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MAVIE AMARAL NATALIO
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO DE UM
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO CLÍNICA DA SUBIDA E DESCIDA
DE ESCADA EM INDIVÍDUOS COM HEMIPARESIA
FLORIANÓPOLIS – SC
2010
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1
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO ESPORTE – CEFID
MESTRADO EM CIÊNCIA DO MOVIMENTO HUMANO
MAVIE AMARAL NATALIO
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO DE UM
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO CLÍNICA DA SUBIDA E DESCIDA
DE ESCADA EM INDIVÍDUOS COM HEMIPARESIA
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa
de Pós-graduação em Ciência do Movimento
Humano, do Centro de Ciências da Saúde e do
Esporte CEFID, da Universidade do Estado de
Santa Catarina – UDESC.
Orientadora: Profª. Dra. Stella Maris Michaelsen
Co-orientadora: Profª. Dra. Luci F. Teixeira-Salmela
FLORIANÓPOLIS – SC
2010
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3
AGRADECIMENTOS
Concretizar esta etapa me permite recordar cada instante vivido, cada aprendizado e
cada pessoa que de alguma forma auxiliou esta realização.
Agradeço primeiramente aos três pilares de todas as minhas conquistas, àqueles que
estão comigo em todos os momentos e que me acompanharam incansavelmente em cada dia:
Eva, Igor e Darcy. Sem o apoio, a paciência e a compreensão de vocês, não teria conseguido
concluir mais esta etapa. Em especial, à minha querida mãe, companheira das alegrias, das
decepções e das noites de insônia.
Agradeço ao CEFID/UDESC, minha segunda casa desde 2002, que possibilitou a
realização de alguns sonhos e me permitiu conhecer pessoas extremamente importantes para
minha vida.
Aos meus incentivadores a vida acadêmica, que na graduação despertaram o meu
interesse e oportunizaram minha participação em pesquisas na área da saúde: Juliane de
Oliveira, Pablo Tortato Waltrick e Rudnei Palhano. Obrigada por compartilharem comigo
todo o seu conhecimento, e pela fiel parceria de sempre.
À Professora Stella Maris Michaelsen pela orientação neste projeto e pela
oportunidade de crescimento profissional e pessoal. Tenho certeza que meu olhar clínico
tornou-se mais crítico e apurado após a convivência contigo. E quando penso na sua
dedicação em estudar, descobrir e aprender, lembro de uma frase de Leonardo da Vinci:
"Aprender é a única coisa que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se
arrepende". Merci, Stella!
À Professora Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela que desde o nosso primeiro contato foi
muito solícita e grande incentivadora para o desenvolvimento desta pesquisa. Seu
conhecimento e experiência foram essenciais e sua atenção e carinho fizeram a diferença.
4
Obrigada, também, por possibilitar a aproximação com a querida Christina Faria, cuja tese me
motivou a realizar esta pesquisa.
Agradeço a Christina Danielli Coelho de Morais Faria por todo auxílio, paciência e
atenção despendidos desde o nosso primeiro contato. Sua experiência e sua opinião sempre
criteriosa e incentivadora me estimularam a seguir em frente. Minha admiração por você é
enorme e espero que este contato e a amizade advinda dele sejam mantidos mesmo após a
conclusão deste estudo.
Agradeço a todos os profissionais que participaram desta pesquisa e constituíram os
comitês de informações e de validação de conteúdo, e sem os quais a conclusão deste estudo
não seria possível. A colaboração de vocês e o empenho despendido, até mesmo nas datas
comemorativas de final de ano, contribuíram muito para meu aprendizado e crescimento.
Á todos os professores e pesquisadores que de forma direta ou indireta me ajudaram a
desenvolver esta pesquisa com incentivo, apoio e sugestões, ou simplesmente por ouvir meus
desabafos. Agradeço especialmente ao Prof. Mário César Andrade por me acolher no
Laboratório de Biomecânica, pelos auxílios e ensinamentos em estatística e cinemática, e pela
amizade. Agradeço a Prof.ª Fabiana Sperandio pela opinião criteriosa e pela torcida, ao Prof.
Noé Gomes Borges Júnior pela atenção e carinho de sempre, e a Solange Remor pelos
inúmeros auxílios e pela tranqüilidade e paciência com que atende a todos os mestrandos e
doutorandos do CEFID/UDESC.
Ao longo desses sete anos compreendidos entre a graduação e o mestrado, foram
muitos os amigos que conheci e conquistei. Agradeço aos amigos da graduação com os quais
me tornei Fisioterapeuta e cuja amizade valiosa perdura até hoje: Rafaela Barreto, Aline
Laureano, Luciana Velasques, Juliane Paludeto e Berenice Rocha. Agradeço aos amigos que
conheci na graduação e cujos laços se fortaleceram ainda mais durante o mestrado: Rodrigo
José Knabben (Bolinha), Letícia Calado Carneiro e Caroline Pereira Martins (Carolzinha).
Agradeço a Luciana Segato e a Vanessa Herber, meus grandes presentes do mestrado:
obrigada por tudo, amigas! Agradeço aos amigos “estrangeiros” que o mestrado me
possibilitou conhecer: Fábio Santi, Marcelo Duarte, Guilherme Van Keulen, Rafael Kanitz,
Roges Ghidini Dias, André de Souza Rocha, Angélica Ovando e Natália Duarte. Agradeço a
quatro amigos queridos que me auxiliaram de forma singular durante algumas etapas desta
pesquisa e por quem meu carinho é enorme: Guilherme Nunes, Janeisa Virtuoso, Elaine
Piucco e Diego Juncks. Agradeço aos alunos-amigos conquistados nas disciplinas de docência
orientada que me prorporcionaram as primeiras oportunidades a frente de uma sala de aula.
Compartilhando com vocês o pouco que sei, aprendi muito.
5
Agradeço a todos os pacientes e amigos que participaram desta pesquisa e cuja garra e
força de vontade me servem de exemplo e me fazem seguir perseverante nessa profissão.
Agradeço aos pacientes mais próximos, Família Barreto e Família Estevinho, que
compreenderam os momentos difíceis e que torceram para que esta etapa fosse concluída.
À todos vocês, o meu MUITO OBRIGADA!
6
RESUMO
As limitações funcionais advindas do Acidente Vascular Encefálico (AVE) implicam na
incapacidade de realização de atividades diárias como subir e descer escadas. Os instrumentos
existentes que avaliam a deambulação sobre escadas abordam características distintas e
isoladas, no entanto, não foi encontrado um instrumento específico para AVE que avalie de
forma abrangente a qualidade de movimento e as estratégias adotadas nesta tarefa. O objetivo
deste estudo foi desenvolver e validar o conteúdo de um instrumento de avaliação das
características cinemáticas qualitativas e das estratégias adotadas na subida e descida de
escada por indivíduos com hemiparesia. Na etapa de desenvolvimento foi realizada uma
extensa revisão de literatura sobre as características biomecânicas da subida e descida de
escada em indivíduos com hemiparesia. Foram consultados sete profissionais da área de
reabilitação neuro funcional e da biomecânica para aquisição de informações essenciais sobre
o desempenho funcional e as estratégias adotadas durante a deambulação sobre escadas. Além
disso, realizou-se a análise cinemática qualitativa da subida e descida de uma escada com
quatro degraus (altura: 17 cm; profundidade: 28 cm). Participaram desta etapa 16 indivíduos
com hemiparesia, sendo 13 homens e três mulheres, com média de idade igual a 56,6±12,6
anos. A partir da análise exaustiva das três fontes de informações (literatura, profissionais da
área e análise cinemática qualitativa) foram selecionadas todas as variáveis de interesse e
determinadas as características de diferenciação entre os veis de resposta para cada item. A
primeira versão do instrumento foi desenvolvida com um total de 80 itens. Cada item é
avaliado através de uma escala categórica ordinal que varia de “0” (melhor desempenho) a
“2” (pior desempenho). Essa versão foi submetida a um comitê de especialistas constituído
por oito profissionais nacionais e internacionais para a avaliação da validade de conteúdo, que
foi analisada estatisticamente pelo Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e pelo Coeficiente
Kappa Modificado, sendo considerados válidos os itens que apresentaram IVC ≥ 0,80 e
Kappa 0,75. Foram realizadas três etapas de validação de conteúdo para que o conjunto
final de itens obtivesse consenso adequado entre os especialistas consultados. A versão final
do instrumento de avaliação clínica da subida e descida de escada em indivíduos com
hemiparesia apresenta um total de 38 itens divididos em Itens Descritivos (8 itens), Domínio
de Características Gerais da Subida e Descida de Escada (16 itens) e Domínio de Estratégias
Adotadas para Subida e Descida de Escada (14 itens). O escore total para a subida de escada
pode variar entre 0 e 70 pontos, e o escore total para a descida de escada pode variar entre 0 e
74 pontos. A pontuação mínima corresponde ao melhor desempenho e a máxima ao pior
desempenho no teste. Apesar dos resultados satisfatórios obtidos no processo de
desenvolvimento e de validação de conteúdo do instrumento de avaliação clínica da subida e
descida de escada em indivíduos com hemiparesia, a verificação das demais propriedades
psicométricas deste instrumento se faz necessária e será realizada futuramente.
Palavras-chave: Acidente Vascular Encefálico, Avaliação, Biomecânica.
7
ABSTRACT
Functional limitations resulting from stroke affects performance of daily life activities, such
as managing stairs. The existing instruments for the assessment of stair ambulation evaluated
distinct and isolated characteristics and there were not found any specific instruments which
evaluate, in a comprehensive way, the quality of the movement and the strategies adopted for
stroke subjects to perform this task. The aim of this study was to develop and validate the
contents of a clinical instrument to identify the qualitative, kinematic characteristics and the
strategies related to functional performance, adopted by stroke subjects during the tasks of
stair ascent and descent. The first step consisted of an extensive review of the scientific
literature regarding the biomechanical characteristics of stair ascent and descent with
hemiparetic subjects. Seven well-known professionals involved in the areas of neuro-
functional rehabilitation and the biomechanics were consulted to provide essential
information regarding the functional performance and adopted strategies during stair
ambulation. In addition, qualitative, kinematic analyses of ascending and descending four-step
stairs at a height of 17 cm and depth of 28 cm, were obtained from 16 hemiparetic subjects,13
men and three women, with a mean age of 56.6±12.6 years. From the exhaustive analyses of
three sources of information, the scientific literature, the opinions of these professionals, and
the kinematic analyses of their stair performance, all variables of interest were selected and
the differentiation of the characteristics between the score levels for each item, were
determined. The first developed version comprised 80 items and each item was evaluated on a
three-point ordinal scale, which ranged from zero, best performance, to 2, worse
performance. The content validity of the first version of the instrument was investigated by an
expert panel, which was composed of eight well-known national and international
professionals involved in motor and functional rehabilitation of stroke subjects with
significant publications in referred journals. The content validity index (CVI) and the
modified Kappa coefficients were employed for statistical analyses. The items which
demonstrated CVI≥0.80 and Kappa≥0.75, were considered valid. The content validation was
carried out in three stages to reach consensus among the expert professionals. The final
version of the clinical instrument for assessment of stair ascent and descent with hemiparetic
individuals was established with 38 items divided into descriptive (eight items), domains
related to the general characteristics (16 items), and adopted strategies (14 items) during stair
ascent and descent. The total scores ranged from zero to 70 and zero to 74, for stair ascent and
descent, respectively. Low scores corresponded to better performance, whereas high ones to
worse. Despite the satisfactory results obtained during the process of the development and
content validation of the clinical instrument for assessment of stair ascent and descent with
hemiparetic subjects, other psychometric properties need to be evaluated.
Key-words: Stroke, Evaluation, Biomechanics.
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1:
Análise cinemática da articulação da pelve durante a descida de escada em
jovens e idosos...............................................................................................
36
Figura 2:
Análise cinemática da articulação do quadril durante a marcha e subida de
escada.............................................................................................................
37
Figura 3:
Análise cinemática da articulação do quadril durante subida e descida de
escada.............................................................................................................
38
Figura 4:
Análise cinemática da articulação do quadril durante a descida de escada
em jovens e idosos..........................................................................................
39
Figura 5:
Análise cinemática da articulação do joelho durante subida e descida de
escada.............................................................................................................
40
Figura 6:
Análise cinemática da articulação do joelho nos planos frontal e sagital
durante a marcha e subida de escada..............................................................
41
Figura 7:
Análise cinemática da articulação do joelho no plano sagital durante a
descida de escada em jovens e idosos............................................................
42
Figura 8:
Deslocamento angular do joelho em indivíduo idoso.................................... 43
Figura 9:
Deslocamento angular do joelho e pico de velocidade angular do joelho em
jovens e idosos..........................................................................................
43
Figura 10:
Análise cinemática da articulação do tornozelo durante subida e descida de
escada.............................................................................................................
44
Figura 11:
Análise cinemática da articulação do tornozelo nos planos frontal e sagital
durante a marcha e subida de escada..............................................................
45
Figura 12:
Análise cinemática da articulação do tornozelo no plano sagital durante a
descida de escada em jovens e idosos............................................................
46
Figura 13:
Ação muscular da subida de um degrau......................................................... 48
Figura 14:
Ação da descida de um degrau....................................................................... 49
Figura 15:
Dimensões padrão de uma escada segundo Código de Obras de
Florianópolis....................................................................................................
50
9
Figura 16:
Diagrama das fases de desenvolvimento do instrumento de Avaliação do
Desempenho Funcional de Indivíduos com Hemiparesia Durante a Subida
e Descida de Escada........................................................................................
53
Figura 17:
Escada de madeira utilizada para a análise cinemática qualitativa................. 53
Figura 18:
Esquema do ambiente de coleta da análise cinemática qualitativa................. 59
Figura 19:
Proporção de uso do corrimão e dos Membros Superiores pra subida e
descida de escada............................................................................................
76
Figura 20:
Tipo de passo utilizado durante a subida e descida de escada........................ 76
Figura 21:
Recortes da seqüência de movimentos dos membros inferiores durante a
subida de escada no plano frontal...................................................................
77
Figura 22:
Recortes da seqüência de movimentos dos membros inferiores durante a
descida de escada no plano frontal..................................................................
77
Figura 23:
Recortes da seqüência de movimentos dos membros inferiores durante a
subida de escada no plano sagital esquerdo....................................................
78
Figura 24:
Recortes da seqüência de movimentos dos membros inferiores durante a
descida de escada no plano sagital esquerdo...................................................
79
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1:
Descrição dos objetivos específicos e dos parâmetros do instrumento........
63
Tabela 2:
Descrição dos instrumentos de avaliação da mobilidade funcional.............. 65
Tabela 3:
Descrição de estudos cinemáticos encontrados na literatura........................ 66
Tabela 4:
Descrição dos ângulos articulares para subida de escada............................. 66
Tabela 5:
Descrição dos ângulos articulares para descida de escada............................ 67
Tabela 6:
Descrição dos parâmetros clínicos mensurados............................................ 75
Tabela 7:
Descrição dos percentis da cadência de subida e descida de escada............ 75
Tabela 8:
Descrição dos itens construídos para o Domínio de Características gerais 81
Tabela 9:
Descrição dos itens construídos para o Domínio de Desempenho
Funcional – Itens comuns a Subida e Descida de Escada.............................
82
Tabela 10:
Descrição dos itens construídos para o Domínio de Desempenho
Funcional.......................................................................................................
82
Tabela 11:
Descrição dos itens construídos para o Domínio de Estratégias Adotadas
para Subida e Descida de Escada..................................................................
83
Tabela 12:
Resultado da primeira validação de conteúdo para o conjunto de itens de
cada domínio de conteúdo............................................................................
95
Tabela 13:
Resultado da primeira avaliação da Consistência com as definições
conceituais para os itens do Domínio de Características Gerais...................
97
Tabela 14:
Resultado da primeira avaliação da Representatividade/relevância dos
itens do Domínio de Características Gerais..................................................
97
Tabela 15:
Resultado da primeira avaliação da Relevância para a interpretação
clínica que pode ser feita com base na medida dos itens do Domínio de
Características Gerais....................................................................................
98
Tabela 16:
Resultado da primeira avaliação da Clareza/possibilidade de compreensão
(redação) dos itens do Domínio de Características Gerais...........................
98
11
Tabela 17:
Resultado da primeira avaliação da Consistência com as definições
conceituais dos itens do Domínio de Desempenho Funcional Itens
Comuns (A a 7) para Subida e Descida de Escada.......................................
99
Tabela 18:
Resultado da primeira avaliação da Consistência c100om as definições
conceituais dos itens do Domínio de Desempenho Funcional Itens
Comuns (8 a 16) para Subida e Descida de Escada......................................
99
Tabela 19:
Resultado da primeira avaliação Representatividade/relevância dos itens
do Domínio de Desempenho Funcional Itens Comuns (A a 7) para
Subida e Descida de Escada..........................................................................
100
Tabela 20:
Resultado da primeira avaliação da Representatividade/relevância dos
itens do Domínio de Desempenho Funcional – Itens Comuns (8 a 16) para
Subida e Descida de Escada..........................................................................
101
Tabela 21:
Resultado da primeira avaliação da Relevância para a interpretação
clínica que pode ser feita com base na medida dos itens do Domínio de
Desempenho Funcional Itens Comuns (A a 7) para Subida e Descida de
Escada...........................................................................................................
101
Tabela 22:
Resultado da primeira avaliação da Relevância para a interpretação
clínica que pode ser feita com base na medida dos itens do Domínio de
Desempenho Funcional Itens Comuns (8 16) para Subida e Descida de
Escada...........................................................................................................
102
Tabela 23:
Resultado da primeira avaliação da Clareza/possibilidade de compreensão
(redação) dos itens do Domínio de Desempenho Funcional Itens
Comuns (A a 7) para Subida e Descida de Escada.......................................
102
Tabela 24:
Resultado da primeira avaliação da Clareza/possibilidade de compreensão
(redação) dos itens do Domínio de Desempenho Funcional Itens
Comuns (8 a 16) para Subida e Descida de Escada......................................
103
Tabela 25:
Resultado da primeira validação de conteúdo do item 1 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Subida de Escada......................
105
Tabela 26:
Resultado da primeira validação de conteúdo do item 2 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Subida de Escada......................
106
Tabela 27:
Resultado da primeira validação de conteúdo do item 1 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada....................
107
Tabela 28:
Resultado da primeira validação de conteúdo do item 2 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada....................
108
Tabela 29:
Resultado da primeira validação de conteúdo do item 3 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada....................
108
12
Tabela 30:
Índices de validade de conteúdo dos itens excluídos do domínio de
estratégias adotadas da primeira versão do instrumento...............................
109
Tabela 31:
Resultado da segunda validação de conteúdo para o conjunto de itens de
cada domínio de conteúdo............................................................................
121
Tabela 32:
Resultado da segunda avaliação da Consistência com as definições
conceituais para os Itens (1.1 a 5) do Domínio de Características Gerais
Subida e Descida...........................................................................................
122
Tabela 33:
Resultado da segunda avaliação da Consistência com as definições
conceituais para os Itens (6 a 13) do Domínio de Características Gerais
Subida e Descida...........................................................................................
122
Tabela 34:
Resultado da segunda avaliação da Representatividade/relevância dos
Itens (1.1 a 5) do Domínio de Características Gerais – Subida e Descida
123
Tabela 35:
Resultado da segunda avaliação da Representatividade/relevância dos
Itens (6 a 13) do Domínio de Características Gerais – Subida e Descida
123
Tabela 36:
Resultado da segunda avaliação da Relevância para a interpretação clínica
que pode ser feita com base na medida dos Itens (1.1. a 5) do Domínio de
Características Gerais – Subida e Descida....................................................
124
Tabela 37:
Resultado da segunda avaliação da Relevância para a interpretação clínica
que pode ser feita com base na medida dos Itens (6 a 13) do Domínio de
Características Gerais – Subida e Descida....................................................
124
Tabela 38:
Resultado da segunda avaliação da Clareza/possibilidade de compreensão
(redação) dos Itens (1.1 a 5) do Domínio de Características Gerais –
Subida e Descida...........................................................................................
125
Tabela 39:
Resultado da segunda avaliação da Clareza/possibilidade de compreensão
(redação) dos Itens (6 a 13) do Domínio de Características Gerais –
Subida e Descida...........................................................................................
125
Tabela 40:
Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 1 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Subida de Escada.......................
126
Tabela 41:
Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 2 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Subida de Escada....................
126
Tabela 42:
Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 1 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada...................
127
Tabela 43:
Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 2 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada...................
127
Tabela 44:
Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 3 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada...................
127
13
Tabela 45:
Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 5 do Domínio de
Estratégias Adotadas no segmento Tronco/Pelve........................................
128
Tabela 46:
Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 4 do Domínio de
Características Gerais da Subida e Descida de Escada................................
129
Tabela 47:
Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 5 do Domínio de
Características Gerais da Subida e Descida de Escada.................................
130
Tabela 48:
Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 6 do Domínio de
Características Gerais da Subida e Descida de Escada.................................
131
Tabela 49:
Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 8 do Domínio de
Características Gerais da Subida e Descida de Escada.................................
132
Tabela 50:
Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 10 do Domínio de
Características Gerais da Subida e Descida de Escada.................................
133
Tabela 51:
Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 11 do Domínio de
Características Gerais da Subida e Descida de Escada.................................
133
Tabela 52:
Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 12 do Domínio de
Características Gerais da Subida e Descida de Escada.................................
134
Tabela 53:
Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 2 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Subida de Escada......................
135
Tabela 54:
Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 2 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada....................
136
Tabela 55:
Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 3 do Domínio de
Características Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada....................
136
14
LISTA DE QUADROS
Quadro 1:
Fases da Subida de Escada............................................................................. 33
Quadro 2:
Fases da descida de escada............................................................................. 34
Quadro 3:
Descrição das principais estratégias articulares visualizadas na análise
cinemática qualitativa.....................................................................................
80
Quadro 4:
Primeira Versão do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida
de Escadas em Indivíduos com Hemiparesia.................................................
84
Quadro 5:
Item 1 referente a subida de escada................................................................ 104
Quadro 6:
Item 2 referente a subida de escada................................................................ 105
Quadro 7:
Item 1 referente a descida de escada.............................................................. 106
Quadro 8:
Item 2 referente a descida de escada.............................................................. 107
Quadro 9:
Item 3 referente a descida de escada.............................................................. 108
Quadro 10:
Segunda Versão do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida
de Escadas Em Indivíduos Com Hemiparesia................................................
111
Quadro 11:
Correção do item 4 do Domínio de Características Gerais da Subida e
Descida de Escada..........................................................................................
129
Quadro 12:
Correção do item 5 do Domínio de Características Gerais da Subida e
Descida de Escada..........................................................................................
130
Quadro 13:
Correção do item 6 do Domínio de Características Gerais da Subida e
Descida de Escada..........................................................................................
131
Quadro 14:
Correção do item 8 do Domínio de Características Gerais da Subida e
Descida de Escada..........................................................................................
131
Quadro 15:
Correção do item 10 do Domínio de Características Gerais da Subida e
Descida de Escada..........................................................................................
132
Quadro 16:
Correção do item 11 do Domínio de Características Gerais da Subida e
Descida de Escada..........................................................................................
133
Quadro 17:
Correção do item 12 do Domínio de Características Gerais da Subida e
Descida de Escada..........................................................................................
134
15
Quadro 18:
Correção do item 2 do Domínio de Características Gerais Itens
Referentes a Subida de Escada.......................................................................
134
Quadro 19:
Correção do item 2 do Domínio de Características Gerais Itens
Referentes a Descida de Escada.....................................................................
135
Quadro 20:
Correção do item 3 do Domínio de Características Gerais Itens
Referentes a Descida de Escada.....................................................................
136
Quadro 21:
Versão Final do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de
Escadas em Indivíduos com Hemiparesia - Português...................................
139
Quadro 22:
Versão Final do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de
Escadas em Indivíduos com Hemiparesia - Inglês.........................................
147
16
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................
18
1.1 PROBLEMA................................................................................................................ 18
1.2 OBJETIVOS................................................................................................................ 21
1.2.1 Objetivo Geral...........................................................................................................
21
1.2.2 Objetivos Específicos................................................................................................
21
1.3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................
21
1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO..................................................................................
23
1.5 LIMITAÇÕES DO ETUDO........................................................................................
23
2 REVISÃO DA LITERATURA....................................................................................
25
2.1 REFERENCIAL METODOLÓGICO PARA DESENVOLVIMENTO E
VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTOS CIENTÍFICOS..............................................
25
25
2.2 AVALIAÇAO FUNCIONAL...................................................................................... 27
2.3 TAREFA DE SUBIR E DESCER ESCADA.............................................................. 32
2.3.1 Descrição geral a tarefa............................................................................................. 32
2.3.2 Características temporais.......................................................................................... 32
2.3.3 Características Cinemáticas...................................................................................... 35
2.3.4 Descrição da ação......................................................................................................
47
2.3.5 Características estruturais e fatores ambientais.........................................................
49
3 METODOLOGIA......................................................................................................... 52
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO.......................................................................... 52
3.2 SUJEITOS PARTICIPANTES.................................................................................... 54
3.2.1 Grupo Alvo............................................................................................................... 54
3.2.2 Profissionais da Área da Reabilitação....................................................................... 54
3.3 PROCEDIMENTOS.................................................................................................... 55
3.3.1 Fase de Planejamento................................................................................................ 55
3.3.1.1 Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos............................................... 55
3.3.1.2 Pesquisa Bibliográfica............................................................................................
55
3.3.1.3 Questionário Semi-Aberto aos Especialistas......................................................... 55
3.3.1.4 Observação da Tarefa.............................................................................................
56
3.3.2 Fase de Construção................................................................................................... 60
3.3.3 Fase de Validação de Conteúdo................................................................................ 60
3.4 TRATAMENTO ESTATÍSTICO................................................................................ 61
17
4 RESULTADOS..............................................................................................................
62
4.1 FASE DE PLANEJAMENTO..................................................................................... 62
4.1.1 Definições a respeito do instrumento........................................................................ 62
4.1.2 Pesquisa Bibliográfica...............................................................................................
63
4.1.3 Opinião dos Especialistas..........................................................................................
67
4.1.4 Análise Cinemática Qualitativa................................................................................ 74
4.2 FASE DE CONSTRUÇÃO......................................................................................... 81
4.3 FASE DE VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO............................................................... 94
4.3.1 Primeira Fase de Validação de Conteúdo................................................................. 94
4.3.2 Segunda Fase de Validação de Conteúdo................................................................. 121
4.3.3 Terceira Fase de Validação de Conteúdo.................................................................. 128
4.3.4 Versão Final do Instrumento..................................................................................... 137
5 DISCUSSÃO
154
5.1 DESENVOLVIMENTO E CONSTRUÇAO DO INSTRUMENTO.......................... 154
5.2 VALIDAÇAO DE CONTEÚDO.................................................................................
163
5.3 INSTRUÇÕES DE USO DO INSTRUMENTO......................................................... 167
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................
170
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................
172
ANEXOS...........................................................................................................................
182
APÊNDICES.....................................................................................................................
190
18
1. INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA
A mobilidade é a capacidade de mover-se, de modificar e manter posturas, e constitui
um dos objetivos principais de um programa de reabilitação, visto que assegura ao indivíduo a
sua independência funcional (VAN BENNEKOM et al., 1995; BUSSMANN, STAM, 1998).
A escassez de instrumentação adequada para documentar a eficácia de intervenções
terapêuticas fez com que nos últimos anos inúmeros instrumentos de avaliação da mobilidade
funcional fossem desenvolvidos ou adaptados na área da reabilitação a fim de reduzir a
subjetividade das avaliações (BUSSMANN, STAM, 1998; DAVIS, 1996). O
desenvolvimento de um instrumento é o método pelo qual são identificadas e quantificadas as
características e as variáveis de um determinado fenômeno. Este processo conduz a um
instrumento aperfeiçoado que atribui valores numéricos às variáveis e que mensura com
confiabilidade e validade as características de interesse (DAVIS, 1996).
A atividade de subir e descer escadas é considerada pelos idosos como uma das cinco
tarefas mais difíceis da vida diária e sua habilidade é avaliada com um indicador chave da
independência funcional (VERGHESE et al., 2008). Carod-Artal e colaboradores (2002)
verificaram através do Índice de Barthel que 60% dos pacientes internados com diagnóstico
de Acidente Vascular Encefálico (AVE) eram incapazes ou necessitavam de ajuda para subir
escadas e que após um ano do episódio 23,2% dos pacientes ainda relatavam tal dificuldade.
Riberto et al. (2007) avaliaram a independência funcional de indivíduos com lesão encefálica
adquirida e constataram que 62% dos pacientes necessitavam de ajuda para subir e descer um
lance de escada, sendo que a maioria desses apresentava dependência completa.
19
O AVE foi responsável por 2.566 óbitos no estado de Santa Catarina no ano de 2005
1
,
e é considerado uma das principais causas de morbidade, apresentando elevado índice de
sobrevivência (FEIGIN et al., 2003). A prevalência é maior acima dos 65 anos, porém estudos
desenvolvidos em Joinville (CABRAL et al.; 1997) e em Salvador (LESSA, 1999)
registraram incidência de 0,08% a 0,18% em adultos jovens. A Organização Mundial da
Saúde (OMS) descreve o AVE como uma síndrome de rápido desenvolvimento com sinais e
sintomas clínicos focais ou globais de perda da função cerebral que perduram por mais de 24
horas provocando seqüelas motoras, sensitivas e cognitivas (OMS, 2002).
A hemiparesia é a disfunção motora predominante nos indivíduos que sofreram AVE e
representa uma redução do controle motor no hemicorpo contralateral à lesão encefálica.
Além disso, as principais deficiências apresentadas pelos indivíduos com hemiparesia são
redução da força e de resistência muscular (TEIXEIRA-SALMELA et al., 2005), alteração do
tônus muscular, incoordenação da marcha (BOURBONNAIS et al., 1992), assimetria na
distribuição de peso com maior descarga no membro não parético (GOMES et al., 2006;
DICKSTEIN, ABULAFFIO, 2000; BUJANDA et al., 2003), entre outras. Todas essas
alterações convergem ao desenvolvimento da incapacidade funcional caracteristicamente
apresentada pelos indivíduos com hemiparesia, sendo as disfunções da marcha os principais
fatores agravantes da funcionalidade (DOYLE, 2002).
A locomoção consiste numa das tarefas mais realizadas pelos seres humanos em sua
vida diária incluindo os mais diversificados terrenos. A subida e descida de escadas impõem
desafios ao sistema locomotor que juntamente com os sistemas somatossensorial, vestibular e
visual controlam a execução do movimento. Qualquer perturbação destes compromete a
capacidade de realização da tarefa e determina um maior risco de quedas (MYLES, 2001;
STARTZELL et al., 2000; WYATT et al., 1999).
Segundo estudos recentes, a incidência de quedas em indivíduos com hemiparesia
corresponde a 75% nos primeiros seis meses após a alta hospitalar (HYNDMAN,
ASHBURN, STACK, 2002) e a 40% em indivíduos com hemiparesia crônica (BELGEN et
al., 2006). Essas quedas ocorrem geralmente nas residências durante a realização das
atividades diárias como a marcha, as transferências e durante as tarefas que envolvem apoio
unipodal (FORSTER, YOUNG, 1995). A ocorrência de quedas durante a atividade de sentar e
levantar de uma cadeira, por exemplo, tem relação direta com a assimetria na distribuição do
1
Ministério da Saúde/SE/Datasus - Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH/SUS e Sistema de
Informações de Mortalidade (SIM) e IBGE (2005).
20
peso corporal apresentada por indivíduos com hemiparesia (LEE et al., 1997; CHENG et al.,
1998).
A deambulação sobre escadas é similar à marcha em nível plano, caracterizando-se
como um movimento cíclico e coordenado dos membros inferiores, e apresentando períodos
de apoio e balanço (MYLES, 2001; SHUMWAY-COOK, WOOLLACOTT, 2003). Apesar
das semelhanças entre a marcha no plano e a subida e descida de escada, a magnitude das
amplitudes de movimento, da atividade muscular e das forças é significativamente maior na
escada (REEVES ET AL., 2007; NADEAU et al., 2003; RIENER ET AL., 2002; SALSICH
et al., 2001). A fraqueza muscular, a espasticidade e o déficit de coordenação motora
apresentados pelos indivíduos com hemiparesia desencadeiam alterações significativas na
execução da marcha em terreno plano com redução da velocidade e do comprimento da
passada, diminuição do tempo de apoio no membro inferior parético e com o aumento da fase
de oscilação. Da mesma forma, as variáveis angulares apresentam-se reduzidas, evidenciadas
pelas restrições da dorsiflexão no contato inicial do pé, da flexão do joelho na oscilação e no
apoio, e da extensão de quadril no final da fase de apoio e na impulsão (CHEN et al., 2005;
KIM, ENG, 2004; OLNEY, RICHARDS, 1996; NADEAU et al., 1999; KUAN et al., 1999).
Sendo assim, comparando a exigência para a execução da subida e descida de escada com as
disfunções da marcha no plano apresentadas pelos indivíduos com hemiparesia, visualiza-se a
grande dificuldade de realização desta tarefa. E embora existam diversos estudos que
analisam o desempenho da marcha em indivíduos com hemiparesia, à análise cinemática,
tanto qualitativa como quantitativa, da subida e descida de escada nesta população ainda é
escassa.
Segundo Carr e Shepherd (2003) o desempenho motor pode também ser avaliado por
meio de escalas funcionais que, de maneira dinâmica e prática, possibilitam a detecção dos
níveis de capacidade funcional, de recuperação motora, bem como, fornecem parâmetros para
prescrição individualizada de tratamento (ANDREOTTI, OKUMA, 1999). Na avaliação
funcional de indivíduos com disfunções motoras, a mobilidade e a deambulação são alguns
dos fatores determinantes para um bom desempenho nas atividades da vida diária (AVD’S)
(GOMES, 2003). Os instrumentos existentes que avaliam a deambulação sobre escadas
abordam características distintas e isoladas tais como cadência (OLNEY et al., 1979;
REUBEN, SIU, 1990), independência ou necessidade de ajuda (MAHONEY,
BARTHEL,1965; RIBERTO et al., 2004), tipo de passo alternado, passo a passo
(DUNCAN, 1993; SHUMWAY-COOK et al., 1997; DE CASTRO et al., 2006), e capacidade
de realização da atividade. No entanto, dentre os instrumentos descritos na literatura não foi
21
encontrado um teste padronizado, confiável e lido, que fornecesse informações sobre as
características biomecânicas e as estratégias de movimento adotadas por indivíduos com
hemiparesia durante o desempenho de subir e descer escadas.
Considerando a escassez de estudos e de um instrumento que avalie, de forma
abrangente, o ato de subir e descer escadas em indivíduos com hemiparesia, formulou-se a
seguinte questão problema: “Quais são as características cinemáticas qualitativas e as
estratégias de movimento adotadas na subida e descida de escadas por indivíduos com
hemiparesia que podem ser identificadas a partir da observação direta e/ou através de vídeo e
que possam estar relacionadas ao desempenho funcional?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
O objetivo geral deste estudo foi desenvolver e validar o conteúdo de um instrumento
de avaliação das características cinemáticas qualitativas e das estratégias adotadas na subida e
descida de escadas por indivíduos com hemiparesia.
1.2.2 Objetivos Específicos
a) Desenvolver o instrumento de avaliação que identifique as características cinemáticas
qualitativas e as estratégias de movimento adotadas durante a subida e descida de
escadas por indivíduos com hemiparesia;
b) Avaliar a validade de conteúdo do instrumento de avaliação das características
cinemáticas qualitativas e das estratégias de movimento adotadas durante a subida e
descida de escada por indivíduos com hemiparesia.
1.3 JUSTIFICATIVA
Segundo a OMS (2003), a incapacidade é resultado da relação entre a deficiência
orgânica ou estrutural, a dificuldade de executar uma determinada atividade, a restrição na
22
participação social e a interação com contexto ambiental (FARIAS, BUCHALLA, 2005). As
limitações funcionais advindas das lesões encefálicas, como o AVE, implicam na
incapacidade de realização de algumas atividades diárias tais como alimentar-se, vestir-se,
transferir-se, locomover-se e interagir socialmente (CARR, SHEPHERD, 2008). A
quantificação dessas incapacidades fornece subsídios importantes para a intervenção
fisioterapêutica bem como parâmetros para avaliar o efeito dos protocolos de tratamento
(SHUMWAY-COOK, WOOLLACOTT, 2003; MYLES, 2001).
Os instrumentos de medidas padronizados, válidos e confiáveis fundamentam o
processo de avaliação permitindo um melhor raciocínio clínico e uma adequada comunicação
entre os profissionais, e possibilitam, ainda, a documentação objetiva da eficácia do
tratamento (FARIA, 2008). A habilidade de subir um lance de escada mensurada através da
cadência (degraus/minuto) é um teste bastante utilizado em indivíduos com hemiparesia com
o intuito de verificar a capacidade funcional dos mesmos antes e após programas de
fortalecimento muscular e treinos de marcha (FLANSBJER et al., 2006; TEIXEIRA-
SALMELA et al., 2003; TEIXEIRA-SALMELA et al., 1999)
Carr e Shepherd (2003) descreveram que o ato de subir e descer escadas, além de
assegurar a independência funcional de um indivíduo com déficits neurológicos, pode ser uma
forma de tratamento, visto que treina a força em diferentes magnitudes e situações. E
acrescenta ainda que a força adquirida através de movimentos com comportamentos
funcionais similares transfere uma melhora no desempenho funcional, neste caso para a
própria marcha em nível plano. Para tanto, é necessária a realização de uma avaliação
abrangente e confiável da tarefa de subir e descer escadas.
Nos últimos anos, inúmeras escalas e testes de avaliação funcional foram
desenvolvidos na área da reabilitação a fim de padronizar a coleta de dados, fornecer
parâmetros sobre as limitações, incapacidades, comprometimentos, e subsídios para
intervenção e avaliação da evolução do quadro patológico (SHUMWAY-COOK,
WOOLLACOTT, 2003). A tarefa de subir e descer escadas é abordada de forma isolada em
diferentes escalas, e apesar da fácil aplicabilidade, a maioria dessas escalas fornece pouca
informação sobre a qualidade de movimento e as possíveis causas de incapacidade nesta
tarefa (MYLES, 2001).
Considerando-se que observações inespecíficas, subjetivas e pouco confiáveis
implicam no insucesso de intervenções terapêuticas, compreende-se a importância de um
instrumento de avaliação confiável e abrangente, visto que a partir de identificadas todas as
23
variáveis passíveis de modificação, o plano de tratamento pode ser projetado com maior
especificidade (BENSON, CLARK, 1982; DAVIS, 1996; BUSSMANN, STAM, 1998).
Os dados descritos acima confirmam que as deficiências apresentadas pelos indivíduos
com hemiparesia influenciam na realização de atividades diárias, no entanto ainda não é
encontrado na literatura um instrumento abrangente que avalie as características cinemáticas e
as estratégias de movimento adotadas que possam estar relacionadas ao desempenho
funcional durante a subida e descida de escada.
Assim, este presente estudo tem a finalidade de desenvolver um instrumento que
associa a avaliação do
nível de confiança e de capacidade funcional (que pode ser avaliado
nos instrumentos existentes) com a avaliação das características cinemáticas e das estratégias
do movimento adotadas por indivíduos com hemiparesia para a realização da subida e descida
de escada. Este instrumento, além de melhor caracterizar as incapacidades apresentadas por
essa população, será capaz de fornecer subsídios importantes para a prática fisioterapêutica
através da possível identificação de características cinemáticas ligadas ao desempenho
funcional durante o ato de subir e descer escadas .
1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
O presente estudo delimitou-se em desenvolver e validar o conteúdo de um
instrumento de avaliação clínica da deambulação sobre escadas para indivíduos com seqüela
de Acidente Vascular Encefálico (AVE). Além disso, foi realizada a análise cinemática
qualitativa da subida e descida de escada em indivíduos com hemiparesia a fim de identificar
as variáveis relevantes da tarefa que poderiam fornecer subsídios para construção do
instrumento.
1.5 LIMITAÇÕES DO ESTUDO
O desenvolvimento do instrumento de avaliação clínica da subida e descida de escada
em indivíduos com hemiparesia foi realizado seguindo etapas como revisão de literatura,
opinião de especialistas da área da reabilitação neurofuncional e da biomecânica, e análise
cinemática qualitativa da subida e descida de escada. Uma limitação deste estudo diz respeito
a revisão de literatura realizada que se restringiu a pesquisa de artigos científicos indexados
em três bases de dados específicas da área da saúde e publicados no período compreendido
24
entre 1990 e 2009. A seleção dos especialistas que participaram da fase de planejamento e de
validação de conteúdo deste presente estudo foi realizada de forma intencional buscando os
profissionais com maior experiência na área de interesse. Na fase de planejamento, dos 13
especialistas que aceitaram participar da pesquisa, apenas sete responderam ao questionário
no prazo determinado interferindo, assim, na aquisição de informações idealizada no início da
pesquisa. Na fase de validação de conteúdo ocorreu uma redução no número de especialistas
participantes devido a impossibilidade de envio das respostas dos questionários de validação
no prazo determinado para as três fases. Apesar desta limitação, a análise estatística utilizada
neste estudo considerou o número de especialistas que participaram de cada fase reduzindo,
assim, a influência desta limitação nos resultados obtidos.
Para a aquisição de dados cinemáticos havia o interesse de analisar o comportamento
motor de indivíduos com hemiparesia em uma escada com dimensões apropriadas e ajustáveis
a cada sujeito, isto é, promovendo a uma situação ótima para a realização da tarefa. Essa
adequação seria realizada por uma relação diretamente proporcional entre o comprimento dos
membros inferiores e a altura dos degraus da escada. Contudo, a construção de uma escada
que possibilitasse o ajuste da altura do degrau não foi possível devido à falta de
instrumentação e de tempo hábil. Assim, como descrito posteriormente na metodologia do
estudo, optou-se pela realização das coletas em uma escada tradicional com uma altura média
e que respeitasse as dimensões padrões recomendadas pelas normas arquitetônicas.
25
2. REVISÃO DE LITERATURA
Com a finalidade de fundamentar o presente estudo e para um maior esclarecimento
sobre o assunto, a apresentação das bases teóricas foi organizada em tópicos.
2.1 REFERENCIAL METODOLÓGICO PARA O DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO
DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Com o advento da avaliação funcional através de medidas observacionais inúmeros
instrumentos foram criados na área da reabilitação e para as mais diversificadas populações.
Verificando a inexistência na literatura de fontes científicas que descrevessem a sistemática
do processo de criação de novos instrumentos, Benson e Clark (1982) realizaram uma
pesquisa com o intuito de estabelecer os procedimentos necessários para o planejamento, o
desenvolvimento e a validação de instrumentos. Segundo Davis (1996), o desenvolvimento de
um instrumento engloba a identificação de características, variáveis ou atributos, e o método
de mensuração dos mesmos. Este processo conduz a um instrumento que atribui valores
numéricos às características de interesse.
As etapas para o desenvolvimento e a validação de um instrumento englobam quatro
fases distintas, mas dependendo do enfoque da pesquisa esse processo pode sofrer alterações.
As quatro fases propostas por Benson e Clark (1982) são: 1) Planejamento, 2) Construção, 3)
Quantitativa, 4) Validação. No presente estudo foram realizadas as fases de planejamento,
construção e validação de conteúdo, e cada uma será descrita a seguir.
A fase de planejamento é a mais importante e consiste primeiramente na formulação
da finalidade do instrumento, isto é, determinar qual o objetivo da medida. Para essa
determinação é necessário identificar os componentes a serem mensurados e isto pode ser
realizado através da observação das características e dos comportamentos envolvidos no
grupo alvo a quem se destina a ferramenta de avaliação. Simultaneamente, deve-se realizar
uma extensa revisão de literatura com intuito de assegurar a inexistência científica do
26
instrumento proposto e obter mais informações a respeito do que se pretende medir. Outra
fonte de informação importante e útil nesta etapa é a opinião de pesquisadores e especialistas
da área de interesse que pode ser obtida através de perguntas abertas. Esse conjunto de fontes
de informação (literatura, pesquisadores da área e observação) fornece os subsídios
necessários para a construção do instrumento (DAVIS, 1996; BENSON, CLARK, 1982).
A fase de construção inicia com a enumeração dos objetivos específicos do
instrumento especificando, assim, as áreas que serão avaliadas. Além disso, uma dimensão
hierárquica dos vários tipos de respostas ou características relacionadas a cada objetivo deve
ser adotada juntamente com a formulação dos mesmos. O próximo passo constitui o
delineamento de itens específicos para cada objetivo. Esse processo pode ser realizado através
de tabelas de especificação que correlacionam itens aos objetivos e facilitam a criação dos
componentes do instrumento (BENSON, CLARK, 1982). Segundo Davis (1996), o número
de itens desenvolvidos inicialmente deve exceder em 1,5 a 2 vezes o comprimento final
desejado para o instrumento. A construção de cada item compreende a escolha do formato e
da escala de medida, sendo os formatos mais utilizados: múltipla-escolha, verdadeiro-falso ou
uma combinação desses. Após a construção de todos os itens do instrumento deve-se realizar
uma revisão cuidadosa para verificar se: a) os itens estão descritos de forma clara, b) o
formato escolhido é o ideal, c) as opções de resposta para cada item são aceitáveis, e d) o
vocabulário utilizado condiz com o propósito e com o grupo alvo do instrumento em questão
(DAVIS, 1996; BENSON, CLARK, 1982).
A fase de validação de conteúdo permite certificar se o instrumento mede o que
propõe verificando se os itens construídos refletem adequadamente o domínio de conteúdo de
interesse, se as dimensões de escala estão de acordo com cada item proposto e se condizem
com o índice de objetivos específicos traçados (DAVIS, 1996; BENSON, CLARK, 1982).
