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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
DESCRIÇÃO BACTERIÓLOGICA DE BRINQUEDO
UTILIZADO EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO
PEDIÁTRICA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós -
Graduação em Enfermagem – Mestrado
Profissionalizante – da Faculdade de Medicina
de Botucatu da Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” para obtenção do
título de Mestre em Enfermagem.
Botucatu
2010
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
DESCRIÇÃO BACTERIÓLOGICA DE BRINQUEDO
UTILIZADO EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO
PEDIÁTRICA
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós - Graduação em Enfermagem –
Mestrado Profissionalizante – da Faculdade
de Medicina de Botucatu da Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
para obtenção do título de Mestre em
Enfermagem.
Orientadora: Prof
a
Dr
a
Ione Corrêa
Aluna: Marcela C. Candido de Almeida
Botucatu
2010
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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO
DA INFORMAÇÃO
DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP
BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: Selma Maria de Jesus
Almeida, Marcela C. Candido de.
Descrição bacteriológica de brinquedo utilizado em Unidade de internação
pediátrica / Marcela C. Candido de Almeida. – Botucatu : [s.n.], 2010.
Dissertação (mestrado) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade
Estadual Paulista, 2010.
Orientador: Ione Corrêa
Assunto CAPES: 40403009
1. Enfermagem pediátrica 2. Infecção hospitalar 3. Crianças - Higiene
Palavras-chave: Brinquedo; Higiene; Infecção hospitalar
FOLHA DE APROVAÇÃO
Marcela Cristina Candido de Almeida
DESCRIÇÃO BACTERIÓLOGICA DE BRINQUEDO
UTILIZADO EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO
PEDIÁTRICA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós -
Graduação em Enfermagem – Mestrado
Profissionalizante – da Faculdade de Medicina de
Botucatu da Universidade Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho” para obtenção do título de
Mestre em Enfermagem
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora
Prof
a
Dr
a
Ione Corrêa: Instituição: Faculdade de Medicina de Botucatu.
Julgamento:___________ Assinatura:________________
Prof
a
Dr
a
Ilda de Gody: Faculdade de Medicina de Botucatu.
Julgamento___________ Assinatura:__________________
Prof
a
Dr
a
Silvana Denofre Carvalho Instituição: Universidade Estadual de Campinas.
Julgamento: ___________ Assinatura:_________________
Dedicatória
A Deus, que sempre se faz
presente em minha vida...
À nossa Nina que esteve o tempo todo
do meu lado, nas madrugadas
intermináveis...
Você está sempre em meu coração...
Aos meus pais por acreditarem em
mim e sempre incentivarem o meu
crescimento espiritual e profissional...
Mãe, obrigada pelas orações...
Pai, obrigada por não medir esforços para
nos ver felizes...
Sou o resultado do amor de vocês por
mim...
Dedicatória
À minha “ermã” a qual me orgulho
dizer minha alma gêmea...
Pelos pensamentos positivos e pela
força durante minha trajetória...
Ao meu namorado, José Henrique,
pela compreensão dos períodos em que
me ausentei e não pude ficar ao seu
lado...
Ao meu avô (in memoriam). Tenho
certeza de que você estaria muito
orgulhoso...
A minha vovozinha (in memoriam).
Sempre amada.
Agradecimento Especial
A minha orientadora, Prof
a
Dr
a
Ione
Corrêa, pela disposição em ensinar-me,
acreditando que eu sempre podia mais e
mais...
Agradeço-lhe por me fazer perceber que
posso ir mais longe...
“A mente que se abre a uma nova ideia
jamais voltará ao seu tamanho original...”
(Albert Einstein)
Agradecimentos
À FUNDUNESP pela concessão de fomento à pesquisa,
A todos os professores do curso de Pós-Graduação em
Enfermagem do Mestrado-Profissionalizante pelos
ensinamentos que possibilitaram além desse estudo o meu
crescimento pessoal,
Ao Departamento de Enfermagem da Pós-Graduação de
Enfermagem da UNESP pelas explanações e esclarecimentos de
dúvidas,
À professora Dr
a
Maria Cristina Parada, coordenadora do
Programa de Pós-graduação de Enfermagem da UNESP por
acreditar em meu potencial e dar o “start” dessa trajetória,
Ao professor Dr
o
Carlos Padovani pelas orientações referentes
à análise estatística e pelas palavras sinceras e significativas para
o crescimento desse estudo e do meu interior,
Ao professor Jose Celso Vieira pelas correções e orientações,
À enfermeira Ana Carolina, que forneceu subsídios para o
início deste estudo,
A todos os colaboradores da UNESP-Botucatu que, de alguma
maneira, puderam participar na realização deste sonho, cuja ajuda
oferecida foi para mim de grande apreço,
Ao professor Dr
o
Emílio Carlos Curcelli pela concordância
na realização deste estudo no meu ambiente de trabalho, a “minha
casinha”: a Unidade de Internação Pediátrica do Hospital
Estadual de Bauru,
Agradecimentos
À gerente de enfermagem do Hospital Estadual de Bauru,
Maria Valéria Pereira, pela autorização para cursar o
Mestrado,
Às supervisoras de enfermagem Libele Monteiro Pecaro e
Karina Delicato pela liberação para assistir às aulas, receber as
orientações e pelo apoio oferecido,
À microbiologista do laboratório de Análises Clínicas do
Hospital Estadual de Bauru, Gislaine Aparecida Querino
pela atenção dispensada e disposição para me orientar,
Aos todos os colaboradores do laboratório de Análises Clínicas
do Hospital Estadual de Bauru, em especial à Regiane,
Fátima, Telma e Marina pela paciência e disposição para me
auxiliar durante a pesquisa, literalmente “pegando em minha
mão”,
Às minhas amigas, enfermeira Ana Paula Ribeiro Razera e
enfermeira Claudia R. Matiole Nunes pelas conversas, pelos
momentos de tristezas (que foram poucos) e pelas alegrais e
risadas (que foram muitas) que pudemos ter durante o nosso
percurso. Tenho certeza de que seria muito difícil sem vocês,
À equipe de enfermagem, oficiais e colaboradores da Unidade de
Internação Pediátrica do Hospital Estadual de Bauru pelo
apoio em minha trajetória profissional.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, foram importantes e
não tenham sido citados.
Às crianças que estão ou já passaram pela Unidade de
Internação Pediátrica do Hospital Estadual de Bauru pelo
simples fato de existirem e que me fazem querer adquirir mais
conhecimentos para que eu possa cada vez mais ajudá-las.
Epígrafe
“O conhecimento não está nos livros à
espera que alguém venha aprendê-lo;
o conhecimento é produzido em
respostas às perguntas;
todo novo conhecimento resulta de
novas perguntas, muitas vezes novas
perguntas sobre velhas respostas...”
(Postman, 1969)
Sumário
SUMÁRIO
Lista de Quadros ....................................................................................
13
Lista de Figuras ......................................................................................
14
Lista de Fluxograma ..............................................................................
15
Lista de Tabelas .....................................................................................
16
Lista de Anexos ......................................................................................
18
Lista de Apêndices .................................................................................
19
RESUMO ..................................................................................................
20
ABSTRACT ..............................................................................................
21
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................
22
2. OBJETIVOS .........................................................................................
52
2.1. Objetivo Geral ............................................................................... 53
2.2. Objetivos Específicos..................................................................... 53
3. CASUÍSTICA E MÉTODOS .................................................................
54
3.1. Referencial metodológico .............................................................. 55
3.2. Casuística do estudo ..................................................................... 56
3.3. Métodos ......................................................................................... 57
3.3.1. Local do estudo ...................................................................
57
3.3.2. Unidade de internação pediátrica ........................................
58
3.3.3. Equipe de saúde da unidade de internação pediátrica .......
58
3.3.4. Rotinas da unidade de internação pediátrica ......................
58
3.3.5. Controle de infecções da unidade de internação pediátrica.
59
3.3.6. Brinquedoteca .....................................................................
60
3.4. Aspectos éticos ............................................................................. 61
3.5. Descrições do brinquedo ............................................................... 61
3.6. Descrições dos produtos de higiene utilizados ............................. 62
3.7. Etapa Clínica ................................................................................. 64
3.7.1. Amostragem .......................................................................
64
3.7.2. Coleta das amostras das mãos ..........................................
65
3.7.3. Processo de observação e coleta das amostras dos
brinquedos .........................................................................
65
3.8. Etapa laboratorial .......................................................................... 69
Sumário
3.8.1. Semeadura das amostras ...................................................
69
3.8.2. Análise das placas de Petri semeadas ...............................
70
3.8.3. Teste de sensibilidade dos produtos de higienização .........
70
3.8.4. Variáveis do estudo .............................................................
72
3.8.4.1. Variável dependente e variáveis complementares .
72
3.8.4.2. Variáveis da análise bacteriana .............................
77
4. RESULTADOS .....................................................................................
79
5. DISCUSSÕES.......................................................................................
111
6. CONCLUSÕES ....................................................................................
122
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................
124
8. REFERÊNCIAS ....................................................................................
128
9. ANEXOS ..............................................................................................
142
10. APÊNDICES ......................................................................................
145
Lista de Quadro
LISTA DE QUADRO
Quadro 1-
Descrição dos produtos de higiene de acordo com sua
atividade e mecanismos de ação .......................................
63
Lista de Figura
LISTA DE FIGURA
Figura 1-
Acomodação dos brinquedos na caixa de plástico.............
66
Lista de Fluxograma
LISTA DE FLUXOGRAMA
Fluxograma 1 -
Coleta das amostras .................................................... 68
Lista de Tabelas
LISTA DE TABELAS
Tabela 1-
Distribuição de frequência e percentual em relação à
presença de bactérias nas mãos das crianças em
idades pré-escolares e escolares. Bauru, 2009...........
80
Tabela 2-
Distribuição de frequência e percentual em relação à
presença de bactérias nas mãos das crianças e sexo.
Bauru, 2009..................................................................
81
Tabela 3-
Descrição de frequência e percentual em relação às
bactérias isoladas da mão direita e esquerda do pré-
escolar e escolar. Bauru, 2009.....................................
82
Tabela 4-
Distribuição da frequência e percentual em relação à
presença e ausência de bactérias encontradas nas
amostras dos brinquedos no momento antes da
brincadeira e imediatamente após a brincadeira.
Bauru, 2009..................................................................
83
Tabela 5-
Distribuição de frequência e percentual em relação à
presença de bactérias encontradas nas amostras dos
brinquedos no momento antes da brincadeira e
depois da higienização do brinquedo. Bauru, 2009......
84
Tabela 6-
Distribuição de frequência e percentual em relação à
presença de bactérias encontradas nas amostras dos
brinquedos no momento imediato após a brincadeira
e depois da higienização do brinquedo. Bauru, 2009...
85
Tabela 7-
Distribuição de frequência e percentual em relação à
presença e ausência de bactérias no momento antes
da brincadeira, imediato após a brincadeira e depois
da higienização do brinquedo. Bauru, 2009.................
86
Tabela 8-
Descrição de frequências e percentuais de bactérias
isoladas nas amostras dos brinquedos no momento
antes da brincadeira, imediato após a brincadeira e
depois da higienização do brinquedo. Bauru, 2009......
87
Tabela 9-
Descrição das bactérias isoladas nas amostras das
mãos e dos brinquedos das crianças em idade pré-
escolar. Bauru, 2009.....................................................
90
Lista de Tabelas
Tabela 10-
Descrição dos antibiogramas das bactérias isoladas
nas mãos do pré-escolar e nos momentos de coleta
de swab no brinquedo. Bauru, 2009............................
94
Tabela 11-
Descrição das bactérias isoladas nas amostras das
mãos e dos brinquedos das crianças em idade
escolar. Bauru, 2009 ....................................................
97
Tabela 12-
Descrição dos antibiogramas das bactérias isoladas
nas mãos do escolar e nos momentos de coleta de
swab no brinquedo. Bauru, 2009..................................
101
Tabela 13-
Descrição do teste de sensibilidade “in vitro” dos
produtos de higiene relacionados com as bactérias
isoladas e antibiograma nas amostras do pré-escolar.
Bauru, 2009..................................................................
104
Tabela 14-
Descrição do teste de sensibilidade “in vitro” dos
produtos de higiene relacionados com as bactérias
isoladas e antibiograma nas amostras do escolar.
Bauru, 2009..................................................................
107
Tabela 15-
Descrição da sensibilidade “in vitro” das bactérias
isoladas frente aos produtos de higiene. Bauru, 2009.
110
Lista de Anexos
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1 -
Formulário A: Variável Dependente e Variáveis
Complementares ..................................................................
143
Anexo 2 -
Formulário B: Variáveis da análise bacteriana – Mãos e
Brinquedos............................................................................
144
Lista de Apêndices
LISTA DE APÊNDICES
Apêndice 1 -
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido................
146
Apêndice 2 -
Parecer de concordância do Comitê Científico do
Hospital Estadual de Bauru.............................................
146
Apêndice 3 -
Parecer de concordância do Comitê Científico do
Hospital Estadual de Bauru.............................................
148
Apêndice 4 -
Parecer de aprovação do Comitê de ética da
Faculdade de Medicina de Botucatu...............................
148
Apêndice 5 -
Justificativa de alteração no título do projeto de
pesquisa..........................................................................
149
Resumo
RESUMO
Almeida MCC. Descrição bacteriológica de brinquedo utilizado em unidade de
internação pediátrica. [dissertação]. Botucatu: Faculdade de Medicina, UNESP;
2009.
A hospitalização infantil acarreta fatores estressantes para a criança e sua família.
É uma situação que pode trazer traumas emocionais à criança, exigindo dos
profissionais da área da saúde além de tratamento terapêutico, o carinho e a
atenção. Esses cuidados podem ser alcançados através do brinquedo, que
proporciona à criança restabelecimento físico e emocional, contribuindo para sua
recuperação. Todavia, há fatores que contribuem para que o uso do brinquedo se
torne objeto de atenção especial quando se pensa em compartilhá-los e na falta de
práticas de higiene para os mesmos em unidade de internação pediátrica,
considerando que o brinquedo pode ser um veículo na transmissão de
microrganismos. O objetivo deste estudo foi: descrever as condições
bacteriológicas do brinquedo de plástico utilizados na unidade de internação
pediátrica do Hospital Estadual Bauru (HEB). Utilizou-se swabs estéreis para a
coleta das amostras das mãos e do brinquedo. A amostragem foi realizada
utilizando swab estéril em três momentos: no primeiro momento realizou-se a
coleta de swab das mãos das crianças e do brinquedo antes de iniciar a
brincadeira, no segundo momento coletou-se a amostra imediatamente após a
brincadeira e no terceiro momento houve a coleta de swab no brinquedo após o
processo de higienização com álcool 70%. Após as coletas, as amostras foram
encaminhadas para o laboratório de Análises Clínicas do HEB onde foi realizada a
semeadura das amostras em meios de cultura Ágar MacConkey e Manitol. Após
24 horas, observava-se a presença ou não de crescimento bacteriano. Quando
havia crescimento bacteriano, seguia-se para a identificação do achado e, quando
não havia crescimento bacteriano, mantinha-se a amostra na estufa por mais 24
horas para determiná-la como presente ou ausente de crescimento bacteriano.
Seguidamente realizou-se o antibiograma e o teste de sensibilidade “in vitro” frente
a produtos de higiene hospitalar por meio do método de difusão em Gel de Ágar.
Os resultados obtidos mostraram que há, na maioria dos achados, crescimento
bacteriano nas mãos das crianças e no brinquedo imediatamente após a
brincadeira e até mesmo após a higiene do brinquedo com álcool 70%. As
bactérias isoladas foram: Stafilococcus coagulase negativa, Stafilococcus aureus,
Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter. Apenas algumas amostras com
Stafilococcus coagulase negativa apresentaram resistência ao antibiótico. Frente
às bactérias isoladas “in vitro”, os produtos de higiene que apresentaram
sensibilidade foram: as clorexidinas - alcoólica 2% e degermante 2%- seguido do
álcool 70% e do hipoclorito 1%. A água e sabão apresentaram resistência.
Concluí-se que o brinquedo utilizado em unidade de internação pediátrica pode ser
veículo na transmissão de microrganismos. Recomenda-se rotinas para a
higienização dos brinquedos em unidades de internações e a utilização da
clorexidine alcoólica 2% para a higienização dos brinquedos de plástico
compartilhados em brincadeiras.
Palavras-chave: brinquedo, higiene, infecção hospitalar.
Abstract
ABSTRACT
Almeida MCC. Bacteriological description of toys used at a Pediatric Hospitalization
Unit. [thesis]. Botucatu: Faculdade de Medicina, UNESP; 2009.
Children’s hospitalization leads to stressful factors for patients and their relatives. It
is a situation that can cause emotional trauma in children, thus requiring kindness
and attention from health care professionals, in addition to therapeutic care. Such
care can be achieved by means of toys, which help children recover physical and
emotional wellness, thus contributing to their health recovery. Nevertheless, there
are factors that contribute for toy use to become an object of attention when
considering the fact that toys will be shared and the lack of toy hygiene practices at
pediatric hospitalization units, since they may be a vehicle for microorganism
transmission. The objective of this study was: to describe the bacteriological
conditions of plastic toys used at the hospitalization unit of Bauru State Hospital
(BSH). Sterile swabs were used to collect samples from hands and toys. Sampling
was performed by using sterile swabs at three different moments: at the first
moment, swab collection was performed from children’s hand and from toys before
playing began; at the second moment, a sample was collected immediately after
playing; and, at the third moment, swab collection from the toy took place after
hygienization using 79% alcohol. Following collection, the samples were sent to the
Laboratory of Clinical Analysis of BSH, where they were seeded in Agar
MacConkey and Manitol culture media. The presence or not of bacterial growth
was observed after 24 hours. Whenever bacterial growth occurred, the findings
were identified, and when no growth was observed, the sample was kept in a stove
for another 24 hours in order to determine it as present or absent of bacterial
growth. Next, an antibiogram and in-vivo sensitivity tests for hospital cleaning
products were performed by the Agar-Gel diffusion method. Results showed that, in
most findings, bacterial growth occurred on the children’s hands and on the toys
immediately after playing and even after the toy’s hygienization with 70% alcohol.
The isolated bacteria were: coagulase-negative Staphylococcus, Staphylococcus
aureus, Pseudomonas aeruginosa and Acinetobacter. Some small samples with
coagulase-negative Staphylococcus showed antibiotic resistance. In face of the
bacteria isolated in vivo, the hygiene products showing sensitivity were:
chlorhexidines - 2% alcoholic and 2% degermant, followed by 70% alcohol and 1%
hypochlorite. Water and soap showed resistance. It was concluded that the toys
used in pediatric hospitalization units can be vehicles of microorganism
transmission. Routines for toy hygienization in hospitalization units and the use of
2% alcohol chlorhexidine for hygienization of plastic toys shared during playing are
recommended.
Key words: toy, hygiene, nosocomial infection.
Introdução
22
1. Introdução
Introdução
23
1. INTRODUÇÃO
A história do surgimento e evolução dos hospitais tem início com o
advento do Cristianismo, com as Santas Casas de Misericórdia e as
Sociedades de Beneficência
(1,2)
.
No final do século XVIII, na Europa monarquista, ocorreu a construção
de alguns hospitais gerais cujas condições higiênicas e sanitárias eram
precárias. Iniciou-se então a ocorrência da alta mortalidade hospitalar devido
às grandes epidemias, o que levou alguns profissionais a relacionar
determinadas doenças com o aglomerado de pacientes. Ao fim do século XIX
médicos percebem o aparente contágio das doenças e começam a delinear
medidas para minimizar essa disseminação
(3)
.
O aumento crescente da população obrigou os governos a organizar
unidades que pudessem acomodar os enfermos e facilitar a assistência que se
pretendia prestar a eles. Na década de 1960, o crescimento brasileiro,
econômico, da indústria e da urbanização, leva ao aumento pela procura por
assistência à saúde iniciando a construção de hospitais
(1,4)
.
Já no século XX, a história foi se transformando devido ao avanço dos
conhecimentos sobre a natureza e as doenças, com novos métodos
diagnósticos e terapêuticos, com o crescimento da indústria e o
desenvolvimento de aparelhos sofisticados, fazendo com que os hospitais se
organizassem administrativa e economicamente e devido também ao
Introdução
24
esclarecimento da população, principalmente acerca dos seus direitos ao
acesso à saúde
(1)
.
Nos últimos anos, grande parte da atenção à saúde ocorre em hospitais
modernos, complexos e grandes centros que possuem amplos campos de
serviços como diagnósticos e prevenção
(2)
. Hoje a situação hospitalar divide a
sociedade em dois lados, que se conflitam: o dos que têm acesso aos meios de
assistência médica mais avançada, as comunidades ricas e poderosas, que é a
minoria, e os que se situam fora desses limites, a maioria, despossuída e
frequentemente aculturada
(1)
.
A hospitalização infantil também aumentou nos últimos anos elevando a
taxa de internações hospitalares a números significativos. Todos os anos mais
de um milhão de crianças em nosso país passam pelo processo de
hospitalização
(5)
.
A experiência da hospitalização na infância é potencialmente traumática,
pois pode acarretar o surgimento de sentimentos diversos como medo e
ansiedade diante dessa situação ameaçadora, podendo comprometer seu
processo de desenvolvimento e interação social
(6)
.
Os primeiros estudos, aproximadamente em 1950, avaliavam as
consequências da hospitalização no desenvolvimento da criança e visavam
identificar as reações negativas enfatizando as depressões, a apatia, o pânico
e as birras manifestadas durante a internação. Tratava-se de estudos que se
fundamentavam na valorização vínculo mãe-filho e que analisavam a
separação extrema e a privação
(2,6)
.
