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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA FARMACÊUTICA
PROF. DELBY FERNANDES DE MEDEIROS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E
SINTÉTICOS BIOATIVOS
NAIANA GONDIM PEREIRA BARROS LIMA
ESTUDO DA POSSÍVEL ATIVIDADE PSICOFARMACOLÓGICA DO D-
LIMONENO EM MODELO COMPORTAMENTAL EM CAMUNDONGOS
JOÃO PESSOA - PB
2009
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1
NAIANA GONDIM PEREIRA BARROS LIMA
ESTUDO DA POSSÍVEL ATIVIDADE PSICOFARMACOLÓGICA DO D-
LIMONENO EM MODELO COMPORTAMENTAL EM CAMUNDONGOS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos do Laboratório de
Tecnologia Farmacêutica Prof. Delby Fernandes de Medeiros da
Universidade Federal da Paraíba, para obtenção do grau de
MESTRE EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS.
Área de Concentração: FARMACOLOGIA.
Orientador:
Prof. Dr. REINALDO NÓBREGA DE ALMEIDA
Co-orientador
Prof. Dr. DAMIÃO PERGENTINO DE SOUSA
JOÃO PESSOA - PB
2009
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2
L732e Lima, Naiana Gondim Pereira Barros.
Estudo da possível atividade
psicofaramacológica do D-limoneno em modelo
comportamental em camundongos / Naiana
Gondim Pereira Barros Lima.- João Pessoa, 2009.
129f.
Orientador: Reinaldo Nóbrega de Almeida
Co-orientador: Damião Pergentino de Sousa
Dissertação (Mestrado) – UFPB/CCS/LTF
1. Produtos Naturais. 2. Óleos essenciais. 3.
D-limoneno (DLO). 4. Plantas aromáticas. 5. DLO –
atividade ansiolítica.
3
FOLHA DE APROVAÇÃO
NAIANA GONDIM PEREIRA BARROS LIMA
ESTUDO DA POSSÍVEL ATIVIDADE PSICOFARMACOLÓGICA DO D-
LIMONENO EM MODELO COMPORTAMENTAL EM CAMUNDONGOS
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos
Bioativos do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica
Prof. Delby Fernandes de Medeiros da Universidade
Federal da Paraíba, para obtenção do grau de MESTRE
EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS.
Área de Concentração: FARMACOLOGIA
Aprovada em: 27/03/2009
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. REINALDO NÓBREGA DE ALMEIDA (Orientador - UFPB)
Prof. Dr. Damião Pergentino de Sousa (Co-orientador - UFS)
Profa. Dra. Leônia Maria Batista (Examinadora - UFPB)
Prof. Dr. Fladmir de Sousa Claudino (Examinador - UFCG)
4
“Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor
fosse feito... Não somos o que deveríamos ser, não somos o que iremos ser. Mas,
graças a Deus, nãos somo o que éramos.”
Martin Luther King
5
Dedicatórias
Ao meu esposo, meu grande amor, Ígor Prado, pelo
compartilhamento de todos os momentos da minha vida, mais
fáceis e mais difíceis, além do seu total apoio, amor e carinho a
mim dedicados.
Aos meus pais, Sinedei de Moura e Vânia Gondim, pela dedicação
e esforços incondicionais aos meus estudos e que sempre me deram
muito amor e carinho.
Ao meu irmão, André Gondim, pelo exemplo de vida, coragem e
determinação.
6
Agradecimentos
"Quando se diz obrigado, se dizem muitas coisas mais,
que vêm de muito longe com a origem do indivíduo, e de
tão perto como o pulsar do coração".
(Pablo Neruda)
A DEUS, que me carregou no colo em muitos momentos desta caminhada para que o desânimo,
cansaço, angústias fossem embora e que sempre me protegeu na BR- 230.
Aos meus pais e irmão pelo carinho, apoio e por acreditar sempre que este trabalho seria
concluído.
Ao meu esposo pelo total apoio nesta etapa da minha vida.
Aos meus sogros, Dr. Paulo e Dona Margaret, pelo apoio durante este momento tão importante
da minha vida.
Ao Prof. Dr. Reinaldo Nóbrega de Almeida, meu orientador, que acreditou em mim, exemplo de
sabedoria, serenidade, competência e dedicação.
Ao Prof. Dr. Damião Pergentino de Sousa pela co-orientação, pelos ensinamentos químicos e
pelo fornecimento do monoterpeno D-limoneno
À Prof. Drª. Liana Clébia Soares Lima de Moraes pela amizade e incentivo.
Ao professor Dr. Eduardo de Jesus Oliveira, meu orientador da iniciação científica, que me
apresentou ao mundo da pesquisa e me proporcionou momentos de muito aprendizado.
7
Aos professores do curso de pós-graduão, pelos conhecimentos transmitidos e dedicação
permanente aos alunos e ao programa de pós-graduação.
Ao Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos,
Prof. Dr. José Maria Barbosa Filho pelo tratamento sempre cordial e apoio.
Aos professores Fladmir Claudino e Leônia Batista por terem gentilmente aceito o convite para
participar da banca examinadora desta dissertação.
Ao doutorando Fernando de Oliveira, pelos comentários pertinentes que contribuíram para o
enriquecimento deste trabalho.
Às doutorandas, Leandra Eugênia, Vanine Gomes, Camila Carolina, Flávia Negromonte pelos
ensinamentos e pelo carinho que me demonstraram nesta fase da minha vida.
Aos amigos de pós-graduação: Fabíola, Kelly, Solange, Mariane, Angélica, Analúcia, pela
amizade e apoio recebido.
Aos estudantes de iniciação científica: Guilherme e Lucas pela dedicação e seriedade na
execução dos experimentos.
A todos que fazem parte do Laboratório de Psicofarmacologia, pelos préstimos e convívio
amigável, que tornaram mais agradável minha passagem por este laboratório.
Ao Laboratório de Tecnologia Farmacêutica pelo espaço para realização do trabalho.
A Luis Cordeiro, Adriano Silva e José Crispim Duarte pela disponibilidade e apoio técnico
imprescindível na execução deste trabalho.
Ao CNPq pelo apoio científico e financeiro durante o primeiro ano de mestrado.
Ao Departamento de Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba por ter me incentivado
para a realização da minha parte experimental.
Aos professores Departamento de Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba, em especial
aos Professores: Rossana Miranda, Thúlio Antunes, Alessandra Teixeira, Raíssa Catão e Nícia
Stellita
Á minha amiga e colega de trabalho, Michelle de Oliveira, que muito me incentivou e apoiou.
8
A todos os funcionários do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica e à secretária da Pós-
graduação Tânia Araújo, pelos serviços prestados.
Ao Biotério Prof. Dr. Thomas George do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica pelo
fornecimento dos animais.
Aos grandes amigos, Jorge e Juliana, pelo carinho e apoio, momentos de alegria, palavras amigas
e incentivadoras.
Aos amigos Thaís, Suênia, Ionaldo, Nilson, Kellyane pela amizade e apoio.
Enfim, a todos que contribuíram direta ou indiretamente na realização deste trabalho, o meu
MUITO OBRIGADA!
9
RESUMO
LIMA, N.G.P.B. Estudo da possível atividade psicofarmacológica do d-
limoneno em modelo comportamental em camundongos. 2009. Dissertação
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.
D-limoneno (DLO) é um monoterpeno prevalente em óleos essências de várias
espécies de plantas aromáticas. Estudos prévios demonstraram que esse composto
apresentava atividade no SNC. O presente estudo objetivou investigar a atividade
ansiolítica do DLO. Na triagem farmacológica comportamental, para avaliar o efeito no
SNC do DLO, observou-se que os camundongos tratados por via intraperitoneal (i.p.)
apresentaram alterações comportamentais indicativas de analgesia e hiperatividade.
Por outro lado, os camundongos tratados por via inalatória (v.i.) apresentaram
defecação diminuída e analgesia. Os animais tratados com DLO (50 mg/kg, i.p.) não
apresentaram alteração na coordenação motora no teste de rota Rod quando
comparados com grupo controle, até 120 minutos após a administração. A dose de 50
mg/kg, i.p., potencializou o tempo de sono induzido pelo pentobarbital (40 mg/kg, i.p.) e
diminuiu sua latência. Desde que o aumento do tempo de sono induzido por
pentobarbital indica uma ação sedativa ou hipnótica, o envolvimento do sistema
GABAérgico pode ser considerado. No teste do campo aberto, DLO nas doses de 25,
50 e 100 mg/kg (i.p.) reduziram significativamente o tempo de auto-limpeza. Quando
avaliada a metodologia no labirinto em cruz elevado (LCE), via i.p., na dose de 50
mg/kg, foi observado um efeito ansiolítico pelo aumento no tempo total de permanência
nos braços abertos. Efeito similar foi mostrado quando os camundongos foram tratados
com DLO (0,5 e 1,0 %, v.i.) representado pelo aumento no número de entradas e no
tempo de permanência nos braços abertos do LCE. No entanto, DLO 2,5 % v.i.,
apresentou um efeito ansiogênico evidenciado pelo aumento do tempo de permanência
nos braços fechados. A segunda etapa desse estudo consistiu em determinar dados
sobre o mecanismo de ação do DLO. A presença do flumazenil, um antagonista seletivo
do sítio benzodiazepínico dos receptores GABA
A
, não foi efetivo em reverter o efeito
ansiolítico do DLO (50 mg/kg, i.p. e 1% v.i).
Portanto, de acordo com os resultados
obtidos desse estudo, DLO apresenta atividade ansiolítica por via intraperitoneal e
inalatória, sendo esse efeito desprovido de interferência na coordenação motora e sem
relação direta com os receptores GABA
A
. Entretanto, o exato mecanismo de ão
permanece a ser elucidado.
Palavras-chave: D-limoneno, monoterpeno, atividade ansiolítica, labirinto em cruz
elevado.
10
ABSTRACT
LIMA, N.G.P.B. Study of the possible psychopharmacology activity of the D-
limonene in behavioral animal models in mice. 2009. Dissertação Universidade
Federal da Paraíba, João Pessoa.
D-Limonene (DLO) is a monoterpene prevalente in essential oils of various aromatic
plants species. Previous studies have shown that this compound exerts some activity on
the central nervous system. The present study aimed to investigate the putative
anxiolytic-like activity of DLO. In the behavioral screening that evaluate possible effects
in CNS of DLO was observed that treated mice (i.p.) showed any behavioral alterations
indicatives of analgesia and CNS excitation. The other hand, inhalation treated mice
presented analgesia and reduction of the defecation. Animals treated with DLO (50
mg/kg, i.p.) did not present reduction of the motor activity when was compared to
control group at 120 minutes after administration. The dose of 50 mg/kg i.p. increased
the sleeping time induced by pentobarbital (40 mg/kg) and decreased the latency to
induce sleep. Since that significant increase of the time of sleep induced by
pentobarbital indicate a sedative or hypnotic action, an involvement of the GABAergic
system may be considered. In the open field test, DLO at the doses of 25, 50 and 100
mg/kg (i.p) significantly reduced of the time spent in grooming behavior. When evaluated
in elevated plus maze methodology (EPM), i.p. route, at dose of 50 mg/kg, an anxiolyt-
like effect was observed by the increased of the time spent into open arms. Similar effect
was showed when mice were treated with DLO (0,5 e 1,0 %, v.i.) represented by the
increased frequency of entries and the time spent into open arms of EPM. However,
DLO 2.5% v.i., presented a anxiogenic-like effect evidenced by the increase of the time
of permanence in the closed arms. The second part of this study involved the
investigation of a possible mechanism of action of DLO. The presence of flumazenil, a
selective antagonist of benzodiazepine site of GABA
A
receptor was not effective to revert
the anxiolytic effect of DLO (50 mg/kg, i.p. e 1% v.i). Therefore, according the results
obtained in this study, DLO presents anxiolytic-like activity by intraperitoneal and
inhalation routes, being this effect unprovided of interference in the motor coordination
and without direct relation with receptors GABA
A
. However, the exact underlying
mechanism of action remains to be elucidated.
KEY WORDS: D-limonene, monoterpene, anxiolytic-like activity, elevated plus-maze
test
11
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Estruturas químicas do Ácido gama-aminobutírico (A); Diazepam (B)
e Flumazenil (C)...................................................................................
23
Figura 2
Estrutura do Receptor GABA
A
..............................................................
23
Figura 3
Biossíntese da serotonina....................................................................
25
Figura 4
Estrutura do glutamato.........................................................................
27
Figura 5
Sinapse glutamatérgica........................................................................
28
Figura 6
Receptor N-metil-D-aspartato, estado fechado e estado
aberto...............................
28
Figura 7
Estrutura química dos compostos: isopreno, monoterpeno e
sesquiterpeno
37
Figura 8
Formação do limoneno a partir do geranil pirofostato......
39
Figura 9
Estruturas químicas do limoneno (A), e de outros monoterpenos com
atividade no SNC: α,β-epóxi-carvona (B), isopulegol (C), linalol
(D).......................................................................................................
40
Figura 10
Camundongo Swiss macho e albino.................................................... 46
Figura 11
Aparelho de rota rod.............................................................................
48
Figura 12
Aparelho do labirinto em cruz elevado................................................. 49
Figura 13
Aparelho do campo aberto................................................................... 50
Figura 14
Caixa de inalação................................................................................. 50
Figura 15
Resumo esquemático do estudo psicofarmacológico do D-limoneno
pela via intraperiotenal.........................................................................
51
Figura 16 Resumo esquemático do estudo psicofarmacológico do D-limoneno
por via inalatória...................................................................................
52
Figura 17
Efeitos do DLO e diazepam sobre a latência do sono em segundos
no teste do tempo de sono induzido pelo
pentobarbital.................................................................................
63
Figura 18
Efeitos do DLO e diazepam sobre o tempo de sono induzido pelo
pentobarbital..........................................
64
Figura 19
Efeitos do DLO e diazepam sobre a coordenação motora dos
animais nos tempos 30 min, 60 min e 120
min........................................................................................................
65
Figura 20
Efeitos do DLO e diazepam sobre a auto-limpeza dos animais no
teste do campo aberto..............
66
Figura 21
Efeitos do DLO e diazepam sobre a ambulação dos animais no teste
do campo aberto.................
67
Figura 22
Efeitos do DLO e diazepam sobre a elevação dos animais no teste
do campo aberto....................
67
Figura 23
Efeitos do DLO e diazepam sobre o número de bolos fecais dos
animais no teste do campo
aberto...................................................................................................
68
12
Figura 24
Efeitos do DLO e diazepam sobre o tempo de permanência nos
braços abertos e fechados do labirinto em cruz
elevado......................................................................
70
Figura 25
Efeitos do DLO e diazepam sobre o número de entrada nos braços
abertos e fechados do labirinto em cruz
elevado......................................................................
70
Figura 26
Efeitos do Controle, DLO, diazepam e flumazenil sobre o tempo de
permanência nos braços abertos e fechados do labirinto em cruz
elevado.....................
72
Figura 27
Efeitos do Controle, DLO, diazepam e flumazenil sobre o número de
entrada nos braços abertos e fechados do labirinto em cruz
elevado.................................
72
Figura 28
Efeitos do DLO v.i. e diazepam i.p. sobre a auto-limpeza dos
camundongos no teste do campo aberto..............
75
Figura 29
Efeitos do DLO v.i. e diazepam i.p. sobre a ambulação dos animais
no teste do campo aberto...........................
76
Figura 30
Efeitos do DLO v.i. e diazepam i.p. sobre a quantidade de levantar
no teste do campo aberto em
camundongos.......................................................................................
76
Figura 31
Efeitos do DLO v.i. e diazepam i.p. sobre a quantidade de bolos
fecais no teste do campo aberto em
camundongos.......................................................................................
77
Figura 32
Efeitos do DLO v.i. e diazepam i.p. sobre o tempo de permanência
nos braços do labirinto em cruz elevado.....
79
Figura 33
Efeitos do DLO v.i. e diazepam i.p. sobre o número de entrada nos
braços do labirinto em cruz elevado............
79
Figura 34
Efeitos do DLO v.i., diazepam i.p. e do flumazenil i.p. sobre o tempo
de permanência nos braços abertos e fechados do labirinto em cruz
elevado.....................
81
Figura 35
Efeitos do DLO v.i., diazepam i.p. e do flumazenil i.p. sobre o
número de entradas nos braços abertos e fechados do labirinto em
cruz elevado.................................
81
13
LISTA DE QUADROS
Quadro 1
Classificação dos modelos animais de ansiedade............................... 31
Quadro 2
Protocolo utilizado na triagem farmacológica.......................................
54
Quadro 3
Principais alterações comportamentais registradas em
camundongos decorrentes da administração do D-limoneno via
intraperitoneal.......................................................................................
62
Quadro 4 Principais alterações comportamentais registradas em
camundongos decorrentes da administração do D-limoneno via
inalatória...............................................................................................
74
14
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
5-HT
1A
Receptor serotoninérgico – subtipo 1A
5-HT
1B
Receptor serotoninérgico – subtipo 1B
5-HT
3
Receptor serotoninérgico – subtipo 3
5-HT Serotonina
AMPc Monofosfato de adenosina cíclica
ANOVA Análise de variância
BZD Benzodiazepínicos
C Carbono
Ca
2+
Cálcio
CG-EM Cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa
DLO D-limoneno
DZP Diazepam
e. p. m. Erro padrão da média
et AL E colaboradores
GABA Ácido gama amino butírico
GABA
A
Receptor de ácido gama amino burico tipo A
GABA
B
Receptor de ácido gama amino burico tipo B
iGlu Receptores glutamato ionotrópicos
i.p. Intraperitoneal
K
+
Íon potássio
LCE Labirinto em cruz elevado
LTF Laboratório de Tecnologia Farmacêutica
mGlu Receptores glutamato metabotrópicos
Na
+
Íon sódio
NMDA N-metil-D-aspartato
OEs Óleos essenciais
PTZ Pentilenotetrazol
RMN
13
C Ressonância Magnética Nuclear de Carbono 13
r. p. m. Rotações por minuto
Seg Segundo
SNC Sistema Nervoso Central
Tween 80 Polioxetileno Sorbitano Monoleato
v.i. via inalatória
OBS: As abreviaturas e os símbolos utilizados neste trabalho e que não constam nesta
relação, encontram-se descritas no texto ou são convenções adotadas universalmente.
