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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIAS DA
INTELIGÊNCIA E DESIGN DIGITAL
- TIDD -
A Importância da Formação do Professor para o Sucesso da
Implantação das TIC`s na Educação.
Viviane de Oliveira Souza Gerardi
São Paulo
Março de 2010
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIAS DA
INTELIGÊNCIA E DESIGN DIGITAL
- TIDD -
A Importância da Formação do Professor para o Sucesso da
Implantação das TIC`s na Educação.
Viviane de Oliveira Souza Gerardi
São Paulo
Março de 2010
Dissertação apresentada à Banca
Examinadora como exigência parcial para
obtenção do título de MESTRE em
Tecnologias da Inteligência e Design
Digital, pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, sob orientação da
Profª. Drª. Maria Lúcia Santaella Braga.
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ORIENTADOR:
___________________________
BANCA:
___________________________
___________________________
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus que anima minha vida e por
ter colocado em meu caminho pessoas extraordinárias, como minha
querida e saudosa mãe Clarice, que sempre me amou e ensinou a trilhar
os caminhos com perseverança.
Ao meu esposo Claudio, companheiro de todas as horas, aos meus
familiares, em especial minhas irmãs, que me revigoraram as forças nos
momentos difíceis dessa jornada, não deixando que eu sucumbisse jamais
ao desânimo e as dificuldades, ajudaram-me a manter o foco no trabalho
e me deram conforto e carinho. Foram generosos, abdicaram de minha
presença, respeitando os meus momentos de concentração e isolamento,
necessários para que pudesse digerir e refletir sobre as minhas
descobertas, muitas vezes dolorosas.
As mudanças de paradigmas e o abandono, ainda que
momentâneo, das nossas certezas e convicções parece que nunca será
possível, falta-nos o chão, remexemos o nosso interior e o que parecia
certo e concreto ontem hoje é como areia movediça. Sem perceber, ou
termos total consciência, passamos por uma metamorfose, nos fechamos
em um casulo como lagartas e saímos como lindas borboletas, com asas
coloridas para explorar um mundo nunca visto antes.
Agradeço também a todos os professores que com competências
indiscutíveis me conduziram, pelas estradas da descoberta de um novo
mundo, um mundo de questionamentos, de incertezas e de aventuras
aonde cada dia vivemos uma nova descoberta.
E por fim agradeço a minha querida orientadora Profª Drª
Maria Lúcia Santaella, por suas valiosas contribuições que com
generosidade e maestria me conduziu, ajudou e incentivou, na busca por
meus objetivos de crescimento e desenvolvimento pessoal e intelectual.
A todos que direta ou indiretamente, participaram dessa
jornada, o meu muito obrigado.
Sumário
Introdução................................................................................................................ 10
Capítulo 1: Reflexão sobre a formação dos professores e TIC´s....................... 17
1.1 A formação........................................................................................... 17
1.2 As tecnologias aplicadas na formação de professores................... 22
Capítulo 2: Tecnologias aplicadas à educação.................................................... 25
Capítulo 3: A pesquisa........................................................................................... 35
3.1: Alguns dados sobre São Miguel Paulista...................................... 35
3.2: Os professores................................................................................. 37
3.3: A direção da escola. ....................................................................... 59
Capitulo 4: Considerações finais........................................................................... 62
Referências bibliográficas...................................................................................... 66
Fontes eletrônicas................................................................................................... 68
Anexo l ..................................................................................................................... 70
Anexo ll .................................................................................................................... 80
Lista de Ilustrações e Gráficos
Ilustrações
Figura 1..................................................................................................................... 28
Figura 2..................................................................................................................... 29
Figura 3..................................................................................................................... 31
Figura 4..................................................................................................................... 32
Figura 5..................................................................................................................... 34
Gráficos
Gráfico 1................................................................................................................... 38
Gráfico 2................................................................................................................... 38
Gráfico 3................................................................................................................... 39
Gráfico 4................................................................................................................... 39
Gráfico 5................................................................................................................... 40
Gráfico 6................................................................................................................... 40
Gráfico 7................................................................................................................... 41
Gráfico 8................................................................................................................... 42
Gráfico 9................................................................................................................... 43
Gráfico 10................................................................................................................. 43
Gráfico 11................................................................................................................. 44
Gráfico 12................................................................................................................. 44
Gráfico 13................................................................................................................. 45
Gráfico 14................................................................................................................. 45
Gráfico 15................................................................................................................. 46
Gráfico 16................................................................................................................. 46
Gráfico 17................................................................................................................. 47
Gráfico 18................................................................................................................. 47
Gráfico 19................................................................................................................. 48
Gráfico 20................................................................................................................. 48
Gráfico 21................................................................................................................. 49
Gráfico 22................................................................................................................. 50
Gráfico 23................................................................................................................. 50
Gráfico 24................................................................................................................. 51
Gráfico 25................................................................................................................. 51
Gráfico 26................................................................................................................. 53
Gráfico 27................................................................................................................. 56
RESUMO
Esta pesquisa realiza um estudo junto a professores e diretores de uma
escola da rede estadual de ensino de São Paulo, na regional da leste 2, e busca no
estudo de caso verificar, através da aplicação de questionário misto, se e aque
ponto é importante a formação do professor para a inclusão das TIC´s na educação,
lembrando que um dos objetivos das TIC´s na educação é a inclusão digital. A
metodologia a ser utilizada tem enfoque qualitativo.
Realizamos o levantamento de como anda a capacitação dos professores
para atuar com as tecnologias no ambiente escolar, bem como um levantamento das
tecnologias disponíveis hoje para a educação. Também levantamos historicamente o
surgimento da informática educativa no Brasil, e relembramos alguns casos que se
revelaram marcos histórico da informática educativa em nosso país.
Evidenciamos, no decorrer dessa pesquisa, ser relevante a capacitação dos
professores para atuar com as tecnologias na educação. Diante da ausência
acentuada de professores capacitados para esse fim, foram propostas algumas
ações que pudessem viabilizar melhoras de curto prazo para o setor, visando
minimizar os efeitos dessa defasagem e iniciar um processo de reversão da situação
atual.
Deixamos em aberto, a implementação das ações propostas e a verificação
de eficácia das mesmas na prática para futuros estudos que poderão se configurar
na continuidade deste.
Palavras chaves: tecnologia, TIC´s, informática, educação, formação, professor.
ABSTRACT
This research was conducted with teachers and directors of a public high
school of the regional east 2 in the state of São Paulo. It aims at assess, through a
case study implemented by means of a mixed question form, if the teachers
background is a relevant aspect to be considered to introduce the ICT in the
education process, and also the extent of its impact. It is important to point out that
one of the objectives of the ICT in education is to promote the digital inclusion. This
study applied a qualitative approach.
In the present research, we conducted a survey aiming at determine teachers
ability in dealing with technological resources in the school environment, as well as a
survey on the available technology for the education. We also made an historical
research about the way the computer technology was introduced in the educational
process in Brazil, and recollected some cases which became a milestone of the
educational technology in our country. During this research we called the attention to
the relevance of the teachers habilitation for the use of technology in the educational
process. As we observed the marked absence of habilitation for this purpose among
the professionals, we proposed some actions which could make viable the
improvement of the area in a short period, by means of minimizing the effects of this
gap and start to reverse the present situation.
We did not discuss the implementation of the proposed actions, as well as the
assessment of their efficacy, letting them for future studies.
Keywords: technology, ICT, data processing, education, background, teacher.
10
Introdução
Contextualização
Atualmente o uso das tecnologias está cada vez mais evidente nos diversos
segmentos do mercado, as empresas valorizam e exigem de seus colaboradores
habilidades relativas as tecnologias, mais especificamente às de informática. A
partir dessa necessidade de modernização do mercado, notamos um movimento do
setor educacional em nosso país, na direção de sanar esse déficit e preparar mão
de obra para o mercado de trabalho, capaz de desenvolver tais habilidades.
Para a maioria da população a discussão sobre a informática educativa no
Brasil parece novidade, mas essa discussão vem desde a década de setenta,
quando pela primeira vez “...discutiu-se o uso de computadores no ensino de Física,
em seminário promovido em colaboração com a Universidade de Dartmouth/USA.”
1
Neste momento o reconhecimento da informática como ferramenta de apoio às
novas atividades desenvolvidas pela sociedade pós-industrial, por parte do governo,
impulsionou o aparecimento de projetos voltados a área de informática, que viessem
de encontro com as prerrogativas do projeto de informatização da sociedade
brasileira, dentro da política de modernização vigente no país de (1964-85). O que
levaria mais tarde no ano de 1973, na I Conferência Nacional de Tecnologia
Aplicada ao Ensino Superior no Rio de Janeiro, às primeiras demonstrações do uso
de computadores na educação.
A partir de então o governo brasileiro passou a criar uma série de órgãos
como a CAPRE - Comissão Coordenadora das Atividades de Processamento
Eletrônico e a SEI - Secretaria Especial de Informática. A política de modernização
da época tinha como objetivo, através da SEI, responsável pela coordenação e
execução da política nacional de informática, fomentar e estimular a informatização
da sociedade brasileira, criando condições para a capacitação científica e
tecnológica. Objetivando garantir, uma autonomia tecnológica nacional, baseada em
princípios e diretrizes fundamentados na realidade brasileira, e que fosse fruto dos
esforços e investimentos em pesquisas e da consolidação da indústria nacional.
1
MARIA CÂNDIDA MORAES. Informática educativa no Brasil: uma história vivida algumas lições
aprendidas. Disponível em < http://edutec.net/textos/alia/misc/edmcand1.htm > Acesso em: 10 de
Nov. 2009.
11
Acreditando “... que a educação seria o setor mais importante para a construção de
uma modernidade aceitável e própria, capaz de articular o avanço científico e
tecnológico com o patrimônio cultural da sociedade e promover as interações
necessárias.” ( ibid, p.8)
Podemos dizer que a informática educativa no Brasil teve seu início na
década de oitenta com o projeto EDUCOM. Através da implantação de centros-piloto
em cinco universidades públicas brasileiras as Federais de Pernambuco, Minas
Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e na Estadual de Campinas, esses
centros tinham como objetivo à pesquisa no uso de informática educacional, à
capacitação de recursos humanos e à criação de subsídios para a elaboração de
políticas públicas no setor. Uma das metas desse projeto era levar os computadores
às escolas públicas, para possibilitar as mesmas oportunidades que as escolas
particulares ofereciam a seus alunos.
A partir de 1984 o MEC Ministério de Educação assumiu a liderança do
processo de informatização da educação brasileira, sob a alegação de que a
informática na educação era uma questão de natureza pedagógica, relacionada ao
processo de ensino-aprendizagem, envolvendo escolas públicas brasileiras e
universidades, em busca de subsídios para a criação de futuras políticas
educacionais. Toda essa discussão, sobre a informática educativa no Brasil, deu-se
tendo como pano de fundo o governo militar, marcado pela centralização do poder e
autoritarismo, que apesar dessas características com o projeto EDUCOM procurou
respeitar as recomendações da comunidade científica nacional, “... a equipe
coordenadora do Projeto acreditava que a abordagem interdisciplinar permitiria
analisar a multidimensionalidade dos problemas envolvidos na questão, examinar os
aspectos educacionais em sua complexidade e não apenas sob os enfoques
educacional e tecnológico.”( ibid )
Em 1985 com a finalização do governo militar, ocorreram profundas
alterações funcionais na administração federal, e conseqüentemente mudanças de
orientação política e administrativa, iniciou-se um processo de disputa interna entre
órgãos que pretendiam assumir a coordenação do setor educacional. O projeto
EDUCOM enfrentou diversos problemas, desde tentativas de obstrução da pesquisa
até a paralisação de recursos financeiros, mas pode-se dizer, que mesmo com todas
essas interferências cumpriu o seu papel ajudando na construção de uma
12
consciência nacional a respeito da informática educativa no Brasil. Dando subsídios
para continuidade do projeto, com a implantação do Projeto FORMAR, que
contemplou dois cursos, em nível de pós-graduação latu sensu, de especialização
em informática na educação, realizados na UNICAMP nos anos de 1987 e 1989,
dedicados aos professores das diversas Secretarias Estaduais de Educação e das
escolas técnicas federais, dando inicio ao processo de capacitação dos professores,
contando com a colaboração dos vários centros piloto. Uma vez formados esses
professores tinham como compromisso principal, projetar e implantar junto à
Secretaria de Educação que o havia indicado, um Centro de Informática Educativa
CIEd, contando com o aporte técnico e financeiro do Ministério da Educação ,
necessários a implantação de tais centros. Cada secretaria ficou responsável por
definir sua proposta de trabalho, de acordo com a capacidade técnico-operacional
de sua equipe e possibilidade de formação de recursos humanos. Os CIEd no final
da década de oitenta, transformaram-se em centros multiplicadores da tecnologia da
informática para as escolas públicas brasileiras, preparando a população rumo a
uma sociedade informatizada.
Todas essas iniciativas, acabaram por estabelecer uma base sólida para
criação de outros projetos e planos governamentais, bem como o estabelecimento
de políticas públicas para o setor, visando à implantação da informática educativa no
Brasil, e a capacitação contínua e permanente de professores de todos os níveis de
ensino, para que pudessem dominar a tecnologia, mas também para que
aprendessem a refletir sobre a forma de atuar em sala de aula, levando-o a assumir
uma nova postura como educador.
Atualmente temos dois projetos vigentes nas escolas públicas de São Paulo,
Proinfo e o Acessa Escola ambos com características diferenciadas.