Introdução
25
Num segundo período, em meados da década de 80, o estudo se voltou
para o outro lado da hospitalização, tentando compreender processos de
proteção alegando que já não se pode afirmar que uma única internação possa
resultar em consequências negativas no desenvolvimento da criança. Porém,
apesar de toda a evolução descrita, a hospitalização infantil ainda não é
agradável; encontram-se grandes dificuldades desde a acomodação dos pais,
interrupção da rotina diária da criança e a presença de equipamentos são
condições que dificilmente serão eliminadas com rapidez
(2,7)
.
A situação de hospitalização surgiu juntamente com a
institucionalização, onde as crianças eram separadas do ambiente familiar,
permitindo apenas visitas rápidas de seus pais, que eram vistas como
problemáticas e desaprovadas. O tempo de internação era prolongado e as
crianças permaneciam nas camas sem estímulo para que saíssem e os
processos de analgesia e sedação eram pouco desenvolvidos e praticados
(2)
.
O processo de internação hospitalar da criança sofreu grandes
mudanças na maioria dos países, e ora vem se delineando com ações como a
criação de especializações para a pediatria, maior preocupação com analgesia
e sedação pediátrica, novas formas de tratamento e especificidade infantil,
estímulo ao menor tempo de internação, adequação do ambiente para facilitar
sua estada, presença de brinquedos e educadores e, sobretudo a condição da
possibilidade de um acompanhante, contribuíram para essa nova fase da
experiência da hospitalização
(2,6,8)
.
Introdução
26
A hospitalização de uma criança é um desafio a ser enfrentado por todos
os que estão envolvidos nesse processo. É uma situação considerada
determinadora de estresse, que pode fazer com que a criança fique
emocionalmente traumatizada em maior grau do que está fisicamente doente.
É perceptível a mudança de comportamento da criança doente; ela não tem
ânimo para brincar e torna-se mais quieta que o comum, fazendo com que
nesse momento ocorra não apenas o cuidado técnico, mas também o carinho e
a atenção são fatores de extrema importância para a recuperação da saúde da
criança
(9-11)
.
Quando ocorre a internação hospitalar, a criança sai de sua rotina
podendo apresentar distúrbios psicológicos, como ansiedade, alterações
sensórias como: turvação da visão, alucinações, ilusões e desorientação
ocorridas pelo medo do desconhecido
(12)
. A criança traz consigo, além do
corpo doente, todas as experiências vivenciadas com sua história familiar: os
amigos, a escola e as atividades cotidianas como o brincar. Diante dessa
situação, a criança precisa ser acolhida, compreendida e respeitada e o
profissional de saúde deve ser capaz de compreender a situação de fragilidade
da criança, pois ela precisa ver nele o indivíduo que a entenda e respeite
(8,11)
.
Encontramos algumas práticas de atenção à criança hospitalizada onde
os profissionais utilizam o brincar como estratégia de intervenção no campo da
saúde da criança. Algumas ações apresentam-se apenas como recreação e
outras utilizam o brincar como abordagem terapêutica. Estudo refere que o
brincar exige muito conhecimento teórico tanto quanto outras técnicas de
cuidados e procedimentos
(6)
. Florence Nightingale já preconizava para a
Introdução
2
7
criança cuidados de higiene física, alimentar e meio ambiente, bem como a
recreação e ar puro
(8)
.
A palavra brincar deriva etimologicamente do latim brinco, que significa
estabelecer laços, ligar-se. É algo essencial na vida da criança que alicerça seu
desenvolvimento emocional, psicológico e social
(13,14)
.
Além de proporcionar
relaxamento e diversão, traz também encorajamento para a interação com
outras crianças para torná-la mais segura
(14)
.
Sabe-se que o brincar é uma das características que distinguem o
homem dos outros seres, relacionando a atitude como parte da constituição
humana
(15)
. Já comprovaram a importância do brincar para o desenvolvimento
sensório-motor e intelectual da criança, assim como sua importância no
processo de socialização, no desenvolvimento e aperfeiçoamento da
criatividade e autoconsciência, além da importância da formulação dos valores
morais
(11,16,17)
. O modo como a criança brinca expressa como ela é e como
ela está
(10).
O desenvolvimento infantil está vinculado ao brincar, uma vez que este
se apresenta como a linguagem própria da criança, possibilitando o acesso às
informações e a assimilação do que ocorre ao seu redor. O brincar está
caracterizado como linguagem, como forma de expressão e é uma maneira de
a criança receber o mundo
(16)
.
A literatura traz que o desenvolvimento infantil se encontra vinculado ao
lúdico, uma vez que o lúdico representa o brincar e este por sua vez representa
a linguagem própria da criança. Considera que atividade lúdica é a atividade
Introdução
28
que motiva intrinsicamente o sujeito, pois a finalidade não está no seu feito
utilitário ou resultado externo, mas está nas variadas vivências da realidade
(11)
.
Em qualquer ambiente ou situação, o brinquedo é o companheiro
inseparável da criança, mas quando ocorre a hospitalização desta, num local
que não tem uma estrutura física adequada para a criança, o resultado poderá
gerar danos que marcarão sua vida e seu desenvolvimento
(18)
. Sendo o brincar
uma linguagem universal e que remete ao prazer e à alegria, ele acaba se
estendendo a toda instituição que atende a crianças
(19)
.
Como uma estratégia de enfrentamento de tal situação, surge o brincar
e os brinquedos dentro das instituições de saúde, com a intenção de minimizar
os efeitos da hospitalização, tanto para as crianças quanto para os
profissionais da área da saúde
(9)
. Contextualizando a função dos brinquedos,
dos jogos e das brincadeiras para a criança hospitalizada, observa-se que
esses favorecem e asseguram a continuidade do seu desenvolvimento e
ajudam a encontrar um sentido de normalidade em um ambiente com histórico
amedrontador – o hospital
(13)
.
Com isso, a atividade lúdica, ou seja, brincar no hospital, deve ser vista
como instrumento terapêutico a serviço da intervenção oferecida à criança,
apresentando efeitos além da recreação, uma vez que essa técnica consegue
amenizar o sofrimento da hospitalização
(20)
. Estudos demonstram que a tensão
e o estresse da criança aumentam quando o hospital não oferece recursos
para que ela desenvolva essa atividade de brincar, o que a leva a recorrer para
um comportamento agressivo, introspectivo de medo e sofrimento
(13,21)
.
Introdução
29
Houve uma maior compreensão das necessidades emocionais da
criança durante a hospitalização o que estimulou os membros da equipe de
saúde a criar métodos de assistência que tornem possível um ajustamento
construtivo à doença e à hospitalização ao invés de tornar a internação em um
ato resultante de trauma. A equipe de saúde por meio desse ato pode diminuir
os efeitos estressantes e prevenir tais traumas utilizando-se da humanização
da assistência prestada à criança
(12)
.
Está garantida por lei, por meio da resolução nº. 41 do Ministério da
Justiça e do CONANDA – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente de Outubro de 1995 que “toda criança e adolescente hospitalizado
tem direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de
educação para a saúde, acompanhamento de currículo escolar durante a
permanência hospitalar”. Objetivando o brincar espontâneo como elemento
para o desenvolvimento da criança, sua criatividade, aprendizagem e
socialização é que surgem as brinquedotecas, inicialmente pelos estudos da
psicologia
(15)
.
Nos últimos anos, observam-se mudanças no ambiente hospitalar, nos
padrões do que é oferecido às crianças em relação ao ato de brincar,
destacando-se a implantação de brinquedotecas em hospitais públicos e
privados
(13)
. E mais uma conquista para as crianças em seu tratamento
hospitalar, foi a Lei Federal 11.104, de 21 de março de 2005, que dispõe a
obrigatoriedade das brinquedotecas nas unidades que oferecem atendimento
pediátrico em regime de internação
(18, 22, 23)
.
Introdução
30
Esta lei surgiu a partir de movimentos de humanização em hospitais e
significa a inclusão do brinquedo no ambiente hospitalar, como parte da
assistência e da terapêutica aplicada pela psicologia às crianças e aos
adolescentes hospitalizados
(22)
.
Nas brinquedotecas hospitalares, percebe-se a necessidade de
reinventar a realidade; estes espaços, além da importância acolhedora,
também oportunizam situações de socialização e desenvolvimento de algumas
habilidades dos pacientes como a atenção, a concentração, a afetividade e a
cognição
(22)
.
O brinquedo tem valor terapêutico para as crianças hospitalizadas, pois
influencia no restabelecimento físico e emocional e pode tornar esse processo
menos traumatizante e mais alegre, resultando em melhores condições para a
recuperação da criança
(8)
. Oferece a contribuição efetiva da comunicação
entre o enfermeiro e a criança, no sentido de amenizar os seus medos e do seu
acompanhante/família, permitindo a dramatização desses papéis ou dos
conflitos
(10)
.
A grande vantagem encontrada nas crianças é a versatilidade e a
criatividade que elas têm em transformar instrumentos hospitalares em
brinquedos, como quando a balança, o fluxômetro, o suporte de soro, a tala e
mais, são vistos com outros olhos e passam de objeto de desconforto ou dor
para objeto de prazer e distração, como visto em estudo, conforme trecho
abaixo
(8)
:
Introdução
31
“... C. brinca com uma boneca que parece estar doente, pois
tem eletrodos; as crianças têm várias seringas nas
proximidades. A brincadeira gira em torno de cuidados, elas
pouco conversam, mas agem muito, aplicam injeções, mudam
os eletrodos quando soa o bip, também simulados por elas...”
O brincar e os brinquedos terapêuticos (BT) surgem como forma de
colaborar com o tratamento da criança. São vistos como elementos que
propiciam o resgate de um contexto familiar à criança e à sua própria condição
de criança. São facilitadores para a interação entre os profissionais de saúde,
crianças e seus acompanhantes
(19)
.
Permitem estabelecer um relacionamento com a criança de uma
maneira segura, e que permita a realização de procedimentos e a obtenção de
informações relativas a aspectos de sua vida pessoal a fim de estabelecer
metas para a assistência de enfermagem como um canal de comunicação e
aceitação que permite preparar a criança e conseguir modificações de
comportamento frente à hospitalização.
Assim a enfermagem pode utilizar-se
da técnica do brinquedo terapêutico como um todo
(24,25)
.
O BT tem como meta dar ao enfermeiro a compreensão dos sentimentos
e necessidades da criança, através da utilização do brinquedo. Pode ser usado
para qualquer criança, hospitalizada ou não, e a atividade pode ser realizada
em uma sala de brinquedos, no quarto da criança ou qualquer ambiente
conveniente
(7,10).
Ele baseia-se na função catártica do brinquedo e tem sido
utilizado pelos enfermeiros não só como um meio de alívio para as tensões
impostas à criança, mas também como uma possibilidade de comunicação pela
qual podem dar explicação e receber informações da criança, do que as
situações significam para ela
(9)
.
Introdução
32
Para as atividades com BT, além dos materiais específicos, é essencial
que durante a sessão ela perceba a presença de um adulto que aceite e
encoraje a expressão dos seus sentimentos. De acordo com estudo
(26),
sua
finalidade e intenção, o BT pode ser classificado em três tipos como:
1- brinquedo terapêutico dramático: sua finalidade é permitir que a
criança exteriorize suas experiências que não consegue verbalizar, aliviando
sua tensão, medo e expressando suas necessidades,
2- brinquedo terapêutico instrucional: com a finalidade de preparar e
informar a criança sobre os procedimentos terapêuticos que ela será
submetida, para situá-la e facilitar sua compreensão,
3- brinquedo terapêutico capacitador de funções fisiológicas: usado
para capacitar a criança para o autocuidado, de acordo com seu
desenvolvimento e condições físicas.
Proporciona à criança hospitalizada a oportunidade de reorganizar a sua
vida, seus sentimentos e diminuir a ansiedade, podendo também ser utilizado
para ajudá-la a reconhecer seus sentimentos, assimilar novas situações,
compreender o que se passa no hospital e esclarecer conceitos errôneos
(27)
.
Os objetivos mais marcantes das brinquedotecas hospitalares são
voltados para diminuir a ansiedade e os traumas relacionados à hospitalização,
fortalecer a estrutura familiar, recuperar ou fortalecer a autoimagem,
autoconfiança e autoestima, estabelecer relações amigáveis e prazerosas que
procuram minimizar a doença e o tratamento
(18)
.
Introdução
33
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), percebendo o
envolvimento e a responsabilidade do enfermeiro relacionado ao uso dos
brinquedos, lançou a resolução COFEN n
o
295/2004 – Artigo 1 – “compete ao
enfermeiro que atua na área pediátrica; enquanto integrante da equipe
multiprofissional de saúde, a utilização da técnica do Brinquedo/Brinquedo
terapêutico, na assistência à criança e a família hospitalizada”
(28)
.
Nessa estratégia para a busca da humanização no atendimento à
criança hospitalizada, desde a década de 90, volta-se à ideia para a
participação familiar e dos acompanhantes das crianças como participantes
dos procedimentos hospitalares, recebendo informações continuamente e
permanecendo em tempo integral ao lado da criança
(29,30)
.
É imprescindível que a equipe que cuida da criança compreenda a
necessidade do brincar como uma necessidade básica, valorizando assim o
brinquedo tanto quanto a higiene, a medicação, a alimentação e os outros
cuidados não considerando a atitude do brincar apenas como uma atividade de
recreação que se alguém tiver tempo realizará com a criança
(12,9)
.
O hospital que faz uso desse recurso tem que elaborar rotinas para a
limpeza e a desinfecção desses brinquedos e medidas profiláticas, pensando
em proteção para as crianças e até mesmo para os profissionais trabalhadores,
elaborar medidas profiláticas considerando a possível transmissão de
patógenos pelos brinquedos que podem distribuir microrganismos para todos
os que deles se utilizarem. As crianças podem estar expostas a infecções
cruzadas porque elas compartilham os brinquedos presentes no ambiente
hospitalar onde estão internadas
(31,32)
.
Introdução
34
Há a importância da divulgação e da implementação das medidas de
segurança específicas e higiene dos brinquedos em ambiente hospitalar,
incorporando a atividade de brincar, pela equipe que cuida, como filosofia de
seu cuidado
(13)
.
O tipo de brinquedo escolhido ou fornecido à criança pode ajudar em
seu desenvolvimento, mas sabendo-se que num hospital a interação entre
crianças é frequente principalmente em áreas comuns como a brinquedoteca,
há a preocupação do uso do brinquedo pelo risco de contaminação com
secreções, tornando-os veículos de transmissão de patógenos
(32)
.
Na escolha dos brinquedos, devem ser considerados alguns aspectos
como os riscos de transmissão de microrganismos para os pacientes, a
natureza do material do qual é confeccionado o brinquedo e se este é passível
de limpeza e desinfecção
(33)
.
No Brasil, existe a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
que possui a norma técnica n
o
11786 que cuida exclusivamente da segurança
dos brinquedos fabricados e comercializados no país. A ABNT realiza testes e
simulações relativos a situações comuns e extremas no dia a dia, como puxar,
bater, derrubar, pisar e atirar o brinquedo. Após avaliação, o Instituto Brasileiro
de Qualificação e Certificação realiza um programa de certificação de
qualidade do produto e emprega um selo de garantia para os brinquedos
testados
(13)
.
Estudos
(13,34,35)
descrevem que há práticas de segurança com
brinquedos divididos em quatro princípios, como:
Introdução
35
1 - seleção- os brinquedos devem estimular a criatividade da criança e
proporcionar distração. Deve-se considerar a idade, as habilidades e as
capacidades. A qualidade do brinquedo precisa ser avaliada e devem-se
respeitar as recomendações do fabricante sobre segurança. De modo geral, os
brinquedos devem ser leves, atóxicos, sem produção de ruídos altos e
estridentes, sem pontas ou bordas afiadas, sem correntes, tiras e cordas com
mais de 15 cm. Na composição do brinquedo, devem-se considerar as
superfícies e as dimensões, de modo que sejam de fácil higiene.
2 - supervisão- as crianças devem ser supervisionadas de perto durante
suas brincadeiras;
3 - manutenção- inspecionar os brinquedos com regularidade, os novos
e os antigos, realizando reparos e trocas necessárias;
4 - armazenamento- os brinquedos devem ficar em local seguro de
acordo com a faixa etária, isenta de dispositivos de travamento que possam
ferir ou cair sobre a criança.
Devem existir rotinas estabelecidas junto à equipe, quando se referem
aos produtos utilizados na higienização e treinamento de responsáveis por esta
rotina e do setor de compras, dando destaque à composição e detalhes para a
compra dos brinquedos
(13)
.
Os artigos de uso hospitalar possuem classificação e segundo Spaulding
podem ser
(33)
:
Introdução
36
a) artigos críticos: são os que penetram através da pele e mucosas
atingindo os tecidos subepiteliais e sistema vascular, que devem ser
esterilizados;
b) artigos semicríticos: são os que entram em contato com mucosa
íntegra do paciente, são artigos que requerem desinfecção (destruição de
microrganismos na forma vegetativa, com exceção dos esporos);
c) artigos não críticos: são os que entram em contato com a pele
íntegra do paciente; a maioria requer apenas limpeza (remoção mecânica da
sujidade e conseqüente redução da população microbiana).
Essa classificação favorece a escolha do processo de limpeza e
desinfecção dos brinquedos que podem ser considerados artigos semicríticos e
não críticos
(33)
.
De acordo com o Consumer Product Safety Commission (CPSC), deve
haver higiene dos brinquedos sempre que possível e principalmente quando
tiver contato com saliva ou outras secreções corporais sendo higienizados com
uma solução de hipoclorito 1%
(13,36)
.
Outros métodos recomendados para a higiene dos brinquedos em
ambiente hospitalar são: limpeza com detergente neutro (manual), detergente
enzimático (máquina de lavar), desinfecção por termo desinfecção ou solução
germicida (por imersão ou fricção). A secagem e armazemanento adequado
também têm importante papel no processo de higienização
(35)
.
Todos esses cuidados são relacionados com a Infecção Hospitalar (IH)
que representa um importante problema de saúde pública, tanto no Brasil
quanto no mundo e constitui risco à saúde dos usuários dos hospitais que se
submetem a procedimentos terapêuticos ou de diagnóstico
(4,37)
.
Introdução
3
7
Na metade do século passado, apesar de não se ter conhecimentos de
microbiologia, foi-se percebendo a associação entre hospitalização e infecção,
de onde surge o termo “hospitalismo” para as infecções adquiridas no
hospital
(38)
.
A situação de insalubridade dos hospitais reconhecidas no século XVIII
transforma-se quando ocorre uma mudança na concepção de hospital, ao se
retirar a ideia de local para aguardar a morte e torná-lo um local destinado à
cura. Essa situação persiste ainda até o século XIX quando aparecem no
cenário hospitalar à bacteriologia, por Pasteur e os conceitos de assepsia, por
Lister. Nessa época, também a enfermagem assume as funções de prevenção
e controle das contaminações por ambiente hospitalar, desde o desempenho
de Florence Nightingale
(38)
.
As infecções hospitalares existem desde a idade média, mas seu
reconhecimento como problema de saúde pública ocorreu apenas na década
de 50
(39)
. No Brasil, alguns hospitais começaram a preocupar-se na década de
70 e iniciaram medidas como prevenção e controle
(40)
.
Na década de 80, o assunto passa a ser objeto de ações
governamentais com publicações de portarias para regulamentar e normatizar
serviços e medidas de prevenção e controle das infecções hospitalares
(41,42)
.
O Ministério da Saúde define então como Infecção Hospitalar (IH)
aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a
internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou
procedimentos hospitalares”, segundo a portaria n. 2.616, de 12 de maio de
1998
(41)
.
Introdução
38
Embora as principais causas de IH estejam relacionadas com o doente
susceptível à infecção e com os métodos-diagnósticos e terapêuticos
utilizados, não se pode deixar de considerar a parcela de responsabilidade
relacionada aos padrões de assepsia e de higiene do ambiente hospitalar e
seus utensílios
(43)
.
A participação da enfermeira Florence Nightingale na prevenção das
infecções foi extremamanente fundamental, quando em 1854, ela e mais 38
enfermeiras foram designadas para o hospital de base de Scutari, em
Constantinopla, hoje Istambul, ficando responsáveis por 1500 pacientes. Era o
período da guerra entre a Rússia e as forças armadas da Inglaterra, França e
Turquia e o hospital chegava a ter 3000 a 4000 feridos e doentes. O hospital
não tinha nenhuma condição de higiene, não havia sanitários, os leitos e
roupas de cama eram insuficientes, não havia bacia, sabão ou toalhas, as
pessoas comiam com as mãos e a taxa de mortalidade era de 42%
(44)
.
Foi com sua iniciativa que se desenvolveu um trabalho sistemático para
a aquisição de um conhecimento diferente dos já buscadas pelos médicos no
hospital reorganizado, onde os fundamentos se originavam das ações da
Medicina Social, ou seja, permitir a manutenção do organismo em não adoecer
ou de se recuperar. Essa percepção de mudar a doença para ação da
restauração da saúde deu para a enfermagem uma dimensão original das suas
ações como a de favorecer o processo de recuperação com o uso do ambiente,
da limpeza e da dieta
(4)
.
Introdução
39
Ainda traz na literatura que Florence iniciou então a organização desse
hospital instalando cozinhas, lavanderias, melhorando as condições sanitárias,
abrindo janelas para a entrada do ar e da luz, fazendo rondas à noite para levar
assistência e conforto aos doentes e feridos. Conseguiu então reduzir a
mortalidade de 42,7% para 2,2%. Após essa conquista, ela retorna a Londres,
inaugura uma escola de enfermeiras e publicam trabalhos valorizando as
condições ambientais como limpeza, iluminação natural, ventilação, odores,
calor, ruídos, sistema de esgoto mais do que a estética. Reforça e comprova a
necessidade de mudanças de condutas pensando na redução da transmissão
de patógenos
(44)
.
