Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS DE CURITIBA
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
E DE MATERIAIS - PPGEM
KIRKE ANDREW WRUBEL MOREIRA
ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NA
PRODUÇÃO DE PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO
CURITIBA
JULHO – 2009
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
KIRKE ANDREW WRUBEL MOREIRA
ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NA
PRODUÇÃO DE PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO
Dissertação apresentada como requisito parcial
à obtenção do título de Mestre em Engenharia,
do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Mecânica e de Materiais, Área de
Concentração em Engenharia de Materiais, do
Departamento de Pesquisa e Pós-Graduação,
do Campus de Curitiba, da UTFPR.
Orientador: Prof. Márcia Silva de Araújo, PhD
Coorientador: Prof. José Alberto Cerri, Dr.
CURITIBA
JULHO – 2009
ads:
TERMO DE APROVAÇÃO
KIRKE ANDREW WRUBEL MOREIRA
ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NA
PRODUÇÃO DE PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO
Esta Dissertação foi julgada para a obtenção do título de mestre em engenharia,
área de concentração em engenharia de materiais, e aprovada em sua forma final
pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais.
_________________________________
Prof. Giuseppe Pintaúde, DSc
Coordenador de Curso
Banca Examinadora
______________________________
Prof. Márcia Silva de Araújo, Ph.D
UTFPR
______________________________ ______________________________
Prof. José Alberto Cerri, Dr. Prof. Cezar Augusto Romano
UTFPR UTFPR
______________________________ ______________________________
Prof. Carla Cristina Amodio Estorilio, Ph.D Prof. Kleber Franke Portella, Dr.
UTFPR UFPR
Curitiba, 03 julho de 2009
iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus sobre todas as coisas e pessoas que na minha vida fizeram parte
para o meu crescimento pessoal e profissional. A Universidade Tecnológica Federal do
Paraná pelas aulas e espaço para esse trabalho.
Aos meus pais e amorosos companheiros Sebastião Agenor Moreira e Ivete Lucia
Moreira. Meu pai que nas muitas gotas do suor do seu trabalho diário estavam reservados
para melhorar as minhas condições de educão e a minha mãe que sobre sol ou chuva
forte, sempre estava com suas mãos firmes me levando para o melhor caminho, muito
obrigado! O sim desse documento também deve ser creditado à pessoa que sempre me
incentivou, acreditou, esteve no meu lado e me entendeu mesmo nos momentos ao qual lhe
faltou um pouco mais de atenção. Por isso tenho orgulho de dedicar com muito amor e
carinho esse trabalho a minha esposa amada e companheira Michelle.
Aos meus colegas do departamento acadêmico de construção civil da UTFPR, Sandro
Eduardo da Silveira Mendes, Ricardo Mello Araujo, Marcos Raeder Filho e Giberto Walter
Gogola que com presteza me cederam seus conhecimentos para o profissional pesquisador
que hoje um pouco mais eu sou. Aos meus colegas do mestrado, em especial ao Rodrigo
Kanning ao qual a troca de experiência foi útil.
A Diprotec e em especial o Engº Agnelo Serrilho Ribas pela oportunidade de atuação
profissional ao qual originou a idéia desse trabalho. A MC Bauchemie Brasil, em especial ao
Engº Shingiro Tokudome pelo conhecimento informado sempre que possível. Ao diretor do
programa de qualidade da PCI, Mr. Dean Frank, pelos documentos e informações
adicionais. Ao Tecnólogo Gilsomar Marques, pela amizade e pelo auxílio na pesquisa das
normas utilizadas nesse trabalho. Aos meus colegas de trabalho, pela paciência, amizade e
parceria, em especial ao Engº Ivan Macedo.
A minha orientadora Profª PhD, Márcia Silva de Araújo por utilizar seu conhecimento
para melhorar a minha aprendizagem e por mostrar que é possível sempre melhorar
processos com a pesquisa, seus conhecimentos me fizeram um profissional melhor! E ao
meu co-orientador ProDrº José Alberto Cerri, pelo conhecimento e pela calma que muitas
vezes se torna necessário para o desenvolvimento de bons trabalhos.
A ABCIC em especial a Engª Iria Doniak pelas informações fornecidas e as empresas
participantes dessa pesquisa: B.M, Bertucci e Reuter, Cassol, Compacta, Concretis,
Desempenho, D.M, Engemold, Indapar, Junção, L.C Costa, Multiposte e Sideral.
iv
anfang gut, alles gut (Se o começo é bom,
tudo será bom)
(Ditado alemão)
v
WRUBEL MOREIRA, Kirke Andrew, Estudo das Manifestações Patológicas na
Produção de Pré-fabricados de Concreto, 120 páginas, Dissertação (Mestrado em
Engenharia) - Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2009.
RESUMO
O uso de estruturas pré-fabricadas em concreto tem crescido nos últimos anos por
apresentar algumas vantagens no processo construtivo, tais como: rapidez de
execução da obra, versatilidade geométrica de estruturas e liberação do espaço
físico do canteiro, utilizado para armazenagem de materiais na elaboração de formas
e armaduras. O fornecimento desse material, como todo produto comercializado por
uma indústria, exige qualidade, entretanto, neste tipo de produção existem
dificuldades que são inerentes ao próprio processo de fabricação. Práticas
inadequadas podem resultar em peças produzidas com aspectos técnicos e
estéticos não ideais para estruturas de concreto, ou seja, podem apresentar
manifestações patológicas. Esse trabalho tem como objetivo verificar por meio de
um questionário, os principais problemas de produção e controle de qualidade na
fabricação de estruturas pré-fabricadas de concreto (pilares, vigas e postes) em
Curitiba e região metropolitana. Após a idealizão e a aplicação desse questionário
foi desenvolvida uma planilha de pontuação para definir a classificação das
empresas, segundo as informações obtidas sobre: o corpo técnico, as atividades
preliminares, a execução das estruturas e a qualidade dos produtos. O diagnóstico
identificou as prováveis ações inadequadas e correlacionadas às manifestações
patológicas, que aparecem nas peças recém-produzidas. Entre os problemas
observados estão: o uso de desmoldante impróprio, o aparecimento de manchas, a
formação de bolhas devido à dosagem do concreto, o surgimento de falhas
(“ninhos”) de concretagem, fissuras oriundas de cura e secagem inadequadas.
Contudo, todas as manifestações patológicas observadas apresentam uma origem
comum, qual seja: a falta de capacitação dos trabalhadores.
Palavras-chave: Pré-fabricado de Concreto, Qualidade, Patologias
vi
WRUBEL MOREIRA, Kirke Andrew, Estudo das Manifestações Patológicas na
Produção de Pré-fabricados de Concreto, 120 páginas, Dissertação (Mestrado em
Engenharia) - Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2009.
ABSTRACT
The precast concrete structures application has been growing in the last years due to
several advantages in the constructive process, such as: fastness building
construction, structure geometrical versatility, and liberation of physical space that
might be used for storage wood and steel bars to make moulds and armour steel.
The supply of this material, like any other manufactured product in industry, demands
quality. Meantime, in this type of production there are difficulties that are
characteristics inherent of the manufacture process itself. Unsuitable practices can
turn the pieces produced in structures of concrete with inadequate technical and
aesthetic aspects, in other words, they can present pathological demonstrations. The
aim of this work is, with the help of a questionnaire to check the principal problems of
production and quality control in the manufacture of precast concrete structures
(pillars, beams and poles) in Curitiba and metropolitan region. After the idealization
and application of the questionnaire a spreadsheet of punctuation was developed to
define the classification of the enterprises, according to the information obtained
about: the technical staff, the preliminary activities, the structures execution and the
quality of the products. The diagnosis identified the probable unsuitable actions
correlated to the pathological signs, which appear in the pieces recently produced.
The observed problems were: the use of de-molding unsuitable, the stains
appearance, the formation of bubbles due to deficient concrete composition, the
appearance of failure in concrete filling, cracks originating from unsuitable curing.
However, all the pathological demonstrations observed presents as common origin,
the absence of training to workers.
Keywords: Precast Concrete, Quality, Pathology
vii
SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................................... vi
ABSTRACT ............................................................................................................... vii
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................... x
LISTA DE TABELAS .................................................................................................. xi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS..................................................................... xii
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 3
2.1. Pré-fabricados .................................................................................................................... 3
2.1.1. Breve histórico do pré-fabricado ...................................................................................... 3
2.1.2. A pré-fabricação no Brasil ............................................................................................... 4
2.2. Processo de Fabricação ..................................................................................................... 5
2.2.1. Etapas de produção ........................................................................................................ 7
2.3. Formas ............................................................................................................................... 8
2.3.1. Geometria das formas ..................................................................................................... 8
2.3.2. Material para confecção de formas.................................................................................12
2.4. Insumos .............................................................................................................................13
2.4.1. Cimento .........................................................................................................................14
2.4.2. Agregado .......................................................................................................................15
2.4.3. Aditivo e adições ............................................................................................................16
2.4.4. Água ..............................................................................................................................16
2.5. Propriedade do Concreto no Estado Fresco .......................................................................17
2.5.1. Trabalhabilidade ............................................................................................................17
2.6. Propriedade das Peças Pré-Fabricadas .............................................................................20
2.6.1. Resistência mecânica à compressão .............................................................................21
2.6.2. Resistência mecânica em flexão ....................................................................................22
2.7. Manifestações Patológicas na Produção de Pré-fabricados ...............................................23
2.7.1. Medidas de prevenção e correção das manifestações patológicas .................................24
3 Metodologia ....................................................................................................... 32
3.1. Amostragem da Pesquisa ..................................................................................................32
3.2. Questionário ......................................................................................................................34
3.3. Tratamento Estatístico dos Resultados ..............................................................................35
4 Resultados e discussões ................................................................................. 37
4.1 Tipos de Classificação .......................................................................................................37
4.2 Comportamento Geral das Empresas por Item ...................................................................45
4.3 Análise dos Itens por Empresa...........................................................................................46
4.4 Análise do Item Identificação .............................................................................................48
viii
4.5 Análise do item atividades preliminares ..............................................................................50
4.6 Análise do item execução da estrutura ...............................................................................57
4.7 Análise do item qualidade ..................................................................................................62
4.8 Manifestações Patológicas Verificadas nas Empresas .......................................................64
4.8.1 Bolhas na superfície.......................................................................................................64
4.8.2 Manchas claras e manchas escuras...............................................................................68
4.8.3 Fissuras na superfície de concreto .................................................................................72
4.8.4 Quebras de peça ...........................................................................................................74
4.8.5 Falhas de concretagem ..................................................................................................80
4.8.6 Resistência Inadequada .................................................................................................82
4.8.7 Resumo das principais manifestações patológicas .........................................................82
5 CONCLUSÕES .................................................................................................. 86
5.1 Conclusões ........................................................................................................................86
5.2 Sugestões para Trabalhos Futuros ....................................................................................88
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 89
APÊNDICE A - Empresas de Pré-Fabricados no Paraná ...................................... 95
APÊNDICE B - Empresas Selecionadas para a Aplicação do Questionário .... 101
APÊNDICE C - Questionário Utilizado na Pesquisa ........................................... 103
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 – Esquema geral da indústria de p-fabricados ........................................ 6
Figura 2.2 Medida da consistência do concreto pelo Slump Test” Adaptada de
GIAMUSSO 1992 ............................................................................................... 18
Figura 2.3 Adaptada de HELENE & TERZIAN 1993 - Análise da coesão em
concretos ............................................................................................................ 19
Figura 2.4 - Adaptada de HELENE & TERZIAN 1993 - Concreto sem finos, foto à
esquerda: após desforma e, foto à direita: desmanchado após o batimento
lateral, em conseqüência da pouca coesão ....................................................... 20
Figura 2.5 Caldeira para a produção de vapor para cura térmica em peças pré-
fabricadas (Adaptado de CAMPOS, 2009) ......................................................... 30
Figura 2.6 Processo final de cura de laje pré-fabricada (Adaptado de Campos,
2009) .................................................................................................................. 31
Figura 4.1 – Conceitos de empresas pelo escore padrão ......................................... 43
Figura 4.2 – Conceitos de empresas pela média individual ...................................... 43
Figura 4.3 – Conceitos de empresas em fuão da porcentagem para atingir a
excelência .......................................................................................................... 44
Figura 4.4 – Agregados expostos a intempéries e a contaminação pelo solo ........... 52
Figura 4.5 – Agregados com risco de serem misturados ......................................... 53
Figura 4.6 – A areia preenchendo próximo ao volume total do carrinho ................... 54
Figura 4.7 – Areia acima do volume do carrinho ....................................................... 54
Figura 4.8 – Variações de aspecto da armadura (oxidação) ..................................... 55
Figura 4.9 Risco sobre o concreto: nesse caso o risco afundou e não está na cor
branca ................................................................................................................ 59
Figura 4.10 – Peça recém-concretada e exposta ao sol ........................................... 59
Figura 4.11 – Mangote vibrador tocando a forma ...................................................... 60
Figura 4.12 – Bolhas em proporções Figura 4.13 – Bolhas em excesso ............... 65
x
Figura 4.14 – Peça que utilizou cera desmoldante .................................................... 67
Figura 4.15 – Vibrador Carrapato Figura 4.16 – Mangote Vibrador ....................... 68
Figura 4.17 – Manchas claras e esbranquiçadas ...................................................... 70
Figura 4.18 – Manchas escuras distribuídas ............................................................. 70
Figura 4.19 – Manchas escuras pontuais .................................................................. 71
Figura 4.20 – Fissuras em peças pré-fabricadas ...................................................... 74
Figura 4.21 – Pulverizador do tipo costal para aplicão de desmoldante ................ 76
Figura 4.22 – Excesso de desmoldante na forma ..................................................... 76
Figura 4.23 – A quarta peça de baixo para cima apresenta lasca de concreto ......... 77
Figura 4.24 – Excesso de água no concreto ............................................................. 78
Figura 4.25 – Reaproveitamento de mistura ............................................................. 80
Figura 4.26 – Falha de concretagem no canto superior da peça .............................. 81
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1Formato de pilares, adaptado de Teixeira (1986) ................................... 9
Tabela 2.2 - Formato de vigas, adaptado de Teixeira (1986) .................................... 10
Tabela 2.3 - Formato de lajes, adaptado de Teixeira (1986) ..................................... 11
Tabela 2.4Formas utilizadas para pré-fabricados ................................................. 13
Tabela 2.5 – Desmoldantes para Pré-fabricados ...................................................... 26
Tabela 4.1 – Classificação segundo o escore padrão por item ................................. 38
Tabela 4.2 – Classificação em função das médias individuais .................................. 39
Tabela 4.3 – Nova classificação das empresas ........................................................ 41
Tabela 4.4 Comparativo entre média, mediana, desvio padrão e coeficiente de
variação .............................................................................................................. 45
Tabela 4.5 – Comparativo para valores individuais das empresas ........................... 46
Tabela 4.6 – Identificação do corpo técnico das empresas ....................................... 48
Tabela 4.7 – Atividades preliminares ........................................................................ 51
Tabela 4.8 – Execução de estruturas ........................................................................ 58
Tabela 4.9 – Qualidade das peças produzidas ......................................................... 62
Tabela 4.10 – Frequência de bolhas ......................................................................... 65
Tabela 4.11 – Manchas na superfície de concreto .................................................... 69
Tabela 4.12 – Fissuras nas peças de concreto ......................................................... 72
Tabela 4.13 – Quebras na superfície de concreto ..................................................... 75
Tabela 4.14 – Ninhos de concretagem ...................................................................... 81
Tabela 4.15 Relação entre atividades e manifestações patológicas em pré-
fabricados ........................................................................................................... 83
Tabela 4.16 Recomendações de prevenção das manifestações patológicas em
pré-fabricados .................................................................................................... 84
xii
Tabela 4.16 Recomendações de prevenção das manifestações patológicas em
pré-fabricados. ................................................................................................... 85
xiii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABCIC - Associão Brasileira das Construções Industrializadas de Concreto
ABCP - Associação Brasileira do Cimento Portland
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
BNH - Banco Nacional de Habitação
COMEC - Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba
CP II - Cimento Portland Composto
CP III - Cimento Portland de Alto Forno
CP IV - Cimento Portland Pozolânico
CP V ARI - Cimento Portland de Alta Resistência Inicial
CP V ARI RS - Cimento Portland de Alta Resisncia Inicial Resistente a Sulfatos
EDITEL - Listas Telefônicas do Estado do Paraná
ET - Estudo Técnico
FIEP - Federação das Industriais do Estado do Paraná
INT - Instituto Nacional de Tecnologia
IPT EPUSP - Instituto de Pesquisas Técnológicas da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo
NBR - Norma Brasileira
NM - Norma Mercosul
PCI - Precast Concrete Institute (Instituto do Concreto Pré-fabricado)
RMC - Região Metropolitana de Curitiba
Capítulo 1 Introdução 1
1 INTRODUÇÃO
Na construção civil, em alguns empreendimentos, a rapidez na construção e o
emprego de novas tecnologias são exigências de mercado, o que o torna mais
competitivo. Reduzir os custos e os prazos de execução, aumentar as margens de
lucro, além de produzir peças com qualidade e bom acabamento são atualmente as
principais habilitações para que as empresas possam competir e sobreviver no
mercado. Para atender esses requisitos surgiram, em um curto período de tempo, as
indústrias de pré-fabricados de concreto. Entretanto, como todo tipo de produção, as
peças pré-fabricadas tamm devem ser produzidas com qualidade, isenta de
qualquer manifestação patológica que possa influenciar na durabilidade e estética da
peça de concreto. A falta de qualidade das peças pré-fabricadas de concreto como a
presença de bolhas, manchas claras e escuras, fissuras, quebras, etc é comum
nessas indústrias de Curitiba e da região metropolitana, e ainda: essas empresas
apresentam dificuldades para identificar e prevenir essas manifestações patológicas
de produção, por o possuírem referências e experiências próprias ou de outras
empresas do setor, o que torna dicil a correção e precaução antecipada dos
problemas de produção. Ainda pode se considerar que um elemento de concreto
armado, que seja inadequadamente preparado poderá num futuro apresentar
manifestações patológicas estruturais, podendo comprometer a sua durabilidade e a
segurança de quem utiliza essa estrutura.
Os pesquisadores MEKBEKIAN e AGOPYAN (1997) iniciaram pesquisas de
adaptação de sistemas de qualidade como a ISO 9000 para a indústria de pré-
fabricação. FILLIPI (2006) desenvolveu pesquisa utilizando o selo de qualidade
ABCIC, relatando que procedimentos e cuidados na produção de pré-fabricados
tornam as estruturas mais duráveis e resistentes.
FORTE e PADARATZ (2004), fizeram um estudo sobre as manifestações
patológicas em estruturas pré-fabricadas de concreto na região de Florianópolis,
identificando problemas estruturais pré e pós-produção. JOUKOSKI, PORTELLA,
GARCIA e demais colaboradores (2002) desenvolveram um estudo de identificação
das principais falhas de produção em indústrias de postes p-fabricados do Paraná.
Esse estudo apontou que manifestações patológicas como bolhas, quebras e falta
Capítulo 1 Introdução 2
de resisncia estão relacionadas com a falta de conhecimento técnico e o uso de
normas técnicas por parte das empresas fabricantes desses produtos.
O objetivo do presente trabalho foi levantar os tipos de falhas no processo de
produção de estruturas de concreto pré-fabricadas, mais especificamente em vigas,
pilares e postes, das empresas na Região Metropolitana de Curitiba, por meio de
aplicação de um questionário. A aplicação do questionário foi realizada em toda a
linha de processo das peças pré-fabricadas: identificação pessoal e técnica da
empresa, qualificação das matérias-primas, recebimento e armazenamento dos
materiais, dosagem e mistura do concreto, preparo e montagem das armaduras e
peças complementares, preparação e fechamento de formas, lançamento e
adensamento do concreto, cura do concreto, desmoldagem de peças e qualificação
da produção. Esse questionário utilizou como base as recomendações da norma
NBR 9062/2006 (e tamm as normas complementares) e documentos para
obtenção do selo ABCIC. Posteriormente foi realizada uma análise de todas as
respostas com o objetivo de identificar as falhas durante o processo. Pretendeu-se
assim desenvolver um método de qualificação das empresas em relão aos seus
pares.
Também se pretendeu a partir do questionário e das visitas cnicas, montar
um texto simples e ilustrativo de boas práticas para a produção de peças pré-
fabricadas estrutural.
Capítulo 2 Revisão da Literatura 3
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Pré-fabricados
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR
9062/2006, entende-se como pré-moldado o elemento moldado previamente, fora do
local de utilização definitiva da estrutura e em instalações temporárias (Canteiros de
obras temporários); é definido como pré-fabricado todo elemento moldado, fora do
local de utilização, porém industrialmente e em instalações permanentes de empresa
destinada para esse fim.
2.1.1. Breve histórico do pré-fabricado
“O final do século XIX e início do século XX foram marcados pelo grande
incremento do emprego do concreto armado na Constrão Civil. Desde, então, até
o final da Segunda Guerra Mundial (1945), o desenvolvimento do pré-fabricado
acompanhou o desenvolvimento do concreto armado e protendido”, segundo EL
DEBS (2000).
Após o final da Segunda Guerra Mundial, a construção p-fabricada de
concreto, por sua vez, acabou consolidando-se como a forma mais viável e mais
difundida para se promover a industrialização da construção, devido à escassez de
mão de obra e a necessidade de reconstrução rápida em grande escala. A opção
pelo "grande painel" pré-fabricado de concreto, como resposta técnica e econômica
às necessidades de reconstrução da Europa, após a Segunda Guerra Mundial,
converteu esta tecnologia num logotipo deste período. (EL DEBS, 2002).
Existem lacunas na história, principalmente no Brasil, no qual a tecnologia da
pré-fabricação ficou estagnada:
elementos pré-fabricados desde a mais antiga época - pirâmides do Egito;
1848 – Lambot (França) – Construção de um barco com argamassa de
cimento reforçada com ferro;
1891 Construtora Coignet - Vigas para suporte de cargas do Casino Biarritz
de Paris;
Capítulo 2 Revisão da Literatura 4
1907 – Método “Tilt-up” - Paredes moldadas na horizontal;
1945 após a 2º Guerra Mundial, principalmente na Europa, que comou
verdadeiramente a história da pré–fabricação como manifestação mais
significativa da industrialização na construção”;
1950-1970 A utilizão intensiva do pré-fabricado em concreto deu-se em
função da necessidade de se construir em grande escala;
1970-1980 – Acidentes com painéis p-fabricados marcaram esta época.
Edifício Ronam Point na Inglaterra ruiu após explosão de botijão de gás
(Castelo de Cartas);
Após 1980 – Demolição de conjuntos habitacionais e deterioração funcional.
2.1.2. A pré-fabricação no Brasil
O p-fabricado no Brasil foi influenciado pelo avanço ocorrido na Europa e nos
Estados Unidos, após a Segunda Guerra Mundial, nas décadas 50 e 60, o uso de
estruturas pré-moldadas de concreto datam do final dos anos 50, quando empresas
como a Sobraf e a Protendit iniciaram suas atividades.
Para VASCONCELOS (2002), “a primeira notícia que se tem de uma obra
grande com utilização de elementos pré-moldados no Brasil, refere-se à execução
do hipódromo da Gávea, no Rio de Janeiro. Christiani-Nielsen, firma construtora
dinamarquesa com sucursal no Brasil, executou em 1926 a obra completa do
hipódromo, com diversas aplicações de elementos pré-moldados. Dentre eles,
podem-se citar as estacas nas fundações e as cercas no perímetro da área
reservada ao hipódromo”.
Pode-se resumir o histórico da pré-fabricação no Brasil, da seguinte maneira:
1925 - Pré-moldagem em canteiro de estacas para a Fundação do Jockey
Club Rio de Janeiro;
1956 - Uso da pré-tensão em placas de 12 mm de espessura pelo sistema
Hoyer; logo após surgiram as primeiras pistas de protensão: 120 m para poste
(empresa Maringoni); 100 m para estacas (Paulo Lorena); 80 m para
estruturas (Protendit);
1961 - Utilizão de pré-fabricados em obras pública Construtora Marna
(Paraná);
Capítulo 2 Revisão da Literatura 5
1966 - Criação do BNH - uso de mão de obra para geração de emprego;
desestimula a construção pré-fabricada;
1970 a 1980 - Houve pouco desenvolvimento;
1980 a 1990 - Foram feitas obras blicas e fundações;
1990 - Retomada do uso do pré-fabricado.
Segundo CAMPOS (2006), “o Brasil dispõe hoje de um parque produtor de
pré-fabricados, cuja experiência e a capacitação técnica permitem o
desenvolvimento de produtos extremamente adequados a estas demandas. A falta
de disseminação do uso de sistemas pré-fabricados abertos, baseados na utilização
de componentes pré-fabricados com um alto valor agregado, é hoje mais uma
questão cultural do que o fruto de uma limitação tecnológica”.
Para CAMPOS (2006), “a industrializão progressiva do pré-fabricado no
Brasil, vem vivenciando uma série de transformação, visando atender as exigências
do mercado atual, promovendo qualificação no processo construtivo. Atendendo a
demanda de projetos com racionalidade, estética, eficácia e otimizando desta forma,
a pré-fabricação no país”.
2.2. Processo de Fabricação
A finalidade de fábricas de peças pré-fabricadas é produzir elementos com
qualidade controlada, com intervalo de confiança p-estabelecido, cumprindo com
as prescrições e normas existentes quando se tratar de peças em rie, ou então,
segundo as especificações do cliente, quando se tratar de peças especiais
fabricadas sob encomenda (TEIXEIRA, 1986).
para EL DEBS (2000), pré-fabricado é aquele executado em instalações
permanentes distantes da obra. A capacidade de produção da fábrica e a
produtividade do processo, que dependem principalmente dos investimentos em
formas e equipamentos, podem ser pequenas ou grandes. Nesse caso, deve-se
considerar a questão do transporte da fábrica até a obra, tanto no que se refere ao
custo dessa atividade como no que diz respeito à obediência aos gabaritos de
transporte e as facilidades de transporte.