O Proinfo Programa Nacional de Informática na Educação, foi criado pela
portaria 522, de 9 de abril de 1997 , nesse mesmo documento no Art. diz que,
o Proinfo tem a finalidade de disseminar o uso pedagógico das tecnologias de
informática e telecomunicações nas escolas públicas de ensino fundamental e médio
pertencentes às redes estadual e municipal.”
Este projeto foi lançado com metas ambiciosas, prevendo a formação de 25
mil professores e atendimento a 6,5 milhões de alunos
2
.
2
Disponível em < http://edutec.net/textos/alia/misc/edmcand1.htm > Acesso em: 10 de Nov. 2009.
13
Dez anos mais tarde o decreto 6300 de 12/12/2007
3
, tendo em vista a Lei
10172 de 09/01/2001
4
sobre o Plano Nacional de Educação, dispõe claramente
sobre os objetivos do Proinfo, sobre as responsabilidades do Ministério da Educação
e também sobre as responsabilidades dos Estados, o Distrito Federal e os
Municípios que aderirem ao Proinfo. Em todas essas disposições, nota-se uma
preocupação com a formação docente para atuar com essas tecnologias nas
escolas públicas.
o projeto Acessa Escola, do governo do estado de São Paulo, instituído
pela resolução SE – 37 de 24/04/2008
5
, tem outros objetivos igualmente relevantes,
mas que não contemplam a preocupação na formação docente para atuar com as
TIC´s nas escolas.
O Estado da Arte
Diante da trajetória da informática educativa no Brasil, não podemos negar
que avançamos muito desde o início, nos anos setenta, os esforços da comunidade
acadêmica em romper, de forma sutil, com a cultura tecnicista imposta pelo governo
militar vigente na época, e disseminar no meio em que estas discussões se
desenvolviam a idéia, de que era preciso adotar uma nova abordagem mais
interdisciplinar. E que essa abordagem, permitisse analisar os aspectos
educacionais envolvidos na questão, sob um novo enfoque onde fossem
considerados como relevantes, também os aspectos sociais e culturais, adaptados
às realidades brasileiras e assim, permitir que as discussões sobre a informática
educativa no Brasil fossem cultivadas, desde o princípio, em um ambiente
diversificado dando subsídios para uma análise de visão mais complexa sobre o
tema.
Todas essas conquistas foram importantes e desbravadoras de
conhecimentos, permitiram que a sociedade gradativamente se apropriasse de
saberes de difícil compreensão no passado, e que hoje estão incorporados em
3
Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6300.htm >
Acesso em: 25 de Jan. 2010.
4
Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm > Acesso em: 25 de
Jan. 2010.
5
Disponível em < http://www.derbp.com.br/res37_25_04_08.htm > Acesso em: 30 de Jan. 2010.
14
nosso dia a dia, como a internet, os e-mails, as páginas de relacionamento e tantos
outros exemplos que poderíamos citar.
Hoje vivemos uma nova realidade social e cultural, nos encontramos em um
processo de transição complexo, provocado em parte pelos avanços tecnológicos,
em que temos presente todos os elementos da sociedade, com todas as suas
variações e peculiaridades. Em fim o que temos hoje, é reflexo das conquistas e
batalhas do passado, ainda muito recente, e cabe-nos com essas experiências
vividas, transpor esse momento de transição com responsabilidade, pois as
evidências nos leva a acreditar que estamos projetando o futuro. O escritor,
pedagogo e pesquisador Fernando Jose de Almeida em seu livro “Computador,
escola e vida”, deixa claro esse senso de responsabilidade que devemos ter
principalmente no que se refere ao ambiente escolar, quando diz:
... A escola tem como finalidade oferecer à sociedade estrutura de
participação para sua juventude, mas não com qualquer tipo de
formação. É muito necessário que ela seja também uma espécie de
guardiã e indutora da ética e da estética desta formação. (Almeida,
2007, p.81).
Neste mesmo livro o autor diz também: “... A tecnologia evidencia as
qualidades e falhas de um plano pedagógico ou de um currículo...” (p.84).
Esclarecendo-nos que a questão das TIC´s na educação, vai muito além de um
mero problema econômico de fornecer às escolas modernos equipamentos
eletrônicos. Neste trabalho estaremos abordando um dos aspectos dessa
problemática, desenvolvendo um estudo de caso e centralizando nossos esforços na
questão da formação dos professores para atuarem com as TIC´s na educação.
Delimitação do Problema
Do estudo da trajetória da informática educativa no Brasil, da legislação
brasileira a respeito do uso das tecnologias de informática na educação, incluindo a
LDB, dos vários estudos realizados nessa área e dos projetos governamentais
que visam à inclusão das TIC´s na educação, praticamente todos ressaltam a
questão da formação dos professores para atuarem com essas tecnologias, abrindo-
nos espaço, para supor que sua formação seja um fator importante, para que o
objetivo dessa inclusão tecnológica no setor educacional seja bem sucedido.
15
Diante de toda complexidade a que a questão das TIC´s na educação nos
remete, parece-nos relevante que a questão da formação do professor seja objeto
de estudo dessa pesquisa.
Questão de Investigação
Existe uma fértil bibliografia sobre a importância da formação dos
professores. A pesquisa de campo aqui proposta será um estudo de caso, que tem
por objetivo verificar se e até que ponto, de fato, é importante essa formação no
estudo empírico proposto. Qual a importância da formação docente para atuar com
as TIC`s na educação?
Pontos de Análise
Para tratar a questão, os seguintes pontos nos servirão como base de
análise:
Reflexão sobre a formação dos professores e TIC´s;
As tecnologias aplicadas à educação;
Dados da pesquisa.
Método
A metodologia a ser utilizada tem enfoque qualitativo. Será desenvolvido um
estudo de caso, por permitir um estudo aprofundado de uma realidade
contextualizada. Neste caso em um contexto escolar. Os professores e o diretor de
uma escola da rede estadual de ensino do estado de São Paulo configurarão como
sujeitos de pesquisa nesse estudo de caso.
O instrumento utilizado para a coleta de dados, será principalmente através
de questionários mistos, aplicados ao diretor e aos professores, especificamente de
ensino médio, de uma escola da rede estadual de ensino do estado de São Paulo,
podendo também ser utilizados: documentos e referências de outras pesquisas que
possam dar uma visão complementar das informações coletadas.
Com relação ao questionário aplicado aos professores as questões fechadas
têm o propósito de levantar dados precisos sobre a formação dos profissionais, além
de mapear o conhecimento, acesso e a forma como utilizam as tecnologias, dentro e
fora do ambiente escolar, com foco específico nos computadores, enquanto que as
16
questões abertas têm por objetivo levantar a opinião dos profissionais a respeito do
uso dessas tecnologias na educação.
No caso do questionário aplicado ao diretor dessa escola, as questões
fechadas fazem um levantamento da existência e condições de funcionamento dos
laboratórios de informática, verifica também a disponibilidade de capacitações de
informática oferecidas aos professores, à existência e suporte a planejamentos
pedagógicos para a utilização dos laboratórios de informática, por parte da escola e
também por parte dos órgãos competentes, as questões abertas objetivam levantar
a opinião do diretor a respeito do uso das tecnologias de informática na educação
como também a importância e o papel dos professores, dos diretores e da
coordenação pedagógica no incentivo à utilização das tecnologias na educação.
A análise a ser realizada através dos dados levantados terá caráter
interpretativo, visando evidenciar a real necessidade da formação dos professores
para atuarem com as tecnologias de informática nas escolas, bem como esclarecer
qual é a situação atual em que se encontra a formação em informática desses
profissionais ainda hoje, e quais os suportes a ele oferecidos nesse quesito.
17
Capítulo 1: Reflexão sobre a formação dos professores e TIC´s
1.1 A formação
A discussão sobre a formação dos professores, vem de longa data, pois
este tema está presente nas mais diversas esferas da sociedade, mas
principalmente na política e na classe de educadores, estes últimos, travam há muito
tempo uma batalha em prol da reformulação dos cursos de formação dos
professores, lutam bravamente contra políticas públicas voltadas para esse fim, que
tenham em seu íntimo uma segunda intenção, deixando sutilmente de atender aos
interesses da sociedade como um todo, para favorecer os interesses da classe
dominadora.
Os anos 1970 foram marcados pela visão tecnicista do educador, quando
formar um profissional de educação era uma questão de suprir a demanda de
recursos humanos para a mesma. Havia um pensamento estreito do que significava
esse profissional para a sociedade e de quais as competências que os mesmos
deveriam ter ou desenvolver, pois na visão tecnicista o professor era meramente um
cumpridor de tarefas, um executor de atividades elaboradas e desenvolvidas por
pessoas consideradas especialistas da área, mas que, na verdade, não pensavam a
educação para a sociedade, com o intuito do progresso dos indivíduos. Ao contrário,
pensavam em interesses de uma minoria dominadora e em prol de um crescimento
econômico da “nação”, quando na verdade essa nação era representada por
poucos, que não pretendiam perder a soberania. Para tanto, com o advento do
significativo aumento industrial pós 1964 com o governo militar, necessitavam de
operários com um mínimo de esclarecimento, a fim de poder desenvolver
habilidades que, naquele momento, tornava-se necessário para as novas demandas
de mão de obra para as indústrias brasileiras.
Os anos 1980 representaram, assim, uma vitória para os educadores, pois
após anos de luta, foi possível romper com o pensamento tecnicista que dominava
até o momento. Os educadores estabeleceram concepções avançadas a respeito da
formação do educador, deixando clara a necessidade de um profissional capaz de
realizar uma leitura dos movimentos que acontecem na sociedade, em prol de um
pensamento crítico-reflexivo, que permita, quando necessário, intervir de maneira
precisa, a fim de melhorar e transformar as condições da educação e da sociedade.
18
Essa nova visão sobre a formação do educador objetivava um profissional
integrador e comprometido socialmente, deixando de lado as dicotomias entre
professores e especialistas e entre pedagogia e licenciaturas impostas pelo modelo
tecnicista de antes.
O debate entre o currículo que deve ser aplicado à formação do educador
está longe de acabar, pois a queda de braço entre os educadores, que lutam por
uma formação de qualidade para os profissionais da educação, com o objetivo de
que este tenha uma visão mais ampla da sociedade e que desta forma contribua
para a formação de indivíduos. Destes se espera a percepção crítica de seres
humanos questionadores, transformando assim a sociedade como um todo, ao invés
de profissionais apenas preocupados em treinar os alunos como meros executores.
Longe dos interesses políticos da classe dominadora, que visa um profissional
especialista e sem visão crítica da sociedade, que se preocupa apenas em transmitir
aos seus alunos os conhecimentos adquiridos de forma mecânica, são geradas cada
vez mais discussões sobre o currículo. Este embate deixa claro que a questão da
adequação curricular para os profissionais da educação, não é apenas uma questão
ideológica, mas trata-se de uma luta entre os interesses da sociedade como um
todo, e os interesses próprios da minoria.
A partir dos anos 1990, houve uma forte centralização nos conteúdos
escolares, focalizando o desenvolvimento de certas habilidades e competências nos
alunos, baseadas na qualidade da instrução do conteúdo em detrimento de uma
formação multidisciplinar e integradora. Desta forma os anos 1990, foram marcados
por perder espaço importante nessa área, espaço esse conquistado pelos
educadores na década anterior.
Desde então, o setor educacional vem sendo tomado por uma série de
políticas educacionais que visam à aferição quantitativa dos conteúdos passados
para os alunos em sala de aula, a implantação de uma série de testes também
quantitativos das escolas, tudo em nome da qualidade da educação, que tudo
expresso em números estampados nas manchetes de jornais, como forma de
manipulação da sociedade. Estes testes deveriam aferir sim, mas que de forma
qualitativa os progressos do aluno. As escolas deveriam ser avaliadas quanto ao
impacto de suas ações para a sociedade local e os profissionais da educação
quanto às suas habilidades de desenvolver trabalhos integradores com os alunos, e
de contribuir positivamente para a formação multidisciplinar do indivíduo. Tudo isso
19
para que possamos futuramente colher uma sociedade mais justa para todos, mas
parece que isso vem sendo deixado de lado em favor do aprofundamento do
capitalismo e da acumulação de divisas, o que torna a sociedade cada vez mais
segmentada em classes sociais cada vez mais distintas.
A aceleração na formação superior de educadores, principalmente dos que
estavam em exercício, desencadeada pela LDB 9.394/96 pelo art. 87 que institui
a Década da Educação e em seu parágrafo 4º estabelece que “ Até o fim da Década
da Educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou
formados por treinamento em serviço”
6
, fez com que se permitisse a abertura de
muitos cursos nessa área. Entretanto, sem que fossem observados com o devido
rigor quesitos que garantissem uma formação de qualidade aos profissionais da
educação.
Este fato permite-nos observar um quadro no qual mascara-se, com um
processo de certificação/diplomação desses profissionais, a deficiência na formação
e qualificação docente em nosso país, dando um falso sentimento de formação
docente para o aperfeiçoamento das condições do exercício profissional, abrindo
margem à exploração econômica dessa parcela da sociedade que fica a mercê de
cursos de qualidade duvidosa e, por conseguinte, obtendo uma formação de baixa
qualidade.
Toda essa discussão a respeito da formação do professor ainda nos traz a
questão da inclusão das tecnologias na educação, mas, neste caso específico, a
questão da educação à distância para formar professores leigos, que com essa
modalidade de ensino muitas vezes o privados do convívio em grupo. Um
convívio, que propicia o diálogo e a construção coletiva do conhecimento, através de
debates, de análises de situações em conjunto e de inferências dos colegas e do
professor, interferindo diretamente na visão que temos de mundo, abrindo-nos a
visão e proporcionando uma leitura crítico-reflexiva mais abrangente da sociedade.
