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Tatiane Meneses Brandão
Bióloga e Tecnóloga em Alimentos
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TERESINA - PI
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Tatiane Meneses Brandão
Bióloga e Tecnóloga em Alimentos
Orientador: Prof. Dr. Agustinho Valente de Figueirêdo
Co-orientador: Prof. Dr. João Batista Lopes
Dissertação apresentada ao Centro
de Ciências Agrárias, da
Universidade Federal do Piauí, para
obtenção do título de Mestre em
Ciência Animal, Área de
concentração: Nutrição e Produção
Animal de Interesse Econômico.
TERESINA - PI
2008
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B817 Brandão, Tatiane Meneses
Diferentes tipos de óleos de soja e níveis de energia em
em dietas de frango: desempenho e característica de car-
caça. / Tatiane Meneses Brandão – 2008.
48f. il
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Piauí,
2008.
Orientador: Profº. Dr. Agustinho Valente de Figueiredo
1. Frango de corte – Alimentos 2. Óleos de soja – Dietas
de frango 3. Níveis de energia I. Título
CDD 636.508 4
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Tatiane Meneses Brandão
Dissertação aprovada em:
Comissão julgadora:
Prof. Dr. Agustinho Valente de Figueiredo – CCA/UFPI
Orientador
Prof. Dr. João Batista Lopes– CCA/UFPI
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Hunaldo Oliveira Silva – EAFSE/SE
5
Dedicatória
Dedico a todos os pesquisadores que trabalham em prol do conhecimento e do
desenvolvimento de novas tecnologias.
6
Agradecimentos
A Deus pela perseverança, saúde, por tudo que sou e tenho.
Aos meus pais por terem aberto as portas da sabedoria com confiança e
amor, entendendo e apoiando a importância da pesquisa na minha vida.
Sinceros e profundos agradecimentos ao meu orientador Prof. Dr.
Agustinho Valente de Figueirêdo pela amizade, respeito, confiança, sabedoria
compartilhada e por ter sido a pessoa que mais acreditou no meu potencial
colaborando incondicionalmente no desenvolvimento de todas as etapas desta
pesquisa.
Ao Prof. Dr. João Batista Lopes pela sabedoria colaboradora, amizade e
profissionalismo.
Aos amigos Lidiana Dantas de Siqueira Nunes, Daniel Albuquerque, Luís
Francisco de França Segundo, Carolina, Karla, Anderson e Anderson Barbosa
pela colaboração, apoio e participação nas atividades corriqueiras.
A minha irmã Zoraíma Meneses Brandão, pelo incentivo e colaboração
nas atividades de pesquisa.
Ao meu “primo-irmão” Reinaldo Lima Filho, que sempre esteve solícito a
um pedido de ajuda dedicando com este todo seu apoio, e carisma.
Ao meu noivo Robson Alves da Silva pelo companheirismo, apoio,
compreensão, amor e dedicação dedicados a cada passo desta realização.
Aos funcionários do Departamento de Zootecnia, pela ajuda concedida
durante estes dois anos.
7
SUMÁRIO
Pág.
LISTA DE TABELAS vii
LISTA DE FIGURAS viii
LISTA DE GRÁFICOS ix
LISTA DE ABREVIATURA E SÍMBOLOS x
RESUMO xi
ABSTRACT xii
1 INTRODUÇÃO 1
2 REVISÃO DE LITERATURA 3
2.1 A produção de frango de corte 3
2.2 Influência das condições ambientais na produção de frango de corte 4
2.3 Aspectos fisiológicos da digestão de lipídeos em frangos de corte 7
2.4 Óleos vegetais na alimentação de frango de corte 10
2.5 Importância da energia na produção de frangos de corte 12
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22
3.1 Introdução 23
3.2 Material e Métodos 25
3.3 Resultados e discussão 28
3.3.1 Temperatura e umidade relativa do ar 29
3.3.2 Consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar 30
3.3.3 Rendimento de carcaça 42
4 CONCLUSÔES GERAIS 46
ANEXOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23
8
vii
LISTA DE TABELAS
Pág.
Tabela 1 - Desempenho de frangos de corte alimentados com rações contendo
diferentes tipos de óleos de soja associados a diversos níveis de energia nas
primeiras fases de criação....................................................................................... 31
Tabela 2 – Consumo de ração (CR), ganho de peso (GP) e conversão alimentar
(CA) de aves alimentadas com diferentes tipos de óleos de soja e diferentes níveis
de energia nas últimas fases de criação....................................................................35
Tabela 3 Consumo de ração (CR), Ganho de peso (GP) e Conversão Alimentar
(CA) para alimentação de frangos com diferentes tipos de óleos de soja e diferentes
tipos de energia no peodo de 1 a 42 dias de idade.................................................39
Tabela 4- Valores percentuais das principais características de carcaça de frangos
abatidos aos 42 dias de idade em função dos diferentes tipos de óleos de soja e dos
diferentes níveis de energia.......................................................................................45
Tabela 5 Composição das rações para fase inicial (1 a 7 dias) de acordo com os
níveis de inclusão de diferentes tipos de óleos de soja e diferentes níveis de
energia.......................................................................................................................52
Tabela 6 - Composição das rações para fase de crescimento (8 a 21 dias) de acordo
com os níveis de inclusão de diferentes tipos de óleos de soja e diferentes níveis de
energia.......................................................................................................................53
Tabela 7 - Composição das rações para fase de engorda (22 a 32 dias) de acordo
com os níveis de inclusão de diferentes tipos de óleos de soja e diferentes níveis de
energia.......................................................................................................................54
Tabela 8 - Composição das rações para fase de terminação (33 a 42 dias) de
acordo com os níveis de inclusão de diferentes tipos de óleos de soja e diferentes
níveis de energia........................................................................................................55
9
viii
LISTA DE FIGURAS
Título
Página
Figura 01 Esquema da utilização da energia pelos monogástricos 14
10
ix
LISTA DE GRÁFICOS
L
ista
Título
Página
Gráfico 1. Variação da temperatura no período experimental
29
Gráfico 2. Variação da umidade relativa no período experimental
de desempenho
30
11
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
CA – Conversão Alimentar
ºC – Graus Celsius
CR – Consumo de Ração
CMR – Consumo Médio de Ração
CMA – Custo Médio de Arraçoamento
g – Grama
GP – Ganho de Peso
GPM – Ganho de Peso Médio
h – Horas
kcal – Quilocalorias
MB – Margem Bruta
MBM – Margem Média Bruta
MS – Matéria Seca
PB – Proteína Bruta
PFV – Preço do Frango Vivo
PV – Peso Vivo
RBM – Renda Bruta Média
SAS – Statitical Analysis Sistem
TGI – Trato Gastrointestinal
12
xi
RESUMO
Os óleos vegetais têm sido uma alternativa de fornecimento energético e de
complementação calórica na alimentação de frango de corte. Diversas são as
fontes de óleos utilizadas na complementação alimentar das dietas destas
aves, dentre estas principalmente o óleo de soja refinado. Devido ao grande
emprego do óleo desta leguminosa avaliou-se dois tipos de óleos de soja (bruto
e degomado) e três níveis de energia (baixo, normal e alto) na alimentação de
frangos de corte de linhagem Ross avaliando o consumo de ração, o ganho de
peso e a conversão alimentar no período inicial de 1 a 21 dias e no período
total de 1 a 42 dias. A característica da carcaça e o rendimento dos cortes
também foram avaliados, no período final. Desta forma pode-se observar que a
utilização do óleo bruto de soja e do óleo degomado de soja, em diferentes
níveis energéticos, não resultou em prejuízo ao desempenho zootécnico, nem
ao rendimento de carcaça de frango de corte. Os resultados apontaram
também que os menores valores de consumo estavam relacionados a aquelas
rações com acréscimo de energia e conseqüentemente com maior quantidade
de óleos nas rações. Estas adições não interferiram no ganho de peso e nem
na conversão alimentar ao final do ciclo de criação, permitindo inferir que o uso
de diferentes valores de energia e que os diferentes tipos de óleos de soja
possam ser oferecidas sem perdas no desempenho. Quanto ao emprego
econômico da ração a maior margem bruta média foi apresentada pela ração
formulada com óleo bruto de soja em maior nível de energia.
Palavras-chaves: óleos de soja, níveis de energia, desempenho, frango de
corte
13
xii
ABSTRACT
Vegetable oils are an alternative energy supply and caloric supplementation in
the diet of broilers. There are several sources of oils used in food
supplementation of the diets of these birds, especially those among the refined
soybean oil. Due to the large use of this oil legume evaluated for two types of
soybean oil (crude and degummed) and three levels of energy (low, normal and
high) in feed for broilers from Ross evaluating feed intake, the weight gain and
feed conversion in the initial period of 1 to 21 days and the total period of 1 to
42 days. The characteristic of carcass yield and cuts were also assessed in the
final period. Thus it can be observed that the use of crude soybean oil and
degummed soybean oil at different energy levels, did not result in damage to
livestock performance, or the carcass yield of broilers. The results showed that
the lowest values of consumption were related to those diets with increased
energy and consequently with greater quantity of oil in the diets. These
additions do not interfere with weight gain and feed conversion or the end of the
cycle of creation, we infer that the use of different values of energy and that
different types of soybean oil can be provided without loss in performance. As
for the economic use of the diet increased average gross margin was presented
by the diet formulated with crude soybean oil at higher level of energy.
Keywords: soybean oil, energy levels, performance, broiler chicken
14
1 INTRODUÇÃO
O consumo da carne de frango pelo homem tem crescido bastante por
ser considerada uma carne de boa qualidade nutricional e apresentar baixo
nível calórico. Este crescimento tem impulsionado a criação de frango de corte
tornando a avicultura um setor economicamente importante para o Brasil.
A avicultura envolve a criação de aves para a produção de alimentos,
principalmente carne e ovos. Para isso, o progresso da indústria avícola tem
contado com os avanços nas áreas de melhoramento genético, manejo,
sanidade e nutrição, sendo que este último tem desempenhado importante
papel, com intensa busca de melhora no aproveitamento dos nutrientes das
dietas.
Alguns fatores podem alterar as exigências nutricionais das aves, como
raça, linhagem, sexo, consumo de ração, disponibilidade dos nutrientes,
temperatura ambiente, umidade do ar e aspectos sanitários. Porém, tem-se o
nível energético fornecido através da ração, como fator limitante para o
desempenho de frangos de corte pois está diretamente relacionada à
necessidade de consumo da ave.
O fornecimento de energia é importante para qualquer espécie animal,
sendo essencial para a manutenção, crescimento e reprodução. Para as aves,
o teor de energia da ração pode influenciar significativamente no crescimento e
na utilização dos alimentos.
A energia dietética, de modo geral, provém do uso dos carboidratos,
proteína e lipídeos, sendo os lipídeos as melhores fontes de energia a serem
utilizadas pelos animais, pois além de fornecer energia com baixo incremento
metabólico, o fontes de ácidos graxos essenciais para manutenção da
estrutura e função da membrana celular.