Capítulo 2 Revisão da Literatura 6
Ainda, para EL DEBS (2000), os custos totais de fabricação devem possibilitar
a concorrência dos elementos pré-fabricados no mercado. Em termos de
disposições gerais, uma fábrica de pré-moldados deve ter a seguinte divisão:
armazéns para agregados.
armazéns ou silos para os aglomerantes.
centrais de concreto.
área para moldagem do concreto.
área de cura das peças produzidas.
dependências auxiliares.
oficinas.
A Figura 2.1 apresenta um esquema geral de produção das peças pré-fabricadas.
Figura 2.1 – Esquema geral da indústria de pré-fabricados
Capítulo 2 Revisão da Literatura 7
2.2.1. Etapas de produção
A fabricação de peças pré-moldadas segue um esquema de produção que
pode ser de três tipos: em linha, em linhas paralelas e em estrela. A diferença está
somente na disposição das matérias-primas e em como cada etapa do processo
está disposta ao longo do percurso de produção (TEIXEIRA, 1986):
fábrica em linha: o sistema de produção coma no local de armazenagem
dos agregados. A quantidade necessária de material é retirada e transportada
até o local onde o concreto é preparado. Ao longo do trajeto, o cimento
armazenado em um silo é dosado por meio de balança. Todos os insumos
o transportados até o misturador, normalmente em pequenos volumes, para
a preparação do concreto, sendo a água adicionada nesta etapa. O transporte
do concreto é feito geralmente com carrinhos de mão até o local de aplicação.
Esse processo é utilizado em empresas de pré-fabricados de pequeno a
médio porte, nos quais, quase todos os materiais são medidos em volume.
fábrica em linhas paralelas: apresenta uma única diferença em relação à
fábrica em linha, qual seja: a armazenagem dos materiais é feita próxima à
usina e em paralelo. Esse processo é o mais utilizado sendo utilizado em
empresas de pré-fabricados de médio porte, que são a maioria. O transporte
dos materiais é feito muitas vezes com pás mecânicas ou a mesmo em
equipamentos que controlam os volumes.
fábrica em estrela: existe uma central eletrônica dosadora para a preparação
do concreto e todo o estoque fica em torno da central. É utilizada em grandes
empresas de pré-fabricados e todo o material é medido em massa. Os
materiais o transportados por correias, caçambas mecanizadas ou
elevadores de carga. Produzido o concreto, o mesmo é transportado por
gruas ou outros elementos mecânicos, até as formas nas quais as peças
serão moldadas.
Após um período entre 12 às 24 horas, a peça entra na etapa de cura do
concreto que pode ser natural (ao ar livre), por aspersão de água, em ambiente
úmido, com imersão das peças em água, em vapor, termoelétrica, entre outros. Após
a cura as peças vão para estoque ou até mesmo para a obra caso haja necessidade
de montagem imediata da estrutura.
Capítulo 2 Revisão da Literatura 8
2.3. Formas
São peças de formatos variados, utilizadas para a moldagem da peça de
concreto desejada. Conforme a necessidade de produção de peças pré-fabricadas,
o melhor formato e material para as formas devem ser escolhidos de maneira a
garantir fácil manejo, e maior rendimento. o o formato e o tipo de material da
forma que influenciam na qualidade final da peça pré-fabricada, por isso é preciso
ficar atento a cada detalhe (EL DEBS, 2000).
Para TEIXEIRA (1986) as formas devem cumprir as seguintes especificações:
permitir precisão de formas e dimensões, para que a peça tenha uma
dimensão média uniforme com o menor desvio padrão possível;
facilidade de preparo e facilidade de montagem de moldes por partes: deve
ser uma forma fácil de montar para receber o concreto e ao mesmo tempo
possua facilidade de desmontagem para a remoção do concreto. Esse fator é
importante, pois pode comprometer a qualidade da peça de concreto;
resistência mecânica para suportar o peso do concreto bem como a pressão
extra das etapas de vibração;
não reagir e absorver em grandes quantidades as películas desmoldantes e
que também não devem reagir com os compostos do concreto no estado
fresco;
oferecer vedação, pois as formas necessariamente devem ser impermeáveis
e possuir o mínimo de juntas posveis para que se tornem estanqueis.
2.3.1. Geometria das formas
Basicamente, a linha de produção de elementos estruturais pré-fabricados é
formada por cinco grupos: pilar, viga, laje de piso, painel de vedação e viga-telha. E
dentro de cada linha de produção existem diferentes dimensões e formatos de cada
grupo, a escolha depende do tipo e tamanho da obra que se quer produzir
(TEIXEIRA, 1986)
Os pilares pré-fabricados de concreto são produzidos em seções quadradas,
retangulares ou octogonais e podem ser maciços ou possuir um furo central para o
Capítulo 2 Revisão da Literatura 9
escoamento da água pluvial oriunda da cobertura do sistema montado. As
dimensões podem variar desde (20x20) cm até (70x70) cm ou (70x120) cm.
Dificilmente se encontra formato em outras dimensões, a menos que haja uma
necessidade específica em um determinado projeto. A Tabela 2.1, adaptada de
TEIXEIRA (1986), apresenta algumas formas para pilares.
Os pilares possuem em uma das extremidades, consoles para encaixe da viga.
As vigas pré-fabricadas por ser um elementos de ligação de diversos elementos da
estrutura montada e por absorverem esforços de lajes e pilares possuem um grande
número de geometrias e, por isso, as formas também devem ser adaptadas a esses
formatos.
Tabela 2.1Formato de pilares, adaptado de Teixeira (1986)
Pilar
Secção da
forma
Peça
produzida
Pilar
Secção da
forma
Peça
produzida
Quadrado
Cheio
Quadrado
Retangular
Cheio
Retângulo
Quadrado
Vazado
Quadrado
Retangular
Vazado
Retângulo
Octogonal
Quadrado
chanfrado
As vigas podem ser executadas em concreto armado ou protendido. Elas
cumprem na estrutura funções de suporte da laje de piso, viga-telha, laje de forro,
elementos de cobertura, etc. A viga funciona tamm como elemento de travamento
de painéis e como coletora de águas pluviais.
Existem algumas formas pades de vigas, porém seu uso depende mais do
projeto a ser executado. Para TEIXEIRA (1986) em pesquisa para a Associação
Capítulo 2 Revisão da Literatura 10
Brasileira de Construção Industrializada de Concreto (ABCIC), existem diversas
geometrias diferentes, podendo ser mais que 15 tipos. As secções mais utilizadas
segundo TEIXEIRA (1986) eso apresentadas na Tabela 2.2.
Tabela 2.2 - Formato de vigas, adaptado de Teixeira (1986)
Viga
Secção da
forma
Peça
produzida
Viga
Secção da
forma
Peça
produzida
Retangular
Retângulo
T Invertida
Retângulo com L
nas duas laterais
Calha U
Retângulo com
U vazado na
parte superior
L
L convencional
I
Retângulo com
C vazado nas
duas laterais
Calha J
J invertido
Calha I
Retângulo com
C vazado nas
duas laterais e
no lado
superior
Chata U
Retângulo com U
chato vazado na
parte superior
T
Retângulo com
L invertido nas
duas laterais
Octogonal
Vazada
Quadrado vazado
interiormente
com chanfro na
extremidade
Capítulo 2 Revisão da Literatura 11
As medidas das secções transversais das pas podem variar de 0,20 m até
0,70 m de base e de 0,30 m até 2,20 m de altura, variando tamm conforme as
necessidades do projeto.
As lajes pré-fabricadas, que têm como principal característica de execução a
protensão (estiramento de cabos de aço) na sua fabricação, tamm apresentam
menor incidência de fissuras ou quebras das peças durante o processo de
transporte (NÓBREGA, 2004).
As lajes são produzidas por máquinas de extrusão que se deslocam ao longo
da pista de protensão. Como têm comprimento igual ao das pistas, elas serão
cortadas por discos diamantados no tamanho específico do projeto. A largura é de
1,00 m e a altura de 0,10 m; 0,15 m; 0,20 m ou 0,25 m.
As lajes tipo T e T duplo podem variar a largura de 1 m até 2,50 m, as demais
dimensões continuam as mesmas. As geometrias das formas de lajes podem ser
vistas na Tabela 2.3 conforme TEIXEIRA (1986).
Tabela 2.3 - Formato de lajes, adaptado de Teixeira (1986)
Laje Seção da forma Peça produzida
Piso Duplo T
Retângulo com
prolongamento de dois I
Piso T
Retângulo com
prolongamento de um I
Piso U Invertido
Retângulo com um I em cada
extremidade
Piso Vazado
Processo por máquinas
extrusoras
Piso Múltiplo T
Retângulo com prologamento
de I
Capítulo 2 Revisão da Literatura 12
2.3.2. Material para confecção de formas
As formas devem ser confeccionadas com materiais que apresentem
durabilidade, pouca deformação e sejam impermveis para que a qualidade final
da peça produzida não seja comprometida. Para atender a essas necessidades,
basicamente, as formas são produzidas com dois tipos de materiais, são eles
(MELO, 2004):
a) aço: são chapas perfiladas de aço fundido (por ser um material rígido). As
principais vantagens de se utilizar esse tipo de material como forma são: a alta
resistência à tração
do aço, ao impacto e à deformação, permitindo que a forma
possa ser utilizada diversas vezes. O aço deve ser tratado para resistir a produtos
corrosivos, que além do concreto ser um material alcalino, produtos químicos
adicionados ao concreto e as pelíc
ulas desmoldantes podem atacar o aço sem
tratamento. A principal desvantagem do uso desse material para formas é o custo,
por isso a geometria de peças mais complexas é um dos motivos mais importante
para a confeão de formas de aço.
b) madeira: é recomendada quando o processo de fabricação de peças o se dá
muitas vezes, ou seja, a forma é pouco utilizada. É um material mais barato que o
aço, e ainda existe a cultura de se utilizá-lo em outros locais da construção civil.
Porém, a única vantagem para a utilização desse material na indústria de pré-
moldado em forma é o econômico. Visto que as formas de madeiras são menos
resistentes aos esforços e, por isso,
devem ser mais ancoradas e travadas, além
de, tamm, serem materiais absorventes, e exigirem tratamento para diminuir a
capacidade de absorção e aumentar a resistência ao ataque químico corrosivo, e
assim evitar o desperdício.
LOTURCO (2005) tamm faz um comparativo entre esses quatro tipos de
formas, e, considera as mais utilizadas em pré-fabricados, como podem ser vistos
na Tabela 2.4.
Os materiais mais usados para a confecção de formas são a madeira e o
metal. Às vezes, em menor escala, são utilizados outros materiais alternativos, que
não o frequentemente usados ou por causa do custo, ou por dificuldade de
fabricação, como, por exemplo, os materiais compósitos a base de resina
Capítulo 2 Revisão da Literatura 13
polimérica, geralmente poliéster, e fibras de vidros. EL DEBS (2000) ainda cita
formas de plástico e de concreto, mas com aplicação tímida nas indústrias de pré-
fabricado.
Tabela 2.4 – Formas utilizadas para pré-fabricados
Forma Vantagens Desvantagens
Metálica
Precisão geométrica.
Não geram resíduos.
Maior número de reutilizações.
Redução da mão de obra.
Estanqueidade.
Exigem mais cuidados no
manuseio.
Projeto mais detalhado.
Pouca flexibilidade.
Madeira
Reaproveitamento em outras
peças.
Maior adaptabilidade.
Grande flexibilidade de uso.
Menor custo (matéria-prima).
Maior geração de resíduos.
Menor reutilização.
Plástico
Precisão geométrica.
Não geram resíduos.
Redução de mão de obra.
Estanqueidade.
Melhor acabamento das peças.
Inflamável.
Baixa resistência à abrasão
constante.
Pouca flexibilidade.
Resina poliéster com
fibra de vidro
Precisão geométrica.
Redução de mão de obra.
Estanqueidade.
Melhor acabamento das peças.
Custo elevado.
Manutenção elevada.
Pouca flexibilidade.
2.4. Insumos
É de fundamental importância conhecer os materiais que constituem o
concreto utilizado em estruturas pré-fabricadas, pois estes influenciam a
dosagem
do concreto, a durabilidade da estrutura, e a qualidade do concreto produzido.
Conforme SOBRAL (1985), em estudo técnico da Associação Brasileira de
Cimento Portland (ABCP ET-43), a deterioração do concreto depende da escolha
das matérias-primas e o controle antes da produção do concreto, pois materiais
inadequados poderão influenciar a durabilidade da estrutura.
Como a peça produzida deve apresentar resistência inicial e durabilidade ao
intemperismo, a escolha do material deve meticulosamente estar dentro de padrões
de fornecimento observadas na norma ISO 9000/2000 e em alguns programas de
qualidade, como o selo ABCIC.
Capítulo 2 Revisão da Literatura 14
2.4.1. Cimento
O cimento é o mais importante elemento na composição de concretos, pois
deve ser dosado corretamente para evitar problemas de retração e falta de
resistência, conforme GIAMMUSSO (1992). Na produção de concreto, sua maior
contribuição é na resistência à compressão se comparado aos agregados. O
cimento de preferência é o CP V ARI ou CP V ARI-RS, sendo este último o mais
utilizado quando a peça pré-moldada é destinada a montagem de indústrias e
fábricas. O cimento ARI e o ARI-RS são mais finos em relação aos outros cimentos,
o que auxilia no desenvolvimento de resistências mais elevadas. Tal ajuda tem seu
preço. Devido à forte reação química e liberação de energia produzida nas reações
químicas, o controle da cura do concreto com esse tipo de cimento deve ser
eficiente, caso contrário, surgem patologias como fissuras, trincas e perda de
resistência. A NBR 9062/2006 recomenda a consulta à NBR 6118/2007 para o
preparo e aplicação do concreto para pré-fabricado.
Para TERZIAN (2005), os tipos de cimento mais indicados para pré-fabricados
são o CPV-ARI e o CP-II, de classe 40, pois proporcionam elevadas resistências
iniciais. O CP III apresenta restrições de uso em sistemas pré-fabricados de
concreto protendido, quanto à aderência direta e na sua aplicação em calda de
injeção, pois esse cimento possui compostos que poderão provocar o rompimento
dos cabos sob tensão.
É recomendada a utilização de cimento Portland pozolânico CP-IV em casos
nos quais o pré-fabricado seja exposto à ambiente sujeito ao ataque químico do
concreto, pois esse tipo de cimento tem como característica a melhora da
resistência ao intemperismo e ao ataque da estrutura de concreto. Existem
discussões em relação à utilização do CP-IV em pré-fabricados, pois esse tipo de
cimento não facilita a desmoldagem de peças em poucas horas, e, muitas vezes, é
necessário aumentar o consumo desse aglomerante. MARQUES, PEIXOTO e
REGADO (2006), em testes de laboratório de estruturas pré-fabricadas,
demonstraram que é possível a utilização de CP-IV, desde que se utilizem aditivos
e cura térmica.
Capítulo 2 Revisão da Literatura 15
2.4.2. Agregado
Esse material é caracterizado quanto à distribuição granulométrica, à massa
específica e à massa unitária. A areia pode ser natural (extraída de cavas) ou
artificial (pó de pedra), ou ainda podem ser usadas as duas em conjunto. No caso
da areia natural, esta deve ser lavada para que as impurezas não venham a reagir
ou comprometer o concreto, enquanto, a areia artificial deve conter pouca
quantidade de material pulverulento. As impurezas desses dois tipos de areia
podem, por exemplo, aumentar o consumo de água, o que favorece a perda de
resistência à compressão e aumenta a permeabilidade do concreto (TERZIAN,
2005).
Em pré-fabricados são utilizados três tipos de britas: a brita 0, a brita 1 e a
brita 2. Na maioria das vezes, a brita 1 é predominante e é utilizada sozinha. Isso se
explica por esta brita passar entre a armadura em quase todos os casos. Quando
se utiliza a brita 0 ou a brita 2, elas são associadas à brita 1, pois a brita 0 necessita
de uma grande quantidade para preencher o volume da forma, além de aumentar o
consumo de água; e a segunda (brita 2) tem a vantagem de preencher melhor o
volume da forma, mas a desvantagem de deixar espaços vazios. De preferência
recomenda-se a utilização de britas com formato bico em vez de lamelar, pois
apresenta maior trabalhabilidade, que as de formato lamelar travam facilmente
(HELENE, 1993).
Segundo TERZIAN (2005) com a diversidade de tipos de agregados no Brasil,
é difícil uma padronização para a utilizão em pré-fabricados
, porém existem
regras que podem ser úteis no momento da escolha do material, sendo elas:
devem ser evitados os agregados lamelares, os alongados ou os que
possuam muito aderido à superfície. Esses agregados proporcionam
aumento no consumo de água da mistura;
especial atenção deve ser dada ao recebimento dos agregados nas
indústrias de pré-fabricados, que devem ter um controle rigoroso, efetivo e
permanente. A variabilidade na distribuição granulométrica, a forma e o teor
Capítulo 2 Revisão da Literatura 16
do pó interferem significativamente na resistência do concreto.
2.4.3. Aditivo e adições
Aditivos são produtos químicos líquidos ou em pó, que adi
cionados em
pequenas quantidades sobre a massa de cimento no momento da produção do
concreto, modificam algumas de suas propriedades no estado fresco e endurecido.
as adições são materiais em forma de que são adicionados na produção de
cimento ou a mesmo no momento da preparação do concreto, em grandes
quantidades, e participam das reações de hidratação do cimento (GIAMMUSSO,
1992).
Os aditivos são materiais que possuem interação física ou química com o
concreto, dependendo da especificação do concreto que se quer produzir. Para pré-
fabricado, é utilizado preferencialmente um superplastificante normal ou de terceira
geração (policarboxilatos) por reduzirem a quantidade de água. Como
consequência da escolha desse produto, o aditivo não poderá retardar o início de
pega para que não haja a perda de resisncia mecânica nas primeiras idades.
Algumas empresas de pré-fabricação utilizam aceleradores juntamente com os
superplastificantes. Entretanto, se a peça não receber uma cura adequada surgirão
patologias como fissuras e trincas, devido à reação acelerada dos compostos do
cimento, que gera energia acima da quantidade de hidratação esperada do cimento,
além do possível aparecimento de manchas na peça (HELENE, 1992).
A escolha recai de preferência sobre o cimento com adição, pois este garante
maior durabilidade. As adições mais utilizadas o pozolanas que diminuem
possíveis reações do agregado com o aglomerante, além de aumentar a
impermeabilidade do concreto no estado endurecido.
2.4.4. Água
Como o cimento, a água é um dos compostos mais importante do concreto.
Ela influencia na durabilidade, podendo variar a resistência à compressão,
aumentar a capilaridade e como consequência a permeabilidade, além de que, se
for imprópria, pode provocar reações indesejáveis no concreto, como falso icio de
Capítulo 2 Revisão da Literatura 17
pega ou o seu retardo. Quanto maior o consumo desse material, mais chances das
patologias ocorrerem. Porém, se ao contrário, a quantidade de água for insuficiente,
a trabalhabilidade do concreto fica comprometida, por isso o uso de aditivos
superplastificantes (GIAMMUSSO, 1992).
2.5. Propriedade do Concreto no Estado Fresco
As características do concreto no estado fresco determinam o seu
comportamento na etapa de fabricação e qualidade do p-fabricado produzido.
2.5.1. Trabalhabilidade
É a característica do concreto no estado fresco que determina a facilidade
com que ele pode ser misturado, transportado e adensado.
Um concreto que seja dicil de ser lançado e adensado não só aumenta o
custo de manipulação como também apresenta resistência mecânica, durabilidade
e aparência inadequadas.
A característica fundamental para que um concreto seja bem adensado é a
trabalhabilidade, isto é, a adequação da sua consistência ao processo utilizado para
o lançamento e adensamento.
Um concreto pode ser seco, plástico ou fluido de acordo com o sistema de
adensamento, quais sejam: rolagem, prensagem, centrifugação, vibração,
adensamento manual ou auto-adensamento.
As características do concreto fresco relacionadas com a trabalhabilidade
são:
a) consistência (GIAMMUSSO, 1992)
Depende principalmente da quantidade de água na mistura. Aumentando a
quantidade de água, a mistura fresca torna-se mais plástica e trabalhável. A
necessidade, ou demanda, de água é função da superfície específica das partículas
dos materiais sólidos, ou seja, do cimento e dos agregados e, ainda, da
consistência desejada. Em geral, a superfície específica das parculas do agregado
graúdo é menor do que o do
agregado miúdo, assim, a demanda de água para uma
Capítulo 2 Revisão da Literatura 18
mesma consistência é menor para o graúdo. As areias muito finas e o alto teor de
cimento são os fatores que levam ao aumento da demanda de água.
A consistência pode ser medida por diversos métodos, mas o mais usado é o
do “abatimento do tronco de cone”, slump test”, (NM67, 1998) demonstrado na
Figura 2.2.
Figura 2.2Medida da consistência do concreto pelo “Slump Test” Adaptada de
GIAMUSSO 1992
As considerações gerais que orientam as decisões relativas à trabalhabilidade
dos concretos frescos são as seguintes (HELENE, 1992):
a fluidez do concreto o deve ser superior à necessária para o transporte,
lançamento e adensamento do concreto;
a quantidade de água para uma dada consistência depende basicamente
das características do agregado, apesar de que sempre é possível aumentar
a coesão e a facilidade de manuseio pelo aumento da relação
areia/ brita em
lugar do aumento das partículas finas da areia.
Para concretos que requeiram elevada fluidez, o uso de aditivos redutores de
água e retardadores de pega deve ser preferível à adição de mais água, no canteiro
de obra. Essa água extra, que não foi considerada na dosagem tem sido
frequentemente, responsável por falhas de desempenho do concreto.
Capítulo 2 Revisão da Literatura 19
b) coesão (GIAMMUSSO, 1992)
A coesão é a propriedade que mantém os concretos misturados, isto é, seus
componenteso se separam. Na prática, avalia-se a coesão do concreto pelo
aspecto da mistura, conforme relacionado na sequência:
os agregados não tendem a se mostrar limpos ou “lavadosas desforma
do cone, conforme Figura 2.3 à esquerda;
as bordas da mistura se mostram convexas, como gotas de líquido que não
espalham sobre uma superfície;
não se nota nenhuma tendência de separação de água ou pasta depois do
batimento na lateral do cone de cimento, principalmente nas bordas da
mistura, conforme mostrada na Figura 2.3 à direita.
Figura 2.3 – Adaptada de HELENE & TERZIAN 1993 - Análise da coesão em
concretos
Os fatores que influenciam a coesão são:
teor de finos: quanto maior a quantidade de material lido fino, ou seja, o
cimento e agregado passante na peneira com abertura de 0,3 mm, maior a
coesão dos componentes da mistura. Caso contrário, o concreto não
consegue aglutinação e o fechamento dos espaços vazios, portanto, não
coesão, conforme Figura 2.4.
Capítulo 2 Revisão da Literatura 20
Figura 2.4 - Adaptada de HELENE & TERZIAN 1993 - Concreto sem finos, foto à
esquerda: após desforma e, foto à direita: desmanchado após o batimento lateral,
em conseqüência da pouca coesão
ar incorporado: o ar incorporado tem um comportamento semelhante ao dos
agregados finos, tendo, portanto, um efeito negativo notável sobre a coesão
do concreto.
proporção de água: quando o concreto, devido à falta de finos, não consegue
reter a água, esta sobe, acumulando-se na sua superfície livre do concreto
ainda fresco. A este fenômeno é denominado exsudação. Se esta água
evaporar rapidamente o concreto sofre uma retração com fissuração intensa.
2.6. Propriedade das Peças Pré-Fabricadas
Os elementos pré-fabricados também devem levar em consideração alguns
fatores para que seja alcançada a durabilidade e a resistência da peça projetada.
Tanto para TEIXEIRA (1986) quanto TERZIAN (2005), o concreto para a
utilização em pré-fabricados deve seguir os pré-requisitos, tais como:
preparão fácil e com mão de obra especializada, a fim de ser produzido
com a qualidade exigida na indústria;
não devem conter materiais que produzam reações com as formas ou que
prejudiquem o processo;
a
sua mistura não pode ser manual, a utilização de betoneira de metragem
cúbica elevada ou misturador planetário é a mais adequada;
Capítulo 2 Revisão da Literatura 21
deve ser laado de forma uniforme atendendo a norma NBR 6118/2007;
depois do lançamento, o concreto deve ser adensado por vibração,
centrifugação ou prensagem, é permitida a adoção de mais de um destes
métodos concomitantemente, desde que seja respeitado o tempo de
adensamento;
deve apresentar resistência à compressão inicial elevada para desmol
dagem
e saque da peça em 24 horas;
a cura do concreto deve ser conduzida assim que ocorrer a migração
(exsudação) da água para a superfície, com produtos químicos ou a
tradicional cura à vapor;
2.6.1. Resistência menica à compressão
Para HELENE (1992), a resistência à compressão é a medida da tensão
máxima necessária para romper (esmagar ou fraturar) o material. O concreto resiste
muito bem a esforços de compressão, sendo tal resistência especificada pelo
projetista estrutural. A resistência e a durabilidade estão intimamente associadas
constituindo-se nas qualidades mais desejadas de um concreto.
Em estruturas pré-fabricadas são de interesse tamm as resistências iniciais,
porém como citado, as peças devem possuir uma desforma pida, e por isso, a
necessidade da peça apresentar uma resistência elevada nas primeiras idades (EL
DEBS, 2000).
A resistência de estruturas pré-fabricadas depende basicamente de três
variáveis (EL DEBS, 2000):
escolha do material: conforme tamm já citado anteriormente, as
características do cimento, dos agregados, da água, dos aditivos e das
adições estão intimamente ligados ao desenvolvimento de grandes
resistências nas primeiras idades do concreto. A dosagem das
matérias-primas também deve visar à durabilidade e à resistência. Existem
inúmeros métodos de dosagem como, por exemplo, o ABCP, IPT-
EPUSP,
INT, etc. Cabe aos especialistas em concreto a escolha do método;
aplicação do concreto: o treinamento da mão de obra
pode garantir uma
ótima aplicação do concreto pré-fabricado, evitando que falhas como ninhos
Capítulo 2 Revisão da Literatura 22
de concretagem ou emendas possam prejudicar a peça, principalmente no
desenvolvimento da resistência à compressão;
cura do concreto: como se utilizam cimentos de rápida liberação de energia,
o processo de cura em pré-fabricados se torna importante para que não se
desenvolvam patologias que afetem as resistências à compressão e em
flexão. São utilizados alguns processos de cura, que além de garantir a
diminuição de algumas patologias, favorecem o aumento da resistência à
compressão do concreto nas primeiras idades, principalmente de duas
maneiras: evitando a evaporação precoce da água de hidratação, e; a
geração de calor para diminuir o tempo da reação de hidratação do cimento.
