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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
RESPOSTA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RECUPERAÇÃO
NO PRIMEIRO MINUTO APÓS O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
SABRINA LINDEMBERG LESSA MALFACINI
Niterói RJ
Março 2010
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
RESPOSTA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RECUPERAÇÃO
NO PRIMEIRO MINUTO APÓS O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
SABRINA LINDEMBERG LESSA MALFACINI
Dissertação apresentada ao programa de Pós-
Graduação em Ciências Cardiovasculares da
Universidade Federal Fluminense para
obtenção do título de Mestre em Ciências
Cardiovasculares.
Orientador: Prof. DR. EVANDRO TINOCO MESQUITA
Niterói RJ
Março 2010
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M248
Malfacini, Sabrina Lindemberg Lessa
Resposta da frequência cardíaca de recuperação no
primeiro minuto no teste de caminhada de seis minutos
em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de
ejeção reduzida em uso de beta-bloqueadores / Sabrina
Lindemberg Lessa Malfacini. Niterói: [s.n.], 2010.
105f., 30 cm.
Dissertação(Mestrado em Ciências Cardiovasculares)
Universidade Federal Fluminense, 2010.
1. Frequência Cardíaca. 2. Caminhada. 3.
Insuficiência Cardíaca. 4. Beta-antagonistas
Adrenérgicos. 5. Testes de Esforço. 6. Fatores de
Tempo. I. Título.
CDD 616.12
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
RESPOSTA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RECUPERAÇÃO
NO PRIMEIRO MINUTO APÓS O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
____________________________________________________________________
Prof. DR. CARLOS EDUARDO NEGRÃO
Doutor em Fisiologia pela University Wisconsin Madison
Pós Doctor pela University of Califórnia
Professor Titular da USP
___________________________________________________________________
Prof.ª DRª. SARA LUCIA SILVEIRA DE MENEZES
Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro
____________________________________________________________________
PROF. DR. HUMBERTO VILLACORTA
Doutor em Cardiologia pela USP
Professor Adjunto da UFF
Suplente:______________________________________________________
Prof. DR. WOLNEY DE ANDRADE MARTINS
Doutor em Cardiologia pela USP
Professor Adjunto da UFF
“A essência da vida
é a emoção que existe dentro de você,
é a sua atitude para com os outros.
Se a sua motivação é pura e sincera, todo o resto vem por si.”
Dalai-Lama
Dedico esta dissertação a Deus,
que me abençoa a cada dia através do exercício de minha profissão...Linda !
Me permite ser instrumento,
praticar o bem e, ainda assim, receber muito mais.
AGRADECIMENTOS
Deus
À Deus, meu Pai, minha Fortaleza.
“É Dele a vitória alcançada em minha vida”
Família
Por tornarem minha vida iluminada, por tanto amor, por acreditarem em mim e
serem tão especiais.
Aos meus pais e irmãos em especial, não foi nada fácil ter que ficar distante de
vocês para me dedicar à minha vida profissional. E ao meu esposo, Leandro,
que merece todo meu reconhecimento e amor. Você foi incansável. Certamente,
se eu cheguei até aqui, é porque vocês estiveram ao meu lado. Amo vocês.
Amigos
Aos amigos, que realmente são “a família que a gente pode escolher”. A imensa
gratidão, que não se traduz em palavras, por todo incentivo, carinho e
compreensão. Divido esta vitória com cada um que se fez presente ao meu lado
nesta caminhada.
Em especial agradeço `a amiga Mônica Quintão, um verdadeiro presente que a
convivência intensa desta jornada nos trouxe. Um espelho como profissional e
como ser humano. Amo você amiga.
Aos amigos da ORTHOS Fisioterapia e Acupuntura, em especial ao André
Santiago, outro presente, fruto de minha vida profissional, obrigada por toda
compreensão, incentivo e carinho.
Aos amigos da UFF, por tudo o que compartilhamos ao longo deste processo,
pela dedicação, pelo carinho, pela solidariedade e pela amizade, estreitados
pela nossa convivência na UFF e nos “bastidores”. Em especial, aos
fisioterapeutas e alunos do GEFIC, à Drª Sabrina Bernardez, sempre amiga e
atenciosa e ao Dr. Antônio José Lagoeiro, pela colaboração nas buscas pelos
“artigos impossíveis”. Vocês foram fundamentais à realização deste estudo e à
minha trajetória na UFF. Muito obrigada.
Aos pacientes
Pela confiança, admiração e incentivo, por participarem do estudo e
principalmente pelo carinho gratuito.
Aos Mestres
Ao meu orientador Professor Evandro Tinoco Mesquita, que nutre em cada a
aluno a paixão pela ciência, sem que seja necessário algo além de se permitir
ser observado.Basta estar presente. Irradia, brilha, ilumina, acolhe, apóia,
incentiva, transforma cada aluno que passa em sua vida como professor. Jamais
me esquecerei dos seus ensinamentos e da admirável capacidade de fazer a
ciência acontecer ao seu redor. Após suas aulas não seria possível permanecer
a mesma. Minha eterna gratidão.
Ao meu co-orientador Professor Sérgio Chermont, responsável direto pela minha
transformação profissional. Me apresentou à vida científica e me ofereceu a
oportunidade de alcançar esta vitória.
Me estendeu as mãos e o coração. Me acolheu em sua vida profissional e até
mesmo em seu lar. Inesquecíveis a orientação, o aprendizado, os congressos e
os fins de semana em “grupo de estudos”.
Registro aqui minha imensa admiração à você, que contribui fortemente para a
ciência através dos trabalhos desenvolvidos nas linhas de pesquisa da UFF e
na UNIFESO, demonstrando realmente que uma profissão se estabelece através
da ciência. Fazendo toda a diferença enquanto fisioterapeuta, porque você faz
ciência.
Agradecer através de palavras é muito pouco diante de tudo o que recebi.
Um beijo no seu coração.
À todos os professores que contribuíram para este processo através de suas
considerações .e receptividade.
Agradeço de forma especial ao Prof. Lauro Boechat, da UNIFESO, pela rica
contribuição no tratamento estatístico, pelos esclarecimentos e pela inesgotável
boa vontade em colaborar e transmitir seus conhecimentos.
Aos Alunos
Aos alunos da UNIFESO, pela colaboração, pela solidariedade, pela dedicação e
carinho. Vocês são especiais.
SUMÁRIO
LISTAS: Figuras
Tabelas
Quadros
Gráficos
Siglas e Abreviaturas
RESUMO
ABSTRACT
1- INTRODUÇÃO................................................................................... pág. 1
1.1- Considerações iniciais..................................................................pág.2
2- INSUFICIÊNCIA CARDÍACA............................................................ pág. 5
2.1- Insuficiência Cardíaca _ Conceitos..............................................pág. 6
2.2- Sistema Nervoso Autonômico e Insuficiência Cardíaca............pág. 7
2.2.1-O Sistema Nervoso Simpático………………………………….....pág. 9
2.2.2- A ativação simpática na IC.........................................................pág.10
2.2.3- Interação entre os componentes simpático e parassimpático
do Sistema Nervoso Autonômico........................................................pág.13
2.3- Insuficiência Cardíaca e Intolerância ao Exercício.....................pág.15
2.4- Avaliação Objetiva da Tolerância ao Esforço na IC....................pág.17
2.4.1- Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6M)..........................pág.17
2.5- Efeitos dos Beta-bloqueadores (βB) na IC..................................pág.22
2.6- Resposta da FC na avaliação da tolerância ao exercício através do
TC6M em pacientes com ICFER em uso de βB..................................pág.25
2.6.1- Freqüência Cardíaca................................................................... pág.25
2.6.2- Freqüência cardíaca de recuperação.........................................pág.26
2.6.3- Freqüência cardíaca de recuperação e exercício submáximo.pág.29
3- OBJETIVO............................................................................................pág.31
3- Objetivo primário................................................................................pág.32
3.1- Objetivos secundários....................................................................pág.32
4- METODOLOGIA..................................................................................pág.33
4.1- Casuística........................................................................................pág.34
4.2- Medidas e procedimentos..............................................................pág.36
4.3- Análise Estatística..........................................................................pág.39
5- RESULTADOS..................................................................................pág.41
5.1- Frequência Cardíaca.....................................................................pág.44
5.1.1- Frequência Cardíaca Basal.......................................................pág.44
5.1.2- Frequência Cardíaca do 6º minuto..........................................pág.45
5.1.3- Frequência Cardíaca Prevista...................................................pág.47
5.2- Frequência Cardíaca de Recuperação........................................pág.47
5.2.1- Frequência Cardíaca de Recuperação no 1º minuto..............pág.47
5.3- Distancia percorrida em 6 minutos.............................................pág.52
6- DISCUSSÃO......................................................................................pág.54
6.1- Frequência cardíaca basal ..........................................................pág.56
6.2- Frequência cardíaca prevista......................................................pág.57
6.3- Resposta Cronotrópica no TC6M................................................pág.58
6.4- FCR
1
e cronotropismo..................................................................pág.58
6.5- FCR
1
e distância percorrida em seis minutos............................pág.62
6.6- Limitações do estudo...................................................................pág.63
6.7- Aplicabilidade Clínica...................................................................pág.63
CONCLUSÕES......................................................................................pág.65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................pág.67
ANEXOS.................................................................................................pág.78
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Sistema Nervoso Simpático....................................................pág. 9
Figura 2- Ativação Simpática na IC Sistólica........................................pág.12
Figura 3- Inervação Cardíaca Simpática e Parassimpática.................pág.14
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- características basais dos grupos G1, G2 e G3............pág.43
Tabela 2- substâncias medicamentosa (tratamento farmacológico
padronizado)......................................................................................pág.43
Tabelas 3- variáveis registradas e calculadas durante e após o
TC6M...................................................................................................pág.44
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Indicações para o TC6M...............................................pág.18
Quadro 2. Contra-indicações para o TC6M...................................pág.19
Quadro 3. Contra-indicações gerais para o Teste Ergométrico..pág.20
Quadro 4. Fatores que influenciam a DP6M..................................pág.22
Quadro 5: Critérios de inclusão e de exclusão.............................pág.34
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Respostas da FC basal nos 3 Grupos...............................pág.44
Gráfico 2 Respostas da FC no 6º minuto
,
do
TC6M nos 3 Grupos...pág.45
Gráfico 3 Correlação da FC no 6º minuto
,
e FCR
1
no G1..................pág.45
Gráfico 4 Respostas da FCR
1,
no
TC6M nos 3 Grupos.....................pág.46
Gráfico 5 Correlação FCR
1,
e DP6M no G1.......................................pág.47
Gráfico 6 Correlação FCR
1,
e DP6M no G3.......................................pág.47
Gráfico 7 Correlação FCR
1,
e Reserva Cronotrópica no G1............pág48
Gráfico 8 Correlação FCR
1,
e Reserva Cronotrópica no G2............pág.48
Gráfico 9 Correlação FCR
1,
e Reserva Cronotrópica no G3........pág.49
Gráfico 10 Comparação do Déficit Cronotrópico nos 3 Grupos.pág.49
Gráfico 11 Correlação FCR
1
e Déficit Cronotrópico G1...............pág.50
Gráfico 12 Correlação FCR
1
e Déficit Cronotrópico G2...............pág.50
Gráfico 13 Correlação FCR
1
e Déficit Cronotrópico G3...............pág.51
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AACVPR= American Association of Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation
AVC = Acidente Vascular Cerebral
AVDs = Atividades de Vida Diária
BAV = Bloqueio Átrio-ventricular
BB = Beta-bloqueadores
BRA = Bloqueador de Renina Angiotensina
CONEP = Conselho Nacional de Ensino e Pesquisa
DP6M = Distância Percorrida em 6 Minutos
DPOC = Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
ECG = Eletrocardiograma
EUA = Estados Unidos da América
FC = Freqüência Cardíaca
FCR = Freqüência Cardíaca de Recuperação
FCR
1
= Freqüência Cardíaca de Recuperação no 1º minuto
FEVE = Fração de Ejeção de VE
FPI = Fibrose pulmonar Idiopática
GENETIC/UFF = Estudo sobre polimorfismos genéticos na Insuficiência Cardíaca
desenvolvido na Universidade Federal Fluminense
HAS = Hipertensão Arterial Sistêmica
HUAP = Hospital Universitário Antônio Pedro
HVE = Hipertrofia de Ventrículo Esquerdo
IAM = Infarto Agudo do Miocárdio
IC = Insuficiência Cardíaca
ICC = Insuficiência Cardíaca Crônica
ICFER = Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida
ICT = Índice Cardio-torácico
IECA = inibidores da enzima de conversão da angiotensina
IMC = Índice de Massa Corporal
MMII = Membros Inferiores
NYHA = New York Heart Association
PA = Pressão Arterial
PA = Pressão Arterial
PAD = Pressão Arterial Diastólica
PAM = Pressão Arterial Média
PAS = Pressão Arterial Sistêmica
PP = Pressão de Pulso
SN = Sistema Nervoso
SNA = Sistema Nervoso Autonômico
SOLVD = Studies of Left Ventricular Dysfunction
SpO
2
= Saturação Parcial de Oxigênio
TC6M = Teste de Caminhada de Seis Minutos
TE = Teste Ergométrico
VE = Ventrículo Esquerdo
VO
2
max = Consumo Máximo de Oxigênio
βB = Beta-bloqueador
RESUMO
Introdução: A Freqüência Cardíaca de Recuperação no 1°minuto (FCR
1
) consiste na
queda da freqüência cardíaca (FC) no minuto imediatamente após o esforço.
