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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências
Faculdade de Engenharia
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Antonio Jorge de Figueiredo Ahi
Análise de Fadiga em Pontes Rodoviárias de Concreto Armado
Rio de Janeiro
2009
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Antonio Jorge de Figueiredo Ahi
Análise de Fadiga em Pontes Rodoviárias de Concreto Armado
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Civil,
PGECIV, da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, UERJ, como parte dos
requisitos necessários para obtenção do
título de Mestre em Engenharia Civil.
Área de Concentração: Estruturas.
Orientador: Prof. José Guilherme Santos da Silva, DSc.
Co-orientador: Prof. Pedro Colmar Gonçalves da Silva Vellasco, PhD.
Co-orientador: Prof. Luciano Rodrigues Ornelas de Lima, DSc.
Rio de Janeiro
2009
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Antonio Jorge de Figueiredo Ahi
Análise de Fadiga em Pontes Rodoviárias de Concreto Armado
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Civil,
PGECIV, da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, UERJ, como parte dos
requisitos necessários para obtenção do
título de Mestre em Engenharia Civil.
Área de Concentração: Estruturas.
Rio de Janeiro
2009
DEDICATÓRIA
A Deus, por ter me conduzido ao longo de todos estes anos, à
minha mãe e minha esposa, pelo apoio, incentivo e compreensão,
essenciais para meu aprimoramento acadêmico, profissional e
pessoal.
AGRADECIMENTOS
A Jeová, Deus fiel, pela sua bondade, dando-me todas as condições para
chegar até aqui, além de me fornecer o discernimento necessário para desenvolver
os trabalhos.
À minha querida mãe, pelo constante incentivo ao estudo ao longo da minha
vida.
À minha amorosa esposa Nilda, por todo o apoio ao meu desenvolvimento
acadêmico e pessoal.
Aos demais familiares, em especial minha irmã, sobrinhos e parentes de
Castanhal, por todo o carinho e amizade.
Ao professor José Guilherme, orientador e amigo, pelos ensinamentos e
constantes incentivos ao estudo e pesquisa, fundamentais para meu crescimento
acadêmico.
Aos professores do PGECIV, por todo o conhecimento transmitido ao longo
do curso de pós-graduação, no programa de mestrado.
Aos colegas de pós-graduação, pela busca conjunta ao conhecimento
acadêmico, além do incentivo mútuo e amizade.
Ao colega Fernando Nahid, pelo estudo em conjunto e auxílio fundamental no
processo de desenvolvimento da tese.
Pela confiança, agradeço aos parceiros da Concremat, em especial ao Zúñiga
e à Gisele.
A CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior,
pelo apoio financeiro.
A todos que, de alguma maneira, contribuíram na execução deste trabalho, ao
longo dessa jornada.
“Feliz o homem que achou sabedoria e
o homem que obtém discernimento,
porque tê-la por ganho é melhor do
que ter por ganho a prata, e tê-la como
produto melhor] do que o próprio
ouro."
Provérbios 3:13
RESUMO
AHI, Antonio Jorge de Figueiredo. Análise de Fadiga em Pontes Rodoviárias de
Concreto Armado. 2009. 153f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) -
Faculdade de Engenharia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.
As pontes rodoviárias de concreto armado estão sujeitas às ações dinâmicas
variáveis devido ao tráfego de veículos sobre o tabuleiro. Estas ações dinâmicas
podem gerar o surgimento das fraturas ou mesmo a sua propagação na estrutura. A
correta consideração destes aspectos objetivou o desenvolvimento de um estudo, de
forma a avaliar os esforços do tráfego de veículos pesados sobre o tabuleiro. As
técnicas para a contagem de ciclos de esforços e a aplicação das regras de dano
acumulado foram analisadas através das curvas S-N de diversas normas estudadas.
A ponte rodoviária investigada é constituída por quatro vigas longitudinais, três
transversinas e por um tabuleiro de concreto armado. O modelo computacional,
desenvolvido para a análise dinâmica da ponte, foi concebido com base no emprego
de técnicas usuais de discretização através do todo dos elementos finitos. O
modelo estrutural da obra de arte rodoviária estudada foi simulado com base no
emprego de elementos finitos sólidos tridimensionais. Os veículos são representados
a partir de sistemas “massa-mola-amortecedor”. O tráfego dessas viaturas é
considerado mediante a simulação de comboios semi-infinitos, deslocando-se com
velocidade constante sobre o tabuleiro da ponte. As conclusões deste trabalho
versam acerca da vida útil de serviço dos elementos estruturais de pontes
rodoviárias de concreto armado submetidas às ações dinâmicas provenientes do
tráfego de veículos pesados sobre o tabuleiro.
Palavras-chave: Análise dinâmica, pontes rodoviárias esconsas de concreto, fadiga,
modelagem computacional.
ABSTRACT
Reinforced concrete highway bridges are subjected to dynamic actions of
variable magnitude due to vehicles crossing on the deck pavement. These dynamic
actions can generate the nucleation of fractures or even their propagation on the
structure. This way, the behaviour and reliability can be compromised and the bridge
service life can be reduced. The stress cycles counting techniques and the
cumulative damage rules application had been analyzed through S-N curves, based
on an extensive revision of concrete bridges service life and theoretical fatigue
aspects in reinforced concrete structures, as well as considering the recommended
procedures used for the concrete structures main codes. A reinforced concrete skew
bridge with spanning 16.5m was investigated in this work. The computational model,
developed for the composite bridge dynamic analysis, adopted the usual mesh
refinement techniques present in finite element method simulations implemented in
the ANSYS program. These viactures are simulated by spring-mass models and the
transit are considered by means of semi infinity convoys, displaced with constant
velocity across the deck pavement. The proposed analysis methodology and the
procedures presented in the design codes were applied, in order to evaluate the
bridge fatigue determining the structure service life. The conclusions of this paper
have the objective of alerting structural engineers to the possible distortions,
associated to the reinforced concrete bridges service life when subjected to dynamic
actions due to vehicles crossing on the deck pavement surface.
Key-words: Dynamical analysis, concrete highway skew bridges, fatigue,
computational modeling.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 2.1 - Tensões variáveis, Leitão (2009) .......................................................... 35
Figura 2.2 - Exemplo de tensão com amplitude variável e aleatória, Leitão (2009) . 36
Figura 2.3 - Exemplo esquemático de uma curva S-N, Leitão (2009) ...................... 39
Figura 2.4 - Modelo de gráfico de tensões ao longo do tempo, Leitão (2009) .......... 41
Figura 2.5 – Gráfico de tensões reduzido a picos e vales, Leitão (2009) ................. 41
Figura 2.6 - Metodologia de fluxo (gota de chuva) para picos e vales, Leitão (2009) 42
Figura 2.7 - Exemplo de aplicação do método Rainflow, Leitão (2009) .................... 43
Figura 2.8 - Contagem dos ciclos do exemplo de aplicação ilustrado para o método
Rainflow, Leitão (2009) ...................................................................... 44
Figura 4.1 - Classificação dos elementos, curvas S-N, BS 5400 (1980) .................. 49
Figura 4.2 - Definição das tensões ½s
C1
½ e ½s
C2
½, CEB (1990) .............................. 54
Figura 4.3 - Curva de tensão característica de fadiga (curvas S-N), CEB (1990) .... 56
Figura 4.4 - Curvas de resistência à fadiga para intervalos de tensão normal,
EUROCODE 2 (2002) ........................................................................ 61
Figura 4.5 - Gráfico com o formato das curvas de resistência característica à fadiga
(curvas S-N) para o aço embutido no concreto ................................. 67
Figura 5.1 - Planta baixa - unidades em m ............................................................... 71
Figura 5.2 -Vista longitudinal esquerda – unidades em m ........................................ 71
Figura 5.3 -Vista longitudinal esquerda – unidades em m ........................................ 71
Figura 5.4 -Seção transversal típica da ponte .......................................................... 72
Figura 5.5 - Esquema da carreta utilizada na prova de carga estática e dinâmica. .. 75
Figura 5.6 - Posicionamento dos acelerômetros na ponte. ....................................... 75
Figura 5.7 – Espectros de freqüências obtidos pelos acelerômetros ....................... 77
Figura 5.8 - Comparativo entre o resultado do acelerômetro, em vermelho, e do
modelo do Ansys (2005), em azul ..................................................... 78
Figura 6.1 - Modelo de veículo tridimensional desenvolvido por Santos (2007) ....... 79
Figura 6.2 - Veículo tipo “TB-45” da NBR 7188 (1984) ............................................. 80
Figura 6.3 - Modelo de veículo com 5 graus de liberdade, Almeida (2006). ............. 81
Figura 6.4 - Modos de vibração do veículo ............................................................... 82
Figura 6.5 - Descrição dos modelos de veículos ...................................................... 83
Figura 6.6 - Comboio com 2 veículos TB-45 ............................................................ 84
Figura 6.7 - Comboio com 3 veículos TB-45 ............................................................ 85
Figura 7.1 - Modelo em elementos finitos ................................................................. 87
Figura 7.2 - Elemento sólido, tipo SOLID45, Ansys (2005) ...................................... 87
Figura 7.3 - Generalização da passagem dos comboios sobre a estrutura ............. 89
Figura 7.4 - Modelo da passagem de cargas nos nós da ponte .............................. 90
Figura 7.5 - Metodologia para geração de tabelas de carga simulando o comboio .. 91
Figura 8.1 - Modo de vibração referente à primeira freqüência natural: f
01
= 6,81 Hz.
........................................................................................................... 95
Figura 8.2 - Modo de vibração referente à segunda freqüência natural: f
02
= 9,41 Hz.
........................................................................................................... 95
Figura 8.3 - Modo de vibração referente à terceira freqüência natural: f
03
= 16,47 Hz.
........................................................................................................... 96
Figura 8.4 - Modo de vibração referente à quarta freqüência natural: f
04
= 18,65 Hz. 96
Figura 8.5 - Modo de vibração referente à quinta frequência natural: f
05
= 23,43 Hz. 96
Figura 8.6 - Modo de vibração referente à sexta frequência natural: f
06
= 27,18 Hz. 96
Figura 9.1 - Indicação dos pontos investigados na análise de tensões .................... 97
Figura 9.2 - Comboio 1 - Dois caminhões espaçados em 10,00m do eixo dianteiro 98
Figura 9.3 - Comboio 2 - Três caminhões espaçados em 6,50m do eixo dianteiro .. 98
Figura 9.4 - Caso de carregamento 1: passagem dos veículos no eixo central ....... 99
Figura 9.5 - Caso de carregamento 2: passagem dos veículos pela pista lateral ..... 99
Figura 9.6 - Caso de carregamento 3: passagem dos veículos nas duas pistas .... 100
Figura 9.7 - Deslocamento vertical no meio do vão da viga VT1 (Ponto 1) ............ 101
Figura 9.8 - Tensões normais no meio do vão da viga VT1 (Ponto 1) .................... 102
Figura 9.9 - Tensões normais no encontro entre as vigas VL2 e VT1 (Ponto 2) .... 102
Figura 9.10 - Tensões normais no terço do vão da viga VL2 (Ponto 3) .................. 102
Figura 9.11 - Tensões cisalhantes no encontro entre viga VL2 e Travessa 1 (Ponto 4)
......................................................................................................... 102
Figura 9.12 - Tensões cisalhantes no encontro entre vigas VL1 e VT1 (Ponto 5) .. 103
Figura 10.1 - Variação de tensão no tempo, Pravia (2003) .................................... 107
Figura 10.2 - Valores obtidos pela rotina do Matlab (2007) .................................... 107
Figura 10.3 - Obtenção das tensões na fase permanente ...................................... 108
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 - Contagem dos ciclos, exemplo de aplicação do método Rainflow ....... 43
Tabela 4.1 - Classificação dos elementos estruturais segundo BS 5400 (1980) ...... 50
Tabela 4.2 - Valores característicos da curva S-N, BS 5400 (1980) ........................ 51
Tabela 4.3 - Fatores de probabilidade de colapso para as curvas S-N, ................... 52
Tabela 4.4 - Parâmetros de curva S-N para armaduras embutidas no concreto, CEB
........................................................................................................... 56
Tabela 4.5 - Parâmetros de curva S-N para as armaduras embutidas no concreto,
EUROCODE 2 (2002) ........................................................................ 60
Tabela 4.6 - Tipos da curva S-N ............................................................................... 65
Tabela 4.7 - Parâmetros para as curvas S-N para os aços dentro do concreto ....... 65
Tabela 5.1 - Propriedades geométricas da ponte ..................................................... 73
Tabela 5.2 - Características geométricas da seção transversal ............................... 73
Tabela 5.3 - Propriedades do concreto C20 ............................................................. 74
Tabela 5.4 - Propriedades do aço ............................................................................ 74
Tabela 6.1 - Características dinâmicas do veículo, Almeida e Silva (2006) ............. 81
Tabela 7.1 - Dados relacionados a malha de elementos finitos 88
Tabela 7.2 - Parâmetros α e β usados na análise de vibração forçada 93
Tabela 8.1 - Freqüências naturais da ponte ............................................................. 94
Tabela 9.1 - Descrição dos pontos para análise das tensões .................................. 98
Tabela 9.2 - Valores máximos de tensão obtidos ao longo do estudo ................... 104
Tabela 10.1 - Contagem dos ciclos com a rotina do Matlab (2007) ........................ 107
Tabela 10.2 - Estimativa de vida útil de acordo com as normas ............................. 109
Tabela 10.3 - Comboio 1. Caso de Carregamento 1. ............................................. 110
Tabela 10.4 - Comboio 1. Caso de Carregamento 2. ............................................. 110
Tabela 10.5 - Comboio 1. Caso de Carregamento 3. ............................................. 111
Tabela 10.6 – Comboio 2. Caso de Carregamento 1. ............................................ 111
Tabela 10.7 - Comboio 2. Caso de Carregamento 2. ............................................. 112
Tabela 10.8 - Comboio 2. Caso de Carregamento 3. ............................................. 112
LISTA DE SÍMBOLOS
D - Taxa de dano acumulado
k - de diferentes níveis de tensão numa seqüência específica de
carregamento
n - Nº de ciclos de tensão com determinada amplitude
N - Nº de ciclos de tensão necessários para ocorrer falha
E - Módulo de elasticidade
f
ck
- Resistência característica a compressão do concreto
u
- Coeficiente de Poisson
ρ - Massa específica
e
s
- Deformação do aço, CEB (1990)
e
c
- Deformação do concreto, CEB (1990)
Δe
Sr
- Aumento da deformação do aço no estado de fissuração, CEB
(1990)
D
f
sk
- Variação da tensão no aço, NBR 7187 (1987)
σ
R
- Faixa de variação de tensão admissível, BS 5400 (1980)
K
0
- Constante relativa à curva S-N média, BS 5400 (1980)
m - Parâmetro associado a inclinação das curvas, EUROCODE
(2003), BS 5400 (1980)
Δ - Inverso do desvio padrão de log(N), BS 5400 (1980)
d - Número de desvios padrão em relação à média, BS 5400 (1980)
Δσ
Rsk
- Faixa de tensão normal referente a 10
8
ciclos, CEB (1990)
g
Sd
- Fator de segurança do aço de projeto, CEB (1990)
σ
Ss
- Tensão de serviço do aço, CEB (1990)
g
S,fat
- Fator de segurança do aço à fadiga, CEB (1990)
σ
C
- Tensão no concreto, CEB (1990)
h
C
- Fator médio considerando-se o gradiente de tensão, CEB (1990)
f
cd,fat
- Resistência à compressão de fadiga de projeto, CEB (1990)
f
ctd,fat
- Resistência à tração de fadiga de projeto, CEB (1990)
g
C,fat
- Fator de segurança do aço à compressão e fadiga, CEB (1990)
Q - Máximo efeito da fadiga em ação, CEB (1990)
f
- Diâmetro da barra de aço, CEB (1990)
x
- Fator de redução, CEB (1990)
S
cd
- Efeito da compressão do carregamento dinâmico de projeto,
CEB (1990)
S
td
- Efeito da tração do carregamento dinâmico de projeto, CEB
(1990)
log(a) - Constante determinada de modo a definir a equação da reta,
EUROCODE 2 (2002)
D
Ed
- Dano acumulado, EUROCODE 2 (2002)
n(Ds
i
)
- Número de ciclos associados com cada faixa de tensão,
EUROCODE 2 (2002)
N(Ds
i
)
- Número de ciclos tolerados para cada faixa de tensão,
EUROCODE 2 (2002)
γ
F
- Fator de segurança parcial de Δσ
E,2
ou Δτ
E,2
, EUROCODE 2
(2002)
γ
Ed
- Fator de segurança parcial de Δσ
C
, EUROCODE 2 (2002)
g
S,fat
- Fator de segurança à fadiga, EUROCODE 2 (2002)
Δσ
S,equ
(N*) - Faixa de tensão do dano equivalente para diferentes casos e
considerando o número de ciclos de carregamento, EUROCODE
2 (2002)
R
equ
- Faixa de tensão normal, EUROCODE 2 (2002)
E
cd,min,equ
- Nível de tensão compressiva mínimo, EUROCODE 2 (2002)
E
cd,max,equ
- Nível de tensão compressiva máximo, EUROCODE 2 (2002)
f
cd,fat
- Resistência do concreto à fadiga de projeto, EUROCODE 2
(2002)
s
cd,max,equ
- Maior tensão da amplitude final para N ciclos, EUROCODE 2
(2002)
s
cd,min,equ
- Menor tensão da amplitude final para N ciclos, EUROCODE 2
(2002)
b
cc
(t
0
)
- Coeficiente para resistência do concreto na aplicação do
primeiro carregamento, EUROCODE 2 (2002)
t
0
- Tempo do primeiro carregamento do concreto em dias,
EUROCODE 2 (2002)
Df
sd,fad,min
- Resistência à fadiga em termos de faixa de tensões
f
y
- Tensão de escoamento
f
u
- Tensão última
M - Matriz de massa
K - Matriz de rigidez
ξ
i
- Taxa de amortecimento do modo i
ω
0i
- Freqüência natural circular do modo i
f
0i
- Freqüência natural do modo i
u
- deslocamento
u
&
- velocidade
u
&&
- aceleração
f
- modo de vibração
P
ξ
- fração de amortecimento
F
(ω
0
)
- coeficiente de amplitude
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro
PUC - Rio Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
NBR Norma Brasileira
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
AISC
Amer
ican Institute of Steel Construction
BS British Standards
CEB Comité Euro-international du Béton
EUROCODE European Standard
cm Centímetro
f(Hz) Freqüência em hertz
f Freqüência de excitação
g Gravidade
Hz Hertz
kN Kilonewton
kN/m
2
Kilonewton por metro quadrado
Metro cúbico
Metro quadrado
MEF Método dos elementos finitos
min Minutos
MPa Megapascal
N Newton
N/m
2
Newton por metro quadrado
T Período da atividade em (s)
seg Segundos
Número
Δ
t
Intervalo de tempo
O
C Graus Celsius
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 22
1.1 Apresentação e Relevância ................................................................................ 22
1.2 Motivação e objetivo ........................................................................................... 23
1.3 Estado da arte .................................................................................................... 23
1.4 Escopo do trabalho ............................................................................................. 32
2 CONCEITOS SOBRE FADIGA ESTRUTURAL ............................................. 34
2.1 Introdução ao assunto ................................................................................... 34
2.2 Fadiga Estrutural ............................................................................................ 35
2.2.1 Conceituação de fadiga ................................................................................. 35
2.2.2 Regimes de fadiga ......................................................................................... 36
2.2.3 Modelos de danos e seus diferentes enfoques .............................................. 37
2.2.4 Análise à fadiga - curvas S-N......................................................................... 38
2.2.5 todo para contagem de ciclos ................................................................... 40
2.2.6 Técnicas de avaliação de fadiga .................................................................... 44
3 RESISTÊNCIA DO CONCRETO ARMADO À FADIGA ................................. 45
3.1 Introdução ...................................................................................................... 45
3.2 Resistência do concreto à fadiga ................................................................... 45
3.3 Resistência do aço à fadiga ........................................................................... 46
4 NORMAS DE PROJETO ............................................................................... 48
4.1 Introdução ...................................................................................................... 48
4.2 British Standard 5400 - BS 5400 (1980) ........................................................ 48
4.2.1 Critérios de dimensionamento ....................................................................... 48
4.2.2 Classificação dos detalhes ............................................................................ 49
4.2.3 Ciclos de carregamento ................................................................................. 50
4.2.4 Resistência à fadiga ....................................................................................... 51
4.2.5 Considerações sobre a norma ....................................................................... 52
4.3 Comité Euro-International du Béton - CEB (1990) ......................................... 52
4.3.1 Critérios de dimensionamento ....................................................................... 52
4.3.1.1 Barras de aço ......................................................................................... 53
4.3.1.2 Concreto ................................................................................................. 53
4.3.2 Resistência à fadiga ....................................................................................... 55
4.3.2.1 Barras de aço ......................................................................................... 55
4.3.2.2 Concreto ................................................................................................. 57
4.3.3 Verificação pelo espectro de níveis de carregamento ................................... 58
4.3.4 Considerações sobre as recomendações do CEB......................................... 59
4.4 European Standard - Eurocode 2: design of concrete structures (2002) ....... 59
4.4.1 Critérios de dimensionamento ....................................................................... 60
4.4.2 Classificação do concreto utilizado ................................................................ 60
4.4.3 Ciclos de carregamento ................................................................................. 61
4.4.4 Verificação do concreto usando-se a faixa de tensão de dano equivalente .. 63
4.4.5 Considerações sobre a norma ....................................................................... 64
4.5 Norma Brasileira NBR 6118 (2003) ............................................................... 64
4.5.1 Critérios de dimensionamento ....................................................................... 65
4.5.2 Considerações sobre a norma ....................................................................... 67
5 MODELO ESTRUTURAL E DESCRIÇÃO DOS TESTES EXPERIMENTAIS 69
5.1 Introdução ...................................................................................................... 69
5.2 Modelo estrutural da ponte ............................................................................ 69
5.3 Testes experimentais realizados na ponte ..................................................... 74
5.3.1 Prova de carga dinâmica ............................................................................... 74
5.3.2 Calibração dos resultados numéricos com os obtidos experimentalmente .... 76
6 MODELAGEM DA CARGA MÓVEL .............................................................. 79
6.1 Generalidades ................................................................................................ 79
6.2 Modelagem dos veículos ............................................................................... 79
6.3 Comboios de veículos empregados na análise ............................................. 84
6.3.1 Primeiro comboio: 2 veículos TB-45 com 10,0 metros de espaçamento ....... 84
6.3.2 Segundo comboio: 3 veículos TB-45 com 6,5 metros de espaçamento ........ 84
7 MODELO NUMÉRICO-COMPUTACIONAL .................................................. 86
7.1 Introdução ...................................................................................................... 86
7.2 Modelo numérico ........................................................................................... 86
7.3 Descrição dos elementos finitos .................................................................... 87
7.4 Esquema de aplicação das cargas dinâmicas ............................................... 88
7.5 Modelagem do amortecimento....................................................................... 91
8 ANÁLISE DOS AUTOVALORES E AUTOVETORES .................................... 94
8.1 Introdução ...................................................................................................... 94
8.2 Análise das freqüências naturais (autovalores) ............................................. 94
8.3 Análise dos modos de vibração (autovetores) ............................................... 95
9 ESTUDO DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DO MODELO ESTRUTURAL
INVESTIGADO ......................................................................................................... 97
9.1 Introdução ...................................................................................................... 97
9.2 Pontos estruturais investigados ..................................................................... 97
9.3 Comboios de veículos empregados na análise ............................................. 98
9.4 Casos de carregamento investigados na dissertação .................................... 99
9.5 Análise no domínio do tempo....................................................................... 100
9.5.1 Comboio 2. Caso de carregamento 3. ......................................................... 101
9.6 Análise global dos históricos de tensões apresentados ............................... 104
10 VERIFICAÇÃO À FADIGA ........................................................................... 106
10.1 Generalidades .............................................................................................. 106
10.2 Contagem de ciclos ..................................................................................... 106
10.3 Análise da fadiga ......................................................................................... 108
10.3.1 Cálculo da vida útil da ponte para os diversos comboios e casos de carga 109
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 116
11.1 Generalidades .............................................................................................. 116
11.2 Conclusões .................................................................................................. 116
11.3 Sugestões para Trabalho Futuros ................................................................ 119
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 120
ANEXO A – Gráficos da tensão devido a passagem dos comboios ....................... 128
A.1. Comboio 1. Caso de carregamento 1. Efeito do peso ..................................... 128
A.2. Comboio 1. Caso de carregamento 2. Efeito do peso ..................................... 129
A.3. Comboio 1. Caso de carregamento 3. Efeito do peso ..................................... 130
A.4. Comboio 2. Caso de carregamento 1. Efeito do peso ..................................... 131
A.5. Comboio 2. Caso de carregamento 2. Efeito do peso ..................................... 132
ANEXO B - Tabelas de estimativa de dano acumulado e vida útil, efeito da
mobilidade da carga, velocidade de 40km/h ........................................................... 133
B.1. Comboio 1 (Figura 9.2). Caso de carregamento 1 (Figura 9.4) ....................... 133
B.2. Comboio 1 (Figura 9.2). Caso de carregamento 2 (Figura 9.5) ....................... 135
B.3. Comboio 1 (Figura 9.2). Caso de carregamento 3 (Figura 9.6) ....................... 138
B.4. Comboio 2 (Figura 9.3). Caso de carregamento 1 (Figura 9.4) ....................... 140
B.5. Comboio 2 (Figura 9.3). Caso de carregamento 2 (Figura 9.5) ....................... 143
B.6. Comboio 2 (Figura 9.3). Caso de carregamento 3 (Figura 9.6) ....................... 145
ANEXO C - Exemplo de APDL para análise modal ................................................ 148
22
1 INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação e Relevância
Atualmente, nota-se um crescente interesse na análise dinâmica das pontes e
viadutos rodoviários e ferroviários. Esse fato é corroborado por acidentes trágicos
recentes, onde a causa é diretamente relacionada à ressonância, resultado da
solicitação dinâmica dessas estruturas, cujas amplitudes de freqüência ultrapassam
significativamente uma análise estática.
No caso de pontes e viadutos existentes, fatos como esses impõe a
necessidade do estudo da capacidade de carga e análise dinâmica, de forma a
classificá-los para as solicitações a que estão sujeitas. Isso é feito com base nas
normas vigentes, e por meio de ensaios experimentais, comumente denominados de
prova de carga, sendo estática ou dinâmica.
Nesses estudos, tem-se tornado fundamental a modelagem matemática
computacional, simulando a estrutura o mais fielmente possível, de forma a se
conhecer precisamente as tensões e deformações presentes nos elementos
estruturais.
Via de regra as estruturas são projetadas de forma a se satisfazer as
condições de serviço e de segurança com relação à sua ruptura, atendendo aos
estados limites último (ELU) e de serviço (ELS).
Atualmente, a norma brasileira para projeto de pontes e viadutos (NBR
7187/87) considera que o carregamento atuante nessas obras de arte é do tipo
estático, adotando para a solicitação dinâmica a equivalência com os pontos onde
surgem os piores efeitos estáticos.
Para essa equivalência utiliza-se um coeficiente de impacto, obtido em função
do vão da ponte, para se majorar os efeitos da solicitação dinâmica,
desconsiderando-se outros fatores como rigidez, amortecimento e massa da
estrutura.
Dessa forma, os cálculos concernentes ao estudo pela norma perdem em
precisão, com relação aos atuais métodos de análise estrutural. A geração de um
modelo matemático da ponte esconsa, considerando os efeitos retro citados,
permitiu verificar algumas particularidades, conforme será explanado neste trabalho.