A validade de conteúdo examina em que extensão o assunto de interesse é
abrangentemente coberto pelos itens e dimensões do instrumento. Os aspectos de validade de
conteúdo incluem propriedade, clareza e abrangência de itens que são classificados mediante
a avaliação dos itens do instrumento por um grupo de especialistas com experiência anterior
ou reconhecida competência atual nas áreas do estudo, denominados juízes ou peritos. Apesar
de possuir grande importância no processo de validação da escala na literatura, são poucos os
artigos que oferecem uma descrição detalhada do processo de avaliação dos itens do
instrumento por juízes (BENSON, CLARK, 1982; POLIT, BECK, 2006; POLIT et al., 2007).
Existem diversos métodos para estabelecer o grau de concordância entre os
especialistas sobre a relevância de conteúdo de um instrumento. O Índice de Validade de
27
Conteúdo (IVC) é uma alternativa prática para obtenção do grau de concordância de
relevância entre os especialistas e permite a avaliação para cada item e para o conjunto total
de itens. No IVC cada item é classificado em uma escala de quatro pontos baseada em sua
aderência aos objetivos do teste e de sua habilidade medir o conceito que representa, sendo a
pontuação geralmente usada equivalente a 1 = não relevante, 2 = pouco relevante, 3 =
bastante relevante, 4 = altamente relevante. O IVC é calculado como o número de
especialistas que fornecem a classificação de 3 ou 4 dividido pelo número total de
especialistas, sendo que este valor deve ser igual a 1,0 quando participam da avaliação até
cinco peritos, e não pode ser inferior a 0,78 quando seis ou mais juízes (DAVIS, 1996;
POLIT, BECK, 2006; POLIT et al., 2007). O Coeficiente Kappa Modificado é um teste
complementar ao IVC e avalia o grau de concordância de relevância entre os especialistas
para cada item (POLIT et al., 2007).
2.2 AVALIAÇÃO FUNCIONAL
A avaliação funcional na reabilitação surgiu com o crescente número de pessoas
portadoras de deficiência e seu objetivo era mensurar o déficit e o grau de funcionalidade, e
quantificar as respostas ao tratamento. A avaliação funcional, portanto, observa, descreve e
mensura as habilidades e as capacidades utilizadas no desempenho de tarefas da vida diária
classificando-as através de níveis de comprometimento e independência (O´SULLIVAM,
SCHMITZ, 2004).
Na avaliação funcional de indivíduos com disfunções motoras, a mobilidade e a
deambulação são alguns dos fatores determinantes para um bom desempenho nas atividades
da vida diária (AVD’S) (GOMES, 2003). A mobilidade consiste na capacidade de
deslocamento no meio e está intrinsecamente ligada a independência funcional
(MACKNIGHT, ROCKWOOD, 1995). Os aspectos relacionados à independência física e a
mobilidade são de grande interesse na área da Fisioterapia, sendo os testes que avaliam as
características da mobilidade muito utilizados e experimentados na prática clínica e na
pesquisa científica.
Nos últimos anos, inúmeras escalas e testes de avaliação funcional foram
desenvolvidos na área da reabilitação a fim de padronizar a coleta de dados, fornecer
parâmetros sobre as limitações, incapacidades, comprometimentos, e subsídios para
intervenção e avaliação da evolução do quadro patológico (SHUMWAY-COOK,
28
WOOLLACOTT, 2003). A tarefa de subir e descer degraus ou escadas é abordada de forma
isolada em diferentes escalas, e apesar da fácil aplicabilidade, a maioria dessas escalas fornece
pouca informação sobre a qualidade de movimento e as possíveis causas de incapacidade
nesta tarefa (MYLES, 2001).
Uma avaliação funcional da mobilidade pode ser constituída por vários itens tais como
deambulação em distâncias e em situações determinadas, levantar e sentar em uma cadeira,
mudanças de decúbito, transferências, subir e descer escadas, dentre outras. Entre os métodos
de aplicação das avaliações funcionais, existe o de auto-relato que é fácil, rápido e pouco
oneroso, no entanto caracteriza-se como uma medida subjetiva que pode ser influenciada pela
percepção do indivíduo sobre o seu estado geral saúde. A entrevista consiste em um método
no qual as informações são obtidas através de examinadores treinados e de formulários
padronizados aplicados pessoalmente ou por telefone. As medidas observacionais de
desempenho funcional o amplamente utilizadas para avaliação clínica, por constituírem um
método objetivo, prático e padronizado. Para tanto, a execução de uma tarefa específica é
analisada através de critérios pré-determinados e padronizados, a fim de reduzir a
subjetividade da avaliação (GOMES, 2003).
Diversas escalas de avaliação da mobilidade em indivíduos com hemiparesia estão
descritas na literatura, e algumas delas contemplam seções referentes à deambulação sobre
escadas. A seguir, serão descritas as principais características de alguns instrumentos de
avaliação funcional da mobilidade.
Índice de Barthel: desenvolvido em 1965, para avaliar o potencial funcional e os
resultados do tratamento de reabilitação em pacientes que sofreram um Acidente
Vascular Encefálico (AVE), esse teste mede o grau de assistência exigido em 10
atividades (alimentação, banho, higiene pessoal, vestir-se, controle da bexiga, do
intestino, transferências cadeira e cama, deambulação e subir escadas). o atribuídos
pesos específicos para cada atividade, de acordo com a observação clínica. O escore
corresponde à soma de todos os pontos obtidos, sendo considerado independente o
indivíduo que atingir a pontuação total (100 pontos). Pontuações abaixo de 50 indicam
dependência em atividades de vida diária. A subida e descida de escada é avaliada
verificando se o indivíduo a realiza de forma independente, se usa os corrimões, se
necessita de ajuda e/ou supervisão. O Índice de Barthel tem sido aplicado em
pacientes internados em unidades de reabilitação e tem apresentado boa correlação
com outras medidas funcionais (MAHONEY, BARTHEL,1965).
29
Medida de Independência Funcional (MIF): desenvolvido e aplicado pela Fundação
de Pesquisa da Universidade do Estado de Nova York desde 1990 e validado no Brasil
por Riberto et al. (2004), é um instrumento aplicado na forma de entrevista que visa
mensurar o nível de independência de pacientes com restrições funcionais. São
avaliados itens referentes ao auto-cuidado, controle de esfíncteres, mobilidade,
locomoção (incluindo escadas), comunicação e cognição social. Cada atividade
avaliada é pontuada de 1 (dependência total) a 7 (independência completa). A
atividade de locomoção sobre escada avalia a independência para subir e descer um
lance de escadas (12 a 14 degraus) em ambiente fechado, casa ou hospital (RIBERTO
et al., 2004).
Índice do Andar Dinâmico: Shumway-Cook et al. (1997) desenvolveram este
instrumento de avaliação funcional da mobilidade com o objetivo de avaliar e
descrever a capacidade do paciente de modificar a marcha em resposta às mudanças
nas demandas de determinadas tarefas, em pacientes idosos com comprometimentos
no equilíbrio. Este instrumento foi traduzido e validado na língua portuguesa em 2006
por De Castro et al., e é constituído de oito tarefas que envolvem a marcha em
diferentes contextos que incluem superfície plana, mudanças na velocidade da marcha,
movimentos horizontais e verticais da cabeça, passar por cima e contornar obstáculos,
giro sobre seu próprio eixo corporal, subir e descer escadas. A pontuação varia de 0
(comprometimento grave) a 3 pontos (normal) de acordo comas características
apresentadas em cada item. Na seção que avalia a locomoção sobre degraus avalia-se
o tipo de passo (alternado, passo a passo) e o uso do corrimão (necessita ou não) (DE
CASTRO et al., 2006; SHUMWAY-COOK et al., 1997).
Perfil Duke da Capacidade de Mobilidade: proposto Duncan em 1993, este
instrumento avalia o desempenho de deambulação de idosos e apresenta um item de
análise separada para a subida e a descida de escada que tenha pelo menos dois
degraus quantificando o tipo de passo (alternado, passo a passo) e a necessidade de
auxílio (corrimão, dispositivos) numa escala de 0 (não consegue realizar atividade) a 2
pontos (utiliza passo alternado e não necessita do corrimão) (SHUMWAY-COOK,
WOOLLACOTT, 2003).
The Activities-specific Balance Confidence (ABC) Scale: avalia a confiança no
equilíbrio em atividades específicas através de perguntas objetivas e pontua em
porcentagem de 0 a 100%, isto é da ausência de confiança para a completa confiança.
30
Apresenta três questões que avaliam a confiança na escada, considerando o uso ou não
do corrimão (POWELL, MYERS, 1995).
Habilidade de Subir escada: mensura a cadência de subida de escada
(degraus/minuto) e é um teste bastante utilizado para indivíduos com hemiparesia a
fim de verificar a capacidade funcional dos mesmos. O número de degraus utilizados
varia entre os estudos: 12 degraus (FLANSBJER et al., 2006), 5 e 6 degraus
(TEIXEIRA-SALMELA et al., 2003; TEIXEIRA-SALMELA et al., 1999) e 4 degraus
(OLNEY et al., 1979).
Medida das Limitações na Atividade de Subir Escadas: avalia a capacidade de
realização da subida e descida de escada através de quinze (15) perguntas objetivas e
afirmativas avaliando o tempo necessário para realização da tarefa, o tipo de passo, o
uso de corrimão, de dispositivos auxiliares ou da ajuda de uma pessoa. O indivíduo
avaliado deve responder sim quando corresponder a sua situação atual (ROORDA et
al., 2004).
Escala de Qualidade de Vida Específica para Acidente Vascular Encefálico
(EQVE): dos quarenta e nove (49) itens, um item que aborda a dificuldade de subir
escadas através de pergunta direta e pontua o relato do paciente no escore de 1 (ajuda
total) a 5 (nenhuma ajuda necessária) (LIMA, TEIXEIRA-SALMELA,
MAGALHÃES, 2006).
Escala de Equilíbrio de Berg: desenvolvida por Berg et al. (1989) e validada para
pacientes com hemiparesia por Wee et al. (2003) e na língua portuguesa por
Miyamoto et al. (2004), avalia o equilíbrio em 14 tarefas funcionais, tais como: ficar
de pé, levantar-se, andar, inclinar-se à frente, transferir-se, virar-se, dentre outras. Uma
das tarefas se caracteriza por colocar o alternadamente sobre um degrau. A
pontuação máxima a ser alcançada é de 56 pontos e cada item possui uma escala
ordinal de cinco alternativas variando de 0 a 4 pontos, de acordo com o grau de
dificuldade. A escala do equilíbrio de Berg é largamente utilizada em pesquisas
científicas e foi desenvolvida para atender a várias propostas na prática clínica e em
pesquisas para monitorizar o estado do equilíbrio do paciente, o curso de uma doença,
predizer quedas, selecionar pacientes aptos ao processo de reabilitação e a resposta do
paciente ao tratamento (CHOU et al., 2006; MYAMOTO et al., 2004; WEE et al.,
2003; BERG et al., 1995; BERG et al., 1989).
31
Rivermead Visual Gait Assessment: desenvolvida em 1998 esta escala compreende
duas observações sobre a ação dos membros superiores durante as fases de apoio e
balanço da marcha, e dezoito observações sobre o tronco e os membros inferiores,
sendo onze (11) durante a fase de apoio e sete (7) durante a fase de balanço da marcha.
As observações se aplicam apenas a um hemicorpo e quatro pontos de escala são
utilizados para quantificar a grau de anormalidade para cada um dos itens: 0 = normal,
1 = leve, 2 = moderado, e 3 = severo. O escore global pode ser calculado pela soma
total e é classificado no intervalo de 0 (marcha normal) a 59 pontos (marcha
grosseiramente anormal) (LORD, HALLIGAN, WADE, 1998).
Avaliação da Marcha e Equilíbrio Orientada pelo Desempenho (POMA): foi
criada em 1986, por Tinetti, como parte de um protocolo que objetivava a detecção de
fatores de risco de quedas em indivíduos idosos, com base no número de
incapacidades crônicas. O protocolo é dividido em duas partes: uma mede o equilíbrio
através de uma avaliação com três níveis de respostas qualitativas, e a outra parte
avalia a marcha com dois níveis de respostas. A porção que avalia o equilíbrio consiste
em manobras que são realizadas durante as atividades da vida diária (sentar e ficar em
pé, giro em torno do próprio eixo – 360º, alcançar um objeto numa prateleira alta, ficar
numa perna só, pegar um objeto do chão e etc). O escore total bruto pode ser
interpretado qualitativamente como normal, adaptativo e anormal (equivalendo a 3, 2 e
1 pontos respectivamente).
Teste de Desempenho Físico: criado por Reuben e Siu (1990), caracteriza-se por uma
medida temporal da subida de um lance de escadas utilizando o escore de 0 a 4 pontos,
sendo que o escore máximo correspondia ao tempo de 5 segundos ou menos
despendido durante a subida.
Motor Assessment Scale (MAS): desenvolvida por Carr e Shepherd (1985) e
validada no Brasil em 2009, esta escala avalia a função motora de indivíduos com
hemiparesia devido a AVE através de oito tarefas motoras: transferência de supino
para decúbito lateral, supino para sentado, equilíbrio sentado, sentado para ortostase,
marcha, função de membros superiores, movimento das mãos e atividades manuais
avançadas. No domínio de marcha um item avalia se o paciente sobe e desce três
vezes uma escada com quatro degraus necessitando ou não de dispositivos auxiliares,
porém sem segurar no corrimão, em um tempo máximo de 35 segundos (CONTE et
al., 2009).
32
2.3 TAREFA DE SUBIR E DESCER ESCADA
2.3.1 Descrição geral da tarefa
O método típico de subir e descer escadas é o passo alternado ou também denominado
‘pé sobre pé’ que se caracteriza pela movimentação cíclica dos membros inferiores e pela
distribuição simétrica de peso, onde cada está em contato com um degrau distinto.
Entretanto, devido a incapacidades motoras ou a características estruturais da escada existem
outros métodos para realização desta tarefa, como é o caso do passo-a-passo ou ‘por degrau’,
no qual ambos os pés são colocados no mesmo degrau e o peso é distribuído assimetricamente
entre os membros inferiores. Dependendo da incapacidade apresentada ou das restrições
ambientais impostas, é possível ainda encontrar pessoas subindo e descendo escadas de lado,
sentados ou de costas (SILVA, 2003; MYLES, 2001).
O contato do com o solo na subida e na descida de escada difere da marcha em
nível plano. Segundo Loy e Voloshin (1991), na subida apenas o ante-pé (porção metatársica)
encontra-se apoiado no degrau, e na descida o peso é transferido do ante-pé para retropé ao
longo da borda lateral.
2.3.2 Características temporais
Assim como a marcha em nível plano, a locomoção sobre escada encontra-se divida
em fases de apoio e balanço. As pesquisas de McFadyen e Winter (1988) apud Myles (2001) e
Zachazewski et al. (1993), descreveram, com o auxílio de plataformas de força e da
eletromiografia (EMG), as subfases da locomoção sobre escada definindo com um ciclo o
período entre o primeiro contato do com o degrau até o contato subseqüente do mesmo pé.
Segundo Zachazewski et al (1993), a fase de apoio da subida de escada corresponde a 65% do
ciclo e a fase de balanço a 35%. Cada fase sofre ainda subdivisões, o apoio em fase de
aceitação do peso, propulsão vertical e continuação a frente, e o balanço em afastamento do
pé e colocação do pé, como demonstra a Quadro 1.
33
FASE DE APOIO
(65%)
FASE DE BALANÇO
(35%)
ACEITAÇÃO
DO PESO
(0-17%)
PROPULSÃO
VERTICAL
(2-37%)
CONTINUAÇÃO
PARA FRENTE
(37-51%)
AFASTAMENTO
DO PÉ
(65-82%)
COLOCAÇÃO
DO PÉ
(82-100%)
SUPORTE
DUPLO
(0-17%)
SUPORTE ÚNICO DO
MEMBRO
(17-48%)
SUPORTE
DUPLO
(48-65%)
SUPORTE ÚNICO DO
MEMBRO OPOSTO
(65-100%)
Quadro 1: Fases da Subida de Escada.
Fonte: Zachazewski et al., (1993).
Um estudo com 33 jovens saudáveis analisou a subida e descida de escada (quatro
degraus com altura de 18 cm cada) e verificou que a duração da fase de apoio para a subida
foi igual a 60,74±1,72% (PROTOPAPADAKI et al., 2007). Da mesma forma Nadeau et al.
(2003), avaliando adultos saudáveis com idade superior a 40 anos, observaram que a duração
da fase de apoio correspondia em média 60,3±1,1%, para degraus com 17 cm de altura.
Riener, Rabuffetti, Frigo (2002) demonstraram que a duração da fase de apoio sofre influência
da inclinação da escada e, conseqüentemente, da altura do degrau. Tais autores analisaram a
subida e descida de escada em diferentes inclinações (24° - 13,8 cm de altura, 30° - 17 cm de
altura e 42° - 22,5 cm de altura) em 10 homens jovens usando uma escada regulável de cinco
degraus e observaram que a duração da fase de apoio na subida tem relação direta com a
inclinação da escada, equivalendo a 62,7±1,8% na inclinação mínima, 63,6±1,9% na normal e
63,7±2,2% na inclinação máxima.
Da mesma forma, a fase de apoio na descida corresponde a 68% do ciclo total e está
subdivida em aceitação do peso, progressão à frente e abaixamento controlado, sendo que
maior parte desta fase é realizada em apoio unipodal (Quadro 2). A fase de balanço engloba
32% do ciclo total da descida e caracteriza a oscilação e preparação para o apoio
(ZACHAZEWSKI et al., 1993).
34
FASE DE APOIO
(68%)
FASE DE BALANÇO
(32%)
ACEITAÇÃO
DO PESO
(0-14%)
PROPULSÃO
VERTICAL
(14-34%)
CONTINUAÇÃO
PARA FRENTE
(34-68%)
AFASTAMENTO
DO PÉ
(68-84%)
COLOCAÇÃO
DO PÉ
(84-100%)
SUPORTE
DUPLO
(0-14%)
SUPORTE ÚNICO DO
MEMBRO
(14-53%)
SUPORTE
DUPLO
(53-68%)
SUPORTE ÚNICO DO
MEMBRO OPOSTO
(68-100%)
Quadro 2: Fases da descida de escada
Fonte: Zachazewski et al., (1993).
No estudo de Protopapadaki et al. (2007), não foi verificada diferença significativa
entre a duração da fase de apoio da subida e da descida, sendo que na descida a duração foi de
60,45±1,43%. Mian et al. (2007) encontraram valores superiores em seu estudo de análise da
descida de escada em jovens e idosos em uma escada de três degraus (altura de 17 cm). Tanto
jovens como idosos apresentaram 62,9±2,6% de duração da fase de apoio, no entanto os
idosos realizaram a descida mais lentamente que os jovens.
Em contrapartida, Lark et al. (2004) realizaram análise cinemática da descida de
escada em homens jovens e idosos em degraus de quatro alturas diferentes (20, 25, 30, 35 cm)
e verificaram que os idosos permanecem 20% a mais de tempo com o de sustentação
apoiado ao chão promovendo uma amplitude maior de dorsiflexão independente da altura do
degrau. Segundo os autores o maior tempo de apoio duplo sugere uma resposta instintiva para
retardar a fase mais instável do movimento que compreende o período de apoio unipodal.
Essa característica de tempo de duplo apoio maior também é relatada por Roesler et al. (2001)
que acrescenta ainda que, neste aspecto, ocorre uma relação diretamente proporcional à altura
de degrau.
Riener, Rabuffetti, Frigo (2002) verificaram que na descida a inclinação e altura do
degrau não influenciam tanto na duração da fase de apoio, sendo que a mesma corresponde a
62,1±2,0%, a 61,2±2,3% e 59,6±1,9% na inclinação mínima, normal e máxima,
respectivamente. Apesar de na descida a relação entre a duração da fase de apoio e o aumento
da inclinação da escada ser inversamente proporcional, a duração do ciclo na subida é maior
equivalendo em média a 1,41±0,11 segundos.
35
2.3.3 Características Cinemáticas
A análise da biomecânica e do controle motor envolvidos na subida e descida da
escada pode adicionar a compreensão dos processos envolvidos na locomoção humana.
Entretanto, são ínfimas as pesquisas que analisaram as suas características biomecânicas e
poucas evidências e confirmações representativas para grande população podem ser obtidas
através desses estudos devido ao fato de abordarem pequenos grupos amostrais e na sua
grande maioria constituídos por indivíduos jovens e saudáveis. Estudos envolvendo grupos
patológicos com disfunções musculoesqueléticas, seqüelas neurológicas e população idosa
são pouco encontrados na literatura.
As análises cinemáticas são realizadas pela captação da posição espacial dos
marcadores localizados geralmente na crista ilíaca superior, no trocânter maior do fêmur, no
côndilo lateral do fêmur, no maléolo lateral da tíbia, na cabeça do quinto metatarso ou do
segundo metatarso e alguns estudos ainda utilizam marcadores na face posterior do calcâneo,
na superfície lateral da perna, nas espinhas ilíacas (anterior e posterior) superiores
(PROTOPAPADAKI et al., 2007; PETRARCA et al., 2006; RIENER, RABUFFETTI,
FRIGO, 2002).
Com a finalidade de descrever os resultados relevantes das análises cinemáticas da
subida e descida de escada, a apresentação dos mesmos será organizada em tópicos com
enfoque particular para cada articulação ou segmento.
Cinemática da Pelve
A cinemática da pelve durante a deambulação sobre escada é avaliada durante a
descida no estudo de Mian et al. (2007). Esses autores analisaram a descida de escada de 3
degraus (altura de 17 cm) em 23 jovens (27,3 anos) e em 34 idosos (73,4 anos) e verificaram
que no plano sagital não ocorreram diferenças significativas na inclinação pélvica entre os
dois grupos, entretanto houve um aumento da obliqüidade e da amplitude de movimento da
pelve no plano frontal nos idosos. No plano transversal, apesar de não haver diferença
significativa, os idosos tendem a apresentar um ligeiro aumento na rotação externa da pelve
no início e o final da fase de apoio, e da rotação interna no final da fase de apoio. Esses dados
estão demonstrados graficamente na figura 1.
36
A. Plano Sagital B. Plano Frontal
C. Plano Transversal
Figura 1: Análise cinemática da articulação da pelve durante a descida de escada em jovens (○) e
idosos (●). Fonte: Mian et al., 2007.
Cinemática do Quadril durante a subida de escada
Andriacchi et al. (1980) apud Myles (2001) analisaram os parâmetros cinemáticos de
dez indivíduos saudáveis enquanto subiam e desciam um degrau de 21 cm de altura e
inclinação de 38º. Esses autores encontraram valor médio para flexão de quadril durante a
subida igual a 41,9º±9,9. Da mesma forma, Livingston et al. (1991) analisaram a deambulação
sobre escadas em indivíduos normais de estatura mediana utilizando degraus com altura de
20,3 cm e 45º de inclinação e observaram 58º±13,5 para flexão de quadril na subida.
Nadeau et al. (2003) analisaram a subida de escada (17 cm de altura) em 11 indivíduos
adultos com idade média de 53 anos, e encontraram valores de flexão de quadril iguais a
60,1º±5,6. Segundo os pesquisadores, embora o padrão de movimento do quadril seja
semelhante entre a marcha na escada e em nível plano, os valores de flexão de quadril
encontrados durante a subida de escada foram superiores (figura 2).
37
A. Plano Sagital
B. Plano Frontal
Figura 2: Análise cinemática da articulação do quadril durante a marcha (linha preta) e subida de
escada (círculos brancos).
Fonte: Nadeau et al. (2003).
Reeves et al. (2008a) analisaram a subida de escada com quatro degraus (altura 17 cm)
de 13 idosos (74,9±2,9 anos) e verificaram que o pico de flexão do quadril foi de 64,4º±6,6
quando os idosos não usavam o corrimão e de 64,0º±5,5 quando usavam o corrimão,
demonstrando que a sustentação de peso no corrimão pode influenciar no comportamento
articular de quadril.
Analisando a subida e descida de escada (altura degrau de 18 cm) em 33 jovens com
média de idade de 28,09±6,08, Protopapadaki et al. (2007) observaram na subida valores
angulares de flexão de quadril iguais a 65,06±7,16º para subida (figura 3A). Riener,
Rabuffetti, Frigo (2002) estudaram a deambulação em escadas de diferentes inclinações: 24°
(13,8 cm de altura), 30° (17 cm de altura) e 42° (22,5 cm de altura) em 10 homens jovens
usando uma escada regulável de cinco degraus, verificaram que os valores angulares de flexão
de quadril e joelho sofrem influência direta da inclinação da escada. Comparando a inclinação
mínima e máxima da escada durante a subida, a flexão de quadril sofre um aumento de 12,4%
e durante a descida esse valor é ainda maior correspondendo ao aumento de 15,7% (figura
3B).
38
A. Valores angulares para articulação do
quadril durante a subida e a descida de escada
(PROTOPAPADAKI et al., 2007).
B. Valores angulares para a articulação do quadril
durante o andar nivelado e na subida e descida de
escada com três inclinações diferentes (RIENER et
al., 2002).
Figura 3: Análise cinemática da articulação do quadril durante subida e descida de escada.
Nadeau et al. (2003) descreveram os movimentos da marcha e da subida de escada
nos planos frontal e verificaram que as principais diferenças ocorreram na articulação do
quadril sendo que o pico de abdução de quadril foi inferior ae aconteceu após o choque do
pé no chão, tanto na marcha como na deambulação sobre escadas.
Cinemática do Quadril durante a descida de escada
A exigência articular para a articulação do quadril durante a descida de escada é menor
que a subida, no entanto, também sofre influência da altura do degrau, da inclinação da escada
e do uso do corrimão. Andriacchi et al. (1980) apud Myles (2001) encontraram média de
flexão de quadril igual a 28,2º±12,9 em indivíduos saudáveis e em escada com 38º de
inclinação e degrau com 21 cm de altura. Em outro estudo em escada com altura semelhante,
Livingston et al. (1991) encontraram valores um pouco superiores para a flexão de quadril
durante a descida de escada, correspondendo a 37º±0,5.
Da mesma forma que na subida, Reeves et al. (2008a) analisaram a descida de escada
com quatro degraus (altura 17 cm) de 13 idosos (74,9±2,9 anos) e verificaram que o pico de
flexão do quadril é de 40,6º±6,4 quando os idosos não usavam o corrimão e igual a 38,3º±5,3
quando usavam o corrimão.
Segundo Mian et al. (2007), uma descrição detalhada do movimento da extremidade
inferior durante a descida de escada não pode ser encontrada na literatura. Em jovens e idosos,
39
esses autores verificaram que os movimentos da pelve e do quadril são maiores nos idosos,
como demonstra a figura 4. Nos planos frontal e transversal observa-se um aumento na
adução e rotação interna do quadril que podem estar relacionadas ao déficit no controle
neuromuscular dos grupos musculares opostos, sendo que esse controle insuficiente médio-
lateral do quadril pode ser um mecanismo compensatório devido a diminuição de amplitude
de flexão do joelho que ocorre nos idosos, sobre a qual comentaremos posteriormente.
Entretanto, segundo Mian et al. (2007), faltam pesquisas mais fidedignas que avaliem estas
relações, visto que se a musculatura do quadril é primordial para realização da descida de
escada e uma redução de seu potencial estaria implicando num maior risco de quedas durante
esta tarefa.
A. Plano Sagital B. Plano Frontal
C. Plano Transversal
Figura 4: Análise cinemática da articulação do quadril durante a descida de escada em jovens (○) e
idosos (●).
Fonte: Mian et al., 2007.
Cinemática do Joelho durante a subida de escada
Das variáveis cinemáticas o ângulo de flexão do joelho é uma característica marcante
na locomoção sobre escada e de acordo com Roesler et al. (2001) tem correlação direta com a
estatura e comprimento do membro inferior e sofrem influência da altura do degrau. Em
40
estudo com escada de diferentes inclinações verificou-se que na subida a flexão de joelho
sofre um aumento de 12,1% e na descida esse valor aumenta para 14,3% (RIENER,
RABUFFETTI, FRIGO, 2002). Os resultados dessas duas últimas pesquisas encontram-se
demonstrados na figura 5.
A. Valores angulares para articulação do joelho
durante a subida e a descida de escada
(PROTOPAPADAKI et al., 2007).
B. Valores angulares para a articulação do joelho
durante o andar nivelado e na subida e descida de
escada com três inclinações diferentes (RIENER et
al., 2002).
Figura 5: Análise cinemática da articulação do joelho durante subida e descida de escada.
Andriacchi et al. (1980) apud Myles (2001) encontraram valores médios para flexão
de joelho iguais a 83,3º±5,2 durante a subida de um degrau. Da mesma forma, Protopapadaki
et al. (2007) analisando a subida em jovens obtiveram valores iguais a 93,92º±7,40 para
flexão de joelho. Valores superiores fora encontrados na pesquisa de Livingston et al. (1991),
sendo que a flexão de joelho correspondeu a 101º±1,0 durante a subida de escada.
Analisando a subida de escada no plano sagital, Nadeau et al. (2003) observaram
valores de flexão de joelho de 65º no início da fase de apoio e 93º no meio da fase de balanço,
sendo que na marcha em nível plano esses valores foram iguais a e 67º, respectivamente
(Figura 6).
41
Figura 6: Análise cinemática da articulação do joelho nos planos frontal (A) e sagital (B) durante a
marcha (linha preta) e subida de escada (círculos brancos).
Fonte: Nadeau et al. (2003).
Cinemática do Joelho durante a descida de escada
Andriacchi et al. (1980) apud Myles (2001) encontraram valores médios para flexão
de joelho iguais a 87,9º±4,4 durante a descida de um degrau. Em pesquisa com jovens,
Roesler et al. (2001) observaram valores acima de 90° para flexão de joelho durante a descida
de degraus. O pico de flexão de joelho demonstrado por Livingston et al. (1991) durante a
descida foi de 93º±0,5.
Mian et al. (2007), analisando a descida de escada em jovens e idosos, verificaram que
o pico de flexão do joelho era menor nos idosos indicando uma redução na amplitude de
movimento do joelho nesses indivíduos (Figura 7).
A
B
42
Figura 7: Análise cinemática da articulação do joelho no plano sagital durante a descida de escada em
jovens (○) e idosos (●).
Fonte: Mian et al., 2007.
Lark et al. (2004) analisaram a descida de um degrau de diferentes alturas (20, 35, 30 e
35 cm) em 6 idosos (67,7±1,4 anos) e 6 jovens (24,8±1,7 anos) e expressaram o deslocamento
angular de joelho e tornozelo como uma porcentagem da amplitude de movimento (ADM)
passiva de cada articulação. Desta forma, verificaram que em todas as alturas do degrau os
idosos utilizaram 80 a 100% da ADM passiva comparado aos 70 a 80% utilizados pelos
jovens. Além disso, os mesmos autores verificaram que o ângulo máximo de flexão do joelho
ocorre, em jovens e idosos, após o toque ao solo do membro de oscilação, e apesar do pico de
velocidade angular do joelho ser igual nos dois grupos, eles ocorrem em momentos distintos:
nos jovens ocorre antes do contato inicial do membro de oscilação no chão e nos idosos
imediatamente após o contato. Isso implica em dizer que a musculatura extensora do joelho
que desacelera e/ou controla o movimento tem grande importância e pode estar enfraquecida
nos idosos (Figuras 8 e 9).
43
Figura 8: Deslocamento angular do joelho em indivíduo idoso.
Fonte: Lark et al. (2004).
Figura 9: Deslocamento angular do joelho e pico de velocidade angular do joelho em jovens e
idosos
Fonte: Lark et al. (2004).
Cinemática do Tornozelo durante a subida de escada
A dorsiflexão de tornozelo foi analisada por Andriacchi et al. (1980) apud Myles
(2001) em indivíduos saudáveis enquanto subiam e desciam um degrau de 21 cm de altura e
inclinação de 38º, sendo encontrado valores de dorsiflexão de tornozelo iguais a 13,6º±8,6. A
análise de Livingston et al. (1991). verificou pico de dorsiflexão igual a 17º±7,5 na subida de
escada.
44
Da mesma forma, Protopapadaki et al. (2007) observaram na subida valores angulares
iguais a 11,21±3,83º para dorsiflexão e 31,31±5,12º para plantiflexão de tornozelo. Riener,
Rabuffetti, Frigo (2002) comparando a inclinação mínima e máxima da escada durante a
subida observou que a plantiflexão de tornozelo cresce em 25%, sendo que na descida esses
valores correspondem ao aumento de 17,3% na plantiflexão de tornozelo. Os valores
encontrados pelos autores estão representados graficamente na figura 10.
A. Valores angulares para articulação do
tornozelo durante a subida e a descida de
escada (PROTOPAPADAKI et al.,
2007).
B. Valores angulares para a articulação do
tornozelo durante o andar nivelado e na subida e
descida de escada com três inclinações diferentes
(RIENER et al., 2002).
Figura 10: Análise cinemática da articulação do tornozelo durante subida e descida de escada.
O pico de dorsiflexão de tornozelo é, comparativamente maior na escada, equivalendo
a 29,8º±2,8 no período de transição para único apoio durante a subida de escada, e a 19,1º±3,0
durante a marcha em vel plano (Figura 11). o pico de abdução do tornozelo, segundo
Nadeau et al. (2003), é semelhante entre a subida de escada (12º±4,9) e a marcha em nível
plano (11º±5,0).
45
Figura 11: Análise cinemática da articulação do tornozelo nos planos frontal (A) e sagital (B) durante
a marcha (linha preta) e subida de escada (círculos brancos).
Fonte: Nadeau et al. (2003).
Cinemática do Tornozelo durante a descida de escada
Na descida de escada a dorsiflexão de tornozelo encontrado por Livingston et al.
(1991) foi de 21º±7, inferior quando comparada a encontrada por Andriacchi et al. (1980)
apud Myles (2001) que foi de 27,0º±11,4. Da mesma forma, Protopapadaki et al. (2007)
observaram na descida os valores iguais a 21,11º±4,47, 40,08º±5,96, para dorsiflexão e
plantiflexão, respectivamente.
Mian et al. (2007) não observaram diferença significativa nos valores angulares de
dorsiflexão e plantiflexão do tornozelo entre jovens e idosos, sendo a variação angular de
tornozelo durante a descida igual a 55,9º±6,6 para os jovens e 55,7º±9,3 para os idosos
(Figura 12).
A
B
46
Figura 12: Análise cinemática da articulação do tornozelo no plano sagital durante a descida de
escada em jovens (○) e idosos (●).
Fonte: Mian et al. (2007).
Cinemática em indivíduos patológicos
A análise cinemática da subida e descida de escada (degrau com 20,5 cm de altura) em
vinte sujeitos sendo 10 indivíduos com diagnóstico de síndrome patelofemoral (36,5±11,1
anos) e 10 indivíduos saudáveis (31,9±7,3 anos) foi realizada por Salsich e colaboradores
(2001).
Quadril: os autores verificaram que na subida os indivíduos com dor patelofemoral
(PFP) apresentaram pico de flexão igual a 65,8º, enquanto que os indivíduos saudáveis
apresentaram valores superiores e equivalentes a 68,43º. Na descida os valores encontrados
para a flexão de quadril foram 30,1º para o grupo PFP e 26,1º para o grupo controle, não
sendo encontradas diferenças significativas entre os grupos (SALSICH et al., 2001).
Joelho: observaram na subida de escada picos de flexão de joelho equivalentes a 69,3º
e 73,8º, respectivamente entre os dois grupos. Na descida os valores encontrados para a flexão
de joelho foram 91,6º para o grupo patológico e 91,5º para o grupo controle (SALSICH et al.,
2001).
Tornozelo: Salsich e colaboradores (2001) verificaram que na subida os indivíduos
com dor patelofemoral (PFP) apresentaram pico de flexão de tornozelo igual a 18,1º,
enquanto que os indivíduos saudáveis apresentaram 20,3º. Na descida os valores encontrados
para a dorsiflexão de tornozelo foi de 27,6º tanto para o grupo patológico quanto para o
controle.
47
2.3.4 Descrição da ação: ativação muscular
A subida de um degrau se caracteriza pela ativação de grupamentos musculares
específicos como sóleo, quadríceps femoral, isquiotibiais e glúteo máximo.
Concomitantemente ocorre contração de glúteo médio para controle do quadril na fase de
apoio simples, ativação de tibial anterior para realização da dorsiflexão e de eretores da
espinha para controlar a flexão de tronco. Os músculos isquiotibiais agem concentricamente
fletindo o joelho e excentricamente auxiliando no controle da fase final de extensão do joelho
(ROESLER et al., 2001; MYLES, 2001).
O ato motor de descer escadas é descrito como a contração excêntrica dos mesmos
músculos utilizados na subida, sendo que na descida o corpo é mantido ereto a fim de evitar o
deslocamento à frente do centro de gravidade. Assim, a descida de um degrau inicia com leve
flexão do quadril e extensão do joelho e tornozelo do membro inferior oscilante sendo que no
membro contralateral que sustenta carga ocorre uma diminuição da força de extensores de
quadril, joelho e tornozelo caracterizando a contração excêntrica dos mesmos e permitindo
uma flexão lenta e gradual. O corpo é então abaixado até que o hálux do membro oscilante
entra em contato com o degrau inferior e absorve o peso iniciando novamente o ciclo de
movimento após a extensão do joelho (ROESLER et al., 2001; MYLES, 2001). As figuras 13
e 14 demonstram graficamente estas ações.
48
Figura 13: Ação muscular da subida de um degrau
Fonte: Joseph, Watson (1967) apud Myles (2001).
49
Figura 14: Ação da descida de um degrau
Fonte: Joseph, Watson (1967) apud Myles (2001).
2.3.5 Características estruturais e fatores ambientais
Além das características individuais de percepção e ação existem fatores importantes
que influenciam no desempenho da locomoção em escadas, que o as propriedades
estruturais como dimensões, inclinação, forma de construção, material de revestimento das
superfícies, corrimão, ambiente e iluminação (WYATT et al., 1999; TEMPLER, 1992).
Apesar das dimensões de escadas serem determinadas pelas normas e códigos
municipais, a maioria das escadas existentes em ambientes públicos não é construída dentro
da padronização. Além disso, as normas existentes baseiam-se em fórmulas antigas que ainda
não sofreram alterações. A fórmula de Blondel de 1672 é a mais utilizada até hoje e considera
que a profundidade do piso (distância horizontal onde se apóia o pé) mais duas vezes a altura
devem ser igual a 24 polegadas (i.e. 0,61m) (MYLES, 2001). Segundo o Código de Obras
50
para Edificações de Uso Coletivo de Florianópolis (Artigo 136), as dimensões dos degraus
são calculadas pela fórmula: (2h + b) = 0,63 a 0,64m. Onde “b” é a distância horizontal do
degrau ou também denominada profundidade e “h” é a altura ou espelho do degrau.
Acrescenta ainda que a profundidade mínima seja de 0,27m e a altura máxima de 0,18m
(CÓDIGO DE OBRAS, 2003). Essas dimensões se enquadram com as descritas pelas Normas
da ABNT sobre Escadas e Saídas de Emergência em Edifícios (NBR 9077/85). Considerando
que um passo médio normal varia de acordo com a literatura (ROESLER et al., 2001) entre
0,60 e 0,65 m pode-se descrever a fórmula como: 0,60m ≤ 2.h + b ≥ 0,65m (Figura 15).
Figura 15: Dimensões padrão de uma escada segundo Código de Obras de Florianópolis (2003).
Segundo Roesler et al. (2001), se a inclinação do terreno for superior a 15° a
necessidade de formação de degraus para que o possa apoiar-se com segurança ao solo.
Inclinações entre 30 e 35° são consideradas ideais para escadas desde que sejam mantidas
constantes a altura e profundidade dos degraus.
As propriedades de fricção da superfície do passo e de resistência ao deslizamento
durante a negociação da escada são dependentes da velocidade e do estilo da descida
escolhido pelo usuário, e podem ser afetadas por condições visuais e de iluminação artificial.
Assim, se faz necessária uma boa iluminação nos ambientes em que se encontram as escadas
(CHRISTINA, CAVANAGH, 2002).
Roesler et al. (2001) afirmaram que a maioria dos acidentes acontece na descida de
escada e estão mais relacionados à profundidade que com a altura do degrau. Se a distância
horizontal do piso for superior a 0,32m o pé poderá colidir com as bordas do degrau anterior e
caso contrário, se a distância for menor que 0,26m, ou seja, menor que o comprimento do pé,
não superfície suficiente para realização do apoio do pé. Templer (1992) acrescenta que
51
existem situações durante a descida de degraus, em que há uma maior possibilidade de
ocorrência de queda, como no momento em que a perna de oscilação entra em contato com o
degrau e recebe toda transferência de peso; quando ocorre perda do contato do com o solo
e quando ocorre choque do membro oscilante com as bordas do degrau.
A maioria dos acidentes em escadas ocorre nos três degraus superiores ou inferiores.
Geralmente esses acidentes são causados por erros perceptuais, mostrando a importância da
informação sensorial adequada para localizar precisamente as transições plano-degrau e
degrau-plano (CAVANAGH, MULFINGER, OWENS, 1997). A velocidade do membro
oscilante também influencia no risco de quedas que uma velocidade elevada de
deslocamento impõe maior controle do sistema motor e pode provocar o deslizamento do
sobre o degrau (PATLA, RIETDYK, 1993).
No entanto, existem estratégias que influenciam na manutenção da postura ortostática
durante a deambulação sobre escadas como as co-contrações musculares e o uso do corrimão.
Pesquisas comprovam que o uso do corrimão reduz significativamente a ocorrência de quedas
tanto em jovens quanto em idosos e que a força do agarrar o corrimão produzida, em um
segundo, corresponde a cerca de 60% do peso corporal (MAKI, PERRY, McILROY, 1998;
FRANK, EARL, 1990).
52
3. METODOLOGIA
Neste capítulo foram apresentados os itens referentes aos procedimentos
metodológicos que orientam o presente estudo. Foram descritos: o delineamento do estudo,
sujeitos participantes, os procedimentos e processamento dos dados, e o tratamento estatístico.
3.1 CARACTERÍSTICA DO ESTUDO
O presente estudo teve como objetivo desenvolver um instrumento de avaliação
clínica da subida e descida de escada em indivíduos com hemiparesia e avaliar a validade de
conteúdo do instrumento desenvolvido. Desta forma, este estudo se caracteriza como pesquisa
metodológica, descritiva exploratória (MARQUES, PECCIN, 2005; THOMAS, NELSON,
SILVERMAN, 2007).
O desenvolvimento do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de
Escada em Indivíduos com Hemiparesia foi realizado de acordo com o roteiro adaptado
proposto por Benson, Clark (1982) e Davis (1996):
I. Fase de Planejamento: esta etapa caracterizou-se pela formulação da finalidade, do
domínio e do grupo a que se destina o instrumento a ser desenvolvido. Através de
uma vasta revisão de literatura assegura-se que não exista validação de um
instrumento semelhante ao proposto e ainda identificam-se quais itens são relevantes
e apropriados para a sua construção. Além disso, as características essenciais que
devem ser abordadas na construção do instrumento podem também serem obtidas
através de um questionário destinado aos especialistas da área de interesse e pela
coleta de dados qualitativos de indivíduos do grupo alvo;
II. Fase de Construção: nesta etapa tem início a construção da primeira versão do
instrumento baseando-se em todas as informações adquiridas anteriormente. As
áreas e os domínios criados devem refletir os objetivos do instrumento e as respostas
esperadas pelo grupo alvo. É interessante que o número de itens propostos exceda
53
em 1.5 a 2.0 vezes o número final de itens. Simultaneamente a criação dos itens
deve-se selecionar o formato dos itens e a escala de dimensão dos mesmos;
III. Fase de Validação de Conteúdo: a primeira versão do instrumento é submetida à
avaliação da sua validade de conteúdo por um comitê de especialistas. Através de
um questionário os especialistas avaliam a clareza e a pertinência do instrumento
desenvolvido podendo indicar alterações e/ou exclusões de itens. O resultado da
opinião dos especialistas é analisado de acordo com um vel de concordância e os
itens são revistos para construção da versão final do instrumento.
Figura 16: Diagrama das fases de desenvolvimento do instrumento de Avaliação do Desempenho
Funcional de Indivíduos com Hemiparesia Durante a Subida e Descida de Escada (baseado nas
instruções de Benson, Clark, 1982 e Davis, 1996).
DESENVOLVIMENTO DE
UM INSTRUMENTO DE
AVALIAÇÃO CLÍNICA
FASE DE
PLANEJAMENTO
FASE DE
CONSTRUÇÃO
FASE DE
VALIDAÇÃO DE
CONTEÚDO
1
. Revisão
Bibliográfica
2. Opinião de
Especialistas
3. Observação da
tarefa
Revisão +
Especialistas +
Observação =
Elaboração
dos Itens
1
. Painel de Especialistas
2. Questionário de Revisão
de Conteúdo
3. Análise dos Questionários
4.
Testes de Hipóteses
Escrita do item
Formato do item
Escala de Pontuação
VERSÃO FINAL DO
INSTRUMENTO DE
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Construção da
Versão Preliminar
do Instrumento
54
3.2 SUJEITOS PARTICIPANTES
3.2.1 Grupo Alvo
A população de interesse foi constituída por indivíduos com diagnóstico prévio de
AVE com idade superior a 20 anos e residentes na Grande Florianópolis (SC).
A amostra foi composta pelo método não-probabilístico intencional e constituída por
16 indivíduos com hemiparesia, sendo 13 homens e 3 mulheres, com média de idade igual a
56,6±12,6 anos. Os participantes foram recrutados na Clínica de Prevenção e Reabilitação
Física do CEFID/UDESC e no Projeto de Extensão Atenção à saúde de portadores de seqüela
de AVE do CEFID/UDESC.
Os critérios de inclusão estabelecidos foram: apresentar hemiparesia devido AVE e
capacidade de se locomover (subir e descer escada) com ou sem auxílio de órteses e/ou de
dispositivos auxiliares da marcha.