A falta de cura pode ter efeito nocivo sobre a resistência,
caso não seja bem
realizada, pois pode provocar fissuração generalizada, criando
descontinuidades na estrutura da pasta, prejudicando sua resistência e
aderência aos agregados e à armadura. Além disso, propicia um caminho
para a umidade e outros agentes agressivos, os quais podem atacar a
armadura e o próprio concreto.
2.6.2. Resistência menica em flexão
É a capacidade de o concreto resistir aos esforços de tração e compressão no
estado endurecido. Como já citado, o concreto é um material que resiste aos
esforços de compressão, desde que o concreto seja bem dosado, por isso tamm
é utilizado em pré-fabricados.
O concreto não possui o mesmo desempenho quando submetido aos esforços
de compressão e de tração. Em geral, o concreto tem resistência à compressão
superior à resistência à tração. Por isso recebe armaduras ou cabos de aço, para
que a resistência à tração das estruturas de concreto p-fabricadas seja
melhorada.
Para a indústria de pré-fabricados, o pior problema correlacionado ao fato do
concreto não suportar bem aos esforços de tração é o surgimento de manifestações
patológicas, como por exemplo: as fissuras e as quebras de peças. Isso ocorre
principalmente quando se retira a peça do molde ou até mesmo durante o
transporte e, normalmente, nas primeiras idades. Por isso, as armaduras de aços
Capítulo 2 Revisão da Literatura 23
devem ser muito bem dimensionadas nesses tipos de estruturas.
2.7. Manifestações Patológicas na Produção de Pré-fabricados
“Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os
sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos defeitos das construções
civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema”.
(HELENE 1992).
Em pré-fabricados as patologias não são em maior número do que em outras
estruturas de concreto, porém, também, não o menos importantes, porque
qualquer patologia pode provocar danos relevantes à construção.
Para a determinação dessas características indeseveis do concreto na peça
pré-fabricada, devem-se verificar as causas e as consequências que podem ser de
planejamento, projeto, materiais utilizados e execução, bem como procurar
encontrar as causas do surgimento das manifestações patológicas.
As manifestações patológicas podem causar danos de durabilidade e
resistência mecânica, desde a peça recém-produzida até após alguns anos de seu
uso. Porém, as maiores incidências e causas de manifestações patológicas são
originadas no momento de preparo, aplicação e deslocamento do elemento pré-
fabricado, ou seja, durante o início do processo construtivo (FACHINETTO, 2002).
A escolha e a utilização inadequada de materiais, erro de dosagem,
montagem inadequada de formas e utilização de elementos prejudiciais para a
desmoldagem de peças, aplicação do concreto sem critérios ou cuidados, cura
ineficiente e transporte precário são algumas das causas que dão início as
patologias na estrutura, ou seja, todos estes fatores devem ser observados antes
da execução das estruturas pré-fabricadas, com o único objetivo de manter as
condições mínimas de produção desses elementos fabricados (FORTES, 2004).
A patologia leva a um acscimo de custos na produção, pois quando se
constata a sua existência, é uma prática comum a correção das mesmas, até
mesmo para aumentar a durabilidade e a qualidade do produto. Com isso, há
gastos com materiais e mão de obra para o procedimento de reparo, o que
encarece o custo final da peça produzida.
Capítulo 2 Revisão da Literatura 24
Outro fator é o tempo para realizar os reparos que muitas vezes são longos,
pois compreende etapas necessárias para que a peça tenha outra vez as
características mínimas para utilizão. Dependendo do tamanho e da organização
da brica, esse tempo muitas vezes não é respeitado e é comum verificar que as
peças pouco tratadas e reparadas são deslocadas para o estoque ou até mesmo
para a obra (EL DEBS, 2000).
2.7.1. Medidas de prevenção e correção das manifestações patológicas
As medidas terapêuticas de correção dos problemas tanto podem incluir
pequenos reparos localizados, quanto uma recuperação generalizada da peça,
caso a estrutura esteja comprometida. Existem inúmeros materiais de
recuperação de falhas no concreto, porém o custo desses materiais é
extremamente elevado para aplicação (HELENE,1992).
Alguns autores como HELENE (1992), FORTES (2004) e TERZIAN (2005),
apresentam soluções de reparos e recuperação de estruturas armadas de concreto,
citam em suas bibliografias que o processo pode ser utilizado inclusive em
estruturas pré-fabricadas,
posteriormente a sua montagem. Porém a norma NBR
9062/2006 não cita procedimentos de reparo em estruturas de pré-fabricados e os
documentos de procedimentos para obtenção do selo ABCIC proíbem o reparo da
peça p-fabricada posterior a produção e ainda na fábrica.
Portanto, se no início do processo se conseguir evitar o máximo de
manifestações indesejáveis ao concreto, o custo e a segurança estarão garantidos.
Todo processo de produção de pré-fabricados deve ter controle da apancia
das peças (TERZIAN, 2005). Aspectos como geometria, quinas, quantidade de
bolhas, manchas, fissuras, entre outros, devem ser controlados peça por peça. O
setor de qualidade da fábrica deve incluir esses itens em suas atividades de rotina.
O controle deve ter metas e ser objetivo, com a identificação dos operários
que trabalharem na produção de cada peça. O objetivo da identificação de erros é
gerar um processo de aprendizado do operio, analisando cada falha cometida e,
junto aos encarregados do setor, definir estratégias para a correção.
Ainda, TERZIAN (2005), comenta que devem ser criadas planilhas para o
acompanhamento do processo, de modo que para cada tipo de erro, deve ser
Capítulo 2 Revisão da Literatura 25
atribuída uma nota. O acompanhamento das notas pelo setor de qualidade tem
como objetivo identificar as falhas e passá-las para o setor de produção para as
devidas correções.
Os tipos de patologias mais comuns em concretos pré-fabricados
e que geram
custos elevados de manutenção e acabamento da peça, além da interferência na
resistência mecânica, o comentadas a seguir:
a) manchas
Na região de Curitiba, por exemplo, segundo FACHINETTO (
2002) é comum
utilizar óleos e graxas residuais da indústria mecânica para a desmoldagem do
concreto. Esses produtos, por possuírem muitas impurezas, podem provocar
manchas escuras na estrutura de concreto pré-fabricado. Ainda, em relação ao
desmoldante para TERZIAN (2005) o uso de alguns produtos aplicados na
superfície da forma, que m a finalidade de evitar a aderência do concreto e
facilitar a retirada da pa pré-fabricada, tem prejudicado a aparência.
As empresas de pré-fabricados têm utilizado diversos produtos existentes no
mercado, todos denominados desmoldantes. As matérias-primas são as mais
diversas, como banha animal, ceras, óleos minerais, diesel, dentre outros. Alguns
produtos o solúveis em água e, quando usados em ambientes expostos à chuva,
podem ser lavados, não realizando o efeito desejado e, consequentemente, a peça
termina por apresentar manchas na superfície.
Algumas empresas, visando à redução dos custos de produção, aplicam
desmoldantes de baixo custo, que quando se apresentam inadequados geram
patologias que exigem a aplicação de pasta de cimento na superfície da peça,
como se fosse uma maquiagem, gastando para esse trabalho muitas horas dos
operários e com resultados questionáveis.
Na Tabela 2.5 são apresentados alguns desmoldantes dispoveis no mercado
nacional, que são recomendados para a utilizão em produção de pré-fabricados.
Capítulo 2 Revisão da Literatura 26
Tabela 2.5 – Desmoldantes para Pré-fabricados
Base Qmica Nome Tipo de Forma
Rendimento
Aproximado
Fabricante
Óleo mineral
Desmoldante
Pronto
Madeira
Metálica
50 m²/L Anchortec Fosroc
Óleo mineral Ortolan 710
Madeira
Metálica
80 m²/L MC-Bauchemie
Óleo mineral
Desmoldante
Pronto
Madeira
Metálica
70 m²/L Rheotec
Óleo mineral Reofinish FR 350
Madeira
Metálica
10 m²/L Basf
Óleo em meio
aquoso
Reebol
Madeira
Metálica
50m²/L Anchortec Fosroc
Óleo em meio
aquoso
Botatop DM
Madeira
Metálica
50 m²/L Botament
Óleo em meio
aquoso
Desmol
Madeira
Metálica
80m²/L Otto Baumgart
Óleo em meio
aquoso
Separol Top
Madeira
Metálica
100 m²/L Sika S.A
Hidrocarbonetos
parafínicos
Cera
Desmoldante
Otto
Madeira
Metálica
15 m²/kg Otto Baumgart
Hidrocarbonetos
parafínicos
Desformit
Madeira
Metálica
15 m²/kg Wolf Hacker
Óleo Vegetal Separol Metal
Madeira
Metálica
80 m²/L Sika S.A
Alguns agregados lamelares e alongados poderão proporcionar manchas na
superfície do concreto que tendem a suavizar com o passar do tempo. A
proximidade do agregado lamelar/alongado na superfície da peça e a pequena
película de argamassa que o reveste são responsáveis pelas diferenças de
tonalidades (TERZIAN, 2005).
b) bolhas
Segundo (FORTES, 2004) o aparecimento das bolhas em concreto pré-
fabricado é consequência do tipo de desmoldante utilizado nas formas. Já
(RODRIGUES, 1995), acredita que as bolhas em estruturas de concreto estão
relacionadas ao excesso de água na produção de concreto. A utilização de óleos e
graxas residuais para a desmoldagem do concreto leva a retenção de água
superficial, dando origem a bolhas e vazios depois do concreto endurecido, ou seja,
eles permitem a adesão das bolhas ao desmoldante. O ideal é que a bolha atinja a
superfície e possa escapar. Essa oportunidade ocorre quando as misturas não são
Capítulo 2 Revisão da Literatura 27
muito coesas (FACHINETTO, 2002). Ainda, JOUKOSKI, PORTELLA, GARCIA,
e
colaboradores (2002) afirmam através de ensaios que o óleo reciclado de motor,
quando utilizado como desmoldantes, em contato com a alcalinidade do concreto
saponifica, produzindo uma espuma semelhante a bolhas de sao.
Bolhas são caminhos para a penetração de umidade, água e gases para o
interior do concreto a a armadura, comprometendo a estrutura com o tempo.
Outro fator é a questão estética se o concreto ficar aparente, pois o fáceis de
serem vistas.
Segundo TERZIAN (2005), o adensamento do concreto é considerado uma
das etapas mais importante para a qualidade das peças pré-
fabricadas e tem como
objetivos acomodar o concreto na forma e retirar a maior quantidade possível de
bolhas de ar do seu interior.
Ainda, TERZIAN (2005) comenta que a
s experiências em campo m
mostrado que os melhores concretos aparentes são obtidos quando o utilizados
dois (ou mais) equipamentos de vibração do tipo imersão em uma mesma peça.
Nesse caso, um dos vibradores acompanha a descarga do concreto na forma, e o
outro vem em seguida, realizando um trabalho mais cuidadoso e lento, com o
objetivo de retirar as bolhas de ar.
A melhor condição de aplicação do vibrador para a retirada do ar é a inclinada.
Em cada ponto de vibração, a inclinação deve ser realizada em quatro posições:
frente, atrás e laterais. O tempo de vibração em cada posição deve ser o suficiente
para permitir a saída das bolhas de ar. Para a mudança da posição, o vibrador deve
ser retirado e reintroduzido ao concreto, evitando o deslocamento horizontal no seu
interior.
c) fissuras
Ocorrem em concretos pré-fabricados por basicamente dois fatores: cura mal
executada ou a utilização de material de forma inconveniente para a preparação do
concreto.
No primeiro caso, a cura no concreto deve ser feita mantendo a temperatura
controlada, para que essa água fundamental para a hidratação do cimento não
evapore. Uma excessiva evaporação da água forma vazios, e uma grande
Capítulo 2 Revisão da Literatura 28
quantidade desses vazios, com a retração plástica, origem a fissura do concreto.
Caso o consumo de cimento por metro cúbico seja elevado, o grande calor de
hidratação, quando o controlado, pode originar trincas, o que compromete a
estrutura. Podem ser causas de fissuras a utilização de um material inconveniente
para a fabricação da forma e o excesso de água à mistura de concreto. Outra
possibilidade é a utilização de agregados como os seixos rolados que não
promovem uma ótima aderência entre o concreto e a pasta.
Fissuras e trincas na superfície do concreto diminuem a durabilidade da pa,
pois aumentam a sua permeabilidade e podem diminuir a sua resisncia (HELENE,
1995).
A diferença entre fissuras e trincas muitas vezeso é comenta pelos
autores que descrevem as manifestações patológicas, sendo que algumas vezes os
dois termos são tratados como um mesmo termo. Todavia, a NBR 9575/2003
(Impermeabilização Seleção e Projeto) define fissura como a abertura ocasionada
por ruptura de um material ou componente, inferior ou igual a 0,5 mm e trinca com
abertura superior a 0,5 mm e inferior a 1,0 mm.
d) quebras
Têm origem, basicamente, na má desmoldagem. Isso pode ocorrer pela
utilização de desmoldante incompatível com a forma, quebrando alguns pontos
localizados do concreto, por exemplo. Nesse caso, o reparo é feito com concreto,
microconcreto, graute ou massa epóxi.
Ainda, as quebras poderão ser originadas pelo saque prematuro quando o
concreto ainda não possui resistência ao manuseio. Ao sacar as peças com idades
mínimas (ou horas) algumas delas quebram, mesmo com um traço pré-estudado.
Neste caso, os procedimentos adotados são verificar: a quantidade de água
utilizada; se o aditivo superplastificante provocou algum tipo de retardo de pega, e;
qual a temperatura ambiente durante o procedimento de preparação da massa e
durante o manuseio. Quando as peças quebram devido ao manuseio, geralmente
são condenadas e inutilizadas (TERZIAN,2005).
Capítulo 2 Revisão da Literatura 29
e) falta de resistência adequada
Conforme a NBR 9062/2006, a resistência característica do concreto para a
produção de peças estruturais pré-fabricadas não poderá ser inferior a 20 MPa aos
28 dias. Diversos fatores podem influenciar na falta de resistência mecânica
esperada do concreto numa certa idade, sendo eles:
traço inadequado: o ideal para a escolha de um traço para o uso do
concreto nas peças pré-fabricadas é o controle de cada material que
será aplicado, desde a origem, tal como as suas características.
Nessa etapa, é indicado classificar fornecedores e analisar os lotes
que chegam. Uma vez aceitas as matérias-primas, o correto é
proceder ao estudo do traço ideal e adequado do concreto, pelos
métodos de dosagens, como por exemplo, o ABCP ou o IPT-EPUSP.
excesso de água: a quantidade de água excessiva é um dos fatores
que influencia negativamente a resistência mecânica do concreto, pois
quanto maior esta quantidade e
m relação ao cimento do traço, maior
será a dispersão do cimento e menor será a coesão do concreto
produzido.
f) retração
A retração é a redução das dimensões do concreto, que segundo
GIAMMUSSO (1992) é devido à:
perda de água por retração hidulica ou por secagem;
redução de volume dos produtos de hidratão (retração autógena).
A retração ocorre na pasta de cimento porque os vasos capilares do
concreto, ao perderem água por evaporação, reduzem seu volume. Quanto mais
água houver na pasta e quanto mais ar aprisionado existir, maior será a retração.
Quando contida, a redução de dimensões provocada pela retração dá origem
a tensões de tração que podem gerar fissuras no concreto. A formação de fissuras
tende a ser mais intensa nas primeiras idades, quando ainda é pequena a
resistência do concreto. Por essa razão é preciso evitar a perda de água do
concreto novo com o recurso da cura, por um período nunca inferior a 7 dias
Capítulo 2 Revisão da Literatura 30
(Recomendações da NBR 7212/84).
Para TERZIAN (2005) nos processos tradicionais de pré-fabricação, o calor
gerado pela energia elétrica e o vapor de água são amplamente utilizados para
acelerar as reações de hidratação do cimento e obter resistência adequada para a
desforma das peças, que ocorre após algumas horas do lançamento do concreto.
O processo de cura térmica com o uso de vapor de água à pressão
atmosférica possui limitação de temperatura em 70ºC (NBR 9062/2006). O de cura
térmica sem vapor não deve ultrapassar o nível de 70ºC, pois pode provocar grande
perda de água de constituição e influenciar na retração do concreto, originando
fissuras e trincas. Na sequência é mostrada uma caldeira para cura rmica e um
exemplo de peça que utiliza esse tipo de tratamento, Figuras 2.5 e 2.6.
Figura 2.5Caldeira para a produção de vapor para cura térmica em peças pré-
fabricadas (Adaptado de CAMPOS, 2009)
Capítulo 2 Revisão da Literatura 31
Figura 2.6 – Processo final de cura de laje pré-fabricada (Adaptado de Campos,
2009)
Capítulo 3 Metodologia 32
3 METODOLOGIA
A pesquisa tem como objetivo detectar as falhas de procedimento e controle,
durante a armazenagem e o processo de fabricação, de modo a elaborar um
diagnóstico das manifestações patológicas consequentes da produção das peças
nas indústrias de estruturas pré-fabricadas (pilares, vigas e postes) da Região
Metropolitana de Curitiba (RMC). As empresas que aceitaram participar da pesquisa
foram visitadas e responderam a um questionário sobre produção, processo e
controle de qualidade, visando identificar as principais manifestações patológicas
após a produção das peças de concreto.
A partir das observações feitas durante a visita técnica e os questionários
respondidos, foram analisadas as variáveis que influenciam a qualidade das peças
produzidas. Com base nesta análise e ainda, com referências do capitulo 1 foram
propostas algumas ões de boas práticas para diminuir ou amesmo eliminar as
manifestações patológicas das peças recém-produzidas.
3.1. Amostragem da Pesquisa
Um levantamento para determinar o número e a localização das indústrias de
pré-fabricados de concreto em Curitiba e na região metropolitana (RMC) foi realizado
com o objetivo de determinar a população deste setor. As fontes de pesquisa foram:
a FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), a lista telefônica do Paraná
da (EDITEL), o Sindicato das Indústrias de Pré-fabricados no Estado do Paraná e a
ABCIC (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto).
Para o Sindicato das Indústrias de Pré-fabricados do Estado do Paraná,
existe cadastrada uma única empresa, a FEMAC Pré Moldados, que tamm
aparece em outra fonte.
No cadastro da EDITEL foram levantadas, em 2006, em todo o Paraná 115
empresas de pré-fabricados. Porém, a EDITEL, considera como pré-fabricado:
artefatos de concreto (tubos, manilhas, pavers, etc.), lajes comuns e mistas pré-
fabricadas e estruturas pré-fabricadas (pilares, vigas, postes e lajes). Ainda, a
Capítulo 3 Metodologia 33
EDITEL apresenta empresas com endereços e telefones de Santa Catarina por
objetivos comerciais de divulgação.
Em 2006, a FIEP apresentou em seu cadastro 74 indústrias classificadas
como pré-fabricados. A FIEP apresenta uma definição de pré-fabricados similar ao
da EDITEL, porém em seu cadastro existem empresas do Paraná. A ABCIC
apresenta somente 3 (três) empresas cadastradas em Curitiba e na região
metropolitana de Curitiba.
O universo da pesquisa foi composto por empresas ativas de estruturas pré-
fabricadas (somente pilares, vigas e postes) de Curitiba e RMC possíveis de serem
localizadas e contatadas por meio dos cadastros. Segundo a COMEC (Coordenação
da região metropolitana de Curitiba), a RMC localiza-se quase totalmente no
primeiro planalto paranaense. Atualmente a COMEC considera as seguintes cidades
pertencentes à RMC: Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Araucária,
Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo
Magro, Cerro Azul, Colombo, Contenda, Curitiba, Doutor Ulysses, Fazenda Rio
Grande, Itaperuçu, Lapa, Mandirituba, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras,
Quitandinha, Rio Branco do Sul, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Tunas do
Paraná.
O APÊNDICE A apresenta as empresas de pré-fabricados que estão
localizadas no Paraná, após a comparação entre as fontes FIEP, EDITEL e ABCIC.
O APÊNDICE B apresenta as empresas selecionadas no confronto dos cadastros da
FIEP, da EDITEL e da ABCIC, e da R.M.C, ou seja, apresenta a população
estudada.
Das 21 empresas cadastradas e selecionadas, apenas 13 responderam ao
questionário, compondo a amostra da pesquisa. Das 8 empresas restantes na lista:
5 não autorizaram a pesquisa, 2 não existem mais e 1 empresa estava sem
produção e por isso não teve interesse de responder. As empresas questionadas
não seo identificadas na pesquisa para manter o sigilo das informões fornecidas.
Capítulo 3 Metodologia 34
3.2. Questionário
TERZIAN (2005) sugere uma planilha de controle de qualidade pela
pontuação por etapas de produção para avaliação do processo produtivo. No
presente estudo uma planilha de pontuação foi montada por etapa de produção, e,
as questões foram formuladas de modo a identificar as prováveis variáveis que
produzem as manifestações patológicas nas peças recém-produzidas. A análise teve
início na identificação da empresa e dos responsáveis; a seguir foi verificada a
execução das atividades preliminares, e em seguida foi questionada a execução das
estruturas e por fim foi acompanhado o controle de qualidade.
O questionário aplicado contém 103 perguntas e se encontra no APÊNDICE
C. Ele foi elaborado visando a realização de um diagnóstico das empresas de pré-
fabricados que produzem vigas, pilares e postes. O questionário foi preparado
contendo:
perguntas elaboradas exclusivamente pela ABCIC;
perguntas formadas a partir de informações contidas na NBR 9062/2006 e em
documentos da ABCIC;
perguntas elaboradas com base em documentos da ABCIC e modificadas
pelo autor;
perguntas elaboradas pelo autor sob orientação de documentos da ABCIC,
NBR 9062/2006:
perguntas elaboradas pelo autor com base somente nas orientações da NBR
9062/2006;
perguntas elaboradas pelo autor.
O objetivo foi identificar possíveis falhas durante a fabricação da estrutura
pré-fabricada verificando os seguintes itens:
identificação: identificação da empresa e responsáveis, determinação da
quantidade de funcionários e suas funções, quais as peças produzidas, quais
tipos de formas utilizadas e os tipos de estruturas fabricadas;
atividades preliminares: materiais utilizados para o preparo do concreto,
qualificação dos materiais, recebimento e armazenamento dos materiais, local
Capítulo 3 Metodologia 35
de preparo do concreto e técnicas utilizadas, volume produzido de concreto,
preparão e montagem das armaduras;
execução das estruturas: preparação de formas, colocação das armaduras no
interior das formas, fechamento das formas, transporte do concreto, aplicação
e cuidados posteriores à aplicação do concreto, proteção posterior à
aplicação do concreto no interior das formas, desmoldagem, verificação de
manifestações patológicas.
controle de qualidade: responsável pela produção, controle de materiais e
processos de produção; rotatividade e treinamento da mão de obra,
manutenção de equipamentos; controle dimensional e de resistência
mecânica à compressão da peça produzida.
A aplicação do questiorio foi feita pessoalmente durante visita técnica, pois
o contato no local possibilitou a obtenção de mais informões que foram
acrescentadas ao questionário, e assim, enriquecendo os dados para o diagnóstico
do processo de produção.
3.3. Tratamento Estatístico dos Resultados
Após a aplicação do questionário nas treze empresas da população estudada,
foi feita uma análise estatística e quantitativa dos resultados para classificar as
empresas segundo a adoção de boas práticas e correlacionar as falhas nos
procedimentos às patologias encontradas em cada empresa. Os resultados podem
ser vistos no CAPÍTULO 4.
Das 103 perguntas do questionário, 19 perguntas não foram utilizadas para a
interpretação estatística, pois foram perguntas de identificação de pessoas,
processos a alguns materiais que não tinham possibilidade de serem pontuadas. No
APÊNDICE C se encontra apresentado o questionário utilizado na pesquisa.
As 84 perguntas restantes foram distribuídas por 4 seções de igual peso.
Cada pergunta foi pontuada estimando os valores relativos para cada resposta,
sendo que a resposta que mais contribuía com as boas práticas foi a mais pontuada.
As respostas foram divididas no questionário em:
Capítulo 3 Metodologia 36
excludentes, quando havia somente uma resposta que automaticamente
eliminava as outras opções;
não excludentes, quando havia mais de uma resposta que contribuía para as
boas práticas na mesma pergunta, ou seja, uma resposta não eliminava as
outras opções.
A pontuação atribuída para cada resposta variou de zero (menor nota) a dez
(maior nota), sendo que algumas respostas estavam neste intervalo de valores. Foi
necessário, então, adotar um critério de pontuação dependendo da opção escolhida,
pelos índices (de 0 a 1), cada opção de resposta tinha um índice, assim o índice era
multiplicados por 10 para definir a pontuação da questão. Os critérios de adoção dos
índices foram:
1 (um ): melhor situão, ou situação que deve ser utilizada;
0,75 (setenta e cinco décimos): situação próxima a ideal, com variações não
relevantes ao processo;
0,5 (cinco décimos): às vezes se utiliza a melhor situação e às vezes não;
0,25 (vinte e cinco décimos): quando se está em busca de uma melhor
solução, ou quando iniciou atividades que leva a uma melhora do processo;
0,1 (um décimo): a empresa apresenta poucas práticas para melhorar o
processo, quando somente a iniciativa não é suficiente para uma melhoria
imediata;
0 (zero): provoca um erro no processo.
As empresas foram classificadas de duas formas: numa primeira ordenação
pelo escore pado e posteriormente pela porcentagem faltante para atingir a
excelência de produção, ou seja, o quanto faltou para a empresa atingir 100% de
qualidade de produção.