15
SUMÁRIO
I INTRODUÇÃO......................................................................................................
19
1CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS DISTÚRBIOS DA ANSIEDADE..........
19
2 DROGAS ANSIOLÍTICAS.................................................................................... 22
2.1 BENZODIAZEPÍNICOS.....................................................................................
22
2.2 AGONISTAS DOS RECEPTORES DE SEROTONINA 5-HT
1A
........................ 25
2.3 ANTAGONISTAS GLUTAMATÉRGICOS......................................................... 27
2.4 ANSIOLÍTICOS QUE ATUAM POR OUTRAS VIAS DE
NEUROTRANSMISSÃO........................................................................................
29
3 MODELOS ANIMAIS PARA AVALIAR DROGAS ANSIOLÍTICAS...................... 30
4 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE PLANTAS MEDICINAIS.......................... 33
5 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS ÓLEOS ESSÊNCIAS E SEUS
PRINCIPAIS COMPONENTES...............................................................................
35
6 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O D-LIMONENO...................................... 39
II OBJETIVOS.........................................................................................................
44
2.1 GERAL.............................................................................................................. 44
2.2 ESPECÍFICOS.................................................................................................. 44
III MATERIAL..........................................................................................................
46
3.1 ANIMAIS............................................................................................................
46
3.1.1 Condições experimentais............................................................................
46
3.2 DROGAS E REAGENTES................................................................................ 47
3.2.1 Preparo das substâncias............................................................................. 47
3.2.1.1 Via intraperitoneal........................................................................................
47
3.2.1.2 Via inalatória................................................................................................
48
3.3 APARELHAGEM............................................................................................... 48
16
3.3.1 Aparelho do rota rod....................................................................................
48
3.3.2 Aparelho do labirinto em cruz elevado......................................................
49
3.3.3 Aparelho do campo aberto..........................................................................
49
3.3.4 Caixas de inalação.......................................................................................
50
IV MÉTODOS..........................................................................................................
51
4.1 TESTE PRELIMINAR DA ATIVIDADE NO SNC............................................... 53
4.1.1 Triagem farmacológica comportamental...................................................
53
4.2 AVALIAÇÃO GERAL DA ATIVIDADE NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL... 55
4.2.1 Teste da potencialização do sono induzido pelo pentobarbital..............
55
4.2.2 Avaliação da coordenação motora (teste do rota rod).............................
55
4.2.3 Teste do campo aberto................................................................................
56
4.3 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANSIOLÍTICA.....................................................
57
4.3.1 Teste do Labirinto em cruz elevado...........................................................
57
4.4 AVALIAÇÃO DO ENVOLVIMENTO DO SISTEMA GABAÉRGICO NO
EFEITO ANSIOLÍTICO DO D-LIMONENO.................................................
57
4.4.1 Bloqueio do efeito ansiolítico pelo tratamento prévio com flumazenil
no teste do labirinto em cruz elevado................................................................
57
4.4.1.1 Via intraperitoneal........................................................................................
58
4.4.1.2 Via inalatória................................................................................................
58
4.5. ANÁLISE ESTATÍSTICA.................................................................................. 59
V RESULTADOS....................................................................................................
62
5.1 TESTE PRELIMINAR DA ATIVIDADE NO SNC............................................... 62
5.1.1 Efeito do D-Limoneno na triagem farmacológica comportamental por
via intraperitoneal..................................................................................................
62
5.2 AVALIAÇÃO GERAL DA ATIVIDADE NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL... 63
17
5.2.1 Teste da potencialização do tempo de sono induzido pelo
pentobarbital por via intraperitoneal...................................................................
63
5.2.2 Avaliação da coordenação motora (teste de rota rod).............................
65
5.2.3 Teste do campo aberto................................................................................
66
5.3 AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA ATIVIDADE NO SISTEMA NERVOSO
CENTRAL................................................................................................................
69
5.3.1 Avaliação da atividade ansiolítica (via intraperitoneal)............................
69
5.3.1.1 Teste do labirinto em cruz elevado..............................................................
69
5.4 AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO SÍTIO BENZODIAZEPÍNICO DOS
RECEPTORES GABA
A
...........
71
5.5 TESTE PRELIMINAR DA ATIVIDADE NO SNC............................................... 74
5.5.1 Efeito do DLO na triagem farmacológica comportamental via
inalatória.................................................................................................................
74
5.6 AVALIAÇÃO GERAL DA ATIVIDADE NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL... 75
5.6.1 Teste do campo aberto................................................................................
75
5.7 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANSIOLÍTICA POR VIA INALATÓRIA...............
78
5.7.1 Teste do labirinto em cruz elevado.............................................................
78
5.8 AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO TIO BENZODIAZEPÍNICO DOS
RECEPTORES GABA
A
.................................................................................
80
VI DISCUSSÃO.......................................................................................................
83
VII CONCLUSÕES..................................................................................................
95
REFERÊNCIAS.......................................................................................................
97
18
19
I INTRODUÇÃO
1 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS DISTÚRBIOS DA ANSIEDADE
De acordo com Associação Psiquiátrica Americana (1994) e estudos recentes
realizados por Mora et al. (2005a), ALMEIDA et al. (2004) as desordens da ansiedade
são as doenças psiquiátricas das mais predominantes na população geral.
Em países desenvolvidos, as doenças mentais representam 25% do perfil de
morbidade. Na União Européia compreendendo 28 países com a população de cerca
de 466 milhões de habitantes, o custo financeiro de desordens do cérebro foi estimado
em 386 bilhões de euros em 2004. A respeito das desordens da ansiedade, cerca de 41
milhões de cidadãos da União Européia sofrem destas doenças; sendo a mais
prevalente o distúrbio psiquiátrico (ANDLIN-SOBOCKI et al., 2005). Tal realidade
também se expressa nos Estados Unidos da América. O número estimado de pacientes
com ansiedade é em torno de 20 a 26 milhões e o custo anual com tratamentos
equivale a cerca de 42 bilhões de dólares (DUPONT et al., 1996; GREENBERG et al.,
1999). No Brasil, Almeida Filho et al., (1992) fizeram um estudo de morbidade
psiquiátrica em adultos, realizado nas cidades de Brasília, São Paulo e Porto Alegre, o
que demonstrou que os transtornos ansiosos afetam 12%, 6,9% e 5,4% da população
respectivamente, encontrando-se em primeiro lugar entre os mais prevalentes
diagnósticos psiquiátricos.
A ansiedade representa um problema de saúde pública substantivo nos países
desenvolvidos (RICE; MILLER, 1998) com o cálculo de gastos de 5 bilhões de euros
por ano no Reino Unido pelo tratamento farmacológico padrão (MALIZIA, 2002). Devido
aos efeitos colaterais do tratamento tradicional com os ansiolíticos, têm aumentado o
interesse no uso de terapias alternativas, incluindo aromaterapia. (BRADLEY et al.,
2007).
A ansiedade é uma emoção semelhante ao medo, porém, enquanto no medo
uma ameaça definida, na ansiedade, a fonte do perigo é incerta ou desconhecida. A
20
ansiedade manifesta-se em diferentes planos: psicológico, fisiológico e comportamental
(GRAEFF, 1997; PEREIRA, 2004). A sensação caracteriza-se por um sentimento
difuso, desagradável e vago de apreensão, freqüentemente, acompanhado por
sintomas autonômicos, como cefaléia, perspiração, palpitações, aperto no peito e leve
desconforto abdominal. Os sintomas presentes durante a ansiedade tende a variar
entre as pessoas. A ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, interna,
vaga ou de origem conflituosa. Quando considerada simplesmente como um sinal de
alerta, tal doença pode ser encarada como uma emoção semelhante ao medo, podendo
preparar o indivíduo para tomar medidas necessárias, para evitar a ameaça ou, pelo
menos, atenuar suas conseqüências (KAPLAN; SADOCK; GREBB, 1997).
Schmitt e Kapczinski (2004) descrevem que é um consenso na psiquiatria que
todo ser humano tem um quantum de ansiedade considerada normal e de valor
adaptativo, visto que esta ansiedade é um fenômeno conhecido pelo homem
milhares de anos e não seria um exagero dizer que esse sentimento foi um dos
responsáveis pela sobrevivência humana na terra. O medo do ataque de predadores e
a antecipação mental desta possibilidade, característica típica da ansiedade, levaram o
homem a adotar estratégias eficazes de fuga ou enfrentamento, resultando na
manutenção da espécie.
A distinção entre o estado ansioso patológico e o normal não tem uma definição
nítida, mas representa o ponto no qual, os sintomas interferem com as atividades
produtivas normais. Sabe-se que um pouco de ansiedade é necessário para um melhor
desempenho nas tarefas cognitivas, porém quando em exagero pode ser inadequada,
perturbando acentuadamente o desempenho. Nesse caso pode-se falar em ansiedade
patológica, que pode ser considerada uma resposta inapropriada a um estímulo, em
virtude de sua intensidade ou duração, e será alvo de intervenção dica quando for
desproporcional às possíveis causas aparentes, muito persistentes e interferir no
funcionamento global do indivíduo de maneira significativa (PAPROCKI, 1990).
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais da
Associação Norte-Americana de Psiquiatria (1994) classifica os transtornos de
ansiedade nos seguintes tipos: Transtorno de pânico sem agorafobia, transtorno de
pânico com agorafobia, fobia específica, fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo,
21
transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de estresse agudo, transtorno de
ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade devido a uma condição médica geral,
transtorno de ansiedade devido a uma substância e transtorno de ansiedade sem outra
especificação.
Andreatini, Boerngen-Lacerda e Zorzetto Filho (2001), relataram que na década
de 90 houve os maiores avanços em compreender as bases neuroanatômicas e
neurohumorais da ansiedade, assim como a farmacologia e a psicoterapia do
tratamento dos transtornos da ansiedade. Embora na gênese da ansiedade estejam
envolvidos diversos sistemas de neurotransmissores integrados, os medicamentos mais
comumente empregados no tratamento das desordens ansiosas envolvem os sistemas
GABAérgico e serotonérgico (NUTT; RICKELS; STEIN, 2002).
De acordo com Bloom (2005) o sistema límbico é uma designação para regiões
cerebrais (formação do hipocampo, complexo amigdalóide, septo, núcleos olfatórios,
gânglios da base e núcleos selecionados do diencéfalo) agrupados ao redor das bordas
subcorticais do núcleo cerebral subjacente, ao qual é atribuída uma variedade de
funções emocionais e motivacionais complexas. Acredita-se que os circuitos neurais
que envolvem a amígdala e o hipocampo são a base da ansiedade (ROSEN;
SCHULKIN, 1998).
Estudos com animais sugerem que algumas formas de ansiedade são mediadas
através do sistema noradrenérgicos (McQUADE; STANFORD, 2000), mas estudos
recentes confirmam esta hipótese somente parcialmente. Outras pesquisas implicam o
sistema serotoninérgico em alguns tipos de ansiedade (CAMPBELL; MERCHANT,
2003).
De acordo com Lépine (2001) e Brown et al. (1996), os sintomas de ansiedade
podem trazer muito sofrimento e em alguns casos incapacidade para seus portadores.
A ansiedade é uma emoção normal e também uma desordem psiquiátrica. Muitas vezes
é difícil separar a condição normal da patológica, no entanto, quando os sintomas são
freqüentes e mal adaptados, interferindo com o funcionamento normal do indivíduo, a
ansiedade é considerada patológica e requer terapia farmacológica.
22
2 DROGAS ANSIOLÍTICAS
As primeiras drogas para tratar a ansiedade foram os barbitúricos, compostos
tóxicos que produzem uma variedade de efeitos colaterais, e posteriormente
substituídos pelos benzodiazepínicos, em grande parte, muito mais seguros. Durante as
três décadas passadas os benzodiazepínicos (BZD) foram as drogas de primeira linha
para tratar as desordens da ansiedade (DINAN, 2006).
É importante uma melhor compreensão dos processos moleculares e
neuroanatômicos envolvidos nos distúrbios da ansiedade para facilitar o
desenvolvimento de tratamentos mais eficazes. Os principais grupos de substâncias
utilizados no tratamento dos transtornos da ansiedade são os benzodiazepínicos e
agonistas parciais dos receptores de serotonina 5-HT
1A
. Mais recentemente novos
estudos destacam os grupos de antagonistas glutamatérgicos e ansiolíticos que atuam
em outras vias de neurotransmissão.
2.1 BENZODIAZEPÍNICOS
Os benzodiazepínicos constituem um grupo de drogas que exercem, em graus
variados, cinco grandes ações: ansiolítica, anticonvulsivante, relaxante muscular,
hipnótica e amnésia anterógrada. Devido a este último efeito, os BZD são usados
rotineiramente em procedimentos cirúrgicos para assegurar que os pacientes esqueçam
a experiência desagradável na cirurgia (JENKINS et al, 2007; KING, 1992; VON
DELIUS; HOLLWECK; SCHMID, 2007). Desde sua descoberta, em parte devido a sua
segurança e eficácia no tratamento de insônia e desordens da ansiedade, este grupo
de drogas tornou-se um dos mais prescritos em todo o mundo (WIKINSKI et al, 2001).
O ácido γ-aminobutírico (GABA), representado na Figura 1A, é o principal
neurotransmissor inibitório no cérebro dos mamíferos e seus efeitos são mediados
através de dois tipos de receptores, do ionotrópico GABA
A
e do metabotrópico GABA
B
(WHITING, 2006). Receptor GABA
A
são proteínas transmembranas hetero-oligoméricas
expressas no Sistema Nervoso Central (SNC) e periférico, os quais são os canais do
íon cloreto regulado por ligante. (MOHLER et al., 1995; GALLAGHER; PRIMUS, 1992;
23
BARNARD et al., 1998). A ligação do neurotransmissor GABA ocorre na interface entre
as subunidades α e β o que causa a abertura do canal, permitindo o rápido influxo de
cloreto ([Cl
-
]
i
) dentro da célula (JACOB; MOSS; JURD, 2008).
N
N
O
Cl
CH
3
N
N
N
F
O
CH
3
CO
2
C
2
H
5
(A) (B) (C)
Figura 1 Estruturas químicas do Ácido gama-aminobutírico (A); Diazepam (B) e Flumazenil (C).
(COZAR et al, 1996; MANDEMA; GUBBENS-STIBBE; DANHOF, 1991; SHAFAATI; LUCY,
2005)
Os benzodiazepínicos exercem seu efeito através da ligação a um sítio
específico, subunidades α e β, no complexo macromolecular do receptor ácido γ-
aminobutírico (GABA
A
), distinto do sítio ligante do GABA (Figura 2). O BZD age de
modo alostérico potencializando a atividade de concentrações subsaturadas do GABA e
acentua a entrada de cloreto dentro do neurônio, com a consecutiva hiperpolarização e
ação inibitória (WIKINSKI et al, 2001; MARDER et al., 2003; KAHNBERG et al., 2002).
Figura 2 Estrutura do Receptor GABA
A,
5 subunidades reúnem-se para formar o
heteropentamérico canal permeável ao Cl
-
(JACOB;
MOSS; JURD
, 2008).
ZD
Citosol
24
Alguns exemplos de BDZ são: flurazepam, clonazepam, bromazepam,
lorazepam, sendo o mais utilizado; diazepam. A figura 1B mostra a estrutura química do
diazepam. Esse fármaco tem sido relatado em demonstrar efeitos ansiolíticos em vários
modelos animais, como labirinto em cruz elevado, caixa claro-escura e campo aberto
(CHAOULOFF; DURAND; MORMEDE, 1997; COSTALL et al., 1989; CRAWLEY;
GOODWIN, 1980, CRAWLEY, 1985, CRAWLEY; DAVIS, 1982; GRAEFF; FERREIRA
NETTO; ZANGROSSI, 1998; HASCOET; BOURIN, 1998; LEPICARD et al., 2000.
MECHAN et al., 2002; PELLOW et al., 1985).
A descoberta dos benzodiazepínicos contribuiu para uma melhor compreensão
das bases da ansiedade. Essas drogas foram introduzidas na prática médica mais
de quatro décadas e são os agentes ansiolíticos de escolha devido a sua efetividade e
relativa segurança. Entretanto, os BDZ podem induzir tolerância e dependência física
(WALKER, 1990), esse é um dos fortes motivos da atual busca de novas alternativas de
medicamentos mais eficazes, com reduzidos efeitos tóxicos e baixo custo,
principalmente envolvendo produtos de origem sintética, semi-sintética e natural.
Os transtornos da ansiedade são doenças crônicas que necessitam de
tratamentos de longo prazo e o uso prolongado dos BDZ pode causar declínio de todos
os domínios cognitivos (BARKER et al., 2004). Um aumento da sensibilidade de doses
hipnóticas de BZD foi evidenciado em humanos e animais idosos juntos com alta
incidência de um estado confusional e ataxia, o qual foi associado com quedas e
fraturas (ASHTON, 1994).
Os BDZs são uma das classes de drogas psicoativas mais prescritas, apesar dos
efeitos colaterais que produzem como sedação, miorelaxamento, ataxia, amnésia,
pontencialização e tolerância ao álcool etílico e ao barbitúrico (PALADINI et al., 1999;
WOODS; KATS; WINGER, 1992; HAMON, 1997).
Reações paradoxicais de agressividade com o uso de BZD têm sido discutidas
na literatura científica desde a década de 60. Este termo foi introduzido para descrever
reações de agitação e de desinibição que ocorrem durante o tratamento ansiolítico ou
hipnótico do BZD. A agressão física, estupro, a tomada de decisão impulsiva e a
violência foram relatadas assim como, a auto-agressividade e o suicídio (SAIAS;
GALLARDA, 2008).
