recuperação
suporte sólido, variando a utilização de adsorvente
etila:diclorometano
na proporção 1:1, v/v.
75
67
45
Bromuconazol
Fenbuconazol
alumina neutra
alumina neutra/adsorvente auxiliar: Florisil
alumina neutra:MgSO4/adsorvente auxiliar: Florisil
alumina neutra:MgSO4
que alumina
neutra apresentou
valores de recuperação
lorisil. O
suporte sólido escolhido foi
alumina
Após a seleção do
suporte sólido,
foram
a escolha do solvente de eluição.
se que
com o solvente acetato de etila, a
s recuperações foram
se desta observação testou
-
se inicialmente
solvente, acetato de etila:DCM, na proporção 1:1, v/v
,
na proporção 1:1, v/v.
: Eficiência na recuperação
(%) dos pesticidas de açaí,
utilizando alumina
suporte sólido, variando a utilização de adsorvente
auxiliar
e eluição com 20 mL de
na proporção 1:1, v/v.
68
70
254
45
56
61
42
50
56
43
52
55
Fenbuconazol
Parationa
-
metílica
Cresoxim
-
metílico
alumina neutra
alumina neutra/adsorvente auxiliar: Florisil
alumina neutra:MgSO4/adsorvente auxiliar: Florisil
alumina neutra:MgSO4
45
valores de recuperação
mais
alumina
neutra na
foram
realizados testes
s recuperações foram
se inicialmente
a mistura de
e acetato de
utilizando alumina
neutra como
e eluição com 20 mL de
acetato de
254
Teflubenzuron
Figura 27
: Eficiência na recuperação
suporte sólido, variando a utilização de adsorvente auxiliar e eluição com 20 mL de
etila:ciclohexano
na proporção 1:1, v/v.
Nos resultados apresentados nas
utilizaçã
o de um adsorvente auxiliar
homogeneização
, não melhorou
testados. Para o
pesticida teflubenzuron o uso do adsorvente auxiliar na coluna
(Florisil)
reduz o efeito matriz, mas não significativamente,
os valores de recuperação dos outros pesticidas.
De maneira g
eral,
pesticidas estudados, com exceção do teflubenzuron (efeito matriz),
sistema alumina
neutra
(DCM)
ou acetato de etila:ciclohexano
Faz-
se necessário a utilização de uma etapa de limpeza
o efeito matriz no
teflubenzuron. Foi
28 apresenta
os valores de recuperação destes ensaios.
72
64
50
48
42
40
Bromuconazol
Fenbuconazol
alumina neutra
alumina neutra/adsorvente auxiliar: Florisil
alumina neutra:MgSO4
alumina neutra:MgSO4/adsorvente auxiliar: Florisil
: Eficiência na recuperação
(%) dos pesticidas de
açaí utilizando alumina
suporte sólido, variando a utilização de adsorvente auxiliar e eluição com 20 mL de
na proporção 1:1, v/v.
Nos resultados apresentados nas
Figuras 26 e 27,
percebe
o de um adsorvente auxiliar
(Florisil)
, e o uso do MgSO
, não melhorou
os resultados de recuperação
para
pesticida teflubenzuron o uso do adsorvente auxiliar na coluna
reduz o efeito matriz, mas não significativamente,
e ainda
os valores de recuperação dos outros pesticidas.
eral,
uma recuperação adequada foi
verificada
pesticidas estudados, com exceção do teflubenzuron (efeito matriz),
neutra
e eluição com 20 mL de acetato de etila:
ou acetato de etila:ciclohexano
.
se necessário a utilização de uma etapa de limpeza
,
teflubenzuron. Foi
testado o uso de
carvão ativado
os valores de recuperação destes ensaios.
69
65
301
48
47
45
24
25
12
27
12
15
Fenbuconazol
Parationa
-
metílica
Cresoxim
-
metílico
alumina neutra
alumina neutra/adsorvente auxiliar: Florisil
alumina neutra:MgSO4
alumina neutra:MgSO4/adsorvente auxiliar: Florisil
46
açaí utilizando alumina
neutra como
suporte sólido, variando a utilização de adsorvente auxiliar e eluição com 20 mL de
acetato de
percebe
u-se que a
, e o uso do MgSO
4
no processo de
para
os solventes
pesticida teflubenzuron o uso do adsorvente auxiliar na coluna
e ainda
compromete
verificada
para os
pesticidas estudados, com exceção do teflubenzuron (efeito matriz),
utilizando o
e eluição com 20 mL de acetato de etila:
diclorometano
,
a fim de reduzir
carvão ativado
. A Figura
301
200
130
140
Teflubenzuron
Figura 28: Eficiênci
a na recuperação
suporte sólido, variando o uso ou não de carvão ativado e o tipo de solvente de eluição.