É bom lembrar que a IH não é somente uma preocupação dos órgãos de
saúde competentes, mas um problema de ordem social, ética e jurídica em
face às implicações na vida dos usuários e o risco a que estes estão
submetidos, trazendo repercussões penais, civis e éticas, as quais nascem em
decorrência de atos falhos cometidos pelos profissionais e acabam gerando
consequências danosas aos seus clientes. E além da responsabilidade dos
profissionais envolvidos no atendimento aos usuários, há também a
fiscalização da ANVISA (Agência Nacional de Saúde) e dos gestores das
instituições, que exigem responsabilidade no atendimento, para não ocorrer
descaso ou descuido
(45)
.
O pensamento voltado para as IH não é algo recente. Consta na história,
que em 1843, Oliver Wendel Homes sugeriu que os médicos,
inconscientemente, eram a maior causa de complicações infecciosas nas
parturientes e nos recém-nascidos, decorrente das mãos não higienizadas. Em
Introdução
40
1846, uma notória preocupação surgiu no Hospital Geral de Viena, com Ignaz
Semmelweis. O mesmo obrigou que todas as pessoas, antes de entrar nas
salas de Clínica Obstétrica, lavassem as mãos com uma solução de ácido
clórico até mesmo se fossem somente examinar as puérperas. Com essa
atitude, ele reduziu significativamente os números de mortalidade materna, de
18,27 para 3,07% dentro de dois meses. Essa foi à primeira evidência científica
de que a lavagem das mãos pudesse transmitir alguma infecção
(37)
.
Sendo a lavagem das mãos um plano assistencial importante para a
prevenção da transmissão de doenças infecciosas
(46)
, a equipe de saúde deve
conhecer e utilizar adequadamente os princípios da técnica
(47,48)
.
As mãos dos próprios profissionais de saúde podem ser veículos
importantes na transmissão de microrganismos dentro do hospital
(46,49,50)
.
Tem-se como veículo a forma de transmissão indireta e qualquer objeto ou
material inanimado que possa carrear algum microorganismo
(17)
.
Estudos mostraram que as infecções preveníveis, cerca de 30 a 50% do
total das infecções hospitalares, estão entre as quais são geradas por falhas
nos cuidados ao paciente, como exemplos: o uso e a manutenção das sondas
nas vias urinárias, cateterismo venoso, terapia respiratória, imperícias
cirúrgicas e ausência do hábito das lavagens das mãos. A pele das mãos
apresenta uma população de microrganismos que pode ser diferenciada em
flora residente (normal) e flora transitória, sendo flora transitória aquela
constituída por qualquer microorganismo depositado sobre a pele, sem, no
entanto, colonizá-la como ocorre com os da flora residente
(51,52)
.
Introdução
41
Resultados obtidos da observação do comportamento dos profissionais
de saúde com relação à lavagem das mãos, antes do cuidado com crianças
portadoras do diagnóstico de diarreia aguda bacteriana, em uma Unidade de
Internação Pediátrica e Pronto-Socorro de Pediatria mostraram que 66,6 % dos
docentes, 25% dos residentes, 30% dos enfermeiros e apenas 11,4% dos
auxiliares de enfermagem lavavam suas mãos. Essa autora conclui que a
maioria dos profissionais de saúde não demonstrou o hábito de lavar as mãos
antes e após os cuidados com criança portadora de diarreia aguda bacteriana,
particularmente os enfermeiros
(49)
.
Em 1863, a enfermeira Florence Nightingale descrevia os procedimentos
relacionados aos pacientes e ao ambiente, com a finalidade de diminuir os
riscos da infecção hospitalar; ela solicitava às enfermeiras que mantivessem
um sistema de relatos dos óbitos para avaliar o serviço. Esta atitude é a
primeira referência de Vigilância Epidemiológica, onde Florence trabalhou
juntamente com seu colaborador William Farr, que fazia análises estatísticas
dos dados coletados referentes aos relatórios
(44)
.
Nas décadas de 50 a 60, ainda que o termo infecção hospitalar não seja
usado, escreve-se sobre infecção em setores, a resistência a antibióticos já é
conhecida, assim como críticas à falta de critérios do seu uso, porém sem
associação com infecção endógena. Na década de 70, o crescimento da
industrialização e a urbanização tiveram como consequência o aumento da
assistência à saúde, com a expansão das indústrias farmacêuticas e de
equipamentos hospitalares. A assistência médica e sua tecnologia aumentam
sua forma de utilização sem controle adequado, tendo como resultado as
Introdução
42
infecções endógenas e as exógenas, reconhecendo a multicausalidade das IH,
tanto relacionada ao ambiente e procedimentos, quanto à susceptibilidade
individual e à evolução do modo clínico e sua incorporação de tecnologia
(4)
.
Estudo descreve que nessa época se percebe a necessidade de
controlar e formar um processo de trabalho específico para o Controle de
Infecção Hospitalar (CIH), trazendo a idéia de organizar uma Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), para realizar essas atividades nas
instituições de saúde, onde o enfermeiro é reconhecido como um dos agentes
principais
(27)
. As atividades desenvolvidas pelos enfermeiros que compõem a
CCIH são bastante distintas, pois eles devem exercer ações técnicas,
burocráticas, de educação continuada e outras
(53)
.
No final desta década, a resistência dos microrganismos inicia a era
antimicrobiana, devido ao aumento dos números do uso clínico destas drogas
que geram uma resistência considerável dos genes, apesar de eles existirem
na natureza e precederem ao uso clínico das drogas. Nesse período, algumas
medidas precisaram ser adotadas para minimizar esse crescimento e a
capacidade de mutação dos microrganismos, das quais se inicia a indicação
fundamentada dos antibióticos, a vigilância e o isolamento dos pacientes com
cepas multirresistentes, dando destaque para a eficácia do controle do
Staphylococcus aureus resistentes à oxacilina
(39)
.
Na década de 80, a IH aumenta em quantidade e gravidade, juntamente
com a péssima condição da assistência prestada, além da falta e desigualdade
de acesso. Foi num cenário sociopolítico com aumento dos números de
Introdução
43
hospitais que as IH tiveram repercussão no Brasil, desencadeadas por
denúncias da população atendida nesses hospitais, públicos e privados, pela
divulgação na mídia sobre essa ação e pela forma de gerir os recursos
financeiros não suficientes pela Previdência Social
(39)
.
As ações governamentais regularizam a CCIH para atender à demanda.
Não se nega a estreita relação da IH com o modelo de assistência
predominante e sua qualidade, mas a melhor qualificação dessa assistência,
através da CCIH, vem mais forte a partir da década de 90
(27)
.
A pesquisa nacional e o maior intercâmbio com centros internacionais
favorecem o conhecimento de fontes de microrganismos, fontes e formas de
infecção, permitindo discutir práticas e novas tecnologias e a enfermagem
também contribui com pesquisas importantes nessa área e assunto
(4)
.
Em 1985, é publicado o “Manual de Controle de Infecção Hospitalar”,
com a finalidade de ser referência de consulta para o profissional envolvido no
controle de IH, para a solução de problemas específicos e atuar como um guia
de orientação na resolução da infecção hospitalar
(42)
.
A portaria n. 2.616, de 12 de maio de 1998, traz no Anexo I, que “para a
adequada execução do Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH),
os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução
das ações de controle de infecção hospitalar”
(39, 41)
.
A literatura
(4)
traz ainda que a década de 90 vivenciou as tentativas de
implementar o sistema de saúde vigente (SUS). Na prática, quando se diz
Introdução
44
sobre CCIH, apesar de toda mobilização dos profissionais e das ações
governamentais específicas através das legislações, campanhas, cursos e
treinamentos, a coordenadoria de CIH do Ministério da Saúde reconhece, em
1993, a pouca efetividade nos hospitais, estimando em apenas 10% a criação
da CIH.
Ainda existem desafios a serem superados em relação ao controle de
infecção como os agentes infecciosos emergentes, a resistência microbiana, o
incremento de métodos invasivos no diagnóstico e na terapêutica, as
consequências das transições demográfica e epidemiológica, além das
condições dos recursos humanos nas instituições de saúde, seu preparo e sua
conscientização
(54)
.
Estudo relata que a era dos procedimentos invasivos e altamente
sofisticados e o uso clínico dos antibióticos, desde o início do uso da penicilina
G até o recente betalactâmico (4
a
geração), vem sofrendo uma pressão pela
administração abusiva e indiscriminada resultando na seleção de espécies
resistentes, não só as drogas administradas, mas também a outras drogas que
geram expectativas preocupantes para o futuro da antibioticoterapia e seus
efeitos
(43)
.
Apesar dos esforços e das contribuições das pesquisas que têm
retroalimentado as ações para o controle das IH, ela continua sendo uma
ameaça à segurança dos pacientes hospitalizados e contribui para aumentar as
taxas de morbi-mortalidades e os custos de internações hospitalares
(39)
.
Introdução
45
O controle das infecções hospitalares engloba vários pontos como:
políticas de saúde, recursos administrativos, financeiros, planta física, recursos
humanos e envolvimento dos profissionais num processo de trabalho onde haja
o conhecimento da existência e presença de microrganismos que representam
desafios para as instituições de saúde
(39)
.
Novas propostas de assistência incluem o autocuidado pensando em
períodos menores de internação que geram menores riscos e chances de
contaminação por infecções hospitalares. A IH é um problema que deve
envolver ações com vários focos, desde a aplicação de princípios e normas
que cada profissional faz no seu exercício, a observação ativa e sistemática da
ocorrência e atuação mediante os fatos observados
(43)
.
Estudo realizado em 2002, com o envolvimento de enfermeiras em
várias instituições de saúde mostraram que elas atuam no controle das
infecções, mas com desafios para efetivar o controle das mesmas, pois relatam
falta de apoio e a escassez de verbas destinadas a sustentar programas de
prevenção das IH
(39)
.
O controle das IH resulta de um esforço conjunto e da adoção de
medidas eficazes, pois, em um ambiente hospitalar, os próprios pacientes, a
equipe e até os visitantes podem fazer o papel de vetores na transmissão de
microrganismos e podem incluir indivíduos com doenças agudas, indivíduos
com microrganismos no período de incubação de uma doença, que são
colonizadas por agente infeccioso, mas que não tem doença aparente, ou
indivíduos que são carreadores crônicos de um agente infeccioso
(55)
.
Introdução
46
As formigas também são classificadas como um vetor mecânico na
transmissão de microrganismos. Estudos bacteriológicos mostram que as patas
das formigas demonstraram ser veiculadoras de espécies de microrganismos
como Staphylococcus aureus, Serratia, Klebsiella, Acinetobacter, Enterobacter,
Candida e Enterococcus. Outra pesquisa realizada em uma maternidade
pública da cidade do Recife-PE, envolvendo as formigas, revelou que 54,5%
das amostras analisadas apresentaram crescimento bacteriano sendo que das
amostras positivas 50 eram bactérias patogênicas consideradas pela literatura
como importantes no controle de infecção hospitalar
(56,57)
.
Outras fontes de microrganismos infectantes podem ser a flora
endógena e a flora exógena
(39,55)
. Há um consenso entre autores que cerca de
70% das infecções hospitalares são de origem endógena, sendo esta
ocasionada por doenças ou condições clínicas predisponentes, conjugadas
com procedimentos invasivos diagnóstico-terapêuticos, agressivos e
imunossupressivos. Tais situações geram de um lado o agravamento da
susceptibilidade do paciente e do outro a migração e aumento da resistência
dos microrganismos de sua própria flora, resultando as infecções
(4)
.
Já a infecção exógena é a ocasionada por microrganismos oriundos do
ambiente e dos artigos médicos-hospitalares que são transmitidos ao paciente.
Os microrganismos podem estar presentes no ambiente hospitalar, nas mãos
dos profissionais ou nos instrumentos, compondo o ambiente não somente por
microrganismos primários, mas também de flora humana que pode ser liberada
por qualquer pessoa que esteja nesse ambiente, gerando o risco do paciente
adquirir uma infecção oriunda dele mesmo ou de outras pessoas
(4)
.
Introdução
4
7
A infecção hospitalar é a consequência da forma como se desenvolve a
assistência, gerando ou não os riscos para o desenvolvimento e transmissão
dos microrganismos. O modo de transmissão das infecções hospitalares é
dividido em dois subgrupos
(4,41,55)
:
a) transmissão por contato direto: esse modo de transmissão envolve o
contato direto de superfícies corporais e a transferência física de
microrganismos entre um hospedeiro suscetível e uma pessoa infectada ou
colonizada; como a que ocorre quando uma pessoa muda um paciente de
decúbito, realiza um banho no leito ou executa outras atividades de cuidados
com pacientes que requeiram contato pessoal direto. Pode também ocorrer
entre dois pacientes com um servindo de fonte do agente infeccioso e o outro
como hospedeiro suscetível.
b) transmissão por contato indireto: a transmissão por contato indireto
envolve o contato de um hospedeiro suscetível com um objeto inanimado
contaminado, como instrumentos, agulhas, coberturas de curativos, mãos
contaminadas que não foram higienizadas ou luvas que não foram trocadas
após procedimentos e cuidados com os pacientes. Antes da manifestação da
infecção, o paciente passa por alguns estágios que incluem, além da aquisição
da cepa, um período variável de colonização. Tanto o paciente infectado
quanto colonizado pode transmitir o microrganismo a pacientes, funcionários ou
superfícies de mobiliários do ambiente.
As infecções hospitalares na área pediátrica são consideradas fatores
de complicações no tratamento, pois que aumentam a morbidade, mortalidade,
Introdução
48
o tempo de permanência hospitalar, os custos e o sofrimento para a criança e
seus acompanhantes/responsáveis. Os serviços que tenham cirurgias
apresentam taxas mais elevadas de infecções de sítio cirúrgico, e os que
possuem pacientes oncológicos ou com doenças infecto-contagiosas
apresentam maiores taxas de risco de infecções hospitalares
(35)
.
Nas enfermarias de Pediatria Geral, as infecções mais frequentes são as
pneumonias, infecções de corrente sanguínea, de cavidade oral, de tecidos
moles e de pele. As infecções de corrente sanguínea relacionam-se ao uso de
dispositivos invasivos ocorrendo a disseminação bacteriana a partir da
colonização dos catéteres; para as infecções de cavidade oral, relaciona-se o
fato de internações prolongadas com o uso de antibióticos de largo espectro,
desnutrição, imunodeficiências e administração de drogas que lesam a mucosa
oral e para as infecções de pele e tecidos moles cuja principal relação está na
incontinência urinária e fecal, própria de certas idades, deficiências
neurológicas e de movimentação, desidratação e edemas
(35)
.
Estudos nos quais a idade é incluída apresentam que 9% das crianças
até um ano contraem infecção hospitalar comparadas a 4% das crianças
maiores de 10 anos. O aumento do número de crianças com
imunocomprometimento e que precisam de procedimentos invasivos gera o
aumento das infecções. Entre as bactérias de maior relevância clínica e
epidemiológica, estão os Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase
negativa, Enterobactérias como Klebsiella sp, Escheirichia coli e Enterobacter
sp.,microrganismos não fermentadores como Acinetobacter sp, Pseudomonas
aeruginosas, Burkholderia cepacea e Stenotrophomonas maltophilia que são
Introdução
49
encontradas com mais frequência em pacientes oncológicos e fibrocísticos,
sendo estes últimos considerados patógenos emergentes e multirresistentes
aos antimicrobianos
(35)
.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 12
(58)
, é permitida
a presença de acompanhantes, inclusive no período noturno com condições
adequadas de acomodações para tais, sendo respeitada e obedecida a
distância entre berços e camas, que correspondem à distância mínima de 1
metro, e esses acompanhantes devem ser orientados quantos às normas
hospitalares e às medidas de prevenção de controle de infecções
(35,59)
.
Os controles de infecção em hospitais pediátricos devem levar em conta
sua especificidade pensando na susceptibilidade das crianças. A simplicidade
imunológica dessas crianças traduz uma maior via de infecção com importante
consequência na sua saúde. Alguns fatores específicos como aleitamento
materno, brinquedos e terapias com animais são associados a maiores riscos
para infecções no ambiente
(60)
.
Algumas evidências sugerem que há associação entre brinquedos e
infecção hospitalar. Estudo realizado utilizando revisão sistemática de literatura
considerou essa associação de moderada a forte, encontrando uma relação
plausível entre a utilização dos brinquedos e o risco de infecção. Os brinquedos
foram colocados no leito de uma UTI Neonatal e avaliados microbiologicamente
e, após o seu uso, demonstraram altos níveis de colonização (92%), concluindo
que assim como outros elementos os brinquedos podem ser fontes de
infecções hospitalares
(61)
.
Introdução
50
É imperioso o uso adequado de antibióticos, da higienização das mãos,
da desinfecção, descontaminação, esterilização, bem como, a utilização de
critérios no que concerne ao reuso de artigos. Quanto maior o envolvimento do
profissional, maior será a adesão aos protocolos de prevenção e controle da
infecção
(62)
.
Estudo observou frequência da não adesão a medidas simples e de alta
eficácia para o controle das infecções hospitalares, como lavagem das mãos e
incorporação de aparatos para proteção individual e coletiva devido à sensação
e percepção dos funcionários de que essas medidas dificultam e atrasam a
execução dos seus serviços necessitando que o agente de mudanças
transmita credibilidade e tenha perseverança para instalar essas atitudes e
fazer com que elas se tornem pertencentes à rotina diária desses
funcionários
(39)
.
O impacto da promoção do brincar durante a hospitalização deve ser
real e essa ação deve ser estruturada e desenvolvida por profissionais
inseridos nas equipes das instituições, do gestor ao auxiliar de enfermagem
para que se construa um modelo de atendimento cada vez mais seguro que
contemple a complexidade do adoecer e a singularidade de cada indivíduo,
pois quando se pensa em atitudes isoladas corre-se o risco da perda e da não
repercussão do brincar na dinâmica hospitalar
(15)
.
Sabendo que a hospitalização de uma criança pode trazer além dos
riscos psicológicos, os riscos que o ambiente hospitalar facilita para o
desenvolvimento de uma infecção e consequentemente atraso da recuperação
Introdução
51
na saúde; e ciente da necessidade de instrumentos que possam amenizar esse
risco para infecção e fator de estresse, como os brinquedos e a brinquedoteca,
há a preocupação com o fato de que esses sejam transmissores de
microrganismos e se espalhem, por causa de os brinquedos serem
compartilhados entre várias crianças internadas.
Deve-se considerar que o brinquedo pode ser contagioso, mas do tipo
“contágio de divertimento”, pois a criança mesmo doente é capaz de
demonstrar seu desejo de brincar e com pequenos estímulos ela tenta vincular-
se com as pessoas e o ambiente
(34)
.
Ciente de que o brinquedo é fundamental no processo de internação
como acolhimento, apresentador de melhorias, meio de distração, apoio
psicológico e resultante de bem-estar para a criança e sabendo-se que não se
pode pensar em processo de internação sem a presença do mesmo, faz-se
necessário avaliar se o brinquedo de plástico pode transmitir algum tipo de
bactéria e propuser um meio de higienização para reduzir ou eliminar sua
presença.
E diante de conclusões em que as publicações sobre o assunto são
escassas, há a necessidade de evidências científicas para tornar o ato de
brincar seguro, sendo a hipótese formulada para o estudo: os brinquedos
utilizados pelas crianças da Unidade de Internação Pediátrica podem ser
veículos na transmissão de bactérias.
Objetivos
52
OBJETIVOS
Objetivos
53
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
2.1.1- Descrever as condições bacteriológicas dos brinquedos de
plástico utilizados na Unidade de Pediatria do Hospital Estadual de Bauru –
HEB.
2.2. Objetivos Específicos
2.2.1. Identificar as bactérias nas mãos das crianças e no
brinquedo utilizado nas atividades de brincadeiras na
Unidade de Internação Pediátrica do HEB.
2.2.2. Identificar o perfil de resistência aos antibióticos das
bactérias isoladas,
2.2.3. Determinar a sensibilidade “in vitro” das bactérias isoladas
nos brinquedos frente aos produtos de higiene.
2.2.4. Sugerir recomendações sobre a higienização do brinquedo
de plástico na Unidade de Internação Pediátrica do HEB.
Casuística e Métodos
54
CASUÍSTICA E MÉTODOS
Casuística e Métodos
55
3. CASUÍSTICA E MÉTODOS
Inicialmente será pesquisada a presença de bactérias em mãos e
brinquedos utilizados pelas crianças na Unidade de Internação Pediátrica do
Hospital Estadual Bauru (HEB) e posteriormente será estudada a forma de
desinfecção e prevenção da transmissão de bactérias.
Antes da entrega do brinquedo à criança será realizada a coleta de swab
das mãos das crianças, a fim de fortalecer a associação entre os resultados
encontrados nos brinquedos e sua origem – mãos. As duas mãos foram objeto
de coleta (direita e esquerda).
3.1. Referencial metodológico
O estudo presente é descritivo e quantitativo, realizado no HEB. A
pesquisa descritiva tem o objetivo de informar sobre a distribuição de um
evento, na população, em termos quantitativos
(63)
. Há interesse em apenas
observar como ocorre determinada situação e expressar as respectivas
frequências de modo apropriado.
Esse tipo de estudo tem como um dos objetivos identificar grupos de
risco, o que informa sobre as necessidades e as características dos segmentos
que poderiam beneficiar-se de alguma forma de medida saneadora
(63)
.