25
O uso dos BZDs por longo tempo leva a dependência e tolerância (ENNACEUR
et al, 2008). Um grande investimento tem sido feito em estudos com animais,
principalmente ratos e camundongos, no desenvolvimento de novos compostos com
estruturas relacionadas ao GABA
A,
porém, sem os efeitos colaterais conhecidos dos
BDZs.
O flumazenil (Fig. 1C), imidazobenzodiazepínico, liga-se com alta afinidade a
locais específicos sobre o receptor GABA
A
, onde antagoniza competitivamente a
ligação e os efeitos alostéricos dos benzodiazepínicos e de outros ligantes, portanto, é
indicado para reverter o efeito sedativo dos BZD quando este é usado durante cirurgia
ou outro procedimento médico, e também para tratar overdose dos BDZ (WEINBROUM
et al., 1997; MULLINS, 1999; SHANNON et al., 1997; PETERS et al., 1999; HOFFMAN;
WARREN, 1993).
2.2 AGONISTAS DOS RECEPTORES DE SEROTONINA 5-HT
1A
O aminoácido precursor da serotonina endógena é o triptofano, conforme
visualizado na figura 3. A serotonina (5-hidrotriptamina ou 5-HT) influencia uma
variedade de comportamentos e processos fisiológicos que incluem o despertar, ciclo
dormir-acordar, ingestão de alimentos e comportamentos relacionados à ansiedade
(GRAEFF et al., 1996; HALFORD; BLUNDELL, 1996; JACOBS; FORNAL, 1999;
LEONARD, 1996).
N
O
N
OH
N
O
N
OH
OH
N
OH
NH
2
Triptofano Triptofano
hidroxilase
5-hidroxitriptofano
Ácido-L-
aromático
Descarboxilase
Serotonina
Figura 3 Biossíntese da serotonina. (WONG; PERRY; BYMASTER, 2005)
26
Os corpos celulares dos neurônios que contêm serotonina agrupam-se na ponte
e na porção superior da medula oblonga próximo à linha mediana (rafe), sendo
freqüentemente denominada núcleos da rafe. Os núcleos de localização rostral
projetam-se, através do feixe prosencefálico medial, para muitas partes do córtex,
hipocampo, gânglios da base, sistema límbico e hipotálamo. As células de localização
caudal projetam-se para o cerebelo, a medula oblonga e a medula espinal
(BOUWKNECHT et al, 2007). Lowry et al., (2005) exploram a possibilidade da
regulação do estágio da ansiedade e comportamentos relacionados à ansiedade pelo
sistema serotoninérgico mesolímbico que se origina em partes do núcleo da rafe dorsal.
De acordo com Barnes e Sharp (1999) a serotonina exerce inúmeras ações
complexas, as quais são reflexos da profusão de subtipos de receptores de 5-HT. Os
principais locais de ação são os seguintes: trato gastrintestinal, músculo liso, vasos
sanguíneos, plaquetas, terminações nervosas e no sistema nervoso central.
Na atualidade são reconhecidos sete tipos principais de receptores 5-HT
1-7
todos
estes receptores são acoplados a proteína G, à exceção do receptor 5-HT
3
, que é um
canal de cátion operado por ligante. Segundo Hoyer et al (1994) todos os membros da
subfamília do receptor 5-HT
1
estão acoplados negativamente à adenilciclase e pelo
menos um subtipo de receptor 5-HT
1
, receptor 5-HT
1A
, também ativa um canal de K
+
e
inibe um canal de Ca
2+
regulado por voltagem.
Os receptores 5-HT
1A
são abundantemente expressos nos neurônios 5-HT do
núcleo da rafe dorsal, estão envolvidos na regulação da temperatura, também são
encontrados em regiões do SNC como o hipocampo e a amígdala associadas ao humor
e à ansiedade (MORAES et al, 2008). A ativação dos receptores 5-HT
1A
leva à aumenta
da condutância de K
+
que leva a hiperpolarização e inibição neuronal. Esses receptores
podem ser ativados por azaspironas como a buspirona e a ipsapirona, usadas para
tratar a ansiedade (TOTH, 2003). A buspirona mostrou ser ativa em rios modelos
animais de ansiedade (POLTRONIERI et al., 2003 ; HASCOET et al., 1994) e em
estudo clínico (DEAKIN, 1993).Clément et al, (1996) relatam que modificações na
neurotransmissão da serotonina tem sido associada a fisiopatologia da ansiedade e
depressão.
27
A buspirona é igualmente eficaz aos benzodiazepinicos e está livre dos efeitos
adversos relatados dos mesmos, mas podem induzir vertigem, náusea, insônia e um
aumento dos níveis de prolactina. A principal falha deste ansiolítico é ter um início de
ação mais lento quando comparado aos BZD (PECKNOLD et al., 1989; BOURIN;
MALINGE, 1995; DELLE CHIAIE et al., 1995).
Os receptores 5-HT
1B
são principalmente encontrados na substância negra e
globo pálido (PAZOS; PALÁCIOS, 1985) e são auto-receptores pré-sinápticos terminais
(HOYER; MIDDLEMISS, 1989). A ativação destes receptores pode levar ao aumento da
ansiedade e locomoção e a diminuição da atividade sexual e comportamentos
agressivos (CHOPIN; MORET; BRILEY, 1994; SANCHEZ et al., 1993; SAUDOU et al.,
1994). Segundo Rodgers et al. (1992) em estudos envolvendo vários agonistas 5-HT
1B
mostraram atividade ansiogênica em modelos animais de ansiedade.
2.3 ANTAGONISTAS GLUTAMATÉRGICOS
O sistema glutamatérgico constitui o principal sistema neurotransmissor
excitatório no cérebro, e representam cerca de 50% dos neurônios cerébrais. O
glutamato (Fig. 4) age pela estimulação de dois maiores grupos de receptores
glutamato ionotrópicos (iGlu) e receptores glutamato metabotrópicos (mGlu). Os
ligantes do receptor iGlu tem uma influência direta nos fluxos dos íons no SNC,
enquanto os ligantes do receptor mGlu exercem um papel modulatório no SNC
(PALUCHA; PILC, 2007).
Figura 4. Estrutura do glutamato. (JERICÓ et al, 1998)
28
O receptor N-metil-D-aspartato (NMDA) é um dos principais receptores glutamato
ionotrópico no cérebro (MONAGHAN et al, 1989), a estimulação dos quais são
responsáveis por vários dos efeitos excitatórios no SNC (Figura 5).
O receptor NMDA consiste de rios ligantes e sítios moduladores (DANYSZ;
PARSONS, 1998). A ativação dos receptores NMDA requer tanto a glicina quanto o
glutamato (Fig. 6). O sítio de ligação da glicina é distinto do sítio de ligação do
glutamato, e ambos precisam estar ocupados para abertura do canal (KRISTENSEN et
al, 2006).
Figura 6 Receptor N-metil-D-aspartato, estado fechado e estado aberto (KRISTENSEN et al,
2006).
Estudos indicam que efeitos ansiolíticos podem ser encontrados pelo bloqueio da
neurotransmissão glutamatérgica, por um antagonista competitivo dos receptores
NMDA e que na ansiedade pode ocorrer uma hiperfunção da transmissão
glutamatérgica (DUNN; CORBETT; FIELDING, 1989; WINSLOW et al., 1990;
Glutamato
Axônio terminal
Dendrito
Figura 5 Sinapse glutamatérgica (Figura modificada de GHOSH, 2002).
Glicina
Glutamato
Fechado
Membrana
Aberto
29
CORBETT; DUNN, 1991; KARCZ-KUBICHA et al., 1997; CHOJNACKA-WOJCIK;
KLODZINSKA; PILC, 2001).
Receptores metabotrópicos glutamatérgicos são da família de receptores
acoplados a proteínas G, nos quais são classificados em 3 grupos. Grupo I receptores
mGlu (mGlu1 e mGlu5) que são positivamente acoplados a fosfolipase C, Grupo II
receptores mGlu (mGlu2 e mGlu3) e Grupo III receptores mGlu (mGlu4, mGlu6, mGlu7
e mGlu8) são negativamente acoplados a adenil cliclase (CONN; PIN, 1997).
Receptores do grupo I mGlu, particularmente o receptor mGlu5, pode ter um papel na
ansiedade (PALUCHA; PILC, 2007). Klodzinska et al, (2004), Varty et al. (2005),
Steckler et al, (2005) estudaram os efeitos ansiolíticos através dos antagonistas dos
receptores mGlu 1 e mGlu 5.
2.4 ANSIOLÍTICOS QUE ATUAM POR OUTRAS VIAS DE NEUROTRANSMISSÃO
A taurina é um aminoácido abundante no cérebro (JACOBSEN; SMITH, 1968). E
seu papel como um neurotransmissor foi revisado por Kuriyama (1980). De acordo com
McBride e Frederickson (1979) este aminoácido é um possível transmissor inibitório no
cerebelo, cujos níveis estão aumentados durante o estresse (MILAKOFSKY et al.,
1984). Estudos mostram que foram avaliados a atividade ansiolítica de taurina em
modelos animais para ansiedade (KONG et al, 2006; CHEN et al, 2004).
Os sistemas opióides endógenos regulam respostas neurobiológicas aos
estímulos de ameaça (RIBEIRO et al., 2005). Vários tipos de receptores opióides foram
identificados no sistema nervoso e em outros tecidos. Os receptores para opióides são
classificados em cinco tipos µ(mu), κ(capa), δ(delta), σ(sigma) e ε(epsílon)
(KRAYCHETE, 2002) . Os receptores opióides pertencem a família dos receptores
acoplados a proteína G e inibem a adenilato ciclase (DHAWAN et al., 1996), conforme
mostrado na figura 6. Portanto, promovem a abertura de canais de potássio o que reduz
a excitabilidade neuronal e inibem a abertura de canais de cálcio dependentes de
voltagem o que diminui a liberação de transmissores. Dessa forma, o efeito é inibitório
ao nível celular.
30
Microinjeções do agonista de receptores κ-opióides dentro da amígdala
basolateral apresentou efeitos ansiogênicos em ratos (NARITA et al, 2006). Segundo
Knoll et al., (2007) observaram efeitos ansiolíticos dos antagonistas dos receptores κ-
opióides em ratos. Outros estudos realizados por Wilson e Junor (2008) avaliaram o
papel do µ-receptor em dois modelos experimentais para estudo da ansiedade em
ratos.
Os β-bloqueadores o indicados para o tratamento de angina pectoris crônica,
hipertensão e arritmias cardíacas (NODARI; METRA; DEI CAS, 2003), mas também
são usados para tratar alguns distúrbios da ansiedade, como o transtorno do pânico e
fobia social (LIEBOWITZ et al., 1992).
Em muitos estados emocionais o sistema nervoso autônomo é ativado,
especificamente o sistema simpático que faz com que aumente a freqüência cardíaca,
tremores, sudorese e pupila dilatada. Esta classe de fármacos, a exemplo do
propranolol, é utilizada por alguns atores e músicos para reduzir os sintomas do medo
ao palco (FONTANELLA, 2003; GLEITER; DECKERT, 1996).
Os pesquisadores Kawachi et al. (1995), Cohen et al. (2000), Piccirillo et al.
(1997) e Virtanen et al. (2003) estudaram a ansiedade relacionada com a desregulação
do sistema nervoso autonômico. O Metoprolol é um β-bloqueador seletivo, atua
primariamente sobre os receptores β
1
, os resultados de Chaturvedi (1985) indicaram
que este fármaco é efetivo no tratamento dos sintomas da ansiedade. Bailly (1996)
pesquisou o papel do bloqueio dos β-adrenoreceptores no tratamento de desordens
psiquiátricas.
3 MODELOS ANIMAIS PARA AVALIAR DROGAS ANSIOLÍTICAS
Os modelos animais podem ser utilizados basicamente para o estudo de
fármacos ou da neurobiologia dos transtornos mentais. Em relação aos fármacos,
podem ser empregados na pesquisa de novas drogas ou na elucidação do mecanismo
de ação dos psicofármacos (ANDREATINI, BOERNGEN-LACERDA, ZORZETTO
FILHO, 2001b).
31
De acordo com Zangrossi e Graeff (2004) existem diversos modelos
experimentais que utilizam roedores para avaliar a atividade ansiolítica e ainda não
um consenso na literatura a respeito daquele mais específico ou com maior poder
preditivo, ou seja, prever se a substância que está sendo testada tem ou o potencial
para ser usada no tratamento dos transtornos da ansiedade.
Os modelos animais de ansiedade utilizados obedecem a classificação proposta
por Bourin et al. (2007) que podem ser divididos em duas principais subclasses (Quadro
1); o qual envolve respostas condicionadas do animal ao estresse e geralmente a
eventos dolorosos e o segundo inclui paradigmas baseadas etologicamente e envolve
reações naturais e espontânea dos animais ao estímulo de estresse que não envolve
explicitamente dor ou desconforto.
Modelos - Respostas condicionadas Modelos - Respostas não
condicionadas
Conflito de Geller-Seifter Exploração claro-escuro
Conflito de Vogel Interação social
Esconder esfera Placa perfurada
Esquiva ativa/passiva Vocalização ultra-nica
Resposta emocional condicionada Campo aberto
Aversão condicionada ao sabor Labirinto em cruz elevado
Quadro 1 Classificação dos modelos animais de ansiedade (BOURIN et al., 2007).
Nesta pesquisa foram os utilizados os modelos não condicionados (espontâneos)
que são menos suscetíveis a fatores de interferência como aprendizado/memória,
fome/sede ou mecanismos nociceptivos (RODGERS et al., 1997)
O teste da caixa claro/escuro é um procedimento experimental descrito por
Crawley e Goodwin (1980) e ligeiramente modificado por Costall et al. (1989). O teste é
baseado na aversão inata dos roedores às áreas iluminadas e no comportamento
exploratório espontâneo em resposta ao ambiente novo e à luz. As drogas ansiolíticas
induzem um aumento nos comportamentos executados na parte clara (BOURIN;
HASCOET, 2003).
32
O teste da interação social foi relatado por File e Hyde em 1978, onde dois ratos
são colocados em uma arena e neste teste observa-se que as drogas ansiolíticas
aumentam o tempo gasto em interação social ativa, entendida como comportamento
mútuo de cheirar, limpar ou apresentar algum indício de comportamento sexual em
relação ao outro animal, enquanto que as drogas ansiogênicas reduzem tais efeitos
(FILE, 1980).
O método da placa perfurada foi proposto por Clark, Koster e Person (1971),
onde o animal é colocado individualmente no centro da placa, por um período de cinco
minutos e registra-se o tempo entre a colocação do animal na placa e o primeiro
mergulho da cabeça em qualquer das cavidades (latência) e o número de total de
mergulhos (MONNIER; LALONDE, 1995).
O teste do campo aberto é um modelo animal que avalia a atividade locomotora
e exploratória (ARCHER, 1973, BOURIN et al., 2007), podendo ser utilizado para
pesquisar drogas com atividade ansiolítica, entretanto esta última é questionável em
virtude de também pesquisar drogas com atividades estimulantes (PRUT; BELZUNG,
2003).
O modelo do labirinto em cruz elevado (LCE) é o mais aceito e utilizado pela
comunidade científica para pesquisar agentes ansiolíticos e ansiogênicos em roedores
(TREIT, 1985; RODGERS; DALVI, 1997, PELLOW et al., 1985; LISTER, 1987;
GRUNDMANN et al., 2007; POLESZAK et al., 2008). O aparelho é elevado do assoalho
com dois braços abertos e dois fechados, entre eles está uma plataforma central. O
tempo passado nos braços abertos e a porcentagem das entradas nos braços abertos
são usados como índices experimentais da ansiedade (RODGERS; DALVI, 1997;
ROSA et al., 2000; CAROBREZ; BERTOGLIO, 2005). Entretanto, outros parâmetros
como: o número de comportamentos de levantar, o número de comportamentos de
autolimpeza, o número de mergulhos (quando o animal coloca a cabeça fora do
aparelho) e a latência para entrar nos braços abertos, também podem ser avaliados
pelo LCE (LEPICARD et al., 2000; HO et al., 2002).
33
4 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE PLANTAS MEDICINAIS
O Brasil é um país que tem uma diversidade genética vegetal que representa
uma das maiores do mundo. Tem mais de 55.000 espécies conhecidas em um total
estimado entre 350.000 e 550.000, e destas espécies muitas apresentam atividade
biológica (RODRIGUES et al., 2008).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) plantas medicinais são todas
aquelas, silvestres ou cultivadas, que são utilizadas como recurso para prevenir, aliviar,
curar e modificar um processo fisiológico normal ou patológico, e ainda como fonte de
fármacos e de seus precursores (ARIAS, 1999).
A qualidade das plantas medicinais e aromáticas é obtida durante todo o
processo produtivo, desde a identificação botânica, escolha do material vegetal, época
e local de plantio, tratos culturais, determinação da época de colheita e cuidados na
colheita (MARCHESE; FIGUEIRA, 2005).
As plantas têm múltiplas ações farmacológicas e contêm vários constituintes
químicos e tem sido uma importante fonte de novos fármacos (SONAVANE et al., 2002;
ANTHONY; FYFE; SMITH, 2005). As atividades biológicas das plantas são
correlacionadas à presença de compostos químicos, particularmente os metabólitos
secundários. A presença destes compostos pode justificar alguns dos usos tradicionais
das plantas medicinais.
O valor medicinal e a atividade biológica das plantas são geralmente devido a
seus perfis fitoquímico, cuja composição é totalmente dependente dos fatores
geográficos e ambientais (KIRAN; DEVI; REDDY, 2008), por exemplo, o número de
horas que as plantas recebem de luz solar podem influenciar na fitoquímica da planta.
Segundo Poser e Mentz (2003) os constituintes químicos produzidos pelas
plantas podem ser divididos em dois grandes grupos. O primeiro grupo, essencial a
todos os vegetais, que são os metabólitos primários, tais como lipídeos, protídeos e
glicídeos, com funções vitais bem definidas. E o segundo grupo de compostos químicos
são os metabólitos secundários, que normalmente apresentam estrutura complexa,
pronunciadas atividades biológicas e são encontradas em determinados grupos de
34
plantas. Exemplos deste último grupo destacam-se saponinas, cumarinas, flavonóides,
alcalóides, taninos, óleos essenciais, entre outros.
