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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIENCIAS EXATAS E
TECNOLÓGICAS - UnUCET
RESPOSTA DA MELANCIEIRA À DIFERENTES LÂMINAS
E SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO
JOSIMAR ALBERTO PEREIRA
ANÁPOLIS
GOIÁS
2008
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RESPOSTA DA MELANCIEIRA À DIFERENTES LÂMINAS
E SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO
JOSIMAR ALBERTO PEREIRA
Engenheiro Agrônomo
Orientador: PROF. DR. DELVIO SANDRI
Dissertação apresentada à
Universidade Estadual de Goiás –
UEG, Unidade Universitária de
Ciências Exatas e Tecnológicas
como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Agrícola - Recursos
Hídricos e Saneamento Ambiental,
para obtenção do título de Mestre.
Anápolis
Goiás
2008
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Catalogação na Fonte
Biblioteca UnUCET – UEG
Jerusa da Silva Alves Guimarães – CRB 1/1938
556.18 Pereira, Josimar Alberto
P436r Resposta da melancieira à diferentes lâminas e sistemas de
irigação. / Josimar Alberto Pereira Anápolis: Universidade
Estadual de Goiás, Curso de Mestrado em Engenharia Agrícola,
2008.
97. il. ; 31 cm. – (Monografia / Universidade Estadual de
Goiás, Mestrado em Engenharia Agrícola)
I. Pereira, Josimar Alberto II. Citrullus Lanatus, lâminas de
irrigação, evaporação de referência, recursos hídricos
III.
Dissertação.
RESPOSTA DA MELANCIEIRA À DIFERENTES LÂMINAS
E SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO
Por
Josimar Alberto Pereira
Dissertação apresentada como parte das exigências para obtenção do título de
MESTRE EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
Aprovado em: 28/ 08/ 2008
Prof. Dr. Delvio Sandri
Orientador
UnUCET
Dr. Waldir Aparecido Marouelli
Embrapa/Hortaliças
Prof. Dr. Nori Paulo Griebeler
EA/UFG
Ofereço aos meus queridos pais, Josino Gonçalves
Pereira e Luisa Rosa de Jesus Pereira, que sempre me
orientaram nas decisões em minha vida.
Dedico
À minha esposa e parceira, Vilma Maria Canêdo
Pereira, pela paciência e compreensão a mim dedicada
ao longo desta caminhada.
A você meu profundo e sincero agradecimento;
Aos meus filhos, Euller Henrique Canêdo Pereira e
Aryelle Canêdo Pereira, pelo auxílio, carinho e
compreensão, nos momentos em que estive ausente;
Aos meus pais, Josino Gonçalves Pereira e Luisa
Rosa de Jesus Pereira, pelo incentivo nesta jornada.
AGRADECIMENTOS
A Deus, que nos ilumina e encoraja à superar momentos difíceis;
À Universidade Estadual de Goiás e ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
(PMEA) pela oportunidade a mim oferecida;
Ao professor, Dr. Delvio Sandri pela oportunidade, orientação, dedicação, paciência, amizade
e principalmente pela grande contribuição na minha formação profissional, meu respeito e
admiração;
À estagiária Ronêga Boasorte Vargas pelo auxílio nas atividades de campo e laboratório.
Aos professores do PMEA pelos ensinamentos;
À minha esposa Vilma Maria Canêdo Pereira e aos meus filhos Euller Henrique Canêdo
Pereira e Aryelle Canêdo Pereira pela colaboração na execução dos experimentos de campo e
coleta de dados experimentais;
A meus pais Josino Gonçalves Pereira e Luisa Rosa de Jesus Pereira por acreditar sempre na
minha capacidade intelectual;
À meu irmão Lindomar José Pereira pelo apoio na minha caminhada como estudante;
Aos mestrandos em Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Goiás UnUCET, em
especial, Alba Pollyana, André Amorim, Denise Ferreira e Lyne Sussuarana pelo
companheirismo e apoio durante a realização das disciplinas;
Às secretárias do PMEA pela presteza e dedicação;
À AGENCIARURAL-GO, Estação Experimental de Anápolis-GO, em nome de seu
supervisor, Marcos Coelho, pelo constante apoio na realização dos experimentos;
Enfim, a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho.
Muito Obrigado!
Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas
como uma oportunidade invejável (...), para aprender a
conhecer a influência libertadora da beleza do reino do
espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da
comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer.
(mensagem de Einstein a estudantes de Princenton, EUA)
SUMÁRIO
Página
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. ix
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. xi
RESUMO ................................................................................................................................ xiii
ABSTRACT ........................................................................................................................... xiv
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 01
2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 04
2.1. Agricultura irrigada e disponibilidade hídrica ................................................................... 04
2.2. A cultura da melancia ........................................................................................................ 09
2.2.1. Produção e importância econômica ................................................................................ 11
2.2.2. Características fisiológicas da melancieira ..................................................................... 14
2.2.3. Composição nutricional da melancia .............................................................................. 16
2.2.4. Crescimento e desenvolvimento da melancieira ............................................................ 16
2.2.5. Condições climáticas ...................................................................................................... 18
2.2.6. Solo e adubação .............................................................................................................. 19
2.2.7. Tratos culturais ............................................................................................................... 20
2.2.7.1. Desbaste de plantas ...................................................................................................... 20
2.2.7.2. Controle de plantas invasoras ...................................................................................... 21
2.2.7.3. Adubação de cobertura ................................................................................................ 21
2.2.7.4. Condução das ramas ou penteamento .......................................................................... 21
2.2.7.5. Desbaste dos frutos ...................................................................................................... 22
2.2.7.6. Controle fitossanitário ................................................................................................. 22
2.2.7.7. irrigação ....................................................................................................................... 23
2.2.7.8. Colheita e classificação ............................................................................................... 26
2.3. Uniformidade da distribuição de água ............................................................................... 27
2.4. Eficiência de aplicação de água ......................................................................................... 28
2.5. Lâminas de irrigação aplicadas na cultura da melancia .................................................... 28
2.6. Manejo da irrigação na cultura da melancia ...................................................................... 30
3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 34
3.1. Local e época da realização do experimento ..................................................................... 34
3.2. Solo .................................................................................................................................... 34
3.2.1. Características físico-hídricas do solo ............................................................................ 35
3.2.2. Características químicas do solo..................................................................................... 37
3.3. Condições agrometeorológicas .......................................................................................... 38
3.4. Características da cultivar avaliada ................................................................................... 39
3.5. Implantação e condução do experimento .......................................................................... 40
3.5.1. Preparo do solo ............................................................................................................... 40
3.5.2. Adubação de pré-plantio e cobertura .............................................................................. 40
3.5.3. Semeadura e transplantio ................................................................................................ 41
3.5.4. Delineamento experimental ............................................................................................ 42
3.5.5. Sistema de irrigação........................................................................................................ 43
3.5.6. Uniformidade da distribuição de água ............................................................................ 46
3.5.7. Eficiência do sistema de irrigação por sulco .................................................................. 47
3.6. Lâmina de irrigação ........................................................................................................... 48
3.7. Manejo da irrigação ........................................................................................................... 49
3.8. Tensão de água no solo ...................................................................................................... 51
3.9. Manejo e condução da cultura ........................................................................................... 51
3.10. Coleta e procedimentos de análises da cultura ................................................................ 53
3.10.1. Avaliação do crescimento da melancieira .................................................................... 53
3.10.2. Avaliação da produtividade .......................................................................................... 54
3.10.3. Comprimento e diâmetro dos frutos ............................................................................. 54
3.10.4. Características físico-químicas ..................................................................................... 55
3.10.5. Classificação dos frutos ................................................................................................ 55
3.10.6. Eficiência do uso da água pela planta ........................................................................... 56
3.11. Análise dos resultados ..................................................................................................... 56
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 57
4.1. Elementos agrometeorológicos.......................................................................................... 57
4.2. Uniformidade da distribuição de água ............................................................................... 62
4.3. Tensão matricial e umidade do solo .................................................................................. 62
4.4. Classificação comercial ..................................................................................................... 65
4.5. Desenvolvimento da cultura .............................................................................................. 66
4.6. Crescimento das ramas primárias ...................................................................................... 67
4.7. Variáveis de produção ....................................................................................................... 70
4.7.1. Comprimento do fruto .................................................................................................... 70
4.7.2. Diâmetro do fruto ........................................................................................................... 72
4.7.3. Produtividade .................................................................................................................. 73
4.8. Eficiência no uso da água .................................................................................................. 76
4.9. Variáveis de qualidade....................................................................................................... 78
4.9.1. Teor dos Sólidos Solúveis (SS) ...................................................................................... 78
4.9.2. Teor de água no fruto ..................................................................................................... 79
5. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 80
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 81
7. ANEXOS ............................................................................................................................. 88
LISTA DE FIGURAS
Página
FIGURA 01. Estádios de desenvolvimento da cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007.. 16
FIGURA 02. Curva característica de retenção de água do solo. Anápolis, UEG, 2007........ 35
FIGURA 03. Ensaio para determinação da taxa de infiltração de água no solo. Anápolis,
UEG, 2007............................................................................................................................. 36
FIGURA 04. Curva da taxa de infiltração de água no solo em função do tempo. Anápolis,
UEG, 2007............................................................................................................................. 37
FIGURA 05. Estação meteorológica da Estação Experimental da AGENCIARURAL.
Anápolis, UEG, 2007............................................................................................................ 38
FIGURA 06. Cultivar de melancia, Crimson Sweet. Anápolis, UEG, 2007......................... 40
FIGURA 07. Detalhe da adubação em cobertura aplicada sobre o solo. Anápolis, UEG,
2007....................................................................................................................................... 41
FIGURA 08. Estufa com mudas de melancia. Anápolis, UEG, 2007................................... 42
FIGURA 09. Diagrama do delineamento experimental e malha de irrigação. Anápolis,
UEG, 2007............................................................................................................................. 43
FIGURA 10. Cabeçal de controle da irrigação. Anápolis, UEG, 2007................................. 44
FIGURA 11. Vista parcial da malha de irrigação. Anápolis, UEG, 2007............................... 44
FIGURA 12. Sistema de irrigação por microaspersão. Anápolis, UEG, 2007...................... 45
FIGURA 13. Sistema de irrigação por gotejamento. Anápolis, UEG, 2007......................... 45
FIGURA 14. Sistema de irrigação por superfície tipo sulco. Anápolis, UEG, 2007............. 46
FIGURA 15. Ensaio para determinação do CUD na microaspersão (m) e no gotejamento
(G). Anápolis, UEG, 2007........................................................................................................47
FIGURA 16. Cultura da melancia livre de plantas invasoras. Anápolis, UEG, 2007........... 51
FIGURA 17. Armadilha para controle fitossanitário da cultura da melancia. Anápolis,
UEG, 2007............................................................................................................................. 53
FIGURA 18. Fruto com danos causado por granizo. Anápolis, UEG, 2007........................ 53
FIGURA 19. Mosca-das-frutas Anastrepha G. Anápolis, UEG, 2007................................. 53
FIGURA 20. Lesão no fruto causado pela larva da mosca-das-frutas. Anápolis, UEG, 2007 53
FIGURA 21. Frutos comerciais (≥ 6 kg) e não comerciais (< 6 kg). Anápolis, UEG, 2007 55
FIGURA 22. Evapotranspiração de referência coletada do transplantio à última colheita.
Anápolis, UEG, 2007............................................................................................................ 58
FIGURA 23. Precipitações registradas do transplantio à última colheita. Anápolis, UEG,
2007....................................................................................................................................... 58
FIGURA 24. Temperatura média do ar registrada do transplantio à última colheita.
Anápolis, UEG, 2007............................................................................................................ 59
FIGURA 25. Umidade relativa do ar média registrada do transplantio à última colheita.
Anápolis, UEG, 2007............................................................................................................ 60
FIGURA 26. Radiação solar registrada do transplantio à última colheita. Anápolis, UEG,
2007....................................................................................................................................... 61
FIGURA 27. Murcha do fruto provocada pela temperatura elevada. Anápolis, UEG, 2007 62
FIGURA 28. Queima-solar ou escaldadura de fruto causado pela intensidade luminosa.
Anápolis, UEG, 2007............................................................................................................ 62
FIGURA 29. Tensão de água no solo a 0,15 m, para as quatro lâminas e sistemas de
irrigação por aspersão, gotejamento e sulco medida antes de cada irrigação para o turno
de rega de 2 dias. Anápolis, UEG, 2007................................................................................ 64
FIGURA 30. Comprimento final das ramas primárias da melancieira para os três sistemas
e as lâminas de 50, 75, 100 e 125% da ETc. Anápolis, UEG, 2007...................................... 70
FIGURA 31. Comprimento dos frutos em função das lâminas e sistemas de irrigação.
Anápolis, UEG, 2007............................................................................................................ 72
FIGURA 32. Diâmetro médio dos frutos em função dos sistemas e lâminas de irrigação
aplicadas na cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007....................................................... 73
FIGURA 33. Produtividade de frutos ≥ 6 kg em função dos sistemas e lâminas de irrigação
aplicadas na cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007...................................................... 76
LISTA DE TABELAS
Página
TABELA 01 - Informações básicas das as bacias hidrográficas brasileiras......................... 05
TABELA 02 - Disponibilidade hídrica na região Centro-Oeste........................................... 05
TABELA 03 - Potencial de solo para desenvolvimento sustentável da irrigação em
1.000 ha
-1
............................................................................................................................... 08
TABELA 04 - Projetos públicos de irrigação em Goiás....................................................... 08
TABELA 05 - Principais países produtores de melancia...................................................... 11
TABELA 06 - Produção e exportação de melancia no Brasil em 1.000 ton. entre 2001 e
2006....................................................................................................................................... 12
TABELA 07 - Área, produção e produtividade média de melancia por região do Brasil
em 2005................................................................................................................................. 12
TABELA 08 - Produção brasileira de melancia por Estado em 2005.................................. 13
TABELA 09 - Área plantada, produção e produtividade de melancia. Goiás, 2005............ 14
TABELA 10 - Composição nutricional em 100 g da polpa de melancia cv. Crimson Sweet 15
TABELA 11 - Produtividade de fruto comercial, em ton. ha
-1
, Jataí 1990 e Anápolis 1991. 18
TABELA 12 - Médias climatológicas da região de Anápolis-GO entre 1968 e 1977.......... 34
TABELA 13 - Resultados da análise química do solo utilizado para o cultivo da melancia.
Anápolis, UEG, 2007............................................................................................................ 38
TABELA 14 - Elementos meteorológicos obtidos no período de realização do experimento.
Anápolis, UEG, 2007............................................................................................................ 57
TABELA 15 - Tensão média de água no solo em kPa avaliada durante o cultivo da
melancia, medida antes de cada irrigação. Anápolis, UEG, 2007......................................... 63
TABELA 16 - Número de frutos totais, frutos ≥ 6 kg e porcentagem de frutos ≥ 6 kg da
melancieira cultivada em diferentes lâminas e sistemas de irrigação e teste de Tukey para
comparação das médias. Anápolis, UEG, 2007..................................................................... 65
TABELA 17 - Comprimento médio das ramas primárias de melancia em metros, para
diferentes sistemas e lâminas de irrigação. Anápolis, UEG, 2007........................................ 68
TABELA 18 - Comprimento dos frutos de melancia ≥ 6 kg em metros, em relação aos
sistemas e lâminas de irrigação aplicadas na cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007....... 71
TABELA 19 - Diâmetro médio dos frutos ≥ 6 kg (m), em relação aos sistemas e lâminas de
irrigação aplicadas na cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007....................................... 72
TABELA 20 - Produtividade total e de frutos ≥ 6 kg de melancia em kg ha
-1
, cultivada em
diferentes lâminas de irrigação aplicadas por microaspersão, gotejamento e sulco.
Anápolis,UEG,2007.............................................................................................................. 74
TABELA 21 - Produtividade, lâmina de irrigação aplicada durante o ciclo de cultivo da
melancia e eficiência do uso da água pela planta em kg mm
-1
de água aplicada para os
sistemas de irrigação por microaspersão, gotejamento e sulco e para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc. Anápolis, UEG, 2007......................................... 77
TABELA 22 - Teor de sólidos solúveis (
o
Brix) da melancia em porcentagem, em
diferentes lâminas de irrigação aplicadas por microaspersão, gotejamento e sulco.
Anápolis, UEG, 2007............................................................................................................ 79
TABELA 23 - Teor de água na melancia (%), cultivada em diferentes lâminas de irrigação
aplicadas por microaspersão, gotejamento e sulco. Anápolis, UEG, 2007.......................... 79
RESUMO
PEREIRA, A. J. Resposta da melancieira à diferentes lâminas e sistemas de irrigação.
2008. 97p. (Mestrado em Engenharia Agrícola) – Universidade Estadual de Goiás, Anápolis.
A utilização da irrigação na cultura da melancia favorece o cultivo em regiões onde a
precipitação é fator limitante, aumentando a produtividade e a qualidade dos frutos. Propôs-se
nesse trabalho avaliar a resposta da cultivar de melancia Crimson Sweet à diferentes sistemas
e lâminas de irrigação, no período de 02.08.2007 a 19.11.2007. O experimento foi conduzido
na fazenda experimental da AGENCIARURAL, Anápolis-GO. Utilizou-se o delineamento de
blocos casualizados, em esquema fatorial 3 x 4, com 4 repetições. Os sistemas de irrigação
avaliados foram a microaspersão, o gotejamento e o sulco e as lâminas de irrigação de 50, 75,
100 e 125% da evapotranspiração da cultura ETc com turno de rega fixo de dois dias. A
evapotranspiração de referência ETo, utilizada para o cálculo da ETc foi obtida em estação
meteorológica cujo sistema operacional utiliza a equação de Penman – Monteith. As variáveis
analisadas foram o crescimento das ramas primárias, produtividade, comprimento e diâmetro
dos frutos, teor de sólidos solúveis (
o
Brix), teor de água no fruto, classificação comercial dos
frutos e eficiência do uso da água pela planta. A lâmina de irrigação com 125% da ETc
proporcionou o maior comprimento das ramas primárias (4,572 m) obtido no sistema de
irrigação por sulco, a maior produtividade de frutos comerciais (≥ 6 kg) no sistema de
irrigação por sulco (55,7 ton. ha
-1
), no sistema de irrigação por gotejamento (46,2 ton. ha
-1
) e
no sistema de irrigação por microaspersão (41,9 ton. ha
-1
) e os frutos frescos mais pesados,
com características internas e externas que atendem as exigências do mercado consumidor. Os
sistemas de irrigação por gotejamento e sulco proporcionaram produtividades superiores à
média nacional (20 t ha
-1
) nas lâminas de irrigação de 50, 75 e 100% da ETc, resultando em
economia de água. Os sistemas e as lâminas de irrigação não afetaram o diâmetro dos frutos
com média do ensaio de 0,253 m, o teor de sólidos solúveis com média de 8,85
o
Brix e o teor
de água no fruto, sendo a média do ensaio de 91,20%. O sistema de irrigação por gotejamento
proporcionou melhor eficiência do uso da água pela planta com produção de 124,36 kg mm
-1
de água aplicada e menor consumo de água por unidade de área correspondente a 92,18% da
lâmina aplicada no sistema de irrigação por microaspersão e 77,35% em comparação com
sistema de irrigação por sulco, resultando na redução do consumo de água. O sistema de
irrigação por sulco apresentou dentre as variáveis analisadas, a melhor resposta para a cultura
da melancia constituindo-se em maior viabilidade de uso nas mesmas condições em que
foram avaliados os três sistemas de irrigação.
Palavras-chave: Citrullus lanatus, lâminas de irrigação, evapotranspiração de referência,
recursos hídricos.
ABSTRACT
PEREIRA, A. J. Performance of the watermelon to the different systems and irrigation
levels. 2008. 97p. Master degree in Agricultural Engineering) – Goiás State Universit.
The use of the irrigation in watermelon crop allows its cultivation in regions where the
precipitation is a restriction factor, increasing fruit yield and quality. This study evaluated the
performance of the watermelon cultivar Crimson Sweet to the different systems and irrigation
levels, from 02.08.2007 to 19.11.2007. The experiment was done at the experiment area of
AGENCIARURAL, Anápolis, Brazil. The experimental design was randomized blocks, in 3 x
4 factorial, with 4 repetitions. The irrigation systems evaluated were micro-sprinkler, drip and
the furrow irrigation and irrigation levels of 50%, 75%, 100% and 125% of the
evapotranspiration of the crop - ETc. The reference evapotranspiration Eto, used for the
computing the ETc was obtained from the meteorological station, whose operational system
uses the equation of Penman - Monteith for determining the ETo. A fixed irrigation turn of
two days was used. The analyzed variables were length of the primary vine, productivity, fruit
length and diameter, total soluble solids (
o
Brix), water contents in the fruit, commercial
classification of the fruits and efficiency of water use by the plant. The longest primary vines
were 4.572 m, obtained in the furrow irrigation system with irrigation levels of 125% of the
ETc. The biggest fruits were obtained with an irrigation blade of 125% ETc. The greatest fruit
commercial yield (≥ 6 kg) was of 55.7 ton. ha
-1
obtained in the furrow irrigation system of
125% ETc, with internal and external characteristics that met the requirements of the
consumer market. The greatest yield obtained in the drip irrigation system was 46.2 ton. ha
-1
and in the micro-sprinkler system of 41.9 ton. ha
-1
at 125% ETc. The drip and furrow
irrigation systems also provided greater yield than the national average (20 t ha
-1
) in the
irrigation levels of 50, 75 and 100% ETc, resulting in water and energy economy. The total
soluble solids contents was not affected by the systems and levels of irrigation, and the
average of the assay was 8.85
o
Brix. The systems and levels of irrigation did not significantly
affect the water contents in the fruit, and the average of the assay was 91.20%. The drip
irrigation system provided better water efficiency use per plant with 124.36 kg mm
-1
of water
applied and less water consumption per unit area, corresponding to 92.18% of the levels
applied in the micro-sprinkler irrigation system and 77.35% in comparison with furrow
irrigation system, resulting in the reduction of water consumption. The furrow irrigation
system presented the longest length of primary vines, greater fruit length and greater yield,
consisting in greater viability for watermelon cropping in the conditions where the three
irrigation systems were evaluated.
KEYWORDS: Citullus lanatus, irrigation blades, reference evapotranspiration, water
resource.
1. INTRODUÇÃO
A irrigação constitui-se em uma alternativa para incremento de produtividade de
grande parte das espécies cultivadas. Entretanto, quando utilizada deve-se priorizar a adoção
de procedimentos adequados para seu controle, dentro de um critério racional de uso da água,
energia e sistemas de irrigação. Neste contexto, está a avaliação de sistemas de irrigação que
permitam a aplicação da água de forma pontual e com menor volume por unidade de área, uso
de indicadores da necessidade hídrica da cultura, coeficientes de cultivos e de elementos
climáticos, a fim de proporcionar ganhos de produtividade, melhor aproveitamento dos
recursos hídricos e redução dos impactos ambientais.
A lâmina de irrigação mais apropriada para a cultura da melancia foi estudada por
alguns pesquisadores em diferentes localidades, como Teodoro et al. (2002), Simsek et al.
(2004) e Azevedo et al. (2005), com níveis de irrigação baseados na evaporação do tanque
“classe A”. Avaliaram 5 lâminas de irrigação (25; 50; 75, 100, e 125% da ETo) com sistema
de irrigação por gotejamento, onde encontraram diferenças significativas entre os níveis de
irrigação aplicados sobre a produtividade e qualidade do fruto. Observaram aumento de
produtividade com aumento da lâmina de irrigação aplicada e redução no comprimento e
produção de frutos nos tratamentos com menores lâminas de irrigação.
A eficiência do uso de água, definida por Srinivas et al. (1989), como a relação entre a
produtividade obtida e a quantidade total de água aplicada, foi significativamente superior
com a aplicação do nível de 25% da evaporação no tanque “Classe A”, em comparação com
os demais níveis avaliados obtendo 108 kg por milímetro de água aplicada.
Bezerra e Oliveira (1999) observaram em Fortaleza-CE, utilizando a cultivar de
melancia Crimson Sweet, que a evapotranspiração máxima (ETm) foi crescente da
emergência das plântulas ao estádio de enchimento dos frutos, apresentando pequeno declínio
no estádio final da cultura.
A definição dos níveis adequados de irrigação é um fator importante para elevar os
índices de produtividade, reduzir o consumo de energia e maximizar o retorno financeiro do
agricultor em diferentes regiões do país. Isso se torna mais relevante para a cultura da
melancia, por constituir-se em um dos principais cultivos da horticultura brasileira, pelo seu
potencial produtivo, sua composição química e valor nutritivo, com relevante papel
socioeconômico. No Brasil, apresenta um percentual bastante significativo, quando
comparada com outras frutas, ocupando a quinta posição com uma produção de 1.946.912
ton. no ano agrícola de 2006 em uma área de cultivo de 93.170 hectares, atrás apenas da
laranja (18.032.313 ton.), banana (6.956.179 ton.), abacaxi (3.430.721 ton.) e coco-da-baia
(1.985.478 ton.) (IBGE, 2007).
Em Goiás, no ano de 2003, a área cultivada de melancia e irrigada com pivô central foi
de 6.527 ha e a produção de 179.120 ton. (CEASA/GO, 2007) e, em 2005, foram
comercializadas 23.008,99 ton., sendo 54,04% produzido no próprio Estado de Goiás. O
Relatório Anual da Secretaria de Planejamento do Estado de Goiás - SEPLAN, mostra o
desempenho da agricultura goiana em 2005, apresentando vários municípios como produtores
de melancia e que utilizam a irrigação para suprir as irregularidades das precipitações. O
destaque é para o município de Uruana, possuindo uma das maiores áreas de cultivo no
Estado com ampla predominância de utilização do sistema de irrigação por sulco, cerca de
90% e, nos outros 10%, são utilizados outros sistemas, como a aspersão e o gotejamento. Em
Anápolis-GO há uma predominância de sistemas de irrigação por aspersão e sulco.
A utilização da irrigação na cultura da melancia cresceu nos últimos anos pela melhor
resposta da cultura no período do ano em que a umidade do ar e do solo é baixa, como
complemento das precipitações ocorridas, devido às perspectivas econômicas favoráveis, das
amplas possibilidades de comercialização, crescente consumo do fruto e conquista de novos
mercados. No entanto, o cultivo da melancia no Brasil ainda é considerado uma atividade de
alto risco, apresentando sazonalidades de cultivo devido oscilações no preço de mercado
para o fruto e principalmente pelo manejo inadequado da cultura, ocasionando problemas
agronômicos, como a baixa produtividade, incidência de doenças, erosão, lixiviação e
escoamento de nutrientes e defensivos agrícolas, que, também, está relacionada à pequena
adoção de práticas de manejo da irrigação, adubação e tratos culturais.
As informações sobre o cultivo da melancieira irrigada no Estado de Goiás são muito
precárias, embora resultados expressivos sejam obtidos com a utilização de sistemas de
irrigação considerados tradicionais como o sulco, colocando o Estado entre os maiores
produtores do Brasil. Observa-se na região uma demanda por parte dos produtores por
informações sobre sistemas alternativos de produção que utilizam técnicas de irrigação como
medida para se economizar água, energia e outros insumos e reduzir os danos ao meio
ambiente, como a técnica da irrigação pressurizada que apresenta níveis de eficiência do uso
da água superiores aos demais sistemas, além de adaptarem-se a quase todos os tipos de
culturas, o que demonstra a necessidade de intensificação das pesquisas visando obter um
melhor manejo da cultura como o uso de indicadores da necessidade hídrica.
A irrigação por gotejamento pode apresentar elevado potencial de uso na cultura da
melancia, aumentando a produtividade e a eficiência de uso da água, quando comparado ao
uso de outros métodos de irrigação, pois apresenta melhores condições de controle com maior
precisão das aplicações da água e fertilizantes, em comparação com o uso da irrigação por
aspersão ou sulco. Porém, fatores como a freqüência de irrigação e a quantidade de água a ser
aplicada precisam ser determinadas em função das características da cultura, das variações
climáticas e das características físico-hídricas dos solos.
A segurança de que o aumento dos índices de produtividade agrícola é possível por
meio de pesquisas, desenvolvendo tecnologias acessíveis e adaptáveis a cada situação ou
região, caracteriza a necessidade da investigação com base em informações e estudos
científicos que possam contribuir para o direcionamento de uma agricultura planejada,
conservando e otimizando os recursos naturais.
A possibilidade de utilização da irrigação tecnificada pode não apenas promover a
oferta de alimentos, mas, tornar a atividade agrícola um ramo atrativo com altos investimentos
nas mais variadas culturas. Assim, considerando as características edafoclimáticas da região
de Anápolis-GO, realizou-se esse trabalho, com o objetivo de avaliar a resposta da cultura da
melancia submetida a diferentes sistemas e lâminas de irrigação, quanto ao desenvolvimento
da cultura, fatores quantitativos e qualitativos e eficiência do uso da água pela planta.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Agricultura irrigada e disponibilidade hídrica
A agricultura, tida como fonte primária do desenvolvimento econômico, estabeleceu
seu crescimento de forma simplificada apenas para atender às necessidades alimentares do
homem. Graças à adoção de tecnologia, áreas naturalmente improdutivas foram transformadas
em campos férteis, mas sem nenhuma preocupação conservacionista. Entretanto, restrições
impostas pelos consumidores e o Poder Público, especificando condições de produção de
alimentos e uso dos recursos hídricos, estão promovendo uma crescente tendência de
mudanças quanto ao uso do solo e da água, na tentativa de minimizar os efeitos adversos da
exploração agrícola sobre o meio ambiente, por meio do planejamento e da criação de leis que
regulamentam as formas de utilização desses recursos (PEREIRA et al., 2002).