Casuística e Métodos
56
A proposta do estudo descritivo é observar como certas situações
ocorrem como exemplos: de mortalidade, de morbidade, de pessoas expostas
a um risco e de recursos e seus são apresentados através da distribuição de
frequências de um evento expressos em tabelas e gráficos
(63)
.
3.2. Casuística do estudo
A casuística foi composta por crianças com idade pré-escolar (03 aos 05
anos) e idade escolar (06 aos 10 anos)
(64)
, dos sexos masculinos e femininos,
nos meses de Junho a Setembro de 2009.
As crianças com idade pré-escolar têm como marcos de
desenvolvimento psicossocial às participações de jogos coletivos progredindo
para interativos, segue instruções e brincam com ajuda, depois com supervisão
e em seguida, sozinhos, e as crianças em idade escolar têm como marcos
importantes saltar, andar em fila, participar de jogos com regras e atividades
organizadas e assume a maioria dos cuidados pessoais
(64)
.
O número de participantes em cada faixa de idade foi estabelecido a
partir do número de internações que ocorrem na Unidade de Internação
Pediátrica do HEB, que em média apresenta 150 internações por mês, que
corresponde a 600 crianças no período do estudo. Considerando-se um nível
de 95% de confiança, um erro de estimação da ordem de 10% e os achados de
Davies et al
(65)
como a proporção das ocorrências de infecção microbiológicas
Casuística e Métodos
5
7
a partir do contato com os brinquedos, estimou-se o tamanho amostral mínimo
de 85 participantes em cada faixa etária.
A análise estatística foi realizada através de contagens e médias
apresentadas em tabelas e gráficos. O Teste de McNemar (1947) foi aplicado
para avaliar a significância das mudanças entre os momentos de coletas de
swabs, sendo este Teste um método não paramétrico usado em dados
nominais para determinar se a frequência entre as linhas e as colunas são
iguais
(66)
.
3.3. Métodos
3.3.1. Local do Estudo
O estudo ocorreu no Hospital Estadual Bauru que é uma instituição de
saúde que conta com recursos oriundos da Secretaria do Estado da Saúde do
Estado de São Paulo sendo a Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB)
responsável pela administração do HEB com a interveniência da Fundação
para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar – FAMESP.
O HEB é uma unidade hospitalar com 381 leitos, que coopera com a
FMB no cumprimento de suas finalidades de ensino, pesquisa e assistência
(67)
.
As amostras dos materiais coletados foram processadas no laboratório
de Análises Clínicas do próprio hospital.
Casuística e Métodos
58
3.3.2. Unidade de Internação Pediátrica
O estudo foi realizado na Unidade de Internação Pediátrica, que possui
33 leitos para atendimento da faixa etária de 01 mês aos 18 anos de idade,
com patologias clínicas e cirúrgicas, provenientes do Pronto Atendimento
Infantil de Bauru e Prontos-Socorros da Diretoria Regional de Saúde IV (DRS
IV) e Unidade Ambulatorial do HEB.
3.3.3. Equipe de saúde da unidade de internação pediátrica
A Unidade possui um quadro de funcionários composto por médicos,
fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistente social, psicóloga, nutricionista,
enfermeiros, auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem.
A equipe de Enfermagem é composta por cinco enfermeiros, sendo um
denominado coordenador da unidade, responsável pela área administrativa e
os outros denominados assistenciais, três auxiliares de enfermagem e 20
técnicos de enfermagem. A jornada de trabalho é variável de acordo com cada
categoria profissional.
3.3.4. Rotinas da unidade de internação pediátrica
A criança é recebida na Unidade de Internação pelo enfermeiro de
plantão e pelo funcionário que irá assistí-la naquele período. No momento da
admissão, inicia-se a Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE
Casuística e Métodos
59
(Exame Físico, Histórico, Diagnósticos de Enfermagem, Prescrição de
Enfermagem, Evoluções diárias e Anotações de Enfermagem) sendo as
informações descritas no instrumento de registro de SAE do HEB, que serve de
comunicação a todos os profissionais envolvidos na assistência da criança.
As crianças são acomodadas em berços ou camas, de acordo com faixa
etária, sexo e patologias, no alojamento conjunto. Há ainda na unidade três
leitos destinados à assistência a criança com uso de precauções universais
(68)
.
A meta de média de permanência é de três dias, com no mínimo 24
horas de internação, de acordo com o proposto pelo Sistema Único de Saúde
(SUS). A unidade de internação pediátrica apresenta prevalência de patologias
como: Pneumonia Adquirida na Comunidade, Leishmaniose Visceral
Americana e Cardiopatias Congênitas, conforme levantamento realizado nos
últimos dois anos no HEB.
Na alta hospitalar, a criança e seu responsável recebem um resumo de
alta, denominado “Resumo de Saída” e as orientações dos profissionais de
acordo com as necessidades de cuidados no domicílio, inclusive com
agendamento de retorno ou encaminhamento.
3.3.5. Controle de infecções da unidade de internação pediátrica
A unidade conta com a busca ativa inclusive com tabulação de dados na
avaliação da acreditação hospitalar.
Casuística e Métodos
60
3.3.6. Brinquedoteca
A unidade de internação pediátrica possui uma brinquedoteca destinada
ao lazer e entretenimento da criança/adolescente e seu acompanhante durante
a hospitalização. A brinquedoteca tem acesso livre a todas as
crianças/adolescentes e seu acompanhante nas 24 horas do dia e com
atividades direcionadas pela psicóloga do hospital, alunos estagiários do curso
de psicologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP), voluntárias
treinadas e do grupo Projeto Alegria pelo setor de humanização do HEB
ocorrendo em apenas alguns períodos diurno e noturno.
As atividades na brinquedoteca são coordenadas pela psicóloga da
unidade e a manutenção, aquisição dos brinquedos é de responsabilidade do
enfermeiro.
Não há uma rotina de higienização para os brinquedos utilizados na
brinquedoteca, apenas os voluntários realizam uma higiene em alguns
brinquedos com álcool 70% e esfregaço com tecido limpo, sem rotina
estabelecida pela unidade. É permitido o uso de brinquedo de plástico e livros
de histórias infantis, gibis e revistas, de acordo com as orientações da SCHI do
HEB. Essa norma é válida para o brinquedo terapêutico e o favorito da criança.
Casuística e Métodos
61
3.4. Aspectos éticos
A pesquisa foi previamente submetida ao parecer do Comitê de Ética em
Pesquisa da Instituição da Faculdade de Medicina de Botucatu após receber
concordância da Comissão Científica do HEB.
As crianças que foram incluídas na pesquisa tiveram seus
acompanhantes/responsáveis convidados e após explanação sobre a pesquisa
obtinha-se o consentimento e a concordância confirmou-se com a assinatura
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 1).
3.5. Descrições do brinquedo
O brinquedo selecionado para a brincadeira e coleta das amostras foi
pinos do jogo de boliche, de material totalmente plástico, lavável, atóxico e sem
aberturas que facilita a entrada de líquidos ou sujidades. O brinquedo
selecionado tem aprovação do Inmetro (n
o
300/2000)
e pelo ICEPEX – Instituto
de Certificação Expressa de Produtos, órgão responsável por segurança de
brinquedos
(69)
.
Casuística e Métodos
62
3.6. Descrições dos produtos de higiene utilizados
Os produtos de higiene selecionados para a realização da pesquisa
foram os produtos mais utilizados nos hospitais que possuem brinquedotecas,
obtidos por meio da pesquisa intitulada “BRINQUEDOTECA: Processo de
higienização no controle de infecção hospitalar”, de Iniciação Científica com
apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo,
desenvolvida por aluna de Graduação de Enfermagem da UNESP- Botucatu. O
resultado da pesquisa indicou o uso dos seguintes produtos
(70)
:
clorexidina alcoólica 2%
clorexidina detergente 2%
álcool 70%
sabão líquido comum
hipoclorito de sódio 1%
Cada produto de higiene possui uma atividade específica com
mecânicos de ações diferentes, conforme estudos
(71,72)
e segue descrito em
quadro 1:
Casuística e Métodos
63
Quadro 1 - Descrição dos produtos de higiene de acordo com sua
atividade e mecanismos de ação.
Produtos de
higiene
Atividades Mecanismos de ação
- germicida efetivo frente às
bactérias Gram-positivas mais
do que Gram-negativas e
fungos
- afinidade pelas bactérias em
decor rência da adesão da
molécula catiônica à parede
celular aniônica do
microrganismo
Clorexidina
alcoólica 2%
- não apresenta atividade
virucida
Clorexidina
detergente 2%
- em associação com álcool
etílico é efetiva contra
bactérias Não fermentadoras
- aumento da permeabilidade
da membrana da bactéria,
abrindo espaços para a
penetração do produto no
citoplasma causando a morte
da bactéria
- eficientes contras as formas
vegetativas de
microrganismos
- atividade microbiana que
desnatura as proteínas
- propriedades bactericidas
- solventes lipídicos que lesam
as membranas das células
microbianas
Álcool etílico
70%
- eficiente como desinfetante
para superfícies devido a ação
de limpeza que auxilia na
remoção mecânica
Sabão líquido
comum
- não possui ação na redução
de microrganismos
- remoção mecânica de
sujidades da pele
- desinfetante ativo frente a
bactérias, fungos e vírus
- desinfetante que libera ácido
hipocloroso que se decompõe
em cloro e oxigênio livre
Hipoclorito 1%
- pouco ativo frente a esporos
- inibe as reações enzimáticas
intracelulares, desnatura as
proteínas e inativa ácidos
nucléicos
Casuística e Métodos
64
3.7. Etapa Clínica
3.7.1. Amostragem
A amostragem foi composta de crianças internadas na Unidade de
Internação Pediátrica do HEB, tendo como:
Critérios de inclusão:
¾ todas as crianças de 3 a 10 anos de idade com período mínimo de
internação de 24 horas, pensando na socialização e adaptação da
criança ao ambiente hospitalar
(64)
,
¾ concordância dos responsáveis em assinar o termo de
consentimento livre e esclarecido,
¾ não encostar o brinquedo em qualquer superfície.
Critérios de exclusão:
¾ crianças com limitação de movimentos, que não conseguem
manipular o brinquedo somente com as mãos,
¾ crianças com menos de 24 horas de internação,
¾ não concordância dos pais em assinar o termo de consentimento
livre e esclarecido,
¾ encostar o brinquedo em superfície.
Casuística e Métodos
65
3.7.2. Coleta das amostras das mãos
Para a coleta, utilizou-se do Swab estéril seco após calçar luvas
estéreis, sendo sempre realizada na área correspondente à superfície da
palma e das bordas, partindo da região dos punhos. De maneira angular, o
Swab foi passado com movimentos giratórios, da parte inferior da palma até a
extremidade dos dedos e voltando ao punho, repetindo-se esse procedimento
três vezes na direção de cada dedo. Os movimentos nas bordas foram de ida e
vinda, avançando um dos lados das mãos onde a linha do punho se inicia,
passando entre os dedos e encontrado o outro lado da linha do punho.
3.7.3. Processo de observação e coleta das amostras do brinquedo
Antes de iniciar a etapa de observação, o brinquedo foi higienizado
utilizando o esfregaço com compressa cirúrgica (45 cm x 50 cm), esterilizada e
embebida com álcool 70%. A quantidade de álcool utilizada para umidificar a
compressa foi de 40 ml, de modo que ficasse úmida sem ocorrer gotejamento
quando a mesma fosse esfregada na superfície do brinquedo. O brinquedo foi
acomodado em caixa de plástico que foi higienizada previamente da mesma
maneira que o brinquedo (Figura 1). Todo o procedimento foi realizado com
luva estéril.
Casuística e Métodos
66
Figura 1- Acomodação dos brinquedos na caixa de plástico.
Seguidamente iniciou-se a coleta das amostras pelo processo de
observação, verificando se a criança encontrava-se sozinha no leito ou na
brinquedoteca. Foi oferecido o brinquedo a criança selecionada para
desenvolver a brincadeira e após 10 minutos, no máximo, o brinquedo foi
recolhido, utilizando luva estéril e procedeu-se à amostragem. Outro brinquedo
idêntico poderia ser oferecido à criança caso ela quisesse continuar a brincar.
Foi estipulado no máximo 10 minutos de duração de brincadeira, após a
revisão da literatura em relação à transmissão por contato direto e o projeto
piloto realizado anteriormente. Define-se por contato direto aquele que envolve
duas superfícies
(41,55)
. Julgou-se que apenas o contato, sem tempo mínimo
determinado, seria o suficiente para a transmissão de microrganismos das
mãos das crianças para os brinquedos, confirmando por meio de trabalhos que
Casuística e Métodos
6
7
fazem uso de Rodac Plate “Replicate Organisms Direct Agar” que estabelecem
o simples contato como determinador de transmissão
(43,50,73)
.
A higienização das mãos é um ato simples e importante no controle das
infecções hospitalares, visto que a pele tem a capacidade de abrigar
microrganismos e transferí-los de uma superfície para outra por contato direto e
indireto
(37,48-50)
.
A coleta transcorreu durante os meses de junho, julho, agosto e
Setembro de 2009, considerando apenas os dias úteis, para a observação e
coleta das amostras. A escolha do período foi aleatória.
O total de crianças observadas foi de 180, subdivididas em pré-escolar
(90) e escolar (90), perfazendo um total de 900 amostras, considerando todos
os momentos de coleta de amostragem, pois para cada criança observada foi
coletada uma amostra de Swab da mão direita e da esquerda e mais 3
amostras no brinquedo, conforme descrição:
Iniciou-se a coleta realizando esfregaço com a zaragatoa estéril seca, da
região superior para a inferior, dividindo o brinquedo em quadro lados e
seguidamente foi oferecido o brinquedo à criança. Aguardou-se o período
máximo de dez minutos ou solicitou-se o brinquedo antes que o mesmo
entrasse em contato com outra criança ou a superfície.
Após a brincadeira, recebeu o brinquedo utilizando-se luvas estéreis,
onde se segurou somente a porção superior do brinquedo (pino) e realizou-se
novamente o esfregaço com a zaragatoa estéril seca, da mesma maneira como
na primeira amostra e armazenou-se a zaragatoa no gel Stuart.
Casuística e Métodos
68
Seguidamente realizou-se a higiene do brinquedo com compressa
cirúrgica umedecida com 40 ml de álcool 70% e coletou-se a terceira amostra
com zaragatoa estéril seca do brinquedo higienizado. Todas as amostras da
coleta foram encaminhadas ao laboratório de Análises Clínicas do HEB. As
etapas seguem descritas em Fluxograma 1.
Fluxograma 1 - Coletas das amostras.
Casuística e Métodos
69
3.8. Etapa laboratorial
As amostras coletadas foram encaminhadas no meio de transporte
Stuart (gel) ao laboratório para a realização da identificação de microrganismos
de acordo com a rotina do HEB.
Cada amostra foi identificada numericamente em ordem crescente de
acordo com sujeito da pesquisa e os momentos de coleta, por exemplo:
1PEMD: primeira amostra do pré-escolar da mão direita
1PEME: primeira amostra do pré-escolar da mão esquerda
1PEA: primeira amostra do pré-escolar antes
1PEI: primeira amostra do pré-escolar imediatamente
1PEH: primeira amostra do pré-escolar após higiene
1EMD: primeira amostra do escolar da mão direita
1EME: primeira amostra do escolar da mão esquerda
1EA: primeira amostra do escolar antes
1EI: primeira amostra do escolar imediatamente
1EH: primeira amostra do escolar após higiene
3.8.1. Semeadura das amostras
A semeadura foi realizada nos meios de cultura Ágar MacConkey e
Manitol, manipulados próximos a chama do bico de Bunsen. As placas de Petri
e os Swabs foram incubados a 37ºC por 24 horas e analisou o crescimento
bacteriano. Quando não houve crescimento bacteriano, as placas de Petri
foram submetidas novamente à incubação por mais 24 horas a 37
0
C, para
determinar se a amostra é ou não negativa
(74)
.
Casuística e Métodos
70
3.8.2. Análise das placas de Petri semeadas
O crescimento de colônias na placa de Petri contendo o meio de cultura
Ágar MacConkey é indicativo de presença de bactérias Gram-negativas e a
placa de Petri contendo meio de cultura Manitol indica presença de bactérias
Gram-positivas
(74)
.
As placas de Petri com presença de crescimento bacteriano foi
analisada pelas características morfotintoriais das colônias e pela coloração do
Gram, de acordo com as normas estabelecidas pelo Laboratório de Análises
Clínicas do HEB.
Após identificar a presença de bactérias ou não, nas respectivas placas
de Petri, foi dada a sequência de análise com as respectivas provas de
identificação de acordo com o protocolo do laboratório de Análises Clínicas do
HEB.
3.8.3. Teste de sensibilidade dos produtos de higienização
Foi realizado teste de sensibilidade “in vitro”, utilizando o método de
difusão em Gel de Ágar
(74)
, nas amostras de bactérias de maior prevalência,
isoladas dos brinquedos. Os produtos utilizados para a realização do teste dos
brinquedos de plástico foram: água e sabão, álcool 70%, hipoclorito 1%,
clorexidina detergente 2% e clorexidina alcoólico 2%, utilizando 0,1ml de cada
produto, em triplicata.
Casuística e Métodos
71
Foram preparados discos de papel filtro estéreis, com dimensões de 6
mm, semelhantes aos utilizados nos testes de antibiograma, contendo 0,1 ml
de solução do produto de higienização e para controle foram utilizados discos
contendo 0,1 ml de solução salina.
Após a colonização das placas Ágar MacConkey e/ou Manitol, retiraram-
se com uma alça descartável estéril colônias bacterianas presentes e
transferiram-se para um tubo contendo aproximadamente 3 ml de solução
salina 0,85% estéril sendo agitado de modo a atingir uma turvação equivalente
à do padrão n
0
5 da escala MacFarland
(74)
.
Foi submerso um Swab de algodão atóxico e estéril na suspensão
bacteriana e antes de retirá-lo, eliminou-se o excesso de líquido apertando-o
contra a parede do tubo e realizou-se a semeadura sobre a superfície seca da
Placa de Petri que continha meio de cultura Ágar Muller-Hinton, mantida em
temperatura ambiente, em repouso entre 5 a 10 minutos para secagem, antes
da colocação dos discos de papel filtro.
Os discos foram colocados com pelo menos três centímetros de
distância entre eles, incubando-as por 48 horas a 37
0
C.
Após a incubação, foram analisados os tamanhos dos halos formados
ao redor dos discos. A sensibilidade foi medida através da média do tamanho
dos três halos determinando a sensibilidade do produto de higiene frente à
bactéria analisada.
Casuística e Métodos
72
Para determinar a sensibilidade ou a resistência do produto de higiene
em relação à determinada bactéria, dividiram-se os tamanhos dos halos em
três grupos, sendo os que possuem de 1mm a 6mm denominados de pouco
sensível, os que possuem de 7mm à 12mm denominados de sensível e os que
apresentaram resultado igual a zero denominados de resistente.
As bactérias tornam-se resistentes quando algumas delas produzem
enzimas que modificam a parte ativa da molécula do antibacteriano onde essas
novas enzimas não sofrem a ação do antibiótico. Ocorre a alteração do sítio de
ação e a expulsão do antibacteriano
(75)
.
3.8.4. Variáveis do estudo
As variáveis do estudo são apresentadas em: variável dependente,
variáveis complementares e variáveis de análise bacteriológica.
3.8.4.1. Variável dependente e variáveis complementares
As variáveis foram selecionadas por permitirem verificar a característica
de similaridade entre os grupos. Selecionou-se: idade – Variável Dependente,
sexo, mão dominante, hipótese médica de diagnóstico, tipo de patologia,
horário da coleta, antibioticoterapia, lesões de pele, presença de catéteres
invasivos e presença de incisões cirúrgicas – Variáveis Complementares
(Anexo 1).
Casuística e Métodos
73
¾ IDADE
A idade da criança foi medida por meio do registro de data de
nascimento na abertura do prontuário na admissão da criança, sendo medida
em anos.
¾ SEXO
A fim de caracterizar a amostra, elegeu-se a variável, dicotomizada em:
Masculino
Feminino
¾ MÃO DOMINANTE
Esta variável foi selecionada a fim de obter dados para aproximar a
associação entre amostras positivas e o uso da mão que envolveu o brinquedo,
sugerindo ser esta a mão que a mesma utiliza para a realização da maior parte
de suas atividades.
¾ HIPÓTESE MÉDICA DE DIAGNÓSTICO
Os diagnósticos gerados na internação da criança foram classificados
segundo sua natureza em:
Cirúrgico (pós-operatório)
Clínico
Casuística e Métodos
74
Selecionou-se essa variável devido à possibilidade da influência sobre a
amostra estudada, pois a Unidade de Internação Pediátrica recebe diversas
crianças com diferentes tipos de patologias.
As crianças com patologias de bases clínicas, dependendo do tipo e
graus de disfunção orgânica apresentadas, podem desenvolver maiores riscos
para infecções hospitalares. As crianças admitidas para procedimentos
cirúrgicos eletivos podem estar menos debilitadas diante das crianças em
recuperação de patologias clínicas, e subentende-se que essas tenham menos
riscos de adquirir infecções hospitalares por estarem previamente fora do
ambiente hospitalar, porém, devido ao procedimento cirúrgico, podem
apresentar maior quantidade de dispositivos invasivos
(64)
.