No Brasil, existe grande diversidade de alimentos e de subprodutos de
origem vegetal que podem ser utilizados na alimentação animal. Esta
diversidade proporciona diferenças na composição dos alimentos e pode ser
decorrente de vários fatores como, fertilidade do solo, regime hídrico, variedade
cultivada, tempo de armazenamento, entre outros. Assim, novos produtos
empregados na alimentação de aves objetivam o atendimento das exigências
nutricionais e a redução dos custos das rações (NERY et al., 2007).
15
Existem várias fontes de lipídeos como óleos e gorduras que podem ser
adicionados à alimentação de frangos de corte, porém o óleo vegetal tem sido
empregado na oferta de energia prontamente disponível e como fonte de ácido
graxo essencial para estes animais. Sua adição promove um efeito
extracalórico benéfico no desempenho produtivo das aves e é geralmente
refletido na melhoria da taxa de crescimento, na utilização dos nutrientes da
ração e no seu conteúdo de energia metabolizável.
Diversas o as fontes de óleos refinados vegetais adicionados às
dietas: girassol, oliva, coco e soja. Porém, outras fontes de energia, como o
óleo degomado e bruto de soja, podem ser utilizadas na formulação de rações
para frangos, na tentativa de conferir menor custo de produção e ao mesmo
tempo, manter a qualidade do produto final.
O óleo degomado e o óleo bruto de soja são obtidos dos grãos de
Gluycine max. L Merril, porém, diferenciam-se na etapa de processamento do
refino. O óleo degomado é obtido após a remoção de fosfatídeos, proteínas e
substâncias coloidais do óleo bruto (MORETTO, 1998) sendo este isento de
misturas de outros óleos, gorduras ou outras matérias estranhas, e apresenta
aparência turva a 25ºC, ponto de ebulição entre 30 60ºC; 0,1% de lecitina e
máximo de acidez 2,0%. (MEAARA, 1993).
Objetivou-se avaliar os efeitos de diferentes tipos de óleo de soja, em
vários níveis de energia nas dietas de frango de corte, sobre o desempenho
produtivo e o rendimento de carcaça.
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2.1 A produção de frango de corte
A cadeia de produção avícola nacional constituiu-se no setor pecuário
com maior índice de industrialização e de uma atividade de grande importância
econômica no setor agropecuário brasileiro.
Os grandes progressos em genética, nutrição, manejo e sanidade,
verificados nos últimos anos transformaram a criação de frango de corte em
uma fonte alternativa de consumo de proteína de origem animal (RODRIGUES
et al., 2003).
Devido à produção em larga escala, vários atores desta cadeia exigem
um desenvolvimento produtivo com qualidade nutricional e ambiental,
principalmente os consumidores (PALHARES, 2003). Assim, a evolução da
avicultura resulta em frangos precoces e com grande eficiência para converter
diferentes alimentos em proteína animal (BORGES, et al., 2003).
Para atingir o mercado consumidor em grande escala, a produção de
frangos de corte visa o rápido ganho em peso com a utilização eficiente da
alimentação por estes animais. Entretanto, as exigências nutricionais dos
frangos, para torná-los excelentes conversores da alimentação em carne,
podem variar de acordo com as zonas climáticas e as fontes de alimento. A
quantidade de alimento distribuído às aves ad libitum não significa retorno
econômico (BARBOSA, 2003), desta forma, torna-se necessária uma maior
atenção para as condições de ambiente e alimentação econômica, visando
obter uma produção e produtividade compensatórias (ROBINSON, 2006).
A nutrição adequada dos frangos de corte depende de todos os
nutrientes como aminoácidos, minerais, vitaminas, ácidos graxos e água
associados à energia ofertados às aves. Sendo a água o alimento determinante
para a ingestão da dieta ofertada. As dietas devem atender às exigências das
aves de acordo com o peso, idade e/ou fase (PALHARES, 2003).
A eficiência na formulação de rações para frangos de corte é
determinada por vários fatores, entre os quais está a precisão na determinação
dos valores de composição dos alimentos e da energia (FREITAS et al., 2005).
Desta forma, o valor energético da dieta modula a eficiência alimentar de duas
17
formas: com o aumento da energia da dieta, as necessidades energéticas das
aves são atendidas com menor consumo alimentar; e a taxa de crescimento é
melhorada com altos níveis de energia, maximizando a utilização de proteína
bruta da dieta (DUARTE et al., 2006).
2.2 Influência das condições ambientais na produção de frango de corte
O meio ambiente pode ser definido como a soma dos circundantes
biológicos e físicos. As variáveis como temperatura e umidade são manejadas
no sistema de alojamento avícola e influenciam tanto a qualidade como a
quantidade de produção (HARRISON, 1995).
O efeito da temperatura e da umidade sobre a produção avícola deve-se
ao fato de que as aves, sendo animais homeotermos, dispõem de um centro
termorregulador, localizado no hipotálamo, capaz de controlar a temperatura
corporal através de mecanismos fisiológicos e respostas comportamentais,
mediante a produção e liberação de calor, determinando assim a manutenção
da temperatura corporal normal (MACARI et al., 1999). Quando as aves são
submetidas a estresse calórico, ocorre um aumento da ofegação para estimular
a perda evaporativa de calor como mecanismo para manter o equilíbrio térmico
do corpo, resultando assim em desidratação e conseqüente perda de peso
(MAZZI, 1998).
Entre outras respostas fisiológicas apresentadas pelas aves, quando
expostas ao calor, incluem-se: a vasodilatação periférica que resulta no
aumento da perda de calor não evaporativo. Assim, o calor é dissipado com o
aumento da área da superfície (asas afastadas do corpo e penas eriçadas); ou
com maior produção de urina. Outra resposta fisiológica é o aumento da taxa
respiratória que resulta em perdas excessivas de dióxido de carbono (CO
2
).
Desta forma, a pressão parcial de CO
2
(pCO
2
) diminui, levando à queda na
concentração de ácido carbônico (H
2
CO
3
) e hidrogênio (H
+
). Em resposta os
rins aumentam a exceção de HCO
3
-
e reduzem a exreção de H
+
na tentativa de
manter o equilíbrio ácido- base da ave (BORGES et al., 2003).
A conseqüência negativa da vasodilatação periférica é que predispõe a
ave ao choque calórico, que possivelmente pode ser letal. Adicionalmente,
como o sangue é desviado para a circulação superficial, ocorre um decréscimo
18
simultâneo do fluxo sanguíneo para as vísceras, que por sua vez irá influenciar
a absorção de nutrientes no intestino (HARRISON, 1995).
Segundo Eberhart e Washburn (1993), uma maior variação da
temperatura corporal sob condições de estresse térmico está associada à
menor resistência ao calor. Dependendo da magnitude e da duração do
estresse térmico sofrido pelas aves, podem ocorrer desde pequenos
decréscimos no ganho de peso, até prostração e morte. Esses efeitos
decorrem de um fracasso no mecanismo fisiológico de termorregulção das
mesmas, numa tentativa de compensar os efeitos do estresse térmico a que as
aves possam estar sendo submetidas (NAAS, 1995).
Em muitas regiões do mundo, a eficiência na produção de frangos de
corte é afetada pelo estresse calórico. Seu efeito é economicamente
significativo, apesar da duração variável desse estado de estresse que
depende das condições ambientais e condições alimentares. A temperatura
corporal dos frangos aumenta com o consumo de alimentos, taxa de
crescimento e eficiência alimentar (SEVEGNANI et al., 2005). Em geral, as
alterações nas condições ambientais podem ser consideradas como fatores
que influenciam a eficiência da conversão energética ou metabolismo
(HARRISON,1995).
Estudos têm sido realizados com o intuito de diminuir o efeito negativo
de ambientes com alta temperatura e umidade na produção de frangos de
corte.
Uma das alternativas é a produção de frangos de corte portadores do
gene Naked Neck (Na), pois este gene é responsável pela redução de até 40%
na plumagem. Devido a isso, as aves tornaram-se capazes de dissipar mais
calor que aquela que não possuem o referido gene, o que diminui a influência
negativa da temperatura durante o período de criação (YALÇIN et al., 1993;
CAHANER, et al. 1998; YAHAV et al., 1998) e melhora os índices zootécnicos
(MAN et al.,2001).
Outra forma de amenizar o efeito do estresse calórico é a utilização de
sais via água de bebida ou ração. Segundo Smith e Teeter (1993), a
suplementação de cloreto de potássio (KCL) na ração e/ou água de bebida
para as aves, tem sido proposta como uma das formas de minimizar as
conseqüências das temperaturas elevadas sobre o desempenho.
19
Nas aves e em outros animais, a maioria dos processos de conversão
de energia metabólica é dedicado a manter as condições biológicas internas
relativamente constantes. Uma alteração intensa em uma condição ambiental
pode causar o desvio de energia metabólica de processo produtivo para
manutenção homeostática.
Longo et. al. (2006), em trabalho com câmaras climáticas, mantiveram
frangos de corte em temperaturas 13, 23 e 32°C, para determinar as exigências
energéticas de mantença e crescimento. Obtiveram para as respectivas
temperaturas os valores de consumo de energia, respectivamente de 159,36;
116,17 e 128,66 kcal/kg/dia, para o máximo desempenho das aves. Concluíram
que o ganho de peso está intimamente ligado à temperatura ambiente.
A termorregulação, apesar de ser o meio natural de controle de perdas
de calor pelo organismo, representa um esforço extra e, por conseguinte, uma
queda de produtividade. Quando as condições ambientais proporcionam
perdas de calor do corporal além das necessárias para a manutenção da
temperatura interna constante, o organismo reage por meio de seus
mecanismos automáticos, buscando reduzir as perdas e aumentar as
combustões internas. A fadiga termo-higrométrica é resultante do trabalho
excessivo do aparelho termorregulador, pela existência de condições
ambientais desfavoráveis (NAAS, 1995).
Lana et al (2000) relataram ainda, que tanto a energia da dieta como a
temperatura ambiente, influenciam no desempenho e na composição de
carcaça de frangos de corte, fato que pode explicar a variação do
comportamento das aves, tornando, assim, importante à adequação entre os
fatores dietéticos e climáticos. Assim, torna-se difícil estabelecer um único tipo
de exigência que seja apropriado a todos os tipos de produção de frangos de
corte, uma vez que as exigências nutricionais variam de acordo com as zonas
climáticas e as fontes de alimento.
2.3 Aspectos fisiológicos da digestão de lipídeos em frangos de corte
Lipídeo é um termo genérico e inclui uma grande variedade de nutrientes
que diferem em sua composição química tais como os triglicerídeos,
fosfolipídeos e colesterol. São substâncias orgânicas heterogêneas, de origem
20
animal ou vegetal, que têm uma propriedade em comum: ser relativamente
insolúveis em água e facilmente solúveis em solventes orgânicos.
Possuem a função no organismo de fornecer energia, fazem parte das
membranas celulares, são componentes de sistemas enzimáticos, possuem
função hormonal e atuam como isolante térmicos (CISTERNAS et al., 2001).