Em épocas remotas a água na terra era considerada como um recurso abundante e
renovável. Porém, hoje é reconhecida como o bem mais valioso e escasso dos recursos
naturais existentes, sendo necessária sua preservação (ROBERTS, 1999). Para Testezlaf et al.
(2007), a sustentabilidade dos recursos de terra e água, responsáveis pela segurança alimentar,
requer uma vigilância contínua, compatibilizando informações e procedimentos de controle da
disponibilidade e da qualidade desses recursos.
O Brasil possui um dos patrimônios hídricos mais importantes do planeta. A produção
hídrica, entendida como o escoamento anual afluente ao Oceano Atlântico, em território
brasileiro é de aproximadamente 168.790 m
3
s
-1
. Levando-se em consideração a vazão
produzida na área da bacia Amazônica que se encontra em território estrangeiro, estimada em
89.000 m
3
s
-1
a disponibilidade hídrica total do país atinge 257.790 m
3
s
-1
. Porém, grande
variação hidrológica do território brasileiro. De fato, os escoamentos superficiais específicos
variam desde 48,2 L s km
-2
no Atlântico Norte até 2,8 L s km
-2
na região semi-árida do
Atlântico Leste 1. As informações básicas sobre essas bacias hidrográficas constam da Tabela
1, em especial a disponibilidade hídrica "per capita", em m
3
habitante ano
-1
, parâmetro que
permite a avaliação da abundância e da escassez hídrica em bacias hidrográficas. Observa-se
que há abundância de água no Brasil se considerarmos o valor médio de 36.317 m
3
hab. ano
-1
,
mas bacias no limiar da escassez hídrica como as do Atlântico Leste 1 com 1.967 m
3
hab.
ano
-1
(BENEVIDES e BEEKMAN, 1995).
Com exceção do Distrito Federal, o potencial hídrico da região Centro-Oeste é elevado
(Tabela 2), permitindo o desenvolvimento das atividades de produção agropecuária que,
entretanto, devem ser levadas a efeito com manejos apropriados (CHRISTOFIDIS, 2006).
TABELA 2 - Disponibilidade hídrica na região Centro-Oeste.
Potencial hídrico
(Km
3
ano
-1
)
População em 2005
(habitantes)
Disponibilidade per capita
(Km
3
.hab.ano
-1
)
Brasil 5.732,8
184.184.264 31.125
Centro-Oeste 878,7 13.020.767 67.500
Mato G. do Sul 69,7 2.264.468 30.800
Mato Grosso 522,3 2.803.274 186.300
Goiás 283,9 5.619.917 50.500
Distrito federal 2,8 2.264.468 1.200
Fonte: Christofidis (2006)
A magnitude desse patrimônio também a medida da responsabilidade quanto a sua
conservação e uso sustentável, em nosso próprio benefício, do equilíbrio ecológico e da
sobrevivência da humanidade. No gerenciamento dos recursos hídricos, o foco central é o
aumento da eficiência no uso da água, por meio da instalação e fortalecimento de entidades
TABELA 1 - Informações básicas das bacias hidrográficas brasileiras, área 1.000 Km
-
2
.
Bacia
hidrográfica Área
%
População
(1991)
%
Densidade
(hab Km
-2
)
Descarga
(m
3
s
-1
)
Disponível
m
3
anohab
-1
Amazonas 3.900 46
6.245.597
4,2
1.60
120.000
606.379
Tocantins 757 9
3.271.674
2,2
4.32
11.800
113.828
São Francisco 634 7
10.958.888
7,4
17,29
2.850
8.208
Alto Paraguai 368 4
1.700.168
1,1
4.62
1.290
23.946
Paraná 877 10
46.622.840
31,7
53.16
11.000
7.446
Uruguai 178 2
3.584.152
2,2
20.14
4.150
36.543
Atlântico
Norte 76 1
3.424.511
2,3
45.06
3.660
33.730
Atlântico
Nordeste 953 11
25.761.672
17,5
27.03
5.390
6.603
Atlântico
Leste 1 242 3
10.909.302
7,4
45.08
680
1.967
Atlântico
Leste 2 303 4
22.598.203
15
74.58
3.670
5.125
Atlântico
Sudoeste 224 3
11.605.507
7,9
51.81
4.300
11.693
Brasil 8.512 100
146.682.514
100
17.23
168.790
36.317
Fonte: Benevides e Beekman (1995).
gestoras de recursos hídricos e melhoria do traçado das unidades de planejamento e gestão
(GEO Brasil, 2007).
Seguindo exemplos de países como a França, o Brasil está adotando medidas de
administração dos recursos hídricos sob seu domínio. Da mesma forma, os Estados e o
Distrito Federal, estão elaborando leis complementares, regulamentando as formas de
utilização, inclusive delimita a quantidade e cita prioridades de utilização em caso de
ocorrência de redução da sua disponibilidade (TESTEZLAF, 2007).
Desde a década de 1930, no impulso do desenvolvimento industrial e da urbanização
acelerada, o Brasil tem buscado a partir da decretação do Código de Águas, de 1934, adotar
modelos adequados de gestão racional dos seus recursos hídricos, condicionados,
naturalmente, ao nível de desenvolvimento tecnológico prevalecente, à cultura político
institucional, às prioridades sociais e aos padrões de sustentabilidade internacionalmente
aceitos nessa área em cada época (GEO Brasil, 2007).
Atualmente, as normas de uso dos recursos hídricos sob domínio da união é
regulamentada pela Lei Federal n. 9.433 de 08 de janeiro de 1997 que institui a Política
Nacional de Recursos Hídricos (Brasil, 1997) e, as diretrizes para o gerenciamento dos
recursos hídricos sob domínio do Estado de Goiás é estabelecida pela Lei n. 13.123 de 16 de
julho de 1997 (Goiás, 1997).
Em face ao contínuo crescimento demográfico e exigências nutricionais das plantas
cultivadas, a humanidade se vê compelida a usar os recursos hídricos na irrigação, não apenas
como complemento das chuvas efetivas nas regiões úmidas, mas também, para tornar
produtivas as zonas áridas e semi-áridas do planeta que constituem cerca de 55% de sua área
continental total (DAKER, 1976).
Atualmente, grande parte da população mundial depende de produtos irrigados pois, a
irrigação promove a suplementação das irregularidades na distribuição das chuvas, obtenção
de colheitas na entressafra, incremento da produtividade, melhora a qualidade dos produtos
agrícolas, crescimento dos setores agroindustriais com geração de empregos, absorve mais
mão-de-obra pelo aumento de ciclos produtivos ao longo do ano, permite o surgimento de
condições favoráveis para o desenvolvimento econômico da região e, a intensificação da
prática da irrigação configura uma opção estratégica de grande alcance para aumentar a oferta
de produtos destinados à mercados distintos, consolidando afirmação comercial de um país
num mercado altamente competitivo com garantia de abastecimento interno constante
(STONE, 2005; LIMA et al., 2006).
Para que uma determinada cultura se desenvolva e produza de acordo com suas
potencialidades, é necessário que todos os fatores ambientais sejam satisfeitos para os quais se
adaptou, como a luminosidade, o calor e a umidade, sendo que, a falta total ou parcial de
qualquer um desses fatores implicará em redução no desenvolvimento vegetativo e na
produção. Quando se deseja estabelecer uma cultura onde deficit hídrico é necessário a
utilização da irrigação, mesmo para as culturas mais tolerantes, o que torna importante a
busca de metodologias apropriadas para o planejamento e administração da irrigação, pois
fica cada vez mais evidenciada a necessidade da combinação entre os diversos fatores que
possibilitam a determinação do volume de água a ser aplicado ao solo em cada irrigação, por
exemplo com base no conhecimento da demanda atmosférica (MOREIRA, 1993).
Da mesma forma, Paz et al. (2000) argumentam que a irregular disponibilidade das
precipitações, a qual varia marcadamente ao longo do ano, de ano a ano e de região a região, o
uso da água de forma contínua, sem controle da quantidade utilizada, provoca desperdício dos
recursos hídricos além de causar danos à planta. Portanto, uma das metas estratégicas para a
preservação da disponibilidade e da qualidade dos recursos hídricos consiste em se
estabelecer critérios de uso adequado em todas as atividades produtivas desenvolvendo
procedimentos tecnológicos para otimizar o uso da água, proporcionar melhoria na eficiência
de aplicação e ganhos de produtividade baseados na resposta da cultura à aplicação de água
sem, contudo, comprometer a sua disponibilidade e qualidade.
As fruteiras de um modo geral são culturas de razoáveis padrões de rentabilidade, em
que incrementos de produtividade correspondem a ganhos econômicos significativos.
Expressivos investimentos no setor e o alto valor econômico das frutas associado às incertezas
quanto à contribuição das chuvas para garantir uma adequada umidade no solo e na planta,
têm levado a grande maioria dos produtores a adotarem a irrigação como tecnologia do
sistema produtivo mesmo em localidades de pouco déficit hídrico, possibilitando também,
efetuar a fertirrigação, implicando numa maior eficiência de aproveitamento do sistema de
irrigação e uso do solo sem interferência de mão-de-obra (COELHO et al., 2000).
Há no mundo uma área estimada de 470 milhões de hectares disponíveis para a prática
da agricultura irrigada podendo ser incorporados 190 a 195 milhões de hectares. Especialistas
em agricultura estimam a existência de 110 milhões de hectares no Brasil para expansão e
desenvolvimento em bases sustentáveis, das quais, aproximadamente 72% estão localizadas
no Cerrado (Tabela 3). As possibilidades de desenvolvimento da agricultura irrigada sem
risco de conflitos com outros usos prioritários da água, atendendo às exigências da legislação
ambiental e código florestal resulta num potencial estimado de 29.564 milhões de hectares,
dos quais, cerca de 17% ocorrem na região Centro – Oeste (CHRISTOFIDIS, 2006).
Fonte: Christofidis (2006)
Em Goiás a área irrigada vem apresentando elevada capacidade de expansão e gerando
demandas nas diversas áreas da Engenharia Agrícola, com uma diversidade notável de
culturas irrigadas. A agricultura irrigada em Goiás, também tem tido resultados bastante
positivos através de projetos públicos implantados pelo Governo do Estado em parceria com o
Governo Federal, abrangendo vários municípios (Tabela 4) (SEPLAN, 2007).
TABELA 4 - Projetos públicos de irrigação em Goiás.
Projeto de irrigação Localização método de irrigação
Luís Alves do Araguaia São Miguel do Araguaia superficial / inundação
Flores de Goiás Nordeste Goiano.
inundação, aspersão e
gotejamento
Três Barras Cristalina aspersão e outros
Rio Corrente - em estudo Jaciara -
Campo Alegre – em estudo Campo Alegre -
Fonte: SEPLAN – Secretaria de Planejamento do Estado de Goiás (2007)
O uso da irrigação na produção agrícola tem sofrido sérias críticas ultimamente,
sobretudo por aqueles que a consideram uma das responsáveis pelo problema da escassez de
água e de energia no país. A irrigação sem tecnificação, não tomando em consideração sua
importância para a produção de alimentos e, portanto, para a economia agrícola brasileira
pode ser considerada improcedente ou irracional, conseqüências danosas podem advir se uma
única linha de pensamento prevalecer. Planejadores e legisladores idealistas poderão ser
profundamente prejudiciais à população, servindo de desestímulo ao produtor rural e de
entrave ao desenvolvimento agrícola no Brasil (TESTEZLAF et al., 2007).
TABELA 3 - Potencial de solo para desenvolvimento sustentável da irrigação em 1.000 ha
-
1
.
Região Várzeas Terras altas Total %
Norte 9.298 5.300 14.598 49,4
Nordeste 104 1.200 1.304 4,4
Sudeste 1.029 3.200 4.229 14,3
Sul 2.207 2.300 4.507 14,2
Centro-Oeste 2.326 2.600 4.926 16,7
Totais 14.964 14.600 29.564 100,0
uma expectativa mundial de que o Brasil passe a assimilar as tecnologias de
irrigação em maior intensidade, abrindo a possibilidade de se utilizar de forma sustentável
áreas aptas no país, uma vez que em outros países os solos estão sendo retirados da produção
pela degradação, ocupações urbanas e industriais e pela falta de água. Levantamentos sobre o
perfil do irrigante brasileiro demonstram que a irrigação localizada que tem recebido maior
aporte de tecnologia e reduzido custos de equipamentos, está se expandindo cada vez mais,
primeiramente porque é um método mais econômico, do ponto de vista de utilização de água.
Esse sistema que ocupava uma faixa de 6,7% da irrigação praticada no Brasil, em 1988,
apresentou uma elevação de área para 8% em 2000, mostrando que tendência de
crescimento maior que os demais sistemas de irrigação (CHRISTÓFIDIS, 2002).
Considerando as diferenças socioeconômicas regionais, os recursos naturais e as
condições edafoclimáticas, a distribuição das áreas irrigadas no Brasil ocorre de forma
desigual e, daí os métodos e sistemas de irrigação utilizados, os quais dependem, dentre
outros fatores, do vel tecnológico compatível e acessível ao produtor. que se considerar,
ainda, a dimensão do território brasileiro, com suas adversidades como clima, solo e recursos
hídricos, levando ao desenvolvimento da agricultura irrigada segundo suas capacidades para
que a irrigação se torne mais uma ferramenta útil para a agricultura (PAZ et al. 2000).
2.2. A cultura da melancia
A melancia pertence à família Cucurbitaceae, gênero Citrullus e espécie Citrullus
lanatus Thunb. e tem sua origem em regiões da África Tropical (ALMEIDA, 2007). De
acordo com registros históricos, o cultivo da melancia data da pré-história, como revelado por
pinturas do antigo Egito (BISSET, 1986). No Brasil, a introdução da cultura ocorreu durante o
ciclo da cana-de-açúcar, no século XVII. Nessa época, os escravos que chegavam da África
para trabalhar nas lavouras canavieiras traziam consigo sementes, dentre elas as de melancia.
Inicialmente, os cultivos eram realizados nas hortas que rodeavam as senzalas no litoral
canavieiro do Maranhão e Bahia, seguindo daí para a direção oeste e norte na chamada
“região dos currais” (SALDANHA, 1989; CASTELLANE e CORTEZ, 1995; QUEIROZ et
al., 1999). Nesse mesmo contexto histórico, considera-se que, no Brasil, mais tarde, foram
introduzidas cultivares produtoras de frutos grandes e doces obtidas no antigo Egito, Europa e
Ásia (ALVARENGA e RESENDE, 2002).
O segundo momento de expansão da cultura da melancia no Brasil é marcado pela
utilização de cultivares melhorada de origem americana e japonesa (ROMÃO, 1995).
Entretanto, acredita-se que, como as demais hortaliças, a melancia somente adquiriu
expressão econômica no início da década de 1970, com a criação das centrais de
abastecimento (CEASAS). Estas entidades surgiram com a função de promover e organizar a
produção e comercialização das hortaliças e frutas no Brasil, contribuindo de forma
expressiva para a expansão da olericultura nacional, incluindo a melancia, que se espalhou por
todos os estados brasileiros (FONTES e VILELA, 2003).
Atualmente, são plantadas e comercializadas várias cultivares no Brasil. A seguir é
apresentado, de forma resumida, as características das principais cultivares de melancia
plantadas no país (MIRANDA et al. 1997).
Crimson Sweet - apresenta resistência à antracnose, murcha de fusarium e ao transporte. O
formado dos frutos vai do globular ao globular-alongado com peso médio de 11 a 14 kg,
possui casca rajada. O início da colheita varia entre 80 a 90 dias.
Charleston Gray - apresenta resistência à antracnose, murcha de fusarium sendo susceptível
à podridão apical. Os frutos são cilíndricos com peso médio de 8 a 15 kg, possui casca verde
clara. O início da colheita varia entre 70 a 80 dias.
Congo - apresenta resistência à antracnose. Os frutos são oblongos com peso médio de 15 a
18 kg, possui casca verde-escura. O início da colheita varia entre 70 a 80 dias.
Esmeralda - apresenta resistência às principais doenças e possui alto teor de açúcar. Os frutos
são globulares com peso médio de 10 a 11 kg, possui casca verde-escura.
Fairfax - resistente à antracnose e murcha de fusarium e susceptibilidade à podridão apical.
Frutos cilíndricos, peso entre 13 e 18 kg, casca rajada. A colheita varia entre 80 a 90 dias.
Híbrida Tiffanny - resistente ao transporte, alta conservação pós-colheita; sem sementes,
necessário plantio de doador de pólen de ciclo curto. Os frutos são globulares com peso médio
entre 6 a 12 kg, possui casca verde com estrias escuras.
Híbrida Madera - apresenta resistência ao transporte, baixo índice de frutos pequenos,
resistente à antracnose e fusarium da raça 1. Os frutos são oblongos com peso médio de 12 a
18 kg, a casca é verde listrada. O início da colheita é precoce.
Híbrido Rubi AG-08 - resistente às doenças de campo. Os frutos são globulares, peso médio
variando de 10 a 12 kg, a casca é verde-clara. O início da colheita fica entre 70 a 80 dias.
Pérola - resistente ao transporte, baixo índice de frutos pequenos e alta prolificidade. Os
frutos são globulares com peso médio de 10 a 15 kg, a casca é verde-clara. O início da
colheita varia entre 80 a 90 dias após a semeadura.
2.2.1. Produção e importância econômica
A ocorrência de mudanças nos padrões de demanda dos consumidores, acompanhadas
por progresso tecnológico, tem permitido o crescimento do mercado de frutas à taxas
superiores aos demais produtos alimentares. Também, de se ressaltar o crescimento da
renda dos consumidores nos últimos anos, tanto nos países desenvolvidos quanto nos em
desenvolvimento. Neste contexto, a cultura da melancia tem se destacado no cenário nacional,
constituindo-se em produto de exportação, com amplas possibilidades de crescimento em
mercados distintos, configurando-se num relevante papel socioeconômico (AGUIAR e
SANTOS, 2001). Atualmente, o Brasil é o quarto produtor de melancia com 2,21% da
produção mundial (Tabela 5), atrás da China (82,61%), Turquia (4,55%) e Iran (2,57%).
TABELA 5 - Principais países produtores de melancia.
País Produção (ton.)
China 69.000.000
Turquia 3.800.000
Iran 2.150.000
Brasil 1.850.000
Estados Unidos 1.718.920
Egito 1.500.000
México 970.055
Rússia 960.000
Coréia 850.000
Espanha 724.900
Total 83.523.875
Fonte: FAO (2007)
No período entre 2001 e 2006, a produção de melancia no Brasil aumentou 231%,
passando de 600.000 ton. para 1.985.478 ton. No mesmo período, a exportação cresceu 110%,
passando de 14.457 ton. para 30.333 ton. A exportação representa aproximadamente 1,52% da
produção nacional (Tabela 6), volume considerado muito baixo se comparado ao melão que
em 2006 foram produzidas 500.021 ton. e exportada 109.339 ton., representando 21% da
produção nacional.
TABELA 6 - Produção e exportação de melancia no Brasil em 1.000 ton. entre 2001 e
2006.
Melancia 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Produção 600,000 1.491,000 1.905,801 1.719,392 1.637,308 1.985,478
Exportação 13,698 12,251 16,364 16,143 22,531 30,333
Fonte: IBRAF (2007)
A região Centro-Oeste apresentou a menor área de produção de melancia no Brasil
(6.536 hectares) no ano agrícola de 2005, com produção de 190.998 ton. Porém, respondeu
com a maior produtividade 29,2 ton. ha
-1
. A região Norte com a terceira maior área de
produção apresentou a menor produtividade 8,9 ton. ha
-1
(Tabela 7).
TABELA 7 - Área, produção e produtividade média de melancia por região do Brasil em
2005.
Região Área plantada (ha) Produção (t) Produtividade (t ha
-
1
)
Sul 25.074 547.614 21,8
Sudeste 9.959 252.709 25,3
Nordeste 28.601 455.225 15,9
Norte 14.486 190.762 8,9
Centro-Oeste 6.536 190.998 29,2
Brasil 84.656 1.637.308 19,3
Fonte: (IBGE, 2007; IBRAF, 2007, SEPIN, 2007)
Na Tabela 8 são apresentados os principais estados brasileiros produtores de melancia.
No ano agrícola de 2005, os maiores produtores foram o Rio Grande do Sul com 422.182 ton.,
São Paulo com 198.602 ton., Bahia com 152.176 ton. e Goiás com 112.095 ton. O estado do
Ceará com uma área cultivada de 677 hectares alcançou a maior produtividade nacional com
32,5 ton. ha
-1
(IBGE, 2007; IBRAF, 2007; SEPIN, 2007).
TABELA 8 - Produção brasileira de melancia por Estado em 2005.
Estados
Área plantada
(ha)
Produção (ton.)
Produtividade kg ha
-1
Rio grande do Sul 19.513
422.182
21.635
São Paulo 7.687
198.602
25.836
Bahia 11.998
152.176
12.683
Goiás 4.015
112.095
27.919
Tocantins 3.109
92.051
29.607
Pernambuco 4.219
80.626
19.110
Rio Grande do Norte 4.108
80.317
14.663
Paraná 3.575
79.212
22.157
Mato Grosso 1.983
64.212
32.381
Pará 2.780
60.719
21.841
Piauí 1.926
53.706
27.884
Minas Gerais 2.020
52.535
26.007
Santa Catarina 1.986
46.220
23.272
Maranhão 4.143
35.537
8.577
Ceará 677
22.065
32.592
Sergipe 741
16.890
22.793
Amazonas 6.625
15.674
2.365
Mato Grosso do Sul 536
14.652
27.335
Rondônia 492
9.100
18.495
Paraíba 367
7.570
20.626
Roraima 816
6.513
7.981
Alagoas 422
6.338
15.018
Acre 392
5.560
14.183
Rio de Janeiro 252
1.572
6.238
Amapá 272
1.145
4.209
Distrito Federal 2
39
19.500
Total 84.656
1.637.308
19.420
Fonte:IBGE/ IBRAF/SEPIN, (2007)
No ano agrícola de 2005 foram vários os municípios goianos produtores de melancia,
sendo Uruana o que apresentou a maior área de cultivo (1.000 ha
-1
) e também a maior
produção (25.000 ton.). A maior produtividade foi alcançada no município de Porangatu com
40 ton. ha
-1
(Tabela 9) (IBGE. Elaboração: SEPLAN-GO e SEPIN (2007).
TABELA 9 - Área plantada, produção e produtividade de melancia. Goiás, 2005.
Municípios
Área plantada
(ha)
Produção (ton.)
Produtividade kg ha
-1
Uruana 1.000
25.000
25.000
Jaraguá 500
15.000
30.000
Rio Verde 400
12.000
30.000
São Miguel do Araguaia 280
8.400
30.000
Morrinhos 220
7.700
35.000
Mairipotaba 200
6.000
30.000
Porangatu 150
6.000
40.000
Carmo do Rio Verde 200
5.000
25.000
Itapuranga 180
4.500
25.000
Pontalina 150
4.500
30.000
Rianápolis 120
3.000
25.000
Itapaci 100
2.500
25.000
Santa Isabel 80
2.000
25.000
Ceres 60
1.500
25.000
Iaciara 60
1.500
25.000
Rialma 60
1.200
20.000
Piracanjuba 40
1.200
30.000
piranga de Goiás 40
1.000
25.000
Nova Glória 40
1.000
25.000
Mundo Novo 40
800
20.000
Uruaçu 30
660
22.000
Pilar de Goiás 24
600
25.000
Edealina 20
600
30.000
ESTADO DE GOIÁS 3.994
111.660
26.608
Fonte: IBGE. Elaboração: SEPLAN-GO (2007) (SEPIN-Gerência de Estatística, 2007)
2.2.2. Características fisiológicas da melancieira
As cucurbitáceas apresentam germinação epigeal, cujos cotilédones têm a dupla
função de fornecer substâncias de reserva e fotoassimilados para o crescimento e o
estabelecimento da plântula (BISOGNIN et al. 2004).
A melancieira em sua forma silvestre produz frutos globulares e pequenos, diâmetro
médio de 0,12 m. É uma planta anual herbácea, de porte rasteiro ou trepador, ramas longas,
limbo foliar profundamente recortado, gavinhas que auxiliam na fixação da planta. Sistema
radicular extenso e muito ramificado, mais desenvolvido no sentido horizontal, concentrando-
se nos primeiros 0,3 m de solo (ALVARENGA e RESENDE, 2002; ALMEIDA, 2007).
O hábito de florescimento é monóico. As flores femininas apresentam-se em número
menor. Sem estímulo, propiciado pela polinização natural ou artificial, o fruto não se
desenvolve. O fruto é uma baga suculenta cheia com um mínimo de mesocarpo, apresentando
formato globular ou alongado e, as cultivares preferidas pelo consumidor possuem polpa
vermelha (FILGUEIRA, 2003).
2.2.3. Composição nutricional da melancia
A melancia é um fruto composto basicamente de água (cerca de 97%), com sabor
adocicado. O fruto é diurético, auxiliando no tratamento de problemas urinários, além de ser
indicado para problemas intestinais e respiratórios (AZEVEDO et al., 2005).
A riqueza dos frutos de melancia em água e açúcares é importante fator de qualidade.
Na melancia, a cor vermelha da polpa é devido ao licopeno, um carotenóide que não é
precursor da vitamina A, mas possui importantes propriedades antioxidantes. A melancia,
entre as oleráceas, é a espécie que apresenta menor quantidade de proteína e riboflavina,
porém, possui alto teor de citrulina (precursor do aminoácido arginina) é fonte de pró-
vitamina A e das vitaminas C e do complexo B, além de sais minerais como cálcio, fósforo e
ferro (Tabela 10). Por ser muito hidratante e diurética, elimina resíduos do aparelho digestivo
e funciona como laxante. Nas cultivares de polpa vermelha, assumem importância o potássio,
magnésio, fósforo e o cálcio, estando os demais constituintes como sódio, manganês, zinco,
cobre e ferro presentes em menor quantidade. Vale ressaltar o baixo valor calórico podendo
ser especialmente recomendada para dietas de baixo valor energético (MORI, 1996).
TABELA 10 - Composição nutricional em 100 g da polpa de melancia cv. Crimson Sweet.
Componente Valores Componente Valores
Umidade (%) 90,79 Frutose (%) 2,86
Glucose (%) 1,80 Sacarose (%) 2,07
Açucares totais (%) 6,73 Açucares redutores (%) 4,66
Cinzas (%) 0,30 Proteínas (%) 0,71
Lipídeos (%) 0,036 Fibra (%) 0,14
Pectina (%) 0,0095 Acidez total (%) 14,60
Sólidos solúveis (
o
Brix) 9,4 pH 5,35
Licopeno (mg) 4,12 Calorias (Kcal) 30,08
Fonte: Mori (1996)
2.2.4. Crescimento e desenvolvimento da melancieira
A cultura da melancia apresenta quatro estádios de desenvolvimento (Figura 1), sendo
o primeiro compreendido entre a germinação e o início do crescimento das ramas, o segundo
estende-
se do início da ramificação até a frutificação, o terceiro abrange desde a frutificação
até o início da maturação d
frutos. A cultura pode ser estabelecida utilizando
mudas. O plantio direto no sulco ou cova é efetuado colocando
As mudas podem ser produzidas utilizando
conta danos ao sistema radicular no mo
ser escolhido de acordo com as características da cultivar e finalidade da produção de frutos
sendo os mais utilizados: 3,0 m x 0,8 m, 2,0 m x 1,0 e 2,5 m x 1,0 m
FIGURA 01
. Estádios de desenvolvimento da cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007.
O
crescimento das plantas depende da conversão da energia luminosa em energia
química, cuja intensidade é proporcional à interceptação e captura da luz pelo dossel da
planta. A análise de crescimento é tida como método
b
iológica de uma cultura, permitindo o estudo de diferentes cultivares de uma determinada
espécie em seu ambiente de produção. O crescimento é avaliado por meio das variações em
tamanho, de algum aspecto da planta, geralmente morfológico, isso evidencia que
crescimento está baseada no fato de que 90% da
fotossintética, sendo que esta passa a ser componente fisiológico de maior importância neste
tipo de estudo. Uma das maneiras de avaliar o desenvolvime
Estádio inicial
Estádio frutificação
se do início da ramificação até a frutificação, o terceiro abrange desde a frutificação
até o início da maturação d
os frutos e o estádio final
vai do início da maturação à colheita dos
frutos. A cultura pode ser estabelecida utilizando
-se a
semeadura direta ou transplantio
mudas. O plantio direto no sulco ou cova é efetuado colocando
-
se de 3 a 4 sementes por vez.