A educação à distância (EAD) é uma forma de melhorar a qualidade de
formação de nossos educadores, como mostra o trabalho de alguns pesquisadores
nessa área (PESCE, 2003), desde que a sua elaboração vise à participação
articulada de toda a equipe de construtores desse ambiente digital, conceptores do
design instrucional, tutores, webdesigner e roteirista entre outros. É importante
6
Disponível em <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf > Acesso em: 21 de Março. 2010.
20
destacar que, para que os professores possam desenvolver-se neste ambiente de
forma a construir um pensamento crítico-reflexivo que lhes permita repensar suas
práticas pedagógicas, é necessário que o mediador assuma o conceito de dialogia
digital (ibid.). Pesce, em seu artigo intitulado “Formação de educadores na
contemporaneidade: a contribuição dos ambientes digitais de aprendizagem”
7
, deixa
clara a dualidade da questão relativa à aplicação da EAD para a formação de
educadores quando diz:
Um mesmo instrumental tecnológico pode potencializar os saberes
destes atores sociais ou trabalhar na perspectiva alienante,
outorgando-lhes um perfil de receptores passivos de informação. Um
dos fatores mais importantes é a competência do mediador, que
deve utilizar proficientemente a tecnologia, com olhar e escuta
atentos ao educador, de modo a propiciar-lhe uma formação crítico-
reflexiva.(p.14)
A autora nesse trecho também é categórica quanto às competências que
deve ter o mediador dos ambientes digitais de aprendizagem para que se
desenvolva um trabalho de formação de professores com competência e qualidade.
Observando a política de formação de educadores vigente, podemos supor
que não tenha, em seu bojo, a preocupação de formar profissionais que possuam o
pensamento crítico-reflexivo proposto pelo modelo da EAD, trabalhado pela
pesquisadora Lucila em seu artigo (ibid.). Sendo assim, é de se esperar que o
modelo de EAD utilizado para a formação dos professores, não atenda às
prerrogativas de qualidade necessárias trabalhadas no referido artigo.
Pois a política de formação de educadores objetiva a segmentação da
mesma e isso acontece à revelia da opinião dos educadores e da sociedade como
um todo, como deixa claro o texto transcrito a seguir do trabalho de (Freitas, 2000)
8
... A primeira medida de política nessa direção se com a Parecer
115/99 do CNE que regulamenta os institutos superiores de
educação, instituições de caráter técnico-profissional, fato que nos
permite identificar a adoção da pedagogia das competências como a
“pedagogia oficial”, uma vez que ela se materializa entre nós não a
partir dos avanços teóricos e práticos no campo da pedagogia e da
educação, mas a partir das exigências dos organismos oficiais
promotores da reforma educativa nos diferentes países visando à
7
Disponível em <
www.anped.org.br/reunioes/28/textos/gt16/gt16373int.rtf >acesso em 26 de Dez de 2010
8
Disponível em < http://www.scielo.br/pdf//es/v23n80/12928.pdf > acesso em: 21 de Março de 2010
21
adequação da educação e da escola às transformações no âmbito do
trabalho produtivo. (p.153).
Essa política de formação de professores com base no desenvolvimento de
competências vem descaracterizar a profissão do professor enquanto profissional da
área da educação, à medida que exige dos mesmos a responsabilidade pelo
desenvolvimento de tais competências, que caracterizam um conjunto de
habilidades individuais, e coloca a análise dessas à frente da análise dos títulos de
qualificação profissional obtidos através de IES. Estes visam o desenvolvimento
multidisciplinar do educador integrando os conhecimentos teóricos com os práticos.
Na visão atual da formação de educadores, existe a volta sutil às dicotomias
educacionais superadas nos anos 1980 pelos educadores, entre professores e
especialistas. Essa nova maneira de formar o professor, diferenciando suas práticas
e formação das práticas e formação dos especialistas, traz a possibilidade de
controlar a forma como os educadores estão passando o conhecimento adquirido
aos seus alunos e, por sua vez, controlar se estes estão adquirindo as habilidades
necessárias às necessidades da sociedade capitalista.
Essas novas diretrizes políticas com relação à formação do profissional da
educação, com vistas à competência, tratam de reduzir o trabalho dos professores à
mera capacidade de empregabilidade, em contraposição a uma prática pedagógica
capaz de atuar na formação multidisciplinar de indivíduos, gerando autonomia
pessoal, visão crítica e aprimoramento geral das competências do educando.
Outra situação preocupante é a forma como estão se estabelecendo as
políticas de avaliação dos envolvidos na educação, alunos, professores e escolas,
pois está se pretendendo, de forma manipuladora , vincular os resultados obtidos na
avaliação de desempenho dos estudantes, nas provas avaliativas instituídas pelo
sistema, diretamente à avaliação do trabalho dos professores. Todas essas formas
de avaliação reduzem cada vez mais as possibilidades de autonomia dos
professores e das instituições de ensino que acabam, por determinações superiores,
abandonando os reais compromissos e objetivos da educação, em prol de
cumprirem as novas regras do jogo que, mais uma vez, atendem às necessidades
da sociedade capitalista em detrimento das reais necessidades do indivíduo.
As palavras de Ira Shor, no livro Medo e ousadia o cotidiano do professor ,
escrito em parceria com Paulo Freire (1987), deixa clara a importância do caráter
22
investigativo do professor frente aos seus alunos, como premissa para o bom
desenvolvimento do trabalho, visando contextualizar os conteúdos para um melhor
aproveitamento dos alunos.
...Eu pesquiso as palavras faladas e escritas dos estudantes para
saber o que eles sabem, e o que eles querem e como eles vivem...
(p.20).
...Se não ouço ou se não leio a autentica linguagem-pensamento
deles, sinto-me prejudicado por não poder começar a pesquisar
sobre seus assuntos e seus níveis de desenvolvimento. (p.20)
Os trechos transcritos, a meu ver, trazem de volta a essência do educador,
que se interessa pelo aluno, os investiga com a intenção de se aproximar deles, de
se interarem sobre seus assuntos e sua forma de viver, para poder ajustar a sua
linguagem e suas inferências de acordo com o contexto desse aluno,
proporcionando-lhes melhores condições para absorver os conhecimentos que o
professor quer passar, essa prática faz com que os alunos entendam e se
interessem mais pelos temas, pois os mesmo são discutidos a partir da realidade em
que vivem, e não como algo distante e estranho ao seu mundo como propõe a visão
segmentada da formação do professor.
1.2 As tecnologias aplicadas na formação de professores
Quando pensamos em tecnologia logo nos vem à mente um aparato enorme
de máquinas construídas a fim de nos servir de alguma maneira. Intrínseco nesse
pensamento, imaginamos outras tantas máquinas super modernas que possibilitam
a efetiva construção desses modelos que nos servem. Poucos conseguem ver na
tecnologia não a máquina, mas o que ela é capaz de produzir, os conceitos que ela
esconde, as pesquisas e construção de conhecimentos que elas demandaram.
É com este pensamento que gostaria de começar a falar sobre as tecnologias
aplicadas à formação dos professores, dando a elas um sentido menor, não na
intenção de negá-la, mas de ressaltar-lhe outro lado, menos preocupado com os
aparatos tecnológicos e mais voltado para como extrair o melhor desses meios.
Podemos dizer que atualmente a tecnologia aplicada em maior escala na
formação de professores é a mediada por computador, na modalidade EAD, que
23
teve maior visibilidade quando foi efetivamente inclusa na LDB 9.394/96 no seu
Art. 87 parágrafo 3º ítem lll quando diz:
realizar programas de capacitação para todos os professores em
exercício, utilizando também, para isto, os recursos da educação à
distância.
Outras formas de educação à distância aconteciam, porém sem que se
creditassem a elas muito valor ou visibilidade, como, por exemplo, os cursos por
correspondência e os telecursos. O fato é que, com apida disseminação de
computadores, mesmo entre as classes menos favorecidas da sociedade, a
modalidade de ensino à distância ganhou força, sendo desde então objeto de
diversas pesquisas e o centro de muitas discussões entre os educadores e os
detentores políticos do poder.
Os primeiros, preocupados em garantir uma formação de qualidade para os
profissionais da educação. Lutando, para isso, por uma política de formação desse
profissional de forma a lhe garantir os direitos a serem pesquisadores e livres no
exercício de suas funções, podendo decidir sobre a prática pedagógica que acharem
melhor, visando maior aproveitamento dos alunos, além do direito de contribuir para
a formação de indivíduos com pensamento crítico sobre a vida. Os segundos, por
sua vez, preocupados em fazer cumprir a lei, em acelerar a formação dos
professores, visando suprir a demanda por profissionais na área de educação, a fim
de atender às novas exigências do mercado.
Por onde andarmos, poderemos encontrar o time dos que são
terminantemente contra e o dos que são completamente a favor da EAD, todos com
suas razões sejam elas próprias do senso comum ou embasadas em estudos. A
EAD, deve ser pensada e estruturada de forma a ser um meio de construção de
conhecimento coletivo, de interatividade entre estudantes e mediadores e de
discussões contextualizadas dos temas propostos, de forma a contribuir para a
formação de um profissional com pensamento crítico-reflexivo, como é a proposta
sugerida pela pesquisadora Lucila Pesce, em seu artigo intitulado Formação de
educadores na contemporaneidade: a contribuição dos ambientes digitais de
aprendizagem”. Neste a autora trabalha uma série de reflexões sobre a temática da
EDA e defende o conceito de dialogia digital”, como uma estratégia metodológica
24
de mediação à distancia. Sob esse prisma, acredito que a EAD possa representar
um grande avanço educacional para o nosso país.
Por outro lado, se pensada apenas do ponto de vista da lógica capitalista do
mercado globalizado, que visa apenas à formação em escala de profissionais da
educação, com vistas a suprir as demandas no ritmo em que acontecem as
mudanças na atualidade, podemos estar diante de uma catástrofe educacional sem
precedentes, tendo a impressão de que estamos avançando em direção à novas
conquistas, enquanto que, na realidade, isso pode estar representando de forma
sutil um mergulho na “era tecnicista.”
25
Capítulo 2: Tecnologias aplicadas à educação
Se voltarmos no tempo, vamos notar que a educação, desde o princípio,
utilizou-se de instrumentos para promover e facilitar a aprendizagem formal ou não
dos indivíduos, sendo estes instrumentos considerados como tecnologia.
Primeiramente valia-se da oralidade como forma de transmitir aos alunos os
conhecimentos adquiridos pelos professores. Estes eram tidos como detentores
absolutos do saber, o uso da língua falada era utilizado em conjunto com a escrita,
segundo uma didática estabelecida pelo professor, com a intencionalidade de fazê-
los absorver o conteúdo proposto. Isso se deu paralelamente ao uso da mídia
impressa, através de livros e jornais, seguidos, depois, pelas transmissões
televisivas, radiofônicas e por meio de deos, que apresentavam uma mistura de
som e imagens, com o objetivo de viabilizar uma melhor aprendizagem para os
alunos. Ainda assim, todos esses meios traziam a figura do professor como detentor
do saber absoluto e atribuíam-lhe a liberdade e responsabilidade com relação à
didática aplicada. Esses meios traziam uma forma de aprendizagem considerada
linear ou vertical, de cima para baixo.
De umas décadas para cá, os computadores vieram fazer parte dessa gama
de opções facilitadoras do desenvolvimento escolar seguidos pela tecnologia de
multimeios
9
, que combina imagens, sons e textos num balé de informações
disponíveis a todos independente de um ambiente físico e da presença do professor.
A forma de aprendizagem mediada por computador deixa de lado a característica
linear das outras tecnologias para assumir a forma horizontal, multilateral.
10
Com o avanço da sociedade, surgiram outras formas de ensinar, aquelas hoje
consagradas como EAD, que existem muito tempo, porém com menos
visibilidade por parte da sociedade. Podemos classificar a EAD numa linha
cronológica basicamente em três fases, a primeira ocorrendo com o modelo de
ensino por correspondência, iniciada no Brasil com o Instituto Monitor em 1939
11
e
que ainda hoje funciona enviando a seus alunos apostilas através dos correios.
9
Disponível em < http://ensinoadistancia.wikidot.com/como-surgiu-onde-surgiu > acesso em 10 de
Março de 2010.
10
As idéias aqui expostas, é fruto de leituras realizadas na busca de fundamentação para este
estudo, contudo não consigo precisar a fonte exata, que contribuiu para essa visão.
11
Disponível em < http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u396511.shtml > acesso em 10
de Março de 2010.
26
A segunda fase, marcada pelo modelo teleducação, utilizava os recursos
radiofônicos e televisivos, fazendo uso de aulas expositivas, fitas de vídeo e material
impresso. Predominava nesta fase a comunicação síncrona dos atores, alunos e
monitores, surgindo em 1947 a Universidade do Ar que transmitia através do rádio
cursos comerciais três vezes por semana.
Em 1976, surgiu o telecurso com aulas via satélite e complementação com
Kits de material impresso, este ultimo habilitava professores leigos sem afastá-los
do exercício
12
. Na década de 70, o Brasil era considerado um dos líderes dessa
modalidade de ensino. A terceira fase do ensino à distância é a que estamos
vivenciando nos dias de hoje, mediada por computador em ambientes interativos,
com possibilidades de comunicação tanto síncrona como assíncrona por meio da
conexão de internet, possibilitando o uso de chats, fóruns de discussão, correio
eletrônico e teleconferências entre outros, articulando uma interação multilateral
entre os atores.
No âmbito da educação, dentro do ambiente escolar tradicional, quando
pensamos em tecnologias nos vem à cabeça primeiramente o uso do computador
com acesso à internet, fazendo com que todas as outras tecnologias disponíveis
para o assessoramento educacional fiquem relegadas ao esquecimento e desuso.