Foram excluídos da amostra os indivíduos que apresentaram: a) Hemiparesia bilateral,
com comprometimento tanto no hemicorpo direito quanto no esquerdo; b) História de lesões
e/ou cirurgias ortopédicas que poderiam interferir no desempenho da tarefa de subir e descer
escada; c) Presença de outras patologias neurológicas associadas; d) Déficits visuais não
corrigidos (lentes e/ou óculos).
3.2.2 Profissionais da Área da Reabilitação
Foram convidados a participar da pesquisa 16 profissionais, brasileiros e canadenses,
da área de reabilitação neurofuncional, especialistas e/ou referências na área de conhecimento
relacionada à pacientes com hemiparesia e/ou relacionada à biomecânica da subida e descida
de escadas, sendo que 13 especialistas participaram da fase de planejamento e 8 da fase de
validação de conteúdo. Dentre os profissionais consultados, 5 participaram das duas fases.
Na primeira fase de validação de conteúdo foram convidados oito especialistas e apenas
sete responderam no prazo determinado, sendo quatro brasileiros e três canadenses. Na
segunda e na terceira fase de validação de conteúdo participaram cinco especialistas: dois
brasileiros e três canadenses. Os especialistas que não participaram alegaram não possuir
tempo hábil para responder aos questionários.
55
3.3 PROCEDIMENTOS
3.3.1 Fase de Planejamento
3.3.1.1 Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos
Este projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres
Humanos (CEP) da UDESC, segundo parecer número 42/2008.
Cada indivíduo foi convidado a participar da pesquisa e recebeu as devidas instruções
sobre seus objetivos, procedimentos da coleta, possíveis riscos e benefícios relacionados ao
estudo. O consentimento e a confirmação de sua participação na pesquisa foram assegurados
pela assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Anexo II).
3.3.1.2 Pesquisa bibliográfica
Realizou-se uma extensa revisão dos artigos indexados nas bases de dados PubMed,
Science Direct e Scielo, produzidos no período de 1990 a 2008, nos idiomas, inglês e
português, com o intuito de pesquisar, listar e classificar as escalas já existentes que avaliam a
deambulação sobre escadas e verificar a abordagem adotada. Além disso, a pesquisa
bibliográfica teve o objetivo de verificar a ocorrência e o tipo de estudos biomecânicos
existentes sobre a subida e descida de escada em indivíduos com hemiparesia. As palavras
chaves utilizadas nesta pesquisa foram: a) em português: escadas, subida, descida, avaliação
de hemiparéticos; b) em inglês: stair, stair ascent, stair descent, stair climbing, stair climbing
in stroke, stair climbing in hemiparetic, mobility evaluation after stroke, functional evaluation
after stroke.
3.3.1.3 Questionário Semi-Aberto aos Especialistas
Esta etapa constituiu a busca de informações essenciais sobre o desempenho funcional
e as estratégias adotadas pelos indivíduos com hemiparesia durante a subida e descida de
escadas, que poderiam ser obtidas a partir de observação direta e/ou através de vídeo
(BENSON, CLARK, 1982; FARIA, 2008). Estas informações foram obtidas através de um
questionário semi-aberto (Apêndice A), escrito nas línguas portuguesa, inglesa e francesa,
sobre as variáveis essenciais da tarefa de subir e descer escadas tais como: uso do corrimão e
de órteses; tipo de passo; distribuição de peso entre membro inferior acometido e não
acometido; características cinemáticas e possíveis estratégias articulares visualizadas no plano
frontal e no sagital, entre outras.
56
O material contendo uma breve descrição do projeto e o questionário semi-aberto foi
encaminhado, via e-mail, aos profissionais que aceitaram participar desta etapa. Todos os
participantes tiveram aproximadamente um mês para responder o formulário. As respostas
dos questionários semi-abertos foram organizadas em planilhas e todas as informações
pertinentes foram utilizadas para a construção dos itens da primeira versão do instrumento.
3.3.1.4 Observação da tarefa
Com o objetivo de identificar as possíveis estratégias utilizadas por indivíduos com
hemiparesia durante a subida e descida de escada, os sujeitos participantes deste estudo foram
avaliados clínica e cinematicamente. A seguir serão descritas cada uma das etapas desse
processo.
Construção da Escada para Análise Cinemática Qualitativa
Com o auxílio de um arquiteto foi construída uma escada de madeira de quatro
degraus com corrimão de ambos os lados e no patamar e com dimensões padronizadas: altura
do degrau de 17 cm; profundidade do degrau de 28 cm; largura da escada: 80 cm (Figura 17).
Figura 17: Escada de madeira utilizada para a análise cinemática qualitativa.
A altura do degrau desta escada foi estabelecida de acordo com as normas
arquitetônicas, com os estudos biomecânicos encontrados na literatura e com o estudo piloto
realizado. Participaram deste estudo piloto seis indivíduos com hemiparesia recrutados através
da Clinica de Prevenção e Reabilitação Física do CEFID/UDESC, nos quais foi mensurado o
comprimento de membros inferiores, sendo utilizada a distância compreendida entre o
trocânter maior do fêmur (eixo articular do quadril) e maléolo lateral da tíbia. A partir dessa
57
mensuração foi calculada uma proporção entre o comprimento de membros inferiores e a
altura do degrau, a fim de adequar a escada ás características dos participantes.
A média de comprimento de membros inferiores encontrada neste estudo piloto foi
igual a 75,6±4,8 cm. De acordo com as Normas do Código de Obras de Florianópolis (2003) a
altura máxima para o degrau de uma escada é de 18 cm, e verificamos que esta altura
representava 25% do comprimento de membro inferior. A proporção de 20% do comprimento
de membro inferior representava uma altura igual a 15 cm, então optou-se pela altura média
de 17 cm, visto que esta é a mais utilizada pelos estudos biomecânicos encontrados na
literatura científica e mais representativa das escadas públicas, incluindo as próprias escadas
do Centro de Saúde e Esportes (CEFID) da UDESC.
Avaliação Clínica
Com o intuito de caracterizar a amostra, foram obtidos, por meio de entrevista, dados
demográficos, antropométricos e clínicos. Para descrever a capacidade funcional, o grau de
mobilidade e de recuperação motora apresentado pelos sujeitos participantes na pesquisa,
foram realizadas as seguintes avaliações clínicas (Anexo I):
a) Medida de Independência Funcional (MIF): é um instrumento aplicado na forma
de entrevista que visa mensurar o nível de independência de pacientes com
restrições funcionais. Cada atividade é avaliada pontuada de 1 (dependência total)
a 7 (independência completa) (RIBERTO et al., 2004). Neste estudo utilizamos
apenas o domínio motor que avalia o nível de independência de locomoção sobre
escadas que consiste na subida e descida de um lance de escadas de 12 a 14
degraus em ambiente fechado, casa ou hospital;
b) Teste “Time Up and Go” (TUG): avalia o equilíbrio dinâmico e a mobilidade
funcional básica. No teste o indivíduo deve se levantar de uma cadeira com apoio
de braço (45 cm de altura), caminhar uma distância de 3 metros, realizar um giro
de 180º, retornar a cadeira e sentar-se. O tempo necessário para realização do teste
é cronometrado em segundos e parâmetros como simetria, comprimento do passo,
balanço dos membros superiores, postura do tronco e segurança na realização do
giro também são avaliados. O indivíduo realiza o teste com sapato habitual e com
seu usual dispositivo auxiliar de marcha. O tempo despendido para realização do
teste é interpretado da seguinte forma: 1) Menor que 10 segundos: totalmente
independente; 2) Menor que 20 segundos: independente para as principais
transferências, caminha sem auxilio mecânico ou com bengala, capaz de subir
58
escadas sem auxílio; 3) Entre 20 e 29 segundos: grande variabilidade do nível de
equilíbrio, da velocidade de marcha e da capacidade funcional; 4) Maior ou igual a
30 segundos: necessita de auxílio para as transferências e para deambular sobre as
escadas e terrenos irregulares (PODSIADLO, RICHARDSON, 1991; MATHIAS
et al., 1986);
c) Escala de Recuperação Motora de Fugl-Meyer: mensura a atividade sensório-
motora de indivíduos que sofreram Acidente Vascular Encefálico (AVE),
graduando o comprometimento motor em severo, marcante, moderado e leve.
Avalia aspectos como amplitude de movimento passiva, dor, sensibilidade, função
motora, equilíbrio e coordenação. Neste estudo foi avaliada a função motora de
membros inferiores que apresenta a pontuação máxima de 34 pontos (MAKI et al.,
2006);
d) Escala de Ashworth Modificada: verifica o grau de espasticidade através da
mobilização passiva, graduando o tônus muscular apresentado em eutonia (0); leve
aumento do tônus muscular, manifestado na preensão e na liberação ou por
resistência mínima (1); leve aumento do tônus muscular, manifestado pela
preensão, seguido por resistência nima em todo restante (menos da metade) da
amplitude de movimento (ADM) (1+); aumento mais acentuado do tônus muscular
em quase toda a ADM (2) (BOHANNON, SMITH, 1987). Neste estudo foram
avaliados o tônus muscular de extensores de joelho e plantiflexores de tornozelo,
cujas posturas de avaliação foram padronizadas por Blackburn et al. (2002);
As avaliações clínicas realizadas foram armazenadas em envelopes individuais em um
armário com chave no Laboratório de Desenvolvimento e Aprendizagem, sob
responsabilidade dos pesquisadores, Professora Stella Maris Michaelsen e Mestranda Mavie
Amaral Natalio. O resultado das avaliações clínicas foi organizado em planilhas do programa
Microsoft Excel® e posteriormente analisados através de estatística descritiva.
Análise Cinemática Qualitativa
Realizou-se a filmagem dos sujeitos incluídos na amostra durante a atividade de subir
e descer uma escada de madeira com quatro degraus (Figura 18), e localizada no Ginásio
anexo ao Laboratório de Biomecânica do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte
(CEFID/UDESC). A filmagem foi realizada através da câmera filmadora da marca Sony
DSCR 65, com freqüência de aquisição de 30 Hz, que foi posicionada nos planos frontal
59
(posterior para subida e anterior para descida), planos sagital direito e esquerdo a uma
distância de 5 m do primeiro degrau e na altura de 1,50 m (Figura 21). O tempo decorrido
para subida e para a descida dos quatro degraus foi cronometrado através de um cronômetro
digital. Considerou-se como início da atividade o momento em que o indivíduo retira o do
solo para iniciar a subida ou descida e o momento que o do membro inferior oscilante toca
o último degrau (subida) ou o solo (descida) foi considerado como o final da atividade.
Figura 18: Esquema do ambiente de coleta da análise cinemática qualitativa.
Para a realização desta análise foi solicitado aos indivíduos a utilização de bermudas e
de calçados confortáveis a fim de facilitar a visualização das articulações de joelho e
tornozelo. Os participantes foram familiarizados com a escada e com o protocolo, orientados a
realizar movimentos de subida e descida de escada de forma espontânea e mais próxima da
situação habitual. A instrução para execução do movimento foi: “Caminhe até a escada, suba
os quatro degraus e pare. Realize um giro de 180° no patamar, aguarde o comando e então
execute a descida dos quatro degraus, caminhando até a marcação inicial”.
Ao todo foram realizados nove movimentos de subida e descida, sendo três (3)
repetições em cada plano: frontal, sagital direito, e sagital esquerdo. Foi utilizada apenas uma
câmera e o posicionamento da mesma foi alterado conforme o plano que se deseja filmar.
Para assegurar a capacidade e o bem-estar físico do participante foi fornecido um intervalo de
repouso de dois minutos entre cada uma das repetições e neste momento mensurados os
valores da pressão arterial e da freqüência cardíaca.
Os vídeos foram analisados de forma individual e em velocidade reduzida (câmera
lenta) por três avaliadores (fisioterapeutas) através do programa Windows Media Player®.
Os avaliadores receberam instruções para examinar todas as possíveis estratégias e
60
compensações realizadas pelos indivíduos com hemiparesia durante a subida e descida de
escada. Para tanto, foi realizado um treinamento com a análise conjunta de um vídeo, e após
esse procedimento cada avaliador analisou os deos de forma isolada e sem interferência.
Entre os aspectos que foram analisados estão: a) tipo de passo; b) posicionamento dos pés; c)
uso do corrimão; dispositivos auxiliares e/ou órteses; d) estratégias segmentares específicas
(Apêndice B). Essas informações foram registradas junto ao formulário de avaliação clínica
de cada participante.
3.3.2 Fase de Construção
A análise exaustiva das fontes de informações (literatura, opinião dos especialistas e
análise cinemática qualitativa) foi utilizada para desenvolver a versão preliminar do
instrumento com alta abrangência a fim de assegurar que o número de itens elaborados fosse
suficiente para a obtenção da versão final sem a necessidade de retroceder a este processo de
desenvolvimento.
Através da revisão de literatura obtiveram-se os itens avaliados pelas escalas
existentes, bem como o formato e a dimensão mais utilizados para cada item. Por meio dos
questionários semi-abertos aos especialistas foram obtidas informações a respeito das
principais estratégias adotadas por indivíduos com hemiparesia durante a subida e descida de
escada e sugestões de como pontuar tais estratégias. A análise cinemática qualitativa teve
função complementar e trouxe subsídios para a construção de novos itens e para a dimensão
dos mesmos.
3.3.3 Fase de Validação de Conteúdo
Neste estudo foram realizadas três fases de validação de conteúdo, nas quais a
primeira versão e a versão modificada do instrumento foram submetidas à avaliação da sua
validade de conteúdo por um comitê de sete especialistas com representatividade e
reconhecimento na área de interesse desta pesquisa. Para tanto foi elaborado, nas nguas
portuguesa e inglesa, o questionário de validação de conteúdo (Apêndice C) que avaliou a
consistência, a representatividade, a relevância e a clareza de cada item desenvolvido
(FARIA, 2008; POLIT et al., 2007; POLIT et al., 2006; GRANT, DAVIS, 1997).
61
Seguindo o protocolo anterior, os profissionais escolhidos tiveram um mês para
responder o questionário fornecendo o parecer sobre a validade de conteúdo do instrumento
desenvolvido. Para a quantificação da validação de conteúdo foi realizada a análise estatística
de todas as informações contidas nestes questionários de revisão de conteúdo.
3.4 TRATAMENTO ESTATÍSTICO
A estatística descritiva foi realizada através do programa Microsoft Excel® para
caracterização da amostra (dados demográficos, antropométricos), da avaliação clínica, e da
cadência da subida e descida.
A validade de conteúdo do instrumento desenvolvido foi analisada estatisticamente
pelo Índice de Validade de Conteúdo (IVC). No IVC cada item é classificado em uma escala
de quatro pontos (1 = não relevante, 2 = pouco relevante, 3 = bastante relevante, 4 =
altamente relevante). Para cada item, o IVC é calculado como o número de especialistas que
fornecem a classificação de 3 ou 4 dividido pelo número total de especialistas. O Coeficiente
Kappa Modificado foi utilizado para verificar o grau de concordância de relevância do IVC e
foi calculado a partir das instruções do estudo de Polit et al. (2007).
Considerando que na primeira fase de validação de conteúdo participaram sete
especialistas, o valor aceitável do IVC para cada item variou entre 1,00 e 0,71, e o valor do
Kappa Modificado entre 1,00 e 0,65. Na segunda e na terceira fase de validação de conteúdo
foram considerados aceitáveis os itens que apresentaram IVC entre 1,00 e 0,80 e Kappa
Modificado entre 1,00 e 0,76, visto que nesta etapa participaram cinco especialistas (POLIT et
al., 2007). Como o IVC considera o número de especialistas consultados para cada etapa, a
diferença no número de especialistas nas diferentes fases de validação de conteúdo deste
presente estudo não influenciou no resultado estatístico obtido.
62
4. RESULTADOS
Neste capítulo serão apresentados os resultados do desenvolvimento do instrumento de
Avaliação Clínica da Subida e a Descida de Escada em Indivíduos com Hemiparesia. Abaixo
foram descritos os procedimentos referentes a cada uma das etapas: Planejamento, Construção
e Validação de Conteúdo.
4.1 FASE DE PLANEJAMENTO
4.1.1 Definições a respeito do Instrumento
Esta etapa constituiu a enumeração dos objetivos específicos do instrumento proposto
e a definição dos parâmetros importantes para o desenvolvimento do instrumento, tais como:
I. POPULAÇÃO DE INTERESSE: A população de interesse deve ser constituída por
indivíduos com diagnóstico prévio de AVE com idade superior a 20 anos, capacidade de
subir e descer escadas com ou sem auxílio de órteses e/ou de dispositivos auxiliares da
marcha.
II. PROPÓSITO DO INSTRUMENTO: Avaliar as características cinemáticas e as estratégias
de movimento adotadas por indivíduos com hemiparesia durante a subida e a descida de
escada (Tabela 1).
63
Tabela 1: Descrição dos objetivos específicos e dos parâmetros do instrumento.
Objetivos Específicos Parâmetros
1. Mensurar o desempenho funcional durante a subida e a
descida de escada em indivíduos com hemiparesia.
- Tempo de Subida
- Tempo de Descida
- Cadência
- Necessidade de dispositivos
auxiliares e/ou auxílio externo
- Nível de Confiança
- Graduação Funcional
2. Analisar qualitativamente os movimentos e as estratégias
utilizados pelos indivíduos com hemiparesia durante a subida
e a descida de escada.
- Amplitudes de movimentos
- Compensações adotadas
III. DOMÍNIO GLOBAL DO INSTRUMENTO: Avaliar as características cinemáticas
qualitativas e as estratégias de movimento relacionadas ao desempenho funcional adotadas
por indivíduos com hemiparesia da subida e descida de escada que pudessem ser observadas
de forma visual direta e/ou através de câmera de vídeo.
IV. PERGUNTA A SER RESPONDIDA PELO INSTRUMENTO: “Quais são as características
cinemáticas qualitativas e as estratégias de movimento adotadas na subida e descida de
escadas por indivíduos com hemiparesia que podem ser identificadas a partir da observação
direta e/ou através de vídeo e que possam estar relacionadas ao desempenho funcional?
V. RESTRIÇÕES PARA O USO DO INSTRUMENTO: Contexto clínico, observação visual
através de vídeo.
VI. INSTRUÇÕES DE USO DO INSTRUMENTO: Para avaliação da deambulação sobre
escadas, deve-se utilizar uma escada com dimensões padronizadas (altura do degrau entre
16 e 18 cm; profundidade máxima de 28 cm) com no mínimo quatro degraus e com
corrimão de ambos os lados e no patamar. Os participantes deverão ser orientados a realizar
movimentos de subida e descida de escada de forma espontânea e mais próxima da situação
habitual.
4.1.2 Revisão Bibliográfica
A pesquisa bibliográfica realizada desde março de 2008 selecionou as escalas de
avaliação clínica utilizadas na área da reabilitação a fim de certificar a existência ou não de
64
um instrumento de avaliação da tarefa de subir e descer escadas e, além disso, identificar
quais variáveis desta tarefa são analisadas nas escalas já existentes.
Na revisão bibliográfica realizada não foi identificado nenhum instrumento que
avaliasse de forma abrangente a tarefa de subir e descer escadas, sendo a mesma abordada de
forma isolada na maioria dos instrumentos. Observou-se que as variáveis mais investigadas
nos instrumentos existentes dizem respeito ao tempo despendido e a cadência de subida e
descida de escadas (OLNEY et al., 1979; REUBEN, SIU, 1990 apud SHUMWAY-COOK,
WOOLLACOTT, 2003; TEIXEIRA-SALMELA et al., 1999; TEIXEIRA-SALMELA et al.,
2003; FLANSBJER et al., 2006), ao tipo de passo utilizado: passo alternado, passo-a-passo,
misto (DUNCAN, 1993; SHUMWAY-COOK et al., 1997; DE CASTRO et al., 2006), a
utilização de apoio dos MMSS e o uso do corrimão (COLLEN et al., 1991; DUNCAN, 1993;
WINOGRAD et al., 1994; SHUMWAY-COOK et al., 1997; DE CASTRO et al., 2006),
necessidade de auxílio (órteses, dispositivos auxiliares de marcha) (MAHONEY,
BARTHEL,1965; COLLEN et al., 1991; WINOGRAD et al., 1994; RIBERTO et al., 2004), e
ao nível de independência (MAHONEY, BARTHEL,1965; RIBERTO et al., 2004). A tabela
2 descreve os principais instrumentos de avaliação clínica e as variáveis mensuradas.
65
Tabela 2: Descrição dos instrumentos de avaliação da mobilidade funcional.
Autor Instrumento Grupo Alvo Variáveis Número
Degraus
Mahoney,
Barthel,1965
Índice de Barthel Indivíduos com
hemiparesia
Subida de escada;
independência;
necessidade de ajuda
Olney et al., 1979 Habilidade de
subir escada
Indivíduos com
hemiparesia
Cadência de subida de
escada (degraus/minuto)
4 degraus
Reuben, Siu, 1990
Teste de
Desempenho
Físico
Subida; tempo
despendido
1 lance de
escada
Collen et al.,
1991.
Índice Rivermead
de Mobilidade
Uso de corrimão e/ou
acessórios, capaz ou
incapaz
4 degraus
Duncan, 1993. Perfil Duke da
Capacidade de
Mobilidade
Idosos Subida e descida; tipo de
passo; uso do corrimão
Mínimo 2
degraus
Winograd et al.,
1994.
Desempenho
Físico e Exame da
Mobilidade
Idosos internados Subida; necessidade de
ajuda; uso do corrimão
1 degrau
Powell, Myers,
1995
The Activities-
specific Balance
Confidence
(ABC) Scale
Idosos Nível de confiança em
porcentagem
Shumway-Cook
et al., 1997.
Índice do Andar
Dinâmico
Idosos, histórico
de quedas
Subida e descida; tipo de
passo; uso do corrimão
Duncan et al.,
1999
The Stroke
Impact Scale
Version 2.0
Indivíduos com
hemiparesia
Dificuldade para subir
escada
1 ou mais
lances de
escadas
Pinkus et al.,
1999
Health
Assessment
Questionnaire
(MDHAQ)
Indivíduos com
disfunções
reumáticas
Dificuldade para subir
escada
1 lance de
escada
Riberto et al.,
2004
Medida de
Independência
Funcional (MIF)
Pacientes com
restrições
funcionais
nível de independência 1 lance de
escada com
12 a 14
degraus
Roorda et al.,
2004
Measuring
Activity
Limitations in
Climbing Stairs
Pacientes com
disfunções em
MMII
Capacidade de
realização da tarefa de
subir e descer escada
Conte et al., 2009 Motor
Assessment Scale
(MAS)
Indivíduos com
hemiparesia
Tempo decorrido para a
subida e descida de
escada, auxilio externo
4 degraus
Apesar da extensa revisão dos artigos produzidos no período de 1990 a 2009, não
foram identificados na literatura científica estudos biomecânicos sobre as estratégias de
movimento adotadas por indivíduos com hemiparesia durante o ato motor de subir e descer
escadas. A grande maioria dos artigos biomecânicos encontrados, analisando esta tarefa
funcional, teve como população amostral indivíduos jovens, adultos e idosos saudáveis
(REEVES et al., 2008a; REEVES et al., 2007; PROTOPAPADAKI et al., 2007; NADEAU et
66
al., 2003; LIVINGSTON et al., 1991). Alguns poucos estudos descrevem os parâmetros
cinemáticos e cinéticos em populações patológicas, como por exemplo, a pesquisa de Salsich
et al. (2001) que analisou a subida e descida de escadas em indivíduos com síndrome
patelofemoral. Nas tabelas abaixo (3, 4 e 5) encontram-se descritos os estudos cinemáticos
encontrados na literatura e suas principais características.
Tabela 3: Descrição de estudos cinemáticos encontrados na literatura.
Autores Sujeitos Amostra
(n)
Idade
(Média/DP)
Altura
degrau (cm)
Reeves et al. (2008a) Saudáveis 13 74,9 ± 2,9 17
Reeves et al. (2008b) Saudáveis 15 74,8 ± 2,8 17
Reeves et al. (2007) Saudáveis 15 74,8 ± 2,8 17
Protopapadaki et al. (2007) Saudáveis 28,0 ± 6,08
Nadeau et al. (2003) Saudáveis 11 53 17
Salsich et al. (2001) Síndrome
Patelofemoral
10 36,5 ± 11,1 20,5
Salsich et al. (2001) Saudáveis 10 31,9 ± 7,3 20,5
Livingston et al. (1991) Saudáveis
Tabela 4: Descrição dos ângulos articulares para subida de escada
Autores Idade
(anos)
Flexão de
Quadril (º)
Flexão de
Joelho (º)
Dorsiflexão
(º)
Plantiflexão
(º)
Reeves et al. (2008a) 74,9 ± 2,9 64,4 ± 6,6 95,7 ± 5,1 21,5 ± 4,1 10,4 ± 4,8
Reeves et al. (2008a)* 74,9 ± 2,9 64,0 ± 5,5 94,2 ± 6,4 21,3 ± 3,7 11,6 ± 7,5
Reeves et al. (2008b) 74,8 ± 2,8 90,2 ± 6,4 33,9 ± 5,7 22,5 ± 4,9
Reeves et al. (2007) 74,8 ± 2,8 95,6 ± 4,8 21,5 ± 3,9
Protopapadaki et al. (2007) 28,0 ± 6,08 65,1 ± 7,2 93,9 ± 7,4 11,21 ± 3,83 31,31 ± 5,12
Nadeau et al. (2003) 53,0 60,1 ± 5,6 93,1 ± 3,1 29,8 ± 2,8 9,4 ± 6,0
Salsich et al. (2001)** 36,5 ± 11,1 65,8 ± 6,9 69,3 ± 6,8 18,1 ± 3,1
Salsich et al. (2001) 31,9 ± 7,3 68,4 ± 5,6 73,8 ± 6,1 20,3 ± 4,4
Livingston et al. (1991) 58 ± 13,5 101 ± 1 17 ± 7,5
*Usando corrimão
** Dor patelofemoral
67
Tabela 5: Descrição dos ângulos articulares para descida de escada
Autores Idade (anos) Flexão de
Quadril (º)
Flexão de
Joelho (º)
Dorsiflexão
(º)
Reeves et al. (2008a) 74,9 ± 2,9 40,6 ± 6,4 89,2 ± 6,3 34,3 ± 5,4
Reeves et al. (2008a)* 74,9 ± 2,9 38,3 ± 5,3 89,9 ± 5,6 34,1 ± 4,4
Reeves et al. (2008b) 74,8 ± 2,8
Reeves et al. (2007) 74,8 ± 2,8
Protopapadaki et al. (2007) 28,0 ± 6,08 39,9 ±7,8 90,5 ± 7,1 21,1 ± 4,5
Nadeau et al. (2003) 53,0
Salsich et al. (2001)** 36,5 ± 11,1 30,1 ± 4,1 91,5 ± 6,1 27,3 ± 8,2
Salsich et al. (2001) 31,9 ± 7,3 26,1 ± 6,1 91,5 ± 6,7 27,5 ± 8,3
Livingston et al. (1991) 37 ± 0,5 93 ± 0,5 21 ± 7
* Usando Corrimão
** Dor Patelofemoral
Depois de efetuada a consulta na literatura sobre qual o formato mais indicado para
construção dos itens, optou-se pelas questões de escolha múltipla visto que essas são as mais
flexíveis e também as mais utilizadas pelos instrumentos existentes. E para dimensionar
cada item foi selecionada a escala categórica ordinal.
Segundo Rodriguez (2005) o número de opções de resposta mais utilizado na literatura
é o de três opções, entretanto se o formato do instrumento necessitar de quatro até cinco
opções de resposta, isto não influenciará na qualidade e nas propriedades psicométricas do
mesmo. Thomas, Nelson, Silverman (2007) complementaramm que os níveis de respostas não
devem ultrapassar a sete opções para evitar confusões ou ambigüidades. Os autores
acrescentam ainda que o ideal é manter a mesma dimensão de respostas para todos os itens,
mas caso haja a necessidade de construir itens com dimensões diferentes este fato deve ser
esclarecido nas instruções de aplicação do instrumento. Neste contexto, a opção foi pela
construção de três níveis de resposta para cada item.
4.1.3 Opinião dos Especialistas
Com o intuito de agregar informações à revisão bibliográfica, realizou-se uma
pesquisa junto aos profissionais da área da reabilitação sobre o desempenho funcional e as
estratégias adotadas pelos indivíduos com hemiparesia durante a subida e descida de escadas,
que pudessem ser obtidas a partir de observação direta e/ou através de vídeo. Foram
convidados 15 profissionais da área de reabilitação motora e funcional, especialistas e/ou
referências na área de conhecimento relacionada à pacientes com hemiparesia e/ou
68
relacionada à biomecânica da subida e descida de escadas, sendo que destes, 13 profissionais
aceitaram participar desta etapa da pesquisa.
Dos 13 profissionais da área de reabilitação que aceitaram participar, apenas sete
encaminharam suas respostas no período determinado, sendo que os demais alegaram não
possuir tempo hábil para responder ao questionário. Este grupo foi formado por especialistas
com experiência na área de interesse variando entre sete e 25 anos, sendo seis especialistas
nacionais e uma pesquisadora canadense.
Cada questionário foi cuidadosamente analisado e as informações referentes a cada
uma das questões semi-abertas foram:
1) No que tange a utilização de uma escada com quatro degraus para a análise do
desempenho da subida e descida de escada, quatro dos sete profissionais participantes
concordaram relatando que esta quantidade de degraus é utilizada em outros
instrumentos e na coleta de dados, e possibilita a observação de um ciclo completo,
mesmo que o indivíduo avaliado utilize passo alternado. Os profissionais que
discordaram da utilização de apenas quatro degraus justificaram suas repostas pelo
fato da maioria dos ambientes públicos apresenta escadas com mais de quatro degraus,
e que, devido a curta distância a ser percorrida, a aceleração e a desaceleração poderia
interferir no padrão motor e, além disso, a análise de outras possíveis estratégias
também seria prejudicada.
Apesar da semelhança na opinião dos especialistas com relação ao número de degraus
da escada para avaliação do desempenho funcional e das estratégias adotadas durante a subida
e descida, optou-se pelo uso de uma escada com quatro degraus visto que nesta seria possível
analisar um ciclo completo para cada membro inferior e também pelo fato de na literatura o
número de degraus ser bastante variável, tanto nas escalas quanto nos estudos biomecânicos.
As pesquisas de Olney et al. (1979) e Collen et al. (1991) utilizaram uma escada de quatro
degraus para medir a cadência e a mobilidade, respectivamente. Entretanto, para facilitar a
aplicabilidade, foi incluída na versão preliminar no manual do instrumento em questão a
instrução de que seja utilizada uma escada com no nimo quatro e no máximo degraus para
avaliar o desempenho e as estratégias usadas na subida e descida de escada. Este tamanho de
escada é compatível com a maioria das escadas encontradas em ambientes clínicos.
69
2) Em relação ao uso do corrimão e dos MMSS todos os profissionais participantes
consideraram como itens bastante importantes para avaliação de indivíduos com
hemiparesia, visto que estes utilizam o corrimão e os MMSS para reduzir a descarga
de peso no membro inferior paretico, e esta atitude, influencia o padrão motor da
subida e descida de escada. Neste caso, deve-se avaliar o uso e a forma de utilização
do corrimão e dos MMSS (com um ou dois MMSS, necessidade de apoio substancial,
moderado ou leve) durante a realização da tarefa, e devido a possível variabilidade
desta utilização, poderia ser aplicada uma padronização da forma de uso do corrimão
durante as coletas para o presente estudo.
As proposições acima foram consideradas na primeira versão do instrumento,
conforme demonstra o Quadro 4 (pag.84), na qual será analisado se o indivíduo faz ou não
uso do corrimão e se utiliza um ou os dois MMSS para apoio, a tentativa de uma
quantificação (severa, moderada, leve) deste uso.
3) Em relação ao uso de órteses a opinião dos especialistas sugeriu a consideração quanto
ao tipo de órtese utilizada (articulada, fixa) e a avaliação da tarefa com e sem o uso da
órtese a fim de quantificar o auxílio e/ou prejuízo do uso deste dispositivo.
Considerando as opiniões sobre o uso de órteses, concordamos com a maioria dos
profissionais consultados e também com o que a literatura prevê, determinando que o uso
deste dispositivo seja registrado e que a sua influência no desempenho da tarefa de subir e
descer escada seja analisada pela comparação do teste com e sem o uso da órtese.
4) A estratégia ‘tipo de passo’ adotada pelos indivíduos com hemiparesia deve ser
avaliada e pontuada, segundo os especialistas, considerando o uso de passo alternado
ou passo-a-passo, a ocorrência de compensações na pelve (elevação, circundução), o
nível de segurança (por exemplo, choca-se contra o degrau na subida), e a respeito
de qual membro inferior inicia o movimento.
Na primeira versão do instrumento proposto foi analisado o tipo de passo utilizado
durante a subida e descida de escada, isto é, passo alternado, passo-a-passo, e misto (alternado
e passo-a-passo). As possíveis compensações realizadas e as demais estratégias foram
avaliadas em outros itens e domínios da primeira versão do instrumento.
70
5) Em relação à distribuição de peso nos MMII alguns profissionais comentaram que esta
característica pode ser avaliada durante a utilização do passo alternado, e através do
tempo de apoio realizado no membro inferior parético e não parético, e das
compensações realizadas, como hiperextensão de joelho e deslocamento lateral de
tronco. Outros profissionais consideraram que a avaliação da distribuição de peso nos
MMII não é uma característica que pode ser analisada pela observação visual direta,
sendo necessário o uso de plataformas de força.
Para a sugestão de mensuração do tempo de apoio entre membro inferior parético e
não parético foi construído um item sobre a simetria de duração do tempo de apoio
considerando-se o tempo relativo, visto que para mensuração do tempo em segundos seria
necessário o uso de equipamentos mais complexos como plataformas de força ou sensores que
prejudicariam a utilização deste instrumento no contexto clínico.
6) O posicionamento dos pés é um item que deve considerar o alinhamento do no
degrau (alinhado, lateralizado) e pode sofrer interferência da profundidade do degrau e
também do uso de órteses. Apenas um especialista não considerou relevante a
avaliação do posicionamento do pé no degrau.
Na primeira versão do instrumento o posicionamento dos pés foi analisado
considerando as seguintes características: pés alinhados no degrau, pés ligeiramente rodados,
pés posicionados de lado no degrau, e, no caso da descida, foi verificado também se o
indivíduo desce os degraus de costas.
7) Os profissionais participantes sugeriram outros itens a serem contemplados, tais como:
a velocidade de subida e descida, o equilíbrio, o uso de dispositivos auxiliares da
marcha, o direcionamento do olhar para os degraus, o tempo de reação a um estímulo
verbal, a segurança auto-relatada, a trajetória de oscilação do centro de gravidade, e a
movimentação do tronco.
A sugestão de mensuração da velocidade e do tempo total de subida e descida de
escada vem ao encontro de um dos propósitos de desenvolvimento deste instrumento de
avaliação e foi realizada pela mensuração da cadência em degraus por minuto, seguindo os
71
protocolos de outros estudos referenciados na literatura (OLNEY et al., 1979). Optou-se
por esse método porque a cadência em degraus por minuto permite a comparação de dados
adquiridos em escadas com diferentes números de degraus. A sugestão da medida da
segurança auto-relatada e da percepção subjetiva do desempenho foi avaliada através de
pergunta direta, seguindo o protocolo da escala ABC (The Activities-specific Balance
Confidence Scale) que mensura em porcentagem o nível de confiança do indivíduo durante a
realização da subida e descida de escada (POWELL, MYERS, 1995).
8) Considerando a análise no plano frontal da subida de escada, as características citadas
com mais relevantes foram: 1) deslocamento ou flexão lateral do tronco, 2) elevação
ou inclinação pélvica, 3) abdução e/ou circundução do quadril do membro inferior
parético, 4) inversão do tornozelo na fase de apoio.
9) As características consideradas mais relevantes para a análise no plano frontal da
descida de escada foram: 1) deslocamento ou flexão lateral do tronco, 2) elevação ou
inclinação pélvica, 3) abdução e/ou circundução do quadril do membro inferior
parético, 4) controle excêntrico do joelho do membro inferior de sustentação, 5)
rotação externa do membro inferior de sustentação, 6) inversão do tornozelo na fase de
apoio.
10) Considerando a análise no plano sagital da subida e descida de escada, forma citadas
como as características mais relevantes: 1) flexão anterior de tronco, 2) redução da
flexão de quadril no membro inferior parético durante a fase de balanço, 3)
hiperextensão de joelho durante a fase de apoio, 4) redução da dorsiflexão de
tornozelo do membro inferior parético durante a fase de balanço, 5) distribuição do
apoio plantar (antepé, retropé, borda lateral ou medial).
Todas as características citadas sobre os planos frontal e sagital da subida e descida
foram consideradas em um mesmo domínio da primeira versão do instrumento, exceto a
distribuição do apoio plantar que foi avaliada em um item distinto.
11) Analisando cada articulação do membro inferior individualmente durante a subida de
escada, os especialistas consideram as seguintes estratégias específicas como
relevantes:
72
Quadril: 1) redução da flexão de quadril do membro inferior afetado durante a
fase de balanço, 2) elevação pélvica associada a rotações de tronco, 3)
ocorrência de abdução do membro inferior parético.
Joelho: 1) redução da flexão no membro inferior parético durante o balanço, 2)
hiperextensão durante a descarga de peso no membro inferior parético, 3)
varismo e valgismo.
Tornozelo: 1) redução da dorsiflexão no membro inferior parético durante a
fase de balanço, 2) ocorrência de inversão durante o apoio, 3) diminuição da
flexão plantar no membro inferior parético no final da fase de apoio, 4)
varismo e valgismo (estabilidade látero-medial).
12) Considerando a descida de escada, as estratégias específicas descritas para cada
articulação do membro inferior foram:
Quadril: 1) redução da flexão de quadril do membro inferior parético, 2)
ocorrência de abdução do membro inferior parético, 3) elevação pélvica
associada a rotações de tronco, 4) rotação interna devido ao padrão espástico.
Joelho: 1) redução da flexão no membro inferior parético, 2) hiperextensão no
membro inferior parético na fase de apoio, 3) varismo e valgismo.
Tornozelo: 1) redução da dorsiflexão no membro inferior parético durante a
fase de balanço, 2) diminuição da flexão plantar no membro inferior parético
no início e no final da fase de apoio, 3) ocorrência de inversão durante o apoio,
4) varismo e valgismo (estabilidade látero-medial).
Todas as características citadas pelos especialistas para cada articulação foram
analisadas separadamente para subida e na descida na primeira versão do instrumento.
13) Em relação à influência do uso de uma câmera digital, a maioria dos especialistas
afirmou que o uso da câmera não comprometeria ou comprometeria pouco a
praticidade da aplicação do instrumento de avaliação. Consideraram que o uso de
câmera digital facilitaria a precisão e a objetividade da avaliação, mas um dos
profissionais consultado sugeriu a tentativa de desenvolver um instrumento que não
necessitasse do uso de câmera.
73
Analisando a influência do uso da câmera digital na praticidade do instrumento, foi
cnsiderado que apesar da aplicação sem o uso deste equipamento ser bastante interessante
para a prática clínica, talvez a análise de uma tarefa dinâmica, como a subida e descida de
escada, apenas com a observação visual direta seja prejudicada. E considerando que, além da
disponibilidade deste recurso nos dias atuais e do fato de que sua utilização evitaria o cansaço
do indivíduo avaliado pela repetição da tarefa, o uso da câmera permitiria uma análise mais
rica em detalhes.
14) De todos os itens citados no questionário semi-aberto, cinco foram considerados
relevantes para diferenciar o nível de desempenho entre os indivíduos com
hemiparesia: 1) uso do corrimão e dos MMSS; 2) tipo de passo (alternados, passo-a-
passo); 3) distribuição de peso nos MMII; 4) velocidade; 5) tempo: total, da fase de
duplo apoio.
Os itens citados pelos especialistas foram utilizados para diferenciar o nível de
desempenho entre os indivíduos avaliados, entretanto como o instrumento que foi
desenvolvido analisa tanto o desempenho funcional como as estratégias utilizadas durante a
subida de escada, considerou-se interessante que cada item diferenciasse um aspecto. Assim,
o equilíbrio postural foi analisado indiretamente pelo domínio que avalia o uso do corrimão e
dos MMSS; a simetria da força dos MMII analisada pelo tipo de passo e pela simetria de
duração do tempo de apoio (tempo relativo), e o desempenho avaliado pela cadência de
subida e descida e pela necessidade de auxílio externo.
15) Considerando o uso da escada no ambiente domiciliar e na comunidade, alguns itens
foram sugeridos para a avaliação do desempenho funcional, tais como: característica
da escada (altura, profundidade, inclinação, tipo de textura, superfície e cor do piso,
tipo de escada, número total de degraus), característica do ambiente (luminosidade,
barulhos, estímulos visuais, outras pessoas utilizando a mesma escada no momento),
presença de corrimão e uso dos MMSS, preferência quanto a forma de uso da escada
(subir ou descer de frente, de lado, de costas), percepção subjetiva de desempenho, e
necessidade de auxílio e/ou pausa para descanso.
A maioria dos itens citados já faz parte de algum domínio do instrumento e os
aspectos referentes à estrutura da escada estão descritos no manual de instruções,
74
considerando que seja utilizada uma escada com as características mais próximas das
dimensões padrões.
16) De todos os itens sugeridos, os especialistas citaram aqueles que podem ser
modificados pela reabilitação, incluindo a simetria na distribuição de peso, o aumento
da flexão do quadril evitando as compensações na pelve e tronco, o controle
concêntrico do joelho na fase de apoio na subida evitando a hiperextensão, o controle
excêntrico do joelho parético na fase de apoio durante a descida, a velocidade e a
mobilidade de tornozelo.
Todos os especialistas contribuíram com suas informações e reforçaram que o enfoque
do desenvolvimento do instrumento em questão deveria manter-se no objetivo proposto, isto
é, na avaliação clínica do desempenho funcional e das estratégias adotadas por indivíduos
com hemiparesia durante a subida e a descida de escada. Assim, a praticidade do instrumento
deve ser priorizada atentando para o uso de descrições cinemáticas muito detalhadas que,
apesar de terem grande importância, podem interferir no uso da escala no contexto clínico.
4.1.4 Análise Cinemática Qualitativa
A partir da avaliação clínica realizada previamente (Tabela 6) verificou-se que todos
os sujeitos encontravam-se aptos a participar da análise cinemática qualitativa que ocorreu
seguindo protocolo descrito na metodologia deste estudo. A média da cadência de subida de
escada foi igual a 60,4±22,6 degraus/minuto e a de descida de escada igual a 58,7±23,6
degraus/minuto (Tabela 7).
75
Tabela 6: Descrição dos parâmetros clínicos mensurados
Dados Média Desvio Padrão
Idade (anos)
56,6 12,6
MIF
1
(pontos)
6 1,18
TUG
2
(segundos)
19,8 23,1
Fugl-Meyer (pontos)
24,8 5,2
Ashworth Modificada (pontos)
- Extensores de Joelho
0,4 0,5
- Plantiflexores de Tornozelo
1,4 0,7
1
MIF: Medida de Independência Funcional – domínio locomoção sobre escada;
2
TUG: tempo de levantar e andar.
Tabela 7: Descrição dos percentis da cadência de subida e descida de escada.
Cadência (degraus/minuto)
Percentil
Subida Descida
25
52,58 43,66
50
70,29 68,80
75
74,15 75,17
Com relação ao uso do corrimão, 75% dos participantes não fizeram uso deste
dispositivo e 12,5% necessitaram de auxílio externo, tanto para a subida como para a descida
(Figura 26). Nenhum participante necessitou de dispositivos auxiliares de marcha ou usou
órteses durante a análise. O passo alternado foi predominantemente utilizado, tanto para a
subida (81,3%) como para a descida (56,3%) (Figura 19). A estratégia de rotação externa de
MMII foi utilizada pela maioria dos indivíduos analisados para o posicionamento dos pés nos
degraus, na subida e descida da escada.
76
Figura 19: Proporção de uso do corrimão e dos Membros Superiores pra subida e descida de
escada (MS: membro superior; MMSS: membros superiores; Auxílio Externo: ajuda de uma
pessoa).
Figura 20: Tipo de passo utilizado durante a subida e descida de escada.
No que diz respeito às características específicas do movimento de subida e descida de
escada, cada articulação foi analisada individualmente e cada estratégia ou compensação foi
registrada. A análise dos vídeos da cinemática qualitativa foi realizada por dois
fisioterapeutas e um graduando em Fisioterapia do último ano. Para finalidade didática, as
figuras 21 a 24 demonstram a subida e descida de escada em quadros nos planos frontal e
sagital.
77
A. Subida no plano frontal: fase de apoio do membro inferior parético
B. Subida no plano frontal: fase de balanço do membro inferior parético
Figura 21: Recortes da seqüência de movimentos dos MMII durante a subida de escada no plano
frontal.
A. Descida no plano frontal: fase de apoio do membro inferior parético
B. Descida no plano frontal: fase de balanço do membro inferior parético
Figura 22: Recortes da seqüência de movimentos dos MMII durante a descida de escada no plano
frontal.
78
Fase de Apoio do Membro Inferior Parético
Fase de Balanço do Membro Inferior Parético
Fase de Balanço do Membro Inferior Parético
Figura 23: Recortes da seqüência de movimentos dos MMII durante a subida de escada no plano
sagital esquerdo.
79
Fase de Apoio no Membro Inferior Parético
Fase de Apoio do Membro Inferior Parético Fase de Balanço do Membro Inferior Parético
Fase de Balanço do MI Afetado
Figura 24: Recortes da seqüência de movimentos dos membros inferiores durante a descida de escada
no plano sagital esquerdo.
De forma geral as principais estratégias verificadas na análise dos segmentos foram: a)
tronco flexão lateral e anterior, rotações; b) pelve inclinação, mobilidade lateral, rotações;
c) quadril redução da flexão, abdução e rotação externa; d) joelho redução da flexão na
80
fase de balanço e hiperextensão na fase de apoio; e) tornozelo redução da dorsiflexão na
fase de balanço e inversão na fase de apoio (Quadro 3).