¾ TIPO DE PATOLOGIA
Classificou-se a patologia que gerou internação hospitalar em:
Aguda
Crônica
Moléstia Infecciosa
¾ HORÁRIO DA COLETA
Selecionou-se essa variável, pois a rotina de higienização da Unidade de
Internação Pediátrica ocorre no período da manhã indicando que no período da
tarde, após as atividades na brinquedoteca e ou procedimentos, há maior
exposição da criança com outras crianças, equipe da unidade e objetos.
Casuística e Métodos
75
¾ ANTIBIOTICOTERAPIA
Visando associar as crianças que poderiam ter características de
colonização de pele alteradas necessitando do uso de antibióticos. Classificou-
se essa variável em:
Sim
Não
Tratamento profilático
Sim
Não
Pesquisa de cultura (sangue ou urina)
Sim
Não
História de hipertermia (no dia da coleta)
Sim
Não
Casuística e Métodos
76
¾ LESÕES DE PELE
Tal variável foi selecionada para obter e identificar as crianças que
apresentam maiores riscos para infecções e condições que possibilitem uma
maior aderência de microrganismos à superfície da pele facilitando assim a
colonização da pele
(60)
.
Considerou-se:
Com lesões de pele: aquelas com cortes, fissuras, abrasões e
lesões, com ou sem presença de secreção.
Sem lesões de pele: aquelas com pele íntegra.
¾ PRESENÇA DE CATÉTERES INVASIVOS E INCISÕES
CIRÚRGICAS
Essa variável foi selecionada pensando em identificar se as crianças que
necessitem de procedimentos e artifícios invasivos estão mais sujeitas a
infecções hospitalares, uma vez que passaram por procedimentos que a
deixaram expostas a riscos maiores para a entrada de microrganismos.
Considerou-se o uso de artifícios como: catéteres venosos centrais, acessos
venosos periféricos, sonda nasogástrica e/ou enteral, sonda vesical de demora
e/ou Intermitente e Incisões cirúrgicas
(64)
.
Casuística e Métodos
7
7
3.8.4.2. Variáveis da análise bacteriana
Estas variáveis relacionam-se com os aspectos da análise bacteriana
realizada, ocorrendo o estudo de: presença de bactéria, ausência de bactéria,
tipos de bactérias, sensibilidade da bactéria encontrada com produto de higiene
(Anexo 2).
¾ Presença
¾ Ausência
Tipo de Bactéria
¾ Sensibilidade da bactéria encontrada com produto de higiene,
representada por presença de halo:
água e sabão
Sim
Não
Álcool etílico (70%)
Sim
Não
hipoclorito 1% (1%)
Sim
Não
Casuística e Métodos
78
clorexidina detergente (2%)
Sim
Não
clorexidina alcoólico (2%)
Sim
Não
Resultados
79
RESULTADOS
Resultados
80
4. RESULTADOS
A amostra foi constituída de 180 crianças, sendo 90 pré-escolares e 90
escolares. Deste total, 95 são do sexo masculino e 85 do sexo feminino,
havendo predomínio de internações de crianças com diagnósticos médicos
classificados em clínicos (95 casos) e cirúrgicos (85 casos).
Percebe-se o uso da mão direita como predominante em 159. Do total
de 180 amostras, 135 crianças apresentaram crescimento bacteriano na mão
direita e 124 na mão esquerda, conforme mostra Tabela 1. Esta Tabela mostra
ainda, percentual maior de crescimento bacteriano na mão direita do escolar
(51,85%).
Tabela 1 - Distribuição de frequência e percentual em relação à presença de
bactérias nas mãos das crianças em idades pré-escolares e
escolares. Bauru, 2009.
Do total de amostras que apresentaram crescimento bacteriano nas
mãos das crianças hospitalizadas, percebe-se presença maior nas amostras
das crianças do sexo masculino na mão direita (54,81%) e esquerda (51,60%),
conforme demonstrado na Tabela 2.
PRESENÇA DE BACTÉRIAS
MÃO DIREITA MÃO ESQUERDA
ESCOLARIDADE
Freqüência
(N)
Percentual
(%)
Freqüência
(N)
Percentual
(%)
Pré-Escolar
65 48,15 62 50,00
Escolar
70 51,85 62 50,00
Total 135 100,00 124 100,00
Resultados
81
Tabela 2 - Distribuição de frequência e percentual em relação à presença de
bactérias nas mãos das crianças e sexo. Bauru, 2009.
Do total de amostras que apresentaram algum tipo de crescimento
bacteriano nas mãos das crianças hospitalizadas, obteve-se maior presença de
bactéria Stafilococcus coagulase negativa tanto para mão direita como para a
mão esquerda, nas duas faixas etárias estudadas – pré-escolar e escolar.
Ressalva ainda que em relação à faixa etária amostrada, houve percentual
maior de crescimento bacteriano na mão direita da criança em idade escolar,
quando comparado com a faixa etária do pré-escolar; já para a mão esquerda,
o maior percentual encontrado foi a faixa etária do pré-escolar, conforme
ilustrado na Tabela 3.
PRESENÇA DE BACTÉRIAS
MÃO DIREITA MÃO ESQUERDA
SEXO
Freqüência
(N)
Percentual
(%)
Freqüência
(N)
Percentual
(%)
Feminino
61 45,19 60 48,40
Masculino
74 54,81 64 51,60
Total
135 100,00 124 100,00
Resultados
82
Tabela 3 - Descrição de frequência e percentual em relação às bactérias
isoladas da mão direita e esquerda do pré-escolar e escolar.
Bauru, 2009.
PRÉ-ESCOLAR ESCOLAR
Mão direita
Mão
esquerda
Mão direita
Mão
esquerda
BACTÉRIAS
ISOLADAS
N % N % N % N %
Stafilococcus
coagulase
negativa
61 93,87 56 90,33 62 88,58 55 88,71
Stafilococcus
aureus
0 0,00 0 0,00 4 5,72 5 8,07
Pseudomonas
aeruginosa
2 3,07 1 1,61 1 1,42 1 1,61
Acinetobacter
1 1,53 2 3,23 1 1,42 0 0,00
Escheirichia coli
0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 1,61
Stafilococcus
coagulase
negativa /
Stafilococcus
aureus
1 1,53 1 1,61 0 0,00 0 0,00
Stafilococcus
aureus /
Pseudomonas
0 0,00 1 1,61 0 0,00 0 0,00
Stafilococcus
coagulase
negativa /
Pseudomonas
0 0,00 1 1,61 2 2,86 0 0,00
TOTAL 65 100,00 62 100,00 70 100,00 62 100,00
Resultados
83
A Tabela 4 ilustra a presença bacteriana nos momentos antes da
entrega do brinquedo (momento 3= M3) e imediatamente após o término da
brincadeira da criança (momento 4= M4). Observa-se que houve maior
crescimento bacteriano no brinquedo imediatamente após a brincadeira (68
amostras) quando comparado com outro momento que apresentou 15
amostras com presença de bactérias. Esta tabela mostra também que em M3
há 15 amostras com crescimento bacteriano onde 12 amostras permaneceram
com o mesmo resultado em M4.
Na análise do Teste de McNemar, verificaram-se alterações
significativas (P<0, 001) das frequências de respostas entre os momentos M3 e
M4.
Tabela 4 – Distribuição da frequência e percentual em relação à presença e
ausência de bactérias encontradas nas amostras dos brinquedos
no momento antes da brincadeira e imediatamente após a
brincadeira. Bauru, 2009.
M4
M3
PRESENÇA AUSÊNCIA TOTAL
PRESENÇA
12 3 15
AUSÊNCIA
57 108 165
TOTAL 68 111 180
X
2
= 48,61 (P<0, 001)
LEGENDA: M3= Momento 3:
antes da entrega do brinquedo à criança.
M4= Momento 4:
imediatamente após o término da brincadeira da criança.
A Tabela 5 ilustra a presença de crescimento bacteriano nos momentos
antes da entrega do brinquedo (M3) e depois do processo de higienização
realizado por esfregaço com compressa umidificada com álcool 70% estéril
(M5). Pode-se notar nesta Tabela que do total de 15 amostras com
crescimento bacteriano em M3, há oito amostras que permaneceram com
crescimento bacteriano em M5.
Resultados
84
Essa Tabela traz também que do total de 165 amostras com ausência de
crescimento bacteriano apresentado em M3, há 135 amostras que mantiveram
o resultado de ausência de crescimento bacteriano em M5.
Um dado que desperta atenção na Tabela 5 é relacionado ao resultado
da amostra do brinquedo após a higienização, pois conforme demonstrado,
houve apenas a redução das bactérias e não a eliminação total das mesmas.
A Tabela 5 apresenta resultado significativo conforme análise realizada
com o Teste de McNemar onde há X
2
= 17,63 sendo P<0, 001 significante de
alterações entre as frequências de respostas entre os momentos M3 e M5.
Tabela 5 – Distribuição de frequência e percentual em relação à presença de
bactérias encontradas nas amostras dos brinquedos no momento
antes da brincadeira e depois da higienização do brinquedo.
Bauru, 2009.
M5
M3
PRESENÇA AUSÊNCIA TOTAL
PRESENÇA
8 7 15
AUSÊNCIA
30 135 165
TOTAL 38 142 180
X
2
= 17,63 (P<0, 001)
LEGENDA: M3= Momento 3: antes da entrega do brinquedo à criança.
M5= Momento 5:
depois do processo de higienização do brinquedo.
A Tabela 6 representa a presença bacteriana nos momentos
imediatamente após o término da brincadeira da criança (M4) e depois do
processo de higienização realizado por esfregaço com compressa umidificada
com álcool 70% estéril (M5). Traz como resultado que das 68 amostras em M4
Resultados
85
com crescimento bacteriano, 31 amostras apresentam também crescimento
bacteriano em M5. Essa Tabela também mostra a redução das bactérias
presentes em M4 (31) e não a eliminação total das mesmas em M5 (7).
Para esses dados, aplicou-se o Teste de McNemar e verificaram-se
alterações significativas (P<0, 001) das frequências de respostas entre os
momentos M3 e M5.
Tabela 6 – Distribuição de frequência e percentual em relação à presença de
bactérias encontradas nas amostras dos brinquedos no momento
imediato após a brincadeira e depois da higienização do brinquedo.
Bauru, 2009.
M5
M4
PRESENÇA AUSÊNCIA TOTAL
PRESENÇA
31 38 68
AUSÊNCIA
7 104 111
TOTAL 38 142 180
X
2
= 21,36 (P<0, 001)
LEGENDA: M4= Momento 4: imediatamente após o término da brincadeira da criança.
M5= Momento 5:
depois do processo de higienização do brinquedo.
Os dados da Tabela 7 mostram maior percentual de amostras com
ausência de bactérias em todos dos momentos, sendo 91,60% no momento
antes da brincadeira (M3), 62,20% no momento imediato após a brincadeira
(M4) e 78,80% no momento depois do processo de higienização do brinquedo
(M5). E entre todos os momentos de coletas de swabs no brinquedo, o M4 foi o
que apresentou maior percentual de presença de bactérias, sendo 37,70%.
Resultados
86
Tabela 7 – Distribuição de frequência e percentual em relação à presença e
ausência de bactérias no momento antes da brincadeira, imediato
após a brincadeira e depois da higienização do brinquedo. Bauru,
2009.
MOMENTOS
M3 M4 M5
BACTÉRIAS
FREQUÊNCIA
(N)
PERCENTUAL
(%)
FREQUÊNCIA
(N)
PERCENTUAL
(%)
FREQUÊNCIA
(N)
PERCENTUAL
(%)
PRESENÇA
15 8,40 68 37,70 38 2,20
AUSÊNCIA
165 91,60 112 62,20 142 78,80
TOTAL 180 100,00 180 100,00 180 100,00
LEGENDA: M3= Momento 3:
antes da entrega do brinquedo à criança.
M4= Momento 4:
imediatamente após o término da brincadeira da criança.
M5= Momento 5:
depois do processo de higienização do brinquedo.
A Tabela 8 representa a descrição das bactérias isoladas no momento
antes da brincadeira (M3), no momento imediatamente após a brincadeira (M4)
e no momento depois do processo de higienização do brinquedo (M5) onde a
bactéria Stafilococcus coagulase negativa apresentou o maior percentual de
presença em todos os momentos, apresentando em M4 o percentual de
95,50%.
Esta Tabela mostra ainda que há o crescimento de Stafilococcus aureus,
Pseudomonas e Acinetobacter em M4, sendo todas com o percentual de
1,50%, porém com redução total dessas bactérias após o processo de
higienização (M5).
Resultados
8
7
Tabela 8 - Descrição de frequências e percentuais de bactérias isoladas nas
amostras dos brinquedos no momento antes da brincadeira,
imediato após a brincadeira e depois da higienização do brinquedo.
Bauru, 2009.
MOMENTOS DE COLETAS
M3 M4 M5
BACTÉRIAS
ISOLADAS
FREQUÊNCIA
(N)
PERCENTUAL
(%)
FREQUÊNCIA
(N)
PERCENTUAL
(%)
FREQUÊNCIA
(N)
PERCENTUAL
(%)
Stafilococcus
coagulase
negativa
15 100,00 65 95,50 38 100,00
Stafilococcus
aureus
0 0,00 1 1,50 0 0,00
Acinetobacter
0 0,00 1 1,50 0 0,00
Pseudomonas
0 0,00 1 1,50 0 0,00
TOTAL
15 100,00 68 100,00 38 100,00
LEGENDA: M3= Momento 3:
antes da entrega do brinquedo à criança.
M4= Momento 4:
imediatamente após o término da brincadeira da criança.
M5= Momento 5:
depois do processo de higienização do brinquedo.
A Tabela 9 mostra que houve crescimento bacteriano ora na mão direita
e ora na mão esquerda, com algumas amostras que apresentaram bactérias
nas duas mãos. Para o total de 90 amostras, referente à coleta de swab das
mãos, observam-se 70 amostras com crescimento bacteriano onde 65
amostras apresentaram crescimento bacteriano na mão direita e 62 amostras
na mão esquerda.
Na mão direita, conforme demonstrados nessa Tabela, foram
encontrados: Stafilococcus coagulase negativa (62), Pseudomonas aeruginosa
(duas), Stafilococcus aureus (uma) e Acinetobacter (uma), observando que
Resultados
88
uma amostra apresentou mais de um tipo de bactéria na mesma mão, sendo a
amostra 12 PE com Stafilococcus coagulase negativa e Stafilococcus aureus.
Para a mão esquerda, a Tabela 9 mostra a presença de Stafilococcus
aureus (duas), Pseudomonas aeruginosa (três), Stafilococcus coagulase
negativa (58) e Acinetobacter (duas), onde há três amostras com dois tipos de
bactérias, sendo 1PE com Stafilococcus aureus e Pseudomonas aeruginosas,
7PE Stafilococcus coagulase negativa e Pseudomonas e 12PE Stafilococcus
coagulase negativa e Stafilococcus aureus.
A Tabela 9 apresenta que para M3, momento anterior à brincadeira, há
crescimento de Stafilococcus coagulase negativa em oito amostras, para o M4,
momento imediato após a brincadeira há crescimento de Stafilococcus
coagulase negativa em 35 amostras seguido de uma Pseudomonas
aeruginosas e um Acinetobacter. Para M5, momento depois do processo de
higienização com álcool 70%, essa Tabela mostra que houve crescimento
bacteriano em 20 amostras onde três delas apresentaram resultado com o
mesmo tipo de bactéria nas mãos e 17 amostras apresentaram crescimento
bacteriano em M3 ou M4, sendo do mesmo tipo.
Esta Tabela ilustra ainda que há amostras que apresentaram diferentes
crescimentos bacterianos, ou seja, uma mesma amostra com resultados
diferentes dependendo do momento de coleta do swab como as amostras:
9 1PE com Stafilococcus coagulase negativa na mão direita,
Stafilococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa na mão esquerda e
Stafilococcus coagulase negativa em M4,
Resultados
89
9 37PE com Stafilococcus coagulase negativa na mão direita e
esquerda e Pseudomonas aeruginosa em M4,
9 81PE que apresenta na mão direita Stafilococcus coagulase
negativa, na mão esquerda Acinetobacter e em M4 Stafilococcus
coagulase negativa.
Resultados
90
Tabela 9 - Descrição das bactérias isoladas nas amostras das mãos e dos
brinquedos das crianças em idade pré-escolar. Bauru, 2009.
BACTÉRIAS ISOLADAS
AMOSTRA MÃO DIREITA
MÃO
ESQUERDA
M3 M4 M5
1 PE
SCN
S. aureus
P. aeruginosa
* SCN *
2 PE
SCN SCN * * *
3 PE
SCN SCN * * SCN
4 PE
* * * * *
5 PE
SCN SCN * * *
6 PE
SCN SCN * * *
7 PE
P. aeruginosa
SCN
P. aeruginosa
* * *
8 PE
SCN SCN * * *
9 PE
SCN * * * *
10 PE
* SCN * * *
11 PE
SCN SCN * * *
12 PE
SCN
S. aureus
SCN
S. aureus
* * *
13 PE
SCN SCN * * *
14 PE
SCN SCN * SCN *
15 PE
* P. aeruginosa * * *
16 PE
P. aeruginosa SCN * * *
17 PE
SCN SCN * * *
18 PE
SCN SCN * * *
19 PE
SCN SCN * * *
20 PE
SCN SCN * * *
21 PE
SCN SCN * SCN *
22 PE
SCN * * * *
23 PE
* * * * *
24 PE
SCN SCN * SCN *
25 PE
SCN SCN * * *
26 PE
SCN SCN * * *
27 PE
SCN SCN * SCN SCN
28 PE
SCN * * SCN SCN
29 PE
SCN * * * *
30 PE
Acinetobacter Acinetobacter * * *
31 PE
SCN * * SCN *
32 PE
* SCN * * *
33 PE
SCN SCN * * *
34 PE
* * * * *
35 PE
* * * * *
36 PE
SCN SCN * SCN *
37 PE
SCN SCN * P. aeruginosa *
38 PE
SCN SCN * SCN *
39 PE
* * * Acinetobacter *
40 PE
SCN SCN * SCN SCN
41 PE
SCN SCN * SCN SCN
42 PE
SCN SCN SCN SCN SCN
43 PE
SCN SCN SCN SCN SCN
LEGENDA: M3: Antes da entrega do brinquedo à criança. M4: Imediatamente após o término da brincadeira.
M5: Após o processo de higienização do brinquedo. * Ausência de crescimento bacteriano
SCN: Stafilococcus coagulase negativa S.aureus: Stafilococcus aureus
P. aeruginosa: Pseudomonas aeruginosa PE: Pré-escolar
Resultados
91
Tabela 9 - Descrição das bactérias isoladas nas amostras das mãos e dos
brinquedos das crianças em idade pré-escolar. Bauru, 2009.
(Continuação).
BACTÉRIAS ISOLADAS
AMOSTRA MÃO DIREITA
MÃO
ESQUERDA
M3 M4 M5
44 PE
SCN * * SCN *
45 PE
SCN * * SCN SCN
46 PE
SCN SCN * SCN SCN
47 PE
SCN SCN * SCN SCN
48 PE
SCN SCN * * *
49 PE
SCN SCN * SCN SCN
50 PE
* SCN * * SCN
51 PE
SCN SCN * SCN SCN
52 PE
SCN SCN SCN SCN SCN
53 PE
SCN SCN * SCN SCN
54 PE
* * * SCN SCN
55 PE
SCN SCN SCN SCN SCN
56 PE
SCN SCN * SCN SCN
57 PE
SCN SCN * SCN *
58 PE
* * * * *
59 PE
* SCN * SCN *
60 PE
SCN SCN * * *
61 PE
SCN SCN * * *
62 PE
SCN * * * *
63 PE
SCN SCN * * *
64 PE
SCN SCN * * *
65 PE
* * * * *
66 PE
SCN SCN * * *
67 PE
SCN SCN * * *
68 PE
* SCN * SCN *
69 PE
SCN SCN * * *
70 PE
SCN SCN SCN SCN *
71 PE
SCN SCN SCN SCN *
72 PE
* * * * *
73 PE
SCN SCN * SCN *
74 PE
SCN SCN * SCN *
75 PE
SCN SCN * SCN *
76 PE
* * * * *
77 PE
* * * * *
78 PE
* * * * *
79 PE
* * * * *
80 PE
* * * * *
81 PE
SCN Acinetobacter * SCN *
82 PE
SCN * * * SCN
83 PE
* * * * *
84 PE
SCN SCN * SCN *
85 PE
* * * * *
86 PE
* * * * *
87 PE
* * * * *
88 PE
* * * * *
89 PE
SCN SCN SCN * *
90 PE
SCN SCN SCN SCN SCN
LEGENDA: M3: Antes da entrega do brinquedo à criança. M4: Imediatamente após o término da brincadeira.
M5: Após o processo de higienização do brinquedo. * Ausência de crescimento bacteriano
SCN: Stafilococcus coagulase negativa S.aureus: Stafilococcus aureus
P. aeruginosa: Pseudomonas aeruginosa PE: Pré-escolar
Resultados
92
A Tabela 10 mostra a descrição dos antibiogramas das bactérias
isoladas nas mãos e nos brinquedos do pré-escolar perfazendo um total de 39
amostras.
Para a mão direita, a Tabela 10 apresenta 15 amostras com
Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Resistente e 21 amostras com
Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível.
A Tabela 10 mostra que, em relação à mão esquerda, há uma amostra
com Stafilococcus aureus - Oxacilina Sensível e Pseudomonas aeruginosa -
Ceftazidima e Imipenem Sensível, 16 amostras com Stafilococcus coagulase
negativa - Oxacilina Sensível e 16 amostras com Stafilococcus coagulase
negativa - Oxacilina Resistente.
