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RICARDO WALLACE DAS CHAGAS LUCAS
ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A ESTATURA E O PERÍMETRO ABDOMINAL
EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE PERCENTUAIS NORMAIS DE GORDURA
Dissertação
FLORIANÓPOLIS SC
2010
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2
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO ESPORTE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTU SENSU EM CIÊNCIAS DO
MOVIMENTO HUMANO
RICARDO WALLACE DAS CHAGAS LUCAS
ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A ESTATURA E O PERÍMETRO ABDOMINAL EM
INDIVÍDUOS PORTADORES DE PERCENTUAIS NORMAIS DE GORDURA.
Dissertação apresentada como requisito para
obtenção do grau de mestre em Ciências
do Movimento Humano, na Subárea
Atividade Física e Saúde do Programa de
Pós-graduação em Ciências do Movimento
Humano da UDESC - Universidade do
Estado de Santa Catarina.
Orientador: Prof. Dr. Walter Celso de Lima.
FLORIANÓPOLIS SC
2010
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RICARDO WALLACE DAS CHAGAS LUCAS
ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A ESTATURA E O PERÍMETRO ABDOMINAL EM
INDIVÍDUOS PORTADORES DE PERCENTUAIS NORMAIS DE GORDURA.
Dissertação de mestrado aprovada como requisito parcial para a obtenção do grau de
Mestre em Ciências do Movimento Humano, na área de concentração Atividade Física e
Saúde, no Curso de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da
Universidade do Estado de Santa Catarina.
Banca Examinadora:
Orientador: _______________________________________________
Dr. Walter Celso de Lima
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Membro: _______________________________________________
Dr. Tales de Carvalho
Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC
Membro: _______________________________________________
Dr. Magnus Benetti
Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC
Membro: _______________________________________________
Dr. Marcos Leal Brioschi
Universidade Federal do Paraná UFPR
Florianópolis, 10 de Março de 2010
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos que me ajudaram ao
seu desenvolvimento até aqui, e aos que me
ajudarão a partir daqui.
5
AGRADECIMENTOS
A Deus e aos seus!
6
“Aquilo do passado que fazemos no
presente são pedaços do futuro, e o meu
futuro chegou. Então no futuro do futuro
vou relembrar o meu passado que é
agora
Chenille
7
RESUMO
INTRODUÇÃO: Vários são os fatores que podem limitar valores preditivos de corte para
medida da circunferência (perímetro) abdominal, para fins de análise de risco
cardiometabólico. Dentre estes a etnia, a somatotipia e a faixa etária são citados como
os mais importantes. Assim, pontos de cortes estabelecidos em 102 cm para homens e
88 cm para mulheres são apontados em diversos estudos como inadequado. A opção
de se ter formas de medição da circunferência abdominal relacionadas com a população
estudada, utilizando pontos de corte menos estandardizados, parece ser uma
necessidade. OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo foi analisar a existência de
relação numérica comum entre a estatura e o perímetro (cintura) abdominal, em homens
portadores de percentuais normais de gordura. METODOLOGIA: Foram selecionados
de um banco de dados composto de análises de composição corporal, 380 sujeitos do
sexo masculino, da faixa etária entre 18 e 45 anos. Desta população foram triados 174
indivíduos, da faixa etária entre 18 e 25 anos, possuidores de percentuais de gordura
dentro da faixa de normalidade, de acordo com a tabela de Pollock (1993), ou seja, entre
4% e 16% de gordura. Para tratamento dos dados foi utilizado o programa estatístico do
Excel, incluído no Software Microsoft 2007, que verificou as correlações existentes entre
a relação cintura/estatura em percentual, e o percentual de gordura. RESULTADOS: Na
amostra da população estudada houve correlação fortemente positiva, r de Pearson de
0,768, com r
2
de 0,589, da medida do perímetro abdominal em relação ao percentual de
gordura, e uma relação cintura/estatura em percentual com um valor compatível a esta
correlação, equivalente a 0,43. A partir da amostra estudada, pode-se concluir que
existe uma medida percentual comum para indivíduos portadores de percentual de
gordura normal, e que a faixa limite de ação para os pontos de corte para a Razão
Cintura-Estatura é representado pelo intevalo entre 0,43 e 0,50, que traduzido para a
linguagem de percentual, seria entre 43% e 50% da estatura do indivíduo avaliado,
guardando as devidas proporções de faixa etária e gênero.
Palavras-chave: Circunferência abdominal. Estatura. Relação Cintura/estatura
8
ABSTRACT
INTRODUCTION: There are several factors that may limit predictive values cut to
measure belly circumference (perimeter), endoscopy for analyzing cardiac-metabolic risk
purposes. Among these ethnic groups, somatotype and age are said to be the most
important. Thus, the cutoff points set at 102 cm for men and 88 cm for women are
reported in several studies as inadequate. The option of having several ways of
measuring waist circumference related to the population studied, by using cutoff points
less standardized, seems to be a must. OBJECTIVES: This study aims to analyze the
existence of common numerical relationship between height and abdominal
circumference (waist) in men with normal percentage of fat. METHODS: We selected
from a database made of body composition analysis, 380 males, aged between 18 and
45 years. Of this population, 174 individuals were screened , aged between 18 and 25
years old, with normal range fat percentage , according to the scale of Pollock (1993), ie
between 4% and 16% fat. For data processing, statistical program Excel, Microsoft
included with the Software in 2007 was used, to find out the correlation between waist-
height in percentages as well as fat percentage. RESULTS: In the sample of the
population studied, there was a strongly positive correlation, r Pearson's of 0.768, with r2
of 0.589, the measure of waist circumference in relation to fat percentage and waist-
height in percentage to a value consistent with this correlation, equivalent to 0.43. From
this sample, the conclusion is that there is a percentage measure common for individuals
with normal body fat percentage, and that the full action limit for the cutoff points for the
waist-height is represented by the intervals between 0,43 and 0,50, which translated into
the language of percentage would be between 43% and 50% of the stature of the
individuals assessed, safeguarding the proper proportions of age and gender.