Quadro 3: Descrição das principais estratégias articulares visualizadas na análise cinemática
qualitativa
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DE MOVIMENTO
Membros Superiores (MMSS)
MMSS ao longo do corpo;
Redução do balanço de MMSS;
Reações de equilíbrio durante aproximação/afastamento da escada e durante a subida/descida
dos degraus;
Necessidade de apoio e/ou ajuda para aproximação/afastamento da escada e durante a e
durante a subida/descida dos degraus;
Posicionamento do MMSS durante a subida/descida dos degraus;
Posição do membro superior parético durante a subida/descida dos degraus;
Ombro: extensão, adução, abdução, elevação, rotação interna e externa;
Cotovelo: flexão, semi-flexão.
Tronco/Pelve:
Inclinação de tronco e pelve;
Rotações de tronco e pelve;
Rotação de tronco na transição da escada-chão pelo término do corrimão e conseqüente
ausência de apoio para MMSS;
Flexão anterior/extensão;
Anteversão/ Retroversão de pelve.
Quadril:
Abdução/adução;
Rotação interna/externa;
Redução da flexão na fase de balanço;
Aumento da flexão;
Redução do controle ântero-posterior e látero-lateral.
Joelho:
Redução da flexão na fase de balanço e na fase de apoio (excêntrico);
Hiperextensão na fase de apoio;
Rotação interna/externa;
Valgo e Varo;
Instabilidade lateral e ântero-posterior, principalmente na descida;
Tornozelo:
Distribuição do apoio plantar: borda lateral, antepé, retropé;
Posição do pé no degrau: pé todo apoiado, calcanhar/dedos fora do degrau;
Redução da dorsiflexão/plantiflexão;
Inversão na fase de balanço e no inicio da fase de apoio;
Eversão na aceitação de carga.
Manutenção da rotação interna/externa de membro inferior.
81
4.2 FASE DE CONSTRUÇÃO
A partir da análise exaustiva das três fontes de informações (literatura, opinião dos
especialistas e análise cinemática qualitativa) foram selecionadas todas as variáveis de
interesse e determinadas às características de diferenciação entre os níveis de resposta para
cada item. Após a construção de todos os itens do instrumento, o mesmo foi cuidadosa e
sistematicamente revisado seguindo as instruções de Benson, Clark (1982) e Davis (1996).
A primeira versão do instrumento foi desenvolvida com um total de 80 itens divididos
em três domínios: características gerais (seis itens), desempenho funcional (23 itens),
estratégias adotadas para subida (25 itens) e estratégias adotadas para descida (26 itens)
(Quadro 2). O domínio de desempenho funcional apresenta 18 itens comuns para a subida e a
descida de escada, dois itens referentes à subida e três itens referentes à descida de escada. No
domínio de estratégias adotadas 25 itens foram idênticos para a subida e descida, mas a
principio avaliados separadamente.
O domínio de características gerais é comum para subida e descida de escada e
engloba itens sobre o número de degraus utilizados, uso de órtese, o nível de confiança e a
graduação funcional. Nas tabelas 8, 9 e 10 está destacada com “X” a etapa (revisão
bibliográfica, opinião dos especialistas, análise cinemática qualitativa) através da qual foram
desenvolvidos os itens para cada domínio.
Tabela 8: Descrição dos itens construídos para o domínio de características gerais
Item inicial Revisão
Bibliográfica
Especialistas Análise Cinemática
Qualitativa
1– Número de degraus da escada X
68,71,92
X
2 – Uso de órteses X
86,91
X
3 – Nível de Confiança X
83
4 – Graduação Funcional X
29,64
A construção do item que avalia o nível de confiança durante a subida e a descida de
escada foi baseada na The Activities-Specific Balance Confidence (ABC) Scale”
desenvolvida por Powell e Myers em 1995. Deste instrumento, foram utilizadas as questões
que avaliam a deambulação sobre escada (2, 14 e 15), sendo as últimas adaptadas, visto que
avaliam o nível de confiança em uma escada rolante.
A graduação funcional utilizada no domínio das características gerais foi adaptada da
escala TEMPA desenvolvida em 1993 por Desrosiers et al. e validada no Brasil para
indivíduos com hemiparesia por Michaelsen et al. (2008). Este item deve ser preenchido após
82
a conclusão da avaliação da subida e descida de escada e fornece uma avaliação geral sobre o
desempenho nesta tarefa. Esta mesma escala auxiliou na construção dos níveis de reposta para
alguns itens do instrumento proposto, no que diz respeito às amplitudes de movimentos
realizadas.
O domínio de desempenho funcional constitui na avaliação de como a tarefa de subir e
descer escada foi realizada, incluindo itens como cadência, uso do corrimão, necessidade de
auxílio, tipo de passo, entre outros. É um domínio que avalia a subida e descida
conjuntamente e separadamente também, conforme tabelas 9 e 10.
Tabela 9: Descrição dos itens construídos para o domínio de desempenho funcional – itens comuns a
subida e descida de escada
Item inicial
Revisão
Bibliográfica
Especialistas
Análise
Cinemática
Qualitativa
A – Cadência de subida X
71
X
B – Cadência de descida X
71
X
1 -– Necessidade de auxílio externo X
57,92
X
2 – Uso do corrimão e dos MMSS X
2,88,92
X
3 – Intensidade do uso do corrimão e dos MMSS X
88
X X
4 – Posicionamento dos MMSS X
5 – Posição do membro superior parético X
6 – Reações de equilíbrio de MMSS X
7 – Balanço de MMSS X X
8 – Tipo de passo X
67
X
9 – Membro inferior que inicia o movimento X
17
X
10 – Simetria da duração do tempo de apoio nos
MMII (tempo relativo)
X
12,17,30
X X
11 – Velocidade relativa de movimento dos MMII X
3,115
X
12 – Estratégia de realização da atividade X
12,41
X
13 – Estratégia de posicionamento dos pés no degrau X
67,104
X X
14 – Apoio dos pés no degrau X
67
X
15 – Contato inicial do pé com o degrau X
67
X
16 – Distribuição do apoio plantar X
67
X X
Tabela 10: Descrição dos itens construídos para o domínio de desempenho funcional
Item inicial
Revisão
Bibliográfica
Especialistas
Análise
Cinemática
Qualitativa
ITENS REFERENTES À SUBIDA
1 – Necessidade de auxílio na transição chão-escada X
2 – Colisão do pé com o degrau durante a subida de
escada
X
17
X X
ITENS REFERENTES A DESCIDA
1 – Necessidade de auxílio na transição patamar-
degrau
X
2 – Necessidade de auxílio na transição escada-chão X
3 – Segurança no alcance do degrau inferior com o
pé durante a descida de escada
X X
83
O domínio de estratégias adotadas é mais específico e analisa cada articulação
separadamente mensurando as amplitudes de movimentos e as compensações realizadas
(Tabela 11). O Rivermead Visual Gait Assessment” (LORD, HALLIGAN, WADE, 1998)
foi utilizado como referência para o dimensionamento das estratégias articulares específicas,
sendo então adotado o critério de que quanto maior a pontuação, mais severo o desvio angular
realizado. Essa forma de pontuação foi mantida para os demais aspectos avaliados pela
primeira versão do instrumento.
Tabela 11: Descrição dos itens construídos para o domínio de estratégias adotadas para subida e
descida de escada
Item inicial Revisão
Bibliográfica
Especialistas Análise Cinemática
Qualitativa
A – Estratégias de Tronco / Pelve
1. Flexão/Extensão de tronco X
17,48,63
X X
2. Inclinação lateral de tronco X
17,48,63
X X
3. Inclinação lateral de pelve X
17,48,63
X X
4. Rotação de tronco e pelve X
17,48,63
X X
5. Rotação de tronco e pelve na
transição escada-chão
X
6. Anteversão/Retroversão de pelve X
17
X X
B – Estratégias de Quadril
1. Flexão reduzida X
17,20
X X
2. Flexão excessiva X X
3. Abdução excessiva X
17,48
X X
4. Adução X X
5. Rotação Interna X
17,63
X X
6. Rotação Externa X
17,63
X X
C – Estratégias de Joelho
1. Flexão reduzida X
10,17,46,47
X X
2. Flexão excessiva X X
3. Hiperextensão X
17,47
X X
4. Rotação Interna X
5. Rotação Externa X
6. Varismo X X
7. Valgismo X X
D – Estratégias de Tornozelo
1. Plantiflexão reduzida X
17,48,63
X X
2. Dorsiflexão reduzida X
17,48,63
X X
3. Inversão X
17,48,63
X X
4. Eversão X
E – Estabilidade Articular
1. Quadril X X
2. Joelho X X
3. Tornozelo X X
84
Quadro 4: Primeira Versão do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de Escadas em
Indivíduos com Hemiparesia
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
1– Número de degraus da escada
(Assinale a resposta em cada item)
( ) 4 ( ) 5 ( ) 6
2 – Uso de órteses
( ) Sem órtese
( ) Com órtese
Tipo de órtese:____________________________________________________________
3 – Nível de Confiança
2
(0) Alta Confiança (70-100%)
(1) Confiança Moderada (30-70%)
(2) Sem Confiança (0-30%)
Subida Descida
3.1 – Em um valor de 0 a 100%, qual o seu nível de confiança em
não perder o equilíbrio ou se tornar inseguro quando você sobe e
desce escadas?
0 1 2
0 1 2
3.2 – Em um valor de 0 a 100%, qual o seu nível de confiança em
não perder o equilíbrio ou se tornar inseguro quando você sobe ou
desce uma escada segurando no corrimão?
0 1 2
0 1 2
3.3 – Em um valor de 0 a 100%, qual o seu nível de confiança em
não perder o equilíbrio ou se tornar inseguro quando você sobe ou
desce uma escada sem segurar no corrimão?
0 1 2
0 1 2
4 – Graduação Funcional
3
(este item deve ser preenchido após a conclusão da análise da subida e descida de escada)
Subida Descida
(0) A tarefa é completada com sucesso, ou apresenta leve
dificuldade.
(1) A tarefa ou certas etapas são realizadas com dificuldade
significativa, ou pode ter havido necessidade de assistência por parte
do examinador em até 25% da tarefa.
(2) A tarefa é completada com assistência do examinador em 50%
ou mais da tarefa.
0 1 2
0 1 2
2
Adaptado de POWELL LE, MYERS, AM. The activities-specific balance confidence (ABC) scale. J Gerontol Med
Sci 1995; 50(1): M28-34.
3
Adaptado de MICHAELSEN SM, NATALIO MA, SILVA AG, PAGNUSSAT AS. Confiabilidade da tradução e
adaptação do Test d'Évaluation des Membres Supérieurs de Personnes Âgées (TEMPA) para o português e
validação para adultos com hemiparesia. Rev. bras. fisioter. 2008; 12(6): 511-519.
85
II– DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL
A – Cadência de subida
Tempo de subida: ________________ segundos ÷ 60 = _________________ minutos.
Cadência: ______________ ÷ _________ = __________ degraus/minuto.
Número de degraus minutos
B – Cadência de descida
Tempo de descida: ________________ segundos ÷ 60 = _________________ minutos.
Cadência: ______________ ÷ _________ = __________ degraus/minuto.
Número de degraus minutos
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA Subida Descida
1 -– Necessidade de auxílio externo*
(0) Não necessita de auxílio externo
(1) Necessita de auxiliares de marcha
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa
*Dispositivos auxiliares de marcha e/ou auxílio de uma pessoa
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
2 – Uso do corrimão e dos membros superiores
(0) Não faz uso do corrimão
(1) Usa apenas uma das mãos
(2) Usa as duas mãos
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
3 – Intensidade do uso do corrimão e dos membros superiores
(0) Não faz uso ou faz uso discreto (leve) do corrimão
(1) Uso moderado do corrimão (moderada descarga de peso)
(2) Uso substancial do corrimão (severa descarga de peso)
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
4 – Posicionamento dos membros superiores
(0) Membros superiores apresentam-se ao longo do corpo, ou membro
superior afetado apresenta leve alteração de posicionamento
(1) Membro superior afetado apresenta alteração de posicionamento e
membro superior não afetado apóia o corrimão
(2) Ambos os membros superiores apóiam o corrimão
0 1 2
0 1 2
86
II– DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL (continuação)
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA Subida Descida
5 – Posição do membro superior afetado (parético)
(0) Membro superior afetado apresenta-se ao longo do corpo ou com leve
alteração de posicionamento
(1) Membro superior afetado apresenta moderada alteração de
posicionamento
(2) Membro superior afetado apresenta severa alteração de posicionamento,
dificultando a realização da tarefa
0 1 2
0 1 2
Caso apresente alteração, descreva o posicionamento do membro superior afetado:
_________________________________________________________________________________
Subida Descida
6 – Reações de equilíbrio de membros superiores*
(0) Não realiza ou as reações de equilíbrio de membros superiores são
observadas em 25% ou menos do tempo total da tarefa
(1) As reações de equilíbrio de membros superiores são observadas de 50 a
74% do tempo total da tarefa
(2) As reações de equilíbrio de membros superiores são observadas em 75%
ou mais do tempo total da tarefa
*
Por exemplo, realização de abdução de ombro.
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
7 – Balanço de membros superiores
(0) Apresenta balanço normal de membros superiores
(1) Apresenta redução do balanço no membro superior afetado e balanço
normal de membro superior não afetado (ou membro superior não afetado
apóia o corrimão)
(2) Apresenta redução do balanço de membros superiores (ambos junto ao
corpo)
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
8 – Tipo de passo
(0) Passo alternado (um pé em cada degrau)
(1) Misto (uso de passo alternado e passo-a-passo)
(2) Passo- a- passo (ambos os pés no mesmo degrau)
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
9 – Membro inferior que inicia o movimento
(0) Membro inferior afetado
(1) Misto (alterna entre afetado e não afetado)
(2) Membro não afetado
0 1 2
0 1 2
87
II– DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL (continuação)
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA Subida Descida
10 – Simetria da duração do tempo de apoio nos membros inferiores
(tempo relativo)
(0) Simetria: nenhuma ou leve diferença no tempo relativo de apoio é
observada entre os membros inferiores
(1) Assimetria: moderada diferença no tempo relativo de apoio é observada,
sendo que membro inferior afetado permanece mais tempo apoiado
(2) Assimetria: severa diferença no tempo relativo de apoio é observada,
sendo que membro inferior afetado permanece mais tempo apoiado
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
11 – Velocidade relativa de movimento dos membros inferiores
(0) Nenhuma ou leve diferença de velocidade de movimento é observada
entre os membros inferiores
(1) Membro inferior afetado é moderadamente mais lento que o membro
inferior não afetado
(2) Membro inferior afetado é severamente mais lento que o membro inferior
não afetado
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
12 – Estratégia de realização da atividade
(0) Normal: realiza atividade com corpo alinhado (de frente)
(1) Alterada: realiza atividade com ligeira lateralização do corpo
(2) Alterada: realiza atividade de lado ou de costas (no caso da descida)
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
13 – Estratégia de posicionamento dos pés no degrau
(0) Normal: os pés apresentam-se alinhados (de frente) ou com leve rotação
(1) Alterada: os pés apresentam moderada rotação
(2) Alterada: os pés apresentam severa rotação (de lado)
0 1 2
0 1 2
88
II– DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL (continuação)
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA Subida Descida
14 – Apoio dos pés no degrau
(0) Todo pé é apoiado na superfície do degrau
(1) Mais de 50% do apóia na superfície do degrau, sendo que apenas
calcanhar/dedos (subida/descida) permanecem fora do degrau
(2) Menos de 50% do pé apóia na superfície do degrau, dificultando a
descarga de peso e o controle de tornozelo
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
15 – Contato inicial do pé com o degrau
(0) Normal: contato inicial com antepé (porção metatársica)
(1) Contato inicial com retropé (calcanhar)
(2) Contato inicial com pé plano
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
16 – Distribuição do apoio plantar
(0) Distribui simetricamente o apoio do antepé para o retropé
(1) Realiza apoio no antepé (porção metatársica)
(2) Realiza apoio na borda lateral do pé (associada a uma inversão de
tornozelo)
0 1 2
0 1 2
II– DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL
ITENS REFERENTES À SUBIDA Subida
1 – Necessidade de auxílio na transição chão-escada
(0) Não necessita de auxílio externo para se aproximar da escada
(1) Realiza reações de equilíbrio com membros superiores ou necessita de
auxiliares de marcha para se aproximar da escada
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa para se aproximar da escada
0 1 2
2 – Colisão do pé com o degrau durante a subida de escada
(0) Não realiza choque do pé com o degrau e sobe com segurança
(1) Choque do pé com o degrau é observado, MAS interfere pouco na segurança de
realização da atividade
(2) Choque do pé com o degrau é observado, E interfere muito na segurança de
realização da atividade
0 1 2
89
II– DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL
ITENS REFERENTES A DESCIDA Descida
1 – Necessidade de auxílio na transição patamar-degrau
(0) Não necessita de auxílio externo para realizar giro no patamar e se aproximar
do degrau
(1) Realiza giro no patamar e se aproxima do degrau apoiando no corrimão ou
necessita de auxiliares de marcha
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa para realizar giro no patamar e se aproximar
do degrau
0 1 2
2 – Necessidade de auxílio na transição escada-chão
(0) Não necessita de auxílio externo para se afastar da escada
(1) Realiza reações de equilíbrio com membros superiores ou necessita de
auxiliares de marcha para se afastar da escada
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa para se afastar da escada
0 1 2
3 – Segurança no alcance do degrau inferior com o pé durante a descida de
escada
(0) Alcança o degrau inferior com total segurança ou com leve dificuldade
(1) Alcança o degrau inferior com moderada dificuldade, interferindo pouco na
segurança de realização da atividade
(2) Alcança o degrau inferior com severa dificuldade, interferindo muito na
segurança de realização da atividade
0 1 2
90
SUBIDA DE ESCADA
III– DOMÍNIO DE ESTRATÉGIAS ADOTADAS
A – Estratégias de Tronco / Pelve
(Assinale a resposta em cada item)
Para esses segmentos utilizar a seguinte pontuação
4
:
(0) Não apresenta desvio ou esse desvio é muito leve
(1) Apresenta desvio moderado
(2) Apresenta desvio severo dificultando consideravelmente a realização da tarefa
Estratégias Fase de Balanço Fase de Apoio
1. Flexão/Extensão de tronco
2 1 0 1 2
Flexão Extensão
2 1 0 1 2
Flexão Extensão
2. Inclinação lateral de tronco
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
3. Inclinação lateral de pelve
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
4. Rotação de tronco e pelve
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
5. Rotação de tronco e pelve na
transição escada-chão
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
6. Anteversão/Retroversão de
pelve
2 1 0 1 2
Anteversão Retroversão
2 1 0 1 2
Anteversão Retroversão
As estratégias a seguir avaliam o MEMBRO INFERIOR AFETADO
Para os segmentos abaixo utilizar a seguinte pontuação:
(0) Sem limitação: a amplitude de movimento necessária à tarefa está presente
(1) Limitação parcial: a amplitude de movimento necessária é difícil ou compensada
(2) Limitação significativa: a amplitude de movimento necessária é muito limitada, dificultando
consideravelmente a realização da tarefa
* Fase de Transição corresponde ao trajeto entre chão–escada, último degrau–patamar ou escada-
chão
B – Estratégias de Quadril
(Assinale a resposta em cada item)
Estratégias Fase de Balanço Fase de Apoio Fase de Transição*
1. Flexão reduzida 0 1 2
0 1 2
2. Flexão excessiva 0 1 2
0 1 2
0 1 2
3. Abdução excessiva 0 1 2
0 1 2
0 1 2
4. Adução 0 1 2
0 1 2
0 1 2
5. Rotação Interna 0 1 2
0 1 2
0 1 2
6. Rotação Externa 0 1 2
0 1 2
0 1 2
4
Adaptado de LORD SE, HALLIGAN PW, WADE DT. Visual gait analysis: the development of a clinical
assessment and scale. Clinical Rehabilitation.1998; 12:107–119.
91
III– DOMÍNIO DE ESTRATÉGIAS ADOTADAS
(continuação)
C – Estratégias de Joelho
(Assinale a resposta em cada item)
Estratégias Fase de Balanço Fase de Apoio
Fase de Transição
1. Flexão reduzida 0 1 2
0 1 2
2. Flexão excessiva 0 1 2
0 1 2
0 1 2
3. Hiperextensão 0 1 2
0 1 2
4. Rotação Interna 0 1 2
0 1 2
0 1 2
5. Rotação Externa 0 1 2
0 1 2
0 1 2
6. Varismo 0 1 2
0 1 2
7. Valgismo 0 1 2
0 1 2
D – Estratégias de Tornozelo
(Assinale a resposta em cada item)
Estratégias Fase de Balanço Fase de Apoio
Fase de Transição
1. Dorsiflexão reduzida 0 1 2
0 1 2
0 1 2
2. Inversão 0 1 2
0 1 2
0 1 2
3. Eversão 0 1 2
0 1 2
0 1 2
E – Estabilidade Articular
Para esta avaliação utilizar a seguinte pontuação:
(0) Controle: articulação apresenta controle completo de movimento
(1) Instabilidade leve: articulação apresenta decréscimo leve do controle de movimento
(2) Instabilidade significativa: articulação apresenta decréscimo significativo do controle de
movimento, dificultando consideravelmente a realização da tarefa
Articulação Fase de Balanço Fase de Apoio
Fase de Transição
1. Quadril 0 1 2
0 1 2
0 1 2
2. Joelho 0 1 2
0 1 2
0 1 2
3. Tornozelo 0 1 2
0 1 2
0 1 2
92
DESCIDA DE ESCADA
III– DOMÍNIO DE ESTRATÉGIAS ADOTADAS
A – Estratégias de Tronco / Pelve
(Assinale a resposta em cada item)
Para esses segmentos utilizar a seguinte pontuação:
(0) Não apresenta desvio ou esse desvio é muito leve
(1) Apresenta desvio moderado
(2) Apresenta desvio severo dificultando consideravelmente a realização da tarefa
Estratégias Fase de Balanço Fase de Apoio
1. Flexão/Extensão de tronco
2 1 0 1 2
Flexão Extensão
2 1 0 1 2
Flexão Extensão
2. Inclinação lateral de tronco
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
3. Inclinação lateral de pelve
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
4. Rotação de tronco e pelve
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
5. Rotação de tronco e pelve na
transição escada-chão
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
2 1 0 1 2
Esquerda Direita
6. Anteversão/Retroversão de pelve
2 1 0 1 2
Anteversão Retroversão
2 1 0 1 2
Anteversão Retroversão
As estratégias a seguir avaliam o MEMBRO INFERIOR AFETADO
Para os segmentos abaixo utilizar a seguinte pontuação:
(0) Sem limitação: a amplitude de movimento necessária à tarefa está presente
(1) Limitação parcial: a amplitude de movimento necessária é difícil ou compensada
(2) Limitação significativa: a amplitude de movimento necessária é muito limitada, dificultando
consideravelmente a realização da tarefa
* Fase de Transição corresponde ao trajeto entre chão–escada, último degrau–patamar ou escada-
chão
B – Estratégias de Quadril
(Assinale a resposta em cada item)
Estratégias Fase de Balanço Fase de Apoio Fase de
Transição*
1. Flexão reduzida 0 1 2
0 1 2
2. Flexão excessiva 0 1 2
0 1 2
0 1 2
3. Abdução excessiva 0 1 2
0 1 2
0 1 2
4. Adução 0 1 2
0 1 2
0 1 2
5. Rotação Interna 0 1 2
0 1 2
0 1 2
6. Rotação Externa 0 1 2
0 1 2 0 1 2
93
DESCIDA DE ESCADA
III– DOMÍNIO DE ESTRATÉGIAS ADOTADAS
(continuação)
C – Estratégias de Joelho
(Assinale a resposta em cada item)
Estratégias Fase de Balanço Fase de Apoio
Fase de
Transição
1. Flexão reduzida 0 1 2
0 1 2
2. Flexão excessiva 0 1 2
0 1 2
0 1 2
3. Hiperextensão 0 1 2
0 1 2
4. Rotação Interna 0 1 2
0 1 2
0 1 2
5. Rotação Externa 0 1 2
0 1 2
0 1 2
6. Varismo 0 1 2
0 1 2
7. Valgismo 0 1 2
0 1 2
D – Estratégias de Tornozelo
(Assinale a resposta em cada item)
Estratégias Fase de Balanço Fase de Apoio
Fase de
Transição
1. Plantiflexão reduzida 0 1 2
0 1 2
0 1 2
2. Dorsiflexão reduzida 0 1 2
0 1 2
0 1 2
3. Inversão 0 1 2
0 1 2
0 1 2
4. Eversão 0 1 2
0 1 2
0 1 2
E – Estabilidade Articular
Para esta avaliação utilizar a seguinte pontuação:
(0) Controle: articulação apresenta controle completo de movimento
(1) Instabilidade leve: articulação apresenta decréscimo leve do controle de movimento
(2) Instabilidade significativa: articulação apresenta decréscimo significativo do controle de
movimento, dificultando consideravelmente a realização da tarefa
Articulação Fase de Balanço Fase de Apoio
Fase de
Transição
1. Quadril 0 1 2
0 1 2
0 1 2
2. Joelho 0 1 2
0 1 2
0 1 2
3. Tornozelo 0 1 2
0 1 2
0 1 2
94
4.3 FASE DE VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO
A fase de validação de conteúdo constituiu a última etapa desta pesquisa e
compreendeu a submissão da primeira versão do instrumento de avaliação clínica da subida e
descida de escada em indivíduos com hemiparesia e da sua correção (segunda e terceira
versão) pelo comitê de especialistas.
4.3.1 Primeira Fase de Validação de Conteúdo
O tempo de experiência (anos) na área do domínio de conteúdo do instrumento dos
sete especialistas participantes desta fase variou entre 8 e 25 anos. Cerca de 57% dos
especialistas consultados consideraram ter conhecimento excelente sobre a hemiparesia,
conhecimento muito bom (43%) ou excelente (57%) a respeito da biomecânica da marcha e
43% dos especialistas consideraram ter conhecimento excelente sobre a biomecânica e a
avaliação funcional da subida e descida de escada.
Na primeira avaliação verificou-se que os domínios desenvolvidos foram satisfatórios
para a avaliação da subida e descida de escada, sendo que o domínio de estratégias adotadas
tanto para a subida como para a descida demonstrou necessidade de correções mais
importantes, conforme descreve a tabela 12.
95
Tabela 12: Resultado da primeira validação de conteúdo para o conjunto de itens de cada domínio de
conteúdo
O conjunto de itens é suficiente para representar o domínio de conteúdo?
Desempenho Funcional Estratégias Adotadas
Especialistas
Características
Gerais
Subida e
Descida
Subida Descida Subida Descida
1
4 4 3 3 2 2
2
2 3 3 3 2 2
3
3 3 3 3 3 3
4
4 4 3 3 3 3
5
4 4 4 4 4 4
6
4 4 4 4 4 4
7
3 3 3 3 3 3
IVC*
0,86 1,00 1,00 1,00 0,71 0,71
Kappa
0,85 1,00 1,00 1,00 0,65 0,65
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Seguindo a sugestão dos especialistas, o Domínio Global do Instrumento foi
modificado para englobar todos os itens desenvolvidos: As estratégias adotadas e as
características cinemáticas relacionadas ao desempenho funcional da subida e descida
de escada em indivíduos com hemiparesia que possam ser observadas de forma visual
direta e/ou através de câmera de vídeo.
Em relação aos domínios desenvolvidos na primeira versão, houve uma mudança
seguindo o parecer do Especialista C que sugeriu o não uso do termo desempenho funcional,
visto que este engloba toda a tarefa. Assim, a segunda versão do instrumento foi subdividida
em domínio de características gerais e domínio de estratégias adotadas, sendo que os itens
pertencentes ao domínio de desempenho funcional da primeira versão foram incluídos no
domínio de características gerais, que inclui itens que não serão pontuados (conforme descrito
abaixo) servindo apenas como informações complementares ao questionário.
Foi realizada a padronização em relação à terminologia em todo instrumento e optou-
se pelo uso do termo “parético” e “não parético”, seguindo sugestão dos especialistas.
Com o intuito de transpor a realização da atividade mais próxima do cotidiano dos
indivíduos avaliados foi considerada a possibilidade de aplicação do instrumento com o uso
de dispositivos auxiliares e/ou órteses. Entretanto, nas instruções de uso do instrumento será
transmitida a orientação de que a avaliação deverá ser feita com e sem o uso de tais
96
dispositivos a fim de comparação entre estas duas situações. A escolha da pontuação em
situação de pesquisa deverá ser feita sempre entre condições semelhantes dando-se
preferência a condição sem dispositivo auxiliar sempre que possível.
Na primeira versão alguns itens não possuíam pontuação (de 0 a 2 pontos) como os
demais e então foram retirados do instrumento, tornando-se itens descritivos (não pontuados).
São os seguintes itens:
a. Domínio de características gerais: itens 1 (número de degraus) e 2 (uso de
órteses);
b. Domínio de desempenho funcional: itens A e B, que dizem respeito à cadência
de subida e descida de escada.
As tabelas 13, 14, 15 e 16 apresentam o resultado da validade de conteúdo dos itens do
domínio de características gerais no que tange a consistência, representatividade, relevância e
clareza de cada item. Conforme observado nas tabelas, a maioria dos itens obtiveram escores
satisfatórios, exceto o item 4 em relação a consistência com as definições conceituais, o item
1 em relação a representatividade/relevância, e os itens 3.1, 3.2 e 3.3, que dizem respeito ao
nível de confiança, obtiveram escores baixos para a clareza/possibilidade de compreensão
(redação). Todos os itens deste domínio foram mantidos na segunda versão do instrumento,
sendo que os que não alcançaram escores ideais sofreram correções. As modificações
realizadas foram:
a. Item nível de confiança: alterações na escrita para melhor compreensão;
b. Item graduação funcional, opção 0: expressão “com sucesso ou apresenta leve
dificuldade” alterada para ‘sem dificuldade ou com leve dificuldade’;
97
Tabela 13: Resultado da primeira avaliação da Consistência com as definições conceituais para os
itens do Domínio de Características Gerais
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS
Consistência com as definições conceituais
Itens
Especialistas 1 2 3.1 3.2 3.3 4
1
4 3 3 4 4 4
2
3 4 3 3 3 2
3
1 1 1 1 1 1
4
3 4 4 4 4 4
5
3 3 3 3 3 4
6
4 4 4 4 4 3
7
4 4 1 1 1 2
IVC*
0,86 0,86 0,71 0,71 0,71 0,57
Kappa
0,85 0,85 0,65 0,65 0,65 0,56
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 14: Resultado da primeira avaliação da Representatividade/relevância dos itens do Domínio de
Características Gerais
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS
Representatividade/relevância em relação ao domínio de interesse
Itens
Especialistas 1 2 3.1 3.2 3.3 4
1
4 3 3 4 4 4
2
2 3 4 3 3 3
3
1 1 1 1 1 1
4
4 3 4 4 4 4
5
3 4 4 4 4 4
6
4 4 4 4 4 3
7
4 4 3 3 3 2
IVC*
0,71 0,86 0,86 0,86 0,86 0,71
Kappa
0,65 0,85 0,85 0,85 0,85 0,65
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
98
Tabela 15: Resultado da primeira avaliação da Relevância para a interpretação clínica que pode ser
feita com base na medida dos itens do Domínio de Características Gerais
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS
Relevância para a interpretação clínica que pode ser feita com base na medida
ITENS
Especialistas 1 2 3.1 3.2 3.3 4
1
4 4 3 4 4 4
2
2 3 4 4 4 4
3
4 4 4 4 4 4
4
4 4 4 4 4 4
5
3 4 3 4 4 4
6
4 4 4 4 4 4
7
3 4 2 2 2 2
IVC*
0,86 1,00 0,86 0,86 0,86 0,86
Kappa
0,85 1,00 0,85 0,85 0,85 0,85
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 16: Resultado da primeira avaliação da Clareza/possibilidade de compreensão (redação) dos
itens do Domínio de Características Gerais
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS
Clareza/possibilidade de compreensão (redação)
ITENS
Especialistas 1 2 3.1 3.2 3.3 4
1
4 4 4 4 4 3
2
4 4 2 2 2 3
3
4 4 4 4 4 4
4
4 4 2 2 2 3
5
3 3 2 4 4 4
6
4 4 4 4 4 3
7
4 4 2 3 3 1
IVC*
1,00 1,00 0,43 0,71 0,71 0,86
Kappa
1,00 1,00 0,41 0,65 0,65 0,85
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
As tabelas a seguir apresentam o resultado da validade de conteúdo dos itens do
domínio de desempenho funcional itens comuns para a subida e descida de escada para as
quatro características analisadas. Os resultados as tabelas 17 e 18 demonstram que apenas os
99
itens 1, 3, 5, 8 e 10 alcançaram escores aceitáveis para a característica de consistência com as
definições conceituais. Os demais itens sofreram modificações que serão descritas a seguir.
Tabela 17: Resultado da primeira avaliação da Consistência com as definições conceituais dos itens
do Domínio de Desempenho Funcional – Itens Comuns (A a 7) para Subida e Descida de Escada
DESEMPENHO FUNCIONAL ITENS COMUNS
Consistência com as definições conceituais
ITENS
Especialistas A B 1 2 3 4 5 6 7
1
4 4 4 4 4 4 4 4 4
2
2 2 3 2 3 2 3 1 1
3
1 1 1 2 2 1 1 4 2
4
4 4 4 4 4 4 4 4 4
5
4 4 4 4 3 3 3 2 3
6
4 4 4 4 3 4 4 2 4
7
4 4 4 4 4 4 3 3 3
IVC*
0,71 0,71 0,86 0,71 0,86 0,71 0,86 0,57 0,71
Kappa
0,65 0,65 0,85 0,65 0,85 0,65 0,85 0,56 0,65
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 18: Resultado da primeira avaliação da Consistência com as definições conceituais dos itens
do Domínio de Desempenho Funcional – Itens Comuns (8 a 16) para Subida e Descida de Escada
DESEMPENHO FUNCIONAL ITENS COMUNS
Consistência com as definições conceituais
ITENS
Especialistas 8 9 10 11 12 13 14 15 16
1
4 2 4 4 4 4 2 2 4
2
3 2 2 2 2 2 1 2 1
3
4 3 3 2 3 3 3 2 2
4
4 4 4 4 4 4 4 4 4
5
3 3 3 3 4 1 3 3 3
6
4 4 4 4 2 4 4 4 2
7
4 4 4 1 1 3 2 1 4
IVC*
1,00 0,71 0,86 0,57 0,57 0,71 0,57 0,43 0,57
Kappa
1,00 0,65 0,85 0,56 0,56 0,65 0,56 0,41 0,56
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
100
As tabelas 19 a 24 demonstram que os itens 4, 5, 6, 7, 16 do domínio de desempenho
funcional itens comuns a subida e a descida não alcançaram escores satisfatórios para as
características de representatividade/relevância em relação ao domínio de interesse, de
relevância para a interpretação clínica que pode ser feita com base na medida, e de
Clareza/possibilidade de compreensão (redação). Os itens quatro (Posicionamento dos
membros superiores), seis (Reações de equilíbrio dos membros superiores), sete (Balanço dos
membros superiores) e 16 (Distribuição do apoio plantar) foram excluídos da segunda versão
do instrumento. Os itens 3, 5, 12 e 14 não obtiveram escores aceitáveis para a característica de
Clareza/possibilidade de compreensão (redação) e sofreram modificações.
Tabela 19: Resultado da primeira avaliação Representatividade/relevância dos itens do Domínio de
Desempenho Funcional – Itens Comuns (A a 7) para Subida e Descida de Escada
DESEMPENHO FUNCIONAL ITENS COMUNS
Representatividade/relevância em relação ao domínio de interesse
ITENS
Especialistas A B 1 2 3 4 5 6 7
1
4 4 4 4 4 4 4 4 4
2
3 3 3 3 4 1 1 1 2
3
1 1 1 2 2 1 1 4 2
4
4 4 4 4 4 4 4 4 4
5
4 4 4 4 4 4 4 3 4
6
4 4 4 4 3 3 3 2 4
7
4 4 4 4 2 4 2 1 2
IVC*
0,86 0,86 0,86 0,86 0,71 0,71 0,57 0,57 0,57
Kappa
0,85 0,85 0,85 0,85 0,65 0,65 0,56 0,56 0,56
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
101
Tabela 20: Resultado da primeira avaliação da Representatividade/relevância dos itens do Domínio de
Desempenho Funcional – Itens Comuns (8 a 16) para Subida e Descida de Escada
DESEMPENHO FUNCIONAL ITENS COMUNS
Representatividade/relevância em relação ao domínio de interesse
ITENS
Especialistas 8 9 10 11 12 13 14 15 16
1
4 4 4 4 4 4 4 3 4
2
4 3 3 2 3 2 2 3 2
3
4 3 3 3 3 3 3 3 2
4
4 4 4 4 4 4 4 4 4
5
4 3 3 4 4 4 4 4 4
6
4 4 4 4 2 4 4 4 2
7
4 4 4 1 2 3 2 1 4
IVC*
1,00 1,00 1,00 0,71 0,71 0,86 0,71 0,86 0,57
Kappa
1,00 1,00 1,00 0,65 0,65 0,85 0,65 0,65 0,56
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 21: Resultado da primeira avaliação da Relevância para a interpretação clínica que pode ser
feita com base na medida dos itens do Domínio de Desempenho Funcional Itens Comuns (A a 7)
para Subida e Descida de Escada
DESEMPENHO FUNCIONAL ITENS COMUNS
Relevância para a interpretação clínica que pode ser feita com base na medida
ITENS
Especialistas A B 1 2 3 4 5 6 7
1
4 4 4 3 4 4 4 4 4
2
4 4 3 4 4 2 1 1 2
3
4 4 4 2 2 2 1 4 2
4
4 4 4 4 4 4 4 4 4
5
4 4 4 4 4 4 4 3 4
6
4 4 4 4 3 3 3 2 4
7
2 2 4 4 2 2 2 1 1
IVC*
0,86 0,86 1,00 0,86 0,71 0,57 0,57 0,57 0,57
Kappa
0,85 0,85 1,00 0,85 0,65 0,56 0,56 0,56 0,56
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
102
Tabela 22: Resultado da primeira avaliação da Relevância para a interpretação clínica que pode ser
feita com base na medida dos itens do Domínio de Desempenho Funcional Itens Comuns (8 16)
para Subida e Descida de Escada
DESEMPENHO FUNCIONAL ITENS COMUNS
Relevância para a interpretação clínica que pode ser feita com base na medida
ITENS
Especialistas 8 9 10 11 12 13 14 15 16
1
4 4 4 4 4 4 4 3 4
2
4 4 3 3 3 2 2 3 1
3
4 3 3 3 3 3 3 3 2
4
4 4 4 4 4 4 4 4 4
5
4 3 4 4 4 4 4 4 4
6
4 4 4 4 2 4 4 4 2
7
4 4 2 1 3 4 2 1 4
IVC*
1,00 1,00 0,86 0,86 0,86 0,86 0,71 0,86 0,57
Kappa
1,00 1,00 0,85 0,85 0,85 0,85 0,65 0,85 0,56
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 23: Resultado da primeira avaliação da Clareza/possibilidade de compreensão (redação) dos
itens do Domínio de Desempenho Funcional – Itens Comuns (A a 7) para Subida e Descida de Escada
DESEMPENHO FUNCIONAL ITENS COMUNS
Clareza/possibilidade de compreensão (redação)
ITENS
Especialistas A B 1 2 3 4 5 6 7
1
4 4 3 4 4 2 2 4 2
2
3 3 2 4 3 4 3 1 2
3
4 4 4 2 2 2 2 4 2
4
4 4 4 4 4 4 4 4 4
5
4 4 4 4 2 3 3 1 4
6
4 4 4 4 2 4 4 2 4
7
2 2 3 4 1 2 2 1 1
IVC*
0,86 0,86 0,86 0,86 0,43 0,57 0,57 0,43 0,43
Kappa
0,85 0,85 0,85 0,85 0,41 0,56 0,56 0,41 0,41
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
103
Tabela 24: Resultado da primeira avaliação da Clareza/possibilidade de compreensão (redação) dos
itens do Domínio de Desempenho Funcional – Itens Comuns (8 a 16) para Subida e Descida de Escada
DESEMPENHO FUNCIONAL ITENS COMUNS
Clareza/possibilidade de compreensão (redação)
ITENS
Especialistas 8 9 10 11 12 13 14 15 16
1
4 2 4 4 4 4 2 4 4
2
3 3 3 3 2 3 2 3 2
3
3 4 2 2 2 2 2 1 2
4
4 4 4 4 4 4 4 3 3
5
4 4 4 4 4 4 4 4 4
6
4 4 4 4 1 4 4 4 2
7
4 4 4 4 1 1 1 1 4
IVC*
1,00 1,00 0,86 0,86 0,43 0,71 0,43 0,71 0,57
Kappa
1,00 1,00 0,85 0,85 0,41 0,65 0,41 0,65 0,56
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
A partir da avaliação dos especialistas verificou-se a necessidade de correção da escrita
de alguns itens para melhor compreensão dos mesmos. Assim, alguns itens sofreram
modificações apenas na escrita (terminologia e adequação da descrição) e outros foram unidos
para contemplar melhor as informações analisadas. Foram realizadas as seguintes modificações
no domínio de desempenho funcional – itens comuns a subida e a descida:
a. Item Uso do Corrimão e dos MMSS (2): realizou-se a união deste com o item de
Posicionamento dos membros superiores (4) para melhor compreensão;
b. Item Intensidade do Uso do Corrimão (3): seguindo sugestões dos especialistas
foi acrescentada a este item a variável TEMPO DE USO, diferenciando as opções
de resposta em termos percentuais (%);
c. Item Posição do Membro Superior Parético (5): realizou-se a união deste com o
item de Balanço dos MMSS (7) para melhor compreensão;
d. Item Membro inferior que inicia o movimento (9): seguindo sugestão dos
especialistas e da literatura este item foi duplicado para ser avaliado
separadamente no domínio de itens referentes a subida e no domínio de itens
referentes a descida de escada;
e. Item Velocidade relativa de movimento dos MMII (11): para melhor
compreensão foi acrescentado no título do item a expressão ‘na fase de
balanço’;
104
f. Item Estratégia de realização da atividade (12): para melhor compreensão o título
deste item foi alterado para “Alinhamento Corporal” e nas opções 1 e 2 foram
acrescentadas as respectivas expressões ‘ligeiramente’ e ‘completamente’;
g. Item Estratégia de posicionamento dos pés no degrau (13): para melhor
compreensão o título deste item foi alterado para “Alinhamento dos pés no
degrau” e foram realizadas alterações na escrita nas opções de resposta;
h. Item Apoio dos pés no degrau (14): foram realizadas alterações na escrita das
opções de resposta 1 e 2 para melhor compreensão;
i. Item Contato inicial do pé com o degrau (15): foi acrescentada a expressão
“predominantemente” em todas as opções de resposta.
No domínio de desempenho funcional itens referentes à subida de escada, o item 1
que avalia a necessidade de auxílio na transição chão-escada (Quadro 5) foi excluído, apesar
de apresentar valores de IVC e Kappa próximo dos aceitáveis para características com
relevância e clareza (Tabela 25), visto que, segundo os especialistas, este item avalia aspectos
não relacionados ao desempenho na escada, como no caso da marcha.
Quadro 5: Item 1 referente a subida de escada
1 – Necessidade de auxílio na transição chão-escada
(0) Não necessita de auxílio externo para se aproximar da escada
(1) Realiza reações de equilíbrio com membros superiores ou necessita de auxiliares de marcha para se
aproximar da escada
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa para se aproximar da escada
105
Tabela 25: Resultado da primeira validação de conteúdo do item 1 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Subida de Escada
1 – Necessidade de auxílio na transição chão-escada
Especialistas Consistência Representatividade Relevância Clareza
1
3 3 3 3
2
1 1 1 2
3
1 1 1 1
4
4 4 4 4
5
2 2 3 3
6
4 3 3 3
7
3 3 4 4
IVC*
0,57 0,57 0,71 0,71
Kappa
0,56 0,56 0,65 0,65
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
No mesmo domínio, o item 2 (Quadro 6) que avalia a colisão do pé com o degrau
alcançou escores aceitáveis apenas para as características de representatividade/relevância em
relação ao domínio de interesse, de relevância para a interpretação clínica que pode ser feita
com base na medida (Tabela 26). Deste modo, foram realizadas as seguintes modificações
neste domínio:
a. Adicionado um NOVO ITEM (item A) sobre o membro inferior que inicia o
movimento (conforme explicação ‘d’ acima);
b. Item de colisão do com o degrau: foram realizadas alterações na escrita para
melhor compreensão e a expressão “choque” foi substituída por ‘colisão’.
Quadro 6: Item 2 referente a subida de escada
2 – Colisão do pé com o degrau durante a subida de escada
(0) Não realiza choque do pé com o degrau e sobe com segurança
(1) Choque do pé com o degrau é observado, MAS interfere pouco na segurança de realização da
atividade
(2) Choque do pé com o degrau é observado, E interfere muito na segurança de realização da atividade
106
Tabela 26: Resultado da primeira validação de conteúdo do item 2 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Subida de Escada
2 – Colisão do pé com o degrau durante a subida de escada
Especialistas Consistência Representatividade Relevância Clareza
1
2 3 3 1
2
3 4 4 4
3
4 4 4 2
4
4 4 4 4
5
2 3 4 2
6
3 2 2 1
7
1 1 1 1
IVC*
0,57 0,71 0,71 0,28
Kappa
0,56 0,65 0,65 0,26
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
No domínio de desempenho funcional itens referentes à descida de escada foi
excluído o item 1 que avalia a necessidade de auxílio na transição patamar-degrau (Quadro 7)
devido as baixos valores de IVC e Kappa para a maioria das características analisadas (Tabela
27).