A espécie Lippia alba (Mill.) N. E. Br. é uma planta nativa da América do Sul,
popularmente conhecida por erva cidreira (SILVA et al, 2006). Várias pesquisas foram
realizadas para estudar as atividades antifúngicas (DUARTE et al., 2005),
antibacterianas (SENA FILHO et al. 2006), antivirais (RUFFA et al., 2004),
antiprotozoárias (CALZADA et al., 2006, 2007) dos óleos essenciais e extratos da L.
Alba.
As drogas obtidas de fontes naturais de plantas estão surgindo como terapias
adjuvantes no tratamento de desordens psiquiátricas (KIENZLE-HORN 2002; CARLINI,
2003). A Valeriana officinallis é uma planta usada para tratar ansiedade e insônia
(KENNEDY et al., 2006; MORAZZONI; BOMBARDELLI, 1995). Os extratos do Kava-
kava (Piper methysticum) e da Erva de São João (Hypericum perforatum) são
conhecidos por terem uma eficácia clínica no tratamento da ansiedade e na depressão,
respectivamente (ERNST, 2002). Há relatos do aparecimento ou agravamento de
sintomas extrapiramidais (parkinsonianos) com o uso do kava-kava (PITTLER; ERNST,
2000). Testes clínicos foram realizados para avaliar a hepatoxicidade do P.
methysticum (TESCHKE; SCHWARZENBOECK; HENNERMANN, 2008).
Algumas plantas são usadas tradicionalmente na China e Índia, para melhorar a
função cognitiva e para aliviar outros sintomas associados com a doença de Alzheimer
(HOWES; HOUGHTON, 2003). A decocção de folhas e sementes da Casimiroa edulis
tem sido amplamente usada para tratar ansiedade e insônia na medicina tradicional no
México (HERNÁNDEZ, 1993; MORA et al, 2005b).
Os efeitos anticonvulsivantes dos extratos das folhas e sementes do Panax
quinquefolium L., uma planta nativa do Norte da América, foram observados em
modelos animais por Lian, Zhang e Stringer (2005). o grupo de Xiu-Yan et al. (2007)
isolou e extraiu saponinas da raiz do P. quinquefolium para avaliar o efeito ansíolitico
em camundongos. O extrato do Apocynum venetum mostrou significativa atividade
antidepressiva no teste do nado forçado em ratos (BUTTERWECK et al., 2001).
Grundmann et al. (2007) avaliaram o efeito ansiolítico do extrato etanólico das
folhas do A. venetum no teste do LCE com camundongos. Ensaios pré-clínicos
35
(ELHABAZI et al., 2006) mostraram que o Thymus broussonetti Boiss apresentou
atividade ansiolítica no teste da caixa claro e escura. Vasconcelos et al. (2007)
estudaram a atividade anticonvulsivante dos extratos hidroalcoólicos das cascas do
caule de Erythrina velutina e Erythrina mulungu. Os efeitos do extrato aquoso das
folhas da Hyptis pectinata sobre o SNC de roedores foram avaliados por Bueno et al.
(2006). Dhawan, Kumar e Sharma (2001), avaliaram a atividade ansiolítica de extratos
da Passiflora incarnata nas doses de 100, 125, 200 e 300 mg/kg em camundongos.
Audi et al. (2001) pesquisaram os efeitos no SNC do extrato hidroalcoólico das folhas
de Kielmeyera coriacea por meio dos modelos comportamentais que incluíram natação
forçada, campo aberto e o teste do LCE.
A busca por novas farmacoterapias de plantas medicinais para doenças
psiquiátricas progrediu significativamente na década passada (ZHANG, 2004). Isto é
refletido no grande número de medicamentos a base de ervas cujo potencial
psicoterapêutico foi avaliado em uma variedade de modelos animais (MORA et al.,
2005a).
5 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS ÓLEOS ESSÊNCIAS E SEUS PRINCIPAIS
COMPONENTES
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 02, de 15 de
janeiro de 2007 (BRASIL, 2007), os óleos essenciais (OEs) são produtos voláteis de
origem vegetal obtidos por processo físico, tais como destilação por arraste com vapor
de água, destilação a pressão reduzida ou outro método adequado. Esses óleos podem
ser extraídos de flores, caules, frutos e raízes de diversas espécies de vegetais
aromáticas e possuem diferentes aplicações (BUSATTA, 2006).
Os OEs e seus constituintes o utilizados em diversos setores industriais, por
exemplo, agentes flavorizantes na indústria alimentícia, como fragrâncias para a
indústria de perfume e cosméticos, em formulações de medicamentos pela indústria
farmacêutica e como essências em produtos de higiene e limpeza (LEVISON et al.,
1994; De VINCENZI; MANCINI; DESSI, 1996).
36
As plantas possuem substâncias odoríferas que tem como várias funções, tais
como: inibidores da germinação, na proteção contra predadores, na atração de
polinizadores, na proteção contra a perda de água e aumento de temperatura (ENAN,
2001; MCGARVEY; CROTEAU, 1995; BAKKALI et al., 2008).
Os óleos essenciais podem também ser chamados de óleos etéreos ou
essências. A designação de “óleo” é devida a algumas características físico-químicas
como a de serem geralmente líquidos de aparência oleosa à temperatura ambiente.
Sua principal característica é a volatilidade, o que os difere dos óleos fixos, que são
misturas de substâncias lipídicas obtidas normalmente de sementes (SIMÕES;
SPITZER, 2004).
Dependendo da família, os OEs podem ocorrer em estruturas secretoras
especializadas, tais como em pêlos glandulares (Lamiaceae), células parenquimáticas
diferenciadas (Lauraceae, Piperaceae, Poaceae), canais oleíferos (Apiaceae) ou em
bolsas lisígenas ou esquizolisígenas (Pinaceae, Rutaceae). Os OEs podem estar
estocados em certos órgãos, tais como nas flores (laranjeira, bergamoteira), folhas
(capim-limão, eucalipto, louro) ou ainda nas cascas dos caules (canela), madeira
(sândalo, pau-rosa), raízes (vetiver), rizomas (cúrcuma, gengibre), frutos (anis-
estrelado, funcho, erva-doce) ou sementes (noz-moscada) (SIMÕES; SPITZER, 2004).
Os componentes dos óleos essenciais das plantas são divididos em duas
classes químicas inteiramente distintas, terpenóides e fenilpropanóides, que se
originam de metabolismos precursores diferentes e são gerados por rotas biossintéticas
completamente distintas. Os terpenóides são preponderantes nos óleos voláteis e são
originados a partir do ácido mevalônico e os fenilpropanóides, provenientes do ácido
chiquímico (SANGWAN et al., 2001).
É bem estabelecido que os terpenóides são derivados a partir de cinco unidades
de carbono, chamadas de isopreno, conforme figura 7. Os principais terpenos são os
monoterpenos (C
10
) e sesquiterpenos (C
15
) (BAKKALI et al., 2008).
37
Isopreno Monoterpeno Sesquiterpenos
Figura 7 Estrutura química dos compostos: isopreno, monoterpeno e sesquiterpeno (MELO,
2005)
As atividades biológicas o atribuídas aos monoterpenos, que são os principais
componentes químicos dos óleos essenciais (DO AMARAL et al., 2007). Os
monoterpenos podem ainda ser divididos em três subgrupos: acíclicos (mirceno, linalol
e geraniol), monocíclicos (α-terpineol e terpinoleno) e bicíclicos (α-pineno e cânfora).
Em cada um desses subgrupos, ainda outras classificações: hidrocarbonetos
insaturados (limoneno), álcoois (mentol), aldeídos ou cetonas (mentona e carvona),
lactonas (nepelactona) e tropolonas (γ-tujaplicina) (SIMÕES; SPITZER, 2004).
No século XVI, na Alemanha surgiu a aromaterapia com o objetivo de usar OEs
com finalidades terapêuticas (PERRY; PERRY, 2006). De acordo com Delgado (2005),
as substâncias usadas na aromaterapia não são fragrâncias ou misturas aromáticas
usadas na indústria de perfume, mas óleos essenciais puros, substâncias voláteis
extraídas de diversas partes de plantas as quais tem propriedades curativas.
Os óleos essenciais contidos em várias espécies de plantas aromáticas têm sido
utilizados para o tratamento de diferentes doenças, incluindo a epilepsia e a ansiedade
(ALMEIDA et al., 2004; BAKKALI et al., 2008).
Os OEs derivados de plantas exibem várias atividades biológicas tais como
antiinflamatória (ALMEIDA et al, 2001), antinociceptiva (ALMEIDA; NAVARRO;
BARBOSA-FILHO, 2001a), anticonvulsivante (De SOUSA et al., 2006), antidepressiva
(KOMORI et al, 1995), sedativa (BUCHBAUER et al., 1993) e ansiolítica (ALMEIDA et
al., 2004; KOMIYA; TAKEUCHI; HARADA, 2006, UMEZU, 1999).
Os óleos essenciais da Artemísia dracunculus possuem atividade
anticonvulsivante nos testes das convulsões induzidas pelo pentilenotetrazol (PTZ) e
por eletrochoque auricular (SAYYAH; NADJAFNIA; KAMALINEJAD, 2004). Os três
principais monoterpenos identificados neste trabalho foram trans-Anethole, trans-
Ocimene e limoneno. Santos et al. (2005) avaliaram o efeito antinociceptivo das folhas
38
do OE do Croton sonderianus em camundongos, os resultados das análises deste óleo
por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG-EM) mostrou o
predomínio de mono e sequiterpenos.
De Sousa et al. (2007) avaliaram o efeito psicofarmacológico do monoterpeno
α,β-epóxi-carvona no SNC nas doses de 200, 300 e 400 mg/kg administrado por via
intraperitoneal (i.p.) em camundongos. Silva et al. (2007) investigaram a atividade no
SNC com a administração via i.p. do isopulegol e os resultados deste monoterpeno
mostraram efeitos ansíoliticos e antidepressivos.
Estudos recentes mostram que OEs exibem efeitos ansiolíticos em diversos
modelos comportamentais de ansiedade. Pultrini, Galindo e Costa (2006)
demonstraram efeito ansiolítico do óleo essencial de Citrus aurantium nos testes de
esconder esfera e na caixa claro e escuro. Carvalho-Freitas e Costa (2002) avaliaram o
efeito do OE de C. aurantium através do labirinto em cruz elavado. Rajkumar et al.
(2007) avaliaram o potencial ansiolítico do OE de Celastrus paniculatus em ratos. O
óleo de lavanda mostrou efeitos semelhantes aos observados com o diazepam em um
modelo condicionado, o teste conflito de Geller (UMEZU, 2000).
Pesquisas em humanos demonstraram que pacientes do sexo feminino expostas
ao ambiente com o odor de laranja produziram uma diminuição dos níveis de
ansiedade, melhora no humor e altos níveis de tranqüilidade (LEHRNER et al, 2000).
Estudos controlados com pacientes submetendo-se a hemodiálise de modo crônico
reduziram a depressão e ansiedade com os aromas dos óleos de hiba e lavanda (ITAI
et al, 2000).
Ensaios clínicos foram realizados para avaliar o efeito comportamental dos OEs
interferindo na atenção humana (ILMBERGER; HEUBERGER; MAHRHOFER, 2001).
Graham et al. (2003) pesquisaram se inalação da aromaterapia durante a radioterapia
reduzia a ansiedade. Outro estudo (Wilkinson et al., 2007) avaliou a eficácia da
massagem com aromaterapia no controle da ansiedade e da depressão nos pacientes
com câncer. Os resultados de Haze et aL. (2002) mostraram que a inalação de OEs
podem modular a atividade simpática em adultos normais.
39
6 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O D-LIMONENO
O limoneno é um hidrocarboneto, classificado como um terpeno cíclico. É
denominado pela IUPAC como: 1-Metil-4-prop-1-en-2-yl-ciclohexene. Apresenta a
fórmula molecular: C
10
H
16
. Seu nome provém do limão, porque a casca do limão, como
outras frutas cítricas, contém quantidades consideráveis deste composto químico, o
qual é responsável pelo cheiro característico (DE MAYO, 1959). É encontrado em
ambas as formas isoméricas R-(+) e S-(−), e também como misturas racêmicas. R-(+)
limoneno é o isômero mais abundante e pode ser isolado da casca da laranja, enquanto
o isômero do S(−) pode ser obtido da casca de limão (DE CASTILHO et al., 2007).
O limoneno é formado a partir do geranil pirofosfato, via ciclização do neril
carbocátion ou seu equivalente como mostrado na figura 8 (MANN et al, 1994). O final
da etapa envolve a perda do próton do cátion para formar o alceno.
Figura 8 Formação do limoneno a partir do geranil pirofostato (MANN et al., 1994).
Limoneno serve como precursor para outros monoterpenos monociclícos
oxigenados, tais como carveol, carvona, geraniol, mentol, álcool perílico e peril aldeído
(MCGARVEY; CROTEAU, 1995; KARP et al., 1990).
O limoneno teve amplas aplicações industriais e seu uso teve um crescimento
rápido (GELLING; LOADMAN; SIDEK, 1979). A demanda do mercado para o limoneno
flutua consideravelmente. Seu preço era 1 US$/kg durante o período de 1986-1988 e
aumentou para 9 US$/kg em 1995–1996. O preço de venda de 1 kg em novembro de
1999 foi de 10 US$ (PAKDEL; PANTEA; ROY, 2001). Este monoterpeno é usado em
muitos produtos alimentícios, sabões e perfumes devido a seu sabor e odor parecido
com limão, é um ingrediente ativo registrado em quinze produtos pesticidas usados
como inseticidas, repelentes de inseto, e repelentes de cão e do gato (EPA, 1994).
geranil
pirofosfato
limoneno
40
D-Limoneno é um monoterpeno prevalente em óleos essenciais de várias
espécies vegetais tais como Artemísia dracunculus L. (Asteraceae) (SAYYAH;
NADJAFNIA; KAMALINEJAD, 2004), Lippia alba (Mill.) N.E. Brown (Verbanaceae)
(VALE et al., 2002) e Citrus aurantium L. (Rutaceae) (PULTRINI et al., 2006).
O Limoneno apresenta grupos funcionais e estrutura química semelhante a
vários outros monoterpenos (Figura 9) que possuem atividade farmacológica no SNC
(Do AMARAL et al., 2007; SILVA et al., 2007; DE SOUSA et al., 2007, SANTOS, 2007).
OH
(A) Limoneno
(B) α,β-epóxi-Carvona
(C) isopulegol (D)Linalol
Figura 9 Estruturas químicas do limoneno (A), e de outros monoterpenos com atividade no
SNC: α,β-epóxi-carvona (B), isopulegol (C), linalol (D).
O metabolismo do monoterpeno D-limoneno pelos mamíferos foram investigados
por Kodama et al. (1974; 1976). O limoneno e/ou seus metabólitos são detectados no
fígado, pulmão e em muitos outros tecidos, (IGIMI et al., 1974) em alta concentração
nos tecidos adiposos e glândulas mamárias do que em tecidos menos adiposos
(CROWELL et al. 1992). A meia-vida deste monoterpeno em ratos e humanos foi
estimado em 12-24 horas e a excreção ocorre principalmente através da urina. O
limoneno é metabolizado em metabólitos oxigenados tanto em ratos quanto em
humanos (CROWELL et al, 1992, 1994).
O uso de fitoconstituintes de forma preventiva pode ser um dos caminhos para o
controle do câncer. Estudos mostram (RABI; GUPTA, 2008) que as substâncias
fitoquímicas obtidas de vegetais, frutas, ervas e plantas medicinais, tais como os
terpenóides e outros compostos fenólicos, tem sido eficaz em suprimir a carcinogênese
experimental em vários órgãos nos modelos pré-clínicos. Tsuda et al. (2004) relata que
os constituintes de plantas incluindo os derivados de vitaminas, agentes fenólicos,
41
flavonóides, compostos orgânicos sulfúricos, isotiocianatos, ácidos graxos e o d-
limoneno são úteis na quimio-prevenção do câncer. Diversas pesquisas foram
realizadas no século XX com o limoneno para avaliar a atividade antitumoral
(DIETRICH; SWENBERG, 1991; ELEGBEDE et al., 1984; ELSON et al., 1988; ELSON;
YU, 1994; GOULD et al., 1994; HURSTING et al., 1995; KAWAMORI et al., 1996;
MALTZMAN et al., 1991).
Vale et al. (1999) avaliaram o efeito comportamental de três quiomiotipos de óleo
essenciais de Lippia alba (Mill.) N.E. As análises de cromatografia gasosa deste estudo
revelaram predominantemente monoterpenos. O quimiotipo I era constituído por citral,
β-mirceno e limoneno. Quimiotipo II: citral e limoneno e o Quimiotipo III: carvona e
limoneno.
De acordo com Henson et al. (2005) mais de cem componentes diferentes foram
isolados da alfazema (Lavandula angustifolia) incluindo limoneno, linalol, taninos,
cumarinas e flavonóides. Chalchat e Ozcan (2008) identificaram o limoneno como um
dos maiores constituintes das folhas de Ocimum basilicum L. através da CG-EM.
Cymbopogon schoenanthus L. Spreng é uma erva aromática consumida em
saladas e usada para preparar receitas tradicionais de carne na Tunísia. Khadri et al.
(2008) avaliaram a atividade anticolinesterásica e antioxidante do óleo essencial do C.
schoenanthus e analisaram a composição química do OE por CG-EM e através de
ressonância magnética nuclear de carbono 13 (RMN
13
C), onde os principais
componentes identificados foram limoneno (10.5–27.3%), β-phellandrene (8.2–16.3%),
δ-terpineno (4.3–21.2%) e α-terpineol (6.8–11.0%).
Lin et al. (2008) avaliaram a atividade antiinflamatória do OE obtido da fruta do
Cinnamomum insularimontanum, e os componentes mais abundantes encontrados
neste óleo foram citral, seguido pelo citronelal, citronelol, α-pineno, β-pineno, e
limoneno. O grupo de Kiran (2008) avaliou a atividade antimicrobiana in vitro de folhas e
sementes do OE de Chloroxylon swietenia DC. O limoneno e geijerene foram os
constituintes mais abundantes nas folhas e sementes.