Notadamente, não vemos mais professores valerem-se do uso de bibliotecas,
estimulando seus alunos a utilizá-las como fonte de estudos e pesquisas, ainda
menos preocupando-se em valorizar este ambiente tecnológico
13
o fértil e
diversificado de informações, bem como de qualidade comprovada. Poucas são as
escolas que fazem uso das videotecas disponibilizadas pelo governo, ou ainda do
uso dos retroprojetores e dos laboratórios químicos entre outros.
Todas essas tecnologias ainda podem e devem ser utilizadas pelos
professores, como meio de promover o conhecimento, estimulando os alunos por
meio de debates, vivência experimental, reflexão e exercício do olhar crítico sobre
temas pesquisado em livros, revistas, jornais, etc . São tantas as formas de se valer
dessas tecnologias esquecidas que se utilizadas criativamente, podem despertar o
interesse dos alunos, deixar as aulas mais dinâmicas e interessantes e promover a
interatividade entre os próprios alunos e entre os alunos e professores, quebrando
com a barreira existente entre alunos e professores e permitindo que os professores
12
Disponível em < http://www.telebrasil.org.br/ead.pdf > acesso em 10 de Março de 2010.
13
O termo tecnológico aqui utilizado como instrumento para promover e facilitar a aprendizagem.
27
possam exercer o papel de professores libertadores, conforme conceito defendido
por Paulo Freire e Ira Shor no livro Medo e ousadia: o cotidiano do professor”
(Freire,1986), escrito em parceria. No trecho que segue, Paulo Freire diz.
...tanto o educador tradicional como o educador libertador ou
democrático devem atender às expectativas dos estudantes... (p.85).
Fica claro que é necessário entender as necessidades dos alunos, no intuito
de ajustar a prática pedagógica de maneira a tocar os alunos. Isso faz com que
essa prática surja a partir das necessidades dos estudantes, e não das deduções do
próprio professor e, desta forma, pode-se trazer para a sala de aula alunos
interessados e participativos, pois os temas ali abordados são contextualizados e
próprios de suas realidades.
Quanto ao uso das tecnologias de informática propriamente ditas, figuram-se
alguns aspectos que não podemos deixar de abordar, como por exemplo, o fato do
grande crescimento do número de computadores nas residências. Em 2008, o Brasil
atingiu 17,95 milhões de domicílios com computadores que representam 31,2% dos
lares brasileiros, contra 26,5% em 2007, conforme dados do IBGE
14
publicados em
18 de setembro de 2009, o que representa um aumento de aproximadamente 18%
em um ano, de número de computadores nas residências.
14
Disponível em
<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1455&id_pagina=
1> acesso em: 12 de Março de 2010.
28
Figura 1
15
Do total de domicílios com computadores, 10,2 milhões concentram-se na
região Sudeste do país dos quais 7,98 milhões, além de computadores, também
possuem conexão com a internet. De 2007 para 2008, o percentual de conexão com
a internet no Brasil subiu de 20% para 23% respectivamente. A região Sudeste do
país é a que possui maior índice de domicílios conectados à internet 31,5%, seguida
das região Sul com 28,6%, Centro Oeste com 23,5%, Nordeste com 11,6% e Norte
com 10,6%. A figura 2 apresentada a seguir demonstra comparativamente a
distribuição do número de computadores e do número de computadores com
conexão de internet, distribuído por regiões no país e o total no Brasil.
15
Disponível em < http://www.greatbrasilexpress.com.br/imagens/brasil/mapa.png > acesso em: 10 de
Março de 2010.
29
Figura 2
Os dados apresentados, embora demonstrem que menos da metade da
população brasileira possuem acesso a essas tecnologias, podendo ser
considerados excluídos digitais, também mostra que estamos crescendo
rapidamente. Essa onda de crescimento é sentida pela população, e isso colabora
para que associemos TIC´s na educação à noção de computador conectado à
internet.
Deixando os dados estatísticos de lado, o que nos interessa aqui é ressaltar
que: independentemente do ambiente escolar, alunos e professores estão tendo
cada vez mais contato com essas tecnologias, e isso acaba por nos forçar a
considerar como imprescindível o uso da mesma na educação.
Outro aspecto, que não podemos deixar de abordar, é a questão da gama de
opções que esta tecnologia proporciona aos professores quanto à maneira de
ensinar, bem como aos alunos quanto às maneiras de estudar. As tecnologias de
30
informática têm a vantagem de unir sons, imagens e textos de maneira que estes se
adaptam às necessidades de cada usuário (aluno), permitindo que este possa,
dentro de um grupo, seguir o seu próprio ritmo, sem que isso interfira no ritmo dos
outros. Pode-se com isso atribuir que as relações tempo-espaço se desdobram na
medida da necessidade de cada indivíduo, proporcionando que cada um respeite
seu próprio tempo de elaboração para a construção de conhecimento.
Outra vantagem é que pode auxiliar o aluno a tornar-se autônomo na busca
por conhecimento, à medida que os professores aprofundam nestes as maneiras
direcionadas de pesquisa, também tem a oportunidade de orientar a construção de
conhecimento de forma colaborativa, valendo-se da interatividade que este meio
proporciona.
O fascínio, que o computador e a internet exercem sobre os alunos
principalmente, colabora para que os professores possam orientá-los de forma
agradável, dinâmica e interativa na elaboração de conhecimentos individuais e na
produção de conhecimentos coletivos. O fascínio neutraliza a resistência do aluno
por aprender e o professor pode usar isso a seu favor para melhor ensinar, o que
acaba, por sua vez, aproximando alunos e professores e tornando as aulas mais
agradáveis a todos.
Esta nova didática de ensino-aprendizagem tira os atores desse processo, da
rotina linear de ensino proporcionando-lhes uma forma multilateral de ensino-
aprendizagem onde o professor deixa de ser o detentor de todo saber e passa a ser
um orientador para os alunos, contribuindo para a formação multidisciplinar de
indivíduos, gerando autonomia pessoal, visão crítica e aprimoramento geral das
competências do educando.
O número de vantagens e formas de utilização criativa dessa tecnologia na
educação é realmente grande, porém é necessário muito mais que laboratórios de
informática equipados com alta tecnologia, para que se faça uso dos mesmos com
qualidade e que se obtenha resultados positivos com essa experiência, a começar
por professores que tenham domínio de uso dessas tecnologias. Além disso, deve
haver planejamento pedagógico que vise à utilização adequada desse meio, por
parte dos professores, a fim de promover e apoiar a formação e melhoramento das
competências gerais do aluno, contribuindo para sua autonomia enquanto ser
humano e cidadão.
31
Outra tecnologia, que promete grandes vantagens, é a lousa digital,
utilizada em algumas instituições de ensino da rede particular e também em alguns
casos experimentalmente na rede pública estadual de São Paulo
16
, como, por
exemplo, o projeto piloto implantado em 26 escolas estaduais de Hortolândia SP,
no interior da capital. Inicialmente essas lousas eram utilizadas durante as aulas de
Português e matemática, podendo ser utilizadas posteriormente em outras
disciplinas. Profissionais da USP desenvolveram um software com o conteúdo do
currículo da Secretaria de Ensino e das matérias a serem utilizadas no projeto piloto.
A figura 3 é uma representação do uso dessa tecnologia na sala de aula.
Figura 3
17
16
Disponível em <http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=202258&c=5009>
acesso em: 15 de Março de 2010.
17
Disponível em < http://images.quebarato.com.br/photos/big/1/5/30EC15_1.jpg > acesso em: 10 de
Março de 2010.
32
Aproximadamente 150 professores da cidade de Hortolândia, foram
capacitados para utilizarem esses equipamentos, e também receberam orientações
de como realizar a exposição do conteúdo pedagógico das disciplinas com o auxilio
dessa nova tecnologia.
A lousa digital é uma tela sensível ao toque, onde imagens enviadas por um
computador conectado à internet são projetadas por um projetor multimídia em uma
tela. Essa tecnologia permite ao professor acessar ginas da internet, escrever,
desenhar, editar, gravar as aulas dadas e enviar para os alunos por e-mail todo o
conteúdo da aula, além de permitir armazenar informações como textos, imagens e
vídeos que tenham sido utilizados durante a aula na lousa digital. A figura 4
apresenta um protótipo real de uma lousa digital.
Figura 4
18
18
Disponível em
<http://3.bp.blogspot.com/_lzTbEzbqU3Q/SrATV4k1hdI/AAAAAAAAACI/03ISHUkYJ84/s320/02+-
+Touch+Board+com+pedestal.jpg > acesso em: 10 de Março de 2010.
33
Com este recurso, o professor também pode utilizar aulas que foram
preparadas no aplicativo PowerPoint, ou qualquer outro aplicativo, e durante a
apresentação navegar com os alunos na internet para complementar as
apresentações com sites e links acessados na hora.
Não como negar que estas e outras características da lousa digital, são
diferenciais enriquecedores com relação aos outros recursos didáticos
apresentados.
Outra novidade apresentada à educação como recurso pedagógico é a
carteira eletrônica, ainda pouco conhecida pela maioria. O diferencial desta carteira
é que ela possui um tampo de vidro que, além de servir de apoio para livros,
cadernos, lápis entre outros, vira uma tela Touch Screen
19
. Esta carteira possui uma
CPU
20
integrada a ela e proporciona que os alunos naveguem na internet,
desenhem, realizem tarefas de cálculo e muito mais.
Essa tecnologia funciona no interior de São Paulo, na cidade de Serrana,
próxima a Ribeirão Preto, através do projeto Lap Tup-niquim, realizado em parceria
com a Cenpra Centro de Pesquisas Renato Archer de Campinas - SP e a
Prefeitura de Serrana, a cidade conta hoje com 160 carteiras eletrônicas instaladas
em escolas públicas
21
. Um dos criadores dessa tecnologia e também chefe da
divisão de mostradores da informação do Cenpra Srº Victor Pellegrini afirma que a
proposta foi de integrar o laboratório de informática das escolas com a sala de aula.
A tecnologia, ainda em fase de pesquisa, deverá ser adaptada para cadeirantes e
deficientes visuais. Vale lembrar que esta tecnologia é nacional e patenteada pelo
Cenpra. A figura 5 apresenta um protótipo real desta tecnologia.
19
Mais conhecida no Brasil como tela sensível ao toque.
20
CPU – Unidade Central de Processamento, termo utilizado no Brasil para identificar o computador
sem seus periféricos como monitor, teclado, mouse, etc.
21
Disponível em < http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/23/educacao-e-tecnologia-parceria-
revolucionaria > acesso em: 15 de Março de 2010.
34
Figura 5
22
Para finalizar, vale lembrar, que todas essas tecnologias já encontram-se
disponíveis em escolas públicas no país, seja em fase de testes ou já estabelecidas.
As mesma já são realidade e o que nos resta é nos apropriarmos desses meios para
melhor usufruir de seus benefícios. Como diz a Profª Drª Josevânia Teixeira Guedes.
...Para o domínio das novas tecnologias, exige-se do professor uma
nova qualificação que atenda às expectativas requeridas pelo novo
panorama. Nesse sentido, a qualificação pressupõe a existência de
dois componentes básicos do processo educacional: didática
pedagógica e conhecimento técnico das novas mídias. Além disso, o
professor, como qualquer outro trabalhador, assume um papel de
elemento figurante da conjuntura estrutural, pois sem saber
manipular, reunir, desagregar e analisar a informação, ele ficará
distante do conhecimento, vendo sua situação de marginalização
social se agravar frente às novas mudanças.
23
22
Disponível em <
http://1.bp.blogspot.com/_xwFf1ABoSwk/S0yr85ETTQI/AAAAAAAAAIs/626eCVKt7lU/s400/Oppitz.jpg
> acesso em: 15 de Março de 2010.
23
Disponível em <http://tecnologiaeducacional-ticsnaeducao.blogspot.com/2008/07/tics-na-
educao.html> acesso em: 15 de Março de 2010.
35
Capítulo 3: A pesquisa
Esta pesquisa foi realizada com a direção e com 30 professores de uma
escola da rede estadual de ensino do estado de São Paulo, no bairro de São Miguel
Paulista, pertencente à regional da Leste II. Este número representa 50% do total de
professores efetivos da referida instituição.
Antes que sejam relatados quaisquer dados da pesquisa realizada, cabe
informar que optamos por omitir dados como o nome da escola onde se realizou
esta pesquisa e o gênero dos entrevistados, sendo todos tratados como masculino,
para que se possa resguardar a identidade dos entrevistados e também para evitar
qualquer constrangimento aos que gentilmente concordaram em responder essa
pesquisa. Esse cuidado se deu porque, em se tratando de uma pesquisa do tipo
estudo de caso, não se quer correr o risco de haver identificação dos entrevistados.
3.1 Alguns dados sobre São Miguel Paulista
Segundo os dados do Datafolha
de 2008
24
apresentados ao lado. Nota-
se que a população deste Bairro, é
predominantemente de classe
social/econômica classificada como
C
25
, a idade média do bairro é de 38
anos, com uma expressiva população
de 48% do total com faixa etária entre
16 e 34 anos, faixa essa que podemos
considerar de maior potencial
produtivo para o mercado de trabalho,
no entanto a renda familiar da maioria
dessa população não ultrapassa os
dois salários mínimos por mês. O
índice maior de escolaridade em
24
Fonte: Datafolha - Jornal Folha de São
Paulo 24/08/2008 - Caderno "DNA Paulistano"
25
Classes A, B, C, D e E – Classificação do
Ministério das Comunicações para classes
sociais.