Além das diversas funções, o requerimento de lipídeos nas dietas de
frango de corte está relacionado à necessidade das aves de obter ácidos
graxos que não podem ser sintetizados no organismo e ao alto valor energético
fornecido por óleos e gorduras, fatores que influenciam no desempenho das
aves.
Diversas são as fontes de lipídeos, como óleos e gorduras, entretanto, os
óleos vegetais apresentam altos níveis de ácidos graxos insaturados e são
mais facilmente digeridos pelas aves, em comparação às gorduras de origem
animal (LEESON e ATTEH ,1995).
Após a ingestão do alimento, o mesmo sofre a ação enzimática e
mecânica no estômago das aves. A ação mecânica tritura a gordura
transformando-a em uma fina emulsão e com grande aumento na área de
superfície. A ação proteolítica e o baixo pH provocam a agregação da gordura
do alimento ingerido. Nestas condições os ácidos graxos e fosfolipídeos
encontram-se parcialmente ionizados (RCOO
-
+ H
+
) e interagem com a água
formando um cristal líquido (ENGLERT, 1998).
O resultado da digestão no proventrículo e moela é a destruição da
estrutura física do alimento e colocação de todos os lipídeos juntos à
disposição das enzimas.
Após deixar o estômago as gorduras ingressam no intestino delgado,
encontram um ambiente alcalino (pH 5,8-6,0) e isto, permite a atuação dos sais
biliares que são secretados pelo fígado e lançados no lúmem intestinal através
da bile. Estes, possuem ação emulsificante sobre os lipídeos (KATONGOLE e
MARCH, 1980).
Enzimas e emulsificantes permitem uma maior área para a ação da
enzima lipase pancreática. A lipase é secretada pelas células acinares do
pâncreas e lançada no lúmem intestinal para atuar sobre os triglicerídeos e
lecitinas, e, posteriormente sobre os ésteres do colesterol. Além da lipase, o
pâncreas secreta a colipase, que é um cofator que auxilia na ação da lipase na
21
interfase lipídio – água. Desta forma, facilita a ação da lipase atuando no
deslocamento da micela e permitindo que a lipase tenha um estrito contato com
a interface sem ser inativada. A ligação dos sais biliares à colipase traz a
micela para um local próximo ao local de hidrólise, facilitando a remoção dos
produtos finais da interface, e impede a inibição da hidrólise (MACARI et al.,
1994).
Outras enzimas secretadas pelo ncreas e que aparentemente tem
importância na digestão duodenal de lipídeos são as carboxi-estér-hidrolase
(colestero-esterase) e a fosfolipase. A carboxi-éster-hidrolase tem pH ótimo de
ação, requer sais biliares para sua ativação, e mostra uma baixa
especificidade. A lipólise do colesterol parece ser um passo obrigatório para
sua absorção. O grau de agitação do conteúdo luminal pelos movimentos
peristálticos do intestino é um importante fator no eficiente processo de
emulsificação (FREEMAN, 1985).
O primeiro passo para absorção é o deslocamento da molécula de
lipídeo do lúmem intestinal para a região adjacente da superfície do enterócito.
Existem duas barreiras para o transporte do conteúdo luminal para o
citosol do enterócito. Uma é a camada de água presente no lúmem entre o
microvilo e o glicocálix do enterócito e a outra é a membrana do enterócito, pois
possui estrutura lipídica.
O transporte de ácidos graxos da membrana luminal para o sistema
circulatório envolve alguns passos dentro do enterócito. Evidência de uma
proteína citosolíca, que tem alta afinidade aos ácidos graxos, seria responsável
pelo transporte dos ácidos graxos da membrana da bordadura da escova, para
o citosol do enterócito (MACARI et al., 1994).
A utilização dos ácidos graxos pelas aves é dependente da hidrólise dos
triglicerídios pela lipase pancreática e da emulsificação dos monoglicerídios e
ácidos graxos livres pela bile. Estes são então absorvidos e reesterificados a
triglicerídios pela síntese novamente. A eficiência desse processo depende da
presença de monoglicerídios e do comprimento e saturação de cadeia dos
ácidos graxos (VIEIRA et al., 2002). A absorção total de ácidos graxos da dieta
é maior quando oferecida sob a forma de triglicerídeos do que quando
monômeros. Por outro lado, a absorção é maior para os ácidos insaturados e
de cadeia longa como o linolênico e o linoléico (GONZALES e SILVA, 1999).
22
Diferentemente dos mamíferos, as aves absorvem a gordura pelos
capilares sanguíneos das vilosidades e aproximadamente 80 a 95% dos ácidos
graxos presentes no intestino de frangos adultos são absorvidos (REECE,
1993). Porém, a absorção e a digestão dos lipídeos podem ser afetadas pela
presença de polissacarídeos não amiláceos solúveis, que aumentam a
viscosidade do meio, impedindo a ação enzimática sobre os substratos. Além
disso, essas substâncias favorecem a presença de microrganismos no intestino
delgado, pela redução na velocidade da passagem do quimo no aparelho
digestório (RUTZ et al., 2005).
Uma vez no plasma sanguíneo os lipídeos ingeridos mobilizam-se para a
formação de reserva em tecido adiposo por processos sintéticos. Alguns
fatores influenciam as concentrações de lipídeos plasmáticos tais como a
quantidade e o tipo de lipídeo dietético, o tempo após consumo de alimento, a
saúde e a idade do animal e o equilíbrio hormonal, sendo o glucagon um
importante regulador da lipólise em aves (DUKES, 1993).
2.4 Óleos vegetais na alimentação de frango de corte
Notadamente o óleo vegetal tem sido empregado na alimentação de frango
de corte como boa fonte lipídica sendo, o óleo de soja, o mais usual. O óleo
vegetal é uma gordura extraída de plantas formada por triglicerídios. Várias
partes da planta podem ser utilizadas na extração do óleo s, na prática, é
extraído quase exclusivamente das sementes (SANZ et al., 2000).
Com diversas finalidades os óleos vegetais o utilizados na pintura,
lubrificação, cosméticos, na indústria farmacêutica, no fabrico de combustível,
também são largamente empregados na alimentação de frangos de corte onde,
a exigência nutricional em energia é alta, exigindo, muitas vezes, acréscimos
destes óleos ou gordura às dietas (ZOLLITSCH et al., 1997). Além dos lipídeos
representarem uma fonte rica de energia, são também requeridos para
manutenção da estrutura e função da membrana celular (PEZZATO, 1999).
Segundo Bernal (1994), os óleos vegetais são alimentos altamente digeríveis e
dependendo de sua composição em ácidos graxos, são facilmente absorvidos
no intestino. Eles melhoram o consumo e o desempenho das aves.
23
Freitas et al. (2005) avaliaram o valor energético do óleo ácido de soja
para aves, utilizando em todos os ensaios ração - referência e ração teste,
composta por 10% de óleo ácido de soja e 90% de ração de referência. A
energia metabolizável aparente corrigida foi de 7.488 e de 8.610 kcal/kg
-1
de
matéria seca para pintos e galos, respectivamente. A energia metabolizável
verdadeira corrigida foi de 8.195 kcal/kg
-1
de matéria seca. Constataram que os
valores de energia metabolizável, determinado com galos foram superiores aos
determinados com pintos, e que se deve considerar as diferenças nos valores
energéticos do óleo ácido de soja, para aves jovens e adultas.
A qualidade do alimento ingerido aliado aos benefícios provenientes da
utilização de óleos e gorduras nas rações avícolas, tanto no desempenho do
frango do corte quanto na qualidade da carne produzida, vem modificando as
regras de utilização desses ingredientes na nutrição das aves (LARA et al.,
2006).
Dentre outros aspectos importantes na decisão de qual o tipo de lipídeo a
ser utilizado para a formulação de rações para frangos de corte estão o custo e
a qualidade das respectivas fontes e, quais os seus efeitos sobre o
desempenho e a qualidade da carcaça (ZOLLISTSCH et al., 1997).
A qualidade da ração, dependendo da fonte lipídica utilizada, sua origem e
composição em ácidos graxos, pode modificar o perfil de ácidos graxos da
carcaça dos frangos (LARA et al., 2006). Yau et al. (1991) verificaram
diferenças na proporção de ácidos graxos específicos na carne de peito
utilizando dietas contendo óleo de girassol (poliinsaturado), óleo de oliva
(monoinsaturado) e óleo de coco (saturado).
Martins et al. (2003) estudaram o efeito do óleo refinado de soja, óleo
degomado de soja e da borra acidulada, em dietas isocalóricas e isonutritivas,
sobre a composição de ácidos graxos da carcaça de frangos de corte (machos
e fêmeas) aos 45 dias de idade. Observaram que as dietas formuladas com
óleo de soja degomado ou refinado aumentam os teores de ácidos graxos
linoléico na gordura da carcaça de frango de corte, tornando-a mais insaturada.
Vieira et al. (2002), demonstraram que a aplicação de óleo ácido de soja na
alimentação de frangos de corte pode ser uma fonte energética alternativa de
24
alto potencial econômico para uso em dietas comerciais, pois apresenta valor
energético de 8.114 kcal EMAn/kg de MS, valor 5% inferior ao determinado
para o óleo de soja degomado. Porém, o desempenho dos frangos foi
comprometido quando estes consumiram a mistura de óleo ácido de soja óleo
de soja refinado, em níveis de 4 e 8% respectivamente, demonstrando assim, a
importância da fonte na alimentação das aves.
Andreotti et al. (2004) determinaram a energia metabolizável do óleo de
soja adicionado às rações em diferentes níveis (0; 3,3; 6,6 e 9,9%) para frango
de corte nas fases de crescimento (22-30 dia de idade) e final (42-50 dias de
idade). Obtiveram no período de crescimento os valores de 9.437, 9.307 e
8.701 kcal/kg e, para o período final os valores de 9.558, 8.659 e 8.307 kcal/kg
para cada nível de adição, respectivamente. Concluíram que os níveis de
inclusão do óleo de soja não influenciam nos valores de energia metabolizável
aparente e que o valor energético das fontes lipídicas é muito variável e pode
sofrer influência dos níveis de utilização como também da idade das aves.
Gaiotto et al. (2000) empregaram, no desempenho de frangos de corte,
três fontes de gordura: óleo ácido de soja, sebo bovino e óleo refinado de soja,
e misturas de 2% entre estas: óleo ácido de soja + sebo bovino; óleo refinado
de soja + sebo bovino. Observaram que a gordura abdominal da carcaça não
foi afetada pelos tratamentos e enfatizaram que o óleo de soja refinado
proporcionou melhor desempenho das aves e, o óleo ácido de soja, o sebo e a
mistura destes resultaram em depressão no desempenho dos animais.
Cançado e Baião (2002) avaliaram a adição de óleo de soja à ração de
pintos de corte em três períodos de jejum (0, 24 e 48 horas) entre o nascimento
e o alojamento, e verificaram que a adição aumentou o coeficiente de
digestibilidade aparente do extrato etéreo nos primeiros dias de vida. Desta
forma a suplementação lipídica com óleo de soja é particularmente valiosa,
pois contém elevado nível de fosfolipídios, emulsificante que auxilia na digestão
de gorduras e de vitamina E, considerada um antioxidante natural capaz de
evitar a rancificação rápida do próprio óleo (BERNAL, 1994).