As plantas aromáticas contêm frações voláteis e não-voláteis e a composição
química dessas duas frações podem ser influenciadas por mudanças sazonais.
Kamatou et al. (2008) pesquisaram a variação sazonal da composição de óleos
42
essenciais de três espécies de Salvia do Sul da África, e um dos principais
componentes encontrados da S. africana-caerulea foi o limoneno. Este monoterpeno
apresentou-se em concentrações variadas em diferentes épocas do ano.
É relatada no trabalho de Tanida et al. (2005) que o odor do óleo do grapefruit e
do seu componente ativo, limoneno, afetou a neurotransmissão autonômica e pressão
sanguínea em ratos.
Considerando que vários monoterpenos apresentam atividade no SNC e o
limoneno apresenta estrutura semelhante a tais monoterpenos (Figura 9), o presente
trabalho tem por objetivo avaliar e caracterizar a atividade ansiolítica do D-Limoneno
utilizando modelos animais.
Diante do exposto onde se relata a importância de produtos naturais na
descoberta de novos compostos com atividade biológica, especificando-se os
monoterpenos, aliado ao fato da ansiedade ser um grave problema de saúde pública
em quase todos os países, há a necessidade da realização de estudos
psicofarmacológicos do D-limoneno utilizando modelos animais com o propósito de
contribuir para a pesquisa de novas drogas ansiolíticas com menores efeitos colaterais.
43
44
II OBJETIVOS:
2.1 GERAL
Investigar os efeitos do D-limoneno sobre SNC, utilizando metodologias
específicas em animais de laboratório a fim de contribuir com a pesquisa de
novas drogas ansiolíticas.
2.2 ESPECÍFICOS
Contribuir para o conhecimento sobre os efeitos psicofarmacológicos dos óleos
essenciais;
Identificar e caracterizar o efeito do D-limoneno sobre o SNC;
Avaliar a interferência do D-limoneno sobre o sistema motor;
Avaliar o possível efeito ansiolítico do monoterpeno D-Limoneno empregando
modelos animais com tratamentos pelas vias intraperitoneal e inalatória;
Investigar os possíveis mecanismos de ação da substância em estudo.
45
46
III – MATERIAL
3.1 ANIMAIS
Em todos os experimentos foram utilizados camundongos (Mus musculus)
machos albinos da linhagem Swiss, com 3 meses de idade, pesando entre 28-40 g
(Figura 11), provenientes do Biotério Prof. Dr. Thomas George do Laboratório de
Tecnologia Farmacêutica da Universidade Federal da Paraíba (LTF/UFPB).
Os animais foram colocados em gaiolas de polietileno, sob condições
monitoradas de temperatura (21 ± 1ºC), com livre acesso a ração do tipo pellets
(Purina
®
) e água. Os animais foram mantidos em ciclo claro/escuro de 12 horas, sendo
a fase clara de 6h00 as 18h00.
Figura 10 Camundongo Swiss macho e albino.
3.1.1 Condições experimentais
Os experimentos foram realizados no laboratório de psicofarmacologia do
LTF/UFPB. Os animais foram previamente selecionados e alojados em gaiolas de
polietileno, contendo 4 animais cada, com pelo menos 60 minutos de antecedência à
execução dos testes, visando minimizar as possíveis alterações comportamentais dos
animais, bem como permitir uma adaptação dos mesmos ao novo ambiente. Os
camundongos foram privados de água e ração 60 minutos antes dos procedimentos
experimentais.
47
Os experimentos foram executados no período compreendido entre 11h00 e
16h00, sendo os animais utilizados uma única vez e, em seguida, eutanasiados por
deslocamento cervical.
Todos os procedimentos experimentais foram analisados e previamente
aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal (CEPA) do LTF/UFPB, mediante a
certidão nº 0605/07.
3.2 DROGAS E REAGENTES
As substâncias utilizadas nesta pesquisa foram:
Cloreto de sódio (Merck – E. U. A.);
Diazepam (Merck – Brasil);
Etanol (Labsynth – Brasil);
Flumazenil (Cristália – Brasil);
Pentobarbital sódico (Sigma- E. U. A.);
(R)-(+)-limoneno (DIERBERGER Óleos Essenciais S.A. - Brasil);
Tween 80 (Vetec Química Fina LTDA – Brasil).
3.2.1 Preparo das substâncias
A preparação das doses foi feita minutos antes dos testes.
3.2.1.1 Via intraperitoneal
O D-Limoneno (DLO) foi dissolvido em Tween 80 a 1,5% e diluído em água
destilada, para ser a administrado nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg. Os grupos
controles receberam veículo (água destilada com Tween 80 a 1,5%). O diazepam (1 e 2
mg/kg) e pentobarbital sódico (40mg/kg) foram dissolvidos e diluídos em solução salina
(0.9%). O volume de solução administrada nos camundongos foi de 0,1 mL/10g.
48
3.2.1.2 Via inalatória
As concentrações 0,5%, 1,0 % e 2,5% do DLO foram preparadas em forma de
emulsão, o tween 80 a 1,5% foi utilizado como agente emulsificante, e a água destilada
o agente dispersante, enquanto que para os animais do grupo controle receberam uma
solução salina 0,9 % + tween 80 a 1,5%.
3.3 APARELHAGEM
3.3.1 Aparelho de rota rod
O aparelho do rota rod utilizado foi da marca Insight, modelo EFF 412 (Figura
12). Constitui-se de uma barra giratória não escorregadia, com 5,5 cm de diâmetro e 40
cm de comprimento, dividida em quatro compartimentos iguais, separados por cinco
discos plásticos de 48 cm de diâmetro cada. Equipamento confeccionado em acrílico,
com velocidade regulável de 5 a 37 rotações por minuto (r.p.m.). Este aparelho ainda
dispõe de um mecanismo automático capaz de contabilizar o tempo de permanência do
animal na barra giratória e a contagem do número de vezes em que este caiu.
Figura 11 Aparelho do rota rod.
49
3.3.2 Aparelho de labirinto em cruz elevado
O labirinto em cruz elevado utilizado foi da marca Insight, modelo EP 150, feito
em acrílico, cor cinza e consiste em quatro braços, sendo dois braços com paredes
laterais e sem cobertura (braços fechados), medindo 30 cm de comprimento e 30 cm de
altura, colocados perpendicularmente a dois braços desprovidos de paredes laterais
(braços abertos) com o mesmo comprimento e largura (Figura 13). Cada braço é
posicionado a 90º do braço adjacente e cruzam-se numa área central onde o animal é
posicionado. O labirinto é apoiado sob um suporte com 38,5 cm elevado em relação ao
solo.
Figura 12 Aparelho do labirinto em cruz elevado.
3.3.3 Aparelho do campo aberto
O aparelho usado foi da marca Insight, modelo EP 154C mostrado na figura 14,
confeccionado em acrílico transparente 5 mm, consiste de uma base medindo 50 x 50
cm, com desenho do campo com 30 cm de diâmetro circundada por uma parede com
30 cm de altura. O piso da arena é dividido em 12 campos (com linhas pintadas de
preto), sendo dois círculos concêntricos: um interno e outro externo com 4 divisões e 8
divisões, respectivamente.
50
Figura 13 Aparelho do campo aberto.
3.3.4 Caixas de Inalação
As paredes da caixa de inalação (36 x 30 x 29 cm) são feitas de acrílico. As duas
paredes de maior largura contêm quatro furos (2 cm no diâmetro cada um) onde foi
colocado o algodão embebido com a droga em análise ou salina. Depois de quatro
exposições, o algodão com o D-limoneno foi renovado para manter a concentração do
óleo dentro do aparato. O assoalho da caixa de inalação tem uma grade de aço
inoxidável onde os animais foram colocados individualmente. Foram utilizadas duas
caixas de inalação específicas (Figura 15), uma para o grupo controle e outra para o
grupo experimental (DA SILVA, 2008). Os animais permaneciam nesta caixa por 7
minutos.
Figura 14 Caixa de inalação.
51
IV MÉTODOS
Todos os métodos utilizados para o estudo psicofarmacológico do D-Limoneno
por via intraperitoneal em camundongos estão esquematizados na Figura 16.
Figura 15 Resumo esquemático do estudo psicofarmacológico do D-limoneno pela via
intraperiotenal.
TESTE PRELIMI
NAR DA ATIVIDADE NO SNC
TRIAGEM FARMACOLÓGICA COMPORTAMTENTAL
AVALIAÇÃO GERAL DA ATIVIDADE NO SNC
TESTE DE
ROTA ROD
TESTE POTENCIALIZAÇÃO
DO SONO
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE
PSICODEPRESSORA
ATIVIDADE ANSIOLÍTICA
TESTE DO
LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO
TESTE DO CAMPO
ABERTO
AVALIAÇÃO DO MECANISMO DE AÇÃO
ANTAGONISTA BENZODIAZEPÍNICO
52
Todos os métodos utilizados para o estudo psicofarmacológico do D-Limoneno
por via inalatória em camundongos estão esquematizados na Figura 17.
Figura 16 Resumo esquemático do estudo psicofarmacológico do D-limoneno por via
inalatória.
TESTE PRELIMINAR DA ATIVIDADE NO SNC
TRIAGEM FARMACOLÓGICA COMPORTAMTENTAL
AVALIAÇÃO GERAL DA ATIVIDADE NO SNC
AV
ALIAÇÃO DA ATIVIDADE
PSICODEPRESSORA
ATIVIDADE ANSIOLÍTICA
TESTE DO
LABIRINTO EM CRUZ
ELEVADO
TESTE DO CAMPO
ABERTO
AVALIAÇÃO DO MECANISMO DE AÇÃO
ANTAGONISTA BENZODIAZEPÍNICO
53
4.1 TESTE PRELIMINAR DA ATIVIDADE NO SNC
4.1.1 Triagem Farmacológica Comportamental
A triagem farmacológica comportamental dos camundongos foi realizada
seguindo os parâmetros descritos por Almeida et al. (1999), Almeida e Oliveira, (2006).
A partir da triagem pode-se avaliar o possível efeito de uma droga no SNC, na qual são
observados alguns parâmetros comportamentais nos animais que possibilitam
caracterizar o efeito central da droga (SANTOS, 2008).
Os animais foram tratados com D-limoneno nas doses 25, 50 ou 100 mg/kg
através da via intraperitoneal e 0,5; 1,0 e 2,5% por via inalatória. Todos os grupos eram
constituídos por 8 camundongos machos.
Após as respectivas administrações, os camundongos foram colocados em
gaiolas de polipropileno (em grupos de quatro animais cada) e observados a cada trinta
minutos, durante quatro horas, seguindo-se um protocolo experimental padrão de
avaliação comportamental (ALMEIDA et al., 1999).
54
ATIVIDADE FARMACOLÓGICA
Quantificação dos efeitos
(0) sem efeito, (-) efeito diminuído, (+) efeito presente, (++) efeito intenso
até 30` 1h 2h 3h 4h
1 – SNC
a – Estimulante
Hiperatividade
Irritabilidade
Agressividade
Tremores
Convulsões
Piloereção
Movimento intenso das vibrissas
Outras_____________________
b – Depressora
Hipnose
Ptose
Sedação
Anestesia
Ataxia
Reflexo do endireitamento
Catatonia
Analgesia
Resposta ao toque diminuído
Perda do reflexo corneal
Perda do reflexo auricular
c – Outros comportamentos
Ambulação
Bocejo excessivo
Limpeza
Levantar
Escalar
Vocalizar
Sacudir a cabeça
Contorções abdominais
Abdução das patas do trem posterior
Pedalar
Estereotipia
2 – SN AUTÔNOMO
Diarréia
Constipação
Defecação aumentada
Respiração forçada
Lacrimejamento
Micção
Salivação
Cianose
Tono muscular
Força para agarrar
3 – MORTE
Observaçõescomplementares.:_______________________________________________________
Responsável Técnico
Quadro 2 Protocolo utilizado na Triagem Farmacológica (ALMEIDA; OLIVEIRA, 2006).
55
4.2 AVALIAÇÃO GERAL DA ATIVIDADE NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
4.2.1 Teste da potencialização do sono induzido pelo pentobarbital
Nesse protocolo experimental é possível verificar se a substância em estudo tem
ação depressora no sistema nervoso central, pelo fato de que, em geral, as drogas
depressoras do SNC atuam sinergicamente aumentando o tempo de sono induzido por
barbitúricos (RILEY; SPINKS, 1958).
Trinta minutos após a administração do DLO 50 mg/kg i.p., veículo i.p. ou
diazepam 2 mg/kg, i.p., todos os grupos receberam pentobarbital sódico 40 mg/kg, por
via intraperitoneal. Os parâmetros avaliados neste teste foram a latência do sono (o
intervalo entre a administração de pentobarbital sódico e a perda do reflexo de
endireitamento) e a duração do sono (o intervalo entre a perda e a recuperação do
reflexo de endireitamento) cujo tempo máximo de observação do teste foi de 240
minutos (CARLINI et al. 1986; ELISABETSKY et al., 1995; MATTEI et al., 1998;
MATTEI; FRANCA, 2006; DE SOUSA et al, 2007).
4.2.2 Avaliação da coordenação motora (teste do rota rod)
O procedimento foi descrito por Dunham e Miya (1957) que avalia a coordenação
motora dos animais pelo tempo de permanência dos camundongos na barra giratória do
aparelho rota rod (CAPASSO, 1996).
Foi realizada uma pré-seleção dos animais, sem administração de substâncias,
cujo critério era a permanência na barra giratória (2,5 cm diâmetro, 7 r.p.m., 45 cm
acima do solo) do rota rod por pelo menos três minutos (MENDES; MATTEI; CARLINI,
2002). Vinte e quatro horas após a pré-seleção, os camundongos foram divididos em
três grupos de oito animais. O primeiro grupo, considerado como controle, recebeu
solução tween 80 a 1.5% (veículo); o segundo grupo recebeu DLO na dose de 50
mg/kg e o último grupo recebeu diazepam 2mg/kg.
56
Após 30, 60 e 120 minutos da administração da droga por via intraperitoneal, os
animais foram colocados com as quatro patas sobre uma barra de 2,5 cm de diâmetro,
elevado a 45 cm do piso, em uma velocidade de 7 rpm. Para cada animal foi registrado
o tempo de permanência total na barra, em um período de até 3 minutos sendo o limite
máximo de três quedas para cada animal (DUNHAM; MIYA, 1957).
4.2.3 Teste do campo aberto
O teste do campo aberto é um método para avaliar a atividade exploratória do
animal, como também o comportamento de ansiedade e sedação da substância
pesquisada (ARCHER, 1973; PRUT; BELZUNG, 2003).
Neste teste foram utilizados grupos de 8 camundongos tratados com D-
Limoneno, nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg i.p. ou 0,5; 1,0 e 2,5% por via inalatória,
enquanto que o grupo controle foi tratado com o veículo e o grupo padrão com o
diazepam, na dose de 1 mg/kg (i.p.).
Trinta minutos após administração i.p. ou sete minutos após os tratamentos
inalatórios, os animais foram colocados individualmente no centro da arena para
explorar livremente o ambiente novo durante um período de 5 minutos. Os seguintes
parâmetros foram observados: ambulação (número de cruzamentos dos segmentos
pelo animal com as quatro patas), número de levantamentos (rearing), tempo de
comportamento de auto-limpeza (grooming) e defecação (número de bolos fecais)
(MONTGOMERY, 1955; LEITE; SIQUEIRA, 2006).
57
4.3 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANSIOLÍTICA
4.3.1 Teste do labirinto em cruz elevado
Este teste tem como finalidade verificar os possíveis efeitos ansiolíticos ou
ansiogênicos das substâncias, uma vez que drogas ansiolíticas levam o animal ao
aumento do número de entradas e o tempo de permanência nos braços abertos,
enquanto que drogas ansiogênicas induzem ao aumento dos mesmos parâmetros nos
braços fechados (LISTER, 1987).
Foram utilizados grupos de 8 camundongos tratados com D-Limoneno nas doses
de 25, 50 e 100 mg/kg i.p. ou 0,5; 1,0 e 2,5% por v. i., enquanto que o grupo controle foi
tratado com o veículo e o grupo padrão com o diazepam, na dose de 1 mg/kg. Trinta
minutos após administração i.p. ou sete minutos após os tratamentos inalatório da
droga ou veículo, os animais foram colocados, individualmente, na plataforma central
de frente para um dos braços fechados do labirinto e o número de entradas nos braços
abertos e fechados e o tempo de permanência nos braços abertos e fechados foram
registrados por um período de 5 minutos. Considerou-se entrada nos braços quando o
animal encontrava-se com as quatro patas dentro dos limites dos mesmos (PELLOW et
al., 1985; SONAVANE et al., 2002; MORA et al, 2005a; GRUNDMANN et al., 2007).
4.4 AVALIAÇÃO DO ENVOLVIMENTO DO SISTEMA GABAÉRGICO NO EFEITO
ANSIOLÍTICO DO D-LIMONENO
4.4.1 Bloqueio do efeito ansiolítico pelo tratamento prévio com flumazenil no teste
do labirinto em cruz elevado
Neste experimento foi avaliado se o Flumazenil (Ro15 - 1788), antagonista do
sistema gabaérgico, era capaz de bloquear os efeitos do DLO no teste de labirinto em
58
cruz elevado, analisando seu envolvimento com o mecanismo de ação desta via no
controle da ansiedade (ARAGÃO et al., 2006).
4.4.1.1 Via intraperitoneal
Os camundongos machos foram divididos em seis grupos, três grupos: controle,
DLO (0,5; 1,0 e 2,5%) e diazepam (1 mg/kg) formados por oito animais cada, que não
foram tratados com o flumazenil a fim de comprovar seus efeitos no teste em análise,
trinta minutos após a administração de cada grupo foi colocado no aparelho do labirinto
em cruz elevado para o teste. Aos três grupos restantes foram pré-tratados com o
flumazenil na dose de 10 mg/kg por via intraperitoneal (DE MELO, 2006) e após 15
minutos foram tratados com veículo, DLO na dose de 50 mg/kg, ou diazepam na dose
de 1 mg/kg. Transcorridos 30 minutos dos tratamentos procedeu-se a observação dos
seguintes parâmetros: número de entrada e tempo de permanência nos braços abertos
e fechados. Os animais foram observados durante um período de 5 minutos no labirinto
em cruz elevado.
