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composta de quatro funções básicas: planejar, que significa fixar objetivos;
organizar, que seria alocar corretamente os recursos; dirigir, que consiste em
motivar pessoas; e controlar, que seria avaliar os resultados. Quase um século
depois, esses princípios ainda são muito úteis para estruturar as organizações de
qualquer tamanho e ramo de atividade (ARAUJO, 2004).
Com a evolução da administração, as teorias de Taylor e Fayol sofreram
algumas mudanças. No entanto, a base desses conhecimentos foi, e ainda é,
muito útil para gerenciar as organizações no mundo moderno onde a necessidade
de conhecimento de teoria administrativa se torna cada vez mais presente e
necessária.
Drucker (2002), afirma que no mundo globalizado, o gerenciamento dos
recursos é o fator decisivo para a competitividade de uma organização uma vez
que os demais fatores tradicionais à produção, tais como: mão de obra,
máquinas, plantas industriais e recursos financeiros possuem grande mobilidade,
o que possibilita o deslocamento e alocação desses recursos por qualquer
empresa e em qualquer país. Ainda nessa visão, é possível observar a existência
de países que não dispõem de recursos naturais como: petróleo, carvão, ferro,
cobre e madeira, e mesmo assim, com a boa gestão desses recursos adquiridos
são destaques pela solidez de suas economias como por exemplo o Japão. Por
outro lado, alguns países com enormes reservas de recursos naturais como o
Brasil, ainda possuem algumas dificuldades em se beneficiarem de forma
otimizada desses recursos, destacando um hábito que historicamente tem trazido
grandes prejuízos para a economia que é o desperdício de recursos.
No Brasil, os desperdícios ainda fazem parte do cotidiano das pessoas,
sejam nas empresas ou nas residências. Na utilização de recursos hídricos por
exemplo, somente na irrigação, embora esse tipo de técnica seja utilizado apenas
em 6,7% da área plantada do território nacional, ou seja, 3,4 milhões de hectares,
a taxa de eficiência no país gira em torno de 65,26%, e 34,74% constituem perdas
durante o processo de captação, condução e distribuição. Em Mato Grosso do
Sul, onde é adotada a irrigação suplementar em 89.970 hectares, a taxa de
eficiência é de 60%, aproximadamente (BRASIL, 2009).
O setor industrial no Brasil é responsável hoje pelo consumo de 7% do total