Morita (1992) ressalta que, apesar do óleo vegetal ter maior
disponibilidade no mercado, normalmente ele é mais caro que a gordura animal
e sua utilização elevam, em geral, o custo da ração. Todavia, segundo Bernal
(1994), a suplementação lipídica pode ajudar a diminuir o incremento calórico e
25
possibilitar melhorias na ingestão de ração e no desempenho zootécnico de
aves alojadas em galpões abertos em regiões onde a temperatura ultrapassa
os 30 ºC.
2.5 Importância da energia na produção de frangos de corte
A dieta de frango de corte é composta de proteínas, carboidratos,
gorduras, vitaminas, minerais e água, embora todos os nutrientes
desempenhem importante papel no metabolismo, pode-se ressaltar que a
principal importância refere-se ao fornecimento de energia para mantença e
produção destes animais (REECE, 1993).
A energia que os animais obtêm dos alimentos é utilizada prioritariamente
para a manutenção dos processos vitais, como a respiração, manutenção da
temperatura corporal e fluxo sanguíneo (OLIVEIRA NETO et al. 2000). Quando
as moléculas orgânicas são oxidadas, a energia que é produzida como calor é
usada nos processos metabólicos dos animais (SAKOMURA e ROSTAGNO,
2007).
A ave utiliza a energia para crescimento, produção de ovos, movimentos
musculares, batimentos cardíacos funcionamento do aparelho digestivo e
síntese de inúmeros compostos e processos bioquímicos. As aves exigem
dietas com uma maior concentração energética para desenvolver seu potencial
genético, para tal, é comum a adição de óleos ou gorduras(ENGLERT, 1998) .
Um dos aspectos mais importantes na formulação de rações para aves é
o conhecimento preciso do conteúdo energético dos alimentos, o que
possibilita o fornecimento adequado de energia para aves em cada fase de seu
ciclo (ALBINO et al., 1992). Deficiência de energia resulta em crescimento
retardado ou perda total, diminuição de peso e morte eventual (MAYNARD et
al., 1984).
Dentre os constituintes dos alimentos os carboidratos, os lipídeos, as
proteínas e parte da fibra são fornecedores de energia para o organismo
animal. No entanto, nem toda energia produzida pela oxidação dos nutrientes
pode ser aproveitada pelos animais. Esta energia é biologicamente dividida em:
energia bruta (EB) produzida pela oxidação total da matéria orgânica dos
alimentos; energia digestível (ED) que representa a energia do alimento que é
26
absorvida após o processo de digestão nos animais e determinada pela
diferença entre a EB do alimento consumido e a energia bruta das fezes;
energia metabolizável aparente (EMA); energia metabolizável verdadeira
(EMV) obtida pela diferença entre a EB do alimento consumido e a energia
bruta da excreta, corrigida pelas perdas de energia fecal, metabólica e urinária
endógena; e energia líquida que é obtida da EM menos a energia perdida como
incremento calórico. Sendo o incremento calórico: toda perda de energia
durante os processos de digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes
(SAKOMURAeROSTAGNO,2007).
Figura 02- Esquema da utilização da energia pelos monogástricos
Fonte:Sakomura e Rostagno (2007)
As exigências em energia metabolizável, segundo Rostagno et al. (2005),
para frango de corte macho e fêmea, varia de 2.950 kcal/kg a 3.100 kcal/kg de
ração dependendo da fase de criação. Quando a ave ingere energia acima de
suas necessidades metabólicas ocorre maior deposição de gordura na carcaça,
sendo que a grande proporção desta gordura ocorre na área abdominal. Esta
deposição pode ser resultado da alta relação energia-proteína da dieta, do
Energia bruta ingerida
Energia digestível
Energia metabolizável
aparente
Energia líquida
Energia urinária
Energia fecal
Energia líquida
mantença
Energia líquida
produção
Incremento calórico
Fração alimentar
Fração
metabólica
Energia metabolizável
verdadeira
Fração alimentar
Fração
endógena
27
desbalanço de aminoácidos ou de uma ação específica de gordura da
alimentação sobre a composição da carcaça (DUARTE et al., 2006).
O consumo de energia varia em função das necessidades primárias das
aves, mesmo em ambientes com diferentes temperaturas. O consumo diário de
energia metabolizável depende ainda dos ingredientes que participam da
formulação da dieta e do nível de energia dietética (AMUTHA e SAMINATHAN,
2003). De acordo com Silva et al. (1985) as rações mais energéticas são
menos consumidas devido à rápida saciedade que conferem.
O consumo de lipídeos serve como importante fontes de energia, porém,
este fornecimento está diretamente relacionado ao seu potencial de
digestibilidade que depende do comprimento da cadeia carbônica, do grau de
saturação e da posição dos ácidos graxos na molécula de glicose
(ANDREOTTI et al., 2004).
A perda ou ganho energético proporciona um parâmetro útil para o
estado de nutrição do organismo e do valor relativo dos diversos alimentos.
Especificamente, em adição ao fornecimento do composto das necessidades
totais de energia, o balanço energético proporciona a base para previsão das
mudanças químicas brutas na composição da ração (MAYNARD et al., 1984).
Duarte et al. (2006) estudaram dois níveis de energia (3.200 e 3.600 kcal
EM/kg) em rações de frangos de corte à base de farelo de soja e milho e,
observaram que o nível de 3.600 kcal EM/kg proporcionou melhor conversão
alimentar.
O estímulo ao crescimento dependerá do tipo de gordura, do frango e de
outras características das rações. Geralmente as graxas vegetais apresentam
melhores resultados que as de origem animal (VIEIRA et al., 2002). PQ
Devido aos estudos citados o emprego de óleos de origem vegetal vem
sendo aplicado à alimentação das aves com a finalidade de suprir sua,
necessidades energéticas e ao mesmo tempo oferecer ao consumidor uma
carcaça mais saudável, tendo em vista que a qualidade e o tipo de ácidos
graxos adicionados à dieta, afetam a quantidade e a composição da gordura
corporal do frango (MARTINS et al., 2003).
28
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33
3 CAPÍTULO I
DIFERENTES TIPOS DE ÓLEOS DE SOJA E NÍVEIS DE ENERGIA EM
DIETAS DE FRANGO DE CORTE: DESEMPENHO E CARCATERÍSTICA DE
CARCAÇA
Tatiane Meneses Brandão
1
; Agustinho Valente de Figueiredo
2
Os óleos vegetais têm sido uma alternativa de fornecimento energético e de
complementação calórica na alimentação de frango de corte. Diversas são as
fontes de óleos utilizadas na complementação alimentar das dietas destas
aves, dentre estas principalmente o óleo de soja refinado. Devido ao grande
emprego do óleo desta leguminosa avaliou-se dois tipos de óleos de soja (bruto
e degomado) e três níveis de energia (baixo, normal e alto) na alimentação de
frangos de corte de linhagem Ross avaliando o consumo de ração, o ganho de
peso e a conversão alimentar no período inicial de 1 a 21 dias e no período
total de 1 a 42 dias. A característica da carcaça e o rendimento dos cortes
também foram avaliados, no período final. Desta forma pode-se observar que a
utilização do óleo bruto de soja e do óleo degomado de soja, em diferentes
níveis energéticos, não resultou em prejuízo ao desempenho zootécnico, nem
ao rendimento de carcaça de frango de corte. Os resultados apontaram
também que os menores valores de consumo estavam relacionados a aquelas
rações com acréscimo de energia e conseqüentemente com maior quantidade
de óleos nas rações. Estas adições não interferiram no ganho de peso e nem
na conversão alimentar ao final do ciclo de criação, permitindo inferir que o uso
de diferentes valores de energia e que os diferentes tipos de óleos de soja
possam ser oferecidas sem perdas no desempenho. Quanto ao emprego
econômico da ração a maior margem bruta média foi apresentada pela ração
formulada com óleo bruto de soja em maior nível de energia.
Palavras-chaves: óleos de soja, níveis de energia, desempenho, frango de
corte
1
Pós - graduanda do Curso de Mestrado em Ciência Animal da Universidade Federal do Piauí
2
Prof. do departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Piauí
34
DIFFERENT TYPES OF SOYBEAN OIL AND ENERGY LEVELS IN DIETS OF
BROILERS: CARCATERÍSTICA OF PERFORMANCE AND CARCASS
Tatiane Meneses Brandão
3
; Agustinho Valente de Figueiredo
4
ABSTRACT – Vegetable oils are an alternative energy supply and caloric
supplementation in the diet of broilers. There are several sources of oils used in
food supplementation of the diets of these birds, especially those among the
refined soybean oil. Due to the large use of this oil legume evaluated for two
types of soybean oil (crude and degummed) and three levels of energy (low,
normal and high) in feed for broilers from Ross evaluating feed intake, the
weight gain and feed conversion in the initial period of 1 to 21 days and the total
period of 1 to 42 days. The characteristic of carcass yield and cuts were also
assessed in the final period. Thus it can be observed that the use of crude
soybean oil and degummed soybean oil at different energy levels, did not result
in damage to livestock performance, or the carcass yield of broilers. The results
showed that the lowest values of consumption were related to those diets with
increased energy and consequently with greater quantity of oil in the diets.
These additions do not interfere with weight gain and feed conversion or the
end of the cycle of creation, we infer that the use of different values of energy
and that different types of soybean oil can be provided without loss in
performance. As for the economic use of the diet increased average gross
margin was presented by the diet formulated with crude soybean oil at higher
level of energy.
Keywords: soybean oil, energy levels, performance, broiler chicken
3
Pós - graduanda do Curso de Mestrado em Ciência Animal da Universidade Federal do Piauí
4
Prof. do departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Piauí
35
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A alimentação deve proporcionar ao
organismo animal em termo quantitativo e qualitativo elementos nutritivos
essenciais para a mantença e para fins de produção. As condições de
ambiente devem ser alvos de preocupação, de modo que as aves se
desenvolvam em faixa de conforto térmico, onde a temperatura fornece
condições para que a taxa metabólica seja mínima e a utilização de energia
para produção seja máxima (TORRES et al., 2000).
Outro fator relevante para a produção de frango de corte é a presença de
fontes energéticas na ração, somada a esses aspectos, a gordura presente na
dieta melhora a absorção das vitaminas lipossolúveis, possibilita maior tempo
de permanência do alimento no trato digestivo e pode também, diminuir a
pulverulência da ração, o que favorece, inclusive, a ingestão e deglutição
(BAIÃO e CANÇADO, 2001).
As diversas fontes energéticas utilizadas influenciam diretamente na
produtividade animal e podem até interferir na composição da carcaça do
frango. As concentrações em ácidos graxos nas dietas variam de acordo com a
composição do óleo utilizado na formulação. Maiores concentrações de ácido
linoléico ocorrem nas dietas formuladas com óleo de soja refinado, óleo de soja
degomado e borra de soja acidulada (MARTINS et al., 2003). Esses
ingredientes usados na formulação de dietas, além de aumentarem o teor de
ácido linoleíco, também aumentam a proporção de outros ácidos
poliinsaturados ômega-6/ômega-3 (NIR et al.,1988; SCAIFE et al., 1994) na
composição da gordura da carcaça.
