Pode-se afirmar que a divisão do território brasileiro em capitanias hereditárias,
em 1534 (CARMAGNAMI, 200?)
mais tarde transformadas em províncias e mantidas sob
essa forma até meados do século XVIII, já consistia em uma forma embrionária de federação;
isso se considerado o federalismo apenas sob o aspecto da autonomia política.
Nessa forma incipiente do federalismo nacional, a figura do município estava
presente, como cópia fiel do município português, ou seja: um presidente, três vereadores,
dois almotacéis, um escrivão, um juiz vitalício e dois juízes comuns compunham o corpo
político-administrativo do mesmo, que realizava obras públicas, estabelecia posturas, fixava
taxas, nomeava juízes, recebedores de tributos, depositários públicos, avaliadores de bens
penhorados, capitães-mores de ordenanças e de estradas.
O município tinha relativa força, mesmo diante da inegável e contundente
centralização exercida pela Coroa frente as capitanias; prova disso é que, por repetidas vezes,
convocaram “juntas do povo” para discutir e deliberar sobre interesses da Capitania, exigiram
o comparecimento dos governadores aos seus povoados para tratar de negócios públicos de
âmbito estritamente local, e suspenderam governadores de suas funções.
Àquela época, século XVIII, o federalismo surgia como esperança, por parte da
elite, sobretudo profissionais liberais e pequenos produtores, de manutenção da unidade
político-administrativa da Colônia, apesar da notória fragmentação do poder entre as
capitanias, altamente dispersas e afastadas, bem como desconectadas do ideal de coesão que
deveria permear a sociedade colonial, a fim de que se pudesse assegurar a união e autonomia,
em um futuro próximo, de uma sociedade independente.
jurídica do mesmo, uma vez que nos EUA a forma federalista veio expressa na Carta Constitucional, o que não
ocorrera no Brasil colonial.
Es conocida la experiencia colonial portuguesa em América em lo conciernente al problema de la
centralización.País pequeno, de reducida problación, amanezado a veces em su própria sobrevivência, Portugal
tuvo muchas dificultades em mantener y explorar el vasto mundo conquistado por la audácia de sus navegantes
[...] . La guera com los índios y la defensa de la colonia contra la amenaza de otras potencias, particularmente
Espana, Holanda y Francia, eran tareas costosas que dejaban poços recursos para invertir em la exploración de
nuevos territórios, por lo menos hasta el descubrimiento de oro a fines Del siglo XVII. [...]. Frente lãs
limitaciones, Portugal tuvo que recurrir a la iniciativa privada para defender, expandir y desarrollar la colônia
americana. La creacion de capitanias hereditárias em 1534 no tênia outro objetivo. [...] El território de la colônia,
todavia desconocido, fue dividido Del Amazonas a San Vicente em lotes rectangulares que partían de la costa
hasta la línea imaginaria de Tordesillas em el interior. A cambio de los servicios, los donatários de lãs capítanías
recíbian amplia jurisdiccíon local que iba hasta el grado de exentarlos de la inspeccíon de la Corona. Así, la
colônia fue transformada em um sistema que algunos llamaron feudal: cada capitania correspondia a um feudo,
cada donatário a um baron ligado al rey por um pacto de lealtad y cooperación. Podríamos tambíen decir que el
sistema se aproximaba al de uma federació, si de la expresión conserváramos tan solo el aspecto de autonomia
política de lãs unidades componentes Del todo.