23
1.2 Motivação e objetivo
Considerando-se a relevância do assunto em questão, desenvolve-se neste
trabalho de pesquisa um estudo sobre o comportamento dinâmico e, bem como,
verificação à fadiga de tabuleiros rodoviários, objetivando analisar a influência de
veículos pesados sobre o comportamento estrutural de pontes rodoviárias de
pequeno vão, esconsas e em concreto armado.
A metodologia de análise desenvolvida contempla uma análise dinâmica no
domínio do tempo e os resultados alcançados, em termos de deslocamentos e
tensões, respaldam uma análise de fadiga sobre a obra de arte rodoviária
investigada. Este estudo considera a influência da velocidade, do espaçamento e do
número de veículos sobre a resposta estrutural da ponte e os resultados obtidos
nesta dissertação são comparados com resultados experimentais.
1.3 Estado da arte
O estudo dos efeitos causados pelas vibrações em estruturas de pontes e
viadutos rodoviários iniciou-se aproximadamente em 1850 por Willis, que abordou as
causas do colapso da Chester Railway Bridge, e daí em diante motivado pela
utilização de novos veículos com velocidades maiores e mais pesados.
Acredita-se também que as primeiras rupturas por fadiga passaram a ter certa
importância em meados do século XIX. Essa importância se deu principalmente por
aspectos econômicos.
Em 1994,o custo de manutenção no Canadá girava em torno de 20 milhões
de euros por ano, para pontes rodoviárias de concreto, Green et Cebon (1994). Em
2004, nos Estados Unidos da América, aproximadamente 200.000 pontes
rodoviárias precisavam de reparos ou reforços, Qiao, Yang et Mosallam (2004).
Na China, por exemplo, nos últimos 20 anos o transporte rodoviário cresceu
exponencialmente. Uma grande quantidade de novas pontes têm sido construída;
entretanto, a capacidade de carga precisa ser reavaliada, sendo seu
dimensionamento previsto para vida útil de 20 anos, exceto em caso de séria
fissuração, Mei, Qin et Lin (2003).
24
Os primeiros estudos conhecidos sobre fadiga são da autoria do engenheiro
alemão August Wӧhler e foram realizados em eixos de locomotivas cujas rupturas
eram muito freqüentes na indústria ferroviária alemã por volta de 1840, Pravia
(2003). Wӧhler introduziu o conceito até hoje utilizado de curvas S-N, onde S é a
amplitude de tensão aplicada (constante) e N é o número de ciclos até à ruptura.
A partir das curvas S-N, pode obter-se diretamente a faixa de tensão máxima
em função de número de ciclos aplicados ao longo da vida útil da peça. Tais curvas
são desenvolvidas através de ensaios em detalhes ou corpos de prova
padronizados.
Ainda hoje, estas curvas constituem um dos métodos mais utilizados para
representar os ensaios de fadiga dos materiais. Para faixa de tensão com amplitude
variável ao longo do tempo, não existe uma correlação direta.
Dessa forma, Palmgreen (1924), apresentou algumas expressões para a
correlação entre tensões cíclicas e tensões variáveis. Miner (1945) por sua vez,
apresentou o conceito de dano acumulado, cuja teoria se faz presente na maioria
das normas internacionais sobre o assunto.
Com o passar dos anos, a evolução dos estudos possibilitou uma modelagem
mais detalhada e real no que diz respeito a estruturas de pontes e modelos de
carregamentos de veículo mais condizentes com a realidade.
Esses avanços se faziam necessários, pois o problema de fadiga em pontes
rodoviárias se associava à modelagem real de estruturas e veículos.
Dessa forma o impacto das vibrações na estrutura através do método dos
elementos finitos proveu grande avanço, apesar de recente, na análise de modelos
de estrutura bi e tridimensional.
O carregamento dinâmico de obras de arte especiais e seus problemas são
fonte de estudo desde meados do século XIX, em virtude do avanço tecnológico dos
veículos, caracterizado nesse aspecto pelo aumento de suas velocidades e pesos.
YEONG-YANG e YEAN-SENG, (2000) utilizaram o método de Newmark e o
esquema de diferenças finitas, fundamentais para a discretização das equações de
movimento de um veículo, criando uma ferramenta capaz de simular veículos de
diferentes complexidades, variando a carga e massa em movimento, barras rígidas
em suspensão etc. A capacidade deste procedimento é demonstrada no estudo de
vários fenômenos de interação veículo-ponte, inclusive aqueles causados pela
frenagem de veículos.
25
ZHANG, VROUWENVELDER e WANDNIER (2001), simularam dois tipos de
irregularidades no pavimento: aleatórias e não-aleatórias, e com isso analisaram,
para dois tipos de tráfego (livre e congestionado), os fatores de amplificação
dinâmicos e as cargas equivalentes uniformemente distribuídas provenientes de
tráfegos eventuais em pontes.
SAVIN (2001), deduziu expressões analíticas para o cálculo do fator de
amplificação dinâmico e características do espectro de resposta para pontes
fracamente amortecidas com diversas condições de contorno, submetidas a
passagem de cargas móveis com velocidade constante.
GRECO e SANTINI (2002) apresentaram a eficácia dos coeficientes de
amortecimento na redução das amplitudes das respostas dinâmicas, desenvolvido
por uma análise paramétrica. Um estudo comparativo entre as respostas exatas,
obtidas mediante uma análise modal complexa, e as aproximações destas,
fornecidas por uma análise modal clássica, apresenta diferenças significativas, nas
quais as respostas exatas possuem maiores valores do que as suas aproximações.
LIU, HUANG e WANG (2002), selecionaram quatro comprimentos de ponte
em concreto protendido e quatro tipos comuns de veículos são selecionados para a
modelagem tridimensional e análise. A superfície irregular da ponte é baseada em
um processo randômico ao longo da direção transversal do pavimento. Os
resultados indicam que os valores do fator de impacto induzidos pelas cargas
elevadas são, geralmente, menores do que aqueles indicados pela “American
Association of State Higwhay and Transportation Officials Specification”.
SILVA (1996 e 2002) avaliou os efeitos das irregularidades superficiais sobre
o comportamento dos tabuleiros rodoviários, mediante estudo paramétrico.
Respaldado nos resultados obtidos, foi proposto um coeficiente de majoração de
esforços estáticos que considera todas as ações dinâmicas verticais provenientes
dos veículos, inclusive as irregularidades da pista. Pela análise dos resultados,
percebe-se que o coeficiente de majoração dos efeitos estáticos não abrange todas
as ações dinâmicas verticais provenientes dos veículos, inclusive as irregularidades
da pista, visto que estas últimas geram esforços dinâmicos significativamente
maiores em relação aos efeitos estáticos.
NASSIF e LIU (2003), analisaram a resposta dinâmica de pontes,
empregando um modelo 3D para a avaliação da interação ponte-pavimento-veículo.
As viaturas são idealizadas como sistemas tri-dimensionais com onze graus de
26
liberdade, possuindo um conjunto de suspensões e pneus de comportamento não-
linear. As irregularidades do pavimento são geradas através de um processo
Gaussiano randômico. Os resultados mostram que o fator de amplificação dinâmico
é fortemente dependente da qualidade da superfície do pavimento, da suspensão do
veículo e da geometria da ponte.
SANTOS (2003), elaborou um estudo de normas e códigos de diversos
países sobre a ação do carregamento móvel sobre pontes rodoviárias, onde se
definiram combinações de veículos de cargas (CVC’s) e estudaram-se as
conseqüências e a viabilidade do tráfego. Compararam-se os esforços solicitantes
provocados pelas CVC’s e os veículos previstos por normas em diversos sistemas
estruturais e por meio da verificação da capacidade portante de um projeto típico. A
conclusão mostra a importância de reavaliar a ação do carregamento móvel sobre as
pontes rodoviárias, constatando a existência de CVC’s que, apesar de atenderem às
exigências estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), são
incompatíveis com as obras de arte especiais da malha viária nacional.
LAW & ZHU (2004), apresentaram dois trabalhos de avaliação do
comportamento de pontes sob cargas veiculares. No primeiro, analisaram o
comportamento dinâmico de pontes de concreto armado danificadas submetidas à
passagem de veículos, que foram modelados como massas se deslocando sobre o
tabuleiro da ponte ou como sistemas com quatro graus de liberdade. Os efeitos de
diversos parâmetros, como a velocidade dos veículos e qualidade da superfície do
pavimento são considerados em suas análises. No segundo, avaliou-se o
comportamento dinâmico de tabuleiros contínuos com seção não-uniforme, sobre
apoios elásticos, submetidos à passagem de veículos, onde é considerada a
interação entre a estrutura, a irregularidade do pavimento e os veículos, sendo estes
modelados como cargas móveis com espaçamento fixo. O efeito da frenagem dos
veículos sobre a ponte também é considerado neste trabalho.
SILVA (2005) estudou o desempenho dinâmico dos pavimentos irregulares
das pontes rodoviárias, propondo uma metodologia de análise que avalia os efeitos
dinâmicos, deslocamentos e tensões nas lajes das pontes rodoviárias, devido aos
deslocamentos dos veículos igualmente espaçados em sucessão infinita e
velocidade constante, definidos por um modelo probabilístico, considerando apenas
a resposta permanente. Um modelo matemático assumiu a representação do
elemento finito da laje como uma viga e os veículos simulados como parâmetros
27
concentrados de massas, rigidez e amortecimento. Um bom conhecimento da
densidade espectral do pavimento definiu a rugosidade da superfície.
KIM, KAWATANI e KIM. (2005), fizeram uma análise numérica utilizando as
equações de Lagrange e o método de Newmark, comparando-os com resultados
experimentais, propondo uma análise tridimensional de modo a obter respostas
dinâmicas do estudo interação veículo-estrutura, obtendo assim resultados bastante
satisfatórios.
LEE e YHIM (2005), estudaram o comportamento dinâmico de uma ponte
com viga-caixão de longo vão, submetida a cargas móveis: análise numérica e
verificação experimental, utilizando o método Lagrangeano e elementos finitos de
Hermite, em modelos 3D com elementos de casca, formulando-se 6 graus de
liberdade. O resultado numérico mostra boa aceitação com os dados experimentais
para uma viga caixão existente de concreto em ponte de 2 vãos, sob tráfego de
veículos em várias velocidades.
LIN e YANG (2005), estudaram a probabilidade do uso de um veículo de
passagem para se obter a freqüência fundamental de uma ponte. O veículo utilizado
é um caminhão articulado, transitando a menos de 40 km/h. Utilizaram-se
acelerômetros para se fazer um estudo experimental, o que gerou bons resultados
comparativos., e concluindo-se que para se obter a segunda e demais freqüências
da ponte, necessita-se incrementar os níveis de resolução da transformada de
Fourier.
ROSSIGALI (2006) estudou a durabilidade e o comportamento de pavimentos
e obras de arte rodoviárias, considerando projetos com modelos de cargas móveis,
definidos por estudos probabilísticos, de forma que produzam efeitos similares ao do
tráfego de veículos reais, obtidos a partir da análise criteriosa dos dados de tráfego
rodoviário publicados pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes
(DNIT). Neste presente trabalho, são geradas análises de projetos reais de pontes
rodoviárias em concreto armado, avaliando a influência da qualidade do pavimento
na magnitude da resposta dinâmica da estrutura.
ALMEIDA (2006) analisou parametricamente as vibrações em pontes
rodoviárias provenientes da interação dos veículos com pavimentos irregulares,
definidas por um modelo matemático o-determinístico. Simulou-se o tabuleiro por
uma viga unidimensional com base em elementos finitos, representando os veículos
como quatro modelos distintos, com um eixo e uma massa, com um eixo e duas
28
massas, com dois eixos e três massas e com três eixos e quatro massas
respectivamente, todos com sistema de massa, mola e amortecedores.
KIM, KAWATANI e KWON (2006), simularam um tráfego tridimensional com
caminhões pesados de 3 eixos para analisar o coeficiente de impacto em uma ponte
reforçada com laje de concreto sobre vigas metálicas treliçadas, analisando a
resposta das pontes, combinada com a técnica de Monte Carlo. Os resultados
mostram que a superfície rugosa é o fator de maior influência no coeficiente de
impacto na laje.
Utilizando um organograma, mostra de maneira iterativa o processo pelo
método de Newmark. O estudo paramétrico mostra que a probabilidade de fadiga
tende a crescer com o decréscimo da qualidade do concreto. O maior coeficiente de
impacto resulta na pior condição da superfície de uma rodovia, e o tráfego de alta
velocidade pode acelerar o tempo e causar fadiga prematura no tabuleiro de
concreto.
GONZÁLEZ, LI e OBRIEN (2006), estudaram a rugosidade de um pavimento
de uma ponte rodoviária como um indicador da amplificação da ponte. O sistema
veículo-ponte é composto por uma viga de Euler-Bernoulli simplesmente apoiada
com 15 e 25 metros, suportando veículos de 2 eixos com 15 tonetaladas,
generalizados pela simulação de Monte Carlo. Também é utilizado o índice de
irregularidade da ponte (BRI) para representar um tipo estimado de amplificação
dinâmica para as propriedadesdo veículo-chave. Conclui-se que os fatores de BRI
para os vãos de 15 e 25m são completamente diferentes. O BRI é valioso à medida
em que fornece introspectivamente a contribuição que a rugosidade da pista afeta
na dinâmica, destacando-se também a importância do local e a sensibilidade da
amplificação dinâmica para as irregularidades em pontos particulares, antes e depois
da ponte.
AMORIM (2007) avaliou a resposta dinâmica de pontes rodoviárias com
pavimentos irregulares e comparou com a metodologia de projeto proposta pela
NBR 7187. Para tal, ele fez uma análise semelhante ao do ALMEIDA (2006), que
considerando uma análise apenas dois tipos de veículos (TB-12 e TB-45) e
estudando as respostas dinâmicas de dois modelos estruturais existentes.
MELO (2007), com intuito de determinar de forma mais precisa os valores do
coeficiente de impacto adotadas em pontes no Brasil, desenvolveu e implementou
um modelo analítico-numérico simplificado para representar a interação veículo-
29
pavimento-estrutura. Nesta modelagem, a ponte foi representada por modelo unifilar
com propriedades de rigidez à flexão e à torção e o veículo de 3 eixos é simulado
por um sistema plano de 5 graus de liberdade. A comparação entre os resultados
numéricos e os correspondentes resultados experimentais demonstrou a validade do
modelo. Apresentou também um estudo paramétrico do fator de amplificação
dinâmica da resposta em deslocamentos para pontes típicas de vãos curtos no
Brasil.
SANTOS (2007) estudou os efeitos danosos causados às pontes rodoviárias
pelo fenômeno de interação dinâmica entre os veículos, o pavimento e a estrutura, e
também o desempenho de sistemas de controle dinâmico para redução das
vibrações induzidas pelo tráfego de veículos, especialmente os de carga pesada,
através de um modelo matemático que foi validado com exemplos de aplicação a
casos reais e, por meio da correlação de resultados numéricos e experimentais.
BRUNO (2007), estudou o impacto dinâmico de pontes estaiadas de longos
vãos sobre carregamentos móveis. Os estais são modelados em elementos de
barras e os procedimentos não-lineares são avaliados com a formulação de
Dischinger, que considera as não-linearidades geométricas dos estais inclinados,
introduzindo um módulo elástico fictício para um membro na linha equivalente.
Pelo método paramétrico, analisou as pontes pelos modos de deformação por
flexão e torsão. Discutiu com respeito à geometria típica e parâmetros de rigidez da
ponte, enfatizando os efeitos de amplificação produzido pelas forças de inércia do
sistema em movimento, para torres tipo “A” e “H”. É estabelecido que, para uma
condição de carregamento no plano, o efeito da deformação transversal no
comportamento dinâmico é praticamente desconsiderado.
Os resultados numéricos mostram que, em comparação com a torre tipo “H”,
a do tipo “A” tem maiores fatores de amplificação dinâmicos, são caracterizados
pelas propriedades aumentadas de rigidez, que são habilitadas para reduzir
eficientemente a deformação da ponte por torsão.
GONZÁLEZ, HARRIS e OBRIEN (2007), analisaram a redução da
amplificação dinâmica em pontes de vãos pequenos, devido ao ajuste do
amortecimento da suspensão de um veículo. O sistema de interação veículo-ponte
adotado, simulado pelo software MatLab, é composto por um caminhão articulado
com 5 eixos e múltiplos graus de liberdade, sobre uma ponte composta por vigas
Euler-Bernoulli simplesmente apoiadas. Notou-se que o efeito é geralmente maior
30
para modelos rugosos, com reduções de até 40% de desenvolvimento dinâmico
realizado. Para modelos relativamente planos e lisos, a contribuição da rugosidade
da pista para todos os efeitos dinâmicos é reduzida. Conclui-se também que as
forças nos pneus e nas acelerações de corpo não são afetadas pela suspensão da
ponte.
McLACHLAN, OBRIEN e CAPRANI (2007), determinaram as características
dos efeitos do carregamento de tráfego para uma série de eventos de carga em
pontes de pequenos e médios vãos (20 a 50 metros). Os valores do tráfego real são
usados para demonstrar as implicações de uma aproximação convencional de
extrapolação do máximo efeito de carregamento por dia que deriva de uma
variedade de passagens de caminhões. As diferenças entre o convencional e a
aproximação são boas.
CAI, SHI, ARAUJO e CHEN (2007), estudaram o efeito da condição de
aproximação sob uma resposta dinâmica de pontes, induzidas por veículos pesados
em movimento, com pavimentos irregulares. Para isso, desenvolveu-se um modelo
3D de interação veículo-ponte. Compararam-se resultados experimentais, mostrando
um resultado satisfatório. Além disso, utilizou-se uma tábua de madeira para simular
um quebra-molas. Concluiu-se que fatores como juntas de dilatação irregulares e
condições inadequadas de entrada em uma ponte podem aumentar tremendamente
a resposta dinâmica de pontes pequenas, que são mais afetadas do que as pontes
de vãos maiores, cujo tempo de dissipação do distúrbio inicial é maior.
MOGHIMI e RONAGH (2008), desenvolveram um modelo numérico de
interação veículo-ponte e resposta do conforto humano à vibração, pela norma ISO,
induzida pelo tráfego, simulado em 2D por caminhões variados em massa. Além
disso, consideraram a irregularidade da pista, em uma ponte mista com vigas
metálicas em perfil I, modelada em 3D. Com isso, avaliaram em diferentes aspectos
(velocidade, aceleração, deslocamento) as respostas dinâmicas na obra de arte,
concluindo sobre a importância da alta velocidade, rigidez do aparelho de apoio e
acréscimo de perfis I nos resultados.
LOPES (2008), estudou a influência da velocidade, do espaçamento e do
número de veículos na resposta dinâmica de obras de arte rodoviárias de concreto
armado, isostáticas, com e sem balanços e pavimentos de diferentes qualidades,
com trem tipo TB-12, preconizado pela NBR 7187, para comboios de 2 a 6 veículos
igualmente espaçados e com diferentes simulações de velocidade. Utilizou a análise
31
paramétrica para o desenvolvimento do estudo dos comportamentos, concluindo
sobre a real necessidade de uma reavaliação das normas brasileiras de projeto, e
dos resultados em função da qualidade do pavimento.
KWON, LEE, MOON e KIM (2008), analisaram a interação dinâmica de um
veículo leve magnetizado os trilhos de uma ponte suspensa, sujeita a rajadas de
vento. O veículo é modelado em 2D com onze graus de liberdade e velocidade
constante, simulando quatro tipos de condições envolvendo todos os efeitos, ou
seja, com ou sem ventos, e com efeitos de trilho. As simulações numéricas
concluem que os deslocamentos dinâmicos da ponte ocasionados pelo veículo são
insignificantes, comparados com a ação das rajadas de ventos. Vibrações de baixa
freqüência induzidas pelos trilhos da ponte, bem como por ventos turbulentos,
podem degradar a qualidade da pista para o veículo em baixa velocidade.
GONZÁLEZ, RATTIGAN, OBRIEN e CAPRANI (2008), determinaram o tempo
de vida de uma ponte pelo fator de amplificação dinâmica, usando a análise por
elementos finitos com carregamentos críticos. Utiliza-se a simulação de Monte Carlo
do efeito de carregamento estático, obtendo os máximos carregamentos, que são
então analisados dinamicamente, usando o MSc/NASTRAN para obter o efeito do
carregamento total. Conclui-se que o maior valor específico para o fator de
amplificação dinâmica pode ser obtido por análises individuais da resposta dinâmica
devido ao carregamento crítico. O procedimento pode ser demonstrado por uma
ponte viga-laje com um ótimo pavimento, sujeito a um típico tráfego europeu. As
simulações mostram que o fator de amplificação dinâmico pode ser menor que o
valor proposto em projetos.
CHEN e WU (2008), estudaram o aumento de performance de sistemas de
infraestrutura de uma ponte de longo vão, sob ação de vento, carretas e com
atenuadores de massa (TMD’s). Um estudo paramétrico com diferentes esquemas
de TMD foi feito para investigar a performance do sistema sob 4 aspectos: sem
TMD’s, com TMD na ponte, depois no caminhão e, por último, em ambos. Concluiu-
se que a carreta pode servir de atenuador da resposta dinâmica da ponte quando o
vento é forte. Os TMD’s podem controlar eficientemente as respostas de torção e
flexão da ponte, sob uma carreta com ações do vento. O controle de eficiência é
entre 13% e 15%. Com os atenuadores instalados dentro do caminhão, as respostas
dinâmicas do mesmo se reduziram em 7% a 10%, com razão de massa sob o
caminhão de 2,7%. O resultado sugere que seja desenvolvido um sistema de TMD
32
temporário ou semi-ativo para as carretas parcialmente carregadas em condições
desfavoráveis de tempo. Quando os TMD’s são instalados tanto na carreta quanto
na ponte, ambos trabalham individualmente.
SIENIAWSKA, SNIADY e ZUKOWSKI (2008), criaram um método aproximado
de identificação de parâmetros de estruturas de pontes de um vão, baseado em
medidas e deslocamentos causados em curtos períodos e carregamentos em curto
período. Esse algoritmo proposto pode servir de ferramenta no caso de uma ponte
rodoviária, por exemplo, que não pode ficar muito tempo desativada. Esse método
também identifica a distribuição de forças transversal, a qual depende do que se
sabe sobre a estrutura e as medidas que se pode obter.
LEITÃO (2009), propôs um método de verificação à fadiga de pontes
rodoviárias mistas em aço-concreto, com o uso da regra de Palm-Miner e das
normas NBR 8800, AASHTO-LRFD, BS 5400 e EUROCODE 3, para pavimentos
excelentes e irregulares, por meio do estudo dinâmico de uma ponte mista (aço-
concreto) modelada no software Ansys pelo método dos elementos finitos, sob uma
carga 3D sistemática, estimando-se a vida útil com base nas normas retro citadas,
em diferentes comboios e tipos de pavimento.
1.4 Escopo do trabalho
Com o intuito de atender aos objetivos e à metodologia descritos
anteriormente, este trabalho está subdividido em onze capítulos, descritos a seguir.
O capítulo um apresenta a motivação para o desenvolvimento deste trabalho,
um breve resumo do estado da arte para as análises dinâmicas de obras de arte
especiais, especificando os seus principais objetivos, além de uma pequena
descrição do conteúdo de cada capítulo conforme pode ser observado.
No segundo capítulo faz-se uma breve introdução sobre os conceitos de
fadiga, mecanismos de formação de fissuras, modelos de danos, seus diferentes
enfoques e métodos para contagem de ciclos.
Mostra-se no terceiro capítulo uma explanação sobre conceitos da resistência
do concreto armado à fadiga, regidos pelas normas brasileiras, tecendo um histórico
ao longo do qual se evidenciam algumas citações a normas estrangeiras.
33
O capítulo quatro cita as normas de projeto utilizadas para a verificação à
fadiga, com suas metodologias de cálculo, fazendo referência às suas principais
recomendações.
No quinto capítulo pode-se observar o modelo estrutural investigado, incluindo
suas características ambientais, físicas e geométricas, bem como os testes
realizados na ponte, em especial as provas de carga estática e dinâmica.
O sexto capítulo apresenta a modelagem da carga móvel, fazendo-se
referência especificamente ao TB-45 da NBR 7188 (1984), com seus modos de
vibração formando o modelo estrutural utilizado, além da formação dos comboios.
O capítulo sete apresenta o modelo matemático adotado neste trabalho para
a realização das análises dinâmicas, com especial atenção para a generalização da
passagem dos comboios sobre a ponte em questão. Este capítulo também faz uma
breve apresentação dos modelos matemáticos da ponte e do veículo, dos seus
respectivos comboios e do amortecimento, contendo formulações, propriedades
físicas e geométricas adotadas no estudo.
No capítulo oito realizam-se as análises dinâmicas dos modelos estruturais
através dos autovalores, freqüências naturais do sistema estrutural, autovetores e
modos de vibração apresentados.
O nono capítulo estuda o comportamento dinâmico do modelo estrutural
investigado, por meio dos gráficos das tensões calibrados e gerados pelo software
Ansys (2005), para diferentes elementos estruturais da ponte ao longo do tempo,
comentando-se seus resultados.
No capítulo dez, os resultados demonstrados no capítulo anterior são
utilizados para se proceder com as análises da estrutura à fadiga. Comparativos e
avaliações para cada caso estudado também são apresentados nesse capítulo.
Finalmente, no capítulo onze, são apresentadas as considerações finais e
algumas sugestões para trabalhos futuros de forma a contribuir para o avanço desta
linha de pesquisa.
34
2 CONCEITOS SOBRE FADIGA ESTRUTURAL
2.1 Introdução ao assunto
Devido à natureza dinâmica dos carregamentos que atuam nas pontes
rodoviárias de concreto, os elementos estruturais dessas obras de arte estão
sujeitos à variação cíclica de cargas e conseqüentemente de tensões e
deslocamentos.
Mesmo que a tensão máxima de um ciclo não ultrapasse a tensão de
escoamento do material, determinados elementos estruturais podem falhar após um
determinado número de aplicações de variações de tensão (ciclos) causados pelas
diferentes amplitudes dos carregamentos originados pelo tráfego de veículos.
As pontes rodoviárias de concreto podem estar sujeitas à falhas construtivas
e deficiência nos materiais de seus elementos estruturais, ocasionando segregação
no concreto, cobrimento insuficiente, entre outros fatores que podem ocasionar a
corrosão das armaduras. Tais defeitos contribuem para o início da fissuração destes
elementos estruturais, que quando sujeitos a esforços não previstos e principalmente
a ações dinâmicas, encontram-se submetidos ao fenômeno da fadiga e podem vir a
produzir a concentração de fissuras e conseqüente propagação destas.
Esses efeitos certamente podem afetar a estabilidade de modo local ou global
da obra de arte ou até mesmo reduzir a sua vida útil. Para se conhecer de forma
mais precisa o impacto da fadiga em estruturas se faz necessária uma aplicação de
estudos que modelem da forma mais real possível o comportamento das cargas e
dos elementos estruturais submetidos às mesmas.
Ao longo dos anos diversas pesquisas nesse sentido levaram ao conceito de
variação de tensão e de ciclos, expressos através de curvas S-N obtidas
experimentalmente, de forma a estimar de uma maneira mais precisa a vida útil
dessas obras de arte.
Esse capítulo introduz o conceito de fadiga e seus diferentes regimes e
enfoques além de um breve resumo das principais normas para a análise de fadiga,
com foco nas metodologias, especificações e formulações.