Dentre as diversas fontes utilizadas, o óleo de soja tem sido largamente
empregado na produção de frango de corte, sendo particularmente valioso por
conter elevado nível de fosfolipídios (lecitina), emulsificante, que auxiliam na
36
digestão de gorduras e de vitamina E, considerado um antioxidante natural
capaz de evitar a rancificação rápida do próprio óleo (BERNAL, 1994). De
acordo com An et al. (1997), o fosfolipídio presente no óleo de soja demonstra,
ainda, efetiva redução dos níveis de gordura hepática.
Outra forma de utilização do óleo de soja na alimentação de frangos de
corte é o seu emprego na condição de degomado e bruto, que são subprodutos
do refino do óleo de soja e são encontrados por menores valores no mercado
brasileiro.
O óleo degomado ou purificado
é obtido após a remoção de fosfatídeos,
proteínas e substâncias coloidais do óleo bruto (MORETTO, 1998) e, o óleo
bruto ou cru é aquele tal qual foi extraído do grão. Segundo MEAARA (1993) o
óleo bruto é isento de misturas de outros óleos, gorduras ou outras matérias
estranhas, apresenta aparência turva a 25ºC, ponto de ebulição entre 30
60ºC, 0,1% de lecitina e máximo pH igual a 2.
Aliado às diferentes fontes de energia utilizadas na ração de frango de corte
encontra-se a associação desta com o nível de energia utilizado para o máximo
desempenho e rendimento de carcaça. Trabalhos têm mostrado que vários
fatores interferem no consumo de ração, no ganho de peso e na conversão
alimentar, entre os quais destacam-se: o conteúdo energético dos alimentos, a
temperatura ambiente, a densidade populacional, a idade e a genética das
aves (BARBOSA, 2003).
Os estudos sobre o efeito de energia da ração sobre o desempenho de
frangos de corte, estão centrados nos objetivos de se encontrar o nível ótimo
para melhorar as características zootécnicas e o retorno econômico.
Objetivou-se com esta pesquisa verificar o efeito da inclusão do óleo
degomado e bruto de soja, associados a diferentes níveis de energia sobre o
desempenho zootécnico e econômico e o rendimento de carcaças de frangos
de corte.
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Está localizada na parte ocidental da região nordeste, também chamado de
Meio-Norte. Apresenta latitude de 5'20 ao Sul e longitude de 42°48'07 ao
oeste, tendo uma altitude média de 72 metros com média pluviométrica anual
de 1.300 mm. Apresenta umidade relativa média anual de 69,2% e
temperaturas médias anuais de 33,8 e 22,1ºC, máxima e mínima,
respectivamente. Os meses mais quentes estão relacionados à falta de chuva
no período, sendo fevereiro o mais frio e chuvoso e outubro o mais quente,
com médias de até 37ºC ao dia e 23 ºC à noite (BASTOS & ANDRADE JR.,
2000).
As aves foram alojadas em galpão de alvenaria, coberto com telha de barro,
dividido em 28 boxes, cada um com área de 3,00 m
2
, divisórias teladas,
cortinado, piso de cimento e cama de casca de arroz com expessura de 5 cm.
Cada boxe foi equipado com comedouro tubular e bebedouro pendular, com
sistema de abastecimento individual de água. Na primeira, em cada boxe foi
colocado bebedouros infantis e comedouros tipo bandeja forradas com jornal,
para evitar ingestão da cama, e luz de aquecimento, sendo estas acessas
sempre que necessário para manter a temperatura de conforto em torno de 30-
35ºC.
Foram utilizados 504 pintos (machos e fêmeas) da linhagem Ross, sendo
18 aves por boxe, metade macho e metade fêmea. Os animais foram criados
de 1 a 42 dias de idade e blocados por peso, perfazendo quatro blocos: super-
leve (<40g), leve (40 - 42g), médio (43 - 44g) e pesado (>45g).
Ao início e término de cada fase, os frangos e as sobras das rações de
cada boxe foram pesados em balança digital para determinação do ganho de
peso e consumo de ração. A partir destes dados foi calculada a conversão
alimentar dos animais.
As rações foram formuladas de acordo com as fases de criação de frangos
de corte segundo Rostagno et al. (2005) à base de milho e farelo de soja com
38
inclusão de diferentes óleos de soja (bruto e degomado). O tratamento controle
(T1) foi formulado com óleo refinado de soja e manteve o nível de energia de
acordo com a exigência (Tabela 1, 2, 3 e 4). As dietas testes (T2 a T7) foram
balanceadas com 150 kcal acima e abaixo das exigências e, acrescidas de
óleo degomado e bruto de soja, respectivamente.
Ao final do experimento (42 dias de idade), as aves foram pesadas após
jejum alimentar de oito horas, foram então, selecionadas, por peso médio e
sexo, duas aves (um macho e uma fêmea) por unidade experimental, para
serem sacrificadas. O abate deu-se pelo método de imobilização em cones de
aço seguido de sangria.
Depois de abatidas, as aves foram escaldadas em água a 70ºC por três
minutos, depenadas em centrífuga provida de dedos de borracha, evisceradas
manualmente e as carcaças (excluindo cabeça e pés) foram pesadas.
O rendimento de carcaça foi determinado pela relação entre o peso da
carcaça eviscerada, sem pés e sem cabeça e o peso vivo das aves na
plataforma de abate. Também foi determinado o rendimento percentual dos
cortes e da gordura abdominal (tecido adiposo ao redor da bursa de Fabricius,
proventrículo, moela e cloaca) em relação ao peso da carcaça eviscerada.
Os cortes de asas, entreasas, peito, coxa, sobrecoxa, dorso e pescoço
foram pesados em balança digital e seus rendimentos calculados em relação
ao peso da carcaça eviscerada. Foram avaliados o peso absoluto (g) e o
rendimento (%) e carcaça (sem pés e moela). As fórmulas utilizadas para
cálculo percentuais de rendimento de carcaça e cortes foram, de acordo com
Freitas (2005).
Os dados foram analisados utilizando-se o programa “Statistical Analisys
Sistem” (SAS, 2000). Aqueles referentes às característica de carcaça foram
analisados segundo o modelo fatorial 2 x 3 + 1 (dois tipos de óleos teste x três
níveis de energia + óleo padrão). A comparação dos tratamentos foi realizada
mediante o teste de Dunnett e SNK (5%).
O estudo da viabilidade econômica da inclusão dos diferentes tipos de
óleos de soja em diferentes níveis de energia para frangos de corte foi
realizado de acordo com Freitas (1999), sendo consideradas as seguintes
variáveis primárias em kg: consumo médio da ração (CMR), Custo da Ração
(CR), Ganho de Peso Médio (GPM), Peso Vivo Médio (PVM) e Preço do
39
Frango Vivo (PFV). Com base nos valores observados para essas variáveis
primárias, foram obtidos os seguintes indicadores econômicos: Custo Médio de
Arraçoamento (CMA) = Consumo dio da Ração (CMR) x Custo da Ração
(CR); relação Consumo Médio de Arraçoamento (CMA) / Ganho de Peso Médio
(GPM); Renda Bruta Média (RBM) = Peso Vivo Médio (PVM) x Preço Frango
Vivo (PFV); Margem Bruta Média (MBM) =Custo Médio da Arraçoamento
(CMA) - Renda Bruta Média (RBM).
Calculou-se a Margem Bruta (MB) considerando-se: MB = (kg frango
produzido x preço de venda do frango) (preço da ração x ração consumida),
envolvendo os preços dos ingredientes
presentes nas rações.
40
Tabela 1 Composição das rações para fase inicial (1 a 7 dias) de acordo com os níveis de inclusão de diferentes tipos de óleos
de soja e diferentes níveis de energia
Table 1 Feed composition of the initial phase (1 to 7 days) according to the level of inclusion of different types of oils soya and
various types of energy
Ingredientes
Ingredients
Unid.
Unit.
Tratamentos por nível de energia
Treatments for levels of energy
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7
Milho Corn
kg 58,33
58,97
56,19
56,11
57,52
55,35
52,22
Farelo de soja Soybean meal
kg 35,00
34,80
35,20
35,40
35,00
35,35
36,00
Óleo de soja refinado Soybean oil
kg 1,85
-
-
-
-
-
-
Óleo de soja bruto Soybean crude
kg -
1,42
0,78
3,68
-
-
-
Óleos de soja degomado Soybean
degomado
kg -
-
-
-
2,67
1,48
6,98
Fosfato bicálcico Dicalcium phosphate
kg 1,97
1,96
1,97
1,97
1,97
1,97
1,99
Calcário Limestone
kg 0,92
0,92
0,92
0,92
0,92
0,92
0,90
DL-Metionina DL – Methionine
kg 0,059
0,058
0,06
0,058
0,058
0,058
0,058
L-Lis-HCl Lysine – HCl
kg 0,36
0,36
0,36
0,35
0,35
0,36
0,33
Premix Vit. Min.** Min. Vit. Mix.
Kg 1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
Material inerte* kg -
-
3,00
-
-
3,00
-
Sal Salt
kg 0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,52
Total Total
kg 100
100
100
100
100
100
100
Valores calculados Calculated values
Energia bruta Gross energy
kcal/kg 4,14
4,10
3,93
4,22
4,18
3,96
4,44
Proteína bruta Crude protein
% 23,39
22,59
22,32
23,61
23,84
20,95
22,15
Matéria seca Dry matter
% 89,47
89,34
89,75
89,55
89,52
89,81
89,67
Matéria mineral Ash
% 6,02
6,51
10,00
6,42
6,30
9,75
5,70
T1 - 2.950kcal; T2 - 2.950kcal; T3- 2.800kcal; T4 - 3.100kcal; T5 - 2.950kcal ; T6 - 2.800kcal ;T7 - 3.100kcal; * Areia Lavada; **Composição por kg do
produto / Composition per kg of product: Vit. A 700.000 U.I., Vit. D3 200.000 U.I., Vit. E 1.200 mg, Vit. K3 80mg, Vit. B1 60mg, Vit. B12 450mg, Vit. B6 120mg,
Vit. B12 1.200mg, Niacina 3.500mg, Pantotenato de calico 800mg, Ácido Fólico 50mg, Biotina5mg, Colina 28,545g, Promotor de crescimento e eficiência
alimentar 5.000mg, Cocciodiostático 6g, Metionina 160g, Ferro 3.100 mg, Cobre 6.600 mg, Manganês 6.000mg, Zinco 4.500mg, Iodo 120 mg, Selênio 20 mg,
Antioxidante 8.000mg.
41
Tabela 2 - Composição das rações para fase de crescimento (8 a 21 dias) de acordo com os níveis de inclusão de diferentes tipos
de óleos de soja e diferentes níveis de energia
Table 2 - Feed composition of the growth phase (8 to 21 days) according to the level of inclusion of different types of oils soya and
various types of energy
Ingredientes
Ingredients
Unid.