Para o M3, momento antes da brincadeira, a Tabela 10 mostra que há
oito amostras com crescimento de Stafilococcus coagulase negativa sendo que
todas as amostras apresentam o resultado Sensível à Oxacilina.Enquanto para
M4, momento imediato a brincadeira há 17 Stafilococcus coagulase negativa -
Oxacilina Sensível, 17 Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Resistente
e uma Pseudomona aeruginosa - Ceftazidima e Imipenem Sensível. Em M5,
momento depois da higienização, há 14 Stafilococcus coagulase negativa -
Oxacilina Sensível e cinco Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina
Resistente.
Essa Tabela também apresenta algumas amostras com o mesmo
crescimento bacteriano, porém com um diferente resultado no antibiograma
como as amostras:
Resultados
93
9 1PE com Stafilococcus coagulase negativa na mão direita e em M4,
porém com antibiograma diferente sendo para a mão direita Stafilococcus
coagulase negativa - Oxacilina Resistente e para o M4 Stafilococcus coagulase
negativa - Oxacilina Sensível,
9 31PE com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível na
mão direita e Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Resistente em M4,
9 40PE com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível na
mão direita e esquerda e Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina
Resistente em M4,
9 43PE com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Resistente
nas duas mãos e Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível em M3,
9 45PE com resultado Stafilococcus coagulase negativa – Oxacilina
Resistente na mão direita e em M4 e Stafilococcus coagulase negativa -
Oxacilina Sensível em M5,
9 49PE com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Resistente
nas mãos e Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível em M4,
9 51PE com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Resistente
na mão direita e esquerda e Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina
Sensível em M5.
Há também representado na Tabela 10 as amostras 52PE, 55PE e 90PE
onde apresentam Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível nas
duas mãos e em todos os momentos de coleta de swab.
Resultados
94
Tabela 10 - Descrição dos antibiogramas das bactérias isoladas nas mãos do
pré-escolar e nos momentos de coleta de swab no brinquedo.
Bauru, 2009.
LEGENDA: OXA R: Oxacilina Resistente SCN: Stafilococcus coagulase negativa
OXA S: Oxacilina Sensível S.aureus: Stafilococcus aureus
CAZ S: Ceftazidima Sensível P. aeruginosa: Pseudomona aeruginosa
IMP: Imipenem Sensível PE= pré-escolar
BACTÉRIAS ISOLADAS - ANTIBIOGRAMAS
AMOSTRA
MÃO DIREITA
MÃO
ESQUERDA
M3 M4 M5
1 PE
SCN OXA R
S. aureus OXA S
P. aeruginosa
CAZ S e IPM S
*
SCN OXA S
*
3 PE
SCN OXA S SCN OXA S
* *
SCN OXA S
14 PE
SCN OXA S SCN OXA R
*
SCN OXA S
*
21 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R
*
24 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R
*
27 PE
SCN OXA S SCN OXA R
*
SCN OXA R SCN OXA R
28 PE
SCN OXA S
* *
SCN OXA S SCN OXA S
31 PE
SCN OXA S
* *
SCN OXA R
*
36 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R
*
37 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
P. aeruginosa
CAZ
S e IPM S
*
38 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R
*
40 PE
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA R SCN OXA S
41 PE
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S SCN OXA S
42 PE
SCN OXA R SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA R SCN OXA S
43 PE
SCN OXA R SCN OXA R SCN OXA S SCN OXA R SCN OXA R
44 PE
SCN OXA S
* *
SCN OXA S
*
45 PE
SCN OXA R
* *
SCN OXA R SCN OXA S
46 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R SCN OXA R
47 PE
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S SCN OXA S
49 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA S SCN OXA R
50 PE
*
SCN OXA S
* *
SCN OXA S
51 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R SCN OXA S
52 PE
SCN OXA S SCN OXA S
SCN OXA S SCN OXA S
53 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R SCN OXA R
55 PE
SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S
56 PE
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S SCN OXA S
57 PE
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
59 PE
*
SCN OXA
R
*
SCN OXA R
*
68 PE
*
SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
70 PE
SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S
*
71 PE
SCN OXA S SCN OXA R SCN OXA S SCN OXA R
*
73 PE
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
74 PE
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
75 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R
*
81 PE
SCN OXA S
Acinetobacter
CAZ S e IPM S
*
SCN OXA S
*
82 PE
SCN OXA S
* * *
SCN OXA S
84 PE
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R
*
89 PE
SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S
* *
90 PE
SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S
Resultados
95
A Tabela 11 mostra que das 90 amostras de coletas das mãos dos
escolares, há 75 amostras com crescimento bacteriano, sendo 70 amostras
para a mão direita e 62 amostras para a mão esquerda.
Essa Tabela apresenta o crescimento bacteriano de Stafilococcus
coagulase negativa em 64 amostras, Pseudomonas aeruginosa em três
amostras, Stafilococcus aureus em quatro amostras e Acinetobacter em duas
amostras, observando ainda que dentre essas quatro amostras há algumas
que apresentaram mais de um tipo de bactéria na mão direita, como as
amostras:
9 4E e 18E com Stafilococcus coagulase negativa e Pseudomonas
aeruginosa,
9 47E e 48E com Stafilococcus coagulase negativa e Acinetobacter.
Em relação à mão esquerda, a Tabela 11 mostra o crescimento
bacteriano de Stafilococcus coagulase negativa em 55 amostras, Stafilococcus
aureus em cinco amostras, Pseudomonas aeruginosa em uma amostra e
Escheirichia coli em uma amostra.
Essa Tabela ilustra também as amostras coletadas nos brinquedos
sendo que para o momento antes da brincadeira (M3) há Stafilococcus
coagulase negativa em sete amostras, para o momento imediato após a
brincadeira (M4) há Stafilococcus coagulase negativa em 31 amostras e
Stafilococcus aureus em uma amostra e para as amostras do M5, o momento
depois do processo de higienização há Stafilococcus coagulase negativa em 17
amostras e Acinetobacter em uma amostra.
Resultados
96
A Tabela 11 mostra ainda que há quatro amostras (5E, 49E, 54E e 61E)
com crescimento bacteriano de Stafilococcus coagulase negativa em M3 que
apresentam também Stafilococcus coagulase negativa em M4. E as amostras
49E e a 54E que apresentam Stafilococcus coagulase negativa em todos os
momentos de coleta de swab.
Há também, demonstrado na Tabela 11, amostras com crescimento
bacteriano apenas nas amostras pesquisadas das mãos e ausência de
bactérias em todos os outros momentos de coleta.
No momento depois do processo de higienização com álcool 70% (M5),
há 17 amostras com crescimento bacteriano onde duas dessas amostras, 65E
e 67E, apresentaram crescimento bacteriano apenas nas mãos e a amostra
89E que apresentou crescimento bacteriano apenas nesse momento de coleta.
A Tabela 11 apresenta também amostras com crescimento bacteriano
em todos os momentos de coletas, como as amostras 49E e 54E e amostras
com ausência de crescimento bacteriano em todos os momentos de coleta,
sendo as amostras: 2E, 9E, 30E, 40E, 42E, 81E, 83E, 84E, 86E, 87E, 88E e
90E.
Resultados
9
7
Tabela 11 - Descrição das bactérias isoladas nas amostras das mãos e dos
brinquedos das crianças em idade escolar. Bauru, 2009.
BACTÉRIAS ISOLADAS
AMOSTRA
MÃO DIREITA
MÃO
ESQUERDA
M3 M4 M5
1 E
SCN
* *
*
*
2 E
* * *
*
*
3 E
SCN
* *
*
*
4 E
SCN / P. aeruginosa SCN
*
*
*
5 E
SCN SCN SCN SCN
*
6 E
SCN
* *
*
*
7 E
SCN SCN
*
SCN
*
8 E
S. aureus S. aureus
*
*
*
9 E
* * *
*
*
10 E
SCN SCN
*
*
*
11 E
*
SCN
*
SCN
*
12 E
SCN SCN
*
*
*
13 E
SCN SCN
*
*
*
14 E
S. aureus P. aeruginosa
*
*
*
15 E
SCN S. aureus
*
*
*
16 E
P. aeruginosa
* *
*
*
17 E
SCN SCN
*
*
*
18 E
SCN / P. aeruginosa SCN
*
SCN
*
19 E
SCN SCN
*
*
*
20 E
SCN SCN * *
*
21 E
SCN SCN
*
*
*
22 E
SCN SCN
*
*
*
23 E
SCN SCN
*
*
*
24 E
SCN SCN
*
*
*
25 E
SCN SCN
*
*
*
26 E
SCN SCN
*
*
*
27 E
SCN S. aureus
*
*
*
28 E
SCN SCN
*
*
*
29 E
SCN SCN
*
*
*
30 E
* * *
*
*
31 E
*
SCN
*
*
*
32 E
SCN SCN
*
*
*
33 E
SCN SCN
*
SCN
*
34 E
S. aureus
* *
*
*
35 E
SCN SCN
*
*
*
36 E
SCN SCN
*
SCN
*
37 E
SCN SCN SCN *
*
38 E
*
SCN
*
SCN
*
39 E
S. aureus S. aureus
*
S. aureus
*
40 E
* * *
*
*
41 E
* * *
SCN
*
42 E
* * *
*
*
43 E
SCN
* *
*
*
44 E
SCN SCN
*
SCN SCN
LEGENDA: M3: Antes da entrega do brinquedo à criança. M4: Imediatamente após o término da brincadeira da criança.
M5: Após o processo de higienização do brinquedo utilizado na brincadeira
* Ausência de crescimento de bactéria SCN: Stafilococcus coagulase negativa
S.aureus: Stafilococcus aureus P. aeruginosa: Pseudomonas aeruginosa
E. coli: Escheirichia coli E: Escolar
Resultados
98
Tabela 11 - Descrição das bactérias isoladas nas amostras das mãos e dos
brinquedos das crianças em idade escolar. Bauru, 2009.
(Continuação).
BACTÉRIAS ISOLADAS
AMOSTRA MÃO DIREITA MÃO ESQUERDA M3 M4 M5
45 E
SCN E. coli
*
*
*
46 E
*
S. aureus
*
*
*
47 E
SCN / Acinetobacter SCN
*
SCN SCN
48 E
SCN / Acinetobacter SCN
*
SCN SCN / Acinetobacter
49 E
SCN SCN / Acinetobacter SCN SCN SCN
50 E
*
SCN
*
SCN
*
51 E
SCN SCN
*
SCN SCN
52 E
SCN SCN
*
SCN SCN
53 E
SCN SCN
*
SCN
*
54 E
SCN SCN SCN SCN SCN
55 E
SCN SCN
*
SCN
*
56 E
SCN SCN
*
SCN SCN
57 E
SCN
* *
SCN SCN
58 E
SCN SCN
*
SCN SCN
59 E
SCN SCN
*
SCN
*
60 E
SCN SCN
*
SCN SCN
61 E
SCN SCN SCN SCN *
62 E
*
SCN
*
*
*
63 E
SCN SCN
*
SCN
*
64 E
SCN
* *
*
*
65 E
SCN
* *
* SCN
66 E
SCN
* *
SCN SCN
67 E
* * *
* SCN
68 E
SCN SCN
*
*
*
69 E
SCN SCN
* * *
70 E
SCN SCN
*
*
*
71 E
SCN SCN / Acinetobacter
* *
SCN
72 E
SCN SCN
*
*
*
73 E
SCN SCN
* * *
74 E
SCN
* *
*
*
75 E
SCN SCN
* * *
76 E
SCN SCN
*
*
*
77 E
SCN
* *
SCN
*
78 E
SCN SCN
*
SCN
*
79 E
SCN
*
SCN * SCN
80 E
SCN SCN
*
SCN
*
81 E
* * *
*
*
82 E
SCN SCN SCN SCN
*
83 E
* * * * *
84 E
* * *
*
*
85 E
SCN SCN
*
SCN
*
86 E
* * * * *
87 E
* * *
*
*
88 E
* * *
*
*
89 E
* * *
* SCN
90 E
* * *
*
*
LEGENDA: M3: Antes da entrega do brinquedo à criança. M4: Imediatamente após o término da brincadeira da criança.
M5: Após o processo de higienização do brinquedo utilizado na brincadeira
* Ausência de crescimento de bactéria SCN: Stafilococcus coagulase negativa
S.aureus: Stafilococcus aureus E: Escolar
Resultados
99
Na Tabela 12, observamos que a mão direita apresenta 22 amostras
com presença de Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível e nove
amostras com presença de Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina
Resistente, uma amostra com Pseudomonas aeruginosa - Ceftazidima
Sensível e Imipenem Sensível, um Stafilococcus aureus - Oxacilina Sensível e
duas bactérias Acinetobacter - Ceftazidima Sensível e Imipenem Sensível.
Para mão esquerda, a Tabela 12 mostra 22 amostras com presença de
Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível, um Stafilococcus aureus
- Oxacilina Sensível, um Acinetobacter - Ceftazidima Sensível e Imipenem
Sensível e sete amostras com presença de Stafilococcus coagulase negativa -
Oxacilina Resistente.
Para o M3, momento antes da brincadeira, a Tabela 12 apresenta três
amostras com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Resistente e
quatro amostras com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível.
Para o M4, momento imediato após a brincadeira, a Tabela 12 apresenta 10
amostras com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Resistente, 20
amostras com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível e uma
amostra com Stafilococcus aureus - Oxacilina Sensível.
A Tabela 12 mostra que em M5, momento depois da higiene do
brinquedo, há 12 amostras com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina
Sensível, três amostras com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina
Resistente e uma amostra com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina
Sensível e Acinetobacter - Ceftazidima Sensível/Imipenem Sensível.
Resultados
100
Essa Tabela apresenta algumas amostras com um determinado
crescimento bacteriano e de antibiograma apenas nas amostras das mãos,
tendo resultados diferentes nas amostras dos momentos de coleta no
brinquedo, sendo as amostras:
9 5E com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível nas
duas mãos e Stafilococcus coagulase negativa Oxacilina - Resistente em M3 e
M4,
9 18E com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível e
Pseudomonas aeruginosa - Ceftazidima Sensível/Imipenem Sensível apenas
na mão direita,
9 47E com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível e
Acinetobacter - Ceftazidima Sensível/Imipenem Sensível apenas na mão
direita,
9 49E com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Sensível e
Acinetobacter - Ceftazidima Sensível/Imipenem Sensível apenas na mão
esquerda,
9 71E com Stafilococcus coagulase negativa - Oxacilina Resistente e
Acinetobacter - Ceftazidima Sensível/Imipenem Sensível apenas na mão
esquerda.
Apenas uma amostra a 54E apresentou Stafilococcus coagulase
negativa - Oxacilina Sensível em todos os momentos de coletas.
Resultados
101
Tabela 12 - Descrição dos antibiogramas das bactérias isoladas nas mãos do
escolar e nos momentos de coleta de swab no brinquedo. Bauru,
2009.
BACTÉRIAS ISOLADAS - ANTIBIOGRAMAS
AMOSTRA
MÃO DIREITA MÃO ESQUERDA M3 M4 M5
5 E
SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA R SCN OXA R
*
7 E
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
11 E *
SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
18 E
SCN OXA S P.
aeruginosa
CAZ
S e IPM S
SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
33 E
SCN OXA R SCN OXA S
*
SCN OXA R
*
36 E
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
37 E
SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S
*
*
38 E *
SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
39 E
S. aureus OXA S S. aureus OXA S
*
S. aureus OXA
S
*
44 E
SCN OXA
R SCN OXA S
*
SCN OXA R SCN OXA S
47 E
SCN OXA S
Acinetobacter
CAZ S e IPM S
SCN OXA S
*
SCN OXA S SCN OXA S
48 E
SCN OXA S
Acinetobacter
CAZ
S e IPM S
SCN OXA S
*
SCN OXA S
SCN OXA S
Acinetobacter
CAZ
S e IPM S
49 E
SCN OXA S
SCN OXA S
Acinetobacter
CAZ S e IPM S
SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S
50 E *
SCN OXA R
*
SCN OXA R
*
51 E
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S SCN OXA S
52 E
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R SCN OXA R
53 E
SCN OXA R SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
54 E
SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S
55 E
SCN OXA R SCN OXA R
*
SCN OXA R
*
56 E
SCN OXA
R SCN OXA R
*
SCN OXA R SCN OXA R
57 E
SCN OXA S
* *
SCN OXA R SCN OXA S
58 E
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S SCN OXA S
59 E
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
60 E
SCN OXA
S SCN OXA S
*
SCN OXA S SCN OXA S
61 E
SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S SCN OXA S
*
63 E
SCN OXA
R SCN OXA R
*
SCN OXA R
*
65 E
SCN OXA S
* *
*
SCN OXA S
66 E
SCN OXA S
* *
SCN OXA S SCN OXA S
71 E
SCN OXA S
SCN OXA R
Acinetobacter
CAZ S e IPM S
* *
SCN OXA S
77 E
SCN OXA S
* *
SCN OXA S
*
78 E
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
79 E
SCN OXA
R
*
SCN OXA R
*
SCN OXA R
80 E
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
82 E
SCN OXA
R SCN OXA R SCN OXA R SCN OXA R
*
85 E
SCN OXA S SCN OXA S
*
SCN OXA S
*
LEGENDA: OXA R: Oxacilina resistente SCN: Stafilococcus coagulase negativa
OXA S: Oxacilina sensível S.aureus: Stafilococcus aureus
CAZ S: Ceftazidima sensível P. aeruginosa: Pseudomona aeruginosa
IMP: Imipenem sensível E= escolar
Resultados
102
A Tabela 13 apresenta os resultados do teste de sensibilidade “in vitro”
dos produtos de higiene em relação às bactérias isoladas nas amostras do pré-
escolar, tendo como resultado para a mão direita que a clorexidina degermante
2% tem em média halo de 6,6 mm, a clorexidina alcoólica 2% média de halo de
6,4 mm, o álcool 70% média de halo de 1,6 mm e o hipoclorito de Sódio 1%
média de halo de 0,7 mm.
Para as bactérias isoladas na mão esquerda, a média do halo em
relação ao produto clorexidina degermante 2% é de 5,5 mm, o clorexidina
alcoólico 2% de 5,3 mm, o álcool 70% de 1,0 mm e a do hipoclorito 1% é 0,3
mm.
A Tabela 13 mostra que para as bactérias isoladas dos brinquedos antes
da brincadeira (M3), as médias dos halos em relação às bactérias isoladas dos
produtos clorexidina alcoólico 2% e clorexidina degermante 2% são de 6,7 mm,
o álcool 70% tem média de 1,6 mm e a média do hipoclorito 1%. Para o
momento imediatamente após a brincadeira (M4), a média do halo para a
clorexidina alcoólica 2% é 6,5mm, para o clorexidina degermante 2% é 5,3mm,
para o álcool 70% é 2,2mm e para o hipoclorito 1% é de 0,5mm. E para as
bactérias isoladas no momento depois da higiene do brinquedo (M5) a média
dos halos em relação ao produto clorexidina alcoólica 2% é de 7,4mm,
clorexidina degermante 2% é de 6,6mm, álcool 70% é de 2,1mm e hipoclorito
1% é de 1mm.
Resultados
103
A Tabela 13 ilustra ainda que os produtos de higiene clorexidina
Alcoólico 2% e clorexidina degermante 2% foram os produtos que obtiveram
maiores halos formados nas Placas de Petri pesquisadas, sendo o mesmo
aferido em milímetros, o que demonstra que a bactéria isolada apresenta
sensibilidade em relação ao produto de higiene, seguido do álcool 70%. A água
e o sabão não obtiveram resultado maior que zero, ou seja, não houve
formação de halo nas Placas de Petri pesquisadas o que significa resistência
da bactéria isolada frente ao produto.
Resultados
104
Tabela 13- Descrição do teste de sensibilidade “in vitro” dos produtos de higiene relacionados com as bactérias isoladas e
antibiograma nas amostras do pré-escolar. Bauru, 2009.
