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vós, que fala de relacionamento interpessoal, tendo cuidado dele, do rebanho. Isso aqui
fala de cobertura compartilhada. Ser pastor é um direito, que Deus me dá de cuidar de
algo que não é meu. A Igreja não é minha, a Igreja é de Cristo. Então eu estou
cuidando. O problema nesse 3º ponto é a mordomia pastoral, é como o líder se
comporta no ministério. Daí ele diz assim: não por força. A palavra força aqui é domínio,
é quando você quer impor. Por que muitas Congregações saem? Por que muitas
Igrejas novas existem, nascem? Porque tem lideres que os pastoreiam na força do
homem e não na força do Senhor. E ele diz ainda assim: mas voluntariamente, não por
torpe ganância, mas de ânimo pronto. Daí ele diz assim: não como tendo domínio sobre
a herança de Deus, olha que palavra tremenda, mas servindo como exemplo do
rebanho. Por que muitas novas Igreja surgem? Porque o pastor é o retrato da
denominação na Igreja local. Quando esse pastor trata o rebanho como coisa, as
pessoas vão procurar um novo modelo, um novo estilo, onde elas vão ser amadas,
amparadas, honradas, abençoadas, cuidadas, onde elas vão ser pastoreadas como
rebanho de Deus. A Igreja em que eu sou pastor hoje, eu tenho plena consciência de
que esse rebanho é de Deus e eu vou prestar contas por esse rebanho a Ele um dia.
Então eu não quero chegar diante de Deus me sentindo dominador, eu não quero
prestar contas porque eu pastoreei na força, por torpe ganância. Você sabe que essa
questão do materialismo que leva muitos dos nossos discípulos e ovelhas a
questionarem realmente o nosso chamado, a vocação. A questão do materialismo
pastoral. Há pastores que estão mais preocupados com quanto vão ganhar do que com
quantas ovelhas vão batizar. Então eu acho que esses são fatores que determinam
muito a abertura de novas Igrejas. A nossa Igreja não foi aberta por causa disso. O
nosso ministério não começou porque a gente tinha um grupo que estava em pé de
guerra com o pastor na Igreja local onde eles estavam. Nossa Igreja começou, porque
há 12 anos atrás eu fui pastor de algumas pessoas que estavam dentro dessa
comunidade, que durante 3 anos me ligaram (“pastor, vem nos pastorear”). E eu resisti
muito porque eu tinha uma realidade de vida em ___. Até que um dia eu tive um sonho
e nesse sonho Deus me deu o comando. E a partir desse sonho eu decidi que ___ não
era mais a minha casa, que a minha casa era a cidade onde Deus havia preparado um
rebanho para eu pastorear. Agora, como eu quero pastorear esse rebanho? 1º, com a
consciência de que esse rebanho não é meu, esse rebanho é do Senhor, é o rebanho
de Deus. 2º, porque Deus me deu o chamado pastoral, é uma cobertura compartilhada,
o rebanho não é meu. 3º, monitorando o rebanho como um bom mordomo. Ele diz:
olhe por ele. Mas ele diz como olhar. Não com força, não por torpe ganância e nem
como dominador. Mas com boa vontade servindo ao Senhor de boa vontade e sendo o
modelo dos mesmos. Pronto, esse é o meu desafio. Esse é o sonho de Deus para
minha vida nesse tempo. Agora, eu estou bem intencionado em Deus, qual é hoje a
minha declaração doutrinária? É o livro de Atos. Creio profundamente, depois de uma
leitura exaustiva, creio no fato de que o crente pode receber o batismo do
arrependimento pela fé sem ter o sinal do Espírito Santo. Ele vai ser um parasita na
Igreja, como Paulo diz lá em Atos 19 (“você já recebeu o Espírito Santo? Nós nem
ouvimos, mas nós nem queremos, nós já estamos até batizados pelo batismo de
João”). Mas nós não temos o Espírito Santo. E a bíblia diz que Paulo então pôs as
mãos sobre eles e eles foram cheios do Espírito Santo e falaram em línguas. Então,
qual é hoje a minha declaração? Eu não tenho uma declaração doutrinária
denominacional. Não tenho e não vou ter. Porque por mais que essa Igreja cresça, e eu