Quadro 7: Item 1 referente a descida de escada
1 – Necessidade de auxílio na transição patamar-degrau
(0) Não necessita de auxílio externo para realizar giro no patamar e se aproximar do degrau
(1) Realiza giro no patamar e se aproxima do degrau apoiando no corrimão ou necessita de auxiliares
de marcha
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa para realizar giro no patamar e se aproximar do degrau
107
Tabela 27: Resultado da primeira validação de conteúdo do item 1 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada
1 – Necessidade de auxílio na transição patamar-degrau
Especialistas Consistência Representatividade Relevância Clareza
1
2 2 2 2
2
1 1 1 2
3
3 3 3 2
4
4 4 4 4
5
2 2 3 3
6
4 4 4 4
7
4 4 4 4
IVC*
0,57 0,57 0,71 0,57
Kappa
0,56 0,56 0,65 0,56
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
O item 2 que avalia a necessidade de auxílio na transição último degrau-chão (Quadro
8) teve sua escrita alterada a fim de melhor adequá-lo a avaliação da descida de escada, visto
que apresentou valores baixos de IVC e Kappa para consistência e representatividade (Tabela
28).
O item 3 referente à descida, que avalia a segurança no alcance do degrau inferior com
o (Quadro 9), não obteve escore satisfatório para a característica de
representatividade/relevância em relação ao domínio de interesse (Tabela 29). Com o intuito
de melhorar a compreensao deste item foi acrescentada, na opção de resposta zero, a seguinte
expressão ‘sem ou com leve dificuldade, MAS com total segurança’. Além disso, foi
realizada a alteração na ordem dos itens 2 e 3 deste domínio.
Quadro 8: Item 2 referente a descida de escada
2 – Necessidade de auxílio na transição escada-chão
(0) Não necessita de auxílio externo para se afastar da escada
(1) Realiza reações de equilíbrio com membros superiores ou necessita de auxiliares de marcha para se
afastar da escada
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa para se afastar da escada
108
Tabela 28: Resultado da primeira validação de conteúdo do item 2 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada
2 – Necessidade de auxílio na transição escada-chão
Especialistas Consistência Representatividade Relevância Clareza
1
3 3 3 3
2
1 1 1 2
3
1 1 1 1
4
4 4 4 4
5
2 2 3 3
6
4 4 4 4
7
4 4 4 4
IVC*
0,57 0,57 0,71 0,71
Kappa
0,56 0,56 0,65 0,65
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Quadro 9: Item 3 referente a descida de escada
3 – Segurança no alcance do degrau inferior com o pé durante a descida de escada
(0) Alcança o degrau inferior com total segurança ou com leve dificuldade
(1) Alcança o degrau inferior com moderada dificuldade, interferindo pouco na segurança de
realização da atividade
(2) Alcança o degrau inferior com severa dificuldade, interferindo muito na segurança de realização da
atividade
Tabela 29: Resultado da primeira validação de conteúdo do item 3 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada
3 – Segurança no alcance do degrau inferior com o pé durante a descida de escada
Especialistas Consistência Representatividade Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
3 3 4 3
3
1 2 2 1
4
4 4 4 4
5
3 2 3 3
6
4 4 4 4
7
2 2 2 1
IVC*
0,71 0,57 0,71 0,71
Kappa
0,65 0,56 0,65 0,65
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
109
Os itens do domínio de estratégias adotadas para subida e descida de escada foram
avaliados como pouco suficientes por alguns especialistas. Como este domínio foi avaliado de
forma semelhante por todos os especialistas tanto para a subida como para a descida de
escada, e pelo fato de ser um domínio longo, optou-se pela união dos mesmos (subida e
descida) no que tange ao ‘layout’ do instrumento.
Os itens que não alcançaram níveis aceitáveis em todas as características analisadas
(consistência, representatividade, relevância e clareza) pelo IVC e pelo Coeficiente Kappa
Modificado foram excluídos (Tabela 30). São os seguintes itens:
a. Tronco: Rotação de Tronco e Pelve na fase de transição;
b. Quadril: Adução;
c. Joelho: Rotação Interna; Rotação Externa; Varismo; Valgismo;
d. Estabilidade Articular: foram excluídos todos os itens tanto para subida como
para descida.
Tabela 30: Índices de validade de conteúdo dos itens excluídos do domínio de estratégias adotadas da
primeira versão do instrumento
ITENS Consistência Representatividade Relevância Clareza
IVC* Kappa IVC* Kappa IVC*
Kappa IVC*
Kappa
Rotação de Tronco e
Pelve na Transição
0,57 0,56 0,71 0,65 0,71 0,65 0,57 0,56
Adução de Quadril
0,57 0,56 0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41
Rotação Interna de
Joelho
0,43 0,41 0,57 0,56 0,57 0,56 0,43 0,41
Rotação Externa de
Joelho
0,43 0,41 0,57 0,56 0,57 0,56 0,28 0,26
Varismo de Joelho
0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41
Valgismo de Joelho
0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41
Estabilidade Articular
Quadril 0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41
Joelho 0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41
Tornozelo 0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41 0,43 0,41
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Segundo a opinião dos especialistas e considerando o que a literatura descreve sobre
as análises cinemática, usualmente, a análise da subida e descida nos degraus intermediários
de uma escada, optou-se pela exclusão da avaliação da fase de transição.
110
Em relação à pontuação deste domínio, verificou-se a necessidade de padronização da
pontuação para todos os segmentos avaliados sendo mantida apenas uma descrição de
pontuação: (0) Não apresenta desvio ou esse desvio é muito leve; (1) Apresenta desvio
moderado; (2) Apresenta desvio severo dificultando consideravelmente a realização da tarefa.
Em relação à avaliação das estratégias analisadas para cada segmento, os especialistas
sugeriram considerar os possíveis desvios, para mais ou para menos, a partir da função
normal. Assim, foram excluídas as expressões “reduzida” e “excessiva” dos títulos dos itens.
Além disso, atribuíram-se valores negativos para desvios reduzidos e valores positivos para
desvios excessivos, a fim de diferenciá-los.
No quadro 8, encontram-se destacadas em vermelho as correções na escrita dos itens
segundo parecer dos especialistas. Os itens que foram validados nesta primeira fase de
validação de conteúdo estão assinalados com “OK”, os itens insuficientes com
“EXCLUÍDO”, e os itens que sofreram alteração de domínio estão destacados como
“MODIFICADO”.
111
Quadro 10: Segunda Versão do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de Escadas Em
Indivíduos Com Hemiparesia
ITENS DESCRITIVOS (que não terão pontuação)
Número de degraus da escada
(Assinale a resposta em cada item)
( ) 4 ( ) 5 ( ) 6
*Nas instruções de uso do instrumento será transmitida a orientação de que cinco (5) é o número de
degraus ideal para avaliação da subida e descida de escada, visto que permite avaliação de um ciclo
completo nos degraus intermediários. No entanto, como este é um instrumento para uso em contexto
clínico e cientifico será permitida uma flexibilidade em relação ao número de degraus para que a
mesma possa ser utilizada.
Cadência de subida
Tempo de subida: ________________ segundos ÷ 60 = _________________ minutos.
Cadência: ______________ ÷ _________ = __________ degraus/minuto.
Número de degraus minutos
*A cadência de escada é um teste bastante utilizado para mensurar capacidade funcional, e a
manutenção deste item descritivo no instrumento possibilita a futura realização de dados normativos
deste teste para indivíduos com hemiparesia, obtendo uma média de desempenho e os desvios
padrões conforme o grau de comprometimento da função.
Cadência de descida
Tempo de descida: ________________ segundos ÷ 60 = _________________ minutos.
Cadência: ______________ ÷ _________ = __________ degraus/minuto.
Número de degraus minutos
Uso de órteses
( ) Sem órtese
( ) Com órtese
Tipo de órtese:____________________________________________________________
*Nas instruções de uso do instrumento será transmitida a orientação de que indivíduos que fazem uso
de órteses e/ou dispositivos auxiliares de marcha realizem o teste com e sem estes dispositivos e o
resultado da avaliação será uma comparação entre essas duas situações. Este fato possibilita a
avaliação da atividade mais próxima do cotidiano dos indivíduos e da real capacidade dos mesmos.
112
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA
1 – Nível de Confiança
1
(0) Alta Confiança (70-100%)
(1) Confiança Moderada (30-70%)
(2) Sem Confiança (0-30%)
Subida Descida
1.1Qual o seu nível de confiança para subir e descer escadas sem
perder o equilíbrio?
0 1 2
0 1 2
1.2Qual o seu nível de confiança para subir e descer escadas
segurando no corrimão sem perder o equilíbrio?
0 1 2
0 1 2
1.3Qual o seu nível de confiança para subir e descer escadas sem
segurar no corrimão sem perder o equilíbrio?
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
2 – Graduação Funcional
2
(este item deve ser preenchido após a conclusão da
análise da subida e descida de escada)
(0) A tarefa é completada sem dificuldade ou com leve dificuldade
(1) A tarefa ou certas etapas são realizadas com dificuldade
significativa, ou pode ter havido necessidade de assistência por parte do
examinador em até 25% da tarefa
(2) A tarefa é completada com assistência do examinador em 50% ou
mais da tarefa
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
3 -– Necessidade de auxílio externo
(Dispositivos auxiliares de marcha
e/ou auxílio de uma pessoa)
(0) Não necessita de auxílio externo
(1) Necessita de dispositivos auxiliares de marcha
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
4 – Uso do corrimão e dos membros superiores (itens 2 e 4 foram
unidos)
(0) Não faz uso do corrimão
(1) Usa apenas uma das mãos/ membro superior não parético apóia o
corrimão
(2) Usa as duas mãos/ambos os membros superiores apóiam o
corrimão
0 1 2
0 1 2
1
Adaptado de POWELL LE, MYERS, AM. The activities-specific balance confidence (ABC) scale. J Gerontol Med Sci
1995; 50(1): M28-34.
2
Adaptado de MICHAELSEN SM, NATALIO MA, SILVA AG, PAGNUSSAT AS. Confiabilidade da tradução e adaptação
do Test d'Évaluation des Membres Supérieurs de Personnes Âgées (TEMPA) para o português e validação para adultos com
hemiparesia. Rev. bras. fisioter. 2008; 12(6): 511-519.
OK
113
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA Subida Descida
5 – Intensidade e tempo do uso do corrimão
(0) Não faz uso do corrimão ou faz uso leve em 25% ou menos do tempo
total da tarefa
(1) Faz uso moderado do corrimão (50% de apoio) em até 50% do tempo
total da tarefa
(2) Faz uso substancial do corrimão (75% ou mais de apoio) em 50% ou mais
do tempo total da tarefa
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
– Posicionamento dos membros superiores
(0) Membros superiores apresentam-se ao longo do corpo, ou membro superior
afetado apresenta leve alteração de posicionamento
(1) Membro superior afetado apresenta alteração de posicionamento e membro
superior não afetado apóia o corrimão
(2) Ambos os membros superiores apóiam o corrimão
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
6 – Posição do membro superior parético (itens 5 e 7 foram unidos)
(0) Membro superior parético apresenta-se predominantemente ao longo do
corpo e membros superiores apresentam balanço adequado
(1) Membro superior parético apresenta-se fixo junto ao corpo e membro
superior não parético apresenta balanço adequado
(2) Membro superior parético apresenta-se fixo junto ao corpo e membro
superior não parético apóia o corrimão
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
– Reações de equilíbrio de membros superiores*
(0) Não realiza ou as reações de equilíbrio de membros superiores são
observadas em 25% ou menos do tempo total da tarefa
(1) As reações de equilíbrio de membros superiores são observadas de 50 a
74% do tempo total da tarefa
(2) As reações de equilíbrio de membros superiores são observadas em 75% ou
mais do tempo total da tarefa
*
Por exemplo, realização de abdução de ombro.
0 1 2
0 1 2
EXCLUÍDO
EXCLUÍDO
114
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA Subida Descida
– Balanço de membros superiores
(0) Apresenta balanço normal de membros superiores
(1) Apresenta redução do balanço no membro superior afetado e balanço
normal de membro superior não afetado (ou membro superior não afetado
apóia o corrimão)
(2) Apresenta redução do balanço de membros superiores (ambos junto ao
corpo)
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
7 – Tipo de passo
(0) Passo alternado (um pé em cada degrau)
(1) Misto (uso de passo alternado e passo-a-passo)
(2) Passo- a- passo (ambos os pés no mesmo degrau)
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
– Membro inferior que inicia o movimento (verificar itens referentes a
subida e itens referentes a descida)
(0) Membro inferior afetado
(1) Misto (alterna entre afetado e não afetado)
(2) Membro não afetado
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
8 – Simetria da duração do tempo de apoio nos membros inferiores
(tempo relativo)
(0) Simetria: nenhuma ou leve diferença no tempo relativo de apoio é
observada entre os membros inferiores
(1) Assimetria: moderada diferença no tempo relativo de apoio é observada,
sendo que membro inferior parético permanece mais tempo apoiado
(2) Assimetria: severa diferença no tempo relativo de apoio é observada,
sendo que membro inferior parético permanece mais tempo apoiado
0 1 2
0 1 2
EXCLUÍDO
OK
OK
MODIFICADO
115
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA Subida Descida
9 – Velocidade relativa de movimento dos membros inferiores na fase de
balanço
(0) Nenhuma ou leve diferença de velocidade de movimento é observada
entre os membros inferiores
(1) Membro inferior parético é moderadamente mais lento que o membro
inferior não parético
(2) Membro inferior parético é severamente mais lento que o membro
inferior não parético
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
10 – Alinhamento Corporal
(0) Normal: realiza atividade de frente
(1) Alterado: realiza atividade ligeiramente de lado (tronco e membro
inferiores rodados)
(2) Alterado: realiza atividade completamente de lado (subida) ou de costas
(descida)
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
11 – Alinhamento dos pés no degrau
(0) Ambos os pés são posicionados de frente ou membro inferior parético
com leve rotação
(1) Pelo menos um dos pés é posicionado com moderada rotação
(2) Pelo menos um dos pés é posicionado com severa rotação (de lado)
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
12 – Apoio dos pés no degrau
(0) Todo pé é apoiado na superfície do degrau
(1) Em pelo menos um dos membros inferiores, menos de 75% do
apóia na superfície do degrau, permanecendo fora o calcanhar na
subida e os dedos na descida.
(2) Em pelo menos um dos membros inferiores, menos de 50% do pé
apóia na superfície do degrau, dificultando a descarga de peso
0 1 2
0 1 2
116
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA Subida Descida
13 – Contato inicial do pé com o degrau
(0) O contato inicial com o degrau é realizado predominantemente com
antepé (porção metatársica)
(1) O contato inicial com o degrau é realizado predominantemente com
retropé (calcanhar)
(2) O contato inicial com o degrau é realizado predominantemente com
todo pé
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
– Distribuição do apoio plantar
(0) Distribui simetricamente o apoio do antepé para o retropé
(1) Realiza apoio no antepé (porção metatársica)
(2) Realiza apoio na borda lateral do pé (associada a uma inversão de
tornozelo)
0 1 2
0 1 2
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS REFERENTES À SUBIDA Subida
A – Membro inferior que inicia o movimento
(0) Membro inferior parético
(1) Misto (alterna entre membro inferior parético e não parético)
(2) Membro não parético
0 1 2
Subida
– Necessidade de auxílio na transição chão-escada
(0) Não necessita de auxílio externo para se aproximar da escada
(1) Realiza reações de equilíbrio com membros superiores ou necessita de auxiliares de
marcha para se aproximar da escada
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa para se aproximar da escada
0 1 2
Subida
1 – Colisão do pé com o degrau durante a subida de escada
(0) Alcança o degrau superior sem colidir o pé, E sem perda de equilíbrio
(1) Colisão do pé com o degrau superior é observada, MAS sem perda de equilíbrio
(2) Colisão do pé com o degrau superior é observada, E ocorre desequilíbrio
0 1 2
EXCLUÍDO
EXCLUÍDO
EXCLUÍDO
MODIFICADO
117
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS REFERENTES A DESCIDA Descida
A – Membro inferior que inicia o movimento
(0) Membro inferior não parético
(1) Misto (alterna entre membro inferior parético e não parético)
(2) Membro parético
0 1 2
Descida
– Necessidade de auxílio na transição patamar-degrau
(0) Não necessita de auxílio externo para realizar giro no patamar e se aproximar do
degrau
(1) Realiza giro no patamar e se aproxima do degrau apoiando no corrimão ou necessita
de auxiliares de marcha
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa para realizar giro no patamar e se aproximar do
degrau
0 1 2
Descida
1 – Segurança no alcance do degrau inferior com o pé durante a descida de escada
(alterada a ordem dos itens 2 e 3)
(0) Alcança o degrau inferior sem ou com leve dificuldade, MAS com total segurança
(1) Alcança o degrau inferior com moderada dificuldade, MAS interferindo pouco na
segurança de realização da atividade
(2) Alcança o degrau inferior com severa dificuldade, interferindo muito na segurança
de realização da atividade
0 1 2
Descida
2 – Necessidade de auxílio e equilíbrio na transição último degrau-chão
(0) Realiza transição entre último degrau e chão com leve dificuldade, MAS sem
desequilíbrio: não necessita de auxílio externo (corrimão/dispositivos
auxiliares/pessoa)
(1) Realiza transição entre último degrau e chão com moderada dificuldade:
necessitando de supervisão ou uso do corrimão devido ao risco de desequilíbrio
(2) Realiza transição entre último degrau e chão com severa dificuldade: necessita
de auxílio externo de uma pessoa devido ao risco de desequilíbrio
0 1 2
EXCLUÍDO
MODIFICADO
118
II – DOMÍNIO DE ESTRATÉGIAS ADOTADAS
Para essa avaliação utilizar a seguinte pontuação
3
:
(0) Não apresenta desvio ou esse desvio é muito leve
(1) Apresenta desvio moderado
(2) Apresenta desvio severo dificultando consideravelmente a realização da tarefa
A – Estratégias de Tronco / Pelve
(Assinale a resposta em cada item)
SUBIDA DESCIDA
Estratégias
Fase de Balanço Fase de Apoio Fase de Balanço Fase de Apoio
1. Flexão/Extensão de
Tronco
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexão Extensão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexão Extensão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexão Extensão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexão Extensão
2. Inclinação Lateral de
Tronco
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
3. Inclinação Lateral de
Pelve
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
4. Rotação de tronco e
pelve
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
5. Anteversão/ Retroversão
Pelve
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Anteversão Retroversão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Anteversão Retroversão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Anteversão Retroversão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Anteversão Retroversão
3
Adaptado de LORD SE, HALLIGAN PW, WADE DT. Visual gait analysis: the development of a clinical assessment and scale. Clinical Rehabilitation.1998; 12:107–119.
119
II – DOMÍNIO DE ESTRATÉGIAS ADOTADAS
Para essa avaliação utilizar a seguinte pontuação:
(0) Não apresenta desvio ou esse desvio é muito leve
(1) Apresenta desvio moderado
(2) Apresenta desvio severo dificultando consideravelmente a realização da tarefa
As estratégias a seguir avaliam o MEMBRO INFERIOR PARÉTICO
B – Estratégias de Quadril
(Assinale a resposta em cada item)
SUBIDA DESCIDA
Estratégias
Fase de Balanço Fase de Apoio Fase de Balanço Fase de Apoio
1. Flexão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
2. Abdução
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
3. Rotação Interna
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
4. Rotação Externa
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
120
II – DOMÍNIO DE ESTRATÉGIAS ADOTADAS
C – Estratégias de Joelho
(Assinale a resposta em cada item)
SUBIDA DESCIDA
Estratégias
Fase de Balanço Fase de Apoio Fase de Balanço Fase de Apoio
1. Flexão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
2. Extensão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
D – Estratégias de Tornozelo
(Assinale a resposta em cada item)
SUBIDA DESCIDA
Estratégias
Fase de Balanço Fase de Apoio Fase de Balanço Fase de Apoio
1. Dorsiflexão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
2. Plantiflexão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
3. Inversão
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
4. Eversão
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
121
4.3.2 Segunda Fase de Validação de Conteúdo
Dos 80 itens desenvolvidos na primeria versão do instrumento foram excluídos através
da primeira fase de validação um total de 28 itens e realizada a união de 14 itens comuns a
subida e a descida de escada do domínio de estratégias adotadas. além disso, houve a criação
de mais um item no domínio de características gerais itens referentes a descida de escada que
avalia qual o ‘membro inferior que inicia o movimento de descida de escada’.
A versão modificada do instrumento foi submetida novamente a avaliação do comitê
de especialistas com um total de 39 itens, sendo que desses, apenas quatro itens não
necessitaram de avaliação sobre a validade de conteúdo, por que já haviam alcançado valores
aceitáveis de IVC e Kappa na primeira fase de validação. Assim, na segunda fase de validação
de conteúdo foram reavaliados 35 itens. As tabelas a seguir apresentam os resultados desta
etapa para cada uma das quatro características analisadas em relação a cada item.
Na tabela 31 é possível verificar que o conjunto de itens da versão modificada foi
avaliado pela maioria dos especialistas consultados com adequados índices de validade de
conteúdo.
Tabela 31: Resultado da segunda validação de conteúdo para o conjunto de itens de cada domínio de
conteúdo
Características Gerais
Especialistas
Características Gerais na
Subida e Descida Subida Descida
Estratégias Adotadas na
Subida e Descida
1
4 4 4 4
2
2 2 2 4
3
3 3 3 3
4
4 4 4 4
5
3 3 3 3
IVC*
0,80 0,80 0,80 1,00
Kappa
0,76 0,76 0,76 1,00
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
As tabelas 32 a 39 apresentam o resultado da avaliação da validade de conteúdo das
características analisadas para cada um dos itens do domínio de características gerais da
subida e descida de escada. Como pode ser observado a maioria dos itens alcançou valores
satisfatórios para IVC e Kappa, exceto os itens 5, 6 e 9 para a característica de relevância para
122
a interpretação clínica que pode ser feita com base na medida, e os itens 4, 6, e 12 para a
característica de clareza/possibilidade de compreensão (redação).
Tabela 32: Resultado da segunda avaliação da Consistência com as definições conceituais para os
Itens (1.1 a 5) do Domínio de Características Gerais – Subida e Descida
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS – SUBIDA E DESCIDA
Consistência com as definições conceituais
Itens
Especialistas 1.1 1.2 1.3 2 4 5
1
4 4 4 4 4 4
2
4 4 4 4 2 2
3
4 4 4 3 3 2
4
4 4 4 4 4 4
5
4 4 4 4 4 4
IVC*
1,00 1,00 1,00 1,00 0,80 0,80
Kappa
1,00 1,00 1,00 1,00 0,76 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 33: Resultado da segunda avaliação da Consistência com as definições conceituais para os
Itens (6 a 13) do Domínio de Características Gerais – Subida e Descida
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS – SUBIDA E DESCIDA
Consistência com as definições conceituais
Itens
Especialistas 6 9 10 11 12 13
1
4 4 4 4 3 3
2
2 4 2 3 3 3
3
3 3 3 2 3 3
4
4 4 4 4 4 4
5
4 3 4 4 2 1
IVC*
0,80 1,00 0,80 0,80 0,80 0,80
Kappa
0,76 1,00 0,76 0,76 0,76 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
123
Tabela 34: Resultado da segunda avaliação da Representatividade/relevância dos Itens (1.1 a 5) do
Domínio de Características Gerais – Subida e Descida
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS – SUBIDA E DESCIDA
Representatividade/relevância em relação ao domínio de interesse
Itens
Especialistas 1.1 1.2 1.3 2 4 5
1
4 4 4 4 4 4
2
4 4 4 4 2 2
3
4 4 4 3 3 3
4
4 4 4 4 4 4
5
4 4 4 4 4 4
IVC*
1,00 1,00 1,00 1,00 0,80 0,80
Kappa
1,00 1,00 1,00 1,00 0,76 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 35: Resultado da segunda avaliação da Representatividade/relevância dos Itens (6 a 13) do
Domínio de Características Gerais – Subida e Descida
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS – SUBIDA E DESCIDA
Representatividade/relevância em relação ao domínio de interesse
Itens
Especialistas 6 9 10 11 12 13
1
4 4 4 4 4 3
2
1 4 2 3 3 3
3
4 4 3 3 3 3
4
4 4 4 4 4 4
5
4 2 4 4 2 1
IVC*
0,80 0,80 0,80 1,00 0,80 0,80
Kappa
0,76 0,76 0,76 1,00 0,76 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
124
Tabela 36: Resultado da segunda avaliação da Relevância para a interpretação clínica que pode ser
feita com base na medida dos Itens (1.1. a 5) do Domínio de Características Gerais – Subida e Descida
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS – SUBIDA E DESCIDA
Relevância para a interpretação clínica que pode ser feita com base na medida
Itens
Especialistas 1.1 1.2 1.3 2 4 5
1
4 4 4 4 4 4
2
4 4 4 4 2 2
3
4 4 4 3 3 2
4
4 4 4 4 4 4
5
4 4 4 4 4 4
IVC*
1,00 1,00 1,00 1,00 0,80 0,60
Kappa
1,00 1,00 1,00 1,00 0,76 0,54
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 37: Resultado da segunda avaliação da Relevância para a interpretação clínica que pode ser
feita com base na medida dos Itens (6 a 13) do Domínio de Características Gerais – Subida e Descida
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS – SUBIDA E DESCIDA
Relevância para a interpretação clínica que pode ser feita com base na medida
Itens
Especialistas 6 9 10 11 12 13
1
4 4 4 4 4 3
2
2 4 3 3 3 3
3
4 4 4 3 3 3
4
2 2 2 2 4 4
5
4 2 4 4 1 2
IVC*
0,60 0,60 0,80 0,80 0,80 0,80
Kappa
0,54 0,54 0,76 0,76 0,76 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
125
Tabela 38: Resultado da segunda avaliação da Clareza/possibilidade de compreensão (redação) dos
Itens (1.1 a 5) do Domínio de Características Gerais – Subida e Descida
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS – SUBIDA E DESCIDA
Clareza/possibilidade de compreensão (redação)
Itens
Especialistas 1.1 1.2 1.3 2 4 5
1
4 4 4 4 4 4
2
4 4 4 4 2 2
3
4 3 3 3 3 3
4
4 4 4 4 4 4
5
4 4 4 3 2 3
IVC*
1,00 1,00 1,00 1,00 0,60 0,80
Kappa
1,00 1,00 1,00 1,00 0,54 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 39: Resultado da segunda avaliação da Clareza/possibilidade de compreensão (redação) dos
Itens (6 a 13) do Domínio de Características Gerais – Subida e Descida
DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS – SUBIDA E DESCIDA
Clareza/possibilidade de compreensão (redação)
Itens
Especialistas 6 9 10 11 12 13
1
4 4 4 4 3 3
2
2 4 2 2 2 3
3
3 3 3 3 3 3
4
4 4 4 4 4 4
5
2 2 4 4 1 1
IVC*
0,60 0,80 0,80 0,80 0,60 0,80
Kappa
0,54 0,76 0,76 0,76 0,54 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
As tabelas 40 e 41 apresentam o resultado da avaliação da validade de conteúdo das
características analisadas para cada um dos itens do domínio de características gerais itens
referentes a subida de escada. Os dois itens foram avaliados com adequados índices de
validade de conteúdo, sendo que apenas o item 2 que avalia a colisão do com o degrau foi
considerado com ficits de clareza/possibilidade de compreensão (redação), necessitando de
correção.
126
Tabela 40: Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 1 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Subida de Escada
1 – Membro inferior que inicia o movimento de subida
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
3 3 3 3
3
4 4 4 4
4
4 4 2 4
5
4 4 4 4
IVC*
1,00 1,00 0,80 1,00
Kappa
1,00 1,00 0,76 1,00
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 41: Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 2 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Subida de Escada
2 – Colisão do pé com o degrau durante a subida de escada
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
3 3 3 3
2
2 4 4 2
3
4 4 4 3
4
4 4 4 4
5
4 3 3 1
IVC*
0,80 1,00 1,00 0,60
Kappa
0,76 1,00 1,00 0,54
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Nas tabelas 42, 43 e 44 é possível verificar que os itens do domínio de características
gerais itens referentes a descida de escada alcançaram índices adequados de validade de
conteúdo, sendo que apenas o item dois que analisa a Segurança no alcance do degrau inferior
com o pé durante a descida de escada foi avaliado com baixos valores de IVC e Kappa para as
características de relevância para a interpretação clínica que pode ser feita com base na
medida e de clareza/possibilidade de compreensão (redação), necessitando de correção.
127
Tabela 42: Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 1 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada
1 – Membro inferior que inicia o movimento que inicia a descida de escada
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
3 3 3 3
3
4 4 4 4
4
4 4 2 4
5
4 4 4 4
IVC*
1,00 1,00 0,80 1,00
Kappa
1,00 1,00 0,76 1,00
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 43: Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 2 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada
2 – Segurança no alcance do degrau inferior com o pé durante a descida de escada
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
2 2 2 2
3
4 4 4 3
4
4 4 4 4
5
3 3 2 1
IVC*
0,80 0,80 0,60 0,60
Kappa
0,76 0,76 0,54 0,54
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Tabela 44: Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 3 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada
3 – Necessidade de auxílio e equilíbrio na transição último degrau-chão
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 3
2
2 3 2 2
3
4 4 4 3
4
4 4 4 4
5
4 4 4 3
IVC*
0,80 1,00 0,80 0,80
Kappa
0,76 1,00 0,76 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
128
No domínio de estratégias adotadas todos os itens desenvolvidos para tronco/pelve,
quadril, joelho, tornozelo alcançaram índices adequados de validade de conteúdo para todas
as quatro características analisadas, com valores de IVC entre 0,80 a 1,00 e Kappa entre 0,76
e 1,00. O único item avaliado com escores inferiores foi o item que avalia a
anteversão/retroversão de pelve, conforme tabela 45. Este item foi então excluído da versão
final do instrumento.
Tabela 45: Resultado da segunda validação de conteúdo do Item 5 do Domínio de Estratégias
Adotadas no segmento Tronco/Pelve
Anteversão/Retroversão de Pelve
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
4 4 4 4
3
2 2 2 3
4
4 4 2 4
5
2 2 2 2
IVC*
0,60 0,60 0,40 0,80
Kappa
0,54 0,54 0,34 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
4.3.3 Terceira e Última Fase de Validação de Conteúdo
Esta etapa consistiu na reavaliação de alguns itens da versão modificada do
instrumento que sofreram alterações de acordo com a segunda validação de conteúdo. Apesar
de alguns desses itens terem sido avaliados com adequados índices de validade de conteúdo,
foram sugeridas modificações, principalmente no que tange a redação dos mesmos. Além
disso, foi sugerido por um dos especialistas que o domínio global do instrumento fosse
novamente corrigido para abranger todos os itens desenvolvidos e as características analisadas.
Ao todo, foram analisados nesta terceira etapa de validação de conteúdo dez itens do
domínio de características gerais: itens comuns a subida e descida de escada, itens referentes a
subida, e itens referentes a descida de escada.
Segundo a opinião de um dos especialistas, o domínio global do instrumento, apesar de
corrigido na segunda validação de conteúdo, ainda não abrangia a totalidade dos aspectos
avaliados pelo instrumento desenvolvido. Assim, foi sugerida a transferência dos itens nível de
129
confiança e graduação funcional para o domínio de itens descritivos (sem pontuação). Além
disso, o item que avalia o nível de confiança diferencia-se dos demais por ser um item
respondido pelo indivíduo avaliado e não pelo o avaliador. Deste modo, o domínio global do
instrumento é: Avaliar as características cinemáticas e as estratégias adotadas por
indivíduos com hemiparesia relacionadas ao desempenho funcional da subida e descida
de escada que pudessem ser observadas de forma visual direta e/ou através de câmera de
vídeo.
No item 4 do domínio de características gerais da subida e descida de escada foi
sugerido por um dos especialistas a correção das opções de respostas a fim de que as mesmas
abrangessem um maior numero de possibilidades. O item foi então corrigido, conforme
descreve o quadro 11 e sua validade de conteúdo foi novamente avaliada com adequados
índices (Tabela 46).
Quadro 11: Correção do item 4 do Domínio de Características Gerais da Subida e Descida de Escada
4 – Uso do corrimão e dos membros superiores
(0) Não faz uso do corrimão
(1) Usa apenas uma das mãos para apoiar no corrimão
(2) Usa as duas mãos para apoiar no corrimão
Tabela 46: Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 4 do Domínio de Características
Gerais da Subida e Descida de Escada
4 – Uso do corrimão e dos membros superiores
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
4 4 4 4
3
3 3 3 2
4
4 4 4 4
5
4 4 4 3
IVC*
1,00 1,00 1,00 0,80
Kappa
1,00 1,00 1,00 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Na segunda fase de validação de conteúdo questionou-se a viabilidade e fidedignidade
de avaliação da intensidade do uso do corrimão através de observação direta e/o câmera de
vídeo realizada no item cinco do domínio de características gerais da subida e descida de
130
escada. Além disso, como o item foi construído avaliando simultaneamente duas variáveis
(tempo e intensidade) o abrange todas as possibilidades de resposta. Assim, realizou-se a
correção do mesmo excluindo a variável intensidade (Quadro 12). Na tabela 47 é possível
verificar que esta correção foi considerada adequada em todas as características analisadas
para validade de conteúdo do item. Entretanto, ainda foi sugerida uma alteração na escrita
para melhor diferenciação entre as opções de resposta (1) e (2), isto é, faz uso do corrimão
entre 25 e 50% do tempo total, e faz uso do corrimão em mais de 50% do tempo total da
tarefa (Quadro 21, pag.139).
Quadro 12: Correção do item 5 do Domínio de Características Gerais da Subida e Descida de Escada
5 – Tempo de uso do corrimão
(0) Não faz uso do corrimão ou faz uso em 25% ou menos do tempo total da tarefa
(1) Faz uso do corrimão em até 50% do tempo total da tarefa
(2) Faz uso do corrimão em 50% ou mais do tempo total da tarefa
Tabela 47: Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 5 do Domínio de Características
Gerais da Subida e Descida de Escada
5 – Tempo de uso do corrimão
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
4 4 4 3
3
4 4 4 4
4
4 4 4 4
5
4 4 4 4
IVC*
1,00 1,00
1,00
1,00
Kappa
1,00 1,00
1,00
1,00
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
No quadro 13 pode-se observar a correção realizada no título e nas opções de resposta
do item 6 do domínio de características gerais da subida e descida de escada para propiciar
melhor clareza do mesmo e abranger melhor as possibilidades de resposta. Na tabela 48 estão
descritos os valores do IVC e do Kappa para este item. Da mesma forma, foi corrigida a
escrita do item oito do mesmo domínio no que diz respeito ao membro inferior que permanece
mais tempo apoiado, que no caso é o membro inferior NÃO parético (Quadro 14). Tal
correção obteve valores satisfatórios para IVC e Kappa, conforme descreve a tabela 49.
131
Quadro 13: Correção do item 6 do Domínio de Características Gerais da Subida e Descida de Escada
6 – Posição dos membros superiores
(0) Ambos os MMSS são posicionados ao longo do corpo ou com leve redução do balanço
(1) Pelo menos um dos MMSS apresenta-se fixo junto ao corpo e nenhum apóia no corrimão
(2) Ambos os MMSS apresentam-se fixos junto ao corpo ou apóiam no corrimão, ou ainda,
um MS apresenta-se fixo junto ao corpo e o outro apóia no corrimão
Tabela 48: Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 6 do Domínio de Características
Gerais da Subida e Descida de Escada
6 – Posição dos membros superiores
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
4 4 4 3
3
3 3 3 3
4
1 1 1 1
5
4 4 3 3
IVC*
0,80 0,80 0,80 0,80
Kappa
0,76 0,76 0,76 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Quadro 14: Correção do item 8 do Domínio de Características Gerais da Subida e Descida de Escada
8 – Simetria da duração do tempo de apoio nos membros inferiores (tempo relativo)
(0) Simetria: nenhuma ou leve diferença no tempo relativo de apoio é observada entre os membros
inferiores
(1) Assimetria: moderada diferença no tempo relativo de apoio é observada, sendo que membro
inferior não parético permanece mais tempo apoiado
(2) Assimetria: severa diferença no tempo relativo de apoio é observada, sendo que membro inferior
não parético permanece mais tempo apoiado
132
Tabela 49: Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 8 do Domínio de Características
Gerais da Subida e Descida de Escada
8 – Simetria da duração do tempo de apoio nos membros inferiores
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
2 2 4 2
3
3 3 3 3
4
4 4 4 4
5
4 4 4 4
IVC*
0,80 0,80 1,00 0,80
Kappa
0,76 0,76 1,00 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Para melhor compreensão do item 10 e 12 que avaliam, respectivamente, o
alinhamento corporal e o apoio dos pés no degrau durante a subida e descida de escada, foi
acrescentada a expressão “na maior parte do tempo”. No item 10 tal expressão foi adicionada
a todas as opções de resposta (Quadro 15) e no item 12 nas opções de resposta (0) e (1)
(Quadro 16). o item 11 foi corrigido para melhor compreensão das opções de resposta,
conforme descreve o quadro 17. Nas tabelas 50, 51 e 52 são apresentados os índices de
validade de conteúdo e como pode ser observado tais itens obtiverem valores adequados.
Quadro 15: Correção do item 10 do Domínio de Características Gerais da Subida e Descida de Escada
10 – Alinhamento Corporal
(0) Normal: realiza atividade de frente, na maior parte do tempo
(1) Alterado: realiza atividade ligeiramente de lado (tronco e membro inferiores rodados), na maior
parte do tempo
(2) Alterado: realiza atividade completamente de lado (subida) ou de costas (descida), na maior parte
do tempo
133
Tabela 50: Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 10 do Domínio de Características
Gerais da Subida e Descida de Escada
10 – Alinhamento Corporal
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
3 3 3 3
3
2 3 3 3
4
4 4 4 4
5
3 3 3 2
IVC*
0,80 1,00 1,00 0,80
Kappa
0,76 1,00 1,00 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Quadro 16: Correção do item 11 do Domínio de Características Gerais da Subida e Descida de Escada
11 – Alinhamento dos pés no degrau
(0) Ambos os pés são posicionados de frente ou um dos pés apresenta leve rotação
(1) Um ou ambos os dos pés são posicionados com moderada rotação
(2) Um ou ambos os dos pés são posicionado com severa rotação (de lado)
Tabela 51: Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 11 do Domínio de Características
Gerais da Subida e Descida de Escada
11 – Alinhamento dos pés no degrau
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 3
2
4 4 4 3
3
3 3 3 3
4
4 4 4 4
5
4 4 4 4
IVC*
1,00 1,00 1,00 1,00
Kappa
1,00 1,00 1,00 1,00
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
134
Quadro 17: Correção do item 12 do Domínio de Características Gerais da Subida e Descida de Escada
12 – Apoio dos pés no degrau
(0) Todo o pé é apoiado na superfície do degrau, na maior parte do tempo
(1) Na maior parte do tempo, pelo menos um dos membros inferiores apóia menos de 75% do
pé na superfície do degrau, permanecendo fora o calcanhar na subida ou os dedos na descida.
(2) Em pelo menos um dos membros inferiores, menos de 50% do apóia na superfície do degrau,
dificultando a descarga de peso
Tabela 52: Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 12 do Domínio de Características
Gerais da Subida e Descida de Escada
12 – Apoio dos pés no degrau
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
3 3 3 2
3
3 4 4 3
4
4 4 4 4
5
4 4 4 4
IVC*
1,00 1,00 1,00 0,80
Kappa
1,00 1,00 1,00 0,76
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
No domínio de características gerais – itens referentes a subida de escada foi corrigido
o item 2 que avalia a colisão do com o degrau com a exclusão da expressão “E sem perda
de equilíbrio” da opção (0) de resposta (Quadro 18). Com esta correção o item obteve
validade de conteúdo em todas as características analisadas (Tabela 53).
Quadro 18: Correção do item 2 do Domínio de Características Gerais Itens Referentes a Subida de
Escada
2 – Colisão do pé com o degrau durante a subida de escada
(0) Alcança o degrau superior sem colidir o pé
(1) Colisão do pé com o degrau superior é observada, MAS sem perda de equilíbrio
(2) Colisão do pé com o degrau superior é observada, E ocorre desequilíbrio
135
Tabela 53: Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 2 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Subida de Escada
2 – Colisão do pé com o degrau durante a subida de escada
Especialistas Consistência Representatividade
Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
4 4 4 4
3
3 3 3 3
4
4 4 4 4
5
4 4 4 3
IVC*
1,00 1,00 1,00 1,00
Kappa
1,00 1,00 1,00 1,00
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Os itens do domínio de características gerais itens referentes a descida de escada
foram corrigidos no que diz respeito ao número de variáveis analisadas. No item dois excluiu-
se a avaliação da variável segurança, permanecendo avaliação do nível de dificuldade (Quadro
19), e no item três a avaliação da variável equilíbrio foi excluída, permanecendo avaliação do
nível de dificuldade (Quadro 20). Tais correções foram consideradas adequadas pelos
especialistas e os índices de validade de conteúdo analisados estão descritos nas tabelas 54 e
55.
Quadro 19: Correção do item 2 do Domínio de Características Gerais Itens Referentes a Descida de
Escada
2 – Dificuldade no alcance do degrau inferior com o pé durante a descida de escada
(0) Alcança o degrau inferior sem ou com leve dificuldade
(1) Alcança o degrau inferior com moderada dificuldade, interferindo pouco na realização da
atividade
(2) Alcança o degrau inferior com severa dificuldade, interferindo muito na realização da
atividade
136
Tabela 54: Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 2 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada
2 – Dificuldade no alcance do degrau inferior com o pé durante a descida de escada
Especialistas Consistência Representatividade Relevância Clareza
1
4 4 4 4
2
3 4 4 4
3
4 4 4 3
4
4 4 4 4
5
4 4 4 4
IVC*
1,00 1,00 1,00 1,00
Kappa
1,00 1,00 1,00 1,00
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Quadro 20: Correção do item 3 do Domínio de Características Gerais Itens Referentes a Descida de
Escada
3 – Necessidade de auxílio na transição último degrau-chão
(0) Realiza transição entre último degrau e chão com leve dificuldade: não necessita de auxílio
externo (corrimão/dispositivos auxiliares/pessoa)
(1) Realiza transição entre último degrau e chão com moderada dificuldade: necessitando de
supervisão ou uso do corrimão
(2) Realiza transição entre último degrau e chão com severa dificuldade: necessita de auxílio
externo de uma pessoa
Tabela 55: Resultado da terceira validação de conteúdo do Item 3 do Domínio de Características
Gerais – Itens Referentes a Descida de Escada
3 – Necessidade de auxílio na transição último degrau-chão
Especialistas Consistência Representatividade Relevância Clareza
1
4 4 3 4
2
4 4 4 4
3
3 3 4 3
4
4 4 4 4
5
4 4 4 3
IVC*
1,00 1,00 1,00 1,00
Kappa
1,00 1,00 1,00 1,00
*IVC: Índice de Validade de Conteúdo
137
4.3.4 Versão Final do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de Escadas em
Indivíduos com Hemiparesia
A partir dessas três etapas de validação de conteúdo foi possível desenvolver um
instrumento adequado quanto a consistência, representatividade, relevância e clareza de cada
item. A versão final do instrumento de avaliação clínica da subida e descida de escada em
indivíduos com hemiparesia apresenta um total de trinta e oito (38) itens divididos em itens
descritivos (8 itens), domínio de características gerais da subida e descida de escada (16 itens)
e domínio de estratégias adotadas para subida e descida de escada (14 itens). Cabe ressaltar
que neste estudo foi realizada a validação de conteúdo do instrumento na versão em português
(Quadro 21) e em inglês (Quadro 22).
Cada item do instrumento é avaliado através de uma escala categórica ordinal que
varia de 0 a 2 pontos, sendo que o escore 0 corresponde ao melhor desempenho e o escore 2
ao pior desempenho. No domínio de estratégias adotadas os escores variam de -2 a +2 como
uma alternativa de ‘layout’ mais reduzido. Entretanto, a pontuação positiva e negativa deste
domínio não tem função de diferenciar o desempenho em melhor ou pior, mas de fornecer
informações sobre o tipo de desvio apresentado, isto é, flexão/extensão, desvio para
direita/esquerda, e redução/excesso. Apesar desta diferença de pontuação, o domínio de
estratégias adotadas ainda apresenta três níveis de resposta, visto que primeiramente avalia-se
o desvio apresentado e depois o quantifica em leve, moderado ou severo.
O escore total do instrumento deverá ser calculado separadamente para subida e
descida de escada. O escore total para a subida de escada pode variar entre 0 e 70 pontos,
sendo que o escore mínimo corresponde ao melhor desempenho e o escore máximo ao pior
desempenho no teste. Da mesma forma, o escore total para a descida de escada pode variar
entre 0 e 74 pontos. Essa pontuação total é subdividida entre os domínios de características
gerais e de estratégias adotadas para subida e descida de escada.
No domínio de características gerais a pontuação máxima da subida corresponde a 26
pontos e da descida a 28 pontos. No domínio de estratégias adotadas existe ainda a subdivisão
em fase de balanço e de apoio, assim, a subida apresenta escore de 24 pontos (positivos ou
negativos) para a fase de balanço e de 20 pontos (positivos ou negativos) para fase de apoio.
Na descida a fase de balanço apresenta pontuação máxima de 26 pontos (positivos ou
negativos) e a fase de apoio de 20 pontos (positivos ou negativos). Como mencionado
138
anteriormente, a pontuação positiva e negativa deste domínio consiste numa pontuação
informativa em relação a estratégia de movimento utilizada, sendo necessário retornar ao
domínio para verificá-las. Desta forma, a pontuação total descreve o nível de desempenho
funcional para subir e descer escada e a pontuação positiva ou negativa fornece a informação
de que algum desvio foi visualizado no domínio de estratégias adotadas.