O DIREITA MÃO ESQUERDA ANTES DA BRINCADEIRA IMEDIATAMENTE APÓS A BRINCADEIRA DEPOIS DA HIGIENE DO BRINQUEDO
PRODUTOS DE HIGIENE
PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE
AMOSTRA
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO
09%
1
SCN OXA R
7 6 0 0 0 0
S. aureus OXA S
P. aeruginosa
CAZS/IPM S
6 6 0 0 0 0
*
SCN OXA S
7 5 0 0 0 0
*
3
SCN OXA S
7 8 0 0 0 0
SCN OXA S
5 7 1 0 1 0
*
*
SCN OXA S
5 6 0 0 0 0
14
SCN OXA S
10 9 2 0 0 0
SCN OXA R
9 9 4 0 0 0
*
SCN OXA S
7 8 3 0 0 0
*
21
SCN OXA R
8 9 0 0 0 0
SCN OXA R
7 6 0 0 0 0
*
SCN OXA R
6 7 0 0 0 0
*
24
SCN OXA R
4 6 1 0 1 1
SCN OXA R
6 5 1 0 0 0
*
SCN OXA R
7 3 0 0 1 1
*
27
SCN OXA S
3 4 2 0 1 1
SCN OXA R
2 3 0 0 0 0
*
SCN OXA R
2 1 1 0 0 0
SCN OXA R
2 2 1 0 0 0
28
SCN OXA S
10 9 3 0 0 0
*
*
SCN OXA S
8 9 4 0 2 1
SCN OXA S
9 10 5 0 3 1
31
SCN OXA S
11 8 2 0 0 0
*
*
SCN OXA R
7 5 1 0 0 0
*
36
SCN OXA R
3 2 0 0 0 0
SCN OXA R
2 2 0 0 0 1
*
SCN OXA R
3 1 0 0 0 0
*
37
SCN OXA R
5 3 1 0 1 0
SCN OXA R
3 2 0 0 1 0
*
P. aeruginosa
CAZ S/ IPM S
4 2 1 0 0 0
*
38
SCN OXA R
4 2 0 0 0 0
SCN OXA R
2 2 0 0 0 0
*
SCN OXA R
4 2 0 0 0 0
*
40
SCN OXA S
7 8 2 0 2 1
SCN OXA S
6 6 2 0 1 1
*
SCN OXA R
5 4 0 0 0 0
SCN OXA S
5 6 0 0 0 0
41
SCN OXA S
8 4 0 0 0 0
SCN OXA S
7 8 0 0 0 0
*
SCN OXA S
10 9 2 0 0 0
SCN OXA S
9 4 4 0 2 1
42
SCN OXA R
6 2 0 0 0 0
SCN OXA R
5 4 0 0 0 0
SCN OXA S
7 7 1 0 0 0
SCN OXA R
3 3 1 0 1 1
SCN OXA S
6 9 3 0 1 0
43
SCN OXA R
4 5 1 0 0 1
SCN OXA R
4 7 1 0 0 0
SCN OXA S
8 10 1 0 2 0
SCN OXA R
7 2 0 0 0 0
SCN OXA R
10 11 2 0 0 0
44
SCN OXA S
10 9 4 0 2 1
*
*
SCN OXA S
7 3 0 0 0 0
*
45
SCN OXA R
8 7 0 0 0 0
*
*
SCN OXA R
10 8 0 0 0 0
SCN OXA S
9 8 0 0 0 0
46
SCN OXA R
9 10 2 0 0 0
SCN OXA R
7 9 0 0 0 0
*
SCN OXA R
7 9 0 0 0 0
SCN OXA R
8 10 3 0 0 0
47
SCN OXA S
10 12 1 0 4 0
SCN OXA S
7 8 0 0 1 0
*
SCN OXA S
9 8 0 0 0 0
SCN OXA S
12 11 3 0 5 0
LEGENDA: SCN: Stafilococcus coagulase negativa OXA R: Oxacilina Resistente IMP: Imipenem Sensível
S.aureus: Stafilococcus aureus OXA S: Oxacilina Sensível
P. aeruginosa: Pseudomona aeruginosa CAZ S: Ceftazidima Sensível
Resultados
105
Tabela 13 - Descrição do teste de sensibilidade “in vitro” dos produtos de higiene relacionados com as bactérias isoladas e
antibiograma nas amostras do pré-escolar. Bauru, 2009. (Continuação).
MÃO DIREITA MÃO ESQUERDA ANTES DA BRINCADEIRA IMEDIATAMENTE APÓS A BRINCADEIRA DEPOIS DA HIGIENE DO BRINQUEDO
PRODUTOS DE HIGIENE
PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE
AMOSTRA
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA
E
SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
49
SCN OXA R
2 2 0 0 0 0
SCN OXA R
1 2 1 0 0 0
*
SCN OXA S
1 1 0 0 0 0
SCN OXA R
1 2 0 0 0 0
50
*
SCN OXA S
7 8 2 0 1 0
*
*
SCN OXA S
9 8 2 0 3 1
51
SCN OXA R
7 7 1 0 1 1
SCN OXA R
8 5 0 0 0 0
*
SCN OXA R
9 7 3 0 0 0
SCN OXA S
8 6 2 0 0 0
52
SCN OXA S
9 7 5 0 0 0
SCN OXA S
11 4 5 0 1 0
SCN OXA S
6 7 5 0 0 0
SCN OXA S
10 7 6 0 0 0
SCN OXA S
10 5 4 0 1 0
53
SCN OXA R
8 8 2 0 0 0
SCN OXA R
7 9 1 0 0 0
*
SCN OXA R
9 9 7 0 2 1
SCN OXA R
8 7 0 0 0 0
55
SCN OXA S
2 3 1 0 0 0
SCN OXA S
4 4 0 0 1 0
SCN OXA S
2 2 0 0 0 0
SCN OXA S
5 2 1 0 0 0
SCN OXA S
4 2 1 0 0 0
56
SCN OXA S
9 10 0 0 2 1
SCN OXA S
7 11 2 0 0 1
*
SCN OXA S
10 7 3 0 0 0
SCN OXA S
12 11 5 0 2 1
57
SCN OXA S
5 11 2 0 0 0
SCN OXA S
5 9 3 0 0 0
*
SCN OXA S
9 10 8 0 3 1
*
59
*
SCN OXA R
8 11 4 0 0 0
*
SCN OXA R
9 10 9 0 2 1
*
68
*
SCN OXA S
2 2 0 0 0 0
*
SCN OXA S
3 4 0 0 0 0
*
70
SCN OXA S
10 9 3 0 0 0
SCN OXA S
8 7 2 0 0 0
SCN OXA S
10 2 5 0 1 0
SCN OXA S
11 8 8 0 0 0
*
71
SCN OXA S
6 7 0 0 0 0
SCN OXA R
3 2 0 0 1 0
SCN OXA S
5 6 0 0 0 0
SCN OXA R
4 2 0 0 1 0
*
73
SCN OXA S
3 4 1 0 0 0
SCN OXA S
2 4 1 0 0 0
*
SCN OXA S
5 4 5 0 0 0
*
74
SCN OXA S
2 6 0 0 0 0
SCN OXA S
5 3 0 0 0 0
*
SCN OXA S
9 5 0 0 1 0
*
75
SCN OXA R
4 5 2 0 1 0
SCN OXA R
5 4 3 0 1 0
*
SCN OXA R
2 2 0 0 0 0
*
81
SCN OXA S
6 9 4 0 3 2
Acinetobacter
CAZ S e IPM S
9 8 2 0 2 2
*
SCN OXA S
10 9 9 0 2 1
*
82
SCN OXA S
5 5 6 0 2 0
*
*
*
SCN OXA S
5 7 5 0 3 2
84
SCN OXA R
2 3 1 0 0 0
SCN OXA R
2 2 0 0 0 0
*
SCN OXA R
4 4 3 0 0 0
*
89
SCN OXA S
9 10 4 0 2 1
SCN OXA S
5 6 0 0 0 0
SCN OXA S
7 9 1 0 1 1
*
*
90
SCN OXA S
9 9 3 0 2 0
SCN OXA S
7 8 1 0 0 0
SCN OXA S
9 11 0 0 2 1
SCN OXA S
10 9 5 0 3 1
SCN OXA S
4 2 1 0 0 0
LEGENDA: SCN: Stafilococcus coagulase negativa OXA R: Oxacilina Resistente IMP: Imipenem Sensível
S.aureus: Stafilococcus aureus OXA S: Oxacilina Sensível
P. aeruginosa: Pseudomona aeruginosa CAZ S: Ceftazidima Sensível
Resultados
106
A Tabela 14 mostra os resultados para o teste de sensibilidade “in vitro”
dos produtos de higiene em relação às bactérias isoladas do escolar.
Traz nessa Tabela que para a mão direita a média do halo frente ao
produto clorexidina alcoólico 2% é 6,7mm, da clorexidina degermante 2% a
média é de 6,5mm, o álcool 70% tem média de 1,5mm e o hipoclorito 1%
média de 0,6mm. Para a mão esquerda, a média do halo do produto clorexidina
alcoólica 2% é de 6,7mm, do clorexidina degermante 2% é 6,5mm, do álcool
70% a média é 1,8mm e do produto hipoclorito 1% a média é 0,6mm.
No momento de coleta antes da brincadeira (M3), a Tabela 14 mostra
para o produto clorexidina alcoólica 2% a média do halo é de 6mm, para o
clorexidina degermante 2% a média é de 6,6mm, para o álcool 70% é 2,8mm e
par o produto hipoclorito 1% a média é 1,3mm. Para o momento imediato após
a brincadeira (M4), a média do halo da clorexidina alcoólica 2% é 7,4mm, para
o clorexidina degermante 2% é 6,9mm, para o álcool 70% é 2,8mm e para o
produto de higiene hipoclorito 1% é 0,8mm.
A Tabela 14 apresenta para o momento depois da higiene do brinquedo
(M5) média de halo para a clorexidina alcoólica 2% de é 7,5mm, para a
clorexidina degermante 2% média de 6,8mm, para o álcool 70% média de
2,7mm e para o hipoclorito 1% média de 1,3mm. Para a água e sabão houve
apenas uma amostra (56 E) com resultado numérico maior que zero, sendo 2
mm.
A caixa de plástico contendo os pinos não apresentou nenhum
crescimento bacteriano em todas as amostras realizadas.
Resultados
Resultados
10
7
10
7
Tabela 14 - Descrição do teste de sensibilidade “in vitro” dos produtos de higiene relacionados com as bactérias isoladas e
antibiograma nas amostras do escolar. Bauru, 2009.
MÃO DIREITA MÃO ESQUERDA ANTES DA BRINCADEIRA IMEDIATAMENTE APÓS A BRINCADEIRA DEPOIS DA HIGIENE DO BRINQUEDO
PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE
AMOSTRA
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0
,
9%
5
SCN OXA S
9 10 4 0 3 2
SCN OXA S
10 9 5 0 2 0
SCN OXA R
7 9 2 0 1 0
SCN OXA R
6 5 1 0 0 0
*
7
SCN OXA S
7 8 2 0 0 0
SCN OXA S
12 11 4 0 3 0
*
SCN OXA S
7 8 1 0 1 0
*
11 *
SCN OXA S
8 9 0 0 0 0
*
SCN OXA S
9 6 0 0 1 1
*
18
SCN OXA S
P. aeruginosa
CAZ S e IPM S
11 12 5 0 3 1
SCN OXA S
10 8 2 0 2 1
*
SCN OXA S
9 7 1 0 0 0
*
33 SCN OXA R 4 2 0 0 0 0
SCN OXA S
6 5 1 0 0 0
*
SCN OXA R
4 2 0 0 0 0
*
36
SCN OXA S
8 6 1 0 1 0
SCN OXA S
5 6 0 0 0 0
*
SCN OXA S
8 9 2 0 2 1
*
37
SCN OXA S
10 9 3 0 3 0
SCN OXA S
8 8 0 0 1 1
SCN OXA S
9 8 5 0 3 1 *
*
38 *
SCN OXA S
7 6 2 0 0 0
*
SCN OXA S
6 7 0 0 0 0
*
39
S. aureus
OXA S
8 9 2 0 2 1
S. aureus
OXA S
8 8 5 0 1 1
*
S. aureus
OXA S
7 7 4 0 2 0
*
44 SCN OXA R 9 9 2 0 4 2
SCN OXA S
10 11 3 0 2 1
*
SCN OXA R 8 9 0 0 2 2
SCN OXA S
9 10 4 0 5 2
47
SCN OXA S
Acinetobacter
CAZ S e IPM S
6 6 1 0 1 0
SCN OXA S
7 4 0 0 0 0
*
SCN OXA S
4 3 0 0 0 0
SCN OXA S
5 5 2 0 1 1
48
SCN OXA S
Acinetobacter
CAZ S e IPM S
8 5 2 0 2 1
SCN OXA S
9 10 2 0 0 0
*
SCN OXA S
7 8 0 0 0 0
SCN OXA S
Acinetobacter
CAZ S e IPM S
9 5 3 0 2 0
49
SCN OXA S
6 5 0 0 0 0
SCN OXA S
Acinetobacter
CAZ S e IPM S
7 8 2 0 2 0
SCN OXA S
6 6 1 0 1 1
SCN OXA S
4 5 0 0 0 0
SCN OXA S
5 4 0 0 0 0
50 *
SCN OXA R
4 3 1 0 1 0
*
SCN OXA R
4 5 0 0 2 1
*
51
SCN OXA S
12 10 5 0 3 1
SCN OXA S
11 9 4 0 2 1
*
SCN OXA S
11 10 7 0 0 0
SCN OXA S
9 6 2 0 2 0
52 SCN OXA R 3 2 0 0 0 0
SCN OXA R
4 2 1 0 0 0
*
SCN OXA R
10 10 7 0 2 0
SCN OXA R
9 8 3 0 0 0
53 SCN OXA R 9 7 1 0 1 0
SCN OXA S
9 9 6 0 3 1
*
SCN OXA S
8 10 5 0 0 0
*
LEGENDA: SCN: Stafilococcus coagulase negativa OXA R: Oxacilina Resistente IMP: Imipenem Sensível
S.aureus: Stafilococcus aureus OXA S: Oxacilina Sensível
P. aeruginosa: Pseudomona aeruginosa CAZ S: Ceftazidima Sensível
Resultados
Resultados
108
108
Tabela 14 - Descrição do teste de sensibilidade “in vitro” dos produtos de higiene relacionados com as bactérias isoladas e
antibiograma nas amostras do escolar. Bauru, 2009. (Continuação).
MÃO DIREITA MÃO ESQUERDA ANTES DA BRINCADEIRA IMEDIATAMENTE APÓS A BRINCADEIRA DEPOIS DA HIGIENE DO BRINQUEDO
PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE PRODUTOS DE HIGIENE
AMOSTRA
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
Á
GUA E SAB
Ã
O
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
BACTÉRIA
ANTIBIOGRAMA
CLOREXIDINE
ALCOÓLICO 2%
CLOREXIDINE
DEGERMANTE 2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO 1%
CLORETO DE
SÓDIO
0,9%
54
SCN OXA S
3 4 0 0 0 0
SCN OXA S
5 6 3 0 2 1
SCN OXA S
8 9 4 0 0 0
SCN OXA S
7 5 2 0 3 2
SCN OXA S
4 4 4 0 2 1
55
SCN OXA R
2 2 0 0 0 0
SCN OXA R
1 2 1 0 0 0
*
SCN OXA R
3 1 0 0 0 1
*
56
SCN OXA R
6 7 2 0 1 0
SCN OXA R
5 8 2 0 4 1
*
SCN OXA R
7 8 5 0 0 0
SCN OXA R
8 5 3 2 3 0
57
SCN OXA S
10 8 4 0 3 2
*
*
SCN OXA R
9 7 2 0 1 0
SCN OXA S
11 9 2 0 0 0
58
SCN OXA S
9 9 7 0 3 1
SCN OXA S
8 9 3 0 3 1
*
SCN OXA S
10 9 2 0 0 0
SCN OXA S
10 10 6 0 2 0
59
SCN OXA S
10 8 2 0 0 0
SCN OXA S
7 9 2 0 0 0
*
SCN OXA S
11 9 7 0 0 0
*
60
SCN OXA S
12 7 0 0 1 1
SCN OXA S
9 10 1 0 3 0
*
SCN OXA S
10 7 2 0 2 1
SCN OXA S
9 8 0 0 0 0
61
SCN OXA S
7 7 0 0 0 0
SCN OXA S
5 6 0 0 0 0
SCN OXA S
5 8 3 0 2 0
SCN OXA S
7 6 0 0 3 0
*
63
SCN OXA R
10 9 2 0 1 0
SCN OXA R
12 12 5 0 0 0
*
SCN OXA R
10 10 10 0 0 0
*
65
SCN OXA S
9 10 2 0 2 1
*
*
*
SCN OXA S
10 9 4 0 0 0
66
SCN OXA S
5 6 2 0 1 0
*
*
SCN OXA S
7 7 2 0 0 0
SCN OXA S
6 7 3 0 0 0
71
SCN OXA S
7 6 3 0 1 0
SCN OXA R
Acinetobacter
CAZ S e IPM S
7 9 2 0 1 0
*
*
SCN OXA S
8 8 2 0 0 0
77
SCN OXA S
9 9 3 0 3 0
*
*
SCN OXA S
8 7 2 0 1 0
*
78
SCN OXA S
7 8 3 0 3 1
SCN OXA S
8 9 7 0 0 0
*
SCN OXA S
8 9 8 0 0 0
*
79
SCN OXA R
4 5 3 0 2 0
*
SCN OXA R
3 2 0 0 1 0
*
SCN OXA R
5 8 2 0 2 0
80
SCN OXA S
6 6 2 0 0 2
SCN OXA S
5 6 2 0 2 1
*
SCN OXA S
8 7 7 0 1 1
*
82
SCN OXA R
4 6 2 0 1 0
SCN OXA R
7 5 4 0 0 0
SCN OXA R
5 6 4 0 1 1
SCN OXA R
7 6 5 0 0 0
*
85
SCN OXA S
10 11 3 0 4 2
SCN OXA S
12 12 5 0 3 0
*
SCN OXA S
9 9 8 0 2 0
*
LEGENDA: SCN: Stafilococcus coagulase negativa OXA R: Oxacilina Resistente IMP: Imipenem Sensível
S.aureus: Stafilococcus aureus OXA S: Oxacilina Sensível
P. aeruginosa: Pseudomona aeruginosa CAZ S: Ceftazidima
Resultados
109
A Tabela 15 ilustra a sensibilidade “in vitro” das bactérias isoladas frente
aos produtos de higiene pesquisados, onde há para o produto clorexidina
alcoólica 2% um maior número de amostras com halos maiores que 7mm, ou
seja, as bactérias isoladas apresentaram sensibilidade em relação a esse
produto de higiene, perfazendo um total de 149 amostras.
Para a clorexidina degermante 2%, a Tabela 15 também apresenta um
número grande de amostras com presença de halos maiores que 7 mm,
indicando que as bactérias isoladas também apresentam sensibilidade
relacionada a esse produto. Já para o álcool 70%, apresenta mais amostras
com halos medindo entre 1 mm a 6 mm, indicando que as bactérias isoladas
apresentam pouca sensibilidade frente a esse produto de higiene.
Nessa Tabela, também há mostrada a sensibilidade da Água e Sabão
comum e hipoclorito 1%, onde ambos apresentaram um grande número de
amostras com ausência de halos nas Placas de Petri que contêm as bactérias
isoladas, demonstrado pelo valor 0 mm, o que torna esses produtos indicativos
de resistentes às bactérias isoladas. Há um diferencial para o produto Água e
Sabão que apresentou em uma amostra um halo de 2 mm.
A Tabela 15 apresenta que o produto Cloreto de Sódio 0,9%, usado
como controle, apresentou algumas amostras com resposta de sensibilidade,
sendo 65 amostras com presença de halos com valores entre 1 mm e 6 mm.
Dos 247 testes de sensibilidade realizados para cada produto de
higiene, podemos classificá-los em resistente (0 mm), pouco sensível (1 mm a
6 mm) e sensível (7 mm a 12 mm).
Resultados
110
Tabela 15 - Descrição da sensibilidade “in vitro” das bactérias isoladas frente
aos produtos de higiene. Bauru, 2009.
PRODUTOS DE HIGIENE
TAMANHO
DO HALO
CLOREXIDINA
ALCOÓLICA 2%
CLOREXIDINA
DEGERMANTE
2%
ÁLCOOL 70%
ÁGUA E SABÃO
COMUM
HIPOCLORITO
1%
CLORETO DE
SÓDIO 0,9%
0 mm 0 0 78 246 134 182
1mm – 6mm 98 110 155 1 113 65
7mm – 12mm 149 137 14 0 0 0
Total 247 247 247 247 247 247
LEGENDA: 0 mm: resistência
1 mm – 6 mm: pouca sensibilidade
7 mm – 12 mm: sensibilidade
Discussões
111
DISCUSSÕES
Discussões
112
5. DISCUSSÕES
As mãos como já se sabe é um dos mais preocupantes veículos de
transmissão de microorganismos e a sua higienização se faz necessária
principalmente na diminuição de riscos para as crianças internadas em
ambiente hospitalar.
Para a faixa etária das crianças incluídas neste estudo, há uma discreta
diferença nas amostras com presença de crescimento bacteriano, sendo maior
nas amostras dos escolares. Sugere-se que a fase de aprendizagem das
crianças pré-escolares e escolares não interferiu no fato da contaminação de
suas mãos. Isso nos remete a uma questão de educação em saúde, uma vez
que as crianças necessitam da orientação e da supervisão dos adultos para a
aprendizagem de algumas ações, entre elas a lavagem das mãos. O resultado
encontrado no estudo nos sugere que a incorporação desse hábito não está
presente também para os adultos, consequentemente não sendo estendida
para as crianças
(76)
.
Essa questão pode ser confirmada por meio de estudos que se referem
à necessidade de inclusão de rotinas e padronizações para a lavagem das
mãos, pois essa ação ainda não faz parte das atividades rotineiras até mesmo
dos profissionais de saúde
(48,49,77,78)
. Estudo
refere que os profissionais no
ambiente hospitalar não demonstraram o hábito de lavar as mãos antes e após
os cuidados, nem mesmo com as crianças portadoras de diarreia aguda, em
especial os enfermeiros, mesmo sendo a lavagem das mãos um assunto
comum entre os ambientes que prestam cuidados às crianças
(49)
.
Discussões
113
Ainda sugerindo a influência dos adultos na falha dos ensinamentos às
crianças em relação à questão da higiene das mãos, a literatura traz um estudo
que se refere às condições de higiene das mãos de pessoas manipuladoras de
alimentos em refeitório onde encontrou que 50% dos manipuladores
apresentavam condições de higiene insatisfatória para tal prática
(46)
.
Outro estudo, analisando os conhecimentos e práticas de educadoras e
trabalhadoras de creches, concluiu que o ítem lavagem das mãos com a
intenção da não transmissão de infecção é pouco conhecido por essas
educadoras. Esse resultado nos leva a refletir sobre a falta de hábito na
lavagem das mãos de educadores, que são pessoas que estão diretamente
ligadas às crianças, até mesmo como modelo, e que estão apresentando
atitudes que serão consequentemente absorvidas pelas mesmas
(77)
.