Keywords: Obesity, Stature, Waist / height relation
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
10
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
10
1.2 JUSTICATIVA
11
1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
12
1.4 OBJETIVOS
12
1.4.1 Objetivo Geral
12
1.4.2. Objetivos Específicos
12
1.5 HIPÓTESES DO ESTUDO
13
2 REVISÃO DE LITERATURA
13
2.1 MÉTODOS DE MEDIDA DA OBESIDADE VISCERAL
13
2.2 A RELAÇÃO CINTURA ESTATURA
16
3 MÉTODO
24
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
24
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
24
3.3 VARIÁVEIS DO ESTUDO
24
3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
25
3.5 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS
25
3.6 TRATAMENTO DOS DADOS COLETADOS
26
4 APRESENTAÇÃO E DOS RESULTADOS
27
4.1 RESULTADOS DA POPULAÇÃO
27
4.2 RESULTADOS DA AMOSTRA
29
4.2.1 RESULTADOS GERAIS
29
4.2.2 RESULTADOS POR ESTRATOS DA ESTATURA
30
5 DISCUSSÃO
32
6 CONCLUSÃO
33
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
34
ANEXO 1
48
ANEXO 2
49
ANEXO 3
50
10
1 INTRODUÇÃO
1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
Nas civilizações industrializadas do planeta, a obesidade é atualmente uma
doença altamente prevalente e de elevada morbidade e mortalidade. Tais riscos são
atribuídos às implicações cardiovasculares e metabólicas relacionadas, e efetivamente
presentes em obesos que apresentam deposição de gordura em região visceral,
conforme se demonstrou em alguns estudos longitudinais. Nestes, caracterizou-se que o
perigo da obesidade visceral reside em sua associação direta com outros fatores de
risco cardiometabólicos, entre eles a hipertensão, o diabetes e a dislipidemia.
(REXRODE et. al, 1998; PEREIRA et. al, 1999; HO et. al, 2001; LERARIO et. al, 2002;
OGDEN et. al, 2003 MELÉNDEZ et. al, 2002; MARTINS & MARINHO, 2003; ROSA et.
al, 2005; PITANGA & LESSA, 2005 e 2007; TARASTCHUK et. al, 2008; BARBOSA et.
al, 2009).
Todavia, as modalidades metodológicas empregadas para a mensuração da
gordura corporal total, não se relacionam diretamente com a gordura visceral. Apesar de
não possuírem elevada acurácia, as medidas antropométricas têm sido as mais
utilizadas para se avaliar a gordura visceral, ao invés das avaliações pela
ultrassonografia ou pela tomografia. Estas técnicas determinam reprodutibilidade mais
adequada, mas se apresentam mais dispendiosas e menos práticas, sendo assim pouco
aplicáveis à Saúde Pública do Brasil, principalmente em estudos epidemiológicos
(RIBEIRO et. al, 2001; PEREIRA et. al, 1999; LEITE et. al, 2000; HO et. al, 2001;
MELÉNDEZ et. al, 2002; OKOSUN et. al, 2003; ROSA et. al, 2005; FERREIRA et. al,
2006; SAMPAIO et. al, 2007). Dentre as medidas antropométricas, as mais utilizadas
têm sido as que analisam os perímetros, através de fita métrica. Destas, o uso da
relação cintura/quadril e da cintura abdominal têm mostrado correlações adequadas
para com a gordura visceral estimada pela tomografia, além de predizerem
adequadamente o risco cardiovascular (DALTON et. al, 2003).
11
Existe relativa aceitação nos estudos epidemiológicos, de utilização de medidas
antropométrica fixas, para homens e para mulheres, em relação à cintura abdominal. Os
limites de corte utilizados apresentam meros absolutos, quando uma tendência da
aplicação de limites variados, que estarão em acordo com tipo de população avaliada
(HAN et. al, 1995).
Dentre os dados levantados para compor as análises de risco cardiometabólico, a
estatura do indivíduo, por ser relativamente imutável após idade adulta, e tem servido
como base para a composição de medidas mais aplicáveis às diversas populações.
(PITANGA & LESSA, 2006). Desta forma a pesquisa tem como objetivo principal, utilizar
como parâmetro a razão cintura-estatura, para fornecer uma modalidade de medida da
cintura (perímetro) abdominal mais flexível e aplicável, nos estudos epidemiológicos de
Saúde Pública.
1.2. JUSTIFICATIVA
Em relação à medida do perímetro (cintura) abdominal, questiona-se a
adequação do ponto de corte estabelecido em 102 cm para homens e 88 cm para
mulheres (HAN et.al, 1995) para populações de diferentes etnias. Pois em alguns
estudos, níveis mais baixos, tais como 94 cm para homens e 80 cm para mulheres, têm
sido considerados mais apropriados
(PITANGA & LESSA, 2005; OH JY et. al, 2004;
FERREIRA et. al, 2006; BARBOSA et. al, 2006; VASQUEZ et. al, 2009). I Diretriz
Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica recomenda ainda uma
monitorização mais freqüente dos fatores de risco para doenças coronarianas, para
mulheres com circunferência (perímetro) de cintura abdominal entre 80-88 cm e para
homens entre 94-102 cm.
Ainda é citado que diferentes etnias apresentam diferentes somatotipos, e
consequentemente distribuições de gordura diversas, de modo que valores de corte
preditivos de risco numa população podem não ser válidos para outras (LERARIO et. al,
2002).
Em vista do exposto, abre-se uma lacuna que possibilita a criação hipotética de
uma forma de medição da circunferência (perímetro) abdominal, que esteja mais
12
relacionada com uma populão específica, demonstrando pontos de corte menos
standardizados, como atualmente se apresentam. Para tanto, partimos do pressuposto
que em corpos adultos saudáveis, existem proporções comuns entre as partes.
Utilizando a estatura como a parte relativamente imutável, variações superiores ou
inferiores, devem se diferenciar em relação ao gênero, somatotipo e faixa etária.
Desta forma, supõe-se que um indivíduo adulto que possua um percentual de
gordura adequado para a sua faixa etária (homem ou mulher) e compatível à sua massa
corporal, tenha um pemetro abdominal proporcional às suas outras partes, incluindo a
estatura. Acreditamos que o perfil étnico esteja representado pelo somatotipo, e para
tanto não haveria diferenciação quanto ao perímetro abdominal. (GUIZONI & LUCAS,
2006).
O método de mensuração proposto se baseia no pressuposto biológico de que
todos os corpos mantêm proporções numéricas entre as partes, e estas são
presumíveis, levando em consideração o estado saudável e funcional que o mesmo
deve permanecer no decorrer da vida.
1.3. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
Limitou-se a investigar a existência de relação percentual comum, e estatisticamente
confiável, entre a medida da cintura abdominal e a estatura de indivíduos
possuidores de níveis normais de percentualde gordura, em relação a uma tabela de
referência.
1.4. OBJETIVOS
1.4.1 OBJETIVOS GERAL
- Verificar a existência de uma Razão Cintura-Estatura comum em indivíduos
masculinos, de 18 a 25 anos de idade, portadores de percentuais de gordura
normais.
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Dividir a razão cintura-estatura em estratos de faixas de percentual de gordura,
13
de acordo com tabela de referência (POLLOCK& WILMORE, 1993);
- Dividir a razão cintura-estatura em estratos secundários, de acordo com faixas de
estatura;
- Apresentar as razões cintura-estatura como percentuais da estatura;
- Etabelecer um valor ideal para o perímetro abdominal, baseado no percentual da
estatura;
1.5 HIPÓTESES DO ESTUDO
H1 Existe uma relação percentual comum entre a estatura e o perímetro
abdominal de indivíduos possuidores de percentuais de gordura normais.