35
2.2 Fadiga Estrutural
2.2.1 Conceituação de fadiga
As estruturas de concreto armado são freqüentemente sujeitas a tensões
variáveis e para determinar a sua capacidade resistente é necessário conhecer a
resistência dos materiais para estas tensões variáveis.
É fato reconhecido que sob carregamentos e descarregamentos repetidos ou
tensões variáveis, a ruptura pode produzir-se por tensões menores do que a
resistência à ruptura do material, obtida no ensaio estático, e a grandeza destas
tensões necessárias para produzir a ruptura, decresce quando o número de ciclos
de tensões cresce.
Este fenômeno de redução da resistência de um material, causado por
tensões variáveis, é chamado fadiga. Um ciclo de tensões fica completamente
definido quando forem dados os valores máximo e mínimo, s
max
e s
min
da tensão
variável (Fig. 2.1).
Figura 2.1 - Tensões variáveis, Leitão (2009)
Alternativamente, podem ser fornecidas a tensão média e a amplitude da
variação das tensões, representada pelo curso das tensões. O ensaio realizado para
determinar a resistência à fadiga de um material é chamado ensaio de duração. A
seguir, serão apresentadas as principais conclusões obtidas de alguns ensaios
realizados com o concreto armado.
36
Figura 2.2 - Exemplo de tensão com amplitude variável e aleatória, Leitão (2009)
Geralmente, as tensões de amplitude constante têm natureza determinística e
estão associadas a carregamentos oriundos do funcionamento de quinas e
equipamentos. as tensões com amplitude variável e aleatória estão normalmente
associadas às estruturas reais sujeitas a cargas aleatórias, como vento, passagem
de comboio de veículos, entre outras.
Independentemente do tipo, conforme mostrado nas Figuras 2.1 e 2.2, a faixa
de variação de tensão é de fundamental importância para a verificação à fadiga de
estruturas. As normas de projeto, em sua maioria, levam em consideração a faixa de
variação de tensão no que diz respeito à verificação quanto à fadiga.
2.2.2 Regimes de fadiga
Os regimes de fadiga são classificados com base na quantidade de ciclos de
tensão que são aplicadas em um elemento durante sua vida útil em serviço. A
quantidade de ciclos classifica a fadiga em dois tipos, sendo um de alto ciclo (High-
Cycle Fatigue - HCF) e o outro de baixo ciclo (Low-Cycle Fatigue - LCF).
No regime de alto ciclo, predominam tensões de baixa amplitude,
deformações elásticas e um grande número de ciclos até a falha da peça. no
regime de baixo ciclo, predominam tensões de alta amplitude, conseqüentemente
deformações plásticas significativas em cada ciclo e um pequeno número de ciclos
até a falha da peça.
Não existe uma delimitação oficial entre o regime de alto ciclo e o de baixo
ciclo. Estudos anteriores demonstram que a partir de 1 x 10³ ciclos de tensão, Norton
37
(1998), se pode considerar um regime de alto ciclo de fadiga, aonde,
predominantemente usam-se curvas e diagramas S-N para se analisar o impacto da
fadiga e conseqüentemente a vida útil da maioria das estruturas.
2.2.3 Modelos de danos e seus diferentes enfoques
Muito pouco se conhece dos mecanismos de fadiga a ponto de se identificar
ou prever danos por fadiga a partir de conceitos estabelecidos com base em ensaios
de laboratório, principalmente quando se trata de tensões de amplitude variável e
comportamento aleatório.
Existem várias teorias para modelos de danos por fadiga. Tais modelos de
dano acumulado objetivam a análise do comportamento a fadiga de estruturas sob
carregamentos aleatórios uma vez que as curvas S-N são construídas a partir de
ensaios experimentais sujeitos a carregamentos de amplitude constante.
O primeiro modelo de dano, mais simples e geralmente utilizado, é o dano
linear proposto por Palmgreen (1924) e Miner (1945). Essa regra conhecida como
regra de Miner, sugere que o dano acumulado é proporcional à energia absorvida
pelo material conforme demonstrado nas equações 2.1 e 2.2, a seguir.
å
=
=
k
1i
i
i
i
N
n
D
(2.1)
Onde:
D: Taxa de dano acumulado
k: Nº de diferentes níveis de tensão numa seqüência específica de carregamento
n: Nº de ciclos de tensão com determinada amplitude
N: Nº de ciclos de tensão necessários para ocorrer falha
A falha ocorre quando,
38
0.1
N
n
D
k
1i
i
i
i
³=
åå
=
(2.2)
Porém, em muitos casos a regra linear em geral leva a valores o
conservativos de estimativa de vida útil, pois os resultados dessa aproximação não
levam em conta o efeito da passagem constante do carregamento no acúmulo de
danos durante o ciclo de cargas de fadiga.
Com isso, o dano é acumulado na mesma taxa correspondente ao nível de
tensão dado sem considerar o impacto das cargas anteriores. Algumas normas e
alguns trabalhos importantes demonstram a aplicabilidade, a simplicidade e a
importância da regra linear, assim como suas limitações, Battista e Pfeil (1999b),
Cullimore e Webber (2000), Kiss, et al (1998), Nishikawa, et al (1998) entre outros.
Desde a introdução da regra linear de dano, muitas teorias de dano por fadiga
foram propostas de forma a aprimorar o acerto sobre a estimativa de vida útil das
estruturas. A falta de capacidade de processamento computacional limitou o uso do
processo não linear para determinação do dano estrutural.
Dessa forma outras teorias de dano por fadiga foram criadas a partir de
adaptações da regra linear, como por exemplo, a linear dupla elaborada por Manson
e Halford (1981). Uma revisão acerca de uma melhor compreensão das muitas
aproximações de dano por fadiga pode ser consultada em, Pravia (2003), Afonso
(2007) e Leitão (2009).
Diferentes enfoques para a análise de danos causados por fadiga são
comumente empregados. Esses enfoques dependem de como é o processo de
formação da fadiga e como a mesma é propagada. O enfoque mais utilizado em
projeto para a análise de estruturas sob o efeito de fadiga é o enfoque de vida útil.
Esse enfoque tem o objetivo de determinar a vida útil da estrutura sujeitas a cargas
cíclicas, através de curvas S-N obtidas experimentalmente e leis de acumulação de
danos lineares.
2.2.4 Análise à fadiga - curvas S-N
Conforme foi descrito nos itens acima, uma das maneiras mais utilizadas e
difundidas nas normas que tratam dos danos causados por fadiga é a análise tensão
39
deformação através das curvas S-N. As curvas S-N são baseadas nas regras de
Miner e são construídas a partir de ensaios experimentais de flexão rotativa ou
compressão e tração. Os corpos de prova normalizados, peças e detalhes
estruturais específicos, são submetidos a carregamentos de amplitude constante até
que ocorra a falha e se registre o número de ciclos.
Muitos estudos foram feitos a partir de carregamentos de amplitude variável,
Petersen (1995), Nielsen, et al (1997); Agerskov (1999), porém devido a grande
dificuldade de se determinar as inúmeras formas e intensidades de carregamentos
dinâmicos que podem ocorrem na estrutura aliado a dificuldade de se gerar ensaios
ou modelos matemáticos generalizados fazem com que, apesar dos avanços
tecnológicos, a análise dos efeitos provocados pela fadiga em estruturas metálicas
submetidas a tensões de amplitude variável e aleatória ainda seja alvo de grandes
estudos e pesquisas.
As curvas S-N determinam o limite de fadiga do material associado aos
diferentes tipos de elementos estruturais. Dessa forma se pode saber a máxima
tensão alternante que a estrutura, ou elemento estrutural, suporta independente do
numero de ciclos de carga. Quando não se dispõe de dados experimentais, adotam-
se relações empíricas para a construção da curva S-N. Muitos estudos foram
desenvolvidos ao longo dos anos acerca das curvas S-N e sua considerações,
Norton (1998), Sae (1997), Collins (1993).
Independentemente de como as curvas S-N são obtidas, seja por ensaio ou
através de relações empíricas, as mesmas devem ser corrigidas porque as situações
de uso real do material não estão nas mesmas condições ideais em que se
encontram os corpos de prova quando submetidos aos ensaios. Tais correções são
feitas sobre o limite de fadiga, Norton (1998). A Figura 2.3, apresenta um exemplo
esquemático exemplificando os modelos das curvas S-N.
Figura 2.3 - Exemplo esquemático de uma curva S-N, Leitão (2009)
N - Número de ciclos
Faixa de tensão (MPa)
Zona segura
Fratura
40
2.2.5 Método para contagem de ciclos
A análise dos efeitos provocados pela fadiga em estruturas submetidas a
tensões de amplitude variável e aleatória pode ser obtida através de históricos de
variação da faixa de tensão da estrutura a ser analisada. Esse histórico pode ser
obtido através de modelos matemáticos ou através de medições em estruturas
existentes. Dessa forma, para que seja possível a determinação do dano acumulado
e, conseqüentemente, a estimativa de vida útil da estrutura a partir de históricos de
tensão, se faz necessária à utilização de um método para contagem de ciclos de
carregamentos associados a esse histórico.
Algumas normas estruturais prevêem a utilização de métodos de contagem
de ciclos como metodologia válida para estimativa do dano acumulado e da vida útil
da estrutura. Atualmente, os métodos de contagem de ciclo mais conhecidos são o
método Rainflow e o método Reservatório, sendo que o método Rainflow se
apresenta como o mais utilizado atualmente nas análises que necessitam de
contagem de ciclo para determinação do dano, Pravia (2003), Afonso (2007) e
Leitão (2009).
O método de contagem de ciclos, Rainflow é largamente utilizado para análise
de dados de fadiga de forma a reduzir históricos de tensões em faixas de tensão
simplificadas e foi proposto originalmente por Matsuiski e Endo em 1968, Wikipédia
(2009). Esse todo se faz necessário para aplicação da regra de Miner na
determinação do dano acumulado e conseqüentemente para a estimativa de vida útil
da estrutura.
O método em questão é considerado como metodologia de contagem de
ciclos, válido pelo EUROCODE 2 (2002), CEB (1990) e BS 5400 (1980) entre outras.
A Figura 2.4 apresenta um modelo de gráfico de tensões ao longo do tempo utilizado
para exemplificar o método Rainflow.
41
Figura 2.4 - Modelo de gráfico de tensões ao longo do tempo, Leitão (2009)
O método em questão reduz o espectro de tensões em uma seqüência de
picos e vales de tensão. Esse procedimento se faz necessário para que a partir da
combinação destes máximos e mínimos, possam se formar meios ciclos de tensão.
A metodologia consiste ainda em associar o comportamento destes mínimos
e máximos como escoamentos de gotas de chuva, similares ao encontro das águas
de um telhado. Dessa forma, o gráfico contendo o histórico de tensões pode ser
interpretado a 90º da forma em que ele se encontra originalmente.
A Figura 2.5 a seguir mostra o modelo de espectro de tensões reduzido a
picos e vales a partir do gráfico de tensões originais ao longo do tempo ilustrado na
Figura 2.4.
Figura 2.5 – Gráfico de tensões reduzido a picos e vales, Leitão (2009)
42
A contagem do meio ciclo é feita considerando que as terminações de fluxo
ocorrem, quando uma gota alcança o final do histórico de tensões sem ser
interrompido por nenhum outro pico, quando o fluxo se funde com outro fluxo
oriundo de um pico mais à frente ou quando o fluxo flui no sentido oposto de um pico
de maior valor.
Um novo fluxo não pode ser iniciado enquanto o anterior não for terminado ou
concluído. Cada percurso completo é considerado meio ciclo; meios ciclos com
variação de tensão igual são combinados para formar ciclos completos.
Essa metodologia se aplica tanto aos picos quanto aos vales do espectro de
tensões. A Figura 2.6, exemplifica a contagem de ciclos pelo método Rainflow para
picos e vales já colocados a 90º da forma original ilustrada na Figura 2.5.
Figura 2.6 - Metodologia de fluxo (gota de chuva) para picos e vales, Leitão (2009)
Para o histórico de tensões ilustrado na Figura 2.7, temos alguns casos de
contagem de ciclos que são observados a título de exemplo. O meio ciclo “A”
começa no pico “1” e termina oposto a uma amplitude maior de tensão, referente ao
pico “2”. O valor da amplitude deste meio ciclo é de 16 MPa.
O meio ciclo “B” começa no pico “4” e termina no ponto em que é interrompido
pelo fluxo oriundo de um pico anterior, pico “3”. O valor da amplitude deste meio
ciclo é de 18 MPa. O meio ciclo “C” começa no pico “5” e termina no fim do espectro
de tensões apresentado. O valor da amplitude deste meio ciclo é de 20 MPa.
43
Figura 2.7 - Exemplo de aplicação do método Rainflow, Leitão (2009)
Os exemplos retro descritos apenas demonstram algumas aplicações
referentes ao espectro apresentado, porém para se ter uma análise completa, os
demais picos devem ser analisados da mesma maneira. A mesma metodologia deve
ser executada para verificação dos vales conforme a Figura 2.7.
Uma vez feitas as análises totais dos picos e dos vales, os ciclos estarão
corretamente contados pelo método Rainflow. Os resultados obtidos pela contagem
de ciclos completa, referente ao espectro de tensões ilustrado acima, são
demonstrados a seguir na Tabela 2.1 e na Figura 2.8. Vale ressaltar que para a
obtenção destes valores pelo método Rainflow utilizou-se o programa MatLab
R2007a
Tabela 2.1 - Contagem dos ciclos, exemplo de aplicação do método Rainflow
Faixa de
tensão (MPa)
Ciclos inteiros
Meios ciclos
10 2
12 1
16 1
17 1 1
20 1 1
23 1
30 1
44
0
1
2
3
10 12 16 17 20 23 30
Ciclos inteiros Meios ciclos
Figura 2.8 - Contagem dos ciclos do exemplo de aplicação ilustrado para o método
Rainflow, Leitão (2009)
2.2.6 Técnicas de avaliação de fadiga
Atualmente, existem vários métodos para a determinação física de danos
ligados à fadiga em elementos de concreto armado. O método inicial para detecção
de anomalias características de fadiga mais utilizado e de menor custo é por meio da
inspeção visual. A identificação de fissuras por esse método requer o trabalho de
profissionais experientes e com conhecimento específico do comportamento da
estrutura em análise.
Esse conhecimento por parte do profissional é de extrema importância, pois
dessa forma o mesmo saberá observar os locais de maior concentração de tensões,
e conseqüentemente de maior importância no sistema estrutural, de forma a
propiciar com isso o diagnóstico correto e determinar os melhores ensaios a se
executar.
Além da inspeção visual, outras técnicas podem ser empregadas para
avaliação da estrutura quanto à fadiga, como o monitoramento por meio de
potenciômetros e acelerômetros, analisando-se respectivamente o comportamento
sob esforços estáticos e dinâmicos.
No próximo capítulo será abordada de maneira sucinta a resistência do
concreto armado à fadiga, no que regem as normas brasileiras ao longo do tempo,
bem como a ligação com algumas normas estrangeiras.
45
3 RESISTÊNCIA DO CONCRETO ARMADO À FADIGA
3.1 Introdução
Usualmente, a forma mais comum de se obter dados referentes à fadiga é
associar um elemento estrutural às classificações padronizadas de limites de tensão
e ciclos adotados nas normas. Outra forma de se obter resultados é por históricos de
tensões obtidos através de ensaios experimentais ou modelagem matemática.
Para a análise de estruturas sujeitas a carregamentos variáveis, conforme
orientações de Leitão (2009) devem ser considerados os seguintes fatores, tais
como: tipo do elemento estrutural, tipo do esforço solicitante, histórico de cargas,
variações de tensões no elemento estrutural.
A norma européia EUROCODE 2 (2002) e a norma britânica BS 5400 (1980)
assumem que a vida útil da ponte seja de, ao menos, 120 anos. A CEB (1990) prevê
idade útil de 70 anos, podendo-se estender até 150 anos, dependendo das
condições de uso, umidade e temperatura.
Entretanto, em normas brasileiras também se reflete uma preocupação nesse
sentido. A NBR 8681 (2003) de forma preventiva assume 50 anos de vida útil para
as obras de concreto armado.
Neste capítulo abordam-se alguns aspectos da resistência do concreto
armado à fadiga. Para isso, considerou-se isoladamente o concreto e o aço.
3.2 Resistência do concreto à fadiga
Nenhuma exigência de verificação do concreto à fadiga era feita pelas normas
brasileiras anteriores ao Projeto de revisão da NBR 6118/2003. Esta nova norma, no
entanto, exige tal verificação. A seguir mostra-se um resumo das principais
características do concreto à fadiga, extraídas do manual do concreto da ACI (1991).
A resistência à fadiga do concreto é definida como uma fração da resistência
estática que pode ser suportada repetitivamente para um dado número de ciclos.
Essa resistência é influenciada pela amplitude da variação das tensões e pela
excentricidade da carga (gradiente de tensões) entre outras causas (ACI 215R,
1991, item 2.1.1.).
46
A resistência do concreto à fadiga diminui com o aumento do número de
ciclos. O concreto não apresenta um limite de resistência à fadiga até 10
7
ciclos. Isto
significa que não existe um valor limite de tensão, abaixo da qual o concreto suporta
um número infinito de ciclos sem se romper. A resistência do concreto à fadiga
diminui com o aumento da amplitude da variação das tensões, podendo-se
considerar uma relação linear (diagrama de Goodman) (ACI 215R, 1991, item 2.1.2).
Gradientes de tensões influenciam a resistência do concreto à fadiga. Para
simular a zona comprimida de viga, corpos de prova foram submetidos a ensaios de
longa duração, com forças de compressão excêntricas. A resistência à fadiga
(medida pela tensão máxima na seção) para cargas excêntricas foi de 15 a 18%
mais alta que a resistência à fadiga obtida para tensões uniformemente distribuídas
(ACI 215R, 1991, item 2.1.6).
Quando a resistência do concreto à fadiga é comparada não com a
resistência estática à compressão centrada mas sim com a resistência estática à
compressão excêntrica, com a mesma excentricidade do ensaio de duração, verifica-
se que a resistência à fadiga do concreto praticamente não varia. Portanto, as
resistências do concreto estática e à fadiga são afetadas pela excentricidade na
mesma proporção (Boletim de informação n
o
188, 1988, item 3.14, p. 123).
No levantamento feito pelo CEB (Boletim de informação n
o
188, 1988, item
7.4.4, p. 288) de como a fadiga é tratada por algumas normas recentes importantes,
consta que a maioria das normas usa o “conceito s
max
”, isto é, estabelecem um valor
máximo que a tensão pode atingir no concreto, quando solicitado por tensões
variáveis. O conceito s
max
também é usado pelo Projeto de revisão da NBR
6118/2001 para verificar o concreto à fadiga.
3.3 Resistência do aço à fadiga
Os aços especiais (barras de aço nervuradas de alta aderência) começaram a
ser usados no Brasil, em pontes de concreto armado, a partir de aproximadamente
1960.
Pelo fato da ponte estudada ter sido concebida em meados de 1960, a seguir
apresentam-se algumas normas a partir daquela época, que trataram da
consideração da fadiga nestes aços (Schäffer, 2002).
47
Na norma de pontes NB-2/1950 era admitido o uso de barras de aço lisas
(sem nervuras), das categorias 37-CA e 50-CA que correspondem às atuais
categorias CA-25 e CA-32. Nestes aços, com as tensões de serviço usuais, não se
manifesta o fenômeno da fadiga. Aços especiais não eram admitidos em pontes.
Apesar de não ser uma norma específica de pontes, a norma NB-1/1940
(Revisão de 1960) passou a admitir o uso de aços especiais das categorias CA-T40
e CA-T50 (atuais CA-40B e CA-50B) em obras de concreto armado comuns
(edifícios).
A norma NB-2/1950 (Revisão de 1961) passou a admitir o uso de aços
especiais das categorias CA-T40 e CA-T50 em pontes, sendo ainda omissa em
relação à fadiga.
Na ausência de resultados de ensaios a norma NBR 7187/1987 (Antiga NB-2)
fixa, no item 8.1.3.1., a resistência característica à fadiga Df
sk,fad
, para barras de alta
aderência (aços especiais) em 150 MPa.
O item 10.11.1.2 limita a xima variação da tensão no aço ao valor de Df
sk
dividido por um coeficiente de segurança à fadiga igual a 1,5, isto é, ao valor de
150/1,5 = 100MPa. Este resultado está muito abaixo dos valores usuais (@180MPa)
o que sugere a existência de um engano da norma nesta questão da fadiga.
No próximo capítulo, quatro normas de projeto serão estudadas no que tange
à fadiga, adotando-se uma norma nacional e três normas estrangeiras.
48
4 NORMAS DE PROJETO
4.1 Introdução
Conforme exposto nos capítulos anteriores, o estudo da fadiga no elemento
estrutural depende diretamente do estudo de normas específicas que regem a
metodologia de cálculo específico para cada caso.
A seguir abordam-se diferentes normas de projeto e suas metodologias para
a verificação da fadiga em elementos estruturais, em especial para o concreto
armado, tanto no que tange ao concreto quanto à armadura. As normas
apresentadas de forma sucinta correspondem à BS 5400 (1980), CEB (1990),
EUROCODE 2 (2002) e NBR 6118 (2003).
4.2 British Standard 5400 - BS 5400 (1980)
A norma para pontes BS 5400 Standard é aplicada a pontes com estrutura em
aço, em concreto e em aço-concreto. Trata-se de uma norma específica para o
dimensionamento de estruturas de pontes baseada nos conceitos de estado limite,
onde a ocorrência da deterioração de um componente ou elemento por fadiga até o
ponto que origine uma ruptura é considerado um estado limite último de resistência.
Esta norma se aplica a problemas de fadiga de alto ciclo e considera que a
estrutura trabalha no regime elástico. Para solicitações de amplitude variável, o
cálculo é realizado com base na regra de danos acumulados de Miner.
Para que se tenha um bom material de comparação o presente estudo utilizou
a BS 5400 nas análises, de forma a servir como material comparativo com algumas
referências bibliográficas e com as demais normas adotadas.
4.2.1 Critérios de dimensionamento
A norma em questão trata do dimensionamento a fadiga no seu capítulo dez e
permite que a verificação à fadiga seja feita através da classificação do detalhe
estrutural, da faixa de tensão, do número de ciclos e da probabilidade de falha. Para
o dimensionamento à fadiga, a referida norma fixa a vida útil de uma ponte,
geralmente em cento e vinte anos.
49
A verificação de estruturas quanto à fadiga, segundo a BS 5400, baseia-se
em fórmulas extraídas de curvas S-N obtidas através de ensaios e é feita através
das faixas de variação de tensão. A Figura 4.1 a seguir ilustra a curva S-N da norma
em questão.
Figura 4.1 - Classificação dos elementos, curvas S-N, BS 5400 (1980)
4.2.2 Classificação dos detalhes
A norma estrutural BS 5400 (1980) prevê a análise em estruturas sob o efeito
da fadiga através de nove diferentes classes para detalhes estruturais, sendo eles:
W, G, F2, F, E, D, C, B, S.
Os detalhes estruturais são classificados de acordo com as diferentes classes
citadas na Tabela 4.1 a seguir. Tal classificação, conforme todas as normas sobre
fadiga, é de acordo com o detalhe estrutural, as tensões e tipos de carga a que
estão submetidos, das dimensões e do método de fabricação.
50
Tabela 4.1 - Classificação dos elementos estruturais segundo BS 5400 (1980)
No caso do concreto, deve-se atentar para a coluna destacada em amarelo,
que é correspondente a barras de aço para concreto armado, que correspondem à
classe D, indicativa para os posteriores cálculos de resistência à fadiga.
4.2.3 Ciclos de carregamento
A Norma BS5400 recomenda o uso de históricos de carga; ou caso não
existam, recomenda usar históricos de tensões com métodos de contagem de ciclos,
tais como o método Rainflow e o método Reservatório, considerados pela norma.
Em relação ao uso de curvas S-N, e ao se tratar de solicitações de amplitude
variável, métodos de contagem de ciclos e o uso da regra de Miner podem ser
adotados.
Produto
Forma
Barra de
aço para
concreto
Em
qualquer
elemento
Em goteira
Só dum
lado
Em ambos
os lados
simetrica
mente
Comprimento cordão (11
sg
)l>150mm
Eliminar
entalhes
Afagar à
face o
reforço
Automátic
o sem
pontos
stop/start
Evitar
retorno em
juntas
sobreposta
s
Inspeção Isento de
defeitos
significativ
os
Tensão de
cálculo
(Seção)
Tensão de
cálculo.
Parâmetro
Especial
t
<0.5a
t
>0.5a
2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10 2.11 2.12
Classe B C D E F F2 G F2 F E G D
Exigências
dimensiona
is
Fábrica
Seção transversal mínima onde se situa ponto provável de iniciação de fenda
Afastado da extremidade do
cordão
Afagar quaisquer entalhes presentes nas bordas
Elemento secundário longo (na direção de
sg
)
Em
interação de
juntas ou
entre barras
Aço em chapas e perfis laminados; elementos compostos
W>50mm
l<150mm
Pé da soldadura a uma distância > 10mm do bordo
Pé a menos
de 10mm
do bordo
Soldado por
resistência
ou
manualment
e
afagamento
de entalhes
Potenciais
pontos de
iniciação
de fendas
de fadiga
Cordão
longitudinal
intermitente
(extremidade
intermediária)
Elemento secundário
estreito
Próximo da
extremidad
e do
membro
Elemento secundário
largo
Na extremidade de cordão
Elemento
secundário curto
Junta de
topo com
penetração
total
Junta de canto
Intermitente
m/h<25
Largura elemento W<50mm
51
4.2.4 Resistência à fadiga
A resistência à fadiga é analisada através das faixas de variação de tensão
utilizando-se curvas S-N. Para a norma BS 5400, as curvas S-N ilustradas na Figura
4.1 são expressas através da equação 4.1 a seguir:
d
0
m
r
KN D=s
(4.1)
Onde:
N: Número de ciclos estimado para falha associado a um ciclo de tensão σ
r
K
0
: Constante relativa à curva S-N média
m: Inverso da inclinação da média de log(σ
r
) menos a curva log(N)
Δ: Inverso do desvio padrão de log(N)
d: Número de desvios padrão em relação à média
A Tabela 4.2 mostra os valores característicos para as curvas S-N de acordo
com a classe do elemento estrutural, com destaque para a classe D, correspondente
às armaduras utilizadas em concreto armado.
Tabela 4.2 - Valores característicos da curva S-N, BS 5400 (1980)
Classe
K0 Δ m
W 0,37 x 10
12
0,654 3,0
G 0,57 x 10
12
0,662 3,0
F2 1,23 x 10
12
0,592 3,0
F 1,73 x 10
12
0,605 3,0
E 3,29 x 10
12
0,561 3,0
D 3,99 x 10
12
0,662 3,0
C 1,08 x 10
14
0,625 3,5
B 2,34 x 10
15
0,657 4,0
S 2,13 x 10
25
0,313 8,0
a Tabela 4.3 apresenta os valores para os fatores de probabilidade de
colapso relacionados com o número de desvios padrão em relação à média, d.
52
Tabela 4.3 - Fatores de probabilidade de colapso para as curvas S-N,
BS 5400 (1980)
Probabilidade de colapso (%)
d
50,0 0,0
31,0 0,5
16,0 1,0
2,3 2,0
0,14 3,0
4.2.5 Considerações sobre a norma
Apesar de ser da década de 80 e estar sendo substituída pelos Eurocodes, a
Norma para pontes BS 5400 (1980) é uma das mais completas normas referentes à
análise de pontes, permitindo a verificação para carregamentos de veículos
rodoviários e ferroviários. A BS 5400 é aplicável em diversos tipos de pontes e com
estruturas em aço, em concreto e mistas (aço-concreto). Permite vários tipos e
metodologias de análise, sugerindo inclusive que para casos de estruturas
existentes, se use histórico de tensões.