Assim como as brincadeiras como: pular corda, brincar de esconde-
esconde e ciranda normalmente são estimuladas pelos adultos, os princípios
básicos de higiene também deveriam ter esse estímulo. A conduta do adulto
também é imitada pela criança. Ela poderá crescer com uma boa educação
relacionada aos hábitos de higiene se aprendê-la com os seus pais e os
educadores que, de alguma forma, estabeleceram estes valores para essa
criança. Uma conduta natural do ser humano, que compreende além do
respeito, amor, paciência e carinho. Para que a criança seja bem educada em
higienização e desenvolva bons hábitos, é necessário que ela receba
informações e exemplos
(79)
.
Discussões
114
Segundo a literatura
(80)
por volta dos sete ou oito anos de idade, as
crianças passam a racionalizar seus pensamentos e suas crenças, procurando
as razões, os porquês dos problemas e dos fatos. Assim, as próprias crianças
passam a analisar os padrões de comportamento ensinados pela família e
sociedade e surgem as comparações com outras crianças da mesma idade.
Estes dois fatos, somados ao crescimento da vida social, diminuem o
favoritismo pela importância dos pais e da família como modelos de
comportamento para a criança, e aumentam a importância dos amigos e dos
professores.
Pórem os achados no presente estudo mostram que houve o predomínio
de crescimento bacteriano nas amostras pesquisados das mãos da criança em
idade escolar, o que pode corroborar com estudo
(81)
que apresenta conclusão
onde as crianças com idade dos seis aos dez anos não possuíam
conhecimento das doenças transmitidas pelas mãos e o procedimento correto
da lavagens das mãos. Esse estudo foi realizado com cerca de 300 crianças
em escolas infantis onde após conclusão e divulgação houve um feedback dos
pais para saberem mais sobre o tema.
Outro dado que nos chama atenção é a indiferença entre o crescimento
bacteriano nas mãos pesquisadas, direita e esquerda. Esse resultado nos
sugere que é pelo fato de a criança estar adquirindo habilidades motoras, o que
vem de encontro com a literatura quando coloca que o ato de brincar na
infância é uma ação onde as crianças utilizam as duas mãos, trazendo a
questão do refinamento das habilidades motoras, que se inicia na fase pré-
Discussões
115
escolar e atinge seu ápice no início da idade escolar e do ato em si de segurar
o brinquedo com mais segurança
(80)
.
Mais um dado importante do presente estudo é sobre a maior frequência
de crescimento bacteriano nas amostras das crianças do sexo masculino. Esse
resultado apresenta-se de acordo com as características de desenvolvimento
da criança, uma vez que os meninos na faixa etária escolar tendem a um
comportamento diferente das meninas, em relação aos tipos de brincadeiras
que geralmente precisam da questão do toque corporal, do tipo lutas e
empurrões e a exploração do ambiente. Inicia-se também a fase de
desenvolvimento dos órgãos sexuais do corpo e da formação da autoestima
onde as meninas dão mais importância à higiene corporal do que os meninos
sugerindo a presença maior de crescimento de bactérias encontrada nas mãos
dos meninos
(81,82)
.
Ao comparar os resultados encontrados em relação à identificação das
bactérias isoladas nas mãos das crianças neste estudo com o achado em
literatura sobre análise das mãos de manipuladores de alimentos
(46)
e sobre
análise da colonização bacteriana nas mãos dos profissionais
(78),
percebemos
resultados semelhantes como o crescimento bacteriano de: Stafilococcus
coagulase negativa, Stafilococcus aureus, Escheirichia coli, Pseudomona
aeruginosa e Acinetobacter. Esses resultados vêm reforçar que as mãos são
um veículo na transmissão de microrganismos, consequentemente a técnica da
lavagem das mãos é um ato importante no controle da transmissão de
microrganismos.
Discussões
116
Apesar dessa semelhança de resultados em diferentes locais de
pesquisa, há o agravo das consequências da presença dessas bactérias no
ambiente hospitalar, principalmente os que possuem atendimento para
crianças, devido ao fato de a imunidade na criança desenvolver-se com a idade
e de a queda da imunidade ocorrer com maior facilidade, deixando a criança
mais suscetível a quadro de infecções
(83)
.
Um dado que nos chama atenção é do crescimento de Stafilococcus
coagulase negativa na maioria das amostras seguido de 13 amostras com
Stafilococcus aureus, tanto nas mãos do pré-escolar e do escolar. O resultado
encontrado neste estudo difere do estudo com os manipuladores de alimentos
onde a bactéria Stafilococcus aureus foi maioria nos achados
(46)
, talvez pelo
fato de a análise ter ocorrido nas mãos dos profissionais. A quantidade de
amostras com resultado de crescimento de Stafilococcus aureus (7,22%)
encontrado nesse estudo é um número preocupante, pois esta é uma bactéria
patogênica que pode ser encontrada na pele e na região da nasofaringe e está
presente em aproximadamente 15% dos indivíduos
(81)
.
Evidenciando o resultado encontrado neste estudo, onde bactérias de
grande importância clínica e epidemiológica foram isoladas, a preocupação
com as condições de higiene das mãos e de outros objetos que possam ser
considerados veículos devem ser destacadas pensando na oferta de materiais
de transmissão, uma vez que são facilmente encontrados, como por exemplo:
na secreção nasal que pode conter Stafilococcus coagulase negativo e
Stafilococcus aureus; na contaminação das mãos por material fecal relacionado
com Escheirichia coli e Klebisiella e as bactérias Não Fermentadoras como
Discussões
11
7
Pseudomona aeruginosa e Acinetobacter indicando a utilização inadequada de
produtos antissépticos
(35,46)
. Essa preocupação ainda é maior relacionada à
criança, devido à questão da imaturidade da imunidade e da exploração dos
ambientes utilizando as mãos
(81-83)
.
No que se refere às Pseudomonas aeruginosas, cabe a preocupação
devido a estudo
(65)
que levantou a presença de cepas desta bactéria em
amostras de sangue, de cateteres venosos e também em amostras de urina. O
que nos alerta para uma observação mais cautelosa sobre a higiene das mãos
das crianças em idade pré-escolar e escolar antes das atividades na
brinquedoteca e outras comuns sabendo que as mesmas ainda não possuem
conhecimento ou habilidade na higiene corporal, como por exemplo, ao
utilizarem o banheiro.
Ao analisar as condições bacteriológicas do brinquedo após a
brincadeira, vê-se no presente estudo que houve a predominância da bactéria
Stafilococcus coagulase negativa. Esse dado vem corroborar com estudo que
relata a prevalência de Stafilococcus coagulase negativa nos brinquedos
pesquisados em uma brinquedoteca hospitalar
(31)
e também com outro estudo
realizado com amostras de hemocultura dos bebês em maternidade na cidade
de Natal-RN
(84)
.
Outro estudo que vem ao encontro dos achados deste, ao analisar os
brinquedos em Unidade de Terapia Intensiva, neonatal concluiu que houve o
crescimento microbiano após o contato da criança com o brinquedo. Ressalta
ainda que naquela unidade havia processo de orientação aos profissionais e
familiares sobre a lavagem das mãos na intenção de prevenir a disseminação
Discussões
118
de microrganismos, porém, não havia um processo de higiene dos brinquedos
deixados nos leitos o que sugeriu que os pais e funcionários, apesar de lavar
as mãos antes de ter contato com os bebês inaverditamente seguravam os
brinquedos contaminados
(63)
.
Outro microrganismo isolado nesse estudo foram as Pseudomonas
aeruginosas no brinquedo após a brincadeira tanto do pré-escolar quanto do
escolar. Esses dados vêm ao encontro de estudo realizado em Unidade de
Oncologia Pediátrica que analisou os brinquedos utilizados pelas crianças
concluindo por meio da técnica da biologia molecular que as cepas isoladas
das crianças eram as mesmas isoladas nos brinquedos
(85)
.
Outro estudo que corrobora com o presente achado associou surtos de
infecções por Pseudomonas aeruginosa multirresistente como adquiridas por
meio da transmissão pelos brinquedos compartilhados, comprovados pela
análise do DNA bacteriano entre os achados patogênicos dos pacientes,
brinquedos e caixa de armazenamento dos brinquedos contendo água
(65)
.
Também foram identificadas bactérias como Acinetobacter no presente
estudo, nas amostras do brinquedo após a brincadeira o que acorda com
estudo citado anteriormente sobre brinquedos em brinquedoteca hospitalar que
também isolou essa bactéria em percentual menor
(31)
.
Em relação ao antibiograma das bactérias isoladas nesse estudo,
obteve-se a predominância de Oxacilina Sensível para as bactérias
Stafilococcus coagulase negativo e Stafilococcus aureus e obteve-se
sensibilidade para Ceftazidima e Imipenem para as bactérias Pseudomonas
Discussões
119
aeruginosas e Acinetobacter. Esse resultado vem ao encontro da ação
proposta para esses antibióticos
(86)
e com estudos que encontraram bactérias
sensíveis nas amostras pesquisadas
(31,65,84,87)
.
E ainda em relação aos resultados encontrados no atual estudo,
isolaram-se também amostras com Stafilococcus coagulase negativo
Resistente à Oxacilina. Esse achado vem corroborar com o estudo realizado
com os estetoscópios em setores pediátricos de um hospital onde concluiu que
esses equipamentos se apresentavam contaminados com Stafilococcus
resistentes em uma minoria
(88)
, assim como o presente estudo.
Esses resultados contrariam a intenção proposta para o antibiótico
Oxacilina, levando-nos a uma preocupação em relação às adaptações das
bactérias frente aos antibióticos. A literatura traz a acentuada evolução do
Staphylococcus aureus e do Staphylococcus coagulase negativa e a sua
resistência a múltiplos antibióticos
(89)
. E nos gera a reflexão em torno do uso
correto dos antibióticos, assim como em estudos que citam que o uso abusivo
de drogas antimicrobianas tem-se constituído em importantes fatores na
seleção de amostras multirresistentes e na transferência de genes de
resistência
(87,89)
.
Ao analisar os produtos de higiene “in vitro”, percebe-se que a
clorexidina alcoólica 2% foi sensível seguida da clorexidina degermante 2%,
frente às bactérias isoladas nas amostras das mãos e dos brinquedos
analisados. O presente achado corrobora com estudo sobre a eficácia da
clorexidina “in vitro” e “in vivo” em humanos e animais que demonstrou
resultado significativo na desinfecção da pele
(90)
e com outros estudos sobre a
Discussões
120
higiene das superfícies com a clorexidina
(91,92,93)
. Ainda na revisão da
literatura, foi encontrado apenas um estudo que utilizou a clorexidina alcoólica
2% como desinfetante para os brinquedos, porém não esclarece se o mesmo é
de uso de rotina ou apenas para o estudo
(94)
.
Isso nos sugere que a restrição do uso da clorexidina alcoólica 2%, que
mostrou ser eficaz, e a não utilização desse desinfetante para a higienização
de materiais como, por exemplo, o brinquedo, possa ser pelo seu elevado
custo, conforme descrito em estudo
(92)
.
Neste estudo foi identificado para o álcool 70% pouca sensibilidade
frente às bactérias isoladas como: Stafilococcus coagulase negativa,
Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosas e Acinetobacter. Esse
resultado corrobora com os resultados do estudo onde se obtiveram amostras
com pouca redução de bactérias ou até mesmo sem redução após a higiene
com álcool 70% em leitos hospitalares
(95)
.
Tal achado no presente estudo vem ao encontro de pesquisas sobre
desinfetantes em ambiente odontológico onde observaram a redução
significativa de microrganismos com o uso do álcool etílico 70% líquido, embora
refiram não ser também o melhor desinfetante testado
(91,92)
.
O álcool 70% segundo o Ministério da Saúde pode ser utilizado para a
descontaminação de superfícies do hospital
(71)
e é amplamente utilizado em
atividades como higienização da pele e utensílios em geral principalmente por
seu baixo custo, facilidade de aquisição, baixa toxicidade, estabilidade no
Discussões
121
armazenamento, ser incolor, evaporar sem deixar resíduos e por ser mais
divulgado nas pesquisas microbiológicas
(91,92,95)
.
Estudo analisando os derivados de fenóis utilizados em limpeza afirma
que seu efeito é reduzido quando há a presença de matéria orgânica e que sua
ação é menos ativa em fungos e esporos
(95)
.
Quanto à análise do antisséptico hipoclorito 1% “in vitro” neste estudo,
achou-se que esse produto apresentou pouca sensibilidade em relação ao
álcool 70%, clorexidina degermante 2% e clorexidina alcoólica 2%. Tal
resultado vem corroborar com estudo realizado com a limpeza dos
estetoscópios em um hospital na área pediátrica onde conclui que o hipoclorito
reduziu a quantidade de bactérias, porém o álcool etílico 70% foi mais eficaz
(88)
, assim como no presente estudo.
Ao analisar a sensibilidade da água e sabão “in vitro” frente às bactérias
isoladas no estudo, percebeu-se resistência bacteriana. Tal achado acorda
com o achado de estudo anterior sobre a higiene dos banheiros, comparando
os produtos álcool 70%, hipoclorito 1% e a mistura água e sabão “in vivo” onde
concluiu que o álcool 70% e o hipoclorito apresentaram resultado significante
na redução de bactérias enquanto a água com sabão apresentou ineficiência
na proposta
(96)
.
Os achados desse estudo “in vitro” independente do produto de higiene
utilizado e pesquisado vêm ao encontro dos resultados de sensibilidade dos
produtos frente às bactérias isoladas apesar da ação mecânica e da ação
residual do produto quando utilizado “in vivo”
(95,97)
.
Conclusões
122
CONCLUSÕES
Conclusões
123
6. CONCLUSÕES
9 Há crescimento bacteriano nas mãos das crianças em idade pré-
escolar e escolar,
9 Há crescimento bacteriano no brinquedo imediatamente após a
brincadeira e depois do processo de higienização com álcool 70%,
9 Há predomínio do crescimento bacteriano, nas mãos e no
brinquedo, da bactéria Stafilococcus coagulase negativa em todos
os momentos de coleta,
9 Nas coletas do brinquedo, o maior percentual de crescimento
bacteriano é no momento imediato após a brincadeira,
9 A maioria das bactérias isoladas nas amostras das mãos e do
brinquedo é sensível ao antibiótico Oxacilina,
9 Quanto à sensibilidade “in vitro” dos produtos de higiene frente à
bactéria isolada, nas amostras das mãos e do brinquedo, a
clorexidina alcoólica 2% é a mais sensível, seguida da clorexidina
degermante 2%.
9 O álcool 70% e o hipoclorito de sódio 1% apresentam pouca
sensibilidade “in vitro” frente às bactérias isoladas das amostras
das mãos e do brinquedo,
9 A água e sabão comum são resistentes frente às bactérias isoladas
nas amostras das mãos e do brinquedo,
9 O brinquedo pode ser veículo na transmissão de microrganismo.
Considerações Finais
124
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
125
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
9 Com a diversidade de produtos químicos disponíveis hoje no
mercado, há a necessidade de estudos e pesquisas para
transparecer os benefícios de cada um, além de investimentos e
treinamentos para os profissionais de saúde que aplicam essas
técnicas e utilizam esses produtos,
9 Anseia-se que os resultados encontrados nesse estudo
fundamentem decisões com a intenção de melhorias e existência
de rotinas nos ambientes hospitalares, visando à diminuição de
riscos aos pacientes durante sua internação,
9 Visando à garantia da brincadeira segura com brinquedos de
plástico, sugere-se nesse estudo:
Recomendações sobre a higienização dos brinquedos,
Descrição do processo de higienização dos brinquedos.
Considerações Finais
126
RECOMENDAÇÕES SOBRE A HIGIENIZAÇÃO DOS BRINQUEDOS E
DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO DOS BRINQUEDOS DE
PLÁSTICO EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO PEDIÁTRICA
Os brinquedos deverão ser higienizados nos horários:
- 08 horas, 12 horas e às 18 horas.
Quando ocorrer de o brinquedo ser retirado da brinquedoteca, ele
deverá ser higienizado antes de retornar à brinquedoteca e também antes de
ser entregue à outra criança,
Ao final das brincadeiras, os brinquedos deverão ser colocados em caixa
de plástico para a realização das limpezas e desinfecções antes de serem
armazenados.
Definições:
Limpeza- processo de remoção da sujeira mediante ação mecânica,
química ou térmica num determinado tempo
(52)
;
Desinfecção- processo de destruição de microrganismos patogênicos na
forma vegetativa, mediante ação física ou química
(52)
.
Brinquedos de uso comunitário:
1. Lavar o material com água e sabão em pia destinada para essa
utilização,
2. Enxaguar em água corrente e deixar secar,
Considerações Finais
12
7
3. Friccionar com um pano ou uma compressa limpa o brinquedo com a
clorexidina alcoólica 2%,
4. Deixar secar,
5. Armazenar em local seco e limpo.
Brinquedos em contato com fluidos corporais ou em utilização de
pacientes sobre precauções especiais:
1. Lavar com água e sabão,
2. Enxaguar em água corrente,
3. Imergir em solução de hipoclorito * (1:10), por 10 a 20 minutos,
4. Remover e enxaguar,
5. Friccionar com um pano ou uma compressa limpa o brinquedo com a
clorexidina alcoólica 2%,
6. Deixar secar,
7. Armazenar em local seco e limpo.
*O hipoclorito 1% é indicado para remover os fluidos corporais como o sangue
(71,72)
.
Referências
128
REFERÊNCIAS
Referências
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Anexos
142
ANEXOS
Anexos
143
ANEXOS
Anexo 1- Formulário A: Variável Dependente e Variáveis Complementares.
NOME
IDENTIFICAÇÕES DAS
AMOSTRAS
IDADE SEXO M DATA COLETA
F
HD
CIRÚRGICO S CLÍNICO S
N N
TIPO DE PATOLOGIA AGUDA S CRÔNICA S
N N
MOLÉSTIA INFECCIOSA S HORÁRIO COLETA
N
ANTIBTICO S TRATAMENTO S
N N
PESQUISA DE CULTURA
S
HISTÓRIA
S
N
DE HIPERTERMIA
N
CONDIÇÕES GERAIS DA PELE
LESÕES S TIPO/LOCAL
N
PRESENÇA DE CATÉTERES INVASIVOS S TIPO/LOCAL
N
PRESENÇA DE INCISÕES CIRÚRGICAS S TIPO/LOCAL
N
Anexos
144
Anexo 2 - Formulário B: Variáveis da análise bacteriana – Mãos e Brinquedos.
IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA
O
BRIN-
QUEDO
PRESENÇA DE MICROORGANISMO S
N
TIPO DE MICROORGANISMO GRAM POSITIVO
GRAM NEGATIVO
1ª AMOSTRA 2ª AMOSTRA 3ª AMOSTRA
M
É
DI
A
HALOS
SENSIBILIDADE DO
MICROORGANISMO
ÁGUA E SABÃO
S
TAMANHO
N
TAMANHO
ÁLCOOL 70%
S
TAMANHO
N
TAMANHO
HIPOCLORITO
1%
S
TAMANHO
N
TAMANHO
CLOREXEDINE
DETERGENTE
2%
S
TAMANHO
N
TAMANHO
CLOREXEDINE
ALCOÓLICO 2%
S
TAMANHO
N
TAMANHO
Apêndices
145
APÊNDICES
Apêndices
146
Marcela Cristina Candido de Almeida
UNESP – Campus Botucatu – Faculdade de Medicina
Botucatu-SP - Rubião Júnior - CEP 18618-000
Fone: (014) 38820421
Ione Corrêa
UNESP – Campus Botucatu – Faculdade de Medicina
Botucatu-SP - Rubião Júnior - CEP 18618-000
Fone: (014) 3882041
APÊNDICES
APÊNDICE 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Você está sendo convidada (o) a participar de um projeto de pesquisa,
que tem como titulo “Condições bacteriológicas de brinquedos em uma
Unidade de Pediatria”, realizado pela Enfermeira Marcela C. Candido de
Almeida, sob orientação da Prof
a
Ass. Dr
a
Ione Corrêa.
Este projeto de pesquisa tem como objetivo geral avaliar as condições
microbiológicas dos brinquedos de plástico utilizados na Unidade de Pediatria
do Hospital Estadual de Bauru, identificando os microrganismos nos
brinquedos e avaliando a eficácia da higienização desses brinquedos utilizados
nas atividades e brincadeiras.
Sendo você responsável por uma criança que utiliza esse brinquedo,
peço autorização para realizar a pesquisa e caso concorde, solicito que assine
o termo de consentimento. Fica claro que o responsável pela criança
participante pode a qualquer momento retirar seu consentimento livre e
esclarecido e deixar de participar desta pesquisa, sem interferir no tratamento e
cuidados da criança.
Informo que não haverá nenhum marcador ou identificador na criança
observada.
Declaro que o presente projeto de pesquisa foi explicado em detalhes
quanto ao seu desenvolvimento e após aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, será elaborado em duas vias,
sendo uma cópia entregue ao sujeito da pesquisa e outra será mantida em
arquivo pelo pesquisador.
Tendo sido satisfatoriamente informada sobre a pesquisa concordo em
participar da mesma.
Bauru, _____/_____/______
_________________________ ____________________________
Responsável pelo Paciente Marcela C. C. de Almeida
Apêndices
14
7
APÊNDICE 2 - Parecer de concordância do Comitê Científico do Hospital
Estadual de Bauru.
Apêndices
148
APÊNDICE 3 - Parecer de concordância do Comitê Científico do Hospital
Estadual de Bauru.
Apêndices
149
APÊNDICE 4 - Parecer de aprovação do Comitê de ética da Faculdade de
Medicina de Botucatu.
Apêndices
150
APÊNDICE 5 - Justificativa de alteração no título do projeto de pesquisa.
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