4.4.1.2 Via inalatória
Camundongos machos foram divididos em seis grupos, três grupos (controle,
ODL e diazepam) formados por oito animais cada, não foram tratados com o flumazenil
a fim de comprovar seus efeitos no teste em análise. O controle e o grupo do DLO (1%)
foram tratados por via inalatória, e cada grupo permaneceu na caixa inalatória por 7
minutos para serem submetidos ao teste e o grupo diazepam (1mg/kg) recebeu
tratamento pela via intraperitoneal e somente após 30 minutos da administração foi
colocado no aparelho do labirinto em cruz elevado para o teste.
Os outros três grupos formados por oito animais cada foram pré-tratados com o
flumazenil na dose de 10 mg/kg por via intraperitoneal (DA SILVA, 2008) e após 15
minutos foram tratados com diazepam (DZP) na dose de 1 mg/kg, sendo que o controle
59
v.i. e o grupo do DLO (1%, v.i.) foram tratados após 23 minutos da administração do
flumazenil i.p, e cada grupo permaneceu na caixa inalatória por 7 minutos para então
serem submetidos ao teste e o grupo diazepam (1mg/kg) que recebeu tratamento pela
via i.p. somente após 30 minutos da administração foi colocado no aparelho do labirinto
em cruz elevado para o teste. Transcorridos o período dos tratamentos, procedeu-se a
observação dos seguintes parâmetros: mero de entrada e tempo de permanência
nos braços abertos e fechados. Os animais foram observados durante um período de 5
minutos no labirinto em cruz elevado.
4.5. ANÁLISE ESTATÍSTICA
A análise estatística dos dados foi realizada através do programa GraphPad
Prism, versão 4.0 (GraphPad Sotware Incorporated, San Diego, USA).
Os resultados que obedeciam a uma distribuição paramétrica foram analisados
por Análise de Variância (ANOVA) seguido pelo teste de Dunnett (post hoc) ou teste “t”
de Student não pareado. Os dados não paramétricos foram analisados pelo mesmo
programa utilizando o teste de Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Dunn's.
Em todas as análises estatísticas, os valores obtidos foram expressos em média
± erro padrão da média (e.p.m.), e os resultados foram considerados significativos
quando apresentaram p < 0,05. Os mbolos (*) e jogo da velha (#) caracterizam o grau
de significância, sendo que *p < 0,05; **p < 0,01; ***p < 0,001 é em relação ao
respectivo grupo controle e #< 0,05; ### p < 0,001 em relação ao controle positivo,
diazepam.
60
61
62
V RESULTADOS
5.1 TESTE PRELIMINAR DA ATIVIDADE NO SNC
5.1.1 Efeito do D-Limoneno na triagem farmacológica comportamental por via
intraperitoneal
Os animais tratados com D-limoneno (DLO) nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg
apresentaram analgesia com até 30 minutos após a administração. Na dose de 100
mg/kg foi observada hiperatividade nos 10 primeiros minutos após a administração.
O quadro 3 mostra uma síntese das principais alterações comportamentais
observadas nos animais após tratamento com o DLO em relação ao respectivo grupo
controle.
DOSE
(mg/kg, i.p.)
SUBSTÂNCIAS
TEMPO
(min)
EFEITOS OBSERVADOS
Até 30 Analgesia (+)
60 Sem alterações comportamentais
120 Sem alterações comportamentais
180 Sem alterações comportamentais
25
(D)-Limoneno
240 Sem alterações comportamentais
Até 30 Analgesia (+)
60 Sem alterações comportamentais
120 Sem alterações comportamentais
180 Sem alterações comportamentais
50
(D)-Limoneno
240 Sem alterações comportamentais
Até 30 Analgesia (+), Hiperatividade (+)
60 Sem alterações comportamentais
120 Sem alterações comportamentais
180 Sem alterações comportamentais
100
(D)-Limoneno
240 Sem alterações comportamentais
Quadro 3 Principais alterações comportamentais registradas em camundongos decorrentes da
administração do D-limoneno via intraperitoneal. (-) efeito diminuído, (--) efeito bem diminuído,
(+) efeito presente, (++) efeito presente intenso (n=8).
63
5.2 AVALIAÇÃO GERAL DA ATIVIDADE NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
5.2.1 Teste da potencialização do tempo de sono induzido pelo pentobarbital por
via intraperitoneal
Nesse teste foram analisados dois parâmetros: a latência do sono em segundos
e a duração do sono em minutos. O D-Limoneno diminuiu a latência por via i.p. (150,6 ±
10,2) comparado com o controle (184,3 ± 8,3) (Figura 17).
DLO na dose de 50 mg/kg (i.p.) aumentou o tempo de sono (122,7 ± 22,4)
quando comparado com o controle (65,55 ± 3,8) (Figura 18).
Como esperado, o diazepam 2 mg/kg i.p., reduziu o tempo de latência do sono
(145,4 ± 6,4) e aumentou a duração do sono (213,7 ± 16,8), conforme as figuras 17 e
18.
0
100
200
Controle
DLO 50mg/kg
DZP 2 mg/kg
**
*
Tratamentos (i.p.)
Latência (seg)
Figura 17 Efeitos do DLO (50 mg/kg, i.p.) e diazepam (2mg/kg, i.p.) sobre a latência do sono
em segundos no teste do tempo de sono induzido pelo pentobarbital. Os valores estão
expressos em média ± e.p.m. (n=8), ANOVA seguido pelo teste de Dunnett’s, * p< 0,05 ** p<
0,01 vs Controle.
64
0
50
100
150
200
250
Controle
DLO 50 mg/kg
DZP 2 mg/kg
*
**
Tratamentos (i.p.)
Tempo de sono (min)
Figura 18 Efeitos do DLO (50 mg/kg, i.p.) e diazepam (2mg/kg, i.p.) sobre o tempo de sono
induzido pelo pentobarbital. Os valores estão expressos em média ± e.p.m. (n=8), ANOVA
seguido pelo teste de Dunnett’s, * p< 0,05 ** p< 0,01 vs controle.
.
65
5.2.2 Avaliação da coordenação motora (teste de rota rod)
Nesse teste, após 30, 60 e 120 minutos, não houve alterações significativas no
tempo de permanência da barra giratória com os animais tratados com o D-Limoneno
na dose de 50 mg/kg (i.p.). Entretanto, com o padrão positivo, diazepam, foi diminuído o
tempo de permanência na barra, que foi observado em 30 min (28,13 ± 15,15 vs 177,5
± 2,5) e 60 min. (112,3 ± 27,8 vs 166,8 ± 13,25) do tratamento (Figura 19).
30 60 120
0
100
200
Controle
DLO 50 mg/kg
DZP 2 mg/kg
***
*
Tempo de observação (min)
Tempo de permanência
na barra giratória (seg)
Figura 19 Efeitos do DLO (50 mg/kg, i.p) e diazepam (2mg/kg, i.p.) sobre a coordenação
motora dos animais nos tempos 30 min, 60 min e 120 min. Os valores estão expressos em
média ± e.p.m. (n=8), Teste Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Dunn's, * p < 0.05 ; *** p <
0.001 vs respectivo grupo controle
66
5.2.3 Teste do campo aberto
A ambulação (número de travessias), o rearing (levantar), o grooming (auto-
limpeza) e o número de bolos fecais foram os parâmetros analisados, conforme
mostrados nas figuras 20, 21, 22 e 23.
Após o tratamento intraperitoneal, DLO nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg
demonstraram uma redução do tempo de auto-limpeza (16,7± 4,4; 9,6± 4,6; 9,9 ± 3,3 vs
62,7 ± 22,8) em relação ao controle (Figura 20). Os outros parâmetros analisados não
apresentaram diferença significativa (Figuras 21, 22 e 23).
Os animais tratados com o DZP 1 mg/kg i.p. diminuíram o tempo de auto-limpeza
(16,3 ± 7,8 vs 62,7 ± 22,8) em relação ao respectivo controle (Figura 20).
0
45
90
Controle
DLO 50 mg/kg
DLO 25 mg/kg
DLO 100 mg/kg
DZP 1 mg/kg
*
**
*
**
Tratamentos (i.p.)
Tempo de
auto-limpeza (seg)
Figura 20 Efeitos do DLO (25, 50 e 100 mg/kg, i.p.) e diazepam (1mg/kg, i.p.) sobre a auto-
limpeza dos animais no teste do campo aberto. Os valores estão expressos em média ± e.p.m.
(n=7-8), ANOVA seguido do teste de Dunnetts, * p < 0,05; ** p < 0,01 vs respectivo grupo
controle.
67
0
25
50
75
100
125
Controle
DLO 25 mg/kg
DLO 50 mg/kg
DLO 100 mg/kg
DZP 1 mg/kg
Tratamentos (i.p.)
Ambulação
Figura 21 Efeitos do DLO (25, 50 e 100 mg/kg, i.p.) e diazepam (1mg/kg, i.p.) sobre a
ambulação dos animais no teste do campo aberto. Os valores estão expressos em média ±
e.p.m. (n=8) ANOVA seguido do teste de Dunnetts.
0
5
10
15
20
25
Controle
DLO 50 mg/kg
DLO 25 mg/kg
DZP 1 mg/kg
DLO 100 mg/kg
Tratamentos (i.p.)
Quantidade
de elevão
Figura 22 Efeitos do DLO (25, 50 e 100 mg/kg, i.p.) e diazepam (1mg/kg, i.p.) sobre a elevação
dos animais no teste do campo aberto. Os valores estão expressos em média ± e.p.m. (n=8).
ANOVA seguido do teste de Dunnetts.
68
0.0
0.5
1.0
DLO 50 mg/kg
DLO 25 mg/kg
Controle
DLO 100 mg/kg
DZP 1 mg/kg
Tratamentos
Quantidade de
bolos fecais
Figura 23 Efeitos do DLO (25, 50 e 100 mg/kg, i.p.) e diazepam (1mg/kg, i.p.) sobre o número
de bolos fecais dos animais no teste do campo aberto. Os valores estão expressos em média ±
e.p.m. (n=8). ANOVA seguido do teste de Dunnetts.
69
5.3 AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA ATIVIDADE NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
5.3.1 Avaliação da atividade ansiolítica (via intraperitoneal)
5.3.1.1 Teste do labirinto em cruz elevado
Nesse modelo, o D-Limoneno, nos animais tratados na dose de 50 mg/kg,
aumentou de maneira significativa o tempo de permanência (140,3 ± 21,2) nos braços
abertos quando comparados com o grupo controle (57,1 ± 12,9) (Figura 24). Contudo,
nenhuma alteração significativa foi observada no número de entrada nos braços
abertos (Fig. 25).
O diazepam (1 mg/kg) interferiu em todos os parâmetros: aumentou o número de
entradas (9,5 ± 1,9) e o tempo de permanência (157,5 ± 22,1 seg) nos braços abertos
em relação ao controle (4,1 ± 0,7; 57,13 ± 12,9 seg, respectivamente) e reduziu o
número de entradas (3,3 ± 1,2 vs 7,8± 0,8) e tempo de permanência (69, 22,3 vs
185,5 ± 17,4) nos braços fechados quando comparado com o grupo controle tratado
com o veículo (Figuras 24 e 25).
70
0
50
100
150
200
250
Controle
DLO 25 mg/kg
DLO 50 mg/kg
DLO 100 mg/kg
DZP 1 mg/kg
*
**
**
braços abertos
braços fechados
Tratamentos
Tempo de
permanência (seg)
Figura 24 Efeitos do DLO (25, 50 e 100 mg/kg, i.p) e diazepam (1 mg/kg, i.p.) sobre o tempo de
permanência nos braços abertos e fechados do labirinto em cruz elevado. Os valores estão
expressos em média ± e.p.m. (n= 8), ANOVA seguido pelo teste de Dunnett’s, * p< 0,05 ** p<
0,01 vs Controle.
0.0
2.5
5.0
7.5
10.0
12.5
Controle
DLO 25 mg/kg
DLO 50 mg/kg
DLO 100 mg/kg
DZP 1 mg/kg
braços abertos
braços fechados
Tratamentos
*
*
Número de entrada
Figura 25 Efeitos do DLO (25, 50 e 100 mg/kg, i.p.) e diazepam (1mg/kg, i.p.) sobre o mero
de entrada nos braços abertos e fechados do labirinto em cruz elevado. Os valores estão
expressos em média ± e.p.m. (n= 8), ANOVA seguido pelo teste de Dunnett’s, grupo
experimental vs grupo controle, * p< 0,05 vs Controle.
71
5.4 AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO SÍTIO BENZODIAZEPÍNICO DOS
RECEPTORES GABA
A
O D-limoneno na dose de 50 mg/kg aumentou o tempo de permanência nos
braços abertos (84,9± 10,5 vs 44,7± 8,4). Para investigar se o mecanismo de ação do
DLO (50 mg/kg i.p.) poderia ser mediado por receptores benzodiazepínicos, o
flumazenil (10 mg/kg i.p.) um antagonista específico para o reconhecimento deste
receptor foi pré-administrado com os seguintes resultados: o grupo (FLU 10 + controle)
não alterou o parâmetro analisado, tempo de permanência nos braços abertos (47,5 ±
9,7), quando comparado com o respectivo grupo controle (44,75 ± 8,4) (Figura 26),
também não foi observada diferença significativa para o grupo FLU 10 + DLO 50 (67,25
± 9,8).
O diazepam aumentou o tempo de permanência (152,5 ± 15,11 vs 44,75 ± 8,4) e
o número de entradas (11,8 ± 1,2 vs 4,0 ± 0,5) nos braços abertos em relação ao
controle. O flumazenil (FLU 10 + DZP 1) reverteu o efeito ansiolítico do diazepam nos
parâmetros analisados: número de entradas (5,3 ± 0,3 vs 11,8 ± 1,2) e o tempo de
permanência (65,0± 6,3 vs 152,5 ± 15,11) nos braços abertos quando comparado com
os respectivos grupos de DZP 1 (Figuras 26 e 27).
72
0
50
100
150
200
250
Controle
FLU 10 + Controle
DLO 50 mg/kg
FLU 10 + DLO 50
DZP 1 mg/kg
FLU 10 + DZP 1
braços abertos
braços fechados
Tratamentos
*
**
**
###
#
Tempo de
permanência (seg)
Figura 26 Efeitos do controle, DLO (50 mg/kg, i.p.) diazepam (1 mg/kg, i.p.) e flumazenil (10
mg/kg, i.p.) sobre o tempo de permanência nos braços abertos e fechados do labirinto em cruz
elevado. Os valores estão expressos em média ± e.p.m. (n= 8), ANOVA “one-wayseguido pelo
teste de Dunnett’s e o Teste “t” de Student, * p< 0,05; ** p< 0,01 vs Controle; # p< 0,05; ### p<
0,001 vs padrão positivo diazepam.
.
0
5
10
15
Controle
FLU 10 + Controle
DLO 50 mg/kg
FLU 10 + DLO 50
DZP 1 mg/kg
FLU 10 + DZP 1
braços abertos
bros fechados
Tratamentos
*
**
###
#
Número de entrada
Figura 27 Efeitos do Controle, DLO (50 mg/kg, i.p.) diazepam (1 mg/kg, i.p.) e flumazenil (10
mg/kg, i.p.) sobre o número de entrada nos braços abertos e fechados do labirinto em cruz
elevado. Os valores estão expressos em média ± e.p.m. (n= 8), ANOVA “one-wayseguido pelo
teste de Dunnett’s e Teste “t” de Student, * p< 0,05; ** p< 0,01 vs Controle; # p< 0,05; ### p<
0,001 vs padrão positivo diazepam.
73
74
5.5 TESTE PRELIMINAR DA ATIVIDADE NO SNC
5.5.1 Efeito do DLO na triagem farmacológica comportamental via inalatória
Os animais tratados com D-limoneno (DLO) na concentração de 1,0%
apresentaram os seguintes efeitos: analgesia e diminuição da defecação.
O quadro 4 mostra uma síntese das principais alterações comportamentais
observadas nos animais após tratamento com DLO por via inalatória em relação ao
respectivo grupo controle.
DOSE
(%,
inalatória)
SUBSTÂNCIAS
TEMPO
(min)
EFEITOS OBSERVADOS
Até 30 Sem alterações comportamentais
60 Sem alterações comportamentais
120 Sem alterações comportamentais
180 Sem alterações comportamentais
0,5
(D)-Limoneno
240 Sem alterações comportamentais
Até 30 Defecação (-)
60 Analgesia (+)
120 Sem alterações comportamentais
180 Analgesia (+)
1,0
(D)-Limoneno
240 Sem alterações comportamentais
Até 30 Sem alterações comportamentais
60 Sem alterações comportamentais
120 Sem alterações comportamentais
180 Sem alterações comportamentais
2,5
(D)-Limoneno
240 Sem alterações comportamentais
Quadro 4 Principais alterações comportamentais registradas em camundongos decorrentes da
administração do D-limoneno por via inalatória. (-) efeito diminuído, (--) efeito bem diminuído,
(+) efeito presente, (++) efeito presente intenso (n=8).
75
5.6 AVALIAÇÃO GERAL DA ATIVIDADE NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
5.6.1 Teste do campo aberto
O D-limoneno não alterou de maneira significativa os parâmetros observados
neste modelo animal (Figura 28, 29,30 e 31), mas a droga padrão diazepam diminuiu o
tempo de auto-limpeza (13,4 ± 2,1 vs 44,1 ± 8,1) (Figura 28).
0
30
60
Controle v.i
DLO 0,5% v.i
DLO 1,0% v.i
DLO 2,5% v.i
Controle i.p.
DZP 1 mg/kg i.p.