Os ensaios evidencia
eliminou
o efeito matriz
Considerando que a
a etapa de validação do método,
da polpa de açaí
e da polpa de açaí liofilizada.
para comparar o fruto,
mostrados nas Figuras
100
123
73
48
75
67
72
65
Bromuconazol
Fenbuconazol
20 mL de acetonitrila
20 mL de acetonitrila/0,05g de carvão ativado
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção 1:1, v/v
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção de 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
a na recuperação
(%) dos pesticidas de açaí,
utilizando alumina
suporte sólido, variando o uso ou não de carvão ativado e o tipo de solvente de eluição.
Os ensaios evidencia
ram que o carvão ativado minimizou
o efeito matriz
sobre o teflubenzuron.
Considerando que a
amostra do fruto de
terminou antes de executar
a etapa de validação do método,
para dar continuidade aos trabalhos,
e da polpa de açaí liofilizada.
Desta forma, fo
ram feitos ensaios
a polpa e a polpa liofilizada. O
s cromatogramas
29 a 31.
121
126
65
86
67
68
70
119
144
130
64
69
65
59
60
57
Fenbuconazol
Parationa
-
metílica
Cresoxim
-
metílico
20 mL de acetonitrila
20 mL de acetonitrila/0,05g de carvão ativado
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção 1:1, v/v
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção de 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
47
utilizando alumina
neutra como
suporte sólido, variando o uso ou não de carvão ativado e o tipo de solvente de eluição.
ram que o carvão ativado minimizou
(15%), mas não
terminou antes de executar
para dar continuidade aos trabalhos,
fez-se uso
ram feitos ensaios
s cromatogramas
estão
258
254
180
301
255
Teflubenzuron
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção de 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
48
Figura 29: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da amostra controle do fruto de açaí. Para
as condições otimizadas, ver itens 5.6 e 5.7.1.
Figura 30: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da amostra controle da polpa comercial de
açaí. Para condições otimizadas, ver itens 5.6 e 5.7.1.
Figura 31: Cromatograma obtido por HPLC-UV/DAD da polpa comercial de liofilizada. Para
condições otimizadas, ver itens 5.6 e 5.7.1.
2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 20.0 22.5 25.0 27.5 30.0 32.5 35.0 37.5 min
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
mAU
210nm,4nm (1.00)
98943
252752
126129
Comparativamente, o cromatograma da polpa comercial de açaí
apresenta mais compostos do que o fruto in natura.
adição de
conservantes,
de análise, com exceção dos
teflubenzuron
(tr = 30,5 min)
natura, e estão intensifi
cado
Nos testes com a polpa comercial de aí, foi necessário aumentar a
proporção amostra:suporte sólido
para possibilitar uma
melhor homogeneização da amostra (polpa) com o suporte
sólido, pois a polpa
é menos
de água.
Comparado-se
os resultados obtidos da polpa
comercial
liofilizada de aí, observou
Figuras 32 e 33.
Optou
etapa no processo.
Figura 32
: Eficiência na recuperação
como suporte sólido na p
ro
acetato de etila:diclorometano
75
67
55
62
Bromuconazol
Fenbuconazol
Fruto/20 mL de acetato de etila:diclorometano, na proporção 1:1, v/v
Polpa comercial/20 mL de Acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v
Polpa comercial liofilizada/20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v
Comparativamente, o cromatograma da polpa comercial de açaí
apresenta mais compostos do que o fruto in natura.
Provavelmente,
conservantes,
mas esses compostos
não estão na região de inte
de análise, com exceção dos
componentes presentes na região do
(tr = 30,5 min)
, os quais foram previamente
observado
cado
s na polpa comercial.
Nos testes com a polpa comercial de aí, foi necessário aumentar a
proporção amostra:suporte sólido
, que foi
de 2:5 (m/m) para 1:3
melhor homogeneização da amostra (polpa) com o suporte
é menos
consistente do que o fruto devido
a
os resultados obtidos da polpa
comercial
liofilizada de aí, observou
-se
semelhança entre os resultados
Optou
-se pelo uso da polpa comercial
, pois s
: Eficiência na recuperação
(%) dos pesticidas de açaí,
utilizando a alumina
ro
porção 1:3 (m/m), amostra:suporte sólido
e eluição
acetato de etila:diclorometano
na proporção 1:1, v/v.