O escore padrão é a comparação de valores por intermédio da sua
padronização que não leva em conta a escala utilizada. É o número de desvios
padrão pelo qual um valor x dista da média (para mais ou para menos). O escore
padrão foi calculado conforme Equação 3.1, na qual i é a média individual das
empresas; g é a média geral do item e é o desvio padrão.
i-g
Eq. 3.1
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 37
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesse capítulo as respostas do questionário serão analisadas e processadas
para relacionar as respostas, classificar as empresas entre si e, ainda, avaliar cada
etapa do processo de produção das peças pré-fabricadas e, assim, identificar as
possíveis causas das manifestações patológicas.
4.1 Tipos de Classificação
Para definir o padrão de produção de cada empresa pesquisada foi realizada
uma classificação, dividida em graus de desempenho, com o objetivo de compará-
las. Inicialmente, a sua divisão foi feita por meio de um escore padrão. Para a
classificação das empresas foram utilizados como parâmetros os quatro itens do
questionário (Identificação, Atividades Preliminares, Execução das Estruturas e
Qualidade).
Os resultados das médias individuais bem como as médias gerais e o desvio
padrão podem ser consultados na Tabela 4.1. Quando o valor do escore padrão é
maior do que zero, ou seja, o desempenho é melhor do que o da média das
empresas, o sinal dado ao item é positivo (+). Ao contrário, quando o escore padrão
é menor do que zero, o sinal dado é negativo (-). Quanto maior o valor do escore
padrão melhor a empresa está no item avaliado em relação aos seus pares. As
empresas foram, então, classificadas segundo a somatória dos sinais. Com essa
classificação foi possível determinar 5 conceito de empresas (A, B, C, D e E), na
qual as empresas com conceito A tem o melhor padrão de qualidade em relação às
demais empresas, tal como segue:
+ + + +: A ou Ótimo
+ + + - : B ou Bom
+ + - - : C ou Médio
+ - - - : D ou Ruim
- - - - : E ou Estado Crítico
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 38
Por meio desse método foi possível verificar a dificuldade de cada empresa
por item.
Tabela 4.1 – Classificação segundo o escore padrão por item
Emp.
Ident. Média
Ativ.
Prel.
Média
Exec.
Estrut.
Média Qualid.
Média Sinais
Conceito
1 -0,34 5,63 0,17 6,24 0,04 7,71 -0,40 4,97 - ++ - C
2 -0,34 5,63 -0,47 5,05 0,32 8,08 -0,69 4,60 - - + - D
3 1,61 10,00
1,70 9,11 1,66 9,81 1,74 7,76 ++++ A
4 -0,34 5,63 -1,35 3,39 -0,58 6,90 0,0014 5,49 - - - + D
5 0,49 7,50 1,09 7,96 0,43 8,22 0,88 6,64 ++++ A
6 -2,30 1,25 -1,27 3,55 -1,31 5,94 -0,59 4,73 - - - - E
7 1,61 10,00
1,68 9,07 1,48 9,58 1,25 7,11 ++++ A
8 -0,34 5,63 -0,79 4,44 -0,31 7,25 -1,23 3,90 - - - - E
9 -0,34 5,63 0,36 6,59 0,26 7,99 0,24 5,80 - +++ B
10 0,49 7,50 -0,20 5,56 0,70 8,57 -1,84 2,40 + - + - C
11 -0,34 5,63 -0,44 5,10 -0,97 6,39 0,48 6,12 - - - + D
12 -0,34 56,3 -0,64 4,73 -1,77 5,35 -0,40 4,97 - - - - E
13 0,49 7,50 0,17 6,23 0,06 7,73 0,54 6,19 ++++ A
Média Geral 6,39 5,92 7,66 5,44
Desv. Padrão 2,24 1,87 1,30 1,41
Segundo o método proposto, a maior coerência entre a classificação e a
situação da empresa foi obtida quanto maior o valor absoluto do escore padrão, ou
seja, o quanto mais o valor era distante de zero. Entretanto, para as empresas que
possuem escore padrão próximo ao valor zero, a classificação por desempenho
positivo ou negativo com base no escore padrão pode ter distorcido a realidade, em
função da forma com que ela foi avaliada. Por exemplo, foi possível verificar que as
Empresas 3 e 7 possuem seus valores de escore padrão todos bem acima de zero,
e, portanto, todos positivos, o que levou a concluir que é uma empresa conceito A.
Porém as Empresas 5 e 13, também conceito A, apresentaram valores positivos
muito mais próximos ao valor zero, ou seja, essas empresas tinham valores de
escore pado menores que as das Empresas 3 e 7, assim não era razoável afirmar
que elas possuem o mesmo conceito de qualidade de prodão.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 39
Por isso, uma nova classificação em função da média individual obtida no
questionário foi realizada. Esta consistiu em dividir as empresas novamente em
cinco conceitos (A, B, C, D e E) sendo a amplitude igual a 2 (nota máxima 10
dividida por 5 conceitos). Nesse caso as empresas foram classificadas em função da
média individual obtida no questionário, tal como segue:
De 8 a 10: A ou Ótimo
De 6 a 8: B ou Bom
De 4 a 6: C ou Médio
De 2 a 4: D ou Ruim
De 0 a 2: E ou Estado Crítico
A Tabela 4.2 apresenta a classificação em função das médias individuais:
Tabela 4.2 – Classificação em função das médias individuais
Empresa
Sinais
Classificação
pelo escore
padrão
Média
Individual
Classificação
pela média
1 - ++ - C 6,14 B
2 - - + - D 5,84 C
3 ++++ A 9,17 A
4 - - - + D 5,35 C
5 ++++ A 7,58 B
6 - - - - E 3,87 D
7 ++++ A 8,94 A
8 - - - - E 5,30 C
9 - +++ B 6,50 B
10 + - + - C 6,01 B
11 - - - + D 5,81 C
12 - - - - E 5,17 C
13 ++++ A 6,91 B
Nota-se que com a nova classificação, o Conceito E de desempenho que
apareceu na classificação por escore padrão não existe nos resultados pela
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 40
classificação pela média individual. Também, foi verificado que somente as
Empresas 3, 7 e 9 mantiveram a mesma classificação. No caso das empresas com
vel E na primeira classificação, foi possível perceber que a Empresa 6 teve o seu
conceito modificado para D e as Empresas 8 e 12 para as classes C. As Empresas
2, 4 e 11 também foram promovidas de conceito D para C. Esse método de
classificação aparentemente não foi ainda a melhor, pois eliminou um conceito e
ainda colocou as empresas em conceitos mais próximos entre si.
Por isso uma terceira classificação foi sugerida, com uma amplitude menor
entre os conceitos tendo como base o quanto falta para cada empresa
individualmente atingir a excelência, segundo o questionário aplicado, ou seja,
quanto faltou para cada empresa atingir o valor máximo igual a 100 (qualidade total
de produção). Foi definida a média geral de todos os itens de cada empresa e,
então, foi aplicada a Equação 4.1, na qual: P. E. significa a porcentagem para atingir
a excelência, e; ig é a média geral de todos os itens de cada empresa
individualmente.
P. E. = (10 - ig) x 10
Eq. 4.1
Na Tabela 4.3 consta a porcentagem para atingir a excelência, quanto mais
próxima a 100 melhor seria o padrão de qualidade de produção. As empresas foram
classificadas nos mesmos 5 conceitos utilizados na classificação como foi feita
também no escore padrão (A, B, C, D e E), entretanto, a classificação foi baseada na
amplitude (diferença entre o menor e o maior valor) dos resultados divididos pelos 5
conceitos, tal como segue:
8,30 a 18,89 % é A ou Ótimo
18,90 a 29,49 % é B ou Bom
29,50 a 40,09 % é C ou Médio
40,10 a 50,69 % é D ou Ruim
50,70 a 61,30 % é E ou Estado Crítico
A amplitude dos conceitos foi calculada com base na diferença entre o pior e
o melhor desempenho das empresas, e não em função de um valor mínimo 0 e o
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 41
valor máximo 10, conforme a classificação anterior. A comparação dos três métodos
de classificação foi apresentada na Tabela 4.3. Com a nova classificação de nível,
que tem como base as médias alcançadas em cada item por cada empresa, houve
uma correção de conceito para algumas empresas. Voltando ao exemplo dado na
discussão sobre o método baseado no escore padrão, as Empresas 3 e 7, que na
primeira classificação obtiveram somente valores positivos, mas distantes de zero,
com a nova classificação mantiveram no mesmo conceito (A). Diferentemente, a
Empresa 5, que igualmente possuía somente resultados positivos, mas próximos de
zero, obteve uma nova classificação (B). Já para a Empresa 13, o resultado foi mais
expressivo, visto que a empresa mudou do conceito A para o C.
Tabela 4.3 – Nova classificação das empresas
Empresa
Classificação
pelo escore
padrão
Classificação
pela média
P.E
(%)
Classificação
pela
excelência
1 C B 38,64 C
2 D C 41,62 D
3 A A 8,30 A
4 D C 46,47 D
5 A B 24,20 B
6 E D 61,30 E
7 A A 10,58 A
8 E C 46,98 D
9 B B 34,97 C
10 C B 38,15 C
11 D C 41,92 D
12 E C 48,32 D
13 A B 30,86 C
Comparando a classificação pela excelência com a classificação pela média
nota-se que o conceito E voltou a aparecer para algumas empresas, mais
especificamente para a Empresa 6. Esta numa primeira classificação estava com
conceito E, na segunda classificação foi promovida para o conceito D e na terceira
classificação foi novamente rebaixada para o conceito E. Outro dado importante é
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 42
que com essa última classificação, a Empresa 9 foi rebaixada do conceito B para o
conceito C (Médio) o que aparentemente comprova que essa nova classificação
parece ser mais justa, que a Empresa 9 espraticamente numa média entre a
Empresa 3 (menor valor para atingir a excelência) e a Empresa 6 (maior valor para
atingir a excelência)
Outro fator a ser observado é que com a nova classificação somente uma
empresa ficou com o conceito E, diferentemente da primeira classificação, na qual 3
empresas estiveram com esse conceito. Na Tabela 4.1 foi possível observar que as
Empresas 8 e 12 possuem 3 resultados abaixo de zero, por isso foram classificadas
como E segundo as definições vistas do escore padrão. Porém as Empresas 8 e 12
possuem 3 resultados próximos a zero, ou seja, se houver um pouco de melhora de
processo, esses resultados poderão se tornar positivos e assim a empresas poderão
ser enquadradas numa nova classificação. a Empresa 6 no mesmo tipo de
classificação (escore padrão) tamm é E, todavia possui somente um resultado
próximo a zero. Assim, por intermédio das classificações pelas médias individuais e
pela excelência, foi fácil perceber que as Empresas 8 e 12 possuem um
desempenho superior ao da Empresa 6 e por isto não deveriam ter o mesmo
conceito de classificação.
Na Figura 4.1 é apresentando um resumo referente à classificação das
empresas pelo escore padrão. Nessa classificação as empresas predominantes são
de conceito A. Já, na Figura 4.2, está apresentada a classificação das empresas em
porcentagem tendo como base a média individual de cada empresa. Na Figura 4.3 é
apresentado um resumo referente à nova classificação pela porcentagem de pontos
necessária para atingir a excelência e pode-se verificar que as empresas
predominantes são as de conceito D.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 43
Figura 4.1 – Conceitos de empresas pelo escore padrão
Figura 4.2 – Conceitos de empresas pela média individual
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 44
Figura 4.3Conceitos de empresas em função da porcentagem para atingir a
excencia
A classificação das empresas pela excelência é mais coerente, pois manteve
claro 5 conceitos e ao mesmo tempo, elas foram comparadas entre si,
diferentemente da classificação pelas médias. Nesta, a amplitude era maior em
função das empresas estarem sendo comparadas num universo de valores de 0 a
10. Isto possibilitou com que algumas empresas compusessem o mesmo conceito,
mesmo o apresentando o desempenho da produção similar. A classificação pelo
escore padrão distorceu a realidade de algumas empresas, assim, foi possível
perceber em função das novas classificações que a Empresa 6, que estava em
estado crítico, estava sendo equiparada com empresas ruins e médias.
Tendo em conta as visitas técnicas realizadas nas empresas, foi possível
afirmar que a terceira classificação foi a mais confiável. Nesta foi levada em
consideração somente a pontuação individual em relação à pontuação máxima, a
excelência, diferentemente da classificação pelo escore padrão, na qual as
empresas foram classificadas em relação ao desempenho médio do grupo.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 45
4.2 Comportamento Geral das Empresas por Item
Para cada um dos quatro itens do questionário foram calculados a média, a
mediana, o desvio padrão e o coeficiente de variação dos pontos segundo o
questionário, sendo que o resultado refletiu o comportamento geral das empresas
por item. Os valores foram apresentados na Tabela 4.4.
Com exceção do item identificação, que teve como objetivo apresentar a
qualificação da empresa em função do corpo cnico, nos demais itens foi posvel
observar que as médias e as medianas estiveram próximas. Isto significa que nestes
quesitos a distribuição foi próxima a normal, ou seja, não houve uma empresa com
uma pontuação muito maior ou muito menor do que a mediana, para influenciar o
valor da média. As empresas aparentemente estiveram dentro de uma faixa larga de
distribuição, visto que o coeficiente de variação foi maior do que 20%, entretanto
sem casos extremos e isolados de comportamento.
Tabela 4.4 – Comparativo entre média, mediana, desvio padrão e coeficiente de
variação
Item Média Mediana
Desvio
Padrão
Coef. de
Variação
(%)
Identificação 6,39 5,63 2,24 33,05
Atividades Preliminares 5,92 5,59 1,71 28,80
Execução das Estruturas 7,66 7,86 2,03 26,47
Qualidade 5,49 5,50 1,93 35,11
Ainda, foi verificado que houve em todos os casos uma pequena diferença
entre a média e a mediana, sendo que nos itens identificação e atividades
preliminares a média foi superior à mediana, indicando que as empresas com
desempenho muito melhor estão deslocando a média para valores maiores.
Estatisticamente esse comportamento significou que no caso a inclinação
apresentou assimetria positiva. No item execução das estruturas a média foi
levemente inferior à mediana significando que a assimetria é negativa, ou seja,
empresas com desempenho ruim influenciaram a média. No caso da qualidade a
média e a mediana são similares, significando que houve simetria.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 46
A execução de estruturas claramente expõe a melhor média e isso será mais
bem discutido no item 4.5. O item qualidade apresentou a menor média e, tamm,
será discutido posteriormente, porém no item 4.4.
Com relação ao coeficiente de variação percebeu-se que todos os itens
possuem valores elevados. Normalmente, coeficientes de variação com valores
acima de 20% possuem uma distribuição muito larga, ou seja, valores com grande
discrepância, portanto existiram grandes variações entre os desempenhos das
empresas em todos os itens analisados.
4.3 Análise dos Itens por Empresa
A Tabela 4.5 apresenta os resultados dos itens por empresa. Para conseguir
fazer um comparativo também foi adicionada à Tabela as médias gerais de cada
item.
Tabela 4.5 – Comparativo para valores individuais das empresas
Empresa
Identificação
Atividades
Preliminares
Execução
das
Estruturas
Qualidade
Média
Individual
Mediana
Desvio
Padrão
Coef. de
Variação
(%)
1 5,63 6,24 7,71 4,97 6,14 5,89 1,17 19,08
2 5,63 5,05 8,08 4,60 5,84 6,15 1,55 26,57
3 10,00 9,11 9,81 7,76 9,17 9,50 1,02 11,10
4 5,63 3,39 6,90 5,49 5,35 5,34 1,45 27,15
5 7,50 7,96 8,22 6,64 7,58 7,47 0,70 9,17
6 1,25 3,55 5,94 4,73 3,87 3,91 2,00 51,69
7 10,00 9,07 9,58 7,11 8,94 9,42 1,28 14,28
8 5,63 4,44 7,25 3,90 5,30 5,25 1,48 28,00
9 5,63 6,59 7,99 5,80 6,50 6,42 1,08 16,56
10 7,50 5,56 8,57 2,40 6,01 6,03 2,40 38,76
11 5,63 5,10 6,39 6,12 5,81 6,25 0,57 9,81
12 5,63 4,73 5,35 4,97 5,17 4,79 0,40 7,72
13 7,50 6,23 7,73 6,19 6,91 7,18 0,82 11,80
Média
Geral
6,39 5,92 7,66 5,49 6,37 6,43 1,49 23,47
Coef. de
Variação (%)
35,05 31,62 17,04 26,02
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 47
Em relação à média geral das empresas foi possível notar claramente que 5
empresas conseguiram alcançar notas acima da média geral (3, 5, 7, 9 e 13), o que
representou 38,46 % do total de empresas. A mediana geral das empresas es
próxima da média geral, o que significa que nenhuma empresa tem comportamento
muito diverso, apesar do largo coeficiente de variação. A empresa de maior média é
a 3 e a de menor média é a 6.
Pela análise dos dados também foi posvel verificar que a Empresa 6 possui
a menor média (3,87), ou seja, 65% inferior em relação à média geral das
empresas. Além de apresentar o maior coeficiente de variação (51,69 %) e estar
classificada como empresa de padrão E. Isso significa que a empresa teve as
maiores distorções das atividades pesquisadas no questionário, ou seja, tem
atividades que ela possuiu um padrão bom e outras um padrão ruim. Na Tabela 4.4
nota-se que a Empresa 6 no item Identificação possuiu um valor de média baixo
(1,25), o que significa que o grau de instrução formal do corpo cnico dessa
empresa era muito baixo. Tamm foi possível verificar que no item Atividades
Preliminares a média foi baixa se comparada com as médias da Tabela 4.5. Esses
dados justificam o baixo desempenho geral dessa empresa, enquadrada na classe
E, em relação à média geral de todas as empresas. Consultando o seu questionário,
foram observadas algumas distorções como, por exemplo: a empresa possuiu todas
as suas formas expostas ao ambiente, sem se preocupar com a incidência de chuva
ou sol (o que é ruim segundo recomendações de produção da NBR 9062 e selo
ABCIC). Ao mesmo tempo, a empresa se preocupou em ter uma usina de concreto
que produz ótimas misturas (o que é bom tamm segundo recomendações da NBR
9062 e do selo ABCIC).
, nas Empresas 3 e 7, com as médias iguais a 9,17 e a 8,94,
respectivamente, estes valores foram 40% superiores a média geral de todas as
empresas. Observando as demais médias nas Tabela 4.4 e Tabela 4.5, notou-se
também que ambas as empresas alcançaram as maiores médias por item em
relação às outras empresas. No questionário respondido por essas empresas foi
constatado que elas participam de programas de qualidade como o selo ABCIC e a
ISO 9000, assim, possivelmente, o fator responsável pelas grandes diferenças nas
médias tenha sido o respeito aos padrões técnicos de qualidade. Essas empresas
possuem coeficientes de varião próximos (11,10 e 14,28%) e menores do que o
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 48
geral. Isso significa que essas empresas apesar de estarem melhores em padrão de
produção, tammm oportunidades de melhora no processo.
O menor coeficiente de variação foi o da Empresa 12 (7,72 %) e a referida
empresa apresentou uma média geral de 5,81, sendo classificada segundo a Tabela
4.2 como empresa de padrão D, precisando melhorar aproximadamente 42% para
atingir a excelência. Levando-se em consideração todos esses valores, foi possível
inferir que a empresa teve um padrão de qualidade ruim e os baixos valores de
desvio padrão e coeficiente de variação comprovaram que a empresa, numa visão
geral, manteve o padrão de produção em torno de 5 para todas as atividades.
4.4 Análise do Item Identificação
Nesse item, foi verificada a competência técnica da empresa referente ao
corpo técnico, foi questionado o grau técnico de conhecimento de quem é
responsável pela empresa e o grau técnico de quem é responsável pela produção,
os resultados podem ser vistos na Tabela 4.6.
Tabela 4.6 – Identificação do corpocnico das empresas
Responsabilidade
Empresa
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Responsabilidade
Técnica pela
empresa
10 10 10 10 10 1,25
10 10 10 7,5 10 10 10
Responsabilidade
Técnica pela
produção
1,25
1,25
10 1,25
5 1,25
10 1,25
1,25
7,5 1,25
1,25
5
Média 5,63
5,63
10 5,63
7,50
1,25
10 5,63
5,63
7,50
5,63
5,63
7,50
A formação na área técnica em terceiro grau contava com a nota máxima no
item; a formação em vel de terceiro grau fora da área mereceu 75% da nota, sendo
que essa nota também foi similar a formão técnica em segundo grau. O segundo
grau completo teve nota igual a 50% e a formação de segundo grau incompleto foi
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 49
atribuída 25% da nota. Para o primeiro grau completo a nota foi de 12,5% e o
primeiro grau incompleto a nota atribuída foi zero.
A média igual a 10 foi alcançada pelas empresas que apresentaram a melhor
condição de desenvolvimento de suas atividades, pois essa nota representa que a
empresa possuía responsáveis técnicos com formação de terceiro grau na área de
atuação. São os casos das empresas 3 e 7. Essas empresas possuíam selos de
excelência de qualidade, buscado pelos colaboradores e gerentes o que contribuiu
para os melhores resultados nas atividades desenvolvidas, comprovando que uma
formação técnica superior claramente influenciou na busca de melhoria continua.
, as empresas com média igual a 7,50 são aquelas que têm um
responsável técnico pela fábrica com terceiro grau, porém possuem como
responsável de produção um funciorio com segundo grau completo. Nesse caso,
os produtos produzidos foram gerenciados por uma pessoa sem formação técnica,
não podendo então contribuir tecnicamente com o desenvolvimento do produto. De
modo a poder contribuir mais com a empresa o funcionário deveria se especializar
no ramo. As Empresas 5, 10 e 13 incluem-se nesse caso e foram classificadas
como B, C e C, respectivamente.
As empresas com média igual a 5,63 possuem um responsável pela fábrica
com terceiro grau, porém contratavam uma pessoa com primeiro grau completo
como responsável da produção. O grau de instrução do responsável pela produção
foi o menor em relação aos com graus de escolaridade, o que pode influenciar no
desenvolvimento de algumas atividades como, por exemplo, o gerenciamento de
produção. Nesse caso, as empresas 1, 2, 4, 8, 9, 11 e 12 fizeram parte dessa média,
ao se analisar os itens anteriores discutidos, essas foram as empresas que
apresentaram as maiores dificuldades nos outros itens tamm, são empresas grau
C e D.
E a empresa com média igual a 1,25 é a que possui como responsável pela
empresa uma pessoa com primeiro grau completo e, como responsável pela
produção uma pessoa que tamm possui o primeiro grau completo. É o caso da
Empresa 6. Nesse caso o grau de escolaridade influenciou no conhecimento de
produção, que analisando os itens anteriores e seus subitens, em todos os casos
a empresa em questão obteve nota abaixo da média geral de todas as empresas, o
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 50
que justificou a sua classificação inicial (Tabela 4.3) como E. Ao analisar o
questionário da referida empresa, percebeu-se, tamm, que não havia
preocupão em relação ao treinamento dos colaboradores algum tempo. E,
ainda, existia muita rotatividade de mão de obra entre os funcionários, fato que
colaborou para gestão de prodão de pré-fabricados, vista a aparente
despreocupação das pessoas, que gerenciavam a empresa, em ordenar as
atividades e assim melhorar a qualidade.
4.5 Análise do item atividades preliminares
A Tabela 4.7 apresenta o resultado do questionário para as Atividades
Preliminares, quais sejam: Qualificação da Matéria-Prima, Recebimento e
Armazenamento dos Materiais; Dosagem do Concreto, Preparação e Montagem das
Armaduras e Mistura do Concreto.
A média total referente às Atividades Preliminares das empresas é 5,92 com
um desvio padrão de 1,87 e coeficiente de variação igual a 32,19%, o que é
considerado grande. A Qualificação da Matéria Prima é o subitem no qual as
empresas encontraram as maiores dificuldades. Ao consultar o questiorio
respondido por todas as empresas, verificou-se que as que possuíam selo de
qualidade, Empresas 3 e 7, fizeram quase todos os ensaios indicados para a
matéria-prima durante o período proposto pelos selos de qualidade (a cada 2
meses). Por isso estas empresas possuem os melhores resultados, enquanto as
Empresas 5, 9 e 13 fizeram esporadicamente os ensaios. As demais empresas
fizeram quando houve alguma necessidade específica de alguma obra. Mesmo as
Empresas 3 e 7, que possuíam as melhores médias, não alcançaram a nota 10, visto
que a maior dificuldade esteve em não receber dados de ensaios de todos os
fornecedores de matérias-primas. Isso também ocorreu para as demais empresas.
Nas respostas das empresas o fornecedor de aço foi a única empresa que para
todos os questionários apresentou informações de seu produto e ensaios. O
fornecedor de cimento apresentou para 8 das 13 empresas. Em nenhum caso o
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 51
fornecedor de agregados e água apresentou informões às empresas
questionadas.
Tabela 4.7 – Atividades preliminares
Empresa
Qualificação
da matéria-
prima
Receb. e
Armaz.
dos
Materiais
Dos. do
concreto
Prepar.
montagem
das
armaduras
Mistura
do
concreto
Média
Individ.
Desvio
Padrão
Individ.
Coef. de
Variação
(%)
1 4,67 5,74 5,78 5,00 10,00 6,24 2,16 34,59
2 1,67 4,55 5,59 7,50 5,94 5,05 2,17 42,93
3 6,43 9,12 10,00 10,00 10,00 9,11 1,55 16,98
4 1,00 2,00 3,65 5,00 5,31 3,39 1,87 55,16
5 5,00 7,49 7,65 10,00 9,69 7,96 2,01 25,29
6 1,00 2,50 3,96 5,00 5,31 3,55 1,80 50,68
7 7,50 9,55 9,56 10,00 8,75 9,07 0,99 10,88
8 4,00 4,12 4,38 5,00 4,69 4,44 0,41 9,27
9 5,71 5,99 7,21 7,50 6,56 6,59 0,76 11,59
10 2,50 3,64 8,53 5,00 8,13 5,56 2,68 48,25
11 2,14 4,74 7,35 5,00 6,25 5,10 1,95 38,35
12 1,67 3,00 4,27 7,50 7,19 4,73 2,56 54,27
13 5,00 6,36 7,94 5,00 6,88 6,23 1,26 20,27
Média
Total
3,71 5,29 6,60 6,73 7,28 5,92 1,87 32,19
Desvio
Padrão
2,18 2,38 2,15 2,14 1,86
Coef. de
Variação
(%)
58,71 45,07 32,61 31,75 25,53
O Recebimento e o Armazenamento de Materiais foi outro subitem que
alcançou uma média inferior à da média total das Atividades Preliminares, o que
significa que também existem dificuldades nessa atividade. Nos questionários
respondidos constatou-se que 9 das 13 empresas armazenaram os materiais em
locais expostos a intempéries, conforme mostrado nas Figura 4.4 e Figura 4.5. As
Empresas 3 e 7 apresentaram pequenas dificuldades e por isso não atingiram a nota
máxima, isto pode ser corrigido com o acscimo de alguns ensaios cnicos e uma
armazenagem em silos. A Empresa 4 que possuiu o menor valor, não se preocupou
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 52
em atender os requisitos cnicos de norma para os materiais, tamm não existiam
atualizações dos dados técnicos dos materiais, que devem ser feitos a cada dois
meses, e ainda, possuíam dificuldades para a identificação e a armazenagem dos
materiais.