**
Tratamentos
Tempo de
auto-limpeza
(seg)
Figura 28 Efeitos do DLO v.i. (0,5; 1,0 e 2,5 %) e diazepam i.p. (1mg/kg) sobre a auto-limpeza
dos camundongos no teste do campo aberto. Os valores estão expressos em média ± e.p.m.
(n=8), Teste “t” de Student não pareado, ** p < 0,01 vs respectivo grupo controle.
76
0
100
200
Controle
DLO 0,5%
DLO 1,0 %
DLO 2,5 %
DZP 1 mg/kg i.p.
Controle i.p.
Tratamentos
Ambulação
Figura 29 Efeitos do DLO v.i. (0,5; 1,0 e 2,5 %) e diazepam i.p. (1mg/kg) sobre a ambulação
dos animais no teste do campo aberto. Os valores estão expressos em média ± e.p.m. (n=8).
Teste “t” de Student não pareado.
0
30
60
Controle v.i
DLO 0,5 % v.i
DLO 1,0% v.i
DLO 2,5% v.i
Controle i.p.
DZP 1mg/kg i.p.
Tratamentos
Quantidade
de levantar
Figura 30 Efeitos do DLO v.i. (0,5; 1,0 e 2,5 %) e diazepam i.p. (1mg/kg) sobre a quantidade de
levantar no teste do campo aberto em camundongos. Os valores estão expressos em média ±
e.p.m. (n=8). Teste “t” de Student não pareado.
77
0.5
1.5
2.5
3.5
Controle v.i.
DLO 0,5% v.i.
DLO 1,0% v.i.
DLO 2.5% v.i.
Controle i.p.
DZP 1 mg/kg i.p.
Tratamentos
Quantidade de
bolos fecais
Figura 31 Efeitos do DLO v.i. (0,5; 1,0 e 2,5 %) e diazepam i.p. (1mg/kg) sobre a quantidade de
bolos fecais no teste do campo aberto em camundongos. Os valores estão expressos em média
± e.p.m. (n=8). Teste “t” de Student não pareado.
78
5.7 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANSIOLÍTICA POR VIA INALATÓRIA
5.7.1. Teste do labirinto em cruz elevado
Os animais tratados com o D-Limoneno nas concentrações 0,5 e 1,0 % por via
inalatória apresentaram aumento no número de entradas (10,3 ± 1,0 vs 7,2 ± 0,7; 9,3 ±
1,0 vs 5,8 ± 1,0) e no tempo de permanência (123,2 ± 6,2 vs 90,7± 11,8; 135,1 ± 20,8 vs
74,0 ± 15,5) nos braços abertos quando comparados com o grupo controle (Figuras 32
e 33).
Além disso, observou-se uma redução no tempo de permanência nos braços
fechados (104,6 ± 6,3 vs 149,3 ± 13,1) quando comparado com o grupo controle tratado
com o veículo na concentração de 0,5 %. Entretanto, na concentração de 2,5 %
aumentou o tempo total de permanência nos braços fechados (146,9 ± 6,6 vs 114,4 ±
8,3) quando comparado com o grupo controle (Figura 32).
O Diazepam (1mg/kg) interferiu em todos os parâmetros: aumentou o número de
entradas (8,6 ± 1,6) e tempo total de permanência (157,5 ± 22,1 seg) nos braços
abertos em relação ao controle (4,1 ± 0,5; 57,13 ± 12,9 seg, respectivamente) (Figuras
32 e 33), e reduziu o número de entradas (3,3 ± 1,2 vs 7,8± 0,8) e tempo de
permanência (69,4± 22,3 vs 185,5 ± 17,4) nos braços fechados quando comparado com
o grupo controle que foi tratado com o veículo.
79
0
50
100
150
200
250
DZP 1 mg/kg i.p.
Controle v.i.
DLO 0,5 % v.i.
DLO 1,0 % v.i.
DLO 2,5 % v.i.
Controle i.p.
braços abertos
braços fechados
Tratamentos
*
*
*
**
**
**
Tempo de
permanência (seg)
Figura 32 Efeitos do DLO v.i. (0,5; 1,0 e 2,5 %) e diazepam i.p. (1mg/kg) sobre o tempo de
permanência nos braços do labirinto em cruz elevado. Os valores estão expressos em média ±
e.p.m. (n=8), Teste “t” de Student não pareado, * p< 0,05; ** p< 0,01 vs respectivo grupo
controle
0.0
2.5
5.0
7.5
10.0
12.5
Controle v.i.
DLO 0,5 % v.i.
DLO 1,0 % v.i.
DLO 2,5% v.i.
Controle i.p.
DZP 1 mg/kg i.p.
braços abertos
braços fechados
Tratamentos
*
*
*
**
Número de entrada
Figura 33 Efeitos do DLO v.i. (0,5; 1,0 e 2,5 %) e diazepam i.p. (1mg/kg) sobre o número de
entrada nos braços do labirinto em cruz elevado. Os valores estão expressos em média ±
e.p.m. (n=8), Teste “t” de Student não pareado, * p< 0,05; ** p< 0,01 vs respectivo grupo
controle.
80
5.8 AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO SÍTIO BENZODIAZEPÍNICO DOS
RECEPTORES GABA
A
O D-limoneno 1,0% v.i. aumentou o número de entradas (8,8 ± 0,6 vs 4,7 ± 0,4) e
o tempo de permanência (83,8 ± 4,0 vs 50,8 ± 6,2) nos braços abertos. Para investigar
se o mecanismo de ação do DLO (1,0%, v.i.) poderia ser mediado por receptores
benzodiazepínicos, o flumazenil (10 mg/kg i.p.), um antagonista específico para o
reconhecimento deste receptor, foi pré-administrado com os seguintes resultados: o
grupo (FLU 10 + controle) não alterou os parâmetros analisados: número de entradas
(4,5± 0,3 vs 4,7 ± 0,4) e tempo de permanência nos braços abertos (41,1 ± 4,6 vs 50,8
± 6,2) quando comparado com o respectivo grupo controle (Figuras 34 e 35), também
não foi observada diferença significativa para o grupo FLU 10 + DLO 50 (8,9 ± 0,7; 84,1
± 8,7).
O diazepam aumentou o tempo de permanência (152,5 ± 15,1 vs 44,7 ± 8,4) e o
número de entradas (11,8 ± 1,2 vs 4,0 ± 0,5) nos braços abertos em relação ao
controle. A associação (FLU 10 + DZP 1) reverteu o efeito ansiolítico do diazepam nos
parâmetros analisados: número de entradas (5,3 ± 0,3) e o tempo de permanência (65,0
± 6,3) nos braços abertos quando comparado com os respectivos grupos de DZP 1
mg/kg, conforme mostrado nas figuras 34 e 35.
81
0
50
100
150
200
250
Controle
FLU + Controle
DLO 1%
FLU + DLO 1%
Controle i.p.
FLU 10 + Controle i.p.
DZP 1 mg/kg
FLU 10 + DZP 1
braços abertos
braços fechados
Tratamentos
***
**
***
**
***
*
#
###
Tempo de
permanência (seg)
Figura 34 Efeitos do DLO v.i. (0,5; 1,0 e 2,5 %), diazepam i.p. (1mg/kg) e flumazenil i.p. (10
mg/kg) sobre o tempo de permanência nos braços abertos e fechados do labirinto em cruz
elevado. Os valores estão expressos em média ± e.p.m. (n=8), Teste “t” de Student não
pareado, ** p< 0,01, *** p< 0,001 ; vs respectivo grupo controle. # p< 0,05, ### p< 0,001 em
relação ao controle positivo (DZP).
0
5
10
15
FLU + Controle v.i.
DLO 1% v.i.
FLU + DLO 1%
Controle i.p.
FLU 10 + Controle i.p.
DZP 1 mg/kg i.p.
Controle v.i.
FLU 10 + DZP 1
braços abertos
braços fechados
Tratamentos
***
***
***
*
#
###
Número de entrada
Figura 35 Efeitos do DLO v.i. (0,5; 1,0 e 2,5 %), diazepam i.p. (1mg/kg) e do flumazenil i.p. (10
mg/kg) sobre omero de entradas nos braços abertos e fechados do labirinto em cruz
elevado. Os valores estão expressos em média ± e.p.m. (n=8), * p< 0,05 *** p< 0,001; vs
respectivo grupo controle # p< 0,05, ### p< 0,001 em relação ao controle positivo (DZP) (Teste
“t” de Student não pareado).
82
83
VI DISCUSSÃO
A Psicofarmacologia é a parte da farmacologia voltada para o estudo dos efeitos
das drogas que atuam no sistema nervoso central, gerando alterações das funções
mentais, principalmente quanto ao humor, emoções e atividade psicomotora (ALMEIDA;
BARBOSA-FILHO, 2006).
O interesse do laboratório de psicofarmacologia em estudar compostos
biologicamente ativos, aliados aos dados anteriores de possíveis efeitos centrais do D-
limoneno (DLO), levou-nos a investigar esta substância. Neste trabalho, os efeitos do
DLO foram estudados em vários modelos de comportamento animal, tais como triagem
farmacológica, campo aberto, rota rod, tempo de sono induzido por pentobarbital e o
labirinto em cruz elevado. Esta pesquisa utilizou duas vias: intraperitoneal e inalatória,
entretanto, com esta última via foram realizadas apenas os testes de triagem
farmacológica, campo aberto e labirinto em cruz elevado. O flumazenil, um antagonista
benzodiazepínico, foi usado para investigar o possível envolvimento do DLO no sistema
gabaérgico.
O D-limoneno é um monoterpeno prevalente em vários óleos essenciais, como
exemplo no óleo da casca da laranja (HARDCASTLE et al., 1999). Alguns autores
pesquisaram este monoterpeno buscando atividade no SNC (VALE et al., 1999, 2002),
atividade antinociceptiva (DO AMARAL et al., 2007) e anticonvulsivante (VIANA et al.,
2000).
Com um método inovador, investigou-se a propriedade ansiolítica do DLO
através da via inalatória em modelos animais. A via inalatória é aquela através da qual
os medicamentos e outras substâncias são administrados pelas vias aéreas superiores.
De acordo com Newhouse (1993), Huchon (1997) e Almeida et al. (2001b) as
vantagens da via inalatória são muitas, incluindo menor quantidade de droga para
obtenção do efeito significativo, menor incidência de efeitos colaterais, pode-se
administrar em pacientes inconscientes e início rápido de ação. Além disso, segundo
Cardoso et al. (2006) a via de administração oral dos óleos essenciais apresenta
maiores riscos de apresentar efeitos tóxicos do que a via inalatória, que possui como
84
principal vantagem o fato de reduzir o estresse decorrente das manipulações por
injeção por outras vias, além de reduzir a toxicidade.
De acordo com Guyton e Hall (2006) as células receptoras para a sensação da
olfação são as células olfatórias que o neurônios bipolares derivados originalmente
do sistema nervoso central. A porção das células olfatórias que responde ao estímulo
químico olfatório é o cílio olfatório. As substâncias odorantes, ao entrarem em contato
com a superfície da membrana olfatória, inicialmente difundem-se no muco que recobre
o cílio ligando-se a proteína receptora de cada cílio, ativando o complexo da proteína G
(REISERT; YAU; MARGOLIS, 2007). Esta, ativa muitas moléculas de adenilil ciclase
que se encontram do lado intracelular da membrana olfatória. Em conseqüência muitas
moléculas de monofosfato de adenosina cíclica (AMPc) são formadas. O AMPc ativa
outra proteína de membrana próxima, um canal iônico de sódio, o qual se “abre”. Os
íons sódio aumentam o potencial intracelular, tornando-os positivo, e excitando, assim,
o neurônio olfatório e transmitindo os potencias de ação através do nervo olfatório para
o SNC.
Os neurônios sensoriais olfatórios detectam uma variedade de pequenas
moléculas voláteis com sensibilidade e especificidade elevadas (STROTMANN, 2001).
Lavabre (2001) descreve que o sentido do olfato age principalmente no nível
subconsciente uma vez que os nervos olfatórios são ligados ao sistema límbico ao qual
está relacionada à regulação da atividade sensório-motora e os impulsos primitivos de
sexo, fome e sede.
Segundo Eichenbaum (1998) a informação do odor inicialmente é processada
pelo bulbo olfatório e enviada diretamente às áreas corticais que fornecem então a
fonte primária da informação sensorial olfatória ao sistema límbico.
Diversos estudos pré-clínicos foram realizados utilizando a via inalatória. Shaw et
al. (2007) investigaram a quantidade, o tempo de exposição da inalação do óleo de
lavanda (
Lavandula angustifolia
) no teste do campo aberto em ratos. Bradley et al.
(2007a) pesquisou o efeito ansiolítico da inalação do óleo de
Rosa damascena
Mill. de
gerbils nos testes do LCE e da caixa claro/escuro. Em outro estudo, o grupo de Bradley
et al. (2007b) investigou o efeito do odor da
Lavandula angustifolia
Mill no LCE. Os
resultados obtidos foram similares aos do diazepam (1 mg/kg, i.p.). Ito et al. (2008)
85
avaliaram o efeito antidepressivo em camundongos através da inalação do l-
perilaldeido. Chen et al. (2008) avaliaram o efeito ansiolítico da inalação do óleo
essencial de nerol (
Citrus aurantium
). Komiya et al (2006) pesquisaram em
camundongos a atividade antidepressiva e ansiolítica do vapor do óleo de limão.
Komori et al. (1995) estudaram o efeito antidepressivo do odor de limão em ratos. O
grupo de Linck (2008) estudou o efeito sedativo da inalação em um câmara durante 60
minutos de uma atmosfera saturada com 1% ou 3% de linalol em camundongos.
Barocelli et al (2004) investigou o efeito antinociceptivo da inalação do óleo essencial
da
Lavandula hybrida
, e seus principais constituintes linalol e linalil acetato. Estudo com
camundongos (LIM et al, 2005) mostra que a inalação de óleos essenciais podem
induzir efeitos estimulantes ou sedativos em camundongos.
Ensaios clínicos foram realizados para avaliar se a inalação de óleos essenciais,
lavanda (GOEL; KIM; LAO, 2005) e hortelã-pimenta (GOEL; LAO, 2006) alteravam o
sono.
Nesta pesquisa, além da via inalatória foi utilizada também a via intraperitoneal.
Entretanto, essa é uma via já bem descrita na literatura. (VALE et al. 2002)
No presente trabalho, os estudos com DLO compreenderam inicialmente a
triagem farmacológica preliminar para traçar o perfil da ação da substância em nível do
SNC (ALMEIDA et al., 1999). Observou-se analgesia nos animais tratados com DLO
nas doses 25, 50 e 100 mg/kg (i.p.). O pH da emulsão foi verificado em 4,8 e drogas de
caráter ácido provocam contorções abdominais por estimularem os nociceptores
localizados em áreas adjacentes à região do peritônio o que pode ser correlacionado
com a hiperatividade observada nos primeiros dez minutos na dose de 100 mg/kg (i.p.),
conforme observado no quadro 3 (ALMEIDA; OLIVEIRA, 2006). DLO 1% por via
inalatória apresentou nos animais tratados uma defecação diminuída e analgesia
(Quadro 4).
Em nossos estudos, o DLO em ambas as vias não induziu tremores, convulsões,
catalepsia e ataxia o que muitas vezes são considerados indícios para drogas tóxicas.
Em humanos, o DLO demonstrou baixa toxicidade depois de doses únicas e repetidas
por até um ano. A DL
50
oral relatada para o D-limoneno em camundongos machos e
86
fêmeas foi de 5.6 e 6.6 g/kg de peso de corpo, respectivamente, e a DL
50
em ratos
machos e fêmeas foram 4.4 e 5.1 g/kg peso de corpo, respectivamente. (SUN, 2007).
Mora et al. (2005b) avaliaram os efeitos produzidos pelo extrato hidroalcoólico
das folhas de
Casimiroa edulis
no SNC, utilizando diferentes modelos animais
comportamentais. E no teste farmacológico geral não mostrou nenhuma diferença em
seus comportamentos durante os períodos de observação, quando comparado ao
grupo controle em nenhuma dose ou hora. Claudino (2007) realizou um teste de
triagem comportamental com monoterpeno epóxi-carvona e observou diminuição da
ambulação, ptose palpebral, resposta ao toque diminuída, sedação e analgesia.
O teste do tempo de sono induzido por pentobarbital foi realizado de acordo com
Ferrini, Miragoli, e Taccardi (1974). Neste modelo a redução da latência para o sono e o
prolongamento no tempo do sono são relacionados às drogas que deprimem o SNC
(WILLIANSON; OKPAKO; EVANS, 1996). A ação hipnótica do pentobarbital foi
demonstrada por Petty (1995) com indicações de ser mediada pelo complexo receptor
GABA
A
, portanto, é um teste para avaliar o efeito hipnótico/sedativo de uma substância.
O DLO (50 mg/kg, i.p.) diminuiu a latência e aumentou o tempo de sono (Figuras 17 e
18). Estes dados são sugestivos de um efeito sedativo por potencialização do
barbitúrico no teste do tempo de sono. Resultados semelhantes foram obtidos com o
diazepam (2 mg/kg, i.p.).
No trabalho do grupo de Vale et al., (2002) houve um aumento significativo no
tempo de sono observado com altas doses (200 mg/kg, i.p.) do D-limoneno. Porém, na
pesquisa desenvolvida por Amaral et al. (2007) este monoterpeno não aumentou o
tempo de sono induzido pelo pentobarbital (40 mg/kg, i.p.). Carvalho-Freitas e Costa
(2002) trataram oralmente os camundongos com o óleo obtido da casca do
Citrus
aurantium
L. que contém como principal componente o limoneno (PULTRINI;
GALINDO; COSTA, 2006) e observaram aumento no tempo de sono. Entretanto, este
teste não é específico porque substâncias que interagem com a biotransformação do
pentobarbital no complexo do citocromo P450 podem apresentar as mesmas ações de
drogas depressoras do SNC (GOLOUBKOVA et al., 1998).