68
70
60
66
72
40
74
53
Fenbuconazol
Parationa-metílica Cresoxim-metílico
Fruto/20 mL de acetato de etila:diclorometano, na proporção 1:1, v/v
Polpa comercial/20 mL de Acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v
Polpa comercial liofilizada/20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v
49
Comparativamente, o cromatograma da polpa comercial de açaí
Provavelmente,
devido a
não estão na região de inte
resse
componentes presentes na região do
observado
s no fruto in
Nos testes com a polpa comercial de açaí, foi necessário aumentar a
de 2:5 (m/m) para 1:3
(2:6) (m/m),
melhor homogeneização da amostra (polpa) com o suporte
a
maior presença
comercial
e da polpa
semelhança entre os resultados
,
, pois s
e diminui uma
utilizando a alumina
neutra
e eluição
com 20 mL de
254
790
324
Teflubenzuron
Polpa comercial/20 mL de Acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v
Polpa comercial liofilizada/20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v
Figura 33
: Eficiência na recuperação
como suporte sólido na
proporção
acetato de etila:ciclohexano
Ensaios para a escolha da quantida
houve alteração significativa quando se utilizou 15, 20 ou 25 mL de acetato de
etila:ciclohexano na
proporção de 1:1, v/v, ocorrendo apenas uma perda de
recuperação (20-30%)
com 15 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção
1:1, v/v.
Desta forma, após a otimização dos parâmetros de extração por MSPD,
processo de validação
(m/m) amostra:
suporte sólido,
eluição foi feita
com 20 mL de acetato de etila:ciclohexano
72
64
70
71
Bromuconazol
Fenbuconazol
Fruto/20 mL de acetato de etila:ciclohexano na porporção 1:1, v/v
Polpa comercial/20 mL de acetato de etila:cilcohexano na proporção 1:1, v/v
Polpa comercial liofilizada/20 mL de acetato de etila:cilcohexano na proporção de 1:1, v/v
: Eficiência na recuperação
(%) dos pesticidas de açaí,
utilizando a alumina
proporção
1:3 (m/m), amostra:suporte sólido
e eluição com 20 mL de
na proporção 1:1, v/v.
Ensaios para a escolha da quantida
de de solvente foram realizados.
houve alteração significativa quando se utilizou 15, 20 ou 25 mL de acetato de
proporção de 1:1, v/v, ocorrendo apenas uma perda de
com 15 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção
Desta forma, após a otimização dos parâmetros de extração por MSPD,
processo de validação
foi realizado com a polpa comercial na
proporção de 1:3
suporte sólido,
com 1,0
g de sulfato de sódio
com 20 mL de acetato de etila:ciclohexano
,
1:1, v/v.
69
65
69
68
70
65
70
68
Fenbuconazol
Parationa
-
metílica
Cresoxim
-
metílico
Fruto/20 mL de acetato de etila:ciclohexano na porporção 1:1, v/v
Polpa comercial/20 mL de acetato de etila:cilcohexano na proporção 1:1, v/v
Polpa comercial liofilizada/20 mL de acetato de etila:cilcohexano na proporção de 1:1, v/v
50
utilizando a alumina
neutra
e eluição com 20 mL de
de de solvente foram realizados.
Não
houve alteração significativa quando se utilizou 15, 20 ou 25 mL de acetato de
proporção de 1:1, v/v, ocorrendo apenas uma perda de
com 15 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção
Desta forma, após a otimização dos parâmetros de extração por MSPD,
o
proporção de 1:3
g de sulfato de sódio
na coluna e a
1:1, v/v.
301
547
468
Teflubenzuron
Polpa comercial/20 mL de acetato de etila:cilcohexano na proporção 1:1, v/v
Polpa comercial liofilizada/20 mL de acetato de etila:cilcohexano na proporção de 1:1, v/v
6.3.2 Ensaios
para otimização da extração de pesticidas da matriz
por MSPD
Da mesma maneira que foi feita a escolha da proporção amostra:suporte
sólido para o amostra de
cupuaçu
, sendo os melhores resultados qualitativos obtidos com a alumina
neutra e sílica,
na proporção 2:5 e 1:2,
Foram realizados
de concentração
de 2 µg g
variando-se
o uso de MgSO
sólido, além de um adsorvente auxiliar na coluna, 1,0
20 mL de acetato de etila
34 e 35.