O domínio de características gerais permite avaliar de forma global o comportamento
utilizado por indivíduos com hemiparesia na subida e descida de escada, incluindo itens como
o uso do corrimão e dos membros superiores, o tipo de passo utilizado e a necessidade ou não
de auxílio externo. Portanto, é possível estabelecer o nível de desempenho funcional na tarefa
de subir e descer escada a partir da avaliação deste domínio, sendo que o tipo de
comportamento apresentado irá influenciar diretamente no desempenho do domínio de
estratégias adotadas. Essa particularidade do instrumento permite, a princípio, que o domínio
de características gerais seja utilizado isoladamente dependendo do objetivo da avaliação a ser
realizada. No entanto, o mesmo não ocorre com o domínio de estratégias adotadas.
139
Quadro 21: Versão Final do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de Escadas
em Indivíduos com Hemiparesia
DOMÍNIO DE ITENS DESCRITIVOS (sem pontuação)
Número de degraus da escada
(Assinale a resposta em cada item)
( ) 4 ( ) 5 ( ) 6
Cadência de subida
Tempo de subida: ________________ segundos ÷ 60 = _________________ minutos.
Cadência: ______________ ÷ _________ = __________ degraus/minuto.
Número de degraus minutos
Cadência de descida
Tempo de descida: ________________ segundos ÷ 60 = _________________ minutos.
Cadência: ______________ ÷ _________ = __________ degraus/minuto.
Número de degraus minutos
Uso de órteses
( ) Sem órtese
( ) Com órtese
Tipo de órtese:____________________________________________________________
Nível de Confiança
Alta Confiança (70-100%)
(1) Confiança Moderada (30-70%)
(2) Sem Confiança (0-30%)
Subida
Descida
a) Qual o seu nível de confiança para subir e descer escadas sem perder o
equilíbrio?
0 1 2
0 1 2
b) Qual o seu nível de confiança para subir e descer escadas segurando no
corrimão sem perder o equilíbrio?
0 1 2
0 1 2
c) Qual o seu nível de confiança para subir e descer escadas sem segurar no
corrimão sem perder o equilíbrio?
0 1 2
0 1 2
Graduação Funcional
(este item deve ser preenchido após a conclusão da análise da subida e
descida de escada)
(0) A tarefa é completada sem dificuldade ou com leve dificuldade
(1) A tarefa ou certas etapas são realizadas com dificuldade significativa, ou pode
ter havido necessidade de assistência por parte do examinador entre 25 e 50% da
tarefa
(2) A tarefa é completada com assistência do examinador em mais de 50% da
tarefa
0 1 2
0 1 2
140
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA
Subida
Descida
1 - Necessidade de auxílio externo
(Dispositivos auxiliares de marcha e/ou auxílio de
uma pessoa)
(0) Não necessita de auxílio externo
(1) Necessita de dispositivos auxiliares de marcha
(2) Necessita de auxílio de uma pessoa
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
2– Uso do corrimão e dos membros superiores
(0) Não faz uso do corrimão
(1) Usa apenas uma das mãos para apoiar no corrimão
(2) Usa as duas mãos para apoiar no corrimão
0 1 2
0 1 2
3 – Tempo de uso do corrimão
(0) Não faz uso do corrimão ou faz uso em até 25% do tempo total da tarefa
(1) Faz uso do corrimão entre 25 e 50% do tempo total da tarefa
(2) Faz uso do corrimão em mais de 50% do tempo total da tarefa
0 1 2
0 1 2
Subida
Descida
4 – Posição dos membros superiores
(0) Ambos os MMSS são posicionados ao longo do corpo ou com leve redução
do balanço
(1) Pelo menos um dos MMSS apresenta-se fixo junto ao corpo e nenhum apóia
no corrimão
(2) Ambos os MMSS apresentam-se fixos junto ao corpo ou apóiam no
corrimão, ou ainda, um MS apresenta-se fixo junto ao corpo e o outro apóia no
corrimão
0 1 2
0 1 2
Subida
Descida
5 – Tipo de passo
(0) Passo alternado (um pé em cada degrau)
(1) Misto (uso de passo alternado e passo-a-passo)
(2) Passo- a- passo (ambos os pés no mesmo degrau)
0 1 2
0 1 2
141
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA
Subida
Descida
6 – Simetria da duração do tempo de apoio nos membros inferiores (tempo
relativo)
(0) Simetria: nenhuma ou leve diferença no tempo relativo de apoio é observada
entre os membros inferiores
(1) Assimetria: moderada diferença no tempo relativo de apoio é observada,
sendo que membro inferior não parético permanece mais tempo apoiado
(2) Assimetria: severa diferença no tempo relativo de apoio é observada, sendo
que membro inferior não parético permanece mais tempo apoiado
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
7 – Velocidade relativa de movimento dos membros inferiores na fase de
balanço
(0) Nenhuma ou leve diferença de velocidade de movimento é observada entre
os membros inferiores
(1) Membro inferior parético é moderadamente mais lento que o membro
inferior não parético
(2) Membro inferior parético é severamente mais lento que o membro inferior
não parético
0 1 2
0 1 2
8 – Alinhamento Corporal
(0) Normal: realiza atividade de frente, na maior parte do tempo
(1) Alterado: realiza atividade ligeiramente de lado (tronco e membro inferiores
rodados), na maior parte do tempo
(2) Alterado: realiza atividade completamente de lado (subida) ou de costas
(descida), na maior parte do tempo
0 1 2
0 1 2
Subida
Descida
9 Alinhamento dos pés no degrau (Considerar a condição mais importante.
Exemplo: se um MI apresentar leve rotação e o outro MI moderada rotação
deve-se pontuar 1)
(0) Ambos os pés são posicionados de frente ou um dos pés apresenta leve
rotação
(1) Um ou ambos os pés são posicionados com moderada rotação
(2) Um ou ambos os pés são posicionado com severa rotação (de lado)
0 1 2
0 1 2
142
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA
Subida
Descida
10 – Apoio dos pés no degrau
(0) Na maior parte do tempo todo o pé é apoiado na superfície do degrau,
(1) Na maior parte do tempo, pelo menos um dos membros inferiores apóia
menos de 75% do na superfície do degrau, permanecendo fora o calcanhar na
subida ou os dedos na descida.
(2) Na maior parte do tempo, pelo menos um dos membros inferiores, menos de
50% do pé apóia na superfície do degrau, dificultando a descarga de peso
0 1 2
0 1 2
Subida Descida
11 – Contato inicial do pé com o degrau
(0) O contato inicial com o degrau é realizado predominantemente com o ante
(porção metatársica)
(1) O contato inicial com o degrau é realizado predominantemente com o retropé
(calcanhar)
(2) O contato inicial com o degrau é realizado predominantemente com o todo pé
0 1 2
0 1 2
143
I – DOMÍNIO DE CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITENS REFERENTES À SUBIDA
Subida
1 – Membro inferior que inicia o movimento
(0) Membro inferior parético
(1) Misto (alterna entre membro inferior parético e não parético)
(2) Membro não parético
0 1 2
Subida
2 – Colisão do pé com o degrau durante a subida de escada
(0) Alcança o degrau superior sem colidir o pé
(1) Colisão do pé com o degrau superior é observada, MAS sem perda de equilíbrio
(2) Colisão do pé com o degrau superior é observada, E ocorre desequilíbrio
0 1 2
ITENS REFERENTES A DESCIDA
Descida
1 – Membro inferior que inicia o movimento
(0) Membro inferior não parético
(1) Misto (alterna entre membro inferior parético e não parético)
(2) Membro parético
0 1 2
Descida
2 – Dificuldade no alcance do degrau inferior com o pé durante a descida de escada
(0) Alcança o degrau inferior sem ou com leve dificuldade
(1) Alcança o degrau inferior com moderada dificuldade, interferindo pouco na realização
da atividade
(2) Alcança o degrau inferior com severa dificuldade, interferindo muito na realização da
atividade
0 1 2
Descida
3 – Necessidade de auxílio na transição último degrau-chão
(0) Realiza transição entre último degrau e chão com leve dificuldade: não necessita de
auxílio externo (corrimão/dispositivos auxiliares/pessoa)
(1) Realiza transição entre último degrau e chão com moderada dificuldade: necessitando
de supervisão ou uso do corrimão
(2) Realiza transição entre último degrau e chão com severa dificuldade: necessita de
auxílio externo de uma pessoa
0 1 2
144
II – DOMÍNIO DE ESTRATÉGIAS ADOTADAS
Para essa avaliação utilizar a seguinte pontuação:
(0) Não apresenta desvio ou esse desvio é muito leve
(1) Apresenta desvio moderado
(2) Apresenta desvio severo dificultando consideravelmente a realização da tarefa
A – Estratégias de Tronco / Pelve
(Assinale a resposta em cada item)
SUBIDA DESCIDA
Estratégias
Fase de Balanço Fase de Apoio Fase de Balanço Fase de Apoio
1. Flexão/Extensão de
Tronco
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexão Extensão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexão Extensão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexão Extensão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexão Extensão
2. Inclinação Lateral de
Tronco
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
3. Inclinação Lateral de
Pelve
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
4. Rotação de tronco e
pelve
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Direita Esquerda
145
II – DOMÍNIO DE ESTRATÉGIAS ADOTADAS
Para essa avaliação utilizar a seguinte pontuação:
(0) Não apresenta desvio ou esse desvio é muito leve
(1) Apresenta desvio moderado
(2) Apresenta desvio severo dificultando consideravelmente a realização da tarefa
As estratégias a seguir avaliam o MEMBRO INFERIOR AFETADO
B – Estratégias de Quadril
(Assinale a resposta em cada item)
SUBIDA DESCIDA
Estratégias
Fase de Balanço Fase de Apoio Fase de Balanço Fase de Apoio
1. Flexão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
2. Abdução
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
3. Rotação Interna
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
4. Rotação Externa
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
146
II – DOMÍNIO DE ESTRATÉGIAS ADOTADAS
C – Estratégias de Joelho
(Assinale a resposta em cada item)
SUBIDA DESCIDA
Estratégias
Fase de Balanço Fase de Apoio Fase de Balanço Fase de Apoio
1. Flexão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
2. Extensão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
D – Estratégias de Tornozelo
(Assinale a resposta em cada item)
SUBIDA DESCIDA
Estratégias
Fase de Balanço Fase de Apoio Fase de Balanço Fase de Apoio
1. Dorsiflexão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
2. Plantiflexão
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Redução Excesso
3. Inversão
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
4. Eversão
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
0 1 2 (+)
Excesso
147
Quadro 22: Versão Final do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de Escadas
em Indivíduos com Hemiparesia - Inglês
THE CLINICAL ASSESSMENT INSTRUMENT OF STAIR ASCENT AND DESCENT IN
INDIVIDUALS WITH HEMIPARESIS
DESCRIPTIVE ITEMS (which will not be scored)
Number of steps
(Check the answer on each item)
( ) 4 ( ) 5 ( ) 6
Ascent Cadence
Ascent time: ________________ seconds ÷ 60 = _________________ minutes.
Cadence: ______________ ÷ _________ = __________ steps/minute.
Number of steps minutes
Descent Cadence
Descent time: ________________ seconds ÷ 60 = _________________ minutes.
Cadence: ______________ ÷ _________ = __________ steps/minute.
Number of steps minutes
Use of orthoses
( ) Without orthoses
( ) With orthoses
Type of orthoses:____________________________________________________________
Level of Confidence
(0) Completely confident (70-100%)
(1) Moderately confident (30-70%)
(2) No confident (0-30%)
Ascent Descent
A – What is your confidence level to go up, and down stairs without losing
your balance?
0 1 2
0 1 2
B – What is your level of confidence to go up, and down stairs holding the
handrail without losing your balance?
0 1 2
0 1 2
C – What is your level of confidence to go up, and down stairs without
holding the handrail without losing your balance?
0 1 2
0 1 2
Ascent Descent
Functional Graduation
(this item should be completed after the conclusion of the
analysis of ascending and descending stairs)
(0) The task is completed without difficulty or with mild difficulty
(1) The task or certain steps are performed with significant difficulty, or
might require assistance by the examiner up to 25% of the task.
(2) The task is completed with assistance of the examiner in 50% or more of
the task
0 1 2
0 1 2
148
I – GENERAL CHARACTERISTICS DOMAIN: STAIR ASCENT AND DESCENT
COMMON ITEMS OF STAIR ASCENT AND DESCENT
Ascent Descent
1 – Need of external assistance (assistive devices or personal assistance)
(0) No need of external help
(1) Need of gait devices
(2) Need of personal assistance
0 1 2
0 1 2
Ascent Descent
2 – Use of handrail and upper limbs
(0) Not make use of the handrail
(1) Uses only one hand on handrail for support
(2) Uses both hand on handrail for support
0 1 2
0 1 2
Ascent Descent
3 – Time of use of handrail
(0) Does not use or make use of the handrail in 25% or less of the total time
of task
(1) Makes use of the handrail between 25% and 50% of the time
(2) Makes use of the handrail in more than 50% of the total time of task
0 1 2
0 1 2
Ascent Descent
4– Position of the upper limbs
(0) Both upper limbs are positioned near the body
(1) At least one of the upper limbs is positioned near the body and none
supports the handrail
(2) Both limbs are positioned near the body or support the handrail, or even
an one upper limb is positioned near the body and the other upper limn
supports the handrail
0 1 2
0 1 2
Ascent Descent
5 – Pace pattern
(0) Reciprocal pattern (one foot on each step)
(1) Mixed pattern (reciprocal or steps together)
(2) Step together pattern (both feet on the same step)
0 1 2
0 1 2
6 – Symmetry of the lower limb support time (relative time)
(0) Symmetry: no or slight differences in support time is observed between
the lower limbs
(1) Asymmetry: moderate differences in support time is observed, and the
support on the non-paretic lower limb remains longer
(2) Asymmetry: severe differences in the relative support time is observed,
and the support on the non-paretic lower limb remains longer
Ascent
0 1 2
Descent
0 1 2
149
I – GENERAL CHARACTERISTICS DOMAIN: STAIR ASCENT AND DESCENT
COMMON ITEMS OF THE STAIR ASCENT AND DESCENT Ascent Descent
7 – Relative speed of movement of the lower limbs during the swing
phase
(0) None or slight differences in movement speed is observed between the
lower limbs
(1) The paretic lower limb is moderately slower than the non-paretic one
(2) The paretic lower limb is considerably slower than the non-paretic one
0 1 2
0 1 2
Ascent Descent
8 – Body Alignment
(0) Normal: Performs activity front, most of the time
(1) Amended: performs activity slightly to one side (trunk and lower limbs
rotated), most of the time
(2) Amended: performs activity completely aside (up) or back (down), most
of the time
0 1 2
0 1 2
Ascent Descent
9 – Feet Alignment on the step
(0) Both feet are positioned in front or one foot with slight rotation
(1) One or both feet are positioned with moderate rotation
(2) One or both feet are positioned with severe rotation (side)
0 1 2
0 1 2
Ascent Descent
10 – Foothold on the step
(0) Each foot is placed on the step surface, most of the time
(1) Most of the time, in at least one of the lower limbs, less than 75% of the
foot rests on the tread of the step, and only the heel in stair ascent or toes in
descent remain off of the tread
(2) In at least one of the lower limbs, less than 50% of the foot rests on the
tread with difficulty in weight-bearing
0 1 2
0 1 2
Ascent Descent
11 – Initial foot contact with the step
(0) Initial contact predominantly with the forefoot (metatarsal heads)
(1) Initial contact predominantly with the rearfoot (heel)
(2) Initial contact predominantly with each foot
0 1 2
0 1 2
150
– GENERAL CHARACTERISTICS DOMAIN: STAIR ASCENT AND DESCENT
ITEMS REFERRING TO STAIR ASCENT Ascent
1 – Lower limb which initiates the movement
(0) Paretic lower limb
(1) Mixed (alternates between paretic and non-paretic limbs)
(2) Non-paretic lower limb
0 1 2
Ascent
2 – Collision of the foot with the step during stair ascent
(0) Reaches the upper step without bumping the foot
(1) Collision of the foot with the upper step is observed, BUT without loss of balance
(2) Collision of the foot with the upper step is observed, AND with imbalance
0 1 2
I – GENERAL CHARACTERISTICS DOMAIN: STAIR ASCENT AND DESCENT
ITEMS REFERRING TO THE STAIR DESCENT Descent
1 – Lower limb which initiates the movement
(0) Non-paretic lower limb
(1) Mixed (alternates between paretic and non-paretic limbs)
(2) Paretic lower limb
0 1 2
Descent
2 – Difficulty to reach the lower step during the stair descent
(0) Reaches the lower step without or with mild difficulty
(1) Reaches the lower step with moderate difficulty, with minimal interference in
performance the activity
(2) Reaches the lower step with severe difficulty,
interfering much in performance the activity
0 1 2
Descent
3 – Need for aids during the stair-floor transition
(0) Carries out stair-floor transition with mild difficulty: no need of external help
(handrail/assistive devices/personal assistance)
(1) Carries out stair-floor transition with moderate difficulty: needs supervision or use of
the handrail
(2) Carries out stair-floor transition with severe difficulty: needs personal assistance
0 1 2
151
II–ADOPTED STRATEGIES DOMAIN
For these segments, use the following scores:
(0) None or very mild deviations
(1) Moderate deviations
(2) Severe deviations and considerably difficulty to perform the task
A – Trunk/Pelvis Strategies
(Check the answer for each item)
ASCENT DESCENT
Strategy
Swing Phase Stance Phase Swing Phase Stance Phase
1. Trunk flexion/extension
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexion Extension
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexion Extension
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexion Extension
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Flexion Extension
2. Lateral trunk inclination
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
3. Lateral pelvic inclination
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
4. Trunk and pelvis
rotation
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Right Left
152
II–ADOPTED STRATEGIES DOMAIN
For these segments, use the following scores:
(0) None or very mild deviations
(1) Moderate deviations
(2) Severe deviations and considerably difficulty to perform the task
The following strategies assess the PARETIC LOWER LIMB
B – Hip Strategies
(Check the answer for each item)
ASCENT DESCENT
Strategy
Swing Phase Stance Phase
Swing Phase
1. Flexion
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
0 1 2 (+)
Excess
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
0 1 2 (+)
Excess
2. Abduction
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
3. Internal Rotation
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
4. External Rotation
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
153
II–ADOPTED STRATEGIES DOMAIN
C – Knee Strategies
(Check the answer for each item)
ASCENT DESCENT
Strategy
Swing Phase Stance Phase
Swing Phase
1. Flexion
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
2. Extension
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
D – Ankle Strategies
(Check the answer for each item)
ASCENT DESCENT
Strategy
Swing Phase Stance Phase
Swing Phase
1. Dorsiflexion
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
2. Plantar flexion
(-) 2 1 0 1 2 (+)
Reduction Excess
3. Inversion
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
4. Eversion
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
0 1 2 (+)
Excess
154
5. DISCUSSÃO
5.1 DESENVOLVIMENTO E CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO
Os procedimentos realizados neste estudo seguiram as diretrizes de Benson e Clark
(1982) e Davis (1996) e foram subdivididos em fases de planejamento, construção e validação
de conteúdo. Na fase de construção foram primeiramente desenvolvidos oitenta (80) itens
para avaliação do desempenho funcional e das estratégias adotadas durante a subida e descida
de escada por indivíduos com hemiparesia.
O objetivo do instrumento desenvolvido é avaliar as estratégias adotadas e as
características cinemáticas relacionadas ao desempenho funcional da subida e descida de
escada que podem ser observadas de forma visual direta e/ou através de câmera de vídeo, e
verificar o nível de confiança auto-relatado e de capacidade funcional de indivíduos com
hemiparesia durante a atividade de subir e descer escadas.
Através das três etapas de validação de conteúdo foi possível reduzir o número de
itens e adequar o instrumento para o uso clínico e científico. A versão final do instrumento de
avaliação clínica da subida e descida de escada em indivíduos com hemiparesia apresenta um
total de trinta e oito (38) itens divididos em Itens Descritivos (4), Domínio de Características
Gerais da Subida e Descida de Escada (18 itens) e Domínio de Estratégias Adotadas para
Subida e Descida de Escada (16 itens).
No domínio descritivo foram incluídos itens que não apresentam uma pontuação
específica, mas que fornecem subsídios relevantes para a avaliação, tais como o número de
degraus, a cadência e o uso de órteses. Em relação ao número de degraus utilizados para
avaliação da subida e descida de escada, existe grande variação nos estudos encontrados.
Conforme descrito anteriormente nos resultados, as escalas existentes usam de 1 degrau a
um lance de escadas com 14 degraus (OLNEY et al., 1979; RIBERTO et al., 2004), nos
estudos biomecânicos o número varia de 1 a 5 degraus (NADEAU et al., 2003; SALSICH et
al., 2001; REEVES et al., 2008a), e as escadas utilizadas em ambiente clínico geralmente
155
apresentam 3 degraus. No presente estudo optou-se pela possibilidade de utilização de escadas
com 4 a 6 degraus a fim de facilitar o uso do instrumento desenvolvido e assegurar a
avaliação de um ciclo completo de movimento para cada membro inferior.
No que tange ao tempo de subida e descida de escada, a cadência em degraus por
minuto é considerada um bom preditor da capacidade funcional para indivíduos com
hemiparesia, sendo utilizada por muitos pesquisadores como parâmetro de avaliação de
protocolos de intervenção. Flansbjer et al. (2005) em estudo com indivíduos com hemiparesia
verificou o tempo de subida e descida de 12 degraus e encontraram valores iguais a 10,3±4,7
segundos (~ 69,9 degraus/minuto) para subida e 10,9±5,8 segundos (~ 66,0 degraus por
minuto) para descida. Teixeira-Salmela et al. (2003) investigaram o desempenho funcional de
indivíduos com hemiparesia crônica submetidos a um programa de fortalecimento muscular e
através do teste de cadência de subida de escada de 6 degraus obtiveram valores 48,2±24 e
56,6±26,7 degraus por minuto, pré e pós-tratamento respectivamente. Em um estudo realizado
anteriormente Teixeira-Salmela et al. (1999) verificaram a habilidade de subir cinco degraus
em indivíduos com hemiparesia e verificaram que a cadência de subida antes do treinamento
de força correspondeu a 51,49±20,77 degraus/minuto e pós-tratamento a 68,28±22,17
degraus/minuto.
Os valores para a cadência tanto da subida como da descida de escadas encontrados no
presente estudo foram superiores aos descritos na literatura citada acima antes do treinamento
de força. Fatores que podem explicar este desempenho inferior nos participantes do estudo de
Teixeira-Salmela et al. (199) podem estar ligados ao grau de comprometimento motor, ao
sexo dos participantes e a cronicidade. Cinqüenta por cento dos participantes do estudo acima
usavam auxílio de marcha e mais de 50% utilizavam órtese de tornozelo, considerando que
nenhum dos participantes do presente estudo utilizava auxílio de marcha ou órtese, podemos
supor que, embora nível de comprometimento motor não tenha sido avaliado no estudo citado,
os participantes tenham um maior comprometimento motor comparativamente a amostra do
presente estudo. Além disto, a maioria dos participantes foi mulher e a cronicidade média foi
de ~ 9,2 anos após o AVE, comparativamente ao presente estudo onde a maioria da amostra
foram homens e a cronicidade média foi 45,9 meses. comparativamente aos participantes
do estudo de Flansbejer et al.
(2005), o melhor desempenho comparativamente ao presente
estudo, poderia ser explicado pelo menor comprometimento no equilíbrio dinâmico (TUG ~
14 segundos comparativamente a ~ 20 segundos no presente estudo), uma vez que a amostra
foi composta predominantemente por homens (76% comparativamente a 81% no presente
156
estudo) e de pacientes com menor cronicidade (~17 meses após o AVE), além de idade
similar ao nosso estudo.
No estudo de Teixeira-Salmela et al. (1999) após o programa de fortalecimento, a
cadência aumentou para 68,28±22,17 degraus/minuto demonstrando que mesmo indivíduos
crônicos são sensíveis a mudanças no desempenho em escadas, entretanto apesar de uma
melhora de 24,6 % na cadência, ambos estudos demonstram que indivíduos com hemiparesia
apresentam desempenho inferior na habilidade de subir/descer escadas quando comparados a
população idosa ativa onde foi descrito a cadência para a subida de cinco degraus equivalente
a 76,30±17,60 degraus/minuto (GOULART et al.; 2004). Não foram encontrados estudos
diferenciando o desempenho entre homens e mulheres na subida/descida de escadas.
Em relação ao uso de órteses e/ou dispositivos auxiliares da marcha, o instrumento
desenvolvido nesta pesquisa permite a avaliação da subida e descida de escada com e sem o
uso de tais equipamentos a fim de comparação, visto que em alguns casos estes dispositivos
podem limitar o desempenho. Estudos de análise de marcha em indivíduos com hemiparesia
evidenciam que o uso de órteses tornozelo-pé melhora o padrão da marcha no que tange ao
aumento da velocidade e do comprimento da passada (REZENDE et al., 2006; RADTKA et
al., 2005; TYSON, THORNTON, 2001). O estudo de Rezende e colaboradores (2006)
verificou o efeito positivo do uso de órtese rígida de tornozelo na redução da hiperextensão de
joelho em indivíduos com hemiparesia e uma conseqüente melhora na velocidade de marcha
dos mesmos. Neste contexto, Radtka et al. (2006) acrescentaram que as órteses não
articuladas de tornozelo limitam movimentos normais dos membros com o intuito de adequar
o seu posicionamento, enquanto as órteses articuladas contribuem para melhora da
funcionalidade do indivíduo, preservando o movimento mais adequado possível de
dorsiflexão do tornozelo. O uso de dispositivos auxiliares de marcha, como bengala, muletas e
andadores, está intimamente ligado ao nível de independência funcional dos indivíduos e sua
influência sobre o desempenho da subida e descida de escada será também analisado em
alguns itens do domínio de características gerais deste instrumento.
O item que avalia o nível de confiança foi baseado na “The Activities-Specific
Balance Confidence (ABC) Scale” (POWELL, MYERS, 1995), da qual foram adaptadas três
perguntas relacionadas com o uso da escada, sendo que originalmente duas dessas tem relação
com uso de escada rolante. O objetivo deste item é avaliar o nível de confiança de forma geral
e verificar também a influência do uso do corrimão na segurança durante a realização da
atividade. Assim, são avaliados o nível de segurança para subir e descer escadas, para subir e
descer escadas com e sem o uso do corrimão. Este item foi desenvolvido considerando a
157
ocorrência de quedas em indivíduos com hemiparesia que, segundo estudos, varia de 14 a
39% no período intra-hospitalar e correspondem a 75% nos primeiros seis meses após a alta
hospitalar (HYNDMAN, ASHBURN, STACK, 2002). Forster, Young (1995) complementam
que as quedas em indivíduos com hemiparesia acontecem nas residências dos mesmos e
durante a realização das atividades diárias como caminhadas e transferências. O estudo
randomizado de Green et al. (2002) verificou que 79% dos indivíduos com hemiparesia eram
dependentes para deambulação sobre escadas, rampas e superfícies irregulares e que 11%
relatavam dificuldades para subir escadas. Belgen et al. (2006) verificaram taxa de queda em
indivíduos com hemiparesia crônica igual a 40% e afirmaram que esse número estava
diretamente ligado ao baixo nível de independência funcional e de equilíbrio, principalmente
em atividades que envolviam a marcha e o apoio unipodal.
O Domínio de Características Gerais avalia as estratégias utilizadas para o
desempenho da subida e descida de escada abrangendo itens como independência funcional e
posicionamento corporal e dos membros superiores e inferiores.
Os instrumentos mais utilizados em indivíduos com hemiparesia e que mensuram o
nível de independência funcional durante a deambulação sobre escadas são o Índice de
Barthel e a Medida de Independência Funcional (MIF) (MAHONEY, BARTHEL,1965;
RIBERTO et al., 2004). Carod-Artal e colaboradores (2002) verificaram através do Índice de
Barthel que 60% dos pacientes internados com diagnóstico de AVE eram incapazes ou
necessitavam de ajuda para subir escada e que após um ano do episódio 23,2% dos pacientes
ainda relatavam tal dificuldade. O mesmo estudo afirma ainda que o nível de independência
para locomoção sobre escadas verificado através do Índice de Barthel (IB) tem forte
correlação com o Índice de Atividades Instrumentais de Frenchay (FAI), sendo que o IB para
o domínio de locomoção sobre escadas compartilha 45% de variância com o FAI e que 40%
da variância do IB está relacionada as atividades domésticas e de trabalho avaliadas pelo FAI
(CAROD-ARTAL et al., 2002).
No mesmo contexto, Riberto et al. (2007) avaliaram através da MIF a independência
funcional de indivíduos com lesão encefálica adquirida, antes e após um período de
reabilitação, e constataram que 62% dos pacientes necessitavam de ajuda para subir e descer
um lance de escada, sendo que a maioria desses apresentava dependência completa. Os
mesmos autores afirmaram que depois do tratamento 36% dos pacientes ainda apresentavam
dificuldade de deambular sobre escadas ou necessitavam de auxílio.
Dentre os tipo de auxílio considerados pela MIF estão o uso do corrimão, de
dispositivos auxiliares de marcha e a assistência de uma ou mais pessoas (RIBERTO et al.,
158
2004). Assim, baseado na literatura e na análise cinemática qualitativa realizada para este
estudo, foram desenvolvidos três (3) itens relacionados a necessidade de auxílio externo
(dispositivos auxiliares de marcha/auxílio de uma pessoa) e o uso do corrimão (forma e
tempo de uso).
Em relação ao uso do corrimão, Reeves et al. (2008a) afirmaram que a ocorrência de
quedas em idosos durante a locomoção sobre escadas está relacionada com a presença e uso
dos corrimãos e desta forma realizaram um estudo avaliando a influência do uso deste
dispositivo na atividade de subir e descer escada. Durante a subida os momentos da
articulação do tornozelo reduziram com o uso do corrimão, em contrapartida, os momentos da
articulação do joelho aumentaram. Na descida, devido à maior necessidade de controle de
equilíbrio, os momentos da articulação do tornozelo aumentaram com o uso do corrimão e
diminuíram na articulação do joelho. A análise cinemática de quadril, joelho e tornozelo não
verificou diferenças significativas entre o uso ou não do corrimão para esta população
(REEVES et al.; 2008a).
A presença ou não do corrimão não é o único fator relacionado aos membros
superiores que interfere no desempenho da subida e descida de escada. O posicionamento dos
membros superiores e o uso dos mesmos também é um fator importante a ser analisado, visto
que segundo a literatura a redução do balanceio dos membros superiores é uma característica
comum na marcha de indivíduos com hemiparesia. Além disso, o padrão espástico do
membro superior parético com comportamento de adução de ombro e flexão do cotovelo e
punho dificulta o uso do mesmo para apoio no corrimão (SILVA, MOURA, GODOY, 2005).
O uso de membros superiores, dependendo da força aplicada no corrimão, pode servir com
uma estratégia de suporte de peso e/ou fonte de informação somatossensorial (BARELA et
al., 1999).
No que tange a avaliação dos membros inferiores, foram desenvolvidos seis (6) itens
que avaliam o comportamento e posicionamento dos membros inferiores e dos pés. O
primeiro item analisa o tipo de passo utilizado durante a subida e descida de escada. Segundo
Myles (2001), o método típico de subir e descer escadas é o passo alternado ou também
denominado ‘pé sobre pé’ que se caracteriza pela movimentação cíclica dos membros
inferiores e pela distribuição simétrica de peso, onde cada está em contato com um degrau
distinto. Entretanto, devido a incapacidades motoras ou a características estruturais da escada
existem outros métodos para realização desta tarefa, como é o caso do passo-a-passo ou ‘por
degrau’, no qual ambos os pés são colocados no mesmo degrau e o peso é distribuído
assimetricamente entre os membros inferiores. Dependendo da incapacidade apresentada ou
159
das restrições ambientais impostas, é possível ainda encontrar pessoas subindo e descendo
escadas de lado, sentados ou de costas (SILVA, 2003; MYLES, 2001).
O item que avalia a simetria da duração de tempo de apoio nos membros inferiores foi
construído baseando-se nas alterações visualizadas na marcha em nível plano de indivíduos
com hemiparesia. Tal análise demonstra a redução do tempo de apoio e o aumento da fase de
oscilação do membro inferior parético com conseqüente transferência de peso para o membro
oposto (CARR, SHEPHERD, 2008). Estudos cinemáticos como o de Dickstein e Abulaffio
(2000) afirmaram que após o AVE, a descarga de peso no membro inferior parético apresenta-
se comprometida, sendo que cerca de 70% do peso corporal é sustentada pelo membro
inferior não parético. Bujanda et al. (2003) acrescentaram, ainda, que as assimetrias laterais
apresentadas pelos indivíduos com hemiparesia durante a marcha tem relação com essa
diferença na descarga de peso entre os membros inferiores e implicam em uma instabilidade
lateral da pelve e dos ombros.
Da mesma forma, Lee et al. (1997) e Cheng et al. (1998) relataram que a incidência de
quedas em indivíduos com hemiparesia durante a tarefa de sentar e levantar está relacionada
com as estratégias compensatórias que causam alterações nos componentes do equilíbrio
dinâmico e nos padrões de ativação muscular. Além disso, Cheng et al. (1998) afirmaram que
quanto maior a assimetria na distribuição do peso corporal durante a tarefa de sentar e
levantar, maior a incidência de quedas em indivíduos com hemiparesia. Como na
deambulação sobre escadas a exigência muscular e articular é maior que na marcha em nível
plano, devido a necessidade de elevação e rebaixamento da massa corporal (CARR,
SHEPHERD, 2008; MYLES, 2001), infere-se que essa assimetria na distribuição de peso
entre os membros inferiores seja mais intensa, e que, conseqüentemente, interfira no
desempenho da subida e descida de escada em indivíduos com hemiparesia.
Além disso, indivíduos com hemiparesia apresentam redução significativa da
velocidade de marcha e do comprimento da passada (VONSCHROEDER et al., 1995).
Segundo Barela et al. (2000), a velocidade da marcha de indivíduos com hemiparesia é 50%
mais lenta que a marcha de adultos saudáveis. O comprimento da passada de indivíduos com
hemiparesia também é reduzido, equivalendo a de 0,70 m segundo Roth et al. (1997). A
associação da redução da velocidade da marcha, do comprimento da passada, da assimetria na
distribuição de peso entre os membros inferiores e do ficit de ativação muscular
apresentado por indivíduos com hemiparesia, fundamentou a construção do item que avalia a
velocidade relativa de movimento dos membros inferiores na fase de balanço
da subida e
descida de escada.
160
A assimetria na distribuição de peso entre os membros inferiores interfere também no
controle e alinhamento postural de indivíduos com hemiparesia, visto que a menor descarga
de peso no membro inferior parético influencia na estabilidade para realização de movimentos
de tronco e de membros superiores. Este fato associado a espasticidade da musculatura de
tronco e de cintura escapular implicam numa postura de flexão lateral de tronco que interfere
na realização de atividades funcionais como a marcha (GOMES et al., 2006). Segundo
Bujanda et al. (2003), os indivíduos com hemiparesia apresentam déficits de controle lateral
de tronco durante a marcha e isto interfere na realização de atividades funcionais que
envolvam equilíbrio.
O item de alinhamento dos pés analisa o posicionamento dos mesmos em relação aos
degraus: de frente, lateralmente, de costas. Essa estratégia sofre influência direta do ambiente
(dimensão da escada, presença de corrimão, luminosidade) e da situação (ambiente cotidiano,
hospitalar, degraus de ônibus) em que a tarefa de subir e descer escada é realizada. A variação
nessas condições ambientais exige do individuo adaptar-se às suas demandas (MYLES,
2001). O estudo de Silva (2003) analisou a descida de degraus de ônibus em idosos e
verificou que o posicionamento dos pés no sentido da progressão constitui o padrão de
movimento habitualmente utilizado, e que descer de lado ou de costas são estratégias
adaptativas empregadas para realizar a tarefa. A pesquisa afirmou ainda que o posicionamento
lateralizado dos pés no degrau está intimamente ligado a outras estratégias como a utilização
do passo-a-passo e do corrimão com forma de assegurar maior estabilidade e segurança
(SILVA, 2003).
Segundo Myles (2001) a forma de contato e apoio dos pés no degrau difere daquele
empregado na marcha em nível plano, sendo que na subida apenas a porção metatársica faz
contato e na descida o apoio é distribuído dos dedos ao calcanhar com maior descarga de peso
na borda lateral do pé.
No domínio de Características Gerais para os itens independentes da subida e da
descida de escada foram desenvolvidos itens que relacionam o nível de independência e de
dificuldade e o risco de quedas nesta atividade. Os itens de Colisão do com o degrau
durante a subida e de Dificuldade no alcance do degrau inferior durante a descida de escada
foram desenvolvidos associando a opinião dos especialistas na fase inicial desta pesquisa
(questionário semi-aberto) e a análise cinemática qualitativa realizada. Nesta última verificou-
se a ocorrência de desequilíbrio após a colisão do com o degrau em alguns dos
participantes, que pode ter relação com a redução da flexão de quadril e de joelho e da
dorsiflexão de tornozelo na fase de balanço, bem como, com o déficit proprioceptivo
161
apresentado pelos indivíduos com hemiparesia (CARR, SHEPHERD, 2008). A dificuldade no
alcance do degrau inferior pode advir também do déficit proprioceptivo apresentado, da
assimetria da descarga de peso nos membros inferiores (GOMES et al., 2006; BUJANDA et
al., 2003) , da redução da força de plantiflexores de tornozelo (KIM, ENG, 2004) ou de uma
contratura e/ou deformidade na articulação do tornozelo, entre outros motivos (CARR,
SHEPHERD, 2008).
Os itens que avaliam a necessidade de auxílio na transição patamar-degrau e último
degrau-chão foram desenvolvidos baseando-se, além da análise cinemática qualitativa, na
literatura que descreve que a maioria das quedas durante a deambulação sobre escadas ocorre
nos degraus superiores ou inferiores causadas, geralmente, por erros perceptuais, denotando a
importância da informação sensorial adequada para localização precisa das transições plano-
degrau e degrau-plano (CAVANAGH, MULFINGER, OWENS, 1997).
No Domínio de Estratégias Adotadas para Subida e Descida de escada são avaliadas as
estratégias articulares de tronco/pelve, quadril, joelho e tornozelo. Os itens deste domínio
foram desenvolvidos considerando-se as demandas impostas pela tarefa de subir e descer
escadas e as principais alterações da marcha de indivíduos com hemiparesia descritas na
literatura, visto que análises cinemáticas da subida e descida de escada não foram encontrados
para esta população.
Considerando que as alterações articulares de tronco e pelve apresentadas por
indivíduos com hemiparesia durante a marcha em nível plano incluem a excessiva
transferência lateral da pelve e a diminuição do transporte do tronco e da pelve para frente
sobre o de apoio (KUAN et al., 1999), foram desenvolvidos cinco (5) itens que avaliam o
segmento tronco/pelve. Esses itens avaliam respectivamente a flexão/extensão de tronco, a
inclinação lateral de tronco, a inclinação lateral da pelve, a rotação de tronco e pelve, a
anteversão/retroversão de pelve, pontuando em ausência de desvio/desvio leve, desvio
moderado ou severo. A estratégia de flexão/extensão do tronco durante a marcha em nível
plano é realizada pelos indivíduos com hemiparesia com forma compensatória ao déficit de
extensão de quadril (CARR, SHEPHERD, 2008), e na subida e descida de escada essa
estratégia pode ser utilizada com forma de assegurar maior estabilidade para realização da
tarefa, rebaixando assim o centro de gravidade. Os demais itens que avaliam a pelve foram
criados associando as características da hemiparesia com a análise biomecânica da subida e
descida de escada em indivíduos saudáveis, como no estudo de Mian et al. (2007) que
verificou a ocorrência de inclinação e obliqüidade pélvica durante a descida de escada.
162
As principais alterações da articulação do quadril apresentadas por indivíduos com
hemiparesia durante a marcha em nível plano são a redução da extensão na fase de apoio
(CHEN et al., 2005) e da flexão na fase de oscilação (CARR, SHEPHERD, 2008). A subida
de escada demanda uma exigência de flexão de quadril superior a marcha em nível plano e
está intimamente relacionada a altura do degrau da escada. Os valores angulares médios de
flexão de quadril para indivíduos saudáveis durante a subida de escada variam entre 58º
(LIVINGSTON et al., 1991) a 68,4º (SALSICH et al., 2001). Na descida essa demanda é
menor, com média entre 26,1º (SALSICH et al., 2001) a 40,6º (REEVES et al., 2008a).
Nadeau et al. (2003) verificaram que o pico de abdução de quadril durante a subida de escada
em adultos saudáveis é inferior a 5º. A abdução de quadril é considerada uma estratégia
utilizada por indivíduos com hemiparesia como forma de compensar o déficit de flexão de
quadril e de joelho apresentado (KUAN et al., 1999), e portanto deve ser um aspecto
importante a ser analisado durante a subida e descida de escada. Além disso, são avaliadas, no
instrumento desenvolvido, as estratégias de rotação interna e externa de quadril visto que
estudos com jovens e idosos verificaram a ocorrência desses movimentos durante a descida de
escada, principalmente nos idosos como mecanismo compensatório ao déficit de controle
neuromuscular (MIAN et al., 2007).
No que diz respeito a articulação do joelho foram desenvolvidos dois itens para
avaliação na subida e descida de escada em nosso instrumento: a flexão e a extensão de
joelho. Uma das variáveis mais importantes para a tarefa de subir e descer escada é a flexão
de joelho, cujos valores médios em indivíduos saudáveis variam entre 73,8º (SALSICH et al.,
2001) a 101º (LIVINGSTON et al., 1991) para subida, e 89,2º (REEVES et al., 2008a) a 93º
(LIVINGSTON et al., 1991) na descida. Os indivíduos com hemiparesia apresentam redução
da flexão de joelho no início da fase de apoio na marcha em nível plano e isto pode ter relação
com uma contratura ou com o aumento do tônus do músculo reto femoral (CARR,
SHEPHERD, 2008). Tal disfunção pode interferir no desempenho da subida e descida de
escada, visto que além da demanda articular elevada, a deambulação sobre escada envolve a
necessidade de contração concêntrica e excêntrica do músculo quadríceps (MYLES, 2001).
Outra alteração importante verificada durante a marcha de indivíduos que sofreram AVE é a
hiperextensão de joelho (KIM, ENG, 2004) que ocorre no final da fase de apoio e tem forte
relação com o déficit de extensão de quadril. Bohannon e Walsh (1991) encontraram
correlação positiva entre a força isométrica de flexores e extensores de quadril e joelho,
dorsiflexores de tornozelo do membro parético com a velocidade de subida e descida de
escada (degraus/minutos). Da mesma forma, Kim e Eng (2003) verificaram correlação entre o
163
torque isocinético de flexores do joelho e plantiflexores de tornozelo de indivíduos com
hemiparesia com a velocidade de subida de uma escada com quatro degraus.
A redução da plantiflexão de tornozelo na impulsão e da dorsiflexão de tornozelo
durante a retirada dos dedos dos pés do solo (NADEAU et al., 1999; KUAN et al., 1999) é
outra característica importante da marcha de indivíduos com hemiparesia e que interfere no
desempenho da subida e descida de escada. A demanda articular para dorsiflexão de
tornozelo, descrita na literatura para adultos saudáveis varia entre 11,21º
(PROTOPAPADAKI ET AL., 2007) a 33,9º (REEVES ET AL., 2008c) na subida de escada e
21º (LIVINGSTON ET AL., 1991) a 34,1º (REEVES ET AL., 2008b) na descida. Uma
dorsiflexão diminuída pode influenciar no alcance do degrau superior durante a subida de
escada e implicar em um maior risco de queda caso ocorra uma colisão do pé com a superfície
do degrau. Na descida, essa alteração pode interferir no alcance do degrau inferior, visto que o
membro inferior de apoio ocorre uma dorsiflexão com o fixo durante a fase de
abaixamento controlado. Da mesma forma que na marcha em nível plano, uma plantiflexão
reduzida dificulta o impulso do membro inferior na subida e ainda, no caso da descida, o
alcance do degrau inferior. Os valores médios de plantiflexão para adultos saudáveis durante a
subida variam entre 9,4º (NADEAU ET AL., 2003) a 22,5º (PROTOPAPADAKI ET AL.,
2007). Além da avaliação destes dois movimentos, nosso instrumento analisa ainda a
ocorrência de inversão e eversão de tornozelo (KUAN et al., 1999). A inversão do tornozelo
ocorre em indivíduos com hemiparesia devido a espasticidade e como mecanismo
compensatório a redução da dorsiflexão (SILVA, MOURA, GODOY, 2005).
5.2 VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO DO INSTRUMENTO
A validade de conteúdo é uma fase essencial no desenvolvimento de um instrumento,
porém poucos estudos descrevem essa etapa detalhadamente (GRANT, DAVIS, 1997;
WYAD, SCHMIDT, SCHAEFER, 2003). A validade de conteúdo está relacionada a solidez
da interpretação dos escores de um instrumento e indica em que grau esses escores medem o
que pretendem medir. A validade de conteúdo verifica se os itens e dimensões do instrumento
compreendem de forma abrangente o domínio de interesse. Apesar de compreender um
processo longo, a validação de conteúdo é muito importante porque assegura uma medida
apropriada em relação a consistência, relevância, representatividade e clareza (BENSON,
164
CLARK, 1982; GRANT, DAVIS, 1997). Assim, um instrumento tem validação conteúdo
quando seus itens refletem adequadamente o domínio global e os objetivos específicos do
instrumento (BENSON, CLARK, 1982).
Segundo Grant e Davis (1997), a validação de conteúdo compreende a avaliação
rigorosa das etapas de desenvolvimento e de julgamento. A fase de desenvolvimento consiste
na identificação do domínio de interesse, na criação dos itens e construção do instrumento. O
estágio de julgamento compreende a avaliação do instrumento por um comitê de especialistas
que analisarão cada item individualmente e o instrumento como um todo (GRANT, DAVIS,
1997). A solidez do processo de validação de conteúdo de um instrumento é influenciada pela
forma de seleção dos especialistas (GRANT, DAVIS, 1997), e de acordo com Berk (1990), a
descrição desse processo de seleção não é bem relatada na literatura. Além disso, existe uma
divergência em relação ao número total de especialistas. Lynn (1986) descreveu o uso
mínimo de três especialistas e afirmou que o uso de mais de dez especialistas é desnecessário,
contudo outros estudos descrevem um número variável entre dois e vinte especialistas
(GRANT, DAVIS, 1997).