Recentemente, diversos estudos em testes em esteira, tem demonstrado a FCR
1
como
um forte preditor de morbidade e mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca
(IC), entretanto seu valor prognóstico no teste de caminhada de seis minutos (TC6M)
ainda não foi estudado nestes pacientes. O objetivo deste estudo consistiu em
determinar o padrão de resposta da FCR
1
após o TC6M e sua correlação com a DP6M
em pacientes com ICFER em uso de betabloqueadores. Desenho do estudo e
casuística: Seguindo um protocolo prospectivo, transversal, controlado, este presente
estudo foi realizado no período entre Setembro de 2005 e Novembro 2009, casuística
de 126 pacientes (72 sexo masculino; idade de 62±13 anos; IMC; 27±5 Kg/m²) e 35
voluntários sem IC (16 sexo masculino; idade= 60±13 anos; IMC= 27±3 Kg/m²;
sedentários) alocados em um grupo controle, foram selecionados para caracterização
da amostra, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Todos os pacientes
eram provenientes do Ambulatório de IC do Hospital Universitário Antonio Pedro, com
diagnóstico de ICFER (FEVE < 50%, método Simpsom), estáveis, NYHA II-III,
distribuídos em 2 grupos, de acordo com o uso ou não-uso de beta-bloqueadores,
respectivamente G1 e G2, como parte do tratamento farmacológico. Os voluntários
saudáveis foram alocados no Grupo 3 (G3). Métodos: Todos os 161 indivíduos foram
submetidos ao TC6M seguindo o protocolo da American Association of Cardiovascular
and Pulmonary Rehabilitation (AACVPR). O comportamento da freqüência cardíaca foi
observado durante todo o teste e a FCR foi registrada em intervalos específicos,
exatamente nos e minutos do período da recuperação após o término do TC6M.
O valor anormal para FCR
1
foi estipulado em 12 bpm. A análise estatística consistiu em
ANOVA “one way” para medidas repetidas e para comparações entre as variáveis e os
grupos foi realizado Tukey test quando o valor de “p” demonstrava significância. A
correlação de Pearson foi aplicada para avaliar a relação entre a FCR
1
e DP6M. Todos
os resultados foram expressos em média ± erro padrão e p <0.05 foi considerado
significativo. Resultados: 154 indivíduos completaram todo o protocolo do estudo. Os
grupos G1, G2 e G3 apresentaram diferenças significativas em relação ao
comportamento da FCR
1,
no
TC6M (p= 0,0002). Os valores das dias apresentadas
foram: FCR
1
= 12 ± 14 bpm para o G1; FCR
1
= 18 ± 16 bpm para o G2 e FCR
1
= 21 ± 13
bpm para o G3. Houve correlação entre a FCR
1
e a DP6M nos indivíduos do G1(r= 0,3;
p= 0,04) e nos indivíduos do G3(r= 0,4; p= 0,03). Entretanto, não ocorreu correlação
significativa entre a FCR
1
e a DP6M nos pacientes do G2(r= 0,12; p= 0,48). Em
relação a DP6M, os grupos G1, G2 e G3 apresentaram diferenças significativas (p=
0,0038), quando comparados entre si. As médias da DP6M em cada grupo foram: 423
± 102 m no G1; 396 ± 101m no G2 e 484 ± 96 m no G3. Conclusão: O presente
estudo demonstrou que o padrão de resposta da FCR
1
foi diferente para os 3 grupos.
Os pacientes com ICFER em uso de BB apresentaram maior tolerância ao exercício,
apesar da atenuada resposta da FCR1, em comparação aos pacientes que não
utilizavam BB. Houve correlação entre a FCR
1
e a DP6M tanto nos pacientes em uso
de BB (G1) quanto nos voluntários saudáveis (G3), entretanto não houve correlação
nos pacientes que não utilizavam BB (G2). Por fim, a FCR
1
após o TC6M podem ser
preditiva de resultados adversos em pacientes com ICFER em uso de βB. A FCR
1
obtida no TC6M poderia representar uma alternativa para avaliação de pacientes em
estágios severos da IC, em que muitas vezes o teste ergoespirométrico não seria bem
tolerado.
Palavras-chave: Freqüência Cardíaca de Recuperação no 1°minuto, Teste de Caminhada de Seis
Minutos, Insuficiência Cardíaca, Beta-bloqueadores.
ABSTRACT
Background: Heart rate recovery in the first minute (HRR
1
) is the drop in heart rate
(HR) in first minute immediately after exercise. Recently, in several studies with
treadmill tests, HRR
1
has been showed to be a strong predictor of morbidity and
mortality in patients with heart failure (HF), but its prognosis assessed at six minutes
walk test (6MWT) has not been studied in these patients. The aim of this study was to
determine the response pattern of HRR
1
after 6MWT and its correlation with the 6MWD
in patients with HF underwent beta-blocker therapy. Design and casuistic: Following a
prospective, cross-sectional, controlled protocol, this study was developed between
September 2005 and November 2009, with 126 patients (72 male; age 62±13 years;
BMI 27±5 Kg/m²) and 35 volunteer individuals without HF (16 male, age 60±13 years;
BMI 27±3 Kg/m²; sedentary) in control group, were selected to characterize the
casuistic, according to inclusion and exclusion criteria. All patients were from the
Ambulatory of Heart Failure, Antonio Pedro University Hospital, with systolic HF (LVEF
< 50%, Simpsom), stable, NYHA II-III, distributed into 2 groups, as if they were
receiving or not β-blocker agents, respectivelly G1 and G2. Healthy individuals were
allotted in a third group (G3). Methods: All patients and healthy individuals were
submitted to 6MWT following AACVPR’s guideline. The profile of HRR was observed
during all test and HRR was registered in specific intervals, exactly at 1
st
and 2
nd
minutes of recovery period after finished 6MWT. Abnormal HRR
1
was established in 12
beat/min. Statistical analysis was “one way” ANOVA for repeated measures and when
“p” values showed significance, comparisons were performed with Tukey test. Pearson
correlation was used to assess the relationship between HRR
1
and 6MWD. All results
are expressed as means ± standard error of mean, and p < 0 .05 was considered
significant. Results: 154 individuals complete all steps of the study. In G1, G2 e G3 was
found significance for the difference of the results related to HRR
1
response after
6MWT. (p= 0,0002). Mean values of HRR
1
were: HRR
1
= 12 ± 14 beat/min G1; HRR
1
=
18 ± 16 beat/min G2 e HRR
1
= 21 ± 13 beat/min G3. Results showed an significant
correlation between HRR
1
and 6MWD between G1(r= 0,3; p= 0,04) and G3(r= 0,4; p=
0,03). However, there was not correlation between HRR
1
and 6MWD in G2 patients
(r= 0,12; p= 0,48). Results showed the 3 groups were different when compared related
to 6MWD. (p= 0,0038) Mean values of 6MWD were: 423 ± 102 m G1; 396 ± 101m G2
e 484 ± 96 m G3. Conclusion: This present study showed that the response pattern
of HRR
1
was different for the 3 groups. Heart failure patients receiving βB showed a
better exercise tolerance, even though attenuated HRR
1,
when compared to these
patients that were not using βB. There was an significant correlation between HRR
1
and 6MWD in patients receiving βB and in healthy individuals, but there was not
correlation between HRR
1
and 6MWD in patients not receiving βB. Finally, HRR
1
after
6MWT may be predictive of adverse outcomes in HF patients with or without βB. HRR
1
after 6MWT seems to represent an alternative to assess severe HF patients, in
circumstances that treadmill tests could not be tolerated.
Key Words: heart rate recovery in first minute, six-minutes walk test, heart failure, beta-blocker
1 INTRODUÇÃO
1.1- Considerações iniciais
A Insuficiência Cardíaca (IC) consiste em uma síndrome caracterizada por um
mecanismo fisiopatológico multifatorial, que segue apresentando aumento da
prevalência.
1
A IC constitui a principal causa de morbidade e mortalidade
cardiovascular, resultando em mais de 1 milhão de hospitalizações por ano, e é o mais
freqüente diagnóstico entre os pacientes acima de 65 anos.
1, 2
A mortalidade e os resultados adversos nos pacientes com IC tem sido relacionados
com as funções do sistema nervoso autonômico (SNA), que se apresenta com
exacerbada atividade simpática em relação à parassimpática nestes pacientes.
2,3
A resposta e a recuperação da freqüência cardíaca (FC) são mediadas pela
interação dinâmica entre os componentes simpático e parassimpático do SNA.
2,4
A
freqüência cardíaca de recuperação (FCR) é mediada pela reativação vagal. Uma
melhor reposta do tono vagal associada à uma FCR mais rápida poderia sugerir uma
melhor sobrevida na IC, visto que estudos recentes registraram anormalidades na
FCR e na resposta cronotrópica ao esforço associadas com a mortalidade geral e
eventos cardiovasculares.
5,6,7
A FCR compreende a queda da FC imediatamente após o esforço, como
conseqüência da reativação vagal e tem sido associada com prognóstico nos
pacientes com doença cardiovascular.
6,8
A recuperação da FC no minuto após o
término do exercício tem sido usada como preditor prognóstico em vários estudos.
Além disso, outros estudos demonstraram a FCR após exercício submáximo como
um poderoso preditor de mortalidade em indivíduos saudáveis, embora ainda não
tenha sido associado com impacto clínico em pacientes com IC, apesar de seja
conhecido que ambas FCR e FCR
1
sejam anormais nesta síndrome.
6,8
Esta resposta anormal poderia ser atribuída `a redução da atividade vagal,
provavelmente relacionada à uma queda mais lenta na FCR após o exercício.
6,7,8
Ademais, a FCR
1
poderia representar potencialmente uma ferramenta de avaliação
não-invasiva, simples, fácil de medir, aplicada em testes de esforço, assim como
para identificar pacientes de alto risco e avaliar resultados terapêuticos.
6,9,10
Estudos anteriores validaram o teste de caminhada de seis minutos (TC6M) como
um método preditivo e adequado para avaliar a tolerância ao esforço na IC,
11,12
uma vez que, os testes ergométricos podem se tornar não tolerados por
determinados pacientes com IC, idosos, fracos e severamente limitados, não
refletindo o real esforço representativo das atividades de vida diária, enquanto os
testes de caminhada poderiam representar melhor esta condição.
13,14
Os agentes beta-bloqueadores(βB) estão estabelecidos como padrão no tratamento da
ICFER, fazendo parte das recomendações das diretrizes de IC,
1,15
tendo em vista seu
papel na redução de mortalidade.
15,16
Isto faz com que os estudos inerentes à
população com IC, apresente grande parte ou a totalidade dos indivíduos da amostra
em uso de βB como parte do tratamento farmacológico regular. Assim, torna-se
relevante determinar o padrão de resposta destes parâmetros preditores em pacientes
em uso de βB.
Estudos prévios mostram que os βB poderiam não influenciar a FCR e sua relação
com prognóstico,
15,16,17
apesar de reduzir significativamente a FC basal e melhorar a
fração de ejeção de ventrículo esquerdo.
1,15
Outros estudos também demonstraram que os βB poderiam não influenciar a
interação entre o tono simpático e parassimpático durante a recuperação do
exercício, não apresentando diferença significativa na FCR mensurada após
exercícios máximos comparada aos valores de repouso.
17,18,19
Alguns estudos demonstraram que a FC no minuto da recuperação tem sido
validada como parâmetro prognóstico em testes ergométricos, onde o poder
prognóstico parece não ser afetado pelos βB.
19,20,21
O teste de caminhada de seis minutos (TC6M) tem sido usado prática clínica de
pacientes com IC como preditor, apresentando associação significativa entre a
distância percorrida em seis minutos (DP6M) e mortalidade, como demonstrado
primeiramente pelo estudo SOLVD.
11,14
A FCR
1
é uma variável facilmente obtida e apresenta significativo valor prognóstico
independente
6,17
e não tem sido avaliada em combinação com a DP6M em
pacientes com IC.
Apenas um estudo, em pacientes com Fibrose Pulmonar Idiopática, analisou a FCR
1
através do TC6M, até o momento.
22
Assim, este estudo foi desenvolvido com o
objetivo de determinar o padrão de resposta da FCR
1
decorrente do TC6M em
pacientes com ICFER em uso de beta-bloqueadores, investigando se correlação
entre a FCR
1
e DP6M nestes pacientes.
2- INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
2.1- Insuficiência Cardíaca _ Conceitos
A insuficiência cardíaca (IC) constitui a via final comum da maioria das doenças
cardiovasculares, sendo um dos mais importantes desafios clínicos atuais na área da
saúde. Trata-se de um problema epidêmico em progressão.
1,2
Muitas definições de IC foram descritas ao longo dos últimos 50 anos. A maior parte
das definições mais recentes enfatizou a necessidade da apresentação de sinais e
sintomas clínicos de IC, destacando especialmente dispnéia, fadiga, edema e sinais de
congestão, além de evidências objetivas de anormalidades da estrutura ou função
cardíaca.
1,2
A insuficiência cardíaca (IC) é resultante de um distúrbio cardíaco funcional ou
estrutural que prejudica a capacidade de enchimento e/ou ejeção do ventrículo, que
ocasiona inadequado suprimento sanguíneo para atender necessidades metabólicas
tissulares, na presença de retorno venoso normal, ou fazê-lo somente com elevadas
pressões de enchimento.
1,2
A IC crônica é caracterizada por evidência de disfunção cardíaca e sintomas de
intolerância ao esforço, marcada usualmente por dispnéia e fadiga. A fisiopatologia
destes sintomas tem sido baseada tradicionalmente em um modelo hemodinâmico da
IC. Primeiramente, o comprometimento do VE leva à uma pobre perfusão da
musculatura esquelética durante o esforço, acarretando a sensação de fadiga.
1,2
Além disso, os pacientes com IC apresentam limitada tolerância aos esforços, que
representa freqüentemente a primeira e principal característica clínica, refletindo a
diminuição da função cardíaca e alteração na resposta periférica, acarretando
sensação de fadiga e desconforto em MMII.