Figura 34:
Eficiência na recuperação
como suporte sólido, variando
adsorvente auxilia
r na coluna e eluição com 20 mL de acetato
64
80
35
65
47
37
Bromuconazol
Fenbuconazol
alumina neutra
alumina neutra/adsorvente auxiliar: Florisil
alumina neutra:MgSO4
alumina neutra:MgSO4/adsorvente auxiliar: Florisil
para otimização da extração de pesticidas da matriz
Da mesma maneira que foi feita a escolha da proporção amostra:suporte
sólido para o amostra de açaí
, este processo também foi executado
, sendo os melhores resultados qualitativos obtidos com a alumina
na proporção 2:5 e 1:2,
m/m, respectivamente.
Foram realizados
ensaios com
a amostra de cupuaçu fortificada
de 2 µg g
-1
,
utilizando adsorvente alumina
o uso de MgSO
4
(0,5
g) na homogeneização da amostr
sólido, além de um adsorvente auxiliar na coluna, 1,0
g de Florisil
20 mL de acetato de etila
. Os valores de recuperação
se encontram nas
Eficiência na recuperação
(%) dos pesticidas de cupuaçu,
utilizando
como suporte sólido, variando
o uso de MgSO
4
na homogeneização amostra:suporte sólido e
r na coluna e eluição com 20 mL de acetato
de etila.
68
42
65
50
37
64
48
39
61
42
28
Fenbuconazol
Parationa
-
metílica
Cresoxim
-
metílico
alumina neutra
alumina neutra/adsorvente auxiliar: Florisil
alumina neutra:MgSO4
alumina neutra:MgSO4/adsorvente auxiliar: Florisil
51
para otimização da extração de pesticidas da matriz
cupuaçu
Da mesma maneira que foi feita a escolha da proporção amostra:suporte
, este processo também foi executado
para a de
, sendo os melhores resultados qualitativos obtidos com a alumina
a amostra de cupuaçu fortificada
no nível
utilizando adsorvente alumina
neutra e sílica,
g) na homogeneização da amostr
a:suporte
g de Florisil
, e eluição com
se encontram nas
Figuras
utilizando
alumina neutra
na homogeneização amostra:suporte sólido e
117
145
Teflubenzuron
Figura 35: Efi
ciência na recuperação
suporte sólido, variando
o uso de MgSO
adsorvente auxilia
r na coluna e eluição com 20 mL de acetato
Percebe-
se que
são obtidos em comparação a sílica.
desenvolver um úni
co método para as duas matrizes, açaí e cupuaçu, foram
realizados ensaios com os solventes acetato de etila:
etila:ciclohexano, nas porporções de 1:1, v/v, ambos
amostra:suporte sólido,
3
57
119
45
111
115
Bromuconazol
Fenbuconazol
ciência na recuperação
(%) dos pesticidas de cupuaçu,
utilizando
o uso de MgSO
4
na homogeneização amostra:suporte sólido e
r na coluna e eluição com 20 mL de acetato
de etila.
se que
com alumina
neutra melhores valores de recuperação
são obtidos em comparação a sílica.
Considerando a intenção de se
co método para as duas matrizes, açaí e cupuaçu, foram
realizados ensaios com os solventes acetato de etila:
diclorometano
etila:ciclohexano, nas porporções de 1:1, v/v, ambos
, utilizando a proporção 1:3
amostra:suporte sólido,
Figura 36.
60
21
45
48
42
43
46
39
49
46
45
Fenbuconazol
Parationa-metílica Cresoxim-metílico
sílica
sílica/adsorvente auxiliar: Florisil
sílica:MgSO4
sílica:MgSO4/adsorvente auxiliar: Florisil
52
utilizando
sílica como
na homogeneização amostra:suporte sólido e
neutra melhores valores de recuperação
Considerando a intenção de se
co método para as duas matrizes, e cupuaçu, foram
diclorometano
e acetato de
, utilizando a proporção 1:3
1
120
98
94
Teflubenzuron
Figura 36
: Eficiência na recuperação
como suporte sólido na
proporção
carvão ativado.