A seleção dos especialistas que constituíram o comitê de avaliação da validade de
conteúdo desta pesquisa foi baseada pela experiência dos mesmos em relação ao tema de
estudo, isto é, a análise da subida e descida de escada em indivíduos com hemiparesia. Foram
selecionados oito especialistas nacionais e internacionais com experiência em análise
biomecânica da escada, em reabilitação neurofuncional, e em desenvolvimento de
instrumentos clínicos. A participação dos mesmos permitiu que durante o processo de
validação de conteúdo cada item fosse adequado e que o domínio global do instrumento fosse
aprimorado para melhor atender as necessidades deste instrumento clínico. Um dos
especialistas internacionais convidado e com experiência reconhecida na análise da subida e
descida de escadas aceitou participar, porém devido a indisponibilidade de tempo não
conseguiu enviar sua avaliação sobre a primeira etapa de validação em tempo hábil.
No presente estudo foram realizadas três etapas de validação de conteúdo para que o
conjunto final de itens obtivesse consenso entre os especialistas consultados. Segundo Benson
e Clark (1982), quando o acordo absoluto não é alcançado para um item, este deve ser
revisado até que um consenso seja obtido. Entretanto alguns itens nunca alcançarão este
padrão apesar de diversas revisões e devem conseqüentemente ser excluídos do instrumento.
Neste contexto, a primeira fase de validação de conteúdo do presente estudo possibilitou uma
redução significativa no tamanho do instrumento com a exclusão de quarenta e um (41) itens
sendo que desses quinze (15) foram excluídos e outros vinte e seis (26) foram unidos no
165
domínio de estratégias adotadas da subida e a descida de escada. Além disso, nesta etapa
foram realizadas alterações importantes em relação a redação dos itens para melhor
compreensão dos mesmos e devido a este fato o instrumento foi submetido a reavaliação de
sua validade de conteúdo.
Apesar da segunda fase de validação de conteúdo ter obtido resultados suficientes,
uma terceira avaliação foi realizada para atender as sugestões de dois especialistas. Nesta
etapa 10 itens foram revisados devido a alteração na escrita e a modificação em relação ao
número de variáveis analisadas em cada item que poderiam comprometer a sua compreensão.
Para Benson e Clark (1982) a medida a qual o instrumento se propõem não pode ser
confundida com o nível de vocabulário ou com alguma outra variável não identificada, sendo
necessária sua correção até que um consenso seja atingido.
Na primeira fase de validação de conteúdo o item do domínio de Características
Gerais que considerava o número de degraus para a avaliação da subida e descida de escada
obteve avaliação não representativa e pouco representativa por dois dos sete especialistas
consultados, visto que segundo esses profissionais o número de degraus não é um item a ser
propriamente avaliado e sim uma característica ambiental a ser considerada na avaliação. Tal
item sofreu então uma mudança de domínio fazendo parte do itens descritivos na versão
modificada do instrumento. Do mesmo modo, foram alterados para o domínio descritivo os
itens que avaliam a cadência de subida e descida de escada e que tem relação direta com o
número de degraus. Tais itens foram avaliados com índices satisfatórios de validade de
conteúdo na primeira fase desse processo.
Os itens do domínio de Características Gerais que avaliam o nível de confiança
durante a subida e descida de escada foram avaliados com baixa clareza na primeira fase de
validação por até três especialistas. Estes itens foram baseados na escala ABC (POWELL,
MYERS, 1995), sendo que o primeiro item corresponde a uma avaliação geral da subida e
descida de escada e os itens seguintes avaliam, respectivamente, a influência do uso ou não do
corrimão no nível de confiança para subir e descer escadas. Este item sofreu modificações em
sua redação a fim de garantir melhor compreensão do mesmo, obtendo escores máximos
(IVC=1,00) na segunda fase de validação em todas as características analisadas. Da mesma
forma, o item do domínio de Características Gerais que avalia a graduação funcional obteve
valores não satisfatórios na primeira fase de validação para as características de consistência
(IVC= 0,57) e representatividade (IVC=0,71), sendo corrigido e conseqüente aprovado na
segunda fase de validação de conteúdo. Cabe, ressaltar que para os itens descritos acima, nível
166
de confiança e graduação funcional, serem mantidos na versão final do instrumento foi
necessária a ampliação do domínio global do mesmo.
Apesar do item que a avalia o uso do corrimão e dos membros superiores ter
alcançado índices satisfatórios já na primeira fase de validação de conteúdo, este item foi
avaliado como pouco consistente por dois especialistas que sugeriram melhora na redação do
mesmo, e sua aprovação foi alcançada na terceira fase de validação de conteúdo (0,80
≤IVC≤1,00). Da mesma forma, foram necessárias três etapas de validação para adequação do
item que avalia a posição do membro superior parético, visto que na primeira fase esse item
obteve índice satisfatório apenas para a característica de consistência (IVC=0,86). Na última
etapa de validação este item sofreu alteração em seu título e em sua redação e foi aprovado
com escores adequados.
O IVC do item que avalia a intensidade do uso do corrimão foi inicialmente igual a
0,71 para as características de representatividade e relevância e igual a 0,43 para a clareza. Na
segunda fase, a variável intensidade do uso foi excluída seguindo sugestão dos especialistas e
este item foi então avaliado como adequado em todas as características analisadas.
Os itens que avaliam, respectivamente, a velocidade de movimento dos membros
inferiores, o alinhamento corporal, o apoio dos pés no degrau, e o contato inicial do pé com o
degrau foram considerados com baixa consistência e clareza na primeira fase de validação de
conteúdo (IVC entre 0,43 e 0,57). O item velocidade de movimento dos membros inferiores
foi corrigido e aprovado na segunda etapa de validação de conteúdo. Os demais itens sofreram
alterações mais importantes e alcançaram valores satisfatórios (IVC>0,80) na terceira
validação de conteúdo.
O item referente a subida de escada que avalia a colisão do com o degrau foi
considerado na primeira avaliação de sua validade com baixa consistência (IVC=0,57) e baixa
clareza (IVC=0,28). Na segunda fase tal item permaneceu com déficit de clareza (IVC=0,60)
devido ao fato de vincular a ocorrência de colisão com o nível de segurança e foi submetido a
terceira validação na qual alcançou índices aceitáveis de validade.
Os itens referentes a descida de escada que avaliam a necessidade de auxílio na
transição patamar-degrau e escada-chão não alcançaram escores satisfatórios para
consistência e representatividade (IVC=0,57) principalmente por avaliar variáveis não
relacionadas com a tarefa de subir e descer escadas propriamente dita. Os especialistas
consultados na segunda etapa de validação de conteúdo consideraram que esses itens ainda
não estavam adequados pois avaliavam duas variáveis simultaneamente: dificuldade e
167
segurança (item 2) e dificuldade e equilíbrio (item 3). Na terceira e ultima fase de validação
tais itens alcançaram valores aceitáveis para todas as características analisadas.
De todos os itens do domínio de Estratégias Adotadas para subida e descida de escada
que foram submetidos a segunda fase de validação de conteúdo, apenas o item que avalia a
Anteversão/Retroversão da Pelve não alcançou índices satisfatórios, visto que os especialistas
não o consideram um parâmetro especifico e significativo para avaliação observacional direta
e/ou através de vídeo da tarefa de subir e descer escadas.
Os resultados do processo de validação de conteúdo desta pesquisa foram
determinados pelos índices de validade de conteúdo e pelo coeficiente Kappa modificado.
Segundo Polit et al. (2007), podem ser considerados bons e excelentes os itens que
apresentarem valores de IVC e Kappa modificado superiores a 0,70. Assim, considerando a
versão final do instrumento, verifica-se que do total de trinta e oito (38) itens seis (6) foram
validados na primeira etapa de validação de conteúdo, vinte e dois (22) itens na segunda e dez
(10) itens na terceira e última fase. Apesar disso, na primeira fase de validação 57,5% dos
itens alcançaram índices aceitáveis (acima de 0,70) de validade de conteúdo e do coeficiente
kappa modificado para a característica de consistência, 56,2% para representatividade, 50%
para relevância e 32,5% para clareza, mas correções foram sugeridas pelos especialistas
justificando uma nova avaliação dos mesmos. Na segunda fase de validação 81,6% dos itens
alcançaram índices aceitáveis (acima de 0,70) para as características de consistência e
representatividade, 65,8% para relevância e 71% para clareza. Todos os últimos dez itens
submetidos a terceira validação alcançaram índices aceitáveis e foram considerados validados
nos aspectos avaliados.
5.3 INSTRUÇÕES DE USO DO INSTRUMENTO
O instrumento de avaliação clínica da subida e descida de escada em indivíduos
com hemiparesia foi desenvolvido com o intuito de identificar, de forma avaliativa e
discrimitativa, as características cinemáticas qualitativas e as estratégias de movimento
adotadas nesta tarefa. Apesar deste instrumento ter seu conteúdo validado neste estudo
serão necessárias novas etapas para que o mesmo possa ser amplamente utilizado.
Ao longo desta pesquisa verificamos que, por se tratar de uma atividade dinâmica,
a avaliação através de observação direta da subida e descida de escada seria difícil. Além
168
disso, seriam necessárias muitas repetições da atividade para que pudessem ser
identificadas todas as variáveis analisadas pelo instrumento desenvolvido. Deste modo, o
o uso deste instrumento de avaliação clínica deve ser realizado juntamente com a
utilização de uma câmera filmadora, assegurando, assim, o registro de informações e o
menor risco de fadiga aos avaliados.
A utilização deste instrumento clínico implica na necessidade de um ambiente de
coleta adequado com espaço suficiente para o posicionamento da câmera filmadora. A
aquisição ideal inclui a captação de imagens em três planos (sagital direito, sagital
esquerdo e frontal), facilitando assim a avaliação do domínio de estratégias adotadas na
subida e descida de escada. Em nosso estudo foi utilizada apenas uma câmera e sua
posição foi alterada durante a coleta de dados, mantendo a distância de 5 metros da lateral
da escada (plano sagital) ou do último degrau (plano frontal) e a altura de 1,5 metros do
chão. A escada ideal deve apresentar dimensões favoráveis ao desempenho adequado dos
avaliados. A escada deve possuir corrimãos e no mínimo quatro degraus para a avaliação
de um ciclo completo para cada membro inferior, sendo que a altura do degrau ideal deve
variar entre 16 e 18 cm e a profundidade máxima de 28 cm. O uso do instrumento não é
contra-indicado caso não seja possível a utilização de uma escada e um ambiente com as
características descritas acima, desde que sejam consideradas as possíveis interferências
no desempenho advindas do local onde o teste será realizado.
O indivíduo avaliado deverá ser orientado a realizar a atividade de subir e descer
escada da forma mais habitual possível (velocidade confortável, tipo de passo usual, uso
do corrimão e de auxílio externo quando necessário), sendo que esta instrução poderá ser
alterada dependendo do objetivo da avaliação. O avaliado poderá também utilizar
dispositivos auxiliares de marcha, órteses e/ou receber auxílio externo durante a
realização do teste, e poderá ser estimulado a realizar o teste completo de formas distintas
(por exemplo, com e sem dispositivos) para fim de comparação. Entretanto, todas as
repetições do teste para ambas as situações devem ser realizadas da forma mais
semelhante possível, isto é, deve ser aplicado o teste completo com o uso da órtese e
depois sem a órtese. Neste presente estudo, realizamos três repetições do movimento de
subir e descer escada para cada plano analisado, porém estudos futuros poderão afirmar
qual a média ideal de repetições deverá ser realizada para uma avaliação adequada desta
atividade através do instrumento desenvolvido.
169
O avaliador deverá se familiarizar com o instrumento antes de aplicá-lo
principalmente no que tange as instruções de uso e as diferenciações entre as opções de
respostas. E deverá selecionar a opção de resposta que melhor descrever o desempenho do
avaliado durante o teste. No domínio de itens descritivos é possível registrar a cadência de
subida e descida de escada, para isso deve-se cronometrar o tempo (segundos)
compreendido entre o momento em que o avaliado retira o pé do solo e o momento que o
membro oscilante toca o último degrau (subida) ou o solo (descida). Neste domínio o
indivíduo avaliado pode, ainda, relatar o seu nível de confiança ao subir e descer uma
escada de forma geral e usando ou não o corrimão. Além disso, encontra-se no domínio
descritivo o item de graduação funcional que fornece uma avaliação conclusiva sobre o
desempenho da subida e descida de escada referindo a dificuldade e a necessidade de
assitência apresentada. Este item deve ser preenchido ao final de toda a avaliação.
No domínio de características gerais as opções variam de 0 a 2 pontos e no
domínio de estratégias adotadas de -2 a +2 pontos. Neste último domínio é necessário
avaliar primeiramente qual a estratégia de movimento utilizada, a direção
(direita/esquerda) ou o excesso/redução do desvio, para depois quantificá-lo na escala de
0 a 2 pontos. Para analisar o domínio de estratégias adotadas através de vídeos é
interessante reduzir a velocidade de visualização dos mesmos para facilitar a identificação
das estratégias. Entretanto, novos estudos poderão afirmar a necessidade real desta técnica
de análise.
170
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desta pesquisa foi desenvolver e validar o conteúdo de um instrumento de
avaliação das características cinemáticas qualitativas e das estratégias adotadas na subida e
descida de escada por indivíduos com hemiparesia que possam ser observadas de forma visual
direta e/ou através de vídeo e que possam estar relacionadas ao desempenho funcional. Além
disso o instrumento permite verificar o nível de confiança e a graduação funcional de
indivíduos com hemiparesia para a realização desta atividade. Tal instrumento foi
desenvolvido em três etapas: planejamento, construção e validação. E apresentou adequada
validade de conteúdo para a identificação das características cinemáticas e estratégias de
movimento adotadas, do nível de confiança e da graduação funcional de indivíduos com
hemiparesia durante a subida e descida de escada.
A versão final do instrumento de avaliação clínica da subida e descida de escada em
indivíduos com hemiparesia apresenta um total de 38 itens divididos em oito itens descritivos,
16 itens do domínio de características gerais da subida e descida de escada e 14 itens do
domínio de estratégias adotadas para subida e descida de escada. Cada item é avaliado através
de uma escala categórica ordinal que varia de zero a dois pontos, correspondendo,
respectivamente, ao melhor desempenho e ao pior desempenho. O escore total do instrumento
deverá ser calculado separadamente para subida (0 a 70 pontos) e descida (0 a 74 pontos) de
escada. Essa pontuação total é subdividida entre os domínios de características gerais e de
estratégias adotadas para subida e descida de escada. No domínio de estratégias adotadas,
existe ainda a subdivisão em fase de apoio e de balanço. E a pontuação positiva e negativa
deste domínio não tem a função de diferenciar o desempenho em melhor ou pior, mas de
fornecer informações sobre o tipo de desvio apresentado, isto é, flexão/extensão, desvio para
direita/esquerda, e redução/excesso. Consistindo, assim, numa pontuação informativa em
relação à estratégia de movimento utilizada.
171
O instrumento desenvolvido neste presente estudo consiste numa fonte adicional sobre
a mobilidade funcional em indivíduos com hemiparesia, possibilitando a inferência sobre as
possíveis causas de alteração no desempenho da subida e descida de escada. Além disso, este
instrumento ressalta a importância do diagnóstico fisioterapêutico e assegura a atuação
profissional no campo avaliativo e de reabilitação.
Novos estudos deverão ser realizados para verificação das demais propriedades
psicométricas deste instrumento, incluindo a avaliação da confiabilidade do mesmo através da
qual será possível avaliar sua consistência na aplicação clínica. A confiabilidade
intraexaminador possibilitará verificar a estabilidade da medida ao longo do tempo e com ou
sem o uso de uma câmera filmadora. Através da medida de confiabilidade interexaminador
será possível verificar se dois ou mais examinadores distintos fornecem avaliações
semelhantes para os mesmos indivíduos e através do mesmo instrumento. A validade de
critério concorrente possibilitará relacionar a medida obtida com o instrumento desenvolvido
nesta pesquisa com medidas fornecidas por outros instrumentos. Outra avaliação importante a
ser realizada a respeito do instrumento desenvolvido é a medida de validade de construto
através da qual será possível verificar se o instrumento mede o que se propõem medir.
Neste estudo realizamos o desenvolvimento e a validação de conteúdo do instrumento
de avaliação clínica da subida e descida de escada em indivíduos com hemiparesia, entretanto
estudos futuros darão continuidade ao processo de validação. Apesar dos resultados
satisfatórios obtidos no processo de desenvolvimento e de validação de conteúdo, a
verificação das demais propriedades psicométricas deste instrumento, como descrito
anteriormente, faz-se necessária e será realizada futuramente.
172
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182
ANEXO I
FICHA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA
Data:____/____/____
DADOS GERAIS
1. Nome: 2. Sexo ( ) F ( ) M
3. Idade: 4. Data de Nasc.: / /
5. Endereço:
6.Telefones:
7. Escolaridade: 8. Profissão:
9. Nome do cuidador:
10. Lateralidade: 11. Lado Acometido:
12. Tipo de AVE: ( ) Isquêmico ( ) Hemorrágico
13. Há quanto tempo sofreu AVE?
MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – MIF
(Domínio Locomoção)
7 Independência completa (em segurança, em
tempo normal)
6 Independência modificada (ajuda técnica)
Sem Ajuda
Níveis
Dependência Modificada
5 Supervisão
4 Ajuda Mínima (indivíduo >=75%)
3 Ajuda Moderada (indivíduo >=50%)
2 Ajuda Máxima (indivíduo >=25%)
1 Ajuda Total (indivíduo >=0%)
Com Ajuda
Acompanhamento
Data
Locomoção
M L. Marcha / Cadeira de Rodas
C
M. Escadas
183
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA
Parte II – Membro Inferior
Identificação
Nome:
Data:
Sessão
1 2 3 4
Lado Acometido: Esquerdo
Direito
I. Atividade Reflexa 0 1 2
Flexores (aquileo, flexores do joelho
Extensores (reflexo rotuliano)
0: Ausência de reflexos
2: Presença de reflexos
Total
4
II. Sinergias de
Flexão
Coxo-femoral Flexão
Joelho Flexão
Tornozelo Dorsiflexão
0: Nenhum movimento
1: Movimento parcialmente realizado
2: Movimento normal
Total
Extensão
Coxo-femoral Extensão
Adução
Joelho Extensão
Tornozelo Flexão Plantar
0: Nenhum movimento
1: Movimento com pequena resistência
2: Movimento comparável ao lado bom
Total
14
TESTE DE
FUGL-MEYER
184
II. Movimentos Combinando a sinergia de flexão e de extensão
0 1 2
a. Flexão do joelho além de 90º
0: Nenhum movimento
1: Movimento parcial (até 90°)
2: Movimento normal (além de 90°)
b. Dorsiflexão do tornozelo
0: Nenhum movimento
1: Movimento parcial (amplitude parcial e/ou inversão do tornozelo)
2: Movimento normal (amplitude normal sem inversão do tornozelo)
Total
4
III Movimentos voluntários com pouca ou fora das sinergias
a. Flexão do joelho > 90° sem flexão da coxo-femoral
0: Nenhum movimento
1: Movimento parcial (amplitude parcial e/ou coxo-femoral flexiona)
2: Movimento normal
b. Dorsiflexão do tornozelo
0: Nenhum movimento
1: Movimento parcial (amplitude parcial e/ou inversão do tornozelo)
2: Movimento normal
Total
4
185
V. Atividade Reflexa Normal
0 1 2
Aquileo, rotuliano e flexores do joelho
0: 2 a 3 reflexos fásicos são hiperativos
1: um reflexo hiperativo, ou 2 reflexos estão ativos
2: nenhum está hiperativo
Total
2
VI. Coordenação/velocidade (tornozelo-joelho lado oposto, 5 vezes)
a. Tempo das repetições
Esquerda Direita
b. Tremor
c. Dismetria
0: incoordenação marcada
1: ligeira incoordenação
2: movimento coordenado
d. Velocidade
0: 6 segundos a mais do que no lado não afetado
1: 2 _ 5 segundos a mais do que no lado não afetado
2: < 2 segundos de diferença
Total
6
Grande Total
186
TESTE LEVANTAR-SE E ANDAR – TUG
Instruções:
O indivíduo deve: a) executar o teste com seu sapato habitual, e com seu auxílio mecânico
usual; b) realizar uma prática antes do teste.
Avalia-se o tempo necessário para o indivíduo:
Levantar-se de uma cadeira com apoio de braço (45 cm de altura);
Caminhar uma distância de 3 metros;
Realizar giro de 180º;
Retornar a cadeira e sentar-se.
Analisar também os parâmetros da marcha (simetria, comprimento do passo, balanço dos
membros superiores, postura do tronco), o giro de 180º e a segurança.
TEMPO (segundos):
INTERPRETAÇÃO:
( ) < 10 segundos – indivíduo totalmente independente
( ) < 20 segundos – indivíduo independente para as principais transferências principais,
caminha sem auxilio mecânico ou com bengala, a velocidade de marcha é ao menos 0.5
m/seg (velocidade mínima para atravessar a rua), capaz de subir escadas e sair sozinho.
( ) Entre 20 e 29 segundos – grande variabilidade do nível do equilíbrio, da velocidade de
marcha e da capacidade funcional.
( ) ≤ 30 segundos – em geral necessita de auxílio para as transferências, para as escadas ou
para caminhar fora de casa.
187
COMPRIMENTO DE MEMBROS INFERIORES
Medidas Membro Inferior Direito Membro Inferior Esquerdo
Comprimento Total:
Coxa:
Perna:
Comprimento Total: a distância compreendida entre o trocânter maior do fêmur (eixo
articular do quadril) e maléolo lateral da tíbia.
Comprimento da Coxa: a distância compreendida entre o trocânter maior do fêmur e a linha
articular do joelho.
Comprimento da Coxa Perna: a distância compreendida entre a linha articular do joelho e o
maléolo lateral da Tíbia.
188
ANEXO II
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO –
PROPPG
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA EM SERES HUMANOS -
CEPSH
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título do Projeto: Desenvolvimento e validação de um instrumento clínico para
avaliação do desempenho funcional da subida e descida de escada em hemiparéticos
adultos.
O (a) senhor (a) está sendo convidado (a) a participar de um estudo que fará uma
avaliação da sua capacidade de subir e descer escadas. Este estudo visa desenvolver um teste
de avaliação do modo como às pessoas que sofreram derrame (Acidente Vascular Encefálico)
sobem e descem escadas.
Para isso será realizada a filmagem do senhor (a) subindo e descendo três escadas com
cinco degraus. Poderá ser feito o uso do corrimão ou de qualquer ajuda durante o teste.
Serão previamente marcados a data e horário para a avaliação que será realizada no
Centro de Ciências da Saúde e do Esporte CEFID/UDESC. Também será realizada uma
avaliação fisioterapêutica para verificar o nível de recuperação de movimento das pernas após
o derrame.
Sua participação não é obrigatória e o (a) senhor (a) poderá se retirar do estudo a
qualquer momento.
Os riscos destes procedimentos serão mínimos por envolver medições não-invasivas.
Os benefícios e vantagens em participar deste estudo serão a contribuição para o
avanço do conhecimento sobre os métodos de avaliação em pessoas que sofreram um acidente
vascular encefálico.
As pessoas que estarão lhe acompanhando serão a Fisioterapeuta e aluna do mestrado
(Mavie Amaral Natalio) e a Professora responsável (Stella Maris Michaelsen).
Solicitamos a sua autorização para o uso de seus dados para a produção de artigos
técnicos e científicos. A sua identidade será preservada, pois cada indivíduo será identificado
por um número.
Agradecemos a sua participação e colaboração.
189
PESSOA PARA CONTATO:
Stella Maris Michaelsen (pesquisador responsável)
Telefone: 3321- 8600. Endereço: Rua Pascoal Simone, 358, Coqueiros, Florianópolis/SC.
TERMO DE CONSENTIMENTO
Declaro que fui informado sobre todos os procedimentos da pesquisa e, que recebi de forma clara e
objetiva todas as explicações pertinentes ao projeto e, que todos
os dados a meu respeito serão
sigilosos. Eu compreendo que neste estudo, as medições dos experimentos/procedimentos de
tratamento serão feitas em mim.
Declaro que fui informado que posso me retirar do estudo a qualquer momento.
Nome por extenso _________________________________________________________ .
Assinatura _____________________________________ Florianópolis, ____/____/____ .
190
APÊNDICE A
QUESTIONÁRIO SEMI-ABERTO sobre as informações essenciais do desempenho
funcional e o padrão motor da subida e descida de escada em indivíduos com
hemiparesia
1. Você considera adequada a utilização de uma escada de quatro degraus para avaliação do
desempenho de subida e descida de escada em indivíduos com hemiparesia?
( ) Sim
( ) Não
Justifique sua resposta:________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2. Considerando os objetivos do instrumento em questão, qual a relevância de considerar e
pontuar o uso do corrimão e dos membros superiores, bem como o uso de órtese durante a
subida e descida de escada?
a) Uso do corrimão e dos membros superiores
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
b) Uso de órteses
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3. Em relação às estratégias adotadas por indivíduos com hemiparesia durante a subida e a
descida de escada de que forma poderia ser realizada a avaliação e a pontuação dos itens
abaixo:
191
a) Tipo de passo
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
b) Distribuição de peso no membro afetado e não afetado
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
c) Posicionamento dos pés
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
d) Quais outros itens devem ser contemplados?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4. Considerando apenas a subida de escada, quais características adotadas por indivíduos
com hemiparesia devem ser analisadas no plano frontal e que possam ser baseadas na
observação direta ou por vídeo de câmera digital? Descreva essas características seguindo
uma ordem decrescente de importância.
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
5. Considerando apenas a descida de escada, quais características adotadas por indivíduos
com hemiparesia devem ser analisadas no plano frontal
e que possam ser baseadas na
192
observação direta ou por vídeo de câmera digital? Descreva essas características seguindo
uma ordem decrescente de importância.
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
6. Considerando apenas a subida de escada, quais características adotadas por indivíduos
com hemiparesia devem ser analisadas no plano sagital e que possam ser baseadas na
observação direta ou por vídeo de câmera digital? Descreva essas características seguindo
uma ordem decrescente de importância.
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
7. Considerando apenas a descida de escada, quais características adotadas por indivíduos
com hemiparesia devem ser analisadas no plano sagital e que possam ser baseadas na
observação direta ou por vídeo de câmera digital? Descreva essas características seguindo
uma ordem decrescente de importância.
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
8. Considerando a subida de escada, quais estratégias específicas devem ser analisadas para
cada uma das seguintes articulações? Descreva essas estratégias seguindo uma ordem
decrescente de importância.
Quadril
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
193
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
Joelho
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
Tornozelo
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
9. Considerando a descida de escada, quais estratégias específicas devem ser analisadas para
cada uma das seguintes articulações? Descreva essas estratégias seguindo uma ordem
decrescente de importância.
Quadril
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
Joelho
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
194
Tornozelo
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
10. Você acredita que o uso de uma câmera digital comprometeria a praticidade de aplicação
do instrumento em questão?
( ) Não comprometeria
( ) Comprometeria pouco
( ) Comprometeria muito
Comentários: ________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
11. Se você assinalou comprometeria muito na questão anterior (10), você acredita que a
partir de observação direta seria possível avaliar de forma confiável o comportamento motor
da tarefa de subir e descer escada em indivíduos com hemiparesia?
( ) Sim
( ) Não
Justifique sua resposta: ________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
12. Considerando os itens sugeridos, cite aqueles que possam diferenciar o nível de
desempenho entre os indivíduos avaliados pelo instrumento em questão. Descreva-os
seguindo uma ordem decrescente de importância.
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
195
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
13. Além da avaliação baseada na observação do desempenho, quais itens deveriam ser
questionados considerando o desempenho funcional no uso de escada em ambiente
domiciliar? Descreva-os seguindo uma ordem decrescente de importância.
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
14. Além da avaliação baseada na observação do desempenho, quais itens deveriam ser
questionados considerando o desempenho funcional no uso de escada na comunidade?
Descreva-os seguindo uma ordem decrescente de importância.
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
15. De todos os itens sugeridos, cite aqueles que são possíveis de serem modificados pela
reabilitação. Descreva-os seguindo uma ordem decrescente de importância.
1) _____________________________________________________________________
2) _____________________________________________________________________
3) _____________________________________________________________________
4) _____________________________________________________________________
5) _____________________________________________________________________
Comentários Adicionais: _______________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
196
APÊNDICE B
FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO CINEMÁTICA QUALITATIVA
AVALIADOR: __________________________________
Número do Vídeo:____________________________________________________________________ Data da análise:____/_______/______
PLANO FRONTAL
SUBIDA DESCIDA
Uso do corrimão, órteses e dispositivos
Tipo de passo
Membro inferior ativo
Posicionamento dos pés
MEMBROS SUPERIORES
TRONCO e PELVE
QUADRIL
JOELHO
TORNOZELO
OBSERVAÇÕES:____________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
197
PLANO SAGITAL DIREITO (do arquivo)
SUBIDA DESCIDA
Uso do corrimão, órteses e dispositivos
Tipo de passo
Membro inferior ativo
Posicionamento dos pés
MEMBROS SUPERIORES
TRONCO e PELVE
QUADRIL
JOELHO
TORNOZELO
OBSERVAÇOES:____________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
198
PLANO SAGITAL ESQUERDO (do arquivo)
SUBIDA DESCIDA
Uso do corrimão, órteses e dispositivos
Tipo de passo
Membro inferior ativo
Posicionamento dos pés
MEMBROS SUPERIORES
TRONCO e PELVE
QUADRIL
JOELHO
TORNOZELO
OBSERVAÇOES:____________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
199
APÊNDICE C
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇAO DA VALIDADE DE CONTEÚDO EM PORTUGUÊS – PRIMEIRA
FASE
AVALIAÇÃO INDIVIDUAL DOS ITENS
I – DOMÍNIO DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Número de
degraus
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Uso de
Órtese
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.1.
Nível de
Confiança
(subir e
descer)
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
200
I – DOMÍNIO DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA (continuação)
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
3.2.
Nível de
Confiança
(com
corrimão)
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.3.
Nível de
Confiança
(sem
corrimão)
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
4.
Graduação
Funcional
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
201
I – DOMÍNIO DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA (continuação)
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1.
Número de
degraus
2.
Uso de Órtese
3.1. Nível de
Confiança (subir
e descer)
3.2. Nível de
Confiança (com
corrimão)
3.3. Nível de
Confiança (sem
corrimão)
4.
Graduação
Funcional
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
202
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em
relação ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
A.
Cadência de
Subida
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
B.
Cadência de
Descida
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
ITENS COMUNS A SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
1.
Necessidade de
Auxílio Externo
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Uso do Corrimão
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
203
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL (continuação)
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA DE ESCADA
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
3.
Intensidade do
Uso do Corrimão
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
4.
Posicionamento
dos Membros
Superiores
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
5.
Posição do
Membro
Superior Afetado
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
6.
Reações de
Equilíbrio dos
Membros
Superiores
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
204
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL (continuação)
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA DE ESCADA
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em
relação ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
7.
Balanço dos
Membros
Superiores
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
8.
Tipo de passo
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
9.
Membro
Inferior que
inicia o
Movimento
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
10.
Simetria da
duração do
tempo de
apoio
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
205
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL (continuação)
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA DE ESCADA
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em
relação ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
11.
Velocidade
relativa de
movimento de
MMII
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
12.
Estratégia de
realização
atividade
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
13.
Estratégia de
Posicionamento
dos pés
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
14.
Apoio dos pés no
degrau
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
206
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL (continuação)
ITENS COMUNS A SUBIDA E A DESCIDA DE ESCADA
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
15.
Contato inicial
do pé
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
16.
Distribuição do
Apoio Plantar
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
207
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL (continuação)
ITENS COMUNS A SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
A.
Cadência de Subida
B.
Cadência de
Descida
1.
Necessidade de
Auxílio Externo
2.
Uso do Corrimão
3.
Intensidade do Uso
do Corrimão
4.
Posicionamento dos
Membros
Superiores
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
208
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL (continuação)
ITENS COMUNS A SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o item
seja avaliado como 3 ou 4
5. Posição do Membro
Superior Afetado
6. Reações de Equilíbrio
Membros Superiores
7. Balanço dos Membros
Superiores
8.
Tipo de passo
9. Membro Inferior que
inicia o movimento
10. Simetria da duração
do tempo de apoio
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
209
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL (continuação)
ITENS COMUNS A SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que
o item seja avaliado como 3 ou 4
11.
Velocidade relativa de
movimento de MMII
12.
Estratégia de realização
atividade
13.
Estratégia de
Posicionamento dos pés
14.
Apoio dos pés no degrau
15. Contato inicial do pé
16. Distribuição do Apoio
Plantar
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
210
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL DA SUBIDA DE ESCADA
ITENS REFERENTES A SUBIDA
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Necessidade
de auxílio na
transição
chão-escada
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Choque do pé
com o degrau
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
211
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL DA SUBIDA DE ESCADA
ITENS REFERENTES A SUBIDA
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1. Necessidade de
auxílio na transição
chão-escada
2.
Choque do pé com o
degrau
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
212
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL DA DESCIDA DE ESCADA
ITENS REFERENTES À DESCIDA
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em
relação ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica
que pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1. Necessidade de
auxílio na
transição patamar-
degrau
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2. Necessidade de
auxílio na
transição escada-
chão
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.
Segurança no
alcance do degrau
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
213
II – DOMÍNIO DE DESEMPENHO FUNCIONAL DA DESCIDA DE ESCADA
ITENS REFERENTES À DESCIDA
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1.
Necessidade de auxílio
na transição patamar-
degrau
2.
Necessidade de auxílio
na transição escada-
chão
2.
Segurança no alcance
do degrau
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
214
SUBIDA DE ESCADA
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA
A – Estratégias de Tronco / Pelve
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em
relação ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Flexão/Extensão
de Tronco
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Inclinação Lateral
de Tronco
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.
Inclinação Lateral
de Pelve
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
4.
Rotação de
Tronco e Pelve
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
215
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA (continuação)
A – Estratégias de Tronco / Pelve
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em
relação ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
5.
Rotação de
Tronco e Pelve
na transição
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
6.
Anteversão/
Retroversão da
Pelve
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
216
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA (continuação)
A – Estratégias de Tronco / Pelve
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1.
Flexão/Extensão
de Tronco
2. Inclinação
Lateral de
Tronco
3. Inclinação
Lateral de Pelve
4. Rotação de
Tronco e Pelve
5. Rotação de
Tronco e Pelve
na transição
6. Anteversão/
Retroversão da
Pelve
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
217
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA
B – Estratégias de Quadril
ITEM Consistência com as definições
conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Flexão
Reduzida
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Flexão
Aumentada
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.
Abdução
Excessiva
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
4.
Adução
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
218
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA (continuação)
B – Estratégias de Quadril
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
5.
Rotação
Interna
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
6.
Rotação
Externa
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
219
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA (continuação)
B – Estratégias de Quadril
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1.
Flexão
Reduzida
2.
Flexão
Aumentada
3.
Abdução
Excessiva
4.
Adução
5.
Rotação
Interna
6.
Rotação
Externa
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
220
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA
C – Estratégias de Joelho
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Flexão
Reduzida
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Flexão
Excessiva
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.
Hiperextensão
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
4.
Rotação
Interna
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
221
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA (continuação)
C – Estratégias de Joelho
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
5.
Rotação
Externa
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
6.
Varismo
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
7.
Valgismo
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
222
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA (continuação)
C – Estratégias de Joelho
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o item
seja avaliado como 3 ou 4
1. Flexão
Reduzida
2. Flexão
Excessiva
3.
Hiperextensão
4. Rotação
Interna
5. Rotação
Externa
6.
Varismo
7.
Valgismo
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
223
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA
D – Estratégias de Tornozelo
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Dorsiflexão
Reduzida
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Inversão
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.
Eversão
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
224
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA (continuação)
D – Estratégias de Tornozelo
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1.
Dorsiflexão
Reduzida
2.
Inversão
3.
Eversão
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
225
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA (continuação)
E – Estabilidade Articular
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Quadril
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Joelho
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3. Tornozelo
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
226
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA SUBIDA DE ESCADA (continuação)
E – Estabilidade Articular
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1.
Quadril
2.
Joelho
3. Tornozelo
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
227
DESCIDA DE ESCADA
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA
A – Estratégias de Tronco / Pelve
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em
relação ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Flexão/
Extensão de
Tronco
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Inclinação
Lateral de
Tronco
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.
Inclinação
Lateral de Pelve
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
4.
Rotação de
Tronco e Pelve
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
228
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA (continuação)
A – Estratégias de Tronco / Pelve
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em
relação ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
5.
Rotação de
Tronco e Pelve
na transição
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
6.
Anteversão/
Retroversão da
Pelve
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente
representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
229
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA (continuação)
A – Estratégias de Tronco / Pelve
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1.
Flexão/Extensão
de Tronco
2. Inclinação
Lateral de Tronco
3. Inclinação
Lateral de Pelve
4. Rotação de
Tronco e Pelve
5. Rotação de
Tronco e Pelve na
transição
6. Anteversão/
Retroversão da
Pelve
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
230
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA
B – Estratégias de Quadril
ITEM Consistência com as definições
conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Flexão
Reduzida
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Flexão
Aumentada
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.
Abdução
Excessiva
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
4.
Adução
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
231
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA (continuação)
B – Estratégias de Quadril
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
5.
Rotação
Interna
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
6.
Rotação
Externa
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
232
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA (continuação)
B – Estratégias de Quadril
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1.
Flexão
Reduzida
2.
Flexão
Aumentada
3.
Abdução
Excessiva
4.
Adução
5.
Rotação
Interna
6.
Rotação
Externa
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
233
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA
C – Estratégias de Joelho
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Flexão
Reduzida
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Flexão
Excessiva
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.
Hiperextensão
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
4.
Rotação
Interna
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
234
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA (continuação)
C – Estratégias de Joelho
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
5.
Rotação
Externa
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
6.
Varismo
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
7.
Valgismo
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
235
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA (continuação)
C – Estratégias de Joelho
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o item
seja avaliado como 3 ou 4
1. Flexão
Reduzida
2. Flexão
Excessiva
3.
Hiperextensão
4. Rotação
Interna
5. Rotação
Externa
6.
Varismo
7.
Valgismo
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
236
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA
D – Estratégias de Tornozelo
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Plantiflexão
Reduzida
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Dorsiflexão
Reduzida
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3.
Inversão
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
4.
Eversão
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
237
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA (continuação)
D – Estratégias de Tornozelo
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1.
Plantiflexão
Reduzida
2.
Dorsiflexão
Reduzida
3.
Inversão
4.
Eversão
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
238
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA (continuação)
E – Estabilidade Articular
ITEM Consistência com as
definições conceituais
Representatividade/relevância em relação
ao domínio de interesse
Relevância para a interpretação clínica que
pode ser feita com base na medida
Clareza/possibilidade de
compreensão (redação)
1.
Quadril
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
2.
Joelho
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
3. Tornozelo
(1) Não é consistente
(2) Um pouco consistente
(3) Suficientemente
consistente
(4) Altamente consistente
(1) Não é representativo/relevante
(2) Um pouco representativo/relevante
(3) Suficientemente representativo/relevante
(4) Altamente representativo/ relevante
(1) Não é relevante
(2) Um pouco relevante
(3) Suficientemente relevante
(4) Altamente relevante
(1) Não é claro
(2) Um pouco claro
(3) Suficientemente claro
(4) Altamente claro
239
III – DOMÍNIO DAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NA DESCIDA DE ESCADA (continuação)
E – Estabilidade Articular
ITEM Comentários (Aponte o item que deve ser excluído) Sugestões ou modificações, inclusive para escala de pontuação, para que o
item seja avaliado como 3 ou 4
1.
Quadril
2.
Joelho
3. Tornozelo
Caso julgue necessário, por favor, aponte algum item que você considera importante de ser incluído
240
AVALIAÇÃO DE CADA DOMÍNIO DE CONTEÚDO E DO INSTRUMENTO COMO UM TODO
DOMÍNIO O conjunto de itens é suficiente para representar o domínio de conteúdo? Comentários Adicionais
Características
Gerais da Subida e
da Descida de
Escada
(1) Não é Suficiente
(2) Um pouco Suficiente
(3) Suficiente
(4) Altamente Suficiente
Desempenho
Funcional: Subida
e Descida
(1) Não é Suficiente
(2) Um pouco Suficiente
(3) Suficiente
(4) Altamente Suficiente
Desempenho
Funcional: Subida
(1) Não é Suficiente
(2) Um pouco Suficiente
(3) Suficiente
(4) Altamente Suficiente
Desempenho
Funcional: Descida
(1) Não é Suficiente
(2) Um pouco Suficiente
(3) Suficiente
(4) Altamente Suficiente
Estratégias
Adotadas: Subida
(1) Não é Suficiente
(2) Um pouco Suficiente
(3) Suficiente
(4) Altamente Suficiente
Estratégias
Adotadas: Descida
(1) Não é Suficiente
(2) Um pouco Suficiente
(3) Suficiente
(4) Altamente Suficiente
241
APÊNDICE D
MATERIAL DA PRIMEIRA FASE DE VALIDAÇÃO DE
CONTEÚDO - PORTUGUÊS
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO ESPORTE – CEFID
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO MOVIMENTO
HUMANO
Prezado pesquisador (a),
Você está sendo convidado (a) a participar da Etapa de Validação de Conteúdo do
Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de Escada em Indivíduos com
Hemiparesia. Esta pesquisa está sendo desenvolvida pela Mestranda em Ciências do Movimento
Humano (UDESC), Mavie Amaral Natalio, sob orientação da Professora do referido programa, Dra.
Stella Maris Michaelsen, e co-orientação da Professora Dra. Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela, do
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação (UFMG).
Esta etapa consiste na validação de conteúdo da primeira versão do instrumento que foi
desenvolvida a partir de uma extensa revisão de literatura, da análise cinemática qualitativa da subida
e descida de escada de indivíduos com hemiparesia, e das informações obtidas com especialistas da
área da reabilitação neurológica e/ou biomecânica da locomoção sobre escada.
Encaminhamos todo o material referente ao processo de validação de conteúdo, e você terá
aproximadamente trinta (30) dias, isto é, até dia 25/09/2009, para responder o questionário de
avaliação da validade de conteúdo da primeira versão do instrumento. Entraremos em contato com
você novamente, próximo ao término do prazo previsto, para recolher o formulário preenchido. Você
poderá enviá-lo por email. Gostaríamos de ressaltar que a sua participação nesta etapa é essencial para
o desenvolvimento desta pesquisa.
A seguir descrevemos brevemente o projeto de pesquisa e o processo de validação de
conteúdo, e anexamos a primeira versão do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de
Escada em Indivíduos com Hemiparesia e o Questionário para Avaliação da Validade de Conteúdo da
Primeira Versão do Instrumento.
242
TÍTULO DO PROJETO: Desenvolvimento e Validação de Conteúdo de um Instrumento de
Avaliação Clínica da Subida e Descida de Escada em Indivíduos com Hemiparesia.
PESQUISADORAS:
Mavie Amaral Natalio, Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências do Movimento
Humano (UDESC). Email: m[email protected]
Prof. Dra. Stella Maris Michaelsen, Orientadora, Programa de Pós-graduação em Ciências do
Movimento Humano (UDESC). Email: michaelsenstella@hotmail.com
Prof. Dra. Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela, Co-orientadora, Programa de Pós-graduação em
Ciências da Reabilitação (UFMG). Email: [email protected]
CORRESPONDÊNCIA:
Rua Pascoal Simone, 358, Bairro Coqueiros, CEP 88080-350, Florianópolis, SC.
Fone: (48) 3249-6258 / 3321-8670.
OBJETIVO: Desenvolver um instrumento de avaliação clínica do desempenho funcional e das
estratégias adotadas por indivíduos com hemiparesia durante a subida e descida de escadas e avaliar a
validade de conteúdo do mesmo.
POPULAÇÃO: A população de interesse é constituída por indivíduos com diagnóstico prévio de
Acidente Vascular Encefálico (AVE) com idade superior a 20 anos, capacidade de se locomover (subir
e descer escadas) com ou sem auxílio de órteses e/ou de dispositivos auxiliares da marcha.
PERGUNTA A SER RESPONDIDA PELO INSTRUMENTO: Quais são as características
biomecânicas e as estratégias adotadas na subida e descida de escadas por indivíduos com hemiparesia
que possam ser identificadas a partir da observação direta e/ou a partir de imagens de vídeo?
PROPÓSITO DO INSTRUMENTO: Avaliar o desempenho funcional e o padrão motor (através das
características cinemáticas e das estratégias compensatórias adotadas) da subida e descida de escada de
indivíduos com hemiparesia.
DOMÍNIO GLOBAL DO INSTRUMENTO: As características cinemáticas e as estratégias
compensatórias adotadas na subida e descida de escadas por indivíduos com hemiparesia relacionadas
ao desempenho funcional dos mesmos que podem ser observadas de forma visual direta e/ou através
de vídeo.
243
RESTRIÇÕES PARA O USO DO INSTRUMENTO: Contexto clínico, observação visual direta e/ou
através de vídeo.
JUSTIFICATIVAS DO ESTUDO: Segundo a OMS (2003) a incapacidade é resultado da relação entre
a deficiência orgânica ou estrutural, a dificuldade de executar uma determinada atividade, a restrição
na participação social e a interação com contexto ambiental
1
. As limitações funcionais advindas das
lesões encefálicas como o Acidente Vascular Encefálico (AVE) implicam na incapacidade de
realização de algumas atividades diárias tais como alimentar-se, vestir-se, transferir-se, locomover-se e
interagir socialmente
2
. A quantificação dessas incapacidades fornece subsídios importantes para a
intervenção fisioterapêutica bem como parâmetros para avaliar o efeito dos protocolos de
tratamento
3,4
.