Unit.
Tratamentos por níveis de energia
Treatments for levels of energy
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7
Milho Corn
kg 60,00
61,42
59,48
58,67
59,52
58,49
54,27
Farelo de soja Soybean meal
kg 32,45
32,35
32,70
32,87
32,68
32,87
33,62
Óleo de soja refinado Soybean oil
kg 2,34
-
-
-
-
-
-
Óleo de soja bruto Soybean crude
kg -
1,81
0,92
4,07
-
-
-
Óleos de soja degomado Soybean
degomado
kg -
-
-
-
3,41
1,74
7,72
Fosfato bicálcico Dicalcium phosphate
kg 1,85
1,85
1,84
1,85
1,83
1,85
1,85
Calcário Limestone
kg 0,88
0,88
0,88
0,88
0,88
0,88
0,88
L-Lis-HCl Lysine – HCl
kg 0,19
0,20
0,19
0,17
0,19
0,18
0,17
Premix Vit. Min.** Min. Vit. Mix.
Kg 1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
Material inerte* kg -
-
2,50
-
-
2,5
-
Sal Salt
kg 0,49
0,49
0,49
0,49
0,49
0,49
0,49
Total Total
kg 100
100
100
100
100
100
100
Valores calculados Calculated values
Energia bruta Gross energy
kcal/kg 4,15
4,11
3,92
4,15
4,16
4,04
4,45
Proteína bruta Crude protein
% 21,38
11,16
19,88
22,02
21,33
22,17
22,15
Matéria seca Dry matter
% 89,38
88,80
89,49
89,55
89,50
89,14
89,72
Matéria mineral Ash
% 5,45
5,77
8,29
6,56
6,28
7,99
5,61
T1 - 3000kcal; T2 - 3000kcal; T3- 2.850kcal; T4 - 3.150kcal; T5 - 3000kcal ; T6 - 2.850kcal ;T7 - 3.150kcal; * Areia Lavada; **Composição por kg do produto /
Composition per kg of product: Vit. A 700.000 U.I., Vit. D3 200.000 U.I., Vit. E 1.200 mg, Vit. K3 80mg, Vit. B1 60mg, Vit. B12 450mg, Vit. B6 120mg, Vit. B12
1.200mg, Niacina 3.500mg, Pantotenato de calico 800mg, Ácido Fólico 50mg, Biotina5mg, Colina 28,545g, Promotor de crescimento e eficiência alimentar
5.000mg, Cocciodiostático 6g, Metionina 160g, Ferro 3.100 mg, Cobre 6.600 mg, Manganês 6.000mg, Zinco 4.500mg, Iodo 120 mg, Selênio 20 mg,
Antioxidante 8.000mg.
42
Tabela 3 - Composição das rações para fase de engorda (22 a 32 dias) de acordo com os níveis de inclusão de diferentes tipos de
óleos de soja e diferentes níveis de energia
Table3 - Feed composition of the fatteing phase (22 to 32 days) according to the level of inclusion of different types of oils soya and
various types of energy
Ingredientes
Ingredients
Unid.
Unit.
Tratamentos por níveis de energia
Treatments for levels of energy
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7
Milho Corn
kg 65,10
65,38
65,51
63,18
63,43
64,43
58,26
Farelo de soja Soybean meal
kg 27,85
27,80
27,71
28,20
28,10
27,90
29,00
Óleo de soja refinado Soybean oil
kg 3,00
-
-
-
-
-
-
Óleo de soja bruto Soybean crude
kg -
2,76
1,00
4,57
-
-
-
Óleos de soja degomado Soybean
degomado
kg -
-
-
-
4,40
1,90
8,67
Fosfato bicálcico Dicalcium phosphate
kg 1,56
1,56
1,60
1,57
1,60
1,60
1,60
Calcário Limestone
kg 0,85
0,85
0,83
0,84
0,82
0,82
0,83
L-Lis-HCl Lysine – HCl
kg 0,19
0,19
0,20
0,18
0,20
0,20
0,18
Premix Vit. Min.** Min. Vit. Mix.
Kg 1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
Material inerte* kg -
-
1,70
-
-
1,70
-
Sal Salt
kg 0,44
0,45
0,45
0,45
0,45
0,45
0,45
Total Total
kg 100
100
100
100
100
100
100
Valores calculados Calculated values
Energia bruta Gross energy
kcal/kg 4,14
4,16
3,98
4,29
4,20
3,98
4,50
Proteína bruta Crude protein
% 20,13
20,80
18,17
20,04
18,68
18,87
20,35
Matéria seca Dry matter
% 88,85
89,19
88,69
89,05
88,88
89,03
89,93
Matéria mineral Ash
% 5,40
5,60
6,86
5,22
5,71
8,34
5,89
T1 - 3100kcal; T2 - 3100kcal; T3- 2.950kcal; T4 - 3.250kcal; T5 - 3100kcal ; T6 - 2.950kcal ;T7 - 3.250kcal; * Areia Lavada; **Composição por kg do produto /
Composition per kg of product: Vit. A 700.000 U.I., Vit. D3 200.000 U.I., Vit. E 1.200 mg, Vit. K3 80mg, Vit. B1 60mg, Vit. B12 450mg, Vit. B6 120mg, Vit. B12
1.200mg, Niacina 3.500mg, Pantotenato de calico 800mg, Ácido Fólico 50mg, Biotina5mg, Colina 28,545g, Promotor de crescimento e eficiência alimentar
5.000mg, Cocciodiostático 6g, Metionina 160g, Ferro 3.100 mg, Cobre 6.600 mg, Manganês 6.000mg, Zinco 4.500mg, Iodo 120 mg, Selênio 20 mg,
Antioxidante 8.000mg.
43
Tabela 4 - Composição das rações para fase de terminação (33 a 42 dias) de acordo com os níveis de inclusão de diferentes tipos
de óleos de soja e diferentes níveis de energia
Table 4 - Feed composition of the termination phase (33 to 42 days) according to the level of inclusion of different types of oils soya
and various types of energy
Ingredientes
Ingredients
Unid.
Unit.
Tratamentos por níveis de energia
Treatments for levels of energy
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7
Milho Corn
kg 68,54
69,46
68,99
65,03
66,77
68,17
60,85
Farelo de soja Soybean meal
kg 24,50
24,30
24,40
25,10
24,80
24,60
26,20
Óleo de soja refinado Soybean oil
kg 3,10
-
-
-
-
-
-
Óleo de soja bruto Soybean crude
kg -
2,37
1,25
6,01
-
-
-
Óleos de soja degomado Soybean
degomado
kg -
-
-
-
4,57
1,87
9,13
Fosfato bicálcico Dicalcium phosphate
kg 1,45
1,45
1,45
1,45
1,45
1,45
1,45
Calcário Limestone
kg 0,78
0,78
0,78
0,78
0,78
0,78
0,78
L-Lis-HCl Lysine – HCl
kg 0,20
0,21
0,20
0,19
0,20
0,20
0,16
Premix Vit. Min.** Min. Vit. Mix.
Kg 1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
Material inerte* kg -
-
1,50
-
-
1,50
-
Sal Salt
kg 0,43
0,43
0,43
0,43
0,43
0,43
0,43
Total Total
kg 100
100
100
100
100
100
100
Valores calculados Calculated values
Energia bruta Gross energy
kcal/kg 4,27
4,13
4,02
4,37
4,32
4,03
4,49
Proteína bruta Crude protein
% 22,48
16,54
18,40
18,23
17,23
17,03
17,60
Matéria seca Dry matter
% 89,46
89,15
89,33
89,19
88,81
88,61
89,86
Matéria mineral Ash
% 5,90
5,29
6,85
5,00
5,80
8,45
5,20
T1 3150kcal; T2 3150kcal; T3- 3000kcal; T4 - 3300kcal; T5 - 3150kcal ; T6 - 3000kcal ;T7 - 3300kcal; * Areia Lavada; **Composição por kg do produto /
Composition per kg of product: Vit. A 700.000 U.I., Vit. D3 200.000 U.I., Vit. E 1.200 mg, Vit. K3 80mg, Vit. B1 60mg, Vit. B12 450mg, Vit. B6 120mg, Vit. B12
1.200mg, Niacina 3.500mg, Pantotenato de calico 800mg, Ácido Fólico 50mg, Biotina5mg, Colina 28,545g, Promotor de crescimento e eficiência alimentar
5.000mg, Cocciodiostático 6g, Metionina 160g, Ferro 3.100 mg, Cobre 6.600 mg, Manganês 6.000mg, Zinco 4.500mg, Iodo 120 mg, Selênio 20 mg,
Antioxidante 8.000mg.
44
3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.3.1 Temperatura e umidade relativa do ar
As variações de temperatura (máxima e mínima) no interior do galpão no
decorrer do experimento estão expressas na Figura 1. Pode-se observar que a
temperatura mínima manteve-se em torno de 20ºC e a xima por volta de
34ºC. Porém, a análise desta faixa de temperatura permite inferir que as aves
sofreram estresse calórico, principalmente na fase final do ciclo de produção,
pois de acordo com Oliveira Neto et al. (2000) e Valério (2000), temperaturas
acima de 21ºC, para aves adultas, propiciam perda de calor latente através da
evaporação (respiração ofegante).
Variação de Temperatura
0
5
10
15
20
25
30
35
40
junho - julho
Temperatura °C
Máxima
nima
Figura 1. Variação da temperatura durante o experimento
A variação da umidade relativa do ar durante o período experimental
(Figura 2) mostrou-se bastante adversa para frangos, onde foi registrado
máxima de 83% e mínima de 21%. Esta condição ambiental, típica das regiões
tropicais. Isto interfere negativamente na produtividade e na criação de frangos
de corte, segundo Borges et al. (2003), a susceptibilidade das aves ao
estresse calórico aumenta à medida que a umidade relativa e a temperatura
ambiente ultrapassam a zona de conforto térmico, dificultando assim a
dissipação de calor, aumentando, conseqüentemente, a temperatura corporal
da ave, com efeito negativo sobre o desempenho, aumento da mortalidade,
junho - agosto
45
diminuição da ingestão de alimento e, por conseguinte, piorando a conversão
alimentar.
Variação da Umidade
0
20
40
60
80
100
junho - julho
Umidade (%)
Máxima
nima
Figura 2. Variação da umidade relativa durante o período experimental
O efeito da temperatura sobre as exigência em energia não afeta de
maneira linear e que ocorre diminuição na exigência de mantença até 27 ºC,
seguida de aumento quando a temperatura chega os 34 Cº. Esse efeito
demonstra a maior necessidade de energia pelas aves submetidas a
temperaturas acima ou abaixo da termoneutralidade; sob altas temperaturas,
necessitam alterar seu metabolismo para dissipar calor e, sob temperaturas
inferiores, aumentam a necessidade de produção de calor. Esses processos
envolvem gastos de energia para manutenção da homeostase corporal. Assim,
o ofegação é eficiente quando a umidade relativa ambiental se encontra em
níveis relativamente baixos, isto é, menores que 70% (NAAS, 1995).