1,2
2.2- Sistema Nervoso Autonômico e Insuficiência Cardíaca
A atividade do SNA na IC é caracterizada por exacerbada atividade simpática em
relação à atividade parassimpática, marcada por um aumentado estímulo adrenérgico,
em resposta a diversos fatores como stress, incluindo o exercício, injúria tissular,
isquemia ou sangramento. Assim, a hiperatividade simpática exerce importante papel
sobre os mecanismos fisipatológicos, neuro-humorais e na progressão da IC.
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O nível mais importante da integração das atividades do sistema nervoso simpático
para o sistema cardiovascular reside na formação reticular dorsolateral da medula. O
hipotálamo modifica a atividade dos centros medulares, importante na estimulação de
respostas cardiovasculares à emoção e ao estresse.
4,5
Figura 1- Sistema Nervoso Simpático
Adaptado de TRIPOSKIADIS F, et al ; The Sympathetic Nervous System in Heart Failure:
Physiology, Pathophysiology, and Clinical Implications, J. Am. Coll. Cardiol. 2009;54;1747-1762.
2.2.1-O Sistema Nervoso Simpático
Existem amplas evidências sobre a atividade eferente simpática na IC severa, assim
como em estágios iniciais desta síndrome, em que o comprometimento da função
miocárdica estimula a atividade simpática eferente acarretando liberação de
norepinefrina. Através da ativação dos receptores ß-adrenérgicos a FC e a
contratilidade miocárdica são consequentemente aumentadas para compensar a injúria
miocárdica aguda. Conforme a IC progride, o estímulo adrenérgico continua
aumentando como reflexo da perda progressiva da função cardíaca.
23
Além disso, os receptores β-adrenérgicos apresentam anormalidades na atividade de
transmissão intracelular que efetivamente alteram seus mecanismos efetores.
23
A liberação aumentada de norepinefrinas, levam ao aumento dos níveis de
concentração que podem contribuir para a hipertrofia do miócito, tanto diretamente
através da estimulação dos receptores α e β-adrenérgicos quanto pela ativação do
sistema renina-angiotensina-aldosterona.
23,24,25
A norepinefrina é diretamente tóxica às células do miocárdio, acarretando um efeito
mediado pelo excesso de cálcio, o que induz a apoptose. Esta morte de miócitos
induzida pela norepinefrina pode ser prevenida pelo concomitante bloqueio β-
adrenérgico não-seletivo ou combinado e bloqueio α-adrenérgico.
23,25
O papel central da hiperatividade simpática na doença cardiovascular está relacionado
não apenas a contratilidade miocárdica e remodelamento, mas também à alteração do
tono vagal e da resposta dos barorreceptores.
23
Por sua vez, o aumento da resposta mediadora dos barorreceptores no tono simpático
que ocorre com a disfunção ventricular acarreta uma série de consequências, incluindo
aumento da contratilidade miocárdica, taquicardia, vasoconstricção arterial e portanto
pós-carga aumentada, venoconstricção com pré-carga aumentada, além de alteração
da resposta ao exercício.
23
2.2.2- A ativação simpática na IC
A IC é uma síndrome clínica caracterizada por uma interação contínua entre a
disfunção miocárdica e os mecanismos neuro-humorais compensatórios que são
ativados. Entre outros, estes incluem o SNS, o SRAA, e o sistema de citocina. Estes
sistemas são, inicialmente, aptos de compensar para a depressão da função
miocárdica e preservar a homeostase cardiovascular. Entretanto, essas ativações a
longo-prazo causam efeitos deletérios na estrutura e na performance cardíaca, levando
à descompensação cardíaca e a progressão da IC.
2
Os pacientes com IC apresentam ativação constante do sistema nervoso simpático
como demonstrado pela liberação aumentada de catecolaminas, ativação nervoso
simpática e níveis plasmáticos de catecolaminas.
2,23
O aumento da ativação simpática durante o esforço também é elevado. As evidências
sobre os mecanismos fisiopatológicos na IC sugerem que o principal motivo para a
ativação simpática consiste na queda da PA, detectada pelos barorreceptores rticos
e carotídeos. Sucessivamente, a ativação barorreflexa resulta em ativação simpática na
tentativa de restaurar a PA normal.
23,24
Em contrapartida à este conceito está o fato de que muitos pacientes com IC
apresentam PA normal, e, mais importantemente, os barorreflexos estão atenuados na
IC. Uma explicação mais atrativa é a de que a ativação simpática resulta em supressão
da resposta barorreflexa.
23,24,25
Como a estimulação barorreflexa reduz o efeito da ativação quimiorreflexa, uma
possível causa para a sensibilidade quimiorreflexa aumentada tem sido atribuída a
redução deste estímulo negativo dos barorreceptores. Por fim, a alteração da atividade
barorreflexa exacerbada é inversamente correlacionada com a alteração barorreflexa e
está relacionada a atividade simpática exacerbada presente na IC.
23,24,25
A hiperatividade observada na IC está estritamente relacionada às anormalidades
dos reflexos cardiovasculares. Os reflexos cardiovasculares simpato-inibitórios,
como o reflexo barorreceptor arterial, são significantemente suprimidos, enquanto os
reflexos simpato-excitatórios, incluindo o reflexo aferente simpático cardíaco e o
reflexo quimiorreceptor arterial, são aumentados.
23,24,25
Em contraste ao aumento da atividade simpática e liberação de NE, os pacientes
com IC sistólica podem ter redução da densidade neuronal, redução da função
neuronal resultando em diminuição da concentração de NE nos cardiomiócitos, ou
uma combinação, seguidos de redução na densidade do betarreceptor pós-
sináptica.
3
Figura 2- Ativação Simpática na IC Sistólica
(1)Um insulto causa disfunção cardíaca e redução do débito cardíaco. (2) Atenuação dos reflexos
cardiovasculares simpático-inibitórios e aumento dos reflexos cardiovasculares simpato-excitatórios está
associada com o aumento da demanda simpática no sistema nervoso central (3 e 4). A facilitação central
do aumento do reflexo aferente simpático cardiovascular mediado por um aumento da angiotensina II e
citocinas e uma redução do óxido nítrico contribui para o aumento tônico no débito simpático. (5) O
aumento crônico no débito simpático está associado à mudanças estruturais e funcionais nos
cardiomiócitos e no interstício levando à dilatação ventricular esquerda e à disfunção sistólica _*
Adaptado de TRIPOSKIADIS F, et al ; The Sympathetic Nervous System in Heart Failure: Physiology,
Pathophysiology, and Clinical Implications, J. Am. Coll. Cardiol. 2009;54;1747-1762
O papel da ativação do SNS em manter a estabilidade hemodinâmica perante uma
injúria aguda do sistema cardiovascular é conhecido. Similarmente, este papel na IC
progride e os benefícios da terapia com beta-bloqueador foram
documentados.
1,24,25
A resposta e recuperação da freqüência cardíaca (FC) são mediadas pela interação
dinâmica entre os componentes simpático e parassimpático do SNA.
16,26
A freqüência cardíaca de recuperação (FCR) é mediada pela reativação vagal. Uma
melhor reposta do tono vagal associada à uma FCR mais rápida poderia sugerir uma
melhor sobrevida na IC, conforme demonstrado em estudos recentes que
registraram anormalidades na FCR e na resposta cronotrópica ao esforço
associadas com todas as causas de mortalidade e eventos cardiovasculares.
6,17
2.3.3- Interação entre os componentes simpático e parassimpático do SNA
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Figura 3- Inervação Cardíaca Simpática e Parassimpática: anatomia
Adaptado de OLSHANSKY B, et al; Parasympathetic Nervous System and Heart Failure
Pathophysiology and Potential Implications for Therapy; Circulation 2008;118;863-871
A resposta da FC durante o exercício é influenciada por diversos mecanismos, tais
como: ativação simpática, a inibição parassimpática, alterações metabólicas e
músculoesqueléticas e mecanismos centrais.
16,27
Tem sido demonstrado que a resposta atenuada da FCR é causada principalmente por
uma reativação parassimpática reduzida e que a alteração parassimpática nos
pacientes com doença cardiovascular exerce um importante papel no prognóstico
desfavorável. Entretanto, o mecanismo parassimpático não é o único regulador da
FCR.
27
Considera-se que vários fatores influenciam a FCR e a resposta cronotrópica e
não apenas alteração parassimpática, mas também outros mecanismos poderiam estar
envolvidos na FCR ainda não foram suficientemente examinados.
27
2.3- Insuficiência Cardíaca e Intolerância ao Exercício
A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome complexa, acarretada pela incapacidade
do coração de gerar adequado bito cardíaco para prover oferta de oxigênio que
atenda adequadamente as necessidades metabólicas tissulares, acarretando uma
condição clinica que usualmente se manifesta por dispnéia, edema e fadiga, dentre
outros sinais e sintomas.
1
Esta tríade clássica da IC tem características limitantes e
confere aos pacientes portadores desta síndrome uma condição de reduzida
capacidade de tolerância aos esforços.
1, 28
Assim, a avaliação da tolerância aos esforços reflete a condição clínica do paciente e
atualmente consiste em parte da rotina de avaliação para pacientes com IC, sendo
realizada através de testes de esforço.
28
Apesar do consenso na recomendação do teste ergoespirométrico como padrão ouro
na avaliação da tolerância aos esforços nos portadores de IC, a condição clinica do
paciente e/ou da estrutura do serviço de saúde podem impor a necessidade de outra
alternativa como teste para avaliação da tolerância aos esforços em casos de
impossibilidade da realização da ergoespirometria ou quando não se faz necessária a
análise dos gases expirados.
28
Nestas situações, o teste de caminhada de seis minutos (TC6M) tem sido a alternativa
mais aplicada e apontada como escolha apropriada para esta finalidade de avaliação
de tolerância aos esforços, uma vez que já foi demonstrado por diversos estudos que a
distancia percorrida em seis minutos (DP6M) apresenta valor prognóstico, sendo
preditiva de mortalidade em pacientes com IC.
13,14
Os pacientes com IC devem a cada consulta ser investigados sobre os sintomas que
se manifestam durante as atividades diárias, o que contribui para avaliar classe
funcional deste pacientes. Os questionamentos sobre quais atividades causam
desconforto e/ou outros sintomas, como subir lombas e lances de escada, caminhar no
plano, realizar atividades domésticas, vestir-se sozinho, tomar banho, alimentar-se e
dormir sem restrição de decúbito, reúnem informações que refletem a limitação da
capacidade funcional naquele determinado momento clínico.
1
Em alguns casos, a avaliação subjetiva da capacidade funcional pode ser acrescida da
avaliação direta do paciente durante a consulta, como andar em um corredor ou subir
um lance de escadas. Diversas escalas são disponíveis para auxiliar na avaliação
seqüencial das classes funcionais, sendo a mais difundida a classificação da New York
Heart Association (NYHA), que, entretanto, pode ter variabilidade inter-observador,
particularmente nas categorias intermediárias.
1
Além disso, a monitorização dos sintomas limitantes da capacidade funcional,
especialmente fadiga e dispnéia consiste em preocupação indiscutível, sendo
recomendada aplicação de escalas subjetivas de esforço, frequentemente a Escala de
Borg(adaptada de 0-10) para monitorar a sensação de fadiga.
13, 14
2.4- Avaliação Objetiva da Tolerância ao Esforço na IC
A avaliação objetiva da tolerância ao esforço em pacientes com IC, em geral envolve
algum modo de teste de stress físico, ou teste de esforço, que consiste em medida útil
para avaliação objetiva da capacidade funcional e dos sintomas de intolerância ao
esforço, como fadiga e dispnéia.
28
O teste mais utilizado para explorar em detalhes a fisiopatologia da intolerância ao
esforço em grupos de indivíduos e de pacientes é a ergoespirometria, em que é
realizado um esforço máximo enquanto o mensurados diversos parâmetros,
incluindo a análise dos gases expirados, que permite o fornecimento do consumo
máximo de oxigênio (Vo2 máx), que dentre outros, exerce papel de destaque na
avaliação da capacidade funcional de pacientes com IC.
29,30
O VO
2
máx apresenta-se reduzido em pacientes com IC e consiste em um parâmetro
preditor de morbidade e mortalidade nestes pacientes.
29,30
Apesar de não substituir a
ergoespirometria, pois clinicamente, o VO
2
x permanece como uma importante
variável na avaliação dos pacientes com IC, os testes de caminhada em corredor tem
sido uma alternativa para os pacientes que poderiam não tolerar o esforço máximo.
14
Os testes de caminhada em corredor vem sendo usados com freqüência, destacando-
se pelas características de fácil reprodutibilidade e baixo custo para sua administração.
São testes muito úteis em grandes populações e podem ser correlacionados com
alterações nos sintomas referidos pelos pacientes.
13,14
2.4.1- Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6M)
Os testes de caminhada parecem promissores como medidas de capacidade
funcional para estudos clínicos em pacientes com IC.
29
Estudos anteriores validaram
o TC6M como um método preditivo e adequado para avaliar a tolerância ao esforço
na IC,
11,12
uma vez que, os testes ergométricos podem se tornar inapropriados para
pacientes severamente limitados, não refletindo o real esforço representativo das
atividades habituais, enquanto os testes de caminhada poderiam representar melhor
esta condição.
11,12 ,14
As evidências sugerem que os resultados do TC6M são reprodutíveis e apresentam
correlação de forte a moderada com outros parâmetros de tolerância ao esforço e com
medidas de capacidade funcional auto-referidas.
28
Consiste em teste simples, factível, de baixo custo, seguro, e fornece importante
informação prognostica.
29
Embora o TC6M seja um preditor independente de prognóstico na IC, existem
indicações e contra-indicações
31
para o TC6M, listados nos quadros 1 e 2
respectivamente.