As mudas podem ser produzidas utilizando
-
se de diversos materiais, devendo ser levado em
conta danos ao sistema radicular no mo
mento do transplantio. O espaçamento de cultivo deve
ser escolhido de acordo com as características da cultivar e finalidade da produção de frutos
sendo os mais utilizados: 3,0 m x 0,8 m, 2,0 m x 1,0 e 2,5 m x 1,0 m
(
FILGUEIRA
. Estádios de desenvolvimento da cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007.
crescimento das plantas depende da conversão da energia luminosa em energia
química, cuja intensidade é proporcional à interceptação e captura da luz pelo dossel da
planta. A análise de crescimento é tida como método
-
padrão para se medir a produtividade
iológica de uma cultura, permitindo o estudo de diferentes cultivares de uma determinada
espécie em seu ambiente de produção. O crescimento é avaliado por meio das variações em
tamanho, de algum aspecto da planta, geralmente morfológico, isso evidencia que
crescimento está baseada no fato de que 90% da
matéria seca acumulada resulta
fotossintética, sendo que esta passa a ser componente fisiológico de maior importância neste
tipo de estudo. Uma das maneiras de avaliar o desenvolvime
nto das plantas é através do
Estádio vegetat
ivo
Estádio maturação
se do início da ramificação até a frutificação, o terceiro abrange desde a frutificação
vai do início da maturação à colheita dos
semeadura direta ou transplantio
de
se de 3 a 4 sementes por vez.
se de diversos materiais, devendo ser levado em
mento do transplantio. O espaçamento de cultivo deve
ser escolhido de acordo com as características da cultivar e finalidade da produção de frutos
FILGUEIRA
, 2003).
. Estádios de desenvolvimento da cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007.
crescimento das plantas depende da conversão da energia luminosa em energia
química, cuja intensidade é proporcional à interceptação e captura da luz pelo dossel da
padrão para se medir a produtividade
iológica de uma cultura, permitindo o estudo de diferentes cultivares de uma determinada
espécie em seu ambiente de produção. O crescimento é avaliado por meio das variações em
tamanho, de algum aspecto da planta, geralmente morfológico, isso evidencia que
a análise de
matéria seca acumulada resulta
da atividade
fotossintética, sendo que esta passa a ser componente fisiológico de maior importância neste
nto das plantas é através do
índice de área foliar, pois, a capacidade fotossintética de uma planta depende da interceptação
da radiação solar que por sua vez se relaciona com o índice de área foliar (GOMES, 2007).
As diferentes espécies de cucurbitáceas apresentam desenvolvimento similar, tanto da
parte aérea quanto do sistema radicular. O hipocótilo eleva os cotilédones acima do vel do
solo. Os cotilédones com este tipo de germinação têm a dupla função de fornecer substâncias
de reserva e fotoassimilados para o crescimento e o estabelecimento da plântula.
Imediatamente após a emergência, os cotilédones iniciam uma fase de alta taxa de expansão,
determinada pelo aumento do tamanho. Como todas as estruturas de reserva estão localizadas
acima da superfície do solo, as plântulas destas espécies não se estabelecem caso os tecidos
cotiledonares sejam totalmente removidos (NELSON e LARSON, 1984).
A expansão dos cotilédones, produção de clorofila e presença de estômatos funcionais
são adaptações que possibilitam a produção de fotoassimilados para sustentar o crescimento
inicial e o estabelecimento das plântulas. As cucurbitáceas dependem das reservas da semente
somente até a emergência, sendo o posterior crescimento e desenvolvimento dependente da
atividade fotossintética das folhas cotiledonares, hipocótilos e raízes, em detrimento das
folhas verdadeiras. Isto traz vantagens adaptativas em relação às espécies com cotilédones
somente com função de reserva, por não exigir uma rápida emissão de folhas verdadeiras para
iniciar a produção de fotoassimilados. A função fotossintética das folhas cotiledonares,
associada ao retardo do aparecimento de folhas verdadeiras, é determinante para o
crescimento inicial e o estabelecimento das plântulas de cucurbitáceas. A uniformidade de um
adequado estande de plantas é fundamental para aumentar o rendimento de frutas de alto valor
comercial (PENNY et al., 1976).
Os resultados de experimentos desenvolvidos por Bisognin et al. (2004), estudando a
dependência cotiledonar em cucurbitáceas, mostram claramente que danos às folhas
cotiledonares, dependendo da espécie, da época e da intensidade, podem afetar drasticamente
o crescimento inicial e até mesmo levar ao não estabelecimento das plântulas. Também, a taxa
de crescimento inicial e o tempo necessário até atingir o equilíbrio entre área total e
cotiledonar não são indicativos do nível de dependência das plântulas em relação às folhas
cotiledonares para todas as espécies de cucurbitáceas.
O conhecimento da relação entre características de crescimento e desenvolvimento da
planta com os componentes do rendimento dos genótipos é determinante para a definição de
um tipo de planta mais produtiva. Também, a produtividade da cultura é definida pela
interação da planta com o ambiente de cultivo e o manejo. Altos rendimentos somente são
obtidos quando as condições ambientais são favoráveis em todos os estágios de crescimento
(GOMES, 2007). Peixoto e Mendonça (1997), avaliando o comportamento de nove cultivares
de melancia em Jataí-GO e Anápolis-GO, encontraram diferenças significativas entre as
cultivares avaliadas. Os componentes de desenvolvimento, produtividade e suscetibilidade às
doenças mostraram-se distintos (Tabela 11).
TABELA 11 - Produtividade de fruto comercial, em ton. ha
-
1
, Jataí 1990 e Anápolis 1991.
Cultivares Jataí Anápolis
Nova Yamato - 53,070
Pérola - 51,110
Fairfax 26,690 40,143
Sunshade - 30,737
Congo - 29,680
Sugarlee - 26,363
Charleston Gray 27,500 24,403
Crimson Sweet 29,120 21,700
0maru 17,430 -
Fonte: Peixoto e Mendonça (1997)
2.2.5. Condições climáticas
O clima exerce influência em todos os estágios dos processos agrícolas, desde o
preparo do solo, semeadura, crescimento das plantas, colheita, armazenamento até o
transporte e comercialização. Assim, dados climáticos disponíveis e confiáveis, são
fundamentais em uma eficaz previsão do desenvolvimento, crescimento e produção das
culturas. Estações meteorológicas automáticas têm sido utilizadas para registrar os elementos
meteorológicos a nível de superfície, de forma precisa, em intervalo de tempo programável,
eliminando erros humanos na leitura de sensores e digitação, evitando perda de dados,
possuindo também, sincronismo de leitura entre vários instrumentos e freqüência de leitura
com intervalos precisos (GOMES, 2007).
Para Schoffel e Volpe (2002), a temperatura é uma dos elementos meteorológicos
mais importantes, afetando não apenas o acúmulo de fitomassa como também, a duração dos
vários estádios de desenvolvimento da espécie, uma vez que, para completar cada sub-período
de desenvolvimento, as plantas necessitam de um determinado acúmulo térmico. A
temperatura do ar tem influência sobre a taxa de crescimento e floração, onde a indução floral
é inibida com temperatura média inferior às exigidas pela cultura.
A melancia é uma cultura megatérmica, sendo muito exigente em luminosidade,
porém, a intensidade luminosa muito alta, provoca murcha e queda de frutos jovens,
amarelecimento e até lesões nos frutos desenvolvidos danificando-os (ALMEIDA, 2007).
O rendimento máximo de uma cultura é determinado, principalmente, por suas
características genéticas e pela adaptação do cultivo ao ambiente predominante. A melancia é
a Cucurbitaceae menos tolerante à temperatura baixa. Exige temperaturas elevadas, tolerando
temperaturas amenas, diurnas e noturnas. Sua sensibilidade é maior nas fases de germinação e
emergência. Dias secos e quentes, proporcionam maior teor de açúcares nos frutos e, portanto,
melhor sabor. Umidade relativa do ar e do solo elevada afetam a qualidade do endocarpo. Sob
clima frio e úmido o sabor torna-se menos acentuado, em virtude da redução no teor de
açucares. Também, deve ser observada a exposição do terreno, evitando-se as faces atingidas
por ventos frios, sujeita a geadas, e aquelas menos iluminadas (FILGUEIRA, 2003).
A melancieira se desenvolve melhor em clima quente e seco, com temperatura do ar
entre 22 e 30°C, produzindo nestas condições frutos de melhor qualidade, alcançando
melhores preços de mercado (AZEVEDO et al., 2005). Para Filgueira (2003), Barreiras - BA
e Uruana GO, maiores regiões produtoras de melancia no Brasil, localizadas em baixas
altitudes e, em virtude do clima altamente propício, inclusive durante o inverno, possibilitam
o plantio de março a julho. No centro-sul, o plantio é efetuado durante a primavera-verão, sob
temperaturas altas, porém, com pluviosidade excessiva, geralmente não produz frutos de boa
qualidade. A semeadura durante o outono, desde que o frio não seja fator limitante, oferece
boas condições climáticas para obter frutos de boa qualidade.
2.2.6. Solo e adubação
A melancieira adapta-se melhor a solos de textura média, leves e bem drenados. Trata-
se de uma das hortaliças mais tolerantes à acidez, produzindo bem na faixa de pH entre 5,0 e
6,2, podendo dispensar a calagem. A aração deve ser pouco profunda, gradagem leve,
evitando-se o polvilhamento do solo. O preparo do solo termina com a abertura de sulcos ou
covas para adubação e plantio (FILGUEIRA, 2003).
Em pesquisas de campo constatou-se que o rendimento da melancia e os teores de Ca,
Al e Mn foram consideravelmente influenciados pelo pH do solo. Com o aumento do pH do
solo para 5,0 e 6,0 pela correção da acidez através da calagem, obteve-se uma redução
significativa de Al e Mn e aumentos de Ca no tecido foliar da melancieira (FARIA, 1998).
A correção do solo deve ser realizada no mínimo 2 meses antes do plantio. Além
disso, recomenda-se realizar pulverizações com cloreto de cálcio a 0,6%, via foliar, com a
finalidade de evitar a podridão estilar ou fundo preto, na fase inicial dos sintomas para
amenizar o problema. A aplicação de nitrato ou sulfato de cálcio no solo, associada à calagem
e gessagem é recomendável (FURLAN, 2007).
A melancieira é uma das cucurbitáceas mais exigentes em nutrientes, destacando-se
por exportar grandes quantidades, acumulados ao longo do ciclo. Por meio da análise dos
frutos, Grangeiro e Cecílio Filho (2004a) verificaram que o híbrido Tide de melancia extraiu
ao final do ciclo, N (139), P (13), K (155), Ca (25), Mg (17) e S (9) kg ha
-1
. Destes, 77% do
N, 82% do P, 76% do K, 17% do Ca, 41% do Mg e 65% do S, foram exportados pelos frutos.
A cultura é bastante exigente em relação à nutrição. O fósforo é o macronutriente cuja
aplicação resulta em maiores produtividades e tamanho dos frutos. O potássio eleva o teor de
açúcares nos frutos conferindo sabor e qualidade. A utilização de esterco de aviário ou curral
é favorável em solos pobres de matéria orgânica (FILGUEIRA, 2003).
2.2.7. Tratos culturais
Para um bom desenvolvimento da cultura da melancia é necessária a execução
de diversos tratos culturais, em época adequada, desde a semeadura até a colheita
(FILGUEIRA, 2003; COSTA et al.,2006). Todas as operações devem ser executadas
cuidadosamente, sendo necessária uma visita diária ao campo de produção que contribuirá
para o incremento da cultura, tais como:
2.2.7.1. Desbaste de plantas
Quando se utiliza do método da semeadura direta, deve ser realizado o desbaste do
excesso de plantas. A operação deve ser efetuada quando as plantas apresentarem 2 - 3 folhas
definitivas, eliminando as plantas mais raquíticas e mantendo-se o número de plantas por cova
pré - estabelecido, de acordo com o espaçamento e a finalidade da produção de frutas. A
eliminação das plantas excedentes deve ser feita por meio de corte, o arranquio (rouguin)
pode provocar danos ao sistema radicular o que é prejudicial às plantas remanescentes.
2.2.7.2. Controle de plantas invasoras
O controle de plantas invasoras é uma das preocupações mais importantes para o
cultivo de melancia, uma vez que competição por luz, nutrientes, água e espaço físico,
como, também, podem abrigar insetos, doenças e nematóides prejudiciais à cultura. As
plantas invasoras reduzem drasticamente o crescimento das plantas de melancia, bem como a
qualidade e a quantidade de frutos comerciais. O controle de plantas invasoras pode ser feito
por meio de cultivos mecânicos utilizando tratores ou tração animal entre as linhas e
manualmente (enxada) entre as plantas, tantas vezes quantas forem necessárias para manter a
cultura sem a competição com as plantas daninhas. Com o desenvolvimento da planta, as
capinas devem ser manuais e localizadas, para evitar o corte ou ferimento das ramas. O uso de
cobertura morta ou plantio sobre palhada reduz o aparecimento de ervas daninhas e favorece a
proteção dos frutos contra a incidência da radiação solar direta sobre os frutos.
2.2.7.3. Adubação de cobertura
A adubação de cobertura deve ser parcelada em três etapas: a primeira sem potássio,
por ocasião da realização do desbaste do excesso de plantas; a segunda no início da floração
incluindo o potássio e a terceira é realizada durante a fase de desenvolvimento dos frutos.
2.2.7.4. Condução das ramas ou penteamento
A condução das ramas ou penteamento consiste em se afastar as ramas para fora dos
sulcos de irrigação (quando for o caso) e das faixas do terreno reservadas ao trânsito. Esta
operação deve ser feita até três vezes antes do vingamento dos frutos. Além de facilitar as
capinas, as pulverizações e a colheita, evita o apodrecimento dos frutos causado pelo contato
com água ou por danos mecânicos. O penteamento, após o vingamento do fruto, deve ser
evitado, pois pode causar o seu desprendimento. É importante planejar o plantio de maneira
que a direção dos ventos facilite o posicionamento das ramas da melancieira, evitando-se,
assim, o desgaste das plantas por sucessivas operações de penteamento.
2.2.7.5. Desbaste dos frutos
Devem ser eliminados todos os frutos defeituosos e com podridão estilar (fundo
preto), pois, além de as plantas direcionarem energia para os frutos que não serão
comercializados, provavelmente a presença dos mesmos inibirá o pegamento de outros frutos.
A redução no número de frutos favorece o tamanho dos frutos remanescentes, bem como a
qualidade, possibilitando a obtenção de melancias com melhor sabor. Recomenda-se evitar o
contato direto dos frutos com o solo, principalmente em épocas chuvosas. Devem-se calçar os
frutos com palha de arroz, capim seco ou similar evitando-se assim o apodrecimento e a
mancha de encosto, o que melhora a cotação do produto no mercado. Outra prática utilizada
para melhorar o formato e a qualidade do fruto é colocar o mesmo na posição vertical quando
estiver com cerca de vinte dias após o vingamento dos frutos.
2.2.7.6. Controle fitossanitário
As cucurbitáceas em geral exigem muita atenção ao aparecimento de pragas e doenças,
em certas ocasiões não se dispensa o controle preventivo principalmente por ocasião de
mudanças bruscas no clima.
O cancro-da-haste e a antracnose são as doenças mais comuns que aparecem na
cultura, possivelmente pelo contato direto das plantas e frutos com o solo. Devem ser
utilizadas sementes livres dos fitopatógenos e aplicação de defensivos agrícolas como os
fungicidas sistêmicos pulverizados nas plantas para controle preventivo ou curativo.
As viroses são um problema para a cultura podendo ocorrer perdas totais. A utilização
de mudas pré-imunizadas com inseticida sistêmico do grupo neonicotinóide pode
proporcionar a colheita em plantas infectadas com vírus.
A depreciação do fruto provocado pelo ataque da mosca-das-frutas é um sério
problema podendo acarretar perdas significativas comprometendo a produção. A mosca-das-
frutas é uma praga primária da cultura da melancia, seu ataque tem início com a frutificação.
O adulto ovoposita no pericarpo e então logo a eclosão dos ovos, as larvas migram para o
interior do fruto provocando lesões, danificando e tornando-os impróprios para consumo.
2.2.7.7. Irrigação
Quando a cultura é praticada no período seco, a irrigação é indispensável, havendo
fases que exigem maior ou menor disponibilidade de água no solo para as plantas. As
melancieiras podem ser irrigadas por diversos sistemas, sendo os mais utilizados, o sulco, a
aspersão e o gotejamento, respectivamente (FILGUEIRA, 2003). Entretanto, Marouelli e
Silva (1998) ressalta que nenhum sistema de irrigação deve ser considerado ideal para todas
as condições e capaz de atender a todos os interesses envolvidos. As vantagens e
desvantagens de cada sistema devem ser consideradas para cada caso específico, de modo a
permitir a seleção daquele mais adequado para atender às necessidades requeridas para uma
determinada condição, devendo ser baseado na viabilidade técnica e econômica do projeto,
através da análise detalhada de fatores físicos, agronômicos e econômicos dentre outros.
Aspersão
A irrigação por aspersão consiste em fornecer água às plantas imitando a chuva,
racionaliza as operações de campo, sendo menos exigente em mão-de-obra e de cil manejo.
Nesse método, a água é conduzida e aplicada às áreas por meio de equipamentos, como
conjunto moto-bomba, tubulações e aspersores (FILGUEIRA, 2003).
Quanto mais grossa for a textura do solo, maior será a vantagem de utilização desse
sistema, pois solos arenosos e franco-arenosos possuem grande capacidade de infiltração de
água, o que ocasiona percolação quando se usa irrigação por superfície. As condições
climáticas como o vento, a umidade relativa do ar e a temperatura são os principais fatores
que limitam o uso da irrigação por aspersão. O vento afeta a uniformidade de distribuição de
água e, juntamente com a temperatura e umidade, influenciam na perda de água por
evaporação e deriva. Para obter uma boa uniformidade de aplicação de água sobre a área
irrigada, os aspersores devem ser espaçados de modo que se obtenha uma superposição entre
os perfis de distribuição de água dos aspersores, ao longo da linha lateral e entre linhas
laterais ao longo da linha principal. A porcentagem de superposição requerida dependerá do
tipo de aspersor e da intensidade do vento na área a ser irrigada (BERNARDO, 2006).
Os sistemas de irrigação que molham a folhagem das plantas favorecem várias
doenças fúngicas e bacterianas na parte aérea, mas podem ter efeito redutor em outras pragas
e doenças (MAROUELLI e SILVA, 1998).
Sulco
A irrigação por sulco caracteriza-se pela aplicação de água numa fração do volume de
solo, explorado pelas raízes das plantas, de forma pontual ou em faixa contínua por meio de
pequenos canais abertos ao longo da superfície do terreno. A derivação de água pode ser feita
por meio de sifões, utilizado em terrenos com declividade inferior a 0,5% ou por tubos
janelados que podem ser usados em terrenos bastante acidentados, uma vez que a condução de
água é feita por meio de tubulações (SOARES e COSTA, 2006).
A irrigação por sulco molha de 30 a 80% da superfície do solo, diminuindo a perda
por evaporação, reduz a formação de crosta na superfície dos solos argilosos, possibilitando
cultivar o solo e realizar colheitas logo após as irrigações. Em virtude de a condução da água
ser feita por meio de sulco, não exigindo tubulações e pressão de serviço, é um dos métodos
que apresentam menor custo de implantação (BERNARDO et al., 2006).
A forma geométrica do sulco tem ação sobre o perfil úmido e na eficiência de
irrigação proporcionada pelo sistema. Sua seção transversal deve ser suficiente para conduzir
a quantidade de água necessária à obtenção de uma distribuição uniforme ao longo do sulco.
A forma mais comum é a do tipo “V”. Por exemplo, um sulco construído com 0,15 0,20 m
de profundidade e 0,25 – 0,30 m de largura, na borda, é suficiente para conduzir vazões de até
3 L s
-1
em terrenos com pouca declividade. Comportas ou sifões são utilizados para manter
uma vazão constante do canal e distribuição (FILGUEIRA, 2003; BERNARDO et al., 2006).
No Brasil, a irrigação por superfície se apresenta em maior porcentagem (33,65%) do
total das áreas cultivadas sob irrigação (BERNARDO et al., 2006). Embora, seja um sistema
que aparentemente tenha menor custo por unidade de área, este sistema apresenta algumas
desvantagens em relação a outros sistemas de irrigação, tais como:
- Operam com baixa eficiência de aplicação Coelho (1986) citado por Bernardo et al.
(2006), estudando a eficiência de irrigação a nível de parcela em projetos de irrigação,
concluiu que a eficiência de aplicação foi de 33% em Bebedouro-PE e 32% em Estreito-BA.
- Salinização os sais solúveis movimentam-se com a frente de umedecimento e tendem a se
concentrar nos pontos mais elevados da superfície do solo inibindo a germinação e causando
prejuízo às plantas sensíveis à salinidade;
- Pode atuar como veículo de disseminação de fungos e bactérias de solo ao longo dos sulcos;
- Sistematização do terreno – necessidade de sistematização em terrenos com topografia
irregular para irrigação por inundação. Para a irrigação por sulco pode-se fazer sulcos
seguindo a curva de nível;
- Mão-de-obra – maior utilização de mão-de-obra por unidade de área produzida;
- Água – maior volume de água por unidade de área irrigada;
- Perdas de solo – a erosão acelerada pode se tornar altamente danosa, em glebas com
topografia acentuada;
- Especialização de mão-de-obra – demanda experiência do irrigante, para distribuir a água do
canal secundário para os sulcos e manter o controle da vazão durante a irrigação.
Gotejamento e microaspersão
O gotejamento é um sistema de irrigação no qual a água é aplicada ao solo,
diretamente sobre a região radicular, em pequenas intensidades, porém, com alta freqüência
(turno de rega reduzido), de modo que mantenha a umidade do solo na zona radicular próxima
à capacidade de campo, ficando a superfície do solo com uma área molhada no formato
circular e seu volume molhado com forma de bulbo. Porém, quando os gotejadores são
próximos uns dos outros, forma-se uma faixa molhada contínua (BERNARDO et al., 2006).
A irrigação por gotejamento teve sua origem na Inglaterra, porém, somente com o
surgimento dos PVCs na década de 1960, é que esse sistema se apresentou como tecnologia
comercialmente viável nos Estados Unidos e Israel. No Brasil, a sua difusão surgiu somente
na década de 1970 (ROBERTS, 1999).
A irrigação por microaspersão caracteriza-se pela aplicação da água e defensivos,
numa fração do volume de solo explorado pelas raízes das plantas, de forma circular ou em
faixa contínua molhando uma pequena fração de volume do solo (SOARES e COSTA, 2006).
Para Bernardo et al. (2006), dentre as principais vantagens da irrigação por
microaspersão e gotejamento em relação a outros sistemas estão:
- Maior eficiência no uso da água permite melhor controle da lâmina de água aplicada.
Diminui perdas por percolação, não há escoamento superficial e maior eficiência de irrigação;
- Maior eficiência na adubação permite a fertirrigacão e, em razão de concentrar o sistema
radicular da cultura no bulbo ou faixa molhada, facilita a aplicação do adubo;
- Não interfere nas práticas culturais como a irrigação por gotejamento não molha toda a
faixa entre as fileiras, pode-se fazer várias operações em conjunto com as irrigações, o que é
uma grande vantagem, principalmente no cultivo de árvores frutíferas;
- Adaptação à diferentes tipos de solos e topografia – podem ser utilizados mesmo em
terrenos irregulares e acidentados;
- Economia de mão-de-obra por se tratar de sistemas fixos, grande economia de mão-de-
obra quando comparados com sistemas convencionais de irrigação por aspersão e sulco.
Como desvantagens da utilização dos sistemas de irrigação por gotejamento e sulco
podem ser descritos o aparecimento de pragas na parte aérea das plantas como os ácaros,
pulgões e mosca-branca (MAROUELLI e SILVA, 1998).
2.2.7.8. Colheita e classificação
Em condições térmicas ótimas, ou seja, temperaturas entre 15 e 20°C durante a noite e
20 e 30°C durante o dia, o fruto pode atingir 50% de seu peso final nos primeiros 15 dias após
a antese, atingindo a maturação completa de 35 a 50 dias, dependendo, também, para tanto, de
outros fatores como as condições de cultivo e cultivar utilizada (COSTA et al., 2006).
A colheita deve ser realizada preferencialmente pela manhã, deixando-se os frutos à
sombra até a realização do transporte. Os frutos devem ser colhidos com estádio de maturação
completo, utilizando-se de indícios práticos que auxiliam na sua identificação. Assim, além do
ciclo da cultivar, o secamento da gavinha mais próxima do fruto, a mudança da cor branca
que evolui para creme na superfície do fruto em contato com o solo e a resistência pela
pressão efetuada com a unha são as mais utilizadas (FILGUEIRA, 2003).
A seleção dos frutos deve ser criteriosa, visando garantir a homogeneidade e qualidade
do produto final sendo realizada com base em critérios como tipo, danos mecânicos, manchas,
ataque de pragas e doenças, dentre outros. A classificação mais utilizada é a que leva em
conta o peso do fruto sendo: frutos grandes (acima de 9 kg), médios (6 a 9 kg) e pequenos
(abaixo de 6 kg). Atualmente, para exportação, a preferência são pelos frutos entre 5 e 7 kg,
no Brasil, a preferência é por frutos grandes, com peso superior a 7 kg, pois são os que
conseguem melhor cotação no mercado (STERZEK, 2007).
2.3. Uniformidade da distribuição de água
O objetivo da irrigação é simular precipitações, de modo que se apliquem
uniformemente sobre a área a ser cultivada uma quantidade de água preestabelecida. O teste
de uniformidade consiste em colocar coletores em uma malha de pontos ou na linha lateral. O
volume coletado em cada pluviômetro representa a precipitação em cada subárea. Existem
diferentes coeficientes para expressar a uniformidade de aplicação de um sistema de irrigação,
sendo o coeficiente de Christiansen, proposto por J.E. Christiansen (1942), o coeficiente de
uniformidade de distribuição recomendado pelo serviço de Conservação do Solo dos Estados
Unidos (Equações 01 e 02) e o coeficiente estático de uniformidade (Equação 03), proposto
por Wilcox e Swailes (BERNARDO et al., 2006).
CUC = 1-
|
Li
Lm
|
N
i=1
N x Lm
100 01
em que: CUC – coeficiente de uniformidade de Christiansen (%);
N – número de coletores;
Li – lâmina coletada no ponto “i” (mm);
Lm – lâmina média de todas as observações (mm).
Considerando-se que os dados de precipitação seguem uma distribuição normal, o
CUC pode ser estimado por.
CUC =
lm
Lm
100 02
em que: lm - lâmina média de 50% das precipitações com menores valores, ou seja, média da
menor mediana.
O Coeficiente da Uniformidade de Distribuição (CUD) é dado pela Equação 03.
CUD =
Lq
Lm
100 03
em que: Lq - média de 25% das observações com menores valores, ou seja, a média do menor
quartil;
Lm - média de todas as observações.
2.4. Eficiência de aplicação de água
A eficiência de um sistema de irrigação é definida por Bernardo et al. (2006), como a
relação entre a quantidade de água armazenada no sistema radicular e a quantidade
totalderivada da fonte. Sendo que, na realidade, o coeficiente de uniformidade, e,
conseqüentemente, a eficiência de distribuição reflete a perda de água por percolação, uma
vez que a lâmina de água aplicada deve ser suficiente para irrigar adequadamente de 80 a 90%
da área, conforme o valor comercial da cultura.
2.5. Lâminas de irrigação aplicadas na cultura da melancia
A água é um dos principais insumos que limitam, o rendimento da cultura, reduzindo a
eficiência do sistema de produção agrícola (ANDRADE JÚNIOR et al.,2001).
A melancia é uma espécie exigente em disponibilidade hídrica no solo para não
comprometer o desenvolvimento dos frutos. Assim, durante a fase de estabelecimento da
cultura que ocorre até o aparecimento das ramas, deve-se irrigar moderadamente. A fase
seguinte do início da ramificação até a frutificação, requer mais água; a deficiência hídrica
retarda o desenvolvimento da planta. A próxima fase, que vai da frutificação até o início da
maturação dos frutos, é a etapa de maior exigência em disponibilidade hídrica no solo
próximo as raízes, cerca de 90% de água disponível para a planta. Nesta fase, a deficiência
hídrica diminui o ganho em peso e volume dos frutos. Na fase final, do início da maturação
até a colheita, o fornecimento de água deve ser reduzido paulatinamente. A suspensão total da
irrigação próximo a colheita, contribui para melhorar o sabor e prevenir podridões e
anomalias fisiológicas (FILGUEIRA, 2003).
A exigência hídrica na cultura da melancia, isto é, o volume de água requerido pela
cultura é dependente do ciclo da cultivar estabelecida, das condições climáticas e do sistema
de irrigação utilizado (MAROUELLI e ANDRADE JÚNIOR, 2007).