Figura 4.4Agregados expostos a intempéries e a contaminação pelo solo
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 53
Figura 4.5 – Agregados com risco de serem misturados
Com base na Tabela 4.7 foi possível afirmar que as médias totais dos demais
subitens estiveram acima em relão à média das Atividades Preliminares, porém
não estiveram próximas ao valor máximo 10. Para a dosagem do concreto a
Empresa 3 foi a única que atingiu a nota máxima, sendo tamm ela a única
empresa que seguiu todos os parâmetros da ABCIC e da NBR 9062/2006 para essa
atividade. Já as empresas com média inferior a 4 encontraram dificuldades na
dosagem do agregado em volume (Figura 4.6 e Figura 4.7). A dosagem da
quantidade de água também foi inadequada, pois não foi feito o desconto da
umidade dos agregados. Também, foi comum às empresas com médias baixas a
obtenção da dosagem do traço de concreto de modo empírico, não havendo controle
estatístico da consistência.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 54
Figura 4.6 – A areia preenchendo próximo ao volume total do carrinho
Figura 4.7 – Areia acima do volume do carrinho
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 55
Quanto ao subitem Preparação e Montagem das Armaduras, as Empresas 3,
5 e 7 apresentaram desempenho máximo, justificado por ambas seguirem os
parâmetros da NBR 9062/2006. As empresas com nota 7,50 apresentaram
variações de aspecto do aço no momento de aplicação do material nas formas. As
empresas com média igual a 5,00, além de apresentarem variações no aspecto do
o no momento da aplicação, tamm armazenaram às vezes o o em locais
úmidos, o que poderia prejudicar o desempenho do material, tais como o contato
direto com o solo ou em locais desprotegidos da chuva. A Figura 4.8 apresenta uma
boa colocação das armaduras no interior das formas, porém estas apresentaram
aspecto variado quanto ao estado de corrosão.
O subitem Mistura do Concreto apresentou a maior média total em relação aos
outros subitens. As Empresas 1 e 3 atingiram as melhores médias, justificada pela
qualificação e manutenção periódica dos equipamentos e a utilização de matérias-
primas próprias para a confeão do concreto em todos os casos sem, por exemplo,
fazer reaproveitamento de misturas. As empresas com médias abaixo de 6
normalmente forçaram o uso dos equipamentos para a mistura do concreto,
reaproveitaram misturas, não fazendo manutenção preventiva, ou seja, consertavam
os equipamentos só quando os mesmos não funcionavam e ainda não fizeram a
limpeza adequada dos equipamentos para a mistura do concreto.
Figura 4.8Variações de aspecto da armadura (oxidação)
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 56
Com o menor coeficiente de variação a Empresa 8 apresentou o menor
desvio padrão e a terceira menor média individual entre as empresas. Isso significa
que a empresa atuou de forma similar em todos os subitens, não apresentando
grandes discrepâncias entre as atividades, sendo que ela deve melhorar em todos
esses subitens para melhorar a qualificação. As Empresas 4 e 12 apresentaram
praticamente o mesmo coeficiente de variação, isto foi justificado pelas notas
individuais de cada subitem. De maneira geral, elas m um desempenho melhor no
subitem Preparação e Montagem das Armaduras em relação aos demais, que
praticamente apresentaram as mesmas médias. Por outro lado ambas as empresas
alcançaram notas muito baixas no subitem Qualificação de Matéria-Prima em
relação às outras notas dos subitens individuais o que levou a concluir que existe
uma grande distorção entre algumas atividades dessas empresas.
A Empresa 3 foi a que apresentou a maior média individual do item Atividades
Preliminares. Foi observado nos resultados que ela também atingiu nota máxima em
3 subitens e quase máxima em um subitem. Porém, possuiu uma média baixa no
subitem Qualificação da Matéria-Prima comprovando que mesmo tendo menores
dificuldades em relação às outras, a Empresa 3 tem iguais dificuldades na
qualificação da matéria-prima que foi o subitem de menor média em relação aos
demais subitens. Isso tamm foi comprovado no seu coeficiente de variação, que
foi relativamente baixo, ou seja, as atividades da Empresa 3 não demonstram
grandes discrepâncias.
A Empresa 7, que teve o segundo melhor valor de média do item em geral, é
a que obteve o melhor desempenho nos subitens referentes aos modos de
qualificação e armazenamento das matérias-primas, que foram os subitens de maior
dificuldade. Ao se verificar o questionário da empresa, foi possível notar que a
mesma teve esse desempenho provavelmente por seguir recomendações de
qualidade da norma ISO 9000.
Dentre os subitens, a Mistura do Concreto foi a que apresentou maior média e
menor coeficiente de variação, isto significou que as empresas não encontraram
tantas dificuldades nesse subitem e, que atuaram de forma parecida entre si. O
subitem Recebimento e o Armazenamento dos Materiais apresentou a segunda pior
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 57
média e o segundo maior desvio padrão, o que indicou que os procedimentos devem
ser revistos por todas as empresas e principalmente por aquelas que obtiveram as
piores médias.
A Qualificação da Matéria-Prima apresentou a menor média e o maior
coeficiente de variação, comprovando que de maneira geral as empresas
apresentaram grandes dificuldades nesse subitem, porém tamm existiu uma
grande variação entre elas. Isso tamm foi observado para o subitem Recebimento
e o Armazenamento de Materiais, que obteve um coeficiente de variação um pouco
menor do que o da Qualificação da Matéria-Prima. Tamm, se pode notar que, os
demais subitens obtiveram um coeficiente de variação relativamente alto, visto que
normalmente valores abaixo de 20 % seriam considerados aceitáveis.
4.6 Análise do item execução da estrutura
A Tabela 4.8 apresenta o resultado do questionário quanto a Execução da
Estrutura composta pelos seguintes subitens: Preparo da Forma, Colocação de
Armaduras e Peças, Fechamento de Formas, Lançamento e Adensamento do
concreto, Proteção do Concreto e Desmoldagem.
O item Execução de Estruturas apresentou a maior média (7,66) entre todos
os itens do questionário (Tabela 4.4), o que indicou que as empresas não
encontraram muitas dificuldades nesta etapa. Porém, 4 subitens de um total de 6,
apresentam um baixo desempenho em relação à média total desse item, conforme
pode ser visto na Tabela 4.8.
Somente a média total do subitem Preparação das Formas e Colocação de
Armaduras e Peças possuiu valores acima da média total das empresas, que foi de
7,66. Nas médias totais as empresas demonstraram maior dificuldade na
Desmoldagem seguido por Proteção do Concreto, Fechamento de Formas e
Lançamento e Adensamento do Concreto. Ao consultar as respostas do questionário
para todas as empresas, foi constatado que no subitem Desmoldagem, as empresas
pouco se preocuparam em saber se a peça possuía resistência adequada, o que
implicou, por exemplo, na quebra de algumas peças.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 58
Tabela 4.8 – Execução de estruturas
Empresa
Preparo
da forma
Colocação
de
armaduras
e peças
Fecham.
de
formas
Lançam. e
adens. do
concreto
Proteção
do concreto
Desmol.
Média
Geral
Individual
Desvio
Padrão
Individual
Coef. de
Variação
(%)
1 8,21 10,00 10,00 7,22 2,50 8,33 7,71 2,78 35,99
2 10,00 10,00 10,00 7,22 6,25 5,00 8,08 2,22 27,47
3 10,00 10,00 10,00 8,89 10,00 10,00 9,81 0,45 4,62
4 8,21 10,00 5,00 6,94 6,25 5,00 6,90 1,95 28,23
5 10,00 10,00 10,00 8,06 6,25 5,00 8,22 2,18 26,54
6 8,57 8,75 5,00 5,83 2,50 5,00 5,94 2,38 40,13
7 10,00 10,00 10,00 7,50 10,00 10,00 9,58 1,02 10,65
8 8,21 10,00 5,00 6,11 7,50 6,67 7,25 1,75 24,10
9 8,21 10,00 10,00 6,39 7,50 5,83 7,99 1,77 22,10
10 8,21 10,00 10,00 7,78 8,75 6,67 8,57 1,30 15,22
11 7,50 10,00 0,00 6,67 7,50 6,67 6,39 3,36 52,61
12 8,21 8,75 0,00 6,39 3,75 5,00 5,35 3,23 60,36
13 10,00 10,00 5,00 7,22 7,50 6,67 7,73 1,96 25,35
Média
Total
8,87 9,81 6,92 7,09 6,63 6,60 7,66 1,30 28,72
Desvio
Padrão
0,95 0,47 3,84 0,85 2,47 1,81
Coef.
de
Variação
(%)
10,76 4,69 55,46 11,92 37,19 27,49
Houve casos em que os funcionários responsáveis pela produção utilizaram a
técnica de riscar a peça para verificar se esta poderia ser desmoldada, ou seja, se a
peça apresentasse um risco branco estaria pronta para a desmoldagem, conforme
visto na Figura 4.9.
No caso do subitem Proteção do Concreto, existiram dificuldades para a
proteção das peças a intempéries nas Empresas 1 e 5, conforme Figura 4.10. Logo
após a concretagem as peças foram alvos de chuva e sol forte, o que pode ter
levado a diminuição de resistência do concreto ou a retração.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 59
Figura 4.9 – Risco sobre o concreto: nesse caso o risco afundou e não está na cor
branca
Figura 4.10 – Peça recém-concretada e exposta ao sol
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 60
De uma maneira geral, na proteção do concreto, as empresas com nota
abaixo de 5 não fizeram qualquer tipo de proteção após a concretagem das peças;
enquanto, as empresas com notas entre 5 e 8 fizeram proteções esporádicas; e, as
empresas com nota acima de 8 fizeram algum tipo de proteção e cura do concreto
dentro dos parâmetros da NBR 6118/2007. E, no subitem Fechamento das Formas
se verificou que nas Empresas 11 e 12 as dimensões finais das formas não foram
conferidas logo após o fechamento, e, para as Empresas 4, 6, 8 e 13 a conferência
não seguiu nenhum tipo de pametro de norma.
No subitem Lançamento e Adensamento do Concreto as empresas de um
modo geral apresentaram dificuldades com a vibração do concreto. O maior
problema das empresas foi a entrada em contato do equipamento de vibração com a
armadura durante a etapa de vibração do concreto. Segundo alguns autores como
HELENE (1993) e TERZIAN (2005) este procedimento inadequado pode provocar
vazios entre o concreto e a armadura, e, assim, gerar futuras manifestações
patológicas (Figura 4.11). No caso da Empresa 6 que possuiu a pior média nesse
subitem verificou-se que houve erros na forma e no tempo de vibração, existe
contato do vibrador com a armadura e existiu vazamento de material do interior da
forma.
Figura 4.11 – Mangote vibrador tocando a forma
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 61
Com relão à média geral individual de cada empresa, foi observou que as
Empresas 3 e 7 foram as únicas que obtiveram nota acima de 9,0, sendo que ambas
conquistaram a nota máxima (10,0) em todos os subitens com exceção do
lançamento e do adensamento do concreto. Assim sendo essas empresas ainda têm
que melhorar a vibração do concreto. Ao consultar o questionário das empresas foi
constatado que ambas se preocuparam em seguir normas técnicas e padrões de
qualidade impostas pelos sistemas de selo de qualidade de cada uma delas.
O pior desempenho foi da Empresa 12, pois possuiu a menor média e o
maior coeficiente de variação, sendo que os piores desempenhos foram nos
subitens Fechamento de Formas, Proteção do Concreto e Desmoldagem. Com base
em suas respostas, a falta de uma pessoa com formação técnica para conduzir as
atividades de produção, associada com a falta de treinamento dos funcionários
levaram às dificuldades citadas. As respostas dadas pela empresa no questionário
demonstraram que ela teve preocupação com o controle da armadura e peças, e,
ainda, teve cuidados na etapa de preparação da forma fazendo as devidas limpezas.
Porém, não teve cuidados na proteção do concreto deixando-o desprotegido do sol e
da chuva e não se preocuparam com a conferência das dimensões da forma após o
fechamento, ou seja, os cuidados com as atividades preliminares o foram mantida
até o final do serviço. O menor desvio padrão é da Empresa 3 que apresentou um
único subitem com nota abaixo de 10,0.
No subitem Fechamento das Formas o coeficiente de varião foi alto, pois ao
analisar o questionário, as respostas foram objetivas e as empresas que não
seguiam os parâmetros da NBR 9062/2006 receberam avaliações ruins. O menor
coeficiente de variação foi do subitem Colocação de Armaduras e Peças, isto se
justificou pelas notas altas de quase todas as empresas, sendo que somente as
Empresas 6 e 12 não alcançaram a nota máxima, entretanto chegaram perto. Na
prática, essa foi uma atividade na qual os funcionários foram bem treinados e com
poucas dificuldades de execução das tarefas.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 62
4.7 Análise do item qualidade
O item Qualidade, cujos resultados estão apresentados na Tabela 4.9,
demonstrou valores para as empresas referentes a três subitens: Qualidade de
Produção; Inspeção das Peças Produzidas, e Manutenção das Peças Produzidas.
Tabela 4.9 – Qualidade das peças produzidas
Empresa
Qualidade
de prodão
Inspeção
das peças
produzidas
Manuteão
das peças
produzidas
Média
Geral
Individual
Desvio
Padrão
Individual
Coef. de
Variação
(%)
1 3,93 2,86 8,13 4,97 2,78 56,02
2 4,79 2,14 6,88 4,60 2,37 51,54
3 8,00 7,14 8,13 7,76 0,53 6,89
4 5,50 2,86 8,13 5,49 2,63 47,94
5 8,57 5,71 5,63 6,64 1,68 25,25
6 5,00 3,57 5,63 4,73 1,05 22,24
7 8,93 4,29 8,13 7,11 2,48 34,88
8 3,93 2,14 5,63 3,90 1,74 44,66
9 7,50 4,29 5,63 5,80 1,61 27,82
10 4,07 0,00 3,13 2,40 2,13 88,82
11 7,29 3,57 7,50 6,12 2,21 36,10
12 3,21 3,57 8,13 4,97 2,74 55,09
13 7,50 3,57 7,50 6,19 2,27 36,64
Média Total 6,02 3,68 6,78 5,44 1,30 41,07
Desvio
Padrão
2,00 1,45 1,55
Coef.
de
Variação
(%)
33,28 49,38 22,85
Analisando a média dos subitens de cada empresa, concluiu-se que a
Empresa 10 possuiu a menor média e o maior coeficiente de variação. Foi verificado
que dois fatores diminuíram a média da referida empresa: a Inspeção das Peças
Produzidas e a Manuteão das Peças Produzidas. Ao consultar as respostas do
questionário dessa empresa, percebeu-se que a inspeção foi feita por um
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 63
funcionário sem treinamento para a função e as peças produzidas raramente
receberam manutenção, mesmo quando apresentaram problemas como bolhas,
fissuras e quebras.
A Empresa 3 possuiu a maior média individual e o menor coeficiente de
variação em todos os subitens, foi possível perceber que a empresa praticamente
não encontrou dificuldades, isto é consequência do fato de ser a de melhor
desempenho no item Execução de Estruturas. A empresa apresentou um
desempenho superior no item Qualidade com notas médias em todos os subitens. A
Empresa 7, entretanto, possuiu uma média geral próxima a Empresa 3, porém
possuiu um desvio padrão e um coeficiente de variação superior ao da Empresa 3.
Neste caso pôde-se perceber que a Empresa 7 apresentou dificuldades apenas no
subitem Inspeção das Peças Produzidas, que é feita por um responsável pela
produção com o grau incompleto, segundo o questionário respondido pela
empresa, e que foi suficiente para aumentar o desvio padrão e o seu coeficiente de
variação.
Por meio da análise da média total de cada subitem da qualidade, percebeu-
se que as empresas encontraram maiores dificuldades no subitem Inspeção das
Peças Produzidas. Verificando todos os questionários, notou-se que a maior
dificuldade estava em não possuírem uma pessoa com perfil técnico na área de
qualidade, sendo que em 10 das 13 empresas, quem fazia a inspeção das peças
produzidas eram pessoas sem formão cnica e com grau de instrução máximo de
2º grau completo. A Empresa 3 foi a uma das exceções, pois possuía um técnico em
qualidade. A Empresa 5 tamm, pois tinha um responsável com grau superior,
porém não técnico.
O maior desvio padrão individual foi da Empresa 1 e por meio da Tabela 4.9
foi constatou que a empresa apresentou dificuldades referentes à Qualidade de
Produção e à Inspeção das Peças Produzidas, porém teve poucas dificuldades no
subitem Manutenção das Peças Produzidas. Segundo o questionário respondido, a
alta nota no último subitem se justifica pela preocupação no acabamento e qualidade
estética da peça final.
A Empresa 6 que foi classificada como E, possuiu uma média geral individual
um pouco abaixo da média total das empresas e um coeficiente de variação de
22,24 %. Porém, mesmo com uma média individual um pouco abaixo, se for feita
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 64
uma escala tomando os valores das médias das empresas em ordem crescente, a
empresa 6 estará no 1 lugar dos 13 possíveis, o que indicou que esse item
Qualidade também foi ruim, colaborando para a sua má classificação.
O subitem Inspeção das Peças Produzidas possuiu a menor média e o maior
coeficiente de varião dos subitens e por isso todas as empresas devem verificar
essa atividade. A Manutenção das Peças teve a maior média e o menor coeficiente
de variação entre os subitens, o que significa que poucas empresas com menor
média precisam verificar esse subitem.
A Empresa 10 possuiu o maior coeficiente de variação individual, pois possuiu
a única média zero dos subitens, qual seja, na Inspeção da Peça Produzida e por
esse motivo os seus resultados estão discrepantes em relação às outras médias
individuais. A qualificação de uma pessoa para a atividade de inspeção deve
diminuir o coeficiente de variação, visto que, por exemplo, a empresa 6 (Conceito E)
que mesmo com muitos problemas, qualificou uma pessoa específica para
inspecionar as peças produzidas e assim avaliar o produto e qualificar o processo.
4.8 Manifestações Patológicas Verificadas nas Empresas
A seguir estão apresentadas as manifestações patológicas de produção dos
pré-fabricados nas 13 empresas entrevistadas, bem como são discutidas as relações
entre estas que apresentaram os mesmos defeitos. As manifestações patológicas
eram estéticas: manchas claras e escuras, ou; estruturais: bolhas, fissuras e trincas,
quebras e falta de resistência adequada.
4.8.1 Bolhas na supercie
Das empresas entrevistadas, todas apresentaram problemas de bolhas na
superfície do concreto pré-fabricado. A frequência de aparecimento de bolhas pode
ser verificada na Tabela 4.10. Não existe norma ou metodologia alguma conhecida
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 65
para a determinação exata da freqüência das bolhas, portanto foi adotou o seguinte
procedimento:
não encontro: sem bolhas na superfície.
raramente: peças sim e peças não.
proporções variadas: em todas as peças, porém em quantidades bem
distribuídas (Figura 4.12).
em excesso: praticamente em toda a peça ou muitas bolhas acumuladas em
uma parte da peça (Figura 4.13).
Figura 4.12 – Bolhas em proporções Figura 4.13 – Bolhas em excesso
variadas
Tabela 4.10 – Frequência de bolhas
Quantidade
de Bolhas
Empresas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Não encontro - - - - - - - - - - - - -
Raramente - - - - - - - - - - - - -
Proporções
Variadas
X X X X X X X X
Em Excesso X X X X X
Foi possível perceber que 8 das 13 empresas encontraram proporções
variadas de bolhas na superfície do concreto e 5 empresas encontraram bolhas em
excesso. Analisando o questionário das empresas que encontraram proporções
variadas de bolhas, foi possível observar problemas em comum tais como:
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 66
dosagem do concreto: com exceção das empresas 3 e 7, as demais
executavam uma dosagem emrica e não era feito o desconto da quantidade de
água presente na areia úmida. As empresas 3, 7 e 11 controlavam a quantidade
de água colocada no traço e ambas possuíam usinas próprias para a produção
de concreto, as demais colocavam água aleatoriamente. Entende-se como
dosagem experimental aquela na qual são seguidos os parâmetros da NBR
6118/2007 e, dosagem empírica aquela que é feita por tentativas até que seja
encontrado um traço ideal.
vibração do concreto: todas as empresas admitiram que a vibração do concreto
foi insuficiente, ou seja, não se respeita um tempo de retirada de bolhas, nem o
espamento recomendado pelo fabricante para a vibração do concreto e ainda,
a vibração não é feita por camadas.
desmoldante: as empresas que utilizavam hidrocarbonetos parafínicos
aparentemente apresentaram menores problemas de bolhas na superfície, sendo
o caso da Empresa 1. A tensão interfacial entre a água e a superfície das formas
muda quando é utilizada cera desmoldante, facilitando a saída das bolhas. Na
Figura 4.14 está apresentada a superfície da pa pré-fabricada com aplicação
da cera desmoldante. As empresas que tamm apresentaram poucas bolhas
foram as que utilizam óleo mineral, como é o caso das empresas 2, 3, 7 e 13. As
demais empresas utilizaram óleo queimado de motor como desmoldante e
aparentemente apresentaram uma maior quantidade de bolhas. Nesse caso foi
recomendado às empresas fazerem testes preliminares antes da utilização do
desmoldante.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 67
Figura 4.14 – Peça que utilizou cera desmoldante
Com relação às empresas que apresentaram bolhas em excesso as
respostas em comum entre elas foram:
dosagem de concreto: os mesmos problemas de dosagem empírica do
concreto foram encontrados, além de não fazerem o desconto da umidade da
areia na quantidade de água; e ainda, as 5 empresas colocavam água de modo
aleatório no concreto.
vibração do concreto: as Empresas 4, 6 e 9 utilizam o vibrador do tipo
carrapato (Figura 4.15) e segundo elas, apresentam um resultado um pouco
melhor do que as que utilizam o mangote vibrador (Figura 4.16), porém não
existe como confirmar essa informão. Para as Empresas 5 e 13, a vibrão
apresentou os mesmos problemas citados acima.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 68
Figura 4.15 – Vibrador Carrapato Figura 4.16 Mangote Vibrador
desmoldante: as empresas 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11 e 12 utilizaram como
desmoldante o óleo queimado que diferentemente de outros desmoldantes, tem
um aspecto mais grosso e aparentemente com mais impurezas.
formas: para as Empresas 5, 6, 9 e 13, aparentemente a geometria das formas
influenciaram na quantidade de bolhas, ou seja, claramente quanto menos
retilíneo o formato dos moldes, mais essas empresas tiveram problemas.
De forma geral, com exceção das Empresas 3, 5 e 7, as demais empresas
também o conheciam as características dos seus materiais. Visto que não faziam
ensaios com a matéria-prima para a produção do concreto e/ou não mantinham os
resultados atualizados, principalmente para os agregados, que em todos os casos
não possam ensaios nem da empresa e nem do fornecedor.
4.8.2 Manchas claras e manchas escuras
Foi questionada a incidência de manchas nas superfícies de concreto, sendo
que foram classificadas conforme a tonalidade de cor como:
manchas claras: de tonalidade esbranquiçada e/ou amarelo claro.
manchas escuras: de tonalidade marrom escuro ou preta.
O resultado em ralão as manchas poderão ser consultadas na Tabela 4.11.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 69
Tabela 4.11 – Manchas na superfície de concreto
Manchas
Empresas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Claras - X - - - - X X X - X X -
Escuras X X - X - X - X X X - - -
Os principais pontos em comum encontrados nas empresas, após análise das
respostas dos questionários e consulta às informações obtidas neste subitem em
específico, foram:
excesso de água no traço: quando as empresas não controlam a umidade do
agregado e colocam água aleatoriamente, em todos os casos foram percebidos a
resposta como mancha clara de tom esbranquiçado (Figura 4.17), ou seja, a falta
de controle da quantidade de água para a mistura do concreto esocasionando
a manifestação patológica. Isso foi respondido pelas Empresas 2, 8, 9, 11 e 12.
desmoldante: a Empresa 7 além de óleo mineral também utilizava óleo diesel
como desmoldante, é provável que as manchas claras de tom amarelado sejam
exclusivamente por causa do uso desse material. As demais empresas que
utilizam óleo diesel o fazem para diluir o óleo queimado, assim para todas as
respostas referentes às manchas escuras de cor preta, o desmoldante utilizado
foi o óleo queimado, o material chave para o surgimento dessas manifestações
patológicas, tal como observado nas Empresas 1, 2, 4, 8, 9 e 10 (Figura 4.18).
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 70
Figura 4.17 – Manchas claras e esbranquiçadas
Figura 4.18 – Manchas escuras distribuídas
Nas Empresas 6, 8 e 9 foram tamm encontradas manchas escuras de
maneira pontual. Somente por meio da análise do questionário num primeiro
momento não foi possível identificar as possíveis causas dessas manchas (Figura
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 71
4.19). Porém, autores como GIAMUSSO (1992) e HELENE (1993), comentam que
na parte de ensaios de agregados, quando o teor de argila é muito alto em areias,
pode fazer surgir manchas de cor marrom clara e pontual nas superfícies de
concreto. Ao se consultar novamente o questionário das empresas, foi constatado
que todas não possuíam laudo do fornecedor referente aos ensaios dos agregados
e, também, não fizeram ensaio de seus materiais antes da dosagem do concreto.