Quadro 1. Indicações para o TC6M
Indicações para o TC6M
Comparações antes e após tratamentos
Cirurgias de ressecção ou transplante pulmonar
Cirurgia de redução de volume pulmonar
Reabilitação pulmonar
Tratamentos farmacológicos para doença pulmonar obstrutiva crônica
Hipertensão Pulmonar
Insuficiência cardíaca
Medidas da capacidade funcional
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Fibrose cística
Insuficiência cardíaca
Doença vascular periférica
Para pacientes em idade avançada
Predizer hospitalizações e óbito
Insuficiência cardíaca, Doença pulmonar obstrutiva crônica ou Hipertensão Pulmonar
Quadro 2. Contra-indicações para o TC6M
Contra-indicações para o TC6M
Contra-indicações absolutas
Classe Funcional NYHA IV
História de angina instável ou síndrome coronariana aguda durante o mês anterior
Contra-indicações relativas
Taquicardia em repouso (FC>=120 bpm)
Hipertensão não-controlada
O TC6M também pode ser usado para medir a capacidade funcional, onde uma curta
distância percorrida em 6 minutos (DP6M) mensurada com acurácia é preditiva de
mortalidade para doenças cardiovasculares e pulmonares.
25
O ponto de corte que define o prognóstico a partir da DP6M consiste em : DP6M
inferiores à 300m, indica prognóstico desfavorável, sendo preditivas de mortalidade, ao
passo que DP6M superiores à 450m, indicam prognóstico favorável.
11,13 ,14
Além destas indicações e contra-indicações apontadas por estudos que usam
especificamente o TC6M, também devem ser observadas as contra-indicações do teste
ergométrico (quadro 3).
O TC6M corresponde à uma forma da avaliação mais aproximada às demandas das
atividades de vida diária, do que os testes em ciclo-ergometro e em esteiras, que
podem gerar apreensão aos pacientes mais debilitados, enfraquecidos, mais idosos ou
severamente comprometidos, em condições que a velocidade do exercício o estaria
sob o controle do próprio paciente.
24
Visto isso, o TC6M parece ser uma alternativa interessante ao teste ergoespirométrico,
visto que pode ser realizado por quase todos os pacientes com IC sem a necessidade
de equipamentos especializados,e também por ser um método seguro, não-invasivo,
no qual os custos são mínimos.
14,31
Quadro 3. Contra-indicações gerais para o Teste Ergométrico
Contra-indicações gerais para o Teste Ergométrico
Contra-indicações absolutas
Embolia pulmonar
Enfermidade aguda, febril ou grave
Limitação física ou psicológica
Intoxicação medicamentosa
Contra-indicações relativas
Dor torácica aguda*
1
Estenoses valvares moderadas
Insuficiências valvares graves
Taquiarritmias, bradiarritmias e arritmias ventriculares complexas
Distúrbios hidro-eletrolíticos e metabólicos
Afecções não cardíacas capazes de agravamento pelo TE
e/ou de impedimento para realização do TE*
2
Condições de alto risco para o TE
IAM não complicado
Angina instável estabilizada
Dor torácica aguda em sala de emergência após seriamento de ECG e enzimas cardíacas
Lesão conhecida e tratada de tronco de coronária esquerda ou equivalente
Arritmias ventriculares complexas
Arritmias com repercussões clínicas e hemodinâmicas sob controle
Síncopes por provável etiologia arritmogênica BAV avançado
Presença de desfibrilador implantável
Insuficiência cardíaca compensada avançada (classe III NYHA)
Lesões valvares estenóticas moderadas ou insuficiências graves
Hipertensão pulmonar
Cardiomiopatia hipertrófica
Insuficiência respiratória, renal ou hepática
*
1
exceto quando os protocolos disponíveis em unidades de dor torácica sejam seguidos;
*
2
infecções, hipertireoidismo, insuficiência renal, hepática ou respiratória, obstrução arterial periférica,
lesões musculares, ósseas ou articulares, deslocamento da retina e afecções psiquiátricas _
Reproduzido da II Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Teste Ergométrico Arq Bras
Cardiol 2002; volume 78, (suplemento II )
Em 1976, McGavin e cols. introduziram o TC6M como medida da capacidade funcional
em portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. A partir da década de 1980
houve um crescimento da utilização do TC6M na prática clínica, sobretudo na IC.
11,12
O teste de caminhada foi usado primeiramente em pacientes com IC por Guyatt e
colaboradores em 1985 e tem sido muito difundida sua aceitação como uma medida de
tolerância ao esforço em estudos clínicos e programas de transplante.
11,12
Em um subestudo do “Studies of Left Ventricular Dysfunction” (SOLVD), o TC6M
demonstrou ser um forte preditor de mortalidade na IC independente de idade, sexo,
etiologia, classe funcional NYHA e FEVE. Neste mesmo subestudo o TC6M apresentou
valor prognóstico tanto em pacientes com redução da FEVE quanto em pacientes com
FEVE preservada,
11,12,14
sendo sugerido que o tipo de esforço, durante o TC6M na IC,
assemelhava-se à atividade de vida diária podendo ser considerado um exame
submáximo.
12,13,14
Baseando-se nos resultados destes estudos, Cahalin et al. demonstraram que o TC6M
era preditor de sobrevida em pacientes com IC avançada e submetidos a avaliação
para transplante.
32
Os resultados do TC6M demonstraram ser concordantes com as manifestações dos
sintomas, o que sugere que poderia ser usado como uma medida que reflete a
condição clínica do paciente, evidenciando a piora ou melhora clínica.
11,12,26
De outra forma, o teste poderia ser de melhor valor em pacientes com IC avançada, em
que poderia representar um esforço máximo para estes pacientes em estágios mais
severos da doença.
14,29
Alguns fatores poderiam influenciar no resultado da DP6M e
seguem listados no quadro 4.
Quadro 4. Fatores que influenciam a DP6M
Fatores que influenciam a DP6M
Estatura e cumprimento da passada
Idade
Peso corporal
Transtornos depressivos ou motivação
Capacidade cognitiva
Doenças articulares, reumáticas ou músculo-esqueléticas
Corredores curtos (mais voltas)
Distúrbios Pulmonares (DPOC, asma, fibrose cística, doença pulmonar intersticial)
Distúrbios Cardiovasculares (angina,IM, AIT, DVP)
Redução de massa muscular
Aprendizado (Paciente submetido ao teste anteriormente)
Suporte de Oxigênio
DPOC= Doença pulmonar obstrutiva crônica; IM= infarto do miocárdio; AIT= ataque isquêmico
transitório; DVP= doença vascular periférica
_ Reproduzido de AACVPR/ACC/AHA Performance Measures on Cardiac Rehabilitation for Referral to
and Delivery of Cardiac Rehabilitation/Secondary Prevention Services AACVPR (American Association
of Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation) Promoting health & prevention disease, reviewed and
endorsed by American College of Cardiology and American Heart Association Circulation Sept 2007;
116: 1611-1642.
2.5- Efeitos dos Beta-bloqueadores (βB) na IC
Os Beta-bloqueadores tem apresentado um efeito notável na IC. A principal ação dos
βB é a de neutralizar os efeitos prejudiciais do SN simpático que estão exacerbados
durante a IC.
24,25
Os efeitos benéficos destas drogas m sido demonstrados em estudos envolvendo
pacientes com IC de diversas causas e todos os estágios. Tais efeitos incluem melhora
da sobrevida, morbidade, FEVE, remodelamento, qualidade de vida, mero de
hospitalizações e redução da incidência de morte súbita.
24,25
Os βB com eficácia clínica comprovada no tratamento da IC são: carvedilol, bisoprolol e
succinato de metoprolol. Recentemente, o nebivolol teve a sua eficácia demonstrada
em idosos.
1
Neste grupo de medicamentos, dentre as substâncias mais utilizadas, em estudos
recentes, tem sido desenvolvidos um maior número de estudos com Carvedilol, que é
um antagonista β-adrenérgico não-seletivo com efeitos α-bloqueadores.
24,25,27
O carvedilol é a geração de βB não seletivos e atua sobre os receptores β1, β2 e α-
1, resultando em melhora da função e do remodelamento miocárdico, e na redução da
resistência vascular periférica.
27
Os βB apresentam diferentes propriedades farmacológicas na β1-seletividade.
Aspectos importantes são as atuações de α-bloqueio do carvedilol, ocasionando
atividade vasodilatadora moderada e propriedades anti-oxidantes em nível endotelial.
1,27
Os βB apresentam diversas atuações na fisiologia e metabolismo do cardiomiócito de
pacientes com IC em decorrência de sua ação no antagonismo da atividade simpática,
que cronicamente apresenta efeitos deletérios à função e geometria ventricular. Os
benefícios da redução do antagonismo da atividade simpática se traduzem pela
melhora clínica e da função ventricular com aumento da sobrevida dos pacientes com
IC.
1,27
Os efeitos dos βB tem repercussão na ativação simpática e nos níveis elevados de
noradrenalina característicos da síndrome de IC, contribuindo para atenuar a
progressão da disfunção miocárdica e favorecendo um melhor prognóstico.
24,25,,27
Em relação ao tratamento farmacológico da IC, evidências nível A, classe I suportam a
recomendação de que os medicamentos βB devem ser usados em todos os pacientes,
sintomáticos, com IC, moderada e severa, de origem isquêmica e nãoisquêmica,
como parte do tratamento padronizado com IECA e diuréticos, visto que seu uso
melhora a função ventricular, os sintomas, reduz hospitalizações por descompensação
e melhora a sobrevida.
34
O uso racional dos βB em pacientes na IC é sustentado pela compreensão do papel do
SN simpático em prover a liberação da renina e outras substâncias vasoativas que
resultam na vasoconstricção, taquicardia, e mudanças nos miócitos que levam à
dilatação ventricular prejudicial.
1,34
2.6- Resposta da FC na avaliação da tolerância ao exercício através do TC6M em
pacientes com ICFER em uso de βB
A observação FC na avaliação da tolerância ao exercício nos pacientes com IC
desempenha papel importante relacionado ao prognóstico mesmo nos pacientes em
uso de BB, nos quais se encontra uma resposta que pode sofrer a interferência deste
fármaco.
4,27
2.6.1- Freqüência Cardíaca
Estudos que observaram a resposta da FC revelaram a associação entre
incompetência cronotrópica, doença coronariana e mortalidade cardiovascular.
Estudos posteriores avaliaram a fase de recuperação após o exercício e descobriram
que uma recuperação da FC alterada, o que parece refletir parcialmente o tono vagal, é
preditiva de mortalidade por todas as causas.
27,34
Mais recentemente, os estudos voltaram-se para a fase inicial da resposta de
recuperação da FC. Um estudo usando uma abordagem através de bloqueio
farmacológico seletivo, foi encontrada uma taquicardia relativa nos primeiros quatro
segundos do exercício, devido exclusivamente à resposta de retirada vagal ,
independentemente do SN simpático.
34,35
O incremento da FC com o exercício,
recentemente demonstrou ser o indicador prognóstico mais poderoso da FC.
35
O aumento da FC é diretamente relacionado a sua resposta de recuperação, além de
envolver ambos componentes do SNA na desaceleração da FC após o exercício.
6,17
Diversos estudos tem analisado as implicações prognósticas das alterações na FC
durante o esforço, entretanto o mecanismo que envolve a velocidade de redução da FC
após o termino do exercício ainda não está esclarecido.
27
A queda na FC imediatamente após o exercício é considerada uma função da
reativação do SN Parassimpático. A atividade vagal aumentada tem sido associada
com uma redução do risco de óbito, assim como a velocidade pela qual ocorre a
recuperação da FC imediatamente após o esforço, visto isso, é possível que a FCR
1
obtida no TC6M seja um importante marcador prognóstico, que este parâmetro
reflete a atividade vagal.
14,18,19
A alteração desta resposta de recuperação da FC quando precoce, está associada com
um risco aumentado de morte relacionado a hiperatividade simpática ou retirada vagal
prematura.
17,27
Além disso, um aumento rápido da FC no exercício é um marcador para o tono
parassimpático protetor persistente que antagoniza os efeitos deletérios do sistema
adrenérgico.
27
2.6.2- Freqüência cardíaca de recuperação
A FCR compreende a queda da FC imediatamente após o esforço, como conseqüência
da reativação vagal e tem sido associada com insucesso dos resultados clínicos nos
pacientes com doença cardiovascular.
6,17,27
A recuperação da FC no minuto após o
término do exercício tem sido usado como preditor prognóstico em vários estudos.
36,37
Outros estudos demonstraram a FCR após exercício submáximo como um poderoso
preditor de mortalidade em indivíduos saudáveis,
9, 10, 17
entretanto ainda não foi
associado com impacto clínico em pacientes com IC, embora seja conhecido que
ambas FCR e FCR
1
são anormais na IC.
6,17
Esta resposta poderia ser atribuída `a redução da atividade vagal, provavelmente
devido à uma redução na velocidade de queda da FCR após o exercício.
6,17,27
Ademais, a FCR
1
poderia representar potencialmente uma ferramenta de avaliação
não-invasiva, simples, fácil de medir, aplicada em testes de esforço, assim como para
identificar pacientes de alto risco e avaliar resultados terapêuticos.
11,14
A correlação entre FCR e mortalidade é baseada na resposta do tono autonômico, que
quando alterada é considerada um fator de risco cardiovascular.
17,27
Em estudos prévios o mecanismo parassimpático não tem sido apontado como o único
regulador da FCR, embora a FCR atenuada seja causada principalmente por uma
reativação parassimpática reduzida.
27
Um aumento da FC durante o exercício é considerado conseqüente a diversos
mecanismos, tais como: ativação simpática, a inibição parassimpática, alterações
metabólicas no musculoesquelético e mecanismos centrais.
27
Um estudo realizado por Ushijima, considerando a relação entre a FCR e a função
simpática, investigou a possibilidade de que a resposta da FCR seja afetada pela
concentração de noreprinefrina (NE) e pela responsividade simpática.
27
Os resultados
de Ushijima demonstraram que em situações de aumento da concentração de NE em
repouso e no pico do exercício, a hiperatividade simpática é associada com uma FCR
atenuada. Isto sugere que a hiperatividade simpática persistente, é acompanhada por
uma FCR reduzida.
27
Ushijima e cols. demonstraram que a FCR apresentou correlação significativa com o
delta da FC, concentração de noreprinefrina, mas sem fundamentos clínicos, fração de
ejeção, intensidade do exercício. Estes achados indicam que não apenas a alteração
parassimpática mas também uma atividade simpática exacerbada de forma continuada
durante o esforço influenciaram a FCR.
27
A alteração da sensibilização simpática é especulada como influente indiretamente da
FCR levando à uma FCR atenuada com exposição à excitação simpática. Além disso,
considera-se que a hiperatividade simpática no pico de exercício suprime a reativação
parassimpática após o exercício e resulta em atenuação do retorno da FC no período
de recuperação.
27
A capacidade de resposta simpática (estimada pelo ínidice delta da FC / log delta da
NE) indica sensibilidade do receptor beta-adrenérgico através de sensibilização pós-
sináptica. Isto remete a down regulation do receptor beta, presente nos pacientes com
IC, e que inclui uma anormalidade da transmissão intracelular. A down regulation do
receptor beta, poderia ser suposta como uma possível causa da hiposensibilidade à
catecolamina, permitindo a compreensão de uma resposta atenuada da FCR.
27
Respostas anormais da FCR após o exercício têm sido associadas com elevada
mortalidade cardiovascular.
38,39,40
A fisiopatologia da FCR anormal ainda não está completamente esclarecida. A FCR
parece medir a capacidade do sistema cardiovascular de reverter a resposta vagal que
ocorre durante o esforço.
21,27
A resposta cronotrópica parece avaliar a resposta autonômica ao exercício.
Anormalidades nesta resposta poderiam indicar rompimentos no equilíbrio autonômico
e uma incapacidade do sistema cardiovascular para responder apropriadamente à
descarga simpática e retirada parassimpática que ocorre durante o exercício.
27
A fisiopatologia da FCR anormal envolve a incapacidade de redução da FC
imediatamente após o exercício e tem sido relacionada às variáveis clínicas e dos
exercícios.
27
Em estudos prévios sobre a FCR, este parâmetro foi obtido a partir da
subtração do valor da FC apresentada no minuto após o término do exercício pela
FC apresentada no pico do exercício. Um paciente com diagnóstico de IC que
apresenta um valor inferior `a 12 bpm para FCR após o exercício tem um prognóstico
desfavorável,
6,9,10,17
pois o ponto de corte estabelecido para a FCR
1
consiste em 12
bpm e a FCR é um marcador de atividade vagal reduzida e um preditor forte e
independente de risco para morte.
17, 38, 39
Estudos prévios avaliaram a FCR em testes ergométricos e confirmaram o valor
prognóstico adicional da FCR, sugerindo que sua inclusão na rotina da avaliação do
teste de esforço deveria ser considerada.
40,41
2.6.3- Freqüência cardíaca de recuperação e exercício submáximo
A FCR obtida após o exercício submáximo foi um poderoso preditor de mortalidade em
população de adultos sem evidencias clinicas de doença cardiovascular, o que
confirma os achados de estudos anteriores, demonstrando a importância prognostica
da FCR.
41, 42, 43
Estudos anteriores apontaram que a ligação entre a FCR e mortalidade poderia estar
relacionada ao tono vagal e ao condicionamento físico, sugerindo associação entre os
níveis de condicionamento e a resposta da FCR, de forma que os indivíduos que
apresentaram FCR anormal foram tipicamente aqueles que não praticavam exercícios
regulares e extenuantes.
17,27
Durante o teste de esforço a escala de Borg, uma escala linear de sintomas, tem sido a
mais frequentemente usada, com o propósito de avaliar, de forma o objetiva, a
sensação subjetiva de cansaço.
14
A escala de Borg é um marcador descritivo de esforço físico subjetivo, categorizado em
15 graus variando de 6 a 20, na versão original, variando de 0 a 10, em uma versão
adaptada que facilitaria uma melhor compreensão dos pacientes.
14
As quantificações
do esforço percebido e da freqüência cardíaca estão linearmente relacionadas à
intensidade da atividade física
14
Além de ser indicador válido e confiável da
intensidade de exercício, a escala de Borg é reprodutível e pode ser utilizada nos
testes repetidos.
14
Estudos prévios investigaram o possível efeito da motivação, ao se aplicar a escala de
Borg (entre 11 e 13) e a recomendação usual sobre a intensidade do esforço durante o
teste ergoespirométrico de caminhada de 6 minutos em pacientes com IC e
demonstraram que o uso da escala de Borg durante o teste parece contribuir para uma
melhor correspondência à demanda metabólica das atividades habituais neste grupo
de pacientes.
14
Visto isso, o uso da escala de Borg durante o TC6M tem sido aplicado
para avaliar a tolerância ao exercício, de modo a refletir as atividades habituais em
grupos de pacientes com IC.
14
O teste de caminhada de seis minutos tem sido usado prática clínica de pacientes
com IC como preditor, apresentando associação significativa entre a DP6M e
mortalidade.
11,44
A FCR após o exercício, considerada um marcador de atividade parassimpática
reduzida, demonstrou ser um preditor independente de mortalidade para pacientes
com IC, ou seja, um valor anormal para a FCR, tem sido demonstrado como
marcador da atividade vagal reduzida
e poderia ser valioso para a avaliação de risco
na rotina da prática clínica.
27,44, 45
Entretanto, não está esclarecido quando e como a FCR1 e a DP6M poderiam estar
correlacionadas como medidas de valor prognóstico em pacientes com IC. Estudos
prévios demonstraram em estudos diferentes ambas a FCR
1 45, 46, 47
e a DP6M
44
como preditoras de risco para pacientes com IC, entretanto ainda não foi avaliado se
existe uma possível associação entre estes parâmetros após o TC6M.
Em estudo recente, realizado por Swigris et al, foi demonstrado o valor preditivo da
FCR
1
obtida no TC6M em pacientes com Fibrose Pulmonar Idiopática, entretanto não
houve observação de aspectos inerentes à possível relação deste parâmetro com a
intolerância ao exercício, refletida pela DP6M, assim como, a FCR
1
através do TC6M
ainda não foi explorada em pacientes com IC.
22
Assim, o objetivo deste presente
estudo consistiu em analisar a resposta da FCR
1
no TC6M em pacientes ambulatoriais
com ICC estável, com FEVE inferior a 50%, em uso de βB, investigando também esta
possível associação entre a FCR
1
e a DP6M, baseado na premissa de que valores
anormais de FCR
1
e de DP6M poderiam estar associados com impacto clínico e
desfecho nestes pacientes com ICFER.
3- OBJETIVO
3- Objetivo primário:
Determinar o padrão de resposta da freqüência cardíaca de recuperação no primeiro
minuto
decorrente do teste de caminhada de seis minutos em pacientes ambulatoriais
com insuficiência cardíaca estáveis com fração de ejeção reduzida em uso de beta-
bloqueadores.
3.1- Objetivos secundários:
1 Correlacionar a freqüência cardíaca de recuperação no primeiro minuto
com a
distância percorrida em seis minutos.
2 Avaliar a resposta cronotrópica no teste de caminhada de seis minutos nestes
pacientes em uso de beta-bloqueadores e comparar com os pacientes sem uso de
beta-bloqueadores.
3 Associar o déficit cronotrópico com a DP6M.
4- METODOLOGIA
4.1- Casuística
Seguindo um protocolo prospectivo, transversal, controlado, este presente estudo foi
realizado no período entre Setembro de 2005 e Novembro 2009, casuística de 126
pacientes (72 sexo masculino; idade de 62±13 anos; IMC; 27±5 Kg/m²) e 35 voluntários
(16 sexo masculino; idade = 60±13 anos; IMC = 27±3 Kg/m²) sem diagnóstico de IC, de
acordo com a avaliação clínica baseada nos critérios de Framingham e Boston
alocados em um grupo controle, foram selecionados para caracterização da amostra,
de acordo com os critérios de inclusão e exclusão descritos no quadro 5.
Quadro 5: Critérios de inclusão e de exclusão
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Diagnóstico de ICFER (FEVE 50%,,
Simpsom), de etiologia isquêmica ou não-
isquêmica
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC),
caracterizada através de prova de função
pulmonar (FEV
1
/FVC < 75%
predito)
Ausência de doença pulmonar e doença
vascular periférica
Angina instável, FA e outras arritmias
cardíacas importante
Ambos os sexos
IAM dentro dos últimos três meses
Idade > 21 anos
Miocardite aguda ou pericardite
Classe II e III (NYHA), estágio C, assim
como utilizados os critérios de Boston a fim
de confirmar clinicamente a IC
Doença sistêmica aguda ou febre
Ritmo sinusal e estáveis nos últimos 3
meses
Incapacidade de realizar exercícios devido a
enfermidade neuromuscular ou
músculo-
esquelética
Em tratamento farmacológico padronizado,
em que todos os pacientes em uso regular
de Carvedilol foram alocados no Grupo 1 e
todos os pacientes sem beta-bloqueadores
foram alocados no Grupo 2
Hipotensão ortostática > 20 mmHg
(sintomática);Taquicardia sinusal > 120 bpm
(em repouso); PAS ≥ 180mmHg e PAD ≥
110mmHg;
Todos os pacientes do grupo experimental eram provenientes do Ambulatório de IC do
Hospital Universitário Antonio Pedro, com diagnóstico de ICFER (FEVE < 50%, método
Simpsom), de acordo com ambos os critérios de Framingham e Boston, etiologias
isquêmica e não-isquêmica, estáveis, NYHA II-III, distribuídos em 2 grupos, de acordo
com o uso ou não-uso de beta-bloqueadores como parte do tratamento farmacológico.
Para a finalidade específica do presente estudo, foram analisados todos os 161
indivíduos através do TC6M realizado na data da inclusão no estudo, de acordo com os
critérios já descritos (quadros 1, 2 e 3). Esses 126 pacientes com diagnóstico de ICFER
foram divididos em dois grupos: Grupo 1 , composto de 91 pacientes, sendo 57 do sexo
masculino, idade variando de 21 a 84 anos com média de 61± 12 anos, em uso de βB
(Carvedilol, conforme rotina padronizada pelo estudo GENETIC/UFF, média da dose 30
± 29 mg) ; Grupo 2, composto de 35 pacientes, sendo 15 do sexo masculino, com IC
sem uso de βB, idade variando de 22 a 88 anos com média de 64 ± 14 anos. (p > 0,05
para comparação de idades e sexo, entre os dois grupos).
A média mínima de tempo em que os pacientes do G1 estavam utilizando o
carvedilol foi de 3 meses. Não houve interrupção ou acréscimos de medicação,
assim como alterações na dosagem dos medicamentos no período do estudo.
Importante destacar que a dose média de carvedilol foi de 30 ± 29 mg/dia no G1,
não sendo utilizado este tipo de fármaco nos demais grupos. Justifica-se ainda que o
não uso do βB no G2 deveu-se ao fato de que o TC6M foi realizado na data da
inclusão, seguindo-se a rotina do projeto GENETIC, pois os pacientes ainda não
estavam em uso do βB. A dose de βB descrita no G1 correspondeu à dose utilizada
pelo paciente no dia do TC6M.
Os voluntários sem IC foram recrutados dentre os acompanhantes dos pacientes do
ambulatório de IC do HUAP e foram alocados no Grupo 3, composto por 35 indivíduos
aparentemente saudáveis, sedentários, sendo 16 do sexo masculino, idade variando de
27 a 82 anos com média de 60 ± 14 anos também submetidos ao TC6M, na consulta
de inclusão no presente estudo.
Para nenhum dos 3 grupos houve experimentação prévia do TC6M que pudesse
representar um possível aprendizado do método e influenciar nos resultados.
Todos os 126 pacientes(G1 e G2) estavam em tratamento ambulatorial, sendo
encaminhados pela equipe multiprofissional após avaliação clínica, aceitação e
assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, assim como os voluntários
do G3 (Anexo 1).
O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa local, sob o número 121/05 e
tem registro CONEP 12411, como parte do projeto intitulado “Polimorfismos genéticos
envolvidos no prognóstico e na resposta terapêutica em pacientes com Insuficiência
Cardíaca”, que originou este presente estudo.
Observa-se ainda que foi considerado o paciente como estável na ausência ou
mudança de sintomas clínicos e na medicação em prévios três meses.
Ainda, pacientes foram excluídos em caso de presença de qualquer co-morbidade de
origem reumatológica, neuromuscular, vascular periférica ou ortopédica em conjunto
com a IC, que possivelmente interferisse nos resultados ou piorasse a tolerância ao
exercício.
4.2- Medidas e procedimentos
Todos os participantes do estudo foram submetidos a uma consulta inicial composta de
anamnese, exame físico e eletrocardiograma (ECG) de repouso de 12 derivações,
radiografia de tórax e ecocardiografia recente, exigidas como requisitos obrigatórios,
além de espirometria para exclusão de doença pulmonar. Todos os dados obtidos na
anamnese foram registrados em uma ficha sistemática de avaliação (Anexo 2).
No exame físico foram verificadas medidas de peso corporal e estatura a fim de
calcular o índice de massa corporal
48
As medidas de PA foram realizadas conforme as
recomendações consensuais (de acordo com a III Diretriz de Insuficiência Cardíaca da
Sociedade Brasileira de Cardiologia), com o individuo em posição sentada, após 10
minutos de repouso, após sua chegada ao local do experimento.
1
Com relação ao ECG, utilizou-se a padronização previamente estabelecida.
49
Na avaliação do RX de tórax, além do exame de rotina, mediu-se o índice cardio-
torácico (ICT). Esta medida é obtida pela razão entre o diâmetro cardíaco total e o
maior diâmetro torácico interno, sendo considerado cardiomegalia significativa a de ICT
> 0,50.
50
Os pacientes foram caracterizados como portadores de disfunção de VE por exame
ecocardiográfico, com valores da FEVE 50% , pelo método de Simpsom na
avaliação pela ecocardiografia.
50,51
As variáveis foram registradas através de protocolo sistematizado: FC, FCR
1
,
pressão arterial sistólica(PAS), pressão arterial diastólica(PAD), pressão arterial
média(PAM), pressão de pulso(PP); saturação parcial de oxigênio(SpO
2
); freqüência
respiratória(FR), Escala subjetiva de esforço de Borg
52,53
e DP6M. A SpO
2
foi
registrada através de oximetria de pulso do fabricante Onyx manufacter (EUA),
durante todo o procedimento.
A monitorização dos sintomas, a escala de Borg,
52,53
assim como o registro da FC e
da SpO
2
foram realizados durante todo o teste.
A resposta da FCR foi observada através de mensuração descrita como double
check, isto é,
foi realizada aferição por meio digital, através da oximetria de pulso e
confirmada através do método palpatório, no pulso radial, sempre no braço
esquerdo, cronometrado durante o primeiro minuto imediatamente após o término do
TC6M, para confirmação da FC registrada pelo oxímetro.
A FCR
1
foi definida como a diferença entre a FC registrada no minuto do TC6M e
a FC mensurada no minuto imediatamente após o término do teste.
6,17
A FCR foi
registrada em intervalos específicos, exatamente nos e minutos do período da
recuperação.
17, 21, 22
O valor considerado como ponto de corte para uma FCR
1
inferior foi estabelecido
como uma redução de 12 bpm ou menos, conforme demonstrado em estudos
prévios com testes ergométricos
6,17,21
O TC6M foi escolhido por ser mais fácil de administrar, melhor tolerado, e refletir
melhor as AVDs do que outros testes de caminhada.
14
A capacidade de tolerância ao exercício foi determinada pelo TC6M, através da
distância percorrida, mensurada em metros.
11,13,14
O TC6M foi realizado nos 3 grupos (IC com βB, IC sem βB e voluntários saudáveis).
Todos os TC6M foram realizados seguindo o guideline da AACVPR,
31
sem incentivo
verbal, em um corredor de superfície plana e nivelada, de 30 m de comprimento,
demarcado bilateralmente metro a metro e com sinalização dos pontos de partida e
de retorno, através de cones de tráfego, para assegurar a medida fidedigna da
DP6M.
Os pacientes foram orientados a caminhar a maior distância possível, ou seja,
realizar o maior número possível de voltas no percurso, permitindo-se determinar a
intensidade do passo da marcha com paradas ou descanso em caso de
necessidade, em virtude de manifestação de sintomas referidos (usualmente
dispnéia, fadiga, dor pré-cordial, tontura, dor insuportável em MMII), desde que
respeitando-se o período cronometrado de 6 minutos, isto é, os pacientes que
interrompiam o teste poderiam retomá-lo, exatamente do ponto de parada, caso
ainda estivessem dentro do período de 6 minutos. Após o minuto, não era mais
permitido retornar.
13,14,31
A sensação subjetiva de esforço foi avaliada a cada 2 minutos de exercício
utilizando a escala de Borg
52,53
separadamente para esforço global e para dispnéia.
O tempo transcorrido era informado a cada 2 minutos. Exatamente no 6
º
minuto, os
pacientes eram comandados a parar imediatamente, sendo acomodados na posição
sentada, sempre na mesma cadeira, e examinados durante o período de
recuperação, em que a monitorização da FC ocorria exatamente nos 1º minuto.
6,17,27
O local escolhido para o teste foi um dos corredores do Ambulatório de IC do
Hospital Universitário Antonio Pedro / UFF.
4.3- Análise Estatística
A analise estatística obedeceu aos seguintes critérios:
Foi realizado cálculo amostral, baseado em estudos prévios, apontando uma casuística
de no mínimo de 69 indivíduos para o presente estudo. Os resultados foram expressos
em média ± desvio padrão e “p”< 0.05 foi considerado significativo.
Todos os dados foram submetidos à análise dos testes de Kolmogorov-Smirnov e de
Ryan-Joiner a fim de determinar se havia ou não distribuição normal da amostra e dos
dados, usando os Programas Computacionais STATDISK, v.11 e Prisma, chegando-se
à conclusão de que não evidências para se rejeitar a hipótese de normalidade em
cada conjunto de dados, considerando-se = 0,05.
A FCR
1
e a DP6M, de toda a amostra e de cada grupo, foram analisadas de forma
isolada, assim como, foi testada a possibilidade de correlação entre estes dois
parâmetros.
Realizada análise de variância através do teste “One-way ANOVA”, para medidas
repetidas para comparação entre as variáveis e os grupos, sendo realizado “Tukey test”
quando o valor de “p” < 0,05 e teste de Correlação de Pearson, quando a FCR
1
foi
relacionada com a DP6M.
5
5
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Foram selecionados 180 pacientes ambulatoriais da clínica de IC do HUAP que
foram convidados a participar desta investigação, dentre os quais, 126 pacientes
com diagnóstico de ICFER, concordaram em participar de todo protocolo do
presente estudo, após ter sido verificado se preenchiam os critérios de inclusão e
exclusão estabelecidos. Para constituir um grupo controle foram recrutados 35
voluntários aparentemente saudáveis, totalizando 161 indivíduos que participaram
do presente estudo.
Todos os pacientes que completaram o TC6M estão descritos na Tabela 1 e os
grupos foram divididos em: Grupo 1 (G1; pacientes com ICFER em uso de βB),
Grupo 2 (G2; pacientes com ICFER sem uso do βB) e Grupo 3 (G3; voluntários
aparentemente saudáveis). Estes 161 indivíduos foram submetidos ao TC6M,
entretanto, no G1(n=91), 7 pacientes não conseguiram completar o TC6M, por
dispnéia e fadiga intensos. Nos demais grupos, G2 (n=35) e G3 (n= 35), todos os
indivíduos completaram todo o protocolo do estudo.
As substâncias medicamentosas de uso regular de acordo com o tratamento
farmacológico padronizado neste estudo estão descritas na tabela 2.
Todos os pacientes do G2 fizeram o teste somente depois de completo todo o
protocolo pelo G1, o que não permitiu que se repetisse o TC6M com o mesmo
paciente em situação cruzada. Uma vez submetidos ao TC6M conforme o protocolo
descrito, segue-se com a descrição dos resultados das variáveis registradas e
calculadas, durante e após o teste na tabela 3.
As médias da FCR1 e da DP6M para cada grupo foram respectivamente: 12 ± 14
bpm; 423 ± 102 m (G1), 18 ± 2 bpm; 396 ± 101 m (G2) e 21 ± 13 bpm; 484 ± 96 m
(G3).
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,
G
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3
3
Variáveis
IC com βB
(n=84)
IC sem βB
(n=35)
Saudáveis
(n=35)
* valor de p
Masculino
Feminino
55(65,4%)
29(34,6%)
15(42.8%)
20(57,2%)
16(45,7%)
19(54,3%)
0,030*
Idade (anos)
61 ± 12
64 ± 14
60 ± 13
0,254
Altura (cm)
165 ± 1
160 ± 10
161 ± 28
0,026*
Peso (kg)
73 ± 16
71 ± 19
74 ± 12
0,525
IMC (kg/m
2
)
27 ± 5
27 ± 5
27 ± 3
0,629
FEVE (%) (Simpsom)
42 ± 6
41 ± 7
-----
0,283
NYHA II (n)
58 (69%)
23 (66%)
-----
0,763
NYHA III (n)
26 (31%)
12 (34%)
-----
PAS de repouso (mmHg)
132± 15
125 ± 18
124 ± 15
0,021*
PAD de repouso (mmHg)
81 ± 11
78 ± 12
79 ± 7
0,142
FC basal (bpm)
71 ± 14
82 ± 10
76 ± 9
0,0001*
Borg (adaptado 0-10)
0 ± 1
1 ± 1
0 ± 0
0,449
Escala de Dispnéia (0-5)
0 ± 1
0 ± 1
0 ± 1
0,032*
*
*
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± desvio padrão.
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Medicamentos
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IC sem βB
Saudáveis
βB (dose em mg) / (nº de pacts em uso; %)
30 ± 29 (100%)
----
----
IECA (nº de pacts em uso; %)
66 (78,6%)
35 (100%)
----
Digital (nº de pacts em uso; %)
56 (66,7%)
11 (31,4%)
----
Diurético (nº de pacts em uso; %)
70 (83,3%)
31 (88,6%)
----
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M
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IC com βB
(n=84)
IC sem βB
(n=35)
Saudáveis
(n=35)
* p < 0,05
FC basal (bpm)
71 ± 14
82 ± 10
76 ± 9
0,0001*
FC 2º min (no TC6M)
100 ± 17
107 ± 18
108 ± 19
0,009*
FC 4º min (no TC6M)
105 ± 20
109 ± 15
104 ± 18
0,253
FC 6º min (no TC6M)
99 ± 20
107 ± 16
106 ± 17
0,012*
FC prevista
159 ± 12
156 ± 14
160 ± 14
0,254
Reserva cronotrópica (FC prevista FC basal)
40 ± 16
36 ± 15
41 ± 15
0,0001*
Déficit Cronotrópico
(FC prevista-FC pico)x 100/FC prevista
31 ± 12
25 ± 12
27 ± 10
0,022*
FCR
1
(bpm)
12 ± 14
18 ± 16
21 ± 13
0,0002*
PAS (mmHg)
132± 15
125 ± 18
124 ± 15
0,006*
PAD (mmHg)
81 ± 11
78 ± 12
79 ± 7
0,267
Borg (adaptado 0-10)
2 ± 2
3 ± 2
1 ± 1
0,009*
Escala de Dispnéia (0-5)
1 ± 1
1 ± 2
0 ± 1
0,004*
DP6M (m)
423 ± 102
396 ± 101
484 ± 96
0,003*
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Reserva crontrópica vs FCR1 G3(r=0,34 ; p= 0,04)
0 20 40 60 80 100
0
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80
Reserva Cronotrópica
FCR
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FCR1 e deficit cronotropico G3(r= -0,28; p= 0,04)
0 20 40 60 80
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Déficit cronotrópico
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tampouco com o déficit cronotrópico em nenhum dos grupos.
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não houve correlação entre a DP6M e a FEVE em nenhum dos grupos.
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O TC6M é um método de avaliação da função autonômica simples e exeqüível.
43,
52,54
A FCR
1
6,17
e a DP6M consistem em parâmetros já estabelecidos como preditores de
morbidade e mortalidade na IC.
11,12,13
Na presente investigação foi observado
correlação entre o padrão de resposta da FCR
1
e a DP6M em pacientes com IC, o
que caracteriza um achado original.
Os βB estão estabelecidos como padrão no tratamento da ICFER, fazendo parte das
recomendações das diretrizes de IC, tendo em vista seu papel na melhora da função
miocardíaca e na redução de mortalidade.
1
controvérsias em relação a interferência dos βB sobre a FC, o tono simpático e as
respostas hemodinâmicas
27
que ocorrem após o exercício, como no caso do TC6M.
Isto torna relevante determinar o padrão de resposta destes parâmetros preditores em
pacientes em uso de βB.
Em nosso estudo, os pacientes em uso de βB apresentaram menor valor para FCR
1
em comparação aos pacientes que não utilizavam βB e aos voluntários saudáveis.
Ademais, houve correlação linear entre a FCR
1
e a DP6M tanto nos pacientes em uso
de βB quanto nos voluntários saudáveis, entretanto não houve correlação nos
pacientes que não utilizavam βB.
O TC6M representa um método de avaliação da tolerância ao exercício de fácil
realização, baixo custo, e fornece importante informação prognóstica em pacientes com
IC submetidos ou não a terapia com βB.
52,54
Recentemente, achados oximétricos tem
sido valorizados na determinação de prognóstico
22
e a FC pode assim ser
considerada como uma variável clínica facilmente obtida, que tem sido pouco estudada
nos pacientes avaliados através quanto `a DP6M.
A avaliação da FCR em pacientes com IC, tem sido realizada através de testes
ergométricos e o ponto de corte para a FCR
1
foi estabelecido em 12 bpm.
6,8,9,10,17
Entretanto, os estudos que utilizam o TC6M como teste para avaliar a tolerância ao
exercício nos pacientes com IC não tem observado a resposta de recuperação da FCR,
de forma que não um ponte de corte estabelecido para a FCR obtida através de
testes submáximos até o momento. Por outro lado, alguns estudos demonstraram que
o TC6M poderia representar um teste máximo para pacientes com IC severa,
11,12,13,14
o
que poderia justificar o fato de ter sido aceito o ponto de corte para testes máximos no
valor de 12 bpm como ponto de corte para o presente estudo, que utiliza o TC6M.
6.1- Frequência cardíaca basal
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2
2
A reprodutibilidade da FC no TC6M foi avaliada em estudo realizado por Guimarães e
colaboradores em pacientes com IC. Todavia, neste artigo, não está esclarecido a que
valor se refere esta FC, uma vez que poderia se referir tanto a FC basal quanto a FC
do minuto do teste.
52
Neste presente estudo a FC foi observada e descrita em
diversos momentos do TC6M.
A avaliação da FC basal foi necessária para se comparar os 3 grupos, visto que os
pacientes em uso de
β
β
B
B
apresentavam uma FC basal menor do que os pacientes que
não utilizavam
β
β
B
B
, assim como no grupo de indivíduos saudáveis, conforme
demonstrado em estudos prévios.