4.3 Comité Euro-International du Béton - CEB (1990)
Apesar de não ser uma norma, e sim uma recomendação, a CEB (Comité
Euro-International du Béton) tem grande foco nos materiais, em especial no
concreto. No item 6.7 da CEB analisam-se os estados limites últimos de fadiga.
Aborda-se a seguir o item 6.7.3 da norma, pela verificação pelo método simplificado,
que abrange tanto o concreto quanto às barras embutidas no mesmo.
4.3.1 Critérios de dimensionamento
Esse procedimento é aplicado apenas a estruturas submetidas a números
limitados de baixos ciclos de tensão, isto é, valores menores ou iguais a 10
8
ciclos.
Na seqüência apresentam-se os critérios de dimensionamento para as barras
de aço embutidas no concreto, bem como para o próprio concreto.
53
4.3.1.1 Barras de aço
A fadiga requerida será obtida se, na máxima faixa de tensão calculada sob
uma combinação freqüente de carregamentos, max Ds
Ss
, satisfazer a equação 4.2.
fatsRskSsSd ,
/max
g
s
s
g
D
£
D
(4.2)
Onde:
Δσ
Rsk
: Faixa de tensão normal referente a 10
8
ciclos, de acordo com a Tabela 4.4.
g
Sd:
Fator de segurança do aço de projeto
σ
Ss:
Tensão de serviço do aço
g
S,fat:
Fator de segurança do aço à fadiga
4.3.1.2 Concreto
O projeto detalhado à fadiga não deve ultrapassar o valor máximo calculado
da tensão sob a combinação freqüente de carregamentos à compressão e tração,
respectivamente, satisfazendo as equações 4.3 a 4.5 a seguir.
Para a compressão, verificam-se as equações 4.3 e 4.4 abaixo.
fatcdcCSd
f
,max,
45,0
£
h
s
g
(4.3)
Sendo que:
21
/5,05,1
1
CC
c
ss
h
-
=
(4.4)
Onde:
s
ct,max
Tensão máxima em tração no concreto
σ
C,max:
Tensão máxima compressiva no concreto
h
c
: Fator médio considerando-se o gradiente de tensão
54
f
cd,fat:
Resistência à compressão de fadiga de projeto
½s
C1
½: menor valor, em módulo, da tensão de compressão a uma distância o
maior que 300 mm da face sob a combinação relevante de cargas, de acordo com a
Figura 4.2.
½s
C2
½: maior valor, em módulo, da tensão de compressão a uma distância não maior
que 300 mm da face sob a mesma combinação de carga usada para cálculo de
½s
C1
½, de acordo com a Figura 4.2.
Figura 4.2 - Definição das tensões ½s
C1
½ e ½s
C2
½, CEB (1990)
fatctdcCtSd
f
,max,
33,0
£
h
s
g
(4.5)
Onde:
g
Sd:
Fator de segurança do aço de projeto
σ
Ct,max:
Tensão máxima de tração no concreto
h
c
: Fator médio considerando-se o gradiente de tensão
f
cd,fat:
Resistência à compressão de fadiga de projeto
Para a tensão, verifica-se a equação 4.6 abaixo.
5,1/05,0
,,,
=
Þ
=
fatcfatcCtkfatCtd
ff
g
g
(4.6)
Onde:
f
ctd,fat::
Resistência à tração de fadiga de projeto
f
ctk::
Resistência característica à tração
g
C,fat:
Fator de segurança do aço à compressão e fadiga
55
4.3.2 Resistência à fadiga
A função de resistência característica à fadiga consiste em segmentos na
forma Ds
m
Rsk
.N = constante. Valores de curva S-N são dados na Figura 4.3 e na
Tabela 4.4, cujos valores em amarelo são utilizados para calcular a vida útil da
estrutura.
Os valores dados nessas tabelas são característicos e não incorporam fatores
parciais de segurança, que devem ser validados por normas aprovadas.
Esse método considera o tempo de vida necessário com um número previsto
de ciclos n, que interage na verificação com o máximo efeito da fadiga na ação, Q.
4.3.2.1 Barras de aço
A fadiga requerida será obtida se, na máxima faixa de tensão calculada sob
uma combinação freqüente de carregamentos, max Ds
Ss
, satisfazer a equação 4.7.
fatsRskSsSd
n
,
/)(max
g
s
s
g
D
£
D
(4.7)
Onde:
(n): Número previsto de ciclos em um dado tempo de vida de projeto
Δσ
Rsk
(n): Faixa de tensão normal relevante para n ciclos, obtidos de uma função de
resistência característica à fadiga.
σ
Ss:
Tensão de serviço do aço
g
S,fat:
Fator de segurança do aço à fadiga
56
Figura 4.3 - Curva de tensão característica de fadiga (curvas S-N), CEB (1990)
A Tabela 4.4 a seguir apresenta os parâmetros de curva S-N para as
armaduras embutidas no concreto armado. Como este trabalho trata do estudo de
uma ponte rodoviária em concreto armado, a tabela para concreto protendido não foi
considerada.
Nota-se que os campos preenchidos em amarelo correspondem com os
dados da ponte em questão, sendo seus valores utilizados para o cálculo de
resistência à fadiga.
Tabela 4.4 - Parâmetros de curva S-N para armaduras embutidas no concreto, CEB
N*
Expoente de
Tensão
Ds
Rsk
(MPa)
(e)
k
1
k
2
Em N*
ciclos
Em
10
8
ciclos
Barras retas e dobradas D
³
25
f
f
£ 16 mm
10
6
5 9 210 125
f
> 16 mm
(a)
10
6
5 9 160 95
Barras dobradas D < 25
f
(b)
10
6
5 9 -
(c)
-
(c)
Barras soldadas
(b)
incluindo soldas
de ponta e conectores mecânicos
10
7
3 5 50 30
Ambiente marinho
(b),(d)
10
7
3 5 65 40
(a) Os valores dados nessa linha representam a curva S-N de uma barra de
40mm; para barras de diâmetro entre 16 e 40mm a interpolação entre valores
desta linha e da linha de cima é permitida.
(b) A maioria das curvas S-N intercepta a curva de uma correspondente barra
reta.
(c) Os valores são aqueles de acordo com a barra reta, multiplicados por um
fator de redução x dependendo da razão do diâmetro do gancho D e do
diâmetro da barra
f
: x = 0,35 + 0,026D/
f
.
(d) Válida para todas as relações D/
f
e todos os diâmetros
f
.
(e) Nos casos onde os valores de Ds
Rsk
calculados pelas curvas S-N excedem o
fator de tensão f
yd
-
s
min
, o valor f
y
-
s
min
é válido.
57
4.3.2.2 Concreto
Os requisitos da fadiga sob ciclos de carregamento devem ser obtidos se um
dado tempo de vida útil (número de ciclos) e deve ser menor ou igual ao número de
ciclos de falha: n £ N
O valor de N deve ser calculado a partir das funções de resistência à fadiga,
dados anteriormente pela Tabela 4.4.
Para S
cd,min
³ 0,8, as relações S-N para S
cd,min
= 0,8 são válidas.
O valor de log N
3
deve ser calculado apenas se log N
1
> 6.
Para compressão, utilizam-se as equações 4.7 a 4.9 a seguir.
Para 0 < S
cd,min
< 0,8
)1)(81612(log
max,
2
min,min,1 cdcdcd
SSSN -++=
(4.7)
)1(loglog2,0log
112
-
=
NNN
(4.8)
cdcd
SSNN D-= /)
8
3
3,0(loglog
min,23
(4.9)
As seguintes condições devem ser observadas
Se log N
1
£ 6, então log N = log N
1
Se log N
1
> 6 e DS
cd
³ [0,3 - (3/8) S
cd,min
], então log N = log N
2
Se log N
1
> 6 e DS
cd
< [0,3 - (3/8) S
cd,min
], então log N = log N
3
Sendo que:
S
cd,max
= g
Sd
s
c,max
h
c
/ f
cd,fat
S
cd,min
= g
Sd
s
c,min
h
c
/ f
cd,fat
DS
cd
= S
cd,max -
S
cd,min
58
Onde:
S
cd
:
Efeito da compressão do carregamento dinâmico de projeto
g
Sd:
Fator de segurança do aço de projeto
σ
C,max:
Tensão máxima compressiva no concreto
h
c
: Fator médio considerando-se o gradiente de tensão
f
cd,fat:
Resistência à compressão de fadiga de projeto
Para tração, utiliza-se a equação 4.10 a seguir.
)1(12log
max,td
SN
-
=
(4.10)
Sendo que:
S
td,max
= g
Sd
s
ct,max
/ f
ctd,fat
Onde:
S
td
:
Efeito da tração do carregamento dinâmico de projeto
4.3.3 Verificação pelo espectro de níveis de carregamento
Este método considera o tempo de vida requerido, o espectro de
carregamento, dividido em j blocos e as funções características de resistência à
fadiga.
A metodologia adotada nesse digo baseia-se na regra de Miner para
determinação da vida útil da estrutura, porém com algumas correções de acordo
com os fatores de segurança do código e com relação às curvas S-N, conforme
mostrado anteriormente.
A fórmula de danos acumulados recomendada pelo EUROCODE 2 (2002) é
ilustrada pela equação 4.11 a seguir, prevendo a utilização do método Rainflow
válido para a contagem de ciclo.
59
å
=
j
i
Ri
Si
N
n
D
(4.11)
Onde:
D: Dano acumulado
n
Si
: Número de ciclos associados com cada faixa de tensão
N
Ri
: Número de ciclos tolerados para cada faixa de tensão
Dessa forma a verificação quanto à fadiga para histórico de tensões, segundo
o CEB (1990), deve obedecer ao seguinte critério: D £ D
lim
.
4.3.4 Considerações sobre as recomendações do CEB
O CEB, diferente das demais apresentadas, não enfoca estruturas metálicas,
estando direcionada para a análise e projetos com uso de concreto como principal
material. Entretanto, pode-se utilizar alguns recursos em comum com as outras
normas, no caso do uso das curvas S-N para a verificação do dano à fadiga para as
armaduras embutidas no concreto.
4.4 European Standard - Eurocode 2: design of concrete structures (2002)
O EUROCODE 2 (2002) é aplicável a todos os tipos de estruturas de
concreto, pois apresenta um método geral para avaliação à fadiga de estruturas e
elementos estruturais que estão submetidos a faixas de variação de tensão. Seu
método é fruto de testes de fadiga em larga escala, aplicados em diferentes
elementos estruturais.
Esta norma possui recomendações especificas nos seus itens 3.2.6 e 3.3.4
para o dimensionamento à fadiga para as armaduras do concreto. No seu item 6.8
recomenda-se para carregamentos de amplitude variável definido por históricos,
basear o cálculo de vida útil na regra cumulativa de danos de Miner.
60
4.4.1 Critérios de dimensionamento
O EUROCODE 2 (2002) se aplica a elementos estruturais de concreto
sujeitos a ações que provocam grande número de ciclos de variação de tensão. A
resistência aos ciclos de tensão previstos nesta norma considera que para a análise
à fadiga, todas as tensões nominais devem estar dentro dos limites elásticos do
material, não sendo permitido que os elementos estruturais estejam submetidos a
temperaturas maiores que 80° C ou sem adequada proteção à corrosão.
A norma em questão permite que a avaliação da fadiga seja feita pelo método
da tolerância do dano ou pelo método da vida útil. Qualquer outro método que não
seja o descrito acima não está previsto por esse código. O referido código
recomenda ainda que para tolerâncias para análise à fadiga, assim como condições
de verificação sejam consultadas nas normas EN 10080 e EN 10138.
4.4.2 Classificação do concreto utilizado
Para o presente estudo, como se trata de uma ponte em concreto armado,
abordou-se a Tabela 6.4N do EUROCODE 2, representada nesse trabalho pela
Tabela 4.5. A linha em amarelo indica o tipo de barra de aço utilizada, ou seja,
barras retas e dobradas.
A resistência à fadiga é determinada por uma série de curvas log (Δσ
Rsk
) x log
(N), conforme ilustra a Figura 4.4, sendo o valor de N* dado conforme a Tabela 4.5.
Tabela 4.5 - Parâmetros de curva S-N para as armaduras embutidas no concreto,
EUROCODE 2 (2002)
N*
Expoente de
Tensão
Ds
Rsk
(MPa)
para N* ciclos
k
1
k
2
Barras retas e dobradas
(1)
10
6
5 9 162,5
Barras soldadas incluindo soldas de
ponta e conectores mecânicos
10
7
3 5 58,5
Ambientes agressivos 10
7
3 5 35
61
(1) Os valores são aqueles de acordo com a barra reta multiplicados por um fator
de redução x dependendo da razão do diâmetro do gancho D e do diâmetro
da barra
f
: x = 0,35 + 0,026D/
f
.
Figura 4.4 - Curvas de resistência à fadiga para intervalos de tensão normal,
EUROCODE 2 (2002)
A equação 4.12 expressa a definição das curvas de resistência à fadiga para
valores nominais de tensão.
(
)
(
)
(
)
Rsk
maN
s
D
-
=
log.loglog
(4.12)
Onde:
N: Número de ciclos de variação de tensões durante a vida útil da estrutura
m: Declividade constante das curvas, com valor igual a 5 ou 9, de acordo com a
Tabela 4.5.
log(a): Constante determinada de modo a definir a equação da reta
Δσ
Rsk
: Resistência à fadiga em termos de faixa de tensões
4.4.3 Ciclos de carregamento
Os valores das faixas de tensão devem ser determinados através do histórico
de carregamento de cada elemento estrutural de acordo com suas características,
em especial às barras de aço utilizadas no concreto. Pode, também, ser
determinado través de medição da resposta dinâmica de estruturas similares.
62
Dessa forma, deve ser analisado o histórico de tensões, para que através da
contagem dos ciclos possam se determinar as faixas de tensão a que estão
submetidos os elementos estruturais. O EUROCODE 2 (2002) no item 6.8.4 prevê a
utilização do método Rainflow válido para contagem de ciclos.
A metodologia adotada nesse digo baseia-se na regra de Miner para
determinação da vida útil da estrutura, porém com algumas correções de acordo
com os fatores de segurança do código e com relação às curvas S-N conforme
mostrado anteriormente. A fórmula de danos acumulados recomendada pelo
EUROCODE 2 (2002) é ilustrada pela equação 4.13, a seguir.
å
D
D
=
n
i
i
i
Ed
N
n
D
)(
)(
s
s
(4.13)
Onde:
D
Ed
: Dano acumulado
n(Ds
i
): Número de ciclos associados com cada faixa de tensão
N(Ds
i
): Número de ciclos tolerados para cada faixa de tensão
Dessa forma a verificação quanto à fadiga, para histórico de tensões,
segundo o EUROCODE 2 (2002), deve obedecer aos seguintes critérios:
Se for baseado no acúmulo de dano:
1
£
Ed
D
(4.14)
Se for baseado na faixa de tensão:
fatS
Rsk
equSEdF
N
N
,
,
*)(
*)(
g
s
sgg
D
£D
(4.15)
63
Onde:
g
F
: Fator parcial para ações, F
g
Ed
: Fator de segurança parcial de Δσ
C
g
S,fat
: Fator de segurança à fadiga
Δσ
S,equ
(N*): Faixa de tensão do dano equivalente para diferentes casos e
considerando o número de ciclos de carregamento N*. Para construções regulares
de edifícios Δσ
S,equ
(N*) podem ser aproximados pelo Δσ
S
máximo
Δσ
Rsk
: Faixa de tensão normal referente a N* ciclos, de acordo com a Tabela 4.5.
4.4.4 Verificação do concreto usando-se a faixa de tensão de dano equivalente
Uma resistência satisfatória à fadiga pode ser assumida para concreto sob
compressão, se as seguintes condições forem totalmente satisfatórias, de acordo
com as equações 4.16 a 4.19 abaixo.
1143,0
max,,
£-+
equequcd
RE
(4.16)
Sendo que:
equcd
equcd
equ
E
E
R
max,,
min,,
=
(4.17)
fatcd
equcd
equcd
f
E
,
min,,
min,,
s
=
(4.18)
fatcd
equcd
equcd
f
E
,
max,,
max,,
s
=
(4.19)
Onde:
R
equ
: Faixa de tensão normal
64
E
cd,min,equ
: Nível de tensão compressiva mínimo
E
cd,max,equ
: Nível de tensão compressiva máximo
f
cd,fat
: Resistência do concreto à fadiga de projeto, de acordo com a equação 4.20
s
cd,max,equ
: Maior tensão da amplitude final para N ciclos
s
cd,min,equ
: Menor tensão da amplitude final para N ciclos
Nota: o valor recomendado para N é 10
6
ciclos
85,0
250
1)(
101,
=Þ
÷
ø
ö
ç
è
æ
-= k
f
ftkf
ck
cdccfatcd
b
(4.20)
Onde:
b
cc
(t
0
): Coeficiente para resistência do concreto na aplicação do primeiro
carregamento
t
0
: Tempo do primeiro carregamento do concreto em dias
4.4.5 Considerações sobre a norma
O EUROCODE 2 (2002) é uma das mais importantes referências mundiais no
dimensionamento de estruturas de concreto. Tal código demonstra através dos seus
fatores de correção a importância dada ao dimensionamento dos elementos
estruturais quanto à fadiga.
4.5 Norma Brasileira NBR 6118 (2003)
A NBR 6118 (2003) encara de maneira similar ao Eurocode 2 o
comportamento estrutural à fadiga, conforme é mostrado no capítulo 23 da referida
norma, onde esclarece sobre os estados limites últimos provocados por ressonância
ou amplificação dinâmica e estados limites últimos de fadiga.
65
Esta norma mostra de maneiras separadas a verificação para o concreto e
para as armaduras. No item 23.5 a NBR 6118 (2003) recomenda para
carregamentos de amplitude variável definido por históricos, basear o cálculo de vida
útil na regra de danos cumulativa de Miner.
Tal como a BS 5400, a NBR 6118 (2003) se aplica a problemas de fadiga de
alto ciclo e considera que a estrutura trabalha no regime elástico.
4.5.1 Critérios de dimensionamento
No item 23.5 da Norma em questão, Tabela 23.2, têm-se os parâmetros para
as curvas S-N (Woeller) para os aços dentro do concreto, lembrando-se que a
flutuação de tensões deve ser medida a partir da tensão máxima de 80% da tensão
nominal de escoamento e freqüência de 5 Hz a 10 Hz.
A Tabela 4.6 apresenta os tipos de curva S-N, com base no tipo de material,
indicado na Tabela 4.7, que define o tipo de armadura e ambiente, obtendo-se
finalmente o número de ciclos e os coeficientes k
1
e k
2
por meio da Tabela 4.6.
Os parâmetros para as curvas S-N (Woeller) para os aços dentro do concreto
são obtidos pela Tabela 4.7. Para o presente trabalho se utilizam os valores
referentes à armadura passiva, aço CA-50, caso de barras retas ou dobradas com D
³ 25f e f de 22 mm, de forma a se obter o valor de Df
sd,fad,min
, em MPa, bem como o
seu tipo, onde:
Df
sd,fad,min
: Resistência à fadiga em termos de faixa de tensões
Tabela 4.6 - Tipos da curva S-N
Tabela 4.7 - Parâmetros para as curvas S-N para os aços dentro do concreto
66
Por meio da análise das tabelas anteriormente apresentadas, pode-se obter o
valor de Df
sd,fad,min
para 2 x 10
6
ciclos. Para o caso da ponte esconsa analisada,
adota-se o valor de 185 MPa, de acordo com o aço encontrado no local, com N
*
=
10
6
, k
1
= 5 e k
2
= 9.
De acordo com a Figura 4.5, tem-se o gráfico do formato das curvas de
resistência característica à fadiga (curvas S-N) para o aço, representado em escala
log.log.
67
Figura 4.5 - Gráfico com o formato das curvas de resistência característica à fadiga
(curvas S-N) para o aço embutido no concreto
Com base no gráfico acima pode-se deduzir a equação 4.21, sabendo-se que
a função da resistência à fadiga para o aço consiste em segmentos de reta da forma
(Df
sd,fad,min
)
m
x N = constante.
log (N) = log (a) – m.log(Df
sd,fad,min
)
(4.21)
Onde:
N: Número de ciclos de variação de tensões durante a vida útil da estrutura
m: Declividade constante das curvas, com valor igual a 5 ou 9, para o caso das
barras de aço encontradas, relativas ao k
1
e k
2
, respectivamente.
log(a): Constante determinada de modo a definir a equação da reta
Df
sd,fad,min
: Resistência à fadiga em termos de faixa de tensões
Dessa maneira, pode-se obter uma fórmula similar à deduzida por Leitão
(2009), para a definição da vida útil da estrutura, conforme mostrado posteriormente
no capítulo 10.
4.5.2 Considerações sobre a norma
A NBR 6118 (2003), é uma norma que tem se aprimorado continuamente, e
no tocante à análise dinâmica, tem evoluído. Nesse assunto em especial, tem
68
adotado uma tendência européia de estudo, embasada pelo EUROCODE 2 e pelo
Comité Euro-International du Béton - CEB.
No próximo capítulo aborda-se o modelo estrutural investigado, com base em
uma obra de arte especial existente, com suas respectivas propriedades físicas e
geométricas. Tal modelo servirá de base para a modelagem numérico-
computacional, fundamental para o desenvolvimento deste trabalho.
69
5 MODELO ESTRUTURAL E DESCRIÇÃO DOS TESTES EXPERIMENTAIS
5.1 Introdução
Apresenta-se neste capítulo os dados referentes ao projeto da ponte
rodoviária, esconsa e em concreto armado, adquiridos nesta investigação. A
estrutura da ponte apresentada foi originalmente dimensionada a partir das normas
de projeto brasileiras da época da construção.
A ponte rodoviária apresentada nesse estudo baseia-se em uma obra real.
Nesta obra de arte especial foram realizadas provas de carga dinâmicas com uso de
acelerômetros, cuja metodologia e resultados constam neste capítulo.
5.2 Modelo estrutural da ponte
O modelo estudado diz respeito a uma ponte no estado do Rio de Janeiro,
concebida em meados de 1960, junto à rodovia Washington Luis, BR-040, sentido
Petrópolis, próximo à saída 114, dando acesso a uma área industrial no Bairro de
Campos Elíseos.
A ponte em concreto armado vence o córrego como obstáculo, tem traçado
retilíneo, é esconsa e possui vão único com dimensão variável entre 16,00m e
17,50m de extensão e largura variável de extremidade a extremidade, com valores
entre 8,17 e 10,35 metros.
A infraestrutura compreende as fundações, atualmente submersas, mas após
investigação pontual e consulta a projetos acredita-se ser em estacas metálicas
encamisadas por concreto.
A mesoestrutura é composta por apoios, representados pelos encontros, um
em cada extremidade, apoiados nas respectivas fundações e taludes. Os taludes
são parcialmente revestidos por vegetação local (gramíneas). Não existem pilares e
nem sistema de drenagem dos taludes.
Na interface entre a superestrutura e a mesoestrutura existem aparelhos de
apoio em neoprene fretado em ambos os lados da ponte, dispostos nas
extremidades das quatro vigas longarinas.
O vão entre a superestrutura e a parede do encontro constitui a junta de
dilatação, que não possui perfil elastomérico e está obstruída por terra e asfalto. A
70
ponte possui laje de transição em concreto simples junto aos encontros, com
comprimento próximo de 1,00m, ambas obstruídas por asfalto.
A superestrutura é composta por quatro vigas longarinas, sendo as de
extremidade com maior largura do que as intermediárias, com 46cm e 36cm,
respectivamente, em seção retangular acompanhando o traçado da ponte. As vigas
longarinas são ligadas entre si pelas vigas transversinas e pela laje.
As três vigas transversinas possuem seção retangular constante, sendo uma
em cada apoio e uma intermediária. A laje é maciça e convencional, e constitui
balanço em ambos os lados. Não se verificaram dispositivos de drenagem na
superestrutura.
A área de tráfego é formada pela pista de rolamento, com duas faixas não
delimitadas no mesmo sentido, em pavimento de concreto, com meio-fio não
delimitado, e passeio para pedestres em ambos os lados, guarnecidos por guarda-
corpos vazados em concreto armado.
A drenagem da pista é feita por aberturas junto aos passeios, que escoam a
água para as laterais da ponte. Além disso, no lado direito do encontro E2 uma
abertura no fim da laje do passeio, provavelmente para escoamento das águas do
mesmo.
O entorno da ponte representa um ambiente industrial, cujos veículos geram
um fluxo constante, principalmente em horários comerciais, devido aos ônibus
fretados de acesso de funcionários da área industrial, bem como de carretas.
A frota varia desde veículos de passeio até carretas que certamente
ultrapassam o trem tipo limite de norma que se enquadra no TB-45 da NBR 7188
(1984).
Na seqüência apresenta-se nas Figuras 5.1 a 5.4 a planta baixa da estrutura,
suas vistas longitudinais esquerda e direita e a seção transversal típica,
respectivamente, com suas dimensões em metros.
71
Figura 5.1 - Planta baixa - unidades em m
Figura 5.2 -Vista longitudinal esquerda – unidades em m
Figura 5.3 -Vista longitudinal esquerda – unidades em m
72
Figura 5.4 -Seção transversal típica da ponte
As fotos a seguir ilustram o quadro anteriormente discriminado. Nota-se o
baixo gabarito vertical da ponte com relação ao nível do canal, além de algumas
áreas de corrosão da armadura de pele.
Foto 5.1 - Vista lateral direita. Foto 5.2 - Vista superior da ponte. Notar
esconsidade.
Foto 5.3 - Vista parcial inferior. Notar baixo
gabarito vertical em relação ao canal.
Foto 5.4 - Vista de laje em balanço e viga
longarina VL4 externa.
73
Foto 5.5 - Vista Parcial Inferior. Detalhe
para os blocos do encontro. Notar pontos
de corrosão da armadura de pele.
Foto 5.6 - Vista parcial da laje em balanço
e viga longarina VL1 externa. Notar baixo
gabarito vertical em relação ao canal.
As características geométricas da seção transversal, bem como as
características físicas do concreto, utilizadas no dimensionamento de projeto da
ponte estão demonstrados nas Tabelas 5.1 a 5.3, respectivamente.
Tabela 5.1 - Propriedades geométricas da ponte
Propriedades geométricas da ponte (m)
Comprimento médio 16,50
Largura média 10,31
Altura sem guarda-roda 0,84
Espessura da laje 0,14
Largura do balanço lateral 1,25
Espaçamento entre eixos de viga Variável
Tabela 5.2 - Características geométricas da seção transversal
Propriedade Valor
Área 3,744 m²
Momento de Inércia 0,4641 m
4
Massa Distribuída 9.360 kg/m
74
Tabela 5.3 - Propriedades do concreto C20
Resistência característica
f
ck
= 20 MPa
Módulo de elasticidade E = 29 GPa
Coeficiente de Poisson
u = 0,2
Massa específica ρ = 2500 kg/
Tabela 5.4 - Propriedades do aço
Tensão de escoamento f
sk
= 435 MPa
Tipo de aço CA-50
Diâmetro da armadura
principal
22 mm
Diâmetro da armadura
secundária
6,3 mm
5.3 Testes experimentais realizados na ponte
A motivação dos testes se deu pela necessidade de avaliação da ponte para
a passagem de um comboio adequado ao TB-45 da NBR 7188 (1984), visto que
entre os veículos que compõem essa frota diária existem diversas carretas que
acessam a indústria e o entorno da obra de arte, caracterizado por uma zona
industrial. Deste modo, foram realizados testes experimentais sobre a ponte em
estudo (provas de carga estática e dinâmica), objetivando determinar sua
capacidade de carga e, bem como, suas características dinâmicas.