Classe
Social/Econômica
São
Miguel
Classe A
1%
Classe B
32%
Classe C
57%
Classe D
9%
Classe E
1%
Sexo/Idade
São
Miguel
Homens
50%
Mulheres
50%
Idade Média (anos)
38,0
Diversos
São
Miguel
Jovens 16 a 34 anos 48%
36
São Miguel Ptª concentra-se no ensino
médio. É possível notar também que,
apesar do baixo índice de
escolaridade, da baixa renda familiar e
por se tratar de uma população
relativamente jovem, considerando-se
a expectativa de vida dos brasileiros
(72,7 anos em 2008)
26
, uma tendência
a valorizar o uso das tecnologias no
dia a dia, principalmente de
computadores, apesar de ainda hoje
serem equipamentos considerados
caros, 30% dos lares da referida
população possuem computador, e
23% acessam a internet diariamente.
Ressalta-se assim que, cada vez mais
o uso das tecnologias torna-se
imprescindível para a população, sem
distinção de classe social ou qualquer
outro modo de classificação utilizado.
A rápida disseminação das tecnologias
entre as classes sociais menos
favorecidas, nos remete a uma
questão: como contribuir para que
estas pessoas tenham acesso não
apenas às tecnologias, mas também
ao treinamento necessário à utilização
eficaz das mesmas?
26
Fonte:IBGE.
Renda Familiar
São
Miguel
até 2 Sal. Mínimo
33%
2 S.M. a 3 Sal.Mínimo
20%
3 S.M. a 5 Sal.Mínimo
19%
5 S.M. a 10 Sal.Mínimo
16%
acima de 10
Sal.Mínimo
7%
Escolaridade
São
Miguel
Ensino Fundamental
40%
Ensino Medio
46%
Ensino Superior
14%
Possuem em Casa
São
Miguel
Computador com
Internet
30%
Todos os Dias
São
Miguel
Acessam a Internet
23%
37
3.2 Os professores
As questões fechadas
Capacitação dos professores
A média das idades obtidas, dos professores pesquisados, foi de 37 anos.
Esse dado revela que os professores atuantes nessa escola podem ser
considerados jovens, com relação à expectativa de vida dos brasileiros, outro fator
interessante é que essa média de idade equipara-se à media de idade da população
do bairro de São Miguel Ptª mencionada anteriormente. 27% dos professores
entrevistados possuem pós-graduação latu sensu e 97% consideram-se pessoas
que gostam de estudar.
40% dos profissionais atuam na rede pública de ensino mais de dez anos
e 23% entre cinco e dez anos. Esses percentuais juntos representam 63% dos
profissionais entrevistados, o que demonstra que os mesmos estão na rede de
ensino pelo menos desde 2004. Uma vez o programa Proinfo foi criado em
9/04/1997 e que um dos objetivos desse programa é a capacitação dos professores
para trabalharem com as TIC`s na educação, é de se esperar que, se não todos,
pelo menos uma parcela considerável desses professores tenham participado de
alguma capacitação
27
de informática para a utilização dos laboratórios de informática
com os alunos. Porém os dados apresentados pela pesquisa revelam que 90% dos
professores pesquisados, nunca participaram de nenhuma capacitação dessa
natureza.
Esta constatação surpreende pelo fato de também ter se apurado que 70%
dos professores informaram que gostariam de participar de uma capacitação desse
gênero e 77%, o fariam independente de receberem certificado de participação.
Interessante também foi descobrir que 73% dos professores participariam de uma
capacitação, alegando ser importante para seu aperfeiçoamento profissional,
enquanto que 43% alegaram ser importante para seu conhecimento próprio. Nesta
questão era permitido responder mais de uma alternativa Neste ponto, o resultado
da pesquisa sugere que os professores visam seu conhecimento próprio, mas
primeiramente o aperfeiçoamento profissional.
27
Ato de capacitar-se, tornar-se capaz.
38
Ainda com relação às capacitações, 83% dos entrevistados dizem nunca
terem recebido informações sobre as capacitações oferecidas a eles pelo governo
conforme se pode ver no gráfico 1. 30% dizem já ter procurado por tais informações,
conforme apresentado no gráfico 2, e em 89% dos casos essas informações foram
classificadas como insatisfatórias, tendo os professores buscado as informações
junto à secretaria de ensino, na secretaria da própria escola e também junto aos
colegas de trabalho, conforme gráfico 3 e 4.
Gráfico 1
Gráfico 2
39
Gráfico 3
Gráfico 4
Os professores entrevistados atribuíram, em 93% como alto, o grau de
importância da capacitação dos professores, da rede pública de ensino, para a
utilização dos laboratórios de informática específica para cada matéria e 97%
também declararam ser alto o grau de importância da capacitação dos professores,
da rede pública de ensino, para a utilização dos laboratórios de informática com os
alunos, independente da matéria que lecionam, conforme se pode notar nos gráficos
5 e 6.
40
Gráfico 5
Gráfico 6
41
Uso dos laboratórios
Os professores, quando questionados se haviam utilizado o laboratório de
informática com os alunos, pelo menos uma vez, 60% disseram que nunca haviam
utilizado o laboratório de informática.
Observando o gráfico 7 apresentado, 67% dos professores informaram que
não utilizam o laboratório com os alunos, 10% informaram utilizar bimestralmente,
7% semestral e anualmente e 3% semanal e mensalmente. O interessante foi notar
que esses dados se alteram consideravelmente, conforme pode ser visto no gráfico
8, quando os professores são questionados sobre a periodicidade com a qual
gostariam de fazer uso do laboratório de informática com os alunos, sendo que
nenhum dos entrevistados informou que não utilizaria o laboratório de informática.
Aqui se evidencia, pelos dados obtidos, que os 60% dos professores que
declararam nunca terem utilizado o laboratório de informática com os alunos,
gostariam de fazê-lo.
Grafico 7
42
Gráfico 8
Quanto ao uso dos computadores em aula, 23% dos professores informaram
que seria direcionado para a matéria e 50% disseram que seria parte direcionada e
parte livre. Desses últimos, 10% disseram que a aula seria 10% livre e 90%
direcionada, 27% que a aula seria 25% livre e 75% direcionada, 33% informaram
que seria meio a meio e ninguém informou que seria mais de 50% livre.
Uso particular de computadores
No gráfico 9, notamos que 93% dos professores possuem computadores em
suas residências, alguns possuem dois tipos, note book e desk top, 87% dos
professores possuem acesso à internet de banda larga como podemos acompanhar
no gráfico 10.
43
Gráfico 9
Gráfico 10
Quanto ao uso que fazem desses equipamentos, 57% utilizam o computador
diariamente, o gráfico 11 apresenta que 33% dos professores utilizam o computador
menos de uma hora/dia, 47% entre uma e três hora/dia e 17% mais de três hora/dia.
Quanto à média de tempo que ficam conectados à internet, 13% ficam menos
de 50% do tempo conectado, 27% ficam em dia 50% do tempo em que estão no
computador conectado à internet e 57% afirmam ficar mais de 50% do tempo
conectados à internet conforme mostra o gráfico 12.
44
Gráfico 11
Gráfico 12
Quando perguntados o que costumam fazer quando estão no computador,
90% responderam que costumam estudar conforme o gráfico 13. Nesta questão, era
possível responder mais de uma opção. Quando perguntados quanto ao que gostam
de fazer quando estão conectados à internet o ranking ficou como mostra o gráfico
14. Aqui também era possível responder mais de uma opção.
45
Gráfico 13
Gráfico 14
Quando perguntados em qual das opções passam a maior parte do tempo, o
gráfico 15 muda um pouco, conforme podemos notar, o acesso ao Orkut, MSN e
Salas de bate-papo não aparecem, reforçando a idéia de que o computador tem seu
uso mais voltado para o estudo e para a informação, do que voltado para o
entretenimento e diversão.
46
Gráfico 15
Dos professores entrevistados 60% informaram terem feito algum curso de
informática, e classificam seu nível de conhecimento em informática conforme o
gráfico 16 apresentado abaixo. Quando questionados sobre as habilidades de
informática referentes a alguns aplicativos conhecidos do mercado, o resultado foi o
apresentado nos gráficos 17,18, 19, 20 e 21.
Gráfico 16
47
Gráfico 17
Gráfico 18
48
Gráfico 19
Gráfico 20
49
Gráfico 21
Com relação às informações disponíveis via site, 97% dizem conhecer o site
da Secretaria da Educação de São Paulo. 73% afirmam conhecer as informações
que podem obter no referido site, 47% dizem não ter conhecimento sobre as
oportunidades de cursos de pós-graduação oferecidas pelo governo aos
professores, conforme mostram os gráfico 22, 23 e 24.
Nota-se que, embora quase todos os professores digam conhecer o site da
Secretaria da Educação e mais da metade afirma saber sobre a informação que
pode ser obtida no site, quase que 50% do professores não conhecem as
oportunidades de pós-graduação oferecidas a eles pelo governo do estado,
deixando margem para a suposição de que, conhecer o site está distante de acessá-
lo e saber tudo o que existe de possibilidades no mesmo. Saber que existe esse
endereço eletrônico e que dentro dele podemos ter alguma informação, mas sem
saber bem ao certo quais são, deixa clara a superficialidade que se atribui, nos dias
de hoje, ao termo “conhecimento”.
50
Gráfico22
Gráfico 23
51
Gráfico 24
No gráfico 25 apresentado abaixo, 50% dos professores afirmam conhecer o
programa professor em rede e os benefícios que ele proporciona e 30% ouviram
falar sobre esse programa.
Gráfico 25
52
Todos esses dados apresentados nos gráficos 22, 23, 24, e 25 podem
significar que embora os professores saibam que existe esse meio de informação
disponível, poucos costumam acessar e se interar sobre os assuntos e
oportunidades ali disponibilizados, seja por falta de incentivo ou propaganda dos
órgãos e chefias competentes ou por falta de interesse próprio. O fato é que se está
desperdiçando uma importante fonte de informação e de oportunidades não apenas
para os professores, mas também para os alunos, uma vez que neste espaço
disponibilizam-se informações que direta ou indiretamente os afeta.
As questões abertas
Quanto às questões abertas apresentadas para os professores, constantes no
anexo II deste trabalho, elas tinham por objetivo levantar a opinião deles a respeito
do uso das tecnologias na educação, bem como, qual a importância e o papel deles
junto aos alunos para que o uso dessas tecnologias na educação tivesse um
resultado satisfatório para a sociedade, lembrando que um dos principais objetivos
do uso das tecnologias na educação é a inclusão digital.
Na análise referente à primeira questão aberta, que questiona a opinião dos
professores a respeito do uso das tecnologias na educação, 40% dos professores
entrevistados, conforme apresenta o gráfico 26, acham que o uso das tecnologias na
educação é importante, muito embora não justificassem com muita clareza os seus
motivos, disseram que esse uso é importante para o desenvolvimento do aluno e do
professor, que as aulas poderiam ficar mais dinâmicas, que os alunos poderiam se
interessar mais e que a internet traz grandes possibilidades, como mostram algumas
respostas transcritas a seguir.
“Acho importante, pois, por meio dessa tecnologia poderemos
trabalhar com vários gêneros e com multiletramento.”
“Ao inserir as novas tecnologias da informação, o professor
amplia as oportunidades de ensino-aprendizagem, dinamiza as
aulas e possibilita ao aluno contextualizar os conteúdos aprendidos
em sala de aula.”
“É de suma importância na comtemporaneidade, pois estamos
em um período em que a rede de informação, internet, traz grandes
possibilidades de pesquisa”
53
“É necessário para o aprimoramento tanto dos professores
quanto dos alunos, saber utilizar novas tecnologias em um futuro
próximo será como utilizar giz e lousa ou lápis e caderno.”
“Muito importante para o desenvolvimento dos alunos e dos
professores.”
“São de extrema importância, pois estamos no "boom" das
Tic´s e para os alunos isso é fantástico e faz com que eles se
interessem muito mais.”
Gráfico 26
As respostas transcritas acima não conseguem me convencer de que os
professores tenham muita clareza sobre o que representa a questão da inclusão das
tecnologias na educação, mas deixa transparecer que, de alguma maneira, ainda
que inconscientemente, eles conseguem vislumbrar que isto é algo fundamental,
mesmo que não sejam capazes ainda de entender para o que serve ou a que se
propõe. Eu diria que o mesmo que aconteceu com a revolução industrial, agora
acontece com as tecnologias. E elas se impõem, invadem as nossas vidas sem nos
perguntar e, quando vemos, estamos convivendo com elas. Então deixamos de
apresentar resistência e passamos a nos apropriar dos saberes necessários para
lidar com as mesmas. Começamos a explorar esse mundo novo ainda sem
54
entender os porquês, mas começando a aceitar a importância, essa parcela de
professores encontram-se nesse estágio exploratório.
Outros professores, no entanto, não atenderam aos propósitos da questão,
representados por 23% no gráfico 26 anteriormente apresentado, e deixaram que
suas críticas, contra a forma como o processo acontece, tomassem conta desse
espaço e desabafaram de uma forma quase de protesto contra o sistema
28
. Seguem
as transcrições de algumas dessas respostas.
“A proposta parece ser muito boa, mas para mim até o
presente está na teoria, falta prática, a execução.”
“São ótimas e devem ser utilizadas na sala de aula, porém a
escola deve proporcionar esse tipo de atividade.”
“Pouca disponibilidade”
“Muito importante, porém o acesso não é tão simples como o
governo e as propagandas informam à população.”
“São subutilizadas, pois as salas não comportam todos os
alunos e a internet é lenta, quando funciona.”