34
Uma metanálise realizada por Mc Alister e colaboradores avaliando a dose de
β
β
B
B
e a
redução da FC demonstrou que para cada redução de 5 bpm na FC basal apresentada
pelos pacientes em uso de
β
β
B
B
ocorreu 18 % de redução do risco de morte.
53
No
estudo US. Carvedilol houve uma diferença na redução de 12 bpm na FC basal no
grupo em uso de
β
β
B
B
em relação ao grupo placebo.
34
Ao se comparar com o presente
estudo foi observada uma diferença significativa de 9 bpm entre a FC basal dos
pacientes em uso de
β
β
B
B
(média da dose diária = 30 ± 29 mg) e a FC basal dos
pacientes que não utilizavam
β
β
B
B
34,53
De fato, houve diferença significativa entre os
grupos em relação a FC basal quando comparados entre si, porém não houve
correlação significativa entre a FC basal e a FCR
1
nos 3 grupos.
Olsson e colaboradores, em uma revisão sistemática sobre o TC6M e seu desfecho em
portadores de IC, avaliaram 63 estudos randomizados controlados, publicados entre
1988 e 2004, dentre os quais apenas 10 estudos foram realizados com pacientes em
uso de carvedilol. A dose média utilizada na maioria dos estudos era de 25 mg/dia, o
que torna semelhante ao presente estudo, em que a dose média consiste em 30 ± 29
mg/dia.
11
6.2- Frequência cardíaca prevista
A FC prevista ou ajustada por idade é freqüentemente utilizada para caracterizar o
esforço máximo em indivíduos saudáveis.
51
Estes dados foram descritos neste
presente estudo embora não tenham sido descritos em estudos prévios envolvendo
TC6M em pacientes com IC.
A FC prevista foi calculada para cada indivíduo dos 3 grupos do presente estudo e foi
observado que os pacientes não alcançaram esta FC prevista calculada, isto é, não
atingiram uma FC em torno de 85%. O percentual da FC atingido em relação a FC
prevista para cada grupo foi de 62,3 % da FC para os pacientes em uso de
β
β
B
B
, 68,6 %
da FC para os pacientes que não utilizavam
β
β
B
B
, 66,2 % da FC para os indivíduos
saudáveis.
51
Esta resposta poderia ser atribuída ao fato de que o TC6M se trata de um teste sub-
máximo. Entretanto, é importante se destacar que em alguns estudos com testes
máximos também são observados pacientes que não atingem um nível máximo da
FC.
39,51
Ademais, os resultados demonstraram que a FC prevista não apresentou
diferença significativa entre os 3 grupos quando comparados entre si, uma vez que
estes eram semelhantes, inclusive em relação ao fato de não estarem participando
de programa de condicionamento.
6.3- Resposta Cronotrópica no TC6M
Um estudo realizado por Araújo e colaboradores
52
avaliou dois padrões diferentes do
TC6M em pacientes com doença cardiovascular. Um grupo em uso de BB demonstrou
uma FC de pico média entre 90-98 bpm. Ainda neste estudo, no grupo que não usava
β
β
B
B
a resposta da FC de pico encontrada foi entre 112-124 bpm.
52
Nossos achados
demonstraram que os valores de FC de pico encontrados foram: 99 ± 20 bpm no grupo
IC em uso de
β
β
B
B
, 107 ± 16 bpm nos pacientes com IC que não utilizavam
β
β
B
B
e 106 ±
17 bpm nos indivíduos saudáveis, com diferença significativa quando comparados
entre si. A dose média de carvedilol no grupo IC em uso de
β
β
B
B
consistiu em 30 ± 29
mg/dia, ao passo que na maioria dos estudos a dose média era de 25 mg/dia, o que
torna semelhante ao presente estudo.
11
Em relação ao presente estudo, a FCR
1
no TC6M não foi estudada na IC, porém um
estudo de Jeffrey e cols. avaliou este parâmetro através do TC6M em pacientes com
fibrose pulmonar idiopática. Nestes pacientes com FPI foi demonstrada uma redução
da FC após o exercício preditora de mortalidade (FCR
1
< 13 bpm) em 38,2% da
amostra.
22
6.4- Frequencia cardíaca de recuperação do 1º minuto e cronotropismo
A FCR
1
foi demonstrada em testes em esteira como um marcador da atividade vagal
5
e consiste em um poderoso e independente preditor de mortalidade, em indivíduos
saudáveis.
6,17,21
Posteriormente, a FCR
1
também foi validada em pacientes com
doença cardiovascular
36
assim como seu valor prognostico foi demonstrado em
pacientes com diagnóstico de IC em uso de βB.
21
Em contrapartida, o valor
prognóstico da FCR
1
mensurada no TC6M, avaliado em pacientes com FPI,
21
ainda não foi examinado em pacientes com IC.
Os presentes achados demonstraram um padrão da resposta da FCR
1
que foi
estudado e comparado entre os grupos de pacientes com IC com e sem uso de βB e
o grupo de indivíduos saudáveis. Houve diferença significativa em relação ao
comportamento da FCR
1,
nos 3 grupos (p= 0,0002). Os valores das médias
apresentadas foram: FCR
1
= 12 ± 14 bpm para o G1; FCR
1
= 18 ± 16 bpm para o G2
e FCR
1
= 21 ± 13 bpm para o G3.
O ponto de corte para determinar um valor anormal para a FCR
1
foi estabelecido por
Cole e col como uma redução de 12 bpm.
6,17
Neste estudo de Cole, foi observada
uma mortalidade de 19% no grupo com FCR
1
inferior a 12 bpm. Neste presente
estudo o ponto de corte estabelecido como uma FCR
1
anormal consistiu em uma
redução 12 bpm após o TC6M. É importante observar que este ponto de corte foi
determinado para a FCR em pacientes com IC para testes ergométricos.
1
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,
2
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1
1
De
outra forma, um estudo que estabeleceu como ponto de corte uma redução ≤13
bpm como valor para uma FCR anormal obtida após o TC6M na FPI. Em nosso
estudo foi utilizado um valor para FCR
1
validado para pacientes com IC.
2
2
1
1
Este valor
dito anormal para FCR
1
poderia ser explicado pela alteração autonômica ,
especialmente pela resposta atenuada do tono vagal nos pacientes com IC.
2
2
2
2
De outra forma, em artigo recente, que estudou a FCR em pacientes com FPI, os
autores definiram a FC do 6º minuto como sendo o parâmetro de cálculo para obtenção
da FCR
1
.
2
2
2
2
Neste mesmo artigo, a dia da FC do minuto foi de 106 bpm,
2
2
2
2
ao
passo que neste presente estudo a FC do minuto foi de 99 bpm no grupo de
pacientes IC em uso de βB, 107 bpm no grupo de pacientes com IC que não
utilizavam βB e 106 no grupo de indivíduos saudáveis, apresentando diferença
significativa entre os 3 grupos quando comparados entre si.
Outro estudo clínico, realizado por Sheppard e cols, investigou o potencial prognóstico
da FCR em pacientes submetidos a terapia com βB e foi demonstrada uma FC de pico
de 116 ± 21 bpm nestes pacientes, o que denota proximidade do valor da FC
encontrada no minuto do TC6M deste presente estudo.
2
2
2
2
Guimarães e col.s
estabeleceram uma correlação importante entre o VO2 e a DP6M.
5
5
2
2
Com relação ao uso de βB, estudos previos demonstram que a resposta da FCR
1
não é alterada pelo uso de βB.
6,17,21
Neste presente estudo, o grupo de pacientes
que estava em uso de βB apresentou um menor valor da FCR
1
em relação ao grupo
de pacientes sem βB, assim como em relação aos indivíduos saudáveis. Entretanto,
esta resposta poderia ser atribuída ao fato de que estes pacientes apresentavam
também uma menor FC basal antes do TC6M e não atingiram o percentual da FC
prevista, provavelmente pelo efeito destes fármacos.
No estudo de Cole e cols. o uso de βB também ocasionou incapacidade de não
alcançar a FC prevista , apesar de ter sido observada a mesma resposta em
comparação àqueles pacientes que atingiram a FC.
6, 17
Neste presente estudo os
indivíduos dos 3 grupos não alcançaram a FC prevista, fato já constatado em
literatura previa.
17, 21, 27
Alguns estudos
21, 51
demonstraram que a resposta de recuperação da FC após o
exercício reflete a resposta cronotrópica, e envolve uma regulação extremamente
complexa, que parece não sofrer interferência dos BB. Neste presente estudo,
encontrou-se como um dos resultados, uma significante correlação entre a FCR
1
e a
reserva cronotrópica nos 3 grupos. Em trabalhos recentes, o déficit cronotrópico tem
sido observado freqüentemente em pacientes com IC, durante a avaliação da
capacidade funcional, através de teste ergométrico.
51
Neste presente estudo foi
observada correlação entre a FCR
1
e o déficit cronotrópico nos 3 grupos. Assim como o
déficit cronotrópico demonstrou diferença significativa quando comparados os 3
grupos.
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. 6,21
O mecanismo que explica esta resposta atenuada da FCR
1
nos pacientes com IC
ainda não está esclarecido. O papel central do sistema nervoso simpático e de seus
receptores, cuja atividade se apresenta alterada na IC torna complexo o entendimento
das respostas cardiovasculares ao exercício nos pacientes com IC
.
.
6
6
,
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2
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1
1
Sabe-se que em
condições de normalidade, os receptores β-1 (principal) e β-2 têm importante papel em
mediar a resposta inotrópica do coração à estimulação simpática. Esta resposta é
caracterizada por um predomínio dos receptores β-1 em relação aos receptores β-2,
de modo que a reativação parassimpática após o exercício não é supremida pelo
simpático.
35
Em pacientes com doença arterial coronariana, segundo o estudo de Ushijima e
cols., a compreensão da atenuada resposta da FCR
1
, poderia ser atribuída a fatores
como a hiperatividade simpática com liberação de NE, assim como a down
regulation dos receptores beta-adrenérgicos.
27
Considera-se que a excitação
simpática durante o exercício suprime a reativação parassimpática após o exercício.
27
Assim como, exacerbada excitação simpática, quando persistente, poderia
restringir a resposta da FC ao exercício e resultar em resposta atenuada da FCR
1
.
27
Nos presentes achados houve uma menor FCR nos pacientes com IC em uso de BB
do que nos pacientes sem terapia com BB, o que à princípio poderia ser interpretado
como uma resposta característica de mal prognóstico. Todavia, estes pacientes
apresentam melhor DP6M do que os pacientes com IC sem βB, se aproximando
inclusive da DP6M dos voluntários saudáveis. Explicar este resultado apresentado
pelos pacientes com IC com βB parece residir em mecanismos complexos, ainda
não totalmente esclarecidos. Esta melhor DP6M parece ocorrer possivelmente como
resposta a terapia com βB, que supostamente poderiam ter sido responsáveis por
uma melhora na condição da musculatura periférica, além dos estabelecidos efeitos
sobre a contratilidade miocárdica.
35
Nos pacientes com IC existe uma alteração da regulação dos receptores β-1, que
apresentam redução da afinidade do receptor ao ligante, ou ainda uma redução em
numero de receptores responsivos. Isto é, na IC existe hiporesponsividade dos
receptores b1 e redução da sensibilidade, que podem ser melhoradas pela terapia com
BB
35,55
Assim, poderia ser especulado que o mecanismo descrito por Ushijima e cols. poderia
explicar a FCR atenuada encontrada nestes pacientes com ICFER, mesmo estando em
uso de βB, o que todavia não poderia ser confirmado no presente estudo, uma vez que
não houve dosagem de marcadores da atividade parassimpática para confirmar este
comportamento.
6.5- Freqüência cardíaca de recuperação do 1º minuto e distância percorrida em
seis minutos
O TC6M consiste em forte preditor independente de mortalidade na IC.
11, 13
A avaliação
da FCR1 no TC6M em pacientes com IC o tem sido estudada, o que confere
originalidade ao presente estudo.
Houve correlação entre a DP6M
11
e a FCR
1 6, 21
nos pacientes em uso de βB e nos
indivíduos saudáveis, porem não houve correlação entre a DP6M e o G2. Estes
achados documentando FCR
1
e DP6M como anormais são concordantes com as
evidências disponíveis na literatura, quando investigados de forma isolada em
diferentes estudos.
Quando os resultados do TC6M em relação à DP6M nos grupos G1, G2 e G3 foram
comparados, ocorreram diferenças significativas.(p= 0,0038) Os pacientes que
estavam em uso de βB apresentaram uma melhor resposta de tolerância ao esforço,
refletida por um maior valor de DP6M, em relação aos pacientes que não utilizavam βB,
se aproximando ao desempenho apresentado no grupo de voluntários saudáveis, o que
é concordante com os achados na literatura.
38, 39, 40
Em relação à FEVE, não foi encontrada correlação com a FCR
1
e tampouco com a
DP6M em nenhum dos grupos deste estudo, o que é concordante com os achados da
literatura, uma vez que estes parâmetros investigados são considerados preditores
independentes.
17,21
Da mesma forma, não houve correlação entre a FEVE e a reserva
cronotrópica, nem com o déficit cronotrópico em nenhum dos 3 grupos.
Esta correlação entre FCR
1
e DP6M em pacientes com IC consiste em um achado
original e poderia contribuir com relevante informação clínica na avaliação dos
pacientes com IC.
6.6 Limitações do estudo
Algumas limitações devem ser consideradas ao serem interpretados os resultados
deste presente estudo:
.
Dentre os achados observados, a influência parassimpática no padrão de resposta da
FCR não foi examinada através da medida direta de marcadores da atividade
autonômica. Além disso, não foi acompanhado o desfecho clínico longitudinal destes
pacientes.
6.7 Aplicabilidade Clínica
A FCR
1
no TC6M possui importância fundamental para a compreensão do
comportamento da intolerância ao exercício, em pacientes com ICFER em uso de βB
no cenário da enfermidade cardiovascular, demonstrando grande relevância. Vários
caminhos específicos m sido tomados objetivando o uso do TC6M como ferramenta
coadjuvante para avaliação prognóstica do paciente
com IC.
Estes dados apontam que a FCR
1
no TC6M poderia ter um potencial de aplicabilidade
na avaliação da capacidade funcional em pacientes com IC estável, sendo mais
representativo das atividades de vida diária, refletindo de forma indireta a qualidade de
vida.
A FCR
1
é uma variável facilmente obtida que apresenta significativo valor prognóstico
independentemente e em combinação com a DP6M em pacientes com IC.
Diversos estudos confirmam a impressão de que a FCR
1
obtida no TC6M poderia
apresentar aplicabilidade clínica como um indicador de prognóstico em pacientes com
IC, mesmo naqueles pacientes em estágios mais avançados da doença, em que a
tolerância ao esforço é marcadamente limitada.
Portanto, a associação da FCR
1
e DP6M fornece informação clínica sobre
intolerância ao exercício e poderia representar potencialmente uma ferramenta de
avaliação não-invasiva, simples, fácil de medir, aplicada na avaliação da tolerância
ao esforço, assim como para identificar pacientes de alto risco e avaliar resultados
terapêuticos em pacientes com IC em uso de beta-bloqueadores.
C
C
O
O
N
N
C
C
L
L
U
U
S
S
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Õ
E
E
S
S
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O presente estudo demonstrou alguns achados originais.
1- O achado mais importante consiste na determinação do padrão de resposta da
FCR
1
decorrente do TC6M nos pacientes com ICFER com e sem uso de βB e em
indivíduos saudáveis.
A resposta da FCR
1
demonstrada foi menor nos pacientes em uso de βB em
comparação aos pacientes que não utilizavam βB e aos voluntários saudáveis.
2- Houve correlação linear entre a FCR
1
e a DP6M tanto nos pacientes em uso de BB
quanto nos voluntários saudáveis, entretanto não houve correlação nos pacientes que
não utilizavam βB .
Os pacientes com ICFER em uso de βB apresentaram maior tolerância ao exercício,
apesar da atenuada resposta da FCR
1,
em comparação aos pacientes que não
utilizavam βB.
3- Um menor déficit cronotrópico no TC6M foi encontrado nos pacientes com IC em uso
de βB. Da mesma forma, a FC basal e a FC de pico foram menores nos pacientes com
IC em uso de βB.
A FCR
1
é uma variável facilmente obtida e apresenta significativo valor prognóstico
independentemente e em combinação com a DP6M em pacientes com IC.
A incorporação da FCR
1
obtida no TC6M na avaliação do perfil de risco cardiovascular
na prática clínica, poderia representar uma alternativa para avaliação de pacientes com
IC em estágios severos da doença, em que muitas vezes o teste ergoespirométrico não
seria bem tolerado.
Novos estudos deveriam ser realizados para avaliar se a FCR
1
poderia ter impacto
prognóstico independente da DP6M no TC6M.
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ANEXOS
Anexo 1: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título do Projeto: Polimorfismos Genéticos envolvidos no prognóstico e na resposta
terapêutica em pacientes portadores de Insuficiência Cardíaca.
Pesquisadores responsáveis: Dr Evandro Tinoco Mesquita e Dra Georgina Severo Ribeiro
Instituição a que pertencem os pesquisadores: Universidade Federal Fluminense
Telefone para contato: 9985-7631 2629-9095 \ 9614-3132
Nome do voluntário: __________________________________________________________
Idade: _______anos R.G.: ____________________
Responsável Legal (quando for o caso): ___________________________________________
R.G. do responsável legal: _____________________________________________________
O Sr(a) está sendo convidado a participar do projeto de pesquisa “Polimorfismos genéticos
envolvidos no prognóstico e na resposta terapêutica em pacientes portadores de Insuficiência Cardíaca”,
de responsabilidade dos pesquisadores Dra Georgina Severo Ribeiro e Dr Evandro Tinoco Mesquita. Este
projeto de pesquisa segue os padrões éticos e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense e pelo Comitê Nacional de Ética em Pesquisa
(CONEP-Brasília) do Conselho Nacional de Saúde (Ministério da Saúde).
O projeto tem como objetivo avaliar a sua herança genética (tendência na família que passa
de pais para filhos)em relação às doenças do coração e ao efeito do seu tratamento, porque essa herança
genética pode estar relacionada à problemas no coração e aos remédios utilizados no seu tratamento.
Participando do estudo, os seus dados pessoais e as informações referentes a tratamentos e doenças
prévias (que já teve antes), assim como as da sua consulta atual (doença cardíaca, tratamentos, exames
realizados e evolução clínica) serão anotados na ficha de dados da pesquisa por um dos médicos da
equipe. No dia da sua inclusão estaremos agendando novas consultas para daqui a 3, 6 e 12 meses para
que seja registrada a evolução da sua doença. Os exames serão realizados no material genético isolado do
sangue que ficará armazenado sob a guarda do Laboratório de PCR do Hospital Universitário Antônio
Pedro, para estudos relacionadosà doenças do coração. O seu tratamento será decidido pelo médico
assistente e pela equipe médica do hospital, e não será influenciado pela equipe envolvida no projeto.
Além disso, os pacientes que participarem dessa pesquisa não estarão expostos a nenhum risco adicional,
tratamento novo, procedimento ainda em experiência ou qualquer ônus econômico (não terão que pagar
nada), em decorrência da pesquisa. O paciente poderá interromper sua participação neste estudo a
qualquer momento, sem necessidade de justificativa, e esta decisão não incorrerá em qualquer prejuízo
para o seu tratamento. As informações obtidas estarão disponíveis para o participantes e poderão ser
utilizadas neste projeto de pesquisa sem seu nome seja revelado.
O benefício esperado com este trabalho será avaliar a influência desta herança genética na
ocorrência de doenças do coração e definir o tratamento que funciona melhor.
Eu,______________________________________________________, RG nº__________,
(paciente ou seu responsável legal) declaro ter sido informado e concordo em participar, como voluntário,
do projeto de pesquisa acima descrito.
Niterói,____de_______________________de________
Nome e assinatura do paciente ou seu
representante legal.
Nome e assinatura do responsável por
obter o termo.
Testemunhas
78
78
1
1
Anexo 2: FICHA DE AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA PARA O TC6M
PROTOCOLO DO TESTE de CAMINHADA dos 6 MINUTOS
TC6M Data:__/__/__
N° Prontuário
Nome_________________________________________ Idade____ Cor_____
Peso_____ kg Altura_____cm IMC______ _________Sexo M F Ocupação______________
Diagnostico Provável:__________________________________ ICT:______
Co-morbidades: HAS DM DAC DPOC Anemia DAP DR Outras
Cirurgia Previa: Sim Não / _______________ Sedentarismo Sim Não Programa de RC
Sim Não
Tabagismo _____anos Cessou em:__________
Etilismo _____anos Cessou em:__________
Tratamento Farmacológico
Medicamentos em Uso
Dosagem
IECA
Digoxina
Diurético
Hidralazina-Nitrato
Bloq.Recep de Angiotensina
Β-bloqueadores
Espirolactona
Amiodarona
Dobutamina
Anticoagulantes
Fez uso do Medicamento no dia do teste? Sim Não / _________________________
Hora da ultima refeição:_____hs Uso de Cafeína? Sim Não
CRITÉRIO DE EXCLUSÃO PARA O TC6M:
Dor; desordens neuro-musculares ; desordens músculo-esqueléticas ; claudicação intermitente ; angina
instável ; hipertensão severa ; arritmias graves ; DCV que possam impedir o teste.
2
2
Parâmetros Basais
Pressão Arterial _____________mmHg Freqüência Cardíaca ________bpm
Freqüência Respiratória ______ipm SpO2__________
Ausculta Pulmonar
Crepitação em Bases Sim Não Sibilos Sim Não MV UA
Ausculta Cardíaca
______________________________________________________________
Arritmias Sim Não Cianose Sim Não Sudorese Sim Não
Ictus Sim Não TJ Sim Não
Classe Funcional (NYHA)
I
II
III
IV
Variáveis durante o Teste
Numero de voltas: __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __
FC durante o teste 2 min_____bpm 4 min_____ bpm 6 min_____
Fadiga (Borg 0-10) durante o teste 2 min_____ 4 min_____ 6 min_____
Dispnéia (0-5) durante o teste 2 min_____ 4 min_____ 6 min_____
SpO
2
2 min_____% 4 min_____ % 6 min_____%
Parâmetros
Basal
s-teste
Hora
Hora
FC
FC: -____ 1° min __3° min __5° min __ 7° min __
PA
PA
FR
FR
3
3
Interrupção ou pausa antes dos 6 min? Não Sim Tempo (cronômetro): ________ Distância
_______metros
Motivo___________________________________________________________
Outros sintomas ao fim do teste:
Dor torácica Sim Não - Tonteira / Vertigem Sim Não - Dor (MMII): Sim Não
Quadril; coxa; panturrilha - D E Ambas Dispnéia Sim Não
Numero de voltas: _______ (x 60 metros) + volta final _____metros = ______metros
DISTANCIA TOTAL PERCORRIDA EM 6 MINUTOS: _______metros
Ausculta Pulmonar
Crepitação em Bases Sim Não Sibilos Sim Não MV UA
Ausculta Cardíaca
______________________________________________________________
Arritmias Sim Não Cianose Sim Não Sudorese Sim Não
Ictus Sim Não TJ Sim Não
Observações:__________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
Interpretação:_________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
SpO
2
SpO
2
Borg Dispnéia
Borg Dispneia
Borg Fadiga
Borg Fadiga
4
4
QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA DE MINESOTA
Questionário de Minnesota ”Vivendo com a IC” Escore____________
Item
Não
Muito
Pouco
Multíssimo
Item
Não
Muito
Pouco
Multíssimo
Item
Não
Muito
Pouco
Multíssimo
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5
Dados Referentes ao Último Mês
Protocolo de Boston
Dispnéia Freqüência Cardíaca
Dispnéia em repouso 91-110
Ortopnéia >110
Dispnéia paroxística noturna (último episódio) Arritmias Sim Não
Dispnéia andando Ausculta Pulmonar
Dispnéia subindo Estertores basilares
EAP prévio Além da base
Asma Brônquica Sibilos
Tipo e Padrão resp.__________/__________ Uso de acessórios Sim Não Obs:____________
Respiração paradoxal Sim Não Roncos Noturnos Sim Não
Tiragem intercostal Tiragem supra-esternal
Cianose Sim Não Extremidades frias Sim Não Sudorese Sim Não
Circunferência Abdominal_______ cm
Cirtometria de tórax : Insp. Máx_ A.X.____cm A.L.____cm
Exp. Máx_ A.X.____cm A.L.____cm Eupnéia_ A.X.____cm A.L.____cm
RX de tórax em___/___/_____
Edema alveolar
Edema intersticial
Derrame pleural
Redistribuição do lobo superior
Cardiomegalia Índice cardio-torácico > 0,50 < 0,50
ESCALA DE BOSTON
Categoria I - História Clinica
Categoria II - Exame Físico
Categoria III -RX de Tórax
ESTÁGIOS DA IC
5
5
A
B
C
D
6
6
Anexo 3: QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA DE MINESOTA
UFF Ambulatório de IC Projeto Polimorfismos Genéticos Prof. Evandro Tinoco Mesquita
Nome:_____________________________________________Idade____
End:_____________________________________________ Tel:__________
Nº PRONT._________
Questionário de
Minnesota”Vivendo com a IC”
Item
Não
Muito Pouco
Multíssimo
1. “Inchaço” nas pernas
0
1 2 3 4
5
2. Dificultando suas tarefas caseiras
0
1 2 3 4
5
3. Dificultando suas relações sociais e/ou familiares
0
1 2 3 4
5
4. Exigindo que você permaneça sentado ou deitado durante o
dia
0
1 2 3 4
5
5. Tornando-o cansado, fatigado ou sem disposição.
0
1 2 3 4
5
6. Dificultando seu trabalho e sobrevivência econômica
0
1 2 3 4
5
7. Dificultando-lhe caminhar ou subir escadas
0
1 2 3 4
5
8. Provocando “falta de ar”
0
1 2 3 4
5
9. Dificultando seu sono à noite
0
1 2 3 4
5
10. Não lhe permitindo comer como gostaria
0
1 2 3 4
5
11. Dificultando-lhe sair de casa
0
1 2 3 4
5
12. Dificultando sua vida sexual
0
1 2 3 4
5
13. Dificultando seu lazer
0
1 2 3 4
5
14. Dificultando sua capacidade de concentração ou a
memória
0
1 2 3 4
5
15. Efeitos colaterais (desagradáveis) dos remédios
0
1 2 3 4
5
16. Tornando-lhe preocupado e ansioso
0
1 2 3 4
5
17. Fazendo sentir-se deprimido
0
1 2 3 4
5
18. Gastos com medicamentos, médicos e hospitais.
0
1 2 3 4
5
19. Sensação de não ter mais controle sobre a sua vida
0
1 2 3 4
5
20. Internação em hospital
0
1 2 3 4
5
21. Sentimento de ser um “peso” (estorvo) para a família e
amigos
0
1 2 3 4
5
Escore:___________
Instruções: As questões dizem respeito de sua doença no último mês.
O item citado não lhe prejudica em nada, circule o zero;
O item lhe impede ou lhe dificulta de viver como gostaria, circule o algarismo que melhor
representa o grau de dificuldade.
Obs.:___________________________________________________________
_______________________________________________________________
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