A prova de carga estática desenvolveu-se independentemente e não integra
esta dissertação. Adianta-se que a ponte se enquadrou na classe de carregamento
TB-30 da NBR 7188 (1984).
5.3.1 Prova de carga dinâmica
A prova de carga dinâmica realizou-se com uma carreta que entrou de frente
na ponte com as cargas mostradas na Figura 5.5, centrado no tabuleiro, a uma
velocidade de 20 km/h.
75
Figura 5.5 - Esquema da carreta utilizada na prova de carga estática e dinâmica.
Nas proximidades dos apoios mediram-se os deslocamentos dinâmicos
verticais e no meio do vão mediram-se dois deslocamentos dinâmicos verticais em
vigas diferentes conforme mostram a Figura 5.6, medindo-se ainda os
deslocamentos dinâmicos nas bases dos encontros, com uso de 12 acelerômetros,
sendo 6 utilizados para medidas verticais e 6 para medidas horizontais.
Figura 5.6 - Posicionamento dos acelerômetros na ponte.
Para a realização dessa prova de carga, utilizaram-se medidores de
aceleração dinâmica eletrônicos, denominados acelerômetros, da marca Silicon
Designs modelo 2210-002, com as seguintes características:
- Faixa de resposta: 0 / 300Hz
76
- Range de medição: ± 2g
- Precisão da medição: 1,52 x 10
-4
g
- Temperatura de operação: -40 a +80°C
As respostas dos acelerômetros foram medidas e gravadas no sistema ADS
2000, fabricado pela LYNX Tecnologia Eletrônica LTDA.
A Foto 5.7 ilustra parte da aquisição dos dados do ensaio de prova de carga
dinâmica na ponte esconsa de concreto em tempo real.
Foto 5.7 - Aquisição dos dados em tempo real.
5.3.2 Calibração dos resultados numéricos com os obtidos experimentalmente
Os gráficos a seguir, representados pela Figura 5.7, representam a
densidade espectral de potência x freqüência e mostram os resultados dos
acelerômetros.
77
Potência (m)
Freqüência (Hz)
Figura 5.7 – Espectros de freqüências obtidos pelos acelerômetros
Nestes gráficos, apresentados na Figura 5.14, pode-se observar nitidamente
a predominância da primeira freqüência natural da ordem de 6,7 Hz (freqüência
fundamental da estrutura: f
01
= 6,7 Hz). Verifica-se que esta freqüência aparece em
todos os acelerômetros, ilustrando o exposto anteriormente.
Deve-se ressaltar, também, que o valor experimental da freqüência
fundamental da obra de arte em estudo praticamente coincide com aquele obtido
numericamente (f
01EXP
= 6,7 Hz » f
01NUM
= 6,8 Hz), o que representa um ponto
positivo, no que tange a uma calibração satisfatória do modelo numérico
desenvolvido. Tal fato assegura confiabilidade, no que diz respeito à representação
adequada das características dinâmicas de massa e rigidez da obra de arte
investigada.
78
Figura 5.8 - Comparativo entre o resultado do acelerômetro, em vermelho, e
do modelo do Ansys (2005), em azul
A aquisição dos resultados pertinentes ao acelerômetro AC-2, Figura 5.15,
localizado no meio do vão da viga longarina VL2, Foto 5.18, em termos dos
deslocamentos translacionais verticais, ao longo do tempo, é representada pela linha
vermelha na Figura 5.15. São observadas similaridades entre a resposta
experimental e aquela obtida com base no emprego no modelo numérico-
computacional desenvolvido nesta dissertação.
Os valores máximos da resposta dinâmica (valores de pico) são coincidentes
(v
EXP
= 0,35 mm » v
NUM
= 0,34 mm), o que assegura confiabilidade aos resultados
obtidos ao longo deste estudo. São percebidas diferenças em alguns pontos do
gráfico associado a resposta dinâmica da ponte (experimental e numérica), os quais
podem ser explicados a partir da modelagem do amortecimento estrutural e, bem
como, das características dinâmicas do veículo empregado no ensaio experimental.
No próximo capítulo será apresentada a definição dos veículos pertencentes
aos comboios e, bem como, modelos de carregamento. utilizados para investigar a
resposta dinâmica da obra de arte, no que tange a verificação à fadiga.
79
6 MODELAGEM DA CARGA MÓVEL
6.1 Generalidades
Este capítulo engloba o processo de definição da carga vel com base na
modelagem matemática dos veículos, considerando-se suas características
geométricas e dinâmicas. As freqüências naturais e modos de vibração das viaturas
são investigados e, bem como, os comboios de veículos para trafegar sobre a ponte
são definidos.
6.2 Modelagem dos veículos
A modelagem matemática de um veículo tridimensional é uma tarefa bastante
complexa. Inúmeros modelos matemáticos que simulam os veículos da forma mais
realista possível, com elevado número de graus de liberdade, tem sido
desenvolvidos ao longo do tempo (Santos, 2007), (Almeida, 2006), (Leitão, 2009). A
Figura 6.1 ilustra o modelo matemático tridimensional pertencente a um veículo com
oito graus de liberdade desenvolvido por Santos (2007).
Figura 6.1 - Modelo de veículo tridimensional desenvolvido por Santos (2007)
80
O modelo matemático desenvolvido neste trabalho baseia-se no veículo
desenvolvido por Almeida (2006) e procura representar veículos reais que trafegam
sobre as pontes rodoviárias e viadutos existentes.
O modelo bidimensional de Almeida (2006) é considerado discreto,
constituído por conjuntos de massas, molas e amortecedores possuindo três massas
e um total de quatro graus de liberdade. O modelo do veículo é formado por um
conjunto de massas, molas e amortecedores e baseia-se no veículo “Tipo 45”
preconizado pela norma brasileira NBR 7188 (1984), como mostrado na Figura 6.2.
Deve-se ressaltar que este embasamento diz respeito apenas às dimensões e
ao número de eixos do veículo, pois a referida norma considera que o carregamento
imposto pelo mesmo é constituído por um par de forças concentradas que
apresentam módulos constantes e iguais entre si ao longo do tempo.
Figura 6.2 - Veículo tipo “TB-45” da NBR 7188 (1984)
A Figura 6.3 apresenta as propriedades dinâmicas do modelo de veículo de
Almeida (2006), o qual possui três eixos, uma massa suspensa e três massas não-
suspensas. Nesta figura visualiza-se a massa suspensa, m
s
, as massas não-
suspensas, m
ns1,
m
ns2
e m
ns3
, os conjuntos mola-amortecedor superiores, k
vs1
, c
vs1,
k
vs2
, c
vs2
e k
vs3
, c
vs3
, e os conjuntos mola-amortecedor inferiores, k
vp1
, c
vp1,
k
vp2
, c
vp2
e
k
vp3
, c
vp3
.
Este modelo matemático apresenta cinco graus de liberdade, sendo estes os
movimentos vertical e de rotação no próprio plano da massa suspensa, descritos,
respectivamente, pelas coordenadas u
v
e θ
s
, e os movimentos verticais das três
massas não-suspensas, dados pelas coordenadas u
1,
u
2
e u
3
. A Tabela 6.1 relaciona
as características dinâmicas do modelo de veiculo desenvolvido por Almeida (2006).
81
Figura 6.3 - Modelo de veículo com 5 graus de liberdade, Almeida (2006).
Tabela 6.1 - Características dinâmicas do veículo, Almeida e Silva (2006)
Características Dinâmicas Valor Unidade
massa suspensa (m
s
)
40.000
Kg
massa não suspensa (m
nsi
)
(1)
1.666,67
Kg
momento de inércia da massa suspensa (I
ms
)
150.000
kg m
2
rigidez da suspensão (k
vsi
)
(2)
6.195,07
kN/m
rigidez dos pneus (k
vpi
)
(3)
20.134,00
kN/m
fração de amortecimento da suspensão (ξ
i
)
0,10
-
freq. natural associada à rotação da m
s
(f
01
)
1,90
Hz
freq. natural associada à translação da m
s
(f
02
)
2,99
Hz
freqüência natural associada a m
ns1
(f
03
)
20,00
Hz
freqüência natural associada a m
ns2
(f
04
)
20,03
Hz
1
o
modo natural de vibração (f
1
)
[ ]
T
1,000,360,000,360,00 -
2
o
modo natural de vibração (f
2
)
[ ]
T
0,000,240,240,241,00 -
3
o
modo natural de vibração (f
3
)
[ ]
T
0,000,501,000,500,00 --
4
o
modo natural de vibração (f
4
)
[ ]
T
0,001,000,001,000,00 -
5
o
modo natural de vibração (f
5
)
[ ]
T
0,001,001,001,000,00
(1)
Os valores das três massas não suspensas são iguais entre si.
(2)
Os valores de rigidez das três suspensões são iguais entre si.
(3)
Os valores de rigidez dos pneus dos três eixos são iguais entre si.
82
Os cinco modos de vibração obtidos por Almeida e Silva (2006) e adotados
nesse estudo para este veículo, f1, f2, f3, f4 e f5, são apresentados, graficamente,
na Figura 6.4.
1º modo natural de vibração 2º modo natural de vibração
3 º modo natural de vibração 4º modo natural de vibração
5º modo natural de vibração
Figura 6.4 - Modos de vibração do veículo
Um ponto bastante importante neste estudo diz respeito aos valores das
freqüências naturais dos veículos isolados, considerados para efeito de análise
sobre uma base rígida. As freqüências naturais, correspondentes à translação da
massa suspensa e da massa não-suspensa, são feitas iguais a 3,0Hz e 20,0Hz,
respectivamente, Silva (1996). Contudo, o veículo possui uma freqüência de valor
mais baixo, associada à rotação da massa não suspensa dos modelos, a qual é
igual a 2,3Hz.
83
O coeficiente relativo de amortecimento, x, adotado para o modo de vibração
natural com predominância de deslocamentos da massa suspensa dos veículos é
igual a 0,1 (10%), Silva (1996). A massa total de todos os modelos de veículo
empregados neste trabalho é de 45t (m
s
= 40.000,0kg; m
ns1
= m
ns2
= m
ns3
=
1.666,67kg, o que corresponde a um peso total de 450kN. A relação entre a massa
suspensa e as massas não-suspensas foi feita igual a 8,0 em todos os casos, Silva
(1996).
Neste estudo foram utilizadas todas as propriedades dinâmicas do veículo
desenvolvido por Almeida (2006), de acordo com as Figuras 6.2 e 6.3. As forças
geradas pelos eixos da viatura, advindas da interação entre o peso dos veículos e o
tabuleiro da ponte, foram divididas proporcionalmente para as seis rodas do modelo
tridimensional, com o objetivo de representar um veículo com seis rodas do tipo TB-
45 (NBR 7188, 1984), conforme ilustrado na Figura 6.5.
Desta forma, considera-se que os pares de rodas trabalham em conjunto,
associados a seis cargas pontuais, variáveis ao longo do tempo, as quais são
aplicadas sobre o tabuleiro da ponte de concreto armado, de acordo com o
movimento destes veículos. A Figura 6.5 ilustra a modelagem desenvolvida e
aplicada nesta dissertação.
Modelo original, Almeida (2006) Aplicação das forças dinâmicas
Figura 6.5 - Descrição dos modelos de veículos
84
6.3 Comboios de veículos empregados na análise
Na seqüência do texto apresentam-se as Figuras 6.6 e 6.7, representativas
dos comboios de veículos empregados na analise paramétrica. Assim sendo convém
chamar a atenção do leitor para o fato de que o empregados dois comboios
distintos de veículos para a obra de arte simplesmente apoiada. Esses comboios
foram definidos com base no comprimento médio da ponte de 16,5m, o que limita a
quantidade e velocidade dessas viaturas.
6.3.1 Primeiro comboio: 2 veículos TB-45 com 10,0 metros de espaçamento
Este comboio representa duas carretas TB-45 (NBR 7188, 1984) espaçadas
de 10m entre si. Esse espaçamento foi definido com base na segurança de
utilização. É conveniente lembrar o leitor que o espaçamento considerado entre
veículos se refere à distância entre os primeiros eixos de cada veículo, conforme
mostrado na Figura 6.6.
·
Figura 6.6 - Comboio com 2 veículos TB-45
6.3.2 Segundo comboio: 3 veículos TB-45 com 6,5 metros de espaçamento
O comboio em questão, ilustrado na Figura 6.7, considera três carretas em
seqüência passando sobre a ponte. Para isso, nota-se um pequeno espaçamento,
que se torna necessário a título de cálculo, devido ao fato da ponte possuir
comprimento médio máximo de 16,50 metros.
85
Figura 6.7 - Comboio com 3 veículos TB-45
O capítulo que se segue apresenta o modelo numérico-computacional
adotado, software utilizado, elemento de modelagem apropriado, bem como a
metodologia de aplicação das cargas.
86
7 MODELO NUMÉRICO-COMPUTACIONAL
7.1 Introdução
No capítulo anterior foram apresentadas todas as propriedades referentes à
estrutura da ponte de concreto, assim como as propriedades dos veículos
desenvolvidas no estudo. Nesse capítulo, as propriedades apresentadas
anteriormente são utilizadas para possibilitar a criação de um modelo numérico-
computacional tridimensional mais próximo da realidade.
O modelo numérico-computacional tridimensional foi implementado com base
no emprego da ferramenta computacional Ansys (2005). Neste modelo, considera-se
a travessia dos comboios de veículos sobre a estrutura da ponte e, bem como, a
interação destes com o tabuleiro.
7.2 Modelo numérico
O modelo computacional tridimensional foi gerado utilizando-se técnicas
usuais de discretização, via método dos elementos finitos (MEF), por meio do
emprego do programa Ansys (2005).
A estrutura da ponte foi simulada através da utilização de elementos sólidos
em um modelo com um total de 4881 nós e 14643 graus de liberdade. O
comprimento dos elementos finitos que compõem a malha da estrutura é de da
ordem de 0,50m, perfazendo um total de 3136 elementos, conforme mostrado na
Figura 7.1.
Este modelo numérico visa representar com fidelidade a ponte de concreto
armado investigada, a qual possui quatro vigas longarinas, duas vigas travessas
junto aos apoios e uma viga transversina no meio do vão. As características físicas e
geométricas da ponte foram expostas no item 5.2 deste documento.
Considerou-se a laje do tabuleiro com 14,00 cm de altura e vigas com 70,00
cm de altura da alma, que somada à laje totaliza 84,00 cm, de acordo com o projeto
original. Os aparelhos de apoio foram representados em modelo matemático por 3
(três) pontos de apoio em cada extremidade longitudinal de viga longarina, sob cada
um de seus nós. A Figura 7.1 ilustra o modelo computacional tridimensional, através
da sua perspectiva e vistas superior, lateral e frontal.
87
Figura 7.1 - Modelo em elementos finitos
7.3 Descrição dos elementos finitos
Para modelagem de todos os elementos estruturais da ponte de foram
utilizados elementos finitos de sólido do tipo SOLID45, que possuem oito nós e três
graus de liberdade por nó. A Figura 7.2 ilustra o elemento finito de sólido SOLID45
utilizado para modelar a ponte.
Figura 7.2 - Elemento sólido, tipo SOLID45, Ansys (2005)
A Tabela 7.1 descreve as características computacionais do modelo de
elementos finitos por tipo de elemento finito utilizado na tabela
Elementos Finitos
Elementos: 3136
Nós: 4881
Graus de Liberdade: 14643
Malha Aproximada: 50x50 cm
Áreas: 321
Keypoints: 176
Linhas: 418
Volumes: 78
Vista Superior
Plano yz - Lateral
Vista 3D
Plano xz - Frontal
88
Tabela 7.1 - Dados relacionados a malha de elementos finitos
Dados Valor
Número de elementos 3136
Número de nós 4881
Número de graus de liberdade 14643
Tamanho aproximado da malha (m) 0,50
7.4 Esquema de aplicação das cargas dinâmicas
O programa computacional Ansys (2005), permite que sejam feitas análises
transientes e conseqüentemente possibilita a obtenção dos valores de
deslocamentos, esforços e tensões ao longo do tempo. Porém, existem alguns
aspectos relevantes quanto à simulação numérica da passagem dos comboios de
veículos sob a estrutura da ponte no Ansys (2005), conforme ilustrado na Figura 7.3.
Desta forma, com o intuito de simular a travessia dos comboios,
considerando-se a interação veículo e ponte, foi desenvolvida uma estratégia de
modelagem que se inicia com a identificação dos nós onde serão aplicadas as
cargas associadas aos pneus dos veículos, ou seja, as faixas onde ocorrerá o
tráfego regular, como apresentado na Figura 7.3.
89
Figura 7.3 - Generalização da passagem dos comboios sobre a estrutura
Devido à complexidade do modelo estrutural investigado, a identificação
destes s não é uma tarefa simples. Primeiramente para se obter uma boa
acoplagem dos nós do modelo numérico-computacional e depois proporcionar a
correta interação entre todos os elementos foi necessária a divisão da malha em
pequenas áreas.
Essa divisão impossibilita a utilização de nós aleatoriamente, ou seja, foi feita
a identificação das coordenadas de cada para assim determinar se eles se
encontram no local desejado ou na coordenada mais próxima possível dentro da
mesma faixa de passagem prevista para uma roda de um dado veículo.
Como os elementos da malha têm seu tamanho em torno de 0,50m, os nós
utilizados para a simulação da passagem dos comboios distam-se entre si de
aproximadamente 0,50m, em um total de 37 nós por faixa de passagem.
A Figura 7.4 ilustra a metodologia de passagem dos comboios na ponte para
um exemplo no meio do vão transversal. Os pontos circulares representam os nós
onde passarão os comboios e as faixas amarelas indicam a trajetória dos comboios.
90
Figura 7.4 - Modelo da passagem de cargas nos nós da ponte
Cada identificado no modelo numérico, conforme a Figura 7.4, recebe a
carga correspondente a uma parcela do peso dos veículos, referente a uma dada
tabela. Essas tabelas funcionam como vetores de cargas ao longo do tempo,
simulando assim a passagem dos veículos sobre a ponte, de acordo com a
metodologia de análise desenvolvida.
O procedimento desenvolvido nesta dissertação foi elaborado através da
criação de uma matriz de carregamento contendo o valor das cargas nos nós ao
longo do tempo. A Figura 7.5 ilustra uma tabela explicativa sobre a metodologia
desenvolvida. Pode-se observar que as cargas dos eixos variam diagonalmente e
que no eixo vertical (colunas) temos as cargas em cada nó ao longo do tempo.
O tempo está explícito no eixo horizontal (linhas). A figura em questão mostra
claramente que em alguns instantes os nós têm cargas referentes aos eixos dos
veículos que estão passando naquele determinado intervalo de tempo e que em
outros instantes não tem carga alguma, pois a carga no intervalo de tempo seguinte
já está em outro nó.
Tabela de Cargas 1
Nó 1 dessa faixa
Faixa de passagem da
roda do veículo
Tabela de Cargas “n”
Nó “n” dessa faixa
F(t)
F(t)
F(t)
F(t)
91
Figura 7.5 - Metodologia para geração de tabelas de carga simulando o comboio
7.5 Modelagem do amortecimento
A determinação do amortecimento estrutural em pontes rodoviárias é uma
tarefa complexa que não pode ser determinada analiticamente. Conforme sua
definição, o amortecimento é o processo pelo qual a energia proveniente do
movimento vibratório é dissipada.
Muitas das interações entre as peças estruturais, aonde ocorre grande parte
da dissipação de energia, não é modelada. O amortecimento não depende apenas
das propriedades intrínsecas dos materiais que compõem a estrutura, mas também
de outros fatores de grande impacto, como as propriedades dos materiais e
elementos que estejam acoplados à estrutura.
A avaliação física do amortecimento de uma estrutura só é considerada
corretamente medida se seus valores são obtidos através de ensaios experimentais.
Entretanto, a realização destes ensaios muitas vezes demanda tempo e custo que
92
na maioria dos casos é muito elevado. Por esta razão, o amortecimento é em geral
obtido em termos de taxas de contribuição, ou taxas de amortecimento modal.
Com esse propósito, é usual utilizar-se a matriz de amortecimento de
Rayleigh, que considera duas principais parcelas, sendo uma a taxa contribuição da
matriz de rigidez (β) e a outra a taxa de contribuição da matriz de massa (α), que
pode ser visto através da Equação 7.1. Sendo que M é a matriz de massa e K é a
matriz de rigidez do sistema, Clough e Penzien (1995).
KMC
b
+
a
=
(7.1)
Onde:
M: Matriz de massa
K: Matriz de rigidez
A equação 7.1 pode ser escrita, em termos de taxa de amortecimento modal e
freqüência natural circular (rad/s), como:
2
2
0i
i0
i
w
b
+
w
a
=x
(7.2)
Onde:
ξ
i
: Taxa de amortecimento do modo i
ω
0i
: Freqüência natural circular do modo i
Isolando α e δ da equação 7.2 para duas freqüências naturais mais
importantes, obtêm-se as equações 7.3 e 7.4.
0101011
2
w
w
b
w
x
=
a
-
(7.3)
(
)
01010202
011022
2
wwww
w
x
w
x
=b
-
-
(7.4)
93
A partir de duas freqüências naturais mais importantes é possível descobrir os
valores de α e β. Em geral, a freqüência natural ω
01
é tomada como a menor
freqüência natural, ou freqüência fundamental da estrutura, e ω
02
como a segunda
freqüência mais importante no carregamento.
As normas de projeto para estruturas de pontes, EUROCODE 2 (2002), BS
5400 (1980), normas especificas de vibração em pisos AISC, assim como parte da
bibliografia consultada, Ferreira (1999), Pravia (2003), Silva (1996), orienta quanto
aos valores para a taxa de amortecimento modal de acordo com as condições da
estrutura.
De acordo com o relatório de prova de carga da empresa executora (2007),
foi considerado um coeficiente de amortecimento de 5% = 5%), em todos os
modos. Essa taxa leva em conta a existência de poucos elementos que contribuem
com o amortecimento da estrutura. A Tabela 7.3 apresenta os parâmetros α e β
utilizados nas análises de vibração forçada, para a modelagem do amortecimento da
estrutura da ponte metálica desenvolvida nesse estudo.
Tabela 7.2 - Parâmetros α e β usados na análise de vibração forçada
f
01
(Hz) f
02
(Hz)
ω
01
(rad/s)
ω
02
(rad/s)
α β
6,801 9,406 42,7319
59,0996
0,60877554
0,00145956
Com a modelagem numérico-computacional e a modelagem da carga móvel
realizada, resta analisar os autovalores e autovetores, conforme o próximo capítulo
esclarece.
94
8 ANÁLISE DOS AUTOVALORES E AUTOVETORES
8.1 Introdução
Neste capítulo são obtidos os autovalores (freqüências naturais) e os
autovetores (modos de vibração), referentes ao modelo estrutural investigado em
concreto armado. O problema de autovalor, associado a uma análise de vibração
livre, é resolvido com base no emprego do programa computacional ANSYS,
objetivando identificar as freqüências naturais e os respectivos modos de vibração
de cada edificação estudada.
8.2 Análise das freqüências naturais (autovalores)
Através da análise de vibração livre realizada pelo programa ANSYS (2005),
sobre o modelo estrutural (Figura 7.1), foram obtidos os valores das freqüências
naturais (autovalores) e os modos de vibração (autovetores). Na análise numérica
foram obtidos os valores das freqüências naturais ao sexto modo de vibração da
ponte.
De acordo com os resultados apresentados na Tabela 8.1, pode-se verificar
que o valor da freqüência fundamental (f
01
) da ponte estudada praticamente coincide
com os resultados obtidos experimentalmente; e, bem como, com os valores obtidos
a partir de outras estratégias de análise, Silva (1996).
Tabela 8.1 - Freqüências naturais da ponte
Freqüências Naturais da Ponte (Ansys, 2005)
f
(Hz)
Gdynabt
Silva (1996)
f
01
(Hz)
Experimental
f
01
(Hz)
f
01
f
02
f
03
f
04
f
05
f
06
6,80 9,41 16,47 18,65 23,43 27,18
6,90 6,70
De acordo com os resultados apresentados na Tabela 8.1, no tocante às
freqüências naturais, percebe-se que existe um bom indicativo de coerência no que
diz respeito ao modelo numérico-computacional desenvolvido e, bem como, aos
resultados e conclusões obtidas ao longo dessa investigação.
95
8.3 Análise dos modos de vibração (autovetores)
Na seqüência do texto são apresentadas na Figura 8.1 as seis primeiras
formas modais referentes a ponte rodoviária investigada, correspondente às seis
primeiras freqüências naturais da estrutura.
Observa-se que o primeiro modo de vibração da ponte está associado a
flexão longitudinal. Esse primeiro modo é de especial interesse para a análise do
comportamento dinâmico da estrutura quando submetida a carregamentos
dinâmicos por apresentar uma freqüência de vibração relativamente próxima das
freqüências de excitação, oriundas da passagem de comboios de veículos.
Com referências aos demais modos de vibração da obra de arte, observa-se
que o segundo modo de vibração é referente à torção axial da mesma. O terceiro
modo de vibração diz respeito à flexão lateral das longarinas.
No que tange ao quarto, quinto e sexto modos de vibração, estes
representam o segundo modo de flexão longitudinal, o segundo modo de torção
axial e o modo de flexão transversal da superestrutura da ponte, respectivamente.
A seguir, o capítulo 9 apresenta o estudo do comportamento dinâmico do
modelo estrutural investigado, com base na obtenção dos deslocamentos e tensões.
Figura 8.1 - Modo de vibração referente à
primeira freqüência natural: f
01
= 6,81 Hz.
Figura 8.2 - Modo de vibração referente à
segunda freqüência natural: f
02
= 9,41 Hz.
96
Figura 8.3 - Modo de vibração referente à
terceira freqüência natural: f
03
= 16,47 Hz.
Figura 8.4 - Modo de vibração referente à
quarta freqüência natural: f
04
= 18,65 Hz.
Figura 8.5 - Modo de vibração referente à
quinta frequência natural: f
05
= 23,43 Hz.
Figura 8.6 - Modo de vibração referente à
sexta frequência natural: f
06
= 27,18 Hz.
97
9 ESTUDO DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DO MODELO ESTRUTURAL
INVESTIGADO
9.1 Introdução
Este capítulo estuda o comportamento dinâmico do modelo estrutural
investigado. Para isso, foram obtidos os valores de deslocamentos, tensões (flexão e
cisalhamento), no que tange ao efeito da mobilidade da carga (efeito do peso). Ao
final deste capítulo faz-se uma análise crítica dos resultados encontrados.
9.2 Pontos estruturais investigados
Na seqüência do texto são escolhidos os pontos para obtenção dos históricos
de tensão nos locais onde se deseja estudar o comportamento dinâmico dos
elementos estruturais da obra de arte de concreto armado.
A Figura 9.1 apresenta uma perspectiva da estrutura com as seções
avaliadas. Em seguida, a Tabela 9.1 indica os elementos estruturais investigados e,
bem como, a descrição do local exato onde o ponto de análise se encontra.
Figura 9.1 - Indicação dos pontos investigados na análise de tensões
98
Tabela 9.1 - Descrição dos pontos para análise das tensões
Item
Descrição Localização
Tensão em análise
1 Viga VT1 - Meio do vão Base Normal
2 Viga VL2 - Meio do vão Base Normal
3 Viga VL2 - Terço do vão Base Normal
4 Viga VL2 com Travessa 1 Meia altura Cisalhamento
5 Viga VL1 com Viga VT1 Meia altura Cisalhamento
9.3 Comboios de veículos empregados na análise
Conforme esclarecido no capítulo 6 deste trabalho, para o presente estudo
foram simulados dois modelos de carregamento dinâmico associados a dois
comboios de veículos, a saber: o primeiro representado por dois caminhões
espaçados em 10,00m entre seus eixos dianteiros, conforme Figura 9.2, e o
segundo comboio simulado por três caminhões espaçados em 6,50m entre seus
eixos dianteiros, conforme Figura 9.3.
Figura 9.2 - Comboio 1 - Dois caminhões espaçados em 10,00m do eixo dianteiro
Figura 9.3 - Comboio 2 - Três caminhões espaçados em 6,50m do eixo dianteiro
99
9.4 Casos de carregamento investigados na dissertação
A estrutura foi carregada de três maneiras distintas, de modo a se estudar os
possíveis casos reais que venham a ocorrer na ponte em questão, respeitando os
limites geométricos do comboio.
A primeira passagem (caso de carregamento 1) se refere aos comboios de
veículos TB-45 (NBR 7188, 1984) trafegando sobre o eixo da ponte. Apesar da
esconsidade, foi criado um trajeto que respeitou o alinhamento da ponte, de modo
que os veículos passassem entre as duas faixas não delimitadas, conforme ilustrado
na Figura 9.4.
Figura 9.4 - Caso de carregamento 1: passagem dos veículos no eixo central
A segunda passagem (caso de carregamento 2) segue a trajetória da faixa
referente à pista lateral entre as vigas 1 e 2, lado mais suscetível aos efeitos de
torção devido a esconsidade, de acordo com a Figura 9.5.
Figura 9.5 - Caso de carregamento 2: passagem dos veículos pela pista lateral
100
A terceira passagem (caso de carregamento 3) abrange ambas as faixas da
ponte, com dois veículos TB-45 (NBR 7188, 1984) transitando lado a lado ao longo
do eixo da referida ponte, como mostrado na Figura 9.6.
Figura 9.6 - Caso de carregamento 3: passagem dos veículos nas duas pistas
9.5 Análise no domínio do tempo
Considerando-se o objetivo principal desta dissertação, a resposta dinâmica
do modelo estrutural investigado é apresentada, em termos dos valores dos
deslocamentos translacionais verticais e dos históricos das tensões ao longo do
tempo (tensões de flexão e de cisalhamento), com base no emprego dos comboios e
respectivos casos de carregamento ilustrados nas Figuras 9.4 a 9.6. Um coeficiente
de amortecimento de 5% (x = 5%) (AISC) é utilizado para representar a dissipação
de energia da ponte.
Ressalta-se que, inicialmente, é apresentado o gráfico do deslocamento
translacional vertical máximo, seguido dos valores das tensões máximas, referentes
aos pontos 1, 2, 3 e 4, Figura 9.1. Nesta situação foi empregado o comboio 2 em
conjunto com o caso de carregamento 3, com uma velocidade de travessia dos
veículos de 40 km/h, referente ao caso mais crítico de carregamento sobre a obra de
arte, como ilustrado nas Figuras 9.3 e 9.6.
Ao término da apresentação dos gráficos, representados pelas Figuras 9.7 a
9.12, segue a Tabela 9.2, comparativa para todos os comboios e casos citados
anteriormente. Os gráficos para os demais casos e pontos constam do Anexo A
desta dissertação.
101
9.5.1 Comboio 2. Caso de carregamento 3.
Na seqüência do texto são apresentadas as Figuras 9.7 a 9.12, referentes à
resposta dinâmica da ponte em estudo, para passagem do comboio 2 (Figura 9.3),
caso de carregamento 3, em ambas as faixas laterais da obra de arte (Figura 9.6),
seguidos dos respectivos comentários.
Os valores foram obtidos no domínio do tempo, com base nos históricos do
deslocamento e das tensões para os pontos mapeados. São considerados
exclusivamente os efeitos da mobilidade da carga (efeito do peso). O deslocamento
é ilustrado apenas para o caso de maior solicitação, ou seja, esforço de flexão no
meio do vão da viga transversina.
Figura 9.7 - Deslocamento vertical no meio do vão da viga VT1 (Ponto 1)
A Figura 9.7 ilustra o carregamento da ponte, através da sucessiva entrada
dos eixos dos veículos, até aproximadamente 1 segundo. A partir deste momento de
tempo (t = 1,0s), a configuração do gráfico assume uma característica de repetição
de efeitos, de interesse direto para uma análise de fadiga da estrutura, onde
caracteriza-se a fase permanente da resposta, com alterações de amplitude de
ordem inferior a um milímetro.
A flecha máxima obtida no meio do vão da ponte é de 13,85 milímetros,
representada pela máxima amplitude do gráfico. Esse valor, em comparação com
normas de projeto, está de acordo com os limites especificados. A norma NBR 6118
(2003) e o Eurocode 2, por exemplo, limitam a flecha à expressão l/250, o que
equivale a aproximadamente 66 milímetros para um vão médio de 16,50 metros.
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Deslocamento (mm)
102
Figura 9.8 - Tensões normais no meio do vão da viga VT1 (Ponto 1)
Figura 9.9 - Tensões normais no encontro entre as vigas VL2 e VT1 (Ponto 2)
-20
0
20
40
60
80
100
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
Figura 9.10 - Tensões normais no terço do vão da viga VL2 (Ponto 3)
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
Figura 9.11 - Tensões cisalhantes no encontro entre viga VL2 e Travessa 1 (Ponto 4)
-5
0
5
10
15
20
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-2
0
2
4
6
8
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
103
-10
0
10
20
30
40
50
60
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
Figura 9.12 - Tensões cisalhantes no encontro entre vigas VL1 e VT1 (Ponto 5)
Analisando-se os gráficos referentes às Figuras 9.8 a 9.12, nota-se
nitidamente a passagem dos três eixos pertencentes a cada uma das viaturas, ao
longo do tempo, após o término da fase transiente, ou seja, a partir de t @ 1 segundo.
A partir deste instante observa-se o início da fase permanente da resposta da ponte,
de interesse direto para uma análise de fadiga.
Verifica-se que os gráficos de tensão normal nos pontos 1 e 2, como ilustrado
nas Figuras 9.8 e 9.9, apresentam valores de tensão da ordem de 6 a 20 MPa,
menores em comparação com os demais pontos investigados, por se tratar de uma
região enrijecida, pela proximidade entre os elementos estruturais de concreto
armado.
A tensão máxima no terço do vão da viga VL2, associada ao ponto 3,
representada pelo gráfico da Figura 9.10, gera amplitudes da ordem de 85 MPa.
Este valor máximo encontrado na presente análise ocorre pelo fato do local estar
menos enrijecido do que os demais, sendo o maior vão da ponte.
A tensão cisalhante no encontro entre VL2 e travessa 1, pertinente ao ponto
4, de acordo com a Figura 9.11, junto ao apoio da estrutura, representa o valor
máximo de tensão encontrado na análise para este comboio e caso de
carregamento, com valores de amplitude da ordem de 185 MPa.
Os valores da tensão de cisalhamento entre as vigas VL1 e VT1,
correspondentes ao ponto 5, como apresentado na Figura 9.12, servem de alerta
aos projetistas para uma região do sistema estrutural em estudo que, apesar de
enrijecida, pode contribuir para a fadiga, ao longo do tempo, conforme será visto no
próximo capítulo.
104
9.6 Análise global dos históricos de tensões apresentados
A análise dinâmica da obra de arte rodoviária de concreto armado revela
diferenças quantitativas, no que tange ao comportamento estrutural da ponte,
referentes aos diversos comboios e seus respectivos efeitos. A seguir são
apresentados comentários a respeito dos valores máximos pertinentes a resposta
dinâmica da estrutura. Assim sendo, a Tabela 9.2 apresenta os valores das tensões
máximas obtidas ao longo do estudo para todos os comboios e casos de
carregamento investigados.
Tabela 9.2 - Valores máximos de tensão obtidos ao longo do estudo
Diante dos resultados apresentados na Tabela 9.2, observa-se que o valor
máximo de tensão normal encontrado ao longo desta investigação foi obtido no terço
do vão da viga longarina VL2 (ponto 3), Figura 9.1, sendo igual a 87,41 MPa (s
máx
=
87,41 MPa), correspondente a travessia do comboio 2, Figura 9.3, associado ao
caso de carregamento 2, Figura 9.5.
No que diz respeito ao valor máximo da tensão cisalhante este se apresenta
igual a 184,56 MPa (t
máx
= 184,56 MPa), correspondente ao apoio da ponte na maior
largura (ponto 4), Figura 9.1, correspondente a travessia do comboio 2, Figura 9.3,
associado ao caso de carregamento 3, Figura 9.6.
COMB. 1 COMB. 2 COMB. 1 COMB. 2 COMB. 1 COMB. 2
1
Viga VT1 - Meio do vão
Tensões normais (MPa)
7,06 8,25 8,66 8,23 13,67 17,39
2
Viga VL2 - Meio do vão
Tensões normais (MPa)
6,28 7,24 5,27 5,94 5,89 6,64
3
Viga VL2 no terço do vão
Tensões normais (MPa)
53,73 58,75 73,92 87,41 75,36 86,71
4
Viga VL2 com Travessa 1
Tensões Cisalhantes (MPa)
120,85 142,97 146,53 178,98 100,90 184,56
5
Viga VL1 com Viga VT1
Tensões Cisalhantes (MPa)
18,10 24,50 57,95 78,32 41,61 51,51
CASO 2
Lateral + solicitada
CASO 3
Ambas as lateraisPonto
Elemento estrutural e efeito
estudado
CASO 1
Meio do vão
105
A obra de arte em questão foi projetada para suportar veículos TB-30 (NBR
7188, 1984). Para tal carregamento, a tensão normal de trabalho deve ser no
máximo da ordem de 125 MPa e a tensão cisalhante da ordem de 187 MPa (item
12.6.3, Eurocode 2).
A análise dos resultados ilustrados na Tabela 9.1 revela que o valor das
tensões cisalhantes nos apoios é muito superior aos demais valores obtidos para as
tensões normais, chegando praticamente a igualar com a tensão máxima de serviço
para cisalhamento. Tal fato demonstra a necessidade de se verificar com cuidado as
questões referentes a aparelhos de apoio e juntas de dilatação.
No próximo capítulo, os valores das tensões obtidas através da passagem
dos comboios serão utilizados para se analisar a fadiga dos elementos estruturais da
ponte, com principal foco no impacto causado pela passagem dos comboios em
relação ao efeito da mobilidade da carga.
106
10 VERIFICAÇÃO À FADIGA
10.1 Generalidades
No capítulo anterior foram apresentados os resultados obtidos para as
análises propostas pelo presente estudo. Assim, neste capítulo os valores obtidos
pelas análises demonstradas no capítulo anterior são utilizados para a execução da
análise dos elementos estruturais selecionados quanto à fadiga.
A contagem dos ciclos, baseada nos históricos de tensão apresentados no
capítulo anterior, é feita pelo método Rainflow descrito anteriormente. O impacto
dos carregamentos dinâmicos sobre os elementos estruturais selecionados é
avaliado de forma a se obter as tensões e as variações de tensão máximas para
cada análise proposta.
Um comparativo entre as normas estruturais descriminadas no capítulo quatro
é desenvolvido com especial interesse entre a diferença dos valores obtidos para o
efeito da mobilidade da carga.
10.2 Contagem de ciclos
O trabalho apresentado utiliza o método Rainflow para contagem dos ciclos
de tensões obtidos para cada elemento estrutural. No capitulo dois é demonstrado
um exemplo de contagem de ciclos pelo método em questão, porém os resultados
obtidos e demonstrados no capítulo anterior são complexos, com muitos picos de
tensão e com valores muito diversificados. Dessa forma, a contagem manual dos
ciclos de tensão se torna inviável.
Para tal contagem foi utilizada uma rotina implementada no programa MatLab
(2007) e validada com o exemplo do capítulo dois e com o trabalho apresentado por
Leitão (2009), Ferreira (1999) e Pravia (2003). Valores idênticos aos publicados por
esses autores foram obtidos e estão demonstrados na seqüência do texto pelas
Figuras 10.1 e 10.2 , assim com na Tabela 10.1, através do comparativo referente ao
trabalho de Pravia (2003).
107
Figura 10.1 - Variação de tensão no tempo, Pravia (2003)
Figura 10.2 - Valores obtidos pela rotina do Matlab (2007)
Tabela 10.1 - Contagem dos ciclos com a rotina do Matlab (2007)
Faixa de
tensão
(MPa)
Ciclos
inteiros
Meios
ciclos
30 10 -
60 6 -
80 4 -
100 1 -
120 - 2
108
10.3 Análise da fadiga
Inicialmente, são escolhidos os pontos estruturais que serão analisados.
Naturalmente essa escolha não é aleatória, tendo que ser compatível com os locais
onde os respectivos históricos de tensão foram gerados.
A partir destes históricos realizou-se a contagem dos ciclos, conforme descrito
no item anterior, e obtiveram-se os totais de ciclos, apenas para a fase permanente,
que é de fundamental interesse para o presente estudo, uma vez que a fadiga é
causada por esforços repetitivos, que representa a principal característica dessa
fase.
Outro fator importante é que a fase permanente expressa o comportamento
dinâmico da estrutura, ou seja, caracteriza a forma estabilizada e amortecida com
que a estrutura se comporta quando submetida a um carregamento. A Figura 10.3
apresenta um gráfico de tensões ilustrando a faixa de tensões de real interesse do
presente estudo.
Figura 10.3 - Obtenção das tensões na fase permanente
Com os valores devidamente obtidos através da fase permanente do gráfico,
realizou-se a contagem dos ciclos conforme exemplo citado anteriormente. A
incidência de cada ciclo associado à sua faixa de tensão é usada de forma a se
obter o seu valor correspondente proporcional a 2 x 10
6
ciclos. De posse destes
valores pode-se obter, através das curvas S-N de cada norma, o dano e
respectivamente a vida útil de cada elemento estrutural analisado, no caso, para a
armadura embutida no concreto.
Tensões na fase
permanente
Local na ponte
Histórico de
tensões
109
Nos itens a seguir são expostas as tabelas geradas pelos cálculos pertinentes
ao dano acumulado e as estimativas de vida útil para todos os elementos e pontos
de análise, referentes à ponte em estudo, apresentados na Tabela 9.1. Para se
estabelecer um quadro comparativo e auxiliar na análise, a Tabela 10.2 apresenta
uma estimativa de vida útil com base nas normas estudadas neste trabalho.
Tabela 10.2 - Estimativa de vida útil de acordo com as normas
Norma Vida útil (anos)
British Standard - BS 5400 (1980) 120
Comite Euro-International du Beton - CEB (1990) 70
European Standard - Eurocode 2 (2002) 50
NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto (2003) 50
São considerados cinco pontos estruturais, Tabela 9.1, dois comboios,
Figuras 9.2 e 9.3, três passagens distintas (faixa central, lateral mais solicitada e em
ambos os lados), Figuras 9.4 a 9.6, dois tipos de carregamento (peso), velocidade
de 40 km/h e quatro normas distintas BS 5400 (1980), CEB (1990), EUROCODE 2
(2002) e NBR 6118 (2003).
No anexo B deste volume, as Tabelas B.1 a B.30 apresentam os lculos do
dano acumulado e das estimativas de vida útil, sendo que nas Tabelas 10.3 a 10.8
são demonstradas as consolidações dos valores obtidos para tensão máxima, faixa
de variação máxima e estimativa da vida útil.
Os resultados apresentados na seqüência do texto foram analisados de
acordo com as recomendações de cada norma, BS 5400 (1980), CEB (1990),
EUROCODE 2 (2002) e NBR 6118 (2003), utilizando-se as respectivas equações
das curvas S-N, para os efeitos na armadura embutida no concreto.
10.3.1 Cálculo da vida útil da ponte para os diversos comboios e casos de carga
Para o presente estudo, são escolhidos cinco pontos distintos sobre a obra de
arte, de modo a proceder-se a análise de fadiga. São empregadas quatro normas de
projeto distintas para dar respaldo a este estudo, a saber: BS 5400 (1980), CEB
(1990), EUROCODE 2 (2002) e NBR 6118. As Tabelas 10.3 a 10.8 ilustram o cálculo
da vida útil da obra de arte rodoviária, de forma a proporcionar uma melhor
compreensão dos valores obtidos.
110
Tabela 10.3 - Comboio 1. Caso de Carregamento 1.
EUROCODE &
CEB
BS 5400 NBR 6118
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
1
Viga VT1 - Meio do vão
Tensões normais
7,06 5,00 36.776,49 36.774,19 36.163,36
2
Viga VL2 - Meio do vão
Tensões normais
6,28 9,00 9.903,00 9.902,38 9.842,20
3
Viga VL2 no terço do vão
Tensões normais
53,73 46,00 260,31 260,29 225,70
4
Viga VL2 com Travessa 1
Tensões Cisalhantes
120,85 92,00 26,25 26,25 25,07
5
Viga VL1 com Viga VT1
Tensões Cisalhantes
18,10 8,00 43.331,32 43.328,61 39.234,51
Ponto
Elemento estrutural e efeito
estudado
Δσ máx
(MPa)
σ máx
(MPa)
Tabela 10.4 - Comboio 1. Caso de Carregamento 2.
EUROCODE &
CEB
BS 5400 NBR 6118
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
1
Viga VT1 - Meio do vão
Tensões normais
8,66 19,00 838,11 838,06 820,64
2
Viga VL2 - Meio do vão
Tensões normais
5,27 8,00 14.660,66 14.659,74 14.082,59
3
Viga VL2 no terço do vão
Tensões normais
73,92 51,00 97,13 97,12 87,49
4
Viga VL2 com Travessa 1
Tensões Cisalhantes
146,53 107,00 3,30 3,30 3,19
5
Viga VL1 com Viga VT1
Tensões Cisalhantes
57,95 20,00 1.494,10 1.494,01 1.418,95
Ponto
Δσ máx
(MPa)
Elemento estrutural e efeito
estudado
σ máx
(MPa)
111
Tabela 10.5 - Comboio 1. Caso de Carregamento 3.
Tabela 10.6 – Comboio 2. Caso de Carregamento 1.
EUROCODE &
CEB
BS 5400 NBR 6118
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
1
Viga VT1 - Meio do vão
Tensões normais
8,25 5,00 29.340,07 29.338,24 29.117,20
2
Viga VL2 - Meio do vão
Tensões normais
7,24 9,00 8.051,04 8.050,54 7.980,00
3
Viga VL2 no terço do vão
Tensões normais
58,75 26,00 583,23 583,20 504,48
4
Viga VL2 com Travessa 1
Tensões Cisalhantes
142,97 64,00 22,51 22,51 21,67
5
Viga VL1 com Viga VT1
Tensões Cisalhantes
24,50 3,00 630.039,32 630.000,00 59.335,90
Δσ máx
(MPa)
Elemento estrutural e efeito
estudado
σ máx
(MPa)
Ponto
EUROCODE &
CEB
BS 5400 NBR 6118
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
1
Viga VT1 - Meio do vão
Tensões normais
13,67 16,00 1.349,29 1.349,21 1.338,31
2
Viga VL2 - Meio do vão
Tensões normais
5,89 9,00 13.971,46 13.970,59 12.913,32
3
Viga VL2 no terço do vão
Tensões normais
75,36 55,00 53,96 53,96 50,16
4
Viga VL2 com Travessa 1
Tensões Cisalhantes
100,90 90,00 41,04 41,04 39,28
5
Viga VL1 com Viga VT1
Tensões Cisalhantes
41,61 22,00 1.310,00 1.309,91 1.153,32
Ponto
Δσ máx
(MPa)
Elemento estrutural e efeito
estudado
σ máx
(MPa)
112
Tabela 10.7 - Comboio 2. Caso de Carregamento 2.
Tabela 10.8 - Comboio 2. Caso de Carregamento 3.
EUROCODE &
CEB
BS 5400 NBR 6118
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
1
Viga VT1 - Meio do vão
Tensões normais
8,23 14,00 1.126,19 1.126,12 1.018,34
2
Viga VL2 - Meio do vão
Tensões normais
5,94 8,00 10.131,82 10.131,19 9.774,07
3
Viga VL2 no terço do vão
Tensões normais
87,41 24,00 1.014,13 1.014,07 906,52
4
Viga VL2 com Travessa 1
Tensões Cisalhantes
178,98 72,00 22,61 22,61 22,32
5
Viga VL1 com Viga VT1
Tensões Cisalhantes
78,32 12,00 5.088,16 5.087,84 3.355,78
Ponto
Δσ máx
(MPa)
Elemento estrutural e efeito
estudado
σ máx
(MPa)
EUROCODE &
CEB
BS 5400 NBR 6118
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
Vida útil
(anos)
1
Viga VT1 - Meio do vão
Tensões normais
17,39 13,00 977,68 977,62 775,95
2
Viga VL2 - Meio do vão
Tensões normais
6,64 8,00 7.476,38 7.475,91 6.679,81
3
Viga VL2 no terço do vão
Tensões normais
86,71 25,00 637,32 637,28 487,79
4
Viga VL2 com Travessa 1
Tensões Cisalhantes
184,56 74,00 41,90 41,90 39,18
5
Viga VL1 com Viga VT1
Tensões Cisalhantes
51,51 11,00 9.380,33 9.379,75 8.787,07
Elemento estrutural e efeito
estudado
σ máx
(MPa)
Δσ máx
(MPa)
Ponto
113
Antes de dar início às análises, deve-se ressaltar que a vida útil obtida é um
indicativo da fadiga nos pontos em questão, ou seja, ela não representa literalmente
o tempo de vida da obra de arte. A incorporação de tensões cisalhantes a este
estudo é ilustrativa, cujo foco se baseia nos resultados das tensões normais.
Na Tabela 10.4 deste trabalho, nota-se que os valores das tensões normais e
cisalhantes, obtidos nos pontos 3 e 4, relativas ao terço do vão da viga longarina
VL2 e ao encontro da viga longarina VL2 com a viga travessa 1, respectivamente, de
acordo com a Figura 9.1, são iguais a 73,92 MPa e 146,53 MPa (s
máx
= 73,92 MPa e
t
máx
= 146,53 MPa), apresentando uma variação máxima Ds
máx
= 73,92 MPa e Dt
máx
= 107 MPa, respectivamente.
A vida útil da estrutura nos pontos destacados acima varia de 3 anos (ponto
4) até 97 anos (ponto 3), Tabela 10.4, conforme as amplitudes das variações de
tensão de cisalhamento e normal, respectivamente, em função do impacto causado
pelos veículos sobre a lateral mais solicitada da ponte, no meio do vão da viga
longarina VL2 e junto aos apoios da obra de arte.
Considerando-se o limite de vida útil previsto pelas normas utilizadas nesta
investigação, BS 5400 (1980), CEB (1990), EUROCODE 2 (2002) e NBR 6118
(2003), verifica-se que para este comboio e caso de carregamento em particular, a
ponte merece maior atenção em relação à fadiga nos apoios e, exceto para as
normas NBR 6118 (2003) e CEB (1990), no terço da viga longarina VL2, conforme
os resultados ilustrados na Tabela 10.2.
Os valores obtidos na Tabela 10.5 desta dissertação, relativos às tensões
normais no terço do vão da viga longarina VL2, representado pelo ponto 3, Figura
9.1, resultam em s
máx
= 75,35 MPa, apresentando uma variação máxima Ds
máx
= 55
MPa, indicando uma estimativa de vida útil para a estrutura da ordem de 53 anos.
Tomando-se como base o limite de vida útil previsto pelas normas utilizadas nesta
investigação, BS 5400 (1980), CEB (1990) e EUROCODE 2 (2002), esses valores
servem de alerta aos projetistas estruturais acerca do impacto causado na obra de
arte rodoviária no neste ponto da viga longarina quando carregada em ambas as
laterais por veículos TB-45 (NBR 7188, 1984), em particular, no que tange à fadiga.
Considerando-se, agora, os valores ilustrados na Tabela 10.6, observa-se que
o valor máximo da tensão cisalhante obtida no ponto 4, associado ao encontro da
viga longarina VL2 com a viga travessa 1, de acordo com a Figura 9.1, é igual a
114
142,97 MPa (t
máx
= 142,97 MPa), apresentando uma variação máxima de 64 MPa
(Dt
máx
= 64 MPa). Novamente, verifica-se que a vida útil da estrutura é influenciada
pela amplitude da variação das tensões, sendo da ordem de 22 anos, Tabela 10.6, o
que é representativo para alertar os projetistas sobre os níveis de impacto causados
sobre o eixo longitudinal da estrutura junto aos seus apoios. Com relação às tensões
normais, sua influência na vida útil resultou em aproximadamente 580 anos, no terço
do vão da viga longarina (Ponto 3), caracterizando que a ponte não apresenta
problemas em relação à fadiga nos pontos investigados, conforme recomendado
pelas normas de projeto utilizadas nesta dissertação, BS 5400 (1980), CEB (1990) e
EUROCODE 2 (2002).
O valor da tensão normal, obtido no ponto 3, relativo ao terço da viga
longarina VL2, Figura 9.1, é igual a 87,41 MPa (s
máx
= 87,41 MPa), apresentando
uma variação máxima Ds
máx
= 24 MPa. A vida útil da estrutura no ponto em
destaque é da ordem de 1.000 anos, Tabela 10.7, regida pela amplitude das
variações de tensão. Conforme o limite de vida útil previsto pelas normas utilizadas
nesta investigação, BS 5400 (1980), CEB (1990), EUROCODE 2 (2002) e NBR 6118
(2003), verifica-se que para este comboio e caso de carregamento em particular, a
ponte não possui problemas em relação à fadiga no terço do vão da viga longarina,
conforme tabela de estimativa de vida útil, Tabela 10.2.
Finalmente, verifica-se que os resultados obtidos na Tabela 10.8 do presente
trabalho, relativos à tensão normal no terço do vão da viga longarina VL2,
representado pelo ponto 3, Figura 9.1, resulta em s
máx
= 86,71 MPa, apresentando
uma variação máxima Ds
máx
= 25 MPa, conferindo uma vida útil estimada em
aproximadamente 637 anos para o ponto 3 (Tabela 10.8), tendo como fator
responsável a amplitude das variações de tensão e estando em boas condições no
que tange à fadiga, quando carregada em ambas as laterais por veículos TB-45
(NBR 7188, 1984).
Assim sendo, considerando-se a Tabela C.2N, referente às recomendações
de projeto da norma Eurocode 2 (2002), a tensão máxima de fadiga da ponte de
concreto armado em estudo, levando-se em consideração as barras de aço, deve
preventivamente ser no máximo igual a 150 MPa (s
fad,máx
= 150 MPa). Deste modo,
os valores máximos de tensão normal encontrados na presente investigação estão
dentro dos limites estabelecidos pelo Eurocode (2002), em todos os comboios e
115
casos de carregamento utilizados na análise.
No próximo capítulo serão feitas as considerações finais sobre o presente
estudo como também serão sugeridas melhorias para trabalhos futuros. Deve-se
ressaltar que os cálculos completos para o dano acumulado e para a estimativa de
vida útil estão apresentados nas Tabelas B.1 a B.30 apresentadas no Anexo B ao
final deste trabalho.
116
11 CONSIDERÕES FINAIS
11.1 Generalidades
O principal objetivo desta dissertação foi o de desenvolver um estudo para
verificação à fadiga em pontes rodoviárias em concreto armado. A metodologia de
análise proposta foi empregada mediante o desenvolvimento de um modelo
numérico-computacional tridimensional, calibrado com base em testes experimentais
realizados “in loco”, para avaliação da resposta dinâmica de obras de arte
rodoviárias de concreto armado. Para tal, considera-se a passagem de comboios de
veículos condizentes com a utilização da estrutura investigada, introduzindo o efeito
dinâmico proveniente da interação entre as viaturas e a estrutura da ponte de
concreto armado.
Os deslocamentos e históricos de tensões obtidos, mediante o estudo da
resposta dinâmica permanente da obra de arte modelada no presente estudo, foram
utilizados para uma análise de dano por fadiga de determinados elementos
estruturais de uma ponte rodoviária de concreto armado. Considerou-se a interação
dinâmica existente entre os pneus dos veículos, os comboios de veículos e a
superfície regular do tabuleiro.
11.2 Conclusões
Na seqüência do texto, são apresentadas as principais conclusões
alcançadas ao longo do desenvolvimento desta dissertação, a partir da análise
numérica dos resultados (deslocamentos e tensões).
Primeiramente, conclui-se que a representação tridimensional dos modelos
estruturais é de fundamental importância no estudo do comportamento dinâmico das
pontes. Tal conclusão baseia-se, especialmente, nos valores distintos dos danos
acumulados e de estimativa da vida útil da ponte investigada, de acordo com a
metodologia empregada para a travessia dos veículos nas faixas de tráfego (eixo
longitudinal e as duas faixas de tráfego). Este fato demonstrou a importância da
contribuição dos modos de vibração, da distribuição dos apoios, do elemento
utilizado no modelo matemático, e também, da variação da posição dos veículos
trafegando sobre uma estrutura real.
117
Com base nas análises numéricas realizadas ao longo da presente
investigação foi possível observar que os resultados obtidos, mediante o emprego
de um modelo numérico-computacional tridimensional, encontram-se bem calibrados
com relação à ponte real, e a metodologia desenvolvida fornece possibilidades de
extensão do trabalho de pesquisa, no que concerne a uma avaliação mais detalhada
acerca das amplificações dinâmicas encontradas.
Observa-se que o valor máximo de tensão normal encontrado ao longo de
toda esta investigação foi obtido no terço do vão da viga longarina VL2 (ponto 3),
Figura 9.1, correspondente a travessia do comboio 2, Figura 9.3, associado ao caso
de carregamento 2, Figura 9.5 (s
máx
= 87,41 MPa). No que diz respeito ao valor
máximo da tensão cisalhante, este foi gerado no apoio da ponte na maior largura
(ponto 4), Figura 9.1, correspondente a travessia do comboio 2, Figura 9.3,
associado ao caso de carregamento 3, Figura 9.6 (t
máx
= 184,56 MPa).
A análise dos resultados obtidos ao longo do estudo revela que o valor das
tensões cisalhantes nos apoios é muito superior àqueles obtidos para as tensões
normais. Tal fato demonstra a necessidade de se verificar com cuidado as questões
referentes a aparelhos de apoio e juntas de dilatação, no que tange ao projeto de
pontes rodoviárias de concreto armado.
A obra de arte em questão foi projetada para suportar veículos TB-30 (NBR
7188, 1984). Para tal carregamento, a tensão normal de trabalho deve ser no
máximo da ordem de 125 MPa, conforme equação 12.3, item 12.6.3, Eurocode 2
(2002).
As conclusões acima corroboram o fato de que as condições de
carregamento exercem influência nos valores de variação das faixas de tensão,
como por exemplo, a quantidade de veículos em trânsito sobre a ponte e suas
configurações de passagem sobre o tabuleiro. Inúmeras simulações deste gênero
devem ser estudadas para se consolidar uma análise à fadiga. Nota-se, ainda, que
não se deve desprezar pontos distintos na estrutura, sendo esconsa ou reta. Esta
constatação baseia-se no fato de que os carregamentos se apresentam de forma
aleatória sobre a obra de arte.
No que tange à verificação à fadiga, observa-se que para a ponte rodoviária
de concreto armado em questão, os efeitos das tensões normais estão dentro dos
limites estabelecidos pelas normas estudadas, BS 5400 (1980), CEB (1990),
EUROCODE 2 (2002) e NBR 6118 (2003). O título ilustrativo estudou-se os valores
118
de tensão cisalhante na presente investigação, que se apresentaram bem acima dos
valores de tensão normal e servindo de alerta para a condição dos apoios, bem
como para um indicativo para um posterior estudo mais apurado.
A verificação à fadiga para obtenção da estimativa da vida útil, com base nas
tensões normais obtidas, conclui que a previsão de vida útil da obra de arte
investigada está dentro do especificado pelas normas de projeto utilizadas, BS 5400
(1980), CEB (1990), EUROCODE 2 (2002) e NBR 6118 (2003), conforme os
resultados ilustrados na Tabela 10.2 do presente trabalho. A análise indica que o
ponto 3, localizado no terço do vão da viga longarina 2, conforme Tabela 10.2 é o
mais suscetível aos efeitos do carregamento.
Tais resultados são representativos para alertar os projetistas estruturais
sobre o impacto causado pela interação dinâmica entre os pneus de veículos
pesados do tipo TB-45 (NBR 7188, 1984) e a superfície, nas proximidades dos
apoios das pontes rodoviárias de concreto armado.
Comparativamente, nota-se que a passagem do comboio 1 (Figura 9.2) sobre
o tabuleiro da ponte gerou valores mais elevados para a variação das tensões,
Ds
máx,
em comparação com o comboio 2 (Figura 9.3), conforme observado nas
Tabelas 10.3 a 10.8 da presente dissertação. Este resultado indica que, quanto mais
tempo a ponte fica sem carregamento, de acordo o comboio de veículos utilizado,
certamente podem ser geradas faixas de variação de tensão mais elevadas sobre o
tabuleiro da ponte e, conseqüentemente, aumenta-se o risco à fadiga da estrutura.
Considerando-se os pontos de análise do tabuleiro investigados neste estudo,
torna-se possível alertar os projetistas estruturais acerca dos níveis de impacto
elevado, oriundos da interação dinâmica existente entre os pneus dos veículos e a
superfície do tabuleiro da ponte, no caso em questão, especialmente, no que diz
respeito a faixa de tráfego lateral mais solicitada da ponte. devido à esconsidade, no
meio do vão da viga longarina VL2 e, também, nas proximidades dos apoios da
estrutura (Figura 9.1).
As características físicas e geométricas dos elementos estruturais da obra de
arte rodoviária e dos materiais de construção, em conformidade com as normas de
projeto, devem ser observadas com prudência. Informações como o ambiente,
cargas de utilização atuais e para as quais a ponte foi projetada, resistência
característica à compressão do concreto (f
ck
), resistência característica à tração do
aço (f
sk
), tipo de barra de aço, diâmetro e espaçamento médio entre estas barras,
119
tipos de fundação, são de fundamental importância para se conseguir realizar uma
análise coerente. Com base no exposto, conclui-se que a experiência e o
conhecimento dos engenheiros projetistas têm um grande peso, no que tange ao
dimensionamento e verificação à fadiga de obras de arte rodoviárias em concreto
armado.
11.3 Sugestões para Trabalho Futuros
A seguir, são relacionadas algumas sugestões para a continuidade e
desenvolvimento de trabalhos futuros sobre os temas aqui tratados e outros
correlatos.
1) Ampliar a abrangência da metodologia de forma a permitir o tráfego dos
veículos considerando o efeito da mobilidade de carga somado ao efeito das
irregularidades de pista.
2) Promover a continuação do estudo em questão através da parametrização
de diferentes aspectos, como a velocidade dos comboios, a quantidade de veículos,
o tráfego em diferentes faixas de pista e sentidos, a qualidade do pavimento, assim
como, variar os modelos de pontes rodoviárias, prevendo outros materiais.
3) Refinar o modelo matemático empregado para as viaturas, com o objetivo
de se obter um modelo que represente os veículos de modo mais próximo da
realidade, ou seja, com uma maior quantidade de graus de liberdade.
4) Realizar testes experimentais em outras obras de arte (freqüências
naturais, deslocamentos, esforços e tensões), de forma a aprimorar a calibração dos
modelos matemáticos gerados e, com relação às situações reais da prática de
projeto, de forma a refinar a metodologia de análise desenvolvida.
5) Ampliar o estudo para a consideração de outros modelos de veículos,
avaliando as pontes rodoviárias a partir da travessia de viaturas mais pesadas ou
mesmo previstas em normas distintas de projeto.
6) Estudar a resposta dinâmica variando-se a configuração dos apoios, seu
tipo e área de abrangência, bem como a quantidade de nós restringidos pelos
mesmos.
7) Promover estudos de determinação do amortecimento com base em
resultados de ensaios experimentais em diferentes tipos de pontes.
120
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127
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128
ANEXO A – Gráficos da tensão devido a passagem dos comboios
A.1. Comboio 1. Caso de carregamento 1. Efeito do peso
Figura A.1 – Gráficos das tensões normais e cisalhantes, caso 1, comboio 1
-10
0
10
20
30
40
50
60
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
0
50
100
150
200
250
300
350
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
129
A.2. Comboio 1. Caso de carregamento 2. Efeito do peso
Figura A.2 – Gráficos das tensões normais e cisalhantes, caso 1, comboio 2
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
0
10
20
30
40
50
60
70
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-12
-7
-2
3
8
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-3,5
-1,5
0,5
2,5
4,5
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00
10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
130
A.3. Comboio 1. Caso de carregamento 3. Efeito do peso
Figura A.3 – Gráficos das tensões normais e cisalhantes, caso 1, comboio 3
-5
0
5
10
15
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-4
-2
0
2
4
6
8
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
131
A.4. Comboio 2. Caso de carregamento 1. Efeito do peso
Figura A.4 – Gráficos das tensões normais e cisalhantes, caso 2, comboio 1
-2
0
2
4
6
8
10
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-2
0
2
4
6
8
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
0
5
10
15
20
25
30
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
132
A.5. Comboio 2. Caso de carregamento 2. Efeito do peso
Figura A.5 – Gráficos das tensões normais e cisalhantes, caso 2, comboio 2
-15
-10
-5
0
5
10
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Tempo (s)
Tensão (MPa)
133
ANEXO B - Tabelas de estimativa de dano acumulado e vida útil,
efeito da mobilidade da carga, velocidade de 40km/h
B.1. Comboio 1 (Figura 9.2). Caso de carregamento 1 (Figura 9.4)
Tabela B.1 – Tensão normal no meio do vão da viga transversina VT1
Tabela B.2 – Tensão normal no meio do vão da viga longarina VL2
7,06
5,00 Meio do vão Tensão
-0,07
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
2 25,00% 500000 1 0,20
2 25,00% 500000 3 0,60
2 25,00% 500000 4 0,80
2 25,00% 500000 5 1,00
8 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000125305 3990000000000 0,000000125313 79432823472428 0,000000006295
147787000875 0,000003383247 147777777778 0,000003383459 326884047212 0,000001529594
62347640994 0,000008019550 62343750000 0,000008020050 77571116672 0,000006445698
31921992189 0,000015663183 31920000000 0,000015664160 25418503511 0,000019670710
Dano 0,000027191285 Dano 0,000027192982 Dano 0,000027652297
36776,4887 36774,19355 36163,36147
Vida útil (anos) 36776,49 Vida útil (anos) 36774,19 Vida útil (anos) 36163,36
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Tranversina 1 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
7,06
5,00 Meio do vão Tensão
-0,07
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
2 25,00% 500000 1 0,20
2 25,00% 500000 3 0,60
2 25,00% 500000 4 0,80
2 25,00% 500000 5 1,00
8 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000125305 3990000000000 0,000000125313 79432823472428 0,000000006295
147787000875 0,000003383247 147777777778 0,000003383459 326884047212 0,000001529594
62347640994 0,000008019550 62343750000 0,000008020050 77571116672 0,000006445698
31921992189 0,000015663183 31920000000 0,000015664160 25418503511 0,000019670710
Dano 0,000027191285 Dano 0,000027192982 Dano 0,000027652297
36776,4887 36774,19355 36163,36147
Vida útil (anos) 36776,49 Vida útil (anos) 36774,19 Vida útil (anos) 36163,36
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Tranversina 1 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
134
Tabela B.3 – Tensão normal no terço do vão da viga longarina VL2
Tabela B.4 – Tensão cisalhante no apoio da viga longarina VL2 com travessa 1
53,73
46,00 Terço do Vão Tensão
-3,55
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
20 80,00% 1600000 1 0,02
3 12,00% 240000 2 0,04
0,5 2,00% 40000 45 0,98
1,5 6,00% 120000 46 1,00
25 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000400977 3990000000000 0,000000401003 7244359600749930 0,000000000221
498781127953 0,000000481173 498750000000 0,000000481203 226386237523435 0,000000001060
43788741 0,000913476823 43786008 0,000913533835 39258837 0,001018878881
40994586 0,002927215803 40992028 0,002927398496 35173116 0,003411696614
Dano 0,003841574776 Dano 0,003841814536 Dano 0,004430576775
260,3099141 260,2936687 225,7042482
Vida útil (anos) 260,31 Vida útil (anos) 260,29 Vida útil (anos) 225,7
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2
Variação de Tensão máxima (MPa)
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
120,85
92,00
-0,34
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
14 70,00% 1400000 1 0,01
2 10,00% 200000 17 0,18
1 5,00% 100000 19 0,21
1 5,00% 100000 20 0,22
1 5,00% 100000 90 0,98
0,5 2,50% 50000 91 0,99
0,5 2,50% 50000 92 1,00
20 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000350855 3990000000000 0,000000350877 30902954325135900 0,000000000045
812181767 0,000246250295 812131081 0,000246265664 21764835702 0,000009189134
581753758 0,000171894034 581717452 0,000171904762 12480500305 0,000008012499
498781128 0,000200488740 498750000 0,000200501253 9657173227 0,000010354997
5473593 0,018269536455 5473251 0,018270676692 5233442 0,019107881848
5295120 0,009442656280 5294790 0,009443245614 4952141 0,010096642194
5124323 0,009757386010 5124003 0,009757994987 4688791 0,010663730015
Dano 0,038088562669 Dano 0,038090939850 Dano 0,039895810733
26,25460059 26,25296209 25,06528835
Vida útil (anos) 26,25 Vida útil (anos) 26,25 Vida útil (anos) 25,07
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL2 com Travessa 1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento no apoio
135
Tabela B.5 – Cisalhamento na viga longarina VL2 com viga transversina VT1
B.2. Comboio 1 (Figura 9.2). Caso de carregamento 2 (Figura 9.5)
Tabela B.6 – Tensão normal no meio do vão da viga transversina VT1
18,10
8,00
0,03
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
19 82,61% 1652174 1 0,13
2 8,70% 173913 2 0,25
2 8,70% 173913 8 1,00
23 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000414053 3990000000000 0,000000414079 223872113856835 0,000000007380
498781127953 0,000000348676 498750000000 0,000000348698 6996003558026 0,000000024859
7793455124 0,000022315268 7792968750 0,000022316661 6832034725 0,000025455527
Dano 0,000023077997 Dano 0,000023079438 Dano 0,000025487766
43331,31612 43328,6119 39234,50996
Vida útil (anos) 43331,32 Vida útil (anos) 43328,61 Vida útil (anos) 39234,51
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL1 com Viga VT1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento na interface
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
8,66
19,00 Meio do vão Tensão
-10,50
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
2 25,00% 500000 1 0,05
4 50,00% 1000000 11 0,58
2 25,00% 500000 19 1,00
8 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000125305 3990000000000 0,000000125313 1148153621496890 0,000000000435
2997933151 0,000333563142 2997746056 0,000333583960 7129130657 0,000140269557
581753758 0,000859470168 581717452 0,000859523810 463694554 0,001078296037
Dano 0,001193158615 Dano 0,001193233083 Dano 0,001218566030
838,1115362 838,0592313 820,6366956
Vida útil (anos) 838,11 Vida útil (anos) 838,06 Vida útil (anos) 820,64
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Tranversina 1 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
136
Tabela B.7 – Tensão normal no meio do vão da viga longarina VL2
Tabela B.8 – Tensão normal no terço do vão da viga longarina VL2
5,27
8,00 Meio do vão Tensão
-3,07
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
6 52,17% 1043478 1 0,13
1,5 13,04% 260870 5 0,63
2 17,39% 347826 6 0,75
0,5 4,35% 86957 7 0,88
1,5 13,04% 260870 8 1,00
11,5 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000261507 3990000000000 0,000000261523 190546071796324 0,000000005476
31921992189 0,000008172095 31920000000 0,000008172605 60974742975 0,000004278322
18473375109 0,000018828508 18472222222 0,000018829683 24504381661 0,000014194445
11633379078 0,000007474743 11632653061 0,000007475210 11337304206 0,000007669947
7793455124 0,000033472903 7792968750 0,000033474992 5815004632 0,000044861454
Dano 0,000068209756 Dano 0,000068214013 Dano 0,000071009644
14660,65935 14659,74441 14082,59422
Vida útil (anos) 14660,66 Vida útil (anos) 14659,74 Vida útil (anos) 14082,59
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160 Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
73,92
51,00 Terço do Vão Tensão
-3,12
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
8,5 70,83% 1416667 1 0,02
1,5 12,50% 250000 2 0,04
1 8,33% 166667 49 0,96
0,5 4,17% 83333 50 0,98
0,5 4,17% 83333 51 1,00
12 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000355032 3990000000000 0,000000355054 8912509381337490 0,000000000159
498781127953 0,000000501222 498750000000 0,000000501253 278515918166796 0,000000000898
33916557 0,004914020792 33914440 0,004914327485 31551470 0,005282374038
31921992 0,002610530472 31920000 0,002610693400 28520030 0,002921923058
30080806 0,002770315821 30078929 0,002770488722 25831470 0,003226039157
Dano 0,010295723339 Dano 0,010296365915 Dano 0,011430337309
97,12770702 97,12164547 87,48648207
Vida útil (anos) 97,13 Vida útil (anos) 97,12 Vida útil (anos) 87,49
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2
Variação de Tensão máxima (MPa)
137
Tabela B.9 – Tensão cisalhante no apoio da viga longarina VL2 com travessa 1
Tabela B.10 – Cisalhamento na viga longarina VL2 com viga transversina VT1
146,53
107,00
-0,12
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
1 50,00% 1000000 1 0,01
0,5 25,00% 500000 106 0,99
0,5 25,00% 500000 107 1,00
2 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000250611 3990000000000 0,000000250627 43651583224016800 0,000000000023
3350290 0,149240810905 3350081 0,149250125313 3261900 0,153284884392
3257232 0,153504579883 3257029 0,153514160401 3112298 0,160653019560
Dano 0,302745641400 Dano 0,302764536341 Dano 0,313937903974
3,30310288 3,30289674 3,185343303
Vida útil (anos) 3,3 Vida útil (anos) 3,3 Vida útil (anos) 3,19
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL2 com Travessa 1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento no apoio
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
57,95
20,00
1,48
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
8 66,67% 1333333 1 0,05
2 16,67% 333333 2 0,10
2 16,67% 333333 20 1,00
12 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000334148 3990000000000 0,000000334169 1513561248436210 0,000000000881
498781127953 0,000000668296 498750000000 0,000000668338 47298789013632 0,000000007047
498781128 0,000668295801 498750000 0,000668337510 472987890 0,000704739678
Dano 0,000669298245 Dano 0,000669340017 Dano 0,000704747606
1494,102231 1494,008987 1418,947707
Vida útil (anos) 1494,1 Vida útil (anos) 1494,01 Vida útil (anos) 1418,95
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL1 com Viga VT1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento na interface
138
B.3. Comboio 1 (Figura 9.2). Caso de carregamento 3 (Figura 9.6)
Tabela B.11 – Tensão normal no meio do vão da viga transversina VT1
Tabela B.12 – Tensão normal no meio do vão da viga longarina VL2
13,67
16,00 Meio do vão Tensão
-2,65
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
3 35,29% 705882 1 0,06
0,5 5,88% 117647 10 0,63
1,5 17,65% 352941 11 0,69
1 11,76% 235294 12 0,75
1 11,76% 235294 13 0,81
1,5 17,65% 352941 16 1,00
8,5 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000176902 3990000000000 0,000000176913 782380401062563 0,000000000902
3990249024 0,000029483638 3990000000 0,000029485478 7823804011 0,000015037066
2997933151 0,000117728168 2997746056 0,000117735515 4857966738 0,000072652036
2309171889 0,000101895454 2309027778 0,000101901813 3144211360 0,000074834065
1816226228 0,000129551107 1816112881 0,000129559192 2107177892 0,000111663148
974181891 0,000362294947 974121094 0,000362317559 746136094 0,000473025202
Dano 0,000741130215 Dano 0,000741176471 Dano 0,000747212420
1349,290556 1349,206349 1338,307519
Vida útil (anos) 1349,29 Vida útil (anos) 1349,21 Vida útil (anos) 1338,31
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Tranversina 1 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160 Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
5,89
9,00 Meio do vão Tensão
-2,70
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
4,5 45,00% 900000 1 0,11
0,5 5,00% 100000 2 0,22
1 10,00% 200000 3 0,33
0,5 5,00% 100000 5 0,56
0,5 5,00% 100000 6 0,67
2,5 25,00% 500000 7 0,78
0,5 5,00% 100000 9 1,00
10 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000225550 3990000000000 0,000000225564 199526231496889 0,000000004511
498781127953 0,000000200489 498750000000 0,000000200501 6235194734278 0,000000016038
147787000875 0,000001353299 147777777778 0,000001353383 821095602868 0,000000243577
31921992189 0,000003132637 31920000000 0,000003132832 63848394079 0,000001566210
18473375109 0,000005413196 18472222222 0,000005413534 25659237590 0,000003897232
11633379078 0,000042979774 11632653061 0,000042982456 11871614892 0,000042117269
5473592625 0,000018269536 5473251029 0,000018270677 3378994250 0,000029594605
Dano 0,000071574480 Dano 0,000071578947 Dano 0,000077439442
13971,46017 13970,58824 12913,31621
Vida útil (anos) 13971,46 Vida útil (anos) 13970,59 Vida útil (anos) 12913,32
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160 Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
139
Tabela B.13 – Tensão normal no terço do vão da viga longarina VL2
Tabela B.14 – Tensão cisalhante no apoio da viga longarina VL2 com travessa 1
75,36
55,00 Terço do Vão Tensão
-5,48
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
5 55,56% 1111111 1 0,02
2 22,22% 444444 2 0,04
2 22,22% 444444 55 1,00
9 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000278457 3990000000000 0,000000278474 11220184543019700 0,000000000099
498781127953 0,000000891061 498750000000 0,000000891117 350630766969364 0,000000001268
23983465 0,018531285643 23981968 0,018532442217 22293926 0,019935674283
Dano 0,018532455161 Dano 0,018533611807 Dano 0,019935675650
53,95939131 53,95602381 50,16132975
Vida útil (anos) 53,96 Vida útil (anos) 53,96 Vida útil (anos) 50,16
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2
Variação de Tensão máxima (MPa)
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
100,90
90,00
-0,66
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
9 47,37% 947368 1 0,01
5 26,32% 526316 2 0,02
1 5,26% 105263 5 0,06
1 5,26% 105263 18 0,20
1,5 7,89% 157895 46 0,51
0,5 2,63% 52632 51 0,57
0,5 2,63% 52632 88 0,98
0,5 2,63% 52632 90 1,00
19 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000237421 3990000000000 0,000000237436 25118864315095800 0,000000000038
498781127953 0,000001055204 498750000000 0,000001055270 784964509846742 0,000000000670
31921992189 0,000003297512 31920000000 0,000003297718 8038036580831 0,000000013096
684199078 0,000153848728 684156379 0,000153858330 13293442901 0,000007918427
40994586 0,003851599741 40992028 0,003851840127 121958154 0,001294663225
30080806 0,001749673150 30078929 0,001749782351 72802974 0,000722931718
5855338 0,008988648868 5854973 0,008989209867 4759777 0,011057571590
5473593 0,009615545502 5473251 0,009616145627 4253902 0,012372542271
Dano 0,024363906126 Dano 0,024365426725 Dano 0,025455641035
41,04432166 41,04176017 39,28402348
Vida útil (anos) 41,04 Vida útil (anos) 41,04 Vida útil (anos) 39,28
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL2 com Travessa 1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento no apoio
140
Tabela B.15 – Cisalhamento na viga longarina VL2 com viga transversina VT1
B.4. Comboio 2 (Figura 9.3). Caso de carregamento 1 (Figura 9.4)
Tabela B.16 – Tensão normal no meio do vão da viga transversina VT1
41,61
22,00
-0,03
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
10 71,43% 1428571 1 0,05
2 14,29% 285714 2 0,09
2 14,29% 285714 22 1,00
14 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000358016 3990000000000 0,000000358038 1698243652461750 0,000000000841
498781127953 0,000000572825 498750000000 0,000000572861 53070114139430 0,000000005384
374741644 0,000762430038 374718257 0,000762477623 329523655 0,000867052430
Dano 0,000763360878 Dano 0,000763408521 Dano 0,000867058655
1309,996396 1309,914642 1153,324512
Vida útil (anos) 1310 Vida útil (anos) 1309,91 Vida útil (anos) 1153,32
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL1 com Viga VT1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento na interface
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
8,25
5,00 Meio do vão Tensão
-0,07
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
1 16,67% 333333 3 0,60
4 66,67% 1333333 4 0,80
1 16,67% 333333 5 1,00
6 2000000
N n / N N n / N N n / N
147787000875 0,000002255498 147777777778 0,000002255639 298121794270 0,000001118111
62347640994 0,000021385466 62343750000 0,000021386800 70745699226 0,000018846846
31921992189 0,000010442122 31920000000 0,000010442774 23181950722 0,000014379003
Dano 0,000034083086 Dano 0,000034085213 Dano 0,000034343961
29340,06635 29338,23529 29117,20097
Vida útil (anos) 29340,07 Vida útil (anos) 29338,24
Vida útil
(anos)
29117,2
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Tranversina 1 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
141
Tabela B.17 – Tensão normal no meio do vão da viga longarina VL2
Tabela B.18 – Tensão normal no terço do vão da viga longarina VL2
7,24
9,00 Meio do vão Tensão
-1,53
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
7 33,33% 666667 1 0,11
3 14,29% 285714 2 0,22
4 19,05% 380952 7 0,78
6 28,57% 571429 8 0,89
1 4,76% 95238 9 1,00
21 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000167074 3990000000000 0,000000167084 245470891568504 0,000000002716
498781127953 0,000000572825 498750000000 0,000000572861 7670965361516 0,000000037246
11633379078 0,000032746494 11632653061 0,000032748538 14605277061 0,000026083201
7793455124 0,000073321596 7792968750 0,000073326173 7491177111 0,000076280211
5473592625 0,000017399559 5473251029 0,000017400644 4157071103 0,000022909903
Dano 0,000124207548 Dano 0,000124215300 Dano 0,000125313277
8051,040497 8050,538048 7980,000376
Vida útil (anos) 8051,04 Vida útil (anos) 8050,54 Vida útil (anos) 7980
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160 Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
58,75
26,00 Terço do Vão Tensão
-3,55
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
6 60,00% 1200000 1 0,04
1,5 15,00% 300000 2 0,08
0,5 5,00% 100000 3 0,12
0,5 5,00% 100000 25 0,96
1,5 15,00% 300000 26 1,00
10 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000300733 3990000000000 0,000000300752 2290867652767780 0,000000000524
498781127953 0,000000601466 498750000000 0,000000601504 71589614148993 0,000000004191
147787000875 0,000000676649 147777777778 0,000000676692 9427438900279 0,000000010607
255375938 0,000391579571 255360000 0,000391604010 234584848 0,000426284992
227028279 0,001321421287 227014110 0,001321503759 192811645 0,001555922620
Dano 0,001714579707 Dano 0,001714686717 Dano 0,001982222934
583,2333115 583,196913 504,4841238
Vida útil (anos) 583,23 Vida útil (anos) 583,2 Vida útil (anos) 504,48
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2
Variação de Tensão máxima (MPa)
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160 Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
142
Tabela B.19 – Tensão cisalhante no apoio da viga longarina VL2 com travessa 1
Tabela B.20 – Cisalhamento na viga longarina VL2 com viga transversina VT1
142,97
64,00
-0,34
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
1 14,29% 285714 1 0,02
2 28,57% 571429 27 0,42
1 14,29% 285714 30 0,47
1 14,29% 285714 31 0,48
2 28,57% 571429 64 1,00
7 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000071603 3990000000000 0,000000071608 13803842646028900 0,000000000021
202725653 0,002818728482 202713001 0,002818904404 962013528 0,000593992241
147787001 0,001933284281 147777778 0,001933404941 568059368 0,000502965538
133941426 0,002133128593 133933067 0,002133261726 482160391 0,000592571043
15221592 0,037540657373 15220642 0,037543000358 12855830 0,044448982237
Dano 0,044425870332 Dano 0,044428643036 Dano 0,046138511079
22,50940708 22,50800231 21,67386803
Vida útil (anos) 22,51 Vida útil (anos) 22,51 Vida útil (anos) 21,67
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL2 com Travessa 1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento no apoio
24,50
3,00
0,03
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
22 91,67% 1833333 1 0,33
2 8,33% 166667 3 1,00
24 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000459453 3990000000000 0,000000459482 2511886431510 0,000000729863
147787000875 0,000001127749 147777777778 0,000001127820 10336981200 0,000016123340
Dano 0,000001587203 Dano 0,000001587302 Dano 0,000016853204
630039,3195 630000 59335,89996
Vida útil (anos) 630039,32 Vida útil (anos) 630000 Vida útil (anos) 59335,9
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL1 com Viga VT1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento na interface
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160 Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
143
B.5. Comboio 2 (Figura 9.3). Caso de carregamento 2 (Figura 9.5)
Tabela B.21 – Tensão normal no meio do vão da viga transversina VT1
Tabela B.22 – Tensão normal no meio do vão da viga longarina VL2
8,23
14,00 Meio do vão Tensão
-10,67
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
1 14,29% 285714 1 0,07
4 57,14% 1142857 12 0,86
2 28,57% 571429 14 1,00
7 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000071603 3990000000000 0,000000071608 602559586074358 0,000000000474
2309171889 0,000494920776 2309027778 0,000494951665 2421551834 0,000471952376
1454172385 0,000392957931 1454081633 0,000392982456 1120365744 0,000510037525
Dano 0,000887950310 Dano 0,000888005729 Dano 0,000981990376
1126,189145 1126,118861 1018,339919
Vida útil (anos) 1126,19 Vida útil (anos) 1126,12 Vida útil (anos) 1018,34
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Tranversina 1 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
5,94
8,00 Meio do vão Tensão
-1,78
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
5 41,67% 833333 1 0,13
3 25,00% 500000 6 0,75
2 16,67% 333333 7 0,88
2 16,67% 333333 8 1,00
12 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000208842 3990000000000 0,000000208855 199526231496889 0,000000004177
18473375109 0,000027065980 18472222222 0,000027067669 25659237590 0,000019486160
11633379078 0,000028653182 11632653061 0,000028654971 11871614892 0,000028078179
7793455124 0,000042770931 7792968750 0,000042773601 6089057358 0,000054743011
Dano 0,000098698936 Dano 0,000098705096 Dano 0,000102311527
10131,82147 10131,18917 9774,069781
Vida útil (anos) 10131,82 Vida útil (anos) 10131,19 Vida útil (anos) 9774,07
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
144
Tabela B.23 – Tensão normal no terço do vão da viga longarina VL2
Tabela B.24 – Tensão cisalhante no apoio da viga longarina VL2 com travessa 1
87,41
24,00 Terço do Vão Tensão
-3,13
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
6,5 59,09% 1181818 1 0,04
1,5 13,64% 272727 2 0,08
1 9,09% 181818 3 0,13
0,5 4,55% 90909 15 0,63
0,5 4,55% 90909 23 0,96
1 9,09% 181818 24 1,00
11 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000296177 3990000000000 0,000000296195 1905460717963250 0,000000000620
498781127953 0,000000546787 498750000000 0,000000546822 59545647436352 0,000000004580
147787000875 0,000001230272 147777777778 0,000001230349 7841402131536 0,000000023187
1182296007 0,000076891988 1182222222 0,000076896787 2509248682 0,000036229606
327956688 0,000277198466 327936221 0,000277215767 296047106 0,000307076438
288646486 0,000629899169 288628472 0,000629938483 239300602 0,000759789905
Dano 0,000986062860 Dano 0,000986124402 Dano 0,001103124337
1014,13413 1014,070839 906,5161257
Vida útil (anos) 1014,13 Vida útil (anos) 1014,07 Vida útil (anos) 906,52
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2
Variação de Tensão máxima (MPa)
178,98
72,00
-0,12
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
5,5 36,67% 733333 1 0,01
1 6,67% 133333 27 0,38
1 6,67% 133333 28 0,39
1 6,67% 133333 29 0,40
1 6,67% 133333 31 0,43
2 13,33% 266667 34 0,47
0,5 3,33% 66667 42 0,58
0,5 3,33% 66667 71 0,99
2,5 16,67% 333333 72 1,00
15 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000183781 3990000000000 0,000000183793 17782794100389200 0,000000000041
202725653 0,000657703312 202713001 0,000657744361 1239313496 0,000107586445
181771548 0,000733521471 181760204 0,000733567251 1033260538 0,000129041349
163608554 0,000814953314 163598344 0,000815004177 866981859 0,000153790223
133941426 0,000995460010 133933067 0,000995522139 621142908 0,000214658063
101522721 0,002626669815 101516385 0,002626833751 391386115 0,000681339108
53858236 0,001237817482 53854875 0,001237894737 136067231 0,000489953871
11148719 0,005979760459 11148023 0,005980133668 9856172 0,006763951495
10690611 0,031180008883 10689943 0,031181954887 9190466 0,036269471510
Dano 0,044226078528 Dano 0,044228838764 Dano 0,044809792104
22,61109357 22,60968246 22,31655076
Vida útil (anos) 22,61 Vida útil (anos) 22,61 Vida útil (anos) 22,32
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL2 com Travessa 1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento no apoio
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
145
Tabela B.25 – Cisalhamento na viga longarina VL2 com viga transversina VT1
B.6. Comboio 2 (Figura 9.3). Caso de carregamento 3 (Figura 9.6)
Tabela B.26 – Tensão normal no meio do vão da viga transversina VT1
78,32
12,00
1,49
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
3 33,33% 666667 1 0,08
2 22,22% 444444 2 0,17
2 22,22% 444444 3 0,25
2 22,22% 444444 12 1,00
9 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000167074 3990000000000 0,000000167084 371535229097174 0,000000001794
498781127953 0,000000891061 498750000000 0,000000891117 11610475909287 0,000000038280
147787000875 0,000003007331 147777777778 0,000003007519 1528951560071 0,000000290686
2309171889 0,000192469191 2309027778 0,000192481203 1493116758 0,000297662217
Dano 0,000196534657 Dano 0,000196546923 Dano 0,000297992977
5088,161124 5087,843582 3355,783787
Vida útil (anos) 5088,16 Vida útil (anos) 5087,84 Vida útil (anos) 3355,78
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL1 com Viga VT1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento na interface
17,39
13,00 Meio do vão Tensão
-2,43
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
2 33,33% 666667 12 0,92
4 66,67% 1333333 13 1,00
6 2000000
N n / N N n / N N n / N
2309171889 0,000288703786 2309027778 0,000288721805 2061074878 0,000323455821
1816226228 0,000734122937 1816112881 0,000734168755 1381284818 0,000965284868
Dano 0,001022826723 Dano 0,001022890560 Dano 0,001288740689
977,6827075 977,6216923 775,95129
Vida útil (anos) 977,68 Vida útil (anos) 977,62
Vida útil
(anos)
775,95
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Tranversina 1 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
146
Tabela B.27 – Tensão normal no meio do vão da viga longarina VL2
Tabela B.28 – Tensão normal no terço do vão da viga longarina VL2
6,64
8,00 Meio do vão Tensão
-1,04
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
1 14,29% 285714 1 0,13
3,5 50,00% 1000000 6 0,75
1 14,29% 285714 7 0,88
1,5 21,43% 428571 8 1,00
7 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000071603 3990000000000 0,000000071608 177827941003893 0,000000001607
18473375109 0,000054131960 18472222222 0,000054135338 22868819574 0,000043727661
11633379078 0,000024559871 11632653061 0,000024561404 10580587910 0,000027003630
7793455124 0,000054991197 7792968750 0,000054994629 5426878082 0,000078972002
Dano 0,000133754631 Dano 0,000133762979 Dano 0,000149704901
7476,37665 7475,910064 6679,808035
Vida útil (anos) 7476,38 Vida útil (anos) 7475,91 Vida útil (anos) 6679,81
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2 - Base
Variação de Tensão máxima (MPa)
86,71
25,00 Terço do Vão Tensão
-5,48
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
4 40,00% 800000 1 0,04
3 30,00% 600000 2 0,08
1 10,00% 200000 3 0,12
2 20,00% 400000 25 1,00
10 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000200489 3990000000000 0,000000200501 1905460717963250 0,000000000420
498781127953 0,000001202932 498750000000 0,000001203008 59545647436352 0,000000010076
147787000875 0,000001353299 147777777778 0,000001353383 7841402131536 0,000000025506
255375938 0,001566318283 255360000 0,001566416040 195119178 0,002050029142
Dano 0,001569075003 Dano 0,001569172932 Dano 0,002050065143
637,3181638 637,27839 487,7893774
Vida útil (anos) 637,32 Vida útil (anos) 637,28 Vida útil (anos) 487,79
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga Longarina VL2
Variação de Tensão máxima (MPa)
Ds
Rsk
= 162,5 /
Ds
Rsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
147
Tabela B.29 – Tensão cisalhante no apoio da viga longarina VL2 com travessa 1
Tabela B.30 – Cisalhamento na viga longarina VL2 com viga transversina VT1
184,56
74,00
-1,04
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
7 35,00% 700000 1 0,01
6 30,00% 600000 2 0,03
1 5,00% 100000 27 0,36
2,5 12,50% 250000 28 0,38
1 5,00% 100000 32 0,43
0,5 2,50% 50000 44 0,59
0,5 2,50% 50000 73 0,99
1,5 7,50% 150000 74 1,00
20 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000175428 3990000000000 0,000000175439 17782794100389200 0,000000000039
498781127953 0,000001202932 498750000000 0,000001203008 555712315637167 0,000000001080
202725653 0,000493277484 202713001 0,000493308271 1239313496 0,000080689834
181771548 0,001375352758 181760204 0,001375438596 1033260538 0,000241952529
121772736 0,000821201880 121765137 0,000821253133 529968563 0,000188690438
46842705 0,001067402053 46839782 0,001067468672 107829258 0,000463696040
10257261 0,004874595516 10256621 0,004874899749 8577993 0,005828869134
9847020 0,015233034239 9846406 0,015233984962 8013854 0,018717586883
Dano 0,023866242291 Dano 0,023867731830 Dano 0,025521485976
41,90018637 41,89757146 39,18267145
Vida útil (anos) 41,9 Vida útil (anos) 41,9 Vida útil (anos) 39,18
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL2 com Travessa 1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento no apoio
51,51
11,00
-0,03
Ciclos % n Δσ Δσ / Δσmáx
6 46,15% 923077 1 0,09
2 15,38% 307692 2 0,18
3 23,08% 461538 3 0,27
2 15,38% 307692 11 1,00
13 2000000
N n / N N n / N N n / N
3990249023621 0,000000231333 3990000000000 0,000000231348 436515832240167 0,000000002115
498781127953 0,000000616888 498750000000 0,000000616927 13641119757505 0,000000022556
147787000875 0,000003122998 147777777778 0,000003123193 1796361449548 0,000000256930
2997933151 0,000102634813 2997746056 0,000102641218 2710419881 0,000113522008
Dano 0,000106606032 Dano 0,000106612686 Dano 0,000113803609
9380,332244 9379,746835 8787,067583
Vida útil (anos) 9380,33 Vida útil (anos) 9379,75 Vida útil (anos) 8787,07
Tensão mínima (MPa)
Tensão máxima (MPa) Viga VL1 com Viga VT1
Variação de Tensão máxima (MPa) Cisalhamento na interface
DsRsk
= 162,5 /
DsRsk
= 160
Classe D
D
f
sd,fad,min
= 180
EUROCODE 2 / CEB BS 5400 NBR 6118
148
ANEXO C - Exemplo de APDL para análise modal
##### CARACTERÍSTICAS #####
!PONTE 2 - CONCRETO ARMADO: ESPESSURA DA LAJE: 14 CM.
!4 VIGAS LONGARINAS (V1, V2, V3 E V4 - V1 E V4 MAIS GROSSAS), 3 TRANSVERSINAS (V5 A V7)
!CADA EXTREMIDADE DE LONGARINA POSSUI UM APOIO FIXO.
!ESTUDO DOS MODOS DE DEFORMAÇÃO
FINISH
/CLEAR
/CONFIG, NRES, 50000
!INICIA A FASE DE PREPROCESSAMENTO
##### PROCESSAMENTO #####
N_DIV_1=2 ! NUMERO DE DIVISÕES DAS LINHAS INTERNAS DA NERVURA PRINCIPAL
N_DIV_2=6 ! NUMERO DE DIVISÕES DAS LINHAS DO CONTORNO E DOS ARCOS DA NERVURA PRINCIPAL
N_DIV_3=16 ! NUMERO DE DIVISÕES DAS LINHAS INTERNAS DO ARCO DA NERVURA PRINCIPAL
/PREP7
/VIEW, 1, 0.815148764528 , 0.385668787509 , 0.432194490976
/ANG, 1, -93.6419128403
/DIST, 1, 0.924021086472, 1
/FOC, 1, 7.83251852773 , 7.38960326200 , -0.233487406769
/REP,FAST
##### DEFINIÇÃO DO TIPO DE ELEMENTO FINITO #####
ET,1,SOLID45 ! TIPO DE ELEMENTO
##### PROPRIEDADES DO MATERIAL (CONCRETO) #####
MP,EX,1,2.9E+10 !MÓDULO DE ELASTICIDADE
MP,PRXY,1,0.1 !COEFICIENTE DE POISSON
MP,DENS,1,2550 !DENSIDADE
R, 1
##### DEFINIÇÃO DA GEOMETRIA #####
##### DEFINIÇÃO DOS KEYPOINTS #####
K, 1, 0, 0, 0
K, 2, 0.535, 0, 0
K, 3, 0.629, 0.20, 0
K, 4, 0.093, 0.20, 0
k, 5, 1.043, 0, 0
K, 6, 1.136, 0.2, 0
K, 7, 3.622, 0, 0
K, 8, 3.706, 0.20, 0
K, 9, 4.002, 0, 0
K, 10, 4.086, 0.2, 0
K, 11, 6.394, 0, 0
K, 12, 6.469, 0.20, 0
K, 13, 6.768, 0, 0
K, 14, 6.843, 0.20, 0
K, 15, 9.355, 0, 0
K, 16, 9.421, 0.20, 0
K, 17, 9.839, 0, 0
K, 18, 9.905, 0.20, 0
K, 19, 10.35, 0, 0
K, 20, 10.416, 0.20, 0
K, 21, 4.059, 7.547, 0
K, 22, 4.563, 7.541, 0
K, 23, 4.73, 7.899, 0
K, 24, 4.226, 7.905, 0
K, 25, 6.792, 7.511, 0
K, 26, 6.943, 7.869, 0
K, 27, 7.170, 7.506, 0
K, 28, 7.321, 7.864, 0
K, 29, 9.212, 7.479, 0
K, 30, 9.347, 7.837, 0
K, 31, 9.584, 7.474, 0
K, 32, 9.719, 7.832, 0
K, 33, 11.819, 7.445, 0
K, 34, 11.938, 7.803, 0
K, 35, 12.302, 7.438, 0
K, 36, 12.421, 7.797, 0
K, 37, 7.129, 15.271, 0
K, 38, 7.657, 15.255, 0
K, 39, 7.749, 15.452, 0
K, 40, 7.222, 15.469, 0
K, 41, 8.158, 15.239, 0
K, 42, 8.25, 15.437, 0
K, 43, 10.029, 15.181, 0
K, 44, 10.112, 15.379, 0
K, 45, 10.404, 15.17, 0
K, 46, 10.487, 15.367, 0
K, 47, 12.091, 15.117, 0
K, 48, 12.165, 15.315, 0
K, 49, 12.46, 15.106, 0
K, 50, 12.535, 15.304, 0
K, 51, 14.337, 15.048, 0
K, 52, 14.402, 15.246, 0
K, 53, 14.816, 15.033, 0
K, 54, 14.882, 15.231, 0
K, 55, 15.322, 15.017, 0
K, 56, 15.388, 15.215, 0
K, 57, 3.527, 7.555, 0
K, 58, 3.694, 7.912, 0
K, 59, 12.811, 7.431, 0
K, 60, 12.929, 7.79, 0
149
##### DEFINIÇÃO DAS LINHAS #####
L,1,2
L,2,3
L,3,4
L,4,1
L,2,5
L,5,6
L,6,3
L,5,7
L,7,8
L,8,6
L,7,9
L,9,10
L,10,8
L,9,11
L,11,12
L,12,10
L,11,13
L,13,14
L,14,12
L,13,15
L,15,16
L,16,14
L,15,17
L,17,18
L,18,16
L,17,19
L,19,20
L,20,18
L,21,22
L,22,23
L,23,24
L,24,21
L,22,25
L,25,26
L,26,23
L,25,27
L,27,28
L,28,26
L,27,29
L,29,30
L,30,28
L,29,31
L,31,32
L,32,30
L,31,33
L,33,34
L,34,32
L,33,35
L,35,36
L,36,34
L,3,21
L,6,22
L,8,25
L,10,27
L,12,29
L,14,31
L,16,33
L,18,35
L,37,38
L,38,39
L,39,40
L,40,37
L,38,41
L,41,42
L,42,39
L,41,43
L,43,44
L,44,42
L,43,45
L,45,46
L,46,44
L,45,47
L,47,48
L,48,46
L,47,49
L,49,50
L,50,48
L,49,51
L,51,52
L,52,50
L,51,53
L,53,54
L,54,52
L,53,55
L,55,56
L,56,54
L,24,38
L,23,41
L,26,43
L,28,45
L,30,47
L,32,49
L,34,51
L,36,53
L,4,57
L,57,21
L,57,58
L,58,24
L,58,37
L,20,59
L,59,35
L,59,60
L,60,36
L,60,55
##### DEFINIÇÃO DAS ÁREAS #####
AL,1,2,3,4
AL,2,5,6,7
AL,6,8,9,10
AL,9,11,12,13
AL,12,14,15,16
AL,15,17,18,19
AL,18,20,21,22
AL,21,23,24,25
AL,24,26,27,28
AL,51,7,52,29
AL,53,13,54,36
AL,55,19,56,42
AL,57,25,58,48
AL,29,30,31,32
AL,30,33,34,35
AL,34,36,37,38
AL,37,39,40,41
AL,40,42,43,44
AL,43,45,46,47
AL,46,48,49,50
AL,87,31,88,63
AL,38,90,69,89
AL,44,92,75,91
AL,50,94,81,93
AL,59,60,61,62
AL,60,63,64,65
AL,64,66,67,68
AL,67,69,70,71
AL,70,72,73,74
AL,73,75,76,77
AL,76,78,79,80
AL,79,81,82,83
AL,82,84,85,86
AL,3,51,96,95
AL,96,32,98,97
AL,98,87,59,99
AL,28,100,101,58
AL,101,102,103,49
AL,103,104,84,94
AL,10,53,33,52
AL,16,55,39,54
AL,22,57,45,56
AL,35,89,66,88
AL,41,91,72,90
AL,47,93,78,92
150
##### DEFINIÇÃO DOS VOLUMES #####
VEXT, 1, 45, 1, 0, 0, 0.14 ! GERA VOLUMES APARTIR DAS AREAS
VEXT, 1, 33, 1, 0, 0, -0.70
NUMMRG,KP, , , ,LOW ! CONVERGE TODOS OS ELEMENTOS(KEYPOINTS,LINHAS,AREAS,VOUMES) EM
COMUM
##### GERAÇÃO DE ELEMENTO E MALHA #####
MSHKEY, 1
##### DIVISÕES DAS LINHAS INTERNAS #####
*DO, I, 1, 7, 7
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 8, 8, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 9, 9, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 10, 10, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 11, 13, 3
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 14, 14, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 15, 15, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 16, 16, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 17, 19, 3
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 20, 20, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 21, 21, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 22, 22, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 23, 32, 10
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 33, 33, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
DO, I, 34, 34, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 35, 35, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 36, 38, 3
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 39, 39, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 40, 40, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 41, 41, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 42, 44, 3
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 45, 45, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 46, 46, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 47, 47, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 48, 50, 3
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 51, 58, 8
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 59, 65, 7
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 66, 66, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 67, 67, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 68, 68, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 69, 71, 3
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 72, 72, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 73, 73, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 74, 74, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 75, 77, 3
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 78, 78, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 79, 79, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 80, 80, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 81, 86, 6
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 87, 95, 9
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 96, 98, 3
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 99, 100, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 101, 103, 3
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 104, 104, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 105, 117, 13
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 118, 118, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 119, 119, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 120, 120, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 121, 127, 7
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 128, 128, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 129, 129, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 130, 130, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 131, 137, 7
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 138, 138, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 139, 139, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 140, 140, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 141, 152, 12
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 153, 153, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 154, 154, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 155, 155, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 156, 157, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
151
*DO, I, 158, 158, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 159, 159, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 160, 160, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 161, 162, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 163, 163, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 164, 164, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 165, 165, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 166, 167, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 168, 168, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 169, 169, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 170, 170, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 171, 177, 7
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 178, 178, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 179, 179, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 180, 180, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 181, 184, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 185, 185, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 186, 186, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 187, 187, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 188, 191, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 192, 192, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 193, 193, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 194, 194, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 195, 198, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 199, 199, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 200, 200, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 201, 201, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 202, 203, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 204, 204, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 205, 205, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 206, 206, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 207, 208, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 209, 209, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 210, 210, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 211, 211, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 212, 213, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
DO, I, 214, 214, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 215, 215, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 216, 216, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 217, 228, 12
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 229, 229, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 230, 230, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 231, 231, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 232, 235, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 236, 236, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 237, 237, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 238, 238, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 239, 242, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 243, 243, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 244, 244, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 245, 245, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 246, 254, 9
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 255, 255, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 256, 260, 5
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 261, 261, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 262, 262, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 263, 263, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 264, 267, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 268, 268, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 269, 281, 13
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 282, 282, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 283, 283, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 284, 284, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 285, 291, 7
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 292, 292, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 293, 293, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 294, 294, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 295, 301, 7
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 302, 302, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 303, 303, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 304, 304, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 305, 316, 12
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 317, 317, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 318, 318, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 319, 319, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
152
*DO, I, 320, 321, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 322, 322, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 323, 323, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 324, 324, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 325, 326, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 327, 327, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 328, 328, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 329, 329, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 330, 331, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 332, 332, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 333, 333, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 334, 334, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 335, 341, 7
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 342, 342, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 343, 343, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 344, 344, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 345, 348, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 349, 349, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 350, 350, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 351, 351, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 352, 355, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 356, 356, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 357, 357, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 358, 358, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 359, 362, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 363, 363, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 364, 364, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 365, 365, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 366, 367, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 368, 368, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 369, 369, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 370, 370, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 371, 372, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 373, 373, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 374, 374, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 375, 375, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 376, 377, 2
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 378, 378, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 379, 379, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 380, 380, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_3
*ENDDO
*DO, I, 381, 392, 12
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 393, 393, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 394, 394, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 395, 395, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 396, 399, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 400, 400, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 401, 401, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 402, 402, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 403, 406, 4
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 407, 407, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 408, 408, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
*DO, I, 409, 409, 1
LESIZE,I,,,N_DIV_2
*ENDDO
*DO, I, 410, 418, 9
LESIZE,I,,,N_DIV_1
*ENDDO
153
##### GERAÇÃO DE VOLUMES #####
TYPE, 1 ! TIPO DE ELEMENTO
MAT, 1 ! RELACIONADO AO MATERIAL 1 (CONCRETO)
REAL, 1 ! RELACIONADO À PRIMEIRA REAL CONSTANTE DO MATERIAL
VMESH, ALL ! SELECIONA AS VIGAS, ATRAVÉS DOS NÚMEROS DAS LINHAS, COM DETERMINADO
INCREMENTO
NUMMRG,ALL, , , ,LOW ! CONVERGE TODOS OS ELEMENTOS(KEYPOINTS,LINHAS,AREAS,VOUMES) EM
COMUM
##### CARREGAMENTO E CONDIÇÕES DE APOIO #####
/SOLU
NSEL,S,NODE, ,3631
NSEL,A,NODE, ,3646
NSEL,A,NODE, ,3647
D,ALL, , , , , ,UX,UY,UZ, , ,
ALLSEL
NSEL,S,NODE, ,3658
NSEL,A,NODE, ,3694
NSEL,A,NODE, ,3695
D,ALL, , , , , ,UX,UY,UZ, , ,
ALLSEL
NSEL,S,NODE, ,3706
NSEL,A,NODE, ,3742
NSEL,A,NODE, ,3743
D,ALL, , , , , ,UX,UY,UZ, , ,
ALLSEL
NSEL,S,NODE, ,3754
NSEL,A,NODE, ,3790
NSEL,A,NODE, ,3791
D,ALL, , , , , ,UX,UY,UZ, , ,
ALLSEL
NSEL,S,NODE, ,4336
NSEL,A,NODE, ,4352
NSEL,A,NODE, ,4353
D,ALL, , , , , ,UY,UZ, , , ,
ALLSEL
NSEL,S,NODE, ,4432
NSEL,A,NODE, ,4448
NSEL,S,NODE, ,4449
D,ALL, , , , , ,UY,UZ, , , ,
ALLSEL
NSEL,S,NODE, ,4528
NSEL,A,NODE, ,4544
NSEL,A,NODE, ,4545
D,ALL, , , , , ,UY,UZ, , , ,
ALLSEL
NSEL,S,NODE, ,4624
NSEL,A,NODE, ,4640
NSEL,A,NODE, ,4641
D,ALL, , , , , ,UY,UZ, , , ,
ALLSEL
!####SOLUÇÃO####!
/SOL
ANTYPE,2
MSAVE,0
MODOPT,LANB,10
EQSLV,SPAR
MXPAND,10, , ,0
LUMPM,0
PSTRES,0
MODOPT,LANB,10,0,0, ,OFF
/STATUS,SOLU
SOLVE
FINISH
/POST1
SET,LIST
SET,FIRST
/EFACET,1
PLNSOL, U,SUM, 0,1.0
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
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