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A segunda fase, marcada pelo modelo teleducação, utilizava os recursos
radiofônicos e televisivos, fazendo uso de aulas expositivas, fitas de vídeo e material
impresso. Predominava nesta fase a comunicação síncrona dos atores, alunos e
monitores, surgindo em 1947 a Universidade do Ar que transmitia através do rádio
cursos comerciais três vezes por semana.
Em 1976, surgiu o telecurso com aulas via satélite e complementação com
Kits de material impresso, este ultimo já habilitava professores leigos sem afastá-los
do exercício
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. Na década de 70, o Brasil era considerado um dos líderes dessa
modalidade de ensino. A terceira fase do ensino à distância é a que estamos
vivenciando nos dias de hoje, mediada por computador em ambientes interativos,
com possibilidades de comunicação tanto síncrona como assíncrona por meio da
conexão de internet, possibilitando o uso de chats, fóruns de discussão, correio
eletrônico e teleconferências entre outros, articulando uma interação multilateral
entre os atores.
No âmbito da educação, dentro do ambiente escolar tradicional, quando
pensamos em tecnologias nos vem à cabeça primeiramente o uso do computador
com acesso à internet, fazendo com que todas as outras tecnologias disponíveis
para o assessoramento educacional fiquem relegadas ao esquecimento e desuso.
Notadamente, não vemos mais professores valerem-se do uso de bibliotecas,
estimulando seus alunos a utilizá-las como fonte de estudos e pesquisas, ainda
menos preocupando-se em valorizar este ambiente tecnológico
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tão fértil e
diversificado de informações, bem como de qualidade comprovada. Poucas são as
escolas que fazem uso das videotecas disponibilizadas pelo governo, ou ainda do
uso dos retroprojetores e dos laboratórios químicos entre outros.
Todas essas tecnologias ainda podem e devem ser utilizadas pelos
professores, como meio de promover o conhecimento, estimulando os alunos por
meio de debates, vivência experimental, reflexão e exercício do olhar crítico sobre
temas pesquisado em livros, revistas, jornais, etc . São tantas as formas de se valer
dessas tecnologias esquecidas que se utilizadas criativamente, podem despertar o
interesse dos alunos, deixar as aulas mais dinâmicas e interessantes e promover a
interatividade entre os próprios alunos e entre os alunos e professores, quebrando
com a barreira existente entre alunos e professores e permitindo que os professores
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Disponível em < http://www.telebrasil.org.br/ead.pdf > acesso em 10 de Março de 2010.
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O termo tecnológico aqui utilizado como instrumento para promover e facilitar a aprendizagem.