Durante o experimento, verificou-se que as aves apresentaram
comportamento típico de estresse calórico como asas afastadas do corpo, bico
aberto, ofegação, sinais observados principalmente no horário mais quente do
dia, e nas fases finais de criação. De acordo com Macari e Furlan et al. (1999),
à medida que a temperatura corporal se eleva, durante o estresse calórico,
processos fisiológicos e comportamentais são ativados com a finalidade de
aumentar a dissipação de calor e reduzir a sua produção metabólica, assim a
ave tenta manter a homeotermia.
3.3.2 Consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar
junho - agosto
46
3.3. 2.1 Período inicial (1 a 21 dias)
Os resultados referentes ao ganho de peso (GP), consumo de ração
(CR) e conversão alimentar (CA), do período inicial (1 a 21 dias), de acordo
com as fontes de óleos de soja avaliadas e os níveis energéticos associados à
ração, encontram-se na tabela abaixo.
Tabela 5 - Desempenho de frangos de corte alimentados com rações contendo
diferentes tipos de óleos de soja associados a diversos níveis de
energia no período de 1 a 21 dias
Table 5 - Performance of broilers fed diets containing different types of soybean
oils associated with different levels of energy during the period from 1
to 21 days
Variável
Controle
1
Trat. Níveis de Energia Média
2
CV
Normal Baixo Alto
CR Ref.
989,35*
Bruto 1073,52
1014,57*
986,02*
1024,71
a
4,83
Degomado 975,69
997,50
920,34
964,51
b
Média
2
1024,61
a
1006,03
a
953,18
b
GP Ref. 687,46
Bruto 702,88
686,59
740,19
709,89
a
8,10
Degomado 708,17
668,19
678,54
684,97
a
Média
2
705,52
a
677,39
a
709,36
a
CA Ref. 1,43 Bruto 1,53
1,48
1,33
1,45
a
7,11
Degomado 1,37
1,48
1,35
1,41
a
Média
2
1,45
a
1,34
b
1,48
a
1
Médias, seguidas de asterisco, para uma mesma variável, diferem entre si pelo teste de
Dunnett (P<0,05).
2
Médias, seguidas de letras diferentes, para uma mesma variável, diferem
entre si pelo teste de SNK (P<0,05).
Estes dados revelaram que as aves do tratamento controle (óleo
refinado) apresentaram maior consumo de ração (P<0,05) em relação ao
tratamento com óleo bruto associado ao alto nível de energia e um menor
consumo (P<0,05) em relação ao mesmo óleo com baixo nível de energia.
Com relação aos demais tratamentos não houve diferença (P>0,05).
Em relação à aplicação de diferentes níveis de energia (normal, baixo e
alto) na variável consumo de ração no período de 1 a 21 dias de idade pode-se
verificar que o nível normal e baixo não diferiram entre si (P>0,05) e que o nível
alto diferenciou-se (P<0,05) dos demais apresentando menor consumo em
relação aos outros níveis.
47
Estes resultados foram, também, verificados por Freitas et al. (2005),
que ao testarem, em pintos e aves adultas, diferentes níveis de energia nas
rações formuladas com óleo ácido de soja, verificaram que quando aplicados
os altos níveis energéticos, houve uma queda de consumo, principalmente nos
animais jovens, e que os resultados melhoravam de acordo com o avançar da
idade das aves.
Resultados semelhantes foram observados por Albino et al. (1992) que
sugerem ainda que a ave mais jovem apresenta um menor consumo de
alimentos energéticos devido à baixa capacidade de absorção destes
alimentos, ao contrário de aves com um certo grau de maturidade digestiva, e
que outro fator relevante pode está associado à qualidade da fonte energética.
Da mesma forma Maiorka et al. (1997) não verificaram diferenças
(P>0,05) entre os tratamentos com óleo de soja associado a altos níveis de
energia, na primeira semana de idade de frango de corte, para a variável
desempenho. De acordo com Barbosa (2003), os animais consomem ração
buscando, satisfazer, prioritariamente suas necessidades energéticas. Também
releva o fato de que quando a ave é muito jovem não exige um maior
fornecimento energético alimentação para sua mantença.
Quanto à aplicação do óleo bruto e degomado, para aves de 1 a 21 dias
de idade, a variável consumo de ração apresentou melhores resultados
(P<0,05) na utilização do óleo bruto de soja.
No estudo da variável ganho de peso não observou-se diferença
significativas (P>0,05) para as variáveis, ganho de peso e conversão alimentar,
entre os tratamentos estudados (P>0,05).
Com relação ao estudo dos fatores tipos de óleos e níveis de energia,
constatou-se que não houve interação (P>0,05) para as variáveis estudadas.
Assim, as aves do tratamento com óleo bruto apresentaram o maior consumo
de ração que as aves alimentadas com óleo degomado (P<0,05).
E para os níveis de óleo, o mais elevado apresentou menor consumo
(P<0,05), em relação aos demais, e o nível baixo apresentou melhor (P>0,05)
conversão alimentar.
Esta redução de consumo de ração pode estar associada a fatores como
o excesso de energia que atua diretamente na saciedade do animal. Bem como
os dados demonstrados por
Pinheiro (1993), que não verificaram diferenças
48
(P>0,05) no consumo de ração entre os tratamentos enriquecidos com óleo
refinado de soja com diferentes densidades energéticas, no do período de 1 a
21 dias de idade de frangos de corte.
De maneira semelhante Beterchini et al. (1991), estudando os efeitos de
rações contendo diferentes níveis de energia sobre o desempenho de frangos
de corte, constataram que o consumo de ração não foi afetado (P>0,05) pelos
níveis de energia da dieta no período de 1 a 28 dias.
Por outro lado, Pucci et al. (2003) observaram o efeito linear (P<0,01) no
consumo de ração e no ganho de peso, no período de 1 a 21 dias de idade, em
frangos de corte alimentados com rações contendo 2,5; 5,0 e 7,5% de óleo
refinado de soja.
De acordo com Andriguetto et al. (1999), diferentes tipos de lipídeos
utilizados como fontes energéticas na alimentação de frangos de corte no
período de 1 e 21 dias de idade, podem influenciar na digestibilidade da
gordura em animais jovens. Isto porque, segundo Freeman (1984), as aves
jovens apresentam menor capacidade de produção de lipase pancreática e
deficiência na produção de bile. Este quadro este, segundo Noy e Sklan (1995),
é revertido com o avançar da idade.
3.3.2.2 Período total (1 a 42 dias)
Os resultados referentes ao ganho de peso (GP), consumo de ração
(CR) e conversão alimentar (CA), do período total de criação, de acordo com
as fontes de óleos de soja e os níveis energéticos associados à ração,
encontram-se na abaixo.
49
Tabela 6 Consumo de ração (CR), ganho de peso (GP) e conversão alimentar
(CA) de aves alimentadas com diferentes tipos de óleos de soja e
diferentes níveis de energia no período total de criação
Table 6 - Consumption of diet (CR), weight gain (GP) and feed conversion (CA)
poultry fed with different types of oils, soya and different levels of energy in
the latter stages of creation
Variável
Controle
1
Trat. Níveis de Energia Média
2
CV
Normal Baixo Alto
CR Ref.
4122,3*
Bruto 4284,2*
4292,4*
3958,0*
4178,17
a
5,08
Degomado
4080,
6
4255,
8
3720,5*
4018,94
a
Média
2
4182,4
a
4274,1
a
3839,2
b
GP Ref.
2237,1 Bruto 2323,
2
2304,
2
2207,
4
2278,25
a
7,53
Degomado
2216,
8
2194,
2
2127,
8
2179,60
a
Média
2
2270,02
a
2249,20
a
2167,56
a
CA Ref.
1,83* Bruto 1,84
1,85
1,79
1,83
a
5,33
Degomado
1,83
1,93
1,74*
1,84
a
Média
2
1,84
ab
1,89
a
1,77
b
1
Médias, seguidas de asterisco, para uma mesma variável, diferem entre si pelo teste de
Dunnett (P<0,05).
2
Médias, seguidas de letras diferentes, para uma mesma variável, diferem
entre si pelo teste de SNK (P<0,05).
Os dados revelam que o tratamento controle (óleo refinado) apresentou
menor (P<0,05) consumo de ração em relação aos tratamentos formulados
com Óleo Bruto com baixo e normal nível de energia. O mesmo não aconteceu
quando se empregou um alto nível de energia para o Óleo Bruto e Degomado,
que demonstraram menores (P<0,05) valores para o consumo de ração em
relação ao Óleo Refinado.
Em relação ao tipo de óleo empregado o se observou diferença, para
a variável consumo de ração, entre o emprego do Óleo Bruto e do Óleo
Degomado. E o alto nível de energia empregado demonstrou menor valor para
esta variável.
As diferença apresentadas pelo consumo de ração entre os tratamentos
reporta-se ao aumento da quantidade de óleo adicionada à ração para atender
o aumento de energia proposto. A quantidade elevada de óleo modificou as
características físicas da ração tornando-a muito agregada e com aspecto
molhado. Onde, desta forma observou-se uma dificuldade das aves de
consumir tal alimento, pois ficavam muito aderidos ao recipiente e ao bico das
aves. Segundo Leeson e Summers (2001), o consumo de ração pelas aves
está diretamente relacionado ao nível energético da ração, de forma que
rações com níveis energéticos elevados promovem redução em seu consumo.
50
Assim, Crespo e Garcia (2001) compararam o uso do sebo bovino e
óleo de oliva em dois níveis de inclusão de 6% e 10% para frangos de corte e
também verificam que o consumo de ração foi menor nas rações que
possuíam 10% de inclusão de gordura. Duarte et al. (2006) também
verificaram (P < 0,05) menor consumo de ração quando aplicaram 3600 kcal
em rações para frangos de corte, na fase de 42 a 49 dias de idade.
Para Waldroup (1996), um fator importante associado ao consumo de
ração e, conseqüentemente, importante para as outras variáveis de
desempenho, é o nível energético fornecido pela ração, bem como a qualidade
das fontes utilizadas e sua associação com os demais ingredientes da
formulação.
Silva Júnior et al. (2002) observaram melhores resultados (P < 0,05)
para consumo de ração, na mesma fase de criação, quando testaram a
aplicação de energia na faixa de 2.800 a 3.100kcal/kg em frangos machos e
fêmeas. Os autores concluíram que os níveis situados entre 2.832kcal e
2.656,40kcal são ideais a serem aplicados em machos e fêmeos,
respectivamente.
Bertechini et al. (1991) consideram que a elevação dos níveis de
energia da ração reduzem os valores absolutos para as variáveis de
desempenho em conseqüência da diminuição do consumo de ração,
necessitando, para obtenção de um melhor desempenho, o balanceamento
dos nutrientes que compõem a dieta.