Para Andrade Júnior et al. (2001), a função de resposta da cultura da melancia à água
constitui-se no elemento básico utilizado nos estudos econômicos relativos ao planejamento
da irrigação, uma vez que esta cultura apresenta comportamento produtivo diferenciado em
razão da quantidade e freqüência de irrigação durante seu ciclo fenológico. Ressalta também,
a importância da água, que deve ser considerada no planejamento da irrigação, uma vez que é
necessária a otimização dos recursos hídricos disponíveis visando à maximização da receita
líquida por unidade de volume de água aplicado.
Teodoro et al. (2002) avaliaram diferentes lâminas de irrigação aplicadas por
gotejamento sobre a produção e qualidade dos frutos de melancia, em Uberlândia-MG,
utilizando a cultivar Crimson Sweet, com duas plantas por cova e condução de dois frutos por
planta. As lâminas de irrigação foram aplicadas baseadas na porcentagem da evaporação no
tanque “Classe A” (ECA). Constataram diferenças significativas entre as lâminas aplicadas
sendo que o maior comprimento dos frutos (0,26 m) e a maior produção (44,96 ton. ha
-1
)
foram obtidos com a aplicação da lâmina de irrigação de 120% da ECA e, nos tratamentos
com menores lâminas de irrigação, os valores diminuíram sensivelmente.
Resultado semelhante foi obtido por Azevedo et al. (2005), estudando o efeito dos
níveis de irrigação (25, 50, 75, 100 e 125%) baseados na evaporação do tanque “Classe-A”,
na cultura da melancia, na Empresa Frutacor, localizada na Chapada do Apodi, em Limoeiro
do Norte-CE. Concluíram que houve diferenças significativas entre os níveis de irrigação
aplicados na cultura, obtendo maior produtividade com 125% da ECA.
Soares et al. (2002) estudando o efeito de níveis de irrigação e adubação na cultura da
melancia, irrigada por sulcos retos e em declive, na Fazenda Experimental do Vale do Curu-
CE, obtiveram produtividade máxima de 64,9 ton. ha
-1
com aplicação de uma lâmina de 227,3
mm concluindo que as lâminas de irrigação influenciaram decisivamente na produtividade.
Peixoto e Mendonça (1997) avaliaram 9 cultivares de melancia em Anápolis-GO e
Jataí-GO, entre elas a cultivar Crimson Sweet, utilizando o sistema de irrigação por aspersão.
Obtiveram menor produtividade 21,7 ton. ha
-1
em Anápolis-GO e maior 29,12 ton. ha
-1
em
Jataí-GO para a cv. Crimson Sweet entre as cultivares avaliadas.
Simsek et al. (2004) estudaram o efeito de 4 níveis de irrigação, como sendo a razão da
água de irrigação/evaporação cumulativa do tanque classe-A (IW/CPE): 1,25 (I
125
), 1,00
(I
100
), 0,75 (I
75
), e 0,50 (I
50
), na cultura da melancia cv. Crimson Tide F1, aplicados por
gotejamento no semi-árido de Sanliurfa, Turquia, no ano de 2002 e 2003. Obtiveram
produtividades máximas com a aplicação da lâmina I
125
e redução significativa na
produtividade nas lâminas inferiores.
Erdem et al. (2005) estudaram em Tekirdag, Turquia, os índices de stress de água na
planta da melancia (CWSI) de 0,2; 0,4; 0,6; 0,8 e 1,0 (sem irrigação), correspondendo às
lâminas de irrigação de 342, 280, 248 e 193 mm, respectivamente, aplicadas por gotejamento.
Observaram que os níveis de irrigação afetaram significativamente o rendimento dos frutos
com o tratamento 0,2 da CWSI apresentando a maior produtividade (76,3 ton. ha
-1
). A
máxima eficiência do uso de água pela planta (22,1 kg m
-3
) e a eficiência do uso de água na
irrigação (13,3 kg m
-3
) foram obtidos para 0,6 de CWSI.
2.6. Manejo da irrigação na cultura da melancia
Para Medeiros et al. (1999), vários fatores contribuem para que a produtividade da
cultura não alcance níveis mais satisfatórios, como o manejo da água, fator que limita o
desenvolvimento da agricultura irrigada, compreendendo um conjunto de procedimentos que
devem ser adotados para assegurar o suprimento adequado de água à cultura, durante suas
diferentes fases de desenvolvimento, de forma eficiente e econômica, reduzindo as perdas de
água e nutrientes, porém sem redução do rendimento.
Questões sobre como, quando irrigar e quanto de água aplicar para suprir as
necessidades hídricas das plantas devem apresentar respostas para que se obtenha sucesso
com a cultura. Embora, existam inúmeras metodologias para o manejo racional da irrigação, é
bastante comum observar práticas de forma empírica e, na maioria das vezes,
inadequadamente. O baixo índice de dotação de tecnologia apropriada é atribuído a irrigantes
que acreditam que elas são caras, complicadas, trabalhosas e que sua adoção não proporciona
ganhos econômicos (MAROUELLI et al., 2001). De fato, regiões tradicionais em cultivos
irrigados apresentam perdas de solos, nutrientes, recursos hídricos, incidência de pragas e
doenças que também são influenciadas pela irrigação. Tal situação precisa ser revertida para
que num futuro não distante a irrigação tecnificada, esteja entre os elementos mais utilizados
pelo irrigante, contribuindo satisfatoriamente para a sustentabilidade do setor agrícola.
No manejo da irrigação, devem-se considerar os aspectos socioecológicos da região e
procurar maximizar a produtividade e a eficiência do uso da água e minimizar qualquer tipo
de custo, mantendo as condições de umidade e fertilidade do solo. Também, deve-se trabalhar
sempre com o objetivo de no mínimo manter as condições físicas, químicas e biológicas do
solo, pois tais parâmetros afetam a vida útil do projeto. É de suma importância que no projeto
de irrigação não seja considerado apenas a captação e condução de água, ou somente a
aplicação em si, mas sim, uma operação integrada, incluindo, também, a necessidade de
sistematização do solo, medição da vazão, características da cultura irrigada, a equidade na
distribuição da água, as práticas culturais, etc. Deve também ser considerados parâmetros
comuns a todos os sistemas de irrigação, ou seja, quando irrigar, quanto aplicar por irrigação,
uniformidade de aplicação, eficiência de irrigação, etc. (BERNARDO et al., 2006).
Para Azevedo (2002), irrigações bem controladas são aquelas que permitem atender às
exigências da planta sem provocar deficiência ou excesso de água. O acompanhamento das
condições de umidade do solo na profundidade das raízes é uma das formas de se determinar
"o quando" e "o quanto" irrigar.
São vários os métodos de se estabelecer o momento da irrigação e do quanto de água
se deve aplicar, devendo ser utilizado aquele que se expressar melhor, tanto para obtenção de
dados científicos como para os fruticultores que adotarem a irrigação como uma tecnologia
para promover a melhoria da produtividade e qualidade do fruto (COELHO et al., 2000).
No manejo da irrigação, utilizando-se tensiômetros e curva de retenção de água,
estima-se uma economia de água na ordem de 25% a 40% em comparação de quando não se
usa um critério de irrigação para estabelecer o momento das irrigações e a quantidade de água
a ser aplicada (AZEVEDO, 2002).
A quantidade de água necessária à irrigação depende de vários fatores como o clima, a
espécie cultural, natureza e preparo do solo, sistema de irrigação e a habilidade do agricultor
no manejo da água, influindo na percolação, escoamento e na evaporação. A habilidade do
agricultor é fator importante, pois muita perda pode ser evitada se o mesmo souber manejar a
água e aplicá-la convenientemente conforme as exigências das plantas (DAKER, 1976).
A determinação da quantidade de água a ser aplicada pela irrigação depende do
requerido pela cultura a ser explorada nos seus diferentes estádios de desenvolvimento. Vários
tipos de equipamentos de distribuição de água estão disponíveis no mercado atendendo as
mais variadas culturas. Entretanto, deve ser lembrado que a escolha do equipamento ideal leva
em conta não somente a cultura, mas também outros fatores importantes como a relação custo
benefício e a questão ambiental que não pode ser esquecida ou negligenciada, pois, pode
implicar em um custo elevado no balanço final (TESTEZLAF, 2001).
Para Bernardo et al. (2006), o momento e a quantidade de água requerida pela cultura
são dados básicos dos componentes de produção que se deve conhecer para o planejamento
do manejo da irrigação. A questão de quando irrigar é um dos pontos mais importantes,
podendo ser determinado por meio de métodos práticos, observando-se os sintomas de
deficiência de água na planta, uso de instrumentos que medem a disponibilidade de água no
solo e de dados climatológicos coletados em estações meteorológicas.
A distribuição de água durante o ciclo da cultura pode ser por meio do turno de rega
constante ou variável. O turno de rega constante deve ser definido de modo a atender somente
parte da demanda evapotranspirométrica (70 a 80%), no período de maior requerimento de
água pela cultura. O restante da demanda é suprido pela capacidade da planta de retirar água
das camadas mais profundas do solo ou das precipitações pluviométricas ocorridas no período
de cultivo. O turno de rega variável permite adequar a irrigação às diferentes fases do
desenvolvimento vegetativo da cultura, bem como a variação da demanda
evapotranspirométrica ao longo do ciclo da cultura. Uma distribuição regular e moderada da
água durante o ciclo vital da cultura, evitando que o solo fique muito seco ou com excesso de
umidade, conduz a maiores produções. Na melancieira destinada à produção de frutos, a
suspensão da irrigação por ocasião do amadurecimento proporciona a colheita de fruto mais
saboroso. Ao contrário, a umidade excessiva impede a formação e concentração de açúcares,
provoca rachaduras e podridões (DAKER, 1976; BERNARDO et al., 2006).
Qualquer planejamento e operação de um projeto de irrigação em que se vise à
máxima produção e à boa qualidade do produto requerem conhecimentos interespecíficos e
manejo da irrigação. A quantidade de água evapotranspirada depende principalmente da
planta, do solo e do clima, de modo que a quantidade varia com a extensão da área coberta
pelo vegetal e com as estações climáticas do ano, ou seja, as necessidades hídricas aumentam
à medida que as plantas crescem em razão do incremento da taxa de transpiração através das
folhas (AZEVEDO, 2002; BERNARDO et al., 2006).
A adoção de técnicas de manejo conservacionista é de fundamental importância para a
sustentabilidade, de tal forma que se possa, economicamente, manter ao longo do tempo
qualidade e quantidade de recursos hídricos suficientes para a manutenção de níveis
satisfatórios de produtividade. Em regiões em que, durante parte do ano, as condições de
temperatura e de radiação solar são suficientes para a produção agrícola, mas existe déficit
hídrico importante, a adoção de técnicas conjugadas de plantio direto e de irrigações, tem-se
mostrado promissora, sob o ponto de vista de melhor explorar o solo e também sob o aspecto
conservacionista. Existem várias metodologias e critérios para estabelecer programas de
irrigação, que vão desde simples turnos de rega à completos esquemas de integração do
sistema solo-água-planta-atmosfera. Entretanto, devem ser fornecidas técnicas simples, mas
com precisão suficiente para possibilitar a determinação criteriosa do momento e da
quantidade de água a ser aplicada pelo agricultor (LOPES et al., 2004).
São vários os métodos de se estabelecer o momento da irrigação e do quanto de água a
aplicar sendo: turno de rega calculado, medidas do teor ou estado energético da água no solo,
medidas nas plantas, balanço de água na zona radicular e instrumentos de evaporação. O
importante é adequá-lo de maneira que facilite a sua aplicação e otimização garantindo, assim,
maior economia e produtividade equilibrada (COELHO et al., 2000).
A medida da tensão de água no solo com uso do tensiômetro é indicada para controle
das irrigações pelas possibilidades de extrapolação de dados que oferece, como por exemplo é
possível saber se o solo está suficientemente seco para iniciar as irrigações e avaliar a
efetividade da incorporação da água pelas irrigações e pela estreita relação que demonstra
com os índices de produtividade (AZEVEDO, 2002).
A aplicação de água na melancieira é realizada de forma desordenada, sendo raro os
produtores que fazem uso de indicadores da necessidade hídrica, como por exemplo a
utilização de tensiômetros e tanque “classe A”, além da grande variação na dotação de rega
para a cultura, com lâminas fixas do início até o final do ciclo de desenvolvimento da cultura.
As eficiências de aplicação da irrigação na melancieira são baixas, causando consumo
excessivo de água, com grande possibilidade de encharcamento ou de elevação do nível do
lençol freático, fatores que afetam negativamente a produção (SANTOS, 2004).
Soares et al. (2002) estudando o efeito de níveis de irrigação e adubação nitrogenada
na cultura da melancia, na Fazenda Experimental do Vale do Curu-CE, utilizando
tensiômetros para indicar o momento das irrigações obtiveram produtividade máxima de 64
ton. ha
-1
com aplicação de uma lâmina de 227,3 mm e redução nas lâminas menores.
A determinação das necessidades hídricas da cultura é essencial de modo a permitir a
manifestação de seu potencial produtivo. Assim, para um planejamento racional das irrigações
é de fundamental importância o conhecimento da evapotranspiração da cultura durante os
estádios de desenvolvimento. Ferreira (1990) irrigando melancia por sulcos no município de
Pentecoste-CE, encontrou um coeficiente de cultura médio de 0,96 para o ciclo total da
cultura; Bezerra e Oliveira (1999) encontraram os seguintes coeficientes da cultura da
melancia: 0,36 no estádio inicial, 0,67 no estádio vegetativo, 1,18 no estádio de frutificação e
1,08 no estádio de maturação; Doorenbos e Kassam (2000) apresentaram os coeficientes da
cultura médios, nos seguintes estádios de desenvolvimento: inicial 0,4 – 0,5; no estádio
vegetativo, 0,7 0,8; no estádio frutificação 0,95 1,05; no estádio maturação 0,80 0,90 e
na colheita, 0,65 – 0,75 e Marouelli et al. (2001): 0,4 no estádio inicial, 0,7 no estádio
vegetativo, 1,0 no estádio de maturação e 0,75 no estádio final.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Local e época da realização do experimento
O trabalho de campo foi desenvolvido na Fazenda Experimental da Agência Goiana de
Desenvolvimento Rural e Fundiário (AGENCIARURAL-GO), situada às margens da BR 060,
Km 121, Anápolis-GO, no período de 02 de agosto de 2007 a 19 de novembro de 2007.
A área experimental está situada a 1.012 m de altitude, 16º 22’ 25” de latitude Sul e
48º 53’ 08” de longitude Oeste. A declividade média da área experimental é de 7,3%. O clima
da região, de acordo com a classificação de Köppen, é do tipo Aw, temperaturas moderadas
com verões quentes e chuvosos (O CLIMA BRASILEIRO, 2007). As normais climatológicas
do município de acordo com Vaz et al. (1987), como valores médio mensais do período entre
1968 e 1977 são apresentados na Tabela 12, sendo a temperatura média anual de 20,6 ºC,
mínima de 8,4ºC e máxima de 31,4ºC e a precipitação média de 1.340,40 mm.
TABELA 12 – Médias climatológicas da região de Anápolis-GO entre 1968 e 1977.
Período Fotoperíodo
(h)
Precipitação
(mm)
Dias com
precipitação
Temperatura
máxima (
o
C)
Temperatura
mínima (
o
C)
janeiro 12,56 233,80 18 29,7 14,4
fevereiro 12,36 180,70 17 29,5 14,8
março 12,10 230,40 17 29,9 14,8
abril 11,42 146,60 12 29,1 12,1
maio 11,19 32,90 4 27,9 8,9
junho 11,07 6,60 2 27,3 8,4
agosto 11,32 7,10 1 30,1 9,2
setembro 11,57 50,50 7 31,4 11,3
outubro 12,25 201,70 14 30,7 12,4
novembro 12,49 250,10 19 29,6 15,0
Fonte: Vaz et al. (1987).
3.2. Solo
O solo da área experimental é do tipo Latossolo vermelho-amarelo, textura média
(EMBRAPA, 1999). São solos formados pelo processo de latolização, ou seja, consistem
basicamente na remoção da sílica e das bases do perfil após a ocorrência do intemperismo dos
minerais primários constituintes. São solos minerais, não-hidromorficos, profundos (> 2 m),
horizonte B muito espesso (> 0,50 m) com seqüência de horizontes A, B e C pouco
diferenciados. Apresentam estrutura granular muito pequena, são macios quando secos e
altamente friáveis quando úmidos, apresentam pouca fertilidade natural e grande percolação
de água no perfil, associada à baixa capacidade de troca catiônica, podendo lixiviar nutrientes
com facilidade e suscetíveis à erosão, requerendo manejo cuidadoso (CORREIA et al., 2004).
3.2.1. Características físico-hídricas do solo
Para a caracterização físico-hídrica do solo, coletaram-se amostras indeformadas e
deformadas, no sistema de caminhamento em zigue-zague pelo terreno. As análises foram
realizadas no Laboratório de Análises Agronômicas da AGENCIARURAL-GO, localizado na
Estação Experimental em Senador Canêdo-GO.
As amostras indeformadas, num total de quatro, foram coletadas na profundidade de
0,10 m, no sentido vertical, com anéis cilíndricos medindo 100 cm
3
de volume, utilizadas para
construção da curva característica de retenção de água no solo. No laboratório, as amostras
indeformadas, foram saturadas por 48 horas e submetidas a potenciais de 10, 30, 100, 300 e
1500 kPa, utilizando-se do método da panela de Richards. A curva característica de retenção
de água no solo obtida é apresentada na Figura 02, sendo que a umidade média na capacidade
de campo (Cc) foi de 39,2% (10 kPa) e no ponto de murchamento (Pm) de 26,8% (1500 kPa).
FIGURA 02. Curva característica de retenção de água do solo. Anápolis, UEG, 2007.
1
10
100
1000
10000
27 29 32 36 39
Umidade (% em volume)
Tensão (kPa)
Pm
Cc
Coletaram-
se amostras em quatro locais dentro da área
amostra composta deformada com auxílio de um trado, a 0,10 m de profundidade para
determinação da densidade do solo, pelo método do balão volumétrico, obtendo
a 1,37 g cm
-3
de solo.
Para determinação da textura do
profundidade com auxílio de um trado e transformadas em uma amostra composta. Na
determinação da textura do solo foram utilizados os métodos descritos pelo Serviço Nacional
de Levantamento e
Conservação d
dados obtidos, a textura do solo apresentou 45% de areia, 29% de silte e 26% de argila.
Para determinação da taxa de infiltração da água no solo, utilizou
infiltrômetro de anel e metodologi
anéis, um medindo 0,3 m de altura e 0,25 m de diâmetro e outro 0,2 m de altura e 0,50 m de
diâmetro,
instalados concentricamente, na vertical, e enterrados a 0,15 m
FIGURA 03.
Ensaio para determinação da taxa de infiltração de água no solo
UEG, 2007.
Colocou-
se água ao mesmo tempo nos dois anéis, formando uma lâmina de 0,05 m
medida por meio de uma régua instalada na parede lateral do cilindro central. O nível
no anel externo foi sempre mantido igual ou próximo à lâmina inicial por meio de reposições
constantes de água. No ensaio, no anel interno, permitiram
no máximo 0,02 m
para reposição
diminuiu, as lâminas de água foram repostas com intervalos de tempos pr
De acordo com os resultados do ensaio, a taxa de infiltração básica da água no solo
de realização do experimento
se amostras em quatro locais dentro da área
experimental formando uma
amostra composta deformada com auxílio de um trado, a 0,10 m de profundidade para
determinação da densidade do solo, pelo método do balão volumétrico, obtendo
Para determinação da textura do
solo foram coletadas 20 amostras simples a 0,2 m de
profundidade com auxílio de um trado e transformadas em uma amostra composta. Na
determinação da textura do solo foram utilizados os métodos descritos pelo Serviço Nacional
Conservação d
e Solos (SNLCS-Embrapa-
RJ, 1979). De acordo com os
dados obtidos, a textura do solo apresentou 45% de areia, 29% de silte e 26% de argila.
Para determinação da taxa de infiltração da água no solo, utilizou
infiltrômetro de anel e metodologi
a descrita por Bernardo et al. (2006). Foram utilizados dois
anéis, um medindo 0,3 m de altura e 0,25 m de diâmetro e outro 0,2 m de altura e 0,50 m de
instalados concentricamente, na vertical, e enterrados a 0,15 m
Ensaio para determinação da taxa de infiltração de água no solo
se água ao mesmo tempo nos dois anéis, formando uma lâmina de 0,05 m
medida por meio de uma régua instalada na parede lateral do cilindro central. O nível
no anel externo foi sempre mantido igual ou próximo à lâmina inicial por meio de reposições
constantes de água. No ensaio, no anel interno, permitiram
-
se oscilações
para reposição
. Quando a velocidade de infil
tração da água no solo
diminuiu, as lâminas de água foram repostas com intervalos de tempos pr
De acordo com os resultados do ensaio, a taxa de infiltração básica da água no solo
de realização do experimento
foi de 48 mm h
-1
(Figura 04).
experimental formando uma
amostra composta deformada com auxílio de um trado, a 0,10 m de profundidade para
determinação da densidade do solo, pelo método do balão volumétrico, obtendo
-se valor igual
solo foram coletadas 20 amostras simples a 0,2 m de
profundidade com auxílio de um trado e transformadas em uma amostra composta. Na
determinação da textura do solo foram utilizados os métodos descritos pelo Serviço Nacional
RJ, 1979). De acordo com os
dados obtidos, a textura do solo apresentou 45% de areia, 29% de silte e 26% de argila.
Para determinação da taxa de infiltração da água no solo, utilizou
-se o método do
a descrita por Bernardo et al. (2006). Foram utilizados dois
anéis, um medindo 0,3 m de altura e 0,25 m de diâmetro e outro 0,2 m de altura e 0,50 m de
instalados concentricamente, na vertical, e enterrados a 0,15 m
no solo (Figura 03).
Ensaio para determinação da taxa de infiltração de água no solo
. Anápolis,
se água ao mesmo tempo nos dois anéis, formando uma lâmina de 0,05 m
medida por meio de uma régua instalada na parede lateral do cilindro central. O nível
da água
no anel externo foi sempre mantido igual ou próximo à lâmina inicial por meio de reposições
se oscilações
da lâmina de água de
tração da água no solo
diminuiu, as lâminas de água foram repostas com intervalos de tempos pr
é-fixados e maiores.
De acordo com os resultados do ensaio, a taxa de infiltração básica da água no solo
do local
FIGURA 04. Curva da taxa de infiltração de água no solo em função do tempo. Anápolis,
UEG, 2007.
3.2.2. Características químicas do solo
Para levantamento de dados das características químicas do solo, foram coletadas 20
amostras simples de solo na profundidade de 0 - 0,2 m, no sistema de caminhamento em
zigue-zague as quais, posteriormente, foram transformadas em uma amostra composta. Para a
coleta das amostras utilizaram-se trado, enxada, balde e sacos plásticos. Realizou-se nos
Laboratórios de Análises Agronômicas da AGENCIARURAL-GO e SOLOCRIA Laboratório
Agropecuário Ltda, localizados em Goiânia-GO, a quantificação dos teores de Alumínio (Al),
Cálcio e Magnésio (Ca + Mg), Potássio (K), Fósforo (P), Enxofre (S), Hidrogênio (H),
Matéria Orgânica (Mat. Org.), Carbono (C), Cobre (Cu), Zinco (Zn), Boro (B), Molibidênio
(Mo), Soma de bases (SB), Capacidade de Troca Catiônica (CTC), Saturação de Bases,
Saturação de Alumínio, Ferro (Fe), Manganês (Mn), Sódio (Na) e Cobalto (Co), sendo os
dados obtidos apresentados na Tabela 13.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
240
260
280
300
4 19 39 69 114 159 219 279 339 409 484 559
Tempo acumulado (min.)
Velocidade de infiltração (mm h
-1
)
VIB
TABELA 13 -
Resultados da análise química do solo
Anápolis, 2007.
Elementos Unidade
pH H
2
O -
Al
meq 100 cm
Ca + Mg
meq 100 cm
K mg dm
-
3
P mg dm
-
3
S mg dm
-
3
H + Al
meq 100 cm
M.O %
C %
Cu mg dm
-
3
Zn mg dm
-
3
B mg dm
-
3
Mo mg dm
-
3
Metodologia de extração: Manual de métodos de análises de solos. SNLCS
1979.
3.3.
Condições agrometeorológicas
Os dados climatológicos foram obtidos em estação meteorológica modelo
“Groweather” da Agrosystem Comércio, Importação e
da área experimental (Figura 05
foram a evapotranspiração potencial de referência
d
-1
), temperatura (
o
C), umidade relativa
do vento (m s
-1
). A estação meteorológica foi programada para coletar e registrar as
informações com uma freqüência ou intervalo de tempo a cada 30 minutos.
FIGURA 05.
Estação meteorológica da Estação Experimental da AGENCIARURAL
Anápolis, UEG, 2007.
Resultados da análise química do solo
utilizado para o cultivo da melancia.
Valor Elementos
Unidade
5,10 Soma bases
meq 100 cm
meq 100 cm
-
3
0,00 CTC
meq 100 cm
meq 100 cm
-
3
2,80 Sat. bases %
68,00 Saturação Al %
5,00 Ca+Mg/CTC %
4,90 K/CTC %
meq 100 cm
-
3
3,50 Al/CTC %
2,60 H/CTC %
2,82 Fe mg dm
-
3,70 Mn mg dm
-
1,70 Na mg dm
-
0,15 Co mg dm
-
0,09
Metodologia de extração: Manual de métodos de análises de solos. SNLCS
Condições agrometeorológicas
Os dados climatológicos foram obtidos em estação meteorológica modelo
“Groweather” da Agrosystem Comércio, Importação e
Exportação Ltd
da área experimental (Figura 05
). Os elementos climatológicos determinado
foram a evapotranspiração potencial de referência
- ETo (mm d
-1
), precipitação pluvial (mm
C), umidade relativa
do ar (%), radiação solar
global
). A estação meteorológica foi programada para coletar e registrar as
informações com uma freqüência ou intervalo de tempo a cada 30 minutos.
Estação meteorológica da Estação Experimental da AGENCIARURAL
utilizado para o cultivo da melancia.
Unidade
Valor
meq 100 cm
-
3
4,02
meq 100 cm
-
3
6,48
45,97
0,00
43,21
2,62
0,00
54,01
-
3
48,60
-
3
9,00
-
3
2,00
-
3
0,07
Metodologia de extração: Manual de métodos de análises de solos. SNLCS
– EMBRAPA-RJ,
Os dados climatológicos foram obtidos em estação meteorológica modelo
Exportação Ltd
a., localizada a 500 m
). Os elementos climatológicos determinado
s diariamente
), precipitação pluvial (mm
global
(MJ m
-2
) e velocidade
). A estação meteorológica foi programada para coletar e registrar as
informações com uma freqüência ou intervalo de tempo a cada 30 minutos.
Estação meteorológica da Estação Experimental da AGENCIARURAL
.
A estação meteorológica utilizada para coleta de dados, calcula automaticamente a
evapotranspiração potencial de referência-ETo, utilizando a equação de Penmam-Monteith
(Equação 04), recomendada pela FAO como método-padrão para a estimativa da ETo. Este
método, além de considerar os aspectos aerodinâmicos e termodinâmicos, inclui na sua
dedução a resistência ao fluxo de calor sensível e vapor da água e a resistência da superfície à
transferência de vapor da água (ALLEN et al., 1998).
0,408 (Rn – G) + (900/T + 273) U
2
(e
s
– e
a
)
ETo = 04
∆ + λ(1 + 0,34 U
2
)
em que:
ETo = evapotranspiração de referência, em mm d
-1
;
Rn = saldo de radiação solar à superfície, em MJ m
-2
d
-1
;
G = fluxo de calor no solo, em MJ m
-2
d
-1
;
T = temperatura do ar a 2 m de altura, em
o
C;
U
2
= velocidade do vento à altura de 2 m, em m s
-1
;
e
s
= pressão de saturação de vapor, em kPa;
e
a
= pressão de vapor atual do ar, em kPa;
(e
s
– e
a
) = défict de pressão de vapor, em kPa;
∆ = declividade da curva de pressão de vapor de saturação, em kPa
o
C
-1
;
λ
= constante psicrométrica, em kPa
o
C
-1
.
3.4. Características da cultivar avaliada
A cultivar avaliada foi a Crimson Sweet (Figura 06), de origem norte-americana,
produz frutos com casca rajada, de coloração verde-clara e verde-escura, peso médio variando
de 10 - 13 kg, são globular - alongados e polpa de boa qualidade. Em geral, a planta produz
ramas que podem ultrapassar 3 m de comprimento, folhas com limbo foliar profundamente
recortado e sistema radicular extenso no sentido horizontal, concentrando-se na camada de
solo de até 0,3 m. É uma cultivar pouco tolerante a baixas temperaturas sendo tipicamente de
clima quente, suportando temperaturas amenas (FILGUEIRA, 2003).
FIGURA 06.
Cultivar de melancia, Crimson Sweet
3.5.
Implantação e condução do experimento
3.5.1. Preparo do solo
O preparo do solo para implantação do experimento consis
cruzadas, nivel
amento e abertura de
entre sulcos de
2 m para a adubação
3.5.2. Adubação de pré-
plantio e cobertura
Os resultados da análise do solo (Tabela 13)
para os macro e micronutrientes analisados sendo necessária a cor
plantio e de cobertura
, as quais foram
estabelecida pela Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais
aproximação (FILGUEIRA et al.