“A rede municipal tem um trabalho satisfatório, porque o
trabalho da POIE
29
em algumas escolas, é bem direcionado ao aluno
e auxilio do professor na disciplina específica. Na rede estadual o
esquema é complicado, não orientação e para quem não domina
bem os computadores fica difícil.”
“Eu acho interessante mais acho que é pouco utilizado em
aula, se tivesse um estímulo maior acredito que daria mais certo.”
Pode-se dizer que esse grupo de professores também julga importante o uso
das tecnologias na educação, diferentemente do grupo anterior. Talvez tenham
clareza dessa importância, pois a crítica pode representar a angústia por perceber
28
Essa palavra aqui é utilizada no sentido de representar a burocracia e as regras que se impõe às
escolas no uso das tecnologias, engessando-as quanto às possibilidades.
29
Professor orientador de informática educativa
55
essa importância e, ao mesmo tempo, ter que conviver com regras e imposições
que, além de não condizerem com a realidade, ainda não disponibilizam meios de
apoio aos professores nessa jornada. Isso deve lhes causar insatisfação contra a
forma como essa questão é tratada na educação, como se pode observar nas
respostas obtidas.
Esta parcela de professores, embora não tenha demonstrado sua opinião a
respeito das TIC´s na educação, possui um nível de observação da situação em que
a mesma se encontra dentro das escolas estaduais de São Paulo, e ainda uma das
respostas nos dá um comparativo entre outros trabalhos que acontecem nessa área,
na rede municipal de São Paulo, e que por esse depoimento é bem sucedido. A
observação crítica desses professores é muito importante, para que possamos
adequar as políticas públicas para esse setor, considerando como relevantes os
aspectos sociais e culturais adaptados às realidades brasileiras e observando as
necessidades de cada região. Dessa forma, pode-se vir ao encontro das
prerrogativas feitas pela comunidade acadêmica, quando das primeiras discussões
feitas a respeito da informática educativa no Brasil.
Outra parcela dos entrevistados representados por 37%, no gráfico 26 já
apresentado, não entenderam a questão, dando respostas evasivas e não
esboçando nenhum tipo de interesse pelo tema, o que a entender que estes
ainda são os profissionais que apresentam maior resistência à inclusão das TIC´s na
educação, pelo fato de alegarem desconhecimento sobre o tema, não terem se
disposto a refletir sobre esse assunto para poderem emitir alguma opinião e, em
alguns casos, simplesmente deixando de responder a questão, como mostram
algumas respostas a seguir.
“Instrumento institucional do governo”
“Desconheço”
“Conheço pouquíssimo”
56
Quando o questionamento foi sobre a importância e o papel dos professores
junto aos alunos, para que a implantação das TIC`s na educação tivesse um
resultado satisfatório para a sociedade, tendo a inclusão digital como um dos
principais objetivos, as respostas foram muito parecidas com as da questão anterior,
como se pode observar no gráfico 27 apresentado abaixo.
Gráfico 27
40% dos professores continuaram demonstrando que não entenderam a
questão, conforme o gráfico 27 desta página, dando respostas evasivas, alegando
desconhecimento sobre o tema. Alguns também não responderam a questão e
outros ainda consideraram que com as TIC´s as aulas deixariam de ser maçantes,
como demonstram algumas respostas transcritas a seguir.
“Relativo.”
“Desconheço”
“Um processo de aprendizado muito mais eficaz
57
“Muito importante para que as aulas deixem de ser maçantes e
se tornem mais atraentes.”
Conforme o gráfico 27, 40% dos entrevistados revelaram ter entendido a
questão e demonstraram clareza em suas respostas, sabendo expressar a
importância de seus papéis junto aos alunos nesse processo, como demonstram
algumas respostas transcritas abaixo.
“O professor é o mediador do conhecimento cabendo a ele ser
a ponte entre o conhecimento e o aluno.”
“Ao professor compete a função de preparar e aplicar a aula de
modo a aproveitar o máximo o tempo utilizado no laboratório.”
“Orientar corretamente a utilização dessas novas ferramentas
na aprendizagem do aluno.”
“É de extrema importância no auxilio do aprendizado
“É de fundamental importância, pois em um mundo globalizado
a exclusão digital acaba se tornando exclusão social sendo muitas
vezes fruto da mesma.”
Ainda no gráfico 27, é possível notar que 20% do professores continuaram
revelando uma postura crítica, em relação aos modos como são tratadas as
tecnologias na educação, apontando situaçãoes de problemas técnicos com os
laboratáorios, número insuficiente de computadores no laboratório de informática,
falta de apoio aos professores e falta de capacitação dos mesmos para atuarem com
essas tecnologias, como podemos observar nas respostas transcritas a seguir.
“O professor precisa comprar a idéia e se capacitar. Penso que
se tivéssemos condições de capacitação e uma sala apropriada não
haveria resistência alguma.”
“O professor precisa ter domínio dos computadores, apoio de
um orientador e assim poder levar mais de 40 alunos numa aula.”
58
“A parceria entre professor e aluno, além de número suficiente
de computadores para que todos possam aprender em de
igualdade, criando alunos mais ouvintes e menos dependentes de
livros.”
“Sabemos que nem todos os alunos tem condições de
frequêntar um curso desse tipo. Se a escola tivesse condições de
oferecer estes cursos de bom nível e professores qualificados para
isto, com certeza seria muito importante para os alunos de baixo
poder aquisitivo.”
Essas respostas denunciam principalmente a falta de capacitação e de apoio
aos professores, para realizarem trabalhos pedagógicos que envolvam as
tecnologias de informação e comunicação junto aos alunos.
59
3.3 A direção da escola
Questões fechadas
A pessoa responsável pela direção da escola onde se realizou este estudo de
caso, tem formação em pedagogia e s-graduação Latu Sensu em didática do
ensino superior, atua na rede pública estadual de ensino há mais de dez anos.
Quanto ao uso do laboratório
A direção informou que a escola possui apenas um laboratório de informática,
doado pelo governo estadual e está devidamente instalado e funcionando. Afirmou
ainda que o laboratório está acessível a toda a comunidade. O laboratório, na
opinião da direção, está sendo utilizado na metade de sua capacidade de operação,
o que valida a opinião demonstrada de alguns professores pesquisados, quando
afirmam que o laboratório está subutilizado.
O laboratório possui quatro alunos contratados como estagiários, pelo
programa Acessa Escola do governo estadual de São Paulo, que ficam
responsáveis por cuidar do laboratório de informática da escola nos três períodos de
funcionamento da mesma, manhã, tarde e noite. Os alunos foram capacitados pelo
governo, na ausência desses alunos não existe nenhum responsável substituto, os
referidos alunos também podem decidir o uso ou não do laboratório.
Os alunos contratados ficam presentes durante a utilização do laboratório,
mas apenas com o compromisso de cuidar dos equipamentos, a escola não conta
com nenhum acompanhante durante a utilização do laboratório para sanar dúvidas
que surgirem a respeito da utilização dos computadores.
Foi informado pela direção, que os professores acompanhados dos alunos
utilizam o laboratório pelo menos uma vez no semestre. Esta informação se
contradiz, quando observamos, no gráfico 7, que 67% dos professores informaram
não utilizar o laboratório de informática com os alunos e também quando
informamos que 60% dos professores entrevistados nunca utilizaram o laboratório
de informática com os alunos.
O levantamento realizado diz que os professores sem a presença dos alunos,
utilizam o laboratório pelo menos uma vez na semana.
60
Quanto à disponibilidade de capacitação
A direção informou que recebeu informações sobre disponibilidade de
capacitação para seus professores e que ficou sabendo das mesmas através do site
da Secretaria de Educação e também foi informada pelo NRTE
30
. A divulgação
dessa capacitação foi feita através de comunicado interno da direção para os
professores.
O número de vagas oferecidas foi suficiente, a demanda de procura pela
capacitação por parte dos professores foi média, a capacitação oferecida teve
certificado de participação. O tempo disponível a partir do comunicado de
disponibilidade da capacitação para os professores, foi considerado suficiente para a
divulgação dessas vagas e as inscrições dos professores.
Foi informado que as capacitações costumam acontecer uma vez por ano em
média. Cabe aqui uma ressalva, no ano em que foi realizada esta pesquisa, 2009,
não foi oferecida nenhuma capacitação de informática para os professores, embora
também tenha sido informado que existe programa do governo que visa à
capacitação contínua dos professores para a utilização dos laboratórios de
informática.
Levantamos, também, que não existe nenhum plano de acompanhamento
pedagógico, por parte das instituições responsáveis pela capacitação dos
professores no uso do laboratório após a capacitação, o que em minha opinião
facilita a não utilização dos conhecimentos adquiridos e por conseqüência o
esquecimento dos mesmos, acarretando ainda a não multiplicação dos mesmos
para outros colegas de trabalho, embora a direção afirme que os professores que
foram capacitados sejam multiplicadores desse conhecimento.
A direção também informou que possui 60 professores efetivos, e que
aproximadamente 50% destes participaram de pelo menos uma capacitação de
informática para a utilização do laboratório, contrariando o apurado na pesquisa com
os professores, que revela que 90% dos 30 professores entrevistados nunca
participaram de nenhuma capacitação desse tipo, conforme citado. Afirma
também que mais de 50% de seus professores efetivos gostariam de participar de
uma capacitação de informática para a utilização do laboratório e que realiza
trabalhos de incentivo à capacitação de informática junto ao corpo docente.
30
Núcleo regional de tecnologia educacional.
61
A escola afirma ter um planejamento pedagógico para a utilização do
laboratório de informática, bem como ter recebido apoio para a construção do
referido planejamento.
As questões abertas
Com relação à questão 47 do anexo I deste trabalho, que pergunta qual a
opinião do entrevistado a respeito da utilização das TIC´s na educação, a resposta
foi positiva. Na medida em que julga as tecnologias importante para a otimização
dos trabalhos e para abertura de um leque de informações que possibilitam o debate
em sala, foi interessante notar que o entrevistado acha que as tecnologias
aproximam as pessoas virtualmente”, dando a esta questão um enfoque
sentimental, afetivo, que me desperta para a necessidade que o ser humano tem de
sentir as coisas, as situações e de atribuir às quinas um calor que não lhes é
próprio.
Quanto à questão 48 deste mesmo anexo, também julga o professor como
peça principal e revela a necessidade de capacitá-los para poderem trabalhar com
essas tecnologias, abrindo-nos um espaço para supor que isto não esteja ocorrendo
de forma adequada, ou em conformidade com as necessidades desta região.
Na questão 49 do citado anexo, afirma que o papel da direção escolar e da
coordenação pedagógica no incentivo à utilização das TIC´s na educação, é criar o
ambiente favorável para que o professor trabalhe com a informática na sala de aula,
demonstrando aqui a importância de uma ação conjunta e sincronizada entre todos
os envolvidos, direção, coordenação pedagógica e professores, para a realização de
um trabalho de qualidade, a direção dando condições legais para as ações, a
coordenação dando o suporte ao direcionamento do trabalho e orientação dos
professores, e estes executando o trabalho planejado com clareza e segurança.
Na ultima questão reafirma o relatado na questão 48, alegando que o
professor capacitado otimizará o uso do laboratório, fazendo render mais o seu
trabalho, sugerindo também que professores capacitados melhoram seu trabalho por
meio da tecnologia, o que vai ao encontro das colocações de alguns professores,
quando dizem que as aulas podem ficar mais atraentes e dinâmicas, tornando os
alunos mais interessados.
62
Capitulo 4: Considerações finais
Vistos todos os pontos trabalhados neste estudo, podemos traçar aqui
algumas linhas de pensamento a respeito das TIC´s na educação, mais
especificamente falando a respeito do uso de computadores conectados à internet.
Podemos considerar que a grande disseminação dessa tecnologia na
sociedade, incluindo as classes menos favorecidas, está fazendo com que a
população tenha cada vez mais acesso a informações variadas, dando a falsa
impressão de que as pessoas estão adquirindo mais conhecimento, o que não é real
se considerarmos que o conhecimento é uma produção individual, fruto do
pensamento e interpretação pessoal, algo que não pode ser passado.
O que os professores passam para os alunos não é seu conhecimento e sim
informações a respeito do mesmo, dependendo do esforço de cada aluno em
particular para processar essa informação e transformá-la em conhecimento. Para
que esse processo ocorra, é necessário o exercício reflexivo a respeito do que se
viu, a fim de que se possa extrair disso o que faz sentido a cada um em particular.
Portanto a mesma informação recebida por uma classe, produzirá conhecimentos
diferentes a cada indivíduo.
O fato de acessarmos cada vez mais informações em tempo cada vez menor
reduz esse processo reflexivo da informação. Conseqüentemente, leva a uma
absorção menor dos conteúdos, fazendo com que nosso conhecimento, se é que
podemos chamar assim, seja extremamente superficial. Esta visão distorcida da
realidade acaba por fazer parte do senso comum, e como tal também atinge a
escola, causando a impressão de que, pelo simples fato do professor ir com os
alunos ao laboratório de informática e deixar que estes acessem a internet e que
manipulem os computadores, vai melhorar a qualidade do nosso sistema de ensino.
Esta atitude por si não basta, como também não basta que as escolas
sejam equipadas com computadores e tecnologias de ultima geração. É necessário
que o pensamento a esse respeito seja ampliado, de forma a garantir que a
sociedade possa colher os frutos dessas tecnologias, na forma de indivíduos com
maior autonomia, pensamento crítico, com competências intelectuais e pessoais
mais desenvolvidas, bem como um cidadão de fato e de direito.
É preciso reconhecer que vivemos não somente na sociedade do
conhecimento, mas também numa nova era de aprendizado. É necessário notar que
63
os avanços tecnológicos estão trazendo mudanças não apenas na forma dos
equipamentos, como também na forma como vemos, compreendemos, sentimos e
apreendemos o mundo. Estamos presenciando um conflito de geração, entre os
nativos digitais e os considerados hoje como analfabetos digitais. Na
contemporaneidade se faz urgente que todos sejam alfabetizados digitais a fim de
garantir sua existência e participação na sociedade pós moderna. Lúcia Santaella
em seu livro “Navegar no ciberespaço o perfil cognitivo do leitor imersivo” , descreve,
no trecho a seguir, essa nova sociedade e seu impacto na forma em que vemos o
mundo.
...a modernidade corresponde a um novo estágio da história humana,
“época em que as formas de experimentar e sentir a realidade e a
vida sofreram inflexões agudas”. Nessa nova realidade as coisas
fragmentam-se sob efeito do transitório, do excessivo e da
instabilidade que marcam o psiquismo humano com a tensão
nervosa, a velocidade, o superficialismo, a efemeridade, a
hiperestesia, tudo isso convergindo para a experiência imediata e
solitária do homem moderno.(Santaella, 2004, p.29).
Esse trecho deixa claras as necessidades de transformação que temos,
enquanto seres humanos, para nos adaptarmos a essa nova realidade. Para
vivermos essa nova realidade, temos que desenvolver um novo conjunto de
competências, que sejam compatíveis com as necessidades atuais. Este conjunto
envolve mudança de paradigmas quanto a nossa visão linear do mundo.
Os resultados obtidos no presente estudo, vem ao encontro dessa
prerrogativa de mudança. Todos os documentos, textos e livros analisados, bem
como os dados apurados, foram unânimes em apontar a relevância da capacitação
dos professores para atuar com as TIC´s na educação, a fim de que esta possa
colaborar para a formação de um indivíduo com competências gerais desenvolvidas
para atuar na sociedade moderna, pensamento reflexivo e comprometido
socialmente, traduzindo-se em uma sociedade mais justa e igualitária.
O estudo vai ainda além, demonstrando que os professores, bem como toda a
sociedade, necessitam desenvolver suas competências a fim de adaptarem-se as
novas exigências da vida moderna. Evidenciada a defasagem na capacitação dos
professores para atuarem com as TIC´s na educação bem como sua relevância,
64
para que esta seja uma experiência bem sucedida da sociedade, encontramo-nos
diante de uma emergência diante da qual ou começamos a agir imediatamente a fim
de revertermos o quadro caótico, de despreparo dos nossos professores frente a
essas tecnologias, ou nos preparamos para ver a sociedade capitalista dominar mais
uma vez o cenário, contribuindo para que as diferenças sociais tornen-se cada vez
mais evidentes.
As tecnologias podem representar o domínio ou a liberdade bem como
manipular ou esclarecer. Essa condição nos mostra que, enquanto educadores,
temos o dever de ensinar nossos alunos a desenvolver o pensamento crítico-
reflexivo não apenas diante das tecnologias mas também diante da vida.
Diante de tantas evidências e da urgência que se apresenta, arrisco-me a
propor algumas medidas que poderiam ser adotadas localmente nas escolas, sem
que seja oneroso para a mesma, a fim de amenizar as dificuldades dos professores
em aceitar, entender, aprender e utilizar as tecnologias. Medidas simples como:
Realizar ações de sensibilização desses professores diante das
tecnologias, apresentando-lhes as tecnologias presentes na escola, bem
como todas as que ainda não chegaram, mas que são realidade em
outras cidades bem próximas, com isso fazendo com que sintam a
necessidade de se reciclarem;
Elaborar com os professores um plano de ação geral para a utilização das
tecnologias presente na escola, um plano comum a todas as áreas,
envolvendo-os nesse processo e fazendo com que assumam um
compromisso com os objetivos ali firmados;
Trabalhar em grupos por área de conhecimento outros planos de ação
menores, visando cada matéria, com o objetivo específico da mesma, mas
contextualizada dentro do objetivo maior comum a todos;
Criar também, junto com os professores, instrumentos de
acompanhamento dessas ações, visando à análise do andamento
satisfatório do planejamento realizado, bem como avaliando a
necessidade de acertos nos mesmos;
Identificar entre os professores, aqueles que possuem algum
treinamento para a utilização das tecnologias, e ajudá-los a compartilhar
65
com seus colegas o conhecimento adquirido, sensibilizando a todos, a
necessidade de sermos multiplicadores dos nossos conhecimentos;
Buscar junto aos órgãos competentes, as capacitações necessárias aos
professores e funcionários envolvidos no processo educacional;
Acompanhar e participar das capacitações junto com os professores e
criar um planejamento pedagógico a fim de acompanhar esses
professores, ajudando-os a aplicar na prática os conhecimentos obtidos;
Criar ainda instrumentos que visem aferir os resultados qualitativos
dessas medidas.
Para que essas medidas possam ser viabilizadas, é necessário o
envolvimento e comprometimento de toda a equipe de profissionais da educação:
diretores, coordenadores pedagógicos e professores, realizando um trabalho
conjunto, unindo forças e dividindo conhecimento, em prol de juntos conquistarem as
tais competências necessárias para viver na sociedade pós-moderna e mais que
isso contribuírem para o desenvolvimento dessas competências em seus alunos.
É necessário reconhecer que nessa sociedade o conhecimento não se
mais de forma linear, mas de forma horizontal, onde todos somos professores e
alunos ao mesmo tempo, aprendendo de forma colaborativa e dinâmica, como
elaborar nossa nova leitura de mundo.
As medidas sugeridas poderão figurar em um próximo estudo, onde se
implementem as mesmas e se verifiquem sua eficácia.
66
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<http://www.escolanet.com.br/legislacao/legislacao_d.html > acesso em 15 março
2008.
<http://www.comciencia.br/reportagens/socinfo/info04.htm> acesso em 24 março
2008.
<http://www.moodle.ufba.br/mod/book/print.php?id=12576> acesso em 03 abril
2008.
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&c
o_obra=14483> acesso em 10 abril 2008.
<http://www.saomiguelpaulista.com.br/portal/?secao=datafolha >acesso em 06
março 2010.
< http://edutec.net/textos/alia/misc/edmcand1.htm > Acesso em: 10 de Nov. 2009
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6300.htm >
Acesso em: 25 de Jan. 2010.
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm > Acesso em: 25 de
Jan. 2010.
< http://www.derbp.com.br/res37_25_04_08.htm
> Acesso em: 30 de Jan. 2010.
<http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf > Acesso em: 21 de Março. 2010.
69
< www.anped.org.br/reunioes/28/textos/gt16/gt16373int.rtf >acesso em 26 de Dez de
2010
< http://www.scielo.br/pdf/%0D/es/v23n80/12928.pdf > acesso em: 21 de Março de
2010
< http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u396511.shtml > acesso em 10
de Março de 2010.
< http://www.telebrasil.org.br/ead.pdf > acesso em 10 de Março de 2010.
<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1
455&id_pagina=1> acesso em: 12 de Março de 2010.
< http://www.greatbrasilexpress.com.br/imagens/brasil/mapa.png > acesso em: 10
de Março de 2010.
<http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=202258&c=5009>
acesso em: 15 de Março de 2010.
< http://images.quebarato.com.br/photos/big/1/5/30EC15_1.jpg > acesso em: 10 de
Março de 2010.
<http://3.bp.blogspot.com/_lzTbEzbqU3Q/SrATV4k1hdI/AAAAAAAAACI/03ISHUkYJ
84/s320/02+-+Touch+Board+com+pedestal.jpg > acesso em: 10 de Março de 2010.
< http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/23/educacao-e-tecnologia-parceria-
revolucionaria > acesso em: 15 de Março de 2010.
<http://1.bp.blogspot.com/_xwFf1ABoSwk/S0yr85ETTQI/AAAAAAAAAIs/626eCVKt7l
U/s400/Oppitz.jpg > acesso em: 15 de Março de 2010.
<http://tecnologiaeducacional-ticsnaeducao.blogspot.com/2008/07/tics-na-
educao.html> acesso em: 15 de Março de 2010.
PESCE, L. Dialogia digital: em busca de novos caminhos à formação de educadores
em ambientes telemáticos. ANPED, Petrópolis, v1. 2004.
<http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt08/t0812.pdf >. Acesso em: 20 de Dezembro
de 2010.
70
AnexoI
71
Questionário para os Diretores de Escolas Públicas
.
O objetivo deste questionário é identificar a existência e as condições dos
laboratórios de informática, identificar também como está sendo a sua utilização,
quais os trabalhos que estão sendo desenvolvidos a partir desses laboratórios, como
está a qualificação dos professores e funcionários da rede pública de ensino para a
utilização dos laboratórios entre outros pontos que poderão ser observados no
decorrer do trabalho.
Agradeço a todos que gentilmente responderem a este questionário, pois sem
a colaboração e boa vontade dos senhores esse trabalho não seria possível. Meu
interesse nos dados aqui obtidos é que os mesmos sirvam para identificar os pontos
fortes no processo de capacitação, bem como os pontos falhos para podermos
juntos propor possíveis soluções.
Este questionário é parte da pesquisa de campo realizada pela aluna Viviane
de Oliveira Souza Gerardi em sua dissertação de Mestrado em “tecnologias da
Inteligência e Design Digital” pela PUC-SP.
Asseguro a todos o sigilo total dos dados aqui fornecidos, sendo os mesmos
utilizados apenas para fins acadêmicos.
Grata.
Viviane de Oliveira Souza Gerardi.
72
1. Nome:___________________________________________________________
2. Idade:____________E-mail __________________________________________
3. Sexo: F. ( ) M. ( )
4. Escola: __________________________________________________________
5. Formação: ________________________________________________________
6. Pós-graduação “latu Sensu”: _________________________________________
7. Mestrado: ________________________________________________________
8. Doutorado: _______________________________________________________
9. Atua na rede pública como diretor a:
Menos de cinco anos ( )
Entre cinco e dez anos ( )
Mais de dez anos ( )
10. A escola tem laboratório de informática?
Sim ( )
Não ( )
11. Quantos laboratórios de informática a escola recebeu?
Apenas um ( )
Mais que um ( )
12. O laboratório de informática da escola foi fornecido por quem?
Governo Municipal ( )
Governo Estadual ( )
Governo Federal ( )
Empresa privada ( )
Outro _____________________________________________________
73
13. Os laboratórios estão devidamente instalados e funcionando?
Sim ( )
Não ( )
14. Existe algum funcionário responsável pelo laboratório?
Sim ( )
Não ( )
15. Caso a resposta da questão 16 seja sim, o responsável pelo laboratório tem
alguma capacitação comprovada em informática?
Sim ( )
Não ( )
16. Quantas pessoas ficam responsáveis pelo laboratório?
Coloque o numero de pessoas ( )
17. Este funcionário é:
Um aluno contratado ( )
Um Professor eleito ( )
Alguém da secretaria ( )
Outro ______________________________________________________
18. O responsável pelo laboratório fica na escola em quais períodos:
De manhã ( )
de tarde ( )
A noite ( )
19. Na ausência do responsável pelo laboratório existe um substituto?
Sim ( )
Não ( )
74
20. O responsável pelo laboratório pode decidir a utilização ou não do mesmo?
Sim ( )
Não ( )
21. O responsável pelo laboratório fica presente no laboratório durante sua
utilização?
Sim ( )
Não ( )
22. Existe algum acompanhante que fique presente durante a utilização do
laboratório para sanar vidas que surgirem quanto à utilização dos
computadores?
Sim, com capacitação comprovada ( )
Sim, mas sem capacitação comprovada ( )
Não fica nenhum acompanhante durante a utilização do laboratório ( )
23. O acompanhante que fica presente no laboratório para sanar dúvidas durante a
utilização e o responsável pelo laboratório, é a mesma pessoa?
Sim ( )
Não ( )
24. Quem tem permissão para utilizar o laboratório?
Apenas alunos da escola acompanhados dos professores ( )
Apenas alunos da escola acompanhados ou não dos professores ( )
Apenas os professores sem a companhia dos alunos ( )
Apenas os funcionários da secretaria ( )
Todos os funcionários ( )
Alunos de outras escolas ( )
Professores de outras escolas ( )
Toda a comunidade ( )
75
25. Qual a freqüência de utilização do laboratório pelos professores acompanhados
dos alunos?
Diariamente ( )
Pelo menos uma vez na semana ( )
Pelo menos uma vez no mês ( )
Pelo menos uma vez no semestre ( )
Não é utilizado ( )
26. Qual a freqüência de utilização do laboratório pelos professores sem os alunos?
Diariamente ( )
Pelo menos uma vez na semana ( )
Pelo menos uma vez no mês ( )
Pelo menos uma vez no semestre ( )
Não é utilizado ( )
27. A escola recebeu algum comunicado sobre a disponibilidade de capacitações
de informática para seus professores?
Sim ( )
Não ( )
28. Como ficou sabendo da oportunidade de capacitação para seus professores?
Através do NRTE (núcleo regional de tecnologia educacional) ( )
Amigos ( )
Site da Secretaria da educação ( )
Outros _____________________________________________________
29. Como foi feita a divulgação dessa capacitação para os professores?
Comunicado interno da direção para os professores ( )
Por cartazes ( )
Outros ____________________________________________________
76
30. O numero de vagas oferecidas foi:
Extremamente insuficiente ( )
Insuficiente ( )
Suficiente ( )
Excessivo ( )
31. Caso na questão 36 a resposta tenha sido extremamente insuficiente ou
insuficiente, qual foi o critério para a inscrição?