A diminuição do consumo de ração observada no presente trabalho
também pode está associada a outros fatores tais como: nível energético
elevado, acima da necessidade de mantença e desconforto térmico devido às
variações de temperatura (20 a 34ºC) e umidade (21 a 83%) no decorrer do
experimento. É importante ressaltar que este último fator tem grande
importância para as fases finais de criação, pois as aves tendem a um
desgaste maior para manter a termoneutralidade.
A variável ganho de peso não sofreu interferência dos tipos de óleos e
nem dos níveis de ração empregados.
Vieira et al. (2002) também não verificaram diferença (P>0,05) no ganho
de peso de frangos de corte no período de 8 a 42 dias de idade, que
consumiram dietas contendo óleo de soja ou óleo ácido de soja em partes
51
iguais de 2 e de 4%, cada. Porém, verificaram que a aplicação de níveis acima
de 5% de óleo ácido de soja, na ração de frangos de corte com 42 dias de
idade, diminui o consumo de ração.
A conversão alimentar demonstrou significância (P<0,05) entre o Óleo
Refinado e o Degomado, onde o Refinado apresentou melhor valor para esta
variável.
Segundo NAAS (1995) a variação de temperatura apropriada para
frangos de corte na sua quinta semana é de 22 a 24ºC e a variação de
umidade relativa deve permanecer na faixa de 50 a 70%. A autora afirma que
temperaturas muito altas associadas a altos valores de umidade relativa
causam redução na performance produtiva e perdas econômicas
especialmente quando os frangos estão em idade próximas a serem
comercializados.
A redução na ingestão de ração verificada nos tratamentos com alto
nível de energia mostra que o frango procura atender primariamente as suas
necessidades de energia. Segundo Leeson & Summers (2001), o consumo
voluntário de ração pelas aves, dentro de certos limites, é regulado pela
ingestão de energia e está relacionado ao nível energético da ração. Assim,
que rações com níveis energéticos elevados podem promover redução em seu
consumo.
Baseado nos resultados de desempenho no período completo (1 42
dias), realizou-se estudo econômico dos tratamentos (Tabela 7).
Considerando os tratamentos que tiveram seus níveis de energia
balanceados (T1, T2 e T5) empregados de acordo com Rostagno et al. (2005),
o que demonstrou melhor relação de custo médio arraçoamento foi o
tratamento formulado à base de óleo de soja refinado.
Em relação ao CMA/GPM
2
, entre os tratamentos com nível energético
balanceado a formulação T1 (com óleo refinado) demonstrou menor índice.
Em termos de renda bruta média das formulações balanceadas os
tratamentos T1 (óleo refinado) e T5 (óleo degomado) obtiverem igual relação.
A melhor margem bruta média e melhor margem bruta foi obtida pela
formulação com óleo degomado de soja no nível energético tabelado (T5).
Desta forma o emprego do óleo degomado demonstrou-se mais econômico e
melhor indicado ao produtor.
53
Tabela 7 – Índice econômico dos diferentes tratamentos utilizados na criação de frango de corte
Table 7 – Index of economic different used in the creation of chicken cutting
Variáveis
Variable
Tratamentos com diferentes tipos d
e óleos de soja e níveis de
energia
Treatment with different kinds of oils, soya and levels of energy
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7
Custo médio de arraçoamento (CMA)
1
Average cost ration (ACR)
3,10 3,40
3,48 3,07 3,27 3,30 2,67
Relação CMA/GPM
2
Arerage cost of ration:weight gain ratio
1,78
1,89 1,79 1,70 1,81 1,87 1,42
Renda bruta média(RBM)
1
Crude Yield
4,62
4,85 4,73 4,68 4,62 4,64 4,42
Margem bruta média (MBM)
Average crude margin
1,52 1,45 1,25
1,61 1,35 1,34 1,75
1
Considerou-se o preço médio do kg dos ingredientes e do frango vivo, coletados em 24/02/2008.
2
GPM= Ganho de peso médio
1
It up the average price of kg of ingredients and the live chicken, collected on 24/02/2008.
2
GPM = Gain of average weight
54
3.3.3 Rendimento de carcaça
Os resultados de peso absoluto e percentual das características de
carcaça e dos principais cortes e órgãos comestíveis de frangos de corte,
abatidos aos 42 dias de idade, em função dos níveis de energia e tipos de
fontes lipídicas, encontram-se apresentados na Tabela 8.
Verificou-se que os níveis de inclusão de óleo e os diferentes tipos de
óleo de soja, não interferiram (P > 0,05) nas variáveis: peso de carcaça, asas,
entreasa, peito, coxa, sobrecoxa, dorso, gordura abdominal, pescoço, fígado e
moela, indicando que os óleos de soja refinado, bruto e degomado, bem como,
os diferentes níveis energéticos podem ser empregados nas rações de frango
de corte sem comprometer estas variáveis.
Resultados semelhantes foram encontrados por Ranccini, et al. (2008)
verificaram que o uso de óleo oxidado na proporção de 4% na dieta das aves
não prejudica o peso vivo, o peso da carcaça eviscerada, o rendimento de
perna, carne de sobrecoxa ou quantidade de gordura abdominal depositada
dos animais aos 41 dias de idade.
Os resultados obtidos por Lara et al. (2006) estão de acordo com os
encontrados nesta pesquisa, pois segundo estes autores, as fontes lipídicas de
origem vegetal não influenciam no rendimento de carcaça, vísceras e cortes
(peito e coxa) e nem na porcentagem de gordura abdominal. Dados
semelhantes foram encontrados por Lima et al. (1996), que não verificaram
diferenças para as características de rendimento de carcaças, coxa, peito e
gordura abdominal quando adicionou óleo de soja nos níveis de 1%, 2% e 3%
nas rações de frangos de corte.
Trabalhando com óleo degomado de soja, óleo de vísceras de aves,
óleo ácido de soja, mistura de 50% de óleo de soja e 50% de víceras, e
mistura de 50% e óleo de soja e 50% de óleo ácido de soja, Baião et al. (2006)
também não verificaram diferença entre os tratamentos para o rendimento de
carcaça e cortes, composição de proteína bruta, umidade e extrato etéreo da
carcaça inteira e da musculatura da coxa e do peito de frangos de corte.
Por outro lado Crespo & Gracia (2001) não verificaram diferenças no
acúmulo de gordura corporal para diferentes tipos de gorduras (óleo ácido de
soja, refinado de soja e mistura destes). Resultados divergentes foram
encontrados por Deaton et al. (1981) que, ao utilizarem dietas com adição de
55
4,7% e 10% de gordura animal, observaram que a deposição de gordura
abdominal elevou-se com o aumento do nível de gordura na ração. Já Mendes
et al. (2001) constataram que o aumento do nível de energia nas rações
causou redução no rendimento de carcaça.
Resultados divergentes aos obtidos com esta pesquisa foram
constatados por Rostagno et al. (2005) que verificaram melhores valores
absolutos em peso de carcaça, entreasas, coxa, sobrecoxa, peito, asas e
fígado quando diminuíram o nível energético da ração em 150 kcal. No entanto
quando se aumentou o nível energético em 150 kcal, a mais que o indicado
para frangos de corte, obtiveram melhores resultados para gordura abdominal
e moela.
Porém, neste trabalho, o houve desbalanceamento dos demais
componentes nutricionais da ração, apenas o nível energético propôs desafio
às aves e, este fato pode associar-se aos resultados não significativos
encontrados na avaliação de rendimento de carcaça.
57
Tabela 8- Valores percentuais das principais características de carcaça de frangos abatidos aos 42 dias de idade em função dos
diferentes tipos de óleos de soja e dos diferentes níveis de energia.
Table 8 -Values percentage of the main features of carcass of chickens slaughtered at 42 days of age depending on the different
types of oils, soya and different levels of energy.
Trata
-
mentos
Treatments
Variáveis (%)
Variables (%)
Peso
carcaça
Carcass
weight
Asa
Wing
Entreasa
Tulip
Peito
Breath
Coxa
Legs
Sobrecoxa
Drumsticks
Dorso
Back
Gordura
abdominal
Abdominal fat
Pescoço
Neck
Fígado
Liver
Moela
Gizzard
T1 72,68
a
3,76
a
3,76
a
23,40
a
9,73
a
10,08
a
19,43
a
2,11
a
4,58
a
1,58
a
1,58
a
T2 73,68
a
3,88
a
3,81
a
23,08
a
9,72
a
9,95
a
16,60
a
1,95
a
4,50
a
1,68
a
1,45
a
T3 72,80
a
3,78
a
3,93
a
23,10
a
9,97
a
10,28
a
14,07
a
2,18
a
4,54
a
1,61
a
1,52
a
T4 71,31
a
3,85
a
3,88
a
23,63
a
9,79
a
10,12
a
18,87
a
2,22
a
5,77
a
1,53
a
1,49
a
T5 77,10
a
4,15
a
4,06
a
22,60
a
11,05
a
10,79
a
18,90
a
2,48
a
5,04
a
1,80
a
1,43
a
T6 73,93
a
4,48
a
3,82
a
24,58
a
10,21
a
9,67
a
17,44
a
1,71
a
5,17
a
1,77
a
1,46
a
T7 69,93
a
3,85
a
4,02
a
21,10
a
10,00
a
10,22
a
17,06
a
2,60
a
4,76
a
1,51
a
1,60
a
CV (%) 6,22
11,65
7,66
11,20
7,20
9,36
19,71
21,92
23,14
18,08
12,32
T1– tratamento controle com óleo refinado e vel tabelado de energia; T2 tratamento com óleo bruto e nível tabelado de energia; T3 tratamento com óleo
bruto e 150kcal a mais do que o vel tabelado de energia; T4 tratamento com óleo bruto e 150kcal a menos que o tabelado; T5 tratamento com óleo
degomado e nível tabelado de energia; T6 tratamento com óleo degomado e 150kcal a mais que o tabelado; T7 tratamento com óleo degomado e 150kcal a
menos que o tabelado;
a
Médias seguidas pela mesma letra nas colunas, não diferem pelo teste SNK (P>0,05);
ab
Médias seguidas pela letra diferentes nas
colunas, diferem pelo teste SNK (P>0,05); =kcal nível tabelado de energia, >kcal (150kcal de energia a menos que o tabelado), <kcal (150kcal a mais que o
tabelado).
58
4 CONCLUSÕES GERAIS
A utilização do óleo bruto de soja e do óleo degomado de soja, em
diferentes níveis energéticos, não resultou em prejuízo ao desempenho
zootécnico, nem ao rendimento de carcaça de frango de corte. Os resultados
apontaram também que os menores valores de consumo estavam
relacionados a aquelas rações com acréscimo de energia e conseqüentemente
com maior quantidade de óleos nas rações. Estas adições não interferiram no
ganho de peso e nem na conversão alimentar ao final do ciclo de criação,
permitindo inferir que o uso de diferentes valores de energia e que os
diferentes tipos de óleos de soja possam ser oferecidas sem perdas no
desempenho.
Quanto ao emprego econômico da ração a maior margem bruta média
foi apresentada pela ração formulada com óleo bruto de soja em maior nível de
energia.
LITERATURA CITADA
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