A correção foi realizada em 21 de julho de 2007 utilizando
(filler cal) com PRNT de 95%, na dosagem de 2,2 t
experimento e incorporado a 0,2 m de profundidade com grade ar
saturação de bases para 60%.
Na adubação de pré
longo da linha de plantio, aplicando
(P
2
O
5
), 36 kg ha
-1
de potássio (K
micronutrientes por meio do formulado
seguinte forma: aplicaram
-
Cultivar de melancia, Crimson Sweet
. Anápolis, UEG,
2007.
Implantação e condução do experimento
O preparo do solo para implantação do experimento consis
tiu de duas gradagens
amento e abertura de
sulcos medindo
0,2 m de profundidade
2 m para a adubação
e transplantio das mudas de melancia
plantio e cobertura
Os resultados da análise do solo (Tabela 13)
demonstraram deficiências nutricionais
para os macro e micronutrientes analisados sendo necessária a cor
reção, adubação de pré
, as quais foram
realizadas seguindo as recomendações de adubação
estabelecida pela Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais
aproximação (FILGUEIRA et al.
(1999) e a metodologia descrita po
r Filgueira (20
A correção foi realizada em 21 de julho de 2007 utilizando
-
se o calcáreo dolomítico
(filler cal) com PRNT de 95%, na dosagem de 2,2 t
on. ha
-1
, distribuída a lanço na área do
experimento e incorporado a 0,2 m de profundidade com grade ar
saturação de bases para 60%.
Na adubação de pré
-
plantio, os minerais foram distribuídos dentro do sulco, abertos ao
longo da linha de plantio, aplicando
-se 48 kg ha
-1
de nitrogênio (N), 160 kg ha
de potássio (K
2
O) por meio do formulado 05-
25
micronutrientes por meio do formulado
- FTE BR 12 e 10 ton. ha
-1
de esterco de bovinos, da
-
se o total da dosagem recomendada do fósforo, micronutrientes e
2007.
tiu de duas gradagens
0,2 m de profundidade
com espaçamento
e transplantio das mudas de melancia
.
demonstraram deficiências nutricionais
reção, adubação de pré
-
realizadas seguindo as recomendações de adubação
estabelecida pela Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais
r Filgueira (20
03).
se o calcáreo dolomítico
, distribuída a lanço na área do
experimento e incorporado a 0,2 m de profundidade com grade ar
adora para elevar a
plantio, os minerais foram distribuídos dentro do sulco, abertos ao
de nitrogênio (N), 160 kg ha
-1
de fósforo
25
-15, 30 kg ha
-1
de
de esterco de bovinos, da
se o total da dosagem recomendada do fósforo, micronutrientes e
da adubaçã
o orgânica, mais 40% do nitrogênio e 30% do potássio, no dia 02 de agosto de
2007 (20 dias de antecedência ao transplantio).
Nas adubações de cobertura via solo os nutrie
ao redor da planta (Figura 07), e
etapas, com
a primeira sem a presença de potássio realizada aos 10 dias após o transplantio
(DAT), a segunda contendo potássio, no início do florescimento aos 45 DAT e a terceira por
ocasião do desenvolvimento
(N) e 84 kg ha
-1
de potássio (K
amônio ((NH
4
)
2
SO
4
) e como fonte de potássio
A adubação foliar foi realiz
adubação complementar,
potássio (18%), cálcio (2%), magnésio (2,5%), enxofre (5%), boro (1,5%), cobre (0,5%), ferro
(0,1%), manganês (0,5
%), molibi
realizada
aos 20 DAT aplicando
para propiciar desenvolvimento mais regular das plantas.
FIGURA 07.
Detalhe da adubação em cobertura aplicada sobre o solo
3.5.3. Semeadura e transplantio
O espaçamento de cultivo adotado foi de 1,5 m entre plantas e 2,0 m
Semearam-
se 4 sementes em cada copo plástico com volume de 200 ml no dia 02 de agosto
de 2007, preenchidos com 1/3 de solo, 1/3 de vermiculita, 1/3 de composto orgânico.
o orgânica, mais 40% do nitrogênio e 30% do potássio, no dia 02 de agosto de
2007 (20 dias de antecedência ao transplantio).
Nas adubações de cobertura via solo os nutrie
ntes foram distr
ibuídos a lanço a
ao redor da planta (Figura 07), e
em seguida
incorporados ao solo sendo
a primeira sem a presença de potássio realizada aos 10 dias após o transplantio
(DAT), a segunda contendo potássio, no início do florescimento aos 45 DAT e a terceira por
ocasião do desenvolvimento
dos frutos aos 60 DAT. Foram aplicados 72 kg ha
de potássio (K
2
O). Utilizaram-
se como fonte de nitrogênio o sulfato de
) e como fonte de potássio
o cloreto de potássio (KCl
A adubação foliar foi realiz
ada por meio de duas
pulverizações sobre as plantas, como
adubação complementar,
utilizando-se um
a mistura de nitrogênio (5%), fósforo (12%),
potássio (18%), cálcio (2%), magnésio (2,5%), enxofre (5%), boro (1,5%), cobre (0,5%), ferro
%), molibi
dênio (0,2%) e zinco (4%). A
primeira
aos 20 DAT aplicando
-se 3 kg ha
-1
e a segunda aos 40 DAT
utilizando
para propiciar desenvolvimento mais regular das plantas.
Detalhe da adubação em cobertura aplicada sobre o solo
. Anápolis, UEG, 2007.
3.5.3. Semeadura e transplantio
O espaçamento de cultivo adotado foi de 1,5 m entre plantas e 2,0 m
se 4 sementes em cada copo plástico com volume de 200 ml no dia 02 de agosto
de 2007, preenchidos com 1/3 de solo, 1/3 de vermiculita, 1/3 de composto orgânico.
o orgânica, mais 40% do nitrogênio e 30% do potássio, no dia 02 de agosto de
ibuídos a lanço a
0,10 m
incorporados ao solo sendo
parcelados em três
a primeira sem a presença de potássio realizada aos 10 dias após o transplantio
(DAT), a segunda contendo potássio, no início do florescimento aos 45 DAT e a terceira por
dos frutos aos 60 DAT. Foram aplicados 72 kg ha
-1
de nitrogênio
se como fonte de nitrogênio o sulfato de
o cloreto de potássio (KCl
2
).
pulverizações sobre as plantas, como
a mistura de nitrogênio (5%), fósforo (12%),
potássio (18%), cálcio (2%), magnésio (2,5%), enxofre (5%), boro (1,5%), cobre (0,5%), ferro
primeira
adubação foi
utilizando
-se 4 kg ha
-1
,
. Anápolis, UEG, 2007.
O espaçamento de cultivo adotado foi de 1,5 m entre plantas e 2,0 m
entre linhas.
se 4 sementes em cada copo plástico com volume de 200 ml no dia 02 de agosto
de 2007, preenchidos com 1/3 de solo, 1/3 de vermiculita, 1/3 de composto orgânico.
Considerou-
se como germinação quando, aproximadamente, 50% das plântulas
haviam emerg
ido o que ocorreu 8 dias após a semeadura. As mudas permaneceram em uma
estufa até o transplantio (Figura 08), realizado 20 dias após a semeadura.
Realizou-
se tratamento preventivo das mudas ao
Imidacloprido, objetivando imun
O desbaste foi realizado quando as plantas apresentavam 2 folhas definitivas, deixando
2 plantas por cova.
FIGURA 08.
Estufa com mudas de melancia
3.5.4.
Delineamento experimental
Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados, no esquema fatorial 3 x 4, com
quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por três sistemas de irrigação, sendo:
microaspersão, gotejamento e sulco, em combinação com 4
100% e 125% da evapotranspiração da cultura
para identificação em campo, sendo: T1
lâminas de irrigação: L1 -
50, L2
composta por três linhas de plantas, totalizando 24 plantas, sendo 2 por cova, tendo como
plantas úteis as 4 plantas centrais de cada linha num total de 12 plantas úteis por tratamento.
A área utilizada para
em 48 unidades experimentais de 6 m x 4 m. As unidades experimentais ficaram separadas
por 2 m nas laterais e 3 m no sentido do comprimento (
se como germinação quando, aproximadamente, 50% das plântulas
ido o que ocorreu 8 dias após a semeadura. As mudas permaneceram em uma
estufa até o transplantio (Figura 08), realizado 20 dias após a semeadura.
se tratamento preventivo das mudas ao
s 10 dias após a semeadura com
Imidacloprido, objetivando imun
izar
as plantas contra possíveis viroses.
O desbaste foi realizado quando as plantas apresentavam 2 folhas definitivas, deixando
Estufa com mudas de melancia
. Anápolis, UEG, 2007.
Delineamento experimental
Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados, no esquema fatorial 3 x 4, com
quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por três sistemas de irrigação, sendo:
microaspersão, gotejamento e sulco, em combinação com 4
lâminas de irrigação: 50%, 75%,
100% e 125% da evapotranspiração da cultura
-
ETc. Os tratamentos receberam codificações
para identificação em campo, sendo: T1
- microaspersão, T2 -
gotejamento e T3
50, L2
- 75, L3 - 100 e L4 -
125%. Cada unidade experimental foi
composta por três linhas de plantas, totalizando 24 plantas, sendo 2 por cova, tendo como
plantas úteis as 4 plantas centrais de cada linha num total de 12 plantas úteis por tratamento.
A área utilizada para
instalação dos experimentos apresentava 70 m x 36 m, divididos
em 48 unidades experimentais de 6 m x 4 m. As unidades experimentais ficaram separadas
por 2 m nas laterais e 3 m no sentido do comprimento (
Figura 09).
se como germinação quando, aproximadamente, 50% das plântulas
ido o que ocorreu 8 dias após a semeadura. As mudas permaneceram em uma
estufa até o transplantio (Figura 08), realizado 20 dias após a semeadura.
s 10 dias após a semeadura com
as plantas contra possíveis viroses.
O desbaste foi realizado quando as plantas apresentavam 2 folhas definitivas, deixando
Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados, no esquema fatorial 3 x 4, com
quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por três sistemas de irrigação, sendo:
lâminas de irrigação: 50%, 75%,
ETc. Os tratamentos receberam codificações
gotejamento e T3
- sulco e as
125%. Cada unidade experimental foi
composta por três linhas de plantas, totalizando 24 plantas, sendo 2 por cova, tendo como
plantas úteis as 4 plantas centrais de cada linha num total de 12 plantas úteis por tratamento.
instalação dos experimentos apresentava 70 m x 36 m, divididos
em 48 unidades experimentais de 6 m x 4 m. As unidades experimentais ficaram separadas
FIGURA 09.
Diagrama do
2007.
Notas:
Vermelho = 50%; verde = 75%; Alaranjado = 100% e preto = 125% da ETc
3.5.5. Sistema de irrigação
Instalou-
se um cabeçal de controle, composto de um hidrômetro para medição do
volume de água aplicado, um filtro de tela de 50 mm e um manômetro com glicerina para
aferição da pressão de serviço (Figura 10). A vazão foi medida individualmente para cada
sis
tema de irrigação utilizado (sulco, microaspersão e gotejamento), porém, não controlado
Diagrama do
delineamento e
xperimental e malha de irrigação
Vermelho = 50%; verde = 75%; Alaranjado = 100% e preto = 125% da ETc
se um cabeçal de controle, composto de um hidrômetro para medição do
volume de água aplicado, um filtro de tela de 50 mm e um manômetro com glicerina para
aferição da pressão de serviço (Figura 10). A vazão foi medida individualmente para cada
tema de irrigação utilizado (sulco, microaspersão e gotejamento), porém, não controlado
xperimental e malha de irrigação
. Anápolis, UEG,
Vermelho = 50%; verde = 75%; Alaranjado = 100% e preto = 125% da ETc
se um cabeçal de controle, composto de um hidrômetro para medição do
volume de água aplicado, um filtro de tela de 50 mm e um manômetro com glicerina para
aferição da pressão de serviço (Figura 10). A vazão foi medida individualmente para cada
tema de irrigação utilizado (sulco, microaspersão e gotejamento), porém, não controlado
para cada repetição dentro de cada tratamento. Utilizou
captada de um córrego e bombeada por um conjunto motobomba de 10 CV.
Foram instaladas 4 linhas principais em tubos de PVC de 50 mm de diâmetro para
alimentação das unidades experimentais (Figura 11). As tubulações porta laterais eram de
tubos de polietileno de 16 mm, conectadas nas saídas dos tubos de 50 mm de diâmetro. Na
entrada de cada unidade experimental instalou
controle da passagem de água e uma tomada de pressão para controle da pressão de serviço.
FIGURA 10.
Cabeçal de controle
FIGURA 11.
Vista parcial da malha de
A descrição detalhada dos sistemas de irrigação utilizados é apresentada a seguir:
Microaspersão
Foram instaladas 2 linhas laterais de 14 mm de diâmetro e 6,0 m
comprimento, com 8 microaspersores espaçados de 1,5 m x 2,0 m, instalados a 0,18 m de
para cada repetição dentro de cada tratamento. Utilizou
-
se água isenta de material orgânico,
captada de um córrego e bombeada por um conjunto motobomba de 10 CV.
Foram instaladas 4 linhas principais em tubos de PVC de 50 mm de diâmetro para
alimentação das unidades experimentais (Figura 11). As tubulações porta laterais eram de
tubos de polietileno de 16 mm, conectadas nas saídas dos tubos de 50 mm de diâmetro. Na
entrada de cada unidade experimental instalou
-
se um registro de esfera de ¾” roscável, para
controle da passagem de água e uma tomada de pressão para controle da pressão de serviço.
Cabeçal de controle
da irrigação. Anápolis, UEG, 2007.
Vista parcial da malha de
irrigação.
Anápolis, UEG, 2007.
A descrição detalhada dos sistemas de irrigação utilizados é apresentada a seguir:
Foram instaladas 2 linhas laterais de 14 mm de diâmetro e 6,0 m
comprimento, com 8 microaspersores espaçados de 1,5 m x 2,0 m, instalados a 0,18 m de
se água isenta de material orgânico,
captada de um córrego e bombeada por um conjunto motobomba de 10 CV.
Foram instaladas 4 linhas principais em tubos de PVC de 50 mm de diâmetro para
alimentação das unidades experimentais (Figura 11). As tubulações porta laterais eram de
tubos de polietileno de 16 mm, conectadas nas saídas dos tubos de 50 mm de diâmetro. Na
se um registro de esfera de ¾” roscável, para
controle da passagem de água e uma tomada de pressão para controle da pressão de serviço.
Anápolis, UEG, 2007.
A descrição detalhada dos sistemas de irrigação utilizados é apresentada a seguir:
Foram instaladas 2 linhas laterais de 14 mm de diâmetro e 6,0 m
de
comprimento, com 8 microaspersores espaçados de 1,5 m x 2,0 m, instalados a 0,18 m de
altura do solo, resultando em uma sobreposição de 50% e área de molhamento total. Utilizou
se microaspersor tipo bailarina com vazão de 37 L h
microaspersor foi disposto de forma que o raio de alcance do jato de água não interferisse nas
parcelas adjacentes.
FIGURA 12.
Sistema de irrigação por microaspersão
Gotejamento Instalou-
se um tubo gotejador
planta
, contendo 10 gotejadores espaçados de 0,5 m e distantes de 0,10 m do da planta,
formando uma área molhada de 3,35 m²/linha. Utilizou
interno de 16 mm e vazão de 2,86 L h
FIGURA 13.
Sistema de irrigação por gotejamento
Sulco -
Foi aberto um sulco para cada
comprimento, 0,15 m
de profundidade e largura na borda de 0,15 m, 0,20 m, 0,25 m e 0,30 m
altura do solo, resultando em uma sobreposição de 50% e área de molhamento total. Utilizou
se microaspersor tipo bailarina com vazão de 37 L h
-1
na pressão de 80 kPa
microaspersor foi disposto de forma que o raio de alcance do jato de água não interferisse nas
Sistema de irrigação por microaspersão
. Anápolis, UEG, 2007.
se um tubo gotejador
de 6,0 m de
comprimento
, contendo 10 gotejadores espaçados de 0,5 m e distantes de 0,10 m do da planta,
formando uma área molhada de 3,35 m²/linha. Utilizou
-
se tubo gotejador com diâmetro
interno de 16 mm e vazão de 2,86 L h
-1
na
pressão de 80 kPa (Figura 13).
Sistema de irrigação por gotejamento
. Anápolis, UEG, 2007.
Foi aberto um sulco para cada
linha de plantio, no formato em
“V” medindo 6,0 m de
de profundidade e largura na borda de 0,15 m, 0,20 m, 0,25 m e 0,30 m
altura do solo, resultando em uma sobreposição de 50% e área de molhamento total. Utilizou
-
na pressão de 80 kPa
(Figura 12). O
microaspersor foi disposto de forma que o raio de alcance do jato de água não interferisse nas
. Anápolis, UEG, 2007.
comprimento
para cada linha de
, contendo 10 gotejadores espaçados de 0,5 m e distantes de 0,10 m do da planta,
se tubo gotejador com diâmetro
pressão de 80 kPa (Figura 13).
. Anápolis, UEG, 2007.
“V” medindo 6,0 m de
de profundidade e largura na borda de 0,15 m, 0,20 m, 0,25 m e 0,30 m
para as lâminas de 50, 75, 100 e 125% da ETc, respectivamente, com desnível de 0,3%, de
forma que a lâmina de água
borda.
Para a condução da água foi instalada uma tubulação de polietileno de 16 mm e um
conector de início de linha, com 16 mm de diâmetro, direcionado para o início de cada sulco.
A medida da vazão de entrada em cada sulco foi efetuada com um balde, com um tempo
20 segundos por coleta, com quatro repetições e aferida com uma proveta com precisão de 1
mL, obtendo uma vazão média de
FIGURA 14.
Sistema de irrigação por superfície tipo sulco
3.5.6.
Uniformidade da distribuição de água
Nos sistemas de irrigação por microaspersão e gotejamento, estimou
de uniformidade de distribuição (CUD), conforme metodologia descrita por Bernardo et al.
(2006). Os ensaios consistiram em distribu
microaspersores e sob os gotejadores, para coleta do volume de água aplicado (Equação 03).
Para a microaspersão foi instalado um conjunto de 36 coletores formando uma malha
de 0,36 m x 0,26 m entre os coletores (Fig
acionado por uma hora, na pressão de serviço de 80 kPa.
gotejamento
foi instalado um coletor sob o primeiro, quarto, sétimo e cimo gotejador de
cada linha (Figura 16).
O sistema perm
serviço de 80 kPa. O volume da água nos coletores foi medido com uma proveta de 1.000 mL,
precisão de 1 mL.
para as lâminas de 50, 75, 100 e 125% da ETc, respectivamente, com desnível de 0,3%, de
forma que a lâmina de água
aplicada
no interior do sulco fosse a mais próxima possível
Para a condução da água foi instalada uma tubulação de polietileno de 16 mm e um
conector de início de linha, com 16 mm de diâmetro, direcionado para o início de cada sulco.
A medida da vazão de entrada em cada sulco foi efetuada com um balde, com um tempo
20 segundos por coleta, com quatro repetições e aferida com uma proveta com precisão de 1
mL, obtendo uma vazão média de
135 L h
-1
por sulco (Figura 14).
Sistema de irrigação por superfície tipo sulco
. Anápolis, UEG, 2007.
Uniformidade da distribuição de água
Nos sistemas de irrigação por microaspersão e gotejamento, estimou
de uniformidade de distribuição (CUD), conforme metodologia descrita por Bernardo et al.
(2006). Os ensaios consistiram em distribu
ir de forma uniforme coletores entre os
microaspersores e sob os gotejadores, para coleta do volume de água aplicado (Equação 03).
Para a microaspersão foi instalado um conjunto de 36 coletores formando uma malha
de 0,36 m x 0,26 m entre os coletores (Fig
ura 15). O sistema de irrigação permaneceu
acionado por uma hora, na pressão de serviço de 80 kPa.
No sistema de irrigação por
foi instalado um coletor sob o primeiro, quarto, sétimo e cimo gotejador de
O sistema perm
aneceu acionado por três minutos, na pressão de
serviço de 80 kPa. O volume da água nos coletores foi medido com uma proveta de 1.000 mL,
para as lâminas de 50, 75, 100 e 125% da ETc, respectivamente, com desnível de 0,3%, de
no interior do sulco fosse a mais próxima possível
da
Para a condução da água foi instalada uma tubulação de polietileno de 16 mm e um
conector de início de linha, com 16 mm de diâmetro, direcionado para o início de cada sulco.
A medida da vazão de entrada em cada sulco foi efetuada com um balde, com um tempo
de
20 segundos por coleta, com quatro repetições e aferida com uma proveta com precisão de 1
. Anápolis, UEG, 2007.
Nos sistemas de irrigação por microaspersão e gotejamento, estimou
-se o coeficiente
de uniformidade de distribuição (CUD), conforme metodologia descrita por Bernardo et al.
ir de forma uniforme coletores entre os
microaspersores e sob os gotejadores, para coleta do volume de água aplicado (Equação 03).
Para a microaspersão foi instalado um conjunto de 36 coletores formando uma malha
ura 15). O sistema de irrigação permaneceu
No sistema de irrigação por
foi instalado um coletor sob o primeiro, quarto, sétimo e cimo gotejador de
aneceu acionado por três minutos, na pressão de
serviço de 80 kPa. O volume da água nos coletores foi medido com uma proveta de 1.000 mL,
FIGURA 15.
Ensaio para determinação do CUD
Anápolis, UEG, 2007.
3.5.7.
Eficiência do sistema de irrigação por sulco
A eficiência de aplicação de água do sistema de irrigação por sulco
conforme
metodologia descrita por Bernardo et al. (2006) (Equações 05, 06 e 07). Foram
obtidas as vazões de entrada, o tempo de avanço e o tempo para a infiltração da lâmina
aplicada em cada sulco, no tratamento com 100% da ETc, com três repetições.
Ti = to + ta
em que:
Ti –
tempo de irrigação (min.);
To –
tempo necessário para infiltração da água (min.);
Ta –
tempo de avanço da lâmina de água (min.
IRN = ETc x Tr 06
em que:
IRN = i
rrigação real necessária (mm);
Tr = Turno de rega (dias);
Ei = (IRN x L) / (Qo x Ti)
0,36 m
m
Ensaio para determinação do CUD
na microaspersã
o (m) e no
Eficiência do sistema de irrigação por sulco
A eficiência de aplicação de água do sistema de irrigação por sulco
metodologia descrita por Bernardo et al. (2006) (Equações 05, 06 e 07). Foram
obtidas as vazões de entrada, o tempo de avanço e o tempo para a infiltração da lâmina
aplicada em cada sulco, no tratamento com 100% da ETc, com três repetições.
tempo de irrigação (min.);
tempo necessário para infiltração da água (min.);
tempo de avanço da lâmina de água (min.
).
IRN = ETc x Tr 06
rrigação real necessária (mm);
Ei = (IRN x L) / (Qo x Ti)
coletor
0,26 m
G
o (m) e no
gotejamento (G).
A eficiência de aplicação de água do sistema de irrigação por sulco
foi determinada
metodologia descrita por Bernardo et al. (2006) (Equações 05, 06 e 07). Foram
obtidas as vazões de entrada, o tempo de avanço e o tempo para a infiltração da lâmina
aplicada em cada sulco, no tratamento com 100% da ETc, com três repetições.
05
IRN = ETc x Tr 06
07
em que:
Ei – eficiência do sistema de irrigação por sulco (%);
L – comprimento do sulco (m);
Q
0
– vazão na entrada do sulco (m
3
min
-1
);
3.6. Lâmina de irrigação
Nos sistemas de irrigação localizada, não é necessário irrigar a área que efetivamente
não esteja sendo explorada pelo sistema radicular, sendo, portanto, possível reduzir esta área
teórica, o que resultará numa economia de água a ser aplicada por planta, havendo, por isso a
necessidade de corrigir a evapotranspiração potencial. Para determinação das lâminas de
irrigação aplicadas nas parcelas experimentais no sistema de irrigação por microaspesão e
gotejamento utilizou-se a metodologia descrita por (BERNARDO et al., 2006). O valor da
ETc foi obtido pela multiplicação da ETo para a microaspersão, gotejamento e para o sulco
pelo coeficiente da cultura (kc) conforme descrito por Marouelli et al. (2001), sendo o valor
de Kc igual a 0,4 na fase inicial, 0,7 na segunda fase, 1,0 na terceira fase e 0,75 para a quarta
fase do ciclo da cultura da melancia (Equações 08 e 09).
ETc = ETo x Kc 08
em que:
ETc = evapotranspiração da cultura (mm dia
-1
);
ETo = evapotranspiração de referência (mm dia
-1
);
Kc = coeficiente da cultura (adimensional).
ETc
corrigida
= ETc x (Pw/100)
1/2
09
em que:
ETc
corrigida
= Evapotranspiração da cultura corrigida conforme o sistema de irrigação (mm);
Pw = fator de ajuste devido à aplicação localizada da água dada em porcentagem da área
molhada ou coberta, prevalecendo a maior (%).
Para determinação da irrigação total necessária ITN no sistema de irrigação por
microaspersão e gotejamento utilizou-se do coeficiente de uniformidade de distribuição
CUD (Equação 10) e no sistema de irrigação por sulco da eficiência de irrigação – Ei
(Equação 11).
ITN =
ETc corrigida x Tr – P
CUD
10
ITN =
ETc corrigida x Tr - P
Ei
11
em que:
ITN = irrigação total necessária (mm);
Tr = Turno de rega (dias);
P = precipitação (mm).
3.7. Manejo da irrigação
Do transplantio das mudas de melancia para o campo até aos 5 DAT foi aplicada
100% da evapotranspiração da cultura - ETc para melhor estabelecimento das plantas. A
partir desta data, iniciou-se a diferenciação das lâminas de irrigação, considerando os valores
de 50, 75, 100 e 125% da ETc, que se estendeu até o final do ciclo da cultura, com interrupção
da irrigação 2 dias antes da colheita, considerando um turno de rega fixo de 2 dias.
As irrigações foram realizadas a partir das 16h, iniciando pelo sistema de irrigação por
gotejamento, seguido pelo sistema de irrigação por sulco e pela microaspersão, devido a
maior interferência do vento e evaporação neste último sistema de irrigação.
No sistema de irrigação por microaspersão a intensidade de aplicação de água foi
obtida pela Equação 12 e o tempo para aplicação de cada lâmina de irrigação pela Equação
13, conforme Bernardo et al. (2006).
IA =
Q
A
12
em que:
IA = intensidade de aplicação de água (mm h
-1
);
Q = vazão (L h
-1
);
A = área molhada (m
2
);
Ti =
60 x ITN
Ia
13
em que:
Ti = tempo de irrigação (min.);
ITN = irrigação total necessária (mm);
Ia = intensidade de aplicação de água pelo sistema (mm h
-1
).
Para o sistema de irrigação por gotejamento (Equações 14 e 15)
Vp = ITN x Sp x Sf 14
em que:
Vp = volume aplicado em cada planta por irrigação (litros);
Sp = espaçamento entre plantas (m);
Sf = espaçamento entre linhas (m).
Ti =
Vp
(NEP x qa)
15
em que:
NEP = número de emissores por planta;
qa = vazão de cada gotejador (L h
-1
).
Na irrigação por sulco a lâmina média aplicada (LIm) foi obtida pela Equação 16
(ANDRADE et al., 1998) e o tempo de irrigação pela Equação 17 (BERNARDO et al. 2006).
LIm =
(Ta x Qo) 60
L x E
16
em que:
LIm = lâmina média de água aplicada no sulco (mm);
Ta = tempo de aplicação de água (min.)
Qo = vazão aplicada ao sulco (L h
-1
);
L = comprimento do sulco (m);
E =
espaçamento entre sulcos (m).
Ti = (ITN x 60) / Llm 17
3.8.
Tensão de água no solo
Para avaliar a tensão de água no solo foram instalados 3 tensiômetros por tratamento a
0,15 m de profundidade sendo 1 tensiômetro por linha de plantio, na metade do comprimento
da linha de irrigação. No sistema de irrigação por gotejamento o tensiômetro fo
0,10 m do da planta e 0,15 m do gotejador. No sistema de micoroaspersão os tensiômetros
foram instalados a 0,10 m do da planta e no sulco a 0,10 do da planta e 0,15 m da borda
superior do sulco. As tensões de água no solo foram obtid
digital de punsão e a umidade obtida na curva de retenção de água pelo solo, sempre antes de
iniciar a irrigação. Estes dados serviram apenas para acompanhar a umidade do solo durante o
experimento e relacionar com as lâmin
3.9.
Manejo e condução da cultura
A cultura foi mantida livre de competição com plantas invasoras até a cobertura total
do solo ou o desenvolvimento total das plantas por meio de capinas manuais (Figura 1
FIGURA 16.
Cultura da melancia livre de plantas invasoras
O desbaste do excesso de plantas foi realizado aos 5 DAT, quando as plantas
apresentaram 2 folhas definitivas, deixando
espaçamento entre sulcos (m).
Ti = (ITN x 60) / Llm 17
Para avaliar a tensão de água no solo foram instalados 3 tensiômetros por tratamento a
0,15 m de profundidade sendo 1 tensiômetro por linha de plantio, na metade do comprimento
da linha de irrigação. No sistema de irrigação por gotejamento o tensiômetro fo
0,10 m do da planta e 0,15 m do gotejador. No sistema de micoroaspersão os tensiômetros
foram instalados a 0,10 m do da planta e no sulco a 0,10 do da planta e 0,15 m da borda
superior do sulco. As tensões de água no solo foram obtid
as diretamente com um tensímetro
digital de punsão e a umidade obtida na curva de retenção de água pelo solo, sempre antes de
iniciar a irrigação. Estes dados serviram apenas para acompanhar a umidade do solo durante o
experimento e relacionar com as lâmin
as aplicadas em função da ETc.
Manejo e condução da cultura
A cultura foi mantida livre de competição com plantas invasoras até a cobertura total
do solo ou o desenvolvimento total das plantas por meio de capinas manuais (Figura 1
Cultura da melancia livre de plantas invasoras
. Anápolis, UEG, 2007.
O desbaste do excesso de plantas foi realizado aos 5 DAT, quando as plantas
apresentaram 2 folhas definitivas, deixando
-
se 2 plantas por cova. Também, foi realizado o
Ti = (ITN x 60) / Llm 17
Para avaliar a tensão de água no solo foram instalados 3 tensiômetros por tratamento a
0,15 m de profundidade sendo 1 tensiômetro por linha de plantio, na metade do comprimento
da linha de irrigação. No sistema de irrigação por gotejamento o tensiômetro fo
i instalado a
0,10 m do da planta e 0,15 m do gotejador. No sistema de micoroaspersão os tensiômetros
foram instalados a 0,10 m do da planta e no sulco a 0,10 do da planta e 0,15 m da borda
as diretamente com um tensímetro
digital de punsão e a umidade obtida na curva de retenção de água pelo solo, sempre antes de
iniciar a irrigação. Estes dados serviram apenas para acompanhar a umidade do solo durante o
A cultura foi mantida livre de competição com plantas invasoras até a cobertura total
do solo ou o desenvolvimento total das plantas por meio de capinas manuais (Figura 1
6).
. Anápolis, UEG, 2007.
O desbaste do excesso de plantas foi realizado aos 5 DAT, quando as plantas
se 2 plantas por cova. Também, foi realizado o
desbaste para controle do número de frutos, deixando-se 2 por planta após o pegamento dos
frutos quando apresentavam aproximadamente 0,05 m de diâmetro.
Foram realizadas penteações das ramas no tratamento sob irrigação por sulco
direcionando as plantas para direções opostas aos sulcos com a finalidade de facilitar as
irrigações e evitar o surgimento de doenças devido ao contato direto com a água.
Para controle fitossanitário, foram adotados o método cultural e o químico. No método
cultural, as armadilhas foram confeccionadas com recipientes plásticos, pintados com tinta de
cor amarela, sendo abertas janelas para entrada dos insetos pragas. As armadilhas foram
distribuídas e fixadas na área experimental a 1 m acima do nível do solo. Como atrativo
utilizou-se suco natural de laranja. As inspeções das armadilhas foram realizadas com
intervalos de 3 dias para verificar a presença de insetos pragas (Figura 17).
No método de controle químico foram aplicados defensivos agrícolas com
pulverizador manual tipo jacto e capacidade de 20 litros, sendo utilizado: Endosulfan: 20 dias
antes do transplantio, pulverizado no sulco de adubação como método preventivo para
controle de Heterodermes tenuis (cupins); Imidacloprido: pulverizado nas mudas aos 3 dias
após a emergência para controle preventivo de pragas e nas plantas adultas aos 4 DAT, contra
o ataque da Bemisia tabaci (mosca branca); aos 35 DAT, pulverizado nas inflorescências para
controle da Frankliniella schultzei (tripes) e Bemisia tabaci (mosca branca); Lambda-
cialotrina: aos 55 DAT pulverizado nas plantas para controle da Bemisia tabaci (mosca
branca); Mancozeb: aos 59 DAT pulverizado nas plantas como método preventivo contra
doenças fúngicas e bacterianas após a ocorrência de precipitação com presença de granizo
(Figura 18); Deltametrina: aos 68 DAT, pulverizado nas plantas e nas frutas para controle de
Diabrotica speciosa sp.(vaquinha-verde), Ceratitis capitata e Anastrepha grandis spp.
(mosca-das-frutas) (Figuras 19 e 20).
Realizaram-se o arranquio (roguing) de plantas infectadas com sinais de viroses.
FIGURA 17. Armadilha para controle
fitossanitário da cultura da
UEG, 2007.
FIGURA 19 - Mosca-das-
frutas
Anápolis, UEG, 2007.
3.10.
Coleta e procedimentos de análises da cultura
As características avaliadas da cultivar foram o crescimento das ramas principais, a
produtividade,
o comprimento e diâmetro dos frutos, peso dos frutos frescos, o teor de sólidos
solúveis (
o
Brix), o teor de água no fruto e a eficiência do uso da água pela planta.
3.10.1.
Avaliação do crescimento da melancieira
A avaliação do desenvolvimento vegetativo foi realizada na ramificação primária de
cada planta útil das unidades experimentais. As medidas foram realizadas semanalmente
FIGURA 17. Armadilha para controle
FIGURA 18. Fruto com danos causado
fitossanitário da cultura da
melancia Anápolis,
por granizo. Anápolis, UEG, 2007.
frutas
Anastrepha G. FIGURA 20 -
Lesão no fruto causado
Anápolis, UEG, 2007.
larva da mosca-das-
frutas
2007.
Coleta e procedimentos de análises da cultura
As características avaliadas da cultivar foram o crescimento das ramas principais, a
o comprimento e diâmetro dos frutos, peso dos frutos frescos, o teor de sólidos
Brix), o teor de água no fruto e a eficiência do uso da água pela planta.
Avaliação do crescimento da melancieira
A avaliação do desenvolvimento vegetativo foi realizada na ramificação primária de
cada planta útil das unidades experimentais. As medidas foram realizadas semanalmente
FIGURA 18. Fruto com danos causado
por granizo. Anápolis, UEG, 2007.
Lesão no fruto causado
pela
frutas
. Anápolis, UEG,
As características avaliadas da cultivar foram o crescimento das ramas principais, a
o comprimento e diâmetro dos frutos, peso dos frutos frescos, o teor de sólidos
Brix), o teor de água no fruto e a eficiência do uso da água pela planta.
A avaliação do desenvolvimento vegetativo foi realizada na ramificação primária de
cada planta útil das unidades experimentais. As medidas foram realizadas semanalmente
utilizando-se uma fita métrica graduada em mm. As medições tiveram início quando 50% das
plantas começaram a emitir suas ramas, persistindo até a última colheita. As medidas foram
tomadas a partir do hepicótilo até o ápice caulinar.
3.10.2. Avaliação da produtividade
Para a determinação da produtividade foram obtidas as medidas de massa fresca dos
frutos colhidos nas 12 plantas úteis de cada unidade experimental.
A colheita foi realizada aos 80, 85 e 90 DAT, quando os frutos apresentaram os sinais
de maturação. Os indicativos de maturação dos frutos utilizados foram o ciclo da cultivar, a
seca da gavinha mais próxima do fruto, a mudança da cor branca para creme da superfície do
fruto em contato com o solo, a resistência à penetração da unha no pericarpo do fruto e o som
oco produzido quando efetuada batidas com os dedos na superfície do fruto.
Para a estimativa da produtividade (kg ha
-1
) foi utilizado os componentes de produção:
massa fresca dos frutos das plantas úteis, número de plantas por hectare e o número de plantas
úteis da unidade experimental (Equação 18).
ma x p
P = 18
n
em que:
P = Produtividade (kg ha
-1
);
ma = massa fresca parcela útil x n. plantas ha
-1
;
p = número de plantas por hectare;
n = número plantas úteis da unidade experimental.
3.10.3. Comprimento e diâmetro dos frutos
Para medir o comprimento e o diâmetro dos frutos foi utilizada uma régua graduada
com precisão de 1 mm. Os frutos foram cortados no sentido do comprimento e em seguida
efetuadas as medidas.
3.10.4.
Características físico
Foram utilizados 12 frutos das plantas úteis de cada tratamento, em três etapas para
caracterização dos frutos. O teor de sólidos solúveis (ºBrix) foi obtido por meio de leitura
direta em refratômetro de campo, capacidade de medição (0
com uma única visada por amostra. As amostras de 50 mL de polpa foram coletadas no
endocarpo do fruto no sentido do interior para o centro do fruto começando na divisa com o
mesocarpo. Como parâmetro da divisa das partes constituintes do fruto, ut
diferenciação das cores. Após a coleta, a polpa era macerada e colocada uma gota no
refratômetro e realizada a leitura.
A avaliação do teor de água nos frutos foi realizada com amostras de 100 g de partes
dos frutos (pericarpo, mesocarpo e en
coleta das amostras a região central do comprimento e diâmetro do fruto. As amostras
permaneceram em estufa a 65 ºC até a estabilidade do peso da massa. A primeira medida
massa
foi realizada após 96
medidas utilizou-
se de balança semi
3.10.5.
Classificação dos frutos
A seleção e classificação dos frutos foram realizadas com base no peso do fruto
vis
ando garantir a homogeneidade e qualidade do produto final, sendo:
kg) e não comerciais (<
6 kg
FIGURA 21.
Frutos comerciais (
Características físico
-químicas
Foram utilizados 12 frutos das plantas úteis de cada tratamento, em três etapas para
caracterização dos frutos. O teor de sólidos solúveis (ºBrix) foi obtido por meio de leitura
direta em refratômetro de campo, capacidade de medição (0
-
32%) com precisão
com uma única visada por amostra. As amostras de 50 mL de polpa foram coletadas no
endocarpo do fruto no sentido do interior para o centro do fruto começando na divisa com o
mesocarpo. Como parâmetro da divisa das partes constituintes do fruto, ut
diferenciação das cores. Após a coleta, a polpa era macerada e colocada uma gota no
refratômetro e realizada a leitura.
A avaliação do teor de água nos frutos foi realizada com amostras de 100 g de partes
dos frutos (pericarpo, mesocarpo e en
docarpo com semente). Utilizou-
se como critério para a
coleta das amostras a região central do comprimento e diâmetro do fruto. As amostras
permaneceram em estufa a 65 ºC até a estabilidade do peso da massa. A primeira medida
foi realizada após 96
h, a segunda com 108h e a terceira a 120h
. Para a realização das
se de balança semi
-analítica com precisão de 0,001 g.
Classificação dos frutos
A seleção e classificação dos frutos foram realizadas com base no peso do fruto
ando garantir a homogeneidade e qualidade do produto final, sendo:
6 kg
) (Figura 21) (STERZEK, 2007).
Frutos comerciais (
≥ 6 kg) e não comerciais (< 6 kg
). Anápolis, UEG, 2007.
Foram utilizados 12 frutos das plantas úteis de cada tratamento, em três etapas para
caracterização dos frutos. O teor de sólidos solúveis (ºBrix) foi obtido por meio de leitura
32%) com precisão
de 0,2%,
com uma única visada por amostra. As amostras de 50 mL de polpa foram coletadas no
endocarpo do fruto no sentido do interior para o centro do fruto começando na divisa com o
mesocarpo. Como parâmetro da divisa das partes constituintes do fruto, ut
ilizou-se da
diferenciação das cores. Após a coleta, a polpa era macerada e colocada uma gota no
A avaliação do teor de água nos frutos foi realizada com amostras de 100 g de partes
se como critério para a
coleta das amostras a região central do comprimento e diâmetro do fruto. As amostras
permaneceram em estufa a 65 ºC até a estabilidade do peso da massa. A primeira medida
da
. Para a realização das
A seleção e classificação dos frutos foram realizadas com base no peso do fruto
ando garantir a homogeneidade e qualidade do produto final, sendo:
frutos comerciais (≥ 6
). Anápolis, UEG, 2007.
3.10.6. Eficiência do uso da água pela planta
A eficiência de uso de água pela cultura (Efa = kg mm
-1
) definida por Mousinho et al.
(2003), como a eficiência de produção, ou seja, a razão entre a produtividade (kg ha
-1
) e a
lâmina total de água aplicada (mm
-1
). Foi realizada com a finalidade de se obter parâmetros da
quantidade de água aplicada e a produção em kilograma de massa fresca do fruto comercial
(Equação 19).
Efa =
P
La
19
em que:
Efa = eficiência no uso da água pela planta (kg mm
-1
);
P = produtividade (kg ha
-1
);
La = lâmina aplicada (mm).
3.11. Análise dos resultados
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e comparação de
médias pelo teste de Tukey e análise de regressão. Para a análise do comportamento das
lâminas em cada sistema de irrigação foi aplicada a análise de regressão onde foram testados
os modelos polinomiais de 1º, e graus. As equações foram escolhidas com base na
significância do coeficiente de regressão a (1 e 5%) de probabilidade pelo teste F e no maior
valor do coeficiente de determinação (R²). Os testes estatísticos foram realizados com auxílio
do programa estatístico ESTAT versão 2.0 (UNESP, 1994).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Elementos agrometeorológicos
Na Tabela 14 são apresentados os valores dos elementos agrometeorológicos obtidos
durante a realização do experimento. A evapotranspiração de referência total foi de 784,6 mm
para um período de cultivo de 88 DAT. Durante a realização do experimento a soma das
precipitações foi de 179,5 mm distribuídas nas distintas fases da cultura, sendo a maior
precipitação diária de 55 mm.
TABELA 14 - Elementos meteorológicos obtidos no período de realização do experimento.
Anápolis, UEG, 2007.
Elementos meteorológicos Unidade
Valor
Total Máxima Mínima
Evapotranspiração de referência mm 784,6 10,0 7,4
Precipitação mm 179,5 55,0 2,0
Temperatura
o
C - 36,0 10,5
Umidade relativa do ar % - 100,0 12,0
Radiação solar MJ m
-
2
2.452 30,9 3,8
Velocidade do vento m s
-
1
- 8,7 3,8
Na Figura 22 é apresentado o comportamento da evapotranspiração de referência -
ETo, do transplantio das mudas até o final do ciclo da cultura. Observa-se que no período
vegetativo a ETo foi maior que no período reprodutivo ficando acima da média de todo o
ciclo de cultivo. Já na fase de reprodução houve uma inversão na maioria dos dias observados,
ou seja, a ETo foi menor que a média do período de cultivo, devido às variações climáticas
durante a realização do experimento.
FIGURA 22. Evapotranspiração de referência obtida do transplantio à última colheita.
Anápolis, UEG, 2007.
A Figura 23 apresenta a distribuição da precipitação ocorrida durante a realização do
experimento. Observa-se que a maior parte das precipitações ocorreu no período reprodutivo
da melancieira, sendo aos 32 DAT (15 mm), aos 51 DAT (55 mm), aos 52 DAT (3 mm), aos
63 DAT (10 mm), aos 65 DAT (7,5 mm), aos 66 DAT (2 mm), aos 69 DAT (25 mm), aos 71
DAT (20 mm), aos 73 DAT (28 mm), aos 75 DAT (8 mm) e aos 77 DAT (6 mm).
FIGURA 23. Precipitações registradas do transplantio à última colheita. Anápolis, UEG,
2007.
6
7
8
9
10
11
12
1 4 7 101316192225283134374043464952555861646770737679828588
dias após o transplantio
Evapotranspiração de referência (mm dia
-1
)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
1 4 7 101316192225283134374043464952555861646770737679828588
dias após o transplantio
Precipitação (mm dia
-1
)
A Figura 24 apresenta a temperatura média diária do ar coletada após o transplantio
das mudas, sendo a média do período de cultivo de 23,50
o
C. A temperatura máxima absoluta
foi de 36
o
C e a mínima foi de 13
o
C. Pode ser observado na Figura 24 que a maioria dos dias
permaneceram com temperatura média acima do mínimo necessário à cultura. No período
reprodutivo os dias em que a temperatura foi abaixo da média ocorreram em dias com
precipitação ou com umidade do ar elevada.
A cultura da melancia necessita de um período com temperaturas médias elevadas em
torno de 22
o
C, pelo menos durante a fase de floração e frutificação, sendo que temperaturas
inferiores a 10ºC provocam o amarelecimento da folhagem e propiciam a produção de frutos
pequenos e deformados (ALMEIDA, 2007).
Para Schoffel e Volpe (2002), a temperatura é uma dos elementos meteorológicos
mais importantes, afetando não apenas o acúmulo de fitomassa como também, a duração dos
vários estádios de desenvolvimento da espécie, uma vez que, para completar cada sub-período
de desenvolvimento, as plantas necessitam de um determinado acúmulo térmico. A
temperatura do ar tem influência sobre a taxa de crescimento e floração, onde a indução floral
é inibida com temperatura média inferior às exigidas pela cultura.
FIGURA 24. Temperatura média do ar registrada do transplantio à última colheita. Anápolis,
UEG, 2007.
A Figura 25 apresenta a umidade relativa do ar durante o cultivo da melancia no
campo, sendo o valor médio de 51,20%. Durante o estádio vegetativo foi de 40,45% e no
reprodutivo de 73,06%, considerada alta para a cultura da melancia, que de acordo com
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
1 4 7 101316192225283134374043464952555861646770737679828588
dias após o transplantio
Temperatura média (
o
C)
Filgueira (2003) a umidade relativa do ar e do solo elevada afetam a qualidade do endocarpo
onde o sabor torna-se menos acentuado, em virtude da redução no teor de açúcar, sendo o
ideal entre 30 e 40%.
FIGURA 25. Umidade relativa do ar média registrada do transplantio à última colheita.
Anápolis, UEG, 2007.
A Figura 26 apresenta a intensidade da radiação solar durante o período de realização
do experimento no campo. Observa-se que no período vegetativo a intensidade da radiação
solar foi mais uniforme o que caracteriza um melhor ambiente de cultivo. no período
reprodutivo houve oscilações com dias de alta e baixa intensidade da radiação solar global.
Este fato, ocorreu em dias com as variaçõess ambientais favoráveis como a umidade relativa
do ar e a ocorrência de precipitações. A melancia é uma cultura megatérmica, sendo muito
exigente em luminosidade, porém, a intensidade luminosa muito alta, provoca murcha e queda
de frutos jovens, escaldadura e até lesões nos frutos desenvolvidos danificando-os e
conseqüentemente tornando-os impróprios para consumo (ALMEIDA, 2007).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1
4
7
10
13
16
19
22
25
28
31
34
37
40
43
46
49
52
55
58
61
64
67
70
73
76
79
82
85
88
dias após o transplantio
Umidade média (%)
FIGURA 26. Radiação solar registrada do transplantio à última colheita. Anápolis, UEG,
2007.
Os elementos climáticos exercem influência em todos os estádios dos processos
agrícolas, desde o preparo do solo, semeadura, crescimento das plantas, colheita,
armazenamento, o transporte e a comercialização (GOMES, 2007).
As condições climáticas interferem decisivamente nas necessidades hídricas das
culturas, de modo a promover o rendimento ótimo, sem qualquer limitação. No caso particular
da melancieira, ela se desenvolve melhor em climas quentes e secos, com temperatura do ar
entre 22 e 30°C, produzindo nestas condições frutos de melhor qualidade (DOORENBOS E
KASSAM, 2000). Assim, as condições climáticas foram favoráveis ao desenvolvimento da
cultura da melancia em Anápolis-GO, permitindo a obtenção de uma elevada produtividade e
uniformidade dos frutos, com características internas e externas que atendem ao mercado
consumidor, onde a temperatura média foi superior a 22
o
C durante a maior parte do ciclo.
Porém, não refletiu em frutos com altos teores de sólidos solúveis, o que também, pode ser
atribuído à característica da cultivar avaliada e ao conjunto das variações climáticas ocorridas
no período reprodutivo
Observou-se também murchamento de frutos jovens com posterior queda (Figura 27)
nos dias em que a temperatura do ar foi acima de 32ºC e o amarelecimento dos frutos
desenvolvidos (Figura 28). A escaldadura, provavelmente, ocorreu pela incidência direta dos
raios solares, indicando a necessidade de proteção dos frutos, com jornal ou palhada.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1 4 7 101316192225283134374043464952555861646770737679828588
Radiação solar (MJ m
-2
)
dias após o transplantio
FIGURA 27.
Murcha do fruto provocada
pela temperatura alta.
Anápolis, UEG,
2007.
4.2.
Uniformidade da distribuição de água
A uniformidade da distribuição de água no sistema de irrigação por aspersão foi de
84%, 97% no got
ejamento
(BERNARDO et al., 2006),
distribuição de água ideal é acima de 85% e a aceitável é acima de
95% e 80%, a eficiên
cia de aplicação aceitável para o sistema de irrigação por sulco
convencional está entre 75 e 60%. Portanto, os dados obtidos são adequados, apresentando
boa uniformidade da distribuição de água pelos sistemas. Em projetos de irrigação por sulco
são encont
radas baixas eficiências de aplicação de água, entre 40 e 70%, em virtude da falta
de combinação adequada entre as variáveis comprimento da área, declividade da superfície do
solo, vazão aplicada, tempo de aplicação e manejo.
4.3.
Tensão matricial e umida
A Tabela 15 apresenta os valores médios da tensão de água no solo durante o período
de realização do experimento. Observa
maiores tensões de água no solo, ou seja, a umidade foi mantida com teores ma
um período de tempo maior, fator positivo para o desenvolvimento da cultura. O sistema de
irrigação por gotejamento com lâmina de irrigação de 125% da ETc foi a que manteve a
tensão mais próxima à capacidade de campo do solo. Porém, na lâmi
neste sistema de irrigação, houve menor tensão, ficando abaixo da capacidade de campo (10
kPa). Provavelmente, este fato ocorreu devido a maior movimentação da lâmina de irrigação
Murcha do fruto provocada
FIGURA 28. Queima-
solar ou escaldadura de
Anápolis, UEG,
fruto causado pela
intensidade luminosa
Anápolis, UEG, 2007.
Uniformidade da distribuição de água
A uniformidade da distribuição de água no sistema de irrigação por aspersão foi de
ejamento
e a eficiência de aplicação no sulco foi de 75%.
(BERNARDO et al., 2006),
em sistemas
de irrigação por aspersão, a uniformidade da
distribuição de água ideal é acima de 85% e a aceitável é acima de
57% n
cia de aplicação aceitável para o sistema de irrigação por sulco
convencional está entre 75 e 60%. Portanto, os dados obtidos são adequados, apresentando
boa uniformidade da distribuição de água pelos sistemas. Em projetos de irrigação por sulco
radas baixas eficiências de aplicação de água, entre 40 e 70%, em virtude da falta
de combinação adequada entre as variáveis comprimento da área, declividade da superfície do
solo, vazão aplicada, tempo de aplicação e manejo.
Tensão matricial e umida
de do solo
A Tabela 15 apresenta os valores médios da tensão de água no solo durante o período
de realização do experimento. Observa
-
se que a lâmina de 125% da ETc proporcionou
maiores tensões de água no solo, ou seja, a umidade foi mantida com teores ma
um período de tempo maior, fator positivo para o desenvolvimento da cultura. O sistema de
irrigação por gotejamento com lâmina de irrigação de 125% da ETc foi a que manteve a
tensão mais próxima à capacidade de campo do solo. Porém, na lâmi
neste sistema de irrigação, houve menor tensão, ficando abaixo da capacidade de campo (10
kPa). Provavelmente, este fato ocorreu devido a maior movimentação da lâmina de irrigação
solar ou escaldadura de
intensidade luminosa
.
A uniformidade da distribuição de água no sistema de irrigação por aspersão foi de
e a eficiência de aplicação no sulco foi de 75%.
Para
de irrigação por aspersão, a uniformidade da
57% n
o gotejamento é de
cia de aplicação aceitável para o sistema de irrigação por sulco
convencional está entre 75 e 60%. Portanto, os dados obtidos são adequados, apresentando
boa uniformidade da distribuição de água pelos sistemas. Em projetos de irrigação por sulco
radas baixas eficiências de aplicação de água, entre 40 e 70%, em virtude da falta
de combinação adequada entre as variáveis comprimento da área, declividade da superfície do
A Tabela 15 apresenta os valores médios da tensão de água no solo durante o período
se que a lâmina de 125% da ETc proporcionou
maiores tensões de água no solo, ou seja, a umidade foi mantida com teores ma
is elevados por
um período de tempo maior, fator positivo para o desenvolvimento da cultura. O sistema de
irrigação por gotejamento com lâmina de irrigação de 125% da ETc foi a que manteve a
tensão mais próxima à capacidade de campo do solo. Porém, na lâmi
na com 50% da ETc,
neste sistema de irrigação, houve menor tensão, ficando abaixo da capacidade de campo (10
kPa). Provavelmente, este fato ocorreu devido a maior movimentação da lâmina de irrigação
no sentido horizontal não atingindo a cápsula porosa instalada a 0,15 m de profundidade e
conseqüentemente o sistema radicular, demonstrando ser uma lâmina insuficiente para a
irrigação da cultura da melancia.
TABELA 15 - Tensão média de água no solo em kPa avaliada durante o cultivo da melancia,
medida antes de cada irrigação. Anápolis, UEG, 2007.
Sistemas de
Irrigação
Lâminas de irrigação (% da ETc)
50 75 100 125
Microaspersão
17 14 14 11
Gotejamento 19 13 12 10
Sulco 18 17 16 13
A Figura 29 apresenta o comportamento da tensão da água no solo para os três
sistemas e lâminas de irrigação utilizadas no período de cultivo da melancia. Observa-se que
durante o período do experimento, em todos os tratamentos, os níveis de tensão de água no
solo variaram de 2 a 50 kPa. Pode ser observado que a maioria das medidas estão dentro da
faixa desejável para a melancia, conforme Marouelli et al. (1998). Este resultado está
associado ao fato de que a irrigação foi feita com turno de rega de 2 dias, mantendo a umidade
em níveis acima da capacidade de campo, ou seja, proporcionou um índice satisfatório de
disponibilidade de água por um maior tempo. Devido às chuvas ocorridas durante o cultivo,
principalmente na fase reprodutiva, as lâminas de irrigação não exerceram grande influência
sobre a umidade do solo, mantendo a tensão do solo acima da capacidade de campo.
Observa-se que nas lâminas de 100 e 125% da ETc para a microaspersão, a tensão
permaneceu próxima à capacidade de campo na fase vegetativa da cultura. na fase
reprodutiva as tensões permaneceram menores que a capacidade de campo. As lâminas de 50
e 75% da ETc, foram maiores que a capacidade de campo com exceção dos dias que
houveram interferência das condições climáticas. No gotejamento, as lâminas de 100 e 125%
da ETc permaneceram maiores do que a capacidade de campo durante a fase vegetativa da
cultura e em dias em que houveram precipitações, no restante do ciclo de cultivo as tensões
foram menores que a capacidade de campo. Para o sulco, observa-se que as tensões da água
no solo foram maiores que a Cc do 15º ao 35º DAT nas lâminas de 75, 100 e 125% da ETc,
no final da fase vegetativa e durante a fase reprodutiva, as tensões foram menores que a Cc.
Verifica-se grande oscilação nas tensões da água no solo com diminuição da tensão a
medida em que as plantas foram se desenvolvendo. Este fato, ocorreu pelas variações
ambientais registradas ao longo do ciclo de cultivo e pela leitura nos tensiômetros realizadas
antes do início das irrigações, ou seja, registrava-se a soma das tensões de dois dias. Medeiros
et al. (1999) avaliaram o comportamento da tensão da água no solo na Embrapa de Roraima,
na cultura da melancia. Observaram a variação da tensão da água no solo nas diferentes fases
da cultura, sendo que a tensão nos estádios de crescimento das ramas e desenvolvimento dos
frutos foi menor. Concluíram que o comportamento na tensão da água no solo deve-se
também às exigências hídricas nas distintas fases fenológicas da cultura, fato este, também
observado neste trabalho.
50% da ETc 75% da ETc 100% da ETc ■ 125% da ETc.
FIGURA 29. Tensão de água no solo a 0,15 m, para as quatro lâminas e sistemas de irrigação
por microaspersão, gotejamento e sulco medida antes de cada irrigação para o turno de rega
de 2 dias. Anápolis, UEG, 2007.
0
10
20
30
40
50
Tensão (kPa)
microaspersão
0
10
20
30
40
50
Tensão (kPa)
gotejamento
0
10
20
30
40
50
15 19 23 27 31 35 39 43 47 51 55 59 63 67 71 75 79 83 87
Tensão (kPa)
Dias Após o Transplantio (DAT)
sulco
4.4. Classificação comercial
Pode ser observado no ANEXO B, que houve interação entre os fatores avaliados e, na
Tabela 16, observa-se que para produção total, o maior número de frutos (11) foi obtido na
lâmina de 100% da ETc com sistemas de irrigação por gotejamento e sulco. Para frutos 6
kg, a menor produção (2) foi obtido no sistema de irrigação por microaspersão com lâmina de
irrigação de 50% da ETc. A maior porcentagem de frutos 6 kg (93%) foi obtida na lâmina
de 125% da ETc com sistema de irrigação por sulco. Verifica-se ainda que a maior
porcentagem de frutos ≥ 6 kg no sistema de irrigação por gotejamento foi obtida com a lâmina
de irrigação de 75% da ETc, resultando em economia de água. A utilização de sistemas de
irrigação mais eficientes deve ser uma busca constante na agricultura irrigada. Dentre os
sistemas pressurizados, a irrigação localizada é a que propicia a maior eficiência de irrigação,
uma vez que as perdas na aplicação de água são relativamente pequenas, considerando-se que,
quando bem projetada e manejada, a área máxima molhada não ultrapassa 55% da área
sombreada pela planta, com área mínima molhada de 20% nas regiões úmidas e de 30% nas
regiões do semi-árido (AZEVEDO,1986).
TABELA 16 Número de frutos totais, frutos 6 kg e porcentagem de frutos 6 kg da
melancieira cultivada em diferentes lâminas e sistemas de irrigação e teste de Tukey para
comparação das médias. Anápolis, UEG, 2007.
Sistemas de
irrigação
Lâminas de irrigação (% da ETc)
50 75 100 125
Número de frutos totais
Microaspersão 4 C 7 B 8 B 10 A
Gotejamento
10 A 9 A 11 A 10 A
Sulco 9 B 10 A 11 A 10 A
C.V (%) = 9,83 Média geral = 9,08
Número de frutos ≥ 6 kg
Microaspersão 2 C 4 B 6 B 8 A
Gotejamento 7 A 8 A 9 A 8 A
Sulco 6 B 9 A 9 A 9 A
C.V (%) = 9,06 Média geral = 7,06
Porcentagem de frutos ≥ 6 kg
Microaspersão 56 B 53 B 81 A 82 A
Gotejamento 72 A 86 A 78 A 85 A
Sulco 68 AB 84 A 84 A 93 A
C.V (%) = 12 Média geral = 76,75
Letras maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
Miranda et al. (2005), estudando o efeito do espaçamento de plantio sobre as variáveis
de produção e qualidade de frutos de melancia, irrigada por gotejamento na Embrapa
Agroindústria Tropical, Campo Experimental do Curu, em Paraipaba-CE, não verificaram
diferenças significativas entre os espaçamentos quanto à produção total e comercial da
melancia. A densidade de plantio afetou significativamente o número de frutos por planta, o
peso médio dos frutos e a produção de frutos classificados como pequenos (< 6 kg), médios (6
a 9 kg) e grandes (> 9 kg). O espaçamento de 2 x 1 m, com uma planta por cova, apresentou
maior número de frutos por planta e maior peso médio de frutos em relação aos demais
tratamentos. Entre os espaçamentos estudados, o espaçamento de 2,0 x 1,0 m com uma planta
por cova foi o recomendado para mercados com preferência por frutos grandes. Os
espaçamentos com duas plantas por cova (2,0 x 1,0 m e 2,0 x 1,5 m) foram recomendados
para mercados com preferência por frutos de tamanho médio. Desse modo, verifica-se que o
produtor antes de iniciar o plantio deve saber o destino de sua produção para somente depois
estabelecer a sua melhor forma de cultivo.
A seleção e classificação dos frutos deverão ser criteriosas, visando garantir a
homogeneidade e qualidade do produto final e melhor aceitação pelo consumidor. A seleção é
feita com base em critérios como tipo, danos mecânicos, manchas, ataque de pragas e
doenças, dentre outros. A classificação dos frutos de melancia é feita de acordo com o peso,
em frutos grandes (> 9 kg), médios (6 a 9 kg) e pequenos (< 6 kg), sendo os frutos com peso
acima de 7 kg os que obtêm os melhores preços. Atualmente, para exportação, a preferência
são pelos frutos entre 5 e 7 kg (STERZEK, 2007).
4.5. Desenvolvimento da cultura
A emergência das plantas foi determinada no 8º dia após a semeadura (10 de agosto de
2007) quando 50% das plântulas haviam emergido, a floração iniciou aos 38 DAT com
duração de 15 dias e as colheitas foram realizadas aos 80, 85 e 90 DAT.
Observa-se um período maior para a emergência das plântulas quando comparado com
outros períodos de semeadura, a causa mais provável pode ser atribuída a temperatura que se
manteve abaixo do ideal para a cultura.
Para Schoffel e Volpe (2002) e Filgueira (2003), a temperatura é um dos elementos
meteorológicos mais importante afetando não apenas o acúmulo de fitomassa como também,
a duração dos vários estádios de desenvolvimento da espécie, uma vez que, para completar
cada sub-período de desenvolvimento, as plantas necessitam de um determinado acúmulo
térmico. A temperatura do ar tem influência sobre a taxa de crescimento e floração, onde a
indução floral é inibida com temperatura média inferior às exigidas pela cultura e os estádios
de germinação e frutificação são considerados críticos, em que, temperaturas baixas no solo e
do ar são desfavoráveis à cultura provocando deficiência na germinação e pouco
desenvolvimento dos frutos.
Para Costa et al. (2006), a faixa ótima para o desenvolvimento da cultura da melancia
é de 23 a 28ºC. A planta é muito sensível a geadas tendo seu crescimento vegetativo
paralisado com temperaturas abaixo de 12ºC.
Para a germinação, a temperatura mínima do solo deve ser de 16ºC, com um ótimo de
20 a 35ºC. Na floração, a temperatura ideal é entre 20 e 21ºC, sendo que, para a abertura das
anteras, a temperatura nima deve ser de 18ºC. Temperaturas elevadas, acima de 35ºC
estimulam a formação de flores masculinas. O pegamento e a boa formação dos frutos
dependem da polinização eficiente das flores. As abelhas têm maior atividade na faixa de
temperatura de 21 a 39ºC, o que favorece a polinização, sendo o ótimo em torno de 28 a 30ºC.
Uma medida que pode ser utilizada em períodos de temperatura baixa é a embebição das
sementes em água e utilização de estufas para obtenção de mudas com posterior transplantio
para o local definitivo (ALMEIDA, 2007).
4.6. Crescimento das ramas primárias
A Tabela 17 apresenta a comparação estatística dos dados de comprimento das ramas.
Pode ser verificado nos ANEXOS (C1 e C2) que aos 27 e 34 DAT não houve
interação entre os fatores analisados a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente, nos demais
dias após o transplantio houveram diferenças significativas.
Aos 41 DAT, que o menor comprimento foi obtido no sistema de irrigação por sulco
com lâmina de irrigação de 50% da ETc, nas demais lâminas de irrigação os fatores
analisados se igualaram estatisticamente.
Aos 90 DAT, final do ciclo da cultura, o maior comprimento das ramas (4,572 m) foi
obtido no sistema de irrigação por sulco com a lâmina de irrigação de 125% da ETc e o menor
(3,427 m) foi obtido no sistema de irrigação por sulco com lâmina de irrigação de 50% da
ETc. O maior crescimento final das ramas com 125% ETc foi resultado da manutenção de
teores de água mais elevados no solo e próximos a capacidade de campo, favorecendo o
desenvolvimento da cultura.
TABELA 17 - Comprimento médio das ramas primárias de melancia em metros, para
diferentes sistemas e lâminas de irrigação. Anápolis, UEG, 2007.
Sistemas
de
Irrigação
lâminas de irrigação (% da ETc)
Média
(m)
C.V. (%)
50 75 100 125
27 DAT (15/09/2007)
Microaspersão
0,098 0,080 0,100 0,122 0,098
35,96
Gotejamento 0,102 0,105 0,080 0,115 0,101
Sulco 0,067 0,082 0,112 0,145 0,101
Média 0,089 A 0,089 A 0,097 A 0,127 A 0,100
34 DAT (22/09/2007)
Microaspersão
0,295 0,225 0,250 0,302 0,268
34,46
Gotejamento 0,210 0,235 0,170 0,280 0,224
Sulco 0,140 0,197 0,252 0,365 0,239
Média 0,217 A 0,219 A 0,224 A 0,313 A 0,243
41 DAT (30/09/2007)
Microaspersão
0,680 A 0,650 A 0,537 A 0,750 A
24,29 Gotejamento 0,452 B 0,540 A 0,422 A 0,605 A
sulco 0,365 B 0,520 A 0,580 A 0,810 A
48 DAT (07/10/2007)
Microaspersão
1,210 A 1,242 A 0,997 A 1,407 A
20,07 Gotejamento 0,887 B 1,062 A 0,887 A 0,845 B
Sulco 0,750 B 1,020 A 1,097 A 1,360 A
55 DAT (14/10/2007)
Microaspersão
1,785 A 2,145 A 1,592 A 2,175 A
14,36 Gotejamento 1,425 B 1,640 B 1,492 A 1,782 A
Sulco 1,185 B 1,517 B 1,655 A 1,960 A
62 DAT (21/10/2007)
Microaspersão
2,282 A 2,370 A 2,147 A 2,625 A
10,74 Gotejamento 1,990 B 2,200 AB 2,077 A 2,382 A
Sulco 1,977 B 1,955 B 2,172 A 2,502 A
69 DAT (28/10/2007)
Microaspersão
2,852 A 2,815 A 2,662 A 3,170 A
9,95 Gotejamento 2,465 B 2,417 B 2,577 A 2,935 A
Sulco 2,055 B 2,445 B 2,675 A 3,030 A
76 DAT (05/11/2007)
Microaspersão
3,377 A 3,425 A 3,187 A 3,722 A
8,62 Gotejamento 2,965 B 3,177 AB 3,112 A 3,462 A
Sulco 2,525 B 2,932 B 3,202 A 3,572 A
83 DAT (12/11/2007)
Microaspersão
3,922 A 3,902 A 3,712 A 4,225 A
7,96 Gotejamento 3,495 B 3,712 A 3,657 A 4,012 A
Sulco 3,007 B 3,405 A 3,775 A 3,925 A
90 DAT (19/11/2007)
Microaspersão
4,187 A 4,217 A 4,402 A 4,545 A
7,18 Gotejamento 3,892 B 4,135 A 4,100 A 4,422 A
Sulco 3,427 B 3,830 A 4,152 A 4,572 A
Letras maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente a 1% de probabilidade pelo
teste de Tukey
O conhecimento da fisiologia da planta é fator importante no manejo da cultura para
obtenção de boa produção. A melancia apresenta características peculiares como a produção
de frutos com melhores características qualitativas em plantas com maior vigor, sendo
dependente da posição dos frutos em relação ao internódio presente em suas ramificações
como verificado por Seabra Júnior et al. (2003) que, avaliando a produção e qualidade dos
frutos de melancia em relação a sua posição na planta, obtiveram resposta significativa sendo
que os melhores frutos foram obtidos nas posições mais afastadas do da planta a partir do
8º internódio. Esse resultado mostra que as planta mais desenvolvidas podem apresentar
maiores produções e melhor qualidade dos frutos.
A Figura 30 representa o comportamento do crescimento das ramas primárias da
cultura da melancia medido a partir da emissão das ramas na base do hepicótilo ao ápice
caulinar. As curvas que melhor se ajustaram aos dados foram obtidas em uma equação
polinomial de 1º grau (ANEXO C11), com coeficiente de determinação (R
2
) indicando que as
curvas obtidas explicam satisfatoriamente a evolução do crescimento das ramas. O modelo
aplicado mostra que o crescimento das plantas foi proporcional ao fornecimento de água, ou
seja, as plantas apresentaram maior crescimento com aumento da lâmina de irrigação sendo
de 4,523 m para o sistema de irrigação por microaspersão, 4,416 m no gotejamento e 4,483 m
para o sistema de irrigação por sulco ambos com lâmina de irrigação de 125% da ETc. Este
fato, provavelmente, pode ter ocorrido devido a menor disponibilidade de água para as plantas
nas lâminas menores, não sendo suficiente para o seu desenvolvimento normal o que
provocou um possível estresse das plantas após o transplantio.
Santos et al. (1999), avaliando diferentes idades de transplantio da melancia cv.
Crinsom Sweet, em relação ao plantio direto na cova, em Maringá - PR, encontraram
resultados significativos com menor crescimento das ramas para o sistema de transplantio das
mudas, creditando o resultado à menor adaptabilidade das hortaliças da família Curcubitaceae
ao transplantio, ressaltando, que estas espécies apresentam um maior estresse ao transplantio,
o que pode causar paralisação do crescimento, morte de folhas e de plantas, retardamento do
crescimento, perdas qualitativas e quantitativas na produção, tão severas quanto mais adversas
forem as condições de cultivo.
Grangeiro e Cecílio Filho (2004b) determinaram o acúmulo de massa seca em plantas
de melancia cultivar híbrido Tide, no município de Borborema-SP, o melhor ajuste aos dados
foi obtido em uma equação polinomial de grau com um coeficiente de determinação (R
2
=
0,9900). O modelo aplicado mostrou um crescimento da planta de melancia lento até 60
(DAS), intensificando a partir deste até a fase de acabamento dos frutos, onde, a partir de
então se verificou estabilidade até o final do ciclo da cultura.
Embora, não se tenha determinado o acúmulo de massa seca e obtido o crescimento
das plantas desde a emergência das plântulas, observou-se visualmente in loco para a primeira
fase da cultura um crescimento lento. Na segunda e terceira fase da cultura, ou seja, do início
da emissão das ramas primárias até a colheita, fases de coleta dos dados de crescimento das
ramas primárias, as plantas de melancia apresentaram crescimento intenso até a fase de
acabamento dos frutos com certa estabilidade até o final do ciclo da cultura sendo de maior
intensidade no sistema de irrigação por gotejamento, evidenciando um comportamento similar
ao encontrado por Grangeiro e Cecílio Filho (2004b).
FIGURA 30. Comprimento final das ramas primárias da melancieira para os três sistemas e as
lâminas de 50, 75, 100 e 125% da ETc. Anápolis, UEG, 2007.
4.7. Variáveis de produção
4.7.1. Comprimento do fruto
A Tabela 18 apresenta o resultado da análise estatística para o comprimento médio dos
frutos de melancia 6 kg. Pode ser verificado no anexo D1, que houve interação entre os
fatores analisados. Observa-se que o valor máximo (0,33 m) foi obtido com lâmina de 125%
da ETc e sistema de irrigação por sulco e o valor mínimo (0,25 m) foi obtido na lâmina de
3,000
3,500
4,000
4,500
5,000
50 75 100 125
Lâminas de irrigação (% da ETc)
microaspersão (m) gotejamento (g) sulco (s)
Comprimento médio das ramas (m)
m = 3,8980 + 0,0050x R² = 0,9392
g = 3,5290 + 0,0071x R² = 0,8409
s = 2,7705 + 0,0137x R² = 0,9958
50% da ETc nos sistemas de irrigação por microaspersão, gotejamento e sulco. Verifica-se
ainda que a lâmina de 125% da ETc, proporcionou maior comprimento dos frutos para os três
sistemas de irrigação avaliados. Este fato, pode ser creditado à manutenção dos teores de água
na lâmina de 125% da ETc, mais próximos a capacidade de campo, com isto houve uma
maior disponibilidade de água e nutrientes para o desenvolvimento dos frutos.
TABELA 18 Comprimento dos frutos de melancia 6 kg em metros, em relação aos
sistemas e lâminas de irrigação aplicadas na cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007.
Sistemas de
irrigação
Lâminas de irrigação (% da ETc)
50 75 100 125
Microaspersão 0,25 A 0,27 A 0,28 A 0,29 B
Gotejamento
0,25 A 0,27 A 0,30 A 0,31 AB
Sulco 0,25 A 0,26 A 0,28 A 0,33 A
Média geral = 0,28
C.V (%) = 3,69
Letras maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente ao nível de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
Constatou-se que o modelo que melhor se ajustou aos dados foi obtido em uma equação
polinomial de grau (ANEXO D2). Na Figura 31 observa-se que o comprimento dos frutos
cresceu com o aumento das lâminas de irrigação indicando uma proporcionalidade entre os
fatores analisados. Isto ocorreu devido a uma manutenção do teor de água disponível no solo
próximo a capacidade de campo, proporcionando maior disponibilidade de nutrientes e um
melhor desenvolvimento da planta e conseqüentemente do fruto. Para a microaspersão o
modelo mostrou crescimento máximo de 0,290 m e nos sistemas de irrigação por gotejamento
e sulco de 0,314 m com lâmina de irrigação de 125% da ETc. Os coeficientes de
determinação foram de = 0,9284 para a microaspersão, = 0,9788 no gotejamento e =
0,9354 no sulco, indicando que a curva obtida explica satisfatoriamente a evolução do
comprimento dos frutos.
O mesmo resultado foi encontrado por Teodoro et al. (2002) avaliando diferentes
lâminas de irrigação aplicadas por gotejamento sobre a produção e qualidade dos frutos de
melancia, em Uberlândia, MG, no período de maio a agosto de 2001, utilizando a cultivar
Crimson Sweet, com duas plantas por cova e condução de dois frutos por planta. As lâminas
de irrigação foram aplicadas baseadas na porcentagem da evaporação no tanque “Classe A”
(ECA). Constataram que o maior comprimento dos frutos foi de 0,26 m com a aplicação da
lâmina de irrigação 120% da ECA, sendo que, nos tratamentos com menores lâminas de
irrigação, os valores diminuíram sensivelmente. Este valor foi menor que o valor obtido nas
lâminas de 100 e 125% da ETc nos três sistemas de irrigação avaliados neste trabalho.
FIGURA 31. Comprimento dos frutos em função das lâminas e sistemas de irrigação
avaliadas. Anápolis, UEG, 2007.
4.7.2. Diâmetro do fruto
A Tabela 19 apresenta os resultados das análises estatísticas para o diâmetro dos frutos
de melancia 6 kg. Observa-se que a média do ensaio foi de 0,253 m. Pode ser verificado no
Anexo E1 que não houve interação entre os fatores analisados.
TABELA 19 - Diâmetro médio dos frutos 6 kg (m), em relação aos sistemas e lâminas de
irrigação aplicadas na cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007.
Sistemas de
irrigação
lâminas de irrigação (% da ETc)
50 75 100 125 Média
Microaspersão 0,223 0,240 0,257 0,270 0,247
Gotejamento 0,227 0,247 0,267 0,283 0,256
Sulco 0,230 0,243 0,267 0,287 0,257
Média 0,223 A 0,240 A 0,257 A 0,277 A 0,253
C.V (%) = 2,38 Média geral = 0,253
Letras maiúsculas iguais na linha não diferem estatisticamente ao vel de 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
0,24
0,25
0,26
0,27
0,28
0,29
0,30
0,31
0,32
0,33
0,34
50 75 100 125
Lâminas de irrigação (% da ETc)
Comprimento médio dos frutos (m)
m = 0,2279 + 0,0005 x R² = 0,9284
g = 0,2188 + 0,0007 x R² = 0,9788
s = 0,1925 + 0,0010 x = 0,9354
microaspersão (m) gotejamento (g) sulco (s)
Quanto a análise de regressão verifica-se que o modelo que melhor se ajustou aos
dados obtidos resultou em uma equação linear (ANEXO E2), ou seja, o diâmetro do fruto
cresceu com o acréscimo da lâmina de irrigação apresentando um coeficiente de determinação
= 0,8348, evidenciando um bom ajustamento do modelo aos dados obtidos (Figura 32). O
modelo polinomial de grau estimou um valor máximo de 0,276 m com lâmina de irrigação
de 125% da ETc. Valor este, superior ao obtido por Azevedo et al. (2005) que estudando a
resposta de diferentes lâminas de irrigação aplicadas por gotejamento sobre a produção e
qualidade de frutos de melancia na chapada do Apodi em Limoeiro do Norte-CE, utilizando a
cultivar Crimson Sweet, baseado na evaporação no tanque “Classe A”, constataram que o
maior diâmetro dos frutos foi de 0,22 m obtido na lâmina de 125% da ECA e redução nas
lâminas inferiores, atribuindo os resultados à disponibilidade de água à planta. Constataram
também, que o modelo que melhor se ajustou aos dados obtidos foi o polinomial de grau
com coeficiente de determinação, = 0,96, ou seja, o diâmetro do fruto apresentou uma
resposta crescente até uma determinada lâmina e a partir de então começaria a diminuir.
FIGURA 32. Diâmetro médio dos frutos em função dos sistemas e lâminas de irrigação
aplicadas na cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007.
4.7.3. Produtividade
Pode ser verificado (ANEXO F1) que houve interação entre os fatores analisados. A
Tabela 20 apresenta os dados estatísticos da produtividade total e para frutos 6 kg, onde se
observa que a lâmina com 125% da ETc foi a que apresentou as maiores produtividades de
0,220
0,221
0,222
0,223
0,224
0,225
0,226
0,227
0,228
50 75 100 125
Lâminas de irrigação (% da ETc)
Diâmetro dos frutos (m)
y = 0,2255 + 0,0004 x R² = 0,8348
frutos 6 kg, sendo de 41.900 kg ha
-1
no sistema de irrigação por microaspersão, 46.300 kg
ha
-1
no gotejamento e 55.700 kg ha
-1
no sulco. Para a produtividade total, a lâmina de 125% da
ETc proporcionou a maior produtividade na microaspersão (46.400 kg ha
-
1) e no sulco
(57.600 kg ha
-1
), no sistema de irrigação por gotejamento a maior produtividade total 49.100
kg ha
-1
foi obtida na lâmina de 100% da ETc.
O melhor desempenho da cultura com a lâmina de 125% da ETc para frutos ≥ 6 kg foi
resultado da manutenção dos teores de água no solo mais elevados e próximos a capacidade
de campo, favorecendo o desenvolvimento da cultura e melhor aproveitamento da água. A
produtividade máxima 55.800 kg ha
-1
para frutos 6 kg foi obtida no sistema de irrigação por
sulco com lâmina de irrigação de 125% da ETc. Provavelmente, pode ter ocorrido uma maior
movimentação da lâmina de irrigação no sentido vertical, após algumas irrigações, mantendo
um teor de umidade próximo ao sistema radicular mais adequado à cultura da melancia e por
um período mais prolongado.
TABELA 20 - Produtividade total e para frutos 6 kg de melancia em kg ha
-1
, cultivada em
diferentes lâminas de irrigação aplicadas por microaspersão, gotejamento e sulco, Anápolis,
UEG, 2007.
Sistemas de
irrigação
Lâminas de irrigação (% da ETc)
50 75 100 125
Produtividade para frutos ≥ 6 kg
Microaspersão 10.900 C 17.000 B 29.200 B 41.900 C
Gotejamento 38.800 A 41.200 A 43.200 A 46.300 B
Sulco 28.000 B 43.800 A 46.200 A 55.800 A
Média geral = 36.881
C.V (%) = 3,20
Produtividade total
Microaspersão 14.900 C 25.100 C 33.000 B 46.400 B
Gotejamento 48.600 A 42.100 B 49.100 A 48.800 A
Sulco 35.800 B 51.100 A 47.500 A 57.600 A
Média geral = 41.674
C.V (%) = 6,6
Letras maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente ao nível de 1% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
Estudando esta mesma cultivar de melancia em Anápolis-GO e Jataí-GO utilizando o
sistema de irrigação por aspersão convencional, no período de agosto a novembro, Peixoto e
Mendonça (1997), observaram produtividade xima de 21.700 kg ha
-1
em Anápolis-GO e
29.120 kg ha
-1
em Jataí-GO. Teodoro et al. (2004) avaliando diferentes lâminas de irrigação
observaram resultado semelhante, concluindo que a produtividade de fotoassimilados é
sensivelmente afetada, principalmente nos estádios de floração, frutificação e
desenvolvimento das frutas. Simsek et al. (2004) estudaram o efeito de 4 níveis de irrigação,
como sendo a razão da água de irrigação/evaporação cumulativa do tanque (IW/CPE): 1,25
(I
125
), 1,00 (I
100
), 0,75 (I
75
), e 0,50 (I
50
), na cultura da melancia cv. Crimson Tide F1,
aplicados por gotejamento no semi-árido de Sanliurfa, Turquia, no ano de 2002 e 2003.
Obtiveram produtividades máximas com a aplicação da lâmina I
125
e redução significativa na
produtividade nas lâminas inferiores.
Para produtividade de frutos 6 kg na análise de regressão (ANEXO F2) pode ser
observado que o modelo que melhor se ajustou aos dados obtidos foi o polinomial de grau,
apresentando um coeficiente de determinação (R²) de 0,9780 para o sistema de irrigação por
microaspersão, 0,9939 no sistema de irrigação por gotejamento e 0,9254 para o sulco,
evidenciando um bom ajustamento do modelo, sendo melhor no gotejamento, onde se observa
uma produtividade mais uniforme. A Figura 33 apresenta o comportamento da produtividade
de frutos 6 kg nos diferentes sistemas e lâminas de irrigação avaliadas, onde se observa
aumento na produtividade com o acréscimo da lâmina de irrigação em todos os sistemas de
irrigação. Este modelo estimou um valor máximo de produtividade de 40.580 kg ha
-1
para o
sistema de irrigação por microasperssão, 40.400 kg ha
-1
para o gotejamento e 56.390 kg ha
-1
para o sulco, correspondente a uma lâmina de irrigação de 125% da ETc, ou seja, a
produtividade aumentou do tratamento com 50% da ETc até a lâmina de irrigação com 125%
da ETc. Este fato ocorreu devido a um maior tempo de oportunidade proporcionado pela
lâmina de 125% da ETc. Azevedo et al. (2005) pesquisando o efeito de 5 níveis de irrigação
na cultura da melancia, baseado na evaporação do Tanque “Classe A” utilizando a cv.
Micklee PVP, irrigada por gotejamento, encontrou para a produtividade um melhor ajuste aos
dados obtido, no modelo polinomial de 2º grau com coeficiente de determinação, R² = 0,9128,
sendo inferior aos coeficientes obtidos neste trabalho para os três sistemas de irrigação
avaliados. Soares et al. (2002) pesquisando a função de resposta da melancia cv. Crimson
Sweet em 5 níveis de irrigação e 4 de adubação nitrogenada no Vale do Curu-CE, de setembro
a dezembro, utilizando-se do sistema de irrigação por sulco reto com declive e sifões e, da
tensiometria para o controle da irrigação também encontraram uma resposta quadrática com
coeficiente de determinação (R
2
= 0,9917), indicando uma maior uniformidade na produção
de frutos com características comerciais em relação a determinada no presente trabalho para o
sistema de irrigação por sulco.
FIGURA 33. Produtividade de frutos 6 kg em função dos sistemas e lâminas de irrigação
aplicadas na cultura da melancia. Anápolis, UEG, 2007.
4.8. Eficiência no uso da água
A Tabela 21 apresenta os dados obtidos da eficiência no uso da água pela planta em kg
por milímetro de água aplicada na cultura da melancia. As lâminas de irrigação aplicadas
foram de 678 mm na microaspersão, 625 mm no gotejamento e 808 mm para o sulco,
correspondente a 100% da ETc. O maior valor da eficiência do uso da água (124,36 kg
mm
-1
)
foi obtido no tratamento com 50% da ETc sob sistema de irrigação por gotejamento, que
também apresentou as melhores eficiências no uso da água em todas as lâminas de irrigação
avaliadas. Simsek et al. (2004) observaram valores similares ao obtido neste trabalho
estudando o efeito de 4 veis de irrigação, como sendo a razão da água de
irrigação/evaporação cumulativa do tanque (IW/CPE): 1,25 (I
125
), 1,00 (I
100
), 0,75 (I
75
), e 0,50
(I
50
), na cultura da melancia cv. Crimson Tide F1, aplicados por gotejamento no semi-árido de
Sanliurfa, Turquia, no ano de 2002 e 2003. Obtiveram eficiência no uso da água variando de
96 a 117 kg mm
-1
em 2002 e 108 a 131 kg mm
-1
em 2003.
Para Mousinho et al. (2003), existe uma relação funcional entre os fatores de produção
e o rendimento das culturas, que é característica de cada condição ambiental sendo que a
exploração ótima do ponto de vista econômico de uma cultura requer a utilização de níveis
adequados desses fatores. Um exemplo é a utilização da água que é um fator limitante à
cultura da melancia.
0
10
20
30
40
50
60
50 75 100 125
Produtividade (t ha
-1
)
m = -12,0858+0,4214 x R² = 0,9780
g = 35,4444+0,0557 x R² = 0,9939
s = 13,4041+0,3440 x R² = 0,9254
Lâminas de irrigação (% da ETc)
microaspersão (m) gotejamento (g) sulco (s)
TABELA 21 Produtividade, lâmina de irrigação aplicada durante o ciclo de cultivo da
melancia e eficiência do uso da água pela planta em kg mm
-1
de água aplicada para os
sistemas de irrigação por microaspersão, gotejamento e sulco e para as lâminas de irrigação de
50, 75, 100 e 125% da ETc. Anápolis, UEG, 2007.
Parâmetros
Lâminas de irrigação (% ETc)
Unidade 50
75
100
125
Microaspersão
Produtividade kg ha
-
1
10.900
17.000
29.200
41.900
Lâmina aplicada mm 339
509
678
848
Eficiência do uso da água kg mm
-
1
33,15
33,39
43,06
49,41
Gotejamento
Produtividade kg ha
-
1
38.800
41.200
43.200
46.300
Lâmina aplicada mm 312
469
625
782
Eficiência do uso da água kg mm
-
1
124,36
87,85
69,12
59,21
Sulco
Produtividade kg ha
-
1
28.000
43.800
46.400
55.800
Lâmina aplicada mm 404
606
808
1.010
Eficiência do uso da água kg mm
-
1
69,31
72,28
57,42
55,25
A lâmina de irrigação aplicada no sistema de irrigação por gotejamento correspondeu
a 92,18% da lâmina aplicada no sistema de irrigação por microaspersão e 77,35% em
comparação com o sistema de irrigação por sulco. Estes percentuais representam uma
economia de 53 mm de água em comparação com a microaspersão e 183 mm para o sistema
de irrigação por sulco. Esses valores corroboram com os descritos por Bernardo et al. (2006)
que descreve uma maior eficiência no uso da água pela planta para sistemas de irrigação
pressurizados como o gotejamento.
Extrapolando os dados e considerando como exemplo o município de Uruana-GO, que
em 2005 cultivou uma área de 4.500 ha, dos quais 90% foram irrigados por sulco, utilizando-
se as eficiências dos sistemas de irrigação obtidas no presente estudo de 75% no sulco e 97%
para o sistema de irrigação por gotejamento, tem-se uma economia de 739.165,5 L, o que
daria para atender uma população de aproximadamente 81.004 habitantes durante um ano,
considerando um consumo médio de 0,25 m
3
hab. dia
-1
. Adicional a isso, economizar-se-ia
energia para bombeamento da água (quando for necessário conduzir a água para a irrigação
por superfície), com redução significativa dos impactos ambientais, como redução do
processo erosão do solo, lixiviação de nutrientes para o lençol freático ou transporte de sais e
solo para os corpos de água superficiais. Do ponto de vista dos recursos hídricos, auxilia na
redução dos conflitos entre os vários setores de usuários, especialmente o agrícola e o urbano,
que em muitos locais dependem e competem pelas mesmas fontes de água.
Essas observações são confirmadas por Bernardo et al. (2006), quanto ao manejo da
irrigação. Neste caso, deve-se considerar os aspectos socioecológicos da região e procurar
maximizar a produtividade e a eficiência do uso da água e minimizar qualquer tipo de custo,
mantendo as condições de umidade e fertilidade do solo. Também, a de se priorizar sempre o
objetivo de no mínimo manter as condições físicas, químicas e biológicas do solo, pois tais
parâmetros afetam a vida útil do projeto. É de suma importância que no projeto de irrigação
não seja considerado apenas a captação e condução de água, ou somente a aplicação em si,
mas sim, uma operação integrada, incluindo, a necessidade de sistematização do solo,
medição da vazão, características da cultura irrigada, a equidade na distribuição da água, as
práticas culturais, etc., e parâmetros comuns a todos os sistemas de irrigação, ou seja, quando
irrigar, quanto aplicar por irrigação, uniformidade de aplicação, eficiência de irrigação, etc.
4.9. Variáveis de qualidade
4.9.1. Teor dos Sólidos Solúveis (SS)
Os teores de sólidos solúveis não foram afetados significativamente pelos sistemas e
lâminas de irrigação avaliadas, assim como não foi verificada interação significativa entre os
dois fatores analisados (ANEXOS H1 e H2). A média do ensaio foi igual a 8,85% (Tabela
22). A média dos resultados foi maior que a observada por Peixoto e Mendonça (1997) para a
cultivar Crimson Sweet cultivada em Anápolis-GO (6,10
o
Brix) e em Jataí-GO (8,00
o
Brix)
no período de setembro a dezembro e, também, a determinada por LEÃO et al. (2006) para a
cultivar Crimson Sweet que analisando oito cultivares de melancia na Fazenda Experimental
Água limpa, da Universidade de Brasília obteve média de 7,55
o
Brix. Este fato pode ser
creditado ao manejo da irrigação que segundo Filgueira (2003), as condições ambientais
exercem grande influência sobre a cultura da melancia principalmente a temperatura e
umidade, onde a transformação dos açúcares no fruto é altamente prejudicada com uma
umidade excessiva no solo e conseqüentemente nas plantas.
TABELA 22 - Teor de sólidos solúveis (
o
Brix) da melancia em porcentagem, em diferentes
lâminas de irrigação aplicadas por microaspersão, gotejamento e sulco. Anápolis, UEG, 2007.
Sistemas de
irrigação
Lâminas de irrigação (% da ETc)
50 75 100 125 Média
Microaspersão 9,07 8,43 8,97 8,93 8,85
Gotejamento 9,03 8,60 8,77 9,07 8,84
Sulco 9,03 9,07 8,57 8,77 8,85
Média 9,04 A 8,70 A 8,73 A 8,70 A 8,85
Média geral = 8,85
C.V (%) = 3,55
Letras iguais na linha não diferem estatisticamente ao nível de 1% pelo teste de Tukey.
4.9.2. Teor de água no fruto
A Tabela 23 apresenta o resultado da análise estatística do teor de água no fruto para
os sistemas e lâminas de irrigação. Não se observa interação entre os fatores analisados pela
análise de variância (ANEXO I1), e pela análise de regressão (ANEXO I2), com valor médio
obtido do experimento de 91,2%. Esta média está dentro dos limites satisfatórios encontrados
para a cultura da melancia que de acordo com Carvalho (1999) situa-se entre 90 e 97%. A
melancia é um fruto aquoso sendo que a alta disponibilidade de água no solo próximo a
colheita deixa o fruto com sabor desagradável além de prejudicar o fruto após a colheita com
a diminuição do tempo de armazenamento (FILGUEIRA, 2003).
TABELA 23- Teor de água na melancia (%), cultivada em diferentes lâminas de irrigação
aplicadas por microaspersão, gotejamento e sulco. Anápolis, UEG, 2007.
Sistemas de
irrigação
Lâminas de irrigação (% da ETc)
50 75 100 125 Media
Microaspersão 91,8 91,3 91,6 91,5 91,5
Gotejamento 90,7 90,8 91,0 90,9 90,8
Sulco 90,8 91,4 90,8 90,9 91,0
Média 91,2 A 91,2 A 91,2 A 91,2 A 91,2
Média geral = 91,2
C.V = 0,34
Letras iguais na linha não diferem estatisticamente ao nível de 1% pelo teste de Tukey.
5. CONCLUSÕES
Nas condições em que foi desenvolvido o experimento, pode-se concluir que:
1 - O diâmetro dos frutos não foi afetado pelos sistemas e lâminas de irrigação utilizadas.
2 - Os frutos frescos com maiores pesos foram obtidos na lâmina de 125% da ETc para os
sistemas de irrigação por microaspersão, gotejamento e sulco.
3 - As maiores produções foram obtidas com lâmina de irrigação de 125% da ETc, sendo a
maior produtividade do experimento obtida no sistema de irrigação por sulco.
4 - O teor de sólidos solúveis do endocarpo do fruto não foi afetado pelos sistemas e lâminas
de irrigação, com valor médio de 8,85%, considerado aceitável para a cultivar avaliada.
5 - O teor de água nos frutos não foi afetado pelos sistemas e lâminas de irrigação, com valor
médio do ensaio de 91,2%, considerado adequado para o gênero Cucurbitaceae.
6 - O sistema de irrigação por gotejamento apresentou maior eficiência no uso da água pela
planta resultando na maior economia dos recursos hídricos.
7 O sistema de irrigação por sulco apresentou dentre as características analisadas, a melhor
resposta para a cultura da melancia constituindo-se em maior viabilidade de uso nas mesmas
condições em que foram avaliados os três sistemas de irrigação.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Boletim técnico, n 03).
7. ANEXOS
ANEXO A - Análise da densidade, capacidade de campo e ponto de murchamento do solo da
área do experimento.
N
o
amostra Capacidade de campo
(% de água)
Ponto de murchamento
(% de água)
Densidade global
(g cm
-3
)
01 35,39 22,64 1,31
02 40,10 26,59 1,39
03 39,54 28,91 1,35
04 41,91 29,39 1,44
ANEXO B1 – Análise de variância do número de frutos totais, frutos ≥ 6 kg e porcentagem de
frutos ≥ 6 kg da melancieira cultivada em diferentes lâminas e sistemas de irrigação.
Número de frutos totais
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
81,1667
40,5833
50,8576 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
41,6667
13,8889
17,4051 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
50,8333
8,4722
10,6171 **
Tratamentos 11
173,6667
15,7879
-
Blocos 3
19,6667
6,5556
8,2152 **
Resíduos 33
26,3333
0,7980
-
Média geral do ensaio (unidade) 9,08
Desvio Padrão (unidade) 0,89
Coeficiente de variação (%) 9,83
Número de frutos ≥ 6 kg
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
96,1250
48,0625
117,3051 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
83,0625
27,6875
67,5763 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
34,3750
5,7292
13,9831 **
Tratamentos 11
213,5625
19,4148
-
Blocos 3
3,7292
1,2431
3,0339 *
Resíduos 33
13,5208
0,4097
-
Média geral do ensaio (unidade) 7,06
Desvio Padrão (unidade) 0,64
Coeficiente de variação (%) 9,06
Porcentagen de frutos ≥ 6 kg
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
1858,6250
929,3125
10,9533 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
2865,1667
955,0556
11,2567 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
1709,7083
284,9514
3,3586 *
Tratamentos 11
6433,5000
584,8636
-
Blocos 3
725,6667
241,8889
2,8510 NS
Resíduos 33
2799,8333
84,8434
-
Média geral do ensaio (%) 76,75
Desvio Padrão (%) 9,21
Coeficiente de variação (%) 12,00
** = difere estatisticamente a 1%; G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio
dos resíduos
ANEXO C1 Análise de variância do comprimento das ramas primárias da melancia aos 27
DAT para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc. Anápolis,
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
0,0000
0,0000
0,0112 NS
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,0110
0,0040
3,0670 *
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
0,0085
0,0014
1,0864 NS
Tratamentos 11
0,0204
0,0019
-
Blocos 3
0,0098
0,0033
2,5058 NS
Resíduos 33
0,0428
0,0013
-
Média geral do ensaio (m) 0,100
Desvio Padrão (m) 0,036
Coeficiente de variação (%) 35,72
* = difere estatisticamente a 5%; NS = não diferiu. G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.:
Quadrado médio dos resíduos
ANEXO C2 Análise de variância do comprimento das ramas primárias da melancia aos 34
DAT para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
0,0163
0,0082
1,1571 NS
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,0782
0,0261
3,7008 *
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
0,0739
0,0123
1,7492 NS
Tratamentos 11
0,1685
0,0153
-
Blocos 3
0,0639
0,0213
3,0243 *
Resíduos 33
0,2325
0,0070
-
Média geral do ensaio (m) 0,243
Desvio Padrão (m) 0,084
Coeficiente de variação (%) 34,46
* = difere estatisticamente a 5%; NS = não diferiu. G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.:
Quadrado médio dos resíduos
ANEXO C3 Análise de variância do comprimento das ramas primárias da melancia aos 41
DAT para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
0,1829
0,0915
4,6633 *
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,2594
0,0865
4,4080 *
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
0,3305
0,0551
2,8082 *
Tratamentos 11
0,7728
0,0703
-
Blocos 3
0,1353
0,0451
2,2990 NS
Resíduos 33
0,6473
0,0196
-
Média geral do ensaio (m) 0,576
Desvio Padrão (m) 0,140
Coeficiente de variação (%) 24,29
* = difere estatisticamente a 5%; NS = não diferiu. G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.:
Quadrado médio dos resíduos
ANEXO C4 - Análise de variância do comprimento das ramas primárias da melancia aos 48
DAT para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
0,6915
0,3458
7,5813 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,1772
0,0591
1,2953 NS
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
1,0318
0,1720
3,7706 **
Tratamentos 11
1,9005
0,1728
-
Blocos 3
0,2976
0,0992
2,1752 NS
Resíduos 33
1,5050
0,0456
-
Média geral do ensaio (m) 1,064
Desvio Padrão (m) 0,213
Coeficiente de variação (%) 20,072
** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu. G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.:
Quadrado médio dos resíduos
ANEXO C5 - Análise de variância do comprimento das ramas primárias da melancia aos 55
DAT para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
1,2492
0,6246
10,5300 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,6028
0,2009
3,3873 *
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
1,9060
0,3177
5,3554 **
Tratamentos 11
3,7580
0,3416
-
Blocos 3
0,2936
0,0979
1,6499 NS
Resíduos 33
1,9575
0,0593
-
Média geral do ensaio (m) 1,696
Desvio Padrão (m) 0,244
Coeficiente de variação (%) 14,36
* = difere estatisticamente a 5%; ** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos
ANEXO C6 - Análise de variância do comprimento das ramas primárias da melancia aos 62
DAT para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
0,5361
0,2680
4,8356 *
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,6804
0,2268
4,0916 *
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
1,8081
0,3014
5,4366 **
Tratamentos 11
3,0246
0,2750
-
Blocos 3
0,5227
0,1742
3,1434 *
Resíduos 33
5,7464
0,1741
-
Média geral do ensaio (m) 2,190
Desvio Padrão (m) 0,235
Coeficiente de variação (%) 10,75
* = difere estatisticamente a 5%; ** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos
ANEXO C7 - Análise de variância do comprimento das ramas primárias da melancia aos 69
DAT para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
1,1447
0,5724
8,0207 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
1,0815
0,3605
5,0519 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
2,1109
0,3518
4,9302 **
Tratamentos 11
4,3372
0,3943
-
Blocos 3
0,4598
0,1533
0,6676 NS
Resíduos 33
2,3549
0,0714
-
Média geral do ensaio (m) 2,683
Desvio Padrão (m) 0,267
Coeficiente de variação (%) 9,95
** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos
ANEXO C8 - Análise de variância do comprimento das ramas primárias da melancia aos 76
DAT para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
1,1385
0,5693
7,3861 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
1,0758
0,3586
4,6525 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
2,3769
0,3961
5,1398 **
Tratamentos 11
4,5912
0,4174
-
Blocos 3
0,6387
0,2129
2,7625 NS
Resíduos 33
2,5434
0,0771
-
Média geral do ensaio (m) 3,222
Desvio Padrão (m) 0,278
Coeficiente de variação (%) 8,62
** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos
ANEXO C9 - Análise de variância do comprimento das ramas primárias da melancia aos 83
DAT.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
1,3961
0,6981
7,9337 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,9277
0,3092
3,5144 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
2,1520
0,3587
4,0765 **
Tratamentos 11
4,4758
0,4069
-
Blocos 3
0,6501
0,2167
0,7943 NS
Resíduos 33
2,9036
0,0880
-
Média geral do ensaio (m) 3,728
Desvio Padrão (m) 0,297
Coeficiente de variação (%) 7,96
** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos
ANEXO C10 - Análise de variância do comprimento das ramas primárias da melancia aos 90
DAT para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
0,9477
0,4738
5,3145 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
1,7464
0,5821
6,5295 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
1,9913
0,3319
3,7225 **
Tratamentos 11
4,6854
0,4259
-
Blocos 3
0,9850
0,3283
3,6827 *
Resíduos 33
7,5304
0,2282
-
Média geral do ensaio (m) 4,157
Desvio Padrão (m) 0,299
Coeficiente de variação (%) 7,18
* = difere estatisticamente a 5%; ** = difere estatisticamente a 1%;
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos
ANEXO C11 - Análise de regressão do comprimento final da ramas primárias da melancia,
para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco e as lâminas de irrigação
de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Microaspersão
Causas de variação G.L.
S. Q.
Q. M.
F
Regressão grau 1 1
0,3163
0,3136
5,0271 *
0,9392
Regressão grau 2 1
0,0127
0,0127
0,2012 NS
0,9768
Regressão grau 3 1
0,0078
0,0078
0,1240 NS
1,0000
Tratamentos 3
0,3367
0,1122
-
Resíduos 6
0,5662
0,0629
-
Média geral do ensaio (m) 4,338
Desvio Padrão (m) 0,251
Coeficiente de variação (%) 5,78
Gotejamento
Regressão grau 1 1
0,6390
0,6390
8,6058 * 0,8409
Regressão grau 2 1
0,0264
0,0264
0,3556 NS 0,8756
Regressão grau 3 1
0,0945
0,0945
1,2730 NS 1,0000
Tratamentos 3
0,7600
0,2533
-
-
Resíduos 6
0,6683
0,0743
-
-
Média geral do ensaio (m) 4,154
Desvio Padrão (m) 0,272
Coeficiente de variação (%) 6,55
Sulco
Regressão grau 1 1
2,3393
2,3393
35,2833 ** 0,9958
Regressão grau 2 1
0,0090
0,0090
0,1361NS
0,9996
Regressão grau 3 1
0,0008
0,0008
0,127 NS
1,0000
Tratamentos 3
2,3491
0,7830
-
-
Resíduos 6
0,5967
0,0663
-
-
Média geral do ensaio (m) 3,937
Desvio Padrão (m) 0,257
Coeficiente de variação (%) 6,49
* = difere estatisticamente a 5%; **: difere estatisticamente a 1%. G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos
quadrados; Q.M.: Quadrado médio; R²: coeficiente de determinação
ANEXO D1 - Análise de variância do comprimento dos frutos 6 kg para os sistemas de
irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de irrigação de 50, 75, 100 e
125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
0,0007
0,0004
3,5168 *
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,0170
0,0057
53,8013 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
0,0021
0,0004
3,3758 *
Tratamentos 11
0,0198
0,0018
-
Blocos 2
O,015
0,0007
7,0865 **
Resíduos 22
O,0023
0,0001
-
Média geral do ensaio (m) 0,28
Desvio Padrão (m) 0,01
Coeficiente de variação (%) 3,68
* = difere estatisticamente a 5%; ** = difere estatisticamente a 1%
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos
ANEXO D2 - Análise de regressão do comprimento dos frutos 6 kg, para os sistemas de
irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco e as lâminas de irrigação de 50, 75, 100 e
125% da ETc.
Microaspersão
Causas de variação G.L.
S. Q.
Q. M.
F
Regressão grau 1 1
0,0024
0,0024
14,2666 **
0,9284
Regressão grau 2 1
0,0000
0,0000
0,2366 NS
0,9438
Regressão grau 3 1
0,0001
0,0001
0,8639 NS
1,0000
Tratamentos 3
0,0026
0,0009
-
Resíduos 6
0,0010
0,0002
-
Média geral do ensaio (m) 0,272
Desvio Padrão (m) 0,013
Coeficiente de variação (%) 4,79
Gotejamento
Regressão grau 1 1
0,0048
0,0048
181,2593**
0,9788
Regressão grau 2 1
0,0001
0,0001
2,4732 NS
0,9922
Regressão grau 3 1
0,0000
0,0000
1,4536 NS 1,0000
Tratamentos 3
0,0049
0,0016
-
-
Resíduos 6
0,0002
0,0000
-
-
Média geral do ensaio (m) 0,281
Desvio Padrão (m) 0,005
Coeficiente de variação (%) 1,83
Sulco
Regressão grau 1 1
0,0097
0,0097
53,8796 **
0,9354
Regressão grau 2 1
0,0006
0,0006
3,4135 NS
0,9946
Regressão grau 3 1
0,0001
0,0001
0,3105 NS
1,0000
Tratamentos 3
0,0104
0,0035
-
-
Resíduos 6
0,0011
0,0002
-
-
Média geral do ensaio (m) 0,282
Desvio Padrão (m) 0,013
Coeficiente de variação (%) 4,77
** = difere estatisticamente a 1% G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio;
R²: coeficiente de determinação
ANEXO E1 - Análise de variância do diâmetro dos frutos ≥ 6 kg para os sistemas de irrigação
por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de irrigação de 50, 75, 100 e 125% da
ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
0,0006
0,0003
8,4792 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,0146
0,0049
133,8333 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da
ETc)
6
0,0002
0,0000
0,8403 NS
Tratamentos 11
0,0154
0,0014
-
Blocos 2
0,0024
0,0012
33,0000 **
Resíduos 22
0,0008
0,0000
-
Média geral do ensaio (m) 0,25
Desvio Padrão (m) 0,006
Coeficiente de variação (%) 2,38
** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos
ANEXO E2 - Análise de regressão do diâmetro médio dos frutos 6 kg, para os sistemas de
irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco e as lâminas de irrigação de 50, 75, 100 e
125% da ETc.
Média do diâmetro dos três sistemas de irrigação analisados
Causas de variação G.L.
S. Q.
Q. M.
F
Regressão grau 1 1
0,0015
0,0015
4,0825 NS
0,8348
Regressão grau 2 1
0,0002
0,0002
0,4624 NS
0,9293
Regressão grau 3 1
0,0001
0,0001
0,3456 NS
1,0000
Tratamentos 3
0,0018
0,0006
-
Resíduos 6
0,0022
0,0006
-
Média geral do ensaio (m) 0,260
Desvio Padrão (m) 0,019
Coeficiente de variação (%) 7,34
NS = não diferiu. G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio; R²: coeficiente
de determinação
ANEXO F1 - Análise de variância da produtividade (kg ha
-1
) para frutos 6 kg para os
sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de irrigação de
50, 75, 100 e 125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
3522,0447
1761,0224
297,2411 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
3122,7263
1040,9088
175,6939 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
865,1277
144,1880
24,3373 **
Tratamentos 11
7509,8988
682,7181
-
Blocos 3
33,0611
11,0204
1,8601 NS
Resíduos 33
195,5105
5,9246
-
Média geral do ensaio 36.8814
Desvio Padrão 2,4340
Coeficiente de variação 6,5997
** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu. G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.:
Quadrado médio
ANEXO F2 - Análise de regressão da produtividade dos frutos 6 kg, para os sistemas de
irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco e as lâminas de irrigação de 50, 75, 100 e
125% da ETc.
Microaspersão
Causas de variação G.L.
S. Q.
Q. M.
F
Regressão grau 1 1
2219,4822
2219,4822
412,3142 ** 0,9780
Regressão grau 2 1
43,7152
43,7152
8,1210 *
0,9973
Regressão grau 3 1
6,2390
6,2390
1,1590 NS
1,0000
Tratamentos 3
2269,4364
756,4788
-
Resíduos 6
48,4469
5,3830
-
Média geral do ensaio (kg) 24.785
Desvio Padrão (kg) 2,32
Coeficiente de variação (%) 9,36
Gotejamento
Regressão grau 1 1
120,5258
120,5258
15,0269 ** 0,9939
Regressão grau 2 1
0,3684
0,3684
0,0459NS
0,9969
Regressão grau 3 1
0,3765
0,3765
0,0469NS 1,0000
Tratamentos 3
121,2707
40,4236
-
-
Resíduos 6
72,1860
8,0207
-
-
Média geral do ensaio (kg) 42.370
Desvio Padrão (kg) 2,83
Coeficiente de variação (%) 6,68
Sulco
Regressão grau 1 1
1478,0392
1478,0392
276,4748 **
0,9254
Regressão grau 2 1
40,8481
40,8481
7,6408 *
0,9510
Regressão grau 3 1
78,2596
78,2596
14,6389 **
1,0000
Tratamentos 3
1597,1469
532,3823
-
-
Resíduos 6
48,1142
5,3460
-
-
Média geral do ensaio (kg) 43.492
Desvio Padrão (kg) 2,31
Coeficiente de variação (%) 5,32
** = difere estatisticamente a 1%; difere estatisticamente a 5% de probabilidade; NS: não difere estatisticamente
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio; R²: coeficiente de determinação
ANEXO G - Análise de variância da produtividade total para os sistemas de irrigação por
micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de irrigação de 50, 75, 100 e 125% da
ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
3348,1411
1674,0706
938,5169 **
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
1963,6408
654,5469
366,9519 **
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
1286,1386
214,3564
120,1724 **
Tratamentos 11
6597,9204
599,8109
-
Blocos 3
6,4377
2,1459
1,2030 NS
Resíduos 33
58,8634
1,7837
-
Média geral do ensaio (kg ha
-
1
) 41.674
Desvio Padrão (kg ha
-
1
) 1.335
Coeficiente de variação (%) 3,20
** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos.
ANEXO H1 - Análise de variância do teor de sólidos solúveis (
o
Brix) em % dos frutos 6 kg
para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
0,0017
0,0008
0,0084 NS
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,7122
0,2374
2,4050 NS
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
1,0428
0,1738
1,7606 NS
Tratamentos 11
1,7567
0,1597
-
Blocos 2
1,7017
0,8508
8,6193 **
Resíduos 22
2,1717
0,0987
-
Média geral do ensaio (
o
Brix) 8,85
Desvio Padrão (
o
Brix) 0,3142
Coeficiente de variação (%) 3,5501
** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos
ANEXO H2 - Análise de regressão do teor de sólidos solúveis da polpa dos frutos de
melancia, para os sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco e as lâminas de
irrigação de 50, 75, 100 e 125% da ETc.
Microaspersão
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Regressão grau 1 1
0,0027
0,0027
0,0389 NS
0,0037
Regressão grau 2 1
0,2700
0,2700
3,9352 NS
0,3770
Regressão grau 3 1
0,4507
0,4507
6,5684 NS
1,0000
Tratamentos 3
0,7233
0,2411
-
Resíduos 6
0,4117
0,0686
-
Média geral do ensaio (%) 8,85
Desvio Padrão (%) 0,262
Coeficiente de variação (%) 2,96
Gotejamento
Regressão grau 1 1
0,0042
0,0042
0,0440 NS 0,0,0079
Regressão grau 2 1
0,5208
0,5208
5,4985 NS 0,9921
Regressão grau 3 1
0,0042
0,0042
0,0440 NS 1,0000
Tratamentos 3
0,5292
0,1764
-
-
Resíduos 6
0,5683
0,0947
-
-
Média geral do ensaio (%) 8,84
Desvio Padrão (%) 0,30
Coeficiente de variação (%) 3,48
Sulco
Regressão grau 1 1
0,2535
0,2535
1,4555 NS
0,5045
Regressão grau 2 1
0,0208
0,0208
0,1196 NS
0,5459
Regressão grau 3 1
0,2282
0,2282
1,3100 NS
1,0000
Tratamentos 3
0,5025
0,1675
-
-
Resíduos 6
1,0450
0,1742
-
-
Média geral do ensaio (%) 8,85
Desvio Padrão (%) 0,42
Coeficiente de variação (%) 4,71
NS: não difere estatisticamente
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio; R²: coeficiente de determinação
ANEXO I 1 - Análise de variância do teor de água dos frutos 6 kg para os sistemas de
irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco para as lâminas de irrigação de 50, 75, 100 e
125% da ETc.
Causas de variação G. L.
S. Q.
Q. M.
F
Sistemas de irrigação 2
3,1847
1,5923
16,1153 NS
Lâminas de irrigação (% da ETc) 3
0,0143
0,0048
0,0484 NS
Sistemas de irrigação x lâminas (% da ETc) 6
1,2940
0,2157
2,1827 NS
Tratamentos 11
4,4930
0,4085
-
Blocos 2
2,1341
1,0670
10,7989 **
Resíduos 22
2,1738
0,0988
-
Média geral do ensaio (%) 91,2
Desvio Padrão (%) 0,314
Coeficiente de variação (%) 0,344
** = difere estatisticamente a 1%; NS = não diferiu
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio dos resíduos.
ANEXO I 2 - Análise de regressão do teor de água dos frutos de melancia 6 kg, para os
sistemas de irrigação por micoaspersão, gotejamento e sulco e as lâminas de irrigação de 50,
75, 100 e 125% da ETc.
Microaspersão
Causas de variação G.L.
S. Q.
Q. M.
F
Regressão grau 1 1
0,0362
0,0362
0,4577 NS
0,2188
Regressão grau 2 1
0,0148
0,0148
0,1869 NS
0,3082
Regressão grau 3 1
0,1143
0,1143
1,4468 NS
1,0000
Tratamentos 3
0,1653
0,0551
-
Resíduos 6
0,4741
0,0790
-
Média geral do ensaio (%) 91,48
Desvio Padrão (%) 0,28
Coeficiente de variação (%) 0,30
Gotejamento
Regressão grau 1 1
0,0678
0,0678
0,8737 NS 0,5423
Regressão grau 2 1
0,0226
0,0226
0,2915 NS 0,7232
Regressão grau 3 1
0,0346
0,0346
0,4459 NS 1,0000
Tratamentos 3
0,1250
0,0417
-
-
Resíduos 6
0,4656
0,0776
-
-
Média geral do ensaio (%) 90,88
Desvio Padrão (%) 0,28
Coeficiente de variação (%) 0,30
Sulco
Regressão grau 1 1
0,0334
0,0334
0,1703 NS
0,0441
Regressão grau 2 1
0,1582
0,1582
0,8066 NS
0,2529
Regressão grau 3 1
0,5661
0,5661
2,8857 NS
1,0000
Tratamentos 3
0,7578
0,2526
-
-
Resíduos 6
1,1770
0,1962
-
-
Média geral do ensaio (%) 91,03
Desvio Padrão (%) 0,44
Coeficiente de variação (%) 0,48
NS: não difere estatisticamente
G.L.: Graus de Liberdade; S.Q.: Soma dos quadrados; Q.M.: Quadrado médio; R²: coeficiente de determinação
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