Dentre os instrumentos validados na área da reabilitação que mensuram o nível de independência
funcional durante a deambulação sobre escadas encontram-se o Índice de Barthel e a Medida de
Independência Funcional (MIF)
5,6
. Carod-Artal e colaboradores
7
(2002) verificaram através do Índice
de Barthel que 60% dos pacientes internados com diagnóstico de AVE eram incapazes ou
necessitavam de ajuda para subir escada e que após um ano do episódio 23,2% dos pacientes ainda
relatavam tal dificuldade. Riberto et al.
8
(2007) avaliaram a independência funcional de indivíduos
com lesão encefálica adquirida, antes e após um período de reabilitação, e constataram que 62% dos
pacientes necessitavam de ajuda para subir e descer um lance de escada, sendo que a maioria desses
apresentava dependência completa. Os mesmos autores afirmam que depois do tratamento 36% dos
pacientes ainda apresentavam dificuldade de deambular sobre escadas ou necessitavam de auxílio.
A habilidade de subir um lance de escada mensurada através da cadência (degraus/minuto) é um teste
bastante utilizado para hemiparéticos com o intuito de verificar a capacidade funcional dos mesmos.
Flansbjer et al.
9
(2006) em estudo com indivíduos com hemiparesia verificou o tempo de subida e
descida de 12 degraus e encontrou valores iguais a 10,3±4,7 segundos para subida e 10,9±5,8
segundos para descida. Teixeira-Salmela et al.
10
(2003) investigaram o desempenho funcional de
indivíduos com hemiplegia crônica submetidos a um programa de fortalecimento muscular e através
do teste de cadência de subida de escada de 6 degraus obtiveram valores 48,2±24 e 56,6±26,7 degraus
por minuto, pré e pós-tratamento respectivamente. Em um estudo realizado anteriormente Teixeira-
Salmela et al.
11
(1999) verificaram a habilidade de subir cinco degraus em indivíduos com hemiparesia
e verificaram que a cadência de subida antes do treinamento de força correspondeu a 51,49±20,77
degraus/minuto e pós-tratamento a 68,28±22,17 degraus/minuto. Comparativamente, o mesmo teste
foi realizado por Goulart et al.
12
(2004) com idosos ativos sendo a cadência de subida de cinco degraus
equivalente a 76,30±17,60 degraus/minuto.
Os dados descritos acima confirmam que as deficiências apresentadas pelos indivíduos com
hemiparesia influenciam na realização de atividades diárias, no entanto ainda não é encontrado na
literatura um instrumento abrangente que avalie o padrão motor durante o ato de subir e descer
244
degraus escadas. Esse instrumento além de melhor caracterizar as incapacidades apresentadas por essa
população será capaz de fornecer subsídios importantes para a prática fisioterapêutica.
ESTUDO: A primeira versão do instrumento foi desenvolvida a partir de uma extensa revisão de
literatura sobre os instrumentos existentes e as características biomecânicas da subida e descida de
escada em indivíduos com hemiparesia. Foram consultados profissionais da área de reabilitação
motora e funcional e da biomecânica para aquisição de informações essenciais sobre o desempenho
funcional e as estratégias adotadas por indivíduos com hemiparesia durante a subida e descida de
escada. Além disso, realizou-se a análise cinemática qualitativa da subida e descida de uma escada
com 4 degraus e dimensões padronizadas (altura do degrau: 17 cm; profundidade do degrau: 28 cm,
largura da escada: 80 cm). Participaram desta etapa 16 indivíduos com hemiparesia devido AVE,
sendo 13 homens e 3 mulheres, com média de idade igual a 56,6±12,6 anos.
Na extensa revisão bibliográfica realizada o foi identificado nenhum instrumento que avaliasse de
forma abrangente a tarefa de subir e descer escadas. E os estudos biomecânicos encontrados analisam
a deambulação sobre escadas em indivíduos saudáveis. A partir da análise exaustiva das três fontes de
informações (literatura, opinião dos especialistas e análise cinemática qualitativa) foram selecionadas
todas as variáveis de interesse e determinadas as características de diferenciação entre os níveis de
resposta para cada item. O instrumento foi organizado em três domínios: características gerais;
desempenho funcional; estratégias adotadas. Nas características gerais são avaliados seis (6) itens, tais
como o número de degraus da escada utilizada, o uso de órteses, o nível de confiança e a graduação
funcional da tarefa. No domínio de desempenho funcional vinte e dois (23) itens avaliam como a
tarefa de subir e descer escada é realizada. Este domínio foi subdividido em: a) Itens Comuns a Subida
e a Descida de Escada (18 itens); b) Itens Referentes a Subida de Escada (2 itens); c) Itens Referentes
a Descida de Escada (3 itens). No domínio de estratégias adotadas cada articulação é avaliada
separadamente classificando as amplitudes de movimentos (sem limitação, limitação parcial,
significativa, ou restrição) e as compensações realizadas (ausência de desvio, desvio leve, moderado,
ou severo). Este domínio apresenta um total de 51 itens, sendo avaliado, separadamente, para subida
(25 itens) e descida (26 itens). Esta primeira versão do instrumento está sendo submetida ao comitê de
especialistas na área para verificar o consenso e adequação dos itens elaborados, e fornecer subsídios
para a estruturação consensual da versão final do instrumento.
VALIDADE DE CONTEÚDO: A fase de validação de conteúdo permite certificar se o instrumento
mede o que propõe verificando se os itens construídos refletem adequadamente o domínio de conteúdo
de interesse, se as dimensões de escala estão de acordo com cada item proposto e se condizem com o
índice de objetivos específicos traçados. A validade de conteúdo examina em que extensão o assunto
de interesse é abrangentemente coberto pelos itens e dimensões do instrumento. Os aspectos de
validade de conteúdo incluem propriedade, clareza e abrangência de itens que são classificados
245
mediante a avaliação dos itens do instrumento por um grupo de especialistas com experiência anterior
ou reconhecida competência atual nas áreas do estudo, denominados juízes ou peritos
13,14,15
. O
processo de validação de conteúdo terminará quando todos os itens da versão final do instrumento
proposto forem alcançarem consenso de avaliação pelo comitê de especialistas
13
.
Existem diversos métodos para estabelecer a validade de conteúdo de um instrumento, Davis (1996)
14
sugere o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) que se caracteriza pela análise do instrumento por
peritos da área. No IVC cada item é classificado em uma escala de quatro pontos baseada em sua
aderência aos objetivos do teste e de sua habilidade medir o conceito que representa
16
. O coeficiente
kappa é outra forma de verificar a validade de conteúdo, sendo definido como uma medida de
associação usada para descrever e testar o grau de concordância
16,17,18
.
A SUA PARTICIPAÇÃO NESTA ETAPA DO ESTUDO: Você está sendo convidado (a) a participar
da etapa de validação de conteúdo da primeira versão do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida
e Descida de Escada em Indivíduos com Hemiparesia. Para tanto, solicitamos que você:
a) Considere o objetivo deste estudo e as etapas realizadas até o presente momento para o
desenvolvimento da primeira versão do instrumento, que foram descritas anteriormente;
b) Considere os aspectos relacionados a pergunta a ser respondida, o propósito e o domínio
global do instrumento, bem como as restrições de uso do mesmo;
c) Antes de emitir qualquer parecer, faça uma leitura cuidadosa da primeira versão do
instrumento como um todo (página 08-17) e do questionário de avaliação da validade de
conteúdo da primeira versão do instrumento (página 18-59). A primeira versão do instrumento
e o questionário de avaliação encontram-se neste documento, sendo que encaminhamos
também o questionário em arquivo MS Word (com extensão .doc);
d) Preencha o questionário de avaliação da validade de conteúdo, emitindo seu parecer sobre o
instrumento desenvolvido. Primeiramente, você julgará cada item individualmente
considerando a: I) Consistência com as definições conceituais; II)
Representatividade/relevância em relação ao domínio de interesse; III) Relevância para a
interpretação clínica que pode ser feita com base na medida; IV) Clareza/possibilidade de
compreensão (redação). Em seguida, você avaliará cada área de conteúdo e o instrumento
como um todo, considerando se o conjunto de itens é suficiente para representar o conteúdo
total. Essas avaliações serão realizadas através de uma escala ordinal de quatro pontos. Além
disso, você poderá sugerir alterações nos itens e propor a inclusão e/ou exclusão de itens;
246
e) Após o preenchimento do arquivo MS Word do Questionário de Avaliação da Validade de
Conteúdo, você deve salvá-lo em arquivo Adobe, com extensão .pdf, e encaminhá-lo por
email aos pesquisadores. Conforme descrito anteriormente, entraremos em contato antes do
término do prazo de entrega.
Gostaríamos de agradecer a sua participação e colaboração para o desenvolvimento do presente
estudo. Se você precisar de mais alguma informação, por favor, entre em contato conosco.
Atenciosamente,
Mavie Amaral Natalio
Mestranda em Ciências do
Movimento Humano da
Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC)
Stella Maris Michaelsen
Professora do Programa de Pós-
Graduação em Ciências do Movimento
Humano da Universidade do Estado de
Santa Catarina (UDESC)
Luci F. Teixeira-Salmela
Professora do Departamento de
Fisioterapia da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. FARIAS, N.; BUCHALLA, C.M. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade
e Saúde. Rev Bras Epidemiol 2005; 8(2): 187-93
2. CARR, J.H; SHEPHERD, R.B. Ciência do movimento: fundamentos para a fisioterapia na
reabilitação. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2003. 220 p.
3. SHUMWAY-COOK, Anne,; WOOLLACOTT, Marjorie H., Controle motor: teoria e aplicações
práticas. 2. ed. Barueri: Manole, 2003. 592 p.
4. MYLES, C.M. Escadas. In: DURWARD, B.R.; BAER, G.D.; ROWE, P.J. Movimento Funcional
Humano: mensuração e análise. 1ª ed. São Paulo: Manole, 2001.
5. MAHONEY FI, BARTHEL D. Functional evaluation: the Barthel Index. Maryland St Med J
1965;14: 56-61.
6. RIBERTO, M.; MIYAZAKI, M.H.; JUÇÁ, S.S.H.; SAKAMOTO, H.; PINTO, P.P.N.;
BATTISTELLA, L.P. Validação da Versão Brasileira da Medida de Independência Funcional.
Acta Fisiátrica, 2004; 11(2): 72-76.
7. CAROD-ARTAL, F.J.; GONZALEZ-GUTIERREZ, J.L.; HERRERO, J.A.E.; HORAN, T.;
SEIJAS, E.V. Functional recovery and instrumental activities of daily living: follow-up 1-year
after treatment in a stroke unit. Brain Injury, 2002, 16(3):207-216.
8. RIBERTO M, MIYAZAKI MH, JUCÁ SSH, LOURENÇO C, BATTISTELLA LR.
Independência funcional em pessoas com lesões encefálicas adquiridas sob reabilitação
ambulatorial. Acta Fisiátrica, 2007; 14(2): 87-94.
9. FLANSBJER U-B, DOWNHAM D, LEXELL J. Knee muscle strength, gait performance, and
perceived participation after stroke. Arch Phys Med Rehabil 2006; 87:974-80.
10. TEIXEIRA-SALMELA L. F.; SILVA, P.C.; LIMA, R.C.M; AUGUSTO, A.C.C.; SOUZA, A.C.;
GOULART, F. Musculação e condicionamento aeróbio na performance funcional de hemiplégicos
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physical conditioning to reduce impairment and disability in chronic stroke survivors. Arch Phys
Med Rehabil 1999;80:1211-8.
12. GOULART F, SANTOS C C, TEIXEIRA-SALMELA L F, CARDOSO F. Análise do
desempenho funcional em pacientes portadores de doença de Parkinson. Acta Fisiátrica, 2004;
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247
13. BENSON, J.; CLARK, F. A guide for instrument development and validation. The Amercina
Journal of Occupational Therapy, v.36, n.12, p.789-800, 1982.
14. DAVIS, A.E. Instrument development: Getting Started. Journal of Neuroscience Nursing, v.28,
n.3, p.204-207, 1996.
15. GRANT,J.S.; DAVIS,L.L. Selection and use of content experts for instrument development.
Research in Nursing and Health, v. 20, p. 269-274, 1997.
16. POLIT, D.F., BECK, C.T. The Content Validity Index:Are You Sure You Know What’s Being
Reported? Critique and Recommendations. Research in Nursing & Health, v.29, p.489-497, 2006.
17. POLIT, D.F., BECK, C.T, OWEN, S.T. Focus on Research Methods Is the CVI an Acceptable
Indicator of Content Validity? Appraisal and Recommendations. Research in Nursing & Health,
v.30, p.459–467, 2007.
18. PRADO, R.R. Modelagem do coeficiente kappa ponderado. 2004. 59 f. Dissertação (Mestrado em
Estatística), Universidade de São Paulo, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS PARA ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
FARIA C.D.C.M. Desenvolvimento e validação de um instrumento clínico para idntificação de
características biomecânicas e estratégias de movimento adotadas por hemiplégicos durante o
desempenho de timed ‘up and go’. Projeto de pesquisa para o PPG em Ciências da Reabilitação,
Belo Horizonte, Minas Gerais.
248
APÊNDICE E
MATERIAL DA SEGUNDA FASE DE VALIDAÇÃO DE
CONTEÚDO – PORTUGUÊS
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO ESPORTE – CEFID
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO MOVIMENTO
HUMANO
Prezado pesquisador (a),
Você está sendo convidado (a) a participar da Segunda Etapa de Validação de Conteúdo do
Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de Escada em Indivíduos com
Hemiparesia. Esta etapa consiste na reavaliação da versão modificada do instrumento que foi
desenvolvida a partir das correções e sugestões do comitê de especialistas.
O nível de concordância entre os especialistas para os itens de cada domínio de conteúdo,
assim como para o instrumento como um todo, alcançou valores aceitáveis, sendo, no entanto
propostas algumas alterações. A primeira importante modificação diz respeito ao Domínio Global do
Instrumento que foi ampliado para englobar todos os itens construídos (ver gina 3). Em relação à
validade de cada item desenvolvido, verificaram-se divergências entre os especialistas em alguns
aspectos, entretanto todas as sugestões foram analisadas cuidadosamente e com auxilio da literatura
foram realizadas as devidas correções.
Apresentamos as modificações realizadas após a análise dos seus comentários e dos demais
especialistas e as destacamos nos itens para facilitar a compreensão e tornar a avaliação mais rápida.
Ressaltamos que esta segunda versão está mais curta e com o mero de itens que acreditamos ser o
suficiente para o instrumento final.
Em seguida, anexamos novamente o questionário de avaliação da validade de conteúdo. Neste
momento você irá avaliar somente os itens que sofreram modificações e verificar se estão de acordo
com os critérios estipulados. Por favor, preencha todos os critérios avaliados mesmo que sua avaliação
corresponda ao escore 1. Esta será a última avaliação a ser feita pelo comitê de especialistas e sua
participação é muito importante para a conclusão desta pesquisa.
Solicitamos se possível, o envio por email da sua reavaliação em um período de dez (10) dias
a partir da data de recebimento do material, isto é, até no máximo 25/11/2009.
249
Instruções para Reavaliação da Validade de Conteúdo
1. Faça uma leitura cuidadosa da descrição das modificações realizadas no instrumento após a
primeira avaliação dos especialistas (página 3-6);
2. Faça uma leitura cuidadosa da segunda versão do instrumento, com todas as modificações
realizadas ressaltadas em fonte vermelha (página 7-15);
3. Antes de emitir qualquer parecer, leia atentamente a primeira versão do instrumento que se
encontra anexada no final deste documento (página 08-17) com as devidas alterações
destacadas. Os itens modificados (transferidos de domínios) e os itens corrigidos estão
presentes na segunda versão do instrumento, porém os itens excluídos encontram-se
destacados apenas na primeira versão anexada;
4. Preencha o questionário de avaliação da validade de conteúdo, emitindo novamente seu
parecer sobre o instrumento desenvolvido. Em seguida, você avaliará cada área de conteúdo e
o instrumento como um todo, considerando se o conjunto de itens é suficiente para representar
o conteúdo total. Essas avaliações serão realizadas através de uma escala ordinal de quatro
pontos. Além disso, você poderá sugerir alterações nos itens e propor a inclusão e/ou exclusão
de itens;
5. Após o preenchimento do arquivo MS Word do Questionário de Reavaliação da Validade de
Conteúdo, você deve salvá-lo em arquivo Adobe, com extensão .pdf, e encaminhá-lo por
email aos pesquisadores. Conforme descrito anteriormente, entraremos em contato antes do
término do prazo de entrega.
Agradecemos imensamente a sua colaboração para o desenvolvimento do presente estudo. Se
você precisar de mais alguma informação, por favor, entre em contato conosco.
Atenciosamente,
Mavie Amaral Natalio
Mestranda em Ciências do
Movimento Humano da
Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC)
Stella Maris Michaelsen
Professora do Programa de Pós-
Graduação em Ciências do Movimento
Humano da Universidade do Estado de
Santa Catarina (UDESC)
Luci F. Teixeira-Salmela
Professora do Departamento de
Fisioterapia da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG)
250
Descrição das modificações realizadas na primeira versão do instrumento após avaliação dos
especialistas
2. Seguindo a sugestão dos especialistas, o Domínio Global do Instrumento foi modificado para
englobar todos os itens desenvolvidos: As estratégias adotadas e as características cinemáticas
relacionadas ao desempenho funcional da subida e descida de escada em indivíduos com
hemiparesia que possam ser observadas de forma visual direta e/ou através de câmera de
vídeo.
3. Em relação aos domínios desenvolvidos na primeira versão, houve uma mudança seguindo o
parecer do Especialista C que sugeriu o não uso do termo desempenho funcional, visto que
este engloba toda a tarefa. Assim, a segunda versão do instrumento foi subdividida em
Domínio de Características Gerais e Domínio de Estratégias Adotadas, sendo que os itens
pertencentes ao Domínio de Desempenho Funcional da primeira versão foram incluídos no
Domínio de Características Gerais.
4. Foi realizada a padronização em relação à terminologia em todo instrumento e optou-se pelo
uso do termo “parético” e “não parético”, seguindo sugestão dos especialistas.
5. Com o intuito de transpor a realização da atividade mais próxima do cotidiano dos indivíduos
avaliados será considerada a possibilidade de aplicação do instrumento com o uso de
dispositivos auxiliares e/ou órteses. Entretanto, nas instruções de uso do instrumento será
transmitida a orientação de que a avaliação deverá ser feita com e sem o uso de tais
dispositivos a fim de comparação.
6. Na primeira versão alguns itens não possuíam pontuação (de 0 a 2 pontos) como os demais e
então foram retirados do instrumento, tornando-se Itens Descritivos (não pontuados). São os
seguintes itens:
Domínio de Características Gerais: itens 1 (Número de degraus) e 2 (Uso de órteses);
Domínio de Desempenho Funcional: Itens A e B que dizem respeito a Cadência de
Subida e Descida de Escada.
7. Os itens que não alcançaram níveis aceitáveis em todas as características analisadas
(consistência, representatividade, relevância e clareza) pelo Índice de Validade de Conteúdo
(IVC) e pelo Coeficiente Kappa Modificado foram excluídos. São os seguintes itens:
Domínio de Desempenho Funcional Itens Comuns a Subida e Descida:
itens 4, 6, 7
e 16;
251
Domínio de Desempenho Funcional – Itens Referentes a Subida: item 1;
Domínio de Desempenho Funcional – Itens Referentes a Descida: item 1;
Domínio de Características Gerais para Subida e Descida:
e. Tronco: Rotação de Tronco e Pelve na fase de transição;
f. Quadril: Adução;
g. Joelho: Rotação Interna; Rotação Externa; Varismo; Valgismo;
h. Estabilidade Articular: foram excluídos todos os itens tanto para subida
como para descida.
8. A partir da avaliação dos especialistas verificou-se a necessidade de correção da escrita de
alguns itens para melhor compreensão dos mesmos. Assim, alguns itens sofreram
modificações apenas na escrita (terminologia e adequação da descrição) e outros foram unidos
para contemplar melhor as informações analisadas. Foram realizadas as seguintes
modificações:
Domínio de Características Gerais:
a. Item Nível de Confiança: alterações na escrita para melhor compreensão;
b. Item Graduação Funcional, opção 0: expressão “com sucesso ou apresenta
leve dificuldade” alterada para ‘sem dificuldade ou com leve dificuldade’;
Domínio de Desempenho Funcional:
a. Item Uso do Corrimão e dos Membros Superiores (2): realizou-se a união
deste com o item de Posicionamento dos membros superiores (4) para
melhor compreensão;
b. Item Intensidade do Uso do Corrimão (3): seguindo sugestões dos
especialistas foi acrescentada a este item a variável TEMPO DE USO,
diferenciando as opções de resposta em termos percentuais (%);
c. Item Posição do Membro Superior Parético (5): realizou-se a união deste
com o item de Balanço dos membros superiores (7) para melhor
compreensão;
d. Item Membro inferior que inicia o movimento (9): seguindo sugestão dos
especialistas e da literatura este item foi duplicado para ser avaliado
separadamente no Domínio de Itens Referentes a Subida e no Domínio de
Itens Referentes a Descida de escada;
e. Item Velocidade relativa de movimento dos membros inferiores (11): para
melhor compreensão foi acrescentado no título do item a expressão ‘na fase
de balanço’;
252
f. Item Estratégia de realização da atividade (12): para melhor compreensão o
título deste item foi alterado para “Alinhamento Corporal” e nas opções 1
e 2 foram acrescentadas as respectivas expressões ‘ligeiramente’ e
‘completamente’;
g. Item Estratégia de posicionamento dos pés no degrau (13): para melhor
compreensão o título deste item foi alterado para “Alinhamento dos pés no
degrau” e foram realizadas alterações na escrita nas opções de resposta;
h. Item Apoio dos pés no degrau (14): foram realizadas alterações na escrita
das opções de resposta 1 e 2 para melhor compreensão;
i. Item Contato inicial do com o degrau (15): foi acrescentada a expressão
“predominantemente” em todas as opções de resposta.
Domínio de Desempenho Funcional – Itens Referentes à Subida de Escada:
a. Adicionado um NOVO ITEM (item A) sobre o membro inferior que inicia
o movimento (conforme explicação ‘d’ acima);
b. Item de Colisão do com o degrau: foram realizadas alterações na escrita
para melhor compreensão e a expressão “choque foi substituída por
‘colisão’;
Domínio de Desempenho Funcional – Itens Referentes à Descida de Escada:
a. Realizada uma alteração na ordem dos itens 2 e 3;
b. Item Segurança no alcance do degrau inferior: na opção 0 foi acresecentada
a seguinte expressão ‘sem ou com leve dificuldade, MAS com total
segurança’;
c. Item Necessidade de auxilio na transição último degrau-chão: este item foi
totalmente alterado para melhor compreensão e acrescentado a variável
equilíbrio;
Domínio de Estratégias Adotadas para Subida e Descida de Escada:
a. Como este domínio foi avaliado de forma semelhante por todos os
especialistas tanto para a subida como para a descida de escada, e pelo fato
de ser um domínio longo, optou-se pela união dos mesmos (subida e
descida) no que tange ao ‘layout’ do instrumento;
b. Segundo a opinião dos especialistas e considerando que a literatura sobre as
análises cinemáticas descreve, usualmente, a análise da subida e descida nos
degraus intermediários de uma escada, optou-se pela exclusão da avaliação
da fase de transição;
253
c. Em relação à pontuação deste domínio, verificou-se a necessidade de
padronização da pontuação para todos os segmentos avaliados sendo
mantida apenas uma descrição de pontuação: (0) Não apresenta desvio ou
esse desvio é muito leve; (1) Apresenta desvio moderado; (2) Apresenta
desvio severo dificultando consideravelmente a realização da tarefa;
d. Em relação à avaliação das estratégias analisadas para cada segmento, os
especialistas sugeriram considerar os possíveis desvios, para mais ou para
menos, a partir da função normal. Assim, foram excluídas as expressões
“reduzida” e “excessiva” dos títulos dos itens. Além disso, atribuíram-se
valores negativos para desvios reduzidos e valores positivos para desvios
excessivos, a fim de diferenciá-los.
254
APÊNDICE F
MATERIAL DA TERCEIRA FASE DE VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO –
PORTUGUÊS
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO ESPORTE – CEFID
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO MOVIMENTO
HUMANO
Prezado pesquisador (a),
Você está sendo convidado (a) a participar da Terceira e última Etapa de Validação de
Conteúdo do Instrumento de Avaliação Clínica da Subida e Descida de Escada em Indivíduos com
Hemiparesia. Esta etapa consiste na reavaliação de alguns itens da versão modificada do instrumento que
sofreram alterações de acordo com a segunda validação de conteúdo. São apenas 10 itens que deverão ser
analisados quanto a consistência, representatividade, relevância e clareza.
Além disso, o domínio Global do Instrumento também sofreu alteração a fim de melhor abranger
todos os itens avaliados.
Apresentamos as modificações realizadas e logo em seguida você poderá fazer sua avaliação e
seus comentários. Por favor, preencha todos os critérios avaliados mesmo que sua avaliação corresponda
ao escore 1. Esta será a última avaliação a ser feita pelo comitê de especialistas e sua participação é muito
importante para a conclusão desta pesquisa.
Solicitamos se possível, o envio por email da sua reavaliação em um período de três (3) dias a
partir da data de recebimento do material, isto é, até no máximo 13/01/2010.
Agradecemos imensamente a sua colaboração para o desenvolvimento do presente estudo. Se
você precisar de mais alguma informação, por favor, entre em contato conosco.
Atenciosamente,
Mavie Amaral Natalio
Mestranda em Ciências do
Movimento Humano da
Universidade do Estado de
Santa Catarina (UDESC)
Stella Maris Michaelsen
Professora do Programa de Pós-
Graduação em Ciências do
Movimento Humano da
Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC)
Luci F. Teixeira-Salmela
Professora do Departamento de
Fisioterapia da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG)
255
Modificações realizadas após a segunda fase de Validação de Conteúdo
Apresentamos os itens com as devidas alterações destacadas em vermelho e com uma breve explicação.
DOMINIO GLOBAL DO INSTRUMENTO:
Avaliar as estratégias adotadas e as características cinemáticas relacionadas ao desempenho funcional da
subida e descida de escada que podem ser observadas de forma visual direta e/ou através de câmera de
vídeo, e verificar o nível de confiança e de capacidade funcional de indivíduos com hemiparesia
para a realização desta atividade.
ITENS ALTERADOS E CORRIGIDOS
DOMINIO DE CARACTERISTICAS GERAIS – SUBIDA E DESCIDA DE ESCADA
Item 4: foi corrigido em relação a clareza a fim de abranger todas as possibilidades de resposta.
4 – Uso do corrimão e dos membros superiores
(0) Não faz uso do corrimão
(1) Usa apenas uma das mãos para apoiar no corrimão
(2) Usa as duas mãos para apoiar no corrimão
Item 5: questionou-se na segunda fase de validação de conteúdo a viabilidade e fidedignidade de
avaliação da intensidade do uso do corrimão através de observação direta e/o câmera de vídeo. Além
disso, como o item foi construído com duas variáveis (tempo e intensidade) não abrange todas as
possibilidades de resposta. Assim, realizou-se a correção do mesmo excluindo a variável intensidade.
5 – Tempo de uso do corrimão
(0) Não faz uso do corrimão ou faz uso em 25% ou menos do tempo total da tarefa
(1) Faz uso do corrimão em até 50% do tempo total da tarefa
(2) Faz uso do corrimão em 50% ou mais do tempo total da tarefa
Item 6: a escrita do título e do item como um todo foi corrigida a fim de propiciar melhor clareza do
mesmo e abranger melhor as possibilidades de resposta.
6 – Posição dos membros superiores
(0) Ambos os MMSS são posicionados ao longo do corpo ou com leve redução do balanço
(1) Pelo menos um dos MMSS apresenta-se fixo junto ao corpo e nenhum apóia no corrimão
(2) Ambos os MMSS apresentam-se fixos junto ao corpo ou apóiam no corrimão, ou ainda, um MS
apresenta-se fixo junto ao corpo e o outro apóia no corrimão
256
Item 8: verificou-se erro na escrita deste item no diz respeito ao membro inferior que permanece mais
tempo apoiado, que no caso é o membro inferior NÃO parético.
8 – Simetria da duração do tempo de apoio nos membros inferiores (tempo relativo)
(0) Simetria: nenhuma ou leve diferença no tempo relativo de apoio é observada entre os membros
inferiores
(1) Assimetria: moderada diferença no tempo relativo de apoio é observada, sendo que membro inferior
não parético permanece mais tempo apoiado
(2) Assimetria: severa diferença no tempo relativo de apoio é observada, sendo que membro inferior não
parético permanece mais tempo apoiado
Item 10: para melhor compreensão foi acrescentada a expressão “na maior parte do tempo” a todas as
opções de resposta.
10 – Alinhamento Corporal
(0) Normal: realiza atividade de frente, na maior parte do tempo
(1) Alterado: realiza atividade ligeiramente de lado (tronco e membro inferiores rodados), na maior parte
do tempo
(2) Alterado: realiza atividade completamente de lado (subida) ou de costas (descida), na maior parte do
tempo
Item 11: para melhor compreensão das opções de resposta foram corrigidas.
11 – Alinhamento dos pés no degrau
(0) Ambos os pés são posicionados de frente ou um dos pés apresenta leve rotação
(1) Um ou ambos os dos pés são posicionados com moderada rotação
(2) Um ou ambos os dos pés são posicionado com severa rotação (de lado)
Item 12: para melhor compreensão foi acrescentada a expressão “na maior parte do tempo” nas opções
de resposta (0) e (1).
12 – Apoio dos pés no degrau
(0) Todo o pé é apoiado na superfície do degrau, na maior parte do tempo
(1) Na maior parte do tempo, pelo menos um dos membros inferiores apóia menos de 75% do na
superfície do degrau, permanecendo fora o calcanhar na subida ou os dedos na descida.
(2) Em pelo menos um dos membros inferiores, menos de 50% do pé apóia na superfície do degrau,
dificultando a descarga de peso
257
DOMINIO CARACTERISTICAS GERAIS –
ITENS REFERENTES A SUBIDA DE ESCADA
Item 2: corrigida a escrita do item com retirada da expressão “E sem perda de equilíbrio” da opção (0) de
resposta.
2 – Colisão do pé com o degrau durante a subida de escada
(0) Alcança o degrau superior sem colidir o pé
(1) Colisão do pé com o degrau superior é observada, MAS sem perda de equilíbrio
(2) Colisão do pé com o degrau superior é observada, E ocorre desequilíbrio
DOMINIO CARACTERISTICAS GERAIS –
ITENS REFERENTES A DESCIDA DE ESCADA
Item 2: para melhor compreensão do item excluiu-se a avaliação da variável segurança, permanecendo
avaliação do nível de dificuldade.
2 – Dificuldade no alcance do degrau inferior com o pé durante a descida de escada
(0) Alcança o degrau inferior sem ou com leve dificuldade
(1) Alcança o degrau inferior com moderada dificuldade, interferindo pouco na realização da
atividade
(2) Alcança o degrau inferior com severa dificuldade, interferindo muito na realização da atividade
Item 3: para melhor compreensão do item excluiu-se a avaliação da variável equilíbrio, permanecendo
avaliação do nível de dificuldade.
3 – Necessidade de auxílio na transição último degrau-chão
(0) Realiza transição entre último degrau e chão com leve dificuldade: não necessita de auxílio
externo (corrimão/dispositivos auxiliares/pessoa)
(1) Realiza transição entre último degrau e chão com moderada dificuldade: necessitando de
supervisão ou uso do corrimão
(2) Realiza transição entre último degrau e chão com severa dificuldade: necessita de auxílio externo
de uma pessoa
258
APÊNDICE G
ESTUDO PILOTO DA CINEMÁTICA QUANTITATIVA
1. OBJETIVOS
1.1 Objetivo geral
O objetivo geral do estudo piloto da análise cinemática quantitativa (em laboratório) da subida
e descida de escada em indivíduos com hemiparesia é avaliar a viabilidade do estudo e do protocolo de
coleta de dados.
1.2 Objetivos específicos
1. Capacitar o pesquisador para a utilização da instrumentação e do protocolo de coletas;
2. Verificar a adequação da escada para o procedimento de coleta cinemática;
3. Verificar as condições de segurança da escada no ambiente de coleta para a subida e
descida de indivíduos com hemiparesia;
4. Verificar o tempo total para coleta dos dados;
5. Analisar possíveis variáveis que possam interferir no estudo e que devam ser controladas.
2. METODODOLOGIA
2.1 Local e data
O estudo piloto foi realizado no mês de dezembro de 2008 no Laboratório de Biomecânica do
CEFID-UDESC.
2.2 Sujeitos
Participaram desta etapa dois (2) indivíduos com hemiparesia sendo um do sexo feminino (74
anos) e outro do sexo masculino (64 anos), que já haviam participado das análises cinemáticas
qualitativas realizadas anteriormente.
Os indivíduos selecionados concordaram participar desta análise e assinaram o termo de
consentimento livre e esclarecido (TCLE), aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição n
o
42/2008,
bem como um consentimento para fotografias, vídeos e gravações com informações a respeito dos
procedimentos aos quais serão submetidos e suas respectivas finalidades.
259
As avaliações clínicas foram realizadas no início do segundo semestre de 2008 juntamente
com a análise qualitativa e a partir desta etapa selecionou-se os indivíduos que participariam deste
estudo piloto. A fim de caracterizar a amostra foram utilizados os seguintes testes: a) Medida de
Independência Funcional (MIF); b) Teste de Levantar e Andar (Time Up and Go – TUG); c) Escala de
Recuperação Motora de Fugl-Meyer; d) Escala de Ashworth Modificada; e) Mensuração do
comprimento dos membros inferiores; f) Goniometria passiva e ativa da amplitude de movimento
(ADM) de joelho e tornozelo. Durante a avaliação clínica os indivíduos foram orientados a usar roupas
e calçados habituais. Todos os testes foram realizados sem dificuldade e descreveram a capacidade
funcional dos indivíduos participantes (tabela 1).
Tabela 1: Descrição da Avaliação Clínica
Ashworth Modificada Comprimento
Total MI (cm)
Sujeitos
Ext. Joelho* Flex. Plantares*
Fugl-
Meyer
TUG (seg.)
D** E**
1
0 1,0 27 12,0 74 75
2
0 1,0 31 19,8 73,5 74,5
TUG: tempo do levantar e andar; Ext.: extensores; Flex.: flexores; MI: membro inferior; D direito; E:
esquerdo;
2.3 Procedimentos
Primeiramente foi realizada a organização do ambiente do laboratório procedendo-se com o
devido posicionamento da escada de madeira (figura 1) e a calibração da câmera de vídeo (figura 2).
Os sujeitos envolvidos preencheram uma ficha com dados cadastrais (nome, idade, sexo) e foram
coletados os dados antropométricos: altura (cm), peso (kg), comprimento dos membros inferiores
(MMII).
Foi solicitado aos participantes o uso de roupa preta (bermuda e regata) e de sapatos
confortáveis para facilitar a aquisição das imagens. Em seguida foram fixados com fita adesiva os
doze (12) marcadores reflexivos passivos, bilateralmente posicionados nos pontos anatômicos
determinados conforme o modelo antropométrico: a) Acrômio; b) Crista ilíaca; c) Trocânter maior do
Fêmur; d) Côndilo lateral do Fêmur; e) Maléolo lateral da Tíbia; f) Tálus.
260
Figura 1: Escada de madeira construída para Análise Cinemática (altura do degrau: 17 cm;
profundidade do degrau: 28 cm; largura da escada: 80 cm).
Figura 2: Calibrador de quatro pontos utilizado na análise cinemática.
Foi solicitado aos participantes a realização dos movimentos de subida e descida de escada de
forma espontânea, em velocidade confortável, e caso necessitassem de auxílio um dos pesquisadores
estaria sempre ao lado para escada supervisionando os movimentos.
2.4 Instrumentos
A aquisição da cinemática quantitativa foi realizada através da câmera filmadora da marca
Panasonic MiniDV modelo PV-Gs 85, com freqüência de aquisição de 30 Hz, posicionada no plano
sagital a escada, sendo realizada a movimentação da escada em relação a câmera para que ambos os
lados fossem filmados tanto na subida quanto na descida (figura 3).
261
A. Visão do plano sagital direito da subida. B. Visão do plano sagital esquerdo da subida.
Figura 3: Posicionamento da câmera em relação a escada.
2.5 Coleta de dados
Os participantes foram familiarizados com a escada e com o protocolo realizando uma
tentativa para a adaptação. A instrução para execução do movimento foi: “Caminhe até a escada, suba
os quatro degraus e realize um giro de 180° no patamar da escada. Aguarde o comando e então
execute a descida dos quatro degraus, caminhando até a marcação inicial”.
Ao todo foram realizados dez (10) movimentos de subida e descida, sendo cinco (5)
movimentos no plano sagital esquerdo e cinco (5) no plano sagital direito. Entre cada repetição foi
fornecido aos participantes um intervalo de repouso de 2 minutos entre as repetições para cada lado,
ou quando o participante solicitasse. E durante toda coleta foram mensurados os valores da pressão
arterial e da freqüência cardíaca, não sendo verificada nenhuma alteração significativa nesses
parâmetros. O padrão motor espontâneo (passo-a-passo ou passo alternado) foi respeitado, entretanto
na ocorrência do padrão passo-a-passo, foi solicitado ao participante a realização de mais uma
aquisição em passo alternado para obtenção da real capacidade angular do membro afetado.
2.6 Análise de dados
A análise dos dados cinemáticos será realizada através do software APAS™ considerando as
variáveis temporais e angulares da subida e descida de escada. As variáveis temporais e angulares
analisadas serão, respectivamente, a duração da fase de apoio e a duração da fase de balanço, os
ângulos articulares de quadril, joelho e tornozelo. Considerando o objetivo deste estudo piloto, que foi
de avaliar a viabilidade do uso da escada construída para coleta da cinemática e a capacidade de
indivíduos apresentando hemiparesia em realizar a subida e descida da escada com segurança, a
análise dos dados cinemáticos não foi realizada.
262
2.8 Resultados
Objetivo 1 Capacitar o pesquisador para a utilização da instrumentação e do protocolo de
coleta de dados
Antes da realização das coletas com os indivíduos participantes foi realizado um período de
treino e familiarização dos pesquisadores com os intrumentos de coletas. Nesta etapa foram
elaborados: o posicionamento da câmera e da escada na sala de cinemetria do laboratório de
biomecânica, o método de calibração utilizado, a colocação do marcadores e a seqüência dos
procedimentos de coleta.
Devido a necessidade no oferecimento de auxílio pessoal durante a coleta, optou-se pelo uso
de apenas uma câmera disposta no plano sagital, sendo realizada a movimentação da escada em
relação a câmera para obtenção da filmagem de ambos os lados.
A calibração da área de visualização da mera foi realizada através de quadro de madeira
com dimensões de 180 cm de altura e 120 cm de largura, onde foram definidos quatro (4) pontos,
suficiente para aquisições bidimensionais (figura 2). A calibração será realizada com o
reconhecimento dos pontos demarcados no calibrador, sendo que as medidas entre os pontos inseridas
no software de análise cinemática.
Os marcadores reflexivos foram posicionados com fitas adesivas nos seguintes pontos
articulares: crista ilíaca superior, no trocânter maior do fêmur, no côndilo lateral do fêmur, no maléolo
lateral da tíbia, no tálus (PROTOPAPADAKI et al., 2007; PETRARCA et al., 2006; RIENER,
RABUFFETTI, FRIGO, 2002).
Os procedimentos de coletas elaborados neste período incluíram a aquisição dos dados
antropométricos, a fixação dos marcadores reflexivos, a familiarização dos participantes com a escada
e com o ambiente de pouca luminosidade, e a aquisição das filmagens. No período em que a escada
era deslocada para a filmagem do lado oposto, foi estipulado o período de descanso fornecido aos
participantes.
Objetivo 2 - Verificar adequação da escada para o procedimento de coleta cinemática
A escada utilizada para estas aquisições não possuía corrimões devido ao fato destes
interferirem na visualização dos marcadores reflexivos em alguns momentos da coleta, optando-se
pelo auxílio pessoal fornecido sempre que o participante necessitasse. Outro fator analisado para a
decisão de não utilizar os corrimões foi o interesse de filmar simultaneamente os dois lados de
movimento com duas câmeras dispostas no plano sagital esquerdo e direito. Entretanto, verificou-se
que a inexistência do corrimão alterou a cadência (ambos os participantes foram mais lentos) e o
padrão motor (sendo freqüentemente utilizado o passo-a-passo, as rotações de tronco e de membros
inferiores: subindo e descendo com o corpo lateralizado). Desta forma, concluímos que para as coletas
futuras será necessária a adaptação de um corrimão móvel disposto no lado contralateral ao plano de
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filmagem, além da padronização das coletas incentivando que todos os participantes utilizem o
corrimão durante as coletas, mesmo que não necessitem. E a filmagem será, então, realizada
separadamente no plano sagital esquerdo e direito por apenas uma câmera.
A escada utilizada para esta análise não passou por processo de pintura, e ainda assim a cor do
piso e das laterais da escada refletia na câmera prejudicando a nitidez da filmagem. A solução deste
fator será realizada pelo escurecimento das paredes laterais e a manutenção da cor natural nos degraus,
com o intuito de melhorar a aquisição dos dados e não interferir na visualização da mesma por parte
dos participantes (ilusão de óptica).
Objetivo 3 - Verificar as condições de segurança da escada no ambiente de coleta para a subida e
descida de indivíduos com hemiparesia
Verificou-se durante a coleta de dados uma alteração do padrão motor da subida e descida de
escada nos indivíduos participantes devido a pouca luminosidade do ambiente e a falta do corrimão
para auxílio. A baixa luminosidade é necessária devido ao sistema de aquisição cinemática utilizado,
que faz uso de marcadores reflexivos, entretanto, foi mantido um grau de luminosidade acima do
necessitado para a filmagem a fim de garantir maior segurança aos avaliados.
Ainda com relação ao padrão motor e a padronização das coletas, verificou-se que devido a
baixa luminosidade os participantes realizavam com maior freqüência o padrão passo-a-passo. Em
nosso protocolo, caso o participante utilizasse o padrão passo-a-passo seriam realizadas novas
aquisições incentivando-se a utilização do passo alternado, visto que este último facilitaria a análise
dos dados angulares. No entanto, tivemos que realizar diversas repetições para conseguir um número
suficiente de aquisições para cada membro inferior e isto influenciou na fadiga do participante. Assim,
indica-se a padronização da coleta para que todos os participantes utilizem passo alternado, mesmo
que este não corresponda ao padrão motor espontâneo dos indivíduos analisados.
Objetivo 4 - Verificar o tempo total para coleta dos dados;
A organização do laboratório para realização da coleta, isto é, o posicionamento da escada de
madeira e do sistema de aquisição de dados foi de aproximadamente 30 minutos. A duração da coleta
com os participantes, incluindo a colocação dos marcadores reflexivos, a familiarização com o
protocolo de coleta, os dez (10) movimentos totais de subida e descida (de ambos os lados) e o
intervalo de descanso concedido entre as repetições, compreendeu um período de cerca de 60 minutos.
Objetivo 5 - Analisar possíveis variáveis que possam interferir no estudo e que devam ser
controladas.
O protocolo para a realização da análise cinemática deste estudo piloto incluia o uso de
sapatos habituais durante a aquisição dos dados, e apesar desta utilização influenciar na aquisição dos
264
valores angulares da articulação do tornozelo, esse método foi realizado a fim de assegurar a
realização da tarefa de uma forma mais próxima do cotidiano de cada participante.
Foi realizada a tentativa de padronização com relação ao posicionamento dos membros
superiores (MMSS) solicitando que os participantes realizassem a subida e descida de escada com os
membros superiores cruzados sobre o tronco, no entanto esse método influenciou na segurança auto-
relatada pelos participantes e visualizada pela redução da cadência. Desta forma, optou-se pela
utilização do posicionamento dos MMSS ao longo do corpo, apesar de nesta posição haver
sobreposição dos mesmos nos marcadores reflexivos. Nas coletas subseqüentes os participantes serão
orientados a utilizar o corrimão unilateral e manter o membro superior oposto cruzado sobre o tronco.
3. Considerações Finais
A análise cinemática quantitativa da subida e descida de escada em indivíduos com
hemiparesia é uma etapa complementar ao desenvolvimento desta pesquisa e tem como objetivo a
aquisição dos valores angulares para esta população, não encontrada na literatura, e a inclusão destes
dados no instrumento de avaliação clínica desta tarefa que está sendo desenvolvido paralelamente.
No período de familiarização do pesquisador com os instrumentos e protocolos de coletas
verificou-se a necessidade do uso do corrimão móvel em pelo menos um dos lados da escada e por
conta disso será mantida a utilização de apenas uma câmera posicionada no plano contralateral ao
corrimão.
Além da existência do corrimão móvel será realizada padronização para que todos os
indivíduos analisados utilizem o mesmo durante as coletas e mantenham o membro superior oposto
cruzado sobre o tronco, reduzindo assim a alterações de cadência e de padrão motor encontradas neste
estudo piloto. Será ainda solicitado que todos os participantes utilizem o passo alternado, mesmo que
este não corresponda ao padrão motor espontâneo dos indivíduos analisados. E para reduzir a
interferência da cor do piso da escada na nitidez da filmagem realizada pelo escurecimento das paredes
laterais e a manutenção da cor natural nos degraus.
Como comentado anteriormente, verificou-se neste estudo piloto a necessidade de uma melhor
padronização da coleta, mesmo que de certa forma isto venha interferir no padrão espontâneo dos
indivíduos analisados. Contudo, cabe ressaltar que a análise em laboratório pode influenciar na
espontaneidade do movimento reproduzido fora de seu ambiente real.
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