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ROBSON LUIZ AMPESSAN
A INFLUÊNCIA DA ESPESSURA DE CERÂMICA NA FOTOATIVAÇÃO DE UM
CIMENTO RESINOSO DUAL EM DIFERENTES TEMPOS DE ATIVAÇÃO
UTILIZANDO -SE DIFERENTES FONTES DE LUZ.
CAMPINAS
2009
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ROBSON LUIZ AMPESSAN
A INFLUÊNCIA DA ESPESSURA DE CERÂMICA NA FOTOATIVAÇÃO DE UM
CIMENTO RESINOSO DUAL EM DIFERENTES TEMPOS DE ATIVAÇÃO
UTILIZANDO-SE DIFERENTES FONTES DE LUZ.
Dissertação apresentada ao Centro de
Pós-Graduação / CPO São Leopoldo
Mandic, para obtenção do grau de Mestre
em Odontologia.
Área de Concentração: Prótese
Orientador: Prof. Dr. Pedro Paulo Feltrin
Co-Orientador: Prof. Dr. Sergio Vieira
CAMPINAS
2009
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FOLHA DE APROVAÇÃO
Aos meus pais Itamar e Dulce, sogros Joany e
Ramza, exemplos de dedicação à vida e aos
filhos, exemplos de família.
Agradeço à eles pela oportunidade, pela
educação, pelo amor e pela confiança que
sempre depositaram em mim.
À minha esposa Cristiane, pelo apoio e o
incentivo para crescer em tudo que faço.
Aos meus filhos, Lucca, Manoella e Eduarda,
pela paciência e compreensão da minha
ausência.
Afinal, “Quem faz o que sempre fez, terá o que
sempre teve”.
Obrigado!
Dedico a vocês este trabalho!
AGRADECIMENTOS
À Deus pelo dom da vida, por iluminar sempre, me proteger em tudo que faço e pela
minha família.
Ao professor Dr. Sérgio Vieira, pela confiança, pelo incentivo constante e amizade.
Às colegas e amigas Dra. Juliana Martin e Vladja Torno, sem vocês não sei o que
seria, obrigado.
Ao professor Dr. Pedro Paulo Feltrin, ensinamento de vida, “Deixe pro juízo final”.
Aos mestres, que nos impulsionaram a buscar vida nova a cada dia, dedicando seu
tempo ao ensino, com carinho e paciência, em especial ao professor Dr. Artêmio
Luiz Zanetti que exala amor à odontologia com conhecimento incontestável ,muito
obrigado .
Agradeço à C.P.O. São Leopoldo Mandic por me acolher em suas instalações com
organização e eficiência para que eu pudesse alcançar passo tão importante em
minha vida profissional.
A todos aqueles que fazem parte do meu caminho que resultará em grande
satisfação e orgulho a todos que torceram e torcem pelo meu crescimento pessoal e
profissional.
RESUMO
Este estudo avaliou por meio de ensaios de dureza Knoop, a efetividade de
polimerização do cimento resinoso Nexus 2 (Kerr) de presa dual, quando fotoativado
através de uma pastilha de cerâmica feldspática, confeccionada com diferentes
espessuras (1, 2, 3mm) e fotoativada em dois tempos (60 e 120 segundos). A
fotoativação foi realizada com duas Unidades Fotopolimerizadoras (UFs) de alta
intensidade: um LED Radii (SDI) e um aparelho de luz halógena (LH) Optilux 501
(Demetron). Oitenta corpos de prova do cimento resinoso dual foram confeccionados
utilizando-se uma matriz de teflon com orifício central de 5mm de diâmetro e 0,5mm
de profundidade. Os corpos de prova foram divididos em 16 grupos, de acordo com
a espessura da pastilha cerâmica, tipo de aparelho fotoativador e tempo de
exposição. Foram confeccionados 40 espécimes para cada Unidade
Fotopolimerizadora (UF). Após 48 horas de armazenamento em ambiente úmido,
com recipiente escuro, foram realizados os ensaios de microdureza Knoop, na
superfície dos espécimes. Os dados foram tabulados e submetidos a ANOVA e ao
Teste Tukey (p<0,05). Os resultados encontrados mostram que independente de
luzes e tempos, os valores de microdureza diminuiram com o aumento da espessura
da cerâmica. A luz halógena promoveu maiores valores de microdureza,
independente de espessuras e tempos. Em relação ao tempo de fotoativação,
independentemente de espessuras e luzes, os valores de microdureza foram
maiores para os tempos de 120 segundos. Os resultados da interação entre os
valores dios da microdureza Knoop, segundo espessuras e luzes, independente
de tempos, mostrou que em 1 e 2mm de espessura, a luz halógena promoveu
maiores valores de microdureza, quando comparados com o LED. Pode-se concluir
que a UF que apresentou melhores resultados em profundidade de polimerização foi
a LH, independente do tempo de fotoativação (60 ou 120 segundos); as medidas de
microdureza foram mais constantes com o tempo de 120 segundos, para as duas
UFs.; e que, aumentando-se a espessura da cerâmica diminui-se a dureza do
cimento resinoso, ou seja, a profundidade de polimerização do cimento é
diretamente relacionada à espessura da porcelana sobre este.
Palavras chaves: Cimento resinoso. microdureza Knoop. Irradiância. LED. luz
halógena. Fotoativação. cerâmicas odontológicas
ABSTRACT
In this study Knoop microhardness tests were used to evaluate the effectiveness of
dual setting Nexus 2 (Kerr) resinous cement polymerization, when light activated
through feldspathic ceramic pellets of different thicknesses (1, 2, 3mm) and light
activated for two times (60 and 120 seconds). Light activation was performed with
two different, high intensity Light Polymerizer Units (LPUs): a LED Radii (SDI) and a
Halogen light appliance (HL) Optilux 501 (Demetron). Eighty dual setting resinous
cements specimens were made, using a Teflon matrix with a central orifice 5mm in
diameter and 0.5mm depth. The test specimens were divided into 16 groups,
according to the ceramic pellet thickness, the type of light activator unit and exposure
time. Forty specimens were made for each Light Polymerizer Unit (LPU). After 48
hours storage at 100% humidity in a dark receptacle, Knoop microhardness tests
were performed at the surface of the specimens. The data were tabulated and
submitted to ANOVA and Tukey tests (p<0.05). The results found showed that
irrespective of the lights and times, the microhardness values diminished with the
increase in ceramic thickness. Halogen light produced the highest microhardness
values, irrespective of thicknesses and times. As regards light activation time,
irrespective of thicknesses and lights, the microhardness values were higher for the
times of 120 seconds. The results of the Interaction among the mean Knoop
microhardness values, according to thickness and lights, irrespective of times,
showed that at 1 and 2mm thickness, halogen light produced the highest
microhardness values when compared with LED. It could be concluded that the LPU
that presented the best results at polymerization depth was HL, irrespective of the
light activation time (60 or 120 seconds); the microhardness means were more
constant with the time of 120 seconds, for both lights; and that when the ceramic
thickness was increased, the resinous cement hardness diminished, that is to say,
the polymerization depth of the cement is directly related to the thickness of the
ceramic on it.
Key Words: Resinous cement. Knoop microhardness. Irradiance. LED. Halogen light.
Light activation. Dental ceramics.
LISTA DE ABREVIATURAS
CQ - Canforoquinona
FPs - Fotopolimerizadores
LED - Light Emitting Diodo
LHs - Luzes halógenas
LH - Luz halógena
RC - Resina Composta
UF - Unidade fotopolimerizadora
UFs - Unidades fotopolimerizadoras
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Cimento resinoso Nexus 2 (Kerr) na cor A3..............................................42
Figura 2 - Matriz de teflon com orifício central de 5mm de diâmetro e 0,5mm de
profundidade sobre lâmina de vidro. .......................................................42
Figura 3 - Inserção do cimento no interior da matriz. ................................................42
Figura 4 - Acomodação de uma tira de poliéster sobre o orifício com o auxílio de
dois mini “grampos”.................................................................................43
Figura 5 - Acomodação da lamina de cerâmica sobre a matriz.................................43
Figura 6 - Diferentes espessuras da lamina de cerâmica, 1, 2 e 3mm......................44
Figura 7 - Fotoativação com a ponta diretamente sobre a lâmina de cerâmica. .......44
Figura 8 - Aparelho fotopolimerizador de luz halógena Optilux 501- ponta
convencional ...........................................................................................45
Figura 9 - Aparelho fotopolimerizador tipo LED Raddi SDI. ......................................45
Figura 10 - Marcação da base do corpo de prova com caneta de retroprojetor........46
Figura 11 - Remoção dos excesso com lamina de bisturi n.12. ................................46
Figura 12 - Remoção dos corpos de prova da matriz com pressão ..........................46
Figura 13 - Vista frontal do corpo de prova de cimento resinoso. .............................47
Figura 14 - Corpos de prova armazenados em recipiente escuro, á prova de luz,
em um ambiente úmido...........................................................................47
Figura 15 - Corpos de prova armazenados e marcados em diferentes grupos.........48
Figura 16 - Microdurômetro HVS-1000 utilizado para as medidas de microdureza ..49
Figura 17 - Micrografia da impressão Knoop no corpo de prova- (MEV JEOL -
JSM 6360-LV)..........................................................................................49
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1- Dureza Knoop média segundo espessura................................................52
Gráfico 2- Dureza Knoop média segundo luz............................................................53
Gráfico 3 - Dureza Knoop média segundo tempo .....................................................54
Gráfico 4- Dureza Knoop média segundo espessura e luz .......................................56
Gráfico 5- Dureza Knoop média segundo espessura e tempo..................................57
Gráfico 6- Dureza Knoop média segundo luz e tempo..............................................59
Grafico 7- Dureza Knoop média segundo espessura, luz e tempo ...........................61
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Perfil técnico das unidades polimerizadoras utilizadas, de acordo com
os dados fornecidos pelos fabricantes ....................................................41
Tabela 2 - Materiais utilizados e grupos experimentais utilizando-se a UF Optilux
501. .........................................................................................................48
Tabela 3 - Materiais utilizados e grupos experimentais utilizando-se a UF Radii......48
Tabela 4 - Estatísticas descritivas da variável Dureza Knoop segundo espessura...51
Tabela 5 - Estatísticas descritivas da variável Dureza Knoop segundo luz...............52
Tabela 6 - Estatísticas descritivas da variável Dureza Knoop segundo tempo .........53
Tabela 7 - Estatísticas descritivas da variável Dureza Knoop segundo espessura
e luz.........................................................................................................55
Tabela 8 - Estatísticas descritivas da variável Dureza Knoop segundo espessura
e tempo ...................................................................................................56
Tabela 9 - Estatísticas descritivas da variável Dureza Knoop segundo luz e tempo.58
Tabela 10 - Estatísticas descritivas da variável Dureza Knoop segundo
espessura, luz e tempo ...........................................................................60
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................12
2 REVISÃO DA LITERATURA.................................................................................16
3 PROPOSIÇÃO ......................................................................................................40
4 MATERIAL E MÉTODO ........................................................................................41
5 RESULTADOS......................................................................................................51
6 DISCUSSÃO .........................................................................................................62
7 CONCLUSÃO........................................................................................................67
REFERÊNCIAS.........................................................................................................68
ANEXO A - ESTATÍSTICA COMPLETA ..................................................................71
ANEXO B - APROVAÇÃO COMITÊ DE ÉTICA .......................................................94
12
1 INTRODUÇÃO
Restaurações funcionais e estéticas de dentes com ampla perda
estrutural representam um grande desafio ao profissional na prática diária. A busca
por materiais restauradores estéticos tem direcionado as pesquisas para o
desenvolvimento de sistemas que permitam a restauração do sorriso, mantendo-se a
naturalidade e a funcionalidade dos dentes.
Dentre os materiais restauradores estéticos, as cerâmicas dentais tem se
destacado em função das suas excelentes propriedades ópticas, biocompatibilidade
e estética. A cerâmica é considerada o material sintético que mais se assemelha à
aparência natural dos dentes devido a sua capacidade de reproduzir as sombras e a
translucidez da estrutura dental (Peutzfelder, 2001). Para a fixação destas
restaurações ao remanescente dental, o material de escolha é o cimento resinoso
(Rosemblum, Schulmann, 1997). Este material apresenta como vantagens a união
ao remanescente dental, baixa solubilidade, facilidade de manipulação e boa
estética (Rosemblum, Schulmann, 1997; Frankenberger et al., 2000).
Com o desenvolvimento dos cimentos resinosos fotoativados houve um
ganho em relação ao tempo de trabalho, contudo houve uma diminuição do grau de
conversão da resina, devido à atenuação da luz através da cerâmica (Ruyter,
Oysaed, 1982). Essa atenuação pode ser causada pelas características de absorção
da luz sob o material restaurador (Cook, 1982), bem como, da inabilidade da luz em
penetrar pela porcelana ou pela margem gengival. Para remediar essa limitação na
polimerização dos cimentos resinosos fotoativados, foram introduzidos os cimentos
13
resinosos duais que são produtos que apresentam cura química e por meio da
ativação da luz (Rueggeberg, Caughman, 1993).
Apesar da extensa gama de cimentos disponíveis atualmente, não um
cimento ideal para todas as situações clínicas. E, a escolha do agente de
cimentação deve basear-se nas suas propriedades físicas e biológicas e, ainda, do
remanescente preparado e da peça protética (Rueggeberg, Caughman, 1994;
Rosentiel et al., 2001; Federlin et al., 2004; Knezevic et al., 2001). Rueggeberg &
Caughman (1993) apontaram que a eleição do agente cimentante esta vinculada
com as condições físicas da restauração indireta em cerâmica, pois a grande
espessura destas restaurações não permitem a passagem da luz nas regiões mais
profundas (Rueggeberg, Caughman, 1993). Assim, a reação química dos cimentos
resinosos duais garante uma polimerização mais completa (Rueggeberg,
Caughman, 1993). Breeding et al. (1991) demonstraram a influência da espessura
da cerâmica sobre o cimento resinoso, bem como da cor e da duração da exposição
da luz sobre a dureza dos cimentos resinosos duais.
Desta forma, caso o cimento resinoso não receba um número suficiente
de fótons em um apropriado comprimento de onda, proveniente da fonte de luz, o
grau e a extensão da polimerização podem ser inadequados prejudicando a adesão
da peça protética (Vandewalle et al., 2004). E com a finalidade de tornar o processo
de fotoativação dos materiais resinosos mais eficientes, muitos tipos de fontes de luz
têm sido desenvolvidas (Dunn, Bush, 2002).
A fonte ativadora mais utilizada na prática odontológica é a luz halógena
convencional de quartzo-tungstênio (Dunn, Bush, 2002; Lopes et al., 2004). A maior
parte da energia luminosa produzida por este sistema é de raios infravermelhos
(95%), responsáveis pela produção de calor, com emissão de luz em um amplo
14
espectro de comprimento de onda, sendo necessária à utilização de filtros para
produzir energia na região de luz visível azul (400 a 500nm) (Braga et al., 2002;
Wiggins et al., 2004). Novos modelos de aparelhos surgiram no mercado com a
promessa de minimizar as desvantagens da LH e também diminuir o tempo de
exposição, como lasers de argônio e arco de plasma (Caldas et al., 2003). Contudo,
apesar dos fabricantes destacarem a significativa redução no tempo de
polimerização, alguns trabalhos na literatura mostram que as propriedades
mecânicas das resinas compostas não são comparáveis àquelas conseguidas com
lâmpadas convencionais (Kurachi et al., 2001; Wiggins et al., 2004).
Fatores como o tempo e modo de fotoativação, material restaurador
indireto e o agente de cimentação podem influenciar na qualidade final da
restauração (Dunn, Bush, 2002; Lopes et al., 2004; Wiggins et al., 2004). Inlays,
onlays e coroas de cerâmicas puras são comumente fixadas com cimentos
resinosos de dupla ativação, uma vez que existem áreas em que a exposição à luz é
crítica, o modo de ativação químico teoricamente garante uma polimerização
satisfatória. Tanto para o cimento dual como para o fotoativado, a aplicação de
tempos de ativação mais longos, resultam em maiores profundidades de
polimerização, maior grau de conversão e maior dureza (Breeding et al., 1991;
Lopes et al., 2004) conseqüentemente propriedades mecânicas e estéticas
melhoradas (Braga et al., 2002).
Com o objetivo de superar as deficiências de polimerização usando luz
halógena. Mills (1995) propôs o uso de uma Luz Emitida por Diodo (LED). Este tipo
de luz não utiliza filamentos luminosos e, portanto, apresenta uma vida útil superior e
baixo consumo de energia, quando comparadas às luzes halógenas. Além disso,
com alguns LEDs é possível emitir uma energia concentrada em um estreito
15
comprimento de onda, entre 450 e 490nm, intervalo que atinge o pico de absorção
da canforoquinona. Vários trabalhos sobre propriedades mecânicas foram
publicados após autores como Kurachi et al. (2001)
e Wiggins et al. (2004)
apontarem a necessidade de informações adicionais sobre as propriedades
mecânicas dos compósitos polimerizados com LEDs, a fim de poder julgar o seu
potencial mais adequadamente.
Apesar de novos aparelhos fotoativadores serem lançados no mercado
odontológico, dúvidas permanecem quanto à efetividade de polimerização dos
materiais resinosos ativados com estes aparelhos. Assim, a observação do
comportamento desses materiais in vitro pode ser considerada importante, uma vez
que pode fornecer informações relevantes sobre a técnica e os materiais
empregados, e ainda prever o comportamento clínico, resultando numa melhora do
desempenho e longevidade das restaurações indiretas.
Deste modo, a presente pesquisa, pretende examinar a extensão da
polimerização de um cimento resinoso de ativação dual sob diferentes espessuras
de cerâmica feldspática, fotoativadas com um LED e um aparelho de luz halógena,
ambos de alta intensidade em diferentes tempos. A capacidade de polimerização e
de penetração da luz pelas duas UFs., atualmente mais utilizadas na prática clínica,
será avaliada por meio de ensaios de dureza.
16
2 REVISÃO DA LITERATURA
Asmussen (1982) observou a influência da composição química da resina
composta na polimerização, correlacionando-a com as propriedades mecânicas dos
compósitos. O grau conversão determina as propriedades mecânicas dos
compósitos e reflete a eficácia da polimerização. O mesmo pode variar conforme a
estrutura dos monômeros envolvidos e a capacidade dos metacrilatos se difundirem
através da matriz polimérica a reagir com radicais terminais das cadeias. A dureza e
a resistência à tração dos compósitos estavam relacionadas com a quantidade de
duplas ligações remanescentes, com o grau de conversão e também com a natureza
dos monômeros e sistemas catalisadores envolvidos. Uma menor quantidade de
inibidor pode ter causado uma maior proporção de ligações duplas convertidas para
serem ligadas a outras ligações cruzadas de polímeros. No entanto, ligações
convertidas não necessariamente indicam maior grau de conversão visto que a
reação pode ter ocorrido com oxigênio ou com uma molécula do inibidor sem
aumentar as ligações cruzadas.
Jonhston, et al. (1985) apresentaram um modelo matemático para
obtenção de valores de dureza considerando uma adequada polimerização das
RCs. Este modelo descreve a razão dos valores de dureza em função do tempo
após a irradiação. Para o experimento, foram utilizadas duas RCs fotoativadas (Silux
- 3M e Heliosit - Vivadent) e uma RC ativada por luz ultravioleta (Nuva Fil - L.D.
Caulk Comp.). Foram preparadas amostras cilíndricas de 5mm de diâmetro e 2,5mm
de profundidade e polimerizadas por 20 e 40 segundos. O teste de dureza Barcol foi
realizado nos tempos de 0, 10, 20, 30, 40, 50 e 60 minutos de pós - irradiação, com
1 e 7 dias. O modelo matemático foi desenvolvido usando uma análise de regressão
17
não-linear para cada razão topo/base usando as 3 RCs. Foi utilizada a análise de
variância, para a análise da razão B/T, para as 3 RCs de um a sete dias para
verificar se existe diferença entre o maior tempo de irradiação e o menor tempo(20s).
Os resultados mostraram que os valores de dureza, para ambas as superfícies (topo
e base) e tempos de irradiação e RC testadas foram diferentes entre si. Com base
nos dados conseguidos através da análise de regressão dos valores (B/T), deve-se
atingir, para uma adequada polimerização, valores superiores a 93,5% para essa
razão. Contudo, para aplicação prática desta razão, pode-se considerar como 90%.
Este modelo apresentou pequeno erro, quando comparado aos valores reais obtidos
em laboratório e seu caráter genérico proporcionou indicar similaridades entre
valores de dureza (B/T) aceitáveis para promover uma polimerização adequada das
RCs.
Ferracane (1986) determinou a profundidade de polimerização de resinas
compostas fotopolimerizáveis por luz visível através de teste de dureza Knoop e de
análise de espectroscopia infravermelha. Resinas compostas (Prisma Fine, Prisma
Fil e Aurafill) de diferentes composições e cores foram utilizadas na confecção de
espécimes com 5mm de espessura, os quais foram expostos à luz por 40 segundos,
a distância de 2mm da superfície do material. Após o armazenamento durante 24
horas, à temperatura de 37ºC, os espécimes foram submetidos ao teste de dureza
Knoop com impressões realizadas a cada milímetro do material polimerizado, aa
profundidade máxima de 4mm. O grau de conversão foi avaliado por meio da análise
de espectroscopia, em corpos de prova confeccionados com matrizes metálicas de
4mm de diâmetro e 3mm de espessura. A partir dos resultados obtidos, os autores
concluíram que as resinas compostas de cores claras (L) apresentam maior
profundidade de polimerização do que as de cores mais escuras (Y,G,GB).
18
Entretanto, a cor mais escura das resinas composta Aurafill (GB) apresentou
resultados equivalentes aos obtidos com a cor mais clara (L) do mesmo material. Os
autores relataram ainda que a profundidade de polimerização pode ser menos
dependente da cor da resina composta do que de outros fatores, como por exemplo,
a capacidade de transmissão da luz através do material.
De Wald & Ferracane (1987) realizaram um estudo com a finalidade de
comparar os testes utilizados para determinação da profundidade de polimerização.
Compararam testes de raspagem, microscopia óptica, dureza e espectofotometria
por infravermelho. Moldes cilíndricos de alumínio com espessuras de 1 a 5mm foram
usados para a confecção dos espécimes, utilizando-se 3 resinas compostas com
diferentes tamanhos de partículas, e polimerizados por 40 segundos, com distância
da fonte de luz e o material de 1mm. Foram, também, confeccionados espécimes
para serem analisados quanto ao grau de conversão, em um espectofotometro,
todos armazenados por 48 horas. Os espécimes foram cortados longitudinalmente e,
para determinar a linha demarcatória entre as porções polimerizadas e não
polimerizada do material, as metades analisadas sob estereomicroscopia,
verificando-se a profundidade de cura. Depois, a porção não polimerizada foi
raspada e medida, novamente, a profundidade obtida. A dureza Knoop foi lida, nas
profundidades de 1 a 5mm, ao longo das superfícies seccionadas. Após os
resultados dos quatro testes serem confrontados, os autores concluíram que: 1) a
profundidade de polimerização foi influenciada pelo tamanho das partículas; 2) não
houve diferença significativa entre os valores de dureza superficial e nem o grau de
conversão na superfície do topo das amostras e na profundidade de 2mm; 3) os
testes ópticos e de raspagem foram similares e ofereceram valores
significantemente mais altos de profundidade de polimerização que aqueles obtidos
19
com outros testes; 4) até a profundidade de 2mm, houve correlação entre o grau de
conversão e teste de dureza, no entanto, para profundidades maiores que 2mm, o
grau de conversão decresceu mais rapidamente que para o teste de dureza.
Breeding et al. (1991) determinaram o efeito de diferentes tempos de
exposição de luz na polimerização de cimentos resinosos (duais e fotoativados)
utilizando várias espessuras e cores de resinas compostas indiretas. A combinação
de polimerização química e física dos cimentos resinosos duais demonstraram os
maiores valores de dureza. Os cimentos resinosos fotoativados obtiveram os piores
resultados de dureza, mesmo com tempo de 90 segundos, quando a espessura de
resina indireta ultrapassou 2mm.
Rueggeberg et al. (1994) verificaram o efeito da duração da exposição e
intensidade da fonte sobre a profundidade de polimerização. Foram realizadas
restaurações em forma de cilindro obtendo-se fatias do compósito que podiam ser
removidas do topo ou de uma distância de 1, 2 e 3mm internamente à superfície. Os
espécimes, feitos com resinas compostas de micropartícula e híbrida de cores
universal e cinza, foram polimerizados usando-se várias intensidades e diferentes
tempos de exposição para cada nível dentro do cilindro. A polimerização resultante
de cada tratamento foi determinada usando espectroscopia de infravermelho. Para
reduzir a intensidade da luz, utilizaram-se filtros que a reduziam de 100%
(800mW/cm
2
) a 29,2% (233mW/cm
2
). Os resultados da análise de variância a dois
critérios, indicaram que, na superfície da resina, somente o tempo de exposição é
um fator significante, contribuindo para a conversão de monômeros. Quando se
polimeriza 1mm do compósito, tanto o tempo de exposição quanto a intensidade
tornam-se fatores significantes. Nos níveis de 2 e 3mm de espessura, os fatores:
tempo de exposição, intensidade de luz e suas interações contribuem para a
20
polimerização da resina. Na superfície, os tempos de 40 ou 60 segundos produziram
espécimes similarmente polimerizados. Exposições de 60 e 80 segundos também
apresentaram resultados semelhantes. A 1mm de profundidade, todos os tempos de
exposição produziram polimerizações significantemente diferentes, com exceção de
60 e 80 segundos. Isto também foi percebido para 2 e 3mm, em que diferenças
estatísticas nos valores de conversão entre todas as combinações de tempos. Em
profundidades maiores que 2mm, pobres valores de cura foram encontrados e a
polimerização foi muito suscetível a mudanças de intensidades de luz e tempo de
exposição. Por estes resultados, recomendou-se tempo de exposição de rotina de
60 segundos, com intensidades de luz de pelo menos 400mW/cm
2
(medido por um
radiômetro comercial). Espessuras de camadas incrementais não deverão exceder
2mm, sendo a espessura de 1mm a ideal e unidades com intensidades inferiores a
233mW/cm
2
não deverão ser usadas, devido a suas pobres características de cura.
Para 2mm de profundidade, o aumento do tempo de exposição para 80 segundos
não proporcionou aumentos significativos de polimerização em relação 60
segundos.
Mills (1995) citou o LED como uma alternativa de fonte polimerizadora
para as resinas compostas e relatou que as unidades convencionais de fotoativação
fazem uso de uma lâmpada incandescente e apresentam desvantagem como:
necessitam de um filtro para gerar uma luz azul com comprimento de onda na região
de 468nm; o relativamente ineficazes, pois a luz consiste em vários comprimentos
de onda supérfluos e muito dessa energia é convertida em calor; e, com o uso
ocorre perda da potência efetiva e a lâmpada necessita ser trocada. os LEDs,
apresentam várias vantagens: utilizam baixas voltagens, têm longa vida útil, podem
ser projetados para emitir comprimentos de onda específicos, são compactos e sua
21
resistência ao choque e vibração é superior à das lâmpadas incandescentes. os
LEDs azuis, mais recentes, produzem luz através de um semicondutor de nitreto de
gálio. Afirma também que esperava pelo desenvolvimento de um aparelho a base de
LEDs para experimentá-lo como fotoativador de resinas compostas, e conseguiu um
pela empresa Ledtronics (Califórnia, EUA). Este aparelho polimerizou
satisfatoriamente uma amostra de resina com 5mm de diâmetro por 2mm de
profundidade após irradiação por 80 segundos. Estes resultados eram animadores,
que o comprimento de onda era 20nm inferior ao pico recomendado para
materiais fotossensíveis e o dispositivo funcionou com 50% de energia somente. O
autor concluiu a publicação sugerindo que os LEDs podem ser montados para emitir
um feixe de energia com comprimento de onda de 470nm, melhorando estes
primeiros resultados, vislumbrando um futuro próximo onde o dentista seria visto
usando o LED o somente como ponteira em palestras, mas também no
consultório.
Rosenblum & Schulman (1997) realizaram uma revisão, utilizando a
maioria dos tipos de sistemas cerâmicos. Os autores ressaltaram a importânciados
clínicos estarem familiarizados com os diferentes sistemas cerâmicos existentes.
Este artigo discute 5 tipos de sistemas cerâmicos relacionando seu processo de
confecção, características de resistência e desgaste. Os autores compararam
também os resultados apresentados em artigos in vitro e artigos clínicos, mostrando
a importância destes sistemas.
Rosenstiel et al (1998), o uso dos cimentos resinosos deve ser entendido
de acordo com alguns pontos: nenhum sistema adesivo apresenta grau de
conversão de monômero para polímero de 100%. Infelizmente, quanto menor o grau
de conversão de polímeros, piores são as propriedades mecânicas do cimento e sua
22
estabilidade a longo prazo. Para minimizar esse fator e proporção correta das
porções base/catalisador e foto ativação (quando necessária) por tempo adequado,
de todas as faces acessíveis da restauração, são procedimentos fundamentais para
otimizar, ao máximo possível, a polimerização dos cimentos resinosos. Também
deve-se levar em conta que os cimentos de ativação dual, que apresentam as duas
formas de polimerização, são suplementares e independentes, ou seja, a
polimerização química não irá ativar a porção fotossensível do cimento, caso a
exposição à luz seja suprimida, por exemplo, levando a uma subpolimerização do
material. Assim quando se emprega um cimento dual deve-se misturar
adequadamente as pastas (ou pó e líquido), assentar a peça, remover os excessos
o mais rapidamente possível e aplicar a fonte de luz, imediatamente, em todas as
faces visíveis da restauração. Dessa forma, a qualidade de monômeros residuais
não polimerizados será reduzida ao máximo, diminuindo, inclusive, a possibilidade
de ocorrência de sensibilidade s-operatória e inflamação pulpar. Ainda segundo
os autores, os cimentos de ionômero de vidro são indicados para cimentação de
restaurações em porcelana pura, mas devem ter sua indicação muita bem analisada
que devido a maior expulsividade que os preparos para peças protéticas exigem,
cimentos que apresentam maior retentividade às paredes do preparo se tornam mais
interessantes. Os silanos o associados a estes agentes cimentantes, irão realizar
a união entre cimento e cerâmica, e podem ser divididos em silanos ácido-ativados,
quimicamente ativados e os pré-ativados.
Rueggeberg (1999) publicou uma revisão sobre o processo de
polimerização e variedades de aparelhos polimerizadores existentes no mercado. As
diferenças pertinentes quanto a polimerização esta baseada na quantidade de
energia necessária para a polimerização ideal sendo necessário informações
23
adicionais dos fabricantes. Da mesma forma, o aparelho fotopolimerizador deve
indicar a intensidade de luz e comprimento de onda emitido. O espectro necessário
para uma RC deve combinar com o espectro de luz emitido pelo aparelho, pois caso
contrário, não haverá fotopolimerização. O autor define um conceito de energia total
de polimerização. A analogia é feita com um filme fotográfico, onde o tempo de
exposição é variado de acordo com as condições de luz ambiente e com a
sensibilidade do filme a ser usado. Um filme mais sensível vai necessitar de tempos
de exposição mais curtos em níveis menores de iluminação, do que filmes com
menor sensibilidade. Para calcular esta energia total, é necessário saber a
intensidade da FP (mW/cm
2
) e a duração do tempo de exposição em segundos.
Considerando uma RC que necessite de uma exposição de 40 segundos a 600
mW/cm
2
para obter uma polimerização de um incremento de 2mm de profundidade,
o total de energia concedida a esse material é o produto de 40s X 600mW/cm
2
ou
24000mJ/cm
2
(24J/cm
2
). Desta forma qualquer combinação de exposição e
intensidade que resulte em 24J/cm
2
deve propiciar a mesma quantidade de
polimerização.
Frankenberger et al. (2000) realizaram estudo clínico avaliando a
performance de inlays e onlays com margem abaixo da junção cemento-esmalte
utilizando o critério USPHS, após 6 anos houve significante deteriorização da
adaptação marginal das restaurações. 94% das restaurações apresentaram
deficiências marginais, independente do agente cimentante utilizado.
Peumans et al. (2000) realizaram uma revisão de literatura e concluíram
que os resultados estéticos dos laminados cerâmicos a longo prazo foram
excelentes tendo alta satisfação dos pacientes e sem efeitos adversos à gengiva
contando com a colaboração do paciente. Os estudos in vitro demonstram
24
discrepâncias marginais e insuficiente resistência ao desgaste de cimentos
resinosos, porém estes fatores clinicamente não tiveram um impacto significante no
sucesso dos laminados cerâmicos a médio prazo clinicamente.
Hofmann et al. (2001) avaliaram a eficiência da ativação quimica de um
cimento resinoso dual quando comparado com diferentes polimerizações do mesmo
cimento utilizando um laminado de IPS Empress de 2,5mm. Os corpos de prova
foram submetidos ao teste de resistência flexural, modulo de elasticidade e
microdureza Vickers. Os melhores resultados obtidos foram para o cimento resinoso
dual, o qual foi polimerizado quimicamente e por luz.
Knezevic et al. (2001) afirmaram que uma polimerização adequada é fator
crucial na obtenção das propriedades físicas e desempenho clínico satisfatório das
resinas compostas restauradoras. Declaram que problemas associados com a
polimerização inadequada incluem propriedades físicas inferiores, solubilidade no
meio oral e aumento da microinfiltração com cárie recorrente e irritação pulpar.
Nesse estudo os autores compararam o grau de conversão e o aumento da
temperatura de 4 resinas compostas híbridas (Tetric Ceram, Pertac II, Valux Plus e
Degufill Mineral - todas na cor A2) fotoativadas com luz halógena convencional
Heliolux (600mW/cm
2
- irradiação contínua por 40 segundos), uma luz halógena
“soft-start” (gradual) Elipar Highlight (100mW/cm2 por 10 segundos + 700mW/cm
2
por 30s) e uma combinação de 16 LEDs, com baixa intensidade (12mW/cm
2
, por
40s), conectadas a um estabilizador. A intensidade de luz foi determinada por um
radiômetro. Para cada material, o grau de conversão foi verificado utilizando-se um
espectômetro Perkin Elmer FTIR, efetuando-se 5 medições na superfície e a 1mm
de profundidade dos espécimes. O aumento da temperatura foi medido na superfície
e a 1mm de profundidade, com um multímetro. Os resultados revelaram que as
25
luzes halógenas com intensidades de luz até 50 vezes maior que a dos LEDs
proporcionaram valores grau de conversão apenas um pouco maiores e temperatura
duas vezes mais altas. A temperatura e o grau de conversão obtidos foram mais
elevados na superfície do que a 1mm de profundidade, não importando a fonte de
luz utilizada. Os autores concluíram que os resultados obtidos com LEDs de baixa
intensidade e comprimento de onda de 470nm foram promissores, especialmente
em relação ao pequeno aumento da temperatura nas amostras de resinas. Ainda
afirmaram que, para obtenção valores de polimerização melhores, é necessário usar
um maior número de LEDs concentrados em um mesmo foco.
Kurachi et al. (2001) avaliaram a dureza de uma resina composta híbrida
(Z100, cor A3) fotoativada com cinco aparelhos experimentais à base de LED e com
uma luz halógena convencional. Para comparar a eficácia de ambas as fontes de luz
foi utilizado o teste de dureza Vickers. Os LEDs azuis experimentais foram (L2:
25mW/cm
2
), três (L3: 34mW/cm
2
), quatro (L4: 46mW/cm
2
), cinco (L5: 68mW/cm
2
) e
seis (L6: 79mW/cm
2
). A luz halógena usada como controle emitia irradiância em
torno de 475mW/cm
2
. Amostras foram confeccionadas nas espessuras de 0,35, 1,25
e 1,8mm com auxílio de matrizes metálicas e fotoativadas com todas as luzes
descritas, por 20, 40, 60,120 e 180 segundos, e pela luz halógena por 40 segundos
(n=5/grupo). Três leituras de microdureza foram realizadas em posições aleatórias
ao redor do centro da superfície não iluminada da amostra. As edentações foram
feitas com carga de 50g por 30 segundos. Todas as amostras polimerizadas com
LEDs apresentaram menores valores de dureza quando comparados aos valores
obtidos com luz halógena. O LED L6, de maior intensidade, foi o mais eficiente dos
aparelhos LEDs, mas devido à baixa intensidade necessita de maiores tempos de
fotoativação, ou espessura menor de camada de resina para se obter valores de
26
dureza adequados. Mesmo assim, os autores concluíram que os aparelhos tipo
LEDs demonstram um futuro promissor.
Braga et al. (2002) avaliaram cimentos duais utilizando microdureza e
grau de conversão dando ênfase no modo de polimerização. Este estudo investigou
resistência e módulo flexural e microdureza de 4 cimentos resinosos (Enforce,
Variolink II, Relix ARC e C&B). O Relix ARC mostrou melhor resistência flexural. Os
maiores valores de dureza foram encontrados no topo com os cimentos Relix ARC e
Varilink II. Não houve diferença estatística entre os grupos quando a propriedade foi
o módulo flexural.
Gong et al. (2002) demonstraram que a dureza é um importante
parâmetro usado para definir as propriedades mecânicas do material em uma escala
microscópica. Neste trabalho os valores médios de dureza de sete cerâmicas de
Si3N4 foram mensurados, com uma aplicação de carga de 2,45N por 15 segundos,
para ambas as geometrias de pontas Knoop e Vickers. Foram realizadas 10
edentações para cada técnica. Após a realização das impressões estas foram
medidas imediatamente em um microscópio óptico com magnificação de 300x. Foi
encontrado que as medidas de dureza Knoop são geralmente menores que os
valores obtidos com Vickers. Os autores relatam que a dureza pode ser calculada
através da área de contato da ponta de diamante com a amostra. Desta forma,
forma-se uma zona de deformação plástica em volta da edentação, assim este
fenômeno pode ser esperado após a remoção da edentação. Os autores afirmam
que a recuperação elástica produzida pela edentação Knoop é diferente da
edentação Vickers. Para a edentação Vickers, a recuperação elástica ocorre em
profundidade, diferentemente do que acontece com a edentação Knoop, que
apresenta o efeito da recuperação elástica sobre sua diagonal menor, diminuindo-a.
27
Assim, os autores afirmam que a diferença entre as mensurações Knoop e Vickers
pode ser atribuída às diferenças entre os graus de recuperação elástica do material.
Os autores encontraram uma forte correlação entre dureza Knoop e Vickers e que a
diferença entre dureza Knoop e Vickers pode ser atribuída a recuperação elástica da
edentação. Os autores, ainda propõem uma equação matemática que pode ser
usada para predizer a dureza Vickers, a partir do valor da dureza Knoop.
Dunn & Bush (2002) compararam a eficiência de duas fontes
polimerizadoras à base de LEDs (LumaCure e Versalux, ambas com 7 LEDs e
150mW/cm
2
) com duas luzes halógenas (Optilux 400 e Optilux 501, com
900mW/cm
2
e 1030mW/cm
2
). As intensidades dos aparelhos foram verificadas
previamente com um radiômetro comercial (Demetron). Foram realizadas 3
edentações Knoop no topo e na base da amostra, com carga de 100g por 10
segundos. Foi avaliado o grau de polimerização de dois grupos de resinas
compostas: uma híbrida (Z250) e outra de micropartículas (Renamel). Com cada
resina foram confeccionados espécimes com 8mm de diâmetro e 2mm de espessura
fotoativadas por 40 segundos. A análise dos resultados demonstrou que,
independente da unidade polimerizadora utilizada, a resina híbrida apresentou
sempre valores mais altos de dureza. As luzes halógenas propiciaram maiores
valores de dureza que as fontes LEDs, tanto na superfície de topo quanto de base.
Comparando-se todas as combinações de tipo de resina e luz, detectaram-se
diferenças significantes para todas as superfícies, mas não para todas as
porcentagens; ou seja, apesar dos valores de dureza de superfície para ambos os
tipos de resina serem inferiores para as unidades à base de LED, em relação às
luzes halógenas, os resultados da porcentagem sozinhos não foram capazes de
identificar isso. Os autores concluíram que seria conveniente a montagem de
28
unidades fotoativadoras com mais LEDs ou com LEDs mais potentes, para
assegurar adequada polimerização dos materiais resinosos.
Caldas et al. (2003) avaliaram no estudo in vitro a influência da distância
da ponta da UF sobre o número de dureza Knoop (KHN) de uma resina composta.
Três unidades fotopolimerizadoras foram utilizadas, (duas luzes halógenas: XL 1500,
por 20 segundos - 3M, Elipar Trilight, por 40 segundos e uma lâmpada de arco de
plasma: Apolo 95E, por 3 segundos - DMD). A resina composta Filtek Z250 foi
polimerizada em uma matriz circular com 5mm de diâmetro e 2,5mm de
profundidade com 3 diferentes distâncias da ponta da fonte de luz (0mm, 6mm e
12mm). Quatro espécimes foram confeccionados para cada UF para cada distância,
e foram armazenados em ambiente escuro por 24 horas. Os espécimes foram
divididos ao meio, fixados em uma posição vertical e submetidos a 18 medidas de
dureza (em três posições, com seis impressões cada), no topo e na base. O
aparelho Elipar, no modo exponencial resultou em menores valores de dureza com o
aumento da distância da ponta; a luz halógena convencional XL 1500 apresentou
uma significante diminuição na dureza com o aumento da profundidade e o arco de
plasma Apollo apresentou menores valores de dureza quando houve um aumento
da profundidade e da distância da ponta.
Soh et al. (2003), neste estudo, os autores compararam a efetividade de
polimerização de dois LEDs (FL1 - Elipar Freelight [3M] e EL - GC [e-light]) com luz
halógena, convencional (MX - Max [Dentspy], grupo controle), de alta intensidade(TL
- Elipar Trilight [3M]) e de altíssima intensidade (AS - Astralis [Ivoclar]) variando,
ainda a profundidade das cavidades. Dez regimes de polimerização foram
investigados, que incluem: FL1 400mW/cm
2
[40 segundos]; FL2 0-400mW/cm
2
[12
segundos]; EL1 750mW/cm
2
[10 pulsos por 2 segundos]; EL2 350mW/cm
2
[40
29
segundos]; EL3 600mW/cm
2
[20 segundos]; EL4 0-600mW/cm
2
[20 segundos]-
600mW/cm
2
[20 segundos]; TL1 800mW/cm
2
[40 segundos]; TL2 - 100-
800mW/cm
2
[15 segundos] - 800mW/cm
2
[25 segundos]; AS1 1200mW/cm
2
[10
segundos]; MX 400mW/cm
2
[40 segundos]. A efetividade de polimerização dos
diferentes modos foi determinada por meio da mensuração da microdureza Knoop
em várias profundidades (2, 3 e 4mm de espessura). Para todas as UFs foi
encontrado uma diminuição da efetividade de polimerização com o aumento da
profundidade. Para a profundidade de 2mm, todas UFs apresentaram a razão entre
topo e base maior que 80% (valor mínimo aceitável). Na profundidade de 3mm,
todas as luzes halógenas produziram dureza superior a 80%, mas alguns LEDs não.
Para profundidade de 4mm nenhuma UF apresentou valores adequados de dureza
Diferenças significantes foram observadas nos valores de dureza do topo e da base
para os diferentes regimes de polimerização para a mesma luz e entre os LEDs e
luzes halógenas.
Federlin et al. (2004) realizaram preparos cavitários para restaurações
indiretas com e sem proteção de cúspides e confeccionaram peças cerâmicas
cimentadas com diferentes cimentos resinosos (Variolink, Panávia F) e cimentos
resinosos modificados (Dyract e Fuji Plus). O desenho cavitário não interferiu na
integridade dos cimentos mas sim o tipo do cimento. O cimento resinoso modificado
não é recomendado para cimentação de cerâmicas feldspáticas
Price et al. (2004) testaram o desempenho de três FPs, e determinaram o
efeito de duas distâncias de irradiação sobre a polimerização de cinco RCs
fotoativadas. Para este, três FPs (Optilux 401 [Kerr] por 60 segundos; Phase II [Dent
Mat] por 5, 10, 15 e 20 segundos; Rosembum & Schulmann (1997), 5, 10 e 15
segundos) e cinco RCs (Heliomolar [Ivoclair], Virtuoso Sculp. [Dent Mat], Herculite
30
[Kerr], Virtuoso Flow [Dent mat] e Esthet-X [Dentsply]) foram utilizadas. A partir da
combinação destes materiais, os autores testaram 14 condições diferentes,
correspondente a 14 densidades de energia. Foram obtidos os comprimentos de
onda de todas as FPs com um espectrofotômetro. Para comparar a emissão das
FPs, os valores foram normalizados a partir do máximo valor obtido. As irradiâncias
das FPs foram aferidas, com o auxílio de um radiômetro, a distâncias de 2 e 9mm da
ponta. Cinco amostras de RC foram confeccionadas em um molde com 7mm de
diâmetro e 1,6 de espessura. As densidades de energia variaram de 1,2 a 38J/cm
2
.
Quinze minutos após a irradiação, foram obtidos valores de dureza Knoop para o
topo e para a base dos espécimes. Os autores observaram que existe uma relação
linear entre a dureza e logaritmo da densidade de energia que a RC recebe (r=0,81).
A análise de variância mostrou tanto o compósito usado, lado da amostra, a
distância da ponta da FP, tempo de irradiação e a própria FP tem um significante
efeito sobre a microdureza da RC (p<0,01). Os autores concluíram que tanto a RC
quanto a distância de irradiação tem um significante efeito quando se comparam
diferentes FPs e que quando as cinco RCs foram irradiadas com semelhantes
comprimentos de onda e densidades de energia entre 1,2 e 38J/cm
2
existe uma
relação linear entre a dureza e o logaritmo da densidade de energia.
Vanderwalle et al. (2004) determinaram a mínima extensão de
polimerização requerida para a base de uma restauração em resina composta classe
II, mantendo o selamento marginal e suportando o restante da restauração. O
primeiro objetivo foi determinar qual é a densidade de energia que pode produzir
uma redução seqüencial do grau de conversão e dureza na margem gengival de
uma restauração posterior em resina composta. Para essa etapa foram utilizados
dentes molares humanos extraídos, com preparos de cavidades classe II. Foi
31
realizada a restauração em resina composta em um único incremento ou em
incrementos de 2mm, com o compósito Z250 - 3M/ESPE. A fonte polimerizadora foi
uma luz halógena (VIP - Bisco). A densidade de potência variou de 400 a 600
mW/cm
2
e o tempo variou de 10 a 40 segundos. Foram confeccionados 3 espécimes
para cada grupo. As restaurações foram submetidas a ciclagem termo-mecânica
1000 ciclos (5ºC a 55ºC). O grau de conversão das resinas compostas foi
determinado usando FTIR e a microdureza pelo teste Knoop, tanto nas faces
oclusais, como nas gengivais da restauração. A partir destes valores, as
propriedades mecânicas da resina composta foram testadas usando-se como
parâmetro aqueles grupos com similares valores de dureza Knoop nas faces
gengivais. Os autores observaram que a densidade de energia exerce um efeito
significante nas falhas nas margens gengivais das restaurações. A água apresentou
um significante efeito de dissolução da integridade da margem quando foram
utilizadas baixas densidades de energia (4000mJ/cm
2
). Os autores concluíram que a
densidade de energia apresenta um significante efeito sobre os defeitos marginais
das restaurações em resina composta; a água apresentou um efeito significante
sobre a margem gengival quando baixas densidades de energia foram utilizadas,
promovendo defeitos que provavelmente são decorrentes da dissolução da resina
composta e ainda, os autores recomendaram, que para que uma restauração seja
adequadamente polimerizada, com a resina composta Z250, deve-se utilizar a
densidade de energia de 24.000 mJ/cm
2
, para se obter o valor máximo de dureza a
partir da relação entre Base/Topo de 73%.
Lopes et al. (2004) estudaram a influência de uma fonte de luz tipo LED e
outra lâmpada halógena (LH), na efetividade de polimerização do cimento resinoso
dual Enforce fotoativado sob um disco de porcelana. Três tempos de exposição (60,
32
80 e 120 segundos) foram também avaliados. Dois grupos experimentais, na qual a
polimerização do cimento resinoso foi feita através de um disco cerâmico, e dois
controles, polimerização direta do cimento, sem presença do disco cerâmico foram
subdivididos em três subgrupos, com cinco amostras em cada: G1A- LH 60s; G1B-
LH 80s; G1C- LH 120s; G2A- LED 60s; G2B- LED 80s; G2C- LED 120s; e grupos
controles: G3A- LH 60s; G3B- LH 80s; G3C- LH 120s; G4A- LED 60s; G4B- LED 80s
e G4C- LED 120s. O cimento resinoso foi inserido em uma matriz de aço (4mm de
diâmetro e 1,2mm de espessura). Nos grupos experimentais um disco de porcelana
(6mm de diâmetro por 2mm de espessura) foi colocado sobre o cimento. Este foi
fotoativado através da porcelana pela lâmpada halógena e pelo LED, por outro lado
nos grupos controles a luz foi aplicada sem o disco de porcelana. As amostras foram
armazenadas em um frasco que impedia a passagem de luz a 37ºC por 24 horas,
para que depois a dureza Vickers fosse determinada. Os dados foram submetidos à
análise de variância a quatro critérios seguido pelo teste Tukey (p 0,05). Todas as
amostras polimerizadas pelo LED por 60s mostraram valores inferiores quando
comparadas com as do grupo da lâmpada halógena. Em geral, a fotoativação
realizada por 80 e 120 s com o LED foi estatisticamente similar à fotoativação com a
lâmpada halógena (60 e 80 s). A tecnologia LED pode ser viável para a fotoativação
de restaurações indiretas de porcelana quando o tempo de polimerização é
aumentado.
Poskus et al. (2004) avaliaram a influência de duas técnicas de
substituição de resinas compostas utilizando microdureza Knoop e Vickers. Eles
prepararam cavidades classe II em pré-molares humanos, os quais foram
restaurados variando as resinas compostas e a técnica restauradora (incremental ou
incremento único). Foram realizadas 8 edentações nas superfícies oclusais e
33
cervicais. Os resultados foram submetidos à ANOVA e demonstraram que todos os
materiais apresentaram menores valores de dureza na superfície cervical quando a
técnica de incremento único foi empregada, quando comparada à superfície oclusal.
Porém isso não ocorreu na cnica incremental. Os autores demonstraram
correlação positiva de microdureza Knoop e Vickers
Tsai et al. (2004) avaliaram a profundidade de cura e a microdureza de
uma resina composta (Filtek Z250, cores B1, A3 e C4) polimerizada por 3 LEDS (E-
light - GC; Elipar Freelight - 3M e 475H - RF Lab Systems) e comparada com uma
luz halógena de alta intensidade (Optilux 501 - Kerr) e uma luz halógena
convencional (Sirona S1- dental unit). A resina composta foi inserida em uma matriz
cilíndrica de alumínio com diâmetro de 2,5mm e profundidade de 10mm. A
polimerização foi realizada por 40 segundos, para todas as UFs. Para avaliar a
profundidade de cura foi realizado o teste de raspagem, onde o material não
polimerizado foi removido com uma espátula. A profundidade de cura foi
determinada para todas as resinas compostas e fontes. Foram confeccionados 10
espécimes para a cor A3 e cinco para as cores B1 e C4. Valores de microdureza
Vickers foram determinados, os resultados encontrados demonstraram que as luzes
halógenas (ambas) apresentaram grande profundidade de cura. Os três LEDs
mostraram similares performances em todos os parâmetros, e cada unidade
excedeu a profundidade de cura, segundo a ISO, exceto a GC e-Light para a cor B1.
Em termos de cor, os LEDs apresentaram maiores profundidades de cura com a cor
A3, enquanto as luzes halógenas apresentaram maiores profundidades com a cor
C4. Para os resultados de microdureza, a luz halógena convencional não apresentou
diferenças quando comparadas com os LEDs, contudo, na superfície de base, a
dureza reduziu mais rapidamente com os LEDs, especialmente em profundidades
34
superiores a 3mm. Os autores concluíram que os LEDs usados neste estudo
proporcionaram uma adequada profundidade de cura e microdureza para
espessuras de resina composta de 2mm. Para profundidades superiores as luzes
halógenas apresentaram melhor desempenho.
Wiggins et al. (2004) examinaram a eficiência de polimerização de
diferentes LEDs. Os autores determinaram a profundidade de polimerização de
resinas expostas a diferentes aparelhos (LEDs e LH), utilizando tempos de
exposição de 10 e 20s. Os LEDs de alta intensidade podem ser efetivos na
polimerização de resinas compostas, mesmo com 10s, desde que sejam de alta
intensidade.
Akgungor et al. (2005) avaliaram a influência da espessura da cerâmica e do
modo de polimerização na resistência adesiva e na durabilidade da adesão de
cerâmicas de disilicato de lítio. Foram utilizados neste estudo, 120 molares humanos
hígidos, os quais foram seccionados para expor dentina. A dentina foi condicionada
com ácido fosfórico 32% e foi utilizado um sistema adesivo de passo único (One
Step). Foram confeccionados espécimes de Empress 2 com 6mm de diâmetro e com
1; 1,5 e 2mm de espessura, totalizando 40 espécimes por grupo. Foi realizado o
condicionamento da peça com ácido fluorídrico e com posterior silanização. Os
grupos foram divididos e aderidos na superfície dentinária com cimento resinoso
dual (Ilusion), sendo com catalisador (polimerização dual) e sem catalisador
(fotopolimerização). A resistência de cisalhamento foi realizada após 10 minutos ou
após 24 horas de um ciclo térmico. Os dados foram submetidos a ANOVA a três
critérios. Os autores concluíram que a polimerização por luz e a polimerizacão dual
demonstraram similares valores de resistência adesiva para o disilicato de lítio. A
35
resistência adesiva o foi dependente da espessura da cerâmica testada. A
durabilidade de adesão foi similar em ambos modos de polimerização.
Price et al. (2005) compararam um LED de alta intensidade (Freelight 2 -
3M/ESPE) com uma luz halógena (Trilight - 3M/ESPE) para determinar a eficiência
de polimerização usando diferentes resinas compostas com diferentes cores (Z250,
A2 e B0, 5 - 3M; Supreme A2D e A2B - 3M; Esthet-X A2B e A2O - Dentspy;
Heliomolar A2 e 110T - Ivoclar; Tetric Ceram A2 e Bleach XL - Ivoclar). Inicialmente,
foi obtido o espectro do comprimento de onda para cada UF, por meio de um
espectrofotômetro. Foram utilizados dentes humanos extraídos com cavidades
classe I (1,5mm de largura e 4mm de profundidade), com todas as margens em
dentina e restauradas com as 10 resinas compostas diferentes. As resinas foram
irradiadas com o LED com 50% e 100% do tempo recomendado pelo fabricante, e
100% do tempo com a luz halógena. Após 15 minutos, foi realizado o teste de
dureza Knoop (100g por 15 segundos). Foram realizadas 3 edentações para cada
profundidade (a cada 0,5mm, até 3,5mm, a partir do topo do espécime). Os
resultados mostraram que, quando irradiados por LED, pelo tempo recomendado
pelo fabricante, a dureza Knoop de todas as resinas compostas apresentaram, em
profundidades inferiores a 1,5mm, valores ximos entre a razão B/T acima de
80%. Três resinas compostas (Z250 A2; Tetric Ceram A2 e Tetric Ceram Bleach XL),
para profundidade de 3,5mm, mantiveram em 80% a razão de dureza entre B/T. A
análise de variância mostrou que todas as interações entre UFs, profundidades e
resinas compostas foram significantes (p<0,01). Os autores concluíram que o LED,
usado no tempo recomendado pelo fabricante, podem produzir dureza
significantemente maior quando comparada a luz halógena, na profundidade de
3,0mm. O LED, usando 50% do tempo recomendado pelo fabricante, não
36
apresentou diferenças na dureza, quando comparada a luz halógena com 100% do
tempo recomendado pelo fabricante.
Prakki et al. (2007) avaliaram a resistência á fratura de cerâmicas
cimentadas em dentina em função da espessura do cimento resinoso. Discos de
cerâmica com 1 e 2mm de espessura foram cimentadas em dentina bovina,
utilizando cimento resinoso. As espessura utilizadas foram de 100, 200 e 300µm. O
grupo controle foram cerâmicas não cimentadas. A carga compressiva foi aplicada
no centro de cada corpo de prova. Os dados obtidos foram submetidos a ANOVA e
ao teste de Tukey. Os autores concluíram que os corpos de prova não cimentados
apresentaram menor resistência á fratura do que os corpos de prova cimentados em
dentina, a maior espessura de cimento resultou em aumento da resistência a fratura
para a cerâmica com 1mm de espessura e a espessura do cimento não influenciou a
resistência a fratura para a cerâmica com 2mm de espessura.
Arrais et al. (2007) avaliaram a resistência adesiva de sistemas resinosos
duais, polimerizados por luz ou autopolimerizáveis. Foram utilizados 48 molares os
quais tiveram sua superfície de dentina exposta. Os dentes foram divididos em 8
grupos (n=6), de acordo com o sistema resinoso de polimerização dual e modo de
polimerização: All-Bond2/Duolink, Optibond/Nexus2, Bond1/Lute-it, e Optibond Solo
Dual Cure/Nexus2. O agente adesivo foi aplicado na superfície de dentina e os
cimentos resinosos foram aplicados nos discos de resina, os quais foram aderidos
na superfície de dentina. Os espécies foram seccionados para se obter alteres os
quais tinham uma área seccional de 1,2mm
2
. Os espécimes foram testados a uma
velocidade de 0,6mm por minuto. Os dados foram submetidos a ANOVA a dois
critérios e ao teste de Tukey. Os autores concluíram que a autopolimerização de
37
alguns sistemas resinosos duais não é efetiva para promover uma boa resistência
adesiva.
Yoshida et al. (2007) avaliaram as propriedades mecânicas de dureza,
resistência flexural, módulo flexural de dois cimentos resinosos duais (Clearfil
Esthetic Cement e Variolink II) irradiados através de quatro espessuras de cerâmica
de leucita (0, 1, 2 e 3mm) e foi avaliado a resistência ao cisalhamento utilizando
cada primer cerâmico. A dureza Knoop foi medida na camada do cimento resinoso
na superfície da cerâmica. A resistência flexural foi realizada em três pontos após 24
horas de armazenamento a 37ºC. A cerâmica de zircônia foi tratada com ou sem
alumina, a qual foi tratada com seu respectivo primer. Metade dos espécimes foram
armazenados em água por 24 horas a 37ºC e a outra metade sofreu termociclagem
a 5000 termociclos. Os autores verificaram que o cimento Variolink obteve maiores
valores de dureza e módulo flexural do que o cimento Esthetic para todas as
espessuras de cerâmica. Não houve diferença para resistência flexural entre os dois
cimentos para cada espessura de cerâmica. A redução das propriedades mecânicas
com aumento da espessura da cerâmica variou com cada propriedade, contudo
essas propriedades foram similares para os dois materiais. O jateamento com
alumina foi efetivo com o aumento da resistência adesiva de ambos cimentos
resinosos antes e após o ciclo térmico.
Tango et al. (2007) avaliaram a dureza Knoop do cimento resinoso
Enforce ativado quimica/fisicamente ou fisicamente; no qual a luz era direcionada ao
disco de cerâmica (1,5mm de espessura) ou diretamente ao cimento. Foi utilizado a
luz halógena (XL2500) e LED (Ultrablue Is) por 40 segundos, a 700mW/cm
2
e
440mW/cm
2
respectivamente e ainda o arco de plasma (Apollo 95E) por 3 segundos
a 1600 /cm
2
. Os incisivos bovinos tiveram sua superfície vestibular planificada e
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