A direção indicou quem participaria da capacitação ( )
Quem se inscreveu primeiro ( )
Não teve critério definido ( )
32. A procura dos professores para a capacitação foi:
Alta ( )
Média ( )
Baixa ( )
33. A partir do recebimento do comunicado de disponibilidade de capacitação para
os professores, o tempo disponível para a divulgação das vagas e as inscrições
dos professores foi:
Muito curto ( )
Curto ( )
Suficiente ( )
Longo ( )
34. A capacitação teve certificado de participação?
Sim ( )
Não ( )
35. Os professores procuram pelas oportunidades de capacitação?
Sim ( )
Não ( )
77
36. Com que periodicidade surge capacitações para os professores aprenderem a
utilizar os laboratórios?
Mensal ( )
Bimestral ( )
Semestral ( )
Anual ( )
37. Tem algum programa do governo que visa a capacitação contínua dos
professores para a utilização dos laboratórios?
Sim ( )
Não ( )
Não sabe informar ( )
38. Existe algum plano de acompanhamento pedagógico, por parte da instituição
responsável pela capacitação, dos professores no uso do laboratório após a
capacitação?
Sim ( )
Não ( )
39. Os professores que foram capacitados são multiplicadores do conhecimento
obtido?
Sim ( )
Não ( )
40. A escola tem quantos professores lecionando para o ensino médio?
Nº de professores ( )
41. Quantos professores do ensino médio participaram de pelo menos uma
capacitação para a utilização dos laboratórios?
Nº de professores ( )
78
42. Quantos professores gostariam de participar de uma capacitação para a
utilização dos laboratórios de informática?
Nº de professores ( )
43. A direção faz algum trabalho de incentivo à capacitação junto ao corpo docente?
Sim ( )
Não ( )
44. A direção tem algum planejamento pedagógico para a utilização do laboratório de
informática?
Sim ( )
Não ( )
45. A direção recebeu algum apoio para a realização de um planejamento
pedagógico, para a utilização do laboratório?
Sim ( )
Não ( )
46. Para a direção o laboratório está sendo utilizado:
No total de sua capacidade de operação ( )
Na metade de sua capacidade de operação ( )
Muito a baixo de sua capacidade de operação ( )
47. Qual sua opinião a respeito da utilização das novas tecnologias da informação e
comunicação (mais conhecidas como TIC`s) na educação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
79
48. Qual a importância e o papel do professor junto aos alunos para que a
implantação das TIC`s na educação tenha um resultado satisfatório para a
sociedade. Observando que um dos principais propósitos das TIC`s é a inclusão
digital?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
49. Na sua opinião qual o papel da Direção Escolar e da Coordenação Pedagógica
no incentivo à utilização das TIC`s (tecnologias da informação e Comunicação)
na educação por parte dos professores?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
50. Qual a importância da capacitação dos professores para a utilização dos
laboratórios?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
80
AnexoII
81
Questionário para os Professores de Ensino Médio
.
O objetivo deste questionário é mapear os profissionais atuantes no ensino
médio da rede pública de ensino, que tenham ou não participado de alguma
capacitação para a utilização dos laboratórios de informática, bem como sua
formação profissional e a quanto tempo atua na rede pública de ensino, identificar
também se os laboratórios estão sendo utilizados e como estão sendo utilizados, se
as capacitações estão ocorrendo, qual a qualidade dessas capacitações e como
estão sendo divulgadas.
Obrigada a todos que gentilmente responderem a este questionário, pois sem
a colaboração e boa vontade de todos vocês esse trabalho não seria possível. Meu
interesse nos dados aqui obtidos é que os mesmos sirvam para identificar os pontos
fortes e também os falhos no processo de implantação das TIC`s na educação e na
oferta de capacitação aos profissionais, para que se possa propor possíveis
soluções para os pontos falhos e identificar e multiplicar os pontos favoráveis no
processo.
Este questionário é parte da pesquisa de campo realizada pela aluna Viviane
de Oliveira Souza em sua dissertação de Mestrado em “Tecnologias da Inteligência
e Design Digital” pela PUC-SP.
Asseguro a todos o sigilo total dos dados aqui fornecidos, sendo os mesmos
utilizados apenas para fins acadêmicos.
Grata.
Viviane de Oliveira Souza Gerardi.
82
1. Nome: ___________________________________________________________
2. Idade:____________E-ail:___________________________________________
3. Sexo: F. ( ) M. ( )
4. Escola: __________________________________________________________
5. Graduação: _______________________________________________________
6. Pós-graduação “latu Sensu”: _________________________________________
7. Mestrado: ________________________________________________________
8. Doutorado: _______________________________________________________
9. Atua na rede pública a:
Menos de cinco anos ( )
Entre cinco e dez anos ( )
Mais de dez anos ( )
10. Atua na rede privada de ensino?
Sim ( )
Não ( )
11. Atua na rede privada a:
Menos de cinco anos ( )
Entre cinco e dez anos ( )
Mais de dez anos ( )
12. participou de alguma capacitação para a utilização do laboratório de
informática com os alunos específica para a matéria que leciona?
Sim ( )
Não ( )
83
OBS: responda as questões do quadro abaixo caso sua resposta à questão 12
tenha sido SIM.
12.1. A capacitação foi oferecida por quem?
Governo Municipal ( )
Governo Estadual ( )
Governo Federal ( )
Empresa privada ( )
Outro ____________________________________________________
12.2 A capacitação teve certificado de participação?
Sim ( )
Não ( )
12.3 Qual sua avaliação quanto a qualidade da capacitação oferecida
considerando valores de 0 a 10?
Nota ( )
12.4 Você gostou das capacitações de informática que participou?
Sim ( )
Não ( )
12.5 Diga o que você melhoraria nas capacitações:
Metodologia ( )
Carga Horária ( )
Conteúdo ( )
12.6 Como ficou sabendo das capacitações de informática que participou?
Escola ( )
Amigos ( )
Jornal, Revista ( )
Outros ____________________________________________________
13 participou de alguma capacitação para a utilização do laboratório de
informática com os alunos?
Sim ( )
Não ( )
84
OBS: responda as questões do quadro abaixo caso sua resposta à questão 13
tenha sido SIM.
13.1 A capacitação foi oferecida por quem?
Governo Municipal ( )
Governo Estadual ( )
Governo Federal ( )
Empresa privada ( )
Outro
_______________________________________________________
13.2 A capacitação teve certificado de participação?
Sim ( )
Não ( )
13.3 Qual sua avaliação quanto a qualidade da capacitação oferecida
considerando valores de 0 a 10?
Nota ( )
13.4 Você gostou das capacitações de informática que participou?
Sim ( )
Não ( )
13.5 Caso não tenha gostado das capacitações de informática que participou diga
o que você melhoraria:
Metodologia ( )
Carga Horária ( )
Conteúdo ( )
13.6 Como ficou sabendo das capacitações de informática que participou?
Escola ( )
Amigos ( )
Jornal, Revista ( )
Outros ____________________________________________________
14 Caso nunca tenha participado de uma capacitação de informática gostaria de
participar?
Sim ( )
Não ( )
85
15 Faria uma capacitação independente de receber certificação?
Sim ( )
Não ( )
16 Por que participaria de uma capacitação?
É importante para meu aperfeiçoamento profissional ( )
É importante para meu conhecimento próprio ( )
Foi solicitado por minha chefia ( )
17 Qual o grau de importância que você daria à capacitação dos professores, da
rede pública de ensino, para a utilização dos laboratórios de informática
específica para cada matéria?
Alta
(muito importante para sabermos como aplicar a tecnologia em cada
matéria) ( )
Média
(indiferente, pois o uso da tecnologia não altera em nada o
desenvolvimento dos alunos) ( )
Baixa
(o uso da tecnologia irá atrapalhar o desenvolvimento do aluno, tirando o
foco do ensino) ( )
18 Qual o grau de importância que você daria à capacitação dos professores, da
rede pública de ensino, para a utilização dos laboratórios de informática com os
alunos, independente da matéria que você leciona?
Alta
(é importante para os professores saberem lidar com as tecnologias) ( )
Média
(é indiferente para os professores saberem lidar com as tecnologias) ( )
Baixa
(não é importante para os professores saberem lidar com as tecnologias)( )
19 obteve alguma informação sobre capacitação dos professores para a
utilização dos laboratórios de informática?
Sim ( )
Não ( )
86
OBS: responda a questão do quadro abaixo caso sua resposta à questão 19
tenha sido SIM.
19.1 Como ficou sabendo dessas capacitações?
Pela direção da escola ( )
Por cartazes afixados nas dependências da escola ( )
Por amigos ( )
Outros __________________________________________________
20 procurou informações a respeito das capacitações de informática oferecidas
para os professores da rede pública de ensino?
Sim ( )
Não ( )
OBS: responda as questões do quadro abaixo caso sua resposta a questão 20
tenha sido SIM.
20.1 Quando buscou informações a respeito das capacitações as respostas foram?
Satisfatórias ( )
Insatisfatórias ( )
20.2 Onde buscou as informações a respeito das capacitações?
Na secretaria da própria escola ( )
Na secretaria de ensino ( )
Com colegas de trabalho ( )
Outros _____________________________________________________
21 utilizou o laboratório de informática com os alunos pelo menos uma vez?
Sim ( )
Não ( )
87
22 Qual a periodicidade que utiliza o laboratório de informática com os alunos?
Não utiliza ( )
Semanal ( )
Mensal ( )
Bimestral ( )
Semestral ( )
Anual ( )
23 Com qual periodicidade você gostaria de utilizar o laboratório de informática com
seus alunos?
Não utilizaria ( )
Semanal ( )
Mensal ( )
Bimestral ( )
Semestral ( )
Anual ( )
88
OBS: responda as questões do quadro abaixo caso sua resposta à questão 23
tenha sido DIFERENTE DE NÃO UTILIZARIA.
23.1 Se estivesse no laboratório com os alunos o uso dos equipamentos seria:
Direcionado para a matéria ( )
Livre ( )
Parte direcionada e parte livre ( )
OBS: Só responda à questão seguinte se você respondeu (parte direcionada e parte
livre) na questão 23.1 deste quadro.
23.2 Como você dividiria o tempo de suas aulas no laboratório de informática?
50% da aula livre e 50% direcionada ( )
25% da aula livre e 75% direcionada ( )
10% da aula livre e 90% direcionada ( )
Mais de 50% da aula livre ( )
OBS: Não responda à questão seguinte se você respondeu (direcionado para a
matéria) na questão 23.1 deste quadro.
23.3 No tempo livre é permitido aos alunos acessarem:
Orkut ( )
MSN ( )
E-mail ( )
Jogos ( )
Outros ________________________________________________
24 Você tem computador em casa?
Sim ( )
Não ( )
25 Qual o tipo de computador você tem?
Note Book ( )
Desk Top ( )
89
26 Você tem acesso à internet de banda larga?
Sim ( )
Não ( )
27 Qual o tipo de sua conexão de internet?
Via cabo ( )
Via rádio ( )
Speedy ( )
Móvel ( )
Discada ( )
28 Usa seu computador diariamente?
Sim ( )
Não ( )
29 Quanto tempo em média passa por dia no computador?
Menos de 1 hora ( )
Entre 1 e 3 horas ( )
Mais de 3 horas ( )
30 Do tempo que passa no computador quanto tempo em média é de acesso à
internet?
Menos de 50% do tempo ( )
50% do tempo ( )
Mais de 50% do tempo ( )
Não acessa a internet ( )
31 O que costuma fazer quando está no computador?
Jogar ( )
Estudar ( )
Outras atividades ( )
90
32 O que gosta de fazer quando está conectado à internet?
Acessar o Orkut ( )
Acessar o MSN ( )
Acessar o E-mail ( )
Ficar em salas de bate-papo ( )
Acessar sites de notícias ( )
Fazer pesquisas para estudos ( )
Outros ( )
Não acessa a internet ( )
33 Em qual das opções passa a maior parte do tempo que está conectado a
internet? (assinale apenas uma alternativa)
No Orkut ( )
No MSN ( )
Acessando o E-mail ( )
Em salas de bate-papo ( )
Acessando sites de notícias ( )
Fazendo pesquisas para estudos ( )
Outros ( )
Não acessa a internet ( )
34 Como considera seu conhecimento em informática?
Não possuo conhecimento de informática ( )
Nível de usuário, básico ( )
Nível de usuário, intermediário ( )
Nível de usuário, avançado ( )
Profissional ( )
35 fez algum curso de informática?
Sim ( )
Não ( )
91
36 Quais tecnologias você conhece e qual sua habilidade com a mesma? Marque
com (X) a tecnologia e o nível de habilidade.
Tecnologias Básico Intermediário
Avançado
Word
Excel
Access
PowerPoint
Internet
37 Você tem conhecimento sobre as oportunidades de cursos de pós-graduação
oferecidos pelo governo para os professores?
Sim ( )
Não ( )
38 Você se considera uma pessoa que gosta de estudar?
Sim ( )
Não ( )
39 Conhece o site da Secretaria da Educação de São Paulo?
Sim ( )
Não ( )
Já ouvi falar mas nunca acessei ( )
40 Conhece as informações que pode obter através do site da Secretaria da
Educação de São Paulo?
Sim ( )
Não ( )
41 Conhece o programa professor em rede e os benefícios que ele proporciona?
Sim ( )
Não ( )
Já ouvi falar mas não tenho conhecimento dos benefícios ( )
92
42 Qual sua opinião a respeito da utilização das novas tecnologias da informação e
comunicação (mais conhecidas como TIC`s) na educação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
43 Qual a importância e o papel do professor junto aos alunos para que a
implantação das TIC`s na educação, tenha um resultado satisfatório para a
sociedade. Observando que um dos principais propósitos das TIC`s é a inclusão
digital?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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