O teste do rota rod foi usado para verificar um possível efeito do DLO (50 mg/kg,
i.p.) na coordenação motora ou relaxamento muscular (SEDELIS; SCHWARTING;
87
HUSTON, 2001; SANTOS et al., 2005). Para evitar qualquer influência devido à
incapacidade dos animais não relacionada ao tratamento, foi feita uma pré-seleção com
vinte e quatro horas antes do experimento, onde os animais foram avaliados sob as
mesmas condições usadas no teste (PULTRINI; GALINDO; COSTA, 2006).
Neste trabalho, o D-limoneno não alterou a coordenação motora no teste do rota
rod, diferenciando do diazepam, droga ansiolítica que apresenta efeito relaxante
muscular (ARGYROPOULOS; SANDFORD; NUTT, 2000), que diminuiu o tempo de
permanência na barra (Figura 19). Portanto, os resultados indicam que o tratamento
com o DLO (50 mg/kg) não interfere na coordenação motora, descartando assim um
efeito relaxante muscular ou mesmo uma neurotoxicidade do monoterpeno, que é
comum a algumas drogas com perfil depressor do SNC (ALMEIDA, 2006). Estes
resultados corroboram com o trabalho de Do Amaral et al. (2007), no qual o D-
limoneno (25 e 50 mg/kg, i.p.) não apresentou alterações significativas no tempo de
permanência na barra giratória. Entretanto, Vale et al., (2002) observou o relaxamento
muscular causado pelo DLO medido através do rota rod nas doses de 100 e 200 mg/kg
por via intraperitoneal.
Um dos fatores negativos dos benzodiazapínicos, que são os fármacos mais
prescritos para ansiedade, é que esses interferem na coordenação motora, o que foi
observado com o diazepam (figura 19), fármaco ansiolítico, que apresentou um efeito
sedativo e provocou um prejuízo motor até os 60 minutos de observação. Entretanto, o
resultado do DLO (i.p.), do presente trabalho, encontrado no teste do rota rod
apresentou um efeito bastante positivo, desejado e buscado para uma droga ansiolítica,
não causar uma incoordenação motora.
O teste do rota rod é um método não-específico, utilizado para descartar a
possibilidade de resultados falso-positivos, uma vez que avalia a integridade do sistema
motor, permitindo detectar enfraquecimento neurológico, incluindo ataxia, sedação ou
relaxamento muscular, efeitos característicos da neurotoxicidade (DUNHAM; MIYA,
1957; DALLMEIER; CARLINI, 1981).
O teste do campo aberto é empregado para avaliar a atividade exploratória dos
animais (ARCHER, 1973). A tendência natural do animal em um ambiente novo é a de
explorá-lo, apesar do estresse e do conflito provocado por este ambiente
88
(MONTGOMERY, 1958). A locomoção, quantidade de levantar (
rearing
), tempo de
auto-limpeza (
grooming
) e o número de bolos fecais foram os parâmetros
comportamentais observados no campo aberto.
Apesar de ser um modelo animal também utilizado para pesquisar a atividade
ansiolítica (SHAW et al., 2007), o método do campo aberto foi usado neste estudo
como teste geral, justificado pelo fato de ser um teste em que também se estuda
atividade estimulante de drogas (PRUT; BELZUNG, 2003).
Nossos resultados apresentaram uma redução significativa do comportamento
de auto-limpeza no teste do campo aberto com todas as doses por via intraperitoneal
(Figura 20). Não foram observados resultados significativos para este parâmetro por via
inalatória (Figura 28).
A auto-limpeza normalmente consiste em o animal lamber as patas, a cabeça, as
costas e a genitália com movimentos repetitivos usando as patas (KRUK et al., 1998;
VAN ERP et al., 1994). MacFarland e Reeder (1974) relatam que quase todos os
animais gastam uma significativa parte do tempo no comportamento de auto-limpeza.
Estudos mostraram que o aumento do
grooming
é observado em roedores apreensivos
(ARCHER, 1973) e que alguns pesquisadores observaram que drogas ansiolíticas e/ou
depressoras reduzem este parâmetro no teste do campo aberto (BARROS et al., 1994;
DUNN et al., 1981). Vale salientar, que uma redução neste parâmetro, também foi
observada em animais tratados com o diazepam, que foi usado como droga de
referência em nosso protocolo experimental (Figura 20).
A ambulação em um novo ambiente representa a atividade locomotora do
animal. Johansson e Ahlenius (1989) relacionam a quantidade de levantar (
rearing
) com
um aspecto de comportamento exploratório e que geralmente diminui quando um
animal é colocado em um ambiente novo ou estressante, e pode aumentar quando o
animal está sob efeito de drogas ansiolíticas. O número de bolos fecais é relacionado
como parâmetro de emocionalidade (ARCHER, 1973).
Nesta pesquisa, a ambulação, o número de bolos fecais e a quantidade de
levantar não foram significativas para ambas as vias de administração (Figuras 21, 22,
23, 29, 30 e 31). Vale et al. (2002) mostraram que os camundongos tratados com
limoneno diminuíram de forma significativa a atividade espontânea, quantidade de
89
levantar e comportamento de auto-limpeza. As diferenças encontradas nos nossos
resultados com o D-limoneno em relação a outros grupos pode ser devido a vários
fatores: o tempo de privação à comida e água, temperatura do ambiente, ao próprio
pesquisador (cheiro e manuseio), alterações na metodologia, a origem sintética do
monoterpeno, o pH da emulsão, entre outras. Em trabalhos anteriores (ANGRINI;
LESLIE; SHEPHARD, 1998), foram observados que os fármacos, clordiazepóxido,
propranolol e a buspirona, usados amplamente no tratamento para ansiedade humana
reduziram o comportamento locomotor no campo aberto (COSTAIN; GREEN, 1978;
SIMEON et al., 1994).
A partir de todos os resultados apresentados até esta etapa (triagem
farmacológica preliminar e testes psicofarmacológicos gerais) uma forte indicação
que o D-limoneno apresente efeitos farmacológicos no SNC. Desta forma, houve um
direcionamento para uma avaliação específica da atividade ansiolítica do DLO.
A ansiedade é um estado emocional relacionado ao estresse ou dificuldade
psicológica associada a uma condição patológica. Embora muitas formas de tratamento
sejam aplicadas, a ansiedade é tratada na clínica com drogas ansiolíticas
(BHATTACHARYA; SATTYAN, 1997). Os distúrbios da ansiedade o altamente
prevalentes, com uma incidência crescente no mundo inteiro (POLLACK, 2002). O
excesso de ansiedade pode debilitar e prejudicar a qualidade de vida (RICKELS;
SCHWEIZER, 1997).
Os distúrbios da ansiedade são geralmente doenças crônicas que necessitam de
tratamento em longo prazo, e foram relatados os efeitos colaterais dos ansiolíticos
disponíveis no mercado, portanto são necessárias pesquisas de novos compostos. A
pesquisa com plantas medicinais é uma fonte promissora na obtenção de novas
moléculas com potencial atividade farmacológica, inclusive sobre o SNC. Vários óleos
essenciais derivados de plantas têm sido usados no tratamento de uma variedade de
doenças mentais como a ansiedade (CHEN et al., 2004), convulsão (ALMEIDA;
MOTTA; LEITE, 2003; SAYYAH; NADJAFNIA; KAMALINEJAD, 2004) e depressão
(KOMORI et al., 1995, MARTIJENA et al., 1998). Os óleos essenciais possuem efeitos
farmacológicos em funções do cérebro (UMEZU; SAKATA; ITO, 2001). Esta afirmação
90
é apresentada em estudos de atividade ansiolítica em modelos animais (ALMEIDA et
al., 2004; PULTRINI; GALINDO; COSTA, 2006; MIN et al., 2005).
A maioria dos modelos experimentais que utilizam animais de laboratório para
avaliar a ansiedade baseia-se, principalmente, em situações conflitantes, como por
exemplo, colocar o animal num ambiente estranho (“estressante”) ou frente a um
predador, gerando assim, algumas alterações comportamentais, acompanhadas de
desvios fisiológicos. Assim o que se reproduz nos animais é um estado semelhante à
ansiedade no homem, medida através de sinais exteriores, como a atividade
exploratória, locomotora e social, que podem ser avaliados por meio de alguns testes
(LEITE; SIQUEIRA, 2006).
Para avaliar o efeito ansiolítico foi usado o modelo do labirinto em cruz elevado
(LCE), o mais utilizado para avaliação da ansiedade (PELLOW et al., 1985; CRUZ;
FREI; GRAEFF, 1994; PELLOW; FILE, 1986; COLE, 1995). Esse teste baseia-se no
fato que roedores tem aversão a lugares abertos e elevados (MONTGOMERY, 1958;
RODGERS et al., 1997). LCE é utilizado para investigar os efeitos ansiolíticos ou
ansiogênicos das substâncias, uma vez que ansiolíticos aumentam o número de
entradas e o tempo de permanência nos braços abertos, e as substâncias ansiogênicas
fazem o oposto (GRUNDMANN et al., 2007; YU et al., 2007).
No presente estudo, o DLO por via intraperitoneal na dose de 50 mg/kg
aumentou significativamente apenas um parâmetro observado (Figura 24), o tempo de
permanência nos braços abertos, indicativo de efeito ansiolítico (ROCHA, LAPA; LIMA,
2002). O diazepam, droga padrão de efeito ansiolítico, na dose de 1 mg/kg, aumentou
significativamente o número de entradas e o tempo de permanência nos braços
abertos, enquanto que nos braços fechados diminuiu o tempo de permanência e o
número de entradas (Figuras 24 e 25). Segundo Nogueira et al. (1998), a redução da
aversão aos braços abertos ou a menor afinidade aos braços fechados sugerem um
efeito ansiolítico e de acordo com Pellow et al. (1985) e Dawson et al. (1995) os ratos e
camundongoss, sob condições comportamentais normais têm maior preferência para
braços fechados que são considerados mais seguros e menos iluminados.
No mesmo modelo, a administração inalatória do DLO, apresentou efeito
ansiolítico em duas concentrações estudadas 0,5 e 1,0%, nas quais foram observadas
91
um aumento significativo no número de entradas e no tempo de permanência nos
braços abertos (Figuras 32 e 33), embora a concentração de 2,5% aumentou
significativamente o tempo de permanência nos braços fechados. Desta forma, nossos
resultados mostraram que o DLO apresentou efeito ansiolítico com as duas menores
concentrações (0,5 e 1,0%) por via inalatória resultados semelhante ao produzido pela
droga de referência o diazepam (1 mg/kg, i.p.), embora com a concentração 2,5 % v.i.
as alterações comportamentais induzidas pelo DLO foram sugestivas para efeito
ansiogênico.
Lima (2005) também apresentou resultados semelhantes onde a Iangambina,
uma lignana isolada a partir do caule de
Ocotea duckei
Vattimo, apresentou efeito
ansiogênico com duas doses (25 e 50 mg/kg, i.p.) e com a dose de 75mg/kg i.p. e com
estas mesmas doses administradas por via oral observaram a atividade ansiolítica no
teste do labirinto em cruz elevado. No trabalho de Carvalho-Freitas e Costa (2002) a
administração oral de 1 g/kg do óleo de
C. aurantium
aumentou o tempo de
permanência nos braços abertos. No estudo do grupo de Vale et al. (2002) o limoneno
(5mg/kg, i.p.) diminuiu o número de entradas nos braços abertos do LCE.
Várias vias neurais estão envolvidas na fisiopatologia da ansiedade,
conseqüentemente, um grande número de neurotransmissores participa dos
mecanismos subjacentes de drogas ansiolíticas (PALUCHA; PILE, 2002).
Clinicamente, os benzodiazepínicos são amplamente utilizados como drogas
sedativas e ansiolíticas, corroborando com os estudos em modelos animais tais como o
teste do labirinto em cruz elevado, onde os efeitos do diazepam o altamente
reprodutíveis (ARAGÃO et al., 2006). O diazepam tem sido freqüentemente usado
como um composto de referência, um padrão ansiolítico em testes farmacológicos
comportamentais (TAUKULIS; GOGGIN, 1990; GUIMARACES et al., 1990; WRIGHT;
UPTON; MARSDEN, 1992, SEO et al., 2007).
É amplamente aceito que drogas ansiolíticas, como os benzodiazepínicos (BDZ)
agem clinicamente por acentuar o efeito do GABA, no receptor GABA
A
, que é o
principal receptor inibitório no SNC (OLSEN; WERNER, 2008). Esse receptor
é
associado a um canal para cloreto operado por ligante, composto por subunidades alfa
92
(
α
1,
α
2,
α
3 ou
α
5) em combinação com subunidades beta (
β
1-
β
2) e subunidade gama
(BENSON et al., 1998).
Os benzodiazepínicos, alprazolam, clonazepam, diazepam, lorazepam
mostraram ser eficazes nos distúrbios da ansiedade tais como: transtorno de pânico
(BALLENGER et al., 1988; ANDERSCH; ROSENBERG; KULLINGSJO, 1991), fobia
social (DAVIDSON; TUPLER; POTTS, 1994), transtorno obsessivo-compulsivo
(HEWLETT; VINOGRADOV; AGRAS, 1992), transtorno de estresse pós-traumático
(O'BRIEN; NUTT, 1998), transtorno de ansiedade generalizada (KAHN et al., 1986;
MITTE et al., 2005). Embora os BDZ clássicos realcem a função do receptor GABA
A
e
sejam ansiolíticos eficazes, eles apresentam efeitos colaterais indesejados, incluindo
sedação, tolerância, prejuízo cognitivo e dependência (SCHWEIZER; RICKELS, 1998;
BARKER et al., 2004; WHITING, 2006). Muitos estudos farmacológicos mostram
mudanças na expressão da ansiedade em modelos animais comportamentais assim
como nos estudos humanos devido a perturbação do influxo de cloreto estimulado pelo
GABA (YOUNG et al., 1996; SEO et al., 2007).
O agonista parcial do receptor 5-HT
1A
, buspirona, é uma droga que reduz a
atividade serotoninérgica central, usado no tratamento da ansiedade (KUNOVAC;
STAHL, 1995). Sonavane et al (2002) e Grundmann et al. (2007) utilizaram a
buspirona, além do diazepam, como ferramenta farmacológica ansiolítica. No entanto,
este agonista parcial do receptor 5-HT
1A
tem como desvantagem um início de ação
mais demorado, precisando de cerca de duas semanas de administração para que
surjam os primeiros efeitos benéficos. Como sua meia-vida de excreção varia de duas a
oito horas, deve ser administrada três vezes ao dia (JANICAK et al., 1997).
Pesquisadores têm reportado diferentes efeitos da buspirona no teste do LCE,
ansiolíticos (DUNN; CORBETT; FIELDING, 1989; LEE; RODGERS, 1991), ineficazes
(WADA; FUKUDA, 1991) e ansiogênicos (KLINT, 1991; MOSER, 1989). Em virtude de o
LCE ser uma excelente ferramenta para detectar compostos que tenham relação com
complexo receptor GABA
A
e da buspirona apresentar resultados muito variáveis em
relação a esse teste, foi escolhido para o nosso estudo apenas o padrão positivo
diazepam (RODGERS et al., 1997).
93
Os benzodiazepínicos, como o diazepam, agem como ansiolíticos em doses
baixas, produzem também sedação e efeito relaxante muscular em doses mais altas
(ONAIVI et al., 1992; WOLFFGRAMM; MIKOLAICZY; COPER, 1994). Por esta razão,
no presente trabalho, foram utilizadas diferentes doses de diazepam nos testes
realizados. Por exemplo, nos testes do
rota rod
e do tempo de sono foi utilizada uma
dose mais elevada (2mg/kg) para causar relaxamento muscular e sedação. No entanto,
no teste do labirinto em cruz elevado, a dose usada foi de 1 mg/kg para evidenciar o
seu efeito ansiolítico. Nesse sentido, foi possível verificar o efeito sedativo/hipnótico do
DLO no teste do tempo de sono induzido por pentobarbital e o efeito ansiolítico no teste
do LCE.
O flumazenil, um antagonista benzodiazepínico, foi utilizado para investigar o
possível envolvimento do monoterpeno D-limoneno no sistema gabaérgico. Nossos
resultados mostraram que o efeito ansiolítico do diazepam foi antagonizado totalmente
pelo pré-tratamento com o flumazenil, que reverteu tanto o número de entradas quanto
o tempo de permanência nos braços abertos no teste do labirinto em cruz elevado.
Entretanto, o tratamento com flumazenil associado ao DLO tanto por via inalatória como
intraperitoneal em camundongos o reverteu os parâmetros comportamentais
observados no teste do LCE (número de entradas e tempo de permanência nos braços
abertos) (Figuras 26, 27, 34, 35), indicando que o mecanismo de ação do DLO
provavelmente não está relacionado à ligação direta com o receptor GABA
A
, não
descartando a participação de outros sítios moduladores existentes nesse receptor.
O presente trabalho demonstrou a atividade ansiolítica em modelos animais por
via intraperitoneal e por via inalatória do monoterpeno D-limoneno. Outros modelos pré-
clínicos de ansiedade devem ser realizados para confirmação desta atividade, assim
como estudos neuroquímicos para avaliar o nível de neurotransmissores em animais
tratados com DLO e pesquisas da interação droga-receptor para avaliar os possíveis
mecanismos de ação deste monoterpeno (LIMA, 2005).
94
95
VII CONCLUSÕES
Baseado nos resultados obtidos na caracterização da atividade
psicofarmacológica de D-limoneno (DLO)
O DLO induziu alterações comportamentais sugestivas de droga psicoléptica, ou
seja, que reduz a atividade do SNC;
O DLO possui efeito sedativo observado no teste do tempo de sono induzido por
pentobarbital;
O DLO não interferiu com a coordenação motora dos animais no teste do rota
rod;
O DLO apresentou características de droga ansiolítica quando administrado
pelas vias inalatória e intraperitoneal baseados nos resultados dos testes do
labirinto em cruz elevado;
O mecanismo de ação ansiolítico do DLO parece não ser mediado pela
interferência com o sistema GABAérgico, não descartando outros sítios não
avaliados neste receptor;
96
97
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