H0 Não existe uma relação percentual comum entre a estatura e o perímetro
abdominal de indivíduos possuidores de percentuais de gordura normais.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 A OBESIDADE VISCERAL
Alguns estudos internacionais estabeleceram que a obesidade é um fator de risco
de doença cardiovascular estatisticamente significativo, em basicamente todas as
populações do mundo. O INTERHEART constituiu-se de um estudo caso-controle
padronizado, com 262 centros participantes em 52 países da África, Ásia, Austrália,
Europa, Oriente Médio, América do Norte e América do Sul, que trouxe como resultado
um total de 15.152 casos incidentes de IAM (Infarto agudo do miocárdio) e 14.820
controles, pareados por idade 5 anos) e sexo, mas sem história de doença cardíaca.
(YUSUF et.al, 2004).
As análises subseqüentes previamente estabelecidas dos resultados do
INTERHEART determinaram adicionalmente que o cálculo da razão cintura-quadril é um
preditivo mais poderoso do nível de risco de doença cardiovascular associado à
obesidade que qualquer outra medida de obesidade, como o IMC Índice de Massa
Corporal, por exemplo, ou grupo de medidas (HAFFNER S.M, DESPRES J.P, BALKAU
B, et.al, 2006).
14
O estudo IDEA (Dia Internacional para Avaliação da Obesidade Abdominal, no
original em inglês, International Day for the Evaluation of Abdominal Obesity), tamm
demonstrou que o perímetro abdominal é um melhor preditor de resultados das doenças
cardiovasculares que o IMC. Os primeiros resultados deste estudo de mais de 170.000
pessoas indicam que a medida abdominal está associada às doenças cardiovasculares,
independentemente da relação que o índice de massa corporal tenha com o risco de
doença cardiovascular, sem considerar idade ou geografia.
Os dados do estudo IDEA foram apresentados na 55ª Sessão Científica Anual do
Colégio Americano de Cardiologia realizada de 11 a 14 de março de 2006, em Atlanta,
Geórgia. Segundo HAFFNER et. al (2006), o estudo IDEA - International Day for the
Evaluation of Abdominal Obesity confirma a importância de medir a circunferência
abdominal, junto com medidas atuais como o índice de massa corporal, pressão
sanguínea, glicemia e níveis lipídicos, para identificar pacientes que estão sob crescente
risco cardiometabólico em um cenário de cuidados primários.
O estudo IDEA envolveu 6.407 médicos clínicos gerais em 63 países (excluindo os
Estados Unidos). Uma população não selecionada composta por 177.345 pacientes com
idades de 18 a 80 anos que consultaram seu médico clínicas geral por qualquer razão
em duas meias jornadas previamente estabelecidas foram incluídos no estudo entre
maio e julho do ano de 2005. Além das medidas da circunferência abdominal, altura e
massa corporal total (peso) corporal, foram recolhidos dados demográficos por nero,
idade e nível de instrução. A presença ou ausência de fatores de risco clássicos de
doença cardiovascular (por exemplo, hipertensão, diabetes, dislipidemia e tabagismo) e
os fatores de risco existentes (doença cardíaca coronariana, acidente vascular
encefálico ou revascularização prévia) também foram registrados.
As características relevantes da população IDEA foram:
O predomínio de sobrepeso (ponto de corte de índice de massa corporal 25-30
kg/m
2
) não diferiu regionalmente, mas foi consistentemente maior em homens
que em mulheres;
15
O predomínio de obesidade (índice de massa corporal 30 kg/m
2
) foi muito alto
de maneira geral, tendo sido o mais alto no Canadá e nos países do Oriente
Médio, e mais baixo na Ásia;
A medida da circunferência abdominal tanto em homens quanto em mulheres foi
mais baixa no Leste Asiático e mais alta na África do Sul, Oriente Médio e Leste
Europeu.
A prevalência mundial de doença cardiovascular diagnosticada por médicos em
homens no estudo foi de 16%, variando de 10% na América Latina a 26% no Leste
Europeu. Nas mulheres, a prevalência mundial foi de 12,5%, variando de 7% na América
do Norte a 23% no Leste Europeu.
A análise dos dados demonstrou que tanto o índice de massa corporal como o
perímetro abdominal estavam associados, independentemente da presença de doença
cardiovascular. Cada aumento na circunferência abdominal de 14 cm para os homens e
14,9 cm para as mulheres aumentava a probabilidade de uma pessoa apresentar uma
doença cardiovascular entre 21% e 40%. Quando ajustada para o índice de massa
corporal, a medida abdominal era um fator preditivo ainda mais forte de doença
cardiovascular, particularmente nos homens.
As relações independentes com as doenças cardiovasculares para o perímetro
abdominal e o índice de massa corporal foram vistos em todas as regiões geográficas,
mesmo naquelas onde as pessoas eram magras, tais como no Leste Asiático.
Entretanto, em 75% das regiões, a associação das doenças cardiovasculares com o
perímetro abdominal foi mais forte que a associação com o índice de massa corporal.
O estudo europeu da EPIC (Investigação Prospectiva Européia em Câncer e
Nutrição) examino a associação do IMC, circunferência da cintura e relação cintura-
quadril com o risco de morte entre 359.387 participantes de nove países. Foram
usadas analises de regressão, com a idade como a variável tempo, os modelos e
estratificada de acordo com o Centro de Estudos e idade no recrutamento, com ajuste
adicional para o nível educacional, tabagismo, consumo de álcool, atividade física e
altura. Neste estudo durante um seguimento médio de 9,7 anos, 14.723 participantes
morreram. O menor risco de morte relacionada ao IMC foi observado em um IMC de
16
25,3 para os homens e 24,3 para as mulheres. Após o ajuste para o IMC, circunferência
da cintura e relação cintura-quadril foram fortemente associados com o risco de morte.
Riscos relativos entre os homens e mulheres apresentaram-se no quintil mais alto da
circunferência da cintura. IMC permaneceu significativamente associado com o risco de
morte nos modelos que incluíam a circunfencia da cintura e relação cintura-quadril (P
<0,001).
Os dados sugerem que tanto a adiposidade geral ea adiposidade abdominal estão
associados com o risco de morte, assim deve-se apoiar a utilização de perímetros da
cintura abdominal e da relação cintura-quadril, além de IMC na avaliação do risco de
morte.(FORD et. al, 2008).