Assim, ao comparamos os resultados obtidos nas duas matrizes
melhores resultados
amostra:suporte sólido
acetato de etila:ciclohexano na proporção
6.4 -
Validação do método analítico
6.4.1 - Linearidade
A
faixa linear de cada analito foi determinada usando o método de
regressão linear, o
btendo
determinação (r
2
).
183
31
44
22
60
67
Bromuconazol
Fenbuconazol
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção 1:1, v/v
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção de 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
: Eficiência na recuperação
(%) dos pesticidas de
cupuaçu utilizando a alumina
proporção
1:3 (m/m), amostra:suporte sólido
, com o uso ou o de
Assim, ao comparamos os resultados obtidos nas duas matrizes
melhores resultados
foram com a utilização da
proporção
amostra:suporte sólido
do adsorvente alumina neutra e eluiçã
o com 20 mL de
acetato de etila:ciclohexano na proporção
, 1:1, v/v.
Validação do método analítico
faixa linear de cada analito foi determinada usando o método de
btendo
-se os respectivos
coeficientes de correlação (r) e
52
50
22
23
21
61
69
57
37
40
44
Fenbuconazol
Parationa
-
metílica
Cresoxim
-
metílico
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção 1:1, v/v
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção de 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
53
cupuaçu utilizando a alumina
neutra
, com o uso ou não de
Assim, ao comparamos os resultados obtidos nas duas matrizes
, os
proporção
1:3 (m/m)
o com 20 mL de
faixa linear de cada analito foi determinada usando o método de
coeficientes de correlação (r) e
de
285
260
320
335
Teflubenzuron
20 mL de acetato de etila:diclorometano na proporção 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção de 1:1, v/v /0,05 g de carvão ativado
54
Para a matriz de açaí, as faixas de trabalho estiveram compreendidas
entre 0,08 a 10 µg mL
-1
por HPLC-UV/DAD e preparados tanto em solvente
acetonitrila como na matriz açaí. As Tabelas 10 e 11 apresentam os valores dos
coeficientes de correlação e as equações de regressão linear dos pesticidas por
HPLC-UV/DAD em solvente acetonitrila e na matriz, respectivamente. As
Figuras 37 a 39 demonstram as curvas analíticas para cada pesticida estudado
em solvente acetonitrila, e as figuras 40 a 42, na matriz açaí.
Tabela 10: Valores dos coeficientes de correlação e equação da reta para os pesticidas em
solvente acetonitrila e analisados por HPLC-UV/DAD.
Pesticidas
Linearidade
g mL
-1
)
Coeficiente de
correlação (r)
Equação da reta
Bromuconazol 0,08-10 0,999 y = 107465x + 9182,7
Fenbuconazol 0,08-10 0,999 y = 140312x - 1444,7
Parationa-metílica 0,08-10 0,999 y = 43161x + 4230,5
Cresoxim-metílico 0,08-10 0,999 y = 53675x + 3658,2
Teflubenzuron 0,08-10 0,997 y = 89427x + 8803,4
Tabela 11: Valores dos coeficientes de correlação e equação da reta para os pesticidas
preparados no extrato da matriz açaí e analisados por HPLC-UV/DAD.
Pesticidas
Linearidadeg
mL
-1
)
Coeficiente de
correlação (r)
Equação da reta
Bromuconazol 0,08-10 0,998 y = 103903x + 13965
Fenbuconazol 0,08-10 0,999 y = 135508x + 4453,7
Parationa-metílica 0,08-10 0,999 y = 41969x + 4277
Cresoxim
-
metílico
0,08
-
10
0,999
y = 52127x + 4010,7
Teflubenzuron 0,1-10 0,999 y = 79736x + 1956,8
55
(a)
(b)
Figura 37: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analizados por HPLC-UV/DAD: (a)
bromuconazol e (b) fenbuconazol.
y = 107465x + 9182, 7
R² = 0,998
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade bromuconazol
y = 140312x - 1444,7
R² = 0,999
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
1600000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade fenbuconazol
56
(a)
(b)
Figura 38: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analisados por HPLC-UV/DAD: (a)
parationa-metílica e (b) cresoxim-metílico.
y = 43161x + 4230,5
R² = 0,998
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
450000
500000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade parationa metílica
y = 53675x + 3658,2
R² = 0,999
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade cresoxim-metílico
57
(a)
Figura 39: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analisados por HPLC-UV/DAD: (a)
teflubenzuron
.
(a)
Figura 40: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato da
matriz açaí e analisados por HPLC-UV/DAD: (a) bromuconazol.
y = 89427x + 8803,4
R² = 0,994
0
200000
400000
600000
800000
1000000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade teflubenzuron
y = 103903x + 13965
R² = 0,998
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade bromuconazol
58
(a)
(b)
Figura 41: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato da
matriz açaí e analisados por HPLC-UV/DAD: (a) fenbuconazol e (b) parationa-metílica.
y = 135508x + 4453,7
R² = 0,999
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
1600000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade fenbuconazol
y = 41969x + 4277
R² = 0,997
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
450000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade parationa metílica
59
(a)
(b)
Figura 42: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato da
matriz açaí e analisados por HPLC-UV-DAD: (a) cresoxim-metílico e (b) teflubenzuron.
y = 52127x + 4010,7
R² = 0,999
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade cresoxim-metílico
y = 79736x + 1956,8
R² = 0,998
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
900000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade teflubenzuron
60
Para a matriz cupuaçu, as faixas de trabalho tiveram valores entre 0,2 a 6
µg mL
-1
por HPLC-UV/DAD e preparados tanto em solvente como na matriz
cupuaçu. As Tabelas 12 e 13 apresentam os valores dos coeficientes de
correlação e as equações de regressão linear dos pesticida por HPLC-UV/DAD
em solvente acetonitrila e no extrato da matriz cupuaçu, respectivamente. As
Figuras 43 a 45 demonstram as curvas analíticas para cada pesticida estudado
em solvente acetonitrila, e as Figuras 46 a 48, no extrato da matriz cupuaçu.
Tabela 12: Valores dos coeficientes de correlação e equação da reta para os pesticidas em
solvente acetonitrila e analisados por HPLC-UV/DAD.
Pesticidas
Linearidade
g mL
-1
)
Coeficiente de
correlação (r)
Equação da reta
Bromuconazol 0,2-6 0,998 y = 110764x + 7787,9
Fenbuconazol 0,2-6 0,998 y = 139782x - 188,6
Parationa-metílica 0,2-6 0,999 y = 44703x - 3571,3
Cresoxim-metílico 0,2-6 0,999 y = 54886x + 3108,0
Teflubenzuron 0,2-6 0,999 y = 89594x + 3451,9
Tabela 13: Valores dos coeficientes de correlação e equação da reta para os pesticidas
preparados no extrato da matriz cupuaçu e analisados por HPLC-UV/DAD.
Pesticidas
Linearidade
g mL
-1
)
Coeficiente de
correlação (r)
Equação da reta
Bromuconazol 0,2-6 0,999 y = 99708x + 1104,7
Fenbuconazol 0,2-6 0,999 y = 118932x - 3875,7
Parationa-metílica 0,2-6 0,999 y = 40433x + 177,2
Cresoxim
-
metílico
0,2
-
6
0,999
y = 48546x + 1023,
5
Teflubenzuron 0,2-6 0,999 y = 69501x + 1640,8
61
(a)
(b)
Figura 43: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analisados por HPLC-UV/DAD: (a)
bromuconazol e (b) fenbuconazol.
y = 110764x + 7787,9
R² = 0,997
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade bromuconazol
y = 139782x - 188,64
R² = 0,999
-100000
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade fenbuconazol
62
(a)
(b)
Figura 44: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analisados por HPLC-UV/DAD: (a)
parationa-metílica e (b) cresoxim-metílico.
y = 44703x + 3571,3
R² = 0,996
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
450000
500000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade parationa metílica
y = 54886x + 3108
R² = 0,998
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade cresoxim-metílico
63
(a)
Figura 45: Curvas analíticas obtidas no solvente acetonitrila e analisados por HPLC-UV/DAD: (a)
teflubenzuron
.
(a)
Figura 46: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato da
matriz cupuaçu: (a) bromuconazol.
y = 89594x + 3451,9
R² = 0,999
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
900000
1000000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade teflubenzuron
y = 99708x + 1104,7
R² = 1
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade bromuconazol
64
(a)
(b)
Figura 47: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato da
matriz cupuaçu: (a) fenbuconazol e (b) parationa-metílica.
y = 118932x - 3875,7
R² = 0,999
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade fenbuconazol
y = 40433x + 177,2
R² = 0,999
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
450000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade parationa metílica
65
(a)
(b)
Figura 48: Curvas analíticas por regressão linear para os pesticidas preparados no extrato da
matriz cupuaçu: (a) cresoxim-metílico e (b) teflubenzuron.
y = 48546x + 1023,5
R² = 0,999
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade cresoxim-metílico
y = 69501x - 1640,8
R² = 0,998
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
0 2 4 6 8 10 12
Área
C(µg mL
-1
)
Linearidade teflubenzuron
66
6.4.2 - Seletividade
Para a matriz açaí, o método foi seletivo para os pesticidas
bromuconazol, fenbuconazol, parationa-metílica e cresoxim-metílico, pois não
picos interferentes nessa região, porém para o pesticida teflubenzuron houve co-
eluição de componentes da matriz como observado na Figura 49.
(a)
(b)
(c)
Figura 49: Cromatogramas por obtidos no HPLC-UV/DAD da amostra testemunha de açaí (a), da
solução padrão dos pesticidas 2 µg mL
-1
no extrato da matriz (b), do processo de extração no
nível de fortificação de 2 µg mL
-1
(c), sendo: 1) bromuconazol, 2) fenbuconazol, 3) parationa-
metílica, 4) cresoxim-metílico, 5) teflubenzuron e I) interferentes da matriz. Para condições
cromatográficas ver item 5.6.
67
Para a matriz cupuaçu, o método foi seletivo para os pesticidas
fenbuconazol, parationa-metílica e cresoxim-metílico, pois não picos
interferentes nessa região, porém para os pesticidas bromuconazol e
teflubenzuron houve co-eluição de componentes da matriz como mostra a Figura
50.
(a)
(b)
(c)
Figura 50: Cromatogramas obtidos por HPLC-UV/DAD da amostra testemunha de cupuaçu(a),
da solução padrão dos pesticidas 2 µg mL
-1
no extrato da matriz cupuaçu (b), do processo de
extração no vel de fortificação de 2 µg mL
-1
(c), sendo: 1) bromuconazol, 2) fenbuconazol, 3)
parationa-metílica, 4) cresoxim-metílico, 5) teflubenzuron e I) interferentes da matriz de cupuaçu.
Para condições cromatográficas ver item 5.6.
68
6.4.3 - Precisão
No presente estudo, na matriz de açaí, o coeficiente de variação dos
pesticidas para os cálculos de recuperação variaram de 1,4 a 20,0 %, valores
aceitáveis para matriz complexa, exceção para o pesticida teflubenzuron que
tiveram valores acima dos aceitáveis para as análises realizadas em HPLC-
UV/DAD (Tabela 14).
6.4.4 - Exatidão
Para essa figura de mérito a avaliação do método desenvolvido foi
realizada por meio de ensaios de fortificação de amostras testemunhas de açaí
em três níveis de concentração (1,0; 2,0 e 6,0 µg mL
-1
), em triplicata, para cada
nível.
Para a matriz açaí, os valores de recuperação foram satisfatórios para os
níveis de fortificação estudados, com exceção do pesticida teflubenzuron que
para os níveis 1 e 2 µg mL
-1
, obteve valores altos de recuperação, 324 e 547 %,
respectivamente, evidenciando o efeito matriz. Esse efeito foi minimizado com o
aumento da concentração, observando-se que no nível de 6 µg mL
-1
o valor de
recuperação foi de 108 %. O efeito matriz pode variar de acordo com a
concentração do analito na matriz (HAJSLOVÁ et al., 1998; LEHOTAY, 2000),
percebe-se no caso do teflubenzuron, que com o aumento na concentração do
analito o efeito matriz não foi significativo.
69
Tabela 14: Valores de recuperação média e coeficiente de variação dos pesticidas em matriz
açaí por MSPD e HPLC-UV/DAD.
Pesticida
vel de fortificação
g mL
-1
)
Recuperação
média (%)
RSD (%)
Bromuconazol
1 119 17,3
2 70 14,4
6 68 6,4
Fenbuconazol
1 66 20,0
2 69 1,4
6 70 2,6
Parationa-metílica
1 95 8,4
2 68 4,9
6 70 4,3
Cresoxim-metílico
1 57 7,5
2 70 15,1
6 65 3,8
Teflubenzuron
1 324 25,3
2 547 23,7
6 108 7,1
6.3.5 - Limite de Detecção
O limite de detecção pode ser calculado através do desvio padrão
amostral do menor nível de concentração obtido na curva analítica (7 replicatas).
Neste caso, não foi possível calcular pelo menor nível, sendo calculado pelo
nível intermediário, o mesmo para o limite de quantificação. Os valores dos
limites de detecção do método para a matriz açaí se encontram na Tabela 15.
Tabela 15: Limite de detecção dos pesticidas utilizando MSPD e HPLC-UV/DAD para a matriz
açaí.
Pesticidas
LD (µg
g
-
1
) do método para a matriz açaí
Bromuconazol
0,9
Fenbuconazol
0,6
Parationa
-
metílica
0,1
Cresoxim
-
metílico
0,1
70
6.4.6 - Limite de quantificação
A literatura registra alguns trabalhos, como o método desenvolvido por
MALDANER et al., 2008 para a determinação de 6 pesticidas (imazethapyr,
imazaquin, metsulfuron-Me, carboxin, chlorimuron-Et, e tebuconazol) em soja
utilizando MSPD e HPLC-DAD com limite de quantificação na faixa de 0,04 a
0,08 µg g
-1
, também, WANG et al.,2007, desenvolveram um método para
determinação de resíduos de fungicidas (um dos fungicidas o cresoxim-metílico
em maçã, laranja, banana, alface, uva e tomate utilizando MSPD e HPLC/ESI-
MS-MS com um limite de quantificação de 0,004 a 0,1
µg g
-1
, (CAPRIOTTI et
al., 2010). Percebe-se que ao limites de quantificação obtidos pelo método, 0,4-
2,1 µg g
-1
para a matriz açaí se encontram acima dos valores encontrados na
literatura, mas evidencia-se que essa comparação é superficial pelo fato de
serem matrizes diferentes, apesar de complexas, e utilizando diferentes
proporções amostra:suporte sólido e solvente de eluição. Além disso, o método
de análise no trabalho desenvolvido por WANG et al., 2007 foi a cromatografia
líquida acoplada a espectometria de massas, que é mais seletivo do que o UV-
DAD. Na Tabela 16 estão apresentados os valores dos limites de quantificação
(LQ) dos pesticidas utilizando MSPD e HPLC-UV/DAD para a matriz açaí.
Tabela 16: Limite de quantificação dos pesticidas utilizando MSPD e HPLC-UV/DAD para a
matriz açaí.
Pesticidas
LQ (µg
g
-
1
) do método para a matriz
açaí
Bromuconazol
2,1
Fenbuconazol
1,7
Parationa
-
metílica
0,4
Cresoxim
-
metílico
0,6
71
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O procedimento analítico por MSPD envolvendo a homogeneização da
amostra (1,0 g) em suporte sólido alumina (3,0 g), sem etapa de limpeza (clean-
up) e eluição com 20 mL de acetato de etila:ciclohexano na proporção 1:1, v/v foi
desenvolvido para extração dos pesticidas bromuconazol, fenbuconazol,
parationa-metílica e cresoxim-metílico para as matrizes açaí e cupuaçu,
obtendo-se valores aceitáveis de recuperação pela utilização da técnica de
HPLC-UV/DAD.
Na validação do método desenvolvido foram avaliadas as figuras de
mérito: linearidade, exatidão e precisão, limites de quantificação e detecção. O
método teve uma faixa maior de linearidade na matriz açaí em relação a matriz
cupuaçu, com coeficientes de correlação variando entre 0,998-0,999 na faixa de
concentração 0,08-10 µg mL
-1
para a matriz açaí; e coeficientes de correlação
0,999 na faixa de concentração 0,2-6 µg mL
-1
, para a matriz cupuaçu.
Na matriz açaí, para os pesticidas bromuconazol, fenbuconazol,
parationa-metílico e cresoxim-metílico os valores estão na faixa 57-119 %,
dentro da faixa aceitável descrita na literatura para a análise de resíduos de
pesticidas em amostras complexas (50-120 %) e em concordância com os
valores de coeficientes de variação, na faixa de 1,4-20 % (menores que 20 %).
Os limites de detecção e quantificação do método foram entre 0,1-0,9 µg g
-1
e
0,4-2,1 µg g
-1
, respectivamente. Para a matriz cupuaçu, valores de recuperação
entre 57 - 69 %, ao nível de concentração de 2 µg g
-1
.
O efeito matriz comprometeu a extração e análise do pesticida
teflubenzuron.
72
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