Figura 4.19 – Manchas escuras pontuais
Para as empresas que apresentaram somente manchas claras e não
apresentaram manchas escuras, como foi o caso especifico das Empresas 11 e 12,
o desmoldante utilizado foi óleo vegetal refinado. Então, é provável que esse
material não influencie o surgimento de manchas no concreto, nem claras nem
escuras, foi possível que seja devido ao excesso de água, conforme mencionado.
As Empresas 3, 5 e 13, nas quais não foram observadas manchas na superfície do
concreto, utilizam óleo mineral refinado como desmoldante. A Empresa 1 informou
que eventualmente utiliza cera desmoldante (hidrocarbonetos parafínicos) e quando
isso ocorre não é observada a presença de manchas nas peças.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 72
mistura do concreto e manutenção dos equipamentos: Foi percebido que as
empresas que não possuíam qualquer tipo de mancha também tiveram em
comum a mistura adequada dos componentes do concreto. Ambas possuíam o
misturador do tipo planetário. No caso da Empresa 3 a manutenção dos
equipamentos foi feita periodicamente, ou seja, os equipamentos para a
produção do concreto sempre foram revisados e reparados quando
necessidade. Para a Empresa 13, os equipamentos são novos e adquiridos
recentemente. As outras empresas, tal como a 1, 10 e 11 tamm possuem o
mesmo tipo de misturador para concreto, sendo que no caso das Empresas 1 e
11 os equipamentos foram verificados e consertados somente quando houve a
quebra de alguma peça, ou seja, não existe manutenção periódica (manutenção
preventiva).
4.8.3 Fissuras na superfície de concreto
Foram consideradas fissuras todas as aberturas contínuas, na superfície e ao
longo das peças de concreto. A Tabela 4.12 Fissuras nas peças de concreto
apresenta as respostas das empresas quanto à presença ou não de fissuras.
Tabela 4.12 – Fissuras nas peças de concreto
Fissuras
Empresas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Sim X X - X X X - X X X X X X
Não - - X - - X - - - - - -
Somente as Empresas 3 e 7 não apresentaram problemas referentes a
fissuras nas peças, enquanto as demais empresas apresentaram fissuras.
Entretanto, não foram avaliadas nem a quantidade de fissuras e nem o grau de
comprometimento estrutural da peça.
Por intermédio do questionário foi possível perceber que:
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 73
a exposição ao Sol ou ao vento pode provocar a retração da peça de concreto,
visto que ocorre a remoção forçada da água do interior desta ainda no estado
fresco. Isto tem início logo após a aplicação do concreto juntamente com as
reações químicas. Como conseqüência houve a formação de fissuras, tal como
discutido na norma NBR 6118/2007 e por autores tais como HELENE (1993),
NEVILLE (1997) e TERZIAN (2005). As empresas que protegeram as peças pré-
fabricadas contra a evaporação rápida da água foram as Empresas 2, 3, 7, 11 e
13, ou seja, as que possuíam cobertura no local de produção das peças pré-
fabricadas. Entretanto somente as Empresas 2, 3 e 7 possam vedação lateral
de sua produção, ou seja, foram as únicas empresas que protegiam as peças
contra a incidência de ventos.
quanto à aplicação do processo de cura, ou seja, o procedimento para evitar a
evaporação rápida de água para evitar a retração, as Empresas 3, 5, 7 e 13
foram as únicas que fizeram a cura do concreto. No entanto, com base na Tabela
4.12 Fissuras nas peças de concreto foi posvel perceber que somente as
Empresas 3 e 7 não apresentaram problemas de fissuras nas peças, o que
claramente comprovou que a proteção contra a incidência do sol, a proteção
contra ventos e cura dentro de padrões de norma (NBR 6118/2007) evitam a
formação de fissuras. Medidas de proteção parciais como as tomadas pelas
empresas 2, 5 e 13 não foram suficientes para evitar a formação da manifestação
patológica. Apesar de não ter sido questionado, foi percebido durante a aplicação
do questionário que as empresas que mais apresentaram fissuras em suas peças
em termos de quantidade de peças atingidas e quantidade de fissuras por peça,
foram aquelas que não apresentaram nenhum tipo de proteção da peça contra os
raios solares. A Empresa 5 utiliza cura úmida das peças de concreto, ou seja,
manteve as peças molhadas, porém, durante a pesquisa foi verificado que
mesmo assim a empresa apresentou dificuldades em evitar fissuras nas peças
em dias com incidência solar direta e temperatura elevada. A Figura 4.20 ilustra
uma peça pré-fabricada exposta ao sol, na qual já é visível a presença de
fissuras.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 74
Figura 4.20 – Fissuras em peças pré-fabricadas
quantidade de água: tamm é de senso comum entre autores como HELENE
(1993) e NEVILLE (1997) que quanto maior for à quantidade de água no traço,
maior são as chances de se ter retração no concreto. Também foi possível
constatar nas respostas das empresas que, somente as Empresas 3, 7 e 13
fazem o controle da umidade e da água nos traços. Se a empresa 13 fizesse a
proteção lateral contra ventos de sua produção, mantendo a cura do concreto e a
proteção contra sol, provavelmente o apresentaria problemas de fissuras em
suas peças, eliminando essa manifestação patológica de sua produção.
4.8.4 Quebras de peça
Foram consideradas como quebras as peças com lasca ou remoção de
concreto em qualquer parte da superfície do pré-fabricado que tenha ocorrido
posteriormente ao seu endurecimento, e ainda, qualquer peça rompida. A Tabela
4.13 apresenta as respostas referentes à existência de quebras por lascas e
quebras por rompimento de peças.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 75
Tabela 4.13 – Quebras na superfície de concreto
Quebras
Empresas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Sem quebras - - X - - - X - - - - - -
Lascas de concreto
X X - X X X - X X X X X X
Rompimento de
peças
- X - X - X - X X - - X -
Novamente as Empresas 3 e 7 foram as que não apresentaram manifestação
patológica. Para as empresas que responderam lascas de concreto foram
verificadas no questionário as seguintes respostas em comum:
mão de obra não treinada: essas empresas não fizeram treinamento com os
funcionários e provavelmente a atividade de aplicação do desmoldante tamm
foi deficiência por falta de treinamento, ou seja, independente de sua
composição, essendo aplicado de forma inadequada. Para TERZIAN (2005) o
excesso de alguns desmoldantes pode provocar manchas e dificuldades de
remoção das peças de concreto. Isso foi verificado nas empresas em questão,
nas quais existia uma aplicação em excesso do desmoldante, sendo que o
recomendado por todos os fabricantes é passar uma camada fina, ou seja, sem
empoçamento. Na prática, percebeu-se que a aplicão do desmoldante é feita
em todos os casos com pulverizador do tipo costal (Figura 4.21), que possui
teoricamente um bico que controla a sua aplicação. Entretanto, também, se
percebeu nas empresas que responderam que tem problemas de lascas de
concreto, que mesmo com um equipamento como o pulverizador costal, existe o
problema de excesso de desmoldante. Foi verificado no local que as dificuldades
foram em informar e treinar os funcionários em relação à distância de aplicação
entre a forma e o bico do pulverizador, a regulagem do bico para controlar a
vazão. A falta de conscientização do funcionário em relação à execução de uma
correção no caso de um possível excesso de desmoldante tamm foi um
problema, ou seja, caso o desmoldante esteja em grande quantidade o
funcionário poderia removê-lo da forma, inclusive aproveitando para aplicar em
outros locais. A Figura 4.22 apresenta uma forma com excesso de desmoldante.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 76
Figura 4.21 – Pulverizador do tipo costal para aplicação de desmoldante
Figura 4.22 – Excesso de desmoldante na forma
desmoldante: as empresas 2, 3, 7 e 13 utilizam óleo mineral refinado como
desmoldante e, no entanto, somente as Empresas 3 e 7 não apresentaram
problemas de lascas de concreto. A empresa 7 também utiliza óleo diesel como
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 77
desmoldante e não apresentou problemas de lascas no concreto. Nas empresas
2 e 13 foi verificado no local que existe uma aplicação em excesso do
desmoldante e, portanto, algumas partes da peça apresentaram lascas no
momento de retirada das formas por provável acumulo do desmoldante. A
Empresa 1 utiliza eventualmente a cera desmoldante e quando isso ocorre, é
verificado que não há problemas de lascas no concreto dessa empresa. As
Empresas 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11 e 12 utilizaram óleo queimado e todas
apresentaram problemas de lascas no concreto. O que foi percebido, também, no
local foi que devido às características desse desmoldante, quais sejam: a
presença de resíduo de óleo de motor e a maior viscosidade que os demais
desmoldantes, existiu uma dificuldade de espalhamento do material na forma,
sendo, também, comum o seu empoçamento em mais regiões, do que quando se
usa desmoldantes com menor viscosidade. Na Figura 4.23 foi aparece uma peça
de concreto com lascas.
Figura 4.23 – A quarta peça de baixo para cima apresenta lasca de concreto
Em relação à quebra das peças de concreto, as seguintes semelhanças entre
as empresas foram notadas:
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 78
controle de água no traço de concreto: a falta de controle da umidade dos
agregados, associada à dosagem emrica da água no traço do concreto, pode
diminuir o fator água/cimento do traço e, consequentemente, a haverá queda da
resistência mecânica à tração. As Empresas 2, 4, 6, 8, 9 e 12 apresentaram esse
tipo de problema, sendo que representaram 46% das empresas entrevistadas, ou
seja, quase metade do universo entrevistado. O que se percebeu foi que essas
Empresas também não fazem o controle tecnológico da matéria-prima. O que
significa que qualquer contaminação ou excesso de um agregado, por exemplo,
pode exigir mais água do que o necessário para o traço de concreto, podendo
provocar a queda de resistência e a quebra da peça de concreto. Outro dado
importante foi a falta de treinamento da mão de obra, pois não havia a
preocupação com o controle de água nos traços e, nesses casos, também, foram
as empresas que contratavam pessoas aparentemente não capacitadas para
fazer o controle de dosagem na produção. A Figura 4.24 apresenta uma das
consequências do excesso de água no traço, que foi a exsudação, ou seja, a
migração da água para a superfície do concreto.
Figura 4.24 – Excesso de água no concreto
equipamentos de produção do concreto: para todas as empresas que
apresentaram essa manifestação patológica, os equipamentos para a produção
de concreto foram betoneiras de eixo inclinado, com exceção somente da
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 79
Empresa 2 que possuiu betoneira de eixo horizontal. Tamm, foi percebido que
essas empresas somente fazem a manutenção dos equipamentos quando existe
a quebra, ou seja, fazem somente a manutenção corretiva. O problema visto é
que algumas facas de mistura do concreto que estão no interior dessas
betoneiras, encontram-se desgastadas e, portanto, pouco eficientes para a
mistura do concreto. Foi constatado que a Empresa 8 foi a única que
apresentava as facas novas e que o tempo de mistura do traço de concreto era
de aproximadamente 3 minutos, enquanto nas demais empresas, nas quais as
facas das betoneiras já estavam aparentemente mais gastas, o tempo de mistura
do concreto era de 5 minutos. A falta de uma mistura eficiente do concreto
provoca a perda de homogeneizão do traço, podendo tornar o traço mais
segregado, e que se aplicado nessas condões poderão causar a queda de
resistência do concreto.
reaproveitamento de mistura: algumas misturas prontas e que não tinham
sido utilizadas, eram utilizadas novamente em novas misturas, ou seja, em
algumas empresas, a mistura antiga era adicionada a um novo traço. A falta de
resistência nos traços de concreto foi mais percebida nas empresas 4, 6 e 8 e
nas quais havia em comum a atividade de reaproveitamento de misturas.
Qualquer composição de concreto que contenha material reciclado deve ser
primeiramente estudada em laboratório, para verificar a sua influencia nas
propriedades do concreto tanto no estado fresco, como no estado endurecido. As
empresas citadas não demonstraram preocupação com os possíveis problemas
decorrentes do reaproveitamento de mistura como, por exemplo: aumento do
fator água/cimento, dificuldade de homogeneização do novo traço e
contaminação com agentes agressivos ao concreto, que essas misturas em
todos os casos ficam armazenadas no chão a espera de um novo traço. A Figura
4.25 apresenta o reaproveitamento de mistura: o funcionário retira a mistura de
concreto que estava no chão em vários pontos da fábrica e o coloca num
carrinho para ser posteriormente aplicado num novo traço.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 80
Figura 4.25 – Reaproveitamento de mistura
4.8.5 Falhas de concretagem
As falhas de concretagem informadas pelas empresas foram aquelas nas
quais existe alguma região da peça de concreto que apresentou alguma falha de
envolvimento da argamassa do concreto ficando então a brita aparente.
A Figura 4.26 apresenta uma peça nessa situação. Foi possível notar que a
parte superior apresenta uma falha na concretagem.
A Tabela 4.14 apresenta as respostas das empresas quanto aos problemas
de falha de concretagem, ou seja, formação de ninhos de concretagem.
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 81
Figura 4.26 – Falha de concretagem no canto superior da peça
Tabela 4.14 – Ninhos de concretagem
Ninhos de
concretagem
Empresas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Sim - - - X X X - X X X X X X
Não X X X - - - X - - - - - -
Notou-se pelas respostas das empresas que as Empresas 1, 2, 3 e 7 tiveram
em comum as seguintes características:
abatimento do concreto: as empresas que utilizam slump superior a 80 mm têm
um concreto mais fluido, o que torna a moldagem e o adensado no interior das
formas um pouco mais fácil, claramente isto pode diminuir a formação de falhas
de concretagem, visto a maior facilidade de aplicação do concreto no interior das
formas. As empresas com problemas de ninhos de concretagem apresentaram
abatimento inferior a 80 mm sendo que as empresas 4, 6, 8, 9, 10 e 12
apresentaram abatimento inferior a 50 mm e as empresas 5, 11 e 13
apresentaram abatimento entre 60 a 80 mm. Segundo HELENE (1993) e
NEVILLE (1997) os concretos para aplicação nesse tipo de estrutura, quanto
mais fluido, torna-se mais fácil de ser moldado e com menor possibilidade de
formação de ninhos de concretagem. Já, TERZIAN (2005), comenta que a
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 82
vibrão do concreto deve ser o suficiente para eliminar todas as bolhas de ar e
até que o adensamento do concreto no interior das formas seja completado,
sendo que assim é pouco provável a formão de falhas na concretagem.
vedação das formas: segundo TERZIAN (2005) a vedação das formas é uma
das atividades que deve ser verificada antes de se aplicar um concreto, pois caso
exista alguma falha nesta, no momento da vibração, a argamassa do concreto
(cimento, areia e água) pode vazar por essas falhas, deixando aquele ponto com
brita aparente. Na pesquisa do questionário, todas as empresas responderam
que apresentam cuidados na vedação das formas, porém não foi realizada uma
inspeção no local para a verificação dessa possível falha de processo.
4.8.6 Resisncia Inadequada
Percebeu-se no questionário aplicado que das treze empresas questionadas,
apenas duas (3 e 7) fazem o controle da resistência mecânica à compressão do
concreto produzido pelos ensaios de rompimento de corpos de prova. A
consequência da falta de controle da resistência pode provocar fissuras no concreto
no momento de retirada das peças do interior do molde. Porém nesse caso
nenhuma correlação foi percebida no questionário, mas, no local, foi percebido que
as empresas que não controlam a resistência mecânica à compressão, apresentam
fissuras ao longo da peça aleatoriamente.
Outro problema da falta de controle da resistência do concreto está em
relação às quebras. Pode-se perceber pela Tabela 4.13 que somente as empresas 3
e 7 não apresentaram quebras no concreto, no momento da retirada das peças do
molde.
4.8.7 Resumo das principais manifestações patológicas
Na Tabela 4.15 encontra-se um resumo referente às atividades e às relações
com as principais manifestações patológicas de produção das peças pré-fabricadas
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 83
que foram verificadas nas empresas pesquisadas. Cada “x marcado es
relacionado a uma empresa. Já, na Tabela 4.16 é apresentado um resumo sobre as
principais manifestações patológicas encontradas nas estruturas pré-fabricadas
tendo como base, o questionário aplicado em todas as empresas participantes. Na
mesma tabela também esinserida medidas de verificação e recomendações para
evitar as manifestações patológicas estudadas nessa dissertação.
Tabela 4.15 – Relação entre atividades e manifestações patológicas em pré-
fabricados
Atividades
Manifestações Patológicas
Bolhas
Manchas
claras
Manchas
escuras
Fissuras Quebras
Falhas de
concretagem
Falta de
resistência
Abatimento
inadequado
do concreto
xxxxxxxxx
Aplicação do
desmoldante
xxxxxxxxxxx
Controle de
água no traço
xxxxxxxxxx xxxxxxxxxx xxxxxxxx xxxxxxxx xxxxxxxx
Controle de
umidade de
agregados
xxxxxxxxxx xxxxxxxx
Cura do
concreto
xxxxxxxxxxx
Desmoldante
Hidrocarb.
Parafínicos
Desmoldante
Óleo mineral
Desmoldante
Óleo
queimado
xxxxxxxx x xxxxxxxx xxxxxxx
Dosagem
empírica
xxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxx
Ensaios com
matéria prima
xxx xxxxxxxxx xxxxxxx
Exposição ao
intemperismo
xxxxxxxx
Geometria de
formas
xxxxxxx
xxxxxx
Manutenção
dos
equipamentos
xxxxxxxx xxxxxxxx xxxxxxxxx
Mão de obra
não treinada
xxxxxxxxxxx
Misturador
betoneira
xxxxxxxx xxx
Misturador
planetário
Reaprov. de
misturas
xxx
Vedação das
formas
Vibração
insuficiente do
concreto
xxxxxxx
xxxxxx
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 84
Tabela 4.16 – Recomendações de prevenção das manifestações patológicas em
pré-fabricados
Manifestações
patológicas
O que se deve
verificar
Recomendações
Bolhas na
superfície
a) Dosagem do
concreto
b) Vibração do
concreto
c) Desmoldante
inadequado
d) Geometria de
formas
a) Desenvolver estudos experimentais.
b) Treinamento da equipe e manutenção do
vibrador.
c) Teste com desmoldantes e utilização de
hidrocarbonetos parafínicos ou óleo mineral,
preferencialmente.
d) Treinamento de equipe para vibração.
Manchas
claras
a) Excesso de água
b) Desmoldante
inadequado
a
) Ensaio dos materiais e da umidade, utilização de
aditivos, verificação de dosagem do traço e
treinamento da equipe.
b) Teste com desmoldantes e utilização de
hidrocarbonetos parafínicos ou óleo mineral,
preferencialmente.
Manchas
escuras
a) Desmoldante
inadequado
b) Ensaios de
materiais
c) Mistura do
concreto
d) Equipamentos
a
)
T
este com desmoldantes e utilização de
hidrocarbonetos parafínicos ou óleo mineral,
preferencialmente.
b) Ensaios para qualificar os materiais em fuão
das normas específicas.
c) Verificação do local, tempo de mistura e
treinamento da equipe.
d) Verificação do desempenho do equipamento e
manutenção preventiva.
Fissuras no
concreto
a) Exposição a
intempéries
b) Cura inadequada
c) Excesso de água
a) Proteção das peças quanto a sol, chuva,
umidade e ventos.
b) Verificar processos, métodos de cura e
treinamento da equipe.
c) Ensaio dos materiais e da umidade, utilização de
aditivos, verificação de dosagem do traço e
treinamento da equipe;
Capítulo 4 Análise de Resultados e Discussões 85
Tabela 4.17 – Recomendações de prevenção das manifestações patológicas em
pré-fabricados.
Manifestações
patológicas
O que se deve
verificar
Recomendações
Quebras de
peça
a
) Excesso de
desmoldante
b) Desmoldante
inadequado
c) Equipamentos
d) Reaproveitamento
de misturas
a
) Calibra
r equipamentos de aplicação e
treinamento da equipe.
b) Teste com desmoldantes e utilização de
hidrocarbonetos parafínicos ou óleo mineral,
preferencialmente.
c) Verificação desempenho do equipamento e
manutenção preventiva.
d) Não reaproveitar as misturas.
Resistência
inadequada
a) Excesso de água
b) Reaproveitamento
de misturas
c) Ensaio de
materiais
a) Ensaio dos materiais e da umidade, utilização de
aditivos, verificação de dosagem do traço e
treinamento da equipe;
b) Não reaproveitar as misturas;
c) Ensaios para qualificar os materiais em função
das normas específicas;
Falhas de
concretagem
a) Abatimento do
concreto
b) Vedação das
formas
c) Vibração
a
) Desenvolver concretos plásticos que atendam
com facilidade a sua moldagem no interior do
molde.
b) Verificação da vedação das arestas das formas e
treinamento da equipe.
c) Treinamento da equipe e manutenção do
vibrador.
Capítulo 5 Conclusões 86
5 CONCLUSÕES
5.1 Conclusões
Em relação ao corpo técnico, o presente trabalho sinalizou que a ausência de
profissionais capacitados no controle da produção resultou em grande incincia de
manifestações patológicas na produção. Dessa forma, foi observado que as
empresas qualificadas como “Dou “E” se enquadraram nessa situação. Por outro
lado, quanto mais especialistas técnicos uma empresa possuía, melhor o
desempenho de produção e qualidade dos produtos. A implantação de selos de
qualidade, como o da ABCIC e ISO 9000, foi outro fator positivo que destaca
algumas empresas do grupo estudado, resultando em melhor desempenho industrial
e em maior pontuação no questionário aplicado, tanto para itens isolados como no
somatório total. Isso significa que a intervenção de sistemas da qualidade
acrescenta responsabilidade e melhoria de processo e produto nas empresas do
setor de pré-fabricados.
A armazenagem e a utilização de insumos não qualificados para a
produção de concreto demonstraram serem fatores negativos e as causas do
surgimento de manifestações patológicas. Quanto mais desconhecidas foram as
características das matérias-primas, mais difícil tornou-se a identificação do agente
responsável pela patologia. No entanto, quando às caractesticas desses materiais
eram conhecidas, havia menos problemas nas peças pré-fabricadas e, quando
existia alguma não conformidade, o mesmo foi de fácil identificação e solução. As
empresas que faziam uso de desmoldantes a base de óleos reciclados
apresentaram um maior número de incidência de bolhas, manchas escuras e
quebras das peças pré-fabricadas, enquanto as empresas que utilizaram óleo
mineral e hidrocarbonetos parafínicos apresentaram os concretos com os melhores
acabamentos superficiais ao final da produção. Antes de optar por um desmoldante
é importante fazer um teste de aplicação. Quando são utilizados traços empíricos,
sem o controle de água para a produção de concreto, é certo que as peças
apresentarão todas as manifestações patológicas listadas nesse trabalho: grandes
Capítulo 5 Conclusões 87
quantidades de bolhas, falta de resistência mecânica adequada, manchas claras,
fissuras e quebras. O desenvolvimento de traços experimentais, o controle de água
e a aplicação correta do concreto são fatores que melhoram a qualidade do pré-
fabricado.
O treinamento das equipes envolvidas na produção foi uma das necessidades
identificadas para a melhoria dos produtos pré-fabricados. As qualificações, por
exemplo, foram divididas em três setores:
capacitação dos responsáveis técnicos pela produção com a atualização
referente aos parâmetros normatizados, especificações de serviços,
treinamento em sistemas de qualidade e produtos, manutenção preventiva de
equipamentos etc;
capacitação de laboratoristas e fiscais de produção como a atualização de
normas e ensaios, qualificação de materiais e parâmetros de resistências dos
concretos e;
capacitação de funcionários da produção para atualização de conhecimentos
referentes ao preparo, transporte, adensamento e cura do concreto, limpeza e
vedão das formas, correta aplicação de desmoldantes e agentes de cura
(caso venham a existir), colocação de armadura no interior das formas, etc.
As empresas que possuíam o selo de qualidade, permanentemente realizavam
cursos de capacitação dos funciorios e como consequência, apresentavam os
melhores desempenhos em todos os setores questionados nesse trabalho.
A análise dos resultados permitiu estabelecer critérios de classificação para as
empresas, definindo um ordenamento com relação ao grau de organização e à
qualidade de processo e produto. A vantagem nessa metodologia foi que uma vez
estabelecido um parâmetro de excelência para empresas do setor de pré-fabricados
de concreto, cada empresa avaliada pode analisar sua posição com relão a um
grupo de concorrentes. Outra vantagem dessa metodologia é apontar o grau de
excelência por segmentos do processo produtivo, permitindo focar esfoos no(s)
setor(es) que demanda(m) maior controle e investimento, otimizando assim tempo e
recursos financeiros.
Capítulo 5 Conclusões 88
5.2 Sugestões para Trabalhos Futuros
Dentre algumas possibilidades de estudos a serem desenvolvidos que venham a
complementar essa dissertação, são sugeridas algumas linhas:
avaliar a correlação entre os custos com manutenção ou com a perda de peças
pré-fabricadas e o grau de investimento pela empresa na qualificação e
capacitação dos funciorios;
avaliar os efeitos dos desmoldantes utilizados no mercado na qualidade das
peças, estabelecendo parâmetros de verificação como: bolhas, manchas,
integridade das arestas e das superfícies na desmoldagem;
avaliar a correlação entre o fator água / cimento e a quantidade de bolhas nas
superfícies das peças;
avaliar a correlação entre o fator água / cimento e a variação nos valores de
resistência mecânica à compressão nas amostras de controle do concreto
utilizado para fabricação das peças;
avaliar a influência da geometria das formas no surgimento de manifestações
patológicas nas peças.
definir métodos de controle preciso e o destrutivo para mensurar o tempo
mínimo de abertura das formas, garantindo a integridade das peças.
Referências 89
REFERÊNCIAS
AKERS, D. J. Building Materials. Building Design and Construction Handbook.
Disponível em: www.digitalengineeringlibrary.com, 2004. Ultimo acesso: novembro,
2008.
ALLEN, A. H. An Introduction to Prestressed Concrete. Book of Cement and
Concrete Association, London, 2000.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA DE
CONCRETO. Selo Excelência ABCIC Norma N2. São Paulo: 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA. Manual
técnico de pré-fabricados de concreto. São Paulo: Projeto, 1986.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Aditivos para Concreto de
Cimento Portland. Especificação. NBR - 17693. Rio de Janeiro: 1992.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregado em Estado Sólido
- Determinação da Massa Unitária. Método de Ensaio. NBR 7251. Rio de Janeiro:
1982.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados Determinação
de Impurezas Orgânicas Úmidas em Agregado Miúdo. Método de Ensaio. NBR
7220. Rio de Janeiro: 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados Determinação
de Absorção e da Massa Específica de Agregado Graúdo. Método de Ensaio NBR
NM 53. Rio de Janeiro: 2003b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados Determinação
da Massa Específica de Agregados Miúdos por Meio de Frasco de Chapman.
Método de Ensaio. NBR NM 52. Rio de Janeiro: 2003 a.
Referências 90
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados Determinação
de Absoão de Água em Agregados Miúdos. Método de Ensaio. NBR 9777. Rio de
Janeiro: 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados Determinação
da Composição Granulométrica. Método de Ensaio. NBR NM 248. Rio de Janeiro:
2003 c.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados Determinação
da Absorção e da Massa Específica de Agregado Graúdo. Método de Ensaio. NBR
9937. Rio de Janeiro: 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados em Estado
Compactado Seco – Determinação da Massa Unitária. Método de Ensaio. NBR
7810. Rio de Janeiro: 1983.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados para Concreto.
NBR 7211. Rio de Janeiro: 1983.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados - Amostragem
Método de Ensaio. NBR NM 26. Rio de Janeiro: 2001b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS CNICAS. Agregados - Determinação
do Teor de Argila em Torrões e Materiais Friáveis. Método de Ensaio. NBR 7218.
Rio de Janeiro: 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Concreto. Determinação da
consistência pelo abatimento do tronco de cone. NBR NM 67. Rio de Janeiro, 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Execução de Concreto
Dosado em Central. NBR 7212. Rio de Janeiro: 1984.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Impermeabilização
Seleção e projeto. NBR 9575. Rio de Janeiro: 2003
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de Estruturas de
Concreto Procedimento. NBR 6118/2007. Rio de Janeiro: 2007.
Referências 91
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS CNICAS. Projeto e Execução de
Estruturas de Concreto Pré Moldado. NBR 9062/2006. Rio de Janeiro: 2006
BERLEZE, R. C. Sistema convencional x p-fabricado. Revista FAE Business.
Nº 10. Curitiba, 2004.
BRANTLEY, R. T; BRANTLEY, L. R. Construction Materials. Standard Handbook
for Civil Engineers. Chapter 5. Disponível em: www.digitalengineeringlibrary.com,
2004. Ultimo acesso: dezembro, 2008.
CAMPOS, P. E. F. de. Sem restrições tecnogicas os pré-fabricados devem
romper obstáculos culturais. Texto extraído da página do Prof. Luis Fernando de
Ávila Santos, 2006. Disponível em:
<http://www.fernandoavilasantos.kit.net/barreiras_culturais_premoldados.htm>,
Acesso em maio de 2009.
EL DEBS, M. K. Concreto pré-moldado: fundamentos e aplicações. o Carlos:
EESC-USP, 2000.
Empresas Associadas ABCIC o Paulo, 2007. Disponível em:
<http://www.abcic.com.br> Acesso em: 07 de abril de 2007.
FACHINETTO, F.; CAMARGO, L. de. Estudo comparativo da permeabilidade em
concretos pré-moldados em função do fator água/cimento e consumo de
cimento. Trabalho de conclusão de curso (CEFET PR), Curitiba, 2002.
FILIPPI, G. A. Pré-fabricados com garantia de qualidade: o selo excelência
ABCIC. Revista IBRACON, v. 43, p. 44-45, 2006
FORTES, A. S; PADARATZ, I. J. Patologia em estruturas pré-fabricadas de
concreto em Florianópolis. Anais 46º IBRACON. Florianópolis, 2004.
GIAMMUSSO, S. E; Manual do concreto.o Paulo: Pini, 1992
GRANATO, J. E. Manual técnico: BASF. o Paulo, 2007. Disponível em:
<http://www.basf-cc.com.br/novo/home.asp> Acesso em: 27 de junho de 2007.
Referências 92
HELENE, P. R. L; Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de
concreto. 2 ed. São Paulo: Pini, 1992.
HELENE, P. R. L; TERZIAN, P. R. Manual de dosagem e controle do concreto.
São Paulo: Pini, 1993.
HOISINGTON, R. W. Fabrication and shipment cracks in prestressed hollow-
core, slabs and double tees. PCI Jornal, JR 271, Chicago, 1983.
JOUKOSKI, A.; PORTELLA, K. F.; GARCIA, C. M.; SALES, A.; PAULA, J. F..
Estudo do processo de fabricação de postes de concreto armado destinados a
redes de distribuição elétrica: principais falhas, suas seqüências e correções.
In: 4 CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO, IBRACON, BELO
HORIZONTE, MG. IBRACON, 2002.
LOTURCO, B.; Formas: madeira ou metal? Revista Techne, número 1000, São
Paulo, 2005.
MALDANER, S. M. Procedimentos para identificação dos custos de não
qualidade na construção civil. Dissertação de mestrado do programa de pós-
graduação em engenharia da produção. UFSC. Florianópolis, 2003.
Manual técnico Rheotec. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em:
<http://www.rheotec.com.br> Acesso em: 27 de junho de 2007.
Manual técnico Sika S.A. São Paulo, 2006. Disponível em: <http://www.sika.com.br>
Acesso em: 27 de junho de 2007.
Manual técnico Vedacit. São Paulo, 2003. Edição. Disponível em:
<http://www.vedacit.com.br/literatura/manual_tecnico.pdf > Acesso em: 27 de
junho de 2007.
MARQUES, R. J.; PEIXOTO, R. de F. F.; REGADO, L. A. do F. Estudo da
Viabilidade de Utilização do Cimento Portland Pozolânico CP IV em
substituição ao Cimento Portland de Alta Resistência Inicial CP V ARI RS em
estruturas pré-fabricadas da região de Curitiba. Trabalho de conclusão de curso,
UTFPR, Curitiba, 2006.
Referências 93
MEKBEKIAN, G.; AGOPYAN, V. Desenvolvimento dos sistemas de qualidade
para as indústrias de pré-fabricados de acordo com as diretrizes da rie de
normas NBR ISO 9000. Boletim técnico da Escola Técnica da USP, Departamento
de Engenharia de Construção Civil, São Paulo, 1997.
MELO, C. E. E. Manual Munte de projetos em pré-fabricados de concreto. 1. ed.
São Paulo: PINI, 2004.
Moreno, R. Manual técnico: Anchortec Fosroc. São Paulo, 2005. Disponível em:
<http://www.anchortec.com.br> Acesso em: 27 de junho de 2007.
NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. São Paulo. Editora Pini. 2ª edição
1997.
NÓBREGA, P. G. B. Análise dinâmica de estruturas de concreto: estudo
experimental e numérico das condições de contorno de estruturas pré-
moldadas. Tese (doutorado) Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade
de São Paulo. São Carlos, 2004.
Publicar do Brasil listas telefônicas EDITEL. Curitiba, 2007. Disponível em:
<http://www.listasonline.com.br> Acesso em: 02 de junho de 2007.
RODRIGUES, M. E. Estructuras Pré Fabricadas de Concreto. Artigo UNAM,
Universidade do México, Cidade do México, 2002;
RODRIGUES, P. P. F; Parâmetros de dosagem do concreto. Associação
Brasileira de Cimento Portland, ET . 67 2a . edição. São Paulo, SP, 1995.
SHAIKH, A. F. e colaboradores. PCI design handbook. PCI Industry Handbook
Committee, 5ª Edition, Chicago, 1999.
SILVA, C. B. da; COSTA, D. W. da; BASTOS S. R. B.; Estudo de Caso – Traços de
concreto para uso em estruturas p-fabricadas. Anais do 47º Congresso
Brasileiro do Concreto, 47CBC0542, Recife, 2005.
SOBRAL, H. S. Durabilidade dos Concretos (ET-43). São Paulo: Editora da ABCP,
1985.
Referências 94
VASCONCELOS, A. C. O concreto no Brasil: Pré-Fabricação, Monumentos,
Fundações. Editora Studio Nobel, volume III, Rio de Janeiro, 2002.
TAKAGI, E. M. Manual técnico: MC-Bauchemie Brasil. São Paulo, 2006.
Disponível em: <www.mc-bauchemie.com.br> Acesso em: 27 de junho de 2007.
TEIXEIRA, E. H. S; Manual técnico de pré-fabricados de concreto. ABCIC, São
Paulo: Projeto, 1986.
TERZIAN, P. Concreto Pré-Fabricado in: Isaia, Geraldo. Concreto Ensino,
pesquisas e realizações. Editora IBRACON, volume 2, 2005.
TSUYUKI, T. The role of statistical process control in improving quality.
Maynard´s Engineering Handbook, Chapter 13.6, disponível em
http://www.digitalengineeringlibrary.com/index.asp, ultimo acesso: novembro de
2008.
Apêndice A Empresas de pré-fabricados do Paraná 95
APÊNDICE A - Empresas de Pré-Fabricados no Paraná
Empresa Endereço Cidade Telefone Ramo de atividade
A J P INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DE ARTEFATOS
DE CIMENTO
Av. Mal.
Cordeiro Farias,
3205
Ivaiporã (43) 3472-3174
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
ARCIMAN INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DE ARTEFATOS
DE CIMENTO
Av. Paraná, 401
Mandirituba (41) 3626-1390
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
ARCIMOL PRÉ MOLDADOS E
CONSTRUTORA DE OBRAS
LTDA
Av. Nilo
Humberto
Deitos, 730
Céu Azul (45) 3266-1352
Pilares, vigas e
postes
ARTE DO CIMENTO TABA Matinhos (41) 3452-6235
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
ARTECIL PRÉ-MOLDADOS
São José dos
Pinhais
(41) 3385-4049
Lajotas, blocos, e
pavers
AR
TEFATOS BASE FORTE
Roncador
(44) 3575
-
2143
Tubos, pavers e
blocos
ARTEFATOS BOA VISTA Colombo (41) 3675-7077
Pavers e blocos
ARTEFATOS DE CIMENTO
LINDNER LTDA
Av. Farrapos,
2077
Maripá (44) 3687-1279
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
ARTEFATOS DE CONCRETO
TUBOLAR LTDA
Rua Raposo
Tavares, 2000
Curitiba (41) 3338-2131
Tubos
ATF PRÉ MOLDADOS Palmas (46) 3262-4980
Pilares e vigas
B G M INDÚSTRIA DE
ARTEFATOS DE CIMENTO
LTDA
Rod. Pr 465, s/n
Km 14
Araruna
(44) 3562
-
1479
Lajotas, blocos, meio
-
fio e tubos
CASSOL
PRÉ
-
FABRICADOS
LTDA
Rod. Pr 421 Km
01
Araucária
(41) 3641
-
5900
Pilares, vigas, lajes e
estacas
CEQUINEL PRÉ MOLDADOS
Campo Largo
(41) 3555-1413
Pilares, vigas e
postes
CERTA PRÉ-MOLDADOS Cascavel (45) 3226-6336
Pilares e vigas
CERVID INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DE PRÉ-
MOLDADOS LTDA
Rua Nereu
Schelikmann, s/n
Francisco
Beltrão
(46) 3527-3038
Pilares e vigas
CIMAPAR CONSTRUTORA
DE OBRAS CIVIS LTDA
Estrada Balsa
Nova, 1500
Campo Largo
(41) 3399-4141
Tubos, pavers, pilares
e vigas
CIMENTART São Jos
é dos
Pinhais
(41) 3382-3599
Pavers e blocos
CIMENTEC PRÉ MODLADOS
Andirá
(43) 3538
-
3500
Pilares e vigas
Apêndice A Empresas de pré-fabricados do Paraná 96
Empresa Endereço Cidade Telefone Ramo de atividade
CIOLA PRÉ MODLADOS
Campo
Mourão
(44) 3524
-
1758
Pilares e vigas
COMPACTA INDUSTRIA DE
PRÉ MOLDADOS
Campo Largo
(41) 3555
-
1673
Pilares, vigas e
postes
CONCREART INDUSTRIA E
COMÉRCIO DE ARTEFATOS
Londrina (43) 3026-6450
Blocos e pavers
CONCRECASA PRÉ
MOLDADOS
Colombo (41) 3663-0008
Pilares e Vigas
CONCRENOR INDÚSTRIA E
COMÉRCIO PRÉ-
MOLDADOS DE CONCRETO
Rua Rouxinol,
5025
Arapongas (43) 3252-0866
Pilares e vigas
CONCRETIS PRÉ
MODLADOS
Tijucas do
Sul
(41) 3695-1119
Pilares, vigas e
postes
CONCRETO E CONCRETO
PRÉ MOLDADOS
Curitiba (41) 3222-6115
CONPREM CONCRETO PRÉ
-
MOLDADO LTDA
Parque Indust
rial
Lorenzeti, s/n
Campo Largo
(41) 3392
-
6779
Postes
CONSIBRA PRÉ MOLDADOS
São José dos
Pinhais
(41) 3382-1942
Pilares e vigas
CONSTRUTORA
PROGRESSÃO
Araucária Pilares e vigas
COTIM PRÉ MOLDADOS Londrina (43)3338-3686
Pilares e vigas
DERIVADOS DE CIMENTO
DUOVIZINHENSE LTDA
Rod. Pr 281, s/n
Km 01
Dois Vizinhos
(46) 3536-1477
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
DERIVADOS DE CIMENTO
PATO BRANCO LTDA
Rua Tupi, 6300
Pato Branco
(46) 3223
-
3577
Lajotas, blocos, meio
-
fio e palanques
DESEMPENHO INDÚSTRI
A E
COMÉRCIO DE ARTEFATOS
Rua Arlindo
Natal, 290
Curitiba (41) 3286-2123
Pilares e vigas
D.M CONSTRUTORA DE
OBRAS
R. Wiegando
Olsen,
Curitiba (41) 3313-8200
Pilares, vigas, lajes e
estacas
DUTZ GOES LTDA Rua Carlos
Setim, 55
São José dos
Pinhais
(41) 3382-0664
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
EL VIEIRA & CIA LTDA
Av. Pres. Getúlio
Vargas, 1671
Irati (42) 3422-1412
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
ENGECON INDÚSTRIA DE
PRÉ-MOLDADO LTDA
Rua B, 3730
Dois Vizinhos
(46) 3536
-
3377
Pilares e vigas
E
NGEMA ENGENHARIA
MANGUEIRINHA LTDA
Rua Pres.
Juscelino
Kubistchek, 65
Mangueirinha
(46) 3243
-
1366
Pilares e vigas
ENGEPROCONS LAJES DE
CONCRETO LTDA
Rua Exp. João
Protezek, 2900
Irati (42) 3422-1410
Lajes
Apêndice A Empresas de pré-fabricados do Paraná 97
Empresa Endereço Cidade Telefone Ramo de atividade
ENGMOLD CONSTRUÇÕES
CIVIS LTDA
Rod. da Uva, 47
Km 01
Colombo
(41) 3356
-
1616
Estacas
ESTACAS BENAPAR LTDA Rua Cândido
Xavier, 251
Curitiba (41) 3016-9512
Estacas
FACICON - ARTEFATOS DE
CIMENTO LTDA
Av. Al.
Tamandaré,
1341
Guaíra (44) 3642-2070
Lajotas, blocos, meio-
fio e tubos
FERRART INDÚSTRIA E
COMÉRCIO LTDA
Rua Condor, 175
Londrina (43) 3321-7612
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
FORLAJES PRÉ-MOLDADOS
E LAJES
Cascavel (45) 3226-6163
Lajes
G RESENDE & CIA LTDA Rod. Pr 323, s/n
Km 305
Umuarama (44) 3639-2355
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
GALPOSTE P
-
MOLDADOS DE CONCRETO
LTDA
Rod. Br 116, s/n
Km 202
Rio Negro
(47) 3645
-
0033
Pilares, vigas, postes
e tubos
GALPREMOL GALPÕES PRE
MOLDADOS
Curitiba
(41) 3256
-
3980
GRAÇA JÚNIOR INDÚSTRIA
DA CONSTRUÇÃO CIVIL
LTDA
Rua Uirapuru,
1429
Arapongas (43) 3252-3788
Pilares e vigas
HIPER PRÉ MOLDADOS Guarapuava (42) 3624-5957
Pilares e vigas
INARTEC INDÚSTRIA DE
ARTEFATOS DE CIMENTO
LTDA
Av. Marciano de
Barros, 800
Jacarezinho (43) 3525-0432
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
INCOPOSTES Paranav (44) 3424-2177
Pilares, vigas e
postes
INDÚSTRIA DE ARTEFATOS
DE CIMENTO MARACANÃ
LTDA
Rod. Br 369, s/n
Km 158
Cambé (43) 3253-1708
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
INDÚSTRIA DE TUBOS
PINHAIS LTDA
Av. Iraí, 421 Pinhais (41) 3033-2927
Tubos
INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE
BLOCOS E LAJES FONSECA
Rua Major João
Carneiro Júnior,
181
Japira
(43) 3555
-
1144
Lajotas, blocos, meio
-
fio e palanques
INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE
PRÉ-MOLDADOS
SERPELLONI
Rod. Pr 170, s/n
Km 01
Rolândia (43) 3256-3399
Pilares e vigas
INPREART INDÚSTRIA DE
PRÉ- MOLDADO DE
CONCRETO
Rua Abel
Scuissiato, 2995
Colombo (41) 3675-7007
Tubos
IRMÃOS EYNG LTDA Rua São Paulo,
1790
Cascavel (45) 3223-5431
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
ITAIPÚ INDÚSTRIA E
COMÉRCIO ARTEFATOS DE
CONCRETO
Rua Ladislau
Gubaua, 501
Almirante
Tamandaré
(41) 3657-4245
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
Apêndice A Empresas de pré-fabricados do Paraná 98
Empresa Endereço Cidade Telefone Ramo de atividade
IVANKIO E COMPANHIA
LTDA
Estrada do
Botiatuva, 1624
Ara
ucária
(41) 3642
-
1985
Lajotas, blocos, meio
-
fio e tubos
IVEMAR INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DE LAJES LTDA
Rua Salomão
Elias Feder,
1422
Curitiba (41) 3276-5031
Lajes
J TURECK ARTEFATOS DE
CIMENTO LTDA
Rua Dr.
Dagoberto
Pusch, 585
Castro (42) 3233-1167
Lajotas, blocos, meio-
fio e tubos
KOINA INDÚSTRIA E
COMÉRCIO ARTEFATOS DE
CIMENTO
Rua Waldemar
Loureiro
Campos, 2875
Curitiba (41) 3276-3141
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
LAJES ATUAL MATERIAIS
DE CONSTRUÇÃO LTDA
Estrada da
Ribeira,1078
Curitiba (41) 3256-8279
Lajes
LAJES BACACHERI LTDA Rua Paranaguá,
150
Almirante
Tamandaré
(41) 3657-7217
Lajes
LAJES E PRÉ-MOLDADOS
SORRIA LTDA J C BATISTA
Av. Iguaçú, s/n
Lt 166 - Bl 6
Rolândia (43) 3256-3604
Lajes
LAJES IGUAÇÚ LTDA
Rua Paulo
Setubal, 406
Curitiba
(41) 3
376
-
4477
Lajes
LAJES PATAGONIA
INDÚSTRIA E COMÉRCIO
LTDA
Av. 24 de
Outubro, 3060
Medianeira (45) 3264-1192
Pilares e vigas
LAJES TREVO LTDA Rua Irmã
Rafaela, 779
Prudentópolis
(42) 3446-1619
Lajes
LAJESMOR ARTEFATOS DE
CIMENTO LTDA
Av. das
Indústrias, 1463
Balsa Nova (41) 3636-1116
Pilares, vigas e
postes
LAJET INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DE ARTEFATOS
DE CONCRETO
Av. Ver.
Wadislau
Bugalski, 379
Almirante
Tamandaré
(41) 3657-3222
Tubos
L.C COSTA Fazenda Rio
Grande
(41) Pilares, vigas e lajes
LUCIANO BUBNIAK Rua Pedro
Skrypietz, 400
Campo Largo
(41) 3392-3365
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
MANOEL FERNANDES
JÚNIOR & CIA LTDA
Rua Liberato
Spagolla, 1234
Santa
Mariana
(43) 3531
-
1296
Lajotas, blocos, meio
-
fio e palanques
MARCO INDUSTRIA E
COMÉRCIO DE PRÉ
MODLADOS
Campo Largo
(41) 3555-2430
Pilares, vigas e lajes
MATTÉ INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DE PRÉ-
MOLDADOS EM CONCRETO
Rod. Br 277, s/n
Km 725
Foz do
Iguaçú
(45) 3526-3456
Pilares e vigas
MIGFER PRÉ MOLDADOS Pato Branco (46) 3225-2683
Pilares e vigas
MIMALE INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DE ARTEFATOS
DE CIMENTO
Rod. do Papel,
s/n
Telêmaco
Borba
(42) 3272-2101
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
Apêndice A Empresas de pré-fabricados do Paraná 99
Empresa Endereço Cidade Telefone Ramo de atividade
MOLDPAR INDUSTRIA DE
PRE MOLDADOS
Curitiba
(41) 3227
-
7350
Lajotas,
blocos, meio
-
fio e palanques
MOULDING INDUSTRIA DE
PRE MOLDADOS
Mandaguari (44) 3233-3300
Pilares e vigas
NEUBERN PRÉ-MOLDADOS Foz do
Iguaçu
(45) 3574-3983
Pilares e vigas
OESTEPAR INDÚSTRIA DE
ARTEFATOS DE CIMENTO
LTDA
Rua Quintino
Bocaiuva, 995
Toledo (45) 3252-4737
Tubos
PARANÁ PRE MOLDADOS Apucarana (43) 3440-5013
Pilares e vigas
PERFISUL GALPÕES PRÉ
MODLADOS
Umuarama (44) 3639-7332
Pilares e vigas
PINO PRÉ MOLDADOS
Ponta Grossa
(42) 3228
-
1058
Pilares e vigas
PRE MOLDADOS BERTOLINI
Tijucas do
Sul
(41) 3695-1130
Pilares e vigas
PRE MOLDADOS BORUSH Prudentopolis
(42) 3446-5189
Pilares e vigas
PRE MOLDADOS CIANORTE
Rua 02, 331 Cianorte (44) 3629-6996
Pilares e vigas
PRE MOLDADOS
FIORAVANTE
Foz do
Iguaçu
(45) 3243-2651
Pilares e vigas
PRE
MOLDADOS
GROCHOSKI
Ivai
(42) 3247
-
1895
Pilares e vigas
PRE MOLDADOS ITAIPU Castro (42) 3233-1133
Pilares, vigas e
postes
PRE MOLDADOS MILENIUM Chopinzinho (46) 3242-1571
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
PRE MOLDADOS NADAL Arapoti (43) 3557-1217
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
PRE MOLDADOS PROTEC Maringá (44) 3263-5987
Pilares e vigas
PRE MOLDADOS
SERPELLONI
Rolândia
(43) 3256
-
399
Lajotas, blocos, meio
-
fio e palanques
PRE MOLDADOS SLAVIEIRO
Pato Branco
(46) 3225
-
1468
Lajotas, blocos
, meio
-
fio e palanques
PRE MOLDADOS DE
CIMENTO SUL
Guarapuava (42) 3629-1355
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
PRÉ MOLDADOS GUARANY
SUL LTDA
Rua Guarany,
1356
Pato Branco (46) 3225-1099
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
Apêndice A Empresas de pré-fabricados do Paraná 100
Empresa Endereço Cidade Telefone Ramo de atividade
PREMETAL PRÉ MOLDADOS
Cascavel
(45) 3324
-
1761
Pilares e vigas
PREMIX CONCRETO Palotina (44) 3649-4471
Pilares e vigas
PREMOL PRÉ MOLDADOS Apucarana (43) 3427-9450
Pilares e vigas
PREMOFORT PRÉ
MOLDADOS
Pato Branco (46) 3224-4852
Pilares e vigas
PRENTEC PRÉ-MOLDADOS
LTDA
Av. Minas
Gerais, 4571
Apucarana (43) 3423-6166
Pilares e vigas
PROJEPAR CONSTRUÇÕES
PRÉ- MOLDADAS LTDA
Rua Thomaz
Carmeliano de
Miranda, 999
São José dos
Pinhais
(41) 3382
-
2773
Pilares, vigas e
estacas
R D S LAJES INDÚSTRIA DE
ARTEFATOS DE CONCRETO
Rod. da Uva,
6327 Km 08
Colombo
(41) 3656
-
1127
Lajotas, blocos, meio
-
fio e palanques
RACIONAL INDÚSTRIA DE
PRÉ-FÁBRICADOS LTDA
Rod. Br 376, s/n
Km 96
Ponta Grossa
(42) 3228-1322
Pilares, vigas e lajes
RBG PRÉ-MOLDADOS LTDA Rod. Pr 323, s/n
Km 70 - Lote B
86ª
Cianorte (44) 3631-5870
Pilares e vigas
S GONÇALVES & NOGUEIRA
LTDA
Rua Castro
Alves, 1608
Maringá (44) 3224-6789
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
SISMO CONSTRUÇÕES E
PRÉ-MOLDADOS LTDA
Rod. Pr 90, s/n Assaí (43) 3262-1425
Pilares e vigas
TECNOLAJES INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DE PRÉ-
MOLDADOS
Estrada da
Ribeira , 1078
Curitiba (41) 3356-9010
Lajes
TEGOSUL INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DE PRODUTOS
DE CONCRETO
Rua Manoel
Bandeira, 574
Pinhais (41) 3667-5521
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
TUBOPONTA TUBOS PONTA
GROSSA LTDA
Av. Continental,
475
Ponta Grossa
(42) 3228
-
1155
Tubos
TONIOLO PRÉ-MOLDADOS
LTDA
Av. do Contorno
Leste, s/n
São José dos
Pinhais
(41) 3264-2160
Blocos e pavers
VIDO ARTEFATOS DE
CONCRETO LTDA
Rua Antonio
Boaron, 120 Cx
Postal 564
Campo Largo
(41) 3292-2826
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
VIEIRA & LUVISOTTO LTDA Rod. Br 317, s/n
Km 75
Santo Inácio (44) 3352-1182
Lajotas, blocos, meio-
fio e palanques
Apêndice B Empresas selecionadas para a aplicação do questiorio 101
APÊNDICE B - Empresas Selecionadas para a Aplicação do
Questionário
Cidade Empresa Total da Cidade
Adrianópolis - 0
Agudos do Sul - 0
Almirante Tamandaré - 0
Araucária
Cassol Pré-fabricados
2
Construtora Progressão
Balsa Nova Lajesmor Pré-fabricados 1
Bocaiúva do Sul 0 0
Campina Grande do Sul 0 0
Campo Largo
Cequinel Pré Moldados
6
Cimapar Pré Moldados
Compacta Industria de Pré
Moldados
Conpren Industria de P
Moldados
Luciano Bubiak
Marco Pré Moldados
Campo Magro 0 0
Cerro Azul 0 0
Colombo Concrecasa Pré Moldados 1
Contenda 0 0
Curitiba
Concreto e Concreto Pré
Moldados
4
D.M Construtora de Obras
Desempenho Pré Moldados
Galpremol Galpões Pré
Moldados
Doutor Ulisses 0 0
Fazenda Rio Grande LC Costa 1
Itaperuçu 0 0
Lapa 0 0
Mandirituba 0 0
Pinhais 0 0
Piraquara 0 0
Quatro Barras 0 0
Quitandinha 0 0
Apêndice B Empresas selecionadas para a aplicação do questiorio 102
Cidade Empresa Total da Cidade
São José dos Pinhais
Consibra Pré Moldados
2
Projepar Pré Moldados
Tijucas do Sul
Concretis Pré Moldados
2
Pré Moldados Bertolini
Tunas do Paraná 0 0
TOTAL
19
Apêndice C Questionário utilizado na pesquisa
ANDICE C - Questionário Utilizado na Pesquisa
1. Identificação da empresa:
1.1) Identificação:
Razão Social:
Endereço:
Bairro: Cep: Cidade: UF:
Contato:
Fone:
E
-
mail:
1.2) Informações administrativas:
1.2.1) Tipo de empresa: ( ) Linha ( ) Estrela ( ) Paralela
1.2.2) Quantidade de funcionários administrativos:
( ) Entre 10-30 ( ) Entre 31-50 ( ) Entre 51-70
( ) Entre 71-90 ( ) Entre 91-110 ( ) Mais de 110
1.2.3) Quantidade de funcionários de produção:
( ) Entre 10-30 ( ) Entre 31-50 ( ) Entre 51-70
( ) Entre 71-90 ( ) Entre 91-110 ( ) Mais de 110
1.2.4) Período de funcionamento da fábrica:
( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite ( ) Madrugada
1.2.5) Dias de funcionamento da fábrica:
( ) Segunda a sexta-feira ( ) Segunda a sábado ( ) Segunda a domingo
( ) Eventualmente sábado ( ) Eventualmente domingo
1.3) Produção:
1.3.1) Responsável geral da produção na empresa:
( ) Engenheiro ( ) Arquiteto ( ) Tecnólogo
( ) Técnico ( ) Pós Graduado ( ) Mestrado
( ) Doutorado ( ) Outros
1.3.2) Responsável diretamente da produção
( ) Engenheiro ( ) Arquiteto ( ) Tecnólogo
( ) Técnico ( ) Pós Graduado ( ) Mestrado
( ) Doutorado ( ) Outros
1.3.3) Produtos da empresa:
( ) Lajes ( ) Vigas ( ) Pilares
( ) Postes ( ) Telhas ( ) Outros:.................................................
1.3.4) Volume de concreto mensal:
R:
Apêndice C Questionário utilizado na pesquisa
2. Atividades preliminares:
2.1) Qualificação da matéria-prima:
2.1.1) Verificação dos Itens do relatório de ensaio do fornecedor:
Material
Lote ensaia
do
Resultados numéricos
Data do ensaio
Fornecedor
Cimento ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Areia Nat. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Areia Art.
( )
Sim
( )
Não
( )
Sim
( )
Não
( )
Sim
(
)
Não
Brita ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Água
( )
Sim
( )
Não
( )
Sim
( )
Não
( )
Sim
( )
Não
Aditivo ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Adição ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Aço ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
2.1.2) Verificação dos itens do relatório de controle de qualidade interno ou externo solicitado pela empresa:
Material
Lote ensaiado
Resultados numéricos
Data do ensa
io
Responsável
Cimento
( )
Sim
( )
Não
( )
Sim
( )
Não
( )
Sim
( )
Não
Areia Nat. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Areia Art. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Brita ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Água ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Aditivo
( )
Sim
( )
Não
( )
Sim
( )
Não
( )
Sim
( )
Não
Adição ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
Aço
(
)
Sim
( )
Não
( )
Sim
( )
Não
( )
Sim
( )
Não
2.2) Recebimento e armazenamento dos materiais:
2.2.1) O cimento atende os requisitos abaixo?
Perguntas
Sim
Não
Existe identificação de lote do fornecedor
Participa do programa de qualidade da ABCP
Empilhamento máximo de 15 sacos
Os sacos mais antigos são utilizados antes
Armazenamento é em local fechado sem umidade
2.2.2) O agregado miúdo atende a composição granulométrica segunda a Tabela 2 da NBR 7211 como:
( ) Zona ótima ( ) Zona intermediária inferior ( ) Zona intermediária superior ( ) N. I.
2.2.3) Qual (is) é (são) o(s) módulo(s) de finura da(s) areia(s) utilizada(s)?
R:
Apêndice C Questionário utilizado na pesquisa
2.2.4) Nos ensaios de agregado miúdo são atendidos os requisitos abaixo:
Ensaio Norma Parâmetros
Atende norma Ar. Nat.
At
ende norma Ar. Art.
Sempre
À
s
Vezes
Nunca
Sempre
À
s
Vezes
Nunca
Comp. Granul. NBR 248 Ver Tabela 2 NBR
7211
Torrões de
argila
NBR 7218 < 3,0%
Mat.Carbonosos
ASTM C
123
<
0,5%
Mat.
Pulverulento
NBR NM
26
< 3,0% ou < 5,0%
< 10% ou < 12%
exceção
Imp.Orgânicas NBR NM
49
Cor inf. ao frasco
padrão
Massa
Específica
NBR NM
52
-
Massa Unitária NBR 7251 -
Absor. Água NBR NM
30
-
Inchamento
NBR 6467
-
Particulas leves
NBR 9936
-
Umidade super. NBR 9775 -
2.2.5) O fornecedor ou o laboratório mantém os resultados para os agregados miúdos atualizados a cada 2
meses ?
Areia Natural: ( ) Sim ( ) Às Vezes ( ) Não ( ) Nunca Fez
Areia Artificial: ( ) Sim ( ) Às Vezes ( ) Não ( ) Nunca Fez
2.2.6) Os agregados miúdos são armazenados em:
Areia Natural: ( ) Silos ( ) Células ( ) Com contaminação ( ) Descobertos
Areia Artificial: ( ) Silos ( ) Células ( ) Com contaminão ( ) Descobertos
2.2.7) O agregado graúdo atende os parâmetros de ensaios abaixo:
Ensaio Norma Parâmetros
Brita A
Brita B
Sempre
À
s
Vezes
Nunca
Sempre
Às
Vezes
Nunca
Comp. Granul. NBR 248 Ver tabela 2 NBR
7211
Torrões de
argila
NBR
7218
< 1,0%
Apêndice C Questionário utilizado na pesquisa
Ensaio Norma Parâmetros
Brita A
Brita B
Sempre
À
s Ve
zes
Nunca
Sempre
Às Vezes
Nunca
Mat.Carbonosos ASTM C 123
< 0,5%
Mat. Pulverulento NBR NM 26 < 1,0%
Forma de grãos NBR 7809 < 3,0
Massa Específica
NBR NM 52 -
Massa Unitária NBR 7251 -
Absor. Água NBR NM 30 -
Particulas leves NBR 9936 -
Umidade super. NBR 9939 -
2.2.8) O fornecedor ou o laboratório mantém os resultados para os agregados graúdos atualizados a cada 2
meses?
( ) Sim ( ) Ocasionalmente ( ) Não ( ) Nunca Fez
2.2.9) Os agregados graúdos são armazenados em:
( ) Silos ( ) Células ( ) Com contaminação ( ) Descobertos
2.2.10) As análises granulométricas se mantêm constantes para os agregados:
( ) Areia Natural ( ) Areia Artificial ( ) Brita A ( ) ( ) Brita B ( )
2.2.11) Os ensaios abaixo o feitos com a água:
Perguntas
Sim
A.V
Não
Existência de matéria
orgânica
Presença de sulfatos
Presença de açucares
Presença de resíd
u
os sólidos
pH
2.2.12) Em relação às adições:
Perguntas
Sim
A.V
Não
A empresa utiliza adiçõe
s
?
O fornecedor identifica os
lotes?
São feitos ensaios do
produto?
Considera a armazenagem
correta?
2.2.13) Conforme a NBR 12317, a empresa de
aditivos fornece à planta de produção:
Perguntas
Sim
A.V
Não
Composição química
Teor de sólidos por volume
Informações sobre
quantidade de cloreto
pH
Identificação de lote
Fechado e protegidos de
raios UV
Prazo de validade
2.2.14) As normas NBR 7480, NBR 7481 e NBR
7482 são verificadas para o aço utilizado
nas peças de concreto:
( ) Sim ( ) Às Vezes ( ) Não
Apêndice C Questionário utilizado na pesquisa
2.3) Dosagem do concreto:
2.3.1) O cimento é dosado juntamente com os
agregados?
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
2.3.2) O cimento é medido em massa?
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
2.3.3) A variação de dosagem do cimento é
inferior a 1% conforme NBR 7212
( ) Atende ( ) Às vezes atende
( ) Não atende
2.3.4) Os agregados são medidos em:
( ) Massa ( ) Volume
2.3.5) Os agregados m desvio máximo de 3%
na sua dosagem conforme NBR 7212
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca
2.3.6) A água é dosada por:
( ) Massa ( ) Volume
2.3.7) Existe variação na dosagem de água:
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
2.3.8) É descontada a água de umidade dos
agregados:
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca
2.3.9) O desvio máximo de aditivo é inferior a
5% conforme NBR 7212
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
2.3.10) A dosagem do concreto segue
parâmetros da NBR 6118
( ) Sempre ( ) Às Vezes
( ) Nunca
2.3.11) A dosagem do concreto é:
( ) Experimental ( ) Empírica
2.3.12) Para dosagem empírica é respeitado o
consumo mínimo de 300 Kg/m³ de
cimento conforme NBR 7212
( ) Sim ( ) Ocasionalmente
( ) Não
2.3.13) A consistência do concreto é medida
quando:
( ) Existe alteração da umidade da areia
( ) Somente na primeira amassada do
dia
( ) Troca do período do dia
( ) Troca de operadores
( ) Moldagem de corpos-de-prova
( ) Não é feito
2.3.14) Os materiais abaixo são identificados
conforme classe e tipo:
( ) Cimento ( ) Areia Natural
( ) Areia Artificial ( ) Brita A ( )
( ) Brita B ( ) ( ) Aditivo
( ) Adições
2.3.15) Como é medida a resistência de
desforma das peças de concreto?
( ) Laboratório interno
( ) Laboratório externo
( ) Por experiência do responsável
( ) Não é feita
2.3.16) O concreto atende a resistência de
desforma:
( ) Sempre ( ) Ocasionalmente
( ) Nunca ( ) Não é feito
2.3.17) A empresa faz o controle estatístico do
concreto conforme a NBR 12655
( ) Sempre ( ) As vezes
( ) Nunca
2.4) Mistura do concreto:
2.4.1) A mistura do concreto é feito em:
( ) Betoneira de eixo inclinado (3 min)
( ) Betoneira de eixo horizontal(3 min)
( ) Misturador planetário (1min 30s)
( ) Caminhão Betoneira(3 min)
( ) Outros
2.4.2) O tempo de mistura acima é atendido:
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca
Apêndice C Questionário utilizado na pesquisa
2.4.3) O uso do volume total do misturador pela
mistura dos materiais prejudica o
desempenho do equipamento:
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca ( ) N A
2.4.4) Após a mistura o concreto se apresenta
coeso:
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca ( ) N A
2.4.5) Algum material é reaproveitado na mistura?
( ) Concreto fresco
( ) Concreto endurecido
( ) Outros
2.4.6) Qual é a freqüência de reaproveitamento de
mistura:
( ) A cada nova mistura
( ) Em misturas ocasionais
( ) Não é feito o reaproveitamento
2.4.7) As balanças são aferidas periodicamente
( ) Sempre ( ) Às Vezes ( ) o
( ) Nunca foi feita
2.4.8) Os equipamentos o aferidos a cada (NBR
7212) 5.000m³ ou a cada três meses:
( ) Sempre a cada ..... meses. ( ) Nunca
2.4.9) A limpeza dos equipamentos é feita a cada 6
horas sem interrupção ou depois de 1 hora
de interrupção de prodão:
( ) Sim ( ) Não
( ) Ás vezes
2.5) Preparo e montagem da armadura
2.5.1) O aço é armazenado em local longe do solo
e demais fontes de umidade:
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
2.5.2) O aço quando aplicado na estrutura
apresenta alguma variação de aspecto:
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
3. Execução propriamente dita:
3.1) Preparação da forma:
3.1.1) As peças são produzidas em formas:
Peça Mad.
Metal.
Plast.
Conc.
Pilares
Vigas
Postes
Lajes
3.1.2) As formas apresentam ângulos chanfrados
ou arredondados?
Resposta Pilar Viga Postes
Lajes
Sim
Não
3.1.3) Existe alguma dificuldade de remoção das
peças?
( ) Sim
( ) Às vezes
( ) Não
3.1.4) É utilizado desmoldante nas formas?
( ) Sim ( ) Não
( ) Ocasionalmente
3.1.5) Quando se inicia a preparação do concreto,
os equipamentos:
( ) Estão sempre limpos
( ) Às vezes estão limpos
( ) Nunca estão limpos
3.1.6) As formas são:
( ) Novas ( ) Usadas
( ) Reformada
3.1.7) Existe limpeza nas formas antes da
aplicação do concreto:
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
3.1.8) Qual a freqüência de limpeza das formas?
( ) A cada concretagem
( ) Por turno
( ) Diariamente
( ) Semanalmente
( ) Não é feita
Apêndice C Questionário utilizado na pesquisa
3.1.9) Qual é o formato do molde da peça?
Peça Slump U
H
T V
π
Ret. Qua. Cir.
Pilar
Viga
Poste
Laje
3.1.10) Que tipo de desmoldante é utilizado?
1. Não é utilizado 2. Óleo mineral refinado
3. Óleo mineral queimado 4. Óleo vegetal virgem
5. Óleo vegetal usado 6. Hidrocarb. parafínicos
7. Óleo disperso em água 6. Outros
Resposta Pilar Viga Postes
Lajes
Desmoldante
3.2) Colocação de armadura e peças
complementares:
3.2.1) As armaduras são colocadas após a
aplicação do desmoldante?
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
3.2.2) o colocados espaçadores entre a forma e
a armadura com base na NBR 6118?
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
3.2.3) As armaduras possuem projeto?
( ) Sim ( ) Às vezes
( ) Não ( ) Nunca atendeu
3.2.4) As demais peças colocadas no interior das
formas possuem projeto?
( ) Sim ( ) Às vezes
( ) Não ( ) Nunca atendeu
3.3) Fechamento das formas:
3.3.1) As formas fechadas são medidas e seguem
as tolerâncias da NBR 9062:
( ) Atende ( ) Atende parcialmente
( ) Não atende
3.4) Lançamento e adensamento do concreto:
3.4.1) O concreto produzido na central é
transportado em:
( ) Caçambas ( ) Carrinhos
( ) Esteiras ( ) Outros
3.4.2) O tempo entre a mistura e aplicação do
concreto é:
( ) Menor que 15 min ( ) Entre 15-20 min
( ) Entre 20-30 min ( ) Maior que 30 min
3.4.3) O concreto ao chegar no local de aplicação
está:
( ) Coeso ( ) Segregado
( ) Ocasionalmente ocorre segregação
3.4.4) O concreto é lançado em uma altura inferior
a 2m conforme a NBR 6118
( ) Sim ( ) Às Vezes
( ) Não
3.4.5) O adensamento do concreto é feito com:
( ) Vibrador de imersão
( ) Vibrador tipo carrapato
( ) Vibrador de mesa
( ) Martelos de borracha
( ) Centrifugação
( ) Não é feito
( ) Outros
3.4.6) Há contato entre o vibrador e a armadura?
( ) Sempre ( ) Às Vezes
( ) Nunca
3.4.7) No caso de vibradores de imersão a camada
adensada é de aproximadamente ¾ do
tamanho da agulha?
( ) Atende ( ) Às Vezes
( ) Nunca
3.4.8) Para os vibradores externos, as distâncias
entre eles são suficiente para o
adensamento do concreto?
( ) Sim ( ) Não
( ) Ocasionalmente
3.4.9) Existe vazamento de concreto das formas no
momento da vibração?
( ) Sim ( ) Não
( ) Ocasionalmente
Apêndice C Questionário utilizado na pesquisa
3.4.10) Os concretos são rastreados para resistência
de desmoldagem?
( ) Sim ( ) Não ( ) Ocasionalmente
3.5) Cura do concreto:
3.5.1) Após o lançamento e adensamento, o
concreto é protegido:
( ) Grandes mudanças de temperaturas
( ) Sol direto
( ) Chuva forte
( ) Agentes químicos
( ) Choques e vibrações excessivas
( ) Ventos
( ) As vezes é feita a proteção
( ) Nunca é feita a proteção
3.5.2) É feita a seguinte cura no concreto:
Peça 1
2 3
4 5
6 7
Pilares
Vigas
Postes
Lajes
1- Cura ambiente 2- Cura úmida por aspersão
3- Cura submersa 4- Cura por membranas
5- Cura química 6- Cura acelerada a vapor
7- Não é feito cura
3.5.3) A empresa segue os procedimentos corretos
de cura ?
Cura
Recomendão
Sim
A.V
Não
Úmida
Asp.
Umedecer peça após perda
de água superficial 3 vezes ao
dia durante 7 dias
Umida
Sub.
Submergir a peça após 24
horas
Membra
nas
Envolver a pa sem fuga de
ar com membranas formando
um colchão de ar entre a
membrana e a peça
Químic
a
Aplicar com consumo mínimo
recomendado pelo fabricante
Vapor
Entra as a perda da água
superficial e temperatura
máxima de 70º C com
incremento de 20ºC a cada
hora
3.6) Desmoldagem:
3.6.1) Qual o teste de desmoldagem?
( ) Resistência por corpos de prova
( ) Visual por coloração do concreto
( ) Desmoldagem de peça aleatória
( ) Ao toque
( ) Não é feito
3.6.2) A desmoldagem sempre é feita após o
concreto com a resistência adequada?
( ) Sim ( ) Não
( ) Ocasionalmente
3.6.3) Na desmoldagem as peças ficam grudadas?
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
4. Qualidade da produção:
4.1) Qualificação da produção:
4.1.1) A empresa possui algum sistema ou
certificação de qualidade?
( ) Selo ABCIC
( ) Série ISO 9000
( ) Série ISO 14000
( ) Outros
( ) Está em processo de implantação
( ) Não possui
4.1.2) O responsável pela produção
( ) recebe treinamento semanalmente
( ) recebe treinamento mensalmente
( ) recebe treinamento trimestralmente
( ) recebe treinamento semestralmente
( ) recebe treinamento anualmente
( ) não recebe treinamento
( ) nunca recebeu treinamento
4.1.3) O responsável pela produção recebe
treinamento:
( ) Própria empresa ( ) Universidade
( ) Empresa externa ( ) Outros
( ) Fornecedores ( ) N.A
Apêndice C Questionário utilizado na pesquisa
4.1.4) Os funcionários envolvidos na produção
recebem treinamento:
Funcionário 1
2
3
4
5
6
Armazenamento de materiais
Centr
al de concreto
Preparação de formas
Aplicação de desmoldante
Transporte de concreto
Aplicação de concreto
Vibração do concreto
Acabamento das peças
Cura das peças
Responsável pela produção
1- Própria empresa 2- Empresa externa
2- Fornecedores 4- Universidade
5- Outros 6- N.A
4.1.5) Existe rotatividade de atividades?
( ) Sim com funcionário treinado pra função
( ) Sim, com funcionário aleatório
( ) Não
4.1.6) Os funcionários utilizam equipamentos
adequados para a sua função?
Funcionário Sim A.V Não
Armazenamento de materiais
Central de concreto
Preparação de formas
Aplicação de desmoldante
Transporte de concreto
Aplicação de concreto
Vibração do concreto
Acabamento das peças
Cura das peças
Responsável pela produção
4.1.7) A empresa possui alguma política
motivacional para seus funcionários:
( ) Sempre ( ) Às Vezes
( ) Nunca
4.2) Inspeção das peças produzidas:
4.2.1) São feitas inspeções nas peças após a
desmoldagem?
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ás vezes
4.2.2) Quem é responsável pela inspeção nas
peças?
( ) Ninguém ( ) Qualidade
( ) Responsável pela produção
( ) Inspeção externa ( ) Outros
4.2.3) Quais são as manifestações patológicas
mais freqüentes nas peças?
( ) Bolhas ( ) Fissuras
( ) Quebras ( ) Manchas
( ) Ninhos de concretagem
( ) Nenhuma ( ) Outros
4.2.4) Qual é a freqüência das manifestações
patológicas nas peças?
Peça U
H
T V π Ret. Qua. Cir.
Pilar
Viga
Poste
Laje
A- Bolhas B- Fissuras C- Quebras
D- Manchas E- Ninhos de concretagem
F- Nenhuma G-Outros
1- Não encontro 2- Raramente
3- Proporções variadas 4- Em excesso
5- Manchas claras 6- Manchas escuras
4.2.5) A empresa faz algum tipo de registro das
manifestações patológicas?
( ) Sim
( ) Não
4.2.6) Existe algum procedimento para prevenção
as manifestações patológicas?
( ) Sim ( ) Às Vezes
( ) Não
4.2.7) A empresa possui alguma planilha de
pontuação de manifestações patológicas?
( ) Sim ( ) Não
Apêndice C Questionário utilizado na pesquisa
4.3) Manutenção das peças produzidas:
4.3.1) A empresa possui algum setor de reparos
para as pas?
( ) Sim ( ) Não
4.3.2) Quais as manifestações patológicas podem ir
para o setor de reparo?
Manifestação Patológica Sim o
Bolhas
Fissuras
Quebras
Manchas
Ninhos de concretagem
Outros
4.3.3) Qual manifestação patológica causa
comprometimento estrutural:
( ) Bolhas ( ) Fissuras
( ) Quebras ( ) Manchas
( ) Ninhos de concretagem
( ) Nenhuma ( ) Outros
4.3.4) As peças com problemas estruturais:
( ) Recebem reparos
( ) São descartadas
( ) Não recebem reparos
( ) Outros
4.3.5) Os reparos estéticos das peças são feitas:
( ) Com argamassas industriais
( ) Com argamassas feitas na fábrica
( ) Com nata de cimento
( ) Resinas epoxídicas
( ) Não são feitas
4.3.6) Existe controle das pas reparadas?
( ) Sempre ( ) Nunca
( ) Ocasionalmente
APÊNDICE C Questionário utilizado na pesquisa 113
Informações sobre as perguntas formuladas
Perguntas elaboradas sob orientação de documentos da ABCIC:
R: 2.1.1; 2.1.2; 2.2.1; 2.2.2; 2.2.3; 2.2.4; 2.2.5; 2.2.6; 2.2.7; 2.2.8; 2.2.9; 2.2.10, 2.2.14;
Perguntas elaboradas sob orientação de documentos da ABCIC e NBR 9062:
R: 2.3.1; 2.3.3; 2.3.4; 2.3.5; 2.3.9; 2.3.12; 2.3.13; 2.3.15; 2.3.17; 2.4.1; 2.4.7; 2.4.8; 2.4.9; 2.5.2; 3.2.3;
Perguntas elaboradas sob orientação de documentos da ABCIC e Elaboração Pessoal:
R: 2.2.11; 2.2.12; 2.2.13; 2.3.6; 3.5.1; 4.3.1; 4.3.6;
Perguntas elaboradas sob orientação de documentos da ABCIC, NBR 9062 e Elaboração
Pessoal:
R: 2.3.2; 2.3.8; 2.3.10; 2.3.16; 2.5.1; 3.6.1; 4.2.1; 4.2.2;
Perguntas elaboradas sob orientação da NBR 9062:
R: 3.2.4; 3.4.4; 3.4.7; 3.4.8;
Perguntas elaboradas sob orientação da NBR 9062 e Elaboração Pessoal:
R: 2.3.11; 2.4.4; 3.1.2; 3.1.4; 3.1.7; 3.1.8; 3.1.9; 3.2.1; 3.2.2; 3.3.1; 3.4.1; 3.4.3; 3.4.5; 3.4.6; 3.4.9;
3.4.10; 3.5.3; 3.6.2;
Perguntas elaboradas de Elaboração Pessoal:
R: 1.1; 1.2.1; 1.2.2; 1.2.3; 1.2.4; 1.2.5; 1.3.1; 1.3.2; 1.3.3; 1.3.4; 2.3.7; 2.4.2; 2.4.3; 2.4.5; 2.4.6; 3.1.1;
3.1.3; 3.1.5; 3.1.6; 3.4.2; 3.5.2; 4.1.1; 4.1.2; 4.1.3; 4.1.4; 4.1.5; 4.1.6; 4.1.7; 4.2.3; 4.2.4; 4.2.5; 4.2.6;
4.2.7; 4.3.2; 4.3.3; 4.3.4; 4.3.5;
Perguntas que não participaram da pontuação das empresas:
R: 1.1; 1.2; 2.2.3; 3.1.1; 3.1.2; 3.1.9; 4.1.7; 4.3.2
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo