61
Se eu não me engano, [...] na reunião passada, (E3) falou que, e hoje também
falaram, num sei se é 5%, uma coisa assim... [...] Eu sei que tem pro
carnaval, eu sei que tem pro esporte. Mas se tem pra isso, propriamente
destinado, não, deve ser da Secretaria, né, deve ter [...] a verba pra eles
fazerem algum projeto, alguma coisa, mas, assim... O [grupo de E9] vai
montar um projeto. Já existe aquele dinheiro “x” que o grupo pode utilizar?
Conheço não. Se tem, não é divulgado (E2 – representante de EC, suplente).
Na verdade, ainda não. Mas a secretária já sinalizou [...], na verdade tá se
criando. Porque não tem [...] uma pasta da cultura. É a Secretaria de Cultura,
Turismo e Meio Ambiente. Agora até o mês de, se eu não me engano,
outubro ou novembro, vai ser criada só a pasta da Cultura e do Meio
Ambiente, e aí sim, com certeza, a gente vai ter orçamento. [...] (E3) tem
lutado muito (E6 – representante da Secretaria de Educação).
Tem que existir, né? Porque o conselho tem que ter seu orçamento que possa
dispor pra alguma coisa. Eu acho que nesse último orçamento aprovado, eu
acredito que alguma coisa caiu para o conselho de cultura (E8 –
representante de EC, suplente).
Não. O orçamento da cultura ele é englobado [...] à Secretaria de Turismo e
Cultura. Porque a Secretaria não é só de Turismo. É Secretaria de Turismo e
Cultura. Então no orçamento [...], vem especificado o que a Secretaria pode
gastar com culturas [...]. Ela é desmembrada no orçamento, porque ela tem a
verba no orçamento para a cultura, como tem pro turismo, como tem pra
eventos, como tem pro meio ambiente (E1 – representante da Câmara).
Das falas acima, podemos destacar alguns aspectos. Primeiro, a menção ao fato de
não existir ainda fundo próprio para a cultura. Segundo, uma denúncia da falta de
transparência na prestação de contas. Terceiro – que está relacionado com o segundo – um
conhecimento pouco claro em relação aos repasses à Secretaria por parte dos conselheiros
suplentes (em um caso, aparentemente há desconhecimento até mesmo em relação às pastas
que compõem a secretaria “é Secretaria de Turismo e Cultura”). Quarto, a crítica à forma
como se aplica a dotação orçamentária (o orçamento não é executado como deveria, a menção
ao carnaval como evento acumulador das despesas).
Além disso, é mencionado que a distribuição de recursos não é atrelada a um
sistema de avaliação.
A maneira como é praticada a divisão do que se tem como recurso pra gastar
com cultura, não dá pra gente ter a real noção de quantas pessoas ou de
quantificar [...]. Qual é a qualidade desse atendimento [...], se não tem
indicadores? [...] Um grupo chega lá dizendo que quer um recurso pra uma
regata de botes, sei lá, da comunidade X. Tá. Ele vai lá, recebe aquele
recurso, mas [...] não retorna pra dizer qual foi a atividade desenvolvida,
quantas pessoas foram atendidas, se houve oficina, se não houve (E4 –
representante de EC)
Por outro lado, existe entre os conselheiros, a exemplo do discurso de E4, a
consciência de que a criação do fundo não garantirá tranquilidade nas decisões, nem