2.2 MÉTODOS DE MEDIDA DA OBESIDADE VISCERAL
Tendo em vista, que no estudo da conhecida Síndrome Metabólica ou
Plurimetabólica, identificar a gordura visceral é extremamente relevante, muitos métodos
de avaliação da distribuição da gordura corporal e medição da adiposidade intra-
abdominal têm sido propostos.
2.2.1 O método considerado ―padrão ouro‖ para determinar a gordura visceral é a
tomografia computadorizada (RÖSSNER et. al, 1990), possibilitando diferenciar a
adiposidade visceral da subcutânea na região abdominal. A alta qualidade na
reprodução e os coeficientes de correlação maiores que 0,90, são motivos para
considerar a tomografia computadorizada o mais eficaz método de imagem com objetivo
de avaliação dos componentes corporais. Assim a massa gorda mostrada através da
imagem é comparada com a que realmente se encontra presente no corpo.
(YOSHIZUMI, 1999). A tomografia permite calcular a razão entre a gordura subcutânea
e a visceral, mostrando associação, de razão 0,4 ou de uma área de gordura intra-
abdominal 130 cm2, com distúrbios do metabolismo glico-lipídico (WILLIAMS et. al,
1996).
O volume total de gordura visceral apresenta substanciosa correlação com a área de
gordura visceral medida na altura da cicatriz umbilical através de um corte tomográfico
(L3-L4 ou L4-L5), embasando assim essa conduta para diagnóstico da deposição
visceral de gordura (KOOY & SEIDELL, 1993). Contudo, o custo elevado desse
17
equipamento sofisticado, a importância de pessoal treinado e especializado que ficará
exposto à radiação; restringem seu uso em estudos epidemiológicos e na rotina clínica.
2.2.2 A ressonância nuclear magnética por ser um método livre de radiação e não
invasivo também possibilita quantificar a gordura visceral com boa acurácia, podendo
ser usada no diagnóstico e acompanhamento de pacientes obesos com grande risco,
porém a variabilidade de seu coeficiente é maior, e está mais sujeita a artefatos que a
tomografia (KOOY & SEIDELL, 1993). Seu custo é mais elevado o que o torna em
alguns casos inacessível na rotina clínica e nas pesquisas.
Assim, mais e mais meios alternativos o apresentados, para avaliação da disposição
central da gordura corporal, com a finalidade de identificar com mais praticidade e
alcance, indivíduos sensíveis à síndrome metabólica, obesos viscerais e com maior risco
cardiovascular (KOOY & SEIDELL, 1993).
2.2.3 Mesmo sendo capaz de apresentar a quantidade de massa magra e gorda
corporais(73), a bioimpedanciometria o possibilita identificar dados sobre a disposição
do tecido adiposo. Isso quer dizer que, em pacientes com percentuais similares de
gordura corporal não fornece subsídios para identificação dos que são ―obesos centrais‖
ou ―viscerais‖; os que possuem mais riscos dos que os outros para anormalidades
metabólicas. Entretanto é útil no acompanhamento de programas de atividade sica,
para revelar aumento de massa magra sem alteração do peso corporal. (KOOY &
SEIDELL, 1993 & ANDREOLI et. al, 2002).
2.2.4 Outro método muito utilizado para estimar a massa óssea e mensurar a
densidade mineral óssea, mas limitado em seu uso pela exposição à radiação e
necessidade de pessoal especializado é a DEXA (dual energy x-ray absorptiometry).
Um equipamento que apresenta meios de avaliar a adiposidade corporal total e por
região, como abdômen ou tronco. Desta maneira, utiliza-se para localizar e medir a
gordura abdominal com os dois componentes subcutâneo e visceral juntos, e para
localizar pacientes de risco cardiovascular (PARADISI et. al, 1999).
2.2.5 Dentre os meios mais utilizados de parecer de adiposidade corporal, dos riscos
e do estado nutricional inadequado e riscos nos indivíduos estão as medidas
antropométricas:
18
a) O IMC é utilizado para classificação dos graus de obesidade que, em estudos
epidemiológicos, está associado ao risco crescente de morbi-mortalidade (OMS, 1997).
Entretanto é incapaz de mensurar a disposição do tecido adiposo, não estabelece a
distribuição dos componentes corporais e qual se encontra alterado (massa magra ou
massa gorda). Através de vários estudos que mostram populações com alta
suscetibilidade à síndrome metabólica, mas apresentando IMC baixo, apresenta-se a
limitação e o questionamento do uso exclusivo desse índice de classificação do risco
cardiovascular em obesos (EGGER, 1992; MATSUNAGA, 1997; FERREIRA et. al,
2002).
b) As pregas cutâneas, outro método antropométrico, se destacam na análise da
disposição da gordura corporal. A soma das pregas cutâneas é utilizada usualmente
para quantificar a gordura corporal (LOHMAN et.al, 1998), Calculando as razões entre
as medidas das pregas cutâneas pode-se ter noção da distribuição da adiposidade,
como exemplo a razão entre a prega triciptal e a subescapular apresenta parâmetro de
disposição troncular da gordura (SEIDELL et. al, 1992).
c) Preferido entre alguns autores, está o cálculo do diâmetro sagital, entretando
não parece existir vantagem desse método em relação ao lculo do perímetro
(circunferência) da cintura, apesar de haverem estudos estipulando pontos de corte
(MOLARIUS et.al, 1998).
d) Dentre os métodos mais utilizados e mais comuns na literatura, para
quantificar a adiposidade visceral, está o cálculo do perímetro (circunferência) da
cintura. Os seguintes números: 88 cm para mulheres e 102 cm para homens, de
circunferência de cintura, aliados ao risco cardiovascular elevado, são critérios do
National Cholesterol Education Program (NCEP-ATPIII). Contudo parecem existir
diferenças de acordo com a raça, na distribuição de gordura e sensibilidade à síndrome
metabólica. Brancos e negros com a mesma avaliação e quantidade de gordura visceral
podem possuir riscos metabólicos diferenciados. A International Diabetes Federation
apresentou valores de 80 cm para mulheres e 94 cm para homens de população
européia e propôs para cada etnia valores de corte diferentes, corroborando com a idéia
de diferenças raciais em relação aos riscos cardíacos (ALBU et. al, 1997).
19
e) A razão cintura-quadril faz parte dos critérios diagnósticos para a síndrome
metabólica propostos pela Organização Mundial de Saúde; entretanto, vem perdendo
espaço, segundo alguns autores, para a circunferência da cintura, que, por se tratar de
uma única medida, estaria menos sujeita à variabilidade na mensuração e
características raciais (MOLARIUS et.al, 1998).
f) O Índice de Conicidade (Índice C) foi proposto no início dacada de 90, com
o objetivo de se avaliar a obesidade regionalizada, levando em consideração a sua
estreita relação com as doenças cardiometabólicas (VALDEZ, 1991 apud PITANGA &
LESSA, 2006).
É determinado com as medidas do peso, da estatura e da circunferência da
cintura. Parte do pressuposto que pessoas que acumulam gordura (adipócitos em
hiperplasia ou hipertrofia) em volta da região central do tronco (visceral), têm a forma do
corpo parecida com um duplo cone, ou seja, dois cones com uma base comum.
Enquanto aquelas com menor quantidade de gordura na região central teriam a
aparência de um cilindro. Desde a época em que este índice foi proposto, alguns
estudos têm sido conduzidos na expectativa de confirmar a possível associação entre o
índice C e variáveis consideradas como risco para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares. (BOSE & MASCIE-TAYLOR, 1998 & GHOSH et. al, 2003). Apesar de
existirem algumas controvérsias, o índice C é reconhecido como um bom indicador de
obesidade central: a maior limitação para o seu uso como preditor de doenças
coronarianas é a inexistência de pontos de corte que possam discriminar alto risco
coronariano.
O índice C foi determinado através das medidas de peso, estatura e circunferência da
cintura utilizando-se a seguinte equação matemática (VALDEZ, 1991):
Índice C =
O numerador é a medida da circunferência da cintura em metros. O valor 0,109 é a
constante que resulta da raiz da razão entre 4π (originado da dedução do perímetro do
círculo de um cilindro) e a densidade média do ser humano de 1 050 kg/m³. Assim, o
20
denominador é o cilindro produzido pelo peso e estatura de determinado indivíduo.
Desta forma, ao ser calculado o índice C, temos a seguinte interpretação: por exemplo,
se a pessoa tem o índice C de 1,30, isto significa que a circunferência da sua cintura,
levando em consideração a sua estatura e peso, é 1,30 vezes maior do que a
circunferência que a mesmo teria caso não houvesse gordura abdominal. (PITANGA &
LESSA, 2006).
Alguns fatores contribuem para que os métodos antropométricos sejam
considerados de baixa especificidade e sensibilidade para diagnóstico da obesidade
visceral. O fato de o precisar de pessoal ou material especializado e ser de fácil
execução, apresenta pontos positivos da antropometria, mas como negativos temos a
incapacidade desses métodos de diferenciação de gordura visceral para subcutânea.
Tamm a variável intra e inter examinador relativamente elevada. Os valores devem
ser examinados levando-se em consideração a população em estudo, para poder se
estabelecer os valores normais e de risco. (LOHMAN et.al,1998)
A antropometria tem, portanto, as vantagens de ser de fácil execução e de não
necessitar de material ou pessoal especializado, e as desvantagens de ser incapaz de
diferenciar a gordura visceral da subcutânea e da variabilidade intra e inter-examinador
relativamente elevadas. Valores normais e de risco devem ser obtidos de acordo com a
população em estudo (LOHMAN et.al, 1998). Estes fatos conferem aos métodos
antropométricos uma boa sensibilidade e baixa especificidade para o diagnóstico da
obesidade visceral.
g) Diante da positiva correlação apresentada entre a tomografia
computadorizada e a ultra sonografia para mensuração da adiposidade visceral, essa
última surge como mais uma alternativa de avaliação. Sua imagem permite visualizar e
medir em cm, as distâncias da gordura subcutânea e da visceral, uma separada da
outra. A técnica necessita do uso de um transdutor de 3,5 MHz, disposto a um
centímetro da cicatriz umbilical, mesmo local utilizado na tomografia computadorizada
(ARMELLINI et.al, 1990). A área mensurada pela tomografia corresponde à distância do
tecido adiposo visceral demonstrado pela imagem ultra sonográfica. Mesmo que
alocando equipamento e material humano treinado, como os outros, a ultra sonografia é
considerada de fácil e rápida execução, com boa sensibilidade e especificidade
21
(ARMELLINI et.al, 1993). Analisando essas características, a ultra sonografia torna-se
significativamente útil para análise e estudo da obesidade visceral de pacientes com alta
suscetibilidade à síndrome metabólica. Foram identificados e associados como maior
risco cardiovascular, os valores de 9 cm para homens 8 cm para mulheres (LEITE et.al,
2000). Com a ultra sonografia existe a possibilidade de selecionar pacientes obesas
com maior risco cardiometabólico, apresentando grande correlação com a gordura
visceral quantificada pela tomografia; propondo assim valor de 7 cm para diagnóstico de
obesidade visceral em indivíduos do sexo feminino (RIBEIRO FILHO et.al, 2003).
2.3 A RELAÇÃO CINTURA ESTATURA
A medida do grau de distribuição de obesidade visceral parece ser importante para a
detecção precoce de riscos para a saúde mesmo entre aqueles com massa corporal
total (peso) normal. (RUDERMAN et.al, 1998 & HSIEH et.al, 2000). No entanto,
autoridades médicas ainda não estabeleceram um padrão único e simples, que podem
ser aplicados a homens e mulheres para identificar simultaneamente tanto aqueles que
estão com sobrepeso, e aqueles com massa corporal total normal, mas que enfrentam
maiores riscos metabólicos de distribuição de obesidade visceral.
Relação cintura-quadril foi durante muito tempo o índice mais utilizado para avaliar
a obesidade central, no entanto, as variações nos níveis de medição, diferenças nos
valores de corte entre homens e mulheres e entre diferentes grupos étnicos, e a
possibilidade de constrangimento para os examinadores e os examinandos de sexos
diferentes na medição da área do quadril limitaram a sua prevalência global. (VAGUE,
1956; LARSSON et.al, 1984; LAPIDUS et.al, 1984 & CROFT et.al, 1995).
Recentemente, várias organizações propuseram índices de perímetro abdominal
para avaliar a obesidade central. Contudo, sua aplicação indiscriminada tem sido
criticada por sua eficácia comparada com a classificação do IMC atual, pois pontos de
corte diferem entre homens e mulheres e entre diferentes grupos étnicos. (OMS, 2000;
MOLARIUS et.al, 1999; LITTLE P & BYRNE C.D, 2001).
Os critérios para a circunferência da cintura proposto pela OMS, discriminando o
ponto médio entre a borda inferior das costelas e a crista ilíaca, foram baseadas em
estudos de caucasianos, que geralmente têm um IMC maior do que muitos outros
22
grupos étnicos. Em 2000, a Sociedade para o Estudo da Obesidade do Japão (JASSO)
propôs que indivíduos possuidores de IMC maior que 25 kg / m
2
devem ser
considerados obesos, em se tratando destes possuirem perímetro da cintura (nível
umbilical) maior que 85 cm (homens) ou 90 cm (mulheres). No entanto, não fez
referência a indivíduos portadores de massa corporal normal que apresentassem
aumento no perímetro abdominal.
Vários relatórios da Ásia indicam que a razão cintura-estatura, em se tratando de
uma medida adimensional, se correlaciona melhor com o risco cárdiometabólico do que
o IMC, circunferência da cintura, relação cintura-quadril, ou medidas de dobras cutâneas
(com base em dados recolhidos em mais de 48 000 pessoas em todas as investigações
relacionadas). tamm referências de que o ponto de corte de 0,5 para a razão
cintura-estatura parece ser um índice satisfatório para a identificação de indivíduos com
sobrepeso e massa corporal total normal, que enfrentam maiores riscos
cardiometabólicos. Demonstrado na curva ROC (Receiver Operator Characteristics)
,quanto mais próximo desta razão maiores o os riscos cardiometabólicos. Desta forma
a razão cintua-estatura pode representar uma ferramenta potencialmente útil para os
cuidados de saúde preventiva.
(HSIEH et.al, 1996).
A estatura é um pametro importante que deve ser considerado antes de adotar um
índice de obesidade, uma vez que a altura possui relação com a distribuição ectoscópica
do acúmulo de gordura (obesidade andróide ou ginóide). Em estudos em asiáticos,
observou-se uma discrepância entre o aumento da massa corporal e a idade, quando se
comparou homens e mulheres. Isto é permite se pensar na utilidade da relação com a
estatura, que é mais difícil de observar pelo IMC em homens que em mulheres
(HSIEH et.al, 2000). As seguintes razões podem ser determinantes:
a) O aumento da quantidade de gordura com a idade pode ser menos pronunciada
nos homens do que nas mulheres.
b) O aumento de massa corporal total devido a gordura pode ser compensada em
maior grau por uma diminuição na massa magra, como músculo e dos
componentes do mineral, nos homens que nas mulheres, e os homens tamm
23
reduzem mais a gordura subcutânea (FORBES, 1970; COHN, 1980; BORKAN,
1983; HSIEH et.al, 2000).
c) Os jovens podem ter IMCs elevados devido ao perfil mais anabólico que
predispõe a uma taxa metabólica de repouso mais alta, e consequente massa
magra maior.
Um aumento de gordura intra-abdominal pode ser compensado por uma
diminuição da gordura subcutânea entre os homens mais velhos. Assim, o aumento da
gordura intra-abdominal de meia-idade sobre podem ser difíceis de detectar pelo
perímetro da cintura, sem ajustes de estatura. (BORKAN, 1983; HSIEH et.al, 2000).
O uso de um único índice da circunferência (perímetro) da cintura para a
avalião de riscos metabólicos, tanto para jovens e idosos, podem subestimar riscos
aparentes entre os indivíduos mais velhos. Mesmo após ajuste para idade, pessoas
mais baixas podem ainda enfrentar riscos metabólicos mais altos do que as pessoas
com cinturas semelhantes. (HSIEH et.al, 1999).
Alguns estudos inferem que a razão cintura-estatura apresenta correlação
negativa com doença arterial coronariana, que é válido após o ajuste para demais
fatores de risco. Assim, este potencial perfil sobre a doença arterial coronariana,
independentemente de idade e outros fatores de risco, constituem a razão cintura-
estatura em um melhor índice para estudos prospectivos nesta área. (HEBERT, 1993;
PARKER, 1998).
A razão cintura-estatura pode oferecer as seguintes vantagens sobre outros
índices antropométricos, que consistem do perímetro da cintura isoladamente:
a) Adequação de valores entre homens e mulheres em todas as idades,
b) Monitoramento mais preciso da distribuição da gordura corporal e acúmulo de
idade;
c) A correlação mais estreita com o índice de morbidade de fatores de risco
coronariano;
d) identificação mais abrangente de indivíduos com sobrepeso e aqueles com
massa corporal total normal que enfrentam maiores riscos;
24
e) Simplicidade, em que uma regra única pode ser aplicado a homens e mulheres.
(ASHWELL, 1996; COX, 1997; ASHWELL, 1997; SAVVA, 2000; HARA, 2001).
3. MÉTODO
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Esta pesquisa de caracteriza como Descritiva Correlacional, onde o objeto de
estudo é a verificação da existência de uma relação percentual comum de razão cintura-
estatura em idivíduos portadores de percentuais de gordura normais. A pesquisa
correlacional é descritiva no sentido em que explora as relações existentes entre as
variáveis, e determina suas validades (THOMAS e NELSON, 2002)
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população deste estudo e composta por indivíduos sem identificação de doença
instalada, aparentemente saudáveis, trabalhadores de linha de produção de empresas
fabris, e consta do Banco de Dados do Ambulatório da Clínica Escola da empresa
IBRATE Instituto Brasileiro de Therapias e Ensino, sede de Curitiba/PR, com dados
inclusos entre os anos de 2004 a 2008. Este banco de dados oferece dados de: Idade,
Perímetro Abdominal e Estatura, Percentual de Gordura dos indivíduos. Foram
selecionados de forma não-probabilística intencional 380 sujeitos do sexo masculino, da
faixa etária entre 18 e 45 anos. Desta população foram triados 174 indivíduos, da faixa
etária entre 18 e 25 anos, possuidores de percentuais de gordura dentro da faixa de
normalidade, ou seja, entre 4% e 16% de gordura, conforme tabela (anexo 3).
3.3 VARIÁVEIS DO ESTUDO
Variáveis Indepentes: Sexo; Idade; Massa Corporal Total (Peso)
Variáveis Dependentes: Estatura, Perímetro Abdominal, Índice de Massa Corporal e
Percentual de Gordura.
25
3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
O Banco de Dados possui o conjunto das variáveis coletadas, que foram
mensuradas utilizando os seguintes instrumentos:
- Estatura Através de Estadmetro Portátilconstituído por escala métrica com
resolução de 1mm.
- Massa Corporal Total - Balança digital Portátil calibrada, com capacidade para
150 kg, com margem de 100 g.
- Perímetro Abdominal Através de fita métrica inextensível, com margem de 0,1
cm.
- Percentual de Gordura Através do equipamento de Bioimpedância Bipolar da
Marca OMRON, modelo HBF-306.
- IMC Índice de Massa Corporal. Determinado pela razão da massa corporal total
pela estatura elevada ao quadrado.
3.5 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS
Todos os dados foram transportados para planilha do Microsoft Excel 2007. Para a
coleta dos dados da população pesquisada foram realizados os seguintes
procedimentos, em sequência:
- Estatura - Mensurada com indivíduo de e com s descalços, trajando calção
ou sunga. Foram recomendados aos indivíduos os seguintes procedimentos para
o dia do exame: (1) não comer ou beber quatro horas antes do exame, (2) não
fazer exercícios físicos não habituais 12 horas antes do exame, (3) urinar 30
minutos antes do exame, (4) não consumir álcool 48 horas antes do exame, (5) e
não fazer uso de diuréticos sete dias antes do exame.
