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que se tratam de áreas que exigem um maior cuidado do poder público, sendo que
áreas subnormais, no entender da COHAB-LD, podem ser favelas, ocupações e
assentamentos, e que, segundo a definição do IBGE se trata de um
conjunto constituído por no mínimo 51 unidades habitacionais
(barracos, casas, etc.) ocupando ou tendo ocupado, até período
recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular),
dispostas, em geral, de forma desordenada e densa. Em sua maioria
são carentes de serviços públicos essenciais” (FJP, 2005, p. 32).
A definição do IBGE, principalmente quando se refere a uma ocupação
desordenada, densa e carente dos serviços públicos essenciais, remete às favelas
do Rio de Janeiro e São Paulo. As favelas cariocas estão estabelecidas no
imaginário como um morro cheio de casas em péssimas condições e sem nenhuma
infra-estrutura urbana, como por exemplo, a favela da Rocinha, uma das maiores do
Brasil e que abriga mais de 50 mil habitantes (Davis, 2006). Já as favelas
paulistanas também se notabilizam por serem gigantescas áreas superpovoadas e
cobertas por barracos e habitações em estado precário, como a favela de Heliópolis,
que já foi a maior do Brasil, com mais de 100 mil habitantes.
Esses tipos de favelas não são encontrados na cidade de Londrina, até
por se tratar de uma cidade média, ao contrário das metrópoles apresentadas como
exemplo; mas nem por isso a cidade deixa de enfrentar problemas com as áreas
subnormais, ocupações de áreas públicas e privadas e condições precárias de
habitação. Para melhor trabalhar essas áreas e uniformizar os estudos, a COHAB-
LD separou em 3 categorias as áreas de ocupação subnormal que ocorrem na
cidade de Londrina, são elas: Favelas Urbanizadas, Assentamentos e Ocupações
Irregulares (COHAB-LD, 2002).
As Favelas Urbanizadas (Figura 7) são, de acordo com a COHAB-LD,
núcleos de gênese espontânea, inicialmente desordenado, produto de invasão
organizada ou ocupação desordenada gradativa, em área pública ou privada, mas
que já passaram por processo de urbanização básica, como: demarcação de lotes,
abertura de ruas, implantação de sistema de abastecimento de água potável e
energia elétrica; serviços quase sempre executados pelo poder público e que visam
a futura regularização fundiária, bem como evitar o agravamento da situação social e
sanitária dos moradores, mas que podem ou não receber a regularização,
dependendo de diversos fatores. As habitações das favelas urbanizadas,