- Massa Corporal Total (Peso) Mensurada com o indivíduo de e com pés
descalços
- Perímetro Abdominal Com o posicionamento da Fita Métrica em pontos
anatômicos recomendados pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento
da Síndrome Metabólica e da OMS (Organização Mundial de Saúde) medida, no
26
meio da distância entre a crista ilíaca e o rebordo costal inferior, com o indivíduo
de pé. (JANSEN, 2004).
- Percentual de Gordura. Os dados de Sexo, Idade, Massa Corporal Total e nível
de condicionamento (ser ou o ser atleta) foram inseridos ano equipamento.
Com o indivíduo de pé e calçado foi executado o procedimento no aparelho.
3.6 TRATAMENTO DOS DADOS COLETADOS
Para tratamento dos dados foi utilizado o programa estatístico do Excel, incluído no
Software Microsoft 2007. Foram realizados os seguintes procedimentos com os dados,
após adicioná-los em colunas no Excel 2007, dispondo na sequência de idade, Estatura,
Perímetro Abdominal, Percentual de Gordura e Razão Cintura-Estatura:
1) Em todos os elementos da população estudada: 380 (trezentos e oitenta)
indivíduos do sexo masculino, com faixa etária compreendida entre 18 e 45 anos,
sem discriminação do Percentual de Gordura:
- Foi determinado Coeficiente de Correlação de Pearson (r) entre o
Percentual de Gordura e o Perímetro Abdominal;
- Foi determinado Coeficiente de Correlação de Pearson (r) entre a Razão
Cintura-Estatura e o Percentual de Gordura;
- Foi determinada a Média e o Desvio Padrão de todas as variáveis
dispostas, e o Intervalo de Confiança para 95% para Média do perímetro
abdominal.
- A Média da Razão Cintura-Estatura da população foi transcrita em
percentual.
2) Na amostra da população estudada: 174 (cento e setenta e quatro) indivíduos do
sexo masculino, com faixa etária compreendida entre 18 e 25 anos, com
Percentural de Gordura compreendido entre 4 e 16%:
- Foi determinado Coeficiente de Correlação de Pearson (r) entre o
Percentual de Gordura e o Perímetro Abdominal;
27
- Foi determinada a Média e o Desvio Padrão de todas as variáveis
dispostas, e o Intervalo de Confiança para 95% para Média do Perímetro
Abdominal.
- As Razões Cintura-Estatura da população foram transcritos em
percentuais, e foram determinadas as Médias do Perímetro Abdominal.
3) A amostra foi dividida por estratos de estatura de 160 a 169 cm, 170 a 179 cm e
de 180 a 189 cm, onde foi determinando:
- A Média e o Desvio Padrão de todas as variáveis dispostas, o Intervalo de
Confiança para 95% para Média do Perímetro Abdominal, e as Razões
Cintura-Estatura dos estratos por estatura da amostra foram transcritos
em percentuais.
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 RESULTADOS DA POPULAÇÃO
Em todos os elementos da população estudada: 380 (trezentos e oitenta)
indivíduos do sexo masculino, com faixa etária compreendida entre 18 e 45 anos, sem
discriminação do Percentual de Gordura:
Gráfico 01.
28
Tabela 1 - Coeficiente de Correlação de Pearson (r) entre o Percentual de Gordura e o
Perímetro Abdominal:
Percentual de Gordura x Perímetro Abdominal n= 380
PEARSON
r = 0,778 - r
2
= 0,606
Interpretação Correlação Positiva Muito Forte
Gráfico 02.
Tabela 2 - Coeficiente de Correlação de Pearson (r) entre a Razão Cintura-Estatura e o
Percentual de Gordura:
Razão Cintura Estatura x Percentual de Gordura n = 380
PEARSON
r = 0,768 - r
2
= 0,590
Interpretação Correlação Positiva Muito Forte
29
Tabela 3 - Média e o Desvio Padrão de todas as variáveis dispostas:
IDADE
ESTATURA
PERÍMETRO
ABDOMINAL
% DE
GORDURA
RAZÃO
CINT/EST
MÉDIA
27,1
174,1
81
14,3
0,46
DESV. PAD.
7,2
6,9
9,6
6,0
0,054
Tabela 4 - O Intervalo de Confiança para 95% para Média do perímetro abdominal.
alpha 0,05 - n = 380 - desvio padrão 9,6
Intervalo de confiança = 0.961
Tabela 5 - A Razão Cintura-Estatura trancrita em Percentual.
Razão Cintura-Estatura 0,46
Equivale a 46% da Estatura
4.2 RESULTADOS DA AMOSTRA
4.2.1 RESULTADOS GERAIS
Na amostra da população estudada: 174 (cento e setenta e quatro) indivíduos do
sexo masculino, com faixa etária compreendida entre 18 e 25 anos, com Percentural de
Gordura compreendido entre 4 e 16%:
Tabela 6 - Coeficiente de Correlação de Pearson (r) entre o Percentual de Gordura e o
Perímetro Abdominal:
Percentual de Gordura x Perímetro Abdominal n= 174
PEARSON
r = 0,373 - r
2
= 0,139
Interpretação Correlação Positiva Fraca
30
Tabela 7 - Média e o Desvio Padrão de todas as variáveis dispostas:
IDADE
ESTATURA
PERÍMETRO
ABDOMINAL
% DE
GORDURA
RAZÃO
CINT/EST
MÉDIA
21,1
174,3
75,5
10,8
0,43
DESV. PAD.
2,1
6,2
5,7
3,2
0,033
Tabela 8 - Intervalo de Confiança para 95% para Média do perímetro abdominal.
alpha 0,05 - n = 174 - desvio pado 5,7
Intervalo de confiança = 0.840
4.2.2 RESULTADOS POR ESTRATOS DA ESTATURA
A amostra foi dividida por estratos de estatura de 160 a 169 cm, 170 a 179 cm e
de 180 a 189 cm, onde foi determinanda a Média e o Desvio Padrão de todas as
variáveis dispostas, o Intervalo de Confiança para 95% para Média do Perímetro
Abdominal, as Médias das Razões cintura-Estatura foram trancritas em percentual, e a
Média Geral das Razões Cintura-Estatura da amostra foi transcrita em percentual.
Tabela 9 - Faixa de 160 a 169 cm
IDADE
ESTATURA
PERÍMETRO
ABDOMINAL
% DE
GORDURA
RAZÃO
CINT/EST
MÉDIA
21,1
166,7
75
11,3
0,45
DESV. PAD.
2,4
2,3
5,9
3,0
0,033
alpha 0,05 - n = 44 - desvio padrão 5,9
Intervalo de confiança = 1,729
31
Tabela 10 - Faixa de 170 a 179 cm
IDADE
ESTATURA
PERÍMETRO
ABDOMINAL
% DE
GORDURA
RAZÃO
CINT/EST
MÉDIA
21
174,5
74,8
10,6
0,42
DESV. PAD.
2,1
2,8
5,3
3,2
0,030
alpha 0,05 - n = 94 - desvio padrão 5,3
Intervalo de confiança = 1,061
Tabela 11 - Faixa de 180 a 190 cm
IDADE
ESTATURA
PERÍMETRO
ABDOMINAL
% DE
GORDURA
RAZÃO
CINT/EST
MÉDIA
21,1
183,1
78,3
10,5
0,42
DESV. PAD.
1,8
3,2
5,7
3,3
0,031
alpha 0,05 - n = 36 - desvio padrão 5,7
Intervalo de confiança = 1,872
Tabela 12 - A Razão Cintura-Estatura dos Estratos de Estatura transcritos em
Percentual.
Faixa de 160 a 169 cm Razão Cintura-Estatura 0,45 Equivale a 45% da
Estatura
Faixa de 170 a 180 cm Razão Cintura-Estatura 0,42 Equivale a 42% da
Estatura
Faixa de 180 a 190 cm Razão Cintura-Estatura 0,42 Equivale a 42% da
Estatura
32
Tabela 13 - A Média da Razão Cintura-Estatura da amostra transcrita em Percentual.
TODAS AS FAIXAS
Média 0,43
Equivale a 43% da Estatura
5 DISCUSSÃO
Reportando aos estudos de HSIEH et.al,1995) e de PITANGA & LESSA, 2006), que
sugerem que o valor do perímetro abdominal, de forma prática, não deve exceder 50%
da estatura, pois os valores da Razão Cintura-Estatura para este fim são em torno de
0,5, podemos inferir que o presente estudo apresentou concordância com os mesmos. A
diferença é que este estudo apresentou um caminho inverso em relação aos pontos de
corte que determinam o limite superior para a medida do perímetro abdominal, ou seja,
se partiu do princípio que indivíduos portadores de percentuais de gordura normais,
deveriam manter relações métricas comuns e homogêneas. Desta forma o ponto de
corte buscado seria para os limites normais, e não anormais e desencadeadores de
distúrbios cardiometabólicos
A correlação positiva muito forte (r de PEARSON = 0,778) entre o percentual
de gordura e o perímetro abdominal, na população estudada, corrobora com a assertiva
que quanto maior o percentual de gordura maior o perímetro da cintura referenciado por
HAFFNER et.al (2006). E quando a correlação foi ajustada para o percentual de gordura
e a Razão Cintura-Estatura também se verificou uma correlação positiva muito forte. Isto
demonstra que na população heterogênea masculina estudada, a relação cintura-
estatura pode um preditor de aumento ou diminuição de gordura abdominal (visceral), o
que corresponde ao estudo de HSIEH et al (2000).
Quando selecionada a amostra, a necessidade de se realizar as correlações de
cintura-estatura com percentual de gordura deixou de ser o foco. Isto é claro quando
analisamos a baixa correlação positiva entre o Percentual de Gordura e o Perímetro
Abdominal (r de PEARSON = 0,373). Pois, como a amostra é composta de indivíduos
com percentuais de gordura normais e homogêneos, se perde o objetivo de avaliar o
aumento ou diminuição desta variável, e suas implicações conseqüentes à gordura
visceral.
33
Realizando a comparação da média da Razão Cintura-Estatura da população
total, com a amostra, observa-se um aumento percentual significativo no desvio-padrão,
apesar de não se observar diretamente este aumento pelas diferenças absolutas das
médias. A hipótese levantada para esta situação pode ser em função da diferença do n
amostral.
Dividindo a amostra por estratos de faixa de estatura, observa-se que não há
diferença significativa entre as Razões Cintura-Estatura, e utilizando o Intervalo de
Confiança de 95% da média amostral observa-se que a existência da amplitude maior
de diferença está relacionada ao “n” já que o alpha é o mesmo e não diferença
significativa entre os desvios-padrão. Desta forma, nesta população a utilização da
média geral das Razões Cintura-Estatura apresenta-se como um parâmetro suficiente
para se analisar o valor ideal da medida da cintura (perímetro) abdominal, sem levar em
consideração a estatura dos indivíduos, valendo-se ainda do Intervalo de Confiança (IC
0,840).
Como a soma total dos indivíduos da população estudada, assim como os
indivíduos escolhida para compor a amostra, apresentaram um percentual de gordura
médio baixo em relação à tabela de referência, e em conseqüência tamm uma baixa
Razão Cintura-Estatura, pode-se inferir que a população e os indivíduos da amostra
apresentam um baixo risco cardiometabólico. (HSIEH et.al, 1995). Assim, infere-se que
quanto maior for o afastamento da medida da Razão Cintura-Estatura média, maiores
serão as chances de desenvolvimento de distúrbios cardiometabólicos.
6 CONCLUSÃO
Foi encontrada na amostra estudada uma medida percentual estatística para a
Razão Cintura-Estatura. Este valor é adimensional equivale a 0,43, que traduzindo para
percentual equivale a 43% do valor da estatura.
Novos Estudos
A presente pesquisa avaliou indivíduos portadores de percentuais de gordura e
índice de massa corporal dentro da faixa de normalidade, para o gênero masculino na
faixa etária de 18 a 25 anos. No seguimento desta linha de raciocínio novos estudos
34
envolvendo demais faixas etárias da tabela de referência e incluindo o gênero feminino,
merecem ser realizados. Obedecendo a um padrão de evolução, a comparação com
indivíduos portadores de riscos cardiometabólicos, poderá permitir uma validação deste
índice relativo de determinação do perímetro abdominal.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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48
ANEXO 01
49
ANEXO 2
Termo de Autorização do Detentor do Banco de Dados para realização da
pesquisa
Eu, NAUDIMAR DI PIETRO SIMÔES detentora do Banco de Dados da empresa
IBRATE INSTITUTO BRASILEIRO DE THERAPIAS E ENSINO, autorizo o
pesquisador RICARDO WALLACE DAS CHAGAS LUCAS a acessar os dados deste
banco, sem nominação dos indivíduos, para que possa desenvolver nesta instituição, o
projeto de pesquisa com tulo ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A ESTATURA E O
PERÍMETRO ABDOMINAL EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE PERCENTUAIS
NORMAIS DE GORDURA.
_____________________________________
Nome do Responsável pelo Banco de Dados
Curitiba, 10, dezembro de 2008.
50
ANEXO 03
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
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Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo